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Ta ae | aa OU Ura) AW PVaR Li tedy nd Tt om a mi fl 1 A Ti taps tal) RL 6 EDICAO, 3* TIRAGEM Dt V2 Capitulo Unico NOGGES INTRODUTORIAS 15, Divergéncia 1. Tributo como objeto da obrigagao tributéria LI O contetido essencial de qualquer norma jurfdica € 0 seu ‘mandamento principal. O contetdo das normas tributérias, essencial- mente, é uma ordem ou comando, para que se entregue ao estado (ou em lei, designada) certa soma de dinheiro. Em outras a norma que esté no centro do direito tributadtio é aquela que contém 0 comando: “entregue dinheiro ao estado A norma de diteito tributério material ndo é diferente, portanto, das demais normas jurfdicas. Mas nao Ihe d4 entidade, diante das demais 56 0 contetido da exigéncia do seu comando: 0 comportamen- (0 de levar “dinheiro” aos cofres piiblicos. 2 HIPOTESE DEINCIDENCIA TRIBUTARIA 3.0 comportamento de levar dinheiro (prestaga0); 4, lei que prescreve tal dever; 5. relapdo juridica (obrigago) que tal lei engendra. 1.2 Nao 6, pois, s6 pelo mandamento que se distingue a norma tributéria das demais. Na hipétese legal, associada 20 mandamento, € ue se vai encontrar o critério para isolar a norma tributéria, como se demonstrard oportunamente. 1.3 O objeto dos comandos juridicos s6 pode ser 0 comporta- ‘mento human. Nenhum preceito se volta para outra coisa sendo 0 comportamento. Nao hé norma jurfdica dirigida as coisas. S6 0 com- portamento livre do homem (e, pot extensao, o das pessoas jurfdicas) pode ser objeto dos mandamentos juridicos. Isto € enfatizado, de forma ex: por Celso Ant6nio Bandeira de ‘Mello, professor da Universidade Catélica de So Paulo: “O direito nfo dis- ciplina pensamentos, propésitos, intengSes, mas regula comportamentos de um em relagio a outro ou a outros. Eis por que todo direito pressupse pelo ‘menos duas pessoas, Eis por que na ill de Robinson Crusoé nao havia diei- to, O direito existe para regular relagSes entre as pessoas: comportamentos hhumanos relacionados. Mesmo quando parece que uma norma juridica esta ndo uma relagdo entre uma pessoa e uma coisa, na verdade ela esté regendo uma relago entre pessoas; estabelecendo que alguém deve dar, fazer ou ndo fazer alguma coisa para outrem”. ponderacdo enseja evidenciar que o objeto da norma tributéria transferido aos cofres pablicos, mas sim 0 comportamento de levar dinheiro aos coftes piblicos. As obrigagées de dar tém um objeto que € o comportamento consistente em dar alguma coisa. Esta coisa 6 obje- {o material do comportamento, o qual, 2 sua vez, € objeto do comando. 1.5 O comportamento objeto do comando, na relago obrigacional, recebe a designagiio de prestagio. Adverte Alfredo Becker: ngue-se a prestagdo do seu obje- to. A prestagao € 0 facere ou 0 non facere. O objeto da prestagio é aquilo que esté (ou ndo esté) sendo feito. A prestagdo € tributéria quando seu objeto consiste num tributo” (Teoria Geral do Direito Tri- butdrio, Saraiva, p. 314), 1.6 0 excelente jusfildsofo mexicano Juan Manuel Teran deixou exp cito que 0 objeto da norma € sempre um comportamento bumano: “Nao basta a presenca do sujeito, para que haja relagéo normativa. E necesséria [NOGOES INTRODUTORIAS 23 também a imputagdo de algo como dever, como comportamento devido. Eo {que se designa por objeto da determinagio normativa” (Filosofia del Dere- cho, Ed. Porréa, México, pp. 89-90). 1.7 Por isso o insigne jusfil6sofo Lourival Vilanova afirmou: “O con- tetido posstvel do juridico é a conduta humana e, quando os fatos do mundo uramente natural sio relevantes para o direito, é sempre em fungiio da con- duta humana” (Sobre 0 Conceito do Direito, p. 67) 1.8 Em sfntese: objeto da relagao tributéria é 0 comportamento consistente em levar dinheiro aos cofres puiblicos. Este dinheiro ~ levado aos coftes piblicos, por forga da lei tribu- téria — recebe vulgarmente a designagao de tributo, Juridicamente, porém, tributo € a obrigagio de levar dinheiro e nao o dinheiro em si mesmo. 2. Tributo como objeto do direito 2.1 0 conceito jurfdico de tributo & construfdo & luz dos princt- pios e da técnica juridica e & sua sistemitica afeigoado. Nio é possf- vel tentar trazer, para o mundo do direito, nogées pré-juridicas que a le sejam aplicadas. direito constr6i suas préprias realidades, com especificidade, carac- teristica e natureza proprias, 2.2 Balladore Pallieri recorda que a engenharia nfo confunde coisas heterogéneas como as regras técnicas da arte de construir e 0 material de cconstrugo. Nao se pode pretender deixar de lado o discernimento légico postergavel entre objeto do tributo, o comportamento humano, ¢ 0 objeto deste, inserido no mundo fético, 0 dinheito, 2.3 0 conceito de tributo para o direito € um conceito juridico Privativo, que se néo pode confundir com o conceito financeiro, ou econdmico de outro objeto, de outros setores cientificos, como & 0 tri- buto ontologicamente considerado. Tributo, para 0 direito, € coisa diversa de tributo como conceito de outras ciéncias. © conceito jutfdico de tributo é conceito fundamental do dieito, cate- oria primaria de seu sub-ramo, o dreito tributério (que nfo pode ser consi derado ramo auténomo). 2.4 Vem, a prop6sito, recordar a ligo de Lourival Vilanova: “Mas, se ‘. hh conceitos privativos de cada setor do real, como expressiio necessétia da 2% HIPGTESE DE INCIDENCIA TRIBUTARIA 1 distintas esferas ot fico e particular. Tr que tém validez para o dot conceitos de relagio, de objeto de unidade, etc. A existéncia de tis figures Togicas tem seu fundamento no ser. Cada esfera de of te diversa das demais. Hé analogias, plexidade de seus ainda. Todas as coisas e fatos participam dos pr cs definem como ser. Os 3s e conceitos, que tomam 0 ser como ser, Mas, ndo € necessario acudi a tais con- ram do espe: nos fisicos, £ 0 caso do conceito de tributo. 2.5 Os institutos e categorias jurfdicas s6 so vélidos e operantes nos quadrantes do direito. Daf terrivel engano dos que pensam que a economia e o dit to podem estudar um mesmo objeto, o ibutéria nfo diserepa, portanto, em qualquer de suas expressdes. reconhecer que 0 crit ‘ou ramos & sempre basea- seca das proprias normas, consideradas no seu conjunto, em sua estrutura, as ga de qualquer outra A norma tributiria € absolutamente igua demais normas jurfdicas. Nada ha que a di norma juridica. NOGOES INTRODUTORIAS as 3. Cardter instrumental do direito 3.1 Consiste o caréter instrumental do di todos reconhecem & norma jut fo nesta qualidade que ica de servir de meio posto a dispo- sigdo das vontades para obter, m mportamentos humanos, 0 alcance das finalidades desejadas pelos titulares daquelas vontades. 0s objetivos que dependem de comportamentos humanos podem ter no direito excelente instrumento de alcance. Hi distingdo entre norma (genética) ¢ comando particular. Quando uma vontade deseja, genérica e abstratamente, certos comportamentos, toda vez. ie se verifique uma hip6tese, tem-se a norma (geral). Nas sociedades preo- padas com a isonomia e a seguranga juridica, estas normas s6 podem ser postas, quando inauguras, inovadoras, pelos representantes dos de vios. Onde rmento do estado de dircito, s6 (0, de eleigdo popular. Tais normas to, sentenga, ato 1 particulares (comandos coneretos) devem ser fundadas em normas gerais (prévias). Devem dar aplicagao as normas iriores (v. Seabra Fagundes, Controle dos atos adn Poder Judicidrio, 6 ed. p. 3.2 Com isto se tem a nogio das pessoas necessétias para o raciocinio Juridico, sempre pressupostas pelo pensamento juridico: a pessoa que manda, {que ordena, que obriga (que dé a ordem), a pessoa titular do compor se deve conformar, adequar & norma ou 20 comando e a pessoa bet ‘desse comportamento. Portanto, ao lado do conceito prévio de norma, © de sujeito, bem como o de objeto (sempre um comportamento hum Essencialmente, em tiltima anélise, reduzido o objeto a sua mais simples estrutura, 0 no € sendo um conjunto de normas (con- junto este a que se convencionou designar sistema juridico, ordena- ‘edo juridica). 43.3 0 direito (em sentido objetivo) é um conjunto de normas que = por isso que integrando a ordem jurfdica — se chamam normas jurf- dicas. Formam 0 diteito positivo: o direito que foi posto (e s6 pode ser retirado) por quem tem poder juridico para tanto, 6 HIPOTESE DE INCIDENCIA TRIBUTARIA Ora o elemento principal ¢ essencial da norma jurfdica € o seu con do mandamental: uma ordem, um comando: faga isto, no faga aquilo. Por isso Hobbes disse: auctoritas, non veritas, facit legem: a autoridade, o poder (comando) faz 0 direito ¢ néo a verdade, nem a adequagio de seus preceitos a situagdes, realidades ou prinefpios me 34 0 objeto da norma, ou de seu comando, € 0 comportamento huma- no, O comportamento deve adequar-se ao contetido tal sujeito destinat la se determina, sob pena de cons iormas associadas norma que esta Juando 0 poder que emana a norma consegue (niio importa por que ‘meios) o seu resultado, obediéncia, diz-se que a norma é efi

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