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Museu de Topografia prof.

Laureano ibrahiM Chaffe


Departamento De GeoDésia – UFRGS

Etimologia doS diaS da SEmaNa


Texto original de:
http://etimologias.dechile.net/?di.as-de-la-semana
Etimología de días de la semana

Tradução e ampliação de autoria de;


Iran Carlos Stalliviere Corrêa
Museu de Topografia Prof. Laureano Ibrahim Chaffe – Porto Alegre-RS

DIAS DA SEMANA

Perde-se nos anos a origem da divisão do tempo em semanas.


Com precisão, sabe-se que os povos antigos inspiraram-se na duração
das fases lunares para demarcar o período semanal de sete dias.

A palavra semana vem de septimana (sete dias). Os nomes dos


dias em algumas línguas proveem de sete objetos celestiais que os
antigos gregos observavam no céu: Lua (Lunes), Marte (Martes),
Mercúrio (Miércoles), Júpiter (Jueves), Vênus (Viernes), Saturno
(Sábado) e Sol (Domingo). Entretanto em outros idiomas, como no
inglês, Domingo é Sunday (Sun:Sol, day:dia) e sábado é Saturday
(Saturn:Saturno, day:dia). "Dominus" quer dizer "senhor" em latim.
Domingo vem de dominica (dia do Senhor dos cristãos) e sábado de
sabat (dia de descanso dos judeus, pois Deus descansou nesse dia
depois de criar o mundo).

Planetas
Os gregos associavam estes objetos celestes com deuses: Lua
(Selena - Deusa da lua, famosa por seus amores), Marte (Ares - deus
da guerra, pela cor vermelha como o sangue), Mercúrio (Hermes -
deus dos comerciantes, mensageiro dos deuses, e planeta que está
mais próximo do sol), Júpiter (Zeus - deus pai, por ser o segundo mais
brilhante), Vênus (Afrodite - deusa da beleza e do amor, por ser o
planeta mais brilhante), e Saturno (Cronos - deus do tempo, por ser o
mais lento). Os dias da semana em grego antigo eram desta maneira:

Segunda- Terça- Quarta- Quinta- Sexta-


Sábado Domingo
Feira Feira Feira Feira Feira
ημερα ημερα ημερα ημερα ημερα ημερα
ημερα Διος
Σεληνης Αρεως Ερμου Αφροδιτης Κρονου Ηλιου
hemera hemera hemera hemera hemera hemera hemera
Selenes Areos Hermou Dios Aphrodites Kronou Heliou
Dios é
Hemera é
"de
dia.
Zeus".

Os dias da semana também estão relacionados com o horóscopo:

Dia em
Grécia Roma Egito Horóscopo Planeta
espanhol
Lunes Selena Vesta Selkis, Amón Câncer Lua
Martes Ares Marte Montu, Sacmis Aires Marte
Miércoles Hermes Mercúrio Gémenis Gêmeos Mercúrio
Jueves Zeus Júpiter Ptah Sagitário Júpiter
Viernes Afrodite Vênus Hathor Tauro, Libra Vênus
Gueb,
Sábado Crono Saturno Capricôrnio Saturno
Renenutet
Apolo,
Domingo Mitra Ra Leão Sol
Helio

É interessante observar que existem muitas palavras que estão


relacionadas com as divindades greco-romanas, incluindo: afrodisíaco,
apologia, ateneu, bacanal, cereal, cerveja, cronômetro, erótico, fauna,
flor, geografia, geologia, fobia, hermafrodita, hermético, marcial,
mercúrio, moeda, morfina, pânico, planetas, sal, venéreo e vulcão.
Também outras que não são divindades, como por exemplo: ruidoso,
museu, música, narcisista, oráculo, órfão, panteão, perdiz, quimera,
sátiro, titã e tufão.
De que o domingo tenha uma relação com o sol e com Jesus,
não é nenhuma coincidência. O imperador romano Constantino adorava
Mitra (deus do Sol), porém um dia teve um sonho no qual viu uma cruz
dentro do sol com a inscrição "com este sinal vencerás". Foi assim
que se declarou cristão e dedicou o domingo como "o dia do senhor".
Também proibiu fazer trabalhos manuais nesse dia.

Com a conversão de Constantino (280-337 d.C.) ao cristianismo,


Roma passa a repudiar o paganismo milenar disseminado pelo seu
império. Esta conversão aconteceu na época do Papa Silvestre I. É a
partir daí que são organizados os registros de datas como chegaram
aos dias atuais.

Em 325 d.C., Constantino convocou o Concílio de Nicéia, à


revelia do Papa Silvestre I, que dele não participou. A partir de então
foram definidas inclusive as datas do dia de Natal e da Páscoa, esta
última deixando definitivamente de ser associada à data comemorativa
dos judeus. Constantino mudou o nome litúrgico do antigo dia do Sol,
agora Prima Feria, para Domenica Dies, que evoluiria para Dominus
Dei, dando origem ao nome Domingo, em português. Desde então, o
Domingo passou a ser o primeiro dia da semana do calendário cristão,
tornando-se o dia de reunião de fé e de mercado, até então
compartilhadas no sábado entre judeus e cristãos.

Concílio de Nicéia

Era interesse tanto de Constantino, quanto de Silvestre I, que


todos os povos abolissem a nomenclatura pagã relativa aos dias da
semana. Na época a Páscoa era comemorada por toda a semana,
dando origem a sete feriados consecutivos. Durante a Páscoa, os dias
eram chamados de “feriae” no latim (traduzido para “feira” no
português), a semana adotava a nomenclatura: Prima-Feira, Segunda-
Feira, Terça-Feira, Quarta-Feira, Quinta-Feira, Sexta-Feira e Sábado.

Em várias línguas a forma dos dias da semana são as mesmas:

Castelhano Catalão Francês Italiano Latim


lunes dilluns lundi lunedì dies lunae
martes dimarts mardi martedì dies martis
miércoles dimecres mercredi mercoledì dies mercurii
jueves dijous jeudi giovedì dies iovis
viernes divendres vendredi venerdì dies venus
sabado dissabte samedi sabato dies sabbath
domingo diumenge dimanche domenica dies domincum

A diferença é que em castelhano a versão de dies (di) se omitiu,


enquanto que em catalão se conserva. É curioso que o castelhano é o
único que não o conserva pois em francês também há a mesma
modalidade, porém a partícula die vai ao final de cada palavra. Vemos
que em inglês, francês, alemão, holandês, também mantém a partícula
de dia (die): di: catalão, francês; tag: alemão, dag: holandês, day:
inglês:

Inglês Alemão Holandês Português Russo


понедельник
Monday Montag Maandag Segunda-feira
(Ponidelnik)
вторник
Tuesday Dienstag Dinsdag Terça-feira
(Vtornik)
среда
Wednesday Mittwoch Woensdag Quarta-feira
(Sreda)
четверг
Thursday Donnerstag Donderdag Quinta-feira
(Chetvierg)
Vrijdag пятница
Friday Freitag Sexta-feira
(pronunciado: Freidaj) (Piatnitsa)
суббота
Saturday Samstag Zaterdag Sábado
(Subbota)
воскресенье
Sunday Sonntag Zondag Domingo
(Voskresenia)

Uma questão intrigante é o porquê os primeiros 5 dias da semana


estão no plural. Na realidade não estão no plural, somente que seus
nomes terminam em “s”. Há duas explicações:
1. A primeira, promovida pelo linguista catalão, Joan Corominas
(1905-1995), diz que é uma generalização analógica de nivelação.
Em latim, os nomes dos primeiros cinco dias da semana eram:
dies lunae, dies martis, dies mercurrii, dies iovis, dies veneris.
Todos os dias, menos lunae e mercurii levam “s” no final. A “s” de
lunes e miércoles, supostamente se agregou para nivelar estas
palavras com os nomes dos outros dias da semana. É dizer, dies
lunae passou a dieslunis para que soasse igual que diesmartis.
2. Em latim, sendo esta uma língua flexível, não importa a ordem
das palavras. É o mesmo dizer dies lunae que lunae dies. A
maioria dos filólogos acreditam que o espanhol, como o francês e
o italiano, tomou os dias da semana usando a segunda variante
(lunae dies) e que essa “s” de lunes não é por nivelação, se não
por contração das palavras lunae e dies: lunae dies > *lunedies >
*luneies > lunes.

Dies, em latim, significa dia. É interessante notar que a palavra


"dia" vem da mesma raiz latina que dies. A palavra "dia" não leva “s”
final porque foi tomada do caso acusativo diem, que sempre perde seu
“m” final, em vez do caso nominativo (dies).

Os últimos dois dias não levam “s” no final, pois foram tomados de
sabbath e dominicu (m), sem a palavra dies. É curioso, que o inglês
não relaciona o "sabat" judio com o dia sábado, nem "o dia do
senhor" com o domingo, mantendo saturno e o sol (sun) em seu
nome. Monday vem da lua (moon em inglês), porém o inglês substitui
os nomes dos deuses Romanos com os dos deuses nórdicos, como
ocorre no latim que substitui os deuses Gregos pelos Romanos.
Tuesday vem de Tiw (deus da guerra), Wednesday de Woden (o deus
Chefe), Thursday de Thor (deus dos relâmpagos), e Friday de Freya
(deusa do amor e da fertilidade). Os nomes dos dias em alemão são
bem parecidos ao inglês, com a exceção de quarta-feira que significa
simplesmente "meia semana" Mittwoch mitt-woch (die
woche=semana). Entretanto em português e em russo mantiveram o
Sabot e o Dominica porém trocaram os nomes dos outros dias por uma
numeração. O português considera lunes como o segundo dia da
semana, em troca o russo como o primeiro dia da semana.
Thor deus da Guerra

Os dias da semana em russo:

1. понедельник (ponidelnik), composto de по (po=depois) e неделя


(ñedelia=semana) ou "Depois da semana".
2. вторник (vtornik) vem de второй (vtoroi=segundo) o “segundo
dia”.
3. среда (sreda) de средни (spredni=do meio) o "dia do meio".
4. четверг (chetvierg) de четыре (chetire=quatro) o “quarto dia”.
5. пятница (piatnitsa) de пять (piatch=cinco) o "quinto dia".
6. суббота (subbota) de sabbat o sábado.
7. воскресенье (voskresenia) de воскресать (voscresat=renascer) o
"dia do renascimento (de Jesus)".

A origem do nome de cada dia da semana deve-se aos deuses ou


aos astros das religiões precedentes ao cristianismo. Com exceção da
língua portuguesa, que aboliu os nomes primitivos dos dias da
semana, todos os outros países cristãos conservam a nomenclatura
pagã, onde cada dia era dedicado a um astro ou a um deus da
mitologia local de cada cultura.

Na língua portuguesa, os nomes dos dias da semana seguem a


liturgia católica desde que Martinho de Braga tomou a iniciativa de
abolir os nomes pagãos, no século VI, denominando-os na semana
da Páscoa de dias santos, que não se deveria trabalhar, assim,
durante àquela semana, acrescentar-se-ia a palavra "feriae",
originando-se os nomes litúrgicos que se estenderiam não só na
semana santa, mas durante todo o ano.
Martinho de Braga

Mesmo diante da cristianização do ocidente, é pela nomenclatura


pagã que cada dia da semana é chamado pela maioria dos povos,
não importando a língua. Deuses ou astros, os dias, ainda hoje,
representam o marco do tempo pelo homem, o seu encontro com um
calendário imaginário que o situa na história, revelando-lhe as
origens, as religiões primitivas diretamente ligadas ao céu dos
astros.

Os dias da semana em português estão influenciados pela


numeração árabe.

1. Em árabe o primeiro dia da semana é o domingo, que se chama


‫( أﺣﺪ‬ahad), em dialeto marroquino (had), derivado do número um,
ao qual o português o chama "domingo".
2. Lunes se chama ‫( اﺛﻨﻴـــــﻦ‬ithnayn), no dialeto marroquino (tnin),
derivado do número dois, como em português "segunda-feira".
3. Martes se chama ‫( ﺛﻼﺛـــــﺎء‬thulathâ), no dialeto marroquino (tleta),
derivado do número três, como em português "terça-feira".
4. Miércoles se chama ‫( أرﺑﻌــﺎء‬arba'â), no dialeto marroquino (arb'a),
derivado do número quatro, como em português "quarta-feira".
5. Jueves se chama ‫( ﺧﻤﻴــﺲ‬khamîs), no dialeto marroquino (khmis),
derivado do número cinco, como em português "quinta-feira".
6. A partir de viernes já o árabe se distancia da numeração, porque
viernes é o dia da reunião na mesquita para os muçulmanos e isto
influenciou a língua árabe para que viernes se chame ‫( ﺧﻤﻌﺔ‬ğum'a)
"reunião", enquanto que o português mantém a série, "sexta-
feira".
7. O sábado tanto em árabe, ‫( ﺳــــﺒﺖ‬sabt) como em português,
"sábado", se tomou a palavra de origem hebraica.

É possível que a numeração árabe venha do hebraico. Os árabes


ao transformarem-se em monoteístas adotaram a nomenclatura
hebraica (bíblica), agregando "djuma" que significa assembléia. A
palavra hebraica "yom" significa: dia e em árabe é "yum".

1. Em hebraico: "yom rishon" (1er dia) é domingo, dia de trabalho


depois do "yom shabat" (sábado).
2. "yom sheni" (2º dia).
3. "yom shlishi" (3º dia).
4. "yom reviyi" (4º dia).
5. "yom hamishi" (5º dia).
6. "yom shishi" (6º dia).
7. e fecha a semana "yom shabat" que provém da raiz sh-b-t
(descanso), já que segundo a mitologia judeu-cristã o mundo foi
criado em 6 dias e no sétimo se descanso.

Os povos chinês e japonês adotaram o mesmo sistema.

Desse modo, em japonês ficou assim.

Domingo- Dia do Sol- Nichi-youbi


Segunda-feira- Dia da Lua- Getsu-youbi
Terça-feira- Dia do Fogo- Ka-youbi
Quarta-feira- Dia da Água- Sui-youbi
Quinta-feira- Dia da Natureza- (árvore)- Moku-youbi
Sexta-feira- Dia do Ouro- Kin-youbi
Sábado- Dia da Terra Natal- Do-youbi

A leitura "NICHI", de NICHI-YOUBI é o "ON-YOMI" que é o


sistema da leitura chinesa e a da japonesa, o "KUN-YOMI" é "HI", o
Sol.

O "Youbi" entra como sufixo de semana, mas a origem é YOU de


brilho e BI de dia, assim YOUBI é o dia brilhante.

A propósito, os escandinavos chama ao sábado "laurdagr" e


"laur" é como em castelhano "lavar". Porque no sábado se lavavam
para se prepararem para o dia seguinte, dia do Sol.
Linguisticamente o galego (idioma falado na Galícia, comunidade
autônoma de Espanha) e português são o mesmo idioma com a
salvaguarda de que com o estatus de independência de Portugal com
respeito à Espanha, ainda que Galícia e Portugal sejam limítrofes, a
ortografia é distinta. Ademais, pelo seu estatus independente, certo rei
português ordenou trocar os nomes dos dias da semana pelas atuais
FEIRAS, porém na origem, os dias em português eram iguais que em
galego, porém escritos um pouco diferentes:

Português Português Galego Bable (Dialeto Falado em


Atual antes Astúrias, Principado de
da Troca Espanha)
Segunda-Feira Lues Luns ou Luis Llunes
Terça-Feira Martes Martes Martes
Quarta-Feira Mércores Mércores Miércoles
Quinta-Feira Joves Xoves Xueves
Sexta-Feira Venres Venres Vienres
Sábado Sábado Sábado Sábadu
Domingo Domingo Domingo Domingu

Dias da Semana em Quechua.

Quechua Significado Espanhol


Killa P'unchay Dia da Lua Día Lunes
Ati P'unchay Dia da Energia Día Martes
Qoyllor P'unchay Dia do astro Brilhante Día Miércoles
Illa P'unchay Dia da Luz ou Resplendor Día Jueves
Ch'ashka P'unchay Dia da Estrela Día Viernes
K'uichi P'unchay Dia do Arco-Íris Día Sábado
Inti P'unchay Dia do Sol Día Domingo

As etimologias dos dias em Quéchua são suspeitosamente


astrológicas como as indoeuropeias. Teria algo que ver com KonTiki?
Dos espanhóis não poderia ser porque estes chegaram a América tendo
já "domingo" e "sábado" em vez de Sol e Saturno:
 Inti = sol.
 Killa = lua.
 Ati = força, guerra (por Marte, o astro vermelho).
 Qoyllor = astro brilhante, astro próximo ao sol: Mercúrio.
 Ila = resplendor, raio, relâmpago; o símbolo de Júpiter.
 Cha'sshca = estrela, se refere a Vênus.
 K'uichi = astro do arco-íris (o astro dos anéis?) - Saturno.
Não há palavras para os nomes dos dias da semana em Maia nem
náhuatl, pois se tratando de culturas diferentes as européias, as
medidas de tempo eram muito distintas e não existiam meses nem
semanas, ainda quando os cálculos eram muito mais precisos que os de
seus contemporâneos do Velho Mundo. Os nomes Quéchuas são já
adaptações recentes, não exatamente as que se usavam antes da
invasão européia do século XVI.

Os dias da semana poderiam ser associados desta maneira:

 Domingo: Dia do sol, a luz e Deus. É o alpha e omega ou seja o


princípio e o fim. Uns pensam que é o primeiro dia da semana
enquanto que outros que é o último.
 Lunes (Segunda-feira): Dia da lua e da noite, por ser o primeiro
dia de trabalho. Passa tão rápido que quando nos damos conta já
é noite.
 Martes (Terça-feira): Dia da guerra. Já estamos acostuma ao
trabalho e já estamos super produtivos.
 Miércoles (Quarta-feira): Dia do meio. Em inglês o dizemos
"hump day", ou seja o "dia da chatice", pois é o mais difícil. O
resto da semana vai de escoregão.
 Jueves (Quinta-feira): Dia do segundo brilho, todavia está ainda
produtivo, porém já estamos pensando no fim de semana.
 Viernes (Sexta-feira): Dia do amor, quando vamos pela noite a
procura do amor.
 Sábado: Dia do tempo, quando ao fim temos um pouco de tempo
para nós mesmos.

Como foi dito, a semana a herdamos dos romanos. Porém em


realidade é de origem mesopotâmica. Os romanos, aparte de dividir seu
calendário em meses, antes do século III a.C., originariamente
dividiam seu tempo na prática em nundinas (nundinae). Eram
períodos de nove dias, oito dia correntes e um nono que era dia de
mercado, feira e encontros. Porém esse nono dia já se considerava o
primeiro da seguinte nundina, com o qual na prática, as nundinas
eram períodos de oito dias. Desse costume ficaram restos na
linguagem, pois as pessoas de muita idade, ao menos na Espanha,
ainda dizem as vezes: "nos vemos dentro de 8 dias", "vou ao
médico cada 8 dias" para referir-se a períodos exatos de uma
semana, quando sabemos que a semana tem 7 dias, porém sabemos
que de todo modo se referem a uma semana (é porque a primitiva
periodização romana era exatamente de 8 dias).

Na Mesopotâmia e sobre tudo na Babilônia, especialmente no


segundo milênio antes de Cristo, onde houve um tremendo
desenvolvimento da astronomia (também em parte no Egito), e a pesar
de estar vinculada a práticas astrológicas, trouxeram excelentes
observações científicas e descritivas sobre os astros visíveis, e criaram
a semana e seu número 7, que irradiou, não só para Roma, se não
também para os hebreus e outros povos semíticos. Em efeito são sete
os corpos celestes visíveis e móveis a partir de uma visão terrestre,
todos do nosso sistema solar: além do sol e da Lua, os planetas que
hoje chamamos Mercúrio, Marte, Venus, Júpiter e Saturno. Por isso,
não só se vinculam a divindades, se não também os babilônios
acreditavam que o 7 era um número astronômico, regente do universo
e da criação. O outro número astronômico era o 3, vinculado as fases
da lua. Nós dizemos que a lua tem quatro fases (lua nova, crescente,
cheia e minguante), porém os antigos associavam a fase minguante e
nova em uma única fase "da morte da lua". Assim associaram o 3 a
planetas e divindades, que acabaram organizando em trinas ou
trindades, especialmente para o caso das deusas da fertilidade
associadas sempre a lua.

Zodíaco
Os romanos assumem a semana mesopotâmica muito antes do
início de nossa era. Porém os nomes dos dias não estavam
configurados: é na época alto-imperial quando os dias assumem seus
nomes vinculados a astros com nomes de deuses romanos,
dependendo em boa parte da enorme difusão de uma modalidade
religiosa da época, o culto de Mitra (um deus de origem persa) e sua
variante posterior, o culto ao Sol Invicto. Neles, os iniciados passavam
por 7 graus de iniciação protegidos por diferentes divindades astrais,
segundo iam alcançando a perfeição moral (também acreditavam que
estes astros dividiam em sete espaços o firmamento, e seu ideal era
chegar "ao sétimo céu"). Assim se configuraram diferentes ordens dos
dias na semana, porém finalmente, é a variante do culto ao Sol
Invicto, a que cria uma semana que se inicia com o dia do Sol (nosso
atual domingo) e acaba com o dia de Saturno (nosso sábado). Esta
semana mitraica é a que herdam os cristãos, quando sua religião se
converte na dominante e majoritária a partir do século IV d.C. Assim
podemos ler em Isidoro de Sevilla, que a semana inicia pelo domingo e
que este ainda não se chama assim de maneira oficial:

Dies dicti sunt a deis quorum nomina Romani quibusdam stellis


dedicaverunt. Primum enim diem a Sole appellaverunt, qui princeps est
omnium stellarum et idem dies caput omnium dierum est. Secundum
diem a Luna appellaverunt, quae ex Sole lucem accepit. Tertium ab
stella Martis, quae vesper appellatur. Quartum ab stella Mercurii.
Quintum ab stella Iovis. Sextum a Veneris stella, quae Luciferum
appellaverunt, quae inter omnes stellas plurimum lucis habet. Septimus
ab stella Saturni, quae dicitur cursum suum triginta annis explere.

ISIDORO DE SEVILLA, Origines, 5-30. (S. VII D. C.)

(TRADUÇÃO: Os dias foram denominados a partir dos deuses cujos


nomes os romanos dedicaram a certos astros. Em efeito chamaram ao
primeiro a partir do Sol, que é a principal de todas as estrelas e o
próprio dia é o dia capital de todos os dias. Ao segundo dia o
denominaram pela Lua, que recebe sua luz do sol. Ao terceiro a partir
do astro de Marte, que se chama vespertino. Ao quarto pelo astro de
Mercúrio. Ao quinto pelo astro de Júpiter. Ao sexto a partir da estrela
de Venus, que Chamaram "Lúcifer", que entre todas as estrelas tem o
máximo de luz. O sétimo é pelo astro de Saturno, do qual se diz que
leva trinta anos para completar sua órbita).

Com estes nomes passam os dias da semana as zonas


germânicas e anglo-saxônicas. É o cristianismo posterior o que
realizará duas mudanças na semana herdada anteriormente:
1. Substituição do nome Saturni dies por Sabbatum, emprestado
do latim de Sabbat hebreu, em homenagem a religião originaria
de Cristo, e do nome Solis dies por Dominicus dies ou
Dominica dies (dado que a palavra dies em latim pode ter
gênero masculino ou feminino). É por isso que dizemos "domingo"
(do acusativo dominicum) e os italianos em troca "domenica" (do
latim dominica).
2. A troca de ordem, situando o "dia do Sol", agora chamado
Dominicus, ao final da semana em lugar do principio, para ajustar-
se ao Gênesis bíblico. Se o dia do Sol era o principal, devia estar
ao final, como dia principal de descanso, já que ele “Yahvé”
descansou completando o ciclo dos 7 dias da criação bíblica.

Fontes:
1. Prof. Leovigilio Muriel Huanco y Lic. Evaristo Future Consa;

2.http://images.google.com.br/imgres?imgurl=http://3.bp.blogspot.com/_fvMmtgX9Xf0/SVF-
7ISLVWI/AAAAAAAADdY/QB_YWPb5I6U/s400/Dia%2BSemana%2B-
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3.http://images.google.com.br/imgres?imgurl=http://padornelo.com.sapo.pt/Zodiaco.jpg&imgrefurl
=http://www.contra-taque.com/forum/index.php%3Fshowtopic%3D11961&usg=__wWtWGaYFUEU-
W4eTjF7kTEOuCcs=&h=727&w=578&sz=194&hl=pt-
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