Assistente Administrativo
ÍNDICE
Língua Portuguesa
1. Interpretação de texto.................................................................................................................................................................................................01
2. Conhecimento de língua: ortografia/acentuação gráfica ............................................................................................................................................09
Classes de palavras: substantivo: classificação, flexão e grau; adjetivo: classificação, flexão e grau; advérbio: classificação, locução adverbial e
grau; pronome: classificação, emprego e colocação dos pronomes oblíquos átonos; verbo: classificação, conjugação, emprego de tempos e
modos; preposição e conjunção: classificação e emprego; ..........................................................................................................................................16
Estrutura das palavras e seus processos de formação; ...............................................................................................................................................15
Estrutura da oração e do período; .................................................................................................................................................................................31
Concordância verbal e nominal; ....................................................................................................................................................................................33
Regência verbal e nominal, ...........................................................................................................................................................................................34
Crase ..............................................................................................................................................................................................................................13
Pontuação ......................................................................................................................................................................................................................12
Figuras de linguagem (principais); ................................................................................................................................................................................13
Variação linguística: as diversas modalidades do uso da língua. .................................................................................................................................01
1 Assistente Administrativo
Apostila Digital Licenciada para Otávio Germano dos Santos Magnus - otaviomagnus@hotmail.com (Proibida a Revenda)
Conhecimentos Específicos
1 Qualidade no atendimento ao público. Comunicabilidade, apresentação, atenção, cortesia, interesse, presteza, eficiência, tolerância,
discrição, conduta e objetividade. .................................................................................................................................................................................01
2 Trabalho em equipe. 2.1 Personalidade e relacionamento. 2.2 Eficácia no comportamento interpessoal. 2.3 Fatores positivos do
relacionamento. 2.4 Comportamento receptivo e defensivo, empatia e compreensão mútua. .....................................................................................01
3 Conhecimentos básicos de administração. 3.1 Características das organizações formais: tipos de estrutura organizacional, natureza,
finalidades e critérios de departamentalização. 3.2 Processo organizacional: planejamento, direção, comunicação, controle e avaliação.
3.3 Comportamento organizacional: motivação, liderança e desempenho. ..................................................................................................................13
4 Patrimônio. 4.1 Conceito. 4.2 Componentes. 4.3 Variações e configurações. ..........................................................................................................22
5 Hierarquia e autoridade. .............................................................................................................................................................................................13
6 Eficiência, eficácia, produtividade e competitividade. ................................................................................................................................................13
7 Processo decisório. ....................................................................................................................................................................................................13
8 Planejamento administrativo e operacional. ...............................................................................................................................................................13
9 Divisão do trabalho. ....................................................................................................................................................................................................13
10 Controle e avaliação. ................................................................................................................................................................................................13
11 Motivação e desempenho. .......................................................................................................................................................................................13
12 Liderança. .................................................................................................................................................................................................................13
13 Gestão da qualidade. ...............................................................................................................................................................................................13
14 Técnicas de arquivamento: classificação, organização, arquivos correntes e protocolo. .......................................................................................60
15 Noções de cidadania. ...............................................................................................................................................................................................74
16 Noções de uso e conservação de equipamentos de escritório. ...............................................................................................................................13
17 Compras na Administração Pública. 17.1 Licitações e contratos. 17.2 Princípios básicos da licitação. 17.3 Legislação pertinente. ....................76
18 Conduta ética dos profissionais da área de saúde. .................................................................................................................................................90
19 Princípios gerais de segurança no trabalho. 19.1 Prevenção e causas dos acidentes do trabalho. 19.2 Princípios de ergonomia no
trabalho. 19.3 Códigos e símbolos específicos de Saúde e Segurança no Trabalho. ..................................................................................................91
2 Assistente Administrativo
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APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
APOSTILAS OPÇÃO
Podemos ainda, dizer que existem dois tipos fundamentais de perso- • Discurso Direto: É a representação da fala das personagens atra-
nagem: as planas: que são definidas por um traço característico, elas não vés do diálogo.
alteram seu comportamento durante o desenrolar dos acontecimentos e Exemplo:
tendem à caricatura; as redondas: são mais complexas tendo uma dimen- “Zé Lins continuou: carnaval é festa do povo. O povo é dono da
são psicológica, muitas vezes, o leitor fica surpreso com as suas reações verdade. Vem a polícia e começa a falar em ordem pública. No carna-
perante os acontecimentos. val a cidade é do povo e de ninguém mais”.
• Sequência dos fatos (enredo): Enredo é a sequência dos fatos, a No discurso direto é frequente o uso dos verbo de locução ou descendi:
trama dos acontecimentos e das ações dos personagens. No enredo po- dizer, falar, acrescentar, responder, perguntar, mandar, replicar e etc.; e de
demos distinguir, com maior ou menor nitidez, três ou quatro estágios travessões. Porém, quando as falas das personagens são curtas ou rápidas
progressivos: a exposição (nem sempre ocorre), a complicação, o climax, o os verbos de locução podem ser omitidos.
desenlace ou desfecho.
Na exposição o narrador situa a história quanto à época, o ambiente, • Discurso Indireto: Consiste em o narrador transmitir, com suas
as personagens e certas circunstâncias. Nem sempre esse estágio ocorre, próprias palavras, o pensamento ou a fala das personagens.
na maioria das vezes, principalmente nos textos literários mais recentes, a Exemplo:
história começa a ser narrada no meio dos acontecimentos (“in média”), ou “Zé Lins levantou um brinde: lembrou os dias triste e passa-
seja, no estágio da complicação quando ocorre e conflito, choque de inte- dos, os meus primeiros passos em liberdade, a fraternidade
resses entre as personagens. que nos reunia naquele momento, a minha literatura e os me-
nos sombrios por vir”.
O clímax é o ápice da história, quando ocorre o estágio de maior ten-
são do conflito entre as personagens centrais, desencadeando o desfecho,
• Discurso Indireto Livre: Ocorre quando a fala da personagem se
ou seja, a conclusão da história com a resolução dos conflitos.
mistura à fala do narrador, ou seja, ao fluxo normal da narração.
• Os fatos: São os acontecimentos de que as personagens partici- Exemplo:
pam. Da natureza dos acontecimentos apresentados decorre o gê- “Os trabalhadores passavam para os partidos, conversando
nero do texto. Por exemplo o relato de um acontecimento cotidiano alto. Quando me viram, sem chapéu, de pijama, por aqueles
constitui uma crônica, o relato de um drama social é um romance lugares, deram-me bons-dias desconfiados. Talvez pensassem
social, e assim por diante. Em toda narrativa há um fato central, que estivesse doido. Como poderia andar um homem àquela
que estabelece o caráter do texto, e há os fatos secundários, rela- hora, sem fazer nada de cabeça no tempo, um branco de pés
cionados ao principal. no chão como eles? Só sendo doido mesmo”.
• Espaço: Os acontecimentos narrados acontecem em diversos lu- (José Lins do Rego)
gares, ou mesmo em um só lugar. O texto narrativo precisa conter
informações sobre o espaço, onde os fatos acontecem. Muitas ve- TEXTO DESCRITIVO
zes, principalmente nos textos literários, essas informações são ex-
Descrever é fazer uma representação verbal dos aspectos mais carac-
tensas, fazendo aparecer textos descritivos no interior dos textos
terísticos de um objeto, de uma pessoa, paisagem, ser e etc.
narrativo.
As perspectivas que o observador tem do objeto são muito importantes,
• Tempo: Os fatos que compõem a narrativa desenvolvem-se num tanto na descrição literária quanto na descrição técnica. É esta atitude que
determinado tempo, que consiste na identificação do momento, vai determinar a ordem na enumeração dos traços característicos para que
dia, mês, ano ou época em que ocorre o fato. A temporalidade sa- o leitor possa combinar suas impressões isoladas formando uma imagem
lienta as relações passado/presente/futuro do texto, essas relações unificada.
podem ser linear, isto é, seguindo a ordem cronológica dos fatos, Uma boa descrição vai apresentando o objeto progressivamente, vari-
ou sofre inversões, quando o narrador nos diz que antes de um fa- ando as partes focalizadas e associando-as ou interligando-as pouco a
to que aconteceu depois. pouco.
O tempo pode ser cronológico ou psicológico. O cronológico é o tempo Podemos encontrar distinções entre uma descrição literária e outra téc-
material em que se desenrola à ação, isto é, aquele que é medido pela nica. Passaremos a falar um pouco sobre cada uma delas:
natureza ou pelo relógio. O psicológico não é mensurável pelos padrões
• Descrição Literária: A finalidade maior da descrição literária é
fixos, porque é aquele que ocorre no interior da personagem, depende da
transmitir a impressão que a coisa vista desperta em nossa mente
sua percepção da realidade, da duração de um dado acontecimento no seu
através do sentidos. Daí decorrem dois tipos de descrição: a subje-
espírito.
tiva, que reflete o estado de espírito do observador, suas preferên-
cias, assim ele descreve o que quer e o que pensa ver e não o que
• Narrador: observador e personagem: O narrador, como já dis- vê realmente; já a objetiva traduz a realidade do mundo objetivo,
semos, é a personagem que está a contar a história. A posição em fenomênico, ela é exata e dimensional.
que se coloca o narrador para contar a história constitui o foco, o
• Descrição de Personagem: É utilizada para caracterização das
aspecto ou o ponto de vista da narrativa, e ele pode ser caracteri-
personagens, pela acumulação de traços físicos e psicológicos, ela
zado por:
enumeração de seus hábitos, gestos, aptidões e temperamento,
- visão “por detrás”: o narrador conhece tudo o que diz respeito às
com a finalidade de situar personagens no contexto cultural, social
personagens e à história, tendo uma visão panorâmica dos acon-
e econômico.
tecimentos e a narração é feita em 3a pessoa.
• Descrição de Paisagem: Neste tipo de descrição, geralmente o
- visão “com”: o narrador é personagem e ocupa o centro da narra-
observador abrange de uma só vez a globalidade do panorama,
tiva que é feito em 1a pessoa.
para depois aos poucos, em ordem de proximidade, abranger as
- visão “de fora”: o narrador descreve e narra apenas o que vê,
partes mais típicas desse todo.
aquilo que é observável exteriormente no comportamento da per-
sonagem, sem ter acesso a sua interioridade, neste caso o narra- • Descrição do Ambiente: Ela dá os detalhes dos interiores, dos
dor é um observador e a narrativa é feita em 3a pessoa. ambientes em que ocorrem as ações, tentando dar ao leitor uma
visualização das suas particularidades, de seus traços distintivos e
• Foco narrativo: Todo texto narrativo necessariamente tem de
típicos.
apresentar um foco narrativo, isto é, o ponto de vista através do
• Descrição da Cena: Trata-se de uma descrição movimentada, que
qual a história está sendo contada. Como já vimos, a narração é
se desenvolve progressivamente no tempo. É a descrição de um
feita em 1a pessoa ou 3a pessoa.
incêndio, de uma briga, de um naufrágio.
Língua Portuguesa 2 A Opção Certa Para a Sua Realização
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• Descrição Técnica: Ela apresenta muitas das características ge- intencionalidade, criando assim unidades textuais ou discursivas. Dentro
rais da literatura, com a distinção de que nela se utiliza um vocabu- deste contexto da escrita, temos que levar em conta que a coerência é de
lário mais preciso, salientando-se com exatidão os pormenores. É relevada importância para a produção textual, pois nela se dará uma se-
predominantemente denotativa tendo como objetivo esclarecer quência das ideias e da progressão de argumentos a serem explanadas.
convencendo. Pode aplicar-se a objetos, a aparelhos ou mecanis- Sendo a argumentação o procedimento que tornará a tese aceitável, a
mos, a fenômenos, a fatos, a lugares, a eventos e etc. apresentação de argumentos atingirá os seus interlocutores em seus objeti-
vos; isto se dará através do convencimento da persuasão. Os mecanismos
TEXTO DISSERTATIVO da coesão e da coerência serão então responsáveis pela unidade da for-
Dissertar significa discutir, expor, interpretar ideias. A dissertação cons- mação textual.
ta de uma série de juízos a respeito de um determinado assunto ou ques-
tão, e pressupõe um exame critico do assunto sobre o qual se vai escrever Dentro dos mecanismos coesivos, podem realizar-se em contextos
com clareza, coerência e objetividade. verbais mais amplos, como por jogos de elipses, por força semântica, por
recorrências lexicais, por estratégias de substituição de enunciados.
A dissertação pode ser argumentativa - na qual o autor tenta persuadir
o leitor a respeito dos seus pontos de vista ou simplesmente, ter como Um mecanismo mais fácil de fazer a comunicação entre as pessoas é a
finalidade dar a conhecer ou explicar certo modo de ver qualquer questão. linguagem, quando ela é em forma da escrita e após a leitura, (o que ocorre
agora), podemos dizer que há de ter alguém que transmita algo, e outro
A linguagem usada é a referencial, centrada na mensagem, enfatizan- que o receba. Nesta brincadeira é que entra a formação de argumentos
do o contexto. com o intuito de persuadir para se qualificar a comunicação; nisto, estes
argumentos explanados serão o germe de futuras tentativas da comunica-
Quanto à forma, ela pode ser tripartida em: ção ser objetiva e dotada de intencionalidade, (ver Linguagem e Persua-
• Introdução: Em poucas linhas coloca ao leitor os dados funda- são).
mentais do assunto que está tratando. É a enunciação direta e ob-
jetiva da definição do ponto de vista do autor. Sabe-se que a leitura e escrita, ou seja, ler e escrever; não tem em sua
• Desenvolvimento: Constitui o corpo do texto, onde as ideias colo- unidade a mono característica da dominação do idioma/língua, e sim o
cadas na introdução serão definidas com os dados mais relevan- propósito de executar a interação do meio e cultura de cada indivíduo. As
tes. Todo desenvolvimento deve estruturar-se em blocos de ideias relações intertextuais são de grande valia para fazer de um texto uma
articuladas entre si, de forma que a sucessão deles resulte num alusão à outros textos, isto proporciona que a imersão que os argumentos
conjunto coerente e unitário que se encaixa na introdução e de- dão tornem esta produção altamente evocativa.
sencadeia a conclusão.
• Conclusão: É o fenômeno do texto, marcado pela síntese da ideia A paráfrase é também outro recurso bastante utilizado para trazer a um
central. Na conclusão o autor reforça sua opinião, retomando a in- texto um aspecto dinâmico e com intento. Juntamente com a paródia, a
trodução e os fatos resumidos do desenvolvimento do texto. Para paráfrase utiliza-se de textos já escritos, por alguém, e que tornam-se algo
haver maior entendimento dos procedimentos que podem ocorrer espetacularmente incrível. A diferença é que muitas vezes a paráfrase não
em um dissertação, cabe fazermos a distinção entre fatos, hipótese possui a necessidade de persuadir as pessoas com a repetição de argu-
e opinião. mentos, e sim de esquematizar novas formas de textos, sendo estes dife-
- Fato: É o acontecimento ou coisa cuja veracidade e reconhecida; é rentes. A criação de um texto requer bem mais do que simplesmente a
a obra ou ação que realmente se praticou. junção de palavras a uma frase, requer algo mais que isto. É necessário ter
- Hipótese: É a suposição feita acerca de uma coisa possível ou na escolha das palavras e do vocabulário o cuidado de se requisitá-las,
não, e de que se tiram diversas conclusões; é uma afirmação so- bem como para se adotá-las. Um texto não é totalmente auto-explicativo,
bre o desconhecido, feita com base no que já é conhecido. daí vem a necessidade de que o leitor tenha um emassado em seu histórico
- Opinião: Opinar é julgar ou inserir expressões de aprovação ou uma relação interdiscursiva e intertextual.
desaprovação pessoal diante de acontecimentos, pessoas e obje-
tos descritos, é um parecer particular, um sentimento que se tem a As metáforas, metonímias, onomatopeias ou figuras de linguagem, en-
respeito de algo. tram em ação inseridos num texto como um conjunto de estratégias capa-
zes de contribuir para os efeitos persuasivos dele. A ironia também é muito
utilizada para causar este efeito, umas de suas características salientes, é
O TEXTO ARGUMENTATIVO que a ironia dá ênfase à gozação, além de desvalorizar ideias, valores da
Baseado em Adilson Citelli oposição, tudo isto em forma de piada.
A linguagem é capaz de criar e representar realidades, sendo caracte-
rizada pela identificação de um elemento de constituição de sentidos. Os Uma das últimas, porém não menos importantes, formas de persuadir
discursos verbais podem ser formados de várias maneiras, para dissertar através de argumentos, é a Alusão ("Ler não é apenas reconhecer o dito,
ou argumentar, descrever ou narrar, colocamos em práticas um conjunto de mais também o não-dito"). Nela, o escritor trabalha com valores, ideias ou
referências codificadas há muito tempo e dadas como estruturadoras do conceitos pré estabelecidos, sem porém com objetivos de forma clara e
tipo de texto solicitado. concisa. O que acontece é a formação de um ambiente poético e sugerível,
capaz de evocar nos leitores algo, digamos, uma sensação...
Para se persuadir por meio de muitos recursos da língua é necessário Texto Base: CITELLI, Adilson; “O Texto Argumentativo” São Paulo SP, Editora
que um texto possua um caráter argumentativo/descritivo. A construção de ..Scipione, 1994 - 6ª edição.
um ponto de vista de alguma pessoa sobre algo, varia de acordo com a sua
análise e esta dar-se-á a partir do momento em que a compreensão do
conteúdo, ou daquilo que fora tratado seja concretado. A formação discursi- TIPOLOGIA TEXTUAL
va é responsável pelo emassamento do conteúdo que se deseja transmitir,
A todo o momento nos deparamos com vários textos, sejam eles
ou persuadir, e nele teremos a formação do ponto de vista do sujeito, suas
verbais e não verbais. Em todos há a presença do discurso, isto é, a ideia
análises das coisas e suas opiniões. Nelas, as opiniões o que fazemos é
intrínseca, a essência daquilo que está sendo transmitido entre os
soltar concepções que tendem a ser orientadas no meio em que o indivíduo
interlocutores.
viva. Vemos que o sujeito lança suas opiniões com o simples e decisivo
intuito de persuadir e fazer suas explanações renderem o convencimento Esses interlocutores são as peças principais em um diálogo ou em um
do ponto de vista de algo/alguém. texto escrito, pois nunca escrevemos para nós mesmos, nem mesmo
falamos sozinhos.
Na escrita, o que fazemos é buscar intenções de sermos entendidos e
desejamos estabelecer um contato verbal com os ouvintes e leitores, e É de fundamental importância sabermos classificar os textos dos quais
todas as frases ou palavras articuladas produzem significações dotadas de travamos convivência no nosso dia a dia. Para isso, precisamos saber que
existem tipos textuais e gêneros textuais.
Observações: FLEXÕES
1. O pronome relativo QUEM só se aplica a pessoas, tem antecedente, O verbo é a classe de palavras que apresenta o maior número de fle-
vem sempre antecedido de preposição, e equivale a O QUAL. xões na língua portuguesa. Graças a isso, uma forma verbal pode trazer em
O médico de quem falo é meu conterrâneo. si diversas informações. A forma CANTÁVAMOS, por exemplo, indica:
2. Os pronomes CUJO, CUJA significam do qual, da qual, e precedem • a ação de cantar.
sempre um substantivo sem artigo. • a pessoa gramatical que pratica essa ação (nós).
Qual será o animal cujo nome a autora não quis revelar? • o número gramatical (plural).
3. QUANTO(s) e QUANTA(s) são pronomes relativos quando precedidos • o tempo em que tal ação ocorreu (pretérito).
de um dos pronomes indefinidos tudo, tanto(s), tanta(s), todos, todas. • o modo como é encarada a ação: um fato realmente acontecido no
Tenho tudo quanto quero. passado (indicativo).
Leve tantos quantos precisar. • que o sujeito pratica a ação (voz ativa).
Nenhum ovo, de todos quantos levei, se quebrou. Portanto, o verbo flexiona-se em número, pessoa, modo, tempo e voz.
4. ONDE, como pronome relativo, tem sempre antecedente e equivale a 1. NÚMERO: o verbo admite singular e plural:
EM QUE. O menino olhou para o animal com olhos alegres. (singular).
A casa onde (= em que) moro foi de meu avô. Os meninos olharam para o animal com olhos alegres. (plural).
2. PESSOA: servem de sujeito ao verbo as três pessoas gramaticais:
1ª pessoa: aquela que fala. Pode ser
Veja o esquema dos tempos simples em português: O VERBO HAVER (empregado impessoalmente)
Presente (falo) O verbo haver é impessoal - sendo, portanto, usado invariavelmente na
INDICATIVO Pretérito perfeito ( falei) 3ª pessoa do singular - quando significa:
Imperfeito (falava) 1) EXISTIR
Mais- que-perfeito (falara) Há pessoas que nos querem bem.
Futuro do presente (falarei) Criaturas infalíveis nunca houve nem haverá.
do pretérito (falaria) Brigavam à toa, sem que houvesse motivos sérios.
Presente (fale) Livros, havia-os de sobra; o que faltava eram leitores.
SUBJUNTIVO Pretérito imperfeito (falasse) 2) ACONTECER, SUCEDER
Futuro (falar) Houve casos difíceis na minha profissão de médico.
Há ainda três formas que não exprimem exatamente o tempo em que Não haja desavenças entre vós.
se dá o fato expresso. São as formas nominais, que completam o esquema Naquele presídio havia frequentes rebeliões de presos.
dos tempos simples. 3) DECORRER, FAZER, com referência ao tempo passado:
Infinitivo impessoal (falar) Há meses que não o vejo.
Pessoal (falar eu, falares tu, etc.) Haverá nove dias que ele nos visitou.
FORMAS NOMINAIS Gerúndio (falando) Havia já duas semanas que Marcos não trabalhava.
Particípio (falado) O fato aconteceu há cerca de oito meses.
5. VOZ: o sujeito do verbo pode ser: Quando pode ser substituído por FAZIA, o verbo HAVER concorda no
a) agente do fato expresso. pretérito imperfeito, e não no presente:
O carroceiro disse um palavrão. Havia (e não HÁ) meses que a escola estava fechada.
(sujeito agente) Morávamos ali havia (e não HÁ) dois anos.
O verbo está na voz ativa. Ela conseguira emprego havia (e não HÁ) pouco tempo.
b) paciente do fato expresso: Havia (e não HÁ) muito tempo que a policia o procurava.
Um palavrão foi dito pelo carroceiro. 4) REALIZAR-SE
(sujeito paciente) Houve festas e jogos.
O verbo está na voz passiva. Se não chovesse, teria havido outros espetáculos.
c) agente e paciente do fato expresso: Todas as noites havia ensaios das escolas de samba.
O carroceiro machucou-se. 5) Ser possível, existir possibilidade ou motivo (em frases negativas e
(sujeito agente e paciente) seguido de infinitivo):
O verbo está na voz reflexiva. Em pontos de ciência não há transigir.
6. FORMAS RIZOTÔNICAS E ARRIZOTÔNICAS: dá-se o nome de Não há contê-lo, então, no ímpeto.
rizotônica à forma verbal cujo acento tônico está no radical. Não havia descrer na sinceridade de ambos.
Falo - Estudam. Mas olha, Tomásia, que não há fiar nestas afeiçõezinhas.
Dá-se o nome de arrizotônica à forma verbal cujo acento tônico está E não houve convencê-lo do contrário.
fora do radical. Não havia por que ficar ali a recriminar-se.
Falamos - Estudarei.
7. CLASSIFICACÃO DOS VERBOS: os verbos classificam-se em: Como impessoal o verbo HAVER forma ainda a locução adverbial de
a) regulares - são aqueles que possuem as desinências normais de sua há muito (= desde muito tempo, há muito tempo):
conjugação e cuja flexão não provoca alterações no radical: canto - De há muito que esta árvore não dá frutos.
cantei - cantarei – cantava - cantasse. De há muito não o vejo.
CABER QUERER
Presente do indicativo caibo, cabes, cabe, cabemos, cabeis, cabem Presente do indicativo quero, queres, quer, queremos, quereis, querem
Pretérito perfeito coube, coubeste, coube, coubemos, coubestes, couberam Pretérito perfeito quis, quiseste, quis, quisemos, quisestes, quiseram
Pretérito mais-que-perfeito coubera, couberas, coubera, coubéramos, Pretérito mais-que-perfeito quisera, quiseras, quisera, quiséramos, quisé-
coubéreis, couberam reis, quiseram
Presente do subjuntivo caiba, caibas, caiba, caibamos, caibais, caibam Presente do subjuntivo queira, queiras, queira, queiramos, queirais, queiram
Imperfeito do subjuntivo coubesse, coubesses, coubesse, coubéssemos, coubésseis, Pretérito imperfeito quisesse, quisesses, quisesse, quiséssemos quisésseis,
coubessem quisessem
Futuro do subjuntivo couber, couberes, couber, coubermos, couberdes, couberem Futuro quiser, quiseres, quiser, quisermos, quiserdes, quiserem
O verbo CABER não se apresenta conjugado nem no imperativo afirmativo nem no
imperativo negativo REQUERER
Presente do indicativo requeiro, requeres, requer, requeremos, requereis. requerem
CRER Pretérito perfeito requeri, requereste, requereu, requeremos, requereste,
Presente do indicativo creio, crês, crê, cremos, credes, crêem requereram
Presente do subjuntivo creia, creias, creia, creiamos, creiais, creiam Pretérito mais-que-perfeito requerera, requereras, requerera, requereramos,
Imperativo afirmativo crê, creia, creiamos, crede, creiam requerereis, requereram
Conjugam-se como crer, ler e descrer Futuro do presente requererei, requererás requererá, requereremos, requerereis,
requererão
DIZER Futuro do pretérito requereria, requererias, requereria, requereríamos, requere-
Presente do indicativo digo, dizes, diz, dizemos, dizeis, dizem ríeis, requereriam
Pretérito perfeito disse, disseste, disse, dissemos, dissestes, disseram Imperativo requere, requeira, requeiramos, requerer, requeiram
Pretérito mais-que-perfeito dissera, disseras, dissera, disséramos, disséreis, Presente do subjuntivo requeira, requeiras, requeira, requeiramos, requeirais,
disseram requeiram
Futuro do presente direi, dirás, dirá, diremos, direis, dirão Pretérito Imperfeito requeresse, requeresses, requeresse, requerêssemos,
Futuro do pretérito diria, dirias, diria, diríamos, diríeis, diriam requerêsseis, requeressem,
Presente do subjuntivo diga, digas, diga, digamos, digais, digam Futuro requerer, requereres, requerer, requerermos, requererdes,
Pretérito imperfeito dissesse, dissesses, dissesse, disséssemos, dissésseis, requerem
dissesse Gerúndio requerendo
Futuro disser, disseres, disser, dissermos, disserdes, disserem Particípio requerido
Particípio dito O verbo REQUERER não se conjuga como querer.
Conjugam-se como dizer, bendizer, desdizer, predizer, maldizer
FAZER REAVER
Presente do indicativo faço, fazes, faz, fazemos, fazeis, fazem Presente do indicativo reavemos, reaveis
Pretérito perfeito fiz, fizeste, fez, fizemos fizestes, fizeram Pretérito perfeito reouve, reouveste, reouve, reouvemos, reouvestes, reouve-
Pretérito mais-que-perfeito fizera, fizeras, fizera, fizéramos, fizéreis, fizeram ram
Futuro do presente farei, farás, fará, faremos, fareis, farão Pretérito mais-que-perfeito reouvera, reouveras, reouvera, reouvéramos, reouvé-
Futuro do pretérito faria, farias, faria, faríamos, faríeis, fariam reis, reouveram
Imperativo afirmativo faze, faça, façamos, fazei, façam Pretérito imperf. do subjuntivo reouvesse, reouvesses, reouvesse, reouvésse-
Presente do subjuntivo faça, faças, faça, façamos, façais, façam mos, reouvésseis, reouvessem
Imperfeito do subjuntivo fizesse, fizesses, fizesse, fizéssemos, fizésseis, Futuro reouver, reouveres, reouver, reouvermos, reouverdes,
fizessem reouverem
ORAÇÃO SUBORDINADA
Período composto por coordenação
Oração subordinada é a oração dependente que normalmente é
Apresenta orações independentes.
introduzida por um conectivo subordinativo. Note que a oração principal
(Fui à cidade), (comprei alguns remédios) (e voltei cedo.)
nem sempre é a primeira do período.
Quando ele voltar, eu saio de férias.
Período composto por subordinação
Oração principal: EU SAIO DE FÉRIAS
Apresenta orações dependentes.
Oração subordinada: QUANDO ELE VOLTAR
(É bom) (que você estude.)
ORAÇÃO SUBORDINADA SUBSTANTIVA
Período composto por coordenação e subordinação
Oração subordinada substantiva é aquela que tem o valor e a função
Apresenta tanto orações dependentes como independentes. Este
de um substantivo.
período é também conhecido como misto.
Por terem as funções do substantivo, as orações subordinadas
(Ele disse) (que viria logo,) (mas não pôde.)
substantivas classificam-se em:
1) SUBJETIVA (sujeito)
ORAÇÃO COORDENADA
Convém que você estude mais.
Oração coordenada é aquela que é independente.
Importa que saibas isso bem. .
As orações coordenadas podem ser:
É necessário que você colabore. (SUA COLABORAÇÃO) é necessária.
- Sindética:
Aquela que é independente e é introduzida por uma conjunção 2) OBJETIVA DIRETA (objeto direto)
coordenativa. Desejo QUE VENHAM TODOS.
Viajo amanhã, mas volto logo. Pergunto QUEM ESTÁ AI.
Língua Portuguesa 32 A Opção Certa Para a Sua Realização
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3) OBJETIVA INDIRETA (objeto indireto) 7) FINAIS: exprimem finalidade, objeto:
Aconselho-o A QUE TRABALHE MAIS. Fiz-lhe sinal QUE SE CALASSE.
Tudo dependerá DE QUE SEJAS CONSTANTE. Aproximei-me A FIM DE QUE ME OUVISSE MELHOR.
Daremos o prêmio A QUEM O MERECER.
8) PROPORCIONAIS: denotam proporcionalidade:
4) COMPLETIVA NOMINAL À MEDIDA QUE SE VIVE, mais se aprende.
Complemento nominal. QUANTO MAIOR FOR A ALTURA, maior será o tombo.
Ser grato A QUEM TE ENSINA.
9) TEMPORAIS: indicam o tempo em que se realiza o fato expresso na
Sou favorável A QUE O PRENDAM.
oração principal:
ENQUANTO FOI RICO todos o procuravam.
5) PREDICATIVA (predicativo)
QUANDO OS TIRANOS CAEM, os povos se levantam.
Seu receio era QUE CHOVESSE. = Seu receio era (A CHUVA)
Minha esperança era QUE ELE DESISTISSE. 10) MODAIS: exprimem modo, maneira:
Não sou QUEM VOCÊ PENSA. Entrou na sala SEM QUE NOS CUMPRIMENTASSE.
Aqui viverás em paz, SEM QUE NINGUÉM TE INCOMODE.
6) APOSITIVAS (servem de aposto)
Só desejo uma coisa: QUE VIVAM FELIZES = (A SUA FELICIDADE) ORAÇÕES REDUZIDAS
Só lhe peço isto: HONRE O NOSSO NOME. Oração reduzida é aquela que tem o verbo numa das formas nominais:
gerúndio, infinitivo e particípio.
7) AGENTE DA PASSIVA Exemplos:
O quadro foi comprado POR QUEM O FEZ = (PELO SEU AUTOR) • Penso ESTAR PREPARADO = Penso QUE ESTOU PREPARADO.
A obra foi apreciada POR QUANTOS A VIRAM. • Dizem TER ESTADO LÁ = Dizem QUE ESTIVERAM LÁ.
• FAZENDO ASSIM, conseguirás = SE FIZERES ASSIM,
ORAÇÕES SUBORDINADAS ADJETIVAS conseguirás.
Oração subordinada adjetiva é aquela que tem o valor e a função de • É bom FICARMOS ATENTOS. = É bom QUE FIQUEMOS
um adjetivo. ATENTOS.
Há dois tipos de orações subordinadas adjetivas: • AO SABER DISSO, entristeceu-se = QUANDO SOUBE DISSO,
1) EXPLICATIVAS: entristeceu-se.
Explicam ou esclarecem, à maneira de aposto, o termo antecedente, • É interesse ESTUDARES MAIS = É interessante QUE ESTUDES
atribuindo-lhe uma qualidade que lhe é inerente ou acrescentando-lhe uma MAIS.
informação. • SAINDO DAQUI, procure-me. = QUANDO SAIR DAQUI, procure-
Deus, QUE É NOSSO PAI, nos salvará. me.
Ele, QUE NASCEU RICO, acabou na miséria.
2) RESTRITIVAS:
CONCORDÂNCIA NOMINAL E VERBAL
Restringem ou limitam a significação do termo antecedente, sendo
indispensáveis ao sentido da frase:
Concordância é o processo sintático no qual uma palavra determinante
Pedra QUE ROLA não cria limo.
se adapta a uma palavra determinada, por meio de suas flexões.
As pessoas A QUE A GENTE SE DIRIGE sorriem.
Principais Casos de Concordância Nominal
Ele, QUE SEMPRE NOS INCENTIVOU, não está mais aqui.
1) O artigo, o adjetivo, o pronome relativo e o numeral concordam em
gênero e número com o substantivo.
ORAÇÕES SUBORDINADAS ADVERBIAIS
As primeiras alunas da classe foram passear no zoológico.
Oração subordinada adverbial é aquela que tem o valor e a função de
2) O adjetivo ligado a substantivos do mesmo gênero e número vão
um advérbio.
normalmente para o plural.
As orações subordinadas adverbiais classificam-se em:
Pai e filho estudiosos ganharam o prêmio.
1) CAUSAIS: exprimem causa, motivo, razão:
3) O adjetivo ligado a substantivos de gêneros e número diferentes vai
Desprezam-me, POR ISSO QUE SOU POBRE.
para o masculino plural.
O tambor soa PORQUE É OCO.
Alunos e alunas estudiosos ganharam vários prêmios.
4) O adjetivo posposto concorda em gênero com o substantivo mais
2) COMPARATIVAS: representam o segundo termo de uma
próximo:
comparação.
Trouxe livros e revista especializada.
O som é menos veloz QUE A LUZ.
5) O adjetivo anteposto pode concordar com o substantivo mais próximo.
Parou perplexo COMO SE ESPERASSE UM GUIA.
Dedico esta música à querida tia e sobrinhos.
6) O adjetivo que funciona como predicativo do sujeito concorda com o
3) CONCESSIVAS: exprimem um fato que se concede, que se admite:
sujeito.
POR MAIS QUE GRITASSE, não me ouviram.
Meus amigos estão atrapalhados.
Os louvores, PEQUENOS QUE SEJAM, são ouvidos com agrado.
7) O pronome de tratamento que funciona como sujeito pede o predica-
CHOVESSE OU FIZESSE SOL, o Major não faltava.
tivo no gênero da pessoa a quem se refere.
Sua excelência, o Governador, foi compreensivo.
4) CONDICIONAIS: exprimem condição, hipótese:
8) Os substantivos acompanhados de numerais precedidos de artigo
SE O CONHECESSES, não o condenarias.
vão para o singular ou para o plural.
Que diria o pai SE SOUBESSE DISSO?
Já estudei o primeiro e o segundo livro (livros).
9) Os substantivos acompanhados de numerais em que o primeiro vier
5) CONFORMATIVAS: exprimem acordo ou conformidade de um fato
precedido de artigo e o segundo não vão para o plural.
com outro:
Já estudei o primeiro e segundo livros.
Fiz tudo COMO ME DISSERAM.
10) O substantivo anteposto aos numerais vai para o plural.
Vim hoje, CONFORME LHE PROMETI.
Já li os capítulos primeiro e segundo do novo livro.
11) As palavras: MESMO, PRÓPRIO e SÓ concordam com o nome a
6) CONSECUTIVAS: exprimem uma consequência, um resultado:
que se referem.
A fumaça era tanta QUE EU MAL PODIA ABRIR OS OLHOS.
Ela mesma veio até aqui.
Bebia QUE ERA UMA LÁSTIMA!
Eles chegaram sós.
Tenho medo disso QUE ME PÉLO!
Eles próprios escreveram.
Língua Portuguesa 33 A Opção Certa Para a Sua Realização
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12) A palavra OBRIGADO concorda com o nome a que se refere. 12) A partícula expletiva ou de realce É QUE é invariável e o verbo da
Muito obrigado. (masculino singular) frase em que é empregada concorda normalmente com o sujeito.
Muito obrigada. (feminino singular). Ela é que faz as bolas.
13) A palavra MEIO concorda com o substantivo quando é adjetivo e fica Eu é que escrevo os programas.
invariável quando é advérbio. 13) O verbo concorda com o pronome antecedente quando o sujeito é
Quero meio quilo de café. um pronome relativo.
Minha mãe está meio exausta. Ele, que chegou atrasado, fez a melhor prova.
É meio-dia e meia. (hora) Fui eu que fiz a lição
14) As palavras ANEXO, INCLUSO e JUNTO concordam com o substan- Quando a LIÇÃO é pronome relativo, há várias construções possíveis.
tivo a que se referem. • que: Fui eu que fiz a lição.
Trouxe anexas as fotografias que você me pediu. • quem: Fui eu quem fez a lição.
A expressão em anexo é invariável. • o que: Fui eu o que fez a lição.
Trouxe em anexo estas fotos.
15) Os adjetivos ALTO, BARATO, CONFUSO, FALSO, etc, que substitu- 14) Verbos impessoais - como não possuem sujeito, deixam o verbo na
em advérbios em MENTE, permanecem invariáveis. terceira pessoa do singular. Acompanhados de auxiliar, transmitem a
Vocês falaram alto demais. este sua impessoalidade.
O combustível custava barato. Chove a cântaros. Ventou muito ontem.
Você leu confuso. Deve haver muitas pessoas na fila. Pode haver brigas e discussões.
Ela jura falso. CONCORDÂNCIA DOS VERBOS SER E PARECER
16) CARO, BASTANTE, LONGE, se advérbios, não variam, se adjetivos, 1) Nos predicados nominais, com o sujeito representado por um dos
sofrem variação normalmente. pronomes TUDO, NADA, ISTO, ISSO, AQUILO, os verbos SER e PA-
Esses pneus custam caro. RECER concordam com o predicativo.
Conversei bastante com eles. Tudo são esperanças.
Conversei com bastantes pessoas. Aquilo parecem ilusões.
Estas crianças moram longe. Aquilo é ilusão.
Conheci longes terras.
2) Nas orações iniciadas por pronomes interrogativos, o verbo SER con-
CONCORDÂNCIA VERBAL corda sempre com o nome ou pronome que vier depois.
CASOS GERAIS Que são florestas equatoriais?
1) O verbo concorda com o sujeito em número e pessoa. Quem eram aqueles homens?
O menino chegou. Os meninos chegaram.
2) Sujeito representado por nome coletivo deixa o verbo no singular. 3) Nas indicações de horas, datas, distâncias, a concordância se fará com
O pessoal ainda não chegou. a expressão numérica.
A turma não gostou disso. São oito horas.
Um bando de pássaros pousou na árvore. Hoje são 19 de setembro.
3) Se o núcleo do sujeito é um nome terminado em S, o verbo só irá ao De Botafogo ao Leblon são oito quilômetros.
plural se tal núcleo vier acompanhado de artigo no plural.
Os Estados Unidos são um grande país. 4) Com o predicado nominal indicando suficiência ou falta, o verbo SER
Os Lusíadas imortalizaram Camões. fica no singular.
Os Alpes vivem cobertos de neve. Três batalhões é muito pouco.
Em qualquer outra circunstância, o verbo ficará no singular. Trinta milhões de dólares é muito dinheiro.
Flores já não leva acento.
O Amazonas deságua no Atlântico. 5) Quando o sujeito é pessoa, o verbo SER fica no singular.
Campos foi a primeira cidade na América do Sul a ter luz elétrica. Maria era as flores da casa.
4) Coletivos primitivos (indicam uma parte do todo) seguidos de nome no O homem é cinzas.
plural deixam o verbo no singular ou levam-no ao plural, indiferentemente.
A maioria das crianças recebeu, (ou receberam) prêmios. 6) Quando o sujeito é constituído de verbos no infinitivo, o verbo SER
A maior parte dos brasileiros votou (ou votaram). concorda com o predicativo.
5) O verbo transitivo direto ao lado do pronome SE concorda com o Dançar e cantar é a sua atividade.
sujeito paciente. Estudar e trabalhar são as minhas atividades.
Vende-se um apartamento.
Vendem-se alguns apartamentos. 7) Quando o sujeito ou o predicativo for pronome pessoal, o verbo SER
6) O pronome SE como símbolo de indeterminação do sujeito leva o concorda com o pronome.
verbo para a 3ª pessoa do singular. A ciência, mestres, sois vós.
Precisa-se de funcionários. Em minha turma, o líder sou eu.
7) A expressão UM E OUTRO pede o substantivo que a acompanha no
singular e o verbo no singular ou no plural. 8) Quando o verbo PARECER estiver seguido de outro verbo no infinitivo,
Um e outro texto me satisfaz. (ou satisfazem) apenas um deles deve ser flexionado.
8) A expressão UM DOS QUE pede o verbo no singular ou no plural. Os meninos parecem gostar dos brinquedos.
Ele é um dos autores que viajou (viajaram) para o Sul. Os meninos parece gostarem dos brinquedos.
9) A expressão MAIS DE UM pede o verbo no singular.
Mais de um jurado fez justiça à minha música.
10) As palavras: TUDO, NADA, ALGUÉM, ALGO, NINGUÉM, quando REGÊNCIA NOMINAL E VERBAL
empregadas como sujeito e derem ideia de síntese, pedem o verbo
no singular. Regência é o processo sintático no qual um termo depende gramati-
As casas, as fábricas, as ruas, tudo parecia poluição. calmente do outro.
11) Os verbos DAR, BATER e SOAR, indicando hora, acompanham o A regência nominal trata dos complementos dos nomes (substantivos e
sujeito. adjetivos).
Deu uma hora. Exemplos:
Deram três horas. - acesso: A = aproximação - AMOR: A, DE, PARA, PARA COM
Bateram cinco horas. EM = promoção - aversão: A, EM, PARA, POR
Naquele relógio já soaram duas horas.
12. A maior parte das empresas de franquia pretende expandir os negó- 18. O termo oração, entendido como uma construção com sujeito e
cios das empresas de franquia pelo contato direto com os possíveis predicado que formam um período simples, se aplica, adequadamen-
investidores, por meio de entrevistas. Esse contato para fins de sele- te, apenas a:
ção não só permite às empresas avaliar os investidores com relação (A) Amanhã, tempo instável, sujeito a chuvas esparsas no litoral.
aos negócios, mas também identificar o perfil desejado dos investido- (B) O vigia abandonou a guarita, assim que cumpriu seu período.
res. (C) O passeio foi adiado para julho, por não ser época de chuvas.
(Texto adaptado) (D) Muito riso, pouco siso – provérbio apropriado à falta de juízo.
Para eliminar as repetições, os pronomes apropriados para substituir (E) Os concorrentes à vaga de carteiro submeteram-se a exames.
as expressões: das empresas de franquia, às empresas, os investi-
dores e dos investidores, no texto, são, respectivamente:
(A) seus ... lhes ... los ... lhes (B) delas ... a elas ... lhes ... deles Leia o período para responder às questões de números 19 e 20.
(C) seus ... nas ... los ... deles (D) delas ... a elas ... lhes ... seu
(E) seus ... lhes ... eles ... neles O livro de registro do processo que você procurava era o que estava
sobre o balcão.
Agora já podemos definir número racional : número racional é aquele De duas frações que têm o mesmo numerador, a maior é a que tem
definido por uma classe de equivalência da qual cada fração é um repre- menor denominador.
sentante.
7 7
Exemplo: >
NÚMERO RACIONAL NATURAL ou NÚMERO NATURAL: 2 5
0 0
0= = = ⋅⋅⋅ (definido pela classe de equivalência que re- OPERAÇÕES COM FRAÇÕES
1 2
presenta o mesmo número racional 0)
ADIÇÃO E SUBTRAÇÃO
1 2 A soma ou a diferença de duas frações é uma outra fração, cujo calculo
1 = = = ⋅⋅⋅ (definido pela classe de equivalência que re-
recai em um dos dois casos seguintes:
1 2
presenta o mesmo número racional 1)
1º CASO: Frações com mesmo denominador. Observemos as figuras
e assim por diante.
seguintes:
NÚMERO RACIONAL FRACIONÁRIO ou NÚMERO FRACIONÁRIO:
1 2 3
= = = ⋅ ⋅ ⋅ (definido pela classe de equivalência que re-
2 4 6
presenta o mesmo número racional 1/2). 3 2
6 6
NOMES DADOS ÀS FRAÇÕES DIVERSAS
a) decimais: quando têm como denominador 10 ou uma potência de
5
5 7
10 = , ,⋅ ⋅ ⋅ etc. 6
10 100
Raciocínio Lógico e Matemático 1 A Opção Certa Para a Sua Realização
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3 2 5 Exemplos.
Indicamos por: + = 2 7 3 3 5 1 1
6 6 6 a) + + = b) + + + =
15 15 15 4 6 8 2
2+7+3 18 20 3 12
= = = + + + =
15 24 24 24 24
12 4
= = 18+ 20+ 3 +12
= =
2 15 5 24
53
6 =
24
5
Havendo número misto, devemos transformá-lo em fração imprópria:
6
Exemplo:
3 1 5 1
2 + +3 =
6 3 12 6
5 2 3 7 5 19
Indicamos por: − = + + =
6 6 6 3 12 6
28 5 38
Assim, para adicionar ou subtrair frações de mesmo denominador, pro- + + =
cedemos do seguinte modo: 12 12 12
• adicionamos ou subtraímos os numeradores e mantemos o denomi- 28 + 5 + 38 71
nador comum. =
• simplificamos o resultado, sempre que possível. 12 12
1 4
A fração é equivalente a .
Um círculo foi dividido em duas partes iguais. Dizemos que uma unida- 3 12
de dividida em duas partes iguais e indicamos 1/2.
onde: 1 = numerador e 2 = denominador
3 9
A fração equivalente .
4 12
Exercícios:
1) Achar três frações equivalentes às seguintes frações:
1 2
1) 2)
Um círculo dividido em 3 partes iguais indicamos (das três partes ha- 4 3
churamos 2). 2 3 4 4 6 8
Quando o numerador é menor que o denominador temos uma fração Respostas: 1) , , 2) , ,
própria. Observe: 8 12 16 6 9 12
Simplificação de frações
1 2 3 Quando não for mais possível efetuar as divisões, dizemos que a fra-
Dizemos que: = = ção é irredutível. Exemplo:
2 4 6
18 : 2 9 : 3 3
- Para obter frações equivalentes, devemos multiplicar ou dividir o nu- = =
merador por mesmo número diferente de zero. 12 : 2 6 : 3 2
1 2 2 1 3 3
Ex: ⋅ = ou . = Fração irredutível ou simplificada.
2 2 4 2 3 6
Para simplificar frações devemos dividir o numerador e o denominador, 9 36
Exercícios: Simplificar 1) 2)
por um mesmo número diferente de zero. 12 45
Quando não for mais possível efetuar as divisões dizemos que a fração 3 4
é irredutível. Respostas: 1) 2)
Exemplo: 4 5
18 2 9 3
: = = ⇒ Fração Irredutível ou Simplificada Redução de frações ao menor denominador comum
12 2 6 6
1 3
1 3 Ex.: e
Exemplo: e 3 4
3 4
Exemplo: Para dividir duas frações conserva-se a primeira e multiplica-se pelo in-
2 4 verso da Segunda.
? ⇒ numeradores diferentes e denominadores diferentes 4 2 4 3 12 6
3 5 Exemplo: : = . = =
= m.m.c.(3, 5) = 15 5 3 5 2 10 5
(15 : 3).2 (15.5).4 10 12
? = < (ordem crescente) Exercícios. Calcular:
15 15 15 15
4 2 8 6 2 3 4 1
1) : 2): 3) + : −
Exercícios: Colocar em ordem crescente: 3 9 15 25 5 5 3 3
2 2 5 4 5 2 4 20
1) e 2) e 3) , e Respostas: 1) 6 2) 3) 1
5 3 3 3 6 3 5 9
2 2 4 5
Respostas: 1) < 2) <
5 3 3 3 POTENCIAÇÃO DE FRAÇÕES
4 5 3
3) < < Eleva o numerador e o denominador ao expoente dado. Exemplo:
3 6 2 3
2 23 8
= 3 =
OPERAÇÕES COM FRAÇÕES 3 3 27
1. Conceitos primitivos
Antes de mais nada devemos saber que conceitos primitivos são
noções que adotamos sem definição.
Adotaremos aqui três conceitos primitivos: o de conjunto, o de elemen-
to e o de pertinência de um elemento a um conjunto. Assim, devemos Por esse tipo de representação gráfica, chamada diagrama de Euler-
entender perfeitamente a frase: determinado elemento pertence a um Venn, percebemos que x ∈ C, y ∈ C, z ∈ C; e que a ∉ C, b ∉ C, c
conjunto, sem que tenhamos definido o que é conjunto, o que é elemento e
o que significa dizer que um elemento pertence ou não a um conjunto.
∉ C, d ∉ C.
Exercício resolvido O conjunto C = {1; 2 } possui dois elementos; logo, ele terá 22 = 4
Determine o número de elementos dos seguintes com juntos : subconjuntos.
a) A = { x | x é letra da palavra amor }
b) B = { x | x é letra da palavra alegria } Exercício resolvido:
c) c é o conjunto esquematizado a seguir 1. Determine o número de subconjuntos do conjunto C = la; e; 1; o; u ) .
d) D = ( 2; 4; 6; . . . ; 98 ) Resolução: Como o conjunto C possui cinco elementos, o número dos
e) E é o conjunto dos pontos comuns às relas r e s, esquematizadas a seus subconjuntos será 25 = 32.
seguir :
Exercícios propostas:
2. Determine o número de subconjuntos do conjunto
C = { 0; 1; 2; 3; 4; 5; 6; 7; 8; 9 }
Resposta: 1024
1. União de conjuntos
Dados dois conjuntos A e B, chamamos união ou reunião de A com B,
e indicamos com A ∩ B, ao conjunto constituído por todos os elementos
que pertencem a A ou a B.
Usando os diagramas de Euler-Venn, e representando com hachuras a
interseção dos conjuntos, temos:
3. No diagrama seguinte temos:
n(A) = 20
n(B) = 30
n(A ∩ B) = 5
Determine n(A ∪ B).
Exemplos Resolução
a) {a;b;c} U {d;e}= {a;b;c;d;e}
b) {a;b;c} U {b;c;d}={a;b;c;d}
c) {a;b;c} U {a;c}={a;b;c}
2. Intersecção de conjuntos
Dados dois conjuntos A e B, chamamos de interseção de A com B, e
Se juntarmos, aos 20 elementos de A, os 30 elementos de B,
indicamos com A ∩ B, ao conjunto constituído por todos os elementos que
estaremos considerando os 5 elementos de A n B duas vezes; o que,
pertencem a A e a B.
evidentemente, é incorreto; e, para corrigir este erro, devemos subtrair uma
Usando os diagramas de Euler-Venn, e representando com hachuras a
vez os 5 elementos de A n B; teremos então:
intersecção dos conjuntos, temos:
n(A ∪ B) = n(A) + n(B) - n(A ∩ B) ou seja:
n(A ∪ B) = 20 + 30 – 5 e então:
n(A ∪ B) = 45.
4. Conjunto complementar
Dados dois conjuntos A e B, com B ⊂ A, chamamos de conjunto
complementar de B em relação a A, e indicamos com CA B, ao conjunto A -
Exemplos B.
a) {a;b;c} ∩ {d;e} = ∅ Observação: O complementar é um caso particular de diferença em
b) {a;b;c} ∩ {b;c,d} = {b;c} que o segundo conjunto é subconjunto do primeiro.
c) {a;b;c} ∩ {a;c} = {a;c} Usando os diagramas de Euler-Venn, e representando com hachuras o
complementar de B em relação a A, temos:
Quando a intersecção de dois conjuntos é vazia, como no exemplo a,
dizemos que os conjuntos são disjuntos.
Exercícios resolvidos
1. Sendo A = ( x; y; z ); B = ( x; w; v ) e C = ( y; u; t), determinar os
seguintes conjuntos:
a) A ∪ B f) B ∩ C
b) A ∩ B g) A ∪ B ∪ C Exemplo: {a;b;c;d;e;f} - {b;d;e}= {a;c;f}
c) A ∪ C h) A ∩ B ∩ C Observação: O conjunto complementar de B em relação a A é formado
pelos elementos que faltam para "B chegar a A"; isto é, para B se igualar a
d) A ∩ C i) (A ∩ B) U (A ∩ C)
A.
e) B ∪ C
Resolução
a) A ∪ B = {x; y; z; w; v } PORCENTAGEM
b) A ∩ B = {x }
c) A ∪ C = {x; y;z; u; t } 1. INTRODUÇÃO
d) A ∩ C = {y } Quando você abre o jornal, liga a televisão ou olha vitrinas,
e) B ∪ C={x;w;v;y;u;t} frequentemente se vê às voltas com expressões do tipo:
f) B ∩ C= ∅ • "O índice de reajuste salarial de março é de 16,19%."
• "O rendimento da caderneta de poupança em fevereiro foi de
g) A ∪ B ∪ C= {x;y;z;w;v;u;t}
18,55%."
h) A ∩ B ∩ C= ∅ • "A inflação acumulada nos últimos 12 meses foi de 381,1351.
i) (A ∩ B) ∪ u (A ∩ C)={x} ∪ {y}={x;y} • "Os preços foram reduzidos em até 0,5%."
2. Dado o diagrama seguinte, represente com hachuras os conjuntos: Mesmo supondo que essas expressões não sejam completamente
a) A ∩ B ∩ C desconhecidas para uma pessoa, é importante fazermos um estudo organi-
b) (A ∩ B) ∪ (A ∩ C) zado do assunto porcentagem, uma vez que o seu conhecimento é ferra-
menta indispensável para a maioria dos problemas relativos à Matemática
Comercial.
2. PORCENTAGEM
O estudo da porcentagem é ainda um modo de comparar números
usando a proporção direta. Só que uma das razões da proporção é um
fração de denominador 100. Vamos deixar isso mais claro: numa situação
em que você tiver de calcular 40% de $ 300,00, o seu trabalho será deter-
3. TAXA PORCENTUAL
O uso de regra de três simples no cálculo de porcentagens é um recur- Como para cada percurso escolhido de A a B temos ainda 5 possibili-
so que torna fácil o entendimento do assunto, mas não é o único caminho dades para ir de B a C, o número de trajetos pedido é dado por: 4 . 5 = 20.
possível e nem sequer o mais prático. Esquema:
Para simplificar os cálculos numéricos, é necessário, inicialmente, dar Percurso Percurso
nomes a alguns termos. Veremos isso a partir de um exemplo. AB BC
Exemplo:
Calcular 20% de 800.
20 4 . 5 = 20
Calcular 20%, ou de 800 é dividir 800 em 100 partes e tomar
100 3) Quantos números de três algarismos podemos escrever com os
20 dessas partes. Como a centésima parte de 800 é 8, então 20 dessas algarismos ímpares?
partes será 160. Solução:
Os números devem ser formados com os algarismos: 1, 3, 5, 7, 9. Exis-
Chamamos: 20% de taxa porcentual; 800 de principal; 160 de tem 5 possibilidades para a escolha do algarismo das centenas, 5 possibili-
porcentagem. dades para o das dezenas e 5 para o das unidades.
Temos, portanto:
Principal: número sobre o qual se vai calcular a porcentagem. Assim, temos, para a escolha do número, 5 . 5 . 5 = 125.
Taxa: valor fixo, tomado a partir de cada 100 partes do principal. algarismos algarismos algarismos
Porcentagem: número que se obtém somando cada uma das 100 da centena da dezena da unidade
partes do principal até conseguir a taxa.
A partir dessas definições, deve ficar claro que, ao calcularmos uma
porcentagem de um principal conhecido, não é necessário utilizar a monta- 5 5 5 = 125
gem de uma regra de três. Basta dividir o principal por 100 e tomarmos
tantas destas partes quanto for a taxa. Vejamos outro exemplo. 4) Quantas placas poderão ser confeccionadas se forem utilizados
três letras e três algarismos para a identificação de um veículo?
Exemplo: (Considerar 26 letras, supondo que não há nenhuma restrição.)
Calcular 32% de 4.000. Solução:
Primeiro dividimos 4 000 por 100 e obtemos 40, que é a centésima par- Como dispomos de 26 letras, temos 26 possibilidades para cada posi-
te de 4 000. Agora, somando 32 partes iguais a 40, obtemos 32 . 40 ou 1 ção a ser preenchida por letras. Por outro lado, como dispomos de dez
280 que é a resposta para o problema. algarismos (0, 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8 e 9), temos 10 possibilidades para cada
Observe que dividir o principal por 100 e multiplicar o resultado dessa posição a ser preenchida por algarismos. Portanto, pelo PFC o número total
32 de placas é dado por:
divisão por 32 é o mesmo que multiplicar o principal por ou 0,32.
100
Vamos usar esse raciocínio de agora em diante :
Blusa saia
4 . 3 = 12 modos diferentes
Introdução:
Na aplicação An,p, calculamos quantos números de 2 algarismos distin-
tos podemos formar com 1, 2, 3 e 4. Os números são :
12 13 14 21 23 24 31 32 34 41 42 43
Exercícios Observe que os números em questão diferem ou pela ordem dentro do
1) Uma indústria automobilística oferece um determinado veículo em três agrupamento (12 ≠ 21) ou pelos elementos componentes (13 ≠ 24).
padrões quanto ao luxo, três tipos de motores e sete tonalidades de Cada número se comporta como uma sequência, isto é :
cor. Quantas são as opções para um comprador desse carro? (1,2) ≠ (2,1) e (1,3) ≠ (3,4)
2) Sabendo-se que num prédio existem 3 entradas diferentes, que o A esse tipo de agrupamento chamamos arranjo simples.
prédio é dotado de 4 elevadores e que cada apartamento possui uma
única porta de entrada, de quantos modos diferentes um morador po- Definição:
de chegar à rua? Seja l um conjunto com n elementos. Chama-se arranjo simples dos n
3) Se um quarto tem 5 portas, qual o número de maneiras distintas de se elementos de /, tomados p a p, a toda sequência de p elementos distintos,
entrar nele e sair do mesmo por uma porta diferente da que se utilizou escolhidos entre os elementos de l ( P ≤ n).
para entrar? O número de arranjos simples dos n elementos, tomados p a p, é
4) Existem 3 linhas de ônibus ligando a cidade A á cidade B, e 4 outras indicado por An,p
ligando B à cidade C. Uma pessoa deseja viajar de A a C, passando
por B. Quantas linhas de ônibus diferentes poderá utilizar na viagem Fórmula:
de ida e volta, sem utilizar duas vezes a mesma linha?
5) Quantas placas poderão ser confeccionadas para a identificação de A n,p = n . (n -1) . (n –2) . . . (n – (p – 1)),
um veículo se forem utilizados duas letras e quatro algarismos? (Ob- p ≤ n e {p, n} ⊂ N
servação: dispomos de 26 letras e supomos que não haverá nenhuma
restrição)
6) No exercício anterior, quantas placas poderão ser confeccionadas se
forem utilizados 4 letras e 2 algarismos? Aplicações
7) Quantos números de 3 algarismos podemos formar com os algaris- 1) Calcular:
mos 1, 2, 3, 4, 5 e 6? a) A7,1 b) A7,2 c) A7,3 d) A7,4
8) Quantos números de três algarismos podemos formar com os alga-
rismos 0, 1, 2, 3, 4 e 5? Solução:
9) Quantos números de 4 algarismos distintos podemos escrever com os
algarismos 1, 2, 3, 4, 5 e 6? a) A7,1 = 7 c) A7,3 = 7 . 6 . 5 = 210
10) Quantos números de 5 algarismos não repetidos podemos formar com b) A7,2 = 7 . 6 = 42 d) A7,4 = 7 . 6 . 5 . 4 = 840
os algarismos 1, 2, 3, 4, 5, 6 e 7?
Raciocínio Lógico e Matemático 9 A Opção Certa Para a Sua Realização
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2) Resolver a equação Ax,3 = 3 . Ax,2. 2) Obter n, de modo que An,2 = 30.
Solução: Solução:
x . ( x - 1) . ( x – 2 ) = 3 . x . ( x - 1) ⇒ Utilizando a fórmula, vem :
⇒ x ( x – 1) (x –2) - 3x ( x – 1) =0 n! n ( n - 1) ( n - 2) !
∴ x( x – 1)[ x – 2 – 3 ] = 0 = 30 ⇒ = 30 ∴
(n - 2)! (n - 2)!
x = 0 (não convém) n=6
ou n2 - n - 30 = 0 ou
x = 1 ( não convém) n = -5 ( não convém)
ou
x = 5 (convém) 3) Obter n, tal que: 4 . An-1,3 = 3 . An,3.
S = {5}
Solução:
4 ⋅ ( n - 1 )! n! 4 ⋅ ( n - 3 )! n!
3) Quantos números de 3 algarismos distintos podemos escrever = 3⋅ ⇒ = 3⋅ ∴
com os algarismos 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8 e 9? ( n - 4) ! ( n - 3)! ( n - 4) ! ( n - 1) !
Solução: 4 ⋅ ( n - 3 )( n - 4 ) ! n ( n - 1) !
= 3⋅
Essa mesma aplicação já foi feita, usando-se o principio fundamental
da contagem. Utilizando-se a fórmula, o número de arranjos simples é:
( n - 4)! ( n - 1) !
A9, 3 =9 . 8 . 7 = 504 números ∴ 4n − 12 = 3n ∴ n = 12
3) Resolva as equações: n + 1 = 2 ∴ n =1
a) Ax,2 = Ax,3 b) Ax,2 = 12 c) Ax,3 = 3x(x - 1) ∴ (n + 1 )2 = 4
n + 1 = -2 ∴ n = -3 (não convém )
FATORIAL
Exercícios
Definição: 1) Assinale a alternativa correta:
• Chama-se fatorial de um número natural n, n ≥ 2, ao produto de 10 !
todos os números naturais de 1 até n. Assim : a) 10 ! = 5! + 5 ! d) =5
2!
• n ! = n( n - 1) (n - 2) . . . 2 . 1, n ≥ 2 (lê-se: n fatorial) b) 10 ! = 2! . 5 ! e) 10 ! =10. 9. 8. 7!
• 1! = l c) 10 ! = 11! -1!
• 0! = 1
2) Assinale a alternativa falsa;
Fórmula de arranjos simples com o auxílio de fatorial: a) n! = n ( n-1)! d) ( n –1)! = (n- 1)(n-2)!
b) n! = n(n - 1) (n - 2)! e) (n - 1)! = n(n -1)
A N,P =
n!
, p≤ n e { p,n} ⊂ lN c) n! = n(n – 1) (n - 2) (n - 3)!
( n − p) !
3) Calcule:
Aplicações
12 ! 7!
1) Calcular: a) c)
8! n! 10 ! 3! 4!
a) 5! c) e) 7! + 5! 8! - 6!
6! (n - 2)! b) d)
5! 11! + 10 ! 5! 5!
b) d)
4! 10 ! 4) Simplifique:
n! n!
Solução: a) d)
a) 5 ! = 5 . 4 . 3 . 2 . 1 = 120 ( n - 1) ! n ( n - 1) !
5! 5 ⋅ 4! ( n + 2 )! n ! 5M ! - 2 ( M - 1 ) !
b) = =5 b) e)
4! 4! [( n + 1 ) ! ]2 M!
8! 8 ⋅7 ⋅ 6! n ! + ( n + 1)!
c) = = 56 c)
6! 6! n!
11! + 10 ! 11 ⋅ 10 ! + 10 ! 10 ! (11 + 1)
d) = = = 12 5) Obtenha n, em:
10 ! 10! 10 !
n ⋅ ( n - 1)( n - 2) ! (n + 1)!
e)
n!
= = n2 − n a) = 10 b) n!+( n - 1)! = 6 ( n - 1)!
(n - 2)! ( n - 2) ! n!
1 n
6) Efetuando − , obtém-se:
n ! (n + 1)!
d) considerando a sílaba TRE como um único elemento, devemos
2 2n + 1 permutar entre si 6 elementos,
a) d)
(n + 1) ! (n + 1) !
1 n ! ( n + 1) !
b) e) 0 c)
n! n -1
7) Resolva as equações:
a) Ax,3 = 8Ax,2 b) Ax,3 = 3 . ( x - 1)
e) Devemos permutar entre si 6 elementos, tendo considerado as letras
(n + 2) ! + (n + 1) ! T, R, E como um único elemento:
8) obtenha n, que verifique 8n ! =
n +1
PERMUTAÇÕES SIMPLES
Devemos também permutar as letras T, R, E, pois não foi especificada
Introdução: a ordem :
Consideremos os números de três algarismos distintos formados com
os algarismos 1, 2 e 3. Esses números são :
123 132 213 231 312 321
A quantidade desses números é dada por A3,3= 6.
Esses números diferem entre si somente pela posição de seus elemen-
tos. Cada número é chamado de permutação simples, obtida com os alga-
rismos 1, 2 e 3.
Para cada agrupamento formado, as letras T, R, E podem ser dispostas
Definição: de P3 maneiras. Assim, para P6 agrupamentos, temos
Seja I um conjunto com n elementos. Chama-se permutação simples P6 . P3 anagramas. Então:
dos n elementos de l a toda a sequência dos n elementos. P6 . P3 = 6! . 3! = 720 . 6 = 4 320 anagramas
O número de permutações simples de n elementos é indicado por Pn.
OBSERVA ÇÃO: Pn = An,n .
f) A palavra ATREVIDO possui 4 vogais e 4 consoantes. Assim:
Fórmula:
Aplicações
1) Considere a palavra ATREVIDO.
a) quantos anagramas (permutações simples) podemos formar?
b) quantos anagramas começam por A?
c) quantos anagramas começam pela sílaba TRE?
d) quantos anagramas possuem a sílaba TR E?
e) quantos anagramas possuem as letras T, R e E juntas?
f) quantos anagramas começam por vogal e terminam em
consoante?
Exercícios
Solução:
1) Considere a palavra CAPITULO:
a) Devemos distribuir as 8 letras em 8 posições disponíveis.
a) quantos anagramas podemos formar?
Assim:
b) quantos anagramas começam por C?
c) quantos anagramas começam pelas letras C, A e P juntas e nesta
ordem?
d) quantos anagramas possuem as letras C, A e P juntas e nesta or-
dem?
e) quantos anagramas possuem as letras C, A e P juntas?
Ou então, P8 = 8 ! = 40 320 anagramas f) quantos anagramas começam por vogal e terminam em consoan-
te?
b) A primeira posição deve ser ocupada pela letra A; assim, devemos 2) Quantos anagramas da palavra MOLEZA começam e terminam
distribuir as 7 letras restantes em 7 posições, Então: por vogal?
3) Quantos anagramas da palavra ESCOLA possuem as vogais e
consoantes alternadas?
4) De quantos modos diferentes podemos dispor as letras da palavra
ESPANTO, de modo que as vogais e consoantes apareçam
juntas, em qualquer ordem?
5) obtenha o número de anagramas formados com as letras da
palavra REPÚBLICA nas quais as vogais se mantenham nas
c) Como as 3 primeiras posições ficam ocupadas pela sílaba TRE, de- respectivas posições.
vemos distribuir as 5 letras restantes em 5 posições. Então:
Solução:
2233 2323 2332
os números são
3322 3232 3223
A quantidade desses números pode ser obtida por: Só temos 6 retas distintas ( AB, BC, CD, AC, BD e AD) por-
4 ⋅ 3 ⋅ 2!
P4(2,2 ) =
4!
= = 6 números que AB e BA, . . . , CD e DC representam retas coincidentes.
2! 2! 2! ⋅ 2 ⋅ 1
Os agrupamentos {A, B}, {A, C} etc. constituem subconjuntos do
2) Quantos anagramas podemos formar com as letras da palavra conjunto formado por A, B, C e D.
AMADA?
solução: Seja l um conjunto com n elementos. Chama-se combinação simples
Temos: dos n elementos de /, tomados p a p, a qualquer subconjunto de p
A, A, A M D elementos do conjunto l.
Assim: 1 1
3
Diferem entre si apenas pelos elementos componentes, e são
5 ⋅ 4 ⋅ 3!
p (3,1,1) =
5! chamados combinações simples dos 4 elementos tomados 2 a 2.
5 = = 20 anagramas
3 ! 1! 1! 3! O número de combinações simples dos n elementos tomados p a p é
n
3) Quantos anagramas da palavra GARRAFA começam pela sílaba indicado por Cn,p ou .
RA? p
OBSERVAÇÃO: Cn,p . p! = An,p.
Solução: Fórmula:
Usando R e A nas duas primeiras posições, restam 5 letras para serem
permutadas, sendo que: n!
C n ,p = , p≤n e { p, n } ⊂ lN
p! ( n - p )!
G A, A R F
{
{
{
1 2 1 1
Assim, temos: n!
5 ⋅ 4 ⋅ 3 ⋅ 2 ! pn (α1, α 2 , . . . αr ) =
p5(2,1,1) = = 60 anagramas α1 ! α ! . . . αr !
2!
Exercícios Aplicações
1) o número de anagramas que podemos formar com as letras da 1) calcular:
palavra ARARA é: a) C7,1 b) C7,2 c) C7,3 d) C7,4
a) 120 c) 20 e) 30
b) 60 d) 10 Solução:
7! 7 ⋅ 6!
2) o número de permutações distintas possíveis com as oito letras da a) C7,1 = = =7
1! 6 ! 6!
palavra PARALELA, começando todas com a letra P, será de ;
a) 120 c) 420 e) 360 7! 7 ⋅ 6 ⋅ 5 !
b) C7,2 = = = 21
b) 720 d) 24 2! 5! 2 ⋅ 1 ⋅ 5 !
Solução:
n! n ( n - 1) ( n - 2 ) !
= 28 ⇒ = 56 ∴ 8) Uma urna contém 10 bolas brancas e 6 pretas. De quantos
2! ( n - 2 ) (n − 2 ) ! modos é possível tirar 7 bolas das quais pelo menos 4 sejam
pretas?
n=8
n2 – n – 56 = 0 Solução:
As retiradas podem ser efetuadas da seguinte forma:
n = -7 (não convém) 4 pretas e 3 brancas ⇒ C6,4 . C10,3 = 1 800 ou
5 pretas e 2 brancas ⇒ C6,5 . C10,2 = 270 ou
5) Numa circunferência marcam-se 8 pontos, 2 a 2 distintos. Obter o 6 pretas e1 branca ⇒ C6,6 . C10,1 = 10
número de triângulos que podemos formar com vértice nos pontos
indicados:
Logo. 1 800 + 270 + 10 = 2 080 modos
Exercícios
1) Calcule:
a) C8,1 + C9,2 - C7,7 + C10,0
b) C5,2 +P2 - C5,3
c) An,p . Pp
2) a) 9 b) 89,6
ARGUMENTO INDUTIVO: a verdade das premissas não basta para
assegurar a verdade da conclusão.
3) a) s = {3} b) S = {4} c) S = {5}
Premissa : "É comum após a chuva ficar nublado."
Fatorial Premissa : "Está chovendo."
1) e 2) e Conclusão: "Ficará nublado."
3) a) 132 b) 43 c) 35 d) 330 Não trataremos do estudo desses argumentos neste roteiro.
n+2 5M − 2 As premissas e a conclusão de um argumento, formuladas em uma lin-
4) a) n b) c) n + 2 d) 1 e)
n +1 M guagem estruturada, permitem que o argumento possa ter uma análise
5) n = 9 b) n = 5 c) n = 3 d) n = 6 lógica apropriada para a verificação de sua validade. Tais técnicas de
análise serão tratadas no decorrer deste roteiro.
6) a
UMA CLASSIFICAÇÃO DA LÓGICA
7) a) S = {10} b) S = {3} LÓGICA INDUTIVA: útil no estudo da teoria da probabilidade, não será
abordada neste roteiro.
8) n = 5
LÓGICA DEDUTIVA: que pode ser dividida em:
9) n = 17 • LÓGICA CLÁSSICA- Considerada como o núcleo da lógica dedu-
tiva. É o que chamamos hoje de CÁLCULO DE PREDICADOS DE
Permutações simples 1a ORDEM com ou sem igualdade e de alguns de seus subsiste-
1) a) 40 320 d) 720 2) 144 mas.
b) 5 040 e) 4 320 3) 72 Três Princípios (entre outros) regem a Lógica Clássica: da IDEN-
c) 120 f) 11 520 4) 288 TIDADE, da CONTRADIÇÃO e do TERCEIRO EXCLUÍDO os
5) 120 quais serão abordados mais adiante.
• LÓGICAS COMPLEMENTARES DA CLÁSSICA: Complementam
Permutações simples com elementos repetidos de algum modo a lógica clássica estendendo o seu domínio.
1) d 2) c 3) a 4) d 5) b Exemplos: lógicas modal , deôntica, epistêmica , etc.
• LÓGICAS NÃO - CLÁSSICAS: Assim caracterizadas por derroga-
Combinações simples rem algum ou alguns dos princípios da lógica clássica. Exemplos:
n! p! 15) a) 160 b) 168 paracompletas e intuicionistas (derrogam o princípio do terceiro
1) a) 44 c) 16) 210 excluído); paraconsistentes (derrogam o princípio da contradição);
(n − p)! 17) a) 28 c) 252 não-aléticas (derrogam o terceiro excluído e o da contradição);
b) 2 b) 224 não-reflexivas (derrogam o princípio da identidade); probabilísticas,
2) a) n = 7 b) n = 10 18) 70 polivalentes, fuzzy-logic, etc...
c) n = 4 19) 55
3) S = {3} 20) 110
4) 70 21) e "ESBOÇO" DO DESENVOLVIMENTO DA LÓGICA
5) 35 22) b • PERÍODO ARISTOTÉLICO (390 a.C. a 1840 d.C.)
6) 10 23) c
7) p=5 24) b A história da Lógica tem início com o filósofo grego ARISTÓTELES
8) S={20} 25) d (384 - 322a.C.) de Estagira (hoje Estavo) na Macedônia. Aristóte-
9) a) 21 c) 35 26) n =4 les criou a ciência da Lógica cuja essência era a teoria do silogis-
b) 35 d) 7 27) a mo (certa forma de argumento válido). Seus escritos foram reuni-
10) 140 28) a dos na obra denominada Organon ou Instrumento da Ciência. Na
11) 180 29) d Grécia, distinguiram-se duas grandes escolas de Lógica, a PERI-
12) 252 30) d PATÉTICA (que derivava de Aristóteles) e a ESTÓICA fundada por
13) 2 520 31) b Zenão (326-264a.C.). A escola ESTÓICA foi desenvolvida por Cri-
n(n − 3) sipo (280-250a.C.) a partir da escola MEGÁRIA (fundada por Eu-
14)
2 clides, um seguidor de Sócrates). Segundo Kneale e Kneale (O
Desenvolvimento da Lógica), houve durante muitos anos uma certa
Exemplos: V V V
• A lua é quadrada e a neve é branca. : p ∧ q (p e q são cha- V F V
mados conjunctos)
F V V
• A lua é quadrada ou a neve é branca. : p ∨ q ( p e q são cha-
mados disjunctos) F F F
Os valores lógicos da proposição composta dada encontram-se na co- ou seja, abreviadamente: P(VV, VF, FV, FF) = FVVV
luna completada em último lugar (coluna 4).
Observe-se que P(p, a) outra coisa não é que uma função de U = { VV,
Portanto, os valores lógicos da proposição composta dada correspon- VF, FV, FF} em (V, F} , cuja representação gráfica por um diagrama sagi-
dentes a todas as possíveis atribuições dos valores lógicos V e F às propo- tal é a seguinte:
sições simples componentes p e q (VV, VF, FV e FF) são V, F, V e V, isto é,
simbolicamente:
P(VV)=V, P(VF)=F, P(FV)=V, P(FF)=V
ou seja, abreviadamente: P(VV, VF, FV, FF) = VFVV
3ª Resolução:
cuja representação gráfica por um diagrama sagital é a seguinte:
∼ (p Λ q) V ∼ (q ↔ p)
F V V V F F V V V
V V F F V V F F V
V F F V V V V F F
V F F F V F F V F
3 1 2 1 4 3 1 2 1
3ª Resolução — Resulta de suprimir na tabela-verdade anterior as duas (3) Construir a tabela-verdade da proposição:
primeiras colunas da esquerda relativas às proposições simples com-
P(p, q, r) = p V ∼ r → q Λ ∼ r
ponentes p e q que dá a seguinte tabela-verdade simplificada para a
proposição composta dada: 1ª Resolução:
Portanto, simbolicamente:
P(VVV) = F, P(VVF) = F, P(VFV) = V, P(VFF) = F
P(FVV) = F, P(FVF)= F, P(PFV) = F, P(FFF) = V
ou seja, abreviadamente:
3ª Resolução: P(VVV, VVF, VFV, VFF, FVV, FVF, FFV, FFF) = FFVFFFFV
p V ∼ r → q Λ ∼ r
V V F V F V F F V 5. VALOR LÓGICO DE UMA PROPOSIÇÃO COMPOSTA
V V V F V V V V F Dada uma proposição composta P(p, q, r,.. .), pode-se sempre determi-
V V F V F F F F V nar o seu valor lógico (V ou F) quando são dados ou conhecidos os valores
lógicos respectivos das proposições componentes p, q, r .
V V V F F F F V F
F F F V V V F F V
Exemplos:
F V V F V V V V F
(1) Sabendo que os valores lógicos das proposições p e q são res-
F F F V V F F F V pectivamente V e F, determinar o valor lógico (V ou F) da pro-
F V V F F F F V F posição:
1 3 2 1 4 1 3 2 1 P(p, q) = ∼ (p V q) ↔ ∼ p Λ ∼ q
ARGUMENTOS. REGRAS DE INFERÊNCIA também é válido, quaisquer que sejam as proposições R, S, T, ...
II. Regra de Simplificação (SIMP): (c) (1) x≠0 P (b) (1) x≠0 P
(i) p Λ q (ii) pΛq (2) x≠0Vx≠1 (2) x=2Vx<1
p q
III. Regra da Conjunção (CONJ): II. Regra da Simplificação — Da conjunção p Λ q de duas proposições
p p se pode deduzir cada uma das proposições, p ou q.
(i) q (ii) q
pVq qV p Exemplos:
(a) (1) (p V q) Λ r P (b) (1) pΛ~q P
IV. Regra da Absorção (ABS): (2) pVq (2) ~q
p→q
p → (p Λ q) (c) (1) x>0Λx≠1 P (b) (1) x∈AΛx∈B P
(2) x≠1 (2) x∈A
V. Regra Modus ponens (MP):
p→q III. Regra da Conjunção -- Permite deduzir de duas proposições dadas
p p e q (premissas) a sua conjunção p Λ q ou q Λ p (conclusão).
q
(a) (1) pVq P (b) (1) pVq P
(2) ~r P (2) qVr P
VI: Regra Modus tollens (MI):
Raciocínio Lógico e Matemático 21 A Opção Certa Para a Sua Realização
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(3) (p V q) Λ ~ r (3) (p Λ q) V (q V r) (2) ~r (2) ~~ p
(3) pΛq (3) ~q
(c) (1) x<5 P (d) (1) x∈A P
(2) x>1 P (2) x∉B P (b) (1) x=0Vx=1 P (d) (1) ~ (p → q) V r P
(3) x > 1Λ x < 5 (3) x∉BΛx∈A (2) x ≠1 P (2) ~ ~ (p → q) P
(3) x=0 (3) r
IV. Regra da Absorção Esta regra permite, dada uma condicional -
como premissa, dela deduzir como conclusão uma outra condicional com o VIII. Regra do Silogismo hipotético Esta regra permite, dadas duas
mesmo antecedente p e cujo consequente é a conjunção p Λ q das duas condicionais: p → q e q → r (premissas), tais que o consequente da primei-
proposições que integram a premissa, isto é, p → p Λ q. ra coincide com o antecedente da segunda, deduzir uma terceira condicio-
Exemplos: nal p → r (conclusão) cujo antecedente e consequente são respectivamen-
(a) (1) x=2→x<3 P te o antecedente da premissa p → q e o consequente da outra premissa q
→ r (transitividade da seta → ).
(2) x=2→x=2Λx<3
(b) (1) x ∈ A → x ∈ A ∪ B P
(a) (1) ~p→~q P (b) (1) ~p→qVr P
(2) x ∈ A → x ∈ A Λ x ∈ A ∪ B
(2) ~q→~r P (2) qVr→~s P
V. Regra Modus ponens - Também é chamada Regra de separação e
(3) ~p→~r (3) ~ p → ~s
permite deduzir q (conclusão) a partir de p → q e p (premissas).
(c) (1) (p → q) → r P (d) (1) |x|=0→x=0 P
Exemplos: (2) r → (q Λ s) P (2) x=0→x+1=1 P
(a) (1) ~ p → ~ q (b) (1) pΛq→r P (3) (p → q) → (q Λ s) (3) |x|=0→x+1=1
P
(2) ~ p (2) pΛq P IX. Regra do Dilema construtivo — Nesta regra, as premissas são duas
P condicionais e a disjunção dos seus antecedentes, e a conclusão é a
(3) ~q (3) r disjunção dos consequentes destas condicionais.
(b) (1) p → q Λ r (c) (1) ~pVr→sΛ~q (a) (1) (p Λ q) → ~ r P (b) (1) x < y → x = 2 P
P P (2) s→t P (2) x < y → x = 2 P
(2) p P (2) ~ p V r (3) (p Λ q) V s P (3) x<yVx<y P
P (4) ~r Vt (4) x = 2 V x > 2
(3) q Λr (3) sΛ~q X. Regra do Dilema destrutivo Nesta regra, as premissas são duas
condicionais e a disjunção da negação dos seus consequentes, e a conclu-
(e) (1) x≠0→x+y >1 (f) (1) x∈A∩B→x∈A são é a disjunção da negação dos antecedentes destas condicionais.
P P
(2) x ≠ 0 (2) x∈A∩B P (a) (1) ~q→r P (b) (1) x + y = 7→ x = 2 P
P (2) p→~s P (2) y - x =2 → x = 3 P
(3) x+y >1 (3) x∈A (3) ~ r V ~~s P (3) x≠2Vx≠3 P
(4) ~~ q V ~p (4) x + y ≠ 7 V y –x ≠ 2
VI. Regra Modus tollens - Permite, a partir das premissas p → q
(condicional) o ~ q (negação do consequente), deduzir como conclusão ~ p
(negação do antecedente). TESTES
17. Para Peter Drucker, o ensino de matérias como aritmética, ortografia, 23. Para o autor,
história e biologia
(A) autoridade de posição e autoridade de liderança são sinônimos.
(A) deve ocorrer apenas no primeiro grau.
(B) autoridade de posição é uma autoridade superior à autoridade de
(B) deve ser diferente do ensino de matérias como neurocirurgia e liderança.
diagnóstico médico.
(C) a autoridade de liderança se estabelece por características individu-
(C) será afetado pelo desenvolvimento da informática. ais de alguns homens.
(D) não deverá se modificar, nas próximas décadas. (D) a autoridade de posição se estabelece por habilidades pessoais
(E) deve se dar através de meras repetições e exercícios. superiores de alguns líderes.
(E) tanto a autoridade de posição quanto a autoridade de liderança são
18. Para o autor, neste novo cenário, o computador ineficazes.
(A) terá maior eficácia educacional quanto mais jovem for o estudante.
(B) tende a substituir totalmente o professor em sala de aula. 24. Durante o texto, o autor procura mostrar que as pessoas
(C) será a ferramenta de aprendizado para os professores. (A) não costumam respeitar a autoridade de posição.
(D) tende a ser mais utilizado por médicos. (B) também respeitam autoridade que não esteja ligada a posições
(E) será uma ferramenta acessória na educação. hierárquicas superiores.
(C) respeitam mais a autoridade de liderança do que de posição.
19. Assinale a alternativa em que se chega a uma conclusão por um (D) acham incompatíveis os dois tipos de autoridade.
processo de dedução. (E) confundem autoridade de posição e liderança.
(A) Vejo um cisne branco, outro cisne branco, outro cisne branco ...
então todos os cisnes são brancos. 25. Utilizando-se de um conjunto de hipóteses, um cientista deduz uma
(B) Vi um cisne, então ele é branco. predição sobre a ocorrência de um certo eclipse solar. Todavia, sua
(C) Vi dois cisnes brancos, então outros cisnes devem ser brancos. predição mostra-se falsa. O cientista deve logicamente concluir que
(D) Todos os cisnes são brancos, então este cisne é branco. (A) todas as hipóteses desse conjunto são falsas.
(E) Todos os cisnes são brancos, então este cisne pode ser branco. (B) a maioria das hipóteses desse conjunto é falsa.
(C) pelo menos uma hipótese desse conjunto é falsa.
20. Cátia é mais gorda do que Bruna. Vera é menos gorda do que Bruna. (D) pelo menos uma hipótese desse conjunto é verdadeira.
Logo, (E) a maioria das hipóteses desse conjunto é verdadeira.
(A) Vera é mais gorda do que Bruna.
(B) Cátia é menos gorda do que Bruna. 26. Se Francisco desviou dinheiro da campanha assistencial, então ele
(C) Bruna é mais gorda do que Cátia. cometeu um grave delito. Mas Francisco não desviou dinheiro da
(D) Vera é menos gorda do que Cátia. campanha assistencial. Logo,
(E) Bruna é menos gorda do que Vera. (A) Francisco desviou dinheiro da campanha assistencial.
(B) Francisco não cometeu um grave delito.
21. Todo cavalo é um animal. Logo, (C) Francisco cometeu um grave delito.
(A) toda cabeça de animal é cabeça de cavalo. (D) alguém desviou dinheiro da campanha assistencial.
(B) toda cabeça de cavalo é cabeça de animal. (E) alguém não desviou dinheiro da campanha assistencial.
(C) todo animal é cavalo.
(D) nem todo cavalo é animal. 27. Se Rodrigo mentiu, então ele é culpado. Logo,
(E) nenhum animal é cavalo. (A) se Rodrigo não é culpado, então ele não mentiu.
(B) Rodrigo é culpado.
22. Em uma classe, há 20 alunos que praticam futebol mas não praticam (C) se Rodrigo não mentiu. então ele não é culpado.
vôlei e há 8 alunos que praticam vôlei mas não praticam futebol. O (D) Rodrigo mentiu.
total dos que praticam vôlei é 15. Ao todo, existem 17 alunos que não (E) se Rodrigo é culpado, então ele mentiu.
praticam futebol. O número de alunos da classe é
(A) 30. (B) 35. (C) 37. (D) 42. (E) 44. 28. Continuando a sequência de letras F, N, G, M, H . . ..., ..., temos,
respectivamente,
(A) O, P.
Exercício 4
31. Cinco ciclistas apostaram uma corrida.
O carro amarelo anda mais rapidamente do que o vermelho e este mais
• "A" chegou depois de "B".
rapidamente que o azul. Qual o carro que está se movimentando com
• "C" e "E" chegaram ao mesmo tempo. maior velocidade?
• "D" chegou antes de "B". a) o amarelo
• quem ganhou, chegou sozinho. b) o azul
Quem ganhou a corrida foi c) o vermelho
(A) A. d) o vermelho e o azul
(B) B. e) impossível responder
(C) C. Resposta – A – Lendo direitinho o enunciado vemos claramente que o
(D) D. carro amarelo anda mais depressa.
(E) E.
Exercício 5
Gabarito: Um tijolo pesa 1 quilo mais meio tijolo. Quanto pesam três tijolos?
1-B; 2-A; 3-C; 4-E; 5-E; 6-B; 7-B; 8-D; 9-C; 10-B; 11-C; 12-C; 13-D; a) 5 kg
14-A; 15-A; 16-D; 17-C; 18-A; 19-D; 20-D; 21-B; 22-E; 23-C; 24-B; b) 4 kg
25-C; 26-E; 27-A; 28-D; 29-B; 30-E; 31-D.
c) 4,5 kg
d) 5,5 kg
RACIOCÍNIO LÓGICO e) 3,5 kg
Os problemas seguintes requerem raciocínio para sua solução. A fim Resposta C – Pelo enunciado, um tijolo pesa um quilo e meio. Portanto,
de provar que uma resposta é correta, uma vez encontrada, necessita-se três tijolos deverão pesar 3 x 1,5 = 4,5 kg.
de um raciocínio cujas premissas estejam contidas no enunciado do
problema, e cuja conclusão seja a resposta ao mesmo. Se a resposta é
correta, poder-se-á construir um raciocínio válido. 0 leitor é solicitado, ao Enunciado para as próximas questões:
trabalhar com estes problemas, a preocupar-se não só em encontrar as Cinco moças estão sentadas na primeira fila da sala de aula: são
respostas corretas, mas em formular também os raciocínios que provem a Maria, Mariana, Marina, Marisa e Matilde.
correção das respostas.
Daremos, a seguir, alguns exercícios resolvidos para que o candidato Marisa está numa extremidade e Marina na outra. Mariana senta-se ao
possa inteirar-se do funcionamento do assunto. lado de Marina e Matilde, ao lado de Marisa.
Resposta: 3
Exercício 11
Qual o número que falta no quadro a seguir?
VACA VACA VACA
5 10 5
6 14 8 Exercício 18
3 10 ...... Como dispor oito oitos de forma que a soma seja 1.000?
Resposta: 7 – A soma dos extremos é o número central. Resposta: 888 + 88 + 8 + 8 + 8 = 1.000
5 + 5 = 10
6 + 8 = 14 Exercício 19
3 + 7 = 10 A mãe de Takada tem cinco filhos: Tanaco, Taneco, Tanico, Tanoco.
Qual é o quinto filho?
Exercício 12 a) Tanuco
Qual a palavra que não faz parte do grupo? b) Takuda
a) LIVRO c) Tanuka
b) REVISTA d) Takada
c) JORNAL Resposta: D – Takada. É claro que é Takada, que também é sua filha,
de acordo com o enunciado do problema.
d) ENCICLOPÉDIA
e) CARNE
Exercício 20
Resposta E – Os quatro primeiros são vendidos em livrarias e carne
não. Sabendo-se que seis raposas, em seis minutos, comem seis galinhas,
pergunta-se: Quantas raposas, em sessenta minutos, comem sessenta
galinhas?
Exercício 13 Resposta: 6 raposas (é só fazer o cálculo).
ALTO está para BAIXO, assim como GRANDE está para .................
a) nanico Exercício 21
b) baixinho Coloque a sílaba que completa a primeira palavra e começa a segunda
c) pequeno e com ambas forma uma terceira.
d) gabiru RE (........) TA
e) mínimo Resposta: GA – REGA – GATA – REGATA
Resposta: C – O contrário de grande é pequeno.
Exercício 22
Exercício 14 Assinale qual das marcas a seguir não é de carro:
Assinale a alternativa que não tem as mesmas características das a) ROFD
demais, quanto às patas: b) OLWVGASKNE
a) formiga c) VROCHETEL
b) aranha d) TONREMING
c) abelha e) TAIF
d) traça Resposta: REMINGTON – é máquina de escrever e as outras marcas
e) borboleta de automóvel (Ford, Volkswagen, Chevrolet, Fiat).
Resposta – b – Aranha tem oito patas. As outras têm seis.
Exercício 23
Exercício 15 Complete o número que falta:
Assinale qual destes animais, cujos nomes estão ocultos entre as 10 20 30
letras, é o menor: 12 15 .......
a) OSÃBI 15 20 35
b) TOGA a) 27
c) LIVAJA b) 31
d) ATOR c) 33
e) RAFAGI d) 29
Resposta: a (12 + 15 = 27)
Resposta: D – RATO (as outras: bisão, gato, javali, girafa)
Exercício 26 TESTES
Um macaco caiu no fundo de um poço de 30 metros de profundidade.
Em cada hora ele sobe 5 m e escorrega 4 m. Depois de quantas horas 01) Considere as afirmações:
sairá do poço? A) se Patrícia é uma boa amiga, Vítor diz a verdade;
a) 30 horas B) se Vítor diz a verdade, Helena não é uma boa amiga;
b) 24 horas C) se Helena não é uma boa amiga, Patrícia é uma boa amiga.
c) 28 horas A análise do encadeamento lógico dessas três afirmações permite
d) 26 horas concluir que elas:
Resposta: D – 26 horas a) implicam necessariamente que Patrícia é uma boa amiga
b) são consistentes entre si, quer Patrícia seja uma boa amiga, quer
Exercício 27 Patrícia não seja uma boa amiga
A sala tem quatro cantos. Cada canto tem um gato. Cada gato vê três c) implicam necessariamente que Vítor diz a verdade e que Helena não
gatos. Quantos gatos estão na sala: é uma boa amiga
Resposta: 4 gatos. d) são equivalentes a dizer que Patrícia é uma boa amiga
Exercício 28 02) Na questão, observe que há uma relação entre o primeiro e o segun-
Porque prefere o barbeiro carioca cortar o cabelo de dois capixabas a do grupos de letras. A mesma relação deverá existir entre o terceiro
cortar o cabelo de um paulista? grupo e um dos cinco grupos que aparecem nas alternativas, ou seja,
a) porque ganha o dobro do dinheiro aquele que substitui corretamente o ponto de interrogação. Conside-
re que a ordem alfabética adotada é a oficial e exclui as letras K, W e
b) porque paulista gosta de pedir desconto Y.
c) porque paulista gosta de dar o calote CASA : LATA : : LOBO : ?
d) porque paulista não corta cabelo com carioca a) SOCO b) TOCO c) TOMO d) VOLO
Resposta: A 03) Uma das formas mais simples de argumentar consiste em duas
frases, uma das quais é conclusão da outra, que é chamada premis-
Exercício 29 sa. Dentre as opções a seguir, assinale aquela em que a associação
Assinale o número que falta: está correta.
10 20 30 a) Premissa: Os exames finais devem ser extintos.
11 13 17 Conclusão: Os exames finais dão muito trabalho a alunos e a profes-
.... 33 47 sores.
Resposta: 21 (21 é a soma dos dois números superiores: 10 + 11 = b) Premissa: Os índios brasileiros eram culturalmente primitivos.
21). Conclusão: Os índios brasileiros cultuavam vários deuses.
Exercício 30 c) Premissa: N é um número inteiro múltiplo de 6.
Coloque a letra que falta: Conclusão: N não é um número ímpar.
A C E G I ....... d) Premissa: É possível que um candidato ganhe as eleições presiden-
ciais.
Conclusão: O tal candidato tem muitos eleitores no interior do país.
A resposta é K, pois as letras pulam de duas em duas.
31) Para entrar na sala da diretoria de uma empresa é preciso abrir dois 39) Luís é prisioneiro do temível imperador Ivan. Ivan coloca Luís à frente
cadeados. Cada cadeado é aberto por meio de uma senha. Cada de três portas e lhe diz: “Atrás de uma destas portas encontra-se
senha é constituída por 3 algarismos distintos. Nessas condições, o uma barra de ouro, atrás de cada uma das outras, um tigre feroz. Eu
número máximo de tentativas para abrir os cadeados é sei onde cada um deles está. Podes escolher uma porta qualquer.
a) 518.400 b) 1.440 c) 720 d) 120 Feita tua escolha, abrirei uma das portas, entre as que não escolhes-
te, atrás da qual sei que se encontra um dos tigres, para que tu
32) Uma companhia de ônibus realiza viagens entre as cidades de mesmo vejas uma das feras. Aí, se quiseres, poderás mudar a tua
Corumbá e Bonito. Dois ônibus saem simultaneamente, um de cada escolha”. Luís, então, escolhe uma porta e o imperador abre uma das
cidade, para percorrerem o mesmo trajeto em sentido oposto. O ôni- portas não-escolhidas por Luís e lhe mostra um tigre. Luís, após ver
bus 165 sai de Corumbá e percorre o trajeto a uma velocidade de a fera, e aproveitando-se do que dissera o imperador, muda sua es-
120 km/h. Enquanto isso, o 175 sai de Bonito e faz a sua viagem a colha e diz: “Temível imperador, não quero mais a porta que escolhi;
90 km/h. Considerando que nenhum dos dois realizou nenhuma pa- quero, entre as duas portas que eu não havia escolhido, aquela que
rada no trajeto, podemos afirmar que: não abriste”. A probabilidade de que, agora, nessa nova escolha, Lu-
ís tenha escolhido a porta que conduz à barra de ouro é igual a:
I- Quando os dois se cruzarem na estrada, o ônibus 175 estará mais
perto de Bonito do que o 165. a) 1/2. b) 1/3. c) 2/3. d) 2/5.
II - Quando os dois se cruzarem na estrada, o ônibus 165 terá andado
mais tempo do que o 175. 40) Num concurso para preencher uma vaga para o cargo de gerente
a) Somente a hipótese (I) está errada. administrativo da empresa M, exatamente quatro candidatos obtive-
ram a nota máxima. São eles, André, Bruno, Célio e Diogo. Para de-
b) Somente a hipótese (II) está errada.
cidir qual deles ocuparia a vaga, os quatro foram submetidos a uma
c) Ambas as hipóteses estão erradas. bateria de testes e a algumas entrevistas. Ao término dessa etapa,
d) Nenhuma das hipóteses está errada. cada candidato fez as seguintes declarações: André declarou: Se
Diogo não foi selecionado, então Bruno foi selecionado.
33) A hipotenusa de um triangulo retângulo mede 10 cm, e um de seus Bruno declarou: André foi selecionado ou eu não fui selecionado.
catetos mede 6 cm. A área deste triangulo é igual a: Célio declarou: Se Bruno foi selecionado, então eu não fui seleci-
a) 24 cm2 b) 30 cm2 c) 40 cm2 d) 48 cm2 onado.
Diogo declarou: Se André não foi selecionado, então Célio foi.
34) O menor complementar de um elemento genérico xij de uma matriz X Admitindo-se que, das quatro afirmações acima, apenas a declara-
é o determinante que se obtém suprimindo a linha e a coluna em que ção de Diogo seja falsa, é correto concluir que o candidato selecio-
esse elemento se localiza. Uma matriz Y = yij, de terceira ordem, é a nado para preencher a vaga de gerente administrativo foi:
matriz resultante da soma das matrizes A = (aij) e B = (bij). Sabendo- a) Célio
se que (aij) = (i+j)2 e que bij = i2 , então o menor complementar do b) André
elemento y23 é igual a:
c) Bruno
a) 0 b) -8 c) -80 d) 8
d) Diogo
35) Maria vai de carona no carro de sua amiga e se propõe a pagar a
tarifa do pedágio, que é de R$ 3,80. Verificou que tem no seu porta-
níqueis moedas de todos os valores do atual sistema monetário bra- 41) Os 61 aprovados em um concurso, cujas notas foram todas distintas,
sileiro, sendo: duas moedas do menor valor, três do maior valor e foram distribuídos em duas turmas, de acordo com a nota obtida no
uma moeda de cada um dos outros valores. Sendo assim, ela tem o concurso: os 31 primeiros foram colocados na turma A e os 30 se-
suficiente para pagar a tarifa e ainda lhe sobrarão: guintes na turma B. As médias das duas turmas no concurso foram
a) doze centavos. b) onze centavos. calculadas. Depois, no entanto, decidiu-se passar o último colocado
da turma A para a turma B. Com isso:
c) dez centavos. d) nove centavos.
a) A média da turma A melhorou, mas a da B piorou.
b) A média da turma A piorou, mas a da B melhorou.
36) Existem três caixas I, II e III contendo transistores. Um técnico cons-
c) As médias de ambas as turmas melhoraram.
tatou que: se passasse 15 transistores da caixa I para a caixa II, esta
ficaria com 46 transistores a mais do que a caixa I tinha inicialmente; d) As médias de ambas as turmas pioraram.
se passasse 8 transistores da caixa II para a caixa III, esta ficaria
com 30 transistores a mais do que a caixa II tinha inicialmente. 42) Chama-se tautologia a toda proposição que é sempre verdadeira,
Se o total de transistores nas três caixas era de 183, então o número independentemente da verdade dos termos que a compõem. Um
inicial de transistores em: exemplo de tautologia é:
a) I era um número par. a) se João é alto, então João é alto ou Guilherme é gordo
b) II era um número ímpar. b) se João é alto, então João é alto e Guilherme é gordo
c) III era um número menor que 85. c) se João é alto ou Guilherme é gordo, então Guilherme é gordo
d) I e III era igual a 119. d) se João é alto ou Guilherme é gordo, então João é alto e Guilherme
é gordo
9) Escreva, dentro do parêntese, a palavra que se relaciona com as duas 21) Escreva, dentro do parêntese, a palavra que significa as duas outras.
outras. RECENTE (...............) NOTÍCIA INSTRUMENTO DE DESENHO (........) RITMO
10) Escreva, dentro do parêntese, a palavra que completa a primeira, 22) Escreva, dentro do parêntese, a palavra que completa a primeira,
inicia a segunda e com ambas forma uma terceira. AR (...............) R inicia a segunda e com ambas forma uma terceira. B (................) C O
Conceito final: flutua
11) Assinale a palavra que não se relaciona com as demais.
FRNAÊCS 23) Assinale a palavra que não se relaciona com as demais.
NÊGLSI MDÉIOC
ORGELIÓ ETISNDAT
SEAHPNOL EMBROSTE
VODAAGOD
12) Escreva, dentro do parêntese, a palavra que precede as demais,
constituindo-se com elas unidades semânticas. 24) Escreva, dentro do parêntese, o termo que admite esses prefixos,
- CIVIL formando com eles palavras correntes da língua.
- LIVRO
(..............)
- ROUPA
- CHUVA
30) Escreva, dentro do parêntese, o termo que admite esses prefixos 40) Escreva, dentro do parêntese, a palavra que completa a primeira,
formando com eles palavras correntes da língua. inicia a segunda e, com ambas, forma uma terceira.
T R A N S (..........) T E
32) Escreva, dentro do parêntese, a palavra que completa a primeira, 42) Assinale a palavra que não se relaciona com as demais.
inicia a segunda e com ambas forma uma terceira.
PEORAB
D E S (..............) R.
PHNIO
Conceito final: separar
ATUT
ECDOR
33) Assinale a palavra que não se relaciona com as demais.
ZERCIUOR 43) Escreva, dentro do parêntese, a palavra que corresponde às duas
LIABR outras.
NTAERAZU MAMÍFERO MARINHO,
DLÓRA JORNALISTA NOVATO (..............)
PETSEA
44) Escreva, dentro do parêntese, o termo que admite esses prefixos
formando com eles palavras correntes da língua.
34) Escreva, dentro do parêntese, o termo que admite esses prefixos
formando com eles palavras correntes da língua.
36) Escreva, dentro do parêntese, a palavra que corresponde as duas 46) Escreva, dentro do parêntese, a palavra que completa a primeira,
outras, T A B A C O (..............) L U T O inicia a segunda, e com ambas formas uma terceira,
E (..............) R
37) Escreva, dentro parêntese, o termo.que admite esses prefixos for- Conceito final: publicar.
mando com eles palavras correntes da língua
47) Escreva, dentro do parêntese, a palavra que completa a primeira,
inicia a segunda e com ambas formas uma terceira.
DES (..............)R.
Conceito final: cuidar
13) Escreva o número que falta. 26) Escreva o número que falta.
4 8 6 7 14 10 12 14 9 ?
6 2 4
8 6 ? 27) Escreva o número que falta.
15) Escreva, dentro do parêntese, o número que falta. 28) Escreva, dentro do parêntese, o número que falta.
718 (26) 582 17 (102) 12
474 (. . .) 226 14 (. . .) 11
16) Escreva o número que falta. 29) Escreva o número que falta.
172 84 40 18 ?
17) Escreva o número que falta. 31) Escreva o número que falta.
15 13 12 11 9 9 ?
19) Escreva o número que falta. 32) Escreva o número que falta.
11 12 14 ? 26 42
38) Escreva o número que falta. 47) Escreva o número que falta.
39) Assinale as três figuras que não têm relação com as demais.
34) Assinale as duas figuras que não tem relação com as demais.
35) Escolha, dentre as figuras numeradas, a que corresponde à incógnita. 40) Assinale as figuras que não têm relação com as demais.
46) Assinale as duas figuras que não têm relação com as demais.
47) Assinale as três figuras que não têm relação com as demais.
44) Assinale as três figuras que não têm relação com as demais.
48) Assinale as três figuras que não têm relação com as demais.
7 86. (Multiplique o número por dois e subtraia 1, 2, 3 e 4). 32 46. (Junte 1 a cada número e logo multiplique-o por dois para obter o
número seguinte).
8 3. (Subtraia os números das duas primeiras colunas e divida por 2).
33 24. (A série aumenta em 3, 5, 7 e 9).
9 333. (Subtraia o número da esquerda do número da direita para obter
o número inserto no parêntese). 34 5. (Existem duas séries alternadas; uma que aumenta de 2 em 2 e
outra que aumenta de 1 em 1).
10 5. (O número da cabeça é igual a semi--soma dos números dos pés).
35 518. (O número inserto no parêntese é o dobro da diferença dos
números que estão fora do mesmo),
11 35. (A série aumenta em 1, 2, 4, 8 e 16 unidades sucessivamente).
13 7. (Os números da terceira coluna são a semi-soma dos números das 37 40. (Os números da segunda coluna se formam tomando os da pri-
outras duas colunas). meira, multiplicando-os por 2 e juntando 1; os da terceira coluna, to-
mando os da segunda, multiplicando-os por 2 e juntando 2. Assim: [2
14 33. (A série diminui em 16, 8, 4, 2 e 1 sucessivamente). x 19] + 2 = 40).
38 3. (Subtraia a soma dos números das pernas, da soma dos números
15 14. (Some os números de fora do parêntese e divida por 50 para obter dos braços para obter o número da cabeça).
o número inserto no mesmo).
40 152. (Multiplique cada número por 2 e some 2, 3, 4, 5 e 6). 6. 4. (A figura gira 90° cada vez, em sentido contrario aos ponteiros do
relógio, exceto a 4 que gira no sentido dos mencionados ponteiros).
41 55 e 100. (O número procurado atrás do parêntese é igual ao quadra-
do do número diante do parêntese. O número inserto no parêntese é 7 4. (Todas as outras figuras podem girar até se sobreporem).
igual à semi--soma dos números de fora do mesmo).
8 4. (A figura gira 90° cada vez em sentido contrario aos ponteiros do
42 111 (O número inserto no parêntese é a metade da diferença dos relógio, exceto o 4 que gira no mesmo sentido dos mencionados pon-
números de fora do parêntese). teiros).
43 66. (Multiplique por 2 o número precedente, no sentido dos ponteiros 9 4. (Todas as outras figuras podem girar até se sobreporem no plano
do relógio e subtraia 2). do papel).
44 179. (Cada número se obtém multiplicando por dois o precedente e 10 2. (Todas as outras figuras podem girar até se sobreporem).
juntando-se 1, 3, 5, 7 e finalmente 9).
11 3. (As outras três figuras são esquemas de urna mão esquerda; a de
45 6. (Há duas séries alternadas. Cada uma se eleva ao quadrado e se n.° 3 é o esquema de urna mão direita).
soma um 2 constante).
A primeira é: O 3 6 9 12 3. (A figura gira 45° cada vez em sentido contrario aos ponteiros do
Quadrado; O 9 36 81 relógio, porém o sombreado preto avança urna posição a mais, exceto
Mais dois: 2 11 38 83 em 3, que é, portanto, a figura que não corresponde as demais).
A segunda é 5 4 3 2
Quadrado: 25 16 9 4 13 5. (Todas as outras figuras podem girar até se sobreporem).
Mais dois: 27 18 11 6
14 1. (Todas as outras figuras podem girar até se sobreporem).
46 91. (Some 1 ao primeiro número (7+1 = 8), junte esta soma ao segun-
do número (8 + 19 = 27) e seguir até que se obtenha: (125 +o número 15 4. (Todas as outras figuras podem girar até se sobreporem).
que falta = ?).
As somas obtidas até aqui formam a série 1, 8, 27, 64, 125 que são os 16 5. (O conjunto completo de 4 círculos gira num ângulo de 90° cada
cubos 1, 2, 3, 4 e 5. Para completar a série, tome-se o cubo de 6 que vez. Em 5 os círculos com + e o com x trocaram suas posições. Em
é = 216). Assim, [125.+ ? = 216]. todas as demais figuras o + está na mesma fileira que o círculo preto).
47 64. (Os números e respectivos quadrados ficam em setores opostos). 17 6. (Todas as outras figuras podem girar até se sobreporem).
48 6. (Some todos os números que se acham nos ângulos dos triângulos 18 3. (Todas as outras figuras podem girar até se sobreporem).
e subtraia os que estão fora. Obtém-se, assim, o número do círculo).
TESTE DE HABILIDADE VÍSUO – ESPACIAL 24 4. (Todas as outras figuras podem girar até se sobreporem).
Respostas
25 4. (Todas as outras figuras podem girar até se sobreporem).
1 4. (Todas as outras figuras podem inverterem-se sem qualquer dife-
rença). 26 3. (1 e 4 formam urna dupla e o mesmo ocorre com 2 e 5. Em cada
dupla os retângulos preto e hachur alternam sua posição; a figura 3
tem o sombreado em posição diferente).
2 3. (Todas as outras figuras podem girar até se sobreporem).
27 5. (Todas as outras figuras podem girar até se sobreporem).
3 4 . (Todas as outras figuras podem girar até se sobreporem).
29 3. (Todas as outras figuras podem girar até se sobreporem). 01. Imagine que seu relógio adiante exatamente 4 minutos em 24 horas.
Quando eram 7,30 da manhã, ele marcava 7 horas e 30 minutos e
meio. Que horas estará marcando quando forem 12 horas do mesmo
30 3. (A figura principal gira no sentido dos ponteiros do relógio; a seta,
dia?:
no sentido contrario).
a) 12 horas, 1 minuto e 15 segundos;
31 3. (Todas as outras figuras podem girar até se sobreporem). b) 12 horas e 1 minuto;
c) 12 horas e 45 segundos;
32 5. (Todas as outras figuras podem girar até se sobreporem). d) 12 horas e 30 segundos;
e) 12 horas e 30 minutos.
33 1 e 2. (As outras figuras podem girar até se sobreporem; 1 e 2 não o
podem). 02. Quantas dezenas há no número 469?:
a) nenhuma
2 e 5. (As outras figuras podem girar até se sobreporem; 2 e 5 não o po- b) 4,6;
dem). c) 6;
d) 6,9;
35 2. (A figura principal gira 90° no sentido contrario aos ponteiros do e) 46.
relógio junto com as figuras pequenas, que por sua vez trocam por
sua oposta após o giro; isto é, as da parte superior passam para a ba- 03. Quantos quartos de quilo existem em meia tonelada?:
se e as da base á parte superior) . a) 500;
b) 1000;
36 8. (As outras figuras podem girar até se sobreporem). c) 1500;
37 3. (Todas as outras figuras seguem a regra de que o desenho comple- d) 2000;
to gira 90° cada vez; na figura 3 o sombreado gira incorretamente). e) 2500.
38 3, (A figura principal gira 180° (de cima para baixo) e as três listras 04. O carro azul é maior do que o vermelho e o vermelho é menor do que
pretas passaram a ser duas; as três pequenas alteram sua posição o amarelo. Qual o maior dos carros?:
passando á contígua em sentido contrario aos ponteiros do relógio). a) o vermelho;
b) o amarelo;
39 1, 3 e 6. (As outras figuras podem girar até se sobreporem). c) o azul;
d) o azul e o amarelo;
40 3 e 6. (As outras figuras podem girar até se sobreporem). e) impossível responder.
41 2. (O que na primeira figura é redondo torna-se quadrado; o que 05. O carro amarelo anda mais rapidamente do que o vermelho e este
aponta para cima passa a apontar para baíxo). mais rapidamente do que o azul. Qual o carro que está se movimen-
tando com maior velocidade?:
a) o amarelo;
42 7. (Todas as figuras podem girar até se sobreporem).
b) o azul;
43 3. (As figuras superior e inferior alteram suas posições; a figura interi- c) o vermelho;
or superior permanece; porém o sombreado da figura da base troca d) o vermelho e o azul;
com o da parte não sombreada. Os contornos da direita e esquerda e) impossível responder.
da figura principal alternam sua posição).
06. Para que haja uma representação teatral não pode faltar:
44 5, 6 e 8. (As outras figuras podem girar até se sobreporem). a) palco:
b) bilheteria;
45 2, 6 e 7. (As outras figuras podem girar até se sobreporem). c) ator;
d) auditório;
46 1 e 4. (As outras figuras podem girar até se sobreporem). e) texto.
47 1, 6 e 8. (As outras figuras podem girar até se sobreporem). 07. João e José têm, juntos, 125 anos. João tem 11 anos menos que Júlio
e 7 mais que José. Quantos anos tem Júlio?:
a) 83;
48 1, 6 e 7. (As outras figuras podem girar até se sobreporem).
b) 77;
c) 71:
49 2, 3 e 7. (As outras figuras podem girar até se sobreporem). d) 66:
e) 59.
50 2. (O sombreado passa das figuras exteriores as interiores e vice-
versa; a posição — vertical ou horizontal — permanece constante). 08. Na série de números colocada a seguir, sempre que dois algarismos
vizinhos somados proporcionem o total de 10, faça a soma. E indique
Testes extraídos de: o total geral desta forma encontrado.
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c) 60: 17 Quantas estão entre Marisa e Mariana?
d) 70:
e) 80. 18 Imagine dois recipientes opacos, com a forma de garrafa de boca
estreita, que vamos chamar A e B. E bolas brancas e pretas, que po-
09 Qual o número que colocado no lugar do traço deixará o conjunto dem ser colocadas nos recipientes e que irão ser retiradas como se
coerente?: fosse um sorteio. O problema é este: de qual recipiente você terá mais
chance de retirar uma bola preta numa. primeira e única tentativa, ha-
57 19 38 - 19 38 57 - 38 57 vendo, em A 2 bolas pretas e 4 brancas em B 3 bolas pretas e 7 bran-
a) 19; cas? Opções:
b) 35: a) do A;
c) 38; b) do B;
d) 57; c) é indiferente;
e) 85; d) impossível responder por falta de dados;
e) impossível responder por estarem os dados mal colocados.
10. O time azul, jogando uma partida de futebol com o time verde, tem
70% de possibilidade de ganhar, atuando durante o dia; mas sob a luz 19. O mesmo problema, com as mesmas opções anteriores: havendo, em
dos refletores, sua possibilidade (por motivos ignorados) desce para A 4 bolas pretas e 8 brancas em B 6 bolas pretas e 12 brancas.
20%, Qual sua possibilidade ganhar num jogo que terá, dos 90 minu-
tos regulamentares, 18 jogados ainda de dia e 72 disputados já com
os refletores acesos : 20. ldem, havendo, em 1 bola preta e 3 brancas em B 2 bolas pretas e 5
a) 80%; brancas.
b) 60%;
c) 50%; 21. ldem, havendo, em A 6 bolas pretas e 10 brancas em B 3 bolas pretas
e 6 brancas.
d) 45%;
e) 30%.
22. Considere, agora, três recipientes, permanecendo o mesmo problema:
havendo, em A 5 bolas pretas e 10 brancas em B 4 bolas pretas e 7
11. Qual o menor número de carros que nos permite armar o seguinte brancas em C 2 bolas pretas e 5 brancas. As opções, para este caso
conjunto de afirmações: Nesta rua vimos passar 2 carros na frente de 22, são as seguintes:
2, 2 atrás de 2 e 2 entre 2?: a) do A;
a) 12; b) do B;
b) 8; c) do C;
c) 6; d) é indiferente;
d) 4; e) é impossível responder.
e) 3.
23. Indique entre as opções o melhor sinônimo: Para "pecúlio":
12. Qual o número que, acrescido da 3, dá metade de 9 vezes um oitavo a) roubo;
de 32?:
b) porção;
a) 15;
c) bens;
b) 16;
d) herança;
c) 21;
e) criação.
d) 27;
e) 34;
24. Para "misantropia":
a) religiosidade;
13. Esta a situação: Cinco moças estão sentadas na primeira fila da sala
de aula: são Maria, Mariana, Marina, Marisa e Matilde. Marisa está b) sociabilidade;
numa extremidade e Marina na outra. Mariana senta-se ao lado de c) aversão;
Marina e Matilde, ao lado de Marisa. . d) ira;
e) caridade.
Este o esquema para responder:
Para quantidades Para nomes 25. Para "exasperação":
a) =1 a) = Mariana a) alisamento;
b) =2 b) = Maria b) espera;
c) =3 c) = Matilde c) evocação;
d) =4 d) = Marina d) exatidão;
e) =5 e) = Marisa e) irritação.
E estas as perguntas:
Quantas estão entre Marina e Marisa?: 26. está para assim como está para
14. Quem está no meio?:
a) b) c) d)
15. Quem está entre Matilde e Mariana?:
e)
16 Quem está entre Marina e Maria?:
Artigo 24 É finalidade da Comissão de Ética zelar pelo cumprimento do Artigo 30 Ao Presidente da Ebserh compete:
Código de Ética Profissional da Ebserh. I – dirigir, coordenar e controlar as ações desenvolvidas pela instituição de
§ 1°. Os membros da Comissão serão designados pelo Presidente para forma a que, continuamente, sua atuação esteja orientada para os seus
mandatos não coincidentes de três anos. objetivos, conforme indicados na Lei de criação, no Estatuto Social, neste
§ 2°. A atuação no âmbito da Comissão de Ética não enseja qualquer regimento e nas disposições resultantes do Conselho de Administração;
remuneração para seus membros e os trabalhos nela desenvolvidos são II – representar a Ebserh, em juízo ou fora dele, podendo delegar, em
considerados prestação de relevante serviço público. casos específicos, essa atribuição, e, em nome da entidade, constituir
§ 3°. A Comissão de Ética da Ebserh será vinculada administrativamente à mandatários ou procuradores;
Presidência, para cumprir plano de trabalho aprovado pela Presidência, que III – convocar e presidir as reuniões da Diretoria Executiva e do Conselho
proverá o apoio técnico e material para os trabalhos da Comissão, nos Consultivo;
termos do § 1º do art. 7º do Decreto 6.029, de 1º de fevereiro de 2007. IV – coordenar e articular o trabalho em relação às unidades da Ebserh,
tanto na Sede quanto nas suas filiais e unidades descentralizadas, podendo
Artigo 25 Compete à Comissão de Ética: delegar competência executiva e decisória e distribuir, entre os Diretores, a
I - – dirimir dúvidas a respeito da interpretação das normas éticas a que coordenação e articulação dos serviços da Empresa;
estão subordinados os empregados da Ebserh e deliberar em relação a V – editar normas necessárias ao funcionamento dos órgãos e serviços da
casos omissos; Ebserh, de acordo com a organização interna e a respectiva distribuição de
II – apurar, mediante denúncia ou de ofício, conduta em desacordo com as competências da Sede e das filiais ou unidades descentralizadas, estabele-
normas éticas pertinentes; cidas por este Regimento e pela Diretoria Executiva;
III – disseminar informações e desenvolver capacitação, junto às unidades VI – admitir, promover, punir, dispensar e praticar os demais atos compre-
e setores da Ebserh, em relação a orientações de ética profissional no endidos na administração de pessoal, de acordo com as normas e critérios
âmbito da instituição; previstos em Lei, neste Regimento e na avaliação da Comissão de Ética da
IV representar a Ebserh na Rede de Ética do Poder Executivo Federal a Ebserh, podendo delegar essas atribuições no todo ou em parte;
que se refere o art. 9º do Decreto n° 6029, de 1º de fevereiro de 2007; VII – designar substitutos para os membros da Diretoria, em seus impedi-
V – elaborar e aprovar seu regulamento interno; mentos temporários, que não possam ser atendidos mediante redistribuição
VI – escolher seu presidente; de tarefas, e, no caso de vaga, até o seu preenchimento;
VII – exercer outras atividades inerentes às suas finalidades. VIII – submeter, por critério de relevância, matérias da Diretoria Executiva
Parágrafo Único – Aos dirigentes da Ebserh aplicam-se as disposições ao Conselho de Administração;
contidas no Código de Conduta da Alta Administração Federal. IX – apresentar, trimestralmente, ao Conselho de Administração, relatório
Subseção II das atividades da Ebserh;
Da Comissão de Controle Interno X – submeter a nomeação, designação, exoneração ou dispensa do Auditor
Geral, titular da Unidade de Auditoria Interna, à aprovação do Conselho de
Artigo 26 O presidente da Ebserh poderá constituir Comissão de Controle Administração e, subsequentemente, à aprovação da Controladoria-Geral
Interno, da União, nos termos do art. 15, § 5º, do Decreto nº 3.591, de 6 de setem-
composta por seis membros, sendo um representante da Presidência e um bro de 2000;
representante de cada Diretoria. XI – designar os componentes da Comissão de Ética da Ebserh;
Parágrafo Único – A Comissão, por ato próprio, aprovará seu regulamento XII – assegurar as condições de trabalho para que a Comissão de Ética
interno, incluindo suas competências institucionais. cumpra suas funções, inclusive para que, do exercício das atribuições de
seus integrantes, não lhes resulte qualquer prejuízo ou dano;
SEÇÃO V XIII – monitorar, em seu âmbito de responsabilidade, a avaliação da gestão
DA ORGANIZAÇÃO INTERNA da ética conforme processo coordenado pela Comissão de Ética Pública da
Ebserh;
Artigo 27 A estrutura organizacional da Ebserh, Sede, Filiais e unidades XIV – emitir Portarias e Resoluções necessárias ao cumprimento dos
descentralizadas, será estabelecida no organograma funcional aprovado objetivos e metas da Ebserh;
pelo Conselho de Administração, assim como o Plano de Cargos, Carreiras XV – constituir comissões especiais, integradas por conselheiros ou espe-
e Salários; o Plano de Benefícios; e o Plano de Cargos em Comissão e de cialistas, para realizar estudos de interesse da Ebserh;
Funções Gratificadas. XVI – operacionalizar a criação de subsidiárias, escritórios, representações,
§ 1º Após aprovação pelo Conselho de Administração, os Planos serão dependências e filiais em quaisquer unidades da Federação, para o desen-
submetidos à aprovação do Ministério do Planejamento, Orçamento e volvimento de atividades inerentes ao seu objeto social, conforme §1º e §2º
Gestão e à subsequente homologação do Ministério do Trabalho. do art. 1º da Lei no 12.550, de 15 de dezembro de 2011, bem como extin-
gui-las, nos termos da legislação vigente;
Artigo 50 O Colegiado Executivo, composto pelo Superintendente e Geren- Artigo 56 Os regulamentos previstos neste Regimento Interno deverão ser
tes de cada unidade hospitalar vinculada à Ebserh, será responsável pela elaborados pelas áreas e submetidos à aprovação da Diretoria Executiva
direção e administração de todas as atividades da unidade, em consonân- em até 180 dias após a publicação deste normativo.
cia com as diretrizes, coordenação e monitoramento da Ebserh e, no que
for pertinente ao ensino e à pesquisa, de acordo com as necessidades e Artigo 57 O presente Regimento Interno entra em vigor na data da publica-
orientações da Universidade a qual a unidade hospitalar estiver vinculada. ção de seu extrato no Diário Oficial da União e da sua disponibilidade
integral na página oficial da Ebserh.
Artigo 51. Ao Colegiado Executivo de cada unidade hospitalar compete:
I - propor, implementar, monitorar, gerir e avaliar, de forma integrada, o
planejamento de atividades de atenção à saúde, de ensino e de pesquisa a
serem desenvolvidas no âmbito do Hospital, em consonância com as
diretrizes estabelecidas pela Ebserh, as orientações da Universidade a qual
o Hospital estiver vinculado e as políticas de Saúde e Educação do País;
II - administrar a execução das diretrizes da Ebserh e dos contratos firma-
dos;
III - monitorar a atuação dos agentes de cada setor e avaliar os serviços
realizados em conjunto com as Diretorias da Ebserh e com a Universidade, REGIME INTERNO
de acordo com os indicadores, instrumentos e procedimentos desenvolvi- Versão Atualizada
dos para essas funções; Abril – 2014
IV - participar dos estudos a respeito dos dados de avaliação e das propo-
sições para aperfeiçoamento dos serviços e condições da respectiva unida-
de hospitalar e das relações com a Sede da Ebserh; Fonte:
V - implementar as soluções propostas para aperfeiçoamento ou desenvol- http://ebserh.mec.gov.br/images/pdf/legislacao/regimento_interno_dou_02_04
vimento dos serviços ou condições da unidade hospitalar em conjunto com _2014_aprovado_ca_26_03_2014.pdf
as Diretorias da Ebserh;
VI - estabelecer normas e delegar poderes no âmbito de suas respectivas
competências;
VII - intermediar o relacionamento da unidade hospitalar com a Universida-
de e com a Sede da Ebserh;
VIII – atualizar os dados relacionados aos sistemas implantados pela Eb-
serh para monitoramento e avaliação dos serviços, equipamentos, condi-
ções e instalações da unidade hospitalar;
IX - fornecer todas e quaisquer informações e dados solicitados pela Sede
da Ebserh; e
X - instituir as respectivas Comissões Hospitalares previstas, nos termos da
legislação vigente;
Estas eram ações que se davam no campo coletivo, ou seja, as cha- A criação do INPS consolidou o modelo brasileiro de seguro social e de
madas ações de saúde pública. No campo da assistência individual, ainda prestação de serviços médicos. O direito à assistência à saúde não era
inexistiam práticas de assistência à saúde e a atenção médica e odontoló- uma condição de cidadania, mas uma prerrogativa dos trabalhadores que
gica ainda era essencialmente liberal, ou seja, financiada pelos próprios tinham carteira assinada e, portanto, contribuíam com a previdência.
indivíduos.
Com o advento do regime militar após 1964, uma gigantesca estrutura
Contudo, ainda em 1923, com a Lei Elói Chaves, é criado o primeiro foi criada em torno da Previdência Social, com uma clara vinculação com os
embrião do que hoje conhecemos como previdência social: as Caixas de interesses do capital nacional e estrangeiro. O Estado passa a ser o grande
Aposentadorias e Pensões (CAPs). As CAPs eram organizadas por empre- gerenciador do sistema de seguro social, na medida que aumentou seu
sas e mantidas e geridas pelos patrões e empregados. Seu surgimento poder em duas frentes: econômica e política. No primeiro caso, a partir do
obedeceu também à mesma lógica: as empresas que eram estratégicas aumento das alíquotas de contribuição, o que aumentou consideravelmente
para a economia nacional fundaram suas caixas. As primeiras foram as dos os recursos financeiros disponíveis. No campo político, é abolida a partici-
trabalhadores das companhias de via férrea e portuários. Funcionavam pação dos usuários na gestão da previdência social (que existia na época
como uma espécie de seguro social (tem direito aquele que paga contribui- das CAPs e dos IAPs), aumentando ainda mais o controle governamental.
ção) que garantiria certos benefícios como a aposentadoria e, principalmen-
te a assistência médica. Como tinham caráter privado, ou seja, eram manti- É estabelecido, então, o que ficou conhecido como "complexo previ-
das por empresas, ainda não se configuravam como iniciativas do Estado, denciário", que era composto de três sistemas: o sistema próprio, formado
muito embora os presidentes das Caixas fossem nomeados pelo Presidente pela rede de hospitais e unidades de saúde de propriedade da Previdência
da República e houvesse um interesse claro do governo na manutenção Social, além dos recursos humanos assalariados pelo Estado e o sistema
deste sistema. contratado, que era subdividido no sistema contratado credenciado (com
sistema de pagamento por unidades de serviço) e no sistema contratado
Entretanto, com o crescimento das CAPs (em 1930 já existiam 47 de- conveniado (sistema de pré-pagamento).
las, cobrindo mais de 140 mil associados), são criados os Institutos de
Aposentadorias e Pensões (IAPs), onde a participação do Estado já se dá O modelo de prestação de serviços de saúde pelo INPS privilegiava a
de forma mais clara. A contribuição passa a ser tripartite, entrando o Estado forma conveniada, ou seja, o governo comprava os serviços de assistência
como contribuinte. Os IAPs passam a se organizar por categorias e o médica às grandes corporações médicas privadas, principalmente hospitais
primeiro a surgir é o dos marítimos (IAPM) em 1933, seguido dos comerciá- e multinacionais fabricantes de medicamentos. Era um excelente negócio.
rios e dos bancários em 1934. Enquanto as CAPs privilegiavam a assistên- O Estado tinha renda garantida, uma vez que a contribuição previdenciária
cia médica como um dos principais benefícios, os IAPs, já com a participa- era obrigatória - tanto que estimulava cada vez mais a expansão das con-
ção do governo e, portanto, com uma política mais contencionista, privilegi- tribuições através do incentivo à prática do trabalho assalariado - e passou
Além disso, o SUS tem as seguintes características principais: A Constituição remetia a regulamentação do sistema para a chamada
• Deve atender a todos, de acordo com suas necessidades, inde- Lei Orgânica da Saúde, que foi, constantemente relegada a um segundo
pendentemente de que a pessoa pague ou não Previdência So- plano durante o governo de Fernando Collor, e, somente em 1990 foi
cial e sem cobrar nada pelo atendimento. aprovada, depois de muita negociação do Ministério da Saúde com o
• Deve atuar de maneira integral, isto é, não deve ver a pessoa movimento da Reforma Sanitária. Ainda assim, a Lei Orgânica, personifica-
como um amontoado de partes, mas como um todo, que faz par- da nas leis 8080 e 8142, saiu com muitas restrições. E mesmo após a sua
te de uma sociedade, o que significa que as ações de saúde de- aprovação, houve muita dificuldade de implantação, com resistências claras
vem estar voltadas, ao mesmo tempo, para o indivíduo e para a do Ministério da Saúde ao processo de descentralização, ao repasse auto-
comunidade, para a prevenção e para o tratamento e respeitar e mático de recursos para os Estados e Municípios. Ainda se continuou com
dignidade humana. a prática dos convênios e outros expedientes centralizadores, facilitadores
• Deve ser descentralizado, ou seja, o poder de decisão deve ser do clientelismo e da corrupção.
daqueles que são responsáveis pela execução das ações, pois,
quanto mais perto do problema, mais chance se tem de acertar No entanto, algumas experiências inovadoras foram desenvolvidas em
sobre a sua solução. Isso significa que as ações e serviços que alguns municípios que encararam de frente o processo de municipalização.
atendem à população de um município devem ser municipais; as Havia um consenso de que o aparato jurídico já estava definido e era
que servem e alcançam vários municípios devem ser estaduais e preciso ter a "ousadia de cumprir e fazer cumprir a lei". E sob esta afirma-
aquelas que são dirigidas a todo o território nacional devem ser ção foram geradas as principais discussões na 9a Conferência Nacional de
federais. Dessa forma deverá haver uma inversão na situação Saúde que deveria ter ocorrido em 1990, mas só veio a acontecer em 1992.
atual, quando a maioria dos serviços de saúde que têm sido vin-
culados ao nível federal, como o INAMPS, devem passar para os Como um desdobramento da 9a Conferência, já no governo Itamar, a-
níveis estadual e municipal, principalmente para este último, pro- pós a queda de Collor, é publicada, pelo Ministério da Saúde, a Norma
duzindo o que se tem chamado de municipalização da saúde. Operacional Básica (NOB) n0 1, de maio de 1993, que regulamentava o
• Deve ser racional. Ou seja, o SUS deve se organizar de maneira processo de descentralização das ações de saúde para Estados e Municí-
IV - atuar na formulação e no controle da execução da política de XXIII - estabelecer ações de informação, educação e comunicação
saúde, incluindo os seus aspectos econômicos e financeiros, e propor em saúde, divulgar as funções e competências do Conselho de Saúde,
estratégias para a sua aplicação aos setores público e privado; seus trabalhos e decisões nos meios de comunicação, incluindo informa-
ções sobre as agendas, datas e local das reuniões e dos eventos;
V - definir diretrizes para elaboração dos planos de saúde e delibe-
rar sobre o seu conteúdo, conforme as diversas situações epidemiológicas XXIV - deliberar, elaborar, apoiar e promover a educação perma-
e a capacidade organizacional dos serviços; nente para o controle social, de acordo com as Diretrizes e a Política Na-
cional de Educação Permanente para o Controle Social do SUS;
VI - anualmente deliberar sobre a aprovação ou não do relatório de
gestão; XXV - incrementar e aperfeiçoar o relacionamento sistemático com
os poderes constituídos, Ministério Público, Judiciário e Legislativo, meios
VII - estabelecer estratégias e procedimentos de acompanhamento de comunicação, bem como setores relevantes não representados nos
da gestão do SUS, articulando-se com os demais colegiados, a exemplo conselhos;
dos de seguridade social, meio ambiente, justiça, educação, trabalho,
agricultura, idosos, criança e adolescente e outros; XXVI - acompanhar a aplicação das normas sobre ética em pes-
quisas aprovadas pelo CNS;
VIII - proceder à revisão periódica dos planos de saúde;
XXVII - deliberar, encaminhar e avaliar a Política de Gestão do
IX - deliberar sobre os programas de saúde e aprovar projetos a Trabalho e Educação para a Saúde no SUS;
serem encaminhados ao Poder Legislativo, propor a adoção de critérios
definidores de qualidade e resolutividade, atualizando-os face ao processo XXVIII - acompanhar a implementação das propostas constantes
de incorporação dos avanços científicos e tecnológicos na área da Saúde; do relatório das plenárias dos Conselhos de Saúde; e
X - avaliar, explicitando os critérios utilizados, a organização e o XXIX - atualizar periodicamente as informações sobre o Conselho
funcionamento do Sistema Único de Saúde do SUS; de Saúde no Sistema de Acompanhamento dos Conselhos de Saúde
(SIACS).
XI - avaliar e deliberar sobre contratos, consórcios e convênios,
conforme as diretrizes dos Planos de Saúde Nacional, Estaduais, do Distrito Fica revogada a Resolução do CNS no 333, de 4 de novembro de
Federal e Municipais;
2003.
XII - acompanhar e controlar a atuação do setor privado credencia-
do mediante contrato ou convênio na área de saúde;
ALEXANDRE ROCHA SANTOS PADILHA
XIII - aprovar a proposta orçamentária anual da saúde, tendo em Presidente do Conselho Nacional de Saúde
vista as metas e prioridades estabelecidas na Lei de Diretrizes Orçamentá- Homologo a Resolução CNS no 453, de 10 de maio de 2012, nos
rias, observado o princípio do processo de planejamento e orçamento termos do Decreto nº 5.839, de 11 de julho de 2006.
ascendentes, conforme legislação vigente;
XIV - propor critérios para programação e execução financeira e ALEXANDRE ROCHA SANTOS PADILHA
orçamentária dos Fundos de Saúde e acompanhar a movimentação e Ministro de Estado da Saúde
destino dos recursos;
XV - fiscalizar e controlar gastos e deliberar sobre critérios de mo- Republicada por ter saído com incorreção no original, publicado no
vimentação de recursos da Saúde, incluindo o Fundo de Saúde e os recur- Diário Oficial da União nº 109, Seção 1, página 138
A introdução desse mecanismo de registro vem atender à necessidade Dentro do SIA-SUS, foi recentemente desenvolvido o Sistema APAC -
apresentada, qual seja, conhecer o fluxo dos usuários entre os diversos Autorização para Procedimentos de Alto Custo-Complexidade - que
serviços de saúde, na medida em que são associadas as informações trata da assistência ambulatorial em procedimentos de alto custo ou alta
sobre os atendimentos ou ações de saúde à clientela atendida nos diversos complexidade, como hemodiálise e oncologia. A identificação do usuário
níveis do sistema. Ao vincular a informação ao usuário (e não ao procedi- permitirá o cruzamento das informações da APAC com o sistema hospitalar
mento) torna-se possível o cruzamento de dados entre os sistemas e (importante função para controle de fraudes, uma vez que, sem a identifica-
prestadores, ampliando-se a capacidade de controle e auditoria. ção do indivíduo, os procedimentos podem ser constar tanto na APAC
quanto no SIH-SUS) e com o sistema de óbitos (importante função para
De fato, os sistemas de informações de base nacional atualmente exis- controle de fraudes, uma vez que, sem a identificação do indivíduo, os
tentes captam, primariamente, informações referentes aos eventos da vida procedimentos podem ser cobrados mesmo após o óbito).
relacionados à saúde: nascimentos, ações assistenciais, ocorrências de - Sistema Nacional de Agravos de Notificação (SINAN): Tem co-
agravos, diagnósticos, terapias e óbitos. Entretanto, nenhum desses siste- mo objetivo coletar, transmitir e disseminar dados rotineiramente
mas consegue identificar a clientela do Sistema Único de Saúde (SUS) e gerados pelo Sistema de Vigilância Epidemiológica, permitindo a
explicitar sua vinculação a um gestor sanitário ou a cobertura pretendida investigação e acompanhamento de agravos e fornecendo infor-
pelas ações praticadas. mações para análise do perfil de morbidade. Através do cruzamen-
to com outros bancos de dados, a identificação do usuário permite
Nesse sentido, o Cartão Nacional de Saúde tem como objetivo a mo- enfocar a sequência de eventos e ações de saúde, construindo in-
dernização dos instrumentos de gerenciamento da atenção a saúde e sua dicadores de incidência e prevalência e relação causal.
característica principal será a possibilidade de identificação dos usuários. - Sistema de Informações do Programa Nacional de Imuniza-
Para tanto, será utilizado o Cadastro Nacional de Usuários, baseado no ções (PNI): Tem como objetivo contribuir para o controle, elimina-
número do Programa de Integração Social (PIS) e do Programa de Assis- ção e/ou erradicação das doenças transmissíveis e imunopreviní-
tência ao Servidor Público (PASEP). Cada cidadão receberá um Cartão veis, com a imunização sistemática da população. Com o Cartão
identificador que identificará o usuário em todos os seus contatos com o SUS e a identificação do usuário, será possível o cálculo preciso
SUS e acompanhará a sua evolução dentro do sistema, com efeitos na de índices de cobertura, especialmente em pequenos espaços, tais
atenção individual e no planejamento das ações de saúde. como, micro-áreas, áreas de abrangência de Centros de Saúde e
Distritos Sanitários
Em relação aos sistemas de informação de base nacional, essa identi- - Sistema de Informações de Atenção Básica (SIAB): Coleta in-
ficação permitirá (1) a integração entre os eventos de vida e as ações formações para o planejamento, acompanhamento e avaliação das
desenvolvidas e (2) a avaliação de processo e impacto dessas ações, ações desenvolvidas pelos Agentes Comunitários de Saúde
conforme detalhado a seguir. (PACS) e pelas equipes de Saúde da família (PSF). Com a implan-
tação do Cartão SUS (associado a tecnologias da informação) será
SISTEMAS DE INFORMAÇÕES DE BASE NACIONAL: possível individualizar os dados, tornando possível a construção de
- Sistema de Informações de Nascidos Vivos (SINASC): Implan- informações sobre a cobertura das ações desenvolvidas e acom-
tado em Belo Horizonte a partir de 1992 e em vigor nacionalmente panhamento dos indicadores de saúde da população assistida.
desde 1994, coleta as Declarações de Nascidos vivos (DN), preen-
chidas nos estabelecimentos de saúde ou em cartórios (em caso Em resumo, o Cartão SUS traz como característica fundamental a pos-
de parto domiciliar). Esse sistema permite a vigilância à saúde dos sibilidade de identificação individualizada dos usuários do SUS, em todos
recém-nascidos, além de fornecer uma série de indicadores esta- os seus contatos com os serviços de saúde, acompanhando sua evolução
tísticos, permitindo avaliar a qualidade e cobertura da atenção pré- dentro do Sistema. Esse acompanhamento, com efeitos na atenção indivi-
natal e ao parto. dual e no planejamento das ações de saúde, oferece novos recursos para
- Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM): É o mais an- auditoria, combate às fraudes e reorganização dos sistemas e redes de
Legislação Aplicada ao SUS 29 A Opção Certa Para a Sua Realização
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atenção a saúde no Brasil
Nesses termos, retorna-se à assertiva que inaugura este texto, que diz
respeito a relação entre o Cartão SUS e o modelo assistencial.
É claro que uma grande parte dessas relações é criada pelas caracte- Estes grupos adotam formas de equilíbrio no seio de um campo de for-
rísticas do trabalho, como, por exemplo, os técnicos de segurança que, por ças, tensões e pelo campo perceptivo dos indivíduos". Estas forças, tais
imposição de suas próprias tarefas, passam a maior parte do tempo estabe- como: movimento, ação, interação, reação, etc., é que constituem o aspec-
lecendo e mantendo contatos com todos os operários das varias seções da to dinâmico do grupo e, consequentemente, afetam a sua conduta.
fábrica. Quase toda a atividade executada pelos técnicos de segurança
envolve relacionamento com outras pessoas. Por este motivo, ele deve A Dinâmica de Grupo como disciplina moderna dentro do campo da
estar atento a essas relações, deve procurar manter um ambiente, onde as Psicologia Social, estuda e analisa a conduta do grupo como um todo, as
comunicações possam se processar de forma aberta, confiante e adequa- variações da conduta individual de seus membros, as reações entre os
da. grupos ao formular leis e princípios, e ao introduzir técnicas que aumentem
a eficácia dos grupos.
Um ponto importante, que devemos levar em consideração, são as di-
ferenças entre as pessoas. Saber que cada pessoa é especifica, original e No campo da Psicologia Social, o grupo pode ser definido como uma
possui reações próprias; que, em sua formação, cada uma foi marcada por reunião de duas ou mais pessoas que compartilham normas, e cujos papeis
realidades diferentes: meio familiar, escolar, cultural, social profissional , sociais estão estritamente intervinculados.
etc, e que cada indivíduo atuará em função de sua própria experiência de
vida.
No campo da Dinâmica de Grupo, os grupos são classificados em pri-
mários e secundários.
Devemos saber, também que toda pessoa tem necessidades que diri-
gem o seu comportamento, as quais ela procura constantemente satisfazer.
O grupo primário é composto por um número reduzido de pessoas que
Não só as pessoas são diferentes entre si, mas também as necessidades
se relacionam "face a face", ligadas por laços emocionais com relações
variam de indivíduo para indivíduo.
diretas, mantendo-se um processo de associação e cooperação íntima.
Exemplo: grupo de amigos, grupo familiar, grupo de estudo e o próprio
Esta grande diversidade pode se constituir em uma imensa riqueza grupo de trabalho.
humana, mas, de início, pode ser fonte de oposições violentas entre os
indivíduos.
O fato de um grupo ser pequeno, não significa sempre que é um grupo
primário. Para que exista, é preciso que haja interação entre os participan-
Por estes motivos, devemos estar aberto para respeitar tais diferenças. tes, no qual cada membro deverá perceber cada um como pessoas indivi-
duais.
Outro fator relevante é o que se refere aos Juízos de Valor acerca das
pessoas. Normalmente, temos tendência para julgar os atos e as palavras Nos grupos secundários as relações se mantém mais frias, impessoais
dos outros em função da nossa própria experiência e de certos preconcei- e formais. Estas se estabelecem através de comunicações indiretas, como
tos. Este conformismo no julgamento é muito grave, pois nos arriscamos a é o caso das empresas, instituições, etc.
classificar as pessoas por categorias e de forma definitiva. Deixamos, pois,
de perceber o indivíduo tal como ele é, e de manter o diálogo, se não
O comportamento do grupo depende em grande parte do número de
reagirmos rápida e eficazmente contra este tipo de atitude.
participantes. Este é um fator importante, no que diz respeito a produção e
ao nível de desenvolvimento grupal.
Outro ponto a ser considerado é o Uso da Linguagem. A nossa lingua-
gem pode constituir um obstáculo a comunicação e consequentemente
A delimitação exata de um pequeno grupo e de um grande grupo, varia
afetar o relacionamento humano. E preciso, sempre, nos colocarmos no
segundo os diferentes autores. Estudiosos no assunto são unânimes em
lugar da pessoa que esta nos ouvindo.
afirmar que o pequeno grupo não deve ultrapassar de 20 participantes, e
que o ideal para a sua constituição é de 5 a 12 elementos, possibilitando
Devemos usar um vocabulário adaptado à realidade com a qual esta-
Grupo de interesse
Dependendo do tipo de grupo (formal, informal, profissional, social,
treinamento, etc.) e da fase em que se encontra, haverá certas funções a A função geral de vincular governantes e governados é desempenhada
serem executadas por seus componentes. por vários tipos de instituição, como partidos políticos, movimentos sociais
ou meios de comunicação de massa. Tal tarefa, no entanto, pode ser
exercida por grupos de interesse, expressão que os cientistas políticos
Algumas funções soam mais genéricas que outras, existindo em todos
contemporâneos preferem à tradicional "grupos de pressão", por ser mais
os grupos, e são desempenhadas pelos membros, para que o grupo possa
abrangente do que aquela.
mover-se ou progredir em direção às suas metas.
Grupo de interesse é o conjunto de indivíduos que procura defender
O complexo processo de interação humana, exige de cada participante
determinada causa comum junto a órgãos oficiais, para o que utiliza os
um determinado desempenho, o qual variará em função da dinâmica de sua
meios legítimos ou tolerados que estiveram a seu alcance. Do ponto de
personalidade e da dinâmica grupal na situação, momento ou contexto.
vista do governo, essa é também uma oportunidade de se manter informa-
do das necessidades e reivindicações dos diferentes setores da sociedade.
Em todos os grupos em funcionamento, seus membros podem desem-
penhar eventualmente, alguns papeis nao-construtivos, dificultando a tarefa
O interesse em torno do qual o grupo se organiza deve ser entendido
do grupo, criando obstáculos e canalizando energias para atividades e
em sentido amplo. Seu conteúdo pode coincidir com uma reivindicação de
comportamentos não condizentes com os objetivos comuns do grupo. Estes
caráter estritamente econômico até a defesa de uma causa concernente ao
papéis correspondem às necessidades individuais, às motivações de cunho
bem-estar da sociedade, ou a posições ideológicas que expressam o ponto
pessoal , à problemas de personalidade, ou, muitas vezes, decorrem de
de vista de uma camada da população. A expressão "grupo de interesse"
falhas de estruturação ou da dinâmica do próprio grupo.
pode ser aplicada, portanto, a associações patronais, a sindicatos de em-
6. Responsabilidades de um bom participante pregados, a associações profissionais e aos diversos grupos que se organi-
Conhecimentos Específicos 4 A Opção Certa Para a Sua Realização
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zam para pleitear algo em favor dos moradores de um bairro, dos pratican- métodos científicos ao estudo dos fenômenos grupais. Do ponto de vista
tes de uma religião, dos defensores de causas beneficentes, ideais, morais aplicado ou técnico, a dinâmica de grupos é o método de trabalho baseado
e outras. nessa teoria.
É próprio do grupo de interesse não pretender ocupar o lugar do go- O estudo da dinâmica de grupos iniciou-se em 1946, quando teve início
verno, mas apenas influir sobre as decisões oficiais. Desse modo, os gru- a atividade de Kurt Lewin e alguns de seus colaboradores no Instituto de
pos de interesse distinguem-se claramente dos partidos políticos. Tecnologia de Massachusetts. Em cada grupo, composto de aproximada-
mente dez membros, eram levadas a termo discussões e dramatizações,
Atuação. Os padrões de relacionamento entre os grupos e o governo cuja evolução era observada por um pesquisador. Não demorou a desco-
podem ser formais ou informais. São exemplo dos primeiros as relações brir-se que aquele era um poderoso método de educação e terapia.
institucionalizadas que têm lugar mediante canais legais de acesso ao
governo, e compreendem o comparecimento perante comissões legislati- O novo método recebeu o nome de T-Group, grupo de aprendizagem
vas, órgãos ministeriais, departamentos ou agências do executivo. ativo no qual cada participante encontra seu papel, que não é definido de
antemão, e explicita sua capacidade ou sua resistência para executar a
Outro padrão consiste nos contatos informais, que incluem vasta gama tarefa, bem como para submeter-se à influência dos demais participantes.
de relações. Os grupos, ou seus representantes, podem estabelecer rela- Nesse sentido, a dinâmica de grupos se configura como instrumento de
ções informais com legisladores ou funcionários públicos, valendo-se da adaptação e meio de integração pessoal.
existência de pontos de aproximação, como é o caso de pessoas de mes-
ma origem regional ou social, que freqüentaram a mesma escola ou têm Terapia de grupos. Após a segunda guerra mundial, o grande número
amigos ou parentes comuns. Além disso, são ainda usados como recursos de soldados que necessitavam de tratamento psicológico incentivou os
para a criação e manutenção dessas relações informais a participação em psiquiatras a experimentarem a terapia de grupo. Até então, embora reco-
reuniões, almoços, passeios e outras formas de entretenimento. Com base nhecessem a influência dos grupos no comportamento das pessoas, os
nos contatos assim estabelecidos, as relações podem assumir formas que médicos defendiam a importância da privacidade da relação entre médico e
vão da persuasão e troca de favores até o suborno. paciente. Os novos métodos se revelaram eficazes e, nos anos do pós-
guerra, a terapia de grupo se desenvolveu rapidamente e acabou se esten-
A representação direta no governo é uma possibilidade facultada aos dendo ao trabalho de psicologia clínica e de aconselhamento, bem como ao
grupos que dispõem de meios para tanto. Assim, um sindicato que conte de assistentes sociais.
com grande número de filiados e se disponha a articular-se com um partido
político tem chances de pôr seus próprios representantes nos órgãos As técnicas de terapia de grupos são tão variadas quanto as de terapia
legislativos. Já para os grupos pouco expressivos quanto ao número de individual, mas todas se assemelham na ênfase que dão ao alívio das
associados, mas economicamente poderosos, torna-se mais fácil influir na tensões mediante ações diretas ou na criação de uma atmosfera grupal
escolha de funcionários para as assessorias burocráticas ou técnicas, e favorável ao autoconhecimento e ao amadurecimento pessoal.
mesmo na nomeação de ministros, do que guindar seus próprios represen-
tantes ao nível das posições legislativas. Psicologia humanista. Antes mesmo de 1960, o psicólogo americano
Carl Rogers passou a trabalhar com grupos mais orientados para os aspec-
Legitimidade. Os métodos utilizados pelos grupos tendem a variar em tos emocionais do que para a aprendizagem de comportamentos. Rogers,
cada sociedade, em função do grau de legitimidade atribuído a suas ativi- junto com Fritz Perls, desenvolveu uma prática que denominou psicologia
dades. No Reino Unido, por exemplo, a interação entre os administradores humanista cuja aplicação grupal devia permitir o desenvolvimento das
e os representantes dos grupos tende a ser freqüente, aberta e instituciona- aptidões pessoais num ambiente de equilíbrio e de integração pessoal, e
lizada, uma vez que ambas as partes encaram como necessária e normal a favorecer o encontro profundo com o outro. Esse encontro, que pode ser ou
adoção do sistema de consulta mútua como método de tomada de deci- não pessoal, é favorecido quando existe uma transparência e disponibilida-
sões. Na Itália, a influência exercida pelos grupos tende a ser vista com de, permitindo que se transcenda a individualidade e se atinja um estado de
desconfiança e não se acredita que dela possam resultar reais benefícios paz e felicidade. Nesse caso, o grupo se transforma num ponto de encontro
para a coletividade. Em conseqüência disso, os grupos tendem a adotar um básico, com apoio de um moderador que deve atuar como catalisador dos
estilo de atuação mais encoberto e menos formalizado. processos afetivos interpessoais.©Encyclopaedia Britannica do Brasil
Publicações Ltda.
Nos Estados Unidos, onde certas atividades dos grupos de interesse
são regulamentadas por lei, existem escritórios de assessoria dedicados a Empatia
promover, em caráter profissional, os interesses de qualquer cliente que Você pratica a empatia com alguém? Descubra
contrate seus serviços. O Federal Regulation of Lobbying Act (regulamento por Rosemeire Zago
federal da lei sobre grupos de interesse), de 1946, obriga todas as pessoas Como você se sente quando está contando algo muito triste que te a-
que pretendam influir no processo legislativo a se registrarem no Congres- conteceu e percebe que a pessoa que supostamente está te ouvindo de-
so, declarando a que projeto de lei se opõem ou qual defendem, quem as monstra um leve sorriso no rosto ou continua atenta ao que está passando
está empregando e quais são as despesas envolvidas no caso, desde a na TV? Ou ainda, muda de assunto com uma piada nada conveniente para
remuneração que recebem até os gastos que pretendem fazer para con- o momento? Péssimo, não é mesmo? Sente-se como tivesse falando com
quistar a colaboração de funcionários e políticos. uma parede ou pedra, fria, insensível, dura!
No Brasil, a atividade dos grupos de interesse é mais conhecida pela Alguém que demonstra ser incapaz de sentir o que você está sentindo.
palavra inglesa lobby. Reveste sentido pejorativo quando se refere à prática Você se sente incompreendido, e muitas vezes até se arrepende de ter
tradicional dos representantes ("lobistas") de grandes empresas, especial- contado aquilo para tal pessoa. Promete a si mesmo que não contará mais
mente empreiteiras interessadas em contratar irregularmente obras públi- nada para ela devido a sua falta de sensibilidade. Não é apenas o que a
cas milionárias. ©Encyclopaedia Britannica do Brasil Publicações Ltda. outra pessoa nos fala que faz com que nos sintamos compreendidos, mas
principalmente suas expressões faciais, seu corpo, se nos envolve, se nos
DINÂMICA DE GRUPOS toca com um profundo abraço, se nos compreende com seu olhar ou se nos
Os grupos humanos têm vida própria e peculiar, que ultrapassa as ca- olha com indiferença ou com alguma expressão contrária aquilo que esta-
racterísticas dos indivíduos que os compõem e se manifesta não só na mos sentindo.
relação de um grupo com outro, mas também, e principalmente, nas rela-
Mas e aquelas pessoas que fazem com que nos sintamos à vontade e
ções que os membros de um grupo mantêm entre si.
temos cada vez mais desejo de falar, falar? Elas têm o que chamamos de
Do ponto de vista teórico, a dinâmica de grupos é uma área das ciên- empatia, ou seja, a capacidade de se colocar no lugar da outra pessoa e
cias sociais, em particular da sociologia e da psicologia, que procura aplicar tentar "ver com os olhos dela".
De todos esses métodos, o mais utilizado é o da entrevista, raramente A teoria da personalidade-base trouxe considerável avanço para as re-
dispensada pelo avaliador da personalidade de um indivíduo. Existem lações entre antropologia e psicologia, e sua aplicação por especialistas de
vários tipos de entrevista e os dados obtidos por esse meio com freqüência uma ou de outra dessas disciplinas conduziu a uma soma de dados e de
modificam a avaliação final da personalidade cujos dados haviam sido material científico valiosa para o desenvolvimento das ciências sociais.
indicados anteriormente por outros métodos. Durante muito tempo, a psico- Com a segunda guerra mundial, aumentaram os estudos sobre diferentes
logia atribuiu grande importância aos métodos ditos morfológicos de descri- culturas, e o conceito de personalidade-base tomou a denominação de
ção da personalidade, tais como os elaborados por especialistas como caráter nacional. Os estudos sobre o caráter nacional desenvolveram-se
William Herbert Sheldon e Ernst Kretschmer, ambos proponentes de tipolo- principalmente a partir de uma unidade psíquica da humanidade, diferenci-
gias em que determinadas características de personalidade eram associa- ando-se cada cultura como resultado de escolhas e rejeições operadas
das a tipos físicos. A relação entre biótipo e tipo psicológico não é mais sobre os dados culturais comuns a uma certa área geográfica. Foi este o
considerada tão importante pelos especialistas, embora não deixe de método utilizado por Ruth Benedict ao estudar o caráter nacional japonês,
fornecer subsídios ao estudo da personalidade humana. em seu livro The Chrysanthemum and the Sword (1946; O crisântemo e a
espada). Além de descrever a cultura japonesa, a autora conceituou o
princípio da configuração única de cada cultura e de cada conjunto de
Teorias psicanalíticas. Para Sigmund Freud, a estrutura da personali-
tradições históricas.
dade é formada por três instâncias: id, ego e superego. O id é inato, e dele
deriva a energia necessária à formação do ego e do superego. Tanto o que
é herdado psicologicamente quanto os instintos já existem no id no momen- O comportamento de cada grupo nacional pode ser analisado em rela-
to do nascimento. As necessidades do id são atendidas pelos processos ção a situações particulares e a atitudes e comportamentos de outros
primários e pelos atos reflexos. grupos nacionais. Este é o caráter nacional, que a rigor é o mesmo conceito
de personalidade-base, ou seja, uma configuração psicológica particular
própria dos membros de uma sociedade dada, que se manifesta por um
À medida que a criança entra em interação com o ambiente, atos refle-
certo estilo de vida sobre o qual os indivíduos limitam suas variantes singu-
xos e processos primários passam a ser insuficientes para reduzir a tensão
lares. Esta configuração é formada por um conjunto de traços. É a persona-
psicológica provocada por agentes internos e externos, e o ego se estrutura
lidade-base não porque constitua exatamente uma personalidade, mas por
para estabelecer contato com a realidade exterior. Por intermédio dos
ser a base da personalidade dos membros do grupo, a matriz sobre a qual
processos secundários, encontra então na realidade os objetos adequados
os traços de caráter se fixam e se desenvolvem. ©Encyclopaedia Britannica
à reestruturação do equilíbrio desestabilizado por tensões psíquicas. O
do Brasil Publicações Ltda.
prosseguimento das interações com o meio conduz à formação do supere-
go, ou seja, a internalização do julgamento moral, em que atuam o eu-ideal
e a consciência. O eu-ideal se manifesta por meio de injunções a respeito Uma Nova Imagem para o Servidor Público
de como a pessoa deve agir em relação a suas aspirações e a consciência Durante as últimas décadas, o Servidor Público foi alvo, por parte da
estabelece o que ela não pode fazer. mídia, de um processo deliberado de formação de uma caricatura, que
transformou sua imagem no estereótipo do cidadão que trabalha pouco,
Personalidade básica. O conceito de personalidade básica surgiu da ganha muito, não pode ser demitido e é invariavelmente malandro e corrup-
colaboração entre o antropólogo Ralph Linton e o psicanalista Abraham to. Com raríssimas exceções, presentes aliás em qualquer profissão ou
Kardiner. Com base em trabalhos de Linton sobre populações de Madagas- ramo social, sabemos que tal imagem é falsa e ardilosamente mentirosa.
car e das ilhas Marquesas, Kardiner realizou análises para verificar a exis-
tência de correlações entre as instituições da cultura e a personalidade. Sabemos também que é difícil contrapor, mesmo com argumentos ver-
Desses primeiros estudos, base de trabalhos posteriores sobre cultura e dadeiros e inteligentes, a tantos anos de bem feita propaganda negativa
personalidade, surgiu o conceito (mais produto de reflexão teórica que de pela mídia. Essa verdadeira lavagem cerebral é levada a cabo a mando de
trabalho de campo) de personalidade-base, ou personalidade básica, para segmentos sociais privilegiados, que sentem-se prejudicados em não poder
definir condutas e atitudes comuns à maioria dos integrantes de um grupo. exercer plenamente os desmandos do capital e do poder. O bloqueio das
ingerências dessa classe dominante dá-se, visivelmente, por conta do
Só após as primeiras ideias formuladas por Kardiner é que se fizeram heroísmo das diversas instituições do poder público e seus servidores, as
experiências de campo, na década de 1940. Kardiner compreendia a exis- quais somente conduzidas e representadas por servidores públicos está-
tência de certos padrões fixos de pensamento e ação, aceitos em geral por veis, capacitados e bem remunerados, podem refutar os ataques subversi-
um grupo de indivíduos e que podem causar distúrbios a estes, quando vos da alternância do poder e do crescimento e concentração do capital.
violados. As instituições primárias são formadas por certos desejos do Assim urge necessária uma nova estratégia, permanente e progressiva,
indivíduo, independentemente de seu controle (como apetite, sensualidade de esclarecimento da sociedade civil, a fim de desmistificar a função públi-
Trazendo o conceito acima para o serviço público, o Administrador da Por outro lado, o Administrador Público inovador, diante de situações
Coisa Pública, como dirigente e fiscalizador de um órgão estatal, se depara dessa natureza, para a qual não concorreu e sequer deu causa, tem a
com graves situações concretas com resultados nefastos e jamais preten- oportunidade de, também com supedâneo aos princípios informadores do
didos pelo Estado. Estado de Direito, fazer uso de sua imaginação, criando ou buscando
alternativas permitidas, para sobrepor àquelas carências provocadas pelo
O absenteísmo tem se tornado problema crucial tanto para as organi- absenteísmo e, consequentemente, minimizando o estado de ira e revolta
zações particulares como para as estatais e, respectivamente, aos seus no ambiente de trabalho, promovendo cursos de capacitação, prêmios de
administradores, os quais percebem a repercussão no quantitativo de incentivo e de valorização profissional, procurando recursos para moderni-
recursos humanos e, por via de conseqüência, o reflexo na qualidade do zar o labor e, assim, ofertando melhores meios ao desenvolvimento de
serviço prestado. Suas causas estão ligadas a múltiplos fatores, tornando-o qualquer atividade a que está incumbido o Estado.
complexo e de difícil gerenciamento, pois, inúmeras situações pessoais do
servidor podem desencadear no seu surgimento, como exemplo problemas FORMAÇÃO E DESENVOLVIMENTO DA OPINIÃO PÚBLICA
de ordem pessoal, biológica, ambiental, social, familiar, financeira, funcio-
Sidineia Gomes Freitas
nal, etc.
INTRODUÇÃO
Segundo Gaidzinski, que desenvolveu um estudo para dimensionar o
quadro de pessoal para os serviços, classificou as ausências em previstas Falar de opinião pública é assunto apaixonante e controverso. Isto pos-
e não previstas. Constituem a primeira classe aquelas permitidas e de to, fica ainda mais difícil darmos um passo além e analisarmos o tema:
direito ao servidor, podendo ser planejadas com antecedência como férias, Formação e desenvolvimento da opinião pública.
folgas e feriados. As ausências não previstas são as que efetivamente
caracterizam o absenteísmo, pelo seu caráter imprevisível, como faltas Pela profundidade do assunto, temos consciência de que não o esgota-
abonadas e injustificadas, licenças médicas, acidente de trabalho, licenças remos, mas sim indicaremos alguns parâmetros para a sua discussão.
maternidade e paternidade, período de nojo, de gala, de cursos de especia-
lização e outras situações que impedirão o servidor ao trabalho. Em quais- CONCEITO DE OPINIÃO PÚBLICA
quer, das hipóteses, este fenômeno ocasiona não só custos diretos, mas Na verdade, o conceito de opinião pública vem se transformando atra-
também indiretos, representados pela diminuição da produtividade porque vés dos tempos. No século XIX ocorreu a primeira revolução industrial,
haverá menos servidores em ação, com redução da qualidade do serviço surgiu a imprensa e as reivindicações deixaram de representar apenas os
uma vez que um outro funcionário em atividade executará também o servi- interesses de um grupo dominante, abrangendo caráter não só político,
ço do ausente, ocasionando, certamente, a diminuição da eficiência e mas também social e econômico.
eficácia nos resultados esperados.
Ora, todos nós sabemos que o indivíduo, o ser humano, é um ser soci- A classe social também interfere na formação da opinião. “Marx afirma
al e não vive sozinho. No mínimo pertencerá ao grupo primário “família”. Na que toda a opinião é opinião de classe, uma opinião determinada pelo
verdade, ainda não se sabe qual é a real natureza do termo opinião pública, grupo social em que se vive”, nos lembra a professora Sarah C. da Via.
mas analisando o que dizem os especialistas podemos encontrar pontos de
destaque sobre o assunto. Vejamos: Os Fatores Psicológicos e a Persuasão
• a opinião pública está diretamente relacionada a um fenômeno so- Os fatores psicológicos são os que melhor explicam a formação da o-
cial que poderá ou não ter caráter político; pinião pública, pois opinião relaciona-se com o conjunto de crença e ideolo-
• é um pouco mais que a simples soma das opiniões; gia de um indivíduo que tem disposição para expressar-se (caso não se
• é influenciada pelo sistema social de um país, de uma comunida- expresse trata-se de uma atitude latente) e “a opinião seria um dos modos
de; de expressão dessa disposição, surgindo a propósito de um acontecimento
• é influenciada pelos veículos de comunicação massiva; determinado. Sendo essencialmente expressão, a opinião é de natureza
• poderá ou não ter origem na opinião resultante da formação do pú- comunicativa e interpessoal. Serve de mediadora entre o mundo exterior e
blico; a pessoa sob dois aspectos: 1) adaptação à realidade e ao grupo; 2) exteri-
• não deve ser confundida com a vontade popular, pois esta se rela- orização”, nos lembra a professora Sarah C. da Viá.
ciona aos sentimentos individuais mais profundos;
• depende e resulta de uma elaboração maior; Ocorre que a adaptação à realidade e ao grupo, bem como a exteriori-
• não é estática, é dinâmica. zação, envolvem a identificação, a projeção e a rejeição que verificamos no
relacionamento social, e não é difícil observarmos isto nas representações
coletivas, pois todos desejam a aprovação social. “As opiniões considera-
Convém aqui destacar que a opinião de um grupo não é a opinião do
das pelo indivíduo com a maior cautela; inversamente, se alguém tiver
público, e a melhor forma de esclarecermos o assunto ainda é o exemplo.
necessidade de agressão e de autonomia, expressá-la-ás sem restrições”,
Assim, sabemos que no grupo primário “família”, a hierarquia, bem como a
analisa a professora Sarah C. da Viá.
comunicação face a face, interfere na discussão que é mais do tipo demo-
crático direto, onde geralmente a opinião preponderante é a do líder do
grupo (o chefe da família, por exemplo). Ainda considerando a identificação, a projeção e a rejeição iremos en-
contrar os estereótipos criados nas sociedades de massa onde os fatores
afetivos e irracionais funcionam com maior intensidade.
No grupo primário “família”, os problemas são mais concretos, mas nas
sociedades mais complexas, os grupos secundários (escola, igreja) carac-
terizam-se por apresentarem indivíduos com multiplicidade de tarefas e de Os estereótipos apresentam algumas características que auxiliam so-
atividades, e os problemas tornam-se mais abstratos, bem como as rela- bremaneira a formação e desenvolvimento da opinião pública. Vejamos:
ções também se tornam mais abstratas e surge a controvérsia que, a meu • o estereótipo é persistente, pode permanecer por gerações;
ver, é a origem da formação do público. • é elaborado por um grupo para definir-se ou definir outro grupo;
• apresenta ma imagem idealizada do próprio grupo;
A essa altura, surge o indivíduo no público que, segundo o Prof. Dr. • apresenta a esquematização, onde as qualidades de um objeto
Cândido Teobaldo de Souza Andrade: são reduzidas a uma só;
• não perde a faculdade de crítica e autocontrole; • engloba todos em único conceito;
• está disposto a intensificar sua habilidade de crítica e de discussão • tem função compensatória de frustrações, assim, o outro grupo
frente a controvérsia; passa a ser responsabilizado pelas frustrações.
• age racionalmente através de sua opinião, mas está disposto a fa- Os estereótipos são, de fato, fantasias, mas fantasias que determinam
zer concessões e compartilhar de experiência alheia. atitudes que podem levar à ação. Pessoas, frases, modelos podem trans-
formar-se em estereótipos.
A ideia de que a capacidade de liderança pode ser ensinada, está su- 2- Reações dos subordinadas
jeita a polêmicas e controvérsias. Capacidades sumamente talentosas de I. Há formação de amizade e relacionamentos cordiais entre os
liderança estão em evidência em toda parte, seja em grupos formais ou membros do grupo;
informais, desde jardins da infância até universidades, de instituições II. Líder e subordinados passam a desenvolver comunicações espon-
sociais até o submundo e os lideres espontâneos parecem mais bem tâneas, francas e cordiais;
sucedidos do que aqueles que se submetem ao estudo e ao treinamento III. O trabalho tem um ritmo suave e seguro, sem alterações, mesmo
formal de liderança quando o líder se ausenta;
IV. Há um nítido sentimento de responsabilidade e comprometimento
ESTILOS DE LIDERANÇA pessoal.
Do mesmo modo, o exercício da profissão de Administrador é privativo Ter capacidade de analisar e sintetizar em proporções superiores ao
dos bacharéis em Administração Pública ou de Empresas, diplomados no que normalmente se exige da média dos administradores.
Brasil, em cursos regulares de ensino superior, oficial, oficializado ou reco- Ser criativo, hábil e autoconfiante.
nhecido, cujo currículo seja fixado pelo Conselho Federal de Educação nos Possuir facilidade de relacionamento humano
termos da Lei n°9 4.024, de 20 de dezembro de 1961. Saber ouvir, observar, argumentar e influenciar terceiros.
ACEITAÇÃO DA ATIVIDADE DE O & M MANUAIS
A aceitação da atividade está diretamente relacionada à tradição que IMPORTÂNCIA E FINALIDADE
os profissionais de nível superior militantes nessa área possuem. Esta Nos dias atuais, as empresas necessitam, para o perfeito desempenho
pouca tradição é decorrente de uma série de fatores que vinculam Organi- de suas múltiplas atividades, de um sem-número de informações, cujo valor
zação e Métodos a todo e qualquer trabalho, pois em qualquer campo do está diretamente relacionado com os veículos que as transmitem. Assim,
conhecimento sempre haverá uma maneira de criar métodos e organizar o informações corretas prestadas de um modo ineficiente terão o mesmo
trabalho, isto porque até pouco tempo os problemas afetos aos profissio- valor funesto que informações incorretas prestadas eficientemente. Desse
nais de O & M eram resolvidos, empiricamente, por quaisquer outros profis- modo, nas empresas de hoje, onde a velocidade da informação é fator de
sionais (não formados em administração e nem especializados nessa área). sucesso para a tomada de decisões, essas informações são adquiridas,
transmitidas e preservadas através de documentos previamente estudados
Outro fato que contribuiu sobremodo para os problemas ligados à acei- e perfeitamente identificados com os fins para os quais se destinam. Esses
tação dessa atividade foi a insuficiência quantitativa e qualitativa de técni- documentos são, genericamente, denominados “Manuais”, e neste capítulo
cos, isto tudo sem falar na mentalidade ultrapassada do empresário brasi- abordaremos o quão são importantes e necessários.
leiro e de outros elementos de posicionamento hierárquico superior dentro Embora considerado por muitos como um “aglomerado de papéis inú-
das instituições. teis, que não servem para nada, a não ser para enfeitar prateleiras e estan-
O COMPORTAMENTO DO PROFISSIONAL DE O & M tes”, nas empresas de grande porte, o emprego de manuais é quase que
O comportamento do profissional de O & M, quer trabalhando individu- obrigatório, face à multiplicidade de seus controles e abrangência de seus
almente quer em grupo, para conseguir atingir os objetivos básicos de sua sistemas operacionais. Já em empresas de médio e pequeno porte, seus
atividade, deve considerar, entre outras, as seguinte; recomendações: dirigentes podem colocar dúvida quanto à validade da confecção e utiliza-
ção de manuais, pelo simples fato de desconhecerem quais os tipos mais
A exemplo do que foi comentado no capítulo anterior, os formulários No que tange às áreas de aplicação dos Manuais, sabemos que são
são normalmente elaborados em tamanhos padronizados, muitos deles no vastíssimas, em face da diversidade de assuntos que podem exigir a elabo-
tamanho A4 (ou para ele reduzidos) em função do dimensionamento das ração destes. Assim, de modo geral, podemos dizer que as áreas nas quais
pastas nas quais ficarão arquivados. suas aplicações mais se evidenciam são:
a) Pesquisa e Desenvolvimento, Planejamento de Produtos, Ven-
Valendo-nos ainda do que diz Rudolf Popper a descrição de um formu- das e Serviços, Propaganda, nos quais se enquadram os Manuais de
lário abrange os seguintes tópicos: Organização, Políticas e Diretrizes.
a) Finalidade — deverá ser descrito qual o intuito que se pretende b) Engenharia Técnica e Industrial, Compras, Controle de Qualida-
alcançar com o emprego do formulário. de, Planejamento e Programação, utilizando-se para tal os Manuais de Pro-
b) Apresentação — descrever a forma de acondicionamento do cedimentos e de Padrões.
formulário, discriminando eventual numeração da tipografia que o imprimiu,
assim como o número de jogos por talão. INSTRUÇÕES PARA ELABORAÇÃO DE UM MANUAL DE ORGANIZA-
c) Frequência — indicar qual a frequência da emissão (mensal, bi- ÇÃO — EXEMPLO PRÁTICO
mensal) do formulário. Imaginemos, a título de exemplo, que uma empresa, em fase de ex-
d) Emitente — indicar quem emite o formulário. pansão e consequente reorganização, tenha resolvido, por meio de seu
e) Preenchimento — relacionar todos os tens que deverão ser pre- órgão de Organização e Métodos, elaborar um novo Manual de Organiza-
enchidos, assim como sua respectiva descrição. ção e, para tal, submete à Diretoria Executiva as instruções abaixo descri-
f) Número e distribuição de vias — descrever isoladamente o fluxo tas.
de cada via, para que órgão ela se destina, qual sua utilização nos órgãos “Instruções para elaboração do Manual de Organização da Empresa
pelo qual ela tramite etc. Deita de Incorporações & Cia. Ltda.”
g) Prazo de arquivamento — tem como objetivo máximo forçar os 1. Finalidade
responsáveis a analisar a questão e fornecer os prazos de arquivamento As presentes instruções têm como finalidade estabelecer normas para
dos documentos da empresa. a elaboração do Manual de Organização, assim como definir as atribuições
h) Substituição — deve indicar se o formulário é novo ou se substi- dos órgãos componentes da estrutura organizacional.
tui outro, e, no caso, indicar qual.
i) Entrada em vigor — especificar quando entra em vigor. 2. Elaboração
j) Cópia do formulário — como nem sempre o formulário original O Manual de Organização discriminará todos os elementos da estrutura
apresenta dimensões adequadas para sua inclusão no Manual, utiliza-se organizacional da Empresa DeIta de Incorporações & Cia. Ltda, suas
reduzi-lo às dimensões da folha-padrão do Manual (normalmente tamanho atribuições, deveres de seus funcionários, e tudo o mais que possa condi-
A-4). cionar o bom funcionamento da mesma.
k) Fluxograma — como para reforçar o descrito no “item f”, pode A estrutura organizacional da empresa deve ser planejada e ativada de
eventualmente ser apresentado um fluxograma simples, demonstrando modo a se obter o máximo de sua atividade-fim. Para tal, deverão ser
apenas os órgãos atingidos pelo formulário; empregadas as técnicas de racionalização, métodos de administração,
Manual de padrões assim como o pleno emprego dos recursos disponíveis, humano e material,
Determina quais são as especificações predeterminadas e que dizem objetivando atingir a menor relação custo/benefício.
respeito aos diferentes tipos de padrões para as funções tais como: Com-
pras, Controle de Qualidade, Planejamento de Produtos etc. Este tipo de a) O manual deverá compor-se, basicamente, das seguintes eta-
Manual torna possível a uniformidade e a consistência no tratamento, na pas:
aplicação e utilização de pontos específicos de uma empresa, com o objeti- — Parte descritiva
vo de reduzir os custos e ao aperfeiçoamento contínuo dos planos gerais, Dividida em capítulos onde serão discriminadas as diversas partes
produtos e serviços. componentes da estrutura organizacional da empresa (Chefia Superior,
DISTRIBUIÇÃO DOS MANUAIS Órgão de Assessoramento, Departamentos, Divisões e Setores), as respec-
Item extremamente importante para qualquer empresa que adote o tivas atribuições, os deveres funcionais de seus empregados, assim como
emprego de Manuais é a distribuição dos mesmos. as eventuais substituições nas funções de chefia e de assessoramento.
b) Organograma hierárquico
Assim, determinados tópicos devem ser considerados ao se proceder à Representação gráfica da estrutura formal da empresa, indicando
distribuição dos mesmos e, entre eles, destacamos: seus elementos componentes, utilizando as linhas contínuas para represen-
a) Os Manuais só deverão ser entregues àqueles que realmente os u- tar a hierarquia e consequente subordinação e linhas interrompidas para
tilizarão. b) Todos os Manuais deverão ser numerados, com o objetivo de demonstrar as demais relações de trabalho que porventura sejam necessá-
serem controlados. rias. De preferência, os organogramas setoriais devem ser traçados em
b) Deverá existir uma relação dos funcionários que recebem os Ma- papel tamanho padrão A4.
nuais, para: c) Lotação de pessoal
• poder enviar documentos e folhas revisadas; Contendo a quantidade e qualidade de pessoal necessário dentro
• poder controlar a devolução, quando empregados forem transferi- das diversas categorias funcionais existentes, julgado indispensável ao
dos ou demitidos. pleno funcionamento da empresa, em condições normais de desempenho.
c) Quando alguém for promovido ou transferido para cargo ou órgão 3. Disposições finais
que utilize Manuais, será conveniente possuir uma relação do(s) mesmo(s), Desde que qualquer órgão, independente de seu posicionamento hie-
para posterior remessa, mantendo, dessa forma, atualizada a lista dos rárquico, sinta condições de fornecer subsídios para complementar e/ou
funcionários que os recebem. atualizar à Manual de Organização, deverá submetê-los à chefia imediata-
mente superior e assim, sucessivamente, até a chefia máxima.
ATUALIZAÇÃO E ÁREAS DE APLICAÇÃO DOS MANUAIS
O maior problema que qualquer empresa enfrenta com relação a seus Uma vez aprovadas as sugestões, estas entrarão em vigor por meio de
Manuais é não deixar que se desatualizem, pois, se tal fato acontecer, Ordem de Serviço, passando então a fazer parte do mesmo.
estes poderão ficar totalmente desacreditados. Assim, qualquer modifica-
ção que surja deverá ser traduzida em textos novos ou revisados, proces- Estudo e Análise do Trabalho
Fluxograma
Representação gráfica da definição, análise e solução de um problema,
por meio de símbolos geométricos e notações simbólicas. Usado em áreas
diversas, como administração de empresas e informática.
Organograma Linear
No organograma linear (linear chart), as relações entre uma ativida-
de/decisão e uma área/função/cargo estão muito explícitas.
Sua utilidade como ferramenta de planejamento num projeto é determi-
nar a participação e a responsabilidade dos principais envolvidos em cada
atividade.
O organograma linear é representado graficamente por uma matriz que
relaciona as atividades/decisões mais significativas do projeto(formadas
pelas linhas da matriz) e os principais cargos /áreas/funções envolvidas (as
colunas). É muito indicado no caso de necessidade de detalhar a respon-
sabilidade de cada participante.
Segundo Michael Williams (1972:83), "a experiência parece demonstrar Quando há timidez, em geral, ocorre medo de não sermos aceitos, te-
que as pessoas mais agressivas e rebeldes são aquelas que ainda não memos que o trabalho realizado seja rejeitado, tememos por nossa capaci-
obtiveram êxito na realização de sua ambições e são, por essa razão, como dade de executar determinado trabalho com eficiência. Não é com retração
personalidade, grandemente irrealizadas. (...) Uma pessoa que é tida como de comportamento nem com fugas que alguém consegue vencer obstácu-
frustrada em suas tentativas de atingir o ideal de seu ego é geralmente los.
mais 'esquisita', mais 'do contra' ou mais beligerante".
É preciso aceitar erros e falhas para superar entraves e aprender a
A seguir, são apresentados alguns dos mecanismos de defesa. executar determinadas tarefas.
1. Regressão: mecanismo de defesa em que a pessoa se vale da
volta aos primeiros estágios de seu desenvolvimento para reduzir a ansie- O diálogo ajuda a superar a timidez e a encontrar o caminho da
dade decorrente de alguma frustração. "O que precisamos lembrar é que eficiência e do bem-estar.
nossos poderes de rememorar são seletivos e que eliminamos os espinhos
que tornaram a vida muito menos cor-de-rosa do que lembramos em nosso NOÇÕES DE RELAÇÕES HUMANAS
retrospecto" (Williams, 1972:84). 1 - Introdução
Vivemos num tempo em que o avanço dos transportes, da urbaniza-
2. Repressão ou recalque: consiste na tendência inconsciente de ção, da comunicação de massa, da tecnologia e da informática coloca o ser
esquecer, de afastar ou de evitar que impulsos, desejos e lembranças humano em maior contato com o mundo, com a sua própria nação e consi-
desagradáveis se tornem conscientes. Ocorre como consequência de go mesmo.
algum conflito e tem por finalidade evitar o aumento da ansiedade e prote- No entanto, toda essa evolução dificulta, de certa forma, o envolvimen-
ger a auto-imagem. to entre os seres humanos, pois a atenção do homem está voltada para a
tecnologia, muito mais do que para as relações humanas. Este distancia-
Segundo esse mecanismo de defesa, proibimo-nos comportamentos mento do homem para com o próprio homem gera insatisfações, angustias,
que ameaçam nossos valores. Selecionamos valores para classificar as vazios e ansiedade nos indivíduos.
coisas e não termos de enfrentar o desconforto de tomar decisões objetivas Podemos ver um lado positivo em nossa época, que é a tendência de,
em uma situação difícil. ao nos isolarmos, sermos levados a tomar consciência de nós mesmos.
Quanto maior a nossa disponibilidade em relação a nós mesmos, maior
Em geral, essa defesa aparece em colocações de secretárias abertura teremos para com os outros e cada vez mais o nosso ser pessoal
inexperientes: se tornará social. Isto porque já não teremos receio dos outros e/ou do
- Eu não quero saber de nada a respeito disso. ambiente, pois o ser pessoal aprendeu a lidar consigo mesmo.
Durante toda a vida, somos afetados por nossa habilidade de nos rela-
3. Sublimação: a pessoa desvia certos impulsos para atividades cionarmos com outras pessoas, quer com indivíduos, quer com grupos. É
socialmente mais aceitáveis. uma das habilidades mais importantes que o ser humano pode desenvolver
é a comunicação interpessoal.
4. Idealização: processo mental de supervalorização das qualidades Podemos ajudar o indivíduo a abrir-se para uma experiência total de si
de um objeto pretendido ou possuído, sem que haja mudanças das proprie- mesmo, para um relacionamento humano eficaz e para ser um comunica-
dades desse ser idealizado. dor mais eficiente, oferecendo-lhe a oportunidade de estabelecer bons
relacionamentos dentro do grupo ao qual pertence, seja este profissional,
5. Conversão: é um tipo de reação em que a ansiedade se converte familiar, social, religioso, político, etc. Em tal grupo, o indivíduo deve ser
em sintomas palpáveis, como paralisia dos lábios e até perda da visão. respeitado como uma pessoa específica, com suas inibições, frustrações,
Exemplo: a secretária tem de apresentar um relatório qualquer. Diante do
Contudo, a operacionalização da gestão de documentos, isto é, a or- O acervo de valor histórico, a ser guardado no arquivo permanente,
ganização interna do trabalho, conta muito nos resultados obtidos. Por trás também é fruto das elaborações técnicas da gestão de documentos. Como
das metodologias escolhidas e das normas implantadas deve existir um vimos acima, o historiador deve fazer parte de uma equipe de gestão,
conjunto de pessoas com competências e habilidades variadas, pensando e sobretudo nas instituições públicas. Sua função é garantir que documentos
atuando juntas para que o fluxo e a tramitação dos documentos, os assun- de valor histórico, alguns imbuídos deste valor já na sua produção, outros
tos selecionados, os prazos definidos, os cuidados de conservação estabe- que o adquirem ao longo de sua existência, após cumprirem os prazos de
lecidos e o arquivamento final espelhem a realidade institucional ou contri- guarda no arquivo corrente e/ou intermediário, sejam recolhidos ao arquivo
buam para a sua interpretação. permanente, permitindo ao arquivo o cumprimento de sua função de pre-
4.1 Equipe de trabalho servação da memória documental da instituição à qual pertence. Nesta
A gestão de documentos deve ser realizada não apenas por um grupo tarefa o relacionamento com o responsável pelo arquivo permanente que,
de trabalho, mas por uma equipe integrada nos seus objetivos com cada no Brasil, em geral é um historiador deve ser constante, pois este suposta-
componente compreendendo claramente o seu papel e a contribuição mente tem a experiência das demandas atuais no campo da pesquisa
profissional que os outros esperam dele. Ou seja, uma equipe em que o histórico-social e, especificamente, dos documentos ou assuntos pesquisa-
todo é maior que a soma das partes. Se não partirmos deste pressuposto dos no acervo sob seus cuidados. Faz-se necessário também uma constan-
qualquer resultado em gestão de documentos estará, com certeza, aquém te atualização destes profissionais para que o avanço dos métodos e o
do desejável. surgimento de novos objetos do conhecimento histórico sejam incorporados
nos pressupostos de seu trabalho.
É importante observar que embora em cada momento prevaleçam as-
pectos técnicos relativos a uma ou outra área do conhecimento, todos os A gestão de documentos ainda se relaciona internamente com a área
profissionais envolvidos devem participar das discussões e definições para de conservação, pois muitas das definições da gestão são o ponto de
todas as fases de vida do documento. Por exemplo, quando se trata da partida para o desenvolvimento do trabalho de conservação, que irá hierar-
produção, tramitação e uso corrente dos documentos, podemos supor que quizar suas prioridades de acordo com o suporte da informação, o seu
é maior a influência do administrador, que identifica competências, subordi- volume físico e o tempo de guarda dos documentos. Portanto, as estraté-
nações e os fluxos de trabalho; e do técnico de informática, que propõe gias da conservação se dão a partir e em conjunto com o trabalho da
alternativas eletrônicas para a produção de formulários e fluxogramas. gestão.
Mas, neste momento, é importante também a presença do documenta- Além das unidades internas ao arquivo com as quais se relaciona, uma
lista, o qual detendo noções de diplomática pode sugerir a forma e a estru- equipe de gestão de documentos interage constantemente com os diversos
tura dos documentos. Um advogado oferece significativa contribuição para setores produtores/acumuladores de documentos. A qualidade desta rela-
que as normativas legais e processuais sejam atendidas. O historiador, que ção com a estrutura da empresa é essencial para o bom desempenho da
também integra a equipe de gestão de documentos, participa destas defini- gestão. Ela inicia-se com a sensibilização dos dirigentes para os benefícios
ções, pois orienta quanto ao valor histórico das informações registradas, da gestão — agilidade na recuperação das informações, racionalização da
valor este nem sempre considerado na análise de profissionais de outras massa documental, economia de espaços físicos destinados à guarda de
áreas. documentos e redução dos custos operacionais —, demonstrando os
ganhos financeiros, funcionais, ambientais e na melhoria da imagem institu-
O conservador, cuja formação está voltada para a preservação física cional.
dos suportes da informação, propõe os cuidados necessários desde o
momento da produção do documento, tendo em vista a necessidade da sua Uma vez implementada a gestão de documentos, a estratégia a ser
preservação ao longo do tempo. E o arquivista já pode elaborar métodos de seguida é a disseminação dos seus objetivos para os diferentes níveis
Muitas iniciativas nesse sentido foram empreendidas, por exemplo, as Os problemas associados à imagem fixa e em movimento são ainda
Regras para a Descrição dos Documentos de Arquivos (RDDA, no Cana- mais importantes. A questão mais notável associada a esse gênero de
dá), a Encoded Archival Description (EAD, nos Estados Unidos), a Standart documentos é a dimensão dos fichários quando esses documentos são
Generalized Markup Language (SGML, norma ISO 8879), e a Duplin Core, informatizados. Para a imagem fixa, não há mais problema com as simples
a Wrawick Framework e seus sucessores (15 elementos de base para a imagens em preto e branco, mas cada pixel que compõe a imagem tem
comunicação de documentos em rede). Resta ainda muito trabalho a fazer, necessidade de muito mais profundidade para exprimir as cores, e assim
especialmente o aperfeiçoamento das normas e sua implantação universal mais memória informática. Para uma imagem em torno de 20 cm por 25 cm,
de forma independente dos sistemas operacionais e do material informáti- é preciso mais ou menos 1Mo de memória. Para a imagem em movimento,
co. O que nos permite ser otimistas é que, a longo prazo, seremos os sem compressão, necessita-se 40 Mo/imagens. A taxa de affichage do filme
conservadores de documentos altamente estruturados e onde as informa- é de 24 imagens/segundo, e do vídeo, 30 imagens/segundo. O custo em
ções concernentes à estrutura e à organização desses documentos "via- memória para estocar um filme de 90 minutos é então de 960 Mo por
jem" através das redes com os documentos como parte integrante de tudo segundo de filme, e então de 59,6 Go por minuto e de 3,5 To/hora, ou seja,
isso, não importando onde estão os diversos destinatários eletrônicos pelo aproximadamente 5 To por 90 minutos de filme.
mundo afora. Com a sistematização das práticas, passa-se de um mundo
tecnológico caótico a um mundo ordenado. A título de exemplo do que estes algarismos representam em um caso
concreto, pode-se notar que o sistema “Cineon de Kodak”, um dos poucos
Para chegar a um mundo no qual toda a informação está em formato sistemas disponíveis para a numeração da imagem em movimento, neces-
eletrônico e acessível a quem possua um computador e uma ligação com sitaria de 33 grossos cassetes para estocar este filme, ao custo de 13.000 $
as redes, precisaria considerar a conversão maciça dos fichários já existen- US pela fita magnética somente! Além disto, o sistema necessitaria de 110
tes, senão não se poderia consultar as informações mais recentes. Como horas para converter a imagem em movimento do formato analógico ao
assinalava Clifford Lynch, este importante observador das atividades das formato numérico. Isto se traduz por mais de uma hora de tratamento por
grandes redes, se se confia nas informações disponíveis em linha, teremos minuto de filme. Não falamos ainda de custos de tratamento. E com tudo
a impressão de que a história da raça humana sobre a terra começou em isso, seria necessário transplantar cassetes em dez ou vinte anos para
1970. Que fazer então com as informações acumuladas em nossos depósi- evitar a perda de todo esse trabalho!
tos depois de séculos?
Como os suportes numéricos não são confiáveis para a conservação a
longo prazo, enaltece-se às vezes a impressão sobre papéis do código
É preciso demonstrar se a conversão dos fichários existentes é desejá-
informático codificado em algarismos 1 e 0, em razão das propriedades de
vel, se ela é necessária, se ela é possível. No momento, entretanto, há
conservação a longo praz do papel. Mais tarde um sistema operacional de
obstáculos importantes, especialmente as infra-estruturas atuais, o estado
reconhecimento ótico de caracteres lerá o código para reconstituir o fichário
das tecnologias e os custos necessários. Tomemos por exemplo o estado
informático. Para a imagem em movimento, esta prática não será nada
dos numériseurs e os sistemas operacionais de reconhecimento ótico de
prática, pois um cálculo rápido nos dá os algarismos seguintes, baseados
caracteres (ROC). O alvo desses últimos é permitir a conversão de docu-
sobre um sistema que permite a resolução comandada de 320 milhões de
mentos impressos sobre papel e fichários tratáveis por computador e isso a
pixels por imagem: a 24 imagens/segundo, serão necessários aproximada-
custo abordável. Mas os melhores sistemas operacionais atuais não fazem
mente 8 bilhões de pixels/segundo de filme 35mm. No ritmo de 6000
prova de uma taxa de resultados além de 97% ou 98% (Linke 1997, 70).
bits/página (quando se datilografa com entrelinha simples, calcula-se 3000),
Em princípio, isso pode parecer muito elevado, mas quando se considera
contaremos 5600 páginas (uma pilha de aproximadamente 5m) por cada
que aquilo se traduz por cerca de trinta erros por folha A4 datilografada em
segundo de filme, e portanto 180 m3 por minuto de filme, vale dizer, 16 km
espaço duplo, compreende-se facilmente que a intervenção humana é
de espaço para estocar nosso filme de 90 minutos! Decididamente, não se
necessária para efetuar a correção de cada página antes que a possamos
poderá considerar a numeração das coleções de imagem em movimento
considerar como consultável.
antes de encontrar maneiras mais econômicas de estocar os fichários
assim criados.
Por outro lado, seria necessário prever muitas vezes não apenas a
conversão de textos em octetos, mas também uma restruturação dos Considerando a preservação e a conservação dos arquivos eletrônicos,
dados. Por exemplo, um fichário de informação estocado sobre fichas de podemos nos voltar um pouco para as conclusões do grupo de trabalho
cartão tomará sem dúvida a forma de uma base de dados. É preciso não sobre a preservação dos arquivos numéricos (Preserving digital information
somente prever os campos evidentes nas estruturas, mas também de 1996, 37). Este grupo de trabalho conclui que a responsabilidade primeira
outros para acomodar a informação analógica e aquela que pode ser a- para a informação numérica permanece com os criadores, os fornecedores
crescentada à mão sobre as fichas, senão há perda de informações. e, eventualmente, os proprietários. Além disso, o grupo enaltece a criação
de uma infra-estrutura muito profunda (deep infrastructure) capaz de supor-
Consideremos igualmente o caso da dimensão dos fichários de ima- tar um sistema distribuído de dados. Na disposição de uma tal estrutura,
gens de páginas, fichários onde o texto não é tratável por computadores, criar-se-á um processo de certificação de organizações capazes de estocar,
mas que se pode ler sobre uma tela. A uma resolução de 400 pontos por de migrar e abastecer o acesso às coleções numéricas. Estas organizações
polegada (ppp), se conta em torno de 85Ko/página. Porém, quando melho- certificadas teriam o direito legal de intervir pela salvaguarda de documen-
ra-se a resolução para 600 ppp, ele nos custa em espaço de estocagem tos depositados alhures, em caso de perigo de destruição, seja por uma
cerca de 500 Ko/página. Para atender a resolução do microfilme, precisaria ameaça física à integridade dos documentos, seja por uma mudança de
escanear a 1000 ppp. A título de exemplo desse problema à escala de um políticas de conservação em outro lugar, devido à privatização de um
arquivo, nota-se que para contar o estado civil dos habitantes de Québec, arquivo, por exemplo.
Bem por isso, Edmir Netto Araújo afirma que José Cretella Júnior “não Como se verifica, conquanto não haja óbice científico ao uso do termo
atribui maior importância à distinção entre ‘processo’ e ‘procedimento’”, e, “processo administrativo”, mais difundido está o uso do termo “procedimen-
após examinar o tema, deu a sua posição no sentido de que, no “campo to administrativo”, como gênero do qual, em matéria disciplinar, há espécies
específico do ilícito administrativo e seu processo, e em sentido estrito, como o “processo administrativo” para apuração das faltas disciplinares
preferimos denominar processo aquele procedimento que prevê, em sua mais graves – no regime jurídico dos militares, tem o nome de “Conselho de
estrutura, o diálogo manifestado pelo contraditório, que é a bilateralidade de Justificação” (para oficiais) e “Conselho de Disciplina” (para praças) – e
audiência, ou a ciência bilateral dos atos do processo e a possibilidade de Inquéritos Administrativos, Sindicâncias, Averiguações, etc., para as faltas
impugná-los. Por sua vez, seriam procedimentos as formalizações de disciplinares menos graves.
passos escalados em seqüência lógica, em direção ao objetivo formal
(‘produto’ formal, ‘provimento’ formal) visado, sem a previsão do contraditó- Daí por que, sem maior preocupação de tecnicismo processual, usare-
rio na respectiva estrutura. Como se vê – concluiu Edmir Netto de Araújo –, mos os vocábulos “procedimento administrativo”, “procedimento administra-
esse sentido estrito de processo administrativo enquadra quase que so- tivo disciplinar” ou, simplesmente, “procedimento disciplinar”, lembrando,
mente o processo administrativo disciplinar (ou funcional), pelo qual são finalmente, que a Escola Paulista da Magistratura, órgão do Poder Judiciá-
apresentados os ilícitos administrativos de maior gravidade, constituindo rio do Estado de São Paulo, optou por “procedimento administrativo” no
simples procedimentos os demais meios de verificação”. curso de iniciação funcional dos novos juízes substitutos aprovados no 167º
Concurso de Ingresso à Magistratura do Estado de São Paulo.
Sistematizando, no Brasil, a temática em exame, ou seja, a controvér-
sia terminológica e substancial do “processo ou procedimento administrati- Mas, de qualquer modo, é necessário, novamente, invocar Odete Me-
vo”, Odete Medauar, em monografia específica sobre “A Processualidade dauar ao concluir sobre “A Processualidade no Direito Administrativo” que
no Direito Administrativo”6, após estudar os critérios da amplitude, da “O processo administrativo representa garantia de direitos ou direito instru-
complexidade, do interesse, do concreto e do abstrato, da lide, da contro- mental quanto ao indivíduo (...). Além do mais, associa-se à concepção de
O Egrégio Órgão Especial do Tribunal de Justiça de São Paulo, em 9 Não seria, assim, um mero despacho de expediente: “Solicitem-se in-
de outubro de 1991, sendo relator o eminente Desembargador Ney Almada, formações ao acusado”, como já se viu diante da representação. Necessá-
em julgamento de Mandado de Segurança nº 13.213-0/2, de São Paulo, rio era que ato formal determinasse a instauração do devido procedimento
decidiu que “A sindicância ou o processo disciplinar para a apuração de administrativo disciplinar, ou seja, do devido processo administrativo legal,
falta cometida pelo servidor público deve iniciar-se através de portaria de em face da representação.
autoridade administrativa, pois trata-se de formalidade obrigatória cuja
omissão importa nulidade dos atos praticados por afronta aos princípios do Oferecidas as informações do acusado, cumpria à autoridade compe-
contraditório e da ampla defesa” (Revista dos Tribunais, São Paulo, v. 674, tente decidir se instaurava ou não o devido e legal procedimento adminis-
p. 97-101). trativo disciplinar, delimitando em regular e formal portaria a acusação,
como ocorre, insisto, em qualquer procedimento disciplinar envolvendo
O venerando acórdão tem a sua ementa transcrita por Rui Stoco, servidores públicos civis.
quando cuida da Portaria – Formalidade obrigatória para início do procedi-
mento (op. cit., p. 159). Aliás, e a título de argumentação, quanto aos servidores públicos mili-
tares estaduais, após inúmeras anulações de sanções disciplinares por
Dele consta, também, voto vencedor do eminente Desembargador Al- parte do Egrégio Tribunal de Justiça, a Administração Policial Militar de São
ves Braga que, em excelente e fundamentado estudo envolvendo servidor Paulo orientou-se no sentido de que, quando a conduta faltosa não seja
cartorário extrajudicial – o mandado de segurança foi impetrado contra ato apontada em regular comunicação de superior hierárquico militar, há ne-
do Corregedor Geral da Justiça –, afirmou que “A sindicância, ou o proces- cessidade de ato formal para a instauração do devido procedimento admi-
so disciplinar, deve se iniciar com a portaria da autoridade administrativa, nistrativo disciplinar e isto após as informações escritas dos acusados, tudo
não suprindo sua falta a menção a representação escrita do terceiro que para compatibilizar os seus regulamentos disciplinares – há o dos policiais
pede providências e menos ainda o termo de declarações por ela presta- militares e o das policiais femininas – ao novo ordenamento jurídico consti-
das. A ausência dessa peça inicial, que dá existência legal à sindicância ou tucional de 1988, conforme orientação jurisprudencial do Tribunal de Justiça
processo disciplinar, não é mera irregularidade. Afronta o princípio do de São Paulo, do Superior Tribunal de Justiça e do Supremo Tribunal
devido processo legal e, conseqüentemente, implica em nulidade dos atos Federal.
praticados. O princípio se insere nas garantias constitucionais. Vale aqui a
advertência deste E. Plenário – continuou o eminente Desembargador Os procedimentos, aliás, estão disciplinados nas Instruções do Proces-
Alves Braga naquele seu voto vencedor – no MS 213.314, relatado pelo so Administrativo da Polícia Militar, ou seja, no I-16-PM da Corporação,
Des. Acácio Rebouças. Transcrevo as palavras de S. Exª.: ‘Deviam os aprovado por ato de 2 de dezembro de 1993 do Comandante-Geral, consi-
juízes ter excepcional cuidado quando se aventuram pelo Direito Adminis- derando-se pública a instauração de sindicância só “após publicação da
trativo, porque facilmente se convertem em contestador das garantias portaria em boletim ou afixação, por três dias consecutivos, no quadro
constitucionais e, se não for criticado e escandido, logo porá por terra todas principal de avisos da OPM” (Organização Policial Militar), nos termos do
as garantias democráticas’. seu art. 68, parágrafo 2º.Quanto ao processo disciplinar sumário, igualmen-
te, exige-se portaria (art. 139, parágrafos 1º e 2º), sendo que esse ato
Quando as garantias constitucionais entram em jogo – são discutidas e administrativo para os Conselhos de Disciplina, destinado às praças, por
minimizadas entre sorrisos céticos e novidades doutrinárias, – deviam os força de norma legal, tem o nome de Ofício de Convocação, enquanto que
juízes advertirem-se do perigo que representa o administrativista improvi- nos Conselhos de Justificação, destinado aos oficiais, a acusação é do
sado e sua ardorosa preocupação de dar sempre cobertura jurídica a todos Comandante Geral e deve ser formalizada em representação contra o
os atos da Administração”. oficial (art. 211, parágrafo 1º).
O moderno Direito Administrativo, com efeito, não mais se preocupa 3.2. Da competência no procedimento administrativo e a ampla defesa
em “dar sempre cobertura jurídica a todos os atos da Administração”, salvo A competência para a prática do ato punitivo deve resultar da lei, sendo
se o for por administrativista improvisado. Na sua excelente obra, O direito por ela delimitada. Já se disse que competente para a prática de um ato
administrativo em evolução, Odete Medauar conclui que o “Momento revela administrativo é quem a lei assim o indique e não aquele que se julgue
mudanças que vêm se realizando no Direito Administrativo no sentido de competente. Lembre-se que competência, como requisito de validade do
sua atualização e revitalização, para que entre em sintonia com o cenário ato administrativo, é o somatório de poderes atribuídos ao agente público
atual da sociedade e do Estado. para o regular desempenho de suas funções específicas. Em matéria
disciplinar, será sempre do órgão, singular ou coletivo, previsto em lei ou
Algumas tendências podem ser extraídas: regulamento disciplinar.
a) desvencilhamento de resquícios absolutistas, sobretudo no aspec-
to da vontade da autoridade impondo-se imponente; O órgão poderá ter mera ação disciplinar, como, por exemplo, as co-
b) absorção de valores e princípios do ordenamento consagrados na missões sindicantes ou processantes, os conselhos de disciplina, etc.
Constituição; Poderá, ainda, ter o verdadeiro poder sancionador, isto é, o poder-dever de
c) assimilação da nova realidade do relacionamento Estado- aplicar a sanção disciplinar.
sociedade;
d) abertura para o cenário sócio-político-econômico em que se situa; A ação disciplinar é faculdade de promover a averiguação dos fatos,
e) abertura para conexões científicas inter-disciplinares; para eventual repressão disciplinar. Quase sempre se exaure com o relató-
f) disposição de acrescentar novos itens à temática clássica”. rio do órgão, propondo, de modo não vinculativo, a aplicação ou não da
Não basta, portanto, como exemplo, uma representação em si. Diante sanção disciplinar.
dela, a autoridade competente, com atribuição do que se denomina de ação
disciplinar, para a apuração, deve expedir a regular portaria, dando início à O órgão que tenha o poder sancionador, isto é, a competência para a-
averiguação dos fatos, em regular procedimento administrativo disciplinar. plicar as sanções, é que tem a atribuição de decidir a respeito. Aliás, essa
competência poderá pertencer a outro superior de maior grau hierárquico.
Lembremos, agora no plano da Lei de Abuso de Autoridade (Lei nº
4.898, de 9 de dezembro de 1965), que regula o Direito de Representação O Excelso Pretório, no Recurso Extraordinário nº 70.566, de São Paulo,
e o Processo de Responsabilidade Administrativa, Civil e Penal, que o seu relatado pelo saudoso Ministro Aliomar Baleeiro, examinando exclusão
art. 7º deixa bem certo que “Recebida a representação em que for solicitada disciplinar de aluno do Centro de Preparação de Oficiais da Reserva de
a aplicação de sanção administrativa, a autoridade civil ou militar competen- São Paulo – CPOR/SP, por ato do Comandante da Segunda Região Militar,
te determinará a instauração de inquérito para apurar o fato”. afirmou a tese de que a autoridade militar superior pode impor pena disci-
3.2.2. DESLOCAMENTO DE COMPETÊNCIA Uma estabelece que tal prazo começa a partir da conduta faltosa, a
Ainda no que toca à competência, surge a questão do deslocamento exemplo da prescrição em matéria criminal, na qual se leva em conta a data
seu. Em outras palavras, e exemplificando, o servidor pratica falta discipli- do ilícito penal. Outra, a partir do conhecimento, pela Administração Públi-
nar na repartição “X”. Antes de ela ser descoberta, ele é movimentado para ca, da falta disciplinar.
a repartição “Y”, de linha hierárquica diversa, de modo que, vindo à luz a
sua conduta anterior, resta saber qual autoridade tem competência discipli- Esta última é a que melhor atende aos superiores interesses da Admi-
nar, isto é, a da repartição “X” ou a da “Y”. A questão é polêmica, com nistração Pública e da própria coletividade administrada. É defendida, entre
argumentos bons de ambos os lados. No entanto, como afirma Marcelo outros, por Caio Tácito, em parecer inserto na Revista de Direito Adminis-
Caetano, quer teórica, quer praticamente, a solução aconselhada nestes trativo (v. 45, p. 48). Está no sentido de que a prescrição da falta disciplinar
casos será a da repartição de serviço, da qual saiu o funcionário, remeter a começa correr a partir de sua ciência pela Administração.
documentação pertinente ao ocorrido à repartição a que passou o faltoso a
ter exercício, a fim de que o seu novo superior hierárquico possa decidir A prescrição, como sabido, depende de um prazo, previsto em lei, co-
como oportuno, conveniente e justo. Enfim, é esse novo superior que mo da inércia do titular do direito nesse prazo. Porém, desde que, pelas
passou a deter todo o “Poder Disciplinar”; o anterior, desde o desligamento circunstâncias, a violação do dever funcional se acoberte no sigilo, subtra-
do faltoso de sua repartição, não mais o detém. indo-se ao conhecimento normal da Administração, não se configura a
noção de inércia no uso do Poder Disciplinar, que caracteriza a prescrição.
3.3. Suspeição no Procedimento administrativo e ampla defesa
É de indagar-se a respeito do direito de defesa quando a autoridade Aliás, no Estado de São Paulo, a Lei Complementar nº 61, de 21 de
administrativa competente incorrer em hipótese de suspeição não prevista agosto de 1972, adotou esse entendimento, ao alterar o artigo 261 e seu
na lei disciplinar de regência, embora prevista no ordenamento processual parágrafo único, da Lei nº 10.261, de 28 de outubro de 1968, ou seja, do
civil ou penal. Estatuto dos Funcionários Públicos Civis do Estado de São Paulo.
Pode, em outras palavras, o detentor do Poder Disciplinar ser argüido
de suspeito? Pode ele jurar suspeição? Controvertidos são os entendimen- É Regis Fernandes de Oliveira que, em sua obra Infrações e Sanções
tos. Contudo, não é demais lembrar que, juridicamente, suspeição importa Administrativas, sustenta, ainda no plano da jurisdicionalização do procedi-
na imputação de certa qualidade, de que geram desconfianças ou suposi- mento administrativo, que “A Administração Pública perde o poder de
ções capazes de autorizarem justas prevenções contra o suspeito, que, no sancionar pela prescrição e pela decadência”.
caso, seria o superior detentor do “Poder Disciplinar”. De outro lado, não se
pode desconhecer que o superior está amarrado ao princípio da legalidade, Mas, como o adverte Edmir Netto de Araújo e vimos ocorrer, “O pro-
que é básico para a Administração Pública, vale dizer, que ele nada poderá blema mais relevante relativo à prescrição ‘interna’, na esfera administrati-
fazer ou deixar de fazer que não esteja, expressa ou implicitamente, previs- va, é o da fixação do dies a quo, ou seja, do prazo em que começa a fluir o
to em lei. Ao certo, não se é de presumir que o superior irá prevaricar. Daí lapso prescricional. Quando a falta é também crime, prescreve juntamente
por que só se torna possível dizer de suspeição em matéria disciplinar com este, mas quando se trata de ilícito administrativo, as leis administrati-
quando houver norma legal expressa. Aliás, julgado do Tribunal de Justiça vas estabelecem o início do prazo a contar da ciência do fato pela autorida-
de São Paulo proclamou, com acerto, ser impossível transpor a exceção de de administrativa, com a abertura do processo administrativo ou mesmo do
suspeição prevista para o campo limitado da jurisdição civil, para a esfera inquérito policial, interrompendo a prescrição, ao contrário da esfera penal,
do processo administrativo, que de tal remédio não cogita (Revista dos quando o lapso prescricional se inicia na data do fato, não se interrompen-
Tribunais, v. 389, p. 217). do com o procedimento administrativo ou com a instauração do inquérito
policial. Além de injusto – conclui o ilustre administrativista –, isto constitui
3.4. Afastamento preventivo no procedimento administrativo e ampla aberração no nosso sistema jurídico, conduzindo, na prática, à imprescritibi-
defesa lidade de penas disciplinares”.
Outro ponto que, no estudo do procedimento disciplinar, merece desta-
que é o relativo ao afastamento preventivo do funcionário acusado de 3.6. Dos recursos inerentes à ampla defesa no procedimento adminis-
Nessa perspectiva, a passagem do âmbito limitado - dos burgos - ao Com o declínio das corporações de ofício, que controlavam o trabalho
significado amplo da cidadania nacional é a própria história da formação e medieval, e o surgimento das oficinas de trabalho, de características dife-
unificação dos estados modernos, capazes de exercer efetivo controle rentes, entre as quais a relação salarial entre operário e patrão, estão
sobre seus respectivos territórios e de garantir os mesmos direitos a todos dadas as condições propícias ao capitalismo mercantilista da época do
os seus habitantes. É fundamentalmente uma garantia negativa: contra as Renascimento e da Reforma.
limitações convencionais ao comportamento individual e contra o poder
arbitrário, público ou privado. Mais tarde, a burguesia, que dominara a revolução francesa, viu-se di-
ante dos problemas sociais decorrentes da revolução industrial. Assim,
Rumo à universalização. A cidadania é originalmente um direito bur- tornou-se indispensável a intervenção do estado entre as partes desiguais
guês. Contudo, quando reivindicada como soma de direitos fundamentais em confronto no campo do trabalho, para regular o mercado livre em que o
do indivíduo, estes se tornam neutros quanto a seus beneficiários presentes trabalhador era cruelmente explorado.
e potenciais.
Atualmente não se pode conceber a proteção jurídica dos direitos indi-
Vista como processo histórico gradual, a extensão da cidadania é (1) a viduais sem o reconhecimento e a proteção dos direitos sociais do homem,
transformação da estrutura social pré-moderna no quadro da economia que são oponíveis não ao estado, mas ao capital, e têm na ação do estado
capitalista e do estado nacional moderno e (2) o reconhecimento e a uni- sua garantia.
versalização de toda uma série de novos direitos que, em parte, são indis-
pensáveis ao funcionamento da economia capitalista moderna e, em parte, Hoje existe um grande movimento pelo reconhecimento, definição e ga-
são resultado concreto do conflito político dentro de cada país. Portanto, rantia internacionais dos direitos humanos. Em 10 de dezembro de 1948, a
trata-se de um conceito ao mesmo tempo jurídico, sociológico e político: assembléia geral da Organização das Nações Unidas (ONU) adotou em
descreve a consagração formal de certos direitos, o processo político de Paris a Declaração Universal dos Direitos Humanos, que só terá força
sua obtenção e a criação das condições socioeconômicas que lhe dão obrigatória quando for uma convenção firmada por todos os países mem-
efetividade. bros da ONU.
Cidadania e democracia. A cidadania tem dois aspectos: (1) o institu- Os regimes de governo são justos na medida em que as liberdades são
cional, porque envolve o reconhecimento explícito e a garantia de certos defendidas, mesmo em épocas de crise. Os princípios gerais de direito são
direitos fundamentais, embora sua institucionalização nunca seja constante sempre os mesmos: processo legal, ausência de crueldade, respeito à
e irredutível; (2) e o processual, porque as garantias civis e políticas, bem dignidade humana. As formas de execução desses princípios também não
como o conteúdo substantivo, social e econômico, não podem ser vistos variam. Resumem-se em leis anteriores, em garantias eficazes de defesa e,
como entidades fixas e definitivas, mas apenas como um processo em como sempre, acima de tudo, em justiça independente e imparcial.
constante reafirmação, com limiares abaixo dos quais não há democracia.
Democrático, no sentido liberal, é o país que, além das garantias jurídicas e Suspensão das garantias constitucionais. No Brasil, a instabilidade do
políticas fundamentais, institucionaliza amplamente a participação política. poder político e as lutas oligárquicas durante a primeira república fizeram
do estado de sítio e da intervenção federal os centros de convergência dos
Direitos e garantias individuais. A necessidade de certas prerrogativas debates jurídicos e das ações políticas. Também o Supremo Tribunal
que limitem o poder político em suas relações com a pessoa humana são, Federal defrontou-se freqüentemente com o problema. No entanto os fatos
muito provavelmente, criação do cristianismo, que definiu o primeiro terreno mais de uma vez atropelaram o direito ao longo da história do Brasil.
interditado ao estado: o espiritual. ©Encyclopaedia Britannica do Brasil Publicações Ltda.
No campo do direito positivo, foi a revolução francesa que incorporou o Direitos humanos
sistema dos direitos humanos ao direito constitucional moderno. A teoria do No final do século XX, a expressão "direitos humanos" assumiu o signi-
direito constitucional dividiu, de início, os direitos humanos em naturais e ficado exato de direitos do homem, de acordo com a formulação, nas
civis, considerando que a liberdade natural, mais ampla, evolui para o últimas décadas do século XVIII, das revoluções francesa e americana.
conceito de liberdade civil, mais limitada, visto que seus limites coincidem
com os da liberdade dos outros homens. Direitos humanos é a designação genérica dos direitos que dizem res-
peito diretamente ao indivíduo, em decorrência de sua condição humana e
A primeira concretização da teoria jurídica dos direitos humanos foi o em consonância com a lei natural. No âmbito dos direitos humanos, distin-
Bill of Rights, de 1689 -- a declaração de direitos inglesa. Só depois da guem-se duas áreas: a dos direitos civis e a das liberdades civis.
independência dos Estados Unidos, porém, as declarações de direitos, O gozo da liberdade tem também seus limites e condições. Uma pes-
Ao longo dos séculos, sempre houve uma íntima correlação entre a i- Em 1966, após 19 anos de esforços e discussões, a assembléia geral
déia de lei natural e a concepção dos direitos naturais do homem. Essa da ONU aprovou por unanimidade dois acordos relativos a direitos huma-
correlação pode ser vista nos textos dos estóicos gregos e romanos, nas nos, civis e políticos. Esses acordos foram ratificados em 1976, em forma
mensagens do cristianismo primitivo, na filosofia de santo Tomás de Aqui- de duas convenções: uma econômica e social e outra política e civil. Apesar
no, nos tratadistas medievais ingleses, nos teólogos espanhóis dos séculos da delonga e da natural dificuldade de fiscalização de sua aplicação, ambos
XVI e XVII e na obra de Hugo Grotius, fundador do moderno direito interna- os diplomas constituíram um passo importante no reconhecimento interna-
cional. cional dos direitos humanos e incorporaram os dispositivos da Declaração
Universal. ©Encyclopaedia Britannica do Brasil Publicações Ltda.
Durante o Renascimento, por obra dos pensadores racionalistas, como
Descartes e Spinoza, começou a tomar vulto essa idéia de um direito
natural garantidor dos direitos essenciais do homem. A intolerância decor- 17 COMPRAS NA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA.
rente das guerras religiosas e o absolutismo dificultaram a efetivação de 17.1 LICITAÇÕES E CONTRATOS.
tais ideais. A paz de Augsburg, celebrada em 1555 na Alemanha para
17.2 PRINCÍPIOS BÁSICOS DA LICITAÇÃO.
assegurar a igualdade de direitos de católicos e luteranos, estabeleceu
entretanto a fórmula cuius regio, eius religio, que obrigava os súditos de um 17.3 LEGISLAÇÃO PERTINENTE.
estado a professar a mesma religião do príncipe em cujo território habitas-
sem. GESTÃO DE CONTRATOS NA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
GESTÃO DE CONTRATOS
Somente na Inglaterra, em fins do século XVII, graças a inúmeros filó- A Lei de Licitações e Contratos, Lei nº 8666/93, prevê, nas entrelinhas
sofos, entre eles John Locke, autor de Epistola de tolerantia (1689; Carta de seus artigos, que o Administrador Público deve organizar e implantar em
sobre a tolerância), é que se passou a reconhecer a existência de direitos órgãos públicos um sistema de gestão de contratos, compreendendo o
humanos. No século XVIII, filósofos e juristas do Iluminismo, com base nas gerenciamento, o acompanhamento e a fiscalização da execução até o
teorias do direito natural e do racionalismo, defenderam a idéia de que todo recebimento do objeto.
homem possui direitos naturais, anteriores e superiores ao próprio estado,
A gestão de contratos compreende:
que tem a obrigação de garanti-los. A Declaração de Independência dos
Estados Unidos, de 4 de julho de 1776, reconheceu isso. O gerenciamento dos contratos;
A fiscalização da execução dos contratos;
Também a Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão, promul- O recebimento dos objetos contratados.
gada pela Assembléia Nacional Francesa, em 26 de agosto de 1789, pro- Nota: Os artigos citados neste trabalho se referem todos à Lei nº
clamava em seus 17 artigos que todos os homens são iguais perante a lei, 8666/93, conhecida como Lei de Licitações e Contratos.
com direitos naturais de liberdade de pensamento, de expressão, de reuni-
GERENCIAMENTO DE CONTRATOS
ão e associação, de proteção contra a prisão arbitrária e de rebelar-se
contra o arbítrio e a opressão. O gerenciamento de contratos é um serviço administrativo que com-
preende a gestão geral dos contratos e que poderá ser exercido por um
A essa primeira admissão de direitos políticos e civis somou-se, no sé- setor ou por um funcionário e que trata das questões gerais relativas aos
culo XIX, uma segunda, referente aos direitos econômicos, sociais e cultu- contratos, tais como: o controle dos prazos de vencimento ou de renovação
rais, influenciada pelo pensamento socialista e impulsionada pelos movi- dos contratos, questões ligadas ao reequilíbrio econômico-financeiro, à
mentos revolucionários. Depois da segunda guerra mundial, novos movi- documentação, aos pagamentos e outras de amplitude geral.
mentos desfraldaram a bandeira dos direitos à saúde e a um meio ambiente O Administrador Público, com o objetivo de se resguardar de respon-
saudável, sem poluição. sabilidades, no que diz respeito aos contratos, deverá adotar algumas
providências:
No século XX, verifica-se no mundo civilizado a plena aceitação dos di- Criar comissão permanente de licitações, propiciando a especialização,
reitos humanos, no plano nacional e internacional, embora sem uma com- ou comissões especiais de licitação para casos que requeiram conhecimen-
preensão homogênea de sua natureza doutrinária, ou mesmo de sua forma tos específicos;
de aplicação. Com relação a alguns princípios, porém, pode-se falar de um Implantar um serviço de gestão de contratos. A implantação de um ser-
consenso: os direitos humanos representam demandas individuais de viço específico de gestão de contratos, com estrutura física definida e de
participação nas decisões do governo e na riqueza nacional, sob a forma de um sistema de controle, que pode ser informatizado, permite a profissionali-
acesso à educação básica livre e gratuita, à saúde e à moradia condigna, e zação e forma especialistas na área, resguardando a responsabilidade do
da prerrogativa de representar contra quaisquer pessoas ou instituições que administrador;
limitem o exercício desses direitos; os direitos humanos fazem parte da
Designar um fiscal para cada contrato. O fiscal deverá ser um funcioná-
ordem legal e moral; os direitos humanos são universais e conferidos a
rio da Administração, preferencialmente ocupante de cargo efetivo, desig-
qualquer homem pela simples razão de sua condição humana; os direitos
nado pelo Ordenador de Despesa através de portaria ou termo próprio, com
§ 2o Os contratos decorrentes de dispensa ou de inexigibilidade de lici- § 4o A garantia prestada pelo contratado será liberada ou restituída
tação devem atender aos termos do ato que os autorizou e da respectiva após a execução do contrato e, quando em dinheiro, atualizada monetari-
proposta. amente.
Art. 55. São cláusulas necessárias em todo contrato as que estabele- § 5o Nos casos de contratos que importem na entrega de bens pela
çam: Administração, dos quais o contratado ficará depositário, ao valor da garan-
I - o objeto e seus elementos característicos; tia deverá ser acrescido o valor desses bens.
II - o regime de execução ou a forma de fornecimento; Art. 57. A duração dos contratos regidos por esta Lei ficará adstrita à
III - o preço e as condições de pagamento, os critérios, data-base e pe- vigência dos respectivos créditos orçamentários, exceto quanto aos relati-
riodicidade do reajustamento de preços, os critérios de atualização monetá- vos:
ria entre a data do adimplemento das obrigações e a do efetivo pagamento; I - aos projetos cujos produtos estejam contemplados nas metas esta-
IV - os prazos de início de etapas de execução, de conclusão, de en- belecidas no Plano Plurianual, os quais poderão ser prorrogados se houver
trega, de observação e de recebimento definitivo, conforme o caso; interesse da Administração e desde que isso tenha sido previsto no ato
convocatório;
V - o crédito pelo qual correrá a despesa, com a indicação da classifi-
cação funcional programática e da categoria econômica; II - à prestação de serviços a serem executados de forma contínua,
que poderão ter a sua duração prorrogada por iguais e sucessivos períodos
VI - as garantias oferecidas para assegurar sua plena execução, quan-
com vistas à obtenção de preços e condições mais vantajosas para a
do exigidas;
administração, limitada a sessenta meses; (Redação dada pela Lei nº
VII - os direitos e as responsabilidades das partes, as penalidades ca- 9.648, de 1998)
bíveis e os valores das multas;
III - (Vetado). (Redação dada pela Lei nº 8.883, de 1994)
VIII - os casos de rescisão;
IV - ao aluguel de equipamentos e à utilização de programas de infor-
IX - o reconhecimento dos direitos da Administração, em caso de resci- mática, podendo a duração estender-se pelo prazo de até 48 (quarenta e
são administrativa prevista no art. 77 desta Lei; oito) meses após o início da vigência do contrato.
X - as condições de importação, a data e a taxa de câmbio para con- V - às hipóteses previstas nos incisos IX, XIX, XXVIII e XXXI do art. 24,
versão, quando for o caso; cujos contratos poderão ter vigência por até 120 (cento e vinte) meses,
XI - a vinculação ao edital de licitação ou ao termo que a dispensou ou caso haja interesse da administração. (Incluído pela Lei nº 12.349, de 2010)
a inexigiu, ao convite e à proposta do licitante vencedor;
§ 1o Os prazos de início de etapas de execução, de conclusão e de
XII - a legislação aplicável à execução do contrato e especialmente aos entrega admitem prorrogação, mantidas as demais cláusulas do contrato e
casos omissos; assegurada a manutenção de seu equilíbrio econômico-financeiro, desde
XIII - a obrigação do contratado de manter, durante toda a execução do que ocorra algum dos seguintes motivos, devidamente autuados em pro-
contrato, em compatibilidade com as obrigações por ele assumidas, todas cesso:
as condições de habilitação e qualificação exigidas na licitação. I - alteração do projeto ou especificações, pela Administração;
§ 1º (Vetado). (Redação dada pela Lei nº 8.883, de 1994) II - superveniência de fato excepcional ou imprevisível, estranho à von-
§ 2o Nos contratos celebrados pela Administração Pública com pesso- tade das partes, que altere fundamentalmente as condições de execução
as físicas ou jurídicas, inclusive aquelas domiciliadas no estrangeiro, deve- do contrato;
rá constar necessariamente cláusula que declare competente o foro da III - interrupção da execução do contrato ou diminuição do ritmo de tra-
sede da Administração para dirimir qualquer questão contratual, salvo o balho por ordem e no interesse da Administração;
disposto no § 6o do art. 32 desta Lei. IV - aumento das quantidades inicialmente previstas no contrato, nos
o limites permitidos por esta Lei;
§ 3 No ato da liquidação da despesa, os serviços de contabilidade V - impedimento de execução do contrato por fato ou ato de terceiro
comunicarão, aos órgãos incumbidos da arrecadação e fiscalização de reconhecido pela Administração em documento contemporâneo à sua
tributos da União, Estado ou Município, as características e os valores ocorrência;
o
pagos, segundo o disposto no art. 63 da Lei n 4.320, de 17 de março de VI - omissão ou atraso de providências a cargo da Administração, in-
1964. clusive quanto aos pagamentos previstos de que resulte, diretamente,
Art. 56. A critério da autoridade competente, em cada caso, e desde impedimento ou retardamento na execução do contrato, sem prejuízo das
que prevista no instrumento convocatório, poderá ser exigida prestação de sanções legais aplicáveis aos responsáveis.
garantia nas contratações de obras, serviços e compras.
§ 2o Toda prorrogação de prazo deverá ser justificada por escrito e pre-
o viamente autorizada pela autoridade competente para celebrar o contrato.
§ 1 Caberá ao contratado optar por uma das seguintes modalidades
de garantia: (Redação dada pela Lei nº 8.883, de 1994) § 3o É vedado o contrato com prazo de vigência indeterminado.
I - caução em dinheiro ou em títulos da dívida pública, devendo estes o
ter sido emitidos sob a forma escritural, mediante registro em sistema § 4 Em caráter excepcional, devidamente justificado e mediante auto-
centralizado de liquidação e de custódia autorizado pelo Banco Central do rização da autoridade superior, o prazo de que trata o inciso II do caput
Brasil e avaliados pelos seus valores econômicos, conforme definido pelo deste artigo poderá ser prorrogado por até doze meses. (Incluído pela Lei
Ministério da Fazenda; (Redação dada pela Lei nº 11.079, de 2004) nº 9.648, de 1998)
II - seguro-garantia; (Redação dada pela Lei nº 8.883, de 1994) Art. 58. O regime jurídico dos contratos administrativos instituído por
III - fiança bancária. (Redação dada pela Lei nº 8.883, de 8.6.94) esta Lei confere à Administração, em relação a eles, a prerrogativa de:
I - modificá-los, unilateralmente, para melhor adequação às finalidades
§ 2o A garantia a que se refere o caput deste artigo não excederá a de interesse público, respeitados os direitos do contratado;
cinco por cento do valor do contrato e terá seu valor atualizado nas mes-
II - rescindi-los, unilateralmente, nos casos especificados no inciso I do
o
mas condições daquele, ressalvado o previsto no parágrafo 3 deste artigo. art. 79 desta Lei;
(Redação dada pela Lei nº 8.883, de 1994) III - fiscalizar-lhes a execução;