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Esta nova coletânea traz como novidade a apresentação

2004 O Projeto Desenvolvendo Casos de Sucesso no Sebrae


dos casos por área temática, visando facilitar a consulta teve sua origem em 2002 com o objetivo de disseminar
e melhor entendimento do conteúdo. 2004 as melhores práticas vivenciadas por empreendedores
e empresários de diversos segmentos e setores,
O primeiro volume da nova edição descreve casos participantes dos programas e projetos do Sebrae
vinculados aos temas de artesanato, turismo e cultura, em vários Estados do Brasil.
empreendedorismo social e cidadania. O segundo relata
histórias sobre agronegócios e extrativismo, indústria, A primeira fase do projeto, estruturada para escrever estudos
comércio e serviços. E o terceiro aborda exclusivamente de caso sobre empreendedorismo coletivo, publicou em
casos com foco em inovação tecnológica. 2003 a coletânea Histórias de Sucesso – Experiências

Os resultados obtidos com o projeto Desenvolvendo


Histórias de Sucesso Empreendedoras, em três livros integrados de 1.200
páginas, que contou 80 casos desenvolvidos em
Casos de Sucesso, desde sua concepção e implantação, Experiências Empreendedoras diferentes localidades e vários setores, abrangendo as
têm estimulado a elaboração de novos estudos sobre cinco regiões: Sul, Sudeste, Centro-Oeste, Norte e
histórias de empreendedorismo coletivo e individual, e, Nordeste. Participaram 90 escritores, provenientes do
conseqüentemente, têm fortalecido o processo de Gestão quadro técnico interno ou externo do Sebrae.

Histórias de Sucesso
do Conhecimento Institucional. Contribui-se assim, de forma
significativa, para levar ao meio acadêmico e empresarial Esta segunda edição da coletânea Histórias de Sucesso –
o conhecimento acerca de pequenos negócios bem- Experiências Empreendedoras – 2004, composta de três
sucedidos, visando potencializar novas experiências volumes que totalizam cerca de 1.100 páginas, contou com
que possam ser adotadas e implementadas no Brasil. a participação de 89 escritores e vários profissionais de
todos os Estados brasileiros, que escreveram os 76 casos.
Para ampliar o acesso dos leitores interessados em utilizar
os estudos de caso, o Sebrae desenvolveu em seu portal A continuidade do projeto reitera a importância da
(www.sebrae.com.br) o site Casos de Sucesso, onde o disseminação das melhores práticas observadas no âmbito
usuário pode acessar na íntegra todos os 156 estudos de atuação do Sistema Sebrae e de sua multiplicação para
das duas coletâneas por tema, região ou projeto, bem o público interno, rede de parceiros, consultores, professores
como fotos, vídeos e reportagens. e meio empresarial.

Todos os casos do projeto foram desenvolvidos sob a orientação


de professores tutores, atuantes no meio acadêmico e em
diversas instituições brasileiras, que auxiliaram os autores
a pesquisar dados, entrevistar pessoas e escrever os casos,
de acordo com a metodologia elaborada pelo Sebrae.

Foto do site do Sebrae. Casos de Sucesso.

Esperamos que essas histórias de sucesso possam


produzir novos conhecimentos e contribuir para fortalecer
os pequenos negócios e demonstrar sua importância
econômica no País.
Série Histórias
Boa leitura e aprendizado! de Sucesso.
Primeira edição 2003.
COPYRIGHT © 2004, SEBRAE – SERVIÇO DE APOIO ÀS MICRO E PEQUENAS EMPRESAS

TODOS OS DIREITOS RESERVADOS – É permitida a reprodução total ou parcial, de qualquer


forma ou por qualquer meio, desde que divulgadas as fontes.

SEBRAE – Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas


Presidente do Conselho Deliberativo Nacional
Armando Monteiro Neto
Diretor-Presidente
Silvano Gianni
Diretor de Administração e Finanças
Paulo Tarciso Okamotto
Diretor Técnico
Luiz Carlos Barboza
Gerente da Unidade de Estratégias e Diretrizes
Gustavo Henrique de Faria Morelli
Gerente da Unidade de Inovação e Acesso à Tecnologia
Paulo César Rezende de Carvalho Alvim
Coordenação do Projeto Desenvolvendo Casos de Sucesso
Renata Barbosa de Araújo Duarte
Comitê Gestor do Projeto Desenvolvendo Casos de Sucesso
Cezar Kirszenblatt, SEBRAE/RJ; Daniela Almeida Teixeira, SEBRAE/MG; Mara Regina Veit, SEBRAE/MG;
Renata Maurício Macedo Cabral, SEBRAE/RJ; Rosana Carla de Figueiredo Lima, SEBRAE Nacional
Orientação Metodológica
Daniela Abrantes Serpa – M.Sc., Sandra Regina H. Mariano – D.Sc., Verônica Feder Mayer – M.Sc.
Diagramação
Adesign
Produção Editorial
Buscato Informação Corporativa

D812h Histórias de sucesso: experiências empreendedoras / Organizado


por Renata Barbosa de Araújo Duarte – Brasília: Sebrae, 2004.

292 p. : il. – (Casos de Sucesso, v.3)

Publicação originada do projeto Desenvolvendo Casos de


Sucesso do Sistema Sebrae.
ISBN 85-7333-387-1
1. Empreendedorismo 2. Estudo de caso 3. Tecnologia
4. Inovação I. Duarte, Renata Barbosa de Araújo II. Série

CDU 65.016:001.87

BRASÍLIA
SEPN – Quadra 515, Bloco C, Loja 32 – Asa Norte
70.770-900 – Brasília
Tel.: (61) 348-7100 – Fax: (61) 347-4120
www.sebrae.com.br
PROJETO DESENVOLVENDO CASOS DE SUCESSO

OBJETIVO
O Projeto Desenvolvendo Casos de Sucesso foi concebido em 2002 a partir das prioridades
estratégicas do Sistema SEBRAE com a finalidade de disseminar na própria organização, nas
instituições de ensino e na sociedade as melhores práticas de empreendedorismo individual e
coletivo observadas no âmbito de atuação do SEBRAE e de seus parceiros, estimulando sua
multiplicação e fortalecendo a Gestão do Conhecimento do SEBRAE.

METODOLOGIA “DESENVOLVENDO CASOS DE SUCESSO”


A metodologia adotada pelo projeto é uma adaptação do consagrado método de estudos
de caso aplicado em Babson College e Harvard Business School, que se baseia na história
real de um protagonista, que, em dado contexto, se encontra diante de um problema ou de
um dilema que precisa ser solucionado. Esse método estimula o empreendedor, o aluno ou a
instituição parceira a vivenciar uma situação real, convidando-o a assumir a perspectiva do
protagonista.

O LIVRO HISTÓRIAS DE SUCESSO – Edição 2004


Esse trabalho é o resultado de uma das ações do projeto Desenvolvendo Casos de Su-
cesso, elaborado por colaboradores do Sistema SEBRAE, consultores e professores de ins-
tituições de ensino parceiras. Esta edição é composta por três volumes, em que se
descrevem 76 estudos de casos de empreendedorismo, divididos por área temática:
• Volume 1 – Artesanato, Turismo e Cultura, Empreendedorismo Social e Cidadania.
• Volume 2 – Agronegócios e Extrativismo, Indústria, Comércio e Serviço.
• Volume 3 – Difusão Tecnológica, Soluções Tecnológicas, Inovação, Empreendedorismo e
Inovação.

DISSEMINAÇÃO DOS CASOS DE SUCESSO DO SEBRAE


O site Casos de Sucesso do SEBRAE (www.casosdesucesso.sebrae.com.br) visa divulgar as
experiências geradas a partir das diversas situações apresentadas nos casos, bem como suas
soluções, tornando-as ao alcance dos meios empresariais e acadêmicos.
O site apresenta todos os estudos de caso das edições 2003 e 2004, organizados por área de
conhecimento, região, municípios, palavras-chave e contém, ainda, vídeos, fotos, artigos de
jornal, que ajudam a compreender o cenário onde os casos se passam. Oferece também um
manual com orientações para instrutores, professores e alunos de como utilizar o estudo de caso
na sala de aula.
As experiências relatadas ilustram iniciativas criativas e empreendedoras no enfrentamento
de problemas tipicamente brasileiros, podendo inspirar a disseminação e aplicação dessas
soluções em contextos similares. Esses estudos estão em sintonia com a crescente importância
que os pequenos negócios vêm adquirindo como promotores do desenvolvimento e da geração
de emprego e renda no Brasil.
Boa leitura e aprendizado!

Gustavo Morelli
Gerente da Unidade de Estratégias e Diretrizes
Renata Barbosa de Araújo Duarte
Coordenadora do Projeto Desenvolvendo Casos de Sucesso

HISTÓRIAS DE SUCESSO – EXPERIÊNCIAS EMPREENDEDORAS EDIÇÃO 2004


REDUZINDO A POLUIÇÃO NO
SETOR DE PANIFICAÇÃO
PARAÍBA
MUNICÍPIO: CAMPINA GRANDE

INTRODUÇÃO

N o dia 20 de fevereiro de 2004, a Panificadora Santiago, localizada no


município de Campina Grande, a 120 quilômetros de João Pessoa, capi-
tal da Paraíba, recebeu a visita de um funcionário da Superintendência de
Administração do Meio Ambiente (Sudema), com o objetivo de verificar o
cumprimento das normas de emissão de poluentes.
A chaminé despejava no ar uma densa fumaça preta, evidenciando o
descumprimento da legislação ambiental vigente. A panificadora foi
autuada imediatamente e obrigada a recolher, no prazo de 20 dias, uma
multa no valor de R$ 6 mil.
O dono da panificadora, sr. Arlindo Leal, muito apreensivo, pagou a
multa e teve um prazo para resolver o problema da poluição causada por
sua panificadora.
Os demais empresários do ramo ficaram alarmados, pois estavam todos
sujeitos a ser autuados pelo mesmo motivo.
Arlindo tinha pouco tempo, mais precisamente 120 dias, para tomar
uma decisão sobre a melhor alternativa para adequar a Panificadora
Santiago aos padrões ambientais.

Alessandra Martins Teixeira de Carvalho, administradora na Célula de Inovação e Acesso à


Tecnologia do SEBRAE/PB, elaborou o estudo de caso sob a orientação da professora Sandra Regina
Holanda Mariano, da Universidade Federal Fluminense (UFF), integrando as atividades do Projeto
Desenvolvendo Casos de Sucesso do SEBRAE.

HISTÓRIAS DE SUCESSO – EXPERIÊNCIAS EMPREENDEDORAS EDIÇÃO 2004 1


Marenilson Braga

UTILIZAÇÃO DE FORNOS A LENHA NA MAIORIA


DAS PANIFICADORAS
Marenilson Braga

FILTRO INSERIDO NA CHAMINÉ REDUZ


CONSIDERAVELMENTE OS GASES TÓXICOS
REDUZINDO A POLUIÇÃO NO SETOR DE PANIFICAÇÃO – SEBRAE/PB

A CHAMINÉ POLUENTE DAS PANIFICADORAS

A s panificadoras de Campina Grande estavam localizadas no centro da


cidade, nos bairros da Prata, Catolé, Ponto Sem Reis e Cruzeiro, onde
eram registrados os maiores índices de reclamações sobre poluição impetra-
das pelas empresas e famílias da vizinhança. Um exemplo disso era a proxi-
midade de uma das panificadoras do centro a uma escola pública e à
Faculdade de Administração da Universidade Estadual da Paraíba (UEPB).
Nesses estabelecimentos, por diversas vezes, os alunos sofreram com a fuma-
ça expelida pelas chaminés das panificadoras, e as aulas tiveram de ser
interrompidas por se sentirem sufocados pela ação da substância tóxica con-
tida na fuligem1, que provocava ardor nos olhos, irritação nas narinas e mal-
estar, impossibilitando a permanência em sala de aula.
Os problemas enfrentados pela população campinense por conta da
fuligem eram conhecidos há algum tempo. Órgãos regulamentadores exi-
giam que medidas fossem tomadas no intuito de evitar esses problemas.
Para se ter uma idéia, desde o início do ano de 2003, haviam sido regis-
tradas 32 reclamações, feitas diretamente à Secretaria Municipal do Meio
Ambiente, órgão ligado à prefeitura, sobre o excesso de fumaça preta pro-
veniente de quase todas as panificadoras da cidade. A população exigia
que se tomassem providências urgentes para solucionar o problema. Os
estabelecimentos estavam sujeitos a sofrer multas e outras penas prescri-
tas pelo órgão.
Os maiores problemas de poluição do ar são decorrentes do lançamen-
to de gases tóxicos (dióxido de carbono, monóxido de carbono e enxo-
fre) na atmosfera pelas indústrias ou pelos veículos movidos a petróleo.
Além disso, alguns compostos tóxicos são formados no próprio ar a par-
tir de elementos componentes dos gases desprendidos pelas chaminés, os
quais reagem com elementos da atmosfera na presença de luz.
O setor de produção das panificadoras que utilizavam fornos a lenha
precisava urgentemente se modernizar tecnologicamente, não só para
minimizar a grande quantidade de gás carbônico com fuligem lançada ao
meio ambiente, como também para otimizar seus processos produtivo
melhorando, assim, a qualidade do meio ambiente e dos serviços.
Os problemas gerados ao meio ambiente por essas empresas eram
muitos, e as possibilidades de solução, poucas. Um forno elétrico, por

1
É a cinza presente na fumaça causada pela queima de madeira.

HISTÓRIAS DE SUCESSO – EXPERIÊNCIAS EMPREENDEDORAS EDIÇÃO 2004 3


SOLUÇÕES TECNOLÓGICAS

exemplo, custava em média R$ 10 mil, dependendo do tamanho. Seu con-


sumo médio era de R$ 40,00 por dia, gastos com energia para produzir
uma fornada de 150 kg de pães. Esses custos compunham a formação do
preço do produto.
A concorrência no mercado era bastante acirrada. O preço médio do
pão era de R$ 0,10.
A maioria das panificadoras tinha o pão como seu produto principal,
atraindo o consumidor que, muitas vezes, se dirigia para comprar, além do
pão, leite, frios e outros produtos de maior valor agregado, além de serem
referenciais no contexto social.
Para o sr. Arlindo Leal, “O pão é o que chama as pessoas para a padaria.
Ficar sem vender pão quebraria o meu negócio”.
Ameaçado de ter fechadas suas portas, encontrar uma solução era
questão de vida ou morte do negócio.

DESPOLUINDO PARA MANTER AS PORTAS ABERTAS

E m dezembro de 2003, o Instituto Euvaldo Lodi (IEL/NR - PB), entida-


de executora do Programa SEBRAE de Consultoria Tecnológica
(Sebraetec), já vinha, por intermédio da Coordenação de Projetos Tecno-
lógicos e de seus consultores, conversando com os panificadores sobre a
viabilidade de se implantar um filtro de fuligem. Naquela ocasião, o IEL
contatou informalmente o SEBRAE/PB para habilitar uma proposta de
implantação dos filtros nas panificadoras com o intuito de obter financia-
mento e consultoria através do programa.
O Sebraetec tem o objetivo de promover a melhoria e a inovação de
processos e produtos, visando à incorporação do progresso tecnológi-
co e ao aumento da competitividade dos pequenos negócios. São
ações com enfoque nas estratégias de aumento da atividade empreen-
dedora, objetivando a sustentabilidade e a inclusão das micro e peque-
nas empresas nas políticas de desenvolvimento econômico local. O
formato de trabalho do Sebraetec é baseado no financiamento de con-
sultoria ao pequeno negócio.
A consultoria é prestada por organizações sem fins lucrativos volta-
das às atividades de pesquisa, desenvolvimento e engenharia. O pro-
grama atua em projetos de aperfeiçoamento tecnológico, diagnóstico
empresarial, clínicas tecnológicas, estudo de viabilidade econômica e

4 EDIÇÃO 2004 HISTÓRIAS DE SUCESSO – EXPERIÊNCIAS EMPREENDEDORAS


REDUZINDO A POLUIÇÃO NO SETOR DE PANIFICAÇÃO – SEBRAE/PB

de suporte tecnológico e empresarial. O atendimento é feito às empre-


sas formais e informais dos setores da indústria, agropecuária, comér-
cio, serviços e artesanato.
O acesso aos conhecimentos da ciência, tecnologia e inovação é pos-
sível por meio de projetos elaborados pelo Sebraetec, que chega a subsi-
diar até 70% dos custos da consultoria.
Em 8 de março de 2004, o IEL apresentou ao SEBRAE uma primeira
versão da proposta de modernização tecnológica das panificadoras a
serem financiadas com recursos do Sebraetec.
Os empresários ficaram, então, aguardando a análise e aprovação da
proposta para que a consultoria pudesse ser iniciada e os filtros adapta-
dos à realidade de cada panificadora.
A partir de uma solicitação do Sindicato da Indústria de Panificação e
Confeitaria de Campina Grande (Sindpan/CG) e da Associação dos
Panificadores, a engenheira mecânica Eulália Neves, consultora do IEL,
desenvolveu um protótipo do filtro, cujo método era de retenção parcial
da fuligem emitida pelos fornos a lenha das panificadoras.
A consultoria do Sebraetec ajudou a viabilizar, no prazo de três meses,
a implantação dos filtros em quatro panificadoras do município.
O objetivo desse filtro, que já possuía patente requerida, era reduzir,
no mínimo, em 60% os problemas de poluição do ar decorrentes do lan-
çamento de partículas de fuligem na atmosfera pelas indústrias panifica-
doras, contribuindo para a diminuição do impacto ambiental.
O filtro de fuligem era uma tecnologia simplificada de sistema de filtra-
gem de fuligem que possui um custo inferior quando comparado com os
filtros existentes no mercado. Seu custo era de R$ 4.600,00, já inclusos a
bomba d’água, a instalação e o treinamento do colaborador responsável
por sua manutenção.
O material utilizado na confecção do filtro foi o aço inoxidável com
borrifadores de água. A função do aço inoxidável era aumentar a dura-
bilidade do sistema de filtragem. O filtro era instalado na chaminé das
panificadoras.
Segundo Sérgio Catão, então presidente do Sindpan/CG e proprie-
tário de uma das panificadoras beneficiadas com a implantação do fil-
tro, mais de 90% das panificadoras da Paraíba trabalhavam com esse
tipo de forno. “Na Paraíba, a realidade não é diferente, mas o senso
de responsabilidade ambiental nos fez procurar alternativas que
gerassem resultados satisfatórios”, diz ele.

HISTÓRIAS DE SUCESSO – EXPERIÊNCIAS EMPREENDEDORAS EDIÇÃO 2004 5


SOLUÇÕES TECNOLÓGICAS

DISSEMINANDO SOLUÇÕES

A experiência das panificadoras em utilizar uma consultoria tecnológi-


ca na solução de problemas é uma prática que foi se tornando
comum para várias micro e pequenas empresas paraibanas.
No caso das panificadoras contempladas com o projeto, o SEBRAE repas-
sou, a fundo perdido, recursos na ordem de R$ 17.997,00, referentes a 70% do
valor do projeto, e as panificadoras investiram, em contrapartida R$ 7.713,00,
referentes a 30% do valor do projeto. O investimento totalizou R$ 25.710,00.
A consultoria tecnológica envolveu o levantamento dos dados das
panificadoras, a produção dos filtros, o acompanhamento, a instalação
e o treinamento dos colaboradores responsáveis pela manutenção. A
consultoria previu também que fossem realizadas algumas medições,
em parceria com o Senai/PB, antes e depois da implantação, comparan-
do a escala de poluição no centro da chaminé onde estaria localizado
o filtro. Essas medições resultaram em parâmetros de aceitabilidade das
taxas de emissão dos gases pelas panificadoras.
Para que fosse possível a implantação do filtro, foi necessário que a con-
sultoria trabalhasse na adequação das instalações físicas de cada panificado-
ra, elaborando diagnósticos que atestassem se as panificadoras estavam em
condições de implantar o filtro.
Em 2004, algumas das panificadoras contempladas com o apoio do
Sebraetec e da entidade executora ainda não haviam implantado os filtros
pela falta de estruturação de suas instalações físicas. Nesse caso, teriam que
se adaptar através da construção de suportes estruturais simples para que o
filtro pudesse ser instalado.

6 EDIÇÃO 2004 HISTÓRIAS DE SUCESSO – EXPERIÊNCIAS EMPREENDEDORAS


REDUZINDO A POLUIÇÃO NO SETOR DE PANIFICAÇÃO – SEBRAE/PB

CONCLUSÃO

P ara os empresários, a implantação do filtro de fuligem foi um avanço


importante no crescimento e na sustentação de seus pequenos negó-
cios, tendo em vista a importância de seu papel social na comunidade.
O maior ganho para as panificadoras com a implantação do filtro foi
a adequação aos requisitos mínimos exigidos pelos órgãos regulamenta-
dores, refletindo não apenas no acréscimo da auto-estima empresarial,
como também no estímulo à busca de alternativas viáveis para atender
às necessidades do setor.
A visão que a comunidade tinha das panificadoras era de grandes cau-
sadoras de poluição ambiental e, a partir da implantação do filtro, houve
diminuição do impacto negativo relativo às panificadoras, acarretando um
acréscimo positivo da visibilidade perante a comunidade.
Os panificadores estavam otimistas em relação ao filtro, mas atentos a
novas tecnologias que viessem beneficiar o setor produtivo.
O Governo da Paraíba pretendia incentivar o uso do gás natural para
o setor, por ser uma tecnologia de impacto que prevê a redução dos gases
tóxicos no meio ambiente, mas era preciso que os empresários adquiris-
sem todas as informações sobre essa nova tecnologia e como poderiam
se beneficiar com sua utilização.
Em meados de 2004, um grupo de cinco panificadores da cidade estava
se organizando, no IEL, para a implantação do filtro, devido à cobrança do
atendimento às exigências da legislação ambiental.
Eram muitos os desafios que os empresários teriam de enfrentar. É certo,
porém, que a inovação incorporada nas panificadoras com a instalação do
filtro solucionou um grave problema ambiental, mas isso foi apenas o come-
ço de uma visão da tecnologia como elemento essencial para a solução de
problemas relativos às micro e pequenas empresas na busca de um maior
potencial competitivo e principalmente de adequação ao mercado.

HISTÓRIAS DE SUCESSO – EXPERIÊNCIAS EMPREENDEDORAS EDIÇÃO 2004 7


SOLUÇÕES TECNOLÓGICAS

QUESTÕES PARA DISCUSSÃO

• Avalie o papel dos órgãos fiscalizadores como propulsores de ações que


resultam no desenvolvimento tecnológico.

• Que fatores poderiam contribuir para a incorporação de novas melhorias


no processo produtivo das panificadoras?

• Discuta o impacto da implantação da tecnologia sobre a imagem das


panificadoras na comunidade.

AGRADECIMENTOS

Diretoria Executiva do SEBRAE/PB: Antonio Felinto Neto, Marcus Antonio Guedes Vasconcelos
Fonseca, Pedro Aurélio Mendes Brito.

Coordenação Técnica: Fernando Ronaldo Garcia de Araújo, consultor da Célula de Inovação e


Acesso à Tecnologia.

Colaboração: Eulália Neves, consultora do IEL/PB; Aluzilda J. de Oliveira, SEBRAE/PB; Fabio Remi,
IEL/PB; Sérgio Catão, empresário e presidente da Associação dos Panificadores de Campina Grande.

8 EDIÇÃO 2004 HISTÓRIAS DE SUCESSO – EXPERIÊNCIAS EMPREENDEDORAS

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