Centro de Tecnologia
- Mestrado - Doutorado
por
94f. : il.
por
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Examinador Externo
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Examinador Interno
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Orientador
v
DEDICATÓRIA
Dedico este trabalho ao meu pai Erivaldo e principalmente a minha mãe Márcia Jocélia,
pelo incentivo e apoio incondicional.
A minha tia Maria Jocilda e ao meu tio José Jocerlan que muitas vezes foram os meus
pais, e assim como eles me deram o incentivo e apoio necessário.
Aos meus irmãos Alexandre, Aline, Anderson e Ingrid, que sempre acreditaram e mim.
Dedico também ao amor da minha vida, Roselany Bernardino pelo apoio, carinho e
motivação dados.
vi
AGRADECIMENTOS
Ao Deus todo poderoso por ter me dado essa oportunidade de estudar e de seguir
os seus caminhos e por ter colocados pessoas maravilhosas na minha caminhada.
Ao meu orientador professor Isaac Soares de Freitas, que mesmo sem me conhecer
me aceitou para ser seu aluno, pela atenção, apoio e amizade.
Aos professores do PPGEM, pela atenção e cuidado dispensado a mim e aos
demais alunos, durante todo o curso de pós-graduação.
Aos meus companheiros de laboratório Alexander, Altemir, Pedro, Amanda e Átila
pela união, dedicação e disposição em sempre ajudar.
A minha namorada Roselany Bernardino da Silva que sempre me deu apoio e
atenção fundamentais para execução deste trabalho. Além da sua compreensão e
paciência durante todo esse período.
Aos meus pais Erivaldo e Márcia Jocélia, e os meus tios José Jocerlan e Maria
Jocilda pelos exemplos de honradez e pela preocupação em disponibilizar a mim e aos
meus irmãos a melhor educação possível.
Aos meus queridos irmãos Alexandre, Aline, Anderson e Ingrid e ao meu grande
amigo Silvano Bernardino e a sua esposa Josineuma Bernardino e aos seus filhos
Joicyane, Suellen Bruna e Silvano Filho pelas mensagens de apoio e presença nos
momentos de dificuldade ao longo desta caminhada.
Aos meus amigos Fernando da Silva Dias e família, Raphael W. M. Peixoto,
Petrov C. Lobo e a família da minha namorada, Roseane Gomes, Marcilio Bernardino
Mayara, Emanuel e Eliziany, pois, todos estiveram perto quando eu precisei.
Aos demais amigos que tiveram uma contribuição direta ou indireta para execução
deste trabalho.
Ao Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPQ) pelo
suporte financeiro.
vii
RESUMO
Este trabalho consiste no desenvolvimento de um sistema de controle do fator de
potência através da utilização de um filtro ativo paralelo. Para tal, o sistema de controle
do filtro é composto por uma malha externa de tensão e uma malha interna de corrente,
baseadas em controladores PI. Para o desenvolvimento do mesmo, observaram-se as
aplicações dos filtros ativos paralelos oferecidos pela literatura, onde se percebeu que
esse tipo de filtro é bastante utilizado para a correção do fator de potência, para o
desenvolvimento da técnica de controle foram feitas as modelagens do sistema e as suas
respectivas análises em regime permanente, após, modelado o sistema, os controladores
foram implementados via simulação numérica e validados através de uma bancada de
teste comandada via DSP onde foi implementado o algoritmo de controle e a técnica
PWM para o comando das chaves de potência.
ABSTRACT
This work consists of developing a control system power factor through the use of a
parallel active filter. To this end, the control system of the filter is composed of an outer
voltage loop and an inner current loop, based on PI controllers. For its development, it
was observed that the application of parallel active filters offered by the literature, where
it was realized that this type of filter is often used to correct the power factor for the
development of control technique were made in modeling system and their analysis in
steady state, after, the modeled system, the controllers were implemented and validated
by numerical simulation using a test bench where he was led via DSP algorithm
implemented PWM technique to control and command keys potency.
Keywords: parallel filter active, reactive compensation and harmonic power quality.
ix
SUMÁRIO
CAPÍTULO I .................................................................................................................... 1
INTRODUÇÃO ................................................................................................................ 1
LISTA DE FIGURAS
Figura 1.1: Tensão e corrente em um sistema elétrico com cargas lineares ..................... 2
Figura 1.2: Tensão e corrente em um sistema elétrico com cargas não-lineares.............. 3
Figura 1.3: Problemas de qualidade de energia elétrica ................................................... 6
Figura 1.4: Esquema básico de um filtro ativo paralelo ................................................. 12
Figura 1.5: Esquema básico de um filtro ativo série ...................................................... 13
Figura 1.6: Configurações de filtros híbridos: (a) AS + PP, (b) AS em série com PP, (c)
AP + PP .......................................................................................................................... 14
Figura 2.1: Modelo do filtro ativo paralelo monofásico ................................................. 24
Figura 2.2 – Circuito equivalente a expressão (2.5) ....................................................... 25
Figura 3.1 – Diagrama de blocos da malha de controle ................................................. 33
Figura 4.1 – Planta da simulação .................................................................................... 47
Figura 4.2 – Sistema alimentando uma carga linear ....................................................... 49
Figura 4.4 – Formas de onda de tensão e corrente da rede monofásica alimentando uma
carga RL com fator de potência de aproximadamente 0,71 ........................................... 49
Figura 4.5 – Formas de onda tensão e corrente da rede monofásica alimentando uma
carga RL com o filtro operando, correção do fator de potência para aproximadamente 1
........................................................................................................................................ 50
Figura 4.6 – Sistema alimentando uma carga não-linear................................................ 50
Figura 4.7 – Tensão e corrente da rede monofásica alimentando uma carga não linear
sem filtro ......................................................................................................................... 51
Figura 4.8 – Tensão e corrente da rede monofásica alimentando uma carga não linear
com filtro ........................................................................................................................ 51
Figura 5.1 – Hardware montado para o acionamento do motor ..................................... 54
Figura 5.2 – Inversor montado com módulos da Semikron® ........................................ 54
xiii
LISTA DE TABELAS
LISTA DE ABREVIATURAS
FD fator de deslocamento,
FP fator de potência
corrente da carga(A)
impedância de entrada
ângulo da fase de
ângulo da fase
CAPÍTULO I
INTRODUÇÃO
1.1 – INTRODUÇÃO
passivos e filtros ativos que é o nosso objeto de estudo. Esse último se subdivide em
série, paralelo, híbrido e universal. Cada um desses sistemas atende a finalidades
distintas cuja aplicabilidade é levada em conta na hora de se optar em que sistema usar.
a taxa de distorção harmônica total (DHT, ou THD em inglês) é definida como sendo:
longo do tempo e na próxima seção será apresentada uma revisão sobre as técnicas
empregadas para a compensação de harmônicos.
Neste tópico realizar-se-á uma introdução sobre o uso de filtros ativos para a
melhoria da qualidade de energia, pois, eles assumem diversas funções, tais como:
Filtragem de componentes harmônicas;
Compensação de potência reativa;
Compensação de corrente de neutro;
Regulação de tensão;
Os filtros ativos podem ser implementados por meio de conversor tipo fonte de
tensão (barramento capacitivo) ou conversor tipo corrente (barramento indutivo) e
elementos passivos para a filtragem de harmônicos provindos do chaveamento do
conversor.
1.3.1.1 – Filtro Ativo Paralelo – Segundo (Akagi, H., 1994) essa subclasse dos filtros
constitui a mais importante e a mais amplamente utilizada na indústria. Eles injetam
uma corrente no nó do acoplamento entre a fonte de alimentação e a carga, conforme
mostrado na figura abaixo:
12
1.3.1.2 – Filtro Ativo Série – A finalidade desse filtro é aplicar uma tensão em série
com a fonte de alimentação, de modo que esta tensão seja somada ou subtraída da fonte
de alimentação, a fim de se manter o perfil senoidal de tensão para a carga, ou seja, a
carga não conteria harmônica e perturbações. O princípio do filtro série é ilustrado na
figura 1.5.
13
1.3.1.3 – Filtros Híbridos – Esse tipo de filtro é uma combinação do filtro ativo com o
filtro passivo. A finalidade dessa configuração é reduzir as perdas do filtro ativo e
neutralizar as desvantagens do filtro passivo. Esse tipo de filtro possui várias
configurações, porém, daremos ênfase a três tipos:
Figura 1.6: Configurações de filtros híbridos: (a) AS + PP, (b) AS em série com PP, (c)
AP + PP
Fonte: Dissertação de Rafael Rocha Matias
A configuração mais usada desse tipo de filtro segundo, (Peng, F. P.; Akagi,
H.; Nabae, A., 1988) é o (AS + PP), essa configuração é utilizada onde se deseja
compensar a tensão da fonte e diminuir os harmônicos de corrente da carga, nesse caso,
o filtro passivo pode também ser sintonizado para altas freqüências. A configuração (AS
em série com PP) faz com que as características de filtragem fiquem independentes da
impedância da fonte e diminui a potência do filtro ativo usado isoladamente, tal estrutura
foi estudada pela (IEEE, 1991). A estrutura (AP + PP) é utilizada em aplicações onde é
indicado o uso de um filtro paralelo, tal estrutura geralmente é projetada para que o filtro
passivo compense os harmônicos de baixa ordem e o filtro ativo compense os
harmônicos de ordem mais elevada e a potência reativa. Existem outras configurações
que são apresentadas por (Singh, B., 2005).
1.3.1.4 – Filtros Ativos Universais – Esse tipo de filtro é originado da junção dos filtros
ativos série e paralelo. Essa estrutura possui as vantagens de cada filtro separadamente,
sua estrutura é composta de conversores, um para a compensação de tensão e outro para
a compensação de corrente, usualmente alimentados por um mesmo barramento
(capacitivo no caso mais comum, podendo também ser indutivo). Contudo, o seu sistema
de controle é mais complexo, devido ao maior número de sensores, maiores perdas de
chaveamento pelo fato de conter maior número de chaves e, como conseqüência de
possuir mais elementos o seu custo é maior do que os outros filtros ativos.
16
Essa é a parte mais importante do filtro ativo, pelo fato do controle ser
responsável pelo comando das chaves. O bloco de controle é o que envolve a medição e
condicionamento de sinais. No outro lado, tem-se a parte de comando das chaves onde é
feito um novo condicionamento do sinal de saída, já resultante da estratégia de controle,
para os drivers das chaves. Dentre as estratégias de controle que podem ser utilizadas,
podemos citar: controle por histerese, lógica fuzzy, redes neurais, entre outros. O
controle pode ser realizado tanto analogicamente que é menos comum, quanto
digitalmente, onde se tem o destaque do uso dos processadores digitais de sinais (DSP),
que são bastante utilizados para a implementação da estratégia de controle, ficando
responsável por todo tratamento matemático dos sinais.
1.3.2.1 – Controle em malha aberta – Segundo (Mehta, P.; Dahwish, M. K.; Thomson,
T., 1989) o controle em malha aberta é o tipo de controle que é menos comum e
raramente utilizado, porém, é uma estratégia de controle simples e pode ser empregada
onde se queira a eliminação de harmônicos pela injeção do terceiro harmônico e
dispositivos de cancelamento harmônico.
1.3.2.3 – Detecção no domínio do tempo – Nesse método os sinais são lidos e tratados
no próprio domínio do tempo. A teoria “p-q” desenvolvida por (Akagi, H.; Kanazawa,
Y.; Nabae, A., 1984 e Akagi, H.; Nabae, A., 1993) é amplamente utilizada. Ela se baseia
na transformação “α-β” de tensão e corrente para a obtenção dos sinais de controle. A
partir das correntes e tensões obtidas pela transformação, são calculadas as potências
ativas e reativas instantâneas, e as componentes harmônicas são separadas utilizando-se
filtros passa-baixa e passa-alta. Ao se utilizar a transformação inversa “α-β” os sinais de
17
uma forma de onda de corrente de dois níveis, este trabalho foi pioneiro na compensação
ativa de harmônicos. Com a publicação de (Mohan, N. et al, 1977), os princípios básicos
dos filtros ativos foram finalmente estabelecidos.
O desempenho do filtro ativo está fortemente relacionado aos dispositivos
semicondutores empregados, e na estratégia de controle empregada. Somente com
desenvolvimento de chaves tipo disparo e bloqueio controlado é que foi possível
implementar os filtros paralelos de forma mais fácil e pratica, o que aconteceu por volta
de 1980. Em 1984 houve um salto na estratégia de controle, pois, Akage et al
propuseram a teoria “p-q” e desenvolveram uma topologia de conversor tipo PWM-VSC
para a compensação da potência reativa instantânea. O avanço trazido por esta estratégia
de controle foi à eliminação de uma fonte de alimentação dedicada para o filtro ativo,
pois se mostrou que a compensação, tanto harmônica quanto reativa, pode ser realizada
sem o uso de potência ativa.
Outras técnicas surgiram no decorrer do tempo e na tabela abaixo contém
de forma resumida a evolução dessas técnicas:
(1972)
(2004)
(1988)
1.6 – OBJETIVOS
No segundo capítulo nós analisaremos de fato o filtro ativo paralelo, nele irá
conter uma introdução sobre esse tipo de filtro, como foi feita a modelagem do mesmo e
também foram feitas as analises do filtro em regime permanente.
No terceiro capítulo, abordar-se-á o sistema de controle do filtro, nele irá conter
uma introdução sobre o sistema de controle, as modelagens dos controladores que irão
ser utilizados e também irá se falar do controle do chaveamento (PWM).
No quarto capítulo foram iniciados os testes da utilização do filtro ativo
paralelo, em nível de simulação e foram feitas as devidas analises.
No quinto capítulo foram feitas toda a parte experimental de modo que irá
conter varias montagens, sendo analisadas caso a caso.
No sexto e último capítulo irá conter a parte de conclusão da obra, bem como,
sugestões para trabalhos futuros.
23
CAPÍTULO II
2.1 – INTRODUÇÃO
Manipulando as equações (2.1), (2.2), (2.3) e (2.4) conforme mostrado no apêndice A1,
obtém-se:
O circuito equivalente para expressão obtida pode ser observado na figura 2.2:
25
Sabe-se que:
26
Portanto:
portanto, tem-se:
, portanto, tem-se:
Logo:
28
Seja,
Logo:
Como:
Logo:
2.4 – CONCLUSÕES
Neste capítulo foi analisado o filtro ativo paralelo. Nele foi realizada a
modelagem do sistema, onde foi possível analisar o efeito do controle do fator de
potência (FP=1) em regime permanente para cargas lineares, onde se pode perceber que
não há potência média fornecida pela fonte já que ela é a mesma tanto para o
, quanto para o . Está analise também foi feita para
cargas que possuem componentes harmônicas e podemos observar que o comportamento
fundamental se dá conforme feito para a carga linear e devido a esse comportamento
percebeu-se que não se precisou de potência na fonte .
33
CAPÍTULO III
SISTEMA DE CONTROLE
3.1 – INTRODUÇÃO
Sabendo que:
Sendo:
Sendo:
35
Sendo:
Onde:
Sendo:
Sabemos que:
Logo:
Logo:
Assim:
Logo:
Logo,
Assim:
Portanto:
Logo:
Assim:
39
Sendo:
Logo:
Logo:
Sendo:
Então:
Logo,
Logo,
Sendo:
43
Logo,
Assim:
será:
Modulation (PWM), cujo objetivo é alimentar a máquina com tensões trifásicas variáveis
a partir de um inversor trifásico de tensão.
O processo consiste na comparação de dois sinais de tensão, um de baixa
frequência (referência) e outro de alta frequência (portadora), resultando um sinal
alternado com frequência fixa e largura de pulso variável. Podendo ser explicado em
duas fases: modulação do sinal de tensão fundamental de referência segundo a alta
frequência da portadora, obtida pelo chaveamento do inversor; demodulação ou
recuperação do sinal fundamental da tensão através da corrente da máquina.
Segundo (J. Holtz, 1994; A.M. Trzynadlowski, R. L. Kirlin e S. F. Legowski,
1997; O. Ojo e P. M. Kshirsagar, 2004) a modulação PWM pode ser usado para gerar a
propagação de sinais para o sistema.
Considerando que vg* e vl* são as tensões de referência desejada, as
tensões de pólo de referência pode ser expressa como:
O problema a ser resolvido é como determinar vg10*, vg20*, uma vez que a
tensão desejada vg* foi especificados. As tensões vμg* pode ser calculado com base no
fator de aproximação μS que determina:
onde vsmax* = max (Vs) e vsmin* = min (Vs), e Vs = {vs* , 0}, para s = g. A
equação (3.74) foi derivada usando o mesma abordagem usada para obter o equivalente
para o modulador PWM trifásica ( C. B. Jacobina, A.M. N. Lima, E. R. C. da Silva, R.
N. C. Alves e P. F. Seixas, 2001; V. Blasko, 1996 )
45
3.3 – CONCLUSÕES
Neste capítulo foi analisado o sistema de controle do filtro ativo paralelo. Nele
foi realizada a modelagem dos controladores tanto o de tensão como de corrente. Com
base nas funções de transferências adquiridas através das modelagens foram possíveis as
definições dos ganhos de ambos os controladores que posteriormente seriam mais bem
dimensionados através de modos empíricos, falamos também de como foi feito o
chaveamento para o controle que ocorre através da modulação por largura de pulso
(PWM).
46
CAPÍTULO IV
RESULTADOS DE SIMULAÇÃO
4.1 – INTRODUÇÃO
4.2 – SIMULAÇÃO
60 V 10 mH 16.66Ω 100 mH
proveniente do saturador com um sinal senoidal unitário, devido à senoide passa por
um divisor com a finalidade de deixar a senoide com um valor unitário, após a
multiplicação, o sinal resultante será uma corrente de referência , ela irá ser comparada
com a corrente medida . O produto do erro das correntes em regime permanente será
zero, o sinal resultante passará por um bloco PI modificado (PIMOD), posteriormente o
sinal resultante do bloco PIMOD passará por outro saturador, o sinal resultante da saída
do saturador será comparado com a tensão de entrada , de modo que o sinal resultante
da comparação seja uma tensão de referencia desejada.
Os ganhos utilizados na malha de controle serão mostrados na tabela 4.2:
4.2.3 – Resultados
Figura 4.3 – Formas de onda de tensão e corrente da rede monofásica alimentando uma
carga RL com fator de potência de aproximadamente 0,71
50
Figura 4.4 – Formas de onda tensão e corrente da rede monofásica alimentando uma
carga RL com o filtro operando, correção do fator de potência para aproximadamente 1
Nas figuras 4.6 e 4.7 foi inserida uma ponte a diodo com o propósito de se
adicionar uma carga não-linear. O objetivo dessa adição é de mostrar que mesmo com a
presença de componentes harmônicas, provenientes da carga não-linear o filtro continua
a controlar o fator de potência de modo satisfatório. Para esse segundo experimentos
adicionamos uma ponte retificadora no sistema conforme ilustrado na figura 4.5.
Figura 4.6 – Tensão e corrente da rede monofásica alimentando uma carga não linear
sem filtro
Figura 4.7 – Tensão e corrente da rede monofásica alimentando uma carga não linear
com filtro
4.3 – CONCLUSÃO
eficácia do controle, este foi aprovado para os testes na bancada experimental, onde será
comprovada a eficiência do controlador.
53
CAPÍTULO V
RESULTADOS EXPERIMENTAIS
5.1 – INTRODUÇÃO
de um variador de tensão trifásico conectado a rede elétrica, com uma tensão de 380 V
de linha. Na Figura 5.2 são mostradas as diversas partes constituintes do inversor de
frequência implementado.
O software Code Composer StudioTM IDE, versão 3.3, foi utilizado para
edição do programa, compilação, gravação do software na memória RAM, verificação
de erros e aquisição dos dados com os resultados das simulações e implementações.
Para escrita do programa de simulação e posterior implementação, a linguagem
escolhida foi C/C++, pois existem bibliotecas fornecidas pelo fabricante para realização
de operações em ponto flutuante, agilizando o processo de programação.
A eZdspTM F28335 está montada sobre uma placa que apresenta um circuito
de proteção para cada porta do conversor analógico-digital (ADC) limitando a tensão de
entrada às especificações do DSP. Nesta mesma placa são disponibilizados conectores
para testes e conectores de comunicação de I/O.
O DSP TMS320F28335 possui tecnologia CMOS estática de alta performance,
com 150MHz (tempo de ciclo: 6,67ns), tensão do núcleo de 1,9V/1,8V, tensão das I/O
de 3,3V.
Abaixo são descritas as características mais relevantes para a aplicação deste
trabalho:
CPU 32 bits de alta performance: unidade de ponto flutuante (FPU);
arquitetura
Harvard de barramento; resposta rápida de interrupções e processamento;
modelo unificado de programação da memória.
Seis canais de controlador para ADC, ePWM, XINTF, McBSP e
SARAM.
Interface externa de 16 ou 32 bits.
Memória interna ao chip (256K x 16 Flash, 34K x 16 SARAM).
64 pinos que podem ser conectados em uma das seis interrupções de
externas.
Periféricos: até 6 módulos de PWM; até 6 entradas de captura de eventos;
módulo ADC; até dois módulos de controle de rede; até três módulos de comunicação
serial.
Três timers de CPU de 32 bits.
Comunicação serial e/ou USB.
16 canais ADC (12 bits): entrada analógica de 0 a 3,3V; velocidade de
conversão de 80ns, 12,5 MSPS; 2x8 canais de multiplexador de entrada; dois sample-
andhold; conversões únicas ou simultâneas; referência interna ou externa.
58
1º Experimento
resultando em um fator de potência unitário. Pode-se observar, também, que houve uma
diminuição da corrente (Ig), uma elevação na tensão do barramento C.C. (Vc) e a
corrente na carga (Il) não se alterou.
2º Experimento
3º Experimento
houve uma diminuição da corrente (Ig), uma elevação na tensão do barramento C.C.
(Vc) e que a corrente na carga (Il) não se alterou.
4º Experimento
No quarto experimento foi utilizada uma ponte retificadora na saída com uma
carga resistiva em paralelo, o objetivo de introduzir a ponte retificadora é observar o
comportamento do filtro na presença de uma carga não-linear, isto é, devido a não
linearidade da carga o sistema irá conter a presença de componentes harmônicas. Podem-
se observar nas figuras 5.17 e 5.18 as formas de onda da corrente de entrada (Ig), da
tensão de entrada (Eg), da tensão no barramento CC (Vc) e a corrente na carga (Il).
Pode-se observar que as formas de onda das correntes de entrada (Ig) e da carga (Il)
estão como ondas quadradas devido à presença das componentes harmônicas.
5.6 – CONCLUSÃO
CAPÍTULO VI
6.1 – CONCLUSÕES
Neste apêndice serão mostradas as deduções das equações que foram utilizadas tanto
para a modelagem do sistema, como também serão mostradas as deduções das equações
que foram utilizadas tanto para as análises de regime permanente senoidal quanto para as
análises do regime permanente para o sistema com a presença de componentes
harmônicas.
A1 – MODELAGEM DO SISTEMA
Reorganizando as equações (A.1), (A.2), (A.3) e (A.4) tem-se as equações (A.5), (A.6),
(A.7) e (A.8) respectivamente:
74
Isolando tem-se:
Seja e então:
75
Sabe-se que:
Portanto:
Seja , tem-se:
Portanto:
79
portanto, tem-se:
, portanto, tem-se:
Logo:
80
Seja,
Logo:
Como:
Logo:
Logo,
Assim,
Logo,
Logo , é:
85
Sabe-se que:
Onde:
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94