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Objetivos Específicos:
♦ Descrever as políticas, os processos e as práticas formais de capacitação profissional
das organizações estudadas.
1. APRENDIZAGEM INDIVIDUAL
2. APRENDIZAGEM EM GRUPO
3. APRENDIZAGEM ORGANIZACIONAL
Kim (1993) define a aprendizagem organizacional como o incremento na capacidade de
tomar ações efetivas, e sugere que se visualize a aprendizagem segundo uma roda girando, em
que, durante a metade do ciclo, enquanto se testam os conceitos e se observa o que acontece
de fato, se aprende o “como” (know how). E, na outra metade, enquanto se reflete sobre as
observações e se formam os conceitos, se aprende o “porquê” (know why). O exercício do
“porquê” desenvolve a consciência, e o “como” a capacidade de realizar ou a competência.
Assim, na medida em que se assimilam os “comos” e os “porquês”, se estabelecem
modelos mentais, imagens profundas do mundo e de como ele funciona.
A aprendizagem organizacional, ou melhor, as “organizações de aprendizagem” é
conceituada por Senge (2004) como organizações onde as pessoas expandem continuamente
sua capacidade de criar os resultados que elas realmente querem, onde maneiras novas e
expansivas de pensar são encorajadas, a aspiração coletiva é livre, e as pessoas estão
constantemente aprendendo a aprender coletivamente.
Exposto de outra maneira, Senge (2004) tenta provar que, no contexto atual de
mercado, de onde praticamente desaparecem as fronteiras físicas, os negócios se
internacionalizaram e as mudanças nos padrões organizacionais se tornaram mais rápidas e
variadas, desapareceram as figuras até então solidamente firmadas da individualidade gestora,
da capacitação específica e convergente sobre um único tipo de conhecimento, da
superespecialização e, em seu lugar, apareceu o desafio de se formarem organizações que
privilegiam o conhecimento e o aprendizado conjunto, de todos os indivíduos que a
compõem, inseridos num ritmo só e conectados pelo princípio do comprometimento e a
capacidade de aprender em todos os níveis da organização.
4. APRENDIZAGEM EXPERENCIAL
Kolb (1984) caracteriza o seu trabalho sobre aprendizagem de “experiencial” por duas
razões: a primeira é para identificar claramente as suas origens nos trabalhos de Dewey
(1938), Lewin (1951) e Piaget (1970); a segunda é para enfatizar o papel central que a
experiência tem no processo de aprendizagem. Isto diferencia a teoria da aprendizagem
experiencial de outras teorias de aprendizagem racionalistas ou cognitivistas que tendem a dar
ênfase primária à aquisição, manipulação e reforço de símbolos abstratos, e de teorias
comportamentais de aprendizagem que negam qualquer função da consciência e experiências
subjetivas no processo de aprendizagem. (KOLB, 1984, p.20).
É necessário, no entanto, dar destaque à obra de Kolb (1984), pela relação que faz entre
a aprendizagem e a experiência. Ele fundamenta o seu trabalho nos teóricos há pouco
mencionados e no conceito de que há duas formas dialeticamente opostas de “preensão”
(compreensão e apreensão) e, similarmente, duas formas opostas de transformação desta
“preensão” (intenção e extensão), que resultam em quatro diferentes formas elementares de
Conhecimento. “A simples percepção da experiência não é suficiente para a aprendizagem;
algo precisa ser feito com isto.” (KOLB, 1984, p.42).
A compreensão é a forma de adquirir experiência mediante a interpretação conceitual e
representação simbólica, e a apreensão por meio da vivência de experiências imediatas,
tangíveis e com qualidades sensíveis. A intenção é a maneira de transformar a experiência
adquirida por intermédio da reflexão interna, e a extensão é a manipulação do mundo externo
através da ação. Sobre esta última comparação, para exemplificar melhor, pode-se ainda dizer
que aquelas pessoas com uma orientação para a transformação “extensional” da experiência
são primordialmente preocupadas com a maximização do sucesso e dão pouca importância à
possibilidade de fracasso e erro; já aquelas orientadas a uma transformação “intencional”
estão associadas a uma grande preocupação em evitar o fracasso e o erro e podem até
sacrificar oportunidades de sucesso por causa disto.
REFERÊNCIAS
KIM, D. The link between individual learning and organizational learning. Sloan
Management Review, v.35, n.1, p.37-50, 1993.
KNOWLES, M. S.; HOLTON III, E. F.; SWANSON, R. A. The adult learner: the definitive
classic in adult education and human resource development. 6 ed. San Diego: Elsevier, 2005.
378 p.
SENGE, P. M. A quinta disciplina: arte e prática da organização que aprende. 17 ed. São
Paulo: Best Seller, 2004. 443 p.
ENANPAD
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