2. A mulher na sociedade
Além das diferenças na fisiologia, socialmente a mulher é cobrada de forma
diferente do homem pela nossa cultura. Muitos acham que a mulher apenas deve
praticar atividades físicas ou esportes para ficar bonita esteticamente, e o esporte
competitivo não é muito estimulado no Brasil. Quando há prêmios em dinheiro
numa competição, como uma corrida de rua, o valor do prêmio para as mulheres é
sempre menor do que para os homens.
Muitos ainda acham que praticar esporte não é compatível com o fato de “ser mãe”
e isso acontecia muito mais no passado. Como exemplo, é só lembrar que, na
primeira Olimpíada da Era Moderna, em 1896, só homens participaram.
A mulher que treina desde a adolescência e chega aos 20-25 anos competindo
muitas vezes para de treinar para casar ou ter filhos e acaba abandonando o
esporte competitivo.
Mas já foi pior. Uma lei (nº 630) de 1851 dizia que os meninos deveriam aprender
atividades intelectuais, morais e de educação física; já as meninas, atividades de
instrução, prendas próprias ao sexo e não deveriam participar de exercícios
ginásticos.
Rui Barbosa, em 1882, disse que certos exercícios (ginástica) poderiam ajudar nas
formas harmônicas das mulheres, sem perder a graça e a elegância, além de poder
ajudar na futura maternidade.
No Brasil, em 1941, o Decreto-Lei nº 3.199 proibia as mulheres de praticarem
alguns esportes, como: lutas, futebol, polo aquático, rúgbi, halterofilismo.
Para muitas pessoas, ainda prevalece uma ideia antiquada de que as características
que homens e mulheres devem ter seriam:
– MULHERES = meigas, frágeis, dependentes, passivas, sensíveis, afetuosas,
bonitas etc.
– HOMENS = ativos, líderes, autoritários, capazes, independentes, não choram,
racionais, fortes etc.
Mas tanto esportes como quaisquer atividades físicas são excelentes para todo ser
humano, independentemente do sexo.