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INTRODUÇÃO

À CONTABILIDADE
TÍTULO
Introdução à Contabilidade

AUTORA
Ana Flávia Martins

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INTRODUÇÃO À CONTABILIDADE

ÍNDICE
MÓDULO 1
O contexto contabilístico 4

1.1 As empresas e os profissionais da Contabilidade 4

1.2 Justo valor – Credibilidade 6

MÓDULO 2
Conceitos contabilísticos 8

2.1 Património 8

2.2 Inventário 13

MÓDULO 3
Código de Contas 14

3.1 Código de Contas 14

3.2 Meios Fixos e Investimentos 17

3.3 Existências 21

3.4 Terceiros 24

3.5 Meios Monetários 33

3.6 Capital e Reservas 35

3.7 Proveitos por Natureza 37

3.8 Custos por Natureza 38

3.9 Resultados 39

MÓDULO 4
Lançamentos contabilísticos 41

4.1 Lançamentos Contabilísticos 41

4.2 Debitar e Creditar 42

4.3 Operações com as Contas 45


INTRODUÇÃO À CONTABILIDADE

MÓDULO 1
O CONTEXTO CONTABILÍSTICO
MÓDULO 1
O contexto contabilístico

1.1 AS EMPRESAS E OS PROFISSIONAIS DA CONTABILIDADE

Neste primeiro módulo, vamos começar por interpretar o papel dos profissionais
nas empresas.

As empresas são vulgarmente entendidas como conjuntos organizados de meios


materiais, humanos e financeiros, virados para a produção de bens e serviços.

No decurso da sua actividade, as empresas têm necessidade de obter informações


regulares sobre o decorrer dos seus negócios. Neste sentido, surge a necessidade de
dividir a actividade das empresas em intervalos de tempo, no fim dos quais se apuram
os Resultados, se elaboram os Quadros/Mapas de Demonstrações Económico/
/Financeiras, se discute a actuação da Direcção, se aprovam as contas, etc...

Cada um desses intervalos de tempo, normalmente coincidentes com o ano civil,


designa-se Exercício económico.

EXERCÍCIO
ECONÓMICO

Neste contexto, a Contabilidade permite às empresas não só obterem o registo


histórico dos factos patrimoniais, mas criar uma eficiente ferramenta de gestão.

4
INTRODUÇÃO À CONTABILIDADE

MÓDULO 1
O CONTEXTO CONTABILÍSTICO
A Contabilidade é a ciência dos processos descritivo-quantitativos utilizados
na análise, registo, interpretação e controlo dos factos de gestão. Tem como
objectivo quantificar tudo o que ocorre numa unidade económica fornecendo,
simultaneamente, importantes dados para a tomada de decisões de gestão.

Como o próprio nome indica, o profissional desta área é


alguém a quem compete o desempenho de funções na
área da Contabilidade e Fiscalidade, sob a supervisão do
Técnico Oficial de Contas (TOC).

O profissional de Contabilidade assume tarefas em diversos


domínios, tais como:

–– separação e ordenação dos documentos de suporte contabilístico,


de acordo com o preestabelecido;

–– classificação contabilística dos respectivos documentos;

–– tratamento informático dos documentos classificados;

–– preenchimento dos documentos exigidos pelo serviço de Finanças;

–– e
 xecução de tarefas relativas ao trabalho de fim do período contabilístico
ou de tributação.

Esquematizando:

REGISTO A Contabilidade regista todos os factos patrimoniais.

CONTROLO
A Contabilidade controla a situação económica e financeira da
empresa.
FUNÇÕES

AVALIAÇÃO
A Contabilidade avalia os bens que estão na empresa e toda a sua
actividade.
PREVISÃO A Contabilidade faz previsões para o futuro da empresa.

ANÁLISE
A Contabilidade analisa todos os registos da empresa de forma a
tomar decisões mais fundamentadas.

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INTRODUÇÃO À CONTABILIDADE

MÓDULO 1
O CONTEXTO CONTABILÍSTICO
1.2 JUSTO VALOR – CREDIBILIDADE

Como em qualquer profissão, na Contabilidade também


existem normas para cumprir.

As normas contabilísticas são princípios de Contabilidade


que servem de regras a observar na preparação e
apresentação das demonstrações financeiras.

Assim, temos que o reconhecimento dos elementos das


demonstrações é o processo que consiste em englobar, nos diferentes mapas
financeiros, elementos que representem fielmente uma classe e os valores
apresentados quantifiquem de forma credível os resultados obtidos pela empresa
no exercício económico em causa.

Segundo o Plano Geral de Contabilidade Angolano, a empresa deve respeitar os


princípios contabilísticos, os quais têm por objectivo obter uma imagem verdadeira
e apropriada da situação financeira e dos resultados da empresa. Só assim as
pessoas interessadas podem efectivamente formular ideias e tomar decisões
adequadas à empresa.

VER PLANO GERAL DE CONTABILIDADE ANGOLANO

Os princípios contabilísticos são os que de seguida se apresentam.

PRINCÍPIOS CONTABILÍSTICOS

DA CONSISTÊNCIA
A empresa define no início da sua actividade a sua política contabi-
lística, a qual não se altera de exercício para exercício.

DA MATERIALIDADE
As peças ou mapas contabilísticos devem conter todos os elementos
que sejam relevantes, retratando fielmente a situação da empresa.

DA NÃO COMPENSAÇÃO
Não devem ser efectuadas compensações de saldos entre Activo
DE SALDOS
e Passivo, ou seja, as rubricas devem apresentar o seu valor líquido
de amortizações e provisões.
As demonstrações financeiras devem permitir uma comparação ao
DA COMPARABILIDADE longo do tempo, a fim de identificar a posição patrimonial e finan-
ceira no seu desempenho.

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INTRODUÇÃO À CONTABILIDADE

MÓDULO 1
O CONTEXTO CONTABILÍSTICO
Relativamente a cada elemento registado, devem aplicar-se os critérios de
reconhecimento do mesmo a fim de se traduzirem nas demonstrações financeiras.

Ou seja, no caso do activo temos que os benefícios devem fluir para a empresa;
no caso do passivo temos que é necessário que a saída de recursos incorporando
benefícios futuros resulte na liquidação de uma obrigação presente.

No que respeita aos custos e proveitos, estes devem conduzir a uma redução do
capital próprio e a um aumento do capital próprio, respectivamente.

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INTRODUÇÃO À CONTABILIDADE

MÓDULO 2
CONCEITOS CONTABILÍSTICOS
MÓDULO 2
Conceitos contabilísticos

2.1 PATRIMÓNIO

Todos sabemos que o ser humano é um ser social, logo, estabelece relações de
interdependência com os restantes elementos da sociedade.

Sendo assim, para sobreviver e afirmar-se, o ser humano tende a adquirir certos
produtos que denomina de “seus”, assim como tende a solicitar empréstimos a
particulares ou a entidades bancárias para os poder adquirir.

É assim que se constrói aquilo a que, a partir deste módulo, vamos chamar de
património.

Património
É o conjunto de bens, direitos e obrigações pertencentes a uma entidade
jurídica num dado momento.

Vamos exemplificar para a compreensão se tornar mais simples.

O Sr. Wilson Santos, no domingo passado, decidiu elaborar a seguinte listagem:

• Dinheiro em carteira.

• Dinheiro depositado no banco.

• Automóvel.

• Mobiliário diverso.

• Importâncias a receber de Artur Hunga e Maria Manico.

• Duas letras por pagar respeitantes ao automóvel.

Na listagem anterior podemos identificar três categorias de elementos distintos:

• Os bens (o dinheiro, o automóvel e o mobiliário).

• Os direitos (as importâncias a receber).

• As obrigações (duas letras do automóvel).

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INTRODUÇÃO À CONTABILIDADE

MÓDULO 2
CONCEITOS CONTABILÍSTICOS
Esta listagem representa o Património do Sr. Wilson Santos naquele momento.

PATRIMÓNIO = BENS + DIREITOS – OBRIGAÇÕES

Dinheiro As importâncias As importâncias


Viaturas a receber a pagar
Mobiliário
Máquinas

CLASSIFICAÇÃO DE PATRIMÓNIO

Consideremos agora o Património do Sr. Leonardo Caxito, que se dedica ao


comércio de gindungo e que iniciou essa actividade em 1 de Julho de 2014.

1. Dinheiro no cofre do estabelecimento


2. Dinheiro para gastos domésticos
3. Gindungo “Uíge” embalado
4. Carrinha para transporte das embalagens de gindungo
5. Máquina de embalagem
6. Mobiliário da habitação
7. D
 ívida a receber de Lukau & Bessa, relativa à venda de
gindungo
8. Automóvel para uso familiar
9. Letra a receber de António Teodoro relativa à venda de
gindungo
10. Dívida a pagar à Sociedade de Produtores do Sul, SA
11. E
 mpréstimo do Banco Verde para desenvolvimento da
actividade

9
INTRODUÇÃO À CONTABILIDADE

MÓDULO 2
CONCEITOS CONTABILÍSTICOS
Repare que neste tipo de listagem podemos identificar dois tipos de património,
com características diferentes:

O Património Particular ou Individual


Conjunto de bens, direitos e obrigações meramente pessoais (2 + 6 + 8).

O Património Comercial (Empresarial)


Conjunto de bens, direitos e obrigações directamente relacionados com
a actividade do comerciante. (1 + 3 + 4 + 5 + 7 + 9 + 10 + 11).

Vamos supor que o Sr. Leonardo Caxito pretende determinar o valor do seu
património comercial naquela data. Para o efeito recorreu aos elementos de
valorimetria disponíveis nos registos contabilístico e apresentou a seguinte
listagem:

Valores em Kz
1. Dinheiro no cofre do estabelecimento 100.000
2. Gindungo “Uíge” embalado 1.100.000
3. Carrinha para transporte de gindungo 3.000.000
4. Máquina de embalagem 2.000.000
5. D
 ívida a receber de Lukau & Bessa relativa
à venda de gindungo 150.000
6. L etra a receber de António Teodoro relativa
à venda de gindungo 650.000
7. D
 ívida a pagar à Sociedade de Produtores
do Sul, SA 200.000
8. Empréstimo do Banco Verde para
desenvolvimento da actividade 3.800.000

Nota:
1 + 2 + 3 + 4
Representam Bens
5 + 6
Representam Direitos
7 + 8
Representam Obrigações
• Os Bens valem - 6.200.000
• Os Direitos valem - 800.000
• As Obrigações valem - 4.000.000

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INTRODUÇÃO À CONTABILIDADE

MÓDULO 2
CONCEITOS CONTABILÍSTICOS
Valor do Património = 6.200.000 + 800.000 - 4.000.000
= 3.000.000

Então o Valor do Património obtém-se do seguinte modo:

EQUAÇÃO FUNDAMENTAL DA CONTABILIDADE

VALOR DO PATRIMÓNIO = BENS + DIREITOS – OBRIGAÇÕES

ELEMENTOS PATRIMONIAIS ACTIVOS E PASSIVOS

MASSAS GERAIS = ACTIVO E PASSIVO

Vamos agora tentar arrumar os elementos do Património:

BENS
+ OBRIGAÇÕES
DIREITOS

Isto é, recorrendo ao património do Sr. Leonardo Caxito, temos:

PATRIMÓNIO DO COMERCIANTE LEONARDO CAXITO


– Máquina de embalagem – Empréstimo do Banco Verde
– Carrinha para transporte de gindungo – Dívida a pagar à Sociedade de Produtores
do Sul, SA
– Gindungo “Uíge” embalado
– Dívida a receber de Lukau & Bessa,
– Letra a receber de António Teodoro
– Dinheiro no cofre do estabelecimento

Observando o esquema anterior, podemos concluir que se verificou uma partição


nos elementos que constituem o património do comerciante.

• O
 s elementos que vão ser representados do lado esquerdo do esquema
(os bens e os direitos) representam positivamente o património.

11
INTRODUÇÃO À CONTABILIDADE

MÓDULO 2
CONCEITOS CONTABILÍSTICOS
• O
 s elementos que vão ser representados do lado direito do esquema
(as obrigações) representam negativamente o património.

Então o esquema anterior poderá resumir-se no seguinte:

Activo...................7.000.000 Passivo................4.000.000

O Valor do Património (ou Capital Próprio) poderá agora ser obtido pela diferença
entre o Activo e o Passivo.

VALOR DO PATRIMÓNIO = ACTIVO – PASSIVO

Valor do Património do Sr. Leonardo Caxito = 7.000.000 – 4.000.000


= 3.000.000

Podemos assim representar as massas patrimoniais gerais (Activo, Passivo e


Capital Próprio) da seguinte forma:

Notas:
• O ACTIVO corresponde àquilo que o comerciante tem.
• O PASSIVO corresponde àquilo que o comerciante deve.
• O CAPITAL PRÓPRIO representa o valor do património que corresponde
ao valor que resta se, com “aquilo” que tem, o comerciante pagar “aquilo”
que deve.

CAPITAL O que resta ao comerciante, depois de pagar o


ACTIVO
PRÓPRIO que deve com o que tem.
O QUE O COMERCIANTE TEM
PASSIVO
Obrigações.
O que o comerciante deve.

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INTRODUÇÃO À CONTABILIDADE

MÓDULO 2
CONCEITOS CONTABILÍSTICOS
2.2 INVENTÁRIO

Inventário
É uma listagem dos elementos patrimoniais, com indicação do preço unitário,
das quantidades e dos respectivos valores.

FASES DO INVENTÁRIO

IDENTIFICAÇÃO
OU ARROLAMENTO
Verificação dos elementos patrimoniais existentes.

DESCRIÇÃO
E CLASSIFICAÇÃO
Repartição dos elementos pelas contas e massas.

VALORIZAÇÃO Atribuição de um valor a cada elemento patrimonial.

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INTRODUÇÃO À CONTABILIDADE

MÓDULO 3
CÓDIGO DE CONTAS
MÓDULO 3
Código de Contas

3.1 CÓDIGO DE CONTAS

O Código de Contas, não sendo um documento exaustivo, contém no essencial:

a) O quadro-síntese de contas.
b) O Código de Contas (lista codificada de contas).
c) Notas de enquadramento.

Conta
É um conjunto de elementos patrimoniais com características comuns e
específicas e que se expressa em unidades monetárias.

HIERARQUIA DAS CLASSES E CONTAS

Código 2
da classe Existências

Código 21
da conta Compras

Código 211
da subconta Matérias-primas,
subsidiárias e de consumo

O PGCA (Plano Geral de Contabilidade Angolano) apresenta contas de diferentes graus1 :

• Contas de 1.º grau

O seu código é formado por dois dígitos, indicando o primeiro a classe a que
pertence a referida conta e o segundo a ordem da conta dentro da classe.

CONTA 2 1

Conta do 1.º grau

Este dígito indica que a conta pertence


à Classe 2 – Existências

1.
Aconselha-se a consulta do Diário da República de Angola, 1.ª série – N.º 52 – 16 de Novembro de 2001.

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INTRODUÇÃO À CONTABILIDADE

MÓDULO 3
CÓDIGO DE CONTAS
• Contas de 2.º grau

O seu código é formado por três dígitos, nos quais:

–– o primeiro dígito indica a classe;

–– o segundo dígito indica a ordem dentro da classe;

–– o terceiro dígito indica a ordem dentro da conta do 1.º grau.

Neste caso estamos em presença de uma conta divisionária.

CONTA 2 1 1
Conta do 2.º grau – Matérias-primas
Subsidiárias e de consumo
Conta do 1.º grau – Compras

Classe 2 – Existências

• Contas de 3.º grau

O seu código é formado por quatro dígitos.

CONTA 3 1 1 1
Conta do 3.º grau – Grupo

Conta do 2.º grau – Clientes – Correntes

Conta do 1.º grau – Clientes

Classe 3 – Parceiros

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INTRODUÇÃO À CONTABILIDADE

MÓDULO 3
CÓDIGO DE CONTAS
De acordo com o PGCA, as classes estão classificadas da seguinte forma:

CÓDIGO CLASSES

1 Meios Fixos e Investimentos


2 Existências
3 Terceiros
4 Meios Monetários
5 Capital e Reservas
6 Proveitos e Ganhos por Natureza
7 Custos e Perdas por Natureza
8 Resultados

As classes anteriormente apresentadas são ainda constituídas por um vasto grupo


de elementos, de acordo com as características da conta.

Cada elemento patrimonial pertence a uma conta, a qual tem um título e uma
correspondente extensão em unidades monetárias, que representam as
características de uma conta.

TÍTULO

Expressão ou palavra por que se designa a conta.


CONTA
VALOR

Quantidade de unidades monetárias a registar na conta.

Consoante as características de cada conta, assim será considerado um tipo de


conta, pois estas classificam-se em contas do Activo, Passivo ou Capital Próprio.

Para que o módulo não se torne demasiado extenso, vamos procurar


condensar a exploração do código de contas pelas classes e contas mais
utilizadas no dia-a-dia das empresas. Sendo sempre possível explorar as
restantes contas aqui não especificadas através do Plano Geral de Contas
Angolano – Notas de Enquadramento.

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INTRODUÇÃO À CONTABILIDADE

MÓDULO 3
CÓDIGO DE CONTAS
3.2 MEIOS FIXOS E INVESTIMENTOS

Esta classe inclui os bens detidos com continuidade ou permanência e que não
se destinem a ser vendidos ou transformados no decurso normal das operações
da entidade, quer sejam de sua propriedade, quer estejam em regime de locação
financeira.

Compreende as imobilizações corpóreas e incorpóreas, os investimentos


financeiros, imobilizações em curso, amortizações e provisões para investimentos
financeiros.

Esta classe de contas compreende as seguintes subcontas:

1 1 – Imobilizações Corpóreas
12 – Imobilizações Incorpóreas
13 – Investimentos Financeiros
14 – Imobilizações em Curso
18 – Amortizações Acumuladas
19 – Provisões para Investimentos Financeiros

11 – Imobilizações Corpóreas

Conceito

São itens fáceis de identificar e valorizar, pois têm suporte físico e são detidos
para uso na produção ou fornecimento de bens ou serviços, para arrendamento a
outros ou para fins administrativos, os quais se espera que sejam usados durante
mais do que um período.

Não se destinam a ser vendidos ou


transformados.

IMOBILIZAÇÕES São utilizadas no desenvolvimento da


CORPÓREAS actividade da empresa.

Mantêm-se na empresa por um período


superior a um ano.

17
INTRODUÇÃO À CONTABILIDADE

MÓDULO 3
CÓDIGO DE CONTAS
A conta 11 – Imobilizações Corpóreas compreende as seguintes subcontas:

111 – Terrenos e recursos naturais


112 – Edifícios e outras construções
113 – Equipamento básico
114 – Equipamento de carga e transporte
115 – Equipamento administrativo
116 – Taras e Vasilhame
119 – Outras Imobilizações Corpóreas

12 – Imobilizações Incorpóreas

Conceito

São meios mais difíceis de identificar e valorizar, uma vez que não têm substância
física.

A conta 12 – Imobilizações Incorpóreas compreende as seguintes subcontas:

121 – Trespasses
122 – Despesas de Investigação e de Desenvolvimento
123 – Propriedade Industrial e outros direitos e contractos
124 – Despesas de constituição
129 – Outras Imobilizações Incorpóreas

13 – Investimentos Financeiros

Conceito

Esta conta integra as aplicações financeiras de carácter permanente.

18
INTRODUÇÃO À CONTABILIDADE

MÓDULO 3
CÓDIGO DE CONTAS
Compreende as seguintes subcontas:

131 – Empresas subsidiárias


132 – Empresas associadas
133 – Outras Empresas
134 – Investimentos em Imóveis
135 – Fundos
139 – Outros Investimentos Financeiros

14 – Imobilizações em curso

Conceito

É uma conta onde serão contabilizados os equipamentos adquiridos e/ou


substituídos ainda não concluídos à data de encerramento do exercício.

A conta 14 – Imobilizações em Curso compreende as seguintes subcontas:

141 – Obra em curso


142 – Obra em curso
147 – Adiantamentos por conta de imobilizado corpóreo
148 – Adiantamentos por conta de imobilizado incorpóreo
149 – Adiantamentos por conta de investimentos financeiros

18 – Amortizações Acumuladas

A perda de valor ou desgaste do equipamento é inevitável, pois com o decorrer


do tempo, os bens vão perdendo valor contabilístico devido à sua utilização.

Esta perda de valor deve ser contabilizada anualmente, seguindo critérios


fiscalmente aceites.

19
INTRODUÇÃO À CONTABILIDADE

MÓDULO 3
CÓDIGO DE CONTAS
Conceito

É uma conta onde se regista a desvalorização contabilística de um bem, devido à


sua utilização.

A conta 18 – Amortizações Acumuladas compreende as seguintes subcontas:

181 – Imobilizações Corpóreas


182 – Imobilizações Incorpóreas
183 – Investimentos Financeiros em Imóveis

Os cálculos das amortizações são feitos com base no seguinte Cálculo das Quotas
de Amortização:

Quota de amortização
Equivale à perda de valor contabilístico do imobilizado durante um exercício
económico.

Para se calcular a quota de amortização, temos de conhecer as seguintes


variáveis:

O VALOR DE AQUISIÇÃO Valor que está registado na conta 11 – Imobilizações Corpóreas.


DO EQUIPAMENTO

O VALOR RESIDUAL
Valor que a empresa atribui ao equipamento no fim da sua vida
útil.
O PERÍODO Número de anos que a empresa prevê para o funcionamento
DE VIDA ÚTIL do equipamento.

A TAXA DE AMORTIZAÇÃO
Taxa a ser consultada no Código do Imposto Industrial,
Portaria n.º 755/72 de 26 de Outubro.

20
INTRODUÇÃO À CONTABILIDADE

MÓDULO 3
CÓDIGO DE CONTAS
3.3 EXISTÊNCIAS

Esta classe inclui os inventários/existências:

• Detidos para venda no decurso da actividade empresarial.

• No processo de produção para essa venda.

• N
 a forma de materiais consumíveis a serem aplicados no processo de
produção ou na prestação de serviços.

Esta classe de contas compreende as seguintes subcontas:

2 1 – Compras
22 – Matérias-primas, subsidiárias e de consumo
23 – Produtos e trabalhos em curso
24 – Produtos acabados e intermédios
25 – Subprodutos, desperdícios, resíduos e refugos
26 – Mercadorias
27 – Matérias-primas, mercadorias e outras matérias em
trânsito
28 – Adiantamentos por conta de compras
29 – Provisões para depreciação de existências

21 – Compras

A conta 21 – Compras é utilizada para registar a compra de existências.

Subconta 211 – Matérias-primas, subsidiárias e de consumo

Nesta subconta regista-se o valor dos bens necessários ao processo produtivo


das empresas. É normalmente utilizada por empresas industriais.

21
INTRODUÇÃO À CONTABILIDADE

MÓDULO 3
CÓDIGO DE CONTAS
Subconta 212 – Mercadorias

Nesta subconta regista-se o valor das compras e respectivas despesas dos


bens adquiridos para posterior venda, sem nelas se efectuarem transformações
estruturais. É normalmente utilizada por empresas comerciais.

Subconta 217 – Devolução de compras

A devolução de compras é uma operação corrente nas empresas, que ocorre


pelos motivos mais diversos:

–– falta de qualidade das mercadorias;

–– deterioração das mercadorias;

–– expiração do prazo de validade, entre outros.

Subconta 218 – Descontos e abatimentos em compras

Os descontos podem ser um de dois tipos, a saber:

• Descontos Comerciais

Descontos de quantidade; Abatimentos de revenda; Bónus. Estes estão


usualmente relacionados com as quantidades. Estes descontos abatem ao
custo de compra do inventário.

• Descontos Financeiros

Descontos de pronto pagamento ou de antecipação de pagamento.


Estes estão usualmente relacionados com o pagamento. Estes descontos
não afectam o custo de compra e representam um rendimento para a
empresa.

Nota:

A conta 21 - Compras não é uma conta de balanço nem de Demonstração dos


Resultados, o seu saldo é transferido para a respectiva subconta da classe 2
(conforme o tipo de existência que se está a adquirir), o momento dessa
transferência dependerá do tipo de inventário utilizado: inventário permanente

22
INTRODUÇÃO À CONTABILIDADE

MÓDULO 3
CÓDIGO DE CONTAS
– transferência aquando da entrada dos bens em armazém; inventário periódico
(intermitente) – transferência no final do período.

21 COMPRAS
Preço de compra Devoluções de compras
Despesas adicionais Descontos e abatimentos de natureza comercial
Anulações e correcções de facturas
Pela entrada de bens em armazém

22 – Matérias-primas, subsidiárias e de consumo

A conta 22 – Matérias-primas, subsidiárias e de consumo é utilizada para registar


bens a serem incorporados no produto final ou apenas necessários à produção.
As embalagens indispensáveis ao seu acondicionamento são denominadas
“embalagens de consumo”.

23 – Produtos e trabalhos em curso

A conta 23 – Produtos e trabalhos em curso é uma conta utilizada para registar


produtos que se encontram ainda em fabricação.

24 – Produtos acabados e intermédios

A conta 24 – Produtos acabados e intermédios é uma conta utilizada para


registar produtos oriundos da actividade produtiva da empresa e que possam ser
vendidos.

25 – Subprodutos, desperdícios, resíduos e refugos

A conta 25 – Subprodutos, desperdícios, resíduos e refugos é uma conta


utilizada para registar bens de natureza secundária, provenientes da actividade
produtiva e obtidos simultaneamente com os de natureza principal.

23
INTRODUÇÃO À CONTABILIDADE

MÓDULO 3
CÓDIGO DE CONTAS
26 – Mercadorias

A conta 26 – Mercadorias é utilizada para registar bens adquiridos que se


destinam exclusivamente à venda, tais como embalagens, consignação de
mercadorias, mercadorias em trânsito e em poder de terceiros.

27 – Matérias-primas, mercadorias e outras matérias em trânsito

A conta 27 – Matérias-primas, mercadorias e outras matérias em trânsito


é uma conta utilizada para registar bens adquiridos que se destinam exclusiva-
mente à venda, mas que se encontram em trânsito ou em poder de terceiros.

28 – Adiantamentos por conta de compras

A conta 28 – Adiantamentos por conta de compras é uma conta utilizada


para registar entregas realizadas pela empresa antes da aquisição efectiva das
mercadorias e cujo preço se encontra previamente fixado.

29 – Provisões para depreciação de existências

A conta 29 – Provisões para depreciação de existências é uma conta utilizada para


registar desvios devidos à aplicação de critérios de valorimetria das existências.

3.4 TERCEIROS

Esta classe destina-se a registar as operações relacionadas com clientes,


fornecedores, pessoal, Estado e outros entes públicos, financiadores, accionistas,
bem como outras operações com terceiros que não tenham cabimento nas contas
anteriores ou noutras classes específicas.

Incluem-se ainda nesta classe os outros valores a receber e a pagar (para permitir
o registo dos gastos e dos rendimentos nos períodos a que respeitam) e as
provisões.

Contudo, será aqui especificada a movimentação das contas 31 a 36, movimenta-


das com mais frequência no decorrer de qualquer exercício económico.

24
INTRODUÇÃO À CONTABILIDADE

MÓDULO 3
CÓDIGO DE CONTAS
31 – Clientes

Regista os movimentos com os compradores de mercadorias, de produtos e de


serviços.

A conta 31 – Clientes movimenta-se seguindo as regras do activo, a saber:

31 CLIENTES
Saldo inicial Cobranças sobre clientes
Vendas a crédito Notas de crédito
Notas de débito Adiantamentos de clientes

A conta 311 – Clientes-Correntes é normalmente movimentada por contrapartida


da conta 61 – Vendas e 62 – Prestações de Serviços.

Assim, nesta conta vamos encontrar as seguintes subcontas:

3 1 1 – Clientes Correntes
312 – Clientes Títulos a receber
313 – Clientes Títulos Descontados
318 – Clientes de Cobrança Duvidosa
319 – Clientes – Saldos Credores

Como se pode reparar, esta conta tem diferentes tipos de clientes, os quais são
registados em contas distintas:

311 – CLIENTES CORRENTES


Engloba as dívidas decorrentes de vendas efectuadas a prazo
a 30, 60 ou 90 dias.

312 – C
 LIENTES TÍTULOS
Engloba as dívidas tituladas por letras. Tal situação verifica-se
A RECEBER
quando o cliente corrente aceita uma letra que lhe é sacada
pelo credor.

25
INTRODUÇÃO À CONTABILIDADE

MÓDULO 3
CÓDIGO DE CONTAS
Nos exemplos a seguir, podemos ver os lançamentos efectuados quando se
realiza uma venda a prazo e quando se saca uma letra a um cliente.

Exemplo 1: Factura n.º 15, referente à venda a 30 dias, de 250.000 Kz de mercadorias.

D 311 CLIENTES CORRENTES C D 613 VENDA – MERCADORIAS C

1) 250.000 Kz 1) 250.000 Kz

Exemplo 2: Saque n.º 12, no valor da Factura n.º 15.

D 311 CLIENTES CORRENTES C D 312 CLIENTES TÍTULOS A RECEBER C

2) 250.000 Kz 2) 250.000 Kz

Resumindo: O movimento do exemplo 1 retrata o registo da dívida normal do


cliente na sua conta e posteriormente, no exemplo 2 , transforma-se a dívida em
dívida por meio de um título (Letra).

A conta 312 – Clientes Títulos a receber movimenta-se da seguinte forma:

312 CLIENTES TÍTULOS A RECEBER

Pelo valor dos saques efectuados Pelo endosso dos saques;


pela empresa;
Pela anulação dos saques, devido à sua
cobrança na data de vencimento;
Pelos saques apresentados a desconto;
Pela reforma dos saques;
Pela anulação das letras devido à falta de
pagamento.

Para calcular o valor líquido a receber pela empresa que aceitou a Letra como
forma de pagamento, procede-se da seguinte forma:

VALOR LÍQUIDO = VALOR NOMINAL DA LETRA – ENCARGOS

26
INTRODUÇÃO À CONTABILIDADE

MÓDULO 3
CÓDIGO DE CONTAS
32 – Fornecedores

Esta conta regista os movimentos com os vendedores de bens, com excepção


dos destinados aos investimentos da entidade.

A conta 32 – Fornecedores movimenta-se seguindo as regras do passivo, a saber:

32 FORNECEDORES

Pagamentos Saldo inicial


Notas crédito de fornecedores Facturas de fornecedores
Devoluções de compras Notas débito de fornecedores

A conta 321 – Fornecedores-Correntes é normalmente movimentada por


contrapartida da conta 21 – Compras, nas compras de mercadorias a prazo.

Assim, nesta conta vamos encontrar as seguintes subcontas:

3 2 1 – Fornecedores Correntes
322 – Fornecedores – Títulos a pagar
328 – Fornecedores – Facturas em recepção e conferência
329 – Fornecedores – Saldos Devedores

Assim, teremos que:

321 – F
 ORNECEDORES Onde as empresas devem registar as compras a prazo a 30,
CORRENTES 60 ou 90 dias.

322 – CLIENTES TÍTULOS


Engloba as dívidas tituladas por letras. Tal situação verifica-se
A RECEBER
quando o cliente corrente aceita uma letra que lhe é sacada
pelo credor.

27
INTRODUÇÃO À CONTABILIDADE

MÓDULO 3
CÓDIGO DE CONTAS
Incluem-se nesta conta todos os registos resultantes de compras de bens e ser-
viços, para utilização ou consumo na actividade corrente da empresa, desde que:

–– não sejam titulados;

–– não estejam em recepção ou conferência;

–– não sejam destinados a investimentos da entidade.

Exemplo 1 : Factura n.º 14, a 60 dias, da Socicar, Lda., referente a 200.000 Kz de


mercadorias.

D 26 MERCADORIAS C D 321 FORNECEDORES CORRENTES C

1) 200.000 Kz 1) 200.000 Kz

Exemplo 2 : Aceite n.º 31, no valor da Factura n.º 14 da Socicar, Lda.

D 321 FORNECEDORES CORRENTES C D 322 FORNECEDORES TÍTULOS A PAGAR C

2) 200.000 Kz 2) 200.000 Kz

A conta 322 – Fornecedores Títulos a pagar movimenta-se da seguinte forma:

322 FORNECEDORES TÍTULOS A PAGAR

Pela anulação das letras devido ao seu Pelo valor dos aceites efectuados pela
pagamento na data do vencimento; empresa;
Pela anulação dos aceites devido
à falta de pagamento;
Pela anulação dos aceites devido
à reforma dos mesmos ou à respectiva
amortização parcial.

O aceite de uma letra implica a diminuição da dívida em conta-corrente devido ao


aumento da dívida titulada em letras.

28
INTRODUÇÃO À CONTABILIDADE

MÓDULO 3
CÓDIGO DE CONTAS
33 – Empréstimos

Esta conta abrange todos os empréstimos obtidos pela empresa, com excepção
dos obtidos de sócios ou accionistas. Sejam eles de instituições de crédito e
sociedades financeiras ou de outras entidades, como sejam os participantes de
capital, entidades onde a entidade detenha participação ou mesmo no caso da
obtenção de empréstimos por emissão de obrigações.

34 – Estado

Nesta conta registam-se as relações com o Estado, autarquias locais e outros


entes públicos que tenham características de impostos e taxas.

Vamos encontrar as seguintes subcontas, nesta conta:

341 – Imposto sobre os Lucros


342 – Imposto de Produção e Consumo
343 – Imposto de Rendimento de Trabalho
344 – Imposto de Circulação
348 – Subsídios e Preços
329 – Outros Impostos

De entre estas, vamos especificar o Imposto sobre os Lucros, Imposto de Produção


e Consumo e Imposto de Rendimento de Trabalho.

341 – Imposto sobre os lucros

Esta conta destina-se a evidenciar a dívida da entidade relativa a imposto sobre


os lucros.

Esta conta é debitada pelos pagamentos por conta efectuados e as eventuais


retenções feitas por terceiros aquando da colocação de rendimentos à disposição
da entidade.

29
INTRODUÇÃO À CONTABILIDADE

MÓDULO 3
CÓDIGO DE CONTAS
É creditada pela estimativa do imposto a pagar ao Estado pelo exercício
económico, que no fim do período será calculado e registar-se-á a crédito desta
conta por débito de 87 – Imposto sobre Lucros.

342 – Imposto de produção e consumo

Esta conta movimenta a crédito o imposto que incide sobre os serviços prestados
por entidades residentes em Angola, mas também os serviços contratados a for-
necedores não-residentes por parte de entidades residentes e sujeitas a imposto
industrial.

É um tipo de imposto monofásico que apesar de poder ser repercutido à entidade


que produz ou consome bens e serviços, esta não dispõe de qualquer mecanismo
de dedução ou crédito que lhe permita recuperar o imposto suportado.

30
INTRODUÇÃO À CONTABILIDADE

MÓDULO 3
CÓDIGO DE CONTAS
Este imposto está sujeito às taxas estabelecidas na tabela que se segue:

DESIGNAÇÃO TAXA %

Serviços de Hotelaria e Similares 10

Serviços de Telecomunicações 5

Consumo de Água 5

Consumo de Energia 5

Locação de áreas especialmente preparadas para recolha ou estacionamento 5


colectivo de veículos
Locação de máquinas ou outros equipamentos, bem como os trabalhos 10
efectuados sobre bens móveis corpóreos
Locação de áreas preparadas para conferências, colóquios, exposições, 10
publicidade ou outros eventos
Serviços de consultoria, compreendendo designadamente a consultoria
jurídica, fiscal, financeira, contabilística, informática, de engenharia, arquitectura, 5
economia, imobiliária, serviços de auditoria, revisão de contas e advocacia

Serviços fotográficos, de revelação de filmes e tratamento de imagens, serviços 5


de informática e construção de páginas de Internet

Serviços portuários e aeroportuários e serviços de despachantes 5

Serviços de segurança privada 5

Serviços de turismo e viagens promovidos por agências de viagens ou 10


operadores turísticos equiparados

Serviços de gestão de cantinas, refeitórios, dormitórios, imóveis e condomínios 5

Acesso de espectáculos ou eventos culturais, artísticos ou desportivos 5

Transportes rodoviário, marítimo, ferroviário e aéreo de cargas e contentores,


inclusive armazenagem relacionada com estes transportes, bem como 5
transportes de passageiros, desde que realizados exclusivamente em território
nacional

Fonte: Guia Fiscal Angola - PwC

31
INTRODUÇÃO À CONTABILIDADE

MÓDULO 3
CÓDIGO DE CONTAS
O valor tributável:

• O
 valor sobre o qual incide a taxa do imposto será constituído pelo valor
das vendas e serviços constantes da factura com exclusão de descontos,
bónus ou abatimentos.

VALOR LÍQUIDO
DA FACTURA = PREÇO
DO BEM + DESPESAS – DESCONTOS

IMPOSTO SOBRE PRODUÇÃO


OU CONSUMO = VALOR LÍQUIDO
DA FACTURA X TAXA DE IMPOSTO

343 – Imposto de rendimento de trabalho

Esta conta movimenta a crédito o imposto deduzido aos trabalhadores, pelo


rendimento do seu trabalho, apurado aquando do processamento de salários.

É uma conta que é saldada por contrapartida de meios monetários aquando do


respectivo pagamento ao Estado.

35 – Entidades participantes e participadas

Esta conta é de natureza devedora e destina-se a registar, por contrapartida da


conta 51 – Capital, as subscrições de capital efectuadas por terceiros, como
Estado ou outras Empresas.

É uma conta que é saldada por contrapartida de meios monetários aquando do


respectivo recebimento dos valores em dívida.

36 – Pessoal

Esta conta abrange as operações relacionadas com o pessoal e os órgãos sociais


da entidade/empresa.

Relativamente às movimentações desta conta, é importante saber que é utilizada


para o procedimento de processamento salarial.

32
INTRODUÇÃO À CONTABILIDADE

MÓDULO 3
CÓDIGO DE CONTAS
O processamento salarial é obrigatório ocorrer mensalmente pelas entidades
empregadoras ou entidades de prestação de serviços contabilísticos.

3.5 MEIOS MONETÁRIOS

Esta classe destina-se a registar os meios financeiros líquidos, que incluem quer
o dinheiro e depósitos bancários quer todos os activos ou passivos financeiros,
cujos valores sejam reconhecidas na demonstração de resultados.

Esta classe inclui as seguintes contas:

41 – Títulos negociáveis
42 – Depósitos a prazo
43 – Depósito a ordem
45 – Caixa
49 – Provisões para aplicação de tesouraria

41 – Títulos negociáveis

Esta conta visa reconhecer todos os títulos adquiridos que não sejam caixa ou
depósitos bancários que sejam para aplicação de excedentes de tesouraria e que
são detidos com o objectivo de serem transaccionados a curto prazo, ou seja,
num período inferior a um ano.

42 – Depósito a prazo

Esta conta reúne os depósitos que não sejam classificados como depósitos à
ordem, reunindo, portanto, os chamados depósitos a prazo. São meios de
pagamento proveniente de contas a prazo, inscritas nas instituições bancárias.

43 – Depósito à ordem

Os depósitos à ordem são depósitos em instituições bancárias cujos valores


são exigíveis em qualquer momento e, por isso, se denominam de “depósitos à
vista”. Os depósitos à ordem constituem, portanto, meios de pagamento comuns
e habituais.

33
INTRODUÇÃO À CONTABILIDADE

MÓDULO 3
CÓDIGO DE CONTAS
45 – Caixa

Desta conta fazem parte os meios líquidos de pagamento de propriedade da


empresa, tais como:

• Notas de banco

• Moedas metálicas de curso legal

• Cheques

• Vales postais, nacionais e estrangeiros

Constituição do Saldo de Caixa

O saldo inicial da conta Caixa resulta de levantamentos das contas de depósitos à


ordem, sendo reforçado pelos recebimentos e também, sempre que necessário,
por novos levantamentos das contas bancárias.

Saídas de Caixa

A conta Caixa é utilizada para registar pagamentos efectuados relativos a


fornecimentos correntes como, por exemplo, pagamento de despesas de correio
(comunicação), artigos de limpeza, água e electricidade (estes últimos quando
não sejam pagos por transferência bancária), entre outros.

Estas contas são sempre movimentadas conforme exemplo:

D 45 CAIXA C

Saldo Inicial Pagamentos


Recebimentos

Devem ser criadas tantas subcontas de Caixa/Depósitos quantas filiais da empresa


existam.

34
INTRODUÇÃO À CONTABILIDADE

MÓDULO 3
CÓDIGO DE CONTAS
Em situação de Falha de Caixa ou Sobra de Caixa:

FALHA DE CAIXA

D 79 – CUSTOS E PERDAS EXTRA. C D 45 CAIXA C

x x

SOBRA DE CAIXA

D 69 – PROVEITOS E GANHOS EXTRA. C D 45 CAIXA C

x x

3.6 CAPITAL E RESERVAS

Recuando ao Módulo 2 deste curso, recordamos que uma parte integrante do


património da empresa é o Capital Próprio. É nesta classe que se registam os
valores referentes ao Capital e às diferentes formas de este ser constituído, bem
como as Reservas enquanto ajustamentos monetários possíveis de se efectuar.

51 – Capital

O Capital, também denominado de capital social, é o valor com que cada empresa
inicia a sua actividade. Este valor pode ser constituído por meios monetários e de
outra natureza.

Este valor pode ser aumentado ou reduzido nos exercícios seguintes ao da


constituição da empresa, no entanto, qualquer alteração exige a deliberação dos
sócios e escritura pública.

O Capital Próprio de uma empresa pode classificar-se em:

–– Inicial: representa o valor aplicado pelos investidores no início de


actividade.

–– A
 dquirido: representa os lucros e/ou prejuízos obtidos pela empresa no
desenvolvimento da actividade.

35
INTRODUÇÃO À CONTABILIDADE

MÓDULO 3
CÓDIGO DE CONTAS
–– Final: representa o somatório entre o capital inicial e o capital adquirido.

Inicial / adquirido / final

CAPITAL PRÓPRIO = CAPITAL + RESERVAS +/– RESULTADOS


Resultado Transitado + Resultado Líquido Exercício

55 – Reservas legais

Definição

São lucros não distribuídos que se constituem ou reforçam nos exercícios


económicos em que o resultado líquido é positivo.

A conta 55 – Reservas Legais serve para registar as reservas que se constituem de


acordo com a legislação em vigor, estatutos da empresa e contractos celebrados
pela empresa.

36
INTRODUÇÃO À CONTABILIDADE

MÓDULO 3
CÓDIGO DE CONTAS
3.7 PROVEITOS POR NATUREZA

Esta classe inclui os rendimentos e os ganhos respeitantes ao período.


Para facilitar a compreensão do objectivo de existência de cada subconta desta
classe, vamos fazer uma abordagem por meio de quadro.

CONTAS OBSERVAÇÕES

61 – VENDAS
Inclui as vendas de mercadorias e produtos, devoluções de
vendas, descontos e abatimentos em vendas, entre outros.

62 – PRESTAÇÕES DE SERVIÇO
Inclui serviços prestados que sejam próprios dos objectos e
finalidades da empresa.
63 – OUTROS PROVEITOS Inclui direitos de propriedade industrial.
OPERACIONAIS

64 – VARIAÇÕES NOS Inclui a compensação dos custos incorridos e registados na


INVENTÁRIOS DE PRODUTOS produção de bens, que devam ser transferidos para existências,
ACABADOS E DE PRODUÇÃO e inclui os custos da produção vendida.
EM CURSO

65 – TRABALHOS PARA A PRÓPRIA


Inclui trabalhos que a empresa realiza para si mesma, sob sua
EMPRESA
administração directa, aplicando meios próprios ou adquiridos
para o efeito.
Inclui juros obtidos em depósitos bancários, obrigações,
66 – PROVEITOS E GANHOS empréstimos concedidos, aplicações de tesouraria, descontos
FINANCEIROS GERAIS de p.p. obtidos, diferenças de câmbio favoráveis, ganhos na
alienação de aplicações de tesouraria, entre outros.
67 – PROVEITOS E GANHOS Inclui o mesmo que a subconta anterior, contudo reflecte só os
FINANCEIROS EM FILIAIS E que se relacionem com empresas do grupo.
ASSOCIADAS

68 – OUTROS PROVEITOS E Inclui os factos ou acontecimentos de natureza corrente que


GANHOS NÃO OPERACIONAIS tenham carácter não recorrente ou não frequente.

69 – PROVEITOS E GANHOS
Inclui restituição de impostos, recuperação de créditos, ganhos
EXTRAORDINÁRIOS.
em existências, em imobilizações corpóreas e incorpóreas,
em investimentos financeiros, entre outros.

• A
 s contas de Proveitos por Natureza movimentam-se como as contas do
passivo, da seguinte forma:

D CONTA DE PROVEITOS POR NATUREZA C

Creditada pelos
rendimentos

37
INTRODUÇÃO À CONTABILIDADE

MÓDULO 3
CÓDIGO DE CONTAS
3.8 CUSTOS POR NATUREZA

Esta classe inclui os custos e os gastos respeitantes ao período. Para facilitar a


compreensão do objectivo de existência de cada subconta desta classe, vamos
fazer uma abordagem por meio de quadro.

CONTAS OBSERVAÇÕES

71 – CUSTO
 DAS MERCADORIAS Inclui o custo das mercadorias vendidas ou matérias integradas
VENDIDAS E DAS MATÉRIAS no processo produtivo.
CONSUMIDAS.

72 – CUSTOS COM PESSOAL Inclui as remunerações dos orgãos sociais e restante pessoal,
encargos sobre remunerações (descontos para a Segurança
Social), seguro de acidentes de trabalho e doenças profissionais
e pensões.

73 – A
 MORTIZAÇÕES DO Regista o desgaste sofrido pelas imobilizações incorpóreas
EXERCÍCIO e corpóreas atribuído ao exercício económico, bem como a
diferença, para menos, entre o preço de custo e o actual preço
de mercado de alguns bens e direitos.
75 – F
 ORNECIMENTOS E SERVIÇOS Inclui os trabalhos necessários ao processo produtivo,
DE TERCEIROS relativamente aos quais se obteve cooperação de outras
empresas; Os fornecimentos externos: água, electricidade,
combustíveis, material de escritório, etc; Os serviços externos:
rendas e alugueres, despesas de representação, comunicação,
seguros, publicidade, deslocações e estadas, comissões,
honorários, contencioso e notariado, entre outros.
76 – CUSTOS E PERDAS Inclui juros suportados em empréstimos bancários e outros,
FINANCEIROS GERAIS descontos de títulos, amortizações de investimento em
imóveis, provisões para aplicações financeiras, diferenças de
câmbio desfavoráveis, descontos de p.p. concedidos, entre
outros.
77 – C
 USTOS E PERDAS Inclui o mesmo que a subconta anterior, contudo reflecte só os
FINANCEIROS EM FILIAIS E que se relacionem com empresas do grupo.
ASSOCIADAS

78 –OUTROS CUSTOS E PERDAS Inclui os factos ou acontecimentos de natureza corrente que


NÃO OPERACIONAIS tenham carácter não recorrente ou não frequente.
79 – CUSTOS E PERDAS Inclui donativos, dívidas incobráveis, perdas em existências e
EXTRAORDINÁRIOS em imobilizações corpóreas e incorpóreas, em investimentos
financeiros, em multas e penalidades, entre outros.

38
INTRODUÇÃO À CONTABILIDADE

MÓDULO 3
CÓDIGO DE CONTAS
• A
 s contas de Custos por Natureza movimentam-se como as contas do
activo, da seguinte forma:

D CONTA DE CUSTOS POR NATUREZA C

Debitada pelos
Custos

3.9 RESULTADOS

Esta classe destina-se a apurar o resultado líquido do período. Apresenta como


subcontas:

81 – Resultados Transitados
82 – Resultados Operacionais
83 – Resultados Financeiros
84 – Resultados Financeiros em filiais e associadas
85 – Resultados Não Operacionais
86 – Resultados Extraordinários
87 – Impostos sobre os Lucros
88 – Resultados Líquidos do Exercício

Interessa nesta classe ficar a perceber que esta subdivisão de resultados servirá
sempre de base para as Demonstrações Financeiras que serão preenchidas no
final do exercício económico.

Contudo, é na subconta 88 – Resultados Líquidos do Exercício que se agregam


os saldos das contas 82 a 87, a fim de se fazer o apuramento do Resultado Líquido
do Exercício.

39
INTRODUÇÃO À CONTABILIDADE

MÓDULO 3
CÓDIGO DE CONTAS
Esquematizando:

GASTOS DO PROVEITOS
RESULTADOS
PERÍODO DO PERÍODO
ANTES DE
CONTAS DA CONTAS DA
IMPOSTOS
CLASSE 7 CLASSE 6

+
IMPOSTO
SOBRE OS
LUCROS

CONTA 87

=
RESULTADO LÍQUIDO DO EXERCÍCIO
CONTA 88

40
INTRODUÇÃO À CONTABILIDADE

MÓDULO 4
LANÇAMENTOS CONTABILÍSTICOS
MÓDULO 4
Lançamentos contabilísticos

4.1 LANÇAMENTOS CONTABILÍSTICOS

Neste último módulo, vamos consolidar o que ao longo dos módulos anteriores já
vem sido abordado, com conceitos como activo e passivo, debitar e creditar e até
com exemplos que temos tido de esquematizações em “T”.

Em Contabilidade, os elementos patrimoniais positivos são designados por


Activos e os elementos patrimoniais negativos são designados por Passivos,
enquadrando-se no que definimos anteriormente enquanto Activo = bens e
direitos e Passivo = Obrigações.

Bens Obrigações
e
Direitos

ACTIVO PASSIVO

Quanto lhe “restará” se pagar as suas dívidas?

Facilmente se deduz que lhe restará o correspondente ao valor do seu património


– Capital Próprio. Podemos, assim, concluir que o Capital Próprio representa o
valor do património.

Irá restar o Capital Próprio.

CAPITAL PRÓPRIO = ACTIVO – PASSIVO

41
INTRODUÇÃO À CONTABILIDADE

MÓDULO 4
LANÇAMENTOS CONTABILÍSTICOS
4.2 DEBITAR E CREDITAR

Organização é uma peça fundamental na Contabilidade, logo, é essencial que os


dados registados sigam uma representação gráfica uniforme.

D (DEVE) REPRESENTAÇÃO GRÁFICA DAS CONTAS H (HAVER)

1.ª Coluna 2.ª Coluna


Débitos Créditos

Saldo
Diferença entre a soma dos débitos (D) e a soma dos créditos (C).

O saldo apurado será devedor (SD), quando a soma das importâncias registadas
na coluna do débito for maior que a soma das importâncias registadas na coluna
do crédito.

Se Débitos > Créditos => Saldo Devedor

O saldo será nulo se a soma das importâncias registadas na coluna do débito for
igual à soma das importâncias registadas na coluna do crédito.

Se Débitos > Créditos => Saldo Nulo

O saldo será credor (SC) se a soma das importâncias registadas na coluna do


débito for menor que a soma das importâncias registadas na coluna do crédito.

Se Débitos > Créditos => Saldo Credor

42
INTRODUÇÃO À CONTABILIDADE

MÓDULO 4
LANÇAMENTOS CONTABILÍSTICOS
Conclusão:

Se D > C = > SD, ou seja, D – C + SD D C


+
SD

Se D = C = > S nulo, ou seja, D = C D C

Se D < C = > SD, ou seja, D + SD = C D


+
SD

A MOVIMENTAÇÃO DAS CONTAS

Movimentação das Contas do Activo

D CONTA DO ACTIVO H

Extensão inicial Diminuições


e
Aumentos

As contas do Activo são debitadas pelo seu saldo inicial e pelos


aumentos de valor e creditadas pelas diminuições de valor.

Movimentação das Contas do Capital Próprio e do Passivo

D CONTA DO PASIVO H

Diminuições Extensão inicial


e
Aumentos

43
INTRODUÇÃO À CONTABILIDADE

MÓDULO 4
LANÇAMENTOS CONTABILÍSTICOS
Regra de movimentação:

As contas do Capital Próprio e Passivo são debitadas pelas diminuições


de valor e creditadas pelo saldo inicial e pelo aumento de valores.

Movimentação das Contas de Gastos

D CONTAS DE GASTOS H

Debitada pelos Gastos

Regra de movimentação:

As contas de Custos são movimentadas a débito, sempre que se


suporta um gasto/custo.

Exemplo: Pagamento por meio de cheque da factura de electricidade no valor de


15.173 Kz.

D 43 DEPÓSITO A ORDEM C D 75 FORNEC. SERV. TERCEIROS C

1) 15.173 Kz 1) 15.173 Kz

Movimentação das contas de rendimentos

D CONTA DE RENDIMENTOS H

Creditada pelos
rendimentos

44
INTRODUÇÃO À CONTABILIDADE

MÓDULO 4
LANÇAMENTOS CONTABILÍSTICOS
Regra de movimentação:

As contas de Proveitos/Rendimentos são movimentadas a crédito,


sempre que se obtém um rendimento.

Exemplo: Venda a pronto-pagamento de 20.000 Kz em mercadoria.

D 61 VENDA C D 45 CAIXA C

1) 20.000 Kz 1) 20.000 Kz

REGRA

As Contas do Activo têm sempre saldo Devedor ou Nulo.


As Contas do Passivo e Capital Próprio têm sempre saldo Credor ou Nulo.
As Contas de Gastos têm sempre saldo Devedor ou Nulo.
As Contas de Rendimentos têm sempre saldo Credor ou Nulo.

4.3 OPERAÇÕES COM AS CONTAS

Chegámos ao momento do curso em que teremos de colocar em prática o


lançamento contabilístico, por meio de fólio do razão, que é o mesmo que dizer
esquematização em “T”.

As contas do activo figuram no 1.º membro do fólio do razão.

Imaginemos que a conta 45 – Caixa tem um valor de saldo inicial (aquele que
transporta do ano anterior, normalmente) de 139.600,65 Kz.

Como registamos este valor no razão?

D 11 CAIXA C

Si 139.600,65

45
INTRODUÇÃO À CONTABILIDADE

MÓDULO 4
LANÇAMENTOS CONTABILÍSTICOS
Se, entretanto, a empresa pagar ao fornecedor 3.990,04Kz (1) em numerário e
receber do cliente 990,76Kz (2), os movimentos efectuados nesta conta do razão
são os seguintes:

D 11 CAIXA C

Si 139.600,65 (1) 39.900,04


(2) 9.900,76

CONTAS DO PASSIVO E CAPITAL PRÓPRIO

As contas do passivo e capital próprio figuram no 2.º membro do fólio do razão.

Imaginemos que a conta 32 – Fornecedores tem um valor de saldo inicial (a


dívida ao fornecedor) de 199.500,20Kz.

Como registamos este valor no razão?

D 32 FORNECEDORES C

Si 199.500,20

Registo de factos patrimoniais no Razão

REGRA DE OURO

Qualquer movimento contabilístico tem de respeitar o princípio da dualidade,


isto é, a totalidade dos valores a débito tem de ser sempre igual à totalidade
dos valores a crédito.
Débito = Crédito

46
Urbanização Nova Vida,
Rua 62, Casa 1561
Município de Belas – Luanda
Tel.: 222 722 149
email: geral@angola2learn.co.ao
www.angola2learn.co.ao

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