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FACULDADE PADRE JOÃO BAGOZZI

ALUNOS: Abdon de Santana


Anderson Magno
Gutemberg de Albuquerque
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Ensino de História e Geografia

A partir do filme Narradores de Javé e com base no texto Conteúdos históricos: como
selecionar? de Circe Bittencourt, analise e discuta as questões abaixo.

1. Como a narrativa constitui uma forma de produzir História?


Respondendo a pergunta recorremos ao capítulo 1 do livro da Circe
Bittencourt. Este capítulo comenta sobre as tendências historiográficas e ao dissertar, sobre
a história como narrativa, apresenta a tendência historicista, que se baseia nos princípios da
objetividade e da neutralidade no trabalho do historiador, e a tendência de produzir história
cultural que se baseia na apresentação de acontecimentos por meio das ações dos sujeitos,
tratando-se também de um tipo de história que confere formas de reflexão e interpretação
sobre os acontecimentos mais comuns.
A narrativa do filme constitui uma forma de produzir história ficcional, ou seja,
aquela que nos faz refletir sobre os acontecimentos. A história produzida pelo povoado de
Javé faz referencia a uma forma muito comum de produzir história e que se remonta ao
passado. Em toda a história da humanidade, o povo sempre viveu na oralidade, as crenças,
as histórias, as lendas eram passadas de pai para filho, resgatando apenas a memória do
passado. É importante destacar que as escrituras que hoje temos acesso surgiram da
oralidade histórica de um povo, como por exemplo, a Bíblia, os acontecimentos históricos
do Brasil e do mundo, entre outros. Deste modo, a tradição oral vinculada a escrita
fortalece as relações entre as pessoas, criando uma rede de transmissão de conhecimentos e
modo de vida. As palavras são transformadas em ação, neste ato de contar estabelece-se
uma relação de cumplicidade, além de serem repassados conhecimentos.
O filme aborda diversos temas como, a formação cultural de um povo;
heranças históricas; crenças; valores; oposição entre memória, história, verdade e

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invenção; importância da oralidade na construção cientifica; dimensão da escrita e da fala;
confronto entre o progresso e as tradições do vilarejo. Muitos temas relacionados com a
História estão presentes: a história oral, a oficial, sua cientificidade, o limiar com a
literatura, o vídeo e o próprio cinema, diferentes suportes para a História, diferentes olhares
e intercâmbios, a busca de uma "verdade", teoria e método.

2. Quais os limites e potencialidades desta tendência historiográfica?


Exemplifique a partir das cenas do filme.

O encontro da Historia com a Antropologia possibilitou certa compreensão


acerca da história tida por cultural. História cultural trata-se de uma forma de vincular a
micro-história à macro-história. Essa micro-história diz respeito às histórias de todo tipo de
grupo social e não apenas as histórias e idéias do pensamento das elites.
Baseando-se nesse tipo de história (cultural) podemos exemplificar citando a
intenção do povoado de Javé. Esse povo tinha esperança que, por meio de sua história, a
cidade não fosse destruída. Eles se preocuparam em escrever algo tido por eles de
científico, acreditaram que suas lembranças e histórias, por mais que fossem duvidosas,
poderiam servir como documento. Praticamente todo morador tinha algo a relatar. A
história do povoado de Javé é uma micro-história que tem sua importância por ser a
história de um povo por mais reduzido ou esquecido que seja.

3. A partir da afirmação de Paul Ricoeur: “contar ou falar sobre o passado é uma


forma de criar identidades”, explique a problemática dos Narradores de Javé
na produção de um documento que possa salvar a cidade.

A problemática dos narradores de Javé na produção do documento é o tempo.


O filme revela uma corrida contra o tempo na tentativa de inscrever Javé na história. Nesse
percurso, os moradores recuperam eventos passados, memórias quase apagadas e
documentos que possam registrar a cidade na história. O tempo é percebido numa visão
ampla em seis ‘tempos’ distintos como define Nunes (1988) na sua obra O tempo na
narrativa: físico, cronológico, psicológico, histórico, ficcional e linguístico. Num vilarejo
como Javé por mais que eles conhecessem e soubessem revelar os “tesouros” da cidade à
sua maneira, acabaram reféns da ausência de uma versão oficial documentada, e viram a

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memória do Vale e a própria identidade se afundando em meio às águas da barragem. O
que movia as ações dos narradores, a princípio, era a expectativa de resguardar o vilarejo.
Mas havia também outras intenções como Biá que sempre queria se dar bem ou outros que
estavam preocupados em registrar o próprio nome no livro, alguns pretendiam
simplesmente preservar suas casas, a igreja, o cemitério, e não ir embora, etc. Por trás de
uma intenção comum, de escrever o livro e transformar o vilarejo em patrimônio, havia
uma série de outras intenções que acabaram interferindo no discurso das personagens e no
seu resultado final.

4. Ao discutir a relação entre “memória” e história”, Bittencourt afirma: “a


questão da memória impõe-se por ser a base da identidade, e é pela memória
que se chega a história local”. A partir deste citação, analise a frase indicada.

A construção de identidades pessoais e sociais está relacionada à memória, já


que tanto no plano individual quanto no coletivo ela permite que cada geração estabeleça
vínculos com as gerações anteriores. Os indivíduos, assim como as sociedades, procuram
preservar o passado como um guia que serve de orientação para enfrentar as incertezas do
presente e do futuro. O ensino de história local apresenta-se como um ponto de partida para
a aprendizagem histórica, pela possibilidade de trabalhar com a realidade mais próxima das
relações sociais que se estabelecem entre educador, o educando, a sociedade e o meio em
que vivem e atuam. A História Local possibilita a compreensão do entorno do aluno,
identificando passado e presente nos vários espaços de convivência. Essa temática permite
que o professor parta das histórias individuais e dos grupos, inserindo o aluno em
contextos mais amplos. Com a abordagem da História Local os alunos passam
gradativamente a observar e perceber o significado de outras matérias construídas no
passado; a compreender que as realidades históricas de determinada localidade e de seus
habitantes no tempo não se dão isoladas do mundo, mas como parte do processo histórico
em que populações locais constroem suas identidades culturais e sociais; que estas
identidades são diversas, mas todas merecem respeito.

5. A partir da cena anterior entre Zaqueu e Antonion Biá discuta sobre a


importância da História na formação da identidade pessoal.

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Dos momentos mais marcantes aos acontecimentos cotidianos, tudo o que acontece
em nossas vidas fica armazenado em nosso cérebro. Conforme explica a psicanalista Susan
Guggenheim, professora do Instituto de Psicologia da Universidade do Estado do Rio de Janeiro
(UERJ) são as lembranças que ajudam o ser humano a definir o seu lugar no mundo. A
memória permite ao sujeito que ele dê algum sentido ao seu estar no mundo nos momentos em
que ele se interroga sobre quem é e o que realizou. Evidentemente, nem tudo é lembrado, pois
existe uma seletividade das experiências recordadas, explica a psicanalista.
Para o neurocientista Gilberto Xavier e professor do Instituto de Biociência da
Universidade de São Paulo (USP), uma pessoa sem memória não tem identidade. O próprio
conceito de quem eu sou depende da minha história, pois somos frutos dela. Se uma pessoa não
consegue lembrar da sua história, ela não é nada. Para se ter uma ideia, se observarmos dois
irmãos gêmeos idênticos, que são iguais geneticamente, eles acabam se distinguindo pela
personalidade. Essa diferença é fruto da história de cada um deles e de suas heranças culturais,
fatores determinantes para a individualidade de cada ser humano, frisa Gilberto.
Já Susan Guggenheim lembra que a memória humana vem sendo estudada ao
longo de séculos por meio de inúmeras descrições, classificações e medidas. Entretanto, quem
primeiro percebeu a dinâmica do seu funcionamento nas situações do cotidiano, bem como sua
importância nos sintomas neuróticos, foi Sigmund Freud. Já em seus primeiros trabalhos, ele
observou os diversos mecanismos inconscientes que são utilizados pelos sujeitos a fim de
lidarem com as situações traumáticas. “Além disso, ele percebeu que as pessoas histéricas
sofriam de reminiscências”, afirma Susan (XAVIER, Gilberto. A importância da memória na
formação da identidade do indivíduo: As histórias e experiências vividas ajudam na construção
da personalidade. Disponível em:
<https://www.google.com.br/url?sa=t&rct=j&q=&esrc=s&source=web&cd=1&cad=rja&uac
t=8&ved=0CBwQFjAA&url=http%3A%2F%2Fredeglobo.globo.com%2Facao%2Fnoticia%
2F2013%2F03%2Fimportancia-da-> Acessado em 19/8/2014).
E qual a importância da memória coletiva na construção da sociedade?
Respondendo a essa pergunta, a psicanalista lembra que a memória coletiva, seja construída
pelos grupos sociais, ou por toda uma sociedade, desperta nas pessoas a sensação de
pertencimento a um determinado grupo por terem vivenciado os mesmos momentos históricos.
Portanto, este sentimento de poder recordar experiências em comum é uma das
características que distinguem uma geração da outra, tudo bem interpretado nos personagens do

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filme que construíam sua história a partir de dados memoráveis, ou seja, dos relatos, gravadas
pela própria experiência empírica dada no tempo e sentida em toda sua profundidade.

6. Como o “narrar” pode constituir uma maneira de aprender História na sala


de aula? Apresente exemplos.

O “narrar” pode constituir uma maneira de aprender História na sala de aula


quando as explicações do professor são reveladores de sua própria consciência histórica,
assim como da de seus alunos, na medida em que, a aprendizagem que constitui a
consciência histórica vem em destaque nas narrativas, ou seja, no ato de contar histórias,
pois esta é uma forma coerente de comunicação e porque trata da identidade histórica tanto
do comunicador como do receptor. No caso das narrativas presentes no contexto de
escolarização, de modo geral, observa-se que elas possibilitam a constituição de uma
consciência histórica tradicional, e, de forma muito tênue, uma consciência histórica
exemplar e crítica. É a "forma de pensamento histórico que vê a vida social em toda a sua
complexidade e sua temporalidade absoluta", e em que "diferentes pontos de vista podem
ser aceitos porque se integram em uma perspectiva que abrange a mudança temporal".
Neste tipo de consciência histórica, "os valores morais se temporalizam, a moral se despoja
de sua natureza estática" como salienta a pesquisadora GEVAERD (2009).
Exemplo disso são os usos pedagógicos dos relatos aplicados na atualidade dos
estudantes, fazendo sempre referencia ou reminiscência do que aconteceu em contrapartida
ao que está acontecendo. Pois, que já identificava Hegel, a história ela é cíclica, o que
muda são seus personagens.

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