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Missão Artística Francesa

Em março de 1816 chegavam ao Brasil os artistas e artesãos que D.


João VI contratara na França por sugestão do conde da Barra. A
missão artística Francesa iria dar novos rumos à arte brasileira e
tinha como principal objetivo a organização de uma escola de artes
e ofícios no Rio de Janeiro. Os pintores. Os pintores que a
integravam eram Nicolas Antoine Taunay, seu filho Félix Émile
Taunay (1795-1981) e Jean Baptiste Debret. Dos três, Nicolas
Antoine Taunay era o pintor mais importante, adepto do
neoclassicismo de David, mas poderoso colorista, cujas paisagens do
Rio de Janeiro (O morro de Santo Antônio, Museu Nacional de
Belas Artes) e retratos valem mais do que suas cenas de gênero e
alegorias, cenas de batalhas e quadros bíblicos. Debret, discípulo de
David, foi retratista e pintor da história de menor fôlego
(Desembarque de D. Leopoldina, Museu Nacional), mas se
notabilizaram pelas cenas e costumes brasileiros da Viagem
Pitoresca e histórica ao Brasil (1834-39), que só encontraram
paralelo nas estampas, no mesmo gênero, de Johann Moritz
Rugendas, artista alemão ativo no Rio de Janeiro entre 1821 e
1835, autor da Viagem pitoresca através do Brasil. Félix Tunay,
pintor de história e paisagista, teve maior importância como diretor
da Academia de Belas Artes (1834-51), na qual criou, em 1840, as
exposições gerais anuais, a pinacoteca e, após 1845, os prêmios de
viagem à Europa.

O tipo de ensino ministrado pelos artistas da missão Lebreton


tiraria o Brasil do estágio artístico defasado em que se achava, para
ele introduzir um Neoclassicismo então de vanguarda, embora já
contendo em si os germes de um formalismo que terminaria em
breve por condená-lo. O estudo do modelo vivo, a supremacia do
desenho e a importância ou tema "nobre" – religioso, histórico ou
mitológico – farão sua aparição na arte nacional.

O primeiro diretor da academia foi Henrique José da Silva (1772-


1834), natural de Portugal e bom pintor de retratos; português era
também Simplício Rodrigues de Sá (?-1839), pintor de história e de
gênero (Irmão pedinte, Museu Nacional de Belas Artes), que
substituiu o anterior como professor de pintura histórica na
Academia. Frutos do ensinamento acadêmico serão August Müller
(1815-?), nascido na Alemanha, retratista, paisagista e pintor de
história; José Correia de Lima (1814-57), pintor de história; Manuel
de Araújo Porto Alegre, discípulo de Debret; acima de todos,
Agostinho José da Mota (1824-78), paisagista e autor de Naturezas-
Mortas. Outros pintores da primeira metade do século XIX são
Manoel Joaquim de Melo Corte Real, Francisco de Sousa Lobo, José
dos Reis Carvalho, Joaquim Inácio da Costa Miranda Júnior, Jean
Léon Pallière, João Maximiano Mafra, Francisco Antônio Néri e
muitos outros. Citem-se ainda numerosos artistas estrangeiros,
ativos no Rio de Janeiro, em meados do Século: Claude-Joseph
Barandier, Abraham Louis Buvelot, Ferdinand Krumholz,
excepcional retratista, Alessandro Cicarelli, Jean-Baptiste Borely,
Jules Le Chevrel, Nicolau Antônio Facchinetti, bom paisagista,
Henri Nicolas Vinet, aluno de Corot, François-René e Louis-
Auguste Moreaux, François-Auguste Biard, Augustus Earle e
muitos outros. Mesmo Manet e Gauguin estiveram mais ou menos
por essa época no Brasil.

À Segunda geração acadêmica, que desabrochou após 1850,


pertencem alguns pintores mais importantes do Brasil, como Vítor
Meireles de Lima, Pedro Américo de Figueiredo e Melo e João
Zeferino da Costa, além de nomes de menor nomeada, como Antônio
Araújo de Souza Lobo, Arsênio Cintra da Silva, Delfim da Câmara,
Augusto Rodrigues Duarte, José Maria de Medeiros e Pedro José
Pinto Peres.

Vítor Meireles de Lima, que se aperfeiçoou em Roma e Paris, foi


pintor de batalhas e de história (Primeira missa no Brasil e Batalha
dos Guararapes, Museu Nacional de Belas Artes), seguro de
desenho e de composição, embora frio colorista. Como professor,
coube-lhe iniciar numerosos jovens, alguns transformados mais
tarde em excelentes pintores.

Pedro Américo forma com Vítor Meireles o par de pintores mais


conhecidos do Brasil Oitocentista. Sua arte é caracterizada por
excelente desenho e elaborada composição, revelando-se porém fria
e despida de emoção (Batalha do Avaí, A carioca e Judite e
Holofernes, Museu Nacional de Belas Artes).

João Zeferino da Costa (1840-1915), bolsista em Roma (onde pintou


suas obras mais célebres, O óbolo da viúva e A caridade, ambas no
Museu Nacional de Belas Artes), notabilizou-se como autor das
decorações da Igreja da Candelária. Também professor, iniciou
diversos artistas, como Batista da Costa, Henrique Bernardelli e
Castagneto, que formariam, ao lado de outros pintores, a terceira
geração acadêmica, aquela que irá desabrochar em fins do século
XIX e início do século XX.

Os principais expoentes dessa terceira geração acadêmica são:

José Ferraz de Almeida Júnior, se formalmente continua um


acadêmico, foi um dos primeiros pintores brasileiros a consagrar em
seus quadros uma temática nacional, tendo sido, por esse motivo,
reivindicado pelos modernistas de 1922 como um precursor
(Descanso do modelo e Caipiras negaceando, Museu Nacional de
Belas Artes); a crítica o considera o primeiro realista brasileiro por
essas obras de tema regionalista.

Décio Rodrigues Vilares (1851-1931), aluno de Cabanel em Paris,


autor de retratos, alegorias e deliciosas paisagens de minúsculas
dimensões; Rodolfo Amoedo, que estudou, sucessivamente, como
Vítor Meireles, Cabanel, Baudry e Puvis de Chavannes, oscilou
entre o Academicismo mais empedernido e o Romantismo tardio,
deixando obras como A narração de Filetas e Marabá (Museu
Nacional de Belas Artes); Modesto Brocos y Gómez (1852-1936),
nascido na Espanha, aluno de Vítor Meireles, e de Madrazo, em
Madrid (Redenção de Cã, Engenho de mandioca, Museu Nacional de
Belas Artes); Pedro Weingartner (1856-1916), autor do O baile da
Ilha Fiscal (Museu Histórico Nacional); Antônio Firmino Monteiro
(1855-88), paisagista; Estevão Roberto da Silva (?-1891), pintor de
naturezas mortas; Horácio Hora (1853-90), retratista e pintor de
alegorias; Antônio Parreiras, paisagistas de méritos que estudou
com o alemão Jorge Grimm (1846-87), o primeiro no Brasil a
praticar a pintura ao ar livre; Belmiro Barbosa de Almeida (1858-
1925), também escultor, que, radicado em Paris (onde faleceu), se
aproximou, por vezes, do espírito do Impressionismo (Dame à la
rose, Museu Nacional de Belas Artes); Oscar Pereira da Silva (1867-
1939), pintor de História que estudou em Paris com Gerôme e
Bonnat; João Batista Castagneto, italiano chegado ao Brasil com
três anos, aluno de Grimm e o melhor marinhista brasileiro do
século XIX; João Batista da Costa (1863-1926), o primeiro a tratar a
paisagem brasileira como um assunto autônomo, embora ainda
preso a postulados acadêmicos; Henrique Bernardelli (1857-1936),
pintor decorativista; Pedro Alexandrino Borges (1864-1942), autor
de naturezas mortas; enfim, Eduardo de Sá, o paisagista Jerônimo
José Teles Júnior, Benedito Calisto de Jesus, pintor de história e
paisagista, Benno Treidler, Gustavo dall’Ara, Antônio Rafael Pinto
Bandeira e outros.
O maior pintor brasileiro na passagem do século, na verdade um
dos maiores de todos os tempos, foi Eliseu d’Angelo Visconti. Elo
entre a pintura brasileira do século XIX e a do século XX, Visconti
cultivou todos os gêneros, notabilizando-se como paisagista,
retrativista e decorativista (Decorações do Teatro Municipal do Rio
de Janeiro, Gioventù, no Museu Nacional de Belas Artes). Algumas
de suas últimas obras, como Revoada de pombos (Museu Nacional
de Belas Artes), aproximam-no do Impressionismo quase abstrato,
característico, também, da última maneira de Monet.

Outros artistas de inícios do século XX são Henrique Alvim Correia


(1876-1910), pintor de batalhas e autor de figuras e cenas em que se
revela um satanista à maneira de Félicien Rops; Helios Seelinger
(1878-1965), que sentiu a influência do Simbolismo e do Art
Noveau; Carlos Oswald (1882-1970), Rodolfo (1879-1967) e Carlos
Chambelland (1884-1950), Eugênio Latour (1874-1942), Lucílio de
Albuquerque (1877-1939), João (1879-1930) e Artur Timóteo da
Costa (1882-1923), Augusto José Marques Júnior (1887-1962) e
Henrique Cavaleiro (1892-?), alguns deles podendo, inclusive, se
reclamados como precursores do Modernismo brasileiro.

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