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ATIVIDADE 1- Filosofia: Razão e Modernidade

Bruna Corrêa

Gabriel Azevedo

Victor Gonçalves

1) Qual a ideia central dos verbetes de Olgária Matos e Carl Jung, e, qual a
relação entre eles?

Os verbetes de Olgária Matos e Carl Jung falam sobre as características do herói, a


primeira se referindo ao herói grego especificamente e o segundo, do mito deste em
geral. Os dois tem em comum a reflexão sobre a importância morte do herói – esta
sendo dada como um momento de glória, o ato trágico de morrer em batalha
configurando-se como o ápice de sua existência, a “bela morte”, contrapondo a
“lethe” grega, o que para o herói grego seria o esquecimento – melhor uma vida
breve contendo várias glórias do que uma longa, mas sem nada que o marque na
história. Esta é uma característica do mito heroico, sendo ele grego ou de outras
culturas, como Jung afirma:

“Ouvimos repetidamente a mesma história do herói de nascimento


humilde, mas milagroso, provas de sua força sobre-humana precoce,
sua ascensão rápida ao poder e à notoriedade, sua luta triunfante
contra as forças do mal, sua falibilidade ante a tentação do orgulho
(hybris) e seu declínio, por motivo de traição ou por um ato de
sacrifício “heroico”, onde sempre morre.’

Com isso, pode-se relacionar a questão do ego, representado nas epopeias por entidades
divinas, como algo que leva este personagem a conhecer suas próprias forças e
fraquezas. Depois de testadas, o mito do herói cumpre o seu papel e entra no período de
maturidade: ele morre, sobrando de sua existência só os seus feitos e bravura.

2) Em que medida esses verbetes dialogam com o texto de Luciana Ruschel


Nascimento Garcez – “O mito, o herói, o artista”, no que se refere aos
conceitos de MITO, MITOLOGIA, MITOLOGEMA, MITEMA e
MITOCRÍTICA?

A autora do artigo “O Mito, o Herói, o Artista”, Luciana Ruschel traz em seu texto
definições para alguns conceitos que traz, com bastante clareza, definem algumas
“fases” ou “processos” que tornam o mito.

O mito é uma narrativa carregada de significados, conceitua a autora, e podemos


comparar essa definição quando pensamos nos verbetes da Olgária Matos quando ela
cita a morte de Heitor, que esse, quando vai à luta contra Aquiles, morre para manter a
honra e deixar seu legado como mito. Ele viverá para sempre pela sua morte, por
assim dizer. O que traz significados quando comparado a outros casos em que não há
luta pela honra. A sua morte elevou o guerreiro para um estado de glória por todos os
anos. O herói virou mito.

O mitologema pode ser entendido como uma parte da narrativa onde se identifica um
acontecimento importante do mito. No caso citado o mitologema pode ser a morte. A
derrota de Heitor é um acontecimento importante para a construção do mito. Se não
fosse a morte dele durante a batalha onde ficaria sua glória?

O mitema é um sentido que compõe o mito, criado pela repetição, pela redundância.
Percebemos que uma guerra perdida pode, às vezes, nunca ser lembrada, porém, como
Vernant aponta “em uma cultura como a Grecia arcaica [...] a verdadeira morte é o
esquecimento, o silencio, [...] a ausência da fama”. A partir do momento em que
Heitor perde a batalha, a repetição da sua ida a luta contra aquiles, que era um
personagem dotado de um dom e quase imortal, o tornava um herói sem medo pois ele
foi à luta em uma batalha que ele sabia que ia perder. Quando repetimos seu feito com
clamor e respeito, o tornamos herói por agregar sentido à sua morte.

A mitocrítica, como colocada pela autora “deve ser pensada como uma ferramenta,
uma metodologia para analise ou critica literária [...] ela revela a presença de mitos ou
estruturas míticas que [...] atuam na construção de sentido da figura do artista como
um herói”. A mitocrítica então é basicamente a nossa visão do mito e a aceitação dele
como mito.

3 ) Tendo como base o verbete – Stuart Hall – abaixo apresentado, relacione mito
significante e alguma narrativa consagrada por um ato supostamente heroico (por
exemplo, o “sebastianismo”, o “getulismo”, o “tancredismo”, etc.).

A figura de Getulio Vargas e seu caráter mítico foi produzido com inúmeras
ferramentas ao longo de sua historia, de modo que, quando o mesmo suicidou, criou-se
todo um espectro de facinio sob sua pessoa, para além do que foi seu governo e suas
ações.

O mito em torno da figura do “pai dos pobres” não surgiu do nada. Como outros, sua
mitificação foi uma criação fomentada principalmente pelas propagandas idealizadas no
poder autoritário e centralizador do Estado Novo. Durante a ditadura de Vargas, uma
enorme engrenagem de censura contra a oposição e propaganda de seus feitos foi criada.

As pessoas não nasciam com o encanto por Getulio Vargas, a representação do papel do
mesmo ao longo de seu governo que o fez transparecer como uma figura mítica da
historia brasileira. Sua presença hoje praticamente unanime como nome de ruas,
avenidas, praças e edifícios remontam seu culto histórico, seu momento e seu
significado. Getulio assim inventava ao longo do tempo sua tradição, o seu culto.
A vida e obra de Getulio era passada em filmes, escolas, rádios e estádios, de modo a
trata-lo como uma celebridade acima das outras. Sua busca por popularização de sí e
transformação em um mito tinha nas datas, algo que também o aproximava muito e
deixava marcas na vida do brasileiro, tendo inclusive dias como o do trabalho e o seu
próprio aniversário como momentos de cultuação intensa e que tornou tal atitude
memorável. Assim como nas festividades nazistas, a estética das apresentações evocava
o patriotismo do povo.

Assim como nas festividades nazistas, a estética das apresentações evocava o


patriotismo do povo. Sua conhecida carta-testamento serviria ainda mais para enfatizar
no imaginário popular a imagem de Getúlio Vargas como um pai protetor, como um
símbolo da defesa dos trabalhadores e da luta contra o domínio estrangeiro no país.

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