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 Representam o estatuto social do

Fidalgo:
 o manto (a vaidade pela condição
social;
 o pajem (todos os que o servem e
sobre os quais ele exerce a tirania) e
 a cadeira (os bens materiais e o
poder).
O Fidalgo começa por parar junto à
barca do Diabo, depois dirige-se à
do Anjo e, finalmente, regressa à do
Diabo.
 No início da cena, o Fidalgo está muito
descontraído e seguro, depois,
quando se afasta da barca do Diabo,
começa a revelar preocupação e, ao
mesmo tempo, irritação, pois chama e
ninguém lhe responde.
 Quando começa a falar com o Anjo,
tenta recuperar a segurança, no
entanto, ao perceber que não lhe é
permitido entrar na barca do
paraíso, mostra-se desanimado e um
pouco arrependido de ter confiado
no seu “estado”.
 Perto do final, chega a mostrar-se
humilde perante o Diabo, implora-
lhe que o deixe regressar à vida e,
finalmente, mostra-se resignado
com o seu destino.
 “Ó poderoso dom Anrique”;

 “Vejo-vos eu em feição /pera ir ao


nosso cais…”

 “Embarqu’a vossa doçura”

 “todos bem vos serviremos”.


 Com o Diabo, usa o argumento de ter
deixado na terra quem reze por ele;

 Com o Anjo usa o argumento de ser


fidalgo.
 Defendendo-se com as rezas de
outrem, mostra que viveu tão
confiante na sua importância e tão
habituado a que os outros fizessem
tudo por ele que nem lhe ocorre que
as orações não seriam suficientes para
o salvar.
 O argumento apresentado ao Anjo
mostra a arrogância e presunção do
Fidalgo.
 Gil Vicente pretende criticar a
prática errada da religião dos
que acreditavam que orações,
missas e práticas superficiais eram
mais válidas do que as obras e a
fé.
A alusão à condenação do pai do
Fidalgo alarga a crítica à classe
social, dando a entender que os
nobres são condenados, geração
após geração.
O Diabo, divertido, ri do Fidalgo,
chama-lhe tolo e mostra-lhe como
está enganado em relação ao
desgosto da mulher e da amante.
 Alarga-se a crítica às mulheres,
atribuindo-lhes falsidade, hipocrisia
e mostrando que o fingimento é
transmitido de mães para filhas.
 9.1 – Crimes que lhe são imputados:

o Fidalgo é acusado de ter vivido a


seu prazer, de ser presunçoso e
vaidoso e de ter sido tirano para o
povo.
 O longo manto e o
pajem carregando a
cadeira revelam
vaidade e ostentação,
tal como a reação
inicial face ao Diabo e
depois face ao Anjo
revelam a arrogância
de quem sempre
esteve habituado a
que obedecessem às
suas ordens.
 É no estatuto de nobre que o Fidalgo
confia como razão para ser salvo, tal
como sempre confiou ao longo da
vida. É por isso que, quando o Anjo o
interpela, ele apresenta como único
argumento para a salvação o facto
de ser “fidalgo de solar” e é por isso
que desdenha da barca a que chama
“cortiço” e exige que o tratem por
“Vossa Senhoria”.
 Da vida sentimental ficamos a saber
que além da mulher tinha uma
amante, no entanto, sabemos
também que afinal, ele que era tão
poderosa, era igualmente enganado
por elas.
 O Fidalgo é uma personagem-tipo, na
medida em que representa a nobreza e
os seus vícios de tirania, presunção,
arrogância e ostentação.
 É exatamente, por isso que, tal como
aconteceu com seu pai, é condenado
ao Inferno.
 Direta:
o Autocaracterização – apresenta-se, defende-se,
reconhece a condenação e aceita a sentença.
o Heterocaracterização – é acusado pelo Diabo de
vida imoral e de prazer que levava; é acusado
pelo Anjo de tirania e de vaidade que
demonstrava;
sentença: embarcar na barca do Diabo.
 Indireta:
o Linguagem – confiante; vaidoso; desiludido.
o Símbolos – cadeira, manto, pajem.
 Registos de língua:
 Informal -“Pardeos aviado estou” (v.70)
 Formal - “Porém a que terra passais?”(v.33)
 Figuras:
 Antítese - “Segundo lá escolheste/assi cá vos
contentai” (vv. 56-57)
 Eufemismo – “Vai pera a ilha perdida” (v. 27)
 Ironia – “Embarque vossa doçura/que cá nos
entenderemos” (vv. 125-126)
 Metáfora – “Oh que maré tão de prata” (v. 108)
 Repetição – “chegar a ela! Chegar a ela!” (v. 181)
 De situação – “Pera lá vai a senhora?”
(v. 29)

 De linguagem – “que gericocins


salvanor” (v.72)

 De caráter – “Sou fidalgo de solar/é


bem que me recolhais” (v. 81-82)
 Cais – simboliza o lugar onde chegam as
personagens após a morte, a fim de
serem julgadas.
 Barcas – simbolizam a viagem para o
Céu ou para o Inferno, consoante o Bem
ou o Mal praticado durante a vida
terrena.
 Diabo/Anjo – simbolizam o Mal
(condenação) e o Bem (salvação).
 Rio – simboliza o percurso para a Glória
ou para a Perdição.
 Com esta cena, Gil Vicente pretende
criticar a nobreza em geral, pondo a
descoberto a sua corrupção, vaidade e
presunção. O dramaturgo realça ainda a
exploração dos mais desfavorecidos e a
tirania com que os fidalgos tratam o povo,
facto considerado grave, dado que os
poderosos deviam proteção aos fracos. Por
fim, denuncia a infidelidade conjugal que
põe em causa os valores morais da família.
https://www.youtube.com/watch?v=L3ZO2cJQoT4

Auto da Barca do Inferno - VicenTeatro

 Com o Diabo, usa o argumento de ter


deixado na terra quem reze sempre por
ele;
 com o Anjo usa o argumento de ser
fidalgo.

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