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REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

1- Taludes

- Taludes são inclinações de um terreno (declive, rampa) que delimitam uma superfície

terrosa ou rochosa. Classificado em duas categorias: naturais, também conhecidos por

encostas, são aqueles formados pela ação das intempéries (ventos, chuvas, clima, etc.) e

fatores geológicos. Para conhecer sua estrutura é necessário um criterioso programa de

prospecção. Os artificiais, advindos de atuações do homem na alteração do terreno em

seu estado natural. Dentre as modificações artificiais no terreno, tem-se o corte

(escavações) e aterramento do mesmo.

- Tanto natural quanto artificialmente, quando atingida a condição limite de resistêcia

do terreno ocorre a ruptura, caracterizada pela formação de uma zona cisalhada e

posteriormente, uma superfície de cisalhamento contínua no maciço de terra, causando

uma instabilidade no terreno. De acordo com Skempton e Hutchinson (1969), os tipos

básicos de movimentos de massa foram classificados em quedas, escorregamentos

rotacionais, escorregamentos compostos, escorregamentos translacionais e corridas.


Dentre os vários processos de movimentos de massa associados à gravidade, os

deslizamentos nas encostas assumem uma grande importância em função da

interferência das atividades do homem, da extrema variância de sua escala, da

complexidade das causas e mecanismos, além da variabilidade dos processos

envolvidos. Os deslizamentos são, assim como os processos de intemperismo e erosão,

fenômenos naturais contínuos de dinâmica externa, que modelam a paisagem da

superfície terrestre (Fernandes e Amaral, 1998).

2 - Fatores Instabilizantes:

- Mudanças na geometria do talude (alteração do ângulo de repouso);

- Aumento da poro-pressão;

- Presença de vegetação;

- Sobrecargas atuantes;

Com a crescente necessidade da otimização do território disponível, a adequação de

alguns terrenos mostra-se de suma importância no ramo da construção civil. Métodos

como o corte e aterramento de taludes são cada vez mais utilizados.

3 – Métodos e Tratamento de terrenos:

- Aterro ou Reaterro: Consiste em alocar ou realocar uma quantidade solo, a fim de

nivelar ou elevar determinadas áreas, baseando-se no projeto que será implantado no


local. A compactação dos solos é de suma importância nessa circunstância e deve ser

realizado por equipamentos, manuais ou mecanizados:

-Corte: Método utilizado quando faz-se necessária a retirada de terra do terreno onde

será implantado o projeto. Envolvendo operações como escavação, a carga do material

retirado, o transporte, a descarga e o espalhamento em um outro local.

Livro de Antônio Moliterno (Lembrar de Referenciar)

A execução de cortes nos maciços pode condicionar movimentos de massa ou, mais

especificamente, escorregamento de taludes, desde que as tensões cisalhantes

ultrapassem a resistência ao cisalhamento dos materiais, ao longo de determinadas

superfícies de ruptura. Naturalmente que os taludes provenientes da má execução de

aterros pode também levar ao movimento de massas de solos.

De acordo com Antônio Moliterno, alguns dos metódos para se aumentar a estabilidade

em taludes, são:
- Diminuição da inclinação: ( Ganho na estabilidade, porém o aumento da áera exposta

acentua a erosão das águas da chuva)

- Drenagem

- Estaqueamento no pé do talude ( estacas pranchas )

- Muros de arrimo

- Bermas

- Chumbamento ( ancoragem e atirantamento )

- Obstrução de fissuras ( cimento ou betume )

Este trabalho se limitou a estudar estruturas do tipo muros de contenção ( aberto )

Empuxo de terra

Chama-se empuxo de terra o esforço exercido pelo solo contra uma estrutura, e são

dependentes da interação solo/estrutura. Machado e Machado (1997), diz que as obras

de contenção exigem em seus dimensionamentos e análises de estabilidade, o

conhecimento dos valores dos empuxos. Tais estruturas freqüentemente requerem

verificações adicionais no seu dimensionamento, não só a análise da sua estabilidade

global, como a segurança de seus elementos de construção.

Experimento que utiliza um anteparo vertical móvel, para determinar os deslocamentos:


Descreve-se empuxo ativo, o esforço exercido pela terra contra o muro. O estado ativo

ocorre quando o muro sofre movimentos laterais suficientemente grandes no sentido de

se afastar do retroaterro. Esta condição é atingida mesmo com um pequeno

deslocamento do muro, logo o empuxo atuante nesse instante denomina-se empuxo

ativo “Ea”.

O empuxo passivo “Ep”, designa-se pela resultante da pressão da terra contra o muro,

onde o estado passivo corresponde à movimentação do muro de encontro ao retroaterro,

causando assim um aumento da tensão. Há um aumento de tensão de forma progressiva,

tornando-se maior que a tensão vertical , onde o maciço entra em equilíbrio plástico.

Diferentemente do estado ativo, o estado passivo só é atingido após um deslocamento

bem maior do anteparo.

Quando não há deformação ou deslocamento da estrutura, tem-se o Empuxo em repouso

“E0”.
O critério de ruptura de Mohr-Coulomb é o mais conhecido e mais simples

critério de ruptura, tendo como vantagem dispensar o cálculo dos deslocamentos da

estrutura, pois qualquer deformação é suficiente para se alcançar a plastificação do

material. Segundo DALESSANDRO (2007), consiste em uma envoltória linear,

tangenciando o círculo de Mohr, que representa as condições críticas de combinações

dos esforços principais.

Cálculo do Empuxo

No que diz respeito ao cálculo de empuxo, as primeiras teorias de que se têm registros

foram formuladas por Coulomb (1773), Poncelet (1840) e Rankine (1856), conhecidas

com Teorias Antigas. Sob posse de uma nova análise, a teoria da elasticidade para

muros elásticos, surgiram novas teorias, as de Caquoí, Muller e Resal são algumas

delas. As recomendações de Terzaghi têm apresentado resultados práticos bastante

satisfatórios.

Dentre os métodos mais utilizados, têm-se:

 MÉTODO DE RANKINE

 MÉTODO DE COULOMB

Método de Rankine:

Fornece valores mais elevados de empuxo ativo, que são determinantes na construção

das estruturas de contenção, no entanto é o mais utilizado, segundo (GERSCOVICH)


por possuir soluções mais simples, especialmente quando o reaterro é horizontal, no

caso ativo, o efeito do atrito solo-muro no valor do coeficiente de empuxo ativo Ka é

desprezível. O efeito do coeficiente de atrito solo-muro pode ser expresso pela mudança

na direção do empuxo total Ea e dificilmente se dispõe dos valores dos parâmetros de

resistência solo-muro (). Em contrapartida, os maiores obstáculos desse método são

que a parede não deve interferir na cunha de ruptura, o retroaterro deve ser plano e

desconsidera-se a resistência mobilizada no contato solo-muro.

Ao tomar um elemento de solo, a uma profundidade “z”, próximo ao anteparo sua

tensão vertical fica definida por:

σv = γ.z

σv – Tensão vertical

γ – Peso específico do solo

z – Profundidade do solo

Para determinação das tensões horizontais, ainda sob análise de um elemento de solo,

com auxílio do critério de ruptura de Mohr-Coulomb.


A tensão horizontal “ σh ” no instante mostrado é:

σh = Ka.γ.z – 2.c.√Ka

Onde:

Ka = Tg ² [ ( π/4 ) – ( φ/2 ) ] = ( 1 – sem φ ) / ( 1 + sen φ )

Ka = Tg ² ( 45º - (φ / 2))

Sendo “Ka” determinado coeficiente de empuxo ativo.

Embasado nisso, pode-se determinar a magnitude do empuxo ativo resultante “ Ea ” que

age sobre o anteparo:

Ea = 0,5. Ka.γ.H ² - 2.c.H.√Ka

H – altura total do desnível de solo

No caso do anteparo de mover contra o solo até o estado passivo, tem-se:

Kp = Tg ² [ ( π/4 ) + ( φ/2 ) ] = ( 1 + sem φ ) / ( 1 - sen φ )

Kp = Tg ² ( 45º + (φ / 2))

Ep = 0,5. Kp .γ.H ² - 2.c.H.√Kp


Análise de Estabilidade de Taludes

A análise da estabilidade de taludes naturais ou artificiais tem como maior objetivo a

verificação da condição de segurança, determinada através de coeficiente ou fator de

segurança. A estrutura será considerada segura somente quando puder suportar as ações

a elas solicitadas durante sua vida útil, sem ser impedida de desempenhar as funções

para as quais foram concebidas. Com a análise é permitido definir a geometria mais

adequada ou mais econômica para garantir a segurança, decorrente de solicitações

naturais ou da ação do homem (GUIDICINI & NIEBLE, 1984).

Os métodos de análise de estabilidade de taludes são divididos em duas

categorias: métodos determinísticos, nos quais a medida da segurança do talude é feita

em termos de um fator de segurança e métodos probabilísticos, nos quais a medida de

segurança é feita em termos da probabilidade ou do risco de ocorrência da

ruptura (GEORIO, 2000).

Neste trabalho, daremos enfoque apenas nos métodos determinísticos.


Métodos Determinísticos

Análise determinística é a análise quantitativa expressa sob a forma de um coeficiente

ou fator de segurança. A definição mais usada para o fator de segurança (FS) de

estabilidade de taludes é (DUNCAN, 2005):

“”’FIGURA”””

O parâmetro que permite perceber se o mesmo se encontra mais ou menos instável:

FS = τf / τmob (1)

Segundo Terzaghi (1950) , a relação entre a poropresão, pressões totais e a coesão,

referetes ao plano de ruptura, determina a tensão normal aplicada ao plano. Escrita de

forma:

Sendo τf = c’ + σ’. Tgφ’ (2)

c’ – Coesão efetiva

σ’ – Tensão normal efetiva

φ’ – Ângulo de atrito efetivo

Para uma análise em termo das tensões totais, τf se dá por:

τf = c + σ. Tgφ

onde σ = σ’ + u

u – Poro-pressão
c – Coesão em relação a tensão total

σ – Tensão normal total

φ – Ângulo de atrito em relação a tensão total

Dessa forma, tem-se, substituindo (2) em (1) :

FS = (c’ + σ’. Tgφ’) / τmob ou FS = (c + (σ-u). Tgφ) / τmob

onde τf representa a resistência mobilizável e τmob a resistência mobilizada. A figura

ajuda a entender estes dois conceitos: as forças que impelem ao escorregamento,

representadas pelas setas a azul, e as forças que se opõem ao movimento, representadas

pelas setas a vermelho. Na prática, quando possível, a consideração das tensões efetivas

são mais convenientes, pois parte-se do presuposto que os valores de poro-pressões são

conhecidos, quando no caso da utilização das tensões totais, toma-se mão de valores

para poro-pressões obtidos em ensaios triaxiais laboratoriais que simulam as condições

encontradas no campo. O fator de segurança também pode ser calculado via

equilíbrio de forças ou de momentos. Em todo o caso, a sua definição mantém-se: valor

pelo qual se deve dividir a resistência do maciço para obter a resistência mobilizada

(Matos Fernandes, 2006).

Fatores de Segurança (Equilibrio de forças e momentos)


Dentre os métodos determinísticos de análises de estabilidade de taludes, existem duas

categorias: os que tomam por base o estado de equilíbrio limite e os que se baseiam em

análise de deslocamentos. No caso de análise de deslocamentos, toma-se mão de

técnicas numéricas auxiliadas por um computador, onde as relações tensão x deformção

dos materias são analisadas. Já no que diz respeito ao estado de equilíbrio limite, há

uma divisão em três categorias: métodos que consideram a massa rompida como corpo

único; métodos que dividem o maciço de terra rompido em fatias e métodos que

dividem esse maciço em cunhas.

Para considerar válido os métodos de equilíbrio limite, algumas considerações básicas

são feitas, tais como:

A superfície de ruptura é bem definida;

Adota-se um mesmo FS (Fator de Segurança) ao longo de toda superfície potencial de

ruptura;

A condição de ruptura da massa do solo é gereralizada e incipiente;

O critério de ruptura de Mohr-Coulomb é satisfeito ao longo da superfície potencial de

ruptura;

O presente trabalho foi direcionado ao (“”Método Utilizado””)


Em todos os métodos de equilíbrio limite, adota-se uma superfície potencial de

ruptura para o cálculo do fator de segurança, o qual é obtido utilizando uma ou mais,

das seguintes equações de equilíbrio estático.

∑ Forças Horizontais = 0 ()

∑ Forças Verticais = 0 ()

∑ Momentos = 0 ()

Repete-se essas equações à massa de solo potencialmente instável, até que se encontre a

superfície crítica, ou seja, a superfície com o menor fator de segurança.

Método das Fatias

Esse método consiste na divisão da massa potencialmente instável em fatias

verticais, sendo que a superfície potencial de ruptura pode ser circular ou

poligonal.

Para tal, analisam-se equações de forças (ou momentos) para cada fatia ou para a massa

toda. Exemplos de métodos com superfície circular: Fellenius (1936), Taylor (1949) e

Bishop (1955). Exemplos com superfície qualquer: Janbu (1973), Morgenstern e Price

(1965) e Spencer (1967).


Como as fatias não precisam possuir a mesma espessura, a análise de estabilidade

através desse método pode ser realizada em taludes de superfície irregular,

taludes homogêneos e heterogêneos, permitindo que as fatias sejam divididas de

forma que a base de cada uma permaneça em um determinado tipo de solo,

atribuindo-se assim, apenas um só conjunto de parâmetros de resistência do solo para

cada fatia, para o caso de solos heterogêneos. Este método também inclui a distribuição

de poro-pressões.
Figura 5 - Forças Atuantes em uma Fatia. (Fonte: LAMBE & WHITMAN, 1969)

Os símbolos apresentados na Figura 5 são:

Wi: Peso da fatia


Xi: Resultante das tensões cisalhantes na face esquerda da fatia
: Resultante das tensões normais efetivas na face esquerda da fatia
Xi +1: Resultante das tensões cisalhantes na face direita da fatia
: Resultante das tensões normais efetivas na face direita da fatia
Ti: Resultante da resistência ao cisalhamento mobilizada ao longo da base da fatia
: Resultante das tensões normais efetivas atuantes na base da fatia
Ul: Resultante das poro-pressões atuantes na face esquerda da fatia
Ur: Resultante das poro-pressões atuantes na face direita da fatia
ui: poro-pressão atuante na base da fatia
Ui: Resultante das poro-pressões atuantes na base da fatia
i: Inclinação da base
: Comprimento da base
: Largura da fatia
ai: Distância da face esquerda da fatia até o ponto de aplicação de
bi: Distância da base da fatia até o ponto de aplicação de

A base de cada fatia será representada por uma reta em vez de uma curva, esta
modificação simplifica o cálculo do peso próprio, quanto menor a largura das
fatias, menor o erro introduzido no resultado.
A resultante da resistência ao cisalhamento mobilizada ao longo da base da fatia
será igual a:
Com a combinação entre as equações (6), (7) e (8) e todas as incógnitas
apresentadas na Figura 5 nota-se que as incógnitas: ai, Ei, Xi, bi, Ni e Ti, são
desconhecidas, resultando assim num sistema estaticamente indeterminado, ou
seja,
existem mais incógnitas que equações para se encontrar a solução. De forma a
solucionar este problema, foram desenvolvidas algumas hipóteses simplificadoras, com
o objetivo de eliminar o número de incógnitas. Estas hipóteses simplificadoras, criadas
por diversos autores, geraram novos métodos que podem ser classificados em: rigorosos
e simplificados.
Dentre os métodos mais utilizados estão os de FELLENIUS (1936), JANBU
(1954), BISHOP (1955), MORGENSTERN & PRICE (1965) e SPENCER (1967).
Neste trabalho serão discutidos os métodos de BISHOP (1955) e SPENCER (1967).

Para projetos preliminares e classificados como risco desprezível, o tempo


consumido em análises detalhadas não é justificado. Recomenda-se, nestes casos, o uso
de métodos convencionais e simplificados, com superfícies circulares de ruptura
(ex.: Bishop simplificado). Para projetos classificados como risco pequeno a
médio, recomenda-se o uso de métodos simplificados com superfície de ruptura não
circulares.
(ex.: Janbu, 1973), ou métodos rigorosos (ex.: Morgenstern & Price, 1965).
Todavia, análises com superfície de ruptura circular (Bishop, 1955) podem ser,
ainda, ocasionalmente aplicadas em estudos preliminares. Para projetos de risco
elevado, são requeridos estudos geológicos e geotécnicos mais detalhados da área e
análises rigorosas de estabilidade (ex.: Morgenstern & Price, Spencer ou Sarma).

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