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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA UFSC

CENTRO DE COMUNICAÇÃO E EXPRESSÃO CCE


DEPARTAMENTO DE JORNALISMO

Bianca Yuki Enomura

Bem-vindo à era do Big Data

RELATÓRIO TÉCNICO
do Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à
disciplina de Projetos Experimentais
ministrada pela Profª. Gislene Silva
no primeiro semestre de 2014
Orientadora: Prof. Gislene Silva

Florianópolis
Julho de 2014

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FICHA DO Trabalho de Conclusão de Curso - JORNALISMO UFSC
TCC
ANO 2014.1
ALUNO Bianca Yuki Enomura
TÍTULO Bem-vindo à era do Big Data
ORIENTADOR Gislene Silva
X Impresso
MÍDIA Rádio
TV/Vídeo
Foto
Web site
Multimídia

Pesquisa Científica
CATEGORIA
Produto Comunicacional
Produto Institucional (assessoria de imprensa)
Produto Jornalístico Local da apuração:
(inteiro)
X Reportagem ( ) Florianópolis
livro-reportagem ( ) ( ) Santa Catarina
( ) Região Sul
( X ) Brasil
( ) Internacional País: ____________

ÁREAS Tecnologia; Big Data, monitoramento de informação

De acordo com a pesquisa da empresa de consultoria IDC, o universo digital


RESUMO está dobrando a cada dois anos e atingiu 4,4 trilhões de gigabytes em 2013.
Para processar e analisar corretamente essa quantidade de dados, profissionais
de Tecnologia de Informação recorrem ao Big Data. Este Trabalho de
Conclusão de Curso é uma grande reportagem para revista impressa, que se
propõe a explicar as implicações diretas dessa nova tecnologia para empresas e
clientes, por meio de exemplos como monitoramento do trânsito, otimização de
processos e marketing de vendas. E, ainda, questiona os limites legais e éticos
da utilização dessas informações.

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Sumário

1. Resumo.........................................................................7
2. Contexto........................................................................8
3. Justificativa do tema e mídia.................................... 10
4. Processo de produção.................................................12
4.1 Pesquisa e apuração................................................12
4.2 Produção dos textos................................................13
5. Diagramação e edição................................................15
6. Tabela de custos..........................................................17
7. Dificuldades e aprendizados......................................17
8. Anexo...........................................................................20
9. Referências bibliográficas..........................................21
9.1 Bibliografia utilizada.............................................21

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1 Resumo

O universo digital está dobrando a cada dois anos e atingiu 4,4


trilhões de gigabytes em 2013, de acordo com a pesquisa da
empresa de consultoria IDC. Para processar e analisar corretamente
essa quantidade de dados, profissionais de Tecnologia de
Informação recorrem ao Big Data. Este Trabalho de Conclusão de
Curso é uma grande reportagem para revista impressa, que se
propõe a explicar as implicações diretas dessa nova tecnologia para
empresas e clientes, por meio de exemplos como monitoramento do
trânsito, otimização de processos e marketing de vendas. E, ainda,
questiona os limites legais e éticos da utilização dessas
informações.

Palavras-chave: Tecnologia; monitoramento de dados; privacidade;


Big Data

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2 Contexto

O termo “Big Data” no setor de Tecnologia da


Informação é usado para descrever grandes
armazenamentos de dados e executados com alta
velocidade. Em 2001, Doug Laney, então analista do
Gartner Group1, definiu o conceito de Big Data em três
Vs: velocidade, volume e variedade. Alguns ainda
adicionam mais duas características: veracidade e valor.
Na prática, são volumes de informação que estão além
da habilidade de ferramentas típicas de capturar, gerenciar
e analisar. Logo, demandam formas inovadoras de
processamento para uma melhor interpretação e tomada de
decisões.
Apesar de a indústria de TI ser habituada a analisar
essas grandes quantidades de dados, a preocupação em
lidar com dados estruturados e não estruturados só
começou a partir da velocidade em tempo real que a
internet proporcionou. As informações estruturadas são
fornecidas organizadamente, como uma pesquisa de loja
sobre o perfil do seu cliente ou dados do IBGE; os dados
não estruturados são aqueles coletados num “caos
organizado”, como comentários no Facebook,
movimentações do cartão de crédito e pesquisas no
Google. O novo desafio dos analistas de Big Data é
interpretar o segundo tipo.
As aplicações dessas informações coletadas nos
bancos de dados são cada vez mais valiosas. Hoje, já
existem “corretoras de dados”, um mercado de coleta,
análise e venda de informações que podem ser

1 Gartner Group é uma empresa de consultoria fundada em


1979, com sede em Stamford, nos Estados Unidos. A empresa
desenvolve tecnologias relacionadas a introspecção necessária
para seus clientes tomarem decisões estratégicas. A companhia
consiste em Pesquisa, Execução de Programas, Consultoria e
Eventos.

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transformadas em estratégias de negócios por empresas e
governos. No infográfico do site do jornal O Globo, é
citado o exemplo da varejista americana Dollar General,
que monitora as combinações de produtos adquiridos
juntos. Descobriu-se que os clientes que bebem Gatorade
têm mais chances de também comprar laxante (Como
funciona o Big Data, 2012). Com esse conhecimento, a
empresa pode prever e definir estratégias, de acordo com
seus interesses e objetivos.
A eficácia da utilização da tecnologia já é reconhecida
e aplicada. Em nota, o governo dos Estados Unidos
admitiu a importância da área e anunciou, em 29 de março
de 2013, a “Big Data Research and Development
Initiative” (Iniciativa de Pesquisa e Desenvolvimento de
Big Data, em tradução livre). O programa reúne seis
departamentos e agências federais e investimento de 200
milhões de dólares para melhorar ferramentas e técnicas
necessárias para acessar, organizar e recolher as
descobertas de grandes volumes de dados digitais. A
intenção, segundo nota divulgada, é acelerar o ritmo de
descoberta em ciência e engenharia, fortalecer a segurança
nacional e transformar o ensino e a aprendizagem, através
da extração de conhecimento dos bancos de dados. Ainda
nos Estados Unidos, na campanha de Barack Obama para
reeleição à presidência, em 2012, foram aplicados novos
métodos de pesquisas e leituras de bancos de dados, para
criar estratégias de abordagens diferenciadas e
direcionadas de acordo com o perfil dos eleitores.
É neste contexto que este TCC apurou se a coleta
e utilização de dados dos usuários, voluntária ou não, têm
consequências em processos cotidianos, como a
propaganda direcionada da campanha presidencial de
Barack Obama.

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3 Justificativa do tema e da mídia
Do ponto de vista jornalístico, a relevância do tema é
assegurada por sua atualidade. Segundo analistas, Big
Data ainda é um tema em fase inicial no mercado mundial
e existe um otimismo geral no mercado de TI quando se
trata do assunto, apesar de alguns profissionais apontarem
que ainda é cedo para confirmar as altas expectativas.
A utilização de Big Data por grandes organizações
legitimou o mercado durante o ano passado. A expectativa
de gigantes do setor como IBM e Oracle é que empresas
que não possuem recursos tecnológicos tão vastos ou
especializados façam aquisições em 2013.

O Gartner prevê que os gastos


globais com soluções nessa área
alcançarão 34 bilhões de dólares em
2013, ante 28 bilhões de dólares em
2012. Para 2016, o instituto de
pesquisas estima que os negócios
vão dar um salto e faturar 232
bilhões de dólares, somando vendas
de hardware, software e serviços
relacionados. (SOARES, 2013).

Em consulta a 720 líderes de TI de empresas em todo


o mundo, o Gartner constatou que o recurso foi utilizado
por 39% do mercado de mídia e comunicação, 34% dos
bancos e 32% dos serviços. Enquanto os investimentos
para os próximos dois anos serão de companhias do
segmento de transporte (50%), saúde (41%) e seguros
(40%).
Trata-se de um assunto complexo e novo, tanto que as
publicações mais populares ainda não deram destaque para
contextualizar a tecnologia e facilitar o entendimento. A
escolha do tema para o TCC veio também da oportunidade
pouco explorada de desenvolver conteúdo sobre um
assunto técnico para o público não familiarizado.

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Como motivação pessoal, a escolha foi por
identificação e curiosidade sobre a tecnologia. Comecei a
ler sobre Big Data no final de 2012, quando identifiquei
uma relação entre o conteúdo que visitava na internet e os
anúncios que surgiam em páginas aleatórias. Desde então,
o assunto recebeu cada vez mais destaque por sites e blogs
especializados em tecnologia, o que deixou evidente que
era um tema relevante.
A escolha pela revista Superinteressante foi por ter
uma linha editorial que prioriza conteúdo de ciência e
tecnologia, mas com linguagem de fácil entendimento do
público alvo pretendido: a idade média é 34 anos, 56% são
homens e 82% pertencem às classes A e B. Há 20 anos no
mercado, a Super é uma das maiores revistas de
jornalismo científico voltada para o público jovem no país,
com tiragem média de 400 mil exemplares por mês.

(...) A Superinteressante
apresenta uma linguagem caseira,
que todos entendemos, mesmo
aqueles que, como o signatário,
entendem muito pouco de física,
biologia, matemática. (...) Por ser
uma revista tradicionalmente de
Jornalismo científico e divulgaçaõ
científica, ao tratar de temas
ligados às Ciências Naturais, os
cientistas ainda saõ uma fonte
primária. Médicos, populaçaõ ,
pesquisadores e fontes alternativas
também saõ consultados, de modo
a dar várias vozes à reportagem,
garantindo credibilidade do texto
final (LIMA, 2008).

O formato de grande reportagem em texto foi


escolhido porque permite abordar mais aspectos do tema,
com linguagem especializada. A opção por revista se

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justifica pela viabilidade prática e o suporte de reportagens
entre 20 mil e 30 mil caracteres, espaço adequado ao
projeto.
Para Lima (2008, p.18), “a reportagem é um relato
jornalístico temático focal, envolvente e de interesse atual,
que aprofunda a investigação sobre o envolvente e de seus
agentes”. Também de acordo com Lage (1987 apud
LIMA, 2008, p. 18), “é a exposição que combina interesse
do assunto com o maior número possível de dados,
formando um todo compreensível e abrangente”.
Acredito que o tema e a execução do projeto estejam
situados dentro dessas características e cumprem a função
de atender o interesse do público e reunir dados que
confirmam os casos apresentados.

4. Processo de produção
4.1 Pesquisa e apuração
O processo de pesquisa iniciou-se no primeiro
semestre de 2013, com a leitura de artigos em sites, blogs
e matérias em portais de notícias, com abordagens
genéricas, mas que deram indicativos de empresas de
tecnologia como a IBM e EMC, que poderiam ser fontes
para a reportagem. Também acessei pesquisas do IDC,
empresa de consultoria que analisa e prevê tendências
tecnológicas, que deram a perspectiva real do Big Data
como mercado mundial, com estimativas de investimento
na casa dos bilhões.
Assisti ao filme “Moneyball – O homem que mudou
o jogo”, que relata o caso de utilização de técnicas
inovadoras de estatística no campeonato nacional de
beisebol dos Estados Unidos. E também vi o documentário
“A Era dos Grandes Dados”, da BBC, que contextualiza e
dá bons exemplos de uso de ferramentas de Big Data.
Desde o início das pesquisas, o número de resultados
nas buscas aumentou significativamente. O que reforçou a
ideia de relevância do assunto.

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Paralelamente, comecei a me interessar pelo
Jornalismo de Dados, e tive a oportunidade de cursar a
disciplina e ter contato com ferramentas que filtram e
analisam dados.
Reuni edições da Superinteressante para ter
referências de texto e do projeto gráfico. Também
pesquisei sobre o novo projeto gráfico da revista, para
entender o porquê da mudança de fonte, cores,
hierarquização e mais utilização de infográficos.
Na pré-apuração foram definidos os casos que
seriam os “objetos de estudo” da reportagem, que
ajudariam a explicar o tema. O cronograma foi dividido
por áreas de atuação como: varejo, políticas públicas e
segurança. Nessa etapa, fiz o levantamento de telefones e
e-mails para realizar o primeiro contato com as empresas.
As entrevistas por e-mail com a pesquisadora Tatiana
Tozzi e a assessora da MapLink Mariana Lucas
forneceram informações para a fundamentação dos casos,
mas as fontes documentais apresentaram dados mais
concretos para a contextualização. Contatos com Thiago
Cachello da Unimed e Patricia Santilli (Lojas Renner)
indicaram relatórios ou fontes no site oficial para
informações específicas e autorizadas.
Utilizei relatórios das Lojas Renner, estudo da IBM
com a Unimed, pesquisas do IDC e EMC, relatórios de
projeções do Instituto Gartner, o livro “Big Data – Como
extrair volume, variedade, velocidade e valor da avalanche
de informação” e “O Poder do Hábito” como fontes
documentais.

4.2 Produção dos textos


A reportagem foi escrita e diagramada como a
reportagem de capa da revista Superinteressante e possui
pouco mais de 20 mil caracteres, mais boxes e
infográficos, de acordo com o padrão da revista.
Como o tema possui muitas tecnicidades e está
apenas começando a se popularizar fora da área de TI, a

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linguagem utilizada foi adequada à linha editorial da
publicação, procurando exemplificar termos técnicos que
não são compreendidos facilmente.
A abertura, com aproximadamente 3 mil
caracteres, é dedicada a contextualizar o leitor não-
familiarizado com o conceito de Big Data e, ainda, deixar
claro qual é o diferencial que faz dessa tecnologia
relevante no cenário atual.
Na primeira parte da reportagem, a intenção é
mostrar o desenvolvimento e o potencial que o mercado de
Tecnologia da Informação vê no Big Data. A explicação
sobre a captação de dados cotidianos e a utilização das
ferramentas de Big Data pelas empresas pretende
aproximar o conceito técnico do leitor por meio de
situações conhecidas. E também esclarecer o impacto real
dessa tecnologia fora do mundo digital.
Na parte sobre o Centro de Pesquisas e
Desenvolvimento da EMC, a diretora Karin Breitman foi
contatada por e-mail e encaminhou a solicitação a Fred
Arruda, que respondeu as questões após o fechamento do
trabalho. As informações utilizadas foram encontradas no
site da empresa EMC, em nota oficial sobre o centro.
Fez-se necessário incluir um contraponto, para
mostrar que os recursos que utilizam Big Data não são
ciência exata e estão sujeitos a falhas, como qualquer outra
tecnologia. O exemplo do Google Flu Trends foi escolhido
por ser relacionado a uma das maiores empresas de
tecnologia do mundo e por ter sido considerado um
sucesso no livro “Big Data – Como extrair volume,
variedade, velocidade e valor da avalanche de
informação”, embora tenha apresentado erros tão
expressivos.
O exemplo da ferramenta Soccer Power Index
havia sido incluído como um exemplo genérico pela
proximidade da Copa do Mundo, mas acabou sendo
reorganizado de forma que constasse como um caso de

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ineficácia do Big Data, após os resultados da primeira
fase.
O intertítulo sobre segurança da informação
estava previsto no projeto e também é um ponto polêmico
acerca da utilização de dados. As relações feitas entre o
investimento do governo norte-americano e o caso do
vazamento de informações pelo ex-agente Edward
Snowden, e os exemplos da Target e da professora que
tentou driblar o monitoramento mostram que tanto
empresas quanto instituições governamentais estão
captando dados sem o conhecimento dos usuários.
Enquanto o texto que segue o intertítulo sobre o
Marco Civil abre espaço para apontar possíveis soluções
para que o Big Data continue sendo utilizado, mas com
consentimento de quem fornece os dados.
A advogada Gisele Truzzi, especializada em
Direito Digital e Segurança da informação, enviou
material com informações legais no primeiro contato, mas
não voltou a responder em outras oportunidades.

5. Diagramação e edição
A diagramação foi feita por mim, respeitando os
padrões da publicação em que foi inspirada. O projeto
inclui páginas dinâmicas, com mais respiros, colunas
modulares e disposições mais retas e geométricas. O
conceito é que a simplicidade daria mais personalidade à
revista.
A imagem que ilustra a abertura de página dupla foi
escolhida por se assemelhar a um túnel e conectar-se com
o título “Bem vindo à era do Big Data”.
A escolha por utilizar uma página com uma ilustração
com dados e a espelhada com texto também é um padrão
reproduzido da Superinteressante. A opção de utilizar a
moldura de tablet foi para fazer alusão à tecnologia que foi
usada como comparação em alguns exemplos.

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No projeto, os infográficos seriam desenvolvidos por
um amigo designer, que não pôde executar a tarefa. Então,
eu realizei a produção do material, o que ocasionou certa
perda da criatividade estética, mas não a qualidade da
informação.
As fotos e ilustrações foram reunidas no processo de
reportagem e diagramação e creditadas aos respectivos
autores, assim como os infográficos possuem as fontes das
informações. O infográfico “A cada minuto do dia”
pertence ao site www.domo.com e foi traduzido, mas
mantido o crédito original.
A visualização de dados da página dupla foi destinada
a estabelecer exemplos de comparação dos dados
trabalhados ao longo do texto, que podem ser difíceis de
ver sem perspectiva.
Na arte “Segurança de dados no Brasil” foi utilizada a
ferramenta online Infogram para a criação do pictograma e
do gráfico em donut e, posteriormente, editado no
Photoshop.
Optei por deixar vazias as duas páginas seguintes à
capa e as duas anteriores à contracapa, para que o
conteúdo não fosse impresso no papel de maior gramatura
e perdesse as características originais.
A impressão da revista foi feita na gráfica Open Brasil
Gráfica em Florianópolis. Utilizei o papel Couchê A 150
g/m² para a capa e couchê fosco 90g/m² para o miolo. O
formato final ficou em 202x266mm, com lombada canoa e
referência de cor CMYK. As especificações foram feitas
para obter o resultado mais próximo possível ao da
publicação original.

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6. Tabela de custos

Trabalho Valor

Gráfica R$ 175,00

Impressão do relatório R$ 26,00


TOTAL: R$ 201,00

7. Dificuldades e aprendizados
A principal dificuldade que encontrei na pré-apuração
foi entender, de fato, o assunto. Os livros e artigos
acadêmicos ainda são direcionados a profissionais ou
estudantes de Tecnologia da Informação ou pessoas já
familiarizadas com bancos de dados, estatísticas e
programação. A maior ajuda para compreender o Big Data
veio dos artigos em blogs e sites de notícias, que
contextualizavam a tecnologia no “mundo real”, ainda que
a maioria se encontrasse em inglês.
Uma preocupação foi tentar mostrar que essa
reportagem não pretende ser um guia definitivo sobre o
tema, mas um fragmento da realidade. É importante
lembrar que o Big Data ainda é um conceito novo e está
em evolução constante.
Na execução da reportagem, um imprevisto não
antecipado no projeto foi a dificuldade no acesso às fontes.
Quando procuradas, as assessorias da EMC E IBM
demonstraram falta de interesse ao serem informadas que
a entrevista era para um projeto acadêmico e
argumentaram que as informações eram estratégicas e não
autorizadas a serem divulgadas. A assessoria das Lojas
Renner também mostrou resistência, mas ainda enviou um
link com relatórios que continham informações que
poderiam ser acessadas.

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Esse fator fez com que alguns ajustes precisassem ser
feitos. Recorri a muitos documentos e relatórios
publicados nos sites das companhias e procurei pesquisas
em instituições confiáveis para assegurar a credibilidade
dos dados.
Em relação ao texto, tive dificuldade em transformar o
conteúdo técnico em uma redação com fluidez, sem que os
dados estatísticos e grandes números pesassem no ritmo.
Outro ponto, é que durante a graduação exercitei mais a
redação de notícias curtas e a edição, e ao escrever uma
reportagem longa senti dificuldade em manter a conexão
entre os parágrafos e desenvolver o texto sem que o
conteúdo parecesse repetitivo.
Escrever e editar um texto maior do que estava
habituada até então, também foi o maior aprendizado. Foi
necessário criar um roteiro para desenhar o “esqueleto” da
reportagem. E a partir daí, desenvolver o conteúdo e
identificar que pontos precisariam de mais apuração.
Assim como uma dificuldade, trabalhar com um
assunto que conhecia tão pouco acrescentou muito ao
meu conhecimento pessoal. Pesquisar sobre Big Data
me permitiu conhecer bancos de dados, armazenamento
em nuvem, desenvolvimento de softwares, mineração
de informações. E além de ver resultados reais, observar
as perspectivas de um campo de inovação.
Foi importante poder exercitar a visão crítica e
procurar não só os pontos positivos do tema. Embora
não tenha conseguido localizar um profissional no
Brasil que fosse, de fato, pessimista sobre as projeções
do mercado, achei essencial incluir as falhas e as
barreiras legais que cercam essa tecnologia.
Acredito que nos próximos anos, ainda vá se falar
muito sobre a produção massiva de dados e como os
profissionais criarão soluções para lidar com isso.
Então, poder escrever sobre o tema quando ainda está

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no início do desenvolvimento é desafiador e
enriquecedor.
Espero que essa reportagem tenha cumprido o
objetivo de popularizar essa tecnologia em expansão, de
mostrar como essas ferramentas estão presentes no
cotidiano e que podem ser utilizadas a nosso favor, se
empregadas dentro de limites éticos e legais.

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8. Anexo

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9. Referências bibliográficas

Como funciona o Big Data. O Globo, Rio de Janeiro.


2012. Disponível em
<http://oglobo.globo.com/infograficos/bigdata/>. Acesso
em 7 jun. 2013.

LIMA, Luiz Carlos S. R. Jornalismo Científico: Análise


da Superinteressante e suas tendências atuais. 20 abr.
2008. Disponível em
<http://www.insite.pro.br/2008/08.pdf>. Acesso em 18
out. 2013.

SOARES, Edileuza. Negócios na era do Big Data no


Brasil. Computer World, São Paulo, 15 mar. 2013.
Disponível em:
<http://computerworld.uol.com.br/negocios/2013/03/15/ne
gocios-na-era-do-big-data>. Acesso em 1 jun. 2013

WHITE HOUSE. Big Data is a Big Deal. Washington


D.C., 29 mar. 2012. Disponível em:
<http://www.whitehouse.gov/blog/2012/03/29/big-data-
big-deal>. Acesso em 10 jun. 2013

9.1 Bibliografia utilizada

DALMAZO, Luiza. Um fenômeno chamado Big Data.


Exame.com, São Paulo, 6 out. 2012. Disponível em:
<http://exame.abril.com.br/revista-
exame/edicoes/1025/noticias/para-nao-se-afogar-em-
numeros>. Acesso em 7 jun. 2013.

DUHIGG, Charles. O Poder do Hábito: Por que fazemos


o que fazemos na vida e nos negócios. Tradução de Rafael
Mantovani. Rio de Janeiro: Objetiva, 2012.

21
EMC CORPORATION. EMC Inaugurates Big Data
R&D Center in Brazil. Rio de Janeiro, 14 mai. 2014.
Disponível em: <
http://www.emc.com/about/news/press/2014/20140514-
02.htm>. Acesso em 28 mai. 2014.

EMC CORPORATION. The Digital Universe of


Opportunities. 2014. Disponível em: <
http://brazil.emc.com/collateral/analyst-reports/idc-digital-
universe-2014-brazil.pdf>. Acesso em: 12 mai. 2014.

FUNG, Kaiser. Google Flu Trends’ Failure Shows Good


Data > Big Data. Harvard Business Review, 25 mar.
2014. Disponível em:
<http://blogs.hbr.org/2014/03/google-flu-trends-failure-
shows-good-data-big-data> Acesso em 12 abr. 2014.

GIARDELLI, Gil. Os dados nunca mentem: bem-vindos à


era do big data. Exame.com, São Paulo, 3 mai. 2013.
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mentem-bem-vindos-a-era-do-big-data>. Acesso em 7 jun.
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INTERNATIONAL BUSINESS MACHINES. Estudo de


caso. Central Nacional Unimed utiliza solução ECM da
IBM para implantar fluxo digital de contas médicas.
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Big Data Technology and Services 2012–2015 Forecast.
2012.

KENNETH, Cukier; MAYER-SCHÖNBERGER, Viktor.


Big Data: Como extrair volume, variedade, velocidade e

22
valor da avalanche de informação cotidiana. São Paulo:
Elsevier, 2013.

SOARES, Edileuza. Coleta de dado pessoal para Big Data


pode levar empresas à Justiça. Computer World, São
Paulo, 26 mai. 2014. Disponível em: <
http://computerworld.com.br/negocios/2014/05/26/coleta-
de-dado-pessoal-para-big-data-pode-levar-empresas-a-
justica>. Acesso em 30 mai. 2014.

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