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Beira

Na cidade costeira da Beira, moradores dizem estar a viver dias complicados e apelam para uma
intervenção urgente da edilidade. O município local tem erguido pequenos muros para combater o
avanço da erosão costeira.

A eminência deste perigo atingiu proporções alarmantes nas últimas semanas, quando a bravura das
águas do oceano Índico destruiu as dunas naturais e artificiais, galgando algumas moradias nos bairros
residenciais de Ponta-Gêa e da Praia Nova.

Alguns moradores ouvidos pela DW África acusam o município local de nada fazer de modo a reverter
esta situação. "Este assunto já foi várias vezes abordado. Temos um dossier completo que foi dirigido a
várias instituições governamentais, à Presidência da República e à Assembleia da República. Já fomos
chamados uma vez pelos representantes da Assembleia da República e até agora nada", lamenta o
munícipe Abubacar Cassamo.

Por seu turno, o presidente do município da Beira, Daviz Simango, explicou à DW África que, devido à
exiguidade de fundos para a construção de grandes empreendimentos, a edilidade tem erguido
pequenos muros ao longo da costa para combater a progressão da erosão costeira, embora não seja esse
tipo de construção que os munícipes desejam.

"Há obras que foram feitas e que são conhecidas. Pensamos que essas obras, de forma simbólica, têm
protegido a Beira", afirma o edil.

Moradores questionam autoridades

"Onde é que estão a decorrer as obras?", pergunta Abubacar Cassamo. Este morador diz que neste
momento a preocupação parece ser mais em "proteger uma zona que não tem casas, deixando de parte
casas que estão prestes a cair."
Outro habitante destaca que com a construção ao longo da costa da Beira de algumas estâncias
turísticas, autorizada pela edilidade, as ondas do mar passaram a atingir níveis ameaçadores.

 02:15

Erosão costeira ameaça cidade da Beira

Isso obrigou mais de 400 famílias a procurarem alternativas para sobreviver a este fenómeno natural.
"Fazemos o que podemos para aguentar. Levamos tudo o que temos para o telhado e dormimos na rua",
conta um morador.

Com o agravamento da erosão, que está a provocar graves problemas na zona alta costeira da Beira,
muitas pessoas temem que a cidade seja invadida pelas águas do mar num futuro não muito longe.

"Já temos um mapeamento claro sobre os riscos que corremos e fizemos alguns projetos", adianta Daviz
Simango. Segundo o edil, foi realizado recentemente um estudo científico no qual ficou demonstrado
que as águas do oceano Índico subiram cerca de 30 centímetros em nos últimos anos.

Entretanto, a edilidade está a estudar a eventual desativação de alguns bairros residenciais para
reassentar as populações dessas localidades noutras comunidades. O objetivo é minimizar os efeitos
deste problema que é uma das consequências das alterações climáticas.

Autoridades construíram pequenos muros para tentar travar o avanço da erosão costeira
EROSÃO COSTEIRA NA CIDADE DA BEIRA: Concluída primeira barreira de protecção

FOI concluída a primeira barreira de protecção da costa marítima da cidade da Beira, em Sofala,
concretamente na zona do Grande Hotel. Tal projecto, que também inclui a construção de uma muralha
de dois km a ser atravessada por 12 esporões (quebra-mar) na Praia Nova, atacou igualmente os
primeiros 200 metros desta empreitada de grande vulto.

Maputo, Segunda-Feira, 6 de Maio de 2013:: Notícias

A obra, avaliada em 3250 mil dólares norte-americanos financiados pela Agência de Cooperação Suíça,
contempla ainda a construção de três esporões de alta dimensão, visando essencialmente contribuir na
redução do impacto ambiental da erosão costeira.

Tal problema ambiental já deitou abaixo algumas construções de alvenaria ao longo da zona marítima da
Beira mormente nos periféricos bairros de Ponta-Gêa, Macúti e Estoril. Com efeito, segundo estudos
recomendados pelos consultores portugueses da firma CONSUMAR, para a protecção costeira daquela
urbe, estão a ser aplicados nestas obras pedregulhos trazidos directamente de Monte Siluvo, em
Nhamatanda, para permitir que haja filtração de areia a ser depositada ao longo da margem marítima.

Numa avaliação preliminar do projecto, o vereador da área de Construção e Urbanização do Conselho


Municipal da Beira, Albano Carrige, emitiu parecer favorável ao afirmar que, efectivamente, ao longo da
costa marítima da capital provincial de Sofala já é visível a acumulação de areia, o que anteriormente era
praticamente impensável.

Depois desta primeira fase do projecto que arrancou exactamente em Fevereiro passado até Junho
próximo, pela construtora portuguesa Teixeira Duarte, conforme o previsto, o período subsequente que
ligará entre Praia Nova e Estoril, está ainda dependente da mobilização de fundos estimados em 600
milhões de dólares norte-americanos.

Dados disponíveis indicam que para uma protecção integral dos cerca de 40km de toda a costa marítima
da Beira são necessários entre 40 e 45 esporões e com uma muralha de dois quilómetros ambos
avaliados em mais de 700 milhões de dólares. Assim, conforme apurámos junto daquela fonte, o
presidente do Conselho Municipal da Beira, Daviz Simango, está envolvido nos últimos dias em
negociações visando a obtenção de financiamentos junto de alguns parceiros de cooperação estrangeira,
sobretudo provenientes da Europa.

Ambientalistas, entretanto, vaticinam mesmo algum cepticismo ao afirmar que caso não haja medida
urgente para travar a progressiva erosão costeira na Beira, as mudanças climáticas vão ter impacto
devastador na urbe, correndo inclusivamente o risco de desaparecer do mapa nos próximos 100 anos.
Em face disso, funciona no município da Beira um sector específico para a mitigação destes efeitos, no
âmbito de cooperação bilateral entre Moçambique e Alemanha.

Horácio João
Cidade da Beira firme no combate à erosão costeira

JORNAL DEBATE 22 JUNHO 2015

AMBIENTE

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A cidade da Beira recusa subjugar-se às frequentes invasões das águas do mar e, segundo o presidente
do município da segunda maior cidade moçambicana, "a guerra não está perdida", prometendo não
baixar a guarda nesta luta titânica e constante.

"Nós temos a consciência de que é um trabalho duro, mas temos feito o possível e, graças a esse
trabalho, é que de facto a nossa cidade continua a salvo", declarou à Lusa Daviz Simango, edil da Beira e
que já viu o pátio do seu gabinete alagado por várias vezes.

A cidade da Beira trava há vários anos uma luta contra a invasão das águas do mar, que atinge bairros de
caniço e também dezenas de luxuosas moradias, desalojando famílias, que várias vezes foram forçadas a
refugiar-se em telhados de casa ou em prédios vizinhos.

Ondas de grande dimensão associadas à subida da maré projectam uma enorme quantidade de água do
mar para os bairros da Praia Nova e Chaimite B, uma área habitacional de caniço com problemas de
ocupação desordenada e grave défice de saneamento, onde as latrinas disputam espaços com os poços
tradicionais para água de consumo, e parte da Ponta-Gêa, uma zona residencial de elite.
"Desde 2013 vivemos afogados", descreve Custódio Cláudio, 41 anos, um morador de Chaimite B,
enquanto mostra pratos, cadeiras e um balde com alimentos junto ao teto de uma casa de caniço de três
metros quadrados, cercada por água salgada.

"Quando a maré enche fugimos e regressamos quando vaza", conta à Lusa Custódio Cláudio, que
continua a surpreender-se com o rápido avanço das águas do mar para as zonas habitadas.

A cidade viu o seu mangal, que servia de barreira natural de protecção contra a invasão das águas,
totalmente destruído por populares, que cortaram as plantas para a construção de habitações e para
lenha e, desde então, a entrada do mar nos bairros mais vulneráveis passou a ser uma rotina.

"Há três dias que as águas invadem as casas todas as manhãs e todas as tardes", diz Luísa Evaristo, que,
tal como a vizinha Cecília Manuel, receiam uma catástrofe num dia em que as "águas invadam as casas à
noite, enquanto as pessoas dormem".

Com os pés "rasgados" pela filaria e envolvida pelo mau cheiro que se apoderou do bairro, Cecília
Manuel apela para uma intervenção do Conselho Municipal, para reassentar as vítimas em zonas de
expansão da cidade da Beira, um assunto que divide o município por causa do aparecimento de
eventuais oportunistas.

A cidade da Beira foi construída sobre um pântano, na confluência dos rios Púnguè e Búzi, e abaixo da
cota do nível do mar, estando agora a enfrentar uma luta sobre o avanço das águas do mar, provocado,
além da destruição dos mangais, pela obstrução dos canais e esporões.

"Parte do mangal foi destruído e deu lugar a estas habitações cujos proprietários reclamam hoje pela
invasão das águas", declara Susana Tiago, acrescentando que há 15 anos "era impensável que a água
fosse chegar ao prédio Cooperativa", na altura a quase 600 metros da praia.

Para o arquitecto Marcelo Amaro, os próximos cinco anos são cruciais para a recuperação da Beira, com
projectos concretos para descongestionar a zona de invasão das águas do mar, com a reabilitação de
canais de respiração e esporões da cidade, além da construção de estruturas de defesa.
Em 2013, a construtora portuguesa Teixeira Duarte iniciou um ambicioso projecto de construção de
esporões de pedras, após o primeiro plano, que construiu cinco quilómetros de murro de alvenaria,
mostrar-se insustentável para mitigar o problema.

Contudo Daviz Simango reconheceu que a escassez de fundos tem travado várias iniciativas para
desenvolver a luta, estando em curso contactos com parceiros, e evitar que a sua cidade ceda ao oceano.
Erosão Costeira da Cidade da Beira

Posted by Belo on Out 23, 2012 in Moçambique | 0 comments

A construção de barreiras submersas e paralelas à costa é a nova recomendação contra a erosão


costeira na cidade da Beira, em Sofala, onde ontem foi apresentado um estudo, sobre o assunto,
elaborado por especialistas italianos e financiados pelo Programa de Apoio à Descentralização e ao
Desenvolvimento Económico Local (PADDEL).

Trata-se de medidas com impacto na protecção da orla marítima beirense, com impacto nas áreas da
Ponta-Gêa, Palmeiras e Macúti, entre outros locais da capital provincial de Sofala, onde deverão ser
edificadas as referidas barreiras submersas e paralelas à costa.

Os resultados da investigação, apresentados ontem, surgem no quadro de uma missão de intervenção e


cooperação da Itália, país europeu que apoia o desenvolvimento urbanístico e sistemático de
Moçambique.

Segundo soube o “Diário de Moçambique”, o estudo tinha como objectivo observar o processo erosivo,
que há várias décadas afecta o centro habitado da Beira.

O trabalho exposto por Giovanni Randazzo, afecto ao Programa de Apoio à Descentralização e ao


Desenvolvimento Económico Local (PADDEL), revela que a colocação das barreiras submersas vai
permitir, por um lado a efectuar o “confronto” directo com as ondas e, consequentemente, reduzir o
impacto destas sobre as dunas, por outro lado.

Requalificação da Beira Mar

Giovanni Randazzo indicou que outras formas de combater a erosão costeira, na Beira, devem-se
circunscrever na reestruturação das denominadas faixas “verdes” da praia e requalificação reforçada da
beira-mar.
O mesmo orador referiu que o estudo conduzido por sua equipe indica que para a requalificação
sustentável da faixa costeira, devem-se abandonar as intervenções maciças de protecção passiva e
passar a uma acção de requalificação da faixa costeira, valorizando os seus elementos naturais existentes
ao longo da orla marítima.

“Por outro lado, é necessário que haja restauração da praia, por meio de sedimentos provenientes das
dragagens. Esta situação reduziria a turbidez e favoreceria a reutilização do material disperso, para além
de que a situação ampliaria a praia, afastando o perigo de ondas violentas, permitindo que estas se
atenuem na praia submersa” – referenciou o apresentador, revelando que estas inovações permitiriam
uma nova utilização da litoral direccionada ao turismo e à recreação, evitando danos na área terrestre.

Giovanni Randazzo deu a conhecer que a reestruturação da beira-mar vai permitir a criação de um
sistema de ligação contínuo entre a praia e a área urbanizada.

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“As intervenções devem ser inseridas num sistema de gestão integrado que preveja a sua inserção no
contexto territorial na base de um protocolo técnico – político que deve ser assumido e gerido,
sobretudo a nível local” – disse o orador italiano.

Entretanto, o estudo exposto ao público foi feito na base de um levantamento topográfico da praia,
análise do estado técnico das estruturas maciças construídas há cinquenta anos, para além do exame aos
sedimentos existentes ao longo da praia do Macúti, da localidade ao norte da Beira. Também foram
investigados os sedimentos provenientes da dragagem do canal de acesso ao Porto da Beira.

Diário dfe Moçambique


Governo não está alheio aos problemas ambientais da Beira

Vida e Lazer - Ambiente

Escrito por Redação em 05 Março 2010



A Ministra do Ambiente, Alcinda Abreu, afirmou, na quarta-feira, na Beira que o Governo Moçambicano
não está alheio aos problemas ambientais, sobretudo de errosão costeira que afectam a capital
provincial de Sofala.

A Ministra reafirmou o empenho do Governo para com os problemas ambientais da urbe, reconhecendo
a situação da erosão costeira é de facto critica, principalmente por a urbe se encontrar abaixo do nível
normal do mar. A erosão costeira ameaça fazer desaparecer a Cidade da Beira, caso medidas específicas
não sejam tomadas com seriedade.

Na última década a erosão já fez desaparecer do mapa da Cidade da Beira vários edifícios,
principalmente na zona da Ponta-Gêa e Macúti, incluindo uma estância de lazer o seu nome Veleiros era
muito conhecido. A Cidade da Beira é a segunda maior e mais importante do País. A sua gestão é a única
do universo das 43 autarquias instituídas no País que se apresenta fora do controlo do Partido Frelimo
que detém o poder governativo em Moçambique desde 1975.

O Município da Beira, cujo Edil Daviz Mbepo Simango é também o líder do MDM, na actualidade
considerada terceira maior força politica moçambicana, apresentou recentemente um plano para
combater a erosão costeira na urbe, orçado em cerca de sessenta milhões de dólares.
Esse valor foi apresentado numa conferência de doadores e investidores nacionais e estrangeiros, que
serviu igualmente para lançar o plano estratégico de desenvolvimento exemplificou o envolvimento do
Governo em algumas acções que estão sendo implementada na Beira para mitigar os efeitos do
fenómeno erosão, nomeadamente a recuperação do mangal na zona de Nhangau, replantio de
casuarinas nas dunas ao longo da Praia do Estoril até Regulo Luís, bem como a reconstrução de alguns
esporões.

De referir as obras de reconstrução de esporões que visam travar o avanço das águas do Mar para o
continente, iniciaram em 2005 e as mesmas contam com o financiamento do Banco Mundial. Desde o
início do projecto já foram reconstruídos oito esporões de um total de sessenta previstos. A reconstrução
de um esporão esta orçada em cerca de um milhão de dólares norte américanos, apenas para se ter uma
ideia concreta em relação a envergadura do investimento.

Neste momento, o Governo tem garantidos 15 milhões de dólares americanos só para atender a
reconstrução de esporões em todas zonas do País onde esse trabalho é necessário.

Erosão costeira afecta também outras regiões de Sofala

Por outro lado, a Ministra Moçambicana do Ambiente referiu que o problema de erosão costeira não
pode ser visto de forma unilateral, porquanto em Sofala o mesmo não afecta somente a Cidade da Beira,
mas existem outras regiões nas mesmas situações. Alcinda Abreu mencionou os casos de Búzi, Nova
Sofala, Machanga e Ilha de Chiloane, cujas vilas também correm o risco de desaparecerem devido o
problema de erosão costeira.

A Ministra lembrou que em todas essas regiões espera- se o envolvimento do Governo para travar a
situação, e neste momento em todas áreas afectadas decorrem sob a égide do executivo acções com
vista a minorar o seu impacto.

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