Um mundo em movimento
Consolidação do Estado liberal burguês
Industrialização e progresso do capitalismo na Europa
Triunfo do imperialismo, em meio à efervescência do sentimento nacionalista e da doutrina socialista
Disputa por mercados coloniais
A população europeia, mergulhada em guerras e instabilidade política e econômica, enfrentava
condições sociais adversas, como a baixa remuneração para a maioria da população, falta de moradia,
desabastecimento e perseguições. Procurando sobreviver e recomeçar a vida, grandes massas de
emigrantes buscaram novas oportunidades em outras terras. Os principais fluxos migratórios partiam
da Europa e da Ásia rumo à América do Norte = Novo Mundo
Especialização do trabalho
Produção em série
Linhas de montagem (Implantadas primeiramente na indústria automobilística Ford): método de
racionalização da produção em massa, que foi chamado de fordismo estava ligado ao princípio de
que a empresa deveria dedicar-se a apenas um produto e dominar as fontes de matéria-prima.
Taylorismo: O fordismo integrou-se às teorias do engenheiro norte-americano Frederick Winslow
Taylor propunham o aumento da produtividade por meio do racionamento das etapas do trabalho,
controlando os movimentos das máquinas e dos homens no processo de produção. Ao mesmo tempo,
começaram a surgir os grandes conglomerados industriais, culminando na criação de holdings, trustes
e cartéis.
Ascensão ao trono por Luís Filipe de Orléans( “rei burguês” ou o “rei das barricadas”) avanço
liberal que repercutiu por toda a Europa, pois simbolizava os anseios das nações prejudicadas pelas
medidas adotadas pelo Congresso de Viena. Inspirou o nacionalismo na Bélgica, que se proclamou
independente dos Países Baixos, bem como na Alemanha, na Itália e na Polônia, que iniciaram as
lutas nacionais contra a dominação estrangeira.
Fevereiro de 1848: novo movimento revolucionário, com intensa mobilização popular e operária e a
adesão da Guarda Nacional. Luís Filipe abdicou e, assim como seu antecessor, refugiou- -se na
Inglaterra desencadeamento de sucessão de levantes que passou à história como Primavera dos
Povos.
Desfecho:
Retorno do sistema republicano, que havia vigorado entre 1792 e 1804
Fim da pena de morte
Estabelecimento do sufrágio universal nas eleições
Operários X burgueses : Os socialistas, tendo como meta a criação de uma república social,
reivindicavam medidas governamentais que garantissem empregos, direito de greve e limitação das
jornadas de trabalho. Conseguiram alguns avanços, mas eram combatidos pelos liberais moderados,
que temiam um novo governo radical, como ocorrera durante a Revolução Francesa.
Em abril de 1848 ocorreram novos conflitos, quando o governo provisório instalado no lugar de Luís
Filipe, com o objetivo de organizar uma nova Constituição republicana, realizou a eleição de
deputados para a Assembleia Constituinte. Os moderados venceram as eleições, apoiados
principalmente por proprietários rurais, o que aumentou a polarização política entre socialistas e
burgueses. Os populares voltaram a manifestar-se nas ruas, tumultuando Paris.O governo reagiu com
violência: sob o comando do general Cavaignac, suspendeu os direitos individuais e massacrou a
revolta, com mais de 3 mil fuzilamentos e 15 mil deportações.
O poder Legislativo caberia a uma assembleia eleita por sufrágio universal por três anos e o poder Executivo
ficaria a cargo de um presidente, eleito por quatro anos.
Novas eleições eleição de Luís Bonaparte procurou unir e pacificar o país, enfatizando o ideal de
progresso e de poderio nacional. Em 1851, para perpetuar- se no poder, fechou a Assembleia e estabeleceu
uma ditadura. O golpe ficou conhecido como “o 18 Brumário de Luís Bonaparte”, em referência ao golpe que
deu início à era napoleônica. nova Constituição, segundo a qual passou a ser cônsul, como seu tio
Napoleão Inovo plebiscito França novamente Império Napoleão III
Portugal e espanha
Independência das colônias na América
Invasões napoleônicas
Independência do Brasil
Morte de dom João VI guerra civil,opondo dom Pedro (que havia abdicado do trono do Brasil) e
seu irmão dom Miguel pela sucessão do trono
Dom Pedro apoiava as forças liberais, enquanto dom Miguel estava ligado aos setores centralizadores
A guerra civil estendeu-se de 1832 a 1834 coroação de Maria II, filha de dom Pedro – que em seu
favor renunciou ao trono
Exílio de dom Miguel
Dom Pedro, que em Portugal era o rei dom Pedro IV, morreu pouco depois, de tuberculose, como um
herói liberal – enquanto no Brasil ficou marcado pelas atitudes centralizadoras. Abalada por revoltas e
instabilidades, a política portuguesa só se equilibrou na década de 1850, quando então o Estado
português pôde investir na modernização da economia do país. Em todo esse período, o governo
português manteve sua presença colonialista na África, impondo seu domínio em regiões como
Angola e Moçambique.
Espanha
Durante sua menoridade, o trono era continuamente ameaçado pelas pretensões de seu tio dom
Carlos, que mesmo após a coroação da rainha continuou a disputa, com golpes, intrigas e escândalos.
Consolidou-se uma monarquia liberal, interrompida durante algum tempo pela Primeira república
espanhola (1873-1874).
As últimas décadas do século XIX foram marcadas pelo impulso industrial e pela perda de quase todas as
colônias que restavam do Império colonial espanhol. Depois dos movimentos de independência no início do
século XIX, a Espanha perdeu para os Estados Unidos o domínio sobre Cuba, Porto Rico, Guam (Ilha da
Micronésia) e filipinas, na Guerra Hispano-Americana (1898
1789 o Congresso elegeu George Washington o primeiro presidente dos Estados Unidos
Mandato:
Desenvolvimento comercial, industrial e financeiro do país, atraindo com isso um grande número de
imigrantes europeus
O progressismo e o crescimento demográfico estimularam a conquista de territórios na América do
Norte (expansão interior) e a ampliação da atuação econômica em todo o continente americano
(expansão exterior)
Intensos conflitos entre índios e americanos que ambicionavam a região do Canadá,
Atritos comerciais nova guerra contra a Inglaterra, ao final da qual ficaram definidos os limites
entre os Estados Unidos e o Canadá inglês.
A guerra despertou o sentimento nacionalista norte-americano com relação à unidade territorial e à
ameaça que as potências europeias representavam para o crescente comércio entre os Estados unidos
e a América Latina
Doutrina Monroe (1823): defendida pelo presidente James Monroe “América para os
americanos”
Em meados do século XIX, o país atingiu dimensões continentais, com a expropriação de nativos e a
compra de áreas coloniais pertencentes a potênciaseuropeias – caso da Louisiana, que pertencia à
França; da Flórida, domínio da Espanha; e do Alasca,comprado da Rússia. Além disso, foram
anexados os territórios mexicanos do Texas, Califórnia, novoméxico, Arizona, Utah e Nevada, após
uma guerra entre os Estados Unidos e o México (1845-1848). Esse ideal de “dilatação das fronteiras”
sustentava-se em parte na ideia de Destino Manifesto, segundo a qual Deus teria reservado um destino
glorioso aos Estados Unidos.
A conquista da costa oeste deu aos Estados Unidos acesso direto aos cobiçados mercados da China e
do Japão
A anexação da Flórida abriu caminho para o Golfo do México e o mar das Antilhas, pontos
importantes para alcançar toda a América Latina
Norte X Sul:
Rivalidade conômica, social e política entre os estados do norte, predominantemente
industrial, e os do sul, em que a atividade agrícola prevalecia.
Contexto:
Por volta de 1860, os nortistas precisavam expandir seus mercados, e a escravidão sulista era
um entrave: escravos não eram compradores nem podiam fazer parte do mercado interno.
Para os sulistas, os escravos eram a base da economia latifundiária. Tarifas de proteção
contra os produtos estrangeiros eram outro ponto de discórdia, pois favoreciam as indústrias
do norte e prejudicavam a exportação dos produtos agrários do sul. Nas eleições de 1860, o
debate sobre a escravidão foi a grande questão entre o candidato democrata Stephen Douglas
e o Republicano nortista Abraham Lincoln, terminando com a vitória de Lincoln
Guerra de Secessão (separação):
Os estados do sul separaram-se da União e formaram os Estados Confederados da América.
Os estados do norte (federalistas), porém, eram autossuficientes. Utilizando armas e navios
construídos por eles mesmos, conseguiram derrotar as forças sulistas (confederadas).
A guerra durou quatro anos e mobilizou mais de 2,5 milhões de homens, com o emprego de
recursos bélicos modernos. Mais de 600 mil pessoas morreram no confronto, que foi o mais
sangrento do século XIX. A vitória dos nortistas consolidou sua supremacia; os estados do
sul ficaram totalmente arrasados.
*federalista: no c ontexto da Guerra de sec essão, defensor da repúblic apresidencialista federalista estabelecida pela constituição de 1787.
*confederado: no contexto da Guerra de secessão, separatista que defendia a criação dos estados confederados da américa
Lincoln assinou um decreto que determinava a libertação dos escravos apenas nas áreas rebeldes.
Em 1865, com a completa vitória militar nortista, foi aprovada uma emenda à Constituição proibindo
a escravidão em todo o
Garantia de igual proteção das leis e dos processos judiciais para todos os cidadãos dos Estados
Unidos
Direito de voto para todos, sem exceções motivadas por “raça, cor ou prévio estado de servidão”.
Emenda XIV, Constituição dos Estados Unidos da América, 1870).
Entretanto manteve- se a segregação social e política que motivaria constantes lutas e radicalismos.
Uma potência mundial emergente
Final do século XIX os EUA já era a primeira potência mundial, possuidores do maior parque
industrial do planeta
Atraiu imigração grande crescimento demográfico a instabilidade política e econômica na
Europa contribuía para que as populações desejassem encontrar oportunidades de vida em outros
continentes, com várias levas dirigindo-se para os Estados Unidos.
Em sentido inverso, contando com o clima de confronto e seus efeitos nos Estados Unidos, também
houve um fluxo de norte-americanos em direção ao Brasil. A maioria, formada por pequenos
proprietários, se fixaram nas cidades de Santa Bárbara D’Oeste, Americana e Piracicaba, interior de
São Paulo.