Inovação na arquitetura;
Realístico
ARTE ROMANA
INTRODUÇÃO
ARTE ROMANA 700 a.C. à 500 d.C.
Entre as civilizações do mundo antigo, a dos romanos é, sem duvida, aquela a que mais temos acesso, uma vez que
eles nos deixaram um vasto legado literário, que nos permite traçar sua história com riqueza de detalhes que nunca
nos cansamos de admirar. Paradoxalmente, no entanto, poucas questões são mais difíceis de responder do que a
que fazemos a seguir: “o que é a arte romana?”. O gênio romano, tão facilmente identificável em qualquer outra
esfera de atividade humana, torna-se estranhamente enganoso quando perguntamos se existiu um estilo romano
nas artes. Por que isso acontece? A razão mais obvia é a grande admiração que os romanos tinham pela arte grega
de todos os tipos de período. Não só importavam milhares de originais de épocas anteriores e deles faziam um
número ainda maios de copias , como também as suas próprias criações eram claramente baseadas em fontes
gregas, sendo que muitos de seus artistas eram de origem grega. Mas além da temática diferente, o fato é que,
como um todo, a arte criada sob o patrocínio romano parece nitidamente diferente da arte grega e apresenta
qualidades positivas não gregas que expressam diferentes intenções. Assim, não devemos insistir em avaliar a arte
romana segundo os padrões da arte grega, perto da qual poderia parecer, superficialmente, uma fase final e
decadente. O império Romano foi uma sociedade extraordinariamente aberta e cosmopolita, que absorveu os
traço regionais num modelo comum totalmente romano, homogêneo e diversificado ao mesmo tempo. A
“romanidade” da arte romana deve ser buscada nesse modelo complexo, e não numa única e consistente qualidade
formal.
ARTE ROMANA
A ORIGEM
ARTE ROMANA 700 a.C. à 500 d.C.
PERIODOS DATAS
No periodo republicano, crescendo em poder e riqueza, Roma, subjugou paulatinamente os etruscos,os samnias,
além dos Alpes. Em 264 a.C. só restava um ameaça: as colônias fenícias do Mediterrâneo, unidas sob o poderoso
comando de Cartago. Ao fim três Guerras Púnicas, que mantiveram romanos e cartagineses em luta até 146 a.C., a
supremacia de Roma tornou se indiscutível, desde as margens do Mediterrâneo e o centro da Europa , até a Ásia
Menos e o Egito. Todos essas guerras atrasaram o desenvolvimento cultural. No tempo da Republica, a arte romana
ainda tinha um caráter nitidamente etrusco. Mas, com a progressiva conquista do território mediterrâneo, a
civilização helênica foi afluindo para a jovem metrópole às margem do Tibre, na mesma medida em que Roma se
apossava do mundo grego. Assim, desde os primórdios, a arte romana oscila entre a tradição etrusca-ítalica,
essencialmente popular, voltada para a expressão imediata da realidade, e a influencia grego-helenística, refinada
elaboração de um ideal de beleza. Da assimilação e superação dessas duas tendências nasceria no final do século I
ARQUITETURA
ARTE ROMANA - ARQUITETURA
Se a autonomia da escultura e pintura romanas tem sido questionada, a arquitetura romana é uma proeza
criativa de tal magnitude que exclui quaisquer dúvidas. Desde o primeiro instante, refletiu uma forma
especificamente romana de vida publica e provada. Os romanos aprenderam muito sobre a arte de
construir com os etruscos. De acordo com os escritores romanos, os etruscos foram mestre deengenharia
arquitetura etrusca quanto da romana inicial; mas as obras que temos, mais as informações coletadasa
partir de escavações recentes, mostram que, de fato, os etruscos eram construtores altamente habilidosos.
Essa herança foi de partículas importância quando Roma ampliou seu domínio nas costas do Mediterrâneo
e em direção ao norte da Europa, menos populoso, construído novas cidades para servirem de sedes do
governo colonial. Talvez a única característica mais importante desse legado etrusco tenha sido o arco de
plenavolta, constituído por seções cuneiformes que se mantém firmemente engastadas, Não que os
etruscos tenham inventado o arco, seu uso remonta dos egípcios, mas eles, seguidos pelos gregos, parecem
tê-lo considerado apenas como uma besta de carga útil, e não como uma forma suficientemente bela para
grego não lhes servia pois a estrutura não se dissociava da forma: uma coluna era sempre um suporte, mesmo
quando engastada na rocha. A índole prática e econômica dos romanos, levou os a substituir a alvenaria com
argamassa por grandes blocos já preparados e unidos. Com a estrutura previamente definida, a forma final era
dada pelo acréscimo de elementos arquitetônico com função apenas decorativa. Esses elementos ( colunas,
frontões postiços, molduras), na sua maioria herdados da Grécia, seguiam o estilo jônico e , sobretudo, o
coríntio.
Além de favorecer , dessa maneira processos mais rápidos e baratos de construção, os arquitetos romanos
trouxeram uma grande inovação. Conscientes da grandeza de sua cidade, e desejosos de exprimi-la pela arte,
não vacilaram em alterar a paisagem para obter efeitos monumentais. Enquanto o edifício tipicamente grego,
harmoniza-se com a paisagem e dela não destoa em nenhum momento, a construção romana submete a
natureza a uma nova concepção do espaço. A conquista do espaço, realizada pela arquitetura romana, serviu
No Império Romano, as casas dos cidadãos abastados possuíam um peristilo, especie um corredor coberto e
circundante, aberto lateralmente através de uma ou mais fiadas de colunas
ARTE ROMANA - ARQUITETURA
O sentido pratico e realista da sociedade romana, as exigências militares e administrativa de sua expansão
determinaram uma nova maneira de encarar a arquitetura e o urbanismo. O próprio poderio do Império fez da
urbanização um elemento essencial na extensão de seus domínios. Tradição etrusca e elementos helênicos
Ao lado dos grandes monumentos e das obras de engenharia, que atestam o alto nível técnico eartístico
alcançado pelos romanos durante o Império, as casas dos ricos proprietários adaptam se ao fausto e à
Em contraste com os privilégios de que dispunham os nobres romanos, a plebe vivia miseravelmente. Suas
moradis eram precárias construções, em geral de madeira, situadas nos arredores. Esses edificios, as ínsulas,
elevavam se a cinco ou seis andares com camadas externas de acesso e abrigavam inumeras famílias. Além de
sofrerem frequentes desabamentos, essas casas incendiavam se facilmente, e devido à estreiteza das ruas, o
fogo alastrava se com rapidez, tomando proporções catastróficas, como aconteceu no ano de 64 d.C., durante
o célebre episódio em que o imperador Nero, em uma de suas apresentações, cantava e tocava sua lita
Le Pont du Gard
Le Pont du Gard.
ARTE ROMANA
ESCULTURA
Escultura romana
O fim do período republicano coincide aproximadamente com o término da influencia
etrusca. Nessa época, a cultura helenística começa a se impor aos romanos vitoriosos. A lente
e progressiva conquista do mundo mediterrâneo, a partir do século II a.C., abre caminho para a
penetração de uma forma de arte até então negligenciada: a escultura. Esta não merecia em
Roma a mesma atenção devotada à arquitetura, mais adequada ao espírito pratico de seu povo.
Diante das estatuas gregas, porém, os generais se rendem, maravilhados. Da simples pilhagem,
passam à encomenda de cópias e, destas, á importação de artistas.
Esse afluxo da arte grego –oriental não sufocou as tendências inatas do temperamento
romano. Quanto à técnica, sobrevive a herança etrusca do trabalho em argila. Quanto aos
motivo, o estudo do nu não entusiasma o escultor romano, mais atraído pelos feitos
decorativos que consegue tirar das dobras das vestimentas. Se a imitação da arte grega e a
adoção de deuses estrangeiros desenvolveram a estatuaria religiosa, esta nunca teve grande
importância. O espírito marcadamente realista dos romanos expressava-se melhor nos baixos
relevos e nos retratos esculpidos.
Escultura romana
Como fonte de inspiração, a história era tão valiosa para a arte romana quanto a mitologia para os gregos. E
seus baixos relevos, de conteúdo narrativo e documental, são os primeiros que atingem maturidade artística.
Entretanto, foi ainda um costume etrusco, conservar dentro de casa os retratos em cera dos antepassados,
que alimentou o ramo predileto da escultura romana. Desses retratos nascem belíssimas efígies,
principalmente na época republicana. É quando os escultores tentam, e conseguem, de forma sintética,
alcançar um máximo de expressividade nas suas obras.
A reprodução dos rostos , uma constante da arte romana, torna-se o melhor sinal de seus realismo, marcando
de modo preciso uma personalidade ou um temperamento. A beleza de caráter, mais que a beleza formal,
sobressai nessas figuras esculpidas segunda uma concepção bem humana, em contrate com o idealismo
sobre-humano da escultura grega.
Assim, embora evoluindo dentro da esfera helênica, a escultura romana adquire características
inconfundíveis. Modeladas inicialmente em cera, as mascaras dos ancestrais eram transportadas nos cortejos
fúnebres e em seguida guardadas no átrio das residências, para evocar a presença eterna do morto. Logo se
fez sentir a necessidade de uma reprodução mais durável. Daí o uso do bronze e depois, no fim da época
republicana o emprego do mármore. Os retrato em cera recebiam pintura, enquanto os de metal e de
mármores dispensavam esse tipo de acabamento.
Escultura romana
O costume do retrato esculpido difundiu-
se de tal maneira que toda a pessoa de
destaque, ainda em vida, fazia questão de
ter sua efígie Por volta do século II a.C. , o
abuso suscitou uma lei, Jus imaginum,
que definia quais pessoas podiam ser
retratadas: somente os homens públicos
tinham esse direito. E as famílias dos
patrícios reservavam, em suas mansões,
um local, apropriado para abrigar o
retrato, verdadeiro símbolo de prestígio
social.
Augusto
Togado Barberini
ARTE ROMANA – OS ARCOS
Um dos monumentos mais característicos da arte romana são os arcos do
triunfo, que eram erigidos em Roma e nas províncias do Império para
vitória dos romanos sobre outros povos. A arte romana alcança nessa época
de profundidade.
Antes da invenção do arco, o vão
entre uma coluna e outra era
limitado pelo tamanho do
entablamento horizontal. Esse
tamanho não podia ser muito
grande, pois, quanto maior a viga,
maior a tensão sobre ela, e a pedra -
material mais resistente usado nas
construções da época - não suporta
grandes tensões. Daí os templos
gregos serem repletos de colunas, o
que acarretava a redução do espaço
de circulação
Trajano, imperadorda casa dos Antoninos. Construído em 113 a.C., esse monumento majestoso
celebra as gloriosas campanhas do imperador na Dacia, narrando episodios heroisocs através de um
longo friso em espiral. A figura de Trajano mantem a unidade da composição dos relevos, pois aparece
inumeras vezes no decorrer das cenas representadas. As divindades quase não estão presentes e são
raras as cenas alegóricas. Toda a obra destina-sea homenagear os exércitos romanos e o vasto império
que seu líderampliara à máxima extensão. A precisão de detalhes, na decoraçãodo monumento, torna o
um precioso documento histórico e a harmonia da composição garante seu valor artistico. Com
grandes expressividade, são representadas cenas violentas e brutais, que relatam as misérias da guerra e
revelam compaixão pelo sofrimento dos feridos, mesmo quando são inimigos de Roma. As mesmas
caracteristicas dessa obra encontram se na coluna dedicada a Marco Aurélio na Praça Colona. A
estátua dos imperadora cavalo, que encima a coluna, é a mais antiga esculturaequestrede que se tem
Coluna de Trajano
Erguida no século I da era cristã, a
Coluna de Trajano narra as lutas do
imperador e dos exércitos romanos na
Dácia. O imenso número de figuras
esculpidas em relevo faz da obra um
importante documento histórico em
pedra.
Coluna de Trajano
Erguida pelo menos um século depois da
Coluna de Trajano, a Coluna de MarcoAurélio
celebra o êxito dos romanos contra um dos
povos bárbaros. Como seu trabalho em relevo
é mais profundo que o da Coluna de Trajano,
nele é possível observar melhor as figuras que
representam os romanos e os bárbaros.
OS AFRESCOS E MOSAICOS
OS AFRESCOS
O hábito de construir templos m madeira, revestida de terracota para
melhor conservação, acabou por difundir entre os romanos o gosto pelas
pinturas murais. Isso porque a terracota, depois de aplicada sobre a madeira,
prestava-se muito àdecoração em afresco, largamente praticada no interior
dos templos, nas paredes dos hipogeus, e esmo nos muros dos edifícios.
Os assuntos confirmam já naquela época , a preferência da arte romana pela
representação de fatos reais, capazes de glorificar a cidade, seus deuses e
deus dirigentes: combates, desfiles triunfais, cerimôniaspublicas.
OS AFRESCOS
Mas foi sem duvida nas casas da Roma imperial que a pintura mural atingiu
um pleno desenvolvimento. O interesse provem da estreita ligação entre a
pintura e a arquitetura, e das múltiplas combinações decorrentes. É possível
reconhecer diferentes estilos e reconstituir os momentos de evolução,
provavelmente validos para o conjunto da pintura romana.
O desenvolvimento das cenas num espaço delimitado por elementos
arquitetônicos pintados traz a marca romana, assim como o realismo e a
individualidade de alguns personagens. A ilusão de amplidão é ainda maios
quando se pintam janelas fictícias sobre paisagens cheias de animação.
OS AFRESCOS E OS MOSAICOS
A maior parte das pinturas romanas
que conhecemos hoje provém das
cidades de Pompéia e Herculano,
soterradas pela erupção do Vesúvio,
em 79 d.C., e cujas ruínas foram
descobertas no século XVIII.