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1) Conceitue Direito Internacional Privado, esclareça sua natureza

e taxinomia.

O Direito Internacional Privado é o ramo do direito interno


que visa solucionar o conflito de leis no espaço diante de um caso
concreto em que estejam presentes elementos de estraneidade.
Embora o nome da disciplina indique o contrário, o Direito Internacional
Privado faz parte do direito público interno do ordenamento jurídico
brasileiro – privada é tão somente a relação da vida regulada. É direito
público porque é o país que define qual norma deverá ser aplicada
diante de determinado caso concreto, mesmo que seja uma norma
estrangeira.

As fontes de Direito Internacional Privado são principalmente


as leis internas do país, o que o diferencia do Direito Internacional
Público, cujas principais fontes são os tratados internacionais. Destaca-
se que o Direito Internacional Privado regula relações entre particulares,
diferente do Direito Internacional Público, que regula relações entre
Estados. Dentro desse critério, é importante destacar que as sanções
do Direito Internacional Privado são muito mais leves do que no Público,
pois nenhum Estado intervirá em outro em razão de uma relação
privada entre particulares.

2) Qual é o objeto de estudo do Direito Internacional Privado


segundo a teoria de Roberto Ago e por quê?

O objeto de estudo do Direito Internacional Privado é variável


conforme a teoria que se utilize para estudá-lo. Dentre as teorias,
destacam-se as teorias amplas (francesa e anglo-americana) e a teoria
restrita (ítalo-germânica).
A teoria ampla francesa entende que são objetos de estudo
do Direito Internacional Privado a nacionalidade, a condição jurídica do
estrangeiro, o conflito de leis no espaço, o conflito de jurisdição e os
direitos adquiridos. Já para a teoria anglo-americana, somente os três
últimos critérios supracitados são objeto de estudo do Direito
Internacional Privado. Por fim, a teoria restrita ítalo-germânica entende
que o objeto de estudo do Direito Internacional Privado é tão somente o
conflito de leis no espaço.

A teoria normológica de Roberto Ago entende que deve ser


estudada a norma típica de Direito Internacional Privado, qual seja, a
norma conflitual bilateral e indireta, porque essa é a norma fundamental
e mais importante do Direito Internacional Privado, visto que a disciplina
visa a solucionar conflitos de leis no espaço. Para esse estudo, Roberto
Ago utiliza como critérios sistemáticos o estudo da nacionalidade, da
condição jurídica do estrangeiro, do conflito de leis no espaço, dos
conflitos de jurisdição e dos direitos adquiridos do estrangeiro.

3) Qual é a estrutura da norma de Direito Internacional Privado,


suas características principais hoje, e o que diferencia o elemento
de conexão do elemento de estraneidade?

A norma de Direito Internacional Privado é diferente das


normas legais normais que preveem hipótese legal e consequência
jurídica. As normas de Direito Internacional Privado não indicam uma
consequência jurídica, tão somente indicam a lei aplicável para
solucionar o conflito. A estrutura dessa norma é conflitual, indireta, e
não soluciona diretamente o caso concreto.

Dentro da estrutura da norma de Direito Internacional Privado


estão o conceito-quadro (ou objeto de conexão), elementos de
estraneidade e elementos de conexão. O elemento de estraneidade é
que torna a relação típica de Direito Internacional Privado, por conter
algum elemento estrangeiro. Já o objeto de conexão é a área do direito
que se pretende regular (exemplos: direito de família, sucessões,
obrigações). Conforme for o objeto da conexão, estará definido em lei o
elemento de conexão, que define qual lei será aplicável para aquele
caso concreto. Por exemplo, quando o caso envolver direito de família
(objeto de conexão), o art. 7º da LINDB estabelece como elemento de
conexão para definir a norma aplicável o domicílio.

Quanto aos elementos de conexão e estraneidade, destaca-


se que o elemento de conexão é o escolhido pelo legislador dentre um
dos possíveis elementos de estraneidade para definir qual lei é
aplicável. Ou seja, o elemento de conexão é um elemento fático que foi
qualificado juridicamente. Diferenciam-se pelo fato de o elemento de
estraneidade ser elemento fático, estando no mundo dos fatos, e o
elemento de conexão ser critério jurídico, estando no mundo do direito.
O elemento de estraneidade é provado e tem como função identificar
que é um caso de Direito Internacional Privado, enquanto o elemento
de conexão é interpretado e tem como função identificar a lei aplicável
ao caso concreto. Destaca-se que o Direito Internacional Privado é um
sobredireito.

4) Quais foram as teorias do DIPr?

Ao longo da história do Direito Internacional Privado, foram


desenvolvidas diversas teorias. As primeiras teorias foram a Romana, a
Escola Estatutária Italiana e a Escola Holandesa. Essas primeiras
teorias são todas baseadas em valores internacionais. É importante
destacar a importância de Savigny no Direito Internacional Privado, pois
é a partir dele que a matéria passa a se constituir como um ramo
científico do direito. Pela teoria Romana, acredita-se que, em regra, não
seria aplicado o método conflitual, embora Savigny tenha encontrado
leis nesse sentido. Haveria um conflito entre romanos e os povos
conquistados, os bárbaros, e para solucionar esses conflitos foi criada
uma mistura entre os dois direitos, o jus gentium, para Roma manter a
dominação.

Posteriormente, com o feudalismo, houve um retrocesso em


Direito Internacional Privado, passando-se a dar importância somente à
territorialidade da lei. Com o renascimento do comércio nas cidades do
norte da Itália e com os estudos dos pós-glosadores, como Bartolo da
Sassoferrato, surge a Escola Estatutária Italiana, que define dentre
duas normas aplicáveis qual a mais adequada ao caso. A Escola
Holandesa também utiliza o método conflitual e os estatutos, mas
encontra-se superada.

Após esse período, surgem as teorias modernas, como a


“Comunidade Jurídica das Nações” de Savigny, segundo a qual as leis
de diferentes lugares teriam o mesmo valor. Junto com essas, surge a
teoria do respeito à soberania estrangeira, de Pillet, e a teoria de
repartição internacional de jurisdição, de Zittelman.

Modernamente, passou-se a dar mais ênfase aos valores


internos, sendo criadas as teorias personalistas e equitativas. Dentre as
personalistas, destaca-se a de Mancini, do respeito à nacionalidade, e a
mais importante delas, de Erik Jayme, a da identidade cultural, que
busca relegitimar as instituições na época pós-moderna – é uma ideia
de respeito à identidade cultural, de civilidade, por meio do respeito
mútuo e do diálogo das fontes.

Por fim, temos as teorias equitativas, como a de Goldschmitt,


do respeito ao elemento estrangeiro; a de Amignon, da busca de
solução justa e útil com base na equidade; e a do respeito aos
interesses envolvidos, desenvolvida por Kegel, que defende que a
solução deve respeitar os interesses das partes, da sociedade, do
tráfego e do Estado.
A mais brilhante delas, sem dúvida, é a de Erik Jayme, pois
tem uma ideia de respeito às diferenças e de tolerância numa era pós-
moderna, como a atual, em que o mundo está interligado. Diante dessa
teoria, é preciso ressaltar a importância do diálogo das fontes no direito
brasileiro.

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