FECHAMENTO DE BALANÇO©
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Todos os exemplos desta obra são meramente ilustrativos. Em situações reais, verificar
a adequacidade dos elementos expostos à efetiva situação apresentada.
SUMÁRIO
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4. ESTOQUES
4.1 Análise nas contas de estoque
4.2 AVALIAÇÃO DAS MERCADORIAS P/ REVENDA E MATÉRIAS-PRIMAS
4.2.1 Custo Médio
4.2.2 PEPS
4.2.3 Custo arbitrado de Mercadorias e Matérias Primas
4.3 AVALIAÇÃO DO CUSTO DE PRODUÇÃO DE BENS OU SERVIÇOS
4.3.1 Custo integrado e coordenado com o restante da escrituração contábil
4.3.2 Custo Padrão
4.3.3 Custo Arbitrado
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9. PASSIVO CIRCULANTE
9.1 FORNECEDORES
9.1.1 Revisão nas contas de fornecedores
9.1.2 Notas fiscais não contabilizadas - dedução do IRPJ e CSSL
9.1.3 Notas fiscais emitidas no exercício seguinte e a sua dedutibilidade no Balanço de
31.12.2005
9.1.4 Encargos financeiros lançados indevidamente nas contas de fornecedores -
dedutibilidade
9.2 EMPRÉSTIMOS E FINANCIAMENTOS
9.2.1 Juros e atualização monetária – dedutibilidade pelo regime de competência
9.2.2 IOF
9.2.3 Contabilização de variações monetárias passivas – redução do lucro tributável
9.3 TRIBUTOS NÃO RECOLHIDOS ATÉ A DATA DO BALANÇO
9.3.1 Tributos não contabilizados – dedução do lucro tributável
9.3.2 Juros e multas de mora sobre tributos não pagos – redução do IRPJ e CSSL
9.3.3 Dedutibilidade das Multas e juros de mora por atraso do IRPJ e CSSL
9.4 PARCELAMENTOS DE TRIBUTOS
9.4.1 Juros sobre parcelamentos - regime de competência
9.4.2 Dedutibilidade dos tributos, multas e juros parcelados e não contabilizados
9.5 CONTAS A PAGAR
9.5.1 Obrigações contabilizadas pelo regime de caixa no exercício de 2006, e dedutíveis
pelo regime de competência no balanço de 31.12.2005
1.Água, luz, telefone
2. Seguros de vida, acidentes e outros pagos mensalmente
3. Seguros de cargas e transportes de mercadorias
4. Despesas de Leasing
5. Aluguel a pagar
6. Notas fiscais emitidas no início de 2006, mas referentes a serviços do ano do
encerramento do balanço
7. Notas fiscais referentes ao encerramento do balanço, mas pagas e contabilizadas no
mês seguinte ao encerramento do balanço
8. Outras despesas referentes ao exercício que devem ser apropriadas pelo regime de
competência e pagas no exercício seguinte
9. Comissão a pagar a representantes comerciais, desde que líquida e certa
10. Comissões a pagar sobre vendas com cartão de crédito (taxa cartão de crédito e juros
antecipação cartão de créditos).
9.5.2 Consórcios Contemplados a pagar – dedução dos valores ativados e variações
monetárias
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13. RECEITAS
13.1 Receita Operacional Bruta
13.2 Conferência das Receitas com os livros fiscais
13.3 Vale pedágio
13.4 Receitas de contratos com entidades governamentais - diferimento do lucro
13.5 Receitas de contratos a longo prazo
14.CUSTOS E DESPESAS
14.1 CUSTOS
14.1.1Custo de produção = (MP + MO + GGF)
14.1.2 Diferença entre custos e despesas
14.1.3 Análise nas contas de Custos
14.1.4 Revisão nas contas de Custos
14.2 DESPESAS
14.2.1 Classificação das despesas
14.2.2 Revisão nas contas de despesas
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IV – LUCRO ARBITRADO
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30.2 Auto-arbitramento do lucro quando a empresa é optante pelo lucro real e o lucro
arbitrado é opção mais econômica
30.3 Percentuais de arbitramento sobre o faturamento
V – DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS
A opção pelo lucro real anual, lucro real trimestral ou lucro presumido será manifestado
pelo pagamento da 1ª quota de qualquer um dos regimes, mediante DARF, sendo que a
legislação não permite mudar a forma de tributação durante o ano-calendário (art.13,
Lei 9.718/98).
Por isso, é fundamental uma análise detalhada de qual é a melhor forma de tributação,
antes do pagamento da 1ª quota do Imposto, pois se a empresa optou pelo lucro real
(anual ou trimestral) não poderá modificar no ano-calendário para o lucro presumido e
vice-versa. Lembrando que a opção de tributação feita para o Imposto de Renda deve
ser a mesma para a Contribuição Social sobre o Lucro.
Estão obrigadas a apurar o lucro real, conforme art. 14 da Lei 9.718/98, as seguintes
empresas:
As demais empresas que não se enquadrarem em nenhuma das situações acima previstas
podem optar pelo lucro presumido, caso for a melhor alternativa.
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A empresa que optar por esse regime de lucro real deverá a cada trimestre do ano
(31/mar., 30/jun., 30/set. e 31/dez.) levantar balanço acumulado no período trimestral e
definitivamente apurar o Imposto de Renda e a Contribuição Social.
Estatisticamente a opção pelo lucro real trimestral é a menos vantajosa devido ao fato de
que empresa fica limitada em compensar os prejuízos fiscais dentro do próprio ano em
30% do seu lucro. Exemplo:
Porém, se a opção fosse pelo lucro real ANUAL a compensação do prejuízo dentro do
próprio ano seria automática, pois pelo lucro real anual o resultado é apurado
acumuladamente dentro do exercício (janeiro a dezembro), sendo o resultado tributável
do ano calendário igual a zero, inexistindo o pagamento de IRPJ e CSSL.
O único benefício que o Lucro Real Trimestral em relação ao Lucro Real Anual
proporciona é quando a empresa tem lucro em todos os trimestres do ano, assim paga o
imposto de renda e a contribuição social a cada trimestre e tem a opção em dividi-los
em 03 quotas iguais, sendo cada quota superior a R$ 1.000,00, acrescidas pela variação
da SELIC (art. 5º da Lei 9.430/96). Porém é muito arriscado prever que a empresa terá
lucro fiscal em todos os trimestres do exercício.
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Para fins de cálculo da contribuição social s/ o lucro por estimativa deverá somar o
percentual sobre a receita bruta do mês, acrescidos do ganho de capital e demais
receitas, variando os percentuais de acordo com as seguintes atividades:
b.1) Redução
Exemplo:
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-Valor do Imposto devido com base nos percentuais aplicado sobre a Receita no mês de
junho= R$ 30.000,00
-Valor do Imposto apurado com base no balancete acumulado de jan a jun. = R$
40.000,00
-Valor do imposto pago, retido ou compensado de jan a jun. = R$ 25.000,00
-Saldo a pagar no mês de junho (40.000,00- 25.000,00) = R$ 15.000,00
-Se a optar pelo balancete de redução haverá um desembolso de apenas R$ 15.000,00,
ao invés de R$ 30.000,00.
No mês de junho, a forma mais viável é a opção pelo pagamento com base no balancete
de redução de janeiro a junho, apesar de apurar 40.000,00 de imposto, serão deduzidos
os impostos já pagos, retidos ou compensados nos respectivos meses (25.000,00),
restando saldo a pagar de apenas R$ 15.000,00. Sendo que o recolhimento com base na
receita bruta custaria para a empresa R$ 30.000,00, pois os valores pagos nos meses
anteriores não podem ser deduzidos, por não comporem a base de cálculo do mês. Esse
estudo deve ser feito a cada mês do ano, levando em conta também a possibilidade de
suspensão do imposto que será visto no item seguinte.
Observação:
O mesmo critério adotado para o cálculo do Imposto de Renda deverá ser
também adotado para a Contribuição Social sobre o Lucro, por isso deve ser
analisada a melhor alternativa calculando os dois tributos.
O balancete utilizado para suspender ou reduzir deverá ser transcrito no Livro
Diário (art. 12,§ 5º, da IN SRF 93/97) e no Livro LALUR transcrever a apuração do
resultado (art. 13 IN SRF 93/97).
Base legal: artigos 10 a 16 da IN SRF 93/97
b.2) Suspensão
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Observação:
O mesmo critério adotado para o cálculo do Imposto de Renda deverá ser
adotado para a Contribuição Social sobre o Lucro, por isso deve ser analisada a
melhor alternativa calculando os dois tributos.
O balancete utilizado para suspender ou reduzir deverá ser transcrito no Livro
Diário (art. 12, § 5º, da IN SRF 93/97) e no Livro LALUR transcrever a apuração do
resultado (art. 13 IN SRF 93/97).
Base legal artigos 10 a 16 da IN SRF 93/97.
A apuração pelo Lucro Real Anual, apesar de ter mais detalhes e ser mais trabalhosa,
compensa pela vantagem tributária em relação ao Lucro Real Trimestral.
A pessoa jurídica, seja comercial ou civil o seu objeto, pagará o imposto à alíquota de
15% (quinze por cento) sobre o lucro real, presumido ou arbitrado, apurado de
conformidade com o Regulamento.
O adicional de que trata este item será pago juntamente com o imposto de renda
apurado pela aplicação da alíquota geral de 15%.
Exemplo:
Em janeiro de 2004, a Receita Federal editou a IN SRF 390/2004, que dispõe sobre a
apuração e o pagamento da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido, não trazendo
alterações, mas consolidando as normas. Trouxe relação de adições e exclusões, bem
como no art. 42, a pessoa jurídica deve utilizar livro específico para apuração da CSLL,
para transcrever a demonstração do resultado ajustado e manter os registros de controle
dos valores que devam influenciar a determinação do resultado ajustado dos períodos
subseqüentes.
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A contribuição social sobre o lucro, apurada pelo lucro real anual se dá por duas opções:
a) com base no faturamento mensal da empresa acrescidas das demais receitas; b) com
base em balanços/balancetes de suspensão ou redução acumulados mensalmente,
devendo a opção ser a mesma opção do IRPJ.
Exemplos:
O percentual acima será acrescido pela totalidade (100%), das demais receitas:
1. Ganhos de capital (lucros) obtidos na alienação de bens do ativo
permanente e de aplicações em ouro não caracterizado como ativo financeiro.
2. Rendimentos de aplicações financeiras de renda fixa e ganhos líquidos de
operações financeiras de renda variável (ações, swap, etc.).
3. Demais receitas e resultados positivos não abrangidos anteriormente
(como juros e descontos obtidos, aluguéis, etc.), inclusive juros remuneratórios
do capital próprio, recebido pela empresa da qual seja sócia ou acionista.
Exemplo:
Descrição Dados Base de cálculo
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Fechamento de Balanço © - 13
Alíquota 9%
Valor da CSLL a pagar 24.345,00
A mesma forma de tributação adotada, pela pessoa jurídica, para fins de apuração do
imposto de renda, deve ser adotada para fins de apuração da CSLL.
Assim, a pessoa jurídica que levantou balanço ou balancete para suspender ou reduzir o
pagamento do imposto de renda, em determinado mês do ano-calendário, deve apurar a
base de cálculo da CSLL sobre o resultado do período apurado nesse mesmo balanço,
ajustado pelas adições determinadas, pelas exclusões permitidas e pelas compensações
de base de cálculo negativa da CSLL, observados os limites definidos na legislação
pertinente.
Da mesma forma, eventual saldo de imposto de renda a pagar apurado no ajuste anual
em 31 de dezembro de cada ano deverá ser informado na DCTF.
Composto pelos bens e direitos que irão ser convertidos em dinheiro, no prazo de até 12
(doze) meses. Divide-se nos subgrupos: disponível, realizável a curto prazo, estoques e
despesas antecipadas.
Os saldos contábeis devem ser conciliados com os boletins de caixa. Sendo que as
divergências apuradas deverão ser conciliadas. Analisar todos os documentos constantes
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Fechamento de Balanço © - 14
dos boletins de caixa referente ao mês de dezembro ou de alguns dias do mês, conforme
a necessidade;
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1. Renda Fixa
Os rendimentos das aplicações financeiras de Renda Fixa devem ser apropriados até
31/12/2005, pois seus rendimentos são considerados líquidos e certos.
Exemplo:
2. Renda variável
Na data do balanço, 31.12.2005, não é considerado líquido nem certo o ganho, pois a
qualquer momento pode ocorrer desvalorização da aplicação em função da indexação a
um título de rendimento variável. O rendimento deve apenas ser mensurado por ocasião
do resgate. Assim, se difere da renda fixa, pois naquela o rendimento já é
definitivamente estipulado.
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Exemplo:
1. Aplicação em Fundos de Investimentos indexada à variação da Bolsa de
Valores, Dólar e Ouro.
2. Aplicação em Fundos de Investimentos administrados pelos Bancos, na
qual a empresa corre risco. Aplicações em fundos de investimentos que não têm
garantido os seus rendimentos, o cliente participa do risco.
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Fechamento de Balanço © - 17
A grande dificuldade na análise desta conta ocorre quando a empresa não emite a cada
final de mês o Relatório de Contas a Receber e ainda é feito o registro apenas em uma
conta contábil. A chance de ocorrer erros é enorme (receita contabilizada a maior,
recebimento ou fatura não contabilizada, etc.), não há possibilidade de efetuar qualquer
análise. Para dirimir a dúvida sobre a contabilização a maior ou a menor das Receitas
pode-se confrontar a Receita constante no balancete com os Livros de saída de
Mercadorias ou Produtos (ICMS/IPI) e de Serviços (ISS),atendo-se aos grupos:
5.101 a 5.125; 5.35; 5.401 a 5.405; (no estado)
6.101 a 6.125; 6.35; 6.401 a 6.405; (interestadual)
7.101 a 7.125; 7.35; 7.401 a 7.405; (exportação)
Observar que muitos códigos de saídas não são receitas, ex: simples remessa, devolução
de compras, transferências, simples remessa, venda do imobilizado, retorno, doação,
amostra, etc.
De certa forma, não há a certeza de que a conta cliente esteja correta, porém, pelo
procedimento acima, pode-se dizer que não foram contabilizadas receitas a maior.
3.1.2 Duplicatas que podem ser baixadas como perdas e reduzir o lucro tributável
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Fechamento de Balanço © - 18
Os créditos com garantia, qualquer que seja o seu valor, somente poderão ser deduzidos
como perdas depois de decorridos dois anos do seu vencimento e desde que tenham sido
iniciados e mantidos os procedimentos judiciais para o seu recebimento ou a execução
das garantias.
Para esse efeito, considera-se crédito garantido o proveniente de vendas com reserva de
domínio, de alienação fiduciária em garantia ou de operações com outras garantias reais,
tais como (artigo 1.419 do Novo Código Civil): o penhor de bens móveis, a hipoteca de
bens imóveis ou a anticrese (garantia representada pelo direito aos frutos ou
rendimentos de um imóvel).
Exemplo:
a) Registro das duplicatas vencidas há mais de 180 dias, sem garantia e de valor até R$
5.000,00:
31/12/05 Perdas no Recbto Dupl - Vlr dupl. 1010, vcto 28/06/05 não
Despesas recebida do cliente XY 4.950,00
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Fechamento de Balanço © - 19
31/12/05 Duplicatas a Receber- Vlr baixa dupl. 1010, vcto 28/06/05 não
Ativo Circulante recebida do cliente XY 4.950,00
31/12/05 Perdas no Recebimento Vlr dupl. 521, vcto 29/11/04 não recebida
Dupl- Despesas do cliente YZ 25.000,00
31/12/05 (-) Provisão Perdas Dupl Vlr baixa dupl. 521, vcto 29/11/04 não
Redutora Duplicatas a recebida do cliente YZ 25.000,00
Receber
Apropriar as comissões sobre vendas por cartões de crédito e outras despesas. Tais taxas
devem ser contabilizadas, por ocasião da venda, e não somente por ocasião da liberação
(crédito) do valor na conta corrente da empresa.
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Fechamento de Balanço © - 20
Também, ocorre situação em que o funcionário não prestou contas, até o final de
dezembro/2005, do dinheiro adiantado referente aos gastos das viagens.
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Fechamento de Balanço © - 21
Vale lembrar que, a partir de 02.08.2004, por força do Decreto 5.164/2004, ficam
reduzidas a zero as alíquotas do PIS e COFINS incidentes sobre as receitas financeiras
auferidas pelas pessoas jurídicas sujeitas ao regime de incidência não-cumulativa das
referidas contribuições. Isto significa que as receitas de variação cambial, atualização de
créditos, descontos concedidos, receitas de aplicação financeira, etc. não têm incidência
de PIS e COFINS, para as empresas que optaram pelo regime não-cumulativo (na
maioria delas pelo lucro real).
Poderá ser excluída a parcela das receitas financeiras decorrentes da variação monetária
dos direitos de crédito e das obrigações do contribuinte, em função da taxa de câmbio,
submetida à tributação, segundo o regime de competência, relativa a períodos
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Fechamento de Balanço © - 22
Contabilização:
Exclusão no Lalur:
Além de diminuir o IRPJ e a CSSL, o valor não recebido deverá ser excluído também
da base de cálculo do PIS e da Cofins.
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Fechamento de Balanço © - 23
No exercício, em que o valor for efetuado o pagamento, a variação cambial ativa deve
ser adicionada ao lucro real.
Quando um crédito não é atualização por vários anos, pode gerar Imposto de Renda e
CSSL no período em que foi atualizado. Isso ocorre por exemplo com a taxa Selic, que
atualiza os tributos Federais. A empresa tem um crédito de Imposto de Renda a
recuperar referente ao ano de 2.003, e no ano de 2005 precisa atualizá-lo para
compensar, não tendo sido atualizado nos anos anteriores. No entanto, no ano-
calendário de 2005, está com lucro contábil e qualquer lançamento nas contas de
resultados a título de receita gera IRPJ e CSSL.
Porém se no ano de 2004 houve prejuízo fiscal, poderão ser feitos os seguintes
lançamentos:
1) Atualização 2004
Contabilidade:
Lalur:
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Fechamento de Balanço © - 24
2) Atualização de 2005:
Contabilidade:
Apenas sobre o valor da atualização pela SELIC relativo ao ano de 2005 haverá a
incidência do Imposto de Renda e da CSSL.
As observações acima também são válidas para o Pis, a Cofins e a CSSL retida na
fonte.
Conferir o cálculo da atualização pela SELIC dos tributos federais de anos anteriores ou
pagos a maior.
Além de analisar se os tributos federais estão sendo atualizados pela SELIC, deve ser
verificado se os tributos federais pagos a maior ou crédito de anos anteriores estão
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Fechamento de Balanço © - 25
O saldo negativo do IRPJ e CSSL (valores pagos a maior que o devido) bem como o
PIS, COFINS, IPI, ITR, SIMPLES, CPMF, a partir de 01/10/2002, conforme Instrução
Normativa SRF 210/2002, poderão ser compensados com tributos federais de diferentes
espécies, mediante Declaração de Compensação (PERDCOMP), via internet,como
prevê a Instrução Normativa SRF 320/2003. Essa compensação é automática, cabendo a
Receita Federal posterior verificação para constatar a existência do crédito compensado.
Em 18.10.2004, foi editada a IN SRF 460/2004, que revogou a IN SRF 210/2002, no
entanto permaneceram as regras anteriores de compensação, sendo implementados
alguns itens. A IN SRF 460/2004, foi posteriormente alterada pela IN SRF534/2005 e a
IN RFB 563/2005.
O saldo negativo do IRPJ e CSSL, pagos a maior por ocasião da suspensão ou redução
do balanço/balancete referente ao ano de 2005, podem ser compensados com os
mesmos ou com outros tributos a partir do mês de janeiro de 2006, mediante Perdcomp.
(Ato Declaratório SRF 3/2000)
Exemplo:
O IRPJ e CSSL pagos a maior com base na estimativa mensal em 31/12/2005 poderão
ser compensados com o PIS, COFINS e o IRRF a pagar a partir de 01/01/2006.
O saldo credor do IPI poderá ser compensado com IRPJ, CSSL, PIS e COFINS a pagar.
Contabilidade:
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Fechamento de Balanço © - 26
4. ESTOQUES
A empresa deve atentar para o preço unitário de cada mercadoria ou produto, podendo
avaliar as mercadorias compradas para revenda pelo valor das últimas aquisições menos
o ICMS. No caso de fabricação de produtos a matéria-prima pode ser avaliada pelo
preço das últimas aquisições menos o ICMS e IPI, os produtos acabados avaliados por
70% do maior preço de venda (sem deduzir o ICMS) e os produtos em elaboração
avaliados por 56% do maior preço de venda (sem deduzir o ICMS). Também, o estoque
pode ser avaliado com base em registros contábeis, o chamado preço médio das últimas
aquisições menos os impostos recuperáveis (PEPS e Custo Padrão). Conforme
determinam os artigos 289, 290, 293, 294, 295 e 296 do RIR/99.
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Fechamento de Balanço © - 27
O PN CST 6/1979, dispõe que as saídas podem registradas unicamente no fim de cada
mês, desde que avaliadas ao preço médio que, sem considerar o lançamento de baixa, se
verificar naquele mês.
Exemplo :
Observe-se que, a cada entrada, o custo médio variou, mas a baixa (saída) foi efetivada
num único lote, alterando desta forma o Custo da Mercadoria Vendida. Porém, pode ser
adotado o sistema que calcule diariamente o custo da baixa.
4.2.2 PEPS
PEPS - o primeiro que entra é o primeiro que sai. Também conhecido como FIFO (sigla,
em inglês, de “first in, first out”).
Este método é admitido pela legislação fiscal (item 2.2 do PN CST 6/1979).
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Fechamento de Balanço © - 28
3.500,0
700 5,00 0
1.600,0
200 8,00 0
900,0
05/12/2003 150 6,00 0
200 8,00 1.600,00 3.500,0
700 5,00 0
1.600,0
200 8,00 0
900,0
08/12/2003 150 6,00 0
500 5,00 2.500,00 1.000,0
200 5,00 0
450,0
50 9,00 0
1.600,0
200 8,00 0
10/12/2003 900,0
150 6,00 0
50 9,00 450,00 1.000,0
200 5,00 0
450,0
50 9,00 0
1.600,0
15/12/2003 200 8,00 0
200 5,00 1.000,00 900,0
150 6,00 0
700,0
100 7,00 0
450,0
50 9,00 0
20/12/2003 1.600,0
200 8,00 0
100 7,00 700,00 900,0
150 6,00 0
700,0
150 6,00 900,00 100 7,00 0
450,0
26/12/2002 100 8,00 800,00 50 9,00 0
800,0
100 8,00 0
750,0
150 5,00 0
700,0
100 7,00 0
28/12/2003 450,0
50 9,00 0
150 5,00 750,00 800,0
100 8,00 0
750,0
150 5,00 0
700,0
31/12/2003 100 7,00 0
100 8,00 800,00 450,0
50 9,00 0
Como se observa na movimentação acima, os estoques finais pelo método PEPS foram
de R$ 1.900,00 (se fosse pelo custo médio o estoque final seria de R$ 1.709,09).
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Fechamento de Balanço © - 29
Exemplo:
Valor do maior preço de venda – conforme nota fiscal - R$ 88,00, por unidade.
Em 31.12.2005, fez-se o inventário e constatou-se a existência de 780 unidades desse
produto.
Cálculo:
88,00 x 70% = R$ 62,000
Avaliação do estoque: 780 unidades x R$ 62,00 = R$ 48.360,00
A aquisição de bens de consumo eventual, cujo valor não exceda a cinco por cento do
custo total dos produtos vendidos no período de apuração anterior, poderá ser registrada
diretamente como custo (Decreto-Lei nº 1.598, de 1977, art. 13, § 2º).
Nota: para fins contábeis, é necessário separar, por contas distintas, os respectivos
gastos, a fim de determinar a composição dos custos de produção. A contabilização de
gastos em contas de despesas operacionais, por exemplo, irá se refletir na composição
dos custos dos produtos vendidos e dos estoques de produtos em elaboração e acabados.
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Fechamento de Balanço © - 30
Uma equação bastante simples que visualiza o custo de produção unitário, poderia ser
assim obtida:
O art. 294, do RIR/99, dispõe que os produtos em fabricação e acabados serão avaliados
pelo custo de produção, sendo observado o seguinte:
1. Pré-fixação de seu valor, com base no histórico ou em metas a serem perseguidas pela
empresa;
2. Pode ser utilizado pela contabilidade, desde que se ajuste, periodicamente, suas
variações para acompanhar seu valor efetivo real (pelo método do custo por absorção).
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Fechamento de Balanço © - 31
Também o Parecer Normativo CST nº 6/79, exige que se faça o ajuste periódico na
contabilidade entre o método de custeio padrão e custeio integral, como descrito no item
3.5:
“3.5. No caso em que a empresa apure custos com base em padrões pré-estabelecidos
(custo-padrão), como instrumento de controle de gestão, deverá cuidar no sentido de
que o padrão incorpore todos os elementos constitutivos atrás referidos, e que a
avaliação final dos estoques (imputações dos padrões mais ou menos as variações de
custos) não discrepe da que seria obtida com o emprego do custo real. Particularmente,
a distribuição das variações entre os produtos (em processo e acabados) em estoque e o
custo dos produtos vendidos deve ser feito a intervalos não superiores a três meses
ou em intervalo de maior duração, desde que não expedido qualquer um dos prazos
seguintes: (1) o exercício social; (2) o ciclo usual de produção, entendido como tal o
tempo normalmente despendido no processo industrial do produto avaliado. Essas
variações, aliás, haverão que ser identificadas a nível de item final de estoque, para
permitir verificação do critério de neutralidade do sistema adotado de custos sobre a
valoração dos inventários.”
Custo
Materiais Quant. Unid. Unitário Custo
cimento 0,5 sc 18,00 9,00
areia 0,2 m3 7,00 1,40
ferro 4,2mm 1,0 barra 10,00 10,00
ferro 6,0 mm 1,0 barra 20,00 20,00
pedra 0,2 m3 7,00 1,40
Subtotal 41,80
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Fechamento de Balanço © - 32
Os de materiais em processamento, por uma vez e meia o maior custo das matérias-
primas adquiridas no período de apuração, ou em oitenta por cento do valor dos
produtos acabados, determinado de acordo com o inciso II;
Os dos produtos acabados, em setenta por cento do maior preço de venda no período de
apuração.
Para aplicação do disposto no inciso II, o valor dos produtos acabados deverá ser
determinado tomando por base o preço de venda, sem exclusão de qualquer parcela a
título de Imposto sobre Operações relativas à Circulação de Mercadorias e sobre
Prestações de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicações
– ICMS.
Exemplo:
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Fechamento de Balanço © - 33
base, ou em 80% do valor dos produtos acabados (o que equivale dizer a 56% do maior
preço de venda).
Exemplo:
Produto em elaboração
Valor do preço de venda 150,00
(-) IPI 15,00
Base de cálculo 135,00
Percentual de arbitramento 70%
Valor do custo arbitrado 94,50
Percentual do arbitramento
Produto em elaboração 80%
Valor custo arbitrado 75,60
Ativo Realizável a Longo Prazo: composto pelos direitos que serão recebidos após o
término do exercício seguinte, isto é, após 12 (doze) meses. Exemplo: duplicatas a
receber (+ 12 meses), empréstimos a sócios.
Independentemente do prazo, ainda, são classificadas neste grupo, de acordo com a Lei
nº 6.404/76, as seguintes contas: adiantamentos a sócios, adiantamentos a acionistas,
empréstimos às coligadas, empréstimos à controladas, etc.
Para fins tributários, esta mesma situação viabiliza que as receitas futuras que dependem
de resultado incerto somente venham a ser reconhecidas por ocasião de sua efetiva
disponibilização econômica ou jurídica (art. 43 do CTN). Como exemplo, citamos:
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Fechamento de Balanço © - 34
O Art. 182, § 1º, alínea d, da Lei 6404 (Lei das S/A) define que serão classificadas
como reservas de capital as contas que registrarem: as doações e as subvenções para
investimento. Portanto estes valores não integrarão resultado do exercício.
Muitas empresas detêm, em sua contabilidade, contas que geram despesas tributárias.
Muitas destas contas são heranças de balanços anteriores. A maioria delas não tem
respaldo (documentação) contábil. Provavelmente mais de 90% das empresas que tem
saldo na conta "compulsório sobre combustíveis" (oriunda dos idos anos 1986), não
mantém mais a documentação (notas fiscais de aquisição) para comprovar o reembolso
da quantia devida.
Contabilidade:
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Fechamento de Balanço © - 35
6. INVESTIMENTOS
Investimentos: são todas as aplicações de recursos que não tem por finalidade o objetivo
principal da entidade. Ex: imóveis para aluguel, terrenos para expansão, ações em outras
empresas, participação em empresas coligadas, participação em empresas controladas e
obras de arte.
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Fechamento de Balanço © - 36
O resultado não deverá ser refletido no Balanço se o Investimento não for relevante ou
se o valor do Patrimônio Líquido da empresa investida (em nosso exemplo a empresa
“B”) apresentar o Patrimônio Líquido Negativo.
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Fechamento de Balanço © - 37
Esses valores deverão permanecer com os saldos originais dos investimentos, quaisquer
lançamentos de ajuste, por ocasião de equivalência patrimonial, serão tributados pelo
IRPJ e pela CSSL.
7. ATIVO IMOBILIZADO
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Fechamento de Balanço © - 38
Edificações – 4% ao ano
Instalações – 10% ao ano
Móveis e Utensílios – 10% ao ano
Máquinas e Equipamentos – 10% ao ano
Ferramentas – 15% ao ano
Veículos – 20% ao ano
Caminhões – de 20% a 25%
Equipamentos de Informática – 20% ao ano
Equipamentos de Comunicação – 20% ao ano
Sendo a Contabilidade uma ciência que controla o Patrimônio das empresas, faz-se
necessário, no mínimo, uma relação com todos os bens da empresa (em forma de
planilha), com o valor original de aquisição, sua depreciação e saldo residual, bem
como, uma cópia dos respectivos documentos de aquisição.
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Fechamento de Balanço © - 39
Caminhão de carga, cuja vida útil é de 4 anos, se adquirido após 3 anos de fabricação,
poderá ser depreciado em 2 anos, aplicando-se a taxa de 50% ao ano.
Em relação aos bens móveis, poderão ser adotados, em função do número de horas
diárias de operação, os seguintes coeficientes de depreciação acelerada (Lei 3.470/58,
art. 69):
Nota: os benefícios tratados neste item foram revogados, a partir de 01.01.2006, pelo
art. 133 da Lei 11.196/2005
A exclusão do saldo não depreciado não se aplica para efeito de apuração da base de
cálculo da CSLL. Com relação aos valores relativos aos dispêndios incorridos em
instalações fixas e na aquisição de aparelhos, máquinas e equipamentos.
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Fechamento de Balanço © - 40
Exemplo:
Contabilidade:
O lançamento contábil da depreciação deve ser feito juntamente com os outros bens,
conforme sistema de depreciação ou planilhas alternativas, abaixo apenas está se
exemplificando a contabilização:
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Fechamento de Balanço © - 41
Mês a mês deverá ser adicionada ao IRPJ e à CSSL a parcela contabilizada como
despesa de depreciação referente ao bem já utilizado integralmente incentivo fiscal, ou
seja, a contabilidade da empresa não sofre alterações, o incentivo é aproveitado
(excluído do Lucro Real) via Lalur e as adições referente a depreciação são adicionadas
à medida que vão incorrendo.
O cálculo é o seguinte:
Valor total do bem R$ 1.000.000,00 x 4% (taxa de depreciação anual) = 40.000,00
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Fechamento de Balanço © - 42
de apuração posterior, pelo valor da depreciação normal que venha a ser contabilizada
como despesa operacional.
Exemplo:
Exemplo:
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Fechamento de Balanço © - 43
O artigo 421 do RIR/99 determina que nas vendas do ativo permanente para
recebimento do preço, todo ou e parte, após o término do ano-calendário seguinte ao da
contratação, o contribuinte poderá, para efeito de determinar o lucro real, reconhecer o
lucro na proporção da parcela do preço recebida em cada período de apuração. Caso o
contribuinte tenha reconhecido o lucro na escrituração comercial no período-base da
vendas, os ajustes e controle serão efetuados no LALUR.
O Regulamento do Imposto de Renda (artigo 301) permite que se deduza como despesa
operacional, o custo unitário de bem imobilizado no valor de até R$ 326,61 – desde que
para sua utilização não se exija um conjunto desses bens.
Contabilidade:
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Fechamento de Balanço © - 44
O Ativo Diferido deverá ser avaliado, pelo valor do capital aplicado, ou seja, o valor dos
gastos realizados, deduzido do saldo das contas que registrem a sua amortização (art.
183 da Lei nº 6.404/76).
De acordo com o artigo 179 da Lei 6.404/76, as contas do ativo imobilizado e do ativo
diferido são classificadas:
Imobilizado - os direitos que tenham por objeto bens destinados à
manutenção das atividades da companhia e da empresa, ou exercidos com essa
finalidade, inclusive os de propriedade industrial ou comercial;
Diferido - as aplicações de recursos em despesas que contribuirão para a
formação do resultado de mais de um exercício social, inclusive os juros pagos
ou creditados aos acionistas durante o período que anteceder o início das
operações sociais.
SEÇÃO - PASSIVO
9. PASSIVO CIRCULANTE
Passivo Circulante: composto por todas as obrigações com prazo de vencimento em até
12 (doze) meses. Ex. fornecedores, empréstimos e financiamentos salários a pagar,
provisão para férias, Obrigações Sociais, Obrigações Fiscais e Tributárias.
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Fechamento de Balanço © - 45
9.1 FORNECEDORES
As contas de Fornecedores devem fechar com o relatório das contas a pagar emitido
pelo setor financeiro. Possíveis divergências serão apontadas em formulário de
conciliação de contas. Dessa forma, o setor financeiro deverá emitir, a cada final de
mês, relatório constando os fornecedores em aberto (não pagos), para que,
posteriormente, seja confrontado com os saldos constantes na Contabilidade.
Para que a empresa tenha convicção que os saldos contábeis dos fornecedores estejam
corretos, sendo que inexiste o relatório do setor de contas a pagar, naquela data,
alternativamente podem ser feitos os seguintes procedimentos:
Por amostragem, selecionar os fornecedores mais
representativos:verificar a liquidação subseqüente, isto é, se as duplicatas
constantes no Balanço de 31.12.2005, estão sendo pagas nos meses subseqüentes
ao encerramento do Balanço.
Verificar se os saldos contábeis estão respaldados pelas respectivas notas
fiscais dos fornecedores. Atentar aos fornecedores pendentes de pagamento de
longa data, questionar o motivo da pendência e se realmente existe a dívida.
A análise nesta conta deve ser efetuada no sentido de verificar se nos meses de janeiro e
fevereiro de 2006, constam notas fiscais de fornecedores pagas nesses meses, mas
emitidas em novembro ou dezembro de 2005. Essa verificação pode ser feita nos
documentos de pagamentos bancários, o movimento de caixa e livros fiscais.
Essa situação é comum nas empresas e sempre dá ganho tributário para a empresa.
Contabilidade:
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Fechamento de Balanço © - 46
Normalmente são notas fiscais de pequenos valores, mas somadas representam valores
consideráveis. A empresa apresenta lucro fiscal e deve pagar IRPJ e CSSL, qualquer
valor contabilizado pelo regime de competência trará economia tributária.
São pequenos detalhes em uma ou outra conta, que somados, evitarão o desembolso
desnecessário de tributos. A Contabilidade Tributária deve ter a visão e a direção de
pagar a quantia correta de tributos, evitando o desperdício: pagamentos a maior ou
pagamentos a menor.
Na maioria das vezes as prestadoras de serviços, emitem notas fiscais no início do mês
seguinte referente serviços realizados no mês anterior.
Essas notas fiscais emitidas no mês seguinte ao da realização dos serviços podem ser
contabilizadas pelo regime de competência, no período em que foi incorrida ou
realizada a despesa, prova disso é o contrato firmado entre as partes, bem como a
descrição que a nota fiscal se refere ao trabalho executado no mês contratado:
dezembro/2005, mesmo que as notas sejam emitidas no mês de janeiro ou fevereiro de
2006.
Contabilidade:
A contabilização deve ser efetuada no mês em que foi realizado o serviço apesar da nota
fiscal ter sido emitida no mês seguinte pelos seguintes fundamentos:
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Fechamento de Balanço © - 47
Surge a seguinte situação: esta despesa não será “aproveitada” no ano seguinte¨? Cada
ano é uma história a parte, pode ser que no ano seguinte a empresa tenha prejuízo e
assim por diante. O Contador deve se concentrar no fechamento do Balanço corrente
com o objetivo de economizar tributo deste ano. Pode ocorrer, também, o fato de que
neste ano a empresa esteja com prejuízo fiscal, sendo mais prudente contabilizar as
referidas despesas conforme a emissão da nota fiscal, pois não terá a limitação de
compensação do prejuízo em 30% no ano seguinte. E a competência ?, a competência é
relativa e não absoluta, para fins de pagamentos de Tributos ( tratamos nesta obra a
contabilidade tributária mais benéfica à empresa, cabe ao Contador analisar também a
relevância; e relevância varia de empresa para empresa). Pode haver mais de uma
competência e quem define isso é a contabilidade (mediante o registro ou não), neste
caso há a competência da realização do serviço e a competência da emissão da nota
fiscal, as duas situações estão corretas cabe ao Contador interpretar e ficar atento para
não prejudicar a empresa.
A empresa deve ficar atenta às situações e solicitar ao fornecedor que emita a nota fiscal
no mês da realização dos serviços.
A incorreção mais comum nestas contas se refere aos juros e atualizações monetárias de
empréstimos que são contabilizados quando pagos e não proporcional aos dias
transcorridos no mês. Para isso, verificar se os empréstimos e financiamentos estão
atualizados pelos índices de juros e atualizações constante dos contratos, normalmente
empresas pagam tributos por não corrigirem adequadamente seus saldos (os juros e
atualizações)
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Fechamento de Balanço © - 48
Normalmente ocorre que as empresas não calculam a variação da TJLP (ou outro
índice) e os juros sobre suas obrigações, contabilizando os mesmos somente por ocasião
do pagamento, pelo fato de acharem o cálculo complicado, no entanto basta manter uma
planilha em Excel e alimentar a taxa de juros e a variação mensal do índice de
atualização.
Contabilidade:
Como exemplo, contabilizamos de uma só vez em dez/05, porém deve ser contabilizado
mês a mês, até para evitar o pagamento a maior do IR e CSLL estimativa mensal.
Data Conta Contábil Histórico Débito Crédito
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Fechamento de Balanço © - 49
9.2.2 IOF
O IOF deve ser contabilizado como despesa financeira na data da assinatura do contrato,
pois mesmo que a empresa antecipe o pagamento do contrato não haverá o desconto
respectivo na dívida. O IOF é definitivo, sendo que a Instituição Financeira deverá
recolhê-lo no terceiro dia útil da semana seguinte da liberação.
O mesmo raciocínio é aplicado com relação às taxas de confecção de contratos e de
cadastros que são despesas incorridas, mas são inseridas nos empréstimos e
financiamentos bancários.
Os valores não são muito representativos, mas para quem vai desembolsar 34% de IRPJ
e CSSL, faz diferença.
Contabilidade:
Como no exemplo acima, a empresa teve uma despesa de R$ 1.510,00, referente IOF,
mesmo que diluído entre as parcelas, a contabilização é na data da liberação do contrato.
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Fechamento de Balanço © - 50
Os tributos até 31.12.2005 devem ser registrados na contabilidade, mesmo que não
pagos. O registro deve ter como base o faturamento, o lucro da empresa e os tributos
retidos de terceiros e não recolhidos. Exemplo: PIS, COFINS, ICMS, IPI, ISS, IRPJ,
CSSL, IOF.
Essas obrigações deverão ser contabilizadas no mês a que se referem, mesmo que pagas
no mês seguinte. Exemplo: O PIS referente ao mês de julho/2005, deve ser
contabilizado no mês de julho/2005 (regime de competência) e não no mês de
agosto/2005, quando do seu pagamento.
Mesmo os tributos não pagos devem ser contabilizados pelo seu valor original, pelo
regime de competência, bem assim os juros e multas, à medida que forem incorrendo.
Exemplo: No mês de julho/2005, contabiliza-se R$ 1.000,00, referente o PIS. No
entanto não é pago no dia de seu vencimento (15.08.2005). Em 31.08.2005, contabilizar
os juros de 1% e a multa de 0,33% ao proporcional aos dias de atraso até no limite de
20%. E assim, mensalmente contabilizar os juros pela variação da taxa Selic.
Esses valores, mesmo que não pagos, são dedutíveis para fins de IRPJ e CSSL, porém
se não contabilizados, a empresa acaba arcando carga tributária indevida.
Lembrando que os tributos cuja exigibilidade esteja suspensa, conforme art. 151 do
CTN, pelo motivo de discussão judicial ou administrativa com relação ao pagamento ou
não do tributo, seja por depósito judicial, medida liminar em mandado de segurança e
em recurso administrativo (1ª, 2ª ou 3ª Instâncias), serão indedutíveis para fins de
apuração do IRPJ e da CSSL, devendo ser adicionador ao Lucro Real e à Contribuição
Social (Lei nº 8.981, de 1995, art. 41, § 1º).
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Fechamento de Balanço © - 51
Os saldos devem estar conciliados, mediante composição de saldos, bem assim verificar
o pagamento subseqüente dos tributos consignados no Balanço.
De acordo com o art. 41, da Lei 8.981, de 20/01/1995 e artigo 344 do RIR/99. os
tributos e contribuições são dedutíveis, na determinação do lucro real, segundo o regime
de competência.
O ISS, ICMS, PIS, COFINS, IPI, INSS, FGTS, IPTU, dentre outros devem ser
contabilizados segundo o regime de competência, mesmo que não pagos, sendo
dedutíveis para fins de apuração do IRPJ e da CSSL.
Somente o IRPJ e a CSSL, não é dedutível, para efeito da determinação do lucro real e
base de cálculo da CSSL. (Parágrafo 2º, artigo 41 da Lei nº 8981/95 e Artigo 1º da Lei
nº 9.316/96), no entanto devem ser contabilizados.
Também não é permitida por Lei (Parágrafo 1º, do artigo 41 da Lei nº 8981/95) a
dedução da base de cálculo da CSSL e IRPJ os tributos com exigibilidade suspensa, ou
seja, aqueles que estão sendo questionados administrativamente (impugnação do auto de
infração) ou judicialmente.
Os tributos acima citados e devidos pela empresa devem ser contabilizados para
deduzirem o lucro real e a base de cálculo da Contribuição Social pelo Regime de
Competência.
Contabilidade:
9.3.2 Juros e multas de mora sobre tributos não pagos – redução do IRPJ e CSSL
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Fechamento de Balanço © - 52
Essas decisões estão em conformidade com a legislação que manda apurar o lucro real
pelo regime de competência, bem como com a legislação tributária que exige o
pagamento do tributo em atraso com juros e multa de mora.
Na maioria das vezes, a empresa confunde MULTAS POR INFRAÇÃO FISCAL (multa
de ofício punitiva, aplicada pela fiscalização, através de auto de infração) a qual
indedutível para fins de IRPJ e CSSL (art. 344, parágrafo 5º, do RIR/99), com MULTAS
DE MORA (multa pelo pagamento em atraso de tributos) a qual é perfeitamente
dedutível, como citado nos parágrafos anteriores.
Assim, os juros SELIC e a multa de mora sobre tributos ainda não pagos podem ser
contabilizadas mês a mês conforme vão incorrendo. Esse procedimento traz economia
sobre o pagamento do IRPJ e CSSL.
Contabilidade:
Taxa Selic
2005
Fev. 1,22%
Mar. 1,53%
Abr. 1,41%
Mai. 1,50%
Jun. 1,59%
Jul. 1,51%
Ago. 1,66%
Set. 1,50%
Out. 1,41%
Nov. 1,38%
Dez. 1,00%
total 15,71%
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Fechamento de Balanço © - 53
Multas
31/12/05 Despesas Tributárias – Valor multa sobre Cofins referente
Multas competência jan./05 4.480,00
31/12/05 Cofins a Recolher – Valor multa sobre Cofins referente
Passivo Circulante competência jan./05 4.480,00
Juros
31/12/05 Despesas Tributárias – Valor juros sobre Cofins referente
Juros competência jan/05 – fev. a dez/05 3.519,04
31/12/05 Cofins a Recolher – Valor juros sobre Cofins referente
Passivo Circulante competência jan/05 – fev. a dez/05 3.519,04
9.3.3 Dedutibilidade das multas e juros de mora por atraso do IRPJ e CSSL
A provisão do IRPJ e a provisão CSSL não são dedutíveis para efeito da determinação
do lucro real e base de cálculo da CSSL. (Parágrafo 2º, artigo 41 da Lei nº 8981/95 e
Artigo 1º da Lei nº 9.316/96),
Porém os juros e a multa de mora incorridos ou pagos por atraso são dedutíveis. Isto
significa mesmo que o IRPJ e CSSL não estejam pagos, a multa de até 20% e os juros
Selic deverão ser contabilizados conforme incorridos, sendo dedutíveis para fins de
apuração do Imposto de Renda e da Contribuição Social sobre o Lucro, conforme
exposição nos itens 9.3.1 e 9.3.2.
Contabilidade:
IRPJ a pagar em 31/01/05, no valor de R$ 100.000,00, porém ainda não pago até a data
de 31/12/05, terá 20% de multa mais juros Selic de 15,71% (soma da Selic de fev./05 a
nov./05 + 1% referente o mês de dez/05, apenas como exemplo), sendo:
-Multa – 100.000,00 x 20% = 20.000,00
-Juros – 100,000,00 x 15,71% = 15.710,00
Multas
31/12/05 Despesas Tributárias – Valor multa sobre IRPJ referente vcto em
Multas 31/01/05 20.000,00
31/12/05 IRPJ a recolher – Valor multa sobre IRPJ referente vcto em
Passivo Circulante 31/01/05 20.000,00
Juros
31/12/05 Despesas Tributárias – Valor juros sobre IRPJ referente vcto em
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Fechamento de Balanço © - 54
A empresa deve manter o controle e a contabilização mensal dos juros incidentes sobre
o parcelamento de tributos, pois os mesmos são dedutíveis pelo regime de competência.
A atualização trará a empresa economia de IRPJ e CSSL.
Contabilidade:
Juros
31/08/05 Despesas Tributárias – Valor juros Selic sobre Parcelamento de
Juros Tributos. 3.984,00
31/08/05 Parcelamento Tributos – Valor juros Selic sobre Parcelamento de
Passivo Circulante/ Tributos. 3.984,00
Exigível a Longo Prazo
Outro ponto a ser observado, a empresa poderá contabilizar o parcelamento fiscal como
despesa dedutível na data em que realizou o parcelamento, ou seja, a empresa que por
qualquer motivo não contabilizou os tributos, multas e juros parcelados no período em
que os mesmos incorreram , para fins tributários, pode contabilizá-los como despesas no
mês em que oficializou o parcelamento junto ao órgão público competente. Sendo o
próprio parcelamento comprovante hábil da despesa contabilizada, por ser o
parcelamento de tributos uma confissão de dívida de determinado tributo ainda não
declarado ou declarado e não pago. Neste caso o Regime de Competência passa a ser a
data da emissão do Parcelamento, o qual é caracterizado como Confissão de
Dívidas.
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Fechamento de Balanço © - 55
Observar que as MULTAS POR INFRAÇÃO FISCAL (oriundas de multa de ofício, por
autuação fiscal, aplicadas pelo fiscal) são indedutíveis para o IRPJ e CSSL. Já a
MULTA de MORA (por atraso do tributo) é perfeitamente dedutível.
Contabilidade:
Exemplo 01:
Exemplo:
Valor original: 112.355,00
Valor da multa de mora: 44.471,00
Valor dos juros: 82.489,12
Exemplo 02:
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Fechamento de Balanço © - 56
Exemplo 03:
Neste exemplo, cabe adição na parte A do LALUR, pela mula multa de ofício, por
autuação fiscal, aplicadas pelo fisco, no valor de R$ 84.266,25:
Lalur:
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Fechamento de Balanço © - 57
Neste grupo de contas são analisadas as despesas incorridas no mês, que devem ser
contabilizadas pelo Regime e Competência, devendo ser registradas, no mês ou ano
seguinte, pelo Regime de Caixa (pagamento). São contas, que isoladamente não são
expressivas, mas somadas podem representar uma boa economia de IRPJ e CSSL. Por
exemplo, se a empresa estiver apurando lucro, cada R$ 1,00 contabilizado como
despesa gera uma economia de R$ 0,25 a R$ 0,34, sem considerar o efeito do Pis e da
Cofins não cumulativos, por isso a importância do Contador verificar conta por conta.
Abaixo citamos alguns exemplos:
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Fechamento de Balanço © - 58
4. Despesas de Leasing
5. Aluguel a pagar
Data Conta Contábil Histórico Débito Crédito
Essas notas fiscais emitidas no mês seguinte ao da realização dos serviços podem ser
contabilizadas pelo regime de competência, no período em que foi incorrida ou
realizada a despesa, prova disso é o contrato firmado entre as partes, bem como a
descrição que a nota fiscal se refere ao trabalho executado no mês contratado:
dezembro/2005, mesmo que as notas sejam emitidas no mês de janeiro ou fevereiro de
2006.
Normalmente são pequenas despesas feitas no final do ano de 2005 e pagas no início de
2006, são contabilizadas incorretamente no ano de 2006.
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Fechamento de Balanço © - 59
Esses valores, mesmo de monta pequena devem ser contabilizados no balanço encerrado
em 31.12.2005, com conseqüente economia tributária.
Como são valores menores, a contabilização desses valores pode ser feita em uma única
conta, pois em janeiro de 2006 serão baixados.
8. Outras despesas referentes ao exercício que devem ser apropriadas pelo regime
de competência e pagas no exercício seguinte
Notas fiscais ref despesas de viagens pagas em jan/06, mas as mesmas foram
emitidas em dez/05
31/12/05 Despesas de viagens Vlr nfs. Combustível/ hospedagem/
-Despesas restaurante a pagar cfe relatório de
viagens nº 100/2005 1.350,00
31/12/05 Outras Contas a Pagar Vlr nfs. Combustível/ hospedagem/
-Contas a Pagar – PC restaurante a pagar cfe relatório de
viagens nº 100/2005 1.350,00
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Fechamento de Balanço © - 60
10. Comissões a pagar sobre vendas com cartão de crédito (taxa cartão de crédito e
juros antecipação cartão de créditos).
Comentários:
Isto posto, nos permite comentar que o Contador deve julgar se é necessário ou não
adotar certos procedimentos citados neste trabalho. Por exemplo: se a empresa estiver
com prejuízo fiscal no exercício não é interessante (do ponto de vista tributário) realizar
os lançamentos contábeis descritos, pois aumentará o prejuízo fiscal, e este está limitado
sua compensação a 30% do lucro do exercício. Assim, ao contabilizar o gasto no ano
seguinte estará aproveitando a totalidade da despesa, sem criar problemas com o fisco
federal, pois o fisco não poderá desconsiderar (glosar) uma fatura de energia elétrica,
emitida em 05/01/06, referente dez/05 e contabilizada em 2006, devido à existência da
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fatura com data de emissão no ano de 2006, tão pouco poderá tornar a despesa
indedutível se for contabilizada pelo Regime de Competência em 2005.
Outro fator importante, é o de que cada lançamento contábil necessita ter consistência
documental, seja contratual ou legal.
Exemplos:
A contabilização das comissões de cartão de crédito deve estar suportada
por relatório individualizado das vendas, sobre o qual é aplicado o índice de
comissão contratado com a Administradora do Cartão de Crédito, comprovando
que o valor é devido na competência contabilizada. O lançamento contábil pode
ser global por administradora de cartão, com base em relatório discriminativo.
Qualquer valor contabilizado no Passivo sem que se possa mensurar que o valor
é devido na data, torna-se uma provisão: um valor que depende de efeitos
futuros para ser realizar, incerto; e deverá ser adicionado ao IRPJ e à CSSL,
conforme art. 13, da Lei 9.249/95.
O valor dos tributos, multas e juros devem estar discriminados em uma
planilha, compondo competência por competência em atraso, suas respectivas
multas e juros, para comprovar, a qualquer tempo, à uma fiscalização que os
valores são devidos conforme a lei determina e que as bases estão compostas e
declaradas na DCTF, DIPJ, Gia, Gfip, etc.
O valor da fatura de energia elétrica contabilizada em dez/x1 deve estar
em conformidade com o valor pago, nada impede que sejam feitos ajustes no
mês seguinte para adequar o saldo contábil, desde que não representativos. Por
exemplo, o valor da fatura é de R$ 1.000,00, no entanto foi contabilizado R$
1.100,00, realiza-se um ajuste de R$ 100,00. Diferentemente quando contabiliza
R$ 10.000,00, no ano anterior e o valor correto é R$ 2.000,00, certamente em
uma fiscalização o valor será glosado.
Portanto, para fins de apuração do resultado contábil, é interessante que estes registros
sejam feitos imediatamente por ocasião do recebimento do bem, para permitir a dedução
como despesa financeira do ajuste de valor das parcelas vincendas.
Exemplo:
Valor de veículo adquirido mediante consórcio: R$ 50.000,00
Valor das quotas já pagas (registradas no ativo) R$ 20.000,00
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Ajuste contábil:
c) Efeitos fiscais
Imposto de Renda: retêm-se 15% dos sócios mas deduz-se integralmente como
despesa financeira (dentro dos limites e condições fixados pelo artigo 347 do
Regulamento do IR), podendo reduzir até 25% de IRPJ. A diferença pode resultar em
menor IRPJ de até 10% sobre o valor pago/creditado dos juros.
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Contribuição Social: pode deduzir-se até 100% do valor pago/creditado, dentro dos
limites e condições fixados, podendo economizar até 9% do valor.
Em síntese: a utilização deste planejamento poderá resultar numa economia de até 19%
do valor pago/creditado.
Exemplo de Cálculo:
Patrimônio Líquido
Capital Social 3.000.000,00
Reserva de Reavaliação 500.000,00
Outras Reservas 350.000,00
Lucros Acumulados 1.000.000,00
Total Patrimônio Líquido 4.850.000,00
Demonstrativo do Cálculo
(+ )Total Patrimônio Líquido 4.850.000,00
( - )Reserva de Reavaliação (500.000,00
)
= Base de Cálculo 4.350.000,00
Alíquota 12%
Valor dos Juros 522.000,00
Limite de Dedutibilidade
Para fins de dedutibilidade existem dois critérios que devem ser observados: a) limitado
pela multiplicação do Patrimônio Líquido pela taxa da TJLP anual ou trimestral (lucro
trimestral); b) limitado a 50% lucros acumulados de exercícios anteriores ou 50% dos
lucros do exercício (qual for o maior).
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A empresa recolhe 15% IRRF sobre o valor dos juros e pode deduzir como despesa do
lucro real (observados os critérios de dedutibilidade comentados). No exemplo a
empresa tinha um lucro de R$ 600.000,00, com a contabilização dos juros passou a ter
um lucro de apenas R$ 100.000,00, a economia foi de aproximadamente R$ 100.000,00
de IRPJ [175.000,00 (500.000,00 x 34%) - 75.000,00 (IRRF)].
O Contador deve observar que há uma tributação reflexa para as pessoas jurídicas sócias
que percebem o rendimento. A empresa que recebe os juros sobre capital próprio deverá
contabilizar o valor destinado (recebido ou não) como receita financeira e se recuperar
do Imposto de Renda Retido na Fonte. Já, se o sócio for pessoa física o rendimento será
consideração como exclusivo na fonte, não sendo tributado novamente. Antes da opção
pelos juros sobre capital próprio deve-se estudar a viabilidade tributária considerando a
tributação reflexa do sócio (pessoa jurídica).
Contabilização:
Data Conta Contábil Histórico Débito Crédito
As contas devem estar conciliadas com o relatório de provisão de férias e 13º salários. B
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Cláudio Correa 01/06/05 994, 4 331,3 110,45 441,8 127,2 37,5 606,5
05 5 0 4 5 9
Dias Gomes 15/10/04 1.809, 12 1.809,8 603,2 2.413,0 694,9 205,1 3.313,1
81 1 7 8 7 1 6
Edson Souza 02/01/05 1.781, 9 1.336,3 445,4 1.781,7 513,1 151,4 2.446,3
78 4 5 8 5 5 8
Francisco Zeno 01/09/05 2.331, 1 194,2 64,7 259,0 74,5 22,0 355,6
00 5 5 0 9 2 1
Contabilização:
Neste exemplo, foi considerado que a empresa não havia efetuada a provisão de férias
anteriormente.
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Contabilização:
A Provisão de férias deve ser contabilizada mês a mês, sempre ajustando o saldo do mês
em relação ao saldo do mês anterior. Neste exemplo, estamos demonstrando a
contabilização de dez/05, considerando que o saldo anterior é o de 30/09/05.
Observação: o saldo contábil deve ser o mesmo valor constante no relatório de férias a
pagar, caso o setor de Pessoal não forneça o relatório da provisão de férias,
alternativamente o Contador poderá elaborar planilha de provisão de férias com base no
salário de cada funcionário e o número de meses a que tem direito, considerando os
encargos de INSS e FGTS.
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Por lei o 13º salário deve ser pago até o dia 20 de dezembro de cada ano, então
dificilmente estará provisionado nos saldos do balanço de 31 de dezembro de 2005,
exceto quando não pago no período determinado pela Lei. No entanto, o lançamento
contábil, mês a mês, da provisão do 13º Salário e dos encargos evitará que a empresa
antecipe IRPJ e CSSL indevidamente, podendo a empresa reduzir e suspender o
pagamento dos tributos em um determinado mês, pelo balancete de redução ou
suspensão. O mesmo ocorre com a empresa que optou pelo lucro real trimestral, e em
cada trimestre contabilizou a provisão do 13º salário.
Contabilização:
Neste exemplo, foi considerado que a empresa não havia efetuada a provisão de 13º
salário anteriormente.
Para fins de provisão de 13º salário devem ser observadas as mesmas considerações
mencionadas no item da Provisão de férias, lembrando que em 31/12 não haverá saldo
de provisão de 13º salário, devido ao fato que o 13º salário deve ser pago até 20/12 de
cada ano, conforme determina a legislação trabalhista.
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A empresa que adota a participação dos trabalhadores nos lucros, quando distribuída de
acordo com a Lei 10.101/2000, não se sujeita á incidência de INSS e FGTS ou qualquer
outra verba trabalhista.
Outro detalhe é que a pessoa jurídica poderá deduzir como despesa operacional as
participações atribuídas aos empregados nos lucros ou resultados, dentro do próprio
exercício de sua constituição.
Assim, não há necessidade que a participação esteja “paga” para que seja dedutível,
podendo ser contabilizada nos balancetes ou balanço, segundo o regime de
competência.
Exemplo:
Balancete de 31.12.2005
Lucro Líquido do Período: R$ 1.200.000,00
Participação dos Trabalhadores no Lucro Líquido: 9%
Valor contabilizável como despesa operacional: R$ 108.000,00
Lançamento:
Data Conta Contábil Histórico Débito Crédito
Contabilização:
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As contas do Exigível a Longo Prazo devem ser verificadas com relação aos
documentos suportes de movimentação no ano, a classificação superior a 12 meses após
encerramento do balanço e planilhas subsidiárias.
Nos contratos com vencimento a longo prazo, devem ser reclassificadas para o Passivo
Circulante as parcelas a vencer no período de 12 meses após o encerramento do balanço
de 31.12.2005. Dessa forma, um contrato com saldo de R$ 360.000,00, em
31.12.20025, restando 36 parcelas a vencer, nos próximos 36 meses, será classificado da
seguinte forma:
12 parcelas*¹ x 10.000,00 = 120.000,00 -> serão reclassificadas para o
Passivo Circulante.
24 parcelas*² x 10.000,00 = 240.000,00 -> estarão registradas no Passivo
Exigível a Longo Prazo.
*¹com vencimento nos meses de janeiro de 2006 a dezembro de 2006.
*²parcelas com vencimentos a partir de 01.01.2007 (12 meses após o encerramento do balanço
– 31.12.2005)
Tratamento idêntico deve ser adotado para as demais contas, como exemplo os
parcelamentos de tributos a longo prazo, os empréstimos a terceiros a longo prazo. De
forma a cumprir o disposto no art. 180 da Lei 6.404/76. Bem assim, para manter
consistentes os índices financeiros, gerenciais e econômicos que serão extraídos das
Demonstrações Financeiras.
Por opção da empresa, a reclassificação pode ser feita no último dia do balanço e
revertida no primeiro dia do ano seguinte, desde que no Balanço encerrado em
31.12.2005, constem as reclassificações para o Passivo Circulante.
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Fechamento de Balanço © - 70
norma Contábil. Para fins da norma tributária independe se a classificação for a curto ou
longo prazo.
Dessa forma, os juros e variações monetárias dos contratos a longo prazo são dedutíveis
conforme forem incorrendo. Da mesma forma os juros e variações sobre parcelamentos
tributários.
11.1 Considerações
O artigo 181 da Lei 6406/76, dispõe que serão classificadas como resultados de
exercício futuro as receitas de exercícios futuros, diminuídas dos custos e despesas a
elas correspondentes.
A tributação das receitas será efetuada de acordo com o regime a que competirem,
gerando menor desencaixe de tributos por ocasião do faturamento, de acordo com a
correta apropriação contábil.
Exemplo:
Contabilização:
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a) faturamento antecipado
O faturamento antecipado ocorre quando uma empresa vendedora emite nota fiscal e
fatura de uma mercadoria (ou serviços) que ainda não produziu ou não adquiriu de seu
fornecedor (para revenda).
Fornecimento de uma torre com faturamento antecipado, para fins de cobrança bancária,
no valor de R$ 300.000,00. Faturamento em novembro/2005. Os materiais serão
adquiridos e entregues somente em janeiro/2006. Momento da apropriação da receita:
janeiro/2006.
Contabilização:
Em nov./2005
D. Clientes - Contas a Receber
C. Resultado de Exercícios Futuros – Vendas de mercadorias R$ 300.000,00
Em jan/2006
b) Venda futura
No caso de venda para entrega futura, isto é, quando a mercadoria vendida é colocada à
disposição do comprador, mas, por conveniência deste, permanece em poder do
vendedor, aí sim, cabe o reconhecimento da receita da venda e do respectivo custo no
momento em que foi emitida a nota fiscal.
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Contabilização:
Em nov./2005
D. Clientes - Contas a Receber
C. Venda de Mercadorias – Vendas de mercadorias R$ 300.000,00
Portanto, a distinção básica que se faz entre essas duas operações reside no fato de a
empresa vendedora possuir ou não a mercadoria (ou serviços) objeto da compra e venda
em seu ativo (estoques) ou a comando executório (serviços em andamento).
13. RECEITAS
Na receita bruta não se incluem (Lei 8.981/95, art. 31, parágrafo único):
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Desta forma, para que se possa aplicar o conceito legal de Receita Operacional Bruta, é
recomendável que a empresa que contabiliza o IPI e o ICMS como Receita de Vendas, o
faça em conta de “Faturamento Bruto” e não em “Receita de Venda de Produtos”,
ficando assim o plano de contas da empresa:
Faturamento Bruto
(-) IPI Faturado
(-) ICMS Substituição Tributária
(=) Receita Bruta de Vendas e Serviços
A receita bruta deve ser registrada pelos valores totais, incluindo os impostos sobre ela
incidentes (exceto IPI e ICMS substituição tributária), que são registrados em contas
devedoras. Desta forma, os valores dos impostos incidentes sobre as vendas, tais como:
ISS, ICMS, PIS, COFINS, serão diminuídos da receita bruta.
As receitas devem ser conciliadas com o livro de apuração do Icms, IPI ou do ISS, para
evitar lançamentos a maior ou a menor, com conseqüências tributárias. Até porque em
uma fiscalização a empresa deve apresentar os livros, os quais não podem divergir da
contabilidade.
Para confirmar se os saldos das contas de Receitas estão corretas, deve-se confrontar a
Receita constante no balancete com os Livros de saída de Mercadorias ou Produtos
(ICMS/IPI) e de Serviços (ISS),atendo-se aos grupos:
5.101 a 5.125; 5.35; 5.401 a 5.405; (no estado)
6.101 a 6.125; 6.35; 6.401 a 6.405; (interestadual)
7.101 a 7.125; 7.35; 7.401 a 7.405; (exportação)
Observar que muitos códigos de saídas não são receitas, ex: simples remessa, devolução
de compras, transferências, simples remessa, venda do imobilizado, retorno, doação,
amostra, etc.
Esse é o principal exame, nesse grupo de contas, que deve ser efetuado para não deixar
dúvidas sobre os saldos das contas de receitas.
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Lembrar que o IPI destacado e faturado nas notas fiscais não é computado na base de
cálculo para recolhimento de tributos.
O ICMS, o Pis e a Cofins substituição tributária não são computados na base de cálculo
para recolhimento de tributos;
A correta contabilização do Vale Pedágio, instituído pela Lei 10209/2001, pode permitir
uma redução de custos tributários no frete, tanto para a empresa contratante como para o
transportador da carga.
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a) com base na relação entre os custos incorridos no período de apuração e o custo total
estimado da execução da empreitada ou da produção; ou
b) com base em laudo técnico de profissional habilitado, segundo a natureza da
empreitada ou dos bens ou serviços, que certifique a percentagem executada em função
do progresso físico da empreitada ou produção.
Portanto, observe-se que o contribuinte poderá optar por um dos dois critérios.
Naturalmente, fará a adoção do critério que resultar menor valor tributável, para fins de
IRPJ, CSL, PIS, COFINS e ISS.
Exemplificando:
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14.CUSTOS E DESPESAS
14.1 CUSTOS
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Código
Conta Conta
Saldos
Débito Crédito
4.2.1.01
TOTAL 32.400,00 0,00
1) 1ª hipótese
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Cálculo:
Custo unitário =32.400,00 : 1000 = 32,40
Estoque = 32,40 x 85 unidades = 2.754,00
D- Estoque de produtos
C- Custos – ((-)transf. p/ estoques) 2.754,00
2) 2ª hipótese
a) Produto acabado
Contabilização:
D – Estoque de Produtos acabados
C – Custos – ((-)transf. p/ estoques) 7.840,00
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Contabilização:
D – Estoque de Produtos em elaboração
C – Custos – ((-)transf. p/ estoques) 1.881,60
c) Matéria- Prima
Matéria-prima: 17 x 15,00*
Matéria-prima: 255,00
* matéria-prima pode ser calcula pelo preço das últimas aquisições menos os impostos não cumulativos.
Contabilização:
D – Estoque de Matérias-primas
C – Custos – ((-)transf. p/ estoques) 255,00
Então, após as transferências para o grupo de Estoque, o Custo dos Produtos que era de
R$ 32.400,00, conforme o balancete acima, ficou com o custo de 22.423,40 (32.400,00
– 7.840,00 -1.881,60 – 255,00).
Exemplo:
Receitas
Receita de Produtos 3.500.000,00
Receita de Mercadorias 500.000,00
Receita de Exportações Produtos 1.000.000,00
Total das Receitas 5.000.000,00
Deduções da Receita
(-) IPI 400.000,00
(-) ICMS 500.000,00
(-) PIS 26.000,00
(-) Cofins 110.000,00
(-) Devoluções 100.000,00
(-) Vendas canceladas 15.000,00
Total das Deduções 1.151.000,00
Custos
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CPV 1.735.000,00
CMV 245.000,00
Total 1.980.000,00
Fórmula:
Índice= (CPV + CMV )
(Receita – Deduções)
Calculando:
Ao calcular esse índice, pode-se comparar mês a mês a variação do custo em função da
Receita Líquida (Receita Bruta - impostos - devoluções). No mês em que houver
divergências significativas, deve ser averiguado o motivo da distorção. Por exemplo, em
um determinado mês o CPV/CMV aumenta para 80% da Receita Líquida, sendo que a
média é em torno de 52%, deve ser investigada a situação.
14.2 DESPESAS
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Fechamento de Balanço © - 83
Nesse grupo são segregados os resultados não operacionais, ou seja, aqueles decorrentes
de outras operações não ligadas às atividades principais ou acessórias da empresa, tais
como:
Nessas contas devem ser registrados os valores relativos à Contribuição Social Sobre o
Lucro e do Imposto de Renda devido sobre o resultado ajustado de adições e exclusões
ao Lucro Real:
- a título de Imposto de Renda sobre o lucro calcular uma alíquota de 15% sobre o
resultado e ajustes, acrescido de um adicional de Imposto de Renda de 10%, quando o
lucro tributário ultrapassar a R$ 240.000,00;
- a título de Contribuição Social, calcular a uma alíquota de 9% sobre o resultado
contábil ajustado.
Selecionar as contas mais relevantes de despesas e pelo razão contábil (o qual pode ser
visualizada na tela do computador) para analisar alguns documentos que julgar
necessário;
Para efeito de apuração do lucro real e da base de cálculo da contribuição social sobre o
lucro líquido, são vedadas as seguintes deduções:
1. de qualquer provisão, exceto as constituídas para o pagamento de férias
de empregados e de 13º salário, e as provisões técnicas das companhias de
seguro e de capitalização, bem como das entidades de previdência privada, cuja
constituição é exigida pela legislação especial a elas aplicável.
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Fechamento de Balanço © - 84
- multas de trânsito;
- pagamentos por mera liberalidade;
- multas de ofício cobradas na autuações fiscais
O artigo 10 da Lei nº 9.249/95 dispõe que os lucros ou dividendos calculados com base
nos resultados apurados a partir do mês de janeiro de 1996, pagos ou creditados pelas
pessoas jurídicas tributadas com base no lucro real, presumido ou arbitrado, não ficarão
sujeitos à incidência do imposto de renda na fonte, nem integrarão a base de cálculo do
imposto de renda do beneficiário, pessoa física ou jurídica, domiciliada no País ou no
exterior.
A pessoa jurídica poderá distribuir lucros antecipadamente aos seus sócios antes do
encerramento do exercício social. Para isto deverá levantar balanços intermediários,
semestrais ou em períodos menores, com previsão contratual (para as sociedades
limitadas) ou estatutária (para as sociedades anônimas), observado o disposto no art.
204 da Lei 6.404/1976.
Assim, entendemos que a pessoa jurídica optante pelo lucro real poderá distribuir lucros
aos seus sócios antes do encerramento do exercício com isenção do Imposto de Renda
na Fonte, devendo, no entanto, levantar balanço intermediário com previsão contratual
ou estatutária e desde que tenha apurado lucro contábil suficiente para a distribuição.
Não cumprindo estas condições, será tributado pelo IR Fonte, mediante aplicação da
tabela progressiva vigente no mês do pagamento (art. 620 do RIR/99).
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Fechamento de Balanço © - 85
Em resumo:
Para não incidir INSS sobre O lucro distribuído pelas empresas em geral aos respectivos
sócios, a título de lucros do próprio exercício, não integra a remuneração para efeito de
contribuição previdenciária (20%), desde que seja com base na escrituração contábil e
que conste no contrato social cláusula que fixe a apuração e distribuição de lucros em
períodos menores que 12 meses, sendo tais demonstrações (balanço e resultado)
transcritas no livro diário.
15.4 Distribuição de lucros ou dividendos por pessoa jurídica em débito para com a
Fazenda Nacional
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Fechamento de Balanço © - 86
Descrição Valor R$
1. Prejuízo Contábil apurado na escrituração (100.000,00)
2. Adições ao Lucro Real – Despesas Não Dedutíveis 10.000,00
3. Exclusões ao Lucro Real – Equivalência Patrimonial Credora 50.000,00
4. Prejuízo Fiscal no Período (1 + 2 – 3) (140.000,00)
Compensações
Desta forma, quando a pessoa jurídica obtiver lucro real, este poderá ser “abatido” com
eventuais prejuízos fiscais apurados em períodos anteriores.
Entretanto, a compensação de tais prejuízos é limitada a 30% (trinta por cento) do lucro
real antes da compensação.
Exemplo:
Descrição Valor R$
1. Lucro Real em 31.12.2004, antes da Compensação de Prejuízos 100.000,00
2. Prejuízos Fiscais Compensáveis 80.000,00
3. Prejuízos Fiscais que poderão ser utilizados, para compensação com o 30.000,00
Lucro Real de 31.12.2004 (1 x 30%)
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Fechamento de Balanço © - 87
a) se o prejuízo fiscal for maior, todo o resultado não operacional negativo será
considerado prejuízo fiscal não operacional e a parcela excedente será considerada
prejuízo fiscal das atividades operacionais;
b) se todo o resultado não operacional negativo for maior ou igual ao prejuízo fiscal,
todo o prejuízo fiscal será considerado não operacional.
Exemplos:
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Fechamento de Balanço © - 88
O prejuízo não operacional assim apurado deverá ser controlado em folha específica na
parte “B” do LALUR e só poderá ser compensado em período-base subseqüente onde
for apurado resultado não operacional positivo, até o valor deste.
Exemplo 1:
Exemplo 2:
Exemplo 3:
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Fechamento de Balanço © - 89
A pessoa jurídica sucessora por incorporação, fusão ou cisão não poderá compensar
prejuízos fiscais da sucedida (Decreto-Lei 2.341/87, art. 33).
No caso de cisão parcial, a pessoa jurídica cindida poderá compensar os seus próprios
prejuízos, proporcionalmente à parcela remanescente do patrimônio líquido (Decreto-
Lei 2.341/87, art. 33, parágrafo único).
Nestes casos, em hipótese alguma, a sucessora pode levar para o seu LALUR prejuízos
fiscais apurados na empresa sucedida.
Assim, os prejuízos fiscais que não puderem ser compensados na apuração do lucro real
relativo ao evento, não mais poderão ser aproveitados, exceto no caso de cisão parcial.
Nessa forma de reestruturação de empresas, a pessoa jurídica cindida parcialmente pode
continuar a compensar seus próprios prejuízos, proporcionalmente à parte remanescente
do patrimônio líquido.
A pessoa jurídica tributada pelo lucro real, com prejuízo fiscal a compensar, que venha a
optar pelo lucro presumido em período (s) posterior (es), poderá efetuar a compensação
desse prejuízo caso retorne ao lucro real.
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Fechamento de Balanço © - 90
17.1.1 PARTE "A" - é a parte onde irão discriminados os ajustes, por data, ao Lucro
Real, como: despesas indedutíveis, valores excluídos, e a respectiva Demonstração do
Lucro Real.
Exemplo:
PARTE A - REGISTRO DOS AJUSTES DO LUCRO LÍQUIDO DO Pág. 15
EXERCÍCIO
DATA H I S T Ó R I C O ADIÇÕES EXCLUSÕES
NATUREZA DOS AJUSTES
05.03.05 Multas registradas Livro Diário, fl. 108 6.438,47
31.05.05 Multas registradas Livro Diário, fl. 115 612,39
29.06.05 Multas registradas Livro Diário, fl. 129 510,68
18.09.05 Multas registradas Livro Diário, fl. 137 5.938,92 13.500,46
30.12..05 Dividendos recebidos registrados Livro Diário, fl. 130 1.744,00
EXCLUSÕES:
DIVIDENDOS 1.744,00
COMPENSAÇÃO DE PREJUÍZOS:
31 de Dezembro de 2005,
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17.1.2. PARTE "B" - incluem-se os valores que afetarão o Lucro Real de períodos-base
futuros, como, por exemplo: Prejuízos a Compensar, Depreciação Acelerada
Incentivada, Lucro Inflacionário Acumulado até 31.12.1995, etc.
Exemplo:
PARTE B - CONTROLE DE VALORES QUE CONSTITUIRÃO AJUSTES DO Pág. 35
LUCRO LÍQUIDO DE EXERCÍCIOS FUTUROS
CONTA: PREJUÍZO FISCAL ANO CALENDÁRIO 2003
DATA HISTÓRICO Para efeitos de Correção Controle de Valores
Monetária
Mês de Valor a Coef Débito Crédito Valor D/
Ref. Corrigir . Corrigido C
Assim, uma empresa que apurou um lucro contábil de R$ 100.000,00, mas contabilizou
despesas não aceitas como redutoras para fins fiscais, de R$ 20.000,00, deverá ajustar o
lucro contábil, via Livro de Apuração do Lucro Real (LALUR), uma vez que este lucro
não pode e não deve ser alterado contabilmente.
É de notar que não há, neste caso, nenhuma necessidade de controle a ser efetuado na
Parte "B" do LALUR, pois a despesa é indedutível. O controle na Parte "B" far-se-ia
necessário se a dedutibilidade fosse vinculada a um evento futuro, como por exemplo,
de despesas com a constituição de provisões, que são dedutíveis apenas quando o fato
provisionado ocorrer. Nesta última hipótese, a despesa seria adicionada e anotada na
Parte "B" do LALUR, para ser excluída, quando efetivamente a perda provisionada se
materializasse.
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Adiante uma lista dos principais valores a serem excluídos, desde que atendido as
particularidades da legislação que regem cada assunto:
Para o controle das despesas consideradas indedutíveis, podem ser criadas contas
contábeis específicas, exemplo: multas de trânsito, provisões indedutíveis, etc. Esse
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1 - os valores cuja dedução seja autorizada pela legislação da CSLL e que não tenham
sido deduzidos na apuração do lucro líquido.
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Admite-se a escrituração resumida no Diário, por totais que não excedam ao período de
um mês, desde que utilizados livros auxiliares para registro individuado e conservados
os documentos que permitam sua perfeita verificação.
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O prazo de apresentação dos arquivos de que trata o artigo anterior será de, no mínimo,
vinte dias, podendo ser prorrogado por igual período pela autoridade solicitante.
O contribuinte que optar pelo lucro Real deverá manter escriturado o Livro Diário com
as respectivas demonstrações financeiras, Livro Razão, Livro de Inventário, Livro de
Apuração do Lucro Real – Lalur, arquivo magnético da Contabilidade dos últimos 05
anos, senão poderá ter seu lucro arbitrado, conforme artigo 530 do RIR/99.
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a) ICMS e IPI
b)ISS
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Nota: a presunção de omissão de receita, neste caso, tem seu fundamento na idéia de que o “caixa dois”,
suprido por receita omitida da contabilidade, vem abastecer o caixa contábil, quando este necessita de
recursos. Assim, simula-se um suprimento do caixa, cuja origem estaria na pessoa do sócio. Quando
algum sócio assim proceder, é importante que estes recursos sejam perfeitamente identificáveis,
especialmente quanto à origem. Recomenda-se repassar o dinheiro emprestado para a empresa por cheque
ou transferência eletrônica de fundos. Assim, fica inquestionável a origem e a efetividade do suprimento
de caixa, via operação bancária.
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Nota: pede-se identificar a falta de emissão de documentos fiscais através do seguinte procedimento:
contagem dos valores disponíveis no caixa, em moeda, cheques ou depósitos efetuados no dia; na
seqüência compara-se tais valores com as Notas Fiscais ou documentos equivalentes emitidos no dia,
identificando, assim a falta de emissão destes. Evidentemente, devem ser considerados os saldos de caixa
de dias anteriores. Outra forma de comprovar é mediante o exame de duplicatas cobradas, em carteira ou
em cobrança bancária sem respaldo equivalente em notas fiscais.
Verificada por indícios a omissão de receita, a autoridade tributária poderá, para efeito
de determinação da base de cálculo sujeita à incidência do imposto, arbitrar a receita do
contribuinte, tomando por base as receitas, apuradas em procedimento fiscal,
correspondentes ao movimento diário das vendas, da prestação de serviços e de
quaisquer outras operações .
Nota: entendemos que as disposições são muito frágeis para sustentar um lançamento em razão da grande
quantidade de fatores que podem deturpar a amostragem colhida no curto espaço de tempo previsto no
parágrafo 1° do art. 284. Por exemplo, se a amostragem for utilizada no comércio, ás vésperas do Natal,
dia das mães, etc. em que o movimento comercial é significativamente maior do que nos demais dias.
Nota: a diferença de controle quantitativo ocorre quando o controle de estoques (se houver) acusar
diferenças. Por exemplo: comprou-se 100 unidades da mercadoria Y, vendeu-se 40, mas no estoque estão
apenas 10. A diferença tributável é de 100 - 40 - 10 = 50.
Mas é importante frisar que, nos estabelecimentos industriais, sempre há alguma perda de material ou
refugo, que poderá distorcer esta análise (vide artigo 291 deste Regulamento).
Nota: a situação mais comum é a existência de contas bancárias não contabilizadas, em nome da pessoa
jurídica. Como não estão registrados, os valores de depósitos ou créditos nas respectivas contas
dificilmente podem ter sua origem comprovada. Daí a presunção de omissão de receita.
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As empresas que firmarem o termo de adesão a partir de 2.000 não precisam renovar o
formulário, no entanto, aquelas que o fizeram antes, devem renovar o mesmo, que a
partir dessa renovação será válido por prazo indeterminado, conforme art. 10 da Lei
9.532/97 e art. 2 da Portaria SIT 3/2002.
Exemplo:
Valor do IRPJ (sem adicional*) devido: R$ 120.000,00
Limite de dedução do PAT: 4% de R$ 120.000,00 = R$ 4.800,00
*O cálculo deve ser feito sem considerar o adicional do imposto de renda de 10%
Além disso, a dedução fica limitada a 4% do imposto devido (também sem a inclusão
do adicional), se for pleiteada em conjunto com o incentivo relativo a Programas de
Desenvolvimento Tecnológico Industrial/Agropecuário (PDTI/PDTA).
Para calcular o valor a ser deduzido do imposto de renda, verifica-se os dois limites
acima citados e utilizar o de menor valor.
Exemplo 1:
Mês de janeiro/2005
Valor do imposto de renda: 40.000,00* x 4% (limite PAT) = 1.600,00
Refeições servidas no mês: 2.500 x 1,99 (valor por refeição) x 15%
Refeições servidas no mês: 4.975,00 x 15% = 746,25
No mês de janeiro/2005, é permitida a dedução do I.R., a título de PAT, o menor valor
dos limites acima, ou seja, R$ 746,25
* sem considerar o adicional de I.R. de 10%
Exemplo 2:
Mês de janeiro/2005
Valor do imposto de renda: 40.000,00* x 4% (limite PAT) = 1.600,00
Refeições servidas no mês: 6.000 x 1,99 (valor por refeição) x 15%
Refeições servidas no mês: 11.940.00 x 15% = 1.791,00
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Nota:
Importante salientar que o desjejum (lanche), também poderá ser considerado como
refeição, para fins do cálculo do número de refeições do PAT.
Os referidos benefícios aplicam-se tão somente às pessoas jurídicas tributadas com base
no lucro real.
a) Desconto na CSLL
As pessoas jurídicas, tributadas com base no lucro real, poderão utilizar crédito relativo
à Contribuição Social sobre o Lucro Líquido - CSLL, à razão de 25% por cento sobre a
depreciação contábil de máquinas, aparelhos, instrumentos e equipamentos, novos,
relacionados em ato do Poder Executivo, adquiridos entre 1o de outubro de 2004 e 31
de dezembro de 2006 (data fixada pelo art. 35 da Lei 11.196/2005), destinados ao ativo
imobilizado e empregados em processo industrial do adquirente.
Os bens alvo do referido incentivo são aqueles relacionados nos Decretos 4.955/2004, e
5.173/2004, conforme Decreto 5.222/2004.
O crédito será deduzido do valor da CSLL apurada, no regime trimestral ou anual.
Exemplo:
Depreciação de máquinas – valor contabilizado R$ 1.000,00
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b) Limite
A utilização do crédito está limitada ao saldo da CSLL a pagar não gerando a parcela
excedente, em qualquer hipótese, direito à restituição, compensação, ressarcimento ou
aproveitamento em períodos de apuração posteriores.
Exemplo:
a) Crédito da CSLL R$ 500,00
b) CSLL apurada no mesmo período do crédito da CSLL acima: R$ 300,00
Neste exemplo, o crédito da CSLL será de R$ 300,00, pois é o menor valor entre o
crédito (a) e a CSLL apurada (b).
c) Estimativa mensal
Será admitida a utilização do crédito no pagamento mensal por estimativa.
O crédito a ser efetivamente utilizado está limitado à CSLL apurada no encerramento do
período de apuração.
d) Vedação
É vedada a utilização do crédito da CSLL, tanto na apuração anual ou trimestral quanto
no pagamento por estimativa, na hipótese de a pessoa jurídica não compensar base de
cálculo negativa de períodos anteriores existente ou o fizer em valor inferior ao
admitido na legislação.
f) Reversão
A partir do ano-calendário subseqüente ao término do período de gozo do benefício,
deverá ser adicionado à CSLL devida o valor utilizado a título de crédito em função dos
anos-calendário de gozo do benefício e do regime de apuração da CSLL.
A parcela a ser adicionada será devida pelo seu valor integral, ainda que a pessoa
jurídica apure, no período, base de cálculo negativa da CSLL.
Exemplo 1:
Dedução de créditos da CSLL de 2004 a 2008, relativo a máquina incentivada: R$
25.000,00.
Número de anos de gozo do benefício: 5 (considerando-se que houve fruição do
desconto em todos os anos)
Valor da reversão: R$ 25.000,00 : 5 = R$ 5.000,00/ano.
Por ocasião da apuração da CSLL devida no primeiro período do ano de 2009, apurou-
se CSLL devida de R$ 1.000,00.
Então, a CSLL a pagar será de:
R$ 5.000,00 (adição da CSLL no período) mais R$ 1.000,00 (CSLL devida no período
de apuração) = R$ 6.000,00.
Exemplo 2:
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LUCRO PRESUMIDO
A opção pelo Lucro Real Anual, Lucro Real Trimestral ou Lucro Presumido será
manifestado pelo pagamento da 1ª quota de qualquer um dos regimes, mediante DARF,
sendo que a legislação não permite mudar a forma de tributação durante o ano-
calendário (art.13, Lei 9.718/98).
Por isso, é de extrema importância fazer uma análise detalhada de qual é a melhor forma
de tributação, antes do pagamento da 1ª quota do Imposto, pois se a empresa optou pelo
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Lucro Real (anual ou trimestral) não poderá modificar no ano-calendário para o Lucro
Presumido e vice-versa. Lembrando que a opção feita para o Imposto de Renda deve ser
a mesma para a Contribuição Social sobre o Lucro.
Para realizar a opção pelo lucro presumido deve ser feito um estudo detalhado sobre a
lucratividade, sendo que o lucro da atividade da empresa deve ser seguramente maior
que o Lucro Presumido pela legislação.
A empresa deve ficar atenta que os ganhos de capital, receita financeira, descontos
obtidos e demais receitas não tem redução do percentual da base de cálculo, devendo ser
calculado o Imposto de Renda sobre a totalidade.
Não poderão optar pelo Lucro Presumido, por serem obrigadas a apurar o Lucro Real,
conforme art. 14 da Lei 9.718/98, as seguintes empresas:
Outro fator importante para discernir qual a melhor opção de tributação, se é pelo lucro
real ou pelo presumido, é o pagamento das contribuições para o PIS e a COFINS.
Se, no entanto, a pessoa jurídica optar pelo lucro real, deverá recolher o PIS e a
COFINS, às alíquotas de 1,65% e 7,60%, destarte aproveitam os créditos na aquisição
das mercadorias e serviços, o chamado de PIS e COFINS não cumulativos, conforme
determinam as leis 10.637/2002 e 10.833/2003.
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Fechamento de Balanço © - 108
Ocorre, na maioria das vezes, devido a restrição de créditos imposta pela Receita
Federal, houve aumento na tributação dos respectivos tributos, elevando
significativamente o recolhimento pelo regime não cumulativo.
Conforme a atividade empresarial, mesmo sendo mais vantajosa a opção pelo lucro real,
esta opção fica inviabilizada pelo aumento do PIS e COFINS. Entretanto não é regra, e
sim mais um fator a ser estudado para verificar a melhor forma de economizar tributos.
A base de cálculo do Imposto de Renda das empresas tributadas pelo Lucro Presumido,
em cada trimestre (31/mar.,30/jun., 30/set. e 31/dez.), será determinada mediante a
aplicação dos percentuais fixados no art. 15 da Lei 9.249/95, de acordo com a atividade
da pessoa jurídica, sobre a receita bruta auferida no trimestre, sendo o resultado
acrescido de outras receitas, rendimentos e ganho de capital (art.25, Lei 4.930/96). O
Imposto retido na fonte será considerado como antecipação do devido no trimestre.
Os coeficientes fixados pelo art.15, da Lei nº 9,249/95 para a aplicação sobre a receita
bruta da atividade são:
Exemplo 1:
Mês/ano Valor R$
Janeiro/2.003 30.000,00
Fevereiro/2.003 80.000,00
Março/2.003 90.000,00
TOTAL RECEITA BRUTA 1o TRIMESTRE 200.000,00
Março/2003 – Juros recebidos 2.000,00
TOTAL: OUTRAS RECEITAS NO TRIMESTRE 2.000,00
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A pessoa jurídica, seja comercial ou civil o seu objeto, pagará o imposto à alíquota de
15% (quinze por cento) sobre o Lucro Real, Presumido ou Arbitrado, apurado de
conformidade com o Regulamento.
Adicional
O adicional de que trata este item será pago juntamente com o imposto de renda
apurado pela aplicação da alíquota geral de 15%.
Exemplo:
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As empresas que optarem pelo pagamento do IRPJ – Lucro Presumido deverão também
pagar a CSLL pelo mesmo critério (art. 28 Lei 9430/96). A Receita Federal editou
normas sobre a CSLL constantes na IN SRF nº 390 de 30/01/2004.
A base de cálculo corresponderá ao somatório trimestral dos seguintes valores:
Exemplo:
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Fechamento de Balanço © - 112
Para confirmar se os saldos das contas de Receitas estão corretas, deve-se confrontar a
Receita constante no balancete com os Livros de saída de Mercadorias ou Produtos
(ICMS/IPI) e de Serviços (ISS),atendo-se aos grupos:
5.101 a 5.125; 5.35; 5.401 a 5.405; (no estado)
6.101 a 6.125; 6.35; 6.401 a 6.405; (interestadual)
7.101 a 7.125; 7.35; 7.401 a 7.405; (exportação)
Observar que muitos códigos de saídas não são receitas, ex: simples remessa, devolução
de compras, transferências, simples remessa, venda do imobilizado, retorno, doação,
amostra, etc.
Esse é o principal exame, nesse grupo de contas, que deve ser efetuado para não deixar
dúvidas sobre os saldos das contas de receitas.
Lembrar que o IPI destacado e faturado nas notas fiscais não é computado na base de
cálculo para recolhimento de tributos.
O ICMS, o Pis e a Cofins substituição tributária não são computados na base de cálculo
para recolhimento de tributos;
Não integram a receita bruta para fins da base de cálculo do Lucro Presumido, conforme
Lei n° 8.541/92, art. 14, § 4°; Lei 8.981/95, art. 31; Lei 9.718/98, art. 3º) os seguintes
itens:
1. IPI destacado. (constante na NF da empresa industrial)
2. ICMS cobrado por Substituição Tributária.
3. Vendas Canceladas.
4. Devoluções de vendas.
5. Descontos concedidos incondicionalmente.
6. As variações cambiais ativas não realizadas.
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Fechamento de Balanço © - 113
Exemplo:
Uma empresa industrial faturou R$ 1.000.000,00
IPI destacado em Nota Fiscal. (R$ 100.000,00)
Devolução de Vendas (R$ 10.000,00)
Receita para cálculo Lucro Presumido R$ 890.000,00
24.3 Demais Receitas que não compõem a base de cálculo do Lucro Presumido
Reversões de Provisões
Equivalência Patrimonial
Valores recuperados
Vale pedágio
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Fechamento de Balanço © - 114
A receita bruta era considerada pelo regime de competência, ou seja, quando a receita
era auferida, independentemente da data de seu pagamento.
Isto significa, uma empresa comercial, em 20.12.2005, conforme nota fiscal 1.245,
vendeu uma mercadoria de R$ 10.000,00 em 10 parcelas mensais, com vencimento da
1ª parcela em 20.01.2006 e a última em 20.10.2006, calculará da seguinte forma os
impostos federais:
Data de Valor
Recebimento Recebido PIS COFINS IRPJ IRPJ
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Fechamento de Balanço © - 115
Para a empresa que iria desembolsar R$ 593,00* até janeiro/2006, mesmo antes de
receber a primeira parcela de seu cliente, se optar pelo lucro presumido- regime de caixa
terá até 31.01.2007, para pagar os tributos.
* 0,65% (PIS) + 3,0% (COFINS) + 1,20% (IRPJ) + 1,08% (CSLL) = 5,93% sobre o total do faturamento:
10.000,00 X 5,93% = 593,00
Condições:
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Fechamento de Balanço © - 116
O parágrafo 1°, da Instrução Normativa 104/98 dispõe que a pessoa jurídica que adotar
o regime de caixa pelo lucro presumido e mantiver escrituração contábil, na forma da
legislação comercial, deverá controlar os recebimentos de suas receitas em conta
específica, na qual, em cada lançamento, será indicada a nota fiscal a que corresponder
o recebimento.
O PIS, a COFINS, a CSLL e o IRPJ serão apurados com base no recebimento constante
na conta de clientes ou duplicatas a receber, independentemente do faturamento.
A duplicata não recebida não sofre tributação. Serão calculados os respectivos tributos
apenas por ocasião da data do recebimento da respectiva duplicata.
A tributação da duplicata não recebida ocorrerá, somente se a empresa, no exercício
seguinte, resolve optar pelo Lucro Real, deverá oferecer à tributação no mês de
dezembro do exercício anterior todas as receitas ainda não recebidas e iniciar o Lucro
Real com a tributação pelo regime de competência, conforme Instrução Normativa SRF
345/2003.
26. LUCRO PRESUMIDO - DISTRIBUIÇÃO DE LUCROS
O artigo 10 da Lei nº 9.249/95 dispõe que os lucros ou dividendos calculados com base
nos resultados apurados à partir do mês de janeiro de 1996, pagos ou creditados pelas
pessoas jurídicas tributadas com base no Lucro Real, Presumido ou Arbitrado, não
ficarão sujeitos à incidência do imposto de renda na fonte, nem integrarão a base de
cálculo do imposto de renda do beneficiário, pessoa física ou jurídica, domiciliada no
País ou no exterior.
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Fechamento de Balanço © - 117
A regra geral para distribuição do lucro aos sócios ou acionais, quando a empresa
mantém apenas a escrituração do livro caixa, é o próprio lucro presumido, porém
deduzidos dos impostos federais. Como exemplo:
Faturamento do período : 10.000.000,00
Percentual de presunção 8%
Base de cálculo Lucro presumido 800.000,00
(-) PIS e COFINS – 3,65% - s/ faturamento (365.000,00)
(-) IRPJ – 15% s/ o lucro (120.000,00)
(-) CSSL – 9% s/ o lucro (108.000,00)
Líquido a distribuir aos sócios 207.000,00
26.2 Qual é a base legal para distribuir o lucro presumido com base no Balanço
Contábil?
A base legal é o artigo 48, da Instrução Normativa 93/97, que dispõe:
Art. 48. Não estão sujeitos ao imposto de renda os lucros e dividendos pagos ou creditados a
sócios, acionistas ou titular de empresa individual.
§ 1º O disposto neste artigo abrange inclusive os lucros e dividendos atribuídos a sócios ou
acionistas residentes ou domiciliados no exterior.
§ 2º No caso de pessoa jurídica tributada com base no Lucro Presumido ou Arbitrado, poderá
ser distribuído, sem incidência de imposto:
I - o valor da base de cálculo do imposto, diminuída de todos os impostos e contribuições a
que estiver sujeita a pessoa jurídica;
II - a parcela de lucros ou dividendos excedentes ao valor determinado no item I, desde que a
empresa demonstre, através de escrituração contábil feita com observância da lei comercial,
que o lucro efetivo é maior que o determinado segundo as normas para apuração da base de
cálculo do imposto pela qual houver optado, ou seja, o Lucro Presumido ou Arbitrado.
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Fechamento de Balanço © - 118
Conforme parágrafo 3º, do artigo 48 da Instrução Normativa 93/97, pode ser distribuído
o lucro por conta de período-base não encerrado, desde que não exceda ao valor
apurado com base na escrituração.
A distribuição antecipada do lucro, com base no lucro presumido, deve estar amparada
em balanços ou balancetes levantados com base na Contabilidade. Dessa forma,
sugerimos que o balancete utilizado para a distribuição de lucros seja transcrito no Livro
Diário. Ou melhor, transcrever o balanço ou balancete mês a mês no Livro Diário, o
qual salvaguardará a empresa em futuras fiscalizações.
Em resumo:
Para não incidir INSS sobre O lucro distribuído pelas empresas em geral aos respectivos
sócios, a título de lucros do próprio exercício, não integra a remuneração para efeito de
contribuição previdenciária (20%), desde que seja com base na escrituração contábil e
que conste no contrato social cláusula que fixe a apuração e distribuição de lucros em
períodos menores que 12 meses, sendo tais demonstrações (balanço e resultado)
transcritas no livro diário.
26.5 Distribuição de lucros ou dividendos por pessoa jurídica em débito para com a
Fazenda Nacional
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Fechamento de Balanço © - 119
O Lucro Presumido tem base de cálculo diferenciada, para fins de tributação pelo IR. A
diferença é grande: pode ir de 1,6% a 32% sobre a receita.
Exemplo:
Uma empresa que efetua serviços de acabamento industrial, que estava tributando sobre
uma base presumida de 32% da receita, poderá viabilizar as operações de modo a
enquadrá-las como industrialização com materiais fornecidos pelo encomendante (base
do IRPJ de apenas 8%). Neste caso poderá economizar até R$ 6.000,00 em cada R$
100.000,00 faturados.
Como saber qual o enquadramento correto para sua empresa? Como poderei pagar pela
menor enquadramento possível?
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Fechamento de Balanço © - 120
Observação:
Propaganda e Publicidade
Decisão nº 43, de 22 de agosto de 2000 (DOU de 13.09.2000)
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Fechamento de Balanço © - 121
27.6 Hemodiálise
Solução de Consulta nº 128, de 29.08.2003 0 10ª RF – (DOU de 19.09.2003)
Para fins de determinação da base de cálculo do imposto sobre a renda, apurado com
base no Lucro Presumido, pode ser aplicado o percentual de 8% (oito por cento) sobre a
receita bruta relativa à atividade de prestação de serviços de hemodiálise e diálise
peritonial.
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Fechamento de Balanço © - 122
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Fechamento de Balanço © - 123
Esses problemas podem ser minimizados, se o contribuinte adotar regime de caixa para
apuração das receitas tributáveis pelo Lucro Presumido na forma do artigo 13 da Lei nº
9.718/98. Nesse regime, as receitas são tributáveis somente quando recebidas, de modo
que o valor da receita tributável corresponderá sempre ao valor que ingressa de forma
definitiva ao patrimônio da empresa, não mais sujeito aos efeitos decorrentes da
flutuação da taxa de câmbio. Dessa forma, para o contribuinte do Imposto de Renda e
da contribuição social com base no Lucro Presumido a data do embarque das
mercadorias passa a ser irrelevante. O valor recebido, esse sim, é o valor da receita
tributável sobre o qual serão aplicados os percentuais previstos na legislação.
A pessoa jurídica tributada com base no lucro presumido deverá (RIR/1999, art. 527):
a) Manter escrituração contábil nos termos da legislação comercial. Para
efeitos fiscais, é dispensável a escrituração quando a pessoa jurídica mantiver
Livro Caixa, devidamente escriturado, contendo toda a movimentação
financeira, inclusive bancária;
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Fechamento de Balanço © - 124
Desta forma, é interessante, sob a ótica de planejamento tributário, que as retiradas dos
sócios da empresa optante pelo Simples sejam prioritariamente efetuadas como lucros,
dada sua característica de isenção.
A opção pelo Simples não obriga a pessoa jurídica a manter escrituração comercial
completa. Assim, os valores efetivamente pagos e devidamente escriturados em Livro
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Fechamento de Balanço © - 125
Caixa (saldo do Livro Caixa no final de cada período, após a dedução do valor de
Simples devido e até o limite da receita bruta) são isentos de imposto de renda na fonte
e na declaração de ajuste do beneficiário.
A opção pelo lucro arbitrado, pode ser utilizada para regularizar a escrita contábil e
fiscal da empresa. Por exemplo, em um determinado ano a contabilidade da empresa
está inconsistente, com saldos incorretos, passivos inexistentes, ativos irreais, bem como
a documentação suporte é imprestável. Seria viável no ano corrente optar pelo Lucro
Arbitrado (auto-arbitramento) e no ano seguinte proceder ao balanço de abertura, com
os saldos corretos e a empresa poderá tomar todos os cuidados possíveis com a
Contabilidade.
O auto-arbitramento se caracteriza no fato da empresa, por exemplo, não
apresentar a escrituração fiscal e nem o Livro Caixa do período à fiscalização (art. 530
RIR/99), é uma opção do contribuinte (art.531 RIR/99). O único encargo tributário que
terá a maior do que o Lucro Presumido é o de que a base de cálculo do Imposto de
Renda terá um acréscimo de 20% (art. 532 RIR/99). No cálculo da contribuição social
sobre o lucro não haverá alteração.
Exemplo:
Venda de Mercadoria no trimestre de 600.000,00, a base de cálculo do imposto será:
- No Lucro Presumido: 600.000,00 x 8 %= 48.000,00
- No Lucro Arbitrado: (600.0000,00 x 8%) + 20% = 48.000 + 9.600,00 = 57.600,00
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Fechamento de Balanço © - 126
Importa ressaltar que o contribuinte pode optar pelo arbitramento, nos trimestres que
não manteve escrituração regular (artigo 531, I, do Regulamento do IR).
Esta possibilidade poderá ser interessante para fins de planejamento fiscal, no (s)
trimestre (s) em que o contribuinte tiver um lucro operacional que justifique a opção.
Exemplo:
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Exemplo:
Dados Valores
Atividade – Serviços
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Fechamento de Balanço © - 128
Exemplo:
Dados Valores
Atividade – Serviços
Faturamento anual 1.000.000,00
Alíquota do Arbitramento 32,00%
Valor da base de Cálculo da CSLL 320.000,00
Alíquota CSLL 9%
Valor CSLL 28.800,00
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Exemplo:
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15.000,00
Débito Crédito
Apuração do Resultado do 1.406.122,
Exercício 00
Destinação do resultado
Observe-se, ainda, que por determinação contratual, legal ou estatutária, podem ser
necessárias a formação de reservas de lucros específicas, como para as Sociedades
Anônimas, que devem constituir a Reserva Legal (5% sobre o lucro líquido do exercício
– nas condições do art. 193 da Lei das S/A). Neste caso, o lançamento seria:
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Na hipótese de ocorrer prejuízo no exercício, tal valor deve ser transferido para reservas
de lucros existentes. Se tais não existirem, ou forem insuficientes, o valor não
compensado deverá ser mantido em conta de “Prejuízos Acumulados”, até sua futura
absorção por lucros ou mesmo pela redução do Capital Social.
Exemplo:
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Para obter detalhamentos sobre tais ajustes, acesse o tópico “Ajustes de Exercícios
Anteriores”, nesta obra.
Reversões de reservas
São as apropriações do lucro feitas para a constituição das reservas patrimoniais, tais
como: reserva legal, reserva estatutária, reserva de lucros a realizar, reserva para
contingências.
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FORMA DE APRESENTAÇÃO
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As contas que formam o Patrimônio Líquido podem sofrer variações por inúmeros
motivos, tais como:
Deve-se utilizar um papel de trabalho, utilizando uma coluna para cada uma das contas
do patrimônio da empresa e abrindo uma conta total, que representa a soma dos saldos
ou transações de todas as contas individuais. Essa movimentação deve ser extraída das
fichas de razão dessas contas.
As transações e seus valores são transcritos nas colunas respectivas, mas de forma
coordenada. Por exemplo, se temos um aumento de capital com lucros e reservas, na
linha correspondente a essa transação, transcreve-se o acréscimo na coluna de capital
pelo valor do aumento e, na mesma linha, as reduções nas contas de reservas e lucros
utilizadas no aumento de capital pelos valores correspondentes.
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Fechamento de Balanço © - 136
O § 5º do mesmo artigo da Lei das S/A menciona, sem esgotar o assunto, as bases gerais
e as normas a serem inclusas nas demonstrações financeiras, as quais deverão indicar:
A Lei das S/A estabeleceu os casos que deverão ser mencionados em Notas
Explicativas; no entanto, essa menção representa o conceito básico a ser seguido pelas
empresas, podendo haver situações em que sejam necessárias Notas Explicativas
adicionais, além das já previstas pela Lei das S/A.
Apesar de não prevista pela Lei Societária, pela CVM ou qualquer outro órgão
profissional, as empresas têm divulgado de forma usual, como a primeira das Notas
Explicativas com o título "Operações" ou "Contexto Operacional" cujo conteúdo faz
menção ao ramo de atividade explorado, base de operação e mercado que atua e qual o
estágio do empreendimento se estiver em implantação ou se estiver em expansão.
Tais informações são importantes para que os analistas e demais usuários das
demonstrações financeiras possam melhor avaliar a situação da empresa e os seus
resultados, bem como julgar da razoabilidade de índices de rentabilidade e liquidez.
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Fechamento de Balanço © - 137
CURITIBA – PR
a) Apuração do Resultado
As receitas, despesas e provisões são escrituradas pelo regime de competência,
observando-se o critério “pró-rata-dia”.
As operações com taxas prefixadas são registradas pelo valor de resgate. As operações
com taxas pós-fixadas estão atualizadas até a data do balanço.
b) Aplicações de liquidez não imediata
Estão demonstradas pelo custo de aplicação, acrescidas dos rendimentos
correspondentes, apropriados até a data do balanço.
c) Adiantamento a fornecedores
Estão demonstrados pelo valor nominal do desembolso.
d) Despesas antecipadas
Referem-se, basicamente, a prêmios de seguros a apropriar e estão demonstradas pelos
valores despendidos, deduzidas das parcelas apropriadas até a data do balanço pelo
critério “pro-rata-temporis”.
e) Imobilizado
Está demonstrado ao custo de aquisição, ajustado por depreciações acumuladas,
calculadas pelo método linear, às taxas estabelecidas em função do tempo de vida útil,
fixado por espécie de bens, conforme segue:
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Descrição 2005
Móveis/Utensílios/Equipamentos 15.000
Sistema de Comunicação 26.000
Equipamentos de Processamento de Dados 60.000
Veículos 1.000
Depreciação acumulada ( 28.000)
Totais 75.000
NOTA 5. DIFERIDO
A seguir, demonstramos as contas que compõem esta rubrica:
Descrição 2005
Projeto XYZ 40.000
Projeto XVC 100.000
Amortização Acumulada (12.000)
Totais 128.000
I – OBRIGAÇÕES:
a) instituições financeiras
Valor do principal: R$ 1.000.000
Juros de: 6% a.a. acima da TJLP
Vencimento inicial: 15/out./2002
Vencimento final: 15/jul./2010
b) Tributos e Contribuições Sub-judice
Referem-se aos créditos tributários do COFINS, compensados com as contribuições
devidas, os quais estão sendo discutidos judicialmente.
II – GARANTIAS
Descrição 2005
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Pertence inteiramente a acionistas domiciliados no País, está composto por 1.000.000 (um
milhão) ações ordinárias e 2.000.000 (dois milhões) ações preferenciais, todas nominativas
e no valor nominal de R$ 1,00 (um real) cada uma.
As ações preferenciais, que não tem direito ao voto na Assembléia Geral, gozam de
prioridade no reembolso de capital, sem prêmio, outrossim, é assegurado às ações
preferenciais o pagamento de um percentual de 10% (dez por cento) acima dos dividendos
pagos às ações ordinárias.
Destacamos, a seguir, a posição dos principais seguros mantidos pela empresa na data de encerramento do
exercício social:
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