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CONTRATOS – CONCEITO E ESPÉCIES

Autor: Professor Rui Carlos Duarte Bacciotti

“Todo homem apenas faz o que deseja e, portanto, age de modo


necessário. E a razão está no fato de que ele é já aquilo que quer: porque tudo o
que ele faz decorre naturalmente do que é”.

Artur Shcopenhauer, filósofo alemão, inseriu a parêmia em sua obra “O


Livre Arbítrio” e quando li a oração veio imediatamente à mente a vontade de
escrever algo que se relacionasse com o tema “Contratos” que ocupa grande
parte de nossa legislação civil e que tem sido objeto de variados compêndios de
Direito de grandes mestres da literatura correlata.

E por que fiz a correlação? É simples. Ao ente humano é possível


contratar livremente. A lei (artigo 82, do Código Civil Brasileiro) apenas
estabelece que ao contratar (trata-se de um ato jurídico) é necessário que as
partes tenham capacidade de exercício, que o objeto seja lícito e que tenha
forma prescrita ou não proibida pela lei. Apenas estes três requisitos.

Contrato, do latim “contractu”, é trato com. É a combinação de interesses


de pessoas sobre determinada coisa. É “o acordo de vontades que tem por fim
criar, modificar ou extinguir um Direito”, como afirmado pelo Mestre Washington
de Barros Monteiro. Ulpiano, corretamente afirmou que: “duorum pluriumve in
idem placitum consensus”, vale dizer contrato é mútuo consenso de duas ou
mais pessoas sobre o mesmo objeto.

Além das condições para sua validade o contrato possui, ainda, três
princípios básicos : que a vontade seja autônoma, significando, aí, a liberdade
das partes na estipulação do que melhor lhes convenha; ainda, o princípio da
supremacia da ordem pública ou seja a vontade das partes tem como limite os
termos da legislação pertinente à matéria, aos princípios da moral e da ordem
pública e, finalmente o da obrigatoriedade, donde o velho axioma de a avença
fazer lei entre as partes (pacta sunt servanda).

Em nosso tempo caracteriza-se o contrato, efetivamente como o negócio


jurídico (espécie de ato jurídico) bilateral que tem por finalidade gerar obrigações
entre as partes.

A legislação relativa aos contratos está contida nos artigos 1079 a 1504
do Código Civil. E é interessante ressaltar que a lei pátria não conceitua contrato,
como faz, por exemplo, o Código Francês, no artigo 1101 e o Argentino, no
artigo 1137.

Analisada a questão conceitual, gostaria de exibir a classificação dos


contratos por entender que tal fato é de capital importância para a interpretação
e a definição da obrigação das partes.

Vejamos a classificação:

1. CONTRATOS BILATERAIS (OU SINALAGMÁTICOS) E


UNILATERAIS: nos bilaterais nascem obrigações recíprocas; os
contratantes são simultaneamente credores e devedores do outro, pois
produz direitos e obrigações, para ambos, sendo, portanto,
sinalagmáticos. Na compra e venda, por exemplo, o vendedor está
obrigado a entregar o bem, assim que recebe o preço ajustado. Ressalte-
se que nesta espécie de contrato à vista, não pode um dos contratantes,
antes de cumprir a sua obrigação, exigir o cumprimento da do outro
(excepeito non adimpleti contractus). Nos unilaterais, só uma das partes
se obriga em face da outra. Nestes, um dos contratantes é
exclusivamente credor, enquanto o outro é devedor. É o que ocorre na
doação pura, no depósito e no comodado.

2. ONEROSOS E GRATUITOS: Os autores diversificam suas


opiniões no tocante à discriminação: quais são os contratos a título
gratuíto e quais os contratos a título oneroso? Objetivando a identificação,
norteia-se pela utilidade proporcionada pelos contratos, enquanto outros
fundam no ônus a respectiva diferenciação. São aspectos da doutrina, que
não trarei aqui à colação. Os onerosos são aqueles que por serem
bilaterais trazem vantagens para ambos os contraentes, pois estes sofrem
um sacrifício patrimonial correspondente a um proveito almejado, como
por exemplo, na locação em que o locatário paga o aluguel para usar e
gozar do bem e o locador entrega o que lhe pertence para receber o
pagamento. Os gratuitos, ou benéficos, são aqueles em que só uma das
partes obtém um proveito, podendo este, por vezes, ser obtido por
terceira pessoa, quando há espitulação neste sentido, como na doação
pura e simples.

3. COMUTATIVOS E ALEATÓRIOS: o comutativo é o tipo em


que uma das partes, além de receber da outra prestação equivalente a
sua, pode apreciar imediatamente essa equivalência. No momento da
formação, ambas as prestações geradas pelo contrato estão definidas,
como na compra e venda. Aleatório é o contrato em que as partes se
arriscam a uma contraprestação inexistente ou desproporcional, como no
contrato de seguro e no emptio spei: contrato de aquisição de coisas
futuras, cujo risco de elas não virem assume o adquirente.

4. CONSENSUAIS OU REAIS: consensuais são os que se


consideram formados pela simples proposta e aceitação. Reais são os que
só se formam com a entrega efetiva da coisa, como no mútuo, no
depósito ou no penhor. A entrega, aí, não é cumprimento do contrato,
mas detalhe anterior, da própria celebração do contrato. Observe-se que
a doutrina moderna critica o conceito de contrato real, mas a espécie
ainda é inafastável diante do nosso direito positivo vigente. Os contratos
reais são comumente unilateriais posto que se limitam à obrigação de
restituir a coisa entregue. Excepcionalmente, podem ser bilaterais, como
acontece no contrato de depósito remunerado: a importância prática está
em que, enquanto não entregue a coisa, não há obrigação gerada.

5. CONTRATOS NOMINADOS E INOMINADOS: Os nominados,


também chamados típicos, são espécies contratuais que possuem
denominação (nomem iuris) e são regulamentados pela legislação.
Segundo Maria Helena Diniz ”o nosso Código Civil rege e esquematiza
dezesseis tipos dessa espécie de contrato: compra e venda, troca,
doação, locação, empréstimo, depósito, mandato, gestão, edição,
representação dramática, sociedade, parceria rural, constituição de renda,
seguro, jogo e aposta, e fiança”.Os inominados ou atípicos são os que
resultam da consensualidade, não havendo requisitos definidos na lei,
bastando para sua validade que as partes sejam capazes (livres), o objeto
contrato seja lícito, possível e suscetível de apreciação econômica.

6. SOLENES E NÃO SOLENES: anote-se aqui que a classificação


doutrinária se preocupou com a forma pela qual se dá o consentimento
das partes.Os solenes , também chamados formais, são contratos que só
se aperfeiçoam quando o consentimento das partes está perfeitamente
adequado pela forma prescrita na lei, objetivando conceder segurança a
algumas relações jurídicas. De regra, a solenidade se exige na lavratura
de documentos ou instrumentos (contrato) público, lavrado nos serviços
notariais (cartório de notas), como na escritura de venda e compra de
imóvel que é, inclusive pressuposto para que o ato seja considerado
válido.Os não-solenes, ou consensuais, são os que se perfazem pela
simples anuência das partes. O ordenamento legal não exige forma
especial para que seja celebrado, como no contrato de transporte aéreo.

7. PRINCIPAIS E ACESSÓRIOS: os principais são os que existem


por si, exercendo sua função e finalidade independentemente da
existência de outro.Os acessórios (ou dependentes) são aqueles que só
existem porque subordinados ou dependentes de outro, ou para garantir o
cumprimento de determinada obrigação dos contratos principais, como a
caução e a fiança.

8. PARITÁRIOS E POR ADESÃO: os paritários são contratos em


que as partes estão em situação de igualdade no que pertine ao princípio
da autonomia de vontade; discutem os termos do ato do negócio e
livremente se vinculam fixando cláusulas e condições que regulam as
relações contratuais. Os contratos por adesão se caracterizam pela
inexistência da liberdade de convenção, porque excluem a possibilidade
de debate ou discussão sobre os seus termos; um dos contratantes se
limita a aceitar as cláusulas e condições previamente redigidas pelo outro,
aderindo a uma situação contratual que já está previamente definida.
Ressalte-se se tratar de um cliché contratual, segundo normas de
rigorosas, que alguém adere, aceitando os termos como postos, não
podendo fugir, posteriormente do respectivo cumprimento. Nos contratos
de adesão, eventuais dúvidas oriundas das cláusulas se interpretam em
favor de quem adere ao contrato (aderente). O Código de Defesa do
Consumidor, em seu artigo 54, oferece o conceito e dispõe sobre a
admissão de cláusula resolutória. São espécies deste tipo de contrato, o
seguro, o contrato de consórcio e o de transporte.

É verdade que esta é uma das formas de classificação, observando-se que


existem outras de acordo com o entendimento dos doutrinadores, com a
anotação final de que o mesmo contrato pode catalogar-se em várias
classificações.

O importante é relembrar que a matéria a respeito, como dito alhures, é


extensa e a previsão está contida nos arigos 1079 a 1504 do Código Civil.
Prof. Rui Carlos Duarte Bacciotti

Bibliografia:

1 . Tratado Teórico e Prático dos Contratos, volume 1, Maria Helena Diniz,


Saraiva Editora, edição 1993.

2, Curso de Direito Civil, 5º volume, Washington de Barros Monteiro,


Editora Saraiva, 32ª edição, 2000.

3. Curso de Direito Civil, Volume IV, Miguel Maria de Serpa Lopes, Editora
Freitas Bastos, 4ª edição, 1993.

4. Direito Civil – Contratos, Rogério Marrone de Castro Sampaio, Editora


Atlas, 2ª edição, 1999.

5.Direito das Obrigações – Parte Especial, volume 6,Carlos Roberto


Gonçalves, Editora Saraiva, 2ª edição,1999.

6. Código de Proteção e Defesa do Consumidor – Doutrina e


Jurisprudência, José Carlos de Oliveira, Editora de Direito, 2ª edição, 1999

Autor: Professor Rui Carlos Duarte Bacciotti

UNIÃO DAS FACULDADES CLARETIANAS DE RIO CLARO-SP-.

Conceito, Requisitos e Princípios dos Contratos

Direito Civil - Teoria das Obrigações Contratuais

Noções gerais, requisitos objetivos, subjetivos e formais, princípio da autonomia da vontade, do


consensualismo, da obrigatoriedade da convenção, da relatividade dos efeitos e da boa fé.

Contrato é o acordo de duas ou mais vontades, na conformidade da ordem jurídica, destinado a


estabelecer um regulamentação de interesses entre as partes, com o escopo de adquirir, modificar ou
extinguir relações jurídicas de natureza patrimonial; sendo um negócio jurídico, requer, para sua
validade, a observância dos requisitos legais (agente capaz, objeto lícito e forma prescrita ou não defesa
em lei).

Requisitos subjetivos: existência de duas ou mais pessoas; capacidade genérica das partes contratantes
para pratica atos da vida civil; aptidão específica para contratar; consentimento das partes contratantes.
Requisitos objetivos: dizem respeito ao objeto do contrato; a validade e eficácia do contrato, como um
direito creditório, dependem da: a) licitude de seu objeto; b) possibilidade física ou jurídica do objeto; c)
determinação de seu objeto, pois este deve ser certo ou, pelo menos, determinável; d) economicidade
de seu objeto, que deverá versar sobre interesse economicamente apreciável, capaz de se converter,
direta ou indiretamente, em dinheiro.

Requisitos formais: são atinentes à forma do contrato; a regra é a liberdade de forma, celebrando-se o
contrato pelo livre consentimento das partes contratantes (CC, arts. 129 e 1079).

Quanto aos princípios fundamentais do direito contratual, temos os seguintes:

Princípio da autonomia da vontade: nele se funda a liberdade contratual dos contratantes, consistindo
no poder de estipular livremente, como melhor lhes convier, mediante acordo de vontades, a disciplina
de seus interesses, suscitando efeitos tutelados pela ordem jurídica.

Princípio do consensualismo: segundo o qual o simples acordo de 2 ou mais vontades basta para gerar o
contrato válido.

Princípio da obrigatoriedade da convenção: pelo qual as estipulações feitas no contrato deverão ser
fielmente cumpridas (pacta sunt servanda), sob pena de execução patrimonial contra o inadimplente.

Princípio da relatividade dos efeitos do negócio jurídico contratual: visto que não aproveita nem
prejudica terceiros, vinculando exclusivamente as partes que nele intervierem.

Princípio da boa fé: segundo ele, o sentido literal da linguagem não deverá prevalecer sobre a intenção
inferida da declaração de vontade das partes.

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