Anda di halaman 1dari 51

Materiais e seu comportamento

em soldadura
Módulo 2.10
Aços com tratamento
termomecânico
Direcção de Formação

Curso de Engenharia de Soldadura EWF


IIW Guideline – doc. IAB-002-2000/EWF-409 (Rev. 1)
Objectivo

Compreender os mecanismos do tratamento


termomecânico dos aços, assim como a sua
influência na soldabilidade destes materiais

Módulo 2.11 – Fenómenos de Fissuração nos Aços – 2


Rev. 0 (20-10-2003)
Reis Góis
Temas a discutir

– Análise comparada dos aços C e C-Mn


– Principio do tratamento termomecânico
(deformação plástica – encruamento – recristalização);

– Composição química, propriedades mecânicas


e soldabilidade dos aços termomecânicos;
– Aplicações

Módulo 2.11 – Fenómenos de Fissuração nos Aços – 3


Rev. 0 (20-10-2003)
Reis Góis
Resultados esperados

• Conhecer a razão dos vários parâmetros do tratamento


termomecânico dos aços – temperatura e deformação
plástica;
• Compreender a razão da modificação estrutural devido à
utilização de uma laminagem controlada;
• Compreender a relação entre as boas propriedades destes
aços (boa resistência mecânica) e a melhoria da sua
soldabilidade.

Módulo 2.11 – Fenómenos de Fissuração nos Aços – 4


Rev. 0 (20-10-2003)
Reis Góis
Aços Carbono e carbono manganês
(Influência dos elementos de liga)

Nos aços não ligados existem sempre alguns elementos que, muito embora
não sejam de elevado teor, acabam por influenciar sempre as
propriedades dos materiais.

Para além do Ferro e do Carbono estes aços contêm:

• Sempre: Silício, Manganês, Fósforo e Enxofre;


• Podem ter: Alumínio, titânio, Níquel, Vanádio, etc.
• Vestígios de: Chumbo, Estanho, Arsênio, etc..
Módulo 2.11 – Fenómenos de Fissuração nos Aços – 5
Rev. 0 (20-10-2003)
Reis Góis
Aços Carbono e carbono manganês
(Influência dos elementos de liga)

SILÍCIO
• É utilizado na desoxidação dos aços, formando solução sólida na
ferrite com teores de 0,3 a 0,5% ;
• Aumenta um pouco a resistência mecânica e dureza do aço;
• Pode formar inclusões do tipo silicatos ;
• Deve evitar-se teores superiores a 0,2% nos aços soldáveis.

Módulo 2.11 – Fenómenos de Fissuração nos Aços – 6


Rev. 0 (20-10-2003)
Reis Góis
Aços Carbono e carbono manganês
(Influência dos elementos de liga)
MANGANÊS
• Forma solução sólida na ferrite com teores de 0,2 a 0,9%;
• Pode aparecer nos aços C-Mn com teores até 1,7%, acima deste
valor origina fragilidade dos aços ;
• Aumenta a resistência mecânica e dureza do aço;
• Pode formar inclusões do tipo Sulfureto de manganês ou
óxido de manganês ;
• Diminui a ductilidade do aço.

Módulo 2.11 – Fenómenos de Fissuração nos Aços – 7


Rev. 0 (20-10-2003)
Reis Góis
Aços Carbono e carbono manganês
(Influência dos elementos de liga)

ENXOFRE
• É sempre considerado como uma impureza do aço;
• Diminui a resistência ao choque do aço;
• O seu teor deverá ser inferior a 0,07%.

Módulo 2.11 – Fenómenos de Fissuração nos Aços – 8


Rev. 0 (20-10-2003)
Reis Góis
Aços Carbono e carbono manganês
(Influência dos elementos de liga)

FÓSFORO
• É sempre considerado como uma impureza do aço;
• Origina o crescimento do grão, logo diminui a resistência ao
impacto;
• O seu teor deverá ser inferior a 0,02%.

Módulo 2.11 – Fenómenos de Fissuração nos Aços – 9


Rev. 0 (20-10-2003)
Reis Góis
Aços Carbono e carbono manganês
(Influência dos elementos de liga)
(Elementos afinadores do grão)

O refinamento do grão é vulgarmente efectuado por adição de elementos que


formam finos precipitados, os quais interactuam com os limites de grão da
austenite, inibindo a sua coalescência.
Deverá verificar-se a conjugação dos seguintes factores:

• Adição de elementos tais como Al, Nb ou Ti, que formam finos precipitados do
tipo Nitretos, Carbonetos ou Carbonitretos;
• Conjugação dos elementos afinadores com os teores de Azoto e Carbono;
• Tratamentos térmicos apropriados.

Módulo 2.11 – Fenómenos de Fissuração nos Aços – 10


Rev. 0 (20-10-2003)
Reis Góis
Aços Carbono e carbono manganês
(Influência dos elementos de liga)
(Elementos afinadores do grão)
A resistência mecânica dos aços é fortemente influenciada pelo
tamanho do grão.

σc = σi + Kc d(-½) (Lei de Petch-Hall)


σc - Tensão de cedência do aço;
σi - “Tensão de atrito” - Tensão que considera o efeito global de todos os
obstáculos que se opõem ao movimento das deslocações;
Kc - Tensão adicional que considera o empilhamento da deslocações junto aos
limites de grão;
d - Tamanho do grão.

Módulo 2.11 – Fenómenos de Fissuração nos Aços – 11


Rev. 0 (20-10-2003)
Reis Góis
Aços Carbono e carbono manganês
(Influência dos elementos de liga)
(Elementos afinadores do grão)
Tensão de cedência

(x 10-7 Nm-2)
em tracção

21 Segundo Cracknell-Petch

14

7
2 4 6 8
d(-½) , mm (-½)

O refinamento do grão apresenta também a vantagem de melhorar a resistência ao


impacto. Neste sentido a adição de elementos afinadores do grão tem um duplo
objectivo.

Módulo 2.11 – Fenómenos de Fissuração nos Aços – 12


Rev. 0 (20-10-2003)
Reis Góis
Aços Carbono e carbono manganês
(Influência dos elementos de liga)
(Elementos afinadores do grão)

Alumínio
• Corresponde ao elemento mais utilizado e o mais simples uma vez que
somente forma Nitretos de Alumínio;
• A precipitação fina na forma de Nitretos produz-se durante a laminagem
a quente. Na ZTA ou após tratamentos térmico de normalização é muito
eficiente pois somente solubiliza entre 900 e 1250°C;
• O seu teor é vulgarmente da ordem de 0,2% máximo.

Módulo 2.11 – Fenómenos de Fissuração nos Aços – 13


Rev. 0 (20-10-2003)
Reis Góis
Aços Carbono e carbono manganês
(Influência dos elementos de liga)
(Elementos afinadores do grão)

Nióbio
• No caso do Nióbio formam-se finos carbonetos do tipo Nb(Cx,Ny) com
composições variáveis em função da temperatura;
• A precipitação durante o arrefecimento coincide com a transformação γ→α;
• A adição de Nióbio é mais eficiente se se fizer em conjugação com a de
alumínio;
• O seu teor é vulgarmente da ordem de 0,1% máximo.

Módulo 2.11 – Fenómenos de Fissuração nos Aços – 14


Rev. 0 (20-10-2003)
Reis Góis
Aços Carbono e carbono manganês
(Influência dos elementos de liga)
(Elementos afinadores do grão)
Titânio
• O titânio forma dois tipos de compostos: O Nitreto de Titânio (TiN), que é um
precipitado extremamente estável (praticamente insolúvel na austenite) e o
Carboneto de Titânio (TiC), solúvel na austenite a uma temperatura de
1300°C;
• Os Nitretos de Titânio são muito grosseiros, e por isso pouco eficientes;
• Os Carbonetos de Titânio são muito eficientes a altas temperaturas, por
serem mais estáveis do que os Carbonetos de Alumínio ou de Nióbio;
• O seu teor é vulgarmente da ordem de 0,1%.
Módulo 2.11 – Fenómenos de Fissuração nos Aços – 15
Rev. 0 (20-10-2003)
Reis Góis
Aços Carbono e carbono manganês
(Influência dos elementos de liga)
(Elementos endurecedores por precipitação)

• A precipitação de finos carbonetos ou nitretos, para além


de proporcionarem o refinamento do grão, origina
igualmente o endurecimento da ferrite.
• Estes elementos são vulgarmente o Nióbio, o Titânio, o
Vanádio, o Zircónio e o Cobre.
• A eficiência da adição destes elementos depende do seu
teor, da quantidade de azoto e carbono disponível assim
como do tipo de tratamento térmico efectuado.

Módulo 2.11 – Fenómenos de Fissuração nos Aços – 16


Rev. 0 (20-10-2003)
Reis Góis
Aços Carbono e carbono manganês
(Influência dos elementos de liga)
(Elementos endurecedores por precipitação)

Nióbio
• No caso de se efectuar um tratamento térmico de normalização a 950°C a
melhoria da resistência mecânica é fraca (≈ 20 Mpa para um teor da ordem
de 0,043%), porém se a normalização for feita a 1250°C poderá atingir um
ganho de ≈100 MPa;
• Devido às grandes temperaturas de tratamento térmico requeridas o Nióbio
não é um elemento muito utilizado como endurecedor;

Módulo 2.11 – Fenómenos de Fissuração nos Aços – 17


Rev. 0 (20-10-2003)
Reis Góis
Aços Carbono e carbono manganês
(Influência dos elementos de liga)
(Elementos endurecedores por precipitação)

Titânio
• Os Carbonetos ou carbonitretos de Titânio necessitam de um tratamento
térmico de altas temperaturas (superior a 1300°C) para se verificar a sua
solubilização;
• Devido às grandes temperaturas de tratamento térmico requeridas o Titânio, tal
como o Nióbio, não é um elemento muito utilizado como endurecedor.

Módulo 2.11 – Fenómenos de Fissuração nos Aços – 18


Rev. 0 (20-10-2003)
Reis Góis
Aços Carbono e carbono manganês
(Influência dos elementos de liga)
(Elementos endurecedores por precipitação)

Vanádio
• Os Carbonetos de Vanádio apresentam completa solubilização na austenite
a temperaturas relativamente baixas, sendo por isso o elemento mais utilizado
quando se pretende efectuar tratamentos térmicos clássicos;
• Num aço C-Mn com adições de 0,08% de Vanádio poder-se-á atingir uma
melhoria de 80 Mpa com um tratamento térmico de Normalização. Neste caso
o controlo do teor de azoto é importante para garantir a formação de Nitretos
de Vanádio.

Módulo 2.11 – Fenómenos de Fissuração nos Aços – 19


Rev. 0 (20-10-2003)
Reis Góis
Aços Carbono e carbono manganês
(Influência dos elementos de liga)
(Elementos endurecedores por precipitação)

Cobre
• O cobre é adicionado aos aços como elemento endurecedor numa
percentagem que varia entre 1% e 1,5%;
• O endurecimento é originado pela precipitação de uma nova fase (ε) após
tratamento térmico de envelhecimento realizado a uma temperatura entre
400° e 600°C;
• É vulgar adicionar-se a este tipo de aços pequenas percentagens de Níquel
para evitar a fissuração durante a laminagem.

Módulo 2.11 – Fenómenos de Fissuração nos Aços – 20


Rev. 0 (20-10-2003)
Reis Góis
Aços Carbono e carbono manganês
(Influência dos elementos de liga)
(Elementos endurecedores por precipitação)

600

Limite elástico (MPa)


500

Variação do Limite elástico 400


em função do tamanho do
precipitado
300
Liga de NÍQUEL
100 300 500
Tamanho do precipitado (µm)

Módulo 2.11 – Fenómenos de Fissuração nos Aços – 21


Rev. 0 (20-10-2003)
Reis Góis
Aços Carbono e carbono manganês
(Influência dos elementos de liga)
(Elementos afinadores do grão e endurecedores por precipitação)

Teores dos elementos precipitados


70

Al, V, Nb e Ti (x 10-3, %)
60
Temperatura de Nb Ti
50
solubilização dos elementos 40
afinadores do grão e V
30
endurecedores por
20
precipitação 10 Al

800 1000 1200 1400


Temperatura de solubilização (°C)

Módulo 2.11 – Fenómenos de Fissuração nos Aços – 22


Rev. 0 (20-10-2003)
Reis Góis
Aços Carbono e carbono manganês
(Influência dos elementos de liga)
(Elementos afinadores do grão e endurecedores por precipitação)

Grão de ferrite (µm)


10 Vanádio
Efeito do teor do elemento 9
de liga no tamanho de 8
Nióbio
grão da ferrite resultante 7
do tratamento de 6 Titânio
Normalização 5
4
Aço C-Mn (microligado)
0,04 0,08 0,12
Teor do elemento (%)

Módulo 2.11 – Fenómenos de Fissuração nos Aços – 23


Rev. 0 (20-10-2003)
Reis Góis
Aços Carbono e carbono manganês
(Influência dos elementos de liga - Gases)

• O Oxigénio, o Hidrogénio e o Azoto poderão existir como


elementos residuais;
• Estes gases Diminuem as propriedades mecânicas dos aços
nomeadamente a resistência ao impacto do aço;
• O Azoto somente poderá ser benéfico para os aços quando
combinado com elementos introduzidos nos aços com o propósito
de refinar o grão ou aumentar a sua resistência mecânica (Ti, Nb, Al
ou V, por exemplo).

Módulo 2.11 – Fenómenos de Fissuração nos Aços – 24


Rev. 0 (20-10-2003)
Reis Góis
Aços Carbono e carbono manganês
(Influência dos elementos de liga - Inclusões)

• São sempre consideradas impureza do aço;


• Poderão ter dimensão muito variada, desde alguns
milímetros até alguns mícron.
• De um modo geral baixam as propriedades dos aços,
podendo originar vários tipos de fissuração, tal como
Arrancamento lamelar, por exemplo.

Módulo 2.11 – Fenómenos de Fissuração nos Aços – 25


Rev. 0 (20-10-2003)
Reis Góis
Aços Carbono e carbono manganês
(Influência dos elementos de liga)
A influência dos vários elementos de liga na estrutura e
propriedades da ZTA e Metal Depositado deverá ser analisada
tendo em conta os seguintes factores:

• Teor do elemento;
• Temperatura atingida e tempo de permanência a essa temperatura;
• Velocidade de arrefecimento entre 800 e 500°C (t8/5);
• Tratamento térmico posterior à soldadura.

Módulo 2.11 – Fenómenos de Fissuração nos Aços – 26


Rev. 0 (20-10-2003)
Reis Góis
Aços Carbono e carbono manganês
(Influência dos elementos de liga na ZTA)

Influência do Carbono

• É difícil analisar a influência isolada deste elemento uma vez que a


diminuição do seu teor vem sempre acompanhada do aumento do teor
de outros elementos;
• Uma diminuição do teor em carbono melhora sempre as
propriedades da soldadura, nomeadamente a resistência ao impacto
da ZTA.

Módulo 2.11 – Fenómenos de Fissuração nos Aços – 27


Rev. 0 (20-10-2003)
Reis Góis
Aços Carbono e carbono manganês
(Influência dos elementos de liga na ZTA)
Influência do Manganês

• O manganês é um elemento que aumenta a temperabilidade dos aços.


Neste sentido a velocidade de arrefecimento entre 800 e 500°C será
determinante das propriedades da ZTA:
– Para processos de baixa Et a velocidade de arrefecimento é alta. O aumento do teor
de Mn origina sempre estruturas temperadas;

– Para velocidades mais lentas o teor do Mn é determinante das propriedades da ZTA.


O aumento do teor de Mn até 1,5 ou 1,7% poderá melhorar as propriedades da
soldadura tanto a nível de resistência mecânica como de resistência ao impacto.

Módulo 2.11 – Fenómenos de Fissuração nos Aços – 28


Rev. 0 (20-10-2003)
Reis Góis
Aços Carbono e carbono manganês
(Influência dos elementos de liga na ZTA)
Influência do Vanádio

• Nos locais da ZTA sujeitos a uma temperatura superior a 900°C os


precipitados de vanádio são solubilizados. Neste sentido a influência
do vanádio é função do ciclo térmico da soldadura:
– Para processos de baixa Et a velocidade de arrefecimento é alta não originando qualquer
precipitação. O vanádio não tem qualquer influência nestes casos;
– Para processos de alta Et a velocidades de arrefecimento é mais lentas, originando a
precipitação de carbonitretos de vanádio que endurecem a ZTA e deterioram a sua
ductilidade.
– No caso de se efectuar um tratamento térmico após soldadura poderá verificar-se o
aumento da fragilidade da ZTA devido aos precipitados de vanádio.
Módulo 2.11 – Fenómenos de Fissuração nos Aços – 29
Rev. 0 (20-10-2003)
Reis Góis
Aços Carbono e carbono manganês
(Influência dos elementos de liga na ZTA)

Influência do Nióbio

• Tem um efeito semelhante ao Vanádio; porém, dado que a sua


temperatura de solubilidade na austenite é superior, a parte da ZTA
sujeita a este problema é menor;
• Para os teores de Nb vulgarmente encontrados a deterioração da
ductilidade da ZTA é baixa, podendo inclusivamente ser ligeiramente
melhorada para soldaduras de baixa Et.

Módulo 2.11 – Fenómenos de Fissuração nos Aços – 30


Rev. 0 (20-10-2003)
Reis Góis
Aços Carbono e carbono manganês
(Influência dos elementos de liga na ZTA)
Temperatura à qual se atinge 28 J

Temperatura à qual se atinge 28 J


Ensaio de Choque (Charpy V)

Ensaio de Choque (Charpy V)


200
100
T8/5 = 300 seg
T8/5 = 300 seg
150 75
T8/5 = 100 seg

100 50
T8/5 = 33 seg
50 25
T8/5 = 33 seg

0,1 0,2 0,3 0,4 0,02 0,04 0,05 0,06


Teor de Vanádio (%) Teor de Nióbio (%)

Módulo 2.11 – Fenómenos de Fissuração nos Aços – 31


Rev. 0 (20-10-2003)
Reis Góis
Aços Carbono e carbono manganês
(Influência dos elementos de liga na ZTA)

Influência do Titânio

• Os precipitados de titânio dificilmente são solubilizados na ZTA.


Assim estes precipitados actuam como inibidores do crescimento do
grão, originando estruturas de grão mais refinado e estruturas
menos temperadas, melhorando as propriedades da ZTA.

Módulo 2.11 – Fenómenos de Fissuração nos Aços – 32


Rev. 0 (20-10-2003)
Reis Góis
Aços Carbono e carbono manganês
(Influência dos elementos de liga na ZTA)

Influência do Alumínio

• Durante o ciclo de soldadura os precipitados de Alumínio são


solubilizados na ZTA e dificilmente voltam a precipitar durante o
arrefecimento. Neste sentido verifica-se o aparecimento de algum
azoto livre que, associado a um grão mais grosseiro da ZTA poderá
originar a deterioração da sua ductilidade.

Módulo 2.11 – Fenómenos de Fissuração nos Aços – 33


Rev. 0 (20-10-2003)
Reis Góis
Aços Carbono e carbono manganês
(Influência dos elementos de liga na ZTA)

Influência do Zircónio

• É um elemento pouco estudado, no entanto certos estudos


apontam para uma certa deterioração da resistência ao
impacto da ZTA.

Módulo 2.11 – Fenómenos de Fissuração nos Aços – 34


Rev. 0 (20-10-2003)
Reis Góis
Aços Carbono e carbono manganês
(Influência dos elementos de liga na ZTA)

C Si Mn V Ti Ni Cu
Energia absorvida a 20°C

1 0,13 0,40 1,35 0,03 - - -


2 0,12 0,20 1,50 0,04 0,10 - -
200
Charpy V (J)

3 0,10 0,24 1,53 0,05 0,14 0,29 0,28


150

100

50

100 150 200 250 300 350


Entrega térmica (KJ/cm)
Módulo 2.11 – Fenómenos de Fissuração nos Aços – 35
Rev. 0 (20-10-2003)
Reis Góis
Aços Carbono e carbono manganês
(Influência dos elementos de liga no MD)

• Os elementos de liga no Metal Depositado poderão ter duas origens:


– Diluição com o Metal de Base;
– Elementos existentes nos Consumíveis de Soldadura.

• A escolha do tipo de consumível de soldadura deverá garantir as


mesmas propriedades requeridas para o Metal de Base (Resistência
Mecânica, Resistência à Corrosão, etc.);
• Salvo algumas excepções, os tratamentos térmicos após soldadura
melhoram bastante a resistência ao impacto do Metal Depositado.

Módulo 2.11 – Fenómenos de Fissuração nos Aços – 36


Rev. 0 (20-10-2003)
Reis Góis
Aços Carbono e carbono manganês
(Influência dos elementos de liga no MD)
+20
Temperatura de impacto Charpy

Nb
para garantir 100 J (°C)

-20
Al
-40
V
-60

Ti
-80

200 400 600 800 1000


Quantidade do elemento de liga (ppm)
Módulo 2.11 – Fenómenos de Fissuração nos Aços – 37
Rev. 0 (20-10-2003)
Reis Góis
Aços de grão fino e de alta resistência

Poder-se-á obter aços de grão fino e de alta resistência por:

• Adição de elementos afinadores do grão;


• Tratamentos termomecânicos;
• Tratamentos térmicos (Normalização e Têmpera e revenido).

Módulo 2.11 – Fenómenos de Fissuração nos Aços – 38


Rev. 0 (20-10-2003)
Reis Góis
Bases do tratamento termomecânico

A deformação plástica é
consequência do movimento
das deslocações.

Módulo 2.11 – Fenómenos de Fissuração nos Aços – 39


Rev. 0 (20-10-2003)
Reis Góis
Bases do tratamento termomecânico

Deslocações em cunha Deslocação em hélice

As deslocações são falhas de empilhamento da rede cristalográfica.


Estas movimentam-se no interior dos grão, dando origem à deformação plástica.

Módulo 2.11 – Fenómenos de Fissuração nos Aços – 40


Rev. 0 (20-10-2003)
Reis Góis
Bases do tratamento termomecânico

• As “deslocações” acumulam-se nos limites de grão ou em outras descontinuidades.


• Os elementos de liga criam barreiras ao movimento das deslocações, impedindo a
deformação plástica.
• O aumento do número de limites de grão (refinamento do grão) cria barreiras ao
movimento das deslocações, melhorando assim a resistência mecânica dos aços.
Módulo 2.11 – Fenómenos de Fissuração nos Aços – 41
Rev. 0 (20-10-2003)
Reis Góis
Bases do tratamento termomecânico

Módulo 2.11 – Fenómenos de Fissuração nos Aços – 42


Rev. 0 (20-10-2003)
Reis Góis
Bases do tratamento termomecânico

Recristalização devido à deformação plástica

Um aquecimento posterior a uma deformação plástica origina uma


reorganização das deslocações. Estas movimentam-se para posições de
maior equilíbrio formando sub-limites de grão (Poligonização).

Com o aumento do aquecimento (mesmo a temperaturas inferiores à de


transformação alotrópica – 723ºC) verifica-se haver recristalização a
partir dos sub-limites dos grão, dando origem a grão mais fino.

Módulo 2.11 – Fenómenos de Fissuração nos Aços – 43


Rev. 0 (20-10-2003)
Reis Góis
Aços de grão fino – tratamento Termomecânico

• 1958 - Primeiras experiências laboratoriais;


• 1969 - Produção de 500 000 Ton de tubo API X65 (Re ≥ 455 Mpa) pelas
empresas SUMITOMO, NIPPON KAKAN e NIPPON STEEL para
a construção da rede de transporte de gás no Alasca.

• Comparativamente com os aços tradicionais (aços C e C-Mn) os


obtidos por tratamento termomecânico permitem reduzir o teor
de elementos de liga e de carbono para os mesmos valores de
resistência mecânica, melhorando assim a sua soldabilidade.

Módulo 2.11 – Fenómenos de Fissuração nos Aços – 44


Rev. 0 (20-10-2003)
Reis Góis
Aços de grão fino – tratamento Termomecânico

Soldadura SER
Dureza Vickers (HV 10)

E 7016 ø 4 mm
Et = 17 KJ/mm
400

350

300
250
HT tradicional
200 Novo HT 50 Termomecânico

0,25 0,30 0,35 0,40


Ceq = C + Mn (%)
6
• Comparação de durezas da ZTA dos aços HT 50
tradicional e tratado termomecanicamente.

Módulo 2.11 – Fenómenos de Fissuração nos Aços – 45


Rev. 0 (20-10-2003)
Reis Góis
Aços de grão fino – tratamento Termomecânico

Aquecimento do Slab Aquecimento do Slab

Aço de laminagem controlada


Laminagem a quente Laminagem a quente

(tratamento termomecânico)
Aço Normalizado

Arrefecimento Arrefecimento
(Water spray) (Water spray)
Aquecimento do Slab Aquecimento do Slab
Reaquecimento Reaquecimento
(Acima de AC3) (Acima de AC3)
Laminagem controlada
(2ª fase da laminagem)
Arrefecimento ao ar Arrefecimento ao ar

Produto final Produto final

Módulo 2.11 – Fenómenos de Fissuração nos Aços – 46


Rev. 0 (20-10-2003)
Reis Góis
Aços de grão fino – tratamento Termomecânico

(1) Austenite grosseira devido ao aquecimento


(2) Austenite grosseira e alongada pela deformação plástica
(1)
(3) Austenite recristalizada mas ainda grosseira (7)
(2)
(4) Austenite alongada com núcleos de grãos de ferrite
(9)
(5) Estrutura muito fina de ferrite e perlite A3

(6) Ferrite e perlite grosseira (temperatura inferior a A C1) (3) (4)


(7) Austenite fina (aquecimento acima de A C3) A1
(8) Ferrite e perlite Normalizada

(6)
(9) Austenite muito fina com núcleos de grãos de ferrite
(10) Ferrite e perlite extraordinariamente fina
(5) (8) (10)

Módulo 2.11 – Fenómenos de Fissuração nos Aços – 47


Rev. 0 (20-10-2003)
Reis Góis
Aços de grão fino – tratamento Termomecânico

Tamanho de grão da Ferrite (µm) 70


60
50 Sem deformação
40
Com deformação de 1,2
Com deformação de 2,0
30
20
10

10 20 30 40 50 60 60
Tamanho de grão da Austenite (µm)

Relação entre o tamanho do grão da austenite (com e sem deformação plástica) e o


tamanho de grão da ferrite resultante
Módulo 2.11 – Fenómenos de Fissuração nos Aços – 48
Rev. 0 (20-10-2003)
Reis Góis
Aços de grão fino – tratamento Termomecânico

Tipos de tratamentos termomecânicos


≥ 1200°C ≥ 1200°C ≥ 1200°C ≥ 1200°C
≈ 1000°C
Austenite ≈ 950°C ≈ 950°C
Temperatura

(grão equiaxial)
Austenite
(grão deformado)

Austenite e ferrite

Ferrite e Perlita

A B C D R N

Módulo 2.11 – Fenómenos de Fissuração nos Aços – 49


Rev. 0 (20-10-2003)
Reis Góis
Aços de grão fino – tratamento Termomecânico

Resistência Kcv Temperat.


tratamento
Tipo de

Composição química mecânica de


-40°C
RM transição
RE A
C Si Mn P S Nb V Ti Ni MPa MPa J °C
%

A 0,12 0,32 1,36 0,015 0,006 0,019 - 0,013 - 432 504 29 245 -91

B 0,13 0,36 1,42 0,020 0,003 - - - - 368 526 31 139 -92

C 0,06 0,22 1,32 0,010 0,001 - 0,04 0,01 0,26 392 471 40 294 -125

D 0,05 0,31 1,39 0,019 0,004 0,030 0,05 - - 385 469 34 110 -97

R 0,13 0,25 1,37 0,013 0,007


Remanescente 420 530 22 200 -42

N 0,035 420 500 27 270 -80


“ “ “ “ “

Módulo 2.11 – Fenómenos de Fissuração nos Aços – 50


Rev. 0 (20-10-2003)
Reis Góis
Conclusões

• O tratamento termomecânico permite melhorar as


propriedades dos aços sem recurso a adições de elementos de
liga assim como ter carbono mais baixo. Neste sentido
melhora significativamente a sua soldabilidade;

• A adição de elementos afinadores do grão aos aços


termomecânicos poderá melhorar ainda mais a suas
propriedades mecânicas;

• O aços termomecânicos poderão ser utilizados em aplicações


de baixa temperatura (temperaturas de utilização até -80ºC).

Módulo 2.11 – Fenómenos de Fissuração nos Aços – 51


Rev. 0 (20-10-2003)
Reis Góis

Anda mungkin juga menyukai