O xadrez de quatro jogadores é jogado num tabuleiro similar ao
xadrez tradicional, apresentando três fileiras de casas adicionadas a cada lado
do tabuleiro tradicional, com quatro conjuntos de peças, com as seguintes cores vermelha, verde, amarelo e azul, um em cada lado do tabuleiro. As variantes divergem no número de linhas entre o conjunto de peças e o "tabuleiro principal". Nesta variante, podem-se jogar todos contra todos ou em dupla, podendo cada par de jogadores do lado oposto do tabuleiro, pertencem à mesma equipa e cooperam no sentido de vencer o jogo, isto é, dar mate a cada um dos dois reis adversários. Uma variante curiosa é a possibilidade da dupla que consegui dar o mate a um dos opoentes poderá continuar o jogo com as peças capturadas. Trata-se, claramente, de um jogo muito mais complexo que o xadrez normal, pelo que o seu pendor estratégico é muito mais aprofundado. Aliás, programas de computador que joguem bem este jogo são, basicamente, "ficção científica", no estado da arte das técnicas de Inteligência Artificial: com efeito, a explosão combinatória resultante de, em cada lance, 4 jogadores jogarem, torna o jogo muito mais difícil de ser analisado por um computador com a típica pesquisa alfa-beta. Este jogo necessita de uma coordenação eficaz entre os dois jogadores. Um jogador poder-se-ia sentir tentado a não defender o seu colega de equipa contra um ataque inimigo, resguardando as suas peças, ou a não colaborar num ataque contra um rei inimigo para se proteger. Contudo, a prática revela que isso acaba por ser prejudicial para os dois jogadores, porque o inimigo consegue dar mate ao colega de equipa e depois ao jogador que tomou a opção de não o ajudar. Aliás, os jogos de equipa são interessantes por isso mesmo: a qualidade da equipa pode ser radicalmente diferente da soma das qualidades dos seus elementos. Isto pode ser considerado em analogia com muitos desportos coletivos, como por exemplo, o futebol. A teoria do jogo encontra-se muito pouco desenvolvida devido não só ao relativo desconhecimento deste jogo como também à sua complexidade, o que o torna interessante como "plataforma exploratória". Não existem aberturas standard, embora vigorem os princípios habituais no xadrez como o controlo do centro. Os peões demoram muito a alcançar o centro do tabuleiro pelo que não existem grandes lutas entre formações de peões, servindo estes um papel importante na defesa do rei. A defesa do rei também é mais difícil de assegurar, pois o rei pode ser vítima de ataques de dois jogadores em simultâneo. Quanto ao valor das peças, não será difícil de conjecturar que as peças deslizantes - a dama, a torre, o bispo - verão o seu valor aumentado relativamente ao jogo tradicional. A dama, em particular, vai-se tornar ainda mais poderosa do que já era devido ao seu enorme raio de ação, principalmente quando se encontra no centro do tabuleiro, e o ato do rei se colocar no fila aberta é, neste jogo, praticamente suicídio. Já o cavalo e o rei veem o seu valor reduzido; no que se possa, eventualmente, definir como um final, este estará bastante exposto se ainda se encontrarem peças pesadas no tabuleiro, ao passo que o cavalo tem um movimento demasiado curto para o tamanho (160 casas!) do tabuleiro. Xadrez
O objetivo deste jogo é dar xeque-mate ao rei inimigo
A partida é jogada sobre todas as 64 casas
Cada jogador começa a partida com 16 peças
Na abertura, as peças ocupam todas as casas, pretas e
brancas, nas duas carreiras horizontais (filas) imediatamente diante dos jogadores
As brancas jogam primeiro.
As diversas peças têm, cada tipo, seus movimento próprios
Somente os peões podem ser promovidos. Podem tornar-se Damas, Bispo, Cavalos ou Torres, dependendo da escolha do jogador
A captura é facultativa, exceto quando necessária para evitar
mate imediato ou posição de "afogado", que é a situação em que o rei não pode se mover, por estarem todas as casas que ele pode alcançar ocupadas (*)
A captura consiste em remover peça capturada, ocupando seu