1 Parte
Dados
Históricos
__________________________________________________________ Lubrificação - 1
Dados Históricos
1 - ORIGEM DO PETRÓLEO
vegetais
Origem decomposição bacteriana de organismos vivos
animais
Error: Reference source not found levada a efeito a milhões de anos
• Não é encontrado na região de sua origem
• Movimento conjunto com a crosta terrestre
• Encontrado em regiões de pressão mais baixa
• Acumulado em rochas porosas sedimentares
• A palavra petróleo vem do latim: petroleum, que significa óleo de pedra.
• Apresenta diferentes combinações de propriedades – poço para outro
• Extraído em quase todas as regiões do planeta
• Elementos básicos
11 a 14% hidrogênio
1.1 - Cronologia do Aparecimento do Petróleo
1000 a.C – Chineses encontravam gás natural quando escavavam à procura de sal.
600 a.C. – Nabucodonosor utilizou asfalto para revestir paredes e pavimentar as ruas
da Babilônia.
1627 – Condes da região de Hacau – Lichtemberg fizeram a 1ª concessão petrolífera
que se tem notícia.
1859 – Edwin Dark perfurou o 1º poço comercial
1939 – Brasil – 1º poço em Lobato (Bahia)
__________________________________________________________ Lubrificação - 2
gases em dissolução
água
Durante a extração arrasta
areia
sais minerais
O petróleo, de acordo com a sua composição, pode ser dividido em três grandes
tipos:
a) Parafínicos
b) Naftênicos
c) Aromáticos
__________________________________________________________ Lubrificação - 3
Por este motivo é necessário à colocação de um lubrificante entre as partes em
movimento relativo, como mostra a figura abaixo.
__________________________________________________________ Lubrificação - 4
INDÚSTRIA EM GERAL (metalúrgica, usina, mineração, etc)
ÓLEOS AUTOMOTIVOS
ÓLEOS INDUSTRIAIS
a
2 Parte
Lubrificantes
__________________________________________________________ Lubrificação - 5
Lubrificantes
2 – DEFINIÇÃO
__________________________________________________________ Lubrificação - 6
GASOSOS – São os lubrificantes que são usados onde não se pode usar os
lubrificantes comuns. Temos por exemplo de alguns dos mais usados: o AR, os GASES,
HALOGENADOS, o NITROGÊNIO. Seu uso é restrito devido principalmente à
necessidade de vedações e altas pressões.
SÓLIDOS – São os lubrificantes que resistem às elevadas temperaturas. Exemplo dos
mais comumente usados: o GRAFITE, o ÓXIDO DE ZINCO (ZnO 2), o TALCO, A MICA,
BISSULFETO DE MOLIBDÊNIO (MoS2), etc. São usadas também, adicionados a óleos e
graxas.
Os primeiros lubrificantes eram de origem animal, mas com o passar do tempo, o
homem foi aperfeiçoando e criando novos inventos, e por necessidade, os lubrificantes
foram evoluindo também, passando a ter bases de origem vegetal, mineral e sintética.
As bases lubrificantes são selecionadas de acordo com sua capacidade de:
Formar um filme deslizante protetor das partes móveis;
Resistir às constantes tentativas do calor e do oxigênio de alterar suas
propriedades;
Resistir a choques e cargas mecânicas, sem alterar seu poder lubrificante;
Remover calor dos componentes internos do equipamento.
a
3 Parte
Características Físicas
__________________________________________________________ Lubrificação - 7
dos Óleos Lubrificantes
3.1 – Viscosidade
Pode ser definida como sendo a resistência que o fluido oferece ao escoamento,
devido ao atrito interno entre as moléculas do fluido. É a propriedade mais importante de
um óleo lubrificante, pois de uma maneira geral a lubrificação de qualquer mecanismo
depende de uma película de óleo de viscosidade suficiente para suportar a carga,
impedindo o desgaste.
Ela não deve ser elevada demais porque provocaria aquecimento e perda de potência
por atrito interno no próprio óleo; também não pode ser baixa demais porque poderá não
ser suficiente para manter a continuidade da película e o afastamento completo das
superfícies.
__________________________________________________________ Lubrificação - 8
Existe uma faixa ideal para o conjunto de valores relativos a cargas, velocidades e
temperaturas de trabalho. A viscosidade condiciona ainda o fluxo de óleo entre as
superfícies e conseqüentemente a capacidade de resfriamento das mesmas.
Saybolt (EUA)
Redwood (Inglaterra)
Engler (Alemanha)
Cinemático (Uso Universal)
L U
IV = L H X 100
L U
IV = X 100
D
__________________________________________________________ Lubrificação - 10
__________________________________________________________ Lubrificação - 11
3.3 – Ponto de Fluidez
3.6 – Cor
__________________________________________________________ Lubrificação - 14
3.7 – Demulsibilidade
Água ou banho
de óleo
RESULTADO
25, 20, 35, 60’
__________________________________________________________ Lubrificação - 15
a
4 Parte
Aditivos
__________________________________________________________ Lubrificação - 16
Aditivos
4 - ADITIVOS INDUSTRIAIS E SUAS APLICAÇÕES
Aditivos Industrias
Agentes Anti-Desgate e ep
Físicos
Químicos
Inibidores de oxidação
Inibidores de corrosão
Dispersantes
Detergentes
Emulsificantes
Sintéticos
Inibidores de ferrugem
Agentes de oleosidade
Modificadores de atrito
Melhoradores dos índices de viscosidade
Abaixadores do ponto de fluidez
Antissépticos
Diluentes ou veículos
Controladores de odor
Repelente de água
Coupling agents
O texto que se segue é uma espécie de inventário de aditivos industriais, suas funções
e mecanismo de ação. É uma tentativa de esquematizar brevemente a parte útil, na
prática, da imensa quantidade de produtos atualmente usados como aditivos.
A designação ADITIVOS INDUSTRIAIS é meramente didática, vez que as funções de
um lubrificante são as mesmas na indústria e no equipamento automotivo. O que existe é
a predominância de certas funções sobre outras, em cada tipo de aplicação.
A definição histórica LUBRIFICAR É DIMINUIR O DESGATE é válida até hoje, Os
primeiros aditivos industriais pesquisados foram os anti-desgaste e EP, havendo teorias à
respeito da LUBRIFICAÇÃO DA AUTORIA de da Vinci, Amonts, Coulomm, etc.
Adesão
__________________________________________________________ Lubrificação - 17
Adsorção físicas: óleos / graxa / resinas ( polaridade e/ou impregnação)
Adsorção química: reação química (fosfotização; oxidação)
A) Microfluxtrans da Optimol
B) Microesferas de PPX americana
__________________________________________________________ Lubrificação - 18
O aditivo Microfluxtrans reage com o metal da superfície que se quer lubrificar,
transformando-o em um material, que na ocorrência de uma lubrificação limite, transfere o
material das saliências microscópicas da superfície para as reentrâncias num fluxo
continuo, sem que haja desprendimento de material.
O processo é químico, por tanto, o aditivo é consumido.
Já no caso das Microesferas, toda vez que ocorre a lubrificação limite, as Microesferas
fazem a separação das duas superfícies, transformando o atrito de deslizamento em atrito
de rolamento.
Uma vez que o atrito de rolamento é de dez a cem vezes menor que o atrito de
deslizamento, os ganhos em redução de desgaste e temperatura são enormes. A ação é
puramente Física, não havendo consumo aditivo.
4.5 - Dispersantes
4.6 - Detergentes
__________________________________________________________ Lubrificação - 19
4.9 - Melhoradores de Índice de Viscosidade
Tem pouca aplicação em óleos industriais, exceto naqueles casos em que a baixa
temperatura obriga o seu uso.
Sua função é separar os cristais de cera, evitando que se aglomerem a baixas
temperaturas.
4.12 - Antissépticos
São habitualmente, produtos baratos, indo desde a água, até os solventes derivados
de petróleo e/ou destilados de madeira e carvão. Sua função é permitir a aplicação e
deposição do produto dissolvido, geralmente evaporando depois.
Em trabalhos de cortes de têmpera, prestam-se à dissipação de calor. São
especialmente úteis para trabalhos de moldagem em formas a aplicação de anti-
ferruginosos sobre superfícies metálicas.
Compostos organo-silícios e outros polímeros estão nesta classe, assim como aminas
alifáticas, hidroxiácidas e ácidos graxos.
Em larga aplicação em locais onde há condensação de água, ou onde a água possa
penetrar.
__________________________________________________________ Lubrificação - 20
4.16 Coupling Agents
__________________________________________________________ Lubrificação - 21
__________________________________________________________ Lubrificação - 22
a
5 Parte
Graxas
Lubrificantes
__________________________________________________________ Lubrificação - 23
Graxas Lubrificantes
5 - GRAXAS LUBRIFICANTES
Considerações gerais
Componentes
Espessador
Lubrificante fluido
Aditivos
Formações típicas
Condições que exigem uso de graxa
Classificação em grau NLGI
Ponto de gota
Resistência à água
Estabilidade
Característica e uso segundo os sabões.
Temos então:
GRAXA LUBRIFICANTE = ESPESSANTE + LUBRIFICANTE FLUIDO + ADITIVO.
5.3 - Espessante
__________________________________________________________ Lubrificação - 24
Existe ampla gama de materiais, incluindo argilas ou pigmentos, embora o tipo
empregado nas graxas mais convencionais seja um sabão, ou mistura de sabões.
Estes resultam de reação de gorduras de origem animal ou vegetal, com o cálcio,
hidróxido de sódio, ou lítio.
Quimicamente, a reação, entre um ácido graxo e uma base metálica é conhecida
como saponificação. Além do sabão, a saponificação também dá origem a produtos de
reação secundária, tais como água, álcool ou glicerina. Com a variedade de gorduras e
álcalis existentes, a escolha de sabões para a produção de graxas é bem grande. O
componente metal tem importância nas propriedades da graxa.
Os sabões complexos são misturas de sal-sabão. De forma geral, essas graxas são
utilizadas em temperaturas pouco mais elevadas do que as graxas de sabão normal.
Entre os espessadores inorgânicos, as argilas modificadas de bentonita e hectorita
tem sido usadas com sucesso em graxa. A sílica também é largamente empregada,
porém, apresenta um inconveniente, pois é sujeita a aglomeração quando em presença
de umidade, podendo provocar abrasão nas partes lubrificadas. O negro de fumo,
principalmente o acetileno, tem ação espessadora em graxas lubrificantes. As poliréias
são formadas pela reação de amônia com isoctanas, em temperatura ambiente, as fibras
sintéticas e os materiais orgânicos foram muito usados como espessadores de graxas
resistentes à ação de hidrocarbonetos.
Sabões metálicos
Normal: cálcio, lítio, alumínio, bário
Complexo: cálcio, lítio, alumínio, bário
Base mista: cálcio-chumbo, lítio-chumbo
Inorgânico: argila, benonita, sílica, argila hectorita
Poliuréias
Negro de fumo
Materiais orgânicos
Igualmente componente fluido da graxa, pode ser uma grande variedade de materiais,
mas, habitualmente, é um óleo de petróleo, e, também neste caso, o fabricante de graxas
dispõem de uma ampla escolha de óleos, variando muito em características físicas e
químicas. Ultimamente tem sido grande o uso de óleos sintéticos.
A viscosidade do óleo tem bastante influencia nas propriedades das graxas, como por
exemplo: graxas á base de lítio, fabricadas com óleos viscosos, tem ponto de gota
elevado e evaporação baixa, enquanto as feitas de óleos de baixa viscosidade, tem
melhor rendimento a abaixas temperaturas.
Quando as graxas são formuladas para condições criticas, fluidos sintéticos devem ser
usados, tais como -silicone e os ésteres de fosfato, o poliaquileno glicol, o éster de
silicato, o silicone clorado, e outros.
5.5 - Aditivos
__________________________________________________________ Lubrificação - 25
Os materiais de adição podem ser de qualquer número de aditivos, necessários para
certas características desejadas da graxa pronta, incluindo estabilidade à oxidação,
melhor aderência, propriedades de extrema pressão e inibição da ferrugem.Em algumas
graxas, são adicionadas determinados materiais sólidos, como grafite, bissulfeto de
molibdênio, talco ou pós metálicos, para obter-se propriedades especiais.
Muitos dos aditivos usados em graxas lubrificantes são semelhantes áqueles
empregados para óleos lubrificantes, quanto á função e finalidade. Os aditivos mais ou
menos específicos para graxas, são os estabilizadores químicos e aqueles que aumentam
o ponto de gota. Os estabilizadores químicos são usados na fabricação de certas classes
de graxas, para eliminarem a água na formação final, como um correspondente aumento
na temperatura máxima de uso.
Embora o ponto de gota tenha relação direta com o desempenho satisfatório, em
alguns casos, um aumento do ponto de gota reduzirá o vazamento a altas temperaturas.
O bissulfeto de molibdênio é um composto inorgânico largamente usado para
formulações de graxas. Ele possui capacidade peculiar de reduzir o atrito e o desgaste
sob certas condições de movimento deslizante, com baixa velocidade e alta carga, em
conseqüência do que o bissulfeto do molibdênio, é considerado, usualmente, mais como
aditivo do que como carga.
Onde a maquina é construída de tal maneira que não existe possibilidade do óleo
ser retirado das partes a serem lubrificadas.
__________________________________________________________ Lubrificação - 26
Quando o lubrificante deve agir como vedação para evitar a entrada de impurezas
no mancal. A graxa manterá uma vedação nas extremidades do mancal, de onde o óleo
se escoaria rapidamente.
Onde se adiciona o lubrificante raras vezes, como em maçais de motores.
Onde existem velocidades baixas e pressões elevadas.
5.7.1 - Consistência
__________________________________________________________ Lubrificação - 27
Baseado nos valores de penetração trabalhada, o “National lubrificating Grease
Institute” (N. L. G. I.) dos EE.UU. , estabeleceu uma classificação das graxas lubrificantes,
dividindo as mesmas em nove tipos, conforme segue:
__________________________________________________________ Lubrificação - 28
Denomina-se “ponto de gota” de uma graxa lubrificante, a temperatura na qual o
produto torna-se suficientemente fluido, sendo capaz de gotejar através do orifício de um
dispositivo especial, sendo obedecidas rigorosamente às condições do ensaio.
As graxas apresentam ponto de gota variáveis, dependendo o mesmo entre outro
fatores, do tipo de agente espessante empregado, das matérias primas usadas e do
produto de fabricação. De um modo geral, as graxas podem ser classificadas de acordo
com o seu ponto de gota, conforme segue:
__________________________________________________________ Lubrificação - 29
Certas graxas especiais de Cálcio apresentam ponto de gota entre 400-500ºF.
A determinação do ponto de gota apresenta inicialmente interesse no controle da
fabricação e constitui um dado de importância nas especificações de compra e venda de
graxas.
Em serviço, é comum utilizar-se uma graxa cujo ponto de gota esteja acima, pelo
menos 50ºF das temperaturas alcançadas durante o serviço.
Alguns tipos de graxas tem que exercer a sua tarefa de lubrificação na presença de
água e, por isso, necessitam, como propriedade essencial, de uma certa resistência
contra água. Graxas à base de cálcio e lítio não se dissolvem na água como as bases de
sódio.
Em face disto, geralmente não se usam graxas à base de sódio quando existe a
possibilidade de contato direto entre a água e o lubrificante. Adiciona-se, a algumas
graxas, o grafite bem moído, a fim de melhorar sua “performance” em mancais, na
presença de água.
__________________________________________________________ Lubrificação - 30
a
6 Parte
__________________________________________________________ Lubrificação - 31
Classificação de
Lubrificantes
__________________________________________________________ Lubrificação - 32
Classificação de Lubrificantes
6 - CLASSIFICAÇÃO SAE
As temperaturas dos óleos de transmissão de grau SAE 70W, 80W e 85W, para
viscosidades de 150.000CP, são determinadas de acordo com o método ASTM D-2983,
utilizando o Viscosímetro Brookfield.
Dentro da classificação SAE, o mesmo óleo do motor ou de transmissão pode atender
a dois graus de viscosidade SAE. Neste caso o óleo é denominado Multiviscoso.
__________________________________________________________ Lubrificação - 33
Em temperaturas baixas, um óleo multiviscoso 15W40 se comporta como um óleo de
grau SAE 15W e a 100ºC é um óleo de grau SAE 40.
Para classificar o lubrificante de acordo com o seu desempenho, são feitos testes em
motores padronizados, sob condições operacionais controladas, denominadas “Seqüência
de testes”. Em cada uma dessas seqüências é avaliado o desempenho do óleo
lubrificante nas varias partes de um motor sob condições variadas funcionamento, como
de temperatura, rotação, carga, tipo de combustível, sendo as mesmas rigidamente
controlada dentro dos padrões estabelecidos para seqüência de testes.
Na classificação API-SAE-ASTM foram estabelecidas, inicialmente quatro categorias
para óleos de motores à gasolina, designadas pelas letras A,B,C e D, procedidas pela
letra SERVICE (postos de gasolinas, garagens, revendedores autorizados). Para os óleos
de motores diesel, foram estabelecidas também, quatro categorias igualmente designadas
pelas letras A,B,C e D, precedidas, porém pela letra C, de COMERCIAL ( Veículos mais
pesados, destinados ao transporte de cargas ou coletivos).
CA - Óleo com aditivos que promovem uma proteção aos mancais, contra a corrosão,
desgaste, evitando a formação de depósitos de altas temperaturas. Satisfaz a
especificação militar.
__________________________________________________________ Lubrificação - 34
CD - Óleo com aditivos, proporcionando a mesma proteção que os óleos classe CC,
em maior grau. Indicando para motores diesel turbinados com alta taxa de
superalimentação, operando em condições severas e com qualquer tipo de combustível.
Satisfaz a especificação MIL-L-2104-C e a especificação Caterpiliar, serie 3.
CF- 2 - Para serviço em motores diesel de 2 tempos que requerem efeito controle de
desgaste e depósitos. Esta categoria demonstra superior performance em relação aos
óleos da classificação CD-2, podendo substituí-la. Atende aos testes de motor: CRL L-38,
Caterpilar IM-PC e Detroit.
Diesel 6 V92TA
CF- 4 - Esta classificação foi criada em 1990 parar uso em motores diesel quatro
tempos operando em altas velocidades. O CF-4 excede os requisitos do API CE no que
tange a um maior controle de consumo de lubrificante e depósito nos pistões: atende os
requisitos da CRC L-38, MACK-T6, MACK-T7, CUMMINS NTC 400 e Caterpilar 1K.
Notas:
__________________________________________________________ Lubrificação - 35
1. Motores Turbinados ou Superalimentados
Os motores turbinados ou superalimentados, existe um compressor ou turbo -
compressor, acionado pelo próprio motor ou independente, que força o ar para dentro do
cilindro. Com este artifício aumenta-se a quantidade de ar dentro do cilindro,
possibilitando-se aumentar o volume injetado de combustível e, assim, a potencia do
motor.
3. Aditivos detergente-dispersante
As funções dos aditivos detergente-dispersante são as seguintes:
A – Atua como dispersante evitando depósito de baixa temperatura e alta temperatura,
isto é, evita que os produtos de oxidação do óleo e outros componentes insolúveis, se
depositem nas superfícies metálicas.
B – Atua como detergente, removendo depósitos.
C – Atua em reação química, visando eliminar a formação de material insolúvel no
óleo.
D – Atua como neutralizante dos produtos de oxidação ácida.
__________________________________________________________ Lubrificação - 36
As exigências crescem da esquerda para a direita em cada grupo: G, D e PD como
poderemos observar:
Gasolina G1 G2 G3 G4 G5
Diesel (automóveis) PD1 PD2
Diesel Pesados D1 D2 D3 D4 D5
Observação: A CCMC sofreu subdivisões e a partir de 1992 foi substituída pela ACEA
(Associação dos Construtores de Automotiveis).
MIL-L-2104-A, suplemento 1
Suportam condições em pouco mais severas que os óleos de especificação anterior.
São indicados para motores utilizando óleo diesel com alto teor de enxofre. Os óleos MIL-
L-2104-A, S-1 se enquadram na classificação de serviço CB do API-SAE-ASTM.
MIL-L-2104-B
Superiores aos da especificação anterior e adequados para serviço anda e pára. Os
óleos que atendem a MIL-2104-B, são indicados para serviço CC do API-SAE-ASTM.
MIL-L-2104-C
Recomendada principalmente para os motores diesel superalimentados, operando sob
condições de serviço severo. A cartepilar resolveu deixar de qualificar óleos com série 3,
uma vez que a especificação MIL-2104-C satisfaz plenamente às necessidades de
lubrificação de seus motores. Conseqüentemente, foram abandonados os estudos que
vinham sendo desenvolvidos pela caterpilar em um motor de um cilindro de 4,75
__________________________________________________________ Lubrificação - 37
polegadas de diâmetro, para implantação mais severas do que a série 3 (a ex-futura série
4). Os óleos MIL-L-2104-C atendem, também, ao serviço CD do API-SAE-ASTM.
MIL-L-2104-D
Trata-se da mais recente especificação militar sendo baseada na MIL-L-2104-C,
acrescida do teste de motor DDA 6V-53T, limites mais severos para desgaste e avaliação
dos testes TO2 e ALLISON C-3. Esta especificação foi efetivada em abril de 1983. Foi
reconhecida a utilização do grau SAE 15W40.
MIL-L-46152
Esta especificação satisfaz todas as exigências da categoria SE do API-SAE-ASTM,
além de incluir um teste adicional de verificação do poder de detergência em motores
diesel. Além da categoria SE os óleos MIL-L-46152-B também atendem à classificação de
serviço SF do API-SAE-ASTM.
MIL-L- 46152-B
Esta classificação foi criada a partir de janeiro de 1981. Os óleos que se enquadrarem
na especificação MIL-L-46152-B também atendem à classificação de serviço SF do API-
SAE-ASTM.
MIL-L-2105
Óleos recomendados para condições de serviços normais de transmissões
automotivas. Atende a classificação API GL 4.
MIL-L-2105-B
Óleos recomendados para condições de serviços normais de transmissões. Atende a
classificação API GL 5.
MIL-L-2105-C
Trata-se da mais rigorosa recente especificação militar para óleos de transmissões
automotivas. Possuindo limites de avaliação mais rígidos e superando a especificação
anterior.
MIL-L-2105-D
Trata-se da mais nova especificação para engrenagens automotivas, superando a
MIL-L-2105-C, basendo-se nas viscosidades 75W 3 80W90.
A seleção, pelos usuários, dos lubrificantes adequado para motores 2T não tem sido
fácil. Desde 1962, existe somente uma classificação padrão de performance para motores
estabelecida pela NNMA (National Manufactures Association) chamada BIA TC-W. Estas
letras representam Boating Industry Association Two Cycle-Water-Cooled. Por causa da
existência desta classificação solitária, e da difundida premissa que a maioria dos motores
2T poderiam ser atendidas pelos lubrificantes qualificados no BIA TC-W, numerosos
fabricantes de motores especificavam-na para atender os seus requisitos de óleo
lubrificante.
Este aspecto precipitou a formação em 1976 da triparte SAE, ASTM e CEC
(Coordination Eurepean Council) para estabelecer uma classificação padrão de
performance para motores 2T, abrangendo todos os tipos e potência de motores, dividida
em 4 categorias distintas: TSC-1 até TSC-4.
__________________________________________________________ Lubrificação - 38
Designação Testes Parâmetro Avaliado
TSC-1 Motobecane Arranhamento/Depósitos
TSC-2 Vespa Arranhamento/Depósitos/ Pré-Ignação
TSC-3 Yamaha Y-350 M2 Limpeza/Agarramento do Anel
Motobecane Arranhamento/Depósito
TSC-4 OMC (Outboard Marine Corp.) Arranhamento/limpeza/ferrugem
(EIA) (Johnson 85 HP) Agarramento do anel/pré-Ignação
TC-W I, II, III
Notas:
GL-1
Serviço típico de engrenagens crônicas helicoidais e sem-fim, operando sob condições
de baixa pressão e velocidade, tais que um óleo mineral puro pode ser usado
satisfatoriamente.
Os óleos podem possuir aditivos antiespumante, antioxidante, antiferrugem e
abixadores do ponto de fluidez.
Não são satisfatórios para a maioria das caixas de mudanças de 3 ou 4 marchas dos
automóveis, podendo satisfazer algumas transmissões de caminhões e tratores.
Atualmente o GL-1 não é mais utilizado.
GL-2
Designa o serviço de engrenagens sem-fim, onde, devido às condições de velocidade,
carga temperatura, os lubrificantes da especificação anterior não satisfazem. Contém,
normalmente, aditivos antidesgastante ou uma Extrema Pressão suave. Atualmente o GL-
2 não é mais utilizado.
__________________________________________________________ Lubrificação - 39
GL-3
Serviço de engrenagens cônicas helicoidais sob condições de moderada severidade
de velocidade e carga. Suportam condições mais severas que o GL-2 e contém aditivos
antidesgastante ou um Extrema Pressão suave.
GL-4
Serviço de engrenagens e particularmente das engrenagens hipoidais operando com
alta velocidade e alto torque. Não se aplica, geralmente, aos diferenciais antiderrapantes.
Contém aditivos de Extrema Pressão.
GL-5
Idem à GL-4, resistindo ainda a carga de choque.
GL-6
Idem à GL-5, sendo especialmente recomendada para engrenagens hipoidais com
grande distância entre os eixos e condições de alta performance. Atualmente o GL-6 não
é mais utilizado.
__________________________________________________________ Lubrificação - 40
6.9 - Especificações Agma
A faixa de viscosidade que identifica o número AGMA está na ASTM D 2422. O sufixo
R indica lubrificantes com diluentes voláteis não inflamáveis. As faixas de viscosidade
referem-se aos produtos sem os solventes.
__________________________________________________________ Lubrificação - 41
__________________________________________________________ Lubrificação - 42
a
7 Parte
Métodos de
Lubrificação
__________________________________________________________ Lubrificação - 43
Métodos de Lubrificação
7 - MÉTODOS DE LUBRIFICAÇÃO
__________________________________________________________ Lubrificação - 44
7.1.3 - Copo com gotas
Esse é o tipo de copo mais comumente usado na lubrificação industrial, sua vantagem
esta na possibilidade de regular a quantidade de óleo aplicado sobre o mancal.
__________________________________________________________ Lubrificação - 45
7.2.2 - Lubrificação por estopa ou almofada
Por esse método, coloca-se uma quantidade d estopa (ou uma almofada feita de
tecido absorvente) embebida em óleo em contato com a parte inferior do eixo. Por ação
capilar, o óleo de embebimento escoa pela estopa (ou pela almofada) em direção ao
mancal.
__________________________________________________________ Lubrificação - 46
7.2.4 - Lubrificação por anel ou por corrente
Nesse método d e lubrificação, o lubrificante fica em um reservatório abaixo do
mancal. Um anel, cuja parte inferior permanece mergulhada no óleo, passa em torno do
eixo. Quando o eixo se movimenta, o anel acompanha esse movimento e o lubrificante é
levado ao eixo e ao ponto de contato entre ambos. Se uma maior quantidade de
lubrificante é necessária, utiliza-se uma corrente em lugar do anel. O mesmo acontecerá
se o óleo utilizado for mais viscoso.
__________________________________________________________ Lubrificação - 47
7.4 - Métodos de Lubrificação por Sistema Forçado
__________________________________________________________ Lubrificação - 48
7.5 - Métodos de Lubrificação e Graxa
__________________________________________________________ Lubrificação - 49
7.5.3 - Copo Stauffer
Nesse método os copos são enchidos com graxa e, ao se girar a tampa a graxa é
impelida pelo orifício, localizada na parte inferior do copo.
Ao se encher o copo, deve-se evitar a formação de bolhas de ar. O copo deverá ser
carregado de graxa quando a tampa rosqueada atingir o fim do curso da rosca
__________________________________________________________ Lubrificação - 50
localização. Esse sistema possibilita o estabelecimento da quantidade exata de
lubrificante, além de reduzir custos de mão-de-obra de lubrificação.
Um sistema centralizado completo possui os seguintes componentes: bomba e
manômetro; redes de suprimento (principal e distribuidores; válvulas e porca de
compressão; conexões e joelhos; acoplamentos e uniões).
__________________________________________________________ Lubrificação - 51
7.6 - Precauções na Aplicação de Lubrificantes
__________________________________________________________ Lubrificação - 52
h) Em sistemas de LUBRIFICAÇÃO FORÇADA, é importante manter os níveis, deixar
limpos os filtros, observar periodicamente as pressões e as temperaturas.
__________________________________________________________ Lubrificação - 53
a
8 Parte
Acessórios de
Lubrificação
__________________________________________________________ Lubrificação - 54
Acessórios de Lubrificação
8 - ACESSÓRIOS DE LUBRIFICAÇÃO
8.1 - Talha
A talha serve para mover tambores de lubrificantes, podem ser manuais ou elétricas.
8.2 - Empilhadeira
A empilhadeira é utilizada na estocagem de tambores.
__________________________________________________________ Lubrificação - 55
8.3 - Tanque
O tanque é utilizado a limpeza do equipamento de lubrificação.
8.4 - Misturador
O misturador é grandemente aplicado para se misturar óleo solúvel com água.
__________________________________________________________ Lubrificação - 56
8.5 - Torneira
A torneira é utilizada para retirar óleo do tambor e é aplicada nos orifícios dos bujões
de enchimento.
__________________________________________________________ Lubrificação - 57
8.7 - Equipamento para Retirada de Graxa
A graxa, devido a sua consistência, exige a remoção da tampa e instalação de
equipamento especial à base de ar comprimido que mantém comprimida contra a base do
tambor, mediante uma chapa.
__________________________________________________________ Lubrificação - 58
8.9 - Pistolas Portáteis para Graxa
São usadas para lubrificação de grupos de equipamentos. Podem ser a ar comprimido
ou a eletricidade.
__________________________________________________________ Lubrificação - 59
8.11 - Lubrificantes de Fusos Têxteis
São aparelhos utilizados para retirar óleo usado, limpar o recipiente a aplicar óleo
novo.
__________________________________________________________ Lubrificação - 60
__________________________________________________________ Lubrificação - 61
a
9 Parte
Recebimento e
Armazenamento
__________________________________________________________ Lubrificação - 62
Recebimento e Armazenamento
9 – RECEBIMENTO E ARMAZENAMENTO
9.1 - Recebimento
__________________________________________________________ Lubrificação - 63
Nunca se deve derrubar os tambores sobre pilhas de pneus velhos ou meios que
provoquem impacto na embalagem, pois isto poderá danifica-la, rompendo suas costuras,
produzindo vazamentos e permitindo eventual contaminação futura.
Caso o sistema de armazenamento adotado seja o uso de “pallets” a mercadoria
deverá ser “palletizada”, conforme normas existentes, no ata de seu recebimento.
Ao se receber os produtos deve-se fazer uma separação destes conforme sua
utilização, encaminhando-os para seus respectivos lugares no almoxarifado. Ista evitará
que se misturem tipos de lubrificantes diferentes e, portanto o risco do uso indevido dos
mesmos.
Para movimentação dos tambores é comum faze-los rolar pelo chão.Isto, para
distancias curtas é aceitável. Porem o uso de equipamentos adequados, tais como
carrinhos de mão ou empilhadeiras, aumentam a segurança tanto para o operário quanto
para a estrutura da embalagem.
Uma observação importante se faz quanto ao manuseio de tambores deitados. Nunca
uma única pessoa deve levanta-los, pois o peso de um tambor é aproximadamente
(200Kg) pode causar graves problemas físicos.
__________________________________________________________ Lubrificação - 64
9.2 - Armazenamento
__________________________________________________________ Lubrificação - 65
a) Utilizar “pallets” padronizados
b) Observar as capacidades máximas permissíveis constantes da tabela 1 e o modo
de superposição das camadas, a fim de maior estabilidade a pilha.
c) Utilizar uma empilhadeira adequada em capacidade de carga ao tipo de serviço.
d) Dimensionar e sinalizar o local de armazenagem de forma a permitir a paletização
do numero de embalagens desejada e as manobras necessárias com empilhadeiras.
e) Nivelar e aplainar o piso do local de armazenagem.
Porem, nem sempre e possível utilizar-se o método de paletização. Neste caso, deve-
se obedecer às capacidades máximas permissíveis que constam na tabela 2, alem do
modo de superposição das camadas, que são os mesmos já descritos para produtos
paletizados. Para caixas e baldes, deve-se evitar o contato com o material permeável.
9.3 - Contaminações
__________________________________________________________ Lubrificação - 66
Se o tambor tiver de ser armazenado ao relento em posição vertical, deve-se cobri-los
com uma lona encerada ou um telhado provisório.
Quando estes recursos não forem possíveis, deve-se colocar um calço de madeira
para mante-lo inclinado e de forma tal que não haja acumulo de água sobre os bujões.
A presença das impurezas no lubrificante, tais como poeira, areia , fiapos etc., poderá
causar danos as maquinas e equipamentos. Alem da deteorização do lubrificante, poderá
ocorrer obstrução da tubulação do sistema de lubrificação, grimpamento de válvulas dos
sistemas hidráulicos e desgaste excessivo devido a presença de materiais abrasivos.
A presença de contaminantes de qualquer espécie reduzem sensivelmente o poder
dieletico de óleo isolante. Com a contaminação, óleos solúveis podem perder suas
características de miscibilidade com a água, alem da degradação da emulsão.
A mistura de um lubrificante com outro tipo diferente pode vir a causar sérios
problemas inconvenientes. Se, por exemplo, um óleo de alta viscosidade for contaminado
com um de baixa viscosidade, a película lubrificante formada pelo produto contaminado
será mais fina a que a original e, conseqüentemente, haverá maior desgaste.
Os óleos para sistemas de circulação, como os óleos hidráulicos e de turbinas, se
misturados com óleos solúveis, óleos para motores ou óleos para cilíndricos, além da
possibilidade de reação dos aditivos, perderiam suas características de separação de
água, ocasionando sérios problemas para os equipamentos.
Portanto, é da maior importância que se mantenha as marcas e identificações originais
das embalagens dos lubrificantes conservadas e desobstruídas de sujeiras e de qualquer
outra coisa que possa esconder ou dificultar a leitura das mesmas. Um engano desta
natureza pode trazer conseqüências imprevisíveis.
__________________________________________________________ Lubrificação - 68
9.4.1 - Deterioração devido a extremos de temperatura
A mearia dos aditivos dos óleos e graxas lubrificantes podem decompor-se quando
submetidos e armazenagem muito longa. Isto ocorre quando os estoques novos são
armazenados de maneira a impedir a movimentação do estoque antigo. Portanto, deve-se
efetuar um cronograma de circulação dos produtos em estoque, certificando-se de que
não ficarão estocados por muito tempo. Os produtos devem sempre ser utilizados
conforme os primeiros que chegaram.
A armazenagem dos lubrificantes deve ser separada de outros tais como solventes,
detergentes, tintas, óleo de linhaça, etc. Se por engano forem colocados em um sistemas
de lubrificação, podem causar sérios problemas ao equipamentos. Assim, deve-se
organizar o almoxarifado de forma que não haja possibilidade de que ocorra este tipo de
acidente, fazendo-se uma identificação especifica para cada tipo de produto.
Óleo : Os tambores de óleo em uso devem ser estocados deitados sobre estrados
adequados, de forma que uma torneira especial instalada no bujão inferior possibilite a
retirada do lubrificante. Estas torneiras devem ser instaladas com o tambor em pé. A
utilização de um carrinho que pega o tambor em pé e coloca-lo na posição horizontal
facilita esta operação.
Durante o período que não se retira óleo dos tambores, as torneiras ou bujões devem
permanecer perfeitamente fechados e limpos, sendo que os pingos acidentais devem ser
captados por recipientes pendurados as torneiras ou por bandejas. Para dar maior
segurança ao operador durante o manuseio e facilitar a limpeza , é conveniente instalar
uma grade metálica sob as torneiras.
Este tipo de torneira de fechamento rápido evita respingos e permite tranca-la com
cadeado.
__________________________________________________________ Lubrificação - 70
No caso dos tambores na posição vertical, recomenda-se a utilização de uma bomba
que pode ser manual, elétrica ou pneumática. Estas bombas, que são instaladas no bujão
de enchimento do tambor, permitem um bom controle da qualidade de óleo retirado e
reduzem ao mínimo o risco de contaminação. Entretanto deve-se tomar a precaução de
ter-se uma bomba para cada tipo de produto, pois devido ser praticamente impossível
limpa-las totalmente, a utilização de uma só bomba em diversos tipos de lubrificantes
resultara em contaminação ou desperdício.
A movimentação dos lubrificantes de sua embalagem original aos locais onde serão
utilizados, é de grande importância. O controle das retiradas parciais e os cuidados na
manipulação para se evitar contaminação e confusão entre produtos distintos, devem ser
rigorosamente observados.
__________________________________________________________ Lubrificação - 71
A identificação do lubrificante dentro do almoxarifado ou da sala de lubrificantes é de
fundamental importância, pois se o nome do produto estiver ilegível pode causar sérios
problemas quando da utilização nos maquinários, devido a uma troca do óleo indicado.
Os recipientes originais e os recipientes e equipamentos de transferência e
distribuição devem ter uma marcação que indique claramente o produto. Essa marcação
deve ser de acordo com o seu ou outro código qualquer que o identifique perfeitamente.
Estes recipientes e equipamentos devem conter sempre o mesmo tipo de lubrificante e
que foram destinados e nunca se deve utiliza-los para outros fins.
Para se recolher o óleo usado que é retirado das máquinas, deve-se reservar um
recipiente especifico, devidamente marcado. Na hora da necessidade, a maioria dos
operários se utiliza qualquer óleo ou recipiente que esteja à mão. Deve ser proibido o uso
de vasilhames improvisados, tais como latas velhas de tintas, regadores, garrafas,
panelas, etc.
Portanto, além do indispensável treinamento e conscientização do pessoal, é
necessário criar-se meios e condições adequadas para fazer funcionar um sistema de
lubrificação eficiente.
Os recipientes e equipamentos utilizados na lubrificação devem sempre ser
meticulosamente limpos após cada utilização, providos de tampas que impeçam a entrada
de poeira e outros contaminantes e guardados em locais apropriados, de preferência
trancados.
Todos os equipamentos utilizados na lubrificação devem ser de materiais resistentes à
corrosão e não devem ser pintados internamente, pois a tinta tende a descascar e
contaminar o produto.
__________________________________________________________ Lubrificação - 72
a
10 Parte
Mancais de
Deslizamento
__________________________________________________________ Lubrificação - 73
Mancais de Deslizamento
10 - MANCAIS DE DESLIZAMENTO
10.1 - Introdução
10.3 - Folga
__________________________________________________________ Lubrificação - 74
10.4 - Irregulares Microscópicas
__________________________________________________________ Lubrificação - 75
No mancal em repouso com ou sem óleo sempre existe contato metal contra metal.
Os lubrificantes, por sua vez, mantêm separadas estas irregularidades, evitando a
destruição das superfícies e desperdício de força matriz.
10.7 - Formação da Película e o Efeito Cunha de Óleo
CONTATO METALICO
__________________________________________________________ Lubrificação - 76
rotação, até que comece a escorregar por encontrar as superfícies cada vez mais untadas
pelo óleo.
O eixo tende a “subir” na superfície do mancal do lado esquerdo. Nesta fase existe um
considerável atrito conhecido como resistência de partida.
À medida que a velocidade que a velocidade aumenta, maior será a quantidade de
óleo arrastado a parte, onde a folga é mais estreita, criando-se gradualmente uma
pressão hidrodinâmica, produzida pelo efeito de bombeamento resultante da rotação do
eixo.
Havendo volume suficiente de óleo no mancal, esta pressão hidráulica aumenta
consideravelmente, fazendo com que haja uma flutuação do eixo, eliminando o contato
metálico.
Ao perder contato com o mancal, o eixo se estabiliza numa posição central primitiva.
A plena velocidade a pressão hidrodinâmica aumenta de uma tal forma que empurra
o eixo para outro lado do mancal.
__________________________________________________________ Lubrificação - 77
O deslocamento do eixo continua até que haja equilíbrio entre as pressões hidráulicas
envolvidas.
A pressão hidrodinâmica, provocada pela rotação do eixo, combinada com amplo
suprimento de óleo, é tão considerável que chegam a valores de 150 Kg/cm, podendo em
mancais especialmente projetados, chegar a valores de 310 Kg/cm.
A introdução do lubrificante até a área de contato é facilidade pelas irregularidades
superficiais, à cunha de óleo formado pelas superfícies e pela presença de chanfros nos
mancais como veremos em diante.
A composição de forças que atuam sobre o eixo determinam numa resultante que age
no mancal formando uma área de pressão.
É de suma importância para lubrificação de um mancal de deslizamento o
reconhecimento exato de sua localização.
A figura abaixo mostra duas vistas de um mancal que recebe amplo suprimento de
óleo.
ÁREA DE PRESSÃO
__________________________________________________________ Lubrificação - 78
Enquanto o eixo se acha em repouso, a força que atua verticalmente para baixo,
indica pela flecha “x”, é proporcionalmente ao peso do eixo.
__________________________________________________________ Lubrificação - 79
10.12 - Seleção dos Lubrificantes
__________________________________________________________ Lubrificação - 80
Mesmo sem conhecer o valor exato da carga, podemos concluir que a pressão
especifica será muito alta em mancais de bronze ou revestidos de metal patente, e, pelo
contrário, será sempre baixa em mancais comuns de ferro fundido.
Por outro lado, podemos esperar pressões especificas relativamente altas, nos
mancais de baixa velocidade, onde foram previstos dispositivos de refrigeração ou outras
condições que tenham a finalidade de dissipar o calor.
10.12.3 - Temperatura
10.12.4 - Impurezas
As matérias estranhas que penetram no óleo tem efeito prejudicial sobre a formação, a
eficiência e a manutenção da película lubrificante.
Quando as condições mecânicas dos mancais forem suficientes para impedir a
entrada de impurezas sólidas, será preferível lubrificar com graxa. No caso de entrar água
nos mancais, raramente o uso de óleo mineral será satisfatório, porque este não adere as
superfícies molhadas. Para estes deve-se usar a graxa ou um óleo corretamente
composto que, ao se emulsionar com água, adira as superfícies molhadas.
Conforme o modo de aplicar o óleo aos mancais, podemos distinguir dois métodos de
lubrificação que influem essencialmente na seleção do lubrificante: Lubrificação continua
ou abundante, e lubrificação intermitente ou por camada limítrofe.
__________________________________________________________ Lubrificação - 81
Desde que as superfícies móveis fiquem completamente separadas pela película ou
cunha de óleo, o único atrito existente será atrito originado no interior do próprio óleo.
Em tais sistemas de lubrificação o óleo volta a ser usado continuamente, e a mesma
carga permanece em serviço durante períodos longos.
__________________________________________________________ Lubrificação - 82
a
11 Parte
Lubrificação de Mancais
de Rolamentos
__________________________________________________________ Lubrificação - 83
Lubrificação de Mancais
de Rolamentos
11 - LUBRIFICAÇÃO DE MANCAIS DE ROLAMENTOS
11.1 - Introdução
11.2 - Atrito
__________________________________________________________ Lubrificação - 84
11.3 - Lubrificação
As graxas são utilizados para lubrificar mancais de rolamentos sob condições normais
a maioria das aplicações.
A graxa possui algumas vantagens sobre o óleo, pois ela é retida mais facilmente no
rolamento, particularmente em eixos inclinados ou verticais e também contribui para
vedação contra contaminantes, umidade e água.
Um excesso de lubrificante causará um rápido aumento na temperatura de trabalho,
particularmente em altas velocidades.
De modo geral somente o rolamento deve ser completamente preenchido
particularmente até 30% para DN até 1.500.000 a 50% para DN até 800.000.
__________________________________________________________ Lubrificação - 85
A partir de 120 seguir as informações do lubrificante
Em mancais que trabalham em baixas velocidades, onde não há aumenta de
temperatura, os mancais estão frios ou dão a sensação de “gelado” ao tato, pode se
enche-lo completamente até para evitar a ocorrência de corrosão (DN até 50.000).
No caso de utilização da graxa é importante prestar atenção na velocidade de
referência (ver catalogo de rolamentos), devido ao pico de temperatura que ocorre no
inicio da operação e toda vez que o mancal é relubrificado, embora a temperatura caia a
um nível mais baixo conforme a graxa é trabalho pelos elementos internos.
A ação de bombeamento inerente de certos tipos de rolamentos, como os rolamentos
de esferas de contato angular e rolamentos cônicos, se torna mais acentuada à medida
que a velocidade aumenta, ou ao elevado trabalho mecânico a graxa que ocorre, por
exemplo em um rolamento de rolos cilíndricos com no Maximo nº de rolos; também faz
com que os limites de rotação para graxa sejam menores para o óleo.
Quando se trabalha com graxa a viscosidade do óleo deve estar situado entre 15 a
500mm/s a 40ºC, se o rolamento solicitar viscosidade maior do que 500mm/s a
lubrificação deve ser feita por óleo, pois óleos com estas viscosidades separam muito
lentamente, não permitindo uma lubrificação adequada.
A viscosidade do óleo base também determina a máxima velocidade permissível na
qual uma determinada graxa pode ser utilizado um mancal de rolamento.
A velocidade permissível para uma graxa também é influenciada pela sua resistência
ao cizalhamento que é determinado pelo agente espessante.
O fator de velocidade ndm é geralmente utilizado pelos fabricantes de graxa para
indicar capacidade de rotação; onde n é a velocidade de rotação em rpm e dm é o
diâmetro médio do rolamento.
Dm=0,5(d+D)
11.5 - Relubrificação
__________________________________________________________ Lubrificação - 86
Os rolamentos devem ser relubrificados caso a vida da graxa utilizada seja menor do
que a vida esperada do rolamento.
Devemos sempre realizar a relubrificação no período em que a lubrificação do
rolamento é ainda satisfatória.
O período no qual deve ser efetuar a relubrificação depende de uma série de fatores
que estão relacionadas entre si de uma maneira muito complexa.
Entre eles incluem-se o tipo o rolamento, velocidade, temperatura, tipo de graxa,
espaço ao redor do rolamento e o meio ambiente.
As recomendações que existem são baseadas em dados estatísticos; os intervalos de
relubrificação determinados pela SKF, por exemplo, são definidos como sendo o período
ao final do qual 99% dos rolamentos ainda estão com sua lubrificação confiável.
__________________________________________________________ Lubrificação - 87
Geralmente utiliza-se para a lubrificação de rolamentos somente quando altas
velocidades ou temperaturas de trabalho elevadas não permitem a utilização de graxa.
O método mais simples é o banho de óleo. O óleo é captado por elementos rotativos
do rolamento distribuído do mesmo, retornando em seguida ao banho de óleo.
O nível deve ficar um pouco abaixo do centro do corpo rolante que ocupa a posição
mais baixa do rolamento quando estiver parado.
A operação em altas velocidades provocará um aumento na temperatura de trabalho,
acelerando o processo de envelhecimento do óleo.
Para evitar freqüentes trocas de óleo, utiliza-se lubrificação por circulação de óleo
dotado de um sistema de refrigeração e filtração.
__________________________________________________________ Lubrificação - 88
v = 13 mm2 /s
temp. trabalho = 40 °C
11.9 - Engrenagens
Muitos estudos tem sido desenvolvidos nos últimos anos na tentativa de compreender
de forma mais ampla os requisitos de lubrificação das engrenagens.
A finalidade seria encontrar uma forma simples de obter o melhor lubrificante para uma
determinada instalação de engrenagens, com a observação de uma tabela ou gráfico.
Até agora não foi possível simplificar a este ponto a lubrificação de engrenagens.
Conseqüentemente a experiência é ainda a melhor ferramenta para a seleção do
lubrificante para engrenagens.
O lubrificante ideal deve promover a separação completa dos dentes de engrenagens
com um filme adequado, que reduza a fricção, aumente a eficiência e estenda sua vida
útil. Adicionalmente o lubrificante deve refrigerar, limpar, proteger contra ferrugem e
corrosão e evitar alterações químicas nas superfícies dos metais.
O lubrificante adequado é uma necessidade para uma operação normal de um
determinado sistema de engrenagens, não tem a função de consertar eventuais erros de
montagens, subdimencionamentos ou operações impróprias.
__________________________________________________________ Lubrificação - 89
A lubrificação limite geralmente ocorre durante o período de partida e parada durante o
equipamento, aqui as propriedades químicas do lubrificante (aditivo EP) é importante para
prevenir arrastamento de material devido ao contato metálico.
Se a engrenagem opera continuamente sob condição de lubrificação limite, desgastes
severos vão ocorrer, afetando drasticamente sua vida útil, neste caso aditivos especiais
ou lubrificantes de alto desempenho podem ser uma solução, definitiva só poderá ocorrer
com eliminação da sobre carga ou dimensionamento de outro sistemas de engrenagens.
Com aumento da velocidade as engrenagens trabalham na condição mista, as
irregularidades superficiais se tocam, o filme lubrificante não é suficientemente espesso, o
coeficiente de atrito é alto, desgastes severos e rápidos também podem ocorrer.
Neste caso lubrificante com EP comum deve ser suficientemente para diminuir o
desgaste a níveis aceitáveis.
A melhor condição de lubrificação é a lubrificação plena onde ocorre a total separação
das superfícies através de um filme elastohidrodinâmico (EHL) pelo menos igual a duas
ou três vezes a rugosidade das superfícies.
Uma vez que a viscosidade é a características mais importante na formação de um
filme completo, a seleção do lubrificante correto é de suma importância.
Condições de contato entre dois dentes de engrenagens como visto na figura a seguir
são típicos de engrenagens comuns; Cilíndricos, cônicas, dentes retos e helicoidais.
(b)
(a) (c)
__________________________________________________________ Lubrificação - 90
Para a seleção apropriada do tipo, grau e métodos de aplicação do lubrificante são
necessários avaliarmos os fatores que seguem:
Tipo de engrenagem - Engrenagem de dentes retos, engrenagem de dentes
helicoidais, engrenagens sem fim, engrenagens hipoidais.
Tamanho – Diâmetro primitivo, altura dos dentes, distancia entre dentes, área do
dente a ser lubrificada.
Montagem e fechamento – Tipo de alojamento, fechamento total ou parcial, o
mancal é lubrificado pelo mesmo óleo, possibilidades de contaminação.
Velocidade – Velocidade na linha primitiva
Características de carga – Cargas cíclicas, cargas continuas, cargas de choque.
Temperatura – Menos temperatura, maiores viscosidade.
__________________________________________________________ Lubrificação - 91
a
12 Parte
Lubrificação de Motores
de Combustão Interna
__________________________________________________________ Lubrificação - 92
Lubrificação de Motores
de Combustão Interna
12 - LUBRIFICAÇÃO DE MOTORES DE COMBUSTÃO INTERNA
__________________________________________________________ Lubrificação - 93
12.2 – Lubrificação dos Mancais
__________________________________________________________ Lubrificação - 94
12.3 – Lubrificação dos Cilindros
__________________________________________________________ Lubrificação - 95
__________________________________________________________ Lubrificação - 96
12.4 – Resfriamento dos Embolos
12.6 – Purificação do Ar
__________________________________________________________ Lubrificação - 97
12.7 – Purificação do Combustível
__________________________________________________________ Lubrificação - 98
__________________________________________________________ Lubrificação - 99
a
13 Parte
Fluídos
Hidráulicos
Ferrografia
14.1 – Introdução
A Ferrografia é uma técnica que permite uma avaliação das condições de desgaste
dos componentes de uma máquina.
Através de processos específicos, descritos mais adiante, possibilita a separação,
classificação, medição e visualização das partículas existentes em uma amostra de
lubrificante. É empregada na análise de falhas, na avaliação rápida do desempenho de
lubrificantes e também como uma técnica e manutenção preditiva.
14.2 – A Origem
14.3 – A Técnica
Ferrógrafo Analítico
Ferroscópio
Desgaste amaciamento
Partículas
Partículas
Partículas
deLaminares
Fadiga
Esféricas
por
Rolamento.
comfinas
média
eSuperfícies
largas.
em torno
lisas
Superfície
de 2e microns.
bordas
lisa.
irregulares.