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ASSUNTO: O reforço

FICHA (ou intensificação) da


FORMATIVA mundialização/
globalização

Nome: ___________________________________________________________ Número: _________ Turma: _________ Data: ______/______/20____

A INTENSIFICAÇÃO DO PROCESSO DE MUNDIALIZAÇÃO/GLOBALIZAÇÃO

Nos últimos vinte anos, temos testemunhado imensas transformações cujos impactos sobre
os indivíduos, as sociedades e os territórios são difíceis de identificar e compreender na
totalidade.
Com a política de reestruturação (Perestroika) e de transparência (Glasnost), levada a cabo
por Mikhail Gorbachov na antiga União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS) desde
que chegou ao poder, em 1985, a Guerra Fria terminou e os Estados Unidos da América
(EUA) proclamaram-se vencedores. A queda do Muro de Berlim, ocorrida em Novembro de
1989 (acompanhada da retirada das tropas soviéticas da Alemanha, entretanto reunificada,
seguida da dissolução da URSS, em 1991), transformou-se no acontecimento com maior
simbolismo, marcando o fim da Guerra Fria e da bipolarização das relações
internacionais.
A China comunista, por sua vez, que desde os anos 70 do século XX adoptara uma política de
reformas visando a sua modernização, abriu-se em várias zonas especiais ao investimento e
à implantação de indústrias estrangeiras. Face à fragmentação da URSS e à abertura
progressiva da China à economia de mercado, a economia-mundo capitalista tornou-se
hegemónica, não parecendo existir nenhuma outra barreira consistente a opor à
globalização.

Liberalismo económico - Na século XIX, a organização da economia assentava no


liberalismo económico. Esta doutrina defendia uma liberdade total de comercializar e de
produzir (liberdade de trabalho, liberdade de preços e salários) e preconizava a livre
concorrência, e a livre iniciativa, opondo-se a qualquer intervenção do Estado na economia.
Deve-se a Adam Smith (1723 - 1790) a difusão desta doutrina económica. As suas ideias
estão expressas na obra “A riqueza das Nações”, onde defende que a vida económica de um
país deve ser regulada pela Lei da oferta e da procura.
O liberalismo económico permitiu o desenvolvimento da indústria e do comércio e,
consequentemente, a grande concentração de capital nas mãos de alguns empresários, que
criaram novas empresas. Foi a época do grande capitalismo industrial.

A globalização é um fenómeno económico, social, político e cultural que corresponde à etapa


actual do capitalismo. O processo de globalização caracteriza-se pela difusão, a todo o
planeta, de modelos (económicos, políticos e culturais) de forte inspiração ocidental,
baseados na economia de mercado e na organização social e política de tipo liberal, e traduz-
se num fluxo crescente de bens, pessoas, capitais, informações e serviços comerciais
à escala global.

Capitalismo - Sistema económico em que os meios de produção e distribuição são


propriedade privada e com fins lucrativos.

A globalização em curso foi impulsionada (ou motivada) pelo desenvolvimento dos


transportes, o que reduziu os custos e o tempo de deslocação, e pela revolução nas
tecnologias de informação e comunicação (TIC), que se traduziu na transmissão
universal e instantânea de informações — surgindo a Internet como um dos meios de
comunicação cuja expansão foi mais rápida.

No plano económico e financeiro, a aceleração do processo de globalização resulta da


crescente liberalização dos mercados, dos movimentos de integração económica (na
América do Norte, na Ásia e na Europa) e do papel das empresas transnacionais (ETN),
que têm intensificado a deslocalização de segmentos do processo produtivo à escala global.

Integração económica - Conjunto de processos pelos quais duas ou mais nações


colaboram entre si no sentido da concessão de vantagens mútuas que permitam o
alargamento dos mercados nacionais e a progressiva unificação das suas economias, no
sentido da criação de um espaço económico mais vasto. Pode assumir diferentes formas:
zona de comércio livre, união aduaneira, mercado comum, união monetária e económica,
etc.

Empresa Transnacional (ETN) - São empresas industriais ou de serviços que possuem


filiais em vários países, realizando uma parte significativa do seu volume de negócios no
estrangeiro. A empresa-mãe, cuja sede social fica situada no país de origem, controla as
filiais do grupo. A sua estratégia passa pela organização da produção à escala mundial,
deslocalizando determinados segmentos na perspectiva de reduzir os custos de produção.
AS DIMENSÕES DO PROCESSO DE GLOBALIZAÇÃO

A globalização é um processo multidimensional (económico, social, político, cultural,


religioso e jurídico) através do qual as pessoas, os governos e as empresas trocam ideias,
realizam transacções financeiras e comerciais e difundem aspectos culturais à escala
planetária.

Do ponto de vista económico, o fenómeno da globalização teve origem nos processos


internacionalização das economias (processo de abertura progressiva das fronteiras dos
países ao comércio internacional) e de transnacionalização da produção levado a cabo
pelas ETN, transformadas em actores principais de uma nova economia mundial. As
principais características desta nova economia mundial são as seguintes:
 economia dominada pelo sistema financeiro e pelo investimento à escala global;

 processos de produção flexíveis e multilocais;


 baixos custos de transporte;
 revolução das tecnologias de informação e de comunicação (TIC);
 desregulação das economias nacionais;
 domínio da chamada Tríade (EUA, União Europeia e Japão) sobre o sistema mundial.

Na sua dimensão social, a globalização deu origem a uma nova classe, que se reproduz
socialmente à escala global fora do controlo das organizações nacionais de trabalhadores e
dos Estados localizados na periferia ou semiperiferia do sistema mundial: a classe
capitalista transnacional. Fazem parte desta elite os administradores, gestores e
accionistas das ETN, que concentram uma parcela importante do rendimento mundial.

Na sua dimensão cultural, a globalização corresponde à convergência dos modos de vida em


resultado da difusão de uma cultura universal (através de marcas ou acontecimentos
emblemáticos: Jogos Olímpicos, Live Aid, Rock in Rio, etc.), facilitada pelo desenvolvimento
das TIC. Especialmente a televisão está a gerar comunidades unidas por sentimentos e
identidades comuns, partilhando gostos, prazeres e aspirações de carácter colectivo e global.
Contudo, se há quem considere que as especificidades das culturas locais e nacionais
correm riscos perante a força hegemónica em expansão, outros defendem que a
globalização tanto produz homogeneização como diversidade.

e
No que diz respeito às dimensões demográfica e religiosa, a globalização está associada à
intensificação dos fluxos migratórios internacionais de trabalhadores, ao aumento dos
fluxos turísticos e ao crescente multiculturalismo e multietnicidade, resultante de uma
maior diversidade cultural no interior dos países mais desenvolvidos.
Embora as religiões possuam áreas de expansão seculares privilegiadas, onde são quase
exclusivas (como o cristianismo na América Latina), estão a difundir-se por outras regiões.
Entre as dinâmicas religiosas recentes, destacamos:
 a expansão do Islamismo, nomeadamente em África;
 a perda de influência do Cristianismo no mundo ocidental, acompanhada de novas formas
de religiosidade (seitas) e da difusão de valores materialistas e laicos (que não privilegiam
qualquer religião);
 o ressurgimento de movimentos nacionalistas associados a determinadas religiões, como
no caso da Bósnia, onde o conflito opôs sérvios ortodoxos, bósnios muçulmanos e croatas
católicos;
 a difusão do pentecostalismo, doutrina seguida por certos grupos religiosos cristãos com
origem no seio do protestantismo (como, por exemplo, a Igreja Adventista de 7.° Dia ou a
IURD).

Do ponto de vista político, a visão "pró-mercado" da política económica e as interacções


resultantes das práticas transnacionais reforçaram a necessidade de aprofundar as relações
inter-estatais.
Esta forma de organização política do sistema mundial moderno caracteriza-se: pelo
estabelecimento de acordos políticos inter-estatais (NAFTA - Acordo Norte-Americano
de Livre Comércio, Mercosul - Mercado Comum do Sul, UE - União Europeia, etc.).

Na sua dimensão jurídica, a globalização caracteriza-se por um processo de


desregulamentação dos mercados de trabalho (produção flexível), entre outros, que vai ao
encontro das pressões e dos interesses das ETN e das instituições financeiras multilaterais,
corno o Fundo Monetário Internacional (FMI). Este fenómeno ocorre num contexto de
enfraquecimento dos poderes do Estado e da correspondente capacidade para regular os
mercados nacionais, o que é aproveitado pelos novos actores transnacionais para
imporem as suas normas e estratégias.

OS ACTORES DA GLOBALIZAÇÃO

O processo de globalização é o produto de interacções complexas entre diversos


intervenientes, entre os quais se encontram: grandes empresas transnacionais (ETN),
investidores, Estados, cidades e regiões poderosas.
O comércio internacional, baseado na transacção entre empresas nacionais, sediadas num
território nacional em que o Estado é soberano em questões fundamentais — direitos
aduaneiros, taxas de câmbio e de juros, emissão de moeda, impostos, etc. —, deu lugar a um
sistema de comércio caracterizado pela integração entre economias nacionais e pelo
papel cada vez mais influente das ETN, que conduzem as suas estratégias sem terem em
conta os interesses dos países onde se localizam.
Estas empresas desenvolvem estratégias de deslocalização e relocalização das
actividades, podendo implantar segmentos de um processo produtivo em diferentes
países, à procura das condições óptimas de produção e dos mercados mais atractivos. Deste
modo, o fenómeno da transnacionalização está intimamente relacionado com a crescente
importância destas empresas no funcionamento da economia mundial. As ETN são, por isso,
os principais motores da mundialização da economia. Em alguns casos, o poder destas
empresas sobrepõe-se ao dos Estados, que vão perdendo progressivamente o controlo sobre
a acção das ETN.
Num cenário de aceleração das trocas comerciais, facilitadas pela redução dos custos de
transporte e pela generalização das TIC, outros actores da globalização, como a
Organização Mundial de Comércio (OMC), têm contribuído para organizar e incentivar as
práticas comerciais à escala planetária. Em concreto, a OMC arbitra o comércio mundial
trabalhando para que todas as formas de proteccionismo sejam eliminadas.
Vários blocos económicos regionais, quase continentais, como a União Europeia (UE), o
Acordo de Comércio Livre Norte-Americano (NAFTA), o Mercado Comum do Sul
(Mercosul) ou a Associação das Nações do Sudeste Asiático (ASEAN), constituem-se
como elementos polarizadores das trocas comerciais a nível mundial.

Estas organizações económicas são alianças


económicas e políticas poderosas entre países, que
cooperarem entre si com o objectivo de se
tornarem mais fortes face à competição económica
mundial.
A UE é a organização que apresenta um grau de
integração mais elevado, o que lhe permite
competir com os EUA e o Japão como pólo do
sistema-mundo.
Estas organizações económicas regionais apoiam-
se territorialmente numa rede de grandes cidades,
chamadas cidades globais. Estas constituem os
centros organizadores do sistema de relações
inter-estatais e dos fluxos (bens, pessoas, capitais,
informação, etc.) que se estabelecem entre os países que integram estas organizações.
O G8, embora não seja considerado uma organização formal, representa a cúpula do poder
mundial. Nas suas cimeiras anuais, os líderes dos 7 países mais industrializados do
mundo e da Rússia procuram concertar estratégias e definir a agenda mundial
relativamente às questões que os preocupam: liberalização do comércio, políticas
económicas, terrorismo, segurança, ambiente, crime internacional, etc.

Cidades globais - As cidades globais são as mais dinâmicas, pois concentram funções
diversificadas, são sedes do poder e possuem os centros de controlo e os nós principais das
densas redes de transportes e de comunicações à escala planetária. Por isso, correspondem
às áreas mais atractivas, captando os grandes fluxos de pessoas, mercadorias e capitais.
As principais cidades mundiais, como Londres, Nova Iorque, Paris e Tóquio, concentram um
grande número de funções de nível superior e detêm grande poder de decisão e de controlo
à escala mundial, entre as quais se destacam: as funções financeiras, de investigação e
desenvolvimento (I&O), as sedes das ETN e de grandes organizações internacionais e os
serviços e o comércio mais qualificados.

Em muitos assuntos, o G8 ultrapassa as instituições vocacionadas para resolver certas


questões globais, como, por exemplo a Organização das Nações Unidas (ONU), pondo em
causa a sua legitimidade, numa demonstração de poderio absoluto.
Todos estes actores, à medida que promovem a expansão do comércio internacional,
introduzem regras e fomentam práticas que apenas se destinam a salvaguardar os seus
próprios interesses e a perpetuar ou a consolidar o seu domínio. Por isso, os opositores a esta
forma de globalização multiplicam-se, quer nos países mais pobres quer nos países mais
ricos, preocupados com o aprofundar das desigualdades socioeconómicas.
Inúmeros movimentos transnacionais constituem-se com o objectivo de pressionar os outros
actores da globalização a alterarem as suas estratégias, demonstrando que existem
percursos alternativos mais sustentáveis e solidários. É a chamada globalização alternativa ou
alter-globalização.
Entre estes movimentos encontram-se as Organizações Não Governamentais (ONG), que
actuam com grande eficácia, constituindo uma rede à escala mundial.

Geoeconomia — A geoeconomia trata das relações de poder e de um espaço teoricamente


sem fronteiras e interessa-se sobretudo pelas estratégias financeiras e comerciais dos
Estados e das grandes empresas. O termo é inspirado em geopolítica e surge no final do
século XX, terminada a Guerra Fria No plano internacional, há quem defenda que as
capacidades militares dos Estados já não constituem o principal factor do seu poder. Graças
à liberalização das trocas e aos outros aspectos da globalização, o poder exerce-se agora em
termos económicos e financeiros.

Geopolítica — Na actualidade, interessa-se pela análise das rivali-dades e disputas de


poder entre Estados por territórios.
AS FASES DA GLOBALIZAÇÃO

A globalização é um processo social que actua no sentido de uma mudança na


política e na economia das sociedades, nas relações internacionais entre Estados e
no desenvolvimento de uma cultura de carácter global. Por isso, muitos defendem que
a globalização é um fenómeno antigo, que se iniciou no século XVI com os Descobrimentos
portugueses.
Mas ao longo dos tempos, o processo acelerou e está actualmente na fase mais rápida do seu
desenvolvimento, sobretudo após a queda do Muro de Berlim, em 1989.

Fonte: Adaptado de DOMINGOS, Cristina; LEMOS, Jorge; CANAVILHAS, Telma, Geografia C 11.º Ano, Volume 1, 1.ª Edição, Plátano
Editora, Abril, 2009

ACTIVIDADES

1. A globalização é um processo complexo que deverá ser analisado de diferentes


perspectivas.
1.1. Enquadra historicamente a “aceleração” do processo globalização.
1.2. Distingue mundialização de globalização.
1.3. Identifica as causas/suportes da globalização.
1.4. Explica de que forma o desenvolvimento das TIC potenciou/potencia a globalização.
1.5. Aponta as características gerais da globalização.
1.6. Refere o que entendes por integração económica, ETN e geoeconomia.

2. A globalização afecta todo o mundo.


2.1. Justifica a afirmação: “A globalização é um processo multidimensional”.
2.2. Menciona quatro (4) características dominantes do processo de globalização.

3. Observa os Docs. 5, 6 e 7.
3.1. Aponta os principais actores da globalização.
3.2. “Estamos prestes a viver uma transformação que vai recompor a politica e a economia do
século que há-de vir. Já não haverá produto e tecnologias nacionais, nem grandes firmas
nacionais, nem indústrias nacionais, pelo menos no sentido em que entendemos esse conceito
(…). As fronteiras perdem o seu sentido em termos económicos. As empresas ditas "multi" ou
transnacionais jogarão um papel primordial na mundialização das produções e das trocas de
bens, serviços informação."
3.2.1. Elabora um comentário ao texto tendo em conta o papel das empresas transnacionais e
dos blocos económicos regionais na crescente globalização da economia.

4. Explica as principais fases da globalização, com base no Doc. 10.

5. “Desde o início dos anos 80 que a palavra globalização invadiu todos os domínios da
sociedade, da economia à cultura, passando pela política, pela ciência e pela tecnologia.
Dirigentes políticos, gestores, consultores, jornalistas e académicos adoptaram-na
integralmente nas suas linguagens e nas suas argumentações do dia-a-dia. Para uns, a
globalização é um fenómeno gerador de oportunidades para as economias e para as
empresas. Para outros, é a principal causa de todos os males que afectam as economias e
as sociedades contemporâneas”.

5.1. Identifica três (3) aspectos positivos/negativos associados à globalização.

http://geoclick.blogspot.com/ prof.geo.fernando@sapo.pt

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