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UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALAGOAS - UFAL

INSTITUTO DE CIÊNCIAS HUMANAS, COMUNICAÇÃO E ARTE - ICHCA


HISTÓRIA LICENCIATURA

MARCELO FERREIRA DIAS

Obesidade infantil: uma verdadeira epidemia

Maceió
2017
UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALAGOAS - UFAL
INSTITUTO DE CIÊNCIAS HUMANAS, COMUNICAÇÃO E ARTE - ICHCA
HISTÓRIA LICENCIATURA

MARCELO FERREIRA DIAS

Obesidade infantil: uma verdadeira epidemia

Trabalho acadêmico apresentado à


disciplina Organização do trabalho
acadêmico, ministrada pelo Prof. Dr.
Luciano Marra, como instrumento
avaliativo deste primeiro semestre do curso
de História Licenciatura.

Maceió
2017
Palavras – chave: Obesidade, educação, propaganda, epidemia, alimentação.

Muito além do peso (Brasil, 2012), um documentário produzido por Maria Farinha
Filmes, com direção de Estela Renner, disponível na internet, trata com louvor, de maneira
crítica e objetiva, o seríssimo problema de obesidade infantil que, crescentemente atinge
crianças de todo o mundo, desencadeando assim diversos problemas de saúde nos primeiros
anos de vida. De cara o documentário destaca um dado alarmante, onde aponta que 35% das
crianças brasileiras sofrem de sobrepeso e obesidade, um terço da população infantil do país
com sérios riscos de apresentar, ou já apresentando enfermidades oriundas do excesso de
peso. Ao serem questionadas, surpreendem com suas respostas, uma surpresa negativa, pois é
perturbador ouvi-los dizer, por exemplo, que não conseguem respirar direito, não aguentam de
dores nas pernas, ou quando falam naturalmente de seu remédio de pressão e diabetes.

Situações que nos fazem pensar que existe um grande problema na educação nutricional,
ou no acesso a ela. O problema de acessibilidade, principalmente em países de terceiro
mundo, é um fator determinante na educação alimentar e física infantil; a falta de estrutura e
incentivo nas escolas é um agravante, juntamente com a violência que torna lugares abertos,
como parques e campos de várzea, de certa forma, inacessíveis, pois o risco é iminente.

A resolução desses graves problemas de obesidade e má educação alimentar, também bate


de frente com seu pior adversário, a indústria (bélica) de alimentos fast-food. As
multinacionais, com sua infinidade de alimentos processados e refrigerantes, agrava de
maneira exorbitante o quadro de sobrepeso. Como mostra o documentário no exemplo da
coca-cola, muito consumida, ingerida quase tanto quanto água, porém em 350ml de água não
tem o equivalente a 7 saquinhos de açúcar. "Se uma pessoa beber uma latinha de coca por dia,
durante 7 dias, ela estará consumindo 259g de açucares, aproximadamente". Alarmante, e
durante um mês esse número sobe pra 1kg. Fábio Ancona López (médico pediatra, vice-
presidente da sociedade brasileira de alimentação e nutrição) chama a atenção para o mal da
propaganda e associação desses produtos com bem estar, usando inclusive o exemplo de mães
que alimentam seus filhos com refrigerante. Assustadoramente 56% dos bebês tomam
refrigerantes antes do primeiro ano de vida.

Ações judiciais já foram movidas contra grandes empresas, como o MacDonalds,


processos em sua maioria sem sucesso, mediante ao tamanho de uma empresa desse porte,
recurso e cuidado para não manchar sua imagem, tornando assim a empresa quase que
blindada. Trata-se de uma luta desigual, contra franquias multimilionárias que, entre absurdos
e negligência com a boa alimentação, usam atrativos como brinquedos e personagens infantis,
que de certa forma "hipnotizam" crianças, as fazendo enxergarem o fast-food como um lugar
de diversão, que elas necessitam estar. Como enfatiza uma das mães entrevistadas: uma
covardia!

O documentário destaca pontualmente a participação dos pais na educação e


conscientização alimentar dos filhos, na excelente parte em que uma mãe relata que foi
gerente de projetos de TI no McDonalds, e a sensação que ela tinha de trabalhar na
multinacional, era a mesma de ser funcionária de uma indústria bélica ou de cigarros.
Resolveu sair após a rede de fast-food ganhar um processo onde o ministério público tentava
fazer com que as cadeias de varejo alimentícias desassociassem o brinquedo ao alimento. A
importância da participação dos pais na fiscalização dos costumes diários dos filhos é
evidenciada no documentário. Um dado do Painel Nacional de Televisores (IBOPE/2011) -
crianças entre 4 e 11 anos, classe ABC, mostra que, por dia, as crianças brasileiras passam 3
horas na escola e 5 horas na frente da TV. O estudo também leva em consideração as horas no
computador. Mostrando assim que quanto mais horas na TV e no computador, maior o
número de obesidade. A mídia é usada de maneira covarde pelas grandes redes do setor
alimentício, direcionando publicidade infantil de maneira abusiva.

Em Muito além do peso falta um pouco mais de discussão sobre questões sociais e
incentivo palpável do governo contra essa epidemia que é a obesidade infantil, mas é inegável
sua qualidade de conteúdo, qualidade técnica e objetiva de passar a informação crítica e fazer
pensar.
Referências:

RENNER, Estela. Muito além do peso. Disponível em: www.youtube.com.br. Acesso em: 05
de març. 2017

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