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Grupo I

O João é sócio-gerente da sociedade JMR Ldª – Eletrodomésticos, situada em Sintra, juntamente com os
sócios Marta e Rogério. A sociedade iniciou a sua actividade em 2009. O capital social da sociedade é de
15 000,00€ e está dividido em três quotas iguais no valor de 5 000,00€ que foi o valor de entrada de cada um
dos sócios e já integralmente realizado.

A sociedade desde a crise económica de 2010 tem vindo a acumular prejuízos junto da ATA em sede de
IVA e tem ficado na sua tesouraria com valores de IRS retidos na fonte aos seus oito trabalhadores desde de
2013 por razões de ordem financeiras da empresa que apenas tem no momento, um capital próprio de cerca
de 20 000,00€.

Foi agora a empresa notificada pela ATA para vir regularizar as dívidas dos impostos em falta sendo a
divida de IVA de 40 000,00€ e a divida de IRS de 25 000,00€.

Face à situação apresentada pronuncie-se sobre:

1) Responsabilidade tributária pelas dívidas fiscais à ATA.

Capital social: 15 000,00€

João – Sócio Gerente, quota de 5 000,00€

Marta – Sócio, quota de 5 000,00€

Rogério – Sócio, quota de 5 000,00€

Capital Próprio: 25.000,00€

No caso em apreço estamos perante uma sociedade por quotas limitada – JMR Ldaª – Eletrodomésticos-
constituída por 3 sócios, sendo um deles gerente.

A sociedade apresenta um passivo às finanças na ordem dos 65.000,00€ respeitantes a 40.000,00€ de IVA e
25.000,00€ de IRS (retenção na fonte).

Importa verificar quem assume a responsabilidade perante tais dívidas fiscais.

A responsabilidade tributária perante as dividas ficais, abrange não só a totalidade da divida tributária, como
os juros e os demais encargos legais (art. 22º, n.º 1 da LGT).

Consagra o Art.º 24 da LGT que “os administradores, directores e gerentes e outras pessoas que exerçam,
ainda que somente de facto, funções de administração ou gestão em pessoas colectivas e entes fiscalmente
equiparados são subsidiariamente responsáveis em relação a estas e solidariamente entre si” “ pelas dividas
tributárias”.

Por essa razão, só o gerente (seja sócio ou não) pode ser responsabilizado pelas dívidas fiscais.

Ou seja, pelas dívidas fiscais responde o património da empresa (art 25º, n.º 1 da LGT) onde se inclui o
capital próprio de 25.000,00€. Não havendo mais bens afectos à empresa, à uma responsabilidade tributária
subsidiária que, conforme disposto no artigo 23º, n.º 1 da LGT, efectiva-se por reversão do processo de
execução fiscal sobre o responsável (o gerente João).
Portanto, o responsável subsidiário só responde se o devedor originário (a pessoa colectiva) não tiver
património que satisfaça a dívida. (art. 23º, n.º 2 da LGT).

No entanto, ao devedor subsidiário é permitido o gozo do beneficio da excussão, ou seja, pode recusar o
cumprimento da divida tributária, enquanto não tiverem sido executados todos os bens dos devedores,
principal e solidários ou ainda se o devedor subsidiário conseguir provar que o crédito não foi satisfeito por
culpa da administração tributária.

Existem normas para se proceder à reversão para o responsável subsidiário, tais como o princípio da audição
prévia devendo esta ser devidamente fundamentada (Art. 23º, n.º 4 da LGT)

No que concerne às dívidas de IRS, presumindo-se a substituição tributária, então o substituto tributário é
responsável pelas importâncias retidas e não entregues, não cabendo a culpa ao substituído conforme
disposto no art. 28º n.º1 da LGT.

2) Responsabilidade no caso da substituição tributária em sede de IRS

Grupo II
1) Diga o que entende por caducidade e prescrição em sede fiscal

A caducidade e a prescrição são garantias não impugnatórias dos contribuintes.

Traduzindo a valoração jurídica do decurso do tempo, a caducidade e a prescrição assumem-se como


vicissitudes de cariz extintivo. Neste caso, a repercussão do tempo na relação tributária deve ser vista como
um limite do poder-dever de tributar pelo Estado e, correlativamente, uma garantia dos contribuintes que,
por força da Constituição (artigo 103.º, n.o 2), é determinada pela lei. O que surge reiterado pelo artigo 8.º
da LGT, a propósito do princípio da legalidade tributária.

Afinal, uma garantia, improrrogável, de que aquele poder e dever da Administração quanto a um
determinado facto tributário não se pode eternizar.

Agora, atentando na sistemática da LGT, ambas surgem-nos como causa de extinção da relação jurídica
tributária (Capítulo IV), encontrando-se previstas e reguladas, respectivamente, nos artigos 45.º a 47.º e 48.º
e 49.º.

Estamos diante de um verdadeiro mecanismo de apaziguamento social, a ser concretizado por salvaguarda
do valor da certeza do direito (segurança jurídica). Isto porque o contribuinte tem direito a uma definição em
prazo razoável da sua situação jurídico-tributária, que surge assegurado pelo regime de prescrição das
dívidas tributárias (artigos 48.º e 49.º, da LGT).
Prazos:

 Caducidade:

Nos termos do artigo 45.º, n.o 1, da LGT, a regra geral é a de que se tem como verificada a caducidade
quando a liquidação não for validamente notificada ao contribuinte no prazo de 4 anos. Portanto, para que a
Administração obste à caducidade do seu direito, não basta a prática do ato tributário de liquidação num
determinado prazo Exige-se que, nesse mesmo prazo, a Administração notifique essa mesma liquidação ao
contribuinte.

O artigo 45.º, no n.o 6, determina que, para efeitos de contagem do prazo de caducidade, as notificações sob
registo consideram-se validamente efetuadas no 3.º dia posterior ao do registo ou no 1.º dia útil seguinte a
esse, quando esse dia não seja útil.

Sendo de 12 anos sempre que o direito à liquidação respeite a factos tributários conexos com país, território
ou região sujeito a um regime fiscal claramente mais favorável.

A propósito do termo inicial, o artigo 45.º, da LGT, na 1.ª parte do seu n.o 4, determina que o prazo de
caducidade se conta, nos impostos periódicos (IRS e IRC por exemplo), «a partir do termo do ano em que
se verificou o facto tributário». Pelo que, coincidindo o período de imposto com o ano civil, o facto
tributário considera-se completado a 31 de Dezembro, iniciando-se a partir do dia seguinte a contagem do
prazo de caducidade do direito de liquidação.

O mesmo será de aplicar aos impostos de obrigação única, quando a tributação seja efetuada por retenção
na fonte a título definitivo, dispondo o mesmo artigo 45.º, n.o 4 que o prazo de caducidade tem o seu início
a partir do início do ano civil seguinte àquele em que se verificou o facto tributário.

Já no caso da tributação autónoma, ainda que o imposto também consubstancie uma obrigação única, o
termo inicial ocorre, por força ainda do artigo 45.º, n.o 4 a partir da data em que o facto tributário ocorreu.
Ou seja, no dia seguinte à data da realização da despesa.

Em caso de ter sido efetuada qualquer dedução ou crédito de imposto, o prazo de caducidade é o do
exercício desse direito (artigo 45, n.o 3, da LGT). São os casos, por exemplo, da dedução à coleta do crédito
de imposto por dupla tributação jurídica internacional (artigo 91.º, do Código do IRC), ou da dedução de
prejuízos, ao lucro tributável, pretendendo o legislador que em qualquer dos casos o prazo de caducidade
equivalha ao prazo do exercício do direito de dedução.

Suspensão do prazo (retirei esta a parte infra de um acórdão)

O artº.46, da L.G.T., visa, exclusivamente, definir as causas de suspensão do prazo de caducidade. O


preceito elenca cinco causas de suspensão do prazo de caducidade, a primeira no número 1, as restantes no
número 2, continuando a não prever qualquer causa de interrupção do prazo, ao contrário de outros sistemas
fiscais, em que o simples início de acção de inspecção produz esse efeito interruptivo.
3. Às causas suspensivas consagradas no artº.46, nº.2, da L.G.Tributária, aplica-se o princípio da suspensão
do prazo de caducidade, quando a Administração Fiscal, por qualquer motivo legal típico, estiver impedida
de proceder à liquidação do tributo. Trata-se materialmente de uma verdadeira ampliação do prazo de
caducidade, justificada pelo justo impedimento do titular do direito de liquidação, a Fazenda Pública. Em
caso de obstáculo insuperável ao exercício de um direito, este só pode legalmente ser exercido quando o
impedimento cessar.
O primeiro dos casos de suspensão do prazo de caducidade tem a ver com a existência de um litígio judicial
de cuja resolução dependa a liquidação do tributo (artº46, nº.2, al.a). Esclarece o legislador actual apenas
que o período da suspensão é o decorrido entre o início do litígio e o trânsito em julgado da decisão judicial,
correndo, pois, para efeitos da contagem da caducidade, o período entre o facto tributário e a interposição da
acção (v.g.direito à liquidação resultar do trânsito em julgado de sentença declaratória de simulação-
cfr.artº.39, da L.G.T.). Por outras palavras, enquanto pender a acção judicial tendente à anulação ou
declaração de nulidade de actos ou negócios jurídicos que integrem factos geradores do imposto, suspende-
se o prazo de caducidade do direito à liquidação, o qual retoma a sua contagem após o trânsito em julgado
da respectiva decisão final. O mesmo se diga de litígios judiciais que se revelem como prejudiciais face ao
exercício do direito de liquidação por parte da Fazenda Pública.

 Prescrição:

Podemos alocar o instituto da prescrição à fase de cobrança coerciva do tributo antes liquidado, portanto, a
jusante da caducidade.

Na prescrição temos por objeto uma ação (a cobrança da dívida exequenda), ao passo que no caso da
caducidade temos um direito, (grosso modo, o de apurar o imposto devido).

A prescrição gera a inexigibilidade da dívida tributária, podendo o executado recusar o pagamento da


dívida com tal fundamento. Ao contrário do que sucede quanto à caducidade, a prescrição é diretamente
apreciada, de officio, pela autoridade administrativa ou judicial (artigo 175.º do CPPT).

Salvo o disposto em lei especial, as dívidas tributárias prescrevem no prazo de 8 anos (artigo 48º, n.o 1, da
LGT).

Nos impostos periódicos, o prazo conta-se a partir do termo do ano em que se verificou o facto tributário e,
nos impostos de obrigação única, tratando-se de impostos sobre o rendimento e a tributação seja efetuada
por retenção na fonte a título definitivo, conta-se a partir do início do ano civil seguinte àquele em que se
verificou o facto tributário (artigo 48.º, n.o 1, da LGT).

O mesmo se diga da caducidade da garantia prestada para suspender a execução fiscal prevista no Art. 183º-
A, n.º1 do CPPT.

Suspensão:

Por força do disposto no art. 48°, n° 2, da LGT, “As causas de suspensão ou interrupção da prescrição
aproveita, igualmente ao devedor principal e aos responsáveis solidários ou subsidiários”.

De acordo com o disposto no artº 48º, nº 3 da LGT, a interrupção da prescrição relativamente ao devedor
principal não produz efeitos quanto ao responsável subsidiário se a citação deste, em processo de execução
fiscal, for efectuada após o 5.º ano posterior ao da liquidação.

Mas, no caso de a citação do responsável subsidiário ser posterior ao 5.° Ano, se ele for citado até ao fim do
8.° ano a contar do início do prazo de prescrição, os efeitos da interrupção que derivam da sua própria
citação produzem-se em relação a ele.
A aplicação conjugada das regras constantes do disposto nos artigos 48º, n.º 3 e 49º, n.º 3, ambos da LGT,
não implica que a interrupção da prescrição só possa ocorrer uma única vez relativamente ao conjunto de
todos os devedores, originais, solidários e subsidiários, antes pelo contrário, a citação de cada um deles para
o processo de execução constitui uma causa interruptiva própria e singular, que se repercute de forma
negativa na sua esfera jurídica, iniciando-se novo prazo apenas nos termos do disposto no artigo 327º, n.º 1
do CC.

Fundamento:
(retirei esta esta parte de um artigo da ordem dos advogados)

 Prescrição:

Trata-se de uma condição de exigibilidade de tutela normativa quanto a um direito subjectivo não satisfeito e
preexistente à consagração legal do prozado durante o qual pode ser exigido o respectivo cumprimento.

O que no essencial caracteriza a prescrição é a possibilidade legal de ser exigido, durante determinado prazo,
o cumprimento de uma responsabilidade ou de uma obrigação já definida.
Assim, constituído o direito, pela verificação dos factos e pela subsunção à norma legal aplicável, é então
que se dá início à contagem do prazo durante o qual pode o mesmo ser exigido.
O decurso do prazo relativamente ao qual o ordenamento jurídico garante a tutela, pela via da exigibilidade,
de um direito subjectivo, não elimina o direito, mas impossibilita que o seu titular activo o possa ver
realizado. Do lado passivo, o decurso do prazo é susceptível de ser qualificado como uma presunção de
cumprimento da respectiva obrigação.
Em conclusão, podemos dizer que a prescrição caracteriza-se por uma condição de exigibilidade, durante um
certo lapso de tempo, do cumprimento de um direito já constituído, definido e preexistente.

 Caducidade:

O seu fundamento é de interesse publico.

Como assinala a generalidade da doutrina, a consagração legal da caducidade radica na protecção da “paz
publica”, concebida esta como salvaguarda de valores como os da certeza e segurança.
Nestes casos, o que a lei estabelece é um termo normal, uma pré-fixação normativa para o exercício de um
direito. Esta pré-fixação normativa para o exercício é dele contemporânea e está intimamente relacionada
com a própria essência ou núcleo essencial do direito subjectivo cuja tutela o ordenamento jurídico garante.
Decorrido o prazo fixado por lei, o respectivo titular fica totalmente inibido de, por qualquer forma,
concretizar ou realizar o direito cuja tutela a ordem jurídica assegurava. Pela via da caducidade, não se
extingue o direito, mas outros sim, verifica-se a extinção ou perda da prerrogativa de o realizar.
Em conclusão podemos dizer que a caducidade, caracteriza-se pela pré-fixação normativa de um prazo,
dento do qual pode ser exercido um direito que é dele contemporâneo e que se extingue decorrido o mesmo
prazo de exercício.

2- Reclamação Graciosa; Impugnação Judicial e Recurso Hierárquico.


A reclamação e o recurso hierárquico são meios impugnatórios que vêm regulados nos arts 68-77 e
67CPPT.
A reclamação visa anular, total/parcialmente, os atos tributários por iniciativa do contribuinte, substitutos e
responsáveis. Segue um procedimento simples em que se dispensam essenciais formalidades e não tem
efeito suspensivo, salvo quando o contribuinte, depois de prestada a garantia, apresentar petição no prazo de
10 dias após notificação para o efeito, ao competente serviço de finanças, a requerer essa suspensão.
O 70/1CPPT indica os prazos e fundamentos (com base no 99CPPT).
É o 73CPPT que define o órgão competente para decidir. Será sempre o órg. periférico local a instruir o
processo que remeterá, caso não seja ele a decidir, para regional.
Da decisão de indeferimento da reclamação cabe recurso hierárquico facultativo, com prazo de 30 dias e
com efeito devolutivo (76/1;66/2;67/1CPPT), e impugnação judicial.
No recurso hierárquico (66CPPT), sem prejuízo do p. do duplo grau de decisão, as decisões dos órg. da AT
estão sujeitas a este recurso (66/1), devendo ser dirigido ao + elevado superior hierárquico do autor do ato,
no prazo de 30 dias (66/2). O + elevado superior da AT é o ministro das Fin., no entanto delegou no diretor-
geral da AT (47/3CPPT). Estes recursos devem subir no prazo de 15 dias, acompanhados do processo,
quando tiver efeitos meramente devolutivos (66/3CPPT). Por norma é facultativo e tem efeito devolutivo,
mas quando haja exceção (ex: 75CIVA) o recurso limita-se à parte da decisão contestada. O recurso
hierárquico deve ser decidido no prazo máximo de 60 dias, caso contrário considera-se tacitamente
indeferido, podendo o interessado interpor recurso contencioso no caso de recurso hierárquico necessário ou
de recurso hierárquico interposto de decisão de indeferimento de reclamação graciosa (66/5CPPT). Ainda
sobre a decisão do recurso hierárquico, sendo possível o recurso contencioso, ressalva-se se já tiver sido
deduzida impugnação com o mesmo objeto (76/2CPPT). E deste recurso, os prazos estão no 102/1eCPPT.

O processo de impugnação é o meio processual principal do processo judicial tributário. É 1 garantia judicial
dos contribuintes que consiste no acesso aos trib. tributários para garantia de direitos/interesses legalmente
protegidos em matéria tributária.
Por força do 97/1CPPT, sem prejuízo do p. da impugnação unitária (54CPPT) e da reclamação graciosa
obrigatória, a impugnação judicial abrange quaisquer atos tributários, de fixação de matéria tributável que ñ
deem origem à liquidação de qq tributo; os indeferimentos totais ou parciais das reclamações graciosas;
actos admn - relativos a questões tributárias q comportem apreciação de legalidade do ato de liquidação, etc.
Embora o fundamento geral da impugnação seja qq ilegalidade, o 99CPPT inclui, na enunciação dos
fundamentos da impugnação, a errónea qualificação e quantificação dos rendimentos, lucros, valores
patrimoniais e outros factos tributários. Ora a propósito dos erros da AT é imp. destacar a consagração de 1
procedimento esp. de correção (95A-C CPPT), que visa simplificar e resolver de forma célere e sem custos
eventuais, litígios que decorram de erros materiais ou manifestos da AT, na concretização do procedimento
tributário/na tramitação do processo de execução fiscal, procurando solucionar 1 parte dos prob. que podem
surgir na decorrência da informatização dos procedimentos.
A petição que origina o processo judicial de impugnação, pode ser apresentada no trib. tributário/no serviço
local onde se tenha praticado o ato (s considere praticado)(103CPPT). Os trib. tributários integram, em
conjunto c/os trib. adm., a jurisdição adm. e fiscal (212/3CRP).
A impugnação só tem efeito suspensivo quando vier a ser prestada garantia adequada nos termos do
199CPPT.
Das decisões dos trib. tributários de 1ªinstancia, cabe recurso para o Trib.Central Adm. (secção do
contencioso tributário), salvo quando a matéria for exclusivamente de D., cabendo recurso para a secção do
contencioso tributário do STAdm. (280CPPT).

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