Álgebra Linear - Espaços Vetoriais

Exercı́cios e Problemas de Álgebra
Linear
1
Germán Ignacio Gomero Ferrer
Universidade Estadual de Santa Cruz – UESC,

Rodovia Ilhéus/Itabuna, km 16, Ilhéus
45650-000 Bahia – BA, Brasil
23 de agosto de 2010
1 e-mail: gigferrer@uesc.br
Sumário
1 Espaços Vetoriais 1
1.1 Alguns exemplos conhecidos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1
1.2 A definição de espaço vetorial . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 30
1.3 Espaços de funções sobre um corpo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 31
1.4 Espaços de funções sobre um espaço vetorial . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 36
1.5 Propriedades elementares dos espaços vetoriais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 37
2 Subespaços vetoriais 38
2.1 Subespaços e não–subespaços . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 38
2.2 Interseção de subespaços . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 40
2.3 Soma de subespaços vetoriais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 42
2.4 Espaços afins . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 45
3 Transformações Lineares 46
3.1 Morfismos entre espaços vetoriais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 46
3.2 Propriedades das transformações lineares . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 49
3.3 Transformações afins . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 53
4 Bases e Dimensão 54
4.1 Representação matricial de operadores . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 54
4.2 Combinações lineares . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 55
4.3 Base de um espaço vetorial . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 56
4.4 Dimensão . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 59
A Teoria de Conjuntos 60
A.1 Conjuntos e funções . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 60
A.2 Famı́lias de conjuntos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 61
B O Axioma da Escolha 62
B.1 Sobre a existência de funções de escolha . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 62
B.2 O Axioma da Escolha . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 62
B.3 Versões restritas do Axioma da Escolha . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 62
i
Capı́tulo 1
Espaços Vetoriais
1.1 Alguns exemplos conhecidos
Exercı́cios Resolvidos
Exercı́cio 1.1.1 Dados x = (5, 1), y = (−2, 3), encontre z ∈ R2 tal que x + z = y.
Solução. Resolvemos o exercı́cio por três métodos distintos.

Primeiro método. Como estamos procurando z ∈ R2 , podemos escrever z = (z1 , z2 ) com
z1 , z2 ∈ R. A equação x + z = y toma a forma
(5, 1) + (z1 , z2 ) = (−2, 3) .
Somando os pares ordenados do lado esquerdo temos
(5 + z1 , 1 + z2 ) = (−2, 3) .
Igualando componentes obtemos
5 + z1 = −2 e 1 + z2 = 3 .
Resolvendo obtemos z1 = −7 e z2 = 2, logo z = (−7, 2).
Segundo método. Escrevemos primeiro
(5, 1) + z = (−2, 3) .
Somando em ambos termos da igualdade o vetor (−5, −1) e usando a associatividade da

adição de pares temos
(−5, −1) + ((5, 1) + z) = (−5, −1) + (−2, 3)

((−5, −1) + (5, 1)) + z = (−7, 2)
(0, 0) + z = (−7, 2)
z = (−7, 2) .
1
Terceiro método. Como para todo v ∈ R2 existe −v ∈ R2 tal que v + (−v) = (0, 0), so-
mando (−x) em ambos termos da igualdade x + z = y, e usando a comutatividade e a
associatividade adição temos
(−x) + (x + z) = (−x) + y
((−x) + x) + z = y + (−x)
(0, 0) + z = y + (−x)
z = (−2, 3) + (−5, −1)
z = (−7, 2) .
Dos três métodos, o último é o único que se pode generalizar para outros espaços.
Exercı́cio 1.1.2 Seja V = {x ∈ R2 / x1 + x2 = 0}. Determine quais dos seguintes vetores são
elementos de V .
√ √
1. x = (3, 2), y = (1, −6), z = ( 2, − 2), e w = (−π, π).
2. x + y, x − y, z + w, e z − w.
√ √ √ √
3. 3x − 22 y, 3z − 22 w.
Solução.
1. Como x = (3, 2) temos x1 + x2 = 5 6= 0, logo x ∈ / V . Do mesmo modo temos y1 + y2 =

−5 6= 0, e portanto y ∈
/ V . Por outro lado, z1 + z2 = w1 + w2 = 0, e portanto z, w ∈ V .
2. Temos x + y = (4, −4), e portanto (x + y)1 + (x + y)2 = 0, ou seja x + y ∈ V . Já

x − y = (2, 8), e√portanto√(x − y)1 + (x − y)2√= 10 6= 0,
√ ou seja x + y ∈
/ V . Por outro lado
temos z +w = ( 2−π, − 2+π) e z −w = ( 2+π, − 2−π), e portanto z +w, z −w ∈ V .
√ √
2
√ √
2
√ √
3. Temos 3x − 2 y = 3 3 − 2 , 2 3 + 3 2 , logo
√ √ √ √ √ √
2 2 5 2
3x − 2
y + 3x − 2
y =5 3+ 2
6= 0 ,
1 2
√ √ √ √ √ √ √ √
e portanto 3x − 22 y ∈
/ V . Por outro lado, 3z − 2
2
w = 6+ π 2
2
,− 6 − π 2
2
, e
√ √
portanto 3z − 22 w ∈ V .
Exercı́cio 1.1.3 Sejam V = {x ∈ R3 / x1 + x2 + x3 = 0} e W = {x ∈ R3 / x1 = x2 = x3 }.

Escreva os seguintes vetores como soma de um elemento de V e outro de W .
1. x = (3, 5, −2),
√
2. y = (π, 2, 1).
Solução.
2
1. Sejam v ∈ V e w ∈ W tais que v + w = x. Em componentes temos
(v1 + w1 , v2 + w2 , v3 + w3 ) = (3, 5, −2) . (1.1)
Somando as componentes obtemos
(v1 + v2 + v3 ) + (w1 + w2 + w3 ) = 6 . (1.2)
Como v ∈ V temos v1 + v2 + v3 = 0, e como w ∈ W temos w1 + w2 + w3 = 3w1 .

Substituindo estes valores em (1.2) obtemos 3w1 = 6, e portanto w1 = 2. A soma (1.1)
toma então a forma
(v1 + 2, v2 + 2, v3 + 2) = (3, 5, −2) .
Temos então v1 = 1, v2 = 3 e v3 = −4. Segue–se que v = (1, 3, −4) e w = (2, 2, 2).
2. Sejam v ∈ V e w ∈ W tais que v + w = y. Em componentes temos

√
(v1 + w1 , v2 + w2 , v3 + w3 ) = (π, 2, 1) . (1.3)
Somando as componentes obtemos

√
(v1 + v2 + v3 ) + (w1 + w2 + w3 ) = π + 2+1. (1.4)
Como v ∈ V temos v1 + v2 + v3 = 0, e como w ∈ W temos w1 √ + w2 + w3 = 3w1 .

Substituindo
√
estes valores na igualdade (1.4) obtemos 3w1 = π + 2 + 1, e portanto
π+ 2+1
w1 = 3
. A soma (1.3) toma então a forma
√ √ √ √
(v1 + π+ 32+1 , v2 + π+ 32+1 , v3 + π+ 32+1 ) = (π, 2, 1) .
√ √ √
2π− 2−1 2 2−π−1 2−π− 2
Temos então v1 = 3
, v2 = 3
e v3 = 3
, e portanto
√ √ √ √ √ √
v = ( 2π− 3 2−1 , 2 2−π−1 2−π− 2
3
, 3
) e w = ( π+ 32+1 , π+ 32+1 , π+ 32+1 ) .
Exercı́cio 1.1.4 Determine em cada caso se existem α, β, γ ∈ R não nulos tais que
αx + βy + γz = 0 .
1. x = (2, 3, 4), y = (−1, 0, 3) e z = (1, 1, 1).
2. x = (−1, 25 , 1), y = (−4, 4, −5) e z = ( 21 , 1, −5).
Solução.
1. Se existem α, β, γ ∈ R tais que αx + βy + γz = 0, então
α(2, 3, 4) + β(−1, 0, 3) + γ(1, 1, 1) = (0, 0, 0) ,
ou em componentes,
(2α − β + γ, 3α + γ, 4α + 3β + γ) = (0, 0, 0) .
3
Esta igualdade equivale ao sistema linear
2α − β + γ = 0
3α + γ = 0
4α + 3β + γ = 0 .
Eliminando β reduzimos o sistema linear a
5α + 2γ = 0
3α + γ = 0 .
A única solução deste sistema é α = γ = 0, e portanto β = 0, portanto não existem
coeficientes não nulos tais que
αx + βy + γz = 0 .
2. Se existem α, β, γ ∈ R tais que αx + βy + γz = 0, então
α −1, 52 , 1 + β(−4, 4, −5) + γ 12 , 1, −5 = (0, 0, 0) ,

ou em componentes,
−α − 4β + 21 γ, 25 α + 4β + γ, α − 5β − 5γ = (0, 0, 0) .

Esta igualdade equivale ao sistema linear

−2α − 8β + γ = 0
2α + 20β + 5γ = 0
α − 5β − 5γ = 0 .
Eliminando γ reduzimos o sistema linear a
−9α − 45β = 0
3α + 15β = 0 .
Este sistema se reduz à única equação α + 5β = 0. Uma solução desta equação é α = 5 e
β = −1, o que resulta γ = 2. Observe que de fato
5x − y + 2z = 5 −1, 52 , 1 − (−4, 4, −5) + 2 21 , 1, −5

= (−5, 2, 5) + (4, −4, 5) + (1, 2, −10)

= (0, 0, 0)
= 0.
Este exercı́cio mostra que às vezes existem coeficientes não nulos tais que
αx + βy + γz = 0
e às vezes estes coeficientes não nulos não existem.
Exercı́cio 1.1.5 Determine em cada caso se existem α, β, γ ∈ R tais que
u = αx + βy + γz .
4
1. x = (1, 1, 0), y = (−2, 5, 1), z = (1, 1, 2), e u = (4, −3, 1).
2. x = (−2, 1, 2), y = (1, 4, 1), z = (3, 3, −1), e u = (−2, 0, 6).
Solução.
1. Se existem tais α, β, γ ∈ R temos
(4, −3, 1) = α(1, 1, 0) + β(−2, 5, 1) + γ(1, 1, 2)

= (α, α, 0) + (−2β, 5β, β) + (γ, γ, 2γ)
= (α − 2β + γ, α + 5β + γ, β + 2γ) .
Igualando componentes temos o sistema linear
α − 2β + γ = 4
α + 5β γ = −3
β + 2γ = 1
que tem como única solução α = 1, β = −1 e γ = 1, ou seja
u=x−y+z .
2. Se existem tais α, β, γ ∈ R temos
(−2, 0, 6) = α(−2, 1, 2) + β(1, 4, 1) + γ(3, 3, −1)

= (−2α, α, 2α) + (β, 4β, β) + (3γ, 3γ, −γ)
= (−2α + β + 3γ, α + 4β + 3γ, 2α + β − γ) .
Igualando componentes temos o sistema linear
−2α + β + 3γ = −2
α + 4β + 3γ = 0
2α + β − γ = 6 .
Eliminando γ obtemos o sistema
3α + 3β = 2
7α + 7β = 18
que não possui solução. Segue–se que tais α, β, γ ∈ R não existem, ou seja, que não é
possı́vel escrever
u = αx + βy + γz
com α, β, γ ∈ R.
Este exercı́cio mostra que às vezes é possı́vel escrever
u = αx + βy + γz
e às vezes isto não é possı́vel.
5
Exercı́cio 1.1.6 Considerando z, w ∈ C, em cada caso calcule z + w, z − w, z · w e z/w.
1. z = (3, 5) e w = (4, 1).
2. z = ( 21 , 1) e w = (1, 12 ).
Exercı́cio 1.1.7 Calcule os seguintes números complexos.
1. 1/i.
2. 5/(3 + 4i).
Exercı́cio 1.1.8 Encontre todas as soluções em C das seguintes equações.
1. x2 − 2x + 2 = 0.
2. x2 − 3x + 3 = 0.
1. x3 − i = 0.
2. x5 − i = 0.
Exercı́cio 1.1.10 Em cada caso, encontre z ∈ C2 tal que x + z = y.
1. x = (1 + i, 2 − 3i), y = (3, i).

√ √
2. x = ( 2 + 2i , 2), y = ( 3 + 3i , 1+i
2
).
1. x = (2 − i, 1, 2i), y = (i, 2, i).

√
2. x = (2, −1, 2), y = (i, −i, 2i).
Exercı́cio 1.1.12 Seja V = {x ∈ C2 / x1 + x2 = 0}. Determine quais dos seguintes vetores

são elementos de V .
1. x = (3 + i, 2 − i),
2. y = ( 13+5i
17
, − 13−5i
17
),
3. x + y,
√
4. ix + 2y.
Exercı́cio 1.1.13 Sejam V = {x ∈ C3 / x1 + x2 + x3 = 0} e U = {x ∈ C3 / x1 = x2 = x3 }.

Escreva os seguintes vetores como soma de um elemento de V e outro de U .
1. a = (3 − 2i, 5 + i, 1),
√
2. b = (2i, 5, i 2),
6
Exercı́cio 1.1.14 Determine em cada caso se existem α, β, γ ∈ C não nulos tais que
αx + βy + γz = 0 .
1. x = (1, 2, 4), y = (−i, 3i, 0), e z = (2 − i, 6, 4 − 2i).
2. x = (1 + i, i, 3), y = (1 − i, 0, 3i), e z = (−1, i, 2).
Exercı́cio 1.1.15 Determine em cada caso se existem α, β, γ ∈ C tais que
u = αx + βy + γz .
1. x = (1, 1, 0), y = (−1, i, 0), z = (1, 0, 3), e u = (1, 3, 2).
2. x = (1, 0, i), y = (0, 3, i), z = (i, 0, 1), e u = (4, 0, i).

√ √
Exercı́cio 1.1.16 Aceitando o fato que 2 ∈ / Q, mostre que Q 6= Q[ 2].
Exercı́cio 1.1.17 Em cada caso calcule z + w, z − w, z · w e z/w.

√ √
1. z = 3 + 5 2 e w = 4 + 2.
√ √
2. z = 2 − 3 2 e w = −1 + 5 2.
√
Exercı́cio 1.1.18 Encontre as soluções das seguintes equações e determine o corpo Q[ n]
onde elas se encontram.
1. x2 − 4x + 2 = 0.
2. x2 − 2x − 2 = 0.
√
Exercı́cio 1.1.19 Em cada caso, encontre z ∈ Q[ 2]2 tal que x + z = y.
√ √ √
1. x = (1 + 2, 2 − 3 2), y = ( 12 + 2, 2).
√ √ √ √
2. x = (1 + 2, 1+2 2 ), y = (− 1−2 2 , 2+3 2 ).
√
Exercı́cio 1.1.20 Seja V = {x ∈ Q[ 3]3 / x1 + x2 + x3 = 0}. Determine quais dos seguintes
vetores são elementos de V .
√ √
1. x = (3 − 3, −5 + 3, 2),
√ √ √
2. y = (−3 3, 1 + 4 3, −2 3),
3. x + y,
√ √
4. (1 − 3)x + (3 + 2 3)y.
√ √
Exercı́cio 1.1.21 Sejam V = {x ∈ Q[ 5]2 / x1 + x2 = 0} e U = {x ∈ Q[ 5]2 / x1 = x2 }.
√ √
1. a = ( 5, 5),
√
2. b = ( 5, 0),
7
√
Exercı́cio 1.1.22 Determine em cada caso se existem α, β, γ ∈ Q[ 5] não nulos tais que
αx + βy + γz = 0 .
√ √ √ √
1. x = (1, 2, 3), y = (− 5, 3 5, 0), z = (1 − 5, 0, 3 5, 5).
√ √ √
2. x = (−2 + 5, 0, 2), y = (0, 1 − 5, 1), z = (3, 2, 2 5, 0).
√
Exercı́cio 1.1.23 Determine em cada caso se existem α, β, γ ∈ Q[ 2] tais que
u = αx + βy + γz .
√ √ √ √
1. x = (1, 1 + 2, 0), y = (1 − 3 2, 1, 2), z = (1, 2, 3), e u = (4, −3, 1).
√ √ √ √ √ √
2. x = ( 2, 1, − 2), y = (−2, 5, 3 − 2), z = (1, 0, 2), e u = (2 2, −1, 2).
Exercı́cio 1.1.24 Prove que Z2 é um corpo.
Exercı́cio 1.1.25 Em cada caso, encontre z ∈ Z35 tal que x + z = y.

1. x = (3, 0, 1), y = (1, 2, 2).
2. x = (4, 1, 2), y = (2, 1, 1).
Exercı́cio 1.1.26 Seja V = {x ∈ Z42 / x1 + x2 + x3 + x4 = 0}. Determine quais dos seguintes

1. x = (1, 1, 1, 1),
2. y = (1, 0, 1, 1),
3. z = (1, 1, 0, 0),
4. x + z,
5. x + y,
6. y + z.
Exercı́cio 1.1.27 Sejam
V = {x ∈ Z43 / x1 + x2 + x3 + x4 = 0}
e
U = {x ∈ Z43 / x1 = x2 = x3 = x4 } .
1. a = (2, 1, 1, 1),
2. b = (1, 2, 2, 0),
Exercı́cio 1.1.28 Determine em cada caso se existem α, β, γ, δ ∈ Z3 não nulos tais que
αx + βy + γz + δw = 0 .
8
1. x = (1, 2, 2, 1), y = (2, 1, 0, 2), z = (2, 1, 0, 1), e w = (2, 2, 2, 0).
2. x = (0, 1, 2, 1), y = (2, 2, 1, 0), z = (1, 0, 2, 0), e w = (1, 2, 2, 2).
Exercı́cio 1.1.29 Determine em cada caso se existem α, β, γ ∈ Z5 tais que
u = αx + βy + γz .
1. x = (1, 3, 4), y = (4, 3, 1), z = ((1, 2, 3), e u = (1, 1, 3).
2. x = (4, 1, 0), y = (0, 3, 2), z = (1, 3, 1), e u = (2, 1, 3).
Exercı́cios Propostos
Exercı́cio 1.1.1 Em cada caso, encontre z ∈ R2 tal que x + z = y.

1. x = (1, 2), y = (3, 1).
2. x = (−1, 0), y = (5, −1).
3. x = ( 13 , −1), y = (− 12 , 23 ).
√ √
4. x = ( 2, 2), y = ( 3, 21 ).
Exercı́cio 1.1.2 Em cada caso, encontre z ∈ R3 tal que x + z = y.

1. x = (−1, 0, 2), y = (2, 3, −1).
2. x = ( 35 , −1, 1), y = (1, 1, −1).
3. x = ( 31 , −1, 2), y = (0, − 12 , 23 ).

√ √ √
4. x = ( 3, − 5, 2), y = ( 3, 1, 21 ).
Exercı́cio 1.1.3 Em cada caso, encontre z ∈ Rn tal que x + z = y.

1. n = 4, e x = (2, 21 , 2, 0), y = ( 12 , 2, 1, 1).
2. n = 5, e x = (2, −1, 1, 2, 0), y = ( 13 , 0, 1, −1, 2).

√
3. n = 6, e x = ( 13 , 0, 2, 2, −1, 2), y = ( 31 , 2, 0, − 12 , 1, 23 ).
4. n = 7, e x = ( 21 , 5, 0, 23 , 2, −1, −2), y = ( 32 , 2, 1, 21 , 1, 1, 2).
Exercı́cio 1.1.4 Seja V = {x ∈ R2 / x1 + x2 = 0}. Determine quais dos seguintes vetores são
elementos de V .
√ √
1. x = (1, 3), y = (2, −6), z = ( 3, − 3), e w = (− 15 , 51 ).
2. x + y, x − y, z + w, e z − w.
√ √ √ √
3. 2x − 25 y, 2z − 25 w.
9
Exercı́cio 1.1.5 Seja V = {x ∈ R3 / x1 + x2 + x3 = 0}. Determine quais dos seguintes vetores
√ √
1. x = (1, 3, −1), y = (2, −6, 1), z = ( 3, 0, − 3), e w = (− 51 , 15
2 1
, 15 ).
2. x + y, x − y, z + w, e z − w.
√ √ √ √
3. 2x − 25 y, 2z − 25 w.
Exercı́cio 1.1.6 Sejam V = {x ∈ R2 / x1 + x2 = 0} e U = {x ∈ R2 / x1 = x2 }. Escreva os

seguintes vetores como soma de um elemento de V e outro de U .
1. a = (3, 5),
2. b = (0, 5),
√
3. c = (0, 2),
√
4. d = (π, 2).
Exercı́cio 1.1.7 Sejam V = {x ∈ R3 / x1 + x2 + x3 = 0} e U = {x ∈ R3 / x1 = x2 = x3 }.

1. a = (3, 5, −2),
2. b = (0, 5, −2),
√
3. c = (0, 2, 1),
√
4. d = (π, 2, 1).
V = {x ∈ R5 / x1 + x2 + x3 + x4 + x5 = 0}
e
U = {x ∈ R5 / x1 = x2 = x3 = x4 = x5 } .
1. a = (3, 5, −2, 0, 1),
2. b = (0, 5, −2, 1, 2),

√ √
3. c = (0, 2, 1, 2, 1),
√
4. d = (π, 2, 1, −π, −1).
Exercı́cio 1.1.9 Determine em cada caso se existem α, β ∈ R não nulos tais que αx + βy = 0.
1. x = (2, 3), y = (−1, 0).
2. x = (3, 4), y = (−1, − 43 ).

√
3. x = (−2, 5), y = (1, 2).
10
Exercı́cio 1.1.10 Determine em cada caso se existem α, β, γ ∈ R não nulos tais que
αx + βy + γz = 0 .
1. x = (2, 3, −2), y = (5, 1, 3) e z = (1, 0, 1).
2. x = (−2, 25 , 1), y = (0, 1, 1) e z = ( 21 , 2, −5).
3. x = (2, −1, 1), y = (−1, 12 , − 12 ) e z = (1, 1, 1).
Exercı́cio 1.1.11 Determine em cada caso se existem α, β, γ, δ ∈ R não nulos tais que
αx + βy + γz + δw = 0 .
1. x = (1, 2, 3, 4), y = (−1, 0, 3, 0), z = (0, 2, 6, 4), e w = (2, −3, 2, −1).
2. x = (2, 0, 1, 3), y = (1, 0, 3, 5), z = (−1, 0, 1, 2), e w = (1, 0, 1, 1).
3. x = (−2, 1, 0, 2), y = (0, 1, −2, 1), z = (1, 0, 1, 5), e w = (3, 2, 1, 0).
Exercı́cio 1.1.12 Determine em cada caso se existem α, β ∈ R tais que u = αx + βy.

1. x = (1, 1), y = (−2, 5), e u = (4, −3).
2. x = (1, −2), y = (3, 1), e u = (−2, 1).
3. x = (1, 0), y = (5, 1), e u = (1, 21 ).
Exercı́cio 1.1.13 Determine em cada caso se existem α, β, γ ∈ R tais que
u = αx + βy + γz .
1. x = (1, 1, 0), y = (−2, 5, 1), z = (1, 0, 3), e u = (4, −3, 1).
2.
3.
Exercı́cio 1.1.14 Determine em cada caso se existem α, β, γ, δ ∈ R tais que
u = αx + βy + γz + δw .
1. x = (1, 1, 0), y = (−2, 5, 1), z = (1, 0, 3), w = (0, 5, −2) e u = (4, −3, 1).
2.
3.
Exercı́cio 1.1.15 Determine os vetores x, y ∈ R4 sabendo que as componentes de x são todas

iguais, a segunda componente de y é nula e x + y = (2, 1, 4, 3).
Exercı́cio 1.1.16 Dados a = (1, −3, 5), b = (0, −2, −1) ∈ R3 resolva 3a + 2x = 5b − x.
Exercı́cio 1.1.17 Considerando z, w ∈ C, em cada caso calcule z + w, z − w, z · w e z/w.
11
1. z = (3, 5) e w = (4, 1).
2. z = (2, −3) e w = (−1, 5).
3. z = ( 21 , 1) e w = (1, 12 ).
4. z = (3, 4) e w = (3, −4).
Exercı́cio 1.1.18 Calcule os seguintes números complexos.
1. 1/i.
2. (1 + i)/(1 − i).
√
3. (1 + i 3)2 .
4. 5/(3 + 4i).
1. x2 − 2x + 2 = 0.
2. x2 + 4x + 7 = 0.
3. x2 + x + 1 = 0.
4. x2 − 3x + 3 = 0.
1. x3 − i = 0.
2. x3 + i = 0.
3. x4 + i = 0.
4. x5 − i = 0.
1. x = (1 + i, 2 − 3i), y = (3, i).
2. x = (−1, i), y = (5 − i, −1 + 2i).
3. x = ( 1+i
3
, −1), y = (− 1−i
2
, 2+i
3
).
√ √
4. x = ( 2 + 2i , 2), y = ( 3 + 3i , 1+i2
).
Exercı́cio 1.1.22 Em cada caso, encontre z ∈ Cn tal que x + z = y.
1. n = 3, e x = (2 + i, i, 2), y = (1, 2, 1).
2. n = 4, e x = (2, −1, i, 2), y = (1 − i, 0, 1, −1).
3. n = 5, e x = ( 31 , 0, 2, 2i, −1), y = (1 − i, 2, 0, 1, i).
12
4. n = 6, e x = ( 12 , 5, 0, 2i , 2, −1), y = ( 2i , 2, 1, 12 , 1, 1).
Exercı́cio 1.1.23 Seja V = {x ∈ C2 / x1 + x2 = 0}. Determine quais dos seguintes vetores

−13−5i
√ √
1. x = (3 + i, 1 − 2i), y = (2 + 3i, −6 − 2i), z = ( 13+5i
17
, 17
), w = (− 35 + i
7
, 35 − 7i ),
2. x + y, x − y, z + w, z − w.
√ √
3. 2x + iπy, 2z + iπw.
Exercı́cio 1.1.24 Seja V = {x ∈ C3 / x1 + x2 + x3 = 0}. Determine quais dos seguintes

2 2
1. x = (3 − i, 2i, −5 + 3i), y = (3 − 4i, −2 + i, 1 − i), z = (−i, 17 − i, − 17 + 2i), u =
√ √ √
(1 − 3 5i, 2 + 4 5i, −3 − 5i).
2. x + y, x − y, z + w, z − w.
√ √
3. 2x + iπy, 2z + iπw.
Exercı́cio 1.1.25 Sejam V = {x ∈ C2 / x1 + x2 = 0} e U = {x ∈ C2 / x1 = x2 }. Escreva os

seguintes vetores como soma de um elemento de V e outro de U .
1. a = (3 − 2i, 5 + i),
2. b = (2i, 5),
√
3. c = (0, i 2),
√
4. d = (π, i 3).
V = {x ∈ C5 / x1 + x2 + x3 + x4 + x5 = 0}
e
U = {x ∈ C5 / x1 = x2 = x3 = x4 = x5 } .
1. a = (3, 5, −2, i, 1),
2. b = (i, 5 + i, −2, 1, 2),

√ √
3. c = (1 + i, 2, 1 − i, i 2, 1),
√ √ √
4. d = (1 + i 3, 2, 3 − 2i, 3, −1).
Exercı́cio 1.1.27 Determine em cada caso se existem α, β ∈ C não nulos tais que αx+βy = 0.
1. x = (2, 3), y = (i, 0).
2. x = (3, 4i), y = (6i, −8).
13
13i
3. x = (−2, 5 + 2i), y = (2 − i, 9 + 2
).
Exercı́cio 1.1.28 Determine em cada caso se existem α, β, γ, δ ∈ C não nulos tais que
αx + βy + γz + δw = 0 .
1. x = (1, 2, 3, 4), y = (−i, 0, 3i, 0), z = (0, 2, 6, 4), e w = (−i, 2 − i, 6, 4 − 2i).
2. x = (2, 1 + i, i, 3), y = (1 − i, 0, 3i, 5), z = (−1, 0, i, 2), e w = (1, 0, 1, 1).
3. x = (−2 + i, 1, 0, 2), y = (0, 1 − i, −2, 1), z = (1, 0, i, 5), e w = (3, 2, 2i, 0).
Exercı́cio 1.1.29 Determine em cada caso se existem α, β ∈ C tais que u = αx + βy.

1. x = (1 + i, 1 − i), y = (2, i), e u = (5 + i, 1 + 4i).
2. x = (1, −2 + 3i), y = (3i, 1), e u = (−2, 1).
3. x = (i, 0), y = (5, i), e u = (9 − 4i, 1 + 2i).
Exercı́cio 1.1.30 Determine em cada caso se existem α, β, γ ∈ C tais que
u = αx + βy + γz .
1. x = (1, 1, 0), y = (−2, 5, 1), z = (1, 0, 3), e u = (4i, −3, 1).
2. x = (i, 1, 1 + i), y = (0, 3, i), z = (0, 1, 2), e u = (4, 0, i).
3. x = (1, 0, i), y = (−1, i, 0), z = (i, 0, 1), e u = (1, 3, 2).
Exercı́cio 1.1.31 Determine os vetores x, y ∈ C4 sabendo que as componentes de x são todas

iguais, a segunda componente de y é nula e x + y = (2i, 1 + i, 4, 3 − 2i).
Exercı́cio 1.1.32 Dados a = (1 + i, −3i, 5), b = (0, −2 + i, −i) ∈ C3 resolva 3a + 2x = 5b − x.

√ √
Exercı́cio 1.1.33 Aceitando o fato que 3 ∈ / Q, mostre que Q 6= Q[ 3].

√ √
1. z = 3 + 5 2 e w = 4 + 2.
√ √
2. z = 2 − 3 2 e w = −1 + 5 2.
√ √
3. z = 12 + 2 e w = 1 + 22 .
√ √
4. z = 3 + 4 2 e w = 3 − 4 2.

√ √
1. z = 3 + 5 3 e w = 4 + 3.
√ √
2. z = 2 − 3 3 e w = −1 + 5 3.
√ √
3. z = 12 + 3 e w = 1 + 23 .
14
√ √
4. z = 3 + 4 3 e w = 3 − 4 3.
√
Exercı́cio 1.1.36 Encontre as soluções das seguintes equações e determine o corpo Q[ n]
onde elas se encontram.
1. x2 − 4x + 2 = 0.
2. x2 − 2x − 2 = 0.
3. x2 − 4x − 1 = 0.
4. x2 + 6x + 6 = 0.
√
Exercı́cio 1.1.37 Em cada caso, encontre z ∈ Q[ 2]2 tal que x + z = y.
√ √ √
1. x = (1 + 2, 2 − 3 2), y = (3, 2).
√ √ √
2. x = (−1, 2), y = (5 − 2, −1 + 2 2).
√ √ √
3. x = ( 1+3 2 , −1), y = (− 1−2 2 , 2+3 2 ).
√ √ √
4. x = ( 12 + 2, 2), y = (1 + 2, 1+2 2 ).
√
Exercı́cio 1.1.38 Em cada caso, encontre z ∈ Q[ 2]n tal que x + z = y.
√ √ √
1. n = 3, e x = (2 + 2, 2, 2), y = (1, 2, 1 + 2).
√ √ √
2. n = 4, e x = (2, −1, 2, 2), y = (1 − 2, 0, 1 + 2 2, −1).
√ √ √
3. n = 5, e x = ( 13 , 0, 2, 2 2, −1), y = (1 − 2, 2, 0, 1, 2).
√ √ √
4. n = 6, e x = ( 12 , 5, 0, 22 , 2, −1), y = ( 22 , 2, 1, 21 , 1 − 2, 1).
√
Exercı́cio 1.1.39 Seja V = {x ∈ Q[ 3]2 / x1 + x2 = 0}. Determine quais dos seguintes
√ √ √ √ √ √
3 −13−5 3
1. x = 3 + 17 3, 2 − 17 3 , y = 2 − 3 3, −2 + 2 3 , z = 13+5
17
, 17
, e w =
√ √
− 17
23
+ 73 , 17
23
− 73 .
2. x + y, x − y, z + w, z − w.
√
3. 3x + 5y, √23 z + 2w.
√
Exercı́cio 1.1.40 Seja V = {x ∈ Q[ 3]4 / x1 + x2 + x3 + x4 = 0}. Determine quais dos
seguintes vetores são elementos de V .
√ √ √ √ √ √ √
9
1. x = 3 − 3, 2 3, −5 + 3 3, 1 + 2 3 e y = 17 , 2 + 173 , − 17
1
+ 3, 2 + 173 .
√ √ √ √ √ √ √ √
2. z = 2 − 6 3, −2 + 3, 2 + 4 3, −2 + 3 e w = 1 − 5 3, 3 3, −2 + 3, 1 + 3 .
3. x + y, x − y, z + w, z − w.
15
√
4. 3x + 5y, √2 z + 2w.
3
√ √
Exercı́cio 1.1.41 Sejam V = {x ∈ Q[ 5]2 / x1 + x2 = 0} e U = {x ∈ Q[ 5]2 / x1 = x2 }.
√ √
1. a = (3 − 2 5, 5 + 5),
√
2. b = (2 5, 5),
√
3. c = (0, 3 5),
√
4. d = (1, 5).

√
V = {x ∈ Q[ 2]5 / x1 + x2 + x3 + x4 + x5 = 0}
e √
U = {x ∈ Q[ 2]5 / x1 = x2 = x3 = x4 = x5 } .
√
1. a = (3, 5, −2, 2, 1),
√
2. b = (1, 5 + 2, −2, 1, 2),
√ √ √ √
3. c = (1 + 2, 2, 1 − 2, 2 2, 1),
√ √ √ √
4. d = (1 + 3 2, 2, 3 − 2 2, 2, −1).
√
Exercı́cio 1.1.43 Determine em cada caso se existem números α, β ∈ Q[ 3] não nulos tais
que αx + βy = 0.
√
1. x = (2, 3), y = ( 3, 0).
√ √
2. x = (3, 4 3), y = (6 3, −8).
√ √ √
3. x = (−2, 5 + 2 3), y = (2 − 3, 9 + 132 3 ).
√
Exercı́cio 1.1.44 Determine em cada caso se existem α, β, γ, δ ∈ Q[ 5] não nulos tais que
αx + βy + γz + δw = 0 .
√ √ √ √ √
1. x = (1, 2, 3, 4), y = (− 5, 0, 3 5, 0), z = (0, 2, 6, 4), e w = (− 5, 2 − 5, 6, 4 − 2 5).
√ √ √ √ √
2. x = (2, 1 + 5, 5, 3), y = (1 − 5, 0, 3 5, 5), z = (−1, 0, 5, 2), e w = (1, 0, 1, 1).
√ √ √ √
3. x = (−2 + 5, 1, 0, 2), y = (0, 1 − 5, −2, 1), z = (1, 0, 5, 5), e w = (3, 2, 2 5, 0).
√
Exercı́cio 1.1.45 Determine em cada caso se existem α, β ∈ Q[ 2] tais que u = αx + βy.
√ √ √ √ √
1. x = (1 + 2, 1 − 2), y = (2, 2), e u = (5 + 2, 1 + 4 2).
√ √
2. x = (1, −2 + 3 2), y = (3 2, 1), e u = (−2, 1).
16
√ √ √ √
3. x = ( 2, 0), y = (5, 2), e u = (9 − 4 2, 1 + 2 2).
√
Exercı́cio 1.1.46 Determine em cada caso se existem α, β, γ ∈ Q[ 2] tais que
u = αx + βy + γz .
√ √ √
1. x = (1, 1 + 2, 0), y = (−2, 5, 3 − 2), z = (1, 2, 3), e u = (4, −3, 1).
√ √ √ √
2. x = ( 2, 1, − 2), y = (−1, 5, 1), z = (1, 2, 3), e u = (2 2, −1, 1).
√ √ √ √
3. x = (1 − 3 2, 1, 2), y = (−3, 1, 1), z = (1, 0, 2), e u = (0, − 2, 1).
Exercı́cio 1.1.47 Prove que Z3 é um corpo.
Exercı́cio 1.1.48 Em cada caso, encontre z ∈ Zn3 tal que x + z = y.

1. n = 3, e x = (2, 1, 2), y = (1, 2, 2).
2. n = 4, e x = (2, 0, 1, 2), y = (1, 1, 0, 1).
3. n = 5, e x = (1, 0, 2, 2, 1), y = (1, 2, 1, 1, 0).
4. n = 6, e x = (1, 0, 0, 2, 2, 1), y = (2, 2, 1, 1, 1, 1).
Exercı́cio 1.1.49 Seja V = {x ∈ Z52 / x1 + x2 + x3 + x4 + x5 = 0}. Determine quais dos

seguintes vetores são elementos de V .
1. x = (1, 1, 0, 1, 1),
2. y = (1, 0, 0, 1, 1),
3. z = (0, 1, 1, 0, 0),
4. x + z,
5. x + y,
6. y + z.
V = {x ∈ Z53 / x1 + x2 + x3 + x4 + x5 = 0}
e
U = {x ∈ Z53 / x1 = x2 = x3 = x4 = x5 } .
1. a = (2, 1, 0, 1, 1),
2. b = (1, 2, 2, 1, 0),
3. c = (1, 0, 1, 2, 1),
4. d = (0, 1, 2, 1, 0).
17
Exercı́cio 1.1.51 Determine em cada caso se existem α, β, γ, δ ∈ Z3 não nulos tais que
αx + βy + γz + δw = 0 .
1. x = (1, 2, 2, 1), y = (0, 0, 2, 1), z = (2, 2, 1, 0), e w = (1, 2, 2, 2).

2. x = (2, 1, 0, 1), y = (1, 0, 2, 2), z = (1, 0, 1, 2), e w = (1, 0, 1, 1).
3. x = (2, 1, 0, 2), y = (0, 1, 2, 1), z = (1, 0, 2, 0), e w = (2, 2, 2, 0).
Exercı́cio 1.1.52 Determine em cada caso se existem α, β, γ ∈ Z5 tais que
u = αx + βy + γz .
1. x = (1, 3, 4), y = (2, 1, 3), z = (1, 0, 3), e u = (4, 3, 1).

2. x = (4, 1, 0), y = (1, 3, 1), z = (1, 2, 3), e u = (2, 4, 1).
3. x = (1, 1, 3), y = (3, 1, 1), z = (1, 0, 2), e u = (0, 3, 1).
Exercı́cio 1.1.53 Determine os vetores x, y ∈ Z43 sabendo que as componentes de x são todas
iguais, a segunda componente de y é nula e x + y = (2, 1, 0, 2).
Exercı́cio 1.1.54 Dados a = (1, 2, 1), b = (0, 2, 2) ∈ Z33 resolva aa + 2x = 2b − x.
Exercı́cio 1.1.55 Dado um corpo K, αx = βx implica que α = β em Kn ?
Problemas Resolvidos
Problema 1.1.1 Prove que dados x, y ∈ R2 , existe um único z ∈ R2 tal que x + z = y.
Solução. Resolvemos o problema por dois métodos distintos.

Primeiro método. Sejam x = (x1 , x2 ), y = (y1 , y2 ) e z = (z1 , z2 ), com todas as componentes
reais. A equação x + z = y toma a forma
(x1 , x2 ) + (z1 , z2 ) = (y1 , y2 ) .
Somando os pares ordenados do lado esquerdo temos
(x1 + z1 , x2 + z2 ) = (y1 , y2 ) .
Igualando componentes obtemos
x1 + z1 = y1 e x2 + z2 = y2 .
Resolvendo obtemos as soluções únicas z1 = y1 − x1 e z2 = y2 − x2 , logo a única solução

do problema é
z = (y1 − x1 , y2 − x2 )
= (y1 , y2 ) + (−x1 , −x2 )
= y + (−x) .
18
Segundo método. Como para todo v ∈ R2 existe −v ∈ R2 tal que v + (−v) = (0, 0), so-
mando (−x) em ambos termos da igualdade x + z = y, e usando a comutatividade e a
associatividade da adição temos
(−x) + (x + z) = (−x) + y
((−x) + x) + z = y + (−x)
(0, 0) + z = y + (−x)
z = y + (−x) .
Observe que z = y + (−x) é solução de x + z = y pois
x+z = x + (y + (−x))
= x + ((−x) + y)
= (x + (−x)) + y
= (0, 0) + y
= y.
Isto prova a existência da solução. Para provar a unicidade, seja w ∈ R2 tal que x+w = y.
Neste caso temos também x + z = x + w, e portanto
(−x) + (x + z) = (−x) + (x + w)
((−x) + x) + z = ((−x) + x) + w
(0, 0) + z = (0, 0) + w
z = w,
e há portanto uma única solução.
Dos dois métodos utilizados, o último é o único que se pode generalizar para outros espaços.
Problema 1.1.2 Prove as seguintes propriedades de R2 .
1. Para qualquer λ ∈ R, λ0 = 0.
2. Para qualquer x ∈ R2 , 0x = 0.
3. Se λx = 0, então λ = 0 ou x = 0.
Solução.
1. Como 0 = (0, 0), dado λ ∈ R temos
λ0 = λ(0, 0)
= (λ0, λ0)
= (0, 0)
= 0.
19
2. Dado x ∈ R2 temos
0x = 0(x1 , x2 )
= (0x1 , 0x2 )
= (0, 0)
= 0.
3. Observe que λx = 0 é equivalente a (λx1 , λx2 ) = (0, 0), e portanto equivalente ao par de
equações
λx1 = 0 e λx2 = 0 .
As soluções destas equações são λ = 0 ou x1 = x2 = 0. Temos portanto que se λx = 0
então λ = 0 ou x = (x1 , x2 ) = (0, 0) = 0.
Observe que os métodos utilizados para provar estas propriedades são especialmente adaptados
para R2 .
Problema 1.1.3 Seja V = {x ∈ R2 / x1 + x2 = 0}. Prove que
1. se u, v ∈ V , então u + v ∈ V ,
2. se λ ∈ R e u ∈ V , então λu ∈ V ,
3. se α, β ∈ R e u, v ∈ V , então αu + βv ∈ V ,
4. se α, β, γ ∈ R e u, v, w ∈ V , então αu + βv + γw ∈ V .
Solução.
1. Como u, v ∈ V então u1 + u2 = v1 + v2 = 0. Temos
(u + v)1 + (u + v)2 = (u1 + v1 ) + (u2 + v2 )

= (u1 + u2 ) + (v1 + v2 )
= 0+0
= 0,
e portanto u + v ∈ V .
2. Como u ∈ V temos u1 + u2 = 0. Dado λ ∈ R temos
(λu)1 + (λu)2 = λu1 + λu2

= λ(u1 + u2 )
= λ0
= 0,
e portanto λu ∈ V .
3. Dados u, v ∈ V e α, β ∈ R, temos pelo item anterior que αu, βv ∈ V , e pelo primeiro

item αu + βv ∈ V .
20
4. Dados u, v, w ∈ V e α, β, γ ∈ R, temos pelo item anterior que αu+βv ∈ V , e pelo segundo
item temos γw ∈ V . Temos então pelo primeiro item que αu + βv + γw ∈ V .
Problema 1.1.4 Sejam V = {x ∈ R2 / x1 + x2 = 0} e U = {x ∈ R2 / x1 = x2 }. Prove que

todo x ∈ R2 pode ser escrito de maneira única como soma de um elemento de V e outro de U .
Solução. Sejam x ∈ R2 , v ∈ V e u ∈ U tais que x = v + u. Temos em particular que

v = (v1 , −v1 ) e u = (u1 , u1 ), e portanto
(x1 , x2 ) = (v1 + u1 , −v1 + u1 ) .
Esta igualdade de pares ordenados equivale ao sistema linear de duas equações
u1 + v1 = x1 , u1 − v1 = x2 ,
cuja única solução é

u1 = 12 (x1 + x2 ) , v1 = 12 (x1 − x2 ) ,
e portanto
v = 21 (x1 − x2 , x2 − x1 ) , u = 12 (x1 + x2 , x1 + x2 )
é a única solução ao problema.
Problema 1.1.5 Calcule os seguintes números complexos.
1. i77 .
√ √
2 2 35
2. ( 2
+i 2
) .
Problema 1.1.6 Prove que dados x, y ∈ C2 , existe um único z ∈ C2 tal que x + z = y.
Problema 1.1.7 Prove as seguintes propriedades de C2 .
1. Para qualquer λ ∈ C, λ0 = 0.
2. Para qualquer x ∈ C2 , 0x = 0.
3. Se λx = 0, então λ = 0 ou x = 0.
1. Para quaisquer λ ∈ C e x ∈ C2 , −(λx) = (−λ)x = λ(−x).
2. Para qualquer x ∈ C2 , −(−x) = x.
3. Se x + z = y + z então x = y.
Problema 1.1.9 Seja V = {x ∈ C2 / x1 + x2 = 0}. Prove que
1. se x, y ∈ V , então x + y ∈ V ,
21
2. se λ ∈ C e x ∈ V , então λx ∈ V ,
3. se α, β ∈ C e u, v ∈ V , então αu + βv ∈ V ,
4. se α, β, γ ∈ C e u, v, w ∈ V , então αu + βv + γw ∈ V , e
Problema 1.1.10 Sejam V = {x ∈ C2 / x1 + x2 = 0} e U = {x ∈ C2 / x1 = x2 }. Prove que

todo x ∈ C2 pode ser escrito de maneira única como soma de um elemento de V e outro de U .
√
Problema 1.1.11 Determine se x ∈ Q[ 2] quando
p √
1. x = 9 − 4 2.
p √
2. x = 6 + 2 2.
√
Problema 1.1.12 Prove que Q[i] é um corpo diferente de Q[ 2].
√ √
Problema 1.1.13 Dado K = Q[ 2], descreva a extensão K[ 3] e mostre que é um corpo.
Problema 1.1.14 Se K é um corpo prove que dados x, y ∈ K2 , existe um único z ∈ K2 tal

que x + z = y.
Problema 1.1.15 Se K é um corpo prove as seguintes propriedades de K2 .

1. Para qualquer λ ∈ K, λ0 = 0.
2. Para qualquer x ∈ K2 , 0x = 0.
3. Se λx = 0, então λ = 0 ou x = 0.

1. Para quaisquer λ ∈ K e x ∈ K2 , −(λx) = (−λ)x = λ(−x).
2. Para qualquer x ∈ K2 , −(−x) = x.
3. Se x + z = y + z então x = y.
Problema 1.1.17 Dado um corpo K, seja V = {x ∈ K2 / x1 + x2 = 0}. Prove que

1. se x, y ∈ V , então x + y ∈ V ,
2. se λ ∈ K e x ∈ V , então λx ∈ V ,
3. se α, β ∈ K e u, v ∈ V , então αu + βv ∈ V ,
4. se α, β, γ ∈ K e u, v, w ∈ V , então αu + βv + γw ∈ V , e
Problema 1.1.18 Dado um corpo K, sejam
V = {x ∈ K2 / x1 + x2 = 0} e U = {x ∈ K2 / x1 = x2 } .
Prove que todo x ∈ K2 pode ser escrito de maneira única como soma de um elemento de V e
outro de U .
22
Problemas Propostos
Problema 1.1.1 Prove que dados x, y ∈ R3 , existe um único z ∈ R3 tal que x + z = y.
Problema 1.1.2 Prove que dados x, y ∈ Rn , existe um único z ∈ Rn tal que x + z = y.
2. Para qualquer x ∈ R3 , 0x = 0.
3. Se λx = 0, então λ = 0 ou x = 0.
Problema 1.1.4 Prove as seguintes propriedades de Rn .
2. Para qualquer x ∈ Rn , 0x = 0.
3. Se λx = 0, então λ = 0 ou x = 0.
1. Para quaisquer λ ∈ R e x ∈ R3 , −(λx) = (−λ)x = λ(−x).
2. Para qualquer x ∈ R3 , −(−x) = x.
3. Se x + z = y + z então x = y.
Problema 1.1.6 Prove as seguintes propriedades de Rn .
1. Para quaisquer λ ∈ R e x ∈ Rn , −(λx) = (−λ)x = λ(−x).
2. Para qualquer x ∈ Rn , −(−x) = x.
3. Se x + z = y + z então x = y.
Problema 1.1.7 Seja V = {x ∈ R3 / x1 + x2 + x3 = 0}. Prove que
1. se x, y ∈ V , então x + y ∈ V ,
2. se λ ∈ R e x ∈ V , então λx ∈ V ,
Problema 1.1.8 Seja ( )

n
X
n
V = x∈R / xi = 0 .
i=1
Prove que
23
1. se x, y ∈ V , então x + y ∈ V ,
Problema 1.1.9 Dado a ∈ R2 , seja V = {x ∈ R2 / a1 x1 + a2 x2 = 0}. Prove que

1. se x, y ∈ V , então x + y ∈ V ,
Problema 1.1.10 Dado a ∈ R3 , seja V = {x ∈ R3 / a1 x1 + a2 x2 + a3 x3 = 0}. Prove que

1. se x, y ∈ V , então x + y ∈ V ,
Problema 1.1.11 Dado a ∈ Rn , seja

( n
)
X
n
V = x∈R / ai x i = 0 .
i=1
Prove que
1. se x, y ∈ V , então x + y ∈ V ,
Problema 1.1.12 Sejam V = {x ∈ R3 / x1 + x2 + x3 = 0} e U = {x ∈ R3 / x1 = x2 = x3 }.

Prove que todo x ∈ R3 pode ser escrito de maneira única como soma de um elemento de V e
outro de U .
Problema 1.1.13 Sejam ( )

n
X
V = x ∈ Rn / xi = 0
i=1
e
U = x ∈ Rn / ∀ i, j ∈ In , xi = xj .

Prove que todo x ∈ Rn pode ser escrito de maneira única como soma de um elemento de V e
outro de U .
24
Problema 1.1.14 Em Rn , o segmento de reta de extremos x, y ∈ Rn é o conjunto
[x, y] = {u ∈ Rn / u = (1 − t)x + ty e 0 ≤ t ≤ 1} .
Um conjunto X ⊆ Rn é dito convexo se para quaisquer a, b ∈ X vale [a, b] ⊆ X. Prove que os

seguintes conjuntos são convexos.
1. A = {x ∈ R2 / 2x1 + 3x2 > 0}.
2. B = {x ∈ R2 / x21 + x22 ≤ 1}.
3. C = {x ∈ R3 / − 1 ≤ x1 , x2 , x3 ≤ 1}.
Problema 1.1.15 Um cone em Rn é um conjunto C ⊆ Rn tal que para todo v ∈ C e todo

α > 0 vale αv ∈ C. Dado um conjunto A ⊆ In não vazio, mostre que o conjunto
MA = {x ∈ Rn / ∀i ∈ A , xi ≥ 0}
é um cone em Rn .
Problema 1.1.16 Mostre que as inversas aditiva e multiplicativa de z ∈ C coincidem se e

somente se z = i ou z = −i.
Problema 1.1.17 Mostre que para todo z ∈ C valem
1. z + z = 2Re(z).
2. z − z = 2iIm(z).
Problema 1.1.18 Mostre que z ∈ C é real se e somente se z = z e é imaginário se e somente

se z = −z.
Problema 1.1.19 Prove que em C vale a afirmação
z·w =0 ←→ (z = 0 ∨ w = 0) .
Problema 1.1.20 Determine o erro na seguinte prova de que −1 = 1.
−1 = i2
√
= ( −1)2
p
= (−1)2
√
= 12
√
= 1
= 1.
Problema 1.1.21 Calcule os seguintes números complexos.
1. i101 .
√ √
2 2 95
2. ( 2
+i 2
) .
25
√
3 79
3. ( 21 + i 2
) .
√ √
2
4. ( 2
− i 22 )152 .
Problema 1.1.22 Prove que dados x, y ∈ C3 , existe um único z ∈ C3 tal que x + z = y.
Problema 1.1.23 Prove que dados x, y ∈ Cn , existe um único z ∈ Cn tal que x + z = y.

2. Para qualquer x ∈ C3 , 0x = 0.
3. Se λx = 0, então λ = 0 ou x = 0.
Problema 1.1.25 Prove as seguintes propriedades de Cn .

2. Para qualquer x ∈ Cn , 0x = 0.
3. Se λx = 0, então λ = 0 ou x = 0.

1. Para quaisquer λ ∈ C e x ∈ C3 , −(λx) = (−λ)x = λ(−x).
2. Para qualquer x ∈ C3 , −(−x) = x.
3. Se x + z = y + z então x = y.
Problema 1.1.27 Prove as seguintes propriedades de Cn .

1. Para quaisquer λ ∈ C e x ∈ Cn , −(λx) = (−λ)x = λ(−x).
2. Para qualquer x ∈ Cn , −(−x) = x.
3. Se x + z = y + z então x = y.
Problema 1.1.28 Seja V = {x ∈ C3 / x1 + x2 + x3 = 0}. Prove que

1. se x, y ∈ V , então x + y ∈ V ,
4. se α, β, γ ∈ C e u, v, w ∈ V , então αu + βv + γw ∈ V .
Problema 1.1.29 Seja ( )

n
X
V = x ∈ Cn / xi = 0 .
i=1
Prove que
26
1. se x, y ∈ V , então x + y ∈ V ,
Problema 1.1.30 Dado a ∈ C2 , seja V = {x ∈ C2 / a1 x1 + a2 x2 = 0}. Prove que
1. se x, y ∈ V , então x + y ∈ V ,
Problema 1.1.31 Dado a ∈ Cn , seja

( n
)
X
V = x ∈ Cn / ai x i = 0 .
i=1
Prove que
1. se x, y ∈ V , então x + y ∈ V ,
Problema 1.1.32 Sejam V = {x ∈ C3 / x1 + x2 + x3 = 0} e U = {x ∈ C3 / x1 = x2 = x3 }.

Prove que todo x ∈ C3 pode ser escrito de maneira única como soma de um elemento de V e
outro de U .
Problema 1.1.33 Sejam ( )

n
X
V = x ∈ Cn / xi = 0
i=1
e
U = x ∈ Cn / ∀ i, j ∈ In , xi = xj .

Prove que todo x ∈ Cn pode ser escrito de maneira única como soma de um elemento de V e
outro de U .
√
Problema 1.1.34 Determine se x ∈ Q[ 5] quando
p √
1. x = 6 − 2 5.
p √
2. x = 6 + 2 5.
27
p √
3. x = 9 − 4 5.
p √
4. x = 2 + 3 5.
√ √
Problema 1.1.35 Prove que Q[ 3] é um corpo diferente de Q[ 2].
√ √
Problema 1.1.36 Dado K = Q[ 3], descreva a extensão K[ 5] e mostre que é um corpo.
Problema 1.1.37 Se K é um corpo prove que dados x, y ∈ K3 , existe um único z ∈ K3 tal

que x + z = y.
Problema 1.1.38 Se K é um corpo prove que dados x, y ∈ Kn , existe um único z ∈ Kn tal

que x + z = y.
2. Para qualquer x ∈ K3 , 0x = 0.
3. Se λx = 0, então λ = 0 ou x = 0.
Problema 1.1.40 Se K é um corpo prove as seguintes propriedades de Kn .
2. Para qualquer x ∈ Kn , 0x = 0.
3. Se λx = 0, então λ = 0 ou x = 0.
1. Para quaisquer λ ∈ K e x ∈ K3 , −(λx) = (−λ)x = λ(−x).
2. Para qualquer x ∈ K3 , −(−x) = x.
3. Se x + z = y + z então x = y.
Problema 1.1.42 Se K é um corpo prove as seguintes propriedades de Kn .
1. Para quaisquer λ ∈ K e x ∈ Kn , −(λx) = (−λ)x = λ(−x).
2. Para qualquer x ∈ Kn , −(−x) = x.
3. Se x + z = y + z então x = y.
Problema 1.1.43 Dado um corpo K, seja V = {x ∈ K3 / x1 + x2 + x3 = 0}. Prove que
1. se x, y ∈ V , então x + y ∈ V ,
28
4. se α, β, γ ∈ K e u, v, w ∈ V , então αu + βv + γw ∈ V .
Problema 1.1.44 Dado um corpo K, seja
( n
)
X
V = x ∈ Kn / xi = 0 .
i=1
Prove que
1. se x, y ∈ V , então x + y ∈ V ,
Problema 1.1.45 Dados um corpo K e a ∈ K2 , seja V = {x ∈ K2 / a1 x1 + a2 x2 = 0}. Prove
que
1. se x, y ∈ V , então x + y ∈ V ,
Problema 1.1.46 Dados um corpo K e a ∈ Kn , seja
( n
)
X
V = x ∈ Kn / ai x i = 0 .
i=1
Prove que
1. se x, y ∈ V , então x + y ∈ V ,
V = {x ∈ K3 / x1 + x2 + x2 = 0} e U = {x ∈ K3 / x1 = x2 = x3 } .
Prove que todo x ∈ K3 pode ser escrito de maneira única como soma de um elemento de V e
outro de U .
( n
)
X
V = x ∈ Kn / xi = 0
i=1
e
U = x ∈ Kn / ∀ i, j ∈ In , xi = xj .

Prove que todo x ∈ Kn pode ser escrito de maneira única como soma de um elemento de V e
outro de U .
29
1.2 A def inição de espaço vetorial
Exercı́cio 1.2.1 Prove que R é um R–espaço vetorial.
Exercı́cio 1.2.2 Prove que o conjunto R+ = {x ∈ R / x > 0}, com as operações de adição e
multiplicação por um escalar
σ : R+ × R+ → R+ µ : R × R+ → R+
e
(x, y) 7→ x ⊕ y (λ, x) 7→ λ ⊗ x ,
dadas por
x ⊕ y = xy e λ ⊗ x = xλ ,
para todo λ ∈ R e x, y ∈ R+ , é um espaço vetorial real.
Exercı́cio 1.2.3 Prove que Z[i] = {z ∈ C / z1 , z2 ∈ Z} é um anel.
Exercı́cio 1.2.4 Prove que R é um Z–módulo.
Exercı́cio 1.2.5 Prove que Zn é um Z–módulo para todo n ∈ N.
Exercı́cio 1.2.6 Prove que Z[i] = {z ∈ C / z1 , z2 ∈ Z} é um anel e C é um Z[i]–módulo.
Exercı́cio 1.2.1 Se K é um corpo, prove que K é um K–espaço vetorial.
Exercı́cio 1.2.2 Prove que R é um Q–espaço vetorial.
Exercı́cio 1.2.3 Prove que C é um Q–espaço vetorial.
Exercı́cio 1.2.4 Prove que o conjunto Q+ = {x ∈ Q / x > 0}, com as operações de adição e
multiplicação por um escalar
σ : Q+ × Q+ → Q+ µ : Z × Q+ → Q+
e
(x, y) 7→ x ⊕ y (λ, x) 7→ λ ⊗ x ,
dadas por
x ⊕ y = xy e λ ⊗ x = xλ ,
para todo λ ∈ Z e x, y ∈ Q+ , é um módulo real.
Exercı́cio 1.2.5 Considere o conjunto V = R × R+ com as operações binárias
σ :V ×V → V µ:R×V → V
e
(x, y) 7→ x ⊕ y (λ, x) 7→ λ ⊗ x
dadas por
x ⊕ y = xy e λ ⊗ x = xλ ,
para todo λ ∈ R e x, y ∈ V . Prove que V é um espaço vetorial real.
30
√ √
Exercı́cio 1.2.6 Prove que Z[ 2] = {x ∈ Q[ 2] / x1 , x2 ∈ Z} é um anel.
Exercı́cio 1.2.7 Prove que Zn é um Z–módulo para todo n ∈ N.
Exercı́cio 1.2.8 Prove que se K é um anel comutativo e com identidade, então Kn é um

K–módulo para todo n ∈ N.
Problema 1.2.1 Considere a estrutura de Z–módulo em Zn e prove que para quaisquer
x, y, z ∈ Zn existem α, β, γ ∈ Z não nulos tais que
αx + βy + γz = 0 .
Problemas Propostos
Problema 1.2.1 Prove que R é um Q–espaço vetorial.
Problema 1.2.2 Prove que todo anel comutativo e com identidade é um Z–módulo. Neste
sentido, a teoria dos K–módulos é uma extensão da teoria dos anéis.
1.3 Espaços de funções sobre um corpo
Exercı́cio 1.3.1 Escreva explicitamente os seguintes subconjuntos de ZN2 .
1. E = {x : N → Z2 / ∀n ∈ N [ xn+1 = xn + 1 ]}.
2. F = {x : N → Z2 / ∀n ∈ N [ xn+2 = xn + xn+1 ]}.
3. F = {x : N → Z2 / ∀n ∈ N [ xn+3 = xn + xn+1 + xn+2 ]}.
Exercı́cio 1.3.2 Considere os vetores x, y, z ∈ QN dados por
y:N → Q z:N → Q
x:N → Q
0 7 → 1 0 7→ 1
k 7→ k se 0 ≤ k ≤ 5 , 1 , .
k 7 → se 0 < k ≤ 3 k →7 2k se 0 < k ≤ 7
k 7→ 0 se 5 < k k
k 7→ 0 se 3 < k k → 7 0 se 7 < k
Calcule os seguintes vetores.
1. x + y.
31
2. y + z.
1
3. 2
y + 5z.
3
4. 4
x + 13 y + 78 z.
Exercı́cio 1.3.3 Seja V = {x : N → Q / ∃n ∈ N [m > n −→ xm = 0]}. Escreva três vetores

não nulos x, y, z ∈ V e prove que para esses vetores valem as seguintes afirmações.
1. x + y ∈ V .
2. y + z ∈ V .
1
3. 2
y + 5z ∈ V .
3
4. 5
x + 13 y + 7
11
z ∈V.
Exercı́cio 1.3.4 Considere os três vetores do Exercı́cio Resolvido 1.3.2 e determine se existem
α, β, γ ∈ Q não nulos tais que αx + βy + γz = 0.
Exercı́cio 1.3.5 Para cada k ∈ N considere a função
fk : K → K
x 7→ xk ,
para k > 0 e f0 = 1. Determine se existem escalares não nulos αk ∈ K tais que α0 f0 + α1 f1 +

α2 f2 = 0 quando
1. K = Z2 ,
2. K = Z3 ,
3. K = Q, e
4. K = R.
Exercı́cio 1.3.6 Considerando as mesmas funções do exercı́cio anterior, determine se existem

escalares não nulos αk ∈ K tais que α0 f0 + α1 f1 + α2 f2 = f3 quando
1. K = Z2 ,
2. K = Z3 ,
3. K = Q, e
4. K = R.
32
Exercı́cio 1.3.1 Prove que RN é um espaço vetorial.
Exercı́cio 1.3.2 Seja X um conjunto não vazio e K um corpo. Prove que F(X, K) é um
K–espaço vetorial.
Exercı́cio 1.3.3 Escreva explicitamente os seguintes subconjuntos de ZN3 .
1. E = {x : N → Z3 / ∀n ∈ N [ xn+1 = xn + 1 ]}.
2. F = {x : N → Z3 / ∀n ∈ N [ xn+2 = xn + xn+1 ]}.
3. F = {x : N → Z3 / ∀n ∈ N [ xn+3 = xn + xn+1 + xn+2 ]}.
Exercı́cio 1.3.4 Considere os vetores x, y ∈ QN dados por
x:N → Q y:N → Q
0 7 → 1 0 7 → 0
e .
1 7 → 0 1 7 → 1
k 7 → xk−1 + xk−2 se 1 < k k 7 → yk−1 + yk−2 se 1 < k
Calcule os seguintes vetores.
1. x + y.
1
2. 2
x + 5y.
3
3. 4
x + 13 y.
Exercı́cio 1.3.5 Seja V = {x : N → Z3 / ∃n ∈ N [m > n −→ xm = 0]}. Escreva três vetores

1. x + y ∈ V .
2. y + z ∈ V .
3. y + 2z ∈ V .
4. x + 2y + z ∈ V .
Exercı́cio 1.3.6 Seja V = {x : N → Q / ∀n ∈ N [xn+2 = xn+1 + xn ]}. Escreva três vetores

1. x + y ∈ V .
1
2. 2
y + 5z ∈ V .
3
3. 5
x + 13 y + 7
11
z ∈V.
Exercı́cio 1.3.7 Seja V = {x : N → Z3 / ∀n ∈ N [xn+2 = xn+1 + xn ]}. Escreva três vetores

33
1. x + y ∈ V .
2. y + 2z ∈ V .
3. x + 2y + z ∈ V .
Exercı́cio 1.3.8 Considere os dois vetores do Exercı́cio Proposto 1.3.4 e determine se existem
α, β ∈ Q não nulos tais que αx + βy = 0.
fk : R → R
x 7→ cos kx .
Determine se existem escalares não nulos αk ∈ R tais que α0 f0 + α1 f1 + α2 f2 = 0.
Exercı́cio 1.3.10 Defina em F(R) o produto de duas funções ponto a ponto, ou seja
ρ : F(R) × F(R) → F(R)

(f, g) 7→ f g : R → R
x 7→ f (x)g(x) .
1. Prove que, com esta operação de multiplicação F(R) é um anel comutativo com identi-
dade.
2. Prove que F(R)n é um F(R)–módulo para todo n ∈ N.
Exercı́cio 1.3.11 Considere o anel F(R) do Exercı́cio Proposto 1.3.10.
1. Prove que F(N, F(R)) é um F(R)–módulo.
2. Dado qualquer conjunto não vazio X, prove que F(X, F(R)) é um F(R)–módulo.
Problema 1.3.1 Prove que dados x, y ∈ RN , existe um único z ∈ RN tal que x + z = y.
Problema 1.3.2 Prove as seguintes propriedades de CN .
2. Para qualquer x ∈ CN , 0x = 0.
3. Sejam λ ∈ C e x ∈ CN . Se λx = 0, então λ = 0 ou x = 0.
Problema 1.3.3 Se K é um corpo, prove as seguintes propriedades de KN .
1. Para quaisquer λ ∈ K e x ∈ KN , −(λx) = (−λ)x = λ(−x).
2. Para qualquer x ∈ KN , −(−x) = x.
34
3. Para quaisquer x, y, z ∈ KN , se x + z = y + z então x = y.
Problema 1.3.4 Seja V = {x : N → R / ∃n ∈ N [m > n −→ xm = 0]}. Prove que
1. se x, y ∈ V , então x + y ∈ V ,
Problema 1.3.5 Seja E = {x : N → R / ∀p ∈ 3N [ xp = 0 ]}. Prove que
1. se x, y ∈ E, então x + y ∈ E,
2. se λ ∈ R e x ∈ E, então λx ∈ E,
3. se α, β ∈ R e u, v ∈ E, então αu + βv ∈ E,
4. se α, β, γ ∈ R e u, v, w ∈ E, então αu + βv + γw ∈ E.
Problema 1.3.6 Seja V = {x : N → C / ∀n ∈ N [xn+2 = xn+1 + xn ]}. Prove que
1. se x, y ∈ V , então x + y ∈ V ,
Problema 1.3.7 Sejam P, I ⊂ N os conjuntos dos números pares e ı́mpares. Dados os con-
juntos
E = {x ∈ RN / ∀p ∈ P [ xp = 0 ]} e
F = {x ∈ RN / ∀p ∈ I [ xp = 0 ]} .
Prove que toda sequência x ∈ RN pode ser escrita de maneira única como a soma de uma
sequência y ∈ E e outra z ∈ F .
Problema 1.3.8 Seja P ⊂ N o conjunto dos números primos. Dados os conjuntos
E = {x ∈ RN / ∀p ∈ P [ xp = 0 ]} e
F = {x ∈ RN / ∀p ∈ 6N [ xp = 0 ]} .
Prove que toda sequência x ∈ RN pode ser escrita como a soma de uma sequência y ∈ E e
outra z ∈ F .
Problema 1.3.9 Seja P ⊂ N o conjunto dos números primos. Dados os conjuntos
E = {x ∈ RN / ∀p ∈ P [ xp = 0 ]} e
F = {x ∈ RN / ∀p ∈ 3N [ xp = 0 ]} .
Exiba uma sequência x ∈ RN que não possa ser escrita como soma de uma sequência y ∈ E e
outra z ∈ F .
35
Problemas Propostos
Problema 1.3.1 Dado um espaço vetorial real V , o segmento de reta de extremos x, y ∈ V
é o conjunto
[x, y] = {u ∈ V / u = (1 − t)x + ty e 0 ≤ t ≤ 1} .
Um conjunto X ⊆ V é dito convexo se para quaisquer a, b ∈ X vale [a, b] ⊆ X. Prove que os
seguintes conjuntos são convexos.
1. A = {x ∈ RN / 2x1 + 3x4 > 0}.
2. B = {f ∈ F(R) / f (0)2 + f (1)2 ≤ 1}.
3. C = {f ∈ F(R) / − 1 ≤ f (−1), f (0), f (1) ≤ 1}.
Problema 1.3.2 Dado um espaço vetorial real V , um conjunto C ⊆ V é um cone se para

todo v ∈ C e todo α > 0 vale αv ∈ C. Mostre que o conjunto das funções f : X → R que
tomam valores negativos num conjunto A ⊆ X é um cone em F(X, R).
1.4 Espaços de funções sobre um espaço vetorial
fk : R → R2
x 7→ (cos kx, sin kx) .
Determine se existem escalares não nulos αk ∈ R tais que α0 f0 + α1 f1 + α2 f2 = 0.
Exercı́cio 1.4.1 Seja W um K–espaço vetorial e X um conjunto não vazio. Prove que
F(X, W ) é um K–espaço vetorial.
Problema 1.4.1 Sejam I ⊂ R o conjunto dos números irracionais e W um espaço vetorial
real. Considere os conjuntos
E = {ϕ ∈ F(R, W ) / ∀p ∈ Q [ ϕ(p) = 0 ]} e
F = {ϕ ∈ F(R, W ) / ∀p ∈ I [ ϕ(p) = 0 ]} .
Prove que toda função f ∈ F(R, W ) pode ser escrita de maneira única como soma de uma
função g ∈ E e outra h ∈ F .
36
Problema 1.4.2 Seja W um espaço vetorial real, e considere os conjuntos
E = {ϕ ∈ F(R, W ) / ∀p ∈ R [ ϕ(p) = ϕ(−p) ]} e

F = {ϕ ∈ F(R, W ) / ∀p ∈ R [ ϕ(p) = −ϕ(−p) ]} .
Prove que toda função f ∈ F(R, W ) pode ser escrita de maneira única como soma de uma
função g ∈ E e outra h ∈ F . O resultado vale se substituirmos R por um corpo qualquer K?
Problemas Propostos
1.5 Propriedades elementares dos espaços vetoriais
Exercı́cio 1.5.1 Seja K um domı́nio de integridade. Prove que para quaisquer λ ∈ K e
x ∈ Kn , λx = 0 se e somente se λ = 0 ou x = 0.
Problema 1.5.1 Construa um K–módulo V tal que existam λ ∈ K e x ∈ V não nulos mas
λx = 0.
Problemas Propostos
Problema 1.5.1 Construa um K–módulo V tal que existam α, β ∈ K distintos e x ∈ V não
nulo mas αx = βx.
Problema 1.5.2 Construa um K–módulo V tal que existam λ ∈ K não nulo e x, y ∈ V

distintos mas λx = λy.
37
Capı́tulo 2
Subespaços vetoriais
2.1 Subespaços e não–subespaços

Exercı́cio 2.1.1 O espaço vetorial do Exercı́cio Proposto 1.2.5 é um subespaço de R2 ?
Exercı́cio 2.1.2 Determine se os seguintes conjuntos são espaços vetoriais.

1. E = {x ∈ C4 / x1 = x3 }.
2. F = {x ∈ C4 / x1 = x3 = i}.
3. G = {x ∈ R2 / x21 = x22 }.
4. H = {x ∈ R4 / x21 = x22 = 0}.
5. K = {x ∈ Q6 / x2 + x4 + x6 = 0}.
6. L = {x ∈ R5 / 2x1 − 3x3 + x4 = 0}.
Exercı́cio 2.1.3 Determine se os seguintes conjuntos são espaços vetoriais.

1. E = {x : N → Z5 / ∀n ∈ N , xn+2 = xn + 2xn+1 }.
2. F = {x : N → Z7 / ∀n ∈ N [ xn+1 = xn + 1 ]}.
3. G = {f ∈ F(R) / f 00 + 4f 0 − 5f = 0}.
Exercı́cio 2.1.4 Dado um corpo K qualquer, prove que o conjunto de sequências
W = {x : N → K / ∀n ∈ N [xn+2 = xn+1 + xn ]}
é um espaço vetorial.
Exercı́cio 2.1.5 Prove que o conjunto das funções complexas ı́mpares forma um espaço ve-
torial.
38
Exercı́cio 2.1.1 Prove que o conjunto das sequências constantes em qualquer corpo é um
espaço vetorial.
Exercı́cio 2.1.2 Dado um conjunto X não vazio e K um corpo, prove que o conjunto das
funções constantes f : X → K é um espaço vetorial.
Exercı́cio 2.1.3 Dado um corpo K qualquer, prove que o conjunto de sequências
W = {x : N → K / ∀n ∈ N [xn+3 = 2xn+2 + xn ]}
Exercı́cio 2.1.4 Uma função complexa f : C → C é lipschitziana, ou de Lipschitz, se existe
um k ∈ R tal que para todo x, y ∈ C vale
|f (x) − f (y)| ≤ k|x − y| .
O número real k ∈ R é chamada de constante de Lipschitz para f . Prove que o conjunto L(C),
das funções complexas de Lipschitz, é um espaço vetorial.
Exercı́cio 2.1.5 Considere Cn com a adição usual e multiplicação
µ : R × Cn → Cn
(λ, x) 7→ λx
definida componente a componente. Prove que, com estas operações, Cn é um espaço vetorial
real, mas não é um subespaço de Cn visto como C–espaço vetorial.
Exercı́cio 2.1.6 Dizemos que uma função f : R → R é diferenciável em p ∈ ha, bi se o limite
f (p + h) − f (p)
Lp = lim
h→0 h
existe. O limite Lp é chamada de derivada de f em p, e escrevemos Lp = f 0 (p). Denotamos
o conjunto das funções diferenciáveis em p ∈ R por Dp (R). Prove que Dp (R) é um espaço
vetorial.
Problema 2.1.1 Determine se o conjunto das progressões aritméticas de números reais forma
um espaço vetorial.
Problema 2.1.2 Dado um corpo K, considere um subconjunto finito de funções
F = {f1 , f2 , . . . , fn } ⊆ F(K) .
Prove que o conjunto
( n
)
X
n
Wn = f ∈ F(K) / ∃λ ∈ K , f = λk f k
k=1
39
Problema 2.1.3 Uma sequência x : N → C é chamada sequência de Cauchy se para qualquer
k ∈ N, existe δ > 0 tal que se m, n > k então |xm − xn | < δ. Determine se as sequências de
Cauchy formam um espaço vetorial.
Problemas Propostos
Problema 2.1.1 Se V é um espaço vetorial e W V , prove cada uma das seguintes
afirmações ou de um contraexemplo.
1. 0 ∈ W .
2. Se x, y ∈
/ W então x + y ∈
/ W.
3. Se λ ∈ K e x ∈
/ W então λx ∈
/ W.
Problema 2.1.2 Sejam I, S, B ⊆ F(R) os conjuntos das funções injetivas, sobrejetivas e

bijetivas. Determine se algum destes conjuntos é um subespaço de F(R).
2.2 Interseção de subespaços

Nesta seção usamos a notação
1. Dados a, b ∈ Kn , escrevemos Sa = {x ∈ Kn / a · x = 0}, onde

n
X
a·b= ak bk .
k=1
Exercı́cio 2.2.1 Descreva explicitamente o subespaço Sa ∩ Sb R3 em cada um dos seguintes
casos.
1. a = (1, 0, 2) e b = (2, −1, 1).
2. a = (2, 1, 2) e b = (1, −1, 0).
3. a = (1, 0, 2) e b = (2, 0, 4).
Exercı́cio 2.2.2 Seja Mn (R) o espaço das matrizes quadradas a : In × In → R. Descreva

explicitamente o subespaço E ∩ F M3 (R), onde
E = {a : I3 × I3 → R / ∀i, j ∈ I3 , i 6= j −→ aij = 0} , e
F = {a : I3 × I3 → R / ∀i, j ∈ I3 , aij + aji = 0} .
Exercı́cio 2.2.3 Descreva explicitamente a interseção Sa ∩ Sb ∩ Sc R4 em cada um dos

seguintes casos.
40
1. a = (0, 0, 1, 0), b = (0, 1, 0, −1), c = (2, 1, 0, 0).
2. a = (1, 0, −1, 0), b = (0, 1, 0, 2), c = (3, −1, 0, 0).
3. a = (2, 0, 1, −1), b = (0, 1, 0, 2), c = (2, 2, 1, 3).
Exercı́cio 2.2.4 Qual é o subespaço de Z32 gerado por X = {(0, 1, 0)}? Qual é o subespaço
de Z32 gerado por X = {(1, 1, 0)}?
Exercı́cio 2.2.5 Determine o subespaço de K2 gerado por X = {(1, 1)}.
Exercı́cio 2.2.6 Determine o subespaço de K3 gerado por X = {(1, 0, 0), (0, 0, 1)}.
Exercı́cio 2.2.7 Determine o subespaço de K3 gerado por X = {(1, 0, 0), (1, 0, 1)}.
Exercı́cio 2.2.1 Sejam a, b ∈ R. Uma função f : [a, b] → R é contı́nua se é contı́nua em todo

x ∈ [a, b]. Prove que o conjunto C 0 ([a, b], R) ⊆ F([a, b], R) das funções contı́nuas é um espaço
vetorial.
Problema 2.2.1 Sejam a, b ∈ Kn e λ ∈ K.
1. Mostre que se c = λa + b então Sa ∩ Sb = Sa ∩ Sc .
2. Interprete este resultado em termos de sistemas de equações lineares.
Problema 2.2.2 Dado um conjunto X e A ⊆ X, escrevemos

WA = {f ∈ F(X, K) / ∀p ∈ A , f (p) = 0} .
Prove ou encontre um contraexemplo para cada uma das seguintes proposições.
1. Se A ⊆ B então WB WA .
2. WA∩B = WA ∪ WB .
3. WA∪B = WA ∩ WB .
Problema 2.2.3 Sejam a, b, c ∈ Kn e suponha que existam λ, µ ∈ K tais que c = λa + µb.

1. Mostre que Sa ∩ Sb ∩ Sc = Sa ∩ Sb .
2. Interprete este resultado em termos de sistemas de equações lineares.
Problema 2.2.4 Prove que para qualquer a ∈ K não nulo vale hai = K.
Problema 2.2.5 Dados X, Y ⊆ V não disjuntos, determine se hX ∩ Y i = hXi ∩ hY i.
41
Problemas Propostos
Problema 2.2.1 Dados a, b ∈ R, uma função f : [a, b] → R é seccionalmente contı́nua se

for contı́nua em todo x ∈ [a, b] exceto uma quantidade finita de pontos. Prove que o conjunto
0
Csec ([a, b], R) das funções seccionalmente contı́nuas é um espaço vetorial.
Problema 2.2.2 Prove que o conjunto C ∞ (R) das funções infinitamente diferenciáveis é um
espaço vetorial.
2.3 Soma de subespaços vetoriais

Exercı́cio 2.3.1 Determine explicitamente quais dos seguintes casos a união Sa ∪ Sb é um
subespaço de R3 .
1. a = (1, 0, 2) e b = (2, −1, 1).
2. a = (2, 1, 2) e b = (1, −1, 0).
3. a = (1, 0, 2) e b = (2, 0, 4).
Exercı́cio 2.3.2 Seja Mn (R) o espaço das matrizes quadradas a : In × In → R. Mostre

explicitamente que o conjunto E ∪ F ⊆ M3 (R), onde
E = {a : I3 × I3 → R / ∀i, j ∈ I3 , i 6= j −→ aij = 0} , e
F = {a : I3 × I3 → R / ∀i, j ∈ I3 , aij + aji = 0} ,
não é fechado pela adição.
Exercı́cio 2.3.3 Descreva explicitamente o subespaço Sa + Sb 4 R3 em cada um dos seguintes

casos.
1. a = (1, 0, 2) e b = (2, −1, 1).
2. a = (2, 1, 2) e b = (1, −1, 0).
3. a = (1, 0, 2) e b = (2, 0, 4).
Exercı́cio 2.3.4 Seja Mn (R) o espaço das matrizes quadradas a : In × In → R. Descreva

explicitamente o subespaço E + F 4 M3 (R), onde
E = {a : I3 × I3 → R / ∀i, j ∈ I3 , i 6= j −→ aij = 0} , e
F = {a : I3 × I3 → R / ∀i, j ∈ I3 , aij + aji = 0} .
Exercı́cio 2.3.5 Encontre dois subespaços complementares a Sa 4 R2 em cada um dos

seguintes casos.
1. a = (1, 0).
42
2. a = (2, 1).
3. a = (1, 3).
Exercı́cio 2.3.6 Encontre dois subespaços complementares a Sa 4 R3 em cada um dos

seguintes casos.
1. a = (1, 0, 0).
2. a = (1, 0, 2).
3. a = (2, −1, 1).
Exercı́cio 2.3.7 Seja E = {x ∈ Kn / xn = 0}. Prove que Kn = E ⊕ hui, onde u ∈ Kn é

qualquer vetor não contido em E.
Exercı́cio 2.3.8 Prove que F(V, W ) = P ⊕ I, onde P ⊆ F(V, W ) é o conjunto das funções
pares e I ⊆ F(V, W ) é o conjunto das funções ı́mpares.
Exercı́cio 2.3.9 Uma matriz a : In × In → K é simétrica se para todo (i, j) ∈ In × In vale

aij = aji , e antisimétrica se aij = −aji . Se Sn ⊆ Mn (K) é o conjunto das matrizes simétricas e
An ⊆ Mn (K) o conjunto das matrizes antisimétricas, prove que Mn (K) = Sn ⊕ An .
Exercı́cio 2.3.10 Dados u, v ∈ V , prove que hu, vi = hui ⊕ hvi se e somente se u e v não são
colineares.
Exercı́cio 2.3.11 Encontre dois subespaços complementares em R3 dos seguintes subespaços.

1. E = {x ∈ R3 / x1 = x2 = x3 }.
2. F = {x ∈ R3 / x1 + x2 + x3 = 0}.
3. G = {x ∈ R3 / 2x1 − 5x3 = 0}.
Problema 2.3.1 Sejam E, F, G 4 V . Determine se
1. E + (F + G) = (E + F ) + G,
2. E ∩ (F + G) = (E ∩ F ) + (E ∩ G),
3. E + (F ∩ G) = (E + F ) ∩ (E + G).
Problema 2.3.2 Prove que existe U 4 V tal que para todo E 4 V vale E + U = U e
E ∩ U = E.
Problema 2.3.3 Prove que existe O 4 V tal que para todo E 4 V vale E ⊕ O = E e
E ∩ O = O.
43
Problema 2.3.4 Suponha que E1 4 E2 e F1 4 F2 . Prove que se V = E1 ⊕ F1 = E2 ⊕ F2
então E1 = E2 e F1 = F2 . Prove também que este não é o caso se V = E1 + F1 = E2 + F2 , mas
E2 ∩ F2 6= {0}.
Problema 2.3.5 Para cada A ⊆ R, considere o conjunto
WA = {f ∈ F(R) / ∀p ∈ A , f (p) = 0} .
Se A, B ⊆ R, prove os seguintes itens.
1. F(R) = WA + WB se e somente se A ∩ B = ∅.
2. WA ∩ WB = {0} se e somente se A ∪ B = R.
3. F(R) = WA ⊕ WB se e somente se A = R \ B.
Problemas Propostos
Problema 2.3.1 Dados X, Y ⊆ V , determine se hX ∪ Y i = hXi + hY i.
Problema 2.3.2 Sejam E, F, G 4 V . Determine se
1. E ⊕ (F ⊕ G) = (E ⊕ F ) ⊕ G,
2. E ∩ (F ⊕ G) = (E ∩ F ) ⊕ (E ∩ G),
3. E ⊕ (F ∩ G) = (E ⊕ F ) ∩ (E ⊕ G).
Problema 2.3.3 Prove que não existe U 4 V tal que para todo E 4 V vale E ⊕ U = U .
Problema 2.3.4 Para cada A ⊆ R, considere o conjunto
WA = {f ∈ F(R) / ∀p ∈ A , f (p) = 0} .
Se A, B ⊆ R, determine quais das seguintes proposições são verdadeiras.
1. A ⊆ B se e somente se WB 4 WA .
2. WA∩B = WA ∪ WB .
3. WA∪B = WA ∩ WB .
Problema 2.3.5 Dados X, Y ⊆ V , determine se existem condições suficientes e necessárias

para que hX ∪ Y i = hXi ⊕ hY i.
Problema 2.3.6 Encontre dois subespaços complementares em KN do subespaço das sequências

constantes.
44
2.4 Espaços af ins
Exercı́cio 2.4.1 Prove que toda reta é um espaço afim.
Exercı́cio 2.4.1 Prove que todo espaço vetorial é um espaço afim.
Problema 2.4.1 Prove que a interseção de dois espaços afins é um espaço afim.
Problemas Propostos
Problema 2.4.1 Seja F ⊆ V . Prove que F v V se e somente se para todo u, v, w ∈ F e todo
α, β, γ ∈ K tais que α + β + γ = 1 vale αu + βv + γw ∈ F .
Problema 2.4.2 Prove que a interseção de uma famı́lia não vazia de espaços afins é um
espaço afim.
Problema 2.4.3 Dado A ⊆ V não vazio, defina o espaço afim gerado por A, denotado por
[A], como sendo o menor espaço afim de V que contém A. Construa os seguintes espaços afins,
1. [u],
2. [u, v], e
3. [u, v, w],
onde u, v, w ∈ R3 .
Problema 2.4.4 Dado A ⊆ V não vazio, prove que [A] = v + hA − vi, onde v ∈ A e
A − v = {x ∈ V / ∃w ∈ A , x = w − v}. Resolva o Problema Proposto 2.4.3 usando este
resultado.
45
Capı́tulo 3
Transformações Lineares
3.1 Morf ismos entre espaços vetoriais

Exercı́cio 3.1.1 Seja
T : R3 → R2
x 7→ (x1 + x3 , x2 − x3 ) .
1. Prove que T é uma aplicação linear sobrejetiva.

2. Encontre V R3 tal que a restrição T |V : V → R2 seja bijetiva.
Exercı́cio 3.1.2 Seja KNf o espaço das sequências finitas. Prove que a função
Σ : KNf → K
X
x 7→ xk
k∈N
é um funcional linear.
Exercı́cio 3.1.3 Prove que a função

σ : KN → KN
x 7→ σx : N → K
n 7→ xn+1
é um operador linear sobrejetivo, e determine quais dos seguintes subespaços de KN são invari-
antes por σ.
1. E = {x : N → K / ∃n ∈ N [m > n −→ xm = 0]}
2. F = {x : N → K / ∀n ∈ N [xn+2 = xn+1 + xn ]}
3. G = {x : N → K / ∀p ∈ 4N [ xp = 0 ]}.
46
T : R4 → R2
x 7→ (x1 + x3 , x2 + x4 ) .
T : R4 → R2
x 7→ (x1 + 2x2 − 2x3 + x4 , x1 − x2 + x3 − 2x4 ) .
Exercı́cio 3.1.3 Encontre uma transformação linear T : R2 → R2 tal que T (1, 2) = (2, 1) e
T (2, 1) = (1, 2), e mostre que é única.
Exercı́cio 3.1.4 Dada a transformação linear
T : R2 → R2
x 7→ (2x1 , x1 + x2 ) ,
encontre λ ∈ R de modo que T transforme os vetores (1, λ) e (λ, 2) em vetores ortogonais.
Exercı́cio 3.1.5 Dada uma função contı́nua k : [a, b] × [a, b] → R, prove que a função
K : C 0 ([a, b], R) → C 0 ([a, b], R)

f 7→ Kf : [a, b] → R
Rb
x 7→ a k(x, y)f (y)dy
é uma transformação linear.
Exercı́cio 3.1.6 Prove que a função
∆ : KN → KN
x 7→ ∆x : N → K
n 7→ xn+1 − xn
é um operador linear sobrejetivo, e determine quais dos seguintes subespaços de KN são invari-
antes por ∆.
1. E = {x : N → K / ∃n ∈ N [m > n −→ xm = 0]}
2. F = {x : N → K / ∀n ∈ N [xn+2 = xn+1 + xn ]}
47
3. G = {x : N → K / ∀p ∈ 4N [ xp = 0 ]}.
Exercı́cio 3.1.7 Seja KNf o espaço das sequências finitas. Prove que a função
Σ : KNf → F(K)
X
a 7→ ak p k ,
k∈N
onde para cada k ∈ N vale
pk : K → K
x 7→ xk ,
é uma transformação linear.
Exercı́cio 3.1.8 Seja T : V → W uma transformação linear. Prove que
1. se E 4 V então T (E) 4 W , e
2. se F 4 W então T −1 (F ) 4 V .
Problema 3.1.1 Seja La ⊆ R2 a reta que passa pela origem com coeficiente de inclinação
a ∈ R.
1. Prove que a projeção ortogonal sobre La é dada por
Pa : R2 → R2
1 2
x 7→ 1+a 2 (x + ay, ax + a y) .
2. Prove Pa é uma transformação linear.
3. Calcule P ◦ P .
4. Prove que a reflexão na reta La de um ponto do plano é dada por Sa = 2Pa − I.
5. Escreva Sa : R2 → R2 de forma explı́cita.
Problema 3.1.2 Sejam
E = {x ∈ R3 / x1 = x2 = x3 } e
F = {x ∈ R3 / x1 = 0} .
1. Prove que R3 = E ⊕ F .
2. Construa um isomorfismo T : R3 → E × F .
48
Problema 3.1.3 Sejam
T : RN → RN
x 7→ T x : N → R
n 7→ (n + 1)xn+1
e
S : RN → RN
x 7→ Sx : N → R
0 ←→ n = 0
n 7→ .
xn−1 ←→ n > 0
1. Prove que T e S são transformações lineares.
2. Calcule T ◦ S − S ◦ T .
Problemas Propostos
Problema 3.1.1 Prove que existe um isomorfismo Ψ : F(A × B, V ) → F(A, F(B, V )), onde
V é um K–espaço vetorial e A, B são conjuntos não vazios,
Problema 3.1.2 Prove que existe um isomorfismo Ψ : L(E × F, V ) → L(E, L(F, V )), onde
E, F, V são K–espaços vetoriais,
3.2 Propriedades das transformações lineares

Exercı́cio 3.2.1 Determine o núcleo e a imagem do funcional linear
f : R3 → R
x 7→ 3x1 − x2 + 12 x3 .
Exercı́cio 3.2.2 Determine o núcleo e a imagem da transformação linear
T : R4 → R2
x 7→ (x1 + 2x2 − 2x3 + x4 , x1 − x2 + x3 − 2x4 ) .
T : R3 → R2
x 7→ (x1 + x2 + x3 , x1 + x2 + x3 ) .
T : R2 → R2
x 7→ (x1 + 2x2 , 3x1 + 6x2 ) .
49
T : R2 → R3
x 7→ (x1 + x2 , x1 − x2 , 2x1 − 3x2 ) .
Exercı́cio 3.2.6 Calcule o núcleo do operador de deslocamento σ : KN → KN .
Exercı́cio 3.2.7 Calcule o núcleo do operador de diferenças ∆ : KN → KN .
Exercı́cio 3.2.8 Determine em cada caso se existe uma transformação linear T : R4 → R2 de

modo que E = Ker(T ).
1. E = {x ∈ R4 / x2 = x3 = 0}.
2. E = {x ∈ R4 / x2 + x3 + x4 = 0}.
3. E = {x ∈ R4 / x1 = x2 = x3 = x4 }.
4. E = {x ∈ R4 / x1 = x4 }.
Exercı́cio 3.2.9 Determine em cada caso se existe uma transformação linear T : R2 → R4 de

modo que F = Im(T ).
1. F = {x ∈ R4 / x2 = x3 = 0}.
2. F = {x ∈ R4 / x2 + x3 + x4 = 0}.
3. F = {x ∈ R4 / x1 = x2 = x3 = x4 }.
4. F = {x ∈ R4 / x1 = x4 }.
Exercı́cio 3.2.10 Dadas as transformações lineares
T : R3 → R2 S : R3 → R2
e ,
x 7→ (x3 − x2 , x1 ) x 7→ (x1 + x2 , x1 − x2 + x3 )
calcule T + S, T − S, e 2T − 3S.
Exercı́cio 3.2.11 Dados os operadores lineares
T : R2 → R2 S : R2 → R2
e ,
x 7→ (−x2 , x1 ) x 7→ (x1 + x2 , x1 − x2 )
determine se existem números α, β ∈ R tais que αT + βS = I.
Exercı́cio 3.2.12 Considere os operadores lineares
T : R2 → R2 S : R2 → R2
e .
x 7→ (−x2 , x1 ) x 7→ (x1 + x2 , x1 − x2 )
1. Prove que T e S são isomorfismos.
2. Prove que T + S e T − S são isomorfismos.
50
3. Encontre α, β ∈ R tais que αT + βS não seja um isomorfismo.
T : R2 → R2 S : R2 → R2
e ,
x 7→ (x2 , x1 ) x 7→ (0, x1 )
calcule T + S, T − S, T ◦ S, S ◦ T , T 2 e S 2 .
T : R2 → R2 S : R2 → R2
e ,
x 7→ (x1 , 0) x 7→ (0, x1 )
calcule T ◦ S, S ◦ T , T 2 , S 2 e (T + S) ◦ (T − S).
Exercı́cio 3.2.15 Mostre que o produto de duas transformações lineares (definido ponto a
ponto) não é uma transformação linear.
Problema 3.2.1 Prove que o operador de deslocamento σ : KN → KN é sobrejetivo.
Problema 3.2.2 Prove que o operador de diferenças ∆ : KN → KN é sobrejetivo.
Problema 3.2.3 Seja T : V → W uma transformação linear e suponha que T (v) = w, com
v ∈ V e w ∈ W . Prove que
T −1 (w) = {x ∈ V / ∃u ∈ Ker(T ) , x = u + v} .
Problema 3.2.4 Seja V um espaço vetorial real. Um subconjunto A ⊆ V é dito convexo se

para todo u, v ∈ V , o segmento
[u, v] = {(1 − t)u + tv ∈ V / t ∈ [0, 1]}
está contido em A. Prove que se T : V → W é linear e A ⊆ V é convexo, então Im(T ) ⊆ W é

convexo.
Problema 3.2.5 Considere a cadeia

T
n
Tn−1 2 1T T
Vn −→ Vn−1 −→ Vn−2 . . . −→−→ V2 −→ V1 −→ V0 , (3.1)
onde para todo k = 1, 2, . . . , n, os Vk são espaços vetoriais sobre R, e os Tk : Vk → Vk−1 são

aplicações lineares. A cadeia (3.1) é uma sequência exata se para todo k = 1, 2, . . . , n vale
Im(Tk ) = Ker(Tk−1 ) .
51
1. Prove que a sequência
T
{0} −→ V −→ W
é exata se e somente se T é injetiva.
T
V −→ W −→ {0}
é exata se e somente se T é sobrejetiva.
T
{0} −→ V −→ W −→ {0}
é exata se e somente se T é bijetiva.
Problema 3.2.6 Seja T : V → V um operador linear injetivo. Prove que T 2 6= T e T 2 6= 0.
Problema 3.2.7 Seja T : V → V um operador linear idempotente, ou seja tal que T 2 = T .

Prove que V = Ker(T ) ⊕ Im(T ).
Problema 3.2.8 Sejam T1 , T2 : V → V operadores lineares tais que

1. T12 = T1 e T22 = T2 ,
2. T1 + T2 = I, e
3. T1 ◦ T2 = T2 ◦ T1 = 0.
Prove que V = Im(T1 ) ⊕ Im(T2 ).
Problema 3.2.9 Um subespaço F 4 V é invariante para o operador linear T : V → V se

T (F ) ⊆ F . Determine as potências do operador de deslocamento σ para as quais o subespaço
E = {x : N → K / ∀p ∈ 4N , xp = 0} é invariante.
Problema 3.2.10 Dado a ∈ KN , calcule Ker(σ − aI) e Im(σ − aI).
Problema 3.2.11 Dado a ∈ KN , calcule Ker(∆ − aI) e Im(∆ − aI).
Problema 3.2.12 Dados a, b ∈ KN , calcule Ker(σ − bI)(σ − aI) e Im(σ − bI)(σ − aI).
Problema 3.2.13 Dados a, b ∈ KN , calcule Ker(∆ − bI)(∆ − aI) e Im(∆ − bI)(∆ − aI).
Problemas Propostos
Problema 3.2.1 Seja x ∈ V não nulo, T : V → V um automorfismo tal que T (x) = −x e

F = {y ∈ V / T (y) = y}. Prove que V = hxi ⊕ F .
Problema 3.2.2 Sejam x ∈ V não nulo e A ⊆ V um conjunto gerador de V . Prove que existe
no máximo um automorfismo T : V → V tal que T (x) = −x e T (A) ⊆ A.
Problema 3.2.3 Prove que se V = E ⊕ F então existe um isomorfismo ϕ : F → V /E.
52
3.3 Transformações af ins
Exercı́cio 3.3.1 Sejam Φ = (T, w) : V → W e Ψ = (S, u) : W → U transformações afins.

Prove que Ψ ◦ Φ = (S ◦ T, S(w) + u).
Exercı́cio 3.3.2 Seja Φ : V → W uma transformação afim. Prove que
1. se E v V então Φ(E) v W , e
2. se F v W então Φ−1 (F ) v V .
Exercı́cio 3.3.3 Prove que uma transformação afim Φ = (T, v) : V → V é idempotente

(Φ ◦ Φ = Φ) se e somente se a parte linear é idempotente e v ∈ Ker(T ).
Problemas Propostos
53
Capı́tulo 4
Bases e Dimensão
4.1 Representação matricial de operadores

T : R4 → R2
(x1 , x2 , x3 , x4 ) 7→ (x1 + x3 , x2 + x4 ) .
2. Encontre a representação matricial de T nas bases canônicas de R4 e R2 .
3. Encontre F 4 R4 tal que a restrição T |F : F → R2 seja um isomorfismo.
Exercı́cio 4.1.2 Dados n vetores x1 , x2 , . . . , xn ∈ V e n escalares λ1 , λ2 , . . . , λn K, prove por

indução que !
X n Xn
λ i xi = λi xik
i=1 k i=1
vale para todo k ∈ In .
T : R4 → R2
(x1 , x2 , x3 , x4 ) 7→ (x1 + x2 + 2x3 + x4 , x1 − x2 + x3 + 2x4 ) .
2. Encontre a representação matricial de T nas bases canônicas de R4 e R2 .
54
3. Encontre F 4 R4 tal que a restrição T |F : F → R2 seja um isomorfismo.

T : Z43 → Z23
(x1 , x2 , x3 , x4 ) 7→ (2x1 + x3 + x4 , x1 + x2 + 2x3 ) .
2. Encontre a representação matricial de T nas bases canônicas de Z43 e Z23 .
3. Encontre F 4 Z43 tal que a restrição T |F : F → Z23 seja um isomorfismo.
Exercı́cio 4.1.3 Dados n vetores x1 , x2 , . . . , xn ∈ V e n escalares λ1 , λ2 , . . . , λn K, prove por

indução que se T : V → W é uma transformação linear então vale
n
! n
X X
T λi xi = λi T (xi ) .
i=1 i=1
Problema 4.1.1 Prove que se a função T : R4 → R2 é linear e sobrejetiva, existe F 4 R4 tal
que a restrição T |F : F → R2 é um isomorfismo.
Problemas Propostos
Problema 4.1.1 Prove que se a função T : K5 → K3 é linear e sobrejetiva, existe F 4 K5 tal

que a restrição T |F : F → K3 é um isomorfismo.
4.2 Combinações lineares

Exercı́cio 4.2.1 Escreva o vetor (4, −3, 1) ∈ R3 como combinação linear de u = (1, 1, 0),
v = (−2, 5, 1) e w = (1, 0, 3).
Exercı́cio 4.2.2 Sejam y ∈ A ⊆ V e b : A \ {y} → K uma combinação linear em A \ {y} que

representa y. Prove que
c:A → K
bx ←→ x 6= y
x 7→
0 ←→ x = y .
é uma combinação linear em A que representa y.
55
Exercı́cio 4.2.3 Sejam X ⊆ A ⊆ V e i : X → A a função inclusão.
1. Descreva a função induzida i∗ : CL(X) → CL(A).
2. Prove que πX = πA ◦ i∗ .
Problemas Propostos
Problema 4.2.1 Resolva o Problema Proposto 2.3.5 usando combinações lineares.
4.3 Base de um espaço vetorial

Exercı́cio 4.3.1 Dados os vetores u = (2, 3, 4), v = (−1, 0, 3) e w = (1, 1, 1) em R3 , determine
se são `.i. ou `.d.
Exercı́cio 4.3.2 Determine uma base para cada um dos seguintes subespaços de R4 .
1. E = {x ∈ R4 / x1 = x3 },
2. F = {x ∈ R4 / x1 + x3 + x4 = 0},
3. E ∩ F , e
4. E + F .
Exercı́cio 4.3.3 Exiba uma base para cada um dos seguintes espaços vetoriais.
1. Polinômios pares de grau ≤ 8.
2. Polinômios de grau ≤ 6 que se anulam em x = 1.
Exercı́cio 4.3.4 Seja Pn (R) o espaço vetorial dos polinômios com coeficientes reais de grau
menor ou igual a n, e considere os primeiros 5 polinômios de Hermite
P0 (x) = 1
P1 (x) = x
P2 (x) = x2 − 1
P3 (x) = x3 − 3x
P4 (x) = x4 − 6x2 + 3 .
1. Prove que formam uma base em P4 (R).
2. Escreva cada um dos seguintes vetores como combinação linear desta base.
56
(a) Q(x) = x2 .
(b) Q(x) = x3 .
(c) Q(x) = x3 (3x − 2).
Exercı́cio 4.3.5 Construa uma base de Hamel para o espaço de sequências finitas F0 (N, K).
Exercı́cio 4.3.6 Dado A ⊆ V não vazio, construa uma base de Hamel para CL(A).
Exercı́cio 4.3.1 Determine se os seguintes conjuntos de vetores em R4 são `.i. ou `.d.
1. {(2, −1, 1, 3), (−1, 0, 3, 0), (0, −1, 7, 3)}.

√ √ √ √
2. {( 2, 1, 0, 3), (1, 3, 0, 5), (−1, 3 5, 0, 2), (1, 1, 0, 2 + 3)}.
21 1 1 2
3. {( 35 , 17 , 0, 2), (0, 13 , −2, 15 ), (1, 0, 11
13
5
), (3, 2, 1, 0), (3, 2, 4, 31 )}.
4. {(1, 2, 3, 0), (2, 3, 0, 1), (3, 0, 1, 2), (0, 1, 2, 3)}
Exercı́cio 4.3.2 Determine se os seguintes conjuntos de vetores em Z45 são `.i. ou `.d.
1. {(1, 2, 3, 4), (4, 0, 3, 0), (0, 2, 1, 4)}.
2. {(2, 0, 1, 3), (1, 0, 3, 5), (3, 0, 1, 2), (1, 0, 1, 1)}.
3. {(2, 1, 0, 2), (0, 1, 2, 1), (1, 0, 1, 3), (3, 2, 1, 0)}.
Exercı́cio 4.3.3 Considere o operador linear
T : Pn (R) → Pn (R)
f 7→ f 00 ,
onde Pn (R) é o espaço vetorial dos polinômios de grau menor o igual a n ∈ N.
1. Se n = 5, determine a representação matricial de T na base ξ = {1, x, x2 , x3 , x4 , x5 }.
2. Determine a representação matricial de T na base ξ = {1, x, x2 , x3 , . . . , xn }.
3. Determine Ker(T ).
4. Determine Im(T ).
5. Se p ∈ Im(T ), resolva o sistema linear T (q) = p.
57
Exercı́cio 4.3.4 Seja Pn ([−1, 1], R) o espaço vetorial dos polinômios com coeficientes reais
definidos em [−1, 1] com grau menor o igual a n, e considere os primeiros 5 polinômios de
Legendre
P0 (x) = 1
P1 (x) = x
P2 (x) = 12 (3x2 − 1)
P3 (x) = 12 (5x3 − 3x)
P4 (x) = 18 (35x4 − 30x2 + 3) .
1. Prove que formam uma base em P4 ([−1, 1], R).
2. Escreva cada um dos seguintes polinômios como combinação linear desta base.
(a) Q(x) = x2 .
(b) Q(x) = x3 .
(c) Q(x) = x3 (3x − 2).
Exercı́cio 4.3.5 Seja Pn ([0, ∞i, R) o espaço vetorial dos polinômios com coeficientes reais
definidos em [0, ∞i com grau menor ou igual a n, e considere os primeiros 5 polinômios de
Laguerre
P0 (x) = 1
P1 (x) = −x + 1
P2 (x) = 21 (x2 − 4x + 2)
P3 (x) = 16 (−x3 + 9x2 − 18x + 6)
P4 (x) 1
= 24 (x4 − 16x3 + 72x2 − 96x + 24) .
1. Prove que formam uma base em P4 ([0, ∞i, R).
2. Escreva cada um dos seguintes polinômios como combinação linear desta base.
(a) Q(x) = x2 .
(b) Q(x) = x3 .
(c) Q(x) = x3 (3x − 2).
Exercı́cio 4.3.6 Dado um conjunto não vazio X, seja F0 (X, R) ⊆ F(X, R) o conjunto das
funçãoes quase todas nulas, isto é,
F0 (X, R) = {f : X → R / |X \ f −1 (0)| = n ∈ N} .
1. Prove que F0 (X, R) é um espaço vetorial.
2. Construa uma base de Hamel para F0 (X, R).
Exercı́cio 4.3.7 Prove o forneça um contraexemplo à seguinte afirmação. Dado um subespaço

F 4 V e uma base B de V , existe uma base A ⊆ B de F .
58
Problemas Propostos
Problema 4.3.1 Seja Pn o espaço dos polinômios de grau ≤ n. Constrúa uma base de Pn
formada por polinômios de grau n.
Problema 4.3.2 Considere R como um Q–espaço vetorial (veja o Problema Proposto 1.2.1).
Prove que se A ⊆ R é enumerável então A não é uma base de Hamel para R.
Problema 4.3.3 Sejam T : V → W uma transformação linear e B uma base de Im(T ). Uma
solução fundamental do par (T, B) é uma solução do sistema linear T (x) = δ, com δ ∈ B. Prove
que x ∈ V é solução do sistema linear T (x) = b (para algum b ∈ W ) se e somente se pode ser
escrito como uma combinação linear de soluções fundamentais de um par (T, B).
4.4 Dimensão
Problemas Propostos
59
Apêndice A
Teoria de Conjuntos
A.1 Conjuntos e funções

Exercı́cio A.1.1 Um par ordenado é um conjunto da forma
(x, y) = {{x}, {x, y}} .
Mostre que (x, y) = (u, v) se e somente se x = u e y = v.
Exercı́cio A.1.2 Seja f : A → B uma função. Mostre diretamente, isto é, a partir das
definições, que
1. se f é injetiva então é cancelável pela esquerda, e
2. se f é sobrejetiva então é cancelável pela direita.
Exercı́cio A.1.3 Sejam f : A → B e g : B → C duas funções, mostre que
1. se f e g são injetivas, então g ◦ f é injetiva,
2. se f e g são sobrejetivas, então g ◦ f é sobrejetiva,
3. se f e g são bijetivas, então g ◦ f é bijetiva,
4. se g ◦ f é injetiva, então f é injetiva, e
5. se g ◦ f é sobrejetiva, então g é sobrejetiva.
Mostre com contraexemplos que nenhuma das implicações é reversı́vel.
Exercı́cio A.1.4 Mostre que se uma função f possui uma inversa pela esquerda ` e uma
inversa pela direita r, então estas inversas são únicas e ` = r. Conclúa daquı́ que neste caso f
é bijetiva, e portanto f −1 = ` = r.
60
Exercı́cio A.1.5 Mostre que para quaisquer conjuntos A e B, A \ B = B \ A se e somente se
A = B.
Exercı́cio A.1.6 Mostre com um contraexemplo que as seguintes igualdades não são sempre
válidas. Pode determinar condições suficientes e necessárias para que as igualdades sejam
válidas?
1. A \ (B \ C) = (A \ B) \ C, e
2. A ∪ (B \ C) = (A ∪ B) \ (A ∪ C).
Exercı́cio A.1.7 Mostre que A∆B = (A ∪ B) \ (A ∩ B).
Exercı́cio A.1.8 Mostre que para quaisquer três conjuntos A, B e C vale
A∆(B∆C) = (A∆B)∆C .
Exercı́cio A.1.9 Seja A um conjunto e B ⊂ A. Dada uma função h : A \ B → B, construa
uma função f : A → B sobrejetiva mas não injetiva.
Problemas Propostos
Problema A.1.1 Seja f : A → B uma bijeção. Use o Teorema Fundamental da Fatoração
para mostrar que existe uma única função g : B → A tal que g ◦ f = idA e f ◦ g = idB .
A.2 Famı́lias de conjuntos

Exercı́cio A.2.1 Seja A uma famı́lia de conjuntos. Mostre que para todo X ∈ A vale
\ [
A⊆X⊆ A.
Exercı́cio A.2.2 Mostre que se f : A → B é uma bijeção, então f P = (f −1 )P .
Problemas Propostos
T T
Problema A.2.1 Prove que f ( X ) = Y se e somente se f é bijetiva.
Problema A.2.2 Construa uma bijeção entre F(R2 , R) e F(R, RR ) e interprete o resultado.
Problema A.2.3 Dados n, m ∈ N0 , construa uma bijeção entre F(Rn , Rm ) e F(Rn , R)m e
interprete o resultado.
61
Apêndice B
O Axioma da Escolha
B.1 Sobre a existência de funções de escolha

Exercı́cio B.1.1 Mostre que se um conjunto admite uma função de escolha, então todo
subconjunto não vazio dele também admite uma função de escolha.
Problemas Propostos
B.2 O Axioma da Escolha

Problemas Propostos
B.3 Versões restritas do Axioma da Escolha

Problemas Propostos
62

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Exercı́cios e Problemas de Álgebra

Universidade Estadual de Santa Cruz – UESC,

1.1 Alguns exemplos conhecidos

Solução. Resolvemos o exercı́cio por três métodos distintos.

(5, 1) + (z1 , z2 ) = (−2, 3) .

Somando os pares ordenados do lado esquerdo temos

Igualando componentes obtemos

Resolvendo obtemos z1 = −7 e z2 = 2, logo z = (−7, 2).

Segundo método. Escrevemos primeiro

Somando em ambos termos da igualdade o vetor (−5, −1) e usando a associatividade da

(−5, −1) + ((5, 1) + z) = (−5, −1) + (−2, 3)

1. Como x = (3, 2) temos x1 + x2 = 5 6= 0, logo x ∈ / V . Do mesmo modo temos y1 + y2 =

2. Temos x + y = (4, −4), e portanto (x + y)1 + (x + y)2 = 0, ou seja x + y ∈ V . Já

Exercı́cio 1.1.3 Sejam V = {x ∈ R3 / x1 + x2 + x3 = 0} e W = {x ∈ R3 / x1 = x2 = x3 }.

(v1 + w1 , v2 + w2 , v3 + w3 ) = (3, 5, −2) . (1.1)

Somando as componentes obtemos

(v1 + v2 + v3 ) + (w1 + w2 + w3 ) = 6 . (1.2)

Como v ∈ V temos v1 + v2 + v3 = 0, e como w ∈ W temos w1 + w2 + w3 = 3w1 .

2. Sejam v ∈ V e w ∈ W tais que v + w = y. Em componentes temos

Somando as componentes obtemos

Como v ∈ V temos v1 + v2 + v3 = 0, e como w ∈ W temos w1 √ + w2 + w3 = 3w1 .

1. x = (2, 3, 4), y = (−1, 0, 3) e z = (1, 1, 1).

2. x = (−1, 25 , 1), y = (−4, 4, −5) e z = ( 21 , 1, −5).

α(2, 3, 4) + β(−1, 0, 3) + γ(1, 1, 1) = (0, 0, 0) ,

2. Se existem α, β, γ ∈ R tais que αx + βy + γz = 0, então

α −1, 52 , 1 + β(−4, 4, −5) + γ 12 , 1, −5 = (0, 0, 0) ,

Esta igualdade equivale ao sistema linear

5x − y + 2z = 5 −1, 52 , 1 − (−4, 4, −5) + 2 21 , 1, −5

= (−5, 2, 5) + (4, −4, 5) + (1, 2, −10)

e às vezes estes coeficientes não nulos não existem.

Exercı́cio 1.1.5 Determine em cada caso se existem α, β, γ ∈ R tais que

2. x = (−2, 1, 2), y = (1, 4, 1), z = (3, 3, −1), e u = (−2, 0, 6).

1. Se existem tais α, β, γ ∈ R temos

(4, −3, 1) = α(1, 1, 0) + β(−2, 5, 1) + γ(1, 1, 2)

Igualando componentes temos o sistema linear

que tem como única solução α = 1, β = −1 e γ = 1, ou seja

2. Se existem tais α, β, γ ∈ R temos

(−2, 0, 6) = α(−2, 1, 2) + β(1, 4, 1) + γ(3, 3, −1)

Igualando componentes temos o sistema linear

Eliminando γ obtemos o sistema

Este exercı́cio mostra que às vezes é possı́vel escrever

e às vezes isto não é possı́vel.

1. z = (3, 5) e w = (4, 1).

Exercı́cio 1.1.7 Calcule os seguintes números complexos.

Exercı́cio 1.1.8 Encontre todas as soluções em C das seguintes equações.

Exercı́cio 1.1.9 Encontre todas as soluções em C das seguintes equações.

Exercı́cio 1.1.10 Em cada caso, encontre z ∈ C2 tal que x + z = y.

1. x = (1 + i, 2 − 3i), y = (3, i).

Exercı́cio 1.1.11 Em cada caso, encontre z ∈ C3 tal que x + z = y.

1. x = (2 − i, 1, 2i), y = (i, 2, i).

Exercı́cio 1.1.12 Seja V = {x ∈ C2 / x1 + x2 = 0}. Determine quais dos seguintes vetores

Exercı́cio 1.1.13 Sejam V = {x ∈ C3 / x1 + x2 + x3 = 0} e U = {x ∈ C3 / x1 = x2 = x3 }.

1. x = (1, 2, 4), y = (−i, 3i, 0), e z = (2 − i, 6, 4 − 2i).

2. x = (1 + i, i, 3), y = (1 − i, 0, 3i), e z = (−1, i, 2).

Exercı́cio 1.1.15 Determine em cada caso se existem α, β, γ ∈ C tais que

1. x = (1, 1, 0), y = (−1, i, 0), z = (1, 0, 3), e u = (1, 3, 2).

2. x = (1, 0, i), y = (0, 3, i), z = (i, 0, 1), e u = (4, 0, i).

Exercı́cio 1.1.17 Em cada caso calcule z + w, z − w, z · w e z/w.

Exercı́cio 1.1.24 Prove que Z2 é um corpo.

Exercı́cio 1.1.25 Em cada caso, encontre z ∈ Z35 tal que x + z = y.

2. x = (4, 1, 2), y = (2, 1, 1).

Exercı́cio 1.1.26 Seja V = {x ∈ Z42 / x1 + x2 + x3 + x4 = 0}. Determine quais dos seguintes