Agregados
Material granular, inerte, com dimensões e propriedades adequadas ao seu uso, isentos de
impurezas que possa prejudicar a produção de argamassas e concretos.
À origem
- naturais: já são encontrados na natureza sob a forma definitiva de utilização: areia de
rios, seixos rolados, cascalhos, pedregulhos;
- artificiais: são obtidos pelo britamento de rochas: pedrisco, pedra britada;
-industrializados: aqueles que são obtidos por processos industriais: argila expandida,
escória britada.
Às dimensões das partículas
-agregado miúdo: areia de origem natural ou resultante de britamento de rochas
estáveis, ou a mistura de ambas, cujos grãos passam pela peneira ABNT de 4,8 mm e
ficam retidos na peneira ABNT 0,075 mm.
- agregado graúdo: o agregado graúdo é o pedregulho natural, ou a pedra britada
proveniente do britamento de rochas estáveis, ou a mistura de ambos, cujos grãos
passam pela peneira ABNT 152 mm e ficam retidos na peneira ABNT 4,8 mm.
À massa unitária
Leves: M.E < 2,0 t/m3
Médios: 2,0 ≤ M.E ≤ 3,0 t/m3
Pesados: M.E > 3,0 t/m3
Princípio de Arquimedes:
quando mergulhamos um
corpo em um líquido, o corpo
desloca uma quantidade de
líquido igual a seu volume, e o
peso desse volume de líquido Frasco de Chapman utilizado para determinação da
deslocado é subtraído do peso massa específica aparente.
do corpo pela força Massa específica real: É a relação entre a massa e o volume de
denominada empuxo. cheios, isto é, o volume de grãos do agregado, excluindo-se os poros
Séries de peneiras: permeáveis e os vazios entre os grãos.
Υ = m/Vf - Vi
Ph = Ps (1+h/100)
Vh = Vs (1+I/100)
GRANULOMETRIA
Lei de Stokes
Uma partícula caindo no vácuo, sob um campo uniforme de forças (geralmente
gravitacional), não sofre resistência à sua queda. Logo, a velocidade de queda da
mesma cresce indefinidamente independente do seu tamanho e densidade. O
movimento dessa mesma partícula, se imersa em um meio fluido qualquer, fica sujeito
a uma força resistiva, cuja magnitude depende do regime fluidodinâmico vigente, além
dos aspectos morfológicos dessa partícula. Quando o equilíbrio é alcançado entre a
força gravitacional e a força de resistência do fluido, a partícula alcança sua velocidade
terminal de sedimentação e, portanto, cai a uma taxa constante.
Lei de Stokes
Onde:
d - diâmetro da partícula
η - viscosidade dinâmica do fluido
ρs – densidade do sólido
ρf – densidade do fluido
LIST - Line Start - Todas as partículas partem do mesmo ponto inicial e, como a
velocidade é função do (quadrado do) diâmetro, ocorre o fracionamento antes de
atingir o detector. Permite medidas verdadeiras de densidade de distribuição de
tamanho.
HOST - Homogeneous Start - Parte de uma suspensão homogênea, que vai se
separando. Assim, o resultado medido não é um fracionamento preciso da amostra. Os
resultados têm pior resolução que o LIST.
*Faixa ideal de diâmetro da partícula – 1 μm a 100 μm.
*medidas abaixo de 1 μm são muito lentas e acima de 100 μm são possíveis apenas
para materiais pouco densos e em meio viscoso, podendo sofrer erros devido ao fluxo
não laminar.
Vantagens:
Desvantagens:
Granulometria a Laser
Vantagens da técnica:
- rapidez na análise;
-fácil execução;
-ampla faixa de tamanhos
- ideal de 5 μm a 1000 μm = 1 mm
- tamanho de partícula inferior a 0,03 μm e acima de 1 mm não são adequados para a
técnica.
Diferença de pressão;
Gradientes de concentração, de temperatura e densidade dos fluidos;
Diferença de potencial elétrico (íons dissolvidos);
Sucção capilar.
Permeabilidade;
- É o fluxo de um fluído devido a diferenças de pressões.
Depende: - das características do material;
- viscosidade do fluído.
Difusão;
- É o processo que equilibra gradientes diferentes de concentração, temperatura e
densidade.
Depende: - das características microestruturais do material;
- das substâncias presentes no fluido que preenche os poros.
Migração;
- É o fluxo de íons, quando existe uma diferença de potencial elétrico.
Depende: - da existência dos íons;
- da diferença de potencial elétrico.
Absorção capilar.
- É um dos principais mecanismos de transporte de líquidos.
Na absorção capilar os poros capilares produzem forças capilares que são causadas
pela tensão superficial do líquido.
Depende:
- da existência dos íons;
-da diferença de potencial elétrico.
Onde:
Ct = coeficiente de capilaridade
mt = massa do corpo de prova após o tempo “t” de imersão (Kg)
mi = massa do corpo de prova no intervalo prévio (Kg);
S = área do corpo de prova em contato com a água (m2)
t = tempo de imersão em hora.
Esse método consiste em submeter a água a uma pressão determinada, forçando sua
passagem através do corpo de prova e medindo a velocidade de percolação do líquido.
Para a avaliação da absorção de água por imersão, existe como referência a norma NBR 12766,
que estabelecem os critérios de ensaio para a determinação da absorção em rochas. Amostras
prismáticos foram moldadas para dois ambos os concretos com dimensões de 7 x 7 x 28 cm,
depois serradas a partir de 3 a 3 cm aos 28 dias de produzidas. Como para o LWAC e CCL,
foram seleccionados 10 amostras de 7 x 7 x 3 cm de diferentes espécimes, excluindo as
amostras das extremidades. As amostras foram secas numa estufa até 100 ° C, pesados e
colocados em um recipiente em que foi adicionada água, correspondendo aproximadamente a
1/3, 2/3 e 3/3 da altura da amostra (3 cm), em cada período de 4hs. Após 24 horas da última
adição de água, as amostras foram pesadas na condição de saturado, condição de superfície
seca e na condição submersa para a determinação da porosidade e absorção de água aparente
utilizando as equações:
Avaliação de porosidade por porisometria de mercúrio
Esta técnica baseia-se no fato de que para a maioria dos materiais, o ângulo de contato
entre o mercúrio e o sólido, θ é maior que 90° (o mecúrio não molha o sólido). Por
consequência, não penetra espontaneamente em pequenos furos ou trincas destes materiais a
menos que se aplique uma pressão sobre ele.
Em condições de equilíbrio, aplica-se uma força, a qual se iguala a força devida à
tensão superficial (que tende a manter o mercúrio fora do poro). Registrando-se a redução do
nível de mercúrio no capilar e juntamente com a pressão aplicada, uma curva porosimétrica é
obtida informando que volume de poros do material foi penetrado pelo mercúrio a uma dada
pressão. Podendo extrair ainda, informações sobre o tamanho e distribuição dos poros.
Picnometria à Hélio
Técnica que permite determinar o volume verdadeiro de um sólido, mesmo que
poroso, por variação da pressão de gás numa câmara de volume conhecido. Normalmente,
utiliza-se o gás hélio, por ser inerte e penetrar facilmente nos poros da amostra, devido ao
pequeno tamanho dos seus átomos, possibilitando determinar o volume do sólido com mais
precisão.
O picnometro de hélio é constuído por duas câmaras de volumes conhecidos (por
calibração prévia): a câmara onde se coloca a amostra e a câmara de expansão, ligadas por
uma válvula (válvula de expansão). A amostra é então submetida a um processo
desgaseificação para remoção de impurezas e humidade antes do início da análise.
Depois de levado todo o sistema à pressão atmosférica, isola-se a câmara de expansão,
fechando a válvula de expansão, pressuriza-se a câmara de que contém a amostra até uma
pressão P1 (cerca de 17 psi). Seguidamente, a válvula de expasão é aberta e, em consequência,
ocorre um abaixamento de pressão para P2. A massa volumétrica é automaticamente calculada
pelo aparelho, através da relação entre a massa do sólido introduzida como dado de entrada e
o volume derivado da equassão: