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CÓDIGO DE ORGANIZAÇÃO JUDICIÁRIA DO ESTADO DO CEARÁ

(Anteprojeto de lei)

Institui o Código de Organização


Judiciária do Estado do Ceará.

O GOVERNADOR DO ESTADO DO CEARÁ


Faço saber que a Assembléia Legislativa decretou
e eu sanciono a seguinte Lei:

LIVRO I

DA ORGANIZAÇÃO E DIVISÃO JUDICIÁRIA

TÍTULO I

DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES


Art. 1º. Este Código dispõe sobre a organização judiciária do Estado
do Ceará, compreendendo a composição, estrutura, atribuições e competências
do Tribunal de Justiça, dos Magistrados e dos serviços auxiliares da Justiça,
observados os princípios constitucionais da legalidade, impessoalidade,
moralidade, publicidade e eficiência.
§ 1º. Além dos princípios referidos no caput deste artigo, aplicam-se
os da probidade, motivação, finalidade, razoabilidade, economicidade,
proporcionalidade e interesse público.

§ 2º. Na composição e alteração das atribuições e competências do


Tribunal de Justiça, dos Magistrados e dos serviços auxiliares da Justiça, serão
observados ainda os critérios de democratização de gestão, do acesso à justiça,
da qualificação permanente, da efetividade e da celeridade.

TÍTULO II

DOS ÓRGÃOS DO PODER JUDICIÁRIO


Art. 2º. São órgãos do Poder Judiciário:
I - Tribunal de Justiça;
II -Turmas Recursais dos Juizados Especiais Cíveis e Criminais;
III - Tribunais do Júri;
IV - Juízes de Direito;
V - Juizados Especiais Cíveis e Criminais;
VI - Auditoria Militar;
VII - Juízes de Direito Zonais;
VIII - Juízes Substitutos;
IX - Juízes de Paz.

TÍTULO III

DA JUSTIÇA DE SEGUNDO GRAU


Art. 3º. A Justiça de segundo grau é constituída pelo Tribunal de
Justiça.
Art. 4º. O Tribunal de Justiça, com sede na Capital e jurisdição em
todo o território do Estado do Ceará, compõe-se de trinta e um (31)
Desembargadores, nomeados na forma prevista nas Constituições Federal e
Estadual e na Lei Orgânica da Magistratura Nacional.
§ 1°. O Tribunal possui órgãos julgadores, órgãos diretivos e, como
integrantes de sua estrutura administrativa, a Escola Superior da Magistratura
do Estado do Ceará – ESMEC, a Ouvidoria Geral do Poder Judiciário, a Central
de Conciliação em Segundo Grau de Jurisdição e a Comissão Estadual Judiciária
de Adoção Internacional – CEJAI/CE.
§ 2°. Ao Tribunal é atribuído o tratamento de “egrégio” e a seus
membros o de “excelência”, com o título de “desembargador”.
Art. 5º. A alteração numérica dos membros do Tribunal de Justiça
dependerá de proposta do referido órgão, observado o disposto na Lei Orgânica
da Magistratura Nacional.
Art. 6º. O Tribunal de Justiça na sua composição plenária é integrado
por todos os Desembargadores.
Art. 7º. Ao Tribunal Pleno compete, mediante projeto de lei, propor
ao Poder Legislativo, observadas as Constituições Federal e Estadual, o
seguinte:
I – a alteração da organização judiciária;
II – a alteração do número de seus membros;
III - a criação e extinção de cargos de Juiz de primeiro grau e de
serviços auxiliares da Justiça;
IV - a fixação de subsídios dos Magistrados e dos vencimentos dos
servidores de justiça;
V - a alteração do Regimento de Custas.
Art. 8º. Ao Tribunal Pleno compete elaborar o regimento interno do
Tribunal, com observância das normas de processo e das garantias processuais
das partes, dispondo sobre a competência e o funcionamento dos respectivos
órgãos jurisdicionais e administrativos, bem assim emendá-lo e resolver as
dúvidas relacionadas à sua execução.
Art. 9º. A competência do Tribunal Pleno, limitada a matéria
administrativa, será estabelecida no regimento interno do Tribunal de Justiça,
observadas as Constituições Federal e Estadual e a Lei Orgânica da Magistratura
Nacional.
Art. 10. O Tribunal Pleno e todos os órgãos julgadores do Tribunal de
Justiça se reunirão em sessões públicas, vedada a realização de sessões
secretas, exceto nos casos previstos em Lei.

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CAPÍTULO I

DOS ÓRGÃOS JULGADORES


Art. 11. O Tribunal de Justiça tem como órgãos julgadores a Corte
Especial, o Conselho Superior da Magistratura, as Câmaras Reunidas Cíveis e
Criminais e as Câmaras Isoladas Cíveis e Criminais.
§ 1º. A Corte Especial é composta por vinte e três (23)
Desembargadores, escolhidos na forma prevista nas Constituições Federal e
Estadual e na Lei Orgânica da Magistratura Nacional.
§ 2º. O Conselho Superior da Magistratura tem a composição
definida no § 1º do art. 17, deste Código.
§ 3º. As Câmaras Reunidas, Cíveis e Criminais, são compostas pelos
membros das respectivas Câmaras Isoladas.
§ 4°. As Câmaras Cíveis Isoladas e as Câmaras Criminais Isoladas
são compostas de pelo menos três (03) Desembargadores.
§ 5°. A quantidade de Câmaras Cíveis e Criminais Isoladas, será
estabelecida no regimento interno do Tribunal de Justiça.
Art. 12. A substituição de Desembargador far-se-á de acordo com o
disposto nesta Lei e no regimento interno do Tribunal de Justiça, observadas as
diretrizes estabelecidas na Lei Orgânica da Magistratura Nacional.
Art. 13. A Corte Especial funcionará com a presença mínima de onze
(11) Desembargadores desimpedidos, afora o Presidente.
Art. 14. A Corte Especial e o Conselho Superior da Magistratura serão
presididos pelo Presidente do Tribunal, as Câmaras Reunidas pelo Vice-
Presidente mais moderno e as Câmaras Isoladas na forma estabelecida no
regimento interno do Tribunal.
Art. 15. A Corte Especial, o Conselho Superior da Magistratura e as
Câmaras Reunidas e Isoladas reunir-se-ão na forma estabelecida no regimento
interno do Tribunal.
Art. 16. A competência da Corte Especial em matéria jurisdicional,
recursal e administrativa será estabelecida no regimento interno do Tribunal de
Justiça, observadas as Constituições Federal e Estadual e a Lei Orgânica da
Magistratura Nacional.
Art. 17. O Conselho Superior da Magistratura, órgão máximo de
disciplina, fiscalização e orientação dos Magistrados, dos servidores da Justiça,
dos notários e registradores, tem sede na Capital e jurisdição em todo o Estado.
§ 1°. O Conselho será composto pelo Presidente do Tribunal de
Justiça, que o presidirá, pelos dois (02) Vice-Presidentes, pelo Corregedor Geral
de Justiça, pelo Vice-Corregedor Geral de Justiça, por quatro (04)
Desembargadores, sendo dois (02) das Câmaras Cíveis e dois (02) das
Câmaras Criminais, eleitos na sessão de escolha dos órgãos diretivos do
Tribunal, vedada a reeleição, e pelo Presidente da Associação Cearense de
Magistrados, todos com direito a voto.
§ 2°. Na mesma sessão, o Tribunal elegerá quatro (04) suplentes,
que serão convocados para substituir os Conselheiros, em seus impedimentos,
licenças e férias de acordo com a respectiva antigüidade.

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§ 3°. As sessões do Conselho serão secretariadas pelo Secretário
Geral do Tribunal de Justiça ou por servidor designado pelo Presidente do
Tribunal.
§ 4°. O Procurador Geral de Justiça oficiará junto ao Conselho da
Magistratura.
Art. 18. O regimento interno do Conselho Superior da Magistratura
definirá suas atribuições e competências e estabelecerá o procedimento legal
para o processamento e julgamento dos processos administrativos disciplinares.
Art. 19. Os órgãos de segundo grau comunicarão ao Conselho
Superior da Magistratura os erros, omissões e irregularidades praticados por
Magistrados, servidores de Justiça, notários e registradores, para anotação e
adoção das providências exigidas.
Parágrafo único. As sanções impostas a Magistrados, servidores de
justiça, notários e registradores, serão comunicadas pela Corte Especial ao
Conselho Superior da Magistratura para a devida anotação nos respectivos
assentos funcionais.
Art. 20. A competência e o funcionamento das Câmaras Cíveis e
Criminais, Reunidas e Isoladas, serão estabelecidos no regimento interno do
Tribunal de Justiça, observadas as Constituições Federal e Estadual e a Lei
Orgânica da Magistratura Nacional.

CAPÍTULO II

DOS ÓRGÃOS DIRETIVOS


Art. 21. O Tribunal de Justiça é dirigido por um (01) Presidente, dois
(02) Vice-Presidentes, um (01) Corregedor Geral de Justiça e um (01) Vice-
Corregedor Geral de Justiça.
Art. 22. O Presidente, os dois (02) Vice-Presidentes, o Corregedor
Geral de Justiça e o Vice-Corregedor Geral de Justiça são eleitos pelo Tribunal
Pleno, pela maioria dos membros efetivos presentes na sessão, por votação
secreta, dentre seus Desembargadores mais antigos, com mandato de dois (02)
anos, proibida a reeleição.
§ 1º. Quem tiver exercido quaisquer cargos de direção por quatro
(04) anos, ou o de Presidente, não figurará mais entre os elegíveis, até que se
esgotem todos os nomes na ordem de antiguidade.
§ 2º. É obrigatória a aceitação do cargo, salvo recusa manifestada e
aceita antes da eleição.
§ 3°. O disposto no caput não se aplica ao Desembargador eleito
para completar período de mandato inferior a um (01) ano.
§ 4°. As eleições realizar-se-ão na primeira sessão da segunda
quinzena do mês de dezembro do ano que anteceder ao término do mandato
dos dirigentes do Tribunal de Justiça, e na mesma oportunidade serão eleitos os
membros das comissões permanentes do Tribunal, cujo mandato também é de
02 (dois) anos. Os eleitos tomarão posse em sessão solene, no primeiro dia útil
de fevereiro do ano seguinte ao da eleição, prestando compromisso e lavrando-
se termo em livro especial, que será assinado pelo Presidente do Tribunal de
Justiça.

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Art. 23. Vagando o cargo de Presidente, Vice-Presidente, Corregedor
Geral de Justiça e Vice-Corregedor Geral de Justiça, no curso do primeiro ano
de mandato, proceder-se-á, dentro de uma semana, a eleição do sucessor para
o tempo restante. Aquele que for eleito Presidente não poderá ser reconduzido
para o período subseqüente.
Art. 24. Vagando os cargos de direção, faltando menos de um (01)
ano para o término do mandato, observar-se-á o seguinte:
I – nos cargos de Presidente e Vice-Presidente, a substituição far-se-
á, do Presidente pelo Vice-Presidente mais moderno, e deste e do Vice-
Presidente mais antigo, pelo Desembargador mais antigo que ainda não tenha
exercido cargo de direção, não lhe sendo vedado concorrer ao próximo pleito;
II – no cargo de Corregedor Geral de Justiça, a substituição far-se-á
pelo Vice-Corregedor Geral de Justiça e deste pelo Desembargador mais antigo
que ainda não tenha exercido cargo de direção, não lhe sendo vedado concorrer
ao próximo pleito.
Art. 25. Ao Presidente do Tribunal de Justiça, além da atribuição
maior de representar o Poder Judiciário, de exercer a suprema inspeção da
atividade de seus pares e de supervisionar todos os serviços de segundo grau,
incumbe-lhe:
I - dirigir os trabalhos do Tribunal Pleno, da Corte Especial e do
Conselho da Magistratura;
II – promover o juízo de admissibilidade nos recursos especial e
extraordinário, podendo delegar esta função ao Vice-Presidente mais moderno;
III - votar na Corte Especial em processo de habeas corpus e nas
Ações Diretas de Inconstitucionalidade de leis ou atos normativos, tendo voto
de desempate nos demais casos;
IV - ordenar a abertura de concursos destinados ao provimento do
cargo de Juiz e de servidor da Justiça da capital ou da Secretaria do Tribunal;
V - exercer outras atribuições conferidas por lei e pelo regimento
interno do Tribunal de Justiça.
Parágrafo único. O Presidente do Tribunal de Justiça será auxiliado
em suas atividades por quatro (04) Juízes de Direito de entrância especial,
devendo a escolha ser referendada pelo Tribunal de Justiça, em sessão
plenária.
Art. 26. Compete ao Vice-Presidente mais antigo do Tribunal de
Justiça:
I - participar, com função julgadora, das sessões da Corte Especial;
II - integrar o Conselho Superior da Magistratura;
III – exercer a Diretoria do Fórum Clóvis Beviláqua, com as
atribuições constantes deste Código;
IV - superintender a administração e polícia dos edifícios dos Fóruns
da capital, sem prejuízo da atribuição dos Juízes de Direito quanto à polícia das
audiências e sessões do Tribunal do Júri;
V - designar Juízes de Direito da capital para auxiliá-lo, sem prejuízo
de suas funções jurisdicionais, delegando-lhes atribuições específicas;

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VI - presidir, diariamente, a distribuição dos feitos na comarca da
Capital, podendo delegar essa atribuição a um Juiz;
VII - verificar se o Juiz é assíduo e diligente, se cumpre e faz cumprir
com exatidão as leis e regulamentos, se observa os prazos legais em suas
decisões e despachos, comunicando ao Conselho Superior da Magistratura
eventuais omissões ou faltas;
VIII - adotar providências para que as suspeições de natureza íntima
sejam devida e imediatamente comunicadas ao Conselho Superior da
Magistratura;
IX - fixar o expediente dos Juízes, secretarias de varas e servidores
de Justiça do foro da capital;
X - conceder férias aos Juízes e servidores lotados nos Fóruns da
capital;
XI - conceder, por igual, licença para tratamento de saúde, por
tempo não excedente a três (3) meses, aos aludidos servidores;
XII - requisitar à autoridade competente a força policial necessária
aos serviços de segurança dos prédios dos Fóruns;
XIII - propor ao Tribunal a nomeação, exoneração ou demissão de
servidor da Diretoria dos Fóruns da Capital, observado, no último caso, o devido
processo legal;
XIV - providenciar quanto à substituição de Juiz e servidores de
justiça lotados nos fóruns e secretarias de varas, podendo, ainda, a pedido dos
Juízes, permutar servidores lotados nas respectivas secretarias;
XV - classificar e movimentar os servidores nos diversos serviços da
Diretoria do Foro e das secretarias de varas, tendo em vista o interesse da
Justiça;
XVI - presidir as provas de concurso destinado ao provimento dos
cargos de servidores de justiça, bem como de notários e registradores da
Capital;
XVII -lotar os Analistas judiciários exclusivamente nas secretarias de
varas e oficiais de justiça avaliadores, analistas adjunto judiciários e técnicos
judiciários na Diretoria do Foro e nas secretarias de varas, de conformidade
com a necessidade do serviço;
XVIII - apresentar, até o dia 31 de dezembro, circunstanciado
relatório à Presidência do Tribunal de Justiça, a respeito das atividades
judiciárias do ano, das medidas adotadas, dos serviços realizados e do grau de
eficiência revelado pelos Juízes e servidores, bem como prestação de contas
dos recursos financeiros movimentados durante o exercício.
Art. 27. Compete ao Vice-Presidente mais moderno do Tribunal de
Justiça:
I - substituir o Presidente nos seus impedimentos, ausências,
licenças e férias;
II - participar, com função julgadora, das sessões da Corte Especial;
III - integrar o Conselho Superior da Magistratura;
IV – exercer o juízo de admissibilidade nos recursos especial e
extraordinário, quando delegada a atribuição pelo Presidente do Tribunal;

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V – presidir as Câmaras Reunidas Cíveis e Criminais;
VI - exercer as demais atribuições estabelecidas no regimento
interno do Tribunal de Justiça.
Art. 28. Quando no exercício da Presidência, manter-se-á o Vice-
Presidente vinculado à condição de julgador nas Câmaras a que presida, apenas
nos feitos que lhe houverem sido distribuídos como Relator ou Revisor e nos
quais tiver aposto o seu visto; nos demais casos ou feitos serão redistribuídos.
Art. 29. A Corregedoria Geral da Justiça, órgão de fiscalização,
disciplina e orientação dos Juízes de primeiro grau, dos Juízes de paz, dos
servidores de Justiça e dos serviços notariais e de registro, será exercida por
dois (02) Desembargadores, o primeiro denominado Corregedor Geral de
Justiça, com a atribuição de superintender os serviços da Capital e do interior
do Estado e o segundo, denominado Vice-Corregedor Geral de Justiça.
Parágrafo único. A Corregedoria elaborará seu regimento interno,
que será submetido à aprovação pelo Tribunal Pleno.
Art. 30. O Corregedor Geral de Justiça será auxiliado em suas
atividades ordinárias, sindicâncias e inquéritos administrativos, bem como em
correições gerais e especiais ou parciais, por quatro (04) Juízes de Direito de
entrância especial, devendo a escolha ser referendada pelo Tribunal de Justiça,
em sessão plenária.
Art. 31. O Corregedor Geral de Justiça e o Vice-Corregedor Geral de
Justiça participam, com função julgadora, das sessões da Corte Especial.
Art. 32. São atribuições do Corregedor Geral de Justiça:
I - supervisionar as atividades administrativas da Corregedoria;
II - participar, com função julgadora, das sessões da Corte Especial;
III - integrar o Conselho Superior da Magistratura;
IV - elaborar o regimento interno da Corregedoria e modificá-lo, em
ambos os casos com aprovação do Conselho Superior da Magistratura;
V – exercer as demais atribuições definidas no seu próprio regimento
e no regimento interno do Tribunal de Justiça, observadas as Constituições
Federal e Estadual, bem como a Lei Orgânica da Magistratura Nacional.
Art. 33. São atribuições do Vice-Corregedor Geral de Justiça:
I - substituir o Corregedor Geral de Justiça nos seus impedimentos,
ausências, licenças e férias;
II - participar, com função julgadora, das sessões da Corte Especial;
III - exercer as demais atribuições estabelecidas no regimento
interno da Corregedoria.
Art. 34. O Vice-Corregedor Geral de Justiça será substituído nos seus
impedimentos, férias e licenças, pelo Desembargador mais antigo desimpedido.
Art. 35. Das decisões originárias dos Corregedores Gerais de Justiça,
cabe recurso para o Conselho Superior da Magistratura, no prazo de cinco (05)
dias a partir da intimação ou ciência do interessado.
Art. 36. As correições a cargo da Corregedoria Geral de Justiça
poderão ser gerais ou parciais e serão realizadas pelos Corregedores Gerais, de

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ofício ou por determinação da Corte Especial do Tribunal de Justiça ou do
Conselho Superior da Magistratura.
Art. 37. As correições gerais consistem na fiscalização dos serviços
judiciais e extrajudiciais de uma comarca ou apenas de uma vara, para
verificar-lhe a regularidade.
Parágrafo único. As correições serão sempre precedidas de edital e
seu procedimento estabelecido nos regimentos internos da Corregedoria e do
Tribunal de Justiça.
Art. 38. As correições parciais consistem na averiguação de
reclamação ou denúncia apresentada, aplicando-se-lhes os mesmos preceitos
das gerais, no que for cabível.
Art. 39. O Conselho Superior da Magistratura, mediante provimento,
expedirá, para os casos especiais, as instruções que se fizerem necessárias ao
melhor desempenho das funções de Corregedor.

CAPÍTULO III

DA ESCOLA SUPERIOR DA MAGISTRATURA


Art. 40. A Escola Superior da Magistratura do Estado do Ceará -
ESMEC, destinada prioritariamente à preparação e aperfeiçoamento de
Magistrados, através da realização de cursos de especialização e pós-
graduação, será dirigida por dois (02) Desembargadores em atividade, os quais
exercerão as funções de Diretor e Vice-Diretor, observada a antiguidade,
escolhidos pelo Presidente do Tribunal de Justiça, com anuência do seu
Plenário, e serão auxiliados por um Juiz de Direito que exercerá a função de
coordenador, com prejuízo de suas atividades jurisdicionais.
Parágrafo único. O mandato dos Diretores da Escola terá a mesma
duração do mandato do Presidente que o nomear, sendo vedada a recondução.
Art. 41. A Escola Superior da Magistratura do Estado do Ceará -
ESMEC é órgão de atuação desconcentrada do Tribunal de Justiça e funcionará
com autonomia administrativa e financeira que lhe forem estabelecidas em Lei,
sendo o seu regimento interno submetido à aprovação pelo Tribunal Pleno.
Art. 42. Compete à Escola Superior da Magistratura:
I - promover cursos de preparação ao ingresso na magistratura,
estabelecendo prazo de duração do curso, as disciplinas obrigatórias, a carga
horária mínima, a qualificação do pessoal docente, freqüência e avaliação de
aproveitamento;
II – promover ou organizar cursos de preparação para candidatos a
concursos nas carreiras jurídicas, dando-se preferência aos Magistrados quando
da formação do corpo docente;
III - realizar cursos de caráter permanente para atualização,
aperfeiçoamento e especialização dos Magistrados, observando-se as diretrizes
básicas do inciso anterior, bem como dos serviços administrativos e judiciais
para os servidores do Poder Judiciário e, ainda, para as atividades notariais e
registrais;
IV - promover congressos, simpósios e conferências sobre temas
relacionados à formação dos Magistrados, ao aperfeiçoamento dos serviços
judiciários e da prestação jurisdicional;

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V - desenvolver estudos objetivando o encaminhamento de
sugestões para melhoria ou elaboração de normas propiciadoras de melhor
prestação jurisdicional;
VI - celebrar convênios com universidades que mantenham cursos de
Direito, visando a melhoria da qualidade do pessoal docente e do suporte
didático, através de métodos de ensino jurídico e técnicas de pesquisa na área
do Direito;
VII - instituir cursos de graduação e pós-graduação em direito,
atendendo-se aos requisitos estipulados pelo Ministério da Educação, podendo
para tanto firmar convênios com outras instituições de ensino.
§ 1°. A participação e aproveitamento em cursos realizados pela
Escola Superior da Magistratura do Estado do Ceará - ESMEC, para servir como
título ou requisito para inscrição em concurso, qualificação para pleitos,
promoção ou acesso, deverão ser previamente anunciados por edital, com
prazo de dez (10) dias, publicado no Diário da Justiça do Estado, convocando à
inscrição os interessados.
§ 2°. Somente os simpósios, congressos, conferências e outros
estudos, nos quais forem propiciadas semelhantes condições para participação
de todos os Juízes, poderão servir como título para os fins de promoção ou
acesso.
Art. 43. A Escola Superior da Magistratura do Estado do Ceará -
ESMEC patrocinará a pesquisa e o debate jurídico de temas relevantes, visando
ao desenvolvimento da ciência do Direito e ao aperfeiçoamento das leis.

CAPÍTULO IV

DA OUVIDORIA GERAL DO PODER JUDICIÁRIO


Art. 44. A Ouvidoria Geral do Poder Judiciário, destinada
prioritariamente ao recebimento de reclamações, informações e sugestões em
relação ao Poder Judiciário, tem por objetivo identificar causas e buscar
soluções para o aperfeiçoamento dos serviços judiciais, e será dirigida por um
Desembargador designado pelo Presidente do Tribunal de Justiça, cujo mandato
deverá coincidir com o do presidente que o designar, podendo ser reconduzido
por uma única vez.
Parágrafo único. A composição, estrutura, competência e
funcionamento da Ouvidoria Geral do Poder Judiciário será estabelecida através
de resolução do Tribunal de Justiça.

CAPÍTULO V

DA CENTRAL DE CONCILIAÇÃO EM SEGUNDO GRAU


Art. 45. A Central de Conciliação em Segundo Grau tem por objetivo
a busca de conciliação em ações originárias e recursos no âmbito do Tribunal de
Justiça, visando a celeridade processual, a pacificação da partes e o
aprimoramento da prestação jurisdicional.
Parágrafo único. A composição, estrutura, competência e
funcionamento da Central Conciliação em Segundo Grau será estabelecida por
resolução do Tribunal de Justiça.

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CAPÍTULO VI

DA COMISSÃO ESTADUAL JUDICIÁRIA DE ADOÇÃO INTERNACIONAL –


CEJAI/CE
Art. 46. A Comissão Estadual Judiciária de Adoção Internacional –
CEJAI/CE, tem por objetivo dar cumprimento ao disposto no Estatuto da
Criança e do Adolescente, no que concerne à adoção internacional, bem como
auxiliar os Juízes da Infância e Juventude, nos procedimentos relativos à
adoção internacional de crianças e adolescentes brasileiros, residentes e
domiciliados no território do Estado do Ceará, e será dirigida por um
Desembargador designado pelo Presidente do Tribunal de Justiça, cujo mandato
deverá coincidir com o do presidente que o designar.
Parágrafo único. A composição, estrutura, competência e
funcionamento da Comissão Estadual Judiciária de Adoção Internacional –
CEJAI/CE será estabelecida em regimento interno próprio, depois de aprovado
pelo Tribunal de Justiça.

TÍTULO IV

DA JUSTIÇA DE PRIMEIRO GRAU

CAPÍTULO I

DA COMPOSIÇÃO
Art. 47. A Justiça de primeiro grau compõe-se de:
I - Turmas Recursais dos Juizados Especiais Cíveis e Criminais;
II - Tribunais do Júri;
III - Juízes de Direito;
IV - Juízes de Direito Zonais;
V - Juizados Especiais Cíveis e Criminais;
VI - Auditoria Militar;
VII - Juízes Substitutos;
VIII - Juízes de Paz.

CAPÍTULO II

DA DIVISÃO JUDICIÁRIA DE PRIMEIRO GRAU


Art. 48. Para fins de administração do Poder Judiciário, o território do
Estado do Ceará divide-se em unidades judiciárias, compreendidas em
comarcas sede de jurisdição, comarcas vinculadas e distritos judiciários, todas
agrupadas em zonas judiciárias, de conformidade com o anexo I desta Lei.
Art. 49. As comarcas classificam-se em quatro (04) entrâncias, a
saber: primeira, segunda, terceira e especial, conforme anexo I desta Lei
Art. 50. A Secretaria Geral do Tribunal de Justiça manterá um banco
de dados atualizado de todas as comarcas sede de jurisdição, comarcas
vinculadas, distritos e zonas judiciárias, com a indicação da extensão territorial,
número de habitantes, número de eleitores, distância em relação à Capital e

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cidades vizinhas, vias de comunicação e de acesso, receita tributária, número e
espécie de feitos distribuídos e julgados em cada ano.

SEÇÃO I

DAS COMARCAS SEDE DE JURISDIÇÃO


Art. 51. As comarcas sede de jurisdição constituem-se de comarcas
definitivamente implantadas, observados os requisitos estabelecidos nesta Lei.

SEÇÃO II

DAS COMARCAS VINCULADAS


Art. 52. As comarcas vinculadas são aquelas ainda não erigidas
definitivamente em comarcas sede de jurisdição.
Art. 53. As comarcas vinculadas integram as comarcas sede de
jurisdição a que estiverem vinculadas, de conformidade com o anexo I desta
Lei.
Art. 54. A prestação jurisdicional dar-se-á na própria comarca
vinculada, competindo ao Juiz Diretor do Foro da comarca sede de jurisdição
funcionar nos feitos pertinentes à comarca vinculada.
§ 1º. Sendo duas ou mais varas na comarca sede de jurisdição e
duas ou mais as respectivas comarcas vinculadas, o Presidente do Tribunal de
Justiça poderá designar Juiz de outra vara ou outra comarca para auxiliar o Juiz
Diretor do Foro em exercício na jurisdição integrada.
§ 2º. Pelo exercício de atividade jurisdicional em Comarca Vinculada
o magistrado fará jus ao pagamento de diárias e despesas com transporte.

Art. 55. O Juiz Diretor do Foro da comarca sede de jurisdição, por


intermédio da Presidência do Tribunal de Justiça, poderá requisitar servidores
dos outros poderes do Estado para auxiliar na execução dos trabalhos
judiciários das comarcas vinculadas, com ônus para a origem.

Art. 56. As atuais comarcas vinculadas serão erigidas a comarcas


sede de jurisdição, mediante lei de iniciativa do Tribunal de Justiça,
dispensando-se as exigências constantes no art. 56 desta Lei.

SEÇÃO III

DA IMPLANTAÇAO E INSTALAÇÃO DE COMARCA


Art. 57. São requisitos essenciais para a implantação de comarca:
I - população mínima de dez mil (10.000) habitantes;
II - arrecadação estadual, proveniente de tributos, superior a cinco
mil (5.000) vezes o valor da unidade fiscal do Estado do Ceará;
III - mínimo de duzentos (200) prédios na sede;
IV - mínimo de dois mil (2.000) eleitores inscritos;
V - volume de serviços forenses de no mínimo trezentos (300) feitos
judiciais, que exijam sentença com ou sem julgamento de mérito;

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VI - extensão territorial igual a exigida para criação de municípios.
Art. 58. Presentes os requisitos estabelecidos no artigo anterior, o
Tribunal de Justiça verificará se a comarca possui prédio destinado ao Fórum
local, com dependência para gabinete do Juiz, sala de audiências, sala de
reuniões do Tribunal do Júri, sala para funcionamento da secretaria de vara,
sala para o Ministério Público, sala para defensores públicos, sala para
advogados, além de outras dependências necessárias aos serviços judiciais e,
ainda, casas para residência oficial do Juiz, do Promotor de Justiça e cadeia
pública; O Tribunal verificará, também, se existem prédios para instalação e
funcionamento dos ofícios exercidos em caráter privado por delegação do Poder
Público.
§ 1°. Satisfeitos os requisitos constantes no caput deste artigo, o
Tribunal, mediante projeto de lei, proporá a implantação da comarca, bem
como a criação dos cargos de Juiz de Direito, diretor de secretaria, analista
judiciário, analista adjunto judiciário, oficial de justiça avaliador e técnico
judiciário, em número necessário a execução dos serviços judiciais.
Providenciará, outrossim, o provimento dos cargos de 1° e 2° notários.
§ 2°. A comarca será instalada através de solenidade presidida pelo
Juiz da nova unidade judiciária, ou por outro designado pelo Presidente do
Tribunal de Justiça, lavrando-se ata.
§ 3°. Da ata de instalação da comarca serão extraídas seis (06)
cópias que serão endereçadas, respectivamente, ao Tribunal de Justiça, ao
Tribunal Regional Eleitoral, à Secretaria de Justiça do Estado, à Procuradoria
Geral de Justiça, à Defensoria Pública e ao Arquivo Público.
§ 4°. Quando da implantação de nova comarca, os feitos em
tramitação, independentemente da fase processual em que se encontrem, serão
encaminhados para a nova sede de juízo, obedecida a legislação processual em
vigor.

SEÇÃO IV

DA ELEVAÇÃO DE COMARCA
Art. 59. Para a elevação de comarca à segunda e terceira entrância,
devem ser observados os seguintes requisitos:
I - população mínima de vinte e cinco mil (25.000) habitantes ou
doze mil e quinhentos (12.500) eleitores e quarenta e cinco mil (45.000)
habitantes ou quinze mil (15.000) eleitores, apurada pela última estimativa
oficial;
II - arrecadação estadual mínima proveniente de tributo, superior a
treze mil (13.000) e vinte e cinco mil (25.000) vezes o valor da unidade fiscal
do Estado do Ceará, relativo ao ano anterior;
III - movimento forense de duzentos (200) e quatrocentos (400)
feitos judiciais que exijam sentença com ou sem julgamento de mérito;
IV - existência de edifícios públicos com capacidade e condições para
funcionamento do Fórum, da cadeia pública e casa para residência do Juiz e do
Promotor de Justiça, de acordo com a nova entrância e que integrarão o
domínio do Estado.
§ 1°. Na receita tributária compreende-se a totalidade dos tributos
recebidos no município, acrescidos das cotas de participação.

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§ 2°. Se um dos requisitos não alcançar o quantitativo mínimo, mas
dele se aproximar, poderá ser proposta a elevação de entrância da comarca, a
critério do Tribunal de Justiça.
§ 3°. Os Juízes das comarcas que sofrerem elevação de entrância
permanecerão nas respectivas funções até serem removidos ou promovidos,
fazendo jus a percepção da diferença de subsídios.

SEÇÃO V

DOS DISTRITOS JUDICIÁRIOS


Art. 60. Os distritos judiciários, integrantes das respectivas
comarcas, terão a denominação e os limites correspondentes aos da divisão
administrativa do Estado.
Art. 61. Cada distrito judiciário terá, pelo menos, um ofício de
registro civil de pessoas naturais e um juizado de paz.
§ 1º. A instalação do distrito ter-se-á por feita com a posse da
primeira pessoa que ocupar o cargo de oficial do registro civil de pessoas
naturais.
§ 2°. O cargo de oficial do registro civil de pessoas naturais será
provido após concurso público de provas e títulos, elaborado na conformidade
de ato regulamentar baixado pelo Tribunal de Justiça.
§ 3°. Os Juízes de paz exercerão suas funções nos distritos.

SEÇÃO VI

DAS ZONAS JUDICIÁRIAS


Art. 62. Para efeito de substituição de Juízes nas faltas, férias e
licenças ou, ainda, por motivo de impedimento ou suspeição, as comarcas são
agrupadas em zonas Judiciárias, exceto a da Capital.
Art. 63. As zonas judiciárias são integradas por grupos de comarcas
sede de jurisdição, comarcas vinculadas e distritos, cuja composição e
respectivas sedes são indicadas no quadro constante no anexo II desta Lei.

TÍTULO V

DA COMARCA DA CAPITAL

CAPÍTULO I

DO VICE-DIRETOR DO FORO DA CAPITAL


Art. 64. O Vice-Diretor do Foro da Capital, Juiz de Direito de
entrância especial, será escolhido pelo Diretor do Foro da Capital, dentre os
integrantes da primeira quinta parte da lista de antiguidade.
Parágrafo único. O mandato do Vice-Diretor do Foro da Capital terá a
mesma duração do mandato do Diretor que o indicar, sendo vedada a
recondução.
Art. 65. Compete ao Vice-Diretor do Foro da Capital:

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I - substituir o Diretor do Foro da capital nos seus impedimentos,
ausências, licenças e férias, exceto no Conselho Superior da Magistratura;
II - exercer as demais funções administrativas que lhes forem
atribuídas pelo Diretor do Foro da Capital.
Art. 66. Quando no exercício da diretoria do foro da Capital, o Vice-
Diretor manter-se-á afastado das funções jurisdicionais, devendo ser designado
substituto legal enquanto perdurar o afastamento.

CAPÍTULO II

DOS ÓRGÃOS COLEGIADOS

SEÇÃO I

DAS TURMAS RECURSAIS DOS JUIZADOS ESPECIAIS CÍVEIS E


CRIMINAIS
Art. 67. No Estado do Ceará funcionarão duas (02) Turmas Recursais
dos Juizados Especiais Cíveis e Criminais, ordinalmente numeradas, com
jurisdição em todo o território do Estado.
Art. 68. Cada Turma Recursal é composta de três (03) Juízes de
Direito, escolhidos pelo Tribunal Pleno, por remoção voluntária, dentre os Juízes
integrantes da primeira quinta parte da lista de antiguidade da entrância
especial, observados os critérios de antiguidade e merecimento.
Art. 69. As Turmas Recursais serão presididas por um de seus
membros, indicado pelo Presidente do Tribunal de Justiça, sendo obrigatório
rodízio anual, vedada a recondução enquanto houver Juiz membro que não
exerceu a presidência.
Parágrafo único. O Presidente de Turma será substituído em seus
impedimentos e ausências inferiores a trinta (30) dias pelo membro mais antigo
que lhe seguir.
Art. 70. Os Juízes das Turmas Recursais serão substituídos em seus
impedimentos e ausências por Juiz de Direito de entrância especial, designado
pelo Presidente do Tribunal.
Parágrafo único. Em caso de afastamento temporário de quaisquer
dos membros integrantes de Turma, não haverá redistribuição de processos,
salvo em se tratando de mandado de segurança e habeas corpus.
Art. 71. Compete às Turmas Recursais processar e julgar:
I - os recursos interpostos contra sentenças dos Juízes dos Juizados
Especiais Cíveis e Criminais;
II - os embargos de declaração opostos a seus acórdãos;
III - as homologações de desistência e transações, nos feitos que se
achem em pauta;
IV - os mandados de segurança e habeas corpus impetrados contra
atos dos Juízes dos Juizados Especiais Cíveis e Criminais.

Parágrafo único. O Presidente de cada Turma Recursal realizará o


exame de admissibilidade dos recursos extraordinários interpostos contra seus
acórdãos.

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Art. 72. Resolução do Tribunal de Justiça disporá sobre a ordem dos
serviços, organização e demais disposições pertinentes às Turmas Recursais.

SEÇÃO II

DO TRIBUNAL DO JÚRI
Art. 73. O Tribunal do Júri funcionará em cada comarca, obedecidas,
na sua composição e funcionamento, as normas estabelecidas em Lei.
§ 1°. Nas comarcas da Capital e do interior, as sessões do Tribunal
do Júri serão realizadas nos meses de fevereiro a junho e de agosto a
dezembro.
§ 2°. Sempre que necessário e o exigir o interesse da Justiça, o Juiz
poderá convocar extraordinariamente o Tribunal do Júri, comunicando
imediatamente ao Conselho da Magistratura.
Art. 74. O alistamento de jurados será feito no mês de outubro de
cada ano, pelo Juiz Presidente do Júri, sendo a respectiva lista publicada no
mês seguinte.
§ 1º. É vedada a inclusão no Tribunal do Júri, de jurados que já
serviram por dois anos, consecutivos ou não.
§ 2º. O sorteio dos jurados titulares e suplentes será feito trinta (30)
dias antes do dia designado para a instalação das sessões do Tribunal Popular.

SEÇÃO III

DA JUSTIÇA MILITAR
Art. 75. A Justiça Militar Estadual em primeiro grau é composta por
um colegiado denominado Auditoria Militar, formado por um Juiz de Direito
que o presidirá, e pelos Conselhos de Justiça Militar, com jurisdição em todo o
Estado.
Parágrafo único. Em segundo grau, é exercida pelo Tribunal de
Justiça.
Art. 76. Na composição dos Conselhos de Justiça Militar, observar-
se-á, no que couber, o disposto na legislação da Justiça Militar da União.
Art. 77. Compete à Justiça Militar do Estado processar e julgar os
policiais militares e bombeiros militares por crimes militares definidos em lei e
as ações judiciais contra atos disciplinares militares, ressalvada a competência
do júri quando a vítima for civil, cabendo ao Tribunal de Justiça decidir sobre a
perda do posto e da patente dos oficiais e da graduação dos praças.
§ 1°. Os crimes militares cometidos contra civis e as ações judiciais
contra atos disciplinares militares serão processados e julgados de forma
monocrática pelo Juiz de Direito do juízo militar, ressalvada a competência do
Tribunal do Júri quando a vítima for civil.
§ 2º. Compete ao Conselho de Justiça Militar processar e julgar os
demais crimes militares.

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CAPÍTULO III

DOS ÓRGÃOS SINGULARES

SEÇÃO I

DOS JUÍZES DE DIREITO

SUBSEÇÃO I

DA ESPECIALIZAÇÃO
Art. 78. Na comarca de Fortaleza haverá cento e quarenta e cinco
(145) Juízes de Direito, titulares e auxiliares, com jurisdição, atribuições e
competências definidas neste Código, na forma a seguir disposta:
I – seis Juízes de Direito das Turmas Recursais dos Juizados
Especiais Cíveis e Criminais;
II - trinta (30) Varas Cíveis (1ª a 30ª);
III – três (03) Varas de Falências e Concordatas (1ª e 3ª);
IV - dezoito (18) Varas de Família (1ª a 18ª);
V - cinco (05) Varas de Sucessões (1ª a 5ª);
VI - dez (10) Varas da Fazenda Pública (1ª a 10ª);
VII - sete (07) Varas de Execução Fiscal e de Crimes contra a Ordem
Tributária (1ª a 7ª);
VIII - duas (02) Varas de Registros Públicos (1ª e 2ª);
IX - cinco (05) Varas da Infância e da Juventude (1ª a 5ª);
X - dezoito (18) Varas Criminais (1ª a 18ª);
XI – três (03) Varas de Delitos sobre Tráfico de Substâncias
Entorpecentes;
XII - uma (01) Vara de Execução Penal e Corregedoria de Presídios;
XIII - uma (01) Vara de Execução de Penas e Medidas Alternativas;
XIV - seis (06) Varas do Júri (1ª a 6ª);
XV - uma (01) Vara da Auditoria Militar;
XVI – vinte e oito (28) Varas dos Juizados Especiais Cíveis e
Criminais.

SEÇÃO II

DA COMPETÊNCIA PRIVATIVA
Art. 79. Na comarca da Capital, as atribuições dos Juízes de Direito
são exercidas mediante distribuição, respeitada a separação entre as jurisdições
cível, criminal e especial.
Parágrafo único. As cartas precatórias serão cumpridas pelos
diversos juízos, por distribuição, observadas suas competências e
especialidades.

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SEÇÃO III

DA JURISDIÇÃO CÍVEL

SUBSEÇÃO I

DOS JUÍZES DE DIREITO DAS VARAS CÍVEIS


Art. 80. Aos Juízes de Direito das Varas Cíveis compete, por
distribuição, exercer as atribuições definidas nas leis processuais civis, não
privativas de outro Juízo.
SUBSEÇÃO II

DOS JUÍZES DE DIREITO DAS VARAS DE FALÊNCIAS E CONCORDATAS


Art. 81. Aos Juízes de Direito das Varas de Falências e Concordatas
compete, por distribuição, processar e julgar:
I - as falências e concordatas;
II - os feitos que, por força de lei, devam ter curso no juízo da
falência ou da concordata, inclusive os crimes de natureza falimentar;
III - as causas, inclusive os processos crime, nos quais as instituições
financeiras, em regime de liquidação extrajudicial, figurem como parte, vítima
ou terceiro interessado;
IV - as execuções por quantia certa contra devedor insolvente,
inclusive o pedido de declaração de insolvência;
V - os processos que tratem de crimes falimentares.
SUBSEÇÃO III

DOS JUÍZES DE DIREITO DAS VARAS DA FAZENDA PÚBLICA


Art. 82. Aos Juízes de Direito das Varas da Fazenda Pública compete,
por distribuição:
I - processar e julgar com jurisdição em todo o território do Estado:
a) as causas em que o Estado do Ceará, o Município de Fortaleza, e
os seus respectivos órgãos autárquicos, forem interessados, como autores,
réus, assistentes ou oponentes, excetuadas falências, concordatas, acidentes de
trabalho, bem como as definidas nas letras "e" e "f", do inciso I, do art. 102 da
Constituição Federal;
b) os mandados de segurança contra atos das autoridades estaduais,
municipais, autárquicas ou pessoas naturais ou jurídicas que exerçam funções
delegadas do Poder Público, no que se entender com essas funções, ressalvada
a competência originária do Tribunal de Justiça e de seus órgãos em relação à
categoria da autoridade apontada como coatora, bem como a competência dos
Juízes de Direito das comarcas do Interior onde a autoridade impetrada tiver
sua sede;
c) as medidas cautelares nos feitos de sua competência.
II - dar cumprimento às precatórias em que haja interesse de
qualquer Estado ou Município, suas autarquias, empresas públicas, sociedades

17
de economia mista ou fundações por eles criadas, salvo se elas tiverem de ser
cumpridas em comarcas do interior do Estado.
§ 1°. Os atos e diligências dos Juízes das Varas da Fazenda Pública
poderão ser praticados em qualquer comarca do interior do Estado pelos Juízes
locais ou seus auxiliares, mediante a exibição de ofício ou mandado em forma
regular.
§ 2º. É competente o foro da situação da coisa, nos casos definidos
nas letras “a” e “c” do inciso I deste artigo, caso se cuide de ação fundada em
direito real sobre imóveis.
SUBSEÇÃO IV

DOS JUÍZES DE DIREITO DAS VARAS DE REGISTROS PÚBLICOS


Art. 83. Aos Juízes de Direito das Varas de Registros Públicos
compete, por distribuição:
I - processar e julgar:
a) as causas que se refiram com exclusividade à alteração ou
desconstituição dos registros públicos;
b) as impugnações a loteamento de imóveis, realizadas na
conformidade do Decreto Lei n° 58, de 10 de dezembro de 1937;
c) as causas relativas a bem de família.
II - responder a consultas e decidir dúvidas levantadas pelos notários
e oficiais do registro público, salvo o caso de execução de sentença proferida
por outro Juiz;
III - processar protestos, notificações, interpelações, vistorias e
outras medidas que sirvam como documentos para a juntada em processos de
sua competência;
IV - dirimir as dúvidas suscitadas entre a sociedade anônima e o
acionista ou qualquer interessado, a respeito das averbações, anotações,
lançamentos ou transferências de ações nos livros próprios das referidas
sociedades anônimas, com exceção das questões atinentes a substância do
direito.
SUBSEÇÃO V

DOS JUÍZES DE DIREITO DAS VARAS DE FAMÍLIA


Art. 84. Aos Juízes das Varas de Família compete, por distribuição:
I - processar e julgar:
a) as ações de nulidade e anulação de casamento, de união estável,
de separação judicial e de divórcio e as relativas ao estado e à capacidade da
pessoa;
b) as ações de investigação de paternidade, cumuladas ou não com
as de petição de herança;
c) as ações de alimentos e as de posse e guarda de filhos menores,
ressalvada a competência específica das Varas da Infância e da Juventude;
d) as ações sobre suspensão e perda do pátrio poder e as de
emancipação, ressalvada a competência das Varas da Infância e da Juventude;

18
e) as ações concernentes ao regime de bens do casamento e as
doações antenupciais;
f) as ações relativas à interdição e atos decorrentes, como nomeação
de curadores e administradores provisórios, levantamento de interdição,
suprimento de consentimento, tomada de contas, especialização de hipoteca
legal, remoção e destituição de curadores.
II - suprir o consentimento do cônjuge e dos pais ou tutores, para o
casamento dos filhos ou tutelados, sob sua jurisdição;
III - julgar as habilitações de casamento civil e presidir a sua
celebração.
SUBSEÇÃO VI

DOS JUÍZES DE DIREITO DAS VARAS DE SUCESSÕES


Art. 85. Aos Juízes das Varas de Sucessões compete, por
distribuição:
I - processar e julgar:
a) inventários e partilhas ou arrolamentos;
b) ações concernentes à sucessão causa mortis, salvo as de petição
de herança, quando cumuladas com as de investigação de paternidade;
c) ações de nulidade e anulação de testamento e as pertinentes a
sua execução;
d) as ações que envolvam bens vagos ou de ausentes e a herança
jacente, salvo as ações diretas contra a Fazenda Pública.
II - determinar a abertura de testamento e codicilos e decidir sobre a
aprovação dos testamentos particulares, ordenando ou não o registro, inscrição
e cumprimento deles e dos testamentos públicos.

SEÇÃO IV

DA JURISDIÇÃO CRIMINAL

SUBSEÇÃO I

DOS JUÍZES DE DIREITO DAS VARAS CRIMINAIS


Art. 86. Compete aos Juízes de Direito das Varas Criminais exercer,
por distribuição, as atribuições definidas nas leis processuais penais, não
privativas de outros juízos.
Parágrafo único. Ao Juiz de Direito da 12ª Vara Criminal compete,
única e exclusivamente, processar e julgar os crimes praticados contra a
criança e o adolescente, ressalvada a competência das Varas do Júri e dos
Juizados Especiais Cíveis e Criminais.

SUBSEÇÃO II

DOS JUÍZES DE DIREITO DAS VARAS DO JÚRI

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Art. 87. Aos Juízes de Direito das Varas do Júri compete, por
distribuição:
I - processar as ações dos crimes dolosos contra a vida, consumados
ou tentados;
II - prolatar sentença de pronúncia, impronúncia, desclassificação e
absolvição sumária;
III - lavrar sentença condenatória ou absolutória na forma da lei;
IV - presidir o Tribunal do Júri;
V - promover o alistamento dos jurados e fazer sua revisão, inclusive
da lista de suplentes, observada a vedação do § 1º, do art. 73 desta Lei.

SUBSEÇÃO III

DO JUIZ DE DIREITO DA VARA DA AUDITORIA MILITAR

Art. 88. O Juízo da Vara da Auditoria Militar será exercido por um


Juiz de Direito de entrância especial.
Art. 89. Ao Juiz de Direito da Vara da Justiça Militar compete:
I – presidir o Conselho da Justiça Militar, nos processos da alçada da
Justiça Militar Estadual;
II – processar e julgar isoladamente os crimes praticados por
militares contra civis, e as ações judiciais contra atos disciplinares militares,
ressalvada a competência do Tribunal do Júri;
III - praticar, em geral, os atos de jurisdição criminal regulados pelo
Código de Processo Penal Militar, não atribuídos expressamente à jurisdição
diversa.
SUBSEÇÃO IV
DO JUIZ DE DIREITO DAS VARAS DE DELITOS SOBRE TRÁFICO DE
SUBSTÂNCIAS ENTORPECENTES

Art. 90 - Aos Juízes de Direito das Varas de Delitos sobre Tráfico de


Substâncias Entorpecentes compete, por distribuição, o processo e julgamento
dos delitos decorrentes do tráfico ilícito de substâncias entorpecentes ou que
determinem dependência física e/ou psíquica.

SUBSEÇÃO V

DO JUIZ DE DIREITO DA VARA DE EXECUÇÃO PENAL E CORREGEDORIA


DOS PRESÍDIOS

Art. 91. Ao Juiz de Direito da Vara de Execução Penal e Corregedoria


de Presídios, observada a competência da Vara de Execução de Penas e
Medidas Alternativas, compete:

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I - executar as sentenças condenatórias, inclusive as proferidas pelos
Juízes das comarcas do interior, quando a pena tenha de ser cumprida em
Penitenciária do Estado, localizada na região metropolitana da Capital;
II - aplicar aos casos julgados a lei posterior que, de qualquer modo,
favoreça o condenado;
III - declarar extinta a punibilidade;
IV - conhecer e decidir sobre:
a) soma ou unificação de penas;
b) progressão ou regressão de regime;
c) detração, remissão ou reajuste de pena, no caso de sua
comutação;
d) suspensão condicional da pena;
e) livramento condicional;
f) incidentes da execução.
V - expedir alvará de soltura em favor de réus que tenham cumprido
a pena;
VI - inspecionar, permanentemente, os estabelecimentos penais,
tomando providências para o adequado funcionamento e promover, quando for
o caso, a apuração de responsabilidade, comunicando, outrossim, ao
Corregedor Geral de Justiça da Capital, as irregularidades e deficiências da
respectiva administração;
VII - interditar, no todo ou em parte, estabelecimento penal que
estiver funcionando em condições inadequadas ou com infringência aos
dispositivos desta Lei, ouvida previamente a Corregedoria Geral de Justiça da
Capital;
VIII - processar e julgar os pedidos de habeas-corpus, ressalvada,
entretanto, a competência do Juiz da Vara que esteja prevento em razão de
anterior distribuição de inquérito policial, procedimento criminal de qualquer
natureza ou ação criminal;
IX - compor o Conselho da Comunidade;
X - autorizar o ingresso e saída de presos, tanto os oriundos da
Capital quanto os do interior do Estado, obedecidas as cautelas legais;
XI - zelar pelo correto cumprimento da pena e da medida de
segurança;
XII - autorizar saídas temporárias;
XIII - determinar:
a) a conversão da pena privativa de liberdade em restritiva de
direitos;
b) a aplicação da medida de segurança, bem como a substituição da
pena por medida de segurança;
c) a revogação da medida de segurança;
d) a desinternação e o restabelecimento da situação anterior;
e) o cumprimento da pena ou medida de segurança em outra
comarca;

21
f) a remoção do condenado na hipótese prevista na Lei de Execução
Penal.
SUBSEÇÃO VI

DO JUIZ DE DIREITO DA VARA DE EXECUÇÃO DE PENAS E MEDIDAS


ALTERNATIVAS
Art. 92. Ao Juiz de Direito da Vara de Execução de Penas e Medidas
Alternativas compete:
I - promover a execução e fiscalização das penas restritivas de
direitos e medidas alternativas, inclusive da suspensão condicional do processo,
e decidir sobre os respectivos incidentes, bem assim, das penas e medidas
alternativas impostas a réus residentes na comarca de Fortaleza, processados e
julgados em outras comarcas;
II - cadastrar e credenciar entidades públicas e privadas ou com elas
conveniar sobre programas comunitários, com vista à execução das penas
restritivas de direitos e medidas alternativas;
III - instituir e supervisionar programas comunitários para os fins
previstos no inciso anterior;
IV – designar a entidade ou o programa comunitário, o local, dia e
horário para o cumprimento da pena ou medida alternativa, bem como a forma
de fiscalização;
V – acompanhar pessoalmente, quando necessário, a execução dos
trabalhos;
VI – declarar extinta a pena ou cumprida a medida.

SEÇÃO V

DA JURISDIÇAO ESPECIAL
SUBSEÇÃO I

DOS JUÍZES DE DIREITO DAS VARAS DE EXECUÇÃO FISCAL E DE CRIMES


CONTRA A ORDEM TRIBUTÁRIA
Art. 93. Aos Juízes de Direito das Varas de Execução Fiscal e de
Crimes contra a Ordem Tributária compete, por distribuição, processar e julgar:
I - as execuções fiscais ajuizadas pelo Estado do Ceará, pelo
Município de Fortaleza, e por suas respectivas entidades autárquicas, contra
devedores residentes e domiciliados na Capital, observando-se a legislação
processual específica;
II - as ações decorrentes das execuções fiscais, como mandados de
segurança, repetição do indébito, anulatória do ato declaratório da dívida, ação
cautelar fiscal, dentre outras;
III - os acusados da prática de delitos contra a ordem tributária.
Parágrafo único. Os atos e diligências dos Juízes de Direito das Varas
de Execução Fiscal e de Crimes contra a Ordem Tributária poderão ser
praticados em qualquer comarca do interior do Estado, pelos Juízes locais ou
seus auxiliares, mediante a exibição de ofício ou mandado em forma regular.

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SUBSEÇÃO II

DOS JUÍZES DE DIREITO DAS VARAS DA INFÂNCIA E DA JUVENTUDE


Art. 94. Aos Juízes de Direito das 1ª, 2ª, 3ª e 4ª Varas da Infância e
da Juventude compete, observadas as normas estabelecidas no Estatuto da
Criança e do Adolescente e legislação complementar, processar e julgar,
mediante distribuição e oportuna compensação:
I – processar e julgar as ações de destituição do poder familiar e de
adoção quando tratarem de interesse de criança ou adolescente
institucionalizados;
II - as ações cíveis fundadas em interesse individual, difuso ou
coletivo afetos à criança e ao adolescente;
III – as ações e medidas de colocação em família substituta;
IV – as ações por ato infracional atribuído a adolescente;
V – os pedidos de autorização de viagem.
Art. 95. Compete privativamente a 1ª Vara da Infância e da
Juventude:
I - exercer jurisdição administrativa para os casos encaminhados
pelos Conselhos Tutelares e Ministério Público;
II – conhecer de pedidos de inscrição cadastral de brasileiros ou
estrangeiros residentes no país, interessados em adotar criança ou adolescente;
III – disciplinar a presença e participação de criança e adolescente
desacompanhadas dos pais em eventos públicos.
Art. 96. Compete privativamente a 4ª Vara da Infância e da
Juventude, processar e julgar as ações e medidas relativas as adoções
internacionais, após habilitação efetuada pela Comissão Estadual Judiciária de
Adoção Internacional – CEJAI-Ce.
Art. 97. Compete exclusivamente a 5ª Vara da Infância e da
Juventude:
I – proceder ao atendimento inicial ao adolescente imputado como
autor de ato infracional, conhecendo dos pedidos de arquivamento, remissão,
internamento provisório e aplicação de medidas de proteção, e remeter o
processo imediatamente para distribuição às demais varas especializadas, na
hipótese de oferecimento de representação;
II – executar as medidas sócio-educativas e de proteção aplicadas
pelos juízos da Infância e Juventude;
III – exercer fiscalização, apuração de irregularidades e aplicação de
sanções, em entidades governamentais ou não governamentais responsáveis
por programas de proteção e sócio-educativos destinados à criança e ao
adolescente.

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SEÇÃO VI

DOS JUÍZES DE DIREITO DAS VARAS DOS JUIZADOS ESPECIAIS CÍVEIS


E CRIMINAIS
Art. 98. Os Juizados Especiais Cíveis e Criminais da comarca da
Capital constituem-se de unidades jurisdicionais compostas de Juízes de Direito
de entrância especial.
Art. 99. Em Fortaleza haverá vinte (20) unidades dos Juizados
Especiais Cíveis e Criminais, compostas de 28 (vinte e oito) varas, localizadas
na forma disposta no anexo III desta Lei.
Parágrafo único. Resolução do Tribunal de Justiça poderá criar
anexos das Unidades dos Juizados Especiais Cíveis e Criminais, bem como
alterar suas localizações, procurando sediá-las em áreas de elevada densidade
residencial ou aglomerados urbanos, para maior comodidade e presteza no
atendimento ao jurisdicionado.
Art. 100. Aos Juízes de Direito das Varas dos Juizados Especiais
Cíveis e Criminais compete:
I – em matéria cível, a conciliação, o processamento, o julgamento e
a execução de causas de menor complexidade, definidas em lei;
II – em matéria criminal, a conciliação, o processo, o julgamento e a
execução de seus julgados, proferidos em processos relativos a infrações penais
de menor potencial ofensivo, nos termos da Lei, ressalvados os casos de
competência da Vara de Execuções Penais e Corregedoria dos Presídios e da
Vara de Execução de Penas e Medidas Alternativas.
Art. 101. Resolução do Tribunal de Justiça disporá sobre a ordem dos
serviços, organização e demais disposições pertinentes aos Juizados Especiais
Cíveis e Criminais.

CAPÍTULO IV

DAS SUBSTITUIÇÕES
Art. 102. A substituição dos Juízes nos afastamentos, faltas, férias
individuais, licenças, impedimentos e suspeições na comarca da Capital far-se-á
da forma a seguir:
I - nas varas especializadas isoladas, os Juízes serão substituídos por
designação do Diretor do Foro;
II - na hipótese de serem apenas duas varas especializadas, compete
reciprocamente, a substituição de um titular pelo outro, nas faltas,
impedimentos, suspeições e licenças até dez (10) dias. Nos demais casos, serão
substituídos por designação do Diretor do Foro;
III - quando existirem mais de duas varas especializadas, os Juízes
serão substituídos nos casos de faltas, impedimentos, suspeições e licenças até
dez (10) dias, de forma sucessiva e independentemente de designação, da
seguinte forma: o Juiz da 1ª vara será substituído pelo Juiz da 2ª Vara; o da
2ª, pelo da 3ª, sendo que o Juiz da última vara será substituído pelo Juiz da 1ª.
Nos demais casos, a substituição dar-se-á por designação do Diretor do Foro;
IV - Os Juízes das Varas dos Juizados Especiais Cíveis e Criminais
serão substituídos na forma do inciso anterior.

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Art. 103. O critério de substituição, regulado no artigo anterior,
poderá ser modificado por motivo de relevante interesse da administração da
justiça, competindo ao Diretor do Foro da Capital alterá-lo.

TÍTULO VI

DAS COMARCAS DO INTERIOR

CAPÍTULO I

DO DIRETOR DO FORO
Art. 104. Quando no exercício da função de Diretor do Foro, nas
comarcas de vara única ou de mais de uma vara, compete ao Juiz de Direito ou
Juiz Substituto:
I - superintender o serviço judiciário da comarca;
II - ministrar instruções ou ordens aos servidores e auxiliares da
Justiça, sem prejuízo das atribuições, se houver, dos demais Juízes da comarca;
III - presidir os concursos destinados ao preenchimento dos cargos
de servidor de justiça na respectiva comarca;
IV - comunicar-se diretamente com quaisquer outras autoridades
públicas federais, estaduais ou municipais, quando tiver de tratar de assuntos
relacionados com matéria administrativa do interesse do Foro da comarca;
V - nomear auxiliares da justiça ad hoc, nas faltas e impedimentos
eventuais dos efetivos;
VI - designar substitutos para os titulares e auxiliares de secretarias
ou notários e registradores, nas faltas e impedimentos;
VII - aplicar, quando cabíveis, sanções disciplinares a servidores de
Justiça, notários, registradores e seus prepostos, e a Juízes de paz, sem
prejuízo de igual procedimento dos demais Juízes da comarca nos processos
que estes dirigirem;
VIII - decidir reclamações contra atos praticados por servidores e
serventuários da justiça, sem prejuízo da competência dos demais Juízes;
IX - abrir, numerar, rubricar e encerrar os livros utilizados na
secretaria administrativa do Foro;
X - exigir a publicação no Diário da Justiça do nome do substituto
dos notários e registradores, nas comarcas do interior do Estado;
XI - tomar providências de ordem administrativa que digam respeito
à fiscalização, disciplina e regularidade dos serviços forenses;
XII - presidir a distribuição dos feitos;
XIII - requisitar à Seção de Material do Tribunal de Justiça o
fornecimento de material de expediente, móveis e utensílios necessários ao
serviço judiciário;
XIV - exercer fiscalização permanente em todos os serviços da
Justiça, na atividade dos servidores e sobre o não cumprimento de obrigações
impostas neste Código.

25
Art. 105. Ressalvadas as atribuições originárias do Tribunal de
Justiça e as demais restrições contidas no presente Estatuto, são as seguintes
as atribuições administrativas dos Juízes de Direito ou Juízes Substitutos:
I - cumprir as determinações baixadas pela Presidência do Tribunal
de Justiça, pelo Tribunal de Justiça, Conselho da Magistratura, Corregedor Geral
da Justiça e pelas Câmaras julgadoras;
II - fiscalizar e conferir as contas de custas judiciais, glosando as que
forem indevidas ou excessivas;
III - requisitar das repartições públicas, informações e diligências;
IV - exercer qualquer outra atribuição cometida ao Juiz de primeiro
grau pelas leis em vigor;
V - praticar atos cuja execução lhes for delegada pelas autoridades
superiores.

CAPÍTULO II

DOS JUÍZES DE DIREITO

SEÇÃO I

DA COMPETÊNCIA EM MATÉRIA CÍVEL


Art. 106. Compete aos Juízes de Direito em matéria cível, processar
e julgar, dentre outras:
I - os feitos de jurisdição contenciosa ou voluntária de natureza cível
ou comercial e os correlatos processos cautelares e de execução;
II - as ações concernentes a comunhão de interesse entre portadores
de debêntures e ao cancelamento de hipoteca em garantia destas;
III - os feitos que, por força de lei, devem ter curso no juízo
universal de falência ou concordata;
IV - as ações de acidentes de trabalho;
V - as justificações, vistorias, notificações, protestos interpelações e
demais processos preparatórios destinados a servir de documentos;
VI - liquidar e executar, para fins de reparação de dano, a sentença
criminal condenatória;
VII - cumprir as precatórias pertinentes à Jurisdição Cível;
VIII - dar execução às sentenças que proferir e às que emanarem do
juízo superior;
IX - julgar embargos de declaração opostos à sentença que proferir;
X - julgar as suspeições dos representantes do Ministério Público e
serventuários de Justiça e as contra estes argüidas e não reconhecidas, nos
feitos em que competir o processo e julgamento;
XI - cumprir os pedidos de informações da instância superior e cartas
precatórias recebidas;
XII - suprir a aprovação de estatutos de fundações ou sua reforma,
quando a denegue o Ministério Público;

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XIII - processar e julgar as restaurações de autos extraviados ou
destruídos quando afetos ao seu juízo.

SEÇÃO II

DA COMPETÊNCIA EM MATÉRIA DA INFÂNCIA DE JUVENTUDE


Art. 107. Compete aos Juízes de Direito em matéria da infância e
Juventude exercer as atribuições constantes da legislação especial de proteção
integral à criança e ao adolescente, assegurando-lhes, com absoluta prioridade,
a efetivação dos direitos referentes à vida, à saúde, à alimentação, à educação,
ao esporte, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à
liberdade e à convivência familiar e comunitária.

SEÇÃO III

DA COMPETÊNCIA EM MATÉRIA DE REGISTROS PÚBLICOS


Art. 108. Compete aos Juízes de Direito em matéria de registros
públicos, dentre outras:
I - autorizar o registro das declarações de nascimento feitas após o
decurso do prazo legal;
II - processar e julgar os pedidos de alteração de nome;
III - processar e julgar os pedidos de restauração, suprimento ou
retificação de assento no registro civil;
IV - exarar o despacho de "cumpra-se" nos mandados oriundos de
outros órgãos judiciários para lavratura, restauração ou retificação de
assentamento;
V - decidir as suscitações de dúvidas nos registros públicos;
VI - processar e julgar os pedidos de retificação de área;
VII - tomar as demais providências constantes da legislação
específica dos registros públicos.

SEÇÃO IV

DA COMPETÊNCIA EM MATÉRIA CRIMINAL


Art. 109. Compete aos Juízes de Direito em matéria criminal, dentre
outras:
I - processar e julgar as ações penais e seus incidentes, inclusive as
de natureza falimentar não atribuídas a outra jurisdição;
II - processar e julgar a restauração de autos extraviados ou
destruídos, quando afetos ao seu juízo;
III - julgar embargos de declaração opostos às sentenças que
proferir;
IV - proceder a instrução criminal e preparar para julgamento
processo-crime da competência do Tribunal do Júri;
V - determinar a abertura de vista dos autos ao Ministério Público
quando, a requerimento deste, houver necessidade de aditamento da denúncia,
nos crimes de ação pública;

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VI - conhecer das causas extintivas de punibilidade nos crimes que
processar;
VII - aplicar a lei nova, por simples despacho, a requerimento da
parte ou de representante do Ministério Público;
VIII - proceder anualmente a organização da lista de jurados e sua
revisão;
IX - convocar o júri e presidi-lo, sorteando os jurados para cada
reunião;
X - conceder habeas corpus, inclusive de ofício, exceto em caso de
violência ou coação provindas de autoridades judiciárias de igual ou superior
jurisdição, quando for de competência privativa do Tribunal de Justiça do
Estado do Ceará ou de outro Tribunal;
XI - relaxar a prisão ou detenção ilegal de qualquer pessoa e
promover a responsabilidade da autoridade coatora;
XII - conceder liberdade provisória nos casos previstos em lei
processual;
XIII - aplicar medidas de segurança;
XIV - determinar remessa ao órgão do Ministério Público de certidões
ou documentos indispensáveis à promoção de responsabilidade, quando em
autos ou papéis do seu conhecimento constar a existência de crime de que
caiba ação pública;
XV - cumprir as precatórias emanadas de autoridade judiciária;
XVI - visitar as prisões para informar-se de seu estado, conceder
audiência aos presos e requerer as providências necessárias às autoridades
competentes;
XVII - comunicar ao Tribunal Regional Eleitoral as condenações
impostas aos maiores de dezoito anos, privando-os dos seus direitos políticos;
XVIII - processar e julgar os crimes cometidos com abuso de
liberdade de imprensa, praticando os atos que lhes forem atribuídos pelas leis
respectivas;
XIX - exercer as funções de Juiz das Execuções Penais, decidindo os
incidentes da execução.

SEÇÃO V

DA COMPETÊNCIA EM OUTRAS ÁREAS DA JURISDIÇÃO


Art. 110. Compete aos Juízes de Direito quando investidos na
jurisdição federal:
I - processar e julgar as causas mencionadas no § 3°, do art. 109, da
Constituição Federal de 1988, bem como as mencionadas nos incisos I, II e III,
do art. 15, da Lei n° 5.010/66; Os recursos cabíveis das decisões serão
encaminhados ao Tribunal Regional Federal da 5ª Região, sediado em Recife;
II - mandar cumprir os atos e diligências da Justiça Federal
requeridas pelos Juízes Federais ou Tribunais Regionais Federais através de
ofício ou mandado.

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Art. 111. Compete aos Juízes de Direito quando investidos na
jurisdição eleitoral exercer as atribuições estabelecidas na legislação eleitoral,
processando e julgando os feitos de natureza eleitoral.
Parágrafo único. Os recursos das decisões em matéria eleitoral serão
encaminhados ao Tribunal Regional Eleitoral do Estado do Ceará.

CAPÍTULO III

DA COMPETÊNCIA PRIVATIVA

SEÇÃO I

DAS COMARCAS COM VARA ÚNICA


Art. 112. Nas comarcas com Vara única, os Juízes terão competência
cumulativa das ações de natureza cível e criminal.

SEÇÃO II

DAS COMARCAS COM DUAS VARAS


Art. 113. A competência dos Juízes de Direito das comarcas com
duas varas é exercida com observância das seguintes especialidades:
I - ao Juiz da 1ª Vara compete:
a) as ações e medidas relativas à jurisdição cível;
b) as ações e medidas relativas aos Juizados Especiais em matéria
Cível, onde não houver unidade autônoma;
c) o cumprimento de cartas precatórias de natureza cível.
II - ao Juiz da 2ª Vara compete:
a) as ações e medidas relativas à jurisdição criminal;
b) as ações e medidas relativas à jurisdição da infância e juventude;
c) as execuções penais e corregedoria de presídios;
d) as ações e medidas relativas aos Juizados Especiais em matéria
criminal, onde não houver unidade autônoma;
e) o cumprimento de cartas precatórias de natureza criminal.

SEÇÃO III

DAS COMARCAS COM TRÊS VARAS


Art. 114. A competência dos Juízes de Direito das comarcas com três
varas é exercida com observância das seguintes especialidades:
I -ao Juiz da 1ª Vara compete:
a) as ações e medidas relativas à jurisdição cível.
II - ao Juiz da 2ª Vara compete:
a) as ações e medidas relativas à jurisdição criminal.
III - ao Juiz da 3ª Vara compete:
a) as ações e medidas relativas à jurisdição da infância e juventude;

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b) as ações e medidas relativas aos Juizados Especiais Cíveis e
Criminais, onde não houver unidade autônoma.
Parágrafo único. Compete a todas as varas, por distribuição, de
acordo com suas respectivas especializações, o cumprimento de cartas
precatórias.

SEÇÃO IV

DAS COMARCAS COM QUATRO VARAS


Art. 115. A competência dos Juízes de Direito das comarcas com
quatro varas é exercida com observância das seguintes especialidades:
I - aos Juízes da 2ª e 3ª Vara compete, por distribuição:
a) as ações e medidas relativas à jurisdição cível;
b) as ações e medidas relativas aos Juizados Especiais Cíveis, onde
não houver unidade autônoma.
II - aos Juízes da 1ª e 4ª Vara compete, por distribuição:
a) as ações e medidas relativas à jurisdição criminal;
b) as ações e medidas relativas aos Juizados Especiais Criminais,
onde não houver unidade autônoma.
III – compete privativamente, mediante oportuna compensação:
a) ao Juiz da 1ª Vara as ações e medidas relativas ao Júri, as
execuções penais e a corregedoria de presídios;
b) ao Juiz da 2ª Vara as ações e medidas relativas aos registros
públicos;
c) ao Juiz da 3ª Vara as ações e medidas relativas às execuções
fiscais;
d) ao Juiz da 4ª Vara as ações e medidas relativas ao Juizado da
infância e da juventude;
Parágrafo único. Compete a todas as varas, por distribuição, de
acordo com suas respectivas especializações, e mediante oportuna
compensação, o cumprimento de cartas precatórias.

SEÇÃO V

DAS COMARCAS COM CINCO VARAS


Art. 116. A competência dos Juízes de Direito das comarcas com
cinco varas é exercida com observância das seguintes especialidades:
I – aos Juízes da 2ª, 3ª e 5ª Varas compete, por distribuição, as
ações e medidas relativas à jurisdição cível;
II – aos Juízes da 1ª e 4ª Varas compete, por distribuição, as ações e
medidas relativas à jurisdição criminal;
III – compete privativamente, mediante oportuna compensação:
a) ao Juiz da 1ª Vara as ações e medidas relativas ao Júri;
b) ao Juiz da 2ª Vara as ações e medidas relativas a acidentes de
trabalho;

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c) ao Juiz da 3ª Vara as ações e medidas relativas ao Juizado da
infância e da juventude;
d) ao Juiz da 4ª Vara as execuções penais e corregedoria de
presídio;
e) ao Juiz da 5ª Vara as ações e medidas relativas aos registros
públicos.
Parágrafo único. Compete a todas as varas, por distribuição, de
acordo com suas respectivas especializações, e mediante oportuna
compensação, o cumprimento de cartas precatórias.

SEÇÃO VI

DAS COMARCAS COM SEIS VARAS


Art. 117. A competência dos Juízes de Direito das comarcas com seis
varas é exercida com observância das seguintes especialidades:
I – aos Juízes da 2ª, 3ª, 4ª e 5ª Varas compete, por distribuição, os
processos e medidas relativas à jurisdição cível;
II – aos Juízes da 1ª e 6ª Varas, compete, por distribuição, os
processos e medidas relativas à jurisdição criminal;
IV – compete privativamente, mediante oportuna compensação:
a) ao Juiz da 1ª Vara as ações e medidas relativas ao Júri;
b) aos Juízes da 2ª e 4ª Varas, por distribuição, os processos e
medidas relativos as execuções fiscais;
c) ao Juiz da 3ª Vara as ações e medidas relativas ao Juizado da
infância e da juventude;
d) ao Juiz da 5ª Vara as ações e medidas relativas aos registros
públicos;
e) ao Juiz da 6ª Vara as execuções penais e corregedoria de
presídios.
Parágrafo único. Compete a todas as varas, por distribuição, de
acordo com suas respectivas especializações, e mediante oportuna
compensação, o cumprimento de cartas precatórias.

CAPÍTULO IV

DOS JUÍZES DE DIREITO ZONAIS


Art. 118. Nas comarcas do interior do Estado haverá dez (10) Juízes
de Direito Zonais, todos de 3ª entrância, lotados em comarcas sede de
jurisdição, de conformidade com o anexo II desta Lei.
Art. 119. Compete aos Juízes de Direito Zonais substituir, por
designação do Presidente do Tribunal, os Juízes titulares de varas ou comarcas
durantes as férias individuais, faltas, licenças, impedimentos e suspeições,
dentro da respectiva Zona.
§ 1º. Quando do interesse da Justiça poderão os Juízes Zonais
coadjuvar os Juízes Titulares, na conformidade do que for estabelecido pelo
Presidente do Tribunal de Justiça.

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§ 2º. O Juiz Zonal, quando não estiver respondendo pela titularidade
de qualquer comarca ou vara, funcionará nos processos atinentes às comarcas
vinculadas da respectiva zona, independentemente de qualquer designação; No
caso da Zona Judiciária possuir mais de três (03) comarcas vinculadas, o
Presidente do Tribunal de Justiça estabelecerá quais as comarcas que serão
atendidas pelos Juízes de Direito Zonais.

§ 3º. Os Juízes Zonais, quando em substituição, terão jurisdição


plena, respeitadas as normas processuais em vigor.

§ 4º. O Juiz de Direito Zonal tem residência na sede da respectiva


zona.

CAPÍTULO V

DOS JUIZADOS ESPECIAIS CÍVEIS E CRIMINAIS DAS COMARCAS DO


INTERIOR
Art. 120. Os Juizados Especiais Cíveis e Criminais do interior do
Estado constituem-se de unidades jurisdicionais compostas de Juízes de Direito
de terceira entrância.
Parágrafo único. Compete ao Juiz titular superintender os serviços
judiciários e administrativos das respectivas unidades dos Juizados Especiais
Cíveis e Criminais.
Art. 121. No interior do Estado haverá dezesseis (16) Unidades dos
Juizados Especiais Cíveis e Criminais, localizados nas comarcas de Aquiraz,
Aracati, Baturité, Caucaia, Crateús, Crato, Iguatu, Itapajé, Itapipoca, Juazeiro
do Norte, Maracanaú, Quixadá, São Benedito, Sobral, Tauá e Tianguá.
Art. 122. A competência dos Juizados Especiais Cíveis e Criminais do
interior do Estado do Ceará será a estabelecida no art. 99 desta lei.

CAPÍTULO VI

DOS JUÍZES SUBSTITUTOS


Art. 123. O Juiz Substituto terá as mesmas funções, atribuições e
competências conferidas aos Juízes de Direito, e sua jurisdição corresponderá à
unidade territorial da comarca de primeira entrância para a qual for nomeado.

CAPÍTULO VII

DOS JUÍZES DE PAZ


Art. 124. A Justiça de Paz reger-se-á pelo que dispõem as
Constituições Federal e Estadual, bem como a legislação específica.

CAPÍTULO VIII

DAS SUBSTITUIÇÕES
Art. 125. A substituição dos Juízes das comarcas do interior, nos
afastamentos, faltas, férias individuais, licenças, impedimentos e suspeições
far-se-á do seguinte modo:

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I - os Juízes de comarca de vara única serão substituídos pelo Juiz de
Direito Zonal ou outro Juiz da zona respectiva, designado pelo Presidente do
Tribunal;
II - nas comarcas com duas (02) varas, desde que não seja sede de
zona judiciária, compete, reciprocamente, a substituição de um titular pelo
outro, nas faltas, impedimentos, suspeições e licenças até dez (10) dias. Nos
demais casos, a substituição dar-se-á pelo Juiz de Direito Zonal ou outro Juiz de
Direito da Zona respectiva, designado pelo Presidente do Tribunal;
III - nas comarcas com três (03) ou mais varas, desde que não seja
sede de zona judiciária, a substituição, nos casos de faltas, impedimentos,
suspeições e licenças até dez (10) dias, dar-se-á de forma sucessiva e
independentemente de designação, da seguinte forma: o Juiz da 1ª vara será
substituído pelo Juiz da 2ª Vara; o da 2ª, pelo da 3ª, sendo que o Juiz da última
vara será substituído pelo Juiz da 1ª; Nos demais casos, a substituição dar-se-á
pelo Juiz de Direito Zonal ou outro Juiz da Zona respectiva, designado pelo
Presidente do Tribunal;
IV - para efeito de substituição, as Unidades ou Varas dos Juizados
Especiais Cíveis e Criminais são consideradas como a última vara entre as
existentes na comarca;
Parágrafo único. Por motivo de relevante interesse da administração
da justiça, o Presidente do Tribunal de Justiça poderá dispor de forma diferente
da prevista nos incisos I, II, III e IV deste artigo.

CAPÍTULO IX

DA CORREIÇÃO PERMANENTE
Art. 126. A correição permanente, a cargo dos Juízes de primeiro
grau, será disciplinada pelas Corregedorias Gerais de Justiça, mediante
provimentos, remetidos periodicamente aos Juízes.
Art. 127. O Juiz enviará à Corregedoria Geral da Justiça, até o dia
dez (10) de cada mês, relatório mensal simplificado contendo os dados
atinentes ao movimento processual de sua vara, acompanhado de quadro
estatístico sobre as ações ou procedimentos distribuídos, especificando-os,
audiências realizadas, natureza das decisões e sentenças proferidas,
informações sobre os feitos em seu poder cujos prazos para despacho ou
decisões estão excedidos, além de outros dados que entender convenientes ou
que forem exigidos pela Corregedoria através de provimento específico.

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LIVRO II

DA ORGANIZAÇÃO DA CARREIRA DOS MAGISTRADOS

TÍTULO I

DAS DISPOSIÇÕES GERAIS


Art. 128. São Magistrados estaduais os Desembargadores, os Juízes
de Direito e os Juízes Substitutos.
Parágrafo único. Os Desembargadores ocupam o mais elevado grau
na escala hierárquica da Magistratura estadual.
Art. 129. A carreira dos Juízes de Primeiro Grau está assim
organizada:
I - Juízes Substitutos;
II - Juízes de Direito de primeira entrância;
III - Juízes de Direito de segunda entrância;
IV – Juízes de Direito de terceira entrância;
IV - Juízes de Direito de entrância especial.
Art. 130. Os cargos da magistratura são providos por:
I - nomeação;
II - promoção;
III - remoção;
IV – permuta;
V - acesso;
VI - reintegração;
VII - readmissão;
VIII – reversão.
§ 1°. Somente haverá posse nos casos de provimento do cargo por
nomeação e acesso.
§ 2°. A todas as formas de provimento precederá a remoção
voluntária, salvo não havendo interessados que se habilitem no prazo de cinco
(05) dias, convocados através de edital publicado no Diário da Justiça.
§ 3°. Após o provimento por remoção voluntária ou não havendo
magistrado que a ele se habilite, a vaga que remanescer será classificada por
antiguidade e merecimento, alternadamente, nos termos dos arts. 153 e 154
desta lei, destinando-se à promoção, ressalvada a hipótese do parágrafo
seguinte.
§ 4°. A juízo do pleno do Tribunal de Justiça, a vaga remanescente
após o provimento por remoção poderá ser preenchida por idêntico critério,
destinando-se a seguinte, obrigatoriamente, ao provimento por promoção, por
antiguidade e merecimento, alternadamente.
§ 5° – São vedadas a promoção, remoção a pedido e permuta de
Juiz que, injustificadamente, retiver autos em seu poder além do prazo legal,
não podendo devolvê-los à Secretaria sem o devido despacho ou decisão.

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Art. 131. A vacância na magistratura decorrerá de:
I - promoção;
II - remoção;
III - acesso;
IV - disponibilidade;
V - aposentadoria;
VI - exoneração;
VII - demissão;
VIII - falecimento.

TÍTULO II

DO PROVIMENTO DOS CARGOS

CAPÍTULO I

DO INGRESSO NA MAGISTRATURA

SEÇÃO I

DOS REQUISITOS BÁSICOS


Art. 132. O ingresso na magistratura de carreira, privativo de
bacharel em direito com no mínimo três anos de atividade jurídica, dar-se-á em
cargo de Juiz Substituto, mediante nomeação, após concurso público de provas
e títulos, organizado e realizado pelo Tribunal de Justiça, com a participação de
representante da Ordem dos Advogados do Brasil, Secção do Ceará, em todas
as fases.
Parágrafo único. Na realização do concurso, poderá o Tribunal de
Justiça valer-se da colaboração de instituições de notória experiência nessa
atividade, assegurada, em todas as fases do certame, a participação de
representante da Ordem dos Advogados do Brasil, Secção do Ceará.
Art. 133. O Tribunal de Justiça do Estado do Ceará editará resolução
estipulando as regras do concurso, inclusive quanto aos requisitos a serem
exigidos dos candidatos para a inscrição, além do sistema de provas e demais
exames.

SEÇÃO II

DA NOMEAÇÃO
Art. 134. Os candidatos classificados no concurso de provas e títulos
serão nomeados pelo Presidente do Tribunal de Justiça, para o cargo de Juiz
Substituto de primeira entrância, por dois (02) anos, obedecida a ordem de
classificação.
§ 1°. A nomeação somente ocorrerá após o candidato ser
considerado apto por junta oficial, composta de três médicos nomeados pelo
Tribunal de Justiça, e que realizará, com rigor, exame de sanidade física e
mental.

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§ 2°. É garantido aos candidatos, observada a ordem de
classificação, a escolha da comarca dentre as que estiverem vagas.
Art. 135. A nomeação ficará automaticamente sem efeito, se o
Magistrado não tomar posse ou entrar em exercício nos prazos fixados em lei.

SEÇÃO III

DA POSSE E DO COMPROMISSO
Art. 136. O nomeado tomará posse em sessão ordinária do Tribunal
Pleno ou em sessão especialmente convocada para esse fim.
Art. 137. Para o ato de posse, o Juiz Substituto apresentará à
autoridade competente o decreto de sua nomeação, declaração pública de seus
bens, sua origem e respectivos valores, e declaração quanto ao exercício ou
não de outro cargo, emprego ou função pública.
Art. 138. A posse deverá ocorrer no prazo de trinta (30) dias,
contados da data da publicação do ato de nomeação no Diário da Justiça.
Parágrafo único. Provando o nomeado justo impedimento, antes da
expiração do prazo, ser-lhe-á, pela autoridade que fez a nomeação, concedida
prorrogação, por tempo igual ao indicado neste artigo.
Art. 139. O Juiz, no ato da posse, prestará o compromisso de
desempenhar com retidão as funções do seu cargo, cumprindo a Constituição
do País e do Estado, e as leis.
§ 1°. O termo de compromisso, lavrado pela Secretaria Geral do
Tribunal de Justiça, em livro próprio, será lido e assinado pelo Juiz e autoridade
competente.
§ 2°. Em seguida, o Presidente declarará empossado o Juiz
Substituto.

SEÇÃO IV

DO EXERCÍCIO
Art. 140. O Juiz empossado deverá entrar no exercício efetivo de seu
cargo na comarca, no prazo de trinta (30) dias, contados da data da posse,
oportunidade em que será lavrado termo de exercício pelo diretor de secretaria,
remetendo-se cópia ao Secretário Geral do Tribunal de Justiça.
Art. 141. Empossado e havendo entrado em exercício, o Juiz passará
a freqüentar curso oficial de preparação de Magistrados da Escola Superior da
Magistratura, por prazo nunca inferior a três meses, submetendo-se a avaliação
de aproveitamento, podendo o curso ser complementado mediante estágio em
varas da comarca da Capital.
Parágrafo Único – O curso oficial a que se reporta o caput deste
artigo constituirá etapa obrigatória do processo de vitaliciamento.

CAPÍTULO II

DA AQUISIÇÃO DA VITALICIEDADE
Art. 142. A vitaliciedade poderá ser adquirida após dois (02) anos de
exercício quando, então, o Juiz Substituto poderá ser nomeado Juiz de Direito.

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Art. 143. O Conselho Superior da Magistratura editará provimento
com as regras relativas aos critérios de avaliação do Juiz Substituto, bem como
os documentos que devem ser apresentados pelo Magistrado para tal fim.
Art. 144. O Tribunal de Justiça, em sessão plenária, pelo voto da
maioria dos Desembargadores presentes, avaliará a atuação do requerente e
decidirá pela sua indicação ao cargo de Juiz de Direito.
Art. 145. Antes de decorrido o biênio necessário à aquisição da
vitaliciedade, desde que seja apresentada proposta pelo Tribunal ao seu
Presidente, para exoneração do Juiz Substituto, este ficará afastado de suas
funções e perderá o direito à vitaliciedade ainda que o ato de exoneração seja
assinado após o decurso daquele período.
Art. 146. Aprovado no estágio probatório, o Juiz Substituto será
nomeado para o cargo de Juiz de Direito de primeira entrância, com a
expedição do respectivo ato declaratório da vitaliciedade, por ato do Presidente
do Tribunal de Justiça, tomando posse e prestando compromisso perante este.
Parágrafo único. Os nomes não indicados à nomeação, para que se
considere findo o período de estágio probatório, serão objeto de ato de
exoneração.

CAPÍTULO III

DA ANTIGUIDADE DOS JUÍZES


Art. 147. Anualmente, na primeira quinzena do mês de janeiro, o
Presidente do Tribunal de Justiça mandará reorganizar o quadro de antiguidade
dos Desembargadores e Juízes, na entrância e no serviço público, e
determinará que se proceda a sua leitura na primeira sessão do mês de
fevereiro, salvo se for sessão solene de posse dos novos dirigentes do Tribunal.
Parágrafo único. O quadro será publicado até o dia trinta (30) de
março seguinte, somente sendo alterado através de reclamação oportunamente
formulada, ou revisão anual.
Art. 148. A antiguidade na entrância deve ser contada do dia inicial
do exercício, prevalecendo, em igualdade de condições:
I - a antiguidade na magistratura;
II - o maior tempo de serviço público;
III - a idade.
Art. 149. A apuração do tempo de serviço na entrância e no serviço
público será feita por dias.
Parágrafo único. Publicadas as listas de antiguidades dos
Magistrados, na entrância e no serviço público, terão os interessados o prazo de
trinta (30) dias para reclamação, contados da publicação no Diário da Justiça.
Art. 150. Se a reclamação não for rejeitada liminarmente, por
manifesta improcedência, pelo diário da justiça serão intimados os
interessados, cuja antiguidade possa ser prejudicada pela decisão, no prazo
comum de quinze (15) dias, findo o qual a reclamação será apreciada na
primeira reunião plenária do Tribunal de Justiça.
Parágrafo único. Se a reclamação proceder, a lista de antiguidade
será republicada em relação à entrância onde houve modificação.
Art. 151. Serão considerados de efetivo exercício, para os efeitos
legais, inclusive para promoção, os dias em que o Magistrado estiver afastado
do exercício do cargo em virtude de:

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I - férias;
II - licenças:
a) para tratamento de saúde;
b) por motivo de doença em pessoa da família;
c) para repouso à gestante;
d) paternidade, por cinco (05) dias consecutivos;
e) especial.
III - luto pelo falecimento do cônjuge ou companheiro, ascendente
ou descendente; sogro ou sogra; irmãos ou dependentes; cunhados; até oito
(08) dias consecutivos;
IV - casamento, até oito dias;
V - convocação para o serviço militar;
VI - freqüência a cursos de pós-graduação e estudos, pelo prazo
máximo de dois (02) anos;
VII - para prestação de serviço exclusivamente à Justiça Eleitoral;
VIII - para direção de Escola de formação e aperfeiçoamento de
Magistrados, por prazo não superior a dois (02) anos;
IX - para realização de missão ou serviço relevantes à administração
da Justiça;
X - para exercício exclusivo da Presidência da Associação Cearense
de Magistrados, desde que requerido;
XI - suspensão em virtude de pronúncia, em crime de que haja sido
absolvido e suspensão administrativa, quando a acusação for, afinal, julgada
improcedente.
Art. 152. O advogado nomeado Desembargador ou Juiz terá
computado o tempo de exercício na advocacia, como de serviço público,
integralmente, para aposentadoria, observado o disposto nas Constituições
Federal e Estadual e nas leis previdenciárias.

CAPÍTULO IV

DA PROMOÇÃO DOS JUÍZES DE DIREITO


Art. 153. A promoção será feita com observância das Constituições
Federal e Estadual e da Lei Orgânica da Magistratura Nacional.
Art. 154. A antiguidade será apurada na entrância, e o merecimento
será aferido mediante critérios objetivos, levando-se em conta:
I – a dedicação e o esmero com que desempenha a função;
II – a produtividade e presteza no exercício da jurisdição;
III – o número de vezes que tenha figurado em listas;
IV – a freqüência e aproveitamento em cursos oficiais ou
reconhecidos de aperfeiçoamento;
V – a publicação de trabalhos jurídicos;
VI – a prestação de serviços relevantes à administração da justiça.
Art. 155. Ocorrendo vaga a ser preenchida por promoção, deverá ser
imediatamente publicado edital com prazo de cinco (05) dias, indicando as que
devam ser preenchidas segundo o critério de antiguidade ou de merecimento.

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CAPÍTULO V

DO ACESSO AO TRIBUNAL
Art. 156. O acesso ao Tribunal de Justiça pelos Juízes de carreira
dar-se-á por antiguidade e por merecimento, alternadamente, apurados na
última entrância.
Art. 157. Na apuração da antiguidade, o Tribunal somente poderá
recusar o Juiz mais antigo pelo voto fundamentado de dois terços de seus
membros, conforme procedimento próprio, e assegurada a ampla defesa,
repetindo-se a votação até fixar-se a indicação, condicionada a recusa à
existência de procedimento administrativo que a recomende, ou à
determinação de abertura de tal procedimento, contra o Juiz recusado.
Art. 158. No caso de merecimento, a lista tríplice compor-se-á de
nomes escolhidos dentre os Juízes com mais de dois anos de exercício na
última entrância e integrar o Juiz a primeira quinta parte da lista de antiguidade
desta, salvo se não houver com tais requisitos quem aceite o lugar vago, caso
em que concorrerão os integrantes da segunda quinta parte, e assim
sucessivamente.
Art. 159. O acesso ao Tribunal de Justiça pelos advogados e
membros do Ministério Públicos dar-se-á na forma estabelecida pelas
Constituições Federal e Estadual e pela Lei Orgânica da Magistratura Nacional.

CAPÍTULO VI

DA REMOÇÃO
Art. 160. A remoção do Juiz será voluntária ou compulsória.
§ 1°. A remoção voluntária será feita a pedido do Juiz, nos seguintes
casos:
I – de uma comarca para outra de igual entrância;
II – de uma vara para outra da mesma comarca.
§ 2°. A remoção compulsória será decretada quando o Magistrado
deixar de cumprir os deveres de sua função a ponto de incompatibilizá-lo com o
meio social ou forense onde exerce sua jurisdição.
Art. 161. A remoção voluntária de uma comarca para outra de igual
entrância, ou de uma vara para outra da mesma comarca, somente será
possível se o Juiz contar com mais de dois (02) anos de efetivo exercício na
comarca.
Parágrafo único. Em caso de remoção voluntária, havendo mais de
um Juiz interessado, terá preferência o Juiz mais antigo na entrância.
Art. 162. A remoção voluntária será efetivada por ato do Presidente
do Tribunal, após aprovação do Pleno, por maioria dos votos dos presentes.
Art. 163. A remoção compulsória será decretada pelo Pleno do
Tribunal de Justiça, por maioria absoluta de seus membros, assegurada a
ampla defesa, quando:
I – o procedimento funcional do Magistrado, sem caracterizar fato
determinador da disponibilidade ou aposentadoria compulsória ou de demissão,
for incompatível com o bom desempenho da função jurisdicional na comarca ou
vara;

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II – o prestígio do Magistrado e a prestação jurisdicional da comarca
ou vara estiverem comprometidos em razão de outros fatos que envolvam a
pessoa do Juiz.

CAPÍTULO VII

DA PERMUTA
Art. 164. A permuta é o ato pelo qual dois magistrados de mesma
entrância, permutam entre si suas respectivas lotações, mediante ato do
Presidente do Tribunal de Justiça, após aprovação pelo Tribunal Pleno, por
maioria dos votos dos presentes.
§ 1°. Os Juízes interessados em permutar seus cargos devem contar,
cada um, com pelo menos um (01) ano de efetivo exercício na entrância.
§ 2º. É vedada a permuta de Juiz que esteja a menos de um (01)
ano da aposentadoria compulsória.
§ 3°. Efetivada a permuta, os Juízes deverão permanecer nos cargos
permutados por, no mínimo, um (01) ano.

CAPÍTULO VIII

DA REINTEGRAÇÃO
Art. 165. A reintegração, que decorrerá de decisão administrativa ou
judicial, passada em julgado, é o retorno do Magistrado ao cargo, com
ressarcimento dos vencimentos e vantagens que deixara de perceber, em razão
do afastamento, inclusive a contagem do tempo de serviço.
§ 1°. Achando-se ocupado o cargo, no qual foi reintegrado o Juiz, o
ocupante será reconduzido ao cargo anterior, desde que este esteja vago, ou
aguardará, com todas as vantagens do cargo, ser designado para cargo igual
ou nova vara, sendo considerado em trânsito para todos os efeitos.
§ 2º. Extinta a comarca, ou transferida a sua sede, o Magistrado
reintegrado, caso não aceite fixar-se na nova sede, ou em comarca de igual
entrância, será posto em disponibilidade remunerada.
§ 3°. O Juiz reintegrado será submetido à inspeção médica e, se
julgado incapaz, será aposentado com as vantagens a que teria direito, se
efetivada a reintegração.

CAPÍTULO IX

DA READMISSÃO
Art. 166. A readmissão é o ato pelo qual o Magistrado exonerado
reingressa nos quadros da magistratura, assegurada a contagem do tempo de
serviço anterior, para efeito de disponibilidade, gratificação adicional e
aposentadoria.
Parágrafo único. A readmissão dependerá de prévia inspeção médica
e comprovada idoneidade moral, não podendo o interessado ter idade superior
a sessenta e cinco (65) anos e nem mais de vinte e cinco (25) anos de serviço
público.
Art. 167. A readmissão no cargo inicial da carreira somente será
concedida quando não houver candidato aprovado em concurso, em condições
de nomeação.

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CAPÍTULO X

REVERSÃO
Art. 168. A reversão é o reingresso do Magistrado aposentado nos
quadros da magistratura, quando insubsistentes os motivos da aposentadoria.
§ 1°. A reversão far-se-á a pedido ou de ofício, em vaga preenchível
por merecimento, na entrância a que pertencia o aposentado.
§ 2°. A reversão dependerá de concordância do Conselho da
Magistratura.
§ 3°. A reversão no grau inicial da carreira somente ocorrerá não
havendo candidato aprovado em concurso, em condições de nomeação.
Art. 169. O tempo de afastamento por aposentadoria só será
computado para efeito de nova aposentadoria.

CAPÍTULO XI

DO APROVEITAMENTO
Art. 170. Aproveitamento é o retorno do Magistrado em
disponibilidade ao exercício efetivo do cargo, e dependerá de prova de
capacidade física e mental mediante inspeção médica.
§ 1°. O Magistrado posto em disponibilidade por motivo de interesse
público somente poderá pleitear o seu aproveitamento decorridos dois (02)
anos do afastamento.
§ 2°. O pedido, devidamente instruído e justificado, acompanhado de
parecer do Conselho da Magistratura, será apreciado pelo Tribunal de Justiça,
após parecer do Procurador-Geral de Justiça. Deferido o pedido, o
aproveitamento far-se-á a critério do Tribunal, podendo ser aproveitado pelo
critério da remoção ou continuar em disponibilidade com vencimentos integrais.
§ 3°. O Magistrado, posto em disponibilidade em razão da mudança
da sede do Juízo, poderá ser aproveitado pelo Tribunal, de ofício, ou a seu
pedido, em caso de remoção ou promoção.
Art. 171. No aproveitamento dos Juízes de Direito em
disponibilidade, quando deliberado pelo Tribunal, considerar-se-á,
sucessivamente, a seguinte ordem de preferência dos candidatos:
a) maior tempo de disponibilidade;
b) maior tempo de magistratura;
c) maior tempo de serviço público ao Estado;
d) maior tempo de serviço público.

TÍTULO III

DOS DIREITOS

CAPÍTULO I

DO TEMPO DE SERVIÇO
Art. 172. Será computado para efeito de disponibilidade e de
aposentadoria:

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I - o tempo de serviço público federal, estadual e municipal, bem
assim, o prestado a entidades autárquicas, empresas públicas e sociedades de
economia mista;
II - o período de serviço ativo nas forças armadas, computando-se
em dobro o tempo em que tenha efetivamente participado de operações bélicas
ou de comboios marítimos e aéreos, em período de guerra;
III - o número de dias de serviço prestado como extranumerário ou
sob qualquer outra forma de admissão, desde que remunerado o servidor pelos
cofres públicos;
IV - o tempo de serviço prestado a empresa privada, vedada a
acumulação com serviço em cargo público, exercido simultaneamente.
Parágrafo único. O tempo de serviço prestado será aferido mediante
apresentação de documentos comprobatórios dos respectivos recolhimentos ao
órgão previdenciário competente.
Art. 173. Aplicam-se aos Magistrados as normas do Estatuto dos
Funcionários Públicos Civis do Estado sobre contagem de tempo de serviço,
licenças e outras vantagens quando não colidirem com as disposições especiais
desta Lei.

CAPÍTULO II

DOS SUBSÍDIOS
Art. 174. A remuneração dos membros do Poder Judiciário do Estado
do Ceará será constituída de um subsídio fixado em parcela única, mediante lei
específica e nos termos da Constituição Federal.
Art. 175. O subsídio constitui a forma exclusiva de remuneração dos
membros do Poder Judiciário, vedada a adição permanente de gratificação ou
vantagem a qualquer título.
Art. 176. Para fins de remuneração dos Magistrados, ficam mantidos
os subsídios atualmente estipulados para os Desembargadores do Tribunal de
Justiça, fixando-se o escalonamento vertical de dez por cento (10%) entre as
entrâncias especial, terceira, segunda e primeira.
Art. 177. Aos Magistrados são devidas as seguintes indenizações:
I – transporte quando de seu deslocamento para responder ou
auxiliar outra unidade jurisdicional fora de sua comarca sede;
II – auxílio para moradia nas comarcas onde não houver residência
oficial para Juiz;
III – diárias.
Art. 178. No caso de substituição de Desembargador, o Juiz de
primeiro grau convocado perceberá, enquanto perdurar a substituição, o
equivalente à diferença entre o seu subsídio e o de Desembargador.
Art. 179. Ao Juiz Substituto, quando nomeado, e ao Juiz de Direito,
quando promovido, ou removido compulsoriamente, será paga ajuda de custo
equivalente a um mês de subsídio, fazendo jus à mesma vantagem o Juiz
Substituto nomeado Juiz de Direito, desde que para comarca diferente.
Art. 180. Ao cônjuge sobrevivente, companheiro ou companheira, e,
em sua falta, aos herdeiros necessários do Magistrado falecido em atividade ou
já aposentado, será abonada importância igual a um mês do subsídio que
percebia, para atender às despesas de funeral e luto.

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§ 1°. Na falta das pessoas enumeradas neste artigo, quem houver
custeado os funerais do Magistrado será indenizado das despesas realizadas
dentro dos limites traçados nesta Lei.
§ 2°. A despesa correrá pela dotação própria do cargo e o
pagamento será efetuado pelo Tesouro do Estado, mediante apresentação de
certidão do assento de óbito e, no caso do parágrafo anterior, também com os
comprovantes dos gastos realizados.
Art. 181. Em caso de falecimento, fica instituída automaticamente
aos beneficiários naturais dos Magistrados do Estado do Ceará, ativos ou
inativos, pensão provisória correspondente a integralidade do subsídio que o
magistrado percebia à época do óbito, até que seja instituída pensão definitiva.
Art. 182. O subsídio dos membros do Poder Judiciário, os proventos,
pensões ou outra espécie remuneratória, percebidos cumulativamente ou não,
incluídas as vantagens pessoais ou de qualquer outra natureza, não poderão
exceder o subsídio mensal, em espécie, dos Desembargadores do Tribunal de
Justiça do Estado do Ceará.
Art. 183. Além dos casos previstos na legislação comum para o
servidor público em geral, os Magistrados não sofrerão qualquer desconto em
seu subsídio quando:
I - chamados pelo Presidente do Tribunal de Justiça ou pelo Conselho
Superior da Magistratura;
II – freqüentem cursos, seminários de aperfeiçoamento e pós-
graduação, pelo prazo máximo de dois (02) anos;
III - prestem serviço, exclusivamente à Justiça Eleitoral.
Parágrafo único. Sem prejuízo do subsídio, o Magistrado poderá
afastar-se de suas funções:
I - por oito (08) dias consecutivos, por motivo de:
a) casamento;
b) falecimento de cônjuge ou companheira, ascendente,
descendente, irmão ou dependente.
II - até cinco (05) dias consecutivos, por motivo de:
a) paternidade;
b) adoção.
Art. 184. À família do Magistrado falecido em conseqüência de
acidente do trabalho ou de agressão no exercício ou em decorrência de suas
funções, o Estado assegurará uma pensão mensal equivalente ao subsídio que
ele percebia ao tempo do fato.

CAPÍTULO III

DAS FÉRIAS
Art. 185. Os Magistrados terão direito a sessenta (60) dias de férias
individuais, assegurando-se, entretanto, durante cada período usufruído, o
permanente funcionamento da vara ou comarca.
Parágrafo único. Os Juízes Zonais substituirão os Juízes titulares de
varas ou comarcas, durante os períodos de férias individuais.
Art. 186. As férias individuais serão concedidas ao Presidente do
Tribunal de Justiça, pelo Tribunal Pleno; aos Corregedores Gerais de Justiça,
demais Desembargadores e Juízes do interior, pelo Presidente do Tribunal de
Justiça e; aos Juízes da Capital, pelo Diretor do Fórum;

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Art. 187. As autoridades competentes, antes do início do ano
judiciário, organizarão as escalas de férias, atendendo, quando possível, às
solicitações dos interessados, sem prejuízo da conveniência do serviço.
§ 1°. As escalas de férias poderão sofrer modificações, por motivo
justo, a requerimento dos interessados.
§ 2°. O Juiz que for removido ou promovido em gozo de férias não
as interromperá, sem prejuízo da posse imediata.
Art. 188. Além dos fixados em lei, serão feriados forenses a quinta-
feira e a sexta-feira da Semana Santa; e o dia oito (08) de dezembro,
consagrado à Justiça.
Art. 189. Computar-se-ão em dobro as férias individuais não
gozadas, por motivo de interesse público.
§ 1°. As férias serão remuneradas com acréscimo de um terço (1/3)
da remuneração global do Magistrado e seu pagamento se efetuará até dois
(02) dias antes do início do respectivo período requerido.
§° 2º. Quando não usufruídas por motivo de interesse público, o
acréscimo de um terço (1/3) das férias será pago, após requerimento do
interessado, até dois (02) dias antes dos meses de janeiro e julho de cada ano.

CAPÍTULO IV

DAS LICENÇAS
Art. 190. Aos Magistrados aplicam-se, no que couber, as disposições
sobre licenças constantes no Estatuto dos Funcionários Públicos Civis do Estado
do Ceará e legislação específica.
Art. 191. A cada cinco (05) anos ininterruptos de exercício, o
Magistrado fará jus a três (03) meses de licença especial, com a remuneração
do cargo, observados os requisitos definidos em lei.

TÍTULO IV

DA VACÂNCIA

CAPÍTULO I

DA DISPONIBILIDADE
Art. 192. O Magistrado em disponibilidade será classificado em
quadro especial, provendo-se imediatamente a vaga que ocorrer.
Art. 193. A disponibilidade, em caso de mudança da sede do Juízo,
por não haver o Juiz aceito remoção para a mesma comarca ou outra de igual
entrância, outorga ao Magistrado a percepção de subsídios integrais e
contagem do tempo de serviço como se estivesse em exercício, e será
declarada por ato do Presidente do Tribunal, independentemente de
manifestação do Colegiado, assegurado o seu aproveitamento na forma desta
Lei.
Parágrafo único. Se o Magistrado, dentro de trinta (30) dias
contados da data da publicação do ato de mudança, não usar da faculdade de
requerer remoção, será posto, de ofício, na disponibilidade de que trata este
artigo.

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Art. 194. O Tribunal de Justiça poderá determinar, por motivo de
interesse público e pelo voto da maioria absoluta de seus membros efetivos, a
disponibilidade de membro do próprio Tribunal ou de Juiz de 1° Grau, com
vencimentos proporcionais ao tempo de serviço.
§ 1°. O quorum legal será apurado em relação ao número de
Desembargadores em condições legais de votar, como tal se considerando os
não atingidos por impedimentos ou suspeição e os não licenciados por motivo
de saúde.
§ 2°. O procedimento para decretação da disponibilidade de
Magistrados obedecerá ao disposto na Lei Orgânica da Magistratura Nacional e
nos regimentos internos do Tribunal de Justiça e do Conselho Superior da
Magistratura.
Art. 195. O Magistrado em disponibilidade continuará sujeito às
vedações constitucionais.
Art. 196. O tempo de serviço público federal, estadual ou municipal,
será computado integralmente para efeito de disponibilidade, na forma da lei.
Art. 197. O Desembargador que ao assumir as funções do seu cargo
já encontrar, com assento no Tribunal, seu cônjuge ou parentes consangüíneos
ou afins em linha reta, bem como na linha colateral até o 3° grau, não será
posto em disponibilidade.
Art. 198. Decretada a disponibilidade por motivo de interesse
público, o Presidente do Tribunal de Justiça formalizará o ato de declaração da
disponibilidade.

CAPÍTULO II

DA APOSENTADORIA
Art. 199. O Magistrado vitalício aposentar-se-á:
I – compulsoriamente, aos setenta (70) anos de idade, por invalidez
comprovada ou por interesse público;
II – voluntariamente, desde que cumprido tempo mínimo de cinco
(05) anos de exercício na Magistratura, observadas as condições previstas nas
Constituições Federal e Estadual e legislação específica.
Parágrafo único. Os proventos da aposentadoria serão iguais aos
subsídios correspondentes ao cargo em que ela ocorreu e serão reajustados na
mesma proporção dos aumentos concedidos aos subsídios dos Magistrados em
atividade.
Art. 200. Para efeito de aposentadoria será computado integralmente
o tempo de serviço de qualquer natureza em cargo ou em função federal,
estadual e municipal, bem assim o prestado a entidades autárquicas, empresas
ou instituições que tenham passado à responsabilidade do Estado, empresas
públicas e privadas e sociedade de economia mista.
Art. 201. Ao advogado ou membro do Ministério Público nomeado
Desembargador é exigido, para aposentadoria voluntária, a efetividade mínima
de cinco (05) anos no cargo.
Art. 202. A aposentadoria por invalidez será decretada pelo Tribunal
Pleno, em conformidade com os regimentos internos do Tribunal de Justiça e do
Conselho Superior da Magistratura.
Art. 203. A aposentadoria compulsória por interesse público dar-se-á
em conseqüência de penalidade aplicada ao Magistrado, nos casos e na forma
disciplinados nesta Lei.

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TÍTULO V

DAS INCOMPATIBILIDADES E SUSPEIÇÕES


Art. 204. No Tribunal, não poderão ter assento na mesma Turma,
Câmara ou grupo de Câmara, cônjuges e parentes consangüíneos ou afins em
linha reta, bem como em linha colateral até o 3° grau.
Parágrafo único. Nas sessões do Tribunal Pleno e da Corte Especial, o
primeiro dos membros mutuamente impedidos que votar, excluirá a
participação do outro no julgamento.
Art. 205. No mesmo juízo não podem servir, conjuntamente como
Juiz de Direito ou Substituto, parentes consangüíneos ou afins no grau indicado
no artigo anterior.
Art. 206. Aplicam-se as demais vedações das leis processuais quanto
às incompatibilidades e suspeições, além das contidas nos artigos anteriores.

TÍTULO VI

DA INCAPACIDADE DOS MAGISTRADOS


Art. 207. O procedimento para apuração da incapacidade assegurará
o resguardo devido à dignidade e à independência do Magistrado, e será
estabelecido nos regimentos internos do Tribunal de Justiça e do Conselho
Superior da Magistratura.

TÍTULO VII

DAS GARANTIAS E PRERROGATIVAS


Art. 208. Os Magistrados estaduais gozam das garantias e
prerrogativas asseguradas pelas Constituições Federal e Estadual, bem como as
da Lei Orgânica da Magistratura Nacional.
Parágrafo único. Os Juízes Substitutos gozarão das mesmas
garantias e prerrogativas estabelecidas neste artigo, ressalvadas as restrições
constitucionais e as exceções previstas neste Código.
Art. 209. Os membros do Tribunal de Justiça têm o título de
Desembargador; sendo o de Juiz privativo dos integrantes da magistratura de
primeiro grau, incluindo-se os membros das Turmas Recursais dos Juizados
Especiais Cíveis e Criminais.

TÍTULO VIII

DOS DEVERES, RESPONSABILIDADES E PROIBIÇÕES


Art. 210. Aplicam-se aos Magistrados estaduais os deveres,
responsabilidades e proibições constantes nas Constituições Federal e Estadual
e na Lei Orgânica da Magistratura Nacional.
Art. 211. Os Magistrados, assim como os advogados, jurados,
servidores da justiça e membros do Ministério Público, usarão vestes talares
durante os julgamentos do Tribunal de Justiça, no Tribunal do Júri, e
facultativamente, nas audiências cíveis e criminais.

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TÍTULO IX

DA DISCIPLINA DOS MAGISTRADOS


Art. 212. O Magistrado não poderá ser punido nem prejudicado pelas
opiniões que manifestar nas decisões que proferir.
Art. 213. Aos Magistrados estaduais aplicam-se as penalidades
previstas na Lei Orgânica da Magistratura Nacional, cujos procedimentos serão
os constantes naquela Lei e nos regimentos internos do Tribunal de Justiça e do
Conselho Superior da Magistratura.

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LIVRO III

DOS SERVIÇOS AUXILIARES DA JUSTIÇA

CAPÍTULO I

DISPOSIÇÕES GERAIS

Art. 214. Os Serviços Auxiliares da Justiça são constituídos pelos


órgãos que integram o Foro Judicial e o Extrajudicial.

Art. 215. Os serviços do Foro Judicial, nos quais tramitam os


processos de qualquer natureza, compreendem as secretarias do Tribunal, a
diretoria do Foro da Capital e suas respectivas unidades, assim como as
secretarias de varas.

Art. 216. Os serviços do Foro Extrajudicial, nos quais são lavradas as


declarações de vontade e executados os atos decorrentes de legislação sobre
registros públicos, compreendem os tabelionatos, os ofícios de registro de
distribuição, os ofícios de registro de imóveis, os ofícios de registro civil das
pessoas naturais, os ofícios de registro civil das pessoas jurídicas, os ofícios de
registro de títulos e documentos e os ofícios de protestos cambiais.

CAPÍTULO II

DOS SERVIÇOS DO FORO JUDICIAL

SEÇÃO I

DAS SECRETARIAS DO TRIBUNAL E DA DIRETORIA DO FORO DA


CAPITAL

Art. 217. As Secretarias do Tribunal e a diretoria do Foro da Capital


terão a composição e divisões definidas na Lei Orgânica de Administração do
Poder Judiciário, e suas normas operacionais serão estabelecidas através de
provimentos de competência do Presidente do Tribunal de Justiça e do Diretor
do Foro da Capital, respectivamente.

CAPÍTULO III

DOS SERVIDORES DA JUSTIÇA

SEÇÃO I

DO REGIME JURÍDICO
Art. 218. Os servidores do Poder Judiciário, salvo nos casos em que
haja disposição especial, serão regidos pelas normas do Estatuto dos Servidores
Públicos Civis do Estado do Ceará e legislação complementar.

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Art. 219. As licenças, suspensões de vínculo e demais casos de
afastamentos de servidores deverão sempre ser autorizadas pelo Presidente do
Tribunal, ouvido o magistrado a quem o servidor estiver vinculado.
Art. 220. A substituição de servidor no âmbito do Poder Judiciário,
assegura ao substituto o direito à gratificação correspondente aos vencimentos
do substituído, caso a substituição seja por período igual ou superior a trinta
(30) dias.
Art. 221. Quando da criação de cargos de servidores no âmbito do
Poder Judiciário, o Tribunal de Justiça poderá aproveitar candidatos de concurso
público realizado ou em andamento, na data da publicação da lei.
§ 1°. No caso de aproveitamento previsto no caput deste artigo,
deverão ser, obrigatoriamente, observados a identidade do cargo, iguais
denominação e descrição de atribuições, competência, direitos e deveres, de tal
modo que se exijam idênticos requisitos de habilitação acadêmica e profissional
e sejam obedecidas a ordem de classificação e a finalidade e destinação
previstas no edital.
§ 2°. Para os fins previstos neste artigo, considera-se concurso
público em andamento, aquele cujo edital de homologação de resultado ainda
não tenha sido publicado.
§ 3°. Poderão ser aproveitados, mediante termo de opção,
candidatos aprovados em concurso público em andamento ou já homologado
pelo Tribunal de Justiça, para cargos em comarcas e varas diversas, desde que
observado o disposto no § 3° deste artigo, assegurando-se aos candidatos
recusantes a permanência na ordem de classificação do concurso.
Art. 222. É vedada a disposição de servidores durante o estágio
probatório para comarca diversa para a qual foi nomeado.
Parágrafo único. O prazo do estágio probatório poderá ser
dispensado em casos de remoção e permuta, desde que fique demonstrada a
inocorrência de prejuízo ao bom andamento dos serviços judiciários, ouvido o
magistrado a quem o servidor estiver vinculado.
Art. 223. É vedada a concessão de suspensão de vínculo de servidor
do Poder Judiciário por prazo superior a seis (06) meses.
Parágrafo único. Os servidores que estiverem com vínculo funcional
suspenso por período superior a seis (06) meses, na data de publicação desta
lei, deverão observar o prazo previsto no caput deste artigo para retorno ao
exercício das atribuições do cargo.

SEÇÃO II

DAS SECRETARIAS DE VARAS


Art. 224. Cada vara terá sua secretaria, supervisionada pelo Juiz
titular e dirigida por um diretor de secretaria, nomeado em cargo de
provimento em comissão pelo Presidente do Tribunal de Justiça, após livre
indicação do respectivo Juiz titular da vara.
Parágrafo único. Na comarca da Capital o cargo de diretor de
secretaria é privativo de bacharel em direito.
Art. 225. Ao diretor de secretaria compete:

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I - receber da seção de distribuição as petições iniciais, inquéritos
policiais e outras manifestações;
II - proceder ao registro e autuação, colocando capa e anotando os
dados do novo processo, mediante digitação, em sistema computadorizado;
III - certificar o registro e a autuação e fazer conclusão dos autos ao
Juiz da vara;
IV - proceder as anotações sobre o andamento dos feitos mediante
digitação em sistema de computação;
V – preparar o expediente para despachos e audiências;
VI - exibir os processos para consulta pelos advogados e prestar
informações sobre os feitos e seu andamento;
VII - expedir certidões extraídas de autos, livros, e demais papéis
sob sua guarda;
VIII - elaborar o boletim contendo os despachos e demais atos
judiciais para publicação oficial e intimação das partes, encaminhando-o ao
Tribunal de Justiça;
IX – elaborar editais para publicação oficial e em jornal local;
X - expedir mandados, ofícios, cartas precatórias, cartas rogatórias e
outros expedientes determinados pelo Juiz da vara;
XI - realizar diligências determinadas pelo Juiz da vara, Diretor do
Foro ou Corregedor Geral de Justiça;
XII - lavrar os termos de audiência em duas vias, juntando a via
original no livro de registro de termos de audiência, de folhas soltas,
registrando-a mediante anotação do número da folha e tomada da rubrica do
Juiz da vara;
XIII - registrar as sentenças no livro de registro de sentenças;
XIV - encaminhar autos à contadoria;
XV - quando determinado pelo Juiz, abrir vista dos autos aos
advogados, aos Defensores Públicos e ao representante do Ministério Público,
fazendo conferência das folhas, certificando essa circunstância nos autos e
fazendo as anotações pertinentes; a entrega será feita após a anotação no livro
de carga de autos, tomando neste a assinatura do recebedor; no processo,
antes da entrega, será certificada a intimação do destinatário, tomada sua
rubrica e lavrada o termo de vista dos autos;
XVI - certificar nos autos os atos praticados;
XVII - prestar ao Juiz informações por escrito nos autos;
XVIII - quando da devolução dos autos à secretaria proceder a
conferência das folhas, certificando mediante termo, a devolução e a
conferência;
XIX - remeter à instância superior, no prazo máximo de dez (10)
dias, contados do despacho de remessa, os processos em grau de recurso;
XX - encaminhar os autos para baixa na distribuição e arquivo,
quando determinado pelo Juiz;

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XXI - informar ao Juiz, por escrito, em formulário próprio, sobre os
autos cujo prazo de “vista” estejam excedidos, para a adoção das providências
cabíveis;
XXII - informar ao Juiz sobre autos irregularmente parados na
secretaria;
XXIII - requisitar ao arquivo, quando determinado pelo Juiz, a
apresentação de autos de processo;
XXIV - executar quaisquer atos determinados pelo Conselho Superior
da Magistratura, Corregedor Geral de Justiça, Diretor do Foro ou Juiz da vara;
XXV - verificar, salvo quando se tratar de advogado em causa
própria ou quando haja protesto pela apresentação da procuração no prazo
legal, se a inicial vem acompanhada de procuração assinada.
Art. 226. Além do diretor, cada secretaria de vara contará com, pelo
menos, um (01) analista judiciário judiciário, dois (02) oficiais de justiça
avaliadores, dois (02) analista adjunto judiciários e dois (02) técnico judiciários.
Art. 227. O diretor de secretaria de vara será substituído por servidor
efetivo lotado na mesma unidade de jurisdição, designado pelo respectivo Juiz,
fazendo jus à gratificação correspondente aos seus vencimentos, caso a
substituição seja por período igual ou superior a trinta (30) dias.

SEÇÃO III

DOS AUXILIARES DAS SECRETARIAS DE VARA


SUBSEÇÃO I
DOS ANALISTAS JUDICIÁRIOS

Art. 228. O cargo de analista judiciário, privativo de bacharel em


direito, será provido mediante concurso de provas, e tem por atribuição a
execução de atividades judiciárias de nível superior, complexas e pouco
repetitivas, em assistência aos Magistrados, relacionados com a elaboração de
textos de natureza jurídica e judiciária, pesquisas legislativas, doutrinárias e
jurisprudenciais, além da supervisão e execução dos atos formais da prática da
secretaria de vara.
SUBSEÇÃO II

DOS OFICIAIS DE JUSTIÇA AVALIADORES


Art. 229. O cargo de oficial de justiça avaliador, privativo de nível
superior de duração plena ou seqüencial, de natureza técnica, compreendendo
a execução de formação especializada e específica, relacionadas com o
cumprimento exclusivo de mandados judiciais, avaliação de bens, além de
tarefas pertinentes ao serviço judiciário, que lhes forem atribuídas pelo Juiz.
Art. 230. Compete ao oficial de justiça avaliador:
I - cumprir os mandados, fazendo citações, intimações, notificações e
outras diligências emanadas do Juiz;
II - fazer avaliação de bens e lavrar termos de penhora;
III - lavrar autos e certidões referentes aos atos que praticarem;

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IV - convocar pessoas idôneas que testemunhem atos de sua função,
quando a lei exigir, anotando, obrigatoriamente, os respectivos nomes, número
da identidade ou outro documento e endereço;
V - dar cumprimento às ordens emanadas do Juiz, pertinentes ao
serviço judiciário.
§ 1°. Nenhum oficial de justiça avaliador poderá cumprir o mandado
por outrem sem que antes seja substituído expressamente pelo Juiz da vara a
que estiver vinculado, mediante despacho nos autos.
§ 2°. Os oficiais de justiça avaliadores somente entrarão em gozo de
férias estando os mandados aos mesmos distribuídos devidamente cumpridos
ou devolvidos à secretaria da vara, cabendo a esta expedir certidão negativa
destinada à Diretoria do Foro.
§ 3°. No cumprimento das diligências do seu ofício, o oficial de
justiça avaliador, obrigatoriamente, deverá exibir sua cédula de identidade
funcional, não podendo proceder com desvio de poder.
§ 4°. Nas certidões que lavrar, o oficial de justiça avaliador, após
subscrevê-las e datá-las, aporá um carimbo com seu nome completo e
matrícula.
§ 5º. Os oficiais de justiça avaliadores não farão jus à percepção de
quaisquer despesas ou custas.
Art. 231. Os oficiais de justiça avaliadores farão jus a uma
gratificação para locomoção correspondente a dois terços (2/3) dos seus
vencimentos.
SUBSEÇÃO III

DOS ANALISTAS ADJUNTOS JUDICIÁRIOS


Art. 232. O cargo de analista adjunto judiciário, privativo de nível
superior de duração plena ou seqüencial, tem por atribuição a execução de
atividades judiciárias de natureza processual e administrativa.

SUBSEÇÃO IV

DOS TÉCNICOS JUDICIÁRIOS


Art. 233. O cargo de técnico judiciário, privativo de nível médio,
provido mediante concurso de provas, tem por atribuição a execução de
atividades de nível técnico, de natureza processual e administrativa,
relacionadas com o atendimento aos Juízes à Diretoria do Fórum, à Secretaria
do Tribunal de Justiça, aos gabinetes e salas de audiência, à tramitação dos
feitos, realização de pregões de abertura e encerramento de audiências,
chamada das partes, advogados e testemunhas, guarda e conservação de bens
e processos judiciais.

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CAPÍTULO IV

DOS SERVIÇOS DO FORO EXTRAJUDICIAL


Art. 234. Os serviços do Foro Extrajudicial, não remunerados pelos
cofres públicos, compreendem os serviços notariais e de registro, e são
exercidos em caráter privado, por delegação do Poder Público, na forma da
legislação pertinente.
Art. 235. As atribuições e competências dos notários e registradores,
bem como o ingresso na atividade notarial e de registro, são as especificadas
em lei.
Art. 236. Tão logo restem vagos os cargos de notários e
registradores de comarcas, termos ou distritos judiciários, o Juiz de Direito da
comarca deverá comunicar essas circunstâncias ao Presidente do Tribunal de
Justiça para que seja realizado concurso e preenchidos os cargos vagos no
prazo máximo de noventa (90) dias, sob pena de responsabilidade
administrativa tanto do Juiz de Direito quanto do Presidente do Tribunal de
Justiça.
Art. 237. O Tribunal de Justiça fará aprovar regulamento
disciplinando as condições para realização do concurso para provimento dos
cargos de notários e registradores, a que se refere o artigo anterior.
Art. 238. A substituição dos notários e registradores e a contratação
de prepostos dar-se-ão na forma da legislação específica.
Parágrafo único. Os titulares dos ofícios de notas e de registros
poderão admitir tantos empregados quantos forem necessários aos serviços do
seu ofício, subordinando-se as relações empregatícias à legislação regida pela
Consolidação das Leis do Trabalho.
Art. 239. Em caso de vacância de Ofício de Registro Civil de Pessoas
Naturais nos distritos das comarcas do interior do Estado, o Oficial do 1° Ofício
de Registro Civil de Pessoas Naturais da sede fica obrigado, enquanto não for
provido o cargo, a comparecer e prestar atendimento no respectivo distrito,
pessoalmente ou por substituto designado, duas vezes por semana, em dias
previamente determinados pelo Juiz da comarca.

SEÇÃO I

DOS SERVIÇOS DO FORO EXTRAJUDICIAL DA CAPITAL

SUBSEÇÃO I

DO OFÍCIO DE REGISTRO DE DISTRIBUIÇÂO


Art. 240. Haverá na comarca de Fortaleza três (3) ofícios de registro
de distribuição de protestos, com as denominações de Primeiro, Segundo e
Terceiro Ofício.
Art. 241. Aos Primeiro, Segundo e Terceiro Ofícios de Registro de
Distribuição de Protestos, observados o disposto na legislação específica,
compete privativamente:
I - distribuir obrigatória e eqüitativamente, entre os ofícios da
mesma natureza, os pedidos de protestos de títulos cambiários e

53
cambiariformes, observando a ordem cronológica de apresentação, fornecendo
comprovante aos apresentantes;
II - registrar os atos de última vontade, tais como testamentos,
codicilos privados ou públicos, bem como os respectivos atos revogatórios;
III - efetuar as averbações e os cancelamentos de sua competência;
IV - registrar obrigatoriamente e antecedente ao registro imobiliário,
os atos notariais lavrados fora da comarca de Fortaleza, devendo constar do ato
o endereço completo, residência, sede ou domicílio das partes;
V - expedir certidões de atos e documentos que constem de seus
registros e papéis.
Parágrafo único. Para a distribuição e registro de que tratam os
incisos I, II e IV deste artigo, é livre a escolha de ofício de registro de
distribuição de protestos na comarca de Fortaleza.
SUBSEÇÃO II

DOS SERVIÇOS DE TABELIONATO (DE NOTAS E DE PROTESTOS DE


TÍTULOS), DO REGISTRO DE TÍTULOS E DOCUMENTOS E DO REGISTRO
CIVIL DAS PESSOAS JURÍDICAS
Art. 242. Haverá na comarca de Fortaleza dez (10) Notariados com
as denominações de Primeiro, Segundo, Terceiro, Quarto, Quinto, Sexto,
Sétimo, Oitavo, Nono e Décimo Ofício de Notas, competindo privativamente ao
Primeiro, Segundo, Quinto, Sétimo, Oitavo e Décimo ofício, a lavratura e o
protesto de títulos; ao Terceiro, Quarto, Sexto e Nono Ofício, as funções
privativas do registro de títulos e documentos e do registro civil das pessoas
jurídicas.
SUBSEÇÃO III

DO REGISTRO CIVIL DAS PESSOAS NATURAIS


Art. 243. Haverá na comarca de Fortaleza cinco (05) ofícios de
registro civil das pessoas naturais, servindo cada um deles nos limites de suas
zonas, com as denominações de Primeiro, Segundo, Terceiro, Quarto e Quinto
Ofício.
§ 1°. Para os serviços de registro civil das pessoas naturais, a cidade
de Fortaleza se divide em cinco (05) zonas, observando-se os limites abaixo
descritos, respeitada a circunscrição territorial dos distritos de Antônio Bezerra,
Messejana, Mondubim, Parangaba e Mucuripe.
a) PRIMEIRA ZONA - Começa na orla marítima, na Avenida
Desembargador Moreira, lado poente, e por ela segue até encontrar a Avenida
Pontes Vieira, lado norte, na qual prossegue até chegar à Avenida 13 de Maio,
pela qual continua até atingir à Rua Senador Pompeu; daí segue por esta rua,
no rumo do norte, lado do nascente, até chegar, novamente, à orla marítima;
b) SEGUNDA ZONA - Tem início na Avenida Desembargador Moreira,
no seu começo, lado nascente, seguindo por esta Rua até encontrar a Avenida
Pontes Vieira, lado sul, por onde prossegue, alcançando a Avenida 13 de Maio,
na qual continua até encontrar a Rua Senador Pompeu; parte desse ponto, na
direção sul, pela Avenida dos Expedicionários, lado nascente, até atingir os
limites do sudoeste dos distritos de Parangaba e Messejana; daí, ao atingir a
estrada que liga a Capital ao Distrito de Messejana, retorna pelo lado poente

54
até atingir a estrada de ferro que liga Parangaba a Mucuripe, prosseguindo por
esta via férrea pelos lados norte e poente até à orla marítima;
c) TERCEIRA ZONA - Inicia-se na Rua Senador Pompeu, na orla
marítima, lado poente, até chegar à Rua Meton de Alencar, por onde prossegue,
na sua parte norte, até chegar à Avenida Bezerra de Menezes, pela qual
continua até encontrar o limite noroeste do distrito de Antônio Bezerra;
d) QUARTA ZONA - Começa na confluência da Rua Senador Pompeu
com a Rua Meton de Alencar, seguindo por esta até encontrar a Avenida dos
Expedicionários, no rumo do sul; prosseguindo por esta Avenida, lado poente,
até encontrar os limites do distrito de Parangaba;
e) QUINTA ZONA - Tem início na orla marítima, seguindo pela
estrada de ferro que liga Parangaba ao Mucuripe, lado nascente e sul, até
encontrar a estrada que liga a Capital ao Distrito de Messejana; por esta
estrada, lado nascente, prossegue até alcançar os limites do sudoeste do
distrito de Messejana.
§ 2°. Para a execução dos mencionados serviços serão, ainda,
observadas as seguintes normas:
a) são da competência do Primeiro Ofício os serviços de registro civil
especificados nos artigos 89, 92 e 94 da Lei n° 6.015, de 31 de dezembro de
1973;
b) são da competência do Segundo Ofício os serviços de registro civil
especificados nos artigos 84, 88 e seu parágrafo único, da Lei n° 6.015, de 31
de dezembro de 1973;
c) são da competência do Terceiro Ofício os serviços de registro civil
especificados nos artigos 66, 85 e 87 da Lei n° 6.015, de 31 de dezembro de
1973;
d) são da competência do Quarto Ofício os serviços de registro civil
especificados nos artigos 51, 62 e 65 da Lei n° 6.015, de 31 de dezembro de
1973.
§ 3°. Os oficiais de registro civil da sede e dos distritos da comarca
da Capital, bem como os das sedes das comarcas da região metropolitana de
Fortaleza poderão também lavrar procurações, reconhecer firmas, e autenticar
documentos.
SUBSEÇÃO IV

DO REGISTRO DE IMÓVEIS
Art. 244. Haverá na comarca de Fortaleza seis (06) ofícios de
registro de imóveis, com as denominações de Primeiro, Segundo, Terceiro,
Quarto, Quinto e Sexto Ofício.
Parágrafo único. Os oficiais de registro de imóveis exercerão suas
funções dentro dos limites de suas respectivas zonas, as quais possuem as
seguintes delimitações:
a) PRIMEIRA ZONA - Constitui parte do Leste da cidade de Fortaleza,
iniciando na foz do Rio Cocó, seguindo por esse rio, lados nascente e sul, até
encontrar a BR 116. Prossegue por essa BR na direção Sul até alcançar o limite
de Fortaleza, seguindo por essa linha divisória até a barra do Rio Pacoti;

55
b) SEGUNDA ZONA - Tem início no Norte da cidade a partir da orla
marítima, seguindo pela Avenida Barão de Studart, lado poente, até encontrar a
Rua Coronel Alves Teixeira; segue por essa rua, no sentido oeste até a Avenida
Visconde do Rio Branco, e por essa avenida, lado poente prossegue até alcançar
a BR 116, dobrando à direita no trevo que dá acesso à Avenida Paulino Rocha;
segue pelas Avenidas Paulino Rocha, Dedé Brasil e Rua Carlos Amora, dobrando
à direita na Rua 7 de Setembro seguindo pelas Avenidas João Pessoa,
Universidade, e Rua General Sampaio, lado leste, até encontrar a orla
marítima;
c) TERCEIRA ZONA - Constitui parte do poente da cidade de
Fortaleza, começando na orla marítima seguindo pela Rua General Sampaio,
Avenida da Universidade, Avenida João Pessoa e Rua 7 de Setembro, lado
oeste, até à Rua Gomes Brasil, dobrando nesta rua, no sentido oeste, até
encontrar a Av. José Bastos (Av. Augusto dos Anjos), por onde segue numa
reta até encontrar o limite sul da cidade;
d) QUARTA ZONA - Inicia na orla marítima, seguindo pela Av. Barão
de Studart, lado nascente, até encontrar a rua Coronel Alves Teixeira; segue
por esta rua na direção oeste até à Avenida Visconde do Rio Branco e por essa
Avenida lado do nascente até encontrar a estrada de ferro que liga Parangaba
ao Porto do Mucuripe, seguindo por essa via férrea, lados norte e oeste até a
orla marítima;
e) QUINTA ZONA - Tem início na foz do Rio Cocó, seguindo dito rio
lados oeste e norte, até encontrar a BR 116; daí pela BR 116 na direção norte,
seguindo pela Avenida Visconde do Rio Branco, lado leste, até encontrar a
estrada de ferro Parangaba-Porto do Mucuripe, seguindo por essa via férrea
lados sul e leste até a orla marítima:
f) SEXTA ZONA - Inicia no limite sul de Fortaleza seguindo pela BR
116, lado oeste, até ao trevo que dá acesso à Avenida Paulino Rocha; segue
por esta avenida e pela Avenida Dedé Brasil e Rua Carlos Amora, lado sul, até a
Rua 7 de Setembro, dobrando nesta rua na direção sul até a rua Gomes Brasil,
por onde segue dobrando nessa rua até encontrar a Avenida José Bastos
(Avenida Augusto dos Anjos) lado leste, por onde segue até encontrar o limite
sul da cidade.

CAPÍTULO V

DOS SERVIÇOS DO FORO EXTRAJUDICIAL NAS COMARCAS DO


INTERIOR
Art. 245. Haverá na sede de cada comarca do interior do Estado,
pelo menos, um (01) ofício de registro civil e um (01) ofício de registro de
imóveis, com as funções cumulativas dos atos notariais.
§ 1°. Os oficiais de registro e notários do interior do Estado têm,
igualmente, as funções cumulativas do registro de títulos e documentos de
oficial de protestos, respeitados eventuais direitos adquiridos.
§ 2°. Os protestos de títulos serão obrigatória e eqüitativamente
distribuídos entre os ofícios de notas da comarca do interior.
Art. 246. Os atuais titulares e prepostos, respeitado o direito
adquirido, contribuirão para o INSS, ficando-lhes assegurado o direito de
aproveitamento, para fins de aposentadoria, do tempo de contribuição para o
IPEC.

56
CAPÍTULO VI

DAS REMOÇÕES E PERMUTAS


Art. 247. Os titulares de ofício de notas e de registros poderão ser
removidos para ofícios de igual natureza, da mesma ou de outra comarca,
mediante concurso.
Art. 248. O concurso de remoção consistirá de prova de títulos.
Art. 249. Os titulares de serviços notariais e de registro, que já
detenham a delegação por mais de dois (02) anos, prazo este contado da data
do efetivo exercício na atividade até à publicação do primeiro edital, estão
habilitados ao concurso.
Parágrafo único. No ato de inscrição, e antes da delegação, o
candidato deverá comprovar a regularidade de sua situação em relação às
obrigações trabalhistas, fiscais e previdenciárias, apresentando as
correspondentes certidões negativas.
Art. 250. No edital do concurso, serão indicados os ofícios vagos, as
matérias e demais informações de acordo com a presente lei e com o
regulamento do concurso aprovado pelo Tribunal Pleno.
Art. 251. Os critérios de valorização dos títulos serão estabelecidos
através de Resolução do Tribunal de Justiça.

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LIVRO IV

DAS DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS

CAPÍTULO I

DAS DISPOSIÇOES FINAIS

SEÇÃO I

DA AUTONOMIA FINANCEIRA
Art. 252. Ao Poder Judiciário é assegurada, além da autonomia
administrativa, a autonomia financeira.
Art. 253. Os recursos correspondentes às dotações orçamentárias,
destinadas ao Poder Judiciário, serão entregues até o dia vinte (20) de cada
mês, em importância nunca inferior ao duodécimo.
§ 1°. A entrega do numerário correspondente aos créditos adicionais
autorizados por lei deverá ser feita, no máximo, quinze (15) dias após a sanção
ou a promulgação e respectiva publicação.
§ 2°. Essas verbas ficarão à ordem do Presidente do Tribunal, a
quem competirá a apreciação da prestação de contas referente à sua aplicação,
para posterior encaminhamento ao Tribunal de Contas.
§ 3°. Quando o regular exercício das funções do Poder Judiciário for
impedido ou dificultado por falta de recursos, decorrentes de injustificada
redução de sua proposta orçamentária, ou pela não-satisfação oportuna das
dotações que lhe correspondam, competirá ao Tribunal de Justiça, pela maioria
absoluta de seus membros, solicitar ao Supremo Tribunal Federal a intervenção
da União no Estado.

SEÇÃO II

DOS PAGAMENTOS DEVIDOS EM RAZÃO DE CONDENAÇÃO JUDICIAL


Art. 254. A proposta anual orçamentária do Tribunal de Justiça
incluirá na rubrica "Sentenças Judiciárias" a quantia correspondente ao total das
condenações impostas à Fazenda do Estado, e cujos precatórios tenham
entrado e sido processados na Secretaria do Tribunal até primeiro de junho,
data em que seus valores serão atualizados, sem prejuízo de outras
atualizações que sejam necessárias em virtude da desvalorização da moeda,
fazendo-se o pagamento até o final do exercício seguinte.
§ 1°. No orçamento de cada Município deverá ser consignado
dotação destinada ao pagamento de débitos oriundos de condenações judiciais
que lhe sejam impostos.
§ 2°. A não-inclusão no orçamento da dotação a que se refere o
parágrafo anterior, obrigará a Prefeitura a solicitar abertura de crédito especial
para atender o pagamento dos débitos, sob pena de ser requerida a intervenção
no Município.
Art. 255. Os pagamentos devidos pela Fazenda Estadual ou
Municipal, em virtude de condenação judicial, serão feitos, exclusivamente, na
ordem cronológica da apresentação dos precatórios e da conta dos respectivos

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créditos, proibida a designação de casos ou pessoas nas dotações
orçamentárias e nos créditos adicionais abertos para este fim, à exceção
daqueles de natureza alimentar.
Parágrafo único. Os recursos para atender às despesas de que trata
este artigo serão requisitados, mensalmente, à Secretaria da Fazenda,
competindo ao Presidente do Tribunal de Justiça expedir, diretamente, as
ordens de pagamento.

SEÇÃO III

DOS ÓRGÃOS OFICIAIS DE PUBLICAÇÃO DO PODER JUDICIÁRIO


Art. 256. São órgãos oficiais de publicação o “Diário da Justiça”, a
“Revista de Jurisprudência do Tribunal de Justiça do Ceará”, o “Ementário de
Jurisprudência do Tribunal de Justiça” e outros repertórios autorizados pelo
Tribunal de Justiça, todos publicados pelo Poder Judiciário.
Parágrafo único. As publicações de qualquer natureza, inclusive
editais e atos administrativos, oriundos do Tribunal de Justiça e dos Juízes de
primeiro grau, em órgão oficial do Estado, serão isentas de pagamento ou de
outro ônus.

CAPÍTULO II

DAS DISPOSIÇÕES TRANSITÓRIAS

SEÇÃO I

DA IMPLANTAÇÃO DE NOVAS COMARCAS.


Art. 257. Ficam implantadas como comarcas sede de jurisdição de
primeira entrância, as comarcas vinculadas de Abaiara, Acarape, Alcântaras,
Altaneira, Antonina do Norte, Apuiarés, Ararendá, Arneiroz, Banabuiú, Barreira,
Catunda, Choro-Limão, Deputado Irapuan Pinheiro, Ererê, General Sampaio,
Granjeiro, Guaramiranga, Ibaretama, Ibicuitinga, Itaiçaba, Jaguaribara, Jijoca
de Jericoacoara, Martinopóle, Milhã, Miraíma, Moraújo, Nova Olinda, Ocara,
Pacujá, Palhano, Paramoti, Penaforte, Piquet Carneiro, Pires Ferreira, Potengi,
Potiretama, Quiterianópolis, Salitre, São João do Jaguaribe, Senador Sá,
Tarrafas, Tejuçuoca, Tururú, Umari e Varjota.
Parágrafo único. As comarcas de que trata o caput deste artigo serão
implantadas progressivamente, no prazo máximo de oito (08) anos, observada
a ordem a seguir:
I - a partir de 1° de julho de 2005: comarcas de Acarape, Banabuiú,
Barreira, Ocara e Quiterianópolis;
II – a partir de 1° de julho de 2006: comarcas de Ararendá, Jijoca de
Jericoacara, Nova Jaguaribara, Piquet Carneiro e Varjota;
III – a partir de 1° de julho de 2007: comarcas de Choró-Limão,
Ibaretama, Ibicuitinga, Potengi eTururú;
IV – a partir de 1º de julho de 2008 comarcas de Apuiarés,
Martinópolé, Milhã, Nova Olinda e São João do Jaguaribe

59
V - a partir de 1º de julho de 2009 comarcas de Deputado Irapuan
Pinheiro, Miraíma, Moraújo, Paramoti e Penaforte;
VI - a partir de 1º de julho de 2010 comarcas de Altaneira, Arneiroz,
Catunda, Tejuçuoca e Umari;
VII - a partir de 1º de julho de 2011 comarcas de General Sampaio,
Guaramiranga, Palhano, Salitre e Tarrafas;
VIII - a partir de 1º de julho de 2012 comarcas de Abaiara,
Alcântaras, Antonina do Norte, Itaiçaba e Potiretama;
IX - a partir de 1º de julho de 2013 comarcas de Ererê, Granjeiro,
Pacujá, Pires Ferreira e Senador Sá.

SEÇÃO II

DA ELEVAÇÃO DE ENTRÂNCIA DE COMARCAS.

Art. 258. Ficam elevadas à categoria de segunda entrância as


comarcas de Itaitinga e Guiaúba.

SEÇÃO III

DA CRIAÇÃO DE VARAS E UNIDADES JUDICIÁRIAS.

Art. 259. Ficam criadas na comarca de Fortaleza, a 8ª, 9ª e 10ª


Varas da Fazenda Pública, a 3ª Vara de Delitos sobre Tráfico de Substâncias
Entorpecentes, a 2ª Vara da 1ª Unidade dos Juizados Especiais Cíveis e
Criminais, a 2ª Vara da 3ª Unidade dos Juizados Especiais Cíveis e Criminais, a
2ª Vara da 5ª Unidade dos Juizados Especiais Cíveis e Criminais, a 2ª Vara da
7ª Unidade dos Juizados Especiais Cíveis e Criminais, a 2ª Vara da 8ª Unidade
dos Juizados Especiais Cíveis e Criminais, a 2ª Vara da 9ª Unidade dos Juizados
Especiais Cíveis e Criminais, a 2ª Vara da 10ª Unidade dos Juizados Especiais
Cíveis e Criminais, a 2ª Vara da 12ª Unidade dos Juizados Especiais Cíveis e
Criminais e a 2ª Vara da 16ª Unidade dos Juizados Especiais Cíveis e Criminais.
Art. 260. Ficam criadas a 5ª Vara da comarca de Maracanaú, a 6ª
Vara da comarca de Sobral e a 6ª Vara da comarca de Juazeiro do Norte.

SEÇÃO IV

DA TRANSFORMAÇÃO DE VARAS E UNIDADES JUDICIÁRIAS.

Art. 261. Ficam transformadas na comarca de Fortaleza, a 1ª e 2ª


Varas de Trânsito em 6ª e 7ª Varas de Execução Fiscal e Crimes Contra a
Ordem Tributária, respectivamente, todas de entrância especial.
Parágrafo único. Os feitos em andamento na 1ª e 2ª Varas de
Trânsito serão redistribuídos, eqüitativamente, entre as Varas Criminais,
ressalvada a 12ª Vara Criminal, que tem competência exclusiva.

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Art. 262. Ficam transformadas as unidades dos Juizados Especiais
Cíveis e Criminais das comarcas de Lavras da Mangabeira e de Icó, além da 2ª
Vara da comarca de Uruburetama, em 6ª Vara da comarca de Maracanaú, 5ª
Vara da comarca de Caucaia, e 6ª Vara da comarca de Caucaia,
respectivamente.
§ 1°. Os feitos em andamento nos Juizados Especiais Cíveis e
Criminais constantes do caput deste artigo, e na 2ª Vara da comarca de
Uruburetama, serão redistribuídos para as varas únicas das respectivas
comarcas.
Art. 263. Ficam transformadas as unidades dos Juizados Especiais
Cíveis e Criminais das comarcas de Russas e de Senador Pompeu em 2ª Vara
da Comarca de Russas e 2ª Vara da Comarca de Senador Pompeu,
respectivamente.
§ 1°. Os feitos em andamento nos Juizados Especiais Cíveis e
Criminais constantes do caput deste artigo serão redistribuídos entre as varas
comuns das respectivas comarcas, de acordo com a competência estabelecida
nesta Lei.

SEÇÃO V

DA TRANSFORMAÇÃO DE CARGOS DE JUIZ DE PRIMEIRO GRAU

Art. 264. Ficam transformados os cargos de Juiz de Direito da 1ª e


2ª Varas de Trânsito da comarca de Fortaleza em cargos de Juiz de Direito da
6ª e 7ª Vara de Execuções Fiscais e Crimes Contra a Ordem Tributária,
respectivamente, todas de entrância especial, assegurada a permanência no
cargo aos atuais Juízes de Direito titulares das varas transformadas.
Art. 265. Ficam transformados treze (13) cargos de Juiz de Direito
Auxiliar da comarca de Fortaleza, em cargos de Juiz de Direito da 8ª, 9ª e 10ª
Varas da Fazenda Pública, Juiz de Direito da 3ª Vara de Delitos sobre Tráfico de
Substâncias Entorpecentes, Juiz de Direito da 2ª Vara da 1ª Unidade dos
Juizados Especiais Cíveis e Criminais, Juiz de Direito da 2ª Vara da 3ª Unidade
dos Juizados Especiais Cíveis e Criminais, Juiz de Direito da 2ª Vara da 5ª
Unidade dos Juizados Especiais Cíveis e Criminais, Juiz de Direito da 2ª Vara da
7ª Unidade dos Juizados Especiais Cíveis e Criminais, Juiz de Direito da 2ª Vara
da 8ª Unidade dos Juizados Especiais Cíveis e Criminais, Juiz de Direito da 2ª
Vara da 9ª Unidade dos Juizados Especiais Cíveis e Criminais, Juiz de Direito da
2ª Vara da 10ª Unidade dos Juizados Especiais Cíveis e Criminais, Juiz de
Direito da 2ª Vara da 12ª Unidade dos Juizados Especiais Cíveis e Criminais e
Juiz de Direito da 2ª Vara da 16ª Unidade dos Juizados Especiais Cíveis e
Criminais.
Parágrafo Único. Para efeito da norma prevista no caput deste
artigo, os cargos a serem transformados, corresponderão aos cargos de Juiz de
Direito Auxiliar mais antigos na atual entrância especial, observada a
correspondência na ordem da antiguidade na entrância com a ordem de
transformação disciplinada.
Art. 266. Fica transformado um (01) cargo de Juiz Auxiliar da 7ª
Zona Judiciária, um (01) cargo de Juiz Auxiliar da 1ª Zona Judiciária e um (01)

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cargo de Juiz Auxiliar da 5ª Zona Judiciária em cargos de Juiz de Direito da 6ª
Vara da comarca de Sobral, Juiz de Direito da 6ª Vara da comarca de Juazeiro
do Norte e Juiz de Direito da 5ª Vara da comarca de Maracanaú,
respectivamente, todos de terceira entrância.
Parágrafo Único. Para efeito da norma prevista no caput deste artigo,
os cargos a serem transformados corresponderão aos cargos de Juiz de Direito
Auxiliar das respectivas zonas, cujos ocupantes sejam mais antigos na
entrância.
Art. 267. Ficam transformados os cargos de Juiz de Direito do
Juizado Especial Cível e Criminal da comarca de Lavras da Mangabeira, Juiz de
Direito do Juizado Especial Cível e Criminal da comarca de Icó, e Juiz de Direito
da 2ª vara de Uruburetama em cargos de Juiz de Direito da 6ª Vara da comarca
de Maracanaú, Juiz de Direito da 5ª Vara da comarca de Caucaia e Juiz de
Direito da 6ª Vara da comarca de Caucaia, respectivamente, assegurada a
permanência no cargo aos atuais Juízes de Direito titulares das varas
transformadas.
Art. 268. Ficam transformados os cargos de Juiz de Direito dos
Juizados Especiais Cíveis e Criminais da comarca de Russas e Juiz de Direito dos
Juizados Especiais Cíveis e Criminais da comarca de Senador Pompeu em
cargos de Juiz de Direito da 2ª Vara da Comarca de Russas e Juiz de Direito da
2ª Vara da Comarca de Senador Pompeu, assegurada a permanência no cargo
aos atuais Juízes de Direito titulares das varas transformadas.

SEÇÃO VI

DA CRIAÇÃO E EXTINÇÃO DE CARGOS DE MAGISTRADOS

Art. 269. Ficam criados oito (08) cargos de Desembargador.


Parágrafo único. Os cargos a que se refere o caput deste artigo serão
criados progressivamente, 04 (quatro) em dezembro de 2005 e 04 (quatro) em
dezembro de 2006.
Art. 270. Ficam criados na comarca de Fortaleza, seis (06) cargos de
Juiz de Direito das Turmas Recursais dos Juizados Especiais Cíveis e Criminais,
de entrância especial.
Parágrafo único. O provimento dos cargos de que trata o caput deste
artigo dar-se-á por remoção, observados os critérios de antiguidade e
merecimento, podendo a eles concorrer os Juízes integrantes da primeira quinta
parte da lista de antiguidade da entrância especial.
Art. 271. Ficam extintos, na medida em que vagarem, seis (06)
cargos de Juiz de Direito Auxiliar de entrância especial.
Art. 272. Ficam criados quarenta e cinco (45) cargos de Juiz de
Direito, de 1ª entrância, nas comarcas de Abaiara, Acarape, Alcântaras,
Altaneira, Antonina do Norte, Apuiarés, Ararendá, Arneiroz, Banabuiú, Barreira,
Catunda, Choró-Limão, Deputado Irapuan Pinheiro, Ererê, General Sampaio,
Granjeiro, Guaramiranga, Ibaretama, Ibicuitinga, Itaiçaba, Jaguaribara, Jijoca
de Jericoacoara, Martinopóle, Milhã, Miraíma, Moraújo, Nova Olinda, Ocara,
Pacujá, Palhano, Paramoti, Penaforte, Piquet Carneiro, Pires Ferreira, Potengi,

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Potiretama, Quiterianópolis, Salitre, São João do Jaguaribe, Senador Sá,
Tarrafas, Tejuçuoca, Tururú, Umari e Varjota.
Parágrafo único. Os cargos a que se refere o caput deste artigo serão
criados progressivamente, no prazo máximo de oito (08) anos, observada a
ordem a seguir:
I - a partir de 1° de julho de 2005: cargos de Juiz de Direito das
comarcas de Acarape, Banabuiú, Barreira, Ocara e Quiterianópolis;
II – a partir de 1° de julho de 2006: cargos de Juiz de Direito das
comarcas de Ararendá, Jijoca de Jericoacara, Nova Jaguaribara, Piquet Carneiro
e Varjota;
III – a partir de 1° de julho de 2007: cargos de Juiz de Direito das
comarcas de Choró-Limão, Ibaretama, Ibicuitinga, Potengi eTururú;
IV – a partir de 1º de julho de 2008 cargos de Juiz de Direito das
comarcas de Apuiarés, Martinópolé, Milhã, Nova Olinda e São João do Jaguaribe
V - a partir de 1º de julho de 2009 cargos de Juiz de Direito das
comarcas de Deputado Irapuan Pinheiro, Miraíma, Moraújo, Paramoti e
Penaforte;
VI - a partir de 1º de julho de 2010 cargos de Juiz de Direito das
comarcas de Altaneira, Arneiroz, Catunda, Tejucuoca e Umari;
VII - a partir de 1º de julho de 2011 cargos de Juiz de Direito das
comarcas de General Sampaio, Guaramiranga, Palhano, Salitre e Tarrafas;
VIII - a partir de 1º de julho de 2012 cargos de Juiz de Direito das
comarcas de Abaiara, Alcântaras, Antonina do Norte, Itaiçaba e Potiretama;
IX - a partir de 1º de julho de 2013 cargos de Juiz de Direito das
comarcas de Ererê, Granjeiro, Pacujá, Pires Ferreira e Senador Sá.

SEÇÃO VII

DA CRIAÇÃO DE CARGOS NO QUADRO DE SERVIDORES DE JUSTIÇA.

Art. 273. Fica criado um (01) cargo de provimento em comissão de


chefe de gabinete adjunto do Vice-Corregedor Geral de Justiça, símbolo DNS-3.
Art. 274. Fica criado um (01) cargo de provimento em comissão de
Diretor Geral das Turmas Recursais dos Juizados Especiais Cíveis e Criminais,
símbolo DNS-3.
Art. 275. Fica criado um (01) cargo de provimento em comissão de
Secretário de Turma Recursal dos Juizados Especiais Cíveis e Criminais, símbolo
DAS-1.
Art. 276. Ficam criados seis (06) cargos de provimento em comissão
de assessor de Juiz de Turma Recursal dos Juizados Especiais Cíveis e
Criminais, símbolo DNS-3, privativo de bacharel em direito.
Art. 277. Fica criado um (01) cargo de provimento em comissão de
Diretor Geral do Conselho Superior da Magistratura, símbolo DNS-3.

63
Art. 278. Fica criado um (01) cargo de provimento em comissão de
assessor do Vice-Corregedor Geral de Justiça, símbolo DNS-2.
Art. 279. Ficam criados quarenta e sete (47) cargos de provimento
em comissão, de assessor de Desembargador, símbolo DNS-2.
Art. 280. Ficam criados oito (08) cargos de provimento em comissão,
de oficial de gabinete de Desembargador, símbolo DAS-2.
Art. 281. Fica criado um (01) cargo de provimento em comissão de
chefe de gabinete adjunto da Diretoria do Fórum Clóvis Beviláqua, símbolo
DNS-2.
Art. 282. Ficam criados quatro (04) cargos provimento em comissão,
de Diretor de Secretaria, símbolo DNS-3, com lotação na 8ª, 9ª e 10ª Varas da
Fazenda Pública e 3ª Vara de Delitos sobre Tráfico de Substâncias
Entorpecentes, todos de entrância especial.
Art. 283. Ficam criados seis (06) cargos provimento em comissão, de
Diretor de Secretaria, símbolo DAS-1, com lotação na 6ª Vara da comarca de
Sobral, 6ª Vara da comarca de Juazeiro do Norte, 5ª e 6ª Varas da comarca de
Maracanaú e 5ª e 6ª Varas da comarca de Caucaia.
Art. 284. Ficam criados quatro (04) cargos de provimento efetivo de
analista judiciário, símbolo AJ-32, oito (08) cargos de provimento efetivo de
Oficial de Justiça Avaliador, símbolo AJ-32, oito (08) cargos de provimento
efetivo de analista adjunto judiciário, símbolo AJ-13 e oito (08) cargos de
provimento efetivo de técnico judiciário, símbolo AJ-08, todos de entrância
especial, a serem lotados na 8ª, 9ª e 10ª Varas da Fazenda Pública e na 3ª
Vara de Delitos sobre Tráfico de Substâncias Entorpecentes.
Art. 285. Ficam criados (08) cargos de provimento efetivo de analista
judiciário, símbolo AJ-32, dezesseis (16) cargos de provimento efetivo de Oficial
de Justiça Avaliador, símbolo AJU-32, dezesseis (16) cargos de provimento
efetivo de analista adjunto judiciário, símbolo AJ-13 e dezesseis (16) cargos de
provimento efetivo de técnico judiciário, símbolo AJ-08, todos de terceira
entrância, a serem lotados na 6ª Vara da comarca de Sobral, na 6ª Vara da
comarca de Juazeiro do Norte e na 3ª, 4ª, 5ª e 6ª Varas da comarca de
Maracanaú e na 5ª e 6ª Vara da comarca de Caucaia.
Art. 286. Ficam criados quarenta e cinco (45) cargos de provimento
em comissão de Diretor de Secretaria, símbolo DAS-3, a serem lotados na
atuais comarcas vinculadas de Abaiara, Acarape, Alcântaras, Altaneira,
Antonina do Norte, Apuiarés, Ararendá, Arneiroz, Banabuiú, Barreira, Catunda,
Choró-Limão, Deputado Irapuan Pinheiro, Ererê, General Sampaio, Granjeiro,
Guaramiranga, Ibaretama, Ibicuitinga, Itaiçaba, Jaguaribara, Jijoca de
Jericoacoara, Martinopóle, Milhã, Miraíma, Moraújo, Nova Olinda, Ocara, Pacujá,
Palhano, Paramoti, Penaforte, Piquet Carneiro, Pires Ferreira, Potengi,
Potiretama, Quiterianópolis, Salitre, São João do Jaguaribe, Senador Sá,
Tarrafas, Tejuçuoca, Tururú, Umari e Varjota.

SEÇÃO VIII

DA TRANSFORMAÇÃO DE CARGOS NO QUADRO DE SERVIDORES DE


JUSTIÇA
Art. 287. Ficam transformados os cargos de chefe de gabinete da
Presidência do Tribunal de Justiça, símbolo DNS-3, chefe de gabinete da Vice-

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Presidência do Tribunal de Justiça, símbolo DNS-3 e chefe de gabinete da
Diretoria do Fórum Clóvis Beviláqua, símbolo DNS-3, em cargos de chefe de
gabinete da Presidência do Tribunal de Justiça, símbolo DNS-1, chefe de
gabinete da Vice-Presidência do Tribunal de Justiça, símbolo DNS-1 e chefe de
gabinete da Diretoria do Fórum Clóvis Beviláqua, símbolo DNS-1.
Art. 288. Ficam transformados os cargos de oficial de gabinete da
Presidência do Tribunal de Justiça, símbolo DAS-1 e oficial de gabinete da Vice-
Presidência do Tribunal de Justiça, símbolo DAS-1 em cargos de chefe de
gabinete adjunto da Presidência do Tribunal de Justiça, símbolo DNS-2, e chefe
de gabinete adjunto da Vice-Presidência do Tribunal de Justiça, símbolo DNS-2.
Art. 289. Fica transformado um (01) cargo de chefe de gabinete da
Corregedoria Geral de Justiça, símbolo DNS-3, em um (01) cargo de chefe de
gabinete da Corregedoria Geral de Justiça, símbolo DNS-1.
Art. 290. Fica transformado um (01) cargo de oficial de gabinete da
Corregedoria Geral de Justiça, símbolo DAS-1, em um (01) cargo de chefe de
gabinete adjunto da Corregedoria Geral de Justiça, símbolo DNS-2.
Art. 291. Fica transformado um (01) cargo de diretor do Conselho da
Magistratura, símbolo DAS-2, em secretário administrativo do Conselho
Superior da Magistratura, símbolo DAS-1.

SEÇÃO IX

DISPOSIÇÕES TRANSITÓRIAS DIVERSAS


Art. 292. As alterações na composição dos cargos de direção do
Tribunal de Justiça somente entrarão em vigor a partir das eleições para o
biênio administrativo de 2007/2008.
Art. 293. Quando da criação e alteração da competência das varas
nas comarcas do interior, somente serão redistribuídas as ações que não forem
da competência privativa, exclusiva ou concorrente de cada vara, observada a
devida compensação posterior.
Art. 294. Caberá ao Tribunal de Justiça, até o dia 31 de dezembro de
2006, aprovar mediante Resolução, pontuação a ser atribuída aos critérios
objetivos a que se reporta o artigo 153 deste código.
Art. 295. Enquanto não forem elaboradas as regras complementares
a este Código, serão aplicadas as normas até então vigentes.
Art. 296. Esta Lei entrará em vigor na data de sua publicação,
revogadas as disposições em contrário.

PALÁCIO DO GOVERNO DO ESTADO DO CEARÁ,


em Fortaleza, aos

65
ANEXO I
COMARCA DE ENTRÂNCIA ESPECIAL
SEDE VINCULADA DISTRITOS
FORTALEZA Antonio Bezerra, Barra do Ceará, Messejana, Mondubim,
Mucuripe e Parangaba

COMARCAS DE TERCEIRA ENTRÂNCIA


SEDE VINCULADA DISTRITOS
1. ACOPIARA Acopiara, Ebron, Isidoro, Quincue, Santa Felícia, Santo
Antônio e Trussú.
2. AQUIRAZ Aquiraz, Camará, Caponga da Bernarda, Jacaúna,
Justiniano de Serpa, Patacas e Tapera.
3. ARACATI Aracati, Barreira dos Vianas, Cabreiro, Córrego dos
Fernandes, Cuipiranga, Santa Tereza, Girau e Mata
Fresca.
4. ARACOIABA OCARA Aracoiaba, Ideal, Jaguarão, Jenipapeiro, Lagoa de São
João, Milton Belo, Pedra Branca, Plácido Martins e
Varzantes. Ocara, Arisco dos Marianos, Curupira, Novo
Horizonte, Sereno de Cima e Serragem.
5. AURORA Aurora, Ingazeiras e Tipi.
6. BARBALHA Barbalha, Arajura e Estrela.
7. BATURITÉ Baturité, Boa Vista e São Sebastião.
8. BEBERIBE Beberibe, Itapemirim, Parajuru, Serra do Félix, Sucatinga
e Paripueira.
9. BOA VIAGEM Boa Viagem, Domingos da Costa, Ibuaçú e Jacampari.
10. BREJO SANTO Brejo Santo, Poço e São Felipe.
11. CAMOCIM Camocim, Amarela e Guriú.
12. CANINDÉ Canindé, Bonito, Esperança, Ipueiras dos Gomes, Monte
Alegre, Targinos e Ubirassu.
13. CASCAVEL Cascavel, Caponga, Guanacés, Jacarecoara e Pitombeiras.
14. CAUCAIA Caucaia, Bom Princípio, Catuana, Guararu, Jurema,
Mirambé, Sítios Novos e Tucunduba.
15. CEDRO Cedro, Candeias, Lajedo, Santo Antônio, São Miguel e
Várzea da Conceição.
16. CRATEÚS Crateús, Ibiapaba, Irapuan, Montenebo, Oiticica, Poti,
Santo Antônio e Tucuns.
17. CRATO Crato, Dom Quintino, Lameiro, Muriti, Ponta da Serra e
Santa Fé.
18. EUSÉBIO Eusébio.
19. GRANJA MARTINÓPOLE Granja, Adrianópolis, Ibuguaçu, Parazinho, Pessoa Anta,
Sambaíba e Timonha. - Martinópole
20. ICÓ Icó, Bernadinópolis, Cruzeirinho, Icozinho, Lima Campos,
Pedrinhas, São João e São Vicente.
21. IGUATU Iguatu, Barra, Barreiras, Barro Alto, Baú, Cruz das
Pedras, José de Alencar, Quixoa, Riacho Vermelho,
Serrote e Suassurana.
22. INDEPENDÊNCIA QUITERIANÓPOLES Independência, Ematuba, Iapi e Jandragoeira.
Quiterianópolis, Algodões e São Francisco
23. IPÚ PIRES FERREIRA Ipú, Flores e Várzea do Giló. - Pires Ferreira, Delmiro
Gouveia e Donato.
24. ITAPAJÉ TEJUÇUOCA Itapagé, Aguaí, Baixa Grande, Camará, Cruz, Iratinga,
Pitombeiras e Soledade. - Tejuçuoca e Caxitoré.
25. ITAPIPOCA Itapipoca, Arapari, Assunção, Barrento, Bela Vista,
Betânia, Deserto, Marinheiro e Brotas.

66
26. JUAZEIRO DO NORTE Juazeiro do Norte, Marrocos e Pe. Cícero.
27. LAVRAS DA MANGABEIRA Lavras da Mangabeira, Amaniutaba, Arrojado, Iborepi,
Mangabeiras e Quitatiús.
28. LIMOEIRO DO NORTE SÃO JOÃO DO Limoeiro do Norte e Bixopá. São João do Jaguaribe e
JAGUARIBE Barra do Figueiredo
29. MARACANAÚ Maracanaú e Pajuçara.
30. MARANGUAPE Maranguape, Amanari, Cachoeira, Itapebussu, Jubaia,
Ladeira Grande, Lajes, Lagoa do Juvenal, Manoel Guedes,
Papara, Penedo, São João do Amanari, Sapupara,
Tanques e Umazeiras.
31. MASSAPÊ SENADOR SÁ Massapê, Ainá, Ipaguassu, Munbaba, Padre Linhares,
Tangente e Tuína. - Senador Sá, Salão e Serrote.
32. MOMBAÇA PIQUET CARNEIRO Mobaça, Boa Vista, Cangati, Carnaúba, Catolé, Manoel
Correia, São Gonçalo do Umari e São Vicente. Piquet
Carneiro, Ibicuã e Mulungu.
33. MORADA NOVA IBICUITINGA Morada Nova, Aruaru, Boa Água, Juazeiro de Baixo, Lagoa
Grande, Pedras, Roldão e Uiraponga. Ibicutinga
34. NOVA RUSSAS ARARENDÁ Nova Russas, Canindezinho, Major Simplício, Nova
Betânia e São Pedro. Ararendá e Santo Antonio.
35. PACAJÚS Pacajús e Itaipaba.
36. PACATUBA Pacatuba, Monguba, Pavuna e Senador Carlos Jereissati.
37. QUIXADÁ BANABUIÚ Quixadá, Cipó dos Anjos, Custódio, Daniel de Queiroz,
CHORÓ-LIMÃO Dom Maurício, Joatama, São João dos Queirozes e
IBARETAMA Tapuiara. Banabuiú, Rinaré e Sitiá. Choro-Limão e
Caiçarinha. Ibaretama, Nova Vida, Oiticica e Pirangi.
38. QUIXERAMOBIM Quixeramobim, Belém, Encantado, Lacerda, Nanimtuba,
Nenelândia, Passagem, São Miguel, Pirabibu e Uruquê.
39. RUSSAS PALHANO Russas, Bonhu, Flores, Lagoa Grande, Peixe e São João
de Deus.- Palhano e São José.
40. SANTA QUITÉRIA CATUNDA Santa Quitéria, Areial, Lisieux, Logradouro, Maracanaú,
Malha Grande, Muribeca, Raimundo Martins e Trapiá. -
Catunda.
41. SÃO BENEDITO São Benedito, Barreiros e Inhussu.
42. SÃO GONÇALO DO AMARANTE São Gonçalo do Amarante, Croatá Pecém, Serrote, Siupé,
Taíba e Umarituba.
43. SENADOR POMPEU Senador Pompeu, Bonfim, Codiá, Engenheiro José Lopes e
São Joaquim do Salgado.
44. SOBRAL Sobral, Aracatiaçu, Bonfim, Caioca, Caracará, Jaibaras,
Jordão, Patriarca, Rafael Arruda, São José do Torto e
Taperuaba.
45. TAUÁ ARNEIROZ Tauá, Barra Nova, Caiçara, Carrapateiras, Inhamus,
Marrecas, Marruás, Santa Teresa e Trici.- Arneiroz.
46. TIANGUÁ Tianguá, Arapá, Carnataí, Pindoguaba e Tabainha.
47. URUBURETAMA TURURÚ Uburetama e Santa Luzia. Tururú, Cemoaba e Conceição.
48. VÁRZEA ALEGRE Várzea Alegre, Calabco, Canindezinho, Ibicatú e Naraniú.
49. VIÇOSA DO CEARÁ Viçosa do Ceará, General Tibúrcio, Lambedouro, Manhoso,
Padre Vieira, Passagem da Onça, e Quatiguaba.

COMARCAS DE SEGUNDA ENTRÂNCIA


SEDE VINCULADA DISTRITOS
1. ACARAÚ Acaraú e Aranaú.
2. ARARIPE POTENGI Araripe, Alagoinha, Brejinho, Pajeú e Riacho Grande.
Potengi e Barreiras.
3. ASSARÉ TARRAFAS Assaré, Amaro e Aratama. - Tarrafas.
4. BARRO Barro, Brejinho, Cuncas, Engenho Velho, Iara, Monte
Alegre, Santo Antônio e Serrota.

67
5. CAMPOS SALES SALITRE Campos Sales, Barão de Aquiraz, Carmelópolis, Itaquá,
Monte Castelo e Quixariú.- Salitre, Caldeirão e Lagoa dos
Crioulos.
6. CAPISTRANO Capistrano.
7. CARIRÉ Cariré, Alto, Arariús, Cacimbas, Jucá e Tapúio.
8. CARIRIAÇU GRANJEIRO Caririraçu, Feitosa, Miguel Xavier e Miragem.- Granjeiro.
9. COREAÚ MORAÚJO Coreaú, Araquém, Aroeiras e Ubaúna. - Moraújo, Boa
Esperança, Goiânia e Várzea da Volta.
10. FARIAS BRITO Farias Brito, Cariutaba, Nova Betânea e Quincundá.
11. GUAIÚBA Guaiúba, Água Verde e Itacima.
12. GUARACIABA DO NORTE Guaraciaba do Norte, Espinho, Morrinhos Novos e
Sussuanha.
13. HORIZONTE Horizonte, Aningás, Dourado e Queimadas.
14. IBIAPINA Ibiapina e Santo Antônio da Pindoba.
15. IPAUMIRIM Ipaumirim e Felizardo
16. IPUEIRAS Ipueiras, América. Eng, João Tomé, Garzea, Livramento,
Matriz, Nova Fátima e São João das Lontras.
17. IRACEMA POTIRETAMA Iracema, Ema e São José. Potiretama.
18. ITAITINGA Itaitinga e Gereraú.
19. JAGUARETAMA NOVA Jaguaretama. Nova Jaguaribara e Poço Comprido.
JAGUARIBARA
20. JAGUARIBE Jaguaribe, Aquinópolis, Feiticeiro, Mapuá e Nova Floresta.
21. JAGUARUANA ITAIÇABA Jaguaruana, Borges, Jiqui e São José.- Itaiçaba.
22. JUCÁS Jucás, Baixio da Donona, Canafístula, Mel, Poço Grande e
São Pedro do Norte.
23. MAURITI Mauriti, Ananua, Buritizinho, Coité, Maraguá, Mararupá,
Palestina do Cariri, São Miguel e Umburanas.
24. MILAGRES ABAIARA Milagres e Podimirim. - Abaiara e São José.
25. MISSÃO VELHA Missão velha, Gameleira de São Sebastião, Jamacarú,
Missão Nova e Quimami.
26. ORÓS Orós,Guassussé,Igarois e Palestina
27. PACOTI GUARAMIRANGA Pacoti, Colina, Fátima e Santa Ana - Guaramiranga e
Pernambuquinho
28. PARACURU Paracuru e Jardim.
29. PARAMBU Parambu, Cococi, Monte Sião e Novo Assis.
30. PEDRA BRANCA Pedra Branca, Mineirolândia, Santa Cruz do Banabuiú e
Tróia.
31. PENTECOSTE GENERAL SAMPAIO Pentecoste, Matias, Porfírio Sampaio e Sebastião de
APUIARÉS bareu. Apuiarés, Canafístula e Vila Soares. - General
Sampaio.
32. PEREIRO ERERÊ Pereiro e Criolos - Ererê.
33. REDENÇÃO ACARAPE Redenção, Antonio Diogo, Guassi e São Gerardo.Acarape.
BARREIRA Barreira
34. RERIUTABA VARJOTA Reriutaba, Amanaiara e Campo Lindo. Varjota e Croatá.
35. SABOEIRO ANTONINA DO Saboeiro, Barrinha, Felipe Flamengo, Malhada e São José.
NORTE - Antonina do Norte e Tabuleiro
36. SANTANA DO ACARAÚ Santana do Acaraú, João Cordeiro, Mutambeiras, Parapuí
e Sapo.
37. SANTANA DO CARIRI NOVA OLINDA Santana do Cariri, Anjinhos, Araponga, Brejo Grande e
ALTANEIRA Dom Leme. Nova Olinda. - Altaneira e São Romão.
38. SOLONÓPOLE MILHÃ Solonópole, Assunção, Cangati, Pasta e São José de
DEP. IRAPUAN Solonópole - Milhã, Carnaubinha e Monte Grave.
PINHEIRO Deputado Irapuan Pinheiro e Betânia.
39. TABULEIRO DO NORTE Tabuleiro do Norte, Olho D´água da Bica e Peixe Gordo.
40. TAMBORIL Tamboril, Boa Esperança, Carvalho, Curatis, Holanda,
Oliveira e Sucesso.

68
41. TRAIRÍ Trairí, Canaã e Mundaú.
42. UBAJARA Ubajara, Araticum e Jaburuana.

COMARCAS DE PRIMEIRA ENTRÂNCIA


SEDE VINCULADA DISTRITOS
1. AIUABA Aiuaba e Barra.
2. ALTO SANTO Alto Santo e Castanhão
3. AMONTADA MIRAÍMA Amontada, Aracatiara, Graças, Icaraí, Lagoa Grande,
Moitas, Nascente, Poço Comprido e Sabiaguaba. - Miraíma
4. ARATUBA Aratuba.
5. BAIXIO UMARI Baixio - Umari.
6. BARROQUINHA Barroquinha, Araras e Bitupitá.
7. BELA CRUZ Bela Cruz, Cajueirinho e Prata.
8. CARIDADE PARAMOTI Caridade, Inhuporanga e São Domingos. - Paramoti.
9. CARIÚS Cariús, Caipú, São Bartolomeu e São Sebastião.
10. CARNAUBAL Carnaubal, Monte Carmelo e Graça.
11. CATARINA Catarina.
12. CHAVAL Chaval e Passagem.
13. CHOROZINHO Chorozinho, Campestre, Pedro, Ocara, P. dos Liberatos,
Timbaúba dos Marinheiros e Triângulo.
14. CROATÁ Croatá, Barra do Sotero, Betânia, Santa Teresa e São
Roque.
15. CRUZ JIJOCA DE Cruz e Caiçara. Jijoca de Jericoacoara.
JERICOACOARA
16. FORQUILHA Forquilha e Trapiá.
17. FORTIM Fortim.
18. FRECHEIRINHA Frecheirinha.
19. GRAÇA Graça.
20. GROAÍRAS Groaíras e Itamaracá.
21. HIDROLÂNDIA Hidrolândia, Betânia, Irajá e Conceição.
22. ICAPUÍ Icapuí, Ibicuitaba e Manibu.
23. IPAPORANGA Ipaporanga e Sacramento.
24. IRAUÇUBA Irauçuba, Boa Vista do Caxitoré, Juá e Missi.
25. ITAPIÚNA Itapiúna, Caio Prado, Itans e Palmatória.
26. ITAREMA Itarema, Almofala e Carvoeiro.
27. ITATIRA Itatira, Bandeira, Cachoeira, Lagoa do Mato e Morro
Branco.
28. JARDIM Jardim e Jardimirim.
29. JATI PENAFORTE Jati - Penaforte.
30. MADALENA Madalena e Macaoca.
31. MARCO Marco e Panacuí.
32. MERUOCA ALCÂNTARAS Meruoca, Camilos, Palestina do Norte, Santo Antônio dos
Fernandes e São Francisco - Alcântaras e Ventura.
33. MOCAMBO PACUJÁ Mocambo e Carqueijo - Pacujá.
34. MONSENHOR TABOSA Monsenhor Tabosa, Barreiros e Nossa Senhora do
Livramento.
35. MORRINHOS Morrinhos e Sítio Alegre.
36. MULUNGU Mulungu.
37. NOVO ORIENTE Novo Oriente.
38. PALMÁCIA Palmácia, Antonio Marques, Gado, Gado dos Rodrigues e
Vertente do Lajedo.
39. PARAIPABA Paraipaba e Alagoinha.
40. PINDORETAMA Pindoretama.

69
41. PORANGA Poranga e Macambira.
42. PORTEIRAS Porteiras.
43. QUIXELÔ Quixelô.
44. QUIXERÉ Quixeré, Lagoinha e Tomé.
45. SÃO LUIS DO CURÚ São Luis do Curú.
46. UMIRIM Umirim, Caxitoré e São Joaquim.
47. URUÓCA Uruóca, Campanário e Paracuá.

70
ANEXO II
ZONA COMARCA CARGO DE ÁREA DE JURISDIÇÃO
JUDICIÁRIA SEDE JUIZ ZONAL
1ª JUAZEIRO 01 Abaiara Barro Ipaumirim Nova Olinda
DO NORTE Altaneira Brejo Santo Jardim Penaforte
Antonina do Norte Campos Sales Jati Porteiras
Araripe Caririaçu Juazeiro do Norte Potengi
Assaré Crato Mauriti Salitre
Aurora Farias Brito Milagres Santana do Cariri
Barbalha Granjeiro Missão Velha Tarrafas
2ª IGUATU 01 Acopiara Catarina Jucás Quixelô
Aiuaba Cedro Lavras da Saboeiro
Baixio Icó Mangabeira Umari
Cariús Iguatu Orós Várzea alegre
Parambu
3ª QUIXADÁ 01 Aracoiaba Choró-Limão Milhã Piquet Carneiro
Aratuba Dep. Irapuan Mombaça Quixadá
Banabuiú Pinheiro Mulungu Quixeramobim
Baturité Guaramiranga Pacoti Senador Pompeu
Canindé Ibaretama Pedra Branca Solonópole
Capistrano Itapiúna
Itatira
4ª RUSSAS 01 Alto Santo Ibicuitinga Jaguaribe Potiretama
Aracati Icapuí Jaguaruana Quixeré
Beberibe Iracema Limoeiro do Norte Russas
Cascavel Itaiçaba Morada Nova São João do
Ererê Jaguaretama Palhano Jaguaribe
Fortim Jaguaribara Pereiro Tabuleiro do Norte
5ª MARACANAÚ 01 Acarape Eusébio Maracanaú Pacatuba
Aquiraz Guaiúba Maranguape Palmácia
Barreira Horizonte Ocara Pindoretama
Chorozinho Itaitinga Pacajus Redenção
6ª CAUCAIA 01 Apuiarés Itapipoca Pentecoste Trairi
Caridade Paracuru São Gonçalo do Tururú
Caucaia Paraipaba Amarante Umirim
General Sampaio Paramoti São Luis do Curu Uruburetama
Itapajé Tejuçuoca
7ª SOBRAL 01 Acaraú Chaval Itarema Moraújo
Alcântaras Coreaú Jijoca de Morrinhos
Amontada Cruz Jericoacoara Santana do Acaraú
Barroquinha Forquilha Marco Senador Sá
Bela Cruz Granja Martinópole Sobral
Camocim Groaíras Massapê Uruoca
Cariré Irauçuba Meruoca
Miraíma
8ª TIANGUÁ 01 Carnaubal Guaraciaba do Pacujá Tianguá
Croatá Norte Pires Ferreira Ubajara
Frecheirinha Ibiapina Reriutaba Varjota
Graça Ipu São Benedito Viçosa do Ceará
Mucambo
9ª CRATEÚS 01 Ararendá Hidrolândia Monsenhor Tabosa Quiterianópolis
Arneiroz Independência Nova Russas Santa Quitéria
Boa Viagem Ipaporanga Novo Oriente Tamboril
Catunda Ipueiras Poranga Tauá
Crateús Madalena

71
ANEXO III

Juizados Especiais Cíveis e Criminais da comarca da Capital

Unidade Sede Anexo Varas

1ª Antonio Bezerra 02
Rua Dr. João Guilherme, 257
2ª Maraponga 02
Av. Godofredo Maciel, s/n (DETRAN)
3ª Mucuripe Faculdade Farias Brito 02
Rua Hermínia Bonavides, s/nº Rua Osório Palmela, 260
4ª Benfica 01
Av. da Universidade, 3281
5ª Conjunto Ceará 02
Rua 729, 443 - 3ª Etapa
6ª Messejana 01
Rua Santa Efigênia, 299
7ª Montese 02
Rua Des. João Firmino, 360
8ª Centro 02
Rua Av. da Universidade, 3288
9ª Edson Queiroz– Faculdade 7 de Setembro 02
Rua Almirante da Fonseca, 1395
10ª Fátima 02
Rua Barão do Rio Branco, 2922
11ª Tancredo Neves 01
Rua do Lago, 340
12ª Praia de Iracema – Faculdade FIC 02
Rua Visconde de Mauá, 1940
13ª Monte Castelo 01
Rua Dr. Almeida Filho, 636
14ª Bom Sucesso 01
Rua Carlos Chagas, 800
15ª Barra do Ceará 01
Av. C, 421 - Conj. Nova Assunção
16ª Piedade 02
Rua Mario Mamede, 1301
17ª Parangaba 01
Av. General Osório de Paiva, 1200
18ª José Walter 01
Av. K, 130 - 1ª Etapa
19ª Serrinha 01
Rua Betel, 1330 - Itapery
20ª Conjunto Palmeiras 01
Rua 06, s/nº - Sítio São João

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PROPOSTA DE EMENDA CONSTITUCIONAL

Altera o art. 107


da Constituição Estadual.

Art. 1º. O art. 107 passa a vigorar com a seguinte redação:

“Art. 107. O Tribunal de Justiça, com sede na Capital e


jurisdição em todo o território do Estado, compõe-se de trinta e
um desembargadores, nomeados dentre os juízes de última
entrância, observado o quinto constitucional.”

Art. 3º. Esta Emenda entra em vigor na data de sua publicação.

Fortaleza,CE,

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