O Poder Legislativo:
1- Funções:
2- Composição:
- CNAC:
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3- Funcionamento:
- Período legislativo: lapso temporal semestral (dois períodos legislativos por ano)
No senado:
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- Comissões:
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5) NÃO podem (impedimentos da CPI): observação > as CPIs não são dotadas de
poder geral de cautela (poder que o Juiz tem para garantir a eficácia de uma eventual
sentença condenatória > somente o Juiz tem esse poder):
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As decisões das CPIs devem ser fundamentadas, nos termos do artigo 93, IV, da
CF, sob pena de invalidade das decisões. As decisões, para serem declaradas
inválidas, devem ter MS impetrado junto ao STF (já que as autoridades que
estão sendo questionadas possuem foro privilegiado).
As decisões de uma CPI devem ser tomadas em colegiado por maioria de votos;
As CPIs devem respeitar o nexo causal com a gestão da coisa pública = as CPIs
só podem investigar questões que envolvam bens, serviços e interesses da União
ou da sociedade. Devem investigar o patrimônio público. Essa orientação vem
do direito americano para limitar o poder das CPIs de fazer politicagem.
As CPIs têm que respeitar o princípio federativo (pacto federativo) > CPI
nacional investiga questões apenas nacionais. As questões estaduais e
municipais devem ser investigadas pelas CPIs estaduais e municipais,
respectivamente.
STF na ACO 730 (Ação Cível Originária - informativo 362), por 6x5, decidiu
que CPIs estaduais podem quebrar o sigilo bancário de seus investigados. STF
usou o Princípio da Simetria para determinar que a ALERJ (Assembleia
legislativa do RJ) poderia quebrar o sigilo.
Ler a lei 10.001/200 > Lei muito bem elaborada. Necessária.
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Imunidades parlamentares:
Finalidades: garantir a independência do poder Legislativo frente aos outros
poderes e à sociedade.
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- imunidade no que tange à incorporação nas forças armadas (§ 7º). A CF diz que,
parlamentares militares, em tempo de Guerra, só poderão ser incorporados ás forças
armadas se a respectiva Casa autorizar.
* Observação: as imunidades parlamentares são irrenunciáveis? Sim, pois elas não são
dos indivíduos e sim do cargo que eles exercem. Tais mecanismos são inerentes ao
cargo, impreterivelmente. Portanto, para renunciar às imunidades o parlamentar deve
renunciar ao mandato.
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Comentário > a interpretação é incoerente, ele deveria ter sido processado por
responsabilidade administrativa, já que não estava exercendo o cargo de parlamentar. O
deputado tem que manter o decoro mesmo licenciado, entendeu o STF.
*Procedimentos:
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Processo Legislativo:
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1. Juízo de admissibilidade:
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- Passando pela Mesa da Casa Revisora, o PLO segue seu curso de acordo com o
Regime de Tramitação, e será deliberado nas Comissões ou em Plenário (com a
exceção grifada acima).
- A Casa Iniciadora deve analisar as Emendas propostas pela Casa Revisora (não
é necessário analisar todo o PLO novamente, apenas as emendas) se as
Emendas forem rejeitadas pela casa iniciadora, segue o PLO original para a
sanção presidencial. Se as Emendas forem aprovadas pela casa iniciadora,
segue o PLO emendado para o gabinete presidencial. Ou seja, a palavra final
é da Casa Iniciadora (art.65).
Na mesa presidencial:
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- Sanção:
- Veto:
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• Recebido pela Mesa da Casa Revisora > Presidente da Casa: juízo de admissibilidade,
Regime de Tramitação (exceção se ja vier em Regime Tradicional da Casa Revisora),
Comissões;
Casa • Aprovação do PLO pela CCJ e por deliberação parlamentar + inclusão de emendas
Revisora (seta laranja)
Promulgação = atestado de que a ordem jurídica foi inovada com a mais recente
Lei => ato meramente declaratório! (Lembrando que o ato constitutivo de novo
direito ocorreu na 2ª fase);
Publicação = oficialização para todo o território nacional força vinculante da
Lei:
A lei entra em vigor na data de sua publicação;
Vacatio legis – 45 dias;
A própria Lei estabelece um determinado prazo para sua publicação.
Obs.: A promulgação e a publicação não precisam ser feitas conjuntamente. É
possível que ocorra a promulgação apenas, num primeiro momento, e
posteriormente a publicação.
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- Esse processo é estudado a partir das diferenças para com o PLO. Principais
diferenças:
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Antes da EC:
Prazo para tramitação e validade das MPs era de 30 dias;
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O STF permitia a reedição de MPs, caso não apreciada no prazo de 30 dias >
era vantajoso pro Presidente, pois graças à inércia legislativa, suas MPs
seguiam se revalidando;
Prazos da MP (30 dias) não eram suspensos no recesso;
Não existia regime de urgência;
Deliberação realizada em sessão conjunta do Congresso Nacional.
Depois da EC:
Prazo para apreciação de 60 dias, prorrogáveis mais 60 dias; passados 120
dias, se a MP não foi aprovada pelas duas Casas, ou se não foi rejeitada
expressamente por uma das Casas, ocorre a rejeição tácita;
Proibido a reedição de MPs (rejeição tácita);
Prazo de tramitação é suspenso no recesso, no entanto, ainda que com
tramitação suspensa, a MP continua válida e vinculando condutas. Portanto,
na prática, apesar da formalidade determinar o prazo máximo de 120 dias, a
MP pode demorar mais de 120 dias para ser analisada. OBS.: o prazo no
recesso pode voltar a correr por convocação extraordinária (art.57, §8º).
Existe regime de urgência (nos moldes do art.62, §6º) após o 45º dia de
tramitação da MP, na Casa em que estiver para análise, TODAS AS
MATÉRIAS DA CASA ficarão sobrestadas (paralisadas) até que se vote
a MP.
Deliberação das MPs, primeiro na Câmara, depois no Senado.
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- Rejeição da MP:
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(1) Apresentação da PEC pelos agentes capacitados (vamos supor que fora
protocolada na Câmara dos Deputados) (2) Mesa da Casa (3) CCJ –
juízo de admissibilidade; se não admitida, arquivada; se admitida (4)
Comissão especial temporária: em 40 sessões, deve elaborar um parecer
sobre a PEC, na Casa onde foi protocolada a PEC; se aprovada (5)
Plenário da Casa – se aprovada em DOIS TURNOS, por TRÊS QUINTOS
(6) Senado (Mesa) (7) CCJ do Senado > juízo de admissibilidade +
parecer (ao contrário da CD); se admitida (8) Plenário do Senado – se
aprovada por 3/5 e em DOIS TURNOS (9) Promulgada pela Mesa da
Câmara e pela Mesa do Senado! As duas têm que assinar (obs.: não há que
se inserir a mesa do CNAC nesse processo). Se uma das duas mesas não
assinar, não há EC (cabe MS para o caso da não assinatura).
*OBS: no Senado não há comissão especial, apenas análise da CCJ (as Casas
têm modus operantis diferentes).
**OBS: EC rejeitada não pode ser apreciada no MESMO ANO (art.60, §5º).
5. Decretos legislativos:
6. Resoluções legislativas:
*obs.:: existem exceções de Resoluções com efeitos externos > nos casos de Leis
Delegadas, é necessária uma resolução do CNAC, que regule a delegação ao Presidente
da República, art. 68, §2º.
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O poder Executivo:
1. Funções:
Típica: administrativa;
Atípica: Legislativa = art.62 (Medidas Provisórias) e art.68 (Leis Delegadas) +
Judiciária = contencioso administrativo (processos administrativos julgados
internamente pela administração direta ou indireta).
2. Composição:
Presidente da República:
1. Requisitos:
Brasileiro nato;
Gozo dos direitos políticos;
Filiado a algum partido;
Idade mínima de 35 anos.
2. Modo de investidura:
Sistema eleitoral majoritário complexo (maioria absoluta) 50%
dos votos válidos (não contam os brancos e nulos). Em caso de não
ocorrer, convoca-se segundo turno. Obs.: se em segundo turno, um
dos dois candidatos morrer, p.ex, convoca-se o terceiro candidato
mais votado e seu respectivo vice (ou seja, o vice do candidato que
morreu não concorre e tampouco o partido pode indicar um novo
nome);
Mandato: 04 anos, com possibilidade de uma única reeleição. Obs.:
CF 88 originalmente, o mandato era de 05 anos; com a ER
(EMENDA DE REVISÃO) 05/94, passou a ser de 04 anos e, com a
EC 16/97, a reeleição passou a ser permitida.
Linha sucessória = Presidente, VP, Preside Câmara, Presidente
Senado, Presidente do STF / Instituto da Dupla vacância = ocorre
quando há falta do presidente e do vice-presidente, de forma
definitiva (morte, impeachment, reprovação das contas eleitorais)
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- Imunidades:
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- Crime de responsabilidade:
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O Poder Judiciário:
1. Funções:
Típica: jurisdicional
Atípicas: i) Administrativa (art.96, I, b,c,d,e,f); ii) legislativa (art.96, I, a);
2. Garantias:
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3. Composição e estrutura:
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Instância
extraordiná
ria STF *
Instância
especial STJ * TST TSE STM
Auditoria
JF JD JT JE
1ª Militar
instância
- STF: julga casos controversos que contenham matéria constitucional (via recurso
extraordinário) + controle de constitucionalidade concentrado.
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- O STJ: Atua nas causas controversas julgadas pelos tribunais federais comuns e pelos
tribunais estaduais.
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“Art. 94. Um quinto dos lugares dos Tribunais Regionais Federais, dos
Tribunais dos Estados, e do Distrito Federal e Territórios será composto de
membros, do Ministério Público, com mais de dez anos de carreira, e de
advogados de notório saber jurídico e de reputação ilibada, com mais de dez
anos de efetiva atividade profissional, indicados em lista sêxtupla pelos órgãos
de representação das respectivas classes.”
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O CNJ é um órgão do Poder Judiciário, mas não tem função jurisdicional (há uma
grande crítica a isso: somente no Brasil um órgão como o CNJ é puramente
administrativo). É PURAMENTE ADMINISTRATIVO;
Competências do CNJ: art. 103-B, §4º!
Controle administrativo e financeiro do Poder Judiciário;
Controle da atuação e deveres funcionais dos juízes (corregedor);
OBS.: STF, ADI 3.367 = O STF é órgão supremo do Poder Judiciário brasileiro e não
está submetido às deliberações do CNJ. O Supremo tem um regime especial. Inclusive,
compete ao STF julgar as ações contra o CNJ.
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