Coordenação do Curso:
Prof. Dr. Roberto Chust Carvalho
Ministrante da aula:
Prof. Msc. José Herbet Faleiros Jr.
PERDAS DE PROTENSÃO
A força de protensão ao longo de uma armadura, em geral, varia com que podemos
chamar de perdas de protensão.
Segundo a NBR:6118:2014 no item 9.6.1.1 indica:
Pt (x) = P0 (x) – ∆Pt (x) = Pi – ∆P0 (x) – ∆Pt (x) Perda diferida
Perda imediata
Pt(x) - Força na armadura de protensão, no tempo t, na seção de abscissa x
P0(x) - Força na armadura de protensão no tempo t = 0, na seção de abscissa x
∆P0 (x) – perda imediata de protensão medida a partir de P, no tempo t=0, na
seção de abscissa x
∆Pt (x)- perda de protensão medida a partir de P, no tempo infinito, na seção
de abscissa x
Pi - Força máxima aplicada à armadura de protensão pelo equipamento de
tração
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PERDAS DE PROTENSÃO
CABOS COM ADERÊNCIA POSTERIOR
Perdas imediatas e diferidas:
a) perda por atrito (normalmente cabo-bainha)
b) perda por deformação da ancoragem
c) perda por deformação imediata do concreto
Perdas diferidas:
a) perda por retração do concreto
b) perda por efeito de fluência do concreto
c) perda por relaxação da armadura de protensão
PERDAS DE PROTENSÃO
CABOS COM ADERÊNCIA INICIAL
Perdas imediatas e diferidas:
a) perda por deformação da ancoragem
b) Perda por relaxação da armadura até a efetivação da protensão
c) perda por deformação imediata do concreto.
Perdas diferidas:
a) perda por retração do concreto
b) perda por efeito de fluência do concreto
c) perda por relaxação da armadura de protensão.
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PERDAS DE PROTENSÃO
Perda por atrito cabo-bainha
Dois elementos com ações verticais
Trecho de um cabo
Resultantes
PERDAS DE PROTENSÃO
Perda por atrito cabo-bainha
Equilíbrio horizontal
Pequenas deflexões
𝐹𝑠 = 𝐹𝑠′ × 𝑒 −𝜇× ∆𝛼+𝛽𝑥
sen 𝑑𝛼 2 ≈ 𝑑𝛼 2
Portanto: 𝐹 × 𝑑𝛼 = N
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PERDAS DE PROTENSÃO
Perda por atrito cabo-bainha
PERDAS DE PROTENSÃO
EXEMPLO 01: Calcular as tensões nos pontos A, B, C, D e E do cabo dado na
figura, logo após a efetivação da protensão. Considerar que a tensão inicial
de protensão no cabo nas extremidades da peça é de pi=120 kN/cm2.
Considerar como dados os valores de = 0,23; =0,01rd/m. Supor que a
trajetória do cabo é parabólica (parábola do segundo grau, nos trechos AB e
DE).
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PERDAS DE PROTENSÃO
Perda por deformação da ancoragem
Recolhimento do cabo ao se efetivar a ancoragem, provocando queda de tensão
∆ 𝑑𝑥
𝜎 =𝐸×𝜀 𝑒 𝜀=
𝑑𝑥
∆ 𝑑𝑥 × 𝐸
𝜎=
𝑑𝑥
𝐿 𝐿
1
𝜎 × 𝑑𝑥 = ∆ 𝑑𝑥
𝐸 0 0
Recuo da ancoragem
Área da curva
𝐿
𝜎 × 𝑑𝑥 = ∆𝑙 × 𝐸𝑝
0
PERDAS DE PROTENSÃO
EXEMPLO 02: Calcular a tensão de protensão ao longo do cabo dado na
figura após a ancoragem do mesmo. Considera que é usada aderência
posterior e a tensão de protensão na extremidade ativa é de 1377 MPa,
coeficiente de atrito =0,20, =0,01rd/m, L=6mm.e Ep=200000 MPa.
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8 8
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PERDAS DE PROTENSÃO
Perda por deformação imediata do concreto
Perda de protensão por deformação imediata quando há protensão sequencial
PERDAS DE PROTENSÃO
Perda por deformação imediata do concreto
Casos a considerar:
N p N p e 2 Me (n 1)
PÓS-TRAÇÃO p, médio =
A I I 2n
N p N p e 2 Me
PRÉ-TRAÇÃO p =
A I I
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PERDAS DE PROTENSÃO
EXEMPLO 03: Calcular a perda de protensão por deformação imediata do
cabo representante dos 16 cabos que atuam na seção de extremidade da
peça (seção onde se dá a ancoragem ativa dos mesmos) cuja seção
transversal está indicada na figura. Considerar que a tangente a trajetória
dos cabos (todos) na seção é horizontal e que a força nos mesmos após a
ancoragem é de 1400 kN. Considerar ainda como dados os valores das
características de seção A=6,15 m2, I=1,683 m4, yi=0,8595m e h=1,30 m.
Considerar ainda que a relação entre os módulos de elasticidade aço de
protensão e concreto seja igual a p=7.
𝜀𝑐𝑖 = 𝜀𝑝𝑖
𝜀𝑐𝑖 = deformação específica do concreto junto à armadura no ponto i
𝜀𝑝𝑖 = deformação específica da armadura de protensão no ponto i
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Fluência Retração
Considerações e simplificações:
Perdas podem ser consideradas de forma isoladas (independentes)
∆𝜎𝑝,𝑐+𝑠+𝑟 𝑡, 𝑡0 = ∆𝜎𝑝𝑐 𝑡, 𝑡0 + ∆𝜎𝑝𝑠 𝑡, 𝑡0 + ∆𝜎𝑝𝑟 𝑡, 𝑡0
∆𝜎𝑝,𝑐+𝑠+𝑟 𝑡, 𝑡0 = perda total da protensão devido a fluência, retração e relaxação
∆𝜎𝑝𝑐 𝑡, 𝑡0 = perda de protensão devido a fluência
∆𝜎𝑝𝑠 𝑡, 𝑡0 = perda de protensão devido a retração
∆𝜎𝑝𝑟 𝑡, 𝑡0 = perda de protensão devido a relaxação
cgp
FLUÊNCIA pc(t, t0)= f(t, to). Ep
Ec
pr (t, t o ) t t o 0,15
RELAXAÇÃO (t, to) = (t, to) = 1000 .
pi 41,67
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Valores relativos a temperatura entre 0° a 40°, utilizando cimento Portland comum e considerando concreto plástico.
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𝑁𝑝 𝑁𝑝 × 𝑒 2 𝑀𝑔𝑖
𝜎𝑐𝑔𝑝 = + − ×𝑒
𝐴𝑐 𝐼 𝐼
Curiosidade: a letra “c” corresponde a abreviação de creep que significa fluência na língua inglesa.
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pr (t, t o )
(t, to) = (5.25)
pi
onde:
∆𝜑𝑝𝑟 (𝑡, 𝑡0 ) = perda de tensão por relaxação pura desde o instante do estiramento até o
pr(t, to)= tempo
perdat considerado
de tensão por relaxação pura (com comprimento constante) desde o
𝜎𝑝𝑖 = tensão da armadura de protensão no instante do estiramento
instante to do estiramento da armadura até o instante t considerado
pi= tensão da armadura de protensão no instante de seu estiramento
A relaxação de fios e cordoalhas, após 1000h a 20°C (1000) e para tensões
variando de 0,5 a 0,8 fptk, obtida em ensaios descritos na NBR 7484, não deve ultrapassar
os valores dados na NBR 7482 e na NBR 7483,respectivamente.
Para efeito de projeto, os valores de 1000 da Tabela 5.4 podem ser adotados.
Tabela 5.4 - Valores de 1000, em %
Cordoalhas Fios Barras
Tensão inicial RN RB RN RB
0,5 fptk 0 0 0 0 0 11
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