EXPERIMENTO “A”
Materiais
Condutivímetro;
1 Termômetro;
Soluções aquosas de NaCl (5 mmol L-1), NaCl (5 mmol L-1)/ SDS (40 mmol L-1) e SDS (40 mmol L-1).
Dica
Para esse experimento é muito importante que o grupo acompanhe as alterações de condutividade
com a construção simultânea do respectivo gráfico.
Procedimento experimental
2 – Preencha a bureta com a solução pura de SDS, e adicione uma alíquota de 0,2 mL. Depois de 30
segundos, desligue a agitação e aguarde a estabilização da leitura da condutividade, anotando esse
valor e encontre o valor correspondente da concentração de SDS na solução. Um modelo de tabela
está mostrado a seguir. A agitação deve ser suave para evitar a formação de bolhas. Obs: A
concentração máxima de SDS nos experimentos deve ser de 12 mmol L-1.
1
2
7 – Compare todos os gráficos obtidos e discuta como ocorre a variação da CMC a partir da
alteração da força iônica.
Tabela 1. ILUSTRATIVA
TÓPICOS DE ESTUDO:
1. Condutividade de soluções;
2. Concentração micelar crítica;
3. Força iônica (no relatório, calcule os valores da força iônica);
4. Estabilidade de micelas;
5. Temperatura de Krafft.
2
3
EXPERIMENTO “B”
Um dos métodos utilizados para medir a tensão superficial é o método da massa da gota.
Esse método, assim como todos aqueles que envolvem separação de duas superfícies, depende da
suposição de que o perímetro do capilar, multiplicada pela tensão superficial é a força que mantém
juntas as duas partes de uma coluna líquida. Quando esta força está equilibrada pela massa da
porção inferior, a gota se desprende.
Na prática, o peso da gota obtido é sempre menor que o peso da gota ideal. A razão disto é
que somente a porção mais externa da gota é que alcança a posição de instabilidade e cai. Perto de
40% do líquido que forma a gota permanece ligado ao tubo.
Para corrigir o erro causado pelo fato da gota não se desprender de forma esférica,
introduz-se na equação (1) o fator de correção f:
2𝜋𝑟𝛾𝑓 = 𝑚𝑖 𝑔 = 𝜌𝑉𝑖 𝑔 (2)
Assim:
𝑚𝑔𝑖
𝛾 = 2𝜋𝑟𝑓 (3)
Para o cálculo do raio do capilar, r, dados publicados sugerem a seguinte relação, a 23C,
para o caso da água:
r = -0,0002815 + 38,1292m (4) (raio em metros e massa em kg)
3
4
Materiais
Procedimento Experimental
4
5
1 - Inicialmente, prepare as soluções indicadas para a sua bancada a partir das soluções-estoque
disponíveis no laboratório.
2 - Pese um copinho e coloque um pouco de amostra numa bureta (cerca de 2,5 mL). Conte o
número de gotas em 1,0 mL de amostra deixando as gotas cair nesse copinho. Anotar a
temperatura.
4 - Repita o procedimento mais uma vez. Lave a bureta com água destilada e faça o experimento
para outra concentração.
5 - Complete a Tabela abaixo de forma a calcular a tensão superficial como a média de 2 medidas
para todas as amostras (valores não distante de mais de 3%). Tome o valor do raio do capilar e de f
do experimento anterior (parte I)
[SDS]
mmol L- 0,05 0,1 0,2 0,4 1 2 5 6 7 8 8,5 9,0 1,0
1
o
N gotas
1
o
N gotas
2
Δm / kg
Observação: atenção à aplicação das unidades corretas nas fórmulas. Lembre-se que 1 J = 1 N.m.
O coeficiente angular do gráfico da Isoterma de Gibbs tem unidades de N.m-1.
Tópicos de estudo:
1) Tensão superficial.
2) Excesso superficial e seu sinal.
3) CMC e área ocupada por uma molécula na interface.
5
6
EXPERIMENTO “C”
Materiais
Metanol e Ciclo-hexano
10 Tubos de ensaio;
Bureta de 25 mL;
Banho termostatizado;
Tubos 1 2 3 4 5 6 7
Metanol/ml 1,0 2,0 4,0 5,0 6,0 8,0 9,0
Ciclo-Hexano/mL 9,0 8,0 6,0 5,0 4,0 2,0 1,0
Temperatura
3 - Dos tubos 1 a 7, avaliar a temperatura em que a turvação desaparece entre metanol e ciclo-
hexano.
Tratamento de Dados
1- Inicialmente, complete a tabela 2 com a ajuda dos dados coletados na Tabela 1. Use as
densidades dos líquidos puros para transformar volumes em massa, a seguir, em quantidade
de matéria e calcular a fração molar (x) de modo a completar a seguinte Tabela 2. Dados: d
(ciclo-hexano) = 0,779 g cm-3, d (metanol) = 0,792 g cm-3 .
6
7
Ciclo-Hexano Metanol
Tubo m /g n / mol x m/g n / mol x
1
2
3
4
5
6
7
2 – Construir um gráfico da temperatura em que houve transição de duas fases para uma fase,
em função da fração molar do ciclo-hexano, determinando a curva binodal ou curva de
coexistência.
3 – Compare seus resultados com Stenland, C. & Pettitt, M. Binary –solution critical
opalescence: Mole fraction versus temperature phase diagram. Journal of Chemical Education,
J. Chem. Educ., 1995, 72 (6), p 560, conforme figura abaixo:
7
8
1 - Numerar os tubos de ensaio e encher cada bureta com acetato de etila, etanol e água,
repectivamente.
2 - Transferir as seguintes quantidades de água e acetato de etila para os tubos, conforme a Tabela
3, realizar em duas etapas.
tubos 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
Água / mL 1,0 1,0 2,0 2,0 1,0 2,0 2,5 2,5 0,4 0,5
AcOEt / mL 2,0 3,0 1,0 3,0 1,0 1,5 0,5 1,5 6,0 3,0
Etanol / mL
tubos 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20
Água / mL 1,0 3,5 0,3 0,5 0,5 1,0 4,0 0,5 0,4
AcOEt / mL 3,0 1,5 7,0 3,5 5,0 3,5 0,5 4,0 0,4
Etanol / mL zero zero
Obs:. Manter a temperatura constante durante os experimentos.
3 - Dos tubos 1 a 18, adicionar etanol (0,2 mL) até que a turbidez ou as duas fases presentes
desapareçam. Anotar o volume gasto na tabela. Nos tubos 19 e 20 não será adicionado etanol;
serão adicionados água e acetato de etila até o desaparecimento da turvação.
Tratamento de Dados
1 - Inicialmente, complete a tabela abaixo com a ajuda dos dados coletados na Tabela 4. Use as
densidades dos líquidos puros para transformar volumes em massa, a seguir, em quantidade de
matéria e calcular a fração molar (x) de modo a completar a seguinte Tabela 4. Dados: d (AcOEt) =
0,897 g cm-3, d (EtOH) = 0,789 g cm-3 e d (H2O) = 0,997 g cm-3.
8
9
2 – Utilize o gráfico fornecido a seguir para montar o diagrama de fases (em fração molar).
9
10
EtOH
0.0
1.0
0.1
0.9
0.2
0.8
0.3
0.7
0.4
0.6
0.5
0.5
0.6
0.4
0.7
0.3
0.8
0.2
0.9
0.1
1.0
0.0
H2O
0.0 0.1 0.2 0.3 0.4 0.5 0.6 0.7 0.8 0.9 1.0 AcOEt
3 - Compare o diagrama obtido com o da literatura (Ex.: Resa, J.M. & Goenaga, J.M, Liquid-Liquid
Equilibrium Diagrams of Ethanol + Water +(Ethyl Acetate or 1-Pentanol) at Several Temperatures J.
Chem. Eng. Data 2006, 51, 1300-1305).
4 – Descreva como a temperatura afeta a separação de fases desse sistema.
Tópicos de estudo:
10
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EXPERIMENTO “D”
Material
Tubos de ensaio;
02 pipetas graduadas de 5,0 mL;
1 pipeta graduada de 10,0 mL,
Erlenmeyer;
solução estoque de azul de metileno a 15 mg L-1;
tolueno (conservante);
tecido de algodão e água destilada.
Procedimento Experimental
1 - Preparar soluções diluídas do azul de metileno a partir da solução estoque de acordo com a
Tabela 1.
Tabela 1 – Condições experimentais para construção da curva padrão do azul de metileno, a partir
de uma solução a 15 mg L-1
Tubo A B C D E F G H I
Solução estoque (mL) 0,0 0,2 0,5 1,0 1,5 2,0 2,5 3,0 3,5
Água destilada (mL) 5,0 4,8 4,5 4,0 3,5 3,0 2,5 2,0 1,5
2 – Realizar a leitura da solução “B” em diferentes comprimentos de onda, esta etapa será iniciada
com o auxílio do professor para a utilização do espectrofotômetro. Anote o respectivo valor de
absorção para cada comprimento de onda.
3 - Lavar a cubeta com álcool etílico para a remoção do azul de metileno. Esta etapa será necessária
para todas as medidas a seguir.
4 - Faça a construção do gráfico de Absorção vs comprimento de onda a partir dos dados obtidos. A
partir deste, escolha e realize a leitura das soluções preparadas a partir
vs Concentração de azul de metileno.
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Frasco 1 2 3 4 5 6 7
Semana 2
1 - Retire 10,0 mL das soluções preparadas na aula anterior, coloque em tubos de ensaio e meça o
valor da absorbância das mesmas, nos comprimentos de onda escolhidos na semana anterior (item
4).
Frasco 1 2 3 4 5 6 7
Absorbância
Massa algodão
(g)
nads (mol/g)
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13
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EXPERIMENTO “E”
INTRODUÇÃO
Devido à tensão superficial a água se comporta como se tivesse uma membrana elástica em
sua superfície. Este fenômeno pode ser observado em quase todos os líquidos, e é o
responsável pela forma esférica de gotas ou bolhas do líquido. A razão é que as moléculas de
água interagem muito mais fortemente com suas vizinhas do que com as moléculas do ar, na
interface. As moléculas que estão no interior da gota, por exemplo, interagem com outras
moléculas em todas as direções; as moléculas da superfície, por outro lado, interagem somente
com moléculas que estão nas suas laterais ou logo abaixo. Este desbalanço de forças
intermoleculares faz com que estas moléculas, da superfície, sejam atraídas para o interior do
líquido. Para se remover estas moléculas da superfície é necessário certa quantidade mínima de
energia - a tensão superficial. Para a água, isto corresponde a 72,75 mN.m-1, a 20 oC.
Quando se tem uma gota de fluido em contato com um sólido e num meio de vapor, o
ângulo de contato da interface líquida depende apenas das propriedades físicas dos três meios
de contato (sólido, líquido e fluido), sendo independente do formato do recipiente e da
gravidade.
A Figura mostra o comportamento de uma gota sobre uma superfície que apresenta alta
molhabilidade (θ = 0), molhabilidade média (π < θ <0) e sem molhabilidade (θ = π). Para líquidos
molhantes, as forças de coesão (forças líquido-líquido) são menores que as forças de adesão
(forças sólido-líquido). Em líquidos não molhantes, o oposto ocorre. É evidente que, se as forças
de campo (gravitacionais, por exemplo) que agem no sistema são pequenas, o formato das
gotas se aproxima de uma esfera, com contato com a superfície em apenas um ponto, ou seja,
com um ângulo de contato que se aproxima de 180o.
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Para entender as características físicas de um líquido como tensão superficial, ação capilar,
curvatura dos meniscos, viscosidade, miscibilidade é preciso entender as interações
moleculares denominadas forças de coesão (formato arredondado) e forças de adesão (maior
espalhamento).
PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL
1 – Lavar com detergente, água de torneira e água destilada a placa de vidro. Secar com papel
toalha.
2 – Coloque gotas de água, metanol, butanol e dodecil sulfato de sódio e ordene as amostras de
acordo com o grau de espalhamento:
_____________<_____________<_____________<_____________
2a parte - Determinação da energia livre de superfície total, bem como os componentes: polar
e dispersivo da energia livre de superfície.
Utilize como referência a metodologia de conforme artigo: Vicente, C.M.S.; André, P.S.;
Ferreira, R.A.S. Simple measurement of surface free energy using a web cam. Revista Brasileira
de Ensino de Física, v. 34, n. 3, p. 3312-3315.
As energias livres serão determinados sobre uma superfície de vidro ou PVDF, utilizando os
seguintes líquidos.
Tabela) Tensão superficial (𝛾) (mN/m), o componente polar (𝛾𝐿𝑝 ) e dispersivo (𝛾𝐿𝑑 ) em mN/m,
a 25 oC.
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Procedimento experimental
Utilizando uma seringa ou capilar, deposite uma gota do líquido na superfície do sólido, e
com auxílio de uma fonte de luz difusa e uma Web-Cam ou Câmera de celular, tire uma foto da
gota depositada. Repita o procedimento para o mesmo líquido e amostra ao menos seis vezes.
Fonte de luz
Seringa
difusa
Web-Cam ou
Amostra Camera de celular
Os ângulos de contato serão determinados pelo software ImageJ, e podem ser obtidos
emhttps://imagej.nih.gov/ij/download.html
O ângulo de contato pode ser entendido com o ângulo formado por um líquido em contato
com um sólido, conforme Figura abaixo, em que γ é a tensão superficial líquido ou energia
superficial de um sólido, e L, S, V representam as fases do Líquido, Sólido e Vapor,
respectivamente, e θ o ângulo de contato do líquido com o sólido.
A molhabilidade de uma superfície sólida pode ser definida pelos trabalhos de adesão (Wa)
entre o líquido e o sólido e do trabalho de coesão (Wc) de coesão do líquido.
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No equilíbrio, a energia superficial do sólido (γSV) pode ser dada pela equação de Young
em função do ângulo de contato, conforme equação 3.
E = Wa- Wc (eq. 4)
Owens e Wendt desenvolveram uma ideia que a energia superficial de um sólido (SFE)
possui dois componentes, chamados de polar (p) e dispersivo (d), devido a interações
intermoleculares na superfície. Os componentes podem assim ser representados para o sólido
e líquido:
γ s= γ sd + γ sp (eq. 6)
Para líquidos puros, as interações entre o líquido e o sólido podem ser dadas pelo
trabalho de adesão (Wa) conforme equação 7.
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Capa (1 página)
Introdução (2 páginas)
Resultados
Discussão
Conclusão
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