Anda di halaman 1dari 54
ANALISE FENOMENOLOGICA DE DISCURSOS CLINICOS* Se, nas situagées clinicas acitna explicitadas referentes a Lu- dwing Binswanger e Medard Boss, as manifestacées corporais ditas pela Psicologia tradicional como histéricas ainda aparecem com bastante freqiiéncia, no momento atual, as questées que se apresentam na clinica mais constantemente versam sobre a difi- culdade em deter um determinado modo de comportar-se, em frear as compulsdes, Esse ato parece apontar para a proposicao heideggeriana de que o que se encontra na génese dequilo que se denomina conflito psiquico séo as determinagdes do horizonte histérico em que nos encontramos. Se na década de 1940 ¢ 1950 do século passado a sexualidade e o pudor eram a tépica central, no momento atual, na era da técnica, tal como denominada pelo fil6sofo do Dasein, a tépica passa a ser a compulsio. 8 __As situagées clinicas aqui apresentadas so feticias, Elas foram todas elaboradas a partir de fragments clinicos oriundos de minha propria experiéncia como psicoterapeuta, professora de psicologia cli. nica ¢ supervisora do SPA da UERJ e no curso de Especializagio em Psicologia Clinica do IFEN. 89 16 oso soajoAuasap eieg “PaUgISTxa ens vad [papsuodsar auaLUTaA -vraptioduit 9 svquo> sep yeuy ou anb sas assop wryua ‘opunut ow as-2nynstoo 10d jeapstuiodsaz as-vtr10} auaysixa o anb wa “ex -nyraqe wa 428 ap 12) assap ‘opunty/ursuioy opepreUTsL0-09 ep sepupispe ep e1sugUeUTT ap Jape Op woGsOe ORSsHOSIp v yHFEG E sozen anb soutsi9y ‘sagysanb sesso taqjoattasap vied suse ¥ING “py pumn ap ‘oRu “2fo PI-as-rBVeAT, SeUTULIaIEp 28 9 THITISHOD 2s ap outos “uiotioy 0 eurUarap ordpouiid v epeu anb yf “wouA -sixa ep apepianedou 9 opSspurunaioput y ayuayy adaquose anb o yeyueduiose soureosng eIouaisEx vp eyosory ep anzed y “opunur nos ap soodeupursayep se offof wo opuvsojo> azduras 9 apmojduioout ens sroure( soprod wios ‘tos ap opour nas o js vxed yreusoy vSueHs9 v anb epta ens op so1s020p ou g “PouaysHca ens ¥ Epo wo saruasazd foyinaso anb apepranedou wun sod 9 opSeurwoyapuy eum sod “ex -nyoge euin sod epeoreur ordiourd 0 opsap 2a 98 Bp ‘efas no (an oquowippseu nas apsop as-Imynstio> eSuets9 & ‘oHor] “ssgSrpuo> sexo sussa 18 WD 7eN OBSeUTEIATOpUE v ‘YoseU OF Pf “I INSTXO op soanmytstio> o1odsosop op 2 enshSue ep ‘opepsoqy| ep omy O ep ‘pepranedou 9 opSeurunajapur ap rape nas opd o1yUr o apsap aoequoze euisixa v anb ap oydou up wopred anizes 2 398 “Boprap] ‘paeeBaryioryy :eouNSIKA ep SoJOsoTY SOPHEap seu Sen 8¢ PSueUD ep sas O WOAaIDSap 9 WOMNDsIp ‘eaIByouDUIOUDS IM -sod vumn ap ofsut sod “epupis{xe ep sooso|y So owt opour o argos soyuoutizaze]9s9 sungpe souiazes) ‘oEisanb who rISUgHIEGNO & 2ugos eprstA tayno CUIN IeyPO!ox9 vied ‘ooITojouauIOUay TULL “ap euumaso2 2s anb ouDUIgURY OF 95-I1ZNPUODOS ap OPOU! 9859 ‘oatreaydxa-o2[29a1 oppour umn ap ogSnzysuOD soNbjenb 2 epor op saute ensou! 9 aquaurEHseUTBLI0 ea OOD Te) [TUEAUT eIUaLE ~dxa wp owswiguiy ov sowayznpuozal sou anb ‘epinffas wo ‘9 “eS -uvyio ep to8ezipuside wp ‘apepreuosiad ep ‘owuatuiajoauasep op eoro7e sqeuorsIpen svoy8o[oorsd se109} sep seD0]s9p sou anb aqraureztouitad souraia} “ejore) essou op ovSezy|ead e ered 06 opepruzepotu vu erougD ep sersdosd oynur svonsouenp sooSeogissep se uio9 aqusureorurayod weSoyeyp $>I> ‘pout anb ap ‘epure “g “apepitigesuodsas e 9 apepzeqyy v ‘ovseu ru9|apur ¥ ers9s © OWOD sie) seULAY Wessdiaruy IeBBoproH “gquouresypoadsa syou “e12U91SPx9 UP SoFOSOIY $0 OWLIO> 190 9 bE aqttejzodtuy -apepriqeta ens ap oessnssip oyuanbasuos a eysodord ep ovdezreuiaiqoad e wred soyayssao0u soztautope sop Jodstp sour -rapod pie osinazed umn soussinias ap apeprondea vssou 9p y39P cuadap ‘ounta “epeyn2ax 498 & Bare) y “wpIA ep edeyo esyourtsd bu pepuaispre eaiSojooisd eovuyp> ep apepyyiqeia eur sourzesuad srodop vied ‘sopzayliepp wioras ¥ soquouua|> syeur Oye SOUTDINY soquswemoumrid ‘anb sourezapisos “eougut v9 earByqostsd wou yp v ogssnasip ¥ sowaren wgqurey seu “erSojo>ts¢ €2 PPUPSID ep eyosory e anus oBo[pip tn seuade sowras909Iaqeis2 OLU OWLOD supiog “PP PznvUID|QoId Sopp ¥ oyUN{ soUTaraNb ‘opdepex L359 2P -upiqiqeta ep s2xorfo| sossou so s09t;941109 anb op sree out and sourerapfstins ‘oaljout assa 20g “Poayaordurt o8e wiBojoDIsq € WO yoso[y ep o¥be[a1 e uresapystio> exBojo2tsd ep SosoIpmse soyNU anb wio eprpaur vu “eopeyesap eyaze) wun wa aySTStOD TeP>U “sixo vanoodsrad wum wi voiBpjoatsd eatuyp © reyuosordy pHuvfuy voBojonsd voqusp v2 pSuvtss wp p94a00 sagSvsapIsUod “TE ‘oustugtiay op oxSeurxoude wun oAowOsd “UIsse “> por anb 9p orsodnssoad ov arty ‘efas no ‘osmnosip ou euasozde as anb oynby away femmBUNUe opnyne eUUN ATUINssE UID DISISOD oys] “oon natiawiiay o[noyy> OW sepeuseyso seIMINIse SEC ‘SOPE -uawnpas sonuauieyzoduioo ure oysoueuors} de 0 wr0> rsdwox 9p sopeprtiqissod wiejnoye as owro> sesysour sourozeyu9} ‘soonned -erajoaisd sosimasip s21sop seoiRgjousurouay sastqpue sop ane y sopunstyeue 9 sour antia sofoyy1p sunsye ap oedeuasosde ep ojau 20d epensydxo wioSe yas v2]jypouDsUFaSHP LTE V uestdo, retornaremos a breves esclarecimentos sobre a nogio de intencionalidade tal como introduzida e amplamente estuda- da por Husserl e a seus desdobramentos em Heidegger com a nogao de ser-ai, Por fim, trataremos do modo como acontecem faticamente os processos de atribuigao de identidades e como tal Procedimento acaba por resultar em primeiro lugar em uma ten- tativa de escapar do carater de negatividade e indeterminagio. Nesses processos, o homem tende, a fim de sair de sua condicao origindria, a buscar uma identidade e a desconsiderar a0 mesmo tempo o clamor por sua liberdade, escapulindo para o interior da identidade que 0 outro Ihe atribui. Esses processos identitatios acabam por alicergar as categorizagdes e os diagnésticos tao fre- qiientes na atualidade. Esses, por sua vez, muitas vezes aliviam a angistia frente a indeterminagao e retiram do homem a respon- sabilidade pelos seus atos ¢ escolhas. Por fim, além do mundo Passar a justifics-los, também o tutelam. Essa discussio em Hei- degger (1988) vai dirigir-se ao modo como ele interpreta a lida com os utensilios. Como esta se dA por meio das determinagées dos objetos, também tendemos a nos compreender do mesmo modo que compreendemos aquilo que manuseamos, logo tam- bém como se nos constitiuissemos por meio de determinagées sentidos previamente dados. Apés esclarecermos as questées acerca da constituigio da existéncia, trataremos de trazer a discussio sobre a viabilidade de uma clinica psicolégica existencial com criangas. Sabemos que Heidegger apenas refere-se a clinica psicoldgica nos Semi- narios de Zollikon o que a principio se mostra insuficiente para afirmarmos tratar-se de uma clinica daseinsanalitica. Mas, por outro lado, como jé discutido anteriormente, sabemos também que articular a fenomenologia- hermenéutica com a clinica psi- colégica remonta a uma iniciativa datada dos meados do século XX a partir da tentativa de Ludwig Binswanger ¢ Medard Boss. E que esses, mesmo tendo sido pouco estudados, principalmen- te aqui no Brasil, jamais foram esquecidos. A questio que se 92. impée consiste em perguntar sobre o risco iminente de tradu- zir © pensamento filosdfico em termos de mais uma disciplina, E, como tal, acabar por reduzir as reflexées filoséficas a um pro- duto palpavel, intercambiével e técnico. Mas se nao é isso, 0 que queremos e como fazer para que nao acontegam essas reduces? Devemos manter-nos, com muito esforgo, no campo de questio- namentos da clinica psicolégica e nao no das certezas. Assim, ‘mantermo-nos em um espago em que nao importa o numérico, 08 resultados, as informag6es ¢ as teorias. Importa o deixar-se corresponder ao essencial em uma clinica infantil, Por fim, nos desprenderemos de todo esforco para apresen- tar os fundamentos da filosofia da existéncia, em meio a uma clinica infantil com um maior detalhamento das consideragies heideggerianas, tentando nao recair em uma disciplina ou em uma nova técnica que nos digam como devemos proceder para obter resultados efetivos ¢ eficazes. Para tanto, iniciaremos apre- sentando aquilo que caracteriza uma filosofia da existéncia, que consiste em nao partir de pressupostos sobre a constituigo do homem, seja esse uma crianga, um adulto ou qualquer homem em qualquer outra etapa de sua vida. ‘Todos esses pressupostos partem da ideia de que a constituicdo do homem jé esta aprio- Tisticamente dada, seja pela constituicio bioldgica, psiquica ou pelos condicionamentos ambientais. Nestas trés posigdes, 0 ho- mem, jd ao nascer, apresenta-se passivo frente a estas determina Ges. As filosofias existenciais defendem o cardter de indetermi nagao da existéncia, a partir do que essa existéncia se constitu. Logo, é no existir, a partir da articulacio homem/mundo, que a existéncia acontece, Este modo de articular a existéncia huma. na é expressa na maxima de Sartre (1997) de que “a existéncia precede a esséncia’; afirmativa essa que, apesar de ser criticada por Heidegger (1947/1987), nao deixa de tornar clara a situagao inicial de indeterminagao da existéncia. As consideragées de Kierkegaard sobre a existéncia, embo- ¥a pautadas por observagdes atentas e ricas em detalhes, deram- 93

Anda mungkin juga menyukai