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UNIDADE 10: RELAÇÕES ECONÓMICAS COM O RESTO DO MUNDO

Comércio Interno: transações com apenas agentes económicos residentes no mesmo país.
Comércio Externo: transações de bens e serviços que se realizam entre um dado país e o
exterior (Resto do Mundo).
Comércio Internacional: todo o comércio estabelecido entre diversos países.
As relações económicas internacionais são sempre sustentadas em diversas condições:
 Divisão Internacional do Trabalho;
 Cenários diversificados de crescimento económicos;
 Globalização;

Vantagem Absoluta: quando um país, na produção de um bem é capaz de o produzir mais


eficientemente que os outros países.
Vantagem Relativa: se um país for relativamente mais eficiente na produção de um bem que
outro país.
 Todos os países beneficiam do comércio internacional ao especializarem-se na
produção dos bens em que são relativamente mais eficientes (- custos).

BALANÇA DE PAGAMENTOS:

Balança de Pagamentos: instrumento da Contabilidade Nacional referente à descrição de


todas as relações económicas estabelecidas com o Resto do Mundo (regista o total de dinheiro
que entra e sai de um país). Como quadro contabilístico, tem de estar equilibrado pelo Método
das Partidas Dobradas (valor débitos = valor créditos = saldo nulo).

 Balança Corrente (trocas regulares);


o Bens/Mercadorias/Comercial;
o Serviços
o Rendimentos
o Transferências Correntes
 Balança Capital (capacidade/necessidade financiamento residentes);
 Financeira (investimento);
 Erros & Omissões (acertos);

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Operações de Câmbios:

Divisa: moeda admitida como meio de pagamento nas trocas internacionais. Embora o ouro
não seja propriamente uma divisa, desempenha a mesma função.
Divisas de Reserva: reservas de moeda estrangeira que o país possui, depositadas no seu banco
central/FMI/organismo similar, que permite realizar pagamentos internacionais ou
compensar o défice de liquidez na balança de pagamentos.
Câmbio: operação que permite a conversão de 2 divisas na mesma quantia monetária.
Taxa de Câmbio/Cotação: relação de troca que se estabelece entre 2 moedas. Quantidade de
moeda nacional que é necessário dar por uma unidade de moeda estrangeira.
Existem 2 sistemas de taxas de câmbio utilizados pelos países:

 Sistema de Câmbios Flutuantes: quando o estado não exerce quase nenhuma


interferência no funcionamento do mercado cambial, sendo a taxa de câmbio
estabelecida através da procura e da oferta de moeda estrangeira.
 Sistema de Câmbios Fixos: quando as autoridades interferem no funcionamento do
mercado cambial e há uma determinação administrativa da taxa de câmbio.

Desvalorização da Moeda: alterar unilateralmente a taxa de câmbio para aumentar o preço de


aquisição das importações e para tornar as suas exportações mais baratas, incentivando os
importadores externos a comprarem mais.

BALANÇA CORRENTE:

Saldo: inclui os saldos de várias balanças de transações regulares com o Resto do Mundo
(agregadora), como mercadorias, serviços, rendimentos trabalho e investimento e
transferências correntes. Evidencia a forma como a atividade económica se desenrola perante
o Resto do Mundo.

 Saldo Positivo: ativos no estrangeiro aumentaram e que a atividade corrente chega para
gerar receitas suficientes para pagar encargos ao Resto do Mundo.
 Saldo Negativo: ativos no estrangeiro diminuíram, sendo o país financiado pela
poupança externa;

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Balança de Mercadorias/Comercial/Bens:

Nesta balança efetuam-se os seguintes registos:


 Crédito: valor das vendas efetuadas a outros países – exportações;
 Débito: valor das compras efetuadas a outros países – importações;
O saldo da Balança de Mercadorias pode ser:
 Superavit: quando o saldo é positivo, traduzindo que as exportações foram maiores que
as importações e há uma entrada de divisas, resultando daí capital excedente para
reinvestir no sistema financeiro (capacidade de financiamento).
 Deficit: quando saldo é negativo, traduzindo que as exportações foram menores que as
importações e há uma saída de divisas, resultando daí necessidade de captar capital
para suprimir as dificuldades financeiras. (necessidade de financiamento).
𝐁𝐀𝐋𝐀𝐍Ç𝐀 𝐌𝐄𝐑𝐂𝐀𝐃𝐎𝐑𝐈𝐀𝐒 = Exportações − Importações

Indicadores de Análise da Balança de Bens:

As economias atuais encontram-se cada vez mais integradas e interdependentes, exigindo a


criação de indicadores apropriados de análise estatística que permitam avaliar o desempenho
do comércio internacional.
Exportações + Importações
𝐆𝐀𝐄𝐄 = × 100
PIB

 Este indicador avalia o peso das relações económicas com o Resto do Mundo na
riqueza gerada pelo país, indicando em percentagem o valor das
exportações/importações em relação ao PIB. Permite avaliar se um país depende ou
não, de facto, do comércio internacional.

Exportações
𝐈𝐍𝐓𝐄𝐍𝐒𝐈𝐃𝐀𝐃𝐄 𝐄𝐗𝐏𝐎𝐑𝐓𝐀𝐃𝐎𝐑𝐀 = × 100
PIB

 Este indicador avalia a parte do produto nacional destinando a mercados


estrangeiros.

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Exportações
𝐓𝐀𝐗𝐀 𝐂𝐎𝐁𝐄𝐑𝐓𝐔𝐑𝐀 = × 100
Importações

 Este indicador permite avaliar a capacidade que o país tem de poder pagar as suas
importações com o valor obtido das suas exportações.
 Se for superior a 100%, o valor das exportações permite pagar a totalidade do valor
das importações de mercadorias e o país acumula divisas para poupança no valor
excedente, originando um superavit da balança de mercadorias.
 Se for inferior a 100%, o valor das exportações apenas permite pagar parte do valor
das importações, causando um deficit na balança de mercadorias, sendo necessário
utilizar divisas ou contrair empréstimos externos para colmatar a diferença.

Balança de Serviços:

Esta balança revela todos os recebimentos provenientes de serviços ao Resto do Mundo,


como transportes, seguros, turismo e ativos intangíveis não produzidos e não financeiros
(copyright, franchising).

Balança de Rendimentos:

Nesta balança são registados todos os fluxos de rendimentos do trabalho e investimento. Os


movimentos de capitais relacionados com juros e empréstimos e de lucros resultantes dos
capitais investidos.
 Saldo Negativo: que o país não é um investidor líquido. Realiza menos investimentos no
exterior do que aqueles que são realizados por investidores no nosso país.

Balança de Transferências Correntes:

Na balança de transferências correntes são registadas as entradas e saídas de valores sem


contrapartidas reais associadas. Podem ser:
 Públicas: Quando envolvem o Estado (Fundos correntes com a UE, …);
 Privadas: Quando não envolvem o Estado (Remessas dos (e/i)migrantes, donativos);

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BALANÇA DE CAPITAL:

Esta balança compreende as transferências de capital e a aquisição/cedência de ativos não


produzidos não financeiros. As transferências de capital correspondem a mudanças de
propriedade sem contrapartida, que se traduzem no aumento dos ativos do país recetor ou
na diminuição dos seus passivos. Inclui as transferências correntes ocasionais e que não
constem como financiamento da atividade económica.
Juntamente com o saldo da Balança de Capital, é permitido verificar se o país é credor ou
devedor do Resto do Mundo.
Capacidade Líquida de Financiamento Externo: quando o saldo da Balança Corrente e de
Capital é positivo e há disponibilidade financeira para o país conceder crédito ao exterior.
Necessidade Líquida de Financiamento Externo: quando o saldo da Balança Corrente e de
Capital é negativo e há necessidade de o país recorrer ao crédito externo.

BALANÇA FINANCEIRA:

Esta balança regista todos os fluxos associados à mudança de titularidade de ativos e passivos
financeiros entre agentes residentes e não residentes, bem como a criação/extinção de
ativos/passivos financeiros com o Resto do Mundo. Tem uma interpretação contrária às
restantes balanças.
 Saldo Positivo: diminuição líquida de ativos/aumento líquido de passivos. Necessidade
de financiamento, pois os estrangeiros investem mais no país do que o país no
estrangeiro.
 Saldo Negativo: aumento líquido de ativos/diminuição líquida de passivos. Capacidade
de Financiamento, pois o país investe mais no exterior que os estrangeiros.
A balança financeira comporta 5 tipos de operações:
 Investimento Direto (IDE): investimento proveniente de agentes de um país aplicado em
empresas de outro país. O crédito representa a compra de uma empresa por um
investidor não residente e a débito a aquisição de empresas no exterior por residentes.
 Investimento Carteira: transações de produtos financeiros na Bolsa de Valores.
 Derivados Financeiros: transações de derivados financeiros (futuros, opções comércio).
 Outro Investimento: não abrangido pelas restantes categorias.
 Ativos de reserva: transações em moeda estrangeira (fora da Zona Euro) efetuadas pelas
autoridades.

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POLÍTICAS COMERCIAIS:

Protecionismo: corrente que defende a intervenção do Estado, defendendo a economia


nacional, penalizando as outras economias com as quais se estabelecem relações comerciais,
dificultando as importações e facilitando as exportações. Não rejeita o comércio com os outros
países, mas adota medidas que levam o consumidor nacional a optar pelos bens e serviços
nacionais em desfavor dos estrangeiros, protegendo, assim, a sua economia.
 A autarcia é uma forma de isolamento adotada pelos países que se desenvolvem sem
articulação com outras economias. É uma forma extrema de protecionismo.
Barreiras Alfandegárias:

Barreiras tarifárias: taxas adicionais, que são aplicados aos bens importados, tornando-os mais
caros, de forma a serem menos competitivos relativamente aos produtos nacionais.
Barreiras Não Tarifárias: impedimentos quantitativos às importações, que não recorrem ao uso
da moeda (contingentação, quotas, embargo comercial).

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Outras formas mais negociadas: autolimitação das exportações para países produtores do
mesmo tipo de bens.
Outras formas menos transparentes: com vista a facilitar as exportações (subsídios às
exportações, dumping, desvalorização da moeda).

VANTAGENS: DESVANTAGENS:

 Protege as indústrias nacionais;  Aumenta os preços internos;


 Garante os empregos internos;  Não incentiva as empresas
nacionais a serem mais eficientes;

Livre-Cambismo: corrente que defende que o comércio internacional deve funcionar


segundo as leis do mercado, sem intervenção do Estado (entraves), liberalizando as trocas.
Baseia-se nas teorias das Vantagens Absolutas e Vantagens Comparativas.

OMC/WTO:

OMC/WTO: organização constituída por cerca de 150 países que representam a quase
totalidade do comércio mundial e que defendem a liberalização progressiva do comércio
internacional, através de regras negociadas entre os países membros. Objetivos e funções:
 Elevação dos níveis de vida e dos rendimentos;
 Obtenção do pleno emprego;
 Crescimento da produção e do comércio com a utilização ótima dos recursos naturais;
 Promover a participação dos países menos desenvolvidos no comércio internacional;
 Gerir os acordos que constituem o sistema multilateral de comércio;
 Solucionar os conflitos gerados pela aplicação dos acordos sobre o comércio
internacional entre os países membros, através do Sistema de Resolução de
Controvérsias da OMC;

CRÍTICAS:
 impõe políticas comerciais;
 defende o livre comércio a qualquer custo;
 os interesses comerciais sobrepõem-se aos do desenvolvimento/ambiente/saúde/segurança.
 suprime empregos e agrava a pobreza.
 os pequenos países não contam e é um instrumento das grandes potências económicas.

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RELAÇÕES ECONÓMICAS PORTUGAL/UE/RESTO DO MUNDO:

Com a adesão de Portugal à CEE em 1986, passou a ter um espaço económico privilegiado
para onde as suas exportações e importações foram reorientadas.

Criação de Comércio: estabelecimento de uma zona de livre comércio, na medida em que


anula as tarifas de importação intrarregionais, resultando do deslocamento da produção
doméstica para importações oriundas do bloco.

CRIAÇÃO EXPORTAÇÕES CUSTO PRODUÇÃO ANTES INTEGRAÇÃO PÓS INTEGRAÇÃO


Produzido em Portugal 100 100+20=120 100
Produzido em França 110 110 110

 Os consumidores ingleses que antes da integração preferiam o bem produzido no seu


país. Depois da integração, vão preferir importar o bem de Portugal. Diz-se que houve
criação de comércio para Portugal em termos de exportações.

Desvio de Comércio: deslocamento das importações de um país de fora do bloco para um


pertencente ao bloco, devido à eliminação das tarifas intrabloco.

DESVIO EXPORTAÇÕES ANTES INTEGRAÇÃO PÓS INTEGRAÇÃO


Exportado para os EUA 100+20=120 120
Exportado para França 100+30=130 100

 Antes da integração, Portugal exportava o bem para os EUA. Depois da integração, os


consumidores ingleses vão interessar-se também pelo bem produzido em Portugal (o
seu preço baixou com a abolição das tarifas aduaneiras), pelo que houve desvio de
comércio em termos de exportações, considerando que a Portugal interessa
desenvolver as suas relações comerciais com parceiros do mesmo bloco.

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