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Títulos de Créditos

Introdução

A origem dos títulos de crédito remonta à Idade Média, no momento em que houve uma
grande expansão do comércio. Desenvolveram-se a partir de um papel que na verdade era
um documento, que representava um instrumento de câmbio

O título de crédito é como um documento que se destina a representar um crédito,


facilitando assim a sua circulação entre diversos titulares distintos, em substituição à moeda
propriamente dita, propiciando segurança à circulação de valores.

Temos uma grande quantidade de título de crédito em circulação, mas vamos


dedicar especial atenção às letras de câmbio, nota promissória, cheques e duplicatas.

A justificativa da existência de um título de crédito está baseada em duas


necessidades, sendo a primeira a promoção e facilitação de créditos e seus respectivos
valores e a segunda a segurança traduzida pela substituição do dinheiro vivo.

Definição

O comercialista italiano CESARE VIVANTE1 imaginou a melhor definição para


expressão título de crédito até hoje, que, no seu entendimento, é o documento necessário ao
exercício de um direito literal e autônomo que nele se contém. Do conceito de Vivante
vamos buscar as características essenciais dos títulos de crédito: cartularidade, autonomia, e
literalidade.

Cartularidade

A cartularidade se baseia na existência física do título, ou seja, o título de crédito


existe enquanto existir a sua cártula, que tem por finalidade a representação de um direito
de crédito preexistente.

Autonomia
Podemos entender a autonomia como sendo a desvinculação do título da obrigação
que a origina, ou seja, todo título de crédito tem origem numa obrigação pecuniária, e
depois de formado, este título fica desvinculado desta obrigação, como uma borboleta que
se desvincula do casulo.

Literalidade
O título de crédito estar devidamente preenchido, explicitando assim, de forma
literal, a obrigação por ele representada. A omissão de qualquer requisito legal, que tire ao

1
Cesare Vivante – Comercialista Italiano – 1855 -1944.
escrito a sua validade como título de crédito, não implica a invalidade do negócio jurídico
que lhe deu origem.

O Código Civil em seu art. 887 diz que O título de crédito, documento necessário ao
exercício do direito literal e autônomo nele contido, somente produz efeito quando
preencha os requisitos da lei.

RELAÇÕES JURÍDICAS NO CARTÃO DE CRÉDITO

O funcionamento do cartão de crédito pode ser explicado por meio de uma série de
contratos interligados materialmente entre si, embora formalmente separados.

A administradora emite, em favor de uma pessoa física (titular), um cartão de crédito,


pessoal e intransferível, que lhe permite pagar suas contas numa rede de estabelecimentos
afiliados, sendo que estes são reembolsados posteriormente pela administradora,
descontada uma porcentagem de remuneração, e a administradora cobra, em relação
jurídica autônoma, as dívidas ao titular, além de uma taxa anual.

Como se vê, a empresa administradora ocupa a posição central, como verdadeira


intermediária nas relações jurídicas oriundas do cartão de crédito.

Em suma, há quatro contratos: o primeiro, entre o titular do cartão e a administradora; o


segundo, entre esta e cada empresa afiliada; o terceiro, entre a administradora e a instituição
bancária que financia as vendas realizadas por meio do cartão; e um quarto contrato, entre o
titular do cartão e cada afiliada em que comprar ou locar serviços.

Este último contrato tem os caracteres do de compra e venda (ou do de locação de serviços,
se for o caso), porém com uma particularidade: se para a afiliada há a obrigação de entregar
a coisa, para o titular não há obrigação de entregar o preço, mas tão somente de emissão de
um título pro soluto contra a administradora. O titular não paga diretamente à afiliada;
quem a paga é a administradora. Por isso, nossa
opinião é de que não há propriamente uma compra e venda a crédito a ser paga por um
terceiro, mas uma promessa de fato de terceiro, pelo titular, em vista de uma
contraprestação a ser paga pela afiliada.
Há opiniões em contrário, que enxergam no caso uma compra e venda perfeita. Segundo
estes, o pagamento não é essencial à compra e venda (ou locação de serviços), sendo seu
mero exaurimento, na fase de execução. Destarte, seria indiferente de quem parta o
pagamento. Não entendemos assim. Vemos aí, s.m.j., uma promessa de fato de terceiro, e
não uma compra e venda com seu sinalagma característico.

A afiliada, normalmente, não tem qualquer ação contra o titular. O titular se obriga a pagar
perante a administradora. Só a esta cabe cobrá-lo em caso de inadimplemento.

Contudo, se é rompido o vínculo entre titular e administradora, por qualquer motivo e, não
obstante, o titular contrai uma dívida junto à afiliada, esta deve exigir o pagamento não
mais à administradora, mas ao titular, opondo-lhe o cancelamento do vínculo entre este e
aquela.

Títulos de crédito em espécie


Cheque
O cheque pode ser entendido como uma ordem de pagamento à vista, dada a um
banco ou instituição assemelhada, por alguém que tenha fundos disponíveis no mesmo, em
favor próprio ou de terceiro e para ser considerado válido deve conter:

I - a denominação cheque inscrita no contexto do título, e expressa na língua em que este é


redigido;
II - a ordem incondicional de pagar quantia determinada;
III - o nome do banco ou da instituição financeira que deve pagar (sacado);
IV - a indicação do lugar de pagamento;
V - a indicação da data e do lugar de emissão;
VI - a assinatura do emitente (sacador), ou de seu mandatário com poderes especiais.

O cheque não admite aceite considerando-se não escrita qualquer declaração com
esse sentido.

Pode o sacado, a pedido do emitente ou do portador legitimado, lançar e assinar, no


verso do cheque não ao portador e ainda não endossado, visto, certificação ou outra
declaração equivalente, datada e por quantia igual à indicada no título.

Pode-se estipular no cheque que seu pagamento seja feito:


I - a pessoa nomeada, com ou sem cláusula expressa à ordem;
II - a pessoa nomeada, com a cláusula não à ordem, ou outra equivalente;
III - ao portador (atualmente com restrições).
Vale como cheque ao portador, o que não contém indicação do beneficiário, e o
emitido em favor de pessoa nomeada com a cláusula ou ao portador, ou expressão
equivalente.

O endosso transmite todos os direitos resultantes do cheque e salvo estipulação em


contrário, o endossante garante o pagamento. Pode o endossante proibir novo endosso;
neste caso, não garante o pagamento a quem seja o cheque posteriormente endossado.

O pagamento do cheque pode ser garantido, por aval prestado por terceiro, exceto o
sacado, ou mesmo por signatário do título e desde a entrada em vigor do Código Civil
somente pode ser total.

O aval é lançado no cheque ou na folha de alongamento. Exprime-se pelas palavras


por aval, ou fórmula equivalente, com a assinatura do avalista. Considera-se como
resultante da simples assinatura do avalista, aposta no anverso do cheque, salvo quando se
tratar da assinatura do emitente.

O avalista se obriga da mesma maneira que o avaliado. Subsiste sua obrigação,


ainda que nula a por ele garantida, salvo se a nulidade resultar de vício de forma.
O avalista que paga o cheque adquire todos os direitos dele resultantes contra o
avalizado e contra os obrigados para com este em virtude do cheque.

O cheque é pagável à vista. Considera-se não-estrita qualquer menção em contrário


e o cheque apresentado para pagamento antes do dia indicado como data de emissão é
pagável no dia da apresentação.

O cheque deve ser apresentado para pagamento, a contar do dia da emissão, no


prazo de 30 (trinta) dias, quando emitido no lugar onde houver de ser pago; e de 60
(sessenta) dias, quando emitido em outro lugar do País ou no exterior.

Quando o cheque é emitido entre lugares com calendários diferentes, considera-se


como de emissão o dia correspondente do calendário do lugar de pagamento
.
A morte do emitente ou sua incapacidade superveniente à emissão não invalidam os
efeitos do cheque.

Do cheque cruzado

O emitente ou o portador podem cruzar o cheque, mediante a aposição de dois


traços paralelos no anverso do título.
O cheque com cruzamento geral só pode ser pago pelo sacado a banco ou a cliente
do sacado, mediante crédito em conta. O cheque com cruzamento especial só pode ser pago
pelo sacado ao banco indicado, ou, se este for o sacado, a cliente seu, mediante crédito em
conta. Pode, entretanto, o banco designado incumbir outro da cobrança.
Da ação por falta de pagamento

Pode o portador promover a execução do cheque:

I - contra o emitente e seu avalista;


II - contra os endossantes e seus avalistas, se o cheque apresentado em tempo hábil, e a
recusa de pagamento é comprovada pelo protesto ou por declaração do sacado, escrita e
datada sobre o cheque, com indicação do dia de apresentação, ou, ainda, por declaração
escrita e datada por câmara de compensação.

Para a satisfação dos direitos de um cheque é dispensável o protesto do título e os


signatários respondem pelos danos causados por declarações inexatas.

O portador que não apresentar o cheque em tempo hábil, ou não comprovar a recusa
de pagamento pela forma indicada neste artigo, perde o direito de execução contra o
emitente, se este tinha fundos disponíveis durante o prazo de apresentação e os deixou de
ter, em razão de fato que não lhe seja imputável.

Todos os obrigados respondem solidariamente para com o portador do cheque.


O portador tem o direito de demandar todos os obrigados, individual ou coletivamente, sem
estar sujeito a observar a ordem em que se obrigaram. O mesmo direito cabe ao obrigado
que pagar o cheque.
A ação contra um dos obrigados não impede sejam os outros demandados, mesmo
que se tenham obrigado posteriormente àquele.

O portador pode exigir do demandado:

I - a importância do cheque não pago;


II - os juros legais desde o dia da apresentação;
III - as despesas que fez;
IV - a compensação pela perda do valor aquisitivo da moeda, até o embolso
das importâncias mencionadas nos itens antecedentes.

Quem paga o cheque pode exigir de seus garantes:

I - a importância integral que pagou;


II - os juros legais, a contar do dia do pagamento;
III - as despesas que fez;
IV - a compensação pela perda do valor aquisitivo da moeda, até o embolso
das importâncias mencionadas nos itens antecedentes.

O obrigado contra o qual se promova execução, ou que a esta esteja sujeito, pode
exigir, contra pagamento, a entrega do cheque, com o instrumento de protesto ou da
declaração equivalente e a conta de juros e despesas quitada.
Da prescrição

Prescreve em 06 (seis) meses, contados da expiração do prazo de apresentação do


cheque (30 ou 60 conforme a praça de compensação), o prazo para o credor propor a ação
de execução contra o devedor e seus avalistas.

Caso o portador não execute o devedor do cheque no prazo acima descrito, poderá
ainda lançar mão de ação monitória nos termos da Lei 9.079/95 que introduziu os artigos
1102 a, b e c no Código de Processo Civil.

Destaque-se que em qualquer dos casos, o credor deve ter a negativa do banco em
relação ao depósito, pois sem esta negativa entende-se que o credor deixou de exercer seu
direito de crédito.

Letras de Câmbio
A letra de câmbio é uma ordem de pagamento, à vista ou a prazo, sendo emitida
pelo sacador contra o sacado, devendo o último efetuar o pagamento ao beneficiário da
quantia nela especificada, desta forma possui uma relação jurídica triangular.

A letra de câmbio se encontra regulada no Brasil pelo Decreto 2.044, de 31.12.1908,


também chamado de Lei Saraiva, que disciplina não somente as letras de câmbio, como
também as notas promissórias, estando ainda regulada pelo Decreto 57.663, de 24.1.1966, o
qual introduziu no ordenamento jurídico interno brasileiro as disposições da Convenção de
Genebra, realizada em 7.6.1930 e à qual o Brasil aderiu em 26.8.1942, que trata das letras
de câmbio e notas promissórias. Convenção de Genebra tinha como intuito final
uniformizar as legislações internas dos países signatários, é por isso chamada de Lei
Uniforme.

Características gerais

A letra de câmbio deve conter as seguintes informações:

a) a palavra letra inserta no próprio texto do título e expressa na língua


empregada para a redação desse título;
b) o mandato puro e simples de pagar uma quantia determinada;
c) o nome daquele que deve pagar (sacado);
d) a época do pagamento;
e) a indicação do lugar em que se deve efetuar o pagamento
f) o nome da pessoa a quem ou à ordem de quem deve ser paga;
g) a indicação da data em que, e do lugar onde a letra é passada;
h) a assinatura de quem passa a letra (sacador).
A letra que não contiver os requisitos indicados acima não produzirá efeito como
letra, salvo nas seguintes situações:

a) A letra em que se não indique a época do pagamento entende-se pagável a


vista;
b) Na falta de indicação especial, o lugar designado ao lado do nome do
sacado considera-se como sendo o lugar do pagamento e, ao mesmo tempo,
o lugar do domicílio do sacado;
c) A letra sem indicação do lugar onde foi passada considera-se como a
tendo sido no lugar designado, ao lado do nome do sacador.

A letra pode ser pagável no domicílio de terceiro, quer na localidade onde o sacado
tem o seu domicílio, quer noutra localidade.

Numa letra pagável a vista ou a um certo termo de vista, pode o sacador estipular
que a sua importância vencerá juros. Em qualquer outra espécie de letra, a estipulação de
juros será considerada como não escrita. A taxa de juros deve ser indicada na letra; na falta
de indicação, a cláusula de juros é considerada como não escrita e os juros contam-se da
data da letra, se outra data não for indicada.

Se na letra a indicação da quantia a satisfazer se achar feita por extenso e em


algarismos, e houver divergência entre uma e outra, prevalece a que estiver feita por
extenso.

Se na letra a indicação da quantia a satisfazer se achar feita por mais de uma vez,
quer por extenso, quer em algarismos, e houver divergências entre as diversas indicações,
prevalecerá a que se achar feita pela quantia inferior.

Se a letra contém assinaturas de pessoas incapazes de se obrigarem por letras,


assinaturas falsas, assinaturas de pessoas fictícias, ou assinaturas que por qualquer outra
razão não poderiam obrigar as pessoas que assinaram a letra, ou em nome das quais ela foi
assinada, as obrigações dos outros signatários nem por isso deixam de ser válidas.

Todo aquele que opuser a sua assinatura numa letra, como representante de uma
pessoa, para representar a qual não tinha de fato poderes, fica obrigado em virtude da letra
e, se a pagar, tem os mesmos direitos que o preenchido representado. A mesma regra se
aplica ao representante que tenha excedido os seus poderes.

O sacador é garante, tanto da aceitação como do pagamento de letra e o sacador


pode exonerar-se da garantia da aceitação; toda e qualquer cláusula pela qual ele se exonere
da garantia do pagamento considera-se como não escrita.

Se uma letra incompleta no momento de ser passada tiver sido completada


contrariamente aos acordos realizados não pode a inobservância desses acordos ser motivo
de oposição ao portador, salvo se este tiver adquirido a letra de má-fé ou, adquirindo-a,
tenha cometido uma falta grave.
Toda letra de câmbio, mesmo que não envolva expressamente a cláusula à ordem, é
transmissível por via de endosso e quando o sacador tiver inserido na letra as palavras não a
ordem, ou uma expressão equivalente, a letra só é transmissível pela forma e com os efeitos
de uma cessão ordinária (civil) de créditos.

O endosso pode ser feito mesmo a favor do sacado, aceitando ou não, do sacador,
ou de qualquer outro coobrigado. Estas pessoas podem endossar novamente a letra.

O endosso deve ser puro e simples e qualquer condição a que ele seja subordinado
considera-se como não escrita, bem como o endosso parcial é considerado nulo.

O endosso posterior ao vencimento tem os mesmos efeitos que o endosso anterior.


Todavia, o endosso posterior ao protesto por falta de pagamento, ou feito depois de
expirado o prazo fixado para se fazer o protesto, produz apenas os efeitos de uma cessão
ordinária de créditos. Salvo prova em contrário, presume-se que um endosso sem data foi
feito antes de expirado o prazo fixado para se fazer o protesto.

Do aceite

A letra pode ser apresentada, até ao vencimento, ao aceite do sacado, no seu


domicílio, pelo portador ou até por um simples detentor.
O sacador pode, em qualquer letra, estipular que ela será apresentada ao aceite, com
ou sem fixação de prazo.
O portador da letra não é obrigado a deixar nas mãos do aceitante a letra
apresentada ao aceite.
O aceite será escrito na própria letra. Exprime-se pela palavra aceite ou qualquer
outra palavra equivalente; o aceite é assinado pelo sacado. Vale como aceite a simples
assinatura do sacado aposta na parte anterior da letra.
Qualquer modificação introduzida pelo aceite no enunciado da letra, equivale a uma
recusa de aceite. O aceitante fica, todavia, obrigado nos termos do seu aceite e não pode na
forma da lei civil, ser parcial e sim total, ou seja, o aceite reconhece a letra como título
válido.
Se a letra é pagável no domicílio do sacado, este pode, no ato do aceite, indicar, para
ser efetuado o pagamento, um outro domicílio, no mesmo lugar.
O sacado obriga-se pelo aceite pagar a letra à data do vencimento. Na falta de
pagamento, o portador, mesmo no caso de ser ele o sacador, tem contra o aceitante um
direito de ação resultante da letra, em relação a tudo que pode ser exigido legalmente.
Se o sacado, antes da restituição da letra, riscar o aceite que tiver dado, tal aceite é
considerado como recusado. Salvo prova em contrário, a anulação do aceite considera-se
feita antes da restituição da letra.
Se, porém, o sacado tiver informado por escrito o portador ou qualquer outro
signatário da letra de que a aceita, fica obrigado para com estes, nos termos do seu aceite.

Do aval
O art. 30 do Decreto 57.663/66 admitia o que o pagamento de uma letra poderia ser
no todo ou em parte, garantido por aval, entretanto o parágrafo único do art. 897 do Código
Civil veda o aval parcial, assim todas as letras emitidas depois do novo diploma civil não
contemplam aval parcial.
O dador de aval é responsável da mesma maneira que a pessoa por ele afiançada e
sua obrigação mantém-se, mesmo no caso de a obrigação que ele garantiu ser nula por
qualquer razão que não seja um vício de forma.
Se o dador de aval paga a letra, fica sub-rogado nos direitos emergentes da letra
contra a pessoa a favor de quem foi dado o aval e contra os obrigados para com esta em
virtude da letra.

Do saque e pagamento da letra de câmbio

Uma letra pode ser sacada: à vista; a um certo termo de vista; a um certo termo de
data; pagável num dia fixado.
A letra à vista é pagável à apresentação. Deve ser apresentada a pagamento dentro
do prazo de 01 (um) ano, a contar da sua data de emissão. O sacador pode reduzir este
prazo ou estipular um outro mais longo e estes prazos podem ser encurtados pelos
endossantes.
O sacador pode estipular que uma letra pagável à vista não deverá ser apresentada a
pagamento antes de certa data. Nesse caso, o prazo para a apresentação conta-se dessa data.
O vencimento de uma letra a certo termo de vista determina-se, quer pela data do
aceite, quer pela do protesto. Na falta de protesto, o aceite não datado entende-se, no que
respeita ao aceitante, como tendo sido dado no último dia do prazo para a apresentação ao
aceite.
O vencimento de uma letra sacada a 01 (um) ou mais meses de data ou de vista será
na data correspondente do mês em que o pagamento se deve efetuar. Na falta de data
correspondente, o vencimento será no último dia desse mês. Quando a letra é sacada a 01
(um) ou mais meses e meio de data ou de vista, contam-se primeiro os meses inteiros.
Se o vencimento for fixado para o princípio, meado ou fim do mês entende-se que a
letra será vencível no primeiro, no dia 15 (quinze), ou no último dia desse mês.
As expressões oito dias ou quinze dias entendem-se não como 01 (uma) ou 02
(duas) semanas, mas como um prazo de 08 (oito) ou 15 (quinze) dias efetivos. A expressão
meio mês indica um prazo de 15 (quinze) dias.
Quando uma letra sacada entre 02 (duas) praças que em calendários diferentes é
pagável a certo termo de vista, o dia da emissão é referido ao dia correspondente do
calendário do lugar de pagamento, para o efeito da determinação da data do vencimento e a
apresentação das letras deve seguir as mesmas regras. Estas regras não se aplicam se uma
cláusula da letra, ou até o simples enunciado do título, indicar que houve intenção de adotar
regras diferentes.
O portador de uma letra pagável em dia fixo ou a certo termo de data ou de vista
deve apresentá-la a pagamento no dia em que ela é pagável ou num dos 02 (dois) dias úteis
seguintes.
O sacado que paga uma letra pode exigir que ela lhe seja entregue com a respectiva
quitação, e o portador não pode recusar qualquer pagamento parcial.
No caso de pagamento parcial, o sacado pode exigir que desse pagamento se faça
menção na letra e que dele lhe seja dada quitação.
O portador de uma letra não pode ser obrigado a receber o pagamento dela antes do
vencimento, e sacado que paga uma letra antes do vencimento realiza sob sua
responsabilidade.
Aquele que paga uma letra no vencimento fica validamente desobrigado, salvo se da
sua parte tiver havido fraude ou falta grave. É obrigado a verificar a regularidade da
sucessão dos endossos, mas, não a assinatura dos endossantes.
Se a letra não for apresentada a pagamento dentro de dois dias do vencimento,
qualquer devedor tem a faculdade de depositar a sua importância junto à autoridade
competente, à custa do portador e sob a responsabilidade deste.
O portador de uma letra pode exercer os seus direitos de ação contra os endossantes,
sacador e outros coobrigados, no vencimento, se o pagamento não foi efetuado ou mesmo
antes do vencimento:

1. se houve recusa total ou parcial de aceite;


2. nos casos de falência do sacado, quer ele tenha aceite, quer não, de
suspensão de pagamentos do mesmo, ainda que não constatada por sentença,
ou de ter sido promovida, sem resultado, execução dos seus bens;
3. nos casos de falência do sacador de uma letra não aceitável.

A recusa de aceite ou de pagamento deve ser comprovada por um ato formal


(protesto por falta de aceite ou falta de pagamento).
O protesto por falta de aceite deve ser feito nos prazos fixados para a apresentação
ao aceite. O protesto por falta de pagamento de uma letra pagável em dia fixo ou a certo
termo de data ou de vista deve ser feito num dos 02 (dois) dias úteis seguintes àquele em
que a letra é pagável.
O portador deve avisar da falta de aceite ou de pagamento o seu endossante e o
sacador dentro dos 04 (quatro) dias úteis que se seguirem ao dia do protesto ou da
apresentação, no caso de a letra conter a cláusula sem despesas. Cada um dos endossantes
deve, por sua vez, dentro dos 02 (dois) dias úteis que se seguirem ao do recebimento do
aviso, informar o seu endossante do aviso que recebeu, indicando os nomes e endereços dos
que enviaram os avisos precedentes, e assim sucessivamente, até se chegar ao sacador. Os
prazos acima indicados contam-se a partir do recebimento do aviso precedente.
Quando, em conformidade com o disposto na alínea anterior, se avisou um
signatário da letra, deve avisar-se também o seu avalista dentro do mesmo prazo de tempo.
No caso de um endossante não ter indicado o seu endereço, ou de tê-lo feito de
maneira ilegível, basta que o aviso seja enviado ao endossante que o precede.
A pessoa que tenha de enviar um aviso pode fazê-lo por qualquer forma, mesmo
pela simples devolução da letra.
Essa pessoa deverá provar que o aviso foi enviado dentro do prazo prescrito. O
prazo considerar-se-á como tendo sido observado desde que a carta contendo o aviso tenha
sido posta no correio dentro dele.
A pessoa que não der o aviso dentro do prazo acima indicado, não perde os seus
direitos; será responsável pelo prejuízo, se o houver motivado pela sua negligência, sem
que a responsabilidade possa exceder a importância da letra.
Os sacadores, aceitantes, endossantes ou avalistas de uma letra são todos
solidariamente responsáveis para com o portador e este tem o direito de acionar todas estas
pessoas individualmente, sem estar adstrito a observar a ordem por que elas se obrigaram.
O mesmo direito possui qualquer dos signatários de uma letra quando a tenha pago.
A ação intentada contra um dos coobrigados não impede acionar os outros, mesmo os
posteriores àquele que foi acionado em primeiro lugar.
A pessoa que pagou uma letra pode reclamar dos seus garantes:

a) a soma integral que pagou;


b) os juros da dita soma, calculados à taxa de 12% (doze por cento) ao ano,
desde a data em que a pagou;
c) as despesas que tiver feito.

Qualquer dos coobrigados, contra o qual se intentou ou pode ser intentada uma
ação, pode exigir, desde que pague a letra, que ela lhe seja entregue com o protesto e um
recibo.
Qualquer dos endossantes que tenha pago uma letra pode riscar o seu endosso e os
dos endossantes subseqüentes.

Da prescrição

A letra de câmbio como qualquer título tem prazo prescricional de validade, e contra
o devedor principal (sacado) e seus avalistas o prazo será de 03 (três) anos a contar do
vencimento, e contra os endossantes e seus avalistas o prazo é de um ano a contar da data
do protesto do título.
Neste caso, o título deve ser levado a protesto no máximo em dois dias após o seu
vencimento.
As ações dos endossantes uns contra os outros e contra o sacador prescrevem em 06
(seis) meses a contar do dia em que o endossante pagou a letra ou em que ele próprio foi
acionado
As obrigações cambiais são autônomas e independentes umas das outras. O
signatário da declaração cambial fica, por ela, vinculado e solidariamente responsável pelo
aceite e pelo pagamento da letra, sem embargo da falsidade, da falsificação ou da nulidade
de qualquer outra assinatura.
A interrupção da prescrição só produz efeito em relação à pessoa para quem a
interrupção foi feita.

Nota promissória
A nota promissória é regida pelas mesmas regras das letras de câmbio e é uma
promessa de pagamento feita pelo devedor em favor do credor e deve conter os seguintes
requisitos essenciais, lançados, por extenso, no contexto:

a) a denominação de nota promissória ou termo correspondente;


b) a soma de dinheiro a pagar;
c) o nome da pessoa a quem deve ser paga;
d) a assinatura do próprio punho do emitente ou do mandatário especial.

Presume-se ter o portador, o mandato para inserir a data e lugar da emissão da nota
promissória, que não contiver estes requisitos.
Será pagável à vista a nota promissória que não indicar a época do vencimento. Será
pagável no domicílio do emitente a nota promissória que não indicar o lugar do pagamento.
É facultada a indicação alternativa de lugar de pagamento, tendo o portador direito de
opção.
Diversificando as indicações da soma de dinheiro, será considerada verdadeira a que
se achar lançada por extenso no contexto e diversificando no contexto as indicações da
soma de dinheiro, o título não será considerado nota promissória.
Não será considerada nota promissória o escrito ao qual faltar qualquer dos
requisitos acima enumerados. Os requisitos essenciais são considerados lançados ao tempo
da emissão da nota promissória. No caso de má-fé do portador, será admitida prova em
contrário.
São aplicáveis às Notas Promissórias, na parte em que não sejam contrárias à
natureza deste título, todas as disposições relativas às letras de câmbio.
O subscritor de uma Nota Promissória é responsável da mesma forma que o
aceitante de uma letra de câmbio.
O prazo prescricional da nota promissória é idêntico ao das letras, ou seja, contra o
devedor principal (sacado) e seus avalistas o prazo será de 03 (três) anos a contar do
vencimento, e contra os endossantes e seus avalistas o prazo é de um ano a contar da data
do protesto do título. Neste caso, o título deve ser levado a protesto no máximo em dois
dias após o seu vencimento.
As ações dos endossantes uns contra os outros prescrevem em 06 (seis) meses a
contar do dia em que o endossante pagou a letra ou em que ele próprio foi acionado.

Duplicatas
A duplicata é um título causal e pode ser emitida toda vez que houver a emissão de
uma nota fiscal fatura de compra e venda de produtos, ou de prestação de serviços.
No ato da emissão da fatura, dela poderá ser extraída uma duplicata para circulação
como efeito comercial, não sendo admitida qualquer outra espécie de título de crédito para
documentar o saque do vendedor pela importância faturada ao comprador.
A duplicata deve contar os seguintes dados:

a) a denominação duplicata, a data de sua emissão e o número de ordem;


b) o número da fatura;
c) a data certa do vencimento ou a declaração de ser a duplicata à vista;
d) o nome e domicílio do vendedor e do comprador;
e) a importância a pagar, em algarismos e por extenso;
f) a praça de pagamento;
g) a cláusula à ordem;
h) a declaração do reconhecimento de sua exatidão e da obrigação de pagá-
la, a ser assinada pelo comprador, como aceite, cambial;
i) a assinatura do emitente.

Destaque-se que uma só duplicata não pode corresponder a mais de uma fatura.
Nos casos de venda para pagamento em parcelas, poderá ser emitida duplicata
única, em que se discriminarão todas as prestações e seus vencimentos, ou série de
duplicatas, uma para cada prestação distinguindo-se a numeração a que se refere a aliena a,
pelo acréscimo de letra do alfabeto, em seqüência.
A duplicata indicará sempre o valor total da fatura, ainda que o comprador tenha
direito a qualquer abate, mencionando o vendedor o valor líquido que o comprador deverá
reconhecer como obrigação de pagar.
Não se incluirão no valor total da duplicata os abatimentos de preços das
mercadorias feitas pelo vendedor até o ato do faturamento, desde que constem da fatura.

Da remessa e da devolução da duplicata


A remessa de duplicata poderá ser feita diretamente pelo vendedor ou por seus
representantes, por intermédio de instituições financeiras, procuradores ou, correspondentes
que se incumbam de apresentá-la ao comprador na praça ou no lugar de seu
estabelecimento, podendo os intermediários devolvê-la, depois de assinada, ou conservá-la
em seu poder até o momento do resgate, segundo as instruções de quem lhes cometeu o
encargo.
O prazo para remessa da duplicata será de 30 (trinta) dias, contado da data de sua
emissão.
Se a remessa for feita por intermédio de representantes, instituições financeiras,
procuradores ou correspondentes, estes deverão apresentar o título, ao comprador dentro de
10 (dez) dias, contados da data de seu recebimento na praça de pagamento.

Do aceite
Como não é o próprio devedor quem emite o título à duplicata, necessita do
reconhecimento expresso da dívida por parte do comprador, que é feito por intermédio do
seu aceite na duplicata, mediante a assinatura do mesmo.
A duplicata, quando não for à vista, deverá ser devolvida pelo comprador ao
apresentante dentro do prazo de 10 (dez) dias, contado da data de sua apresentação,
devidamente assinada ou acompanhada de declaração, por escrito, contendo as razões da
falta do aceite.
Havendo expressa concordância da instituição financeira cobradora, o sacado
poderá reter a duplicata em seu poder até a data do vencimento, desde que comunique, por
escrito, à apresentante o aceite e a retenção.
Quanto ocorrer a situação acima a comunicação substituirá, quando necessário, no
ato do protesto ou na execução judicial, a duplicata a que se refere.
O comprador só poderá deixar de aceitar a duplicata por motivo de:

a) avaria ou não recebimento das mercadorias, quando não expedidas ou não


entregues por sua conta e risco;
b) vícios, defeitos e diferenças na qualidade ou na quantidade das
mercadorias, devidamente comprovados;
c) divergência nos prazos ou nos preços ajustados.
Do pagamento das duplicatas
O comprador resgatar (quitar) a duplicata antes de aceitá-la, ou antes, da data do
vencimento.
A prova do pagamento e o recibo, passado pelo legítimo portador ou por seu
representante com poderes especiais, no verso do próprio título ou em documento, em
separado, com referência expressa à duplicata.
Constituirá, igualmente, prova de pagamento, total ou parcial, da duplicata, a
liquidação de cheque, a favor do estabelecimento endossatário, no qual conste, no verso,
que seu valor se destina à amortização ou liquidação da duplicata nele caracterizada.
No pagamento da duplicata poderão ser deduzidos quaisquer créditos a favor do
devedor, resultantes de devolução de mercadorias, diferenças de preço, enganos,
verificados pagamentos por conta, e outros motivos assemelhados, desde que devidamente
autorizados.
A duplicata admite reforma ou prorrogação do prazo de vencimento, mediante
declaração em separado ou nela escrita, assinada pelo vendedor ou endossatário, ou por
representante com poderes especiais.
A reforma ou prorrogação de que trata o parágrafo anterior, para manter a
coobrigação dos demais intervenientes por endosso ou aval, requer a anuência expressa
destes, sob pena destes não poderem ser executados para adimplemento da duplicata.
O pagamento da duplicata poderá ser assegurado por aval, sendo o avalista
equiparado àquele cujo nome indicar; na falta da indicação, àquele abaixo de cuja firma
lançar a sua; fora desses casos, ao comprador.
O aval dado posteriormente ao vencimento do título produzirá os mesmos efeitos
que o prestado anteriormente àquela ocorrência.

Do protesto
A duplicata é protestável por falta de aceite, de devolução ou pagamento. Por falta
de aceite, de devolução ou de pagamento, o protesto será tirado, conforme o caso, mediante
apresentação da duplicata, da triplicata, ou, ainda, por simples indicações do portador, na
falta de devolução do título.
O fato de não ter sido exercida a faculdade de protestar o título, por falta de aceite
ou de devolução, não elide a possibilidade de protesto por falta de pagamento.
O protesto para ser válido, será tirado na praça de pagamento constante do título.
O portador que não tirar o protesto da duplicata, em forma regular e dentro do prazo
de 30 (trinta) dias, contado da data de seu vencimento, perderá o direito de regresso contra
os endossantes e respectivos avalistas.

Da cobrança judicial da duplicata


A cobrança judicial de duplicata ou triplicata será efetuada de conformidade com o
processo aplicável aos títulos executivos extrajudiciais, quando se tratar:

I - de duplicata ou triplicata aceita, protestada ou não;


II - de duplicata ou triplicata não aceita, contanto que, cumulativamente:

a) haja sido protestada;


b) esteja acompanhada de documento hábil comprobatório da entrega e
recebimento da mercadoria; e
c) o sacado não tenha, comprovadamente, recusado o aceite, no prazo, nas
condições e pelos motivos previstos nos arts. 7º e 8º da Lei das Duplicatas.

Aplica-se o procedimento ordinário previsto no Código de Processo Civil à ação do


credor contra o devedor, por duplicata ou triplicata que não preencha os requisitos do art.
15, incisos l e II, e §§ 1º e 2º 2 da Lei das Duplicatas, bem como à ação para ilidir as razões
invocadas pelo devedor para o não aceite do título, nos casos previstos no art. 8º da mesma
lei.
O foro competente para a cobrança judicial da duplicata ou da triplicata é o da praça
de pagamento constante do título, ou outra de domicílio do comprador e, no caso de ação
regressiva, a dos sacadores, dos endossantes e respectivos avalistas.

Da prescrição
A pretensão à execução da duplicata prescreve:

I - contra o sacado e respectivos avalistas, em 03 (três) anos, contados da


data do vencimento do título;
II - contra endossante e seus avalistas, em 01 (um) ano, contado da data do
protesto;
III - de qualquer dos coobrigados contra os demais, em 01 (um) ano, contado
da data em que haja sido efetuado o pagamento do título.

A cobrança judicial poderá ser proposta contra um ou contra todos os coobrigados,


sem observância da ordem em que figurem no título.
Todos os coobrigados da duplicata respondem solidariamente pelo aceite e pelo
pagamento.

Da escrita das duplicatas


A adoção do regime de vendas de que trata o art. 2º da Lei das Duplicatas obriga o
vendedor a ter e a escriturar o Livro de Registro de Duplicatas.
Neste livro serão escrituradas, cronologicamente, todas as duplicatas emitidas, com
o número de ordem, data e valor das faturas originárias e data de sua expedição; nome e
domicílio do comprador; anotações das reformas; prorrogações e outras circunstâncias
necessárias.

2
Art 15 - A cobrança judicial de duplicata ou triplicata será efetuada de conformidade com o
processo aplicável aos títulos executivos extrajudiciais, de que cogita o Livro II do Código de
Processo Civil,quando se tratar:
l - de duplicata ou triplicata aceita, protestada ou não;
II - de duplicata ou triplicata não aceita, contanto que, cumulativamente:
a) haja sido protestada; b) esteja acompanhada de documento hábil comprobatório da entrega
e recebimento da mercadoria; e c) o sacado não tenha, comprovadamente, recusado o aceite, no
prazo, nas condições e pelos motivos previstos nos arts. 7º e 8º desta Lei.
§ 1º - Contra o sacador, os endossantes e respectivos avalistas caberá o processo de
execução referido neste artigo, quaisquer que sejam a forma e as condições do protesto.
§ 2º - Processar-se-á também da mesma maneira a execução de duplicata ou triplicata não
aceita e não devolvida, desde que haja sido protestada mediante indicações do credor ou do
apresentante do título, nos termos do art. 14, preenchidas as condições do inciso II deste artigo.
Os Registros de Duplicatas, que não poderão conter emendas, borrões, rasuras ou
entrelinhas, deverão ser conservados nos próprios estabelecimentos.

Das duplicatas de prestação de serviços


As empresas, individuais ou coletivas, fundações ou sociedades civis, que se
dediquem à prestação de serviços, poderão, também, na forma desta lei, emitir fatura e
duplicata.
A fatura deverá discriminar a natureza dos serviços prestados, bem como a soma, a
pagar em dinheiro, corresponderá ao preço dos serviços prestados.
Aplicam-se à fatura e à duplicata ou triplicata de prestação de serviços, com as
adaptações cabíveis, as disposições referentes à fatura e à duplicata ou triplicata de venda
mercantil, constituindo documento hábil, para transcrição do instrumento de protesto,
qualquer documento que comprove a efetiva prestação, dos serviços e o vínculo contratual
que a autorizou.
O sacado poderá deixar de aceitar a duplicata de prestação de serviços por motivo
de:

I - não correspondência com os serviços efetivamente contratados;


II - vícios ou defeitos na qualidade dos serviços prestados, devidamente
comprovados;
III - divergência nos prazos ou nos preços ajustados.

O não pagamento da fatura ou conta, no prazo nela fixado, autorizará o credor a


levá-la a protesto, valendo, na ausência do original, certidão do cartório competente.

Das disposições gerais da Lei das Duplicatas


A perda ou extravio da duplicata obrigará o vendedor a extrair triplicata, que terá os
mesmos efeitos e requisitos e obedecerá às mesmas formalidades daquela.
Da duplicata poderão constar outras indicações, desde que não alterem sua feição
característica, ou seja, a duplicata pode ter a aparência livre desde que constem informações
mínimas obrigatórias.
Aplicam-se à duplicata e à triplicata, no que couber, os dispositivos da legislação
sobre emissão, circulação e pagamento das Letras de Câmbio.
As Duplicatas ainda tem uma repercussão na área penal, pois o art. 172 do Código
Penal diz que emitir fatura, duplicata ou nota de venda, que não corresponda à mercadoria
vendida, em quantidade ou qualidade ou ao serviço prestado, é crime de duplicata simulada
com pena de detenção de dois a quatro anos e multa.
Nas mesmas penas incorre quem falsificar ou adulterar a escrituração do Livro de
Registro de Duplicatas.

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