Brasília
2009
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CDU 33:17.023.34
Brasília
2009
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AGRADECIMENTOS
Minha gratidão a Deus, por tantas bênçãos e graças recebidas ao longo da vida, e, de
modo especial, neste ano – em que sua presença se fez ainda mais evidente na superação de
problema de saúde de extrema gravidade enfrentado em minha família.
Meus agradecimentos a minhas filhas, minha mulher, meus pais, irmãos, sobrinho e
demais familiares, que, com seu carinho, atenção e compreensão, me deram a força necessária
à superação das dificuldades associadas ao cumprimento de um desafio pessoal deste porte.
Enfim, agradeço a todos junto a quem contraí dívidas de gratidão ao longo deste
processo – e que aqui não foram lembrados por omissão absolutamente involuntária.
6
Sêneca
7
RESUMO
Por representar o próprio objetivo da vida para a maioria das pessoas, a felicidade representa
um dos objetos de maior interesse para a humanidade. Nos últimos anos, muitas ciências tem
se dedicado a seu estudo, procurando identificar os elementos subjetivos determinantes do
menor ou maior grau de felicidade das pessoas, medir sua real influência sobre a felicidade
humana, conhecer a forma como os mesmos se correlacionam e os impactos que podem
causar sobre a vida de cada um. No caso da economia, o grande número de pesquisas
associadas à felicidade, desenvolvidas na última década, gerou o crescimento da literatura e
dos bancos de dados disponíveis associados à satisfação e felicidade dos indivíduos,
ampliando as fronteiras do conhecimento na área. Muitos avanços já ocorreram e muitos
resultados importantes foram obtidos, entretanto, muito ainda precisa ser feito para preencher
as grandes lacunas ainda existentes nessa área, especialmente porque, na maioria dos países,
nenhum esforço significativo vem sendo feito nesse sentido. Nesse contexto, este trabalho foi
elaborado com fim específico de desenvolver um estudo no âmbito do Distrito Federal, tendo
como objeto central de pesquisa o nível de felicidade declarado pelas pessoas entrevistadas,
que foi avaliado sob a luz das diversas variáveis levantadas. Para tanto, foram aplicados
questionários junto a 1.521 pessoas, entre os dias 31/08/2009 e 28/10/2009, gerando uma base
de dados atual, ampla e consistente, capaz de viabilizar diversos estudos científicos sobre a
felicidade no âmbito do Distrito Federal. Ao longo do trabalho foi avaliada, de modo especial,
a hipótese de os relacionamentos pessoais de cada indivíduo, associados a seu número de
relações e parceiros sexuais, possuírem correlação importante com seu nível felicidade, tendo
sido analisada também, com a mesma profundidade, a possibilidade de poder haver
significativa influência de choques positivos de renda sobre os mesmos elementos. Por
acreditar-se que o desenvolvimento de pesquisas dessa natureza é lastro essencial para que
possam ser definidos e tomados caminhos mais eficientes e seguros para que se chegue à
melhoria do nível de felicidade das pessoas – função primordial das políticas públicas a serem
implementadas pelos governos, espera-se que os resultados gerados por esta pesquisa sejam
amplamente divulgados e utilizados, para que possam representar um dos primeiros passos em
direção ao aumento da qualidade de vida de cada uma das pessoas que buscam essa conquista.
ABSTRACT
Happiness is one of the greatest interest objects to humanity and represents the main purpose
of life for most people. In recent years, many sciences have studied this subject by identifying
the subjective elements that determine people’s happiness degree, as an attempt to know how
they interrelate, to identify their influence on happiness and to measure the possible impacts
over human being lives. A large number of researches exploring the link between happiness
and economy has been developed in the last decade, resulting in the growth of literature and
available databases associated with satisfaction and happiness of individuals, expanding the
frontiers of knowledge in the area. Important results were obtained and great progress has
been made, however, much remains to be done to fill the large gaps that still exist in this area,
since no significant effort has being made accordingly in most countries. Therefore, the
purpose of this work is to develop a study in the Federal District of Brazil, having the people
happiness level as the survey central object, assessed in light of the different studied variables.
To make this possible, 1521 questionnaires were applied between 08-31-2009 and 10-28-
2009, generating a current and wide database, capable of supporting several other scientific
studies on happiness in the Federal District. The study focused mainly on the personal
relationships, the number of sexual relations, the number of sexual partners and on the
influence of positive income shocks on happiness. We believe that the development of
researches like this is essential for the definition of more efficient and safe ways to reach the
improvement of people's happiness - primary role of public policies to be implemented by
governments. We expect that the results generated by this research can be widely
disseminated and used so that they can represent a first step towards improving the quality of
life of each person seeking happiness.
LISTA DE TABELAS
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO .......................................................................................................13
2 REVISÃO DA TEORIA...........................................................................................19
2.1 O ESTUDO DA FELICIDADE..............................................................................19
2.1.1 Como entender o conceito de felicidade ..........................................................19
2.1.2 Dimensões e percepção da felicidade..............................................................21
2.2 A FELICIDADE NO CONTEXTO DA ECONOMIA ..............................................22
2.2.1 A evolução dos estudos da felicidade no âmbito da economia ........................22
2.2.2 O direcionamento das pesquisas na área ........................................................23
2.3 A ECONOMIA CONTEMPORÂNEA E O ESTUDO DA FELICIDADE ................25
2.3.1 A inversão da tendência dos estudos econômicos...........................................26
2.3.2 A economia e a ampliação das pesquisas associadas à felicidade .................28
2.3.3 O efeito da renda e a nova visão das pesquisas econômicas..........................30
2.3.4 Importância e contribuição dos estudos na área ..............................................33
2.4 O DESENVOLVIMENTO DE PESQUISAS VOLTADAS À FELICIDADE............34
2.4.1 A abordagem subjetiva como mecanismo de levantamento de dados.............34
2.4.2 Dificuldades encontradas na realização das investigações..............................38
2.4.3 A percepção da felicidade sob a ótica econômica............................................41
2.4.4 As políticas públicas e o estudo da felicidade ..................................................43
2.4.5 Progressos verificados e resultados obtidos pelos estudos da área ................44
3 PARTICULARIDADES, MATERIAIS E MÉTODOS ..............................................47
3.1 A COLETA DE DADOS REALIZADA ..................................................................47
3.2 DETALHAMENTO DO QUESTIONÁRIO APLICADO .........................................50
3.2.1 Dados profissionais – primeiro bloco................................................................50
3.2.2 Dados pessoais – segundo bloco.....................................................................52
3.2.3 Questões a responder de próprio punho – terceiro bloco.................................55
4 ESTATÍSTICAS DESCRITIVAS – APRESENTAÇÃO E DISCUSSÃO DE
RESULTADOS..........................................................................................................57
4.1 RESULTADOS REFERENTES À FELICIDADE..................................................57
4.2 RESULTADOS REFERENTES À MEGA-SENA .................................................69
4.3 RESULTADOS REFERENTES À FREQUÊNCIA SEXUAL ................................74
4.4 RESULTADOS REFERENTES AO NÚMERO DE PARCEIROS ........................78
5 RESULTADOS ECONOMÉTRICOS PARA FELICIDADE ....................................81
6 CONCLUSÕES ......................................................................................................89
12
REFERÊNCIAS.......................................................................................................102
APÊNDICE – FORMULÁRIO DE COLETA DE DADOS ........................................104
13
1 INTRODUÇÃO
No que se refere aos dados ora referenciados, deve-se lembrar que tratam-
se de dados de natureza subjetiva que, quando associados aos dados de natureza
mais subjetiva (também levantados durante este trabalho), podem, com maior
profundidade e precisão, apontar os efetivos pesos e impactos de cada uma das
variáveis estudadas na vida das pessoas, trazendo a importante abertura de uma
nova fronteira para essa área do conhecimento na região estudada.
parte do mundo, qualquer registro de outros estudos que tenham tentado identificar
alguma correlação entre esses elementos – atualmente tão presentes na vida e na
mente das pessoas.
Assim, este trabalho, voltado ao estudo da felicidade humana, que tem como
foco o levantamento e análise de dados, tanto individuais quanto coletivos,
vinculados a aspectos sociais e econômicos (natureza objetiva) e a aspectos
afetivos e emocionais (natureza subjetiva), chega, de modo natural, à reflexão sobre
a possibilidade e importância de se ajustar as políticas públicas desenvolvidas no
país – de modo que possam contribuir fortemente na busca da ampliação do bem-
estar dos indivíduos. Para tanto, sua apresentação, materializada por meio deste
documento, é feita por meio de outros cinco capítulos, que dão seguimento a este
primeiro – que se incumbe de sua introdução.
2 REVISÃO DA TEORIA
lo de forma consistente e abrangente uma tarefa muito difícil de ser cumprida com
êxito.
Para tanto, pode-se recorrer a Haybron (2006), para quem a satisfação com a
vida é fortemente considerada um aspecto central do bem-estar da humanidade,
devendo-se notar que, para muitos, esses conceitos estão intimamente ligados ao
conceito de felicidade. Ainda nesse contexto, para o mesmo autor, a satisfação com
a vida é frequentemente identificada com a felicidade – e universalmente costuma-se
ver seus valores como comparáveis.
21
aumento de renda gerar maior nível de felicidade a partir de camadas sociais que
ultrapassam determinada faixa de renda.
Dessa forma, concluiu-se ser de grande importância que o estudo dos fatores
de natureza econômica relacionados à vida das pessoas passasse a ocorrer de
modo distinto daquele por meio do qual vinha se desenvolvendo, ou seja, não mais
sob a ótica dos números – de modo exclusivo. Ficava reforçada, assim, a
necessidade de ajuste nessa forma de desenvolver pesquisas na área.
Para que se possa identificar, com maior precisão, os motivos a partir dos
quais se deu a renovação dessa motivação, faz-se necessária uma pausada
reflexão sobre as grandes mudanças, de diversas naturezas, ocorridas nas últimas
décadas - e suas conseqüências sobre a sociedade contemporânea. Isso se torna
importante especialmente porque parte dos paradigmas existentes no início dos
anos 1970, que poderiam justificar alguns comportamentos nessa área, foram
derrubados – fazendo-se necessário consolidar as novas bases teóricas voltadas ao
estudo da felicidade.
27
Tomando essa mesma direção, Shikida e Rodrigues (2004), por sua vez,
destacam que “o número de pesquisadores que estão tentando medir o quanto vale
a felicidade, no sentido de sua relação com a economia, vem aumentando nos
últimos anos”.
Reforçando esse ponto de vista, verifica-se que, para Kõszegi e Rabin (2008),
a felicidade é uma ótima coisa – e é um excelente tópico para pesquisas sociais de
natureza científica, mas, sem dúvida alguma, durante os estudos realizados, o foco
geralmente empregado tem sido entender como o comportamento econômico e as
instituições afetam o bem-estar, observando, para isso, as preferências e as
escolhas das pessoas.
Pelo exposto, embora a visão da economia até certo ponto ainda esteja presa
ao fantasma da influência da renda sobre a felicidade, mostra-se inquestionável a
32
ser minorados com a ampliação da amostra coletada. Para Frey e Stutzer (2000), a
felicidade e a satisfação dos indivíduos com suas vidas somente pode ser capturada
por meio de grandes pesquisas. Observe-se que esses complicadores, por sua
importância, serão abordados no item 2.4.2 deste trabalho.
Os mecanismos para que, com base em uma pesquisa como esta, se possa
chegar às conclusões desejadas acerca da felicidade humana são conceitualmente
muito simples. A partir da observação sistemática dos indivíduos que compõem
determinada população, identificam-se, entre os diversos fatores associados à vida
de cada pessoa, aqueles que, separada ou conjuntamente, podem ser considerados
os maiores determinantes da felicidade individual.
alguns vieses. Apesar disso, segundo o mesmo autor, isso faz com que não se
possa considerar esses valores para comparações absolutas entre os indivíduos,
entretanto, nada impede que os mesmo possa ser utilizados para a identificação dos
fatores determinantes da felicidade.
não existiam dados que pudessem vir a ser aproveitados para fins de estudos desta
natureza.
respostas, entre outros), destacam de modo ímpar que esses problemas podem ser
minorados com a utilização de um grande número de observações.
precisa incluir, no rol de dados a serem levantados para posterior análise, elementos
que possam representar uma evolução na área pesquisada. Observe-se que esses
elementos inovadores geralmente correspondem aos fatores de diferenciação e
contribuição científica adicional de cada trabalho - no que se refere a seu objeto de
pesquisa.
Para reforçar essa visão, é muito oportuno recorrer a Clark, Frijters e Shields
(2008), para quem o desenvolvimento econômico não deve ser necessariamente o
objetivo principal das macro-políticas de um país, pois a busca da felicidade de seus
cidadãos deve ser o principal foco da ação governamental.
Levar a cabo esse desafio pode vir a representar um dos primeiros passos
em direção à melhoria da qualidade de vida de cada uma das pessoas que buscam
essa conquista, pois o desenvolvimento de pesquisas dessa natureza é o lastro
principal para que caminhos mais eficientes e seguros para que se chegue à
melhoria do nível de felicidade das pessoas possam ser visualizados.
d) É servidor público?
e) É sindicalizado?
Os dados que compõem esse bloco, para fins didáticos, podem ser
subdivididos em dois subgrupos. O primeiro subgrupo corresponde a informações
mais objetivas, enquanto o segundo contém questões mais impregnadas de
subjetividade.
Observe-se que, dados como sexo do respondente, raça, estado civil, número
de filhos e idade, por sua própria natureza, também estão entre os dados que, logo
de início, servem para caracterizar a amostra assumida pela pesquisa. É importante
notar, na oportunidade, que além desse emprego imediato, assumiu-se a
importância de se estudar a correlação de cada um desses dados e do nível de
escolaridade com o nível de felicidade declarado pelos respondentes – esforço
igualmente cumprido com sucesso ao longo do trabalho por meio de análises
específicas.
a) Sexo;
l) Quem você acha que foi mais feliz ao longo da vida, sua mãe ou sua avó?
de dados, se deu de modo muito amplo, por força da forte correlação esperada entre
sexo e felicidade.
RESULTADOS
Variável Média
Jornada média de trabalho 37,16 (13,29)*
Formal 77,62%
Público 18,53%
Sindicalizado 42,89%
Idade de quando começou a trabalhar 16,96 (3,23)*
Homem 46,66%
Branco 40,68%
Casado 40,03%
Tem filhos 47,14%
Idade atual 30,57 (10,43)*
Mora no Plano Piloto 26,28%
Anos de estudo 13,74 (4,61)*
Pratica religião 65,32%
59
Fuma 11,04%
Bebe 32,99%
A mãe foi mais feliz do que a avó 72,32%
É mais feliz hoje do que há 5 anos atrás 73,80%
Aceitaria Suborno 13,64%
Aceitaria Favores Ilegais 27,17%
Continuaria com o parceiro atual se ganhasse na Mega-Sena 81,42%
*: os valores entre parênteses representam os desvios-padrões.
No extremo oposto observa-se que apenas 4,4% dos indivíduos com uma
carga semanal de trabalho superior a 50 horas se declararam muito infelizes ou
62
5,6% dos trabalhadores do setor formal. Na outra ponta da Tabela 5 observa-se que
81,9% dos trabalhadores do setor informal responderam que são felizes ou muito
felizes, mas esse número sobe para 86,7% quando são olhados os trabalhadores do
setor formal. Dessa maneira, parece que a garantia de estar amparado pelas leis
trabalhistas está associada a uma melhor qualidade de vida, aumentando o nível de
felicidade do trabalhador. Mas é importante ressaltar que a diferença nas respostas
é pequena, ou seja, a magnitude do efeito da carteira assinada sobre a felicidade do
trabalhador não é tão alta quanto seria de se esperar.
Será que a idade em que o trabalhador começou a trabalhar afeta seu nível
de felicidade? A Tabela 7 relaciona o nível de felicidade com a idade em que o
trabalhador começou a desenvolver atividades profissionais. Observa-se que 9,2%
dos trabalhadores que começaram a trabalhar antes dos 12 anos de idade se
declararam infelizes ou muito infelizes. Contudo, esse número sobe para 11,1% no
caso dos trabalhadores que começaram a trabalhar após os 25 anos de idade.
E o que se pode dizer a respeito do estado civil? Será que os casados são
mais felizes do que os solteiros? A Tabela 10 tenta responder essa pergunta. Entre
os solteiros, 5,6% se declararam muito infelizes ou infelizes, número esse que sobe
para 6,5% no caso dos casados. Na outra ponta da Tabela 10, 85,9% dos solteiros
se declararam muito felizes ou felizes, contra 84,5% dos casados. Os resultados
estão muito próximos, mas mostram que os solteiros não estão em pior situação de
66
sexual por semana apenas 79,9% se disseram muito felizes ou felizes contra 88%
dos que têm entre 1 e 2 relações semanais.
presentes na Tabela 20, observa-se que indivíduos que ganham menos de 500
Reais por mês são os mais propensos a trocar de parceiros em decorrência de um
prêmio monetário não esperado. Aproximadamente 1 em cada 4 indivíduos que
recebem menos de 500 Reais por mês estão dispostos a trocar de parceiros caso
acertem na Mega-Sena. Esta disposição a trocar de parceiros se reduz com o
aumento na renda, sendo que atinge o patamar de 14,7% para pessoas que
recebem mais de 5.000 Reais por mês.
Se for assumido que a distribuição da frequência sexual das pessoas que não
responderam essa questão é similar à distribuição das pessoas que responderam à
questão, pode-se ter uma idéia mais precisa da frequência sexual dos indivíduos
que compõe a amostra. Assim, verifica-se que 32,4% dos moradores do Distrito
Federal tem frequência sexual equivalente a 1 ou 2 vezes por semana. Sendo que
13,5% não tem sexo, e 15,7% tem sexo menos de 1 vez por semana. Além disso,
observa-se que surpreendentes 15% dos entrevistados afirmam ter uma frequência
sexual semanal de 4 ou mais vezes.
75
uma frequência sexual igual ou superior a quatro vezes por semana. Lembrando
apenas que esse número é de 17,8% para os homens.
A análise da Tabela 35 mostra que 16,5% dos indivíduos que ganham menos
de 1.000 Reais/mês não tiveram um único parceiro sexual nos últimos 12 meses,
sendo que esse número se reduz para 6,2% no caso dos que ganham mais de 1.000
Reais/mês. De maneira geral, verifica-se também que pessoas mais velhas têm
menos parceiros sexuais do que os mais jovens. Enquanto 86,6% dos indivíduos
acima de 40 anos afirmaram ter tido no máximo 1 parceiro sexual nos últimos 12
meses, esse número se reduz para 66,4% no caso dos menores de 40 anos. Além
disso, 13,9% das pessoas com menos de 40 anos responderam que tiveram 4 ou
80
mais parceiros sexuais nos últimos 12 meses. Observe-se que esse número se
reduz para 4,5% para os maiores de 40 anos.
Tabela 39 - Regressões por Logit Ordenado p/a VD Felicidade* - por faixa etária
6 CONCLUSÕES
De maneira geral, a maioria dos entrevistados se diz mais feliz hoje do que há
cinco anos, sendo que a percentagem das pessoas que sinalizaram essa melhoria é
bem próxima do percentual de pessoas que acreditam ter havido aumento no nível
de felicidade das mulheres entre as gerações de sua avó e de sua mãe.
sexuais – nitidamente mais ocupada pelos mais jovens. No que se refere à renda,
pessoas com salários maiores também desfrutam de frequência sexual semanal
mais elevada. Verifica-se, ainda, que os casados tem frequência sexual
significativamente superior à dos não casados, devendo-se notar, entretanto, que há
uma fatia importante dos entrevistados que, mesmo sendo casados, tem menos de
uma relação sexual por semana.
atividade, nota-se que a mesma parece ser mais importante para indivíduos com
baixa escolaridade do que para indivíduos com alta escolaridade.
efeito não se repete no caso dos indivíduos mais letrados. Isso pode indicar algum
tipo de discriminação contra não-brancos nas faixas de renda menos privilegiadas.
ao aumento da qualidade de vida de cada uma das pessoas que buscam essa
conquista.
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REFERÊNCIAS
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happiness. International Journal of Epidemiology - Oxford University Press.
September, 2007.
FREY, S. B.; STUTZER, A. Happiness, Economy and Institutions. Working Paper No.
15. The Economic Journal. October, 2000.
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HUDSON, J.. Institutional Trust and Subjective Wellbeing across the EU. KYKLOS -
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PRAAG, B. M. S. Perspectives from the Happiness Literature and the Role of New
Instruments for Policy Analysis. CESifo Economic Studies, Vol 53. February, 2007.