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Resumo dos textos de José Eustáquio Romão e Domingos Fernandes sobre Avaliação.
Priscila Lima e Silva

ROMÃO, José Eustáquio. O que é avaliação. IN: Avaliação dialógica: desafios e


perspectivas. São Paulo: Cortez, 1998, p. 55-67.

José Eustáquio Romão no capítulo intitulado “O que é avaliação” descreve as


duas formas mais utilizadas para avaliar o desempenho de um aluno ou de uma turma.
Consequentemente, as duas concepções divergem-se, ao passo que cada uma delas, irá
considerar a si como mais avançada e a outra como mais atrasada, caracterizando uma relação
competitiva entre ambas. A concepção 1 consiste em uma avaliação da aprendizagem que
deve ser feita apenas pelos alunos, pois só assim ela seria legítima; aqui a avaliação deve ser
um instrumento para diagnosticar as dificuldades dos discentes a fim de ocorrer uma
reformulação de procedimentos ou até mesmo dos objetivos e metas; a comparação aqui só é
feita para verificar o desempenho do mesmo aluno, mas em momentos diferentes para
observar o seu avanço, a comparação não deve ser usada para comparar desempenhos entre
alunos ou turmas para classificá-los; esta concepção acredita que a avaliação é um processo
permanente, visto que vê a avaliação como um processo contínuo e paralelo ao processo de
ensino-aprendizagem, permitindo o controle dos avanços e o registro das dificuldades do
aluno.
Assim a concepção 1 só considera como parâmetros válidos para servirem de
referência os ritmos, as características e as aspirações do próprio aluno ou escola, ou seja, só
pode ser cobrado do aluno aquilo que faz parte de sua cultura ou aquilo que lhe é familiar.
Essa concepção é atribuída a pensadores chamados de “construtivistas”, visto que eles se
preocupam em excesso com o processo avaliativo, mas desconhecem os resultados.
A concepção 2 de avaliação acredita que a autoavaliação proposta pela concepção
1 pode ser enganosa para os alunos, pois assim que considera qualquer resultado válido em
suas atividades, valorizando até mesmo resultados medíocres, não há como diferenciar um
resultado excelente de um inferior, por isso a concepção 2 adota apenas a heteroavaliação e as
verificações de avaliadores externos; acredita na importância dos resultados em aspectos
quantificáveis, repelindo os resultados qualitativos por acreditar que estes consideram válidos
desempenhos abaixo do esperado; considera importante a verificação do aprendizado através
de avaliações periódicas ao término de um ciclo e o registro de seus resultados. Além disso, o
relatório fará um contraste entre as características da prova tradicional, que, na maioria das
vezes, não utiliza-se de parâmetros para a correção e faz uso exagerado da memorização
Ademais, a concepção 2 tem uma função classificatória e por isso se baseia
naqueles conceitos científicos e culturais socialmente aceitáveis e desejáveis, ou seja, aqueles
“consagrados universalmente”. O grupo de pensadores ligados a essa concepção são os
denominados “positivistas”, para eles o que importa é o produto, isto é, para eles o aluno deve
obter ao final de cada ciclo um conhecimento adquirido que só pode ser provado através de
avaliações, considerando principalmente seus aspectos quantificáveis.
Romão, no entanto, destaca a importância do caráter complementar das duas
concepções apresentadas, visto que assim que se inicia um novo ciclo é necessário aplicar a
função prognóstica que irá revelar ao professor aquilo que os alunos já sabem sobre um nova
temática; em seguida deve ser aplicada a função diagnóstica para identificar as dificuldades
dos alunos a fim de direcionar atividades para a sua superação, esta etapa também é
importante, pois nela o professor deve traçar os objetivos que quer atingir com a turma; a
função classificatória deve vir por último, pois é nela que o professor irá verificar se o aluno
adquiriu os conhecimentos e habilidades que foram traçados como objetivos.
Contudo, o autor esclarece que a sua intenção é defender um processo de
avaliação que referencia um sistema educacional que discute a sociedade na qual o aluno está
inserido e colabora para sua transformação, pois o educando depende de algumas habilidades
para que possa estar preparado para a sua inserção crítica na vida em sociedade.
Para terminar, José Eustáquio coloca que a avaliação diagnóstica é importante nos
pontos de partida e nos pontos da trajetória do itinerário pedagógico e a avaliação
classificatória é essencial nos pontos de chegada. Além disso, os conceitos de qualidade e
quantidade, também dependem um do outro, visto que a quantidade se caracteriza pela
extensão e a qualidade pela intensidade, sendo o primeiro base e condição para o segundo,
pois toda colocação qualitativa passa, de alguma maneira, pela quantitativa.

FERNANDES, Domingos. Avaliar para aprender: fundamentos, práticas e políticas. São


Paulo: Editora UNESP, 2009.

Domingos Fernandes inicia seu texto definindo avaliação formativa alternativa


como uma avaliação mais interativa, situada em situações vividas por professores e alunos,
centrada na regulação e melhora da aprendizagem, mais participativa, mais transparente e
integrada no processo de ensino e aprendizagem. O autor elenca as principais características
da avaliação formativa alternativa, dentre elas, podemos citar que a avaliação inclui apenas
tarefas contextualizadas; ela deve contribuir para que os alunos desenvolvam o máximo de
suas competências; ela exige a utilização dos conhecimentos dos conteúdos das disciplinas;
nela a correção deve levar em conta o sistema pelo qual o aluno adquire conhecimento através
da função da inteligência, além de basear os critérios de correção fazendo referência às
exigências cognitivas (se referem ao conhecimento e compreensão através do uso da
inteligência) das competências visadas; e para a avaliação formativa alternativa a
autoavaliação também faz parte da avaliação.
A seguir, Fernandes compara a avaliação formativa alternativa a uma variável da
avaliação formativa inspirada pelos construtivistas, mas ressalta que nenhuma delas está ainda
suficientemente apoiada a uma teoria para servir como modelo de avaliação. O autor sugere
que é preciso continuar a construir essa teoria para então coloca-la em prática, visto que este
tipo de avaliação tem como principal função a regulação e o melhoramento das aprendizagens
dos alunos. Para tanto, professores e alunos precisam assumir algumas responsabilidades,
dentre as quais: os professores precisam organizar o processo de ensino; trazer tarefas
apropriadas aos alunos; definir os objetivos a serem atingidos e os mecanismos que serão
utilizados para atingi-los e avaliar esses objetivos; utilizar um sistema de retorno dos
resultados(feedback) ao aluno, para que ele possa identificar seus erros e acertos; criar uma
forma interativa de manter o diálogo entre aluno e professor. Do mesmo modo, os alunos
precisam participar ativamente das atividades propostas; utilizar o retorno dos
resultados(feedback) para regular a aprendizagem; compartilhar seus trabalhos, dificuldades e
sucessos com a turma e organizar um processo próprio de aprendizagem.
O estudioso coloca que a avaliação formativa alternativa necessita dessa partilha
de responsabilidades para que possam ser reguladas as aprendizagens. Ele elenca as principais
intervenções da avaliação alternativa, tais como: o retorno do resultado das
avaliações(feedback) é determinante para ativar os processos cognitivos, assim como regular e
controlar os processos de aprendizagem e melhorar a motivação e autoestima; a comunicação
entre professor e aluno é fundamental para que o professor consiga conciliar o que acha
importante ser passado e o complexo mundo dos alunos; os alunos são responsáveis por seus
processos de aprendizagem, tendo oportunidades para manifestar o que e como compreendeu
determinado tema; as tarefas refletem aquilo que é indispensável apreender; assim como a
avaliação é um importante instrumento para a regulação do processo de aprendizagem.
Domingos acredita que o método ideal de avaliação em sala de aula seria esse, que
através da investigação de seus resultados pode melhorar a aprendizagem dos alunos. No
entanto, o autor admite que muitas vezes a avaliação não é aplicada de forma adequada em
sala de aula, caracterizando um tipo de avaliação somativa ou certificativa, correspondendo a
uma avaliação puramente classificatória, o que traz como resultado para as salas de aula
poucas orientações aos alunos para que possam melhorar seu desempenho, além de reforçar as
suas baixas expectativas e o baixo nível de aprendizagens.
Fernandes acredita que é preciso um conceito sólido para servir de referência para
o desenvolvimento da avaliação formativa. Os professores precisam ter acesso a modelos que
ajudem a melhorar as práticas e esclarecer as dúvidas, contudo ele admite que a construção
dessa teoria da avaliação é difícil. O estudioso afirma que a avaliação não é uma disciplina
exata e que provavelmente nunca será. Para ele a avaliação é uma prática e uma construção
social, é um processo desenvolvido por e para seres humanos e que envolve determinados
valores. Assim, o autor acredita que a teoria constrói-se através de nossa interação com a sala
de aula, ao passo que identificamos as características e carências de determinada turma ou
instituição.
A seguir, Domingos conceitua as visões francófonas e as anglo-saxônicas de
avaliação formativa. A visão francófona tem como conceito central a avaliação como uma
fonte de regulação, interessa a eles estudar como os alunos aprendem para que se utilize uma
avaliação formativa que os ajude a regular sozinhos a sua aprendizagem. Aqui os alunos
desempenham o papel central e a interferência do professor é reduzida ao mínimo, assim a
avaliação funciona como um processo de autoavaliação. Já na visão dos pesquisadores anglo-
saxônicos a avaliação consiste em tarefas que o aluno têm de desenvolver com a ajuda do
professor, por isso o retorno dos resultados(feedback) é fundamental para que o aluno saiba
onde estão as suas dificuldades e procure ajuda para superá-las.
O estudioso expõe o conceito de regulação que é um processo que vai além das
aprendizagens, pois permite seu controle e sua moderação pela adoção de processos
cognitivos, visto que para o funcionamento da regulação das aprendizagens é necessário antes
regular os processos cognitivos, pois estes não são diretamente controláveis. A regulação, é
um processo intencional que visa controlar o processo de aprendizagem a fim de desenvolver
ou redirecionar essa aprendizagem. A regulação pode ser convergente ou divergente.
A regulação convergente está subordinada a um objetivo já estabelecido, e foca ou
limita o processo de avaliação a conquista desses objetivos; ela não está integrada ao processo
de ensino e aprendizagem e está mais focada nos resultados e na quantificação destes. Já a
regulação divergente está mais orientada para aprendizagens profundas e estratégias para a
resolução dos problemas; utiliza de atividades mais abertas, complexas e diversificadas; a
avaliação aqui está centrada no desenvolvimento das aprendizagens e competências. Assim,
só é possível caracterizar uma avaliação como formativa quando os alunos puderem ver sua
evolução ao longo do tempo, utilizando meios para reduzir ou eliminar as dificuldades.
Fernandes discute a relação entre avaliação formativa alternativa e avaliação
somativa. Segundo o autor, elas são contraditórias ao passo que uma utiliza a avaliação como
reguladora da aprendizagem e a outra utiliza a avaliação para saber o que os alunos são
capazes de fazer ou não. A avaliação somativa não é utilizada para melhorar as
aprendizagens e nem proporciona ao aluno um feedback para a superação das dificuldades, ela
é utilizada apenas para informar aos alunos o que foi desenvolvido ao final de um período, sua
importância é social e não pedagógica. Dessa forma, a avaliação formativa alternativa deve
prevalecer, pois poderá proporcionar melhores condições para o desenvolvimento de uma
avaliação somativa mais sustentada, justa e equitativa, onde os alunos poderão ter um papel
mais ativo.
Em seguida, o autor explica as diferenças entre avaliação psicométrica e avaliação
formativa alternativa. Para os positivistas, defensores da avaliação psicométrica, os objetivos
mais importantes dos cientistas consiste em explicar, prever e controlar fenômenos. Já para os
construtivistas, apoiados na avaliação formativa alternativa, os principais objetivos dos
cientistas consiste em compreender, interpretar e garantir a confiabilidade e a autenticidade
dos fenômenos.
Dessa maneira na avaliação psicométrica é possível determinar exatamente o que
os alunos são capazes de fazer através do processo de avaliação, aqui o professor avalia o
aluno sem qualquer interferência de natureza subjetiva, pois a avaliação é considerada uma
entidade independente, além disso, a avaliação aqui é baseada em conhecimentos
cientificamente construídos a fim de determinar, de maneira quantificável, o que o aluno
realmente sabe.
Em contra partida, a avaliação formativa alternativa, como já vimos, acredita que
não é possível através da avaliação compreender o que os alunos realmente sabem, pois
avaliar é um processo complexo e subjetivo, que é destinado à compreensão dos processos de
ensino e aprendizagem, aqui a avaliação é vista como um processo de interação entre
professor e aluno, é um processo subjetivo que deve ser construído a partir da interferência e
influência de professores e alunos através de suas experiências, concepções e valores. A
avaliação deve ser feita junto com os alunos para que se possa compreender como eles
resolvem determinada tarefa, considera-se os resultados de maneira qualitativa.
No tópico seguinte, Domingos coloca que a avaliação deve fazer parte do
processo de ensino e aprendizagem, isso é possível quando a avaliação é a mediadora do
processo de comunicação com o aluno que acontece por meio de um feedback devidamente
adequado, inserindo assim a avaliação no ciclo de ensino e aprendizagem. A integração desses
três processos possibilita a utilização de tarefas que, ao mesmo tempo, são para ensinar,
aprender, avaliar, e contextualizar a avaliação. Dessa forma a relação entre tarefas de
avaliação e as finalidades do ensino estará muito próxima, o que não acontece quando a
avaliação não está integrada ao ensino, aparecendo como algo externo, utilizada apenas para a
certificação dos saberes e não para auxiliar os alunos a desenvolver suas aprendizagens, como
é o ideal.
O estudioso pondera que a seleção das tarefas a serem aplicadas em sala de aula
ocupam um ponto essencial no processo de ensino e aprendizagem, visto que é através das
tarefas bem selecionadas que torna-se possível uma avaliação mais contextualizada, mais
elaborada, interativa e mais direcionada para a aprendizagem. Além disso, as tarefas podem
tanto auxiliar na busca pela aprendizagem como dificultar este caminho, por isso é
determinante a escolha de tarefas que integrem as estratégias de ensino empregadas pelo
professor, que sejam um meio privilegiado de aprendizagem e que tenham associado qualquer
processo de avaliação.
Fernandes acredita que é preciso selecionar os saberes essenciais e aplicar tarefas
que abranjam aquele conhecimento que o aluno não deve deixar de trabalhar e aprender. O
autor sugere propor aos alunos atividades diferenciadas, que envolvam a vida real, a utilização
de materiais manipulativos e o trabalho em grupo. No entanto, ele ressalta que nesses casos é
necessário também utilizar uma nova maneira de avaliar essas atividades, visto que todas as
atividades de aprendizagem propostas precisam coincidir, sempre que possível, com as tarefas
de avaliação, pois só desta maneira a avaliação formativa alternativa estará integrada no
processo de ensino e aprendizagem e poderá assumir o papel de regulador desta
aprendizagem.
Adiante, o escritor aborda a importância da diversificação ou triangulação da
avaliação, pois a avaliação não consegue abranger todos os conteúdos que são essenciais
serem apreendidos pelo aluno, dessa forma é importante ficar atento as diferentes maneiras
que os aluno apreendem o conteúdo, os diferentes ritmos e estilos de aprendizagem, que
variam, para que a avaliação possa abranger, dentro do possível, as habilidades e dificuldades
de cada um.
Para que isso funcione, Domingos Fernandes propõe um princípio de triangulação
aplicável às estratégias, às técnicas e aos instrumentos que visa diversificar a maneira de
colher informações, propondo avaliar o aluno a partir de relatórios, pequenos comentários,
conversas mais ou menos formais e trabalhos diferenciados, sem deixar de lado a conhecida
avaliação formal, assim, ao diversificar os métodos de coleta de informações é possível
avaliar mais conceitos da disciplina, se relacionar melhor com a grande diversidade de alunos,
além de reduzir os erros que fazem parte da avaliação.
Fernandes também acredita que a triangulação dos atores é essencial, pois o
processo de avaliação deve contar com os próprios alunos, com os pais, professores e outros
técnicos se necessário, o que traz como consequência a disponibilidade do professor para
partilhar de maneira legítima o poder que a avaliação lhe confere. A última triangulação
proposta pelo autor é a de espaços e tempos, que defende a utilização de diferentes contextos
para a avaliação ao longo de diferentes períodos de tempo, ou seja, é importante avaliar dentro
e fora da sala de aula, aqui o autor sugere visitas a museus, a instituições científicas ou
unidades empresariais.
O autor destaca que os critérios de avaliação, os objetivos e as aprendizagens a
serem desenvolvidas devem ser claramente manifestadas e os alunos devem ter acesso a essas
informações a qualquer momento, assim, qualquer avaliação que se faça dos trabalhos deve-se
levar em consideração os critérios determinados.
A seguir, o estudioso explica que é através da comunicação em sala de aula que o
aluno toma consciência de seu progresso e dificuldades acerca das aprendizagens que
necessita desenvolver, é através dela também que o professor percebe as alterações que
precisa fazer para que o ensino atenda as necessidades dos alunos. Essa comunicação é feita
através do feedback que orienta os alunos a melhorarem suas aprendizagens, que os estimula e
que os motiva a superar as dificuldades e ampliar os conhecimentos. Assim, o feedback
contribui para que os alunos se tornem mais autônomos e responsáveis por suas
aprendizagens, mais capazes de avaliar seu próprio trabalho e regular suas aprendizagens.
Logo depois, Domingos sugere a construção de um portfólio como uma estratégia
para a organização da avaliação formativa. Um portfólio é um documento organizado com os
trabalhos produzidos por um aluno durante um período de tempo, ele deve ser organizado de
maneira que permita uma visão ampla, detalhada e profunda das aprendizagens adquiridas
pelo aluno. Deseja-se que os trabalhos expostos no portfólio atenda a algumas exigências, tais
como: contemplar os domínios essenciais do currículo; sejam diversificados quanto a forma,
ou seja, que utilize mecanismos escritos, visuais, audiovisuais etc; evidenciem os processos e
produtos da aprendizagem; exemplifiquem uma variedade de modos e processos de trabalho;
revelem o envolvimento dos alunos nos processos de revisão, análise e seleção dos trabalhos.
O autor acredita que os portfólios podem dar origem a uma outra cultura, a uma
outra ideia de sala de aula, um lugar onde as aprendizagens vão se construindo em conjunto
ou individualmente, no ritmo de cada um, tendo espaço para a reflexão e o pensamento, onde
se valorizam as experiências e os saberes de cada aluno e onde se acredita que as dificuldades
podem ser superadas ou simplesmente onde se ensina e se aprende.
No último tópico, Domingos expõe a maneira como os professores realizam a
avaliação no ensino brasileiro através de uma pesquisa e a opinião deles sobre a avaliação.
Nessa pesquisa boa parte dos professores afirmaram que dão ênfase na avaliação dos
conhecimentos específicos das disciplinas e avaliam muito pouco conhecimentos como o
domínio da resolução de problemas ou domínio das relações socioafetivas. Isso pode ser
explicado porque a comunicação que existe em sala de aula gira em torno somente dos
conteúdos específicos, que acabam se tornando os únicos objetos de avaliação. Para os
professores as competências de natureza transversal não estão claramente especificadas como
alvos de avaliação, é um fato cultural o fato dos professores valorizarem mais os
conhecimentos específicos do aluno.
Ainda através da pesquisa, foi possível identificar que os professores pesquisados
tendem a avaliar exclusivamente os conteúdos específicos que lhes foram designados pelo
programa, além de valorizarem demasiadamente os testes por acreditar que assim avaliarão
com rigor as aprendizagens do aluno ou para sentirem-se mais seguros. No entanto, os
professores que afirmaram avaliar outros saberes e outras capacidades utilizam-se dos testes
como mais um meio para avaliar e não o meio privilegiado para avaliar. Ademais, verifica-se
que os professores encontram dificuldades em diversificar as maneiras de avaliar e até mesmo
as aprendizagens que devem avaliar, o que torna os testes uma forma mais objetiva e válida de
fazer as avaliações. Em contra partida os professores que desenvolviam ambientes em que os
alunos eram participantes ativos da aula pareciam ter mais facilidade em valorizar e utilizar
outras maneiras para avaliar além dos testes.
Para terminar, o autor entende que os critérios de avaliação devem ser definidos e
discutidos com os alunos, para que a avaliação seja um elemento transparente que os ajude a
organizar seu estudo, contribua para motivá-los a aprender e traçar estratégias de
aprendizagem e envolvimento nas tarefas propostas. Domingos sugere a criação de uma
política de avaliação de escola que integre as principais preocupações dos professores e
valorize seus saberes e suas experiências, visto que a avaliação surge como um processo que
ajuda a melhorar, a corrigir, a integrar, a regular, a definir critérios, a diagnosticar e a facilitar
a comunicação entre professor e aluno.

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