BARBOSA DIAS:9042610
BARBOSA
DN: c=BR, o=ICP-Brasil, ou=Autoridade Certificadora
da Justica - AC-JUS, ou=Cert-JUS Institucional - A3,
ou=Tribunal de Justica Bahia - TJBA, ou=SERVIDOR,
DIAS:9042610
cn=JOAO AUGUSTO BARBOSA DIAS:9042610
TJBA – DIÁRIO DA JUSTIÇA ELETRÔNICO – Nº 2.099 - Disponibilização: terça-feira, 13 de março de 2018 Cad 1 / Página
Dados: 2018.03.13 05:18:31 -03'00' 1
1º Vice-Presidente:
Des. AUGUSTO DE LIMA BISPO
2ª Vice-Presidente:
Desa. MARIA DA GRAÇA OSÓRIO PIMENTEL LEAL
Corregedora-Geral:
Desa. LISBETE MARIA TEIXEIRA ALMEIDA CÉZAR SANTOS
TRIBUNAL PLENO
Sessões Ordinárias
Às 2ªs, 3ªs e 4ªs quartas-feiras do mês, das 8h30 às 13h
Des. Des. GESIVALDO Nascimento BRITTO - Presidente Des. ALIOMAR SILVA BRITTO
Des. AUGUSTO DE LIMA BISPO - 1º Vice-Presidente Des. JOÃO AUGUSTO Alves de Oliveira PINTO
Desa. MARIA DA GRAÇA OSÓRIO PIMENTEL LEAL – 2ª Vice- Desa. DINALVA GOMES LARANJEIRA PIMENTEL
Presidente Des. LUIZ FERNANDO LIMA
Desa. LISBETE MARIA TEIXEIRA ALMEIDA CÉZAR SANTOS – Des. Edmilson JATAHY Fonseca JÚNIOR
Corregedora - Geral Des. MOACYR MONTENEGRO SOUTO
Des. EMÍLIO SALOMÃO PINTO RESEDÁ – Corregedor das Des. OSVALDO de Almeida BOMFIM
Comarcas do Interior
Desa. IVONE BESSA RAMOS
Desa. SÍLVIA Carneiro Santos ZARIF
Desa. LÍCIA de Castro Laranjeira CARVALHO Desa. ILONA MÁRCIA REIS
Desa. TELMA Laura Silva BRITTO Des. ROBERTO MAYNARD FRANK
Des. MARIO ALBERTO HIRS Des. JOÃO BÔSCO DE OLIVEIRA SEIXAS
Des. ESERVAL ROCHA Desa. RITA DE CÁSSIA MACHADO MAGALHÃES FILGUEIRAS NUNES
Desa. IVETE CALDAS Silva Freitas Muniz Desa. REGINA HELENA RAMOS REIS
Desa. MARIA DA PURIFICAÇÃO DA SILVA Des. MAURÍCIO KERTZMAN SZPORER
Des. JOSÉ OLEGÁRIO MONÇÃO CALDAS Des. LIDIVALDO REAICHE RAIMUNDO BRITTO
Desa. MARIA DO SOCORRO BARRETO SANTIAGO Desa. PILAR CÉLIA TOBIO DE CLARO
Desa. ROSITA FALCÃO DE ALMEIDA MAIA Desa. JOANICE MARIA GUIMARÃES DE JESUS
Des. LOURIVAL Almeida TRINDADE Desa. MARIA DE LOURDES PINHO MEDAUAR
Des. JOSÉ CÍCERO LANDIN NETO Desa. CARMEM LÚCIA SANTOS PINHEIRO
Des. CARLOS ROBERTO SANTOS ARAÚJO Des. BALTAZAR Miranda SARAIVA
Des. NILSON SOARES CASTELO BRANCO Desa. SANDRA INÊS MORAES RUSCIOLELLI AZEVEDO
Desa. HELOISA Pinto de Freitas Vieira GRADDI Desa. LÍGIA MARIA RAMOS CUNHA LIMA
Desa. CYNTHIA MARIA PINA RESENDE
Des. MÁRIO Augusto ALBIANI Alves JÚNIOR
Des. JEFFERSON ALVES DE ASSIS
Desa. NÁGILA MARIA SALES BRITO Des. IVANILTON SANTOS DA SILVA
Desa. INEZ MARIA BRITO SANTOS MIRANDA Des. RAIMUNDO SÉRGIO SALES CAFEZEIRO
Desa. GARDÊNIA PEREIRA DUARTE Des. JULIO CEZAR LEMOS TRAVESSA
Des. JOSÉ ALFREDO CERQUEIRA DA SILVA Desa.MARIA DE FÁTIMA SILVA CARVALHO
Des. JOSÉ EDIVALDO ROCHA ROTONDANO Des. ABELARDO PAULO DA MATTA NETO
Des. PEDRO AUGUSTO COSTA GUERRA Desa. SORAYA MORADILLO PINTO
Desa. MÁRCIA BORGES FARIA Desa. ARACY LIMA BORGES
TJBA – DIÁRIO DA JUSTIÇA ELETRÔNICO – Nº 2.099 - Disponibilização: terça-feira, 13 de março de 2018 Cad 1 / Página 2
Desa. CYNTHIA MARIA PINA RESENDE – Presidente Des. LIDIVALDO REAICHE RAIMUNDO BRITTO – Presidente
Des. MAURÍCIO KERTZMAN SZPORER
Desa.MÁRCIA BORGES FARIA
Desa. SANDRA INÊS MORAES RUSCIOLELLI AZEVEDO
Des. ABELARDO PAULO DA MATTA NETO Des. BALTAZAR Miranda SARAIVA
Des. LIDIVALDO REAICHE RAIMUNDO BRITTO Desa. GARDÊNIA PEREIRA DUARTE (Suplente)
Desa. IVONE BESSA RAMOS (Suplente) Des. IVANILTON SANTOS DA SILVA (Suplente)
Desa. JOANICE MARIA GUIMARÃES DE JESUS (Suplente) Des. JOSÉ OLEGÁRIO MONÇÃO CALDAS (Suplente)
Desa.SÍLVIA Carneiro Santos ZARIF – Presidente COMISSÃO GESTORA DAS SERVENTIAS EXTRAJUDICIAIS
Desa. MÁRCIA BORGES FARIA
Des. MAURÍCIO KERTZMAN SZPORER Desa. LISBETE MARIA TEIXEIRA ALMEIDA CÉZAR SANTOS
Dr. GILBERTO BAHIA DE OLIVEIRA ( Juiz de Direito )
Desa. SANDRA INÊS MORAES RUSCIOLELLI AZEVEDO (Suplente) Dr. MOACIR REIS FERNANDES FILHO (Juiz de Direito)
Des. LOURIVAL Almeida TRINDADE (Suplente) Rep. da CGJ: Sra. CRISTIANE DOS SANTOS NASCIMENTO
COMISSÃO ESPECIAL DE INFORMÁTICA Rep. da DPG: Sr. JOÃO FELIPE OLIVEIRA DE MENEZES
PRESIDÊNCIA
GABINETE
DECRETO JUDICIÁRIO
RESOLVE
Exonerar o servidor ANTONIO LENINE DOS SANTOS, cadastro 968.925-7, do cargo em comissão de Coordenador de
Licitação, símbolo TJ-FC-3.
DECRETO JUDICIÁRIO
O PRESIDENTE DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DA BAHIA, no uso de suas atribuições legais, à vista do que consta
do processo TJ-ADM-2018/11120,
RESOLVE
Exonerar, a pedido, a servidora ROSE MEIRE DAS MERCES, cadastro 225.433-6, do cargo em comissão de Assessor de
Juiz, símbolo TJ-FC-3.
DECRETO JUDICIÁRIO
O PRESIDENTE DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DA BAHIA, no uso de suas atribuições legais, à vista do que consta
do processo TJ-ADM-2018/13111,
RESOLVE
Revogar a designação da servidora ANA TEREZA NEVES DA ROCHA MORELLI, cadastro 968.443-3, para a Função Gratificada
de Assessoramento Jurídico, símbolo TJ-FG.
DECRETO JUDICIÁRIO
CONSIDERANDO o que consta do processo TJ-ADM-2018/13111, que trata de pedido de designação para a Função Gratificada
de Assessoramento Jurídico, em substituição à servidora Ana Tereza Neves da Rocha Morelli,
RESOLVE
Designar o servidor ANATOLE EDUARDO QUEIROZ COUTINHO, cadastro 809.601-5, para exercer a Função Gratificada de
Assessoramento Jurídico, símbolo TJ-FG, no Gabinete da Desembargadora Lígia Maria Ramos Cunha Lima, ficando revogada
sua designação anterior.
DECRETO JUDICIÁRIO
RESOLVE
Designar o servidor DAVID RICARDO VIANA MARTINEZ, cadastro 501.126-4, para ter exercício na Diretoria de Primeiro Grau - DPG.
DECRETO JUDICIÁRIO
RESOLVE
Nomear ANTONIO LENINE DOS SANTOS para exercer o cargo em comissão de Assessor de Supervisão Geral, símbolo TJ-FC-3.
DECRETO JUDICIÁRIO
RESOLVE
Nomear MARIA DAS GRAÇAS FECHINE PIMENTEL para exercer o cargo em comissão de Coordenador de Licitação, símbolo TJ-FC-3.
DECRETO JUDICIÁRIO
CONSIDERANDO o que consta do processo TJ-ADM-2018/08235, que trata de pedido de nomeação para o cargo em
comissão de Assessor de Juiz, em substituição ao servidor Rubem Bittencourt Leite,
RESOLVE
Nomear o servidor MARCOS DA SILVA CARRILHO ROSA, cadastro 968.787-4, para exercer o cargo em comissão de Assessor
de Juiz, símbolo TJ-FC-3, designando-o para ter exercício no Gabinete do Magistrado Luís Roberto Cappio Guedes Pereira.
DECRETO JUDICIÁRIO
O PRESIDENTE DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DA BAHIA, no uso de suas atribuições legais, à vista do disposto no art. 1º,
§3º, da Resolução nº 7, de 28 de julho de 2010 e alterações posteriores, e à vista do que consta do processo nº TJ-ADM-2018/12835,
RESOLVE
Nomear o candidato abaixo relacionado, habilitado como Conciliador para ter exercício na Comarca de Teofilândia:
ATOS ADMINISTRATIVOS
DESPACHOS EXARADOS PELO DESEMBARGADOR GESIVALDO BRITTO, PRESIDENTE DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DA
BAHIA, EM DE 12 MARÇO DE 2018.
TJ-ADM-2018/11119 Juiz de Direito SÉRGIO LUIZ RIBEIRO DE SOUZA - Presidente do Fórum Nacional de Justiça
Protetiva - FONAJUP - faz solicitação
Considerando a solicitação encaminhada, à fl. 2, AUTORIZO o afastamento das Magistradas ELKE FIGUEIREDO SCHUSTER
GORDILHO, GEORGIA QUADROS ALVES DE BRITTO e MARIA HELENA LORDELO DE SALLES RIBEIRO, no dia 30 de maio
de 2018, para participarem do V Encontro do Fórum Nacional de Justiça Protetiva - FONAJUP, a realizar-se na cidade de
Bonito/MS. As magistradas deverão, no prazo de 15 (quinze) dias, a contar do término do evento, encaminhar comprovante de
comparecimento para fins de registro.
Comunique-se ao requerente, bem como as Magistradas indicadas para participação no evento mencionado.
Após, encaminhem-se os autos ao Cerimonial da Presidência para adoção das providências necessárias.
TJ-ADM-2018/11725 Juíza de Direito ADIANE JAQUELINE NEVES DA SILVA OLIVEIRA faz solicitação
DEFIRO O PEDIDO formulado pela Magistrada requerente, para determinar o pagamento da gratificação pelo exercício
cumulativo de jurisdição, relativo ao mês de fevereiro/2018, em razão de sua atuação na 2ª Vara dos Feitos Relativos às
Relações de Consumo, Cíveis e Comerciais da Comarca de Vitória da Conquista, tendo sido observada as disposições da
Resolução nº 20/2016, consoante documentos de fls. 2/10, respeitada a disponibilidade orçamentária e financeira, respeitada
a disponibilidade orçamentária e financeira.
À Coordenação de Pagamento para as providências cabíveis.
TJ-ADM-2018/10942 Juíza de Direito INDIRA FABIA DOS SANTOS MEIRELES faz solicitação
DEFIRO O PEDIDO formulado pela Magistrada requerente, para determinar o pagamento da gratificação pelo exercício cumulativo
de jurisdição, relativo ao mês de janeiro/2018, em razão de sua atuação como Juíza Corregedora do 1° Cartório Integrado,
tendo sido observada as disposições da Resolução nº 20/2016, com as alterações trazidas pela Resolução nº 8, de 05 de julho
de 2017 (DJE 06.7.2017), consoante documentos de fls. 2/3, respeitada a disponibilidade orçamentária e financeira.
À Coordenação de Pagamento para as providências cabíveis.
TJBA – DIÁRIO DA JUSTIÇA ELETRÔNICO – Nº 2.099 - Disponibilização: terça-feira, 13 de março de 2018 Cad 1 / Página 9
TJ-ADM-2018/11723 Juíza de Direito NICIA OLGA ANDRADE DE SOUZA DANTAS faz solicitação
DEFIRO O PEDIDO formulado pela Magistrada requerente, para determinar o pagamento da gratificação pelo exercício
cumulativo de jurisdição, relativo ao mês de fevereiro/2018, em razão de sua atuação no Comitê Executivo Estadual do
Fórum Nacional da Saúde, tendo sido observada as disposições da Resolução nº 20/2016, com as alterações trazidas pela
Resolução nº 8, de 05 de julho de 2017 (DJE 06.7.2017), consoante documentos de fls. 2/4, respeitada a disponibilidade
orçamentária e financeira.
Considerando que o pedido, por sua vez, no que diz respeito ao mês de março/2018, não atende as disposições do artigo
2º, §1º, da Resolução nº 20/2016, não há como acolher a solicitação da Magistrada requerente para esse período.
À Coordenação de Pagamento para as providências cabíveis.
TJ ADM 2018 / 13285 Juiz de Direito HELVÉCIO GIUDICE DE ARGOLLO faz solicitação.
Cuida-se de expediente encaminhado pelo ilustre Magistrado HELVECIO GIUDICE DE ARGOLLO da 1ª Vara de Família,
Órfão, Suces. e Interditos da Comarca de Ilhéus, na qual solicita o pagamento dos honorários, a título de ajuda de custo, no
valor de R$ 350,00 (trezentos e cinquenta reais), em favor da ASSISTENTE SOCIAL TANIA SALES LINS, que atuou como Perita
do referido juízo no processo judicial nº 0500024-11.2018.805.0103. Instruiu o pedido com documentos. É o que importa
relatar. A Resolução do Conselho da Magistratura, nº CM-01, de 24 de janeiro de 2011, criou o Programa de Apoio aos Órgãos
Jurisdicionais na realização de periciais judiciais, diretamente ligado à Presidência do Tribunal de Justiça do Estado da
Bahia, com o objetivo e diminuir as dificuldades encontradas pelos magistrados em obter peritos que aceitassem realizar
seu labor gratuitamente e só pode ser aplicada nas causas onde tenha ocorrido o deferimento da assistência judiciária
gratuita. A um cotejo dos autos, observei que o magistrado presidente do feito, por despacho nos autos, deferiu a realização
da perícia e nomeou profissional cadastrado no Programa de Apoio aos Órgãos Jurisdicionais que inclusive prestou declaração
aceitando os termos da Resolução CM-01. Noutra banda, o profissional cumpriu seu mister e já apresentou o laudo, fato que
motivou a solicitação do pagamento dos seus honorários. O valor pleiteado se encontra dentro do que foi fixado na Resolução
CM-03, no caso, R$ 350,00 (trezentos e cinquenta reais) por processo. Nestas condições, encontrando-se em ordem o
processo e em conformidade com Resolução do Conselho da Magistratura, nº CM-01, de 24 de janeiro de 2011, com o artigo
11, inciso I, da Lei nº 11.918/2010 e com o Decreto Judiciário nº 171, de 08 de fevereiro de 2018, publicado no DJE nº 2.081,
AUTORIZO o pagamento dos honorários solicitados à ASSISTENTE SOCIAL TANIA SALES LINS, ao valor de R$ 350,00
(trezentos e cinquenta reais).
TJ ADM 2018 / 13282 Juiz de Direito DÁRIO GURGEL DE CASTRO faz solicitação.
Cuida-se de expediente encaminhado pelo ilustre Magistrado DARIO GURGEL DE CASTRO da 11ª Vara de Família, Suces.
Órfãos da Comarca de Salvador, na qual solicita o pagamento dos honorários, a título de ajuda de custo, no valor de R$
1.750,00 (Hum mil e setecentos e cinquenta reais), em favor da PSICÓLOGA IRANI ARAÚJO OLIVEIRA, que atuou como
Perita do referido juízo nos processos judiciais nº 1. 0505122-60.2016.805.0001; 2. 0546520-21.2015.805.0001; 3. 0557397-
54.2014.805.0001; 4. 0578766-70.2015.805.0001; 5. 0581006-95.2016.805.0001. Instruiu o pedido com documentos. É o
que importa relatar. A Resolução do Conselho da Magistratura, nº CM-01, de 24 de janeiro de 2011, criou o Programa de Apoio
aos Órgãos Jurisdicionais na realização de periciais judiciais, diretamente ligado à Presidência do Tribunal de Justiça do
Estado da Bahia, com o objetivo e diminuir as dificuldades encontradas pelos magistrados em obter peritos que aceitassem
realizar seu labor gratuitamente e só pode ser aplicada nas causas onde tenha ocorrido o deferimento da assistência
judiciária gratuita. A um cotejo dos autos, observei que o magistrado presidente do feito, por despacho nos autos, deferiu a
realização da perícia e nomeou profissional cadastrado no Programa de Apoio aos Órgãos Jurisdicionais que inclusive
prestou declaração aceitando os termos da Resolução CM-01. Noutra banda, o profissional cumpriu seu mister e já apresentou
o laudo, fato que motivou a solicitação do pagamento dos seus honorários. O valor pleiteado se encontra dentro do que foi
fixado na Resolução CM-03, no caso, R$ 350,00 (trezentos e cinquenta reais) por processo. Nestas condições, encontrando-
se em ordem o processo e em conformidade com Resolução do Conselho da Magistratura, nº CM-01, de 24 de janeiro de
2011, com o artigo 11, inciso I, da Lei nº 11.918/2010 e com o Decreto Judiciário nº 171, de 08 de fevereiro de 2018, publicado
no DJE nº 2.081, AUTORIZO o pagamento dos honorários solicitados à PSICÓLOGA IRANI ARAÚJO OLIVEIRA, ao valor de R$
1.750,00 (Hum mil e setecentos e cinquenta reais), que deverá ser atendida por DEA - Despesa do Exercício Anterior,
conforme o artigo 37, da Lei nº 4230/64 e dos arts. 1, I e III, e 9º do Decreto 181-A/91.
TJBA – DIÁRIO DA JUSTIÇA ELETRÔNICO – Nº 2.099 - Disponibilização: terça-feira, 13 de março de 2018 Cad 1 / Página 13
TJ ADM 2018 / 13267 Juiz de Direito JOSE CARLOS RODRIGUES DO NASCIMENTO faz solicitação.
Cuida-se de expediente encaminhado pelo ilustre Magistrado JOSE CARLOS RODRIGUES DO NASCIMENTO da Vara da
Infância e da Juventude da Comarca de Juazeiro, na qual solicita o pagamento dos honorários, a título de ajuda de custo, no
valor de R$ 1.050,00 (Hum mil e cinquenta reais), em favor da PSICÓLOGA ROSANE APARECIDA BERTIPALHA DE PAULA
MARTINS, que atuou como Perita do referido juízo nos processos judiciais nº 1. 0011764-69.2010.805.0146; 2. 0300049-
73.2018.805.0146; 3. 0502933-62.2016.805.0146. Instruiu o pedido com documentos. É o que importa relatar. A Resolução
do Conselho da Magistratura, nº CM-01, de 24 de janeiro de 2011, criou o Programa de Apoio aos Órgãos Jurisdicionais na
realização de periciais judiciais, diretamente ligado à Presidência do Tribunal de Justiça do Estado da Bahia, com o objetivo
e diminuir as dificuldades encontradas pelos magistrados em obter peritos que aceitassem realizar seu labor gratuitamente
e só pode ser aplicada nas causas onde tenha ocorrido o deferimento da assistência judiciária gratuita. A um cotejo dos
autos, observei que o magistrado presidente do feito, por despacho nos autos, deferiu a realização da perícia e nomeou
profissional cadastrado no Programa de Apoio aos Órgãos Jurisdicionais que inclusive prestou declaração aceitando os
termos da Resolução CM-01. Noutra banda, o profissional cumpriu seu mister e já apresentou o laudo, fato que motivou a
solicitação do pagamento dos seus honorários. O valor pleiteado se encontra dentro do que foi fixado na Resolução CM-03,
no caso, R$ 350,00 (trezentos e cinquenta reais) por processo. Nestas condições, encontrando-se em ordem o processo e
em conformidade com Resolução do Conselho da Magistratura, nº CM-01, de 24 de janeiro de 2011, com o artigo 11, inciso
I, da Lei nº 11.918/2010 e com o Decreto Judiciário nº 171, de 08 de fevereiro de 2018, publicado no DJE nº 2.081, AUTORIZO
o pagamento dos honorários solicitados à PSICÓLOGA ROSANE APARECIDA BERTIPALHA DE PAULA MARTINS, ao valor de
R$ 1.050,00 (Hum mil e cinquenta reais). Publique-se.
TJ ADM 2018/13264 Juíza de Direito WILMA ALVES SANTOS VIVAS faz solicitação.
Cuida-se de expediente encaminhado pela ilustre Magistrada WILMA ALVES SANTOS VIVAS da 2ª Vara de Família, Órfão,
Suces. e Interditos da Comarca de Ilhéus, na qual solicita o pagamento dos honorários, a título de ajuda de custo, no valor
de R$ 350,00 (trezentos e cinquenta reais), em favor da ASSISTENTE SOCIAL ANDRÉA ANDRADE SAUER, que atuou como
Perita do referido juízo no processo judicial nº 0303155-12.2017.805.0103. Instruiu o pedido com documentos. É o que
importa relatar. A Resolução do Conselho da Magistratura, nº CM-01, de 24 de janeiro de 2011, criou o Programa de Apoio aos
Órgãos Jurisdicionais na realização de periciais judiciais, diretamente ligado à Presidência do Tribunal de Justiça do Estado
da Bahia, com o objetivo e diminuir as dificuldades encontradas pelos magistrados em obter peritos que aceitassem
realizar seu labor gratuitamente e só pode ser aplicada nas causas onde tenha ocorrido o deferimento da assistência
judiciária gratuita. A um cotejo dos autos, observei que o magistrado presidente do feito, por despacho nos autos, deferiu a
realização da perícia e nomeou profissional cadastrado no Programa de Apoio aos Órgãos Jurisdicionais que inclusive
prestou declaração aceitando os termos da Resolução CM-01. Noutra banda, o profissional cumpriu seu mister e já apresentou
o laudo, fato que motivou a solicitação do pagamento dos seus honorários. O valor pleiteado se encontra dentro do que foi
fixado na Resolução CM-03, no caso, R$ 350,00 (trezentos e cinquenta reais) por processo. Nestas condições, encontrando-
se em ordem o processo e em conformidade com Resolução do Conselho da Magistratura, nº CM-01, de 24 de janeiro de
2011, com o artigo 11, inciso I, da Lei nº 11.918/2010 e com o Decreto Judiciário nº 171, de 08 de fevereiro de 2018, publicado
no DJE nº 2.081, AUTORIZO o pagamento dos honorários solicitados à ASSISTENTE SOCIAL ANDRÉA ANDRADE SAUER, ao
valor de R$ 350,00 (trezentos e cinquenta reais).
TJ ADM 2018 / 13252 Juiz de Direito RODRIGO MEDEIROS SALES faz solicitação.
Cuida-se de expediente encaminhado pelo ilustre Magistrado RODRIGO MEDEIROS SALES da 3ª Vara Feitos Relativos Rel.
de Consumo Cíveis e Comerciais da Comarca de Jequié, na qual solicita o pagamento dos honorários, a título de ajuda de
custo, no valor de R$ 350,00 (trezentos e cinquenta reais), em favor da ASSISTENTE SOCIAL CRISTIANE FIGUEIREDO DE
ALMEIDA MOURA, que atuou como Perita do referido juízo no processo judicial nº 0303289-90.2015.805.0141. Instruiu o
pedido com documentos. É o que importa relatar. A Resolução do Conselho da Magistratura, nº CM-01, de 24 de janeiro de
2011, criou o Programa de Apoio aos Órgãos Jurisdicionais na realização de periciais judiciais, diretamente ligado à
TJBA – DIÁRIO DA JUSTIÇA ELETRÔNICO – Nº 2.099 - Disponibilização: terça-feira, 13 de março de 2018 Cad 1 / Página 14
Presidência do Tribunal de Justiça do Estado da Bahia, com o objetivo e diminuir as dificuldades encontradas pelos
magistrados em obter peritos que aceitassem realizar seu labor gratuitamente e só pode ser aplicada nas causas onde
tenha ocorrido o deferimento da assistência judiciária gratuita. A um cotejo dos autos, observei que o magistrado presidente
do feito, por despacho nos autos, deferiu a realização da perícia e nomeou profissional cadastrado no Programa de Apoio
aos Órgãos Jurisdicionais que inclusive prestou declaração aceitando os termos da Resolução CM-01. Noutra banda, o
profissional cumpriu seu mister e já apresentou o laudo, fato que motivou a solicitação do pagamento dos seus honorários.
O valor pleiteado se encontra dentro do que foi fixado na Resolução CM-03, no caso, R$ 350,00 (trezentos e cinquenta reais)
por processo. Nestas condições, encontrando-se em ordem o processo e em conformidade com Resolução do Conselho
da Magistratura, nº CM-01, de 24 de janeiro de 2011, com o artigo 11, inciso I, da Lei nº 11.918/2010 e com o Decreto Judiciário
nº 171, de 08 de fevereiro de 2018, publicado no DJE nº 2.081, AUTORIZO o pagamento dos honorários solicitados à
ASSISTENTE SOCIAL CRISTIANE FIGUEIREDO DE ALMEIDA MOURA, ao valor de R$ 350,00 (trezentos e cinquenta reais),
que deverá ser atendida por DEA - Despesa do Exercício Anterior, conforme o artigo 37, da Lei nº 4230/64 e dos arts. 1, I e III,
e 9º do Decreto 181-A/91.
TJ ADM 2018 / 13192 Juiz de Direito RODRIGO MEDEIROS SALES faz solicitação.
Cuida-se de expediente encaminhado pelo ilustre Magistrado RODRIGO MEDEIROS SALES da 3ª Vara Feitos Relativos Rel.
de Consumo Cíveis e Comerciais da Comarca de Jequié, na qual solicita o pagamento dos honorários, a título de ajuda de
custo, no valor de R$ 350,00 (trezentos e cinquenta reais), em favor da ASSISTENTE SOCIAL CRISTIANE FIGUEIREDO DE
ALMEIDA MOURA, que atuou como Perita do referido juízo no processo judicial nº 0303064-07.2014.805.0141. Instruiu o
pedido com documentos. É o que importa relatar. A Resolução do Conselho da Magistratura, nº CM-01, de 24 de janeiro de
2011, criou o Programa de Apoio aos Órgãos Jurisdicionais na realização de periciais judiciais, diretamente ligado à
Presidência do Tribunal de Justiça do Estado da Bahia, com o objetivo e diminuir as dificuldades encontradas pelos
magistrados em obter peritos que aceitassem realizar seu labor gratuitamente e só pode ser aplicada nas causas onde
tenha ocorrido o deferimento da assistência judiciária gratuita. A um cotejo dos autos, observei que o magistrado presidente
do feito, por despacho nos autos, deferiu a realização da perícia e nomeou profissional cadastrado no Programa de Apoio
aos Órgãos Jurisdicionais que inclusive prestou declaração aceitando os termos da Resolução CM-01. Noutra banda, o
profissional cumpriu seu mister e já apresentou o laudo, fato que motivou a solicitação do pagamento dos seus honorários.
O valor pleiteado se encontra dentro do que foi fixado na Resolução CM-03, no caso, R$ 350,00 (trezentos e cinquenta reais)
por processo. Nestas condições, encontrando-se em ordem o processo e em conformidade com Resolução do Conselho
da Magistratura, nº CM-01, de 24 de janeiro de 2011, com o artigo 11, inciso I, da Lei nº 11.918/2010 e com o Decreto Judiciário
nº 171, de 08 de fevereiro de 2018, publicado no DJE nº 2.081, AUTORIZO o pagamento dos honorários solicitados à
ASSISTENTE SOCIAL CRISTIANE FIGUEIREDO DE ALMEIDA MOURA, ao valor de R$ 350,00 (trezentos e cinquenta reais),
que deverá ser atendida por DEA - Despesa do Exercício Anterior, conforme o artigo 37, da Lei nº 4230/64 e dos arts. 1, I e III,
e 9º do Decreto 181-A/91.
TJ ADM 2018 / 13191 Juiz de Direito RODRIGO MEDEIROS SALES faz solicitação.
Cuida-se de expediente encaminhado pelo ilustre Magistrado RODRIGO MEDEIROS SALES da 3ª Vara Feitos Relativos Rel.
de Consumo Cíveis e Comerciais da Comarca de Jequié, na qual solicita o pagamento dos honorários, a título de ajuda de
custo, no valor de R$ 350,00 (trezentos e cinquenta reais), em favor da ASSISTENTE SOCIAL CRISTIANE FIGUEIREDO DE
ALMEIDA MOURA, que atuou como Perita do referido juízo no processo judicial nº 0301660-18.2014.805.0141. Instruiu o
pedido com documentos. É o que importa relatar. A Resolução do Conselho da Magistratura, nº CM-01, de 24 de janeiro de
2011, criou o Programa de Apoio aos Órgãos Jurisdicionais na realização de periciais judiciais, diretamente ligado à
Presidência do Tribunal de Justiça do Estado da Bahia, com o objetivo e diminuir as dificuldades encontradas pelos
magistrados em obter peritos que aceitassem realizar seu labor gratuitamente e só pode ser aplicada nas causas onde
tenha ocorrido o deferimento da assistência judiciária gratuita. A um cotejo dos autos, observei que o magistrado presidente
do feito, por despacho nos autos, deferiu a realização da perícia e nomeou profissional cadastrado no Programa de Apoio
aos Órgãos Jurisdicionais que inclusive prestou declaração aceitando os termos da Resolução CM-01. Noutra banda, o
profissional cumpriu seu mister e já apresentou o laudo, fato que motivou a solicitação do pagamento dos seus honorários.
O valor pleiteado se encontra dentro do que foi fixado na Resolução CM-03, no caso, R$ 350,00 (trezentos e cinquenta reais)
por processo. Nestas condições, encontrando-se em ordem o processo e em conformidade com Resolução do Conselho
da Magistratura, nº CM-01, de 24 de janeiro de 2011, com o artigo 11, inciso I, da Lei nº 11.918/2010 e com o Decreto Judiciário
nº 171, de 08 de fevereiro de 2018, publicado no DJE nº 2.081, AUTORIZO o pagamento dos honorários solicitados à
ASSISTENTE SOCIAL CRISTIANE FIGUEIREDO DE ALMEIDA MOURA, ao valor de R$ 350,00 (trezentos e cinquenta reais),
que deverá ser atendida por DEA - Despesa do Exercício Anterior, conforme o artigo 37, da Lei nº 4230/64 e dos arts. 1, I e III,
e 9º do Decreto 181-A/91.
TJ ADM 2018/13175 Juíza de Direito PATRÍCIA CERQUEIRA KERTZMAN SZPORER faz solicitação.
Cuida-se de expediente encaminhado pela ilustre Magistrada PATRICIA CERQUEIRA KERTZMAN SZPORER da 1ª Vara de
Família, Suces. Órfãos da Comarca de Salvador, na qual solicita o pagamento dos honorários, a título de ajuda de custo, no
valor de R$ 250,00 (duzentos e cinquenta reais), conforme despacho de fls. 05, em favor da PSIQUIATRA FERNANDA AMÁLIA
RAMOS DE CARVALHO, que atuou como Perita do referido juízo no processo judicial nº 0528654-97.2015.805.0001. Instruiu
o pedido com documentos. É o que importa relatar. A Resolução do Conselho da Magistratura, nº CM-01, de 24 de janeiro de
2011, criou o Programa de Apoio aos Órgãos Jurisdicionais na realização de periciais judiciais, diretamente ligado à
Presidência do Tribunal de Justiça do Estado da Bahia, com o objetivo e diminuir as dificuldades encontradas pelos
magistrados em obter peritos que aceitassem realizar seu labor gratuitamente e só pode ser aplicada nas causas onde
TJBA – DIÁRIO DA JUSTIÇA ELETRÔNICO – Nº 2.099 - Disponibilização: terça-feira, 13 de março de 2018 Cad 1 / Página 15
tenha ocorrido o deferimento da assistência judiciária gratuita. A um cotejo dos autos, observei que o magistrado presidente
do feito, por despacho nos autos, deferiu a realização da perícia e nomeou profissional cadastrado no Programa de Apoio
aos Órgãos Jurisdicionais que inclusive prestou declaração aceitando os termos da Resolução CM-01. Noutra banda, o
profissional cumpriu seu mister e já apresentou o laudo, fato que motivou a solicitação do pagamento dos seus honorários.
A Resolução Nº CM 03, de 19 de setembro de 2011, que altera o Anexo I da Resolução nº CM-01, de 24 de janeiro de 2011,
fixa o valor máximo da remuneração básica, a título de ajuda de custo para realização de perícia judicial, do Programa de
Apoio aos Órgãos Jurisdicionais na Realização de Perícias Judiciais, nos casos de perícia psiquiátrica em ações de
interdição, em R$ 150,00 (cento e cinquenta reais) por perícia realizada em audiência e R$ 250,00 (duzentos e cinquenta
reais) de local. O valor pleiteado se encontra dentro do que foi fixado na Resolução CM-03.Nestas condições, encontrando-
se em ordem o processo e em conformidade com Resolução do Conselho da Magistratura, nº CM-01, de 24 de janeiro de
2011, com o artigo 11, inciso I, da Lei nº 11.918/2010 e com o Decreto Judiciário nº 171, de 08 de fevereiro de 2018, publicado
no DJE nº 2.081, AUTORIZO o pagamento dos honorários solicitados à PSIQUIATRA FERNANDA AMÁLIA RAMOS DE CARVALHO,
ao valor de R$ 250,00 (duzentos e cinquenta reais), que deverá ser atendida por DEA - Despesa do Exercício Anterior,
conforme o artigo 37, da Lei nº 4230/64 e dos arts. 1, I e III, e 9º do Decreto 181-A/91.
SECRETARIA DE ADMINISTRAÇÃO
DIRETORIA DE ENGENHARIA E ARQUITETURA
ORDEM DE SERVIÇO
Nº 063/2018-DEA
Cláudia Nascimento
Diretora de Engenharia e Arquitetura
A DIRETORA DE RECURSOS HUMANOS DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DA BAHIA, no uso de suas atribuições
legais,
RESOLVE:
Conceder à servidora a seguir discriminada o direito à Gratificação Adicional por Tempo de Serviço pelo efetivo exercício no
serviço público.
DIRETORIA DE FINANÇAS
RELATÓRIO PARA CONFERÊNCIA DIÁRIAS PAGAS ANALÍTICO
Trata-se de Precatório oriundo da 7ª Vara da Fazenda Pública, sendo credor ANTÔNIO CARLOS FERREIRA DA PAIXÃO e
devedor o ESTADO DA BAHIA. Em análise dos autos, verificou-se que existem 02 ofícios requisitórios expedidos nos autos
(fls. 20 e 81) e que foi indeferido o pedido da parte credora de participar do procedimento de acordo, previsto no Edital nº 11/
2016 (fls. 84), considerando o vencimento do precatório para o final de 2018, conforme último ofício requisitório de fls. 81,
expedido equivocadamente. Posto isto, tendo em vista que este precatório encontrava-se vencido desde 2014, nos termos
do ofício de fls. 20, reconsidero a decisão de fls. 84 e determino a inclusão deste processo no referido procedimento de
acordo. Promova, outrossim, a Secretaria o cancelamento do oficio NACP nº 462/2017 de fls. 81, certificando o feito nos
autos. Por fim, aguarde-se o exame, em momento oportuno, do Lote respectivo do acordo, nos termos do Edital nº 11/2016.
Publique-se. Cumpra-se.
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DA BAHIA
NACP - Núcleo Auxiliar de Conciliação de Precatórios
PUBLICAÇÃO DE DESPACHOS E DECISÕES MONOCRÁTICAS
0012223-77.2017.8.05.0000 Precatório
Credora : Ady Câmara Pereira
Advogado : Nilvo Schwingel (OAB: 23387/BA)
Devedor : Município de Angical
R.H. Vistos, em inspeção. Trata-se de Precatório oriundo da Comarca de Angical, sendo credora ADY CÂMARA PEREIRA e
devedor o Município de ANGICAL. Verificou-se que este processo está baixado no Sistema SAJ, em razão de cancelamento
por falta de documento essencial (fls. 35) e que, em seguida, foi expedido ofício requisitório de inclusão, sem amparo em
nenhuma decisão (fls. 47). Posto isto, chamo o feito à ordem para declarar a regularidade formal deste Precatório,
considerando a juntada dos documentos de fls. 37/45 e a informação de fls. 46 dos autos. Desta forma, determino o regular
processamento deste Precatório, devendo a Secretaria promover a devida alteração no Sistema SAJ, cancelando a baixa.
Após, aguarde-se em escaninho próprio o pagamento, observada a ordem cronológica, nos termos do art. 100 caput da C.F.
Publique-se. Cumpra-se.
0012087-80.2017.8.05.0000 Precatório
Credor : Cidalia dos Santos Trindade
Advogado : Ivan Maia Fachinetti (OAB: 684/BA)
Advogado : Nilvo Schwingel (OAB: 23387/BA)
Devedor : Município de Angical
R.H. Vistos, em inspeção. Trata-se de Precatório oriundo da Comarca de Angical, sendo credora CIDÁLIA DOS SANTOS TRINDADE
e devedor o Município de ANGICAL. Verificou-se que este processo está baixado no Sistema SAJ, em razão de cancelamento por
falta de documento essencial (fls. 34) e que, em seguida, foi expedido ofício requisitório de inclusão (fls. 46), sem amparo em
nenhuma decisão. Posto isto, chamo o feito à ordem para declarar a regularidade formal deste Precatório, considerando a juntada
dos documentos de fls. 36/43 e a informação de fls. 45 dos autos. Desta forma, determino o regular processamento deste
Precatório, devendo a Secretaria promover a devida alteração no Sistema SAJ, cancelando a baixa. Após, aguarde-se em escaninho
próprio o pagamento, observada a ordem cronológica, nos termos do art. 100 caput da C.F. Publique-se. Cumpra-se.
PORTARIA Nº 225/2018-COJE
O JUIZ COORDENADOR DOS JUIZADOS ESPECIAIS, no uso de suas atribuições legais, advindas do Decreto Judiciário nº
122, de 18 de fevereiro de 2016,
RESOLVE
Designar a servidora MARIA EMÍLIA BASAÑEZ TEIXEIRA DA SILVA COSTA, cadastro nº 968.944-3, para ter exercício no Juizado
Especial Cível de Apoio - SAJ Cajazeiras, revogando-se as disposições em contrário.
PORTARIA Nº 226/2018-COJE
O JUIZ COORDENADOR DOS JUIZADOS ESPECIAIS, no uso de suas atribuições legais, advindas do Decreto Judiciário nº
119/2018,
RESOLVE
PORTARIA Nº 227/2018-COJE
O JUIZ COORDENADOR DOS JUIZADOS ESPECIAIS, no uso de suas atribuições legais, advindas do Decreto Judiciário nº
119/2018,
RESOLVE
Designar JÉSSICA NASCIMENTO MARTINS ROCHA, portadora do RG nº 16.123.758-47 - SSP/BA e do CPF nº 034.851.405-
03, para prestar serviço voluntário pelo período de 01 (um) ano na 3ª Vara do Sistema dos Juizados Especiais da Comarca
de Feira de Santana, turno vespertino, nos termos da Lei Federal nº 9.608, de 18 de fevereiro de 1998.
PORTARIA Nº 228/2018-COJE
O JUIZ COORDENADOR DOS JUIZADOS ESPECIAIS, no uso de suas atribuições legais, advindas do Decreto Judiciário nº
119/2018,
RESOLVE
PORTARIA Nº 229/2018-COJE
O JUIZ COORDENADOR DOS JUIZADOS ESPECIAIS, no uso de suas atribuições legais, advindas do Decreto Judiciário nº
119/2018,
RESOLVE
Designar JUSSIMARA MOREIRA SILVA, portadora do RG nº 0704806304 - SSP/BA e do CPF nº 914.152.505-10, para prestar
serviço voluntário pelo período de 01 (um) ano na 10ª Vara do Sistema dos Juizados Especiais do Consumidor da Comarca
de Salvador, turno vespertino, nos termos da Lei Federal nº 9.608, de 18 de fevereiro de 1998.
PORTARIA Nº 230/2018-COJE
O JUIZ COORDENADOR DOS JUIZADOS ESPECIAIS, no uso de suas atribuições legais, advindas do Decreto Judiciário nº
119/2018, e à vista do que consta do processo nº TJ-ADM-2018/13667,
RESOLVE
Desligar, a pedido, o Juiz Leigo THIAGO MUNIZ FERREIRA PACHECO, em relação à Seleção de 2015, da 1ª Vara do Sistema
dos Juizados Especiais da Comarca de Itabuna.
PORTARIA Nº 231/2018-COJE
O JUIZ COORDENADOR DOS JUIZADOS ESPECIAIS, no uso de suas atribuições legais, advindas do Decreto Judiciário nº
119/2018,
RESOLVE
Designar a Juíza Leiga VÍRGINIA PRATES MACIEL, para, sem prejuízo da atual lotação, cooperar na 2ª Vara do Sistema dos
Juizados Especiais da Comarca de Camaçari, até o dia 25 de abril de 2018.
PORTARIA Nº 232/2018-COJE
O JUIZ COORDENADOR DOS JUIZADOS ESPECIAIS, no uso de suas atribuições legais, advindas do Decreto Judiciário nº
119/2018,
RESOLVE
Designar a Conciliadora TANIA VIRGINIA LUCIA DOS SANTOS, para ter exercício na 1ª Vara do Sistema dos Juizados Especiais
do Consumidor da Comarca de Salvador, pelo prazo de 02 (dois) anos.
Cuida-se de processo instaurado pelo(a) servidor(a) IBISEN DE BRITO GONCALVES, cadastro nº 902.608-8, lotado(a) na 1ª
Vara do Sistema dos Juizados Especiais, de Porto Seguro, solicitando alteração de suas férias, referentes ao período
aquisitivo de 16/06/2017 a 15/06/2018, agendadas para o período de 01/11/2018 a 30/11/2018, para serem usufruídas nos
períodos de 20/06/2018 a 29/06/2018 (10 dias) e de 07/01/2019 a 26/01/2019 (20 dias).
Considerando que os requisitos legais foram atendidos, e em razão da competência que me foi atribuída pelo Decreto
Judiciário nº 119, de 02/02/2018, DEFIRO o requerimento formulado pelo(a) servidor(a). Encaminhe-se o presente processo
à COREC, para as providências subsequentes.
Cuida-se de processo instaurado pelo(a) servidor(a) ANA LILIAN ROSA DE LINS SILVA, cadastro nº 900.534-0, lotado(a) na 1ª
Vara do Sistema dos Juizados Especiais, de Eunápolis, solicitando alteração de suas férias, referentes ao período aquisitivo
de 08/08/2017 a 07/08/2018, agendadas para o período de 08/08/2018 a 06/09/2018, para serem usufruídas nos períodos
de 28/08/2018 a 06/09/2018 (10 dias) e de 07/01/2019 a 26/01/2019 (20 dias).
Considerando que os requisitos legais foram atendidos, e em razão da competência que me foi atribuída pelo Decreto
Judiciário nº 119, de 02/02/2018, DEFIRO o requerimento formulado pelo(a) servidor(a). Encaminhe-se o presente processo
à COREC, para as providências subsequentes.
Cuida-se de processo instaurado pelo(a) servidor(a) NUBIA SANTOS SOUZA BENTO, cadastro nº 900.126-3, lotado(a) na 1ª
Vara do Sistema dos Juizados Especiais, de Eunápolis, solicitando alteração de suas férias, referentes ao período aquisitivo
de 30/05/2017 a 29/05/2018, agendadas para o período de 01/06/2018 a 30/06/2018, para serem usufruídas nos períodos
de 04/06/2018 a 13/06/2018 (10 dias) e de 06/08/2018 a 25/08/2018 (20 dias).
Considerando que os requisitos legais foram atendidos, e em razão da competência que me foi atribuída pelo Decreto
Judiciário nº 119, de 02/02/2018, DEFIRO o requerimento formulado pelo(a) servidor(a). Encaminhe-se o presente processo
à COREC, para as providências subsequentes.
Cuida-se de processo instaurado pelo(a) servidor(a) GRAZIELE PEREIRA FERREIRA, cadastro nº 902.348-8, Assessor de
Juiz, lotado(a) na 43ª Vara de Substituicoes, nesta Capital, solicitando alteração de suas férias, referentes ao período
aquisitivo de 28/04/2017 a 27/04/2018, agendadas para o período de 30/04/2018 a 29/05/2018, para serem usufruídas no
período de 08/05/2018 a 06/06/2018 (30 dias).
Considerando que os requisitos legais foram atendidos, e em razão da competência que me foi atribuída pelo Decreto
Judiciário nº 119, de 02/02/2018, DEFIRO o requerimento formulado pelo(a) servidor(a). Encaminhe-se o presente processo
à COREC, para as providências subsequentes.
TJBA – DIÁRIO DA JUSTIÇA ELETRÔNICO – Nº 2.099 - Disponibilização: terça-feira, 13 de março de 2018 Cad 1 / Página 25
DECISÕES/DESPACHOS EXARADOS PELO MM. JUIZ COORDENADOR DOS JUIZADOS ESPECIAIS, BEL. PAULO ALBERTO
NUNES CHENAUD, EM 12 DE MARÇO DE 2018:
A solicitação tem fulcro no art. 118 da Lei Estadual nº 6.677/1994 (Estatuto dos Servidores Públicos Civis do Estado da Bahia ), o qual
assegura que "(...) são considerados como de efetivo exercício os afastamentos em virtude de: (…) VIII - abono de falta, a critério do
chefe imediato do servidor, no máximo de 3 (três) dias por mês, desde que não seja ultrapassado o limite de 12 (doze) por ano".
Conforme consulta realizada no Sistema de Recursos Humanos - SRH e no SIGA, verifica-se que não consta nenhuma folga
usufruída com respaldo no dispositivo supracitado no ano de 2018.
Consta dos autos a anuência da Magistrada da Unidade em que a servidora se encontra lotada, Belª. Arlinda Souza Moreira.
Considerando que todos os requisitos legais encontram-se preenchidose, em razão da competência que me foi conferida
pelo Decreto Judiciário nº 119, de 02/02/2018, publicado no DJE de 05 de fevereiro de 2018, DEFIRO O PEDIDO.
Encaminhe-se o presente processo à Coordenação de Registros e Concessões - COREC, para as devidas anotações.
TRIBUNAL PLENO
EDITAL 008/2018*
*REPUBLICAÇÃO CORRETIVA
FAZ SABER, a quem interessar possa, especialmente aos senhores Desembargadores, que na sessão plenária ordinária administrativa
do próximo dia 21 (quarta-feira), com início às 08 horas e 30 minutos, serão apreciados, além dos processos constantes da pauta de
julgamento adiante publicada, o assunto a que se refere o Edital n. 208/2017 (acesso ao cargo de Desembargador, pelo critério de
MERECIMENTO, para a 4ª Câmara Cível, em razão da vaga instalada) e outros assuntos que ocorrerem.
SECRETARIA DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DA BAHIA, em 09 de março de 2018. Eu, Bel. Antônio
Roque do Nascimento Neves, Secretário Judiciário, subscrevi.
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DA BAHIA
Telma Laura Silva Britto
PUBLICAÇÃO DE DESPACHOS E DECISÕES MONOCRÁTICAS
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DA BAHIA
Joanice Maria Guimarães de Jesus
PUBLICAÇÃO DE DESPACHOS E DECISÕES MONOCRÁTICAS
Diante da certidão de fl. 85, a qual informou que o alvará foi emitido utilizando-se o nome correto da parte, tal seja DANYELLE
MARANHÃO DE ALMEIDA, indefiro o pedido de fl. 87 e determino o arquivamento dos autos, dando-se baixa definitiva na
distribuição. Publique-se. Intime-se. Cumpra-se.
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DA BAHIA
Silvia Carneiro Santos Zarif
PUBLICAÇÃO DE DESPACHOS E DECISÕES MONOCRÁTICAS
Considerando a expedição, pela Secretaria do Tribunal Pleno, dos ofícios requisitórios em favor dos exequentes, determino
a intimação dos mesmos para que informem se tem interesse no prosseguimento do feito em relação à discussão dos
valores remanescentes controvertidos pelo Estado da Bahia. Publique-se. Intimem-se. Cumpra-se.
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DA BAHIA
Silvia Carneiro Santos Zarif
PUBLICAÇÃO DE DESPACHOS E DECISÕES MONOCRÁTICAS
Defiro o pedido de prorrogação do prazo por mais 30 (trinta) dias para que os exequentes apresentem manifestação sobre
o prosseguimento da execução. Publique-se. Intimem-se. Cumpra-se.
DESPACHO
Intime-se o Impetrante sobre a manifestação do Estado de fls. 229, em especial se pretende prosseguir com a Execução
sob a forma de Requisição de Pequeno Valor, limitada ao teto Estadual, ou de Precatório referente ao valor total.
Após, voltem-me conclusos.
Publique-se. Intimem-se. Cumpra-se.
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DA BAHIA
TRIBUNAL PLENO
PUBLICAÇÃO DE ACÓRDÃOS
PROCESSOS JULGADOS NA SESSÃO DE 28 de Fevereiro de 2018
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DA BAHIA
TRIBUNAL PLENO
PUBLICAÇÃO DE ACÓRDÃOS
PROCESSOS JULGADOS NA SESSÃO DE 28 de Fevereiro de 2018
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DA BAHIA
Desa. Maria da Purificação Silva Tribunal Pleno
DECISÃO
8003355-37.2018.8.05.0000 Petição (cível)
Jurisdição: Tribunal De Justiça
Parte Autora: Larissa Santos Da Silva
Advogado: Rafael De Jesus Gomes (OAB:4749600A/BA)
Advogado: Joanny Dos Santos Muniz Batista (OAB:5015700A/BA)
TJBA – DIÁRIO DA JUSTIÇA ELETRÔNICO – Nº 2.099 - Disponibilização: terça-feira, 13 de março de 2018 Cad 1 / Página 30
Decisão:
O processo foi inicialmente distribuído por sorteio para a Desa. Maria de Fátima Silva Carvalho, que declarou a sua suspeição,
determinando a redistribuição do feito. Realizado novo sorteio, coube-me a relatoria, em substituição à Desa. Maria da
Purificação da Silva.
Todavia, tratando-se de ação que objetiva a execução de acórdão proferido em mandado de segurança coletivo, distribuída
ao Plenário desta Corte e em observância a regra inserida no §3º, do referido artigo 83, a qual dispõe que: "§ 3º - Os Juízes
Substitutos de Segundo Grau convocados poderão participar do julgamento, inclusive na condição de Relator,apenas dos
processos indicados no inciso XXIII do caput deste artigo.", abstenho-me de apreciar o feito e determino o encaminhamento
dos autos para nova distribuição, por sorteio ou prevenção, conforme seja o caso.
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DA BAHIA
Desa. Maria da Purificação Silva Tribunal Pleno
DECISÃO
8004362-64.2018.8.05.0000 Reclamação
Jurisdição: Tribunal De Justiça
Reclamante: Sul America Companhia De Seguro Saude
Advogado: Jose Carlos Van Cleef De Almeida Santos (OAB:0273843/SP)
Reclamado: 04ª Turma Recursal Cível Do Estado Da Bahia
Decisão:
Os elementos constantes dos autos indicam que o caso, em princípio, não se enquadra nas hipóteses de competência
originária do Tribunal Pleno, a teor do disposto no art. 83, XII, alínea f, do RI/TJBA.
Todavia, tratando-se de Reclamação distribuída ao Plenário desta Corte e em observância a regra inserida no §3º, do
referido artigo 83, a qual dispõe que: "§ 3º - Os Juízes Substitutos de Segundo Grau convocados poderão participar do
julgamento, inclusive na condição de Relator, apenas dos processos indicados no inciso XXIII do caput deste artigo.",
abstenho-me de apreciar o feito e determino que o encaminhamento dos autos a distribuição para seja sorteado novo
Relator.
Publique-se.
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DA BAHIA
Presidente
DECISÃO
8000304-52.2017.8.05.0000 Suspensão De Liminar Ou Antecipação De Tutela
Jurisdição: Tribunal De Justiça
Autor: Estado Da Bahia
Réu: Leonidas Barreto
Advogado: Juliana Rita De Souza Ourives (OAB:0020453/BA)
Decisão:
O ESTADO DA BAHIA, por seu procurador, formulou o presente pedido de suspensão dos efeitos da liminar concedida nos
autos da Ação Anulatória nº 8001400-86.2016.8.05.0243, ajuizada por LÊONIDAS BARRETO.
TJBA – DIÁRIO DA JUSTIÇA ELETRÔNICO – Nº 2.099 - Disponibilização: terça-feira, 13 de março de 2018 Cad 1 / Página 31
A decisão, cujos efeitos se pretende sustar, determinou ao Estado da Bahia o restabelecimento do pagamento do benefício
previdenciário do autor, ora requerido, sob pena de multa diária, nos seguintes termos:
"Isto posto DEFIRO PEDIDO LIMINAR para determinar ao ESTADO DA BAHIA, que REINTEGRE o Requerente Sr. LEÔNIDAS
BARRETO no cadastro de pensionista do SUPREV, restabelecendo imediatamente a sua Pensão por Morte, Matrícula sob nº
11.104586-0. No prazo máximo de 72 (setenta e duas horas) contadas da intimação. Sob pena de multa diária, que fixo em
R$ 2.000,00(dois mil reais), para o caso de descumprimento. Com prazo de incidência de até 30(trinta) dias.
Citem-se/intimem-se o requerido, na pessoa do seu representante legal, para contestarem no prazo de lei."
Ab initio, o Requerente sustenta a impossibilidade de concessão da medida liminar contra ato de autoridade sujeita, quando
na via de Mandado de Segurança, à competência original de Tribunal de Justiça da Bahia, consoante prevê o artigo 123,
alínea "b", da Constituição do Estado da Bahia.
Defende que não é possível a concessão de medida liminar que implique concessão de vantagens ou que esgote o objeto
da ação.
Alega que não se fazem presentes os requisitos para a concessão da tutela de urgência, ressaltando o risco de dano
inverso ao Requerente diante da impossibilidade de restabelecimento da situação anterior, haja vista a natureza alimentícia
da prestação.
Por fim, alega que o decisum causa grave lesão à ordem e economia públicas, uma vez que impõe ao Estado o pagamento
de proventos antes do trânsito em julgado, destacando o risco de efeito multiplicador.
Intimado, o Requerido se manifestou no ID nº 601110, defendendo a ausência dos requisitos necessários à suspensividade
perseguida, pugnando pela manutenção da decisão de primeiro grau.
O Ministério Público emitiu parecer n° 038/2018, opinando pelo indeferimento do pedido de suspensão de liminar porque
ausentes os elementos necessários para a sua concessão consoante ID nº 778197.
É o relatório.
DECIDO.
Com efeito, o pedido de Suspensão de Liminar caracteriza-se como instrumento previsto em lei para suspender a execução
de liminares nas ações movidas contra o Poder Público ou seus agentes, no caso de manifesto interesse público ou de
flagrante ilegitimidade e para salvaguardar a ordem, a saúde, a segurança e a economia públicas.
É o que se depreende da análise do artigo 4º da Lei 8.437/92. Confira-se:
"Art. 4° Compete ao presidente do tribunal, ao qual couber o conhecimento do respectivo recurso, suspender, em despacho
fundamentado, a execução da liminar nas ações movidas contra o Poder Público ou seus agentes, a requerimento do
Ministério Público ou da pessoa jurídica de direito público interessada, em caso de manifesto interesse público ou de
flagrante ilegitimidade, e para evitar grave lesão à ordem, à saúde, à segurança e à economia públicas".
Outrossim, cumpre-me esclarecer que não cabe, no âmbito do pedido de suspensão, examinar o mérito do processo
principal, devendo a análise ater-se à verificação da existência de grave lesão aos bens tutelados pela norma de regência,
sob pena de torná-lo sucedâneo recursal.
Nesse sentido, os precedentes do Supremo Tribunal Federal e do Superior Tribunal de Justiça:
"AGRAVO REGIMENTAL. SUSPENSÃO DE TUTELA ANTECIPADA. NÃO OCORRÊNCIA DE LESÃO AOS VALORES TUTELADOS.
JUÍZO MÍNIMO DE DELIBAÇÃO. PROTEÇÃO AMBIENTAL. ART. 225 DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL. AGRAVO A QUE SE NEGA
PROVIMENTO. (...) Na suspensão de segurança não se aprecia o mérito do processo principal, mas tão somente a ocorrência
dos aspectos relacionados à potencialidade lesiva do ato decisório em face dos interesses públicos relevantes consagrados
em lei: a ordem, a saúde, a segurança e a economia públicas. (...) (STF AgR, Relator(a): Min. RICARDO LEWANDOWSKI
(Presidente), Tribunal Pleno, julgado em 07/05/2015, Processo Eletrônico Dje-101, Divulgado em 28/05/2015, Publicado em
29/05/2015)."
"ADMINISTRATIVO E PROCESSUAL CIVIL. ACÓRDÃO EM PEDIDO DE SUSPENSÃO DE LIMINAR. DECISÃO COM NATUREZA
POLÍTICA. NÃO CABIMENTO DO APELO EXTREMO. 1 - A suspensão de liminar e de sentença limita-se a averiguar a
possibilidade de grave lesão à ordem, à segurança, à saúde e às economias públicas. Não se examinam, no pedido de
contracautela, os temas de mérito da demanda principal. (...)(AgRg no REsp 1207495/RJ, Rel. Ministro HUMBERTO MARTINS,
SEGUNDA TURMA, julgado em 14/04/2011, DJe 26/04/2011)."
Na hipótese posta para acertamento, insurge-se o Requerente contra a decisão proferida pelo Juízo de Primeiro Grau nos
autos da Ação Ordinária ajuizada por Lêonidas Barreto, que determinou a sua reintegração ao cadastro de pensionistas do
SUPREV, restabelecendo a sua pensão por morte, sob pena de multa diária, no valor de R$ 2.000,00 (dois mil) reais, que,
"a posteriori" foi majorada para o montante de 5.000,00 (cinco mil) reais, em razão do seu descumprimento.
No caso, respeitados os limites cognitivos do pedido de suspensão, evidencia-se que a decisão que se pretende sustar não
tem potencial de causar lesão à ordem e economia públicas. Pois, em que pese o Estado alegar que a decisão lhe causaria
impacto nas finanças, não indica concretamente como o pagamento de um único beneficio previdenciário seria suficiente
para ultrapassar o limite de responsabilidade e ocasionar prejuízos de grande monta.
Logo, o Requerente não se desincumbiu do ônus de demonstrar, concretamente, o preenchimento dos requisitos estatuídos
na lei de regência.
Nesse sentido, válida a transcrição de trecho elucidativo constante do parecer exarado pelo Ministério Público. In verbis:
"No caso sub examine, é fácil constatar a inexistência de um risco evidente de prejuízo à ordem administrativa suscitada,
pois a decisão guerreada apenas concedeu o direito ao Requerido ter seu 'status quo' reestabelecido, em face da suspensão
realizada sem respeito ao contraditório, ampla defesa e da ausência de irreversibilidade dos efeitos desta decisão, uma vez
que poderia o Ente Estadual interpor o recurso agravo de instrumento.
[…]
Ademais, a fragilidade dos argumentos utilizados na suspensão da segurança, obsta, por consequência, a ampla deliberação
a respeito, tendo em vista ser o juízo do pedido de suspensão de liminar peculiar. É que nestes casos, repise-se, o pedido
TJBA – DIÁRIO DA JUSTIÇA ELETRÔNICO – Nº 2.099 - Disponibilização: terça-feira, 13 de março de 2018 Cad 1 / Página 32
deverá sempre demonstrar, exaustivamente, a ocorrência do risco aos interesses primários do poder público, - o que não
ocorreu no caso em Processo nº 8000304-52.2017.8.05.0000 7 exame, vez que o Ente Federativo declarou, laconicamente,
a possibilidade de ocorrência de prejuízo aos bens públicos supracitados. ". (fl. 95).
Por outro lado, a alegada impossibilidade de conceder-se medidas antecipatórias que impliquem em pagamento de
vencimentos, a teor das vedações impostas pela Lei nº 9.494/97, não se coaduna com a orientação dos Tribunais Superiores,
que excepcionam tal regra quando a lide envolva matéria previdenciária, justamente a hipótese dos autos.
No particular, a jurisprudência já foi cristalizada, com a edição da Súmula nº. 729, pelo Supremo Tribunal Federal, in verbis:
"A decisão na ADC-4 não se aplica à antecipação de tutela em causa de natureza previdenciária."
É o que também se depreende do seguinte julgado:
PROCESSUAL CIVIL. EMBARGOS DECLARATÓRIOS. ANTECIPAÇÃO DE TUTELA. EXECUÇÃO PROVISÓRIA. FAZENDA
PÚBLICA. ART. 2º-B DA LEI Nº 9.494/97. ADC-4.SÚMULA 729/STF. RESTABELECIMENTO DE BENEFÍCIO. POSSIBILIDADE.
PRECEDENTES. EMBARGOS REJEITADOS.
I - (...)
II - Em relação à matéria em destaque, cumpre salientar o entendimento sedimentado nesse Superior Tribunal de Justiça
que aponta no sentido de que, tratando-se de causas de natureza previdenciária, é possível a antecipação de tutela contra
a Fazenda Pública, posicionamento este, em consonância com o Enunciado Sumular nº 729 do Supremo Tribunal Federal.
Precedentes.
III - Ainda que assim não fosse entendido, milita a favor do ora embargante o entendimento jurisprudencial desta Corte no
sentido de que o art. 2º-B da Lei 9.494/97 deve ser interpretado restritivamente, de modo que a restauração de benefício
outrora negado não se enquadra aos pleitos atinentes a liberação de recurso, inclusão em folha de pagamento, reclassificação,
equiparação, concessão de aumento ou extensão de vantagens a servidores. Precedentes.
IV - Embargos de declaração rejeitados.
(EDcl nos EDcl no AgRg no Ag 701.863/PE, Rel. Ministro GILSON DIPP, QUINTA TURMA, julgado em 18/05/2006, DJ 19/06/
2006 p. 183).
Isso posto, indefere-se o pedido de suspensão dos efeitos da decisão concedida no processo de nº 8001400-
86.2016.8.05.0243.
Publique-se.
Intimem-se.
Salvador/BA, março 12, 2018.
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DA BAHIA
Des. José Edivaldo Rocha Rotondano Tribunal Pleno
DESPACHO
8001108-83.2018.8.05.0000 Mandado De Segurança (cível)
Jurisdição: Tribunal De Justiça
Espólio: Juarez Sento Se Fernandes Da Cunha
Advogado: Francisco Jose Bastos (OAB:0004281/BA)
Advogado: Larissa Ferreira Simoes De Oliveira (OAB:0021513/BA)
Impetrado: Presidente Do Tribunal De Justiça Do Estado Da Bahia
Impetrado: Juiza Do Nucleo De Precatorios
Interessado: O Estado Da Bahia
Despacho:
Inexistindo pedido de medida liminar, notifique-se as autoridades apontadas como coatoras a fim de que, no prazo de 10
(dez) dias, prestem as necessárias informações, nos moldes prescritos no art. 7º, inciso I, da Lei n. 12.016/2009.
Dê-se ciência ao órgão de representação da pessoa jurídica interessada para que, querendo, ingresse no feito.
Após, remetam-se os autos à Douta Procuradoria de Justiça para que seja ofertado o indispensável parecer, no prazo de 10
(dez) dias.
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DA BAHIA
Presidente
DESPACHO
8000074-10.2017.8.05.0000 Suspensão De Liminar Ou Antecipação De Tutela
Jurisdição: Tribunal De Justiça
Réu: P L R Prestacao De Servicos Ltda
Advogado: Vagner Cerqueira Da Silva (OAB:0045223/BA)
TJBA – DIÁRIO DA JUSTIÇA ELETRÔNICO – Nº 2.099 - Disponibilização: terça-feira, 13 de março de 2018 Cad 1 / Página 33
Despacho:
Diante da certidão ID 770348 e uma vez já efetuada a retificação da autuação, intime-se o Requerido para ciência da decisão
ID 498162 para que, querendo, ofereça manifestação.
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DA BAHIA
Presidente
DESPACHO
8002461-61.2018.8.05.0000 Suspensão De Liminar Ou Antecipação De Tutela
Jurisdição: Tribunal De Justiça
Autor: Kasamar Ouro Comercial Eireli - Epp
Advogado: Luiz Sergio Porto Do Carmo (OAB:000715B/BA)
Réu: Jose Silmar Nogueira
Advogado: Marcio Rogerio De Souza (OAB:0016661/PR)
Despacho:
Em que pese o posterior pedido de desistência formulado pelo Requerente consoante ID nº 788015, já declinei da competência
para processar e julgar o presente feito em favor da Presidência do Superior Tribunal de Justiça.
Isso posto, cumpra-se a decisão ID nº 731426 e, por conseguinte, encaminhem-se-lhe os autos.
Publique-se.
Intimem-se
Cumpra-se
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DA BAHIA
Presidente
DESPACHO
8004400-76.2018.8.05.0000 Suspensão De Liminar Ou Antecipação De Tutela
Jurisdição: Tribunal De Justiça
Autor: Municipio De Buerarema
Advogado: Secy Joira Ramos De Oliveira (OAB:0036616/BA)
Réu: Ministerio Publico Do Estado Da Bahia
Despacho:
Trata-se de Agravo de Instrumento autuado, equivocadamente, como Suspensão de Liminar e distribuído à Presidência
deste Tribunal.
Diante disso, devolvam-se os autos ao SECOMGE para as correções de autuação pertinentes e redistribuição.
Publique-se.
Intimem-se
Cumpra-se
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DA BAHIA
Presidente
DESPACHO
8004057-80.2018.8.05.0000 Suspensão De Liminar Ou Antecipação De Tutela
Jurisdição: Tribunal De Justiça
Autor: C. M. D. S.
Advogado: Helder Lessa Freire (OAB:0018434/BA)
Advogado: Mila Sampaio Dos Humildes Oliveira (OAB:0027936/BA)
Réu: N. -. P. A. E. P. L. -. E.
Advogado: Andre Azevedo Najar (OAB:0045077/BA)
Despacho:
Publique-se.
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DA BAHIA
Des. Abelardo Paulo da Matta Neto Tribunal Pleno
DESPACHO
8004379-03.2018.8.05.0000 Habeas Corpus
Jurisdição: Tribunal De Justiça
Paciente: Carlos Sandro Conceicao Dos Santos
Advogado: Damares Dos Anjos Costa (OAB:0038234/BA)
Impetrado: Excelentissimo Juiz De Direito Da Vara Do Júri Da Comarca De Feira De Santana
Despacho:
Vistos etc.,
Cuida-se de ação de Habeas Corpus impetrada pela advogada Bela. Damares dos Anjos Costa (OAB/BA 38.234), em favor
de Carlos Sandro Conceição dos Santos, apontando como autoridade coatora o Juiz de Direito da Vara do Júri da Comarca
de Feira de Santana/BA.
Consoante se verifica da certidão de ID. 796446, o presente feito foi distribuído por sorteio, a teor da classificação atribuída
pelo usuário que cadastrou o feito no sistema PJe, sendo identificada divergência entre a classe processual cadastrada e
o órgão competente para processamento do mandamus.
Nos termos do art. 99, inciso I, do Regimento Interno do Tribunal de Justiça do Estado da Bahia, compete às Turmas
Criminais processar e julgar as ações de Habeas Corpus, excetuando-se quando o coator ou o paciente for membro do
Poder Legislativo Estadual, Servidor ou Autoridade, cujo ato esteja diretamente submetido à jurisdição do Tribunal de
Justiça, quando se tratar de infração penal sujeita à mesma jurisdição em única instância ou quando houver perigo de se
consumar a violência antes que outro Juiz ou Tribunal possa conhecer do pedido (art. 83, XXII, e, do RITJBA).
Assim, considerando que a presente ação mandamental não se coaduna com o dispositivo regimental
supramencionado,determino a remessa da presente ação ao SECOMGE para que promova a sua redistribuição a um dos
Desembargadores pertencentes às Turmas Criminais, desta E. Corte, verificando, se for o caso, as regras de prevenção.
Publique-se. Cumpra-se.
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DA BAHIA
Des. Luiz Fernando Lima Tribunal Pleno
DESPACHO
8004322-82.2018.8.05.0000 Habeas Corpus
Jurisdição: Tribunal De Justiça
Paciente: Jadir Ungaro
Advogado: Marcelo Feller (OAB:0296848/SP)
TJBA – DIÁRIO DA JUSTIÇA ELETRÔNICO – Nº 2.099 - Disponibilização: terça-feira, 13 de março de 2018 Cad 1 / Página 35
Despacho:
Tendo em vista a incompetência deste Tribunal Pleno para apreciar o presente pedido de habeas corpus, determino a
remessa dos autos ao SECOMGE, para que redistribua o feito para uma das Turmas Criminais deste Tribunal de Justiça, na
forma do art. 99, I, do Regimento Interno do TJBA, observando-se a regra de prevenção, se houver.
Publique-se. Cumpra-se.
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DA BAHIA
Desa. Maria de Fátima Silva Carvalho Tribunal Pleno
DECISÃO
8002046-78.2018.8.05.0000 Mandado De Segurança (cível)
Jurisdição: Tribunal De Justiça
Impetrante: Cerqueira & Mota Advogados Associados
Advogado: Matheus De Cerqueira Y Costa (OAB:0014144/BA)
Advogado: Adriana Bouzas Seoane (OAB:0028230/BA)
Impetrado: Presidente Do Tribunal De Justiça Do Estado Da Bahia
Decisão:
Vistos, etc.
Trata-se de MANDADO DE SEGURANÇA COM PEDIDO DE MEDIDA LIMINAR impetrado por CERQUEIRA & MOTA ADVOGADOS
ASSOCIADOS, em face de suposto ato ilegal atribuído ao PRESIDENTE DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DA BAHIA.
A irresignação da impetrante consubstancia-se em suposto erro perpetrado pelo MM. Juízo Auxiliar de Conciliação de
Precatórios que exercendo atribuição delegada pela Presidência deste Egrégio Tribunal, revisou de ofício o cálculo que
lastreou o valor requisitado, com amparo no quantum determinado pelo Juízo de origem da ação nº 0001892-
51.1996.8.05.0039.
Alega que: "o Município de Camaçari ajuizou a ação ordinária, tombada sob o nº 0001892-51.1996.8.05.0039, objetivando a
declaração de inexistência de obrigação, contra as empresas CEM- COORDENAÇÃO DE ENGENHARIA AOS MUNICÍPIOS
LTDA e GIRAU-CONSTRUTORA LTDA, esta última patrocinada pela Sociedade de Advogados Impetrante e que o Juízo de
origem prolatou sentença julgando improcedente a ação declaratória do Ente Municipal e procedente a reconvenção da CEM
e GIRAU, oportunidade em que fixou o percentual de 5% sobre o valor do débito regularmente atualizado à título de honorários
advocatícios sucumbenciais. A sucumbência dos advogados da GIRAU foi dividida de comum acordo na proporção 1/3 para
Fonseca Cerqueira e Teixeira e 2/3 para Advocacia Wellington Cerqueira, esta última a sociedade Impetrante" ( ID 696702).
Sustenta que o ato coator modificou os critérios de cálculo originariamente reconhecidos e fixados, no exercício de atividade
jurisdicional pelo Juízo de Conhecimento e Execução, ofendendo, assim, a coisa julgada, bem como em afronta ao direito
adquirido, segurança jurídica e impessoalidade.
Defende que a ausência de expedição de ofício ao ente municipal para inclusão do valor no orçamento do Município de
Camaçari nos termos do art. 7º da Resolução 115 do CNJ impede o pagamento do Precatório da Impetrante, causando-lhe
prejuízos e, por consequência, impede o pagamento de toda a fila de Precatórios do referido Município de Camaçari.
Diante de tais considerações, entendendo presentes os requisitos do fumus boni iuris e periculum in mora, pugna pelo
deferimento de medida liminar, para determinar a expedição de ofício requisitório ao Chefe do Poder Municipal de Camaçari
no valor total do crédito da Impetrante, na forma definida pelo Juízo da Execução, para que sejam adotadas as providencias
cabíveis de previsão orçamentária. No mérito, pleiteia a confirmação da liminar para que seja concedida a segurança
vindicada (ID 696702).
É o que importa relatar.
DECIDO.
A concessão de medida liminar obriga o julgador quando presentes seus requisitos, relevantes os fundamentos da impetração
e do ato impugnado puder resultar a ineficácia da decisão judicial, se concedida ao final, nos termos do artigo 7º, inciso III,
da Lei nº 12.016/09, in verbis:
"Art. 7º. Ao despachar a inicial, o juiz ordenará:
(…)
III - que se suspenda o ato que deu motivo ao pedido, quando houver fundamento relevante e do ato impugnado puder
resultar a ineficácia da medida, caso seja finalmente deferida, sendo facultado exigir do impetrante caução, fiança ou
depósito, com o objetivo de assegurar o ressarcimento à pessoa jurídica."
TJBA – DIÁRIO DA JUSTIÇA ELETRÔNICO – Nº 2.099 - Disponibilização: terça-feira, 13 de março de 2018 Cad 1 / Página 36
In casu, a despeito da relevância dos fundamentos suscitados pela impetrante, bem como da documentação que acompanha
o seu petitório, não vislumbro a existência da fumaça do bom direito (fumus boni iuris) capaz de embasar a concessão da
medida liminar ora vindicada, necessitando, nessas hipóteses, da abertura do contraditório para melhor elucidação dos
fatos.
Desta forma, não demonstrado pela parte, de forma nítida e cabal, a existência do fumus boni iuris, não deve ser acolhida a
sua pretensão pleiteada na exordial.
Neste sentido, traz-se à baila o seguinte precedente:
MANDADO DE SEGURANÇA. PRECATÓRIO. ATO DELEGADO DO PRESIDENTE DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA. REDUÇÃO DO
VALOR DOS CÁLCULOS APRESENTADOS PELO CREDOR. PRELIMINARES DE DECADÊNCIA, ILEGITIMIDADE PASSIVA E
INCOMPETÊNCIA ABSOLUTA. REJEIÇÃO. MÉRITO. POSSIBILIDADE DE REVISÃO, PELO PRESIDENTE DO TRIBUNAL, DE
OFÍCIO OU A REQUERIMENTO DAS PARTES, DAS CONTAS ELABORADAS PARA AFERIR O VALOR DOS PRECATÓRIOS
ANTES DO SEU PAGAMENTO AO CREDOR. ART. 1º-E, DA LEI Nº 9.494/97. VERIFICAÇÃO DE INDEVIDA CAPITALIZAÇÃO DE
JUROS E EQUIVOCADA APLICAÇÃO DE CORREÇÃO MONETÁRIA, NÃO CONTEMPLADAS PELA SENTENÇA EXEQUENDA.
ERRO MATERIAL. CONFIGURAÇÃO. CORREÇÃO DE OFÍCIO. POSSIBILIDADE. REDUÇÃO DA QUANTIA. ACERTO.
INEXISTÊNCIA DE VIOLAÇÃO À COISA JULGADA. DESPROPORCIONALIDADE E FALTA DE RAZOABILIDADE NOS CÁLCULOS
DO CREDOR. AUSÊNCIA DE DIREITO LÍQUIDO E CERTO. DENEGAÇÃO DA SEGURANÇA. I - Preliminar de decadência.
Rejeição. Disponibilizado o ato combatido no DPJe em 17.09.2014, é tempestiva a impetração ocorrida em 10.12.2014. II -
Preliminares de ilegitimidade passiva e incompetência absoluta. Rejeição. O ato do Conselho Nacional de Justiça que
ordenou, de forma geral, a revisão dos precatórios expedidos pelas Cortes Estaduais não se consubstancia no ato questionado
no writ, mas sim o ato concreto do Juiz Presidente do Núcleo de Conciliação de Precatório do TJBA, que, em atividade
delegada, ao dar cumprimento àquela determinação superior, modificou o valor do precatório cujo pagamento visam os
impetrantes. Trata-se de ato específico, praticado por autoridade competente para tanto, no exercício de atividade delegada,
sendo o Órgão Plenário da Corte o competente, portanto, para apreciação da ação sob exame, consoante as normas
regimentais. III - Mérito. Na forma do art. 1º-E, da Lei nº 9.494/97, é admissível ao Presidente do Tribunal de Justiça, de ofício
ou a pedido das partes, a revisão de cálculos de precatórios, principalmente se houver suspeição de erros materiais e
inexatidões dos cálculos financeiros realizados pelo credor. IV - Por sua vez, o art. 35, da Resolução nº 115, do CNJ,
corroborando o disposto no art. 1º-E, da Lei nº 9.494/97, também autoriza o Presidente do Tribunal, ao rever as contas do
precatório, modificá-las quando verificada a ocorrência de defeitos nos cálculos por incorreção material ou adoção de
critérios divergentes com o texto legal ou o título em execução. Prerrogativa inerente à atividade administrativa. V - A inclusão
indevida de capitalização de juros, não contemplada pelo título executivo judicial, bem assim a aplicação de correção
monetária de forma diversa daquela determinada no título, configuram erro material, passível de correção. (Classe: Mandado
de Segurança, Número do Processo: 0021581-71.2014.8.05.0000, Relator(a): Gardenia Pereira Duarte, Tribunal Pleno,
Publicado em: 14/03/2017)
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DA BAHIA
Desa. Heloísa Pinto de Freitas Vieira Graddi Tribunal Pleno
DECISÃO
8004231-89.2018.8.05.0000 Reclamação
Jurisdição: Tribunal De Justiça
Reclamante: Sul America Companhia De Seguro Saude
Advogado: Jose Carlos Van Cleef De Almeida Santos (OAB:0273843/SP)
Reclamado: 03ª Turma Recursal Cível Da Comarca De Salvador- Ba
Decisão:
SUL AMÉRICA COMPANHIA DE SEGURO SAÚDE apresenta reclamação contra acórdão da 3ª TURMA RECURSAL DO SISTEMA
DOS JUIZADOS ESPECIAIS CÍVEIS, exarado nos autos do processo nº 0117472-19.2014.8.05.0001, que manteve a sentença
de procedência parcial e confirmou a declaração de abusividade do reajuste decorrente da mudança de faixa etária (44
anos), aplicado ao contrato de plano de saúde da ex adversus.
TJBA – DIÁRIO DA JUSTIÇA ELETRÔNICO – Nº 2.099 - Disponibilização: terça-feira, 13 de março de 2018 Cad 1 / Página 37
Alega que, de acordo com o entendimento firmado no julgamento do REsp 1.568.244/RJ (Tema 952), nas causas em que se
discute a abusividade ou a aleatoriedade do aumento aplicado às mensalidades do plano de saúde, o Julgador não deve
afastar ou reduzir o percentual, sem o amparo de prova técnica atuarial complexa, para garantir a observância ao mutualismo
e ao equilíbrio econômico-financeiro do contrato.
Diz que, em razão daquele julgado, está caracterizada a inviabilidade da causa originária ser processada pelos Juizados
Especiais, "cujo rito é incompatível com a produção da imprescindível prova técnica" para apuração de percentual adequado
e razoável de majoração da mensalidade.
Conclui, neste particular, que "resta clara a manifesta incompetência absoluta deste D. Juízo, para processar a presente
demanda, cujo processo deve ser extinto de pronto, sem resolução de mérito, conforme preceito contido no art. 51, III da Lei
n.º 9.099/95.".
Afirma que o reajuste por mudança de faixa etária, impugnado na exordial da causa originária, observou todos os requisitos
exigidos pelo julgado paradigma já referido, bem como as regras do Código de Defesa do Consumidor.
Requer a concessão de tutela de urgência, a fim de ser determinada a suspensão do processo originário, e, ao final, a
procedência da Reclamação, para determinar a extinção do mesmo, sem resolução de mérito, ou decretar a sua
improcedência.
É o relatório.
DECIDO
Perlustrando os autos, constatei que a Reclamação ora em análise tem dupla finalidade: de reconhecer a incompetência
dos Juizados Especiais para processar e julgar a ação originária e, consequentemente, de extinguir o respectivo sem
resolução de mérito; e de declarar a legalidade do reajuste aplicado à mensalidade do plano de saúde.
Observa-se que uma das referidas questões está afeta ao Direito Processual e, consequentemente, à competência das
Seções Cíveis Reunidas.
Quando a Reclamação tiver a finalidade de resolver controvérsia relacionada a Direito Material, deverá ser processada por
uma das Seções Cíveis, com base na respectiva natureza jurídica da lide, isto é, pela Seção Cível de Direito Privado, se
versar sobre Direito Material privado, e pela Seção Cível de Direito Público, se versar sobre Direito Material público.
As Cíveis Reunidas, por sua vez, têm competência para processar e julgar tais Reclamações, se o objeto litigioso tratar 1)
de questões de direito processual civil ou 2) de questões de direito, comuns àqueloutros órgãos julgadores.
É o que se infere das regras insertas nos artigos 92 e 92-A do Regimento Interno do Tribunal de Justiça, in verbis:
"Art. 92 - Compete a cada uma das Seções Cíveis, no âmbito da sua competência, definida nos artigos seguintes:
I - processar e julgar:
(...)
i) a reclamação destinada a dirimir divergência entre acórdão prolatado por Turma Recursal e a jurisprudência do Superior
Tribunal de Justiça, consolidada em incidente de assunção de competência e de resolução de demandas repetitivas, em
julgamento de recurso especial repetitivo e em enunciados das Súmulas do STJ, bem como para garantir a observância de
precedentes,em matérias da competência das Seções, com exceção das hipóteses em que o Regimento estabelecer a
competência de órgão diverso;"
Ao se pronunciar sobre o tema, o Órgão Plenário desta Corte, à unanimidade, externou linha de intelecção que respalda tal
entendimento, como se infere da ementa do seguinte julgado:
aplicadas no contrato, sob alegação de estar conflitante com o entendimento do Superior Tribunal de Justiça. 2. Competência
das Seções Cíveis para processar e julgar Reclamação desta natureza. 3. Quando a matéria de fundo do recurso for de
direito material a competência é das Seções Cíveis, sendo de matéria processual a competência é das Seções Cíveis
Reunidas. 4. Discussão sobre taxas de juros aplicadas em contrato é matéria de direito material. Observância do art. 92, I,
"i" do RITJ/BA. 5. Improcedência." Grifei
(Conflito de Competência nº 0007695-34.2016.8.05.0000, Rel. Desa. 1ª Vice-Presidente do TJBA, julgado em 12/4/2017)
Sendo assim, evidenciado que o objeto litigioso da Reclamação sob análise versa, também, sobre Direito eminentemente
Processual Civil, impõe-se o reconhecimento da incompetência do Tribunal Pleno, e também da Seção Cível de Direito
Privado, e a consequente declinação às Seções Cíveis Reunidas, a qual, dentre as Seções desta Corte, possui maior
composição de Julgadores e, portanto, pode apreciar a integralidade das questões a serem discutidas nesta Reclamação.
Com tais considerações, determino a remessa dos autos ao SECOMGE, a fim de que providencie a redistribuição, por
sorteio, para um dos Desembargadores componentes das Seções Cíveis Reunidas.
Publique-se.
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DA BAHIA
Desa. Heloísa Pinto de Freitas Vieira Graddi Tribunal Pleno
DECISÃO
8003942-59.2018.8.05.0000 Reclamação
Jurisdição: Tribunal De Justiça
Reclamante: Sul America Companhia De Seguro Saude
Advogado: Jose Carlos Van Cleef De Almeida Santos (OAB:0273843/SP)
Reclamado: 05ª Turma Recursal Cível Da Comarca Salvador - Ba
Decisão:
Conforme certificado nos autos, a distribuição do feito o foi de forma equivocada, pelo advogado peticionante, pois, direcionado
a órgão julgador incompetente para julgar o feito.
Trata-se de Reclamação Constitucional contra decisão proferida por Juiz de Direito, componente da Quinta Turma Recursal
dos Juizados Especiais do Tribunal de Justiça do Estado da Bahia, relator nos autos, por suposta violação à autoridade de
julgado do Egrégio Superior Tribunal de Justiça.
Contudo, em se tratando de Reclamação, onde se discute entre outras matérias, a incompetência absoluta do Juízo, afeta
ao direito processual, o órgão competente para processamento e julgamento do feito é das Seções Cíveis Reunidas,
consoante artigo 92-A do RI/TJBA.
Diante do exposto, determino o retorno do processo ao SECOMGE, a fim de que proceda à livre distribuição do presente feito,
diante do citado equívoco, no âmbito do órgão julgador competente, qual seja às Seções Cíveis Reunidas.
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DA BAHIA
Desa. Heloísa Pinto de Freitas Vieira Graddi Tribunal Pleno
DECISÃO
8004395-54.2018.8.05.0000 Mandado De Segurança (cível)
Jurisdição: Tribunal De Justiça
Impetrante: Wiltercia Silva De Souza Ribeiro
Impetrado: Secretario De Educação Do Estado Da Bahia
Decisão:
WILTERCIA SILVA DE SOUZA RIBEIRO impetra mandado de segurança contra conduta do SECRETÁRIO DE EDUCAÇÃO DO
ESTADO DA BAHIA, consubstanciada na ausência de apreciação do pleito administrativo de alteração da jornada de trabalho
de 20 para 40 horas semanais.
TJBA – DIÁRIO DA JUSTIÇA ELETRÔNICO – Nº 2.099 - Disponibilização: terça-feira, 13 de março de 2018 Cad 1 / Página 39
Requer a concessão de liminar, inaudita altera pars, a fim de ser o Impetrado compelido a deferir o pleito de alteração da
carga horária em questão.
É o relatório.
DECIDO.
Como se infere do relatório, o mandado de segurança ora em análise foi impetrado contra ato de Secretário de Estado, o
qual não está sujeito à competência de Câmara Cível ou do Tribunal Pleno e sim da Seção Cível de Direito Público, a teor das
regras insertas nos artigos 92, inciso I, alínea 'h', '7' e 94, inciso II, do Regimento Interno desta Corte.
Por tal motivo, declaro a incompetência do Tribunal Pleno e determino a imediata redistribuição destes autos, por sorteio,
para um dos Desembargadores componentes da Seção Cível de Direito Público.
Cumpra-se.
Determinei a intimação dos Exequentes para se manifestarem sobre as novas matérias aduzidas na impugnação, o que
fizeram às fls. 533/534.
Determinei a intimação das partes para se manifestarem sobre a fixação do tema de repercussão geral de n. 810, no
julgamento do RE 870.947 pelo Supremo Tribunal Federal, não havendo, no entanto, resposta de qualquer delas, conforme
certidões de fls. 545.
É o Relatório. Decido.
Esclareço, inicialmente, que o pedido de execução da obrigação de pagar e os cálculos apresentados correspondem aos
Impetrantes Altamirando Loyola Chagas, Carlos Viana Reuter e Hélia Barreto Silva, inexistindo, até o momento, nos autos
formulação de pedido executório desta obrigação quanto ao Impetrante Emiliano Gonçalves dos Santos Filho.
Outrossim, verifico que o Estado da Bahia apenas impugna parte do valor executado, restando incontroversa a quantia
reconhecida como devida às fls. 524, a qual pode ser obejto de imediato cumprimento, mediante expedição do respectivo
precatório, conforme determina o art. 535, §4º, do Código de Processo Civil.
Ingressando na apreciação da preliminar apontada pelo Estado da Bahia, denoto que a mesma não merece prosperar.
O executado alega que seria necessária a liquidação do feito para apurar os pontos que serviriam para cálculo dos valores
da Gratificação de Desempenho Funcional dos Impetrantes sem, no entanto, apontar como seria realizada tal liquidação e
sem apresentar quantitativos que consideraria cabível neste critério.
No ponto, percebe-se que a liquidação do julgado prescinde de nova apuração dos pontos atribuídos aos Impetrantes, tendo
em vista que os próprios exequentes apontam em seus cálculos de fls. 352/361 as pontuações que entendem aplicáveis, de
modo que a liquidação tanto é possível que já foi feita pelos Impetrantes.
O Estado da Bahia não apresenta valores diferentes ou contrapostos que entende deveriam ser utilizados, apenas indica a
"impossibilidade de auferir a quantidade de pontos referente à produtividade dos impetrantes", requerendo a liquidação do
julgado para apurar os pontos de cada um.
A alegada impossibilidade não se sustenta, tendo em vista que os próprios Impetrantes já trouxeram os valores referentes
aos pontos e o pedido de nova liquidação é desnecessário, já que não foi apontada qualquer irregularidade nos valores
trazidos pelos exequentes ou sugerida a maneira como deveria ter sido feita tal liquidação.
O argumento se reveste, portanto, do intuito de impedir o andamento da execução, posto que, caso houvesse outro meio de
apuração dos pontos, deveria o Estado executado tê-lo apresentado junto com a sua impugnação, o que não fez.
Por tais razões rejeito a preliminar de necessidade de liquidação.
Quanto aos cálculos executórios, denoto, inicialmente, que houve equívoco material na elaboração dos cálculos do Exequente
Carlos Geraldo Viana Reuter, especificamente no que toca à diferença da parcela de outubro de 2015, que numa das
planilhas (fl. 352) foi computada como R$6.106,78, enquanto na planilha final (fl. 359) foi computada como R$6.278,51,
gerando uma diferença a maior que deve ser corrigida.
Em segundo ponto, os cálculos dos exequentes indicam que foram utilizados a a TR a partir de julho/2009 e o IPCA a partir
de 26/03/2015, enquanto o executado entende que deveria ser observada a Lei n. 11.960/09 para aplicação da TR para todas
as parcelas posteriores a sua vigência (29/06/2009), afastando-se a aplicação do IPCA.
Quanto ao tema, o Supremo Tribunal Federal pacificou a matéria por meio do julgamento do Recurso Extraordinário
Representativo de n. 870.947, firmando tese que se alinha aos critérios de cálculos apresentados pelos Exequentes:
1) O art. 1º-F da Lei nº 9.494/97, com a redação dada pela Lei nº 11.960/09, na parte em que disciplina os juros moratórios
aplicáveis a condenações da Fazenda Pública, é inconstitucional ao incidir sobre débitos oriundos de relação jurídico-
tributária, aos quais devem ser aplicados os mesmos juros de mora pelos quais a Fazenda Pública remunera seu crédito
tributário, em respeito ao princípio constitucional da isonomia (CRFB, art. 5º, caput); quanto às condenações oriundas de
relação jurídica não-tributária, a fixação dos juros moratórios segundo o índice de remuneração da caderneta de poupança
é constitucional, permanecendo hígido, nesta extensão, o disposto no art. 1º-F da Lei nº 9.494/97 com a redação dada pela
Lei nº 11.960/09; e 2) O art. 1º-F da Lei nº 9.494/97, com a redação dada pela Lei nº 11.960/09, na parte em que disciplina a
atualização monetária das condenações impostas à Fazenda Pública segundo a remuneração oficial da caderneta de
poupança, revela-se inconstitucional ao impor restrição desproporcional ao direito de propriedade (CRFB, art. 5º, XXII), uma
vez que não se qualifica como medida adequada a capturar a variação de preços da economia, sendo inidônea a promover
os fins a que se destina.
(RE 870947, Relator(a): Min. Luiz Fux, Tribunal Pleno, julgado em 20/09/2017, Public. 20-11-2017)
Por oportuno esclareço que o mesmo entendimento já havia sido anteriormente adotado em anteriores julgamentos pelo
Supremo Tribunal Federal, mas agora foi apreciado por meio de Repercussão Geral, fixando tese a ser seguida, inexistindo
notícia de modulação temporal que limite a sua aplicabilidade.
Considerando que o Exequente restou vencido em parcela mínima do pedido, fica o Estado obrigado a responder por inteiro
pelos honorários de execução (art. 86, p. único, CPC/2015), que fixo em 10% sobre o valor controvertido, conforme dipõe o
artigo 85, §3º, inc. I, do Código de Processo Civil.
Diante do exposto, dou parcial provimento à impugnação para que seja decotada a diferença a maior observada na parcela
de outubro/2015, referente ao Exequente Carlos Geraldo Viana Reuter, condenando o Estado a pagar honorários de 10%
sobre o valor controvertido na impugnação e determino a expedição de precatório quanto à parcela incontroversa reconhecida
e descrita nas fls. 523v/524, com espeque no art. 535, §4º, do Código de Processo Civil.
Na ausência de recursos, fica a parte exequente intimada para apresentar cálculos que se adéquem ao quanto decidido e
suficientes para a adoção das providências relacionadas à expedição do precatório referente à parcela sob controvérsia.
Publique-se. Intimem-se.
Salvador, 12 de março de 2018.
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DA BAHIA
José Edivaldo Rocha Rotondano
PUBLICAÇÃO DE DESPACHOS E DECISÕES MONOCRÁTICAS
DECISÃO:
Chamo o feito à ordem para determinar à Secretaria do Tribunal Pleno que notifique o Juízo da Vara Criminal da Comarca de
Porto Seguro para que devolva, com a urgência que o caso reclama, no prazo máximo de 10 (dez) dias, a Carta de Ordem
(expedida àquela Comarca com fins à oitiva das testemunhas) devidamente cumprida ou, caso as referidas diligências não
tenham sido integralmente efetivadas, que apresente a este Tribunal os esclarecimentos necessários inclusive, se for o
caso, com a(s) nova(s) data(s) da(s) audiência(s) designada(s).
Após, certifique-se nos presentes autos de quais testemunhas reportadas na decisão de fl. 758 o Acusado desistiu da oitiva,
descriminando se todas as demais já foram ouvidas (e, em caso negativo, descriminem-se quais ainda não foram). Ao final,
encaminhem-se os autos imediatamente à Douta Procuradoria de Justiça para manifestação.
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DA BAHIA
LÍGIA MARIA RAMOS CUNHA LIMA
PUBLICAÇÃO DE DESPACHOS E DECISÕES MONOCRÁTICA
Vistos, etc.
Considerando o petitório e docs. de fls. 150/164, determino que sejam encaminhados os autos à douta Procuradoria de
Justiça para que manifeste parecer.
1ª VICE-PRESIDÊNCIA
GABINETE
Decisão
Cuidam os autos de Habeas Corpus impetrado por Tiago Figueira Ramos, em favor do paciente Gilmar Demétrio dos
Santos, contra ato supostamente ilegal atribuído ao Juízo da Comarca de Uruçuca.
Às fls. 78, a Chefe do SECOMGE expediu certidão informando que os autos foram remetidos ao Egrégio Tribunal de Justiça
do Estado da Bahia, via correio, em 05/03/18, tendo sido recepcionado pelo Serviço de Comunicações Gerais (SECOMGE)
em 08/03/18, após a implantação da classe respectiva no Sistema Processo Judicial Eletrônico (PJe) no 2º grau.
A Resolução nº 04/2017 deste Tribunal de Justiça, disponibilizada no DJe em 19 de junho de 2017, regulamenta a implantação
do Processo Judicial Eletrônico- 2º Grau e dispõe expressamente em seu art. 2º, § 2º que, após a implantação da classe
processual pelo Sistema PJe, somente será admitido o seu peticionamento em meio eletrônico, ressalvadas as situações
de indisponibilidade do sistema, in verbis:
§2º Uma vez implantado o sistema PJe 2º Grau para as classes processuais informadas no cronograma anexo e nos
subsequentes, os atos processuais terão protocolo, registro, visualização, tramitação e controle exclusivamente realizados
por meio eletrônico, sendo vedado o peticionamento de outro modo, ressalvados os casos de indisponibilidade do sistema.
(Grifos nossos).
Com efeito, a classe Habeas Corpus foi implantada no Sistema Processo Judicial Eletrônico (PJe) - 2º grau em 15 de
dezembro de 2017, nos termos do Decreto Judiciário nº 1.155/2017, disponibilizado no DJe de 12 de dezembro de 2017.
TJBA – DIÁRIO DA JUSTIÇA ELETRÔNICO – Nº 2.099 - Disponibilização: terça-feira, 13 de março de 2018 Cad 1 / Página 43
Além disso, o Ato Conjunto nº 036/2017 TJBA (DJe 15.12.2017) flexibilizou o peticionamento da sobredita classe processual
por meio físico e através do Sistema SAJ-SG, até o dia 15.01.18.
Deste modo, o protocolo postal do writ realizado em 05.03.2018, após o ultrapasse do prazo conferido no supracitado Ato
Conjunto, impõe o indeferimento da distribuição do feito, a teor do seu art. 7º.
Em face do exposto, não tendo sido constatada nos autos indisponibilidade no sistema apta a autorizar o protocolo após o
prazo assinalado na norma reguladora, indefiro a distribuição do Habeas Corpus nº 0000839-83.2018.8.05.0000 no sistema
SAJ/SG e determino a intimação do Impetrante para que, querendo, impetre a referida ação constitucional através do
Sistema PJe - 2º Grau, com fulcro no art. 2º, § 2º da Resolução 04/2017 do Tribunal de Justiça da Bahia.
Decisão
Cuidam os autos de Habeas Corpus impetrado por Sirlane Souza Santos, em favor do paciente James Lima Bezerra, contra
ato supostamente ilegal atribuído ao Juízo da 1ª Vara Criminal da Comarca de Itapetinga.
Às fls. 30, a Chefe do SECOMGE expediu certidão informando que os autos foram remetidos ao Egrégio Tribunal de Justiça
do Estado da Bahia, via correio, em 07/03/18, tendo sido recepcionado pelo Serviço de Comunicações Gerais (SECOMGE)
em 08/03/18, após a implantação da classe respectiva no Sistema Processo Judicial Eletrônico (PJe) no 2º grau.
A Resolução nº 04/2017 deste Tribunal de Justiça, disponibilizada no DJe em 19 de junho de 2017, regulamenta a implantação
do Processo Judicial Eletrônico- 2º Grau e dispõe expressamente em seu art. 2º, § 2º que, após a implantação da classe
processual pelo Sistema PJe, somente será admitido o seu peticionamento em meio eletrônico, ressalvadas as situações
de indisponibilidade do sistema, in verbis:
§2º Uma vez implantado o sistema PJe 2º Grau para as classes processuais informadas no cronograma anexo e nos
subsequentes, os atos processuais terão protocolo, registro, visualização, tramitação e controle exclusivamente realizados
por meio eletrônico, sendo vedado o peticionamento de outro modo, ressalvados os casos de indisponibilidade do sistema.
(Grifos nossos).
Com efeito, a classe Habeas Corpus foi implantada no Sistema Processo Judicial Eletrônico (PJe) - 2º grau em 15 de
dezembro de 2017, nos termos do Decreto Judiciário nº 1.155/2017, disponibilizado no DJe de 12 de dezembro de 2017.
Além disso, o Ato Conjunto nº 036/2017 TJBA (DJe 15.12.2017) flexibilizou o peticionamento da sobredita classe processual
por meio físico e através do Sistema SAJ-SG, até o dia 15.01.18.
Deste modo, o protocolo postal do writ realizado em 07.03.2018, após o ultrapasse do prazo conferido no supracitado Ato
Conjunto, impõe o indeferimento da distribuição do feito, a teor do seu art. 7º.
Em face do exposto, não tendo sido constatada nos autos indisponibilidade no sistema apta a autorizar o protocolo após o
prazo assinalado na norma reguladora, indefiro a distribuição do Habeas Corpus nº 0000838-98.2018.8.05.0000 no sistema
SAJ/SG e determino a intimação do Impetrante para que, querendo, impetre a referida ação constitucional através do
Sistema PJe - 2º Grau, com fulcro no art. 2º, § 2º da Resolução 04/2017 do Tribunal de Justiça da Bahia.
Decisão
Cuidam os autos de Agravo de Instrumento interposto por Adriano Dni da Silva em face de interlocutória proferida pelo MM.
Juízo da 1ª Vara dos Feitos de Relação de Consumo Cíveis e Comerciais da Comarca de Paulo Afonso, no bojo da Ação nº
8000573-03.2017.8.05.0191, ajuizada por Adriano Dni da Silva.
Às fls. 10, a Chefe do SECOMGE expediu certidão informando que os autos foram protocolizados em 28.02.2018, no posto
descentralizado do Serviço de Comunicações Gerais (SECOMGE), por meio físico, após a implantação da classe respectiva
no Sistema Processo Judicial Eletrônico (PJe) no 2º grau.
A Resolução nº 04/2017 deste Tribunal de Justiça, disponibilizada no DJe em 19 de junho de 2017, regulamenta a implantação
do Processo Judicial Eletrônico - 2º Grau e dispõe expressamente em seu art. 2º, § 2º que, após a implantação da classe
processual pelo Sistema PJe, somente será admitido o seu peticionamento em meio eletrônico, ressalvadas as situações
de indisponibilidade do sistema, in verbis:
§2º Uma vez implantado o sistema PJe 2º Grau para as classes processuais informadas no cronograma anexo e nos
subsequentes, os atos processuais terão protocolo, registro, visualização, tramitação e controle exclusivamente realizados
por meio eletrônico, sendo vedado o peticionamento de outro modo, ressalvados os casos de indisponibilidade do sistema.
(Grifos nossos).
Com efeito, a classe agravo de instrumento foi implantada no Sistema Processo Judicial Eletrônico (PJe) - 2º grau em 06 de
dezembro de 2017, nos termos do Decreto Judiciário nº 1.116/2017, disponibilizado no DJe de 04 de dezembro de 2017.
Além disso, o Ato Conjunto nº 036/2017 TJBA (DJe 15.12.2017) flexibilizou o peticionamento da sobredita classe processual
por meio físico e através do Sistema SAJ-SG, até 06.01.18.
Deste modo, o protocolo do recurso sob exame realizado em 28.02.2018, após o ultrapasse do prazo conferido no supracitado
Ato Conjunto, impõe o indeferimento da distribuição do feito, a teor do seu art. 7º.
Em face do exposto, não tendo sido constatada nos autos indisponibilidade no sistema apta a autorizar o protocolo após o
prazo assinalado na norma reguladora, indefiro a distribuição do Agravo de Instrumento nº 0000700-34.2018.8.05.0000 no
sistema SAJ/SG e determino a intimação do Agravante para, querendo, interpor o aludido recurso através do Sistema PJe -
2º Grau, com fulcro no art. 2º, § 2º da Resolução 04/2017 do Tribunal de Justiça da Bahia.
Ratifico que os processos abaixo foram cadastrados pelo SECOMGE e distribuídos no sistema PJe 2º Grau, em cumprimento
ao art. 1º, II do Ato Conjunto nº 03, publicado no DJe em 01/11/2017.
Processo Número do processo: 8004619-89.2018.8.05.0000 Órgão julgador: Des. Luiz Fernando Lima - 1ª Câmara Crime
1ª Turma Órgão julgador Colegiado: Primeira Câmara Criminal 1ª Turma Jurisdição: Tribunal de Justiça Classe: AGRAVO DE
EXECUÇÃO PENAL (413) Assunto principal: Progressão de Regime Valor da causa: R$ 0,00 Prioridades: Réu Preso Partes:
VANALDO MOREIRA DE SANTANA MINISTERIO PUBLICO DO ESTADO DA BAHIA
Processo Número do processo: 8004631-06.2018.8.05.0000 Órgão julgador: Desa. Heloísa Pinto de Freitas Vieira Graddi
Órgão julgador Colegiado: Seção Cível de Direito Privado Jurisdição: Tribunal de Justiça Classe: MANDADO DE SEGURANÇA
(CÍVEL) (120) Assunto principal: Reajuste Salarial Valor da causa: R$ 0,00 Partes: ANDERSON MENEZES MAIA GOVERNADOR
DO ESTADO DA BAHIA
TJBA – DIÁRIO DA JUSTIÇA ELETRÔNICO – Nº 2.099 - Disponibilização: terça-feira, 13 de março de 2018 Cad 1 / Página 45
Processo Número do processo: 8004633-73.2018.8.05.0000 Órgão julgador: Desa. Lícia de Castro Laranjeira Órgão julgador
Colegiado: Primeira Câmara Cível Jurisdição: Tribunal de Justiça Classe: AGRAVO DE INSTRUMENTO (202) Assunto principal:
Antecipação de Tutela / Tutela Específica Valor da causa: R$ 0,00 Partes: ALINE JORDAO DOS SANTOS (029.431.435-02)
SECRETÁRIO DE PLANEJAMENTO, TECNOLOGIA E GESTÃO DO MUNICÍPIO DE SALVADOR
Processo Número do processo: 8004634-58.2018.8.05.0000 Órgão julgador: Des. Nilson Soares Castelo Branco - 1ª Câmara
Crime 2ª Turma Órgão julgador Colegiado: Primeira Câmara Criminal 2ª Turma Jurisdição: Tribunal de Justiça Classe:
HABEAS CORPUS (307) Assunto principal: Prisão Preventiva Valor da causa: R$ 0,00 Prioridades: Réu Preso Partes: ROBSON
SILVA SANTOS e outro Juízo da 1ª Vara Criminal de Eunápolis-BA
Processo Número do processo: 8004642-35.2018.8.05.0000 Órgão julgador: Desa. Inez Maria Brito Santos Miranda Seção
Criminal Órgão julgador Colegiado: Seção Criminal Jurisdição: Tribunal de Justiça Classe: REVISÃO CRIMINAL (428)
Assunto principal: Substituição da Pena Valor da causa: R$ 0,00 Prioridades: Réu Preso Partes: SEBASTIÃO CÂNDIDO DE
JESUS MINISTERIO PUBLICO DO ESTADO DA BAHIA
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DA BAHIA
SECRETARIA DE COMUNICAÇÃO GERAL - SECOMGE
ATA DE DISTRIBUIÇÃO
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DA BAHIA
SECRETARIA DE COMUNICAÇÃO GERAL - SECOMGE
PAUTA DE DISTRIBUIÇÃO
Processos tombados/recebidos nos dias 08, 09 e 12 de março de 2018 que deverão ser distribuídos em 14 de março de
2018, das 08:00 as 18:00hs, na Secretaria do SECOMGE, localizada no Tribunal de Justiça do Estado da Bahia, facultado às
PARTES E ADVOGADOS o acompanhamento do ato.
0000011-96.2017.8.05.0170
Apelante: Gustavo de Oliveira Santos
Apelado: Ministério Público do Estado da Bahia
Advogados: Diego Reis Valois Dourado Viena e Fânio Oliveira Souza
0000098-51.2017.8.05.0235
Apelante: Ministério Público do Estado da Bahia
Apelado: Matheus Amado Lima
Advogado: Alberto Carvalho Silva
0000109-03.2016.8.05.0175
Apelante: Renova Companhia Securitizadora de Creditos Financeiros S/A
Apelado: Leandro dos Santos
Rec. Adesivo: Leandro dos Santos
Advogados: Giza Helena Coelho e Thiago Peixoto de Almeida
0000134-78.2013.8.05.0156
Apelante: Estado da Bahia
Apelado: Vanilton Ribeiro Rego
Advogado: Osvira Larissa Silva Xavier
TJBA – DIÁRIO DA JUSTIÇA ELETRÔNICO – Nº 2.099 - Disponibilização: terça-feira, 13 de março de 2018 Cad 1 / Página 63
0000154-16.2007.8.05.0274
Apelante: Municipio de Vitoria da Conquista
Apelado: Roberval de Cassia Meira
Advogados: Marcos Cesar da Silva Almeida e Marcone de Paiva Portela
0000182-08.2011.8.05.0156
Apelante: Estado da Bahia
Apelado: Jarisson Francisco Alves
Advogado: Osvira Larissa Silva Xavier
0000294-46.2013.8.05.0175
Apelante: Robson Nilton Oliveira Nery
Apelado: Multicar Locadora e Corretora de Veículos Ltda - Me
Advogados: Mônica Suely Oliveira Santos Filgueiras, Eliane Souza Rocha Rodrigues e Fábio Henrique Caetano Ribeiro
0000315-15.2012.8.05.0027
Apelante: Município de Sítio do Mato
Apelado: Fabio Ferreira de Souza
Advogados: Raul Estrela Machado e Mauro Magalhães de Moura
0000319-80.2017.8.05.0155
Apelante: Wanderlei Verdête da Silva
Apelado: Ministério Público do Estado da Bahia
Advogado: Vinicius Costa Silva
0000491-74.2011.8.05.0141
Apelante: B V Financeira S/A - Crédito, Financiamento e Investimento
Apelado: Jose Calasans Sampaio Neto
Advogados: Misael Barros Correia Junior, Ricardo Alexandre Peresi e Cristiane Belinati Garcia Lopes
0000498-42.2013.8.05.0191
Apelantes: Ace Seguradora S/A e Seguradora Lider dos Consorcios Dpvat S/A
Apelado: Thanize Farias de Sá Souza
Advogados: Maria Geanine Pereira Martins, Maria Auxiliadora Garcia Durán Alvarez e Rodrigo Ayres Martins de Oliveira
0000513-29.2016.8.05.0248
Apelante: Ministério Público do Estado da Bahia
Apelado: Hercules de Lima Ribeiro Filho
0000566-54.2001.8.05.0274
Apelante: Cooperativa de Crédito Rural Conquista Ltda - CREDIC
Apelados: João Batista Leme, Umberto Borges Sala e Tarcisio Magno Freire Silva
Advogados: Jorge Gomes Oliveira, Wilson Moreira dos Santos e Tharcio Augusto de Azevedo
0000572-61.2001.8.05.0274
Apelante: Cooperativa de Crédito Rural Conquista Ltda - Credic
Apelados: Agostinho Alves Sobrinho e Guilherme Gomes Lamego
Advogados: Antonio Sergio Lima Guimarães, Jorge Gomes Oliveira, Wilson Moreira dos Santos e Ruy Hermann Araujo
Medeiros
0000641-70.2015.8.05.0220
Recorrente: Auto Galdino e Lemos
Recorrido: Ministério Público do Estado da Bahia
Advogado: Sinnédria dos Santos Dias
0000708-04.2013.8.05.0156
Apelante: Estado da Bahia
Apelado: José Ricardo dos Santos
Advogado: Osvira Larissa Silva Xavier
0000793-33.2012.8.05.0250
Apelante: Municipio de Simoes Filho
Apelado: Rosa Alves Torres
Advogados: Lucas Souto Avena e Lucia Magali Souto Avena
TJBA – DIÁRIO DA JUSTIÇA ELETRÔNICO – Nº 2.099 - Disponibilização: terça-feira, 13 de março de 2018 Cad 1 / Página 64
0000826-11.2009.8.05.0191
Apelante: Ministério Público do Estado da Bahia
Apelados: Edeildo Nascimento Silva e José Ednaldo da Silva
Advogado: Jane Maria Uchoa da Silva Gomes
0000891-08.2012.8.05.0027
Apelante: Município de Sítio do Mato
Apelado: Antonio Candido dos Santos
Advogados: Raul Estrela Machado e Mauro Magalhães de Moura
0001970-10.2008.8.05.0141
Apelante: Coelba - Companhia de Eletricidade do Estado da Bahia
Apelado: Renato Souza Santana
Advogados: Marcelo Salles de Mendonça e Hoyama Tourinho Simões de Carvalho
0001975-21.2016.8.05.0248
Apelante: Ana Maria Pereira dos Santos
Apelado: Ministério Público do Estado da Bahia
Advogado: Narciso Queiroz de Lima
0002011-34.2011.8.05.0088
Apelantes: Edite Gonçalves da Silva e Jose Pereira da Silva
Apelados: Osvaldo Teixeira de Azevedo e Jaine Silva Domingues Azevedo
Advogados: Wander Fábio Flores Moraes e Dimas Meira Malheiros
0002743-36.2007.8.05.0191
Apelantes: Israel Alcides dos Santos, Danilo Bruno Gonçalves Santos e Cristiano Alcides dos Santos
Apelados: Cláudia Gonçalves dos Santos, Elenildo Alveides dos Santos, Doris Day Gonçalves dos Santos, Cristiano Alcides
dos Santos, Elenilso Alcides dos Santos, Nair Gonçalves da Silva Filha, Cosmo Alcides dos Santos, Elaine Gonçalves dos
Santos Silva, João Alcides dos Santos Filho, Eliene Gonçalves da Silva, Nilson Alcides dos Santos, Elieide Gonçalves Lira,
Rejane Gonçalves dos Santos e Edilson Alcides dos Santos
Advogados: Isac de Oliveira e Jorge Pereira da Silva Neto
0002953-66.2006.8.05.0274
Apelante: Município de Vitória da Conquista
Apelado: Telemarques Silva Moreira
Advogados: Marcos Cesar da Silva Almeida e Fábio Santos Macêdo
0003291-21.2011.8.05.0256
Apelante: Katia Regina Pereira Correia
Apelado: Maria da Conceição Barros Guarino
Advogados: Alberto Gilson Barbosa Oliveira, Wlisses Lucas Paranhos, Amanda Ferreira Alcântara e Alberto Barbosa Rocha
0003497-54.2006.8.05.0274
Apelante: Município de Vitoria da Conquista
Apelado: Roberio de Matos Rodrigues
Advogados: Marcos Cesar da Silva Almeida e Fábio Santos Macêdo
0003598-61.2011.8.05.0001
Apelante: Carlos Augusto de Souza
Apelado: Faelba - Fundação Coelba de Previdência Complementar
Advogados: Silvio Das Merces Ramos, Érika Cassinelli Palma e Maria Cristina Firpo Mascarenhas Ribeiro
0003621-37.2006.8.05.0274
Apelante: Município de Vitoria da Conquista
Apelado: Leonardo Martins Melo
Advogados: Marcos Cesar da Silva Almeida e Fábio Santos Macêdo
0003624-15.2010.8.05.0027
Apelante: Municipio de Sitio do Mato
Apelado: Antero Jose de Almeida
Advogados: Raul Estrela Machado e Mauro Magalhães de Moura
TJBA – DIÁRIO DA JUSTIÇA ELETRÔNICO – Nº 2.099 - Disponibilização: terça-feira, 13 de março de 2018 Cad 1 / Página 65
0004064-85.2006.8.05.0274
Apelante: Municipio de Vitória da Conquista
Apelado: Mozart Bulhões Ferreira
Advogados: Marcos Cesar da Silva Almeida e Fábio Santos Macêdo
0004686-90.2009.8.05.0103
Apelante: Jair Vicente de Paula Filho
Apelados: Heloiso Carlos de Souza e Maria Angelica Cardoso da Silva
Advogados: Cleber Roriz Ferreira Filho e Ruy Everaldo de Abreu Farias
0005396-63.2001.8.05.0274
Apelante: Coopese - Cooperativa Crédito Mútuo dos Comerciantes de Autopeças V/c Ltda
Apelados: Auto Peças Mucuri Ltda, Welington Alves Souza e Vera Lucia Silva Souza
Advogados: Igor da Silva Sousa, Lucas M. M. Dias e José Claudio Pereira
0005722-71.2011.8.05.0274
Apelante: Municipio de Vitoria da Conquista
Apelado: Argemiro Correia Santos Junior
Advogados: Marcos Cesar da Silva Almeida e Fernando Mendes Mussy
0005787-19.2014.8.05.0191
Apelante: Seguradora Líder do Consórcio do Seguro Dpvat S/A
Apelado: Clenilson Dantas de Oliveira
Advogados: Paloma Mimoso Deiró Santos, José Luiz Oliveira Neto e Jorge Pereira da Silva Neto
0007358-59.2013.8.05.0191
Apelante: Fábio Santos de França
Apelado: Ministério Público do Estado da Bahia
0007419-24.2012.8.05.0103
Apelante: Rodrigo Bonfim dos Santos
Apelado: Ministério Público do Estado da Bahia
0007806-45.2011.8.05.0274
Apelante: Bb Leasing S/A
Apelado: Zelia Alves Silveira
Advogados: Marcos Caldas Martins Chagas, Rafael Macedo da Rocha Loures e Janaína de Oliveira Barros
0008043-16.2010.8.05.0274
Apelante: Município de Vitória da Conquista
Apelado: André Nascimento Lima
Rec. Adesivo: André Nascimento Lima
Advogados: Erick Menezes de Oliveira Júnior e Gutemberg Santos Macedo
0009115-09.1995.8.05.0001
Apelante: 'Município do Salvador
Apelado: Construtora Erg Ltda
Advogados: Maurício Silvestre de Faria e Iva Costa Barreto
0013620-86.2008.8.05.0001
Apelante: Municipio do Salvador
Apelado: Jorge Bartolomeu Gordilho Pinheiro
0015902-20.2009.8.05.0274
Apelantes: Município de Vitória da Conquista e Marineide Alves Sousa Soares Queiroz
Apelados: Município de Vitória da Conquista e Marineide Alves Sousa Soares Queiroz
Advogado: Rejane Duarte de Almeida
0016290-20.2009.8.05.0274
Apelante: Município de Vitória da Conquista
Apelado: Btg Pactual Serviços Financeiros S/A
Advogados: Marcos Cesar da Silva Almeida e Fabrício Parzanese dos Reis
TJBA – DIÁRIO DA JUSTIÇA ELETRÔNICO – Nº 2.099 - Disponibilização: terça-feira, 13 de março de 2018 Cad 1 / Página 66
0016746-67.2009.8.05.0274
Apelante: Cambuí Veículos Ltda
Apelado: Município de Vitória da Conquista
Advogados: João Daniel Nogueira Barros Cairo, Wilton dos Santos Mello Júnior e Marcos Cesar da Silva Almeida
0024473-57.2008.8.05.0001
Apelante: Municipio do Salvador
Apelado: Andre e Ricardo Serviços Odontologicos Ltda Epp
0026151-10.2008.8.05.0001
Apelante: 'Município do Salvador
Apelado: JMS Administração e Participação S/A
0030383-60.2011.8.05.0001
Apelante: Estado da Bahia
Apelado: Vitoria Glicia Nogueira de Lima Rep Por Maria Silvia Lima de Menezes
Advogado: Candice Santana Fernandes
0031207-87.2009.8.05.0001
Apelante: Municipio do Salvador
Apelado: Barcanae Comercio e Empreendimentos Artisticos Ltda
Advogado: Sergio Couto dos Santos
0034651-94.2010.8.05.0001
Apelante: 'Município do Salvador
Apelado: Francisco Aguiar da Silva Junior
0043457-89.2008.8.05.0001
Apelante: Municipio do Salvador
Apelado: Fonetec Serviços e Manuntenção Em Equipamentos Eletronicos Ltda
0057937-04.2010.8.05.0001
Apelante: Municipio do Salvador
Apelado: Rame Administradora e Corretora de Seguros Ltda
0059897-58.2011.8.05.0001
Apelante: 'Município do Salvador
Apelado: Locadora São Jorge Ltda
0059933-03.2011.8.05.0001
Apelante: 'Município do Salvador
Apelado: Eurico Rodrigues de Carvalho
0063134-08.2008.8.05.0001
Apelante: Município do Salvador
Apelado: Pekka Assessoria e Eventos Ltda
0063347-14.2008.8.05.0001
Apelante: 'Município do Salvador
Apelado: Soares Leone S/A Construtora e Pavimentadora
0064751-95.2011.8.05.0001
Apelante: 'Município do Salvador
Apelado: Rosa Vermelha Malhas e Confecções Ltda
0069453-84.2011.8.05.0001
Apelante: 'Município do Salvador
Apelado: Onix Consultoria Publicidade e Eventos Ltda
0074353-47.2010.8.05.0001
Apelantes: Paulo Cesar Vieira Barreto, Suzete Uzeda Rodrigues Barreto, José Aécio da Silva Romão e Ana Lúcia Santos
Vieira
Apelado: Mikatys Empreendimentos Imobiliários Ltda
Advogado: Leticia Rodrigues de Almeida Lupatini Fois
TJBA – DIÁRIO DA JUSTIÇA ELETRÔNICO – Nº 2.099 - Disponibilização: terça-feira, 13 de março de 2018 Cad 1 / Página 67
0096584-10.2006.8.05.0001
Apelante: Estado da Bahia
Apelado: Paulo Duarte Me
0096786-11.2011.8.05.0001
Apelante: Municipio do Salvador
Apelado: Veruschika Barros de Santana
0098505-96.2009.8.05.0001
Apelante: Município do Salvador
Apelado: Sinart - Sociedade Nacional de Apoio Rodoviário e Turístico Ltda
0099827-20.2010.8.05.0001
Apelante: Municipio do Salvador
Apelado: Roxo Representações Ltda
0102523-92.2011.8.05.0001
Apelante: Municipio do Salvador
Apelado: Alana Graziela Ribeiro Leite Barbosa
0102825-29.2008.8.05.0001
Apelante: 'Município do Salvador
Apelado: Orlando Rocha da Silva
0109491-80.2007.8.05.0001
Apelante: 'Município do Salvador
Apelado: Jose Chaisnk
0117887-12.2008.8.05.0001
Apelante: 'Município do Salvador
Apelado: Candido T Gonçalves Braga
0118085-54.2005.8.05.0001
Apelante: 'Município do Salvador
Apelado: Julio Benvenuto do Bomfim
0128595-05.2000.8.05.0001
Apelantes: Auricelia Brito Barbosa e Rivaldo Barbosa da Silva
Apelado: Banco Itaú S/A
Advogados: Michele Guimarães Conceição, Edenilson Bispo Sales e Thiago Roberto de Souza Gomes
0134657-46.2009.8.05.0001
Apelante: Estado da Bahia
Apelado: Lizete Lima Vitoria, Rep. Por Lucio Carlos Lima Vitoria
Advogado: Agamenon Gomes da Silva
0143713-74.2007.8.05.0001
Apelante: 'Município do Salvador
Apelado: Hotel Paris Ltda
0144877-40.2008.8.05.0001
Apelante: Estado da Bahia
Apelado: Clóvis da Silva Andrade
Advogado: Clóvis da Silva Andrade Júnior
0148619-49.2003.8.05.0001
Apelantes: Santa Casa de Misericórdia da Bahia, Waldicélia Lopes dos Santos e Valnísia Lopes dos Santos
Apelados: Santa Casa de Misericórdia da Bahia e Valnísia Lopes dos Santos
Advogados: Candice de Almeida Rocha Ledo, Gabriela Silva Sady e Álisson Cardoso Silva
0158875-51.2003.8.05.0001
Apelante: Comercial Lindauto de Veículos Ltda.
Apelado: Banco Dibens S/A
Advogados: José Vicente dos Santos, Carina Gil dos Santos e Marcelo Andrade Siqueira
TJBA – DIÁRIO DA JUSTIÇA ELETRÔNICO – Nº 2.099 - Disponibilização: terça-feira, 13 de março de 2018 Cad 1 / Página 68
0182797-82.2007.8.05.0001
Apelante: 'Município do Salvador
Apelado: CST Expansão Urbana S/A
0196701-38.2008.8.05.0001
Apelante: 'Município do Salvador
Apelado: Dalva Maria Silva Magalhães
0300535-34.2016.8.05.0112
Apelante: Municipio de Boa Vista do Tupim
Apelado: Luzia Ramos da Silva
Advogados: Lorena Santos de Almeida e Daniel Vaz Sampaio Magalhães
0300982-37.2013.8.05.0141
Apelante: Valdelice Rocha dos Santos
Apelado: Inss - Instituto Nacional do Seguro Social
Advogado: Ariane Barbosa Alves
0301630-53.2014.8.05.0150
Apelante: Vilma do Monte Santa Barbara
Apelado: Municipio de Lauro de Freitas
Advogados: Ligia de Oliveira Politano e Maria Orlani de Almeida Castro
0304493-09.2014.8.05.0141
Apelante: Municipio de Jequie
Apelado: Magnolia Silva Costa
Advogados: Elio Manoel Ribeiro Ribeiro e Luana Monteiro Macena
0304643-90.2012.8.05.0001
Apelante: Estado da Bahia
Apelados: Paulo Luiz dos Santos Cunha, Jonathas Matos de Santana e Domingos Savio França Dias de Souza
Advogado: Vitor dos Anjos Santos
0306943-41.2013.8.05.0146
Apelante: Antonio Ferreira Leite
Apelado: Ministerio Publico
0309591-95.2013.8.05.0080
Apelante: Inss - Instituto Nacional do Seguro Social
Apelado: João Paulo Ferraz Santana
Advogado: Eusébio de Oliveira Carvalho Filho
0312637-67.2015.8.05.0001
Apelante: Telemar Norte Leste S/A
Apelado: Estado da Bahia
Advogados: Sacha Calmon Navarro Coelho, Misabel Abreu Machado Derzi, Andre Mendes Moreira e Alice Gontijo Santos
Teixeira
0320436-35.2013.8.05.0001
Apelantes: Andre Tavares Leite e Flavio Antonio Santos Rocha
Apelado: Estado da Bahia
Advogados: Maria Cristina Costa da Rocha e Maria Tereza Costa da Rocha
0322479-42.2013.8.05.0001
Apelante: Estado da Bahia
Apelados: Jose Almir da Silva, Josivaldo Fernandes da Cunha e Willian Luiz Silva Vilela
Advogado: Wagner Veloso Martins
0328126-52.2012.8.05.0001
Apelante: Estado da Bahia
Apelado: Davi de Jesus dos Santos
Advogado: Maria de Fátima de Salles Brasil
TJBA – DIÁRIO DA JUSTIÇA ELETRÔNICO – Nº 2.099 - Disponibilização: terça-feira, 13 de março de 2018 Cad 1 / Página 69
0345427-75.2013.8.05.0001
Apelante: Dinah Maria Lis Moreira de Andrade
Apelado: Banco Bv Financeira S/A
Advogados: Antonio Carlos Souto Costa, João Rodrigues Vieira, Sophia Almeida P. Brust e Mauricio Coimbra Guilherme
Ferreira
0361202-33.2013.8.05.0001
Apelante: Elton Freitas Jesus Santos
Apelado: Ministério Público do Estado da Bahia
0368599-46.2013.8.05.0001
Apelante: Estado da Bahia
Apelado: Maria Geruza Lima de Souza
Advogado: Sandro Notaroberto
0372928-38.2012.8.05.0001
Apelante: Bernadete Maria dos Santos Araujo
Apelado: Estado da Bahia
Advogado: Wagner Veloso Martins
0372934-45.2012.8.05.0001
Apelantes: Adailto Ventura da Fonseca, Antonilson Silva Simões, Dorival de Almeida Batista, Enaldo Oliveira Rocha Júnior,
Getulio de Jesus Teixeira, Jean Pereira de Menezes Costa, Marcelo do Nascimento Mattos, Marcial Cardoso de Freitas e
Vanyles Duarte Silva
Apelado: Estado da Bahia
Advogados: Vonnaire Santos Fonseca, André Calheira Menezes e Isabela Santos Maia
0406034-88.2012.8.05.0001
Apelante: Estado da Bahia
Apelados: Giovani Lima Luciano e Raimundo da Conceição
Advogados: Paloma Teixeira Rey e Max Weber Nobre de Castro
0500030-93.2015.8.05.0112
Apelante: Jane Jacqueline Santos Oliveira
Apelado: Weles Devanier de Queiroz Santana
Advogados: Jorge Antonio dos Santos Zuza e Marcelo Neeser Nogueira Reis
0500415-11.2013.8.05.0274
Apelante: Paloma Teixira Rocha
Apelado: Banco Panamericano S. A.
Advogados: Martinho Neves Cabral, Fernando Luz Pereira e Moisés Batista de Souza
0500896-75.2017.8.05.0001
Apelantes: Joseval da Silva Souza e Maria Rita Cardoso de Freitas
Apelado: Osvaldo Araujo dos Santos
Advogados: Luiz Alberto Lopes E Silva e Francisco de Assis Rigaud de Amorim
0501234-04.2017.8.05.0113
Apelante: Tatiana de Oliveira Santos
Apelado: Ministerio Publico
0501397-23.2013.8.05.0113
Apelante: Companhia de Eletricidade do Estado da Bahia - Coelba
Apelado: Erivaldo Nunes de Oliveira
Advogados: Milena Gila Fontes, Rafael de Jesus Gomes e Paulo de Tarso de Andrade Ramos
0501413-77.2016.8.05.0078
Remetente: Juiz de Direito de Euclides da Cunha - 2ª Vara dos Feitos de Rel de Cons Civ e Comerciais
Interessados: Ministério Público do Estado da Bahia e Prefeitura Municípal de Quijingue
0502217-84.2015.8.05.0141
Apelante: Mateus Santos Souza
Apelado: Greice Souza Rotandano
Advogados: Gustavo Silva Andrade e Anderson Mendes Cruz Melo
TJBA – DIÁRIO DA JUSTIÇA ELETRÔNICO – Nº 2.099 - Disponibilização: terça-feira, 13 de março de 2018 Cad 1 / Página 70
0502245-69.2015.8.05.0103
Apelante: Espolio de Raymundo Napoleão Marques da Silva
Apelado: Brandão Filhos S/A - Comércio, Indústria e Lavoura
Advogados: Antonio Pinto Madureira e Deusdete Machado de Sena Filho
0502290-10.2014.8.05.0103
Apelante: Caixa de Previdência dos Funcionários do Banco do Brasil - PREVI
Apelado: T. R de F, Rep Por. Ivonilde Bueno de Oliveira
Advogados: Rafaela Souza Tanuri Meirelles e José Aurélio Ferreira de Oliveira
0502449-20.2014.8.05.0113
Apelante: Banco Daycoval S/A
Apelado: Paulo Santos Aguiar
Advogados: Rafael Antonio da Silva e José Zacarias Pereira dos Santos
0503452-03.2017.8.05.0146
Apelante: Danilo de Carvalho Souza
Apelado: Ministério Público do Estado da Bahia
0504440-60.2016.8.05.0113
Apelantes: Daniela Mello Silva e Bb Leasing Arrendamento Mercantil S/A
Advogados: Julian Araújo de Andrade e Rafael Sganzerla Durand
0504608-35.2014.8.05.0274
Apelante: William Santos Ferraz
Apelado: Banco Panamericano S. A.
Advogados: Martinho Neves Cabral e Norberto Targino da Silva
0504716-64.2014.8.05.0274
Apelante: Juarez Vieira Cristiano
Apelado: Inss - Instituto Nacional do Seguro Social
Advogado: Daniel Tamandaré Costa Sampaio
0505423-23.2017.8.05.0146
Apelante: Jorge Felipe Medrado dos Santos
Apelado: Ministério Público do Estado da Bahia
Advogado: Alisson Damasceno Amorim
0505462-54.2016.8.05.0146
Apelante: Marcelo Fernandes Tupiná Souza
Apelado: Ministério Público do Estado da Bahia
0506176-79.2017.8.05.0113
Apelante: Ayore Crédito, Financiamento e Investimento S/A
Apelado: Grauciara Ribeiro do Prado de Jesus
Advogado: Marco Antonio Crespo Barbosa
0506366-76.2016.8.05.0113
Apelante: Alex de Jesus Goes
Apelado: Ministerio Publico
0507160-02.2016.8.05.0274
Apelante: Lazaro Francisco Neto
Apelado: Ministerio Publico
0514190-34.2016.8.05.0001
Apelante: Tiago Pereira dos Santos
Apelado: Renova Companhia Securitizadora de Créditos Financeiros S/A
Advogados: Cláudia Cristiane Ferreira e Henrique Jose Parada Simão
0515811-32.2017.8.05.0001
Apelante: Seguradora Lider dos Consorcios de Seguro Dpvat
Apelado: Ricardo Luiz Koch Araujo
Advogados: Fábio Gil Moreira Santiago e Jose Orisvaldo Brito da Silva
TJBA – DIÁRIO DA JUSTIÇA ELETRÔNICO – Nº 2.099 - Disponibilização: terça-feira, 13 de março de 2018 Cad 1 / Página 71
0522101-63.2017.8.05.0001
Apelante: Leandro Santos Silva
Apelado: Ministerio Publico
0524890-35.2017.8.05.0001
Apelantes: Renato Cerqueiras Rodrigues e Banco Gmac S/A
Apelados: Renato Cerqueiras Rodrigues e Banco Gmac S/A
Advogados: Antonio Carlos Souto Costa, Vladimir Alencar Das Neves, Mauricio Silva Leahy e Humberto Graziano Valverde
0525248-97.2017.8.05.0001
Apelante: Erverson dos Santos Pereira
Apelado: Banco Bradesco S/A
Advogados: Gabriela Gleizer Camoes Melo e Tito Gabriel Batista Mondini
0525269-73.2017.8.05.0001
Apelante: Carla Braz Macedo
Apelado: Avista S/A Administradora de Cartões de Crédito
Advogados: Rodrigo Santos Dutra e José Campello Torres Neto
0528719-24.2017.8.05.0001
Apelante: João Batista Santos Neto
Apelado: Gmac Administradora de Consórsio Ltda (Consórcio Nacional Chevrolet)
Advogados: Fred Ferreira Leão e Adahilton de Oliveira Pinho
0530585-72.2014.8.05.0001
Apelante: Nilo Crusoe Filho
Apelado: Estado da Bahia
Advogado: Jose Carlos Teixeira Torres Junior
0539541-09.2016.8.05.0001
Apelante: Estado da Bahia
Apelado: Claro S/A
Advogados: Luciana Angeiras Ferreira e Mauricio Pedreira Xavier
0543414-80.2017.8.05.0001
Apelante: Jailson Delmiro Pereira
Apelado: Banco J. Safra S/A
Advogados: Katiuscia Saturnino Rodrigues e Bruno Henrique de Oliveira Vanderlei
0544774-84.2016.8.05.0001
Apelante: Jessica Ramos Saldanha
Apelado: Banco Santander do Brasil S/A
Advogados: Rodrigo Santos Dutra, Carla dos Santos Fernandes, Nathalia Pereira Leite Vilela Teixeira, Alan Sampaio Campos
e Carlos Eduardo Cavalcante Ramos
0548725-52.2017.8.05.0001
Apelante: Luis Antonio Santos
Apelado: Banco Itaucard S/A
Advogados: Paulo Fernando Morais Mendonça e Antonio Braz da Silva
0549154-19.2017.8.05.0001
Apelante: Neide de Sousa Santos
Apelado: Banco do Brasil S/A
Advogados: Vitor Hugo Gomes da Silva, Rafael Sganzerla Durand, Angello Ribeiro Angelo e Sirlene Santos Almeida
0552842-91.2014.8.05.0001
Apelantes: Augusto Santana Damião, Clemens Pereira Guedes, Edmilson Silva Nogueira, Iranilton Andrade Cardoso, Joilton
Borges da Silva, José Carlos Nascimento Santos e Paulo Cesar Neris da Costa
Apelado: Estado da Bahia
Advogados: Nilson José Pinto e Ciro Tadeu Galvão da Silva
0556567-83.2017.8.05.0001
Apelante: José da Lapa dos Santos
Apelado: Aymoré Crédito Financiamento e Investimento S/A
Advogados: Alexandre Ribeiro Caetano, Antonio Carlos Dantas Goes Monteiro e Julio Cesar Cavalcante Oliveira
TJBA – DIÁRIO DA JUSTIÇA ELETRÔNICO – Nº 2.099 - Disponibilização: terça-feira, 13 de março de 2018 Cad 1 / Página 72
0557360-22.2017.8.05.0001
Apelante: Átila Pereira Souza
Apelado: Ministério Público do Estado da Bahia
0558112-91.2017.8.05.0001
Apelante: Vanusa Cavalcante dos Santos
Apelado: Pag S/A Meios de Pagamento
Advogados: Rodrigo Santos Dutra e José Campello Torres Neto
0568392-92.2015.8.05.0001
Apelante: Sul América Companhia de Seguro de Saúde S/A
Apelado: Evilásio Grassi
Advogados: Anderson Ferreira Souza, Lia Maynard Frank Teixeira e Ruyter Dourado
0754672-06.2017.8.05.0001
Apelante: Município do Salvador
Apelado: Maria Augusta Lopes Cordeiro de Almeida
Advogado: Maria Antonieta de Carvalho Lopes
0775562-05.2013.8.05.0001
Apelante: Município do Salvador
Apelado: Katia Rehm Pereira Galvão
Advogado: Nara Janine Magalhães Prates
0785526-22.2013.8.05.0001
Apelante: Município do Salvador
Apelados: Helder Gomes Santos e Regina Lucia Pires Moreira
Advogado: Idevita Monteiro Cunha Gonçalves
0786976-34.2012.8.05.0001
Apelante: Município de Salvador
Apelado: Valéria Figueiredo Lima
Advogado: Leandro Vasconcelos de Rezende
0798993-97.2015.8.05.0001
Apelante: 'Município do Salvador
Apelado: Almir Galdino de Oliveira
0820921-07.2015.8.05.0001
Apelante: Município do Salvador
Apelado: Maria Amelia Silva de Araujo
0821061-07.2016.8.05.0001
Apelante: Município do Salvador
Apelado: André Guimarães Construções Ltda
Advogado: Luiz Felipe Garcia da Silva E Silva
0835508-97.2016.8.05.0001
Apelante: Município do Salvador
Apelado: Antonio Vieira
0836352-47.2016.8.05.0001
Apelante: Município do Salvador
Apelado: Enedina Maria de Jesus Nascimento
Advogado: Jane Aparecida Silva de Santana
0839304-33.2015.8.05.0001
Apelante: Município do Salvador
Apelado: Janice de Jesus do Vale Micro Empresa - Me
TJBA – DIÁRIO DA JUSTIÇA ELETRÔNICO – Nº 2.099 - Disponibilização: terça-feira, 13 de março de 2018 Cad 1 / Página 73
Intimação:
Vistos, etc.
Trata-se de habeas corpus, com pedido liminar, impetrado pelos BÉIS. CAIO GRACO BRAGA MASCARENHAS PIRES e
GABRIEL MANHÃES SILVA, OAB/BA 40.165 e 53.252, respectivamente, em favor de ARTUR FERREIRA DOS SANTOS,
qualificado nos autos, apontando como autoridade coatora o MM JUIZ DE DIREITO DA 3ª VARA CRIME DESTA CAPITAL.
Relata o impetrante que o paciente foi preso no dia 09 de março de 2018, por força de mandado de prisão temporária,
havendo sido sua prisão decretada pela autoridade apontada como coatora em 01/03/2018, pelo prazo de 05 (cinco) dias, e
expedido mandado de busca e apreensão, nos termos da Lei nº 7960/89, ao fundamento da presença dos indícios de
autoria e de participação do paciente na conduta delituosa apontada na decisão a quo.
Sustenta que o paciente sofre constrangimento ilegal na medida em que o édito constritivo não apresenta fundamentação
idônea a justificar a manutenção do cárcere, uma vez que ausentes os requisitos autorizadores da prisão temporária, bem
como pelo fato de reunir o paciente condições subjetivas para permanecer em liberdade até o fim das investigações
policiais, já que tecnicamente primário, possuidor de atividade laborativa lícita - Delegado de Polícia Civil - além de endereço
certo, nada estando a indicar a intenção de evadir-se ou de dificultar a instrução processual, demonstrando-se, desse
modo, e a seu ver, a desnecessidade da manutenção da prisão temporária sob comento.
Requer, por fim, em sede liminar, a concessão da ordem de hc em favor do paciente e a imediata expedição de alvará de
soltura em favor do mesmo.
É o relatório.
Passo ao exame do pedido liminar.
Em que pesem os argumentos apresentados na inicial do writ, não subsistem elementos e razões suficientes para a
concessão liminar do pleito. Como é por demais sabido, a concessão de liminar em processo de h.c. é medida de
excepcionalidade e somente admissível quando, de forma inequívoca, encontra-se demonstrada a ilegalidade do ato
guerreado e evidenciados o periculum in mora, entendido como a efetiva possibilidade da ocorrência de grave lesão de
difícil e impossível reparação, e o fumus boni iuris, ou seja, a plausibilidade do direito subjetivo postulado.
Na hipótese dos autos, a ilegalidade do ato combatido estaria na ausência de fundamento para a manutenção da prisão
temporária decretada, uma vez que não haveria "elemento concreto capaz de referendar a determinação da prisão temporária".
Constata-se, ao contrário disso, que a decisão guerreada fundamentou-se nos preceitos legais que regem a espécie, tendo
a autoridade apontada como coatora decretado a prisão temporária do paciente "diante da necessidade de aprofundamento
das investigações envolvendo Autoridade da Polícia Civil, pela alegação de fundada razão quanto a autoria e participação do
Representado nos delitos indicados", não se verificando, na hipótese, qualquer ilegalidade a ser reparada pela via do h.c..
Ademais, o prazo de 05 (cinco) dias determinado na decisão a quo, iniciou-se na data da prisão, qual seja, 09/03/2018, razão
pela qual CONHEÇO da impetração para INDEFERIR A LIMINARpostulada.
Remetam-se os autos ao SECOMGE no primeiro dia útil que se seguir ao plantão, logo no início do expediente, para regular
distribuição a uma das Câmaras Criminais deste Tribunal de Justiça.
Publique-se. Intimem-se.
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DA BAHIA
Plantão Judiciário - Cível
INTIMAÇÃO
8004595-61.2018.8.05.0000 Agravo De Instrumento
Jurisdição: Tribunal De Justiça
Agravado: Construtora Wm Industrial E Comercial Ltda.
Agravante: Joao Ami Tournillon
Advogado: Joao Ami Tournillon (OAB:0001411/BA)
Intimação:
TJBA – DIÁRIO DA JUSTIÇA ELETRÔNICO – Nº 2.099 - Disponibilização: terça-feira, 13 de março de 2018 Cad 1 / Página 74
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DA BAHIA
PLANTÃO JUDICIÁRIO DE SEGUNDO GRAU
________________________________________
Processo: AGRAVO DE INSTRUMENTO n. 8004595-61.2018.8.05.0000
Órgão Julgador: Plantão Judiciário
AGRAVANTE: JOAO AMI TOURNILLON
Advogado(s): JOAO AMI TOURNILLON
AGRAVADO: Construtora WM Industrial e Comercial Ltda.
DECISÃO
Dispõe a Resolução nº 18/2009, do E. Tribunal de Justiça do Estado da Bahia, com as alterações introduzidas pela Resolução
nº 24/2013, in verbis:
"Art. 1º O Plantão Judiciário em 2º grau de jurisdição será disciplinado pelas normas estabelecidas nesta Resolução,
destinando-se exclusivamente à prestação de tutela jurisdicional de urgência, fora do expediente forense, restringindo-se
ao exame das seguintes matérias:
I- pedidos de habeas corpus e mandados de segurança em que figurar como coator autoridade submetida à competência
jurisdicional do Tribunal de Justiça;
II- comunicações de prisão em flagrante e a apreciação dos pedidos de concessão de liberdade provisória, nas hipóteses
previstas no Regimento Interno;
III- em caso de justificada urgência, de representação da autoridade policial ou do Ministério Público, visando à decretação
de prisão preventiva ou temporária, nas hipóteses previstas no Regimento Interno;
IV- pedidos de busca e apreensão de pessoas, bens ou valores, desde que objetivamente comprovada a urgência; e
V- medida cautelar, de natureza cível ou criminal, que não possa ser realizada no horário normal de expediente ou de caso
em que da demora possa resultar risco de grave prejuízo ou de difícil reparação;
§ 1º O Plantão Judiciário não se destina à reiteração de pedido já apreciado no órgão judicial de origem ou em plantão
anterior, nem à sua reconsideração ou reexame, ou à apreciação de solicitação de prorrogação de autorização judicial para
escuta telefônica.
§ 2º As medidas de comprovada urgência, que tenham por objeto o depósito de importância em dinheiro ou valores, serão
ordenadas por escrito pela autoridade judiciária competente e serão executadas ou efetivadas durante o expediente bancário
normal, por intermédio de servidor credenciado do juízo ou de outra autoridade, por expressa e justificada delegação do
magistrado.
§ 3º Durante o Plantão Judiciário, não serão apreciados pedidos de levantamento de importância em dinheiro ou valores
nem liberação de bens apreendidos.
§ 4º Caberá ao magistrado plantonista, em qualquer hipótese, avaliar e decidir de forma fundamentada a admissibilidade do
pedido, mediante verificação da urgência da medida pleiteada, a merecer atendimento imediato e extraordinário; caso
entenda que a prestação jurisdicional requerida não seja passível de apreciação no Plantão Judiciário, despachará
determinando a remessa das petições e documentos à distribuição, no primeiro dia útil que se seguir ao plantão, logo no
início do expediente."(g.n.)
In casu, a Agravante apresentou, perante este Plantão de 2º Grau, o presente recurso contra decisão proferida por Juízo de
1º Grau, em, em cumprimento de sentença, determinou a expedição de mandado de imissão de posse em favor da autora,
ora recorrida, facultando ao demandado, recorrente, a desocupação voluntária no prazo de 15 dias. Requereu pedido liminar
para sua manutenção na posse do imóvel.
Evidentemente, o presente recurso não possui a urgência exigida pelo caput do art. 1º da Resolução nº 18/2009, a merecer
atendimento imediato e extraordinário (§ 4º do art. 1º), por parte deste Juízo. Com efeito, para justificar a excepcional
apreciação do pleito durante o Plantão Judiciário, a urgência deve ser objetivamente comprovada, algo que não ocorre na
espécie.
Em especial, observe-se que a decisão vergastada foi publicada em 1.3.2018, desde quando poderia o Impetrante ajuizar o
recurso, dispondo de todos os dias que se seguiram à referida publicação da decisão; não se desincumbindo de apresentar
qualquer justificativa para que a prestação jurisdicional seja feita em caráter imediato e justamente durante o Plantão do
Judiciário. Outrossim, constata-se que ainda não transcorreu o prazo de 15 dias para desocupação voluntária, o que
corrobora ao afastamento da alegada urgência utilizada pelo Impetrante para justificar a utilização da prestação jurisdicional
fora o expediente regular deste Tribunal, quando poderão ser analisados os pleitos do agravante, sem qualquer prejuízo.
Em assim sendo, na forma do §4º do art. 1º da Resolução TJ/BA nº 18/2009, -determino que, no início do próximo dia útil, os
autos sejam remetidos à distribuição.
Publique-se. Intimem-se. Cumpra-se.
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DA BAHIA
Plantão Judiciário - Crime
INTIMAÇÃO
Intimação:
Vistos, etc.
Trata-se de habeas corpus, com pedido liminar, impetrado pela BELA. ANDREIA LIMA CERQUEIRA DE HAMBURGO,
OAB/BA 54.056, em favor de JOSÉ LUIZ DE JESUS, qualificado nos autos, apontando como autoridade coatora o MM
JUIZ DE DIREITO PLATONISTA DA COMARCA DE FEIRA DE SANTANA-BA.
Relata a impetrante que o paciente foi preso em flagrante no dia 26 de janeiro de 2018, pela suposta prática dos
delitos tipificados no art. 121, §2º, inciso I, c/c art. 14, inciso II, ambos do CP, havendo sido a prisão convertida em
prisão preventiva ao fundamento da garantia da ordem pública.
Sustenta que o paciente sofre constrangimento ilegal na medida em que o édito constritivo não apresenta
fundamentação idônea a justificar a manutenção do cárcere, eis que ausentes os requisitos autorizadores da prisão
preventiva, reunindo o paciente condições subjetivas para responder ao processo em liberdade, vez que tecnicamente
primário, e possuidor de endereço certo.
Requer, por fim, em sede liminar, a concessão da ordem de hc, e a imediata expedição de alvará de soltura em favor
do paciente.
É o relatório.
O Plantão Judiciário de Segundo Grau, instituído pela Resolução nº 19/2016, do Tribunal de Justiça da Bahia em
conformidade com a Resolução nº 71/2009, do CNJ, destina-se, exclusivamente, ao exame de matérias urgentes,
cuja análise não pôde ser feita durante o horário forense ordinário, ou cuja demora possa resultar em dano irreparável
para a parte.
Não é essa a hipótese adequadamente evidenciada nos autos.
É consabido que incumbe à parte demonstrar o caráter emergencial e urgente da medida, inclusive com a indicação
dos possíveis prejuízos irreparáveis a serem suportados caso a ordem venha a ser impetrada no expediente regular,
a fim de justificar-se a sua impetração durante o plantão judiciário.
Com efeito, o paciente, consoante documentos juntados aos autos, encontra-se preso desde o dia 26 de janeiro de
2018, havendo sido sua prisão em flagrante convertida em preventiva no dia 28 de janeiro do corrente ano, evidenciando
que a impetrante dispôs de lapso temporal hábil ao questionamento do ato impugnado no horário normal de
expediente, optando, porém, por impetrar o presente mandamus somente no dia 10 de março de 2018, em regime de
plantão. Logo, a apreciação extraordinária do feito, em sede de Plantão Judiciário de 2º grau, representaria afronta
aos princípios da livre distribuição por sorteio (arts. 284 e 285 c/c o art. 930 do CPC), da alternatividade (art. 930 do
CPC), do juízo natural (art. 5º, inc. XXXVII e LIII, da CF), da igualdade, da moralidade e da impessoalidade (art. 5º,
caput, c/c art. 37, caput, da CF), razão pela qual não pode o pedido prosperar.
Ante o exposto, considerando-se que o presente feito não está enquadrado nas hipóteses previstas no art. 1º da
Resolução nº 19/2016 do TJ/BA, e com fulcro no art. 258, RITJBA, NÃO CONHEÇO do presente writ.
Remetam-se os autos ao SECOMGE no primeiro dia útil que se seguir ao plantão, logo no início do expediente, para
regular distribuição a uma das Câmaras Criminais deste Tribunal de Justiça.
Publique-se. Intimem-se.
2ª VICE-PRESIDÊNCIA
ATOS ADMINISTRATIVOS
Despachos exarados pela Desembargadora MARIA DA GRAÇA OSÓRIO PIMENTEL LEAL, 2ª Vice-Presidência do Tribunal de
Justiça da Bahia, em 12 de março de 2018.
TJ-ADM-2018/13710 ADRIANA QUINTEIRO BASTOS SILVA RABELO, Juiz(a) de Direito, faz solicitação.
Defiro licença para tratamento de saúde no(s) dia(s) 12a19/03/2018, conforme atestado médico oficial em anexo, com base
no art. 69, I da Lei Complementar 35/79.
À COPAG - Coordenação de pagamento para anotação.Publique-se.
TJ-ADM-2018/03302 ALBERTO RAIMUNDO GOMES DOS SANTOS, Juiz(a) de Direito, faz solicitação.
Defiro o pedido de afastamento do Magistrado(a) no(s) dia(s) 25, 26 e 27/06/2018, com base no Art. 168, V da Lei 10.845/
2007.
À COPAG - Coordenação de pagamento para anotação. Publique-se.
TJ-ADM-2018/13138 ALCINA MARIANA DA SILVA GOMES MARTINS, Juiz(a) de Direito, faz solicitação.
Ciente do pedido de afastamento no(s) dia(s) 09/03/2018, condicionando o deferimento à apresentação do atestado médico
correspondente, no prazo de 15 dias.Publique-se.
TJ-ADM-2018/13750 AMANDA ANALGESINA RAMOS CARRILHO ANDRADE, Juiz(a) de Direito, faz solicitação.
Defiro o pedido de afastamento referente a(s) compensação(ões) do(s) Plantão(ões) Judiciário de 1º grau do(s) dia(s) 09 e
10/07/2017, para fruição no(s) dia(s) 25, 26, 27 e 28/06/2018, com base no Art. 8º, Parágrafo único da Resolução nº 6/2011-
TJ/BA c/c art.6º §2º e 3º do Provimento 005/2012-CCI. Publique-se. Arquive-se.
TJ-ADM-2018/02949 ANDREA TEIXEIRA LIMA SARMENTO NETO, Juiz(a) de Direito, faz solicitação.
Defiro o pedido de férias relativas ao 2º período de 2017, anteriormente deferida para data oportuna, para fruição de 18/06/
2018 a 07/07/2018.
À COPAG - Coordenação de pagamento para anotação.Publique-se.
TJ-ADM-2018/02477 EUCLIDES DOS SANTOS RIBEIRO ARRUDA, Juiz(a) de Direito, faz solicitação.
Defiro o pedido de férias relativas ao 1º período de 2017, anteriormente deferida para data oportuna, para fruição de 18/06/
2018 a 07/07/2018.
À COPAG - Coordenação de pagamento para anotação.Publique-se.
TJ-ADM-2018/13107 JOSE EDUARDO DAS NEVES BRITO, Juiz(a) de Direito, faz solicitação.
Ciente do pedido de afastamento no(s) dia(s) 22 e 23/03/2018, condicionando o deferimento à apresentação do atestado
médico oficial correspondente, no prazo de 15 dias. Publique-se.
A DESEMBARGADORA LISBETE MARIA TEIXEIRA ALMEIDA CÉZAR SANTOS, CORREGEDORA GERAL DA JUSTIÇA
DO ESTADO DA BAHIA, E O DESEMBARGADOR EMÍLIO SALOMÃO RESEDÁ, CORREGEDOR DAS COMARCAS DO
INTERIOR,
COMUNICAM
Aos senhores delegatários e/ou interinos/substitutos que encontra-se disponível no site das Corregedorias nova aplicação
para cadastramento no sistema SCC, em substituição ao formulário físico. Os pedidos de inscrição encaminhados
anteriormente devem ser renovados através da nova aplicação.
A DESEMBARGADORA LISBETE MARIA TEIXEIRA ALMEIDA CÉZAR SANTOS, CORREGEDORA-GERAL DA JUSTIÇA DO ESTADO
DA BAHIA, no uso de suas atribuições, nos termos do Provimento Conjunto nº. CGJ/CCI -003/2013, art. 1º, § 1º, e, considerando
o quanto consta no Processo nº. TJ-ADM-2017/50061,
RESOLVE:
Considerar Designada a servidora ELISÂNGELA BONFIM DOS SANTOS PIMENTEL, Escrevente de Cartório, cadastro nº.
804.016-8, para responder pela 16ª Vara Criminal da Comarca de Salvador, retroativamente ao período de 01/10 a 20/10/
2017, em virtude do período de gozo de Licença Prêmio do Titular.
A DESEMBARGADORA LISBETE MARIA TEIXEIRA ALMEIDA CÉZAR SANTOS, CORREGEDORA-GERAL DA JUSTIÇA DO ESTADO
DA BAHIA, no uso de suas atribuições, nos termos do Provimento Conjunto nº. CGJ/CCI -003/2013, art. 1º, § 1º, e, considerando
o quanto consta no Processo nº. TJ-ADM-2017/58544,
RESOLVE:
Considerar Designado o servidor RAFAEL CARVALHO AUGUSTO, Subescrivão, cadastro nº. 968.426-3, para responder
pela 9ª Vara Criminal da Comarca de Salvador, retroativamente aos períodos de 26/05 a 26/11/2017, 01 a 19/12/2017,
08 a 17/01/2018 e 18/01 a 06/02/2018, em virtude dos períodos de gozo de Licença Maternidade, Férias e Licença
Prêmio da Titular.
ATOS ADMINISTRATIVOS
DECISÕES EXARADAS PELA DESEMBARGADORA LISBETE MARIA TEIXEIRA ALMEIDA CÉZAR SANTOS, CORREGEDORA
GERAL DA JUSTIÇA DO ESTADO DA BAHIA:
COMARCA DE SALVADOR
PROCESSO Nº: TJ-CNJ-2017/69829
REQUERENTE: MINISTRO JOÃO OTÁVIO DE NORONHA
INTERESSADO: INSTITUTO CORPORE P/ DESENV DA QUALIDADE DE VIDA
ASSUNTO: Denúncia. Sindicância. Inquérito. Reclamação. Representação
DECISÃO/OFÍCIO
Acolho, por seus próprios fundamentos, o pronunciamento acima, da Juíza Auxiliar da CGJ, Marta Moreira Santana, fazendo
integrar a este despacho a motivação ali exposta, para solicitar ao eminente Ministro João Otávio Noronha, Corregedor
Nacional de Justiça a dilação do prazo de 60 (sessenta dias) para a instrução e conclusão da Representação Disciplinar nº
0009054-24.2017.2.00.0000.
Publique-se. Cumpra-se. Intime-se.
COMARCA DE SALVADOR
PROCESSO Nº: TJ-CNJ-2018/07088
REQUERENTE: MINISTRO JOÃO OTAVIO DE NORONHA
INTERESSADO: KARLHEINZ JOHANNES KREY
ASSUNTO: Pedido, oferecimento e informação diversos
DESPACHO
Acolho, por seus próprios fundamentos, o pronunciamento da Juíza Corregedora das Varas Cíveis e das Relações de
Consumo e, por conseguinte, determino o arquivamento do presente expediente haja vista que a inexistência da prática de
infração disciplinar por parte do/a Magistrado/a. Dê-se ciência à parte reclamante/denunciante e ao MM. Magistrado, mediante
comunicação eletrônica. Cumpra-se. Publique-se. Anote-se. Comunique-se.
COMARCA DE ITABUNA
PROCESSO Nº: TJ-CNJ-2017/67407
REQUERENTE: MINISTRO JOÃO OTÁVIO DE NORONHA
INTERESSADO: ANA LOUISE MENEZES BENEVIDES CUNHA
ASSUNTO: Denúncia. Sindicância. Inquérito. Reclamação. Representação
DECISÃO/OFÍCIO
Acolho, por seus próprios fundamentos, o pronunciamento acima, da Juíza Auxiliar da CGJ, Marta Moreira Santana, fazendo
integrar a este despacho a motivação ali exposta, para determinar o arquivamento do presente protocolo administrativo.
Verifico que a pretensão da parte, apesar de dirigida à Corregedoria Nacional de Justiça, e desta, a determinação para que
esta CGJ informe a respeito do processo em destaque, foi atendida pelo Juízo representado, e o feito retomou a marcha
processual, motivo pelo qual determino o seu arquivamento, aqui, e, se a parte voltar a reclamar, que se desarquive para
movimentação regular, ficando esta decisão a ser referendada ou não pelo Corregedor Nacional de Justiça. Ciência ao
Ministro João Otávio de Noronha, Corregedor Nacional de Justiça. Cumpra-se. Publique-se. Intime-se.
COMARCA DE VALENÇA
PROCESSO Nº: TJ-CNJ-2017/67401
INTERESSADO: JOIMAR DA HORA BOMFIM
ASSUNTO: Denúncia. Sindicância. Inquérito. Reclamação. Representação
DECISÃO
Acolho o pronunciamento da Juíza Assessora Especial desta CGJ, Andréa Paula Matos Rodrigues de Miranda, adotando
como razões de decidir a motivação ali exposta, para determinar que cópia do pronunciamento acolhido e dos documentos
acostados ao presente expediente sejam encaminhados à Colenda Corregedoria Nacional de Justiça, com o fito de atender
o quanto solicitado. Publique-se. Cumpra-se.
TJBA – DIÁRIO DA JUSTIÇA ELETRÔNICO – Nº 2.099 - Disponibilização: terça-feira, 13 de março de 2018 Cad 1 / Página 82
COMARCA DE SALVADOR
PROCESSO Nº: TJ-CNJ-2017/43994
REQUERENTE: MINISTRO JOÃO OTÁVIO DE NORONHA
INTERESSADO: LUIZ CARLOS EVANGELISTA DOS REIS
ASSUNTO: Denúncia. Sindicância. Inquérito. Reclamação. Representação
DECISÃO/OFÍCIO
Acolho, por seus próprios fundamentos, o pronunciamento acima, da Juíza Auxiliar da CGJ, Marta Moreira Santana, fazendo
integrar a este despacho a motivação ali exposta, para determinar o arquivamento do presente protocolo administrativo.
Verifico que não há fundamentos para a apuração de um mesmo objeto de presentação em dois protocolos administrativos
distintos. Fica esta decisão a ser referendada ou não pelo Corregedor Nacional de Justiça. Ciência ao Ministro João Otávio
de Noronha, Corregedor Nacional de Justiça. Cumpra-se. Publique-se. Intime-se.
COMARCA DE SALVADOR
PROCESSO Nº: TJ-CNJ-2016/60804
REQUERENTE: MINISTRO JOÃO OTÁVIO DE NORONHA
INTERESSADO: AUGUSTO CESAR SILVA DUMAS
ASSUNTO: Denúncia. Sindicância. Inquérito. Reclamação. Representação
DECISÃO/OFÍCIO
Acolho, por seus próprios fundamentos, o pronunciamento acima, da Juíza Auxiliar da CGJ, Marta Moreira Santana, fazendo
integrar a este despacho a motivação ali exposta, para determinar o arquivamento do presente protocolo administrativo.
Verifico que a pretensão da parte, apesar de dirigida à Corregedoria Nacional de Justiça, e desta, a determinação para que
esta CGJ informe a respeito do processo em destaque, foi atendida pelo Juízo representado, e o feito retomou a marcha
processual, motivo pelo qual determino o seu arquivamento, aqui, e, se a parte voltar a reclamar, que se desarquive para
movimentação regular, ficando esta decisão a ser referendada ou não pelo Corregedor Nacional de Justiça. Ciência ao
Ministro João Otávio de Noronha, Corregedor Nacional de Justiça. Cumpra-se. Publique-se. Intime-se.
COMARCA DE ALAGOINHAS
PROCESSO Nº: TJ-ADM-2017/03733
INTERESSADO: VASCO RUSCIOLELLI AZEVEDO
ASSUNTO: Pedido, oferecimento e informação diversos
DECISÃO
Acolho o pronunciamento do M. M. Juiz Assessor Especial da Corregedoria, Bel. Moacir Reis Fernandes Filho, adotando
como razões de decidir a motivação ali exposta, para deferir o pedido formulado pelo Delegatário Vasco Rusciolelli Azevedo.
Para tanto, deve o M.M.Juiz da Vara de Registros Públicos da Comarca de Alagoinhas, baixar Portaria designando o Requerente
para responder pela interinidade do cartório do 2º Ofício de Registro Civil das Pessoas Naturais de Alagoinhas-Ba. Publique-
se. Cientifiquem-se os interessados. Após, arquive-se.
DECISÕES EXARADAS PELA BELA. ALÁDIA COELHO MOREIRA PINTO DANTAS, CHEFE DA ASSESSORIA JURÍDICA DA
CORREGEDORIA GERAL DA JUSTIÇA DO ESTADO DA BAHIA, NOS PROCESSOS ABAIXO:
COMARCA DE SALVADOR
PROCESSO Nº: TJ-ADM-2017/27943
REQUERENTE: JUIZ DE DIREITO ÉRICO RODRIGUES VIEIRA
INTERESSADO: GESIEL LINO DOS SANTOS
ASSUNTO: Designação. Disponibilidade. Redistribuição. Substituição.
DECISÃO
Acolho a manifestação da Assessoria Jurídica da Corregedoria Geral de Justiça (Parecer nº CGJ-153/2018-ASJUC), nos
termos e fundamentação esposados e, no uso das atribuições delegadas através da Portaria n. CGJ-070/2018-GSEC,
determino o encaminhamento dos presentes autos à Presidência deste E. Tribunal de Justiça, para os fins de sua
competência, conforme dispõe o artigo 84, incisos XIII e XXIX - Regimento Interno do Tribunal de Justiça da Bahia; Provimento
Conjunto 003/2013-CGJ-CCI e Resolução n. 05/2013 - Tribunal Pleno - arts. 4º e 5º. Publique-se.
COMARCA DE SALVADOR
PROCESSO Nº: TJ-ADM-2018/00221
INTERESSADO: HOSANA OLIVEIRA DE JESUS DA SILVA
ASSUNTO: Licenças
DECISÃO
Conforme atribuições delegadas por meio da Portaria Nº CGJ - 070/2018 - GSEC, e nos termos e fundamentação esposados
no PARECER ADITIVO Nº CGJ-253/2018-ASJUC,DEFIRO a LICENÇA GESTANTE da servidora HOSANA OLIVEIRA DE JESUS
DA SILVA, cadastro nº 903.960-0, Oficiala de Justiça Avaliadora desta Comarca de Salvador-Bahia, pelo período de 180 (cento
e oitenta) dias a partir de 20/12/2017, com base no art. 7º, XVIII da Constituição Federal; art. 1º e 2º da Lei 11.770/2008; art. 154
da Lei nº 6.677/1994, bem como da Resolução nº 04/2009 TJ-BA. Remetam-se os autos à COREC para as anotações de
praxe. Após, arquive-se. Publique-se.
TJBA – DIÁRIO DA JUSTIÇA ELETRÔNICO – Nº 2.099 - Disponibilização: terça-feira, 13 de março de 2018 Cad 1 / Página 83
COMARCA DE SALVADOR
PROCESSO Nº: TJ-ADM-2017/65013
INTERESSADO: ANA LUIZA DE PINNA SANTANA
ASSUNTO: Abono de permanência em serviço
DECISÃO
De ordem, acolho a manifestação da Assessoria Jurídica desta Corregedoria Geral (Parecer nº CGJ-1633-ASJUC), nos
termos e fundamentação esposados, que opinou pela concessão de abono de permanência em favor da servidora ANA
LUIZA DE PINNA SANTANA, cadastro nº 210.151-3, com fulcro no art. 2º, parágrafo 5º, da Emenda 41/2003 e art. 17 e 64 da Lei
Estadual nº 11.357/2009, devendo serem os autos encaminhados à DRH, para as necessárias anotações relativas à
conversão em dobro do período de licença prêmio, relativo aos quinquênios compreendidos entre 10/09/1987 a 09/09/1992
e 10/09/1992 a 09/09/1997, os quais não mais poderão ser usufruídos pela servidora. No uso das atribuições delegadas
através da Portaria nº CGJ - 070/2018 - GSEC, encaminhem-se os autos à Presidência deste E. Tribunal de Justiça, para os
devidos fins. Publique-se.
A DESEMBARGADORA LISBETE MARIA TEIXEIRA ALMEIDA CÉZAR SANTOS, CORREGEDORA GERAL DA JUSTIÇA DO ESTADO
DA BAHIA, E O DESEMBARGADOR EMÍLIO SALOMÃO RESEDÁ, CORREGEDOR DAS COMARCAS DO INTERIOR,
COMUNICAM
Aos senhores delegatários e/ou interinos/substitutos que encontra-se disponível no site das Corregedorias nova aplicação
para cadastramento no sistema SCC, em substituição ao formulário físico. Os pedidos de inscrição encaminhados
anteriormente devem ser renovados através da nova aplicação.
ATOS ADMINISTRATIVOS
DESPACHOS E DECISÕES EXARADOS PELO DESEMBARGADOR EMÍLIO SALOMÃO RESEDÁ, CORREGEDOR DAS
COMARCAS DO INTERIOR:
COMARCA DE REMANSO
PROCESSO Nº: TJ-ADM-2018/01395
INTERESSADO: DESA. IVETE CALDAS SILVA FREITAS MUNIZ
ASSUNTO: ENCAMINHAMENTO DE DESPACHO
DECISÃO/OFICIO
Cuida-se de expediente encaminhado a esta Corregedoria, oriundo da Segunda Câmara Criminal, por determinação da
Desembargadora Ivete Caldas Silva Freitas Muniz, relatora da Ação Penal originária sob o número 0300998-94.2011.8.05.0000,
a fim de dar conhecimento acerca do referido processo. Solicitadas informações ao Juiz reclamado, o mesmo apresentou
TJBA – DIÁRIO DA JUSTIÇA ELETRÔNICO – Nº 2.099 - Disponibilização: terça-feira, 13 de março de 2018 Cad 1 / Página 84
resposta a esta Corregedoria, relatando as dificuldades enfrentadas pelo mesmo desde o início da sua atuação à frente da
Vara Crime da Comarca de Remanso e até os dias atuais, notadamente, a sobrecarga de trabalho em razão das designações
do mesmo para atuar em substituição em outras comarcas, bem como apresentou os números representativos da sua
produtividade como magistrado e, por fim, negou com veemência a prática de qualquer ato passível de censura, seja na
esfera civil e/ou criminal. Em seu pronunciamento, o MM. Juiz Assessor Especial desta Corregedoria opinou pelo arquivamento
dos autos, fundamentando o seu entendimento na inexistência de elementos mínimos necessários à demonstração de
omissão e/ou desídia funcional por parte do magistrado reclamado. Entendo acertado o opinativo lançado pela assessoria
especial desta CCI, pelo que acolho o pronunciamento apresentado às fls. 72 a 76, por seus próprios fundamentos, fazendo
integrar a esta decisão a motivação ali exposta, haja vista a ausência de indícios mínimos de prática de ilícito administrativo
por parte do MM. Juiz de Direito Titular da Vara Crime da Comarca de Remanso/Ba, Bel. Dario Gurgel de Castro, razão pela
qual determino o arquivamento do presente protocolo administrativo. Dê-se ciência à Desembargadora Ivete Caldas Silva
Freitas Muniz, relatora da Ação Penal originária sob o número 0300998-94.2011.8.05.0000, bem como ao Magistrado de
Remanso, utilizando-se cópia desta decisão como ofício. À SERP. Publique-se. Cumpra-se. Após, arquive-se.
COMARCA DE UTINGA
PROCESSO Nº: TJ-CNJ-2017/60476
REQUERENTE: MINISTRO JOÃO OTÁVIO DE NORONHA
INTERESSADO: MARIA LUIZA LINS REUTER
ASSUNTO: REPRESENTAÇÃO POR EXCESSO DE PRAZO
DECISÃO/OFICIO
Trata-se de representação encaminhada pelo Corregedor Nacional de Justiça, e. Ministro JOÃO OTÁVIO DE NORONHA,
formulada por Maria Luíza Lins Reuter, relativa ao Processo tombado sob nº 0558007-22.2014.805.0001, em trâmite, à
época, perante o MM. Juízo da 5ª Vara da Fazenda Pública da Comarca de Salvador/BA, acerca do qual informou seu
Magistrado Titular, Bel. Manoel Ricardo D'Ávila, que, constatando ser referido Juízo incompetente para processar e julgar o
feito, nos termos da motivação exposta em sua decisão proferida, determinou a remessa dos autos à Comarca de Utinga.
Em que pese a notícia de tal decisão, declinatória da competência em favor da Comarca de Utinga/Ba, também determinando
a consequente remessa dos autos reclamados à esta Unidade Judiciária, verifico, entretanto, que o objeto do presente
expediente permanece inalterado, qual seja, o alegado excesso de prazo ocorrido durante a tramitação do feito junto ao MM.
Juízo da 5ª Vara da Fazenda Pública desta Capital, em desfavor do qual única e exclusivamente fora direcionada a queixa
formulada. Ante o exposto, e mais que dos autos consta, acolho o pronunciamento do Juiz Assessor Especial da Corregedoria
das Comarcas do Interior - 3ª Região, Bel. Antônio Maron Agle Filho, fazendo à presente integrar a motivação ali exposta, e
considerando, outrossim, não ser a Corregedoria das Comarcas do Interior órgão competente para apuração de possível
morosidade processual relacionada ao feito tombado sob nº 0558007-22.2014.8.05.0001, desídia ou falta funcional por
parte de Magistrado ou Servidor no período em que dito processo tramitou junto ao MM. Juízo de Direito da 5ª Vara da Fazenda
Pública da Comarca de Salvador, determino sejam os autos encaminhados à Secretária de Registros e Procedimentos
Disciplinares - SERP/Capital, para fim de possível redistribuição ao Juiz Assessor Especial da Corregedoria Geral competente
para processá-los. Anotações e registros de praxe. Publique-se. Cumpra-se.
Adveio, posteriormente, todavia, em 28 de novembro de 2017, a sanção da Lei Estadual nº 13.808, que, dentre outras, tratou
da elevação da Comarca de Senhor do Bonfim, de Entrância Intermediária, para Entrância Final, fazendo cessar
definitivamente, por conseguinte, a competência desta Corregedoria das Comarcas do Interior, deslocando-a, destarte, para
a Corregedoria Geral. Acolho, integralmente, no particular, o pronunciamento do Juiz Assessor Especial desta Corregedoria
das Comarcas do Interior, Bel. Antônio Maron Agle Filho, por seus próprios fundamentos, e, tendo em vista a sanção da Lei
Estadual nº 13.808/2017, que, dentre outras providências, elevou a Comarca de Senhor do Bonfim, de Entrância Intermediária
para Entrância Final, determino que os autos sejam encaminhados à Secretária da Seção de Registros e Procedimentos
Disciplinares - SERP/Capital, a fim de que seja procedida à sua redistribuição ao Juiz Assessor Especial da Corregedoria
Geral doravante competente para processá-los. Publique-se. Cumpra-se.
COMARCA DE IBIRATAIA
PROCESSO Nº: TJ-ADM-2017/21317
INTERESSADO: DAVI SANTANA LOPES FERREIRA
ASSUNTO: DESIGNAÇÃO INTERINA
DESPACHO
Acolho o opinativo da Assessoria Jurídica desta Corregedoria, para reconhecer a perda do objeto do presente expediente,
determinando o ARQUIVAMENTO dos respectivos autos. Publique-se. Arquive-se.
COMARCAS DIVERSAS
PROCESSO Nº: TJ-CNJ-2018/04928
INTERESSADO: THIARA REGINA FERREIRA MONTEIRO BASSANI
ASSUNTO: PEDIDO DE PROVIDÊNCIAS
DESPACHO
Trata-se de despacho exarado pelo Juiz Auxiliar da Corregedoria Nacional de Justiça, Dr. Márcio Evangelista Ferreira da
Silva, nos autos do Pedido de Providências n. 0009820-77.2017.2.00.0000, por meio do qual demanda desta Corregedoria
a deflagração de providências para o cumprimento da Meta 5, referente aos serviços extrajudiciais que visa "- Realizar
fiscalização efetiva nos serviços extrajudiciais prestados de forma eletrônica e pelas centrais de forma eletrônica,
especialmente quanto à fixação de taxa administrativa que onere o cidadão (…)". Esta gestão inciou-se no dia 01/02/2017,
sendo que até o momento, tem 16 (dezesseis) dias úteis de intenso trabalho, a fim de atender, dentre todas as prioridades,
a formação e estruturação do Núcleo Extrajudicial, no âmbito das Corregedorias de Justiça da Bahia. Assim, verificadas as
vinte metas apresentadas no Encontro de Corregedores dos Serviços Extrajudiciais, o planejamento está pautado no
cumprimento das medidas ali apresentadas. Já foi instalado o Núcleo Extrajudicial, através do Provimento Conjunto n.3/
TJBA – DIÁRIO DA JUSTIÇA ELETRÔNICO – Nº 2.099 - Disponibilização: terça-feira, 13 de março de 2018 Cad 1 / Página 86
2018, assinado pela Corregedora Geral e pelo Corregedor do Interior, especializado na estrutura organizacional, servidores
para atender, orientar e fiscalizar os notários e registradores do Estado da Bahia. Reputando-se que as medidas necessárias
para o cumprimento da Meta 5 dos Serviços extrajudiciais, já foi realizado reunião com os chefes dos setores de fiscalização
e arrecadação deste Tribunal, a fim de adequar uma padronização para implementar a qualidade da fiscalização com
relação aos emolumentos cobrados e atos praticados pelos delegatários. Alertando que as correições já estão sendo
instaladas e iniciadas, objetivando a fiscalização contábil financeira, tributária e trabalhista, tando assim, que já iniciada as
orientações dos servidores do Núcleo com a Controladoria deste Tribunal de Justiça.Tendo em vista o exposto, entendendo
que a Meta 5, já está sendo efetivada por esta Corregedoria, requeiro apenas dilação do prazo para encaminhamento dos
documentos necessários para comprovação, objetivando a consolidação das informações aqui citadas e a otimização da
gestão das Metas Extrajudiciais Nacionais. Cópia desta servirá como meio de comunicação à Corregedoria Nacional de
Justiça. Cumpra-se.
COMARCAS DIVERSAS
PROCESSO Nº: TJ-CNJ-2018/04894
REQUERENTE: THIARA REGINA FERREIRA MONTEIRO BASSANI
INTERESSADO: CORREGEDORIA DO CNJ
ASSUNTO: PEDIDO DE PROVIDÊNCIAS
DESPACHO
Trata-se de despacho exarado pelo Juiz Auxiliar da Corregedoria Nacional de Justiça, Dr. Márcio Evangelista Ferreira da
Silva, nos autos do Pedido de Providências n. 0009809-48.2017.2.00.0000, por meio do qual demanda desta Corregedoria
a deflagração de providências para o cumprimento da Meta 9, referente aos serviços extrajudiciais, que visa "Entabular com
a ouvidoria do tribunal o detalhamento das reclamações acerca dos serviços extrajudiciais, apresentando, no site do
tribunal, estatísticas trimestrais". É preciso pontuar que a esta gestão inciou-se dia 01/02/2017, sendo que até o momento
tem apenas 16 (dezesseis) dias úteis de intenso trabalho, a fim de atender, dentre todas as prioridades, a formação e
estruturação do Núcleo Extrajudicial, no âmbito da Corregedoria Geral de Justiça da Bahia. Assim, verificada as vinte metas
apresentadas no Encontro de Corregedores dos Serviços Extrajudiciais, o planejamento está pautado em cumprir as
medidas ali apresentadas. Foi instalado o Núcleo Extrajudicial, através do Provimento Conjunto n.3/2018, assinado pela
Corregedora Geral e pelo Corregedor do Interior, especializado na estrutura organizacional, servidores para atender, orientar
e fiscalizar os notários e registradores do Estado da Bahia. Reputando-se que as medidas necessárias para o cumprimento
da Meta 9, dos Serviços extrajudiciais, está sendo reestruturado o site da Corregedoria e firmado-se um diálogo com a
ouvidoria do Tribunal, a fim de elencar estatisticamente o atendimento ao cidadão, quanto às reclamações dos serviços
extrajudiciais. Tendo em vista o exposto, entendendo que essa Meta 9 já está sendo efetivada por esta Corregedoria, com
planejamento devido, requer-se apenas dilação do prazo para encaminhamento dos documentos necessários para
comprovação, objetivando a consolidação das informações aqui citadas e a otimização da gestão das Metas Extrajudiciais
Nacionais. Cópia desta servirá como meio de comunicação à Corregedoria Nacional de Justiça. Cumpra-se.
COMARCAS DIVERSAS
PROCESSO Nº: TJ-CNJ-2017/70485
REQUERENTE: MINISTRO JOÃO OTÁVIO DE NORONHA
INTERESSADO: CONSELHO NACIONAL DE JUSTIÇA
ASSUNTO: PEDIDO DE PROVIDÊNCIAS
DESPACHO
Versam os autos sobre expediente oriundo do Conselho Nacional de Justiça, por meio do qual o Eminente Ministro João
Otávio de Noronha, solicita informações sobre os motivos que justificaram a designação de interinos para ficarem
responsáveis por serventias extrajudiciais desativadas. Inicialmente, cabe esclarecer que não houve concessão de serventias
extrajudiciais inativas para o exercício da interinidade por não concursados, porquanto o §2° do art. 1° do Edital Conjunto n.
CGJ/CCI - 03/2017 (anexo), vedou a participação dos responsáveis interinos, que foram designados por força do art. 39, § 2°,
da Lei n. 8.935/94. Logo, somente puderam se habilitar para gerir, precariamente, as as serventias extrajudiciais vagas, os
Delegatários aprovados por meio de concurso público de provas e títulos. Por certo, as serventias extrajudiciais não instaladas
não foram ofertadas para gestão interina, visto que ao longo de décadas, sequer foram implantadas e, portanto, se revelam
indiscutivelmente desnecessárias. Ocorre que, por conveniência administrativa, em situações excepcionais, que não
ultrapassaram 06 (seis) unidades extrajudiciais, tais quais ocorreram nos Cartórios de registro civil com funções notariais
dos Distritos de Bonito (Comarca de Pindaí), Canché (Comarca de Jeremoabo), Junco (Comarca de Jacobina), Novo Triunfo
(Comarca de Antas), Pilar (Comarca de Jaguarari) e Vereda (Comarca de Itanhém), observado o imperioso interesse
público, foram ofertadas serventias não instaladas, uma vez que constituem sede de Município, e/ou, atendiam a grande
concentração populacional residente na localidade. Acrescente-se, ainda, que consoante já informado nos autos deste
Pedido de Providências, foi aprovado pelo Tribunal Pleno deste Sodalício, proposta de Projeto de Lei que exclui do Anexo da
Lei de Organização Judiciária do Estado da Bahia Cartórios Extrajudiciais, não instalados, de Registro Civil de Pessoas
Naturais com Funções Notariais de Distritos. À vista das considerações postas, encaminhem-se estas informações à Douta
Corregedoria Nacional de Justiça. Publique-se. Cumpra-se, utilizando, se necessário, cópia deste despacho como ofício.
Após, arquive-se.
TJBA – DIÁRIO DA JUSTIÇA ELETRÔNICO – Nº 2.099 - Disponibilização: terça-feira, 13 de março de 2018 Cad 1 / Página 87
DESPACHOS E DECISÕES EXARADOS PELA BELA. MARIA DE FÁTIMA BUARQUE BELLUCCI DA SILVA, CHEFE DA
ASSESSORIA JURÍDICA DA CORREGEDORIA DAS COMARCAS DO INTERIOR:
COMARCA DE PARAMIRIM
PROCESSO Nº: TJ-ADM-2018/08760
INTERESSADO: SUMARA MEIRA SILVA TANAJURA
ASSUNTO: LICENÇA PRÊMIO
DESPACHO
Considerando que o pleito se enquadra na hipótese do art. 1º, do Decreto Judiciário nº. 473/2014 (parcialmente alterado
pelos Decretos nºs. 315/2016 e 462/2016) e nos termos da competência delegada a esta Assessoria Jurídica, conforme
disposto no art. 1º, parágrafo único, da Portaria Conjunta nº. CGJ/CCI-01/2016 - GSEC, c/c o art. 1º, inciso III, da Portaria nº.
CCI-32/2016 - GSEC, AUTORIZO aservidora SUMARA MEIRA SILVA TANAJURA, cadastro nº. 802.261-5, Escrevente de Cartório,
lotada na Comarca de Paramirim, a usufruir, nos períodos de 16/04/2018 a 05/05/2018 e 14/06/2018 a 23/06/2018, 30(trinta)
dias de licença-prêmio, cujo direito lhe foi deferido pela Portaria 172/2009, publicada na imprensa oficial no dia 04/09/2009,
remanescendo, nesta data, 150 (cento e cinquenta) dias de saldo para gozo oportuno. Publique-se. Após, encaminhem-se
os autos à DRH, para as devidas anotações.
COMARCA DE MACAÚBAS
PROCESSO Nº: TJ-ADM-2017/54000
INTERESSADO: MARIA LOURDES ROQUE MALHEIRO LEAO
ASSUNTO: APOSENTADORIA
DESPACHO
O Parecer nº CCI-77/2018-ASJUC, que ora acolho, concluiu que a Servidora Maria Lourdes Roque Malheiro Leão, cadastro
nº 204.458-7, Escrevente de Cartório da Comarca de Macaúbas, preencheu os requisitos para a Aposentadoria Voluntária,
com fulcro no art. 3º, da Emenda Constitucional nº 47/2005, sendo-lhe devida a fixação dos proventos de inatividade na forma
constante da planilha de fl. 79. Ante o exposto, no uso das atribuições delegadas a esta ASJUC-CCI, conforme disposto no
inciso IV, do art. 1º, da Portaria CCI- 32/2016-GSEC, proceda-se à remessa do presente expediente à Presidência deste
Tribunal de Justiça, para os fins de sua competência. Publique-se. Cumpra-se.
COMARCA DE ITUBERÁ
PROCESSO Nº: TJ-ADM-2017/53666
INTERESSADO: SELMA BOMFIM DE JESUS
ASSUNTO: APOSENTADORIA (LICENÇA PRÊMIO)
DECISÃO
Trata-se de pedido de aposentadoria voluntária formulado pela servidora Selma Bomfim de Jesus, ocupante do cargo de
Subescrivão, cadastro nº 225.241-4, nos termos do Requerimento de Direitos e Vantagens- RDV de fls. 02/03, com utilização
do período de licença-prêmio adquirido antes da EC n. 20/98. Instada a se manifestar sobre o saldo remanescente de
licença-prêmio, a servidora informou, fl. 60, que deseja usufruir os 90 (noventa) dias disponíveis, a partir do dia 12/03/2018,
vindo a retificar o seu pedido, às fls. 64/65, para que o usufruto da licença seja a partir de 19/03/2018, o que contou, inclusive,
com a anuência do seu chefe imediato. Desta forma, considerando que o pleito se enquadra na hipótese dos §§ 4º e 5º, do
art. 1º, do Decreto Judiciário nº 473/2014 (parcialmente alterado pelos Decretos nºs 315/2016 e 462/2016), nos termos da
competência delegada a esta Assessoria Jurídica, conforme disposto no art. 1º, parágrafo único, da Portaria Conjunta nº
CGJ/CCI-01/2016-GSEC, c/c o art.1º, inciso III, da Portaria nº CCI-32/2016-GSEC, AUTORIZO a servidora SELMA BOMFIM DE
JESUS, cadastro nº 225.241-4, a usufruir 90 (noventa) dias de licença-prêmio, que lhe foi deferida pela Portaria nº PORT SN,
publicada no DJE do dia 16/09/1999, no período de 19/03/2018 a 16/06/2018, e determino o sobrestamento do presente
feito, até o término da referida licença. Publique-se. Encaminhem-se os autos À COREC/DRH, para as anotações devidas.
Após, aguarde-se em arquivo provisório.
COMARCA DE PARIPIRANGA
PROCESSO Nº: TJ-ADM-2018/12915
INTERESSADO: VILMA MARIA MAYNART RABELO
ASSUNTO: LICENÇA PRÊMIO
DECISÃO
Considerando que o pleito se enquadra na hipótese dos §§ 4º e 5º, do art. 1º, do Decreto Judiciário nº. 473/2014 (parcialmente
alterado pelos Decretos nºs. 315/2016 e 462/2016) e nos termos da competência delegada a esta Assessoria Jurídica,
conforme disposto no art. 1º, parágrafo único, da Portaria Conjunta nº. CGJ/CCI-01/2016 - GSEC, c/c o art. 1º, inciso III, da
Portaria nº. CCI-32/2016 - GSEC, AUTORIZO a servidora VILMA MARIA MAYNART RABELO, cadastro nº. 801.122-2, Escrevente
de Cartório, lotada na Comarca de Paripiranga, a usufruir, no período de 04/06/2018 a 31/10/2018, 150 (cento e cinquenta
dias) dias de licença-prêmio, cujo direito lhe foi deferido pelas Portarias Port. 300, 065/2009 e 032/2014, publicadas na
imprensa oficial, respectivamente, nos dias 13/06/2007, 02/04/2009 e 07/03/2014, não remanescendo, nesta data, dias de
saldo para gozo oportuno.Publique-se. Após, encaminhem-se os autos à DRH, para as devidas anotações.
TJBA – DIÁRIO DA JUSTIÇA ELETRÔNICO – Nº 2.099 - Disponibilização: terça-feira, 13 de março de 2018 Cad 1 / Página 88
COMARCA DE ITAJUÍPE
PROCESSO Nº: TJ-ADM-2017/59873
INTERESSADO: NIVALDA GOMES SANTANA
ASSUNTO: LICENÇA PRÊMIO
DECISÃO
Trata-se de expediente encaminhado pela servidora NIVALDA GOMES SANTANA, Oficial de Justiça Avaliador 1, cadastro
nº. 807.613-8, lotada na Comarca de Itajuípe, solicitando o gozo de 33 (trinta e três) dias de licença-prêmio, no período
de 08/01/2018 a 09/02/2018. Tendo em vista que somente implementará as condições para aposentadoria em 29/06/
2021, a servidora foi oficiada para adequar o requerimento de fl. 03 aos termos do art. 1º do Decreto Judiciário nº. 473/
2014 (alterado pelos Decretos nºs. 315/2016 e 462/2016), o qual estabelece o período máximo de 30 (trinta) dias, por
exercício, para gozo de licença-prêmio, sob pena de indeferimento. (fl. 21) Posteriormente, a interessada pede a
desistência do pedido relativo ao presente expediente, conforme e-mail colacionado à fl.24. Considerando, assim, o
pedido de desistência formulado pela servidora, nos termos da competência delegada a esta Assessoria Jurídica,
conforme disposto no art. 1º, parágrafo único, da Portaria Conjunta nº. CGJ/CCI-01/2016 - GSEC, c/c o art. 1º, inciso III,
da Portaria nº. CCI-32/2016 - GSEC, determino o arquivamento do processo. -se. Arquive-se.
COMARCA DE UBAITABA
PROCESSO Nº: TJ-ADM-2018/11684
INTERESSADO: CARLISON PANFILO LEMOS DE SANTANA
ASSUNTO: LICENÇA PRÊMIO
DECISÃO
Considerando que o pleito se enquadra na hipótese do art. 1º, do Decreto Judiciário nº. 473/2014 (parcialmente alterado
pelos Decretos nºs. 315/2016 e 462/2016) e nos termos da competência delegada a esta Assessoria Jurídica, conforme
disposto no art. 1º, parágrafo único, da Portaria Conjunta nº. CGJ/CCI-01/2016 - GSEC, c/c o art. 1º, inciso III, da Portaria nº.
CCI-32/2016 - GSEC, AUTORIZO o servidor CARLISON PANFILO LEMOS DE SANTANA, cadastro nº. 902.963-0, Escrevente
de Cartório, lotado na Comarca de Ubaitaba, a usufruir, no período de 14/06/2018 a 13/07/2018, 30 (trinta) dias de licença-
prêmio, cujo direito lhe foi deferido pela Portaria 146/2013, publicada na imprensa oficial no dia 01/10/2013, remanescendo,
nesta data, 11 (onze) dias de saldo para gozo oportuno. Publique-se. Após, encaminhem-se os autos à DRH, para as
devidas anotações.
COMARCA DE MUCURI
PROCESSO Nº: TJ-ADM-2018/10481
INTERESSADO: AUREA CRISTINA DE OLIVEIRA
ASSUNTO: LICENÇA PRÊMIO
DECISÃO
Considerando que o pleito se enquadra na hipótese do art. 1º, do Decreto Judiciário nº. 473/2014 (parcialmente alterado
pelos Decretos nºs. 315/2016 e 462/2016) e nos termos da competência delegada a esta Assessoria Jurídica, conforme
disposto no art. 1º, parágrafo único, da Portaria Conjunta nº. CGJ/CCI-01/2016 - GSEC, c/c o art. 1º, inciso III, da Portaria nº.
CCI-32/2016 - GSEC, AUTORIZO a servidora AUREA CRISTINA DE OLIVEIRA, cadastro nº. 809.936-7, Escrivã, lotada na
Comarca de Mucuri, a usufruir, no período de 02/04/2018 a 16/04/2018 e 08/10/2018 a 22/10/218, 30 (trinta) dias de licença-
prêmio, cujo direito lhe foi deferido pela Portaria 300, publicada na imprensa oficial no dia 12/06/2007, remanescendo, nesta
data, 180 (cento e oitenta) dias de saldo para gozo oportuno. Publique-se. Após, encaminhem-se os autos à DRH, para as
devidas anotações.
COMARCA DE SANTANA
PROCESSO Nº: TJ-ADM-2018/09778
INTERESSADO: ZIZEUDA PEREIRA TONHA REIS BRANDAO
ASSUNTO: LICENÇA PRÊMIO
DECISÃO
Considerando que o pleito se enquadra na hipótese dos §§ 4º e 5º, do art. 1º, do Decreto Judiciário nº. 473/2014 (parcialmente
alterado pelos Decretos nºs. 315/2016 e 462/2016) e nos termos da competência delegada a esta Assessoria Jurídica,
conforme disposto no art. 1º, parágrafo único, da Portaria Conjunta nº. CGJ/CCI-01/2016 - GSEC, c/c o art. 1º, inciso III, da
Portaria nº. CCI-32/2016 - GSEC, AUTORIZO a servidora ZIZEUDA PEREIRA TONHA REIS BRANDAO, cadastro nº. 224.668-
6, Escrivã, lotada na Comarca de Santana, a usufruir, no período de 02/04/2018 a 31/05/2018, 60 (sessenta) dias de licença-
prêmio, cujo direito lhe foi deferido pela Portaria 149/2014, publicada na imprensa oficial no dia 03/12/2014, remanescendo,
nesta data, 360 (trezentos e sessenta) dias de saldo para gozo oportuno. Publique-se. Após, encaminhem-se os autos à
DRH, para as devidas anotações.
COMARCA DE IPIRÁ
PROCESSO Nº: TJ-ADM-2018/09609
INTERESSADO: EDILEIDE SANTANA LESSA MATOS
ASSUNTO: LICENÇA PRÊMIO
DECISÃO
Considerando que o pleito se enquadra na hipótese dos §§ 4º e 5º, do art. 1º, do Decreto Judiciário nº. 473/2014 (parcialmente
alterado pelos Decretos nºs. 315/2016 e 462/2016) e nos termos da competência delegada a esta Assessoria Jurídica,
conforme disposto no art. 1º, parágrafo único, da Portaria Conjunta nº. CGJ/CCI-01/2016 - GSEC, c/c o art. 1º, inciso III, da
Portaria nº. CCI-32/2016 - GSEC, AUTORIZO a servidora EDILEIDE SANTANA LESSA MATOS, cadastro nº. 207.289-0, Escrevente
de Cartório, lotada na Comarca de Ipirá, a usufruir, nos períodos de 02/04/2018 a 30/06/2018 e 03/07/2018 a 30/09/2018, 180
(cento e oitenta) dias de licença-prêmio, cujo direito lhe foi deferido pelas Portarias 300 e 036/2012, publicadas na imprensa
oficial, respectivamente, nos dias 12/06/2007 e 03/04/2012, não remanescendo, nesta data, dias de saldo para gozo oportuno.
Publique-se. Após, encaminhem-se os autos à DRH, para as devidas anotações.
COMARCA DE CARAVELAS
PROCESSO Nº: TJ-ADM-2017/68510
INTERESSADO: ANTONIO ROBERTO METZKER ALCANTARA
ASSUNTO: ABONO DE PERMANÊNCIA
DESPACHO
Acolho a manifestação de fls.26/29, da Assessoria Jurídica da Corregedoria das Comarcas do Interior (Parecer nº CCI-82/
2018-ASJUC), nos termos e fundamentação esposados, que opinou pela concessão de abono de permanência em favor do
servidor ANTONIO ROBERTO METZKER ALCANTARA, Oficial de Registros Públicos da Comarca de Caravelas, cadastro nº
150.765-6, com fulcro no art. 2º, § 5º, da Emenda Constitucional nº 41/03, c/c o art. 2º, parágrafo único, da Lei Estadual nº
9.003/2004, com retroação a 02/02/2018. No uso das atribuições delegadas a esta ASJUC-CCI, conforme disposto no art. 1º,
inciso V, da Portaria CCI-32/2016-GSEC, remetam-se os autos à Egrégia Presidência deste Tribunal de Justiça, para os fins
de sua competência. Publique-se.
TJBA – DIÁRIO DA JUSTIÇA ELETRÔNICO – Nº 2.099 - Disponibilização: terça-feira, 13 de março de 2018 Cad 1 / Página 90
PA Nº TJ-ADM-2017/20416
REQUERENTE: CORREGEDORIA DAS COMARCAS DO INTERIOR
ASSUNTO: PAD - CRCPN DE SOBRADINHO
COMARCAS: SOBRADINHO
ADVOGADO: BEL. CLÁUDIO FABIANO BALTHAZAR - OAB /BA 10.901
DECISÃO
Trata-se de Processo Administrativo Disciplinar instaurado por esta Corregedoria das Comarcas do Interior, através da
Portaria CCI-03/2018-GSEC, em face da servidora Rosicléia Araújo Sá, do Cartório do Registro Civil das Pessoas Naturais
da Comarca de Sobradinho/BA, a fim de apurar suposta prática de infração administrativa disciplinar por parte da referida
servidora, à época dos fatos relatados pela Procuradoria do INSS, responsável pela referida Unidade Extrajudicial,
notadamente, irregularidades referentes à expedição das Certidões de Óbito de Antônia Lopes Sirino e Raimundo Antônio da
Silva, contendo informações incorretas quanto às datas dos respectivos falecimentos, tendo sido designada para presidir o
presente processo o Magistrado Aroldo Carlos Borges do Nascimento, fixando-lhe o prazo de 60 (sessenta) dias para a
conclusão e apresentação de relatório final.
O supracitado Magistrado, após regular instrução do feito, apresentou Relatório às fls. 135/136, onde concluiu pelo
ARQUIVAMENTO DO PROCESSO ADMINISTRATIVO DISCIPLINAR, justificando tal entendimento NA AUSÊNCIA DE PROVAS
SUFICIENTES A IMPOR A APLICAÇÃO DE QUALQUER SANÇÃO ADMINISTRATIVA À PROCESSADA.
Ressaltou o MM. Juiz que: "não há como se verificar o nexo de causalidade entre qualquer ato praticado pela servidora e a
data de óbito preenchida de forma equivocada às fls. 105. Ademais, de tudo que fora ouvido por esse Magistrado em sede
de sindicância ou nesta assentada, pode-se observar que a ora servidora sempre teve comportamento zeloso em sua
atividade. Se alguma desídia houve no presente caso, o mesmo não se pode extrair do quanto produzido nos presentes
autos. Isto posto, OPINA este magistrado pelo arquivamento do presente feito, sem aplicação de quaisquer das sanções
previstas em lei."
Da análise de tudo quanto consta nos autos, entendo acertado o posicionamento esposado pelo Magistrado da comarca,
eis que não há como este órgão Censor pretender aplicar qualquer penalidade à servidora processada, haja vista a
ausência de elementos mínimos que pudessem caracterizar uma conduta de desídia ou má-fé por parte da mesma, não
restando caracterizado, por conseqüência, a prática de ilícito administrativo no caso em apreço.
De igual forma, não vislumbro a ocorrência de qualquer vício de legalidade no curso do procedimento apuratório, assim
como a ausência de necessidade da realização de anotações na ficha funcional da servidora processada, razão pela qual,
determino o arquivamento dos presentes autos.
Publique-se. Cumpra-se.
Após, arquive-se.
DECISÕES EXARADAS PELO JUIZ ASSESSOR ESPECIAL DA CORREGEDORIA DAS COMARCAS DO INTERIOR, BEL.
ANTÔNIO MARON AGLE FILHO, NO(S) PROCESSO(S) ABAIXO RELACIONADO(S):
DECISÃO
Trata-se de solicitação de cumprimento e devolução da Carta Precatória extraída dos autos da Ação De Divórcio Litigioso,
Processo nº 1000499-33.2015.8.26.0586, tendo como Requerente Maria de Fátima Silva, e, como Requerido, José Luiz da
Silva, oriunda do Juízo de Direito da 2° Vara Cível do Foro de São Roque da Comarca de São Roque/SP, encaminhada à
Comarca de João Dourado/BA.
Oficiada, informou referida Unidade Deprecada, através do MM. Juízo de Direito Danilo Augusto e Araújo França, que a Carta
Precatória objeto do presente expediente fora cumprida e devolvida à origem na data de 28/11/2017, conforme documentação
de fl. 39 a 41.
Disto cientificada, a Autoridade interessada manteve-se silente, conforme certificado na fl. 44.
Assim, considerando que a Carta Precatória foi cumprida e devolvida ao MM. Juízo deprecante, de acordo com a documentação
acostada aos autos, concluo pelo ARQUIVAMENTO do presente procedimento.
Comunique-se à Autoridade requerente.
Cumpra-se, cópia desta decisão servirá como ofício.
Publique-se.
Em 12/03/2018
DECISÃO / OFÍCIO
Trata-se de reclamação, encaminhada pelo Departamento de Ouvidoria Nacional de Direitos Humanos, versando sobre
apuração de suposta violência denominada institucional sofrida por Luís Eduardo Santos de Jesus Miranda na Comarca de
Saúde/BA.
Oficiado, informou o MM. Juízo de Direito desta Unidade Judiciária, através do Bel. Marley Cunha Medeiros, que, conquanto
nunca tenha tomado ciência de tais alegações, encaminhou dito expediente ao Órgão do Ministério Público Estadual para
adoção de providências cabíveis. Posteriormente, à fl. 38, acrescentou que a suposta vítima deste expediente, após apuração
da autoridade policial local, não mais reside ali, mas, sim, na Comarca de Euclides da Cunha, segundo informações do seu
genitor.
De tudo cientificados o Órgão comunicante e a parte interessada, mantiveram-se, ambos, silentes, conforme certidão à fl.
46.
Assim sendo, do exposto, ante a ausência de circunstâncias que permitam continue esta Corregedoria atuando no caso em
tela, não havendo indícios ou elementos justificadores de instauração de instância disciplinar administrativa em desfavor de
Magistrado e/ou Servidores, de acordo com a documentação acostada aos autos, determino o ARQUIVAMENTO do presente
procedimento, sem prejuízo, entretanto, possa a parte interessada voltar a manejar expediente reabrindo a queixa formulada,
desde que fatos novos assim justifique.
Anotações e registros de praxe.
Serve o presente, por cópia, como ofício, pelo que determino a cientificação do interessado.
Publique-se. Cumpra-se.
Em 12/03/2018
DECISÕES E DESPACHOS EXARADOS PELA DESEMBARGADORA MARIA DA GRAÇA OSÓRIO PIMENTEL LEAL, 2ª VICE-
PRESIDENTE DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DA BAHIA, NOS PROCESSOS ABAIXO RELACIONADOS:
DECISÃO
Trata-se de Recurso Especial interposto pelo Município de Jequié, com fulcro no art. 105, inciso III, alínea a, da Const.
Federal, que, em face do acórdão da Quarta Câmara Cível, inserto às fls. 69/72, integrado pela decisão de fls. 84/89,
negou provimento ao recurso. Sustenta o recorrente, em breve síntese, que o acórdão recorrido violou o disposto no art.
535, II, do Código de Processo Civil de 1973. Não foram apresentadas as respectivas contrarrazões, de acordo com a
certidão de fls. 102. É o relatório. Inicialmente, cumpre-se ressaltar, que a análise dos pressupostos de admissibilidade
recursal, será realizada conforme a orientação contida no Enunciado Administrativo 2 do Superior Tribunal de Justiça -
STJ, segundo a qual "Aos recursos interpostos com fundamento no CPC/1973 (relativos a decisões publicadas até 17
de março de 2016) devem ser exigidos os requisitos de admissibilidade na forma nele prevista, com as interpretações
dadas, até então, pela jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça". No que se relaciona à alegada transgressão ao
art. 535, II, do CPC/73, não credencia a admissão do recurso especial, pois o acórdão recorrido tratou de forma clara e
precisa todas as matérias relevantes suscitadas no feito e, inclusive, em sede de embargos de declaração, concluindo
pela inexistência de qualquer deficiência de fundamentação que justificasse a interposição do presente recurso sob
exame. É pacífico na Corte Infraconstitucional que o magistrado não está obrigado a rebater um a um os argumentos
expendidos pelas partes, quando já encontrou fundamentação suficiente para decidir a lide. Exemplificativo, acerca da
questão, o julgado abaixo, in verbis: PROCESSUAL CIVIL. TRIBUTÁRIO. OMISSÃO INEXISTENTE.PRESCINDIBILIDADE
DE NFLD. SÚMULA 7/STJ. EXECUÇÃO FISCAL. EXCLUSÃO DE VALORES.PROSSEGUIMENTO PELOS VALORES
REMANESCENTES. VIABILIDADE.ENTENDIMENTO FIRMADO EM RECURSO REPETITIVO. RESP PARADIGMA 1115501/
SP. MULTA. 1. Não há violação do art. 535 do CPC quando a prestação jurisdicional é dada na medida da pretensão
deduzida, com enfrentamento e resolução das questões abordadas no recurso, sendo despicienda a manifestação
sobre todas as alegações das partes, nem é obrigado o magistrado a ater-se aos fundamentos indicados por elas ou
a responder, um a um, a todos os seus argumentos, quando já encontrou motivo suficiente para fundamentar a decisão.
[…] Agravo regimental improvido, com aplicação de multa. (AgRg no REsp 1453310/CE, Rel. Ministro HUMBERTO
MARTINS, SEGUNDA TURMA, julgado em 18/06/2014, DJe 01/07/2014) Ante o exposto, não admito o Recurso Especial.
Publique-se.
DECISÃO
Trata-se de Recurso Especial interposto por INDIANA VEÍCULOS LTDA, com fundamento no art. 105, III, alínea a e c, da
Constituição Federal, em face de acórdão da Segunda Câmara Cível, inserto às fls. 442-447, que negou provimento aos
Recursos de Apelação, integrado com o julgamento dos Embargos de Declaração às fls. 457-458. Aduz o recorrente,
em síntese, que o acórdão recorrido violou os arts. 186, 389, 884, 927 e 944 do Código Civil. Contrarrazões às fls. 583-
589. É o relatório. A análise da suposta infringência aos artigos 186, 389, 884, 927 e 944 do Código Civil, que disciplinam
a obrigação de reparar por parte daquele que comete ato ilícito e cause danos a outrem, bem como bem como a fixação
do quantum indenizatório, demandaria a imprescindível incursão na seara fático-probatória constante dos autos, o que
é vedado na via estreita do recurso especial, ante o teor da Súmula 07, do Superior Tribunal de Justiça. Ante o exposto,
inadmito o recurso especial. Publique-se.
TJBA – DIÁRIO DA JUSTIÇA ELETRÔNICO – Nº 2.099 - Disponibilização: terça-feira, 13 de março de 2018 Cad 1 / Página 93
Em cumprimento ao disposto no art. 1030, caput, do Código de Processo Civil, tendo em vista a interposição de Recurso
Especial e/ou Extraordinário, fica(m) o(s) recorrido(s) intimado(s) a apresentar contrarrazões, no prazo de 15 (quinze) dias.
PROCESSOS:
Em cumprimento ao disposto no art. 1028, §2º, do Código de Processo Civil, tendo em vista a interposição de Recurso
Ordinário, fica(m) o(s) recorrido(s) intimado(s) a apresentar contrarrazões, no prazo de 15 (quinze) dias.
PROCESSOS:
RECURSO ORDINÁRIO
MANDADO DE SEGURANÇA Nº 0010166-86.2017.805.0000 DE SALVADOR
RECORRENTE: BRUNO ALMEIDA PAIXÃO
ADVOGADO: ADHEMAR SANTOS XAVIER (OAB/BA 15550)
RECORRIDO: ESTADO DA BAHIA
PROCURADOR: ROBERTO FIGUEIREDO
RECURSO ORDINÁRIO
MANDADO DE SEGURANÇA Nº 0016224-08.2017.805.0000 DE SALVADOR
RECORRENTE: ALEXANDRE SACRAMENTO MALAFAIA
ADVOGADO: ADHEMAR SANTOS XAVIER (OAB/BA 15550)
RECORRIDO: ESTADO DA BAHIA
PROCURADOR: ROBERTO FIGUEIREDO
Intime-se o exequente para, no prazo de 15 (quinze) dias, manifestar-se sobre a impugnação e cálculos apresentados pelo
Estado da Bahia. Salvador, 8 de março de 2018. Desembargadora Marcia Borges Faria Relatora
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DA BAHIA
Joanice Maria Guimarães de Jesus
PUBLICAÇÃO DE DESPACHOS E DECISÕES MONOCRÁTICAS
Tendo sido efetivamente cumprida pela Impetrante a decisão de fls. 497/498, com a juntada dos documentos de fls. 503/542,
determino à secretaria desta Seção Cível de Direito Público que adote as providências necessárias à expedição do precatório
para liberação exclusivamente do valor incontroverso, consoante já decidido nestes autos. Após, voltem os autos conclusos
para julgamento da impugnação de fls. 471/474. Publique-se. Cumpra-se.
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DA BAHIA
José Cícero Landin Neto
PUBLICAÇÃO DE DESPACHOS E DECISÕES MONOCRÁTICAS
Intime-se o impetrante, através do seu representante judicial, para que se manifeste, no prazo de 10 (dez) dias acerca do
parecer ministerial de fls. 219/222. Ultimada a diligência, com devida certificação, retornem-me os autos conclusos. Publique-
se para efeito de intimação. Salvador, 12 de março de 2018. DES. JOSÉ CÍCERO LANDIN NETO Relator
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DA BAHIA
José Edivaldo Rocha Rotondano
PUBLICAÇÃO DE DESPACHOS E DECISÕES MONOCRÁTICAS
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DA BAHIA
SEÇÃO CÍVEL DE DIREITO PÚBLICO
PUBLICAÇÃO DE ACÓRDÃOS
PROCESSOS JULGADOS NA SESSÃO DE 8 de Março de 2018
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DA BAHIA
SEÇÃO CÍVEL DE DIREITO PÚBLICO
PUBLICAÇÃO DE ACÓRDÃOS
PROCESSOS JULGADOS NA SESSÃO DE 8 de Março de 2018
0018052-39.2017.8.05.0000/50000 Agravo
Comarca: Salvador
Agravante: Joel do Nascimento da Silva
Advogado: Adhemar Santos Xavier (OAB : 15550/BA)
Agravado: Secretario da Administração do Estado da Bahia SAEB
Agravado: Comandante da Policia Militar do Estdo da Bahia
Procurador do Estado: Daniela Pontes Simões
Procurador de Justiça: Lucy Mary Thomas
Relator: José Edivaldo Rocha Rotondano
Decisão: Recurso prejudicado, por unanimidade.
Ementa: AGRAVO INTERNO EM MANDADO DE SEGURANÇA. DIREITO PROCESSUAL CIVIL. JULGAMENTO DO MÉRITO DA
IRRESIGNAÇÃO PRINCIPAL. PERDA DE OBJETO. RECURSO PREJUDICADO.
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DA BAHIA
SEÇÃO CÍVEL DE DIREITO PÚBLICO
PUBLICAÇÃO DE ACÓRDÃOS
PROCESSOS JULGADOS NA SESSÃO DE 22 de Fevereiro de 2018
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DA BAHIA
SEÇÃO CÍVEL DE DIREITO PÚBLICO
PUBLICAÇÃO DE ACÓRDÃOS
PROCESSOS JULGADOS NA SESSÃO DE 22 de Fevereiro de 2018
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DA BAHIA
SEÇÃO CÍVEL DE DIREITO PÚBLICO
PUBLICAÇÃO DE ACÓRDÃOS
PROCESSOS JULGADOS NA SESSÃO DE 22 de Fevereiro de 2018
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DA BAHIA
SEÇÃO CÍVEL DE DIREITO PÚBLICO
PUBLICAÇÃO DE ACÓRDÃOS
PROCESSOS JULGADOS NA SESSÃO DE 8 de Março de 2018
0009414-17.2017.8.05.0000/50000 Agravo
Comarca: Salvador
Agravante: Renivan Silva Santos
Advogado: Adhemar Santos Xavier (OAB : 15550/BA)
Agravado: Secretário da Administração do Estado da Bahia - SAEB
Agravado: Comandante da Polícia Militar do Estado da Bahia
Procurador do Estado: Daniela Pontes Simões
Procurador de Justiça: Rita Maria Silva Rodrigues
Relator: Maurício Kertzman Szporer
Decisão: Recurso prejudicado, por maioria.
Ementa: MANDADO DE SEGURANÇA - CONCURSO PÚBLICO PARA PROVIMENTO DO CARGO DE SOLDADO DA POLÍCIA
MILITAR DO ESTADO DA BAHIA - ANULAÇÃO DE QUESTÕES POR DECISÃO JUDICIAL - EFEITO INTER PARTES - PRELIMINAR
DE DECADÊNCIA ACOLHIDA - PARECER MINISTERIAL PELO ACOLHIMENTO DA PRELIMINAR E DENEGAÇÃO DA SEGURANÇA
- PRECEDENTES DESTE TRIBUNAL - AGRAVO INTERNO PREJUDICADO - PROCESSO EXTINTO COM RESOLUÇÃO DO
MÉRITO. Seguindo remansoso entendimento das Cortes Superiores, este Tribunal de Justiça firmou pacífico entendimento
no sentido de que, o termo inicial para a contagem do prazo decadencial do mandado de segurança, contra a ausência de
nomeação de aprovados em concurso público, é a data do término do prazo de validade deste. Tratou a demanda paradigma
de interesse individual, postulado por determinados candidatos, sem qualquer oposição desta parte autora como terceiro
prejudicado, possuindo efeito inter partes. Noutra senda, o ato de convocação promovido por decisão judicial não implica
em preterição, não se constituindo como ato abusivo ou ilegal, nem deve ser tomado para fins de contagem prazal para
impetração, posto que o objetivo autoral é de rever sua nota e classificação. Decidido o mérito mandamental, resta prejudicado
o julgamento do agravo interno. Decadência acolhida, processo extinto com resolução do mérito.
tais vagas. 4. A apontada remoção, ocorrera por prerrogativa legal e interesse da Administração Pública, não havendo
caracterização do comportamento tácito ou expresso do Poder Público capaz de revelar a inequívoca necessidade de
nomeação de mais um candidato para labor na região em que o impetrante logrou aprovação em cadastro reserva,
nomeadamente quando destinadas e já preenchidas vagas para aquela lotação. 5. O prazo decadencial de 120 (cento e
vinte) dias, deve ser contado a partir da ciência, pelo interessado, do ato impugnado, ou violador do direito líquido e certo.
Decadência afastada. 6. É legítima a inclusão das autoridades coatoras qualificadas, no polo passivo da demanda, dado
que os impetrados se apresentam como autoridades públicas no regular exercício de atribuições do Poder Público, possuindo
legitimidade para proverem o cargo buscado na vestibular tendo, inclusive, oferecido defesas diretas de mérito sobre a
legalidade do ato administrativo. Proemiais insubsistentes. 7. Segurança denegada.
Ementa: MANDADO DE SEGURANÇA - PROFESSOR PÚBLICO ESTADUAL - LICENÇA REMUNERADA PARA CURSO DE
DOUTORADO - QUESTÃO SUBMETIDA AO JUÍZO DE CONVENIÊNCIA E OPORTUNIDADE DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA -
VINCULAÇÃO AOS MOTIVOS DETERMINANTES - ILEGALIDADE DA NEGATIVA FUNDADA EM CONCEITO ABSTRATO DE
INTERESSE DA ADMINISTRAÇÃO - VALORIZAÇÃO DO PROFISSIONAL DA EDUCAÇÃO - DIREITO SOCIAL À EDUCAÇÃO -
FALTAS JUSTIFICADAS - AFASTAMENTO PELO PERÍODO PRESCRITO PELA NORMA DE REGÊNCIA - SEGURANÇA
CONCEDIDA. 1. Segundo o Estatuto do Magistério, as licenças dadas aos profissionais da educação, sem prejuízo da sua
remuneração, dependerá do juízo de conveniência e oportunidade da Administração Pública que, de forma motivada, poderá
deferir ou indeferir o pedido. 2. Consoante Teoria dos Motivos Determinantes, o administrador vincula-se aos motivos
elencados para a prática do ato administrativo, havendo vício de legalidade quando inexistentes ou inverídicos os motivos
suscitados pela Administração, bem como quando verificada a falta de congruência entre as razões embasadoras do ato e
o resultado nele contido. Precedentes. 3. Requerido o afastamento pelo período previsto pela norma de regência, bem como
comprovada a impropriedade das faltas apontadas nos assentamentos funcionais, eis que devidamente justificadas,
desarrazoado é o indeferimento do pedido de afastamento. 4. A valorização do profissional de educação, que é um dos
pilares da qualidade de ensino, prestigia os direitos sociais contidos nos art. 06, 205 e 206 da Constituição Federal e no art.
2º da Lei 8.261/02. 5. Decidido o mérito do mandamus, resta prejudicado o julgamento do agravo interno. 6. Segurança
concedida.
0016932-58.2017.8.05.0000/50000 Agravo
Comarca: Salvador
Agravante: Matheus Lima de Oliveira
Advogado: Adhemar Santos Xavier (OAB : 15550/BA)
Agravado: Governador do Estado da Bahia
TJBA – DIÁRIO DA JUSTIÇA ELETRÔNICO – Nº 2.099 - Disponibilização: terça-feira, 13 de março de 2018 Cad 1 / Página 108
pelos avisos de recebimento juntados aos autos a irregularidade e inconstância na forma do cálculo. 5. Adicional noturno
cujo cálculo deve ser realizado levando em conta apenas o valor do soldo por expressa previsão legal. 6. Inexistência de
afronta à separação dos Poderes, cabendo ao Judiciário corrigir ilegalidades praticadas pela administração pública, quando
devidamente provocado. 7. No mesmo diapasão não há que se falar em aflição ao art. 169, §1º, da CF/88 e aos dispositivos
da LC nº 101/2000 já havendo entendimento sedimentado junto ao STJ de que não estão abraçadas pela lei de
responsabilidade fiscal as despesas oriundas do cumprimento de decisões judiciais, razões pelas quais afasto ambas as
alegações. 8. Segurança concedida em parte.
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DA BAHIA
SEÇÃO CÍVEL DE DIREITO PÚBLICO
PUBLICAÇÃO DE ACÓRDÃOS
PROCESSOS JULGADOS NA SESSÃO DE 8 de Março de 2018
Ementa: MANDADO DE SEGURANÇA. SERVIDORA CONTRATADA SOB "REDA". EXONERAÇÃO NO CURSO DA LICENÇA
MATERNIDADE. ILEGALIDADE. INOBSERVÂNCIA DA NORMA INSCULPIDA NO ART 10, II, "b" DA ADCT/88. INEXISTÊNCIA DE
LEGISLAÇÃO A EXCEPCIONAR AS SERVIDORAS EM "REDA". GARANTIA CONSTITUCIONAL. PRINCÍPIO DA ISONOMIA.
SEGURANÇA CONCEDIDA, confirmando-se a liminar nos seus exatos termos. Art. 10. Até que seja promulgada a lei
complementar a que se refere o art. 7º, I, da Constituição: ... II - fica vedada a dispensa arbitrária ou sem justa causa: ... b) da
empregada gestante, desde a confirmação da gravidez até cinco meses após o parto. ... 1.Qualquer limitação tendente a
excepcionar as servidoras beneficiárias em virtude do regime sob o qual foram contratadas, tratando distintamente servidoras
públicas estaduais, em razão da temporariedade de sua contratação, com relação àquelas submetidas ao regime estatutário,
quando a legislação infraconstitucional assim não estabelece, importaria em manifesta contrariedade ao princípio
constitucional da isonomia conforme previsto no art. 5º da Constituição Federal. (A estabilidade provisória advinda de
licença-maternidade decorre de proteção constitucional às trabalhadoras em geral. O direito amparado pelo art. 7º, XVIII, da
CF, nos termos do art. 142, VIII, da CF/1988, alcança as militares. [RE 523.572 AgR, rel. min. Ellen Gracie, j. 6-10-2009, 2ª T,
DJE de 29-10-2009.] AI 811.376 AgR, rel. min. Gilmar Mendes, j. 1º-3-2011, 2ª T, DJE de 23-3-2011)
DENEGADA. DIREITO ADMINISTRATIVO. CONCURSO PÚBLICO PARA PROVIMENTO DE CARGO DE GUARDA MUNICIPAL.
CANDIDATO APROVADO FORA DO LIMITE DO NÚMERO DE VAGAS OFERTADAS EM EDITAL. AUSÊNCIA DE COMPROVAÇÃO
DA CONTRATAÇÃO DE SERVIDORES TEMPORÁRIOS PARA EXERCEREM AS FUNÇÕES DOS CANDIDATOS APROVADOS
NO CERTAME DURANTE O PERÍODO DE VALIDADE DO CONCURSO. PRETERIÇÃO NÃO CONFIGURADA. EXPECTATIVA DE
DIREITO SE CONVOLA EM DIREITO SUBJETIVO À NOMEAÇÃO. ATO VINCULADO DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA SUJEITO AO
CONTROLE JURISDICIONAL. PRECEDENTES DO STF E STJ. SENTENÇA MANTIDA. RECURSO DESPROVIDO. (TJBA. AP
0303035-95.2012.8.05.0001. Relator: Des. Gesivaldo Brito. Julgado em 19/09/2017). MANDADO DE SEGURANÇA. DIREITO
ADMINISTRATIVO E CONSTITUCIONAL. CONCURSO PÚBLICO. EDITAL SEPLAG 01/2011. PRELIMINAR DE ILEGITIMIDADE
PASSIVA DO PREFEITO MUNICIPAL. REJEITADA. PRELIMINAR DE INCOMPETÊNCIA DO JUÍZO. REJEITADA. MÉRITO.
CANDIDATA APROVADA NA 10ª COLOCAÇÃO. PREVISÃO DE 6 (SEIS) VAGAS INICIALMENTE DISPONIBILIZADAS PARA O
CARGO DE FISCAL DE CONTROLE SANITÁRIO - FISIOTERAPEUTA - 40 HORAS. INEXISTÊNCIA DE PROVAS DA OCORRÊNCIA
DE PRETERIÇÃO. COMPROVAÇÃO DE DESCLASSIFICAÇÃO DE APENAS 2 (DUAS) CANDIDATAS. MERA EXPECTATIVA DE
DIREITO NÃO CONVERTIDA EM DIREITO E LÍQUIDO E CERTO À NOMEAÇÃO. SEGURANÇA DENEGADA. AGRAVO
REGIMENTAL PREJUDICADO. (TJBA. MS 0001223-17.2016.8.05.0000. relatora: Des. Ilona Reis. Julgamento: 19/09/2017).
No caso dos autos o Impetrante não se desincumbiu de comprovar a existência de preterição à sua convocação, porquanto
não provou a desclassificação de candidatos, ou mesmo a contratação precária de agentes penitenciários em número
suficiente para alcançar sua classificação. Diante do exposto, rejeitada a preliminar, DENEGA-SE A SEGURANÇA. Sem
custas e honorários, consoante entendimento Sumulado dos Tribunais. Sala da Sessões de de 2018.
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DA BAHIA
SEÇÃO CÍVEL DE DIREITO PÚBLICO
PUBLICAÇÃO DE ACÓRDÃOS
PROCESSOS JULGADOS NA SESSÃO DE 8 de Março de 2018
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DA BAHIA
SEÇÃO CÍVEL DE DIREITO PÚBLICO
PUBLICAÇÃO DE ACÓRDÃOS
PROCESSOS JULGADOS NA SESSÃO DE 8 de Março de 2018
0016930-88.2017.8.05.0000/50000 Agravo
Comarca: Salvador
Agravante: Danilo Silva dos Santos
Advogado: Adhemar Santos Xavier (OAB : 15550/BA)
Agravado: Secretario da Administração do Estado da Bahia - Saeb
Agravado: Comandante da Policia Militar do Estado da Bahia
Relator: Lisbete M. Teixeira Almeida Cézar Santos
Decisão: Negou-se provimento ao recurso, por maioria.
Ementa: AGRAVO INTERNO. MANDADO DE SEGURANÇA. DECISÃO MONOCRÁTICA QUE INDEFERIU A INICIAL. PETIÇÃO
INICIAL. REQUISITOS NÃO ATENDIDOS. AUSÊNCIA DE ATO ILEGAL DA AUTORIDADE COATORA. AUSÊNCIA DE PROVA PRÉ-
CONSTITUÍDA. REQUISITOS DE ADMISSIBILIDADE. INTELIGÊNCIA DO AR.1.021, §1º, CPC/2015. INEXISTÊNCIA DE
IMPUGNAÇÃO ESPECÍFICA. MANIFESTA INADIMISSIBILIDADE. AGRAVO NÃO CONHECIDO. - A norma processual estabelece
que , na petição do agravo interno, o recorrente impugnará especificamente os fundamentos da decisão agravada - art.1.021,
§1º, do CPC/2015. - Não atendida à exigência legal de impugnação específica dos fundamentos da decisão agravada, o
Agravo Interno será declarado manifestamente inadmissível.
0003923-29.2017.8.05.0000/50000 Agravo
Comarca: Salvador
Agravante: Lucas Vieira da Silva
Advogado: Adhemar Santos Xavier (OAB : 15550/BA)
Agravado: Secretario da Administração do Estado da Bahia
Agravado: Comandante Geral da Policia Militar do Estado da Bahia
Relator: Lisbete M. Teixeira Almeida Cézar Santos
Decisão: Negou-se provimento ao recurso, por maioria.
Ementa: AGRAVO INTERNO. MANDADO DE SEGURANÇA. DECISÃO MONOCRÁTICA QUE INDEFERIU A INICIAL. PETIÇÃO
INICIAL. REQUISITOS NÃO ATENDIDOS. AUSÊNCIA DE ATO ILEGAL DA AUTORIDADE COATORA. AUSÊNCIA DE PROVA PRÉ-
CONSTITUÍDA. REQUISITOS DE ADMISSIBILIDADE. INTELIGÊNCIA DO AR.1.021, §1º, CPC/2015. INEXISTÊNCIA DE
IMPUGNAÇÃO ESPECÍFICA. MANIFESTA INADIMISSIBILIDADE. AGRAVO NÃO CONHECIDO. - A norma processual estabelece
que , na petição do agravo interno, o recorrente impugnará especificamente os fundamentos da decisão agravada - art.1.021,
§1º. - Não atendida à exigência legal de impugnação específica dos fundamentos da decisão agravada, o Agravo Interno
será declarado manifestamente inadmissível.
0014569-98.2017.8.05.0000/50000 Agravo
Comarca: Salvador
Agravante: Rafael Rangel dos Santos
Advogado: Adhemar Santos Xavier (OAB : 15550/BA)
Agravado: Secretário da Administração do Estado da Bahia - SAEB
Agravado: Comandante da Polícia Militar do Estado da Bahia
Relator: Lisbete M. Teixeira Almeida Cézar Santos
Decisão: Negou-se provimento ao recurso, por maioria.
Ementa: AGRAVO INTERNO. MANDADO DE SEGURANÇA. DECISÃO MONOCRÁTICA QUE INDEFERIU A INICIAL. PETIÇÃO
INICIAL. REQUISITOS NÃO ATENDIDOS. AUSÊNCIA DE ATO ILEGAL DA AUTORIDADE COATORA. AUSÊNCIA DE PROVA PRÉ-
CONSTITUÍDA. REQUISITOS DE ADMISSIBILIDADE. INTELIGÊNCIA DO AR.1.021, §1º, CPC/2015. INEXISTÊNCIA DE
IMPUGNAÇÃO ESPECÍFICA. MANIFESTA INADIMISSIBILIDADE. AGRAVO NÃO CONHECIDO. - A norma processual estabelece
que , na petição do agravo interno, o recorrente impugnará especificamente os fundamentos da decisão agravada - art.1.021,
§1º, do CPC/2015. - Não atendida à exigência legal de impugnação específica dos fundamentos da decisão agravada, o
Agravo Interno será declarado manifestamente inadmissível.
0016109-84.2017.8.05.0000/50000 Agravo
Comarca: Salvador
Agravante: Cleidson Maia
Agravado: Secretário da Administração do Estado da Bahia - SAEB
Agravado: Comandante Geral da Polícia Militar do Estado da Bahia
Advogado: Adhemar Santos Xavier (OAB : 15550/BA)
Relator: Lisbete M. Teixeira Almeida Cézar Santos
Decisão: Negou-se provimento ao recurso, por maioria.
Ementa: AGRAVO INTERNO. MANDADO DE SEGURANÇA. DECISÃO MONOCRÁTICA QUE INDEFERIU A INICIAL. PETIÇÃO
INICIAL. REQUISITOS NÃO ATENDIDOS. AUSÊNCIA DE ATO ILEGAL DA AUTORIDADE COATORA. AUSÊNCIA DE PROVA PRÉ-
CONSTITUÍDA. REQUISITOS DE ADMISSIBILIDADE. INTELIGÊNCIA DO AR.1.021, §1º, CPC/2015. INEXISTÊNCIA DE
IMPUGNAÇÃO ESPECÍFICA. MANIFESTA INADIMISSIBILIDADE. AGRAVO NÃO CONHECIDO. - A norma processual estabelece
que , na petição do agravo interno, o recorrente impugnará especificamente os fundamentos da decisão agravada - art.1.021,
§1º, do CPC/2015. - Não atendida à exigência legal de impugnação específica dos fundamentos da decisão agravada, o
Agravo Interno será declarado manifestamente inadmissível.
TJBA – DIÁRIO DA JUSTIÇA ELETRÔNICO – Nº 2.099 - Disponibilização: terça-feira, 13 de março de 2018 Cad 1 / Página 117
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DA BAHIA
SEÇÃO CÍVEL DE DIREITO PÚBLICO
PUBLICAÇÃO DE ACÓRDÃOS
PROCESSOS JULGADOS NA SESSÃO DE 8 de Março de 2018
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DA BAHIA
Des. Edmilson Jatahy Fonseca Júnior
DECISÃO
8003782-34.2018.8.05.0000 Mandado De Segurança (cível)
Jurisdição: Tribunal De Justiça
Impetrante: Dafne Laedja Ramos Souza
Advogado: Livia Da Silva Pastor (OAB:0042363/BA)
Advogado: Livia Do Carmo Faustini De Araujo (OAB:0041765/PE)
Impetrado: Comandante Geral Da Polícia Militar Da Bahia
Impetrado: Écio Marlon Souza Gusmão
Impetrado: Secretario Da Adminstração Do Estado Da Bahia
Decisão:
Cuida-se de Mandado de Segurança com pedido liminar impetrado por Dáfne Laedja Ramos Souza , contra ato do Secretário
de Administração do Estado da Bahia, do Comandante Geral da Polícia Militar do Estado da Bahia e do Coordenador do
Centro de Recrutamento e Seleção do Departamento Pessoal da Polícia Militar da Bahia, consistente em assegurar a
matrícula do candidato no Curso de Formação de Soldados da Polícia Militar da Bahia, com apresentação posterior da
Carteira Nacional de Habilitação - Categoria B.
Assevera que participou do Concurso Público para Seleção de candidatos ao Curso de Formação de Soldado da Polícia
Militar da Bahia - Edital SAEB nº 001/2017, tendo sido aprovada, conquistando o 5º. lugar no referido certame, dentre as
vagas destinadas às mulheres, conforme atesta a publicação no Diário Oficial do Estado da Bahia, ocorrida em 07 de
outubro de 2017.
TJBA – DIÁRIO DA JUSTIÇA ELETRÔNICO – Nº 2.099 - Disponibilização: terça-feira, 13 de março de 2018 Cad 1 / Página 118
Sustenta que, em 20 de outubro de 2017, foi convocada para a realização dos exames pré-admissionais (avaliação psicológica,
exames médicos-odontológicos, teste de aptidão física - TAF e exame de documentos), conforme o Edital de Convocação
22.283, de 20 de outubro de 2017, tendo sido aprovado em todos eles, exceto no que tange aos exame de documentos,
sendo considerada inapta por deixar de apresentar a cópia de sua Carteira Nacional de Habilitação (CNH), válida, na
categoria B.
Defende que a exigência de entrega da CNH para ingresso no Curso de Formação é desproporcional e desarrazoada, visto
que afronta princípios constitucionais, mormente os da proporcionalidade e da razoabilidade, não havendo sentido que tal
exigência se faça antes do momento da posse do candidato.
Assim, alegando que a exigência de apresentar a CNH em sede de exames pré-admissionais caracteriza ato abusivo da
autoridade coatora e considerando, ainda, a proximidade do Curso de Formação previsto para ter início em 27/03/2018,
conclui que fica patente o perigo de sofrer prejuízos irreparáveis se excluída do curso.
Desta forma, liminarmente, requer a concessão de liminar, com a suspensão do ato impugnado a fim de que seja determinada
a sua matrícula no Curso de Formação de Soldados, previsto para acontecer no dia 27/03/2018, e, ao final, pleiteia a
concessão da segurança definitiva.
A inicial restou instruída com os documentos constantes nos ID's 764228, 764203, 764230, 764231, 764186, 764212,
764227, 764239, 764243, 764257, 764259, 764262, 764267, 764283, 764294, 764302 e 764328.
É o relatório. Decido.
Ab initio, apreciando a postulação de concessão da gratuidade de justiça, entendo que merece guarida, pois inexistem nos
autos elementos suficientes que indiquem a capacidade financeira da impetrante para custear as despesas processuais,
sem afetar diretamente a sua subsistência.
A concessão de liminar mandamental, expressamente prevista pelo art. 7.º, inciso III, da Lei n.º 12.016/09, está condicionada
à caracterização dos requisitos de relevância da fundamentação e do risco de ineficiência da medida postulada, os quais
devem ser aferidos pelo cotejo das alegações formuladas na inicial com a documentação carreada aos autos.
No caso vertente, observa-se a coexistência dos pressupostos autorizadores da liminar, ora pleiteada, uma vez que a
requerente quando da apresentação de documentos não portava cópia válida da Carteira Nacional de Habilitação (CNH), na
categoria B, contudo, atualmente já encontra-se na posse da mesma.
Tem-se, assim, que a exigência de apresentar tal documento na etapa de exames pré-admissionais mostra-se dessarroada,
pois em momento anterior àquele reservado para a posse do candidato.
DIREITO ADMINISTRATIVO E CONSTITUCIONAL. APELAÇÃO. CONCURSO PÚBLICO OFICIAL DA PM/BA. EDITAL CFOPM/
2011. ANTECIPAÇÃO DA MATRÍCULA DO CURSO DE FORMAÇÃO. CANDIDATO MENOR DE 18 ANOS. NECESSIDADE DE
APRESENTAÇÃO DA CNH E DO CERTIFICADO DE ALISTAMENTO. IMPOSSIBILIDADE. ANTECIPAÇÃO QUE GERA
INSEGURANÇA JURÍDICA. EXIGÊNCIA DE HABILITAÇÃO LEGAL É CABÍVEL POR OCASIÃO DA POSSE. ORIENTAÇÃO DO
STJ - SÚMULA 266. LIMINAR DEFERIDA. PROGRESSÃO NA CARREIRA INVIABILIZADA. FIXAÇÃO DE ASTREINTES. VALOR
EXCESSIVO. POSSIBILIDADE DE REDUÇÃO. APELO PARCIALMENTE PROVIDO. (TJBA - Classe: Apelação,Número do
Processo: 0001393-75.2012.8.05.0146, Relator (a): Regina Helena Ramos Reis, Segunda Câmara Cível, Publicado em: 08/
03/2017 ).
especialmente aquelas pertinentes ao princípio da vinculação ao edital, a casuística comporta temperamentos, sobretudo
em face da ausência de qualquer prejuízo aos demais concorrentes e à Administração Pública, prestigiando, por outro lado,
o cunho razoável e proporcional ínsito à atividade judicante. V - No caso concreto, demonstrou o impetrante, com a inicial, já
haver iniciado os trâmites formais para a expedição da CNH e, posteriormente, a obtenção da habilitação exigida, de modo
que não se pode desconsiderar o preenchimento do requisito supra, porquanto, reitere-se, ausente qualquer gravame ao
interesse público. Precedentes desta Seção Cível de Direito Público. VI - Segurança parcialmente concedida, para fim de
determinar que não seja o impetrante excluído do certame exclusivamente em razão dos óbices apontados. (TJBA - Classe:
Mandado de Segurança,Número do Processo: 0012951-89.2015.8.05.0000, Relator (a): Marcia Borges Faria, Seção Cível de
Direito Público, Publicado em: 24/03/2016 ).
Assim, evidencia-se a presença do fumus boni iuris, posto que tal exigência afronta os princípios da proporcionalidade e da
razoabilidade, restando clarividente o direito da autora de não ser declarada inapta em sede dos exames pré- admissionais
tão somente pela não apresentação na CNH.
Noutra banda, de fato, o Curso de Formação está previsto para ter início em 27/03/2018, restando patente o perigo iminente
de a candidata sofrer prejuízos irreparáveis, se acaso for excluída indevidamente do Curso de Formação.
Ante o exposto, DEFIRO A LIMINAR para determinar que apresentação da Carteira Nacional de Habilitação - Categoria B, pela
impetrante, somente seja exigida após a conclusão do Curso de Formação de Soldados da Polícia Militar da Bahia, caso
atendidos todos os outros requisitos editalícios.
Notifiquem-se as autoridades coatoras, comunicando-lhes o teor desta decisão e solicitando-lhe a apresentação das
informações que entender pertinente, no prazo de 10 (dez) dias.
Decorrido o prazo, ou recebidas as informações, encaminhem-se os autos ao Ministério Público para opinar.
Diante da urgência que o caso requer, sirva esta decisão como mandado/ofício.
Publique-se. Intimem-se.
Salvador, 05 de Março de 2018.
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DA BAHIA
Desa. Maria do Socorro Barreto Santiago
DECISÃO
8004502-98.2018.8.05.0000 Mandado De Segurança (cível)
Jurisdição: Tribunal De Justiça
Impetrado: Secretario De Educação Do Estado Da Bahia
Impetrante: Ciranilia Cardoso Da Silva
Advogado: Valdete Gonzaga Jorge (OAB:0048654/DF)
Decisão:
Cuida-se de Mandado de Segurança, com pedido liminar, impetrado por CIRANILIA CARDOSO DA SILVA, contra ato
supostamente ilegal atribuído ao Secretário da Educação do Estado da Bahia, consubstanciado no indeferimento do pedido
de afastamento temporário para a realização de curso de Doutorado do Programa Multidisciplinar de Pós-Graduação em
Cultura e Sociedade, na Universidade Federal da Bahia, realizado na modalidade presencial, no período vespertino, com
duração de 48 meses.
Afirma a Impetrante que se encontra no segundo semestre do curso de doutorado e simultaneamente cumpre 40 horas
semanais de trabalho docente em sala de aula, provocando um acúmulo de atividades que acarreta baixo desempenho
acadêmico e profissional.
Diante disso, em 06 de dezembro de 2017 requereu licença remunerada para se dedicar integralmente às atividades
acadêmicas, mas teve o seu pedido indeferido sob a justificativa de "proibição de concessão de afastamentos que demandem
ônus para o Estado, nos termos do Decreto 16.417/2015". Também serviu como base ao indeferimento, "registro de faltas
injustificadas em seu histórico funcional ".
Defende o amparo legal que cerca a sua pretensão e apresenta os atestados médicos entregues à administração em
referência às supostas ausências injustificadas.
Inicialmente é de se ver que a boa doutrina afasta, de pronto, a possibilidade da existência de poder discricionário do juiz nas
concessões de liminares em sede de mandados de segurança, ao menos no sentido em que rotineiramente se utiliza a
expressão. Com efeito, trata-se, indiscutivelmente, de ato vinculado, adstrito à lei. A preservação da discricionariedade
facultada ao juiz se configura na aferição da existência ou não dos fundamentos para concessão da medida preventiva ou
antecipatória. Entretanto, uma vez constatada a presença concomitante do periculum in mora e do fumus boni iuris, impõe-
se o deferimento da liminar, até porque esta não representa um prejulgamento da lide, mas simples medida de preservação
do direito material sub judice.
Da análise que se faz das peças dos autos, tem-se como justo o receio aventado pela Impetrante, visto que o curso já foi
iniciado e o semestre letivo terá início em abril/2018, conforme calendário acadêmico anexado aos autos. Por conseguinte,
a negativa da medida de urgência pretendida, em juízo de cognição sumária, poderá ocasionar prejuízo de difícil e incerta
reparação à Impetrante.
Com relação à plausibilidade jurídica do pleito, além dos precedentes deste Colegiado, de se considerar que a Constituição
Federal, em seu artigo 206, inciso V, garante a valorização dos profissionais da área de educação, enquanto a Lei Federal
nº 9.394/96, que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional, em seu artigo 67, inciso II, assegura aos profissionais
de educação:
"Art. 67. Os sistemas de ensino promoverão a valorização dos profissionais da educação, assegurando-lhes, inclusive nos
termos dos estatutos e dos planos de carreira do magistério público: (...) II - aperfeiçoamento profissional continuado,
inclusive com licenciamento periódico remunerado para esse fim;"
Ademais, a existência de ônus para os cofres públicos e a constatação de faltas injustificadas foram os motivos expressamente
apontados pela Administração para indeferir a pretensão da servidora. Ocorre que esta formalmente se responsabilizou
pela assunção das despesas relacionadas ao curso pretendido, bem como demonstrou a presença de afastamentos
médicos contemporâneos aos períodos em que foram registradas suas ausências do trabalho.
Assim, ao menos nesta fase de delibação prefacial de natureza cautelar, a discricionariedade do ente público não se mostra
subjugada pela imposição judicial, visto que não se percebe motivação substancial que a ampare. Somando-se a isso, o
fato de que a preservação do direito material em risco não obstará a livre manifestação do Estado, a participação do Órgão
Ministerial e a posterior deliberação meritória exauriente, se tem como razoável a concessão da medida antecipatória que,
ao fim das contas, tem como escopo o aprimoramento do servidor que busca qualificação em curso de doutorado em área
afeta ao seu campo de atuação, circunstância que, por lógica consequência, depõe a favor de uma melhor prestação do
serviço público.
Forte nas razões acima, vislumbrando a presença dos requisitos necessários à concessão da medida postulada pela parte
impetrante, CONCEDO A LIMINAR para determinar à autoridade coatora que conceda a licença remunerada em questão, de
modo a viabilizar o afastamento da impetrante de suas atividades laborais, para participar do curso de Doutorado do
Programa Multidisciplinar de Pós-Graduação em Cultura e Sociedade, na Universidade Federal da Bahia, até março de
2021, devendo a Impetrante a cada semestre apresentar à Secretaria de Educação do Estado - formalmente - comprovante
de frequência regular ou documento outro que demonstre a sua participação continuada e efetiva no aludido curso, pena de
revogação da medida antecipatória.
Cumprida a diligência, citem-se na forma da lei. Em caso de inércia, venham conclusos com a certidão devida.
Publique-se. Intimem-se. Cumpra-se com urgência. Confiro a esta decisão força de mandado.
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DA BAHIA
Desa. Carmem Lúcia Santos Pinheiro
DECISÃO
8001461-26.2018.8.05.0000 Mandado De Segurança Coletivo
Jurisdição: Tribunal De Justiça
Impetrante: Hildebrando Mauricio Lima De Jesus Junior
Advogado: Rodrigo Viana Panzeri (OAB:3281700A/BA)
Impetrante: Ismael Santos Cerqueira
Advogado: Rodrigo Viana Panzeri (OAB:3281700A/BA)
Impetrante: Ivone Borges Lopes
Advogado: Rodrigo Viana Panzeri (OAB:3281700A/BA)
Impetrante: Jailton Bispo Lopes
Advogado: Rodrigo Viana Panzeri (OAB:3281700A/BA)
Impetrante: Mario Sergio Araujo Silva
Advogado: Rodrigo Viana Panzeri (OAB:3281700A/BA)
Impetrante: Nelson Machado Filho
Advogado: Rodrigo Viana Panzeri (OAB:3281700A/BA)
Impetrante: Ramon Freitas De Sousa
Advogado: Rodrigo Viana Panzeri (OAB:3281700A/BA)
Impetrante: Rogerio Santos Vasconcelos
Advogado: Rodrigo Viana Panzeri (OAB:3281700A/BA)
Impetrante: Sandro Rogerio Lima Da Paixao
Advogado: Rodrigo Viana Panzeri (OAB:3281700A/BA)
Impetrante: Tatiano Sena Dourado
Advogado: Rodrigo Viana Panzeri (OAB:3281700A/BA)
Impetrante: Luciano De Santana Santos
Advogado: Rodrigo Viana Panzeri (OAB:3281700A/BA)
Impetrado: Secretario Da Adminstração Do Estado Da Bahia
Impetrado: Comandante Geral Da Polícia Militar Da Bahia
Decisão:
Tratam-se de Embargos de Declaração opostos por HILDEBRANDO MAURICIO LIMA DE JESUS JUNIOR E OUTROS,
impetrantes do mandado de segurança em epígrafe, impugnando a decisão de id. 677255, que extinguiu o feito sem
resolução do mérito, denegando, por conseguinte, a segurança postulada para o recebimento do adicional de periculosidade
pelos ora embargantes.
Em suas razões, id. 689566, sustentaram, em síntese, que a decisão embargada quedou-se contraditório, uma vez que
julgou extinto o mandado de segurança sem análise do mérito por ausência de prova pré-constituída, deixando de analisar
laudo pericial contido nos autos.
Nesse contexto, asseverou que "em que pese não haja laudo pericial atualizado nos autos, uma vez que a Autoridade
Coatora até a presente data, e após o Estatuto da Polícia Militar de 2001 jamais regulamentou o instituto da Periculosidade
aos Policiais e Bombeiros Militares e assim, até a presente data não se preocupou em determinar as áreas de atuação
Militar Estadual para aferição de grau de periculosidade/insalubridade, há sim, laudo confeccionado e acostado ao presente
mandamus que confere o direito àqueles com atuação policial/bombeiro militar o recebimento do adicional de periculosidade
no percentual de 30% de sua remuneração, conforme pode se observar do laudo acostado ao ID 668765 "
Ao final, pugnou pelo acolhimento dos aclaratórios, com efeitos modificativos, para que sejam sanadas as omissões e
contradições apontadas e, por conseguinte, determinado o prosseguimento do feito.
É o breve relatório.
Passo a decidir.
Examinando o que dos autos consta, observa-se que o recurso atende às formalidades legais devendo, portanto, ser
conhecido.
Inicialmente, cumpre esclarecer que a presente decisão encontra respaldo no regimento interno desta Corte de Justiça que,
no seu art. 162, atribui ao relator a competência de julgar os Embargos de Declaração opostos contra decisões monocráticas,
conforme transcrição a seguir:
Art. 162 - Além dos poderes previstos no Código de Processo Civil, no Código de Processo Penal e na legislação extravagante,
compete ao Relator: (ALTERADO CONFORME EMENDA REGIMENTAL N. 09/2016, DE 16 DE MARÇO DE 2016, DJe 17/03/
2016).
(…)
XX - decidir monocraticamente os embargos de declaração opostos contra decisão unipessoal; (Grifos adicionados)
Passando à análise do recurso horizontal empregado, vale frisar que os Embargos Declaratórios são espécie de recurso de
fundamentação vinculada, de modo que o seu provimento depende da efetiva ocorrência de pelo menos um dos vícios
elencados no art. 1.022, do Código de Processo Civil, in verbis:
Art. 1.022. Cabem embargos de declaração contra qualquer decisão judicial para:
I - esclarecer obscuridade ou eliminar contradição;
TJBA – DIÁRIO DA JUSTIÇA ELETRÔNICO – Nº 2.099 - Disponibilização: terça-feira, 13 de março de 2018 Cad 1 / Página 122
II - suprir omissão de ponto ou questão sobre o qual devia se pronunciar o juiz de ofício ou a requerimento;
III - corrigir erro material.
Todavia, da leitura dos fundamentos trazidos pelos embargantes, verifica-se que a decisão ora atacada não apresenta
quaisquer das omissões e contradições apontadas.
In casu, observa-se que a decisão impugnada expôs, de forma clara e coerente, os motivos que levaram à conclusão
adotada. Neste sentido, frisou-se que não se está denegando o direito em si, mas apenas discorrendo acerca da necessidade
de laudo pericial apto a amparar a concessão do adicional de periculosidade requestado.
Ressalte-se que se trata de exigência legal, não podendo ser afastada como pretende o embargante. Neste contexto,
cumpre transcrever trecho da decisão embargada:
"Nesta toada, tem-se que a situação em debate representa uma excepcionalidade, que permite a atuação do Poder Judiciário,
em sede de Mandado de Segurança, face à omissão do Chefe do Poder Executivo em fixar a forma, o valor e o prazo para o
pagamento do adicional de periculosidade, previsto no artigo 92, inciso V, alínea "p" da Lei nº. 7990/2001 (Estatuto dos
Policiais Militares do Estado da Bahia), notadamente porquanto o direito já está legitimamente assegurado ao Impetrante,
na condição de policial militar.
No entanto, o caso sub judice encontra óbice diverso, que impende a extinção do mandamus sem resolução do mérito, por
inadequação da via eleita.
Com efeito, o Decreto nº 9.967/06, que regulamenta o adicional aos servidores civis, aplicado analogamente ao presente
caso, prevê expressamente a necessidade de comprovação da periculosidade por meio de laudos técnicos. Assim, revela-
se necessária a instrução probatória, que é incompatível com o rito mandamental [...]"
Vale ressaltar que o laudo pericial mencionado pelos embargantes não se presta ao fim colimado, seja porque realizado há
mais de 20 anos atrás, seja porque não leva em conta a situação e ambiente de trabalho específica de cada um dos
servidores impetrantes do writ.
Assim, considerando a impossibilidade de se proceder com dilação probatória na via mandamental eleita, não resta outra
alternativa senão extinguir o feito, sem resolução de mérito, conforme restou claramente consignado no decisum embargado.
Ante o exposto, e diante da ausência dos requisitos previstos no multicitado art. 1.022, do CPC, não existindo necessidade
de nova manifestação expressa acerca de todas as alegações apresentadas pela Embargante, REJEITAM-SE os Embargos
de Declaração.
Salvador, Bahia, 02 de março de 2018
Desa. Carmem Lúcia Santos Pinheiro
Relatora
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DA BAHIA
Desa. Carmem Lúcia Santos Pinheiro
DESPACHO
8000270-77.2017.8.05.0000 Mandado De Segurança (cível)
Jurisdição: Tribunal De Justiça
Impetrante: Sergio Valentim Da Hora
Advogado: Wagner Veloso Martins (OAB:3716000A/BA)
Impetrado: Governador Do Estado Da Bahia
Impetrado: Secretário Da Administração Do Estado Da Bahia
Despacho:
Considerando que a última movimentação processual refere-se a interposição de Recurso Ordinário pelo impetrante,
encaminhem-se os autos à Secretaria da Seção de Recursos, nos termos do art. 86-B do RITJBA, uma vez que o
processamento do Recurso aviado compete a 2ª Vice-Presidente desta Corte (art. 86, RITJBA).
P.I.
Salvador, 12 de março de 2018
Desa. Carmem Lucia Santos Pinheiro
Relatora
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DA BAHIA
Desa. Carmem Lúcia Santos Pinheiro
DESPACHO
8000308-89.2017.8.05.0000 Mandado De Segurança (cível)
Jurisdição: Tribunal De Justiça
Impetrante: Italo Pablo Teles Piaui
Advogado: Wagner Veloso Martins (OAB:3716000A/BA)
Impetrado: Governador Do Estado Da Bahia
Impetrado: Secretário Da Administração Do Estado Da Bahia
Despacho:
TJBA – DIÁRIO DA JUSTIÇA ELETRÔNICO – Nº 2.099 - Disponibilização: terça-feira, 13 de março de 2018 Cad 1 / Página 123
Considerando que a última movimentação processual refere-se a interposição de Recurso Ordinário pelo impetrante,
encaminhem-se os autos à Secretaria da Seção de Recursos, nos termos do art. 86-B do RITJBA, uma vez que o
processamento do Recurso aviado compete a 2ª Vice-Presidente desta Corte (art. 86, RITJBA).
P.I.
Salvador, 12 de março de 2018
Desa. Carmem Lucia Santos Pinheiro
Relatora
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DA BAHIA
Desa. Carmem Lúcia Santos Pinheiro
DESPACHO
8000276-84.2017.8.05.0000 Mandado De Segurança (cível)
Jurisdição: Tribunal De Justiça
Impetrante: Jilmar Bispo Da Silva
Advogado: Wagner Veloso Martins (OAB:3716000A/BA)
Impetrado: Governador Do Estado Da Bahia
Impetrado: Secretário Da Administração Do Estado Da Bahia
Despacho:
Considerando que a última movimentação processual refere-se a interposição de Recurso Ordinário pelo impetrante,
encaminhem-se os autos à Secretaria da Seção de Recursos, nos termos do art. 86-B do RITJBA, uma vez que o
processamento do Recurso aviado compete a 2ª Vice-Presidente desta Corte (art. 86, RITJBA).
P.I.
Salvador, 12 de março de 2018
Desa. Carmem Lucia Santos Pinheiro
Relatora
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DA BAHIA
Des. José Cícero Landin Neto
DECISÃO
8004539-28.2018.8.05.0000 Mandado De Segurança (cível)
Jurisdição: Tribunal De Justiça
Impetrante: Maciel Vinicius Santos Nascimento
Advogado: Jose Ademario Dos Santos Junior (OAB:0048588/BA)
Impetrado: Secretario Da Adminstração Do Estado Da Bahia
Impetrado: Comandante Geral Da Polícia Militar Da Bahia
Impetrado: O Estado Da Bahia
Decisão:
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DA BAHIA
Seção Cível de Direito Público
________________________________________
Processo: MANDADO DE SEGURANÇA (CÍVEL) n. 8004539-28.2018.8.05.0000
Órgão Julgador: Seção Cível de Direito Público
IMPETRANTE: MACIEL VINICIUS SANTOS NASCIMENTO
Advogado(s): JOSE ADEMARIO DOS SANTOS JUNIOR (OAB:0048588/BA)
IMPETRADO: SECRETARIO DA ADMINSTRAÇÃO DO ESTADO DA BAHIA e outros (2)
Advogado(s):
TEMA Nº 01
DESPACHO
Em razão da instauração do Incidente de Resolução de Demandas Repetitivas - IRDR nº 0007725-69.2016.8.05.0000, que
versa sobre "a concessão de auxílio-transporte aos policiais militares, nos moldes previstos no art. 92, inciso V, letra "h", da
Lei Estadual nº 7.9990/2001", determino a suspensão do trâmite do presente feito, tendo em vista que nele se discute tese
tratada no aludido incidente.
Outrossim, ficam intimadas as partes para o fim do disposto nos arts. 983 do CPC, e 219,§ 10, do RITJBA.
Aguardem-se os autos na Secretaria da Seção Cível de Direito Público.
Publique-se para efeito de intimação.
Salvador, 12 de março de 2018.
DES. JOSÉ CÍCERO LANDIN NETO
RELATOR
TJBA – DIÁRIO DA JUSTIÇA ELETRÔNICO – Nº 2.099 - Disponibilização: terça-feira, 13 de março de 2018 Cad 1 / Página 124
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DA BAHIA
Desa. Maria de Fátima Silva Carvalho
DESPACHO
8004214-53.2018.8.05.0000 Mandado De Segurança (cível)
Jurisdição: Tribunal De Justiça
Impetrado: Secretário De Administraçao Do Estado Da Bahia - Saeb
Impetrante: Guilherme De Carvalho Kiyungu
Advogado: Thais De Carvalho Andrade (OAB:0031348/PE)
Despacho:
Vistos, etc.
Verifica-se que o impetrante pleiteia os benefícios da Assistência Judiciária Gratuita (Id. nº 784464, fl. 02).
Compulsando os autos, observa-se que inexiste declaração de pobreza anexa, bem como qualquer documento que comprove
a hipossuficiência alegada.
Cumpre destacar que o valor das custas e emolumentos no Mandado de Segurança é meramente simbólico, ante a
natureza constitucional da ação, não havendo condenação ao pagamento de honorários advocatícios ou despesas eventuais.
Nestas condições, intime-se o requerente para comprovar a impossibilidade de arcar com os encargos processuais,
juntando os documentos que entender pertinentes, no prazo máximo de 10 (dez) dias, sob pena de indeferimento do
benefício pretendido, com fundamento no §2º, do art. 99, do CPC/2015.
Salvador/BA, 9 de março de 2018.
Desa. Maria de Fátima Silva Carvalho
Relatora
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DA BAHIA
Desa. Maria de Fátima Silva Carvalho
DECISÃO
8003423-84.2018.8.05.0000 Mandado De Segurança (cível)
Jurisdição: Tribunal De Justiça
Impetrante: Carmen Rocha Santos Silva
Advogado: Claudio Fabiano Boamorte Balthazar (OAB:0010901/BA)
Impetrante: Antonia Batista De Franca
Advogado: Claudio Fabiano Boamorte Balthazar (OAB:0010901/BA)
Impetrado: Secretario De Administração Do Estado Da Bahia
Decisão:
Vistos, etc.
Trata-se de MANDADO DE SEGURANÇA com pedido de medida liminar impetrado por CARMEN ROCHA SANTOS SILVA e
ANTÔNIA BATISTA FRANÇA, em face de ato omissivo reputado ilegal, cuja prática foi atribuída ao SECRETÁRIO DE
ADMINISTRAÇÃO DO ESTADO DA BAHIA.
Aduzem em síntese, que são pensionistas de servidores públicos vinculados aos serviços auxiliares do Poder Judiciário do
Estado da Bahia. Afirmam que recebem valores absolutamente inferiores quando comparados a remuneração de servidor
na ativa exercendo as mesmas funções.
Sustentam que com o recebimento do benefício a menor, atrelado ao Fundo de Custeio e Previdência Social dos Servidores
Públicos do Estado da Bahia, passaram ter francos prejuízos, em afronta ao princípio da irredutibilidade de vencimentos
insculpido no art. 40, §4º e 5º da Constituição federal, deixando inclusive de incorporar adicionais de tempo de serviço.
Defendem que a limitação da pensão por morte pelo impetrado trata-se de ato revertido de ilegalidade em face da norma
jurídica vigente à época de sua constituição, ou seja, na data do falecimento dos servidores públicos, devendo a pensão por
morte corresponder à totalidade da remuneração do servidor, como se vivo fosse, em face da norma jurídica vigente à época
do óbito.
Por entenderem presentes os requisitos legais do fumus boni iuris e periculum in mora, pugnam pela concessão de medida
liminar, a fim de que a autoridade coatora proceda com a imediata equiparação das pensões à remuneração integral dos de
cujus, sem prejuízo da incorporação das gratificações em especial a CET. Requerem os benefícios da assistência judiciária
gratuita. No mérito, pleiteiam a confirmação da tutela liminar para que seja concedida a segurança vindicada (ID 747331).
Anexaram documentos (ID's 747335, 747336 e 747338).
É o que importa relatar.
DECIDO.
De início, defiro os benefícios da Assistência Judiciária Gratuita, uma vez que restaram preenchidos os requisitos do artigo
4º da Lei Federal 1.060/50.
Nesta oportunidade, insta apreciar o pedido de medida liminar.
A Lei nº 12.016/2009, que disciplina o Mandado de Segurança, dispõe em seu artigo 7º, § 2º, sobre os casos onde restará
impossibilitada a concessão da medida liminar:
"Art. 7º Ao despachar a inicial, o juiz ordenará:
(…)
TJBA – DIÁRIO DA JUSTIÇA ELETRÔNICO – Nº 2.099 - Disponibilização: terça-feira, 13 de março de 2018 Cad 1 / Página 125
§2º Não será concedida medida liminar que tenha por objeto a compensação de créditos tributários, a entrega de mercadorias
e bens provenientes do exterior, a reclassificação ou equiparação de servidores públicos e a concessão de aumento ou a
extensão de vantagens ou pagamento de qualquer natureza."
Nestas condições, verifica-se que a medida liminar pretendida pelas impetrantes encontra óbice legal, uma vez que possui
como finalidade precípua "a equiparação de servidores públicos e a concessão de aumento ou a extensão de vantagem ou
pagamento."
Ademais, não há possibilidade de perecimento da tutela requerida, que poderá ser deferida a qualquer tempo na hipótese
de contemplação dos requisitos legais posteriormente, inclusive com efeitos retroativos à data da impetração.
Ante o exposto, diante da vedação legal, INDEFIRO o pedido liminar formulado.
Notifique-se a Autoridade apontada como coatora para, no prazo de dez (10) dias, prestar as necessárias informações, nos
moldes do quanto prescrito no art. 7º, I, da Lei Federal n. 12.016/2009.
Cientifique-se também o Estado da Bahia para, querendo, integrar a lide (art. 7º, inciso II, da Lei n.º 12.016/2009).
Transcorrido o prazo anteriormente fixado, com ou sem manifestação da Autoridade Impetrada, remetam-se os presentes
autos, em ato contínuo, ao Ministério Público, em atenção e para os fins previstos no art. 12 da Lei de Mandado de Segurança.
Publique-se. Intimem-se.
Salvador/BA, 9 de março de 2018.
Desa. Maria de Fátima Silva Carvalho
Relatora
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DA BAHIA
Desa. Maria de Fátima Silva Carvalho
DECISÃO
8002098-74.2018.8.05.0000 Mandado De Segurança (cível)
Jurisdição: Tribunal De Justiça
Impetrante: Camila Paixao Ladislau
Advogado: Manuela Castor Dos Santos (OAB:3440900A/BA)
Impetrado: Secretario Da Adminstração Do Estado Da Bahia
Impetrado: Comandante Da Policia Militar No Estado Da Bahia
Decisão:
Vistos, etc.
Trata-se de Mandado de Segurança com pedido de medida liminar impetrado por CAMILA PAIXAO LADISLAU contra ato
supostamente ilegal atribuído ao SECRETÁRIO DE ADMINISTRAÇÃO e ao COMANDANTE GERAL DA POLÍCIA MILITAR DA
BAHIA (ID 698351).
Intimada para recolher as custas processuais, a impetrante peticionou requerendo a homologação da desistência desta
ação mandamental (ID's 725936 e 739410).
É o relatório.
DECIDO.
Cumpre ressaltar que a impetrante pode desistir do Mandado de Segurança a qualquer tempo, sendo dispensável a
anuência da parte contrária, consoante orientação firmada pelo Supremo Tribunal Federal, senão vejamos:
"DIREITO PROCESSUAL CIVIL. DESISTÊNCIA DE MANDADO DE SEGURANÇA. O impetrante pode desistir de mandado de
segurança sem a anuência do impetrado mesmo após a prolação da sentença de mérito. Esse entendimento foi definido
como plenamente admissível pelo STF. De fato, por ser o mandado de segurança uma garantia conferida pela CF ao
particular, indeferir o pedido de desistência para supostamente preservar interesses do Estado contra o próprio destinatário
da garantia constitucional configuraria patente desvirtuamento do instituto. Essa a razão por que não se aplica, ao processo
de mandado de segurança, o que dispõe o art. 267, § 4º, do CPC ("Depois de decorrido o prazo para a resposta, o autor não
poderá, sem o consentimento do réu, desistir da ação."). Precedentes citados do STF: RE 669.367-RJ, Pleno, DJe 9/8/2012;
e RE-AgR 550.258-PR, Primeira Turma, DJe 26/8/2013. (STJ, Resp 1.405.532-SP, Relatora Ministra Eliana Calmon, julgado
em 10/12/2013)."
Outrossim, o artigo 162, inciso XXV, do Regimento Interno deste Egrégio Tribunal de Justiça estabelece que:
"Art. 162 - Além dos poderes previstos no Código de Processo Civil, no Código de Processo Penal e na legislação extravagante,
compete ao Relator: (ALTERADO CONFORME EMENDA REGIMENTAL N. 09/2016, DE 16 DE MARÇO DE 2016, DJe 17/03/
2016).
(…)
XXV - decidir pedido de homologação de desistência de processos de competência originária do Tribunal;"
De outro modo, verifica-se que o advogado da parte Impetrante tem poder especial para desistir, conforme procuração
acostada (ID 698354 - fl. 1).
Nestas condições, HOMOLOGO a desistência do feito e julgo EXTINTO O PROCESSO SEM RESOLUÇÃO DO MÉRITO,
DENEGANDO A SEGURANÇA, com fulcro no art. 6º, § 5º, da Lei nº 12.016/09 c/c o art. 485, inciso VIII, do atual Código de
Processo Civil.
TJBA – DIÁRIO DA JUSTIÇA ELETRÔNICO – Nº 2.099 - Disponibilização: terça-feira, 13 de março de 2018 Cad 1 / Página 126
Decorrido o prazo legal sem manifestação das partes, proceda-se à baixa na distribuição e, em seguida, o arquivamento
dos autos.
Publique-se. Cumpra-se.
Salvador/BA, 9 de março de 2018.
Desª. Maria de Fátima Silva Carvalho
Relatora
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DA BAHIA
Desa. Maria de Fátima Silva Carvalho
DECISÃO
8000951-13.2018.8.05.0000 Mandado De Segurança (cível)
Jurisdição: Tribunal De Justiça
Impetrante: Crisnanda De Oliveira Lago
Advogado: Bruno Leandro De Macedo (OAB:0037651/BA)
Impetrado: Edelvino Da Silva Góes Filho
Impetrado: Anselmo Alves Brandão
Impetrado: Luiz Telles De Macedo
Decisão:
Vistos, etc.
Trata-se de MANDADO DE SEGURANÇA com pedido de medida liminar impetrado por CRISNANDA DE OLIVEIRA LAGO em
face de ato omissivo reputado ilegal atribuído ao SECRETÁRIO DE ADMINISTRAÇÃO DO ESTADO DA BAHIA, ao COMANDANTE
GERAL DA POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DA BAHIA e o COMANDANTE GERAL DO BOMBEIRO MILITAR DO ESTADO DA
BAHIA, consistente na ausência de correção da prova discursiva da impetrante.
Aduz que se inscreveu e realizou as provas do Concurso Público para Seleção de Candidatos ao Curso de Formação de
Soldado da Polícia Militar da Bahia e do Corpo de Bombeiros Militar da Bahia do quadro de pessoal da Polícia Militar da
Bahia, instituído pelo EDITAL DE ABERTURA DE INSCRIÇÕES - SAEB - 01/2017, DE 09 DE MAIO DE 2017.
Assevera que o item 9.3.3 do edital estabelecia que as listas de ampla concorrência/cotas seriam independentes e não se
comunicariam e desta forma optou por concorrer entre as vagas de ampla concorrência onde o número de vagas era maior,
mesmo tendo o direito de concorrer entre as cotistas.
Alega o descumprimento por parte da Administração Pública, visto que deveriam ser corrigidas 103 provas objetivas na
região 04 - interior Ilhéus - masculino - negros e no entanto foram corrigidas 214 provas utilizando-se um coeficiente de 3,10
ao invés 1,5 como previsto.
Sustenta que o "Excelentíssimo Senhor Governador Rui Costa anunciou e concretizou o acréscimo de 25% das vagas para
os candidatos a policial militar do Estado da Bahia, deixando os candidatos a bombeiro militar do Estado da Bahia à deriva"
(ID 649216)
Acrescenta que sendo o concurso único para ambas as instituições devem os concorrentes serem tratados de maneira
isonômica.
Por entender presentes os requisitos legais do fumus boni iuris e periculum in mora, pugna pela concessão da medida
liminar, a fim de que as autoridades coatoras adotem as providências necessárias para a correção da prova discursiva da
impetrante, atribuindo uma nova classificação, e que caso consiga ficar dentre os classificados que seja feita a sua convocação
para as demais etapas do certame. Ato contínuo, após sua aprovação, que se proceda a sua imediata matrícula no curso de
formação e nomeação como bombeiro da polícia militar, até ulterior deliberação, com estipulação de astreintes diários em
valor superior a R$ 1.000,00 (um mil reais) em caso de descumprimento da decisão. Requer os benefícios da Assistência
Judiciária Gratuita. No mérito, pleiteia pela confirmação da liminar para que seja concedida a segurança vindicada (ID
644016).
Instruiu o pedido com os documentos (ID 649217, ID 649218, ID 649219, ID 649220, ID 649221, ID 649222, ID 649223, ID
649224, ID 649225, ID 649226, ID 649227, ID 649228, ID 649229, ID 649230, ID 649233, ID 649234 e ID 649238)
Consta do autos despacho intimando a impetrante para comprovar a impossibilidade de arcar com os encargos processuais
(ID'S 676992).
É o que importa relatar.
DECIDO.
Inicialmente, defiro os benefícios da Assistência Judiciária Gratuita, uma vez que restaram preenchidos os requisitos do
artigo 4º da Lei Federal 1.060/50.
Presentes os pressupostos de admissibilidade, conheço o Mandado de Segurança.
Nesta oportunidade, insta apreciar o pedido de medida liminar.
O mandamus caracteriza-se como meio processual que vincula pretensão na qual o direito das partes deve ser,
necessariamente, líquido e certo, de forma a restar documentalmente provado o quanto sustentado.
A concessão de medida liminar obriga o julgador, nos termos do art. 7º, inciso III, da Lei nº 12.016/09, quando presentes seus
requisitos, relevantes os fundamentos da impetração e do ato impugnado puder resultar a ineficácia da decisão judicial, se
concedida ao final.
Com propriedade, Hely Lopes Meirelles ensina que:
"A liminar não é uma liberalidade da Justiça; é medida acauteladora do direito do impetrante, que não pode ser negada
quando ocorrerem seus pressupostos como, também, não deve ser concedida quando ausentes os requisitos de sua
admissibilidade." (in Mandado de Segurança, 28ª edição, atualizada por Arnoldo Wald e Gilmar Mendes, ano 2005)"
TJBA – DIÁRIO DA JUSTIÇA ELETRÔNICO – Nº 2.099 - Disponibilização: terça-feira, 13 de março de 2018 Cad 1 / Página 127
Neste sentido, a medida liminar em sede de mandado de segurança será sempre ínsita à finalidade constitucionalmente
assegurada de proteção de um direito líquido e certo. E, como toda e qualquer liminar, exige-se a verificação inequívoca,
prévia e cumulativa dos requisitos da probabilidade do direito (fumus boni iuris) e o perigo de dano ou o risco ao resultado
útil do (periculum in mora), elencados no artigo 300 do CPC em vigor.
Ocorre que, da leitura das razões apresentadas pela impetrante, bem como da documentação que acompanha o petitório,
não vislumbro a existência da fumaça do bom direito (fumus boni iuris) capaz de fundamentar a concessão da medida
liminar ora vindicada, notadamente em razão da regra editalícia contida no item 9.3.3, que prevê que não será avaliada a
prova discursiva do candidato que ficar classificado além do número de vagas indicado, ficando automaticamente reprovado
e eliminado do concurso para todos os efeitos.
Ante o exposto, indefiro o pleito de tutela liminar.
Notifiquem-se as autoridades apontadas como coatoras, comunicando-lhes o teor desta decisão, para que, no prazo de dez
(10) dias, prestem as informações que entenderem necessárias, nos moldes do quanto prescrito no art. 7º, I, da Lei Federal
n. 12.016/2009.
Cientifique-se o Estado da Bahia para, querendo, integrar a lide (art. 7º, inciso II, da Lei n.º 12.016/2009).
Prestadas, ou não, as informações, dê-se vista dos autos à douta Procuradoria de Justiça.
Após, retornem-me conclusos.
Publique-se. Intimem-se. Cumpra-se.
Salvador/BA, 9 de março de 2018.
Desª. Maria de Fátima Silva Carvalho
Relatora
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DA BAHIA
Desa. Maria de Fátima Silva Carvalho
DECISÃO
8001327-33.2017.8.05.0000 Mandado De Segurança (cível)
Jurisdição: Tribunal De Justiça
Impetrante: Moabe Santos Da Silva
Advogado: Paulo Sergio De Araujo Macedo (OAB:4196400A/BA)
Impetrado: Governador Do Estado Da Bahia
Impetrado: Secretario Da Adminstração Do Estado Da Bahia
Impetrado: Comandante Da Policia Militar Do Estado Da Bahia - Coronel Pm Anselmo Alves Brandão
Decisão:
Vistos, etc.
Trata-se de MANDADO DE SEGURANÇA com pedido de medida liminar impetrado por MOABE SANTOS DA SILVA, em face de
suposto ato ilegal atribuído ao GOVERNADOR DO ESTADO DA BAHIA, ao SECRETÁRIO DA ADMINISTRAÇÃO DO ESTADO DA
BAHIA e ao COMANDANTE GERAL DA POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DA BAHIA.
Aduz o impetrante, em síntese, que prestou concurso público para seleção de candidatos ao cargo de Soldado da Polícia
Militar do Estado da Bahia, conforme Edital de abertura SAEB/01/2017, publicado em 09/05/2017. Informa que se inscreveu
para a Região 7 (Itaberaba) e foi aprovado na classificação n.º 225, nas vagas destinadas à ampla concorrência.
Sustenta que existiu uma ilegalidade em relação à questão n.º 19 da prova objetiva, uma vez que o conteúdo cobrado não
constava no Edital. Assevera que inicialmente "(…) a banca deu à alternativa "D" como verdadeira, ou seja, alternativa
marcada pelo impetrante que alcançaria a pontuação 76.20, no entanto com o recurso a banca trocou para a alternativa "A",
tirando o ponto do impetrante e o colocando fora do concurso, pois o mesmo só precisaria de 0,6 décimos para ter sua
redação corrigida, ou seja, ele ficou com 75.20 pontos."
Ressalta que com a anulação da referida questão passaria a ocupar a classificação que o deixaria dentro do número de
vagas para correção de sua redação, pois foi a nota alcançada pelo último colocado para a correção da redação. Pontua que
o parecer técnico anexado demonstra claramente a ilegalidade do quesito, em razão de ter narrando fatos que nunca
existiram.
Diante de tais considerações, entendendo presentes os requisitos do fumus boni iuris e periculum in mora, pugna pela
concessão de medida liminar a fim de que a autoridade coatora corrija a redação e sendo aprovado dentro do número de
vagas, convoque o impetrante para as próximas etapas do certame. Requer também os benefícios da Assistência Judiciária
Gratuita. No mérito, pleiteia a confirmação da liminar e concessão da segurança (ID 590068).
É o que importa relatar.
DECIDO.
De início, defiro os benefícios da Assistência Judiciária Gratuita, uma vez que restaram preenchidos os requisitos do artigo
4º da Lei Federal 1.060/50.
O mandamus caracteriza-se como meio processual que vincula pretensão na qual o direito das partes deve ser,
necessariamente, líquido e certo, de forma a restar documentalmente provado o quanto sustentado.
A concessão de medida liminar condiciona o julgador quando presentes seus requisitos, relevantes os fundamentos da
impetração e do ato impugnado puder resultar a ineficácia da decisão judicial, se concedida ao final, nos termos do artigo
7º, inciso III, da Lei nº 12.016/09.
Com propriedade, Hely Lopes Meirelles ensina que:
TJBA – DIÁRIO DA JUSTIÇA ELETRÔNICO – Nº 2.099 - Disponibilização: terça-feira, 13 de março de 2018 Cad 1 / Página 128
"A liminar não é uma liberalidade da Justiça; é medida acauteladora do direito do impetrante, que não pode ser negada
quando ocorrerem seus pressupostos como, também, não deve ser concedida quando ausentes os requisitos de sua
admissibilidade." (in Mandado de Segurança, 28ª edição, atualizada por Arnoldo Wald e Gilmar Mendes, ano 2005)"
Neste sentido, a tutela antecipatória em sede de mandado de segurança será sempre ínsita à finalidade constitucionalmente
assegurada de proteção de um direito líquido e certo. E, como toda e qualquer liminar, exige-se a verificação inequívoca,
prévia e cumulativa dos requisitos da probabilidade do direito (fumus boni iuris) e o perigo de dano ou o risco ao resultado
útil do (periculum in mora), elencados no artigo 300 do CPC em vigor.
A jurisprudência tem linha de intelecção que respalda esse entendimento, conforme se infere dos seguintes julgados:
"(...) 1. A análise do pedido, no âmbito liminar, demanda a observância dos requisitos autorizadores para a concessão da
medida, quais sejam, o fumus bonis juris e o periculum in mora. (...)" (STJ, AgRg no MS 15.104/DF, Rel. Ministra MARIA
THEREZA DE ASSIS MOURA, TERCEIRA SEÇÃO, julgado em 08/09/2010, DJe 17/09/2010)
"(...) 1. A concessão da medida liminar requisita a satisfação cumulativa dos requisitos do periculum in mora e do fumus boni
iuris, impondo-se o desacolhimento do pedido quando ausentes, nos autos, elementos que evidenciem, de plano, a alegada
violação do princípio constitucional da ampla defesa ou outra irregularidade apontada pelo impetrante que acarrete a efetiva
nulidade do processo disciplinar. (...)." (STJ, AgRg no MS 15.224/DF, Rel. Ministro HAMILTON CARVALHIDO, PRIMEIRA
SEÇÃO, julgado em 25/08/2010, DJe 05/10/2010)
Após leitura das razões apresentadas pelo impetrante, bem como da documentação que acompanha o seu petitório, não
vislumbro a existência da fumaça do bom direito (fumus boni iuris) capaz de embasar a concessão da medida liminar ora
vindicada, necessitando da abertura do contraditório para melhor elucidação dos fatos.
Nestas condições, inexistindo demonstração pela parte da existência do fumus boni iuris, de forma nítida e cabal, não deve
ser acolhida a sua pretensão liminarmente.
Ante o exposto, indefiro o pleito de tutela liminar.
Notifiquem-se as autoridades apontadas como coatoras, comunicando-lhes o teor desta decisão, para que, no prazo de dez
(10) dias, prestem as informações que entenderem necessárias, nos moldes do quanto prescrito no art. 7º, I, da Lei Federal
n. 12.016/2009.
Cientifique-se o Estado da Bahia para, querendo, integrar a lide (art. 7º, inciso II, da Lei n.º 12.016/2009).
Prestadas ou não as informações, dê-se vista dos autos à douta Procuradoria de Justiça.
Após, retornem-me conclusos.
Salvador/BA, 9 de março de 2018.
Desa. Maria de Fátima Silva Carvalho
Relatora
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DA BAHIA
Des. José Cícero Landin Neto
DECISÃO
8004309-83.2018.8.05.0000 Mandado De Segurança (cível)
Jurisdição: Tribunal De Justiça
Impetrante: Serve Mais Refeicoes Eireli - Me
Advogado: Diego Valadao Lauar (OAB:0035101/BA)
Impetrado: Secretário De Saúde Do Estado Da Bahia
Impetrado: Secretário Da Fazenda Pública Do Estado Da Bahia
Impetrado: Bahia Secretaria Da Fazenda
Decisão:
O presente Mandado de Segurança, com pedido liminar, foi impetrado por SERVE MAIS REFEIÇÕES EIRELI -ME, contra
suposto ato ilegal praticado pelo SECRETÁRIO DE SAUDE DO ESTADO DA BAHIA, SECRETÁRIO DA FAZENDA DO ESTADO
DA BAHIA e SUPERINTENDENTE DE AÇÃO INTEGRAL À SAÚDE - SAIS, consubstanciado em suposta desobediência à
ordem cronológica de pagamento (art. 5º da Lei Federal nº 8.666/93), acarretando no pagamento de determinadas empresas
em detrimento da impetrante, que, por vezes, sofre com a inadimplência no contrato em prazo igual ou superior a 3 (três)
meses.
Em suas razões, alegou, em síntese, que "possui diversos contratos com a Administração Pública para a prestação do
serviço de fornecimento de refeições coletivas e alimentação para hospitais públicos do Estado da Bahia. Em que pese os
contratos possuírem a previsão de pagamento em 08 (oito) dias após a emissão e atesto da nota fiscal de fatura, é habitual
o Estado da Bahia ficar inadimplente, com atrasos, inclusive, superiores a 60 (sessenta) dias. Reiteradamente, o Estado
devedor tem informado que existe uma escassez de recurso para liquidar as suas faturas. Ocorre que a Impetrante descobriu
que o Estado da Bahia vem concedendo preferência no pagamento das faturas da empresa SABORE CIA (que também
fornece refeições coletivas e alimentos para hospitais estaduais), visto que essa tem recebido suas faturas rigorosamente
em dia, sem qualquer atraso, por quanto a Impetrante sequer tenha recebido os valores referentes às faturas de novembro/
2017, dezembro/2017, janeiro/2018 e 1ª quinzena de fevereiro/2018. O que se percebe é a inversão da ordem cronológica de
pagamentos, apenas com o condão de beneficiar determinado particular, não tendo restado alternativa senão a impetração
do presente writ para obstar a ilegalidade praticada pelas autoridades coatoras, pleiteando a segurança para que seja
determinado que os Impetrados obedeçam a ordem cronológica dos pagamentos".
TJBA – DIÁRIO DA JUSTIÇA ELETRÔNICO – Nº 2.099 - Disponibilização: terça-feira, 13 de março de 2018 Cad 1 / Página 129
Sustentou que a ordem cronológica é instituto previsto no art. 5º da Lei 8.666/93, vinculando a Administração Pública a
efetuar os pagamentos aos fornecedores em conformidade com a exigibilidade dos créditos que se apresentem ao
pagamento.
Acresceu que a Administração Pública do Estado da Bahia privilegia pagamentos da empresa SABORE CIA em detrimento
das faturas da Impetrante, prestadora do mesmo serviço que a referida empresa.
Relatou que "possui faturas em aberto (notas fiscais) emitidas no ano de 2016 que até o presente momento não foram
liquidadas. Tais notas são referente reajustes dos contratos celebrados e, ainda que não levemos em consideração essas
notas emitidas em 2016 por se tratarem de reajustes, a Impetrante têm ainda notas fiscais não liquidadas referente à
prestação de serviço de fornecimento de refeições (faturas mensais) que não foram pagas de Novembro/2017, Dezembro/
2017, Janeiro/2018 e 1ª quinzena de Fevereiro/2018. O questionamento acerca da preterição na ordem cronológica das
notas fiscais se dá, pois os mesmos pagamentos, referente a notas fiscais dos mesmos meses, já foram liquidados para
a empresa SABORE CIA, conforme extratos emitidos pelo portal da transparência em anexo".
Por fim, defende que tal ato "deve ser repudiado por ofensa expressa ao princípio da isonomia, impessoalidade e moralidade,
devendo ensejar na responsabilidade cível, administrativa (improbidade administrativa) e criminal (incidência do art. 92 da
lei 8.666/93) do agente que deu causa a tais privilégios".
Apoiado em tais razões, rogou pelo deferimento de liminar initio littis e inaudita altera pars, "para determinar às autoridades
coatoras que se abstenha de realizar os pagamentos a empresa SABORE E CIA porquanto não proceder com a liquidação
das faturas em aberto da Impetrante, sob pena de serem aplicadas as sanções previstas no art. 26 da Lei Federal nº 12.016/
09".
Também requereu, preliminarmente, "com base no art. 6º, § 1º, da Lei nº 12.016/09, a exibição pelas autoridades coatoras da
relação cronológica dos pagamentos realizados às empresas de refeições coletivas prestadoras de serviço do Estado da
Bahia nos últimos 02 (dois) anos, em que conste o descritivo do objeto do pagamento, assim como a data de recebimento
da respectiva fatura no prazo de 10 (dez) dias".
No mérito, postulou " pela procedência dos pedidos, tornando a medida liminar definitiva, e concedendo a segurança, para
determinar às autoridades coatoras que realizem o pagamento das faturas em ordem cronológica, conforme determina o
art. 5º da Lei 8.666/93".
Para provar o alegado, juntou aos autos os documentos ID 789123 a 789290.
Da análise das provas coligidas aos autos, verifica-se, primus ictus oculi, que não foi preenchido um dos requisitos
autorizadores da concessão do pedido liminar formulado, qual seja, o fumus boni iuris.
Isto porque, em primeira ordem, há que se observar que todo o ato administrativo tem presunção de legitimidade e legalidade.
Como consequência desse atributo, até prova em contrário, presume-se que todos os atos administrativos são emitidos de
acordo com a lei.
Em segundo plano, denota-se que a concessão da medida liminar, conforme pleiteada, desencadearia restrição na esfera
de direito de terceiro, sem que a este fosse facultada a chance de se defender, haja vista não fazer parte da relação
processual.
Assim, diante da inexistência de um dos pressupostos, sequer há a necessidade de análise acerca da presença do outro
requisito, que é periculum in mora, porque a medida liminar só pode ser deferida quando manifesta a coexistência
concomitante de ambos os pressupostos.
Em sendo assim, indefiro a liminar pleiteada.
Determino a notificação do SECRETÁRIO DE SAUDE DO ESTADO DA BAHIA, do SECRETÁRIO DA FAZENDA DO ESTADO DA
BAHIA e do SUPERINTENDENTE DE AÇÃO INTEGRAL À SAÚDE - SAIS acerca do conteúdo deste Mandado de Segurança, a
fim de que no prazo de 10 dias prestem as informações que acharem necessárias (artigo 7º, I, da Lei nº 12016/2009).
Determino, de logo, a intimação pessoal do representante judicial do Estado da Bahia para que intervenha no feito, querendo,
e apresente defesa, no prazo de lei (artigo 7º, II, da Lei nº 12.016/2009).
Após, remetam-se os autos a douta Procuradoria de Justiça nos termos do art. 12 da Lei nº 12.016/2009.
Publique-se para efeito de intimação.
Salvador, 12 de março de 2018.
DES. JOSÉ CÍCERO LANDIN NETO
RELATOR
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DA BAHIA
Marcia Borges Faria
PUBLICAÇÃO DE DESPACHOS E DECISÕES MONOCRÁTICAS
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DA BAHIA
Marcia Borges Faria
PUBLICAÇÃO DE DESPACHOS E DECISÕES MONOCRÁTICAS
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DA BAHIA
Marcia Borges Faria
PUBLICAÇÃO DE DESPACHOS E DECISÕES MONOCRÁTICAS
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DA BAHIA
Marcia Borges Faria
PUBLICAÇÃO DE DESPACHOS E DECISÕES MONOCRÁTICAS
Considerando o quanto disposto no parágrafo 4º do art. 78 da Constituição Federal, remetam-se os autos à DD. Presidência
desta eg. Corte, a quem compete promover o cumprimento da decisão prolatada nestes autos, quanto à obrigação pecuniária,
na forma do art. 84, XXIV do RITJB, para apreciação do pleito formulado pelo exequente às fls. 154.
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DA BAHIA
Marcia Borges Faria
PUBLICAÇÃO DE DESPACHOS E DECISÕES MONOCRÁTICAS
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DA BAHIA
Marcia Borges Faria
PUBLICAÇÃO DE DESPACHOS E DECISÕES MONOCRÁTICAS
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DA BAHIA
Marcia Borges Faria
PUBLICAÇÃO DE DESPACHOS E DECISÕES MONOCRÁTICAS
Determino a intimação do Estado da Bahia e dos Impetrados para, em 10 (dez) dias, comprovarem o cumprimento da ordem
mandamental, sob pena de multa-diária que fixo em R$ 500,00 (quinhentos reais).
DESPACHO
Determino a intimação das partes para que tomem conhecimento do retorno dos autos do STJ, e, querendo, no prazo de 15
(quinze) dias, efetivem os requerimentos que entenderem pertinentes.
Caso não haja manifestação no prazo acima, arquive-se com a respectiva baixa na distribuição.
Publique-se para efeito de intimação.
Salvador, 12 de março de 2018.
DES. JOSÉ CÍCERO LANDIN NETO
RELATOR
Ab initio, observa-se a existência de litispendência alegada pelo ESTADO DA BAHIA em relação aos impetrantes Alessandro
Barros Pinheiro, Claudia Lidiane Rafael Pereira, Daniela Tavares Menezes, Janderson Barcelos Duarte da Silva, Micael
Feitoza da Silva, Michelle Martins de Andrade e Renata Luisa de Carvalho Silva Oliveira.
Traçando-se um comparativo entre o presente writ e a documentação apresentada pelo ESTADO DA BAHIA (fls. 204/330),
que colaciona aos autos petições iniciais de outros mandados de segurança ajuizados pelos impetrantes retro mencionados,
denota-se que as ações possuem mesmas partes, pedido e causa de pedir, o que, por conseguinte, impõe a observância
do art. 337, §§ 1º e 3º c/c art. 485, V, ambos do CPC.
Neste sentido:
AGRAVO REGIMENTAL NA PETIÇÃO. SERVENTIA EXTRAJUDICIAL. INGRESSO. SUBSTITUTO EFETIVADO COMO TITULAR
DE SERVENTIA APÓS A PROMULGAÇÃO DA CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA. LITISPENDÊNCIA COM MANDADO DE
SEGURANÇA. PRECEDENTES. EXTINÇÃO DO PROCESSO, SEM RESOLUÇÃO DE MÉRITO. AGRAVO REGIMENTAL A QUE
SE NEGA PROVIMENTO. 1. A tríplice identidade das ações, na jurisprudência deste Tribunal, enseja a caracterização da
litispendência entre Mandado de Segurança e ação ordinária. 2. In casu, o autor desta ação, ora agravante, figura como
impetrante no MS 26.889, no qual formulou o mesmo pedido, com a mesma causa de pedir, configurando-se a tríplice
identidade definidora da litispendência. 3. Agravo regimental a que se nega provimento. (STF - Pet: 4481 MS, Relator: Min.
LUIZ FUX, Data de Julgamento: 02/12/2014, Primeira Turma, Data de Publicação: ACÓRDÃO ELETRÔNICO DJe-248 DIVULG
16-12-2014 PUBLIC 17-12-2014)
De outra sorte, nos termos do art. 5º, da CF, e do art. 1º, da Lei 12.016/09, o mandado de segurança é o meio constitucional
posto à disposição de toda pessoa física ou jurídica, para a proteção de direito individual ou coletivo, líquido e certo, não
amparado por habeas corpus ou habeas data, lesado ou ameaçado de lesão, por autoridade, seja de que categoria for ou
funções que exerça.
Quando a lei alude a direito líquido e certo, como bem ensina Hely Lopes Meirelles, "está exigindo que esse direito se
apresente com todos os requisitos para seu
reconhecimento e exercício no momento da impetração. Em última análise, direito líquido e certo é direito comprovado de
plano" (Mandado de Segurança, Ação
Popular, Ação Civil Pública, Mandado de Injunção, "Habeas Data", 14ª Ed. Malheiros, pag. 26).
Assim, exatamente por exigir situações e fatos comprovados de plano, na ação mandamental não há dilação probatória. Há,
apenas, uma dilação para informações do
impetrado sobre as alegações e provas oferecidas pelo impetrante, com subsequente manifestação do Ministério Público
sobre a pretensão do postulante e, fixada a lide
nestes termos, advirá a sentença considerando unicamente o direito e os fatos comprovados com a inicial e as informações
(Hely Lopes Meirelles, obra citada acima, pág.
26).
Por conseguinte, nas palavras de Hely Lopes Meireles: "O Mandado de Segurança individual é o meio constitucional (artigo
5º, LXIX) posto à disposição de toda pessoa
física ou jurídica, órgão com capacidade processual, ou universalidade reconhecida por lei para proteger direito individual,
próprio, líquido e certo, não amparado por
habeas corpus, lesado ou ameaçado de lesão, por ato de qualquer autoridade, seja de que categoria for e sejam quais
forem as funções que exerça. Está regulado
pela Lei 1.533, de 31.12.51 e legislação subseqüente" (Direito Administrativo Brasileiro, 30ª ed., São Paulo: Malheiros).
Destarte, do quanto exposto, denota-se que um dos requisitos essenciais para conhecimento da Ação constitucional é o
direito líquido e certo.
"Direito líquido e certo é o que se apresenta manifesto na sua existência, delimitado na sua extensão e apto a ser exercitado
no momento da impetração. Por outras
palavras, o direito invocado, para ser amparável por mandado de segurança, há de vir expresso em norma legal e trazer em
si todos os requisitos e condições de sua
aplicação ao impetrante: se a sua existência for duvidosa; se a sua extensão ainda não estiver delimitada; se o seu exercício
depender de situações e fatos ainda
indeterminados, não rende ensejo à segurança, embora possa ser defendido por outros meios judiciais" (MEIRELLES, Hely
Lopes. Direito administrativo brasileiro.
São Paulo: Malheiros).
A respeito do direito líquido e certo, leciona Seabra Fagundes:
"Assim, ter-se-á como líquido e certo o direito cujos aspectos de fato se possam provar, documentalmente, fora de toda a
dúvida, o direito cujos pressupostos materiais
se possam constatar pelo exame da prova oferecida com o pedido, ou de palavras ou omissões da informação da autoridade
impetrada" (O controle dos atos
administrativos pelo Poder Judiciário. 4ª ed. Rio de Janeiro: Forense).
Por conseguinte, em razão da natureza da ação mandamental, com a inicial deve o impetrante fazer prova indiscutível, uma
vez que essa via processual não comporta
dilação probatória.
Na hipótese vertente, os impetrantes sustentaram que o ESTADO DA BAHIA - através das autoridades apontadas como
coatoras -, violou seu direito líquido e certo à
nomeação e posse nos cargos para os quais foram aprovados, sob o fundamento de que tal conduta se deu em razão de
terem ajuizado outras ações mandamentais contra
o certame.
TJBA – DIÁRIO DA JUSTIÇA ELETRÔNICO – Nº 2.099 - Disponibilização: terça-feira, 13 de março de 2018 Cad 1 / Página 136
Todavia, como bem pontuado pela Douta Procuradoria de Justiça, valendo a transcrição, "os impetrantes deixaram de
colacionar aos autos, os documentos
imprescindíveis à análise do direito líquido e certo alegado, notadamente os atos constitutivos do direito à nomeação, tais
como a nomeação dos demais candidatos
em preterição dos autores, a negativa de nomeação dos mesmos em razão do argumento apresentado, ou ainda, o fato de
terem sido aprovados dentro do
quantitativo de vagas previstas no edital. Na verdade, colacionaram os próprios impetrantes decisões liminares e acórdãos
que depõem contra os mesmos (fls.
93/166), na medida em que demonstram que impetraram o presente mandado de segurança objetivando o mesmo fim de
outros writs anteriormente ajuizados, qual
seja, a nomeação e posse nos cargos para os quais foram aprovados, sem informar o desfecho final de tais processos" -
grifos acrescidos.
Destarte, "a presente ação depende do trânsito em julgado favorável das demais ações anteriormente ajuizadas, tendo em
vista que o prosseguimento no certame se
deu através de decisões proferidas em tais ações, informação que não consta documentada nos autos".
Por fim, cumpre relembrar que, no momento da impetração do remédio constitucional deve ser comprovada a aptidão do
impetrante para exercer o suposto direito
vindicado, a fim de que se configure a liquidez e certeza do mesmo.
Neste diapasão:
AGRAVO REGIMENTAL. RECURSO EM MANDADO DE SEGURANÇA. DILAÇÃO PROBATÓRIA. IMPOSSIBILIDADE. ALEGAÇÕES
NÃO PROVADAS. INVIABILIDADE DA CONCESSÃO DA ORDEM. O mandado de segurança não comporta dilação probatória
e requer prova robusta do direito vindicado, condição que não se satisfaz com meras alegações das partes. Agravo regimental
improvido. (AgRg no RMS 33.698/DF, Segunda Turma, Rel. Min. Cesar Asfor Rocha, DJe 6.6.2012)
PROCESSUAL CIVIL. RECURSO ORDINÁRIO. MANDADO DE SEGURANÇA. POLICIAL MILITAR. PROMOÇÃO. PRETERIÇÃO.
PROVA PRÉ-CONSTITUÍDA. DILAÇÃO PROBATÓRIA. VIAS ORDINÁRIAS. AUSÊNCIA DE DIREITO LÍQUIDO E CERTO.
RECURSO ORDINÁRIO NÃO PROVIDO. 1. Cuida-se, na origem, de Mandado de Segurança impetrado por Francisco Gustavo
Guimarães Machado Albuquerque, ora recorrente, contra ato do Secretário de Segurança Pública do Estado do Maranhão,
ora recorrido, visando à sua promoção a Cabo da Polícia Militar em 2009, a 3º Sargento da Polícia Militar em 2012 e a 2º
Sargento da Polícia Militar em 2015. Alega que foi preterido diversas vezes. 2. O Tribunal a quo denegou a segurança e assim
consignou: "Conforme análise realizada no presente conjunto probatório, o impetrante não comprovou a existência/
disponibilidade de vagas para a que a sua promoção a cabo PM tivesse ocorrido no ano de 2009. De maneira similar, os
documentos acostados à inicial, especialmente os de fls. 44-134, que tratam das promoções no ano de 2006 em diante
trazem como critério a modalidade"bravura', que não ocorre por tempo de serviço, mas sim por elementos discricionários e
subjetivos como se pode inferir do art. 25 do, já citado, decreto de nº 19.833/03, adlitteram: (...) Nesse sentido, não comprovada
nos autos a existência de vagas disponíveis à promoção a Cabo no ano de 2009, bem como, verificado que as promoções
listadas referentes ao ano de 2006 em diante se deram pelo critério de bravura, tem-se que o impetrante não trouxe provas
suficientes à concessão da segurança. Por outro lado, como bem salientado pelo Ministério Público, não restou evidenciado
nos autos que as promoções por tempo de serviço alcançaram praças mais modernos que o impetrante, pois nas listas de
promoção não constam as datas de ingresso dos promovidos. Verifica-se, portanto, que o caso ora discutido necessitaria
de maior dilação probatória, o que, por si só, é incompatível com a via mandamental eleita". (fls. 232-233, e-STJ, grifei). 3.
Esclareça-se que o Mandado de Segurança detém entre seus requisitos a demonstração inequívoca de direito líquido e
certo pela parte impetrante, por meio da chamada prova pré-constituída, inexistindo espaço para dilação probatória na
célere via do mandamus. Nesse sentido: RMS 52.637/MA, Rel. Ministro Herman Benjamin, Segunda Turma, DJe 20.4.2017.
4. Assim, não há direito líquido e certo a ser amparado pelo Mandado de Segurança. 5. Recurso Ordinário não provido. (STJ
- RMS: 54388 MA 2017/0144179-1, Relator: Ministro HERMAN BENJAMIN, Data de Julgamento: 19/09/2017, T2 - SEGUNDA
TURMA, Data de Publicação: DJe 09/10/2017) - grifos acrescidos.
Diante do exposto, acolho a preliminar de litispendência suscitada pelo Estado da Bahia em relação aos impetrantes
Alessandro Barros Pinheiro, Claudia Lidiane Rafael Pereira, Daniela Tavares Menezes, Janderson Barcelos Duarte da Silva,
Micael Feitoza da Silva, Michelle Martins de Andrade e Renata Luisa de Carvalho Silva Oliveira, extinguindo o feito, sem
resolução do mérito, neste particular, com fulcro no art. 6º,§5º, da Lei 12.016/09 c/c o art. 485, V, do CPC, e; em relação aos
demais impetrantes, em razão da ausência de prova pré-constituída, extingo o feito, sem resolução do mérito, com fulcro no
art. 6º,§5º, da Lei 12.016/09 c/c o art. 485, VI, do CPC.
Publique-se para efeito de intimação.
Salvador, 12 de março de 2018.
DES. JOSÉ CÍCERO LANDIN NETO
RELATOR
Tendo em vista a desativação do Setor de Cálculos do Tribunal de Justiça da Bahia, conforme noticiado às fls.261, concedo
à parte exequente prazo de 60 (sessenta) dias
para que possa contratar profissional especializado ou recorra a um setor de cálculos públicos, a fim de que seja confeccionada
respectiva memória de cálculo, nos moldes
delineados na decisão de fls. 163/165 dos Embargos à Execução nº 0017057-31.2014.8.05.0000, os quais encontram-se
apensos ao presente Mandado de Segurança.
Apresentados os cálculos, ouça-se o ESTADO DA BAHIA no prazo que a lei o confere.
Após, retornem-me os autos conclusos.
Salvador, 12 de março de 2018.
DES. JOSÉ CÍCERO LANDIN NETO
RELATOR
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DA BAHIA
José Edivaldo Rocha Rotondano
PUBLICAÇÃO DE DESPACHOS E DECISÕES MONOCRÁTICAS
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DA BAHIA
José Edivaldo Rocha Rotondano
PUBLICAÇÃO DE DESPACHOS E DECISÕES MONOCRÁTICAS
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DA BAHIA
SEÇÃO CÍVEL DE DIREITO PÚBLICO
PAUTA DE JULGAMENTO
Processos que deverão ser julgados pelo(a) Seção Cível de Direito Público, em sessão Ordinária que será realizada em 22/
03/2018 às 08:30, no Tribunal de Justiça da Bahia, 5ª Av. do CAB, nº 560. Salvador/BA - Brasil - CEP 41745-971.
Na forma do art. 183, §2º, do RITJBA, com a redação dada pela emenda regimental n. 12, disponibilizada no DJe de 31 de
março de 2016, os advogados poderão apresentar pedido de julgamento presencial, com ou sem sustentação oral, até 30
(trinta) minutos antes do início da sessão de julgamento, dirigido ao Presidente do Órgão Julgador e entregue ao Diretor da
respectiva Secretaria.
13 - 0020814-28.2017.8.05.0000/50000 Agravo
Comarca : Salvador
Agravante : Lucas Tercio Alves Santos
Advogado : Adhemar Santos Xavier (OAB: 15550/BA)
Agravado : Secretário da Administração do Estado da Bahia - SAEB
Agravado : Comandante da Polícia Militar do Estado da Bahia
Procª. Estado : Daniela Pontes Simões
Relator : Joanice Maria Guimarães de Jesus
16 - 0016110-69.2017.8.05.0000/50000 Agravo
Comarca : Salvador
Agravante : Willian da Silva Santos
Advogado : Adhemar Santos Xavier (OAB: 15550/BA)
Agravado : Secretário da Administração do Estado da Bahia - SAEB
Agravado : Comandante Geral da Polícia Militar do Estado da Bahia
Procª. Estado : Cimone Aparecida Henning Ramos de Araujo
Relator : Joanice Maria Guimarães de Jesus
17 - 0004714-95.2017.8.05.0000/50000 Agravo
Comarca : Salvador
Agravante : Adilson da Costa Garcia
Advogado : Adhemar Santos Xavier (OAB: 15550/BA)
Agravado : Secretário da Administração do Estado da Bahia - Saeb
Agravado : Comandante Geral da Policia Militar do Estado da Bahia
Procª. Estado : Cimone Aparecida Henning Ramos de Araujo
Relator : Joanice Maria Guimarães de Jesus
24 - 0013036-41.2016.8.05.0000/50000 Agravo
Comarca : Salvador
Agravante : Estado da Bahia
Agravado : Fabiano Maia Souza
Advogado : Isabela Gonçalves Santos (OAB: 26472/BA)
Proc. Estado : Zunaldo Dantas
Proc. Justiça : Auirisvlado Melo Sampaio
Relator : Ilona Márcia Reis
TJBA – DIÁRIO DA JUSTIÇA ELETRÔNICO – Nº 2.099 - Disponibilização: terça-feira, 13 de março de 2018 Cad 1 / Página 142
27 - 0004052-34.2017.8.05.0000/50000 Agravo
Comarca : Salvador
Agravante : Anderson Carlos de Jesus
Advogado : Adhemar Santos Xavier (OAB: 15550/BA)
Agravado : Secretário de Administração do Estado da Bahia
Agravado : Comandante da Polícia Militar do Estado da Bahia
Relator : Ilona Márcia Reis
29 - 0017752-77.2017.8.05.0000/50000 Agravo
Comarca : Salvador
Agravante : Nayara Batista Saldanha dos Santos
Advogado : Adhemar Santos Xavier (OAB: 15550/BA)
Agravado : Secretário da Administração do Estado da Bahia - SAEB
Agravado : Comandante da Polícia Militar do Estado da Bahia
Relator : Ilona Márcia Reis
30 - 0010165-04.2017.8.05.0000/50000 Agravo
Comarca : Salvador
Agravante : Aurelino Gonçalves de Freitas
Advogado : Adhemar Santos Xavier (OAB: 15550/BA)
Agravado : Secretario da Administração do Estado da Bahia SAEB
Agravado : Comandante da Policia Militar do Estado da Bahia
Relator : Ilona Márcia Reis
51 - 0008728-25.2017.8.05.0000/50000 Agravo
Comarca : Salvador
Agravante : Kraelski Dias Santos
Advogado : Adhemar Santos Xavier (OAB: 15550/BA)
Agravado : Secretário da Administração do Estado da Bahia - Saeb
Agravado : Comandante da Policia Militar do Estado da Bahia
Proc. Justiça : Adivaldo Guimarães Cidade
Procª. Estado : Simone Silvany de Souza Pamponet
Relator : José Cícero Landin Neto
82 - 0004071-74.2016.8.05.0000/50002 Agravo
Comarca : Salvador
Agravante : Rita Virgínia Marques Ribeiro
Advogado : Claudia Bezerra Batista Neves (OAB: 14768/BA)
Advogado : Renato Marcio Araújo Passos Duarte (OAB: 13943/BA)
Agravado : Governador do Estado da Bahia S/a
Proc. Estado : Marcus Vinícius Caminha
Procª. Justiça : LUCY MARY FREITAS CONCEIÇÃO THOMAS
Relator : Moacyr Montenegro Souto
88 - 0018050-69.2017.8.05.0000/50000 Agravo
Comarca : Salvador
Agravante : Ione dos Santos Nascimento
Advogado : Adhemar Santos Xavier (OAB: 15550/BA)
Agravado : Secretário da Administração do Estado da Bahia- Saeb
Agravado : Comandante da Polícia Militar do Estado da Bahia
Procª. Estado : Daniela Pontes Simões
Relator : Moacyr Montenegro Souto
TJBA – DIÁRIO DA JUSTIÇA ELETRÔNICO – Nº 2.099 - Disponibilização: terça-feira, 13 de março de 2018 Cad 1 / Página 153
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DA BAHIA
Silvia Carneiro Santos Zarif
PUBLICAÇÃO DE DESPACHOS E DECISÕES MONOCRÁTICAS
0000245-69.2018.8.05.0000 Reclamação
Reclamante : Unimed- Rio Cooperativa de Trabalho do Rio de Janeiro Ltda.
Advogado : Armando Miceli Filho (OAB: 48237/RJ)
Advogado : Juliana Machado Raupp (OAB: 72878/RS)
Reclamado : 4ª Turma Recursal dos Juizados Especiais Cíveis e Criminais
Silvia Carneiro Santos Zarif
Em petição de fl.71, o Reclamante requereu a desistência da presente ação. O art. 485, § 5º, do CPC, institui que a parte
poderá desistir da ação até a prolação da sentença. A jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, também tem sido nesse
sentido. Vejamos: Mandado de segurança: desistência que independe da anuência do impetrado ou da pessoa jurídica de
Direito Público, de que haja emanado o ato coator sem distinção, na jurisprudência do STF, entre a hipótese de impetração
de competência originária e aquela pendente do julgamento de recurso.(STF - AI-AgR: 419258 DF, Relator: SEPÚLVEDA
PERTENCE, Data de Julgamento: 25/06/2007, Primeira Turma, Data de Publicação: DJe-082 DIVULG 16-08-2007 PUBLIC
17-08-2007 DJ 17-08-2007 PP-00038 EMENT VOL-02285-06 PP-01236) Ante o exposto, HOMOLOGO O PEDIDO DE
DESISTÊNCIA formulado com fulcro nos art. 485, § 5º e art. 162, XVI, do Regimento Interno do Tribunal de Justiça da Bahia.
Publique-se. Intimem-se. Transitado em julgado, dê-se baixa. Salvador, 9 de março de 2018. Desª. Silvia Carneiro Santos
Zarif Relatora
Intime(m)-se o(s) Recorrido(s) para, querendo, oferecer(em) defesa ao presente Agravo Interno no prazo de 15 (quinze) dias.
Publique-se. Intimem-se. Cumpra-se. Salvador/BA, 9 de março de 2018 Des. Silvia Carneiro Santos Zarif Relatora
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DA BAHIA
Des. José Olegário Monção Caldas
DECISÃO
8002241-63.2018.8.05.0000 Ação Rescisória
Jurisdição: Tribunal De Justiça
Réu: Jose V Suoza & Cia Ltda - Epp
Advogado: Julio Calmon De Passos Ramos (OAB:0021000/BA)
Autor: Norsa Refrigerantes S.a
Advogado: Jose Manoel De Arruda Alvim Netto (OAB:0012363/SP)
Advogado: Felipe Jose Meinberg Garcia (OAB:0358709/SP)
Advogado: Leandro Andrade Coelho Rodrigues (OAB:0237733/SP)
Advogado: Melina Lemos Vilela (OAB:2432830A/SP)
Decisão:
NORSA REFRIGERANTES LTDA apresenta ação rescisória contra JOSÉ VIEIRA DE SOUSA E CIA LTDA - EPP, com a finalidade
de desconstituir acórdão exarado pela 2ª Câmara Cível desta Corte, nos autos da ação indenizatória nº 0004482-
95.2006.805.0250 ajuizada pela ora Acionada, que deu provimento à apelação desta e improveu o apelo da ora Autora,
majorando o quantum indenizatório fixado pela sentença.
Assevera que foi intimada, na fase de cumprimento de sentença definitiva, para pagar a indenização imposta, no valor de R$
12.037.322,30 (doze milhões, trinta e sete mil, trezentos e vinte e dois reais e trinta centavos), sob pena de multa de 10%
prevista no artigo 523 do CPC, "tendo constado do referido requerimento que, para a hipótese de não pagamento, a Ré
pretende o bloqueio e penhora de valores e/ou ativos financeiros, o que absolutamente não pode ser permitido".
Afirma que a acórdão rescindendo se baseou em erro de fato, em razão de ter desconsiderado que no primeiro contrato de
concessão de crédito, cujas previsões foram mantidas pelos outros dois subsequentes, as partes pactuaram que a sorte do
contrato acessório estava atrelada à do principal e que este, por sua vez, possuía cláusula que admitia a resilição unilateral,
cuja validade foi expressamente reconhecida pelo julgado em questão.
Diz que o acórdão ora censurado admitiu como ocorridos fatos que não existiram, tanto em relação à abusividade, como
também ao desconsiderar que o crédito rotativo concedido à Ré perdurou por tempo suficiente para que esta comercializasse
os produtos eventualmente adquiridos dela, Autora, com o referido crédito.
TJBA – DIÁRIO DA JUSTIÇA ELETRÔNICO – Nº 2.099 - Disponibilização: terça-feira, 13 de março de 2018 Cad 1 / Página 174
Alega que "reforçar o erro de fato quanto a esse ponto, os vv. Acórdãos rescindendos reformaram a r. sentença na parte
relativa a indenização por perda da margem de lucro operacional, acolhendo ainda o valor constante da inicial da ação
matriz, que contempla toda a relação contratual (1995-2005). No entanto, a cláusula que dá respaldo a esse pleito (5.1)
somente foi inseria na relação contratual em 1998. Ou seja, aí os vv. acórdãos admitiram como existente, o que, de fato,
inexistia (de 1995-1998 não há respaldo para o pleito de perda de lucro operacional)."
Acrescenta que "Ao reformar a r. sentença e acolher os valores constantes do laudo pericial, os vv. acórdãos consideraram
fundados e corretos aqueles valores, desconsiderando o que o próprio perito argumentou em seu laudo em relação à
insuficiência de dados objetivos, tratando-se, claramente, de mera estimativa. A gravidade daí decorrente: entendeu-se
provado, o que provado não está!
Argumenta que o erro de fato também se configura na consideração, pelo acórdão rescindendo, de operação estranha ao
contrato de distribuição, para estimar a verba indenizatória relativa à perda da margem de lucro operacional, desprezando
que o laudo que embasou o decisum computou dados financeiros de operações que não têm relação como o contrato de
distribuição "distorcendo a realidade, resultando em indenização que implica enriquecimento sem causa."
Alega que o acórdão rescindendo violou os artigos 178, inciso II, 184, 187; 188, inciso I, 189, 206, § 3º, 402, 403, 422, 473,
713, 715, 720, 721, 884, 1.179, 1.180, 1.182, 1.183, 1.184, 1.188, 1.189 e 2.028, todos do Código Civil, bem como os artigos
333, inciso I, 458, 475-A a 475-G e 489 do CPC/73 e 93, inciso IX, da Constituição federal, apresentando os respectivos
argumentos de fato e de direito, para tentar convencer da ocorrência de tais violações.
Enfatiza que o acórdão embargado é desprovido de fundamentação, ao ter reformado a improcedência do pedido de
indenização por alegada perda de margem de lucro operacional, em dissonância com as normas insertas nos artigos 93,
IX, da CF/88 e 458 do CPC/73, destacando a diferenciação, neste particular, a diferenciação do ato colegiado sob censura
com a sentença que, "com larga e robusta fundamentação", não acolheu tal pretensão.
Defende que a os requisitos para a concessão da tutela de urgência estão atendidos, vez que, de acordo com a Autora,
inegáveis são probabilidade da rescisória vir a ser julgada procedente e o risco de ocorrer dano irreparável, consubstanciado
na possibilidade do seguro dado e aceito como garantia do Juízo originário (apólice nº 1979295 no valor de R$ 16.000.000,00),
ser indevidamente convertido em pagamento do valor executado e inviabilizar, em tal hipótese, o ressarcimento do quantum
no caso de procedência da rescisória.
Destaca que "Na hipótese de ser concedida a tutela de urgência aqui requerida, nenhum prejuízo trará à Ré e ao cumprimento
de sentença de primeira instância, considerando o seguro garantia - apólice nº 1979295 - no valor de R$ 16.000.000,00
apresentado (...) E, se por absurdo a ação rescisória vier a ser julgada improcedente, o que se cogita somente para
argumentar, bastará a ora Ré dar prosseguimento ao cumprimento de sentença, com a persecução do crédito".
Pede a tutela provisória de urgência, a fim de ser 1) determinada a suspensão da "exigibilidade dos vv. acórdãos rescindendos,
paralisando o curso o cumprimento de sentença já iniciado pela ora Ré [e da Impugnação ao cumprimento de sentença já
apresentada pela ora Autora], tornando sem efeito, até final julgamento da ação rescisória, a decisão que determinou a
intimação da Autora para pagamento do valor de R$ 12.037.322,30, sob pena de incidência da multa prevista no artigo 523,
§1º do CPC;" ou, caso assim não se entenda 2)"vedada, no curso do cumprimento de sentença e até final julgamento da
presente ação rescisória, a conversão do seguro garantia apresentado pela Autora em espécie e/ou o bloqueio/levantamento
de valores a ela pertencentes."
Requer, ao final, a procedência da ação, a fim de ser declarada a ocorrência dos vícios rescisórios suscitados e, em
consequência, julgada improcedente a causa originária.
Instrui a exordial com documentos.
Os autos foram distribuídos à Relatoria do Des. José Olegário Monção Caldas, vindo-me conclusos para apreciação do
pleito de tutela de urgência, com base no artigo 41 do RITJBA, em razão do Eminente Magistrado estar afastado das funções
(certidão - Id. 765566).
Em despacho (Id. 766751), concedi prazo à Acionante para recolher a importância de 5% sobre o valor da causa, prevista no
inciso II do artigo 968 do CPC, tendo a mesma colacionado o respectivo comprovante e reiterado o pleito de tutela provisória
(Id's. 791703/ 791739/ 791741).
A empresa Acionada apresentou contestação antecipadamente (Id. 795235), instruída com documentos, voltando-me
novamente conclusos os autos para apreciação do pleito de tutela de urgência, tão somente.
É o relatório.
DECIDO.
O artigo 969 do Código de Processo Civil permite ao julgador deferir a tutela provisória, para impedir o cumprimento da
decisão rescindenda.
Advirta-se, todavia, que o simples ajuizamento da rescisória não conduz ao sobrestamento da fase de execução e de
efetivação do julgado rescindendo, sendo indispensável, para tanto, a demonstração do preenchimento dos requisitos
previstos no referido Diploma legal, para a concessão da referida tutela.
Lecionando sobre o tema, HUMBERTO THEODORO JUNIOR externa raciocínio que respalda tal entendimento:
"O que a regra do art. 969 deixa claro é que o simples ajuizamento da rescisória não tem o condão de suspender a execução
da decisão nela atacada. Uma vez, porém, que os pressupostos da tutela provisória se façam presentes, claro é que a
competente medida de urgência haverá de ser tomada, para impedir que o resultado da ação rescisória perca sua utilidade
para a parte e para a própria jurisdição."
(in 'Curso de Direito Processual Civil - Vol. III', 50ª edição, 2017, Editora Forense, pagina 892)
Sendo assim, deve existir ao menos indícios com força propulsora de um razoável estado de convicção para o Julgador
decidir sobre os fatos e as conseqüências jurídicas suscitados, conduzindo-o para uma aparência de veracidade e de
probabilidade de que os mesmos se subsumem à norma jurídica invocada no feito rescisório.
Ao discorrer sobre a tutela provisória, DANIEL AMORIM ASSUMPÇÃO NEVES esclarece:
TJBA – DIÁRIO DA JUSTIÇA ELETRÔNICO – Nº 2.099 - Disponibilização: terça-feira, 13 de março de 2018 Cad 1 / Página 175
"A concessão da tutela provisória é fundada em um juízo de probabilidade, ou seja, não há certeza da existência do direito da
parte, mas uma aparência de que esse direito exista. É consequência natural da cognição sumária realizada pelo juiz na
concessão dessa espécie de tutela. Se ainda não teve acesso a todos os elementos de convicção, a sua decisão não será
fundada na certeza, mas na mera aparência - ou probabilidade - de o direito existir."
(in 'Novo Código de Processo Civil Comentado artigo por artigo', edição 2016, Editora Juspodivm, pág. 461)
Exige-se, ainda, o perigo de dano ou o risco ao resultado útil do processo, bem como a ausência de irreversibilidade do
provimento antecipatório almejado.
A parte autora tem, portanto, o ônus de evidenciar a coexistência de tais pressupostos, sob pena de indeferimento da medida
liminarmente solicitada.
O Superior Tribunal de Justiça tem linha intelectiva que respalda esse entendimento, bem resumida nos seguintes precedentes:
"PROCESSUAL CIVIL. PEDIDO DE RECONSIDERAÇÃO RECEBIDO COMO AGRAVO INTERNO. AÇÃO RESCISÓRIA (ART.
966, VIII, § 2º, DO CPC/2015). (...). AÇÃO INDENIZATÓRIA. PEDIDO DE TUTELA DE URGÊNCIA (ART. 300 DO CPC/2015).
AUSÊNCIA DE COMPROVAÇÃO DE PERICULUM IN MORA. INDEFERIMENTO DO PEDIDO DE TUTELA DE URGÊNCIA.
(...) 2. Na hipótese em análise, o requerente busca a concessão de tutela de urgência nos termos do art. 300 do Código de
Processo Civil de 2015 para que sejam suspensos os processos de execução do julgado que visa rescindir por meio da
ação rescisória. A propósito, sustenta a plausibilidade do direito invocado na ação rescisória e a existência de prejuízo
irreversível inerente à continuidade dos processos de execução.
3. O artigo 300 do Código de Processo Civil de 2015 exige para a concessão da tutela de urgência a presença cumulativa dos
requisitos do fumus boni iuris e do periculum in mora, sendo que a ausência de qualquer dos requisitos referidos obsta a
referida pretensão.
4. Ademais, impende destacar que o ajuizamento de ação rescisória não impede o prosseguimento da decisão que visa ser
rescindida, nos termos do artigo 966 Código de Processo Civil de 2015: "A propositura da ação rescisória não impede o
cumprimento da decisão rescindenda, ressalvada a concessão de tutela provisória."
5. O requerente, entretanto, não comprovou o periculum in mora, apto a determinar a suspensão da execução do julgado. A
simples alegação no sentido de que os valores executados equivalem a mais de oitenta por cento do valor de sua folha de
pagamento pessoal, isso num momento terrível por que passa a economia do país" (fl. 129 e-STJ), não é suficiente para
comprovar o referido requisito, principalmente quando não apresentado nenhum documento que comprove tais alegações.
Não obstante, como cediço, a alegação da ocorrência de atos de execução do julgado, por si só, não é suficiente para a
configuração de risco de dano jurídico irreversível.
6. Agravo interno não provido." Grifei
(RCD na AR 5.879/SE, Rel. Ministro MAURO CAMPBELL MARQUES, PRIMEIRA SEÇÃO, julgado em 26/10/2016)
"PROCESSUAL CIVIL E ADMINISTRATIVO - AGRAVO INTERNO - AÇÃO RESCISÓRIA - MANDADO DE SEGURANÇA -
ANTECIPAÇÃO DE TUTELA - LICITAÇÃO CONCESSÃO DE SERVIÇO PÚBLICO - TRANSPORTE RODOVIÁRIO - LINHA DE
ÔNIBUS - ART. 485, INCISOS VII E IX, CPC - AUSÊNCIA DOS REQUISITOS.
1. Pedido de antecipação de tutela em ação rescisória destinada a desconstituir julgamento proferido em mandado de
segurança, em que se discutia a validade de ato administrativo do Ministro de Estado dos Transportes, consistente em
licitação de serviço público.
2. Na antecipação de tutela em rescisória, seus requisitos autorizadores assumem contornos de maior especificidade e
excepcionalidade, a saber: a) a verossimilhança será tanto mais reconhecível quanto a ação estiver fundada em teses
jurídicas de fácil distinção e de notório descompasso com o resultado do julgamento rescindendo; b) o receio de dano
assume relevo sobrenormal, pois há em favor da decisão rescindenda uma presunção de legitimidade, além do que, a
suspensão de seus efeitos deverá trazer um resultado útil à parte, assim entendido, sobrestar danos ou padecimentos.
Precedentes do STJ e do STF.
3. Na espécie, não estão devidamente configurados os requisitos jurídicos e fáticos para a antecipação de tutela.
Especialmente quanto ao periculum in mora, ainda que existisse, a Corte tem assinalado a necessidade de se manter as
situações consolidadas, em nome da presunção de legitimidade da decisão rescindenda e de se evitar danos invertidos ao
réu, que já obteve tutela favorável transitada em julgado.
Agravo regimental improvido." Grifei
(AgRg na AR 3210/DF, Rel. Ministro HUMBERTO MARTINS, PRIMEIRA SEÇÃO, julgado em 23/05/2007)
No caso sob exame, constato a coexistência dos pressupostos legais exigidos para a concessão da tutela provisória.
Em cognição provisória e não exauriente, própria desta etapa inicial, parece, a priori, existir probabilidade de acolhimento de
uma das teses jurídicas articuladas na exordial, qual seja, a de que o acórdão rescindendo não observou as normas
insertas nos artigos 93, IX, da CF/88 e 458 do CPC/73.
Isto porque, à primeira vista, e tão somente em decorrência do exame superficial e precário dos autos, reitere-se, próprio
desta fase, visualizei que o acórdão rescindendo reformou o tópico sentencial desacolhedor do pleito de indenização por
alegada perda de margem de lucro operacional, sem, a priori, se pronunciar sobre as questões de fato controvertidas
relevantes e capazes de, em tese, viabilizar solução diversa, relacionadas à tal pretensão.
Enquanto o Juízo de primeiro grau decidiu com razoável dose de detalhes a intensa controvérsia instaurada em torno da
mencionada pretensão indenizatória, o acórdão rescindendo parece ter se limitado a acolher o laudo pericial, com simples
transcrição de excerto das impressões do experto, sem apontar motivos para rejeitar as refutações opostas à tal pleito, bem
como para declarar a lesividade da cláusula discutida.
Confira-se o que asseverou a sentença:
"(...) 02 - ANÁLISE DA SEGUNDA CAUSA DE PEDIR: INVALIDADE DA "CLÁUSULA" QUE POSSIBILITAVA A RÉ FIXAR A TABELA
DE PREÇOS A SER PRATICADA PELA DEMANDANTE.
Vislumbro, todavia, sorte diversa à requerente no tocante a esta segunda "causa de pedir remota".
TJBA – DIÁRIO DA JUSTIÇA ELETRÔNICO – Nº 2.099 - Disponibilização: terça-feira, 13 de março de 2018 Cad 1 / Página 176
É que, recapitulando, como tal, arguiu, a demandante, o exercício, pela demandada, ao longo de toda a execução de contrato
resilido, da "cláusula contratual" que lhe permitia fixar o "valor da revenda" dos produtos distribuídos, asfixiando-lhe
financeiramente e estrangulando-lhe a "margem de lucro operacional". "Não obstante, manteve-se", como "distribuidora"
exclusiva da suplicada, na região que lhe foi reservada, por mais de 11 (onze) anos.
Agora, resilido o contrato, argui a ilicitude da prática, pretendendo recompor-se, financeiramente, cogitando ressarcimento
pelo quanto deixou de lucrar durante toda a vigência do pacto.
Como índice da defasagem lamentada, tomando como base para a explicitação da "margem de lucro" que pretende ressarcida,
indicou, a autora, consoante se infere do "laudo" que serviu de lastro a tal pretensão, o desempenho do ano de 1998, o dito
"ano dourado" (vide fls. 5/06 e 22), sendo de destacar, inclusive, que tal particular eleição restou criticada pelo "laudo oficial"
(fls. 413/414).
Entretanto, não especificou quais os fatores concretos que deixaram de ser impostos, naquele ano, pela demandada, com
fulcro na hostilizada "cláusula de comando" (arbitrária e lesiva), de modo a permitir a elevação dos lucros registrados no
período - e que não se repetiram nos demais - e que pretende sejam reproduzidos por todos os demais meses, tanque que
requereu a sua retroação até o instante inicial do contrato (dias ad quo), nos idos de 1995, e a sua retrooperância, até a sua
final execução (dias ad qum), em 2005, por força de "resilição unilateral" já analisada.
A cláusula hostilizada, que consagrou a "lesão" ora arguida, teve a seguinte redação:
"A tabela de preços a ser praticada pela CONTRATADA será fornecida pela CONTRATANTE, a qual deverá ser cumprida
integralmente, sob pena de ser considerada infração contratual passível de justificar rescisão motivada do contrato." (cláusula
5.1)
Consigno, de pronto, que não vislumbro qualquer vício, especificamente "lesão", na pactuação da impugnada cláusula.
Em contrato que tais (de distribuição), onde o "distribuidor" vai difundir, vendendo a "marca" do fabricante, em dada região
geográfica, entendo assista mesmo a este a possibilidade da fixação dos preços máximos dos seus produtos.
É que a fixação do preço final, a ser praticado junto ao "consumidor", decorre das condições do mercado, apurados, pelo
fabricante dentro de uma visão macro. Daí porque a diferenciação de preço praticado de uma região para a outra, atendidas
as peculiaridades locais, o que somente é possível dentro de estudos, projeções e avaliações mercadológicas sobre a
perspectiva mais ampla que só o "fabricante" pode efetuar.
Deixar que cada "distribuidor" venha fixar, a seu talante, livremente, o "preço" do produto a ser praticado por cada um deles,
objetivando aumento das respectivas margens de lucro, além de importar na quebra dos critérios que presidiram o abrangente
"estudo mercadológico", poderá levar a perda da competitividade do produto naquela região, com reflexos detrimentosos
futuros para ambos os contratantes e afetando - o que é mais grave - o interesse do consumidor.
Há de se reconhecer, pois, a necessidade de um certo controle por parte do "fabricante" com relação ao "distribuidor", visto
que este lida com a marca e nome daquele, devendo, por conseguinte, observar o mesmo padrão de revenda dos demais
"distribuidores" integrantes da rede. Trata-se, na verdade, de uma uniformização da política empresarial visando o
estabelecimento do mesmo padrão de qualidade, tanto nos serviços, quanto nas vendas dos produtos - observe-se que as
Tabelas de Preços eram fixadas para diversas regiões do Estado da Bahia (fls. 177/179) -.
Daí porque assinalam HUMBERTO THEODOR JUNIOR E ADRIANA MANDIM THEODORO DE MELO (in Apontamentos sobre
Responsabilidade Civil na Denúncia dos Contratos de Distribuição, Franquia e Concessão Comercial, Revista dos Tribunais,
Nº 790, agosto de 2001, p. 18):
"... não se pode alcançar a identidade própria, característica da rede de distribuição, bem como o padrão de qualidade de
bens e serviços idealizado pelo fabricante, senão pela imposição de sistemas, métodos e comportamentos que confiram
aos vários integrantes autônomos de uma rede uma imagem unitária".
Não identifico, reitero, qualquer "lesividade" na hostilizada "cláusula contratual".
Todavia, ainda que se admitisse contivesse a questionada "cláusula" o vício da "lesão" ...
Não pode, agora, após tantos anos, quando o contrato já restou resilido, pretender arguir a invalidade (anulabilidade) da
"cláusula" impugnada, suposto, como visto, do pleito de ressarcimento da "margem de lucro" que alega ter deixado de
auferir.
É que, além da "decadência", fulmina a pretensão invalidante, suposto de ressarcitória, a aplicação da mesma teoria da
proibição do "venire contra factum proprium", que, na análise da causa petendi" anterior, militou a seu favor.
Com efeito, tendo pactuado, admitido, assimilado e praticado a "cláusula" hostilizada, que conferia a ré a possibilidade de
fixar a TABELA DE PREÇOS na região de sua "distribuição", por mais de 11 (onze) anos, não pode, agora, não só pela
"decadência", mas, sobretudo, por força de seu próprio comportamento, gerando justas expectativas no espírito da ré no que
concerne a aplicabilidade da "cláusula", cogitar da sua invalidação, suposto do pleito ressarcitório, sob pena de incorrer na
proibição do comportamento contraditório decorrente da função integrativa da "boa-fé" objetiva (C Civil, art. 422), vulnerando
a vedação do "venire contra factum proprium".
(...)
Por fim, há um quarto fundamento a embasar a rejeição do aludido pleito invalidatório, suposto do ressarcitório: não
explicou, nem muito menos comprovou, a requerente, de que maneira, razão, forma ou modo a hostilizada "cláusula contratual"
repercutiu negativamente nos anos de 1995 até 1997 e de 1999 até 2005, nem, diversamente, como a mesma operou
positivamente no "ano de ouro" de 1998, eleito paradigma do ressarcimento pretendido.
No particular, considerando a "prova oral" produzida, é de se registrar que subsistiu a controvérsia, visto que, se, por um lado,
como se colheu do depoimento de uma testemunha da autora, ADEMIR GUIMARÃES (fls. 479), - "rectius": - "recorda-se que
o autor sempre comentava que os produtos estavam aumentando, mas a coca-cola não deixava o autor repassar os
aumentos" (sic)-, e do próprio "depoimento pessoal" do presentante da autora, Sr. JOSÉ VIEIRA DE SOUZA - "rectius": "-que
a NORSA ditava a política de preço e, frequentemente, o produto aumentava de custo, mas não era permitido o repasse ao
consumidor final, o que acarretava a perda da margem de lucro" (sic) - houve referência a um certo descompasso entre o
TJBA – DIÁRIO DA JUSTIÇA ELETRÔNICO – Nº 2.099 - Disponibilização: terça-feira, 13 de março de 2018 Cad 1 / Página 177
preço do produto na "fábrica" e o praticado junto ao consumidor final, desequilibrando a "equação-financeira" do contrato, por
outro lado, tal referência restou, todavia, refutada quer pela testemunha JOAQUIM FILHO (fls. 477) - "rectius" "- até onde se
recorda os aumentos de preços do produto na fábrica implicavam, também, no aumento da tabela sugerida" (sic)-, quer pelo
depoimento pessoal do "preposto" da ré, Sr. GLAUCO ARAUJO (fls. 483) - "rectius" "- que a tabela apresentada sempre
incluía a sugestão de preço no varejo e, quando havia aumento de preço na fábrica, o preço sugerido também aumentava,
geralmente no mesmo percentual" (sic)-.
Abstrai-se, daí, que a autora não se desincumbiu, no particular, do ônus da prova do "descompasso" alegado (CPC, Art. 333, I)
Seja como for, não obstante a controvérsia quanto a política de preços praticada pela ré, ao longo de todo contrato, em função
do quanto assegurava-lhe a debatida "claúsula 5.1", o certo é que não se produziu qualquer prova no sentido de demonstração
da concreta ou efetiva insurgência da demandante, por tão largo período (mais de 11 anos), quanto a prática que ora
impugna, o que sinaliza no sentido da admissibilidade da tese da proibição do "venire contra factum proprium".
Assim, pelos 5 (cinco) motivos ressaltados, rejeito, como rejeitado fica, o pedido ora examinado de ressarcimento da
margem de lucro reclamada."
O acórdão rescindendo, por sua vez, ao decidir especificamente a pretensão ressarcitória acima indicada, consignou que:
"(...) Assim, passo à análise do mérito da irresignação recursal apresentada pelo Autor.
Pleiteia o Recorrente a reforma da sentença no ponto em que indeferiu o pedido constante no item b.1 da inicial, referente à
indenização dos prejuízos sofridos em consequência da perda da margem de lucro operacional.
Conforme assentado no laudo pericial, durante a vigência da relação contratual a empresa Ré impôs o preço de compra e
venda dos produtos, ocasionando perdas financeiras ao Apelante, cujo valor foi devidamente apurado pelo expert.
Veja-se:
"(...) Assim, o prejuízos acumulados podem ser mensurados, ao longo dos anos de 1995 a 2005, pelo resultado negativo
das Margens de Lucro (Margem de Contribuição diminuída das Despesas Operacionais) das operações com bebidas,
estimados a valor histórico em R$1.247.272,55 (um milhão, duzentos e quarenta e sete mil, duzentos e setenta e dois reais
e cinquenta e cinco centavos), conforme Tabela 2 da resposta ao quesito 06 da Autora." fl. 399
Assim, tendo a Ré o controle do preço de compra e venda dos produtos, por certo gerou para o Autor, parte mais frágil na
relação, uma situação de lesividade. (...)"
Há, portanto, razoável aparência da falta de fundamentação no acórdão rescindendo, a indicar a plausibilidade de parte dos
argumentos articulados na exordial rescisória, suficiente ao acolhimento de suspensão da causa originária.
O perigo de dano também está configurado, vez que em recente determinação, exarada pelo a quo já na fase de cumprimento
de sentença, foi concedido prazo de 5 (cinco) dias para que a ora Acionante deposite em Juízo "o valor incontroverso (R$
11.753,997,00), sob pena de bloqueio via bacenjud."
Sabe-se que o capital de giro é instrumento essencial à saúde financeira do empreendedor.
Em regra, o bloqueio de ativos e de bens enseja prejuízo à atividade da empresa, dificultando o reinvestimento e o
desenvolvimento dinâmico do capital.
O vulto da indisponibilização, como na espécie sub judice, provoca inúmeros contratempos, imobilizando, durante um
razoável interregno, quantum que poderia destinar aos fins empresariais, com embaraços econômicos à ele e à toda
sociedade que, indiretamente, dele depende, sobretudo em tempo de crise/fragilidade pela qual ainda passa a economia
do país.
Às vezes, difícil se torna a recuperação do ritmo anterior dos negócios e eventual indenização futura se revela incapaz de
repor o status quo ante.
Por estas razões, recomendável é o sobrestamento do curso da fase executiva, para evitar, por enquanto, que resulte na
transferência de vultoso numerário para o patrimônio disponível da ex adversus e, consequentemente, o risco ao resultado
útil do processo rescisório.
Todavia, e ainda amparada no poder geral de cautela que o ordenamento processual confere ao Julgador, entendo que é
salutar, também, garantir o resultado útil do processo originário, para a hipótese de insucesso do intento rescisório, devendo,
para tanto, ser mantido o seguro-garantia já admitido pelo Juízo a quo, consubstanciada na Apólice Seguro Garantia nº 04-
0775-0257902, emitida pela J. Malucelli Seguradora S/A, inscrita no CNPJ 84.948.157/0001-33 (parágrafo 1º do artigo 300
do CPC).
Destarte, configurados, a uma primeira vista superficial e não exauriente, os requisitos para a concessão da tutela provisória
indicada na parte final do artigo 969 do CPC, imperioso é o deferimento liminar da referida providência, para determinar,
como determinado fica, a imediata suspensão da fase de cumprimento de sentença, nos autos do processo nº 0004482-
95.2006.805.0250, com a manutenção da garantia do Juízo já admitida na origem.
Nestes termos, DEFIRO A TUTELA PROVISÓRIA DE URGÊNCIA POSTULADA.
Oficie-se o Juízo da 1ª Vara de Feitos de Relações de Consumo, Cíveis e Comerciais da Comarca de Simões Filho.
Retornem estes autos ao gabinete do Eminente Relator, conforme previsão contida no parágrafo 4º, parte final, do artigo 41
do RITJBA.
ATRIBUO À ESTA DECISÃO A FORÇA DE OFÍCIO/MANDADO.
Publique-se.
0000239-62.2018.8.05.0000 Reclamação
Reclamante : Guilherme Franco
Advogado : Guilherme Franco (OAB: 9595/BA)
Reclamado : Juiz de Direito de Salvador, 7ª VSJE de Causas Comuns (matutino)
Silvia Carneiro Santos Zarif
Trata-se de reclamação em face de decisão da 7ª Vara Cível da Relação de Consumo da Comarca de Salvador, objetivando
reformar a decisão que inadmitiu o recurso inominado. Alega o Reclamante, em síntese, que: I) o texto normativo do art. 42, § 1º,
da lei 9.099/95, utilizado pelo Fonaje para afastar a aplicabilidade do art. 511, § 2º do CPC, não consta no dispositivo a previsão de
insuficiência de recurso; II) que a decisão proferida pela douta magistrada com base no enunciado 80 do Fonaje afronta o princípio
constitucional da separação de poderes; III) a reclamação 3887/PR provocou posicionamento do STJ quanto à matéria, da
complementação de custas em sede de Juizado Especiais Estaduais, que proferiu decisão que vai de encontro ao entendimento
praticado pelo Fonaje. Requereu a concessão de medida liminar suspendendo os efeitos da decisão proferida pelo Juíz da 7º
Vara do Sistema do Juizado Especial do Estado da Bahia. É o relatório. Decido. Analisando os pressupostos de admissibilidade,
verifico que a presente reclamação não se amolda a qualquer das hipóteses legais objetivamente dispostas em art. 989, do CPC,
in verbis: Art. 988. Caberá reclamação da parte interessada ou do Ministério Público para: I - preservar a competência do tribunal;
II - garantir a autoridade das decisões do tribunal; III - garantir a observância de enunciado de súmula vinculante e de decisão do
Supremo Tribunal Federal em controle concentrado de constitucionalidade; (Redação dada pela Lei nº 13.256, de 2016)(Vigência)
IV - garantir a observância de acórdão proferido em julgamento de incidente de resolução de demandas repetitivas ou de incidente
de assunção de competência;(Redação dada pela Lei nº 13.256, de 2016)(Vigência) § 1o A reclamação pode ser proposta perante
qualquer tribunal, e seu julgamento compete ao órgão jurisdicional cuja competência se busca preservar ou cuja autoridade se
pretenda garantir. § 2o A reclamação deverá ser instruída com prova documental e dirigida ao presidente do tribunal. § 3o Assim
que recebida, a reclamação será autuada e distribuída ao relator do processo principal, sempre que possível. § 4o As hipóteses
dos incisos III e IV compreendem a aplicação indevida da tese jurídica e sua não aplicação aos casos que a ela correspondam.
§ 5º É inadmissível a reclamação: (Redação dada pela Lei nº 13.256, de 2016) (Vigência) I - proposta após o trânsito em julgado
da decisão reclamada; (Incluído pela Lei nº 13.256, de 2016) (Vigência) Outrossim, aplicável ao presente caso, por analogia, a
Súmula nº 734 do Supremo Tribunal Federal, que dispõe: "Não cabe reclamação quando já houver transitado em julgado o ato
judicial que se alega tenha desrespeitado decisão do Supremo Tribunal Federal". Nesse linha de entendimento, colaciono
precedentes do Superior Tribunal de Justiça: CONSTITUCIONAL, PROCESSUAL CIVIL E PROCESSUAL PENAL. RECLAMAÇÃO
CONTRA SENTENÇA CONDENATÓRIA PROFERIDA PELO JUÍZO DE DIREITO DA AUDITORIA MILITAR DO ESTADO DO MATO
GROSSO DO SUL. SUPOSTO DESCUMPRIMENTO DE HABEAS CORPUS DESTA CORTE QUE RECONHECERAA INCOMPETÊNCIA
DE UM DOS MAGISTRADOS COMPONENTES DO CONSELHO ESPECIAL DE JUSTIÇA MILITAR, RESPONSÁVEL PELA PRIMEIRA
CONDENAÇÃO, ANULADA POR ESTA CORTE. ALEGAÇÃO DE QUE O NOVO JULGAMENTO TAMBÉM DEVERIA SER EFETUADO
PELO ÓRGÃO COLEGIADO MILITAR.RECLAMAÇÃO CONTRA DECISÃO TRANSITADA EM JULGADO HÁ MAIS DE 8
ANOS.INCIDÊNCIA DA SÚMULA 734/STF: NÃO CONHECIMENTO. PROLAÇÃO DE NOVA SENTENÇA POR JUÍZO SINGULAR NÃO
IMPEDIDO: OBEDIÊNCIA À MODIFICAÇÃO DE COMPETÊNCIA INTRODUZIDA PELA EMENDA CONSTITUCIONAL 45/2004 - ART.
125, § 5º, CF.INEXISTÊNCIA DE DESCUMPRIMENTO DE ACÓRDÃO DESTA CORTE SUPERIOR.RECLAMAÇÃO NÃO CONHECIDA.
1. Nos termos da Súmula 734 do STF, não cabe reclamação quando já houver transitado em julgado o ato que se alega tenha
desrespeitado a decisão objeto da reclamação. Precedentes desta Corte. 2. Ainda que assim não fosse, a alegação não teria
melhor sorte no mérito. Isso porque a prolação de nova sentença condenatória por juízo militar singular não impedido, em atenção
à modificação de competência promovida pelo § 5º do art. 125 da CF/88, na redação da Emenda Constitucional n. 45/2004, não
implica em descumprimento de acórdão desta Corte Superior (HC 41.217/MS, Rel. Ministro FELIX FISCHER, QUINTA TURMA,
julgado em 06/04/2006, DJ 02/05/2006, p. 343), que se limitara a anular acórdão do Conselho Especial de Justiça Militar ao
fundamento de que um de seus membros era mais moderno que o Paciente e, por isso, estava impedido. 3. Situação em que,
após a realização do julgamento pelo Conselho Especial de Justiça (09.11.04), anulado por esta Corte em acórdão de 06/04/
2006, a Constituição Federal, por meio da Emenda nº 45, que incluiu o § 5º, no art. 125, atribuiu aos juízes de direito do juízo militar
a competência para processar e julgar, singularmente, os crimes militares praticados contra civis. Caso dos autos. 4. No Processo
Penal, especialmente no constitucional, vige o princípio da aplicação imediata da lei processual, inclusive em matéria de jurisdição
e competência, a qual regulará o restante do processo (CPPM, art. 5o e CPM, art. 2o). 5. Acerca da aplicação das alterações de
competência promovidas pela Emenda Constitucional n. 45/04, esta Corte estabeleceu que os processos ainda não sentenciados
são atingidos pela alteração constitucional e devem ser encaminhados ao Juízo competente, sob pena de nulidade. Precedentes.
6.Reclamação não conhecida.(Rcl 26.500/MS, Rel. Ministro REYNALDO SOARES DA FONSECA, TERCEIRA SEÇÃO, julgado em
10/08/2016, DJe16/08/2016). (Grifei).EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. RECLAMAÇÃO. JUIZADOS ESPECIAIS. SÚMULA 734 DO
STF. No caso concreto, o reclamante não comprovou a violação de nenhuma das hipóteses citadas acima, mostrando inadmissível
o ajuizamento da presente reclamação, impondo-se a extinção do feito, sem resolução do mérito. Do exposto, ante a manifesta
inadmissibilidade, EXTINGO A PRESENTE RECLAMAÇÃO, SEM JULGAMENTO DO MÉRITO. Salvador, 9 de março de 2018. Desª.
Silvia Carneiro Santos Zarif Relatora
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DA BAHIA
Silvia Carneiro Santos Zarif
PUBLICAÇÃO DE DESPACHOS E DECISÕES MONOCRÁTICAS
0000239-62.2018.8.05.0000 Reclamação
Reclamante : Guilherme Franco
Advogado : Guilherme Franco (OAB: 9595/BA)
Reclamado : Juiz de Direito de Salvador, 7ª VSJE de Causas Comuns (matutino)
Silvia Carneiro Santos Zarif
Trata-se de reclamação em face de decisão da 7ª Vara Cível da Relação de Consumo da Comarca de Salvador, objetivando
reformar a decisão que inadmitiu o recurso inominado. Alega o Reclamante, em síntese, que: I) o texto normativo do art. 42,
§ 1º, da lei 9.099/95, utilizado pelo Fonaje para afastar a aplicabilidade do art. 511, § 2º do CPC, não consta no dispositivo a
previsão de insuficiência de recurso; II) que a decisão proferida pela douta magistrada com base no enunciado 80 do Fonaje
afronta o princípio constitucional da separação de poderes; III) a reclamação 3887/PR provocou posicionamento do STJ
quanto à matéria, da complementação de custas em sede de Juizado Especiais Estaduais, que proferiu decisão que vai de
encontro ao entendimento praticado pelo Fonaje. Requereu a concessão de medida liminar suspendendo os efeitos da
decisão proferida pelo Juíz da 7º Vara do Sistema do Juizado Especial do Estado da Bahia. É o relatório. Decido. Analisando
os pressupostos de admissibilidade, verifico que a presente reclamação não se amolda a qualquer das hipóteses legais
objetivamente dispostas em art. 989, do CPC, in verbis: Art. 988. Caberá reclamação da parte interessada ou do Ministério
Público para: I - preservar a competência do tribunal; II - garantir a autoridade das decisões do tribunal; III - garantir a
observância de enunciado de súmula vinculante e de decisão do Supremo Tribunal Federal em controle concentrado de
constitucionalidade; (Redação dada pela Lei nº 13.256, de 2016)(Vigência) IV - garantir a observância de acórdão proferido
em julgamento de incidente de resolução de demandas repetitivas ou de incidente de assunção de competência;(Redação
dada pela Lei nº 13.256, de 2016)(Vigência) § 1o A reclamação pode ser proposta perante qualquer tribunal, e seu julgamento
compete ao órgão jurisdicional cuja competência se busca preservar ou cuja autoridade se pretenda garantir. § 2o A reclamação
deverá ser instruída com prova documental e dirigida ao presidente do tribunal. § 3o Assim que recebida, a reclamação será
autuada e distribuída ao relator do processo principal, sempre que possível. § 4o As hipóteses dos incisos III e IV compreendem
a aplicação indevida da tese jurídica e sua não aplicação aos casos que a ela correspondam. § 5º É inadmissível a
reclamação: (Redação dada pela Lei nº 13.256, de 2016) (Vigência) I - proposta após o trânsito em julgado da decisão
reclamada; (Incluído pela Lei nº 13.256, de 2016) (Vigência) Outrossim, aplicável ao presente caso, por analogia, a Súmula
nº 734 do Supremo Tribunal Federal, que dispõe: "Não cabe reclamação quando já houver transitado em julgado o ato
judicial que se alega tenha desrespeitado decisão do Supremo Tribunal Federal". Nesse linha de entendimento, colaciono
precedentes do Superior Tribunal de Justiça: CONSTITUCIONAL, PROCESSUAL CIVIL E PROCESSUAL PENAL. RECLAMAÇÃO
CONTRA SENTENÇA CONDENATÓRIA PROFERIDA PELO JUÍZO DE DIREITO DA AUDITORIA MILITAR DO ESTADO DO MATO
GROSSO DO SUL. SUPOSTO DESCUMPRIMENTO DE HABEAS CORPUS DESTA CORTE QUE RECONHECERA A
INCOMPETÊNCIA DE UM DOS MAGISTRADOS COMPONENTES DO CONSELHO ESPECIAL DE JUSTIÇA MILITAR,
RESPONSÁVEL PELA PRIMEIRA CONDENAÇÃO, ANULADA POR ESTA CORTE. ALEGAÇÃO DE QUE O NOVO JULGAMENTO
TAMBÉM DEVERIA SER EFETUADO PELO ÓRGÃO COLEGIADO MILITAR.RECLAMAÇÃO CONTRA DECISÃO TRANSITADA EM
JULGADO HÁ MAIS DE 8 ANOS.INCIDÊNCIA DA SÚMULA 734/STF: NÃO CONHECIMENTO. PROLAÇÃO DE NOVA SENTENÇA
POR JUÍZO SINGULAR NÃO IMPEDIDO: OBEDIÊNCIA À MODIFICAÇÃO DE COMPETÊNCIA INTRODUZIDA PELA EMENDA
CONSTITUCIONAL 45/2004 - ART. 125, § 5º, CF.INEXISTÊNCIA DE DESCUMPRIMENTO DE ACÓRDÃO DESTA CORTE
SUPERIOR.RECLAMAÇÃO NÃO CONHECIDA. 1. Nos termos da Súmula 734 do STF, não cabe reclamação quando já houver
transitado em julgado o ato que se alega tenha desrespeitado a decisão objeto da reclamação. Precedentes desta Corte. 2.
Ainda que assim não fosse, a alegação não teria melhor sorte no mérito. Isso porque a prolação de nova sentença condenatória
por juízo militar singular não impedido, em atenção à modificação de competência promovida pelo § 5º do art. 125 da CF/88,
na redação da Emenda Constitucional n. 45/2004, não implica em descumprimento de acórdão desta Corte Superior (HC
41.217/MS, Rel. Ministro FELIX FISCHER, QUINTA TURMA, julgado em 06/04/2006, DJ 02/05/2006, p. 343), que se limitara a
anular acórdão do Conselho Especial de Justiça Militar ao fundamento de que um de seus membros era mais moderno que
o Paciente e, por isso, estava impedido. 3. Situação em que, após a realização do julgamento pelo Conselho Especial de
Justiça (09.11.04), anulado por esta Corte em acórdão de 06/04/2006, a Constituição Federal, por meio da Emenda nº 45,
que incluiu o § 5º, no art. 125, atribuiu aos juízes de direito do juízo militar a competência para processar e julgar, singularmente,
os crimes militares praticados contra civis. Caso dos autos. 4. No Processo Penal, especialmente no constitucional, vige o
princípio da aplicação imediata da lei processual, inclusive em matéria de jurisdição e competência, a qual regulará o
restante do processo (CPPM, art. 5o e CPM, art. 2o). 5. Acerca da aplicação das alterações de competência promovidas pela
Emenda Constitucional n. 45/04, esta Corte estabeleceu que os processos ainda não sentenciados são atingidos pela
alteração constitucional e devem ser encaminhados ao Juízo competente, sob pena de nulidade. Precedentes. 6.Reclamação
não conhecida.(Rcl 26.500/MS, Rel. Ministro REYNALDO SOARES DA FONSECA, TERCEIRA SEÇÃO, julgado em 10/08/
2016, DJe16/08/2016). (Grifei).EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. RECLAMAÇÃO. JUIZADOS ESPECIAIS. SÚMULA 734 DO STF.
No caso concreto, o reclamante não comprovou a violação de nenhuma das hipóteses citadas acima, mostrando inadmissível
o ajuizamento da presente reclamação, impondo-se a extinção do feito, sem resolução do mérito. Do exposto, ante a
manifesta inadmissibilidade, EXTINGO A PRESENTE RECLAMAÇÃO, SEM JULGAMENTO DO MÉRITO. Salvador, 9 de março
de 2018. Desª. Silvia Carneiro Santos Zarif Relatora
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DA BAHIA
Telma Laura Silva Britto
PUBLICAÇÃO DE DESPACHOS E DECISÕES MONOCRÁTICAS
Vistos etc. Trata-se de conflito negativo de competência suscitado pelo MM. Juiz de Direito da 5ª Vara Cível e Comercial de Salvador
nos autos da ação ordinária proposta por Liga Engenharia Ltda. em face da DESAL - Companhia de Desenvolvimento Urbano de
Salvador. Dispõe o art. 953 do CPC/2015: "Art. 953. O conflito será suscitado ao tribunal: I - pelo juiz, por ofício; II - pela parte e pelo
Ministério Público, por petição. Parágrafo único. O ofício e a petição serão instruídos com os documentos necessários à prova do
conflito. Art. 954. Após a distribuição, o relator determinará a oitiva dos juízes em conflito ou, se um deles for suscitante, apenas do
suscitado. Ocorre que, no caso em exame, o incidente foi instaurado nos autos principais, inobservando a regra acima aludida,
tanto que utilizado, para o conflito de competência, o mesmo número da ação ordinária (0532413-98.2017.8.05.0001). Equivocada
também se afigura a autuação, uma vez que consta como Juízo Suscitante o da 5ª da Fazenda Pública, quando, efetivamente
assim o é o da 5ª Vara Cível e Comercial de Salvador. Ante o exposto, chamo o feito à ordem, para determinar a devolução dos
autos digitais ao Juízo suscitante - 5ª Vara Cível e Comercial de Salvador -, a fim de que proceda à regularização do presente
conflito de competência, na forma do art. 953 do CPC/2015, remetendo a esta segunda instância tão somente o ofício em que
suscita o conflito, instruído com as cópias necessárias. Os presentes autos, por conseguinte, devem aguardar na Vara de origem,
no caso a 5ª Vara Cível e Comercial de Salvador, até o deslinde do incidente. Entrementes, para evitar autuação em duplicidade,
o que não é impossível à vista da permanência dos autos de origem, autuados como "Conflito de Competência", nesta Corte,
cancele-se a distribuição, procedendo-se, quando e se for o caso, a nova autuação, constando como juízo suscitante a 5ª Vara
Cível e Comercial de Salvador. Publique-se Intimem-se.
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DA BAHIA
Desa. Heloísa Pinto de Freitas Vieira Graddi Cíveis Reunidas
DESPACHO
8004243-06.2018.8.05.0000 Conflito De Competência
Jurisdição: Tribunal De Justiça
Suscitante: Juízo Da 6ª Vara De Relações De Consumo Da Comarca De Salvador
Suscitado: Juiz De Direito Da 12ª Vara Cível E Comercial De Salvador
Despacho:
Trata-se de Conflito de Competência suscitado na Ação de Cobrança de Seguro DPVAT em que são partes JULIANA SILVA
SOUZA e COMPANHIA DE SEGUROS ALIANÇA DA BAHIA.
Inicialmente, o processo foi distribuído para a 12ª Vara Cível e Comercial de Salvador, sendo que, ao receber os autos, o
magistrado determinou a sua redistribuição, em razão da Resolução 15/2015, para uma das Varas de Relações de Consumo,
por entender se tratar de relação consumerista.
Ao receber os autos, a Juíza da 6ª Vara de Relações de Consumo suscitou o presente conflito de competência, cabendo-me
a relatoria.
Nos termos do artigo 955 do Código de Processo Civil, fica designado o Juízo da 12ª Vara Cível e Comercial de Salvador para
apreciar as medidas urgentes, até que se julgue o feito. Notifique-se o Juízo Suscitado acerca da sua designação e para
prestar informações, conforme artigo 954 do Código de Ritos.
Oficie-se o Juízo Suscitante, dando-lhe ciência deste despacho.
Publique-se. Cumpra-se.
0000045-88.2015.8.05.0187 Apelação
Apelante : Luciano Conceição dos Santos
Advogado : Antonio Gilvandro Martins Neves (OAB: 6664/BA)
Proc. Justiça : Franklin Ourives Dias da Silva
Silvia Carneiro Santos Zarif
Compulsando os autos, verifica-se que o processo foi encaminhado à Comarca de Governador Mangabeira quando deveria
ter sido encaminhada à Comarca de origem, ou seja , de Paramirim. Assim, devolvo os autos à Secretaria da Câmara para
que providencie, com a máxima urgência, para fazer cumprir o quanto determinado em despacho de fl.59, encaminhando o
processo à Comarca de Paramirim, para certificar acerca da apresentação ou não das contrarrazões do recurso. Após,
retorne-me concluso. Publique-se. Intimem-se. Cumpra-se.
0007520-17.2012.8.05.0150 Apelação
Apelante : Unime - União Metropolitana para O Desenvolvimento da Educação e Cultura Ltda
Advogado : Max Alves Carvalho (OAB: 238869/SP)
Advogado : Sabrina Baik Cho (OAB: 228480/SP)
Apelado : União - Fazenda Nacional
Proc. Faz. Nac. : Maria Luisa Magalhães Teixeira da Silva
Trata-se de apelações cíveis simultâneas, interpostas pela União Federal e pela UNIME - União Metropolitana para o
Desenvolvimento da Educação e Cultura Ltda., em face da sentença (fls. 176/180) que declarou nula a execução em razão
da ausência de exigibilidade do título executivo cobrado na presente ação executiva proposta pela União Federal. Decido.
Impõe-se, no caso em tela, a declaração de incompetência absoluta deste Tribunal de Justiça para apreciar e julgar o apelo.
Compulsando os autos, verifica-se que a União ajuizou execução fiscal em face da executada/apelada perante a Justiça
Estadual, na Comarca de Lauro de Freitas-BA, visto que este é o foro de domicilio da Ré e em virtude do referido Município
não ser sede de vara federal, consoante estabelecem os §§3º e 4º do artigo 109 da Constituição Federal de 1988: "Art.109.
Aos juízes federais compete processar e julgar: I - as causas em que a União, entidade autárquica ou empresa pública
federal forem interessadas na condição de autoras, rés, assistentes ou oponentes, exceto as de falência, as de acidentes
de trabalho e as sujeitas à Justiça Eleitoral e à Justiça do Trabalho; (...) § 1º As causas em que a União for autora serão
aforadas na seção judiciária onde tiver domicílio a outra parte. § 3º - Serão processadas e julgadas na justiça estadual, no
foro do domicílio dos segurados ou beneficiários, as causas em que forem parte instituição de previdência social e segurado,
sempre que a comarca não seja sede de vara do juízo federal, e, se verificada essa condição, a lei poderá permitir que outras
causas sejam também processadas e julgadas pela justiça estadual. § 4º - Na hipótese do parágrafo anterior, o recurso
cabível será sempre para o Tribunal Regional Federal na área de jurisdição do juiz de primeiro grau". Consoante estabelece
os §4º do artigo 109 da Constituição Federal de 1988, nesta situação específica, o recurso deverá ser encaminhado ao
Tribunal Regional Federal da 1ª Região, contudo, o juízo de primeira instância, equivocadamente, encaminhou os autos
oriundos da Comarca de Lauro de Freitas-BA para o Tribunal de Justiça do Estado da Bahia. Diante do exposto, DECLARO
A incompetência absoluta desta Corte Estadual de Justiça para apreciar e julgar o presente recurso, determinando a
imediata remessa desses autos ao Tribunal Regional Federal da 1ª Região. Publique-se. Intimem-se. Cumpra-se.
0030127-20.2011.8.05.0001 Apelação
Apelante : Estado da Bahia
Proc. Estado : Paloma Teixeira Rey
Apelado : Raimundo Jose da Silva
Advogada : Onilde Cavalcante de Andrade Carvalho (OAB: 43447/BA)
O cotejo dos autos revela que a pretensão veiculada no presente recurso diz respeito à matéria abordada no IRDR - Incidente
de Resolução de Demandas Repetitivas nº 0006411-88.2016.8.05.0000, suscitado pela Desembargadora Márcia Borges
Faria, em relação ao qual será discutida a questão relativa à "natureza jurídica do ato que extinguiu a Gratificação de
Habilitação Policial Militar - GHPM, substituindo-a pela Gratificação de Atividade Policial - GAP, através da Lei Estadual nº
7.145/1997, se seria ato de efeitos concretos, de modo a estabelecer o marco prescricional para o ajuizamento das ações
que visem a manutenção do pagamento da referida gratificação como a data em que promulgada a norma que a suprimiu,
ou seria o caso de reconhecer tratar-se de ato omissivo, que se renova mês a mês, em ordem a viabilizar a aplicação da
Súmula nº 85 do Superior Tribunal de Justiça". Nesse sentido, atendendo ao quanto disposto no art. 982, I, do CPC,
determino a suspensão do presente feito até o julgamento definitivo do sobredito incidente por esta Egrégia Corte. Tendo o
Código de Processo Civil instituído um microssistema jurídico de precedentes, revela-se oportuna a aplicação, in casu, dos
§§8º e 9º do art. 1037 do CPC, a possibilitar a demonstração da distinção entre a questão discutida no processo e o tema
discutido no IRDR, o que pode levar ao prosseguimento do feito, razão pela qual, com fulcro naqueles dispositivos, e como
asseverado na decisão que suscitou o incidente, determino a intimação das partes para que tomem ciência desta
determinação de suspensão, no prazo de 5 (cinco) dias. Decorrido o prazo sem qualquer manifestação, devem os autos ser
mantidos na Secretaria até o pronunciamento deste Egrégio Tribunal de Justiça do Estado da Bahia acerca do IRDR,
observado o prazo previsto no art. 980 do CPC. Intimem-se. Publique-se. Cumpra-se.
TJBA – DIÁRIO DA JUSTIÇA ELETRÔNICO – Nº 2.099 - Disponibilização: terça-feira, 13 de março de 2018 Cad 1 / Página 182
0078979-75.2011.8.05.0001 Apelação
Apelante : Edson Soares Nascimento
Apelante : Gleybson Calado do Nascimento
Apelante : Hermes Souza da Silva Filho
Apelante : Jailton Santos Silva
Apelante : Jucilene da Silva Santos
Apelante : Manuvaldo Cláudio Santos Oliveira
Apelante : Mário Sérgio Oliveira de Jesus
Advogado : Wagner Veloso Martins (OAB: 37160/BA)
Advogado : Alexandra Maria da Silva Martins (OAB: 42905/BA)
Advogado : Flávia da Silva Nunes (OAB: 28975/BA)
Advogado : Indira Najara Viana Vieira (OAB: 45718/BA)
Advogado : Ruan Jadai Costa Ribeiro (OAB: 44616/BA)
Apelante : Valdir Domitilo Esteves Costa
Apelante : Wesley Carvalho Braga
Apelante : Ricardo de Franca Araujo
Advogada : Onilde Cavalcante de Andrade Carvalho (OAB: 43447/BA)
Apelado : Estado da Bahia
Proc. Estado : Paloma Teixeira Rey
Proc. Estado : Djalma Silva Junior
O cotejo dos autos revela que a matéria tratada no presente recurso versa sobre a extensão de reajustes dos soldos/
proventos de policiais militares, de acordo com os índices e percentuais da "tabela de escalonamento vertical". As questões
de fundo do direito aqui discutidas, acerca da análise, incidência e limite de aplicação das Leis Estaduais nº 7.145/1997 e
nº 7.622/2000 é tema admitido sob o rito de Incidente de Demanda Repetitiva - IRDR nº. 0011517-31.2016.8.05.0000, Tema
6 - sob a relatoria do Des. José Edivaldo Rocha Rotondano. Nesse sentido, atendendo ao quanto disposto no art. 982, I, do
CPC, determino a suspensão do presente feito até o julgamento definitivo do sobredito incidente por esta Egrégia Corte.
Tendo o Código de Processo Civil de 2015 instituído um microssistema jurídico de precedentes, revela-se oportuna a
aplicação in casu dos §§8º e 9º do art. 1037 do CPC, a possibilitar a demonstração da distinção entre a questão discutida no
processo e o tema discutido no IRDR, o que pode levar ao prosseguimento do feito, razão pela qual, com fulcro naqueles
dispositivos, determino seja procedida a intimação das partes para que tomem ciência da determinação de suspensão, no
prazo de 5 (cinco) dias. Decorrido o prazo sem qualquer manifestação, devem os autos ser mantidos na Secretaria até o
pronunciamento deste Egrégio Tribunal de Justiça do Estado da Bahia acerca do IRDR, observado o prazo previsto no art.
980 do CPC. Intimem-se. Publique-se. Cumpra-se.
0105772-51.2011.8.05.0001 Apelação
Apelante : Estado da Bahia
Proc. Estado : Paloma Teixeira Rey
Apelado : Firmino José dos Santos
Advogado : Maria Cristina Costa da Rocha (OAB: 24717/BA)
Advogado : Maria Tereza Costa da Rocha (OAB: 25329/BA)
O cotejo dos autos revela que a matéria tratada no presente recurso versa sobre a extensão de reajustes dos soldos/
proventos de policiais militares, de acordo com os índices e percentuais da "tabela de escalonamento vertical". As questões
de fundo do direito aqui discutidas, acerca da análise, incidência e limite de aplicação das Leis Estaduais nº 7.145/1997 e
nº 7.622/2000 é tema admitido sob o rito de Incidente de Demanda Repetitiva - IRDR nº. 0011517-31.2016.8.05.0000, Tema
6 - sob a relatoria do Des. José Edivaldo Rocha Rotondano. Nesse sentido, atendendo ao quanto disposto no art. 982, I, do
CPC, determino a suspensão do presente feito até o julgamento definitivo do sobredito incidente por esta Egrégia Corte.
Tendo o Código de Processo Civil de 2015 instituído um microssistema jurídico de precedentes, revela-se oportuna a
aplicação in casu dos §§8º e 9º do art. 1037 do CPC, a possibilitar a demonstração da distinção entre a questão discutida no
processo e o tema discutido no IRDR, o que pode levar ao prosseguimento do feito, razão pela qual, com fulcro naqueles
dispositivos, determino seja procedida a intimação das partes para que tomem ciência da determinação de suspensão, no
prazo de 5 (cinco) dias. Decorrido o prazo sem qualquer manifestação, devem os autos ser mantidos na Secretaria até o
pronunciamento deste Egrégio Tribunal de Justiça do Estado da Bahia acerca do IRDR, observado o prazo previsto no art.
980 do CPC. Intimem-se. Publique-se. Cumpra-se.
0109160-59.2011.8.05.0001 Apelação
Apelante : Hildebrando Maurício Lima de Jesus Júnior
Advogado : Débora Cristina Bispo dos Santos (OAB: 20197/BA)
Advogado : Rodrigo Viana Panzeri (OAB: 32817/BA)
Apelado : Estado da Bahia
Proc. Estado : Patricia Lisbôa Costa Aboulhalage
O cotejo dos autos revela que a matéria tratada no presente recurso versa sobre a extensão de reajustes dos soldos/
proventos de policiais militares, de acordo com os índices e percentuais da "tabela de escalonamento vertical". As questões
de fundo do direito aqui discutidas, acerca da análise, incidência e limite de aplicação das Leis Estaduais nº 7.145/1997 e
nº 7.622/2000 é tema admitido sob o rito de Incidente de Demanda Repetitiva - IRDR nº. 0011517-31.2016.8.05.0000, Tema
6 - sob a relatoria do Des. José Edivaldo Rocha Rotondano. Nesse sentido, atendendo ao quanto disposto no art. 982, I, do
TJBA – DIÁRIO DA JUSTIÇA ELETRÔNICO – Nº 2.099 - Disponibilização: terça-feira, 13 de março de 2018 Cad 1 / Página 183
CPC, determino a suspensão do presente feito até o julgamento definitivo do sobredito incidente por esta Egrégia Corte.
Tendo o Código de Processo Civil de 2015 instituído um microssistema jurídico de precedentes, revela-se oportuna a
aplicação in casu dos §§8º e 9º do art. 1037 do CPC, a possibilitar a demonstração da distinção entre a questão discutida no
processo e o tema discutido no IRDR, o que pode levar ao prosseguimento do feito, razão pela qual, com fulcro naqueles
dispositivos, determino seja procedida a intimação das partes para que tomem ciência da determinação de suspensão, no
prazo de 5 (cinco) dias. Decorrido o prazo sem qualquer manifestação, devem os autos ser mantidos na Secretaria até o
pronunciamento deste Egrégio Tribunal de Justiça do Estado da Bahia acerca do IRDR, observado o prazo previsto no art.
980 do CPC. Intimem-se. Publique-se. Cumpra-se.
0567555-71.2014.8.05.0001 Apelação
Apelante : José Luiz Santos Silveira
Apelante : Eliene Costa Silveira
Apelante : Jorge Caetano Costa
Apelante : Luciana Moreira Costa
Apelante : Luis Edson Barrteo de Souza
Advogado : Henrique Borges Guimarães Neto (OAB: 17056/BA)
Advogado : Márcio Beserra Guimarães (OAB: 21323/BA)
Apelante : Bni Báltico Desenvolvimento Imobiliário Ltda.
Apelante : Pdg Realty S.a. Empreendimentos e Participações
Advogado : Fabio Rivelli (OAB: 34908/BA)
Advogado : Fabio Santos Pedroso (OAB: 295660/SP)
Apelado : José Luiz Santos Silveira
Apelado : Eliene Costa Silveira
Apelado : Jorge Caetano Costa
Apelado : Luciana Moreira Costa
Apelado : Luis Edson Barrteo de Souza
Apelado : Bni Báltico Desenvolvimento Imobiliário Ltda.
Apelado : Pdg Realty S.a. Empreendimentos e Participações
Nos termos do art. 144, inciso VIII, do Código de Processo Civil, declaro o meu impedimento para funcionar no presente
recurso. Devolvam-se os autos ao SECOMGE, para os fins pertinentes. Publique-se. Intimem-se. Cumpra-se. Salvador, 9 de
março de 2018. Desª. Silvia Carneiro Santos Zarif Relator
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DA BAHIA
Lidivaldo Reaiche Raimundo Britto
PUBLICAÇÃO DE DESPACHOS E DECISÕES MONOCRÁTICAS
Determino a intimação da Agravada, para, querendo, apresentar contrarrazões, ex vi do art. 1.021, §2º, do NCPC. Salvador, 9
de março de 2018. Des. Lidivaldo Reaiche Raimundo Britto Relator
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DA BAHIA
Gustavo Silva Pequeno
PUBLICAÇÃO DE DESPACHOS E DECISÕES MONOCRÁTICAS
0000312-75.2011.8.05.0001 Apelação
Apelante : Maria Delsa Alves dos Santos
Advogado : Vokton Jorge Ribeiro Almeida (OAB: 11425/BA)
Advogado : Leandro Tourinho Dantas (OAB: 23742/BA)
Apelado : Inss - Instituto Nacional do Seguro Social
Proc. Rep. : Pablo Salgado Zenha Fernandez
Trata-se de apelação cível interposta por MARIA DELSA ALVES DOS SANTOS, contra sentença proferida pelo MM. Juiz de
Direito da Vara de Acidente do Trabalho de Salvador, nos autos da Ação Ordinária n. 0000312-75.2011.8.05.0001. Recebidos
TJBA – DIÁRIO DA JUSTIÇA ELETRÔNICO – Nº 2.099 - Disponibilização: terça-feira, 13 de março de 2018 Cad 1 / Página 184
os autos pelo SECOMGE, foram os mesmos distribuídos à Primeira Câmara Cível, cabendo a Relatoria à Desa. Maria da
Purificação da Silva por prevenção, na medida em que a mesma foi Relatora do Agravo de Instrumento nº 0005259-
78.2011.8.05.0000, originário da presente ação. Entendo, contudo, que não deve prevalecer a distribuição realizada na forma
do art. 160, caput do RITJ/BA, por ser aplicável a norma específica, do §6º, do referido artigo, o qual dispõe que: Art. 160 - A
distribuição de recurso, habeas corpus ou mandado de segurança contra decisão judicial de primeiro grau torna prevento o
Relator para incidentes posteriores e para todos os demais recursos e novos habeas corpus e mandados de segurança
contra atos praticados no mesmo processo de origem, na fase de conhecimento ou de cumprimento de sentença ou na
execução, ou em processos conexos, nos termos do art. 930, parágrafo único, do Código de Processo Civil. (ALTERADO
CONFORME EMENDA REGIMENTAL N. 11/2016, DE 30 DE MARÇO DE 2016, DJe 31/03/2016). (...) § 6º - Se o Relator deixar
o Tribunal ou transferir-se de Órgão fracionário, a prevenção permanece no Órgão Julgador originário, cabendo a distribuição
ao seu sucessor, observadas as regras de conexão. (ALTERADO CONFORME EMENDA REGIMENTAL N. 11/2016, DE 30 DE
MARÇO DE 2016, DJe 31/03/2016). No caso em tela, após o julgamento do mencionado agravo a eminente Relatora deixou
a 1ª Câmara Cível para compor a Mesa Diretora do TJBA por dois biênios e, embora tenha recentemente retornado ao
mesmo Órgão Julgador, passou a ocupar vaga distinta deixada pelo Desembargador Augusto de Lima Bispo, já estando
inclusive a receber os processos relacionados à prevenção deste na condição de sua sucessora. Por tais motivos, determino
o retorno dos autos ao SECOMGE para a redistribuição do feito nos moldes do mencionado §6º. Publique-se. Intimem-se.
Cumpra-se. Salvador/BA, 9 de março de 2018 Gustavo Silva Pequeno RELATOR
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DA BAHIA
Gustavo Silva Pequeno
PUBLICAÇÃO DE DESPACHOS E DECISÕES MONOCRÁTICAS
0099609-55.2011.8.05.0001 Apelação
Apelante : Estado da Bahia
Proc. Estado : Daniela Pontes Simões
Apelado : Antônio Carlos Moraes
Advogado : Abdias Amancio dos Santos Filho (OAB: 10870/BA)
Cuida-se de ação ordinária proposta por Antônio Carlos Moraes contra o Estado da Bahia, na qual requereu a implementação,
em seus proventos, reajuste no percentual de 34,06%, por força da Lei 7.622/2000, bem como no percentual de 17,28%, em
razão da Lei 10.558/2007, além da incidência do reajuste na GAP III e o pagamento das parcelas retroativas. A sentença
apelada, de fls. 73/76, julgou parcialmente procedente o pedido, limitando-se a condenar o Estado da Bahia a "implementar
na Gratificação de Atividade policial Militar (GAPM) o reajuste proporcional ao percentual de aumento autorizado aos respectivos
soldos pela Lei n.º 7.622/2000, bem como a Lei n.º 10.558/2007". O Estado da Bahia interpôs recurso de apelação, de fls. 80/
94, aduzindo preliminar de prescrição de fundo de direito. Aduz a revogação expressa do §1º do art. 7º, da Lei 7.145/1997,
pela Lei 10.962/2008. Afirma a inocorrência de reajuste geral na Lei 7.622/2000. Sustenta a constitucionalidade dos reajustes
setoriais. Alega a existência de acordo extrajudicial firmado relativo ao reajuste da GAP. Aduz afronta à separação dos
poderes e violação ao art. 160, §1º, da CRFB. Supletivamente, argui a existência de limitação temporal dos efeitos financeiros
dos reajustes, pela fixação de novo padrão remuneratório. Requer o provimento do apelo. O apelado apresentou contrarrazões,
aduzindo a existência de relação de trato sucessivo. Aduz a inexistência de prova quanto ao alegado acordo extrajudicial.
Defende a existência de reajuste geral anual na Lei 10.558/2007. Defende a existência de vinculação entre reajuste de soldo
e GAP. Requer o não provimento do recurso. É o relatório. Analisando-se os autos, observa-se que a sentença apelada
restou fundamentada na aplicação ao caso do art. 7º, §1º, da Lei 7.145/1997, o qual previa que "os valores de gratificação
estabelecidos no Anexo II serão revistos na mesma época e no mesmo percentual de reajuste dos soldos". Tal matéria,
contudo, encontra-se inserida na controvérsia delimitada pelo Tema n.º 2, relativo ao Incidente de Resolução de Demandas
Repetitivas (IRDR) nº 0006410-06.2016.8.05.0000, instaurado neste Tribunal, cuja descrição é a seguinte: "A controvérsia
quanto à aplicação dos arts.7.º, §1.º, da Lei n.º 7.145/1997 e 110, §3.º, da Lei n.º 7.990/2001, que dispunham sobre a garantia
de revisão dos valores da Gratificação de Atividade Policial - GAP na mesma época e no mesmo percentual de reajuste do
soldo, quando se tratar de ato normativo que incorpore parcela da referida vantagem pessoal ao vencimento básico do
Policial Militar. A revogação tácita ou não do art. 110, §3.º, da Lei n.º 7.990/2001, que tinha idêntica redação do art. 7.º, §1.º, da
Lei n.º 7.145/1997, após este último ter sido suprimido expressamente por ocasião da promulgação da Lei n.º 10.962/2008".
Esse Tema está atrelado às Apelações Cíveis nº 0509156-49.2014.8.05.0001 e 0078960-69.2011.8.05.0001, tendo sido
determinado, na decisão monocrática que instaurou o Incidente, proferida em 04 de julho de 2016, a suspensão, pelo prazo
de um ano, dos demais recursos que versem sobre a matéria em questão. Em 28 de junho de 2017, foi proferida nova
decisão renovando por mais um ano o prazo de suspensão processual. Ante todo o exposto, determino o sobrestamento
deste recurso de apelação, em virtude da sistemática do IRDR, por força do Tema n.º 2, delineado no incidente nº 0006410-
06.2016.8.05.0000, instaurado, por seu turno, nas Apelações Cíveis nº 0509156-49.2014.8.05.0001 e 0078960-
69.2011.8.05.0001. P. I. Salvador, 09 de março de 2018. Gustavo Silva Pequeno Relator
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DA BAHIA
Desa. Maria da Purificação da Silva
DECISÃO
8004420-67.2018.8.05.0000 Agravo De Instrumento
Jurisdição: Tribunal De Justiça
Agravante: Procuradoria Geral Do Município De Teixeira De Freitas
Advogado: Ivan Guilherme Da Rocha Junior (OAB:0021056/BA)
Agravado: Cleide Nascimento Dos Santos
Advogado: Carla Rodrigues Costa (OAB:0022651/BA)
Decisão:
O agravante interpôs o presente recurso, ao qual pediu que fosse atribuído efeito suspensivo, contra decisão do Juízo da
Vara da Fazenda Pública de Teixeira de Freitas (id 794767) que, nos autos do mandado de segurança impetrado pela
agravada, deferiu a liminar para compelir o recorrente a convocar a agravada para nomeação e posse no cargo de operária
para o qual foi aprovada e classificada em concurso público, no número de vagas previstas no edital, no prazo de 48 horas,
sob pena de multa diária de R$ 1.000,00 (um mil reais).
Sustentou que o STJ tem entendimento consolidado segundo o qual a decisão que determina a nomeação de candidatos
aprovados em concurso público somente pode ser executada após o trânsito em julgado, conforme o art. 2º-B da Lei nº
9.494/97.
Permitem os artigos 995, parágrafo único, e 1.019, I, do Novo Código de Processo Civil, em vigor desde 18.03.2016, a
atribuição de efeito suspensivo ao agravo de instrumento, desde que presentes os requisitos autorizadores, "se da imediata
produção de seus efeitos houver risco de dano grave, de difícil ou impossível reparação, e ficar demonstrada a probabilidade
de provimento do recurso".
Contudo, dos argumentos aduzidos nas razões recursais e da documentação acostada não se vislumbram os requisitos
necessários para concessão da suspensividade pleiteada, mormente ante a total falta de especificação do dano a que está
sujeito o recorrente caso seja mantido o interlocutório agravado. Ademais, vale ressaltar ademais que o entendimento do
Superior Tribunal de Justiça, ao contrário do que afirmado pelo agravante, vai no sentido de considerar cabível a execução
provisória de decisão que garante a nomeação e posse de candidato a cargo público efetivo antes do trânsito em julgado,
pois não haveria que se falar em pagamentos pretéritos, mas em contraprestação pelo efetivo serviço prestado.
Veja-se:
"PROCESSUAL CIVIL E ADMINISTRATIVO. CONCURSO PÚBLICO. CONTADOR. CANDIDATA CLASSIFICADA FORA DO
NÚMERO DE VAGAS PREVISTO NO EDITAL. NOMEAÇÃO. PRETERIÇÃO ARBITRÁRIA RECONHECIDA PELO TRIBUNAL DE
ORIGEM. REEXAME DE PROVAS. IMPOSSIBILIDADE. SÚMULA 7/STJ. EXECUÇÃO PROVISÓRIA DE SENTENÇA. NOMEAÇÃO
E POSSE DE CANDIDATO EM CARGO PÚBLICO EFETIVO. POSSIBILIDADE. 1. O STJ firmou a orientação de que o candidato
não classificado dentro do número de vagas deve demonstrar cumulativamente, durante a validade do concurso em que
obteve aprovação, a existência de vaga a ser preenchida e a necessidade inequívoca da Administração Pública em preenchê-
la, configurando preterição arbitrária e imotivada praticada pela Administração não proceder à sua nomeação. Precedentes:
AgRg no RMS 46.249/PA, Rel. Ministro Sérgio Kukina, Primeira Turma, DJe 22/4/2016; MS 17.147/DF, Rel. Ministro Benedito
Gonçalves, Primeira Seção, DJe 1º/8/2012. 2. Na hipótese dos autos, o Tribunal de origem reconheceu expressamente a
existência de preterição (fl. 237, e-STJ): 'Assim, tendo sido demonstrados nos autos que foram criadas novos cargos
durante o prazo de validade do concurso regido pelo Edital n. 01/2012, que foi aberto novo certame (Edital n. 026/2013) dentro
do prazo de validade do primeiro com vistas ao preenchimento dos cargos criados, a necessidade de contratação como
motivo para a abertura de novo concurso pela Administração, a existência de candidatos aprovados no certame anterior,
provado ficou o direito de a Impetrante ser nomeada e empossada no cargo pretendido, devendo ser mantida a sentença
que reconheceu o seu direito, conforme entendimento o jurisprudencial transcrito'. 3. A alteração das conclusões adotadas
pela Corte de origem, como defendida nas razões recursais, demanda novo exame do acervo fático-probatório constante
dos autos, providência vedada em Recurso Especial, conforme o óbice previsto na Súmula 7/STJ. 4. Quanto à suposta
violação dos arts. 7º, § 2º, e 14, § 3º, da Lei 12.016/2009, o acórdão recorrido está em consonância com orientação do STJ
no sentido de que é cabível a execução provisória de sentença que garante a nomeação e posse de candidato a cargo
público efetivo antes do trânsito em julgado, porquanto, nesse caso, não há pagamentos pretéritos, mas apenas a retribuição
pelo efetivo serviço prestado. 5. Recurso Especial não conhecido. (REsp 1705490/AM, Rel. Ministro HERMAN BENJAMIN,
SEGUNDA TURMA, julgado em 05/12/2017, DJe 01/02/2018)". Grifos nossos.
Por tais motivos, indefiro a suspensividade requerida.
Cientifique-se o juiz da causa do teor dessa decisão, e intime-se a agravada para contraminutar o recurso, no prazo legal.
P. I.
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DA BAHIA
Desa. Maria da Purificação da Silva
DECISÃO
8004270-86.2018.8.05.0000 Agravo De Instrumento
Jurisdição: Tribunal De Justiça
Agravante: Emilio Teixeira Santos Neto
Advogado: Antonio Carlos Souto Costa (OAB:0016677/BA)
Agravado: Aymore Credito, Financiamento E Investimento S.a.
Decisão:
Interpôs o agravante EMÍLIO TEIXEIRA SANTOS NETO o presente recurso contra decisão proferida pelo Juízo da 1ª Vara das
Relações de Consumo, Cíveis e Comerciais de Santo Antônio de Jesus que, nos Autos nº 0500516-13.2018.8.05.0229,
indeferiu a tutela provisória de urgência requerida em ação de revisão contratual proposta contra AYMORÉ CRÉDITO
FINANCIAMENTO E INVESTIMENTO S/A, para que se mantivesse na posse do veículo, vinculada ao depósito do valores
incontroversos, e ainda para determinar que a recorrida fosse compelida a não inserir ou excluir seu nome dos órgãos de
restrições de crédito, bem como excluir ou não promover informações à Central de Risco do Bacen, em face do contrato sub
judice.
Em suas razões, aduziu que se encontram presentes os requisitos fumus boni iuris e periculum in mora a autorizar a
concessão da liminar, e que a manutenção da decisão vai lhe causar graves danos, com a possibilidade de perda do veículo
financiado caso não seja autorizado o depósito do valor incontroverso das parcelas, pois não conseguirá adimplir com os
pagamentos nos valores pactuados, abusiva e excessivamente onerosos. Ao final, pediu que fosse atribuído efeito suspensivo
ativo ao presente agravo.
É o relatório. Decido.
Sendo próprio e tempestivo, e dispensado o preparo, face à gratuidade previamente concedida ao Recorrente, conheço do
Recurso.
Permitem os artigos 995, parágrafo único, e 1.019, I, do Novo Código de Processo Civil, em vigor desde 18.03.2016, a
atribuição de efeito suspensivo ao agravo de instrumento, desde que presentes os requisitos autorizadores, "se da imediata
produção de seus efeitos houver risco de dano grave, de difícil ou impossível reparação, e ficar demonstrada a probabilidade
de provimento do recurso".
Neste contexto, é sabido que a concessão da tutela recursal de urgência, no ordenamento jurídico brasileiro, requer que
reste evidenciada a probabilidade do direito perseguido, além de exigir o perigo de dano ou de risco ao resultado útil do
processo em caso de delonga na sua concessão.
Contudo, o exame dos autos se constata que o agravante não trouxe cópia do contrato supostamente eivado de cláusulas
abusivas, circunstância que, como bem destacado pela magistrada a quo, fragiliza a probabilidade do direito por ele
alegado, mormente a falta de mínimos elementos que demonstrem a ocorrência das violações narradas na inicial. Note-se,
aliás, que a decisão hostilizada inclusive inverteu o ônus da prova de modo que a parte agravada, quando de sua contestação,
apresente a mencionada peça.
Observe-se ainda que o entendimento que atualmente predomina é o de que, no caso de ações revisionais, a tutela de
urgência para garantir o depósito no valor que o consumidor entende devido e a ordem para impedir que a parte contrária
lance o nome deste nos cadastros de inadimplência, deve ser concedida tão somente quanto o autor trouxer elementos
concretos a indicar que foi vítima de onerosidade excessiva e que o direito exposto na sua tese esteja dotado de plausibilidade,
o que ora não se evidencia. Corroborando tal posicionamento, trago o seguinte julgado:
EMENTA: AGRAVO DE INSTRUMENTO. DIREITO PROCESSUAL CIVIL. AÇÃO DE INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS.
ALEGADA COBRANÇA/NEGATIVAÇÃO INDEVIDA. DECISÃO AGRAVADA QUE INDEFERIU O PROVIMENTO ANTECIPADO.
NÃO CONCESSÃO DA EXCLUSÃO DOS DADOS DO AUTOR DOS ÓRGÃOS DE RESTRIÇÃO AO CRÉDITO. AUSÊNCIA DE
PROVA INEQUÍVOCA A DENOTAR A VEROSSIMILHANÇA DAS ALEGAÇÕES. IMPOSSIBILIDADE DE DEFERIMENTO DA TUTELA
ANTECIPADA SEM A COEXISTÊNCIA DOS REQUISITOS LEGAIS. CONCESSÃO DA GRATUIDADE APENAS PARA ISENTAR O
AGRAVANTE DO RECOLHIMENTO DO PREPARO DA PRESENTE DEMANDA RECURSAL. AGRAVO PARCIALMENTE PROVIDO.
(Classe: Agravo de Instrumento,Número do Processo: 0014765-68.2017.8.05.0000, Relator(a): Pilar Celia Tobio de Claro,
Primeira Câmara Cível, Publicado em: 06/02/2018 )
Portanto, considerando que a ausência do contrato impede a verificação das taxas remuneratórias da disponibilização do
capital financiado, circunstância que afasta a possibilidade de análise da eventual abusividade alegada, não se vislumbram
os requisitos ensejadores para a concessão da pretendida tutela recursal de urgência, ficando a mesma indeferida.
Intime-se o agravado para oferecer resposta. Comunique-se esta decisão ao juiz da causa.
Publique-se.
Salvador, 09 de março de 2018.
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DA BAHIA
Desa. Maria da Purificação da Silva
DECISÃO
8004411-08.2018.8.05.0000 Agravo De Instrumento
Jurisdição: Tribunal De Justiça
Agravado: Unime - Uniao Metropolitana Para O Desenvolvimento Da Educacao E Cultura Ltda.
Agravante: Nicolle Gomes Nascimento
Advogado: Priscila Goes De Oliveira Andrade (OAB:0032849/BA)
Decisão:
Cuida-se de Agravo de Instrumento interposto por Nicolle Gomes Nascimento, contra decisão proferida pelo Juiz de Direito
da 14ª Vara das Relações de Consumo da Capital que, nos autos da Ação de Obrigação de Fazer C/C Tutela Antecipada
ajuizada contra a União Metropolitana para o Desenvolvimento da Educação e Cultura LTDA (UNIME), indeferiu a tutela
antecipada pleiteada pelo autor por entender ausente indício de suposta propaganda enganosa.
Irresignada, a agravante sustenta que, após aprovação no vestibular para o curso de medicina, foi surpreendida com
negativa, pela agravada, do pagamento da matrícula inicial do curso (2018.1) e mensalidades de acordo com o Programa de
Parcelamento UNIME - PEP, nos moldes da oferta publicitária veiculada pela Agravada, em face do que reputa evidenciada a
prática da propaganda enganosa.
Requer, a agravante, a concessão de efeito suspensivo ao recurso, para determinar o pagamento das mensalidades do
curso aludido com base no programa de parcelamento divulgado pela agravada, e o final provimento do recurso para
reformar a decisão agravada em sua integralidade.
É o relatório. Passo a decidir.
Preenchidos os requisitos de admissibilidade, conheço do recurso e passo a analisar a suspensividade requerida.
Na atual sistemática recursal, sabe-se que a pretensão de obter a antecipação da tutela recursal submete-se às regras do
art. 1.019, I, combinado com o art. 932, II, e parágrafo único do art. 995, todos do CPC, quais sejam, a probabilidade de
provimento do recurso e o perigo de risco de dano grave, de difícil ou impossível reparação.
In casu, a pretensão do Agravante posta sob exame nesse momento processual consiste, em síntese, na obtenção da
antecipação da tutela recursal para que seja sustada a decisão indeferitória recorrida, e que seja determinado à agravada
a inclusão da agravante no programa de parcelamento privado divulgado pela Instituição agravada.
Em análise dos autos virtuais, observa-se a propaganda do PEP (Parcelamento Estudantil Privado), amplamente divulgada
em diversos veículos publicitários, de forma atrativa, prevendo a possibilidade de parcelamento gradativo de até 70 % do
curso, sem qualquer clareza quanto à ressalva ao curso de medicina oferecido pela instituição.
A par de tais circunstâncias fáticas, colhe-se do Código de Defesa do Consumidor, a expressa vedação de publicidade
enganosa, inserida no seu art. 37, e o correlato direito do consumidor à informação adequada e clara, previsto no inciso I do
art. 6º do aludido diploma, com vistas a garantir ao consumidor a compreensão da exata dimensão e especificação das
características do produto ou serviço que almeja adquirir ou contratar. Vejamos:
"Art. 6º São direitos básicos do consumidor:
I - a informação adequada e clara sobre os diferentes produtos e serviços, com especificação correta de quantidade,
características, composição, qualidade, tributos incidentes e preço, bem como sobre os riscos que apresentem."
Assim, em uma análise apriorística da documentação acostada, dos argumentos expendidos nesta instância e das normas
que regem a matéria, afere-se a existência dos requisitos legais para a antecipação da tutela recursal requerida, porquanto
vislumbrada a plausibilidade do direito invocado e a correlata probabilidade de êxito do recurso, decorrente de suposta burla
ao dispositivo legal acima transcrito, ao lado de evidente risco ao resultado útil do processo e de dano à agravante, que pode
sucumbir em inadimplência capaz de comprometer a viabilidade da continuidade da graduação.
Por essa razão, com fulcro no art. 1.019, I, do CPC, defiro a antecipação da tutela recursal requerida para sustar os efeitos
da decisão recorrida, determinando que a agravada possibilite a inclusão da agravante no programa de Parcelamento
Especial Privado (PEP) que disponibilizou, observando o parcelamento nos moldes de suaoferta publicitária, até ulterior
deliberação.
Dê-se ciência do teor desta decisão ao juízo de origem.
Intime-se a agravada para contraminutar o recurso, no prazo legal, na forma do art. 1019, II, do CPC.
P. I.
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DA BAHIA
Desa. Maria da Purificação da Silva
DESPACHO
8000775-36.2016.8.05.0119 Apelação (cível)
Jurisdição: Tribunal De Justiça
Apelante: Paulo Roberto Pereira Barbosa
Advogado: Caroline Da Silva Hage (OAB:4192200A/BA)
Apelado: Municipio De Itajuipe
Advogado: Ana Clara Andrade Adry (OAB:4443100A/BA)
Advogado: Pedro Augusto Vivas Araujo Dos Santos (OAB:1608000A/BA)
Despacho:
Trata-se de recurso de apelação interposto por meio do Sistema do Processo Judicial Eletrônico - PJE, em 05/03/2018.
Ocorre que a peça recursal e outros documentos essenciais estão com visualização indisponível no mencionado sistema,
o que inviabiliza a análise do recurso desde as providências preliminares à sua distribuição, porquanto prejudicada a
aferição da prevenção para correta distribuição, conforme certificado pelo SECOMGE, no Id 777921.
Assim, constatada a irregularidade na formação do processo eletrônico, nesta instância, a inviabilizar a sua análise, intime-
se o recorrente para que, na forma do art. 3º, § 2º da Resolução n. 04/2017 deste Tribunal de Justiça, promova a regularização
da juntada da peça recursal e demais documentos vinculados aos ID(s) 774467, 774457, 774451, 774447, 774428, 774442,
no prazo de 05 (cinco) dias, sob pena de não conhecimento do recurso.
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DA BAHIA
Desa. Maria da Purificação da Silva
DECISÃO
8004443-13.2018.8.05.0000 Agravo De Instrumento
Jurisdição: Tribunal De Justiça
Agravante: Municipio De Itabuna
Advogado: Wanderley Rodrigues Porto Filho (OAB:0015837/BA)
Agravado: Francisca Silva Santos
Decisão:
Trata-se de agravo de instrumento interposto pelo MUNICÍPIO DE ITABUNA contra decisão proferida pelo Juízo da 1ª Vara da
Fazenda Pública da Comarca de Itabuna/BA nos Autos nº 050050915.2017.8.05.0113, que, considerando o fato de que a
autora é portadora de patologia que impede a mesma controlar os esfincteres, concedeu em parte a tutela antecipada
pleiteada, a fim de que o Estado da Bahia e o Município de Itabuna, no prazo máximo de 20 dias, disponibilizassem a
requerente de forma contínua e mensal 180 unidades de fraldas geriátricas tamanho G, de acordo com pareceres anteriores
do órgão consultivo (NAT DO TJBA), até o período que for julgado necessário pelo médico, sob pena de multa diária, no valor
de R$ 300,00 (trezentos reais), limitada a R$3.000,00 (três mil reais) em caso de descumprimento.
Afirma a agravante que situações como a dos autos geram incontáveis demandas judiciais semelhantes, e, por vezes, na
nobre tentativa de sanar as possíveis carências sociais, o magistrado decide em favor daqueles que exigem providências
da Administração Pública, esquecendo contudo, que tais providências poderão não gerar a efetividade pretendida, tendo em
vista a ausência de condições materiais necessárias para que este anseio se concretize, até porque, em não raros casos,
a satisfação de uns implica o sacrifício de outros, em razão da limitação econômica do Estado. Entende não ser papel do
Poder Judiciário criar medidas com o objetivo de efetivar direitos sociais, e que a atuação deve se pautar na reserva do
possível. Se insurgiu contra o valor arbitrado a título de multa diária. Pede a concessão do efeito suspensivo. Pugna pela
reforma da decisão agravada.
É o relatório. Decido.
Sendo próprio e tempestivo, e dispensado o preparo, face à isenção legal de que goza a Recorrente, conheço do Recurso.
TJBA – DIÁRIO DA JUSTIÇA ELETRÔNICO – Nº 2.099 - Disponibilização: terça-feira, 13 de março de 2018 Cad 1 / Página 189
Permitem os artigos 995, parágrafo único, e 1.019, I, do Novo Código de Processo Civil, em vigor desde 18.03.2016, a
atribuição de efeito suspensivo ao agravo de instrumento, desde que presentes os requisitos autorizadores, "se da imediata
produção de seus efeitos houver risco de dano grave, de difícil ou impossível reparação, e ficar demonstrada a probabilidade
de provimento do recurso".
Do exame dos autos, conclui-se que no caso sub judice a parte agravante não logrou êxito em evidenciar qualquer risco de
lesão grave ou de difícil reparação a que estaria sujeito até o julgamento final do recurso e que resultaria na ineficácia da
decisão atacada.
Isto porque, apesar de ter o agravante apresentado escusas para não fornecer as fraldas geriátricas, não existe demonstração
de que o insumo reclamado não seria necessário à manutenção da saúde da agravada. Ao reverso, o relatório médico que
consta dos autos de origem aponta que a agravada é pessoa idosa (86 anos), que se encontra acamada, diabética,
hipertensa, sendo portadora de litíase biliar e com sequela de AVE, sem condições de deambulação e autocuidado,
necessitando do uso contínuo de fraldas descartáveis.
Como se vê, ainda que tal material não seja um medicamento, representa insumo indispensável para saúde da paciente,
considerando sua atual condição e os cuidados especiais de higiene que estão sendo exigidos no seu caso.
Vislumbra-se também, no caso, a necessidade de se preservar a higidez física da recorrida, a qual, caso não protegida,
poderia sofrer piora do seu estado de saúde. E em que pese o agravante ter narrado o receio de que a decisão hostilizada
venha a lhe trazer danos irreparáveis, inexistem elementos concretos a indicar que o custo dos insumos objeto da decisão
hostilizada seja capaz de comprometer a agenda orçamentária do Município.
Destaca-se ainda que o direito à saúde é garantido a todos, tratando-se de obrigação do Estado, aqui alcançando todas as
esferas federativas, por força dos artigos 196 e 198, da Constituição Federal, associado à disciplina da Lei 8.080/90.
Desta forma, constatada a verossimilhança das alegações da paciente, que trouxe aos autos comprovação da patologia e
da prescrição médica, bem como evidenciado o perigo de dano irreparável que se relaciona à sua saúde e higidez física,
recomenda-se a manutenção da decisão objurgada até julgamento definitivo deste recurso.
Diante do exposto, indefiro a tutela recursal de urgência requerida, mantendo a decisão agravada por seus próprios
fundamentos.
Intime-se o agravado para oferecer resposta. Comunique-se esta decisão ao Juízo da causa.
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DA BAHIA
Desa. Maria da Purificação da Silva
DECISÃO
8003540-75.2018.8.05.0000 Agravo De Instrumento
Jurisdição: Tribunal De Justiça
Agravante: Clayton Barbosa Gomes
Advogado: Munique Fernanda Neves Barboza (OAB:0033020/PE)
Agravante: Munique Fernanda Neves Barboza
Advogado: Munique Fernanda Neves Barboza (OAB:0033020/PE)
Agravado: Companhia De Eletricidade Do Estado Da Bahia Coelba
Advogado: Rafael Martinez Veiga (OAB:2463700A/BA)
Advogado: Bruno Nascimento De Mendonca (OAB:2144900A/BA)
Advogado: Marcelo Salles De Mendonca (OAB:1747600A/BA)
Decisão:
Cuida-se de Agravo de Instrumento interposto contra decisão proferida pelo Juízo de Direito da 1ª Vara dos Feitos de
Relações de Consumo, Cíveis e Comerciais da Comarca de Juazeiro que, nos autos da Ação de Servidão nº 0506411-
44.2017.8.05.0146, proposta por Companhia de Eletricidade do Estado da Bahia - Coelba, deferiu o pedido liminar requerido
pela parte autora, "determinando a imissão provisória na posse, a ser cumprida, após o depósito judicial, no valor de R$
3.156,20 (três mil, cento e cinquenta e seis reais e vinte centavos), que deverá ser depositado judicialmente, em 05 (cinco)
dias".
TJBA – DIÁRIO DA JUSTIÇA ELETRÔNICO – Nº 2.099 - Disponibilização: terça-feira, 13 de março de 2018 Cad 1 / Página 190
Inconformados, os Agravantes sustentam, em síntese, que a decisão impugnada teria sido emitida levando-se em conta a
falsa afirmação de que a Agravada teria tentado negociar amigavelmente a instituição da servidão, ressaltando que apenas
após a instauração do feito teriam sido procurados para entabular algum tipo de acordo. Salienta que o valor da indenização
seria irrisório, não cobrindo os prejuízos decorrentes da servidão, notadamente porque esta poderá inviabilizar ou reduzirá
o potencial da área para produção de energia solar, de maneira que os lucros cessantes deveriam integrar o valor indenizatório.
Ainda sobre a indenização, asseveram que, além de limitar futura exploração econômica, a própria redução em si da área de
sua propriedade deveria ser considerada no arbitramento, bem como os estragos decorrentes de sua instituição. Salienta,
por fim, que o ônus imposto tem caráter de irreversibilidade.
Requerem, assim, a atribuição de efeito suspensivo ao recurso, para que seja suspensa a decisão agravada, e, no mérito,
que seja dado provimento ao agravo, com a reforma do comando judicial hostilizado.
É o relatório. Decido.
Sendo próprio e tempestivo, e recolhido o preparo, conheço do Recurso interposto.
Permitem os artigos 995, parágrafo único, e 1.019, I, do Novo Código de Processo Civil, em vigor desde 18.03.2016, a
atribuição de efeito suspensivo ao agravo de instrumento, desde que presentes os requisitos autorizadores, "se da imediata
produção de seus efeitos houver risco de dano grave, de difícil ou impossível reparação, e ficar demonstrada a probabilidade
de provimento do recurso".
No caso dos autos, entendo que as razões tecidas pelos Agravantes não são hábeis a demonstrar o preenchimento dos
requisitos legais indispensáveis à concessão do efeito suspensivo ativo pleiteado.
Sobre o dano grave ou de difícil reparação, aduzem os Recorrentes que, para além dos prejuízos decorrentes da própria
redução da área de sua propriedade, experimentariam perdas financeiras decorrentes da vedação à exploração de negócios
de energia solar que teriam no local.
Em relação ao primeiro argumento, cabe destacar que a indenização a ser paga pela instituição da servidão visa justamente
o ressarcimento deste dano, salientando-se que o Juízo a quo, atento a esta circunstância, condicionou o cumprimento da
imissão à efetivação do depósito do valor da indenização apurado. Ademais, a razoabilidade de tal indenização poderá ser
debatida nos autos da ação de origem, não se revelando, neste momento processual, como argumento idôneo a respaldar
o pleito suspensivo, notadamente face à demonstração, na instância de origem, dos parâmetros que ensejaram sua
fixação.
No mesmo sentido, os Agravantes não se desincumbiram de comprovar que a privação instituída pela servidão impactaria
nos negócios de energia solar que explorariam na área embaraçada, referindo-se de modo genérico a eventuais prejuízos
que não chegam a ser delineados. Outrossim, impende destacar que o contrato constante do ID 754310, firmado no ano de
2015, a priori, apenas assenta que a Agravante Munique Fernanda Neves Barboza e a empresa Superficiária Paes Neves
Serviço de Energia Ltda possuem o comum intuito de "avaliar o potencial solar e/ou eólico do imóvel e, caso verifique a
visibilidade da exploração no mesmo, poderá realizar a implantação de instalações de energia solar e/ou eólica, como
também de transmissão no referido imóvel denominado Projeto Fazenda KM 36", constando também de sua Cláusula
Quarta que "A Superfície será concedida pelo proprietário à Superificiária pelo prazo de 30 (trinta) anos a partir da lavratura
da Escritura", não sendo o recurso munido com documentos outros que revelem o atual estágio da contratação.
Registre-se, ainda sobre este ponto, que tal ajuste contempla toda a região da Fazenda KM 36, consistente em 63,6846
hectares, não logrando os Recorrentes comprovarem que a área pertinente à servidão, de apenas 1.211,48 metros por 15 de
largura, ensejaria limitações significativas na consecução do aludido empreendimento.
Sobre a plausibilidade do direito à suspensão da decisão de imissão, entendo que os Agravantes também não conseguiram
demonstrar sua verificação in casu, sendo inservível o argumento de que a instância administrativa não teria sido instaurada,
quando a legislação de regência, a saber, o Decreto 35.851/54, prevê a possibilidade de manejo de ação judicial para lograr
a instituição do ônus.
Ausentes, assim, os requisitos necessários à concessão do efeito ativo vindicado, e observando-se que a ação de origem
foi instruída com o Decreto de Utilidade Pública, a respaldar a pretensão da concessionária Agravada, tem-se que a decisão
interlocutória que deferiu a imissão de posse em sede liminar é possível e não merece reforma, estando respaldada
também pela jurisprudência, conforme demonstram os arestos abaixo:
PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO DE INSTRUMENTO. SERVIDÃO ADMINISTRATIVA. LINHA DE TRANSMISSÃO. INTERESSE
PÚBLICO. URGÊNCIA. REALIZAÇÃO DE DEPÓSITO PRÉVIO. DESNECESSIDADE DE PERÍCIA PRÉVIA. DEFERIMENTO DA
IMISSÃO PROVISÓRIA DA POSSE. PRESENÇA DOS REQUISITOS LEGAIS. RECURSO NÃO PROVIDO. DECISÃO MANTIDA.
1. Em caso de servidão administrativa de linha de transmissão de energia elétrica, em que há supremacia do interesse
público sobre o privado, uma vez efetuado o depósito da indenização tida por devida, a liminar de imissão de posse em
imóvel rural, requerida em caráter de urgência, deve ser concedida independentemente de perícia, relegando-se a apuração
do valor real para fase processual futura. 2. Não conseguiu a sociedade recorrente afastar, não obstante as afirmações
deduzidas em suas razões recursais, a alegada urgência da concessionária mediante a comprovação de que o requerimento
de imissão provisória não foi feito dentro do prazo improrrogável de 120 (cento e vinte), conforme disposto no § 2º do art. 15
do Decreto-Lei nº 3365/1941. 3. Noutra senda, a questão posta à apreciação pela agravante configura matéria controversa,
a qual se confunde com o próprio mérito da demanda originária, devendo com ele ser apreciada, por ser nítida a pretensão
da empresa agravante de receber o valor indenizatório a ser apurado após a realização da perícia e instrução processual. 4.
Acresça-se que, como a companhia expropriante é pessoa jurídica de direito privado, eventual divergência entre o preço
ofertado em juízo e aquele a ser fixado na sentença não se submeterá ao regime de precatórios e sofrerá a incidência dos
juros compensatórios previstos no artigo 15-A do Decreto-Lei nº 3.365/1941. 5. Presentes os requisitos autorizadores,
impõe-se a manutenção da decisão questionada, negando-se provimento ao agravo de instrumento. ( Classe: Agravo de
Instrumento,Número do Processo: 0012402-45.2016.8.05.0000, Relator(a): Pilar Celia Tobio de Claro, Primeira Câmara
Cível, Publicado em: 17/12/2016 )
TJBA – DIÁRIO DA JUSTIÇA ELETRÔNICO – Nº 2.099 - Disponibilização: terça-feira, 13 de março de 2018 Cad 1 / Página 191
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DA BAHIA
Desa. Maria da Purificação da Silva
DESPACHO
8002938-84.2018.8.05.0000 Agravo De Instrumento
Jurisdição: Tribunal De Justiça
Agravante: E. C. R.
Advogado: Savio Mahmed Qasem Menin (OAB:2227400A/BA)
Agravado: P. D. C. P. N. 0. -. J. Z. D. A.
Despacho:
Cuida-se de Recurso de Agravo de Instrumento interposto por Everton Carvalho Rocha contra decisão interlocutória proferida
nos autos do Mandado de Seguança de nº 8000036-32.2018.8.05.0139, impetrado pelo então Agravante contra ato praticado
pelo Presidente da Comissão Processante nº 01/2017, Josimar Zuza de Araújo, em trâmite na Vara dos Feitos de Relações
de Consumo, Cíveis e Comerciais da Comarca de Jaguarari.
Observa-se que o intrótio da peça recursal contempla pedido de distribuição por dependência, justificada pela anterior
interposição dos Agravos de Instrumento de nº 8001279-40.2018.805.0000 e nº 8001280-25.2018.805.0000, os quais,
segundo o Agravante, tornariam o Desembargador Roberto Frank Maynard prevento para o conhecimento da questão, "por
ter tido o primeiro contato com a matéria".
Verificando que a aferição da prevenção, nos moldes suscitados pelo Recorrente, requer a análise da conexão a partir da
afinidade de matérias envolvidas no presente Agravo e naqueles acima mencionados, porquanto os três recursos não se
refiram à mesma ação de origem, adoto, em precedência, o critério objetivo primeiramente referenciado no art. 160 do RITJ/
BA, passando a analisar a prevenção sob o prisma da similaridade das ações de origem. Nesse sentido, observo que,
relativamente ao Mandado de Segurança de nº 8000036-32.2018.8.05.0139, de onde provém o comando judicial vergastado,
também foi interposto o Agravo de Instrumento de nº 8002857-38.2018.8.050000, em 18/02/2018, data anterior ao manejo do
recurso em exame, circunstância que, a priori, enseja a aplicação do art. 160 do RITJ/BA.
Ressalte-se, ademais, que o exame mais acurado das razões do Agravo de Instrumento de nº 8002857-38.2018.8.050000
revela indícios de violação ao princípio da unirrecorribilidade recursal, por se vislumbrar que tal Agravo, interposto em sede
de Plantão Judiciário em 18/02/2018, visa a reforma da mesma decisão combatida por meio do presente recurso, interposto,
por sua vez, em 19/02/2018, o que poderá ser oportunamente apreciado pelo Relator que, nos termos da aludida norma
regimental, revela-se competente para o conhecimento de ambos os feitos.
Ante ao exposto, encaminhem-se os autos ao SECOMGE, a fim de que sejam os autos redistribuídos para a Relatoria do
Desembargador Roberto Frank Maynard, no âmbito da Quarta Câmara Cível, nos termos do art. 160 do Regimento Interno
desta Corte.
Salvador, 12 de março de 2018
Gustavo Silva Pequeno
Relator
TJBA – DIÁRIO DA JUSTIÇA ELETRÔNICO – Nº 2.099 - Disponibilização: terça-feira, 13 de março de 2018 Cad 1 / Página 192
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DA BAHIA
Desa. Pilar Célia Tobio de Claro
DECISÃO
8001764-40.2018.8.05.0000 Agravo De Instrumento
Jurisdição: Tribunal De Justiça
Agravante: Mario Herbert Souza Da Silva - Me
Advogado: Jackson Pereira Gomes (OAB:0010254/BA)
Advogado: Bernardo Pereira Gomes (OAB:0017131/BA)
Advogado: Moises Gomes De Oliveira Neto (OAB:0045214/BA)
Agravado: Banco Bradesco Sa
Decisão:
Cuida-se de Agravo de Instrumento interposto por Mário Heebert Souza Silva Me contra a decisão proferida pelo Juízo de
Direito da 2ª Vara de Feitos de Rel de Consumo, Cível e Comerciais da Comarca de Itapetinga, nos autos da ação revisional
de contrato nº 0500077-20.2018.8.05.0126, que indefere o pedido de tutela de urgência.
Em suas razões recursais (Id. 681961), assevera que contratou operação de empréstimo, denominada "CAGIRO", no valor
de R$ 44.252,00 (quarenta e quatro mil reais, duzentos e cinquenta e dois reais), oferecendo como garantia seu único imóvel
residencial. Contudo, a instituição financeira elevara a dívida para patamares impagáveis, qual seja, R$ 80.264,40 (oitenta
mil, duzentos e sessenta e quatro reais e quarenta centavos), ocasionando a adimplência do negócio, a consolidação da
propriedade do imóvel em favor do banco e a designação de data para leilão.
Sustenta a superveniente onerosidade excessiva em razão da cobrança de taxa de juros superior à previsão contratual; a
impenhorabilidade do bem de família e a irregularidade da notificação do leilão por ter sido informada data diversa da sua
realização.
Ao final, pugna pela atribuição de efeito suspensivo ao presente agravo, dando-lhe, enfim, provimento, para que seja
reformada a decisão a quo, no sentido de anular o leilão designado para a venda do imóvel em questão e uma eventual
arrematação, bem como a suspensão dos atos expropriatórios, em razão da consolidação padecer de vício insanável.
Juntou documentos (Id 682037 e 682041). Sem custas em razão do deferimento da assistência judiciária gratuita em
primeiro grau, a qual se mantém nessa instância.
Examinados, passo a decidir.
Estão presentes os requisitos de admissibilidade, de modo que o recurso merece ser conhecido e processado.
O art. 1.019, inciso I do CPC prevê que o relator "poderá atribuir efeito suspensivo ao recurso ou deferir, em antecipação de
tutela, total ou parcialmente, a pretensão recursal, comunicando ao juiz sua decisão". Trata-se, no particular, de tutela
provisória de urgência no bojo do próprio recurso, que, na esteira do art. 300 do diploma processual civil, "será concedida
quando houver elementos que evidenciem a probabilidade do direito e o perigo de dano ou o risco ao resultado útil do
processo", em semelhante acepção ao quanto disposto no art. 995, parágrafo único da mesma lei codificada.
Destarte, a concessão da tutela de urgência, na forma requerida, depende da presença concomitante de dois requisitos: a
relevância das alegações, consubstanciada na probabilidade de provimento do recurso, e o perigo de lesão grave em
decorrência da demora. In casu, em juízo de cognição sumária e perfunctória do feito recursal, próprio do momento processual
em que é apreciado, entendo estarem presentes, no caso dos autos, os requisitos autorizadores da concessão da medida.
Em que pese o ajuizamento de ação revisional não suspender o trâmite da execução extrajudicial, especialmente quando
não oferecido caução, como na hipótese, não se vislumbrando, contudo, nesse momento processual, nenhum prejuízo ao
resultado útil do processo a suspensão do leilão do imóvel objeto do feito originário, por ser mera postergação do evento
expropriatório que não coibirá o credor a receber o crédito atualizado até a data da realização, quando autorizado.
Por outro lado, a jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça se posicionou no sentido de que:
RECURSO ESPECIAL. ALIENAÇÃO FIDUCIÁRIA DE COISA IMÓVEL. LEI N. 9.514/1997. QUITAÇÃO DO DÉBITO APÓS A
CONSOLIDAÇÃO DA PROPRIEDADE EM NOME DO CREDOR FIDUCIÁRIO. POSSIBILIDADE. APLICAÇÃO SUBSIDIÁRIA DO
DECRETO-LEI N. 70/1966. PROTEÇÃO DO DEVEDOR. ABUSO DE DIREITO. EXERCÍCIO EM MANIFESTO DESCOMPASSO
COM A FINALIDADE.
1. É possível a quitação de débito decorrente de contrato de alienação fiduciária de bem imóvel (Lei nº 9.514/1997), após a
consolidação da propriedade em nome do credor fiduciário. Precedentes.
2. No âmbito da alienação fiduciária de imóveis em garantia, o contrato não se extingue por força da consolidação da
propriedade em nome do credor fiduciário, mas, sim, pela alienação em leilão público do bem objeto da alienação fiduciária,
após a lavratura do auto de arrematação.
3. A garantia do direito de quitação do débito antes da assinatura do auto de arrematação protege o devedor da onerosidade
do meio executivo e garante ao credor a realização de sua legítima expectativa - recebimento do débito contratado.
4. Todavia, caracterizada a utilização abusiva do direito, diante da utilização da inadimplência contratual de forma consciente
para ao final cumprir o contrato por forma diversa daquela contratada, frustrando intencionalmente as expectativas do agente
financeiro contratante e do terceiro de boa-fé, que arrematou o imóvel, afasta-se a incidência dos dispositivos legais
mencionados.
5. A propositura de ação de consignação, sem prévia recusa do recebimento, inviabilizou o oportuno conhecimento da
pretensão de pagamento pelo credor, ensejando o prosseguimento da alienação do imóvel ao arrematante de boa-fé.
6. Recurso especial não provido.
STJ, 3ªTurma, REsp 1518085/RS, Relator Ministro Marco Aurélio Bellizze, DJe 20/05/2015, com "destaques acrescidos".
TJBA – DIÁRIO DA JUSTIÇA ELETRÔNICO – Nº 2.099 - Disponibilização: terça-feira, 13 de março de 2018 Cad 1 / Página 193
RECURSO ESPECIAL. ALIENAÇÃO FIDUCIÁRIA DE COISA IMÓVEL. LEI Nº 9.514/1997. PURGAÇÃO DA MORA APÓS A
CONSOLIDAÇÃO DA PROPRIEDADE EM NOME DO CREDOR FIDUCIÁRIO. POSSIBILIDADE. APLICAÇÃO SUBSIDIÁRIA DO
DECRETO-LEI Nº 70/1966.
1.Cinge-se a controvérsia a examinar se é possível a purga da mora em contrato de alienação fiduciária de bem imóvel (Lei
nº 9.514/1997) quando já consolidada a propriedade em nome do credor fiduciário.
2.No âmbito da alienação fiduciária de imóveis em garantia, o contrato não se extingue por força da consolidação da
propriedade em nome do credor fiduciário, mas, sim, pela alienação em leilão público do bem objeto da alienação fiduciária,
após a lavratura do auto de arrematação.
3. Considerando-se que o credor fiduciário, nos termos do art. 27 da Lei nº 9.514/1997, não incorpora o bem alienado em
seu patrimônio, que o contrato de mútuo não se extingue com a consolidação da propriedade em nome do fiduciário, que a
principal finalidade da alienação fiduciária é o adimplemento da dívida e a ausência de prejuízo para o credor, a purgação da
mora até a arrematação não encontra nenhum entrave procedimental, desde que cumpridas todas as exigências previstas
no art. 34 do Decreto-Lei nº 70/1966.
4. O devedor pode purgar a mora em 15 (quinze) dias após a intimação prevista no art. 26, § 1º, da Lei nº 9.514/1997, ou a
qualquer momento, até a assinatura do auto de arrematação (art. 34 do Decreto-Lei nº 70/1966). Aplicação subsidiária do
Decreto-Lei nº 70/1966 às operações de financiamento imobiliário a que se refere a Lei nº 9.514/1997.
5. Recurso especial provido.
STJ, 3ªTurma, REsp 1462210/RS, Relator Ministro Ricardo Villas Bôas Cueva, DJe 25/11/2014, com "destaques acrescidos".
Ressalve-se, apenas, a possibilidade de, após a angularização da relação jurídica processual nesta instância recursal, e
submissão do feito aos argumentos jurídicos da parte adversa, entender-se de modo diferente do indicado retro, quando da
cognição exauriente do feito, debruçando-se sobre a matéria em discussão com maior profundidade.
Com essas considerações, sem prejuízo de uma melhor análise quando do julgamento do mérito, DEFIRO O PEDIDO DE
EFEITO SUSPENSIVO ATIVO ao presente Agravo de Instrumento para tão somente suspender o leilão do imóvel objeto do
feito originário até o pronunciamento definitivo da Câmara, dando-se ciência do inteiro teor desta decisão ao ilustre Juiz a
quo.
Intime-se a parte Agravada para responder, querendo, aos termos do presente recurso de Agravo de Instrumento, no prazo
de 15 (quinze) dias, na forma prevista no inciso II do art. 1019, do CPC/2015.
Após, à conclusão.
PIC.
Salvador, 19 de fevereiro de 2018.
Desa. Pilar Célia Tobio de Claro
Relatora
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DA BAHIA
Desa. Pilar Célia Tobio de Claro
DECISÃO
8001064-64.2018.8.05.0000 Agravo De Instrumento
Jurisdição: Tribunal De Justiça
Agravante: Wilson Cardoso Dos Reis
Advogado: Adriana Miranda Uzel Costa (OAB:0030199/BA)
Agravado: Bv Financeira Sa Credito Financiamento E Investimento
Advogado: Giulio Alvarenga Reale (OAB:0046669/BA)
Decisão:
Trata-se de agravo de instrumento interposto por Wilson Cardoso dos Reis contra decisão de lavra do MM. Juízo da 1ª Vara
Cível da Comarca de Santo Antônio de Jesus, que nos autos da Ação Revisional n. 0503502-71.2017.8.05.0229 ajuizada em
face do Banco BV Financeira S/A, ora agravado, indeferiu a tutela de urgência nos seguintes termos:
No caso em exame, observo que a parte autora, ao menos em sede de cognição sumária, não logrou demonstrar que os
encargos cobrados no período da normalidade apresentam abusividade. Verifico que a taxa de juros remuneratórios pactuada
na cédula de crédito bancário objeto da revisão foi de 2,09% ao mês e 28,12% ao ano, abaixo da média divulgada pelo
BACEN para esse tipo de contrato, evidenciado a ausência de probabilidade do direito pleiteado.
Por fim, o ajuizamento de demanda com pretensão de revisão de contrato firmado entre as partes não tem o condão, por si
só, de vedar ou excluir a inscrição do nome da parte devedora nos cadastros de inadimplentes. No caso em exame, também
não preenchidos integralmente os requisitos exigidos pelo STJ para a vedação da inscrição do nome do devedor em
cadastros restritivos de crédito.
Ante o exposto, INDEFIRO o pedido de tutela provisória de urgência.
Em suas razões recursais (ID 653156), o agravante sustenta, em suma, que celebrou contrato de financiamento de veículo
com o agravado, o qual padece de ilegalidades e irrazoabilidade, tornando, em razão da abusividade dos juros cobrados,
insustentável o pagamento das prestações.
Pleiteia a concessão do efeito suspensivo para que lhe seja autorizado depositar apenas as parcelas incontroversas da
dívida (R$ 525,76), devendo o agravante ser mantido na posse do veículo e ter impedida a inserção do seu nome e CPF nos
órgãos de proteção ao crédito.
Não houve recolhimento das custas por ser o agravante beneficiário da justiça gratuita.
Distribuído o feito por sorteio, coube-me a sua Relatoria.
TJBA – DIÁRIO DA JUSTIÇA ELETRÔNICO – Nº 2.099 - Disponibilização: terça-feira, 13 de março de 2018 Cad 1 / Página 194
É o relatório. Decido.
O artigo 932, inciso III do CPC preconiza que compete ao relator "não conhecer de recurso inadmissível, prejudicado ou que
não tenha impugnado especificamente os fundamentos da decisão recorrida".
Com efeito da análise dos autos principais, observa-se que o agravante, após o indeferimento da liminar, requereu
expressamente, às fls. 96, a desistência da ação, tendo a parte contrária anuído com tal pleito (fls. 99), estando os autos
conclusos para homologação da desistência.
Posteriormente a tal requerimento, interpôs o presente recurso.
Ora, a conduta adotada pelo agravante se consubstancia em verdadeiro comportamento contraditório, o qual encontra
vedação pelo princípio do venire contra factum proprium.
Com efeito, a intenção recursal é absolutamente incompatível e contraditória com o desejo de desistir da lide, ato praticado
antes mesmo da interposição do recurso, esbarrando-se na cognominada preclusão lógica, além de ensejar violação à
boa-fé processual.
Nesse sentido, o magistério de Fredie Didier Jr.1, aproveitando-se das lições de Ovídio Baptista da Silva:
A preclusão lógica consiste na perda de faculdade/poder processual em razão da prática anterior de ato incompatível com
exercício desse poder. Advém, assim, da prática de ato incompatível com o exercício da faculdade/poder processual. Trata-
se da "impossibilidade em que se encontra a parte de praticar determinado ato ou postular certa providência judicial em
razão da incompatibilidade existente entre aquilo que agora a parte pretende e sua própria conduta processual anterior"
(SILVA, Ovídio Baptista da. Curso de Processo Civil. 5ª ed. São Paulo: RT, v. 1, p. 209)
(...)
Importante que se perceba que a preclusão lógica está intimamente ligada à vedação ao venire contra factum proprium
(regra que proíbe o comportamento contraditório), inerente à cláusula geral de proteção da boa-fé. Considera-se ilícito o
comportamento contraditório por ofender o princípio da boa-fé processual.
E também o entendimento do STJ:
PROCESSUAL. EXECUÇÃO DE SENTENÇA. LEVANTAMENTO DOS VALORES DEPOSITADOS. AUSÊNCIA DE INTIMAÇÃO
DO DEPOSITANTE. NULIDADE. ART. 245, DO CPC. OCORRÊNCIA DE PRECLUSÃO LÓGICA.
1. Há preclusão lógica quando se pretende praticar ato incompatível com outro anteriormente praticado.
(...)
(REsp 748.259/RS, Rel. Min. LUIZ FUX, PRIMEIRA TURMA, DJ 11/06/2007)
A realidade é que a agravante carece de interesse recursal, na medida em que praticou ato incompatível (desistência da
ação) com a vontade de recorrer. A discrepância entre a petição de fls. 96 e o ato de recorrer obsta o conhecimento do
presente agravo de instrumento.
Assim, nos termos do art. 932, inciso III do CPC, NÃO CONHEÇO do presente recurso.
Publique-se. Intimem-se. Cumpra-se.
Salvador, 08 de fevereiro de 2018.
Desª. Pilar Célia Tobio de Claro
Relatora
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DA BAHIA
Desa. Pilar Célia Tobio de Claro
DECISÃO
8001272-48.2018.8.05.0000 Agravo De Instrumento
Jurisdição: Tribunal De Justiça
Agravante: Banco Itaucard S.a.
Advogado: Antonio Braz Da Silva (OAB:0012450/PE)
Agravado: Argemiro Costa
Decisão:
Trata-se de agravo de instrumento interposto por Banco Itaucard S/A contra decisão de lavra do MM. Juízo da 3ª Vara Cível da
Comarca de Santo Antônio de Jesus, que, nos autos da Ação Revisional n. 8001272-48.2018.8.05.0000 ajuizada por Argemiro
Costa, ora agravado, em desfavor do agravante, deferiu parcialmente a tutela de urgência nos seguintes termos:
1. Isto posto, DEFIRO, liminar e "inaudita altera pars", parcialmente a tutela de urgência para:
1.1 AUTORIZAR à parte autora a efetuar o depósito em Juízo das parcelas vencidas, mais juros moratórios de 1% ao mês,
correção monetária e multa de mora, no valor original e fórmula de cálculo previstos no contrato, mediante depósito e
comprovação nos autos no prazo de 10 dias, sendo deferido desde já o levantamento pelo réu, mediante alvará de tais
parcelas;
1.2 E INDEFERIR o depósito em Juízo da parcelas vincendas, que devem, pois, continuar sendo pagas nas datas e forma
previstas no contrato;
1.3 E efetuados os depósitos judiciais ora autorizados e pagamentos, fica garantida a posse do veículo ao(à) autor(a) e
impedido o demandado de proceder à inclusão do nome da parte autora em cadastros de inadimplentes, sob pena de
pagamento de multa diária no importe de R$ 50,00
Em suas razões recursais (ID 662253), o Agravante sustenta, em suma, que não restaram preenchidos os requisitos que
autorizam o adiantamento da tutela, qual seja, verossimilhança das alegações.
TJBA – DIÁRIO DA JUSTIÇA ELETRÔNICO – Nº 2.099 - Disponibilização: terça-feira, 13 de março de 2018 Cad 1 / Página 195
Assevera, ainda, que "somente o pagamento do valor integral das parcelas na forma pactuada, ou seja, no modo contratado,
via boleto, que importa no valor mensal de R$ 431,46 (quatrocentos e trinta e um reais e quarenta e seis centavos) com
vencimento todo dia 8 (oito), tem o efeito de impedir a caraterização da mora".
Pleiteia a concessão do efeito suspensivo para permitir a cobrança no valor devido no tempo e modo contratado e, no mérito,
a revogação da liminar.
Preparo verificado nos IDs 662255, 662256, 662257, 662258.
É o relatório. Decido.
A pretensão do agravante merece acolhimento, porém, não exatamente como requerido, posto que contrário ao artigo 330,
§§2º e 3º do CPC.
No particular, o art. 1.019, inciso I do CPC/2015 prevê que o relator "poderá atribuir efeito suspensivo ao recurso ou deferir,
em antecipação de tutela, total ou parcialmente, a pretensão recursal, comunicando ao juiz sua decisão", ao passo em que,
na forma do art. 995, parágrafo único do mesmo diploma legal, "a eficácia da decisão recorrida poderá ser suspensa por
decisão do relator, se da imediata produção de seus efeitos houver risco de dano grave, de difícil ou impossível reparação,
e ficar demonstrada a probabilidade de provimento do recurso".
Destarte, a suspensão dos efeitos da decisão agravada, na forma requerida, depende da presença concomitante de dois
requisitos: a relevância das alegações, consubstanciada na probabilidade de provimento do recurso, e o perigo de lesão
grave em decorrência da demora.
In casu, em juízo de cognição sumária e perfunctória do feito recursal, próprio do momento processual em que é apreciado,
entendo terem restado demonstrados os requisitos legais indispensáveis ao deferimento do efeito suspensivo pleiteado,
porém, de forma parcial (e não conforme requerido pelo agravante). Isto porque não se mostra plausível negar ao credor o
acesso à quantia cuja exigibilidade não se discute.
O artigo 330, §§ 2º do Código de Processo Civil assim dispõe:
Art. 330. […]
§ 2o Nas ações que tenham por objeto a revisão de obrigação decorrente de empréstimo, de financiamento ou de alienação
de bens, o autor terá de, sob pena de inépcia, discriminar na petição inicial, dentre as obrigações contratuais, aquelas que
pretende controverter, além de quantificar o valor incontroverso do débito.
§ 3o Na hipótese do § 2o, o valor incontroverso deverá continuar a ser pago no tempo e modo contratados.
Nessa esteira, há de se destacar que as parcelas incontroversas devem ser pagas diretamente ao credor, na data e forma
contratadas (boleto bancário, consignação em folha, débito automático, etc). Já o com relação aos valores controvertidos,
estes devem ser depositados judicialmente, isto porque, as alegações quanto à existência de abusividade contratual só
podem ser validadas, ou não, depois de submetidas ao crivo do contraditório e ter-se imergido nos termos do contrato
questionado, devendo, até então, prevalecer o quanto livremente ajustado entre as partes.
Com efeito, a referida norma de regência é clara ao dispor que o recorrido deve proceder ao pagamento da fração incontroversa
diretamente à instituição financeira, na forma contratada, mesmo porque não se mostra plausível a interrupção do pagamento
cuja exigibilidade não se discute. Já no tocante à fração controvertida, seu valor deverá ser depositado em conta judicial para
a garantia do Juízo de piso, vez que os termos convencionados, até o pronunciamento final do feito originário, devem ser
respeitados, sob pena de ofensa à boa-fé e proibição ao comportamento contraditório.
Desse modo, afigura-se inegável que o afastamento da mora, após a edição da Lei nº 12.810/2013, a qual introduziu o art.
285-B do CPC/1973, cujas disposições são replicadas no art. 330, §§ 2º e 3º do CPC/2015, poderá se dar liminarmente, mas
somente mediante o pagamento do valor incontroverso diretamente à Instituição Financeira na data do vencimento e o
depósito em juízo do valor controvertido, de modo que os argumentos recursais são apenas parcialmente relevantes.
Ilide-se, com esse raciocínio, o fundado receio de sobrevir dano irreparável ao recorrente, na forma como sustentada no
presente recurso, resultante da não percepção de qualquer contraprestação decorrente da pactuação celebrada entre as
partes, o que não ocorrerá com o pagamento direto das parcelas incontroversas.
Ante o exposto, DEFIRO PARCIALMENTE O EFEITO SUSPENSIVO, na modalidade ativa, para antecipar parcialmente os
efeitos da tutela recursal, na forma do art. 1.019, I do CPC, condicionando a abstenção de negativação do nome do agravado
e a manutenção na posse do bem, na forma determinada na decisão recorrida, à quitação das parcelas porventura atrasadas
e ao pagamento direta e mensalmente ao credor, ora agravante, das parcelas vincendas no valor tido como incontroverso, no
tempo e modo contratados, desde que a instituição financeira referida disponibilize boletos nos respectivos valores. Os
valores controvertidos das parcelas mensais vincendas deverão ser depositados em juízo, nos termos da decisão recorrida.
Acaso a instituição financeira agravante não propicie meios para recebimento direto dos valores incontroversos,
disponibilizando os boletos na forma mencionada, poderá o autor, ora agravado, manter os efeitos do provimento recorrido
depositando em juízo as parcelas na totalidade do valor contratado, conforme já deferido no primeiro grau.
Dê-se ciência da presente decisão ao juízo a quo.
Fica o agravado intimado via AR, para, querendo, responder ao recurso no prazo de 15 (quinze) dias, facultando-lhe a juntada
da documentação que entender pertinente, nos termos do art. 1.019, II do CPC/2015.
Após o decurso do prazo assinalado, retornem conclusos.
Publique-se. Intimem-se. Cumpra-se.
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DA BAHIA
Desa. Pilar Célia Tobio de Claro
DESPACHO
8000804-84.2018.8.05.0000 Agravo De Instrumento
Jurisdição: Tribunal De Justiça
Agravante: Adoracion Carballo Tombo
Advogado: Ana Beatriz Alvares Travassos (OAB:0026351/BA)
Agravado: Associacao Projeto Ideal
Agravado: Igreja Batista Do Caminho Das Arvores
Despacho:
A despeito das alegações da agravante, há de se ressaltar que a presunção de veracidade da declaração de hipossuficiência
fora afastada pelo juízo de primeiro grau, na decisão ora recorrida.
Assim, ao requerer o deferimento da gratuidade judiciária no recurso de Agravo de Instrumento e uma vez afastada a
presunção de veracidade da declaração de hipossuficiência, compete ao requerente comprovar que atende aos requisitos
autorizadores da concessão da benesse.
Na hipótese dos autos, a autora limita-se a afirmar que é pessoa idosa e que recebe renda proveniente de aluguel de
imóveis, fundamentando apenas que devido a crise mercado, encontra-se com dificuldades financeiras.
Os documentos acostados aos autos, por si só, não são suficientes para demonstrar a hipossuficiência financeira da
agravante, ainda mais quando se percebe que a está a cobrar aluguel no valor mensal de R$ 8.000,00 (oito mil reais).
Assim, nos termos do artigo 99, §2º do CPC, determino a intimação da agravante para que, no prazo de 5 (cinco) dias,
comprove a real necessidade de deferimento da gratuidade, através da juntada de declaração de imposto de renda ou outro
documento que demonstre a declaração de pobreza feita.
Publique-se. Intimem-se. Cumpra-se.
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DA BAHIA
Desa. Pilar Célia Tobio de Claro
DECISÃO
8001457-86.2018.8.05.0000 Agravo De Instrumento
Jurisdição: Tribunal De Justiça
Agravante: Roberto Alves Lima
Advogado: Ruan Lobo Ferreira Gomes (OAB:0041401/BA)
Agravado: Ympactus Comercial S/a
Decisão:
Trata-se de agravo de instrumento com pedido de concessão do efeito suspensivo interposto por Roberto Alves Lima contra
decisão interlocutória proferida pelo M.M. Juiz de Direito da 3ª Vara dos Feitos de Rel. Consumo, Cível e Comercial da
comarca de Feira de Santana/Ba, que, nos autos da ação de liquidação de sentença nº. 0513231-83.2017.8.05.0080 movida
contra Ympactus Comercial S/A - Telexfree, indefere a pretensão autoral de concessão do benefício da gratuidade judiciária.
Argui o agravante, em síntese, não possuir condições financeiras para arcar com as despesas processuais, sem prejuízo
de seu próprio sustento e de sua família, tendo em vista que o valor a ser desembolsado corresponde a quase 70% (setenta
por cento) de seus parcos rendimentos mensais. Afirma ter acostado os contracheques dos últimos 10 (dez) meses, os
extratos bancários e as faturas de cartão de crédito dos últimos 03 (três) meses; e a declaração de hipossuficiência para
comprovar sua impossibilidade de pagamento das custas.
Assevera ser suficiente para o deferimento a simples declaração de hipossuficiência desnecessária (art. 98 do CPC/2015)
e que o entendimento adotado na decisão agravada é contrário ao adotado pela jurisprudência pátria, no sentido de ser
deferido o beneplácito para rendas líquidas inferiores ao patamar de 10 (dez) salários-mínimos.
Ao final, pugna pela atribuição de efeito suspensivo ao presente agravo, dando-lhe, enfim, provimento, para que seja
reformada a decisão a quo, no sentido de conceder-lhe os benefícios da gratuidade judiciária; ou, alternativamente, o
recolhimento das custas ao final.
Deixou de efetuar o preparo por versar o presente recurso sobre o pedido de concessão da gratuidade de justiça.
É o relatório. Decido.
O agravo de instrumento é cabível (art. 1.015, inciso V, do CPC), o agravante possui legitimidade e interesse recursal, e não
há fato aparente impeditivo ou extintivo do direito de recorrer; além de se constatar a dispensa do preparo (art. 99, § 7º, do
CPC/2015), a tempestividade e a regularidade formal da insurgência; de sorte que, presentes os pressupostos intrínsecos
e extrínsecos de admissibilidade, conheço do recurso interposto.
Trata a demanda recursal acerca da análise da existência ou não dos requisitos legais para a concessão da gratuidade de
justiça pleiteada pela parte autora, ora agravante.
TJBA – DIÁRIO DA JUSTIÇA ELETRÔNICO – Nº 2.099 - Disponibilização: terça-feira, 13 de março de 2018 Cad 1 / Página 197
O tema em análise está disposto nos artigos 98 à 102, do novo Código de Processo Civil, a seguir parcialmente transcritos:
Art. 98. A pessoa natural ou jurídica, brasileira ou estrangeira, com insuficiência de recursos para pagar as custas, as
despesas processuais e os honorários advocatícios tem direito à gratuidade da justiça, na forma da lei.
Art. 99. O pedido de gratuidade da justiça pode ser formulado na petição inicial, na contestação, na petição para ingresso de
terceiro no processo ou em recurso.
§ 1º (...)
§ 2º O juiz somente poderá indeferir o pedido se houver nos autos elementos que evidenciem a falta dos pressupostos
legais para a concessão de gratuidade, devendo, antes de indeferir o pedido, determinar à parte a comprovação do
preenchimento dos referidos pressupostos.
§ 3º Presume-se verdadeira a alegação de insuficiência deduzida exclusivamente por pessoa natural.
Com efeito, da leitura dos dispositivos supracitados, é possível concluir que se inexistirem nos autos qualquer indício
probatório que justifique a negativa da assistência judiciária, não há como se deixar de concedê-la ao postulante.
Daí depreende-se a gratuidade possui presunção iuris tantum, que pode ser ilidida a qualquer tempo, mediante prova em
contrário1, o que não se verificou nos autos do processo em questão.
Fato é que essa relatora não encontrou nos autos qualquer elemento contrastante com a alegação de hipossuficiência,
capaz de afastar a sua presunção de veracidade. Pelo contrário, observa-se dos documentos que instruem o presente
recurso, especialmente os contracheques (ID 668681) e os extratos bancários (ID 668685) que o agravante recebe quase
R$ 1.000,00 (um mil reais).
Da análise da petição inicial, o valor atribuído à causa na ação ordinária de origem (nº. 0513231-83.2017.8.05.0080) é de R$
12.099,78 (doze mil, noventa e nove reais e setenta e oito centavos), perfazendo as custas iniciais exigidas a importância de
R$ 1.129,98 (um mil cento e vinte e nove reais e noventa e oito centavos).
Verifica-se, portanto, que as custas iniciais superam toda a renda do agravante, o que certamente comprometeria o seu
próprio sustento.
De toda a sorte, conforme já mencionado alhures, por possuir presunção iuris tantum, a gratuidade de justiça pode ser
ilidida a qualquer tempo, mediante prova em contrário, consoante entendimento reiterado pelo Superior Tribunal de Justiça
(STJ), conforme Precedentes: AgRg no AREsp 576573/SP, julgado em 14/10/2014; REsp 1324434/BA, julgado em 18/10/
2012; AgRg no REsp 1122012/RS, julgado em 06/10/2009.
Como ainda não ocorreu a angularização da relação jurídica processual no primeiro grau de jurisdição, apresenta-se
pertinente a aplicação do disposto no enunciado nº 81 do Fórum Permanente de Processualistas Civil, que chancela a
possibilidade de provimento monocrático do recurso quando a decisão recorrida indeferir liminarmente a gratuidade judiciária,
diante da inexistência de qualquer prejuízo ao contraditório, uma vez que o réu poderá impugnar a concessão do benefício
do diferimento tão logo integrar o polo passivo da demanda. Vejamos o teor do dispositivo, in verbis:
Enunciado nº 81. Por não haver prejuízo ao contraditório, é dispensável a oitiva do recorrido antes do provimento monocrático
do recurso, quando a decisão recorrida: (a) indeferir a inicial; (b) indeferir liminarmente a justiça gratuita; ou (c) alterar
liminarmente o valor da causa. (destaques acrescidos)
Ante o exposto, DOU PROVIMENTO ao agravo de instrumento, concedendo à parte agravante os benefícios da gratuidade de
justiça.
Cientifique-se o juízo a quo do inteiro teor da presente decisão.
Publique-se. Intimem-se. Cumpra-se.
Salvador, 15 de fevereiro de 2018.
Desª. Pilar Celia Tobio de Claro
Relatora
______________________________________________________________________________________
1 STJ, REsp 1324434/BA, et al.
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DA BAHIA
Desa. Pilar Célia Tobio de Claro
DECISÃO
8001753-11.2018.8.05.0000 Agravo De Instrumento
Jurisdição: Tribunal De Justiça
Agravante: Jailza Sinara De Aguiar Nascimento
Advogado: Jackson Silva Barros Leal (OAB:4212400A/BA)
Advogado: Matheus Ian Telles Freitas (OAB:4282200A/BA)
Agravante: Laurindo Jose Do Nascimento
Advogado: Jackson Silva Barros Leal (OAB:4212400A/BA)
Advogado: Matheus Ian Telles Freitas (OAB:4282200A/BA)
Agravado: Clivida Clinica Da Vida Ltda - Me
Agravado: Renato Assis Silva
Decisão:
Trata-se de agravo de instrumento com pedido de concessão do efeito suspensivo interposto por Jaílza Sinara de Aguiar
Nascimento e Laurindo José do Nascimento contra decisão interlocutória proferida pelo M.M. Juiz de Direito da 2ª Vara dos
Feitos de Rel. Consumo, Cível e Comercial da comarca de Lauro de Freitas/Ba, que, nos autos da ação indenizatória nº.
0518809-11.2017.8.05.0150 movida contra Clivida Clínica da Vita Ltda. - ME e Renato Assis Silva, indefere a pretensão
autoral de concessão do benefício da gratuidade judiciária.
TJBA – DIÁRIO DA JUSTIÇA ELETRÔNICO – Nº 2.099 - Disponibilização: terça-feira, 13 de março de 2018 Cad 1 / Página 198
Arguem os agravantes, em síntese, não possuírem condições financeiras para arcar com as despesas processuais, sem
prejuízo de seu próprio sustento e de sua família. Afirmam que a decisão agravada contraria o conjunto probatório constante
nos autos, tendo procedido a emenda da inicial para reforçar, com novos documentos, a necessidade de acolhimento do
seu pleito pela gratuidade de justiça.
Asseveram ser suficiente para o deferimento a simples declaração de hipossuficiência, razão pela qual pugnam pela
atribuição de efeito suspensivo ao presente agravo, dando-lhe, enfim, provimento, para que seja reformada a decisão a quo,
no sentido de conceder-lhes os benefícios da gratuidade judiciária.
Deixou de efetuar o preparo por versar o presente recurso sobre o pedido de concessão da gratuidade de justiça.
É o relatório. Decido.
O agravo de instrumento é cabível (art. 1.015, inciso V, do CPC), o agravante possui legitimidade e interesse recursal, e não
há fato aparente impeditivo ou extintivo do direito de recorrer; além de se constatar a dispensa do preparo (art. 99, § 7º, do
CPC/2015), a tempestividade e a regularidade formal da insurgência; de sorte que, presentes os pressupostos intrínsecos
e extrínsecos de admissibilidade, conheço do recurso interposto.
Trata a demanda recursal acerca da análise da existência ou não dos requisitos legais para a concessão da gratuidade de
justiça pleiteada pela parte autora, ora agravante.
O tema em análise está disposto nos artigos 98 à 102, do novo Código de Processo Civil, a seguir parcialmente transcritos:
Art. 98. A pessoa natural ou jurídica, brasileira ou estrangeira, com insuficiência de recursos para pagar as custas, as
despesas processuais e os honorários advocatícios tem direito à gratuidade da justiça, na forma da lei.
Art. 99. O pedido de gratuidade da justiça pode ser formulado na petição inicial, na contestação, na petição para ingresso de
terceiro no processo ou em recurso.
§ 1º (...)
§ 2º O juiz somente poderá indeferir o pedido se houver nos autos elementos que evidenciem a falta dos pressupostos
legais para a concessão de gratuidade, devendo, antes de indeferir o pedido, determinar à parte a comprovação do
preenchimento dos referidos pressupostos.
§ 3º Presume-se verdadeira a alegação de insuficiência deduzida exclusivamente por pessoa natural.
Com efeito, da leitura dos dispositivos supracitados, é possível concluir que se inexistirem nos autos qualquer indício
probatório que justifique a negativa da assistência judiciária, não há como se deixar de concedê-la aos postulantes.
Daí depreende-se a gratuidade possui presunção iuris tantum, que pode ser ilidida a qualquer tempo, mediante prova em
contrário1, o que não se verificou nos autos do processo em questão.
Fato é que não se encontrou nos autos qualquer elemento contrastante com a alegação de hipossuficiência, capaz de
afastar a sua presunção de veracidade, tampouco resta evidenciado que os autores possuam uma renda capaz de suportar
o valor das custas iniciais, sem comprometer o seu próprio sustento e o de sua família, considerando que o valor atribuído
à causa na ação ordinária de origem (nº. 0518809-11.2017.8.05.0150) é de R$ 450.000,00 (quatrocentos e cinquenta mil
reais), perfazendo as custas iniciais exigidas a importância de R$ 11.250,00 (onze mil duzentos e cinquenta reais).
Registre-se, ainda, que para a concessão do benefício não importa que o postulante possua bens, inclusive de raiz, ou
receba alguma renda mensal, pois que não se exige miserabilidade, basta que a parte não tenha condições de arcar com
as despesas processuais.
De toda a sorte, conforme já mencionado alhures, por possuir presunção iuris tantum, a gratuidade de justiça pode ser
ilidida a qualquer tempo, mediante prova em contrário, consoante entendimento reiterado pelo Superior Tribunal de Justiça
(STJ), conforme Precedentes: AgRg no AREsp 576573/SP, julgado em 14/10/2014; REsp 1324434/BA, julgado em 18/10/
2012; AgRg no REsp 1122012/RS, julgado em 06/10/2009.
Como ainda não ocorreu a angularização da relação jurídica processual no primeiro grau de jurisdição, apresenta-se
pertinente a aplicação do disposto no enunciado nº 81 do Fórum Permanente de Processualistas Civil, que chancela a
possibilidade de provimento monocrático do recurso quando a decisão recorrida indeferir liminarmente a gratuidade judiciária,
diante da inexistência de qualquer prejuízo ao contraditório, uma vez que o réu poderá impugnar a concessão do benefício
do diferimento tão logo integrar o polo passivo da demanda. Vejamos o teor do dispositivo, in verbis:
Enunciado nº 81. Por não haver prejuízo ao contraditório, é dispensável a oitiva do recorrido antes do provimento monocrático
do recurso, quando a decisão recorrida: (a) indeferir a inicial; (b) indeferir liminarmente a justiça gratuita; ou (c) alterar
liminarmente o valor da causa. (destaques acrescidos)
Ante o exposto, DOU PROVIMENTO ao agravo de instrumento, concedendo à parte agravante os benefícios da gratuidade de
justiça.
Cientifique-se o juízo a quo do inteiro teor da presente decisão.
Publique-se. Intimem-se. Cumpra-se.
Salvador, 15 de fevereiro de 2018.
Desª. Pilar Celia Tobio de Claro
Relatora
_________________________
1 STJ, REsp 1324434/BA, et al.
Vistos etc.
Dê-se vista à Douta Procuradoria de Justiça para que, querendo, possa ofertar parecer, nos termos do art. 53, XI, do
Regimento Interno deste Tribunal.
Publique-se. Intimem-se. Cumpra-se.
Salvador, 7 de março de 2018.
Des. Augusto de Lima Bispo
Relator
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DA BAHIA
Lidivaldo Reaiche Raimundo Britto
PUBLICAÇÃO DE DESPACHOS E DECISÕES MONOCRÁTICAS
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DA BAHIA
Lidivaldo Reaiche Raimundo Britto
PUBLICAÇÃO DE DESPACHOS E DECISÕES MONOCRÁTICAS
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DA BAHIA
Lidivaldo Reaiche Raimundo Britto
PUBLICAÇÃO DE DESPACHOS E DECISÕES MONOCRÁTICAS
0000496-51.2015.8.05.0240 Apelação
Apelante : Claro S/A
Advogado : Gleidson Rodrigo da Rocha Charão (OAB: 27072/BA)
Advogado : Ana Luiza de Oliveira Lédo Mendonça (OAB: 23338/BA)
Apelado : Selma Ventena da Silva
Advogado : José Joaquim Sousa Ferreira (OAB: 23596/BA)
Tendo em vista a informação do Apelante quanto à exclusão do Causídico da Recorrida do quadro da OAB, determino sua
intimação pessoal, a fim de constituir outro Procurador, no prazo de cinco dias, sob pena de extinção. Após, retornem-me à
conclusão.
0061916-37.2011.8.05.0001/50000 Agravo
Agravante : Maria de Fatima Oliveira do Carmo
Agravante : Naira Oliveira do Carmo Cunha
Agravante : Sandra Maria Oliveira do Carmo
Agravante : Marcos Vinicius Rodrigues de Oliveira
Def. Público : Anderson Grecchi
Agravado : Familia Bandeirante de Previdencia Privada
Advogado : Antonio de Moraes Dourado Neto (OAB: 23255/PE)
Advogado : Hugo Neves de M. Andrade (OAB: 23798/PE)
TJBA – DIÁRIO DA JUSTIÇA ELETRÔNICO – Nº 2.099 - Disponibilização: terça-feira, 13 de março de 2018 Cad 1 / Página 200
0168318-26.2003.8.05.0001 Apelação
Apelante : Municipio do Salvador
Proc. Munícipio : Patricia Lobo da Rosa Borges
Apelado : Maria de Lurdes Alves de Araujo
Def. Público : Rosane Teixeira Garcia-rosa
Ex positis, renove-se o expediente de fl.194, noticiando ao destinatário que, na Execução fiscal aforada pelo Município do
Salvador, a Executada Maria de Lurdes Alves de Araújo está representada pela Defensoria Pública do Estado da Bahia,
havendo perda do objeto da Ação Executiva, em razão do pagamento do IPTU dos anos de 1998 a 2000. Ato contínuo,
devolvam-se os fólios, com brevidade, conforme determinado à fl. 181.
Assumindo os Declaratórios caráter infringente, determino a intimação da Embargada, para, querendo, e no prazo legal,
manifestar-se acerca do recurso, ex vi do disposto no §2º do art. 1.023 da atual Lei Adjetiva Civil. Em seguida, voltem-me
conclusos. Publique-se. Intimem-se. Cumpra-se. Salvador, 12 de março de 2018. Lidivaldo Reaiche Raimundo Britto Relator
0500656-11.2013.8.05.0039 Apelação
Apelante : Banco Volkswagen S/A
Advogado : Aldenira Gomes Diniz (OAB: 9259A/PB)
Apelado : João Bosco do Santos
Perlustrando-se os fólios, constata-se que o Processo que tramitou no primeiro grau, sob o número 0500656-
11.2013.8.05.0039, possui partes diversas das que constam no presente Apelo, devendo a Secretaria promover a devida
correção, procedendo, inclusive, à nova autuação. Após, retornem-me conclusos Destarte, cumpra-se, com a urgência que
o caso requer. Publique-se. Cumpra-se. Arquive-se. Salvador - BA, de março de 2018. Des. Lidivaldo Reaiche Raimundo
Britto Relator
Assumindo os Declaratórios caráter infringente, determino a intimação da Embargada, para, querendo, e no prazo legal,
manifestar-se acerca do recurso, ex vi do disposto no §2º do art. 1.023 da atual Lei Adjetiva Civil. Em seguida, voltem-me
conclusos. Publique-se. Intimem-se. Cumpra-se. Salvador, 12 de março de 2018. Lidivaldo Reaiche Raimundo Britto Relator
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DA BAHIA
1ª Câmara Cível
Processos que deverão ser julgados pelo(a) Primeira Câmara Cível, em sessão Ordinária que será realizada em 19 de
março às 13:30, no Tribunal de Justiça da Bahia, 5ª Av. do CAB, nº 560. Salvador/BA - Brasil - CEP 41745-971.
Na forma do art. 183, §2º, do RITJBA, com a redação dada pela emenda regimental n. 12, disponibilizada no DJe de 31 de
março de 2016, os advogados poderão apresentar pedido de julgamento presencial, com ou sem sustentação oral, por e-
mail: 1camaracivel@tjba.jus.br ou até 30 (trinta) minutos antes do início da sessão de julgamento, dirigido ao Presidente do
Órgão Julgador e entregue ao Diretor da respectiva Secretaria.
TJBA – DIÁRIO DA JUSTIÇA ELETRÔNICO – Nº 2.099 - Disponibilização: terça-feira, 13 de março de 2018 Cad 1 / Página 201
A turma julgadora será composta pelo Relator e pelos dois Desembargadores que o seguirem na ordem decrescente de
antiguidade, ressalvadas as hipóteses de ausência, afastamento, suspeição ou impedimento. No julgamento de ação
rescisória, a turma julgadora será composta pelo Relator e pelos quatro Desembargadores que o seguirem na ordem
decrescente de antiguidade, ressalvadas as hipóteses de ausência, afastamento, suspeição ou impedimento.
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DA BAHIA
PRIMEIRA CÂMARA CÍVEL
EDITAL DE CITAÇÃO - PRAZO DE LEI
FAZ SABER a todos que o presente edital virem ou dele conhecimento tiverem, especialmente o representante legal da
Crisfiuza Empreendimentos Ltda., que se encontram em lugar incerto e não sabido, que por este Tribunal,na Primeira
Câmara Cível tramita os autos da Apelação nº 0030373-84.2009.8.05.0001, de Salvador, pelo que fica intimado para no prazo
(20) vinte dias, responder ao presente Recurso, para que chegue ao conhecimento de todos, vai o presente afixado e
publicado na forma da lei. Dado e passado nesta Cidade de Salvador, Capital do Estado da Bahia, aos 8 de março de 2018.
Eu, ....................................................... Ana Cristina Santos Silva - Diretora de Secretaria, conferi e assino.
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DA BAHIA
Gustavo Silva Pequeno
PUBLICAÇÃO DE DESPACHOS E DECISÕES MONOCRÁTICAS
0141535-84.2009.8.05.0001 Apelação
Apelante : Roberto Alexandre Schaleapfer Fadul
Advogado : Antonio Cesar Carvalho de Magaldi (OAB: 4841/BA)
Apelada : Celene Seixas Viana
Advogado : José Rubem Marques Costa (OAB: 6658/BA)
Ante todo o exposto, tendo o processo sido indevidamente distribuído ao Gabinete da Desa. Maria da Purificação da Silva,
encontrando-me em substituição à mesma, suscito CONFLITO NEGATIVO DE COMPETÊNCIA e determino a remessa dos
autos ao Serviço de Comunicações Gerais - SECOMGE, a fim de que sejam distribuídos ao Tribunal Pleno, sob a relatoria
da 1ª Vice- Presidência, com fundamento nos arts. 83, inciso XXII, alínea l, e 85, inciso III, alínea b, do RI/TJBA. Salvador, 12
de março de 2018.
0110640-09.2010.8.05.0001 Apelação
Apelante : Município do Salvador
Proc. Munícipio : Gisane Tourinho Dantas
Apelado : Jorge Bahia de Carvalho
Diante do exposto, determino o sobrestamento do presente feito até o pronunciamento em definitivo do Superior Tribunal de
Justiça. Remetam-se os autos à Secretaria da Câmara.
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DA BAHIA
Maria do Socorro Barreto Santiago
PUBLICAÇÃO DE DESPACHOS E DECISÕES MONOCRÁTICAS
0011878-22.1991.8.05.0001 Apelação
Apelante : Município do Salvador
Procurador : Flávia Cardoso Borges Andrade
Procurador : Daniel Souza Tourinho
Apelado : CTD Const Treinamento e Desenv de Recursos Humanos LTDA
Diante do exposto, determino o sobrestamento do presente feito até o pronunciamento em definitivo do Superior Tribunal de
Justiça. Remetam-se os autos à Secretaria da Câmara. Publique-se. Intimem-se.
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DA BAHIA
Desa. Maria do Socorro Barreto Santiago
DESPACHO
8004193-77.2018.8.05.0000 Agravo De Instrumento
Jurisdição: Tribunal De Justiça
Espólio: Livia Carla Cruz Mascarenhas
Advogado: Samuel Cordeiro Fahel (OAB:0011306/BA)
Agravado: Jbs S/a
Advogado: Antonio Roberto Prates Maia (OAB:0004266/BA)
Advogado: Bruno De Almeida Maia (OAB:1892100A/BA)
Agravado: Campelo Industria E Comercio Ltda.
TJBA – DIÁRIO DA JUSTIÇA ELETRÔNICO – Nº 2.099 - Disponibilização: terça-feira, 13 de março de 2018 Cad 1 / Página 204
Despacho:
Cuida-se de Agravo de Instrumento interposto por ESPÓLIO DE LUCIENE RIBEIRO DOS SANTOS CRUZ em face de JBS S/
A e CAMPELO INDÚSTRIA E COMÉRCIO LTDA, nos autos do Incidente de Suspeição Nº 03004992-83.2018.8.05.0001
manejado no bojo dos Embargos de Terceiro Nº 0577078-05.2017.8.05.0001, inconformado com a decisão proferida pelo
Juízo da 1ª Vara Empresarial de Salvador, que, ao encaminhar o Incidente de Suspeição a este E. Tribunal de Justiça,
determinou a suspensão dos autos originários e demais apensos, todos em tramite no mencionado Juízo.
Da análise dos documentos carreados aos autos, infere-se que a petição alegando a suspeição do Juízo de primeiro grau
foi manejada nos autos dos Embargos de Terceiros tombado sob o Nº 0577078-05.2017.8.05.0001, frise-se, apensados ao
feito principal de Execução/Cumprimento de Sentença de Nº 0021901-85.1995.8.05.0000, repita-se, todos em tramite perante
a 1ª Vara Empresarial desta Capital.
De igual maneira, à luz da petição de ID 794134, protocolada em 08/03/2018, depreende-se que anteriores Agravos de
Instrumento de Nº 0023081-70.8.05.0000 e Nº 0026987-68.2017.8.05.0000, relacionados à Execução/Cumprimento de
Sentença acima referido, tramitam perante a 3ª Câmara Cível deste E. Tribunal, sob a relatoria do E. Des. Ivanilton Santos da
Silva.
Por sua vez, o art. 160, do RITJ/BA dispõe que, com arrimo no art. 930, Parágrafo Único do Código de Processo Civil, os feitos
serão distribuídos, por dependência, ao mesmo Órgão Julgador.
Assim, nos lindes da petição de ID 794134 e com a finalidade de evitar julgamentos contraditórios, determino o retorno dos
autos ao SECOMGE para fins de distribuição dos mesmos ao Ilustre Des. Ivanilton Santos da Silva, por se tratar de Julgador
prevento.
Publique-se.
Salvador/BA, 12 de março de 2018.
DESª MARIA DO SOCORRO BARRETO SANTIAGO
RELATORA
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DA BAHIA
Desa. Maria do Socorro Barreto Santiago
DECISÃO
8003656-81.2018.8.05.0000 Agravo De Instrumento
Jurisdição: Tribunal De Justiça
Agravante: Estado Da Bahia
Advogado: Claudio Cairo Goncalves (OAB:0013012/BA)
Agravado: Bahialub Comercio De Produtos Automotivos Ltda. - Me
Agravado: Mtl Distribuicao E Importacao De Lubrificantes Ltda
Decisão:
Cuida-se de agravo de instrumento interposto pelo Estado da Bahia em face de decisão proferida pelo juízo da 3ª Vara da
Fazenda Pública da Capital, que, em sede de Mandado de Segurança, concedeu liminar para determinar à autoridade
coatora que se abstenha de impedir a restituição da diferença do ICMS pago a maior pelas impetrantes no regime de
substituição tributária progressiva, nas hipóteses em que a base de cálculo da operação final por inferior àquela presumida
pelo Fisco.
Em suas razões recursais, o agravante sustenta, em síntese, que a decisão trará sérios prejuízos ao erário caso seja
mantida e representa grave ofensa à ordem jurídica tributária interna, assim como a princípios basilares do ordenamento
jurídico, constitucional e processual, com potencial multiplicador, ante o precedente criado para outros contribuintes.
Sustenta que a lei estadual que regulou o ICMS, oriunda da competência tributária outorgada pela CF, definiu como fato
gerador a realização de operação relativa à circulação de mercadorias, além de estabelecer os critérios da base de cálculo,
tudo em consonância com a LC 87/96.
Considera que o contribuinte não pode modificar a base de cálculo prevista em lei para reclamar ajuste posterior, pena de
subverte o regime de substituição tributária.
Refere o efeito erga omnes decorrente do julgamento da ADIN 1851/2002 pelo STF e a inexistência de trânsito em julgado do
RE 593849 - MG, circunstância que imporia a suspensão do presente feito até definição conclusiva do STF.
Não tem como presentes o periculum in mora e a fumus boni juris em relação às Impetrantes no mandado de segurança
originário.
TJBA – DIÁRIO DA JUSTIÇA ELETRÔNICO – Nº 2.099 - Disponibilização: terça-feira, 13 de março de 2018 Cad 1 / Página 205
Afirma a irreversibilidade do direito postulado pela parte Agravada e pugna pela atribuição de efeito suspensivo ao agravo e
posterior revogação da decisão agravada.
É o breve relatório.
Decido.
O agravo é cabível, tempestivo e preenche os requisitos de admissibilidade dos arts. 1.016 e 1.017 do CPC/2015, razão pela
qual defiro o seu processamento.
Passo, portanto, à análise do pedido de tutela recursal de urgência. A respeito, em seu inciso I, dispõe o artigo 1019 do CPC:
I - poderá atribuir efeito suspensivo ao recurso ou deferir, em antecipação de tutela, total ou parcialmente, a pretensão
recursal, comunicando ao juiz sua decisão;".
Por sua vez, assim estabelece o citado artigo 995 do diploma adjetivo:
"Art. 995. Os recursos não impedem a eficácia da decisão, salvo disposição legal ou decisão judicial em sentido diverso.
Parágrafo único. A eficácia da decisão recorrida poderá ser suspensa por decisão do relator, se da imediata produção de
seus efeitos houver risco de dano grave, de difícil ou impossível reparação, e ficar demonstrada a probabilidade de provimento
do recurso.
À luz dos pressupostos processuais para a concessão do efeito suspensivo, os elementos encartados aos autos não
abonam a tese defendida pelo Agravante. Com efeito, neste momento de cognição sumária não exauriente, não se constata
a presença simultânea dos dois pressupostos indispensáveis à sustação dos efeitos de decisão atacada, quais sejam, a
relevância da fundamentação do pleito (fumus boni juris) e a potencialidade lesiva do provimento recorrido (periculum in
mora).
O instituto da substituição tributária progressiva tem previsão Constitucional, consoante artigo 150, §7º, Carta Magna.
Todavia, embora o texto constitucional preveja restituição do imposto pago antecipadamente na hipótese de não ocorrência
do fato gerador, não define o que deve ser feito quando houver imposto pago a maior em razão da venda final do produto em
valor inferior à base de cálculo presumida para o adiantamento. A discussão permite abordagens diversas e nos autos se
tem posições contrárias, assumidas pelos litigantes.
Ocorre que o Supremo Tribunal Federal, no recente julgamento RE 593849, submetido à sistemática da repercussão geral,
fixou a tese jurídica (Tema 201) nos seguintes termos:
"É devida a restituição da diferença do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços - ICMS pago a mais no regime
de substituição tributária para frente se a base de cálculo efetiva da operação for inferior à presumida".
22, §10, da Lei 6.763/1975, e 21 do Decreto 43.080/2002, ambos do Estado de Minas Gerais, e fixação de interpretação
conforme à Constituição em relação aos arts. 22, §11, do referido diploma legal, e 22 do decreto indigitado. 8. Recurso
extraordinário a que se dá provimento.
(RE 593849, Relator(a): Min. EDSON FACHIN, Tribunal Pleno, julgado em 19/10/2016, ACÓRDÃO ELETRÔNICO
REPERCUSSÃO GERAL - MÉRITO DJe-065 DIVULG 30-03-2017 PUBLIC 31-03-2017 REPUBLICAÇÃO: DJe-068 DIVULG
04-04-2017 PUBLIC 05-04-2017)".
Assim, ao interpretar soberanamente a Constituição, a Corte Maior entendeu que, além da hipótese de inocorrência do fato
gerador, é devida a restituição do valor do tributo pago antecipadamente também quando a operação de circulação de
mercadoria se concretize com a adoção de uma base de cálculo inferior à presumida, caso em que a restituição será parcial.
O Agravante sustenta a inexistência de trânsito em julgado da decisão paradigma e a necessidade de sobrestamento do
feito ante a repercussão geral reconhecida no STF. Ocorre que ambos os embargos de declaração opostos no RE 593.849
foram rejeitados, e, com isso, vencidas se encontram as teses defendidas pelo Estado da Bahia, ora Recorrente. Por
conseguinte, não mais há se falar em manutenção do sobrestamento do feito. Seguem as ementas dos acórdãos nos
embargos:
"Decisão: O Tribunal, por unanimidade, rejeitou os embargos de declaração, e determinou a baixa imediata dos autos, nos
termos do voto do Relator. Plenário, Sessão Virtual de 16.2.2018 a 22.2.2018.".
Nesse contexto, afastada o pretenso sobrestamento do feito, de se reconhecer que a decisão do STF fulmina um dos
pressupostos para a suspensividade pretendida, in casu, a fumus boni juris, ou aparência de razão, ou probabilidade do
direito. A constatação inequívoca, por si só, já impossibilita o acolhimento da suspensão dos efeitos do provimento de
origem, nos exatos termos dos artigos 995, Parágrafo único e 1019, I, ambos do CPC.
TJBA – DIÁRIO DA JUSTIÇA ELETRÔNICO – Nº 2.099 - Disponibilização: terça-feira, 13 de março de 2018 Cad 1 / Página 207
Ante o exposto, com arrimo na legislação citada e na recente decisão exauriente da Suprema Corte Constitucional, indefiro
o efeito suspensivo pleiteado pelo agravante.
Intimem-se.
1(in, Comentários ao Código de Processo Civil, São Paulo: Editora Revista dos Tribunais, 2015, p. 2103)
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DA BAHIA
Desa. Maria do Socorro Barreto Santiago
DECISÃO
8004571-33.2018.8.05.0000 Agravo De Instrumento
Jurisdição: Tribunal De Justiça
Agravante: Maria Do Perpetuo Socorro Magalhaes Da Silva
Advogado: Cecilia Lemos Machado (OAB:2839600A/BA)
Agravado: Estado Da Bahia
Decisão:
Trata-se de Agravo de Instrumento, com pedido de efeito suspensivo, interposto por MARIA DO PERPÉTUO SOCORRO
MAGALHÃES DA SILVA, hostilizando decisão proferida pelo Juízo da 5ª Vara da Fazenda Pública da Capital, nos autos do
Cumprimento Individual de Sentença oriunda de Ação Coletiva, movida em face do ESTADO DA BAHIA, ora agravado.
Insurge-se a requerente, ora agravante, em face de decisão que declinou da competência para conhecer do Cumprimento
de Sentença e determinou a redistribuição do feito ao Juízo da 7ª Vara da Fazenda Pública da Capital, Juízo que processou
e julgou a Ação Coletiva, verbis:
"No caso em espeque, a ação coletiva foi julgada pelo MM. Juízo da 7ª Vara da Fazenda Pública da Comarca desta Capital,
nº 0102836-92.2007.8.05.0001.
Diante da situação fática, não há razão para se afastar a regra geral disposta no art. 516, inciso II do CPC.
Como se trata de competência funcional, absoluta, portanto, só me cumpre proceder A DECLINAÇÃO DA COMPETÊNCIA
para conhecer da presente execução (cumprimento de sentença individual do julgado coletivo) para o MM. Juízo da 7º Vara da
Fazenda Pública desta Comarca."
Em síntese, a agravante alega a necessidade de reforma da decisão agravada, sob o argumento de que inexiste interesse
apto a justificar a prevenção do Juízo da 7ª Vara da Fazenda Pública de Salvador, Juízo que examinou o mérito da Ação
Coletiva, uma vez que a Execução Individual de Sentença Condenatória proferida em sede de Ação Coletiva não segue a
regra geral dos artigos 509 e 516 do CPC.
Outrosim, assevera que a decisão agravada vai de encontro aos posicionamentos do STJ e deste E. Tribunal de Justiça, que
têm firmado o entendimento de ser cabível a livre distribuição do feito em casos deste jaez. Ao final, pugna pela concessão
da assistência judiciária gratuita, pela atribuição de efeito suspensivo ao recurso e, no mérito, pelo provimento do Agravo,
com o reconhecimento da obrigatoriedade da livre distribuição do Cumprimento de Sentença, com a consequente declaração
da competência do Juízo da 5ª Vara da Fazenda Pública de Salvador para processar e julgar a demanda originária.
Acostou os documentos de fls.
Após distribuição por livre sorteio, coube-me a relatoria do feito.
É o relatório.
De logo, defiro o pedido de gratuidade de justiça, por não vislumbrar nos autos a falta dos pressupostos legais para a sua
concessão, nos lindes do Caput do art. 98 e §2º do art. 99, ambos do Código de Processo Civil.
Na sequência, não se olvida que a possibilidade de atribuição do efeito suspensivo ao Agravo de Instrumento possui
previsão no inciso I do Art. 1.019, quando, nos termos do Art. 995, Parágrafo Único, todos do CPC, da imediata produção dos
efeitos da decisão recorrida "houver risco de dano grave, de difícil ou impossível reparação, e ficar demonstrada a probabilidade
de provimento do recurso".
Destarte, para que o Julgador obste a eficácia da decisão recorrida, devem estar simultaneamente presentes os citados
pressupostos.
Em juízo perfunctório, próprio deste momento processual, infere-se os requisitos para a concessão suspensividade
pretendida.
Na hipótese, após cotejo dos autos, vislumbra-se que a agravante, no Cumprimento de Sentença, busca o recebimento de
verbas alimentares, de modo que, eventual conflito negativo entre os Juízos da 5ª e 7ª Varas da Fazenda Pública poderá, sem
dúvidas, acarretar em risco de dano grave, de difícil ou impossível reparação, com o sobrestamento do feito.
Ademais, não se olvida o entendimento deste Tribunal de Justiça, no sentido de que a execução individual de sentença
coletiva não poderá ficar adstrita ao Órgão jurisdicional onde foi processada e julgada a demanda condenatória, sob pena
de desnaturar o instituto. Corroborando, transcreve-se, a seguir, julgados deste Tribunal, verbis:
TJBA – DIÁRIO DA JUSTIÇA ELETRÔNICO – Nº 2.099 - Disponibilização: terça-feira, 13 de março de 2018 Cad 1 / Página 208
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DA BAHIA
Desa. Regina Helena Ramos Reis
DECISÃO
8003972-94.2018.8.05.0000 Agravo De Instrumento
Jurisdição: Tribunal De Justiça
Agravante: Claro S.a.
Advogado: Luciana Kruschewsky Mattos Cerqueira (OAB:0038916/BA)
Agravado: Instituto Do Meio Ambiente E Recursos Hidricos
Decisão:
Trata-se de agravo de instrumento interposto pela Claro S/A em face da decisão proferida pelo MM. Juiz de Direito da 5ª Vara
da Fazenda Pública da Comarca de Salvador que, nos autos da ação anulatória por ela proposta, reservou-se para apreciação
do pedido de tutela de urgência após a formação do contraditório.
Esclareceu ter sido notificado da aplicação de multa administrativa de R$10.000,00 em seu desfavor, pelo agravado.
Aduziu que, no endereço indicado no auto de infração não há qualquer infraestrutura de telefonia móvel instalada.
Alegou que "no caso concreto sem sombra de dúvidas restou violado o princípio da motivação, pois injustificado e sem
qualquer razão a aplicação da suposta penalidade, uma vez não existir no local indicado qualquer infraestrutura da empresa
Agravante".
Salientou que a multa administrativa que lhe fora cominada está em vias de ser inscrita em dívida ativa.
Requereu a concessão do efeito suspensivo ao recurso, para que seja suspensa a exigibilidade da multa administrativa que
lhe foi aplicada pelo INEMA. Ao final, pugnou pelo provimento do recurso.
É o breve relatório. Passo a decidir.
O Código de Processo Civil de 2015, em seu art.995, aboliu o efeito suspensivo como regra recursal e transformou-o em
exceção. Dentre essas exceções está o caso em que os efeitos da decisão recorrida puderem causar dano grave e de difícil
reparação e houver probabilidade de provimento do recurso. A propósito, veja-se o teor do art. 995,parágrafo único, do CPC/
2015, in verbis:
Art. 995. Os recursos não impedem a eficácia da decisão, salvo disposição legal ou decisão judicial em sentido diverso.
Parágrafo único. A eficácia da decisão recorrida poderá ser suspensa por decisão do relator, se da imediata produção de
seus efeitos houver risco de dano grave, de difícil ou impossível reparação, e ficar demonstrada a probabilidade de provimento
do recurso.
Examinando os autos, mormente os documentos acostados à ação originária, observa-se que a multa de R$10.000,00 (dez
mil reais) que foi aplicada ao agravante, pelo INEMA, refere-se a infração ocorrida em 01/09/2014, conforme notificação nº.
2014-010031 (fl.18).
Dessa forma, não há como acolher, nesse momento processual, a alegação de que no local não funciona qualquer
infraestrutura de telefonia da agravante, uma vez que o registro referente à id. nº. 770812, fl.04 refere-se à situação atual do
imóvel e não ao ano de 2014.
Ausentes, portanto, os requisitos para deferimento da tutela de urgência. Nesse sentido:
TJBA – DIÁRIO DA JUSTIÇA ELETRÔNICO – Nº 2.099 - Disponibilização: terça-feira, 13 de março de 2018 Cad 1 / Página 209
AGRAVO DE INSTRUMENTO. AÇÃO INDENIZATÓRIA. TUTELA DE URGÊNCIA. ART. 300 DO NCPC. REQUISITO.
PROBABILIDADE DO DIREITO. AUSÊNCIA. - Nos termos da norma estabelecida no caput do art. 300 do Novo Código de
Processo Civil (Lei nº. 13.105/2015), poderá ser liminarmente deferida a tutela de urgência quando "houver elementos que
evidenciem a probabilidade do direito e o perigo de dano ou o risco ao resultado útil do processo".
(TJ-MG - AI: 10000160728127001 MG, Relator: Cláudia Maia, Data de Julgamento: 04/07/0017, Câmaras Cíveis / 14ª CÂMARA
CÍVEL, Data de Publicação: 07/07/2017)
Nessa toada, prudente a decisão do Magistrado a quo em aguardar manifestação do ora recorrida, para decidir acerca da
tutela de urgência.
Conclusão
Isto posto, indefiro o pedido de concessão de efeito suspensivo.
Comunique-se ao juízo de primeiro grau o conteúdo desta decisão, encaminhando-se-lhe cópia do seu inteiro teor (art.
1019, I, CPC/2015 ).
Intime-se a parte agravada, na forma do art. 1019, II, do diploma processual, para, querendo, apresentar contrarrazões, no
prazo de 15 (quinze) dias.
Publique-se. Intime-se. Cumpra-se.
Salvador/BA, 12 de março de 2018.
Desa. Regina Helena Ramos Reis
Relator
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DA BAHIA
Desa. Regina Helena Ramos Reis
DECISÃO
8003460-14.2018.8.05.0000 Agravo De Instrumento
Jurisdição: Tribunal De Justiça
Agravante: Estado Da Bahia
Agravado: E. M. D. S. S.
Advogado: Lorena Cunha Do Nascimento (OAB:0043611/BA)
Decisão:
Trata-se de Agravo de Instrumento interposto pelo Estado da Bahia em face da decisão proferida pelo Juízo da 2ª Vara dos
feitos de Rel. de Cons. Cível e Comerciais da Comarca de Santo Antônio de Jesus (BA), nos autos da Ação Ordinária
tombada sob o nº0503683-72.2017.805.0229, em que o juízo a quo, deferiu a tutela de urgência para "a determinar que o
Estado da Bahia e o Município de Santo Antônio de Jesus adotem, no prazo de 05 (cinco) dias, as medidas administrativas
necessárias: a) à disponibilização imediata à parte autora do medicamento SAIZEN 20mg ou outro que tenha por princípio
ativo a somatropina, na mesma dosagem (20mg), na quantidade discriminada em prescrição médica (fls. 38 e 68), sendo
que o fornecimento de demais ampolas/frascos dependerá de receituário a ser apresentado pela parte autora; b) ao
fornecimento do aparelho CPAP nasal, com a respectiva máscara necessária para sua utilização, conforme prescrição
médica (fl. 21).". Fixou-se multa diária no valor de R$500,00 (quinhentos reais em caso de descumprimento.
Insurgiu-se o agravante (ID 749484), asseverando que a obrigação determinada na origem deve ser atribuída apenas ao
Município, pois ele é quem detém a gestão plena do sistema público de saúde, de modo que aos Estados caberia, no que
se refere às prestações de serviços na área de saúde pública (assistência médica: realização de procedimentos; e
farmacêutica: fornecimento de medicamentos), promover a descentralização para os Municípios dos serviços e das ações
de saúde, de lhes prestar apoio técnico e financeiro, e de executar supletivamente ações e serviços de saúde (art. 17, I e III
da Lei n° 8.080/90). Noutro giro, afirma que não está comprovado que o tratamento mais indicado para a Autora seja a
administração do medicamento pleiteado, nem que esse seja o único tratamento indicado para o seu caso clínico, muito
menos restou demonstrado que as regras para recebimento do medicamento previsto em protocolo específico foram
seguidas; sendo imprescindível a observância do protocolo para fornecimento do medicamento, inclusive para a segurança
da saúde da paciente. Afirma que o dever do Estado de prestar saúde refere-se apenas a instituição de políticas públicas e
que o Poder Público possui discricionariedade para gerir a saúde, pois os recursos públicos não seriam inesgotáveis.
Ao fim, requereu que fosse atribuído efeito suspensivo ao presente recurso para determinar a suspensão do cumprimento
da decisão liminar até o pronunciamento definitivo desse juízo ad quem.
É o breve relatório. Decido.
Para que seja deferido o efeito suspensivo pleiteado, nos termos do artigo 995, parágrafo único, do CPC/2015, mister se faz
a demonstração cabal de prejuízo grave e de difícil reparação que a decisão hostilizada tem causado à parte ou poderá ainda
causar, caso não seja suspensa, bem como a probabilidade de provimento do recurso. Acerca do CPC de 1973, era o
magistério de Araken de Assis:
"Por conseguinte, só cabe ao relator suspender os efeitos da decisão e, a fortiori, antecipar os efeitos da pretensão recursal,
respeitando dois pressupostos simultâneos: a relevância da motivação do agravo, o que implica prognóstico acerca do
futuro julgamento do recurso no órgão fracionário, e o receio de lesão grave e de difícil reparação resultante do cumprimento
da decisão agravada até o julgamento definitivo do agravo (Manual de Recursos, 6ª edição, Revista dos Tribunais).
Assim, cabe ao recorrente demonstrar (i) o risco de lesão grave e de difícil reparação ao seu direito e (ii) a probabilidade de
provimento do recurso. A propósito, veja-se o teor do art. 995, parágrafo único, do CPC, in verbis:
Art. 995. Os recursos não impedem a eficácia da decisão, salvo disposição legal ou decisão judicial em sentido diverso.
TJBA – DIÁRIO DA JUSTIÇA ELETRÔNICO – Nº 2.099 - Disponibilização: terça-feira, 13 de março de 2018 Cad 1 / Página 210
Parágrafo único. A eficácia da decisão recorrida poderá ser suspensa por decisão do relator, se da imediata produção de
seus efeitos houver risco de dano grave, de difícil ou impossível reparação, e ficar demonstrada a probabilidade de provimento
do recurso.
In casu, a ação de origem trata do fornecimento de medicamento (Saizen 20mg) e do fornecimento de aparelho CPAP nasal
c/ máscara para paciente adolescente, diagnosticada por equipe multidisciplinar (otorrinolaringologistas, endocrinologista
e neurologista) com "síndrome de Apnéia do Sono (SAHOS) de grau severo", com impacto na curva do crescimento (pgs.20,
21, dos autos digitais da origem) e prejuízos de ordem cognitiva (pg. 64).
Frisa-se que a despeito das afirmações genéricas sobre a não comprovação de que o tratamento indicado nos relatórios
médicos acostados à inicial seria o único ou o mais indicado para os sintomas/patologia apresentada, verifica-se que além
do recorrente não ter sido capaz de demonstrar outras alternativas, antes de deferir a tutela o juízo a quo teve o cuidado de
submeter o caso ao plantão médico, cujo parecer foi favorável ao deferimento da pretensão (conforme pgs.86/87, dos autos
digitais da origem).
Ademais, vê-se que não incide a vedação contida na Lei nº 8.437/92, uma vez que o caso concreto reclama a primazia do
direito à vida e à saúde de adolescente, que se encontra em desenvolvimento, devendo ser tratada com absoluta prioridade,
nos termos dos arts. 3º, 4º e 11 do ECA c/c art. 227 da CF/88 - a sendo certo que, a teor do art. 196 da CF/88, a saúde é direito
de todos e dever do Estado, por meio de seus diversos entes, cuja responsabilidade, ao contrário do quanto aduz o
recorrente, é solidária, conforme reiteradamente pontuado pelas Cortes Superiores, senão vide o seguinte aresto:
EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. CONSTITUCIONAL E PROCESSUAL CIVIL. DIREITO À
SAÚDE (ART. 196, CF). FORNECIMENTO DE MEDICAMENTOS. SOLIDARIEDADE PASSIVA ENTRE OS ENTES FEDERATIVOS.
CHAMAMENTO AO PROCESSO. DESLOCAMENTO DO FEITO PARA JUSTIÇA FEDERAL. MEDIDA PROTELATÓRIA.
IMPOSSIBILIDADE. 1. O artigo 196 da CF impõe o dever estatal de implementação das políticas públicas, no sentido de
conferir efetividade ao acesso da população à redução dos riscos de doenças e às medidas necessárias para proteção e
recuperação dos cidadãos. 2. O Estado deve criar meios para prover serviços médico-hospitalares e fornecimento de
medicamentos, além da implementação de políticas públicas preventivas, mercê de os entes federativos garantirem recursos
em seus orçamentos para implementação das mesmas. (arts. 23, II, e 198, § 1º, da CF). 3. O recebimento de medicamentos
pelo Estado é direito fundamental, podendo o requerente pleiteá-los de qualquer um dos entes federativos, desde que
demonstrada sua necessidade e a impossibilidade de custeá-los com recursos próprios. Isto por que, uma vez satisfeitos
tais requisitos, o ente federativo deve se pautar no espírito de solidariedade para conferir efetividade ao direito garantido pela
Constituição, e não criar entraves jurídicos para postergar a devida prestação jurisdicional. 4. In casu, o chamamento ao
processo da União pelo Estado de Santa Catarina revela-se medida meramente protelatória que não traz nenhuma utilidade
ao processo, além de atrasar a resolução do feito, revelando-se meio inconstitucional para evitar o acesso aos remédios
necessários para o restabelecimento da saúde da recorrida. 5. Agravo regimental no recurso extraordinário desprovido.
(STF, RE 607381 AgR, Relator(a): Min. LUIZ FUX, Primeira Turma, julgado em 31/05/2011, DJe-116 DIVULG 16-06-2011
PUBLIC 17-06-2011 EMENT VOL-02546-01 PP-00209 RTJ VOL-00218-01 PP-00589). (negritou-se).
Portanto, tanto a probabilidade do direito quanto o perigo de dano, afiguram-se pender em favor da parte agravada, uma vez
que se trata da saúde e do regular desenvolvimento de uma adolescente, não tendo sido comprovado nos autos grave risco
de lesão à ordem e à economia públicas, sendo certo que o tardio diagnóstico e intervenção médica reparadora da patologia
que acomete a agravante poderá custar muito mais caro ao Estado, diante do risco de desenvolvimento de síndrome
metabólica e doenças cardíacas.
Nem se diga que o valor da multa diária fixada para o descumprimento, configuraria o perigo de lesão que reclame uma
suspensividade imediata, porquanto poderá ser revisto (art. 537, §1º do CPC/2015) até mesmo na fase executória, caso se
verifique excessivo.
De modo que a decisão combatida parece ter observado a contento os requisitos legais para o deferimento do pleito, não
tendo se prestado a realizar qualquer ingerência indevida, mas tão somente observado o constitucional dever de
inafastabilidade jurisdicional. Logo, em análise perfunctória, já se mostra comprometido o requisito de probabilidade de
provimento do recurso, pois não se mostra de provável acolhimento das teses aduzidas pelo Estado agravante.
Assim é que, ao menos nesse momento processual, a decisão combatida, que teve por escopo efetivar tratamento de saúde
e direito ao regular desenvolvimento e à vida da adolescente, não comporta a suspensão pretendida à luz do art. 995,
parágrafo único, do CPC.
Conclusão
Ante o exposto, NEGO O EFEITO SUSPENSIVO PLEITEADO, mantendo incólume a decisão agravada.
Comunique-se ao juízo de primeiro grau o conteúdo desta decisão, encaminhando-se-lhe cópia do seu inteiro teor (art.
1019, I, CPC/2015).
Intime-se a parte agravada, na forma do art. 1.019, II, do diploma processual, para, querendo, apresentar contrarrazões, no
prazo de 15 (quinze) dias.
Cumpridos os atos acima, remetam os autos ao Ministério Público em atenção ao art. 53, IX, X e XI do RITJ/BA c/cart. 178, II
do CPC.
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DA BAHIA
Des. Maurício Kertzman Szporer
DESPACHO
8003957-28.2018.8.05.0000 Agravo De Instrumento
Jurisdição: Tribunal De Justiça
Agravante: Angelo Calmon De Sa
Advogado: Helio Santos Menezes Junior (OAB:0007339/BA)
Advogado: Gabriela Paixao Suarez (OAB:0032933/BA)
Agravado: Agricola Provisao Ltda
Agravado: Mário Ângelo Carvalho Fernandez
Agravado: Claudia Tavares Da Silva Fernandez
Despacho:
Inobstante as razões encetadas pelo agravante, julgo que o objeto do presente recurso carece da realização do contraditório,
razão pela qual, em prestígio a segurança jurídica, reservo-me a apreciar o pedido de atribuição de efeito suspensivo ativo
após a formalização do contraditório.
Intimem-se os agravados para que, querendo, ofereçam suas respostas, no prazo de 15 (quinze) dias (art. 1.019, II, do
NCPC).
Publique-se. Intime-se.
Salvador/BA, 5 de março de 2018.
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DA BAHIA
Desa. Maria de Fátima Silva Carvalho
DECISÃO
8004149-58.2018.8.05.0000 Agravo De Instrumento
Jurisdição: Tribunal De Justiça
Agravante: Municipio De Santa Cruz Da Vitoria
Advogado: Higor Santana Guimaraes (OAB:0053080/BA)
Agravado: Fabricio Nascimento Da Silva
Advogado: Amanda Kalayane Moraes De Assis (OAB:0037829/BA)
Decisão:
Trata-se de Agravo de Instrumento com pedido de efeito suspensivo interposto pelo MUNICÍPIO DE SANTA CRUZ DA VITÓRIA,
irresignado com a decisão proferida pelo M.M. Juiz da Vara dos Feitos de Relação de Consumo, Cível e Comerciais da
Comarca de Ibicara, no Mandado de Segurança Preventivo nº 8000114-10.2017.8.05.0091, em favor de FABRÍCIO NASCIMENTO
DA SILVA e OUTROS, nos seguintes termos:
"Posto isso, CONCEDO a medida liminar para determinar que a autoridade coatora se abstenha de exonerar os impetrantes
Barbara Sales Gonçalves, Naumara dos Santos Pereira e Andreza dos Santos de Castro, sem observância do devido
processo legal, assegurado o contraditório e a ampla defesa, sob pena de multa diária e pessoal de R$ 10.000,00 (dez mil
reais). Quanto aos impetrantes Fabricio Nascimento da Silva, Adilson dos Santos, Melissa Ingrid Nunes Barbosa Revert,
Vanusa Mafra Aquino, João Batista Jesus de Oliveira, Gersica Franca Sousa e Adriana Rodrigues de Araújo Coutinho, com
lastro no art. 485, VI, do Código de Processo Civil, EXTINGO o processo sem resolução do mérito, em decorrência da falta de
interesse processual. Dê-se vista ao Ministério Público nos termos do art. 12 da Lei n.º 12.016/2009. Intime-se. Esta decisão
tem força de mandados de intimação. Alysson Floriano, Juiz de Direito." (ID 781810)
Alega o agravante que "Tramita perante o Egrégio Juízo Fazendário da Comarca de Ibicaraí, o Mandado de Segurança
tombado sob o n.º 80000114-10.2017.8.05.0091 (DOC. 004), postulando a concessão de Medida Liminar, ajuizada pelo Sr.
Fabrício Nascimento da Silva e Outros, aduzindo, em síntese, que o Município de Santa Cruz da Vitória, no ano de 2015,
realizou concurso público para o preenchimento de cargos vagos em diversos órgãos da administração pública municipal,
na forma da Lei Municipal." (ID 78259, fl. 02)
Ressalta que "Após as eleições de 2016, quando teve conhecimento da sua derrota nas urnas, o Ex-Prefeito, a fim de
prejudicar o atual gestor, que assumiria o cargo de Chefe do Executivo em Janeiro de 2017, resolveu convocar, nomear e
empossar, no final de sua Gestão, os Impetrantes, mesmo sem que o Município necessitasse de servidores, haja vista que
o quadro de pessoal encontrava-se totalmente preenchido e sem vagas." (ID 78259, fl. 03)
Assevera que "O r. Juízo a quo, por sua vez, entendeu por bem conceder a liminar pleiteada, para tornar sem efeito o Decreto
Municipal n. 78/2017, no que tange à demissão dos Impetrantes, sem que fosse observado o devido processo legal,
determinando, ainda, a reintegração aos cargos anteriormente ocupados pelos servidores, no prazo de 48 horas, sob pena
de multa diária e pessoal de R$ 10.000,00 (dez mil reais), até o limite de 500.000,00 (quinhentos mil)." (ID 78259, fl. 03)
Pontua que "Em outro vértice, a decisão combatida, traz graves prejuízos para a economia e a Ordem Pública do Município
de Santa Cruz da Vitória, uma vez que o Município necessitará efetuar pagamentos dos salários dos servidores admitidos
TJBA – DIÁRIO DA JUSTIÇA ELETRÔNICO – Nº 2.099 - Disponibilização: terça-feira, 13 de março de 2018 Cad 1 / Página 212
pelos Decretos NULOS, bem como os encargos sociais e previdenciários, mesmo sem haver dotação orçamentária suficiente,
como retro explicado, o que ocasionará, por certo, dificuldade ou prejuízo para manter os serviços públicos essenciais,
inviabilizando, até mesmo, o fechamento das contas públicas municipais, em razão do alto percentual das despesas com
pessoal, problema fiscal este herdado da antiga administração." (ID 781259, fls. 16)
Por tais considerações, entendendo presentes os requisitos do fumus boni iuris e periculum in mora, requer que a concessão
de medida liminar para suspender os efeitos da decisão agravada. No mérito, pleiteia o provimento do recurso. (ID 781259).
É o relatório.
DECIDO.
Presentes os requisitos de admissibilidade, conheço o recurso.
Estabelece o artigo 1.019, inciso I do novo Código de Processo Civil:
Art. 1.019. Recebido o Agravo de Instrumento no tribunal e distribuído imediatamente, se não for o caso de aplicação do art.
932, incisos III e IV, o relator, no prazo de 05 (cinco) dias:
I - poderá atribuir efeito suspensivo ao recurso ou definir, em antecipação de tutela, total ou parcialmente, a pretensão
recursal, comunicando ao juiz sua decisão;
O dispositivo legal supra deve ser interpretado conjuntamente com o artigo 300 do CPC em vigor, referente à tutela de
urgência. Esta norma condiciona a concessão de efeito suspensivo aos seguintes requisitos: "quando houver elementos
que evidenciem a probabilidade do direito e o perigo de dano ou o risco ao resultado útil do processo."
Após análise sumária dos autos, afere-se, ao menos a priori, a ausência dos requisitos legais para a concessão da
suspensividade pleiteada, sintetizados nos conceitos do fumus boni juris e do periculum in mora, necessitando nestas
hipóteses da abertura do contraditório para melhor elucidação dos fatos.
A probabilidade do direito (fumus boni iuris) não se confunde com a irresignação da parte ante a decisão proferida pelo Juízo
a quo. A concessão de efeito suspensivo atrela-se à demonstração da legitimidade do pleito, mediante relevante
fundamentação, capaz de, prima facie, suspender os efeitos do decisum impugnado, o que não ocorre nos presentes autos.
Quanto ao perigo de dano ou o risco ao resultado útil do processo (periculum in mora), também não demonstrou o agravante.
É que o perigo da demora não é aquele perigo abstrato, mas o que, concretamente, pode resultar, a um só tempo, lesão
grave e de difícil reparação.
Ante ao exposto, deixo de atribuir o efeito suspensivo pretendido pela parte agravante.
Em face do Princípio Constitucional do Contraditório, intime-se a parte agravada, para responder ao presente recurso, no
prazo de 15 (quinze) dias, haja vista a norma contida no artigo 1.019, inciso II do novo CPC.
Sendo facultativa a requisição de informações ao digno Juiz de Direito prolator da decisão guerreada, solicite-lhe a comunicação
de eventuais fatos novos relacionados com o presente recurso e que tenha repercussão no seu desate.
Publique-se. Intimem-se.
Salvador/BA, de março de 2018.
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DA BAHIA
Desa. Dinalva Gomes Laranjeira Pimentel
DECISÃO
8004101-02.2018.8.05.0000 Agravo De Instrumento
Jurisdição: Tribunal De Justiça
Agravante: Municipio De Santa Cruz Da Vitoria
Advogado: Higor Santana Guimaraes (OAB:0053080/BA)
Agravado: Marcos Antonio Freitas Sales
Advogado: Ubirajara Dos Santos Nascimento (OAB:0012219/BA)
Decisão:
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DA BAHIA
Segunda Câmara Cível
Gabinete da Desª. Dinalva Gomes Laranjeira Pimentel
________________________________________
Processo: AGRAVO DE INSTRUMENTO n. 8004101-02.2018.8.05.0000
Órgão Julgador: Segunda Câmara Cível
AGRAVANTE: MUNICIPIO DE SANTA CRUZ DA VITORIA
Advogado(s): HIGOR SANTANA GUIMARAES
AGRAVADO: MARCOS ANTONIO FREITAS SALES
Advogado(s): UBIRAJARA DOS SANTOS NASCIMENTO
DECISÃO MONOCRÁTICA
Trata-se de agravo de instrumento interposto pelo Município de Santa Cruz da Vitória, contra decisão do Juízo de Direito da
Vara Cível da Comarca de Ibicaraí, que, nos autos do mandado de segurança de origem, ajuizado por Marcos Antonio Freitas
TJBA – DIÁRIO DA JUSTIÇA ELETRÔNICO – Nº 2.099 - Disponibilização: terça-feira, 13 de março de 2018 Cad 1 / Página 213
Sales e outra, deferiu a liminar vindicada, para suspender os efeitos do Decreto Municipal nº 78/2017, determinando "a
reintegração aos cargos anteriormente ocupados pelos servidores, no prazo de 48 horas, sob pena de multa diária e
pessoal de R$ 10.000,00 (dez mil reais)".
Segundo o julgador primevo, os recorridos comprovaram, por conduto dos documentos colacionados à exordial, que o ora
agravante não teria respeitado o contraditório e a ampla defesa dos servidores, no processo administrativo instaurado com
a finalidade de afastá-los das funções exercidas, por supostos vícios no certame público a que se submeteram e nos atos
de nomeação subsequentes.
Em seu arrazoado, suscita, o agravante, que os fatos apurados no curso do processo administrativo que resultou na edição
do Decreto Municipal nº 78/2017, instaurado contra os servidores impetrantes, demonstram a ocorrência de ilegalidades no
concurso público que resultou na aprovação dos recorridos, donde emerge a lisura do ato administrativo farpeado.
Dentre os diversos vícios apontados no certame objeto da lide e nos atos de nomeação dos candidatos aprovados, o
recorrente indica o preenchimento de vagas inexistentes e o desrespeito às normas da Lei de Responsabilidade Fiscal,
pelo antigo gestor, especialmente o aumento de despesa com pessoal no período vedado pela aludida legislação.
Argumenta que o Município encontra-se em estado de calamidade e, com esteio nesses argumentos, pede a atribuição de
efeito suspensivo ao recurso. No mérito, requer o provimento da insurgência, com a reforma da decisão vergastada.
É o relatório.
Inicialmente, registro que o presente recurso envolve pedido de tutela de urgência, não se sujeitando, sua apreciação, à
regra de cronologia prevista no Novo Código de Processo Civil, nos termos de seu artigo 12, §2º, IV, circunstância que
autoriza a imediata apreciação da matéria.
Entendo satisfeitos, em análise preliminar, os requisitos de admissibilidade da insurgência, pelo que passo ao enfrentamento
do pedido de suspensão da decisão impugnada.
Como cediço, a concessão da medida pressupõe a verificação simultânea da probabilidade de provimento do recurso e do
risco de dano grave, de difícil ou impossível reparação em virtude da eficácia imediata do decisum impugnado, nos termos
do que preceitua o art. 995, parágrafo único, do Código de Processo Civil de 2015, in verbis:
"Art. 995. Os recursos não impedem a eficácia da decisão, salvo disposição legal ou decisão judicial em sentido diverso.
Parágrafo único. A eficácia da decisão recorrida poderá ser suspensa por decisão do relator, se da imediata produção de
seus efeitos houver risco de dano grave, de difícil ou impossível reparação, e ficar demonstrada a probabilidade de provimento
do recurso."
Da análise dos autos, verifica-se que os fundamentos invocados pelo recorrente, no presente agravo de instrumento, não
são relevantes, porquanto deixou de comprovar, o Ente Municipal, que o processo administrativo instaurado para apurar os
fatos relativos ao Decreto Municipal nº 78/2017 respeitou, integralmente, os primados constitucionais do contraditório e da
ampla defesa.
Ao revés, da mera leitura do referido ato constata-se a ressalva de que "está em curso processo administrativo para
oportunizar ampla defesa aos atingidos pelo presente decreto" (ID 778744), donde emerge que a suspensão das respectivas
nomeações deu-se ao arrepio da lei, pouco importando, nas circunstâncias, os vícios que se pretende atribuir aos atos de
nomeação dos recorridos.
A matéria, aliás, não é nova a este Tribunal de Justiça, que já decidiu, em caso análogo ao presente, pela anulação do
processo administrativo instaurado por outro Ente Municipal, justamente por desrespeito aos mandamentos nucleares em
epígrafe, consoante se infere do aresto a seguir transcrito:
DIREITO ADMINISTRATIVO E CONSTITUCIONAL. AGRAVO DE INSTRUMENTO. DECISÃO QUE DETERMINOU A
REINTEGRAÇÃO DE SERVIDORA PÚBLICA. EXONERAÇÃO DE CANDIDATA APROVADA E EM EXERCÍCIO. INOBSERVÂNCIA
DOS PRINCÍPIOS DA AMPLA DEFESA E DO CONTRADITÓRIO PELA MUNICIPALIDADE. DECISÃO MANTIDA. AGRAVO NÃO
PROVIDO.
Servidora exonerada pela municipalidade sob alegação de fraude em concurso.
O processo administrativo deixou de preencher os requisitos legais, não oportunizando de forma ampla a defesa da agravada,
mediante a sua oitiva acerca dos fatos sob comento.
O agravante não observou os princípios da ampla defesa e do contraditório com as suas garantias inerentes.
In casu, a agravada foi aprovada, nomeada e empossada no cargo, em razão de concurso público, significando a sua
exoneração, sem o devido processo legal, desmedida, mormente quando já se encontrava no exercício de suas atividades.
(TJ/BA, AI nº 0000399-29.2014.8.05.0000, Relator Desembargador Jatahy Júnior, J. 18/03/2014)
Ademais, o risco de lesão grave, acaso existente, milita em favor dos agravados, que, na hipótese de concessão do efeito
suspensivo vindicado, deixarão de perceber a renda proveniente do exercício de cargos para os quais foram aprovados em
concurso público - cuja suposta nulidade deve ser objeto de apuração administrativa e judicial, porém sem ofensa ao
princípio constitucional do devido processo legal.
Assim, não havendo nos autos demonstração da relevância da fundamentação emprestada ao recurso, INDEFIRO a
suspensividade requerida.
Intimem-se os agravados para, querendo, responderem ao recurso, no prazo legal.
Comunique-se ao Juiz da causa, facultando-se a apresentação de informações tidas como relevantes.
Após, remeta-se o feito à Douta Procuradoria de Justiça, para emissão de opinativo.
Publique-se. Cumpra-se. Intimem-se.
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DA BAHIA
Desa. Dinalva Gomes Laranjeira Pimentel
DECISÃO
8001494-50.2017.8.05.0000 Agravo De Instrumento
Jurisdição: Tribunal De Justiça
Agravante: Jamille Pinheiro Freire Lima
Advogado: Joanny Dos Santos Muniz Batista (OAB:5015700A/BA)
Advogado: Rafael De Jesus Gomes (OAB:4749600A/BA)
Agravante: Janeclar Ferreira Dos Santos
Advogado: Joanny Dos Santos Muniz Batista (OAB:5015700A/BA)
Advogado: Rafael De Jesus Gomes (OAB:4749600A/BA)
Agravante: Janne Sueli Santos Ventura
Advogado: Joanny Dos Santos Muniz Batista (OAB:5015700A/BA)
Advogado: Rafael De Jesus Gomes (OAB:4749600A/BA)
Agravante: Joanita Do Carmo Carvalho
Advogado: Joanny Dos Santos Muniz Batista (OAB:5015700A/BA)
Advogado: Rafael De Jesus Gomes (OAB:4749600A/BA)
Agravado: O Estado Da Bahia
Decisão:
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DA BAHIA
Segunda Câmara Cível
Gabinete da Desª. Dinalva Gomes Laranjeira Pimentel
________________________________________
Processo: AGRAVO DE INSTRUMENTO n. 8001494-50.2017.8.05.0000
Órgão Julgador: Segunda Câmara Cível
AGRAVANTE: JAMILLE PINHEIRO FREIRE LIMA e outros (3)
Advogado(s): RAFAEL DE JESUS GOMES, JOANNY DOS SANTOS MUNIZ BATISTA
AGRAVADO: O ESTADO DA BAHIA
Advogado(s):
DECISÃO MONOCRÁTICA
Trata-se de Agravo de Instrumento interposto por Jamille Pinheiro Freire Lima e outros, contra decisão proferida pelo MM.
Juízo da 8ª Vara da Fazenda Pública da Comarca de Salvador, que, nos autos da ação ordinária ajuizada em desfavor do
Estado da Bahia, determinou o imediato pagamento de metade do valor das custas judiciais, que havia sido postergado
para o final do processo, caso fossem vencidos os demandantes.
Do que se extrai dos autos, em condensada síntese, os autores, ora agravantes, apresentaram sua postulação em juízo,
requerendo o deferimento do adimplemento das custas ao final da lide, diante do seu elevado valor e por não possuírem, os
recorrentes, condições de suportar os ônus relativos ao processo sem comprometimento do sustento próprio e de seus
familiares.
A pretensão foi deferida e posteriormente modificada pelo juízo de primeira instância, após determinar o desmembramento
dos autos para redução do número de litigantes, alterando o entendimento primevo que havia sido no sentido de acatar o
pleito autoral. Contra essa nova decisão é que se insurge o presente recurso.
Com esteio nesse argumento, pugnam pela antecipação da tutela recursal e, ao final, pelo provimento do recurso, com a
reforma da decisão agravada, para que as custas processuais sejam impostas ao final do processo.
No que relevante se apresenta, é o que se impunha relatar.
Inicialmente, registro que o presente recurso envolve pedido de tutela de urgência, não se sujeitando, sua apreciação, à
regra de cronologia prevista no Novo Código de Processo Civil, nos termos de seu artigo 12, §2º, IV, circunstância que
autoriza a imediata apreciação da matéria.
A análise das demais questões referentes ao recurso sub oculis deve ser realizada à luz da legislação processual vigente,
porquanto se volte contra decisão interlocutória posterior à entrada em vigor do novo CPC, notadamente, no que interessa à
presente decisão, com relação à tutela de urgência (efeito suspensivo) pretendida pelos agravantes.
Nestes termos, tenho que a concessão da medida pressupõe a verificação simultânea da probabilidade de provimento do
recurso e do risco de dano grave, de difícil ou impossível reparação, em virtude da eficácia imediata do decisum impugnado,
nos termos do que preceitua o art. 995, parágrafo único, do Código de Processo Civil de 2015, in verbis:
"Art. 995. Os recursos não impedem a eficácia da decisão, salvo disposição legal ou decisão judicial em sentido diverso.
Parágrafo único. A eficácia da decisão recorrida poderá ser suspensa por decisão do relator, se da imediata produção de
seus efeitos houver risco de dano grave, de difícil ou impossível reparação, e ficar demonstrada a probabilidade de provimento
do recurso".
Extrai-se, daí, que os recursos não são mais dotados, em regra, de efeito suspensivo, cuja aplicabilidade ao caso concreto
somente será possível quando expressamente prevista pela norma.
TJBA – DIÁRIO DA JUSTIÇA ELETRÔNICO – Nº 2.099 - Disponibilização: terça-feira, 13 de março de 2018 Cad 1 / Página 215
Dito isso, analisando os documentos que instruem estes autos e considerando, à primeira vista, a legislação aplicável,
vislumbro a relevância jurídica da tese recursal, embora se evidencie, num juízo de cognição sumária, o risco de lesão grave
a exsugir aos agravantes (possível cancelamento da distribuição do feito, caso não seja concedida a tutela de urgência) e a
probabilidade de êxito desta insurgência, diante das disposições do novel art. 99, §3º do CPC de 2015, a saber:
"Art. 99. O pedido de gratuidade da justiça pode ser formulado na petição inicial, na contestação, na petição para ingresso de
terceiro no processo ou em recurso.
(...)
§ 2o O juiz somente poderá indeferir o pedido se houver nos autos elementos que evidenciem a falta dos pressupostos
legais para a concessão de gratuidade, devendo, antes de indeferir o pedido, determinar à parte a comprovação do
preenchimento dos referidos pressupostos.
§ 3º - Presume-se verdadeira a alegação de insuficiência deduzida exclusivamente por pessoa natural.
§ 4o - A assistência do requerente por advogado particular não impede a concessão de gratuidade da justiça.(...)
§ 7o- Requerida a concessão de gratuidade da justiça em recurso, o recorrente estará dispensado de comprovar o recolhimento
do preparo, incumbindo ao relator, neste caso, apreciar o requerimento e, se indeferi-lo, fixar prazo para realização do
recolhimento".
No caso em comento, os litigantes não se declararam pobres, de outro vértice, pleitearam a postergação do pagamento das
custas ao final da ação, para que arcassem sem prejuízos econômicos do sustendo próprio e de seus familiares.
Trata-se, portanto, de um pedido que visa somente adiar no tempo o pagamento, não havendo, a priori, prejuízo ao Erário,
pois não há exoneração do recolhimento das custas judiciais. Dessa forma, fazendo-se uma ponderação de interesses, e,
atentando-se aos princípios constitucionais, afigura-se possível o deferimento do pleito autoral, para dilatar o prazo do
pagamento das custas judiciais. Ademais, caso fosse negado o pedido da parte agravante, haveria um cerceamento à
possibilidade de acionar o Poder Judiciário, sem graves prejuízos financeiros, o que representaria uma verdadeira afronta
à nossa Carta Magna.
Insta ressaltar que o pedido em comento já havia sido autorizado pelo juízo a quo e que a análise nesta instância limita-se
à sua reapreciação, à guisa de evitar danos financeiros as partes recorrentes.
A própria jurisprudência pátria já se manifestou a respeito do tema em questão:
E M E N T A AGRAVO DE INSTRUMENTO. ASSISTÊNCIA JUDICIÁRIA GRATUITA. PAGAMENTO DAS CUSTAS AO FINAL DO
PROCESSO. I - É possível o deferimento do pedido de recolhimento das custas ao final do processo, na prática, significa a
concessão provisória da gratuidade da justiça, sendo, pois, bem aceito pela jurisprudência pátria.
(TJ-MA - AI: 0636522015 MA 0011295-59.2015.8.10.0000, Relator: JORGE RACHID MUBÁRACK MALUF, Data de Julgamento:
17/03/2016, PRIMEIRA CÂMARA CÍVEL, Data de Publicação: 21/03/2016)
AGRAVO DE INSTRUMENTO. DECISÃO MONOCRÁTICA. DIREITO PRIVADO NÃO ESPECIFICADO. AÇÃO MONITÓRIA.
PAGAMENTO DAS CUSTAS AO FINAL DO PROCESSO. POSSIBILIDADE.
- Possibilidade de postergação do pagamento das custas ao final do processo. Garantia constitucional do acesso à Justiça.
- Entretanto, as despesas processuais devem ser antecipadas quando e se necessárias. AGRAVO DE INSTRUMENTO
PROVIDO. (Agravo de Instrumento Nº 70058351933, Décima Sétima Câmara Cível, Tribunal de Justiça do RS, Relator:
Gelson Rolim Stocker, Julgado em 30/01/2014)
(TJ-RS - AI: 70058351933 RS, Relator: Gelson Rolim Stocker, Data de Julgamento: 30/01/2014, Décima Sétima Câmara
Cível, Data de Publicação: Diário da Justiça do dia 03/02/2014)
Sendo assim, ainda que sob uma análise perfunctória da questão posta sub judice, não se revela razoável obstar, ainda que
num juízo de cognição sumária, o pleito dos recorrentes, preconizada na Constituição Federal, em seu art. 5.º, XXXV.
O periculum in mora, por sua vez, mostra-se de pronto configurado, haja vista que o prosseguimento da demanda, sem que
sejam antecipados os efeitos da tutela recursal, poderá causar danos irreparáveis aos demandantes, que terão que suportar
o cerceamento ao seu direito fundamental de acesso à Justiça (art. 5º, XXXV da Carta Magna), com a extinção terminativa do
feito.
A partir de tais elementos, entendo provável o provimento do presente agravo, cujo julgamento monocrático, apesar da
relevância das alegações recursais, resta por ora obstado, diante do regramento inserto no art. 932, V do NCPC, que exige
a intimação prévia da parte agravada, para apresentar contrarrazões a esta insurgência.
Forte em tais razões, com fulcro no art. 995, parágrafo único c/c art. 1.019, I e art. 932, II do NCPC, DEFIRO A TUTELA DE
URGÊNCIA, para conceder, aos agravantes, a postergação do pagamento das custas judiciais para o final da presente
demanda.
Intime-se o agravado para oferta de contrarrazões, no prazo legal.
Oficie-se o MM. Juízo a quo, a fim de ser dado conhecimento da presente decisão.
Findo os prazos, voltem-me conclusos os autos.
Atribuo à presente decisão, por cópia, força de mandado.
Publique-se. Intimem-se. Comunique-se.
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DA BAHIA
Desa. Dinalva Gomes Laranjeira Pimentel
DECISÃO
8002770-82.2018.8.05.0000 Agravo De Instrumento
Jurisdição: Tribunal De Justiça
Agravante: Unimed Norte Nordeste-federacao Interfederativa Das Sociedades Cooperativas De Trabalho Medico
Advogado: Thiago Giullio De Sales Germoglio (OAB:0014370/PB)
Agravado: Marcia Gardenia Souza Pires
Advogado: Eriksson Vinicius Moraes Bastos (OAB:0041870/BA)
Decisão:
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DA BAHIA
Segunda Câmara Cível
Gabinete da Desª. Dinalva Gomes Laranjeira Pimentel
________________________________________
Processo: AGRAVO DE INSTRUMENTO n. 8002770-82.2018.8.05.0000
Órgão Julgador: Segunda Câmara Cível
AGRAVANTE: UNIMED NORTE NORDESTE-FEDERACAO INTERFEDERATIVA DAS SOCIEDADES COOPERATIVAS DE
TRABALHO MEDICO
Advogado(s): THIAGO GIULLIO DE SALES GERMOGLIO
AGRAVADO: MARCIA GARDENIA SOUZA PIRES
Advogado(s): ERIKSSON VINICIUS MORAES BASTOS
DECISÃO MONOCRÁTICA
Trata-se de agravo de instrumento interposto pela UNIMED NORTE/NORDESTE - FEDERAÇÃO INTERFEDERATIVA DAS
SOCIEDADES COOPERATIVAS DE TRABALHO, contra a decisão interlocutória prolatada pela MM. Juíza da 4ª Vara de Relações
de Consumo da Comarca de Salvador, que, nos autos da Ação Ordinária, ajuizada por Márcia Gardênia Souza Pires, concedeu
a medida liminar pleiteada na inaugural, determinando "que a empresa acionada arque com os custos do internamento e
tratamento da autora na Clínica de Obesidade Ltda, inclusive fisioterapia dermato funcional, em acomodações, de acordo
com o plano de saúde coletivo que aderiu, pelo período de 60 (sessenta dias), que poderá ser prorrogado, desde que
devidamente comprovado e justificada a sua extrema necessidade. E ao final do tratamento, determino que a parte acionada
também venha a autorizar e arcar com os custos do retorno por um período de dois dias no mês, para manutenção, limitado
ao período de mais sessenta (60) dias, sob pena de multa diária em caso de descumprimento no valor de R$ 1.000,00 (mil
reais)".
Irresignada, a Recorrente sustentou o equívoco da decisão agravada, por defender que não restaram preenchidos os
requisitos necessários à concessão da tutela antecipada.
Assevera que a responsabilidade da ré encontra-se limitada às previsões contratuais, sendo certo que, no contrato firmado
entre as partes, inexiste cobertura para internação do segurado em clínica de estética (SPA) de altíssimo padrão.
Sustenta, outrossim, que a agravada não logrou comprovar que o tratamento recomendado pela equipe médica possa ser
realizado em clínicas ambulatoriais ou hospitais da rede credenciada.
Desenvolvendo seus argumentos nesse sentido, pugnou pela concessão do efeito suspensivo, por entender que, caso seja
mantida a decisão agravada, advir-lhe-á risco de lesão grave e de difícil reparação, em face dos dispêndios financeiros
empreendidos em favor do Agravado gerar um desequilíbrio contratual.
Ao final, requereu o provimento do agravo, com a reforma da decisão objurgada.
No que relevante se apresenta, é o que se impunha relatar. Decido.
Inicialmente, registro que o presente recurso envolve pedido de tutela de urgência, não sujeitando, sua apreciação, à regra
de cronologia prevista no Novo Código de Processo Civil, nos termos de seu artigo 12, § 2º, IV, circunstância que autoriza a
imediata apreciação da matéria.
Outrossim, entendo satisfeitos, à luz dos artigos 1.015, I, e 1.017, do CPC de 2015, os pressupostos para a admissibilidade
do recurso.
Quanto ao mérito, tenho que a concessão da medida de urgência vindicada pressupõe a verificação simultânea da
probabilidade de provimento do recurso e do risco de dano grave, de difícil ou impossível reparação, em virtude da eficácia
imediata do decisum impugnado, nos termos do que preceitua o art. 995, parágrafo único, do Código de Processo Civil de
2015, in verbis:
"Art. 995. Os recursos não impedem a eficácia da decisão, salvo disposição legal ou decisão judicial em sentido diverso.
Parágrafo único. A eficácia da decisão recorrida poderá ser suspensa por decisão do relator, se da imediata produção de
seus efeitos houver risco de dano grave, de difícil ou impossível reparação, e ficar demonstrada a probabilidade de provimento
do recurso."
Dito isto, ainda que sob uma análise perfunctória da questão posta sub judice, reputo inexistente a presença de requisito
indispensável ao deferimento do efeito pretendido neste recurso.
Da análise dos autos, verifica-se que a autora, ora agravada, é portadora de obesidade mórbida, com diversas patologias
associadas, a exemplo de artropatia grave degenerativa em tornozelo, joelho e coluna.
TJBA – DIÁRIO DA JUSTIÇA ELETRÔNICO – Nº 2.099 - Disponibilização: terça-feira, 13 de março de 2018 Cad 1 / Página 217
A fragilidade da saúde da segurada recomenda não apenas a perda de peso, como também o rigoroso acompanhamento
multiprofissional da evolução de seu quadro, circunstâncias que demonstram a verossimilhança das alegações que
lastrearam a medida antecipatória vergastada pela agravante.
Diante desse panorama fático, resta evidente que a recorrente não logrou comprovar, para fins de deferimento do efeito
suspensivo vindicado, a relevância da fundamentação emprestada ao agravo de instrumento, requisito inserto no art. 995,
parágrafo único, do Código de Processo Civil pátrio.
Ademais, o perigo na demora da prestação jurisdicional pretendida pela seguradora é eminentemente financeiro, ao passo
que a recorrida está sujeita a elevado risco de agravamento de sua saúde na hipótese de suspensão do tratamento deferido
em primeiro grau de jurisdição.
Cabe ao julgador, diante do aparente conflito de interesses, ponderar, com base na legislação pátria e nos princípios
constitucionais, qual tutela de urgência se mostra mais efetiva, sendo certo que o direito do consumidor à saúde, amparado
na verossimilhança de suas alegações, deve prevalecer sobre os interesses financeiros da empresa prestadora de serviço
de assistência à saúde, entendimento consolidado na jurisprudência pátria, ex vi do aresto a seguir transcrito:
"TUTELA ANTECIPADA. Deferimento. Plano de saúde. Ação de obrigação de fazer. (…) Risco à saúde e vida do beneficiário
que se sobrepõe a eventual prejuízo de ordem patrimonial da agravante. Princípio da proporcionalidade. Reversibilidade da
medida. Recurso desprovido." (TJ/SP, AI 5034479020108260000, Relator(a): Teixeira Leite, J. 03/02/2011)
Nesse sentir, ainda que mediante um juízo de cognição sumária, infiro não configurado o necessário periculum in mora, a
justificar a concessão do efeito suspensivo a este agravo, mas sim o periculum in mora inverso, a socorrer os interesses da
Recorrida, porquanto o perecimento da sua saúde se perfaz inequívoco pelos relatórios médicos juntados nos autos da
ação de origem.
Assim, não havendo nos autos demonstração da relevância da fundamentação do agravo, tampouco do risco de lesão grave
a que estaria sujeita a recorrente, INDEFIRO a suspensividade requerida.
Intime-se a agravada para, querendo, responder ao recurso, no prazo de lei.
Findo os prazos, com ou sem manifestação da parte agravada, voltem-me os autos conclusos para julgamento final.
Publique-se. Intime-se. Cumpra-se.
Tribunal de Justiça da Bahia,
em, 2 de março de 2018.
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DA BAHIA
Desa. Dinalva Gomes Laranjeira Pimentel
DECISÃO
8003137-09.2018.8.05.0000 Agravo De Instrumento
Jurisdição: Tribunal De Justiça
Agravante: Sul America Companhia De Seguro Saude
Advogado: Lia Maynard Frank Teixeira (OAB:1689100A/BA)
Agravado: Armando Barral Martinez
Advogado: Manuela Bezerra Motta De Oliveira (OAB:0019985/BA)
Decisão:
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DA BAHIA
Segunda Câmara Cível
Gabinete da Desª. Dinalva Gomes Laranjeira Pimentel
________________________________________
Processo: AGRAVO DE INSTRUMENTO n. 8003137-09.2018.8.05.0000
Órgão Julgador: Segunda Câmara Cível
AGRAVANTE: SUL AMERICA COMPANHIA DE SEGURO SAUDE
Advogado(s): LIA MAYNARD FRANK TEIXEIRA
AGRAVADO: ARMANDO BARRAL MARTINEZ
Advogado(s): MANUELA BEZERRA MOTTA DE OLIVEIRA
DECISÃO MONOCRÁTICA
Trata-se de agravo de instrumento interposto pela Sul América Cia de Seguro Saúde S/A, contra a decisão interlocutória
prolatada pelo MM. Juiz da 14ª Vara dos feitos de Relação de Consumo da Comarca de Salvador, que, nos autos da Ação
Ordinária ajuizada por Armando Barral Martinez, em desfavor da agravante, concedeu a antecipação de tutela pleiteada na
inaugural, determinando "que a ré autorize e custeie, no prazo de 24 (vinte e quatro) horas, tratamento em regime de home
care, na forma requerida na inicial (período de 12 horas), pelo prazo que se fizer necessário - a critério do médico assistente
-, sob pena de multa diária ora fixada em R$ 500,00 (quinhentos reais)".
TJBA – DIÁRIO DA JUSTIÇA ELETRÔNICO – Nº 2.099 - Disponibilização: terça-feira, 13 de março de 2018 Cad 1 / Página 218
Irresignada, a seguradora requerida sustentou o equívoco da decisão agravada, por defender que não restaram preenchidos
os requisitos necessários à concessão da tutela antecipada.
Assevera, em síntese, que a responsabilidade da ré encontra-se limitada às previsões contratuais, sendo certo que, no
contrato firmado entre as partes, inexiste cobertura para internação domiciliar, que, inclusive, não é obrigatória pela Lei
9.656/98.
Desenvolvendo seus argumentos nesse sentido, pugnou pela concessão do efeito suspensivo, por entender que, caso seja
mantida a decisão agravada, advir-lhe-á risco de lesão grave e de difícil reparação, em face dos dispêndios financeiros
empreendidos em favor do Agravado gerar um desequilíbrio contratual.
Ao final, requereu o provimento do agravo, com a reforma da decisão objurgada.
No que relevante se apresenta, é o que se impunha relatar. Decido.
Inicialmente, registro que o presente recurso envolve pedido de tutela de urgência, não sujeitando, sua apreciação, à regra
de cronologia prevista no Novo Código de Processo Civil, nos termos de seu artigo 12, §2º, IV, circunstância que autoriza a
imediata apreciação da matéria.
Outrossim, entendo satisfeitos, numa análise preliminar e à luz dos artigos 1.015, parágrafo único e 1.017, I, do CPC/2015,
os pressupostos para a admissibilidade do recurso.
Quanto ao mérito da irresignação, tenho que a concessão do efeito suspensivo vindicado pressupõe a verificação simultânea
da probabilidade de provimento do recurso e do risco de dano grave, de difícil ou impossível reparação, em virtude da
eficácia imediata do decisum impugnado, nos termos do que preceitua o art. 995, parágrafo único, do Código de Processo
Civil de 2015, in verbis:
"Art. 995. Os recursos não impedem a eficácia da decisão, salvo disposição legal ou decisão judicial em sentido diverso.
Parágrafo único. A eficácia da decisão recorrida poderá ser suspensa por decisão do relator, se da imediata produção de
seus efeitos houver risco de dano grave, de difícil ou impossível reparação, e ficar demonstrada a probabilidade de provimento
do recurso."
Dito isto, ainda que sob uma análise perfunctória da questão posta sub judice, reputo inexistente a presença de requisito
indispensável ao deferimento do efeito pretendido neste recurso.
Com efeito, conforme relatado, a decisão hostilizada determinou que a seguradora agravante adotasse as providências
necessárias para a realização do tratamento domiciliar (home care), conforme expresso em relatório médico juntado nos
autos de origem, diante do delicado quadro de saúde do recorrido, que é portador de doença neurodegenerativa em estágio
avançado, associado com imobilidade (ID 735558 - fls. 17).
Assim, ao revés do quanto aduzido pelo recorrente, o efetivo perigo de ineficácia do provimento final milita tão somente em
favor da parte agravada, haja vista o seu estado de saúde, razão pela qual se constata a prudência do julgador a quo quando
do deferimento da tutela antecipatória, ora questionada.
Ademais, a operadora de plano de saúde em momento algum comprovou que no contrato firmado entre as partes há
cláusula restritiva ao tratamento requisitado, ônus que lhe incumbia. Vale registrar que a documentação constante no ID
735549, não serve para tal desiderato, tendo em vista que foi produzida unilateralmente.
Registre-se, ainda, que o provimento liminar não acarreta irreversibilidade em relação à agravante que, na hipótese de
improcedência da demanda, terá resguardada a possibilidade de promoção das Ações cabíveis no intento de ser ressarcida
pelas despesas realizadas, ao passo que o recorrido mostra-se notória a inexistência de outra solução remediável.
Nesse sentir, ainda que mediante um juízo de cognição sumária, infiro não configurado o necessário periculum in mora, a
justificar a concessão do efeito suspensivo a este agravo, mas sim o periculum in mora inverso, a socorrer os interesses do
Recorrido, porquanto o perecimento da sua saúde se perfaz inequívoco pelos relatórios médicos colacionados nos autos.
Resta descaracterizada, pois, a necessidade da provisão de urgência, a embasar a pretensão recursal sub oculis, por não
exsurgir da decisão fustigada, ao menos por ora, qualquer risco de prejuízo irreversível ao Agravante.
Desse modo, não havendo nos autos demonstração dos requisitos previstos no art. 995, parágrafo único, do Código de
Processo Civil de 2015, INDEFIRO a suspensividade requerida.
Intime-se a agravada, para, querendo, responder ao recurso, no prazo legal.
Cumpra-se.
Tribunal de Justiça da Bahia,
em, 2 de março de 2018.
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DA BAHIA
Desa. Dinalva Gomes Laranjeira Pimentel
DECISÃO
8002016-43.2018.8.05.0000 Agravo De Instrumento
Jurisdição: Tribunal De Justiça
Agravante: Robson Casaes Ferreira
Advogado: Paulo Israel Ferreira Carvalho (OAB:0055307/BA)
Agravado: Gleiber Da Cruz De Jesus
Decisão:
TJBA – DIÁRIO DA JUSTIÇA ELETRÔNICO – Nº 2.099 - Disponibilização: terça-feira, 13 de março de 2018 Cad 1 / Página 219
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DA BAHIA
Segunda Câmara Cível
Gabinete da Desª. Dinalva Gomes Laranjeira Pimentel
________________________________________
Processo: AGRAVO DE INSTRUMENTO n. 8002016-43.2018.8.05.0000
Órgão Julgador: Segunda Câmara Cível
AGRAVANTE: ROBSON CASAES FERREIRA
Advogado(s): PAULO ISRAEL FERREIRA CARVALHO
AGRAVADO: GLEIBER DA CRUZ DE JESUS
Advogado(s):
DECISÃO MONOCRÁTICA
Trata-se de agravo de instrumento interposto por Robson Casaes Ferreira, contra decisão proferida pelo MM. Juízo da 9ª
Vara Cível e Comercial da Comarca de Salvador, que, nos autos da ação de execução de fazer e não fazer com pedido de
tutela antecipada, ajuizada em desfavor de Gleiber da Cruz de Jesus, indeferiu a assistência judiciária gratuita pleiteada pelo
demandante.
Do que se extrai dos autos, em condensada síntese, o autor, ora agravante, apresentou sua postulação em juízo, requerendo
seu processamento sob os auspícios da gratuidade de justiça, tendo declarado, na inicial, não possuir condições de
suportar os ônus relativos ao processo.
A pretensão foi indeferida pelo MM. Juízo a quo, que entendeu não configurada a condição de insuficiência econômica do
agravante. É contra essa decisão que se insurge o recurso, ao argumento basilar de que a concessão dos benefícios da
gratuidade de justiça se operaria pela tão só declaração da condição de insuficiência econômica do postulante, em face da
presunção juris tantum que sobre ela incide, elidível apenas por comprovação em contrário.
Com esteio nesse argumento, pugna pela antecipação da tutela recursal e, ao final, pelo provimento do recurso, com a
reforma da decisão agravada.
Inicialmente, registro que o presente recurso envolve pedido de tutela de urgência, não se sujeitando, sua apreciação, à
regra de cronologia prevista no Novo Código de Processo Civil, nos termos de seu artigo 12, §2º, IV, circunstância que
autoriza a imediata apreciação da matéria.
A análise das demais questões referentes ao recurso sub oculis deve ser realizada à luz da legislação processual vigente,
porquanto se volte contra decisão interlocutória posterior à entrada em vigor do novo CPC, notadamente, no que interessa à
presente decisão, com relação à tutela de urgência pretendida pelo agravante.
Nestes termos, tenho que a concessão da medida pressupõe a verificação simultânea da probabilidade de provimento do
recurso e do risco de dano grave, de difícil ou impossível reparação, em virtude da eficácia imediata do decisum impugnado,
nos termos do que preceitua o art. 995, parágrafo único, do Código de Processo Civil de 2015, in verbis:
"Art. 995. Os recursos não impedem a eficácia da decisão, salvo disposição legal ou decisão judicial em sentido diverso.
Parágrafo único. A eficácia da decisão recorrida poderá ser suspensa por decisão do relator, se da imediata produção de
seus efeitos houver risco de dano grave, de difícil ou impossível reparação, e ficar demonstrada a probabilidade de provimento
do recurso".
Extrai-se, daí, que os recursos não são mais dotados, em regra, de efeito suspensivo, cuja aplicabilidade ao caso concreto
somente será possível quando expressamente prevista pela norma.
Dito isso, analisando os documentos que instruem estes autos e considerando, à primeira vista, a legislação aplicável,
vislumbro a relevância jurídica da tese recursal, porquanto se evidencie, num juízo de cognição sumária, o risco de lesão
grave a exsurgir ao agravante (possível cancelamento da distribuição do feito, caso não seja concedida a tutela de urgência)
e a probabilidade de êxito desta insurgência, diante das disposições do novel art. 99, §3º do CPC de 2015, a saber:
"Art. 99. O pedido de gratuidade da justiça pode ser formulado na petição inicial, na contestação, na petição para ingresso de
terceiro no processo ou em recurso.
(...)
§ 2o O juiz somente poderá indeferir o pedido se houver nos autos elementos que evidenciem a falta dos pressupostos
legais para a concessão de gratuidade, devendo, antes de indeferir o pedido, determinar à parte a comprovação do
preenchimento dos referidos pressupostos.
§ 3º - Presume-se verdadeira a alegação de insuficiência deduzida exclusivamente por pessoa natural.
§ 4o - A assistência do requerente por advogado particular não impede a concessão de gratuidade da justiça.(...)
§ 7o- Requerida a concessão de gratuidade da justiça em recurso, o recorrente estará dispensado de comprovar o recolhimento
do preparo, incumbindo ao relator, neste caso, apreciar o requerimento e, se indeferi-lo, fixar prazo para realização do
recolhimento".
TJBA – DIÁRIO DA JUSTIÇA ELETRÔNICO – Nº 2.099 - Disponibilização: terça-feira, 13 de março de 2018 Cad 1 / Página 220
A priori, a simples alegação de insuficiência basta para o deferimento da gratuidade da justiça. Entretanto, tal declaração
goza de presunção relativa, razão pela qual o requerimento da benesse pode ser indeferido, se houver, nos autos, instrumentos
aptos a afastá-lo.
Não é o caso em análise, pois inexiste elemento capaz de suprimir a presunção de veracidade da declaração de
hipossuficiência colacionada aos autos pelo insurgente (ID 695501), demonstrando que, se o autor não for beneficiado com
a gratuidade pretendida, provavelmente não conseguirá acessar o Poder Judiciário, ao menos sem prejuízo do seu próprio
sustento.
Ademais, ainda que sob uma análise perfunctória da questão posta sub judice, não se revela razoável obstar, ainda que num
juízo de cognição sumária, a gratuidade de justiça ao recorrente, sob o fundamento de que "importa observar que a simples
presença de dívidas e protestos não se relevam suficientes para demonstrar a 'impossibilidade' no recolhimento das custas
e despesas, já que não descarta a existência de bens suficientes para saldá-las" (ID 695483).
O periculum in mora, por sua vez, mostra-se de pronto configurado, haja vista que o prosseguimento da demanda, sem que
sejam antecipados os efeitos da tutela recursal, poderá causar danos irreparáveis ao autor, que terá que suportar cerceamento
ao seu direito fundamental de acesso à Justiça (art. 5º, XXXV da Carta Magna), com a extinção terminativa do feito.
Forte em tais razões, com fulcro no art. 995, parágrafo único c/c art. 1.019, I e art. 932, II do NCPC, DEFIRO A TUTELA DE
URGÊNCIA RECURSAL, para, presente o requisito inserto no art. 99, §3º do Novel Codex, conceder, ao agravante, o benefício
da gratuidade de justiça, isentando-lhe, integralmente, do dispêndio das custas processuais e das verbas listadas no art.
98, §1º do NCPC, observando-se, no entanto, o quanto disposto nos §§2º, 3º, 4º e 6º do retrocitado dispositivo legal.
Oficie-se o MM. Juízo a quo, a fim de ser dado conhecimento da presente decisão.
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DA BAHIA
Desa. Dinalva Gomes Laranjeira Pimentel
DECISÃO
8003493-04.2018.8.05.0000 Agravo De Instrumento
Jurisdição: Tribunal De Justiça
Agravante: Mara Rubia Bastos Aelo
Advogado: Wang Iu Bastos Aelo (OAB:3548300A/BA)
Agravado: Banco Citibank S A
Decisão:
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DA BAHIA
Segunda Câmara Cível
Gabinete da Desª. Dinalva Gomes Laranjeira Pimentel
________________________________________
Processo: AGRAVO DE INSTRUMENTO n. 8003493-04.2018.8.05.0000
Órgão Julgador: Segunda Câmara Cível
AGRAVANTE: MARA RUBIA BASTOS AELO
Advogado(s): WANG IU BASTOS AELO
AGRAVADO: BANCO CITIBANK S A
Advogado(s):
TJBA – DIÁRIO DA JUSTIÇA ELETRÔNICO – Nº 2.099 - Disponibilização: terça-feira, 13 de março de 2018 Cad 1 / Página 221
DECISÃO MONOCRÁTICA
Trata-se de Agravo de Instrumento interposto por Maria Rubia Bastos Aelo, contra decisão proferida pelo MM. Juízo da 4ª Vara
de Relações de Consumo da Comarca de Salvador, que, nos autos da ação de obrigação de fazer c/c pedido de liminar
ajuizada em desfavor de Banco Citibank S.A, indeferiu a assistência judiciária gratuita pleiteada pela demandante.
Do que se extrai dos autos, em condensada síntese, a autora, ora agravante, apresentou sua postulação em juízo, requerendo
seu processamento sob os auspícios da gratuidade de justiça, tendo declarado, na inicial, não possuir condições de
suportar os ônus relativos ao processo.
A pretensão foi indeferida pelo MM. Juízo a quo, que entendeu não configurada a condição de insuficiência econômica da
agravante. É contra essa decisão que se insurge o recurso, ao argumento basilar de que a concessão dos benefícios da
gratuidade de justiça se operaria pela tão só declaração da condição de insuficiência econômica da postulante, em face da
presunção juris tantum que sobre ela incide, elidível apenas por comprovação em contrário.
Com esteio nesse argumento, pugna pela antecipação da tutela recursal e, ao final, pelo provimento do recurso, com a
reforma da decisão vergastada.
No que relevante se apresenta, é o que se impunha relatar.
Inicialmente, registro que o presente recurso envolve pedido de tutela de urgência, não se sujeitando, à regra de cronologia
prevista no Novo Código de Processo Civil, nos termos de seu artigo 12, §2º, IV, circunstância que autoriza a imediata
apreciação da matéria.
A análise das demais questões referentes ao recurso sub oculis deve ser realizada à luz da legislação processual vigente,
porquanto se volte contra decisão interlocutória posterior à entrada em vigor do novo CPC, notadamente, no que interessa à
presente decisão, com relação à tutela de urgência pretendida pela agravante.
Nestes termos, tenho que a concessão da medida pressupõe a verificação simultânea da probabilidade de provimento do
recurso e do risco de dano grave, de difícil ou impossível reparação, em virtude da eficácia imediata do decisum impugnado,
nos termos do que preceitua o art. 995, parágrafo único, do Código de Processo Civil de 2015, in verbis:
"Art. 995. Os recursos não impedem a eficácia da decisão, salvo disposição legal ou decisão judicial em sentido diverso.
Parágrafo único. A eficácia da decisão recorrida poderá ser suspensa por decisão do relator, se da imediata produção de
seus efeitos houver risco de dano grave, de difícil ou impossível reparação, e ficar demonstrada a probabilidade de provimento
do recurso".
Extrai-se, daí, que os recursos não são mais dotados, em regra, de efeito suspensivo, cuja aplicabilidade ao caso concreto
somente será possível quando expressamente prevista pela norma.
Dito isso, analisando os documentos que instruem estes autos e considerando, à primeira vista, a legislação aplicável,
vislumbro a relevância jurídica da tese recursal, porquanto se evidencie, num juízo de cognição sumária, o risco de lesão
grave a exsurgir a agravante (possível cancelamento da distribuição do feito, caso não seja concedida a tutela de urgência)
e a probabilidade de êxito desta insurgência, diante das disposições do novel art. 99, §3º do CPC de 2015, a saber:
"Art. 99. O pedido de gratuidade da justiça pode ser formulado na petição inicial, na contestação, na petição para ingresso de
terceiro no processo ou em recurso.
(...)
§ 2o O juiz somente poderá indeferir o pedido se houver nos autos elementos que evidenciem a falta dos pressupostos
legais para a concessão de gratuidade, devendo, antes de indeferir o pedido, determinar à parte a comprovação do
preenchimento dos referidos pressupostos.
§ 3º - Presume-se verdadeira a alegação de insuficiência deduzida exclusivamente por pessoa natural.
§ 4o - A assistência do requerente por advogado particular não impede a concessão de gratuidade da justiça.(...)
§ 7o- Requerida a concessão de gratuidade da justiça em recurso, o recorrente estará dispensado de comprovar o recolhimento
do preparo, incumbindo ao relator, neste caso, apreciar o requerimento e, se indeferi-lo, fixar prazo para realização do
recolhimento".
A priori, a simples alegação de insuficiência basta para o deferimento da gratuidade da justiça. Entretanto, tal declaração
goza de presunção relativa, razão pela qual o requerimento da benesse pode ser indeferido, se houver nos autos elementos
capazes de afastá-lo.
Não é o caso em análise, pois inexiste elemento capaz de suprimir a presunção de veracidade da declaração de
hipossuficiência (fl. 10 ID 713570) acostada pela requerente, de forma que se afigura possível o deferimento do pleito do
benefício da justiça gratuita. Ademais, os documentos colacionados aos autos pela insurgente demonstram que, se a
autora não for beneficiada com a gratuidade pretendida, provavelmente não conseguirá acessar o Poder Judiciário, ao
menos sem prejuízo do seu próprio sustento.
Outrossim, ainda que sob uma análise perfunctória da questão posta sub judice, não se revela razoável obstar, ainda que
num juízo de cognição sumária, a gratuidade de justiça à recorrente, preconizada na Constituição Federal, em seu art. 5.º,
XXXV.
O periculum in mora, por sua vez, mostra-se de pronto configurado, haja vista que o prosseguimento da demanda, sem que
sejam antecipados os efeitos da tutela recursal, poderá causar danos irreparáveis à agravante, que terá que suportar
cerceamento ao seu direito fundamental de acesso à Justiça (art. 5º, XXXV da Carta Magna), com a extinção terminativa do
feito.
Forte em tais razões, com fulcro no art. 995, parágrafo único c/c art. 1.019, I e art. 932, II do NCPC, DEFIRO A TUTELA DE
URGÊNCIA RECURSAL, para, presente o requisito inserto no art. 99, §3º do Novel Codex, conceder, à agravante, o benefício
da gratuidade de justiça, isentando-a, integralmente, do dispêndio das custas processuais e das verbas listadas no art. 98,
§1º do NCPC, observando-se, no entanto, o quanto disposto nos §§2º, 3º, 4º e 6º do retrocitado dispositivo legal.
Intime-se o agravado, para querendo, oferecer manifestação no prazo legal.
TJBA – DIÁRIO DA JUSTIÇA ELETRÔNICO – Nº 2.099 - Disponibilização: terça-feira, 13 de março de 2018 Cad 1 / Página 222
Oficie-se o MM. Juízo a quo, a fim de ser dado conhecimento da presente decisão, bem como para, querendo, prestar
informações.
Findo os prazos, voltem-me conclusos os autos.
Atribuo à presente decisão, por cópia, força de mandado.
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DA BAHIA
Desa. Dinalva Gomes Laranjeira Pimentel
DECISÃO
8001513-56.2017.8.05.0000 Agravo De Instrumento
Jurisdição: Tribunal De Justiça
Agravante: Samuel Oliveira Cersosimo
Advogado: Rafael De Jesus Gomes (OAB:4749600A/BA)
Agravante: Samylla Pinto De Queiroz Barreto
Advogado: Rafael De Jesus Gomes (OAB:4749600A/BA)
Agravante: Soraya Cardoso De Oliveira
Advogado: Joanny Dos Santos Muniz Batista (OAB:5015700A/BA)
Advogado: Rafael De Jesus Gomes (OAB:4749600A/BA)
Agravante: Suian Alencar Sobrinho
Advogado: Joanny Dos Santos Muniz Batista (OAB:5015700A/BA)
Advogado: Rafael De Jesus Gomes (OAB:4749600A/BA)
Agravante: Talia Dantas Carvalho
Advogado: Joanny Dos Santos Muniz Batista (OAB:5015700A/BA)
Advogado: Rafael De Jesus Gomes (OAB:4749600A/BA)
Agravado: O Estado Da Bahia
Decisão:
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DA BAHIA
Segunda Câmara Cível
Gabinete da Desª. Dinalva Gomes Laranjeira Pimentel
________________________________________
Processo: AGRAVO DE INSTRUMENTO n. 8001513-56.2017.8.05.0000
Órgão Julgador: Segunda Câmara Cível
AGRAVANTE: SAMUEL OLIVEIRA CERSOSIMO e outros (4)
Advogado(s): RAFAEL DE JESUS GOMES, JOANNY DOS SANTOS MUNIZ BATISTA
AGRAVADO: O ESTADO DA BAHIA
Advogado(s):
DECISÃO MONOCRÁTICA
Trata-se de Agravo de Instrumento interposto por Samuel Oliveira Cersosimo e outros, contra decisão proferida pelo MM.
Juízo da 8ª Vara da Fazenda Pública da Comarca de Salvador, que, nos autos da ação ordinária ajuizada em desfavor do
Estado da Bahia, determinou o imediato pagamento de metade do valor das custas judiciais, que havia sido postergado
para o final do processo, caso fossem vencidos os demandantes.
Do que se extrai dos autos, em condensada síntese, os autores, ora agravantes, apresentaram sua postulação em juízo,
requerendo o deferimento do adimplemento das custas ao final da lide, diante do seu elevado valor e por não possuírem, os
recorrentes, condições de suportar os ônus relativos ao processo sem comprometimento do sustento próprio e de seus
familiares.
A pretensão foi deferida e posteriormente modificada pelo juízo de primeira instância, após determinar o desmembramento
dos autos para redução do número de litigantes, alterando o entendimento primevo que havia sido no sentido de acatar o
pleito autoral. Contra essa nova decisão é que se insurge o presente recurso.
Com esteio nesse argumento, pugnam pela antecipação da tutela recursal e, ao final, pelo provimento do recurso, com a
reforma da decisão agravada, para que as custas processuais sejam impostas ao final do processo.
No que relevante se apresenta, é o que se impunha relatar.
Inicialmente, registro que o presente recurso envolve pedido de tutela de urgência, não se sujeitando, sua apreciação, à
regra de cronologia prevista no Novo Código de Processo Civil, nos termos de seu artigo 12, §2º, IV, circunstância que
autoriza a imediata apreciação da matéria.
TJBA – DIÁRIO DA JUSTIÇA ELETRÔNICO – Nº 2.099 - Disponibilização: terça-feira, 13 de março de 2018 Cad 1 / Página 223
A análise das demais questões referentes ao recurso sub oculis deve ser realizada à luz da legislação processual vigente,
porquanto se volte contra decisão interlocutória posterior à entrada em vigor do novo CPC, notadamente, no que interessa à
presente decisão, com relação à tutela de urgência (efeito suspensivo) pretendida pelos agravantes.
Nestes termos, tenho que a concessão da medida pressupõe a verificação simultânea da probabilidade de provimento do
recurso e do risco de dano grave, de difícil ou impossível reparação, em virtude da eficácia imediata do decisum impugnado,
nos termos do que preceitua o art. 995, parágrafo único, do Código de Processo Civil de 2015, in verbis:
"Art. 995. Os recursos não impedem a eficácia da decisão, salvo disposição legal ou decisão judicial em sentido diverso.
Parágrafo único. A eficácia da decisão recorrida poderá ser suspensa por decisão do relator, se da imediata produção de
seus efeitos houver risco de dano grave, de difícil ou impossível reparação, e ficar demonstrada a probabilidade de provimento
do recurso".
Extrai-se, daí, que os recursos não são mais dotados, em regra, de efeito suspensivo, cuja aplicabilidade ao caso concreto
somente será possível quando expressamente prevista pela norma.
Dito isso, analisando os documentos que instruem estes autos e considerando, à primeira vista, a legislação aplicável,
vislumbro a relevância jurídica da tese recursal, embora se evidencie, num juízo de cognição sumária, o risco de lesão grave
a exsugir aos agravantes (possível cancelamento da distribuição do feito, caso não seja concedida a tutela de urgência) e a
probabilidade de êxito desta insurgência, diante das disposições do novel art. 99, §3º do CPC de 2015, a saber:
"Art. 99. O pedido de gratuidade da justiça pode ser formulado na petição inicial, na contestação, na petição para ingresso de
terceiro no processo ou em recurso.
(...)
§ 2o O juiz somente poderá indeferir o pedido se houver nos autos elementos que evidenciem a falta dos pressupostos
legais para a concessão de gratuidade, devendo, antes de indeferir o pedido, determinar à parte a comprovação do
preenchimento dos referidos pressupostos.
§ 3º - Presume-se verdadeira a alegação de insuficiência deduzida exclusivamente por pessoa natural.
§ 4o - A assistência do requerente por advogado particular não impede a concessão de gratuidade da justiça.(...)
§ 7o- Requerida a concessão de gratuidade da justiça em recurso, o recorrente estará dispensado de comprovar o recolhimento
do preparo, incumbindo ao relator, neste caso, apreciar o requerimento e, se indeferi-lo, fixar prazo para realização do
recolhimento".
No caso em comento, os litigantes não se declararam pobres, de outro vértice, pleitearam a postergação do pagamento das
custas ao final da ação, para que arcassem sem prejuízos econômicos do sustendo próprio e de seus familiares.
Trata-se, portanto, de um pedido que visa somente adiar no tempo o pagamento, não havendo, a priori, prejuízo ao Erário,
pois não há exoneração do recolhimento das custas judiciais. Dessa forma, fazendo-se uma ponderação de interesses, e,
atentando-se aos princípios constitucionais, afigura-se possível o deferimento do pleito autoral, para dilatar o prazo do
pagamento das custas judiciais. Ademais, caso fosse negado o pedido da parte agravante, haveria um cerceamento à
possibilidade de acionar o Poder Judiciário, sem graves prejuízos financeiros, o que representaria uma verdadeira afronta
à nossa Carta Magna.
Insta ressaltar que o pedido em comento já havia sido autorizado pelo juízo a quo e que a análise nesta instância limita-se
à sua reapreciação, à guisa de evitar danos financeiros as partes recorrentes.
A própria jurisprudência pátria já se manifestou a respeito do tema em questão:
E M E N T A AGRAVO DE INSTRUMENTO. ASSISTÊNCIA JUDICIÁRIA GRATUITA. PAGAMENTO DAS CUSTAS AO FINAL DO
PROCESSO. I - É possível o deferimento do pedido de recolhimento das custas ao final do processo, na prática, significa a
concessão provisória da gratuidade da justiça, sendo, pois, bem aceito pela jurisprudência pátria.
(TJ-MA - AI: 0636522015 MA 0011295-59.2015.8.10.0000, Relator: JORGE RACHID MUBÁRACK MALUF, Data de Julgamento:
17/03/2016, PRIMEIRA CÂMARA CÍVEL, Data de Publicação: 21/03/2016)
AGRAVO DE INSTRUMENTO. DECISÃO MONOCRÁTICA. DIREITO PRIVADO NÃO ESPECIFICADO. AÇÃO MONITÓRIA.
PAGAMENTO DAS CUSTAS AO FINAL DO PROCESSO. POSSIBILIDADE.
- Possibilidade de postergação do pagamento das custas ao final do processo. Garantia constitucional do acesso à Justiça.
- Entretanto, as despesas processuais devem ser antecipadas quando e se necessárias. AGRAVO DE INSTRUMENTO
PROVIDO. (Agravo de Instrumento Nº 70058351933, Décima Sétima Câmara Cível, Tribunal de Justiça do RS, Relator:
Gelson Rolim Stocker, Julgado em 30/01/2014)
(TJ-RS - AI: 70058351933 RS, Relator: Gelson Rolim Stocker, Data de Julgamento: 30/01/2014, Décima Sétima Câmara
Cível, Data de Publicação: Diário da Justiça do dia 03/02/2014)
Sendo assim, ainda que sob uma análise perfunctória da questão posta sub judice, não se revela razoável obstar, ainda que
num juízo de cognição sumária, o pleito dos recorrentes, preconizada na Constituição Federal, em seu art. 5.º, XXXV.
O periculum in mora, por sua vez, mostra-se de pronto configurado, haja vista que o prosseguimento da demanda, sem que
sejam antecipados os efeitos da tutela recursal, poderá causar danos irreparáveis aos demandantes, que terão que suportar
o cerceamento ao seu direito fundamental de acesso à Justiça (art. 5º, XXXV da Carta Magna), com a extinção terminativa do
feito.
A partir de tais elementos, entendo provável o provimento do presente agravo, cujo julgamento monocrático, apesar da
relevância das alegações recursais, resta por ora obstado, diante do regramento inserto no art. 932, V do NCPC, que exige
a intimação prévia da parte agravada, para apresentar contrarrazões a esta insurgência.
Forte em tais razões, com fulcro no art. 995, parágrafo único c/c art. 1.019, I e art. 932, II do NCPC, DEFIRO A TUTELA DE
URGÊNCIA, para conceder, aos agravantes, a postergação do pagamento das custas judiciais para o final da presente
demanda.
Intime-se o agravado para oferta de contrarrazões, no prazo legal.
Oficie-se o MM. Juízo a quo, a fim de ser dado conhecimento da presente decisão.
TJBA – DIÁRIO DA JUSTIÇA ELETRÔNICO – Nº 2.099 - Disponibilização: terça-feira, 13 de março de 2018 Cad 1 / Página 224
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DA BAHIA
Desa. Dinalva Gomes Laranjeira Pimentel
DECISÃO
8001223-41.2017.8.05.0000 Agravo De Instrumento
Jurisdição: Tribunal De Justiça
Agravante: Bruno Sampaio De Carvalho
Advogado: Joanny Dos Santos Muniz Batista (OAB:5015700A/BA)
Advogado: Rafael De Jesus Gomes (OAB:4749600A/BA)
Agravante: Bruno Souza Lima Napoli
Advogado: Rafael De Jesus Gomes (OAB:4749600A/BA)
Agravante: Camila Menezes
Advogado: Rafael De Jesus Gomes (OAB:4749600A/BA)
Agravante: Celia Marly De Oliveira
Advogado: Rafael De Jesus Gomes (OAB:4749600A/BA)
Agravante: Cid Carlos Santos Souto
Advogado: Rafael De Jesus Gomes (OAB:4749600A/BA)
Agravado: O Estado Da Bahia
Decisão:
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DA BAHIA
Segunda Câmara Cível
Gabinete da Desª. Dinalva Gomes Laranjeira Pimentel
________________________________________
Processo: AGRAVO DE INSTRUMENTO n. 8001223-41.2017.8.05.0000
Órgão Julgador: Segunda Câmara Cível
AGRAVANTE: BRUNO SAMPAIO DE CARVALHO e outros (4)
Advogado(s): RAFAEL DE JESUS GOMES, JOANNY DOS SANTOS MUNIZ BATISTA
AGRAVADO: O ESTADO DA BAHIA
Advogado(s):
DECISÃO MONOCRÁTICA
Trata-se de Agravo de Instrumento interposto por Bruno Sampaio de Carvalho e outros, contra decisão proferida pelo MM.
Juízo da 8ª Vara da Fazenda Pública da Comarca de Salvador, que, nos autos da ação ordinária ajuizada em desfavor do
Estado da Bahia, determinou o imediato pagamento de metade do valor das custas judiciais, que havia sido postergado
para o final do processo, caso fossem vencidos os demandantes.
Do que se extrai dos autos, em condensada síntese, os autores, ora agravantes, apresentaram sua postulação em juízo,
requerendo o deferimento do adimplemento das custas ao final da lide, diante do seu elevado valor e por não possuírem, os
recorrentes, condições de suportar os ônus relativos ao processo sem comprometimento do sustento próprio e de seus
familiares.
A pretensão foi deferida e posteriormente modificada pelo juízo de primeira instância, após determinar o desmembramento
dos autos para redução do número de litigantes, alterando o entendimento primevo que havia sido no sentido de acatar o
pleito autoral. Contra essa nova decisão é que se insurge o presente recurso.
Com esteio nesse argumento, pugnam pela antecipação da tutela recursal e, ao final, pelo provimento do recurso, com a
reforma da decisão agravada, para que as custas processuais sejam impostas ao final do processo.
No que relevante se apresenta, é o que se impunha relatar.
Inicialmente, registro que o presente recurso envolve pedido de tutela de urgência, não se sujeitando, sua apreciação, à
regra de cronologia prevista no Novo Código de Processo Civil, nos termos de seu artigo 12, §2º, IV, circunstância que
autoriza a imediata apreciação da matéria.
A análise das demais questões referentes ao recurso sub oculis deve ser realizada à luz da legislação processual vigente,
porquanto se volte contra decisão interlocutória posterior à entrada em vigor do novo CPC, notadamente, no que interessa à
presente decisão, com relação à tutela de urgência (efeito suspensivo) pretendida pelos agravantes.
TJBA – DIÁRIO DA JUSTIÇA ELETRÔNICO – Nº 2.099 - Disponibilização: terça-feira, 13 de março de 2018 Cad 1 / Página 225
Nestes termos, tenho que a concessão da medida pressupõe a verificação simultânea da probabilidade de provimento do
recurso e do risco de dano grave, de difícil ou impossível reparação, em virtude da eficácia imediata do decisum impugnado,
nos termos do que preceitua o art. 995, parágrafo único, do Código de Processo Civil de 2015, in verbis:
"Art. 995. Os recursos não impedem a eficácia da decisão, salvo disposição legal ou decisão judicial em sentido diverso.
Parágrafo único. A eficácia da decisão recorrida poderá ser suspensa por decisão do relator, se da imediata produção de
seus efeitos houver risco de dano grave, de difícil ou impossível reparação, e ficar demonstrada a probabilidade de provimento
do recurso".
Extrai-se, daí, que os recursos não são mais dotados, em regra, de efeito suspensivo, cuja aplicabilidade ao caso concreto
somente será possível quando expressamente prevista pela norma.
Dito isso, analisando os documentos que instruem estes autos e considerando, à primeira vista, a legislação aplicável,
vislumbro a relevância jurídica da tese recursal, embora se evidencie, num juízo de cognição sumária, o risco de lesão grave
a exsugir aos agravantes (possível cancelamento da distribuição do feito, caso não seja concedida a tutela de urgência) e a
probabilidade de êxito desta insurgência, diante das disposições do novel art. 99, §3º do CPC de 2015, a saber:
"Art. 99. O pedido de gratuidade da justiça pode ser formulado na petição inicial, na contestação, na petição para ingresso de
terceiro no processo ou em recurso.
(...)
§ 2o O juiz somente poderá indeferir o pedido se houver nos autos elementos que evidenciem a falta dos pressupostos
legais para a concessão de gratuidade, devendo, antes de indeferir o pedido, determinar à parte a comprovação do
preenchimento dos referidos pressupostos.
§ 3º - Presume-se verdadeira a alegação de insuficiência deduzida exclusivamente por pessoa natural.
§ 4o - A assistência do requerente por advogado particular não impede a concessão de gratuidade da justiça.(...)
§ 7o- Requerida a concessão de gratuidade da justiça em recurso, o recorrente estará dispensado de comprovar o recolhimento
do preparo, incumbindo ao relator, neste caso, apreciar o requerimento e, se indeferi-lo, fixar prazo para realização do
recolhimento".
No caso em comento, os litigantes não se declararam pobres, de outro vértice, pleitearam a postergação do pagamento das
custas ao final da ação, para que arcassem sem prejuízos econômicos do sustendo próprio e de seus familiares.
Trata-se, portanto, de um pedido que visa somente adiar no tempo o pagamento, não havendo, a priori, prejuízo ao Erário,
pois não há exoneração do recolhimento das custas judiciais. Dessa forma, fazendo-se uma ponderação de interesses, e,
atentando-se aos princípios constitucionais, afigura-se possível o deferimento do pleito autoral, para dilatar o prazo do
pagamento das custas judiciais. Ademais, caso fosse negado o pedido da parte agravante, haveria um cerceamento à
possibilidade de acionar o Poder Judiciário, sem graves prejuízos financeiros, o que representaria uma verdadeira afronta
à nossa Carta Magna.
Insta ressaltar que o pedido em comento já havia sido autorizado pelo juízo a quo e que a análise nesta instância limita-se
à sua reapreciação, à guisa de evitar danos financeiros as partes recorrentes.
A própria jurisprudência pátria já se manifestou a respeito do tema em questão:
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DA BAHIA
Desa. Dinalva Gomes Laranjeira Pimentel
DECISÃO
8003928-75.2018.8.05.0000 Agravo De Instrumento
Jurisdição: Tribunal De Justiça
Agravante: Azlonn Silva Amorim
Advogado: Antonio Carlos Souto Costa (OAB:0016677/BA)
Agravado: Aymore Credito, Financiamento E Investimento S.a.
Decisão:
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DA BAHIA
Segunda Câmara Cível
Gabinete da Desª. Dinalva Gomes Laranjeira Pimentel
________________________________________
Processo: AGRAVO DE INSTRUMENTO n. 8003928-75.2018.8.05.0000
Órgão Julgador: Segunda Câmara Cível
AGRAVANTE: AZLONN SILVA AMORIM
Advogado(s): ANTONIO CARLOS SOUTO COSTA
AGRAVADO: AYMORE CREDITO, FINANCIAMENTO E INVESTIMENTO S.A.
Advogado(s):
DECISÃO MONOCRÁTICA
Trata-se de agravo de instrumento interposto por Azlonn Silva Amorim, contra a decisão proferida pela Juíza da 4ª Vara de
Consumo de Salvador, que, nos autos da revisional intentada contra o Aymoré Crédito Financiamento e Investimento S/A,
deferiu a tutela de urgência, para determinar que o Réu se abstenha de negativar o nome do hipossuficiente, condicionando
a eficácia da medida ao depósito das parcelas contratadas em atraso.
Irresignada, a parte consumidora arguiu a abusividade dos juros remuneratórios e encargos contratuais exigidos no contrato
bancário submetido à revisão judicial, a autorizar a incidência das normas protetivas do CDC.
Suscitou, para tanto: a ilegalidade do índice de juros, por suplantar a taxa média de mercado; a ausência de contratação da
capitalização de juros; a ilicitude dos encargos e multa de 1%, por não se encontrar em mora, e; serem indevidas as
cobranças de seguro, IOF e taxa de administração de 2%.
Por tais razões, requereu o depósito da quantia que infere devida, de acordo com a planilha de cálculos apresentada desde
a inicial, a fim de lhe assegurar a posse do bem, à luz de precedente obrigatório do STJ.
Com esteio nesses argumentos, pugnou pela concessão da tutela de urgência, e, ao final, requereu o provimento do agravo,
com a reforma da decisão objurgada. Juntou documentos.
É o que impunha relatar. Decido.
Inicialmente, registro que o presente recurso envolve pedido de tutela de urgência, não sujeitando, sua apreciação, à regra
de cronologia prevista no Novo Código de Processo Civil, nos termos de seu artigo 12, §2º, IV e IX, circunstância que autoriza
a imediata análise da matéria.
Entendo satisfeitos, numa análise preliminar e à luz dos artigos 1.015, I, e 1.017, do CPC de 2015, os pressupostos para a
admissibilidade do recurso, porquanto o agravante logrou colacionar ao caderno processual os documentos tidos por
obrigatórios, extraídos dos autos da ação originária, bem como apresentou sua irresignação tempestivamente e ser
beneficiária da justiça gratuita, consoante se infere da decisão agravada de fl.71 da demanda de origem.
Com relação à tutela de urgência, tenho que sua concessão pressupõe a verificação simultânea da probabilidade de
provimento do recurso e do risco de dano grave, de difícil ou impossível reparação, em virtude da eficácia imediata do
decisum impugnado, nos termos do que preceitua o art. 995, parágrafo único, do Código de Processo Civil de 2015, in
verbis:
"Art. 995. Os recursos não impedem a eficácia da decisão, salvo disposição legal ou decisão judicial em sentido diverso.
Parágrafo único. A eficácia da decisão recorrida poderá ser suspensa por decisão do relator, se da imediata produção de
seus efeitos houver risco de dano grave, de difícil ou impossível reparação, e ficar demonstrada a probabilidade de provimento
do recurso."
TJBA – DIÁRIO DA JUSTIÇA ELETRÔNICO – Nº 2.099 - Disponibilização: terça-feira, 13 de março de 2018 Cad 1 / Página 227
Extrai-se, daí, que os recursos não são mais dotados, em regra, de efeito suspensivo, cuja aplicabilidade ao caso concreto
somente será possível quando expressamente prevista pela norma.
Dito isso, analisando os documentos que instruem estes autos e considerando, à primeira vista, a legislação aplicável,
vislumbro a relevância da alegação autoral, porquanto se evidencie, num juízo de cognição sumária, o risco de lesão grave
a exsurgir ao Agravante (restrições creditícias) e a probabilidade de êxito desta insurgência, diante das orientações firmadas
pelo STJ, em recurso especial representativo de controvérsia.
Com efeito, a Corte Cidadã, no julgamento do REsp n.º 1.061.530, submetido à sistemática de Recursos Repetitivos,
posicionou-se no sentido de não admitir a inscrição dos dados do consumidor, em cadastros de inadimplentes, desde que:
1) esteja contestando através da ação a existência integral ou parcial do débito; 2) demonstre efetivamente que a cobrança
é indevida, com amparo em jurisprudência consolidada do Supremo Tribunal Federal e do Superior Tribunal de Justiça, e 3)
realize o depósito judicialmente das prestações vencidas e vincendas no valor incontroverso. Nesse sentido:
DIREITO PROCESSUAL CIVIL E BANCÁRIO. RECURSO ESPECIAL. AÇAO REVISIONAL DE CLÁUSULAS DE CONTRATO
BANCÁRIO. INCIDENTE DE PROCESSO REPETITIVO. JUROS REMUNERATÓRIOS. CONFIGURAÇÃO DA MORA. JUROS
MORATÓRIOS. INSCRIÇÃO/MANUTENÇÃO EM CADASTRO DE INADIMPLENTES. DISPOSIÇÕES DE OFÍCIO. (...) Para os
efeitos do § 7º do art. 543-C do CPC, a questão de direito idêntica, além de estar selecionada na decisão que instaurou o
incidente de processo repetitivo, deve ter sido expressamente debatida no acórdão recorrido e nas razões do recurso
especial, preenchendo todos os requisitos de admissibilidade. Neste julgamento, os requisitos específicos do incidente
foram verificados quanto às seguintes questões: i) juros remuneratórios; ii) configuração da mora; iii) juros moratórios; iv)
inscrição/manutenção em cadastro de inadimplentes e v) disposições de ofício.
ORIENTAÇÃO 4 - INSCRIÇÃO/MANUTENÇÃO EM CADASTRO DE INADIMPLENTES.
a) A abstenção da inscrição/manutenção em cadastro de inadimplentes, requerida em antecipação de tutela e/ou medida
cautelar, somente será deferida se, cumulativamente: i) a ação for fundada em questionamento integral ou parcial do débito;
ii) houver demonstração de que a cobrança indevida se funda na aparência do bom direito e em jurisprudência consolidada
do STF ou STJ; iii) houver depósito da parcela incontroversa ou for prestada a caução fixada conforme o prudente arbítrio do
juiz; [...] Recurso especial parcialmente conhecido e, nesta parte, provido, para declarar a legalidade da cobrança dos juros
remuneratórios, como pactuados, e ainda decotar do julgamento as disposições de ofício. Ônus sucumbenciais redistribuídos.
(STJ, Resp n. 1061530, do Rio Grande do Sul. Rela. Mina. Nancy Andrighi. Julgado em 22.10.2008) (grifei).
Assim, ao menos neste estágio processual, infiro demonstrada a verossimilhança da tese recursal, haja vista que a planilha
de cálculos, por ele apresentada, demonstra, a priori, a abusividade de encargos e dos juros exigidos -, fundamentando-se,
assim, a sua irresignação na aparência do bom direito e em jurisprudência consolidada das Cortes Superiores.
Insta salientar que a decisão agravada já conferiu, ao autor, a tutela de urgência, para garantir que seu nome e dados não
sejam incluídos nem permaneçam em órgãos de proteção creditícia, restringindo-se, portanto, esta via instrumental à
posse do veículo e consignação do importe reconhecido pelo hipossuficiente.
Destarte, à primeira vista, denota-se plausível o direito invocado pelo Recorrente, porquanto se evidencie a impossibilidade
de ser tolhido da posse do veículo que originou o contrato litigado, mediante o depósito judicial (perante o Juízo de origem)
dos valores que a parte autora inferir devidos, com base em seu demonstrativo contábil, que foram minuciosamente
elaborados no parecer de fls.05/14 do doc.769359, com base na taxa média de mercado obtida perante o Banco Central.
O periculum in mora, por sua vez, mostra-se de pronto configurado, haja vista que o prosseguimento da demanda, sem que
sejam antecipados os efeitos da tutela recursal, poderá causar danos irreparáveis ao recorrente, que terá que suportar
medidas coercitivas de cobrança pelo Banco, como negativações indevidas e risco de ser acionada em busca e apreensão
do veículo.
A partir de tais elementos, entendo provável o provimento do presente agravo, cujo julgamento monocrático, apesar da
relevância das alegações recursais, resta por ora obstado, diante do regramento inserto no art.932, V do NCPC, que exige
a intimação prévia da parte agravada, para apresentar contrarrazões a esta insurgência.
Forte em tais razões, com fulcro no art.995, parágrafo único c/c art.1.019, I e art.932, II todos do NCPC, DEFIRO A TUTELA DE
URGÊNCIA postulada na seara recursal, para garantir a posse do veículo em favor do consumidor, com base no Recurso
Especial representativo de controvérsia n.º 1.048.043 do STJ, condicionando, no entanto, a eficácia da medida ao depósito
judicial das prestações vencidas e vincendas pelo consumidor, de acordo com o valor incontroverso, até a efetiva liquidação
do julgado, mantendo os demais termos da decisão agravada, que não contrariem o quanto retro determinado.
Atribuo à presente decisão, por cópia, força de mandado.
Intime-se a parte agravada para, querendo, responder no prazo de lei.
Oficie-se o MM. Juízo a quo, a fim de ser dado conhecimento da presente decisão, bem como, querendo, prestar informações.
Findo os prazos, voltem-me conclusos os autos.
Publique-se. Intimem-se. Comunique-se.
Tribunal de Justiça da Bahia,
em, 7 de março de 2018.
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DA BAHIA
Desa. Dinalva Gomes Laranjeira Pimentel
DECISÃO
8003788-41.2018.8.05.0000 Agravo De Instrumento
Jurisdição: Tribunal De Justiça
Agravante: Banco Pan S.a.
Advogado: Ivo Pereira (OAB:0143801/SP)
Agravado: Ivana Ferreira De Araujo
Decisão:
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DA BAHIA
Segunda Câmara Cível
Gabinete da Desª. Dinalva Gomes Laranjeira Pimentel
________________________________________
Processo: AGRAVO DE INSTRUMENTO n. 8003788-41.2018.8.05.0000
Órgão Julgador: Segunda Câmara Cível
AGRAVANTE: BANCO PAN S.A.
Advogado(s): IVO PEREIRA
AGRAVADO: IVANA FERREIRA DE ARAUJO
Advogado(s):
DECISÃO MONOCRÁTICA
Cuida-se de agravo de instrumento interposto pelo Banco PAN S/A, contra decisão proferida pelo Juízo de Direito da 7ª Vara
das Relações de Consumo da Comarca de Feira de Santana, que indeferiu a liminar vindicada, pela ora agravante, nos
autos da ação de busca e apreensão ajuizada em face de Ivana Ferreira de Araújo, por ausência de constituição válida da
devedora em mora.
Inconformada, agravou a instituição financeira, defendendo a validade da notificação extrajudicial empreendida, por conter
declaração expressa de que a correspondência foi recebida pela própria recorrida.
Desenvolvendo seus argumentos nesse sentido, pugnou pelo provimento do recurso, com a reforma da decisão vergastada.
É o relatório. Passo a decidir.
O presente recurso envolve questão que legitima o julgamento monocrático pelo Relator, porquanto compreende a
excepcionalidade disposta no art. 932, IV, "a" e "b", do Novo Código de Processo Civil, não sujeitando, sua apreciação, à
regra de cronologia prevista na aludida Legislação Processual, em seu artigo 12, §2º, IV, circunstância que autoriza a
imediata apreciação da matéria.
Pois bem. A questão ventilada no recurso refere-se ao atendimento, ou não, pela agravante, dos requisitos necessários à
concessão de liminar na Ação de Busca e Apreensão de origem, especificamente no que tange à validade da notificação
extrajudicial empreendida às fls. 24, daqueles autos, com a consequente constituição em mora da devedora, ora apelada.
Como cediço, para a concessão de liminar em ação de busca e apreensão é requisito essencial a comprovação documental
da mora, no intuito de prevenir que o suposto devedor venha a ser surpreendido com a subtração repentina do bem alienado,
sem antes, inequivocamente cientificado, ter oportunidade de, desejando, saldar a dívida garantida e, assim, retomar-lhe a
propriedade plena.
Nessa linha de raciocínio, o Superior Tribunal de Justiça editou a Súmula nº 72, estabelecendo que "a comprovação da mora
é imprescindível à busca e apreensão do bem alienado fiduciariamente".
Tal exigência decorre do artigo 3º do Decreto Lei nº 911/1969, que assim dispõe:
Art. 3º. O proprietário fiduciário ou credor poderá, desde que comprovada a mora, na forma estabelecida pelo § 2º do art. 2º,
ou o inadimplemento, requerer contra o devedor ou terceiro a busca e apreensão do bem alienado fiduciariamente, a qual
será concedida liminarmente, podendo ser apreciada em plantão judiciário. (Redação dada pela Lei nº 13.043/2014).
Registre-se, a propósito, que, em decorrência de alteração legislativa advinda com a sanção da Lei nº 13.043, de 13 de
novembro de 2014, é facultado ao credor comprovar a mora por simples envio de carta registrada com aviso de recebimento
ao endereço do devedor.
Confira-se a nova redação do artigo 2º, § 2º, do Decreto-Lei 911/69:
"Art. 2º - No caso de inadimplemento ou mora nas obrigações contratuais garantidas mediante alienação fiduciária, o
proprietário fiduciário ou credor poderá vender a coisa a terceiros, independentemente de leilão, hasta pública, avaliação
prévia ou qualquer outra medida judicial ou extrajudicial, salvo disposição expressa em contrário prevista no contrato,
devendo aplicar o preço da venda no pagamento de seu crédito e das despesas decorrentes e entregar ao devedor o saldo
apurado, se houver, com a devida prestação de contas. (Redação dada pela Lei nº 13.043/14). (...).
§ 2º - A mora decorrerá do simples vencimento do prazo para pagamento e poderá ser comprovada por carta registrada com
aviso de recebimento, não se exigindo que a assinatura constante do referido aviso seja a do próprio destinatário. (Redação
dada pela Lei nº 13.043, de 2014). [...]."
Logo, a carta pode ser, apenas, entregue no endereço do domicílio do devedor, constante no contrato entabulado, sendo
desnecessária a notificação pessoal, conforme dispositivo supra mencionado e precedentes do colendo STJ:
TJBA – DIÁRIO DA JUSTIÇA ELETRÔNICO – Nº 2.099 - Disponibilização: terça-feira, 13 de março de 2018 Cad 1 / Página 229
AGRAVO REGIMENTAL EM AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL. PROCESSUAL CIVIL. AÇÃO DE BUSCA E APREENSÃO.
CONSTITUIÇÃO DO DEVEDOR EM MORA MEDIANTE NOTIFICAÇÃO EXTRAJUDICIAL. DESNECESSIDADE DE INTIMAÇÃO
PESSOAL. SUFICIENTE A ENTREGA NO ENDEREÇO DO DEVEDOR. PRECEDENTES. INCIDÊNCIA DA SÚMULA 7 DO STJ.
DECISÃO MANTIDA. 1. Esta Corte consolidou entendimento no sentido de que, para a constituição em mora por meio de
notificação extrajudicial, é suficiente que seja entregue no endereço do devedor, ainda que não pessoalmente. Precedentes.
2. Na presente hipótese, o acórdão recorrido informa que a notificação extrajudicial foi entregue no endereço da devedora.
Rever esta conclusão importaria no reexame do conteúdo fático-provatório dos autos, o que é vedado pelo teor da Súmula 7
deste Superior Tribunal. 3. Não tendo o agravante trazido qualquer razão jurídica capaz de alterar o entendimento sobre a
causa, mantenho a decisão agravada pelos seus próprios fundamentos. 4. Agravo regimental não provido. (STJ - AgRg no
AREsp: 419667 MS 2013/0361176-3, Relator: Ministro LUIS FELIPE SALOMÃO, Data de Julgamento: 06/05/2014, T4 - QUARTA
TURMA, Data de Publicação: DJe 13/05/2014) (grifei).
AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL. AÇÃO DE BUSCA E APREENSÃO. CONTRATO DE
FINANCIAMENTO. ALEGAÇÃO DE NEGATIVA DE PRESTAÇÃO JURISDICIONAL. INEXISTÊNCIA. NOTIFICAÇÃO
EXTRAJUDICIAL REALIZADA POR INTERMÉDIO DE CARTÓRIO DE TÍTULOS E DOCUMENTOS ENTREGUE NO DOMICÍLIO
DA DEVEDORA. DESNECESSÁRIA A NOTIFICAÇÃO PESSOAL. MORA COMPROVADA. 1. O acórdão recorrido analisou todas
as questões necessárias ao deslinde da controvérsia, não se configurando qualquer omissão ou negativa de prestação
jurisdicional. 2. A jurisprudência desta Corte é pacífica no sentido de que, para a constituição em mora, é desnecessária a
notificação pessoal do devedor, bastando que seja feita via cartório e no endereço declinado no contrato, o que ocorreu no
caso dos autos. 3. Agravo regimental a que se nega provimento. (AgRg no AREsp 365.039/DF, Rel. Ministra MARIA ISABEL
GALLOTTI, QUARTA TURMA, julgado em 08/10/2013, DJe 17/10/2013)
Não obstante tal fato, infere-se dos autos de origem, notadamente dos documentos de fls. 24, que a correspondência
colacionada pela casa bancária fora expedida eletronicamente, não havendo qualquer assinatura em aviso de recebimento,
seja da devedora ou de terceiro, como bem verificado pelo douto julgador primevo.
Pois bem. Conquanto fosse possível, para a validade do ato, o recebimento da notificação por terceiros, exige-se, ao menos,
a comprovação de que efetivamente a comunicação foi entregue no endereço do devedor, informado no instrumento contratual
celebrado entre os litigantes, fato que não se verifica na espécie, porquanto o agente dos Correios responsável pela
declaração de que "o recibo de entrega foi assinado por Ivana Ferreira de Araújo" (fls. 24) não detém fé pública para substituir
a prova da assinatura em aviso de recebimento, como expressamente exige a lei de regência da matéria.
Acerca da matéria, é pacífica a jurisprudência deste egrégio Tribunal de Justiça:
PROCESSUAL CIVIL. BUSCA E APREENSÃO. NOTIFICAÇÃO EXTRAJUDICIAL. ENDEREÇO. CONTRATO. ENTREGA. NÃO
COMPROVAÇÃO. MORA. CONSTITUIÇÃO. AUSÊNCIA. INICIAL. INDEFERIMENTO. PROCESSO. EXTINÇÃO. I - De acordo
com a intelecção do Superior Tribunal de Justiça, manifestada no julgamento do Resp nº 1,184.570, pela sistemática do
artigo 543-C do Código de Processo Civil, válida é a notificação extrajudicial entregue no endereço do devedor. II - Embora
desnecessário o recebimento da notificação pelo próprio arrendatário, exige-se, pelo menos, a comprovação de que
efetivamente houve o recebimento no endereço do seu domicílio. III - Ante a ausência de constituição em mora do devedor,
impositiva é a manutenção da sentença que indeferiu a inicial e extinguiu o feito, nos termos do artigo 267, I e IV do Código
de Processo Civil. RECURSO NÃO PROVIDO. (TJ-BA -APL: 00226909320098050001 BA, Relator: Heloísa Pinto de Freitas
Vieira Graddi, Data de Julgamento: 18/12/2012, Terceira Câmara Cível, Data de Publicação: 06/08/2013)
Ao contrário do que imagina a agravante, o ato dos correios, que aponta a informação de recebimento da comunicação, não
substitui o aviso de recebimento assinado de próprio punho, seja pelo devedor ou por terceiro presente em sua residência.
Por tais razões, inexistente a comprovação da mora da devedora, ora recorrida, é de ser mantido o indeferimento da liminar
de busca e apreensão, nos termos fixados no decisum vergastado.
Diante do exposto, com fundamento no art. 932, IV, "a", do Novo Código de Processo Civil, NEGO PROVIMENTO AO RECURSO,
com esteio na Súmula nº 72, do STJ, para manter inalterada a decisão recorrida, por estes e pelos seus próprios fundamentos.
Publique-se. Intime-se.
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DA BAHIA
Desa. Dinalva Gomes Laranjeira Pimentel
DECISÃO
8001375-89.2017.8.05.0000 Agravo De Instrumento
Jurisdição: Tribunal De Justiça
Agravante: Facil Solucao Em Servicos - Eireli - Epp
Advogado: Bernardo Santana Alves Nascimento (OAB:0026737/BA)
Advogado: Rodrigo Fernandes Penha (OAB:0047577/BA)
Agravado: Facil Solucao Em Servicos - Eireli - Epp
Decisão:
TJBA – DIÁRIO DA JUSTIÇA ELETRÔNICO – Nº 2.099 - Disponibilização: terça-feira, 13 de março de 2018 Cad 1 / Página 230
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DA BAHIA
Segunda Câmara Cível
Gabinete da Desª. Dinalva Gomes Laranjeira Pimentel
________________________________________
Processo: AGRAVO DE INSTRUMENTO n. 8001375-89.2017.8.05.0000
Órgão Julgador: Segunda Câmara Cível
AGRAVANTE: FACIL SOLUCAO EM SERVICOS - EIRELI - EPP
Advogado(s): RODRIGO FERNANDES PENHA, BERNARDO SANTANA ALVES NASCIMENTO
AGRAVADO: FACIL SOLUCAO EM SERVICOS - EIRELI - EPP
Advogado(s):
DECISÃO MONOCRÁTICA
Trata-se de agravo de instrumento interposto por Facil Solução em Serviços - Eireli - EPP, contra decisão proferida pelo MM.
Juízo da 8ª Vara Cível e Comercial da Comarca de Salvador, que, nos autos do pedido de auto-falência, indeferiu a assistência
judiciária gratuita pleiteada pelo recorrente.
Do que se extrai dos autos, em condensada síntese, o autor, ora agravante, apresentou sua postulação em juízo, requerendo
o processamento dos autos sob os auspícios da gratuidade de justiça, tendo declarado, na inicial, não possuir condições
de suportar os ônus relativos ao processo.
A pretensão foi indeferida pelo juízo de primeira instância, que entendeu não configurada a condição de insuficiência
econômica do agravante. É contra essa decisão que se insurge o recurso.
Com esteio nesse argumento, pugna pela antecipação da tutela recursal e, ao final, pelo provimento do recurso, com a
reforma da decisão agravada.
Inicialmente, registro que o presente recurso envolve pedido de tutela de urgência, não se sujeitando, sua apreciação, à
regra de cronologia prevista no Novo Código de Processo Civil, nos termos de seu artigo 12, §2º, IV, circunstância que
autoriza a imediata apreciação da matéria.
A análise das demais questões referentes ao recurso sub oculis devem ser realizada à luz da legislação processual vigente,
porquanto se volte contra decisão interlocutória posterior à entrada em vigor do novo CPC, notadamente, no que interessa à
presente decisão, com relação à tutela de urgência (efeito suspensivo) pretendida pelo agravante.
Nestes termos, tenho que a concessão da medida pressupõe a verificação simultânea da probabilidade de provimento do
recurso e do risco de dano grave, de difícil ou impossível reparação, em virtude da eficácia imediata do decisum impugnado,
nos termos do que preceitua o art. 995, parágrafo único, do Código de Processo Civil de 2015, in verbis:
"Art. 995. Os recursos não impedem a eficácia da decisão, salvo disposição legal ou decisão judicial em sentido diverso.
Parágrafo único. A eficácia da decisão recorrida poderá ser suspensa por decisão do relator, se da imediata produção de
seus efeitos houver risco de dano grave, de difícil ou impossível reparação, e ficar demonstrada a probabilidade de provimento
do recurso".
Extrai-se, daí, que os recursos não são mais dotados, em regra, de efeito suspensivo, cuja aplicabilidade ao caso concreto
somente será possível quando expressamente prevista pela norma.
Dito isso, analisando os documentos que instruem estes autos e considerando, à primeira vista, a legislação aplicável,
vislumbro que, a despeito de não haver relevância na tese recursal em relação à total isenção das despesas processuais
(gratuidade de justiça), há a possibilidade de postergar o pagamento das custas ao final da lide, para que o agravante não
sofra, de imediato, o risco de grave lesão com o possível cancelamento da distribuição do feito.
Ressalte-se que, em uma análise apriorística, o litigante não é pessoa natural, razão pela qual é afastada a presunção juris
tantum de insuficiência econômica.
Nesse caso, observando a peculiaridade do caso concreto, os Tribunais Pátrios possuem decisões no sentido de que deve
haver a comprovação da impossibilidade da pessoa jurídica em custear o processo, mesmo nos casos de auto-falência,
conforme se depreende dos julgados a seguir transcritos:
AGRAVO DE INSTRUMENTO. FALÊNCIA. ASSISTÊNCIA JUDICIÁRIA GRATUITA. PESSOA JURÍDICA. BENEFÍCIO NÃO
CONCEDIDO. Trata-se de recurso de agravo de instrumento interposto em face da decisão que não concedeu o benefício de
gratuidade de justiça em favor da agravante em incidente de habilitação de crédito em processo de autofalência. É sabido
que o acesso à jurisdição e a prestação da assistência judiciária são direitos fundamentais assegurados pela constituição
TJBA – DIÁRIO DA JUSTIÇA ELETRÔNICO – Nº 2.099 - Disponibilização: terça-feira, 13 de março de 2018 Cad 1 / Página 231
federal, consoante preleciona o artigo 5º, incisos XXXV e LXXIV. Todavia, segundo entendimento adotado por este relator, a
rigor, ressalvadas as situações excepcionais cabalmente demonstradas, o que não se revela no caso em testilha, o instituto
do benefício da assistência judiciária gratuita não pode ser estendido a pessoas jurídicas, ainda que tal entender contrarie
posição jurisprudencial permissiva. AGRAVO DE INSTRUMENTO DESPROVIDO. (Agravo de Instrumento Nº 70057403735,
Sexta Câmara Cível, Tribunal de Justiça do RS, Relator: Sylvio José Costa da Silva Tavares, Julgado em 31/07/2014)
(TJ-RS - AI: 70057403735 RS, Relator: Sylvio José Costa da Silva Tavares, Data de Julgamento: 31/07/2014, Sexta Câmara
Cível, Data de Publicação: Diário da Justiça do dia 11/08/2014)
AGRAVO DE INSTRUMENTO. JUSTIÇA GRATUITA PLEITEADA POR PESSOA JURÍDICA APÓS A PROLAÇÃO DA SENTENÇA.
Se pleiteada a justiça gratuita pela pessoa jurídica, na petição inicial, em caso do autor, há possibilidade de concessão
desde que comprovada a situação econômica desfavorável. Ultrapassado esse momento, não basta a comprovação da
hipossuficiência financeira, é necessária a comprovação da mudança da situação econômica em relação ao momento em
que ingressou nos autos sem pleitear a concessão da benesse. O simples fato de a empresa ter pedido a autofalência após
o ajuizamento da ação não implica na automática concessão do benefício da gratuidade da justiça. Ausência de comprovação
da mudança da situação financeira que justificasse a concessão do benefício nesta avançada fase processual. A jurisprudência
dominante desta Corte entende que a deserção da apelação somente ocorre caso o apelante, ciente do indeferimento
definitivo da assistência judiciária gratuita, não efetua o preparo do recurso no prazo assinalado pelo Juiz. Recurso provido,
com observação.
(TJ-SP - AI: 20082824220138260000 SP 2008282-42.2013.8.26.0000, Relator: Gilberto Leme, Data de Julgamento: 24/09/
2013, 27ª Câmara de Direito Privado, Data de Publicação: 30/09/2013)
Agravo Regimental - Assistência judiciária Pedido - Pessoa jurídica - Indeferimento - Decisão mantida - O benefício da
gratuidade é destinado, em princípio, apenas a pessoas físicas. Ainda que tal entendimento possa sofrer temperanças,
caberia à parte comprovar sua condição de miserabilidade, o que não ficou demonstrado nos autos. Somente em casos
absolutamente excepcionais (v.g., pessoa jurídica beneficente, que presta serviços gratuitos à população) é que se concede
tal benefício a pessoas jurídicas. - Ademais, pessoa jurídica em situação de miserabilidade deve requerer sua auto-falência,
nos termos do art. 105 da Lei 11.101/05 Recurso não provido, com observação, por decisão monocrática - - Agravo Regimental
não provido-
(TJ-SP - AGR: 22170608020148260000 SP 2217060-80.2014.8.26.0000, Relator: Manoel Justino Bezerra Filho, Data de
Julgamento: 27/01/2015, 28ª Câmara de Direito Privado, Data de Publicação: 29/01/2015)
Todavia, no caso em comento, o autor não comprovou a sua hipossuficiência, podendo as custas processuais serem pagas
ao final do processo.
Por outro lado, ainda que sob uma análise perfunctória da questão posta sub judice, não se revela razoável obstar totalmente,
ainda que num juízo de cognição sumária, o pleito do recorrente, preconizada na Constituição Federal, em seu art. 5.º, XXXV.
O periculum in mora, por sua vez, mostra-se razoavelmente configurado, haja vista que o prosseguimento da demanda, sem
que sejam parcialmente antecipados os efeitos da tutela recursal, poderá causar danos irreparáveis ao demandante, que
terá que suportar o cerceamento ao seu direito fundamental de acesso à Justiça (art. 5º, XXXV da Carta Magna), com a
extinção terminativa do feito.
Destarte, tratando-se de pessoa jurídica, defiro, por ora, apenas o pagamento das custas ao final do processo, em razão da
própria natureza jurídica do agravante.
Forte em tais razões, com fulcro no art. 300 c/c art. 1.019, I e art. 932, II do NCPC, DEFIRO, EM PARTE, A TUTELA DE
URGÊNCIA, para conceder, ao agravante, apenas a postergação do pagamento das custas judiciais para o final da originária
demanda.
Oficie-se o MM. Juízo a quo, a fim de ser dado conhecimento da presente decisão. Após, voltem-me conclusos os autos.
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DA BAHIA
Desa. Dinalva Gomes Laranjeira Pimentel
DECISÃO
8001506-64.2017.8.05.0000 Agravo De Instrumento
Jurisdição: Tribunal De Justiça
Agravante: Ademario Freitas Da Silva
Advogado: Wagner Veloso Martins (OAB:3716000A/BA)
Agravante: Aderivaldo Dos Santos Diogo
Advogado: Wagner Veloso Martins (OAB:3716000A/BA)
Agravante: Juvencio Santos Silva
Advogado: Wagner Veloso Martins (OAB:3716000A/BA)
Agravante: Wielio Barbosa
Advogado: Wagner Veloso Martins (OAB:3716000A/BA)
Agravado: Estado Da Bahia
Decisão:
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DA BAHIA
Segunda Câmara Cível
Gabinete da Desª. Dinalva Gomes Laranjeira Pimentel
________________________________________
Processo: AGRAVO DE INSTRUMENTO n. 8001506-64.2017.8.05.0000
Órgão Julgador: Segunda Câmara Cível
AGRAVANTE: ADEMARIO FREITAS DA SILVA e outros (3)
Advogado(s): WAGNER VELOSO MARTINS
AGRAVADO: ESTADO DA BAHIA
Advogado(s):
DECISÃO MONOCRÁTICA
Trata-se de agravo de instrumento interposto por Ademario Freitas da Silva e outros, contra decisão proferida pelo MM. Juízo
da 8ª Vara da Fazenda Pública da Comarca de Salvador, que, nos autos da ação ordinária ajuizada em desfavor do Estado
da Bahia, indeferiu a assistência judiciária gratuita pleiteada pelos demandantes, ao argumento de que os servidores
públicos possuem o dever de arcar com as custas processuais, na medida de suas possibilidades.
Do que se extrai dos autos, em condensada síntese, os autores, ora agravantes, apresentaram sua postulação em juízo,
requerendo seu processamento sob os auspícios da gratuidade de justiça, tendo declarado, na inicial, não possuírem
condições de suportar os ônus relativos ao processo.
A pretensão foi indeferida pelo MM. Juízo a quo, que entendeu não configurada a condição de insuficiência econômica dos
agravantes. É contra essa decisão que se insurge o recurso, ao argumento basilar de que a concessão dos benefícios da
gratuidade de justiça se operaria pela tão só declaração da condição de insuficiência econômica dos postulantes, em face
da presunção juris tantum que sobre ela incide, elidível apenas por comprovação em contrário.
Com esteio nesse argumento, pugnam pela antecipação da tutela recursal e, ao final, pelo provimento do recurso, com a
reforma da decisão agravada.
Inicialmente, registro que o presente recurso envolve pedido de tutela de urgência, não se sujeitando, sua apreciação, à
regra de cronologia prevista no Novo Código de Processo Civil, nos termos de seu artigo 12, §2º, IV, circunstância que
autoriza a imediata apreciação da matéria.
A análise das demais questões referentes ao recurso sub oculis deve ser realizada à luz da legislação processual vigente,
porquanto se volte contra decisão interlocutória posterior à entrada em vigor do novo CPC, notadamente, no que interessa à
presente decisão, com relação à tutela de urgência (efeito suspensivo) pretendida pelos agravantes.
Nestes termos, tenho que a concessão da medida pressupõe a verificação simultânea da probabilidade de provimento do
recurso e do risco de dano grave, de difícil ou impossível reparação, em virtude da eficácia imediata do decisum impugnado,
nos termos do que preceitua o art. 995, parágrafo único, do Código de Processo Civil de 2015, in verbis:
"Art. 995. Os recursos não impedem a eficácia da decisão, salvo disposição legal ou decisão judicial em sentido diverso.
Parágrafo único. A eficácia da decisão recorrida poderá ser suspensa por decisão do relator, se da imediata produção de
seus efeitos houver risco de dano grave, de difícil ou impossível reparação, e ficar demonstrada a probabilidade de provimento
do recurso".
TJBA – DIÁRIO DA JUSTIÇA ELETRÔNICO – Nº 2.099 - Disponibilização: terça-feira, 13 de março de 2018 Cad 1 / Página 233
Extrai-se, daí, que os recursos não são mais dotados, em regra, de efeito suspensivo, cuja aplicabilidade ao caso concreto
somente será possível quando expressamente prevista pela norma.
Dito isso, analisando os documentos que instruem estes autos e considerando, à primeira vista, a legislação aplicável,
vislumbro a relevância jurídica da tese recursal, posto que se evidencie, num juízo de cognição sumária, o risco de lesão
grave a exsurgir aos recorrentes (possível cancelamento da distribuição do feito, caso não seja concedida a tutela de
urgência) e a probabilidade de êxito desta insurgência, diante das disposições do novel art. 99, §3º do CPC de 2015, a saber:
"Art. 99. O pedido de gratuidade da justiça pode ser formulado na petição inicial, na contestação, na petição para ingresso de
terceiro no processo ou em recurso.
(...)
§ 2o O juiz somente poderá indeferir o pedido se houver nos autos elementos que evidenciem a falta dos pressupostos
legais para a concessão de gratuidade, devendo, antes de indeferir o pedido, determinar à parte a comprovação do
preenchimento dos referidos pressupostos.
§ 3º - Presume-se verdadeira a alegação de insuficiência deduzida exclusivamente por pessoa natural.
§ 4o - A assistência do requerente por advogado particular não impede a concessão de gratuidade da justiça.(...)
§ 7o- Requerida a concessão de gratuidade da justiça em recurso, o recorrente estará dispensado de comprovar o recolhimento
do preparo, incumbindo ao relator, neste caso, apreciar o requerimento e, se indeferi-lo, fixar prazo para realização do
recolhimento".
A priori, a simples alegação de insuficiência basta para o deferimento da gratuidade da justiça. Entretanto, tal declaração
goza de presunção relativa, razão pela qual o requerimento da benesse pode ser indeferido, se houver nos autos elementos
capazes de afastá-lo.
Não é o caso em análise, pois inexiste elemento capaz de suprimir a presunção de veracidade dos documentos acostados
pelos requerentes, de forma que se afigura possível o deferimento do pleito do benefício da justiça gratuita. Muito ao revés,
as declarações de pobreza colacionadas aos autos pelos insurgentes demonstram que, se os autores não forem beneficiados
com a gratuidade pretendida, provavelmente não conseguirão acessar o Poder Judiciário, ao menos sem prejuízo do seu
próprio sustento.
Ademais, ainda que sob uma análise perfunctória da questão posta sub judice, não se revela razoável obstar, ainda que num
juízo de cognição sumária, a gratuidade de justiça aos recorrentes, preconizada na Constituição Federal, em seu art. 5.º,
XXXV, sob o único fundamento de que os autores possuem condições de arcar com as despesas processuais.
O periculum in mora, por sua vez, mostra-se de pronto configurado, haja vista que o prosseguimento da demanda, sem que
sejam antecipados os efeitos da tutela recursal, poderá causar danos irreparáveis aos agravantes, que terão que suportar
cerceamento ao seu direito fundamental de acesso à Justiça (art. 5º, XXXV da Carta Magna), com a extinção terminativa do
feito.
A partir de tais elementos, entendo provável o provimento do presente agravo, havendo, todavia, necessidade de intimação
prévia da parte agravada, para apresentar contrarrazões a esta insurgência.
Forte em tais razões, com fulcro no art. 995, parágrafo único c/c art. 1.019, I e art. 932, II do NCPC, DEFIRO A ANTECIPAÇÃO
DOS EFEITOS DA TUTELA RECURSAL, para, presente o requisito inserto no art. 99, §3º do Novel Codex, conceder, aos
agravantes, o benefício da gratuidade de justiça, isentando-lhes, integralmente, do dispêndio das custas processuais e das
verbas listadas no art. 98, §1º do NCPC, observando-se, no entanto, o quanto disposto nos §§2º, 3º, 4º e 6º do retrocitado
dispositivo legal.
Intime-se pessoalmente o agravado, através do seu órgão de representação, para oferta de contrarrazões, no prazo legal.
Oficie-se o MM. Juízo a quo, a fim de ser dado conhecimento da presente decisão.
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DA BAHIA
Desa. Dinalva Gomes Laranjeira Pimentel
DECISÃO
8002212-13.2018.8.05.0000 Agravo De Instrumento
Jurisdição: Tribunal De Justiça
Agravante: Companhia De Engenharia Hidrica E De Saneamento Da Bahia Cerb
Advogado: Eveline Aguiar Dos Santos Alves (OAB:0033783/BA)
Agravado: Thiago Mota De Almeida
Advogado: Roseano Francisco Beserra (OAB:0032423/BA)
Decisão:
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DA BAHIA
Segunda Câmara Cível
Gabinete da Desª. Dinalva Gomes Laranjeira Pimentel
________________________________________
Processo: AGRAVO DE INSTRUMENTO n. 8002212-13.2018.8.05.0000
Órgão Julgador: Segunda Câmara Cível
AGRAVANTE: COMPANHIA DE ENGENHARIA HIDRICA E DE SANEAMENTO DA BAHIA CERB
Advogado(s): EVELINE AGUIAR DOS SANTOS ALVES
AGRAVADO: THIAGO MOTA DE ALMEIDA
Advogado(s): ROSEANO FRANCISCO BESERRA
DECISÃO MONOCRÁTICA
Trata-se de agravo de instrumento interposto pelo COMPANHIA DE ENGENHARIA HÍDRICA E DE SANEAMENTO DA BAHIA
(CERB), contra decisão proferida pelo Juízo de Direito da 6ª Vara dos Feitos de Relações de Consumo, Cíveis e Comerciais
da Comarca de Feira de Santana, que nos autos do Mandado de Segurança impetrado por THIAGO MOTA DE ALMEIDA,
concedeu parcialmente a liminar para determinar a autoridade impetrada, que proceda, em favor do autor, a reserva da vaga
para o cargo almejado.
Prefacialmente, o agravante apresentou postulação em juízo, pleiteando seu processamento sob os benefícios da assistência
judiciária gratuita, para tanto declarando, em sua peça petitória, não possuir condições de suportar os ônus relativos às
despesas processuais, uma vez que é uma "sociedade de economia mista vinculada à Secretaria de Infraestrutura Hídrica
e Saneamento do Estado da Bahia, empresa integrante da administração indireta do Estado e não possui renda própria e
nem finalidade lucrativa, tendo sua mantença garantida por repasses do Governo do Estado".
Irresignado, interpôs o recorrente o presente recurso objetivando a atribuição de efeito suspensivo, haja vista a possibilidade
de dano irreparável ou de difícil reparação, uma vez que considerara inadmissível a nomeação e posse do candidato, ora
agravado, sem levar em consideração a "grave recessão econômica enfrentada pela maioria dos Estados brasileiros, fato
superveniente a publicação do concurso público, não se afigurando como razoável exigir da Administração Pública a nomeação
de novos servidores, tampouco a reserva de vaga"
Com base nesses argumentos, pugna pela atribuição de efeito suspensivo ao recurso e, por fim, por seu provimento, para
que seja reformada a decisão recorrida, por defender que, caso seja mantido o referido decisum, advir-lhe-á lesão grave e
de difícil reparação, diante do impacto financeiro que teria que suportar.
A pretensão recursal foi instruída com documentos (ID 703314, 703325, 703330, 703339, 703329, 703352,
703359,703392,703412, 703418, 703422,703427,703430 e 703434).
Prima facie, defiro o requerimento do agravante de isenção do pagamento das despesas processuais, por ser o recorrente
isento de preparo, nos termos do art. 153, I, do RITJBA.
No que relevante se apresenta, é o bastante a relatar.
Presentes os pressupostos de admissibilidade, conheço do recurso eis que tempestivo e municiado com as peças
indispensáveis nos termos do art. 1.017, inciso I, do NCPC.
Inicialmente, registro que o presente recurso envolve pedido de tutela de urgência, não se sujeitando, sua apreciação, à
regra de cronologia prevista no Novo Código de Processo Civil, nos termos de seu artigo 12, §2º, IV, circunstância que
autoriza a imediata apreciação da matéria.
Prosseguindo na análise do pleito recursal, tenho que a concessão do efeito suspensivo vindicado pressupõe a verificação
simultânea da probabilidade de provimento do recurso e do risco de dano grave, de difícil ou impossível reparação, em
virtude da eficácia imediata do decisum impugnado, nos termos do que preceitua o art. 995, parágrafo único, do Código de
Processo Civil de 2015, in verbis:
"Art. 995. Os recursos não impedem a eficácia da decisão, salvo disposição legal ou decisão judicial em sentido diverso.
Parágrafo único. A eficácia da decisão recorrida poderá ser suspensa por decisão do relator, se da imediata produção de
seus efeitos houver risco de dano grave, de difícil ou impossível reparação, e ficar demonstrada a probabilidade de provimento
do recurso."
Extrai-se, daí, que os recursos não são mais dotados, em regra, de efeito suspensivo, cuja aplicabilidade ao caso concreto
somente será possível quando expressamente prevista pela norma.
TJBA – DIÁRIO DA JUSTIÇA ELETRÔNICO – Nº 2.099 - Disponibilização: terça-feira, 13 de março de 2018 Cad 1 / Página 235
Com efeito, como se pode observar do artigo supra referido, para a concessão do efeito suspensivo, impõe-se a presença
de dois pressupostos, simultaneamente, quais sejam: quando a fundamentação for relevante ou, quando a decisão recorrida
puder causar ao Recorrente lesão grave ou de difícil reparação.
A respeito do tema, o ilustre doutrinador Araken de Assis destaca:
"O efeito suspensivo é a qualidade atribuída ao recurso que, a partir de certo momento, inibe a eficácia do provimento
impugnado.
Em razão da diferença quanto ao termo inicial do efeito suspensivo, o conceito ministrado busca a devida fidelidade aos
subsídios já expostos e aos dados hauridos do ius positum. Nos recursos que tem efeito suspensivo, ope legis, o provimento
já nasce ineficaz, cessando a ineficácia; nos recursos que não têm semelhante efeito, ele pode ser atribuído, ope iudicis, no
ato da interposição ou posteriormente, e, neste último caso, também retirado por decisão ulterior. Não basta, pois, dizer que
o efeito suspensivo 'perdura até que transite em julgado a decisão sobre o recurso'. Essa característica respeita só ao efeito
suspensivo ope legis" (Manual dos Recursos, Editora Revista dos Tribunais, 5ª edição, página 265, ano 2012).
Dito isso, analisando os documentos que instruem estes autos e considerando, à primeira vista, a legislação aplicável,
entendo que o agravante não comprovou a relevância jurídica de suas argumentações, apta a ensejar a atribuição do efeito
suspensivo pleiteado, isto porque, a despeito de alegar que a "vaga pretendida pelo Autor não foi preenchida diante da
indisponibilidade de recursos públicos", não demonstrou fato superveniente que justificasse a impossibilidade de nomear
o candidato para o cargo almejado.
Forte em tais razões, INDEFIRO O EFEITO SUSPENSIVO vindicado.
Intime-se o agravado para, querendo, responder ao recurso, no prazo de lei. Oficie-se o MM. Juízo a quo, a fim de ser dado
conhecimento da presente decisão, bem como para, querendo, prestar informações.
Findo os prazos, voltem-me conclusos os autos.
Publique-se. Intimem-se. Comunique-se.
Tribunal de Justiça da Bahia,
em, 8 de março de 2018.
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DA BAHIA
Desa. Dinalva Gomes Laranjeira Pimentel
DECISÃO
8003729-53.2018.8.05.0000 Agravo De Instrumento
Jurisdição: Tribunal De Justiça
Agravante: O Estado Da Bahia
Agravado: Joao Dos Santos
Decisão:
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DA BAHIA
Segunda Câmara Cível
Gabinete da Desª. Dinalva Gomes Laranjeira Pimentel
________________________________________
Processo: AGRAVO DE INSTRUMENTO n. 8003729-53.2018.8.05.0000
Órgão Julgador: Segunda Câmara Cível
AGRAVANTE: O ESTADO DA BAHIA
Advogado(s):
AGRAVADO: JOAO DOS SANTOS
Advogado(s):
DECISÃO MONOCRÁTICA
Trata-se de agravo de instrumento interposto pelo Estado da Bahia, contra a decisão interlocutória prolatada pelo Juiz da
Vara Cível da comarca de Santo Amaro, que, nos autos da Ação Ordinária ajuizada por João dos Santos, concedeu a
antecipação de tutela pleiteada na inaugural, para determinar que o PLANSERV autorize e custeie terapia anti-angiogênica
mesal do paciente, sob pena de multa diária de R$ 5.000,00 (cinco mil reais) e até o limite de R$ 20.000,00 (vinte mil reais).
Irresignado, o Agravante sustentou o equívoco da decisão agravada, por defender não preenchidos os requisitos necessários
à concessão da liminar. Alegou, para tanto, a desarrazoabilidade da astreinte cominada, bem assim, que a decisão agravada
exaure o objeto da ação de origem, a encontrar óbice no art.1º da Lei n.º8.437/92 c/c art.2-B da Lei n.º9.494/2007.
Defendeu, ainda, que tal procedimento não é coberto pelo plano de saúde do Planserv, diante do art.16, V do Decreto
n.º9.552/05, porquanto o idoso não preencha os critérios clínicos para a sua autorização.
Pugnou, ao final, pela concessão de efeito suspensivo ao recurso, por entender que, caso seja mantida a decisão agravada,
advir-lhe-á risco de lesão grave e de difícil reparação, ante o perigo de irreversibilidade da medida e os dispêndios financeiros
empreendidos em favor da Agravada. Ao final, visa ao provimento do recurso, com a cassação da tutela de urgência concedida.
Juntou documentos.
TJBA – DIÁRIO DA JUSTIÇA ELETRÔNICO – Nº 2.099 - Disponibilização: terça-feira, 13 de março de 2018 Cad 1 / Página 236
Tema 567: "Discute-se a sistemática para a contagem da prescrição intercorrente (prescrição após a propositura da ação)
prevista no art. 40 e parágrafos da Lei da Execução Fiscal (Lei n. 6.830/80): Se o prazo de 1 (um) ano de suspensão somado
aos outros 5 (cinco) anos de arquivamento pode ser contado em 6 (seis) anos por inteiro para fins de decretar a prescrição
intercorrente."
Tema 568: "Discute-se a sistemática para a contagem da prescrição intercorrente (prescrição após a propositura da ação)
prevista no art. 40 e parágrafos da Lei da Execução Fiscal (Lei n. 6.830/80): quais são os obstáculos ao curso do prazo
prescricional da prescrição prevista no art. 40, da LEF."
Tema 569: "Discute-se a sistemática para a contagem da prescrição intercorrente (prescrição após a propositura da ação)
prevista no art. 40 e parágrafos da Lei da Execução Fiscal (Lei n. 6.830/80): se a ausência de intimação da Fazenda Pública
quanto ao despacho que determina a suspensão da execução fiscal (art. 40, § 1º) ilide a decretação da prescrição
intercorrente."(grifos nossos)
Ademais, o objeto do presente recurso guarda relação direta com Incidente de Assunção de Competência n.º 01, instaurado
recentemente no Recurso Especial n.º 1.604.412/SC, também no âmbito do Superior Tribunal de Justiça, em que se discute
as seguintes questões:
"1.1. Cabimento de prescrição intercorrente e eventual imprescindibilidade de intimação prévia do credor;
1.2. Necessidade de oportunidade para o autor dar andamento ao processo paralisado por prazo superior àquele previsto
para a prescrição da pretensão veiculada na demanda."
Desse modo, a fim de evitar decisões conflitantes, tendo em vista que se encontram pendentes de julgamento o Recurso
Especial n.º 1.340.553/RS, sob a sistemática dos recursos representativos de controvérsia, e considerando ainda a divergência
recente instaurada pelo IAC n.º 01, no bojo do Recurso Especial n.º 1.604.412/SC, SUSPENDO O TRÂMITE do presente
recurso, com fundamento no art. 1.036, §1º, do CPC/2015, até o julgamento definitivo dos referidos recursos pela Superior
instância, devendo o processo aguardar em Secretaria.
Publique-se. Cumpra-se.
Salvador/BA, 9 de março de 2018.
Desa. Regina Helena Ramos Reis
Relatora
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DA BAHIA
LÍGIA MARIA RAMOS CUNHA LIMA
PUBLICAÇÃO DE DESPACHOS E DECISÕES MONOCRÁTICA
Classe : Remessa Necessária n.º 0000706-30.2009.8.05.0235
Foro de Origem : Foro de comarca São Francisco Do Conde
Órgão : Segunda Câmara Cível
Relatora : Desa. Lígia Maria Ramos Cunha Lima
Remetente : Juiz de Direito de São Francisco do Conde, V dos Feitos de Rel de Cons Civ e Comerciais
Interessado : Municipio de São Francisco do Conde
TJBA – DIÁRIO DA JUSTIÇA ELETRÔNICO – Nº 2.099 - Disponibilização: terça-feira, 13 de março de 2018 Cad 1 / Página 239
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DA BAHIA
Dinalva Gomes Laranjeira Pimentel
PUBLICAÇÃO DE DESPACHOS E DECISÕES MONOCRÁTICAS
Certifique a Secretaria da Segunda Câmara Cível se o agravado ofereceu resposta ao agravo interno em análise, nos termos
do despacho de fl. 568, assim como, se o magistrado de piso apresentou informações, como determinado à fl. 389-v, no
prazo ali estabelecido. Ademais, em atenção aos princípios do contraditório e da ampla defesa, intime-se o agravado para,
querendo, manifestar-se, no prazo de 10 (dez) dias, sobre a petição e documentos de fls. 593/600, diante das considerações
ali expendidas, sob pena de preclusão. Transcorrido o prazo, com ou sem manifestação, voltem-me os autos conclusos.
Publique-se. Intimem-se. Cumpra-se.
À vista do efeito modificativo perseguido nos embargos de declaração opostos nos autos e em observância aos princípios
constitucionais do contraditório e da ampla defesa, enfocados sob o prisma de garantia fundamental dos litigantes em
processo judicial, intime-se a parte embargada para ter vista do recurso horizontal, bem assim para, querendo, quanto a ele
se manifestar, em prazo idêntico ao de sua interposição. Diante das determinações elencadas no presente recurso e no
agravo de instrumento de nº. 0025669-50.2017.8.05.0000, deve a Secretaria da Segunda Câmara Cível proceder o
desapensamento destes autos daqueles, a fim de possibilitar às partes cumprirem o quanto lhes foram determinado.
Decorrido o prazo, com ou sem manifestação, reúnam-se novamente os cadernos processuais e voltem-me conclusos.
Publique-se. Intime-se. Cumpra-se.
0002166-44.1998.8.05.0039 Apelação
Apelante : Lindia Paixao Maia
Advogado : Paulo Sergio Dias Nunes (OAB: 31405/BA)
Apelado : Espolio de Adilson Silva Paolilo Rep. Por Arilene Sena Paolilo
Advogado : Alfredo Cachoeira Mueller (OAB: 38593/BA)
Telma Laura Silva Britto
De acordo com o disposto no Código de Processo Civil, "Art. 75. Serão representados em juízo, ativa e passivamente: (...) VII
- o espólio, pelo inventariante; (...) Art. 76. Verificada a incapacidade processual ou a irregularidade da representação da
parte, o juiz suspenderá o processo e designará prazo razoável para que seja sanado o vício. (...) § 2º Descumprida a
determinação em fase recursal perante tribunal de justiça, tribunal regional federal ou tribunal superior, o relator: I - não
conhecerá do recurso, se a providência couber ao recorrente;..." No caso dos autos, noticiado o falecimento da Apelante (fls.
226/228), tentou-se a regularização da representação processual, com intimação do subscritor da petição de apelo (fls. 230/
231) e também dos herdeiros conhecidos da Apelante (fls. 234/235), sem atendimento (fls. 233) ou atendimento incompleto,
com apresentação apenas da "declaração de inventariante" (fls. 255/256). Intimado mais duas vezes para regularizar a
representação processual do Espólio (fls. 259/260 e 265/266), o advogado Bel. Paulo Nunes atravessou as petições de fls.
261 e 268, porém não trouxe aos autos o instrumento de mandato mediante o qual a inventariante (fls. 256) lhe outorgaria
poderes para representar o espólio em Juízo (CPC, art. 75, VII), inclusive com ratificação dos atos praticados desde o
falecimento da Apelante (CPC, art. 104, § 2º), o que impede seja conhecido o recurso. Não conheço, pois, do apelo de fls.
209/216. Publique-se. Intimem-se.
Sobre os documentos de fls. 821/824 e a certidão de fls. 825, manifestem-se as partes, sucessivamente, em cinco dias,
iniciando-se por Carlos Augusto Dias Kanthack e, após, pela Coelba - Companhia de Eletricidade do Estado da Bahia. À
conclusão, depois. Publique-se. Intimem-se.
TJBA – DIÁRIO DA JUSTIÇA ELETRÔNICO – Nº 2.099 - Disponibilização: terça-feira, 13 de março de 2018 Cad 1 / Página 245
Sobre os documentos de fls. 821/824 e a certidão de fls. 825, manifestem-se as partes, sucessivamente, em cinco dias,
iniciando-se por Carlos Augusto Dias Kanthack e, após, pela Coelba - Companhia de Eletricidade do Estado da Bahia. À
conclusão, depois. Publique-se. Intimem-se.
0102552-65.1999.8.05.0001 Apelação
Apelante : Tecnologia Bancária S/A
Advogado : Henrique Silva de Oliveira (OAB: 18433/BA)
Advogado : Roberto Trigueiro Fontes (OAB: 1009A/BA)
Apelado : Município do Salvador
Proc. Munícipio : Cristiane Nolasco Monteiro do Rego
Telma Laura Silva Britto
Compulsando-se os autos, verifica-se que o despacho determinando a intimação do Município Recorrido para apresentar
contrarrazões (fls. 399) foi disponibilizado no Diário da Justiça Eletrônico do dia 09.09.2015 (fls. 400), com nova disponibilização
em 30.09.2015 (fls. 402). Ocorre que a intimação do Município do Salvador por meio do DJe não atinge o seu desiderato, na
medida em que a legislação em vigor determina seja o mesmo intimado pessoalmente: "Art. 25 - Na execução fiscal,
qualquer intimação ao representante judicial da Fazenda Pública será feita pessoalmente. Parágrafo Único - A intimação de
que trata este artigo poderá ser feita mediante vista dos autos, com imediata remessa ao representante judicial da Fazenda
Pública, pelo cartório ou secretaria." (LEF) E essa intimação pessoal deve ocorrer inclusive nos autos dos embargos à
execução fiscal, conforme entendimento do STJ, ao apreciar o REsp 1268324/PA (Tema 508), submetido ao rito dos recursos
repetitivos: "PROCESSUAL CIVIL. RECURSO ESPECIAL. EXECUÇÃO FISCAL E EMBARGOS DO DEVEDOR. INTIMAÇÃO
PESSOAL DO REPRESENTANTE DA FAZENDA PÚBLICA MUNICIPAL. PRERROGATIVA QUE TAMBÉM É ASSEGURADA NO
SEGUNDO GRAU DE JURISDIÇÃO. 1. O representante da Fazenda Pública Municipal (caso dos autos), em sede de execução
fiscal e respectivos embargos, possui a prerrogativa de ser intimado pessoalmente, em virtude do disposto no art. 25 da Lei
6.830/80, sendo que tal prerrogativa também é assegurada no segundo grau de jurisdição, razão pela qual não é válida,
nessa situação, a intimação efetuada, exclusivamente, por meio da imprensa oficial ou carta registrada. 2. Recurso especial
provido. Acórdão sujeito ao regime previsto no art. 543-C do CPC, c/c a Resolução 8/2008 - Presidência/STJ" (STJ, Corte
Especial, REsp 1268324/PA, Rel. Ministro MAURO CAMPBELL MARQUES, j. 17/10/2012, DJe 21/11/2012) Assim, para evitar
eventual argüição de nulidade, converto o julgamento em diligência, determinando a baixa dos autos ao Juízo de origem
para que ali se proceda à intimação pessoal do Município do Salvador para, querendo, oferecer contrarrazões ao recurso da
Embargante (fls. 388/392). Após, com as contrarrazões respectivas e/ou a certidão de decurso de prazo, voltem-me conclusos
para análise do recurso. Cumpra-se. Publique-se. Intimem-se.
0154673-60.2005.8.05.0001 Apelação
Apelante : Municipio do Salvador
Proc. Munícipio : Cristiiane Nolasco Moreira do Rego
Apelado : Mcd Cds Nacionais e Importados Ltda
Há equívoco na autuação do processo, porquanto consta como Apelado parte diversa daquela que figurou no processo de
origem. A ação foi proposta pelo Município do Salvador contra RAD SOFTWARE LTDA. Assim, retornem os autos ao SECOMGE
para as providências pertinentes. Publique-se. Intimem-se.
0373648-68.2013.8.05.0001 Apelação
Apelante : Helio da Silva Macedo
Advogado : Jaqueline Macedo Barboza de Barros (OAB: 17173/BA)
Apelado : Fiat Automoveis S/A
Advogado : Felipe Gazola Vieira Marques (OAB: 34730/BA)
Apelado : Fiori Veiculo Ltda
Advogado : Henrique Buril Weber (OAB: 14900/PE)
Vistos etc. Cuidam os autos de Apelação Cível interposta por Helio da Silva Macedo contra a sentença de fls. 128/133,
proferida pelo Juiz da 15ª Vara de Relações de Consumo de Salvador, que, nos autos da "ação indenizatória por danos
morais e materiais", julgou improcedente o pedido, sem condenação do Autor ao pagamento de custas processuais e
honorários advocatícios, em razão do benefício da gratuidade que lhe foi deferido. O recurso de fls. 138/146 não merece
prosseguir, dada a sua manifesta intempestividade. A sentença de fls. 128/133 foi disponibilizada no DJe de 18.04.2017 (fls.
134/137), considerando-se publicada em 19.04.2017, iniciando-se a contagem do prazo de quinze dias úteis (arts. 219 e
1003, § 5º, do CPC/2015) em 20.04.2017 e findando-se em 12.05.2017. O recurso, contudo, somente foi protocolado em
TJBA – DIÁRIO DA JUSTIÇA ELETRÔNICO – Nº 2.099 - Disponibilização: terça-feira, 13 de março de 2018 Cad 1 / Página 246
15.05.2017. Assim, evidenciada a intempestividade do recurso, não tem ele como prosseguir, sabido que a tempestividade,
qualquer que seja o recurso, constitui pressuposto objetivo de admissibilidade, a ser examinado pelo Tribunal antes
mesmo de adentrar no exame do mérito, ainda que o recorrido não tenha tecido qualquer comentário a respeito: "O Tribunal
pode agir assim, porque os requisitos de admissibilidade constituem matéria de ordem pública, devendo ser examinados
"ex-officio" pelo juiz originário, provisoriamente, e pelo tribunal destinatário de modo definitivo, independentemente de
pedido do recorrido" (Nelson Nery Júnior, "Princípios Fundamentais - Teoria Geral dos Recursos"; ed. RT; 1990; págs. 52 e
53) Este também é o entendimento esposado pelo STF: "Os pressupostos recursais, notadamente aquele concernente ao
requisito da tempestividade, traduzem matéria de ordem pública, razão pela qual mostra-se insuscetível de preclusão o
exame de sua ocorrência pelo tribunal ad quem, ainda que tenha sido provisoriamente admitido o recurso pelo juiz a quo"
(AgRg. AI 128.990-2/SP; 1a T.; j. 14.08.90, rel. Min. Celso de Melo, in RT 661/531) Não discrepa o Tribunal de Justiça do Rio
Grande do Sul: "APELAÇÃO CÍVEL. DIREITO PRIVADO NÃO ESPECIFICADO. AÇÃO MONITÓRIA. INSTRUMENTO PARTICULAR
DE CONSOLIDAÇÃO E ALTERAÇÃO DE CONTRATO SOCIAL. PRESCRIÇÃO. EXTINÇÃO. EXEGESE DO ART. 206, §5º, I, DO
CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL. REQUISITO DE ADMISSIBILIDADE RECURSAL DESCUMPRIDO. PRAZO. INTERPOSIÇÃO A
DESTEMPO. NÃO CONHECIMENTO. INTERPOSTO O RECURSO DE APELAÇÃO DEPOIS DE ESGOTADO O PRAZO LEGAL
ESTABELECIDO PELO ART. 1.003, §5°, DO CPC/2015, VEDADO É O SEU CONHECIMENTO. INTEMPESTIVIDADE
RECONHECIDA. APELO NÃO CONHECIDO. NEGADO SEGUIMENTO AO RECURSO POR MANIFESTAMENTE INADMISSÍVEL"
(TJRS, 18ª CC, APC n. 70074947391, Relator: Pedro Celso Dal Pra, j. 20/11/2017) Por estas razões, flagrante a
intempestividade, nego seguimento ao apelo. Publique-se. Intimem-se.
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DA BAHIA
Joanice Maria Guimarães de Jesus
PUBLICAÇÃO DE DESPACHOS E DECISÕES MONOCRÁTICAS
Assim, constatada a perda de objeto do agravo de instrumento, por falta de interesse recursal, dele não conheço, e o faço
com fulcro no arts. 485, VI e 932, III, do Código de Processo Civil/2015. Publique-se. Dê-se baixa.
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DA BAHIA
Joanice Maria Guimarães de Jesus
PUBLICAÇÃO DE DESPACHOS E DECISÕES MONOCRÁTICAS
0504536-91.2014.8.05.0001 Apelação
Apelante : Reserva das Tribos Incorporadora Ltda
Apelante : Pdg Realty S/A Empreendimentos e Participações
Advogado : Gustavo Almeida Marinho (OAB: 22003/BA)
Apelado : Jaqueline Gomes Machado
Advogado : Anderson Magalhães de Oliveira Borges (OAB: 34740/BA)
Joanice Maria Guimarães de Jesus
Considerando que a matéria discutida nos autos é objeto de apreciação pelo Superior Tribunal de Justiça no Recurso
Especial nº 1.614.721/DF e 1.631.485/DF, TEMA 971, submetido ao Rito dos Recursos Repetitivos (Art. 543-C § 1º do CPC),
deve-se aguardar o pronunciamento daquela Corte, que decidirá acerca da possibilidade ou não de inversão, em desfavor
da construtora (fornecedor), da cláusula penal estipulada exclusivamente para o adquirente (consumidor), nos casos de
inadimplemento em virtude de atraso na entrega de imóvel em construção objeto de contrato ou de promessa de compra e
venda. Pelo exposto, DETERMINO O SOBRESTAMENTO do presente feito até o julgamento do recurso paradigma pertinente.
Publique-se. Cumpra-se.
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DA BAHIA
Joanice Maria Guimarães de Jesus
PUBLICAÇÃO DE DESPACHOS E DECISÕES MONOCRÁTICAS
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DA BAHIA
Joanice Maria Guimarães de Jesus
PUBLICAÇÃO DE DESPACHOS E DECISÕES MONOCRÁTICAS
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DA BAHIA
Joanice Maria Guimarães de Jesus
PUBLICAÇÃO DE DESPACHOS E DECISÕES MONOCRÁTICAS
0008247-62.2017.8.05.0000/50000 Agravo
Agravante : Companhia do Metro da Bahia
Advogada : Tricia Brito Do Vale Bahia (OAB: 20710/BA)
Agravado : Patrimonial Saraiba Ltda
Advogado : Carlos Alberto Perrelli Fernandes (OAB: 8649/BA)
Joanice Maria Guimarães de Jesus
Assim, constatada a perda de objeto do agravo interno interposto no agravo de instrumento não conhecido, dele também
NÃO CONHEÇO, e o faço com fulcro no art. 932, III, do Código de Processo Civil. Após o decurso do prazo recursal, certifique-
se e dê-se baixa, tanto no recurso instrumental, quanto neste Agravo Interno. Publique-se. Cumpra-se.
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DA BAHIA
Joanice Maria Guimarães de Jesus
PUBLICAÇÃO DE DESPACHOS E DECISÕES MONOCRÁTICAS
0000631-22.2014.8.05.0168 Apelação
Apelante : Município de Monte Santo
Advogado : Aderaldo Borges dos Santos (OAB: 9599/BA)
TJBA – DIÁRIO DA JUSTIÇA ELETRÔNICO – Nº 2.099 - Disponibilização: terça-feira, 13 de março de 2018 Cad 1 / Página 248
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DA BAHIA
Joanice Maria Guimarães de Jesus
PUBLICAÇÃO DE DESPACHOS E DECISÕES MONOCRÁTICAS
0390135-16.2013.8.05.0001 Apelação
Apelante : Marla Ferreira Cerqueira Vasconcelos
Advogado : Carlos Alberto Pessoa Silva (OAB: 7306/BA)
Apelado : Carla Ferreira Cerqueira
Advogado : Armando da Costa Tourinho Júnior (OAB: 17655/BA)
Joanice Maria Guimarães de Jesus
Em virtude da certidão de fl. 08 (dos autos físicos), não tendo sido comprovado o preenchimento dos pressupostos legais
para a concessão da gratuidade pelos apelantes, determino a intimação do mesmo para que efetue o recolhimento as
custas processuais, no prazo de 5 (cinco) dias, sob pena de não conhecimento do recurso, com fulcro no art. 101, § 2º do
NCPC. Após, voltem-me os autos conclusos. Publique-se. Cumpra-se.
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DA BAHIA
José Cícero Landin Neto
PUBLICAÇÃO DE DESPACHOS E DECISÕES MONOCRÁTICAS
0549718-03.2014.8.05.0001 Apelação
Apelante : Estado da Bahia
Proc. Estado : Procurador do Estado da Bahia
Apelado : Banco Itaucard S/A
Advogado : Adriana Serrano Cavassani (OAB: 43212/BA)
Determino que o SECOMGE faça o cadastramento do Procurador do Estado da Bahia (apelante) - JOÃO SAMPAIO REGO
NETO (OAB/BA 9.855) - conforme pg. 158 dos autos digitais, com consequente substituição da capa dos autos. Após, voltem-
me conclusos. Salvador, 12 de março de 2018. José Cícero Landin Neto Desembargador Relator
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DA BAHIA
José Cícero Landin Neto
PUBLICAÇÃO DE DESPACHOS E DECISÕES MONOCRÁTICAS
0306654-92.2012.8.05.0001 Apelação
Apelante : Ademar Brito Oliveira
Advogado : Izabel de Magalhães Araújo Abreu Nascimento (OAB: 14253/BA)
Advogado : Juraci Manoel de Carvalho (OAB: 7149/BA)
Advogado : Léa Márcia Britto Mesquita (OAB: 11364/BA)
Apelado : Alexsandra Macedo Medeiros de Oliveira
Advogado : Ernani Pinto Varjão Filho (OAB: 27939/BA)
Advogado : Jacqueline Soares de Moraes (OAB: 23397/BA)
Advogado : Marcelo Soares de Cerqueira (OAB: 30350/BA)
Advogado : Natália Rêgo Marchesini (OAB: 39983/BA)
Para comprovar o cumprimento dos pressupostos necessário à concessão da gratuidade da justiça, não basta apenas a
declaração nos autos de que a parte não dispõe de condições financeiras para arcar com as custas processuais sem o
TJBA – DIÁRIO DA JUSTIÇA ELETRÔNICO – Nº 2.099 - Disponibilização: terça-feira, 13 de março de 2018 Cad 1 / Página 249
prejuízo próprio e sustento da sua família, devendo o apelante trazer elementos probatórios a amparar a declaração, o que
não verifica nos autos. Neste prisma, indefiro o pleito de assistência judiciária gratuita e concedo o prazo legal para recolher
as custas processuais, sob pena de não conhecimento do recurso interposto. Intime-se o apelante para recolher as custas
processuais no prazo de 05(cinco) dias, conforme dispõe o art. 101, § 2º, do CPC/2015. Publique-se para efeito de intimação.
Salvador, 12 de março de 2018. DES. JOSÉ CÍCERO LANDIN NETO RELATOR
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DA BAHIA
Joanice Maria Guimarães de Jesus
PUBLICAÇÃO DE DESPACHOS E DECISÕES MONOCRÁTICAS
À vista do pedido de concessão de efeito modificativo ao acórdão, contido nos embargos de declaração opostos, proceda-
se a intimação do(a) embargado(a), para querendo, se manifestar no prazo de 05 (cinco) dias. Publique-se.
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DA BAHIA
José Cícero Landin Neto
PUBLICAÇÃO DE DESPACHOS E DECISÕES MONOCRÁTICAS
Manifeste-se o Agravado sobre o presente recurso no prazo de 15 (quinze) dias, ex vi, artigo 320, § 1º, do RITJBA c/c o artigo
1.021, §2º, do CPC/2015, contados na forma do artigo 219, caput, c/c com o artigo 224 e seus parágrafos, c/c com artigos 230
e 231, VII, tudo do CPC/2015. Após, com devida certificação, voltem-me conclusos. Publique-se para efeito de intimação.
Cumpra-se. Salvador, 12 de março de 2018. DES. JOSÉ CÍCERO LANDIN NETO Relator
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DA BAHIA
José Cícero Landin Neto
PUBLICAÇÃO DE DESPACHOS E DECISÕES MONOCRÁTICAS
Determino que a Secretaria da Terceira Câmara Cível certifique, no autos, acerca da apresentação, ou não, de contrarrazões
recursais. Publique-se para efeito de intimação. Salvador, 12 de março de 2018. DES. JOSÉ CÍCERO LANDIN NETO RELATOR
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DA BAHIA
José Cícero Landin Neto
PUBLICAÇÃO DE DESPACHOS E DECISÕES MONOCRÁTICAS
0006734-59.2017.8.05.0000/50000 Agravo
Agravante : Brb Banco de Brasília S/A
Advogado : Gustavo Dal Bosco (OAB: 42435/BA)
Agravado : Aprodicon - Associação de Direitos do Consumidor
Advogado : Paulo Santos da Silva (OAB: 43525/BA)
Advogado : Denis Welson de Oliveira Fontana Rosa (OAB: 156991/SP)
José Cícero Landin Neto
O presente Agravo Interno foi interposto por BRB BANCO DE BRASILIA S/A contra decisão monocrática de fls. 143/148 deste
Relator que deu provimento parcial ao Agravo de Instrumento nº 0006734-59.2017.8.05.0000. O atual Código Adjetivo estabelece
a obrigatoriedade da intimação do agravado para manifestar-se sobre o Agravo Interno no prazo de 15 (quinze) dias. Não se
pode olvidar que todos os atos processuais que vierem a ser praticados por julgadores, partes, procuradores, MP serventuários
e auxiliares da Justiça a partir de 18 de março de 2016, deverão observar os novos procedimentos trazidos pelo CPC/2015,
sem prejuízo do disposto em legislação processual especial, tal como especificado, inclusive, no Enunciado Administrativo
nº 4 do STJ. Pelo exposto e com fundamento no artigo 1.021, §2º, do CPC/2015, determino a intimação da parte agravada,
para manifestar-se sobre o presente Agravo Interno, no prazo de 15 (quinze) dias, contados na forma do artigo 183, cumulado
com o artigo 219, caput, ambos do CPC. Publique-se para efeito de intimação.
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DA BAHIA
José Cícero Landin Neto
PUBLICAÇÃO DE DESPACHOS E DECISÕES MONOCRÁTICAS
8000363-33.2016.8.05.0240 Apelação
Apelante : Aplb - Sind. dos Trab. Em Educ. das Red. Púb. Est. e Mun. do Ens. Pré-esc. Fund. e Méd. do Est. da Bah. Nuc. de
Sapeaçu
Advogado : Mariana Ceuta de Lacerda (OAB: 28518/BA)
Advogado : Francine Mariolga dos Reis Guedes (OAB: 23291/BA)
Apelado : Município de Sapeaçu
O presente feito foi catalogado no SAJ como Ação Cautelar Inominada. Todavia, ao compulsar os autos, verifica-se que a
ação corresponde a um Mandado de Segurança. Desta feita, encaminhem-se os presentes autos à Terceira Câmara Cível,
a fim de que seja realizada a retificação da autuação processual. Após, encaminhem-se estes autos à douta Procuradoria de
Justiça para pronunciamento. Publique-se para efeito de intimação.
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DA BAHIA
Joanice Maria Guimarães de Jesus
PUBLICAÇÃO DE DESPACHOS E DECISÕES MONOCRÁTICAS
À vista do pedido de concessão de efeito modificativo ao acórdão, contido nos embargos de declaração opostos, proceda-
se a intimação do(a) embargado(a), para querendo, se manifestar no prazo de 05 (cinco) dias. Publique-se.
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DA BAHIA
Joanice Maria Guimarães de Jesus
PUBLICAÇÃO DE DESPACHOS E DECISÕES MONOCRÁTICAS
0002378-49.2012.8.05.0112 Apelação
Apelante : Fernanda Magalhães Martins de Queiroz
Advogado : Danielle Mascarenhas Leal (OAB: 27981/BA)
Advogado : André Almeida Matos de Oliveira Pinto (OAB: 24950/BA)
Advogado : José Cândido dos Santos (OAB: 47148/BA)
Advogado : Wagner Duarte Carneiro Vilela (OAB: 21267/BA)
Apelado : Eduardo Santos Queiroz
Apelado : Juracy dos Santos Queiroz
Apelada : Maria Solange Santos Queiroz
Advogado : Achibaldo Nunes dos Santos (OAB: 14389/BA)
Apelado : Ivamberg Oliveira Ribeiro
Advogado : Jorge Antonio dos Santos Zuza (OAB: 43168/BA)
Joanice Maria Guimarães de Jesus
Tendo em vista a petição e documentos de fls. 08/09 protocolada em 12/03/2018, requerendo adiamento da Sessão designada
para o dia 13/03/2018, defiro o pedido de adiamento formulado pelo Bel.José Cândido dos Santos representante da Apelante,
constituído nesta data, para que, querendo, possa ter acesso aos autos. Publique-se. Intime-se.
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DA BAHIA
José Cícero Landin Neto
PUBLICAÇÃO DE DESPACHOS E DECISÕES MONOCRÁTICAS
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DA BAHIA
José Cícero Landin Neto
PUBLICAÇÃO DE DESPACHOS E DECISÕES MONOCRÁTICAS
0501383-36.2016.8.05.0080/50000 Agravo
Agravante : Jenivaldo Nogueira da Rosa
Advogado : Geraldo Vale Do Espirito Santo Junior (OAB: 32253/BA)
Agravado : Banco Aymoré Crédito Financiamento e Investimento S/A
Advogado : Antonio Carlos Dantas Goes Monteiro (OAB: 13325/BA)
José Cícero Landin Neto
TJBA – DIÁRIO DA JUSTIÇA ELETRÔNICO – Nº 2.099 - Disponibilização: terça-feira, 13 de março de 2018 Cad 1 / Página 252
Nos termos do art.1.021, §2º, do CPC/2015, determino a intimação da instituição financeira agravada para manifestar-se
sobre o presente Agravo Interno, no prazo de 15 (quinze) dias. Após o decurso do prazo, com ou sem resposta, determino à
Secretaria que faça os autos conclusos para julgamento. Publique-se para efeito de intimação
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DA BAHIA
José Cícero Landin Neto
PUBLICAÇÃO DE DESPACHOS E DECISÕES MONOCRÁTICAS
0408339-11.2013.8.05.0001 Apelação
Apelante : Manhattan Square Empreendimentos Imobiliários Comercial 01 Spe Ltda
Advogado : Sylvio Garcez Junior (OAB: 7510/BA)
Advogado : Andre Barachisio Lisboa (OAB: 3608/BA)
Apelado : Paulo Marcelo de Santana Costa
Apelado : Neuzimar Trindade Oliveira Lisboa
Advogado : Euvaldo Teixeira de Matos Filho (OAB: 11962/BA)
Advogado : Ricardo Sérgio Muniz Pereira (OAB: 45290/BA)
José Cícero Landin Neto
TEMAS 970 E 971 DECISÃO A presente Apelação Cível foi interposta pela MANHATTAN SQUARE EMPREENDIMENTOS
IMOBILIÁRIOS COMERCIAL 01 SPE LTDA contra Sentença prolatada pelo MM. Juiz de Direito da 13ª Vara das Relações de
Consumo da Comarca de Salvador que, nos autos da Ação Ordinária n.º 0408339-11.2013.805.0001, ajuizada por PAULO
MARCELO DE SANTANA e NEUZIMAR TRINDADE DE OLIVEIRA LISBOA, julgou parcialmente procedente o pedido, assim
dispondo: "Ante o exposto, considerando o que mais dos autos consta, confirmado a tutela de urgência deferida liminarmente,
julgo PROCEDENTE EM PARTE a ação para condenar a ré: a) ao pagamento de multa por mês de atraso da obra, até efetiva
entrega das chaves, no percentual de 1% sobre o valor do bem; b) no pagamento aos autores de indenização por lucros
cessantes devidos a partir de Abril de 2012, até a data da efetiva entrega do imóvel, em quantia mensal correspondente a 1%
do valor do imóvel previsto no contrato, acrescido de correção monetária pela variação do INPC, a contar de cada mês, e
juros de 1% ao mês, a contar da citação; c) ao pagamento de indenização por danos morais no valor de R$ 10.000,00 (dez
mil reais) para cada autor, com correção monetária pelo INPC a partir desta data e juros de 1% ao mês a contar da citação;
ao pagamento de honorários advocatícios sucumbências, que fixo em 15% do valor da condenação, bem como no pagamento
das custas processuais." O Ministro LUIS FELIPE SALOMÃO, do STJ, determinou a suspensão do trâmite de todos os
processos que discutam: a) "Acerca da possibilidade ou não de cumulação da indenização por lucros cessantes com a
cláusula penal, nos casos de inadimplemento do vendedor em virtude do atraso na entrega de imóvel em construção objeto
de contrato ou promessa de compra e venda"; e b) "Acerca da possibilidade ou não de inversão, em desfavor da construtora
(fornecedor), da cláusula penal estipulada exclusivamente para o adquirente (consumidor), nos casos de inadimplemento
da construtora em virtude de atraso na entrega de imóvel em construção objeto de contrato ou de promessa de compra e
venda". Os assuntos foram catalogados como TEMA 970, em razão de afetação do REsp 1635428/SC, REsp 1498484/DF; e
TEMA 971, em razão de afetação do REsp 1614721/DF, REsp 1631485/DF, para julgamento pelo sistema dos recursos
repetitivos. Desta forma, tendo em vista que o deslinde do presente recurso perpassa pela análise da matéria aventada nos
Recursos Especiais acima citados, suspendo o julgamento deste Embargos de Declaração, ficando os autos na Secretaria
da 3ª Câmara Cível até o julgamento final da controvérsia pelo STJ, quando deverão retornar-me conclusos. Determino,
assim, à Secretaria que proceda às devidas anotações na capa dos autos no que se refere ao sobrestamento. Publique-se
para efeito de intimação. Salvador, 12 de março de 2018. DES. JOSÉ CÍCERO LANDIN NETO RELATOR
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DA BAHIA
José Cícero Landin Neto
PUBLICAÇÃO DE DESPACHOS E DECISÕES MONOCRÁTICAS
0321159-54.2013.8.05.0001 Apelação
Apelante : Manhattan Square Empreendimentos Imobiliários Comercial 01 Spe Ltda
Advogado : Daniel Almeida Garcez (OAB: 40252/BA)
Advogado : Ana Carolina Alves Barreto (OAB: 18476/BA)
Advogado : Sylvio Garcez Junior (OAB: 7510/BA)
Advogado : Francisco Bertino Bezerra de Carvalho (OAB: 11279/BA)
Apelada : Liane Freire de Almeida
Advogado : Gabriel Amorim Santos Silva (OAB: 38934/BA)
DECISÃO A presente Apelação Cível foi interposta pela MANHATTAN SQUARE EMPREENDIMENTOS IMOBILIÁRIOS
COMERCIAL 01 SPE LTDA contra Sentença prolatada pelo MM. Juiz de Direito da 5ª Vara das Relações de Consumo da
TJBA – DIÁRIO DA JUSTIÇA ELETRÔNICO – Nº 2.099 - Disponibilização: terça-feira, 13 de março de 2018 Cad 1 / Página 253
Comarca de Salvador que, nos autos da Ação Ordinária n.º 0321159-54.2013.805.0001, ajuizada por LIANE FREIRE DE
ALMEIDA, julgou parcialmente procedente o pedido, assim dispondo: "Ex positis, e tudo mais que dos autos constam, com
base no artigo 93, inciso IX da CF, julgo procedentes em parte os pedidos constantes da inicial, condenando a ré ao
pagamento da multa contratual de 2%, sobre o valor do saldo devedor, em razão do atraso na entrega da obra e lucros
cessantes, aqui fixado no percentual de 1%, por mês de atraso, a contar de Março de 2012 até a data efetiva da entrega das
chaves do imóvel. O saldo devedor deverá ser corrigido pelo IGPM a partir de Março de 2012 até a data do financiamento.
Julgo Procedente o pedido de dano moral, com base na razões apontadas e arbitro o valor de R$ 20.000,00 (vinte mil reais).
Condeno a Parte Ré em custas e honorários, no valor de R$ 10% sobre o valor da causa.." O Ministro LUIS FELIPE SALOMÃO,
do STJ, determinou a suspensão do trâmite de todos os processos que discutam: a) "Acerca da possibilidade ou não de
cumulação da indenização por lucros cessantes com a cláusula penal, nos casos de inadimplemento do vendedor em
virtude do atraso na entrega de imóvel em construção objeto de contrato ou promessa de compra e venda"; e b) "Acerca da
possibilidade ou não de inversão, em desfavor da construtora (fornecedor), da cláusula penal estipulada exclusivamente
para o adquirente (consumidor), nos casos de inadimplemento da construtora em virtude de atraso na entrega de imóvel em
construção objeto de contrato ou de promessa de compra e venda". Os assuntos foram catalogados como TEMA 970, em
razão de afetação do REsp 1635428/SC, REsp 1498484/DF; e TEMA 971, em razão de afetação do REsp 1614721/DF, REsp
1631485/DF, para julgamento pelo sistema dos recursos repetitivos. Desta forma, tendo em vista que o deslinde do presente
recurso perpassa pela análise da matéria aventada nos Recursos Especiais acima citados, suspendo o julgamento deste
Embargos de Declaração, ficando os autos na Secretaria da 3ª Câmara Cível até o julgamento final da controvérsia pelo STJ,
quando deverão retornar-me conclusos. Determino, assim, à Secretaria que proceda às devidas anotações na capa dos
autos no que se refere ao sobrestamento. Publique-se para efeito de intimação. Salvador, 12 de março de 2018. DES. JOSÉ
CÍCERO LANDIN NETO RELATOR
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DA BAHIA
José Cícero Landin Neto
PUBLICAÇÃO DE DESPACHOS E DECISÕES MONOCRÁTICAS
DECISÃO O presente Embargos de Declaração foi interposto pela BRF EMPREENDIMENTOS IMOBILIÁRIOS LTDA contra
Acórdão de fls. 11/29, que assim dispôs: "Diante do exposto, rejeita-se a preliminar suscitada pelo apelante TIAGO MOITINHO
ALVES DE SOUSA CARVALHO e, no mérito, dá-se parcial provimento ao recurso por ele interposto para condenar a BRF
EMPREENDIMENTOS IMOBILIÁRIOS LTDA a pagar ao consumidor indenização a título de lucros cessantes, ora fixado no
percentual de 1,0% sobre o valor do imóvel atualizado, a partir de 28/09/2013 - data correspondente a prevista para entrega
do bem contabilizado o prazo de tolerância de 90 dias - até a data do efetivo recebimento do imóvel (10/04/2014), bem como
para majorar a indenização por danos morais de R$ 10.000,00 (dez mil reais) para 20.000,00 (vinte mil reais), com fluência
dos juros de mora de 1% a.m. desde a citação, corrigidos monetariamente pelo INPC a partir deste decisum (Súmula 362
do STJ). Em relação à Apelação Cível interposta pela BRF EMPREENDIMENTOS IMOBILIÁRIOS LTDA, nega-se provimento.
Diante da sucumbência mínima do apelante TIAGO MOITINHO ALVES DE SOUSA CARVALHO, condena-se, ainda, a BRF
EMPREENDIMENTOS IMOBILIÁRIOS LTDA ao pagamento integral das custas processuais e dos honorários advocatícios,
estes ora fixados em 20% sobre o valor da condenação. Mantém-se a Sentença recorrida em seus demais termos." O
Ministro LUIS FELIPE SALOMÃO, do STJ, determinou a suspensão do trâmite de todos os processos que discutam: a)
"Acerca da possibilidade ou não de cumulação da indenização por lucros cessantes com a cláusula penal, nos casos de
inadimplemento do vendedor em virtude do atraso na entrega de imóvel em construção objeto de contrato ou promessa de
compra e venda"; e b) "Acerca da possibilidade ou não de inversão, em desfavor da construtora (fornecedor), da cláusula
penal estipulada exclusivamente para o adquirente (consumidor), nos casos de inadimplemento da construtora em virtude
de atraso na entrega de imóvel em construção objeto de contrato ou de promessa de compra e venda". Os assuntos foram
catalogados como TEMA 970, em razão de afetação do REsp 1635428/SC, REsp 1498484/DF; e TEMA 971, em razão de
afetação do REsp 1614721/DF, REsp 1631485/DF, para julgamento pelo sistema dos recursos repetitivos. Desta forma,
tendo em vista que o deslinde do presente recurso perpassa pela análise da matéria aventada nos Recursos Especiais
acima citados, suspendo o julgamento deste Embargos de Declaração, ficando os autos na Secretaria da 3ª Câmara Cível
até o julgamento final da controvérsia pelo STJ, quando deverão retornar-me conclusos. Determino, assim, à Secretaria que
proceda às devidas anotações na capa dos autos no que se refere ao sobrestamento. Publique-se para efeito de intimação.
Salvador, 12 de março de 2018. DES. JOSÉ CÍCERO LANDIN NETO RELATOR
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DA BAHIA
José Cícero Landin Neto
PUBLICAÇÃO DE DESPACHOS E DECISÕES MONOCRÁTICAS
0767495-17.2014.8.05.0001 Apelação
Apelante : Município do Salvador
Procuradora : Gisane Tourinho Dantas
Apelado : Vanessa Paes Oliveira Vieira da Silva
DECISÃO A presente Apelação Cível foi interposta pelo MUNICÍPIO DO SALVADOR em face da Sentença prolatada pela MM.
Juíza de Direito da 9ª Vara da Fazenda Pública da Comarca de Salvador que, nos autos da Ação de Execução Fiscal n.º
00767495-31.2014.8.05.0001, ajuizada contra VANESSA PAES OLIVEIRA VIEIRA DA SILVA - ora apelada -reconheceu, ex
officio, a prescrição do débito tributário extinguindo, por conseguinte, a referida Ação de Execução Fiscal. Em suas razões,
sustentou o apelante, com fulcro no art. 40, § 4º, da Lei nº 6.830/80, que não foi intimada para se manifestar acerca de
eventual causa suspensiva ou interruptiva do prazo extintivo, o que acarretaria, assim, a nulidade da sentença. Aduziu que "O
Decreto municipal nº 17.671/2007, com a redação original do art. 6º, vigente na época do fato gerador, estabelece o calendário
fiscal, e, em relação ao recolhimento do ISS, estabelece que o prazo, para pagamento da cota única, é o dia 20 de março".
Asseverou que "o contribuinte que não efetuar o pagamento do ISS relativo a atividade sujeita a alíquota fixa anual de uma só
vez, até a data de 20 de março, poderá fazê-lo em até 4 (quatro) parcelas trimestrais, com vencimentos no dia 20 dos meses
de março, junho, setembro e dezembro do exercício". Alegou que "Trata-se de parcelamento ex legis, plenamente assimilável
à hipótese abstratamente prevista no art. 151, VI, do Código Tributário Nacional. Com efeito, à falta do recolhimento dos
referidos tributos em cota única, fica automaticamente implantado o parcelamento, mesmo porque apenas duas
possibilidades, excludentes entre si, são franqueadas ao contribuinte: pagamento em cota única ou pagamento de forma
parcelada." Argumentou que "como se depreende do art. 174 do CTN, a prescrição só tem início com a constituição definitiva
do crédito. No caso dos autos, considerando o parcelamento automático concedido pelo Município do Salvador, o crédito
somente se constitui definitivamente com o vencimento da última parcela do indigitado parcelamento, já que antes, o crédito
encontra-se com sua exigibilidade suspensa, nos termos do art. 151, VI do CTN". Afirmou que "considerando que o objeto da
execução é a cobrança de ISS do exercício de 2009, que o apelado pagou a 1ª cota (vide CDA), faltando apenas o pagamento
das cotas 2, 3 e 4, que o vencimento das mesmas seria 20/06/2009, 20/09/2009 e 20/12/2009, respectivamente, e que a
execução fiscal foi ajuizada em 18/09/2014, quando já vigente a LC 118/2005 (de acordo com a qual o despacho do juiz que
ordenar a citação em execução fiscal interrompe o prazo prescricional), não há que se falar em prescrição das cotas 3 e 4,
isto porque a execução o termo ad quem para ajuizamento seria 20/09/2014 e 20/12/2014, respectivamente." Alegou, deste
modo, a inexistência de prescrição. Assim, requereu o apelante a "a invalidação da sentença ou a sua reforma, tendo em
vista que não resta configurada a prescrição do CRÉDITO TRIBUTÁRIO referente às cotas 03 e 04 do exercício de 2009,
determinando-se, por conseguinte, o prosseguimento da execução fiscal em relação às mesmas." O apelo foi recebido em
ambos os efeitos, e sendo a ação extinta antes da citação da parte contrária, descabe a intimação da apelada para apresentar
contrarrazões. Inicialmente, cumpre registrar que não há que se falar em nulidade da sentença decorrente da ausência de
intimação pessoal da Fazenda Pública Municipal para se manifestar sobre o decurso do prazo prescricional, nos termos do
§ 4º do art. 40 da Lei nº 6.830/80. Isto porque não se trata de prescrição intercorrente, mas, sim, de prescrição advinda do
parágrafo único do art. 487 do CPC/2015, que remete ao disposto no art. 332, §1º do CPC/2015. Senão vejamos: "Art. 487.
Haverá resolução de mérito quando o juiz: I - acolher ou rejeitar o pedido formulado na ação ou na reconvenção; II - decidir,
de ofício ou a requerimento, sobre a ocorrência de decadência ou prescrição; III - homologar: a) o reconhecimento da
procedência do pedido formulado na ação ou na reconvenção; b) a transação; c) a renúncia à pretensão formulada na ação
ou na reconvenção. Parágrafo único. Ressalvada a hipótese do § 1º do art. 332, a prescrição e a decadência não serão
reconhecidas sem que antes seja dada às partes oportunidade de manifestar-se." Art. 332. Nas causas que dispensem a
fase instrutória, o juiz, independentemente da citação do réu, julgará liminarmente improcedente o pedido que contrariar: (...)
§ 1o O juiz também poderá julgar liminarmente improcedente o pedido se verificar, desde logo, a ocorrência de decadência
ou de prescrição." Neste sentido, afasta-se a preliminar suscitada. No mérito, cumpre registrar que cinge a controvérsia
recursal à análise da ocorrência ou não de prescrição do crédito tributário executado. Como cediço, o fenômeno prescricional
é causa de extinção do próprio crédito tributário, com fulcro no art. 156, inciso V, do Código Tributário Nacional, in litteris: "Art.
156. Extinguem o crédito tributário: () V - a prescrição e a decadência;..." Acerca da questão, é importante esclarecer que,
tratando-se de execuções fiscais, há duas hipóteses em que a prescrição pode ser declarada de ofício pelo magistrado. A
primeira está disciplinada no caput do art. 174 do CTN, que dispõe que a "ação para a cobrança do crédito tributário
prescreve em cinco anos, contados da data da sua constituição definitiva", e incide quando o julgador apura que a pretensão
do credor já havia sido fulminada pela prescrição antes mesmo do ajuizamento da demanda ou no transcurso desta, se não
ocorreu qualquer causa suspensiva ou interruptiva, tornando inexigível o direito subjetivo do exequente. Por sua vez, a
segunda situação é a denominada prescrição intercorrente, que ocasiona a extinção da execução em virtude do decurso do
lapso temporal de 05 anos sem que o credor tenha providenciado o regular prosseguimento do feito, ficando, pois,
completamente inerte. Insta salientar que a prescrição intercorrente não se encontra adstrita à hipótese do art. 40, § 4º, da
LEF, podendo ser declarada em decorrência da inércia do exequente em proceder às medidas necessárias à obtenção de
êxito no processo executivo. Realizadas tais considerações, destaca-se que o ISS é tributo sujeito a lançamento por
homologação, no qual o sujeito passivo se antecipa ao Fisco, e entrega à Administração declaração informando o valor dos
tributos devidos, e antecipando o pagamento, que, apenas em momento posterior será homologado, na forma do art. 150 e
parágrafos do CTN. Quanto aos tributos sujeitos ao lançamento por homologação, o Superior Tribunal de Justiça consolidou
o entendimento no sentido de que a entrega da declaração de débito pelo contribuinte é suficiente para constituir definitivamente
o crédito tributário. A declaração do contribuinte elide, portanto, a necessidade da constituição formal do débito pelo Fisco,
TJBA – DIÁRIO DA JUSTIÇA ELETRÔNICO – Nº 2.099 - Disponibilização: terça-feira, 13 de março de 2018 Cad 1 / Página 255
não se falando em decadência, mas em prescrição. E neste sentido é o enunciado da Súmula 436 do STJ, in verbis: "A
entrega de declaração pelo contribuinte reconhecendo débito fiscal constitui o crédito tributário, dispensada qualquer outra
providência por parte do fisco". Sendo certo, também, que "o dies a quo do prazo prescricional para o Fisco exercer a
pretensão de cobrança judicial do crédito tributário declarado, mas não pago, é a data do vencimento da obrigação tributária
expressamente reconhecida" (AgRg no Ag 1213774/SP). Outrossim, considerando que a presente ação foi distribuída
depois da edição da LC 118/05, aplica-se ao caso vertente a nova redação do art. 174, I, do CTN : "Art. 174 (...) Parágrafo
único. A prescrição se interrompe: I - pelo despacho do juiz que ordenar a citação em execução fiscal;". Na hipótese, verifica-
se da análise da CDA de fl. 03, que se executa crédito de ISS relativo ao exercício de 2009, cota 2, 3 e 4. Extrai-se, então, que
o prazo prescricional para o Município de Salvador cobrar o seu crédito começou a fluir, exatamente, na data do vencimento
de tais parcelas e que não foram pagas. Assim, considerando que na época o fato gerador, possível era o recolhimento
trimestral, até o dia 20 (vinte) nos meses de março, junho, setembro e dezembro de acordo com a redação originária do art.
6º do Decreto Municipal nº 17.671/2007, verifica-se a configuração da prescrição em relação à cota 2, vencida em 20/06/
2009, vez que entre tal vencimento e o ajuizamento da ação (18/09/2014), ultrapassou-se o prazo estipulado no art. 174,
caput, do CTN. Nesse contexto, não há que se falar em prescrição intercorrente mas, em prescrição originária, pois, não se
materializaram qualquer das causas interruptivas do lapso prescricional estatuídas no parágrafo único do artigo 174 do
CTN. E, por tal motivo, quanto à mencionada cota, deve ser mantida a decisão recorrida, vez que está em consonância com
a interpretação do Superior Tribunal de Justiça quanto ao tema em discussão neste recurso. E, por não se tratar de
prescrição intercorrente, mas sim de prescrição da pretensão executiva de cobrança do crédito tributário, que, a teor do art.
332, § 1º, do CPC/2015, pode ser pronunciada de ofício pelo Magistrado, não há que se falar em observância da regra
contida no art. 40 da Lei 6830/80. Logo, verifica-se que a presente Apelação, no que tange à cota 2 do exercício de 2009, é
contrária à Súmula n.º 436 do STJ, o que enseja a incidência do art. 932, IV, alínea a, do CPC/2015, que possibilita o
julgamento monocrático do recurso, nos seguintes termos: "Art. 932. Incumbe ao relator: () IV - negar provimento a recurso
que for contrário a: a) súmula do Supremo Tribunal Federal, do Superior Tribunal de Justiça ou do próprio tribunal; ...". No
entanto, ao minucioso exame dos autos, no que se refere à cotas 03 e 04, vencidas em 20/09/2009 e 20/12/2009, verifica-se
a inocorrência da prescrição, tendo em vista a redação originária do art. 6º do Decreto Municipal nº 17.671/2007, bem como
o disposto na Súmula 436 do STJ. A propositura da execução fiscal se deu em 18/09/2014, ou seja, após 04 anos, 11 meses
e 28 dias e 04 anos, 03 meses e 28 dias da constituição definitiva do IPTU/TL referentes, respectivamente, às cotas 03 e 04
do exercício de 2009. Portanto, vê-se, claramente, que o prazo fixado no art. 174, caput, do CTN não foi ultrapassado. À vista
do delineado, verifica-se que a Sentença apelada, no que tange às cotas 03 e 04 do exercício de 2009, encontra-se em
confronto com a Súmula n.º 436 do STJ e, por tal razão, abre-se a oportunidade ao próprio Relator de dar provimento ao
recurso se a decisão recorrida for contrária a súmula do Supremo Tribunal Federal, do Superior Tribunal de Justiça ou do
próprio tribunal, nos termos do art. 932, inciso V, alínea a. Diante do exposto, com fundamento no art. 932, IV, a e b, V, a, do
CPC/2015, dou provimento parcial à Apelação Cível interposta para anular, em parte, a Sentença, em virtude da inocorrência
da prescrição dos créditos tributários vencidos no exercício de 2009, cotas 03 e 04, com a consequente remessa dos autos
ao juízo de origem para que dê regular andamento a execução fiscal, objeto deste recurso, mantendo, no mais, o
reconhecimento da prescrição da cobrança referente à cota 02. Publique-se para efeito de intimação. Salvador, 12 de março
de 2018. DES. JOSÉ CÍCERO LANDIN NETO RELATOR
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DA BAHIA
José Cícero Landin Neto
PUBLICAÇÃO DE DESPACHOS E DECISÕES MONOCRÁTICAS
0008978-36.2009.8.05.0001 Apelação
Apelante : Municipio do Salvador
Proc. Munícipio : Flavia Cardoso Borges Andrade
Proc. Munícipio : Gisane Tourinho Dantas
Apelado : Bartolomeu Nunes Soares
DECISÃO A presente Apelação Cível foi interposta pelo MUNICÍPIO DO SALVADOR em face da Sentença prolatada pela MM.
Juíza de Direito da 2ª Vara da Fazenda Pública da Comarca de Salvador que, nos autos da Ação de Execução Fiscal n.º
0008978-36.2009.8.05.0001, ajuizada contra BARTOLOMEU NUNES SOARES - ora apelado - reconheceu, ex officio, a
prescrição intercorrente do débito tributário extinguindo, por conseguinte, a referida Ação de Execução Fiscal. Em suas
razões, sustentou o apelante, com fulcro no art. 10 do CPC/2015, que não foi intimada para se manifestar acerca de eventual
causa suspensiva ou interruptiva do prazo extintivo, o que acarretaria, assim, a nulidade da sentença. Aduziu que, "tendo sido
constituído o crédito exequendo através de Auto de Infração/Notificação Fiscal de Lançamento, faz-se necessário examinar
não somente a data de sua lavratura, mas também a data da sua decisão final, a data de publicação no Diário Oficial, bem
como a data de notificação da decisão definitiva ao contribuinte, a fim de fixar o termo inicial do prazo de prescrição".
Argumentou que "a Corte do STJ entende que, se o crédito tributário não for impugnado, ocorrerá a constituição definitiva
desse crédito trinta dias depois da notificação do lançamento, contando-se, a partir daí, o prazo prescricional". Afirmou que
"imperioso saber a data da constituição definitiva do crédito tributário a fim de se efetuar a contagem do lapso prescricional,
o somente seria possível mediante análise do procedimento administrativo". Salientou que "o fato de o auto de infração ter
sido lavrado na data indicada na CDA não significa que sua constituição definitiva se deu neste exercício, posto que esta - a
constituição definitiva - somente ocorrerá com a notificação da última decisão administrativa, da qual não caiba mais
TJBA – DIÁRIO DA JUSTIÇA ELETRÔNICO – Nº 2.099 - Disponibilização: terça-feira, 13 de março de 2018 Cad 1 / Página 256
recurso". Alegou, deste modo, a inexistência de prescrição. Asseverou, também, que não há razão para ser decretada a
prescrição intercorrente por não ter restado caracterizada a desídia da Fazenda Pública e que a paralisação do processo
decorreu de falha nos mecanismos da Justiça. Assim, requereu o apelante a "invalidação da sentença ou a sua reforma,
tendo em vista que não resta configurada a prescrição direta ou intercorrente do crédito tributário, determinado-se, por
conseguinte, o prosseguimento da execução fiscal". O apelo foi recebido em ambos os efeitos, e sendo a ação extinta antes
da citação da parte contrária, descabe a intimação da apelada para apresentar contrarrazões. Inicialmente, cumpre apreciar
a preliminar de nulidade da sentença para se manifestar acerca da prescrição arguida pelo apelante. Quanto à referida
preliminar, deve-se destacar que, na hipótese, aplica-se a exceção prevista no parágrafo único do art. 487 do CPC/2015, que
remete ao disposto no art. 332, §1º do CPC/2015. Senão vejamos: "Art. 487. Haverá resolução de mérito quando o juiz: I -
acolher ou rejeitar o pedido formulado na ação ou na reconvenção; II - decidir, de ofício ou a requerimento, sobre a ocorrência
de decadência ou prescrição; III - homologar: a) o reconhecimento da procedência do pedido formulado na ação ou na
reconvenção; b) a transação; c) a renúncia à pretensão formulada na ação ou na reconvenção. Parágrafo único. Ressalvada
a hipótese do § 1º do art. 332, a prescrição e a decadência não serão reconhecidas sem que antes seja dada às partes
oportunidade de manifestar-se." Art. 332. Nas causas que dispensem a fase instrutória, o juiz, independentemente da
citação do réu, julgará liminarmente improcedente o pedido que contrariar: (...) § 1o O juiz também poderá julgar liminarmente
improcedente o pedido se verificar, desde logo, a ocorrência de decadência ou de prescrição." Neste sentido, afasta-se a
preliminar suscitada. No mérito, cumpre registrar que cinge a controvérsia recursal à análise da ocorrência ou não de
prescrição intercorrente do crédito tributário executado. Como cediço, o fenômeno prescricional é causa de extinção do
próprio crédito tributário, com fulcro no art. 156, inciso V, do Código Tributário Nacional, in litteris: "Art. 156. Extinguem o
crédito tributário: () V - a prescrição e a decadência;..." Acerca da questão, é importante esclarecer que, tratando-se de
execuções fiscais, há duas hipóteses em que a prescrição pode ser declarada de ofício pelo magistrado. A primeira está
disciplinada no caput do art. 174 do CTN, que dispõe que a "ação para a cobrança do crédito tributário prescreve em cinco
anos, contados da data da sua constituição definitiva", e incide quando o julgador apura que a pretensão do credor já havia
sido fulminada pela prescrição antes mesmo do ajuizamento da demanda ou no transcurso desta, se não ocorreu qualquer
causa suspensiva ou interruptiva, tornando inexigível o direito subjetivo do exequente. Por sua vez, a segunda situação é a
denominada prescrição intercorrente, que ocasiona a extinção da execução em virtude do decurso do lapso temporal de 05
anos sem que o credor tenha providenciado o regular prosseguimento do feito, ficando, pois, completamente inerte. Insta
salientar que a prescrição intercorrente não se encontra adstrita à hipótese do art. 40, § 4º, da LEF, podendo ser declarada
em decorrência da inércia do exequente em proceder às medidas necessárias à obtenção de êxito no processo executivo.
Na hipótese vertente, tem-se que, em 22/01/2009, o MUNICÍPIO DO SALVADOR - recorrente - propôs contra a apelada Ação
de Execução Fiscal, objetivando a cobrança judicial de MULTA DE INFRAÇÃO referente aos exercícios de 2004/2005. Vale
ressaltar que, sendo a referida ação ajuizada depois da Lei Complementar nº. 118/2005, o lapso prescricional do crédito
tributário foi interrompido pelo despacho citatório, proferido em 03/05/2011 (art. 174, parágrafo único, I, CTN, com a redação
dado pela LC 118/2005). Outrossim, na espécie, verifica-se que foi proferido despacho citatório em 23/03/2009. Em 29/07/
2009, foi expedida carta de citação, tendo retornado o AR com êxito (fls. 07/08). Contudo, o apelante requereu a suspensão
do feito em razão de parcelamento administrativo em 13/10/2009 (fl. 09/12), o que foi deferido em 22/10/2009, conforme fl. 14.
Em 05/08/2011, o apelante ingressou com petição (fl. 16), requerendo o prosseguimento do feito , tendo em vista a
inadimplência do executado quanto ao parcelamento administrativo. Posteriormente, conclusos os autos, foi proferida a
sentença em 12/07/2017. Destarte, é certo que os autos não ficaram paralisados por desídia exclusiva do exequente. E,
conforme entendimento sufragado pelo STJ, a prescrição intercorrente depende não só da análise fria do lapso temporal,
mas também de outro requisito indispensável, a prova da desídia do credor na diligência do processo. Neste sentido:
"ADMINISTRATIVO. EXECUÇÃO FISCAL. PRESCRIÇÃO INTERCORRENTE. REQUISITOS: LAPSO TEMPORAL E INÉRCIA DO
CREDOR. DESÍDIA DO EXEQUENTE. REEXAME DE FATOS E PROVAS. IMPOSSIBILIDADE. INCIDÊNCIA DA SÚMULA 7/STJ.
1. Nos termos da jurisprudência do STJ, a prescrição intercorrente depende não só da análise fria do lapso temporal, mas
também de outro requisito indispensável, a prova da desídia do credor na diligência do processo. 2. O Tribunal de origem,
ao analisar a matéria, afastou a ocorrência de prescrição por reconhecer a ausência de inércia da exequente. Dessa forma,
desconstituir tal premissa requer, necessariamente, o reexame de fatos e provas, o que é vedado ao STJ, por esbarrar no
óbice da Súmula 7/STJ. 3. Recurso Especial não provido." (REsp 1656898/SP, Rel. Min. Herman Benjamin, 2ª Turma, DJ 20/
04/2017 e DJe 05/05/2017) PROCESSUAL CIVIL E TRIBUTÁRIO - EMBARGOS DE DECLARAÇÃO - PRINCÍPIO DA
FUNGIBILIDADE - PRESCRIÇÃO INTERCORRENTE - DEMORA ATRIBUÍDA AO MECANISMO JUDICIAL PELA INSTÂNCIA DE
ORIGEM - DIVERGÊNCIA FÁTICA ENTRE O ACÓRDÃO RECORRIDO E A INSURGÊNCIA RECURSAL - SÚMULA 7/STJ. 1.
Embargos de declaração recebidos como agravo regimental. Aplicação do princípio da fungibilidade recursal. 2. A configuração
da prescrição intercorrente não se faz apenas com a aferição do decurso do lapso quinquenal após o despacho que ordenou
arquivamento nos termos do art. 40, § 4º, da Lei n. 6.830/80. Antes, também, deve ficar caracterizada a inércia da Fazenda
exequente. 3. O Tribunal de origem, com base no arcabouço probatório, concluiu que a demora no andamento do feito se deu
por motivos inerentes ao próprio mecanismo judiciário. Rever essa afirmação implica adentrar em matéria fática, vedada
pela Súmula 7 do STJ. 4. Agravo regimental não provido. (Edcl no AREsp 370925/PE, Rel. Min. Eliana Calmon, 2ª Turma, DJ
12/11/2013 e DJe 20/11/2013) TRIBUTÁRIO. PROCESSUAL CIVIL. ART. 535 DO CPC. ALEGAÇÕES GENÉRICAS. INCIDÊNCIA
DA SÚMULA 284 DO STF. EXECUÇÃO FISCAL. MULTA ADMINISTRATIVA. PRAZO PRESCRICIONAL QUINQUENAL. INCIDÊNCIA
DO DECRETO 20.910/32. MATÉRIA SUBMETIDA AO RITO DOS RECURSOS REPETITIVOS. PRESCRIÇÃO. INÉRCIA DA
FAZENDA PÚBLICA. REEXAME DE FATOS E PROVAS. IMPOSSIBILIDADE. INCIDÊNCIA DA SÚMULA 7/STJ. 1. A alegação
genérica de violação do art. 535 do CPC, sem especificar os pontos que o acórdão recorrido encontra-se omisso, atrai a
incidência, por analogia, da Súmula 284 do STF. 2. A Primeira Seção desta Corte, ao apreciar o REsp 1.105.442/RJ (recurso
submetido à sistemática prevista no art. 543-C do CPC, c/c a Resolução 8/2008 - Presidência/STJ), pacificou entendimento
no sentido de ser "de cinco anos o prazo prescricional para o ajuizamento da execução fiscal de cobrança de multa de
TJBA – DIÁRIO DA JUSTIÇA ELETRÔNICO – Nº 2.099 - Disponibilização: terça-feira, 13 de março de 2018 Cad 1 / Página 257
natureza administrativa, contado do momento em que se torna exigível o crédito (artigo 1º do Decreto nº 20.910/32)". 3. Nos
termos da jurisprudência pacífica do STJ, a configuração da prescrição não se faz apenas com a aferição do decurso do
lapso quinquenal, sendo necessário que fique caracterizada também a inércia da Fazenda exequente. 4. Hipótese em que
Tribunal de origem, ao analisar a matéria, afastou a ocorrência de prescrição por ausência de inércia da Fazenda Pública.
Dessa forma, desconstituir tal premissa requer, necessariamente, o reexame de fatos e provas, o que é vedado ao STJ, por
esbarrar no óbice da Súmula 7/STJ. Agravo regimental improvido. (AgRg no REsp 1384835/RS, Rel. Min. Humberto Martins,
2ª Turma, DJ 03/09/2013 e DJe 11/09/2013) PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO REGIMENTAL EM AGRAVO. TRIBUTÁRIO.
EXECUÇÃO FISCAL. PRESCRIÇÃO INTERCORRENTE. NÃO OCORRÊNCIA. NECESSIDADE DE INÉRCIA DA EXEQUENTE.
1. A configuração da prescrição intercorrente não se faz apenas com a aferição do decurso do lapso quinquenal após a data
da citação, sendo necessário que reste caracterizada também a inércia da Fazenda exequente. 2. Precedentes: REsp
1222444/RS, Rel. Min. Mauro Campbell Marques, Segunda Turma, DJe 25.4.2012; AgRg no REsp 1274618/RR, Rel. Min.
Herman Benjamin, Segunda Turma, DJe 23.2.2012; e AgRg no AREsp 12.788/SP, Rel. Min. Arnaldo Esteves Lima, Primeira
Turma, DJe 21.10.2011. (...) 4. Agravo regimental não provido. (AgRg no AREsp 175.193/RS, Rel. Ministro MAURO CAMPBELL
MARQUES, SEGUNDA TURMA, DJe 27/06/2012). PROCESSUAL CIVIL. EXECUÇÃO FISCAL. PRESCRIÇÃO
INTERCORRENTE. NÃO OCORRÊNCIA. AUSÊNCIA DE SUSPENSÃO DO PROCESSO E PARALISAÇÃO POR MAIS DE CINCO
ANOS IMPUTÁVEL À EXEQUENTE. SÚMULA 314/STJ. INÉRCIA DA FAZENDA PÚBLICA NÃO CONFIGURADA. (...) 2. Sustenta
a agravante que a decisão monocrática afrontou o disposto no art. 40 da Lei 6.830/1980, aduzindo que a inércia da Fazenda
Pública corresponderia à incapacidade de localizar bens no prazo de cinco anos. 3. Hipótese na qual o Tribunal a quo, ao
considerar ocorrida a prescrição intercorrente durante o trâmite da Execução Fiscal, assentou o entendimento de que, uma
vez citado o executado, tem início, de plano, o prazo prescricional. 4. Em conformidade com o art. 40, § 4º, da LEF, a prescrição
intercorrente ocorre se a inércia da exequente provocar a paralisação da marcha processual por mais de cinco anos após
decorrido um ano da suspensão do feito. Súmula 314/STJ. Precedentes do STJ. 5. Não se pode equiparar a falta de
efetividade do processo executivo à inércia da Fazenda Pública, sem a qual é incabível a decretação da prescrição
intercorrente. 6. Agravo Regimental não provido. (AgRg no REsp 1274618/RR, Rel. Ministro HERMAN BENJAMIN, SEGUNDA
TURMA, DJe 23/02/2012). PROCESSUAL CIVIL. TRIBUTÁRIO. RECURSO ESPECIAL REPRESENTATIVO DE CONTROVÉRSIA.
ART. 543-C, DO CPC. EXECUÇÃO FISCAL. PRESCRIÇÃO INTERCORRENTE. DECLARAÇÃO DE OFÍCIO. VIABILIDADE. ART.
219, §5º, DO CPC. CITAÇÃO. INÉRCIA DA FAZENDA PÚBLICA. SÚMULA 7 DO STJ. 1. A configuração da prescrição intercorrente
não se faz apenas com a aferição do decurso do lapso quinquenal após a data da citação. Antes, também deve ficar
caracterizada a inércia da Fazenda exequente. 2. A Primeira Seção desta Corte também já se pronunciou sobre o tema em
questão, entendendo que 'a perda da pretensão executiva tributária pelo decurso de tempo é consequência da inércia do
credor, que não se verifica quando a demora na citação do executado decorre unicamente do aparelho judiciário' (REsp n.
1102431 / RJ, DJe 1.2.10 - regido pela sistemática do art. 543-C, do CPC). Tal entendimento, mutatis mutandis, também se
aplica na presente lide. 3. A verificação acerca da inércia da Fazenda Pública implica indispensável reexame de matéria
fático-probatória, o que é vedado a esta Corte Superior, na estreita via do recurso especial, ante o disposto na Súmula 07/
STJ. (...) 5. Recurso especial parcialmente conhecido e, nessa parte, não provido. (REsp 1222444/RS, Rel. Ministro MAURO
CAMPBELL MARQUES, SEGUNDA TURMA, DJe 25/04/2012). ADMINISTRATIVO. AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO EM
RECURSO ESPECIAL. PRESCRIÇÃO INTERCORRENTE. NÃO OCORRÊNCIA. REEXAME DE MATÉRIA FÁTICA. SÚMULA 7/
STJ. AGRAVO NÃO PROVIDO. 1. Não ocorre prescrição intercorrente se a parte não deu causa à paralisação do feito.
Precedentes do STJ. 2. Infirmar os fundamentos do acórdão recorrido e acolher a tese da agravante, no sentido de que a
paralisação do feito decorreu exclusivamente da inércia da parte agravada, demandaria o reexame de matéria fática, o que
é vedado em recurso especial, nos termos da Súmula 7/STJ. 3. Agravo regimental não provido. (AgRg no AREsp 12788/SP,
Rel. Ministro ARNALDO ESTEVES LIMA, PRIMEIRA TURMA, DJe 21/10/2011). ADMINISTRATIVO. EXECUÇÃO FISCAL.
PRESCRIÇÃO INTERCORRENTE. REQUISITOS: LAPSO TEMPORAL E INÉRCIA DO CREDOR. DESÍDIA DO EXEQUENTE.
REEXAME DE FATOS E PROVAS. IMPOSSIBILIDADE. INCIDÊNCIA DA SÚMULA 7/STJ. 1. Nos termos da jurisprudência do
STJ, a prescrição intercorrente depende não só da análise fria do lapso temporal, mas se conjuga com outro requisito
indispensável, a prova da desídia do credor na diligência do processo. 2. O Tribunal de origem, ao analisar a matéria,
afastou a ocorrência de prescrição por reconhecer culpa exclusiva da máquina judiciária e ausência de inércia da exequente.
Dessa forma, desconstituir tal premissa Documento: 73439451 - RELATÓRIO E VOTO - Site certificado Página 9 de 10
Superior Tribunal de Justiça requer, necessariamente, o reexame de fatos e provas, o que é vedado ao STJ, por esbarrar no
óbice da Súmula 7/STJ. Agravo regimental improvido. (AgRg no AREsp 459.937/GO, Rel. Ministro HUMBERTO MARTINS,
SEGUNDA TURMA, DJe 31/03/2014)." Diante disso, conclui-se que a falta de tramitação do processo não pode ser imputada
exclusivamente à Fazenda Pública. Tal inércia demonstra uma nítida falha no mecanismo da Justiça. Por isso, não há de se
falar em prescrição intercorrente. Em casos idênticos ao que se apresenta, a jurisprudência tem reiteradamente proclamado
ser impossível a extinção do crédito tributário pela ocorrência da prescrição quando a demora na citação do executado é
imputável unicamente ao aparelho judiciário: A demora na citação do executado quando imputável ao Poder Judiciário exime
o credor da mora, causa de reconhecimento da prescrição. Inteligência da Súmula n. 106/STJ (RESP - RECURSO ESPECIAL
- 1065139. Relatora: Min. ELIANA CALMON. Data da decisão: 10/02/2009). PRESCRIÇÃO INTERCORRENTE.
IMPOSSIBILIDADE DE RECONHECIMENTO. DEMORA NA CITAÇÃO NÃO IMPUTÁVEL AO EXEQÜENTE. SÚMULA 106/STJ.
RECURSO ESPECIAL PARCIALMENTE CONHECIDO E, NESSA PARTE, DESPROVIDO (REsp 1040301 / SP. Relator: Ministro
TEORI ALBINO ZAVASCKI. DJe 05/03/2009). TRF1 - PROCESSUAL CIVIL - EXECUÇÃO FISCAL - EXCEÇÃO DE PRÉ
EXECUTIVIDADE - PRESCRIÇÃO (NÃO INÉRCIA DA EXEQUENTE) - SÚMULA 106/STJ - SEGUIMENTO NEGADO AO AGRAVO
- AGRAVO INTERNO NÃO PROVIDO. 1 - Não há como reconhecer a prescrição quando a paralisação da execução fiscal, a
lentidão ou mesmo a demora na citação não ocorre por culpa da exeqüente, até porque a ela não compete realizar atos
processuais/cartoriais. 2 - Ocorrido atraso na citação em razão de múltiplas e frustradas tentativas de sua realização em
decorrência da não-informação ao fisco das alterações de endereço da devedora, não há falar em inércia da exeqüente
TJBA – DIÁRIO DA JUSTIÇA ELETRÔNICO – Nº 2.099 - Disponibilização: terça-feira, 13 de março de 2018 Cad 1 / Página 258
indutora de prescrição (Súmula 106/STJ). Assim, ao minucioso exame dos autos, verifica-se que na hipótese vertente há um
óbice intransponível à extinção do crédito tributário, que é a Súmula nº. 106 do Superior Tribunal de Justiça, assim enunciada:
"Proposta a ação no prazo fixado para o seu exercício, a demora na citação, por motivos inerentes ao mecanismo da Justiça,
não justifica o acolhimento da argüição de prescrição ou decadência". Além disso, não incide na espécie o enunciado da
súmula 314, do STJ, preconiza que "Em execução fiscal, não localizados bens penhoráveis, suspende-se o processo por
um ano, findo o qual se inicia o prazo da prescrição qüinqüenal intercorrente". Isto porque, entre o fim do prazo ânuo (22/10/
2010) e o requerimento para prosseguimento do feito (03/05/2011), não decorreu mais de 05 anos, tendo a Fazenda Pública
se manifestado, portanto, dentro do prazo quinquenal. Aqui, registre-se que o processo ficou paralisado em razão de nítida
falha no mecanismo da Justiça. À vista do delineado, verifica-se que a sentença apelada encontra-se em confronto com a
Súmula n.º 106 do STJ e, por tal razão, abre-se a oportunidade ao próprio Relator de dar provimento ao recurso se a decisão
recorrida for contrária a súmula do Supremo Tribunal Federal, do Superior Tribunal de Justiça ou do próprio tribunal, nos
termos do art. 932, inciso V, alínea a. Diante do exposto, com fundamento no art. 932, V, alínea a e na Súmula n.º 106 do STJ,
dou provimento ao presente Recurso para anular a Sentença, em virtude da inocorrência da prescrição do crédito tributário,
com a consequente remessa dos autos ao juízo de origem para que dê regular andamento a execução fiscal, objeto deste
recurso. Publique-se para efeito de intimação. Salvador, 12 de março de 2018. DES. JOSÉ CÍCERO LANDIN NETO RELATOR
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DA BAHIA
José Cícero Landin Neto
PUBLICAÇÃO DE DESPACHOS E DECISÕES MONOCRÁTICAS
0037944-38.2011.8.05.0001 Apelação
Apelante : Municipio do Salvador
Proc. Munícipio : Flavia Cardoso Borges
Proc. Munícipio : Daniel Souza Tourinho
Apelado : Cosnt. E. Incorporadora Nelmar Ltda
DECISÃO A presente Apelação Cível foi interposta pelo MUNICÍPIO DO SALVADOR em face da Sentença prolatada pela MM.
Juíza de Direito da 2ª Vara da Fazenda Pública da Comarca de Salvador que, nos autos da Ação de Execução Fiscal n.º
0037944-38.2011.8.05.0001, ajuizada contra COSNT E INCORPORADORA NELMAR LTDA - ora apelado - reconheceu, ex
officio, a prescrição intercorrente do débito tributário extinguindo, por conseguinte, a referida Ação de Execução Fiscal. Em
suas razões, alegou o apelante, com base no art. 10 e no art. 487, parágrafo único, ambos do CPC/2015, a nulidade da
sentença por ausência de prévia intimação do recorrente para se manifestar acerca da prescrição. Argumentou que a
presente ação foi ajuizada após a vigência da LC 118/2005 e que, assim, o despacho que determinou a citação interrompeu
o curso do prazo prescricional. Asseverou que "é notório que o termo inicial da prescrição de cobrança do IPTU é a data do
vencimento previsto no carnê de pagamento, que é modalidade de notificação do crédito tributário...". Aduziu, com base no
art. 201 do CTN, que "se só pode executar com lastro em título hábil (1), se o título só pode ser confeccionado depois da data
do vencimento do tributo (2) e, por fim, se o prazo prescricional só começa a fluir a partir de quando se detecta postura inerte
do credor (3), fácil inferir-se que os 05 (cinco) anos que dispõe a Fazenda Pública para ajuizamento da execução alusiva ao
IPTU tem sua contagem deflagrada após o último dia disponibilizado co contribuinte para pagamento do tributo, qual seja,
05 de fevereiro do respectivo exerício...". Alegou, assim, que "não se pode cogitar: (a) de prescrição direta, face ao ajuizamento
tempestivo da ação e a pronta interrupção do prazo prescricional, na forma do art. 174, parágrafo único, I do CTN, com
redação dada pela LC 118/2005; e (b) de prescrição intercorrente, seja porque não observadas as formalidades do art. 40 da
Lei Federal 6830/80 (a exemplo do decreto de suspensão do processo; abertura de vista dos autos à Fazenda Pública para
indicação de causas suspensivas e/ou interruptivas; e do arquivamento dos autos etc), seja porque a demora na concretização
do ato citatório decorre de inércia imputável ao mecanismo do Judiciário (Súmula 106 do STJ)". Assim, requereu o apelante
o provimento do presente recurso para invalidar ou reformar a Sentença, determinando o retorno dos autos para o seu
regular processamento. O apelo foi recebido em ambos os efeitos, e sendo a ação extinta antes da citação da parte
contrária, descabe a intimação da apelada para apresentar contrarrazões. Inicialmente, cumpre apreciar a preliminar de
nulidade da sentença para se manifestar acerca da prescrição arguida pelo apelante. Quanto à referida preliminar, deve-se
destacar que, na hipótese, aplica-se a exceção prevista no parágrafo único do art. 487 do CPC/2015, que remete ao disposto
no art. 332, §1º do CPC/2015. Senão vejamos: "Art. 487. Haverá resolução de mérito quando o juiz: I - acolher ou rejeitar o
pedido formulado na ação ou na reconvenção; II - decidir, de ofício ou a requerimento, sobre a ocorrência de decadência ou
prescrição; III - homologar: a) o reconhecimento da procedência do pedido formulado na ação ou na reconvenção; b) a
transação; c) a renúncia à pretensão formulada na ação ou na reconvenção. Parágrafo único. Ressalvada a hipótese do § 1º
do art. 332, a prescrição e a decadência não serão reconhecidas sem que antes seja dada às partes oportunidade de
manifestar-se." Art. 332. Nas causas que dispensem a fase instrutória, o juiz, independentemente da citação do réu, julgará
liminarmente improcedente o pedido que contrariar: (...) § 1o O juiz também poderá julgar liminarmente improcedente o
pedido se verificar, desde logo, a ocorrência de decadência ou de prescrição." Neste sentido, afasta-se a preliminar suscitada.
No mérito, cumpre registrar que cinge a controvérsia recursal à análise da ocorrência ou não de prescrição intercorrente do
crédito tributário executado. Como cediço, o fenômeno prescricional é causa de extinção do próprio crédito tributário, com
fulcro no art. 156, inciso V, do Código Tributário Nacional, in litteris: "Art. 156. Extinguem o crédito tributário: () V - a prescrição
e a decadência;..." Acerca da questão, é importante esclarecer que, tratando-se de execuções fiscais, há duas hipóteses em
que a prescrição pode ser declarada de ofício pelo magistrado. A primeira está disciplinada no caput do art. 174 do CTN, que
TJBA – DIÁRIO DA JUSTIÇA ELETRÔNICO – Nº 2.099 - Disponibilização: terça-feira, 13 de março de 2018 Cad 1 / Página 259
dispõe que a "ação para a cobrança do crédito tributário prescreve em cinco anos, contados da data da sua constituição
definitiva", e incide quando o julgador apura que a pretensão do credor já havia sido fulminada pela prescrição antes mesmo
do ajuizamento da demanda ou no transcurso desta, se não ocorreu qualquer causa suspensiva ou interruptiva, tornando
inexigível o direito subjetivo do exequente. Por sua vez, a segunda situação é a denominada prescrição intercorrente, que
ocasiona a extinção da execução em virtude do decurso do lapso temporal de 05 anos sem que o credor tenha providenciado
o regular prosseguimento do feito, ficando, pois, completamente inerte. Insta salientar que a prescrição intercorrente não se
encontra adstrita à hipótese do art. 40, § 4º, da LEF, podendo ser declarada em decorrência da inércia do exequente em
proceder às medidas necessárias à obtenção de êxito no processo executivo. Na hipótese vertente, tem-se que, em 20/04/
2011, o MUNICÍPIO DO SALVADOR - recorrente - propôs contra a apelada Ação de Execução Fiscal, objetivando a cobrança
judicial de IPTU/TL referente ao exercício de 2008. Vale ressaltar que, sendo a referida ação ajuizada depois da Lei
Complementar nº. 118/2005, o lapso prescricional do crédito tributário foi interrompido pelo despacho citatório, proferido em
03/05/2011 (art. 174, parágrafo único, I, CTN, com a redação dado pela LC 118/2005). Outrossim, na espécie, verifica-se que
foi proferido despacho citatório em 03/05/2011. Em 29/08/2014, foi expedida carta de citação, tendo retornado o AR com
informação de 'mudou-se' (fls. 06/07). Posteriormente, conclusos os autos, foi proferida sentença de extinção em 04/08/
2017. Destarte, é certo que os autos não ficaram paralisados por desídia exclusiva do exequente. E, conforme entendimento
sufragado pelo STJ, a prescrição intercorrente depende não só da análise fria do lapso temporal, mas também de outro
requisito indispensável, a prova da desídia do credor na diligência do processo. Neste sentido: "ADMINISTRATIVO. EXECUÇÃO
FISCAL. PRESCRIÇÃO INTERCORRENTE. REQUISITOS: LAPSO TEMPORAL E INÉRCIA DO CREDOR. DESÍDIA DO
EXEQUENTE. REEXAME DE FATOS E PROVAS. IMPOSSIBILIDADE. INCIDÊNCIA DA SÚMULA 7/STJ. 1. Nos termos da
jurisprudência do STJ, a prescrição intercorrente depende não só da análise fria do lapso temporal, mas também de outro
requisito indispensável, a prova da desídia do credor na diligência do processo. 2. O Tribunal de origem, ao analisar a
matéria, afastou a ocorrência de prescrição por reconhecer a ausência de inércia da exequente. Dessa forma, desconstituir
tal premissa requer, necessariamente, o reexame de fatos e provas, o que é vedado ao STJ, por esbarrar no óbice da Súmula
7/STJ. 3. Recurso Especial não provido." (REsp 1656898/SP, Rel. Min. Herman Benjamin, 2ª Turma, DJ 20/04/2017 e DJe 05/
05/2017) PROCESSUAL CIVIL E TRIBUTÁRIO - EMBARGOS DE DECLARAÇÃO - PRINCÍPIO DA FUNGIBILIDADE -
PRESCRIÇÃO INTERCORRENTE - DEMORA ATRIBUÍDA AO MECANISMO JUDICIAL PELA INSTÂNCIA DE ORIGEM -
DIVERGÊNCIA FÁTICA ENTRE O ACÓRDÃO RECORRIDO E A INSURGÊNCIA RECURSAL - SÚMULA 7/STJ. 1. Embargos de
declaração recebidos como agravo regimental. Aplicação do princípio da fungibilidade recursal. 2. A configuração da prescrição
intercorrente não se faz apenas com a aferição do decurso do lapso quinquenal após o despacho que ordenou arquivamento
nos termos do art. 40, § 4º, da Lei n. 6.830/80. Antes, também, deve ficar caracterizada a inércia da Fazenda exequente. 3. O
Tribunal de origem, com base no arcabouço probatório, concluiu que a demora no andamento do feito se deu por motivos
inerentes ao próprio mecanismo judiciário. Rever essa afirmação implica adentrar em matéria fática, vedada pela Súmula 7
do STJ. 4. Agravo regimental não provido. (Edcl no AREsp 370925/PE, Rel. Min. Eliana Calmon, 2ª Turma, DJ 12/11/2013 e
DJe 20/11/2013) TRIBUTÁRIO. PROCESSUAL CIVIL. ART. 535 DO CPC. ALEGAÇÕES GENÉRICAS. INCIDÊNCIA DA SÚMULA
284 DO STF. EXECUÇÃO FISCAL. MULTA ADMINISTRATIVA. PRAZO PRESCRICIONAL QUINQUENAL. INCIDÊNCIA DO
DECRETO 20.910/32. MATÉRIA SUBMETIDA AO RITO DOS RECURSOS REPETITIVOS. PRESCRIÇÃO. INÉRCIA DA FAZENDA
PÚBLICA. REEXAME DE FATOS E PROVAS. IMPOSSIBILIDADE. INCIDÊNCIA DA SÚMULA 7/STJ. 1. A alegação genérica de
violação do art. 535 do CPC, sem especificar os pontos que o acórdão recorrido encontra-se omisso, atrai a incidência, por
analogia, da Súmula 284 do STF. 2. A Primeira Seção desta Corte, ao apreciar o REsp 1.105.442/RJ (recurso submetido à
sistemática prevista no art. 543-C do CPC, c/c a Resolução 8/2008 - Presidência/STJ), pacificou entendimento no sentido de
ser "de cinco anos o prazo prescricional para o ajuizamento da execução fiscal de cobrança de multa de natureza administrativa,
contado do momento em que se torna exigível o crédito (artigo 1º do Decreto nº 20.910/32)". 3. Nos termos da jurisprudência
pacífica do STJ, a configuração da prescrição não se faz apenas com a aferição do decurso do lapso quinquenal, sendo
necessário que fique caracterizada também a inércia da Fazenda exequente. 4. Hipótese em que Tribunal de origem, ao
analisar a matéria, afastou a ocorrência de prescrição por ausência de inércia da Fazenda Pública. Dessa forma, desconstituir
tal premissa requer, necessariamente, o reexame de fatos e provas, o que é vedado ao STJ, por esbarrar no óbice da Súmula
7/STJ. Agravo regimental improvido. (AgRg no REsp 1384835/RS, Rel. Min. Humberto Martins, 2ª Turma, DJ 03/09/2013 e DJe
11/09/2013) PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO REGIMENTAL EM AGRAVO. TRIBUTÁRIO. EXECUÇÃO FISCAL. PRESCRIÇÃO
INTERCORRENTE. NÃO OCORRÊNCIA. NECESSIDADE DE INÉRCIA DA EXEQUENTE. 1. A configuração da prescrição
intercorrente não se faz apenas com a aferição do decurso do lapso quinquenal após a data da citação, sendo necessário
que reste caracterizada também a inércia da Fazenda exequente. 2. Precedentes: REsp 1222444/RS, Rel. Min. Mauro
Campbell Marques, Segunda Turma, DJe 25.4.2012; AgRg no REsp 1274618/RR, Rel. Min. Herman Benjamin, Segunda
Turma, DJe 23.2.2012; e AgRg no AREsp 12.788/SP, Rel. Min. Arnaldo Esteves Lima, Primeira Turma, DJe 21.10.2011. (...) 4.
Agravo regimental não provido. (AgRg no AREsp 175.193/RS, Rel. Ministro MAURO CAMPBELL MARQUES, SEGUNDA TURMA,
DJe 27/06/2012). PROCESSUAL CIVIL. EXECUÇÃO FISCAL. PRESCRIÇÃO INTERCORRENTE. NÃO OCORRÊNCIA.
AUSÊNCIA DE SUSPENSÃO DO PROCESSO E PARALISAÇÃO POR MAIS DE CINCO ANOS IMPUTÁVEL À EXEQUENTE.
SÚMULA 314/STJ. INÉRCIA DA FAZENDA PÚBLICA NÃO CONFIGURADA. (...) 2. Sustenta a agravante que a decisão monocrática
afrontou o disposto no art. 40 da Lei 6.830/1980, aduzindo que a inércia da Fazenda Pública corresponderia à incapacidade
de localizar bens no prazo de cinco anos. 3. Hipótese na qual o Tribunal a quo, ao considerar ocorrida a prescrição intercorrente
durante o trâmite da Execução Fiscal, assentou o entendimento de que, uma vez citado o executado, tem início, de plano, o
prazo prescricional. 4. Em conformidade com o art. 40, § 4º, da LEF, a prescrição intercorrente ocorre se a inércia da
exequente provocar a paralisação da marcha processual por mais de cinco anos após decorrido um ano da suspensão do
feito. Súmula 314/STJ. Precedentes do STJ. 5. Não se pode equiparar a falta de efetividade do processo executivo à inércia
da Fazenda Pública, sem a qual é incabível a decretação da prescrição intercorrente. 6. Agravo Regimental não provido.
(AgRg no REsp 1274618/RR, Rel. Ministro HERMAN BENJAMIN, SEGUNDA TURMA, DJe 23/02/2012). PROCESSUAL CIVIL.
TJBA – DIÁRIO DA JUSTIÇA ELETRÔNICO – Nº 2.099 - Disponibilização: terça-feira, 13 de março de 2018 Cad 1 / Página 260
TRIBUTÁRIO. RECURSO ESPECIAL REPRESENTATIVO DE CONTROVÉRSIA. ART. 543-C, DO CPC. EXECUÇÃO FISCAL.
PRESCRIÇÃO INTERCORRENTE. DECLARAÇÃO DE OFÍCIO. VIABILIDADE. ART. 219, §5º, DO CPC. CITAÇÃO. INÉRCIA DA
FAZENDA PÚBLICA. SÚMULA 7 DO STJ. 1. A configuração da prescrição intercorrente não se faz apenas com a aferição do
decurso do lapso quinquenal após a data da citação. Antes, também deve ficar caracterizada a inércia da Fazenda exequente.
2. A Primeira Seção desta Corte também já se pronunciou sobre o tema em questão, entendendo que 'a perda da pretensão
executiva tributária pelo decurso de tempo é consequência da inércia do credor, que não se verifica quando a demora na
citação do executado decorre unicamente do aparelho judiciário' (REsp n. 1102431 / RJ, DJe 1.2.10 - regido pela sistemática
do art. 543-C, do CPC). Tal entendimento, mutatis mutandis, também se aplica na presente lide. 3. A verificação acerca da
inércia da Fazenda Pública implica indispensável reexame de matéria fático-probatória, o que é vedado a esta Corte Superior,
na estreita via do recurso especial, ante o disposto na Súmula 07/STJ. (...) 5. Recurso especial parcialmente conhecido e,
nessa parte, não provido. (REsp 1222444/RS, Rel. Ministro MAURO CAMPBELL MARQUES, SEGUNDA TURMA, DJe 25/04/
2012). ADMINISTRATIVO. AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL. PRESCRIÇÃO INTERCORRENTE.
NÃO OCORRÊNCIA. REEXAME DE MATÉRIA FÁTICA. SÚMULA 7/STJ. AGRAVO NÃO PROVIDO. 1. Não ocorre prescrição
intercorrente se a parte não deu causa à paralisação do feito. Precedentes do STJ. 2. Infirmar os fundamentos do acórdão
recorrido e acolher a tese da agravante, no sentido de que a paralisação do feito decorreu exclusivamente da inércia da parte
agravada, demandaria o reexame de matéria fática, o que é vedado em recurso especial, nos termos da Súmula 7/STJ. 3.
Agravo regimental não provido. (AgRg no AREsp 12788/SP, Rel. Ministro ARNALDO ESTEVES LIMA, PRIMEIRA TURMA, DJe
21/10/2011). ADMINISTRATIVO. EXECUÇÃO FISCAL. PRESCRIÇÃO INTERCORRENTE. REQUISITOS: LAPSO TEMPORAL E
INÉRCIA DO CREDOR. DESÍDIA DO EXEQUENTE. REEXAME DE FATOS E PROVAS. IMPOSSIBILIDADE. INCIDÊNCIA DA
SÚMULA 7/STJ. 1. Nos termos da jurisprudência do STJ, a prescrição intercorrente depende não só da análise fria do lapso
temporal, mas se conjuga com outro requisito indispensável, a prova da desídia do credor na diligência do processo. 2. O
Tribunal de origem, ao analisar a matéria, afastou a ocorrência de prescrição por reconhecer culpa exclusiva da máquina
judiciária e ausência de inércia da exequente. Dessa forma, desconstituir tal premissa Documento: 73439451 - RELATÓRIO
E VOTO - Site certificado Página 9 de 10 Superior Tribunal de Justiça requer, necessariamente, o reexame de fatos e provas,
o que é vedado ao STJ, por esbarrar no óbice da Súmula 7/STJ. Agravo regimental improvido. (AgRg no AREsp 459.937/GO,
Rel. Ministro HUMBERTO MARTINS, SEGUNDA TURMA, DJe 31/03/2014)." Diante disso, conclui-se que a falta de tramitação
do processo não pode ser imputada exclusivamente à Fazenda Pública. Tal inércia demonstra uma nítida falha no mecanismo
da Justiça. Por isso, não há de se falar em prescrição intercorrente. Em casos idênticos ao que se apresenta, a jurisprudência
tem reiteradamente proclamado ser impossível a extinção do crédito tributário pela ocorrência da prescrição quando a
demora na citação do executado é imputável unicamente ao aparelho judiciário: A demora na citação do executado quando
imputável ao Poder Judiciário exime o credor da mora, causa de reconhecimento da prescrição. Inteligência da Súmula n.
106/STJ (RESP - RECURSO ESPECIAL - 1065139. Relatora: Min. ELIANA CALMON. Data da decisão: 10/02/2009).
PRESCRIÇÃO INTERCORRENTE. IMPOSSIBILIDADE DE RECONHECIMENTO. DEMORA NA CITAÇÃO NÃO IMPUTÁVEL AO
EXEQÜENTE. SÚMULA 106/STJ. RECURSO ESPECIAL PARCIALMENTE CONHECIDO E, NESSA PARTE, DESPROVIDO
(REsp 1040301 / SP. Relator: Ministro TEORI ALBINO ZAVASCKI. DJe 05/03/2009). TRF1 - PROCESSUAL CIVIL - EXECUÇÃO
FISCAL - EXCEÇÃO DE PRÉ EXECUTIVIDADE - PRESCRIÇÃO (NÃO INÉRCIA DA EXEQUENTE) - SÚMULA 106/STJ -
SEGUIMENTO NEGADO AO AGRAVO - AGRAVO INTERNO NÃO PROVIDO. 1 - Não há como reconhecer a prescrição quando
a paralisação da execução fiscal, a lentidão ou mesmo a demora na citação não ocorre por culpa da exeqüente, até porque
a ela não compete realizar atos processuais/cartoriais. 2 - Ocorrido atraso na citação em razão de múltiplas e frustradas
tentativas de sua realização em decorrência da não-informação ao fisco das alterações de endereço da devedora, não há
falar em inércia da exeqüente indutora de prescrição (Súmula 106/STJ). Assim, ao minucioso exame dos autos, verifica-se
que na hipótese vertente há um óbice intransponível à extinção do crédito tributário, que é a Súmula nº. 106 do Superior
Tribunal de Justiça, assim enunciada: "Proposta a ação no prazo fixado para o seu exercício, a demora na citação, por
motivos inerentes ao mecanismo da Justiça, não justifica o acolhimento da argüição de prescrição ou decadência". À vista
do delineado, verifica-se que a sentença apelada encontra-se em confronto com a Súmula n.º 106 do STJ e, por tal razão,
abre-se a oportunidade ao próprio Relator de dar provimento ao recurso se a decisão recorrida for contrária a súmula do
Supremo Tribunal Federal, do Superior Tribunal de Justiça ou do próprio tribunal, nos termos do art. 932, inciso V, alínea a.
Diante do exposto, com fundamento no art. 932, V, alínea a e na Súmula n.º 106 do STJ, dou provimento ao presente Recurso
para anular a Sentença, em virtude da inocorrência da prescrição do crédito tributário, com a consequente remessa dos
autos ao juízo de origem para que dê regular andamento a execução fiscal, objeto deste recurso. Publique-se para efeito de
intimação. Salvador, 12 de março de 2018. DES. JOSÉ CÍCERO LANDIN NETO RELATOR
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DA BAHIA
José Cícero Landin Neto
PUBLICAÇÃO DE DESPACHOS E DECISÕES MONOCRÁTICAS
0020721-43.2009.8.05.0001 Apelação
Apelante : Municipio do Salvador
Proc. Munícipio : Gisane Tourinho Dantas
Proc. Munícipio : Thaís de Sá Pires Caldas
Apelado : Maria dos Anjos Cunha
TJBA – DIÁRIO DA JUSTIÇA ELETRÔNICO – Nº 2.099 - Disponibilização: terça-feira, 13 de março de 2018 Cad 1 / Página 261
DECISÃO A presente Apelação Cível foi interposta pelo MUNICÍPIO DO SALVADOR contra Sentença proferida pela MM. Juíza
de Direito da 2ª Vara da Fazenda Pública de Salvador que, nos autos da Ação de Execução Fiscal n.º 0020721-43.2009.805.0001,
ajuizada contra MARIA DOS ANJOS CUNHA ROCHA, ora apelado, reconheceu, ex officio, a prescrição do débito tributário,
extinguindo, por conseguinte, a referida Ação de Execução Fiscal. Em suas razões, suscitou o apelante, com base no art. 10
e no art. 487, parágrafo único, ambos do CPC/2015, a nulidade da sentença por ausência de prévia intimação do recorrente
para se manifestar acerca da prescrição. Salientou que a presente ação foi ajuizada após a vigência da LC 118/2005 e que,
assim, o despacho que determinou a citação interrompeu o curso do prazo prescricional. Asseverou que "é notório que o
termo inicial da prescrição da pretensão de cobrança do IPTU é a data do vencimento previsto no carnê de pagamento, que
é modalidade de notificação do crédito tributário...". Aduziu, com base no art. 201 do CTN, que "se só pode executar com
lastro em título hábil (1), se o título só pode ser confeccionado depois da data do vencimento do tributo (2) e, por fim, se o
prazo prescricional só começa a fluir a partir de quando se detecta postura inerte do credor (3), fácil inferir-se que os 05
(cinco) anos que dispõe a Fazenda Pública para ajuizamento da execução alusiva ao IPTU tem sua contagem deflagrada
após o último dia disponibilizado ao contribuinte para pagamento do tributo, qual seja, 05 de fevereiro do respectivo exercício...".
Alegou, ainda, que "a paralisação do processo ocorreu por culpa dos mecanismos do Poder Judiciário" e que, na hipótese,
incide a Súmula 106 do STJ. Alegou, assim, que "não se pode cogitar: (a) de prescrição direta, face ao ajuizamento tempestivo
da ação e a pronta interrupção do prazo prescricional, na forma do art. 174, parágrafo único, I do CTN, com redação dada pela
LC 118/2005; e (b) de prescrição intercorrente, seja porque não observadas as formalidades do art. 40 da Lei Federal 6830/
80 (a exemplo do decreto de suspensão do processo; abertura de vista dos autos à Fazenda Pública para indicação de
causas suspensivas e/ou interruptivas; e do arquivamento dos autos etc), seja porque a demora na concretização do ato
citatório decorre de inércia imputável ao mecanismo do Judiciário (Súmula 106 do STJ)". Assim, requereu o apelante o
provimento do presente recurso para invalidar ou reformar a Sentença, determinando o retorno dos autos para o seu regular
processamento. O apelo foi recebido em ambos os efeitos, e sendo a ação extinta antes da citação da parte contrária,
descabe a intimação da apelada para apresentar contrarrazões. Inicialmente, cumpre apreciar a preliminar de nulidade da
sentença para se manifestar acerca da prescrição arguida pelo apelante. Quanto à referida preliminar, deve-se destacar
que, na hipótese, aplica-se a exceção prevista no parágrafo único do art. 487 do CPC/2015, que remete ao disposto no art.
332, §1º do CPC/2015. Senão vejamos: "Art. 487. Haverá resolução de mérito quando o juiz: I - acolher ou rejeitar o pedido
formulado na ação ou na reconvenção; II - decidir, de ofício ou a requerimento, sobre a ocorrência de decadência ou
prescrição; III - homologar: a) o reconhecimento da procedência do pedido formulado na ação ou na reconvenção; b) a
transação; c) a renúncia à pretensão formulada na ação ou na reconvenção. Parágrafo único. Ressalvada a hipótese do § 1º
do art. 332, a prescrição e a decadência não serão reconhecidas sem que antes seja dada às partes oportunidade de
manifestar-se." Art. 332. Nas causas que dispensem a fase instrutória, o juiz, independentemente da citação do réu, julgará
liminarmente improcedente o pedido que contrariar: (...) § 1o O juiz também poderá julgar liminarmente improcedente o
pedido se verificar, desde logo, a ocorrência de decadência ou de prescrição." Neste sentido, afasta-se a preliminar suscitada.
No mérito, cumpre registrar que cinge a controvérsia recursal à análise da ocorrência ou não de prescrição intercorrente do
crédito tributário executado. Como cediço, o fenômeno prescricional é causa de extinção do próprio crédito tributário, com
fulcro no art. 156, inciso V, do Código Tributário Nacional, in litteris: "Art. 156. Extinguem o crédito tributário: () V - a prescrição
e a decadência;..." Acerca da questão, é importante esclarecer que, tratando-se de execuções fiscais, há duas hipóteses em
que a prescrição pode ser declarada de ofício pelo magistrado. A primeira está disciplinada no caput do art. 174 do CTN, que
dispõe que a "ação para a cobrança do crédito tributário prescreve em cinco anos, contados da data da sua constituição
definitiva", e incide quando o julgador apura que a pretensão do credor já havia sido fulminada pela prescrição antes mesmo
do ajuizamento da demanda ou no transcurso desta, se não ocorreu qualquer causa suspensiva ou interruptiva, tornando
inexigível o direito subjetivo do exequente. Por sua vez, a segunda situação é a denominada prescrição intercorrente, que
ocasiona a extinção da execução em virtude do decurso do lapso temporal de 05 anos sem que o credor tenha providenciado
o regular prosseguimento do feito, ficando, pois, completamente inerte. Insta salientar que a prescrição intercorrente não se
encontra adstrita à hipótese do art. 40, § 4º, da LEF, podendo ser declarada em decorrência da inércia do exequente em
proceder às medidas necessárias à obtenção de êxito no processo executivo. Na hipótese vertente, tem-se que, em 11/02/
2009, o MUNICÍPIO DO SALVADOR - recorrente - propôs contra a apelada Ação de Execução Fiscal, objetivando a cobrança
judicial de IPTU/TL referente aos exercícios de 2005 e 2006. Vale ressaltar que, sendo a referida ação ajuizada depois da Lei
Complementar nº. 118/2005, o lapso prescricional do crédito tributário foi interrompido pelo despacho citatório, proferido em
26/03/2009 (art. 174, parágrafo único, I, CTN, com a redação dado pela LC 118/2005). Registre-se que, expedida carta de
citação, o AR referente à citação retornou com êxito (fl. 17). Contudo, o apelante requereu a suspensão do feito em razão de
parcelamento administrativo em 24/08/2009 (fl. 09/12), o que foi deferido em 30/09/2009, conforme fl. 16. Posteriormente,
conclusos os autos, foi proferida a sentença em 09/03/2017. Como sabido, incumbe à parte Exequente promover o produtivo
andamento do feito, diligenciando e requerendo as providências que forem do seu interesse com vistas à satisfação do
crédito executado. Por consequência, no caso concreto, evidente a desídia da Fazenda Pública, uma vez que o feito permaneceu
sem qualquer movimentação por período superior a 07 anos e 06 meses. Por sua vez, a prévia intimação do apelante acerca
da suspensão do processo (por ela mesmo requerida - frise-se) e da consequente remessa dos autos ao arquivo provisório
não se revela necessária. Isto porque, além do arquivamento decorrer do transcurso do prazo de sobrestamento, na forma
disciplina pelo art. 40, §2º, da Lei n. 6.830/80, tais atos processuais constituem consequência legal e automática da inércia
da Fazenda Pública ou da impossibilidade de prosseguimento da execução. A propósito, o enunciado da súmula 314, do
STJ, preconiza que "Em execução fiscal, não localizados bens penhoráveis, suspende-se o processo por um ano, findo o
qual se inicia o prazo da prescrição qüinqüenal intercorrente". Desta forma, nos termos do art. 40 da Lei n. 6.830/80, findo o
prazo ânuo de suspensão do processo, sem qualquer manifestação da Fazenda Pública, a remessa da ação executória ao
TJBA – DIÁRIO DA JUSTIÇA ELETRÔNICO – Nº 2.099 - Disponibilização: terça-feira, 13 de março de 2018 Cad 1 / Página 262
arquivo é automática, revestindo-se de um despacho ordinatório que, por isso, é passível de ser praticado pelo escrivão
judicial, independentemente de despacho do Magistrado. Assinala-se, por fim, ter o Superior Tribunal de Justiça assimilado
o entendimento, no julgamento do REsp nº 1.222.444/RS, representativo de controvérsia, de que se revela possível o
reconhecimento ex officio da prescrição intercorrente: "PROCESSUAL CIVIL. TRIBUTÁRIO. RECURSO ESPECIAL
REPRESENTATIVO DE CONTROVÉRSIA. ART. 543-C, DO CPC. EXECUÇÃO FISCAL. PRESCRIÇÃO INTERCORRENTE.
DECLARAÇÃO DE OFÍCIO. VIABILIDADE. ART. 219, §5º, DO CPC. CITAÇÃO. INÉRCIA DA FAZENDA PÚBLICA. SÚMULA 7 DO
STJ. 1. A configuração da prescrição intercorrente não se faz apenas com a aferição do decurso do lapso quinquenal após a
data da citação. Antes, também deve ficar caracterizada a inércia da Fazenda exequente. 2. A Primeira Seção desta Corte
também já se pronunciou sobre o tema em questão, entendendo que "a perda da pretensão executiva tributária pelo decurso
de tempo é consequência da inércia do credor, que não se verifica quando a demora na citação do executado decorre 5
Tribunal de Justiça de Minas Gerais unicamente do aparelho judiciário" (REsp n. 1102431 / RJ, DJe 1.2.10 - regido pela
sistemática do art. 543-C, do CPC). Tal entendimento, mutatis mutandis, também se aplica na presente lide. 3. A verificação
acerca da inércia da Fazenda Pública implica indispensável reexame de matéria fático-probatória, o que é vedado a esta
Corte Superior, na estreita via do recurso especial, ante o disposto na Súmula 07/STJ. 4. Esta Corte firmou entendimento que
o regime do § 4º do art. 40 da Lei 6.830/80, que exige a prévia oitiva da Fazenda Pública, somente se aplica às hipóteses de
prescrição intercorrente nele indicadas, a saber: a prescrição intercorrente contra a Fazenda Pública na execução fiscal
arquivada com base no § 2º do mesmo artigo, quando não localizado o devedor ou não encontrados bens penhoráveis. Nos
demais casos, a prescrição, a favor ou contra a Fazenda Pública, pode ser decretada de ofício com base no art. 219, § 5º, do
CPC. 5. Recurso especial parcialmente conhecido e, nessa parte, não provido. (REsp 1222444/RS, Rel. Ministro MAURO
CAMPBELL MARQUES, SEGUNDA TURMA, julgado em 17/04/2012, DJe 25/04/2012) Neste mesmo sentido: APELAÇÃO
CÍVEL. EXECUÇÃO FISCAL. PRESCRIÇÃO DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO. SUSPENSÃO REQUERIDA PELA FAZENDA PÚBLICA.
PARALISAÇÃO DO FEITO. AUSÊNCIA DE INTIMAÇÃO PARA PROMOVER ANDAMENTO. IRRELEVÂNCIA PARA CONTAGEM DA
PRESCRIÇÃO.- Mantendo-se paralisado o feito por período superior a cinco anos em razão de não terem sido encontrados
bens penhoráveis configura-se a prescrição intercorrente. - A ausência de intimação pessoal da Fazenda Pública do ato de
suspensão ou arquivamento do processo, quando decorrente de sua solicitação não acarreta qualquer nulidade, diante da
ausência de prejuízo. - Recai sobre o exeqüente o dever de 6 Tribunal de Justiça de Minas Gerais impulsionar o processo,
diligenciando para encontrar patrimônio passível de constrição, obrigação essa que já existia antes da suspensão, não
tendo qualquer influência no decurso do prazo prescricional a ausência de intimação da Fazenda Pública para promover o
andamento do feito.- Recurso improvido. (TJMG - Apelação Cível 1.0024.96.077770-4/001, Relator(a): Des.(a) Heloisa Combat
, 7ª CÂMARA CÍVEL, julgamento em 15/04/2008, publicação da súmula em 30/04/2008). EXECUÇÃO FISCAL - PRESCRIÇÃO
INTERCORRENTE - OCORRÊNCIA - DESÍDIA DA FAZENDA PÚBLICA ASSOCIADA À PARALISAÇÃO DO FEITO POR PRAZO
SUPERIOR A CINCO ANOS. RECURSO DESPROVIDO. - A prescrição intercorrente é criação doutrinária e jurisprudencial,
tendente a penalizar o credor inerte, que não adota postura ativa para buscar a satisfação de seu crédito, com a perda do
direito de cobrá-lo, diante de conduta desidiosa, em prol da não eternização do processo de cobrança, privilegiando, por
outro lado, a segurança jurídica das partes. - Recurso desprovido. (TJMG - Apelação Cível 1.0145.05.209079-5/001, Relator(a):
Des.(a) Eduardo Andrade , 1ª CÂMARA CÍVEL, julgamento em 08/10/2013, publicação da súmula em 16/10/2013) À vista do
delineado, verifica-se que a Apelação Cível, aqui discutida, encontra-se em confronto com a Súmula n.º 314 do STJ e, por tal
razão, abre-se a oportunidade ao próprio Relator de pôr fim a demanda recursal apreciando, monocraticamente, o seu
mérito. É o quanto disposto no art. 932, IV, alínea a, do CPC/20015, que estabelece: "Art. 932. Incumbe ao relator: () IV - negar
provimento a recurso que for contrário a: a) súmula do Supremo Tribunal Federal, do Superior Tribunal de Justiça ou do
próprio tribunal;" . Diante do exposto, com fundamento no art. 932, IV, alínea a, do CPC/2015, nego provimento à presente
Apelação Cível por estar em confronto com a Súmula n.º 314 do STJ e, consequentemente, confirmo a Sentença recorrida.
Publique-se para efeito de intimação. Salvador, 12 de março de 2018. DES. JOSÉ CÍCERO LANDIN NETO RELATOR
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DA BAHIA
Moacyr Montenegro Souto
PUBLICAÇÃO DE DESPACHOS E DECISÕES MONOCRÁTICAS
0501399-13.2016.8.05.0137 Apelação
Apelante : Ronaldo Carneiro de Souza
Advogado : Junior Gomes de Oliveira (OAB: 38864/BA)
Apelado : Municipio de Varzea Nova
Advogado : Leandro Almeida de Oliveira (OAB: 21879/BA)
Encaminhem-se os autos ao Ministério Público para emissão do Parecer no prazo de 10 dias. Após, retornem os autos
conclusos para apreciação. Intime-se. Publique-se.
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DA BAHIA
Moacyr Montenegro Souto
PUBLICAÇÃO DE DESPACHOS E DECISÕES MONOCRÁTICAS
0558629-67.2015.8.05.0001 Apelação
Apelante : José Moutinho Bittencourt
Advogado : Marcus Vinicius Marques Gil (OAB: 25308/BA)
Moacyr Montenegro Souto
Manifeste-se o impetrado, Sr. José Moutinho Bittencourt Júnior, no prazo de dez dias, sobre a petição e documentos de fls. 04/
08. Em seguida, retornem-me os autos conclusos. Publique-se. Intimem-se. Cumpra-se.
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DA BAHIA
Moacyr Montenegro Souto
PUBLICAÇÃO DE DESPACHOS E DECISÕES MONOCRÁTICAS
Na forma do artigo 1.021, § 2° do Novo Código de Processo Civil, intime-se o agravado para contrarrazoar no prazo de 15 dias
úteis. Após, retornem-me os autos conclusos. Publique-se. Intimem-se. Cumpra-se.
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DA BAHIA
Moacyr Montenegro Souto
PUBLICAÇÃO DE DESPACHOS E DECISÕES MONOCRÁTICAS
0047244-58.2010.8.05.0001 Apelação
Apelante : Conselho Municipal do Carnaval
Advogado : Ana Emília Torres-Homem Giaretta (OAB: 20108/BA)
Apelado : Empresa Salvador Turismo S/A - Saltur
Advogado : Bruno Leal Abreu (OAB: 23978/BA)
Encaminhem-se os autos ao Ministério Público para emissão do Parecer no prazo de 10 dias. Após, retornem os autos
conclusos para apreciação. Intime-se. Publique-se.
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DA BAHIA
Des. José Cícero Landin Neto
DESPACHO
8001214-79.2017.8.05.0000 Agravo De Instrumento
Jurisdição: Tribunal De Justiça
Agravante: Banco Bradesco Financiamentos S.a.
Advogado: Celso Marcon (OAB:2446000A/BA)
Agravado: Guimar Teixeira Dos Santos
Despacho:
Diante das peculiaridades que envolvem o caso concreto, reservo-me para apreciar o pedido de liminar após a manifestação
do agravado.
TJBA – DIÁRIO DA JUSTIÇA ELETRÔNICO – Nº 2.099 - Disponibilização: terça-feira, 13 de março de 2018 Cad 1 / Página 264
Intime-se o agravado, pessoalmente, por carta com aviso de recebimento, já que não tem procurador constituído, para que
apresente, querendo, as suas contrarrazões no prazo de 15 (quinze) dias, conforme dispõe o art. 1.019, II, do CPC/2015.
Vencido o prazo, com ou sem manifestação, voltem-me os autos conclusos.
Publique-se para efeito de intimação.
Salvador, 08 de janeiro de 2018.
DES. JOSÉ CÍCERO LANDIN NETO
Relator
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DA BAHIA
Desa. Telma Laura Silva Britto
DECISÃO
8003239-31.2018.8.05.0000 Agravo De Instrumento
Jurisdição: Tribunal De Justiça
Agravante: Antonio Paulo Arangio
Advogado: Mauricio Alves De Souza Moreira (OAB:0025362/BA)
Advogado: Aliana Alves De Souza (OAB:0012322/BA)
Advogado: Lucas Souza Da Matta Dos Reis (OAB:0055097/BA)
Agravante: Maria Das Gracas Souza Arangio
Advogado: Mauricio Alves De Souza Moreira (OAB:0025362/BA)
Advogado: Aliana Alves De Souza (OAB:0012322/BA)
Advogado: Lucas Souza Da Matta Dos Reis (OAB:0055097/BA)
Agravado: Gcacp S/a
Decisão:
Vistos etc.
Antonio Paulo Arangio e outros interpuseram o presente Agravo de Instrumento, com pedido de efeito suspensivo,
inconformados com a decisão do MM. Juiz de Direito da 2ª Vara dos Feitos Relativos às Relações de Consumo, Cíveis e
Comerciais de Camaçari que, nos autos do procedimento comum movido contra Goes Cohabita Administração Consultoria
e Planejamento Ltda., indeferiu pedido de parcelamento das custas processuais, nos seguintes termos:
"Vistos, etc.
A nova Lei Processual permite a redução percentual e o parcelamento das despesas processuais que o beneficiário tiver de
adiantar no curso do procedimento (§§ 5º e 6º do art. 98 do NCPC).
Todavia, referidas concessões se faz àquela parte merecedora ou beneficiária da gratuidade judiciária, conforme se
depreende do próprio texto legal. Inclusive, saliente-se, a aludida concessão resta prevista no Capítulo II - Seção IV "Da
Gratuidade de Justiça" (arts. 98/102) do CPC.
Assim, já tendo havido a denegação à concessão da gratuidade judiciária à parte autora (fl.48) e não havendo novos
elementos capazes de modificar essa questão jurídico-processual, não há se falar em parcelamento das despesas
processuais.
Indefere-se, devendo a parte autora ser intimada para, no prazo de 15 (quinze) dias, recolher as custas de forma integral, sob
pena de cancelamento da distribuição, na forma do art. 290 do CPC. P. I."
Requerem, inicialmente, os benefícios da gratuidade judiciária, sob alegação de não disporem de recursos financeiros para
custear o feito.
Relatam os Agravantes que, após o indeferimento da gratuidade judiciária, manejaram o Agravo de Instrumento nº 0024720-
26.2017.8.05.0000, de minha relatoria, em que não foi concedida a suspensividade requerida, motivo que ensejou o pedido
de parcelamento das custas processuais, que também lhe foi negada no Juízo de origem, motivando a presente interposição.
Sustentam que não possuem condições de custear o feito, sob alegação de serem idosos, aposentados, que sobrevivem
dos proventos do primeiro recorrente no valor mensal de R$ 1.813,52, já que sua esposa não aufere renda, sendo impossível
arcar com despesas processual no importe de R$ 1.795,44.
Pontuam que a Magistrada singular determinou fossem anexados aos autos os seus últimos comprovantes de declaração
de imposto de renda e de recebimentos mensais, para fins de análise do pedido de gratuidade judiciária, informando que
apenas o fizeram de relação ao comprovante de renda, já que são isentos de prestar informações ao fisco, mas, ainda
assim, não lhes foi deferida a benesse pleiteada.
Defendem a necessidade de suspensão da decisão impugnada, sob o argumento de que compromete toda renda mensal
auferida com as despesas básicas da família e que sua condição financeira precária não pode constituir óbice ao acesso
à justiça.
Requerem a análise do pedido liminar inaudita altera pars, em caráter de urgência, para suspender os efeitos da decisão de
fls. 48 do Processo 0502850-42.2017.8.05.0039 até o julgamento do Agravo de Instrumento nº 0024720-26.2017.8.05.0000.
No mérito, postulam a concessão dos "benefícios da gratuidade da justiça, com o processamento normal do processo
principal, e sucessivamente, caso não seja o entendimento desta E. Turma, que seja concedido o parcelamento das custas
judiciais em até 10 (dez) parcelas, tendo em vista a atual situação financeira da parte agravante"
É o relatório. Decido.
TJBA – DIÁRIO DA JUSTIÇA ELETRÔNICO – Nº 2.099 - Disponibilização: terça-feira, 13 de março de 2018 Cad 1 / Página 265
Inicialmente, defiro a gratuidade judiciária para processamento deste recurso, seguindo posicionamento firmado pela Corte
Especial do Superior Tribunal de Justiça, no AgRg nos EREsp 1222355/MG, que dispensa o recorrente da comprovação do
preparo quando o mérito do recurso versa sobre gratuidade da justiça.
Assim, presentes os requisitos de admissibilidade, passo a analisar o pedido de urgência requerido.
Saliente-se, de plano, que o pleito de suspensão da decisão de fls. 48 não pode ser analisado nesta via, porquanto já foi
objeto de apreciação no Agravo de Instrumento nº 0024720-26.2017.8.05.0000, em que indeferido o efeito suspensivo, e
está aguardando o posicionamento da Câmara.
A decisão aqui atacada é a que indefere o pedido de parcelamento e determina o pagamento integral das custas, sob pena
de cancelamento da distribuição.
Em análise apenas sumária, considerando o argumento esposado pela MM. Magistrada e à luz do disposto no art. 98, §§ 6]
e 8[ do CPC/2015. tenho que procede a irresignação da Agravante, tanto mais porque o indeferimento do parcelamento é
gravame suscetível de causar lesão grave e de difícil reparação, situação que respalda aprioristicamente a suspensão da
decisão de fls. 65, pelo menos até que esta Câmara Cível se pronuncie a respeito da matéria.
Sendo assim, concedo a suspensividade pleiteada.
Dê-se conhecimento desta decisão a MM. Juíza da causa.
Ato contínuo, intime-se a parte agravada para, em quinze dias, querendo, apresentar resposta e juntar a documentação que
entender necessária ao julgamento do recurso, nos termos do art. 1.019, II, do Código de Processo Civil de 2015.
Sirva o presente ato judicial como instrumento - ofício e ou mandado - para fins de intimação/ notificação.
Publique-se. Intimem-se.
Salvador, 12 de março de 2018.
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DA BAHIA
Desa. Telma Laura Silva Britto
DECISÃO
8001242-13.2018.8.05.0000 Agravo De Instrumento
Jurisdição: Tribunal De Justiça
Agravante: Ailson Oliveira De Carvalho
Advogado: Fabiano Samartin Fernandes (OAB:2143900A/BA)
Agravado: Brf Empreendimentos Imobiliarios Ltda
Decisão:
Vistos, etc.
Alison Oliveira de Carvalho interpôs o presente Agravo de Instrumento, com pedido de efeito suspensivo, inconformado com
a decisão da MM. Juíza de Direito da 6ª Vara de Relação de Consumo de Salvador que, nos autos do Procedimento Comum
- Indenização por Dano Moral em que contende, indeferiu o pedido de gratuidade de justiça,
"...tendo em vista a profissão do autor e o bem objeto desta lide, circunstâncias que, de certa forma, demonstram sua
capacidade econômica.Nos termos do art. 334, do Novo Código de Processo Civil, designo audiência de tentativa de
conciliação entre as partes para o dia 23/01/2018, às 15:15 horas. Em não havendo conciliação, a parte Ré ficará desde já
intimada para oferecer sua defesa no prazo legal, sob pena de revelia. Contestado o feito com arguição de preliminares e/
ou juntada de documentos, à réplica." (fl. 01, ID 660664)
O Recorrente pugna pela reforma da decisão, sob o argumento de que, acaso mantida, sofrerá lesão grave, ante a negativa
de direito legalmente previsto, o que inviabilizará o exercício de seu direito de defesa.
Lastreia seu pedido no art. 98 do CPC, cuja eficácia somente é condicionada à simples declaração de que a parte não tem
condições de arcar com as custas do processo sem prejuízo do próprio sustento e de sua família.
Nessa senda, requer, liminarmente, a concessão da justiça gratuita e, no mérito, o provimento do recurso.
É o relatório. Decido.
De início, ressalto que a jurisprudência atualmente firmada pela Corte Especial do Superior Tribunal de Justiça, escudando-
se em princípios constitucionais e coerente com o regramento do novo Código de Processo Civil, dispensa o recorrente da
comprovação do preparo quando o mérito do recurso versa sobre gratuidade da justiça (AgRg nos EREsp 1222355/MG, Rel.
Ministro RAUL ARAÚJO, CORTE ESPECIAL, julgado em 04/11/2015, DJe 25/11/2015).
Assim, preenchidos os requisitos de admissibilidade, passo à análise do pleito liminar.
Procede, à primeira vista, a irresignação do Agravante, porquanto, em análise apenas superficial, o indeferimento da assistência
é gravame suscetível de causar-lhe lesão grave e de difícil reparação, mormente se considerado que a parte afirmou não
possuir condições de arcar com as despesas do processo, juntando, inclusive, a Declaração Anual do Imposto de Renda
2016 (fls. 33-38 do processo orginário), documento que, aliado à presunção legal que milita em seu favor, respalda, em
sede de cognição sumária e ao menos provisoriamente, a concessão da benesse até que esta Câmara Cível se pronuncie
a respeito da matéria.
Assim, concedo a suspensividade pleiteada.
Dê-se conhecimento desta decisão a MM. Juíza da causa.
Ato contínuo, intime-se a Agravada para, em quinze dias, querendo, apresentar resposta e juntar a documentação que
entender necessária ao julgamento do recurso, nos termos do art. 1.019, II, do Código de Processo Civil de 2015.
TJBA – DIÁRIO DA JUSTIÇA ELETRÔNICO – Nº 2.099 - Disponibilização: terça-feira, 13 de março de 2018 Cad 1 / Página 266
Sirva o presente ato judicial como instrumento - ofício e ou mandado - para fins de intimação/notificação.
Publique-se. Intimem-se.
Salvador/BA, 12 de março de 2018.
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DA BAHIA
Desa. Telma Laura Silva Britto
DESPACHO
8000772-16.2017.8.05.0000 Agravo De Instrumento
Jurisdição: Tribunal De Justiça
Agravante: Elizabeth Mello De Mendonca
Advogado: Daniela Machado Barbosa (OAB:0013156/BA)
Agravado: Esequias Pereira De Oliveira
Advogado: Lucas Andrade Pereira De Oliveira (OAB:0022812/BA)
Despacho:
Vistos, etc.
Em face da certidão constante do ID 747784, intime-se a Agravante para que traga aos autos o endereço completo do
Agravado, de modo a possibilitar sua intimação para o oferecimento de contrarrazões, consoante determinado no despacho
constante do ID 573268.
Publique-se. Intimem-se.
Salvador, 12 de março de 2018.
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DA BAHIA
Desa. Telma Laura Silva Britto
DECISÃO
8003071-29.2018.8.05.0000 Agravo De Instrumento
Jurisdição: Tribunal De Justiça
Agravante: Petrobras Distribuidora S A
Advogado: Eduardo Silva Lemos (OAB:0024133/BA)
Agravado: Teixeira Derivados De Petroleo Ltda
Agravado: Elcior Piaggio De Oliveira
Agravado: Erotides Silva Oliveira
Decisão:
Petrobrás Distribuidora S/A interpôs o presente agravo de instrumento, inconformada com a decisão da MM. Juíza de Direito
da 1ª Vara Cível e Comercial desta Capital que, nos autos da Ação Ordinária de Rescisão Contratual c/c Cobrança de Multas
Contratuais nº 0501647-28.2018.8.05.0001, ajuizada em face de Teixeira Derivados de Petróleo Ltda e outros, indeferiu o
pedido de liminar.
A Agravante relata que a ação de origem busca a rescisão de contratos firmados entre as partes com a restituição de
equipamentos cedidos em comodato e a condenação das Agravadas por perdas e danos.
Reporta que o vínculo contratual estabelecia a obrigação de aquisição de produtos da BR, na área de combustíveis, em
quantidades dispostas na avença, obrigação esta que não foi cumprida, em que pese a empresa Agravada ter sido notificada
e advertida quanto ao risco de rescisão contratual e perdas e danos.
Afirma que o contrato faz "lei entre as partes", aludindo ao direito da Agravante de ser ressarcida pelos prejuízos que lhe
foram causados pela inadimplência dos negócios jurídicos.
Alega que a empresa Agravada descumpriu a cláusula III do contrato, ao deixar de adquirir os produtos da BR, conquanto
tenha sido cientificada, razão que justifica a rescisão do negócio.
Que, nos termos do item 9.2 da avença, a multa pela rescisão contratual expressa a quantia de R$1.000.000,00 (um milhão
de reais), corrigido monetariamente, desde o início da vigência do contrato até a data do efetivo pagamento.
Que também foram descumpridos os contratos de franquia de loja de conveniência BR Mania e franquia Lubrax +, motivando
a rescisão e o pagamento de multa compensatória.
Consigna que, uma vez inadimplido o contrato principal, restaria rescindido também o contrato de comodato de equipamentos,
cujos equipamentos permanecem em posse da empresa Agravada.
Pontua que o contrato de promessa de compra e venda mercantil estabelece, expressamente, a possibilidade de rescisão
de pleno direito do negócio assinado, havendo o inadimplemento das obrigações.
TJBA – DIÁRIO DA JUSTIÇA ELETRÔNICO – Nº 2.099 - Disponibilização: terça-feira, 13 de março de 2018 Cad 1 / Página 267
Segundo a Agravante, "... ainda que desnecessária a notificação extrajudicial, tendo em vista a expressa dispensa nos
contratos avençados, a mora da Ré se encontra devidamente caracterizada, pois, mesmo tendo sido notificada
extrajudicialmente, deixou de cumprir as suas obrigações expressamente estipuladas, pelo que aplicável na hipótese
vertente a norma contida no art. 397 do Código Civil." (id. 732697)
Requereu a atribuição de efeito suspensivo/ativo ao presente agravo, para que seja autorizada a retirada dos equipamentos
elencados na cláusula 11ª do CPCVM - 06 (seis) bombas de abastecimento Gab. Eltr quadr Vn 2 pro, assim como os que
foram cedidos para a exibição da marca da Agravante, sob pena de multa diária de R$10.000,00 (dez mil reais), sem prejuízo
de condenação posterior ao pagamento de R$1.000,00 (mil reais) a título de aluguel diário, nos termos da alínea "a" da
cláusula VIII do contrato.
Alternativamente, pleiteia, também em sede de liminar, que a empresa Agravada seja compelida a comprar produtos
somente da Agravante, em cumprimento da exclusividade contratual pactuada, sob pena de multa, e que, ao final, seja
confirmada a liminar com o provimento do recurso para reformar a decisão agravada.
É o relatório. Decido.
Em análise apenas superficial, a irresignação da Agravante não se mostra plausível para a concessão da suspensividade.
Isto porque, à primeira vista, a Agravante não cuidou de juntar a estes autos prova inequívoca de que a empresa Agravada
tenha descumprido os termos do contrato de promessa de compra e venda mercantil com licença de uso de marca e outros
pactos - fls. 52/110 (id 732697), seja na aquisição das quantidades pactuadas ou quanto à exclusividade da compra.
A cópia dos negócios jurídicos demonstra apenas que as partes celebraram o contrato para compra e venda mercantil de
produtos na área de combustíveis.
E a notificação extrajudicial de fls. 01/05 (id 732694), que, a priori, não foi juntada no processo de origem para a apreciação
inicial do Magistrado, somente vindo aos autos neste recurso, por se tratar de ato jurídico unilateral formalizado pela
Agravante, também não convence, de logo, da probabilidade do direito para justificar a determinação de imediata retirada
dos equipamentos elencados na cláusula 11ª do CPCVM - 06 (seis) bombas de abastecimento Gab. Eltr quadr Vn 2 pro ou
para o deferimento do pedido alternativo liminar de cumprimento da cláusula de exclusividade, ainda vigente.
Por fim, tampouco existem elementos que indiquem o risco de periculum in mora em desfavor da Agravante, uma vez que
não há indícios de que os bens estejam se deteriorando ou sendo mal utilizados.
Ante o exposto, indefiro a SUSPENSIVIDADE.
Dê-se conhecimento desta decisão à MM. Juíza da causa.
Ato contínuo, intimem-se os Agravados para, em quinze dias, querendo, apresentar resposta e juntar a documentação que
entender necessária ao julgamento do recurso, nos termos do art. 1.019, II, do Código de Processo Civil de 2015.
Sirva o presente ato judicial como instrumento - ofício e ou mandado - para fins de intimação/notificação.
Salvador, 12 de março de 2018.
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DA BAHIA
Desa. Telma Laura Silva Britto
DECISÃO
8002150-70.2018.8.05.0000 Agravo De Instrumento
Jurisdição: Tribunal De Justiça
Agravante: Banco Bradesco Sa
Advogado: Camila Maria Guerra Trigueiro (OAB:0031320/BA)
Agravado: Maristela Valderez Bastos Barbosa
Advogado: Marcio Moreira Ferreira (OAB:0018711/BA)
Advogado: Luiz Viana Queiroz (OAB:0008487/BA)
Decisão:
Vistos etc.
Banco Bradesco S/A interpôs Agravo de Instrumento, com pedido de efeito ativo, inconformado com a decisão do MM. Juiz de
Direito da Vara dos Feitos Relativos às Relações de Consumo, Cíveis e Comerciais, Registros Públicos e Acidentes de
Trabalho de Itaparica que, nos autos de Ação Ordinária movida por Maristela Valderez Bastos Barbosa, deferiu a liminar
pleiteada, para suspender, até decisão final, o leilão virtual de bem imóvel, que havia sido marcado para o dia 13/12/2017,
obstando qualquer possibilidade de arrematação ou adjudicação, bem como todo e qualquer ato que convalide o resultado
do leilão, sob pena de pagamento de multa diária no valor de R$ 2.000,00 (dois mil reais), limitado ao montante de R$
50.000,00 (cinquenta mil reais).
O Agravante afirma que, "... passados quase 18 anos do ajuizamento da ação, em que se viu uma total inércia por parte da
agravada em buscar impedir qualquer tentativa de venda do imóvel, já de propriedade da agravante (o que obviamente iria
acontecer, sobretudo porque não havia nada que impedisse tal ato, nem mesmo uma proposta de solução da pendência),
veio a agravada noticiar a designação de leilão virtual tendo como objeto o bem em questão e, no mesmo passo, requerer
a concessão de tutela que obstaculizasse tal ato, o que restou deferido." (ID nº 701152 - pág. 4)
Assevera que o imóvel foi levado a leilão, em razão do tempo decorrido desde o ajuizamento da ação principal, sem que
houvesse o julgamento, e da impossibilidade de o recorrente permanecer indefinidamente com o bem sem destinação em
seu patrimônio.
TJBA – DIÁRIO DA JUSTIÇA ELETRÔNICO – Nº 2.099 - Disponibilização: terça-feira, 13 de março de 2018 Cad 1 / Página 268
Alega que a conduta do Banco não pode ser considerada desarrazoada ou ato atentatório à dignidade da Justiça, pois agiu
no exercício do seu direito de propriedade ao levar a leilão o imóvel por ele arrematado no ano de 1999.
Sustenta que a medida de urgência concedida quase dezoito anos depois da propositura da ação fere uma situação jurídica
já consolidada pelo tempo, sem que exista qualquer determinação judicial que tenha tornado sem efeito a arrematação ou
que impessa a instituição financeira de levar o imóvel a leilão.
Requer, ante tais razões, a concessão de efeito ativo ao agravo, para que o Agravante possa levar a leilão o bem de sua
propriedade e, no mérito, a cassação da decisão agravada.
É o relatório. Decido.
Em análise apenas superficial, verifico que a irresignação do Recorrente não se mostra plausível para a concessão do efeito
ativo pretendido, eis que, em casos como este, o risco de lesão recai sobre a Agravada, a qual pode perder o imóvel levado
a leilão antes que se decida de forma definitiva a respeito da nulidade da execução de título extrajudicial em trâmite na Vara
de origem, bem como o domínio e posse do bem.
Por outro lado, não configura situação passível de ocasionar à instituição financeira dano grave, de difícil ou impossível
reparação, mormente se considerado o fato de que a iniciativa do Banco de promover o leilão do bem somente se deu na
atualidade, passados quase dezoito anos do ajuizamento da ação, afigurando-se tênue o argumento de que o Agravante não
pode permanecer com o imóvel em seu patrimônio sem que seja dada destinação ao bem.
Ante o exposto, indefiro o efeito ativo perquirido.
Dê-se conhecimento desta decisão ao MM. Juiz da causa.
Ato contínuo, intime-se a Agravada para, em quinze dias, querendo, apresentar resposta e juntar a documentação que
entender necessária ao julgamento do recurso, nos termos do art. 1.019, II, do Código de Processo Civil de 2015.
Sirva o presente ato judicial como instrumento - ofício e ou mandado - para fins de intimação/notificação.
Publique-se. Intimem-se.
Salvador, em 12 de março de 2018.
Telma Laura Silva Britto
Relatora
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DA BAHIA
Desa. Telma Laura Silva Britto
DECISÃO
8004128-82.2018.8.05.0000 Agravo De Instrumento
Jurisdição: Tribunal De Justiça
Agravante: Municipio De Santa Cruz Da Vitoria
Advogado: Higor Santana Guimaraes (OAB:0053080/BA)
Agravado: Rosana Da Silva Vieira
Advogado: Amanda Kalayane Moraes De Assis (OAB:0037829/BA)
Decisão:
Vistos etc.
O Município de Santa Cruz da Vitória interpôs Agravo de Instrumento, com pedido de efeito suspensivo, inconformado com a
decisão do MM. Juiz de Direito da Vara dos Feitos Relativos às Relações de Consumo, Cíveis e Comerciais de Ibicaraí que,
nos autos de Mandado de Segurança impetrado por Rosana da Silva Vieira e outros contra ato atribuído ao Prefeito do
Município de Santa Cruz da Vitória, deferiu a medida liminar pleiteada "... para tornar sem efeito os Decretos Municipais nº 12/
2017 e 13/2017 no que tange à demissão dos impetrantes, determinando, ainda, a reintegração aos cargos anteriormente
ocupados pelos servidores, no prazo de 48 horas, sob pena de multa diária e pessoal de R$ 10.000,00 (dez mil reais)" (ID
780837, fls. 16/19).
O Agravante postula a reforma do decisum, aduzindo que a medida concedida pelo MM. Juiz a quo diverge da legislação
aplicável à espécie e da jurisprudência firmada sobre a matéria, não tendo sido preenchidos os requisitos autorizadores da
tutela de urgência.
Afirma que, por meio do Decreto Municipal nº 78/2017, tornou sem efeito as convocações, nomeações e posses dos
candidatos classificados em concurso público realizado no ano de 2015, tendo sido o ato suficientemente fundamentado e
figurando, dentre os motivos, o fato de que grande parte das nomeações foi realizada nos meses de setembro a dezembro
de 2016, ou seja, nos 180 dias anteriores ao final do mandato do Prefeito anterior, bem como que as admissões ocorreram
sem a respectiva previsão orçamentária e sem que houvesse necessidade do serviço público, acarretando aumento das
despesas com pessoal.
Sustenta que os atos praticados pelo antigo Gestor são nulos de pleno direito, nos termos da Lei de Responsabilidade
Fiscal, e alega que, "... analisando os Pareceres Prévios do Tribunal de Contas dos Municípios do Estado da Bahia - TCM/BA,
relativos aos exercícios financeiros de 2013 e 2015 (DOC. 007), constata-se que durante toda a gestão sucedida os gastos
com pessoal extrapolaram irrazoavelmente os limites prescritos de 54% da Receita Corrente Líquida, imposto no art. 20,
inciso III, alínea "b" da Lei Complementar n.º 101/2000 (Lei de Responsabilidade Fiscal)" (ID 779638, fls. 08/09, grifo e
destaque do original), não tendo o Gestor anterior adotado, à época, quaisquer medidas para reduzir as despesas com
pessoal, provocando, em verdade, o aumento dos gastos com as nomeações, em prejuízo à gestão atual.
Aduz que o ato impugnado pelos Agravados foi praticado em razão do excesso de pessoal no Município e a fim de adequar
as despesas com pessoal, que, à época, atingia 67,60% da receita do Ente Municipal, ao limite previsto na LRF, diante do
insucesso das outras medidas emergenciais já implementadas.
TJBA – DIÁRIO DA JUSTIÇA ELETRÔNICO – Nº 2.099 - Disponibilização: terça-feira, 13 de março de 2018 Cad 1 / Página 269
Insurge-se o Agravante contra a decisão recorrida no ponto em que o MM. Juiz a quo afirma que o ato impugnado não possui
motivação, uma vez que o mesmo foi devidamente fundamentado, bem como porque a Administração revogou atos
administrativos que já eram nulos de pleno direito, no exercício do poder-dever de autotutela, consoante dispõe a Súmula nº
473 do STF.
Ressalta estar em curso processo administrativo no qual oportunizado o exercício do contraditório e da ampla defesa aos
servidores atingidos pelo ato, sustentando, contudo, que, não se tratando de imputação de fato ou irregularidade a servidor
público e tendo ocorrido grave violação à LRF, não há que se falar em instauração de processo administrativo com esta
finalidade, tanto mais quando os servidores estão em estágio probatório e ainda não gozam de situação jurídica consolidada.
Alega, por fim, que a decisão recorrida representa indevida ingerência do Poder Judiciário na esfera de atuação do Poder
Executivo e acarreta a obrigação de remunerar servidores admitidos por atos nulos, sem que haja suficiente dotação
orçamentária, inviabilizando o cumprimento dos compromissos econômico-financeiros da Municipalidade e o funcionamento
dos serviços públicos.
Requer o Recorrente, por tais razões, a atribuição de efeito suspensivo ao recurso e, no mérito, a reforma da decisão
hostilizada.
É o relatório. Decido.
Preenchidos os requisitos de admissibilidade, passo a analisar o pedido de tutela de urgência.
Em exame superficial dos argumentos expendidos, verifico que a irresignação do Agravante não se mostra plausível para a
concessão da suspensividade pleiteada, pois, ainda que tenha a Administração o poder-dever de rever seus próprios atos
e desfazer aqueles eivados de ilegalidades, é preciso, ao mesmo tempo, assegurar o contraditório e a ampla defesa
àqueles indivíduos cujos interesses podem ser atingidos pelo exercício da autotutela - regra esta que, à primeira vista, não
parece ter sido plenamente atendida pelo Recorrente, notadamente porque o decreto municipal que suspendeu os efeitos
das nomeações e posses foi assinado em 30/11/2017, antes mesmo da citação dos servidores para que apresentassem
defesa no processo administrativo instaurado (ID 779641, fls. 22/25).
Ante o exposto, ausente a probabilidade do provimento do recurso, INDEFIRO a suspensividade perquirida.
Dê-se conhecimento desta decisão ao MM. Juiz da causa.
Ato contínuo, intimem-se os Agravados para, em quinze dias, querendo, apresentar resposta e juntar a documentação que
entender necessária ao julgamento do recurso, nos termos do art. 1.019, II, do Código de Processo Civil de 2015.
Sirva o presente ato judicial como instrumento - ofício e ou mandado - para fins de intimação.
Publique-se. Intimem-se.
Salvador/BA, 12 de março de 2018.
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DA BAHIA
Desa. Telma Laura Silva Britto
DECISÃO
8004456-12.2018.8.05.0000 Agravo De Instrumento
Jurisdição: Tribunal De Justiça
Agravante: Rozeany Maria Neto
Agravado: O Estado Da Bahia
Agravado: Município De Feira De Santana
Decisão:
Vistos etc.
Esther Neto de Sousa, representada por sua genitora Rozeany Maria Neto, por intermédio da Defensoria Pública, interpôs
Agravo de Instrumento, com pedido de efeito ativo, inconformada com a decisão da MM. Juíza de Direito da 1ª Vara da Infância
e Juventude de Feira de Santana que, nos autos de Ação de Obrigação de Fazer proposta contra o Estado da Bahia e o
Município de Feira de Santana, declinou da competência para processar e julgar o feito e determinou a sua remessa para
distribuição a uma das Varas da Fazenda Pública da Comarca, face à competência absoluta em razão da pessoa.
A Recorrente invoca os incisos I e III do art. 1.015 do CPC para afirmar o cabimento do agravo de instrumento contra a decisão
de primeira instância, sustentando, ainda, que, "... ao declarar sua INCOMPETÊNCIA e, consequentemente, ao POSTERGAR
O EXAME DA LIMINAR, deixando de conceder de imediato a tutela de urgência requerida, para a DISPONIBILIZAÇÃO DE
TRATAMENTO DE SAÚDE, tornou suscetível de causar à Parte Autora lesão grave e de difícil reparação..." (ID 795995, grifo e
destaque do original), acrescentando, nesse passo, ser também agravável a decisão que posterga o exame do pedido
liminar.
No mérito, a Agravante relata ser portadora de drenagem anômala total de veias pulmonares (DATVP) em seio coronário,
comunicação interatrial e persistência do canal arterial (CID: Q 21.1, Q 26.2), necessitando ser submetida a procedimento
cirúrgico de atriosseptoplastia.
Narra já ter sido submetida a cirurgia para correção da DATVP em 20/01/2012 e, em 20/03/2017, ter sido realizado
ecocardiograma "... no qual se constatou pós operatório tardio de drenagem anômala parcial de veias pulmonares, ligadura
do canal arterial e comunicação interarterial (CIA) com discreta repercussão hemodinâmica, necessitando fazer uso da
medicação furosemida, enquanto aguarda reabordagem cirúrgica" (ID 795995).
TJBA – DIÁRIO DA JUSTIÇA ELETRÔNICO – Nº 2.099 - Disponibilização: terça-feira, 13 de março de 2018 Cad 1 / Página 270
Afirma, ainda, que o relatório médico é claro ao apontar a necessidade de realização da atriosseptoplastia, aludindo,
ademais, ao fato de que a Recorrente aguarda, desde março de 2017, 'Tratamento Fora do Domicílio - TFD'.
Aduz ter buscado administrativamente o acesso ao tratamento médico, por intermédio da Defensoria Pública, junto ao
Núcleo Regional de Saúde Macro Centro-Leste e à Secretaria Municipal de Saúde de Feira de Santana, contudo as respostas
aos ofícios, recebidos em 15/02/2018 nos aludidos órgãos, foram evasivas e um atribuiu ao outro a responsabilidade pelo
atendimento do pleito.
Assevera, ainda, haver urgência na realização do procedimento cirúrgico para combater o agravamento da sua enfermidade,
sob pena de resultados danosos e graves à sua saúde.
No que concerne à decisão recorrida, afirma que a demanda de origem não está relacionada à competência das Varas da
Fazenda Pública, face ao risco evidenciado nos autos, invocando os arts. 98, I, e 148, IV, do Estatuto da Criança e do
Adolescente para afirmar a competência absoluta da Vara da Infância e Juventude para processar e julgar o feito, por versar
sobre "interesses individuais das crianças e adolescentes".
Alega que o acesso dos cidadãos à saúde pública é dever dos Entes Federativos e constitui obrigação solidária, destacando,
ainda, que a postergação do exame do pleito liminar representa verdadeira denegação da tutela de urgência, capaz de
ensejar lesão grave e de difícil reparação e até mesmo prejudicar o resultado útil do processo, face ao risco de perecimento
do bem jurídico tutelado, que é o seu direito à vida.
Requer, por tais razões, a atribuição de efeito suspensivo ativo ao agravo, reformando-se a decisão interlocutória e mantendo-
se a tramitação do feito no MM. Juízo a quo; a anulação do decisum recorrido; e "... a CONCESSÃO da tutela de urgência,
obrigando os réus a fornecer o PROCEDIMENTO CIRÚRGICO DE ATRIOSSEPTOPLASTIA, bem como os demais tratamentos/
medicamentos que porventura venham se fazer necessários relacionados a moléstia apresentada pela autora, sob pena de
multa diária no valor de R$ 5.000,00" (ID 795995, destaque do original), bem como aplicação de outras medidas coercitivas.
Requer, ainda, cumulativamente, autorização para "... REALIZAÇÃO DO TRATAMENTO indispensável e não disponibilizado
no âmbito do SUS, DIRETAMENTE perante Prestador PARTICULAR, às EXPENSAS DOS REQUERIDOS, inclusive, nos
termos do art. 249, caput e parágrafo único, do Código Civil; bem como, que seja autorizada a realização das despesas
IMEDIATAS e URGENTES, referentes ao tratamento não disponibilizado, garantindo-lhe RESSARCIMENTO/REEMBOLSO
posterior" (ID 795995).
Em caso de descumprimento, pede, por fim, o bloqueio de verbas públicas para custeio do tratamento.
No mérito, pugna pela confirmação da medida de urgência.
É o relatório. Decido.
Destaco, de logo, que a questão atinente ao cabimento de agravo de instrumento contra decisão que versa sobre competência
é objeto de discussão no Incidente de Assunção de Competência nº 0007667-32.2017.8.05.0000, de relatoria do
Desembargador José Edivaldo Rocha Rotondano. No referido procedimento, o Relator ordenou a suspensão do trâmite de
todos os agravos de instrumento que tratassem sobre a matéria, ressalvando, contudo, a possibilidade de concessão de
tutela provisória de urgência se satisfeitos os requisitos do art. 300 do CPC.
É quanto basta para autorizar o exame do pedido de efeito ativo formulado pela Agravante no presente recurso, considerando
o objeto da ação ordinária, que é o acesso a tratamento médico, a urgência no processamento da demanda e a tenra idade
da Recorrente (06 anos).
Firmada esta premissa, sabe-se que a definição da competência para julgar as demandas em que são partes, de um lado,
a Fazenda Pública e, de outro, criança e adolescente, é objeto de controvérsia jurisprudencial.
Contudo, observa-se que o Superior Tribunal de Justiça firmou entendimento no sentido de ser competente o Juízo da Vara
da Infância e Juventude para processar e julgar demanda "na qual se pleiteia acesso às ações ou serviços de saúde,
independentemente de o infante estar em situação de abandono ou risco, em razão do relevante interesse social e pela
importância do bem jurídico tutelado", restando assentada, na oportunidade, a prevalência da norma inserta no Estatuto da
Criança e do Adolescente em relação à regra geral de competência das Varas de Fazenda Pública (REsp 1684694/MA, Rel.
Ministro HERMAN BENJAMIN, SEGUNDA TURMA, julgado em 21/11/2017, DJe 19/12/2017).
A decisão recorrida, portanto, à primeira vista, diverge da aludida jurisprudência, sendo impositiva, diante da natureza do
caso, a suspensão do decisum até que esta Câmara Cível se pronuncie sobre a matéria.
Revela-se inviável, contudo, conceder a tutela de urgência em sede recursal, para determinar que os Agravados forneçam de
imediato o tratamento médico pleiteado pela Recorrente, pois a decisão proferida na primeira instância tratou única e
exclusivamente a respeito da competência do Juízo para processar e julgar o feito, sendo defeso a esta Corte extrapolar, na
apreciação do agravo de instrumento, os limites daquilo que foi decidido no primeiro grau de jurisdição, inclusive a fim de
evitar supressão de instância de julgamento.
Assim, diante do óbice processual à concessão integral da tutela de urgência pleiteada, ATRIBUO EFEITO SUSPENSIVO ao
agravo de instrumento para determinar que o processo de origem permaneça tramitando no MM. Juízo de Direito da 1ª Vara
da Infância e Juventude de Feira de Santana até o julgamento do mérito recursal.
Diante da natureza da tutela provisória pleiteada pela Recorrente na petição inicial da ação ordinária, dê-se conhecimento
imediato desta decisão à MM. Juíza da causa.
Ato contínuo, intimem-se os Agravados para, em quinze dias, querendo, apresentar resposta e juntar a documentação que
entenderem necessária ao julgamento do recurso, nos termos do art. 1.019, II, do Código de Processo Civil de 2015.
Sirva o presente ato judicial como instrumento - ofício e ou mandado - para fins de intimação.
Publique-se. Intimem-se.
Salvador/BA, 12 de março de 2018.
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DA BAHIA
Desa. Telma Laura Silva Britto
DECISÃO
8004459-64.2018.8.05.0000 Agravo De Instrumento
Jurisdição: Tribunal De Justiça
Agravante: Rozeany Maria Neto
Agravado: O Estado Da Bahia
Agravado: Município De Feira De Santana
Decisão:
Vistos etc.
Trata-se de Agravo de Instrumento, com pedido de efeito ativo, interposto por Esther Neto de Sousa, representada por sua
genitora Rozeany Maria Neto, por intermédio da Defensoria Pública, inconformada com a decisão da MM. Juíza de Direito da
1ª Vara da Infância e Juventude de Feira de Santana que, nos autos de Ação de Obrigação de Fazer proposta contra o Estado
da Bahia e o Município de Feira de Santana, declinou da competência para processar e julgar o feito e determinou a sua
remessa para distribuição a uma das Varas da Fazenda Pública da Comarca, face à competência absoluta em razão da
pessoa.
Distribuídos inicialmente por sorteio, os autos foram redistribuídos pelo SECOMGE em razão da prevenção firmada pelo AI
nº 8004456-12.2018.8.05.0000, do qual sou Relatora, consoante indicado na certidão contante do ID 797925, cabendo-me,
também, a relatoria do presente feito.
Ocorre que, do exame destes autos, verifica-se que a peça recursal é idêntica àquela que originou o AI nº 8004456-
12.2018.8.05.0000, tendo sido protocolada no mesmo dia 09/03/2018, apenas 17 minutos após o protocolo da que deu
origem ao mencionado agravo, fatos que induzem à conclusão de que, por equívoco, o recurso foi interposto em duplicidade.
Diante disso, não conheço deste agravo de instrumento e determino o seu arquivamento, com baixa.
Publique-se. Intimem-se.
Salvador/BA, 12 de março de 2018.
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DA BAHIA
Desa. Telma Laura Silva Britto
DECISÃO
8004404-16.2018.8.05.0000 Agravo De Instrumento
Jurisdição: Tribunal De Justiça
Agravante: Municipio De Teixeira De Freitas
Advogado: Daniel Cardoso De Moraes (OAB:0022868/BA)
Agravado: Adenise Xavier Dos Santos
Decisão:
Vistos etc.
O Município de Teixeira de Freitas interpôs Agravo de Instrumento, com pedido de efeito suspensivo, inconformado com a
decisão do MM. Juiz de Direito da Vara da Fazenda Pública da Comarca que, nos autos do pedido de tutela antecipada em
caráter antecedente promovido por Adenise Xavier dos Santos, antecipou os efeitos da tutela pretendida, para determinar
que o Agravante restabeleça, de imediato, o pagamento do salário da Agravada, incluindo-a em folha de pagamento, a partir
do mês de novembro de 2017, sob pena de bloqueio de verba pública e configuração de crime de desobediência por parte
do gestor público.
O Agravante sustenta que a decisão recorrida está em desacordo com a regra inserta no art. 2º-B da Lei nº 9.494/97, a qual
veda a concessão de tutela de urgência cujo objeto implique em aumento de despesa mediante inclusão de servidor em
folha de pagamento, sendo imprescindível o trânsito em julgado da decisão.
Defendendo a inexistência de probabilidade do direito alegado pela parte agravada, afirma que os laudos médicos expedidos
atestando a necessidade de licença para tratamento, bem como o relatório elaborado pela Diretora da unidade de ensino de
sua lotação, dando conta do descontrole emocional da recorrida diante das situações cotidianas em sala de aula, demonstram
a sua impossibilidade momentânea de retornar ao exercício do cargo de professora.
Requer, ante tais razões, a concessão de efeito suspensivo ao recurso e, no mérito, o seu provimento, a fim de que seja
revogada a decisão.
É o relatório. Decido.
Preenchidos os requisitos de admissibilidade, passo a analisar o pedido de efeito suspensivo.
Em análise apenas superficial, verifico que a irresignação do Agravante não se mostra plausível para a concessão do efeito
suspensivo pleiteado, revelando-se em consonância com os princípios da dignidade da pessoa humana e do devido
processo legal a decisão do MM. Juiz a quo que assegurou o restabelecimento da remuneração da Agravada até decisão
final no processo administrativo, ou seja, durante o período em que ainda não constatada a incapacidade laborativa ou
impossibilidade de readaptação da servidora.
TJBA – DIÁRIO DA JUSTIÇA ELETRÔNICO – Nº 2.099 - Disponibilização: terça-feira, 13 de março de 2018 Cad 1 / Página 272
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DA BAHIA
Desa. Telma Laura Silva Britto
DECISÃO
8004262-12.2018.8.05.0000 Agravo De Instrumento
Jurisdição: Tribunal De Justiça
Agravante: Estado Da Bahia
Agravado: Ministerio Publico Do Estado Da Bahia
Decisão:
Vistos etc.
O Estado da Bahia interpôs Agravo de Instrumento, com pedido de efeito suspensivo, inconformado com a decisão do MM.
Juiz de Direito da 1ª Vara dos Feitos Relativos às Relações de Consumo, Cíveis, Comerciais, Registros Públicos e Acidentes
do Trabalho da Comarca de Irecê que, nos autos da Ação Civil Pública promovida pelo Ministério Público do Estado da Bahia,
em defesa do direito individual indisponível de Marcela Guimarães Miranda, concedeu a tutela de urgência, para determinar
que o Agravante forneça à parte assistida, que sofre de cirrose biliar, o medicamento URSACOL 900 mg, no prazo de cinco
dias, enquanto perdurar a prescrição médica e nos moldes nela descritos, sob pena de multa diária de R$ 1.000,00 (um mil
reais), limitada ao montante de R$ 100.000,00 (cem mil reais), sem prejuízo de substituição por bloqueio de verbas e a
responsabilização pelo delito de desobediência dos gestores em caso de descumprimento.
Argui, de início, a ilegitimidade do Estado da Bahia para figurar no polo passivo da demanda, ao argumento de que "as
peculiaridades materiais e legais da causa petendi atraem para a União Federal ou para o município onde reside o paciente
a competência para o cumprimento de qualquer decisão judicial requerida naquele sentido". (ID 787406 - página 4)
Defendendo a impossibilidade de concessão de tutela de urgência contra a Fazenda Pública, afirma que a decisão agravada
vai de encontro às disposições do art. 1º da Lei nº 9.494/1997 e, por consequência, do art. 1º da Lei nº 8.437/1992.
Afirma que a determinação de que o Estado da Bahia arque com o tratamento prescrito, sob pena de multa diária de R$
1.000,00 (um mil reais), implicará satisfação plena do pedido, podendo, ainda, causar prejuízo às finanças públicas, caso
seja proferida sentença contrária à decisão preliminar.
Destaca que a Fazenda Pública Estadual não pode sofrer constrição judicial, sendo a expedição de precatório pelo Tribunal
a única forma de receber débitos, após o trânsito em julgado da ação competente.
Sustenta o impedimento do Estado da Bahia de realizar o pagamento do tratamento determinado, porquanto não previsto no
orçamento e por não haver prova científica de que o medicamento pleiteado surtirá o efeito esperado ou que outros
disponibilizados pela Secretaria de Saúde não são suficientes ao tratamento.
Insurge-se contra a fixação da multa, aduzindo que a sua finalidade deve ser a de compelir o recorrente ao cumprimento da
obrigação e não de produzir um enriquecimento indevido da parte agravada.
Requer, ante tais razões, a concessão de efeito suspensivo ao recurso e, no mérito, a anulação da decisão.
É o relatório. Decido.
Preenchidos os requisitos de admissibilidade, passo a analisar o pedido de efeito suspensivo.
Em análise apenas sumária, considerando a documentação acostada e as razões aduzidas pelo MM. Magistrado singular,
verifico que a irresignação do Agravante não se mostra plausível para a concessão da suspensividade pleiteada, uma vez
que, em casos desta natureza, o risco de irreversibilidade dos efeitos da concessão recai sobre os interesses da parte
assistida, portadora de cirrose biliar, que necessita do uso do medicamento prescrito para controle da patologia, consoante
relatório médico acostado nos autos de origem (ID 10195429 - página 3).
Ante o exposto, INDEFIRO a suspensividade perquirida.
Dê-se conhecimento desta decisão ao MM. Juiz da causa.
Intime-se o Agravado para, em quinze dias, querendo, apresentar resposta e juntar a documentação que entender necessária
ao julgamento do recurso, nos termos do art. 1.019, II, do Código de Processo Civil de 2015.
Sirva o presente ato judicial como instrumento - ofício e ou mandado - para fins de intimação/notificação.
Publique-se. Intimem-se.
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DA BAHIA
Desa. Telma Laura Silva Britto
DECISÃO
8003948-66.2018.8.05.0000 Agravo De Instrumento
Jurisdição: Tribunal De Justiça
Agravante: Manoel Alves Froes
Advogado: Epifanio Dias Filho (OAB:0011214/BA)
Agravado: Aymore Credito, Financiamento E Investimento S.a.
Decisão:
Vistos etc.
Trata-se de agravo de instrumento, com pedido de efeito suspensivo, interposto por Manoel Alves Froes, inconformado com
a decisão da MM. Juíza de Direito da 4ª Vara de Relações de Consumo de Salvador que, nos autos de Ação Revisional
ajuizada em face de Aymoré Crédito Financiamento e Investimento S/A, deferiu, em parte, o pedido de tutela de urgência, para
determinar que o Agravado se abstenha de inscrever o nome do Agravante nos cadastros dos órgãos de proteção ao crédito
ou retire, caso já inserido, sob pena de multa diária no valor de R$ 200,00 (duzentos reais), bem como autorizar a permanência
do veículo na posse do recorrente, desde que efetuado depósito judicial das parcelas em atraso, sendo cada uma delas no
valor do contrato e, as vincendas, nas datas dos seus respectivos vencimentos.
Aduz que firmou contrato de financiamento com o Agravado, para pagamento em 36 prestações mensais, no valor de R$
1.167,00 (um mil, cento e sessenta e sete reais), para aquisição de veículo automotor.
Sustenta que o Agravado aplica juros ilegais, imorais, abusivos e inconstitucionais, conforme demonstra a memória de
cálculo acostada aos autos, a qual indica de forma inconteste o valor devido.
Afirma que os fatos e provas, bem como a matéria de direito trazida não deixam dúvidas acerca da veracidade do quanto
arguido, bem como das abusividades praticadas pelo Agravado, demonstrando a verossimilhança das alegações, razão
pela qual impõe-se a reforma da decisão para que seja deferida a tutela de urgência pretendida, a fim de possibilitar ao
Agravante o pagamento das parcelas do contrato, pelo valor incontroverso, apurado em laudo contábil extrajudicial.
Alega existir farta jurisprudência consolidando o entendimento de que a discussão judicial da dívida tem o condão de obstar
a inclusão do devedor no rol de inadimplentes até decisão final.
Defende, por fim, que "a instituição financeira Agravada utilizou taxas de juros desconhecidas e em desrespeito aos limites
legais, abusou da capitalização e da cobrança de "acessórios"", de modo que mister se faz a realização de perícia, a fim de
averiguar a evolução das mensalidades cobradas e dirimir as incertezas quanto aos índices aplicados pelo recorrido, para
o estabelecimento das diferenças cobradas a maior e o valor correto da mensalidade desde o primeiro pagamento.
Requer, ante tais razões, a atribuição de efeito suspensivo ao recurso, para que seja concedida a tutela de urgência,
determinando o depósito judicial das parcelas vencidas e vincendas, no valor mensal de R$ 824,69 (oitocentos e vinte e
quatro reais e sessenta e nove centavos). No mérito, pede o provimento do recurso, a fim de que seja reformada a decisão
hostilizada.
Preenchidos os requisitos de admissibilidade, passo a analisar o pedido de efeito suspensivo.
É o relatório. Decido.
O art. 1.019, I, c/c o art. 995, parágrafo único, do CPC/2015 admite a concessão de efeito suspensivo ao recurso de agravo,
quando os efeitos da decisão hostilizada puderem ocasionar risco de dano grave, de difícil ou impossível reparação e ficar
demonstrada a probabilidade de provimento do recurso, o que, em análise superficial dos argumentos expendidos na
petição recursal e dos documentos apresentados, não vislumbro.
Saliente-se que a pretensão do Agravante vai de encontro ao texto da Súmula 380 do STJ, assim como ao entendimento
desta Corte no sentido de que o depósito de prestações em valor diverso do pactuado não elide a ocorrência da mora,
inviabilizando a abstenção de inscrição ou retirada do nome do devedor dos cadastros de restrição ao crédito, bem assim a
manutenção na posse do bem.
À vista do exposto, nego o efeito suspensivo pretendido.
Dê-se conhecimento desta decisão à MM. Juíza da causa.
Ato contínuo, intime-se o Agravado para, em quinze dias, querendo, apresentar resposta e juntar a documentação que
entender necessária ao julgamento do recurso, nos termos do art. 1.019, II, do Código de Processo Civil de 2015.
Sirva o presente ato judicial como instrumento - ofício e ou mandado - para fins de intimação/notificação.
Publique-se. Intimem-se.
Salvador, 12 de março de 2018.
Telma Laura Silva Britto
Relatora
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DA BAHIA
Desa. Rosita Falcão de Almeida Maia
DECISÃO
8003615-17.2018.8.05.0000 Agravo De Instrumento
Jurisdição: Tribunal De Justiça
Agravante: Hapvida Assistencia Medica Ltda
Advogado: Flavia Costa Gomes Marangoni (OAB:0034404/DF)
Advogado: Nara Terumi Nishizawa (OAB:0028967/DF)
TJBA – DIÁRIO DA JUSTIÇA ELETRÔNICO – Nº 2.099 - Disponibilização: terça-feira, 13 de março de 2018 Cad 1 / Página 274
Decisão:
Trata-se de agravo de instrumento com pedido de efeito suspensivo interposto por Hapvida Assistência Médica Ltda., contra
decisão proferida pelo M.M. Juiz de Direito da 2ª Vara da Fazenda Pública desta Comarca, que, nos autos do Mandado de
Segurança Preventivo nº .0577727-67.2017.8.05.0001, impetrado contra o Secretário Municipal de Fazenda de Salvador, que,
acolhendo em parte os embargos de declaração opostos, mesmo considerando que a agravante depositaria os valores de
ISS discutidos na ação, deixou de desobrigar os tomadores de serviços de reterem aqueles valores que já seriam objeto de
depósito em juízo. (decisão ID. 756513 fls.588/590).
Em suas razões, informa em síntese, que impetrou o mandamus com o fim de realizar mês a mês o depósito dos valores
discutidos a título de ISS, bem como formulou pedido para que fosse determinado à autoridade coatora que desobrigasse
os tomadores de serviços do Impetrante de reterem/decotarem o ISS dos pagamentos realizados; que após ter sido indeferido
o pedido liminar, o juízo a quo acolhendo em parte os aclaratórios, deferiu parcialmente o pedido liminar, apenas para
suspender a exigibilidade dos créditos de ISS objeto de depósito.
Nesse sentido, advogada que a decisão merece reforma, porquanto, se o agravante estiver realizando os depósitos judiciais
e, por outro lado, os tomadores do serviço estiverem decotando (retendo) o valor do ISS dos pagamentos realizados ao
HAPVIDA, a suspensão da exigibilidade do tributo estará absolutamente esvaziada e o imposto será recolhido em duplicidade
sobre os mesmos fatos geradores.
Por fim, pugna pela concessão da tutela de urgência recursal para que a autoridade coatora desobrigue os tomadores de
serviço domiciliados no Município de Salvador/BA de reterem/decotarem o valor do ISS dos pagamentos realizados ao
agravante, enquanto realizados os depósitos judiciais, em decorrência da suspensão da exigibilidade dos créditos objeto
de depósito judicial.
É o sucinto relatório.
Conheço do agravo, pois presentes seus requisitos de admissibilidade.
Trata-se de insurgência contra a decisão que, entendeu possível a suspensão da exigibilidade dos créditos de ISS decorrente
de prestação de serviços pela ora agravante no Município de Salvador, mediante depósito judicial, integral e em dinheiro,
deixou, contudo, de desobrigar os tomadores de serviços de reterem aqueles valores que já seriam objeto de depósito em
juízo.
Como é cediço, o art. 1.019, I, do CPC/2015, prevê que, recebido o agravo de instrumento no tribunal, o relator poderá atribuir
efeito suspensivo ao recurso ou deferir, em antecipação de tutela, total ou parcialmente, a pretensão recursal, comunicando
ao juiz sua decisão; para tanto, faz-se necessária a demonstração da probabilidade do direito (fumus boni iuris) e o perigo
de dano ou o risco ao resultado útil do processo (periculum in mora):
Art. 1.019. Recebido o agravo de instrumento no tribunal e distribuído imediatamente, se não for o caso de aplicação do art.
932, incisos III e IV, o relator, no prazo de 5 (cinco) dias:
I - poderá atribuir efeito suspensivo ao recurso ou deferir, em antecipação de tutela, total ou parcialmente, a pretensão
recursal, comunicando ao juiz sua decisão;
O recorrente alega que o pedido formulado é para que as autoridades impetradas desobriguem os tomadores de serviços
domiciliados no Município de Salvador de reterem/descontarem o valor do ISS dos pagamentos realizados ao agravante,
enquanto realizados os depósitos judiciais.
Primeiramente, não vislumbro a probabilidade do direito invocado (fumus boni iuris), afinal, a decisão recorrida foi prolatada
em consonância com a sistemática adotada pela Lei Complementar
157/2016, que alterou o art. 3º, XXIII, da Lei Complementar 116/2003.
Por oportuno, trecho da decisão recorrida:
[…] No entanto, por ora, não se mostra viável determinar que o Município "desobrigue" os tomadores de serviço domiciliados
no Município de Salvador. Não há, a princípio, como informado em decisão de fls. 486/489, flagrante vício na exação em si,
sendo possível a suspensão da exigibilidade apenas em face da prometida garantia do débito por meio de depósito judicial
e em dinheiro.
Por outro lado, não cabe ao Poder Judiciário imiscuir-se nas questões contábeis de cada um dos eventuais tomadores de
serviço. Assiste à Impetrante, se for o caso, informar aos seus contratantes as peculiaridades da situação sub judice,
inclusive no que toca à suspensão da exigibilidade do crédito tributário. [...]
ISSO POSTO, acolho em parte os embargos declaratórios de fls. 493/498, para, reformando a decisão de fls. 486/489,
conceder parcialmente a liminar requerida em exordial, determinando a imediata suspensão da exigibilidade dos créditos
de ISS decorrente de prestações de serviços pela Impetrante no Município de Salvador. Tal suspensão, porém, fica
condicionada ao depósito judicial, integral e em dinheiro, do valor originalmente cobrado pelo Município de Salvador.[...]
Como disposto no art. 146, I e III, da CF/1988 - cabe a lei complementar dispor sobre conflitos de competências, em matéria
tributária e estabelecer normas gerais em matéria de legislação tributária.
Segundo o art. 156, III, da CF/1988, compete aos Municípios instituir imposto sobre serviços de qualquer natureza não
compreendidos no art. 155, II, definidos em lei complementar.
Da leitura do dispositivo constitucional acima, conclui-se que o ISS tem por fato gerador a prestação efetiva do serviço.
Com efeito, atinente a ocorrência do fato gerador, o art. 85 da Lei 7.186/2006 (Código Tributário do Município de Salvador),
com alteação dada pela Lei 9.279, de 28/09/2017, acrescentou o inciso VIII, segundo o qual considera-se prestado o serviço
e devido o imposto no domicílio do tomador. Verbis:
Art. 85. Para efeito da ocorrência do fato gerador considera-se prestado o serviço e devido o imposto:
TJBA – DIÁRIO DA JUSTIÇA ELETRÔNICO – Nº 2.099 - Disponibilização: terça-feira, 13 de março de 2018 Cad 1 / Página 275
VIII - no domicílio do tomador, no caso dos serviços prestados pelas administradoras de cartão de crédito ou débito e demais
descritos no subitem 15.01;
Não vingam as alegações do agravante, no sentido de que o depósito judicial suspende a exigibilidade do crédito tributário,
bem como que esta é uma faculdade do contribuinte, que dispensaria autorização judicial, e que o depósito dos valores
controvertidos, em nada prejudicaria o Fisco.
Isso porque, o que busca o agravante não é simplesmente a suspensão da retenção por parte de um tomador, para fins de
possibilitar o depósito judicial de valores controvertidos, enquanto se discute no âmbito de uma relação processual, mas a
não retenção de valores a título de ISS pelos tomadores de serviços do Município de Salvador, junto ao agravante.
Vale gizar, ainda, que o pedido do agravante no sentido de determinar à autoridade coatora que desobrigue os seus
tomadores de serviços de reterem/decotarem o ISS dos pagamentos realizados, vai de encontro, salvo melhor juízo, a uma
Lei Complementar vigente.
Ademais, apesar da Confederação Nacional da Saúde, Hospitais e Estabelecimentos e Serviços (CNS) questionar, via
Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF 499 ) no Supremo Tribunal Federal, na qual formulou pedido
cautelar de suspensão da eficácia dos dispositivos (art. 3º, parte do inciso XXIII, da Lei Complementar 116/2003, com
redação dada pela Lei Complementar 157/2016), não obteve o deferimento do pedido cautelar de suspensão da eficácia
dos dispositivos questionados, como se infere de trecho da decisão baixo transcrita:
[…] Com essas considerações, CONHEÇO DA PRESENTE ARGUIÇÃO DE DESCUPRIMENTO DE PRECEITO FUNDAMENTAL
COMO AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE. Nos termos do art. 7º, § 2º, da Lei 9.868/1999, DEFIRO OS PEDIDOS
DE INGRESSO COMO AMICI CURIAE formulados na presente ação. Diante da relevância da matéria constitucional suscitada
e de seu especial significado para a ordem social e a segurança jurídica, mostra-se adequada a adoção do rito do art. 12 da
Lei 9.868/1999, pelo que determino: a) solicitem-se as informações, a serem prestadas pelo Congresso Nacional e pelo
Presidente da República, no prazo de 10 (dez) dias; e b) em seguida, remetam-se os autos ao Advogado-Geral da União e
ao Procurador-Geral da República, sucessivamente, no prazo de 5 (cinco) dias, para a devida manifestação. Concluída a
instrução, a presente ação será submetida a julgamento conjunto com as demais ações a ela distribuídas por dependência
.
Ultrapassadas estas premissas, verifica-se que a matéria trazida a este Tribunal comporta análise que exige cautela e
prudência do magistrado, no sentido de determinar à autoridade coatora que desobrigue os tomadores de serviços do
agravante de reterem/decotarem o ISS dos pagamentos realizados.
Isso porque, ainda que o ora agravante efetive o depósito do imposto devido, e haja ao mesmo tempo uma retenção por
parte do tomador do mesmo imposto, este lhe será restituído, e o Município agravado não ficará impossibilitado de dar
efetivo cumprimento a sua legislação, que até prova em contrário se revela constitucional. Resguardados, portanto, os
direitos de ambas as partes.
Por fim, vale salientar que o poder do livre convencimento do juiz é o que deve prevalecer. Afinal, se o magistrado a quo
entendeu que não há elementos concretos que indiquem risco de perecimento do direito, até o julgamento do mérito, os
fatos e as provas o convenceram neste sentido. A sua proximidade com a realidade dos fatos a coloca em privilegiada
posição para aferir, com maior segurança, a verossimilhança das alegações da parte agravante, até porque, teve acesso
aos documentos para formação do seu convencimento.
Diante do exposto, INDEFIRO A TUTELA REQUERIDA, mantendo a decisão agravada nos termos em que foi proferida.
Intime-se o agravado para, querendo, apresentar contraminuta, na forma do art. 1.019, II, do CPC/2015.
Publique-se.
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DA BAHIA
Des. José Cícero Landin Neto
DECISÃO
8004068-12.2018.8.05.0000 Mandado De Segurança (cível)
Jurisdição: Tribunal De Justiça
Impetrante: Adriano Carvalho Silva
Advogado: Iare Samile Santana Guimaraes (OAB:0041389/BA)
Advogado: Mariana Sampaio Santana (OAB:0053844/BA)
Impetrante: Agnaldo Baltar Dos Santos
Advogado: Iare Samile Santana Guimaraes (OAB:0041389/BA)
Advogado: Mariana Sampaio Santana (OAB:0053844/BA)
Impetrante: Cristiano Silva Coutinho
Advogado: Iare Samile Santana Guimaraes (OAB:0041389/BA)
Advogado: Mariana Sampaio Santana (OAB:0053844/BA)
Impetrante: Eriosvaldo Silva Nascimento
Advogado: Iare Samile Santana Guimaraes (OAB:0041389/BA)
Advogado: Mariana Sampaio Santana (OAB:0053844/BA)
Impetrante: Edivaldo Sampaio Vieira
Advogado: Iare Samile Santana Guimaraes (OAB:0041389/BA)
TJBA – DIÁRIO DA JUSTIÇA ELETRÔNICO – Nº 2.099 - Disponibilização: terça-feira, 13 de março de 2018 Cad 1 / Página 276
Decisão:
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DA BAHIA
Terceira Câmara Cível
________________________________________
Processo: MANDADO DE SEGURANÇA (CÍVEL) n. 8004068-12.2018.8.05.0000
Órgão Julgador: Terceira Câmara Cível
IMPETRANTE: ADRIANO CARVALHO SILVA e outros (10)
Advogado(s): MARIANA SAMPAIO SANTANA (OAB:0053844/BA), IARE SAMILE SANTANA GUIMARAES (OAB:0041389/BA)
IMPETRADO: GOVERNADOR DO ESTADO DA BAHIA e outros (2)
Advogado(s):
DECISÃO
Do detido exame dos autos, verifica-se que ADRIANO CARVALHO SILVA impetrou o presente Mandado de Segurança, com
pedido liminar, indicando como autoridades coatoras GOVERNADOR DO ESTADO DA BAHIA, COMANDANTE DA POLICIA
MILITAR DO ESTADO DA BAHIA e SECRETÁRIO DE ADMINISTRAÇÃO DO ESTADO DA BAHIA.
Deve-se destacar que a hipótese vertente atrai a competência da Seção Cível de Direito Público, tendo em vista o disposto
nos arts. 92 e 94 do RITJBA.
Em sendo assim, determino o encaminhamento dos autos ao SECOMGE para livre redistribuição a Seção Cível de Direito
Público.
Publique-se para efeito de intimação.
Salvador, 07 de março de 2018.
DES. JOSÉ CÍCERO LANDIN NETO
RELATOR
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DA BAHIA
Des. José Cícero Landin Neto
DESPACHO
8000565-80.2018.8.05.0000 Agravo De Instrumento
Jurisdição: Tribunal De Justiça
Agravante: Domingos Pereira Santos
Advogado: Fabianne De Oliveira Souza (OAB:0020252/BA)
Agravado: Municipio De Ilhéus
Agravado: O Estado Da Bahia
Despacho:
DESPACHO
TJBA – DIÁRIO DA JUSTIÇA ELETRÔNICO – Nº 2.099 - Disponibilização: terça-feira, 13 de março de 2018 Cad 1 / Página 277
Certifique-se a Secretaria da 3ª Câmara Cível se houve apresentação de contrarrazões pelas partes Agravadas, MUNICIPIO
DE ILHÉUS e ESTADO DA BAHIA, no prazo legal.
Publique-se para efeito de intimação.
Salvador, 08 de março de 2018.
DES. JOSÉ CÍCERO LANDIN NETO
RELATOR
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DA BAHIA
Des. José Cícero Landin Neto
DESPACHO
8002882-51.2018.8.05.0000 Agravo De Instrumento
Jurisdição: Tribunal De Justiça
Agravante: Estado Da Bahia
Agravado: Layla Souza Brito
Despacho:
DECISÃO
O presente Agravo de Instrumento, com pedido de concessão de efeito suspensivo, foi interposto pelo ESTADO DA BAHIA
contra decisão proferida pela douta Juíza de Direito da Vara da Infância e da Juventude da Comarca de Jequié, que, nos
autos da Ação Ordinária nº 0500026-61.2018.8.05.0141, ajuizada por M. S. B representada por LAYLA SOUZA BRITO, ora
agravada, sob o patrocínio da DEFENSORIA PÚBLICA DO ESTADO DA BAHIA, concedeu a liminar pleiteada na exordial, nos
seguintes termos: "ISTO POSTO, DEFIRO O PEDIDO FORMULADO NA INICIAL E CONCEDO tutela provisória de urgência à
autora, determinando que o Estado da Bahia adote as providências necessárias para a transferência e o internamento da
criança M. S. B, qualificada nos autos, em hospital, público ou particular, que disponha de serviço de UTI pediátrica e
neurocirurgia pediátrica, no prazo de até 48 horas, bem como que efetue o pagamento das despesas decorrentes da
internação, caso necessário, até final do tratamento, fixando multa diária de R$1.000,00 (mil reais), para a hipótese de
descumprimento injustificado da decisão.".
Em suas razões, o ESTADO DA BAHIA ressalta "que desde o conhecimento da demanda a Central de regulação tem feitos
buscas por leito com o perfil apresentado, diariamente. Todavia, ainda não foi encontrada a vaga que atenda ao perfil e ao
quadro clínico da Requerente. Além disso, no sistema da Central Estadual de Regulação existem 12 solicitações para
regulação com perfil semelhante, sendo 02 com liminar. Frise-se que, enquanto aguarda a regulação, a Autora encontra-se
internada na Santa Casa de Misericórdia São Judas Tadeu no Município de Jequié, sob cuidados médico e como todo o
suporte de vida".
Sustenta que "a multa aplicada, a qual frise-se, é completamente absurda e desproporcional, levando em consideração o
tratamento pleiteado, está violando o princípio da proporcionalidade, acarretando uma maior onerosidade para o Poder
Público".
Aduz que "não pode o Estado da Bahia ser penalizado com a imposição de uma multa diária no valor de R$ 1.000,00 (mil
reais), justamente porque a multa imposta para caso de descumprimento não pode ser fonte de enriquecimento de quem
quer que seja, desvirtuando o seu principal objetivo que é apenas garantir o cumprimento da obrigação".
Diante das razões expostas, requer o Estado da Bahia agravante que seja dado provimento ao Agravo de Instrumento,
reformando-se a decisão interlocutória, com a exclusão das astreintes, ou ao menos a redução do seu valor.
Como não houve formulação de pedido de efeito suspensivo ou de antecipação da tutela recursal, entendendo desnecessárias
as informações do Juiz da causa, determino, tão-somente, com fundamento no artigo 1.019, II, do CPC/2015, a intimação do
agravado, por seu procurador constituído, para, querendo, apresente contrarrazões no prazo de 15 dias.
Vencido o prazo, com ou sem manifestação, voltem-me os autos conclusos.
Retifique-se o cadastro dos presentes autos para constar o nome da da Defensora Pública e do Procurador do Estado.
Após, encaminhem-se os autos à douta Procuradoria de Justiça.
Publique-se para efeitos de intimação.
Salvador, 08 de março de 2018.
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DA BAHIA
Desa. Rosita Falcão de Almeida Maia
DECISÃO
8002552-54.2018.8.05.0000 Conflito De Competência
Jurisdição: Tribunal De Justiça
Suscitante: Instituto Mantenedor De Ensino Superior Da Bahia Ltda - Me
Advogado: Saulo Veloso Silva (OAB:1502800A/BA)
Advogado: Hernani Lopes De Sa Neto (OAB:0015502/BA)
Suscitado: 15ª Vara De Relações De Consumo Da Comarca De Salvador/ba
Suscitado: Juízo Da 11ª Vara Cível E Comercial De Salvador
TJBA – DIÁRIO DA JUSTIÇA ELETRÔNICO – Nº 2.099 - Disponibilização: terça-feira, 13 de março de 2018 Cad 1 / Página 278
Decisão:
Trata-se de conflito de competência suscitado por IMES - INSTITUTO MANTENEDOR DE ENSINO SUPERIOR DA BAHIA LTDA
(EM RECUPERAÇÃO JUDICIAL) mantenedora da FTC - FACULDADE DE TECNOLOGIA E CIENCIAS, da SOCIEDADE MANT.
EDUCAÇÃO SUPERIOR DA BAHIA - SOMESB e FACULDADE DA CIDADE DO SALVADOR, em face do D. Juízo da 15ª Vara de
Feitos de Relação de Consumo, Cíveis e Comerciais de Salvador e do D. Juízo da 11ª Vara Cível e Comercial de Salvador.
Em suas razões, o suscitante afirma que, apesar da tramitação regular de seu processo de recuperação judicial no juízo da 11ª
Vara Cível e Comercial de Salvador, sob o n.º 0325337-17.2011.8.05.0001, o Juízo da 15ª Vara de Feitos de Relação de
Consumo, Cíveis e Comerciais de Salvador (suscitado), determinou a constrição de seu patrimônio, em virtude de crédito
sujeito aos efeitos da recuperação judicial.
Relatou que mesmo após plenamente cientificado do processamento de sua recuperação judicial fora deferido pelo juízo da
11ª Vara Cível e Comercial de Salvador, o juízo suscitado manteve a ordem de penhora sobre as contas e ativos no valor de
R$84.572,82(-), deferida no bojo da ação executória de nº 0551246-04.2016.8.05.0001; que referido crédito se sujeita aos
efeitos da recuperação judicial, atingindo indevidamente os ativos patrimoniais dos suscitantes, o que não se pode admitir.
Requereu a suspensão da ação de execução nº 0551246-04.2016.8.05.0001, que tramita na 15ª Vara de Feitos de Relação de
Consumo, Cíveis e Comerciais de Salvador (suscitado), e que seja estabelecido o Juízo da 11ª Vara Cível e Comercial de
Salvador, como o competente para dirimir, em caráter provisório, as questões consideradas urgentes, até o julgamento do
presente conflito. Ao final, pela procedência do conflito.
É o relatório.
Nos termos do artigo 955, do Código de Processo Civil, sem adentrar no exame do mérito do conflito suscitado, passo à
análise do pedido de sobrestamento do processo de execução. Dispõe o referido texto de lei:
O relator poderá, de ofício ou a requerimento de qualquer das partes, determinar, quando o conflito for positivo, o sobrestamento
do processo e, nesse caso, bem como no de conflito negativo, designará um dos juízes para resolver, em caráter provisório, as
medidas urgentes.
A teor do que estabelece o art. 49 da Lei 11.101/2005(Lei de Recuperação Judicial), estão sujeitos à recuperação judicial todos
os créditos existentes na data do pedido, ainda que não vencidos.
Referido diploma legal trata, ainda, da suspensão do curso das ações e execuções em face do devedor, pelo prazo improrrogável
de 180(cento e oitenta) dias, contados do deferimento da recuperação judicial:
Art. 6º A decretação da falência ou o deferimento do processamento da recuperação judicial suspende o curso da prescrição e
de todas as ações e execuções em face do devedor, inclusive aquelas dos credores particulares do sócio solidário.
§ 4º Na recuperação judicial, a suspensão de que trata o caput deste artigo em hipótese nenhuma excederá o prazo improrrogável
de 180 (cento e oitenta) dias contado do deferimento do processamento da recuperação, restabelecendo-se, após o decurso
do prazo, o direito dos credores de iniciar ou continuar suas ações e execuções, independentemente de pronunciamento
judicial.
Observo dos autos que o deferimento do processamento da recuperação judicial e a determinação da suspensão das execuções
em curso pelo prazo de 180 dias, ocorreram em março de 2012 (pág. 55/56 do documento 713849).
Já a ação indenizatória, onde houve a constrição dos bens dos requerentes fora ajuizada em maio/2017, quando já ultrapassados
os 180 dias de suspensão determinados na decisão retro mencionada.
Por outro lado, observa-se à página 61 do documento 713849, que a recuperação foi concedida em fevereiro de 2017, há mais
de um ano, não havendo qualquer justificativa plausível para descumprir a lei e obstar a execução.
O princípio da preservação da empresa não pode desvirtuar o sentido da lei e convolar o prazo ali estabelecido em indeterminado,
sob o risco de manter os demais credores sem ação, surtindo consequência inversa, de contribuir para o aumento do passivo
que originou o pedido de recuperação judicial.
Na mesma esteira decidiu o Tribunal de São Paulo:
EXECUÇÃO DE TÍTULO EXTRAJUDICIAL - Suspensão do processo - Decurso do prazo de 180 dias previsto no art. 6º, § 4º, da
Lei 11.101/2005 - Prosseguimento da execução - Cabimento - Decisão mantida - Recurso improvido. (TJ-SP
21279791820178260000 SP 2127979-18.2017.8.26.0000, Relator: Mario de Oliveira, Data de Julgamento: 21/08/2017, 19ª
Câmara de Direito Privado, Data de Publicação: 23/08/2017).
Não se desconhece que o STJ possui entendimento no sentido de permitir a flexibilização do prazo de 180 dias, dependendo
da peculiaridade de cada caso. Ocorre que o executado não trouxe qualquer prova, para apreciação do seu pedido liminar, de
que assim procedeu o Juízo da Recuperação, nem qualquer outro elemento que justificasse afrontar a determinação legal de
improrrogabilidade do prazo e prosseguimento das execuções individuais, independente, inclusive, de pronunciamento judicial.
Diante das considerações acima, INDEFIRO O PEDIDO DE SUSPENSÃO DO PROCESSO 0551246-04.2016.8.05.0001.
Ademais, conforme regra inserta no art. 240 do RITJBA c/c art. 951/955, segunda parte, do NCPC, designo o Juízo da 15ª Vara
de Feitos de Relação de Consumo, Cíveis e Comerciais de Salvador (suscitado), para seguir dirimindo e deliberando, em
caráter provisório, sobre as questões consideradas urgentes relativamente ao processo n. 0551246-04.2016.8.05.0001, até o
julgamento do presente conflito, devendo a Secretaria informar-lhe sobre o teor da presente decisão.
A teor do que estabelece o art. 239 do RITJBA, ouçam-se as autoridades em conflito (Juízo da 15ª Vara de Feitos de Relação de
Consumo, Cíveis e Comerciais de Salvador e do D. Juízo da 11ª Vara Cível e Comercial de Salvador), no prazo de 10(dez) dias.
Em seguida, decorrido o prazo, com informações ou sem elas, abra-se vista à Procuradoria de Justiça, pelo prazo de 5 (cinco)
dias.
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DA BAHIA
Des. José Cícero Landin Neto
DESPACHO
8004185-03.2018.8.05.0000 Agravo De Instrumento
Jurisdição: Tribunal De Justiça
Agravante: Municipio De Salvador
Agravado: Sartre Empreendimentos Educacionais Ltda
Advogado: Sergio Couto Dos Santos (OAB:1395900A/BA)
Despacho:
O presente Agravo de Instrumento, com pedido de atribuição de efeito suspensivo, foi interposto pelo MUNICIPIO DE SALVADOR
contra decisão do MM. Juiz de Direito da 2ª Vara da Fazenda Pública da Comarca de Salvador que, na Ação Anulatória de
Débito Fiscal c/c Pedido de Tutela Provisória n.º 0568351-57.2017.8.05.0001, ajuizada por SARTRE EMPREENDIMENTOS
EDUCACIONAIS LTDA, assim dispôs: "Isto posto, CONCEDO A TUTELA DE URGÊNCIA requerida para suspender exigibilidade
do crédito fiscal em debate, até ulterior deliberação. Cite-se o réu. Intimem-se".
Diante das peculiaridades que envolvem o caso concreto, reservo-me para apreciar o pedido de efeito suspensivo após a
manifestação da parte agravada.
Em sendo assim, intime-se a parte agravada, através de seu procurador regularmente constituído, mediante publicação no
Diário de Justiça, para que apresente suas contrarrazões no prazo de lei (art. 1019, II, do CPC).
Publique-se para efeito de intimação.
Salvador, 12 de março de 2018.
DES. JOSÉ CÍCERO LANDIN NETO
RELATOR
0564405-82.2014.8.05.0001 Apelação
Apelante : Vanderlei Dias Feitosa
Advogado : Marcelo André Fontes (OAB: 47903/BA)
Apelante : Banco Aymore Credito Financiamento e Investimento S/A
Advogado : Antonio Carlos Dantas Goes Monteiro (OAB: 13325/BA)
Apelado : Vanderlei Dias Feitosa
Apelado : Banco Aymore Credito Financiamento e Investimento S/A
O presente apelo discute, também a validade da cobrança de tarifa de registro de contrato, avaliação do bem e serviço de terceiros.
Com efeito, a questão referente à validade da cobrança, em contratos bancários, de despesas com serviços prestados por
terceiros, registro do contrato e/ou avaliação do bem, foi submetida à apreciação do Superior Tribunal de Justiça através dos
recursos: REsp 1.578.526/SP, REsp 1.578.553/SP e REsp 1.578.490/SP, os quais foram afetados ao Tema / Repetitivos nº 958,
daquela Corte Superior. Vejamos: "verifica-se a existência de uma multiplicidade de recursos que ascendem a esta Corte com
fundamento na controvérsia acerca da abusividade da cobrança, em contratos bancários, de serviços prestados por terceiros,
registro do contrato e/ou avaliação do bem dado em garantia, o que justifica o julgamento do recurso pelo rito dos recursos
especiais repetitivos. Desse modo, afeto à SEGUNDA SEÇÃO o julgamento do presente recurso para, nos termos do art. 1.040 do
Código de Processo Civil, consolidar o entendimento desta Corte acerca da "validade da cobrança, em contratos bancários, de
despesas com serviços prestados por terceiros, registro do contrato e/ou avaliação do bem". Determino a suspensão, em todo o
território nacional, dos processos pendentes que versem sobre a questão ora afetada (cf. Art. 1.037, inciso II, do CPC/2015),
ressalvadas as hipóteses de autocomposição, tutela provisória, resolução parcial do mérito e coisa julgada, de acordo com as
circunstâncias de cada caso concreto, a critério do juízo. Assim, o Ministro Relator do Tema / Repetitivos nº 958 determinou "a
suspensão, em todo o território nacional, dos processos pendentes que versem sobre a questão, ora afetada, (cf. Art. 1.037, inciso
II, do CPC/2015), ressalvadas as hipóteses de autocomposição, tutela provisória, resolução parcial do mérito e coisa julgada, de
acordo com as circunstâncias de cada caso concreto, a critério do juízo" (decisão de afetação publicada no DJe de 02/09/2016).
Por tais razões, determino o sobrestamento do feito, aguardando-se na Secretaria da Quarta Câmara Cível a manifestação da
Corte Superior sobre o tema. Anote a Secretaria as informações pertinentes aos paradigmas: REsp 1.578.526, REsp 1.578.490
e REsp 1.578.553 (Tema 958). Publique-se. Intimem-se. Atribuo à presente decisão força de mandado/ofício.
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DA BAHIA
Roberto Maynard Frank
PUBLICAÇÃO DE DESPACHOS E DECISÕES MONOCRÁTICAS
0789054-30.2014.8.05.0001 Apelação
Apelante : Município do Salvador
Proc. Munícipio : Procurador do Município de Salvador
Apelado : Hildete Gomes da Silva
Trata-se de Apelação Cível interposta pelo Município de Salvador em face da sentença de fls. 47/50, proferida pela MM. Juíza de
Direito da 13ª Vara da Fazenda Pública da Comarca de Salvador que extinguiu o processo, sem resolução de mérito, por faltar
requisito indispensável à sua propositura. Precede ao exame do mérito a análise formal da peça recursal. Analisando os autos,
denota-se o não cabimento do recurso interposto para a hipótese, porquanto viola o disposto no art. 34 da Lei 6.830/80, pois das
sentenças de primeira instância proferidas em execuções de valor igual ou inferior a 50 (cinqüenta) ORTNs só se admitirão
embargos infringentes (de alçada) e de declaração. No AgRg no Ag 952.119/PR da Relatoria da Ministra Eliana Calmon, Segunda
Turma, julgado em 19/02/2008, DJ 28/02/2008 p. 1, restou assentada a evolução dos 50 ORTN, qual seja, que era igual a 50 OTN
= 308,50 BTN = 308,50 UFIR = R$ 328,27 (trezentos e vinte e oito reais e vinte e sete centavos) a partir de janeiro/2001, quando foi
extinta a UFIR e desindexada a economia. Este entendimento restou consolidado no Resp 1168625 - MG (2009/0105570-4) que
foi submetido ao regime do art. 543-C do CPC e da Resolução STJ 08/2008. O valor de alçada deve ser aferido por ocasião da
propositura da ação, considerando aquele atribuído à execução, que no caso representava R$ 619,46 (seiscentos e dezenove
reais e quarenta e seis centavos) e o valor das 50 ORTNs correspondia, em outubro de 2014, à quantia de R$ 779,89 (setecentos
e setenta e nove reais e oitenta e nove centavos). Assim, percebe-se claramente a inviabilidade da aplicação da fungibilidade
recursal, pois "A ratio essendi da norma é promover uma tramitação mais célere nas ações de execução fiscal com valores menos
expressivos, admitindo-se apenas embargos infringentes e de declaração a serem conhecidos e julgados pelo juízo prolator da
sentença, e vedando-se a interposição de recurso ordinário" (Min. Luiz Fux - Relator do Recurso Especial acima mencionado). Por
tais considerações, não conheço do recurso, nos termos do inciso III, do artigo 932 do CPC, pela manifesta inadmissibilidade.
Publique-se. Intimem-se. Salvador, 12 de março de 2018. Des.Roberto Maynard Frank Relator
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DA BAHIA
Roberto Maynard Frank
PUBLICAÇÃO DE DESPACHOS E DECISÕES MONOCRÁTICAS
0763441-37.2016.8.05.0001 Apelação
Apelante : Município do Salvador
Proc. Munícipio : Cristiane Nolasco Monteiro do Rego
Apelado : Renata Machado de Farias
Advogado : Alfredo Alves de Souza Neto (OAB: 38286/BA)
Trata-se de Apelação Cível interposta pelo Município de Salvador em face da sentença de fls. 17/18, proferida pela MM. Juíza
de Direito da 1ª Vara da Fazenda Pública da Comarca de Salvador que indeferiu a petição inicial e extinguiu o processo, sem
resolução de mérito, por faltar requisito indispensável à sua propositura. Precede ao exame do mérito a análise formal da
peça recursal. Analisando os autos, denota-se o não cabimento do recurso interposto para a hipótese, porquanto viola o
disposto no art. 34 da Lei 6.830/80, pois das sentenças de primeira instância proferidas em execuções de valor igual ou
inferior a 50 (cinqüenta) ORTNs só se admitirão embargos infringentes (de alçada) e de declaração. No AgRg no Ag 952.119/
PR da Relatoria da Ministra Eliana Calmon, Segunda Turma, julgado em 19/02/2008, DJ 28/02/2008 p. 1, restou assentada
a evolução dos 50 ORTN, qual seja, que era igual a 50 OTN = 308,50 BTN = 308,50 UFIR = R$ 328,27 (trezentos e vinte e oito
reais e vinte e sete centavos) a partir de janeiro/2001, quando foi extinta a UFIR e desindexada a economia. Este entendimento
restou consolidado no Resp 1168625 - MG (2009/0105570-4) que foi submetido ao regime do art. 543-C do CPC e da
Resolução STJ 08/2008. O valor de alçada deve ser aferido por ocasião da propositura da ação, considerando aquele
atribuído à execução, que no caso representava R$ 773,58 (setecentos e setenta e três reais e cinquenta e oito centavos) e
o valor das 50 ORTNs correspondia, em março de 2016, à quantia de R$ 897,91 (oitocentos e noventa e sete reais e noventa
e um centavos). Assim, percebe-se claramente a inviabilidade da aplicação da fungibilidade recursal, pois "A ratio essendi
da norma é promover uma tramitação mais célere nas ações de execução fiscal com valores menos expressivos, admitindo-
se apenas embargos infringentes e de declaração a serem conhecidos e julgados pelo juízo prolator da sentença, e
vedando-se a interposição de recurso ordinário" (Min. Luiz Fux - Relator do Recurso Especial acima mencionado). Por tais
considerações, não conheço do recurso, nos termos do inciso III, do artigo 932 do CPC, pela manifesta inadmissibilidade.
Publique-se. Intimem-se. Salvador, 12 de março de 2018. Des. Roberto Maynard Frank Relator
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DA BAHIA
Roberto Maynard Frank
PUBLICAÇÃO DE DESPACHOS E DECISÕES MONOCRÁTICAS
0112666-53.2005.8.05.0001 Apelação
Apelante : Estado da Bahia
Proc. Estado : João Monteiro
Apelado : Baveima Bahaina Veiculos e Maquinas Sa
Trata-se de Apelação Cível interposta pelo Estado da Bahia, em face da sentença de fls. 27/29, proferida pela MM. Juíza de
Direito da 7ª Vara da Fazenda Pública da Comarca de Salvador que extinguiu o processo com julgamento do mérito,
decretando a prescrição intercorrente. No Apelo (fls. 31/37), o Recorrente pleiteia a reforma do pronunciamento judicial
vergastado com o devido prosseguimento da demanda, sustentando que inocorreu prescrição direta ou intercorrente no
processo, bem como em face da ausência de sua intimação acerca de causa suspensiva ou interruptiva do lustro prescricional
e incidência da súmula 106 do STJ, arguindo que a demora para concretização do ato citatório decorreu de inércia imputável
ao mecanismo do Judiciário. Consoante ato de fl. 38 foram os autos encaminhados a este Tribunal. Nesta Instância
Superior, distribuídos os autos, coube-me, por sorteio, o encargo de Relator. É o relatório. Decido. Analisando os autos,
denota-se que a ação de execução fiscal foi ajuizada em 08/09/2005 cobrando "multa aplicada em decorrência do fornecedor
incorrer no disposto no art. 35 do Código de Defesa do Consumidor" (consoante CDA de fl. 03). Acrescento que inocorreu a
prescrição intercorrente, porquanto em nenhum momento a Fazenda Pública deixou de dar o devido andamento à execução
fiscal, até porque sequer foi despachada a petição de fl. 22 (datada de 10/06/2014), que contém pedido de dilação de prazo
para manifestação acerca da impossibilidade de citação do Réu, de sorte que não podem as partes serem surpreendidas
com a sentença prolatada em 05/08/2014, pois tal situação viola o princípio da não surpresa, estampado no parágrafo único
do artigo 493 do CPC. Nesse sentido: TRIBUTÁRIO E PROCESSUAL CIVIL. APLICABILIDADE DO ART. 40, § 4º, DA LEI N.
6.830/80. PRESCRIÇÃO INTERCORRENTE. EXECUÇÃO FISCAL QUE PERDURA POR MAIS DE DEZ ANOS APÓS A CITAÇÃO
DO DEVEDOR. MATÉRIA SUBMETIDA A RECURSO REPETITIVO. RESP 1.340.553-RS. AGUARDANDO JULGAMENTO.
SOBRESTAMENTO NA ORIGEM. NECESSIDADE. RETORNO DOS AUTOS. O núcleo da questão tratada no presente processo
- aplicabilidade do art. 40, § 4º, da Lei n. 6.830/80, que possibilita a decretação de ofício da prescrição intercorrente às
execuções fiscais sem movimentação relevante por mais de cinco anos - é o mesmo debatido no REsp 1.340.553-RS, da
relatoria Min. Mauro Campbell Marques, afetado à Primeira Seção, aguardando o julgamento sob o rito dos recursos
repetitivos (art. 543-C do CPC). Deve, portanto, ser mantida a decisão que determinou a devolução dos autos ao Tribunal de
origem. Agravo regimental improvido.(STJ - AgRg no AREsp: 671734 RJ 2015/0045102-7, Relator: Ministro HUMBERTO
MARTINS, Data de Julgamento: 28/04/2015, T2 - SEGUNDA TURMA, Data de Publicação: DJe 06/05/2015) PROCESSUAL
TJBA – DIÁRIO DA JUSTIÇA ELETRÔNICO – Nº 2.099 - Disponibilização: terça-feira, 13 de março de 2018 Cad 1 / Página 284
CIVIL. EXECUÇÃO FISCAL. PRESCRIÇÃO. DEMORA. CITAÇÃO. SETE ANOS PARA EXPEDIÇÃO DO MANDADO CITATÓRIO.
FALHA NO MECANISMO JUDICIÁRIO. SÚMULA 106/STJ. 1. É pacífica a orientação pela aplicabilidade do § 1° do art. 219 do CPC
às Execuções Fiscais para cobrança de crédito tributário. A Primeira Seção do STJ, ao julgar recurso sob o regime do art. 543-
C do CPC, firmou o entendimento de que, ajuizada tempestivamente a ação, a citação válida do demandado faz com que a
interrupção da prescrição retroaja ao momento da sua propositura (REsp 1.120.295/SP, Rel. Ministro Luiz Fux, Primeira Seção,
DJe 21.5.2010). 2. No aludido precedente, ficou ressalvado que, em conformidade com o disposto no art. 219, § 2°, do CPC,
incumbe à parte promover a citação no prazo legal, não ficando prejudicada pela demora imputável exclusivamente ao serviço
judiciário (Súmula 106/STJ). 3. In casu, o crédito tributário foi constituído em 1996 e a Execução Fiscal, ajuizada antes do
transcurso do prazo quinquenal, em 10 de janeiro de 2000. Sucede que, somente em 4.12.2007 - mais de 7 (sete) anos após
a propositura da demanda -, é que fora expedido o mandado citatório. 4. Em tal hipótese, a demora para a efetivação da citação
deve ser imputada ao Poder Judiciário, pois a expedição de mandado citatório é ato de competência exclusiva de órgão da
Justiça. 5. Agravo Regimental não provido.(AgRg no AREsp 661.584/PI, Rel. Ministro HERMAN BENJAMIN, SEGUNDA TURMA,
julgado em 02/06/2015, DJe 05/08/2015) Por tais considerações, dou provimento ao recurso, nos termos do artigo 932, V alínea
"b" do CPC. Publique-se. Intimem-se. Salvador, 12 de março de 2018. Des. Roberto Maynard Frank Relator
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DA BAHIA
Roberto Maynard Frank
PUBLICAÇÃO DE DESPACHOS E DECISÕES MONOCRÁTICAS
0041745-35.2006.8.05.0001 Apelação
Apelante : Município do Salvador
Proc. Munícipio : Flávia Cardoso Borges Andrade
Proc. Munícipio : Daniel Souza Tourinho
Apelado : Raphemaster Comercial Grafica LTDA
Trata-se de Apelação Cível interposta pelo Município do Salvador, em face da sentença de fls.35/43, proferida pela MM. Juíza
de Direito da 2ª Vara da Fazenda Pública da Comarca de Salvador que extinguiu o processo com julgamento do mérito,
decretando a prescrição intercorrente. No Apelo (fls. 45/50), o Recorrente pleiteia a reforma do pronunciamento judicial
vergastado com o devido prosseguimento da demanda, em virtude da inocorrência da prescrição direta e intercorrente, bem
como da ausência de sua intimação acerca de causa suspensiva ou interruptiva do lustro prescricional e incidência da
súmula 106 do STJ. À fl. 51 a magistrada proferiu despacho. Nesta Instância Superior, distribuídos os autos, coube-me, por
sorteio, o encargo de Relator. É o relatório. Decido. Analisando os autos, denota-se que a ação de execução fiscal foi ajuizada
em 03/04/2006 cobrando ISS do exercício financeiro de 2001. Acrescento que não ocorreu a prescrição intercorrente, pois
não se verifica a inércia da Fazenda Pública, que em nenhum momento deixou de dar o devido andamento à execução fiscal,
até porque, devidamente intimada pelo juízo (fl. 31) para informar o endereço atualizado e o CNPJ da parte executada, o
Município ingressou com a petição de fl. 33, fornecendo as informações solicitadas, em petição protocolada dia 05/04/2016,
que não foi sequer despachada pela magistrada de origem, de sorte que não podem as partes serem surpreendidas com
a sentença, pois tal situação viola o princípio da não surpresa, estampado no parágrafo único do artigo 493 do CPC. Neste
sentido: TRIBUTÁRIO E PROCESSUAL CIVIL. APLICABILIDADE DO ART. 40, § 4º, DA LEI N. 6.830/80. PRESCRIÇÃO
INTERCORRENTE. EXECUÇÃO FISCAL QUE PERDURA POR MAIS DE DEZ ANOS APÓS A CITAÇÃO DO DEVEDOR. MATÉRIA
SUBMETIDA A RECURSO REPETITIVO. RESP 1.340.553-RS. AGUARDANDO JULGAMENTO. SOBRESTAMENTO NA ORIGEM.
NECESSIDADE. RETORNO DOS AUTOS. O núcleo da questão tratada no presente processo - aplicabilidade do art. 40, § 4º,
da Lei n. 6.830/80, que possibilita a decretação de ofício da prescrição intercorrente às execuções fiscais sem movimentação
relevante por mais de cinco anos - é o mesmo debatido no REsp 1.340.553-RS, da relatoria Min. Mauro Campbell Marques,
afetado à Primeira Seção, aguardando o julgamento sob o rito dos recursos repetitivos (art. 543-C do CPC). Deve, portanto,
ser mantida a decisão que determinou a devolução dos autos ao Tribunal de origem. Agravo regimental improvido.(STJ -
AgRg no AREsp: 671734 RJ 2015/0045102-7, Relator: Ministro HUMBERTO MARTINS, Data de Julgamento: 28/04/2015, T2
- SEGUNDA TURMA, Data de Publicação: DJe 06/05/2015). PROCESSUAL CIVIL. EXECUÇÃO FISCAL. PRESCRIÇÃO.
DEMORA. CITAÇÃO. SETE ANOS PARA EXPEDIÇÃO DO MANDADO CITATÓRIO. FALHA NO MECANISMO JUDICIÁRIO. SÚMULA
106/STJ. 1. É pacífica a orientação pela aplicabilidade do § 1° do art. 219 do CPC às Execuções Fiscais para cobrança de
crédito tributário. A Primeira Seção do STJ, ao julgar recurso sob o regime do art. 543-C do CPC, firmou o entendimento de
que, ajuizada tempestivamente a ação, a citação válida do demandado faz com que a interrupção da prescrição retroaja ao
momento da sua propositura (REsp 1.120.295/SP, Rel. Ministro Luiz Fux, Primeira Seção, DJe 21.5.2010). 2. No aludido
precedente, ficou ressalvado que, em conformidade com o disposto no art. 219, § 2°, do CPC, incumbe à parte promover a
citação no prazo legal, não ficando prejudicada pela demora imputável exclusivamente ao serviço judiciário (Súmula 106/
STJ). 3. In casu, o crédito tributário foi constituído em 1996 e a Execução Fiscal, ajuizada antes do transcurso do prazo
quinquenal, em 10 de janeiro de 2000. Sucede que, somente em 4.12.2007 - mais de 7 (sete) anos após a propositura da
demanda - é que fora expedido o mandado citatório. 4. Em tal hipótese, a demora para a efetivação da citação deve ser
imputada ao Poder Judiciário, pois a expedição de mandado citatório é ato de competência exclusiva de órgão da Justiça. 5.
Agravo Regimental não provido.(AgRg no AREsp 661.584/PI, Rel. Ministro HERMAN BENJAMIN, SEGUNDA TURMA, julgado
em 02/06/2015, DJe 05/08/2015) Por tais considerações, dou provimento ao recurso, nos termos do artigo 932, V alínea "b"
do CPC. Publique-se. Intimem-se. Salvador, 12 de março de 2018. Des. Roberto Maynard Frank Relator
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DA BAHIA
Desa. Heloísa Pinto de Freitas Vieira Graddi
DECISÃO
8004320-15.2018.8.05.0000 Agravo De Instrumento
Jurisdição: Tribunal De Justiça
Agravante: Hapvida Assistencia Medica Ltda
Advogado: Marcus Vinicius Brito Passos Silva (OAB:0020073/BA)
Agravado: Fernando Tadeu De Sousa Silva
Advogado: Leonardo Bamberg Cerqueira (OAB:0046279/BA)
Advogado: Maira Natacha De Araujo Santana (OAB:0040310/BA)
Decisão:
FERNANDO TADEU DE SOUSA SILVA, ajuizou ação de obrigação de fazer com pedido de antecipação de tutela e indenização
por danos morais contra HAPVIDA ASSISTÊNCIA MÉDICA LTDA, processo n.º 8004320-15.2018.8.05.0000, objetivando
compelir a Acionada a custear o tratamento médico de emergência.
Mediante decisão constante do Doc. n.º 789596, o Juiz de 1º grau deferiu medida antecipatória de tutela requerida, para
determinar que a Acionada arque com os custos integrais do procedimento cirúrgico do autor, incluindo honorários médicos
e de anestesistas e demais despesas clínicas junto à Unidade da Rede Credenciada, com médico credenciado, no prazo
de 5 (cinco) dias, e, caso não disponha de profissionais e/ou hospital credenciado para a realização do procedimento, fica
autorizado que realize no Instituto de Olhos Freitas, pelo autor indicado, conforme orçamento e relatórios constante dos
autos, sob pena de multa diária.
Inconformada, a Acionada interpõe o agravo de instrumento, em análise, afirmando que a recusa foi consubstanciada no fato
de que o Acionante não possui plano hospitalar com a empresa Ré, mas plano ambulatorial, que compreende tão somente
consultas médicas em clínicas ou consultórios, exames e tratamentos e demais procedimentos ambulatoriais, com
atendimento de emergência limitado até as primeiras 12h do atendimento.
Sustenta que a concessão da medida causa insegurança jurídica e compromete a saúde financeira das operadoras de
plano de saúde. Além disso, afirma que o Acionante sequer cumpriu o prazo de carência para o procedimento cirúrgico e
internações clínicas, com previsão expressa no inciso V do art. 12 a Lei n.º 9.656/98, de modo que declara a inexistência de
verossimilhança de suas alegações.
Ante tais fundamentos, requer a atribuição de efeito suspensivo ao agravo, para sobrestar a eficácia da decisão recorrida, a
fim de evitar o perigo de dano irreparável e de difícil reparação à Agravante, e ao final, o provimento do recurso para
desobrigar a HAPVIDA da prestação de serviços não contratados pela parte agravada.
É o relatório.
DECIDO.
Da análise dos autos, constato que foram satisfeitos os requisitos extrínsecos e intrínsecos de admissibilidade, assim
como a inicial veio instruída com os documentos exigidos no artigo 1.017 do NCPC, razão pela qual conheço do recurso e
passo a apreciar o pedido de suspensividade requerido pelo Agravante.
A teor do disposto no artigo 995 do Código de Processo Civil de 2015, a decisão recorrida poderá ser suspensa, se da
imediata produção de seus efeitos houver risco de dano grave, de difícil ou impossível reparação e ficar demonstrada a
probabilidade de provimento do recurso.
Acerca do efeito suspensivo do agravo de instrumento, DANIEL AMORIM ASSUMPÇÃO NEVES leciona:
O efeito suspensivo caberá sempre que a decisão impugnada tiver conteúdo positivo, ou seja, ser uma decisão que
concede, acolhe, defere alguma espécie de tutela. Nesse caso, a decisão positiva gera efeitos práticos, sendo permitido ao
agravante pedir que tais efeitos sejam suspensos até o julgamento do agravo de instrumento. Tratando-se de efeito
suspensivo ope judicis (impróprio), não basta o mero pedido do agravante, sendo indispensável o preenchimento dos
requisitos previstos pelo art. 995, parágrafo único do Novo CPC: probabilidade de provimento do recurso, ou seja, a aparência
de razão do agravante, e o perigo de risco de dano grave, de difícil reparação, demonstrada sempre que o agravante
convencer o relator de que a espera do julgamento do agravo de instrumento poderá gerar o perecimento de seu direito.
(in Novo Código de Processo Civil Comentado, Salvador: Jus Podvim, 2016, p. 1702)
Do exame perfunctório deste agravo, não verifico a presença concomitante dos requisitos supracitados, que possibilite a
concessão do efeito suspensivo.
Isto porque, é manifesto na espécie o "periculum in mora" inverso, na medida em que o Agravado, acometido de deslocamento
de retina, encontra-se em risco de perda da visão periférica, necessitando, com urgência, de procedimento cirúrgico em olho
direito, cuja demora no tratamento poderá acarretar-lhe piora significativa do prognóstico visual, conforme relatório médico
constante à fl. 22, doc. n.º 789596.
Outrossim, verifica-se a probabilidade do direito invocado pelo Agravado, pois a fundamentação recursal confronta com a Lei
dos Planos de Saúde (9.656/98), que em seu artigo 35-C disciplina:
"Art. 35-C. É obrigatória a cobertura do atendimento nos casos:
I - de emergência, como tal definidos os que implicarem risco imediato de vida ou de lesões irreparáveis para o paciente,
caracterizado em declaração do médico assistente; [...]"
Também a jurisprudência não ampara a pretensão do Agravante, conforme se pode aferir dos julgados dos nossos Tribunais,
confira-se:
TJBA – DIÁRIO DA JUSTIÇA ELETRÔNICO – Nº 2.099 - Disponibilização: terça-feira, 13 de março de 2018 Cad 1 / Página 286
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DA BAHIA
Desa. Heloísa Pinto de Freitas Vieira Graddi
DECISÃO
8004042-14.2018.8.05.0000 Agravo De Instrumento
Jurisdição: Tribunal De Justiça
Agravante: C. D. S. F.
Advogado: Gustavo Moreira Ramiro (OAB:0017345/BA)
Agravado: M. F. M.
Advogado: Paulo Rodrigo Sandes Teixeira (OAB:0035631/BA)
Agravado: C. E. M. F.
Advogado: Paulo Rodrigo Sandes Teixeira (OAB:0035631/BA)
Decisão:
MIKELLY FERREIRA MATOS, por si e representando CLOVES EDUARDO MATOS FARIAS, ajuizou ação de alimentos contra
CLOVES DOS SANTOS FARIAS, requerendo, em tutela de urgência, o arbitramento dos alimentos provisórios no valor
equivalente a 03 (três) salários mínimos.
O julgador precedente deferiu o pleito nos moldes pleiteados.
Insatisfeito, o Réu interpõe o agravo de instrumento, argumentando que a obrigação alimentar deve ser fixada levando-se
em consideração a necessidade do alimentando e a possibilidade di alimentante, binômio não respeitado pelo magistrado
a quo.
Afirma que não tem condições econômicas de prestar os alimentos no patamar estipulado, ressaltando que já presta
alimentos a outro filho.
Sustenta que a primeira Agravada desenvolve atividade laborativa (empresária), com retorno financeiro elevado e estável,
tendo a mesma, portanto, condições econômicas de prover as próprias necessidades sem a sua ajuda.
Relara que, apesar de devido alimentos ao seu filho, o quantum estipulado é demasiadamente elevado, sobretudo porque
não levou em consideração que o custo de vida na cidade de Tucano é inferior ao da capital paulista.
Alega que o rito processual previsto na Lei nº 5.478/68 não pode ser aplicado à hipótese em análise, pois o pedido de
alimentos está cumulado com o de divórcio e partilha de bens, devendo, por tal razão, ser adotado o procedimento comum.
Requer, liminarmente, a atribuição do efeito suspensivo ao recurso e, ao final, o seu provimento, a fim de afastar a obrigação
de prestar alimento à Primeira Agravada; reduzir o quantum arbitrado para valor não superior ao equivalente a 01 (um) salário
mínimo, suficiente para suprir as necessidades do Segundo Agravado e; o prosseguimento do feito pelo rito comum.
Instrui a minuta com os documentos de fls. 16/155 (autos em PDF)
É o relatório.
DECIDO.
TJBA – DIÁRIO DA JUSTIÇA ELETRÔNICO – Nº 2.099 - Disponibilização: terça-feira, 13 de março de 2018 Cad 1 / Página 287
Na hipótese, constata-se a presença das condições de admissibilidade do recurso, razão do seu conhecimento.
A teor do disposto no artigo 1.019, inciso I, do Código de Processo Civil, não sendo uma das hipóteses de inadmissão ou de
negativa imediata de provimento do agravo de instrumento, deverá o Relator apreciar o pedido de atribuição de efeito
suspensivo ao recurso ou de antecipação da tutela recursal formulado pelo Recorrente, in litteris:
"Art. 1.019. Recebido o agravo de instrumento no tribunal e distribuído imediatamente, se não for o caso de aplicação do art.
932, incisos III e IV, o relator, no prazo de 5 (cinco) dias:
I - poderá atribuir efeito suspensivo ao recurso ou deferir, em antecipação de tutela, total ou parcialmente, a pretensão
recursal, comunicando ao juiz sua decisão;"
Dispõe o parágrafo único do artigo 995, do mesmo diploma legal, que a decisão recorrida poderá ser suspensa, se da
imediata produção de seus efeitos houver risco de dano grave, de difícil ou impossível reparação, e ficar demonstrada a
probabilidade de provimento do recurso.
Acerca do efeito suspensivo do agravo de instrumento, DANIEL AMORIM ASSUMPÇÃO NEVES leciona:
"O efeito suspensivo caberá sempre que a decisão impugnada tiver conteúdo positivo, ou seja, ser uma decisão que
concede, acolhe, defere alguma espécie de tutela. Nesse caso, a decisão positiva gera efeitos práticos, sendo permitido ao
agravante pedir que tais efeitos sejam suspensos até o julgamento do agravo de instrumento. Tratando-se de efeito
suspensivo ope judicis (impróprio), não basta o mero pedido do agravante, sendo indispensável o preenchimento dos
requisitos previstos pelo art. 995, parágrafo único do Novo CPC: probabilidade de provimento do recurso, ou seja, a aparência
de razão do agravante, e o perigo de risco de dano grave, de difícil reparação, demonstrada sempre que o agravante
convencer o relator de que a espera do julgamento do agravo de instrumento poderá gerar o perecimento de seu direito."
(in Novo Código de Processo Civil Comentado, Salvador: Jus Podvim, 2016, p. 1702)
Na hipótese, em análise superficial, própria do momento, não vislumbro, por ora, a coexistência dos requisitos exigidos para
o deferimento do efeito suspensivo ao recurso.
A fundamentação recursal é aparentemente irrelevante porque, duma primeira e não aprofundada análise, verifico que a
decisão agravada, ao arbitrar os alimentos provisórios no valor equivalente a 03 (três) salários mínimos, o fez em atenção
aos princípios da proporcionalidade e da razoabilidade, atendendo ao binômio necessidade versus capacidade.
Os documentos apresentados pelos Agravados com a exordial, sobretudo os recibos emitidos por psicóloga, a declaração
do Colégio Carlos Brunetti e do curso de idiomas FISK, bem como o relatório elaborado por professora de reforço escolar,
indicam que a despesas do Segundo Agravado, antes da separação de fato do casal, eram suportadas integralmente pelo
Agravante, demonstrando, portanto, a possibilidade deste prestar os alimentos no quantum estipulado, razoável a garantir
os gastos do menor.
Ademais, a alegação da Primeira Agravada, no sentido de que o Agravante era o único provedor do lar, aparenta ser verossímil,
conforme aponta o relatório emitido por psicóloga (fls. 82/83), revelando-se, por ora, a necessidade do recebimento da verba
alimentar, para o provimento das suas necessidades básicas.
Pelas razões expostas, não há, em princípio, probabilidade de provimento do recurso a ensejar a concessão do efeito
suspensivo postulado.
A ausência de um dos requisitos é o bastante para o indeferimento da pretensão.
Saliente-se, por fim, que os alimentos provisórios têm caráter liminar, podendo sofrer modificações após a instrução do feito
na origem.
Sendo assim, e sem que esta decisão vincule o meu entendimento acerca do mérito recursal, e, ainda, não sendo inviável
a hipótese de chegar a conclusão diversa após criteriosa e aprofundada análise, com os demais elementos que virão aos
autos no momento próprio, imperativa é a manutenção da decisão agravada.
Nestes termos, INDEFIRO O EFEITO SUSPENSIVO POSTULADO AO RECURSO.
Publique-se. Cumpra-se.
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DA BAHIA
Desa. Heloísa Pinto de Freitas Vieira Graddi
DECISÃO
8004037-89.2018.8.05.0000 Agravo De Instrumento
Jurisdição: Tribunal De Justiça
Agravante: Municipio De Jucurucu
Advogado: Joel De Souza Neiva Junior (OAB:0021118/BA)
Advogado: Romeu Ramos Moreira Junior (OAB:0048522/BA)
Agravante: Uberlandia Carmos Pereira
Advogado: Joel De Souza Neiva Junior (OAB:0021118/BA)
Advogado: Romeu Ramos Moreira Junior (OAB:0048522/BA)
Agravado: Marta Goltara Cardoso
Advogado: Artur Monteiro Araujo (OAB:0042062/BA)
Decisão:
TJBA – DIÁRIO DA JUSTIÇA ELETRÔNICO – Nº 2.099 - Disponibilização: terça-feira, 13 de março de 2018 Cad 1 / Página 288
MARTA GOLTARA CARDOSO ingressou com Ação de Reparação de Danos por Acidente de Trânsito, contra o MUNICÍPIO DE
JUCURUÇU E OUTROS, com pedido de gratuidade da Justiça e tutela de urgência, processo autuado sob o nº 8001345-
82.2017.8.05.0120, com trâmite na Comarca de Itamaraju.
Relatou que era contratada do Município de Jucuruçu e, em julho de 2015, quando se dirigia ao local de trabalho, sofreu
acidente provocado por um dos Réus, que estava dirigindo veículo a serviço da administração local, apesar de não ter
habilitação adequada.
Alegou que houve omissão de socorro e durante todo o antendimento em unidades hospitalares não houve qualquer auxílio
por parte dos Acionados. E as sequelas a deixaram incapacitada para o trabalho e para a vida social, encontrando-se com
diagnóstico de parcial paraplegia.
Para o tratamento médico contraiu despesas que chegam à média de R$2.500,00 (dois mil e quinhentos reais), além de
custos com deslocamento para a cidade de Salvador, sendo que o Município arca apenas com as passagens de ida e volta.
Requereu, a título de medida de urgência, a determinação para que o Município Réu passe a arcar com o valor mensal de
R$2.500,00 (dois mil e quinhentos reais), além de todo o tratamento médico e fisioterápico da Autora na cidade do Salvador,
pagando, inclusive, as suas despesas de viagem e alimentação e do seu acompanhante, até o final do tratamento.
A magistrada precedente deferiu a tutela de urgência, impondo ao Município de Jucuruçu o pagamento mensal da quantia
indicada, bem como a responsabilidade pelo custeio de tratamento médico e fisioterápico da Autora, além das despesas de
transporte, hospedagem e alimentação da mesma e acompanhante, até o final do tratamento. Fixou multa diária de R$1.000,00
(mil reais), no caso de descumprimento de quaisquer dos pontos da medida concedida. Determinou, ainda, a realização de
estudo social no endereço da Demandante, devendos ser oficiado o Município para que indique assistente social para tal
intento.
Contra essa decisão, o Município Réu interpõe o agravo de instrumento.
Afirma que a medida, deferida sem oportunizar o contraditório, implica diretamente no equilíbrio do orçamento do Município,
cuja arrecadação é pequena, podendo ocasionar prejuízos à comunidade local.
Refuta alegações formuladas na inicial da ação, sustentando que já tem prestado assistência à Agravada, desde o acidente,
inclusive com passagem aérea para desloca-la com o maximo de conforto até a cidade do Salvador, onde ficou internada no
Hospital Manoel Victorino.
Aduz que fornece transporte para deslocamento e alimentação, além de moradia, sendo descabida a imposição de arcar
com pagamento de mais despesas médicas, requeridas sem comprovação.
Insurge-se, ainda, contra o valor da multa, arbitrada sem motivação justa e razoável.
Requer a atribuição de efeito suspensivo ao recurso e, ao fim, o seu provimento, com a reforma da decisão.
É o relatório.
DECIDO.
Adequada a interposição de agravo de instrumento contra decisão interlocutória que versa sobre tutela provisória, nos
termos do artigo 1.015, inciso I, do Código de Ritos de 2015, que estabelece:
"Art. 1.015 Cabe agravo de instrumento contra as decisões interlocutórias que versarem sobre:
I - tutelas provisórias;"
A tempestividade recursal foi atendida, vez que interposto o recurso dentro do prazo legalmente estabelecido pelo Código de
Processo Civil.
O Município é isento de preparo recursal, a teor do artigo 1.007, parágrafo 1º, do Código de processo Civil.
Atendidos os demais requisitos exigidos nos artigos 1.016 e 1.017 do Código de Ritos, admito o recurso.
Conforme dispõe o artigo 1.019, inciso I, do Código de Processo Civil, não sendo uma das hipóteses de inadmissão ou de
negativa imediata de provimento do agravo de instrumento, deverá o Relator apreciar o pedido de atribuição de efeito
suspensivo ao recurso ou de antecipação da tutela recursal formulado pelo Recorrente, in litteris:
"Art. 1.019. Recebido o agravo de instrumento no tribunal e distribuído imediatamente, se não for o caso de aplicação do art.
932, incisos III e IV, o relator, no prazo de 5 (cinco) dias:
I - poderá atribuir efeito suspensivo ao recurso ou deferir, em antecipação de tutela, total ou parcialmente, a pretensão
recursal, comunicando ao juiz sua decisão;"
Dispõe o parágrafo único do artigo 995, do mesmo diploma legal, que a decisão recorrida poderá ser suspensa, se da
imediata produção de seus efeitos houver risco de dano grave, de difícil ou impossível reparação, e ficar demonstrada a
probabilidade de provimento do recurso.
Acerca do efeito suspensivo do agravo de instrumento, DANIEL AMORIM ASSUMPÇÃO NEVES leciona:
"O efeito suspensivo caberá sempre que a decisão impugnada tiver conteúdo positivo, ou seja, ser uma decisão que
concede, acolhe, defere alguma espécie de tutela. Nesse caso, a decisão positiva gera efeitos práticos, sendo permitido ao
agravante pedir que tais efeitos sejam suspensos até o julgamento do agravo de instrumento. Tratando-se de efeito
suspensivo ope judicis (impróprio), não basta o mero pedido do agravante, sendo indispensável o preenchimento dos
requisitos previstos pelo art. 995, parágrafo único do Novo CPC: probabilidade de provimento do recurso, ou seja, a aparência
de razão do agravante, e o perigo de risco de dano grave, de difícil reparação, demonstrada sempre que o agravante
convencer o relator de que a espera do julgamento do agravo de instrumento poderá gerar o perecimento de seu direito."
("in" Novo Código de Processo Civil Comentado, Salvador: Jus Podvim, 2016, p. 1702)
Na hipótese, em análise superficial, própria do momento, vislumbro a coexistência dos requisitos exigidos para a suspensão
da decisão, ainda que de forma parcial.
A fundamentação recursal parece relevante, considerando que a Agravada recebe benefício previdenciário e já tem sido
assistida pelo Município, com o custeio dos deslocamentos e respecitvas despesas necessárias ao tratamento médico,
além de arcar com aluguel de imóvel para moradia da acidentada, como se infere dos documentos juntados ao recurso.
Impor, de imediato, o pagamento da quantia mensal no valor de R$2.500,00 (dois mil e quinhentos reais), bem como o
TJBA – DIÁRIO DA JUSTIÇA ELETRÔNICO – Nº 2.099 - Disponibilização: terça-feira, 13 de março de 2018 Cad 1 / Página 289
custeio de tratamento médico e fisioterápico da Autora, além das despesas de transporte, hospedagem e alimentação da
mesma e acompanhante, até o final do tratamento, induz à situação de medida satisfativa e pode gerar prejuízo ao orçamento
do Município. Ademais, não consta, nestes autos, a comprovação da alegada despesa informada pela Demandante.
Por outro lado, não há como afastar, neste momento, a responsabilidade do Município para arcar com o tratamento médico
e fisioterápico necessários ao possível restabelecimento da parta agravada, considerando tratar-se de responsabilidade
objetiva. A culpa da Administração Pública, no acidente que provocou as sequelas na Recorrida, parece ser indiscutível,
conforme se depreende pela documentação apresentada e afirmativas expressadas pelo próprio Recorrente.
Sendo assim, e sem que esta decisão vincule o meu entendimento acerca do mérito recursal, e, ainda, não sendo inviável
a hipótese de chegar à conclusão diversa após criteriosa e aprofundada análise, com os demais elementos que virão aos
autos no momento próprio, imperativa é a suspensão parcial da decisão agravada, suspendendo tão somente a determinação
para pagamento da quantia mensal no valor de R$2.500,00 (dois mil e quinhentos reais), mantendo as demais obrigações
ali dispostas, até ulterior deliberação.
Nestes termos, DEFIRO PARCIALMENTE O EFEITO SUSPENSIVO POSTULADO PARA O RECURSO.
Oficie-se à Douta Juíza precedente, dando-lhe ciência desta decisão.
Intimem-se a parte Agravada para oferecer as contrarrazões, no prazo legal da espécie.
ATRIBUO À PRESENTE DECISÃO A FORÇA DE MANDADO OU OFÍCIO.
Publique-se. Cumpra-se.
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DA BAHIA
Desa. Heloísa Pinto de Freitas Vieira Graddi
DECISÃO
8002547-32.2018.8.05.0000 Agravo De Instrumento
Jurisdição: Tribunal De Justiça
Agravante: Jose Mauricio Vasconcelos Coqueiro
Advogado: Adilma Da Silva Goncalves (OAB:4228900A/BA)
Advogado: Cleosmar Pereira Matos (OAB:0044001/BA)
Agravado: Municipio De Salvador
Decisão:
JOSÉ MAURÍCIO VASCONCELOS COQUEIRO ajuizou ação anulatória de crédito c/c repetição de indébito tributário contra o
MUNICÍPIO DO SALVADOR, processo nº 0580572-72.2017.8.05.0001, com o objetivo de ser reconhecida a invalidade dos
lançamentos fiscais efetivados em relação aos imóveis indicados na exordial, nos exercícios 2011/2012/2013, com base na
suscitada inconstitucionalidade da tabela de progressividade com base na extensão e no padrão construtivo.
O Juízo da 2ª Vara da Fazenda Pública da Comarca de Salvador indeferiu o pleito de intimação do Réu para juntar a
notificação de lançamento do exercício 2013, determinou a retificação do valor da causa e concedeu prazo para o Acionante
se manifestar acerca da possibilidade de declinação da competência para o Juizado Especial da Fazenda Pública, na
hipótese do valor da causa não superar 60 salários mínimos.
O Autor interpôs o agravo de instrumento em exame, alegando que o decisum agravado está em desconformidade com as
normas processuais e constitucionais que regem a questão e que, em consequência, deve ser revista, a fim de ser mantida
a competência do Juízo recorrido.
Afirmou que a causa originária tem as finalidades de declarar a inconstitucionalidade da Lei Municipal 7.952/2010, que
alterou as disposições de regência do IPTU, e de compelir o Réu a restituir o indébito tributário do exercício 2013, em razão
da prescrição dos demais exercícios.
Relatou que "Para a determinação do valor da causa, o Autor requereu em sede de liminar a disponibilização do documento
"Notificação de Lançamento", para que o Agravante procedesse com o regular pagamento das custas judicias, e a
disponibilização da planilha de valores a serem restituídos nos autos.".
Argumentou que "o direcionamento do presente processo ao Juizado Especial da Fazenda Pública pode ferir o Princípio de
Economia Processual, visto que, uma vez comprovada que o valor da causa supera o seu teto, o processo deverá retornar à
competência da 2ª Vara da Fazenda Pública da Comarca de Salvador."
Reforçou que o "processo é da competência da 2ª Vara da Fazenda Pública da Comarca de Salvador, mas não possui os
meios necessários para determinar o correto valor da causa, pois necessita elaborar planilha que, por sua vez, requer o
documento "Notificação de Lançamento" relativa ao exercício 2013."
Requereu, sucessivamente, em antecipação de tutela recursal, a reforma do decisum, a fim de que, verbis:
"a) Seja apreciado o pedido liminar de apresentação de documento, notificação de lançamento exercício 2013, para que o
Autor tenha a possibilidade de informar ao juízo o valor a ser restituído, o valor correto da causa e não meramente com efeitos
fiscais e proceder com o pagamento real das custas judiciais de ingresso.
TJBA – DIÁRIO DA JUSTIÇA ELETRÔNICO – Nº 2.099 - Disponibilização: terça-feira, 13 de março de 2018 Cad 1 / Página 290
b) Ainda, o direito ao processamento do feito pelo rito ordinário, através da 2ª Vara da Fazenda Pública da Comarca de
Salvador/Bahia.
c) Bem como, seja aceito o valor da custa de ingresso, a ser calculado sobre a importância de R$ 1.000,00 (mil reais), quanto
a ser complementado após a juntada pela Autarquia Ré do documento "Notificação de Lançamento exercício 2013"."
Instruiu a minuta com documentos e, em seguida, apresentou os comprovantes de recolhimento em dobro do preparo, no
prazo concedido para tanto.
É o relatório.
DECIDO
Frise-se, de logo, que o agravo deve ser conhecido, tão somente, em relação ao pleito recursal indicado no item 'a' dos
pedidos acima transcritos, vez que os demais (itens 'b' e 'c') não se enquadram no rol dos pronunciamentos judiciais
agraváveis, previstos no artigo 1.015 do CPC, sendo imperioso destacar que, quanto à competência, o Juízo precedente
sequer ainda declinou da mesma, não havendo, neste particular, o respectivo interesse recursal.
Sendo assim, conheço parcialmente do agravo, apenas quanto à pretensão de compelir o Agravado a apresentar o documento
mencionado na exordial, ante a agravabilidade prevista no artigo 1.015, VI, do referido Diploma Processual.
Em regra, "só cabe ao relator suspender os efeitos da decisão e, a fortiori, antecipar os efeitos da pretensão recursal,
respeitando dois pressupostos: a relevância da motivação do agravo, o que implica prognóstico acerca do futuro julgamento
do recurso no órgão fracionário, e o receio de lesão grave e de difícil reparação resultante do cumprimento da decisão
agravada até o julgamento definitivo do agravo ..." (in "Manual dos Recursos", ARAKEN DE ASSIS, edição 2007, pág. 516)
Os Tribunais têm o mesmo raciocínio:
"(...) 1. Compete ao relator antecipar a pretensão recursal se presentes a relevância do fundamento jurídico e o perigo de
dano irreparável ou de difícil reparação. (...)" Grifei
(REsp 953.896/RJ, Rel. Ministra ELIANA CALMON, 2ª Turma, julgado em 19/08/2008)
"(...) 1. Para a concessão da antecipação da tutela da pretensão recursal ou para atribuir efeito suspensivo ao agravo de
instrumento é necessária a coexistência dos requisitos da relevância da fundamentação e de que haja perigo de lesão grave
e de difícil reparação (CPC, artigos 527, III, e 558). (...)" Grifei
(TRF-1, AGI nº 2008.01.00.070837-9/PA, Rel. Desa. Maria Isabel Gallotti Rodrigues, 6ª Turma, e-DJF1 p.263 de 13/10/2009)
"(...) 1. Com base no disposto nos art. 273, 527, inciso III, e 558, todos do Código de Processo Civil, pode o Relator,
excepcionalmente, conferir efeito suspensivo ao agravo de instrumento ou deferir, em antecipação de tutela, total ou
parcialmente, a pretensão recursal cautelar, se presente o requerimento expresso do agravante e satisfeitos os pressupostos
autorizadores, que correspondem ao fumus boni iuris, consistente na plausibilidade do direito alegado, e ao periculum in
mora, que se traduz na urgência da prestação jurisdicional, devendo, ainda, existir prova inequívoca da verossimilhança da
alegação. (...)" Grifei
(TJDFT, AGI nº 20090020135525, Relator Flavio Rostirola, 1ª Turma Cível, julgado em 27/01/2010, DJ 22/02/2010 p. 72)
Tal linha intelectiva está em consonância com a regra inserta no artigo 995, parágrafo único, do Código de Processo Civil,
que, para tanto, exige a evidência de probabilidade do direito afirmado e o perigo de dano ou de risco ao resultado útil do
processo.
Comentando o novo dispositivo processual, DANIEL AMORIM ASSUMPÇÃO NEVES externa linha de intelecção que ampara
tal entendimento:
"Como se pode notar do dispositivo legal os requisitos exigidos para a concessão do efeito suspensivo a recurso são os
tradicionais requisitos da tutela de urgência: a probabilidade de o requerente ter razão e o perigo do tempo para que o órgão
jurisdicional reconheça seu direito."
(in 'Novo CPC Comentado", pag. 1638, edição 2016, Editora Juspodivm)
Na hipótese em exame, da cognição superficial e não exauriente, própria do momento, constato que o pleito recursal ora
conhecido não tem a probabilidade de acolhimento.
É que, como bem enfatizado pelo decisum precedente, é da parte Acionante o ônus de comprovar o fato constitutivo do direito
alegado, razão pela qual, competia ao Agravante ter em seu poder as informações mínimas sobre o lançamento fiscal
impugnado, as quais, em regra, constam dos carnês de pagamento do IPTU, entregues aos contribuintes, notadamente
porque o pleito anulatório está cumulado com o de repetição de indébito.
Por esse motivo, descabida é, a priori, a postulada intimação do Fisco Agravado "para trazer aos autos informações respectivas
a notificação de lançamento do exercício de 2013, fazendo referencia a base de calculo aplicada (alíquota, valor venal e valor
do tributo cobrado)."
Destarte, não visualizado, no momento, o requisito probabilidade de provimento do recurso (art. 995, parágrafo único, do
CPC), e sem que esta decisão vincule o meu entendimento acerca do mérito recursal, e, ainda, não sendo inviável a
hipótese de chegar a conclusão diversa após criteriosa e aprofundada análise, com os demais elementos que virão aos
autos, impõe-se o não deferimento da tutela de urgência recursal.
Nestes termos, CONHEÇO EM PARTE DO AGRAVO e, nesta extensão, INDEFIRO A ANTECIPAÇÃO DA TUTELA RECURSAL.
Intime-se o Recorrido, para contrarrazoar no prazo legal da espécie.
Publique-se.
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DA BAHIA
Desa. Heloísa Pinto de Freitas Vieira Graddi
DECISÃO
8001241-62.2017.8.05.0000 Agravo De Instrumento
Jurisdição: Tribunal De Justiça
Agravante: Ebpc Empresa Bahiana De Pinturas E Construcoes Ltda - Epp
Advogado: Luis Eduardo Saback Lima (OAB:0037283/BA)
Agravado: Syene Empreendimentos Imobiliarios Ltda. - Projeto Rotula
Agravado: Banco Santander (brasil) S.a.
Agravado: Mcc Engenharia Ltda.
Decisão:
EBPC EMPRESA BAHIANA DE PINTURAS E CONSTRUÇÕES LTDA - EPP ajuizou execução de título executivo extrajudicial
contra as empresas Agravadas, processo nº 0558179-56.2017.8.05.0001, com a finalidade de obter a satisfação do crédito
relacionado ao contrato de prestação de serviços de pintura, no total de R$ 127.199,04.
O Juízo da 8ª Vara Cível e Comercial da Comarca de Salvador indeferiu a gratuidade da Justiça postulada e determinou o
recolhimento das custas processuais, no prazo de 15 dias.
Inconformada, a Autora interpõe o agravo de instrumento em análise, alegando que, em razão da crise do setor da construção
civil, para o qual disponibiliza serviços de pintura e reformas em edificações, bem como em decorrência da inadimplência das
Agravadas, está com as atividades empresariais paralisadas há mais de um ano, razão da hipossuficiência para pagar as
elevadas custas processuais.
Sustenta que o Juízo precedente sequer oportunizou a apresentação de documentos que comprovassem o momento financeiro
que vivencia, sem qualquer faturamento, juntando ao agravo declaração contábil tal finalidade.
Destaca que "muitos débitos que constituiu e arcou foi com a finalidade de executar o objeto do contrato firmado com as
Agravadas, posto que contratou empregados, adquiriu materiais, pagou tributos, está pagando indenizações trabalhistas etc."
Requer o provimento do recurso, a fim de ser reformado o decisum precedente e deferida a gratuidade da Justiça nos autos da
ação executiva originária.
Instrui a minuta com os documentos de fls. 20/136 (autos em formato PDF).
Em despacho de fl. 141, concedi prazo para a Agravante comprovar a alegada hipossuficiência para recolhimento do preparo
recursal, tendo a mesma colacionado documento já existente nos autos, razão pela qual indeferi a referida isenção e determinei
o pagamento de tal despesa (fls. 146/147).
O preparo foi recolhido, conforme comprovante de fl. 155.
Vieram-me conclusos os autos.
É o relatório.
DECIDO
A teor das regras insertas nos artigos 101 e 1.015, inciso V, do Código de Processo Civil, cabe agravo de instrumento contra a
decisão que rejeita o pedido de gratuidade da Justiça.
Tendo o decisum ora questionado indeferido tal benesse, o recurso deve ser recebido e processado, inclusive porque estão
preenchidos os demais requisitos intrínsecos e extrínsecos de admissibilidade.
É apropriado para impugnar o pronunciamento judicial precedente, útil e necessário ao alcance de situação jurídica mais
favorável para a Agravante do que a estabelecida pela decisão a quo.
Ademais, a Recorrente possui legitimidade ad causam e não está configurado, em princípio, qualquer requisito de
admissibilidade negativo ou impeditivo.
O agravo é tempestivo, vez que foi protocolizado em 7/12/2017, ou seja, dentro da quinzena útil subsequente à intimação do
Agravante sobre o teor da decisão precedente (17/11/2017, certidão - fl. 133); está, a priori, regularmente formalizado e preparado.
Por tais motivos, e inexistindo pleito de atribuição de suspensividade ou de antecipação da tutela recursal, recebo o agravo de
instrumento e determino a intimação das empresas Agravadas, por carta com aviso de recebimento, para contrarrazoarem no
prazo legal da espécie.
Publique-se. Cumpra-se.
Salvador, de Março de 2018
HELOISA PINTO DE FREITAS VIEIRA GRADDI
RELATORA
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DA BAHIA
Desa. Heloísa Pinto de Freitas Vieira Graddi
DECISÃO
8004405-98.2018.8.05.0000 Agravo De Instrumento
Jurisdição: Tribunal De Justiça
Agravante: Geap Autogestao Em Saude
Advogado: Nelson Wilians Fratoni Rodrigues (OAB:2429000S/BA)
Agravado: Luzilene Ferreira Barbosa
Advogado: Natalia Barbosa De Almeida (OAB:0047294/BA)
TJBA – DIÁRIO DA JUSTIÇA ELETRÔNICO – Nº 2.099 - Disponibilização: terça-feira, 13 de março de 2018 Cad 1 / Página 292
Decisão:
LUZILENE FERREIRA BARBOSA E LEOPOLDINA FERREIRA BARBOSA ingressaram com a presente Ação de Obrigação de
Fazer, com pedido de tutela de urgência em face da GEAP- AUTOGESTÃO EM SAÚDE objetivando a condenação da Acionada
a prestar os serviços necessários à saúde da segunda Autora, na modalidade assistência domiciliar home care, processo
com trâmite na 1ª Vara dos Feitos de Relações de Consumo, Cíveis e Comerciais de Feira de Santana, tombada sob o nº
0500224-87.2018.8.05.0080.
O Juízo precedente deferiu a tutela de urgência, determinando que a parte Acionada autorize, no prazo de 24h, o atendimento
domiciliar HOME CARE para a Autora, com o devido acompanhamento multidisciplinar com nutricionista, fisioterapeuta,
fonoaudiólogo, enfermagem e médico, sob o regime de 24h, sob pena de multa no valor de R$ 5.000,00 (cinco mil reais).
Inconformada, a Requerida interpõe o agravo de instrumento, alegando que o serviço domiciliar home care não se elenca no
rol de coberturas mínimas exigidas pela ANS, bem como, inexiste previsão no instrumento contratual do plano da beneficiária
de qualquer cobertura de atendimento domiciliar.
Reforça a sua tese, afirmando que atendimento domiciliar dessa natureza encontra-se expressamente excluído do rol de
cobertura do plano, portanto, a negativa da Fundação o foi em estrita observância ao que disciplina a ANS ao contrato
estabelecido entre as partes.
Requer a concessão do efeito suspensivo ao presente recurso, e o seu provimento ao final, para cassar a decisão objurgada.
É o relatório.
DECIDO.
Ressalte-se, inicialmente, ser adequada a interposição de agravo de instrumento contra decisão interlocutória que versa
sobre tutela provisória, nos termos do artigo 1.015, inciso I, do Código de Processo Civil, que estabelece:
"Art. 1.015 Cabe agravo de instrumento contra as decisões interlocutórias que versarem sobre:
I - tutelas provisórias;"
Na hipótese, constata-se a presença das condições de admissibilidade, razão do seu conhecimento.
A teor do disposto no artigo 1.019, inciso I, do Código de Processo Civil, não sendo uma das hipóteses de inadmissão ou de
negativa imediata de provimento do agravo de instrumento, deverá o Relator apreciar o pedido de atribuição de efeito
suspensivo ao recurso ou de antecipação da tutela recursal formulado pelo Recorrente, in litteris:
"Art. 1.019. Recebido o agravo de instrumento no tribunal e distribuído imediatamente, se não for o caso de aplicação do art.
932, incisos III e IV, o relator, no prazo de 5 (cinco) dias:
I - poderá atribuir efeito suspensivo ao recurso ou deferir, em antecipação de tutela, total ou parcialmente, a pretensão
recursal, comunicando ao juiz sua decisão;"
Dispõe o parágrafo único do artigo 995, do mesmo diploma legal, que a decisão recorrida poderá ser suspensa, se da
imediata produção de seus efeitos houver risco de dano grave, de difícil ou impossível reparação, e ficar demonstrada a
probabilidade de provimento do recurso.
Acerca do efeito suspensivo do agravo de instrumento, FREDIE DIDIER JÚNIOR e a LEONARDO CARNEIRO DA CUNHA
lecionam:
"Não sendo o caso de inadmissão ou de negativa imediata de provimento, o relator apreciará o eventual pedido de efeito
suspensivo ou de tutela antecipada recursal para, então, oportunizar o contraditório, determinando a intimação do agravado
para responder ao recurso. O relator pode conceder a tutela antecipada recursal, fundando-se na urgência ou só na evidência.
Nesse sentido, o enunciado 423 do Fórum Permanente de processualistas Civis: "Cabe tutela de evidencia recursal.". Da
decisão que deferir ou indeferir o efeito suspensivo ou a tutela antecipada recursal cabe agravo interno, nos termos do art.
1.021 do CPC.
É preciso lembrar: o agravo interno não tem efeito suspensivo automático. Cabe ao recorrente pedir que o relator atribua
esse efeito. O efeito suspensivo que se atribua ao agravo de instrumento impede a produção de efeitos pela decisão
agravada, mas não impede o prosseguimento do processo na primeira instância. Não se trata de suspensão do processo:
é suspensão dos efeitos da decisão."
(in Curso de Direito Processual Civil, vol. 03, 13ª ed., Salvador: Jus Podvim, 2016, p. 239/240)
A fundamentação recursal relevante ("fumus boni iuris") significa a plausibilidade do direito alegado, isto é, a existência de
uma pretensão que é provável, sendo possível ao magistrado inferi-la das provas carreadas aos autos. O perigo da demora
("periculum in mora"), por sua vez, deve ser entendido como a possibilidade de ser ocasionado dano irreparável ou de difícil
reparação à parte, pela demora da prestação jurisdicional.
Na espécie, duma primeira e superficial análise, a argumentação da Agravante parece conflitar com a jurisprudência dominante
a respeito do tema em apreço, que se posiciona no sentido de impor à operadora de plano de assistência à saúde a
obrigação de custear a internação domiciliar do assistido com doença grave, que dela necessite e venha a ser indicada por
seu médico.
No caso dos autos, o relatório médico indica que apresentando um quadro de ESCARAS SACRAL INFECTADA GRAU 2,
ACAMADA, PO GASTROTOMIA, ALZHEIMER, HAS, DM, SENILIDADE, REBAIXAMENTO COGNITIVO, DEBILIDADE, AUSÊNCIA
DE CONTROLE ESFINCTERIANO VESICAL E ANAL, DISFAGIA GRAVE, SEQUELAS NEUROLÓGICAS MOTORAS e recomenda
o serviço domiciliar "home care" (fl.60).
Vale conferir decisões recentes do Superior Tribunal de Justiça, que respaldam tal entendimento:
"AGRAVO INTERNO NO AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL. PLANO DE SAÚDE. 1. SERVIÇO DE HOME CARE PRESCRITO
PELO MÉDICO DO BENEFICIÁRIO. RECUSA INDEVIDA À COBERTURA. ACÓRDÃO RECORRIDO EM CONSONÂNCIA COM A
JURISPRUDÊNCIA DO STJ. SÚMULAS 7 E 83 DO STJ. 2. INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS. AUSÊNCIA DE PLEITO NA
INICIAL E DE CONDENAÇÃO. FALTA DE INTERESSE RECURSAL CONFIGURADA. 3. AGRAVO INTERNO IMPROVIDO.
TJBA – DIÁRIO DA JUSTIÇA ELETRÔNICO – Nº 2.099 - Disponibilização: terça-feira, 13 de março de 2018 Cad 1 / Página 293
1. O serviço de Home Care (tratamento domiciliar) constitui desdobramento do tratamento hospitalar contratualmente
previsto, que não pode ser limitado pela operadora do plano de saúde. Na dúvida, a interpretação das cláusulas dos
contratos de adesão deve ser feita da forma mais favorável ao consumidor.
2. Indenização por danos morais não foi objeto de pleito inicial e tampouco houve condenação a esse respeito. Ausência de
interesse recursal.
3. Agravo interno improvido."
(STJ, AgInt no AREsp 1071680/MG, Relator Ministro MARCO AURÉLIO BELLIZZE, julgamento: 20/06/2017, publicação: DJe
26/06/2017)
"CIVIL. PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL. RECURSO MANEJADO SOB A
ÉGIDE DO CPC/73. CONSUMIDOR. PLANO DE SAÚDE. COBERTURA. TRATAMENTO HOME CARE. RECUSA INJUSTIFICADA.
CLÁUSULA ABUSIVA. TRIBUNAL ESTADUAL ALINHADO À JURISPRUDÊNCIA DESTA CORTE. SÚMULA Nº 83 DO STJ.
PRECEITOS LEGAIS NÃO PREQUESTIONADOS. SÚMULA Nº 282 E 356 DO STF. CONCLUSÕES DO ACÓRDÃO LOCAL
ACERCA DA NECESSIDADE DO TRATAMENTO PLEITEADO. SÚMULA Nº 7 DO STJ. AGRAVO REGIMENTAL NÃO PROVIDO.
(...)
3. O serviço de home care (tratamento domiciliar) constitui desdobramento do tratamento hospitalar contratualmente previsto
que não pode ser limitado pela operadora do plano de saúde. Na dúvida, a interpretação das cláusulas dos contratos de
adesão deve ser feita da forma mais favorável ao consumidor (REsp nº 1.378.707/RJ, Rel. Ministro PAULO DE TARSO
SANSEVERINO, Terceira Turma, DJe 15/6/2015). Aplicação da Súmula nº 83 do STJ.
(...)
5. Agravo regimental não provido."
(STJ, AgRg no AREsp 835018/DF, Relator Ministro MOURA RIBEIRO, julgamento: 02/02/2017, publicação: DJe 16/02/2017)
Ressalte-se que a suspensão da eficácia da decisão agravada, como solicitado na peça recursal, é, em princípio, capaz de
causar dano reverso e irreparável ao Agravado, que necessita da continuidade do tratamento médico em ambiente domiciliar,
conforme relatórios apresentados.
Ademais, a Agravante não apresentou documento ou indício de que a despesa médica diária, decorrente do cumprimento da
liminar recorrida, ultrapassará o custo diário referente à internação hospitalar, não havendo, portanto, como aferir risco de
lesão grave ou de impossível reparação.
Destarte, e considerando que a causa originária tem a finalidade de garantir a prevenção de perecimento do direito vital e
indisponível da parte Recorrida (saúde), devem ser mantidos, a priori, os efeitos da decisão agravada.
Com tais considerações, sem que esta decisão vincule o meu entendimento acerca do mérito recursal, e, ainda, não sendo
inviável a hipótese de chegar à conclusão diversa após criteriosa e aprofundada análise, com os demais elementos que
virão aos autos, impõe-se a manutenção provisória da eficácia do pronunciamento agravado, até o julgamento definitivo do
recurso por esta Corte.
Nestes termos, INDEFIRO O EFEITO SUSPENSIVO POSTULADO PARA O RECURSO.
Oficie-se ao Douto Juiz precedente, dando-lhe ciência desta decisão.
Intime-se a parte Agravada para contrarrazoar no prazo legal da espécie.
ATRIBUO À PRESENTE DECISÃO A FORÇA DE MANDADO OU OFÍCIO.
Publique-se.
Salvador/BA, 9 de março de 2018.
Desa. Heloísa Pinto de Freitas Vieira Graddi
Relator
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DA BAHIA
Des. Roberto Maynard Frank
DECISÃO
8003932-15.2018.8.05.0000 Agravo De Instrumento
Jurisdição: Tribunal De Justiça
Agravante: Geronimo Marques De Araujo
Advogado: Antonio Carlos Souto Costa (OAB:0016677/BA)
Agravado: Bv Financeira Sa Credito Financiamento E Investimento
Decisão:
Trata-se de Agravo de Instrumento interposto por Geronimo Marques de Araújo contra decisão registrada no id 769612 (pag.
56/58) proferida pelo MM Juiz de Direito da 12ª Vara de Relações de Consumo da Comarca de Salvador, nos autos da Ação
de Interpretação/Revisão de Contrato n.º 0504543-44.2018.8.05.0001 que deferiu parcialmente a antecipação de tutela
requerida contra a parte adversa, Banco BV Financeira S/A para autorizar o "depósito judicial das parcelas mensais vencidas
e vincendas do financiamento na forma contratada, sendo cada parcela no valor de R$ 832,14 (oitocentos e trinta e dois reais
e quatorze centavos), no prazo de 10 (dez) dias, devendo ser liberado mensalmente por este cartório, através de alvará, o
valor de R$ 415,76 (quatrocentos e quinze reais e setenta e seis centavos), tido como incontroverso, a teor do que preceitua
o art. 330, § 3º do CPC, em favor da acionada."
No recurso, o Agravante pugna pela concessão de efeito suspensivo ao feito, em face das taxas exorbitantes de juros que
estão sendo aplicadas ao contrato, do risco de inscrição de seu nome nos órgãos de restrição ao crédito, bem como de
busca e apreensão do veículo.
TJBA – DIÁRIO DA JUSTIÇA ELETRÔNICO – Nº 2.099 - Disponibilização: terça-feira, 13 de março de 2018 Cad 1 / Página 294
Aduz que com a discriminação do valor incontroverso na petição inicial tem-se um melhor aproveitamento da dimensão do
litígio, a compreensão da possível lesão ao direito envolvido e permite a demonstração da verossimilhança do direito
invocado para a apreciação do pedido de tutela antecipatória.
No mérito, requer o provimento integral do Agravo interposto, para que seja reformada a decisão agravada com o deferimento
da liminar, proibindo o Agravado de incluir o nome do Agravante nos cadastros restritivos ao crédito ou, se já o tiver feito, a sua
exclusão, bem como seja garantida a manutenção da posse do bem, condicionada ao pagamento das parcelas nos valores
incontroversos.
É o relatório. Decido.
Na hipótese presente, destaque-se, de logo, que neste Tribunal vigora o entendimento de que nas demandas de revisão
contratual, por meio das quais o consumidor contesta a existência total ou parcial do débito, para que o mutuário se
mantenha na posse do bem financiado e não veja os seus dados pessoais inseridos nos cadastros restritivos, deve ocorrer,
impreterivelmente, a oferta do valor contratado.
Ora, com a contratação, as partes reconhecem as cláusulas dispostas e manifestam sua vontade de se obrigar ao
cumprimento do que fora pactuado. Assim sendo, obrigatório e incontroverso o contratado entre as partes.
Não se pode olvidar, ainda, que o depósito pelo valor inferior ao da contratação não possui efeito liberatório, nem elide a
mora, de acordo com posicionamento do STJ.
AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL. DECISÃO MANTIDA. OMISSÃO. NÃO OCORRÊNCIA. DEPÓSITO.
EXISTÊNCIA. REEXAME FÁTICO-PROBATÓRIO. ENUNCIADO 7 DA SÚMULA DO STJ. DISCUSSÃO DA DÍVIDA. NEGATIVAÇÃO.
POSSIBILIDADE. VERBETE 83 DA SÚMULA DO STJ. NÃO PROVIMENTO. 1. O acórdão recorrido analisou todas as questões
necessárias ao deslinde da controvérsia, não se configurando omissão alguma ou negativa de prestação jurisdicional. 2. O
Tribunal de origem, com base nos fatos e provas dos autos, concluiu pela existência de depósito da parte incontroversa. O
acolhimento das razões de recurso, na forma pretendida, demandaria o reexame de matéria fática. Incidência do verbete 7
da Súmula desta Corte. 3. A simples discussão judicial de dívida não obstaculiza a negativação nos bancos de dados, ou
mesmo enseja sua remoção, exceto quando efetivamente demonstrado o reflexo relevante da ação no valor devido. 4. O
Tribunal de origem julgou nos moldes da jurisprudência pacífica desta Corte. Incidente, portanto, o enunciado 83 da Súmula
do STJ. 5. Agravo regimental a que se nega provimento. (AgRg no AREsp 152.069/GO, Rel. Ministra MARIA ISABEL GALLOTTI,
QUARTA TURMA, julgado em 26/02/2013, DJe 06/03/2013)
Nesse sentido, confira-se jurisprudência desta Corte de Justiça:
Ementa: PROCESSO CIVIL. AÇÃO REVISIONAL. AGRAVO DE INSTRUMENTO. DEPÓSITO VALOR INCONTROVERSO.
IMPOSSIBILIDADE. OBRIGATORIEDADE DE DEPÓSITO NO VALOR CONTRATADO. 1. O contrato firmado pelas partes estipulou
datas certas para o vencimento de cada parcela acordada, previamente fixada, portanto, resulta caracterizado a lesão grave
e de difícil reparação a justificar o processamento do agravo na modalidade instrumental. 2. O contrato em tela, conquanto
de adesão, foi estabelecido livremente entre as partes, não se podendo presumir de logo, que houve cláusula abusiva
quanto à pactuação dos juros. Caso não contemplado a verossimilhança das alegações, retratada em prova inequívoca,
impossível reconhecer o direito do contratante à antecipação de tutela para depósito nos valores incontroversos. 3. Não
poderia o juízo a quo autorizar o depósito das prestações do financiamento nos valores indicados unilateralmente e impedir
o agravante de lançar o nome do agravado nos órgãos de restrição em consequência da mora comprovada, sob pena de
ensejar ao agravante lesão grave e de difícil reparação potencializada pelo risco de perecimento do objeto do contrato. 4.
Sendo assim, enquanto em curso a ação revisional, sem prova inequívoca da abusividade de juros, o depósito dos valores
deve obedecer ao quanto pactuado, em respeito ao pacta sunt servanda. 5.Recurso conhecido e parcialmente provido.
(0012949-90.2013.8.05.0000 Agravo de Instrumento, Relatora: Rosita Falcão de Almeida Maia, Data do julgamento: 28/01/
2014)
AGRAVO REGIMENTAL EM AGRAVO DE INSTRUMENTO. AÇÃO REVISIONAL DE CONTRATO DE FINANCIAMENTO DE VEÍCULO.
DEPÓSITO EM JUÍZO DO VALOR CONTRATADO. JURISPRUDÊNCIA PACÍFICA DO STJ SOBRE O TEMA. MANUTENÇÃO DA
DECISÃO AGRAVADA. RECURSO IMPROVIDO. I - Para evitar a mora. A parte somente poderá evitar a inclusão de seus dados
em cadastros de proteção ao crédito e a reintegração de posse ou busca e apreensão do bem em ação própria, caso
continue pagando as prestações contratadas, para evitar incorrer em mora. II - Evidenciada a manifesta improcedência do
recurso ou o confronto com a jurisprudência deste Tribunal e/ou Tribunais superiores, deve o recurso ter seu seguimento
negado - inteligência do art. 557, do Código de Processo Civil. (0010270-20.2013.8.05.0000 Agravo Regimental, Relator(a):
Augusto de Lima Bispo, Data do julgamento: 13/01/2014)
A legitimidade do contratado, com a verificação da correção das parcelas devidas, somente, se alcançará com a instrução
processual, devendo permanecer válido, portanto, o valor que fora pactuado, já que o simples ajuizamento da Ação Revisional
não suspende a exigibilidade da dívida, nem permite que o devedor dela se exima, pagando, unilateralmente, os valores que
entende devidos.
Ademais, se o devedor argui, em ação revisional, a nulidade de cláusulas contratuais, com repercussão nos valores das
parcelas contratadas, o depósito das prestações em Juízo correspondente ao quantum pactuado para manter o equilíbrio
contratual não acarretará prejuízos a qualquer das partes, vez que, findo o processo, e verificado que o valor depositado é
maior do que o devido, a diferença, devidamente corrigida, será levantada pelo real credor.
Nestes termos, INDEFIRO O EFEITO SUSPENSIVO pleiteado, mantendo íntegra a decisão a quo.
Intime-se a parte agravada para, querendo, apresentar contrarrazões, nos termos do artigo 1.019, inciso II, do NCPC.
Publique-se. Intimem-se. Cumpra-se.
Salvador, 12 de março de 2018.
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DA BAHIA
Desa. Heloísa Pinto de Freitas Vieira Graddi
DECISÃO
8004005-84.2018.8.05.0000 Mandado De Segurança (cível)
Jurisdição: Tribunal De Justiça
Impetrante: Raimundo Acario Viana De Carvalho
Advogado: Paula De Carvalho Santos Ferreira (OAB:0025780/BA)
Advogado: Heverton Andrade Ferreira (OAB:0025755/BA)
Impetrado: Secretaria De Segurança Pública Do Estado Da Bahia
Decisão:
Conforme certificado nos autos, a distribuição do feito pelo advogado peticionante, foi procedida de forma equivocada, pois,
direcionado à Quarta Câmara Cível, órgão julgador incompetente para julgar o feito.
Em se tratando de Mandado de Segurança contra ato de Secretário de Estado, envolvendo pretensão de servidor público, o
Regimento Interno do Tribunal de Justiça da Bahia, em seu artigo 94, I, atribui a competência à Seção Cível de Direito
Público,
Diante do exposto, determino o retorno do processo ao SECOMGE, para que se proceda à livre distribuição do presente feito,
no âmbito do órgão julgador competente, qual seja a Seção Cível de Direito Público.
Salvador/BA, de março de 2018.
Desa. Heloísa Pinto de Freitas Vieira Graddi
Relator
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DA BAHIA
Des. Roberto Maynard Frank
DECISÃO
8003619-54.2018.8.05.0000 Agravo De Instrumento
Jurisdição: Tribunal De Justiça
Agravante: Empreendimentos Educacionais Borges Lima Ltda - Me
Advogado: Silvia Maria Borges Vitoria Da Silva (OAB:1179200A/BA)
Advogado: Tarsis Borges Rodrigues Lima (OAB:2441800A/BA)
Agravante: Thales Borges Rodrigues Lima
Advogado: Tarsis Borges Rodrigues Lima (OAB:2441800A/BA)
Agravante: Mariana Bastos Cardoso
Advogado: Tarsis Borges Rodrigues Lima (OAB:2441800A/BA)
Agravante: Janeide Borges Rodrigues Lima
Advogado: Tarsis Borges Rodrigues Lima (OAB:2441800A/BA)
Agravante: Neuton Rodrigues Lima
Advogado: Tarsis Borges Rodrigues Lima (OAB:2441800A/BA)
Agravado: Banco Do Brasil Sa
Decisão:
A Agravante protocolizou a petição registrada no id 771686, na qual requereu a desistência do recurso.
A desistência do recurso é ato unilateral da parte que pode ser requerido a qualquer tempo e independe da anuência do réu
ou dos litisconsortes, conforme preceitua o art. 998, do Código de Processo Civil/2015:
Art. 998. O recorrente poderá, a qualquer tempo, sem a anuência do recorrido ou dos litisconsortes, desistir do recurso.
Theotonio Negrão, Comentando o artigo citado, na sua obra Código de Processo Civil, 37ª edição, pág. 569, arremata:
"A desistência do recurso produz efeitos deste logo, independentemente de homologação. O CPC prevê a homologação da
desistência da ação (art. 158, § único), o que não ocorre com a desistência de recurso, porque esta é possível sem a
anuência do recorrido ou dos litisconsortes e não comporta condição".
Sobre o assunto, Nelson Nery Junior e Rosa Maria de Andrade Nery ensinam:
Desistência do recurso. É negócio jurídico unilateral não receptício, segundo o qual a parte que já interpôs recurso contra
decisão judicial declara sua vontade em não ver prosseguir o procedimento recursal, que, em consequência da desistência,
tem de ser extinto. Opera-se independentemente da concordância do recorrido, produzindo os efeitos desde que é efetuada,
sem necessidade de homologação (Código de processo civil comentado . 10. ed. rev. e atual. São Paulo: Editora Revista dos
Tribunais, 2008, p. 831).
Tratando-se de direito assegurado aos recorrentes pela norma insculpida no artigo 998, do Código de Processo Civil/2015,
resta a esta Corte tão somente homologá-la e, como consectário, julgar extinto o procedimento recursal.
TJBA – DIÁRIO DA JUSTIÇA ELETRÔNICO – Nº 2.099 - Disponibilização: terça-feira, 13 de março de 2018 Cad 1 / Página 296
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DA BAHIA
Desa. Heloísa Pinto de Freitas Vieira Graddi
DECISÃO
8003759-88.2018.8.05.0000 Agravo De Instrumento
Jurisdição: Tribunal De Justiça
Agravante: Sindicato Dos Trabalhadores Em Educacao Do Municipio De Correntina-ba
Advogado: Wanderson Pimenta Souza (OAB:0042682/BA)
Agravado: Municipio De Correntina
Advogado: Andrea Cristina Ribeiro Carvalho Rodrigues (OAB:0014616/BA)
Advogado: Fabio Da Silva Torres (OAB:0016767/BA)
Advogado: Maisa Mota Rios (OAB:0014609/BA)
Decisão:
O MUNICÍPIO DE CORRENTINA ajuizou Ação Coletiva Declaratória de Ilegalidade de Greve, contra a deflagração de greve e
operação padrão efetuada pelo Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Município de Correntina-BA (SINDTEC), onde
foi suscitado o incidente de inconstitucionalidade, culminando com a Ação Direta de Inconstitucionalidade.
A ação, distribuída ao Pleno desta Corte, sob o nº 0005984-57.2017.805.0000, tem como Relator Eminente Desembargador
Augusto de Lima Bispo, onde foi proferida a decisão contra a qual se insurge o SINDTEC, através do presente Agravo de
Instrumento.
Fui sorteada relatora do instrumental, no âmbito da Quarta Câmara Cível, vindo-me o recurso conclusos para deliberação
inicial.
É o relatório.
DECIDO.
O direito recursal brasileiro é orientado por sistemática hierarquizada, que viabiliza o reexame, em órgãos hierarquicamente
superiores, de decisões proferidas por órgãos de gradação inferior, existindo casos em que a reapreciação ocorre perante
o mesmo órgão, alterada ou não sua composição originária.
Como se infere do quanto relatado acima, o agravo de instrumento em análise foi interposto contra decisão unipessoal da
Desembargadora Augusto Lima Bispo, nos autos da ação direta de inconstitucionalidade que tramita no Tribunal Pleno.
As Câmaras Cíveis, todavia, não têm competência para processar e julgar o referido recurso, vez que são órgãos jurisdicionais
hierarquicamente inferiores ao Plenário.
Sendo assim, as decisões unipessoais dos Magistrados que o compõem estão sujeitas a reexame pelo respectivo Colegiado.
A competência recursal das Câmaras e Turmas Cíveis está circunscrita às decisões prolatadas pelos Juízes de primeira
instância, conforme está previsto nos artigos 96 e 97, do Regimento Interno desta Corte, in litteris:
"Art. 96 - Compete às Câmaras Cíveis processar e julgar:
I - o mandado de segurança contra ato ou decisão de Juiz de Direito;
II - ação rescisória das sentenças de primeira instância;
III - em feito de sua competência, restauração de autos perdidos e habilitação incidente, além de outros
incidentes que ocorrerem;
IV - embargos declaratórios opostos a acórdão proferido em feito de sua competência;
V - agravo regimental manifestado em feito de sua competência;
VI - em instância única, nos termos da legislação militar, os processos de indignidade para o oficialato ou da
incompatibilidade com este, oriundos de Conselho de Justificação, e os de perda de graduação dos praças,
oriundos de Conselho de Disciplina."
"Art. 97 - Compete às Turmas Cíveis processar e julgar:
I - em feito de sua competência, restauração de autos perdidos e habilitação incidente, além de outros incidentes que
ocorrerem;
TJBA – DIÁRIO DA JUSTIÇA ELETRÔNICO – Nº 2.099 - Disponibilização: terça-feira, 13 de março de 2018 Cad 1 / Página 297
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DA BAHIA
Des. Roberto Maynard Frank
DECISÃO
8002630-48.2018.8.05.0000 Agravo De Instrumento
Jurisdição: Tribunal De Justiça
Agravante: Vitoria Coelho De Almeida Dias
Advogado: Igor Da Silva Sousa (OAB:0021290/BA)
Advogado: Lucas Moreira Martins Dias (OAB:0034981/BA)
Agravante: Edmilson Silva Dias
Advogado: Igor Da Silva Sousa (OAB:0021290/BA)
Advogado: Lucas Moreira Martins Dias (OAB:0034981/BA)
Agravado: Spe Estiva Loteamentos E Incorporacoes Ltda.
Agravado: Terras Alphaville Vitoria Da Conquista Empreendimentos Imobiliarios Ltda.
Decisão:
Compulsados os autos, evidencia-se que, devidamente intimada para comprovar a necessidade aos benefícios da assistência
judiciária gratuita, a parte Agravante ingressou com a petição registrada no id 778790, acompanhada de documentos
(declaração de imposto de renda referente ao ano-calendário 2016 e extratos bancários do período de março/2017), que não
traduzem, de fato, a alegada hipossuficiência financeira, não afastando o recolhimento do preparo recursal.
Desta forma, indefiro o pleito da gratuidade para a interposição do presente agravo, ao tempo em que determino a intimação
da parte Agravante, através de seu advogado, para, no prazo de 05 dias, comprovar o recolhimento do preparo recursal, sob
pena de não conhecimento do recurso.
Publique-se. Intimem-se.
Salvador-BA, 12 de março de 2018.
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DA BAHIA
Des. Roberto Maynard Frank
DECISÃO
8001533-47.2017.8.05.0000 Agravo De Instrumento
Jurisdição: Tribunal De Justiça
Agravante: Md Ba Gma Empreendimentos Spe Ltda
Advogado: Veronica De Lacerda Vasquez (OAB:0049713/BA)
Agravado: Daniela Macedo Baruch
Advogado: Fabio De Andrade Moura (OAB:0018376/BA)
Agravado: Guilherme De Oliveira Baruch Filho
Advogado: Fabio De Andrade Moura (OAB:0018376/BA)
Decisão:
Trata-se de Embargos de Declaração (id. 662998) opostos contra a decisão monocrática (id. 624141), que indeferiu o efeito
suspensivo pleiteado pelo ora Embargante no presente Agravo de Instrumento.
Alega que a decisão requer aclaração em razão de omissão por não observar que a baixa no gravame depende de ato da
instituição bancária, que é terceiro estranho à lide:
TJBA – DIÁRIO DA JUSTIÇA ELETRÔNICO – Nº 2.099 - Disponibilização: terça-feira, 13 de março de 2018 Cad 1 / Página 298
Afirma que a decisão embargada está em flagrante descompasso com as provas carreadas aos fólios, razão pela qual
devem ser acolhidos os embargos com efeitos infringentes.
Requer o provimento dos embargos para suprir a omissão apontada e reformar a decisão vergastada, concedendo o efeito
suspensivo, vez que restam demonstrados os requisitos ensejadores.
É o relatório. Decido.
Apreciando os autos e a decisão recorrida, denoto que os aclaratórios não merecem prosperar, posto que não estão
presentes quaisquer dos vícios do art. 1.022, do Código de Processo Civil de 2015.
Analisando os argumentos da Embargante, verifico que não há obscuridade na decisão, uma vez que o relatório simplesmente
descreve as razões dos Embargantes/Agravantes, não apontando qualquer juízo de valor.
É cediço que a função dos embargos de declaração é afastar da decisão qualquer omissão necessária para a solução da
lide, não permitir a obscuridade e extinguir qualquer contradição.
No entanto, os aclaratórios não constituem a via adequada para a rediscussão de fundamentos analisados por ocasião do
julgamento do recurso.
No mesmo sentido, vêm se manifestando reiteradamente os Tribunais Superiores, como se vê do seguinte aresto:
PROCESSUAL CIVIL. EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. OFENSA AO ART. 535 DO CPC/1973 NÃO CONFIGURADA.
REDISCUSSÃO DA MATÉRIA DE MÉRITO. IMPOSSIBILIDADE. 1. A solução integral da controvérsia, com fundamento suficiente,
não caracteriza ofensa ao art. 535 do CPC/1973. 2. Os Embargos Declaratórios não constituem instrumento adequado para
a rediscussão da matéria de mérito. 3. Inexiste contradição quando há relação de compatibilidade lógica entre os fundamentos
e a conclusão do julgado. 4. Embargos de Declaração rejeitados.(STJ - EDcl no AgRg no REsp: 1562396 SP 2015/0263207-
3, Relator: Ministro HERMAN BENJAMIN, Data de Julgamento: 23/08/2016, T2 - SEGUNDA TURMA, Data de Publicação: DJe
06/09/2016). Grifei.
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DA BAHIA
Des. Roberto Maynard Frank
DESPACHO
8001464-15.2017.8.05.0000 Agravo De Instrumento
Jurisdição: Tribunal De Justiça
Agravante: Banco Bradesco Sa
Advogado: Waldemiro Lins De Albuquerque Neto (OAB:1155200A/BA)
Agravado: Fidesvando Alves De Macedo
Advogado: Daniel Rodrigues Goncalves De Castro (OAB:0031832/BA)
Advogado: Lenice Arbonelli Mendes Troya (OAB:0037496/PR)
TJBA – DIÁRIO DA JUSTIÇA ELETRÔNICO – Nº 2.099 - Disponibilização: terça-feira, 13 de março de 2018 Cad 1 / Página 299
Despacho:
Tendo em vista a interposição de agravo interno (id. 711362), intime-se a parte agravada para, querendo, apresentar
contrarrazões, nos termos do artigo 320, §1º do RITJBA.
Publique-se. Intimem-se. Cumpra-se.
Salvador, 12 de março de 2018.
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DA BAHIA
Desa. Heloísa Pinto de Freitas Vieira Graddi
DECISÃO
8003480-05.2018.8.05.0000 Agravo De Instrumento
Jurisdição: Tribunal De Justiça
Agravante: Portobello Empreendimentos E Construcoes Ltda
Advogado: Diogo Cezar Reis Amador (OAB:0024864/PE)
Agravado: Municipio De Salvador
Decisão:
PORTOBELLO EMPREENDIMENTOS E CONSTRUCÕES LTDA. ajuizou Ação Anulatória, com pedido de tutela de urgência,
contra o MUNICÍPIO DE SALVADOR, questionando a legitimidade da cobrança do IPTU, nos valores referentes aos exercícios
de 2014 a 2017, processo tombado sob o nº 0561358-95.2017.8.05.0001, com trâmite na 2ª Vara da Fazenda Pública.
A magistrada precedente concedeu parcialmente o pedido de tutela de urgência, para suspender a exigibilidade do crédito
tributário discutido, devendo o Município Acionado se abstenha de exigir do Demandante o pagamento derivado do lançamento
do IPTU dos exercícios de 2014, 2015, 2016 e 2017, em relação ao imóvel descrito na inicial, bem como abster-se de impor
qualquer sanção pelo não pagamento do tributo.
Condicionou a suspensão da exigibilidade do crédito ao depósito do valor cobrado a título do IPTU de cada um dos
exercícios questionados (utilizando-se a base de cálculo já atualizada de acordo com a Planta Genérica de Valores), porém
com a aplicação da alíquota mínima prevista para a categoria do imóvel, acrescido da Taxa de Coleta, Remoção e Destinação
de Resíduos Sólidos Domiciliares (TRSD), esta em sua integralidade.
Insatisfeita, a empresa Autora interpõe o agravo de instrumento.
Afirma o equívoco da decisão, no que se refere à atualização da planta genérica (Lei 8.743/2013), por ter sido ilegal a
correção do valor venal, como demonstrado em laudo elaborado por profissional competente e juntado à impugnação
administrativa.
Alega que a alteração do valor da base de cálculo do IPTU, no exercício de 2014, ocorreu por meio de Decreto, violando,
assim, o princípio da reserva legal, situação refletida nos exercícios seguintes.
Pede, em antecipação da tutela recursal, a suspensão da exigibilidade do IPTU relativo aos anos de 2014 a 2017,
condicionando o recolhimento do tributo com base no valor cobrado no ano de 2013 acrescido de IPCA, abstendo-se, o
Agravado, de inscrever os referidos créditos em dívida ativa. Ao fim, seja provido o recurso.
É o relatório.
DECIDO.
Ressalte-se, inicialmente, ser adequada a interposição de agravo de instrumento contra decisão interlocutória que versa
sobre tutela provisória, nos termos do artigo 1.015, inciso I, do Código de Processo Civil, que estabelece:
"Art. 1.015 Cabe agravo de instrumento contra as decisões interlocutórias que versarem sobre:
I - tutelas provisórias;"
O recurso foi interposto dentro do prazo legal e devidamente preparado. Atende aos requisitos exigidos nos artigos 1.016 e
1.017 do Código de Processo Civil, razão do seu conhecimento.
Admitido o recurso, passo a análise do pedido de antecipação da tutela recursal.
A teor do disposto no artigo 1.019, inciso I, do Novo Código de Processo Civil, não sendo uma das hipóteses de inadmissão
ou de negativa imediata de provimento do agravo de instrumento, deverá o Relator apreciar o pedido de atribuição de efeito
suspensivo ao recurso ou de antecipação da tutela recursal formulado pelo Recorrente, "in litteris":
"Art. 1.019. Recebido o agravo de instrumento no tribunal e distribuído imediatamente, se não for o caso de aplicação do art.
932, incisos III e IV, o relator, no prazo de 5 (cinco) dias:
I - poderá atribuir efeito suspensivo ao recurso ou deferir, em antecipação de tutela, total ou parcialmente, a pretensão
recursal, comunicando ao juiz sua decisão;"
Para a concessão da antecipação da tutela recursal, deve o Recorrente demonstrar, de logo, a existência de elementos que
evidenciem a probabilidade do direito alegado e o perigo de dano ou de risco ao resultado útil do provimento final do recurso.
Acerca da antecipação da tutela recursal, DANIEL AMORIM ASSUMPÇÃO NEVES leciona:
"O art. 1.019, I, do Novo CPC, seguindo a tradição inaugurada pelo 527, III, do CPC/1973, indica exatamente do que se trata:
tutela antecipada do agravo, porque, se o agravante pretende obter de forma liminar o que lhe foi negado em primeiro grau
de jurisdição, será exatamente esse o objeto do agravo de instrumento (seu pedido de tutela definitiva). Tratando-se de
genuína tutela antecipada, caberá ao agravante demonstrar o preenchimento dos requisitos do art. 300 do Novo CPC: (a) a
demonstração da existência de elementos que evidenciem a probabilidade do direito, e (b) o perigo de dano ou o risco ao
resultado útil do processo (no caso específico do agravo de instrumento o que interessa é a preservação de utilidade do
próprio recurso)."
(in Novo Código de Processo Civil Comentado, Salvador: Jus Podvim, 2016, p. 1702)
TJBA – DIÁRIO DA JUSTIÇA ELETRÔNICO – Nº 2.099 - Disponibilização: terça-feira, 13 de março de 2018 Cad 1 / Página 300
Na hipótese, em juízo de cognição superficial e não exauriente, próprio do momento, vislumbro a presença dos requisitos
exigidos para a antecipação pretendida.
Existe Ação Direta de Inconstitucionalidade sobre o tema (nº 0002526-37.2014.8.05.0000), que se encontra pendente de
julgamento definitivo pelo Órgão Plenário deste Tribunal.
Enquanto não há definição sobre a legitimidade da cobrança, a fundamentação recursal parece relevante, pois encontra
respaldo em vários julgados proferidos por esta Corte de Justiça, no sentido de considerar ilegal a majoração da base de
cálculo do IPTU, do Município do Salvador, por meio de norma distinta da lei, em sentido estrito.
Para exemplificar o entendimento que tem sido adotado, confiram-se os julgados a seguir reproduzidos:
"APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO ANULATÓRIA DE DÉBITO FISCAL. IPTU. REGIME DE PROGRESSIVIDADE FISCAL PARA AS
ALÍQUOTAS DA EXAÇÃO. MAJORAÇÃO EXCESSIVA. VIOLAÇÃO A PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS. LEI MUNICIPAL 8464/13
NÃO APRESENTA AS TABELAS COM DADOS NUMÉRICOS E AS RESPECTIVAS ALÍQUOTAS. COMPLEMENTAÇÃO POR
INSTRUÇÃO NORMATIVA. IMPOSSIBILIDADE. DECRETO DO PODER EXECUTIVO NÃO TEM O CONDÃO DE MAJORAR O
VALOR VENAL DO IMÓVEL. NECESSIDADE DE LEI EM SENTIDO FORMAL.
No caso dos autos constata-se que a alíquota do IPTU de Salvador foi majorada, no ano de 2014, sem observar os princípios
constitucionais da legalidade, razoabilidade, proporcionalidade, segurança jurídica e anterioridade nonagesimal. Apenas a
lei, em sentido formal, publicada no exercício financeiro anterior tem o condão de majorar tributo por meio da aplicação das
tabelas genéricas de valorização dos imóveis.
Ademais, à Administração Pública não é permitido agir contra factum propium, isto é, que o comportamento gerador de
expectativa seja posteriormente contrariado, em detrimento de outrem.
Destarte, acertada a decisão do magistrado singular, não havendo que se falar em reforma do julgado.
HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS. REDUÇÃO.
A verba honorária foi fixada no percentual de 20% (vinte por cento) sobre o valor da causa, devendo ser reduzida a 10% (dez
por cento) para atender aos parâmetros determinados pelo art. 85, § 3º do CPC/15.
APELO PARCIALMENTE PROVIDO."
(TJBA, Classe: Apelação, Número do Processo: 0519392-89.2016.8.05.0001, Relator(a): José Olegário Monção Caldas,
Quarta Câmara Cível, Publicado em: 25/10/2017)
"AGRAVO DE INSTRUMENTO. AÇÃO ANULATÓRIA DE DÉBITO FISCAL. LIMINAR DEFERIDA PARA SUSTAR A EXIGIBILIDADE
TRIBUTÁRIA. VEROSSIMILHANÇA. PLAUSIBILIDADE DA TESE DO AUMENTO EXACERBADO. CONSTATAÇÃO. MUNICÍPIO
DO SALVADOR. LEIS 8464/2013 E 8473/2013. IPTU. EXERCÍCIOS 2014 E 2015. INCREMENTO DA ORDEM DE 165% E 182%
EM RELAÇÃO AO ANO DE 2013. POSSIBILIDADE DE CONTRARIEDADE AO ART. 7º, §1º, DA LEI 10.257/2001. PLANO DIRETOR.
DESCUMPRIMENTO. APARENTE VIOLAÇÃO AOS PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS DA RAZOABILIDADE E
PROPORCIONALIDADE. PAGAMENTO DO TRIBUTO NO VALOR EQUIVALENTE AO IPTU DE 2013, COM OS ACRÉSCIMOS
DOS ÍNDICES OFICIAIS DE INFLAÇÃO. RECURSO PARCIALMENTE PROVIDO.
(TJBA, Classe: Agravo de Instrumento, Número do Processo: 0009377-24.2016.8.05.0000, Relator(a): Emílio Salomão Pinto
Resedá, Quarta Câmara Cível, Publicado em: 24/08/2016)
O perigo da demora também está evidente, considerando a possibilidade de adoção de medidas, pela municipalidade, na
busca do crédito tributário, como inscrição em dívida ativa, ação de execução e constrição de bens da Agravante.
Por outro lado, não há perigo da irreversibilidade da medida, pois, como bem destacado pela Recorrente, o próprio imóvel,
sobre o qual incide o imposto, garante a dívida.
Sendo assim, e sem que esta decisão vincule o meu entendimento acerca do mérito recursal, e, ainda, não sendo inviável
a hipótese de chegar a conclusão diversa após criteriosa e aprofundada análise, com os demais elementos que virão aos
autos no momento próprio, imperativa é a antecipação da tutela recursal, para deferir a suspensão do crédito tributário, na
forma requerida pela empresa Agravante.
Nestes termos, DEFIRO A ANTECIPAÇÃO DA TUTELA RECURSAL.
Oficie-se ao Juízo precedente, dando-lhe ciência desta decisão.
Intime-se a parte Agravada para contrarrazoar, no prazo legal da espécie.
ATRIBUO À PRESENTE DECISÃO A FORÇA DE MANDADO OU OFÍCIO.
Publique-se. Cumpra-se.
Salvador/BA, de março de 2018.
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DA BAHIA
Des. Roberto Maynard Frank
DESPACHO
8000429-83.2018.8.05.0000 Agravo De Instrumento
Jurisdição: Tribunal De Justiça
Agravante: Habitacao E Urbanizacao Da Bahia S A Urbis
Advogado: Bruno Coni Rocha Santos (OAB:0045746/BA)
Agravado: Municipio De Salvador
Despacho:
TJBA – DIÁRIO DA JUSTIÇA ELETRÔNICO – Nº 2.099 - Disponibilização: terça-feira, 13 de março de 2018 Cad 1 / Página 301
Tendo em vista a interposição de agravo interno (id. 720560), intime-se a parte agravada para, querendo, apresentar
contrarrazões, nos termos do artigo 320, §1º do RITJBA.
Publique-se. Intimem-se. Cumpra-se.
Salvador, 12 de março de 2018.
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DA BAHIA
Des. Roberto Maynard Frank
DECISÃO
8001516-74.2018.8.05.0000 Agravo De Instrumento
Jurisdição: Tribunal De Justiça
Agravante: Claudio Dos Santos Andrade
Advogado: David Costa Da Conceicao (OAB:3429700A/BA)
Agravado: Uz Tecnologia Ltda - Me
Agravado: Daiana Telles De Araujo
Agravado: Diogo Telles De Araujo
Agravado: Marinaldo Oliveira De Araújo
Decisão:
Compulsados os autos, evidencia-se que, devidamente intimada para comprovar a necessidade aos benefícios da assistência
judiciária gratuita, a parte Agravante quedou-se inerte, conforme certidão registrada no id. 789129.
Desta forma, indefiro o pleito da gratuidade para a interposição do presente agravo, ao tempo em que determino a intimação
da Agravante, através de seu advogado, para no prazo de 05 dias, comprovar o recolhimento do preparo recursal, sob pena
de não conhecimento do recurso.
Publique-se. Intimem-se.
Salvador, 12 de março de 2018.
Des. Roberto Maynard Frank
Relator
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DA BAHIA
Des. Roberto Maynard Frank
DECISÃO
8004286-40.2018.8.05.0000 Agravo De Instrumento
Jurisdição: Tribunal De Justiça
Agravante: Rosana Almeida Silva
Advogado: Antonio Carlos Souto Costa (OAB:0016677/BA)
Agravado: Bv Financeira Sa Credito Financiamento E Investimento
Decisão:
DECISÃO
Trata-se de Agravo de Instrumento interposto por Rosana Almeida Silva contra a decisão ID nº 788320, proferida pela MMª
Juíza de Direito da 1ª Vara de Feitos de Rel de Consumo, Cível e Comerciais da Comarca de Salvador que, nos autos da Ação
de Interpretação/Revisão de Contrato nº 050051006.2018.8.05.0229, deferiu a gratuidade da justiça à parte Autora e indeferiu
a antecipação de tutela pleiteada.
No recurso, pugna a Agravante pela concessão de efeito suspensivo, diante da existência de perigo de dano irreparável, em
decorrência da possibilidade de sofrer busca e apreensão do veículo, além da negativação do seu nome junto aos órgãos
restritivos de crédito e protesto de título em seu nome.
Ademais, aduz que não pretende evadir-se ao cumprimento de sua obrigação contratual, contudo, busca o Poder Judiciário
na tentativa de suprimir abusos da Recorrida.
Ressalta que já pagou cerca de 94% (noventa e quatro por cento) do que foi estabelecido em contrato e sustenta que foi
aplicada taxa de juros que em muito supera a determinação legal.
Por fim, argui que não pode ser considerado em mora aquele que se propõe a depositar o valor que entende devido.
Em síntese, requer o provimento integral do Agravo interposto, para que seja reformada a decisão vergastada, com o
deferimento da liminar, proibindo-se o Agravado de incluir seu nome nos cadastros restritivos ao crédito ou, se já o tiver feito,
determinar que se proceda à sua exclusão, bem como para que seja garantida a manutenção da posse do bem, condicionada
ao depósito das parcelas no valor incontroverso.
É o relatório. Decido.
Na hipótese presente, destaque-se, de logo, que neste Tribunal vigora o entendimento de que nas demandas de revisão
contratual, por meio das quais o consumidor contesta a existência total ou parcial do débito, para que o mutuário se
mantenha na posse do bem financiado e não veja os seus dados pessoais inseridos nos cadastros restritivos, deve ocorrer,
impreterivelmente, a oferta do valor contratado.
TJBA – DIÁRIO DA JUSTIÇA ELETRÔNICO – Nº 2.099 - Disponibilização: terça-feira, 13 de março de 2018 Cad 1 / Página 302
Ora, com a contratação, as partes reconhecem as cláusulas dispostas e manifestam sua vontade de se obrigar ao
cumprimento do que fora pactuado. Assim sendo, obrigatório e incontroverso o contratado entre as partes.
Não se pode olvidar, ainda, que o depósito pelo valor inferior ao da contratação não possui efeito liberatório, nem elide a
mora, de acordo com posicionamento do STJ (REsp: 1232865, Relator: Ministro MASSAMI UYEDA, Data de Publicação: DJ
15/04/2011).
Nesse sentido, confira-se jurisprudência desta Corte de Justiça:
AGRAVO DE INSTRUMENTO. AÇÃO REVISIONAL. DEPÓSITO INTEGRAL DAS PARCELAS NO VALOR ORIGINARIAMENTE
CONTRATADO. Conforme o entendimento consolidado no âmbito do Tribunal de Justiça da Bahia, fundamentado nos arts.
330, §§ 2º e 3º, do CPC, a eficácia da decisão liminar em ação revisional está condicionada ao depósito em juízo das
parcelas nos valores originariamente contratados. Agravo de instrumento provido. (Classe: Agravo de Instrumento,Número
do Processo: 0024547-02.2017.8.05.0000, Relator (a): Rosita Falcão de Almeida Maia, Terceira Câmara Cível, Publicado
em: 28/02/2018.
PROCESSO CIVIL. AÇÃO REVISIONAL. AGRAVO DE INSTRUMENTO. DEPÓSITO VALOR INCONTROVERSO.
IMPOSSIBILIDADE. OBRIGATORIEDADE DE DEPÓSITO NO VALOR CONTRATADO. 1. O contrato firmado pelas partes estipulou
datas certas para o vencimento de cada parcela acordada, previamente fixada, portanto, resulta caracterizado a lesão grave
e de difícil reparação a justificar o processamento do agravo na modalidade instrumental. 2.O contrato em tela, conquanto de
adesão, foi estabelecido livremente entre as partes, não se podendo presumir de logo, que houve cláusula abusiva quanto
à pactuação dos juros. Caso não contemplado a verossimilhança das alegações, retratada em prova inequívoca, impossível
reconhecer o direito do contratante à antecipação de tutela para depósito nos valores incontroversos. 3. Não poderia o juízo
a quo autorizar o depósito das prestações do financiamento nos valores indicados unilateralmente e impedir o agravante de
lançar o nome do agravado nos órgãos de restrição em consequência da mora comprovada, sob pena de ensejar ao
agravante lesão grave e de difícil reparação potencializada pelo risco de perecimento do objeto do contrato. 4. Sendo assim,
enquanto em curso a ação revisional, sem prova inequívoca da abusividade de juros, o depósito dos valores deve obedecer
ao quanto pactuado, em respeito ao pacta sunt servanda. 5.Recurso conhecido e parcialmente provido. (0012949-
90.2013.8.05.0000 Agravo de Instrumento, Relatora: Rosita Falcão de Almeida Maia, Data do julgamento: 28/01/2014).
(grifei)
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DA BAHIA
Des. Roberto Maynard Frank
DECISÃO
8001259-83.2017.8.05.0000 Agravo De Instrumento
Jurisdição: Tribunal De Justiça
Agravante: Filipe Santos Gomes
Advogado: Filipe Santos Gomes (OAB:3271000A/BA)
Agravado: Danilo Da Silva Victoria
Agravado: Patricia Victoria Napoli
Agravado: Jose Orlando Filgueiras Victoria Junior
Decisão:
Analisando os autos, denota-se que a parte Agravante, não obstante devidamente intimada para comprovar o recolhimento
do preparo recursal, conforme despacho registrado no id. 653176, quedou-se inerte, consoante atesta a certidão registrada
no id. 789166, o que atrai a incidência da deserção.
TJBA – DIÁRIO DA JUSTIÇA ELETRÔNICO – Nº 2.099 - Disponibilização: terça-feira, 13 de março de 2018 Cad 1 / Página 303
Por tais considerações, de ofício, não conheço do recurso, nos termos do caput do artigo 932, III, do CPC/2015, por manifesta
inadmissibilidade, em razão da deserção configurada.
Após, certificado o trânsito em julgado, arquivem-se estes autos.
Publique-se. Intimem-se. Cumpra-se.
Salvador-BA, 12 de março de 2018.
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DA BAHIA
Des. Roberto Maynard Frank
DECISÃO
8001088-92.2018.8.05.0000 Agravo De Instrumento
Jurisdição: Tribunal De Justiça
Agravante: Nilson Santos Belarmino
Advogado: Marco Aurelio Andrade Miranda (OAB:0029205/BA)
Agravado: O Estado Da Bahia
Decisão:
Analisando os autos, denota-se que a parte Agravante, não obstante devidamente intimada para comprovar o recolhimento
do preparo recursal, conforme despacho registrado no id. 661770, quedou-se inerte, consoante atesta a certidão registrada
no id. 789213, o que atrai a incidência da deserção.
Por tais considerações, de ofício, não conheço do recurso, nos termos do caput do artigo 932, III, do CPC/2015, por manifesta
inadmissibilidade, em razão da deserção configurada.
Após, certificado o trânsito em julgado, arquivem-se estes autos.
Publique-se. Intimem-se. Cumpra-se.
Salvador-BA, 12 de março de 2018.
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DA BAHIA
Des. Roberto Maynard Frank
DECISÃO
8001225-11.2017.8.05.0000 Agravo De Instrumento
Jurisdição: Tribunal De Justiça
Agravante: Cintia Verbena Santos Guimaraes
Advogado: Joanny Dos Santos Muniz Batista (OAB:5015700A/BA)
Advogado: Rafael De Jesus Gomes (OAB:4749600A/BA)
Agravante: Clarice Pinto Silva
Advogado: Rafael De Jesus Gomes (OAB:4749600A/BA)
Agravante: Claudio Muricy Torres Filho
Advogado: Rafael De Jesus Gomes (OAB:4749600A/BA)
Agravante: Cristine De Andrade Lopes
Advogado: Rafael De Jesus Gomes (OAB:4749600A/BA)
Agravante: Cyntia Sousa Prado Faco
Advogado: Rafael De Jesus Gomes (OAB:4749600A/BA)
Agravado: O Estado Da Bahia
Decisão:
Analisando os autos, denota-se que a parte Agravante, não obstante devidamente intimada para comprovar o recolhimento
do preparo recursal, conforme despacho registrado no id. 706635, quedou-se inerte, consoante atesta a certidão registrada
no id. 789332, o que atrai a incidência da deserção.
Por tais considerações, de ofício, não conheço do recurso, nos termos do caput do artigo 932, III, do CPC/2015, por manifesta
inadmissibilidade, em razão da deserção configurada.
Após, certificado o trânsito em julgado, arquivem-se estes autos.
Publique-se. Intimem-se. Cumpra-se.
Salvador-BA, 12 de março de 2018.
Des. Roberto Maynard Frank
Relator
TJBA – DIÁRIO DA JUSTIÇA ELETRÔNICO – Nº 2.099 - Disponibilização: terça-feira, 13 de março de 2018 Cad 1 / Página 304
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DA BAHIA
Desa. Heloísa Pinto de Freitas Vieira Graddi
DECISÃO
8004209-31.2018.8.05.0000 Agravo De Instrumento
Jurisdição: Tribunal De Justiça
Agravante: Municipio De Salvador
Agravado: Eng Construcoes E Incorporacoes Ltda - Me
Decisão:
ENG CONSTRUÇÕES E INCORPORAÇÕES LTDA - ME, ajuizou Ação Ordinária contra o MUNICÍPIO DE SALVADOR objetivando,
liminarmente, a suspensão do protesto de débito fiscal relativo a ISSQN, imputado à Autora, no patamar de R$232.520,99,
em razão da iliquidez do título protestado e, ao final, a anulação do referenciado protesto.
Relatou que está em curso ação anulatória, já sentenciada, embora ainda não transitada em julgado, acerca de débito de
ISSQN, bem assim uma execução fiscal, instruídas com a mesma CDA.
Destacou que também houve impetração de um Mandado de Segurança, que, contudo, foi extinto antes do ajuizamento da
ação de origem, que impugna o protesto da CDA que já está sendo discutida na anulatória e execução fiscal mencionadas.
Ressaltou que o protesto seria uma medida demasiada e incabível, vez que, conforme já afirmado, declarada por sentença
a iliquidez do título e proposta execução fiscal acerca do crédito ora protestado, sendo a medida impugnada na origem uma
providência prejudicial e violadora do princípio da menor onerosidade.
Pediu a antecipação da tutela para suspender o protesto de CDI, Título 98866, Livro 560, Folha 121, de protocolo 4837499.
O pleito de urgência, feito em plantão judiciário, foi negado, bem assim o de reconsideração da negativa referenciada.
Todavia, ao remeter os autos ao juízo competente para conhecer e julgar o feito, a liminar foi deferida, suspendendo o
protesto impugnado.
Irresignado, o Município de Salvador interpõe Agravo de Instrumento.
Defende a preclusão do exame do pedido de urgência, vez que o deferimento ocorrera após o segundo indeferimento e sem
nova provocação ou interposição de recurso.
Argumenta que a via para anular o protesto é a ação anulatória em curso e já em grau recursal, sendo irrazoável admitir
pretensão similar e de urgência relativa a um mesmo título.
Sustenta que o direito da parte Agravada carece de probabilidade, sendo inviável o acolhimento do pleito liminar.
Ressalta que o ajuizamento da execução fiscal não impede o protesto, tampouco viola o princípio da menor onerosidade.
Sucessivamente, requer que o protesto mantenha-se na parte do crédito que se mantém inalcançado pela sentença.
Requer liminarmente a suspensão da decisão agravada; sucessivamente, o condicionamento da suspensão do protesto a
uma contracautela no patamar do total da divida, acrescido de 30%; ou prestação de seguro fiança ou fiança bancária.
Ainda sucessivamente, que a prestação de contracautela seja no valor do crédito público já certificado em ação anulatória
anterior.
No mérito, requer a anulação da decisão impugnada pela preclusão pro judicato, extinguindo o processo sem exame do
mérito ou a reforma, pela ausência de pressupostos para a sua concessão.
Os autos vieram-me conclusos.
É o relatório.
DECIDO.
Ressalte-se, inicialmente, ser adequada a interposição de agravo de instrumento contra decisão interlocutória que versa
sobre tutela provisória, nos termos do artigo 1.015, inciso I, do Código de Processo Civil, que estabelece:
"Art. 1.015 Cabe agravo de instrumento contra as decisões interlocutórias que versarem sobre:
I - tutelas provisórias;"
O recurso foi interposto dentro do prazo legal e devidamente preparado. Atende aos requisitos exigidos nos artigos 1.016 e
1.017 do Código de Processo Civil, razão do seu conhecimento.
Admitido o recurso, passo a análise do pedido de urgência.
Acerca do efeito suspensivo do agravo de instrumento, FREDIE DIDIER JÚNIOR e a LEONARDO CARNEIRO DA CUNHA
lecionam:
"Não sendo o caso de inadmissão ou de negativa imediata de provimento, o relator apreciará o eventual pedido de efeito
suspensivo ou de tutela antecipada recursal para, então, oportunizar o contraditório, determinando a intimação do agravado
para responder ao recurso. O relator pode conceder a tutela antecipada recursal, fundando-se na urgência ou só na evidência.
Nesse sentido, o enunciado 423 do Fórum Permanente de processualistas Civis: "Cabe tutela de evidencia recursal.". Da
decisão que deferir ou indeferir o efeito suspensivo ou a tutela antecipada recursal cabe agravo interno, nos termos do art.
1.021 do CPC.
É preciso lembrar: o agravo interno não tem efeito suspensivo automático. Cabe ao recorrente pedir que o relator atribua
esse efeito. O efeito suspensivo que se atribua ao agravo de instrumento impede a produção de efeitos pela decisão
agravada, mas não impede o prosseguimento do processo na primeira instância. Não se trata de suspensão do processo:
é suspensão dos efeitos da decisão."
(in Curso de Direito Processual Civil, vol. 03, 13ª ed., Salvador: Jus Podvim, 2016, p. 239/240)
A fundamentação recursal relevante (fumus boni iuris) significa a plausibilidade do direito alegado, isto é, a existência de
uma pretensão que é provável, sendo possível ao magistrado inferi-la das provas carreadas aos autos. O perigo da demora
(periculum in mora), por sua vez, deve ser entendido como a possibilidade de ser ocasionado dano irreparável ou de difícil
reparação à parte, pela demora da prestação jurisdicional.
TJBA – DIÁRIO DA JUSTIÇA ELETRÔNICO – Nº 2.099 - Disponibilização: terça-feira, 13 de março de 2018 Cad 1 / Página 305
Assim, a possibilidade de o Recorrente sofrer um dano grave ou tornar-se inútil o resultado do recurso pela demora da
prestação jurisdicional, bem como a probabilidade do direito alegado deverão ser auferidos das provas apresentadas no
feito.
Na espécie, a pretensão do Município evidencia-se relevante.
É que, contrariamente ao decidido na interlocutória agravada, é cabível o protesto de CDA, mesmo concomitante à propositura
ou pendência de execução fiscal amparada no mesmo título.
A Jurisprudência dos Tribunais Superiores inclusive traz essa linha intelectiva, in litteris:
"PROCESSUAL CIVIL E ADMINISTRATIVO. PROTESTO DE CDA. LEI 9.492/1997.
ADMISSIBILIDADE.
1. A jurisprudência da Segunda Turma do STJ, revisando entendimento anterior, concluiu pela legalidade do protesto da CDA
desde a entrada em vigor da Lei 9.494/1997, o que veio a ser reforçado após a modificação promovida pela Lei 12.767/2012.
2. Vale acrescentar que, no julgamento da ADI 5.135/DF, a Suprema Corte confirmou a constitucionalidade do protesto da
CDA.
Entendeu-se, conforme descrito pelo e. Ministro Luís Roberto Barroso, relator, que "O protesto das certidões de dívida ativa
constitui mecanismo constitucional e legítimo por não restringir de forma desproporcional quaisquer direitos fundamentais
garantidos aos contribuintes e, assim, não constituir sanção política".
3. Recurso Especial provido."
(REsp 1691989/SP, Rel. Ministro HERMAN BENJAMIN, SEGUNDA TURMA, julgado em 16/11/2017, DJe 19/12/2017)
A relevância da tese recursal, todavia, não é suficiente para, só por si, conduzir à suspensividade pretendida, tampouco com
relação aos pedidos sucessivos, de maneira antecipada, vez que o periculum in mora não foi apontado tampouco evidenciado
pelo Agravante e, em situações tais, o risco de dano não pode ser presumido.
Sendo assim, e sem que esta decisão vincule o meu entendimento acerca do mérito recursal, e, ainda, não sendo inviável
a hipótese de chegar a conclusão diversa após criteriosa e aprofundada análise, com os demais elementos que virão aos
autos no momento próprio, imperativa é manutenção da decisão recorrida, até ulterior deliberação.
Nestes termos, INDEFIRO O EFEITO SUSPENSIVO POSTULADO PARA O RECURSO.
Fica intimada a parte Agravada para, querendo, oferecer contrarrazões no prazo legal da espécie.
Salvador, 08 de Março de 2018.
HELOÍSA PINTO DE FREITAS VIEIRA GRADDI
RELATORA
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DA BAHIA
Des. Roberto Maynard Frank
DECISÃO
8004297-69.2018.8.05.0000 Agravo De Instrumento
Jurisdição: Tribunal De Justiça
Agravante: Vanessa Leal Santos
Advogado: Antonio Carlos Souto Costa (OAB:0016677/BA)
Agravado: Bv Financeira Sa Credito Financiamento E Investimento
Decisão:
Trata-se de Agravo de Instrumento interposto por Vanessa Leal contra decisão proferida pela MMª Juíza de Direito da 1ª Vara
de Feitos de Relação de Consumo, Cível e Comerciais da Comarca de Salvador que, nos autos da Ação de Interpretação/
Revisão de Contrato nº 0500399-22.2018.8.05.0229, deferiu a gratuidade da justiça à parte Autora e indeferiu a antecipação
de tutela pleiteada.
No recurso, pugna a Agravante pela concessão de efeito suspensivo, diante da existência de perigo de dano irreparável, em
decorrência da possibilidade de sofrer busca e apreensão do veículo, além da negativação do seu nome junto aos órgãos
restritivos de crédito e protesto de título em seu nome.
Ademais, aduz que não pretende evadir-se ao cumprimento de sua obrigação contratual, contudo, busca o Poder Judiciário
na tentativa de suprimir abusos da Recorrida.
Ressalta que já pagou cerca de 22% (vinte e dois por cento) do que foi estabelecido em contrato e sustenta que foi aplicada
taxa de juros que em muito supera a determinação legal.
Por fim, argui que não pode ser considerado em mora aquele que se propõe a depositar o valor que entende devido.
Em síntese, requer o provimento integral do Agravo interposto, para que seja reformada a decisão vergastada, com o
deferimento da liminar, proibindo-se a Agravada de incluir seu nome nos cadastros restritivos ao crédito ou, se já o tiver feito,
determinar que se proceda à sua exclusão, bem como para que seja garantida a manutenção da posse do bem, condicionada
ao depósito das parcelas no valor incontroverso.
É o relatório. Decido.
Na hipótese presente, destaque-se, de logo, que neste Tribunal vigora o entendimento de que nas demandas de revisão
contratual, por meio das quais o consumidor contesta a existência total ou parcial do débito, para que o mutuário se
mantenha na posse do bem financiado e não veja os seus dados pessoais inseridos nos cadastros restritivos, deve ocorrer,
impreterivelmente, a oferta do valor contratado.
Ora, com a contratação, as partes reconhecem as cláusulas dispostas e manifestam sua vontade de se obrigar ao
cumprimento do que fora pactuado. Assim sendo, obrigatório e incontroverso o contratado entre as partes.
TJBA – DIÁRIO DA JUSTIÇA ELETRÔNICO – Nº 2.099 - Disponibilização: terça-feira, 13 de março de 2018 Cad 1 / Página 306
Não se pode olvidar, ainda, que o depósito pelo valor inferior ao da contratação não possui efeito liberatório, nem elide a
mora, de acordo com posicionamento do STJ (REsp: 1232865, Relator: Ministro MASSAMI UYEDA, Data de Publicação: DJ
15/04/2011).
Nesse sentido, confira-se jurisprudência desta Corte de Justiça:
AGRAVO DE INSTRUMENTO. AÇÃO REVISIONAL. DEPÓSITO INTEGRAL DAS PARCELAS NO VALOR ORIGINARIAMENTE
CONTRATADO. Conforme o entendimento consolidado no âmbito do Tribunal de Justiça da Bahia, fundamentado nos arts.
330, §§ 2º e 3º, do CPC, a eficácia da decisão liminar em ação revisional está condicionada ao depósito em juízo das
parcelas nos valores originariamente contratados. Agravo de instrumento provido. (Classe: Agravo de Instrumento,Número
do Processo: 0024547-02.2017.8.05.0000, Relator (a): Rosita Falcão de Almeida Maia, Terceira Câmara Cível, Publicado
em: 28/02/2018.
PROCESSO CIVIL. AÇÃO REVISIONAL. AGRAVO DE INSTRUMENTO. DEPÓSITO VALOR INCONTROVERSO.
IMPOSSIBILIDADE. OBRIGATORIEDADE DE DEPÓSITO NO VALOR CONTRATADO. 1. O contrato firmado pelas partes estipulou
datas certas para o vencimento de cada parcela acordada, previamente fixada, portanto, resulta caracterizado a lesão grave
e de difícil reparação a justificar o processamento do agravo na modalidade instrumental. 2.O contrato em tela, conquanto de
adesão, foi estabelecido livremente entre as partes, não se podendo presumir de logo, que houve cláusula abusiva quanto
à pactuação dos juros. Caso não contemplado a verossimilhança das alegações, retratada em prova inequívoca, impossível
reconhecer o direito do contratante à antecipação de tutela para depósito nos valores incontroversos. 3. Não poderia o juízo
a quo autorizar o depósito das prestações do financiamento nos valores indicados unilateralmente e impedir o agravante de
lançar o nome do agravado nos órgãos de restrição em consequência da mora comprovada, sob pena de ensejar ao
agravante lesão grave e de difícil reparação potencializada pelo risco de perecimento do objeto do contrato. 4. Sendo assim,
enquanto em curso a ação revisional, sem prova inequívoca da abusividade de juros, o depósito dos valores deve obedecer
ao quanto pactuado, em respeito ao pacta sunt servanda. 5.Recurso conhecido e parcialmente provido. (0012949-
90.2013.8.05.0000 Agravo de Instrumento, Relatora: Rosita Falcão de Almeida Maia, Data do julgamento: 28/01/2014).
(grifei)
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DA BAHIA
Des. Roberto Maynard Frank
DECISÃO
8004380-85.2018.8.05.0000 Agravo De Instrumento
Jurisdição: Tribunal De Justiça
Agravante: Josenildo Dos Reis Dias
Advogado: Antonio Carlos Souto Costa (OAB:0016677/BA)
Agravado: Aymore Credito, Financiamento E Investimento S.a.
Decisão:
Trata-se de Agravo de Instrumento interposto por Josenildo dos Reis Dias contra a decisão ID nº 723241, proferida pela MMª
Juíza de Direito da 10ª Vara de Feitos de Relações de Consumo da Comarca de Salvador que, nos autos da Ação de
Interpretação/Revisão de Contrato nº 0507896-92.2018.8.05.0001, deferiu a gratuidade da justiça à parte Autora, inverteu o
ônus da prova, designou audiência de conciliação e se reservou a apreciar o pedido de antecipação da tutela após o
contraditório.
TJBA – DIÁRIO DA JUSTIÇA ELETRÔNICO – Nº 2.099 - Disponibilização: terça-feira, 13 de março de 2018 Cad 1 / Página 307
No recurso, pugna o Agravante pela concessão de efeito suspensivo, diante da existência de perigo de dano irreparável, em
decorrência da possibilidade de sofrer busca e apreensão do veículo, além da negativação do seu nome junto aos órgãos
restritivos de crédito e protesto de título em seu nome.
Ademais, aduz que não pretende evadir-se ao cumprimento de sua obrigação contratual, contudo, busca o Poder Judiciário
na tentativa de suprimir abusos da Recorrida, porquanto segundo alega foi aplicada taxa de juros que em muito supera a
determinação legal.
Por fim, argui que não pode ser considerado em mora aquele que se propõe a depositar o valor que entende devido.
Em síntese, requer o provimento integral do Agravo interposto, para que seja reformada a decisão vergastada, com o
deferimento da liminar, proibindo-se o Agravado de incluir seu nome nos cadastros restritivos ao crédito ou, se já o tiver feito,
determinar que se proceda à sua exclusão, bem como para que seja garantida a manutenção da posse do bem, condicionada
ao depósito das parcelas no valor incontroverso.
É o relatório. Decido.
Na hipótese presente, destaque-se, de logo, que neste Tribunal vigora o entendimento de que nas demandas de revisão
contratual, por meio das quais o consumidor contesta a existência total ou parcial do débito, para que o mutuário se
mantenha na posse do bem financiado e não veja os seus dados pessoais inseridos nos cadastros restritivos, deve ocorrer,
impreterivelmente, a oferta do valor contratado.
Ora, com a contratação, as partes reconhecem as cláusulas dispostas e manifestam sua vontade de se obrigar ao
cumprimento do que fora pactuado. Assim sendo, obrigatório e incontroverso o contratado entre as partes.
Não se pode olvidar, ainda, que o depósito pelo valor inferior ao da contratação não possui efeito liberatório, nem elide a
mora, de acordo com posicionamento do STJ (REsp: 1232865, Relator: Ministro MASSAMI UYEDA, Data de Publicação: DJ
15/04/2011).
Nesse sentido, confira-se jurisprudência desta Corte de Justiça:
AGRAVO DE INSTRUMENTO. AÇÃO REVISIONAL. DEPÓSITO INTEGRAL DAS PARCELAS NO VALOR ORIGINARIAMENTE
CONTRATADO. Conforme o entendimento consolidado no âmbito do Tribunal de Justiça da Bahia, fundamentado nos arts.
330, §§ 2º e 3º, do CPC, a eficácia da decisão liminar em ação revisional está condicionada ao depósito em juízo das
parcelas nos valores originariamente contratados. Agravo de instrumento provido. (Classe: Agravo de Instrumento,Número
do Processo: 0024547-02.2017.8.05.0000, Relator (a): Rosita Falcão de Almeida Maia, Terceira Câmara Cível, Publicado
em: 28/02/2018.
PROCESSO CIVIL. AÇÃO REVISIONAL. AGRAVO DE INSTRUMENTO. DEPÓSITO VALOR INCONTROVERSO.
IMPOSSIBILIDADE. OBRIGATORIEDADE DE DEPÓSITO NO VALOR CONTRATADO. 1. O contrato firmado pelas partes estipulou
datas certas para o vencimento de cada parcela acordada, previamente fixada, portanto, resulta caracterizado a lesão grave
e de difícil reparação a justificar o processamento do agravo na modalidade instrumental. 2.O contrato em tela, conquanto de
adesão, foi estabelecido livremente entre as partes, não se podendo presumir de logo, que houve cláusula abusiva quanto
à pactuação dos juros. Caso não contemplado a verossimilhança das alegações, retratada em prova inequívoca, impossível
reconhecer o direito do contratante à antecipação de tutela para depósito nos valores incontroversos. 3. Não poderia o juízo
a quo autorizar o depósito das prestações do financiamento nos valores indicados unilateralmente e impedir o agravante de
lançar o nome do agravado nos órgãos de restrição em consequência da mora comprovada, sob pena de ensejar ao
agravante lesão grave e de difícil reparação potencializada pelo risco de perecimento do objeto do contrato. 4. Sendo assim,
enquanto em curso a ação revisional, sem prova inequívoca da abusividade de juros, o depósito dos valores deve obedecer
ao quanto pactuado, em respeito ao pacta sunt servanda. 5.Recurso conhecido e parcialmente provido. (0012949-
90.2013.8.05.0000 Agravo de Instrumento, Relatora: Rosita Falcão de Almeida Maia, Data do julgamento: 28/01/2014).
(grifei)
Ementa: AGRAVO REGIMENTAL EM AGRAVO DE INSTRUMENTO. AÇÃO REVISIONAL DE CONTRATO DE FINANCIAMENTO
DE VEÍCULO. DEPÓSITO EM JUÍZO DO VALOR CONTRATADO. JURISPRUDÊNCIA PACÍFICA DO STJ SOBRE O TEMA.
MANUTENÇÃO DA DECISÃO AGRAVADA. RECURSO IMPROVIDO. I - Para evitar a mora. A parte somente poderá evitar a
inclusão de seus dados em cadastros de proteção ao crédito e a reintegração de posse ou busca e apreensão do bem em
ação própria, caso continue pagando as prestações contratadas, para evitar incorrer em mora. II - Evidenciada a manifesta
improcedência do recurso ou o confronto com a jurisprudência deste Tribunal e/ou Tribunais superiores, deve o recurso ter
seu seguimento negado - inteligência do art. 557, do Código de Processo Civil. (0010270-20.2013.8.05.0000 Agravo
Regimental, Relator(a): Augusto de Lima Bispo, Data do julgamento: 13/01/2014). Grifei.
Com efeito, se o devedor argui, em ação revisional, a nulidade de cláusulas contratuais, com repercussão nos valores das
parcelas contratadas, o depósito das prestações em Juízo correspondente ao quantum pactuado para manter o equilíbrio
contratual não acarretará prejuízos a qualquer das partes, vez que, findo o processo, e verificado que o valor depositado é
maior do que o devido, a diferença, devidamente corrigida, será levantada pelo real credor.
Resulta evidente a presença dos requisitos para atribuição do efeito suspensivo ao recurso no que pertine ao depósito
judicial das parcelas nos moldes efetivamente contratados, até decisão ulterior.
Nestes termos, DEFIRO PARCIALMENTE O EFEITO SUSPENSIVO AO PRESENTE RECURSO, para determinar a realização
de depósito judicial das parcelas conforme o valor pactuado no contrato firmado, possibilitando a manutenção na posse do
bem financiado pelo Acionante/Agravante e determinando que o Acionado/Agravado se abstenha de inserir o seu nome em
qualquer cadastro restritivo de crédito.
Intime-se o Agravado para apresentar contrarrazões, no prazo legal.
Publique-se. Intimem-se.
Salvador, 12 de março de 2018.
Des. Roberto Maynard Frank
Relator
TJBA – DIÁRIO DA JUSTIÇA ELETRÔNICO – Nº 2.099 - Disponibilização: terça-feira, 13 de março de 2018 Cad 1 / Página 308
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DA BAHIA
Des. Roberto Maynard Frank
DECISÃO
8004137-44.2018.8.05.0000 Agravo De Instrumento
Jurisdição: Tribunal De Justiça
Agravante: Ana Rita Querino De Almeida
Advogado: Tatiane Kalaidjian De Sa Barreto Costa (OAB:0018752/BA)
Terceiro Interessado: Banco Bradesco Financiamentos S.a.
Advogado: Juliana Falci Mendes Fernandes (OAB:0223768/SP)
Agravado: Alberico Alban Miranda
Decisão:
Trata-se de Agravo de Instrumento interposto por Ana Rita Querino de Almeida contra decisão de fls. 1200/1201 (autos
originais), prolatada pelo juiz da 12ª Vara dos Feitos de Relações de Consumo da Comarca de Salvador que, nos autos do
Cumprimento de Sentença n.º 0100759-08.2010.8.05.0001 deferiu o pedido formulado pelo terceiro interessado Banco
Bradesco Financiamentos S/A e determinou a retirada da restrição judicial incidente sobre o veículo de placa JQZ-0065.
Nesta Corte, o instrumental foi para mim distribuído.
É o relatório. DECIDO.
Perlustrando os autos, constatei que a Ação Rescisória interposta contra sentença do presente processo, foi distribuído sob
o n.º 0013258-82.2011.8.05.0000 (fl. 1.119) à Primeira Câmara Cível, a qual, através de decisão da Relatora Maria da
Purificação da Silva, foi extinta por ausência de condição da ação.
Sendo assim, o referido Órgão Julgador é o competente, por prevenção, para decidir o presente instrumental, conforme está
previsto no art. 930 do CPC/2015 e do artigo 160, do Regimento Interno do Tribunal de Justiça, in litteris:
Art. 930. Far-se-á a distribuição de acordo com o regimento interno do tribunal, observando-se a alternatividade, o sorteio
eletrônico e a publicidade.
Parágrafo único. O primeiro recurso protocolado no tribunal tornará prevento o relator para eventual recurso subsequente
interposto no mesmo processo ou em processo conexo.
"Art. 160 - A distribuição de recurso, habeas corpus ou mandado de segurança contra decisão judicial de primeiro grau torna
prevento o Relator para incidentes posteriores e para todos os demais recursos e novos habeas corpus e mandados de
segurança contra atos praticados no mesmo processo de origem, na fase de conhecimento ou de cumprimento de sentença
ou na execução, ou em processos conexos, nos termos do art. 930, parágrafo único, do Código de Processo Civil. (ALTERADO
CONFORME EMENDA REGIMENTAL N.11/2016, DE 30 DE MARÇO DE 2016, DJe 31/03/2016).
Com tais considerações, DECLINO DA COMPETÊNCIA E DETERMINO A REMESSA DOS AUTOS AO SECOMGE, A FIM DE
SEREM REDISTRIBUÍDOS À PRIMEIRA CÂMARA CÍVEL.
Publique-se. Intimem-se. Cumpra-se.
Salvador, 12 de março de 2018.
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DA BAHIA
Desa. Heloísa Pinto de Freitas Vieira Graddi
DECISÃO
8003953-88.2018.8.05.0000 Agravo De Instrumento
Jurisdição: Tribunal De Justiça
Agravante: Sisinio Galvao Marinho
Advogado: Wilson Feitosa De Brito Neto (OAB:0040869/BA)
Agravante: Neyde De Oliveira Marinho
Advogado: Wilson Feitosa De Brito Neto (OAB:0040869/BA)
Agravado: Itapemirim Granitos & Marmores Ltda - Me
Advogado: Murilo Santos Mello (OAB:0036474/BA)
Advogado: Eduardo Almeida Santos (OAB:0035442/BA)
Decisão:
SISINIO GALVÃO MARINHO e NEYDE DE OLIVEIRA MARINHO ajuizaram ação possessória contra ITAPEMIRIM GRANITOS &
MÁRMORES LTDA - ME, objetivando retirar a empresa acionada da fazenda de sua propriedade, por entender que sua
atuação de extração mineral era irregular.
Houve sentença e o magistrado a quo entendeu existir licença ambiental dando suporte à atividade da empresa demandada.
Todavia, em Janeiro do ano em curso os Autores observaram que a parte Ré estava extraindo mineral em área diversa
daquela que o titulo judicial retro referenciado afirmou ser regular e, diante de tal, circunstância, bem assim que a licença
ambiental que era a razão de decidir do julgador primevo havia expirado, requereu a cassação do mandado reintegratório
expedido.
TJBA – DIÁRIO DA JUSTIÇA ELETRÔNICO – Nº 2.099 - Disponibilização: terça-feira, 13 de março de 2018 Cad 1 / Página 309
O juízo precedente negou o pleito, vez que entendeu que se tratava de pedido de reforma ao juízo prolator da própria sentença
e, além disso, se tratava de noticia de esbulho em área diversa daquela contemplada na demanda, isto, é, ampliação
objetiva da demanda após a sentença, considerando, também este pleito, inviável.
Irresignados, os Autores interpõem Agravo de Instrumento.
Defendem o raciocínio de que não houve pedido de reforma da sentença, mas que o cumprimento desta ocorresse nos
limites expressados no título, sem avançar em outras áreas e, além disso, que o próprio fundamento da sentença (de existir
licença ambiental para atuação da Ré) fosse respeitado, apontando a expiração da licença mencionada na sentença,
tornando impossível a execução da sentença após a expiração da autorização ambiental de atividades da Ré.
Requerem a antecipação da tutela recursal e, ao final a sua confirmação, para que o mandado reintegratório seja recolhido/
cassado.
Os autos vieram-me conclusos.
É o relatório.
DECIDO.
O exame de admissibilidade recursal precede ao das pretensões da parte Agravante, mesmo as de urgência, devendo ser
feito expressamente, bem fundamentando o conhecimento do recurso.
Para o conhecimento do agravo de instrumento, deve o Recorrente cumprir os requisitos extrínsecos e intrínsecos de
admissibilidade recursal.
São requisitos extrínsecos a tempestividade, o preparo e a regularidade formal. Os requisitos intrínsecos são o cabimento,
a legitimidade, o interesse e a inexistência de fato impeditivo ou extintivo do poder de recorrer.
O Recorrente deixou de observar o requisito intrínseco de admissibilidade referente ao cabimento.
O mencionado requisito consiste na interposição do recurso adequado contra ato judicial recorrível. Em sendo assim,
cabível será o recurso se houver previsão em lei e se este for o meio adequado para a impugnação do ato objurgado.
Acerca do tema, FREDIE DIDIER JÚNIOR e LEONARDO CARNEIRO DA CUNHA lecionam:
"Em suma, o cabimento desdobra-se em dois elementos: a previsão legal do recurso e sua adequação: previsto o recurso
em lei, cumpre verificar se ele é adequado a combater aquele tipo de decisão. Se for positiva a resposta, revela-se, então
cabível o recurso."
(in Curso de Direito Processual Civil, vol. 3, 13ª ed., Salvador: Jus Podivm, 2016, p. 108)
O Agravo de Instrumento é o recurso cabível contra as decisões interlocutórias, todavia, de acordo com o novo regramento do
Código de Processo Civil, nem todas elas são agraváveis.
O artigo 1.015 do novel Código de Processo Civil, elenca, de forma taxativa, as decisões recorríveis mediante agravo de
instrumento, possibilitando tal previsão em legislações extravagantes.
E, segundo o referido dispositivo legal, são agraváveis as decisões, na fase de conhecimento, que versam sobre tutelas
provisórias, mérito do processo, rejeição da alegação de convenção de arbitragem, incidente de desconsideração da
personalidade jurídica, rejeição do pedido de gratuidade da justiça ou acolhimento do pedido de sua revogação, exibição ou
posse de documento ou coisa, exclusão de litisconsorte, rejeição do pedido de limitação do litisconsórcio, admissão ou
inadmissão de intervenção de terceiros, concessão, modificação ou revogação do efeito suspensivo aos embargos à
execução, redistribuição do ônus da prova e, como já pontuado, em outros casos expressamente referidos em lei extravagante.
São igualmente recorríveis mediante o agravo de instrumento todas as decisões interlocutórias proferidas na fase de
liquidação de sentença ou de cumprimento de sentença, no processo de execução e no processo de inventário, in litteris:
Art. 1.015. Cabe agravo de instrumento contra as decisões interlocutórias que versarem sobre:
I - tutelas provisórias;
II - mérito do processo;
III - rejeição da alegação de convenção de arbitragem;
IV - incidente de desconsideração da personalidade jurídica;
V - rejeição do pedido de gratuidade da justiça ou acolhimento do pedido de sua revogação;
VI - exibição ou posse de documento ou coisa;
VII - exclusão de litisconsorte;
VIII - rejeição do pedido de limitação do litisconsórcio;
IX - admissão ou inadmissão de intervenção de terceiros;
X - concessão, modificação ou revogação do efeito suspensivo aos embargos à execução;
XI - redistribuição do ônus da prova nos termos do art. 373, §1o;
XII - (VETADO);
XIII - outros casos expressamente referidos em lei.
Parágrafo único. Também caberá agravo de instrumento contra decisões interlocutórias proferidas na fase de liquidação de
sentença ou de cumprimento de sentença, no processo de execução e no processo de inventário.
A decisão que não acolhe o pedido feito após prolatação da sentença e enquanto ainda pendente julgamento da apelação,
não se amoldando a quaisquer das hipóteses mencionadas no artigo 1.015 do Código Processual em vigor, é irrecorrível
por agravo de instrumento.
No mesmo sentido é a intelecção de DANIEL AMORIM ASSUMPÇÃO NEVES:
"Há decisão de suma importância no procedimento que não serão recorríveis por agravo de instrumento: decisão que
determina a emenda da petição inicial; decisão sobre a competência absoluta ou relativa; decisões sobre prova, salvo na
hipótese de exibição de coisa ou documento (art. 1.015, VI, do Novo CPC) e ma redistribuição do ônus probatório (art. 1.015,
XI, do Novo CPC); decisão que indefere o negócio jurídico processual proposta pelas partes; decisão que quebra o sigilo da
parte etc." Grifei
(in Novo Código de Processo Civil Comentado Artigo por Artigo, Salvador: Jus Podvim, 2016, p. 1.688)
TJBA – DIÁRIO DA JUSTIÇA ELETRÔNICO – Nº 2.099 - Disponibilização: terça-feira, 13 de março de 2018 Cad 1 / Página 310
A jurisprudência também vem se posicionando nesse sentido, conforme se infere do seguinte julgado:
AGRAVO DE INSTRUMENTO. USUCAPIÃO. PEDIDO DE NOMEAÇÃO DE PERITO. ELABORAÇÃO DE PLANTA
GEORREFERENCIADA. A decisão recorrida não está contemplada nas hipóteses previstas no rol taxativo do art. 1.015 do
NCPC e não é o caso de interpretação analógica ou mitigada do rol, razão de não conhecimento do agravo de instrumento,
nos termos do art. 932, III, do NCPC. AGRAVO DE INSTRUMENTO NÃO CONHECIDO.
(TJRS, Agravo de Instrumento Nº 70070390984, Décima Sétima Câmara Cível, Relator: Marta Borges Ortiz, Julgado em 22/
07/2016)
Saliente-se que as decisões não agraváveis não se sujeitam a preclusão imediata, podendo ser impugnadas em preliminar
de apelação ou nas contrarrazões do apelo, nos moldes do parágrafo 1º do artigo 1.009, do Código de Ritos.
Tendo sido, in casu, oposta a apelação (fls. 558/570) e as contrarrazões (fls.584/591), pode ainda o interessado utilizar-se
de pedido de efeito suspensivo à apelação, nos moldes do parágrafo 3º do artigo 1.012, in litteris:
"Art.1.012 (...)
§ 3o O pedido de concessão de efeito suspensivo nas hipóteses do § 1o poderá ser formulado por requerimento dirigido ao:
I - tribunal, no período compreendido entre a interposição da apelação e sua distribuição, ficando o relator designado para
seu exame prevento para julgá-la;
II - relator, se já distribuída a apelação."
Aparentemente o Insurgente não veiculou adequadamente sua irresignação.
Com tais razões e com fulcro no artigo 932, inciso III, do Código de Processo Civil, impositivo é o não conhecimento do
Agravo de Instrumento, por inadmissibilidade recursal.
Nestes termos, NÃO CONHEÇO DO RECURSO.
Salvador, de Março de 2018.
Heloísa Pinto de Freitas Vieira Graddi
RELATORA
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DA BAHIA
Des. Roberto Maynard Frank
DECISÃO
8004300-24.2018.8.05.0000 Agravo De Instrumento
Jurisdição: Tribunal De Justiça
Agravante: Mrv Engenharia E Participacoes Sa
Advogado: Ivan Isaac Ferreira Filho (OAB:0014534/BA)
Agravado: Allan Bastos De Souza
Advogado: Rafael Ribeiro Da Silva Valente (OAB:0035083/BA)
Decisão:
Trata-se de Agravo de Instrumento com pedido de efeito suspensivo interposto por MRV Engenharia e Partipações S/A contra
decisão registrada no id. 788882 proferida pelo Juízo da 5ª Vara de Feitos de Relações de Consumo da Comarca de
Salvador que nos autos da Ação Ordinária n.º 0560025-11.2017.8.05.0001 concedeu medida liminar requerida por Allan
Bastos de Souza para "a) proibir as Rés de transacionar o imóvel objeto desta ação com terceiros, até ulterior determinação
deste juízo; e b) autorizar ao Demandante o depósito em juízo das prestações vincendas nas datas de seus respectivos
vencimentos, devendo depositar as parcelas eventualmente em atraso em razão dos fatos descritos, no prazo de 05 (cinco)
dias úteis".
No recurso, afirmando presentes os requisitos de lei, pugna o Agravante pela concessão de efeito suspensivo ao feito,
alegando que a manutenção da decisão recorrida lhe causará prejuízos de difícil reparação.
Aduz que a decisão proferida não merecer prosperar, ante a falta de ingerência da Agravante acerca da obrigação de fazer
imposta, já que é parte ilegítima no que se refere à aprovação de valores a serem financiados.
Assim, considerando que a parte Agravada tinha conhecimento de todas as cláusulas contratuais, inclusive acerca da forma
de pagamento do financiamento, entende inexistente o requisito da plausibilidade do direito, razão pela qual a medida
liminar concedida não merece subsistir.
No mérito, requer o provimento do agravo para revogar a decisão objurgada.
Distribuídos os autos a esta Relatoria, vieram-me conclusos.
É o relatório. Decido.
É cediço que, para obter a suspensão dos efeitos da decisão de primeiro grau, deve o Agravante demonstrar, de logo, a
existência de fundamentação recursal relevante e do perigo da demora.
Com efeito, o periculum in mora deve ser entendido como a possibilidade de ser ocasionado dano irreparável ou de difícil
reparação à parte, pela demora da prestação jurisdicional.
O fumus boni iuris, por sua vez, significa a plausibilidade do direito alegado, isto é, a existência de uma pretensão que é
provável, sendo possível ao magistrado conferir através das provas juntadas aos autos.
In casu, não vislumbro a existência dos pressupostos legais à concessão da suspensividade, neste momento processual.
Analisando os autos, denota-se que o Agravante não comprovou a existência concreta do risco de lesão grave e de difícil
reparação a ensejar a suspensão do pronunciamento judicial originário.
Outrossim, verifica-se que o pleito do Agravante é matéria que se confunde com o próprio mérito da demanda, não cabendo
esgotar sua análise neste momento processual.
TJBA – DIÁRIO DA JUSTIÇA ELETRÔNICO – Nº 2.099 - Disponibilização: terça-feira, 13 de março de 2018 Cad 1 / Página 311
Por tais considerações, indefiro o efeito suspensivo requerido pelo Agravante, determinando a manutenção da decisão de
origem.
Intimem-se os Agravados para contrarrazoar no prazo de lei.
Publique-se. Intimem-se.
Salvador/BA, 12 de março de 2018.
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DA BAHIA
Desa. Heloísa Pinto de Freitas Vieira Graddi
DECISÃO
8003946-96.2018.8.05.0000 Agravo De Instrumento
Jurisdição: Tribunal De Justiça
Agravante: Salvador Motos Ltda
Advogado: Waldemiro Lins De Albuquerque Neto (OAB:1155200A/BA)
Agravado: Elielson Malaquias Guedes
Advogado: Marinalva De Sena Guedes Barbosa (OAB:0034895/BA)
Decisão:
ELIELSON MALAQUIAS GUEDES ingressou com Ação Indenizatória, contra SALVADOR MOTOS LTDA. - NOVO TEMPO,
processo nº 0308139-93.2013.8.05.0001, com trâmite na 19ª Vara de Relações de Consumo, de Salvador.
Foi invertido o ônus da prova, em razão da hipossufiência técnica da parte autora.
Ao sanear o feito, o magistrado a quo deferiu a produção de prova pericial, requerida pelas duas partes, e fixou honorários
do perito em 02 (dois) salários mínimos, a serem depositados pela empresa acionada, no prazo de cinco dias, sob pena de
confissão.
A Ré interpôs embargos declaratórios, rejeitados pelo julgador do primeiro grau.
Insatisfeita, a parte ré interpõe agravo de instrumento.
Alega que a inversão do ônus da prova não pode servir de fundamento para obrigar a empresa custear integralmente as
despesas periciais, cuja prova foi requerida por ambas as partes, e sendo uma delas beneficiária da gratuidade da Justiça,
o valor deve ser arcado pelos entes expostos no artigo 95, parágrafo 3º do Código de Processo Civil.
Afirma que o pedido de perícia foi feito primeiramente pelo Autor da ação, ainda sob a égide do CPC de 1973, cujas regras
são aplicadas à espécie, em relação ao direito probatório, cabendo àquele, portanto, arcar com as despesas decorrentes da
prova requerida (artigo 1.047 do novo CPC).
Sustenta que mesmo diante das novas regras do CPC/2015, as despesas não podem ser imputadas exclusivamente à
Acionada, mas rateadas pelos envolvidos, conforme previsão do mencionado artigo 95. E a simples concessão da gratuidade
da Justiça não possui o condão de exonerar a parcela devida pelo Agravado, quanto à produção de prova requerida.
Alega que a inversão do ônus da prova se refere apenas à produção de prova, mas não guarda relação quanto à
responsabilidade pelo pagamento de despesas relativas à sua produção ou mesmo obrigação do pagamento previsto no
mencionado artigo 95.
Para justificar o pedido de efeito suspensivo, afirma que não há, nos autos principais, qualquer documento que comprove as
alegações do Agravado, que foi negligente nos cuidados com a sua motocicleta. E o perigo da demora está no fato de que
a não suspensão da decisão implicará na imposição de arcar com obrigação pecuniária que não é de sua responsabilidade.
Pede, assim, a concessão de efeito suspensivo ao recurso e, ao fim, o seu provimento do recurso, com a reforma da decisão
recorrida.
É o relatório.
DECIDO.
Cabível é a espécie recursal eleita, vez que o artigo 1.015, inciso XI, do Código de Processo Civil, estabelece, "in verbis":
"Art. 1.015 Cabe agravo de instrumento contra as decisões interlocutórias que versarem sobre:
XI - redistribuição do ônus da prova nos termos do art. 373, §1º;"
O agravo de instrumento foi interposto dentro do prazo legal e o preparo devidamente efetivado.
Presentes os requisitos de admissibilidade e aqueles enumerados no artigo 1.017 do Código de Processo Civil, conheço
do recurso e passo à análise do pedido de efeito suspensivo.
A teor do disposto no artigo 1.019, inciso I, do Código de Processo Civil, não sendo uma das hipóteses de inadmissão ou de
negativa imediata de provimento do agravo de instrumento, deverá o Relator apreciar o pedido de atribuição de efeito
suspensivo ao recurso ou de antecipação da tutela recursal formulado pelo Recorrente, "in litteris":
"Art. 1.019. Recebido o agravo de instrumento no tribunal e distribuído imediatamente, se não for o caso de aplicação do art.
932, incisos III e IV, o relator, no prazo de 5 (cinco) dias:
I - poderá atribuir efeito suspensivo ao recurso ou deferir, em antecipação de tutela, total ou parcialmente, a pretensão
recursal, comunicando ao juiz sua decisão;"
Acerca do efeito suspensivo do agravo de instrumento, FREDIE DIDIER JÚNIOR e a LEONARDO CARNEIRO DA CUNHA
lecionam:
TJBA – DIÁRIO DA JUSTIÇA ELETRÔNICO – Nº 2.099 - Disponibilização: terça-feira, 13 de março de 2018 Cad 1 / Página 312
"Não sendo o caso de inadmissão ou de negativa imediata de provimento, o relator apreciará o eventual pedido de efeito
suspensivo ou de tutela antecipada recursal para, então, oportunizar o contraditório, determinando a intimação do agravado
para responder ao recurso. O relator pode conceder a tutela antecipada recursal, fundando-se na urgência ou só na evidência.
Nesse sentido, o enunciado 423 do Fórum Permanente de processualistas Civis: "Cabe tutela de evidencia recursal.". Da
decisão que deferir ou indeferir o efeito suspensivo ou a tutela antecipada recursal cabe agravo interno, nos termos do art.
1.021 do CPC.
É preciso lembrar: o agravo interno não tem efeito suspensivo automático. Cabe ao recorrente pedir que o relator atribua
esse efeito. O efeito suspensivo que se atribua ao agravo de instrumento impede a produção de efeitos pela decisão
agravada, mas não impede o prosseguimento do processo na primeira instância. Não se trata de suspensão do processo:
é suspensão dos efeitos da decisão."
(in Curso de Direito Processual Civil, vol. 03, 13ª ed., Salvador: Jus Podvim, 2016, p. 239/240)
A fundamentação recursal relevante significa a plausibilidade do direito alegado, isto é, a existência de uma pretensão que
é provável, sendo possível ao magistrado inferi-la das provas carreadas aos autos. O perigo da demora, por sua vez, deve
ser entendido como a possibilidade de ser ocasionado dano irreparável ou de difícil reparação à parte, pela demora da
prestação jurisdicional.
Assim, a possibilidade de o Recorrente sofrer um dano grave ou tornar-se inútil o resultado do recurso pela demora da
prestação jurisdicional, bem como a probabilidade do direito alegado deverão ser auferidos das provas apresentadas no
feito.
Analisando os autos, em cognição sumária desses pressupostos, a partir das alegações e do contexto documental
produzidos, infere-se que a fundamentação apresentada pela parte agravante autoriza a suspensão da decisão agravada,
ainda que de forma parcial.
O juízo primevo designou a realização da perícia após o contraditório estabelecido, quando já ofertada a resposta do
Acionado, e ambas as partes requereram a produção da prova.
Apesar de deferida a inversão do ônus da prova, a realização da perícia, aprioristicamente, não retira da parte autora a
responsabilidade de suportar, ao menos parte, os honorários periciais.
É que o dispõe o artigo 95 do Código de Processo Civil de 2015:
"Art. 95. Cada parte adiantará a remuneração do assistente técnico que houver indicado, sendo a do perito adiantado pela
parte que houver requerido ou rateada quando a perícia for determinada de ofício ou requerida por ambas as partes."
Quando aquele que deve, ao menos em parte, custear perícia é beneficiário da Gratuidade da Justiça, será a sua parte
transferida ao Programa de Apoio aos Órgãos Jurisdicionais na Realização de Perícias Judiciais, cabendo ao Tribunal de
Justiça o ônus de disponibilizar, no tempo e modo especificados no referenciado Programa, os recursos necessários à
realização da prova pericial necessária, a teor do disposto na Resolução nº 01 /2011 do Conselho da Magistratura.
Evidentes, portanto, elementos hábeis a ensejar a suspensão parcial da decisão impugnada, a fim de que a empresa
Agravante arque tão somente com metade dos honorários fixados pelo magistrado "a quo".
Sendo assim, e sem que esta decisão vincule o meu entendimento acerca do mérito recursal, e, ainda, não sendo inviável
a hipótese de chegar a conclusão diversa após criteriosa e aprofundada análise, com os demais elementos que virão aos
autos no momento próprio, imperativa é a suspensão parcial da decisão agravada, na forma acima delineada, até o
pronunciamento definitivo desta Corte.
Nestes termos, DEFIRO, EM PARTE, A SUSPENSÃO DA DECISÃO RECORRIDA.
Oficie-se ao Douto Magistrado precedente, dando-lhe ciência desta decisão.
Intime-se a parte Agravada, para oferecer as contrarrazões, no prazo legal da espécie.
ATRIBUO À PRESENTE DECISÃO A FORÇA DE MANDADO OU OFÍCIO.
Salvador/BA, de março de 2018.
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DA BAHIA
Des. Roberto Maynard Frank
DECISÃO
8004352-20.2018.8.05.0000 Agravo De Instrumento
Jurisdição: Tribunal De Justiça
Agravante: Banco Pan S.a.
Advogado: Sacha Suarez Mutti De Macedo Maia (OAB:0047301/BA)
Agravado: Evandro Dias Brandao
Advogado: Claudia Simoes Baleeiro De Souza (OAB:0051482/BA)
Advogado: Luciana Santos Silva (OAB:0017640/BA)
Decisão:
Trata-se de Agravo de Instrumento interposto por Banco Pan S/A contra decisão (ID nº 791597) proferida pelo MM. Juiz de
Direito da 4ª Vara de Relações de Consumo, Cível e Comerciais da Comarca de Vitória da Conquista, que, nos autos da Ação
de Interpretação/Revisão de Contrato nº 0504076-56.2017.8.05.0274 deferiu parcialmente a antecipação de tutela requerida
pela parte adversa, Evandro Dias Brandão, determinando que o Autor/Agravado continuasse arcando com os termos
assumidos contratualmente e procedesse ao depósito do valor controvertido, com comprovação mensal da parcela
TJBA – DIÁRIO DA JUSTIÇA ELETRÔNICO – Nº 2.099 - Disponibilização: terça-feira, 13 de março de 2018 Cad 1 / Página 313
consignada, bem como que realizasse o pagamento dos valores incontroversos diretamente ao requerido por meio de
boleto a ser expedido com tal finalidade. Neste diapasão, proibiu o Réu/Agravante de lançar nome da parte Autora/Agravada
nos órgãos de proteção ao crédito, ou caso já o tivesse feito, determinou que o retirasse, no prazo de 05 (cinco) dias, sob
pena de multa diária no valor de R$ 200,00 (duzentos reais), limitado a R$5.000(cinco mil reais), tudo isso condicionado ao
pagamento de todas as parcelas vencidas, também no prazo de 05 (dias), e as vincendas nas datas dos seus respectivos
vencimentos, mediante o depósito em juízo do valor controvertido e o pagamento direto ao Demandado do valor incontroverso,
mediante boleto bancário no mesmo prazo.
Outrossim, estabeleceu que na hipótese de eventual dificuldade do Autor receber os boletos nos valores incontroversos,
este deverá consigná-los em conta diversa dos valores controvertidos.
No recurso aviado, pugna o Banco Agravante pela concessão do efeito suspensivo, e, no mérito, pelo provimento do agravo
de instrumento, com a consequente reforma da decisão de origem, no que concerne à proibição de inserção do nome da
parte Agravada nos órgãos de proteção ao crédito, bem como em relação à manutenção do Autor/Agravado na posse do
veículo. Pugna, outrossim, pelo afastamento da multa diária aplicada.
É o relatório. Decido.
O Agravado ingressou com ação de revisão contratual objetivando o depósito de valor decorrente de cálculo elaborado
unilateralmente, contrariando os valores que foram estabelecidos no contrato.
Destaque-se que o posicionamento dominante deste Tribunal de Justiça admite a manutenção do devedor na posse do
bem, obstaculizando a inscrição ou manutenção da negativação de seu nome nos cadastros restritivos de crédito, desde
que efetuado o depósito das parcelas mensais do contrato de financiamento, de acordo com o quantum pactuado
originalmente pelas partes.
Não se pode olvidar, ainda, que o depósito pelo valor inferior ao da contratação não possui efeito liberatório, nem elide a
mora, de acordo com posicionamento do STJ.
Neste sentido, verifica-se o acerto da decisão do magistrado de origem, que determinou que o Autor/Agravado continuasse
arcando com os termos assumidos contratualmente.
Assim, o depósito das prestações em Juízo correspondente ao quantum pactuado para manter o equilíbrio contratual não
acarretará prejuízos a qualquer das partes, vez que, findo o processo, e verificado que o valor depositado é maior do que o
devido, a diferença, devidamente corrigida, será levantada pelo real credor.
O entendimento é respaldado pela jurisprudência desta Corte:
Ementa: PROCESSO CIVIL. AÇÃO REVISIONAL. AGRAVO DE INSTRUMENTO. DEPÓSITO VALOR INCONTROVERSO.
IMPOSSIBILIDADE. OBRIGATORIEDADE DE DEPÓSITO NO VALOR CONTRATADO. 1. O contrato firmado pelas partes estipulou
datas certas para o vencimento de cada parcela acordada, previamente fixada, portanto, resulta caracterizado a lesão grave
e de difícil reparação a justificar o processamento do agravo na modalidade instrumental. 2. O contrato em tela, conquanto
de adesão, foi estabelecido livremente entre as partes, não se podendo presumir de logo, que houve cláusula abusiva
quanto à pactuação dos juros. Caso não contemplado a verossimilhança das alegações, retratada em prova inequívoca,
impossível reconhecer o direito do contratante à antecipação de tutela para depósito nos valores incontroversos. 3. Não
poderia o juízo a quo autorizar o depósito das prestações do financiamento nos valores indicados unilateralmente e impedir
o agravante de lançar o nome do agravado nos órgãos de restrição em consequência da mora comprovada, sob pena de
ensejar ao agravante lesão grave e de difícil reparação potencializada pelo risco de perecimento do objeto do contrato. 4.
Sendo assim, enquanto em curso a ação revisional, sem prova inequívoca da abusividade de juros, o depósito dos valores
deve obedecer ao quanto pactuado, em respeito ao pacta sunt servanda. 5. Recurso conhecido e parcialmente provido.
(0012949-90.2013.8.05.0000 Agravo de Instrumento, Relatora: Rosita Falcão de Almeida Maia, Data do julgamento: 28/01/
2014)
Ementa: 1. AGRAVO REGIMENTAL. 2. DECISÃO MONOCRÁTICA QUE NEGOU SEGUIMENTO AO AGRAVO DE INSTRUMENTO.
3. DECISÃO QUE DETERMINOU O DEPÓSITO DAS PARCELAS EFETIVAMENTE CONTRATADAS. 4. INEXISTÊNCIA DE
ILEGALIDADE. TRATANDO-SE DE REVISÃO DE CLÁUSULAS CONTRATUAIS, COM DISCUSSÃO DO CONTRATO FIRMADO
ENTRE AS PARTES, NÃO VERIFICA-SE, EM PRINCÍPIO, DEMONSTRAÇÃO DE PROVA INEQUÍVOCA E VEROSSIMILHANÇA
DAS ALEGAÇÕES DA PARTE AUTORA, SENDO INVIÁVEL REPASSAR AO RÉU A ADVERSIDADE ÍNSITA AO TRÂMITE
PROCESSUAL. 5. PARA EFEITO DE DEPÓSITO EM JUÍZO DAS PARCELAS VENCIDAS E VINCENDAS, ENQUANTO PENDENTE
DE JULGAMENTO A AÇÃO DE REVISÃO CONTRATUAL, DEVEM PREVALECER ÀS CLÁUSULAS CONTRATUAIS, PORTANTO,
O VALOR ORIGINARIAMENTE CONTRATADO 6. RECURSO NÃO PROVIDO. (0018546-40.2013.8.05.0000 Agravo Regimental,
Relator(a): Sara Silva de Brito, Data do julgamento: 09/12/2013)
Ementa: Agravo de Instrumento em Ação de Revisão de Cláusulas Contratuais. Dívida em juízo. Abstenção do lançamento do
nome nos órgãos de proteção ao crédito. Depósito no valor entendido como devido x valor da parcela contratada. Deposito
em juízo das parcelas do contrato no valor inicialmente pactuado. Fixação de multa diária em caso de descumprimento da
liminar no valor de R$100,00. Provimento Parcial do Recurso. (0016923-38.2013.8.05.0000 Agravo de Instrumento, Relatora:
Maria da Purificação da Silva,julgamento: 09/12/2013)
TJBA – DIÁRIO DA JUSTIÇA ELETRÔNICO – Nº 2.099 - Disponibilização: terça-feira, 13 de março de 2018 Cad 1 / Página 314
In casu, todavia, merece reparos a decisão no que concerne à determinação de expedição de boletos bancários no valor
incontroverso. Nesta senda, o periculum in mora do Banco Agravante está caracterizado nos autos, pois como os boletos
são gerados de forma automática, vinculada ao contrato, ou em virtude de recálculo de parcelas, a emissão de novos boletos
poderá ocasionar-lhe danos de ordem patrimonial, motivo pelo qual a decisão deverá ser reformada tão somente em
relação a este tópico.
Resulta evidente, portanto, a presença dos requisitos para atribuição parcial do efeito suspensivo ao recurso, determinando-
se o depósito judicial das parcelas nos moldes contratados, tanto os valores incontroversos quanto os controvertidos, em
contas bancárias apartadas, até decisão ulterior.
Por outro lado, acertada a decisão hostilizada no que pertine ao valor fixado a título de astreintes, porquanto a multa diária
fixada em R$ 200,00 (duzentos reais) limitada a R$ 5.000,00 (cinco mil reais) pelo Juízo primevo, para o caso de
descumprimento da obrigação, mostra-se razoável e proporcional no caso concreto.
Nestes termos, defiro parcialmente o efeito suspensivo ao presente recurso, para determinar que o Agravado realize os
depósitos judiciais dos valores incontroversos apartadamente dos valores controvertidos, em contas bancárias distintas,
ficando desde já autorizado o levantamento dos valores incontroversos pela parte Agravante, mediante expedição de alvará
pelo juízo de origem.
Intime-se o Agravado para apresentar contrarrazões, no prazo legal.
Ciência ao magistrado de origem da presente decisão.
Publique-se. Intimem-se. Cumpra-se.
Salvador, 12 de março de 2018.
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DA BAHIA
Des. Roberto Maynard Frank
DECISÃO
8001597-23.2018.8.05.0000 Agravo De Instrumento
Jurisdição: Tribunal De Justiça
Agravante: Eliovaldo Conceicao Calmon
Advogado: Maria Aparecida Dantas Cardoso (OAB:0019927/BA)
Agravado: Nufarm Industria Quimica E Farmaceutica S.a.
Agravado: Cetrel S.a.
Decisão:
Analisando os autos, denota-se que o Agravante requereu os benefícios da assistência judiciária gratuita em sede recursal.
Nos termos dos art. 2º e 4º da Lei n.º 1.060/1950, a parte gozará dos benefícios da justiça gratuita, mediante simples
afirmação de que não está em condições de pagar custas do processo e honorários advocatícios, sem prejuízo do sustento
próprio, ou de sua família.
Entretanto, a referida presunção não é absoluta, pois, no caso concreto, compete ao magistrado, na busca da verdade real
e diante da existência de indícios de capacidade financeira do requerente para pagar as custas processuais e honorários
advocatícios, fazer juízo de valor acerca do conceito de pobreza, deferindo ou não o benefício acerca dos requerimentos e
provas robustas em derredor de tal situação.
Não basta a afirmação das partes de que as despesas do processo acarretarão prejuízo ao orçamento familiar, mesmo
porque toda e qualquer despesa que se realiza representa um prejuízo ao orçamento da família, bem como comprometam
o sustento, o que aqui não ficou satisfatoriamente demonstrado.
Compulsados os autos, verifica-se que não foram colacionados ao caderno processual documentos suficientes para
atestar a falta de condições financeiras para arcar com as custas do recurso, sobretudo em decorrência do pequeno valor
destas.
Por tais considerações, indefiro o pedido de assistência judiciária gratuita em sede recursal e determino a intimação do
Agravante, para no prazo de 5 (cinco) dias, comprovar o recolhimento do preparo recursal, sob pena de não conhecimento,
conforme posicionamento assentado no REsp: 1368223 SP 2012/0272799-4, Relator: Ministro SIDNEI BENETI, Data de
Julgamento: 10/06/2014, T3 - TERCEIRA TURMA, Data de Publicação: DJe 27/06/2014).
Publique-se. Intimem-se.
Salvador, 12 de março de 2018.
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DA BAHIA
Des. Roberto Maynard Frank
DECISÃO
8002785-51.2018.8.05.0000 Agravo De Instrumento
Jurisdição: Tribunal De Justiça
Agravante: Fundacao Araci Pinto
TJBA – DIÁRIO DA JUSTIÇA ELETRÔNICO – Nº 2.099 - Disponibilização: terça-feira, 13 de março de 2018 Cad 1 / Página 315
Decisão:
Compulsados os autos, evidencia-se que, devidamente intimada para comprovar a necessidade aos benefícios da assistência
judiciária gratuita em sede recursal, a parte Agravante ingressou com documento que não traduz, de fato, a alegada
hipossuficiência financeira, não afastando o recolhimento do preparo recursal.
Desta forma, indefiro o pleito da gratuidade para a interposição do presente agravo, ao tempo em que determino a intimação
da Agravante, através de seu advogado, para, no prazo de 05 dias, comprovar o recolhimento do preparo recursal, sob pena
de não conhecimento do recurso.
Publique-se. Intimem-se.
Salvador, 12 de março de 2018.
Des. Roberto Maynard Frank
Relator
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DA BAHIA
Desa. Heloísa Pinto de Freitas Vieira Graddi
DECISÃO
8003662-88.2018.8.05.0000 Agravo De Instrumento
Jurisdição: Tribunal De Justiça
Agravante: Municipio De Santa Cruz Da Vitoria
Advogado: Higor Santana Guimaraes (OAB:0053080/BA)
Agravado: Gilmara Santos De Sousa
Advogado: Clodoaldo Narciso Dos Reis Coelho (OAB:0016385/BA)
Decisão:
GILMARA SANTOS DE SOUSA E OUTROS impetraram mandado de segurança, com pedido liminar, contra o PREFEITO DO
MUNICÍPIO DE SANTA CRUZ DA VITÓRIA, objetivando que a autoridade se abstenha de concretizar a exoneração de servidores
concursados, ainda em estágio probatório, sem o devido processo legal. Ação autuada sob o nº 8000121-02.2017.8.05.0091,
com trâmite na Vara dos Feitos Cíveis e Comerciais da Comarca de Ibicaraí.
Inicialmente, o magistrado "a quo" se reservou para apreciar a liminar depois das informações da autoridade impetrada.
Prestadas as informações, o magistrado deferiu a medida de urgência, determinando que a autoridade coatora se abstenha
de exonerar os Impetrantes MARCOS ARAUJO SOBRINHO, FABIO BISPO RIBEIRO, WELLYTON FERREIRA NASCIMENTO,
GILENO LOPES SOUSA, EURIDINEIA ALVES SILVA E IVONETE NASCIMENTO SANTOS, sem observância do contraditório e
ampla defesa, sob pena de multa diária e pessoal de R$10.000,00 (dez mil reais).
Quanto aos Impetrantes GILMARA SANTOS DE SOUSA, LUDYMILLA SANTOS SOUSA, IVANILDE LIMA DOS SANTOS SOUSA,
GENILSON BEZERRA DA SILVA, EDUARDO BARBOSA SOUSA e MARCILEIDE FONTES MOREIRA, com lastro no art. 485, VI,
do Código de Processo Civil, extinguiu o processo, sem resolução do mérito, em decorrência da falta de interesse processual.
Contra o deferimento da liminar, o Município de Santa Cruz da Vitória interpõe o agravo de instrumento.
Afirma a inexistência dos requisitos exigidos para a concessão da liminar, pois as nomeações dos candidatos classificados
no concurso público de 2015 foram irregulares, ocorridas nos ultimos meses do mandato do gestor antecessor, e as
admissões foram realizadas sem previsão orçamentária e sem necessidade do serviço público.
Alega a nulidade de plento dirito de ato que resulte aumento de despesa com pessoal, expedido nos 180 dias anteriores ao
infal do mandato do titular, conforme previsão da Lei Complentar 101/2000.
Sustenta a necessidade de redução dos gastos com pessoal e, diante da ilegalidade das nomeações, legítima é a exoneração
dos Impetrantes, com a anulação das convocações e termos de posse, mesmo porque a Adminitração Pública tem o poder-
dever de anular seus próprios atos, quando ilegais. E, na hipótese, não há obrigatoriedade de instauração de processo
administrativo com vistas a garantir contraditório e ampla defesa dos servidores, que não são estáveis.
Alega ocorrência de prejuízos ao município, que pagará salários a servidores admitidos irregularmente, mesmo sem
dotação orçamentária para tanto.
Requer, assim, a atribuição de efeito suspensivo ao recurso e, ao fim, o seu provimento, com a reforma da decisão.
É o relatório.
DECIDO.
Registre-se a adequação do recurso interposto, considerando a disposição contida no parágrafo §1º do artigo 7º da Lei
12.016/2009:
"Art. 7º (…)
§1º Da decisão do juiz de primeiro grau que conceder ou denegar a liminar caberá agravo de instrumento, observado o
disposto na Lei n. 5.869, de 11 de janeiro de 1973 - Código de Processo Civil."
Assim, a aplicação conjunta do referido dispositivo legal com os termos do artigo 1.015 do Código de Processo Civil, torna
admissível o presente agravo de instrumento, que atende, por outro lado, os demais pressupostos legais, pois interposto
dentro do prazo legal e é isento de preparo.
TJBA – DIÁRIO DA JUSTIÇA ELETRÔNICO – Nº 2.099 - Disponibilização: terça-feira, 13 de março de 2018 Cad 1 / Página 316
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DA BAHIA
Des. Roberto Maynard Frank
DESPACHO
8004220-60.2018.8.05.0000 Agravo De Instrumento
Jurisdição: Tribunal De Justiça
Agravado: Servico Autonomo De Agua E Esgoto
Advogado: Antonio Rodrigues Neto (OAB:2696100A/BA)
Agravante: Companhia De Eletricidade Do Estado Da Bahia Coelba
Advogado: Emanuela Campos Mota (OAB:2258700A/BA)
Despacho:
Com fundamento no parágrafo único do art. 932 do novo CPC, intime-se a Agravante para complementar, no prazo de cinco
dias, a documentação exigida pelo art. 1017 do CPC/15, anexando aos fólios cópia da certidão da respectiva intimação ou
outro documento oficial que comprove a tempestividade do agravo interposto.
Publique-se. Intimem-se.
Salvador, 12 de março de 2018.
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DA BAHIA
Des. Roberto Maynard Frank
DECISÃO
8004543-65.2018.8.05.0000 Agravo De Instrumento
Jurisdição: Tribunal De Justiça
Agravante: Alessandro Cerqueira Da Silva
Advogado: Gledsianny Maximo De Oliveira (OAB:0038879/BA)
Agravado: Porto Seguro Companhia De Seguros Gerais
Decisão:
Analisando os autos, denota-se que a parte Agravante requereu os benefícios da assistência judiciária gratuita.
É cediço que cabe ao magistrado, livremente, fazer juízo de valor acerca do conceito de pobreza, deferindo ou não o benefício
acerca dos requerimentos e provas robustas em derredor de tal situação.
A declaração pura e simples dos interessados não é prova inequívoca daquilo que eles afirmam, nem obriga o juiz a se
curvar aos seus dizeres se a peticionária deixar de comprovar a insuficiência de recursos.
Consoante já pontificou o E. Superior Tribunal de Justiça, o benefício da gratuidade não é amplo e absoluto, não sendo
injurídico condicionar o juiz a concessão da gratuidade à comprovação da miserabilidade jurídica invocada pela parte
(REsp. n° 178.244-RS, Rel. Min.Barros Monteiro).
Vale dizer, não basta a afirmação da parte de que as despesas do processo acarretarão prejuízo ao orçamento familiar,
mesmo porque toda e qualquer despesa que se realiza representa um prejuízo ao orçamento da família.
É indispensável que tais despesas comprometam seriamente o sustento próprio ou da família, o que aqui não ficou
satisfatoriamente demonstrado, sobretudo porque não foram colacionados aos autos documentos suficientes a atestar a
devida certeza sobre a alegada insuficiência econômica do Recorrente.
À luz do CPC atual, se a situação econômica é flagrante, não há óbice para o deferimento da gratuidade. Por outro lado,
havendo dúvidas quanto às alegações de hipossuficiência, como no caso concreto, o juiz deverá determinar a produção de
provas que corroborem com o pleito.
Cabe não perder de vista, também, que a aceitação irrestrita de pedidos de assistência judiciária subverte o sistema de
equilíbrio do processo, que mobiliza recursos materiais, subtraindo, do mesmo modo, do procurador adverso o direito à
sucumbência, que lhe é garantido por lei e, o que é pior, incentiva a multiplicação de recursos protelatórios, inviabilizando a
rápida entrega da prestação jurisdicional.
Outrossim, segundo a regra do art. 99, § 1º do CPC de 2015, o magistrado deverá determinar a comprovação dos requisitos
para a concessão da gratuidade se existirem elementos que aparentem a falta dos pressupostos legais para seu deferimento,
como é o caso dos autos. Por conseguinte, se a parte deixar escoar em branco o prazo, o Juiz, fundamentadamente, indefere
o pedido e determina o recolhimento das custas processuais.
Por tais considerações, intime-se a parte Agravante para que no prazo de 05 (cinco) dias realize a comprovação de sua
necessidade aos benefícios da Assistência Judiciária Gratuita com a instrução dos autos com documentos suficientes que
corroborem seu pleito.
Após, retornem-me conclusos os autos.
Publique-se. Intimem-se. Cumpra-se.
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DA BAHIA
Desa. Heloísa Pinto de Freitas Vieira Graddi
INTIMAÇÃO
8000915-05.2017.8.05.0000 Agravo De Instrumento
Jurisdição: Tribunal De Justiça
Agravante: Bradesco Saude S/a
Advogado: Diego Souto De Abreu (OAB:0033418/BA)
Agravado: Ely Jessica Do Sacramento Jesus De Souza
Advogado: Davi Luz Britto (OAB:0041600/BA)
Intimação:
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DA BAHIA
Des. Roberto Maynard Frank
INTIMAÇÃO
8000656-73.2018.8.05.0000 Agravo De Instrumento
Jurisdição: Tribunal De Justiça
Agravante: Instituto Nacional Do Seguro Social
Advogado: Pablo Salgado Zenha Fernandez (OAB:0026940/BA)
Agravado: Antonio Rodrigues De Araujo
Advogado: Jose Bonifacio Costa Filho (OAB:000675A/BA)
Intimação:
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DA BAHIA
Des. Osvaldo Almeida Bonfim
INTIMAÇÃO
8003231-54.2018.8.05.0000 Agravo De Instrumento
Jurisdição: Tribunal De Justiça
Agravante: Banco Bradesco Sa
Advogado: Celso Marcon (OAB:2446000A/BA)
Agravado: Sophia Santos Das Neves
Advogado: Evandro Batista Dos Santos (OAB:0025288/BA)
Intimação:
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DA BAHIA
Desa. Heloísa Pinto de Freitas Vieira Graddi
DECISÃO
8003660-21.2018.8.05.0000 Agravo De Instrumento
Jurisdição: Tribunal De Justiça
Agravante: Municipio De Wenceslau Guimaraes
Advogado: Vivonil Batista Ramos (OAB:9574000A/BA)
Advogado: Jose Alysson Quintino Dos Santos (OAB:2264200A/BA)
Agravado: Francisco Jose Dos Santos
Advogado: Luciano Cardoso De Andrade (OAB:0042819/BA)
Decisão:
FRANCISCO JOSE DOS SANTOS ingressou com Ação de Cobrança contra o MUNICIPIO DE WENCESLAU GUIMARÃES,
visando o recebimento de parcelas salariais, processo nº 8000293-68.2017.8.05.0276, com trâmite na Vara dos Feitos de
Rel. Cíveis e Comerciais da Comarca de Wenceslau Guimarães.
Apresentada contestação, o Acionado formulou pedido de denunciação da lide ao ex-gestor, Nestor Vicente dos Santos, o
que foi indeferido pelo magistrado "a quo".
Contra essa decisão, o Município interpõe agravo de instrumento.
Afirma, sem síntese, ser vedado ao atual gestor efetuar pagamento de valores não previstos, contabilizados ou sequer
empenhados, sob pena de sua responsabilização e, se houver condenação no processo, deverá ser suportada pelo ex-
gestor municipal, cujo mandato encerrou em dezembro de 2016.
Sob o fundamento de existir o perigo da demora, inclusive com a possibilidade de nulidade de atos praticados na primeira
Instância, sem a participação do denunciado, pede, em antecipação da tutela recursal, o acolhimento da denunciação à lide
do ex-gestor municipal e, ao fim, o provimento do recurso, com a reforma da decisão recorrida.
É o relatório.
DECIDO.
Cabível é a espécie recursal eleita, vez que o artigo 1.015, inciso IX, do Código de Processo Civil, estabelece, "in verbis":
"Art. 1.015 Cabe agravo de instrumento contra as decisões interlocutórias que versarem sobre:
IX - admissão ou inadmissão de intervenção de terceiros;"
TJBA – DIÁRIO DA JUSTIÇA ELETRÔNICO – Nº 2.099 - Disponibilização: terça-feira, 13 de março de 2018 Cad 1 / Página 320
Infere-se dos autos que o agravo é tempestivo e isento de preparo. Presentes os requisitos de admissibilidade e aqueles
enumerados nos artigos 1.016 e 1.017 do Código de Processo Civil, conheço do recurso e passo à análise do pedido de
antecipação da tutela recursal.
A teor do disposto no artigo 1.019, inciso I, do Código de Processo Civil, não sendo uma das hipóteses de inadmissão ou de
negativa imediata de provimento do agravo de instrumento, deverá o Relator apreciar o pedido de atribuição de efeito
suspensivo ao recurso ou de antecipação da tutela recursal formulado pelo Recorrente, "in litteris":
"Art. 1.019. Recebido o agravo de instrumento no tribunal e distribuído imediatamente, se não for o caso de aplicação do art.
932, incisos III e IV, o relator, no prazo de 5 (cinco) dias:
I - poderá atribuir efeito suspensivo ao recurso ou deferir, em antecipação de tutela, total ou parcialmente, a pretensão
recursal, comunicando ao juiz sua decisão;"
Para a concessão da antecipação da tutela recursal, deve o Recorrente demonstrar, de logo, a existência de elementos que
evidenciem a probabilidade do direito alegado e o perigo de dano ou de risco ao resultado útil do provimento final do recurso.
Sobre o tema, DANIEL AMORIM ASSUMPÇÃO NEVES leciona:
"O art. 1.019, I, do Novo CPC, seguindo a tradição inaugurada pelo 527, III, do CPC/1973, indica exatamente do que se trata:
tutela antecipada do agravo, porque, se o agravante pretende obter de forma liminar o que lhe foi negado em primeiro grau
de jurisdição, será exatamente esse o objeto do agravo de instrumento (seu pedido de tutela definitiva). Tratando-se de
genuína tutela antecipada, caberá ao agravante demonstrar o preenchimento dos requisitos do art. 300 do Novo CPC: (a) a
demonstração da existência de elementos que evidenciem a probabilidade do direito, e (b) o perigo de dano ou o risco ao
resultado útil do processo (no caso específico do agravo de instrumento o que interessa é a preservação de utilidade do
próprio recurso)."
(in Novo Código de Processo Civil Comentado, Salvador: Jus Podvim, 2016, p. 1702)
Na espécie, em exame superficial, próprio do momento, não vislumbro a coexistência dos requisitos exigidos para o
imediato atendimento da pretensão deduzida no recurso.
A fundamentação exposta no recurso conflita com o entendimento da jurisprudência, considerando o fato de que a obrigação
de pagamento dos vencimentos dos servidores municipais é de responsabilidade do Município, por meio de seu órgão
administrativo, competindo ao Chefe do Executivo apenas representar o ente municipal.
Destarte, a legitimidade para responder pelo pagamento dos salários dos servidores pertence à pessoa jurídica de direito
público. Como bem expressado na decisão hostilizada, caso o gestor não tenha efetuado o pagamento legalmente devido,
a sua responsabilização será objeto de ação e penalização diversas, situação que destoa das hipóteses previstas no
Código de Processo Civil para o deferimento deste tipo de intervenção (artigo 125 do CPC).
Neste sentido, seguem julgados deste E. Tribunal de Justiça da Bahia:
"APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO DE COBRANÇA. SERVIDORES PÚBLICOS MUNICIPAIS. AGRAVO RETIDO REITERADO.
IMPROVIMENTO. PRELIMINAR DE CERCEAMENTO DE DEFESA REJEITADA. REMUNERAÇÃO. NÃO COMPROVAÇÃO DO
PAGAMENTO. VERBAS DEVIDAS. PAGAMENTO POR MEIO DE RPV OU PRECATÓRIO. DANO MORAL. ÔNUS DA PROVA.
INCUMBÊNCIA DOS AUTORES. NÃO CARACTERIZAÇÃO. APELO PARCIALMENTE PROVIDO.
Cabe ao Magistrado indeferir o pedido de denunciação da lide, se a legitimidade para responder pelo pagamento dos
salários dos servidores pertence à pessoa jurídica de direito público. Agravo retido improvido. (...)" (Grifei)
(APC nº 0000269-76.2013.8.05.0096. Relator(a): Telma Laura Silva Britto. Comarca: Ibirataia. Órgão julgador: Terceira Câmara
Cível. Data do julgamento: 07/02/2017)
"APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO DE COBRANÇA. SERVIDORES PÚBLICOS MUNICIPAIS. PRELIMINARES DE AGRAVO RETIDO,
INTERPOSTO NA VIGÊNCIA DO CPC/1973, EM FACE DA DECISÃO QUE INADMITIU O PEDIDO DE DENUNCIAÇÃO À LIDE DO
EX-GESTOR MUNICIPAL E DE CERCEAMENTO DE DEFESA REJEITADAS. VERBAS SALARIAIS NÃO QUITADAS. DEVER DE
PAGAR DO ENTE PÚBLICO EM RAZÃO DOS SERVIÇOS PRESTADOS PELOS SERVIDORES. AUSÊNCIA DE PROVA DO
PAGAMENTO. ÔNUS DO RÉU. ARTIGO 333, II DO CPC/1973. DANO MORAL. NÃO CONFIGURAÇÃO. AUSÊNCIA DE PROVA.
RECURSO CONHECIDO E PARCIALMENTE PROVIDO.
I - Renovado o agravo retido em sede de apelação, na forma do art. 523 do CPC/73, impõe-se a análise preliminar das suas
razões pelo órgão jurisdicional ad quem. Na hipótese vertente, descabida a denunciação à lide de ex-gestor, uma vez que o
pagamento das verbas devidas ao funcionalismo público não é atribuído à pessoa do prefeito, mas ao próprio ente, não se
limitando a responsabilidade a determinada gestão municipal, já que as medidas contra o mandatário anterior devem ser
adotadas em ação própria. (...)" (Destaquei)
(Classe: Apelação, Número do Processo: 0000377-08.2013.8.05.0096, Relator(a): Silvia Carneiro Santos Zarif, Primeira
Câmara Cível, Publicado em: 22/03/2017)
Assim, não visualizo relevância na fundamentação, capaz de justificar a antecipação da tutela recursal.
Diante de tais razões, e sem que esta decisão vincule o meu entendimento acerca do mérito recursal, não sendo inviável a
hipótese de chegar a conclusão diversa após criteriosa e aprofundada análise, com os demais elementos que virão aos
autos no momento próprio, entendo ser prudente a manutenção da decisão proferida na primeira instância, até o julgamento
deste recurso pelo Colegiado.
Nestes termos, INDEFIRO A ANTECIPAÇÃO TUTELA RECURSAL.
Oficie-se ao Douto Juiz precedente, dando-lhe ciência desta decisão.
Intimem-se a parte Agravada para oferecer as contrarrazões, no prazo legal da espécie.
Publique-se. Cumpra-se.
Salvador/BA, de março de 2018.
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DA BAHIA
Desa. Heloísa Pinto de Freitas Vieira Graddi
DECISÃO
8001755-78.2018.8.05.0000 Agravo De Instrumento
Jurisdição: Tribunal De Justiça
Agravante: Roberto Carlos De Jesus
Advogado: Epifanio Dias Filho (OAB:0011214/BA)
Agravado: Banco Gmac S.a.
Advogado: Alexandre Ivo Pires (OAB:0014978/BA)
Decisão:
O BANCO GMAC S/A ajuizou ação de busca e apreensão contra ROBERTO CARLOS DE JESUS, pretendendo, liminarmente,
a retomada do veículo descrito na inicial, objeto do contrato estabelecido entre as partes, sustentando a inadimplência do
demandado e a sua constituição em mora.
O Juízo a quo deferiu o pedido liminar.
Insatisfeito, o Réu interpõe o recurso de agravo de instrumento, argumentando que ajuizou, previamente, ação ordinária
contra o Agravado, objetivando a revisão das cláusulas abusivas existentes no contrato de mútuo, tendo, inclusive, requerido
autorização para o depósito das parcelas vencidas e vincendas em Juízo, inexistindo, ao seu ver, mora.
Afirma que a concessão da liminar de busca e apreensão, sem oportunizar o contraditório e a ampla defesa, poderá lhe
causar danos irreparáveis ou de difícil reparação.
Requer a concessão da gratuidade da Justiça recursal e, liminarmente, a atribuição do efeito suspensivo ao recurso. Ao
final, requer o provimento do recurso, a fim de determinar o recolhimento do mandado de busca e apreensão, com a
imediata devolução do bem, e a remessa dos autos ao Juízo prevento.
Instrui a minuta com os documentos de fls. 27/76 (autos em PDF).
Os autos vieram-me às mãos.
À fl. 82 dos autos em PDF, concedi prazo ao Agravante para a comprovação da hipossuficiência alegada.
O Recorrente apresentou os documentos de fls. 86/91 (autos em PDF).
É o relatório.
DECIDO
Defiro a gratuidade da Justiça recursal, vez que, como demonstram as cópias dos contracheques de fls. 87/91 (autos em
PDF), não tem o Recorrente condições de arcar com o pagamento das custas recursais sem prejuízo próprio e de sua
família.
Por fim, presentes as demais condições de admissibilidade do agravo de instrumento, conheço-o.
Conforme estabelece o artigo 1.019, inciso I, do Código de Processo Civil, não sendo uma das hipóteses de inadmissão ou
de negativa imediata de provimento do agravo de instrumento, deverá o Relator apreciar o pedido de atribuição de efeito
suspensivo ao recurso ou de antecipação da tutela recursal formulado pelo Recorrente, in litteris:
"Art. 1.019. Recebido o agravo de instrumento no tribunal e distribuído imediatamente, se não for o caso de aplicação do art.
932, incisos III e IV, o relator, no prazo de 5 (cinco) dias:
I - poderá atribuir efeito suspensivo ao recurso ou deferir, em antecipação de tutela, total ou parcialmente, a pretensão
recursal, comunicando ao juiz sua decisão;"
Dispõe o parágrafo único do artigo 995, do mesmo diploma legal, que a decisão recorrida poderá ser suspensa, se da
imediata produção de seus efeitos houver risco de dano grave, de difícil ou impossível reparação, e ficar demonstrada a
probabilidade de provimento do recurso.
Acerca do efeito suspensivo do agravo de instrumento, DANIEL AMORIM ASSUMPÇÃO NEVES leciona:
"O efeito suspensivo caberá sempre que a decisão impugnada tiver conteúdo positivo, ou seja, ser uma decisão que
concede, acolhe, defere alguma espécie de tutela. Nesse caso, a decisão positiva gera efeitos práticos, sendo permitido ao
agravante pedir que tais efeitos sejam suspensos até o julgamento do agravo de instrumento. Tratando-se de efeito
suspensivo ope judicis (impróprio), não basta o mero pedido do agravante, sendo indispensável o preenchimento dos
requisitos previstos pelo art. 995, parágrafo único do Novo CPC: probabilidade de provimento do recurso, ou seja, a aparência
de razão do agravante, e o perigo de risco de dano grave, de difícil reparação, demonstrada sempre que o agravante
convencer o relator de que a espera do julgamento do agravo de instrumento poderá gerar o perecimento de seu direito."
(in Novo Código de Processo Civil Comentado, Salvador: Jus Podvim, 2016, p. 1702)
Na hipótese em exame, da cognição superficial e não exauriente, própria do momento, constato que os argumentos recursais
do Agravante não têm a relevância jurídica exigida para o suspensão dos efeitos do decisum precedente, o que me autoriza
a adiantar que, a priori, não visualizo a possibilidade de êxito do agravo.
Isto porque o mero ajuizamento da ação revisional não descaracteriza a mora, cabendo ao devedor fiduciário proceder ao
pagamento das parcelas conforme convencionado contratualmente ou realizar o depósito do respectivo quantum em Juízo,
enquanto discute as cláusulas do contrato de mútuo.
Neste sentido:
"AGRAVO INTERNO NO AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL. AÇÃO DE BUSCA E APREENSÃO. MORA. COMPROVAÇÃO.
NOTIFICAÇÃO EXTRAJUDICIAL. OCORRÊNCIA. REVISÃO DO JULGADO. APLICAÇÃO DA SÚMULA 7/STJ. O MERO
AJUIZAMENTO DA AÇÃO REVISIONAL NÃO DESCARACTERIZA A MORA. ENTENDIMENTO JURISPRUDENCIAL DESTA CORTE
ESTABELECIDO NO RESP N. 1.061.530/RS. AGRAVO IMPROVIDO.
[...]
TJBA – DIÁRIO DA JUSTIÇA ELETRÔNICO – Nº 2.099 - Disponibilização: terça-feira, 13 de março de 2018 Cad 1 / Página 322
4. "O simples ajuizamento de ação revisional não descaracteriza a mora, nem mesmo quando o reconhecimento de
abusividade incidir sobre os encargos inerentes ao período de inadimplência contratual. Precedentes." (AgInt no AREsp
863.320/MS, Rel. Ministro Ricardo Villas Bôas Cueva, Terceira Turma, julgado em 28/3/2017, DJe 4/4/201).
[...]" Destaquei
(STJ, AgInt no AREsp 894.433/MS, Rel. Ministro MARCO AURÉLIO BELLIZZE, TERCEIRA TURMA, julgado em 06/06/2017, DJe
16/06/2017)
"PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL. RECURSO MANEJADO SOB A ÉGIDE
DO CPC/73. AÇÕES REVISIONAL DE CONTRATO E DE BUSCA E APREENSÃO. CONSTITUIÇÃO EM MORA DO DEVEDOR
FIDUCIANTE. NOTIFICAÇÃO PRÉVIA. NECESSIDADE. PRECEDENTES. ABUSIVIDADE DE CLÁUSULAS CONTRATUAIS E
DE ENCARGOS FINANCEIROS. NECESSIDADE. INCIDÊNCIA DA SÚMULA Nº 380 DO STJ. COMPROVAÇÃO. REEXAME DO
ACERVO FÁTICO-PROBATÓRIO. IMPOSSIBILIDADE. INCIDÊNCIA DA SÚMULA Nº 7 DO STJ. PLEITO DE ANÁLISE DE MATÉRIA
CONSTITUCIONAL. DESCABIMENTO. PRECEDENTES. DECISÃO PROFERIDA PELA PRESIDÊNCIA DA SEGUNDA SEÇÃO
MANTIDA.
[...]
3. O Superior Tribunal de Justiça adota o posicionamento de que o simples ajuizamento de ação revisional, com a alegação
da abusividade das cláusulas contratadas, não é capaz de inibir a caracterização da mora do devedor, sendo indispensável
que o devedor demonstre a verossimilhança das alegações de abusividade das cláusulas contratuais e dos encargos
financeiros capazes de elidir a mora, bem como deposite o valor incontroverso da dívida ou preste caução idônea, nos
termos do que decidiu o Tribunal de origem.
4. Nesse sentido, incide a Súmula nº 380 do STJ que dispõe: A simples propositura da ação de revisão de contrato não inibe
a caracterização da mora do autor.
[...]" Grifei
(STJ, AgRg no AREsp 714.178/MS, Rel. Ministro MOURA RIBEIRO, TERCEIRA TURMA, julgado em 07/06/2016, DJe 10/06/
2016)
Apesar de alegar a precedência de ação revisional, onde teria sido requerida a realização de depósito judiciais das parcelas
vencidas e vincendas, o Agravante, além de não comprovar o deferimento do pedido, não demonstrou a realização dos
depósitos, que, ressalte-se, somente afastaria a mora se efetuados nos moldes contratados.
Pelas razões expostas, não há, em princípio, probabilidade de provimento do recurso a ensejar a concessão do efeito
suspensivo postulado.
A ausência de um dos requisitos é o bastante para o indeferimento da pretensão.
Sendo assim, e sem que esta decisão vincule o meu entendimento acerca do mérito recursal, e, ainda, não sendo inviável
a hipótese de chegar a conclusão diversa após criteriosa e aprofundada análise, com os demais elementos que virão aos
autos no momento próprio, imperativa é a manutenção da decisão recorrida.
Nestes termos, INDEFIRO O EFEITO SUSPENSIVO POSTULADO AO RECURSO.
Concedo à parte agravada o prazo legal para, querendo, ofertar a contraminuta.
Publique-se. Cumpra-se.
Salvador/BA, de março de 2018.
Desa. Heloísa Pinto de Freitas Vieira Graddi
Relator
**
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DA BAHIA
Desa. Heloísa Pinto de Freitas Vieira Graddi
DECISÃO
8001424-96.2018.8.05.0000 Agravo De Instrumento
Jurisdição: Tribunal De Justiça
Agravante: Iandira Nunes Da Silva Costa
Advogado: Tulio Amadeu Santos Araujo (OAB:0021374/BA)
Agravado: Banco Do Brasil S/a
Decisão:
O artigo 99, caput, do Código de Processo Civil disciplina que o pedido de gratuidade da Justiça pode ser formulado na
inicial, na contestação, na petição para ingresso de terceiro no feito ou na peça recursal.
Quando requerido nas razões do recurso, o Recorrente estará dispensado do recolhimento das custas recursais, incumbindo
ao Relator, após a apreciação do pleito, deferir a benesse ou conceder prazo para a comprovação da hipossuficiência
econômica, se entender insuficiente a prova dos autos.
É o que dispõe o parágrafo 7º do mencionado dispositivo legal, in litteris:
Art. 99. O pedido de gratuidade da justiça pode ser formulado na petição inicial, na contestação, na petição para ingresso de
terceiro no processo ou em recurso.
[...]
§7º Requerida a concessão de gratuidade da justiça em recurso, o recorrente estará dispensado de comprovar o recolhimento
do preparo, incumbindo ao relator, neste caso, apreciar o requerimento e, se indeferi-lo, fixar prazo para realização do
recolhimento.
TJBA – DIÁRIO DA JUSTIÇA ELETRÔNICO – Nº 2.099 - Disponibilização: terça-feira, 13 de março de 2018 Cad 1 / Página 323
Na hipótese em análise, os Agravantes requereram a gratuidade da Justiça nas razões do recurso, alegando hipossuficiência
econômica.
Ausente prova satisfatória para a apreciação do pleito, concedi prazo para a demonstração da carência de recursos financeiros
(fl. 210 dos autos em PDF), tendo a parte Requerente permanecido silente (fl. 212 dos autos em PDF).
Diante da ausência, por ora, da prova da hipossuficiência alegada, indefiro a gratuidade da Justiça recursal e concedo à
Recorrente o prazo de 05 (cinco) dias, para o recolhimento do preparo recursal, sob pena de não conhecimento do recurso.
Conclusos, após.
Publique-se. Cumpra-se.
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DA BAHIA
Desa. Heloísa Pinto de Freitas Vieira Graddi
DECISÃO
8002912-86.2018.8.05.0000 Agravo De Instrumento
Jurisdição: Tribunal De Justiça
Agravante: O Estado Da Bahia
Advogado: Fernando Avila Nonato (OAB:0017484/BA)
Agravado: Oi Movel S.a.
Advogado: Lia Maynard Frank Teixeira (OAB:1689100A/BA)
Decisão:
A OI MÓVEL S/A ajuizou ação anulatória de ato administrativo contra o ESTADO DA BAHIA, objetivando, em tutela de urgência,
a suspensão da exigibilidade da multa administrativa arbitrada pelo PROCON, no valor de R$ 1.104.000,00 (um milhão,
cento e quatro mil reais); vedação da inscrição dos seus dados no cadastro restritivo daquele órgão e; permissão para
obtenção de certidão negativa de débito ou positiva com efeito negativo junto à Fazenda Estadual.
O Juízo precedente deferiu o pleito e determinou o depósito judicial da quantia de R$ 1.000,00 (um mil reais)
Insatisfeito, o Réu interpõe o recurso de agravo de instrumento, argumentando que a cobrança judicial da Divida Ativa da
Fazenda Publica não se sujeita a concurso de credores ou habilitação em recuperação judicial, falência, liquidação, inventario
ou arrolamento, nos termos do art. 29 da Lei nº 6.830/80.
Sustenta que a multa arbitrada pelo PROCON não extrapola os limites estabelecidos pelo artigo 57, parágrafo único, do
Código de Defesa do Consumidor.
Destaca que a Agravada é uma empresa bilionária e que praticou diversas de infrações, de forma reincidente, razões pelas
quais entende ser o valor da multa razoável e proporcional.
Alega que a redução do valor da multa para o patamar mínimo torna inócua a existência do PROCON e totalmente ineficaz a
punição, representando mais um incentivo para que a empresa bilionária continue a desrespeitar os consumidores baianos.
Requer, liminarmente, a atribuição do efeito suspensivo ao agravo de instrumento e, ao final, o provimento do recurso, a fim
de reformar a decisão recorrida, permitindo-se o prosseguimento do feito em 1ª instância e a cobrança da multa regularmente
aplicada no seu valor integral.
Instrui a minuta com os documentos de fls. 12/242 (autos em PDF).
É o relatório.
DECIDO
Na hipótese, constata-se a presença das condições de admissibilidade do recurso, razão do seu conhecimento.
A teor do disposto no artigo 1.019, inciso I, do Código de Processo Civil, não sendo uma das hipóteses de inadmissão ou de
negativa imediata de provimento do agravo de instrumento, deverá o Relator apreciar o pedido de atribuição de efeito
suspensivo ao recurso ou de antecipação da tutela recursal formulado pelo Recorrente, in litteris:
"Art. 1.019. Recebido o agravo de instrumento no tribunal e distribuído imediatamente, se não for o caso de aplicação do art.
932, incisos III e IV, o relator, no prazo de 5 (cinco) dias:
I - poderá atribuir efeito suspensivo ao recurso ou deferir, em antecipação de tutela, total ou parcialmente, a pretensão
recursal, comunicando ao juiz sua decisão;"
Dispõe o parágrafo único do artigo 995, do mesmo diploma legal, que a decisão recorrida poderá ser suspensa, se da
imediata produção de seus efeitos houver risco de dano grave, de difícil ou impossível reparação, e ficar demonstrada a
probabilidade de provimento do recurso.
Acerca do efeito suspensivo do agravo de instrumento, DANIEL AMORIM ASSUMPÇÃO NEVES leciona:
"O efeito suspensivo caberá sempre que a decisão impugnada tiver conteúdo positivo, ou seja, ser uma decisão que
concede, acolhe, defere alguma espécie de tutela. Nesse caso, a decisão positiva gera efeitos práticos, sendo permitido ao
agravante pedir que tais efeitos sejam suspensos até o julgamento do agravo de instrumento. Tratando-se de efeito
suspensivo ope judicis (impróprio), não basta o mero pedido do agravante, sendo indispensável o preenchimento dos
requisitos previstos pelo art. 995, parágrafo único do Novo CPC: probabilidade de provimento do recurso, ou seja, a aparência
de razão do agravante, e o perigo de risco de dano grave, de difícil reparação, demonstrada sempre que o agravante
convencer o relator de que a espera do julgamento do agravo de instrumento poderá gerar o perecimento de seu direito."
(in Novo Código de Processo Civil Comentado, Salvador: Jus Podvim, 2016, p. 1702)
TJBA – DIÁRIO DA JUSTIÇA ELETRÔNICO – Nº 2.099 - Disponibilização: terça-feira, 13 de março de 2018 Cad 1 / Página 324
Na hipótese, em análise superficial, própria do momento, não vislumbro a coexistência dos requisitos exigidos para o
deferimento do efeito suspensivo ao recurso.
Não está configurada a iminência do perigo de risco de dano grave, de difícil ou impossível reparação, previsto no artigo 995,
parágrafo único, do Código de Processo Civil.
Isto porque, apesar de relevante a argumentação do Agravante, no sentido de ser devida a multa quando arbitrada em
atenção ao disposto no artigo 57, parágrafo único, do Código de Defesa do Consumidor, a suspensão de sua exigibilidade,
a vedação de inscrição do nome do fornecedor no cadastro restritivo do PROCON e expedição de certidão positiva de débitos
fiscais com efeitos de negativa, em relação à dívida ora discutida, durante o trâmite processual e condicionada ao depósito
da quantia de R$ 1.000,00 (um mil reais), não causará qualquer prejuízo ao Agravante.
Sendo assim, e sem que esta decisão vincule o meu entendimento acerca do mérito recursal, e, ainda, não sendo inviável
a hipótese de chegar a conclusão diversa após criteriosa e aprofundada análise, com os demais elementos que virão aos
autos no momento próprio, imperativa é a manutenção da decisão agravada até decisão ulterior desta Corte.
Nestes termos, INDEFIRO O EFEITO SUSPENSIVO POSTULADO AO RECURSO.
Concedo à parte Agravada o prazo de lei para, querendo, apresentar contraminuta.
Publique-se. Cumpra-se.
Salvador/BA, de março de 2018.
Desa. Heloísa Pinto de Freitas Vieira Graddi
Relator
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DA BAHIA
Desa. Heloísa Pinto de Freitas Vieira Graddi
DECISÃO
8004453-57.2018.8.05.0000 Agravo De Instrumento
Jurisdição: Tribunal De Justiça
Agravante: Delson Santos Gomes
Advogado: Layanne De Oliveira Almeida (OAB:0046988/BA)
Advogado: Vanessa Mendes De Oliveira Arcanjo (OAB:0050780/BA)
Advogado: Rosane Fernanda Dos Santos (OAB:0047486/BA)
Agravado: Thais Correa Gomes
Advogado: Glauber Jader Subutzki (OAB:0040005/BA)
Decisão:
THAIS CORRÊA GOMES, maior e estudante universitária, ajuizou ação de alimentos contra DELSON SANTOS GOMES,
requerendo, em tutela de urgência, o arbitramento dos alimentos provisórios no valor equivalente a 33% (trinta e três por
cento) do salário líquido daquele.
O julgador precedente deferiu o pleito e arbitrou a pensão alimentícia no patamar de 20% (vinte por cento) do salário líquido
do Alimentante.
Insatisfeito, o Réu interpõe o agravo de instrumento, argumentando que, desde Janeiro/2018, encontra-se desempregado,
não tendo, pois, condições financeiras de auxiliar com as despesas da Agravada.
Relata que, antes mesmo do desemprego, encontrava-se superendividado, tendo firmado acordo extrajudicial com o
condomínio onde reside, se obrigando a pagar 20 (vinte) parcelas de R$ 360,00 (trezentos e sessenta reais), com termo final
em Setembro/2018. Acrescenta que também firmou acordo com Banco Itaú, se obrigando a pagar a quantia mensal de R$
205,59 (duzentos e cinco reais e cinquenta e nove centavos), no período de Janeiro/2016 a Dezembro/2018.
Afirma que, apesar de ser proprietário de uma casa no município de Vera Cruz, a mesma se encontra fechada, aguardando
o desfecho do processo de divórcio com a mãe da Agravada, não auferindo aluguel do referido bem ou de qualquer outro.
Afirma que na constância do casamento havido com a mãe da agravada adquiriram 02 (dois) veículos, estando cada qual na
posse de um deles.
Relata que a Agravada, maior de idade e estudante universitária, atualmente trabalha no Hospital da Bahia e recebe além do
salário, auxílio vale transporte e alimentação, não necessitando, sequer, da ajuda paterna para prover as suas necessidades
básicas.
Requer, liminarmente, a atribuição do efeito suspensivo ao recurso e, ao final, o seu provimento, com a revogação da
decisão recorrida.
Instrui a minuta com os documentos de fls. 18/82 (autos em PDF)
É o relatório.
DECIDO.
Defiro a gratuidade da Justiça recursal, vez que, como demonstra a cópia da CTPS (fl. 71 dos autos em PDF), não tem o
Recorrente condições de arcar com o pagamento das custas recursais sem prejuízo próprio e de sua família.
Por fim, presentes as demais condições de admissibilidade do agravo de instrumento, conheço-o.
A teor do disposto no artigo 1.019, inciso I, do Código de Processo Civil, não sendo uma das hipóteses de inadmissão ou de
negativa imediata de provimento do agravo de instrumento, deverá o Relator apreciar o pedido de atribuição de efeito
suspensivo ao recurso ou de antecipação da tutela recursal formulado pelo Recorrente, in litteris:
"Art. 1.019. Recebido o agravo de instrumento no tribunal e distribuído imediatamente, se não for o caso de aplicação do art.
932, incisos III e IV, o relator, no prazo de 5 (cinco) dias:
TJBA – DIÁRIO DA JUSTIÇA ELETRÔNICO – Nº 2.099 - Disponibilização: terça-feira, 13 de março de 2018 Cad 1 / Página 325
I - poderá atribuir efeito suspensivo ao recurso ou deferir, em antecipação de tutela, total ou parcialmente, a pretensão
recursal, comunicando ao juiz sua decisão;"
Dispõe o parágrafo único do artigo 995, do mesmo diploma legal, que a decisão recorrida poderá ser suspensa, se da
imediata produção de seus efeitos houver risco de dano grave, de difícil ou impossível reparação, e ficar demonstrada a
probabilidade de provimento do recurso.
Acerca do efeito suspensivo do agravo de instrumento, DANIEL AMORIM ASSUMPÇÃO NEVES leciona:
"O efeito suspensivo caberá sempre que a decisão impugnada tiver conteúdo positivo, ou seja, ser uma decisão que
concede, acolhe, defere alguma espécie de tutela. Nesse caso, a decisão positiva gera efeitos práticos, sendo permitido ao
agravante pedir que tais efeitos sejam suspensos até o julgamento do agravo de instrumento. Tratando-se de efeito
suspensivo ope judicis (impróprio), não basta o mero pedido do agravante, sendo indispensável o preenchimento dos
requisitos previstos pelo art. 995, parágrafo único do Novo CPC: probabilidade de provimento do recurso, ou seja, a aparência
de razão do agravante, e o perigo de risco de dano grave, de difícil reparação, demonstrada sempre que o agravante
convencer o relator de que a espera do julgamento do agravo de instrumento poderá gerar o perecimento de seu direito."
(in Novo Código de Processo Civil Comentado, Salvador: Jus Podvim, 2016, p. 1702)
Na hipótese, em análise superficial, própria do momento, vislumbro, por ora, a coexistência dos requisitos exigidos para o
deferimento do efeito suspensivo ao recurso.
A fundamentação recursal é aparentemente relevante porque, apesar da maioridade civil não constituir, por si só, motivo
para afastar a obrigação alimentar, esta cessará na espécie quando demonstrada a falta de necessidade do alimentando ou
a impossibilidade do alimentante.
No caso em julgamento, duma primeira e não aprofundada análise, verifico que o Agravante não tem condições de suportar
o pagamento da prestação alimentícia em favor da Agravada, maior e universitária, por encontra-se desempregado, como
demonstra cópia da CTPS de fls. 63/71.
No mesmo sentido é a intelecção da jurisprudência, como se observa do seguinte julgado:
"DIREITO DE FAMÍLIA. EXONERAÇÃO DE ALIMENTOS. MAIORIDADE CIVIL. FILHO COM ESTUDOS ATRASADOS. EDUCAÇÃO
DE JOVENS E ADULTOS. CONCLUSÃO FORA DO PRAZO PREVISTO. DESINTERESSE. NECESSIDADE NÃO DEMONSTRADA.
PAI DESEMPREGADO. CAPACIDADE FINANCEIRA REDUZIDA. AUSÊNCIA DE POSSIBILIDADE. VERIFICAÇÃO. MANUTENÇÃO
DA PENSÃO ALIMENTÍCIA. INVIABILIDADE. SENTENÇA MANTIDA. 1. A maioridade civil não representa, necessariamente, a
independência financeira do alimentando. Por esse motivo, a jurisprudência já consolidada nos tribunais pátrios tem
garantido ao filho maior, que esteja cursando faculdade, ou mesmo curso técnico profissionalizante, a mantença da pensão
alimentícia que já venha percebendo, desde que reste comprovado o binômio necessidade e possibilidade. 2. Tendo
abdicado da oportunidade de estudar no momento oportuno, sendo pessoa jovem e apta para o trabalho, cumpre ao
alimentando buscar a própria subsistência, tal como parte considerável dos seus semelhantes, no particular, também
porque o curso que frequenta é noturno, não o impedindo de procurar uma colocação intermediária regular até obter uma
profissão melhor, e haja vista que seu genitor encontra-se desempregado, o que a rigor denota que ele não possui capacidade
financeira de ampará-lo, mormente, quando o postulante não demonstra interesse em superar a fase estudantil em que se
encontra. 3. Configurando-se ausente a necessidade do filho em permanecer recebendo alimentos após ter atingido a
maioridade civil e atestada a incapacidade financeira do genitor para continuar provendo a prole, o requerimento de exoneração
de alimentos é procedente, não merecendo reforma a r. sentença resistida. 4. RECURSO CONHECIDO E IMPROVIDO.
SENTENÇA MANTIDA." Grifei
(TJ-DF - APC: 20110910216128, Relator: ALFEU MACHADO, Data de Julgamento: 20/05/2015, 3ª Turma Cível, Data de
Publicação: Publicado no DJE : 22/05/2015 . Pág.: 179)
Por tal razão, há, em princípio, probabilidade de provimento do recurso a ensejar a concessão do efeito suspensivo postulado.
Por fim, há indícios nos autos de que a imediata produção dos efeitos da decisão agravada poderá gerar risco de dano
grave, de difícil ou incerta reparação ao Agravante, vez que a inadimplência da obrigação alimentar pode acarretar a prisão
civil do seu devedor.
Sendo assim, e sem que esta decisão vincule o meu entendimento acerca do mérito recursal, e, ainda, não sendo inviável
a hipótese de chegar a conclusão diversa após criteriosa e aprofundada análise, com os demais elementos que virão aos
autos no momento próprio, imperativa é a suspensão da decisão agravada até ulterior decisão desta Corte.
Nestes termos, DEFIRO O EFEITO SUSPENSIVO POSTULADO AO RECURSO.
Comunique-se o juízo de origem para que tome ciência do teor da presente decisão (artigo 1019, inciso I, parte final, do CPC/
15), bem como para que preste as informações de estilo, caso entenda necessário.
Concedo a parte Agravada o prazo de lei para, querendo, apresentar contraminuta.
Publique-se. Cumpra-se.
Atribuo à presente decisão força de mandado.
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DA BAHIA
Desa. Heloísa Pinto de Freitas Vieira Graddi
DECISÃO
8003914-91.2018.8.05.0000 Agravo De Instrumento
Jurisdição: Tribunal De Justiça
Agravante: O Estado Da Bahia
Agravado: Luciete Dos Santos Oliveira
TJBA – DIÁRIO DA JUSTIÇA ELETRÔNICO – Nº 2.099 - Disponibilização: terça-feira, 13 de março de 2018 Cad 1 / Página 326
Decisão:
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DA BAHIA
Quarta Câmara Cível
________________________________________
Processo: AGRAVO DE INSTRUMENTO n. 8003914-91.2018.8.05.0000
Órgão Julgador: Quarta Câmara Cível
AGRAVANTE: O ESTADO DA BAHIA
Advogado(s):
AGRAVADO: LUCIETE DOS SANTOS OLIVEIRA
Advogado(s): DANILLO EDER PINHEIRO CARVALHO (OAB:2934900A/BA)
DECISÃO
LUCIETE DOS SANTOS OLIVEIRA ajuizou ação ordinária contra o ESTADO DA BAHIA requerendo, em tutela de urgência, sua
imediata nomeação e posse para o cargo de coordenadora pedagógica do Magistério Público do Ensino Fundamental e do
Ensino Médio do Estado da Bahia, do quadro de pessoal da Secretaria da Educação, no município de Retirolândia.
O Juízo precedente deferiu o pleito e determinou a adoção das medidas necessárias ao cumprimento da ordem judicial, no
prazo de 10 (dez) dias, sob pena de multa diária de R$ 100,00 (cem reais).
Insatisfeito, o Réu interpõe o recurso de agravo de instrumento, suscitando a preliminar de falta de interesse de agir, em
razão do término de validade do certame, e a prejudicial de prescrição quinquenal.
No mérito, sustenta que não se evidencia, de modo algum, a urgência necessária para lastrear a tutela provisória de
pretendida.
Alega que há o risco de irreversibilidade da medida, pois valores serão subtraídos do erário sem qualquer possibilidade de
retorno, com prejuízo considerável aos cofres públicos, em momento de grave crise econômica.
Afirma que o verdadeiro perigo de lesão existe para a Administração Pública, e não para a Agravada, porquanto a manutenção
da decisão recorrida onera os cofres públicos, vez que redunda em inclusão da Recorrida em folha de pagamento, o que é
vedado pelo artigo 2-B da Lei 9.494/97 e pelo artigo 7º, parágrafos 2º e 5º, da Lei nº 12.016/09.
Requer, liminarmente, a atribuição do efeito suspensivo ao agravo de instrumento e, ao final, o provimento do recurso, a fim
de cassar a decisão recorrida.
É o relatório.
DECIDO
Na hipótese, constata-se a presença das condições de admissibilidade do recurso, razão do seu conhecimento.
A teor do disposto no artigo 1.019, inciso I, do Código de Processo Civil, não sendo uma das hipóteses de inadmissão ou de
negativa imediata de provimento do agravo de instrumento, deverá o Relator apreciar o pedido de atribuição de efeito
suspensivo ao recurso ou de antecipação da tutela recursal formulado pelo Recorrente, in litteris:
"Art. 1.019. Recebido o agravo de instrumento no tribunal e distribuído imediatamente, se não for o caso de aplicação do art.
932, incisos III e IV, o relator, no prazo de 5 (cinco) dias:
I - poderá atribuir efeito suspensivo ao recurso ou deferir, em antecipação de tutela, total ou parcialmente, a pretensão
recursal, comunicando ao juiz sua decisão;"
Dispõe o parágrafo único do artigo 995, do mesmo diploma legal, que a decisão recorrida poderá ser suspensa, se da
imediata produção de seus efeitos houver risco de dano grave, de difícil ou impossível reparação, e ficar demonstrada a
probabilidade de provimento do recurso.
Acerca do efeito suspensivo do agravo de instrumento, DANIEL AMORIM ASSUMPÇÃO NEVES leciona:
"O efeito suspensivo caberá sempre que a decisão impugnada tiver conteúdo positivo, ou seja, ser uma decisão que
concede, acolhe, defere alguma espécie de tutela. Nesse caso, a decisão positiva gera efeitos práticos, sendo permitido ao
agravante pedir que tais efeitos sejam suspensos até o julgamento do agravo de instrumento. Tratando-se de efeito
suspensivo ope judicis (impróprio), não basta o mero pedido do agravante, sendo indispensável o preenchimento dos
requisitos previstos pelo art. 995, parágrafo único do Novo CPC: probabilidade de provimento do recurso, ou seja, a aparência
de razão do agravante, e o perigo de risco de dano grave, de difícil reparação, demonstrada sempre que o agravante
convencer o relator de que a espera do julgamento do agravo de instrumento poderá gerar o perecimento de seu direito."
(in Novo Código de Processo Civil Comentado, Salvador: Jus Podvim, 2016, p. 1702)
Na hipótese, em análise superficial, própria do momento, não vislumbro a coexistência dos requisitos exigidos para o
deferimento do efeito suspensivo ao recurso.
Saliente-se, de logo, que a preliminar e a prejudicial não serão apreciadas neste momento processual, em respeito ao
disposto nos artigos 7º e 10 do Código de Processo Civil, que asseguram o contraditório à parte adversa, ainda que se
tratem de matérias apreciáveis ex officio.
No mérito, a fundamentação recursal é aparentemente irrelevante, vez que, conforme entendimento do Superior Tribunal de
Justiça, a vedação de concessão de liminar ou tutela de urgência contra a Fazenda Pública, que importe em despesas para
os cofres públicos, não se aplica às hipóteses em que o autor busca sua nomeação e posse em cargo público, em razão da
sua aprovação no concurso público.
TJBA – DIÁRIO DA JUSTIÇA ELETRÔNICO – Nº 2.099 - Disponibilização: terça-feira, 13 de março de 2018 Cad 1 / Página 327
Neste sentido:
ADMINISTRATIVO. CONCURSO PÚBLICO. CANDIDATO APROVADO DENTRO DO NÚMERO DE VAGAS. EXECUÇÃO
PROVISÓRIA DE SENTENÇA CONTRA A FAZENDA PÚBLICA. POSSIBILIDADE. MEDIDA LIMINAR CONTRA O PODER PÚBLICO.
LIMINARES SATISFATIVAS IRREVERSÍVEIS. SÚMULA 7/STJ. AFRONTA AOS ARTS. 1º, § 3º, DA LEI N. 8.437/92 E 1º DA LEI N.
9.494/97. NÃO OCORRÊNCIA.
[...]
3. "A vedação contida nos arts. 1º, § 3º, da Lei 8.437/92 e 1º da Lei 9.494/97, quanto à concessão de antecipação de tutela
contra a Fazenda Pública nos casos de aumento ou extensão de vantagens a servidor público, não se aplica nas hipóteses
em que o autor busca sua nomeação e posse em cargo público, em razão da sua aprovação no concurso público. Precedente
do STJ" (AgRg no Ag 1.161.985/ES, Rel. Min. Arnaldo Esteves Lima, Quinta Turma, julgado em 22.6.2010, DJe 2.8.2010).
Agravo regimental improvido." Grifei
(STJ, AgRg no AREsp 17.774/DF, Rel. Ministro HUMBERTO MARTINS, SEGUNDA TURMA, julgado em 18/10/2011, DJe 26/10/
2011)
Infere-se dos autos, em análise apriorística, que a Agravada, aprovada no número de vagas em concurso público, foi
convocada, mediante ordem judicial, para apresentar documentação e se submeter a exames médicos, e, mesmo após ter
sido considerada apta, não foi nomeada e empossada no cargo público, revelando-se, por ora, devida a concessão da
liminar pretendida.
Pelas razões expostas, não há, em princípio, probabilidade de provimento do recurso a ensejar a atribuição do efeito
suspensivo ao recurso.
A ausência de um dos requisitos é o bastante para o indeferimento da pretensão.
Sendo assim, e sem que esta decisão vincule o meu entendimento acerca do mérito recursal, e, ainda, não sendo inviável
a hipótese de chegar a conclusão diversa após criteriosa e aprofundada análise, com os demais elementos que virão aos
autos no momento próprio, imperativa é a manutenção da decisão agravada até decisão ulterior desta Corte.
Nestes termos, INDEFIRO O EFEITO SUSPENSIVO POSTULADO AO RECURSO.
Concedo à parte Agravada o prazo de lei para, querendo, apresentar contraminuta.
Publique-se. Cumpra-se.
Salvador/BA, de março de 2018.
Desa. Heloísa Pinto de Freitas Vieira Graddi
Relator
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DA BAHIA
Desa. Heloísa Pinto de Freitas Vieira Graddi
DESPACHO
8003620-39.2018.8.05.0000 Petição (cível)
Jurisdição: Tribunal De Justiça
Parte Autora: Girlane Leal Gomes
Advogado: Larissa Oliveira De Barros (OAB:0052467/BA)
Parte Ré: Severino Bento Dos Santos
Despacho:
Conforme certificado nos autos, a distribuição do recurso de apelação pelo advogado peticionante, foi procedida de forma
equivocada, pois direcionado à Instância Superior quando deveria ter sido interposto na origem, conforme dispõe o artigo
1.010 do Código de Processo Civil.
Diante do exposto, determino o retorno dos autos ao SECOMGE, que deverá adotar as providências necessárias à remessa
do feito ao setor de distribuição competente.
Publique-se. Cumpra-se.
Salvador/BA, de março de 2018.
Desa. Heloísa Pinto de Freitas Vieira Graddi
Relator
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DA BAHIA
Desa. Heloísa Pinto de Freitas Vieira Graddi
DESPACHO
8003612-62.2018.8.05.0000 Agravo De Instrumento
Jurisdição: Tribunal De Justiça
Agravante: Zelia Das Merces Silva
Agravado: Diretor Do Núcleo Regional De Saude Macro Centro-leste
Agravado: Diretor Geral Do Hospital Geral Clériston Andrade
Despacho:
Certifique a Secretaria da Câmara se houve interposição de recurso contra a decisão de fl. 5.
Conclusos, após.
Intime-se.
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DA BAHIA
Desa. Heloísa Pinto de Freitas Vieira Graddi
DESPACHO
8002291-89.2018.8.05.0000 Agravo De Instrumento
Jurisdição: Tribunal De Justiça
Agravante: Luciano Andrade De Almeida
Advogado: Elias Mubarak Junior (OAB:0120415/SP)
Agravante: Livia Perazzo De Almeida
Advogado: Elias Mubarak Junior (OAB:0120415/SP)
Agravante: Yolanda Pitombo De Almeida
Advogado: Elias Mubarak Junior (OAB:0120415/SP)
Agravado: Juízo Da 1ª Vara Cível E Comercial De Salvador - Ba
Despacho:
Encaminhem-se os autos à Douta Procuradoria de Justiça, para a apreciação de um dos seus ilustres membros, em
atenção ao disposto no artigo 48, inciso X, do Regimento Interno do nosso Tribunal de Justiça.
Conclusos, após.
Publique-se. Cumpra-se.
Salvador/BA, de março de 2018.
Desa. Heloísa Pinto de Freitas Vieira Graddi
Relatora
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DA BAHIA
Desa. Heloísa Pinto de Freitas Vieira Graddi
DESPACHO
8001916-88.2018.8.05.0000 Agravo De Instrumento
Jurisdição: Tribunal De Justiça
Agravante: Marcos Henrique Lima Conceicao
Advogado: Rodrigo Pinheiro Schettini (OAB:2097500A/BA)
Agravado: Banco Yamaha Motor Do Brasil S.a.
Despacho:
Constata-se pedido de gratuidade também para as custas do presente recurso, que não foram recolhidas.
Em que pese o benefício ser objeto do agravo de instrumento, a gratuidade do preparo recursal deve ser analisada
preambularmente à admissibilidade da insurgência, consoante estabelece o Código de Processo Civil no parágrafo 7º do
artigo 99 combinado com o parágrafo 2º do mesmo dispositivo.
Tratando-se de pleito formulado por taxista e considerando o teor da decisão agravada, concedo à Agravante o prazo de 05
(cinco) dias para apresentar documentação que comprove a impossibilidade financeira para arcar com preparo do agravo
de instrumento, sob pena de indeferimento do benefício no âmbito recursal.
Isso porque a certidão de que sua declaração de imposto de renda não consta da base de dados da receita federal não
evidencia, só por si, carência financeira.
Após, voltem-me conclusos.
Salvador, de Março de 2018.
HELOÍSA PINTO DE FREITAS VIEIRA GRADDI
RELATORA
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DA BAHIA
Desa. Heloísa Pinto de Freitas Vieira Graddi
DESPACHO
8000842-33.2017.8.05.0000 Agravo De Instrumento
Jurisdição: Tribunal De Justiça
Agravante: Jerferson Santos Pereira
Advogado: Mario Pereira Braz (OAB:0040178/BA)
Advogado: Cristiano Moreira Da Silva (OAB:0017205/BA)
Agravante: Genival Pereira De Souza
Advogado: Mario Pereira Braz (OAB:0040178/BA)
Advogado: Cristiano Moreira Da Silva (OAB:0017205/BA)
Agravado: Larissa Ribeiro Dos Santos
Advogado: Roque Umburanas De Oliveira (OAB:0005666/BA)
Despacho:
TJBA – DIÁRIO DA JUSTIÇA ELETRÔNICO – Nº 2.099 - Disponibilização: terça-feira, 13 de março de 2018 Cad 1 / Página 329
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DA BAHIA
Desa. Heloísa Pinto de Freitas Vieira Graddi
DESPACHO
8001058-91.2017.8.05.0000 Agravo De Instrumento
Jurisdição: Tribunal De Justiça
Agravante: Hapvida Assistencia Medica Ltda
Advogado: Marcus Vinicius Brito Passos Silva (OAB:0020073/BA)
Agravado: Natercia Regis
Advogado: Carlos Jose Alcantara (OAB:0006617/BA)
Despacho:
Fale a Agravada, no prazo legal da espécie, sobre o agravo interno interposto pela empresa Agravante (Num. 704079).
Determino à Secretaria que providencie a retificação da certidão lançada nos autos (Num. 794892), vez que a Recorrida
apresentou as contrarrazões ao Agravo de Instrumento, como se infere do documento 'Num. 647483'.
Cumpra-se.
Salvador, de Março de 2018
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DA BAHIA
Des. Roberto Maynard Frank
DECISÃO
8003823-98.2018.8.05.0000 Agravo De Instrumento
Jurisdição: Tribunal De Justiça
Agravante: J. J. D. O. F.
Advogado: Debora Ester Sobreira Figueredo (OAB:0039528/BA)
Agravado: I. C. P.
Agravado: J. H. P. D. O.
Decisão:
Trata-se de Agravo de Instrumento com pedido de efeito suspensivo interposto por JÉSUS JERÔNIMO DE OLIVEIRA FILHO
contra a decisão de fl. 56 dos autos de origem, proferida pela MM Juíza de Direito da 4ª Vara de Família, Sucessões, Órfãos,
Interditos e Ausentes da Comarca de Salvador que, nos autos de Ação de Alimentos nº 0570643-15.2017.8.05.0001, ajuizada
por Jesus Henrique Prinz de Oliveira, representado por sua genitora, arbitrou alimentos provisórios em 02 (dois) salários
mínimos, que deverão ser pagos mediante depósito na conta em nome da representante do menor, todo dia 05 de cada
mês.
Inicialmente, requer o Agravante a gratuidade da justiça, alegando não possuir condições de arcar com as custas do recurso
sem prejuízo ao seu sustento, uma vez que está desempregado e possui apenas como fonte de renda "bicos" que faz como
motorista da empresa 99 POP.
Ademais, requer a concessão de efeito suspensivo ao recurso, porquanto não possui condições para arcar com os alimentos
no valor arbitrado, motivo pelo qual pleiteia sua minoração para o percentual de 30% (trinta por cento) de seu rendimento
mensal.
Neste diapasão, sustenta que está desempregado e que obtém seu sustento fazendo "bicos" como motorista, o que lhe
garante rendimento médio mensal bruto de R$ 1.600,00 (mil e seiscentos reais), segundo alega, porém que também
possui despesas com a manutenção do veículo, além de combustível, seguro, IPVA e pacote de dados do smartphone para
usar durante o trabalho.
Outrossim, refuta a alegação de que possui renda decorrente do aluguel de três imóveis, pois apenas um deles está locado,
aquele situado em Nova Brasília, que gera uma renda mensal de R$ 515,00 (quinhentos e quinze reais) ao Agravante.
Ademais, afirma que o imóvel do Itaigara pertence a sua mãe.
Por outro lado, pondera que a manutenção e sustento de seu filho devem ser partilhados com sua ex esposa, até porque
está desempregado e passa por sérias dificuldades financeiras, pois não obteve êxito em se reinserir no mercado de
trabalho, em sua profissão de T.I.
Além disso, afirma que arca com despesa da mensalidade do colégio de seu filho, além de despesas com lazer e vestuário
daquele.
TJBA – DIÁRIO DA JUSTIÇA ELETRÔNICO – Nº 2.099 - Disponibilização: terça-feira, 13 de março de 2018 Cad 1 / Página 330
No mérito, requer o conhecimento e provimento do recurso interposto, para reformar a decisão guerreada e reduzir o valor
fixado a título de alimentos provisórios para o percentual de 30% (trinta por cento) do seu rendimento mensal, no valor de R$
480,00 (quatrocentos e oitenta reais) com fundamento no binômio necessidade x possibilidade.
É o relatório. Decido.
Inicialmente, defiro o benefício da justiça gratuita ao Agravante em grau recursal, em face da documentação colacionada ao
agravo de instrumento (sobretudo em face do documento ID nº 765463), que atesta a rescisão do contrato de trabalho do
Recorrente em 08/07/2015, além da declaração de imposto de renda do exercício de 2017 (correspondente ao ano calendário
2016 - documento ID nº 765582).
Pois bem.
Analisando os autos, denota-se que os alimentos provisórios deferidos no juízo originário, e que ora se discutem, têm por
base o liame parental, já que se destinam a filho menor.
É cediço que constitui dever legal dos pais prestar o sustento, bem como assegurar a plena educação aos filhos menores.
Tem-se entendido que há levar em conta, na estipulação da verba alimentar, à proporcionalidade entre as necessidades de
quem reclama e os recursos de quem é obrigado a prestar-lhe o sustento. Trata-se do denominado "trinômio necessidade/
possibilidade/proporcionalidade", cuja aplicação varia conforme a situação trazida à consideração do julgador em cada
caso concreto. Essa é a disciplina estabelecida pelos arts. 1.694 e 1.695 do Código Civil de 2002.
In casu, o Agravante anexou ao caderno recursal documentos que atestam sua impossibilidade de arcar com os alimentos
no valor fixado pela magistrada de origem. Neste diapasão, colacionou aos autos cópia de sua carteira de trabalho,
comprovando que se encontra desempregado (ID nº 765463 - cópia de sua carteira de trabalho), bem como documentos
que demonstram que atualmente faz transporte como motorista pela empresa 99 POP.
Por outro lado, consoante cópia de contrato de locação anexado ao processo, atesta que aufere renda mensal decorrente do
aluguel de um imóvel no valor de R$ 550,00 (quinhentos e cinquenta reais), uma vez que o outro imóvel pertencente ao
Agravante teve seu contrato rescindido (documento ID 765471). Ademais, foi comprovado que o imóvel situado no Edifício
Cidade Jardim pertence a sua mãe, consoante escritura de compra e venda (documento ID 765480).
Em síntese, em análise perfunctória, própria deste momento processual, levando-se em consideração inclusive cópia de
declaração de imposto de renda do Agravante do exercício de 2017 colacionada aos autos (correspondente ao ano calendário
2016 - documento ID nº 765582), verifica-se que a manutenção da decisão de origem ocasionará violação ao trinômio
necessidade/possibilidade/proporcionalidade, uma vez que, no presente momento, o valor fixado dos alimentos está muito
além da possibilidade e da proporcionalidade encartada nos autos.
Por tais considerações, defiro, parcialmente, o efeito suspensivo requerido pelo Agravante reduzindo a pensão alimentícia
para o valor de um salário mínimo, até julgamento final do instrumental, valor este a ser corrigido de acordo com o reajuste
anual do salário mínimo, a ser depositado no dia 05 de cada mês, em conta judicial em nome da genitora.
Intime-se o Agravado, por sua representante legal, para que apresente contrarrazões ao recurso, querendo, por seu advogado,
no prazo legal.
Com ou sem resposta, e após as informações, encaminhem-se os autos à douta Procuradoria Geral de Justiça.
Publique-se. Intimem-se.
Salvador, 12 de março de 2018.
Des. Roberto Maynard Frank
Relator
No recurso, pugnam os Recorrentes pela concessão de efeito suspensivo, arguindo que a manutenção da decisão vergastada
pode lhes acarretar lesão de difícil reparação.
TJBA – DIÁRIO DA JUSTIÇA ELETRÔNICO – Nº 2.099 - Disponibilização: terça-feira, 13 de março de 2018 Cad 1 / Página 331
No mérito, requerem o provimento do recurso para reformar a decisão primeva e firmar a competência no juízo por eles
eleito, uma vez que o pleito originário é incompatível com os princípios da simplicidade, da economia processual e da
celeridade, os quais orientam o procedimento abreviado dos Juizados Especiais.
É o relatório. Decido.
Inicialmente, verifico que a matéria em julgamento neste feito é objeto do Incidente de Assunção de Competência n.º
0007667-32.2017.8.05.0000 e que foi determinado pelo Relator, Des. José Edivaldo Rocha Rotondano "a suspensão imediata
do trâmite de todos os agravos de instrumentos interpostos contra decisões que versaram sobre competência proferidas
após o início da vigência do Código de Processo Civil de 2015, bem como das ações em primeiro grau de jurisdição em que
proferidas as decisões agravadas".
No que pertine à admissão de incidentes, o Código de Processo Civil de 2015 prevê, em seu art. 982, §2º, a possibilidade
de análise de pedido de urgência durante o sobrestamento do feito.
Por tudo exposto, indefiro o efeito suspensivo, mantendo íntegra a decisão objurgada, bem como determino o sobrestamento
do feito, que deve ser encaminhado à Quarta Câmara Cível para aguardar o julgamento final do IAC n.º 0007667-
32.2017.805.0000 pelas Seções Cíveis Reunidas.
Intime-se a parte agravada para, querendo, apresentar contrarrazões, nos termos do artigo 1.019, inciso II, do NCPC.
Após, permaneçam os autos sobrestados na Secretaria da Quarta Câmara Cível até o julgamento definitivo do supracitado
incidente.
Publique-se. Intimem-se. Cumpra-se.
Salvador-BA, 12 de março de 2018.
Des. Roberto Maynard Frank
Relator
TJBA – DIÁRIO DA JUSTIÇA ELETRÔNICO – Nº 2.099 - Disponibilização: terça-feira, 13 de março de 2018 Cad 1 / Página 332
Tratando-se de matéria afeita à admissibilidade do Recurso Especial, verifico que a mesma deve ser apreciada pelo órgão
com atribuição para tanto no Tribunal que é a 2ª Vice-Presidência.
Com efeito, o julgamento do agravo de instrumento e dos respectivos embargos de declaração encerrou a atribuição deste
Relator junto ao feito, de modo que a questão atinente ao Recurso Especial deve ser apreciada pelo órgão competente para
se manifestar sobre a sua admissibilidade.
Desta feita, determino a remessa dos autos para a 2ª Vice-Presidência, na forma do artigo 86, inc. III, do Regimento Interno
deste Tribunal de Justiça.
Publique-se. Intimem-se. Cumpra-se.
Processo nº :0025459-96.2017.8.05.0000
Classe Assunto :Agravo de Instrumento - Efeitos
Agravante : Maria Aparecida de Jesus
Agravado : Ministério Público do Estado da Bahia
Advogado : Claudia Pereira Quadros
DESPACHO
DESPACHO
Verifiquei que a matéria em julgamento neste feito, relativa à análise de prescrição está inserida em tema afetado aos
Recursos Especiais nºs 1658517/PA e 1641011/PA, que foram eleitos como representativos de controvérsia, com determinação
de sobrestamento de todos os Recursos em trâmite nos Tribunais de Justiça.
Com efeito, foi fixado o tema de nº 980, no Superior Tribunal de Justiça com a seguinte ementa: " (i) Termo inicial do prazo
prescricional da cobrança judicial do Imposto Predial e Territorial Urbano - IPTU, bem como (ii) sobre a possibilidade de o
parcelamento de ofício da dívida tributária ser considerado causa suspensiva da contagem da prescrição".
Nestes citados Recursos Especiais foram determinados pelo Ministro Relator a suspensão dos processos que versem
sobre o mesmo tema, o que afeta diretamente o presente feito.
Diante do exposto, determino o sobrestamento do feito, que deve ser encaminhado à Quarta Câmara Cível para aguardar o
julgamento final dos Recursos Especiais nºs 1658517/PA e 1641011/PA pelo Superior Tribunal de Justiça.
Publique-se. Intimem-se.
DECISÃO
Trata-se de Apelação Cível interposta pelo Município do Salvador, em face da sentença de fls. 33/40, proferida pela MM. Juíza
de Direito da 2ª Vara da Fazenda Pública da Comarca de Salvador que extinguiu o processo com julgamento do mérito,
reconhecendo a prescrição intercorrente.
No Apelo (fls. 42/48), o Recorrente pleiteia a reforma ou a "invalidação" do pronunciamento judicial vergastado com o devido
prosseguimento da demanda, em virtude da inocorrência da prescrição direta ou intercorrente, do crédito tributário, bem
como em face da ausência de sua intimação acerca de causa suspensiva ou interruptiva do lustro prescricional e incidência
da súmula 106 do STJ.
TJBA – DIÁRIO DA JUSTIÇA ELETRÔNICO – Nº 2.099 - Disponibilização: terça-feira, 13 de março de 2018 Cad 1 / Página 334
Nesta Instância Superior, distribuídos os autos, coube-me, por sorteio, o encargo de Relator.
É o relatório. Decido.
Inicialmente impende destacar que o tema ora examinado é diverso do que fora afetado no tema 980 do STJ decorrente do
recursos especiais nº 1658517 e 1641011 ambos do Estado do Pará, porquanto aqui se discute prescrição intercorrente e
na afetação prescrição direta, ambas sobre o IPTU, consoante ementa dos acórdãos de mesmo teor:
" PROCESSUAL CIVIL E TRIBUTÁRIO. REPRESENTATIVO DE CONTROVÉRSIA ADMITIDO PELO TJPA. PROPOSTA DE
AFETAÇÃO. RECURSO ESPECIAL. IPTU. CONTROVÉRSIA ACERCA (I) DO TERMO INICIAL DO PRAZO PRESCRICIONAL DA
COBRANÇA JUDICIAL DO IPTU E (II) DA POSSIBILIDADE DE O PARCELAMENTO DE OFÍCIO DA DÍVIDA TRIBUTÁRIA SER
CONSIDERADO CAUSA SUSPENSIVA DA CONTAGEM DA PRESCRIÇÃO. 1. Delimitação da controvérsia: (i) termo inicial do
prazo prescricional da cobrança judicial do Imposto Predial e Territorial Urbano - IPTU, bem como (ii) sobre a possibilidade
de o parcelamento de ofício da dívida tributária ser considerado causa suspensiva da contagem da prescrição. 2. Recurso
Especial afetado ao rito do art. 1.036 e seguintes do CPC/2015 (art. 256-I do RISTJ)."
Pois bem.
Analisando os autos, denota-se que a ação de execução fiscal foi ajuizada em 25/04/2008 cobrando IPTU e TL dos exercícios
financeiros de 2005 e 2006.
Acrescento que inocorreu a prescrição intercorrente, porquanto em nenhum momento foi despachada a petição de fl. 26,
protocolada pela exequente em 07/04/2017, através da qual a Procuradoria do Município requer a desconsideração da
personalidade jurídica da empresa e o redirecionamento da execução para o sócio, não podendo as partes serem
surpreendidas com a sentença prolatada em 04 de agosto de 2017, pois tal situação viola o princípio da não surpresa,
estampado no parágrafo único do artigo 493 do CPC.
Nesse sentido:
TRIBUTÁRIO E PROCESSUAL CIVIL. APLICABILIDADE DO ART. 40, § 4º, DA LEI N. 6.830/80. PRESCRIÇÃO INTERCORRENTE.
EXECUÇÃO FISCAL QUE PERDURA POR MAIS DE DEZ ANOS APÓS A CITAÇÃO DO DEVEDOR. MATÉRIA SUBMETIDA A
RECURSO REPETITIVO. RESP 1.340.553-RS. AGUARDANDO JULGAMENTO. SOBRESTAMENTO NA ORIGEM.
NECESSIDADE. RETORNO DOS AUTOS. O núcleo da questão tratada no presente processo - aplicabilidade do art. 40, § 4º,
da Lei n. 6.830/80, que possibilita a decretação de ofício da prescrição intercorrente às execuções fiscais sem movimentação
relevante por mais de cinco anos - é o mesmo debatido no REsp 1.340.553-RS, da relatoria Min. Mauro Campbell Marques,
afetado à Primeira Seção, aguardando o julgamento sob o rito dos recursos repetitivos (art. 543-C do CPC). Deve, portanto,
ser mantida a decisão que determinou a devolução dos autos ao Tribunal de origem. Agravo regimental improvido.(STJ -
AgRg no AREsp: 671734 RJ 2015/0045102-7, Relator: Ministro HUMBERTO MARTINS, Data de Julgamento: 28/04/2015, T2
- SEGUNDA TURMA, Data de Publicação: DJe 06/05/2015)
PROCESSUAL CIVIL. EXECUÇÃO FISCAL. PRESCRIÇÃO. DEMORA. CITAÇÃO. SETE ANOS PARA EXPEDIÇÃO DO MANDADO
CITATÓRIO. FALHA NO MECANISMO JUDICIÁRIO. SÚMULA 106/STJ. 1. É pacífica a orientação pela aplicabilidade do § 1° do
art. 219 do CPC às Execuções Fiscais para cobrança de crédito tributário. A Primeira Seção do STJ, ao julgar recurso sob o
regime do art. 543-C do CPC, firmou o entendimento de que, ajuizada tempestivamente a ação, a citação válida do demandado
faz com que a interrupção da prescrição retroaja ao momento da sua propositura (REsp 1.120.295/SP, Rel. Ministro Luiz Fux,
Primeira Seção, DJe 21.5.2010). 2. No aludido precedente, ficou ressalvado que, em conformidade com o disposto no art.
219, § 2°, do CPC, incumbe à parte promover a citação no prazo legal, não ficando prejudicada pela demora imputável
exclusivamente ao serviço judiciário (Súmula 106/STJ). 3. In casu, o crédito tributário foi constituído em 1996 e a Execução
Fiscal, ajuizada antes do transcurso do prazo quinquenal, em 10 de janeiro de 2000. Sucede que, somente em 4.12.2007 -
mais de 7 (sete) anos após a propositura da demanda -, é que fora expedido o mandado citatório. 4. Em tal hipótese, a
demora para a efetivação da citação deve ser imputada ao Poder Judiciário, pois a expedição de mandado citatório é ato de
competência exclusiva de órgão da Justiça. 5. Agravo Regimental não provido.(AgRg no AREsp 661.584/PI, Rel. Ministro
HERMAN BENJAMIN, SEGUNDA TURMA, julgado em 02/06/2015, DJe 05/08/2015)
Por tais considerações, dou provimento ao recurso, nos termos do artigo 932, V alínea "b" do CPC.
Publique-se. Intimem-se.
No recurso, afirma presentes os requisitos ensejadores para a concessão do efeito suspensivo ativo, porquanto a manutenção
da decisão agravada poderá lhe ocasionar danos de difícil reparação, pois, segundo alega, será cerceado seu direito
constitucional de acesso à justiça. Nesta senda, afirma que não possui condições no momento para arcar com as custas do
processo, consoante os documentos que colaciona.
Nesse sentido, pugna pela reforma da decisão agravada, para que lhe seja deferido o benefício postulado, ante a comprovação
de hipossuficiência econômica.
É o relatório. Decido.
Analisando os autos, vislumbro que merece guarida a pretensão da Agravante.
Registre-se, de imediato, que a Lei n.º 1.060/50 estabelece, em seu artigo 4º, que:
Art. 4º. A parte gozará dos benefícios da assistência judiciária, mediante simples afirmação, na própria petição inicial, de que
não está em condições de pagar as custas do processo e os honorários de advogado, sem prejuízo próprio ou de sua
família.
§ 1º. Presume-se pobre, até prova em contrário, quem afirmar essa condição nos termos desta lei, sob pena de pagamento
até o décuplo das custas judiciais.
Consoante já pontificou o E. Superior Tribunal de Justiça, o benefício da gratuidade não é amplo e absoluto, não sendo
injurídico condicionar o juiz a concessão da gratuidade à comprovação da miserabilidade jurídica invocada pela parte
(REsp. n° 178.244-RS, Rel. Min.Barros Monteiro).
Dessa forma, nos termos legais, presume-se o estado de pobreza em favor daquele que requer a assistência judiciária
gratuita, hipótese esta de presunção relativa, que deve ser confirmada por documentos ou que pode ser afastada mediante
prova em contrário.
In casu, constata-se que a Agravante possui renda, contudo, o valor auferido não é suficiente para custear suas despesas
hordienas e as custas processuais, conforme documento de fl. 21 (comprovante de rendimentos).
Por tais considerações defiro o pedido de efeito ativo pleiteado, para conceder a assistência judiciária gratuita à Agravante.
Oficie-se o juízo de origem, informando acerca da decisão proferida.
Intime-se o Agravado para apresentar contrarrazões no prazo legal.
Publique-se. Intimem-se. Cumpra-se.
Salvador, 12 de março de 2018.
Des. Roberto Maynard Frank
Relator
DECISÃO
Trata-se de Agravo de Instrumento com pedido de efeito suspensivo interposto por Cristina Araújo Cerqueira de Souza contra
a decisão de fls. 73/76, da lavra do MM. Juiz de Direito da 7ª Vara da Fazenda Pública da Comarca de Salvador, que nos autos
da Ação Ordinária n.º 0547400-42.2017.8.05.0001, declarou a incompetência daquele juízo e determinou a remessa dos
autos para o Juizado Especial da Fazenda Pública, em razão do valor da causa.
No recurso, pugnam os Recorrentes pela concessão de efeito suspensivo, arguindo que a manutenção da decisão vergastada
pode lhes acarretar lesão de difícil reparação.
No mérito, requerem o provimento do recurso para reformar a decisão primeva e firmar a competência no juízo por eles
eleito, uma vez que o pleito originário é incompatível com os princípios da simplicidade, da economia processual e da
celeridade, os quais orientam o procedimento abreviado dos Juizados Especiais.
É o relatório. Decido.
Inicialmente, verifico que a matéria em julgamento neste feito é objeto do Incidente de Assunção de Competência n.º
0007667-32.2017.8.05.0000 e que foi determinado pelo Relator, Des. José Edivaldo Rocha Rotondano "a suspensão imediata
do trâmite de todos os agravos de instrumentos interpostos contra decisões que versaram sobre competência proferidas
após o início da vigência do Código de Processo Civil de 2015, bem como das ações em primeiro grau de jurisdição em que
proferidas as decisões agravadas".
No que pertine à admissão de incidentes, o Código de Processo Civil de 2015 prevê, em seu art. 982, §2º, a possibilidade
de análise de pedido de urgência durante o sobrestamento do feito.
Assim, numa análise perfunctória, própria deste momento processual, por não verificar a presença dos requisitos exigidos
para a concessão da suspensividade postulada pelos Agravantes, entendo descabido o deferimento do pleito.
Por tudo exposto, indefiro o efeito suspensivo, mantendo íntegra a decisão objurgada, bem como determino o sobrestamento
do feito, que deve ser encaminhado à Quarta Câmara Cível para aguardar o julgamento final do IAC n.º 0007667-
32.2017.805.0000 pelas Seções Cíveis Reunidas.
Intime-se a parte agravada para, querendo, apresentar contrarrazões, nos termos do artigo 1.019, inciso II, do NCPC.
Após, permaneçam os autos sobrestados na Secretaria da Quarta Câmara Cível até o julgamento definitivo do supracitado
incidente.
Publique-se. Intimem-se. Cumpra-se.
Salvador-BA, 12 de março de 2018.
Retornando os autos, após cumprida a diligência, encaminhem-se os autos, novamente, à Ilustre Procuradoria para emitir
parecer final.
Publique-se. Intimem-se. Cumpra-se.
Salvador - BA, 12 de março de 2018.
Des. Roberto Maynard Frank
Relator
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DA BAHIA
Emílio Salomão Pinto Resedá
PUBLICAÇÃO DE DESPACHOS E DECISÕES MONOCRÁTICAS
Intime-se os patronos do agravante, para, em cinco dias, subscrever a petição de fl. 117, eis que apócrifa, devendo o ato ser
certificado pela Secretaria da Câmara. Após, retornem-me conclusos. Publique-se. Intime-se.
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DA BAHIA
Emílio Salomão Pinto Resedá
PUBLICAÇÃO DE DESPACHOS E DECISÕES MONOCRÁTICAS
0500565-53.2014.8.05.0113 Apelação
Apelante : José Raimundo Araújo
Advogado : Luiz Antonio dos Santos Bezerra (OAB: 7577/BA)
Apelado : Eliceides Alves dos Santos
Advogado : José Alberto dos Santos Lessa (OAB: 4294/BA)
Advogado : Lourice Hage Salume Lessa (OAB: 8733/BA)
Advogado : Adriano Salume Lessa (OAB: 17880/BA)
Proc. Justiça : Washington Araújo Carigé
Cumprida a diligência solicitada, encaminhem-se os autos à Douta Procuradoria de Justiça. Publique-se. Intimem-se.
Cumpra-se.
0525242-90.2017.8.05.0001/50000 Agravo
Agravante : Banco Bv Financeira Sa
Advogado : Paquali Parise e Gasparini Junior (OAB: 4752/SP)
Agravado : Jurandyr Santos Souza
Advogado : Adriana Miranda Uzel (OAB: 30199/BA)
Marcia Borges Faria
Consoante o disposto no art. 1.021, §2º, do CPC, intime-se o Agravado para, querendo, no prazo de 15 (quinze) dias,
apresentar contrarrazões ao recurso interposto pela ex adversa às fls. 16/22.
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DA BAHIA
Marcia Borges Faria
PUBLICAÇÃO DE DESPACHOS E DECISÕES MONOCRÁTICAS
0003164-66.2010.8.05.0079 Apelação
Apelante : CAPEF - Caixa de Previdência dos Funcionários do Banco do Nordeste do Brasil
Advogado : Marcelo Braga de Andrade (OAB: 24102/BA)
Advogado : Francisco Ponciano de Oliveira Junior (OAB: 21189/CE)
Apelado : Deumatineles da Silva Cardoso
Advogado : Adivany dos Santos Morais (OAB: 16754/BA)
Compulsados os autos, por meio do sistema e-SAJ/2º grau, verifica-se que, além da apelação de fls. 398/419, interposta
pela Caixa de Previdência dos Funcionários do Banco do Nordeste do Brasil, consta ainda o apelo de fls. 378/387, interposto
por outra parte do feito, Vera Lúcia Sento-Sé Guimarães, ratificado pela petição de fl. 397. Desta forma, remetam-se os autos
ao SECOMGE, para que proceda à correção na autuação do feito, com a inclusão da referida apelante e seus procuradores.
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DA BAHIA
Marcia Borges Faria
PUBLICAÇÃO DE DESPACHOS E DECISÕES MONOCRÁTICAS
Atendendo ao quanto disposto no art. 1.023, §2º, do NCPC, intime-se o Embargado para, querendo, se manifestar acerca do
recurso interposto, (fls.533/534), no prazo de 05 (cinco) dias.
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DA BAHIA
Marcia Borges Faria
PUBLICAÇÃO DE DESPACHOS E DECISÕES MONOCRÁTICAS
0300429-38.2017.8.05.0112/50000 Agravo
Agravante : Sucata Materiais Recicláveis Ltda
Advogado : Romeu Ramos Moreira (OAB: 10823/BA)
Agravante : Etevaldo Nunes Lopes
Advogado : Suzane de Assis Sales (OAB: 44586/BA)
Agravado : Banco Do Brasil S/A
Advogado : Louise Rainer Pereira Gionédis (OAB: 38316AB/A)
Advogado : Laertes Andrade Munhoz (OAB: 31627/BA)
Marcia Borges Faria
Intime-se o Agravado para, querendo, apresentar resposta ao Agravo Interno interposto, no prazo legal. Salvador, 9 de março
de 2018. Desembargadora Marcia Borges Faria Relatora
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DA BAHIA
Baltazar Miranda Saraiva
PUBLICAÇÃO DE DESPACHOS E DECISÕES MONOCRÁTICAS
DESPACHO Vistos, etc. Compulsando-se os autos, verifica-se que MARCO AURÉLIO VISCARDI opôs Embargos Declaratórios,
às fls. 281/294, em face do acórdão de fls. 269/278. Neste sentido, dispõe o art. 1.023, § 2º, do CPC, in verbis: Art. 1.023. Os
embargos serão opostos, no prazo de 5 (cinco) dias, em petição dirigida ao juiz, com indicação do erro, obscuridade,
contradição ou omissão, e não se sujeitam a preparo. (...) § 2º O juiz intimará o embargado para, querendo, manifestar-se,
no prazo de 5 (cinco) dias, sobre os embargos opostos, caso seu eventual acolhimento implique a modificação da decisão
embargada. Sendo assim, converto o julgamento em diligência e determino a intimação dos Embargados para, querendo,
no prazo legal, impugnarem os Embargos Declaratórios opostos pela parte ex adversa. Findada a diligência
supramencionada, retornem-me os autos conclusos. Publique-se. Intime-se. Salvador, 12 de março de 2018.
DESEMBARGADOR BALTAZAR MIRANDA SARAIVA RELATOR
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DA BAHIA
Carmem Lucia Santos Pinheiro
PUBLICAÇÃO DE DESPACHOS E DECISÕES MONOCRÁTICAS
Às fls. 223/232, o Município de Camaçari apresentou suas contrarrazões recursais. Reconheço a tempestividade da referida
manifestação, tornando sem efeito o teor da certidão de fl. 212. REMETAM-SE os autos à Douta Procuradoria de Justiça para
emissão do parecer final, na forma do art. 178, inciso I, do CPC. Após, retornem-me os autos conclusos. Publique-se. Intime-se.
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DA BAHIA
Carmem Lucia Santos Pinheiro
PUBLICAÇÃO DE DESPACHOS E DECISÕES MONOCRÁTICAS
DÊ-SE vista à Douta Procuradoria de Justiça para emissão de parecer, nos termos do art. 178, inciso II, do CPC. Após,
retornem- me os autos conclusos. Publique-se. Intime-se.
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DA BAHIA
Carmem Lucia Santos Pinheiro
PUBLICAÇÃO DE DESPACHOS E DECISÕES MONOCRÁTICAS
0174077-92.2008.8.05.0001 Apelação
Apelante : Estado da Bahia
Proc. Estado : Eliane Andrade Leite Rodrigues
Apelado : Claudionor Cruz Souza
Apelado : Ivonildo Rodrigues de Souza
Apelado : Manoel de Almeida
Apelado : Juarez Souza Leite
Apelado : Joaci Tavares Camara
Apelado : Joselito Santos Leal
Apelado : Abidias Souza dos Santos
Apelado : Manoel da Silva Souza
Apelado : Francisco Sales Barbosa Neto
Apelado : Flavio Roberto Albuquerque Moraes
Apelado : Edivaldo Figueredo Matos
Apelado : Jose Martins Brandao
TJBA – DIÁRIO DA JUSTIÇA ELETRÔNICO – Nº 2.099 - Disponibilização: terça-feira, 13 de março de 2018 Cad 1 / Página 342
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DA BAHIA
60ª Desembargadoria
DESPACHO
8000118-92.2018.8.05.0000 Agravo De Instrumento
Jurisdição: Tribunal De Justiça
Agravante: Banco Rci Brasil S.a
Advogado: Fernando Abagge Benghi (OAB:3747600A/BA)
Agravado: Ricardo Da Silva Rios
Advogado: Joao Rodrigues Vieira (OAB:0018517/BA)
Despacho:
Tendo em vista a Certidão ID 793887, republique-se a Decisão ID 762697.
Publique-se. Cumpra-se.
Salvador, 11 de março de 2018.
ADRIANA SALES BRAGA
JUÍZA SUBSTITUTA DE 2º GRAU - RELATORA
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DA BAHIA
60ª Desembargadoria
DESPACHO
8001177-52.2017.8.05.0000 Agravo De Instrumento
Jurisdição: Tribunal De Justiça
Agravante: Banco Pan S.a.
Advogado: Sacha Suarez Mutti De Macedo Maia (OAB:0047301/BA)
Agravado: Charles Loureiro De Deus
Advogado: Isadora Maria Lopes Tavares (OAB:0019291/BA)
Despacho:
Tendo em vista a Certidão ID 764333, republique-se a Decisão ID 753300.
Publique-se. Cumpra-se.
Salvador, 11 de março de 2018.
ADRIANA SALES BRAGA
JUÍZA SUBSTITUTA DE 2º GRAU - RELATORA
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DA BAHIA
60ª Desembargadoria
DESPACHO
8001320-41.2017.8.05.0000 Agravo De Instrumento
Jurisdição: Tribunal De Justiça
Agravante: Banco Pan S.a.
TJBA – DIÁRIO DA JUSTIÇA ELETRÔNICO – Nº 2.099 - Disponibilização: terça-feira, 13 de março de 2018 Cad 1 / Página 343
Despacho:
Tendo em vista a Certidão ID 765216, republique-se a Decisão ID 754422.
Publique-se. Cumpra-se.
Salvador, 09 de março de 2018.
ADRIANA SALES BRAGA
JUÍZA SUBSTITUTA DE 2º GRAU - RELATORA
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DA BAHIA
60ª Desembargadoria
DECISÃO
8000471-35.2018.8.05.0000 Agravo De Instrumento
Jurisdição: Tribunal De Justiça
Agravante: Banco Bradesco Sa
Advogado: Celso Marcon (OAB:2446000A/BA)
Agravado: Paola Aquino Da Silva
Advogado: Heldo Rocha Lago (OAB:0042806/BA)
Decisão:
PAOLA AQUINO DA SILVA ajuizou ação Revisional contra o BANCO BRADESCO S/A, requerendo, em antecipação da tutela:
que seja autorizado o depósito em Juízo das parcelas do contrato no valor que entende devido; que os Cartórios Cíveis
comuniquem ao Juízo qualquer demanda ajuizada pela Ré contra a Autora; que seja nomeada depositária do bem objeto do
contrato, a fim de evitar eventual ação de busca e apreensão; que os competentes cartórios de registro de títulos e documentos
se abstenham de efetuar o apontamento a protesto de títulos cambiários firmados entre os litigantes; que o promovido se
abstenha de registrar qualquer restrição do seu nome junto aos órgãos de proteção ao crédito.
A Magistrada a quo deferiu parcialmente as tutelas de urgência pleiteadas, garantindo a posse do bem à Demandante e
determinando ao Réu que se abstenha de incluir o nome da Autora em cadastro de restrição ao crédito, ou, acaso já incluído,
que se proceda com a exclusão, sob pena de multa diária no valor de R$ 50,00, condicionando a eficácia de tais medidas ao
depósito das parcelas vencidas, no prazo de 10 (dez) dias, e das vincendas, no tempo previsto no negócio jurídico, ficando
o Demandado autorizado a levantar, mediante alvará, as parcelas incontroversas.
Insatisfeito, o Réu interpõe o Agravo de Instrumento, argumentando, em suas razões recursais, que é faculdade do Banco
Agravante realizar a inscrição do nome da Agravada nos órgãos de proteção ao crédito ou em qualquer cartório de protesto
de títulos, em caso de inadimplemento quanto às parcelas avençadas no contrato.
Sustenta, ainda, que a multa é inexigível e desprovida de legalidade, proporcionalidade e razoabilidade, sendo cabível a
suspensão pela redução patrimonial que poderá sofrer.
Requer a atribuição de efeito suspensivo ao agravo, para evitar que o Agravante seja obrigado a pagar uma multa aplicada
de forma abusiva, em razão do curto prazo concedido para o cumprimento da obrigação e, ao final, seu o provimento, para
anular a decisão interlocutório combatida.
É o relatório.
DECIDO.
A teor da regra inserta no inciso I do artigo 1.015 do Código de Processo Civil, cabe agravo de instrumento contra as decisões
que versam sobre tutelas provisórias.
Tendo o decisum ora questionado concedido em parte a tutela antecipatória postulada pela Recorrida, o recurso deve ser
recebido e processado, inclusive porque estão preenchidos os demais requisitos intrínsecos e extrínsecos de admissibilidade.
É apropriado para impugnar o pronunciamento judicial precedente, bem como útil e necessário ao alcance de situação
jurídica mais favorável para o Agravante do que a estabelecida pela decisão a quo.
Ademais, o Recorrente possui legitimidade ad causam recursal e não está configurado, em princípio, qualquer requisito de
admissibilidade negativo ou impeditivo.
O agravo é tempestivo, vez que foi protocolizado em 18/01/2018, ou seja, dentro da quinzena útil subsequente ao dia da
juntada do AR de intimação da decisão recorrida (19/12/2017), considerando que, por força do artigo 220 do Código de Ritos,
os prazos processuais são suspensos nos dias compreendidos entre 20/12 e 20/01.
Foram juntadas o DAJE e o respectivo comprovante de pagamento em relação ao preparo (ID 629435).
Em regra, "só cabe ao relator suspender os efeitos da decisão e, a fortiori, antecipar os efeitos da pretensão recursal,
respeitando dois pressupostos: a relevância da motivação do agravo, o que implica prognóstico acerca do futuro julgamento
do recurso no órgão fracionário, e o receio de lesão grave e de difícil reparação resultante do cumprimento da decisão
agravada até o julgamento definitivo do agravo ..."(in "Manual dos Recursos", ARAKEN DE ASSIS, edição 2007, pág. 516).
Os Tribunais têm o mesmo raciocínio:
"(...) 1. Compete ao relator antecipar a pretensão recursal se presentes a relevância do fundamento jurídico e o perigo de
dano irreparável ou de difícil reparação. (...)" Grifei
(REsp 953.896/RJ, Rel. Ministra ELIANA CALMON, 2ª Turma, julgado em 19/08/2008)
TJBA – DIÁRIO DA JUSTIÇA ELETRÔNICO – Nº 2.099 - Disponibilização: terça-feira, 13 de março de 2018 Cad 1 / Página 344
"(...) 1. Para a concessão da antecipação da tutela da pretensão recursal ou para atribuir efeito suspensivo ao agravo de
instrumento é necessária a coexistência dos requisitos da relevância da fundamentação e de que haja perigo de lesão grave
e de difícil reparação (CPC, artigos 527, III, e 558). (...)" Grifei
(TRF-1, AGI nº 2008.01.00.070837-9/PA, Rel. Desa. Maria Isabel Gallotti Rodrigues, 6ª Turma, e-DJF1 p.263 de 13/10/2009)
"(...) 1. Com base no disposto nos art. 273, 527, inciso III, e 558, todos do Código de Processo Civil, pode o Relator,
excepcionalmente, conferir efeito suspensivo ao agravo de instrumento ou deferir, em antecipação de tutela, total ou
parcialmente, a pretensão recursal cautelar, se presente o requerimento expresso do agravante e satisfeitos os pressupostos
autorizadores, que correspondem ao fumus boni iuris, consistente na plausibilidade do direito alegado, e ao periculum in
mora, que se traduz na urgência da prestação jurisdicional, devendo, ainda, existir prova inequívoca da verossimilhança da
alegação. (...)"
(TJDFT, AGI nº 20090020135525, Relator Flavio Rostirola, 1ª Turma Cível, julgado em 27/01/2010, DJ 22/02/2010 p. 72)
Tal linha intelectiva está em consonância com a regra inserta no artigo 995, parágrafo único, do Código de Processo Civil,
que, para tanto, exige a evidência de probabilidade do direito afirmado e o perigo de dano ou de risco ao resultado útil do
processo.
Comentando o novo dispositivo processual, DANIEL AMORIM ASSUMPÇÃO NEVES externa linha de intelecção que ampara
tal entendimento:
"Como se pode notar do dispositivo legal os requisitos exigidos para a concessão do efeito suspensivo a recurso são os
tradicionais requisitos da tutela de urgência: a probabilidade de o requerente ter razão e o perigo do tempo para que o órgão
jurisdicional reconheça seu direito."
(in 'Novo CPC Comentado", pag. 1638, edição 2016, Editora Juspodivm)
No que concerne ao pedido de atribuição de efeito suspensivo, em juízo de cognição superficial e não exauriente, próprio
desse momento processual, não vislumbro a coexistência dos requisitos exigidos para determinar a suspensão da decisão
impugnada.
Em relação à alegada faculdade de realizar a inscrição do nome da Agravada nos órgãos de proteção ao crédito, conforme
ressaltado pelo próprio Recorrente, este só deve ser exercido em caso de inadimplemento quanto às parcelas avençadas
no contrato. Ocorrendo o regular pagamento dos valores devidos, não há que se falar em inclusão ou manutenção do nome
do obrigado em qualquer órgão de proteção ao crédito.
Esse é o entendimento deste Egrégio Tribunal de Justiça:
AGRAVO DE INSTRUMENTO. AÇÃO REVISIONAL DE CLÁUSULAS CONTRATUAIS. SUSPENSÃO DA COBRANÇA DOS VALORES
CONTRATADOS. IMPOSSIBILIDADE. INSURGÊNCIA QUANTO À IMPOSSIBILIDADE DE PROMOVER APONTAMENTOS EM
ÓRGÃOS RESTRITIVOS. NÃO CABIMENTO. LIMINAR CONCEDIDA. ENTENDIMENTO CONSOLIDADO PERANTE AS CORTES
SUPERIORES. RECURSO PARCIALMENTE PROVIDO. DECISÃO REFORMADA.
1. A mera alegação de que são abusivas as cláusulas contratuais, sobretudo quando em confronto a argumentação do
consumidor com a atual Jurisprudência dos Tribunais Superiores, não autoriza a concessão de provimento liminar no
sentido de suspender os depósitos judiciais no valor pactuado.
2. Uma vez autorizado e realizado o depósito em juízo das parcelas no montante efetivamente contratado, tem-se verificado
o efeito liberativo próprio da consignação, não podendo o devedor sofrer cobranças e restrições decorrentes de inadimplemento
de tais valores.
3. A eficácia da decisão, como prolatada, já se encontra condicionada à realização dos depósitos judiciais, de modo que a
obrigação de não promover a inscrição do consumidor nos órgãos de proteção ao crédito apenas tem lugar enquanto
cumprida a condição fixada. (destacamos).
(TJBA, Agravo de Instrumento n.º 0007912-82.2013.8.05.0000, Quinta Câmara Cível, Rel. Desa. Aidê Ouais, julgamento: 11/
02/2014, Registro: 21/02/2014)
"AGRAVO DE INSTRUMENTO. AÇÃO DE REVISÃO CONTRATUAL. FINANCIAMENTO. ABSTENÇÃO DO LANÇAMENTO DO
NOME DO DEVEDOR NOS ÓRGÃOS DE PROTEÇÃO AO CRÉDITO E MANUTENÇÃO DA POSSE DO BEM. ADMISSIBILIDADE,
SE O DÉBITO ESTÁ SENDO DISCUTIDO JUDICIALMENTE. DEPÓSITO JUDICIAL DAS PRESTAÇÕES NO VALOR
CONTRATADO. AGRAVO A QUE DÁ PROVIMENTO PARCIAL.
Estando em discussão o débito, legítima é a decisão que determina a abstenção do nome do devedor nos órgãos de
restrição ao crédito e permite a manutenção do bem financiado em sua posse, devendo ser determinado, contudo, o
depósito das parcelas do financiamento no valor pactuado no contrato." (destacamos).
(TJBA, Agravo nº 64769-5/2008, 1ª Câmara Cível, Rel. José Olegário Monção Caldas, julgamento 15/07/2009)
AGRAVO DE INSTRUMENTO. PROCESSUAL CIVIL. AÇÃO REVISIONAL. TUTELA ANTECIPADA PARCIAL. PEDIDO DE
PAGAMENTO DO VALOR INCONTROVERSO DAS PRESTAÇÕES. FIXAÇÃO DE PRAZO RAZOÁVEL PARA DEPÓSITO DAS
PARCELAS VENCIDAS. RECURSO PROVIDO EM PARTE.
Somente o depósito em juízo do valor contratado visa descaracterizar a mora, aferida em mero juízo de cognição sumária,
enquanto se discute em juízo as cláusulas do contrato, autorizando a concessão da tutela de urgência para abstenção ou
retirada do nome do devedor dos órgãos de proteção ao crédito, bem como para a manutenção do bem financiado na posse
do recorrente. Neste sentido, deve-se, pois, fixar prazo razoável para que o consumidor possa depositar em juízo as parcelas
vencidas no valor efetivamente contratado e determinar que as parcelas vincendas sejam pagas no tempo nas datas
contratualmente avençadas.
(TJBA, AI nº 0008372-64.2016.8.05.0000, Rel. Desa. Lisbete M. Teixeira Almeida Cézar Santos, 2ª Câmara Cível, DJe de 01/
02/2017) (destacamos).
No caso dos autos, o Juízo primevo, a priori, agiu acertadamente, condicionando a não inclusão do nome da Agravada em
cadastros de inadimplentes, à efetuação dos depósitos judiciais autorizados, não havendo razões para sua modificação.
Em relação à multa diária, sua imposição somente terá eficácia na hipótese de descumprimento da decisão judicial, sem
provocar qualquer violação a direito da parte Agravante.
TJBA – DIÁRIO DA JUSTIÇA ELETRÔNICO – Nº 2.099 - Disponibilização: terça-feira, 13 de março de 2018 Cad 1 / Página 345
Ademais, a multa diária, destaque-se, é típica coerção indireta prevista no ordenamento jurídico pátrio e à disposição do
julgador como instrumento de efetividade do provimento judicial, que deve arbitrá-la para impedir conduta indesejada ou
obter a adequada para a entrega da tutela jurisdicional atual ou provável.
É fixada com a finalidade principal de obter o resultado almejado e não de ser executada, salvo se houver o descumprimento
voluntário, situação que se pretende evitar.
Por outro lado, o valor fixado aparenta-se, em análise superficial, adequado e não excessivo, vez que cumpre o efeito
intimidatório a que se destina, sem, contudo, viabilizar, por ora, enriquecimento sem causa da parte adversa.
Não encontro, pois, razão para, de imediato, suspender a astreinte.
Sendo assim, não visualizado, no momento, o requisito risco de lesão grave e irreparável (art. 995, parágrafo único, do CPC),
e sem que esta decisão vincule o meu entendimento acerca do mérito recursal, e, ainda, não sendo inviável a hipótese de
chegar a conclusão diversa após criteriosa e aprofundada análise, com os demais elementos que virão aos autos, impõem-
se o não deferimento do efeito suspensivo pleiteado e a manutenção provisória do decisum recorrido.
Nestes termos, INDEFIRO O EFEITO SUSPENSIVO POSTULADO PARA O RECURSO.
Intime-se a Recorrida, via DJE, para contrarrazoar, no prazo legal da espécie.
Publique-se.
Salvador, 09 de Março de 2018.
ADRIANA SALES BRAGA
JUÍZA SUBSTITUTA DE 2º GRAU
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DA BAHIA
60ª Desembargadoria
DECISÃO
8000826-79.2017.8.05.0000 Agravo De Instrumento
Jurisdição: Tribunal De Justiça
Agravante: Alex De Jesus De Brito
Advogado: Camila Trabuco De Oliveira (OAB:0025632/BA)
Agravado: Juíz De Direito Da 1ª Vara Da Fazenda Pública Da Comarca De Feira De Santana
Decisão:
O presente Agravo de Instrumento foi interposto em face da decisão que, nos autos da Ação Ordinária, proposta por ALEX DE
JESUS DE BRITO em face da UESF (UNIVERSIDADE ESTADUAL DE FEIRA DE SANTANA), indeferiu a tutela de urgência
requerida para determinar à Ré que permita o reingresso do Autor como aluno no curso de Bacharelado em Direito,
possibilitando-o frequentar as aulas do semestre letivo e aproveitar as matérias já cursadas, garantindo, assim, a continuidade
dos seus estudos.
Aduz o Agravante que as razões da decisão vergastada, que não identificou o perigo de dano, não devem prosperar.
Afirma que "O perigo da demora se dá nos diversos prejuízos que vem enfrentando o Autor, quando já labora em meio
judiciário, podendo alcançar cargos comissionados, como cargos de assessoria, não conquistando, por não possuir
bacharelado em direito."
Informa que já aguardou 02 (dois) anos pela decisão no recurso administrativo, bem como que o seu reingresso no curso
lhe proporcionará, com a graduação pretendida, uma maior renda.
Sustenta que foi jubilado por ter passado 03 (três) períodos sem aproveitamento, contudo, o seu desligamento ocorreu sem
a instauração do necessário processo administrativo.
Requer, em antecipação da tutela recursal, a reforma da decisão, para que seja determinado à Agravada que autorize o seu
reingresso como aluno, no curso de Bacharelado em Direito, possibilitando-o frequentar as aulas do semestre letivo e
aproveitar as matérias já cursadas e, ao final, o provimento do recurso, com a confirmação da tutela antecipada.
É o relatório.
DECIDO.
Ressalte-se, inicialmente, ser adequada a interposição de agravo de instrumento contra decisão interlocutória que versa
sobre tutela provisória, nos termos do artigo 1.015, inciso I, do CPC, que estabelece:
Art. 1.015 Cabe agravo de instrumento contra as decisões interlocutórias que versarem sobre:
I - tutelas provisórias;
A tempestividade recursal foi atendida, vez que interposto o recurso dentro do interstício normativamente estabelecido pelo
Código de Processo Civil.
Quanto ao preparo, em vista do requerimento formulado e da documentação anexada aos autos, defiro ao Agravante a
gratuidade recursal, tornando-se desnecessária a comprovação do recolhimento das custas no âmbito desta corte.
Ademais, os autos originários são eletrônicos, atraindo, para a espécie, a incidência da norma inserta no § 5º, do artigo
1.017 do NCPC.
Admito, pois, o recurso.
Conforme dispõe o artigo 1.019, inciso I, do Código de Processo Civil, não sendo uma das hipóteses de inadmissão ou de
negativa imediata de provimento do agravo de instrumento, deverá o Relator apreciar o pedido de atribuição de efeito
suspensivo ao recurso ou de antecipação da tutela recursal formulado pelo Recorrente, in litteris:
TJBA – DIÁRIO DA JUSTIÇA ELETRÔNICO – Nº 2.099 - Disponibilização: terça-feira, 13 de março de 2018 Cad 1 / Página 346
Art. 1.019. Recebido o agravo de instrumento no tribunal e distribuído imediatamente, se não for o caso de aplicação do art.
932, incisos III e IV, o relator, no prazo de 5 (cinco) dias:
I - poderá atribuir efeito suspensivo ao recurso ou deferir, em antecipação de tutela, total ou parcialmente, a pretensão
recursal, comunicando ao juiz sua decisão;
Dispõe o parágrafo único do artigo 995 do mesmo diploma legal, que a decisão recorrida poderá ser suspensa, se da
imediata produção de seus efeitos houver risco de dano grave, de difícil ou impossível reparação, e ficar demonstrada a
probabilidade de provimento do recurso.
Acerca do efeito suspensivo do agravo de instrumento, DANIEL AMORIM ASSUMPÇÃO NEVES leciona:
O efeito suspensivo caberá sempre que a decisão impugnada tiver conteúdo positivo, ou seja, ser uma decisão que
concede, acolhe, defere alguma espécie de tutela. Nesse caso, a decisão positiva gera efeitos práticos, sendo permitido ao
agravante pedir que tais efeitos sejam suspensos até o julgamento do agravo de instrumento. Tratando-se de efeito
suspensivo ope judicis (impróprio), não basta o mero pedido do agravante, sendo indispensável o preenchimento dos
requisitos previstos pelo art. 995, parágrafo único do Novo CPC: probabilidade de provimento do recurso, ou seja, a aparência
de razão do agravante, e o perigo de risco de dano grave, de difícil reparação, demonstrada sempre que o agravante
convencer o relator de que a espera do julgamento do agravo de instrumento poderá gerar o perecimento de seu direito.
(in Novo Código de Processo Civil Comentado, Salvador: Jus Podvim, 2016, p. 1702)
Na hipótese, em análise superficial, própria do momento, não vislumbro a coexistência dos requisitos exigidos para tanto.
É que, como bem mencionado pelo Juízo Primevo, não se visualiza, neste momento, o perigo de dano. O Agravante cursou
apenas os dois primeiros semestres da faculdade de Direito, de modo que, ainda que fosse concedida a tutela recursal,
teria que aguardar ao menos por mais 04 (quatro) anos para começar a procurar um cargo comissionado, com a finalidade
de auferir melhor renda.
Ressalte-se, por oportuno, que, desde que teve indeferida a sua matrícula, já se passaram mais de 02 (dois) anos, o que,
também, afasta, ao menos em cognição sumária, a urgência exigida para a concessão das tutelas de urgência.
Sendo assim, e sem que esta decisão vincule o meu entendimento acerca do mérito recursal, e, ainda, não sendo inviável
a hipótese de chegar a conclusão diversa após criteriosa e aprofundada análise, com os demais elementos que virão aos
autos no momento próprio, imperativa é a manutenção da decisão agravada.
Nestes termos, INDEFIRO A ANTECIPAÇÃO DA TUTELA RECURSAL.
Tendo em vista o erro material apontado na petição de ID 578832, providencie a Serventia a alteração do polo passivo, a fim
de que conste como Agravada a UESF (UNIVERSIDADE ESTADUAL DE FEIRA DE SANTANA).
Intime-se a parte Agravada, PESSOALMENTE, por carta com AR, para ofertar contraminuta, no prazo de 15 (quinze) dias,
conforme estabelecido no artigo 1.019, inciso II, do CPC.
Publique-se. Cumpra-se.
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DA BAHIA
60ª Desembargadoria
DECISÃO
8001534-32.2017.8.05.0000 Agravo De Instrumento
Jurisdição: Tribunal De Justiça
Agravante: Banco De Lage Landen Brasil S.a.
Advogado: Carlos Eduardo Mendes Albuquerque (OAB:0018857/PE)
Advogado: Bruno Laurito Pires (OAB:0051018/BA)
Agravado: Marcos Cesar Severo
Decisão:
MARCOS CEZAR SEVERO ajuizou ação Revisional contra o BANCO DE LAGE LADEN BRASIL S.A., requerendo, em antecipação
da tutela: que o promovido se abstenha de registrar qualquer restrição do seu nome junto aos órgãos de proteção ao crédito
e que lhe seja assegurada a posse do bem objeto do contrato.
O Magistrado deferiu as tutelas de urgência pleiteadas, garantindo a posse do bem ao Demandante e determinando ao Réu
que se abstenha de incluir o nome do Autor em cadastro de restrição, ou, acaso já incluídos, que se proceda com a exclusão,
condicionando a eficácia de tais medidas ao depósito das parcelas vencidas, no prazo de 10 (dez) dias, e as vincendas, no
tempo e modo previstos no negócio jurídico, devendo-se observar, no segundo caso, os valores incontroversos.
Insatisfeito, o Réu interpõe o agravo de instrumento, argumentando que a decisão recorrida diverge do estabelecido no
ordenamento jurídico pátrio.
Afirma que não está obrigado a receber parcela em valor inferior ao pactuado, bem como que não existem elementos que
demonstrem as supostas abusividades e ilegalidades apontadas pela parte agravada a ensejar o deferimento do pleito
liminar.
TJBA – DIÁRIO DA JUSTIÇA ELETRÔNICO – Nº 2.099 - Disponibilização: terça-feira, 13 de março de 2018 Cad 1 / Página 347
Sustenta, ainda, a possibilidade da negativação do nome do Agravado nos órgãos de proteção ao crédito e a impossibilidade
de manutenção da posse do bem em favor do Agravado, que se encontra em mora confessa.
Requer a atribuição de efeito suspensivo ao agravo, para sobrestar o cumprimento da decisão impugnada, até o
pronunciamento definitivo desta Corte, e, ao final, seu o provimento, para revogar a antecipação da tutela.
É o relatório.
DECIDO.
A teor da regra inserta no inciso I do artigo 1.015 do Código de Processo Civil, cabe agravo de instrumento contra as decisões
que versam sobre tutelas provisórias.
A tempestividade recursal foi atendida, vez que interposto o recurso dentro do interstício normativamente estabelecido pelo
Código de Processo Civil, tendo sido, também, efetuado o preparo (ID 782301).
Ademais, os autos originários são eletrônicos, atraindo, para a espécie, a incidência da norma inserta no § 5º, do artigo
1.017 do NCPC.
Admito, pois, o recurso.
A teor do disposto no artigo 1.019, inciso I, do Novo Código de Processo Civil, não sendo uma das hipóteses de inadmissão
ou de negativa imediata de provimento do agravo de instrumento, deverá o Relator apreciar o pedido de atribuição de efeito
suspensivo ao recurso ou de antecipação da tutela recursal formulado pelo Recorrente, in litteris:
Art. 1.019. Recebido o agravo de instrumento no tribunal e distribuído imediatamente, se não for o caso de aplicação do art.
932, incisos III e IV, o relator, no prazo de 5 (cinco) dias:
I - poderá atribuir efeito suspensivo ao recurso ou deferir, em antecipação de tutela, total ou parcialmente, a pretensão
recursal, comunicando ao juiz sua decisão;
Também dispõe o parágrafo único do artigo 995 do mesmo diploma legal que a decisão recorrida poderá ser suspensa, se
da imediata produção de seus efeitos houver risco de dano grave, de difícil ou impossível reparação, e ficar demonstrada a
probabilidade de provimento do recurso.
Confira-se:
"Art.995. Os recursos não impedem a eficácia da decisão, salvo disposição legal ou decisão judicial em sentido diverso.
Parágrafo único. A eficácia da decisão recorrida poderá ser suspensa por decisão do relator, se da imediata produção de
seus efeitos houver risco de dano grave, de difícil ou impossível reparação, e ficar demonstrada a4 probabilidade de
provimento do recurso."
Acerca do efeito suspensivo do agravo de instrumento, DANIEL AMORIM ASSUMPÇÃO NEVES leciona:
"O efeito suspensivo caberá sempre que a decisão impugnada tiver conteúdo positivo, ou seja, ser uma decisão que
concede, acolhe, defere alguma espécie de tutela. Nesse caso, a decisão positiva gera efeitos práticos, sendo permitido ao
agravante pedir que tais efeitos sejam suspensos até o julgamento do agravo de instrumento. Tratando-se de efeito
suspensivo ope judicis (impróprio), não basta o mero pedido do agravante, sendo indispensável o preenchimento dos
requisitos previstos pelo art. 995, parágrafo único do Novo CPC: probabilidade de provimento do recurso, ou seja, a aparência
de razão do agravante, e o perigo de risco de dano grave, de difícil reparação, demonstrada sempre que o agravante
convencer o relator de que a espera do julgamento do agravo de instrumento poderá gerar o perecimento de seu direito."
(in Novo Código de Processo Civil Comentado, Salvador: Jus Podvim, 2016, p. 1702)
No que concerne ao pedido de atribuição de efeito suspensivo, em juízo de cognição superficial e não exauriente, próprio
desse momento processual, vislumbro a coexistência dos requisitos exigidos para determinar a suspensão de parte da
decisão impugnada.
É que, em situações similares, os Tribunais pátrios têm decidido, reiteradamente, que, nas causas que versem sobre
revisão contratual, o devedor fiduciário pode permanecer na posse do bem, desde que pague integralmente as prestações
do mútuo, de acordo com os valores originalmente contratados.
Esse é o entendimento também deste Egrégio Tribunal de Justiça:
AGRAVO DE INSTRUMENTO. AÇÃO REVISIONAL DE CLÁUSULAS CONTRATUAIS. SUSPENSÃO DA COBRANÇA DOS VALORES
CONTRATADOS. IMPOSSIBILIDADE. INSURGÊNCIA QUANTO À IMPOSSIBILIDADE DE PROMOVER APONTAMENTOS EM
ÓRGÃOS RESTRITIVOS. NÃO CABIMENTO. LIMINAR CONCEDIDA. ENTENDIMENTO CONSOLIDADO PERANTE AS CORTES
SUPERIORES. RECURSO PARCIALMENTE PROVIDO. DECISÃO REFORMADA.
1. A mera alegação de que são abusivas as cláusulas contratuais, sobretudo quando em confronto a argumentação do
consumidor com a atual Jurisprudência dos Tribunais Superiores, não autoriza a concessão de provimento liminar no
sentido de suspender os depósitos judiciais no valor pactuado.
2. Uma vez autorizado e realizado o depósito em juízo das parcelas no montante efetivamente contratado, tem-se verificado
o efeito liberativo próprio da consignação, não podendo o devedor sofrer cobranças e restrições decorrentes de
inadimplemento de tais valores.
3. A eficácia da decisão, como prolatada, já se encontra condicionada à realização dos depósitos judiciais, de modo que a
obrigação de não promover a inscrição do consumidor nos órgãos de proteção ao crédito apenas tem lugar enquanto
cumprida a condição fixada.
(TJBA, Agravo de Instrumento n.º 0007912-82.2013.8.05.0000, Quinta Câmara Cível, Rel. Desa. Aidê Ouais, julgamento: 11/
02/2014, Registro: 21/02/2014)
TJBA – DIÁRIO DA JUSTIÇA ELETRÔNICO – Nº 2.099 - Disponibilização: terça-feira, 13 de março de 2018 Cad 1 / Página 348
AGRAVO DE INSTRUMENTO. PROCESSUAL CIVIL. AÇÃO REVISIONAL. TUTELA ANTECIPADA PARCIAL. PEDIDO DE
PAGAMENTO DO VALOR INCONTROVERSO DAS PRESTAÇÕES. FIXAÇÃO DE PRAZO RAZOÁVEL PARA DEPÓSITO DAS
PARCELAS VENCIDAS. RECURSO PROVIDO EM PARTE.
Somente o depósito em juízo do valor contratado visa descaracterizar a mora, aferida em mero juízo de cognição sumária,
enquanto se discute em juízo as cláusulas do contrato, autorizando a concessão da tutela de urgência para abstenção ou
retirada do nome do devedor dos órgãos de proteção ao crédito, bem como para a manutenção do bem financiado na posse
do recorrente. Neste sentido, deve-se, pois, fixar prazo razoável para que o consumidor possa depositar em juízo as parcelas
vencidas no valor efetivamente contratado e determinar que as parcelas vincendas sejam pagas no tempo nas datas
contratualmente avençadas.
(TJBA, AI nº 0008372-64.2016.8.05.0000, Rel. Desa. Lisbete M. Teixeira Almeida Cézar Santos, 2ª Câmara Cível, DJe de 01/
02/2017) (destacamos).
Desta forma, enquanto estiver em discussão a existência de supostas abusividades em contrato de financiamento, viável é
ao devedor o depósito judicial do valor contratado, visando elidir a mora, preservar a posse do objeto financiado e impedir a
negativação do seu nome, durante a situação de adimplência.
Assim sendo, diversamente do quantum exposto na decisão agravada, constato que devem ser preservados os efeitos do
contrato revisando, permitindo-se tão somente a realização de depósitos no valor originalmente contratado.
Todavia, deve ser respeitado o direito do mutuante de receber do devedor, mediante a emissão dos boletos, ou de levantar,
via alvarás judiciais, no tempo e modo devidos, a parte incontroversa das parcelas do débito, indicadas na exordial pelo
mutuário, em razão do quanto previsto no artigo 330, § 3º, do CPC.
Nesta linha de intelecção, e preservando-se o limite da cognição desta fase processual, tem-se por viável a inicial suspensão
dos efeitos da decisão recorrida, no que tange à determinação do depósito das parcelas vincendas no valor incontroverso.
Sendo assim, e sem que esta decisão vincule o meu entendimento acerca do mérito recursal, e, ainda, não sendo inviável
a hipótese de chegar a conclusão diversa após criteriosa e aprofundada análise, com os demais elementos que virão aos
autos no momento próprio, imperativa é a suspensão parcial da decisão agravada, no que se refere ao depósito judicial das
parcelas vincendas no valor incontroverso, determinando-se o depósito do valor contratado, com a possibilidade de o credor
receber do devedor, via alvará, no tempo e modo devidos, a parte incontroversa das parcelas do débito, em razão do quanto
previsto no artigo 330, § 3º, do CPC, mantendo-se os demais termos da decisão, até o pronunciamento definitivo desta
Corte.
Nestes termos, DEFIRO PARCIALMENTE O EFEITO SUSPENSIVO ATIVO POSTULADO PARA O RECURSO.
Comunique-se o Juízo de origem, para que tome ciência do teor da presente decisão (artigo 1.019, inciso I, parte final, do
CPC/15), bem como para que preste as informações de estilo, caso entenda necessário.
Intime-se a parte Agravada, por seu advogado, para ofertar contraminuta, no prazo de 15 (quinze) dias, conforme estabelecido
no artigo 1.019, inciso II, do CPC/15.
Cumpra-se. Publique-se.
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DA BAHIA
Des. José Edivaldo Rocha Rotondano
DESPACHO
8001115-75.2018.8.05.0000 Tutela Cautelar Antecedente
Jurisdição: Tribunal De Justiça
Requerente: Companhia De Desenvolvimento Urbano Do Estado Da Bahia - Conder
Advogado: Rafael Nogueira Campelo De Melo (OAB:0018019/BA)
Requerido: Espólio De Renato Sigisfried Sigismund Schindler
Advogado: Luciana Rabello Fermiano (OAB:0021660/BA)
Despacho:
Examinados os autos, identifica-se que o requerido opôs recurso de embargos de declaração (id 763686) em face da
decisão (id 730857), proferida em sede de tutela antecedente, conferindo efeito suspensivo à apelação aviada pela Companhia
de Desenvolvimento Urbano do Estado da Bahia - CONDER, contudo, o fez inapropriadamente como petição avulsa.
TJBA – DIÁRIO DA JUSTIÇA ELETRÔNICO – Nº 2.099 - Disponibilização: terça-feira, 13 de março de 2018 Cad 1 / Página 349
Assim, assinalo o prazo de 05 (cinco) dias para o Espólio de Renato Sigsfried Sigismund Schindler proceder ao correto
cadastramento do recurso junto ao PJE, sob pena de seu não conhecimento.
Salvador/BA, 12 de março de 2018.
Des. José Edivaldo Rocha Rotondano
Relator
JR 07
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DA BAHIA
Des. José Edivaldo Rocha Rotondano
DESPACHO
8004430-14.2018.8.05.0000 Agravo De Instrumento
Jurisdição: Tribunal De Justiça
Agravante: Danilo Franca Cabral
Advogado: Tatson Cabral Pizzani (OAB:0025123/BA)
Agravante: Abel Dos Santos Franca
Advogado: Tatson Cabral Pizzani (OAB:0025123/BA)
Agravado: Djalma Matos De Oliveira
Advogado: Gilda Rezende De Oliveira (OAB:1194800A/BA)
Despacho:
Ficam os agravantes intimados para, no prazo de 5 (cinco) dias, manifestarem-se sobre a possibilidade de o presente
recurso não se enquadrar em nenhuma das hipóteses do art. 1.015 do CPC.
Após, retornem os autos conclusos.
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DA BAHIA
Des. José Edivaldo Rocha Rotondano
DECISÃO
8003219-40.2018.8.05.0000 Agravo De Instrumento
Jurisdição: Tribunal De Justiça
Agravante: Barbarense Locacao Ltda - Me
Advogado: Nicolai Trindade Fernandes Mascarenhas (OAB:0022386/BA)
Agravado: Mario Correia Dantas De Carvalho
Agravado: Patrimonial Vela Branca Ltda
Agravado: Nicolau Emanoel Marques Martins
Advogado: Pedro Jose Souza De Oliveira Junior (OAB:0012746/BA)
Decisão:
Cuida-se de agravo de instrumento interposto pela BARBARENSE LOCAÇÃO LTDA, em desfavor da decisão do Juízo da 11ª
Vara de Relações de Consumo da Comarca do Salvador, que nos autos da ação ordinária, ajuizada por NICOLAU EMANOEL
MARQUES MARTINS E OUTROS, com ficas no art. 311, inc. IV do CPC/2015, deferiu tutela de evidência para autorizar aos
autores proceder ao levantamento do valor por eles pago a ré, ora agravante, referente a negócio não concretizado, indeferindo,
todavia, o levantamento da quantia concernente à multa por sua inexecução.
Inconformada, sustenta a recorrente ser controverso o direito dos agravados ao recebimento da verba, cuja titularidade seria
de terceiro, ainda mais quando discutida a validade do próprio negócio jurídico, a inviabilizar, inclusive, a aplicação da multa
rescisória pela inexecução.
Prossegue esclarecendo que os recursos liberados pertencem a empresa de factoring C&V, cujo embargos de terceiros nº
0334075-23.2013.805.0001, apesar de julgado improcedente, estava afeto a recurso horizontal pendente de apreciação,
portanto, sem trânsito em julgado.
Assevera haver impugnado o valor da sanção contratual, cuja aplicabilidade, repisa, depende da validação das cláusulas do
mútuo firmado com os recorridos, razão porque requer a concessão de efeito suspensivo a sua irresignação.
Intimada para recolher, em dobro, o valor das custas processuais, a agravante procedeu no tempo e modo determinados.
É o que basta relatar.
Pelo que se depreende do art. 1.019, inciso I, do NCPC, o relator "poderá atribuir efeito suspensivo ao recurso ou deferir, em
antecipação de tutela, total ou parcialmente, a pretensão recursal, comunicando ao juiz sua decisão".
A disposição legal citada relaciona-se, quanto aos seus requisitos, ao § único do art. 995, que dispõe "A eficácia da decisão
recorrida poderá ser suspensa por decisão do relator, se da imediata produção de seus efeitos houver risco de dano grave,
de difícil ou impossível reparação, e ficar demonstrada a probabilidade de provimento do recurso."
TJBA – DIÁRIO DA JUSTIÇA ELETRÔNICO – Nº 2.099 - Disponibilização: terça-feira, 13 de março de 2018 Cad 1 / Página 350
De início, revela-se inadequado, neste momento processual, qualquer debate acerca da legalidade da cobrança e do valor
da multa rescisória, uma vez que indeferido pelo Juiz da causa o pedido de seu levantamento.
Em outro viés, a argumentação acerca da titularidade da quantia que estava depositada em Juízo, afigura-se tese jurídica
passível de ser invocada, tão somente, pela empresa C&V Empreendimentos, haja vista a legislação processual inadmitir
a postulação de direito alheio em nome próprio.
Ademais, o declaratório manejado pela aludida pessoa jurídica encontra-se julgado, sanando vício, sem alteração do
conteúdo, o que reforça, ainda mais, a presunção do valor pertencer a recorrente.
Assim, não conheço desses tópicos recursais.
Para mais, após exaustivo exame dos autos originais e apensos (n. 0310362-53.2012.805.0001, 0334075-23.2013.805.0001
e 0324996-88.2011.805.0001) tem-se por incontroversa a realização do negócio jurídico entre as partes, bem como o seu
desfazimento, tanto que a recorrente só discute a sua validade.
Também induvidoso o valor de R$5000.000,00 pago pelos agravados a título de "entrada" na transação e que tal montante
nunca lhes foi restituído, apesar do ajuste não restar perfectibilizado e imóvel objeto haver sido alienado pela recorrente a
empresa Aratu Empreendimentos Ltda, terceira estranha à lide.
No mais, a agravante não cuidou de tecer qualquer fundamentação sobre eventual risco de dano grave, difícil ou impossível
reparação que se encontre a sofrer.
Conclusão:
Pelo exposto, com esteio no art. 1.019, inc. I do CPC/2015, indefiro o efeito suspensivo pleiteado.
Comunique-se ao Juiz da causa o teor desta decisão e intime-se os recorridos para apresentarem contrarrazões, no prazo
legal, sob pena de preclusão.
Salvador/BA, 12 de março de 2018.
Des. José Edivaldo Rocha Rotondano
Relator
JR07
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DA BAHIA
Desa. Márcia Borges Faria
DECISÃO
8004102-84.2018.8.05.0000 Agravo De Instrumento
Jurisdição: Tribunal De Justiça
Agravante: Banco Do Brasil S/a
Advogado: Iziquiel Pereira Moura (OAB:0031752/BA)
Agravado: Municipio De Seabra
Decisão:
Trata-se de agravo de instrumento interposto por Banco do Brasil S/A, contra provimento judicial de lavra do juízo da Vara da
dos Feitos de Relações de Consumo, Cíveis e Comerciais, da Comarca de Seabra.
Insurge-se a Agravante contra decisão proferida pelo juiz de primeiro grau que, nos autos da execução fiscal em trâmite na
origem, determinou a transferência de numerário bloqueado judicialmente, ao fito de garantir a execução, para as contas do
Município exequente.
Afirma que a interlocutória recorrida queda-se manifestamente ilegal, notadamente quando se olvidou que o valor de que se
cuida não poderia ser, de logo, disponibilizado ao Agravado, notadamente porquanto sequer iniciado o prazo processual
para oposição de embargos à execução.
Defende que os cálculos que pautaram a ordem constritiva não apontam claramente os parâmetros utilizados pelo credor,
justificando, nessa perspectiva, a necessidade de intimação da municipalidade no desiderato de aclarar o montante devido.
Requer, ao fim, a antecipação dos efeitos da tutela recursal, e, no mérito, a reforma da decisão originária, mediante o
provimento do recurso.
É O BREVE RELATÓRIO.
Preenchidos os predicados processuais respectivos, e não sendo o caso de julgamento monocrático, na forma do art. 932
do atual Código de Ritos, passo a analisar o pedido de antecipação dos efeitos da tutela recursal.
É cediço que o deferimento de tutela provisória em sede de agravo de instrumento, tal qual requerido pela Agravante,
constitui medida excepcional, e, por isso, deve-se pautar pela existência concorrente dos pressupostos autorizadores de
que tratam os artigos 300 c/c 1.019, I, do Código de Processo Civil, notadamente o perigo de dano ou risco ao resultado útil
do processo, bem ainda a probabilidade do direito invocado.
In casu, vislumbra-se que as assertivas empreendidas na exordial do recurso, em cotejo com os expedientes documentais
alçados à cognição nesta seara ad quem, chancelam o reconhecimento de que, prima facie, cabível a outorga parcial da
providência vindicada.
Com efeito, a par das arguições recursais alusivas à suposta obscuridade dos cálculos que traduzem o débito em questão,
matéria a ser discutida em sede de eventual embargos à execução, é certo que não se revela idônea a transferência do
montante utilizado para garantia do juízo para conta corrente do credor.
De fato, enquanto cabível a oposição, pelo devedor, da exceção prevista em lei ao fito de resguardar a defesa dos seus
interesses, incabível a disponibilização da quantia bloqueada judicialmente ao Agravado, mormente em face do risco de
utilização de numerário cujo montante está sendo objeto de controvérsia.
TJBA – DIÁRIO DA JUSTIÇA ELETRÔNICO – Nº 2.099 - Disponibilização: terça-feira, 13 de março de 2018 Cad 1 / Página 351
Nesse contexto, mister que após a constrição dos valores em comento - que se dera, registre-se, em observância ao
procedimento respectivo - seja lavrado o respectivo auto de penhora, mediante a intimação do Executado, na forma do art.
16, III, da Lei de Execução Fiscal, ocasião em que terá início o lapso de tempo para opor os respectivos Embargos.
Destarte, sem prejuízo da alteração do entendimento ora externado, inclusive porquanto adotado em sede de análise
precária, ANTECIPO PARCIALMENTE OS EFEITOS DA TUTELA RECURSAL para sustar a eficácia da interlocutória no tocante
à transferência dos valores bloqueados judicialmente às contas do Agravado, determinando que o citado montante fique à
disposição de conta judicial, vinculada ao processo de origem, adotando-se, ainda, as providências pertinentes ao
prosseguimento da lide, ficando vedada a liberação do numerário, até ulterior deliberação.
Intime-se a Agravado, para, em 15 (quinze dias), querendo, apresentar resposta nos termos do art. 1.019, II, do CPC.
Cientifique-se o juízo de origem quanto ao teor da presente.
Salvador/BA, 8 de março de 2018.
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DA BAHIA
Desa. Márcia Borges Faria
DECISÃO
8004008-39.2018.8.05.0000 Agravo De Instrumento
Jurisdição: Tribunal De Justiça
Agravante: Central Nacional Unimed - Cooperativa Central
Advogado: Antonio Eduardo Goncalves De Rueda (OAB:0016983/PE)
Agravado: Jucicleia Alves Santos
Decisão:
Trata-se de agravo de instrumento interposto pela Central Nacional Unimed, objetivando a reforma da decisão interlocutória
proferida pelo juízo de Direito da 4ª Vara de Feitos de Relação de Consumo, Cível e Comerciais da Comarca de Feira de
Santana/BA que, nos autos da ação de obrigação de fazer consistente na manutenção no plano de saúde, ajuizada por
Jucicleia Alves Santos, deferiu a tutela de urgência [...] para o fim de determinar que a acionada mantenha a prestação dos
serviços à autora até decisão final do processo, condicionada ao pagamento das prestações inerentes ao plano, devendo
a acionada expedir os boletos a serem pagos pela promovente, tudo sob pena de multa diária no valor de R$ 500,00
(quinhentos reais) para o caso de descumprimento."
Alega o Agravante, que inexiste os pressupostos autorizadores para a concessão da tutela de urgência, e por consequência
a necessidade de reconsideração da decisão concessiva da antecipação.
Aduz, que no caso dos autos, trata-se de contrato coletivo empresarial estabelecido entre a CNU e o ex-empregador da
autora, onde […] a beneficiária encontra-se ativa no plano de ativos da empresa até 28/02/2018 e em seguida encontra-se
ativa no plano de inativos da empresa a partir de 01/03/2018 até 31/10/2019."
Desta feita, requer a concessão do efeito suspensivo e, no mérito, o provimento do recurso, com o fim de suspender a
decisão liminar concedida pelo juízo a quo.
Distribuído o recurso à Quinta Câmara Cível, por sorteio, e, neste âmbito, à minha relatoria, vieram-me os autos conclusos.
É o que ora cumpre relatar.
Preenchidos os requisitos processuais de admissibilidade, e não sendo o caso de julgamento monocrático, na forma do art.
932 do atual Código de Ritos, passo a analisar o pedido de concessão de efeito suspensivo.
É cediço que a atribuição de efeito suspensivo em sede de agravo de instrumento, tal qual requerido pelo Agravante, constitui
medida excepcional, e, por isso, deve-se pautar pela existência concorrente dos pressupostos autorizadores de que trata o
art. 995, parágrafo único, do Novo Código de Processo Civil.
In casu, da análise das razões aduzidas pelo Recorrente, verifico que o deferimento da suspensividade perseguida não prescinde
da angularização da relação processual em voga, porquanto indispensável a confrontação dos elementos fáticos trazidos à
colação com as informações a serem prestadas pelo juízo monocrático, bem como através da intervenção da parte Agravada.
De fato, a agravada era beneficiária de plano de saúde coletivo, cujo contrato teria sido rescindido. Acontece, que a rescisão
unilateral do contrato constitui medida abusiva, sendo que a sua manutenção, ou mesmo a migração para um plano
individual é imprescindível à preservação da saúde do autora/agravada, que se encontra em estado gestacional, afigurando-
se como providência urgente e inadiável que legitima o deferimento da decisão liminar.
Ademais, observa-se que o provimento de piso encontra-se fundamentado e pautado em critérios de razoabilidade, não se
justificando, numa análise superficial, própria do momento, a suspensão da decisão guerreada.
Em suma, em que pese as alegações do Agravante, como dito, é necessária a análise mais detida dos fatos declinados,
exigindo-se, pois, um exame apurado dos elementos de convicção, o que somente poderá ocorrer no momento processual
oportuno.
A toda evidência, os fundamentos esposados na presente decisão não têm a pretensão de esgotar o exame da controvérsia,
nem vinculam o entendimento desta Relatora quanto ao julgamento do mérito recursal, momento para o qual reservo a
análise exauriente da questão, levando em consideração os argumentos expendidos por ambas as partes.
Ante o exposto, INDEFIRO O EFEITO SUSPENSIVO postulado, até o pronunciamento definitivo desta Corte.
Intime-se o agravado, para, em 15 (quinze dias), querendo, apresentar resposta nos termos do art. 1.019, II, do CPC.
Salvador, 06 de março de 2018.
Desembargadora Márcia Borges Faria
Relatora
TJBA – DIÁRIO DA JUSTIÇA ELETRÔNICO – Nº 2.099 - Disponibilização: terça-feira, 13 de março de 2018 Cad 1 / Página 352
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DA BAHIA
60ª Desembargadoria
DECISÃO
8000732-97.2018.8.05.0000 Agravo De Instrumento
Jurisdição: Tribunal De Justiça
Agravante: Banco Bradesco Sa
Advogado: Amandio Ferreira Tereso Junior (OAB:0107414/SP)
Agravado: Juailson Pereira Da Silva
Agravado: Dagna Ferreira Catarino
Decisão:
Trata-se de Agravo de Instrumento interposto em face da decisão que, nos autos da Ação de Manutenção Contratual, em
trâmite na 1ª Vara Cível da Comarca de Luís Eduardo Magalhães/BA, proposta por JUAILSON PEREIRA DA SILVA E OUTRO
contra BANCO BRADESCO S/A, deferiu a tutela de urgência requerida para determinar que o réu se abstenha de praticar atos
de alienação do imóvel descrito na inicial, seja através de leilão extrajudicial ou qualquer outro meio, condicionando a
eficácia da medida ao depósito, em Juízo, do valor de R$ 14.086,25, referente à purgação da mora, bem como das parcelas
que se forem vencendo ao longo da demanda, sem prejuízo de eventual complementação dos valores, caso haja verificação
de que o valor efetivamente devido é superior ao depositado.
Sustenta que a decisão agravada foi proferia em contrariedade à Lei nº 9.514/97.
Requer a atribuição de efeito suspensivo ao agravo, a fim de que seja revogada a tutela antecipada concedida aos Agravados
e, ao final, o seu provimento, a fim de reformar a decisão interlocutória combatida.
É o relatório.
DECIDO.
A teor da regra inserta no inciso I do artigo 1.015 do Código de Processo Civil, cabe agravo de instrumento contra as decisões
que versam sobre tutelas provisórias.
Tendo o decisum ora questionado concedido a tutela antecipatória postulada pela Recorrida, o recurso deve ser recebido e
processado, inclusive porque estão preenchidos os demais requisitos intrínsecos e extrínsecos de admissibilidade.
É apropriado para impugnar o pronunciamento judicial precedente, bem como útil e necessário ao alcance de situação
jurídica mais favorável para o Agravante do que a estabelecida pela decisão a quo.
Ademais, o Recorrente possui legitimidade ad causam recursal e não está configurado, em princípio, qualquer requisito de
admissibilidade negativo ou impeditivo.
O agravo é tempestivo e se encontra devidamente preparado.
Recebo, pois, o recurso.
Conforme dispõe o artigo 1.019, inciso I, do Código de Processo Civil, não sendo uma das hipóteses de inadmissão ou de
negativa imediata de provimento do agravo de instrumento, deverá o Relator apreciar o pedido de atribuição de efeito
suspensivo ao recurso ou de antecipação da tutela recursal formulado pelo Recorrente, in litteris:
Art. 1.019. Recebido o agravo de instrumento no tribunal e distribuído imediatamente, se não for o caso de aplicação do art.
932, incisos III e IV, o relator, no prazo de 5 (cinco) dias:
I - poderá atribuir efeito suspensivo ao recurso ou deferir, em antecipação de tutela, total ou parcialmente, a pretensão
recursal, comunicando ao juiz sua decisão;
Dispõe o parágrafo único do artigo 995 do mesmo diploma legal, que a decisão recorrida poderá ser suspensa, se da
imediata produção de seus efeitos houver risco de dano grave, de difícil ou impossível reparação, e ficar demonstrada a
probabilidade de provimento do recurso.
Acerca do efeito suspensivo do agravo de instrumento, DANIEL AMORIM ASSUMPÇÃO NEVES leciona:
O efeito suspensivo caberá sempre que a decisão impugnada tiver conteúdo positivo, ou seja, ser uma decisão que
concede, acolhe, defere alguma espécie de tutela. Nesse caso, a decisão positiva gera efeitos práticos, sendo permitido ao
agravante pedir que tais efeitos sejam suspensos até o julgamento do agravo de instrumento. Tratando-se de efeito
suspensivo ope judicis (impróprio), não basta o mero pedido do agravante, sendo indispensável o preenchimento dos
requisitos previstos pelo art. 995, parágrafo único do Novo CPC: probabilidade de provimento do recurso, ou seja, a aparência
de razão do agravante, e o perigo de risco de dano grave, de difícil reparação, demonstrada sempre que o agravante
convencer o relator de que a espera do julgamento do agravo de instrumento poderá gerar o perecimento de seu direito.
(in Novo Código de Processo Civil Comentado, Salvador: Jus Podvim, 2016, p. 1702)
Na hipótese, no que concerne ao pedido de atribuição de efeito suspensivo, em juízo de cognição superficial e não exauriente,
próprio desse momento processual, não vislumbro a coexistência dos requisitos exigidos para determinar a suspensão da
decisão impugnada.
É que, a priori, o Juízo primevo agiu acertadamente ao concluir que não foi oportunizado aos Autores/Agravados a purgação
da mora, sendo estes tão somente notificados acerca do leilão do imóvel, em desconformidade om o disposto no art. 26-A
e 2º-B, da Lei nº 9.514/97, com a alteração promovida pela Lei nº 13.465/2017.
Frise-se, por oportuno, que a premissa acima não foi contrariada pelo Agravante, devendo prevalecer, portanto, a tese de que,
no caso em apreço, inexistiu notificação para a purgação de mora, nos termos do § 1º art. 26 da legislação acima mencionada.
Não se discute no bojo desse Agravo se houve ou não a intimação pessoal dos fiduciantes para a purgação da mora,
conforme redação do §3º do multi citado art. 26 da Lei nº 9.514/97, até mesmo porque, ao que consta, em análise superficial,
sequer foi efetivada a referida notificação, o que é corroborado pelo documento anexado aos autos originários, onde consta
apenas a comunicação aos Agravados acerca da realização do leilão e suas respectivas datas. (ID 9623585).
Nessa linha de raciocínio, em situações análogas, transcrevo julgados deste Egrégio Tribunal de Justiça:
TJBA – DIÁRIO DA JUSTIÇA ELETRÔNICO – Nº 2.099 - Disponibilização: terça-feira, 13 de março de 2018 Cad 1 / Página 353
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DA BAHIA
60ª Desembargadoria
DECISÃO
8000654-06.2018.8.05.0000 Agravo De Instrumento
Jurisdição: Tribunal De Justiça
Agravante: Jose Raimundo Pereira Da Silva
Advogado: Bruno De Almeida Maia (OAB:1892100A/BA)
Advogado: Luana Teles Braga Leal (OAB:3802100A/BA)
Advogado: Carolina Cidrim De Oliva Santos (OAB:5302100A/BA)
Agravante: Paulo Jackson Martins Oliveira
Advogado: Bruno De Almeida Maia (OAB:1892100A/BA)
Advogado: Luana Teles Braga Leal (OAB:3802100A/BA)
Advogado: Carolina Cidrim De Oliva Santos (OAB:5302100A/BA)
Agravante: Rehenan Araujo Rehem
Advogado: Bruno De Almeida Maia (OAB:1892100A/BA)
Advogado: Luana Teles Braga Leal (OAB:3802100A/BA)
Advogado: Carolina Cidrim De Oliva Santos (OAB:5302100A/BA)
Agravante: Vitor De Castro Margalhao
Advogado: Bruno De Almeida Maia (OAB:1892100A/BA)
Advogado: Luana Teles Braga Leal (OAB:3802100A/BA)
Advogado: Carolina Cidrim De Oliva Santos (OAB:5302100A/BA)
Agravante: Wallace Sergio Alves Franca
Advogado: Bruno De Almeida Maia (OAB:1892100A/BA)
Advogado: Luana Teles Braga Leal (OAB:3802100A/BA)
Advogado: Carolina Cidrim De Oliva Santos (OAB:5302100A/BA)
Agravado: Estado Da Bahia
Decisão:
Vistos, etc.
Pleiteada a gratuidade da justiça, em sede recursal, não vislumbro a alegada hipossuficiência dos Agravantes para arcar
com o respectivo preparo, notadamente considerando o número de Recorrentes e o valor a ser recolhido.
Isto posto, indefiro a gratuidade recursal e, por consequência, determino a intimação dos Agravantes, através do seu
advogado, para, no prazo de 05 (cinco) dias, recolher as custas recursais, sob pena de não conhecimento do recurso.
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DA BAHIA
60ª Desembargadoria
DECISÃO
8001499-72.2017.8.05.0000 Agravo De Instrumento
Jurisdição: Tribunal De Justiça
Agravante: Antonio Fernando Barros Pereira
Advogado: Wagner Veloso Martins (OAB:3716000A/BA)
Agravante: Edinael Santana De Andrade
Advogado: Wagner Veloso Martins (OAB:3716000A/BA)
Agravante: Jose Roque Alves Do Nascimento
Advogado: Wagner Veloso Martins (OAB:3716000A/BA)
Agravante: Jovino Jarbas Oliveira
Advogado: Wagner Veloso Martins (OAB:3716000A/BA)
Agravante: Lenida Da Cruz Silva Santos
Advogado: Wagner Veloso Martins (OAB:3716000A/BA)
Agravado: Estado Da Bahia
Decisão:
ANTÔNIO FERNANDO BARROS PEREIRA, EDINAEL SANTANA DE ANDRADE, JOSÉ ROQUE ALVES DO NASCIMENTO,
JOVINO JARBAS OLIVEIRA e LENIDA DA CRUZ SILVA SANTOS ingressaram com Ação Ordinária em face do ESTADO DA
BAHIA, requerendo a gratuidade da Justiça.
O Juízo precedente não deferiu, de pronto, o pedido, alegando que, da análise dos contracheques dos Agravantes, vê-se que
os mesmos, a priori, não se encontram em estado de pobreza que justifique a concessão do benefício da gratuidade. Neste
sentido, fixou o prazo de 10 dias para que os Autores: a) provassem os estados de miséria em que se encontravam; ou b)
efetuassem o pagamento das custas processuais com desconto de 50% e o restante parcelado em 2 vezes, com fundamento
no no artigo 98, § 6º do CPC.
Os Autores reiteraram o pedido de gratuidade de justiça, alegando que ante a ausência de critérios objetivos para aferição
da situação de necessidade em relação aos rendimentos, convencionou-se na jurisprudência, mediante juízo de ponderação
e razoabilidade, que tal valor corresponderia a 10 vezes o valor do salário mínimo, o que os tornam aptos a gozar de tal
benefício. Juntou-se aos autos comprovantes de rendimentos e de despesas dos Autores.
Em reanálise do pedido, o Magistrado a quo negou o pedido de assistência judiciária gratuita, por entender que os documentos
acostados não foram suficientes para atestar a hipossuficiência alegada mas, ao contrário, constatam que os Autores
podem adimplir com as despesas processuais, sendo concedido aos mesmos o prazo de 10 dias para recolhimento do
valor das custas judiciais, na forma discriminada no despacho anterior, acrescido das despesas com a citação do réu, sob
pena de ser extinto o feito sem julgamento do mérito.
Irresignados, os Autores interpuseram o agravo de instrumento, argumentando que a pessoa natural tem sua alegação
sustentada por uma presunção de veracidade, não sendo necessária a condição de miserabilidade para a concessão da
gratuidade judiciária.
Requereram, em antecipação da tutela recursal, o deferimento da gratuidade da Justiça e, ao final, o provimento do recurso,
com a confirmação da tutela antecipada.
Em despacho de ID 657212, a então Relatora postergou a análise do pedido liminar para depois do oferecimento das
contrarrazões.
Contraminuta apresentada pelo Estado da Bahia pugnando pela manutenção da decisão recorrida e o desprovimento do
Agravo (ID 742529).
É o relatório.
DECIDO.
Inicialmente, ressalte-se ser adequada a interposição de Agravo de Instrumento contra decisão interlocutória que rejeita o
pedido de gratuidade de justiça, nos termos dos artigos 101 e 1.015, inciso V, ambos do Código de Processo Civil, que
estabelecem:
"Art. 101 - Contra a decisão que indeferir a gratuidade ou a que acolher pedido de sua revogação caberá agravo de instrumento,
exceto quando a questão for resolvida na sentença, contra a qual caberá apelação.
Art. 1.015 - Cabe agravo de instrumento contra as decisões
interlocutórias que versarem sobre:
[...]
V - rejeição do pedido de gratuidade da justiça ou acolhimento do pedido de sua revogação;
[...]"
Em relação à tempestividade, conforme se infere da Certidão ID 66431442 do processo originário, a decisão recorrida foi
disponibilizada no DJE de 27/11/2017 (segunda-feira). Sendo assim, o termo a quo do prazo recursal foi o dia 29/11/2017
(quarta-feira), findando em 22/01/2018, vez que nos períodos de 02 e 03, 09 e 10, 16 e 17/12/2017, o prazo encontrava-se
suspenso, por não se tratarem de dias úteis, no dia 08/12/2017 não teve expediente forense, conforme artigo 1º do Decreto
Judiciário nº 68, de 23 de janeiro de 2017, e, por força do artigo 220 do Código de Ritos, os prazos processuais são
suspensos nos dias compreendidos entre 20/12 e 20/01. Evidenciado que o Agravo de Instrumento foi interposto em 19/12/
2017, tempestivo é o recurso.
TJBA – DIÁRIO DA JUSTIÇA ELETRÔNICO – Nº 2.099 - Disponibilização: terça-feira, 13 de março de 2018 Cad 1 / Página 355
Quanto ao preparo, os Agravantes requereram o benefício da assistência judiciária gratuita, incidindo, na hipótese, ademais,
o disposto no §1º do art. 101 do CPC.
Ademais, o Agravo veio instruído com os documentos exigidos nos artigos 1.016 e 1.017 do Código de Processo Civil,
preenchendo os requisitos de admissibilidade afetos à espécie.
Ademais, trata-se de uma ação cujo polo ativo é composto por 05 (cinco) Autores, devendo as custas processuais ser
rateada entre os mesmos, o que já representa uma desoneração considerável.
Afora isso, resguardado pelo quanto disposto no § 6º do artigo 98 do Código de Ritos, o Magistrado a quo concedeu
desconto no percentual de 50% (cinquenta por cento), além do parcelamento do montante em 02 (duas) vezes. Desta forma,
a incidência das custas iniciais exigidas, suportadas em conjunto pelos Agravantes, nos termos da decisão agravada,
aparentemente não representa despesa que prejudicará o sustento próprio e das respectivas famílias.
Sendo assim, e sem que esta decisão vincule o meu entendimento acerca do mérito recursal, e, ainda, não sendo inviável
a hipótese de chegar a conclusão diversa após criteriosa e aprofundada análise, com os demais elementos que virão aos
autos no momento próprio, imperativa é a manutenção da decisão agravada até decisão ulterior desta Corte.
Nestes termos, INDEFIRO A ANTECIPAÇÃO DA TUTELA RECURSAL.
Evidenciada a capacidade econômica para o pagamento do preparo, imperiosa é a não concessão da gratuidade recursal.
Neste sentido, indefiro a gratuidade da Justiça, no âmbito desta Corte, e concedo aos Agravantes o prazo de 5(cinco) dias
para efetuarem o recolhimento do preparo, sob pena de não conhecimento do recurso, com fulcro no § 2º do artigo 101 do
Código de Processo Civil.
Comunique-se o juízo de origem para que tome ciência do teor da presente decisão (artigo 1019, inciso I, parte final, do CPC/
15), bem como para que preste as informações de estilo, caso entenda necessário.
Publique-se.
Salvador, 12 de Março de 2018.
ADRIANA SALES BRAGA
JUÍZA SUBSTITUTA DE 2º GRAU
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DA BAHIA
60ª Desembargadoria
DECISÃO
8000911-65.2017.8.05.0000 Agravo De Instrumento
Jurisdição: Tribunal De Justiça
Agravante: Luiz Marcelo Duraes
Advogado: Antonio Rodrigues Rocha (OAB:0025138/MG)
Advogado: Gianpaolo Zambiazi Bertol Rocha (OAB:0086425/MG)
Agravante: Eliana Fatima Versiani Duraes
Advogado: Antonio Rodrigues Rocha (OAB:0025138/MG)
Advogado: Gianpaolo Zambiazi Bertol Rocha (OAB:0086425/MG)
Agravante: Ana Clorinda Magalhaes Almeida
Advogado: Antonio Rodrigues Rocha (OAB:0025138/MG)
Advogado: Gianpaolo Zambiazi Bertol Rocha (OAB:0086425/MG)
Agravante: Antonio Carlos Almeida
Advogado: Antonio Rodrigues Rocha (OAB:0025138/MG)
Advogado: Gianpaolo Zambiazi Bertol Rocha (OAB:0086425/MG)
Agravado: Municipio De Canavieiras
Decisão:
PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO DE INSTRUMENTO. AUSÊNCIA DE PEÇA OBRIGATÓRIA. CÓPIA DA DECISÃO AGRAVADA. ART.
1.017, I, DO CPC. INOBSERVÂNCIA. NÃO CONHECIMENTO.
I - O Recorrente deve, obrigatoriamente, instruir o Agravo de Instrumento com os documentos elencados no inciso I do artigo
1.017 do CPC, sob pena de não preenchimento da regularidade formal do recurso.
II - Evidenciado que os Agravantes não apresentaram a cópia integral da decisão agravada, quer no momento da interposição,
quer no prazo concedido para tanto, inevitável é o não conhecimento do agravo instrumental.
RECURSO NÃO CONHECIDO
O MUNICÍPIO DE CANAVIEIRAS ingressou com Ação de Desapropriação em face de LUIS MARCELO DURAES E ELIANA
FÁTIMA VERSIANI DURÃES, tendo, posteriormente, ingressado no feito, como terceiros interessados, ANA CLORINDA
MAGALHÃES ALMEIDA E ANTONIO CARLOS ALMEIDA.
Os Réus interpuseram Agravo de Instrumento argumentando que a decisão prolatada pelo Juiz primevo deixou de analisar
os pedidos de realização de perícia avaliatória e levantamento dos valores incontroversos.
Requereram, em antecipação da tutela recursal, a expedição de alvará para levantamento da quantia que se encontra à
disposição da justiça e a realização de perícia da área desapropriada e, ao final, o provimento do recurso, com a confirmação
da tutela antecipada.
Verificada a incompletude da cópia da decisão impugnada, bem como a ausência da certidão da respectiva intimação ou
outro documento oficial que comprove a tempestividade do recurso, foi determinada a intimação do Agravante, em Despacho
ID 656942, para apresentação das cópias obrigatórias, sob pena de não conhecimento.
Foi juntada Certidão exarada pela Diretor de Secretaria (ID 727972) informando que o Agravante foi intimado da Decisão
Interlocutória prolatada pelo Juiz da Comarca de Canavieiras, em 13/11/2017, por meio de publicação no Diário de Justiça
Eletrônico nº 2024, de 16/12/2017.
TJBA – DIÁRIO DA JUSTIÇA ELETRÔNICO – Nº 2.099 - Disponibilização: terça-feira, 13 de março de 2018 Cad 1 / Página 357
É o relatório.
DECIDO.
Verificou-se a tempestividade do recurso, bem como foram juntados os DAJE's e respectivos comprovantes de pagamento
em relação ao preparo e ao porte de remessa e retorno dos autos, conforme determina o artigo 1.007 do Código de
Processo Civil.
A teor da regra inserta no artigo 1.017, I, do Código de Ritos, a petição de agravo de instrumento deve ser instruída, dentre
outros, com a cópia integral da decisão agravada.
Caso a parte Agravante não a colacione, deve o relator conceder prazo para que a omissão venha a ser sanada, conforme
está previsto no parágrafo único do artigo 932, cumulado com o parágrafo 3º do artigo 1.017, ambos daquele Diploma
Processual.
Sobre o tema, lecionam FREDIE DIDIER JR. e LEONARDO CARNEIRO DA CUNHA:
"A ausência de qualquer cópia obrigatória, prevista no art. 1.017, I, do CPC acarreta a inadmissibilidade do agravo de
instrumento. Não é possível, porém, ao relator ou ao tribunal inadmitir o recurso, sem que seja, antes, conferida oportunidade
ao agravante para regularizar o seu instrumento e trazer cópia que falta."
(in "Curso de Direito Processual Civil - Volume 03", Fredie Diider Jr e Leonardo Carneiro da Cunha, Editora Juspodivm, 13ª
edição, 2016, pág. 235)
No mesmo sentido:
"Algumas peças são obrigatórias: se não juntadas, o recurso não será conhecido. Antes, porém, de indeferi-lo, compete ao
relator, nos termos do art. 932, parágrafo único, conceder ao agravante prazo de cinco dias para que seja sanado o vício ou
complementada a documentação exigível. Se o prazo transcorrer sem que o agravante cumpra o determinado, o agravo será
indeferido."
(in "Direito Processual Civil Esquematizado", Marcus Vinicius Rios Gonçalves, 6ª edição, 2016, Editora Saraiva, pag. 890)
No caso em análise, os Agravantes foram intimados para apresentarem a cópia da decisão impugnada de forma completa
e da certidão da respectiva intimação ou outro documento oficial hábil a comprovar a tempestividade do recurso, e só
realizaram a juntada desta última.
Os Recorrentes tinham o ônus de apresentar cópia integral do decisum impugnado. Não o fizeram no momento da
interposição, nem no prazo concedido para tanto, e o mesmo não está disponível para consulta, por não se tratar de
processo digital.
A omissão constitui óbice ao conhecimento do recurso, vez que a regularidade formal é requisito de admissibilidade
recursal.
Pelos motivos expostos, evidenciada a inadmissibilidade do agravo, em razão de não ter sido instruído com peça obrigatória
e essencial, inevitável é o seu não conhecimento.
Afora tudo isso, pela análise superficial dos autos, os Agravantes pretendiam reformar a decisão a quo para que fosse
determinada a realização de nova prova pericial, o que não é matéria a ser atacada via agravo de instrumento, a teor do
conteúdo do artigo 1.015 do Código de Processo Civil.
Nestes termos, NÃO CONHEÇO DO RECURSO.
Publique-se.
Salvador, 12 de Março de 2018.
ADRIANA SALES BRAGA
JUÍZA SUBSTITUTA DE 2º GRAU - RELATORA
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DA BAHIA
60ª Desembargadoria
DESPACHO
8000118-92.2018.8.05.0000 Agravo De Instrumento
Jurisdição: Tribunal De Justiça
Agravante: Banco Rci Brasil S.a
Advogado: Fernando Abagge Benghi (OAB:3747600A/BA)
Agravado: Ricardo Da Silva Rios
Advogado: Joao Rodrigues Vieira (OAB:0018517/BA)
Despacho:
Tendo em vista a Certidão ID 793887, republique-se a Decisão ID 762697.
Publique-se. Cumpra-se.
Salvador, 11 de março de 2018.
ADRIANA SALES BRAGA
JUÍZA SUBSTITUTA DE 2º GRAU - RELATORA
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DA BAHIA
Marcia Borges Faria
PUBLICAÇÃO DE DESPACHOS E DECISÕES MONOCRÁTICAS
0300079-29.2016.8.05.0001 Apelação
Apelante : Geohidro Consultoria Sociedade Simples Ltda.
Advogado : Jivago Garcia Silva Farias (OAB: 14320/BA)
TJBA – DIÁRIO DA JUSTIÇA ELETRÔNICO – Nº 2.099 - Disponibilização: terça-feira, 13 de março de 2018 Cad 1 / Página 358
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DA BAHIA
Marcia Borges Faria
PUBLICAÇÃO DE DESPACHOS E DECISÕES MONOCRÁTICAS
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DA BAHIA
Marcia Borges Faria
PUBLICAÇÃO DE DESPACHOS E DECISÕES MONOCRÁTICAS
0051156-63.2010.8.05.0001 Apelação
Apelante : Simone Caetano Farias
Advogado : Adriana Rios Almeida (OAB: 27700/BA)
Apelado : Andre Santos Sales
Advogado : Eduardo Marques Das Neves (OAB: 14841/BA)
Ouça-se a d. Procuradoria de Justiça.
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DA BAHIA
Marcia Borges Faria
PUBLICAÇÃO DE DESPACHOS E DECISÕES MONOCRÁTICAS
Intime-se a Apelante para que se manifeste no prazo de 48h (quarenta e oito horas) acerca do não cumprimento da sentença
prolatada, sob pena de nova majoração da multa diária.
Publique-se. Intime-se.
Salvador/BA, 12 de março de 2018.
Des. Raimundo Sérgio Sales Cafezeiro
Relator
b) acate o depósito judicial das referidas parcelas em contas a serem abertas para esse específico fim, ficando o respectivo
valor à total disposição do Juízo, autorizando o depósito refente aos 10%, no valor de R$ 38.420,00;
c) libere o imóvel refente à Gleba n.º 05, com área de 20.000 m2, situada no lugar denominado Fazendinhas do Barão, no
Município de Santa Luzia MG;
d) suste ou impeça a cobrança de quaisquer valores ou títulos que tenham por base a dívida objeto da lide, determinando
ainda que o BNB abstenha-se de levar a protesto os contratos, cédulas de crédito, notas promissórias, ou de inscrever os
dados dos Agravantes em cadastros de órgãos de proteção ao crédito.
O Agravo é tempestivo e os Agravantes são beneficiários da gratuidade da justiça, conforme fls. 226 da demanda originária.
Analisando o feito, indeferi o pedido de concessão de antecipação da tutela recursal às fls. 312/314.
Os Agravantes opuseram Embargos de Declaração às fls. 322/323, alegando omissão na decisão monocrática proferida,
tendo em vista a ausência de análise do pedido de alienação dos veículos constantes no contrato, com o depósito integral
do valor em conta judicial. Pugnaram pelo conhecimento do recurso, bem com pelo seu julgamento procedente.
O Agravado apresentou contrarrazões às fls. 326/336, arguindo, preliminarmente, a inadmissibilidade do presente Agravo,
com fundamento no disposto no art. 1.018, §§ 2º e 3º, do CPC, vez que os Agravantes não efetuaram a juntada da cópia da
petição do Agravo de Instrumento nos autos originários, conforme certidão anexa.
No mérito, aduz o acerto no indeferimento da tutela antecipada, tendo em vista a irreversibilidade do pedido, servindo as
garantias para satisfazer o crédito do Agravado. Afirma que os veículos e o imóvel dos Agravantes encontram-se como
garantia do Banco há muitos anos, estando solidificada a situação fática da demanda, não havendo qualquer alteração no
negócio jurídico realizado entre as partes.
Assevera que a inadimplência dos Agravantes lhe dá o direito de incluir a restrição nos órgãos de proteção ao crédito, sendo
lícita a referida inscrição, não devendo prosperar o pedido de exclusão dos nomes dos cadastros de restrição ao crédito.
É o relatório.
DECIDO.
Da análise dos autos, constato que o Agravado tem razão ao requerer a inadmissibilidade do presente Agravo de Instrumento,
vez que, apesar de os Agravantes terem informado que dentro do prazo legal cumpririam com o determinado no art. 1.018 do
CPC, não o fizeram.
É oportuno destacar a certidão de fl. 337 emitida pelo Escrivão/Diretor de Secretaria da Vara onde tramita o processo
originário, na qual certifica "que não há nos Autos petição do Embargante informando a interposição de Agravo de Instrumento".
O art. 1.018 do CPC dispõe que:
Art. 1.018. O agravante poderá requerer a juntada, aos autos do processo, de cópia da petição do agravo de instrumento, do
comprovante de sua interposição e da relação dos documentos que instruíram o recurso.
§ 1º Se o juiz comunicar que reformou inteiramente a decisão, o relator considerará prejudicado o agravo de instrumento.
§ 2º Não sendo eletrônicos os autos, o agravante tomará a providência prevista no caput, no prazo de 3 (três) dias a contar
da interposição do agravo de instrumento.
§ 3º O descumprimento da exigência de que trata o § 2o, desde que arguido e provado pelo agravado, importa inadmissibilidade
do agravo de instrumento.
Deste modo, os Agravantes deveriam ter providenciado, no prazo de três dias a contar da interposição do Agravo de Instrumento,
a juntada, aos autos do processo originário, da cópia da petição do agravo de instrumento, do comprovante de sua interposição
e da relação dos documentos que instruíram o recurso.
A ausência de juntada dos referidos documentos, por força do disposto no § 3º do art. 1.018 do CPC, enseja a inadmissibilidade
do Recurso, vez que o Agravado arguiu e demonstrou a referida ausência de juntada dos documentos pelos Agravantes.
Desta maneira, com esteio no art. 1.018, §§ 2º e 3º, do CPC, não conheço do Agravo de Instrumento, declarando, por
conseguinte, prejudicados os Embargos de Declaração opostos pelos Agravantes.
No tocante ao pedido de condenação dos Agravantes ao pagamento de honorários advocatícios, ressalto que não é o
momento oportuno para sua fixação.
Publique-se. Intimem-se.
Salvador, 12 de março de 2018.
Des. Raimundo Sérgio Sales Cafezeiro
Relator
Classe : Embargos de Declaração nº 0019588-85.2017.8.05.0000/50000
Foro de Origem : Foro de comarca Ilhéus
Órgão : Quinta Câmara Cível
Relator : Des. Raimundo Sérgio Sales Cafezeiro
Embargante : Edom Alberto Souza Santos e Outra
Advogado : Mateus Lima da Rocha (OAB: 20390/CE)
Embargado : Banco do Nordeste do Brasil S/A - BNB
Advogado : Isael Bernardo de Oliveira (OAB: 6814/CE)
Advogado : Paulo Roberto Ferreira Santos (OAB: 13227/BA)
Advogado : Ana Sofia Cavalcante Pinheiro (OAB: 23462/CE)
DECISÃO
Vistos.
Tratam os autos de Embargos de Declaração opostos por Edom Alberto Souza Santos e outros, alegando omissão na
decisão monocrática proferida, tendo em vista a ausência de análise do pedido de alienação dos veículos constantes no
contrato, com o depósito integral do valor em conta judicial.
TJBA – DIÁRIO DA JUSTIÇA ELETRÔNICO – Nº 2.099 - Disponibilização: terça-feira, 13 de março de 2018 Cad 1 / Página 361
Na origem, interpuseram os ora Agravantes/Embargantes Embargos à Execução, em razão da Ação distribuída pelo Agravado,
visando a cobrança de uma dívida, relativa à Cédula de Crédito comercial n.º 160.2011.1164.2361, que veio a ser objeto de
renegociação, através de Aditivo de Rerratificação.
Salientam que em seus Embargos formularam pedido para que o Juízo a quo autorizasse a venda de bens móveis
(automóveis) que estão vinculados ao contrato, dados em garantia fiduciária.
Segundo as suas razões, a finalidade é exatamente que a venda ocorra antes que a depreciação dos mesmos tornasse
impossível o resguardo de seu valor patrimonial. Com vistas a evitar prejuízos para as partes, esclarecem que toda e
qualquer quantia decorrente da venda dos bens seria depositada judicialmente e lá permaneceria até que fosse definido o
saldo credor/devedor da operação.
Informam que buscam através da Ação Revisional n.º 0501879-90.2016.8.05.0201, além da revisão dos encargos das
operações contratadas, o direito ao alongamento da dívida, mediante expurgo dos encargos de mora, pagamento de
entrada de 10% e parcelamento do restante em 120 meses, na forma da Resolução BACEN n.º 4.314/2014, reeditada pela
Resolução n.º 4.482/2016.
De acordo com as suas razões, um dos requisitos da referida Resolução é a amortização inicial de 10% do valor do saldo
devedor das operações enquadradas.
Por outro lado, defendem que caso se perpetue a situação atualmente enfrentada, com o nome da empresa anotado em
órgãos de proteção ao crédito, a atividade comercial estará inviabilizada, o que poderá acarretar a paralisação total dos
serviços prestados e a inviabilidade de pagamento do débito atualmente existente.
Pugnaram, assim, pela atribuição de efeito suspensivo ao Recurso, bem como pelo provimento do Agravo de Instrumento.
Analisando o feito, indeferi o pedido de concessão de antecipação da tutela recursal às fls. 312/314.
Os Agravantes opuseram Embargos de Declaração às fls. 322/323, alegando omissão na decisão monocrática proferida,
tendo em vista a ausência de análise do pedido de alienação dos veículos constantes no contrato, com o depósito integral
do valor em conta judicial. Pugnaram pelo conhecimento do recurso, bem com pelo seu julgamento procedente.
O Agravado apresentou contrarrazões às fls. 326/336, arguindo, preliminarmente, a inadmissibilidade do presente Agravo,
com fundamento no disposto no art. 1.018, §§ 2º e 3º, do CPC, vez que os Agravantes não efetuaram a juntada da cópia da
petição do Agravo de Instrumento nos autos originários, conforme certidão anexa.
No mérito, aduz o acerto no indeferimento da tutela antecipada, tendo em vista a irreversibilidade do pedido, servindo as
garantias para satisfazer o crédito do Agravado. Afirma que os veículos e o imóvel dos Agravantes encontram-se como
garantia do Banco há muitos anos, encontrando-se solidificada a situação fática da demanda, não havendo qualquer
alteração no negócio jurídico realizado entre as partes.
Assevera que a inadimplência dos Agravantes lhe dá o direito de incluir a restrição nos órgãos de proteção ao crédito, sendo
lícita a referida inscrição, não devendo prosperar o pedido de exclusão dos nomes dos cadastros de restrição ao crédito.
É o relatório.
DECIDO.
Da análise dos autos, constato que o Agravado/Embargado tem razão ao requerer a inadmissibilidade do Agravo de Instrumento,
vez que, apesar de os Agravantes/Embargantes terem informado que, dentro do prazo legal, cumpririam com o determinado
no art. 1.018 do CPC, não o fizeram.
É oportuno destacar a certidão de fl. 337 emitida pelo Escrivão/Diretor de Secretaria da Vara onde tramita o processo
originário, na qual certifica "que não há nos Autos petição do Embargante informando a interposição de Agravo de Instrumento".
O art. 1.018 do CPC dispõe que:
Art. 1.018. O agravante poderá requerer a juntada, aos autos do processo, de cópia da petição do agravo de instrumento, do
comprovante de sua interposição e da relação dos documentos que instruíram o recurso.
§ 1º Se o juiz comunicar que reformou inteiramente a decisão, o relator considerará prejudicado o agravo de instrumento.
§ 2º Não sendo eletrônicos os autos, o agravante tomará a providência prevista no caput, no prazo de 3 (três) dias a contar
da interposição do agravo de instrumento.
§ 3º O descumprimento da exigência de que trata o § 2o, desde que arguido e provado pelo agravado, importa inadmissibilidade
do agravo de instrumento.
Deste modo, os Agravantes/Embargantes deveriam ter providenciado, no prazo de três dias a contar da interposição do
Agravo de Instrumento, a juntada, aos autos do processo originário, da cópia da petição do agravo de instrumento, do
comprovante de sua interposição e da relação dos documentos que instruíram o recurso.
A ausência de juntada dos referidos documentos, por força do disposto no § 3º do art. 1.018 do CPC, enseja a inadmissibilidade
do Recurso de Agravo de Instrumento, vez que o Agravado/Embargado arguiu e demonstrou a referida ausência de juntada
dos documentos pelos Agravantes/Embargantes.
Desta maneira, com esteio no art. 1.018, §§ 2º e 3º, do CPC, não conheço do Agravo de Instrumento, declarando, por
conseguinte, prejudicados os Embargos de Declaração opostos pelos Agravantes.
Publique-se. Intimem-se.
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DA BAHIA
José Edivaldo Rocha Rotondano
PUBLICAÇÃO DE DESPACHOS E DECISÕES MONOCRÁTICAS
0018382-05.1995.8.05.0001 Apelação
Apelante : 'Município do Salvador
Proc. Munícipio : Flavia Cardoso Borges
Proc. Munícipio : Daniel Souza Tourinho
Apelado : Auto Eletrica Pesada Oliveira Ltda
Ante o exposto, conheço e dou provimento parcial ao apelo para afastar a suposta prescrição intercorrente, determinando o
retorno dos autos ao juízo de origem a fim de que se dê prosseguimento à execução fiscal.
0031874-98.1994.8.05.0001 Apelação
Apelante : 'Município do Salvador
Proc. Munícipio : Flavia Cardoso Borges
Proc. Munícipio : Daniel Souza Tourinho
Apelado : MB 13 Bahia Produtos Quimicos Ltda
Ante o exposto, conheço e dou provimento parcial ao apelo para afastar a suposta prescrição intercorrente, determinando o
retorno dos autos ao juízo de origem a fim de que se dê prosseguimento à execução fiscal.
0042998-87.2008.8.05.0001 Apelação
Apelante : Município de Salvador
Procurador : Gisane Tourinho Dantas
Apelado : Rosalia Miniz de Almeida
Advogado : Eduardo José Lima Fortunato Pereira (OAB: 8351/BA)
Ante o exposto, conheço e dou provimento parcial ao apelo para afastar a suposta prescrição intercorrente, determinando o
retorno dos autos ao juízo de origem a fim de que se dê prosseguimento à execução fiscal.
0085808-14.2007.8.05.0001 Apelação
Apelante : Banco do Brasil S.a.
Advogado : Luis Carlos Monteiro Laurenço (OAB: 16780/BA)
Apelado : Martins de Castro Barreto
Advogado : Estácio Milton Nogueira Reis Júnior (OAB: 20463/BA)
Ante o exposto, indefiro o requerimento formulado às fls. 160/161, mantendo suspenso o trâmite processual até nova
manifestação da Corte Constitucional.
0089605-56.2011.8.05.0001 Apelação
Apelante : Municipio do Salvador
Proc. Munícipio : Flavia Cardoso Borges
Proc. Munícipio : Daniel Souza Tourinho
Apelado : Diana Ellen Teixeira Aguiar Paz
Ante o exposto, conheço e dou provimento parcial ao apelo para afastar a suposta prescrição intercorrente, determinando o
retorno dos autos ao juízo de origem a fim de que se dê prosseguimento à execução fiscal.
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DA BAHIA
José Edivaldo Rocha Rotondano
PUBLICAÇÃO DE DESPACHOS E DECISÕES MONOCRÁTICAS
0569826-53.2014.8.05.0001 Apelação
Apelante : Syene Empreendimentos Imobiliários Ltda
Advogado : Fabio Pires da Silva (OAB: 41056/BA)
Advogada : Lorena Christina Araújo de Lacerda (OAB: 41789/BA)
Apelado : Dario Ribeiro de Sales Junior e Outra
Apelada : Claudia Santana dos Santos Moura
Advogado : Fabricia Mascarenhas Santos (OAB: 30335/BA)
Compulsando-se os autos, contata-se que indeferida a gratuidade de justiça e inacolhido o declaratório subsequente,
reiniciou-se o prazo para recolhimento, em dobro, do preparo recursal. Entretanto, a certidão cartorária de fl. 98 noticia a
inobservância do lapso temporal pela recorrente, tornando evidente a inadmissibilidade do apelo e impondo o seu não
conhecimento. Transcorrido o prazo de inconformismo, baixe-se os autos à origem.
TJBA – DIÁRIO DA JUSTIÇA ELETRÔNICO – Nº 2.099 - Disponibilização: terça-feira, 13 de março de 2018 Cad 1 / Página 363
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DA BAHIA
QUINTA CÂMARA CÍVEL
PUBLICAÇÃO DE ACÓRDÃOS
PROCESSOS JULGADOS NA SESSÃO DE 6 de Março de 2018
jornada, justifica, também justifica o afastamento da vedação contida no artigo 1º, § 3º, da Lei n.º 8.437/92, relativa à
concessão de liminar e de tutela antecipada impondo obrigação pecuniária à Fazenda Pública. Precedentes do STJ. 11.
Aliás, é o nítido cunho alimentar que evidencia o periculum in mora em desfavor da autora/agravada, pois como bem
observou a magistrada de piso, o reenquadramento não configura vantagem, "mas sim pagamento por trabalho efetivamente
exercido, tendo assim caráter simplesmente remuneratório". 12. RECURSO CONHECIDO E IMPROVIDO.
por Engenheiro Civil, revela grave violação a direitos fundamentais de presos na Carceragem do Município de Teofilândia,
que oferece risco, inclusive, de desabamento. Tais constatações não foram refutadas pelo Agravante, o Estado da Bahia,
que não teceu qualquer consideração acerca da situação estrutural do prédio, limitando-se a asseverar a inexistência de
superlotação e a impossibilidade do Poder Judiciário realizar incursões nas escolhas administrativas. Presente, pois, o
fumus boni iuris. 3. Diante da violação dos direitos dos custodiados pelo Estado, flagrante o periculum in mora, haja vista o
desrespeito à incolumidade física e psíquica destes e das pessoas que ali trabalham, com risco de perecimento da própria
vida, dada a possibilidade de desmoronamento do prédio, de eletrocussão e de se contrair doenças em razão da
insalubridade. 4. Face ao princípio da inafastabilidade da jurisdição, não há que se falar, diante da presença dos requisitos
autorizadores da concessão liminar e do quadro de ofensa a direitos fundamentais, em vedação à concessão de tutela que
esgote o objeto da ação ou em afronta ao Princípio da Separação dos Poderes, dada a necessidade de se conferir efetividade
às normas definidoras dos direitos e garantias fundamentais, dotadas de aplicabilidade imediata. 5. O STF, em sede de
repercussão geral, fundamentando-se na supremacia da dignidade da pessoa humana, já decidiu pela licitude da imposição
à Administração Pública, pelo Poder Judiciário, da adoção de medidas ou reformas em estabelecimentos carcerários. (RE
592581, Relator(a): Min. RICARDO LEWANDOWSKI, Tribunal Pleno, julgado em 13/08/2015) 6. RECURSO IMPROVIDO.
presente agravo de instrumento busca rediscutir questão que já foi analisada e julgada por esta Corte de Justiça em
momento anterior. Não há prova nos autos da ocorrência de fatos novos que possam ensejar a mudança do entendimento
esposado no acórdão proferido nos autos do agravo de instrumento nº 0023286-70.2015.805.0000. III - O pedido de pagamento
de aluguéis em favor da Agravante deverá ser apreciado no momento processual oportuno, em cognição exauriente, quando
da prolação da sentença. IV - Indeferimento do pedido de condenação da Agravante por litigância de má-fé. PRELIMINAR
SUSCITADA PELA AGRAVADA ACOLHIDA AGRAVO DE INSTRUMENTO NÃO CONHECIDO
0004662-02.2017.8.05.0000/50000 Agravo
Comarca: Salvador
Agravante: Julio Cesar Jaqueira Santos Muhana
Agravado: Banco do Brasil S. A.
Advogado: Leonardo de Almeida Azi (OAB : 16821/BA)
Advogado: Tiago Vilan Monteiro (OAB : 28729/BA)
Advogado: Fernando Antonio Fraga Ferreira (OAB : 47060/BA)
Advogado: Ronaldo Botelho Gomes (OAB : 47129/BA)
Advogado: Marcos Caldas Martins Chagas (OAB : 56526/MG)
Relator: Lígia Maria Ramos Cunha Lima
Decisão: Recurso prejudicado. Unânime.
Ementa: AGRAVO INTERNO PREJUDICADO PELO JULGAMENTO DO AGRAVO DE INSTRUMENTO. AÇÃO DE REVISÃO
CONTRATUAL. NÃO DEMONSTRAÇÃO PELO AGRAVANTE DA ILEGALIDADE/ILEGITIMIDADE DA COBRANÇA. IMPERIOSA
NECESSIDADE DE INSTRUÇÃO PROBATÓRIA A PROVAR A ILEGALIDADE/ILEGITIMIDADE DAS COBRANÇAS REALIZADAS
PELO CREDOR. SALVAGUARDA DO DIREITO DO CREDOR. PRECEDENTES DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DA
BAHIA. DECISÃO MANTIDA RECURSO NÃO PROVIDO. Com o julgamento do Agravo de Instrumento, o Agravo Interno interposto
de fls. 100 - 112 contra a decisão que não concedeu a antecipação da tutela recursal resta prejudicado, eis que esvaziada a
necessidade e utilidade do seu provimento final. Não demonstração nos autos de que os valores cobrados pelo Agravado
são ilegais ou abusivos. Salvaguarda do direito de crédito. Impossibilidade de alteração unilateral da avença por ato do
devedor. Imperiosa necessidade de instrução probatória para demonstração da ilegalidade/ilegitimidade da cobrança.
Procedentes do TJBA.
TJBA – DIÁRIO DA JUSTIÇA ELETRÔNICO – Nº 2.099 - Disponibilização: terça-feira, 13 de março de 2018 Cad 1 / Página 380
0007927-12.2017.8.05.0000/50000 Agravo
Comarca: Salvador
Agravado: Epifanio Lima da Nobrega Neto Epp
Advogado: Lucio Henrique Andrade Brasil (OAB : 23520/BA)
Agravante: Banco Bradesco S/A
Advogado: Gine Alberta Ramos Andrade Kinjyo (OAB : 19983/BA)
Relator: Raimundo Sérgio Sales Cafezeiro
Decisão: Recurso prejudicado. Unânime.
Ementa: AGRAVO DE INSTRUMENTO. AGRAVO INTERNO. AÇÃO DE BUSCA E APREENSÃO. ANTERIOR DEMANDA NA QUAL
SE BUSCA A REVISÃO CONTRATUAL, SOB O FUNDAMENTO DE ABUSIVIDADE DE CLÁUSULAS. PREJUDICIALIDADE
EXTERNA CARACTERIZADA. EXEGESE DO ART. 55, § 3º, DO NCPC. NECESSIDADE DE REUNIÃO DAS DEMANDAS.
NECESSIDADE DE MODIFICAÇÃO DO JULGADO, PARA O FIM DE REVOGAR A LIMINAR DE BUSCA E APREENSÃO E
DETERMINAR A REUNIÃO DAS AÇÕES. AGRAVO PROVIDO PARCIALMENTE. AGRAVO INTERNO PREJUDICADO. 1. Conforme
entendimentos hodiernos, a Ação que visa a revisão contratual é prejudicial à Ação de Busca e Apreensão, na medida em
que o seu resultado pode impedir a persecução do bem dado em garantia, desde que se constate a existência de ilegalidades
na avença. 2. Por força do disposto no art. 55, § 3º, do NCPC, impõe-se a reunião da ação de busca e apreensão e demanda
revisional, para fins de julgamento simultâneo, evitando-se, assim, decisões conflitantes. 3. Ante o teor normativo em
referência, impõe-se na espécie a revogação da liminar de busca e apreensão e a ordem para atribuição de restrição de
circulação, via sistema RENAJUD, aos veículos dados em garantia pelos Agravantes, até resolução final da Revisional. 4.
Agravo ao qual dá-se provimento parcial. 5. Agravo Interno prejudicado.
0016380-93.2017.8.05.0000/50000 Agravo
Comarca: Salvador
Agravante: Municipio de Camaçari
Procurador do Município: Renan Machado Lima
Agravado: Solange dos Santos Figueiredo
Advogado: Marianna Oliveira Augusto (OAB : 25199/BA)
Advogado: Thais Oliveira Augusto (OAB : 27976/BA)
Relator: Raimundo Sérgio Sales Cafezeiro
Decisão: Recurso prejudicado. Unânime.
Ementa: AGRAVO DE INSTRUMENTO. AGRAVO INTERNO. DIREITO ADMINISTRATIVO. CONCURSO PÚBLICO. ELIMINAÇÃO
DE CANDIDATO AO CARGO DE AGENTE COMUNITÁRIO DE SAÚDE, EM RAZÃO DE HIPERTENSÃO ARTERIAL. EDITAL QUE
NÃO PREVÊ DE FORMA OBJETIVA OS CRITÉRIOS DE ELIMINAÇÃO. EXAMES MÉDICOS POSTERIORES QUE COMPROVAM
O CONTROLE DA PATOLOGIA. VIABILIDADE DA CONTRATAÇÃO. AGRAVO IMPROVIDO. AGRAVO INTERNO JULGADO
PREJUDICADO. 1. A ausência de critérios objetivos para eliminação de candidatos, em Edital de Concurso Público, deixa à
Administração uma grande margem discricionária, que pode resultar em tratamento não isonômico aos participantes do
certame. 2. Por outro lado, os elementos informativos dos autos não são conclusivos para que se afirme com certeza a
inaptidão da parte Agravada para o exercício da função de Agente Comunitária de Saúde. 3. As Diretriz Brasileira de Hipertensão
Arterial, por exemplo, menciona que a atividade física regular pode ser benéfica na prevenção e tratamento da Hipertensão
Arterial e de Doenças Cardiovasculares, informação que reforça a tese de possibilidade da pessoa hipertensa de assumir
função que demande longas caminhadas, como é o caso dos autos. 4. Agravo ao qual dá-se provimento. 5. Agravo interno
declarado prejudicado.
mostra inepta a petição inicial desde quando reúne todos os elementos necessários ao exercício da defesa pelo réu e ao
julgamento pelo Juízo. 2. A ausência de completa delimitação da área litigiosa não é causadora da inépcia da Exordial,
desde quando dispõem as partes e o juiz de outros mecanismos aptos a propiciar informações relevantes para o deslinde
da ação, a exemplo da inspeção judicial in loco e perícia. 3. Considerando o fato de que a inspeção judicial viabilizou o
deferimento do pleito de reintegração de posse, não caracterizou-se no caso em apreço a inviabilidade do exercício de
defesa pelo réu, tampouco do exercício judicante, estando afastada a tese de inépcia. 4. Agravo ao qual nega-se provimento.
0000320-76.2014.8.05.0153 Apelação
Comarca: Salvador
Apelante: Maria Santos Castro Pereira
Advogado: Joaquim Luz Moreira (OAB : 347B/BA)
Apelado: João Fernandes Aguiar Pereira
Advogado: Leonardo Moreira Castro Chaves (OAB : 28081/BA)
Relator: José Edivaldo Rocha Rotondano
Decisão: Não-Provimento. Unânime.
Ementa: APELAÇÃO CÍVEL. DIREITO DE FAMÍLIA. DIVÓRCIO. REGIME DA COMUNHÃO PARCIAL. PARTILHA DE BENS. IMÓVEL
CONSTRUÍDO ANTES DO MATRIMÔNIO. EXCLUSÃO. ANTERIOR UNIÃO ESTÁVEL NÃO COMPROVADA. AUTOMÓVEIS
UTILIZADOS NO TRABALHO DO EX-CÔNJUGE. FATO CONFIRMADO PELA RECORRENTE. BEM RETIRADO DA DIVISÃO.
TESES DE USUCAPIÃO E RATEIO DO VALOR ECONÔMICO. MATÉRIAS PRECLUSAS. IMPUGNAÇÃO GENÉRICA NA PEÇA
CONTESTATÓRIA.
0408513-20.2013.8.05.0001 Apelação
Comarca: Salvador
Apelante: Normando Arcelino dos Santos Júnior
Advogado: João Wanderley de Carvalho (OAB : 21596/BA)
Apelado: Banco Bradesco S/A
Advogado: Carolina Medrado Pereira Barbosa (OAB : 23909/BA)
Advogado: Verônica Sales Santana (OAB : 40549/BA)
Advogado: Charles Mateus Scalabrini (OAB : 34480/BA)
Advogado: Fábio de Souza Gonçalves (OAB : 20386/BA)
Relator: José Edivaldo Rocha Rotondano
Decisão: Não-Provimento. Unânime.
Ementa: APELAÇÃO CÍVEL. EMBARGOS À EXECUÇÃO. VALIDADE DO NEGÓCIO JURÍDICO. AUSÊNCIA DE ERRO OU VÍCIO
DE REPRESENTAÇÃO. VENCIMENTO ANTECIPADO DA DÍVIDA. POSSIBILIDADE. EXCESSO DE EXECUÇÃO NÃO
VERIFICADO. SENTENÇA MANTIDA. 1. Em suma, o apelante sustenta a invalidade do negócio jurídico que embasa a
presente execução, impugna o vencimento antecipado da dívida, bem como discorda da incidência dos encargos moratórios.
2. O Código Civil, em seu art. 1.057, é claro ao estabelecer que a cessão de quotas societárias só tem efeitos perante
terceiros a partir da averbação. No caso concreto, o título executivo foi firmado em dezembro de 2011, tendo a alteração do
contrato social da 1ª executada sido averbada apenas em 12/02/2012, inexistindo, pois, irregularidade. 3. Do exame dos
autos, não se verifica hipótese de ignorância do contratante, mas evidente má-fé com o intuito de livrar-se de dívida
deliberadamente contraída. 4. Relativo ao vencimento antecipado da dívida, não existe qualquer abusividade na previsão,
sendo a medida amplamente utilizada no âmbito do mercado de crédito e avalizada pela jurisprudência pátria 5. Por fim,
ausente excesso de execução em relação aos encargos moratórios, afigurando-se correta a sua incidência a partir do
vencimento da dívida, uma vez que se está diante de hipótese do mora ex re, nos termos do art. 397 do CC/2002 6. Recurso
conhecido e não provido.
0306233-84.2014.8.05.0146 Apelação
Comarca: Salvador
Apelante: Sonia Almeida Silva de Souza
Defensor Público: Tarcisio Teles
Apelado: Estado da Bahia
Procurador do Estado: Andrade Angelo Ramos Coelho
Relator: José Edivaldo Rocha Rotondano
Decisão: Não-Provimento. Unânime.
Ementa: APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO ORDINÁRIA. SERVIDORA DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA. DESIGNAÇÃO PARA ATUAÇÃO NO
CARTÓRIO DA DISTRIBUIÇÃO PELO JUIZ DIRETOR. PLEITO DE PERCEPÇÃO DE CET. IMPOSSIBILIDADE. AUSÊNCIA DE
CARGO DE DIREÇÃO, CHEFIA OU ASSESSORAMENTO NA LOTAÇÃO. ATO DISCRICIONÁRIO DA ADMINISTRAÇÃO. SENTENÇA
MANTIDA. 1. Em suma, a autora, servidora do Poder Judiciário baiano, ajuizou a presente demanda pleiteando o pagamento
de gratificação CET no percentual TJFC-5, sob o fundamento de que foi designada para o exercício da titularidade do cartório
distribuidor da Comarca de Juazeiro. 2. O art. 1º, inciso II, da Lei n. 11.919/2010 estabelece expressamente que a referida
benesse objetiva remunerar o servidor que esteja no exercício de cargo de direção, chefia ou assessoramento. 3. No caso
concreto, contudo, a demandante não foi nomeada para qualquer desses cargos, tendo sido meramente designada para
atuar na referida lotação. 4. Recurso conhecido e não provido.
TJBA – DIÁRIO DA JUSTIÇA ELETRÔNICO – Nº 2.099 - Disponibilização: terça-feira, 13 de março de 2018 Cad 1 / Página 384
0301705-85.2015.8.05.0141 Apelação
Comarca: Salvador
Apelante: Municipio de Jequie
Procurador do Município: Perpetua Lomanto
Apelado: Maria de Lourdes Santos Piton
Relator: José Edivaldo Rocha Rotondano
Decisão: Provimento. Unânime.
Ementa: APELAÇÃO CÍVEL. EXECUÇÃO FISCAL. INDEFERIMENTO DA PETIÇÃO INICIAL. CRÉDITO INFERIOR A R$1.000,00.
INEXISTÊNCIA DE LEI MUNICIPAL. CONVENIÊNCIA DA ADMINISTRAÇÃO. IMPOSSIBILIDADE CONHECER DA MATÉRIA DE
OFÍCIO. ENUNCIADO 452 DA SÚMULA DO STJ. SENTENÇA REFORMADA. 1. O magistrado de origem indeferiu a petição
inicial, sob o fundamento de que valor cobrado seria irrisório, utilizando-se o princípio da eficiência e, por analogia, o que
prevê a Lei n. 7.186/2007, do Município do Salvador, que estabeleceu a vedação de se ajuizar execução fiscal sem prévia e
expressa autorização do Procurador Geral quando o valor exequendo foi inferior a R$ 1.000,00 (mil reais). 2. Volvendo-se ao
caso concreto, é preciso destacar que, em primeiro lugar, como a própria decisão ressaltou, não existe norma do Município
de Jequié estabelecendo piso para o ajuizamento das execuções fiscais, não podendo ser utilizada, obviamente, a lei de
outro município para justificar a extinção da demanda executiva. 3. Não bastasse, ainda que assim não fosse, é cediço que
cabe ao Procurador Geral do Município o juízo de conveniência e oportunidade a respeito da extinção das execuções fiscais
de pequenos valores, sendo vedado ao Poder Judiciário apreciar a questão de ofício. Nestes termos, aliás, é o teor do
enunciado n. 452 da súmula do Superior Tribunal de Justiça. 4. Recurso conhecido e provido.
0552094-59.2014.8.05.0001 Apelação
Comarca: Salvador
Apelante: Estado da Bahia
Advogado: Mariana Matos de Oliveira (OAB : 12874/BA)
Apelado: Nildo Alves Pimentel
Advogado: Patrick Ribeiro Alcantara Teixeira (OAB : 20274/BA)
Relator: José Edivaldo Rocha Rotondano
Decisão: Não-Provimento. Unânime.
Ementa: APELAÇÃO CÍVEL E REMESSA NECESSÁRIA. DIREITO À SAÚDE. OBRIGAÇÃO SOLIDÁRIA DOS ENTES PÚBLICOS.
INDICAÇÃO MÉDICA ESPECÍFICA DE MEDICAMENTO. DETERMINAÇÃO DE FORNECIMENTO PELO ESTADO.
POSSIBILIDADE. GRAVIDADE DA DOENÇA E PACIENTE IDOSO. PREMENTE NECESSIDADE. 1. In casu, o autor/apelado
propôs a presente demanda para que o ente público fornecesse a medicação indicada, já que seria imprescindível para a
sua sobrevivência. Com efeito, os documentos acostados aos autos revelam a necessidade do tratamento com os fármacos
indicados por médico que acompanhou o tratamento do recorrido, como a forma mais adequada de obter sobrevida,
analisando de forma fundamentada a situação específica do paciente. 2. Fundado na previsão constitucional do art. 196, o
Superior Tribunal de Justiça sedimentou o entendimento de que "é obrigação do Estado (União, Estados-membros, Distrito
Federal e Municípios) assegurar às pessoas desprovidas de recursos financeiros o acesso à medicação ou congênere
necessário à cura, controle ou abrandamento de suas enfermidades, sobretudo, as mais graves" (AgRg no REsp 1016847/
SC, Rel. Min. Castro Meira, Segunda Turma, DJe 07/10/2013). 3. Para mais, o Supremo Tribunal Federal, diversas vezes,
afirmou que Município, Estado e União são solidariamente responsáveis pela garantia do direito à saúde, sendo lícito ao
cidadão demandar acerca de tratamento médico ou fornecimento de medicamentos contra qualquer um dos entes públicos,
de forma isolada ou conjunta. 4. Recurso não provido. Sentença mantida integralmente, inclusive, em remessa necessária.
0045839-26.2006.8.05.0001 Apelação
Comarca: Salvador
Apelante: Estado da Bahia
Procurador do Estado: Daniela Pontes Simões
Apelado: Alberto José Lima de Almeida
Advogado: Zaqueu Barbosa de Lima (OAB : 16691/BA)
Relator: José Edivaldo Rocha Rotondano
Decisão: Não-Provimento. Unânime.
Ementa: APELAÇÃO CÍVEL. POLICIAL MILITAR INATIVO. PAGAMENTO DA GAP NO NÍVEL III. PRESCRIÇÃO PARCIAL. DIREITO
À PARIDADE PREVISTO NO ESTATUTO DA CORPORAÇÃO. GRATIFICAÇÃO DE CARÁTER GENÉRICO. 1. Tratando-se de
relação de trato sucessivo, fica afastada a prescrição total, à luz do enunciado 85 do STJ. 2. A Constituição Federal reservou
aos militares regime previdenciário distinto dos servidores civis. Efetivamente, as sucessivas reformas constitucionais
deixaram expresso que os milicianos possuem disciplina legislativa previdenciária reservada aos Estados. 3. Nesse contexto,
as regras de transição previstas nas ECs n. 47/2005 e 41/2003 destinam-se unicamente aos servidores públicos civis,
incluídos os policiais civis dos estados, não se aplicando, porém, à inatividade e à pensão de militares, que demandariam
regras de transição específicas, regidas pela legislação estadual, em razão de expressa disposição constitucional. 4. O
Estatuto da corporação baiana continua a replicar o regramento da Constituição Federal anterior à EC 41/03, ou seja,
garante aos policiais militares a paridade remuneratória com os servidores em atividade. 5. Consoante firme jurisprudência
desta Corte de Justiça, a GAP IIII, por ser paga indistintamente a todos os PMs, ostenta caráter genérico, devendo ser
estendida aos inativos. 6. Recurso conhecido e não provido.
TJBA – DIÁRIO DA JUSTIÇA ELETRÔNICO – Nº 2.099 - Disponibilização: terça-feira, 13 de março de 2018 Cad 1 / Página 385
0500499-63.2017.8.05.0244 Apelação
Comarca: Salvador
Apelante: Valdemiro de Jesus Neto
Apelante: Rayssa Morais de Jesus
Advogado: Edmilson de Moura Oliveira (OAB : 45453/BA)
Apelado: Bradesco Seguros S/A
Advogado: Marcelo Neumann Moreiras Pessoa (OAB : 25419/BA)
Relator: José Edivaldo Rocha Rotondano
Decisão: Não-Provimento. Unânime.
Ementa: APELAÇÃO CÍVEL. DIREITO PROCESSUAL. INTIMAÇÃO PARA APRESENTAR DOCUMENTO. DECISUM LIMINAR.
EXPEDIDA CARTA. INÍCIO DO PRAZO. JUNTADA DO AR. ART. 231, I, DO CPC. AUSÊNCIA DE PRECLUSÃO OU
INTEMPESTIVIDADE. RECURSO IMPROVIDO. SENTENÇA MANTIDA.
0000811-44.2010.8.05.0276 Apelação
Comarca: Salvador
Apelante: Luciene Marilene de Jesus Santos Reis
Advogado: Jaredes Maria de Jesus (OAB : 53734/BA)
Apelado: Espolio de Jovelina dos Santos
Advogado: Almir de Souza Leite (OAB : 7135/BA)
Relator: José Edivaldo Rocha Rotondano
Decisão: Não-Provimento. Unânime.
Ementa: APELAÇÃO CÍVEL. PRELIMINAR DE INTEMPESTIVIDADE AFASTADA. DIREITO CIVIL. AÇÃO DECLARATÓRIA.
CONTRATO DE MANDATO. FALECIMENTO DO MANDANTE. EXTINÇÃO. ART. 682, II DO CC. ESCRITURA PÚBLICA LAVRADA
APÓS A MORTE. IMPOSSIBILIDADE. PROCURADORA QUE NÃO TINHA MAIS PODERES. NULIDADE. RECURSO IMPROVIDO.
SENTENÇA MANTIDA. 1. In casu, a autora, ora apelante, propôs a presente demanda declaratória, a fim de que fosse
confirmada a validade da escritura pública de compra e venda do imóvel, assinada por procuradora após o falecimento da
mandante e, consequentemente, que este fosse excluído das primeiras declarações do inventariante do espólio de Jovelina
dos Santos. 2. A princípio, cumpre esclarecer que a hipótese ocorrida no caso concreto foi de extinção do contrato de
mandato por morte da outorgante, e não de revogação, como faz entender a recorrente. Portanto, não há atração dos
dispositivos do Código Civil que tratam da matéria da irrevogabilidade, como indicado na peça recursal, além de não se
enquadrar na previsão do mandato em causa própria. 3. Nessa linha, o Código Civil, observando a natureza personalíssima
desta espécie de contrato, é claro ao estabelecer que "Cessa o mandato […] pela morte ou interdição de uma das partes"
(art. 682, II). 4. Com efeito, percebe-se que, quando da lavratura da escritura pública de compra e venda, realizada em 02 de
setembro de 2009 (Id n. 9283442), a parte ali denominada outorgante vendedora, Jovelina dos Santos, já tinha falecido em
17 de julho de 2009. Assim, a procuradora que assinou o instrumento público em referência, não tinha mais poderes para
representar a parte contratante. 5. Por fim, inaplicável a regra do art. 85, §11 do CPC, já que fixados os honorários advocatícios
de sucumbência no percentual máximo.
0300773-97.2015.8.05.0141 Apelação
Comarca: Salvador
Apelante: Municipio de Jequie
Advogado: Maria Do Perpetuo Socorro Pereira Lomanto (OAB : 6263/BA)
Apelado: Maria Jose Santos Barreto
Relator: José Edivaldo Rocha Rotondano
Decisão: Não-Conhecimento. Unânime.
Ementa: APELAÇÃO CÍVEL. DIREITO TRIBUTÁRIO. EXECUÇÃO FISCAL. ART. 34 DA LEF. VALOR EXEQUENDO INFERIOR A
50 ORTN. RECURSO NÃO CONHECIDO. 1. O art. 34, caput, da Lei de Execuções Fiscais estabelece que "das sentenças de
primeira instância proferidas em execuções de valor igual ou inferior a 50 (cinqüenta) Obrigações Reajustáveis do Tesouro
Nacional - ORTN, só se admitirão embargos infringentes e de declaração". 2. O Supremo Tribunal Federal reconheceu, em
sede de repercussão geral, ser compatível com a Constituição a referida norma. 3. No caso em exame, a demanda foi
proposta em 12.01.2015, objetivando a cobrança de IPTU no importe de R$ 675,33. 4. O valor de 50 ORTN, por sua vez, na
data do ajuizamento do feito, equivalia a R$ 796,06, a evidenciar o não cabimento do apelo. 5. Recurso não conhecido.
0567216-15.2014.8.05.0001 Apelação
Comarca: Salvador
Apelante: Bradesco Saude S/A
Advogado: Fábio Gil Moreira Santiago (OAB : 15664/BA)
Advogado: Rosana Caires Pereira (OAB : 21372/BA)
Apelante: Max Krish Almeida Dunham
Advogado: Ricardo Calmon Moreno Gordilho (OAB : 17237/BA)
Apelado: Max Krish Almeida Dunham
Apelado: Bradesco Saúde S/a,
Relator: José Edivaldo Rocha Rotondano
Decisão: Conhecimento em Parte e Não-Provimento. Unânime.
Ementa: APELAÇÕES CÍVEIS APRECIADAS CONJUNTAMENTE. AÇÃO ORDINÁRIA. PLANO DE SAÚDE. NEGATIVA DE
REEMBOLSO DE DESPESAS MÉDICAS. RECUSA INDEVIDA. PRAZO PRESCRICIONAL TRIENAL. DANO MORAL NÃO
TJBA – DIÁRIO DA JUSTIÇA ELETRÔNICO – Nº 2.099 - Disponibilização: terça-feira, 13 de março de 2018 Cad 1 / Página 386
CONFIGURADO. RECURSOS NÃO PROVIDOS. 1. Recurso da ré. 1.1 In casu, o recorrente não foi sucumbente no dano
moral, inexistindo interesse recursal, pelo que não se conhece do recurso neste tópico. 1.2 A tese firmada no âmbito do
Superior Tribunal de Justiça foi a de que aos contratos que versam sobre planos de saúde, por não se enquadrarem como
contratos típicos de seguro, não aplica-se a prescrição ânua prevista no art. 206, § 1º, do Código Civil. 1.3 Entretanto, deve-
se reconhecer que o prazo prescricional para a pretensão de ressarcimento de despesas médicas é trienal, consoante
entendimento consolidado no julgamento do REsp 1608809/SP, de 24/11/2017. Sentença reformada, de ofício, neste ponto.
2. Recurso da autora. 2.1. Apesar de revertida de ilicitude, não há nos autos prova de que a conduta da operadora do plano
de saúde, pelo simples inadimplemento contratual, tenha gerado uma condição de instabilidade emocional, angústia ou
sofrimento ao consumidor, não gerando, portanto, dano moral passível de indenização.
0773689-96.2015.8.05.0001 Apelação
Comarca: Salvador
Apelante: Municipio do Salvador
Procurador do Município: Procuradoria do Municipio
Apelado: Jumaria Francisca dos Santos dos Santos
Relator: José Edivaldo Rocha Rotondano
Decisão: Não-Conhecimento. Unânime.
Ementa: APELAÇÃO CÍVEL. DIREITO TRIBUTÁRIO. EXECUÇÃO FISCAL. ART. 34 DA LEF. VALOR EXEQUENDO INFERIOR A
50 ORTN. RECURSO NÃO CONHECIDO. 1. O art. 34, caput, da Lei de Execuções Fiscais estabelece que "das sentenças de
primeira instância proferidas em execuções de valor igual ou inferior a 50 (cinquenta) Obrigações Reajustáveis do Tesouro
Nacional - ORTN, só se admitirão embargos infringentes e de declaração". 2. O Supremo Tribunal Federal reconheceu, em
sede de repercussão geral, ser compatível com a Constituição a referida norma. 3. No caso em exame, a demanda foi
proposta em 24/04/2015, objetivando a cobrança de ISS no importe de R$ 777,12 (setecentos e setenta e sete reais e doze
centavos). 4. O valor de 50 ORTN, por sua vez, na data do ajuizamento do feito, equivalia a R$ 825,38 (oitocentos e vinte e
cinco reais e trinta e oito centavos), a evidenciar o não cabimento do apelo.
0782595-75.2015.8.05.0001 Apelação
Comarca: Salvador
Apelante: Município de Salvador
Procurador do Município: Cristiane Nolasco Monteiro do Rego
Apelado: Machado Netto Construtora e Serviços Ltda - ME
Relator: José Edivaldo Rocha Rotondano
Decisão: Provimento. Unânime.
Ementa: APELAÇÃO. EXECUÇÃO FISCAL. INDEFERIMENTO DA PETIÇÃO INICIAL. PARÁGRAFO ÚNICO, DO ART. 276, DA LEI
MUNICIPAL Nº 7.186/2007. DESNECESSIDADE DE AUTORIZAÇÃO EXPRESSA DO PROCURADOR GERAL. CONVENIÊNCIA
DA ADMINISTRAÇÃO. ENUNCIADO 452 DA SÚMULA DO STJ. SENTENÇA REFORMADA. 1. A sentença indeferiu a petição
inicial sob o fundamento de que a Lei Municipal n. 7.186/2007 estabeleceu a vedação de se ajuizar execução fiscal sem
prévia e expressa autorização do Procurador Geral quando o valor exequendo for inferior a R$ 1.000,00. 2. A legislação local
não condicionou ao ajuizamento da ação a autorização individual e expressa do Procurador Geral. 3. O juízo de conveniência
e oportunidade sobre essa questão, conforme o texto expresso da lei, cabe ao Procurador Geral, sendo vedado ao Poder
Judiciário apreciar a questão de ofício, conforme enunciado 452 da súmula do STJ. 4. Recurso conhecido e provido.
0001547-18.2014.8.05.0213 Apelação
Comarca: Salvador
Apelante: Coca Cola Indústria Ltda
Advogado: Karissia Barsanúfio de Miranda (OAB : 22644/BA)
Advogado: Reynaldo Helio da Costa Neto (OAB : 43435/BA)
Apelante: Icaro Araujo Caetano Souza
Apelante: Micael Dias Gama
Apelante: Mauricio Gama Santos
Advogado: Braz Nery de Menezes Filho (OAB : 44396/BA)
Apelado: Coca Cola Indústria Ltda
Apelado: Icaro Araujo Caetano Souza
Apelado: Micael Dias Gama
Apelado: Mauricio Gama Santos
Advogado: Jayme Brown da Maia Pithon (OAB : 8406/BA)
Advogado: Alice Vila Verde Magalhães (OAB : 40731/BA)
Advogado: Luís Fernando Suzart Pinto (OAB : 17834/BA)
Relator: José Edivaldo Rocha Rotondano
Decisão: Apelo da ré provido. Apelo da autora prejudicado. Unânime.
Ementa: APELAÇÕES CÍVEIS. AÇÃO ORDINÁRIA. COMPENSAÇÃO POR DANOS MORAIS. JULGAMENTO ANTECIPADO DA
LIDE NÃO ANUNCIADO. PARTES SURPREENDIDAS. REQUERIMENTO DE PRODUÇÃO DE PROVAS NA PETIÇÃO INICIAL E
NA CONTESTAÇÃO. ERRO DE PROCEDIMENTO. 1. Presentes os requerimentos genéricos de produção de provas na
petição inicial e na contestação, o magistrado deveria, antes de proferir sentença, intimar as partes para especificarem as
provas que pretendiam produzir. 2. Tendo promovido o julgamento antecipado sem prévio anúncio, incorreu em verdadeiro
erro de procedimento, que afeta a validade do provimento. Precedentes do STJ. 3. Recursos conhecidos e provido o apelo da
ré para invalidar a sentença.
TJBA – DIÁRIO DA JUSTIÇA ELETRÔNICO – Nº 2.099 - Disponibilização: terça-feira, 13 de março de 2018 Cad 1 / Página 387
0001926-27.2014.8.05.0158 Apelação
Comarca: Salvador
Apelante: Município de Várzea do Poço
Advogado: Camila Matos Ferreira (OAB : 39792/BA)
Advogado: Manuella Lima Abrantes (OAB : 31232/BA)
Advogado: Cirlanio Camilo Moreira de Almeida Silva (OAB : 43740/BA)
Apelado: Telma da Cruz Oliveira
Relator: José Edivaldo Rocha Rotondano
Decisão: Não-Conhecimento. Unânime.
Ementa: APELAÇÃO CÍVEL. DIREITO TRIBUTÁRIO. EXECUÇÃO FISCAL. ART. 34 DA LEF. VALOR EXEQUENDO INFERIOR A
50 ORTN. RECURSO NÃO CONHECIDO. 1. O art. 34, caput, da Lei de Execuções Fiscais estabelece que "das sentenças de
primeira instância proferidas em execuções de valor igual ou inferior a 50 (cinquenta) Obrigações Reajustáveis do Tesouro
Nacional - ORTN, só se admitirão embargos infringentes e de declaração". 2. O Supremo Tribunal Federal reconheceu, em
sede de repercussão geral, ser compatível com a Constituição a referida norma. 3. No caso em exame, a demanda foi
proposta em 19/12/2014, objetivando a cobrança de IPTU no importe de R$ 70,48 (setenta reais e quarenta e oito centavos).
4. O valor de 50 ORTN, por sua vez, na data do ajuizamento do feito, equivalia a R$ 789,03 (setecentos e oitenta e nove reais
e três centavos), a evidenciar o não cabimento do apelo.
0007837-42.2012.8.05.0141 Apelação
Comarca: Salvador
Apelante: Nevison Costa dos Santos
Advogado: Osvaldo Bulhões (OAB : 2342/BA)
Advogado: Rita de Cássia Silva de Almeida (OAB : 36070/BA)
Apelado: Claro S/A
Advogado: Gleidson Rodrigo da Rocha Charão (OAB : 27072/BA)
Advogado: Ana Luiza de Oliveira Lédo Mendonça (OAB : 23338/BA)
Relator: José Edivaldo Rocha Rotondano
Decisão: Provimento. Unânime.
Ementa: APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO DE INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS. INSCRIÇÃO INDEVIDA EM CADASTROS DE
DEVEDORES. VÍTIMA QUE NÃO ERA CLIENTE DA EMPRESA DE TELEFONIA. FALTA DE CAUTELA NECESSÁRIA. NEGLIGÊNCIA
EVIDENCIADA. RESPONSABILIDADE OBJETIVA PRESUMIDA. DANO CONFIGURADO. MAJORAÇÃO DO QUANTUM FIXADO.
CABIMENTO. RECURSO PROVIDO.
0508191-66.2017.8.05.0001 Apelação
Comarca: Salvador
Apelante: Rosilene Neris Lima
Advogado: Shirlene Figueiredo Barbosa (OAB : 46856/BA)
Apelado: Banco Itaucard S/A
Advogado: Larissa Sento Sé Rossi (OAB : 16330/BA)
Advogado: Larissa Sento Sé Rossi (OAB : 16330/BA)
Advogado: Paulo Roberto Castro Nunes (OAB : 30201/BA)
Relator: José Edivaldo Rocha Rotondano
Decisão: Negado provimento - Unânime
Ementa: APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO DECLARATÓRIA DE INEXISTÊNCIA DE DÉBITO C/C INDENIZAÇÃO. COMPROVAÇÃO DA
RELAÇÃO JURÍDICA. CARTÃO DE CRÉDITO EFETIVAMENTE CONTRATADO. DÉBITO EXISTENTE E DANOS MORAIS
INDEVIDOS. IMPROCEDÊNCIA DOS PEDIDOS. LITIGÂNCIA DE MÁ-FÉ. OCORRÊNCIA. SENTENÇA MANTIDA. RECURSO
NÃO PROVIDO.
0137268-16.2002.8.05.0001 Apelação
Comarca: Salvador
Apelante: Previ Caixa de Previdencia dos Funcionarios do Banco do Brasil
Advogado: Natalia de Melo Araújo (OAB : 79844/RS)
Advogado: Fabiana Almeida Santos (OAB : 37717/BA)
Advogado: Fabio Mascarenhas Soares (OAB : 41035/BA)
Advogado: Otávio Vinicius Oliveira Felício (OAB : 40263/BA)
Apelado: Maria de Lourdes Brandao Cruz
Apelado: Belonisio Amelio da Cruz
Advogado: Wanusa Brandão Cruz Durieux (OAB : 46790BS/C)
Advogado: Guilherme de Castro Barcellos (OAB : 56630/RS)
Relator: José Edivaldo Rocha Rotondano
Decisão: Não-Provimento. Unânime.
Ementa: APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO REVISIONAL DE CONTRATO C/C REPETIÇÃO DE INDÉBITO. COMPRA E VENDA COM
PACTO ADJETO DE HIPOTECA. FINANCIAMENTO IMOBILIÁRIO REALIZADO POR ENTIDADE FECHADA. APLICABILIDADE
DAS NORMAS DO CÓDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR. TABELA PRICE. CAPITALIZAÇÃO DOS JUROS. IMPOSSIBILIDADE.
COEFICIENTE DE EQUALIZAÇÃO DE TAXAS - CET. SOBREPOSIÇÃO DE ENCARGOS. ONEROSIDADE EXCESSIVA
CONFIGURADA. COMPENSAÇÃO E REPETIÇÃO DE INDÉBITO. CABIMENTO NA FORMA SIMPLES. RECURSO NÃO PROVIDO.
SENTENÇA MANTIDA.
TJBA – DIÁRIO DA JUSTIÇA ELETRÔNICO – Nº 2.099 - Disponibilização: terça-feira, 13 de março de 2018 Cad 1 / Página 388
0300286-44.2013.8.05.0256 Apelação
Comarca: Salvador
Apelante: Companhia de Seguros Aliança do Brasil
Advogado: Danilo Menezes de Oliveira (OAB : 21664/BA)
Apelado: Carlos Alberto Pereira Aguiar
Advogado: Carlos Alberto Pereira Aguiar Junior (OAB : 142353/RJ)
Advogado: Aracelly Couto Macedo Mattos (OAB : 22341/BA)
Advogado: Marcelo Rayes (OAB : 141541/SP)
Relator: José Edivaldo Rocha Rotondano
Decisão: Não-Provimento. Unânime.
Ementa: RECURSO DE APELAÇÃO. AÇÃO ORDINÁRIA. CONTRATO DE SEGURO. INEXISTÊNCIA DE COISA JULGADA
ANTERIOR. PRESCRIÇÃO ANUAL NÃO CONSUMADA. RESPONSABILIDADE SECURITÁRIA PELA INVALIDEZ DO RECORRIDO.
1. No caso, não existiu coisa julgada formada nos autos do processo n. 0008111-54.2009.8.05.0256, na medida que o
mencionado feito transitou em julgado sem ter sido apreciado um dos pedidos. Configura inexistência jurídica o pleito não
examinado que permite o ajuizamento de nova demanda. 2. O prazo prescricional de um ano para a pretensão securitária se
iniciou com a ciência da invalidez, tendo permanecido suspenso entre o pedido e a recusa administrativa (Enunciados ns.
229 e 278 do STJ). Interrompido o lustro com propositura da primeira ação, tem-se por não consumada a prescrição. 3. O
acervo probatório indica que o seguro contratado cobre os riscos por "Invalidez Permanente Toda ou Parcial por Acidente",
sem detalhar quais eventos estariam excluídos da garantia. Dessa forma, à luz dos arts. 46 e 47 do CDC, tem-se que o
infortúnio sofrido pelo apelado está abarcado pela proteção avençada, consoante definição dos arts. 19 a 21 da Lei n. 8.213/
1991. 4. Recurso conhecido e não provido.
0502480-12.2016.8.05.0229 Apelação
Comarca: Salvador
Apelante: Ministério Público do Estado da Bahia
Promotor: Julimar Barreto Ferreira
Apelado: Benedito Andrade de Oliveira
Defensor Público: Murillo Bahia Menezes
Relator: José Edivaldo Rocha Rotondano
Decisão: Provimento em Parte. Unânime.
Ementa: APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO DE RETIFICAÇÃO DE REGISTRO. DATA DE NASCIMENTO. CERTIDÃO DE BATISMO.
INSUFICIÊNCIA. NECESSIDADE DE PRODUÇÃO DE OUTRAS PROVAS REQUERIDAS NA PETIÇÃO INICIAL. ERRO DE
PROCEDIMENTO. RECURSO CONHECIDO E PROVIDO PARCIALMENTE PARA INVALIDAR A SENTENÇA. 1. Em que pese a
presunção de veracidade, se faz possível a alteração das informações contidas no registro civil caso haja prova idônea de
que são equivocadas, conforme art. 109 da Lei n. 6.015/1973. 2. No caso, documentos relativos ao batismo religioso, não
obstante possam servir como lastro para a modificação pretendida, contêm inconsistências que reduzem a sua força
probatória, ao menos de forma isolada. 3. A sentença deve ser invalidada, uma vez que o apelado não pode ser prejudicado
por não ter sido oportunizada a produção de todas as provas requeridas, notadamente a ouvida das testemunhas arroladas
na petição inicial. 4. Recurso conhecido e provido parcialmente.
0513185-11.2015.8.05.0001 Apelação
Comarca: Salvador
Apelante: Jaciara Sousa de Jesus Oliveira
Apelante: Ivan Costa Oliveira
Advogado: Clester Andrade Fontes Filho (OAB : 30236/BA)
Apelado: Consil Empreendimentos LTDA
Advogado: Vanessa Oliveira Rosa Freitas (OAB : 49993/BA)
Relator: Marcia Borges Faria
Decisão: Procedência em Parte. Unânime.
Ementa: APELAÇÃO CÍVEL. DIREITO CIVIL E CONSUMIDOR. AÇÃO DE RESCISÃO CONTRATUAL. ATRASO NA ENTREGA DE
IMÓVEL. NÃO OCORRÊNCIA. HABITE-SE DENTRO DO PRAZO DE TOLERÂNCIA. LEGALIDADE. RESCISÃO DO CONTRATO
POR CULPA EXCLUSIVA DOS PROMITENTES COMPRADORES. RESTRIÇÃO PARA APROVAÇÃO DO CRÉDITO DE
FINANCIAMENTO. COMPROVAÇÃO. RESTITUIÇÃO PARCIAL DA QUANTIA PAGA. CABIMENTO. INTELIGÊNCIA DA SÚMULA
543 DO STJ. PERCENTUAL DE RETENÇÃO FIXADO DENTRO DOS PARÂMETROS ADMITIDOS PELA JURISPRUDÊNCIA.
MULTA RESCISÓRIA EM FAVOR DA CONSTRUTORA DE 10% SOBRE O VALOR PAGO. CORREÇÃO JUROS MORATÓRIOS DE
1% A.M. DA DATA DA CITAÇÃO. LEGALIDADE. RECURSO CONHECIDO E PARCIALMENTE PROVIDO. 1. De fato, objetivamente
dispondo, encontra sobejamente demonstrado que o empreendimento ofertado aos Autores, segundo o Contrato Particular
de Compra e Venda, entabulado entre as partes, tem indicado no seu item 6, do Quadro de Resumo, a data de 30/09/2013
para a conclusão da obra, com um prazo de tolerância de 180 (cento e oitenta) dias. 2. Da, própria análise dos argumentos
trazidos pelos Acionados, dessume-se que efetivamente fora observado, por parte da construtora, o dies ad quem previsto
no contrato, qual seja, 04 de abril de 2014, já acrescido do prazo de tolerância de que cuida a citada Cláusula vigésima nona
do contrato, uma vez que o habite-se fora em 04 de fevereiro de 2014. 3. Neste espeque, não procede a alegação dos
Apelantes de que a cláusula de prorrogação para a entrega da obra é abusiva, o que levaria o elemento culposo à
incorporadora, notadamente porque a responsabilidade das fornecedoras é de natureza objetiva, conforme dispõem o art.
12 do Código de Defesa do Consumidor e o art. 931 do Código Civil. 4. Quanto a devolução dos valores pagos, e levando em
consideração que o motivo da rescisão do contrato foram as restrições aos compradores que impediu a aprovação do
TJBA – DIÁRIO DA JUSTIÇA ELETRÔNICO – Nº 2.099 - Disponibilização: terça-feira, 13 de março de 2018 Cad 1 / Página 389
crédito do financiamento, torna evidente a falta de responsabilidade da construtora apelada pelos eventos narrados, já que
não deram causa ao rompimento do pacto. 5. Outrossim, é pacífico o entendimento de que nos casos em que o consumidor
der causa a rescisão do contrato de compra e venda, como no caso dos autos, deve ocorrer a devolução parcial do valor
pago, conforme Súmula 543, do STJ, que assim dispõe: " Na hipótese de resolução de contrato de promessa de compra e
venda de imóvel submetido ao Código de Defesa do Consumidor, deve ocorrer a imediata restituição das parcelas pagas
pelo promitente comprador - integralmente, em caso de culpa exclusiva do promitente vendedor/construtor, ou parcialmente,
caso tenha sido o comprador quem deu causa ao desfazimento". 6. Recurso parcialmente provido.
0505626-19.2016.8.05.0146 Apelação
Comarca: Salvador
Apelante: COELBA - Companhia de Eletricidade do Estado da Bahia
Advogado: Marcelo Salles de Mendonça (OAB : 17476/BA)
Advogado: Antônio Medeiros de Azevedo (OAB : 37630/BA)
Apelado: Ivonete Ribeiro de Lima
Apelado: Edisilva Nunes de Santana Ramos
Apelado: Angelita dos Reis Barbosa
Apelado: Maria de Lourdes Custodio Nunes Laureano
Apelado: Juliana Antunes Evangelista da Silva
Apelado: Pedro Alves de Santana
Apelado: Altino Dionisio da Silva
Apelado: Julieta Maria de Santana Slva
Apelado: Joaquim Rodrigues da Silva
Advogado: Patricyo Risomylson dos Anjos e Sá (OAB : 23662/PE)
Relator: Marcia Borges Faria
Decisão: Provimento em Parte. Unânime.
Ementa: APELAÇÃO CÍVEL E RECURSO ADESIVO. AÇÃO DE INDENIZAÇÃO. PRELIMINARES DE IMPUGNAÇÃO À
ASSISTÊNCIA JUDICIÁRIA GRATUITA, AUSÊNCIA DE PROCURAÇÃO COM PODERES ESPECÍFICOS E INÉPCIA DA INICIAL.
REJEIÇÃO. MÉRITO. INTERRUPÇÃO NO FORNECIMENTO DE ENERGIA ELÉTRICA POR 07 (SETE) DIAS. AUSÊNCIA DE
CASO FORTUITO OU FORÇA MAIOR. DEVER DE INDENIZAR. RESPONSABILIDADE OBJETIVA DA CONCESSIONÁRIA. DANOS
MORAIS CONFIGURADOS. QUANTUM INDENIZATÓRIO. ADEQUAÇÃO. NECESSIDADE MAJORAÇÃO PARA R$ 5.000,00
(CINCO MIL REAIS) PARA CADA AUTOR. RECURSO DO RÉU IMPROVIDO. RECURSO ADESIVO DOS AUTORES PROVIDO
EM PARTE. I - No que toca à preliminar de impugnação à assistência judiciária gratuita, razão não assiste ao Apelante, na
medida em que, para além do fato de terem os Demandantes instruído seu requerimento de concessão da gratuidade com
as competentes declarações de pobreza, colhe-se dos fólios elementos que evidenciam a precariedade da condição social
e econômica dos autores, moradores da zona rural, de modo que, não há que se acolher a prefacial suscitada pelo
Recorrente. II - Outrossim, no que toca à ausência de procuração com poderes específicos para que pudessem os Apelados
serem representados por preposto, sem razão o Recorrente, já que, diferente do alegado, se constata nos instrumentos de
mandato coligidos aos autos, ter sido conferido expressamente poder específico para tal desiderato. III - De igual forma, não
merece guarida a invocada inépcia da inicial, tanto em razão da suposta impossibilidade jurídica de litisconsórcio ativo, bem
como em face da alegada impossibilidade jurídica do pedido. IV - Com efeito, na esteira do quanto já assentado pelo
julgador de piso, todos os 09 (nove) autores formularam os mesmos pedidos, embasados na mesma causa de pedir. Desta
forma, não há que se falar em prejuízo ao legítimo exercício do direito de defesa pelo Réu, inexistindo, de igual maneira,
confusão processual em razão da pluralidade de Demandantes. Do mesmo modo, inexiste a alegada impossibilidade
jurídica do pedido, na exata medida em que vindicam os acionantes a reparação dos prejuízos experimentados em virtude
da falha na prestação do serviço ofertado pelo Réu, ora apelante. V - Nesses termos, como bem salientado pelo magistrado
a quo, inexistindo óbice jurídico à tal pretensão, não há que se acolher a prefacial suscitada. VI - Adentrando à questão de
fundo, observa-se que a insurgência da apelante é dirigida contra a sentença que julgou procedente a ação indenizatória de
origem, para condená-la a pagar a quantia de R$ 2.000,00 (dois mil reais) a cada autor, a título de reparação pelos danos
morais que lhe foram ocasionados em razão das falhas na prestação do serviço de fornecimento de energia elétrica à suas
respectivas residência. VII - Colhe-se do in folio que os apelados efetivamente sofreram com a prolongada interrupção no
fornecimento de energia elétrica, que, como visto, chegou a durar 7 dias. VIII - Registre-se, por oportuno, que a apelante não
conseguiu comprovar a ocorrência de qualquer causa excludente de sua responsabilidade, pois, como visto, descabe
cogitar, na espécie, de culpa exclusiva da vítima (na verdade, os apelados em nada contribuiram para o quadro fático acima
delineado) ou de caso fortuito ou força maior, já que as falhas no abastecimento de energia elétrica decorreram, tão
somente, do descaso - persistente e reiterado - da concessionária e não de evento imprevisível ou força da natureza. IX - No
que pertine ao quantum indenizatório, fixado pelo Julgador primevo em R$ 2.000,00 (dois mil reais), cumpre que se outorgue
parcial provimento ao Recurso Adesivo dos Apelados. X - Melhor se adequa ao caso concreto a quantia de R$ 5.000,00 (cinco
mil reais) a título de compensação pelos danos morais experimentados, posto que, não se mostra nem tão baixa -
assegurando o caráter repressivo-pedagógico próprio da indenização por danos morais - nem tão elevada - a ponto de
caracterizar um enriquecimento sem causa, levando-se em conta ainda o fato de o valor se encontrar dentro dos parâmetros
estabelecidos por esta Câmara. XI - Recurso do Réu Improvido. Recurso Adesivo dos Autores provido em parte. Sentença
reformada.
TJBA – DIÁRIO DA JUSTIÇA ELETRÔNICO – Nº 2.099 - Disponibilização: terça-feira, 13 de março de 2018 Cad 1 / Página 390
0103220-65.2001.8.05.0001 Apelação
Comarca: Salvador
Apelante: Municipio do Salvador
Procurador do Município: Luciana Barreto Neves
Apelado: Ds2000 Publicidade e Promoções Ltda
Advogado: Angelo Franco Gomes de Rezende (OAB : 16907/BA)
Advogado: Marco Freitas de Carvalho (OAB : 49782/BA)
Relator: Marcia Borges Faria
Decisão: Provimento em Parte. Unânime.
Ementa: APELAÇÃO CÍVEL. DIREITO CIVIL E ADMINISTRATIVO. AGRAVO RETIDO. PREFACIAL DE PRESCRIÇÃO. REJEIÇÃO.
AÇÃO DE COBRANÇA. SERVIÇOS CONTRATADOS VIA PROCESSO LICITATÓRIO. INCONTROVERSA AUSÊNCIA DE
PAGAMENTO. FORMALIZAÇÃO DE AJUSTE ENTRE AS PARTES. ULTERIOR DESCUMPRIMENTO DA AVENÇA.
IMPOSSIBILIDADE DE ENRIQUECIMENTO SEM CAUSA DA ADMINISTRAÇÃO. IMPOSSIBILIDADE. LIQUIDAÇÃO POR
CÁLCULOS. CORREÇÃO. HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS. FIXAÇÃO QUANDO DA OBTENÇÃO DO VALOR DEVIDO. ART. 85,
§4º, II, DO CPC. RECURSO PARCIALMENTE PROVIDO. 1. Insta conhecer do agravo retido, posto que devidamente reiterado
pelo Apelante, nos termos da lei adjetiva processual vigente à época da sua interposição, para fim de rechaçar a prescrição
ali ventilada, ratificando as premissas consignadas em primeiro grau. Nesse contexto, em se tratando de obrigação vencida
no ano 1997, por meio do documento objeto da lide - cuja validade refere-se à matéria de mérito - tem-se como inexistente
o decurso do prazo quinquenal, uma vez ajuizada a demanda em 2001. Com efeito, observa-se assim que não há como
reputar ilegal a chancela à novação levada a efeito, tanto mais porquanto encontram-se carreados ao caderno processual
documentos oficiais dando conta da existência de prévio procedimento administrativo (fls. 66), no âmbito do Executivo
municipal, de modo a autorizar o ajuste em questão. 3. Por outro lado, é de se acolher a postulação no tocante à necessidade
de que sejam fixados os honorários sucumbenciais no momento da definição do quantum debeatur. É que estando ilíquida,
ainda, a sentença, na forma do art. 85 §4º, do CPC, a estipulação do percentual respectivo deve ser fixada quando da
obtenção efetiva do numerário devido ao Apelado. 4. Recurso provido em parte.
0341342-46.2013.8.05.0001 Apelação
Comarca: Salvador
Apelante: INSS - Instituto Nacional do Seguro Social
Procurador: Hugo Nery Rocha
Apelado: Dissival Pinheiro Novaes
Advogado: Ricardo Luiz Serra Silva Júnior (OAB : 29688/BA)
Advogado: Anna Rafaela Carvalho Oliveira Santos (OAB : 42338/BA)
Rec. Adesivo: Dissival Pinheiro Novaes
Relator: Marcia Borges Faria
Decisão: Recurso prejudicado. Unânime.
Ementa: APELAÇÃO CÍVEL. DIREITO PREVIDENCIÁRIO. APOSENTADORIA POR INVALIDEZ. AÇÃO REVISIONAL. TETO DO
BENEFÍCIO PREVIDENCIÁRIO. EMENDAS CONSTITUCIONAIS Nº 20/98 E 41/03. REABERTURA DA INSTRUÇÃO
PROCESSUAL. NECESSIDADE DE REALIZAÇÃO DE PERÍCIA CONTÁBIL. SENTENÇA ANULADA. RECURSOS
PREJUDICADOS. 1. De fato, após as emendas constitucionais nº 20/98 e 41/03, fora modificado e elevado o teto dos
benefícios do Regime Geral de Previdência Social para R$ 1.200,00 (mil e duzentos reais) e posteriormente para o valor de
R$ 2.400,00 (dois mil e quatrocentos reais), respectivamente. Desta forma, o Supremo Tribunal Federal, em acórdão
proferido em sede de repercussão geral no julgamento do Recurso Extraordinário nº 564.354 (Relatora Ministra Carmem
Lúcia - Julgado em 08/09/2010 - Dje de 14/02/2011), assentou entendimento no sentido de que não ofende o ato jurídico
perfeito a aplicação imediata do art. 14 da Emenda Constitucional n. 20/1998 e do art. 5º da Emenda Constitucional n. 41/
2003 aos benefícios previdenciários limitados a teto do regime geral de previdência estabelecido antes da vigência dessas
normas, de modo a que passem a observar o novo teto constitucional. 2. Ao sentenciar o feito, o Magistrado de piso
determinou a readequação dos benefícios aos novos tetos fixados pelas emendas, contudo, sem embasar tal comando em
perícias contábeis, a fim de que fosse feita uma análise concreta, para verificar se a aposentadoria da autora fora limitada
ou não ao teto do regime geral de previdência. 3. Pelo panorama delineado nos fólios, impõe-se a anulação do provimento
de piso, até mesmo porque, a matéria debatida nos autos não prescinde da realização de prova pericial, indevidamente
olvidada em primeiro grau, impondo-se o retorno dos autos à origem para a regular instrução do feito.
0505847-06.2016.8.05.0080 Apelação
Comarca: Salvador
Apelante: Romulo Ruan Santos da Silva
Advogado: Angélica Suely Mariani Alves (OAB : 18020/BA)
Relator: Marcia Borges Faria
Decisão: Não-Provimento. Unânime.
Ementa: APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO DE RETIFICAÇÃO DE REGISTRO CIVIL. ACRÉSCIMO DE PATRONÍMICO MATERNO.
DEFERIMENTO PELO JUÍZO A QUO. PRETENSÃO DE INVERSÃO DO SOBRENOME ACRESCIDO. INOCORRÊNCIA DE
MOTIVO RELEVANTE QUE JUSTIFIQUE A PRETENDIDA ALTERAÇÃO. MANUTENÇÃO DA SENTENÇA. RECURSO IMPROVIDO.
1. No caso em apreço, a insurgência recursal cinge-se à pretensa inversão do patronímico materno acrescido ao nome do
Recorrente, a fim de que, ao invés de FIÚZA CARNEIRO, como ostentavam seus ancestrais, passe o recorrente a ostentar
CARNEIRO FIÚZA em seu sobrenome. 2. Se o intento da provocação da máquina judiciária para fim de alterar-lhe o nome
fora justamente prestar homenagem à Sra. Pureza Fiúza Carneiro, tal providência já restou atendida pelo comando sentencial
TJBA – DIÁRIO DA JUSTIÇA ELETRÔNICO – Nº 2.099 - Disponibilização: terça-feira, 13 de março de 2018 Cad 1 / Página 391
atacado, que deferiu o petitório de acréscimo de tais nomes patronímicos ao do Requerente. 3. Trata-se em suma, de
pedido embasado em mero interesse pessoal do apelante, sem qualquer justificativa ou argumento legal que o sustente, de
forma que, a confirmação da sentença é medida que se impõe, porque consentânea com a legislação de regência, com a
jurisprudência pátria e, ainda, com o entendimento esposado por esta Turma Julgadora. 4. Recurso Improvido. Sentença
Mantida.
0302130-61.2014.8.05.0137 Apelação
Comarca: Salvador
Apelante: Município de Mirangaba
Advogado: Antonio Carlos Pereira Trindade (OAB : 11131/BA)
Advogado: Shana Almeida Santos (OAB : 35976/BA)
Apelado: Odair Jose dos Santos
Advogado: Emilio Lopes da Cruz (OAB : 42758/BA)
Advogado: Marcus Vinicius Miranda dos Santos (OAB : 27718/BA)
Advogado: Marcio Moreira Ferreira (OAB : 18711/BA)
Relator: Marcia Borges Faria
Decisão: Não-Provimento. Unânime.
Ementa: APELAÇÃO CÍVEL EM MANDADO DE SEGURANÇA. CONSTITUCIONAL E ADMINISTRATIVO. AGENTE COMUNITÁRIO
DE SAÚDE. PRETENSÃO DE IMPLEMENTAÇÃO DE PISO SALARIAL NACIONAL. PRELIMINARES DE INÉPCIAL DA INICIAL
POR AUSÊNCIA DE INTERESSE DE AGIR E CARÊNCIA DE AÇÃO. REJEITADAS. IMPUGNAÇÃO DOS DOCUMENTOS TRAZIDOS
COM A EXORDIAL. PRECLUSÃO. INCONSTITUCIONALIDADE DA EC Nº 63/10. OBJETO DA ADI Nº 4801, AINDA PENDENTE
DE JULGAMENTO PELO STF, NÃO TENDO SIDO DEFERIDA NENHUMA LIMINAR. MÉRITO. APLICAÇÃO DA LEI Nº 12.994/
2014. OFENSA A DIREITO LÍQUIDO E CERTO CARACTERIZADA. ORDEM IMPETRADA EM MANDADO DE SEGURANÇA
PARCIALMENTE CONCEDIDA. RECURSO IMPROVIDO. SENTENÇA MANTIDA. 1. A questão posta a acertamento é de singelo
desate, desnecessitando, pois, de maiores ponderações sobre a matéria, sendo pois, exclusivamente de direito. 2. Com
efeito, a Lei Federal nº 12.994/2014, alterou o art. 9º-A, § 1º, da Lei nº 11.350, de 2006 e criou novo piso salarial nacional para
os agentes comunitários de saúde e dos agentes de combate à endemias que cumprem jornada de 40 (quarenta) horas
semanais. 3. Nesse sentido, logrou o impetrante comprovar sua condição de agente comunitário de saúde do Município de
Mirangaba, cumprindo carga horária semanal de 40 (quarenta) horas, fazendo jus, portanto, a que sua remuneração observe
o piso salarial fixado nacionalmente para a categoria. 4. Outrossim, consoante ressaltado pelo Juiz de piso, e ao contrário
do quanto alegado pelo ora recorrente, o cumprimento da aludida norma federal prescinde de prévia dotação orçamentária,
ou mesmo de posterior regulamentação por cada ente municipal em específico, na medida em que, a quase totalidade do
piso estabelecido é custeada com verbas federais (95%), restando à municipalidade tão somente arcar com os 5% restantes.
5. Ainda, no que concerne à pretensa retroatividade do pagamento, andou bem o sentenciante de piso ao consignar a
observância à súmula 271 do STF, estabelecendo o direito à retroatividade dos pagamentos devidos ao autor até a data de
impetração do presente mandamus. 6. Assim, indene de reproche o entendimento manifestado pelo Juízo a quo, na medida
em que assente com a jurisprudência dominante acerca do tema.
0773763-24.2013.8.05.0001 Apelação
Comarca: Salvador
Apelante: Município de Salvador
Procurador do Município: Cristiane Nolasco Monteiro do Rego
Procurador do Município: Geórgia Teixeira Jezler Campello
Apelado: Antonio Marcio Pereira dos Santos
Relator: Marcia Borges Faria
Decisão: Não-Conhecimento. Unânime.
Ementa: EMENTA: APELAÇÃO CÍVEL. EXECUÇÃO FISCAL. COBRANÇA DE CRÉDITO TRIBUTÁRIO DE VALOR INFERIOR A
50 ORTN. INCIDÊNCIA DO ART. 34, DA LEI Nº 6.830/80 (LEI DE EXECUÇÕES FISCAIS). INADMISSIBILIDADE DO APELO.
SENTENÇA NÃO SUJEITA AO DUPLO GRAU DE JURISDIÇÃO (ART. 496, § 3º, III, DO CPC). APELO NÃO CONHECIDO. I - De
acordo com o caput do art. 34, da Lei nº 6.830/80 (Lei de Execuções Fiscais), "das sentenças de primeira instância proferidas
em execuções de valor igual ou inferior a 50 (cinquenta) Obrigações Reajustáveis do Tesouro Nacional - ORTN, só se
admitirão embargos infringentes e de declaração". II - Consoante entendimento consolidado pelo STJ, em julgamento
realizado sob a técnica dos recursos especiais repetitivos (REsp 1168625/MG), o valor de 50 ORNT correspondia, em
janeiro de 2001, a R$ 328,27, devendo tal valor ser atualizado até a data da propositura da ação para que se possa aferir, em
cada caso, a admissibilidade do recurso de apelação. III - Evidenciado, na espécie, que, no momento do ajuizamento da
presente execução fiscal, em 22.04.2013, o valor da causa - R$ 550,15 - não superava o teto estabelecido pelo dispositivo
legal suso transcrito (que, atualizado até aquela data, correspondia a R$ 718,29), descabida se mostra a interposição do
apelo, impondo-se o seu não conhecimento.
0502087-77.2016.8.05.0103 Apelação
Comarca: Salvador
Apelante: Maria Carmosina dos Santos
Defensor Público: Cristiane Barreto Nogueira
Apelado: Hsbc Bank Brasil S.a. - Banco Multiplo
Advogado: Perpétua Leal Ivo Valadão (OAB : 10872/BA)
Relator: Marcia Borges Faria
TJBA – DIÁRIO DA JUSTIÇA ELETRÔNICO – Nº 2.099 - Disponibilização: terça-feira, 13 de março de 2018 Cad 1 / Página 392
0001864-55.2012.8.05.0158 Apelação
Comarca: Salvador
Apelante: Municipio de Varzea do Poço
Advogado: Camila Matos Ferreira (OAB : 39792/BA)
Advogado: Cirlanio Camilo Moreira de Almeida Silva (OAB : 43740/BA)
Advogado: Manuella Lima Abrantes (OAB : 31232/BA)
Apelado: Silvino Gomes do Nscimento
Relator: Marcia Borges Faria
Decisão: Não-Conhecimento. Unânime.
Ementa: EMENTA: APELAÇÃO CÍVEL. EXECUÇÃO FISCAL. COBRANÇA DE CRÉDITO TRIBUTÁRIO DE VALOR INFERIOR A
50 ORTN. INCIDÊNCIA DO ART. 34, DA LEI Nº 6.830/80 (LEI DE EXECUÇÕES FISCAIS). INADMISSIBILIDADE DO APELO.
SENTENÇA NÃO SUJEITA AO DUPLO GRAU DE JURISDIÇÃO (ART. 496, § 3º, III, DO CPC). APELO NÃO CONHECIDO. I - De
acordo com o caput do art. 34, da Lei nº 6.830/80 (Lei de Execuções Fiscais), "das sentenças de primeira instância proferidas
em execuções de valor igual ou inferior a 50 (cinquenta) Obrigações Reajustáveis do Tesouro Nacional - ORTN, só se
admitirão embargos infringentes e de declaração". II - Consoante entendimento consolidado pelo STJ, em julgamento
realizado sob a técnica dos recursos especiais repetitivos (REsp 1168625/MG), o valor de 50 ORNT correspondiam, em
janeiro de 2001, a R$ 328,27, devendo tal valor ser atualizado até a data da propositura da ação para que se possa aferir, em
cada caso, a admissibilidade do recurso de apelação. III - Evidenciado, na espécie, que, no momento do ajuizamento da
presente execução fiscal, em 19.12.2012, o valor da causa - R$ 114,28 - não superava o teto estabelecido pelo dispositivo
legal suso transcrito (que, atualizado até aquela data, correspondia a R$ 700,20), descabida se mostra a interposição do
apelo, impondo-se o seu não conhecimento.
0325288-73.2011.8.05.0001 Apelação
Comarca: Salvador
Apelante: Carmen Sento Sé Souza
Defensor Público: Freddy Alberto Barreto Costa
Apelado: Estado da Bahia
Procurador do Estado: Mariana Matos de Almeida
Relator: Marcia Borges Faria
Decisão: Provimento em Parte. Unânime.
Ementa: EMENTA: APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO ORDINÁRIA. PLANO DE SAÚDE. NEGATIVA DE COBERTURA. TRATAMENTO
QUIMIOTERÁPICO. ILEGALIDADE DA CONDUTA RECONHECIDA PELA SENTENÇA PRIMÁRIA, QUE, ENTRETANTO,
INDEFERIU O PLEITO AUTORAL ATINENTE AO PAGAMENTO DE INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS. RECURSO DA AUTORA.
DAMNUM IN RE IPSA. PRESENÇA DOS REQUISITOS QUE INFORMAM E AUTORIZAM O DEVER DE INDENIZAR. FIXAÇÃO DO
QUANTUM INDENIZATÓRIO EM VALOR RAZOÁVEL E COMPATÍVEL COM AS PECULIARIDADES DO CASO CONCRETO: R$
15.000,00 (QUINZE MIL REAIS). REFORMA DO DECISUM QUE SE IMPÕE. RECURSO PARCIALMENTE PROVIDO. I - A
negativa indevida de cobertura para tratamento quimioterápico a segurada portadora de câncer de mama, a despeito de
expressa recomendação médica, enseja danos morais passíveis de reparação, uma vez que envolve direito fundamental e
acarreta inegável sofrimento ao indivíduo em momento de grande fragilidade, atingindo a própria dignidade da pessoa
humana. II - Reforma da sentença primária, nesse particular, que se impõe, para condenar o réu ao pagamento de indenização
por danos morais no valor de R$ 15.000,00 (quinze mil reais). Recurso parcialmente provido para tal fim.
0000689-16.2002.8.05.0113 Apelação
Comarca: Salvador
Apelante: Rodoviário Michelon Ltda
Advogado: Antônio Carlos Varaschin (OAB : 21760/RS)
Apelante: Bradesco Auto/ Re Cia de Seguros
Advogado: Marcelo Neumann Moreiras Pessoa (OAB : 25419/BA)
Advogado: Italo Falcão Queiroz (OAB : 33543/BA)
Apelado: José Leonardo Santana
Advogado: Anselmo Luis dos Santos Benevides (OAB : 15928/BA)
TJBA – DIÁRIO DA JUSTIÇA ELETRÔNICO – Nº 2.099 - Disponibilização: terça-feira, 13 de março de 2018 Cad 1 / Página 393
0000627-93.2015.8.05.0056 Apelação
Comarca: Salvador
Apelante: Municipio de Chorrochó
Advogado: Cícero Dias Barbosa (OAB : 17374/BA)
Apelado: Sindi Regional dos Agentes Comunitarios de Saude e Os Agentas de Combate A Endemias Nodeste I e Vale São
Franciscano
Advogado: Brenno de Melo Gomes Calasans (OAB : 25296/BA)
Relator: Marcia Borges Faria
Decisão: Não-Provimento. Unânime.
Ementa: APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO DE COBRANÇA. CONSTITUCIONAL E ADMINISTRATIVO. AGENTES DE COMBATES A
ENDEMIAS. PRETENSÃO DE IMPLEMENTAÇÃO DE PISO SALARIAL NACIONAL. APLICAÇÃO DA LEI Nº 12.994/2014.
COMPROVAÇÃO DO VÍNCULO E DO PAGAMENTO DE SALÁRIO INFERIOR AO MÍNIMO ESTABELECIDO EM LEI FEDERAL.
DESNECESSIDADE DE LEGISLAÇÃO MUNICIPAL PRÓPRIA REGULAMENTANDO O TEMA. DESNECESSIDADE DE PREVISÃO
ESPECÍFICA EM LEI ORÇAMENTÁRIA. APELAÇÃO NÃO ACOLHIDA. MANUTENÇÃO DA SENTENÇA. 1. A questão central do
recurso trata, em essência, de matéria de direito, a respeito da imperatividade do pagamento do piso salarial a agentes
comunitários de saúde e agentes de combate a endemias. 2. Com efeito, ao alterar o art. 9º-A, § 1º, da Lei nº 11.350, de 2006,
a Lei Federal nº 12.994/2014 estabeleceu novo piso salarial nacional para os agentes comunitários de saúde e dos agentes
de combate a endemias que cumprem jornada de 40 (quarenta) horas semanais 3. O sindicato apelado obteve êxito em
comprovar, por meio da juntada de contracheques e dos atos de nomeação e posse, a condição dos representados de
agentes de combate a endemias do Município de Chorrochó, com o devido cumprimento da carga horária semanal de 40
(quarenta) horas, fazendo jus, portanto, a que suas respectivas remunerações observasse o piso salarial fixado nacionalmente
para a categoria. 4. Consoante ressaltado pelo magistrado de primeiro grau, e ao contrário do quando alegado pelo ora
recorrente, o cumprimento da aludida norma federal prescinde de prévia dotação orçamentária, ou mesmo de posterior
regulamentação pelo ente municipal específico, na medida em que a quase totalidade do piso estabelecido é custeada com
verbas federais (95%), restando à municipalidade tão somente arcar com os 5% restantes. 5. Inexistindo razões que
chancelem as alterações das premissas sentenciais, não há como acolher as postulações ventiladas nas razões recursais,
restando frustrado o desiderato de reconhecer a viabilidade do pleito ora deduzido.
TJBA – DIÁRIO DA JUSTIÇA ELETRÔNICO – Nº 2.099 - Disponibilização: terça-feira, 13 de março de 2018 Cad 1 / Página 394
0506975-07.2016.8.05.0001 Apelação
Comarca: Salvador
Apelante: Antonio Carlos Jesus Almeida
Advogado: Tulio Miranda Santos Souza (OAB : 44209/BA)
Apelado: Fundo de Investimentos Em Direitos Creditórios Não Padronizados Npl I
Advogado: Henrique Jose Parada Simão (OAB : 221386/SP)
Relator: Marcia Borges Faria
Decisão: Procedência em Parte. Unânime.
Ementa: APELAÇÃO CÍVEL. PROCESSO CIVIL. AÇÃO DE OBRIGAÇÃO DE FAZER C/C INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS
COM PEDIDO LIMINAR. INSCRIÇÃO DO NOME DO CONSUMIDOR NOS ÓRGÃOS DE RESTRIÇÃO AO CRÉDITO.
ILEGALIDADE. EXISTÊNCIA DE ANOTAÇÃO NEGATIVA ANTERIOR. IRRELEVÂNCIA. INAPLICABILIDADE DO ENUNCIADO DA
SÚMULA Nº 385 DO STJ. RESPONSABILIDADE CIVIL. CONFIGURAÇÃO. DANO MORAL IN RE IPSA. INDENIZAÇÃO DEVIDA.
JUROS DE MORA. FLUÊNCIA A PARTIR DO EVENTO DANOSO. INTELIGÊNCIA DA SÚMULA 54 DO STJ. CORREÇÃO
MONETÁRIA. TERMO INICIAL. ARBITRAMENTO. POSSIBILIDADE. RECURSO PARCIALMENTE PROVIDO. SENTENÇA
MANTIDA. 1. Cinge-se a controvérsia na pretensão da parte Autora/ Apelante, em condenar o Fundo de Investimentos Em
Direitos Creditórios Não Padronizados Npl I, ora Apelado, ao pagamento de indenização pelos danos morais sofridos,
proveniente de transtornos, por ela experimentados, fruto da negativação de seu nome nos cadastros restritivos de proteção
ao crédito, SERASA e SPC. 2. Consoante entendimento sumulado nº 385 do STJ, de fato não nos parece aplicável à espécie
a ratio decidendi, que sustenta o verbete supramencionado daquela eg. Corte Superior, haja vista que, no caso dos autos, a
negativação anterior fora declarada indevida pelo juízo da 14ª Vara de Relações de Consumo, da Comarca da Capital, no
processo nº 0506990-73.2016.8.05.00014, sendo a sentença confirmada por este e. Tribunal de Justiça. 3. Existência nos
autos de prova de que a negativação do nome do Recorrido foi abusiva. Hipótese de dano moral in re ipsa. 4. A título de
compensação dos danos experimentados pelo consumidor, deverá o juiz aplicar o valor recto, prestigiando o caráter
pedagógico-sancionador em face do agente, como meio de coibir a reiteração de casos futuros. 5. Valorando-se as
peculiaridades da hipótese concreta e os parâmetros adotados normalmente pela jurisprudência para a fixação de indenização,
por danos morais, em hipóteses símiles, tem-se que o valor de R$ 10.000,00 (dez mil reais), se mostra adequado e fixado
segundo os princípios da razoabilidade e proporcionalidade. 6. Juros Moratórios - Responsabilidade Extracontratual:Os
juros moratórios fluem a partir do evento danoso, em caso de responsabilidade extracontratual. STJ Súmula nº 54. 7. Nos
termos Da Súmula 362 do STJ, "A correção monetária do valor da indenização do dano moral incide desde a data do
arbitramento". 8. Recurso conhecido e parcialmente provido.
0517907-20.2017.8.05.0001 Apelação
Comarca: Salvador
Apelante: Eliesio Afetal dos Santos
Advogado: JULIANA TRAUTWEIN CHEDE (OAB : 52750/BA)
Advogado: Bruno Augusto Sampaio Fuga (OAB : 48250/PR)
Apelado: Mapfre Seguros Gerais S/A
Apelado: Seguradora Líder dos Consórcios Dpvat S/A
Advogado: Rodrigo Ayres Martins de Oliveira (OAB : 43925/BA)
Advogado: Manoana Ágata Angélica Messias da Silva Bastos (OAB : 53673/BA)
Relator: Marcia Borges Faria
Decisão: Não-Provimento. Unânime.
Ementa: APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO DE COBRANÇA DE SEGURO DPVAT. CIVIL. PEDIDO DE CORREÇÃO MONETÁRIA DO
VALOR DA INDENIZAÇÃO. IMPOSSIBILIDADE DECORRENTE DE PREVISÃO LEGISLATIVA. PRECEDENTES DO STF E DO
STJ. IMPROCEDÊNCIA DOS PEDIDOS DO AUTOR/APELANTE. DESCABIMENTO DE CONDENAÇÃO DO APELADO AO
PAGAMENTO DE HONORÁRIOS. RECURSO NÃO PROVIDO. MANUTENÇÃO DA SENTENÇA. 1. Trata-se de ação de cobrança
ajuizada por particular que requer a correção monetária da indenização, paga administrativamente, em decorrência de
seguro obrigatório por acidente de trânsito, julgada improcedente pela instância de piso. 2. Descabida a pretensão de
correção monetária, dado o entendimento do STF a respeito da Lei nº 6.194/74, de que somente é o caso de recomposição
do valor real do débito, em virtude da desvalorização da moeda, quando há atraso injustificado no pagamento do valor. 3. O
precedente do STJ trazido pelo apelante segue o entendimento esposado pelo STF no julgamento da ADI nº 4350/DF. 4.
Igualmente não acolhido o pedido de condenação da apelada ao pagamento de honorários, dada a ausência de sucumbência.
5.Pelas razões acima expostas, o apelo deve ser conhecido e não provido.
0306352-60.2014.8.05.0141 Apelação
Comarca: Salvador
Apelante: Município de Jequié
Procurador do Município: Perpétua Lomanto
Apelado: Darci Santos
Relator: Marcia Borges Faria
Decisão: Não-Conhecimento. Unânime.
Ementa: EMENTA: APELAÇÃO CÍVEL. EXECUÇÃO FISCAL. COBRANÇA DE CRÉDITO TRIBUTÁRIO DE VALOR INFERIOR A
50 ORTN. INCIDÊNCIA DO ART. 34, DA LEI Nº 6.830/80 (LEI DE EXECUÇÕES FISCAIS). INADMISSIBILIDADE DO APELO.
SENTENÇA NÃO SUJEITA AO DUPLO GRAU DE JURISDIÇÃO (ART. 496, § 3º, III, DO CPC). APELO NÃO CONHECIDO. I - De
acordo com o caput do art. 34, da Lei nº 6.830/80 (Lei de Execuções Fiscais), "das sentenças de primeira instância proferidas
em execuções de valor igual ou inferior a 50 (cinquenta) Obrigações Reajustáveis do Tesouro Nacional - ORTN, só se
TJBA – DIÁRIO DA JUSTIÇA ELETRÔNICO – Nº 2.099 - Disponibilização: terça-feira, 13 de março de 2018 Cad 1 / Página 395
admitirão embargos infringentes e de declaração". II - Consoante entendimento consolidado pelo STJ, em julgamento
realizado sob a técnica dos recursos especiais repetitivos (REsp 1168625/MG), o valor de 50 ORNT correspondiam, em
janeiro de 2001, a R$ 328,27, devendo tal valor ser atualizado até a data da propositura da ação para que se possa aferir, em
cada caso, a admissibilidade do recurso de apelação. III - Evidenciado, na espécie, que, no momento do ajuizamento da
presente execução fiscal, em 19.12.2014, o valor da causa - R$ 643,63 - não superava o teto estabelecido pelo dispositivo
legal suso transcrito (que, atualizado até aquela data, correspondia a R$ 789,03), descabida se mostra a interposição do
apelo, impondo-se o seu não conhecimento.
0533521-70.2014.8.05.0001 Apelação
Comarca: Salvador
Apelante: Sul America Companhiade Seguro Saude
Apelante: George Uilton Pereira dos Santos
Advogado: Wilker Campos Chagas (OAB : 20868/BA)
Advogado: Rodrigo Alves Santos Alfano (OAB : 33934/BA)
Advogado: Thiago Marques Domingues (OAB : 55343/BA)
Apelado: George Uilton Pereira dos Santos
Apelado: Sul America Companhia de Seguro Saude
Relator: Marcia Borges Faria
Decisão: Provimento em Parte. Unânime.
Ementa: APELAÇÕES CÍVEIS SIMULTÂNEAS. CIVIL E CONSUMIDOR. AÇÃO DE OBRIGAÇÃO DE FAZER COM PEDIDO DE
INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS. APELAÇÃO DA RÉ. PLANO DE SAÚDE. NEGATIVA DE INTERNAÇÃO PARA TRATAMENTO
DE OBESIDADE MÓRBIDA. NECESSIDADE PARA MANUTENÇÃO DA SAÚDE DO CONTRATANTE. PRESCRIÇÃO MÉDICA.
ABUSIVIDADE DE CLÁUSULA QUE EXCLUI A COBERTURA. RECUSA INJUSTIFICADA. PEDIDO ALTERNATIVO PARA
REEMBOLSO SOMENTE DE HONORÁRIOS MÉDICOS. IMPROCEDÊNCIA. OBSTÁCULOS AO PRÓPRIO TRATAMENTO.
PROPORCIONALIDADE DAS ASTREINTES IMPOSTAS PELO JUÍZO DE PISO. RECURSO DO AUTOR. PEDIDO DE DANO
MORAL. NÃO CONFIGURAÇÃO. INEXISTÊNCIA DE PROVA DE VIOLAÇÃO AO DIREITO DA PERSONALIDADE. MAJORAÇÃO
DE HONORÁRIOS DE SUCUMBÊNCIA. POSSIBILIDADE PELA ATUAÇÃO EM GRAU RECURSAL. VALOR FIXO. OBRIGAÇÃO
DE FAZER. APELO A QUE SE NEGA PROVIMENTO AO RECURSO DA RÉ/1ª APELANTE E DÁ-SE PARCIAL PROVIMENTO AO
RECURSO DO AUTOR/2ª APELANTE. 1. Trata-se de ação de obrigação de fazer, com pedido de antecipação de tutela,
nulidade de cláusula contratual e danos morais, em que se requer tratamento necessário ao combate da obesidade
mórbida grau III e correlatas comorbidades que acometem o autor, através de seu internamento em clínica especializada no
tratamento de obesidade, bem como indenização por danos morais pela negativa do plano de saúde em custear o pedido.
2. A questão central trazida pela ré/1ª apelante diz respeito, sobretudo, à existência de exclusão contratual da cobertura do
tratamento de internação em clínica médica para tratamento de obesidade. 3. Com efeito, após a análise do quadro clínico
do paciente, a equipe médica verificou a necessidade de realização de internação, consoante se verifica dos relatórios
acostados aos autos, porquanto o recorrido apresentava um quadro de obesidade mórbida já acompanhado de uma série
de doenças e problemas correlatos, que impunham o tratamento solicitado, sendo certo a flagrante abusividade, neste caso
concreto, de eventual cláusula que autorizasse a denegação do internamento. 4. Se é procedente o pedido para internar o
autor da ação, naturalmente se conclui que todo ele deve ser custeado pelo plano de assistência à saúde, seja em clínica
de sua rede conveniada, seja em outra, na qual deve haver cobertura de todos os custos inerentes ao tratamento deferido.
5. No que respeita ao dever de indenizar moralmente, parece-me claro que as circunstâncias envolvendo o demandante/2ª
apelante, mesmo fragilizado pela comorbidade que lhe acometia, não o induziram, insofismavelmente, a especial dor e
sofrimento, sendo que a violação a direito de personalidade careceria de prova, razão pela qual a sentença guerreada não
merece o reparo pretendido. 6. Quanto aos honorários de sucumbência, concluo pela majoração, de acordo com o que é
determinado pelo art. 85, §11, porquanto não houve procedência do recurso da acionada/primeira apelante.
0810751-30.2015.8.05.0080 Apelação
Comarca: Salvador
Apelante: Cooperproa - Cooperativa dos Profissionais Autônomos de Feira de Santana
Advogado: Marcelo Vilas Boas Gomes (OAB : 15275/BA)
Advogado: Fabiano Vilas Boas Gomes (OAB : 22982/BA)
Apelado: Flora Cardoso
Advogado: Marcelo dos Santos Carneiro Porto (OAB : 38232/BA)
Relator: Marcia Borges Faria
Decisão: Provimento em Parte. Unânime.
Ementa: APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO DE REVISIONAL DE CONTRATO. PLANO DE SAÚDE. REAJUSTE DAS MENSALIDADES.
CRITÉRIO DE FAIXA ETÁRIA. DESEQUILÍBRIO CONTRATUAL. RECONHECIMENTO DA ABUSIVIDADE DE CLÁUSULA E
NULIDADE DOS REAJUSTES. CONDENAÇÃO À DEVOLUÇÃO EM DOBRO DOS VALORES COBRADOS INDEVIDAMENTE.
AUSÊNCIA DE PEDIDO. SENTENÇA EXTRA PETITA. RECONHECIMENTO. RECURSO CONHECIDO E PROVIDO EM PARTE.
SENTENÇA REFORMADA. 1. De fato, conforme salientado pelo Apelante em suas razões, é pacífico o entendimento de que
os planos de saúde coletivos não estão sujeitos aos índices de reajuste estipulados pela ANS para os planos individuais,
entretanto, isso não quer dizer que os reajustes das mensalidades possam ser efetuados indiscriminadamente, sem a
observância de quaisquer parâmetros. 2. Outrossim, o Tribunal da Cidadania, ao fixar os parâmetros para o reajuste de
mensalidade de plano de saúde individual ou familiar fundado na mudança de faixa etária do beneficiário, estabeleceu que
não devem ser "aplicados percentuais desarrazoados ou aleatórios que, concretamente e sem base atuarial idônea, onerem
excessivamente o consumidor ou discriminem o idoso" (REsp 1568244/RJ, 2ª Seção, DJe de 19/12/2016). 3. No caso em
TJBA – DIÁRIO DA JUSTIÇA ELETRÔNICO – Nº 2.099 - Disponibilização: terça-feira, 13 de março de 2018 Cad 1 / Página 396
tela, o reajuste perpetrado pelo Apelante, no percentual de 272,33%, se mostra demasiadamente excessivo, acarretando um
acréscimo em números absolutos da ordem de mais de R$ 500,00 (quinhentos reais), o quê, por consequência, pode gerar
a impossibilidade de a Apelada dar continuidade ao cumprimento do pacto, comprometendo, após longo período de
contribuição ao plano e quando mais necessita, a proteção de sua saúde. 4. Entretanto, em se tratando de vínculo de
natureza consumerista, em especial de caráter adesivo, tem-se por nulas as condições que reforcem a já reconhecida
vulnerabilidade do contratante, a teor do art. 4º, I da lei nº 8.078/90, o que efetivamente ocorre quando reduzida a eficácia do
contrato em ponto, inclusive, que revela a precípua finalidade da avença. 5. Ademais, também o Estatuto do Idoso (Lei nº
10.741/2003), de igual forma, veda expressamente, no § 3º do artigo 15, a discriminação do idoso nos planos de saúde pela
cobrança de valores diferenciados em razão da idade. 6. No que toca ao alegado julgamento extra petita levado a efeito pelo
magistrado a quo ao determinar a devolução em dobro dos valores cobrados de forma indevida após a implementação do
reajuste abusivo, de fato, razão assiste à Apelante, na medida em que tal pedido jamais logrou ser efetivado pela Autora. 7.
Recurso Conhecido e Provido em Parte. Sentença Reformada.
0792601-78.2014.8.05.0001 Apelação
Comarca: Salvador
Apelante: Municipio do Salvador
Procurador do Município: Procurador do Municipio do Salvador
Apelado: Clarice Rocha Coelho
Relator: Marcia Borges Faria
Decisão: Não-Conhecimento. Unânime.
Ementa: APELAÇÃO CÍVEL. EXECUÇÃO FISCAL. COBRANÇA DE CRÉDITO TRIBUTÁRIO DE VALOR INFERIOR A 50 ORTN.
INCIDÊNCIA DO ART. 34, DA LEI Nº 6.830/80 (LEI DE EXECUÇÕES FISCAIS). INADMISSIBILIDADE DO APELO. SENTENÇA
NÃO SUJEITA AO DUPLO GRAU DE JURISDIÇÃO (ART. 496, § 3º, III, DO CPC). APELO NÃO CONHECIDO. I - De acordo com
o caput do art. 34, da Lei nº 6.830/80 (Lei de Execuções Fiscais), "das sentenças de primeira instância proferidas em
execuções de valor igual ou inferior a 50 (cinquenta) Obrigações Reajustáveis do Tesouro Nacional - ORTN, só se admitirão
embargos infringentes e de declaração". II - Consoante entendimento consolidado pelo STJ, em julgamento realizado sob
a técnica dos recursos especiais repetitivos (REsp 1168625/MG), o valor de 50 ORNT correspondia, em janeiro de 2001, a
R$ 328,27, devendo tal valor ser atualizado até a data da propositura da ação para que se possa aferir, em cada caso, a
admissibilidade do recurso de apelação. III - Evidenciado, na espécie, que, no momento do ajuizamento da presente
execução fiscal, o valor da causa não superava o teto estabelecido pelo dispositivo legal suso transcrito, descabida se
mostra a interposição do apelo, impondo-se o seu não conhecimento. A C Ó R D Ã O
0752590-41.2013.8.05.0001 Apelação
Comarca: Salvador
Apelante: Municipio do Salvador
Procurador do Município: Cristiane Nolasco Monteiro do Rego
Procurador do Município: Georgia Teixeira Jezler Campello
Apelado: Alex Marcos Vasconcelos Moreira
Relator: Marcia Borges Faria
Decisão: Provimento. Unânime.
Ementa: APELAÇÃO CÍVEL. DIREITO TRIBUTÁRIO. EXECUÇÃO FISCAL. INDEFERIMENTO DA INICIAL. CRÉDITO TRIBUTÁRIO
PERSEGUIDO DE VALOR INFERIOR A R$ 1.000,00. ALEGADA NECESSIDADE DE AUTORIZAÇÃO DO PROCURADOR GERAL
DO MUNICÍPIO PARA O AJUIZAMENTO DA AÇÃO. FALTA DE INTERESSE PROCESSUAL. INOCORRÊNCIA. IMPOSSIBILIDADE
DE EXTINÇÃO DA EXECUÇÃO FISCAL, DE OFÍCIO. SÚMULA Nº 452 DO STJ. APLICABILIDADE. APELO PROVIDO. SENTENÇA
ANULADA. 1. A teor da Súmula de nº 452 do Superior Tribunal de Justiça, assegurado não ser possível ao Poder Judiciário
extinguir ação executiva quando entender que os valores perseguidos não justificam a propositura da demanda - "A extinção
das ações de pequeno valor é faculdade da Administração Federal, vedada a atuação judicial de ofício". 2. A remissão
tributária é faculdade conferida por lei ao ente público, não cabendo a extinção da execução fiscal, de ofício, em face do
insignificante valor da dívida. 3. O Código Tributário Nacional disciplina que o ente público competente para arrecadar o
tributo, está adstrito ao preceito da indisponibilidade do crédito tributário, nos termos do art. 141, do CTN 4. Recurso provido
0772529-07.2013.8.05.0001 Apelação
Comarca: Salvador
Apelante: Município de Salvador
Procurador do Município: Cristiane Nolasco Monteiro de Rego
Procurador do Município: Georgia Teixeira Jezler Campello
Apelado: Julio Cesar Andrade da Silva
Relator: Marcia Borges Faria
Decisão: Não-Conhecimento. Unânime.
Ementa: EMENTA: APELAÇÃO CÍVEL. EXECUÇÃO FISCAL. COBRANÇA DE CRÉDITO TRIBUTÁRIO DE VALOR INFERIOR A
50 ORTN. INCIDÊNCIA DO ART. 34, DA LEI Nº 6.830/80 (LEI DE EXECUÇÕES FISCAIS). INADMISSIBILIDADE DO APELO.
SENTENÇA NÃO SUJEITA AO DUPLO GRAU DE JURISDIÇÃO (ART. 496, § 3º, III, DO CPC). APELO NÃO CONHECIDO. I - De
acordo com o caput do art. 34, da Lei nº 6.830/80 (Lei de Execuções Fiscais), "das sentenças de primeira instância proferidas
em execuções de valor igual ou inferior a 50 (cinquenta) Obrigações Reajustáveis do Tesouro Nacional - ORTN, só se
admitirão embargos infringentes e de declaração". II - Consoante entendimento consolidado pelo STJ, em julgamento
realizado sob a técnica dos recursos especiais repetitivos (REsp 1168625/MG), o valor de 50 ORNT correspondia, em
TJBA – DIÁRIO DA JUSTIÇA ELETRÔNICO – Nº 2.099 - Disponibilização: terça-feira, 13 de março de 2018 Cad 1 / Página 397
janeiro de 2001, a R$ 328,27, devendo tal valor ser atualizado até a data da propositura da ação para que se possa aferir, em
cada caso, a admissibilidade do recurso de apelação. III - Evidenciado, na espécie, que, no momento do ajuizamento da
presente execução fiscal, em 20/03/2013, o valor da causa - R$ 550,14 - não superava o teto estabelecido pelo dispositivo
legal suso transcrito (que, atualizado até aquela data, correspondia a R$ 714,65), descabida se mostra a interposição do
apelo, impondo-se o seu não conhecimento.
0798736-09.2014.8.05.0001 Apelação
Comarca: Salvador
Apelante: Municipio do Salvador
Procurador: Procurador do Município de Salvador
Apelado: Almeidas Piscinas Saunas e Bombas Ltda - Me
Relator: Marcia Borges Faria
Decisão: Provimento. Unânime.
Ementa: EMENTA: APELAÇÃO CÍVEL. EXECUÇÃO FISCAL. AUSÊNCIA DE CITAÇÃO. IMPOSSIBILIDADE DE LOCALIZAÇÃO
DO EXECUTADO COM BASE NO ENDEREÇO INDICADO NA PETIÇÃO INICIAL. EXTINÇÃO DO PROCESSO. DESCABIMENTO.
NECESSIDADE DE APLICAÇÃO DO ART. 40, DA LEI Nº 6.830/80. NORMA ESPECIAL. REGULAMENTAÇÃO EXPRESSA DA
MATÉRIA. SUSPENSÃO DA LIDE EXECUTIVA PELO PRAZO DE 01 (UM) ANO. IMPRESCINDIBILIDADE. ANULAÇÃO DO
DECRETO EXTINTIVO QUE SE IMPÕE. RECURSO PROVIDO. I - A controvérsia gizada nos autos cinge-se à providência
judicial a ser adotada em caso de ausência de citação do executado, em sede de execução fiscal, em razão de o endereço
consignado na petição inicial estar incorreto, incompleto ou desatualizado. II - A Lei de Execução Fiscal não elege o endereço
do executado como predicado essencial à regularidade formal da peça de ingresso; assim o é, pois, sobretudo diante da
necessidade de simplificar, ao máximo, o rito em favor do ente estatal na busca dos seus créditos, através da eliminação,
inclusive, de determinados pressupostos indicados como indispensáveis na lei geral, qual seja, o Código de Processo
Civil. III - Assim é que, após ajuizada a demanda e interrompida a prescrição, aplica-se o art. 40, da mencionada Lei nº 6.830/
80, através da suspensão do feito pelo prazo de 01 (um) ano, espaço de tempo que servirá justamente para que a Fazenda
Pública providencie, mediante as diligências pertinentes, a efetiva localização do executado. IV - Anulação do decreto extintivo
lançado em primeiro grau que se impõe. Apelo provido.
0771322-70.2013.8.05.0001 Apelação
Comarca: Salvador
Apelante: Município do Salvador
Procurador: Cristiane Nolasco Monteiro do Rego
Procurador: Geórgia Teixeira Jezler Campello
Apelado: Vanessa Mascarenhas Andrade
Relator: Marcia Borges Faria
Decisão: Não-Conhecimento. Unânime.
Ementa: EMENTA: APELAÇÃO CÍVEL. EXECUÇÃO FISCAL. COBRANÇA DE CRÉDITO TRIBUTÁRIO DE VALOR INFERIOR A
50 ORTN. INCIDÊNCIA DO ART. 34, DA LEI Nº 6.830/80 (LEI DE EXECUÇÕES FISCAIS). INADMISSIBILIDADE DO APELO.
SENTENÇA NÃO SUJEITA AO DUPLO GRAU DE JURISDIÇÃO (ART. 496, § 3º, III, DO CPC). APELO NÃO CONHECIDO. I - De
acordo com o caput do art. 34, da Lei nº 6.830/80 (Lei de Execuções Fiscais), "das sentenças de primeira instância proferidas
em execuções de valor igual ou inferior a 50 (cinquenta) Obrigações Reajustáveis do Tesouro Nacional - ORTN, só se
admitirão embargos infringentes e de declaração". II - Consoante entendimento consolidado pelo STJ, em julgamento
realizado sob a técnica dos recursos especiais repetitivos (REsp 1168625/MG), o valor de 50 ORNT correspondia, em
janeiro de 2001, a R$ 328,27, devendo tal valor ser atualizado até a data da propositura da ação para que se possa aferir, em
cada caso, a admissibilidade do recurso de apelação. III - Evidenciado, na espécie, que, no momento do ajuizamento da
presente execução fiscal, em 10.03.2013, o valor da causa - R$ 580,69 - não superava o teto estabelecido pelo dispositivo
legal suso transcrito (que, atualizado até aquela data, correspondia a R$ 714,65), descabida se mostra a interposição do
apelo, impondo-se o seu não conhecimento.
0752304-92.2015.8.05.0001 Apelação
Comarca: Salvador
Apelante: Municipio do Salvador
Procurador do Município: Procurador do Municipio do Salvador
Apelado: Jose Jorge Rodrigues Coelho
Defensor Público: Defensoria Pública do Estado da Bahia
Relator: Marcia Borges Faria
Decisão: Não-Provimento. Unânime.
Ementa: APELAÇÃO CÍVEL. DIREITO TRIBUTÁRIO. EXECUÇÃO FISCAL. IMPOSTO SOBRE SERVIÇOS DE QUALQUER
NATUREZA - ISS. EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE. ACOLHIMENTO. EXTINÇÃO DO PROCESSO. RECURSO CONHECIDO
E IMPROVIDO. 1. No presente caso, restou claramente demonstrado, sem necessidade de dilação probatória, que o apelado
não se enquadra no próprio conceito de contribuinte do ISS, definido no art. 5º da Lei Complementar nº 116/2003, porquanto
ausente a efetiva prestação de serviço. 2. É que, de acordo com os documentos trazidos aos autos com a exceção oposta,
o apelado labora, desde o ano de 2006, na Latapack-Ball Embalagens Ltda., sem que haja indícios de que trabalhe, desde
então, como autônomo, motivo pelo qual não pode ser compelido ao pagamento do tributo em tela. 3. Outrossim, a falta de
pedido formal de baixa no cadastro não faz concluir automaticamente pela efetiva prestação de serviço autônomo, tanto mais
porquanto, fazendo o excipiente prova do seu direito, através da demonstração efetiva de vínculo formal de emprego com
pessoa jurídica, caberia ao Fisco Municipal a devida comprovação da ocorrência do fato gerador, o que não ocorreu no
presente caso.
TJBA – DIÁRIO DA JUSTIÇA ELETRÔNICO – Nº 2.099 - Disponibilização: terça-feira, 13 de março de 2018 Cad 1 / Página 398
0514914-38.2016.8.05.0001 Apelação
Comarca: Salvador
Apelante: Instituto de Previdência do Salvador - Previs
Advogado: Jorge Garcia de Santana (OAB : 5731/BA)
Apelado: João Carlos Bacelar Batista
Advogado: Carlos Eduardo Behrmann Ratis Martins (OAB : 15991/BA)
Relator: Marcia Borges Faria
Decisão: Não-Provimento. Unânime.
Ementa: APELAÇÃO CÍVEL. CONSTITUCIONAL E PREVIDENCIÁRIO. AÇÃO ANULATÓRIA DE ATO ADMINISTRATIVO.
CONCESSÃO DE APOSENTADORIA ESPECIAL PARA VEREADOR. CASSAÇÃO POSTERIOR DO BENEFÍCIO PELO ENTE
PREVIDENCIÁRIO. VINCULAÇÃO A REGIME PRÓPRIO ANTERIOR À EMENDA CONSTITUCIONAL Nº 20/1998. POSSIBILIDADE.
ATENDIMENTO A REQUISITOS PREVISTOS EM LEI MUNICIPAL PARA A OBTENÇÃO DO DIREITO. AUSÊNCIA DE AMPLA
DEFESA E CONTRADITÓRIO NO PROCESSO ADMINISTRATIVO EM QUE HOUVE SUSPENSÃO DO PAGAMENTO. RECURSO
NÃO PROVIDO. MANUTENÇÃO DA SENTENÇA. 1. Em sede de ação anulatória de ato administrativo com pedido de liminar
inaudita altera pars c/c com obrigação de fazer ajuizada por ex-vereador municipal, a decisão de primeira instância decidiu
pela anulação do processo administrativo que suspendeu o pagamento de aposentadoria especial ao autor. 2. As questões
centrais do recurso cingem-se ao enquadramento do apelado em regime próprio de previdência social e se há o direito à
aposentadoria especial de vereador, analisados os requisitos legais para sua pretensão. Ademais, conquanto seja pertinente
ao mérito do caso, lateralmente discute-se a existência ou não de violação à ampla defesa e ao contraditório, no processo
administrativo que resultou na suspensão do benefício previdenciário. 3. Na situação em tela, tem-se que o apelado, em
1998, já ocupava o cargo de Vereador, sendo contribuinte, à época, do regime próprio, enquadrando-se na situação excepcional
prevista na legislação, a partir do quanto impôs a EC nº 20/1998. 4. Extrai-se dos autos que a Lei Complementar nº 17/1996,
deste Município de Salvador, prevê a hipótese de aposentadoria integral, para aqueles que ocupavam, na data de sua
publicação, a condição de agentes políticos municipais, em essência, os vereadores e não tinham o direito adquirido de
aposentar-se nos termos da legislação anterior, desde que tenham contribuído por 35 (trinta e cinco) anos, computando-se
o tempo de serviço prestado à iniciativa pública ou privada, desde que tenham recolhido para o IPS, no mínimo 96 (noventa
e seis) contribuições. 5. Constata-se também que o contraditório e a ampla defesa não foram bem observadas no processo
administrativo, em que resultou a suspensão do pagamento da aposentadoria ao apelado. 6. Pelas razões acima expostas,
o apelo deve ser conhecido e não provido, devendo ser mantida integralmente a sentença.
0302485-93.2013.8.05.0141 Apelação
Comarca: Salvador
Apelante: Municipio de Jequie-ba
Procurador do Município: Maria Do Perpetuo Socorro Pereira Lomanto
Apelado: Benedito Rodrigues
Relator: Marcia Borges Faria
Decisão: Não-Conhecimento. Unânime.
Ementa: EMENTA: APELAÇÃO CÍVEL. EXECUÇÃO FISCAL. COBRANÇA DE CRÉDITO TRIBUTÁRIO DE VALOR INFERIOR A
50 ORTN. INCIDÊNCIA DO ART. 34, DA LEI Nº 6.830/80 (LEI DE EXECUÇÕES FISCAIS). INADMISSIBILIDADE DO APELO.
SENTENÇA NÃO SUJEITA AO DUPLO GRAU DE JURISDIÇÃO (ART. 496, § 3º, III, DO CPC). APELO NÃO CONHECIDO. I - De
acordo com o caput do art. 34, da Lei nº 6.830/80 (Lei de Execuções Fiscais), "das sentenças de primeira instância proferidas
em execuções de valor igual ou inferior a 50 (cinquenta) Obrigações Reajustáveis do Tesouro Nacional - ORTN, só se
admitirão embargos infringentes e de declaração". II - Consoante entendimento consolidado pelo STJ, em julgamento
realizado sob a técnica dos recursos especiais repetitivos (REsp 1168625/MG), o valor de 50 ORNT correspondiam, em
janeiro de 2001, a R$ 328,27, devendo tal valor ser atualizado até a data da propositura da ação para que se possa aferir, em
cada caso, a admissibilidade do recurso de apelação. III - Evidenciado, na espécie, que, no momento do ajuizamento da
presente execução fiscal, em 29.05.2013, o valor da causa - R$ 684,84 - não superava o teto estabelecido pelo dispositivo
legal suso transcrito (que, atualizado até aquela data, correspondia a R$ 721,60), descabida se mostra a interposição do
apelo, impondo-se o seu não conhecimento.
0033426-73.2009.8.05.0001 Apelação
Comarca: Salvador
Apelante: Município do Salvador
Procurador do Município: Gisane Tourinho Dantas
Apelado: Sind Trab Ind Petroq e Ba
Advogado: Ricardo Luiz Serra Silva Júnior (OAB : 29688/BA)
Advogado: Cleriston Piton Bulhões (OAB : 17034/BA)
Advogado: Francisco Lacerda Brito (OAB : 14137/BA)
Relator: Marcia Borges Faria
Decisão: Provimento. Unânime.
Ementa: EMENTA: APELAÇÃO CÍVEL. EXECUÇÃO FISCAL. IPTU E TAXA DE LIMPEZA PÚBLICA. PROPOSITURA DA AÇÃO
ANTES DO DECURSO DO PRAZO PRESCRICIONAL. PRESCRIÇÃO NÃO CARACTERIZADA NA ESPÉCIE. REFORMA DO
DECRETO EXTINTIVO QUE SE IMPÕE. RECURSO PROVIDO. I - Do cotejo dos autos, constata-se que o cerne do presente
apelo situa-se no reconhecimento do decurso do prazo prescricional, de onde se extrai que a conclusão proposta pelo
Magistrado singular está equivocada. II - De fato, é cediço que a cobrança judicial dos créditos tributários sujeita-se ao
exercício da pretensão no prazo de 05 (cinco) anos, sendo certo que, na hipótese dos autos, o lapso temporal foi respeitado
pelo ente público, já que os créditos executados são dos exercícios de 2005 e 2007 e a ação foi proposta em 2009, com
citação determinada no mesmo ano. III - Reforma do decreto extintivo que se impõe. Recurso provido.
TJBA – DIÁRIO DA JUSTIÇA ELETRÔNICO – Nº 2.099 - Disponibilização: terça-feira, 13 de março de 2018 Cad 1 / Página 399
0000196-14.2015.8.05.0168 Apelação
Comarca: Salvador
Apelante: Maria Josefa do Nascimento Santos
Advogado: Thyara Bulhões Mendes (OAB : 18768/BA)
Apelado: Municipio de Monte Santo
Advogado: Aderaldo Borges dos Santos (OAB : 9599/BA)
Relator: Marcia Borges Faria
Decisão: Inicialmente deu-se provimento parcial, por maioria , sendo convocados o 4º e o 5º julgadores para composição da
turma ampliada. Resultado definitivo: Deu-se provimento parcial, nos termos do vota da Relatora, por maioria.
Ementa: APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO DE COBRANÇA. SERVIDORA PÚBLICA MUNICIPAL. AUSÊNCIA DE PAGAMENTO DO TERÇO
CONSTITUCIONAL E 13º SALÁRIO. VERBAS DEVIDAS. VEDAÇÃO AO ENRIQUECIMENTO ILÍCITO. PRECEDENTES
JURISPRUDENCIAIS. OBSERVÂNCIA DA PRESCRIÇÃO QUINQUENAL EM RELAÇÃO À COBRANÇA DE CRÉDITOS EM
FACE DA FAZENDA PÚBLICA. FGTS. PRESCRIÇÃO QUINQUENAL. MANUTENÇÃO. RECURSO CONHECIDO E PARCIALMENTE
PROVIDO. SENTENÇA REFORMADA EM PARTE. 1. Têm-se, na hipótese, ação de cobrança ajuizada por servidora pública
municipal, contratada no ano de 1984, objetivando o recebimento de verbas salariais referentes a 1/3 de férias, 13º salário
e FGTS, correspondentes ao período trabalhado de sua admissão até sua aposentadoria, em 2014. 2. Tal qual ressaltado
na decisão guerreada, trata-se de vínculo nulo, visto que a mesma foi contratada sem concurso público, não se enquadrando,
inclusive, na regra contida no art. 16 do ADCT. Desta forma, em que pese a nulidade do vínculo, faz jus a servidora ao
recebimento das verbas salariais que lhe são asseguradas constitucionalmente. 3. Assim, no que se refere ao adicional de
1/3 de férias e ao 13º salário, estes são devidos de forma integral e proporcional, uma vez que a Administração usufruiu dos
serviços prestados pela apelante, devendo, em respeito aos princípios da boa-fé e da moralidade administrativa, arcar com
as respectivas parcelas remuneratórias, sob pena de enriquecimento ilícito. No caso concreto, além da efetiva prestação
dos serviços, restou evidenciada a ausência do pagamento correspondente ao período laborado. 4. Outrossim, no tocante
à prescrição das verbas referentes ao depósito do FGTS, o Supremo Tribunal Federal entendeu, no ARExt 709.212/DF, que,
por estar tal direito regulado no art. 7º, XXIX, da Constituição Federal, deve-se aplicar o prazo quinquenal ali previsto e não
mais o prazo trintenário estipulado na lei reguladora do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço, não merecendo qualquer
reproche a decisão guerreada neste ponto.
0329455-02.2012.8.05.0001 Apelação
Comarca: Salvador
Apelante: Wiverson George de Oliveira
Advogado: Wiverson George de Oliveira (OAB : 15115/BA)
Apelado: Mab Ribeiro de Carvalho Oliveira
Advogado: Juraci Manoel França dos Santos Junior (OAB : 33585/BA)
Relator: Ilona Márcia Reis
Decisão: Provimento. Unânime.
Ementa: APELAÇÃO CÍVEL. DIREITO DE FAMÍLIA. AÇÃO DE DIVÓRCIO COM PARTILHA DE BENS. INEXISTÊNCIA DE BENS A
SEREM PARTILHADOS. INCIDÊNCIA DOS ARTS. 1.658 E 1.659, INCISO I, DO NOVO CÓDIGO CIVIL. RECURSO CONHECIDO
E PROVIDO. SENTENÇA PARCIALMENTE REFORMADA. 1 - No regime de comunhão parcial de bens, por força dos arts.
1.658 e 1.659, inciso I, do Código Civil, devem ser excluídos da partilha bem imóvel doado de forma não onerosa a um dos
cônjuges durante a constância do casamento. 2 - Nos termos do art. 333, inciso I, do CPC/73, norma vigente à época da
instrução processual, competia à Apelada a produção de prova de fato constitutivo do seu direito, qual seja, a existência de
direitos sobre suposta edificação realizada no imóvel doado ao Apelante pelos seus respectivos genitores. 3 - RECURSO
CONHECIDO E PROVIDO.
0515252-80.2014.8.05.0001 Apelação
Comarca: Salvador
Apelante: Marcos Paulo Ferreira Brasileiro
Advogado: Liane Costa Reis (OAB : 17511/BA)
Apelado: Banco do Brasil S/A
Advogado: Laertes Andrade Munhoz (OAB : 31627/BA)
Advogado: Louise Rainer Pereira Gionedis (OAB : 38316/BA)
Advogado: Marcos Caldas Martins Chagas (OAB : 56526/MG)
Relator: Ilona Márcia Reis
Decisão: Provimento. Unânime.
Ementa: EMENTA: APELAÇÕES SIMULTÂNEAS. AÇÃO REVISIONAL. CONTRATO DE EMPRÉSTIMO. JUROS BANCÁRIOS.
SENTENÇA JULGANDO PARCIALMENTE PROCEDENTES OS PEDIDOS. INSTITUIÇÃO FINANCEIRA NÃO SE SUBMETE AO
LIMITE CONSTITUCIONAL. JUROS REMUNERATÓRIOS DENTRO DA MÉDIA PRATICADA PELO MERCADO. CAPITALIZAÇÃO
DE JUROS. PREVISÃO EXPRESSA NO CONTRATO. POSSIBILIDADE. COMISSÃO DE PERMANÊNCIA. AUSÊNCIA DE PROVA
DE CUMULAÇÃO. SENTENÇA REFORMADA. RECURSOS CONHECIDOS. IMPROVIDO O RECURSO DO AUTOR E PROVIDO
O RECURSO DO RÉU PARA RECONHECER A INEXISTÊNCIA DE ABUSIVIDADE NO CONTRATO. 1. Não incide a limitação de
juros de 12% ao ano, salvo hipóteses legais previstas e quando forem flagrantemente exorbitantes, máxime porque as
instituições financeiras são reguladas pela Lei nº. 4.595/64. Assim, devem ser mantidos os juros contratados. 2. É cabível a
cobrança da capitalização dos juros, pois em conformidade com orientações do entendimento sufragado no Resp. 973.827/
RS, ou seja, quando consta expressamente do contrato a estipulação de taxa mensal e a taxa anual. 3. A cobrança de
comissão de permanência, a princípio, é legítima, desde que pactuada e não cumulada com multa ou qualquer outro
encargo moratório, por possuírem identidade de natureza jurídica. No caso, não consta da avença qualquer estipulação
voltada à incidência da comissão de permanência, restando sem prova a indevida cumulação. 4. Recursos conhecidos,
improvido o recurso do autor e provido, o do réu, para reconhecer a inexistência de abusividade no contrato.
TJBA – DIÁRIO DA JUSTIÇA ELETRÔNICO – Nº 2.099 - Disponibilização: terça-feira, 13 de março de 2018 Cad 1 / Página 400
0528110-12.2015.8.05.0001 Apelação
Comarca: Salvador
Apelante: Claudia Regina Magalhães de Oliveira
Advogado: Henrique Borges Guimarães Neto (OAB : 17056/BA)
Advogado: Márcio Beserra Guimarães (OAB : 21323/BA)
Apelado: Banco do Brasil S/A
Advogado: Marcos Caldas Martins Chagas (OAB : 47104/BA)
Advogado: Ronaldo Botelho Gomes (OAB : 47129/BA)
Advogado: Bruna Rodrigues Santos Costa (OAB : 35186/BA)
Relator: Ilona Márcia Reis
Decisão: Provimento em Parte. Unânime.
Ementa: APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO REVISIONAL DE CONTRATO COM PEDIDO DE TUTELA ANTECIPADA, RESTITUIÇÃO DO
INDÉBITO. CONTRATO BANCÁRIO DE EMPRÉSTIMO. SENTENÇA JULGANDO IMPROCEDENTES OS PEDIDOS. PRELIMINAR
DE CERCEAMENTO DE DEFESA REJEITADA. DESNECESSIDADE DE REALIZAÇÃO DE PERÍCIA CONTÁBIL. APLICAÇÃO DO
CDC. CABIMENTO DE REVISÃO DE CLÁUSULAS ABUSIVAS. INAPLICABILIDADE, ÀS INSTITUIÇÕES FINANCEIRAS, DA
LIMITAÇÃO DOS JUROS REMUNERATÓRIOS A 12% AO ANO. SÚMULA 596 DO STF. CONTRATOS CELEBRADOS APÓS A
EMENDA CONSTITUCIONAL Nº 40/2003. TAXA DE JUROS READEQUADA AO PERCENTUAL MÉDIO APLICADO PELO
MERCADO. CAPITALIZAÇÃO MENSAL DE JUROS. IMPOSSIBILIDADE EM FACE DA AUSÊNCIA DOS CONTRATOS AOS AUTOS
PARA ANÁLISE DA PACTUAÇÃO. IMPOSSIBILIDADE DE CUMULAR COMISSÃO DE PERMANÊNCIA COM DEMAIS ENCARGOS
MORATÓRIOS. JUROS MORATÓRIOS FIXADOS EM 1% AO MÊS. FIXAÇÃO DA MULTA MORATÓRIA EM 2%, SOBRE O VALOR
VENCIDO. COMPENSAÇÃO DO EXCESSO COM DÍVIDA REMANESCENTE, OU NA INEXISTÊNCIA DE DÉBITO, DEVOLUÇÃO
DE FORMA SIMPLES. HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS FIXADOS NOS TERMOS DO ART. 85, DO NCPC. RECURSO CONHECIDO
E PARCIALMENTE PROVIDO.
0178434-52.2007.8.05.0001 Apelação
Comarca: Salvador
Apelante: Priscila Almeida Souza
Apelado: Bradesco Vida e Previdencia S/A
Advogado: Fábio Gil Moreira Santiago (OAB : 15664/BA)
Advogado: Eddie Parish Silva (OAB : 23186/BA)
Advogado: Carlos Zenandro Ribeiro Sant ana (OAB : 27022/BA)
Advogado: Henrique Antonio Brito Santana (OAB : 40290/BA)
Relator: Ilona Márcia Reis
Decisão: Inicialmente negou-se provimento ao recurso por maioria. Foram convocados o 4º e o 5º julgadores para composição
da turma ampliada. Resultado definitivo: Negou-se provimento ao apelo por maioria.
Ementa: APELAÇÃO CÍVEL. EMBARGOS À EXECUÇÃO. CONTRATO DE SEGURO DE VIDA. DIREITO AO RECEBIMENTO DE
INDENIZAÇÃO POR MORTE. PRAZO PARA O AJUIZAMENTO DA AÇÃO: 03 (TRÊS) ANOS. ART. 206, PARÁGRAFO 3º, INC. IX DO
CÓDIGO CIVIL. SENTENÇA QUE JULGOU EXTINTO O PROCESSO OCORRÊNCIA DE PRESCRIÇÃO. IMPUGNAÇÃO AOS
EMBARGOS À EXECUÇÃO PELA FILHA DO CONTRATANTE. ALEGAÇÃO DE QUE À ÉPOCA DO ÓBITO DE SEU GENITOR
CONTAVA COM 16 ANOS DE IDADE (RELATIVAMENTE INCAPAZ) NÃO SE APLICANDO IN CASU A PRESCRIÇÃO.
INADMISSIBILIDADE. INTELIGÊNCIA DO ART. 198 DO CÓDIGO CIVIL. SENTENÇA MANTIDA. NÃO PROVIMENTO DO
RECURSO.
0047481-58.2011.8.05.0001 Apelação
Comarca: Salvador
Apelante: Maria das Graças Trocoli Barreira de Alencar
Advogado: Cristina Rocha Trocoli (OAB : 13292/BA)
Apelado: Município do Salvador
Procurador do Município: Bruno Prazeres da Silva
Relator: Ilona Márcia Reis
Decisão: Provimento em Parte. Unânime.
Ementa: APELAÇÃO CÍVEL. EMBARGOS À EXECUÇÃO. EXECUÇÃO FISCAL. TAXA DE LIMPEZA PÚBLICA (TLP) ATUAL TAXA
DE COLETA, REMOÇÃO E DESTINAÇÃO DE RESÍDUOS SÓLIDOS DOMICILIARES (TRSD). COBRANÇA. VIABILIDADE.
ESPECIFICIDADE E DIVISIBILIDADE. MATÉRIA CONSTITUCIONAL. COBRANÇA DEVIDA. EXERCÍCIOS DE 2005, 2006 E
2007. RECONHECIMENTO DA PRESCRIÇÃO REFERENTE A 2005. PROSSEGUIMENTO DA EXECUÇÃO EM RELAÇÃO AOS
EXERCÍCIOS DE 2006 E 2007. RECONHECIMENTO DA VALIDADE DA COBRANÇA DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO. RECURSO
PARCIALMENTE PROVIDO.
0002603-57.2009.8.05.0150 Apelação
Comarca: Salvador
Apelante: Juarez Valter Chies
Advogado: Manoel de Macedo Azevedo (OAB : 5829/BA)
Apelado: Conder - Companhia de Desenvolvimento Urbano do Estado da Bahia
Advogado: Nelma Oliveira Calmon de Bittencourt (OAB : 6967/BA)
Estagiário(a): Luis Fernando Santos da Silva
Advogado: Indiara Mota Urpia (OAB : 37600/BA)
TJBA – DIÁRIO DA JUSTIÇA ELETRÔNICO – Nº 2.099 - Disponibilização: terça-feira, 13 de março de 2018 Cad 1 / Página 401
0007880-75.2006.8.05.0274 Apelação
Comarca: Salvador
Apelante: Municipio de Vitória da Conquista
Advogado: Marcos Cesar da Silva Almeida (OAB : 21096/BA)
Apelado: Clenf Clinica Enfermagem Ltda
Relator: Ilona Márcia Reis
Decisão: Provimento. Unânime.
Ementa: APELAÇÃO CÍVEL. DIREITO TRIBUTÁRIO E PROCESSUAL CIVIL. EXECUÇÃO FISCAL. INDEFERIMENTO DA PETIÇÃO
INICIAL. INSUFICIÊNCIA DO ENDEREÇO DISPONIBILIZADO PARA A REALIZAÇÃO DO ATO CITATÓRIO. EXEQUENTE INTIMADO
A EMENDAR À INICIAL. INÉRCIA DO EXEQUENTE. CABIMENTO DA CITAÇÃO EDITALÍCIA. INTELIGÊNCIA DO ART. 8.º, IV, C/C
O ART. 40 DA LEF. RECURSO CONHECIDO E PROVIDO. SENTENÇA ANULADA. 1. Restando frustrada a citação do contribuinte,
a Municipalidade foi intimada a suprir a incompletude do logradouro fornecido, permanecendo, todavia, silente. Diante
disso, o Magistrado singular indeferiu a inicial, extinguindo o processo sem resolução de mérito. 2. Neste diapasão, tendo
o exequente informado na exordial o endereço da executada que dispunha em seus cadastros, caberia ao Julgador ter
consultado o Sistema INFOJUD, objetivando obter informações no banco de dados da Receita Federal acerca do endereço
atualizado da empresa executada/apelada. 3. Com efeito, em sede de execução fiscal, mostra-se cabível a citação por edital
quando esgotadas as formas previstas no art. 8º da Lei n. 6.830/1980, quais sejam, citação por correio com aviso de
recebimento e por Oficial de Justiça, conforme o teor da Súmula 414 do STJ: A citação por edital na execução fiscal é cabível
quando frustradas as demais modalidades. 4. Logo, se porventura, restasse inexitosa a diligência judicial visando obter o
endereço atualizado da empresa executada, não haveria qualquer óbice legal à citação editalícia, a teor do disposto no art.
8.º, inciso IV, da Lei n.º 6.830/1980. 5. Recurso provido, a fim de anular a sentença recorrida, para que seja dado regular
prosseguimento ao feito executivo.
0034149-24.2011.8.05.0001 Apelação
Comarca: Salvador
Apelante: Paulo Sergio Santos Tanure
Advogado: Camila Mamede Sant'anna Xará (OAB : 26766/BA)
Apelado: Ford Motor Company Brasil Ltda
Advogado: Celso de Faria Monteiro (OAB : 36272/BA)
Advogado: Renata Amoêdo Cavalcante Sapucaia (OAB : 17110/BA)
Apelado: Indiana Veiculos Ltda
Advogado: Pedro Paulo Rodrigues Guisande Silva (OAB : 38966/BA)
Advogado: Lucas Sampaio de Almeida Santos (OAB : 20723/BA)
Advogado: Julio Ulisses Correia Nogueira (OAB : 14470/BA)
Relator: Ilona Márcia Reis
Decisão: Não-Provimento. Unânime.
Ementa: APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO REDIBITÓRIA C/C INDENIZAÇÃO POR PERDAS E DANOS. COMPRA DE VEÍCULO.
ALEGAÇÃO DE OCORRÊNCIA DE VÍCIOS REDIBITÓRIOS. PLEITO DE INVERSÃO DO ÔNUS DA PROVA FORMULADO PELO
AUTOR/APELANTE. INADMISSIBILIDADE. VEÍCULO ALIENADO ANTES DA REALIZAÇÃO DA PERÍCIA. IMPUGNAÇÃO AO
BENEFÍCIO DA GRATUIDADE DE JUSTIÇA. MANTIDO. PRELIMINAR DE NÃO CONHECIMENTO DA APELAÇÃO. REJEITADA.
NO MÉRITO, IMPOSSIBILIDADE DE AFERIÇÃO DA RESPONSABILIDADE DAS EMPRESAS APELADAS QUANTO AO VÍCIO.
ALIENAÇÃO PREMATURA DO VEÍCULO PELO APELANTE. SENTENÇA MANTIDA. APELO NÃO PROVIDO.
0559193-80.2014.8.05.0001 Apelação
Comarca: Salvador
Apelante: Espolio de Jose Dantas da Fonseca
Advogado: Luiz Ribamar Magalhães (OAB : 34882/BA)
Apelado: Banco do Brasil S/A
Advogado: Louise Rainer Pereira Gionedis (OAB : 38316/BA)
Advogado: Rafael Sganzerla Durand (OAB : 26552/BA)
Relator: Ilona Márcia Reis
Decisão: Provimento. Unânime.
Ementa: APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO DE CUMPRIMENTO DE SENTENÇA. DIREITO DO CONSUMIDOR. EXPURGOS
INFLACIONÁRIOS. PRONUNCIAMENTO JUDICIAL QUE EXTINGUIU A EXECUÇÃO DE SENTENÇA POR ILEGITIMIDADE DA
PARTE AUTORA. MATÉRIA DE ORDEM PÚBLICA. DESNECESSIDADE DE DEMONSTRAÇÃO DE VÍNCULO ASSOCIATIVO.
DECISÃO PROFERIDA PELO STJ NO RESP Nº 1.391.198/RS SUBMETIDO AO RITO DOS RECURSOS REPETITIVOS. (TEMAS
723 e 724). SENTENÇA CASSADA. PROVIMENTO DO RECURSO.
TJBA – DIÁRIO DA JUSTIÇA ELETRÔNICO – Nº 2.099 - Disponibilização: terça-feira, 13 de março de 2018 Cad 1 / Página 402
0765267-06.2013.8.05.0001 Apelação
Comarca: Salvador
Apelante: Município de Salvador
Advogado: Anderson Souza Barroso (OAB : 14178/BA)
Apelado: Roberto J Vieira e Outra
Relator: Ilona Márcia Reis
Decisão: Não-Conhecimento. Unânime.
Ementa: APELAÇÃO CÍVEL. EXECUÇÃO FISCAL. COBRANÇA DE CRÉDITO TRIBUTÁRIO DE VALOR INFERIOR A 50 ORTN.
INADMISSIBLIDADE. INCIDÊNCIA DO ART. 34, DA LEI Nº 6.830/80. DUPLO GRAU DE JURISDIÇÃO. NÃO CABIMENTO (ART.
496, §3º, III, DO CPC). APELO NÃO CONHECIDO.
0789158-22.2014.8.05.0001 Apelação
Comarca: Salvador
Apelante: Municipio do Salvador
Defensor Público: Procuradoria do Municipio
Apelado: Habitação e Urbanização da Bahia S.a Urbis
Relator: Ilona Márcia Reis
Decisão: Não-Conhecimento. Unânime.
Ementa: APELAÇÃO CÍVEL. EXECUÇÃO FISCAL. COBRANÇA DE CRÉDITO TRIBUTÁRIO DE VALOR INFERIOR A 50 ORTN.
INADMISSIBLIDADE. INCIDÊNCIA DO ART. 34, DA LEI Nº 6.830/80. DUPLO GRAU DE JURISDIÇÃO. NÃO CABIMENTO (ART.
496, §3º, III, DO CPC). APELO NÃO CONHECIDO.
0101270-69.2011.8.05.0001 Apelação
Comarca: Salvador
Apelante: Municipio do Salvador
Procurador do Município: Georgia Teixeira Jezler Campello
Apelado: Roberval Legal Batista
Relator: Ilona Márcia Reis
Decisão: Não-Conhecimento. Unânime.
Ementa: APELAÇÃO CÍVEL. EXECUÇÃO FISCAL. COBRANÇA DE CRÉDITO TRIBUTÁRIO DE VALOR INFERIOR A 50 ORTN.
INADMISSIBLIDADE. INCIDÊNCIA DO ART. 34, DA LEI Nº 6.830/80. DUPLO GRAU DE JURISDIÇÃO. NÃO CABIMENTO (ART.
496, §3º, III, DO CPC). APELO NÃO CONHECIDO.
0301877-27.2015.8.05.0141 Apelação
Comarca: Salvador
Apelante: Municipio de Jequie-ba
Advogado: Maria Do Perpetuo Socorro Pereira Lomanto (OAB : 6263/BA)
Apelado: Marielia Silva Souza
Relator: Ilona Márcia Reis
Decisão: Não-Conhecimento. Unânime.
Ementa: APELAÇÃO CÍVEL. EXECUÇÃO FISCAL. COBRANÇA DE CRÉDITO TRIBUTÁRIO DE VALOR INFERIOR A 50 ORTN.
INADMISSIBLIDADE. INCIDÊNCIA DO ART. 34, DA LEI Nº 6.830/80. DUPLO GRAU DE JURISDIÇÃO. NÃO CABIMENTO (ART.
496, § 3º, III, DO CPC). APELO NÃO CONHECIDO.
0508099-59.2015.8.05.0001 Apelação
Comarca: Salvador
Apelante: Maria Clotildes de Jesus
Defensor Público: Defensoria Publica do Estado da Bahia
Apelado: Adison Cerqueira dos Santos
Advogado: Fabio da Silva (OAB : 37348/BA)
Relator: Ilona Márcia Reis
Decisão: Provimento em Parte. Unânime.
Ementa: APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO DE REINTEGRAÇÃO DE POSSE. SENTENÇA QUE JULGOU IMPROCEDENTE A AÇÃO E
EXTINGUIU O PROCESSO SEM RESOLUÇÃO DE MÉRITO. PRELIMINAR DE CERCEAMENTO DO DIREITO DE DEFESA E
DESRESPEITO AO PRINCÍPIO DA COOPERAÇÃO ENTRE AS PARTES. ALEGAÇÃO DE QUE O MAGISTRADO SINGULAR
INDEFERIU PLEITO DE DILAÇÃO DO PRAZO PARA APRESENTAÇÃO DE ENDEREÇO DE TESTEMUNHAS. PRELIMINAR
ACOLHIDA. EXCESSO DE RIGORISMO FORMAL. DIFICULDADE NA LOCALIZAÇÃO DAS TESTEMUNHAS. SENTENÇA
ANULADA. PEDIDO DE CONDENAÇÃO DO APELADO EM CUSTAS PROCESSUAIS E HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS A SEREM
REVERTIDOS À DEFENSORIA PÚBLICA. INADMISSIBILIDADE. APELADO BENEFICIÁRIO DA ASSISTÊNCIA JUDICIÁRIA
GRATUITA. PROVIMENTO PARCIAL DO RECURSO. A demora em identificar e localizar testemunhas pode ser creditada, de
forma verossímil, mais à hipossuficiência da apelante, decorrente de sua condição pessoal, do que a possível indolência ou
má-fé. A sentença combatida importa em excesso de rigorismo formal, mormente levando-se em conta ter a parte agido com
absoluto respeito ao princípio da lealdade processual. Com efeito, a prova testemunhal somente deve ser dispensada uma
vez constatada a total impossibilidade de realizá-la, inclusive, por desídia da parte interessada, o que, in casu, não restou
configurado, afastando-se desse modo, a alegação de litigância de má-fé deduzida pelo apelado. Acolhida a preliminar de
nulidade processual por cerceamento de defesa, resta prejudicado o exame do mérito da apelação. Quanto ao pleito de
condenação da parte ex adversa em custas processuais e honorários advocatícios, a serem revertidos à Defensoria Pública,
sem razão o apelante, considerando que o apelado é beneficiário da assistência judiciária gratuita. PROVIMENTO PARCIAL
DO RECURSO.
TJBA – DIÁRIO DA JUSTIÇA ELETRÔNICO – Nº 2.099 - Disponibilização: terça-feira, 13 de março de 2018 Cad 1 / Página 403
0306471-21.2014.8.05.0141 Apelação
Comarca: Salvador
Apelante: Município de Jequié-BA
Procurador do Município: Perpétua Lomanto
Apelado: Danilo Almeida Matos
Relator: Ilona Márcia Reis
Decisão: Não-Conhecimento. Unânime.
Ementa: APELAÇÃO CÍVEL. EXECUÇÃO FISCAL. COBRANÇA DE CRÉDITO TRIBUTÁRIO DE VALOR INFERIOR A 50 ORTN.
INADMISSIBLIDADE. INCIDÊNCIA DO ART. 34, DA LEI Nº 6.830/80. DUPLO GRAU DE JURISDIÇÃO. NÃO CABIMENTO (ART.
496, § 3º, III, DO CPC). APELO NÃO CONHECIDO.
0010011-86.2007.8.05.0274 Apelação
Comarca: Salvador
Apelante: Município de Vitoria da Conquista
Advogado: Marcos Cesar da Silva Almeida (OAB : 21096/BA)
Apelado: Ferraz da Silva & Silva Ltda - Me
Relator: Ilona Márcia Reis
Decisão: Não-Conhecimento. Unânime.
Ementa: APELAÇÃO CÍVEL. EXECUÇÃO FISCAL. COBRANÇA DE CRÉDITO TRIBUTÁRIO DE VALOR INFERIOR A 50 ORTN.
INADMISSIBLIDADE. INCIDÊNCIA DO ART. 34, DA LEI Nº 6.830/80. DUPLO GRAU DE JURISDIÇÃO. NÃO CABIMENTO (ART.
496, § 3º, III, DO CPC). APELO NÃO CONHECIDO.
8000006-20.2015.8.05.0036 Apelação
Comarca: Salvador
Apelante: Banco Do Brasil S/A
Advogado: Jairo Discacciati (OAB : 18243/BA)
Advogado: Luis Kleber Navarro Lima (OAB : 23988/BA)
Apelado: Dalci Nunes de Souza
Apelado: Ulian Souza Araujo
Advogado: Éder Adriano Neves David (OAB : 15325/BA)
Advogado: Magda Souza Braga David (OAB : 32327/BA)
Advogado: Custodio Lacerda Brito (OAB : 5099/BA)
Relator: Ilona Márcia Reis
Decisão: Não-Provimento. Unânime.
Ementa: APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO DE INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS E MATERIAIS. MORTE. ASSALTO EM AGÊNCIA
BANCÁRIA. RESPONSABILIDADE OBJETIVA. INTELIGÊNCIA DO ART. 37 PARÁGRAFO 6º DA CF/88. REPARAÇÃO DEVIDA.
QUANTUM INDENIZATÓRIO. PROPORCIONALIDADE E RAZOABILIDADE. HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS. MANTIDOS. NÃO
PROVIMENTO DO RECURO.
0303038-43.2013.8.05.0141 Apelação
Comarca: Salvador
Apelante: Município de Jequié-ba
Procurador do Município: Perpétua Lomanto
Apelado: Avani Ribeiro Costa
Relator: Ilona Márcia Reis
Decisão: Não-Conhecimento. Unânime.
Ementa: APELAÇÃO CÍVEL. EXECUÇÃO FISCAL. COBRANÇA DE CRÉDITO TRIBUTÁRIO DE VALOR INFERIOR A 50 ORTN.
INADMISSIBLIDADE. INCIDÊNCIA DO ART. 34, DA LEI Nº 6.830/80. DUPLO GRAU DE JURISDIÇÃO. NÃO CABIMENTO (ART.
496, § 3º, III, DO CPC). APELO NÃO CONHECIDO.
0825091-85.2016.8.05.0001 Apelação
Comarca: Salvador
Apelante: Município do Salvador
Procurador do Município: Procurador do Município do Salvador
Apelado: Ademir Rodrigues
Relator: Ilona Márcia Reis
Decisão: Não-Conhecimento. Unânime.
Ementa: APELAÇÃO CÍVEL. EXECUÇÃO FISCAL. COBRANÇA DE CRÉDITO TRIBUTÁRIO DE VALOR INFERIOR A 50 ORTN.
INADMISSIBLIDADE. INCIDÊNCIA DO ART. 34, DA LEI Nº 6.830/80. DUPLO GRAU DE JURISDIÇÃO. NÃO CABIMENTO (ART.
496, §3º, III, DO CPC). APELO NÃO CONHECIDO.
0001929-79.2014.8.05.0158 Apelação
Comarca: Salvador
Apelante: Município de Várzea do Poço
Advogado: Camila Matos Ferreira (OAB : 39792/BA)
Advogado: Manuella Lima Abrantes (OAB : 31232/BA)
Advogado: Cirlanio Camilo Moreira de Almeida Silva (OAB : 43740/BA)
TJBA – DIÁRIO DA JUSTIÇA ELETRÔNICO – Nº 2.099 - Disponibilização: terça-feira, 13 de março de 2018 Cad 1 / Página 404
0000776-59.2011.8.05.0273 Apelação
Comarca: Salvador
Apelante: Erivaldo Bastos dos Santos
Advogado: Cristiane Bacelar Lima da Cunha (OAB : 24557/BA)
Apelado: Talita Monteiro Silva dos Santos
Advogado: Marcus Costa de Santana (OAB : 49745/BA)
Relator: Ilona Márcia Reis
Decisão: Não-Provimento. Unânime.
Ementa: APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO DE EXONERAÇÃO DE ALIMENTOS. FILHO MAIOR DE IDADE. ESTUDANTE DO ENSINO
SUPERIOR. IMPOSSIBILIDADE DE EXONERAÇÃO DA PRESTAÇÃO ALIMENTÍCIA. OBRIGAÇÃO DECORRENTE DO VÍNCULO
DE PARENTESCO. INTELIGÊNCIA DO ART. 1.694 DO CÓDIGO CIVIL. SENTENÇA MANTIDA. NÃO PROVIMENTO DO RECURSO.
0000641-79.2012.8.05.0251 Apelação
Comarca: Salvador
Apelante: Mariazinha de Souza
Apelante: Maria do Rosario Oliveira dos Santos
Apelante: Deusalina Rodrigues Vargas
Apelante: Francisca Ferreira dos Anjos Silva
Apelado: Município de Sobradinho
Advogado: Lailson Santos Medradro de Almeida (OAB : 41327/BA)
Advogado: Aimar Borges Chaves Filho (OAB : 45967/BA)
Relator: Ilona Márcia Reis
Decisão: Não-Provimento. Unânime.
Ementa: APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO ORDINÁRIA C/C PEDIDO INCIDENTAL DE EXIBIÇÃO DE DOCUMENTOS. SERVIDORES
PÚBLICOS MUNICIPAIS. ALEGAÇÃO DE DESCONTOS INDEVIDOS NA REMUNERAÇÃO MENSAL. PRESCRIÇÃO
QUINQUENAL PARA RECLAMAR DÍVIDA PASSIVA. INTELIGÊNCIA DO ART. 1º DO DECRETO 20.910/1932. SENTENÇA MANTIDA.
NÃO PROVIMENTO DO RECURSO. O art. 1º do Decreto n.º 20.910/1932 dispõe que: "Art. 1º. As dividas passivas da União,
dos Estados e dos Municípios, bem assim todo e qualquer direito ou ação contra a Fazenda Federal, Estadual ou Municipal,
seja qual for a sua natureza, prescrevem em cinco anos contados da data do ato ou fato do qual se originarem". (grifos
aditados) Como bem fundamentou o magistrado singular: "(...) o aludido desconto indevido nos salários dos requerentes
cessou no mês de setembro de 2002, e o ajuizamento da demanda ocorreu no dia 21.08.2012, quer dizer, se passaram
mais de 09 (nove) anos, do seu último desconto a título de ISS". In casu, observa que transcorreu mais de 05 (cinco) anos
do fato que originou a dívida, de modo que a Administração Pública Municipal não está obrigada a ressarcir o valor descontado
da remuneração dos apelantes, considerando a ocorrência de prescrição, antes do ajuizamento da ação. SENTENÇA
MANTIDA. NÃO PROVIMENTO DO RECURSO.
0003745-84.2008.8.05.0230 Apelação
Comarca: Salvador
Apelante: Municipio de Santo Estevão
Apelado: Izaias do Espirito Santo
Advogado: Ricardo Oliveira Rebelo de Matos (OAB : 32148/BA)
Relator: Ilona Márcia Reis
Decisão: Não-Conhecimento. Unânime.
Ementa: APELAÇÃO CÍVEL. EXECUÇÃO FISCAL. COBRANÇA DE CRÉDITO TRIBUTÁRIO DE VALOR INFERIOR A 50 ORTN.
INADMISSIBLIDADE. INCIDÊNCIA DO ART. 34, DA LEI Nº 6.830/80. DUPLO GRAU DE JURISDIÇÃO. NÃO CABIMENTO (ART.
496, § 3º, III, DO CPC). APELO NÃO CONHECIDO.
0517070-96.2016.8.05.0001 Apelação
Comarca: Salvador
Apelante: Domingos Santos dos Anjos
Advogado: Ricardo Seixas Hughes Junior (OAB : 34849/BA)
Apelado: Telemar Nordeste Leste S/A
Advogado: Rômulo Marcel Souto dos Santos (OAB : 31021/BA)
Relator: Ilona Márcia Reis
Decisão: Provimento em Parte. Unânime.
Ementa: APELAÇÃO CIVEL. AÇÃO DECLARATÓRIA C/C REPARAÇÃO DE DANOS. INSCRIÇÃO INDEVIDA EM CADASTRO
RESTRITIVO DE CRÉDITO. SENTENÇA QUE DECLAROU A INEXISTÊNCIA DA RELAÇÃO OBRIGACIONAL ENTRE AS PARTES.
INSERÇÃO INDEVIDA DO NOME DO AUTOR NO CADASTRO DE INADIMPLENTES. INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS
FIXADA EM R$ 2.000,00 (DOIS MIL REAIS), ACRESCIDA DE JUROS MORATÓRIOS DE 1% AO MÊS A PARTIR DA CITAÇÃO E
TJBA – DIÁRIO DA JUSTIÇA ELETRÔNICO – Nº 2.099 - Disponibilização: terça-feira, 13 de março de 2018 Cad 1 / Página 405
CORREÇÃO MONETÁRIA COM BASE NO INPC, A PARTIR DA PUBLICAÇÃO DO DECISUM (SÚMULA 362, STJ). AUSÊNCIA DE
RAZOABILIDADE E PROPORCIONALIDADE NA FIXAÇÃO DO QUANTUM INDENIZATÓRIO. MAJORAÇÃO PARA R$5.000,00
(CINCO MIL REAIS). OS JUROS DE MORA DEVEM SER CONSIDERADOS A PARTIR DO EVENTO DANOSO. SÚMULA 54, STJ.
HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS ARBITRADOS EM 20% SOBRE O VALOR DA INDENIZAÇÃO. MANTIDOS. SENTENÇA
PARCIALMENTE REFORMADA. PROVIMENTO PARCIAL DO RECURSO. Em relação aos juros de mora, estes devem ser
considerados a partir do evento danoso. SÚMULA 54, STJ. SENTENÇA PARCIALMENTE REFORMADA. PROVIMENTO PARCIAL
DO RECURSO. Em relação aos juros de mora, estes devem ser considerados a partir do evento danoso, nos termos da
Súmula 54, STJ, in verbis:
0554459-86.2014.8.05.0001 Apelação
Comarca: Salvador
Apelante: Marcia Alfano Santiago
Advogado: Erasmo Batista Santiago (OAB : 9461/BA)
Apelado: Dibens Leasing S/A - Arrendamento Mercantil
Advogado: Antonio Braz da Silva (OAB : 25998/BA)
Relator: Ilona Márcia Reis
Decisão: Não-Provimento. Unânime.
Ementa: APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO DE REINTEGRAÇÃO/MANUTENÇÃO DE POSSE. CONTRATO DE ARRENDAMENTO
MERCANTIL. INADIMPLEMENTO QUANTO AO PAGAMENTO DAS PARCELAS AVENÇADAS. EM DECISÃO LIMINAR, O JUIZ A
QUO DEFERIU A BUSCA E APREENSÃO DO VEÍCULO AO AUTOR/APELADO. SENTENÇA QUE DECLAROU A RESCISÃO DO
CONTRATO CELEBRADO ENTRE AS PARTES. CONSOLIDADA A POSSE E DOMÍNIO DO BEM AO AUTOR/APELADO.
INSURGÊNCIA DA APELANTE. ALEGAÇÃO DE QUE ESTAVA NA POSSE DO BEM HÁ MAIS DE 09 (NOVE) ANOS SENDO
INCABÍVEL O DEFERIMENTO LIMINAR NO CASO DE POSSE VELHA (MAIS DE ANO E DIA). INADMISSIBILIDADE. INTELIGÊNCIA
DO ART. 565, PARÁGRAFO 5º DO CPC. SENTENÇA MANTIDA. NÃO PROVIMENTO DO RECURSO.
0523580-96.2014.8.05.0001 Apelação
Comarca: Salvador
Apelante: Porto Seguro Cia de Seguros Gerais
Advogado: Rodrigo Ayres Martins de Oliveira (OAB : 43925/BA)
Apelado: Luzia Ribeiro da Silva Nascimento
Advogado: Jose Orisvaldo Brito da Silva (OAB : 29569/BA)
Apelante: Seguradora Lider dos Consórcios do Seguro Dpvat/sa
Relator: Ilona Márcia Reis
Decisão: Não-Provimento. Unânime.
Ementa: APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO ORDINÁRIA DE COBRANÇA. SEGURO DPVAT. ACIDENTE DE TRÂNSITO. SENTENÇA QUE
JULGOU PROCEDENTE O PEDIDO. PRELIMINAR DE FALTA DE INTERESSE DE AGIR. REJEITADA. INVALIDEZ PERMANENTE
PARCIAL INCOMPLETA. SEQUELAS EM MEMBROS SUPERIOR E INFERIOR ESQUERDO. DIREITO À INDENIZAÇÃO.
APLICAÇÃO DA LEI Nº 6.194/74 E TABELA ANEXA. NECESSIDADE DE PAGAMENTO DA INDENIZAÇÃO SECURITÁRIA,
INCIDÊNCIA DA CORREÇÃO MONETÁRIA A PARTIR DO EVENTO DANOSO. SÚMULA 580 DO STJ. SENTENÇA MANTIDA.
APELAÇÃO NÃO PROVIDA.
0001744-63.2007.8.05.0230 Apelação
Comarca: Salvador
Apelante: Município de Santo Estevão
Advogado: Ricardo Oliveira Rebelo de Matos (OAB : 32148/BA)
Apelado: Inocencia Conceição Ferreira
Relator: Ilona Márcia Reis
Decisão: Não-Conhecimento. Unânime.
Ementa: APELAÇÃO CÍVEL. EXECUÇÃO FISCAL. COBRANÇA DE CRÉDITO TRIBUTÁRIO DE VALOR INFERIOR A 50 ORTN.
INADMISSIBLIDADE. INCIDÊNCIA DO ART. 34, DA LEI Nº 6.830/80. DUPLO GRAU DE JURISDIÇÃO. NÃO CABIMENTO (ART.
496, § 3º, III, DO CPC). APELO NÃO CONHECIDO. Na hipótese vertente, o crédito perseguido pelo ente exequente perfazia,
na época da propositura da ação (2001), o valor de R$ 124,03 (cento e vinte e quatro reais e três centavos). Deste modo, em
atenção ao comando normativo insculpido no art. 34, da Lei nº 6.830/80 ("das sentenças de primeira instância proferidas em
execuções de valor igual ou inferior a 50 (cinquenta) Obrigações Reajustáveis do Tesouro Nacional - ORTN, só se admitirão
embargos infringentes e de declaração) e consoante o entendimento consolidado pelo STJ, que em julgamento realizado
sob a sistemática dos recursos especiais repetitivos (REsp 1168625/MG), consignou que o valor de 50 ORNT correspondia,
em janeiro de 2001, a R$ 328,27 - devendo tal valor ser atualizado até a data da propositura da ação , resta caracterizada a
hipótese de não conhecimento do apelo em testilha. Recurso não conhecido.
0028365-71.2008.8.05.0001 Apelação
Comarca: Salvador
Apelante: 'Município do Salvador
Procurador do Município: Eugênio Leite Sombra
Apelado: Josefa Ferreira Alves
Relator: Ilona Márcia Reis
Decisão: Provimento. Unânime.
TJBA – DIÁRIO DA JUSTIÇA ELETRÔNICO – Nº 2.099 - Disponibilização: terça-feira, 13 de março de 2018 Cad 1 / Página 406
Ementa: APELAÇÃO. EXECUÇÃO FISCAL. IPTU. CRÉDITOS TRIBUTÁRIOS RELATIVOS AOS EXERCÍCIOS DE 2005 e 2006.
PRESCRIÇÃO INTERCORRENTE. PROCESSO PARALISADO POR INÉRCIA IMPUTÁVEL AO PODER JUDICIÁRIO. APLICAÇÃO
DA SÚMULA 106 DO STJ. RECURSO PROVIDO. SENTENÇA REFORMADA. 1. No caso sub examine, a presente execução
fiscal fora ajuizada em 28.02.2008, visando o recebimento dos créditos tributários de IPTU dos exercícios de 2005 e 2006,
sendo o despacho citatório proferido em 29.02.2008 (fl. 02). 2. Desta forma, como a execução fiscal em comento fora
proposta antes de esgotado o prazo prescricional, mas já na vigência da Lei Complementar 118/05, o mero despacho
determinando a citação operou a interrupção do prazo prescricional, nos termos do art. 174, parágrafo único, inciso I, do
CTN, com retroatividade à data da propositura da ação (art. 240, § 1º, do NCPC). 3. Vale destacar que após o despacho
citatório, houve expedição de carta citatória por AR, além da designação de Oficial de Justiça para cumprir o mandado, não
se efetivando a citação por não ter sido localizado o endereço do executado. 4. Diante da inviabilidade de citação pessoal do
executado, o município apelante requereu a citação por edital prevista no art. 8º, inciso IV, da Lei nº 6.830/80, bem como o
arresto do imóvel sobre o qual incide o tributo. 5. Ressalte-se que após a citação inexitosa, a Fazenda Pública Municipal, não
permaneceu inerte, pois diligenciou a localização do executado, atraindo assim a incidência da Súmula 106 do STJ, já que
o retardo na efetivação do ato citatório decorreu de falha no mecanismo do Poder Judiciário. 6. Nos termos do enunciado da
Súmula 106: "Proposta a ação no prazo fixado para o seu exercício, a demora na citação, por motivos inerentes ao mecanismo
da Justiça, não justifica o acolhimento da argüição de prescrição ou decadência", também aplicável às prescrições
intercorrentes, conforme decidido no REsp 1.102.431/RJ, julgado sob o rito dos recursos repetitivos e, portanto, de observância
obrigatória pelos juízes e tribunais, nos termos do art. 927, inciso III, do CPC/2015. 7. Recurso provido, reformando-se a
sentença para afastar a prescrição intercorrente.
0001544-44.2011.8.05.0124 Apelação
Comarca: Salvador
Apelante: Aymoré Crédito Financiamento e Investimento S/A
Advogado: Antonio Carlos Dantas Goes Monteiro (OAB : 13325/BA)
Apelado: Luiz Carlos Santos dos Reis
Advogado: Agnaldo Edson Ramos Ferreira (OAB : 32300/BA)
Relator: Ilona Márcia Reis
Decisão: Não-Provimento. Unânime.
Ementa: APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO REVISIONAL. CONTRATO DE FINANCIAMENTO DE VEÍCULO. JUROS REMUNERATÓRIOS
READEQUADOS À MÉDIA PRATICADA PELO MERCADO. CAPITALIZAÇÃO DE JUROS. PREVISÃO EXPRESSA NO CONTRATO.
POSSIBILIDADE. COMISSÃO DE PERMANÊNCIA CUMULADA COM OUTROS ENCARGOS. IMPOSSIBILIDADE. SENTENÇA
MANTIDA. RATEIO DAS CUSTAS E HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS EM FACE DA SUCUMBÊNCIA RECÍPROCA. RECURSO
IMPROVIDO. SENTENÇA MANTIDA. 1. In casu, os juros fixados remuneratórios devem ser reajustado de acordo com a taxa
média praticada pelo mercado. 2. É cabível a capitalização de juros com periodicidade inferior a um ano em contratos
celebrados após 31/3/2000, desde que expressamente pactuada, conforme entendimento firmado pelo STJ no REsp.
973.827/RS, julgado sob a sistemática dos recursos repetitivos. 3. A cobrança de comissão de permanência, a princípio, é
legítima, desde que pactuada e não cumulada com multa ou qualquer outro encargo moratório, por possuírem identidade de
natureza jurídica. No caso dos autos, acertou o julgador singular ao afastar a cobrança, determinando apenas a incidência
da multa contratual de 2% ao mês e os juros moratórios em 1% ao mês. 4. Recurso conhecido e improvido.
8000193-70.2015.8.05.0119 Apelação
Comarca: Salvador
Apelante: Companhia de Eletricidade do Estado da Bahia - Coelba
Advogado: Milena Gila Fontes (OAB : 25510/BA)
Apelado: Idalina Maria de Jesus
Advogado: Caroline da Silva Hage (OAB : 41922/BA)
Relator: Ilona Márcia Reis
Decisão: Não-Provimento. Unânime.
Ementa: APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO DECLARATÓRIA DE NULIDADE C/C REPETIÇÃO DO INDÉBITO E DANOS MORAIS. CORTE
INDEVIDO NO FORNECIMENTO DE ENERGIA ELÉTRICA. DÍVIDA PRETÉRITA. RESTITUIÇÃO EM DOBRO DOS VALORES
PAGOS A MAIOR. DANO MORAL IN RE IPSA. QUANTUM INDENIZATÓRIO FIXADO DE ACORDO COM OS CRITÉRIOS DE
RAZOABILIDADE E PROPORCIONALIDADE. RECURSO CONHECIDO IMPROVIDO. 1. No caso em apreço, a autora, ora
apelada, firmou acordo de parcelamento de dívida com a COELBA, comprometendo-se a efetuar o pagamento "de
aproximadamente R$ 5.000,00 reais nos seguintes termos: entrada de R$ 990,00 + 5 parcelas de R$ 638,19 reais, a serem
cobradas em faturas vincendas, todos devidamente pagos conforme documentos acostados". 2. A autora promoveu o
pagamento da entrada no valor de R$ 990,00 (novecentos e noventa reais) e com atraso quitou mais 04 (quatro) parcelas no
valor de R$ 638,19 (seiscentos e trinta e oito reais e dezenove centavos), conforme demonstrado nos IDs 215196,
215201,215206 (repetido no ID 215210) e 215213, restando em aberto a sexta e última parcela. 3. Diante do inadimplemento
desta última parcela, a concessionária, ora apelante, promoveu a suspensão do fornecimento de energia. 4. Contudo, em se
tratando de inadimplemento de dívida pretérita, em razão do decurso de prazo superior a 90 (noventa) dias, a suspensão na
prestação dos serviços de fornecimento de energia elétrica mostra-se indevida. Precedentes do STJ. 5.Por outro lado, como
a relação entre concessionária fornecedora de energia elétrica e usuário enquadra-se em típica relação de consumo, uma
vez configurada a ilegalidade da cobrança indevida, devem ser restituídos os valores pagos a maior em dobro, na forma do
art. 42, parágrafo único do CDC, cabendo, ainda, a condenação por danos morais in re ipsa por falha na prestação do
serviço. 6. A indenização por dano moral busca oferecer uma compensação ou reparação satisfativa pela dor e sofrimento
psicológico suportado pelo ofendido. 7. Sob essa perspectiva, a fixação do quantum indenizatório deverá se pautar pelo
TJBA – DIÁRIO DA JUSTIÇA ELETRÔNICO – Nº 2.099 - Disponibilização: terça-feira, 13 de março de 2018 Cad 1 / Página 407
critério da ponderação, levando em conta fatores como a gravidade da lesão e sua repercussão, a capacidade econômica
das partes, bem como as circunstâncias do caso. 8. Diante disso, entendo que a quantia de R$2.000,00 (dois mil reais),
fixada para efeito de reparação da ofensa moral suportada pela autora/apelada, mostra-se adequada, por não destoar dos
parâmetros de razoabilidade e não representar enriquecimento ilícito. 9. Ressalte-se, por fim, que, tendo sido o apelo
interposto já sob a vigência do Novo Código de Processo Civil, faz-se imperiosa a condenação do apelante ao pagamento
de honorários sucumbenciais recursais, razão pela qual determino a majoração da verba sucumbencial para o importe
equivalente a 20% (vinte por cento) sobre o valor da condenação, nos termos do art. 85, § 2º do NCPC. 10. RECURSO
CONHECIDO E IMPROVIDO.
0534920-66.2016.8.05.0001 Apelação
Comarca: Salvador
Apelante: Ana Claudia Antelo Maia
Advogado: Jones Cruz Nascimento (OAB : 27782/BA)
Apelado: Autas - Associação Unica dos Taxistas de Salvador
Advogado: Eraldo Morais Sacramento (OAB : 20532/BA)
Relator: Ilona Márcia Reis
Decisão: Não-Provimento. Unânime.
Ementa: APELAÇÃO CÍVEL. DIREITO DO CONSUMIDOR. AÇÃO DE COBRANÇA DE INDENIZAÇÃO SECURITÁRIA, LUCROS
CESSANTES E DANOS MORAIS. TAXISTA ADERENTE À CAIXA ASSISTENCIAL BENEFICIENTE DO TAXISTA. FURTO DE
VEÍCULO OCORRIDO APÓS A DATA DE FALECIMENTO DO SEGURADO. AUSÊNCIA DE DIREITO AO RECEBIMENTO DE
INDENIZAÇÃO. FIXAÇÃO DE HONORÁRIOS DE SUCUMBÊNCIA NA FASE RECURSAL. APELO CONHECIDO E IMPROVIDO.
SENTENÇA MANTIDA. 1. No caso em tela, restou demonstrado que o veículo desapareceu - em virtude de furto ou roubo - no
ano de 2015, contudo, o taxista contratante já havia falecido desde 2012, conforme fazem prova Boletim de Ocorrência e
Certidão de Óbito de fl. 26 e 15, respectivamente. 2. Nessa esteira de raciocínio, por óbvio, no momento do sinistro, o veículo
não estava sendo conduzido pelo contratante, muito menos por pessoa devidamente cadastrada na CAB, consoante
expressamente exigido no instrumento firmado entre o falecido taxista e a ré/apelada. 3. Acrescente-se, ainda, que, embora
conste nos autos o pagamento de fl. 24, não se vislumbra no caderno processual nenhuma prova que o Espólio tenha
efetivamente comunicado à apelada o falecimento do Sr. José Jorge Pinho Maia, circunstância que permitiria à recorrida
realizar a rescisão do contrato e exclusão do associado da Caixa Assistencial Beneficente do Taxista. 4. Portanto, a apelada
agiu de forma legítima ao se recusar a proceder ao pagamento de qualquer indenização pecuniária à apelante, seja
decorrente do desaparecimento do veículo, seja em virtude de lucros cessantes e/ou danos morais. 5. Ressalte-se, por fim,
que, tendo sido o apelo interposto já sob a vigência do Novo Código de Processo Civil, faz-se imperiosa a condenação da
apelante ao pagamento de honorários de sucumbência em decorrência do avanço à fase recursal, razão pela qual o majoro
a respectiva verba ao valor de R$ 1.500,00 (mil e quinhentos reais), mantendo-se, contudo, a suspensão da obrigação, nos
termos do art. 98, §3°, do NCPC, em virtude da assistência judiciária gratuita deferida em favor da autora, aqui recorrente. 6.
RECURSO CONHECIDO E IMPROVIDO.
0550922-14.2016.8.05.0001 Apelação
Comarca: Salvador
Apelante: da Casa Financeira S/A
Advogado: Flávia Quinteira Martins (OAB : 47909/BA)
Advogado: Tainá da Silva Moreira (OAB : 13547/ES)
Apelado: Luiz Alberto Alves dos Santos
Advogado: Ana Carolina da Silva Fernandes (OAB : 34145/BA)
Advogado: Suêdy Aureliano da Silva de Menezes (OAB : 19199/BA)
Relator: Ilona Márcia Reis
Decisão: Não-Provimento. Unânime.
Ementa: EMENTA: APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO REVISIONAL. CONTRATO DE EMPRÉSTIMO. JUROS BANCÁRIOS. SENTENÇA
JULGANDO PARCIALMENTE PROCEDENTES OS PEDIDOS. INSTITUIÇÃO FINANCEIRA NÃO SE SUBMETE AO LIMITE
CONSTITUCIONAL. JUROS REMUNERATÓRIOS EM FLAGRANTE EXORBITÂNCIA EM RELAÇÃO À TAXA MÉDIA DE MERCADO
PARA O PERÍODO DA CONTRATAÇÃO. CAPITALIZAÇÃO DE JUROS. POSSIBILIDADE. COMISSÃO DE PERMANÊNCIA
CUMULADA COM OUTROS ENCARGOS MORATÓRIOS. IMPOSSIBILIDADE. SENTENÇA MANTIDA. RECURSO IMPROVIDO.
1. Não incide a limitação de juros de 12% ao ano, salvo hipóteses legais previstas e quando forem flagrantemente exorbitantes,
máxime porque as instituições financeiras são reguladas pela Lei nº. 4.595/64. In casu, os juros remuneratórios foram
fixados em patamar muito acima da média praticada à época, devendo ser revisto, conforme determinado na sentença. 2. É
cabível a cobrança da capitalização dos juros, pois em conformidade com orientações do entendimento sufragado no Resp.
973.827/RS, ou seja, quando consta a estipulação de taxa mensal e a taxa anual. 3. A cobrança de comissão de permanência,
a princípio, é legítima, desde que pactuada e não cumulada com multa ou qualquer outro encargo moratório, por possuírem
identidade de natureza jurídica. No caso, constatada a cumulaão indevida, não merece reparos a determinação da cobrança
isolada do reportado encargo moratório. 4. Recurso conhecido e improvido.
0560299-77.2014.8.05.0001 Apelação
Comarca: Salvador
Apelante: 'Município do Salvador
Procurador do Município: Bruno Prazeres da Silva
Apelado: Atakarejo Distribuidor de Alimentos e Bebidas Ltda.
TJBA – DIÁRIO DA JUSTIÇA ELETRÔNICO – Nº 2.099 - Disponibilização: terça-feira, 13 de março de 2018 Cad 1 / Página 408
0116455-36.2000.8.05.0001 Apelação
Comarca: Salvador
Apelante: Municipio do Salvador
Procurador do Município: Cleber Lacerda Botelho Jr.
Apelado: Service Machine Maquinas e Serviços Ltda
Relator: Ilona Márcia Reis
Decisão: Não-Provimento. Unânime.
Ementa: APELAÇÃO CÍVEL. TRIBUTÁRIO E PROCESSO CIVIL. EXECUÇÃO FISCAL. ISS. EXERCÍCIO 1996. AÇÃO AJUIZADA
ANTES DA LC 118/2005. AUSÊNCIA DE CITAÇÃO. PROCESSO PARALISADO POR INÉRCIA DO EXEQUENTE.
INAPLICABILIDADE DA SÚMULA 106 DO STJ. PRESCRIÇÃO. CRÉDITO TRIBUTÁRIO. EXTINÇÃO. DECRETAÇÃO DE OFÍCIO.
POSSIBILIDADE. 1. No caso sub examine, a presente execução fiscal fora ajuizada em 23/11/2000, visando o recebimento
do crédito tributário de ISS relativo ao exercício de 1996, sendo o despacho citatório proferido em 05/12/2000 (fl. 04 verso),
antes, portanto, da entrada em vigor da Lei Complementar nº 118, de 09 de fevereiro de 2005, que passou a estabelecer o
despacho que ordena a citação como marco interruptivo do lustro prescricional. 2. De modo que nas hipóteses em que, a
exemplo dos autos, a execução fiscal tenha sido ajuizada antes da Lei Complementar n. 118/2005, a prescrição só poderia
ser interrompida pela citação válida do devedor. 3. Em se tratando de dívida de ISS, formalizado o lançamento, o fisco notifica
o contribuinte, para, no prazo de trinta dias, impugnar o ato administrativo ou efetuar o pagamento. 4. Decorrido o referido
lapso, sem que tenha havido a quitação ou interposição de recurso, considera-se constituído definitivamente o crédito e, por
conseguinte, iniciada a prescrição. 5. Compulsando os autos, verifico que inexiste no feito a indicação da data da notificação
do contribuinte acerca do lançamento, razão pela qual não se mostra possível determinar-se, com precisão, o termo a quo
do prazo prescricional. Nada obstante, face à mencionada omissão do feito, na hipótese peculiar dos autos, a data de
inscrição em dívida ativa deve ser considerada como o termo a quo do prazo prescricional. Precedentes. 6. In casu, após a
citação inexitosa, em razão da empresa executada não mais funcionar no local indicado, a Fazenda Pública Municipal, não
permaneceu inerte, pois diligenciou a localização do executado, através do encaminhamento de ofício à Junta Comercial do
Estado da Bahia (fl. 27), providência esta que, no primeiro momento foi determinada pelo Judiciário (fl. 08). Diante disso, a
Fazenda Pública Municipal requereu e o Juízo a quo deferiu o pedido de suspensão do processo (fl. 10), com espeque no art.
40 da Lei nº 6830/80. 7. Somente em 07/05/2012, o exequente/apelante, diante da impossibilidade de obter o endereço da
empresa executada, promoveu o pedido de arresto, através do bloqueio do valor correspondente a dívida em conta bancária
de titularidade da executada, através do sistema Bacen jud (fl.12/13), o que foi deferido através do despacho de fl. 16,
publicado no dia 01/02/2013. 8. Ora, com base nessas premissas, considerando que a execução fiscal foi ajuizada antes de
09 de fevereiro de 2005, retomou o seu curso em 15/05/2001, sendo suspenso em 16/02/2005, e, que, somente em 07/05/
2012, o Município requereu o arresto do valor exequendo e a citação editalícia da executada, conclui-se pela ocorrência da
prescrição direta da pretensão executiva relativa aos ISS de 1996, inscritos em dívida ativa em 03/10/2000, haja vista que, da
retomada do curso do processo, decorreram mais de cinco anos e não fora demonstrada a ocorrência de qualquer causa
suspensiva ou interruptiva da prescrição. 9. RECURSO NÃO PROVIDO.
0089877-65.2002.8.05.0001 Apelação
Comarca: Salvador
Apelante: Estado da Bahia
Procurador do Estado: Eliane Andrade Leite Rodrigues
Apelado: Elisaldo Farias dos Santos
Apelado: Gilson Cardoso dos Santos
Apelado: Gilvan Luiz do Nascimento
Apelado: Glayton Cristiano Bispo Araujo
Apelado: Ivan dos Santos Matos
Apelado: Joildes Santos da Silva
Apelado: Julinho de Araujo Santos
Apelado: Jose Joaquim dos Santos
Apelado: Elivaldo Firmino M.costa
Apelado: Jose Gonçalves Santos
Advogado: Abdias Amancio dos Santos Filho (OAB : 10870/BA)
Relator: Ilona Márcia Reis
Decisão: Não-Provimento. Maioria
TJBA – DIÁRIO DA JUSTIÇA ELETRÔNICO – Nº 2.099 - Disponibilização: terça-feira, 13 de março de 2018 Cad 1 / Página 409
Ementa: APELAÇÃO CÍVEL E REMESSA NECESSÁRIA. AÇÃO ORDINÁRIA. GRATIFICAÇÃO DE ATIVIDADE POLICIAL MILITAR
NÍVEL. PRESCRIÇÃO DE FUNDO DE DIREITO AFASTADA. GRATIFICAÇÃO ESTABELECIDA EM TERMOS GENÉRICOS.
CUMPRIMENTO DOS CRITÉRIOS PREVISTOS NA LEI DE REGÊNCIA PARA O PAGAMENTO DA VANTAGEM PLEITEADA.
POSSIBILIDADE DE CUMULAÇÃO COM OUTRAS VANTAGENS LEGALMENTE INCORPORADAS ANTES DO ADVENTO DA LEI
7.145/97. IMPOSSIBILIDADE DE SUPRESSÃO SOB PENA DE OFENSA AO DIREITO ADQUIRIDO. JUROS MORATÓRIOS, NOS
TERMOS DA REGRA DO ART. 1º-F, DA LEI Nº 9.494/2007, A PARTIR DA CITAÇÃO.ATUALIZAÇÃO MONETÁRIA PELO IPCA-E,
CONFORME ASSENTADO PELO STF NO RE 870947 1.Não merece acolhida a preliminar de prescrição do fundo de direito,
pois a pretensão do autor quanto à extensão e incorporação da GAP III aos seus vencimentos, se refere a relação jurídica de
trato sucessivo e caráter alimentar, na qual a violação ao direito se renova mensalmente, incidindo a prescrição apenas
sobre as prestações vencidas antes dos cinco anos anteriores à propositura da ação, a teor da Súmula 85, do STJ. 2. A Lei
nº 7.147/97, ao instituir a Gratificação de Atividade Policial, previu que ela deveria ser percebida por todos os militares da
ativa, incorporando-se aos proventos da inatividade, qualquer que seja o tempo de percepção (art. 14), afrontando, assim, o
princípio da paridade de vencimentos entre ativos e inativos, previsto no § 8º do art. 40 da Constituição Federal vigente à
época da sua criação. 3.Como a aposentação do apelado ocorreu em data anterior à novel regra constitucional, a ele se
aplica a regra da paridade para garantir que os parâmetros adotados pelo legislador para criar uma vantagem, ou introduzir
nova forma de calcular vencimentos, também venham a incidir sobre os proventos da inatividade. 4.A GAP foi criada com o
objetivo de compensar o exercício da atividade policial militar e os riscos dela decorrentes, não podendo deixar de incluir no
seu bojo aquele que se aposentou, pois a Gratificação de Atividade Policial - GAP, apesar do nomen juris, não é gratificação.
5. Descabida a alegação da impossibilidade de cumulação da GAP com outras gratificações já incorporadas aos proventos
do apelado, em especial a gratificação de função. Além da inexistência de óbice à extinção, por parte da Lei n.º 7.145/97, do
direito à incorporação das vantagens da GFPM, a referida norma não poderá atingir o direito daqueles policiais que já haviam
legalmente a incorporado aos seus proventos de inatividade, sob pena de violação à garantia constitucional do direito
adquirido, inserta no art. 5.º, inciso XXXVI da magna Carta, bem como ao princípio da irretroatividade das leis. 6. Tratando-se
de condenação da Fazenda Pública ao pagamento de verba remuneratória, devem incidir juros moratórios conforme art. 1º-
F da Lei 9.494/1997, a partir da citação e atualização monetária pelo IPCA-E, conforme assentado pelo Supremo Tribunal
Federal no RE 870947.
0303644-85.2015.8.05.0146 Apelação
Comarca: Salvador
Apelante: Deusivan Brasileiro Barbosa
Advogado: Pablo Ciro de Santana Bandeira Nunes (OAB : 30950/PE)
Apelado: Banco Olé Bonsucesso Consignado S/A
Advogado: Lourenço Gomes Gadelha de Moura (OAB : 21233/PE)
Relator: Ilona Márcia Reis
Decisão: Não-Provimento. Unânime.
Ementa: APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO DE NULIDADE DE CONTRATO C/C INDENIZAÇÃO POR DANOS MATERIAIS E MORAIS.
CONTRATO DE CARTÃO DE CRÉDITO CONSIGNADO. AJUSTADO O DESCONTO MENSAL NO CONTRACHEQUE DO AUTOR
DO PAGAMENTO MÍNIMO DA FATURA. SALDO DEVEDOR QUE DEVERIA SER QUITADO, VOLUNTARIAMENTE, NA DATA DO
VENCIMENTO, SOB PENA DA ADMINISTRADORA FICAR AUTORIZADA A FINANCIAR O SALDO DEVEDOR REMANESCENTE
COM INCIDÊNCIA DE ENCARGOS. CONTRATAÇÃO REGULAR. AUSÊNCIA DE CONDUTA ILICITA. DANO MORAL NÃO
CONFIGURADO. SENTENÇA CONFIRMADA. RECURSO CONHECIDO E NÃO PROVIDO. 1. Constata-se da documentação
trazida aos autos, ter o apelante celebrado contrato para a utilização de cartão de crédito consignado, tendo sido ajustado o
desconto mensal no seu contracheque, correspondente ao pagamento das faturas. 2. A operação de cartão de crédito
consignado difere do empréstimo consignado. Por expressa disposição contratual, o titular autoriza o banco a deduzir,
quando do recebimento da sua remuneração, na folha de pagamento, a quantia correspondente ao pagamento mínimo da
fatura, a qual é repassada pelo órgão pagador do contratante à administradora do cartão de crédito. O restante da fatura deve
ser pago voluntariamente, na data do vencimento, sob pena da administradora ficar autorizada a financiar o saldo devedor
remanescente. A partir daí, esse saldo devedor fica sujeito ao desconto mínimo mensal, feito diretamente na conta do
beneficiário por ocasião do pagamento pelo seu órgão pagador até que haja a quitação da dívida. 3. Comprovado o pleno
conhecimento do titular do carão de crédito consignado quanto aos termos da avença contratual, atua sob a égide do
exercício regular de direito a instituição financeira que realiza os descontos em contracheque do contratante para quitação
do valor mínimo da fatura. 4. Não há irregularidade neste particular, pois por expressa disposição contratual, o banco está
autorizado a deduzir da folha de pagamento do devedor a quantia correspondente ao mínimo da fatura, todavia, abatidos os
encargos de financiamento, o valor principal da dívida é mensalmente refinanciado com incidência de juros. Precedentes. 5.
Logo, o pleito exordial, nos moldes em que apresentado não deve ser provido, uma vez que o demandante não se desincumbiu,
conforme preceitua o art. 373, I, do CPC/2015, do ônus de comprovar que o percentual pactuado discrepa das taxas do
mercado. 6. Do contexto, constata-se que o autor tinha total ciência de que após a realização dos descontos em folha de
pagamento limitados à margem consignável, teria de quitar o saldo devedor remanescente na data do vencimento, sob pena
de incidência de juros e refinanciamento. 7. RECURSO NÃO PROVIDO. SENTENÇA MANTIDA POR SEUS PRÓPRIOS
FUNDAMENTOS.
0539221-90.2015.8.05.0001 Apelação
Comarca: Salvador
Apelante: Átila Fialho Filho
Advogado: Glaucio Fernando de França (OAB : 25463/BA)
Apelado: Iracema Ferreira Cunha Razoni
TJBA – DIÁRIO DA JUSTIÇA ELETRÔNICO – Nº 2.099 - Disponibilização: terça-feira, 13 de março de 2018 Cad 1 / Página 410
0038551-08.1998.8.05.0001 Apelação
Comarca: Salvador
Apelante: Município do Salvador
Procurador do Município: Zênia Maria Cardoso C. Tourinho
Apelado: Selma Magnavita
Relator: Ilona Márcia Reis
Decisão: Não-Provimento. Unânime.
Ementa: APELAÇÃO CIVEL. DIREITO TRIBUTÁRIO. EXECUÇÃO FISCAL. PRESCRIÇÃO DIRETA. VERIFICADA.
RECONHECIMENTO DE PRESCRIÇÃO INTERCORRENTE. POSSIBILIDADE. PEDIDO DE SUSPENSÃO DA EXECUAÇÃO
POR UM ANO. ACOLHIDO. PRAZO PRESCRICIONAL QUE SE INICIOU APÓS TAL PERÍODO. INTIMAÇÃO DO MUNICÍPIO
EXEQUENTE PARA DAR ANDAMENTO AO FEITO. NÃO ATENDIDO. SITUAÇÃO DO IMÓVEL AINDA NÃO APURADA EM ESFERA
ADMINISTRATIVA, MESMO APÓS 10 (DEZ) ANOS. SÚMULA Nº 314 DO STJ. APELAÇÃO NÃO PROVIDA.
0305895-28.2014.8.05.0141 Apelação
Comarca: Salvador
Apelante: Municipio de Jequié
Procurador do Município: Perpetua Lomanto
Apelado: Arlinda Farias Santana
Relator: Ilona Márcia Reis
Decisão: Não-Conhecimento. Unânime.
Ementa: APELAÇÃO CÍVEL. EXECUÇÃO FISCAL. COBRANÇA DE CRÉDITO TRIBUTÁRIO DE VALOR INFERIOR A 50 ORTN.
INADMISSIBLIDADE. INCIDÊNCIA DO ART. 34, DA LEI Nº 6.830/80. DUPLO GRAU DE JURISDIÇÃO. NÃO CABIMENTO (ART.
496, § 3º, III, DO CPC). APELO NÃO CONHECIDO.
0110459-42.2009.8.05.0001 Apelação
Comarca: Salvador
Apelante: Município do Salvador
Procurador do Município: Emanuel Faro Barretto
Apelado: Mucuge Comércio Administração e Serviço Ltda
Relator: Ilona Márcia Reis
Decisão: Provimento. Unânime.
Ementa: APELAÇÃO. DIREITO TRIBUTÁRIO. EXECUÇÃO FISCAL. PRESCRIÇÃO DIRETA. RECONHECIMENTO EM RELAÇÃO
AO EXERCÍCIO DE 2004. RECONHECIMENTO DE PRESCRIÇÃO INTERCORRENTE. IMPOSSIBILIDADE. NECESSIDADE
DE INTIMAÇÃO PRÉVIA DO EXEQUENTE. AUSÊNCIA DE DESÍDIA DA PARTE. PRECEDENTES DO STJ. APELAÇÃO PROVIDA.
0398869-53.2013.8.05.0001 Apelação
Comarca: Salvador
Apelante: Fernando Luis Burgos
Advogado: Antonio dos Santos Carvalho Lima Filho (OAB : 11750/BA)
Apelado: Fundação Petrobrás de Seguridade Social - PETROS
Advogado: Rafaela Souza Tanuri Meirelles (OAB : 26124/BA)
Apelado: Petróleo Brasileiro S/A - Petrobrás
Advogado: Nelson Wilians Fratoni Rodrigues (OAB : 24290/BA)
Relator: Carmem Lucia Santos Pinheiro
Decisão: Provimento em Parte. Unânime.
TJBA – DIÁRIO DA JUSTIÇA ELETRÔNICO – Nº 2.099 - Disponibilização: terça-feira, 13 de março de 2018 Cad 1 / Página 411
0500257-51.2013.8.05.0113 Apelação
Comarca: Salvador
Apelante: Jailda Batista dos Santos
Advogado: Raymunda Oliveira da Silva (OAB : 7372/BA)
Apelado: Aurea Sousa Rolemberg
Advogado: Paulo Afonso de Andrade Carvalho (OAB : 22873/BA)
Relator: Carmem Lucia Santos Pinheiro
Decisão: Não-Provimento. Unânime.
Ementa: EMENTA: RECURSO DE APELAÇÃO. AÇÃO DE IMISSÃO NA POSSE. COMPROVADO O DIREITO À POSSE (JUS
POSSIDENDI), A PARTE TEM DIREITO À IMISSÃO. PRELIMINARES REJEITADAS. APELO IMPROVIDO. 1. Preliminar de
intempestividade rejeitada. Tempestividade manifesta do apelo. O início da execução provisória não gera a preclusão do
direito de recorrer; 2. Preliminar de nulidade por ausência de intervenção do Ministério Público rejeitada. Não enquadramento
nas hipóteses do art. 178 do CPC; 3. Usucapião não configurada. Diante do inadimplemento do empréstimo, a posse
inicialmente justa passou a ser injusta. Segundo o STJ, "a posse, nesse caso, é justa enquanto válido o contrato. Ocorrido
o inadimplemento, transforma-se em posse injusta, incapaz de gerar direito a usucapião" (REsp 844.098/MG); 4. No caso
concreto, é incontroverso que a Apelada é proprietária registral do imóvel, adquirido da CEF em leilão extrajudicial. A Apelante
não tem qualquer base jurídica para permanecer na posse. Comprovado o direito à posse (jus possidendi), a sentença que
ordenou a imissão na posse não merece qualquer reparo; 5. PRELIMINARES REJEITADAS. RECURSO DE APELAÇÃO
CONHECIDO E NÃO PROVIDO.
0324251-06.2014.8.05.0001 Apelação
Comarca: Salvador
Apelante: Petros - Fundação Petrobras de Seguridade Social
Advogado: Rafaela Souza Tanuri Meirelles (OAB : 26124/BA)
Advogado: Marcelo Evangelista de Jesus (OAB : 37041/BA)
Apelante: Petrobras - Petroleo Brasileiro S/A
Advogado: Nelson Wilians Fratoni Rodrigues (OAB : 24290/BA)
Apelado: Helio Francisco Queiroz Leitão
Advogado: Antonio dos Santos Carvalho Lima Filho (OAB : 11750/BA)
Relator: Carmem Lucia Santos Pinheiro
Decisão: Provimento em Parte. Unânime.
Ementa: EMENTA: RECURSOS DE APELAÇÃO SIMULTÂNEOS DAS PARTES RÉS. COMPLEMENTAÇÃO DE APOSENTADORIA
- PETROS. GARANTIA AOS APOSENTADOS DOS REFLEXOS DE AUMENTO VELADO EFETUADO AOS ATIVOS POR AVANÇO
DE NÍVEL - ART. 41 DO REGULAMENTO. PRESERVAÇÃO DA DIGNIDADE DOS APOSENTADOS. SENTENÇA REFORMADA
PARA EXCLUIR A PARCELA PL/DL-1971 - PRECEDENTES DO STJ. RECONHECIDA A ILEGITIMIDADE PASSIVA DA PETROBRAS.
DEMAIS PRELIMINARES REJEITADAS. APELO PROVIDO EM PARTE. 1. Acolhida a preliminar de ilegitimidade passiva da
Petrobras. A Petros é a única parte legítima. Segundo o STJ, "não há litisconsórcio necessário entre a instituição que gera o
fundo de previdência complementar e a instituição patrocinadora, ainda mais quando a discussão está restrita ao benefício
previdenciário" (AgInt no AREsp 1057190/RJ) 2. Preliminar de prescrição rejeitada. "A jurisprudência do STJ é no sentido de
que, na situação em que se busca a extensão de reajuste salarial sobre o benefício de complementação de aposentadoria,
a prescrição atinge tão somente as prestações vencidas há mais de 5 (cinco) anos da propositura da ação, uma vez que se
trata de relação jurídica de trato sucessivo, nos termos da Súmula 85/STJ". (STJ - REsp 1696378/SP); 3. Diante da constatação
de irregularidades na conduta das entidades ligadas à previdência privada, o Poder Judiciário deve intervir para salvaguardar
a dignidade dos aposentados, sobretudo por tratar-se da tutela de um grupo social vulnerável; 4. Estende-se à
complementação de aposentadoria dos ex-empregados da Petrobras benefício concedido indistintamente a todos os
empregados da ativa e estabelecido em norma coletiva, prevendo a concessão de aumento de nível salarial 'avanço de
nível', a fim de preservar a paridade entre ativos e inativos assegurada no art. 41 do Regulamento da Petros; 5. Sentença
TJBA – DIÁRIO DA JUSTIÇA ELETRÔNICO – Nº 2.099 - Disponibilização: terça-feira, 13 de março de 2018 Cad 1 / Página 412
reformada para reconhecer a ilegitimidade passiva da Petrobras e excluir a parcela PL/DL-1971 da base de cálculo da
suplementação de aposentadoria. Segundo o STJ, a "verba referente ao PL/DL-1971 não foi base de cálculo para a contribuição
da recorrente para a PETROS, o que, por si só, já afasta a pretensão ao recebimento da referida parcela" ( STJ - AgInt no
REsp 1617166/SE); 6. PRELIMINAR DE ILEGITIMIDADE PASSIVA DA PETROBRAS ACOLHIDA. DEMAIS PRELIMINARES
REJEITADAS. RECURSOS DE APELAÇÃO SIMULTÂNEOS CONHECIDOS E PROVIDOS EM PARTE.
0500799-65.2014.8.05.0103 Apelação
Comarca: Salvador
Apelante: Marcia Lima Dias
Advogado: EWERSON SILVA (OAB : 41277/BA)
Apelado: Inss - Instituto Nacional do Seguro Social
Procurador: Igor Pereira Matos Fiqueredo
Relator: Carmem Lucia Santos Pinheiro
Decisão: Provimento em Parte. Unânime.
Ementa: RECURSOS SIMULTÂNEOS DE APELAÇÃO. DIREITO PREVIDENCIÁRIO E PROCESSUAL CIVIL. SENTENÇA DE
PROCEDÊNCIA. LAUDO PERICIAL QUE ATESTA INCAPACIDADE LABORAL TEMPORÁRIA E NECESSIDADE DE REABILITAÇÃO
PROFISSIONAL. IRRESIGNAÇÃO DA SEGURADA QUANTO À DATA DE INÍCIO DO BENEFÍCIO. REFORMA. FIXAÇÃO NO DIA
SEGUINTE À CESSAÇÃO DO BENEFÍCIO ANTERIOR. PRECEDENTES DO STJ. NO TOCANTE À APLICAÇÃO DO ART. 1°-F DA
LEI Nº 9.494/97, COM REDAÇÃO DADA PELA LEI Nº 11.960/2009 REGISTRA-SE O JULGAMENTO DO RE N° 870947 PELO
STF EM SEDE DE REPERCUSSÃO GERAL. DEFINIÇÃO DO IPCA-E COMO ÍNDICE DE CORREÇÃO MONETÁRIA.
COMPENSAÇÃO DE VALORES. VEDAÇÃO AO ACÚMULO DE BENEFÍCIO PREVIDENCIÁRIO E SALÁRIO. HONORÁRIOS
ADVOCATÍCIOS ARBITRADOS DE ACORDO COM ART. 85, §§ 2º E 3° DO NCPC. ISENÇÃO DA AUTARQUIA PREVIDENCIÁRIA
NO PAGAMENTO DAS CUSTAS PROCESSUAIS. RECURSO DA AUTORA PROVIDO PARCIALMENTE. PROVIMENTO PARCIAL
DO APELO DO RÉU. I - NO TOCANTE AO APELO DA AUTORA, acerca da data de início do benefício - DIB, importante frisar que
o termo inicial da concessão do benefício de auxílio-doença acidentário dar-se-á na prévia postulação administrativa ou no
dia seguinte ao da cessação indevida do benefício anterior. II - Convém esclarecer ainda que, no tocante à aplicação do art.
1º-F da Lei nº 9.494/97, com redação dada pela Lei nº 11.960/2009, em relação aos juros de mora e correção monetária
aplicados nas condenações contra a Fazenda Pública, o E. STF concluiu o julgamento do RE 870947, segundo o qual foi
afastado o uso da Taxa Referencial (TR) como índice de correção monetária dos débitos judiciais da Fazenda Pública,
mesmo no período da dívida anterior à expedição do precatório, mantendo-se o seu uso apenas em relação aos juros de
mora em débitos oriundos de relação jurídica não tributária. III - COM REFERÊNCIA AO RECURSO DO INSS, em relação ao
pedido de compensação de valores no período em que a segurada desenvolveu atividade remunerada, de fato há
incompatibilidade de recebimento de auxílio-doença e de remuneração por labor realizado. IV - Ademais, deve ser acolhido
o seu pedido de exclusão da condenação ao pagamento nas custas processuais, uma vez que a referida autarquia
previdenciária goza de isenção legal, citando, para tanto, o art. 5º, da Lei Estadual nº 12.373/2011. V - Por outro lado, o pedido
de diminuição da verba honorária não merece provimento, se mostrando razoável o valor arbitrado na sentença recorrida,
pois remunera de forma adequada e equilibrada o trabalho desenvolvido pelo procurador da Autora e, principalmente,
encontra-se tal montante consentâneo com a jurisprudência sedimentada do STJ. RECURSO DA AUTORA PROVIDO
PARCIALMENTE. PROVIMENTO PARCIAL DO APELO DO RÉU.
0000813-75.2012.8.05.0039 Apelação
Comarca: Salvador
Apelante: Inss - Instituto Nacional do Seguro Social
Procurador: Hugo Nery Rocha
Apelado: Rita de Cassia Marques Ramos
Advogado: Natalie Fernandes Cedraz Martinez (OAB : 25857/BA)
Advogado: Natanael Fernandes de Almeida (OAB : 6160/BA)
Relator: Carmem Lucia Santos Pinheiro
Decisão: Não-Provimento. Unânime.
Ementa: RECURSO DE APELAÇÃO. DIREITO PREVIDENCIÁRIO E PROCESSUAL CIVIL. AUXÍLIO-DOENÇA. SENTENÇA
QUE JULGOU PROCEDENTE A AÇÃO, COM DEFERIMENTO DE AUXÍLIO-DOENÇA. IRRESIGNAÇÃO DO RÉU. LAUDO
PERICIAL QUE ATESTA INCAPACIDADE LABORAL TEMPORÁRIA DA SEGURADA. DATA DE INÍCIO DO BENEFÍCIO
CORRETAMENTE FIXADA. PRECEDENTES DO STJ. APELO DO RÉU IMPROVIDO. I - Consabido, nos termos do art. 59 e
parágrafo único, da Lei nº 8.213/1991, o auxílio-doença será devido ao segurado que ficar incapacitado para o seu trabalho
ou para a sua atividade habitual por mais de 15 (quinze) dias consecutivos. II - A prova pericial (fls. 132/151) atestou que a
Segurada se encontra incapacitada temporariamente para o desempenho de seu trabalho habitual. III - Conforme precedentes
do STJ, o termo inicial da concessão do benefício previdenciário dar-se-á no dia seguinte ao da cessação indevida do
benefício anterior, sendo devido até o restabelecimento efetivo do segurado. RECURSO do RÉU IMPROVIDO.
0020358-18.1993.8.05.0001 Apelação
Comarca: Salvador
Apelante: Município do Salvador
Procurador do Município: Cristiane Nolasco Monteiro do Rego
Procurador do Município: Geórgia Teixeira Jezler Campello
Apelado: Antonio Marival Chaves Filho
Relator: Carmem Lucia Santos Pinheiro
TJBA – DIÁRIO DA JUSTIÇA ELETRÔNICO – Nº 2.099 - Disponibilização: terça-feira, 13 de março de 2018 Cad 1 / Página 413
0000984-19.1999.8.05.0126 Apelação
Comarca: Salvador
Apelante: Fazenda Publica do Estado da Bahia
Procurador do Estado: Claudio Santos Silva
Apelado: Espolio de e dos A S Representado Por Pedro Jose dos Santos
Advogado: Antonio Roberto Gomes Silva (OAB : 1856/BA)
Relator: Carmem Lucia Santos Pinheiro
Decisão: Provimento. Unânime.
Ementa: APELAÇÃO. DIREITO DAS SUCESSÕES E PROCESSUAL CIVIL. AÇÃO DE INVENTÁRIO. SENTENÇA DE EXTINÇÃO
DO PROCESSO SEM RESOLUÇÃO DE MÉRITO (ART. 267, III, DO CPC/1973). PRESUNÇÃO DE DESINTERESSE NO FEITO.
INTIMAÇÃO PESSOAL DO INVENTARIANTE. ABANDONO DA CAUSA. EXISTÊNCIA DE SANÇÃO ESPECÍFICA. REMOÇÃO DO
INVENTARIANTE. INTELIGÊNCIA DO ART. 995, II, do CPC/73(CORRESPONDENTE AO ART. 622, II do CPC/2015). SENTENÇA
ANULADA. RECURSO PROVIDO. I - Na esteira do entendimento consolidado no âmbito dos Tribunais de Justiça pátrios,
cuidando-se a ação originária de um inventário e considerando o fato de que o ora Apelante (ESTADO DA BAHIA) é credor do
Imposto de Transmissão Causa Mortis e Doação de Quaisquer Bens e Direitos (ITCMD), "a inércia da inventariante, e dos
demais herdeiros, não pode ser causa de extinção do feito. A penalidade ao inventariante (e demais herdeiros) que não
estão interessados no regular trâmite do inventário com vias à partilha é a remoção do inventariante e a nomeação de
inventariante dativo, não a extinção do feito". (TJ-RS - AC: 70064238140 RS, Relator: Alzir Felippe Schmitz, Data de Julgamento:
25/06/2015) II - Impositiva é a anulação da sentença vergastada, determinando o retorno dos autos ao Juízo de origem, para
prosseguimento da Ação de Inventário nº 0000948-19.1999.8.05.0126 com a nomeação de inventariante dativo, caso seja
necessário, bem como a intimação da Fazenda Pública Estadual para se manifestar no feito. RECURSO DE APELAÇÃO
CONHECIDO E PROVIDO.
0012973-24.2003.8.05.0274 Apelação
Comarca: Salvador
Apelante: Município de Vitoria da Conquista
Procurador do Município: Marcos Cesar da Silva Almeida
Apelado: Usecar Automoveis e Acessorios Ltda
Relator: Carmem Lucia Santos Pinheiro
Decisão: Provimento. Unânime.
Ementa: EMENTA: APELAÇÃO. TRIBUTÁRIO. EXECUÇÃO FISCAL. TLL. PRESCRIÇÃO QUINQUENAL. INOCORRÊNCIA.
APLICAÇÃO DO VERBETE SUMULAR DO STJ Nº 106. DEMORA NA CITAÇÃO DO EXECUTADO. MOTIVOS INERENTES AO
MECANISMO DA JUSTIÇA. REFORMA DA SENTENÇA. NECESSIDADE. APELO PROVIDO. I - Como o valor da ação executiva
(R$ 544,26) é superior ao valor de alçada previsto no art. 34 da Lei nº 6.830/1980 na data da propositura da Execução Fiscal
(50 ORTN = R$ 328,27), corrigido pelo IPCA-E a partir de janeiro de 2001 (resultando em R$ 416,59), revela-se admissível
o apelo interposto, sendo impositivo o seu conhecimento. II - A Magistrada precedente proferiu despacho determinando a
citação do Executado em 18/02/2003 (fl. 04), quando ainda vigorava a antiga redação do art. 174, parágrafo único, inciso I, do
CTN. III - Entretanto, deve ser aplicada, ao caso concreto, a súmula do STJ de nº 106: "Proposta a ação no prazo fixado para
o seu exercício, a demora na citação, por motivos inerentes ao mecanismo da justiça, não justifica o acolhimento da
arguição de prescrição ou decadência". IV - Isso porque, não há qualquer registro nos autos de que a diligência citatória
TJBA – DIÁRIO DA JUSTIÇA ELETRÔNICO – Nº 2.099 - Disponibilização: terça-feira, 13 de março de 2018 Cad 1 / Página 414
determinada à fl. 04 tenha sido, efetivamente, cumprida pela Secretaria do Juízo precedente. V - Não há que se falar, por
conseguinte, na ocorrência do lustro prescricional dos créditos tributários informados na exordial. Ocorreu, na espécie,
culpa exclusiva dos mecanismos do Poder Judiciário na paralisação demasiada da marcha processual. VI - Assim, na
esteira da jurisprudência do STJ, consolidou-se a tese de que "em interpretação ao art. 219, § 2º, do CPC em conjunto com
o art. 174 do CTN, firmou, antes da vigência da LC n. 118/05, o entendimento de que a demora na citação do devedor por
culpa dos serviços judiciários não pode prejudicar o exequente. Súmula 106 do STJ" (REsp 1105174/RJ, Rel. Ministro
BENEDITO GONÇALVES, PRIMEIRA TURMA, julgado em 18/08/2009, DJe 09/09/2009). VII - Ressalte-se, ademais, que agiu
equivocadamente o Magistrado sentenciante ao afirmar que "o Exequente não respeitou a norma legal, ingressando em
Juízo com uma exordial com endereço insuficiente, o que impossibilitou ao Juízo o cumprimento da citação". VIII - Isso ocorre
pelo motivo de que, cuidando-se a ação originária de uma Execução Fiscal, deve prevalecer, na hipótese dos autos, o
comando previsto no art. 2º, §5º, inciso I, da Lei nº 6.830/1980, ou seja, o Termo de Inscrição de Dívida Ativa, além de conter
o nome do devedor e dos co-responsáveis, poderá conter ou não ("sempre que conhecido") a informação do domicílio ou
residência destes. APELAÇÃO CONHECIDA E PROVIDA.
0044513-02.2004.8.05.0001 Apelação
Comarca: Salvador
Apelante: Município de Salvador
Procurador do Município: Geógia Teixeira Jezler Campello
Apelado: Antonio Sergio Reis - Xale Drink s
Relator: Carmem Lucia Santos Pinheiro
Decisão: Provimento. Unânime.
Ementa: EMENTA: APELAÇÃO. TRIBUTÁRIO. EXECUÇÃO FISCAL. MULTA DE INFRAÇÃO. SENTENÇA QUE INDEFERIU A
PETIÇÃO INICIAL, POR CARÊNCIA DE INTERESSE PROCESSUAL (ART. 330, III, DO CPC/2015). FEITO EXECUTIVO
DISTRIBUÍDO EM 13/04/2004. INOBSERVÂNCIA, PELO MAGISTRADO A QUO, DE QUE À ÉPOCA DA PROPOSITURA/
DISTRIBUIÇÃO DO PRESENTE FEITO EXECUTIVO, NÃO HAVIA QUALQUER LEGISLAÇÃO MUNICIPAL QUE DISPUSESSE
ACERCA DO VALOR MÍNIMO (PISO) PARA O AJUIZAMENTO DE EXECUÇÕES FISCAIS. APLICAÇÃO, NA ESPÉCIE, DA SÚMULA
DO STJ Nº 452, BEM ASSIM DA PORTARIA Nº 068/2016, DA PROCURADORIA-GERAL DO MUNICÍPIO DO SALVADOR. REFORMA
DA SENTENÇA. NECESSIDADE. APELO PROVIDO. I - Como o valor da ação executiva (R$ 447,77) é superior ao valor de
alçada previsto no art. 34 da Lei nº 6.830/1980 na data da propositura da Execução Fiscal (50 ORTN = R$ 328,27), corrigido
pelo IPCA-E a partir de janeiro de 2001 (resultando em R$ 443,79), revela-se admissível o apelo interposto, sendo impositivo
o seu conhecimento. II - Na hipótese vertente, tendo a Execução Fiscal sido distribuída na data de 13/04/2004, constata-se,
claramente, que à época da propositura/distribuição do presente feito executivo, não havia qualquer legislação municipal
que dispusesse acerca do valor mínimo (piso) para o ajuizamento de execuções fiscais no Município do Salvador. Em outras
palavras, no ano de 2004 não havia qualquer ato normativo municipal com redação similar ao art. 276, parágrafo único, da
Lei nº 7.186/2006 (Código Tributário e de Rendas do Município do Salvador - CTRMS). III - É prudente destacar, outrossim,
que no momento em que a sentença de fls. 06/10 foi proferida (18/04/2017), a Procuradora Geral do Município do Salvador
já havia editado a Portaria nº 068/2016 (em vigor a partir de 01º/01/2016, conforme art. 2º), a qual autoriza expressamente, em
seu art. 1º, o ajuizamento de execuções fiscais de valores consolidados iguais ou inferiores a R$ 1.000,00 (um mil reais),
isto é, a cobrança de valores inferiores ao limite disposto no art. 276 da Lei Municipal nº 7.186/2006. IV - Impositiva é a
reforma da sentença recorrida, a fim de que haja o devido recebimento da petição inicial e, por conseguinte, o prosseguimento
da Execução Fiscal. APELAÇÃO CONHECIDA E PROVIDA.
0012791-13.2005.8.05.0001 Apelação
Comarca: Salvador
Apelante: Municipio do Salvador
Procurador do Município: Gisane Tourinho Dantas
Apelado: Walter Carneiro Hermida
Relator: Carmem Lucia Santos Pinheiro
Decisão: Provimento. Unânime.
Ementa: EMENTA: APELAÇÃO. TRIBUTÁRIO. EXECUÇÃO FISCAL. MULTA DE INFRAÇÃO. PRESCRIÇÃO QUINQUENAL. NÃO
OCORRÊNCIA. APLICAÇÃO DA SÚMULA DO STJ Nº 106. DEMORA NA CITAÇÃO DO EXECUTADO. MOTIVOS INERENTES AO
MECANISMO DA JUSTIÇA. CITAÇÃO POR EDITAL OCORRIDA EM 26/05/2006, QUANDO JÁ EM VIGOR A NOVA REDAÇÃO DO
ART. 174, PARÁGRAFO ÚNICO, INCISO I, DO CTN, EM RAZÃO DO ADVENTO DA LC Nº 118/2005. CONFIGURADA A
INTERRUPÇÃO DA PRESCRIÇÃO. ART. 219, §1º, DO CPC/1973 (CORRESPONDENTE AO ART. 240, §1º, DO CPC/2015).
REFORMA DA SENTENÇA. NECESSIDADE. APELO PROVIDO. I - Nos termos da jurisprudência pátria, "Inexistindo nos autos
prova da data da notificação do contribuinte, considera-se como termo inicial da prescrição a data em que o débito foi inscrito
em dívida ativa" (TJMG - Apelação Cível 1.0056.14.025483-2/001, Relator(a): Des.(a) Marcelo Rodrigues , 2ª CÂMARA CÍVEL,
julgamento em 09/03/2016, publicação da súmula em 16/03/2016). II - Nesse diapasão, deve ser aplicado, ao caso concreto,
o enunciado da súmula de jurisprudência do STJ de nº 106, verbis: "Proposta a ação no prazo fixado para o seu exercício, a
demora na citação, por motivos inerentes ao mecanismo da justiça, não justifica o acolhimento da arguição de prescrição ou
decadência". III - Isso porque, a Execução Fiscal foi ajuizada na data de 14/02/2005. Ocorre que o Executado foi citado por
edital na data de 26/05/2006 (fl. 08), quando já vigorava a nova redação do art. 174, parágrafo único, inciso I, do CTN,
interrompendo o prazo prescricional. IV - O Magistrado primevo, equivocadamente, reconheceu a prescrição quinquenal
comum (direta) do crédito tributário e, ao meu ver, o fez em violação à legislação atinente à espécie, porquanto, para
pronunciar a prescrição intercorrente é obrigatória a prévia e pessoal intimação da Fazenda Pública, nos termos do parágrafo
4º do artigo 40 da Lei nº 6.830/1980. V - A prescrição intercorrente, portanto, é aquela que diz respeito ao reinício da contagem
TJBA – DIÁRIO DA JUSTIÇA ELETRÔNICO – Nº 2.099 - Disponibilização: terça-feira, 13 de março de 2018 Cad 1 / Página 415
do prazo extintivo, após ter sido interrompido, no curso do processo. VI - Desse modo, equivocou-se o Juiz precedente ao
reconhecer a prescrição comum (direta) dos créditos fiscais indicados na inicial do feito executivo. Na hipótese vertente,
tendo havido a interrupção do lustro prescricional, somente caberia o reconhecimento da prescrição intercorrente, na qual é
obrigatória a prévia e pessoal intimação da Fazenda Pública, conforme estabelece o parágrafo 4º, do artigo 40 da Lei nº
6.830/1980. VII - Ressalte-se, ademais, que "A 1ª. Seção do STJ, em julgamento de recurso submetido à sistemática do art.
543-C do CPC, firmou o entendimento de que, mesmo nas Execuções Fiscais, a citação retroage à data da propositura da
ação para efeitos de interrupção da prescrição, na forma do art. 219, § 1o. do CPC, desde que não tenha havido inércia do
exequente (REsp. 1.120.295/SP, Rel. Min. LUIZ FUX, DJe 21.5.2010)" (AgRg no Ag 1125052/SP, Rel. Ministro NAPOLEÃO
NUNES MAIA FILHO, PRIMEIRA TURMA, julgado em 17/11/2016, DJe 06/12/2016). VIII - Assim, considerando o fato de que a
interrupção da prescrição, através da citação do Executado por edital, retroage à data da propositura da ação (ocorrida em
14/02/2005), nos termos do art. 219, §1º, do CPC/1973 (correspondente ao art. 240, §1º, do CPC/2015), constata-se claramente
a inocorrência da prescrição dos créditos tributários relativos à Multa de Infração do exercício de 1999, cuja inscrição em
Dívida Ativa ocorrera em 11/07/2002. APELAÇÃO CONHECIDA E PROVIDA.
0025153-77.1987.8.05.0001 Apelação
Comarca: Salvador
Apelante: Município do Salvador
Procurador do Município: David Bittencourt Luduvice Neto
Apelado: Antonio Manoel do Bomfim Espolio
Relator: Carmem Lucia Santos Pinheiro
Decisão: Provimento. Unânime.
Ementa: EMENTA: APELAÇÃO. TRIBUTÁRIO. EXECUÇÃO FISCAL. MULTA DE INFRAÇÃO. PRESCRIÇÃO QUINQUENAL.
INOCORRÊNCIA. APLICAÇÃO DO VERBETE SUMULAR DO STJ Nº 106. DEMORA NA CITAÇÃO DO EXECUTADO. MOTIVOS
INERENTES AO MECANISMO DA JUSTIÇA. REFORMA DA SENTENÇA. NECESSIDADE. APELO PROVIDO. I - No caso dos
autos, o Magistrado precedente proferiu despacho determinando a citação do Executado na data de 05/09/1987 (fl. 02),
quando ainda vigorava a antiga redação do art. 174, parágrafo único, inciso I, do CTN. II - Entretanto, deve ser aplicado, ao
caso concreto, o enunciado da súmula de jurisprudência do STJ de nº 106, verbis: "Proposta a ação no prazo fixado para o
seu exercício, a demora na citação, por motivos inerentes ao mecanismo da justiça, não justifica o acolhimento da arguição
de prescrição ou decadência". III - Isso porque, não há qualquer registro nos autos de que a diligência citatória determinada
à fl. 02 tenha sido, efetivamente, cumprida pela Secretaria da 2ª Vara da Fazenda Pública da Comarca de Salvador/BA, em
razão da não devolução do mandado extraído à fl. 04. IV - Instada a se manifestar, conforme ato ordinatório de fl. 06, a
Fazenda Pública Municipal peticionou nos autos às fls. 07/08 (protocolo datado de 02/09/2011), requerendo a reiteração da
citação do Executado, através de Oficial de Justiça, informando, para tanto, o seu endereço atualizado, bem como acostando
a posição atualizada do débito fiscal. V - Contudo, não há qualquer registro nos autos de que o Juízo precedente tenha
sequer apreciado o petitório de fls. 07/08. VI - Não há que se falar, por conseguinte, na ocorrência do lustro prescricional do
crédito tributário informado na exordial. Ocorreu, na espécie, culpa exclusiva dos mecanismos do Poder Judiciário na
paralisação demasiada da marcha processual. VII - Assim, na esteira da jurisprudência do STJ, consolidou-se a tese de que
"em interpretação ao art. 219, § 2º, do CPC em conjunto com o art. 174 do CTN, firmou, antes da vigência da LC n. 118/05, o
entendimento de que a demora na citação do devedor por culpa dos serviços judiciários não pode prejudicar o exequente.
Súmula 106 do STJ" (REsp 1105174/RJ, Rel. Ministro BENEDITO GONÇALVES, PRIMEIRA TURMA, julgado em 18/08/2009,
DJe 09/09/2009). APELAÇÃO CONHECIDA E PROVIDA.
0024131-03.1995.8.05.0001 Apelação
Comarca: Salvador
Apelante: Município do Salvador
Procurador do Município: Gisane Tourinho Dantas
Procurador do Município: Thais de Sá Pires Caldas
Procurador do Município: David Bittencourt Luduvice Neto
Apelado: Engracio Leal Ltda
Relator: Carmem Lucia Santos Pinheiro
Decisão: Provimento. Unânime.
Ementa: EMENTA: APELAÇÃO. TRIBUTÁRIO. EXECUÇÃO FISCAL. ISSQN. PRESCRIÇÃO INTERCORRENTE. AUSÊNCIA DE
INTIMAÇÃO PESSOAL DO FISCO MUNICIPAL. NÃO APLICAÇÃO, PELO MAGISTRADO A QUO, DO ART. 40, §4º, DA LEI Nº
6.830/1980. REFORMA DA SENTENÇA RECORRIDA. NECESSIDADE. PROSSEGUIMENTO DO FEITO EXECUTIVO. APELO
PROVIDO. I - O Magistrado primevo, equivocadamente, reconheceu a prescrição quinquenal do crédito tributário e, ao meu
ver, o fez em violação à legislação atinente à espécie, porquanto, para pronunciar a prescrição intercorrente é obrigatória a
prévia e pessoal intimação da Fazenda Pública, nos termos do § 4º, art. 40, Lei nº 6.830/80. II - Isso porque, a Execução Fiscal
foi ajuizada na data de 27/06/1995. Ocorre que na data de 17/08/1995, a parte Executada foi citada, consoante certidão
exarada pelo Sr. Oficial de Justiça à fl. 05 verso, quando ainda vigorava a antiga redação do art. 174, parágrafo único, inciso
I, do CTN (antes do advento da LC nº 118/2005), interrompendo o prazo prescricional. III - Ademais, a título de exemplo da
diligência do Fisco Municipal na condução do feito executivo, cumpre destacar que à fl. 23 dos autos, a Fazenda Pública
Municipal peticionou (protocolo datado de 29/04/2008), requerendo "o retorno do Sr. Oficial de Justiça ao endereço constante
na inicial para que proceda a substituição do bem penhorado (...)". O Juiz precedente, à fl. 23 (em 30/08/2008), deferiu a
diligência requerida à fl. 23. IV - Entretanto, não há qualquer registro nos autos de que a determinação judicial de fl. 23 tenha
sido, efetivamente, cumprida pela Secretaria do Juízo a quo. V - Constata-se, deveras, a inexistência de inércia ou
irresponsabilidade do credor/Exequente na condução do feito executivo, não havendo que se falar na ocorrência do lustro
TJBA – DIÁRIO DA JUSTIÇA ELETRÔNICO – Nº 2.099 - Disponibilização: terça-feira, 13 de março de 2018 Cad 1 / Página 416
prescricional, ainda que de forma intercorrente, do crédito tributário do exercício de 1992. Ocorreu, na espécie, culpa exclusiva
dos mecanismos do Poder Judiciário na paralisação demasiada da marcha processual. VI - Ressalte-se, ainda, que "A 1ª.
Seção do STJ, em julgamento de recurso submetido à sistemática do art. 543-C do CPC, firmou o entendimento de que,
mesmo nas Execuções Fiscais, a citação retroage à data da propositura da ação para efeitos de interrupção da prescrição,
na forma do art. 219, § 1o. do CPC, desde que não tenha havido inércia do exequente (REsp. 1.120.295/SP, Rel. Min. LUIZ
FUX, DJe 21.5.2010)" (AgRg no Ag 1125052/SP, Rel. Ministro NAPOLEÃO NUNES MAIA FILHO, PRIMEIRA TURMA, julgado em
17/11/2016, DJe 06/12/2016). APELAÇÃO CONHECIDA E PROVIDA.
0010165-85.1986.8.05.0001 Apelação
Comarca: Salvador
Apelante: Municipio do Salvador
Procurador do Município: Nilson Bispo de Aguiar
Apelado: Bahia Pousada e Turismo Ltda
Relator: Carmem Lucia Santos Pinheiro
Decisão: Provimento. Unânime.
Ementa: EMENTA: APELAÇÃO. TRIBUTÁRIO. EXECUÇÃO FISCAL. ISSQN. PRESCRIÇÃO INTERCORRENTE. AUSÊNCIA DE
INTIMAÇÃO PESSOAL DO FISCO MUNICIPAL. NÃO APLICAÇÃO, PELO MAGISTRADO A QUO, DO ART. 40, §4º, DA LEI Nº
6.830/1980. REFORMA DA SENTENÇA RECORRIDA. NECESSIDADE. PROSSEGUIMENTO DO FEITO EXECUTIVO. APELO
PROVIDO. I - O Magistrado primevo, equivocadamente, reconheceu a prescrição quinquenal do crédito tributário e, ao meu
ver, o fez em violação à legislação atinente à espécie, porquanto, para pronunciar a prescrição intercorrente é obrigatória a
prévia e pessoal intimação da Fazenda Pública, nos termos do § 4º, art. 40, Lei nº 6.830/80. II - Isso porque, a Execução Fiscal
foi ajuizada na data de 15/05/1986. Ocorre que na data de 27/07/1988, a parte Executada foi citada, consoante certidão
exarada pelo Sr. Oficial de Justiça à fl. 07 verso, quando ainda vigorava a antiga redação do art. 174, parágrafo único, inciso
I, do CTN (antes do advento da LC nº 118/2005), interrompendo o prazo prescricional. III - Ademais, a título de exemplo da
diligência do Fisco Municipal na condução do feito executivo, cumpre destacar que às fls. 65/68 dos autos, a Fazenda Pública
Municipal peticionou (protocolo datado de 27/01/2009), requerendo "a substituição do bem penhorado". O Juiz precedente,
à fl. 65 (em 06/02/2009), deferiu a diligência requerida. IV - Entretanto, não há qualquer registro nos autos de que a determinação
judicial de fl. 65 tenha sido, efetivamente, cumprida pela Secretaria da 1ª Vara da Fazenda Pública da Comarca de Salvador/
BA. V - Constata-se, deveras, a inexistência de inércia ou irresponsabilidade do credor/Exequente na condução do feito
executivo, não havendo que se falar na ocorrência do lustro prescricional, ainda que de forma intercorrente, do crédito
tributário apontado na exordial. Ocorreu, na espécie, culpa exclusiva dos mecanismos do Poder Judiciário na paralisação
demasiada da marcha processual. VI - Ressalte-se, ainda, que "A 1ª. Seção do STJ, em julgamento de recurso submetido
à sistemática do art. 543-C do CPC, firmou o entendimento de que, mesmo nas Execuções Fiscais, a citação retroage à data
da propositura da ação para efeitos de interrupção da prescrição, na forma do art. 219, § 1o. do CPC, desde que não tenha
havido inércia do exequente (REsp. 1.120.295/SP, Rel. Min. LUIZ FUX, DJe 21.5.2010)" (AgRg no Ag 1125052/SP, Rel. Ministro
NAPOLEÃO NUNES MAIA FILHO, PRIMEIRA TURMA, julgado em 17/11/2016, DJe 06/12/2016). APELAÇÃO CONHECIDA E
PROVIDA.
0111337-16.1999.8.05.0001 Apelação
Comarca: Salvador
Apelante: 'Município do Salvador
Apelado: Superkilo Restaurante e Lanchonete Ltda
Procurador do Município: Cristiane Nolasco Monteiro do Rego
Relator: Carmem Lucia Santos Pinheiro
Decisão: Provimento. Unânime.
Ementa: EMENTA: APELAÇÃO. TRIBUTÁRIO. EXECUÇÃO FISCAL. MULTA DE INFRAÇÃO. SENTENÇA QUE INDEFERIU A
PETIÇÃO INICIAL, POR CARÊNCIA DE INTERESSE PROCESSUAL (ART. 330, III, DO CPC/2015). FEITO EXECUTIVO
DISTRIBUÍDO EM 13/12/1999. INOBSERVÂNCIA, PELO MAGISTRADO A QUO, DE QUE À ÉPOCA DA PROPOSITURA/
DISTRIBUIÇÃO DO PRESENTE FEITO EXECUTIVO, NÃO HAVIA QUALQUER LEGISLAÇÃO MUNICIPAL QUE DISPUSESSE
ACERCA DO VALOR MÍNIMO (PISO) PARA O AJUIZAMENTO DE EXECUÇÕES FISCAIS. APLICAÇÃO, NA ESPÉCIE, DA SÚMULA
DO STJ Nº 452, BEM ASSIM DA PORTARIA Nº 068/2016, DA PROCURADORIA-GERAL DO MUNICÍPIO DO SALVADOR. REFORMA
DA SENTENÇA. NECESSIDADE. APELO PROVIDO. I - Como o valor da ação executiva (R$ 810,25) é superior ao valor de
alçada previsto no art. 34 da Lei nº 6.830/1980 (50 ORTN = R$ 328,27) na data da propositura da Execução Fiscal, somente
corrigido pelo IPCA-E a partir de janeiro de 2001, revela-se admissível o apelo interposto, sendo impositivo o seu conhecimento.
II - Na hipótese vertente, tendo a Execução Fiscal sido distribuída na data de 13/12/1999, constata-se, claramente, que à
época da propositura/distribuição do presente feito executivo, não havia qualquer legislação municipal que dispusesse
acerca do valor mínimo (piso) para o ajuizamento de execuções fiscais no Município do Salvador. Em outras palavras, no ano
de 1999 não havia qualquer ato normativo municipal com redação similar ao art. 276, parágrafo único, da Lei nº 7.186/2006
(Código Tributário e de Rendas do Município do Salvador - CTRMS). III - É prudente destacar, outrossim, que no momento em
que a sentença de fls. 46/49 foi proferida (10/11/2016), a Procuradora Geral do Município do Salvador já havia editado a
Portaria nº 068/2016 (em vigor a partir de 01º/01/2016, conforme art. 2º), a qual autoriza expressamente, em seu art. 1º, o
ajuizamento de execuções fiscais de valores consolidados iguais ou inferiores a R$ 1.000,00 (um mil reais), isto é, a
cobrança de valores inferiores ao limite disposto no art. 276 da Lei Municipal nº 7.186/2006. IV - Impositiva é a reforma da
sentença recorrida, a fim de que haja o devido recebimento da petição inicial e, por conseguinte, o prosseguimento da
Execução Fiscal. APELAÇÃO CONHECIDA E PROVIDA.
TJBA – DIÁRIO DA JUSTIÇA ELETRÔNICO – Nº 2.099 - Disponibilização: terça-feira, 13 de março de 2018 Cad 1 / Página 417
0048542-61.2005.8.05.0001 Apelação
Comarca: Salvador
Apelante: Municipio do Salvador
Procurador do Município: Eugênio Leite Sombra
Apelado: Escolinha Au Au
Relator: Carmem Lucia Santos Pinheiro
Decisão: Provimento. Unânime.
Ementa: EMENTA: APELAÇÃO. TRIBUTÁRIO. EXECUÇÃO FISCAL. ISSQN. PRESCRIÇÃO INTERCORRENTE. AUSÊNCIA DE
INTIMAÇÃO PESSOAL DO FISCO MUNICIPAL. NÃO APLICAÇÃO, PELO MAGISTRADO A QUO, DO ART. 40, §4º, DA LEI Nº
6.830/1980. REFORMA DA SENTENÇA RECORRIDA. NECESSIDADE. PROSSEGUIMENTO DO FEITO EXECUTIVO. APELO
PROVIDO. I - O Magistrado primevo, equivocadamente, reconheceu a prescrição quinquenal do crédito tributário e, ao meu
ver, o fez em violação à legislação atinente à espécie, porquanto, para pronunciar a prescrição intercorrente é obrigatória a
prévia e pessoal intimação da Fazenda Pública, nos termos do § 4º, art. 40, Lei nº 6.830/80. II - Isso porque, a Execução Fiscal
foi ajuizada na data de 09/09/1980 (conforme protocolo de controle de distribuição da Corregedoria-Geral da Justiça de fl.
02). Ocorre que na data de 15/04/1981, a parte Executada foi citada, consoante certidão exarada pelo Sr. Oficial de Justiça à
fl. 10 verso, quando ainda vigorava a antiga redação do art. 174, parágrafo único, inciso I, do CTN (antes do advento da LC nº
118/2005), interrompendo o prazo prescricional. III - Ademais, a título de exemplo da diligência do Fisco Municipal na
condução do feito executivo, cumpre destacar que às fls. 17/20 dos autos, a Fazenda Pública Municipal peticionou (protocolo
datado de 20/11/2007), requerendo "após a substituição da garantia do juízo, (…) o prosseguimento da execução, com a
liberação dos valores constritos e/ou designação de leilão dos bens penhorados". IV - Entretanto, não há qualquer registro
nos autos de que o petitório do Município Exequente de fls. 17/20 tenha sequer sido apreciado pelo Juízo a quo. V - Constata-
se, deveras, a inexistência de inércia ou irresponsabilidade do credor/Exequente na condução do feito executivo, não havendo
que se falar na ocorrência do lustro prescricional, ainda que de forma intercorrente, do crédito tributário apontado na exordial.
Ocorreu, na espécie, culpa exclusiva dos mecanismos do Poder Judiciário na paralisação demasiada da marcha processual.
VI - Ressalte-se, ainda, que "A 1ª. Seção do STJ, em julgamento de recurso submetido à sistemática do art. 543-C do CPC,
firmou o entendimento de que, mesmo nas Execuções Fiscais, a citação retroage à data da propositura da ação para efeitos
de interrupção da prescrição, na forma do art. 219, § 1o. do CPC, desde que não tenha havido inércia do exequente (REsp.
1.120.295/SP, Rel. Min. LUIZ FUX, DJe 21.5.2010)" (AgRg no Ag 1125052/SP, Rel. Ministro NAPOLEÃO NUNES MAIA FILHO,
PRIMEIRA TURMA, julgado em 17/11/2016, DJe 06/12/2016). APELAÇÃO CONHECIDA E PROVIDA.
0027509-69.1992.8.05.0001 Apelação
Comarca: Salvador
Apelante: Municipio do Salvador
Procurador do Município: Gisane Tourinho Dantas
Apelado: Supermini Mercantil de Alimentos Ltda
Relator: Carmem Lucia Santos Pinheiro
Decisão: Provimento. Unânime.
Ementa: EMENTA: APELAÇÃO. TRIBUTÁRIO. EXECUÇÃO FISCAL. TLL. PRESCRIÇÃO QUINQUENAL. INOCORRÊNCIA.
APLICAÇÃO DO VERBETE SUMULAR DO STJ Nº 106. DEMORA NA CITAÇÃO DO EXECUTADO. MOTIVOS INERENTES AO
MECANISMO DA JUSTIÇA. REFORMA DA SENTENÇA. NECESSIDADE. APELO PROVIDO. I - No caso dos autos, a Magistrada
precedente proferiu despacho determinando a citação do Executado na data de 26/08/1992 (fl. 02), quando ainda vigorava a
antiga redação do art. 174, parágrafo único, inciso I, do CTN. II - Entretanto, deve ser aplicado, ao caso concreto, o enunciado
da súmula de jurisprudência do STJ de nº 106, verbis: "Proposta a ação no prazo fixado para o seu exercício, a demora na
citação, por motivos inerentes ao mecanismo da justiça, não justifica o acolhimento da arguição de prescrição ou decadência".
III - Isso porque, não há qualquer registro nos autos de que a diligência citatória determinada à fl. 02 tenha sido, efetivamente,
cumprida pela Secretaria da 2ª Vara da Fazenda Pública da Comarca de Salvador/BA. IV - Ademais, a Fazenda Pública
Municipal peticionou nos autos às fls. 05/15 (protocolo datado de 01/06/2012), requerendo o redirecionamento da Execução
Fiscal, "tendo em vista fortes indícios de dissolução irregular da empresa executada (...)". V - Contudo, não há qualquer
registro nos autos de que o Juízo precedente tenha sequer apreciado o petitório de fls. 05/15. VI - Não há que se falar, por
conseguinte, na ocorrência do lustro prescricional dos créditos tributários informados na exordial. Ocorreu, na espécie,
culpa exclusiva dos mecanismos do Poder Judiciário na paralisação demasiada da marcha processual. VII - Assim, na
esteira da jurisprudência do STJ, consolidou-se a tese de que "em interpretação ao art. 219, § 2º, do CPC em conjunto com
o art. 174 do CTN, firmou, antes da vigência da LC n. 118/05, o entendimento de que a demora na citação do devedor por
culpa dos serviços judiciários não pode prejudicar o exequente. Súmula 106 do STJ" (REsp 1105174/RJ, Rel. Ministro
BENEDITO GONÇALVES, PRIMEIRA TURMA, julgado em 18/08/2009, DJe 09/09/2009). APELAÇÃO CONHECIDA E PROVIDA.
0071047-80.2004.8.05.0001 Apelação
Comarca: Salvador
Apelante: 'Município do Salvador
Procurador do Município: Cristiane Nolasco Monteiro do Rego
Apelado: Casa das Pichinchas
Relator: Carmem Lucia Santos Pinheiro
Decisão: Provimento. Unânime.
Ementa: EMENTA: APELAÇÃO. TRIBUTÁRIO. EXECUÇÃO FISCAL. MULTA DE INFRAÇÃO. SENTENÇA QUE INDEFERIU A
PETIÇÃO INICIAL, POR CARÊNCIA DE INTERESSE PROCESSUAL (ART. 330, III, DO CPC/2015). FEITO EXECUTIVO
DISTRIBUÍDO EM 02/06/2004. INOBSERVÂNCIA, PELO MAGISTRADO A QUO, DE QUE À ÉPOCA DA PROPOSITURA/
TJBA – DIÁRIO DA JUSTIÇA ELETRÔNICO – Nº 2.099 - Disponibilização: terça-feira, 13 de março de 2018 Cad 1 / Página 418
DISTRIBUIÇÃO DO PRESENTE FEITO EXECUTIVO, NÃO HAVIA QUALQUER LEGISLAÇÃO MUNICIPAL QUE DISPUSESSE
ACERCA DO VALOR MÍNIMO (PISO) PARA O AJUIZAMENTO DE EXECUÇÕES FISCAIS. APLICAÇÃO, NA ESPÉCIE, DA SÚMULA
DO STJ Nº 452, BEM ASSIM DA PORTARIA Nº 068/2016, DA PROCURADORIA-GERAL DO MUNICÍPIO DO SALVADOR. REFORMA
DA SENTENÇA. NECESSIDADE. APELO PROVIDO. I - Como o valor da ação executiva (R$ 536,51) é superior ao valor de
alçada previsto no art. 34 da Lei nº 6.830/1980 na data da propositura da Execução Fiscal (50 ORTN = R$ 328,27), corrigido
pelo IPCA-E a partir de janeiro de 2001 (resultando em R$ 448,69), revela-se admissível o apelo interposto, sendo impositivo
o seu conhecimento. II - Na hipótese vertente, tendo a Execução Fiscal sido distribuída na data de 02/06/2004, constata-se,
claramente, que à época da propositura/distribuição do presente feito executivo, não havia qualquer legislação municipal
que dispusesse acerca do valor mínimo (piso) para o ajuizamento de execuções fiscais no Município do Salvador. Em outras
palavras, no ano de 2004 não havia qualquer ato normativo municipal com redação similar ao art. 276, parágrafo único, da
Lei nº 7.186/2006 (Código Tributário e de Rendas do Município do Salvador - CTRMS). III - É prudente destacar, outrossim,
que no momento em que a sentença de fls. 21/24 foi proferida (10/11/2016), a Procuradora Geral do Município do Salvador
já havia editado a Portaria nº 068/2016 (em vigor a partir de 01º/01/2016, conforme art. 2º), a qual autoriza expressamente, em
seu art. 1º, o ajuizamento de execuções fiscais de valores consolidados iguais ou inferiores a R$ 1.000,00 (um mil reais),
isto é, a cobrança de valores inferiores ao limite disposto no art. 276 da Lei Municipal nº 7.186/2006. IV - Impositiva é a
reforma da sentença recorrida, a fim de que haja o devido recebimento da petição inicial e, por conseguinte, o prosseguimento
da Execução Fiscal. APELAÇÃO CONHECIDA E PROVIDA.
0309523-28.2012.8.05.0001 Apelação
Comarca: Salvador
Apelante: Brotas Incorporadora Ltda
Advogado: Gustavo Almeida Marinho (OAB : 22003/BA)
Advogado: Maria Amélia Maciel Machado (OAB : 21054/BA)
Apelante: João Henrique da Costa Leal
Apelante: Lorena Cristina Carmo dos Santos
Advogado: Lorena Cristina Carmo dos Santos (OAB : 22122/BA)
Apelado: Brotas Incorporadora Ltda
Apelado: João Henrique da Costa Leal
Apelado: Lorena Cristina Carmo dos Santos
Relator: Carmem Lucia Santos Pinheiro
Decisão: Provimento em Parte. Unânime.
Ementa: EMENTA: RECURSOS SIMULTÂNEOS DE APELAÇÃO. AÇÃO INDENIZATÓRIA JULGADA PARCIALMENTE
PROCEDENTE. CONTRATO DE PROMESSA DE COMPRA E VENDA DE IMÓVEL. ATRASO NA ENTREGA DO IMÓVEL POR
CULPA DA CONSTRUTORA. RESPONSABILIDADE CIVIL CONFIGURADA. DEVIDO O PAGAMENTO DE LUCROS CESSANTES
E MULTA MORATÓRIA EM FAVOR DOS ADQUIRENTES. IMPOSSIBILIDADE DE CONGELAMENTO DO SALDO DEVEDOR. I -
Atraso injustificado na entrega do imóvel. Responsabilidade civil configurada. Legalidade da cláusula de tolerância. II -
Cabimento de lucros cessantes e multa contratual de 2% (dois por cento) no período de atraso. Precedentes do STJ. III -
Autores que não requereram, na petição inicial, o congelamento do saldo devedor. Decisão monocrática de fls. 229/232 que
determinou que se promovesse o congelamento do saldo devedor. Juiz a quo que, acertadamente, anulou de ofício a r.
decisão, reconhecendo que houve julgamento ultra petita. RECURSO DE APELAÇÃO INTERPOSTO PELA RÉ CONHECIDO
E IMPROVIDO RECURSO DE APELAÇÃO INTERPOSTO PELOS AUTORES PARCIALMENTE PROVIDO
0005567-44.1993.8.05.0001 Apelação
Comarca: Salvador
Apelante: Municipio do Salvador
Procurador do Município: Cristiane Nolasco Moreira do Rego
Apelado: Condominio Ed. Nossa Senhora da Ajuda
Relator: Carmem Lucia Santos Pinheiro
Decisão: Provimento. Unânime.
Ementa: EMENTA: APELAÇÃO. TRIBUTÁRIO. EXECUÇÃO FISCAL. MULTA DE INFRAÇÃO. SENTENÇA QUE INDEFERIU A
PETIÇÃO INICIAL, POR CARÊNCIA DE INTERESSE PROCESSUAL (ART. 330, III, DO CPC/2015). EXECUÇÕES FISCAIS EM
VALORES CONSOLIDADOS INFERIORES AO PISO. ART. 276, DO CÓDIGO TRIBUTÁRIO E DE RENDAS DO MUNICÍPIO DO
SALVADOR. FEITO EXECUTIVO DISTRIBUÍDO EM 02/03/1993. INOBSERVÂNCIA, PELO MAGISTRADO A QUO, DE QUE À
ÉPOCA DA PROPOSITURA DO PRESENTE FEITO EXECUTIVO, NÃO HAVIA QUALQUER LEGISLAÇÃO MUNICIPAL QUE
DISPUSESSE ACERCA DO VALOR MÍNIMO PARA O AJUIZAMENTO DE EXECUÇÕES FISCAIS. APLICAÇÃO, NA ESPÉCIE, DA
SÚMULA DO STJ Nº 452, BEM ASSIM DA PORTARIA Nº 068/2016, DA PROCURADORIA-GERAL DO MUNICÍPIO DO SALVADOR.
REFORMA DA SENTENÇA. NECESSIDADE. APELO PROVIDO. I - Como o valor originário da Execução Fiscal (R$ 1.022,01) é
superior ao valor de alçada previsto no art. 34 da Lei nº 6.830/1980 (50 ORTN = R$ 328,27) na data da propositura da
Execução Fiscal, somente corrigido pelo IPCA-E a partir de janeiro de 2001, revela-se admissível o apelo interposto, sendo
impositivo o seu conhecimento. II - Na hipótese vertente, tendo a Execução Fiscal sido distribuída na data de 02/03/1993,
constata-se, claramente, que à época da propositura/distribuição do presente feito executivo, não havia qualquer legislação
municipal que dispusesse acerca do valor mínimo (piso) para o ajuizamento de execuções fiscais no Município do Salvador.
Em outras palavras, no ano de 1993 não havia qualquer ato normativo municipal com redação similar ao art. 276, parágrafo
único, da Lei nº 7.186/2006 (Código Tributário e de Rendas do Município do Salvador - CTRMS). III - É prudente destacar,
outrossim, que no momento em que a sentença de fls. 35/36 foi proferida (14/02/2017), a Procuradora Geral do Município do
Salvador já havia editado a Portaria nº 068/2016 (em vigor a partir de 01º/01/2016, conforme art. 2º), a qual autoriza
TJBA – DIÁRIO DA JUSTIÇA ELETRÔNICO – Nº 2.099 - Disponibilização: terça-feira, 13 de março de 2018 Cad 1 / Página 419
expressamente, em seu art. 1º, o ajuizamento de execuções fiscais de valores consolidados iguais ou inferiores a R$
1.000,00 (um mil reais). IV - Impositiva é a reforma da sentença recorrida, a fim de que haja o devido recebimento da petição
inicial e, por conseguinte, o prosseguimento da Execução Fiscal, haja vista que à época da propositura/distribuição do
presente feito executivo (02/03/1993), não havia qualquer legislação municipal que dispusesse acerca do valor mínimo
(piso) para o ajuizamento de execuções fiscais no Município do Salvador. Aplica-se à hipótese vertente, outrossim, o enunciado
da súmula de jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça de nº 452 c/c o art. 1º, da Portaria nº 068/2016, da Procuradoria-
Geral do Município do Salvador. APELAÇÃO CONHECIDA E PROVIDA.
0514450-14.2016.8.05.0001 Apelação
Comarca: Salvador
Apelante: Companhia de Eletricidade do Estado da Bahia - Coelba
Advogado: Betânia Rocha Rodrigues (OAB : 15356/BA)
Advogado: Iuri Vasconcelos Barros de Brito (OAB : 14593/BA)
Apelado: Roselina Machado Mendes
Defensor Público: Freddy Alberto Barreto Costa
Relator: Carmem Lucia Santos Pinheiro
Decisão: Não-Provimento. Unânime.
Ementa: EMENTA: RECURSO DE APELAÇÃO. AÇÃO ORDINÁRIA JULGADA PROCEDENTE. SERVIÇO DE FORNECIMENTO
DE ENERGIA ELÉTRICA. COBRANÇA DE FATURAS DESPROPORCIONAIS À MÉDIA DE CONSUMO DA RESIDÊNCIA DA
CONSUMIDORA. COBRANÇA EXCESSIVA NO PERÍODO DE JULHO A OUTUBRO DE 2015. RECÁLCULO DAS FATURAS DE
ACORDO COM O CONSUMO EFETIVO DOS DOZE MESES ANTERIORES (30 KH/W). CABIMENTO DE DEVOLUÇÃO EM
DOBRO DOS VALORES COBRADOS A MAIOR. SENTENÇA MANTIDA. I - Restou demonstrado que a Apelante emitiu faturas
em valores incompatíveis com o efetivo consumo de energia elétrica da residência da Apelada, no período de julho a outubro
de 2015. A concessionária deverá promover o recálculo das faturas questionadas, limitando-as à média de consumo dos
doze meses anteriores (30 Kh/w). II - Comprovou-se, às fls. 18/26, que a consumidora efetuou o pagamento das faturas
impugnadas. Não tratou-se de mera cobrança indevida, já que houve demonstração do efetivo prejuízo econômico suportado
pela Apelada. Decidiu com acerto o Juiz de Primeiro Grau ao determinar que a Apelante promova a devolução em dobro dos
valores excedentes, com base no art. 42, do CDC. RECURSO DE APELAÇÃO CONHECIDO E IMPROVIDO
0000508-62.2015.8.05.0144 Apelação
Comarca: Salvador
Apelante: Tim Celular S/A
Advogado: Harue Silva Watanabe (OAB : 47591/BA)
Advogado: Humberto Graziano Valverde (OAB : 13908/BA)
Advogado: Mauricio Silva Leahy (OAB : 13907/BA)
Apelado: Rafaela Nascimento de Souza
Advogado: THIAGO SANTOS CASTILHO FONTOURA (OAB : 38806/BA)
Relator: Carmem Lucia Santos Pinheiro
Decisão: Não-Provimento. Unânime.
Ementa: EMENTA: RECURSO DE APELAÇÃO. AÇÃO INDENIZATÓRIA JULGADA PARCIALMENTE PROCEDENTE. SERVIÇO
DE TELEFONIA E INTERNET MÓVEL. FALHA NA PRESTAÇÃO. SUSPENSÃO INDEVIDA DA LINHA TELEFÔNICA DA
CONSUMIDORA. SERVIÇO DE NATUREZA ESSENCIAL. DANO MORAL CONFIGURADO. MANUTENÇÃO DO QUANTUM
INDENIZATÓRIO. OBSERVÂNCIA DOS PRINCÍPIOS DA PROPORCIONALIDADE E DA RAZOABILIDADE. SENTENÇA MANTIDA.
I - Restou comprovada a falha na prestação do serviço decorrente da interrupção indevida da linha telefônica de titularidade
da Apelada. II - A falha na prestação dos serviços ocasionou sérios transtornos à Apelada, já que a mesma ficou sem acesso
aos serviços de telefonia e internet por vários dias. III - Dano moral configurado. Em relação ao quantum indenizatório,
verifica-se que o valor de R$ 5.000,00 (cinco mil reais) é suficiente para reparar a vítima pelo abalo moral sofrido. Tal
montante atende, a um só tempo, o caráter pedagógico, punitivo e reparatório da indenização, além de funcionar como
advertência para que o causador do dano não repita a conduta ilícita. Ademais, encontra-se em consonância com os
princípios da razoabilidade e da proporcionalidade. RECURSO DE APELAÇÃO CONHECIDO E IMPROVIDO
0071950-71.2011.8.05.0001 Apelação
Comarca: Salvador
Apelante: Municipio do Salvador
Procurador do Município: Flavia Cardoso Borges Andrade
Procurador do Município: Gisane Tourinho Dantas
Apelado: Carlos Wagner Leopoldo Lima
Relator: Baltazar Miranda Saraiva
Decisão: Provimento. Unânime.
Ementa: APELAÇÃO CÍVEL. DIREITO TRIBUTÁRIO. EXECUÇÃO FISCAL. IPTU E TAXA DE LIMPEZA. PRESCRIÇÃO
INTERCORRENTE DO CRÉDITO EXECUTADO PRONUNCIADA DE OFÍCIO. DESCABIMENTO. INOCORRÊNCIA.
FORMALIDADES ELENCADAS NO ART. 40 DA LEF. DESATENDIDAS. INÉRCIA DO EXEQUENTE. NÃO CONFIGURADA.
APLICABILIDADE DA SÚMULA N.º 106 DO STJ. CABIMENTO. RECURSO CONHECIDO E PROVIDO. SENTENÇA ANULADA.
TJBA – DIÁRIO DA JUSTIÇA ELETRÔNICO – Nº 2.099 - Disponibilização: terça-feira, 13 de março de 2018 Cad 1 / Página 420
0002221-83.2012.8.05.0142 Apelação
Comarca: Salvador
Apelante: Antonio Arquimede de Sá Lima
Advogado: Clayton Andrelino Nogueira Junior (OAB : 825B/BA)
Apelado: Ademilson Chagas Junior
Advogado: Ademilson Chagas Junior (OAB : 2563/SE)
Relator: Baltazar Miranda Saraiva
Decisão: Não-Provimento. Unânime.
Ementa: APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO INDENIZATÓRIA DE REPARAÇÃO POR DANOS MORAIS EM RAZÃO DE OFENSAS PESSOAIS
DEFERIDAS PELO ADVOGADO DA PARTE RÉ EM AÇÃO JUDICIAL. DANO MORAL. REPARAÇÃO DEVIDA. QUANTUM
INDENIZATÓRIO FIXADO EM R$9.370,00 (NOVE MIL TREZENTOS E SETENTA REAIS), EM OBSERVÂNCIA AOS PRINCÍPIOS
DA RAZOABILIDADE E DA PROPORCIONALIDADE. PRECEDENTES DESTE EGRÉGIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA E DO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO RIO GRANDE DO SUL. RECURSO CONHECIDO E IMPROVIDO. SENTENÇA MANTIDA.
0000237-20.2011.8.05.0265 Apelação
Comarca: Salvador
Apelante: Municipio de Ubatã
Advogado: Clemilson Lima Ribeiro (OAB : 13101/BA)
Apelado: Lindinalva Juliana Monteiro
Advogado: Marcelo Mendonça Teixeira (OAB : 8229/BA)
Advogado: Gabriela Gonçalves Barreto Ribeiro (OAB : 24837/BA)
Relator: Baltazar Miranda Saraiva
Decisão: Não-Provimento. Unânime.
Ementa: ADMINISTRATIVO. APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO ORDINÁRIA DE COBRANÇA. SERVIDORA PÚBLICA MUNICIPAL.
PROFESSORA. INADIMPLEMENTO DE VERBAS SALARIAIS RELATIVO AO DÉCIMO TERCEIRO SALÁRIO DO ANO DE 2008.
AUSÊNCIA DE COMPROVAÇÃO DO PAGAMENTO DAS VERBAS PLEITEADAS. IRRELEVÂNCIA DAS CONTAS APRESENTADAS
PELO GESTOR ANTERIOR. É PRINCÍPIO E DEVER DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA HONRAR O PAGAMENTO DOS SERVIÇOS
PRESTADOS, SOB PENA DE ENRIQUECIMENTO SEM CAUSA. PRECEDENTES. HONORÁRIOS FIXADOS RAZOAVELMENTE.
SENTENÇA QUE DEVE SER ADEQUADA QUANTO AOS PARÂMETROS DE JUROS E CORREÇÃO MONETÁRIA A INCIDIR
SOBRE A VERBA DEVIDA. RECURSO CONHECIDO E IMPROVIDO. SENTENÇA PARCIALMENTE MODIFICADA EM SEDE DE
REEXAME NECESSÁRIO.
0000356-20.2007.8.05.0265 Apelação
Comarca: Salvador
Apelante: Municipio de Ubatã
Advogado: Clemilson Lima Ribeiro (OAB : 13101/BA)
Apelado: Lindiane Pereira dos Santos Neves
Advogado: Leandro Santos Barreto (OAB : 21234/BA)
Relator: Baltazar Miranda Saraiva
Decisão: Não-Provimento. Unânime.
Ementa: ADMINISTRATIVO. APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO ORDINÁRIA DE COBRANÇA. SERVIDORA PÚBLICA MUNICIPAL.
PROFESSORA. INADIMPLEMENTO DE VERBAS SALARIAIS RELATIVO AO DÉCIMO TERCEIRO SALÁRIO DO ANO DE 2002,
2003, 2004 e 2005 e 1/3 (UM TERÇO) DO PERÍODO AQUISITIVO DE 2001/02, 2002/03, 2003/04 E 2004/05. AUSÊNCIA DE
COMPROVAÇÃO DO PAGAMENTO DAS VERBAS PLEITEADAS. IRRELEVÂNCIA DAS CONTAS APRESENTADAS PELO GESTOR
ANTERIOR. É PRINCÍPIO E DEVER DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA HONRAR O PAGAMENTO DOS SERVIÇOS PRESTADOS,
SOB PENA DE ENRIQUECIMENTO SEM CAUSA. PRECEDENTES. HONORÁRIOS FIXADOS RAZOAVELMENTE. RECURSO
CONHECIDO E IMPROVIDO. SENTENÇA MANTIDA.
0147560-21.2006.8.05.0001 Apelação
Comarca: Salvador
Apelante: Município do Salvador
Procurador do Município: Gisane Tourinho Dantas
Procurador do Município: Flavia Cardoso Borges
Apelado: Novaterra Empreendimentos e Serviços Ltda
Relator: Baltazar Miranda Saraiva
Decisão: Provimento. Unânime.
Ementa: APELAÇÃO CÍVEL. DIREITO TRIBUTÁRIO. EXECUÇÃO FISCAL. ISS. PRESCRIÇÃO INTERCORRENTE DO CRÉDITO
EXECUTADO PRONUNCIADA DE OFÍCIO. IMPOSSIBILIDADE. INOCORRÊNCIA. FORMALIDADES DO ART. 40 DA LEF.
DESATENDIDAS. INÉRCIA DO EXEQUENTE. NÃO CONFIGURADA. APLICABILIDADE DA SÚMULA N.º 106 DO STJ.
POSSIBILIDADE. RECURSO CONHECIDO E PROVIDO. SENTENÇA ANULADA.
TJBA – DIÁRIO DA JUSTIÇA ELETRÔNICO – Nº 2.099 - Disponibilização: terça-feira, 13 de março de 2018 Cad 1 / Página 421
0547923-88.2016.8.05.0001 Apelação
Comarca: Salvador
Apelante: Euzebio de Amorim Silva
Advogado: Jamille Maria Pimentel Moreira (OAB : 38655/BA)
Apelado: Paulo Cesar Moreira
Advogado: Clester Andrade Fontes Filho (OAB : 30236/BA)
Advogado: Paulo César Moreira (OAB : 47665/BA)
Relator: Baltazar Miranda Saraiva
Decisão: Conhecimento em Parte e Provimento em Parte. Unânime.
Ementa: APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO DE REINTEGRAÇÃO DE POSSE. SENTENÇA DE IMPROCEDÊNCIA. AÇÃO DE CUNHO
POSSESSÓRIO. NECESSIDADE DE COMPROVAÇÃO DO EXERCÍCIO ANTERIOR DA POSSE. NÃO DEMONSTRAÇÃO.
DESATENDIMENTO DOS REQUISITOS INSCRITOS NO ART. 561 DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL. MULTA POR LITIGÂNCIA
DE MÁ-FÉ FIXADA PELO JUÍZO PRIMEVO. AFASTAMENTO. INOCORRÊNCIA DE DOLO E MÁ-FÉ NA CONDUTA DO APELANTE
EM PROPOR A DEMANDA. RECURSO CONHECIDO E PARCIALMENTE PROVIDO APENAS PARA AFASTAR A MULTA
ESTABELECIDA EM PRIMEIRO GRAU. SENTENÇA REFORMADA EM PARTE.
0584418-34.2016.8.05.0001 Apelação
Comarca: Salvador
Apelante: João Pereira de Argolo
Advogado: Poliana Ferreira de Sousa (OAB : 37297/BA)
Apelado: Banco Volkswagen
Advogado: André Meyer Pinheiro (OAB : 24923/BA)
Advogado: Eduardo Ferraz Perez (OAB : 4586/BA)
Relator: Baltazar Miranda Saraiva
Decisão: Provimento em Parte. Unânime.
Ementa: APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO ORDINÁRIA DE REVISÃO DE CONTRATO JULGADA PARCIALMENTE PROCEDENTE.
JUROS REMUNERATÓRIOS INFERIORES À TAXA MÉDIA DE MERCADO À ÉPOCA DA CONTRATAÇÃO. CAPITALIZAÇÃO
MENSAL EXPRESSA NO CONTRATO. COMISSÃO DE PERMANÊNCIA CUMULADA COM DEMAIS ENCARGOS. AFASTADA.
ENCARGOS MORATÓRIOS LIMITADOS AOS JUROS DE MORA DE 1% (UM POR CENTO) AO MÊS E MULTA MORATÓRIA DE
2% (DOIS POR CENTO) SOBRE O VALOR DA PRESTAÇÃO. RESTITUIÇÃO DE VALORES NA FORMA SIMPLES. NEGATIVAÇÃO
DO NOME DO AUTOR. INCABÍVEL DIANTE DA IRREGULARIDADE CONTRATUAL. DANOS MORAIS. NÃO CONFIGURADOS.
MANTIDA A CONDENAÇÃO DO AUTOR AO PAGAMENTO DAS CUSTAS PROCESSUAIS E HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS,
ESTES FIXADOS EM 10% (DEZ POR CENTO) SOBRE O VALOR DA CAUSA, TODAVIA SUSPENSA A OBRIGAÇÃO, NOS
TERMOS DO ART. 98, § 3º, DO CPC/2015. RECURSO PARCIALMENTE PROVIDO. SENTENÇA REFORMADA EM PARTE.
0562471-84.2017.8.05.0001 Apelação
Comarca: Salvador
Apelante: Companhia de Crédito, Financiamento e Investimento Renault do Brasil S/A
Advogado: Fabio Frasato Caires (OAB : 28478/BA)
Apelado: Zelia Martins Mascarenhas Sobrinha
Relator: Baltazar Miranda Saraiva
Decisão: Provimento. Unânime.
Ementa: APELAÇÃO CÍVEL. DIREITO DO CONSUMIDOR. AÇÃO DE BUSCA E APREENSÃO. SENTENÇA QUE JULGOU
EXTINTO O PROCESSO SEM RESOLUÇÃO DO MÉRITO. AUSÊNCIA DE NOTIFICAÇÃO VÁLIDA. MORA NÃO CONFIGURADA.
RECURSO CONHECIDO E IMPROVIDO. SENTENÇA MANTIDA.
0099255-30.2011.8.05.0001 Apelação
Comarca: Salvador
Apelante: Municipio do Salvador
Procurador do Município: Gisane Tourinho Dantas
Procurador do Município: Flavia Cardoso Borges Andrade
Apelado: Squadros Const Ltda
Relator: Baltazar Miranda Saraiva
Decisão: Provimento. Unânime.
Ementa: APELAÇÃO CÍVEL. DIREITO TRIBUTÁRIO. EXECUÇÃO FISCAL. IPTU E TAXA DE LIMPEZA. PRESCRIÇÃO
INTERCORRENTE DO CRÉDITO EXECUTADO PRONUNCIADA DE OFÍCIO. DESCABIMENTO. INOCORRÊNCIA.
FORMALIDADES ELENCADAS NO ART. 40 DA LEF. DESATENDIDAS. INÉRCIA DO EXEQUENTE. NÃO CONFIGURADA.
APLICABILIDADE DA SÚMULA N.º 106 DO STJ. CABIMENTO. RECURSO CONHECIDO E PROVIDO. SENTENÇA ANULADA.
0057095-29.2007.8.05.0001 Apelação
Comarca: Salvador
Apelante: Município do Salvador
Procurador do Município: Gisane Tourinho Dantas
Apelado: Aspeb - Assoc. Poup. Emp. Ba
Relator: Baltazar Miranda Saraiva
Decisão: Provimento. Unânime.
Ementa: APELAÇÃO CÍVEL. DIREITO TRIBUTÁRIO. EXECUÇÃO FISCAL. IPTU E TAXA DE LIMPEZA. PRESCRIÇÃO ORIGINÁRIA
DO CRÉDITO EXECUTADO RECONHECIDA DE OFÍCIO. DESCABIMENTO. QUINQUÊNIO LEGAL NÃO EXAURIDO.
FORMALIDADES DO ART. 10 DO CPC C/C ART. 25 DA LEF. DESATENDIDAS. INÉRCIA DO EXEQUENTE. NÃO CONFIGURADA.
APLICABILIDADE DA SÚMULA N.º 106 DO STJ. POSSIBILIDADE. RECURSO CONHECIDO E PROVIDO. SENTENÇA ANULADA.
TJBA – DIÁRIO DA JUSTIÇA ELETRÔNICO – Nº 2.099 - Disponibilização: terça-feira, 13 de março de 2018 Cad 1 / Página 422
0300459-12.2013.8.05.0113 Apelação
Comarca: Salvador
Apelante: Desenbahia Agência de Fomento do Estado da Bahia Sa
Advogado: Pedro José Souza de Oliveira Junior (OAB : 12746/BA)
Advogado: Eduardo Silva Lemos (OAB : 24133/BA)
Apelado: José Augusto do Nascimento Souza
Relator: Lígia Maria Ramos Cunha Lima
Decisão: Conhecimento em Parte e Não-Provimento. Unânime.
Ementa: APELAÇÃO. AÇÃO MONITÓRIA. EXTINÇÃO DO PROCESSO SEM RESOLUÇÃO DO MÉRITO, NA FORMA DO ART.
485, IV, DO CPC/15. CABIMENTO. INTIMAÇÃO DO CAUSÍDICO. INÉRCIA DA PARTE AUTORA. INTIMAÇÃO PESSOAL PRÉVIA.
DESNECESSIDADE. SENTENÇA MANTIDA. PRECEDENTES. RECURSO DE APELAÇÃO IMPROVIDO.
0142601-02.2009.8.05.0001 Apelação
Comarca: Salvador
Apelante: Associação Atlética da Bahia
Advogado: Edvaldo Brito Filho (OAB : 8726/BA)
Advogado: Reginalda Paranhos Ribeiro Leite de Brito (OAB : 12306/BA)
Apelado: Município do Salvador
Procurador do Município: Rodrigo Moraes Ferreira
Relator: Raimundo Sérgio Sales Cafezeiro
Decisão: Improcedência. Unânime.
Ementa: APELAÇÃO CÍVEL. TRIBUTÁRIO. EMBARGOS À EXECUÇÃO FISCAL. TAXA DE FISCALIZAÇÃO E FUNCIONAMENTO
- TLF. MUNICÍPIO DE SALVADOR. CLUBE SOCIAL SEM FINS LUCRATIVOS. PRESCRIÇÃO INTERCORRENTE ARGUIDA NA
APELAÇÃO. NÃO OCORRÊNCIA. EMBARGOS À EXECUÇÃO FISCAL SENTENCIADOS EM 24/05/2017. INTELIGÊNCIA DOS
ARTS. 18, 19, 24 E 32 DA LEF E 51 DO CTN. PROCESSO PARALISADO POR 33 (TRINTA E TRÊS) ANOS AGUARDANDO
SENTENÇA. INÉRCIA DO PODER JUDICIÁRIO. OFENSA À SÚMULA 106 DO STJ. COBRANÇA DA TAXA DE LOCALIZAÇÃO E
FUNCIONAMENTO A CLUBE SOCIAL. POSSIBILIDADE. EXAÇÃO FUNDAMENTADA EM RAZÃO DO PODER DE POLÍCIA
ATRIBUIDO AOS MUNICÍPIOS. O EMBARGANTE NÃO SE ENQUADRA NAS ISENÇÕES PREVISTA NO ART. 202, VIII DA LEI
1.934/66. NÃO COMPROVAÇÃO DE FATO EXTINTIVO OU IMPEDITIVO PARA COBRANÇA DA TAXA. SENTENÇA MANTIDA.
RECURSO CONHECIDO E IMPROVIDO.
0570503-49.2015.8.05.0001 Apelação
Comarca: Salvador
Apelante: Clovis Melo Leal
Advogado: Célia Terêsa Santos (OAB : 5558/BA)
Apelado: Banco Itau S/A
Advogado: Andréa Freire Tynan (OAB : 10699/BA)
Relator: Raimundo Sérgio Sales Cafezeiro
Decisão: Improcedência. Unânime.
Ementa: APELAÇÃO CÍVEL. CONTRATO DE MÚTUO COM GARANTIA FIDUCIÁRIA. ESTIPULAÇÃO DE JUROS
REMUNERATÓRIOS EM PERCENTUAL SUPERIOR A 12% AO ANO. POSSIBILIDADE. COMISSÃO DE PERMANÊNCIA.
INVIABILIDADE DE COBRANÇA CUMULADA COM JUROS OU ENCARGOS MORATÓRIOS. REVISÃO CONTRATUAL À LUZ
DAS REGRAS DO CDC. JUROS REMUNERATÓRIOS COBRADOS UM POUCO ACIMA DA TAXA MÉDIA DE MERCADO.
ABUSIVIDADE NÃO CONFIGURADA. DESNECESSIDADE DA INTERVENÇÃO DO PODER JUDICIÁRIO. REPETIÇÃO DE
INDÉBITO INDEVIDA. DANOS MORAIS NÃO EXISTENTES. SENTENÇA MANTIDA. APELO CONHECIDO E IMPROVIDO.
0111588-48.2010.8.05.0001 Apelação
Comarca: Salvador
Apelante: Estado da Bahia
Procurador do Estado: Jose Homero S. Camara Filho
Apelante: Mario Jorge Batista de Santana
Defensor Público: Freddy Alberto Barreto Costa
Apelado: Estado da Bahia
Apelado: Mario Jorge Batista de Santana
Relator: Raimundo Sérgio Sales Cafezeiro
Decisão: Improcedência. Unânime.
Ementa: APELAÇÕES CÍVEIS SIMULTÂNEAS. AÇÃO ORDINÁRIA. INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS E MATERIAIS. SERVIDOR
ESTADUAL APOSENTADO. RESPONSABILIDADE CIVIL. FONTE PAGADORA QUE INFORMOU À RECEITA FEDERAL
RENDIMENTOS SUPERIORES AO RECEBIDO PELO CONTRIBUINTE. INSERÇÃO DO AUTOR NA "MALHA FINA" DA RECEITA
FEDERAL POR OMISSÃO DE RENDIMENTOS. RESTITUIÇÃO DO IMPOSTO DE RENDA RETIDO POR CULPA DA FONTE
PAGADORA. APELO DO RÉU. ART. 43 DO CC. RESPONSABILIDADE DO ESTADO POR ATO PRATICADO POR SEUS AGENTES.
ARTS. 186 E 927 DO CC. EXISTÊNCIA DOS REQUISITOS CARACTERIZADORES DO DANO MORAL. HONORÁRIOS
ADVOCATÍCIOS MANTIDOS. RECURSO DO RÉU IMPROVIDO. APELO DO AUTOR. DANO MATERIAL NÃO COMPROVADO.
DANOS MORAIS MAJORADOS PARA R$ 5.000,00. RECURSO PROVIDO PARCIALMENTE. AJUSTE NA INCIDÊNCIA DE
CORREÇÃO MONETÁRIA NOS TERMOS DO JULGAMENTO DO RE Nº 870.947. APLICAÇÃO DO IPCA-E EM TODO O PERÍODO.
MATÉRIA DE ORDEM PÚBLICA. SENTENÇA REFORMADA EM PARTE. APELOS CONHECIDOS. IMPROVIDO DO RÉU E
PROVIDO PARCIALMENTE DO AUTOR.
TJBA – DIÁRIO DA JUSTIÇA ELETRÔNICO – Nº 2.099 - Disponibilização: terça-feira, 13 de março de 2018 Cad 1 / Página 423
0014008-23.2007.8.05.0001 Apelação
Comarca: Salvador
Apelante: Municipio do Salvador
Procurador do Município: Thais de Sá Pires Caldas
Procurador do Município: Gisane Tourinho Dantas
Procurador do Município: David Bittencourt Luduvice Neto
Apelado: Belmiro Sampaio
Relator: Raimundo Sérgio Sales Cafezeiro
Decisão: Procedência. Unânime.
Ementa: APELAÇÃO CÍVEL. EXECUÇÃO FISCAL. IPTU E TAXA DE LIMPEZA PÚBLICA. EXERCÍCIO DE 2004. CITAÇÃO NÃO
REALIZADA. AJUIZAMENTO DEPOIS DA LC Nº 118/2005. PRESCRIÇÃO DIRETA. NÃO OCORRÊNCIA. AÇÃO AJUIZADA DENTRO
DO QUINQUÊNIO LEGAL. PRESCRIÇÃO INTERCORRENTE. NÃO OCORRÊNCIA. CORREIO DEVOLVEU CARTA SEM
REALIZAÇÃO DA CITAÇÃO. MUNICÍPIO INFORMOU FALECIMENTO DO EXECUTADO E REQUEREU DILIGÊNCIAS. PROCESSO
ESTAGNADO POR FALTA DE IMPULSO OFICIAL POR CERCA DE 6 (SEIS) ANOS. INÉRCIA DO PODER JUDICIÁRIO. OFENSA À
SÚMULA 106 DO STJ. AFRONTA AOS ARTS. 262 DO CPC/73 E 2º DO CPC/15. SENTENÇA REFORMADA. RECURSO PROVIDO.
0030865-67.1995.8.05.0001 Apelação
Comarca: Salvador
Apelante: Estado da Bahia
Procurador do Estado: João Sampaio Rego Neto
Apelado: Rita de Cássia Pacheco Cerqueira
Relator: Raimundo Sérgio Sales Cafezeiro
Decisão: Procedência. Unânime.
Ementa: APELAÇÃO CÍVEL E REEXAME NECESSÁRIO. EXECUÇÃO FISCAL. ICMS. CITAÇÃO NÃO REALIZADA. AJUIZAMENTO
ANTES DA LC Nº 118/2005. PRESCRIÇÃO DIRETA. NÃO OCORRÊNCIA. AÇÃO AJUIZADA DENTRO DO QUINQUÊNIO LEGAL.
PRESCRIÇÃO INTERCORRENTE. NÃO OCORRÊNCIA. FAZENDA PÚBLICA REQUEREU EXPEDIÇÃO DE OFÍCIOS PARA
TELEMAR E BANCO CENTRAL PARA QUE FOSSE EFETIVADA A CITAÇÃO, NÃO CUMPRIDO PELO CARTÓRIO, APESAR DE
DEFERIDO PELO JUIZ, BEM COMO CITAÇÃO POR EDITAL, QUE VEIO A SER EXPEDIDO 12 (DOZE) ANOS APÓS O
DEFERIMENTO. PARALISAÇÃO DOS AUTOS POR FALTA DE IMPULSO OFICIAL. INÉRCIA DO PODER JUDICIÁRIO. OFENSA À
SÚMULA 106 DO STJ. AFRONTA AOS ARTS. 262 DO CPC/73 E 2º DO CPC/15. SENTENÇA REFORMADA. RECURSO PROVIDO.
0301065-98.2014.8.05.0244 Apelação
Comarca: Salvador
Apelante: Estado da Bahia
Advogado: André Ângelo Ramos Coelho Mororó (OAB : 1183A/BA)
Apelado: Milena Nunes da Silva
Advogado: Eládio Monteiro de Souza (OAB : 29307/BA)
Relator: Raimundo Sérgio Sales Cafezeiro
Decisão: Improcedência. Unânime.
Ementa: APELAÇÃO CÍVEL. DIREITO ADMINISTRATIVO. MANDADO DE SEGURANÇA. REALIZAÇÃO DE EXAME SUPLETIVO.
IMPETRANTE MENOR DE 18 ANOS. APROVAÇÃO EM VESTIBULAR. NEGATIVA DA CPA - COMISSÃO PERMANENTE DE AVALIAÇÃO
- EM REALIZAR O EXAME POR CRITÉRIO CRONOLÓGICO. DIREITO CONTITUCIONAL AO ACESSO À EDUCAÇÃO. ARTS 205
E 208 DA CARTA MAGNA. A CRIAÇÃO DE ÓBICES À REALIZAÇÃO DO EXAME SUPLETIVO SE MOSTRA CONTRÁRIA AO TEXTO
CONSTITUCIONAL. SENTENÇA MANTIDA. RECURSO CONHECIDO E IMPROVIDO.
0114569-50.2010.8.05.0001 Apelação
Comarca: Salvador
Apelante: Município do Salvador
Procurador do Município: Gisane Tourinho Dantas
Apelado: Jaime Fingergut Engenharia Comercio e Industria Ltda
Relator: Raimundo Sérgio Sales Cafezeiro
Decisão: Procedência. Unânime.
Ementa: APELAÇÃO CÍVEL. EXECUÇÃO FISCAL. IPTU E TAXA DE LIMPEZA PÚBLICA. EXERCÍCIO DE 2006. CITAÇÃO NÃO
REALIZADA. AJUIZAMENTO DEPOIS DA LC Nº 118/2005. PRESCRIÇÃO DIRETA. NÃO OCORRÊNCIA. AÇÃO AJUIZADA DENTRO
DO QUINQUÊNIO LEGAL. PRESCRIÇÃO INTERCORRENTE. NÃO OCORRÊNCIA. CORREIO DEVOLVEU CARTA SEM
REALIZAÇÃO DA CITAÇÃO. PROCESSO ESTAGNADO POR FALTA DE IMPULSO OFICIAL POR MAIS DE 4 (QUATRO) ANOS.
MUNICÍPIO APÓS PROVOCADO REQUEREU ENDEREÇO. INÉRCIA DO PODER JUDICIÁRIO. OFENSA À SÚMULA 106 DO STJ.
AFRONTA AOS ARTS. 262 DO CPC/73 E 2º DO CPC/15. SENTENÇA REFORMADA. RECURSO PROVIDO.
0070387-13.2009.8.05.0001 Apelação
Comarca: Salvador
Apelante: Município do Salvador
Procurador do Município: Flavia Cardoso Borges
Apelado: R. Kislansky
Relator: Raimundo Sérgio Sales Cafezeiro
Decisão: Procedência. Unânime.
TJBA – DIÁRIO DA JUSTIÇA ELETRÔNICO – Nº 2.099 - Disponibilização: terça-feira, 13 de março de 2018 Cad 1 / Página 424
Ementa: APELAÇÃO CÍVEL. EXECUÇÃO FISCAL. IPTU E TAXA DE LIMPEZA PÚBLICA. EXERCÍCIOS DE 2005, 2006 E 2007.
CITAÇÃO NÃO REALIZADA. AJUIZAMENTO DEPOIS DA LC Nº 118/2005. PRESCRIÇÃO DIRETA. NÃO OCORRÊNCIA. AÇÃO
AJUIZADA DENTRO DO QUINQUÊNIO LEGAL. PRESCRIÇÃO INTERCORRENTE. NÃO OCORRÊNCIA. CORREIO DEVOLVEU
CARTA SEM REALIZAÇÃO DA CITAÇÃO. PROCESSO ESTAGNADO POR FALTA DE IMPULSO OFICIAL POR MAIS DE 5 (CINCO)
ANOS. MUNICÍPIO QUANDO PROVOCADO FORNECEU ENDEREÇO E REQUEREU CITAÇÃO. INÉRCIA DO PODER
JUDICIÁRIO. OFENSA À SÚMULA 106 DO STJ. AFRONTA AOS ARTS. 262 DO CPC/73 E 2º DO CPC/15. SENTENÇA REFORMADA.
RECURSO PROVIDO.
0000804-96.1997.8.05.0150 Apelação
Comarca: Salvador
Apelante: Municipio de Lauro de Freitas
Procurador do Município: José Luiz Lima Guerra
Apelado: Antonio Carlos Cairales
Relator: Raimundo Sérgio Sales Cafezeiro
Decisão: Procedência. Unânime.
Ementa: APELAÇÃO CÍVEL. EXECUÇÃO FISCAL. ISS - IMPOSTO SOBRE SERVIÇO. EXERCÍCIOS DE 1993, 1994, 1995 E
1996. CITAÇÃO NÃO REALIZADA. AJUIZAMENTO ANTES DA LC Nº 118/2005. PRESCRIÇÃO DIRETA. NÃO OCORRÊNCIA.
AÇÃO AJUIZADA DENTRO DO QUINQUÊNIO LEGAL. PRESCRIÇÃO INTERCORRENTE. NÃO OCORRÊNCIA. MUNICÍPIO
POR DIVERSAS VEZES REQUEREU PROSSEGUIMENTO DO FEITO. PROCESSO ESTAGNADO, AGUARDANDO
CUMPRIMENTO DO MANDADO DE INTIMAÇÃO POR MAIS DE 15 (QUINZE) ANOS. INÉRCIA DO PODER JUDICIÁRIO. OFENSA
À SÚMULA 106 DO STJ. AFRONTA AOS ARTS. 262 DO CPC/73 E 2º DO CPC/15. SENTENÇA REFORMADA. RECURSO
PROVIDO.
0011308-07.2002.8.05.0274 Apelação
Comarca: Salvador
Apelante: Município de Vitória da Conquista
Advogado: Marcos Cesar da Silva Almeida (OAB : 21096/BA)
Apelado: Gomes Veloso Ltda
Relator: Raimundo Sérgio Sales Cafezeiro
Decisão: Procedência. Unânime.
Ementa: APELAÇÃO CÍVEL. EXECUÇÃO FISCAL. IPTU. EXERCÍCIOS DE 1999, 2000, 2001 E 2002. CITAÇÃO NÃO REALIZADA.
AJUIZAMENTO ANTES DA LC Nº 118/2005. PRESCRIÇÃO DIRETA. INOCORRÊNCIA. AJUIZAMENTO DENTRO DO
QUINQUÊNIO LEGAL. PRESCRIÇÃO INTERCORRENTE. NÃO OCORRÊNCIA. DESÍDIA DO EXEQUENTE NÃO CONFIGURADA.
INÉRCIA DO PODER JUDICIÁRIO. PROCESSO QUE DEMOROU 13 (TREZE) ANOS SEM EXPEDIR CARTA DE CITAÇÃO.
MOROSIDADE NO CUMPRIMENTO DE ATO PRIVATIVO DA ATIVIDADE JUDICIAL. OFENSA À SÚMULA 106 DO STJ. SENTENÇA
REFORMADA. APELAÇÃO CONHECIDA E PROVIDA.
0110163-49.2011.8.05.0001 Apelação
Comarca: Salvador
Apelante: Municipio do Salvador
Procurador do Município: Gisane Tourinho Dantas
Apelado: Logos Contabilidade e Assessoria Ltda
Relator: Raimundo Sérgio Sales Cafezeiro
Decisão: Procedência em Parte. Unânime.
Ementa: APELAÇÃO CÍVEL. EXECUÇÃO FISCAL. TAXA DE FISCALIZAÇÃO E FUNCIONAMENTO - TFF. EXERCÍCIOS DE 2005,
2006, 2007 E 2008. CITAÇÃO NÃO REALIZADA. AJUIZAMENTO DEPOIS DA LC Nº 118/2005. EXERCÍCIO DE 2005.
PRESCRIÇÃO DIRETA. RECONHECIMENTO DE OFÍCIO. POSSIBILIDADE. INAPLICABILIDADE DO ART. 40, § 4º DA LEF.
AJUIZAMENTO FORA DO QUINQUÊNIO LEGAL. PARCELAMENTO OCORRIDO ANTES DA PROPOSITURA DA EXECUÇÃO.
INÉRCIA DA FAZENDA MUNICIPAL CONFIGURADA. APLICAÇÃO SÚMULA 409 DO STJ. EXERCÍCIOS DE 2006, 2007 E 2008.
PRESCRIÇÃO INTERCORRENTE. NÃO OCORRÊNCIA. DESÍDIA DO EXEQUENTE NÃO CONFIGURADA. INÉRCIA DO PODER
JUDICIÁRIO. PROCESSO QUE DEMOROU 06 (SEIS) ANOS SEM EXPEDIR CARTA DE CITAÇÃO. MOROSIDADE NO
CUMPRIMENTO DE ATO PRIVATIVO DA ATIVIDADE JUDICIAL. OFENSA À SÚMULA 106 DO STJ. SENTENÇA REFORMADA EM
PARTE. APELAÇÃO CONHECIDA E PROVIDA PARCIALMENTE.
0000217-13.2007.8.05.0057 Apelação
Comarca: Salvador
Apelante: Município de Cícero Dantas
Advogado: Vanderlan Pedro Freire de Oliveira (OAB : 38457/BA)
Apelado: Ana Luíza Alves Borges de Santana
Advogado: Shirlei Almeida da Silva (OAB : 19912/BA)
Advogado: Ricardo Almeida Nunes da Silva (OAB : 22438/BA)
Relator: Raimundo Sérgio Sales Cafezeiro
Decisão: Procedência em Parte. Unânime.
TJBA – DIÁRIO DA JUSTIÇA ELETRÔNICO – Nº 2.099 - Disponibilização: terça-feira, 13 de março de 2018 Cad 1 / Página 425
Ementa: APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO DE COBRANÇA. MUNICÍPIO DE CÍCERO DANTAS. SERVIDORA MUNICIPAL
COMISSIONADA. COBRANÇA DE SALÁRIOS, 13º E FÉRIAS. RESPONSABILIDADE DO GESTOR EM PAGAR A VERBA EM
ATRASO. MUNICÍPIO COMPROVOU QUE EFETUOU PAGAMENTO DE PARTE DOS VALORES COBRADOS. ART. 333, II DO
CPC/73. O MUNICÍPIO NÃO SE DESINCUMBIU DE COMPROVAR O PAGAMENTO DE TODOS OS VALORES COBRADOS.
CUSTAS PROCESSUAIS. ENTE MUNICIPAL ISENTO DO PAGAMENTO. MATÉRIA DE ORDEM PÚBLICA. JUROS DE MORA E
CORREÇÃO MONETÁRIA. ADEQUAÇÃO DE OFÍCIO. INCIDÊNCIA DE CORREÇÃO MONETÁRIA NOS TERMOS DO
JULGAMENTO DO RE Nº 870.947. APLICAÇÃO DO IPCA-E EM TODO O PERÍODO. INCIDÊNCIA DOS JUROS DE MORA NA
ESTEIRA DO ART. 1º - F DA LEI Nº 9.494/97. SENTENÇA REFORMADA EM PARTE. APELO CONHECIDO E PROVIDO
PARCIALMENTE.
0094873-91.2011.8.05.0001 Apelação
Comarca: Salvador
Apelante: Municipio do Salvador
Procurador do Município: Gisane Tourinho Dantas
Procurador do Município: Flavia Cardoso Borges Andrade
Apelado: Januaria Avelina Correia do Patrocinio
Relator: Raimundo Sérgio Sales Cafezeiro
Decisão: Procedência. Unânime.
Ementa: APELAÇÃO CÍVEL. EXECUÇÃO FISCAL. IPTU E TAXA DE LIMPEZA PÚBLICA. EXERCÍCIO DE 2008. CITAÇÃO NÃO
REALIZADA. AJUIZAMENTO DEPOIS DA LC Nº 118/2005. PRESCRIÇÃO DIRETA. NÃO OCORRÊNCIA. AÇÃO AJUIZADA DENTRO
DO QUINQUÊNIO LEGAL. PRESCRIÇÃO INTERCORRENTE. NÃO OCORRÊNCIA. CARTA DE CITAÇÃO SOMENTE FOI
EXPEDIDA 4 (QUATRO) ANOS APÓS DETERMINAÇÃO. CORREIO DEVOLVEU CARTA SEM REALIZAÇÃO DA CITAÇÃO.
MUNICÍPIO QUANDO PROVOCADO FORNECEU ENDEREÇO. PROCESSO ESTAGNADO POR FALTA DE IMPULSO OFICIAL.
DEMORA NO CUMPRIMENTO DE ATO JUDICIAL PELA SECRETARIA. INÉRCIA DO PODER JUDICIÁRIO. OFENSA À SÚMULA
106 DO STJ. AFRONTA AOS ARTS. 262 DO CPC/73 E 2º DO CPC/15. SENTENÇA REFORMADA. RECURSO PROVIDO.
0001326-79.2012.8.05.0124 Apelação
Comarca: Salvador
Apelado: João dos Santos Bailhão
Apelante: Banco Bv Financeira
Advogado: Xênia dos Santos Holtz (OAB : 31451/BA)
Advogado: Carla Valoise Oliveira de Avila (OAB : 30470/BA)
Advogado: Marcelo Pimenta de Araújo (OAB : 25063/BA)
Advogado: Ana Maria Gomes dos Santos Mariano (OAB : 38560/BA)
Advogado: Giulio Alvarenga Reale (OAB : 65628/MG)
Relator: Raimundo Sérgio Sales Cafezeiro
Decisão: Negado provimento - Unânime
Ementa: APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO REVISIONAL DE CLÁUSULAS CONTRATUAIS. CONTRATO DE FINANCIAMENTO DE
VEÍCULO. ESTIPULAÇÃO DE JUROS REMUNERATÓRIOS EM PERCENTUAL SUPERIOR A 12% AO ANO. POSSIBILIDADE.
TAXA DE JUROS DEVE-SE AJUSTAR À MÉDIA DE MERCADO. SENTENÇA AJUSTOU JUROS À TAXA DE MERCADO.
IMPOSSIBILIDADE DE APLICAÇÃO DA CAPITALIZAÇÃO DE JUROS. AUSÊNCIA DE PROVA DE PRÉVIA PACTUAÇÃO. COMISSÃO
DE PERMANÊNCIA AFASTADA. AUSÊNCIA DE PROVA DA CONTRATAÇÃO. MULTA MORATÓRIA APLICADA EM CASO DE ATRASO
NO PAGAMENTO. APELO DO BANCO BV FINANCEIRA IMPROVIDO. 1. Nos termos da jurisprudência dominante do STJ, a
estipulação de juros remuneratórios em percentual superior a 12% ao ano, por si só, não indica abusividade. 2. É pacífica
a jurisprudência no sentido de que os contratos regidos pelo Código de Defesa do Consumidor podem ser revistos, desde
que caracterizada a abusividade capaz de colocar em desvantagem exagerada o contratante (art. 51, § 1º, da Lei 8.078/1990).
3. Consolidou-se o entendimento de que devem ser revistos os contratos que destoam da taxa média de mercado apurada
no período da contratação, devendo os juros remuneratórios serem a ela limitados. 4. Impossibilidade de aplicação da
capitalização de juros. 5. Incidência da comissão de permanência afastada. 6. Multa moratória incidirá em caso de atraso no
pagamento. 7. Apelação Cível improvida.
0077927-15.2009.8.05.0001 Apelação
Comarca: Salvador
Apelante: Município de Salvador
Procurador do Município: Gisane Tourinho Dantas
Apelado: Jose Almiro G da Silva
Relator: Raimundo Sérgio Sales Cafezeiro
Decisão: Procedência. Unânime.
Ementa: APELAÇÃO CÍVEL. EXECUÇÃO FISCAL. IPTU E TAXA DE LIMPEZA PÚBLICA. EXERCÍCIO DE 2007. CITAÇÃO NÃO
REALIZADA. AJUIZAMENTO DEPOIS DA LC Nº 118/2005. PRESCRIÇÃO INTERCORRENTE. NÃO OCORRÊNCIA. CORREIO
DEVOLVEU CARTA SEM REALIZAÇÃO DA CITAÇÃO. MUNICÍPIO REQUEREU DILIGÊNCIA. PROCESSO ESTAGNADO POR
FALTA DE IMPULSO OFICIAL POR MAIS DE 5 (CINCO) ANOS. INÉRCIA DO PODER JUDICIÁRIO. OFENSA À SÚMULA 106 DO
STJ. AFRONTA AOS ARTS. 262 DO CPC/73 E 2º DO CPC/15. SENTENÇA REFORMADA. RECURSO PROVIDO.
TJBA – DIÁRIO DA JUSTIÇA ELETRÔNICO – Nº 2.099 - Disponibilização: terça-feira, 13 de março de 2018 Cad 1 / Página 426
0800040-72.2016.8.05.0001 Apelação
Comarca: Salvador
Apelante: Município de Salvador
Procurador do Município: Cristiane Nolasco Monteiro do Rego
Apelado: Dumnorige Lucena Nunes Fernandes
Relator: Raimundo Sérgio Sales Cafezeiro
Decisão: Não-Conhecimento. Unânime.
Ementa: APELAÇÃO CÍVEL. EXECUÇÃO FISCAL. ISS - IMPOSTO SOBRE SERVIÇOS DE QUALQUER NATUREZA. EXERCÍCIOS
DE 2012 E 2013. SENTENÇA QUE EXTINGUIU O FEITO POR FALTA DE INTERESSE DE AGIR, COM FUNDAMENTO NO ART.
330, III E 485 DO CPC. JUÍZO DE ADMISSIBILIDADE RECURSAL. ART. 34 DA 6.830/80. VALOR DE ALÇADA FIXADO EM 50
(CINQUENTA) ORTN - OBRIGAÇÕES REAJUSTÁVEIS DO TESOURO NACIONAL. AÇÃO AJUIZADA EM 10/06/2016 NO VALOR
DE R$ 606,50. STJ NO RESP 1.168.625/MG FIXOU OS PARÂMETROS PARA CORREÇÃO. QUANDO DO AJUIZAMENTO, O
VALOR DE ALÇADA ERA R$ 913,89. VALOR DA EXECUÇÃO INFERIOR AO LIMITE IMPOSTO PELA LEI. IMPOSSIBILIDADE DO
MANEJO DE APELAÇÃO. RECURSO NÃO CONHECIDO.
0839442-97.2015.8.05.0001 Apelação
Comarca: Salvador
Apelante: Município do Salvador
Procurador do Município: Procurador do Município do Salvador
Apelado: Maristela de Azevedo Menezes
Relator: Raimundo Sérgio Sales Cafezeiro
Decisão: Não-Conhecimento. Unânime.
Ementa: APELAÇÃO CÍVEL. EXECUÇÃO FISCAL. ISS - IMPOSTO SOBRE SERVIÇOS DE QUALQUER NATUREZA. EXERCÍCIOS
DE 2012 E 2013. SENTENÇA QUE EXTINGUIU O FEITO POR FALTA DE REQUISITO INDISPENSÁVEL A SUA PROPOSITURA,
COM FUNDAMENTO NO ART. 330, III E ART. 485, I DO CPC. JUÍZO DE ADMISSIBILIDADE RECURSAL. ART. 34 DA LEI 6.830/
80. VALOR DE ALÇADA FIXADO EM 50 (CINQUENTA) ORTN - OBRIGAÇÕES REAJUSTÁVEIS DO TESOURO NACIONAL.
AÇÃO AJUIZADA EM 09/12/2015. NO VALOR DE R$ 734,44. STJ NO RESP 1.168.625/MG FIXOU OS PARÂMETROS PARA
CORREÇÃO. QUANDO DO AJUIZAMENTO, O VALOR DE ALÇADA ERA R$ 873,51. VALOR DA EXECUÇÃO INFERIOR AO
LIMITE IMPOSTO PELA LEI. IMPOSSIBILIDADE DO MANEJO DE APELAÇÃO. RECURSO NÃO CONHECIDO.
0505328-79.2013.8.05.0001 Apelação
Comarca: Salvador
Apelante: Luiz Antonio de Barros
Advogado: Edesio da Silva Pereira (OAB : 41012/BA)
Apelado: Marivalda Marques de Miranda
Apelado: Caio Marques de Miranda Araújo
Advogado: Alene Brandão Orrico (OAB : 16722/BA)
Advogado: Jetro de Freitas Rocha (OAB : 6985/BA)
Apelado: Mapfre Vera Cruz Seguradora Sa
Advogado: Carlos Antonio Harten Filho (OAB : 19357/PE)
Advogado: Thiago Pessoa Rocha (OAB : 29650/PE)
Advogado: Maria Eduarda Paiva (OAB : 40807/PE)
Relator: Raimundo Sérgio Sales Cafezeiro
Decisão: Improcedência. Unânime.
Ementa: APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO INDENIZATÓRIA. ACIDENTE DE TRÂNSITO. DOIS VEÍCULOS ENVOLVIDOS.
IMPOSSIBILIDADE DE PRESUNÇÃO DE CULPA DO MOTORISTA/APELADO QUANTO AO ACIDENTE. ÔNUS DA PROVA DO
AUTOR. AUSÊNCIA DE COMPROVAÇÃO DO DIREITO DO AUTOR/RECORRENTE. SENTENÇA DE IMPROCEDÊNCIA MANTIDA.
RECURSO CONHECIDO E IMPROVIDO.
0373704-38.2012.8.05.0001 Apelação
Comarca: Salvador
Apelante: Sul América Companhia de Seguro Saúde
Advogado: Leandro Coelho Diniz (OAB : 19802/BA)
Apelante: Ivã de Barros Souza
Apelado: Ivã de Barros Souza
Defensor Público: Joseline Maria Mota Barretto
Apelado: Sul América Companhia de Seguro Saúde
Relator: Raimundo Sérgio Sales Cafezeiro
Decisão: Procedência. Unânime.
Ementa: APELAÇÕES SIMULTÂNEAS. AÇÃO DE OBRIGAÇÃO DE FAZER. APLICAÇÃO DO CÓDIGO DE DEFESA DO
CONSUMIDOR. AUSÊNCIA DE PROVA DA INFORMAÇÃO SOBRE CLÁUSULA CONTRATUAL LIMITADORA. DECLARAÇÃO DE
NULIDADE DA REFERIDA CLÁUSULA. DIREITO À SAÚDE GARANTIDO CONSTITUCIONALMENTE. DANO MORAL IN RE
IPSA. ARBITRAMENTO COM BASE NOS PRINCÍPIOS DA PROPORCIONALIDADE E RAZOABILIDADE. SUCUMBÊNCIA DA
EMPRESA DE PLANO DE SAÚDE. CONDENAÇÃO EM HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS. DADO PROVIMENTO AO APELO DE
IVÃ DE BARROS SOUZA. NEGADO PROVIMENTO AO APELO DA SUL AMERICA.
TJBA – DIÁRIO DA JUSTIÇA ELETRÔNICO – Nº 2.099 - Disponibilização: terça-feira, 13 de março de 2018 Cad 1 / Página 427
0567393-42.2015.8.05.0001 Apelação
Comarca: Salvador
Apelante: Jose de Jesus Alves de Souza
Advogado: Tulio Miranda Santos Souza (OAB : 44209/BA)
Apelado: Banco Bradescard S/A
Advogado: Luis Carlos Monteiro Laurenço (OAB : 16780/BA)
Relator: Raimundo Sérgio Sales Cafezeiro
Decisão: Procedência. Unânime.
Ementa: APELAÇÃO. AÇÃO DECLARATÓRIA DE INEXISTÊNCIA DE DÉBITO C/C INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS.
INVERSÃO DO ÔNUS DA PROVA. AUSÊNCIA DE COMPROVAÇÃO DO DÉBITO ALEGADO. INSERÇÃO INDEVIDA NO CADASTRO
DE PROTEÇÃO AO CRÉDITO. DANOS MORAIS ARBITRADOS FORA DOS PARÂMETROS DE RAZOABILIDADE E
PROPORCIONALIDADE. NECESSIDADE DE MAJORAÇÃO. MATÉRIA DE ORDEM PÚBLICA. INCIDÊNCIA DOS JUROS DE
MORA A PARTIR DO EVENTO DANOSO. INTELIGÊNCIA DA SÚMULA 54 DO STJ. APELO PROVIDO. DADO PROVIMENTO.
0575129-77.2016.8.05.0001 Apelação
Comarca: Salvador
Apelante: Marlene Santos da Boa Morte
Advogado: Rodrigo Santos Dutra (OAB : 49024/BA)
Apelado: A Vista S/A Administradora de Cartoes de Crédito
Advogado: Alexandre Fonseca de Melo (OAB : 37906/BA)
Relator: Raimundo Sérgio Sales Cafezeiro
Decisão: Procedência. Unânime.
Ementa: APELAÇÃO. AÇÃO DECLARATÓRIA DE INEXISTÊNCIA DE DÉBITO C/C INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS.
AUSÊNCIA DE COMPROVAÇÃO DO DÉBITO ALEGADO. NECESSIDADE DE MAJORAÇÃO DOS DANOS MORAIS E DA
DECLARAÇÃO DE INEXISTÊNCIA DO DÉBITO. HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS MAJORADOS PARA R$1.500,00. APELO
PROCEDENTE.
0042711-61.2007.8.05.0001 Apelação
Comarca: Salvador
Apelante: Tam Transportes Aereos Regionais S/A
Advogado: EDUARDO LUIZ BROCK (OAB : 91311/SP)
Advogado: Solano de Camargo (OAB : 149754/SP)
Apelado: Gm Serviços Auxiliares de Transporte Aereo Ltda
Apelado: Guilherme da Silva Rezende
Apelado: Marina Pereira dos Santos Rezende
Advogado: Miriam de Almeida Souza (OAB : 6900/BA)
Relator: José Edivaldo Rocha Rotondano
Decisão: Inicialmente deu-se provimento parcial, por maioria, sendo convocados o 4º e o 5º julgadores para composição da
turma ampliada. Resultado definitivo: Deu-se provimento parcial, por maioria, nos termos do voto do Relator.
Ementa: APELAÇÃO CÍVEL EM AÇÃO ORDINÁRIA. REPRESENTAÇÃO COMERCIAL. CONTRATO VIGENTE POR PRAZO
INDETERMINADO POR FORÇA DE LEI. ART. 27, §3º, DA LEI N. 4.886/1965. DISTRATOS QUE NÃO CONFERIAM QUITAÇÃO
POR RECONHECER A PENDÊNCIA DE PRESTAÇÃO DE CONTAS. INVALIDAÇÃO DA SENTENÇA POR CERCEAMENTO DE
DEFESA INVIÁVEL SE AUSENTE PREJUÍZO PARA A PARTE. DANOS DECORRENTES DA RESCISÃO IMOTIVADA DO
CONTRATO. ILEGITIMIDADE DOS SÓCIOS. PRESCRIÇÃO QUINQUENAL. NECESSIDADE DE CÔMPUTO DOS VALORES
ANTECIPADAMENTE PAGOS AO LONGO DA REPRESENTAÇÃO PARA DEFINIR-SE O MONTANTE DEVIDO NA FORMA DO
ART. 27, "J", DA LEI N. 4.886/65. INDENIZAÇÃO POR FALTA DE AVISO PRÉVIO DEVIDO. DANO MORAL VERIFICADO. 1. O
distrato com previsão de que as partes devem realizar a prestação de contas final e o pagamento de eventuais diferenças no
prazo de 30 dias não confere imediata quitação. 2. O art. 27, §3º, da Lei n. 4.886/65 dispõe que se considera por prazo
indeterminado o novo contrato firmado com menos de 6 meses da rescisão do anterior. 3. Não se justifica a invalidação de
um ato viciado se não adveio prejuízo para as partes. Considerando que, independentemente do reconhecimento da validade
dos distratos firmados é certo que não houve efetiva quitação, bem como se observando que o contrato considerava-se por
prazo indeterminado por força de lei, resta injustificável a invalidação da sentença em razão do erro de procedimento
apontado. 4. O sócio não possui legitimidade para postular em juízo indenização por danos causados à pessoa jurídica pelo
afirmado descumprimento de cláusulas contratuais e rescisão imotivada do contrato de representação. 5. O parágrafo único
do art. 44 da Lei n. 4.886/1965 prevê que "Prescreve em cinco anos a ação do representante comercial para pleitear a
retribuição que lhe é devida e os demais direitos que lhe são garantidos por esta lei". 6. A parte autora pleiteia o recebimento
de (i) parcelas devidas e não pagas ao longo de toda a relação de representação, bem como de (ii) indenização pela
rescisão imotivada do contrato. No que se refere à indenização pela rescisão imotivada do contrato, prevista no art. 27, alínea
"j", da Lei n. 4.886/1965, é certo que a base de cálculo para incidência da fração de 1/12 (um doze avos) será o total da
retribuição auferida durante o tempo em que o representante exerceu a representação - e não apenas os valores recebidos
nos cinco anos que antecederam a propositura da demanda. Entretanto, o pedido de pagamento de parcelas devidas e não
pagas ao longo de toda a relação está sujeito à prescrição quinquenal. Precedentes do STJ. 7. Era ônus da representada
produzir prova da configuração de justo motivo para a rescisão do contrato de representação comercial. Não tendo se
desincumbindo desse desiderato, correta a conclusão de que a resilição se deu sem justa causa, de modo que a representante
faz jus ao recebimento das indenizações legalmente previstas. 8. A previsão contratual de pagamento antecipado e mensal
da indenização prevista no art. 27, "j", da Lei n. 4.886/65 não viola disposição legal e corresponde a verdadeiro benefício ao
representante, que ganha a opção de investir os importes relativos à indenização antecipada ou utiliza-lo para favorecer o
seu fluxo de caixa. 9. Restou demonstrado o efetivo recebimento antecipado de parte da indenização devida nos termos da
lei retro citada, de modo que ao declarar a nulidade da cláusula antecipatória e determinar o pagamento da indenização no
importe histórico total de R$682.677,10, a sentença tutelou o enriquecimento ilícito da empresa apelada, ignorando a
demonstração nos autos de que já lhe havia sido paga a quantia de R$607.094,13. 10. Por força do §3o do art. 27 da Lei n.
4.886/65, a avença existente entre as partes vigorava por prazo indeterminado no momento da sua rescisão imotivada pela
representada, sendo devida a indenização a que se refere o art. 34 do mesmo diploma em razão da falta de aviso prévio. 11.
Não há dúvidas de que a pessoa jurídica pode sofrer dano moral, contudo, para a sua configuração, é imprescindível a
demonstração de que houve efetivo abalo à sua esfera extrapatrimonial, à sua honra objetiva. Sem que haja afronta à
reputação, respeitabilidade e credibilidade da empresa, não se pode falar em dano moral. 12. No caso concreto, o rompimento
abrupto do vínculo então estabelecido acarretou, de súbito, as dificuldades financeiras denunciadas pela Apelada nos
autos, tendo, por consequência, o abalo subjetivo à sua honra, na medida em que não pode honrar com o pagamento de
salários a funcionários, tendo cheques devolvidos, sendo alvo de inúmeras reclamações trabalhistas, tudo por fim a
comprometer não só sua reputação em seu ramo de atuação, mas, principalmente, a própria existência da pessoa jurídica.
13. O art. 523 do CPC é claro ao prever a necessidade de requerimento do exequente para instauração da fase de execução,
sendo contra legem a previsão constante no decisum para incidência automática da multa e dos honorários, após o decurso
de 14 (quinze) dias contados do trânsito em julgado. 15. Recurso conhecido e parcialmente provido. Sentença invalidada
nos pontos em que proferida ultra petita e em erro de procedimento, e parcialmente reformada.
Ementa: AGRAVO DE INSTRUMENTO. AÇÃO DE RECUPERAÇÃO JUDICIAL. DECISÃO INTERLOCUTÓRIA QUE DETERMINOU
A DESTITUIÇÃO DO ADMINISTRADOR JUDICIAL, BEM COMO VEDOU O LEVANTAMENTO DOS HONORÁRIOS. PEDIDO
LIMINAR PARA TORNAR SEM EFEITO NOS AUTOS A PARTE QUE SE REFERE A "DESTITUIÇÃO", RETIFICANDO-SE PARA
"SUBSTITUIÇÃO" DO ADMINISTRADOR JUDICIAL, RESTABELECENDO A PERCEPÇÃO DE HONORÁRIOS PELO AGRAVANTE
E PROCEDENDO À IMEDIATA LIBERAÇÃO DOS VALORES À DISPOSIÇÃO DO JUÍZO DE PISO. INTELIGÊNCIA DO ART. 24, §
3º DA LEI 11.101/05. DEFERIDA A LIBERAÇÃO PROPORCIONAL DOS VALORES À DISPOSIÇÃO DO JUÍZO A QUO, À MEDIDA
DOS RELATÓRIOS APRESENTADOS PELO RECORRENTE, ALÉM DA "SUBSTITUIÇÃO" DO ADMINISTRADOR JUDICIAL.
RECURSO CONHECIDO E PARCIALMENTE PROVIDO. DECISÃO REFORMADA EM PARTE.
0570559-82.2015.8.05.0001 Apelação
Comarca: Salvador
Apelante: Virgilio de Paula Tourinho
Advogado: Patricia Alexandra Santos Silva (OAB : 14716/BA)
Advogado: Roberto de Souza Matos Junior (OAB : 15343/BA)
Apelado: Danilo Oliveira Costa
Advogado: Danilo Oliveira Costa (OAB : 19309/BA)
Relator: Baltazar Miranda Saraiva
Decisão: Inicialmente deu-se provimento ao recurso por maioria. Foram convocados o 4º e o 5º julgadores para composição
da turma ampliada. Resultado definitivo: Deu-se provimento ao apelo por maioria.
Ementa: APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO DE COBRANÇA DECORRENTE DE SUPOSTO CONTRATO VERBAL DE MÚTUO. ÔNUS
DO AUTOR DE COMPROVAR A EXISTÊNCIA DO NEGÓCIO JURÍDICO A JUSTIFICAR O DÉBITO COBRADO. E-MAILS
COLACIONADOS AOS AUTOS QUE DEMONSTRAM A EXISTÊNCIA DE TRATATIVAS ENTRE AS PARTES REFERENTES A UMA
INTERMEDIAÇÃO DE INVESTIMENTO. NUMERÁRIO TRANSFERIDO À CONTA CORRENTE DO RÉU. ACIONADO QUE NÃO
SE DESINCUMBIU DO ÔNUS DE COMPROVAR QUE A TRANSFERÊNCIA TERIA SIDO FEITA A TÍTULO DE PAGAMENTO DE
HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS. RESTITUIÇÃO DEVIDA, SOB PENA DE ALBERGAR VERDADEIRO ENRIQUECIMENTO ILÍCITO
POR PARTE DO RECORRIDO. CORREÇÃO MONETÁRIA QUE DEVE INCIDIR A PARTIR DO AJUIZAMENTO DA AÇÃO. JUROS
DE MORA INCIDENTES A PARTIR DA CITAÇÃO. RECURSO CONHECIDO E PARCIALMENTE PROVIDO. SENTENÇA
REFORMADA.
0100333-93.2010.8.05.0001 Apelação
Comarca: Salvador
Apelante: Porto Seguro Companhia de Seguros S/A
Apelante: Seguradora Líder dos Consórcios do Seguro Dpvt S/A
Advogado: Rodrigo Ayres Martins de Oliveira (OAB : 43925/BA)
Apelado: Lucas de Oliveira Matos Soares
Advogado: Camila Trabuco de Oliveira (OAB : 25632/BA)
Relator: Raimundo Sérgio Sales Cafezeiro
Decisão: Dado provimento parcial - Unânime
Ementa: APELAÇÃO CÍVEL. SEGURO DPVAT. DESNECESSIDADE DE INCLUSÃO DA SEGURADORA LÍDER NO POLO PASSIVO
DA DEMANDA. PRELIMINARES DE INÉPCIA DA INICIAL E DE CARÊNCIA DE AÇÃO REJEITADAS. PREJUDICIAL DE MÉRITO
AFASTADA. COMPROVAÇÃO DA INVALIDEZ PERMANENTE DE MEMBRO INFERIOR ESQUERDO ATRAVÉS DE LAUDO PERICIAL
DO IML. EXISTÊNCIA DE VALOR REMANESCENTE A SER PAGO COM BASE NA LEI Nº 6.197/74, LEGISLAÇÃO EM VIGOR À
ÉPOCA DO SINISTRO. SALÁRIO MÍNIMO VIGENTE NO ANO DE 2004. INCIDÊNCIA DA CORREÇÃO MONETÁRIA A PARTIR DO
EVENTO DANOSO. PRECEDENTES DO STJ. PREQUESTIONAMENTO EXPRESSO. DADO PARCIAL PROVIMENTO AO APELO
DA ACIONADA.
conclusão da obra, se o motivo que ensejou o inadimplemento, por parte do comprador, foi o alegado atraso ou se, em
verdade, ele desistiu da compra por não possuir lastro financeiro para continuar arcando com as parcelas do contrato. No
entanto, por se tratar de débito sub judice, deve-se determinar a suspensão de sua cobrança, assim como a Agravada deve
deixar de promover a inscrição do nome do Agravante nos cadastros de inadimplentes, até o julgamento definitivo da lide. IV
- Não é possível determinar que a construtora devolva imediatamente ao Agravante o montante pago para aquisição do
imóvel, por não se tratar de valor tido como incontroverso. Ainda que o Agravante tenha pleiteado a rescisão contratual, sob
o fundamento de que houve atraso injustificado na entrega do imóvel, não há elementos suficientes para comprovar, neste
momento processual, o quanto alegado. A agravada, inclusive, afirma nas contrarrazões que não há qualquer quantia a ser
restituída. Portanto, tal questão deverá ser dirimida em sede de decisão definitiva, por meio de cognição exauriente.
PRELIMINAR REJEITADA AGRAVO DE INSTRUMENTO CONHECIDO E PARCIALMENTE PROVIDO
0536829-46.2016.8.05.0001 Apelação
Comarca: Salvador
Apelante: Liliã Cristine Barbosa Santos
Apelante: Sul America Seguro Saude S/A
Advogado: Angelica Ferreira do Nascimento (OAB : 45187/BA)
Advogado: Lia Maynard Frank Teixeira (OAB : 16891/BA)
Apelado: Liliã Cristine Barbosa Santos
Apelado: Sul America Seguro Saude S/A
Advogado: Thais Fiama Andrade Mirabeau (OAB : 45497/BA)
Advogado: Évane Santiago Borri (OAB : 47082/BA)
Relator: José Edivaldo Rocha Rotondano
TJBA – DIÁRIO DA JUSTIÇA ELETRÔNICO – Nº 2.099 - Disponibilização: terça-feira, 13 de março de 2018 Cad 1 / Página 434
0586554-04.2016.8.05.0001 Apelação
Comarca: Salvador
Apelante: Ricardo de Andrade Mina
Advogado: Cristiane Soares do Nascimento (OAB : 37089/BA)
Advogado: Gilmar Miranda Freire (OAB : 39204/BA)
Apelado: Concessionária Bahia Norte
Advogado: Pedro Jorge Villas Boas Alfredo Guimarães (OAB : 22523/BA)
Advogado: Alice Vila Verde Magalhães (OAB : 40731/BA)
Advogado: Luís Fernando Suzart Pinto (OAB : 17834/BA)
Relator: José Edivaldo Rocha Rotondano
Decisão: Dado provimento - Unânime
Ementa: APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO ORDINÁRIA. DIREITO PROCESSUAL CIVIL. JULGAMENTO ANTECIPADO DO PEDIDO.
IMPOSSIBILIDADE. ACERVO PROBATÓRIO INSUFICIENTE. REQUERIMENTO DE PROVA TESTEMUNHAL. SENTENÇA
ANULADA.
0378398-16.2013.8.05.0001 Apelação
Comarca: Salvador
Apelante: Alvaro Jose Santana Correia
Advogado: Marcelo Brazil Ferreira (OAB : 8837/BA)
Advogado: Adriano Gondim de Matos Couto (OAB : 24760/BA)
Apelado: Axe Transportes Urbanos Ltda
Advogado: Andreia Santos Vidal (OAB : 14379/BA)
Relator: José Edivaldo Rocha Rotondano
Decisão: Negado provimento - Unânime
Ementa: APELAÇÃO CÍVEL. DIREITO ADMINISTRATIVO E DO CONSUMIDOR. ACIDENTE DE TRÂNSITO. EMPRESA
CONCESSIONÁRIA DE SERVIÇO PÚBLICO. ART. 37, §6º DA CRFB. RESPONSABILIDADE OBJETIVA. TEORIA DO RISCO
ADMINISTRATIVO. EXCLUDENTE DE RESPONSABILIDADE. CABIMENTO. ACERVO PROBATÓRIO QUE CORROBORA A CULPA
EXCLUSIVA DA VÍTIMA. NEXO DE CAUSALIDADE ROMPIDO. DEVER DE INDENIZAR AFASTADO. RECURSO IMPROVIDO.
SENTENÇA MANTIDA.
PODER JUDICÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DA BAHIA
Adriana Sales Braga
PUBLICAÇÃO DE DESPACHOS E DECISÕES MONOCRÁTICAS
As matérias versadas no recurso em apreço requerem, desta Corte, decisão que determine o momento a ser considerado
como o termo inicial da contagem do prazo prescricional do IPTU, bem como a a possibilidade de considerar o parcelamento
de ofício da dívida tributária, como causa suspensiva da contagem do lapso prescricional.
Os referidos questionamentos encontram-se em discussão, no âmbito do Superior Tribunal de Justiça, por conta da
interposição dos Recursos Especiais nºs 1.641.011/PA e 1.658.517/PA, pelo Município de Belém, em face dos Acórdãos
proferidos pelo Tribunal de Justiça do Estado do Pará.
A afetação do tema, determinada pela Corte Superior, nos termos do artigo 1.036 e seguintes do Código de Processo Civil,
em ambos os recursos, apresentou a ementa que segue:
"PROCESSUAL CIVIL E TRIBUTÁRIO. REPRESENTATIVO DE CONTROVÉRSIA ADMITIDO PELO TJPA. PROPOSTA DE
AFETAÇÃO. RECURSO ESPECIAL. IPTU. CONTROVÉRSIA ACERCA (I) DO TERMO INICIAL DO PRAZO PRESCRICIONAL DA
COBRANÇA JUDICIAL DO IPTU E (II) DA POSSIBILIDADE DE O PARCELAMENTO DE OFÍCIO DA DÍVIDA TRIBUTÁRIA SER
CONSIDERADO CAUSA SUSPENSIVA DA CONTAGEM DA PRESCRIÇÃO.
1. Delimitação da controvérsia: (i) termo inicial do prazo prescricional da cobrança judicial do Imposto Predial e Territorial
Urbano - IPTU, bem como (ii) sobre a possibilidade de o parcelamento de ofício da dívida tributária ser considerado causa
suspensiva da contagem da prescrição.
2. Recurso Especial afetado ao rito do art. 1.036 e seguintes do CPC/2015 (art. 256-I do RISTJ).
Em seu Relatório, o Ministro Relator dos já mencionados Recursos Especiais destacou:
"A alegação do Fisco de que o acórdão recorrido ofende os arts. 174, 151 e 97, IV do CTN sustenta-se na tese de que a
possibilidade de pagamento do IPTU, de forma parcelada, implica a suspensão da exigibilidade do tributo e,
consequentemente, a suspensão do seu prazo prescricional.
Com efeito, verifica-se que a controvérsia, delimitada de forma clara e precisa, abrange (i) o termo inicial da contagem do
prazo prescricional do IPTU e (ii) a possibilidade de o parcelamento de ofício da dívida tributária ser considerado como
causa suspensiva da contagem da prescrição ; questionamentos cuja solução dispensa a análise do direito local, ou
qualquer exame de questões fáticas.
Dest'arte, diversamente da conclusão do parecer do douto Ministério Público Federal, a mim não me parece que à hipótese
devem incidir os óbices das Súmulas 280, 283 e 284 do STF, ou mesmo da Súmula 7 do STJ, razão pela qual concluo que
o Apelo Nobre merece ser admitido. (...)
Desta maneira, verifica-se que a questão tratada nos autos revela caráter representativo de controvérsia de natureza repetitiva,
razão pela qual afeta-se, ad referendum do egrégio Colegiado, o julgamento do presente Recurso Especial à Primeira
Seção do Superior Tribunal de Justiça, como representativo da controvérsia , nos termos do art. 1.036 e seguintes do CPC/
2015, para firmar o entendimento desta Corte Superior acerca dos seguintes temas:
a) termo inicial do prazo prescricional da cobrança judicial do Imposto Predial e Territorial Urbano - IPTU;
b) possibilidade de o parcelamento de ofício da dívida tributária ser considerado causa suspensiva da contagem da prescrição.
Oficie-se aos Presidentes dos Tribunais de Justiça comunicando a instauração deste procedimento, a fim de que seja
suspensa a tramitação dos processos, individuais ou coletivos, que versem a mesma matéria, de acordo com o disposto no
art. 1.037, II do CPC/2015, facultando-lhes, ainda, a prestação de informações, no prazo de 15 dias, nos termos do § 1o. do
art. 1.038 do CPC/2015. (...)"
À vista da similitude dos objetos recursais, os Recursos Especiais foram afetados à Primeira Seção do STJ, dado o caráter
representativo de controvérsia de natureza repetitiva, visando à harmonização dos entendimentos acerca dos temas citados.
Desta forma, e levando-se em consideração que o objetivo da sistemática do artigo 1.036 do Diploma de Ritos Pátrios é a
tramitação mais célere de processos que possuam controvérsia idêntica, tratando isonomicamente as partes e conferindo
segurança jurídica aos jurisdicionados, especialmente àqueles que se encontram em situações processuais similares,
recomendável é o sobrestamento de todos os recursos que versem sobre o tema em apreciação, até o julgamento dos
Recursos Especiais nºs 1.641.011/PA e 1.658.517/PA.
Em face do exposto, DETERMINO O SOBRESTAMENTO DO RECURSO DE APELAÇÃO, até a pacificação da matéria cadastrada
sob o TEMA REPETITIVO Nº 980, pelo Superior Tribunal de Justiça.
Publique-se. Cumpra-se.
Salvador, 12 de março de 2018.
ADRIANA SALES BRAGA
JUÍZA SUBSTITUTA DE 2º GRAU - RELATORA
A afetação do tema, determinada pela Corte Superior, nos termos do artigo 1.036 e seguintes do Código de Processo Civil,
em ambos os recursos, apresentou a ementa que segue:
"PROCESSUAL CIVIL E TRIBUTÁRIO. REPRESENTATIVO DE CONTROVÉRSIA ADMITIDO PELO TJPA. PROPOSTA DE
AFETAÇÃO. RECURSO ESPECIAL. IPTU. CONTROVÉRSIA ACERCA (I) DO TERMO INICIAL DO PRAZO PRESCRICIONAL DA
COBRANÇA JUDICIAL DO IPTU E (II) DA POSSIBILIDADE DE O PARCELAMENTO DE OFÍCIO DA DÍVIDA TRIBUTÁRIA SER
CONSIDERADO CAUSA SUSPENSIVA DA CONTAGEM DA PRESCRIÇÃO.
1. Delimitação da controvérsia: (i) termo inicial do prazo prescricional da cobrança judicial do Imposto Predial e Territorial
Urbano - IPTU, bem como (ii) sobre a possibilidade de o parcelamento de ofício da dívida tributária ser considerado causa
suspensiva da contagem da prescrição.
2. Recurso Especial afetado ao rito do art. 1.036 e seguintes do CPC/2015 (art. 256-I do RISTJ).
Em seu Relatório, o Ministro Relator dos já mencionados Recursos Especiais destacou:
"A alegação do Fisco de que o acórdão recorrido ofende os arts. 174, 151 e 97, IV do CTN sustenta-se na tese de que a
possibilidade de pagamento do IPTU, de forma parcelada, implica a suspensão da exigibilidade do tributo e,
consequentemente, a suspensão do seu prazo prescricional.
Com efeito, verifica-se que a controvérsia, delimitada de forma clara e precisa, abrange (i) o termo inicial da contagem do
prazo prescricional do IPTU e (ii) a possibilidade de o parcelamento de ofício da dívida tributária ser considerado como
causa suspensiva da contagem da prescrição ; questionamentos cuja solução dispensa a análise do direito local, ou
qualquer exame de questões fáticas.
Dest'arte, diversamente da conclusão do parecer do douto Ministério Público Federal, a mim não me parece que à hipótese
devem incidir os óbices das Súmulas 280, 283 e 284 do STF, ou mesmo da Súmula 7 do STJ, razão pela qual concluo que
o Apelo Nobre merece ser admitido. (...)
Desta maneira, verifica-se que a questão tratada nos autos revela caráter representativo de controvérsia de natureza repetitiva,
razão pela qual afeta-se, ad referendum do egrégio Colegiado, o julgamento do presente Recurso Especial à Primeira
Seção do Superior Tribunal de Justiça, como representativo da controvérsia , nos termos do art. 1.036 e seguintes do CPC/
2015, para firmar o entendimento desta Corte Superior acerca dos seguintes temas:
a) termo inicial do prazo prescricional da cobrança judicial do Imposto Predial e Territorial Urbano - IPTU;
b) possibilidade de o parcelamento de ofício da dívida tributária ser considerado causa suspensiva da contagem da prescrição.
Oficie-se aos Presidentes dos Tribunais de Justiça comunicando a instauração deste procedimento, a fim de que seja
suspensa a tramitação dos processos, individuais ou coletivos, que versem a mesma matéria, de acordo com o disposto no
art. 1.037, II do CPC/2015, facultando-lhes, ainda, a prestação de informações, no prazo de 15 dias, nos termos do § 1o. do
art. 1.038 do CPC/2015. (...)"
À vista da similitude dos objetos recursais, os Recursos Especiais foram afetados à Primeira Seção do STJ, dado o caráter
representativo de controvérsia de natureza repetitiva, visando à harmonização dos entendimentos acerca dos temas citados.
Desta forma, e levando-se em consideração que o objetivo da sistemática do artigo 1.036 do Diploma de Ritos Pátrios é a
tramitação mais célere de processos que possuam controvérsia idêntica, tratando isonomicamente as partes e conferindo
segurança jurídica aos jurisdicionados, especialmente àqueles que se encontram em situações processuais similares,
recomendável é o sobrestamento de todos os recursos que versem sobre o tema em apreciação, até o julgamento dos
Recursos Especiais nºs 1.641.011/PA e 1.658.517/PA.
Em face do exposto, DETERMINO O SOBRESTAMENTO DO RECURSO DE APELAÇÃO, até a pacificação da matéria cadastrada
sob o TEMA REPETITIVO Nº 980, pelo Superior Tribunal de Justiça.
Publique-se. Cumpra-se.
Salvador, 12 de março de 2018.
ADRIANA SALES BRAGA
JUÍZA SUBSTITUTA DE 2º GRAU - RELATORA
1. Delimitação da controvérsia: (i) termo inicial do prazo prescricional da cobrança judicial do Imposto Predial e Territorial
Urbano - IPTU, bem como (ii) sobre a possibilidade de o parcelamento de ofício da dívida tributária ser considerado causa
suspensiva da contagem da prescrição.
2. Recurso Especial afetado ao rito do art. 1.036 e seguintes do CPC/2015 (art. 256-I do RISTJ).
Em seu Relatório, o Ministro Relator dos já mencionados Recursos Especiais destacou:
"A alegação do Fisco de que o acórdão recorrido ofende os arts. 174, 151 e 97, IV do CTN sustenta-se na tese de que a
possibilidade de pagamento do IPTU, de forma parcelada, implica a suspensão da exigibilidade do tributo e,
consequentemente, a suspensão do seu prazo prescricional.
Com efeito, verifica-se que a controvérsia, delimitada de forma clara e precisa, abrange (i) o termo inicial da contagem do
prazo prescricional do IPTU e (ii) a possibilidade de o parcelamento de ofício da dívida tributária ser considerado como
causa suspensiva da contagem da prescrição ; questionamentos cuja solução dispensa a análise do direito local, ou
qualquer exame de questões fáticas.
Dest'arte, diversamente da conclusão do parecer do douto Ministério Público Federal, a mim não me parece que à hipótese
devem incidir os óbices das Súmulas 280, 283 e 284 do STF, ou mesmo da Súmula 7 do STJ, razão pela qual concluo que
o Apelo Nobre merece ser admitido. (...)
Desta maneira, verifica-se que a questão tratada nos autos revela caráter representativo de controvérsia de natureza repetitiva,
razão pela qual afeta-se, ad referendum do egrégio Colegiado, o julgamento do presente Recurso Especial à Primeira
Seção do Superior Tribunal de Justiça, como representativo da controvérsia , nos termos do art. 1.036 e seguintes do CPC/
2015, para firmar o entendimento desta Corte Superior acerca dos seguintes temas:
a) termo inicial do prazo prescricional da cobrança judicial do Imposto Predial e Territorial Urbano - IPTU;
b) possibilidade de o parcelamento de ofício da dívida tributária ser considerado causa suspensiva da contagem da prescrição.
Oficie-se aos Presidentes dos Tribunais de Justiça comunicando a instauração deste procedimento, a fim de que seja
suspensa a tramitação dos processos, individuais ou coletivos, que versem a mesma matéria, de acordo com o disposto no
art. 1.037, II do CPC/2015, facultando-lhes, ainda, a prestação de informações, no prazo de 15 dias, nos termos do § 1o. do
art. 1.038 do CPC/2015. (...)"
À vista da similitude dos objetos recursais, os Recursos Especiais foram afetados à Primeira Seção do STJ, dado o caráter
representativo de controvérsia de natureza repetitiva, visando à harmonização dos entendimentos acerca dos temas citados.
Desta forma, e levando-se em consideração que o objetivo da sistemática do artigo 1.036 do Diploma de Ritos Pátrios é a
tramitação mais célere de processos que possuam controvérsia idêntica, tratando isonomicamente as partes e conferindo
segurança jurídica aos jurisdicionados, especialmente àqueles que se encontram em situações processuais similares,
recomendável é o sobrestamento de todos os recursos que versem sobre o tema em apreciação, até o julgamento dos
Recursos Especiais nºs 1.641.011/PA e 1.658.517/PA.
Em face do exposto, DETERMINO O SOBRESTAMENTO DO RECURSO DE APELAÇÃO, até a pacificação da matéria cadastrada
sob o TEMA REPETITIVO Nº 980, pelo Superior Tribunal de Justiça.
Publique-se. Cumpra-se.
Salvador, 12 de março de 2018.
ADRIANA SALES BRAGA
JUÍZA SUBSTITUTA DE 2º GRAU - RELATORA
"A alegação do Fisco de que o acórdão recorrido ofende os arts. 174, 151 e 97, IV do CTN sustenta-se na tese de que a
possibilidade de pagamento do IPTU, de forma parcelada, implica a suspensão da exigibilidade do tributo e,
consequentemente, a suspensão do seu prazo prescricional.
Com efeito, verifica-se que a controvérsia, delimitada de forma clara e precisa, abrange (i) o termo inicial da contagem do
prazo prescricional do IPTU e (ii) a possibilidade de o parcelamento de ofício da dívida tributária ser considerado como
causa suspensiva da contagem da prescrição ; questionamentos cuja solução dispensa a análise do direito local, ou
qualquer exame de questões fáticas.
Dest'arte, diversamente da conclusão do parecer do douto Ministério Público Federal, a mim não me parece que à hipótese
devem incidir os óbices das Súmulas 280, 283 e 284 do STF, ou mesmo da Súmula 7 do STJ, razão pela qual concluo que
o Apelo Nobre merece ser admitido. (...)
Desta maneira, verifica-se que a questão tratada nos autos revela caráter representativo de controvérsia de natureza repetitiva,
razão pela qual afeta-se, ad referendum do egrégio Colegiado, o julgamento do presente Recurso Especial à Primeira
Seção do Superior Tribunal de Justiça, como representativo da controvérsia , nos termos do art. 1.036 e seguintes do CPC/
2015, para firmar o entendimento desta Corte Superior acerca dos seguintes temas:
a) termo inicial do prazo prescricional da cobrança judicial do Imposto Predial e Territorial Urbano - IPTU;
b) possibilidade de o parcelamento de ofício da dívida tributária ser considerado causa suspensiva da contagem da prescrição.
Oficie-se aos Presidentes dos Tribunais de Justiça comunicando a instauração deste procedimento, a fim de que seja
suspensa a tramitação dos processos, individuais ou coletivos, que versem a mesma matéria, de acordo com o disposto no
art. 1.037, II do CPC/2015, facultando-lhes, ainda, a prestação de informações, no prazo de 15 dias, nos termos do § 1o. do
art. 1.038 do CPC/2015. (...)"
À vista da similitude dos objetos recursais, os Recursos Especiais foram afetados à Primeira Seção do STJ, dado o caráter
representativo de controvérsia de natureza repetitiva, visando à harmonização dos entendimentos acerca dos temas citados.
Desta forma, e levando-se em consideração que o objetivo da sistemática do artigo 1.036 do Diploma de Ritos Pátrios é a
tramitação mais célere de processos que possuam controvérsia idêntica, tratando isonomicamente as partes e conferindo
segurança jurídica aos jurisdicionados, especialmente àqueles que se encontram em situações processuais similares,
recomendável é o sobrestamento de todos os recursos que versem sobre o tema em apreciação, até o julgamento dos
Recursos Especiais nºs 1.641.011/PA e 1.658.517/PA.
Em face do exposto, DETERMINO O SOBRESTAMENTO DO RECURSO DE APELAÇÃO, até a pacificação da matéria cadastrada
sob o TEMA REPETITIVO Nº 980, pelo Superior Tribunal de Justiça.
Publique-se. Cumpra-se.
Salvador, 12 de março de 2018.
ADRIANA SALES BRAGA
JUÍZA SUBSTITUTA DE 2º GRAU - RELATORA
Dest'arte, diversamente da conclusão do parecer do douto Ministério Público Federal, a mim não me parece que à hipótese
devem incidir os óbices das Súmulas 280, 283 e 284 do STF, ou mesmo da Súmula 7 do STJ, razão pela qual concluo que
o Apelo Nobre merece ser admitido. (...)
Desta maneira, verifica-se que a questão tratada nos autos revela caráter representativo de controvérsia de natureza repetitiva,
razão pela qual afeta-se, ad referendum do egrégio Colegiado, o julgamento do presente Recurso Especial à Primeira
Seção do Superior Tribunal de Justiça, como representativo da controvérsia , nos termos do art. 1.036 e seguintes do CPC/
2015, para firmar o entendimento desta Corte Superior acerca dos seguintes temas:
a) termo inicial do prazo prescricional da cobrança judicial do Imposto Predial e Territorial Urbano - IPTU;
b) possibilidade de o parcelamento de ofício da dívida tributária ser considerado causa suspensiva da contagem da prescrição.
Oficie-se aos Presidentes dos Tribunais de Justiça comunicando a instauração deste procedimento, a fim de que seja
suspensa a tramitação dos processos, individuais ou coletivos, que versem a mesma matéria, de acordo com o disposto no
art. 1.037, II do CPC/2015, facultando-lhes, ainda, a prestação de informações, no prazo de 15 dias, nos termos do § 1o. do
art. 1.038 do CPC/2015. (...)"
À vista da similitude dos objetos recursais, os Recursos Especiais foram afetados à Primeira Seção do STJ, dado o caráter
representativo de controvérsia de natureza repetitiva, visando à harmonização dos entendimentos acerca dos temas citados.
Desta forma, e levando-se em consideração que o objetivo da sistemática do artigo 1.036 do Diploma de Ritos Pátrios é a
tramitação mais célere de processos que possuam controvérsia idêntica, tratando isonomicamente as partes e conferindo
segurança jurídica aos jurisdicionados, especialmente àqueles que se encontram em situações processuais similares,
recomendável é o sobrestamento de todos os recursos que versem sobre o tema em apreciação, até o julgamento dos
Recursos Especiais nºs 1.641.011/PA e 1.658.517/PA.
Em face do exposto, DETERMINO O SOBRESTAMENTO DO RECURSO DE APELAÇÃO, até a pacificação da matéria cadastrada
sob o TEMA REPETITIVO Nº 980, pelo Superior Tribunal de Justiça.
Publique-se. Cumpra-se.
Salvador, 12 de março de 2018.
ADRIANA SALES BRAGA
JUÍZA SUBSTITUTA DE 2º GRAU
RELATORA
a) termo inicial do prazo prescricional da cobrança judicial do Imposto Predial e Territorial Urbano - IPTU;
b) possibilidade de o parcelamento de ofício da dívida tributária ser considerado causa suspensiva da contagem da prescrição.
Oficie-se aos Presidentes dos Tribunais de Justiça comunicando a instauração deste procedimento, a fim de que seja
suspensa a tramitação dos processos, individuais ou coletivos, que versem a mesma matéria, de acordo com o disposto no
art. 1.037, II do CPC/2015, facultando-lhes, ainda, a prestação de informações, no prazo de 15 dias, nos termos do § 1o. do
art. 1.038 do CPC/2015. (...)"
À vista da similitude dos objetos recursais, os Recursos Especiais foram afetados à Primeira Seção do STJ, dado o caráter
representativo de controvérsia de natureza repetitiva, visando à harmonização dos entendimentos acerca dos temas citados.
Desta forma, e levando-se em consideração que o objetivo da sistemática do artigo 1.036 do Diploma de Ritos Pátrios é a
tramitação mais célere de processos que possuam controvérsia idêntica, tratando isonomicamente as partes e conferindo
segurança jurídica aos jurisdicionados, especialmente àqueles que se encontram em situações processuais similares,
recomendável é o sobrestamento de todos os recursos que versem sobre o tema em apreciação, até o julgamento dos
Recursos Especiais nºs 1.641.011/PA.
Em face do exposto, DETERMINO O SOBRESTAMENTO DO RECURSO DE APELAÇÃO, até a pacificação da matéria cadastrada
sob o TEMA REPETITIVO Nº 980, pelo Superior Tribunal de Justiça, inclusive de outros créditos tributários incluídos na CDA,
por evidente impossibilidade de cisão do julgamento, considerando tratar-se de processo físico.
Publique-se. Cumpra-se.
Salvador, 12 de março de 2018.
ADRIANA SALES BRAGA
JUÍZA SUBSTITUTA DE 2º GRAU
RELATORA
À vista da similitude dos objetos recursais, os Recursos Especiais foram afetados à Primeira Seção do STJ, dado o caráter
representativo de controvérsia de natureza repetitiva, visando à harmonização dos entendimentos acerca dos temas citados.
Desta forma, e levando-se em consideração que o objetivo da sistemática do artigo 1.036 do Diploma de Ritos Pátrios é a
tramitação mais célere de processos que possuam controvérsia idêntica, tratando isonomicamente as partes e conferindo
segurança jurídica aos jurisdicionados, especialmente àqueles que se encontram em situações processuais similares,
recomendável é o sobrestamento de todos os recursos que versem sobre o tema em apreciação, até o julgamento dos
Recursos Especiais nºs 1.641.011/PA e 1.658.517/PA.
Em face do exposto, DETERMINO O SOBRESTAMENTO DO RECURSO DE APELAÇÃO, até a pacificação da matéria cadastrada
sob o TEMA REPETITIVO Nº 980, pelo Superior Tribunal de Justiça, inclusive de outros créditos tributários incluídos na CDA,
por evidente impossibilidade de cisão do julgamento, considerando tratar-se de processo físico.
Publique-se. Cumpra-se.
Salvador, 12 de março de 2018.
ADRIANA SALES BRAGA
JUÍZA SUBSTITUTA DE 2º GRAU
RELATORA
Em face do exposto, DETERMINO O SOBRESTAMENTO DO RECURSO DE APELAÇÃO, até a pacificação da matéria cadastrada sob
o TEMA REPETITIVO Nº 980, pelo Superior Tribunal de Justiça, inclusive de outros créditos tributários incluídos na CDA, por evidente
impossibilidade de cisão do julgamento, considerando tratar-se de processo físico.
Publique-se. Cumpra-se.
Salvador, 12 de março de 2018.
ADRIANA SALES BRAGA
JUÍZA SUBSTITUTA DE 2º GRAU -
RELATORA
SEÇÃO CRIMINAL
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DA BAHIA
SEÇÃO CRIMINAL
PUBLICAÇÃO DE ACÓRDÃOS
PROCESSOS JULGADOS NA SESSÃO DE 7 de Março de 2018
Suscitado: Juiz de Direito da Vara dos Feitos Relativos A Delitos Praticados Por Organização Criminosa da Comarca de
Salvador
Relator: Nágila Maria Sales Brito
Decisão: Procedência. Unânime. Declara Competente o Juízo de Direito da Vara dos Feitos Relativos a Delitos Praticados
por Organização Criminosa da Comarca de Salvador/Ba.
Ementa: PROCESSUAL PENAL. CONFLITO NEGATIVO DE JURISDIÇÃO. SUSCITANTE O JUIZ DE DIREITO DA 3ª VARA
CRIME DA COMARCA DE VITÓRIA DA CONQUISTA E SUSCITADO O JUIZ DE DIREITO DA VARA DOS FEITOS RELATIVOS A
DELITOS PRATICADOS POR ORGANIZAÇÃO CRIMINOSA DA COMARCA DE SALVADOR. COMPETÊNCIA DETERMINADA EM
RAZÃO DA MATÉRIA, NOS TERMOS DO ART. 1°, § 1°, DA LEI FEDERAL N° 12.850/2013. ORGANIZAÇÃO CRIMINOSA
CONHECIDA COMO "BONDE DO NEM BOMBA". DEMONSTRAÇÃO DOS REQUISITOS. CONFLITO JULGADO PROCEDENTE
PARA DECLARAR COMPETENTE O JUIZ DE DIREITO DA VARA DOS FEITOS RELATIVOS A DELITOS PRATICADOS POR
ORGANIZAÇÃO CRIMINOSA DA COMARCA DE SALVADOR.
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DA BAHIA
Des. Nilson Soares Castelo Branco Seção Criminal
DESPACHO
8004020-53.2018.8.05.0000 Conflito De Jurisdição
Jurisdição: Tribunal De Justiça
Suscitante: Juízo Da 2ª Vara Criminal Da Comarca De Ilhéus
Suscitado: Juízo Da 3ª Vara Do Sistema De Juizados Da Comarca De Ilhéus
Despacho:
Vistos.
Ao perlustrar os autos, verifico que o Juízo Suscitado não tem conhecimento da manifestação de fls. 08/13 (ID 773731), razão
pela qual, considerando o disposto no art. 239 do RITJ/BA, determino, com urgência, a requisição de informações ao MM.
Juízo de Direito da 3ª Vara do Sistema dos Juizados Especiais da Comarca de Ilhéus/Ba, a serem prestadas no prazo de 05
(cinco) dias, encaminhando-se cópia da decisão acima referida.
TJBA – DIÁRIO DA JUSTIÇA ELETRÔNICO – Nº 2.099 - Disponibilização: terça-feira, 13 de março de 2018 Cad 1 / Página 445
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DA BAHIA
Des. Nilson Soares Castelo Branco Seção Criminal
DESPACHO
8003277-43.2018.8.05.0000 Revisão Criminal
Jurisdição: Tribunal De Justiça
Requerente: L. B. F.
Advogado: Gelson Antonio De Oliveira (OAB:0038768/BA)
Requerido: O. E. D. B.
Despacho:
Vistos.
Encaminhem-se os autos à douta Procuradoria de Justiça para elaboração de parecer opinativo.
Após, voltem-me conclusos.
Salvador, 12 de março de 2018.
Des. Nilson Castelo Branco
Relator
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DA BAHIA
Des. Eserval Rocha Seção Criminal
DESPACHO
8004040-44.2018.8.05.0000 Revisão Criminal
Jurisdição: Tribunal De Justiça
Requerente: Agnaldo Pereira Dos Santos
Requerido: Presidente Do Tribunal De Justiça Do Estado Da Bahia
Requerido: Ministerio Publico Do Estado Da Bahia
Despacho:
Cuida-se de revisão criminal, articulada por meio de petição manuscrita, em cujo âmbito não se identificam os requisitos
processuais necessários ao seu prosseguimento, especialmente porque, além de não instruída com documentos idôneos,
o discurso nela vazado não logra desvelar, de forma clara, hipótese que possa fazer periclitar a coisa julgada.
Conquanto intentos desta natureza estejam, ab initio, fadados ao malogro, determino, em observância à garantia constitucional
do status libertatis, a remessa à Defensoria Pública do Estado, para que examine o teor da inicial - em que se argumenta,
na diretiva do seu acolhimento, a suposta presença dos elemento exigidos pelo artigo 621, III, do Código de Processo Penal
-, e, a seu juízo, eventualmente promova o encaminhamento regular do feito.
Cumpra-se. P. e I.
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DA BAHIA
Des. Abelardo Paulo da Matta Neto Seção Criminal
DESPACHO
8004025-75.2018.8.05.0000 Conflito De Jurisdição
Jurisdição: Tribunal De Justiça
Suscitante: Juízo Da 2ª Vara Criminal Da Comarca De Ilhéus
Suscitado: Juízo Da 2ª Vara Do Sistema De Juizados Cíveis E Criminais Da Comarca De Ilhéus
Custos Legis: Ministerio Publico
Despacho:
DESPACHO
TJBA – DIÁRIO DA JUSTIÇA ELETRÔNICO – Nº 2.099 - Disponibilização: terça-feira, 13 de março de 2018 Cad 1 / Página 446
O Ministério Público ofertou denúncia, em desfavor de Altembergue Lopes de Matos, perante o juízo de direito do Sistema de
Juizados Especiais Criminais da Comarca de Ilhéus/Ba, que declinou a competência, ao argumento de impossibilidade de
prosseguimento com citação editalícia na especializada, na forma do art. 66, da Lei 9.099/95.
Ocorre, no entanto, que o juiz de direito da 2ª Vara Crime da Comarca de Ilhéus, para onde o processo foi redistribuído, se
declarou incompetente para processar e julgar o feito, alegando que não foram realizadas todas as tentativas de localização
e/ou obtenção de outros endereços da ré.
Desta forma, tratando-se de conflito negativo de competência, determino que sejam solicitadas as informações à autoridade
suscitada, para que as preste no prazo de 05 ( cinco) dias, consoante regra prevista no art. 239 do Regimento Interno do
Tribunal de Justiça da Bahia.
Art. 239 - Suscitado o conflito de competência ou de atribuições, o Relator requisitará informações às autoridades em
conflito, que ainda não as tiverem prestado. As informações serão prestadas no prazo marcado pelo Relator.
Após, encaminhem-se os autos à Procuradoria de Justiça para emissão de Parecer, com fulcro no art. 241 do RITJ.
Publique-se. Intimem-se.
Salvador/BA, 09 de março de 2018.
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DA BAHIA
Des. Luiz Fernando Lima Seção Criminal
DESPACHO
8004033-52.2018.8.05.0000 Conflito De Jurisdição
Jurisdição: Tribunal De Justiça
Suscitante: Juízo Da 2ª Vara Criminal Da Comarca De Ilhéus
Suscitado: Juízo Da 2ª Vara Do Sistema De Juizados Cíveis E Criminais Da Comarca De Ilhéus
Despacho:
Dê-se vosta dos autos à Procuradoria de Justiça.
Publique-se. Cumpra-se.
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DA BAHIA
Luiz Fernando Lima
PUBLICAÇÃO DE DESPACHOS E DECISÕES MONOCRÁTICAS
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DA BAHIA
Luiz Fernando Lima
PUBLICAÇÃO DE DESPACHOS E DECISÕES MONOCRÁTICAS
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DA BAHIA
Des. Luiz Fernando Lima Primeira Criminal
DESPACHO
8001299-65.2017.8.05.0000 Habeas Corpus
Jurisdição: Tribunal De Justiça
Impetrado: Secretario De Administração Penitenciária E Ressocilização
Impetrante: Gersoni Pascoa De Jesus
Advogado: Joao Paulo Reboucas Valenca (OAB:0043370/BA)
Despacho:
Intime-se o Impetrante, via DJe, para que, em 05 dias, indique, de forma clara e direta, quem é a autoridade impetrada no
presente mandamus.
Publique-se.
0516366-54.2014.8.05.0001 Apelação
Apelante : Ministério Público do Estado da Bahia
Promotor : Airton Juarez Chastinet Mascarenhas Júnior
Apelante : Atila Rodrigues de Souza
Def. Público : Silvana Abreu Sampaio
Apelado : Ministério Público do Estado da Bahia
Apelado : Atila Rodrigues de Souza
Encaminhem-se os autos à douta Procuradoria de Justiça, para emissão de parecer conclusivo. Após, retornem-me conclusos.
Publique-se. Intime-se.
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DA BAHIA
Luiz Fernando Lima
PUBLICAÇÃO DE DESPACHOS E DECISÕES MONOCRÁTICAS
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DA BAHIA
Luiz Fernando Lima
PUBLICAÇÃO DE DESPACHOS E DECISÕES MONOCRÁTICAS
0000049-05.2016.8.05.0151 Apelação
Apelante : Marcos Paulo de Souza Santana
Advogado : Mario Cezar Bispo Alves (OAB: 45455/BA)
Apelado : Ministério Público do Estado da Bahia
Promotor : Vera Leilane M. A. de Souza
Encaminhem-se os autos à Defensoria Pública do Estado da Bahia, para apresentação das razões do recurso de apelação,
haja vista que o último advogado nomeado para este fim (fls. 269v.) formulou pedido de desistência (fls. 272/288), mas não
houve manifestação do réu, conforme certidão de fls. 301v. Publique-se. Cumpra-se.
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DA BAHIA
Luiz Fernando Lima
PUBLICAÇÃO DE DESPACHOS E DECISÕES MONOCRÁTICAS
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DA BAHIA
Luiz Fernando Lima
PUBLICAÇÃO DE DESPACHOS E DECISÕES MONOCRÁTICAS
0520245-64.2017.8.05.0001 Apelação
Apelante : JO Locadora de Veiculos - Nome Fantasia Santa Fé Veiculos Ltda
Advogado : Carlos Brasilio Amorim de Freitas (OAB: 8956/BA)
Procurador : Aderbal Simões Barreto
Luiz Fernando Lima
Considerando que o advogado da Ré apresentou suas razões às fls. 49/59 do processo digital, oficie-se o Juízo da Vara dos
Feitos Relativos a Delitos Praticados por Organização Criminosa da Comarca de Salvador, para que proceda a intimação do
representante do Ministério Público, objetivando o oferecimento das respectivas contrarrazões. Cumprida a diligência ora
determinada, retornando-se os autos, dê-se nova vista à douta Procuradoria de Justiça, oportunizando a emissão do seu
parecer. Confiro ao presente despacho força de ofício. Publique-se. Cumpra-se.
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DA BAHIA
Marivalda Almeida Moutinho
PUBLICAÇÃO DE DESPACHOS E DECISÕES MONOCRÁTICAS
0504531-51.2016.8.05.0146 Apelação
Apelante : Francisclener da Silva
Def. Público : Defensoria Publica
Apelado : Ministerio Publico do Estado da Bahia
Promotor : Sammuel de Oliveira Luna
Procurador : Elza Maria de Souza
Marivalda Almeida Moutinho
Converto o feito em diligência, para determinar a expedição de ofício ao MM. Juízo a quo requisitando a mídia de gravação
audiovisual da audiência de instrução realizada em 27/11/2017. Em seguida, abra-se vista à douta Procuradoria de Justiça.
Após, voltem-me conclusos.
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DA BAHIA
Marivalda Almeida Moutinho
PUBLICAÇÃO DE DESPACHOS E DECISÕES MONOCRÁTICAS
0504595-93.2016.8.05.0103 Apelação
Apelante : Jorge Magno Arouca Bezerra
Advogado : Kellyn Silva Santos Araujo (OAB: 23549/BA)
Advogado : Cosme Araujo Santos (OAB: 7800/BA)
Proc. Justiça : Wanda Valbiraci Caldas Figueiredo
Apelado : Ministério Público do Estado da Bahia
Marivalda Almeida Moutinho
Converto o feito em diligência, para determinar a expedição de ofício ao MM. Juízo a quo requisitando a mídia de gravação
audiovisual da audiência de instrução realizada em 21/13/2017. Em seguida, abra-se vista à douta Procuradoria de Justiça.
Após, voltem-me conclusos.
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DA BAHIA
Primeira Câmara Criminal - Primeira Turma
PUBLICAÇÃO DE ACÓRDÃOS
PROCESSOS JULGADOS NA SESSÃO DE 06 de março de 2018
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DA BAHIA
1ª Câmara Criminal - 1ª Turma
PAUTA DE JULGAMENTO
Processos que deverão ser julgados pelos Desembargadores integrantes da 1ª Câmara Criminal - 1ª Turma do Tribunal de
Justiça do Estado da Bahia na sessão Ordinária a realizar-se em 20/03/2018 às 13:30 , no Tribunal de Justiça da Bahia, 5ª
Av. do CAB, n. 560, Salvador/BA - Brasil - CEP 41745-971.
Na forma do art. 183, §§2º e 3º, do RITJBA, com a redação dada pela emenda regimental n. 12, disponibilizada no DJe de 31
de março de 2016, os advogados poderão apresentar pedido de julgamento presencial, com ou sem sustentação oral, até
30 (trinta) minutos antes do início da sessão de julgamento, dirigido ao Presidente do Órgão Julgador e entregue ao Diretor
da respectiva Secretaria. Tratando-se de habeas corpus, o pedido de preferência com sustentação oral poderá ser formulado
até o início da sessão, salvo quando o Relator apresentar o habeas corpus para julgamento após a sessão ter sido iniciada,
quando o pleito poderá ser formulado até o anúncio do julgamento do processo.
TJBA – DIÁRIO DA JUSTIÇA ELETRÔNICO – Nº 2.099 - Disponibilização: terça-feira, 13 de março de 2018 Cad 1 / Página 451
Integrantes da Turma:
1-0501702-02.2016.8.05.0113Apelação
Comarca : Itabuna
Apelante : Joseane Dias Santos
Advogado : Wellington Rodrigues de Matos (OAB: 14928/BA)
Apelado : Ministério Público
Procª. Justiça : Tania Regina Oliveira Campos
Relator : Ivone Bessa Ramos
Revisor : Aracy Lima Borges
2-0000349-86.2015.8.05.0058Apelação
Comarca : Cipó
Apelante : Audijhones da Silva Santos
Advogado : Ubiratan Queiroz Duarte (OAB: 10587/BA)
Apelado : Ministério Público do Estado da Bahia
Promotor : Pollyanna Quintela Falconery
Procurador : Maria Adelia Bonelli
Relator : Ivone Bessa Ramos
Revisor : Aracy Lima Borges
3-0502182-75.2016.8.05.0146Apelação
Comarca : Juazeiro
Apelante : Valdenor Andrade dos Santos
Def. Público : Defensoria Pública do Estado da Bahia
Apelado : Ministério Público do Estado da Bahia
Promotor : Raimundo Moinhos
Procuradora : Luiza Pamponet Sampaio Ramos
Relator : Ivone Bessa Ramos
Revisor : Aracy Lima Borges
4-0502475-47.2016.8.05.0113Apelação
Comarca : Itabuna
Apelante : Rafael Clemetino dos Santos
Defª. Pública : Livia Silva de Almeida
Apelado : Ministerio Publico do Estado da Bahia
Promotor : Allan Santos Goes
Procuradora : Maryjane Auxiliadora Alves Caldas Coutinho
Relator : Ivone Bessa Ramos
Revisor : Aracy Lima Borges
5-0500803-02.2016.8.05.0146Apelação
Comarca : Juazeiro
Apelante : Jose Sebastião da Silva
Def. Público : Defensor Público
Proc. Justiça : Eny Magalhães Silva
Apelado : Ministerio Publico
Promotor : Sammuel de Oliveira Luna
Relator : Ivone Bessa Ramos
Revisor :
6-0304151-47.2013.8.05.0039Apelação
Comarca : Camaçari
Apelante : Egmar Dionísio dos Santos
Def. Público : Defensoria Pública do Estado da Bahia
Apelado : Ministério Público do Estado da Bahia
Promotor : Promotor de Justiça do Estado da Bahia
Procurador : Aurea Lúcia
Relator : Ivone Bessa Ramos
Revisor : Aracy Lima Borges
TJBA – DIÁRIO DA JUSTIÇA ELETRÔNICO – Nº 2.099 - Disponibilização: terça-feira, 13 de março de 2018 Cad 1 / Página 452
8-0501758-51.2014.8.05.0001Apelação
Comarca : Salvador
Apelante : Gilson Souza Santos
Def. Público : Defensoria Pública do Estado da Bahia
Apelado : Ministério Público do Estado da Bahia
Promotor : Promotor de Justiça do Estado da Bahia
Procurador : Aurea Lucia Souza Sampaio Loepp
Relator : Ivone Bessa Ramos
Revisor : Aracy Lima Borges
9-0023679-65.2010.8.05.0001Apelação
Comarca : Salvador
Apelante : Thiago Sampaio Santos
Advogado : Taciano Cordeiro Filho (OAB: 12140/BA)
Advogado : Itanna Carneiro Rios (OAB: 33072/BA)
Advogado : Carlos Alberto Nascimento Sampaio (OAB: 31005/BA)
Apelante : Anderson da Silva Pereira
Advogado : Ana Maria Costa (OAB: 5581/BA)
Apelado : '''Ministério Público
Promotora : Maria Das Gracas Polli
Estagiário : Elvison Chagas Camara
Procurador : Silvana Oliveira Almeida
Relator : Ivone Bessa Ramos
Revisor : Aracy Lima Borges
10-0408366-28.2012.8.05.0001Apelação
Comarca : Salvador
Apelante : Bruno Calazans Santos de Souza
Apelante : Jideilson Nascimento Teixeira
Advogado : Matheus de Lima Protázio (OAB: 33819/BA)
Apelante : Ricardo Santos Valerio
Apelado : Ministério Público do Estado da Bahia
Procurador : João Paulo Cardoso de Oliveira
Relator : Ivone Bessa Ramos
Revisor : Aracy Lima Borges
11-0352268-86.2013.8.05.0001Apelação
Comarca : Salvador
Apelante : Rodrigo Santos de Jesus
Proc. Justiça : Maria Adélia Bonelli
Apelante : Danilo Silva Pereira
Def. Público : Defensoria Publica do Estado da Bahia
Apelado : Ministerio Publico
Procurador : Eny Magalhães Silva
Relator : Luiz Fernando Lima
Revisor : Aracy Lima Borges
12-0565633-24.2016.8.05.0001Apelação
Comarca : Salvador
Apelante : Eberson Santana dos Santos
Advogado : Marcelo Bonfim dos Santos (OAB: 46857/BA)
Apelado : Ministerio Publico
Promotor : Arx Thadeu Aragão
Promotor : Marcos Pontes
Procurador : Nivaldo dos Santos Aquino
Relator : Luiz Fernando Lima
Revisor : Ivone Bessa Ramos
TJBA – DIÁRIO DA JUSTIÇA ELETRÔNICO – Nº 2.099 - Disponibilização: terça-feira, 13 de março de 2018 Cad 1 / Página 453
13-0503551-74.2017.8.05.0274Apelação
Comarca : Vitória da Conquista
Apelante : Juan Carlos Avila Garcia
Advogado : Sadraque José Serafim Ribeiro (OAB: 51868/BA)
Apelado : Ministerio Publico do Estado da Bahia
Promotor : Marcelo Pinto de Araujo
Procurador : Daniel de Souza Oliveira Neto
Relator : Luiz Fernando Lima
Revisor : Ivone Bessa Ramos
14-0515897-03.2017.8.05.0001Apelação
Comarca : Salvador
Apelante : Uendel dos Santos da Costa
Advogado : Toni Tompson Moraes (OAB: 49712/BA)
Apelado : Ministério Público do Estado da Bahia
Procurador : Daniel de Souza Oliveira Neto
Relator : Luiz Fernando Lima
Revisor : Ivone Bessa Ramos
15-0535725-53.2015.8.05.0001Apelação
Comarca : Salvador
Apelante : Renato Vasconcelos de Santana
Def. Público : Defensoria Publica do Estado da Bahia
Apelado : Ministerio Publico do Estado da Bahia
Procuradora : Tânia Regina Oliveira Campos
Relator : Luiz Fernando Lima
Revisor : Ivone Bessa Ramos
16-0302769-84.2014.8.05.0103Apelação
Comarca : Ilhéus
Apelante : Joselito Francisco dos Santos Junior
Def. Público : Defensoria Publico
Apelado : Ministerio Publico do Estado da Bahia
Procurador : Daniel de Souza Oliveira Neto
Relator : Luiz Fernando Lima
Revisor : Ivone Bessa Ramos
17-0034220-26.2011.8.05.0001Apelação
Comarca : Salvador
Apelante : Marcos Abinadb de Santana Dias
Def. Público : Defensoria Publica do Estado da Bahia
Apelado : Ministerio Publico
Procurador : Antonio Carlos Oliveira Carvalho
Relator : Luiz Fernando Lima
Revisor : Ivone Bessa Ramos
18-0000159-04.2016.8.05.0151Apelação
Comarca : Lençóis
Apelante : Edilson Souza Santos
Advogado : Eloisio Ursulino Santana (OAB: 44152/BA)
Apelado : Ministerio Publico
Promotor : Vera Leilane M. A. de Souza
Procurador : Daniel de Souza Oliveira Neto
Relator : Aracy Lima Borges
Revisor : Nartir Dantas Weber
19-0000472-40.2007.8.05.0228Apelação
Comarca : Santo Amaro
Apelante : Ministerio Publico
Promotor : Cleide Ramos Reis
Apelado : Roque de Jesus
Advogado : Yuri Alves Bastos (OAB: 25855/BA)
Procurador : Maria de Fátima Campos da Cunha
Relator : Aracy Lima Borges
Revisor :
TJBA – DIÁRIO DA JUSTIÇA ELETRÔNICO – Nº 2.099 - Disponibilização: terça-feira, 13 de março de 2018 Cad 1 / Página 454
20-0000183-23.2017.8.05.0175Apelação
Comarca : Mutuípe
Apelante : Isaque de Jesus Silva
Advogado : Cicero Antônio Leite Novais (OAB: 41592/BA)
Proc. Justiça : Daniel de Souza Oliveira Neto
Apelado : Ministério Público do Estado da Bahia
Promotor : Lucas da Silva Santana
Relator : Aracy Lima Borges
Revisor : Nartir Dantas Weber
21-0572796-55.2016.8.05.0001Apelação
Comarca : Salvador
Apelante : Jimi de Aquino Silva
Def. Público : Defensoria Publica
Apelante : Ministerio Publico
Promotor : Promotoria Publica
Apelado : Ministerio Publico
Apelado : Jimi de Aquino Sliva
Procurador : Antonio Carlos Oliveira Carvalho
Relator : Aracy Lima Borges
Revisor : Nartir Dantas Weber
22-0004618-74.2010.8.05.0146Apelação
Comarca : Juazeiro
Apelante : Cicero Batista da Silva
Advogado : Sebastião José Leite dos Santos Filho (OAB: 26474DP/E)
Proc. Justiça : Maria Adélia Bonelli
Apelado : Ministerio Publico
Promotor : Mariana Tejo. M de Oliveira
Relator : Aracy Lima Borges
Revisor :
23-0529143-03.2016.8.05.0001Apelação
Comarca : Salvador
Apelante : '''Ministério Público
Proc. Justiça : Lais Teles Ferreira
Apelado : Gilfer dos Santos Nascimento
Advogado : Ana Carolina Landeiro Passos (OAB: 17217/BA)
Advogado : Alano Bernardes Frank (OAB: 15387/BA)
Ass. Acusação : Roque Aras
Advogado : Luiz Augusto Reis de Azevedo Coutinho (OAB: 14129/BA)
Ass. Acusação : Antonio Otto Correia Pipolo
Advogado : Vanessa Pereira Valinas Borges Carvalho (OAB: 38475/BA)
Procurador : Daniel de Souza Oliveira Neto
Relator : Luiz Fernando Lima
Revisor : Ivone Bessa Ramos
25-0006224-19.2010.8.05.0250Apelação
Comarca : Simões Filho
Apelante : Ana Silva Batista
Apelante : Nayara Sildagio Cantor
Apelante : Creusa Passos da Silva
Apelante : Jamile Norma Florencio da Mota
Def. Público : Defensor Público
Apelado : Ministerio Publico
Proc. Justiça : Maria de Fatima Campos da Cunha
Relator : Nartir Dantas Weber
Revisor : Marivalda Almeida Moutinho
TJBA – DIÁRIO DA JUSTIÇA ELETRÔNICO – Nº 2.099 - Disponibilização: terça-feira, 13 de março de 2018 Cad 1 / Página 455
27-0328696-04.2013.8.05.0001Apelação
Comarca : Salvador
Apelante : Luis Claudio dos Santos Dias
Def. Público : Defensoria Pública do Estado da Bahia
Proc. Justiça : Sônia Maria da Silva Brito
Apelado : Ministério Público do Estado da Bahia
Procurador : Sonia Maria da Silva Brito
Relator : Nartir Dantas Weber
Revisor : Marivalda Almeida Moutinho
28-0515024-08.2014.8.05.0001Apelação
Comarca : Salvador
Apelante : Juremar de Oliveira
Defensor : Defensor Público
Apelado : Ministério Público
Promotora : Eugênia Jardim e Silva
Procurador : Aderbal Simões Barreto
Relator : Nartir Dantas Weber
Revisor : Marivalda Almeida Moutinho
29-0366739-10.2013.8.05.0001Apelação
Comarca : Salvador
Apelante : Jaime dos Santos Santana
Def. Público : Defensoria Publica do Estado da Bahia
Apelado : Ministerio Publico
Procuradora : Scheila Cerqueira Suzart
Relator : Nartir Dantas Weber
Revisor : Marivalda Almeida Moutinho
30-0556359-07.2014.8.05.0001Apelação
Comarca : Salvador
Apelante : Marcos Pereira da Silva
Defª. Pública : Marina Ramos Ferreira Pimenta
Apelado : Ministério Público do Estado da Bahia
Promotor : Fernando Lins
Procurador : Maria Augusta Almeida Cidreira Reis
Relator : Nartir Dantas Weber
Revisor : Marivalda Almeida Moutinho
31-0568117-12.2016.8.05.0001Apelação
Comarca : Salvador
Apelante : Ministério Público do Estado da Bahia
Promotor : Promotor de Justiça
Apelado : Jenilson Barbosa Cruz
Apelado : Denilson Oliveira de Carvalho
Def. Público : Defensoria Publica do Estado da Bahia
Relator : Aracy Lima Borges
Revisor : Nartir Dantas Weber
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DA BAHIA
PRIMEIRA CÂMARA CRIMINAL - PRIMEIRA TURMA
PUBLICAÇÃO DE ACÓRDÃOS
PROCESSOS JULGADOS NA SESSÃO DE 6 de Março de 2018
de encontro ao seu outro filho, de 03 anos de idade, tentando matá-lo, jogando-o debaixo de um ônibus em movimento,
sobrevivendo por circunstâncias alheias a vontade do agente. Por fim, tentou contra a própria vida, jogando-se debaixo de
um caminhão em movimento, que desviou e não o atingiu. II. Paciente preso desde 24/01/2014. Atualmente custodiado no
Conjunto Penal de Eunápolis. Denúncia recebida em 14/03/2014. Instaurado incidente de insanidade Mental em 14/03/
2014. Exame de Sanidade Mental realizado em 2017. II. Sustenta a configuração de constrangimento ilegal por excesso de
prazo, vez que já ultrapassados 03 (três) anos e o paciente ainda não foi encaminhado ao Hospital de Custódia e Tratamento
(HCT) para realização do exame de sanidade mental, estando a ação penal suspensa e o mesmo preso à disposição da
Autoridade indigitada Coatora. III. Quanto ao aduzido excesso prazal, em que pese a dilação do prazo para realização do
exame de sanidade mental no ora paciente, deve-se atentar às peculiaridades do caso, a complexidade do feito, bem como
ao fato deste estar preso em outra Comarca, Conjunto Penal de Eunápolis, necessitando de deslocamento até o Hospital de
Custódia e Tratamento de Salvador para submissão à perícia. IV. O paciente já foi devidamente examinado, sendo concluído
pelos peritos psiquiatras que "não encontramos no periciando qualquer sinal indicativo que estivesse acometido à época do
evento delituoso de qualquer distúrbio de natureza psiquiátrica que possa ter interferido na sua capacidade de entendimento
e autodeterminação, estando portanto inteiramente preservadas tais capacidades." (fls. 98) V. Excesso de prazo superado.
VI. Cumpre destacar que restam ainda presentes os requisitos da prisão preventiva, diante da gravidade dos delitos (homicídio
qualificado, estupro de vulnerável e tentativa de homicídio qualificado) e do modus operandi empregado, vez que o ora
paciente supostamente estuprou e ceifou a vida de sua própria filha de 12 anos de idade e logo após, foi de encontro ao seu
outro filho, de 03 anos de idade, tentando matá-lo, jogando-o debaixo de um ônibus em movimento. VII. Presente, ainda, o
requisito da conveniência da instrução criminal, vez que a integridade física e psicológica da vítima sobrevivente (filho menor)
estará em risco diante da soltura do paciente, tendo ele supostamente atentado contra a vida desse infante que sobreviveu
por circunstâncias alheias a sua vontade. VIII. Parecer ministerial pelo conhecimento e denegação da ordem. IX. ORDEM
CONHECIDA E DENEGADA, recomendando-se à Autoridade indigitada Coatora que envide esforços, para que, tão logo,
proceda-se ao julgamento do incidente de insanidade mental instaurado, prosseguindo-se a ação penal originária.
o apurado, na data referida o denunciado, molestou a menor, praticando com ela atos libidinosos diversos da conjunção
carnal, consistentes em penetração anal e em colocar dedo em sua vagina, aproveitou-se do fato de se encontrar sozinho
com a vítima e seu outro filho, também menor, obrigou os menores a tomarem banho juntos, e após ordenou que o filho
fosse para o quarto, para então forçar a vítima, sob ameaça e com emprego de violência, a praticar atos libidinosos diversos
da conjunção carnal. 1. A ausência de realização da audiência de custódia, por si só, não é capaz de ensejar a ilegalidade da
prisão do paciente, se as suas garantias constitucionais foram devidamente observadas, sendo a prisão decretada e
posteriormente mantida, em estrita observância aos dispositivos do Código de Processo penal, ficando superada a questão.
Precedentes. 2. O mandamus pretende ainda desconstituir a prisão cautelar que restringe a liberdade do réu, invocando
para tanto, suposta coação ilegal por excesso de prazo, em decorrência de estarem os autos conclusos para sentença, sem
que a Juíza profira a sua decisão. Infere-se, no entanto, que a sentença foi prolatada em 08.02.2018, conforme consulta ao
e - SAJ (autos digitais), tendo sido o paciente condenado a pena de 15 (quinze) anos de reclusão, a ser cumprida no regime
inicial fechado. Dessa forma, não cabe mais a alegação de constrangimento ilegal em face do excesso de prazo, bem como
sobre esse tema já há pacífica manifestação dos Tribunais Superiores. Eventuais retardos verificados no curso do processo
restam superados, consoante iterativa jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça, consolidadas nos verbetes sumulares
21 e 52. 3. Não há também como se cogitar na subsistência de impugnação à prisão preventiva, mormente quando se
verifica haver o MM. Juízo impetrado, prolatado sentença condenatória em desfavor do paciente, e após a análise dos
requisitos presentes no art. 312 do Código de Processo Penal, entendeu mantidos os fundamentos que conferiram supedâneo
ao decreto de prisão preventiva do ora paciente, ou seja, na gravidade concreta do delito, na garantia da ordem pública, bem
como lastreado no fato do réu ter respondido preso a todo o processo, razão pela qual negou-lhe o direito de recorrer em
liberdade. 4. Nesse viés, a orientação pacificada nas Cortes Superiores é no sentido de que não há lógica em deferir ao
condenado o direito de recorrer solto quando permaneceu preso durante a persecução criminal, se persistem os motivos
para a segregação preventiva, como no caso. 5. Parecer da Procuradoria de Justiça pela denegação. III - ORDEM CONHECIDA
E DENEGADA.
Ementa: EMENTA: HABEAS CORPUS. PROCESSUAL PENAL. ASSOCIAÇÃO PARA O TRÁFICO DE DROGAS. ART. 35 DA LEI
Nº 11.343/2006. PACIENTE PRESO EM 06/10/2017. DESNECESSIDADE DA CUSTÓDIA CAUTELAR. NECESSIDADE DE
GARANTIR A ORDEM PÚBLICA. RISCO DE REITERAÇÃO DELITIVA. REQUISITOS AUTORIZADORES DA PRISÃO PREVENTIVA
DEMONSTRADOS. ORDEM CONHECIDA E DENEGADA. 1. Compulsando os autos, nota-se a imprescindibilidade da custódia
cautelar de Cleuber Meira dos Santos no atual momento processual, estando suficientemente fundamentada, em
consonância com o que dispõe o art. 312 do Código de Processo Penal. 2. De acordo com os elementos que constam dos
autos, após interceptações telefônicas, legalmente autorizadas, o paciente foi apontado como integrante de associação
para o tráfico de drogas na Comarca de Barra/BA, bem como nos municípios próximos, crimes praticados ao longo do ano
de 2017. 3. Das provas colhidas evidencia-se que o paciente estava associado para o cometimento de crime de tráfico de
drogas, sendo apontado como negociador das drogas juntamente com o corréu Marcelo Pereira Marques, mostrando
portanto, que a custódia é mesmo devida para o fim de acautelar o meio social, evitando, inclusive, a reprodução de fatos
criminosos da mesma natureza. É cediço que o tráfico de drogas, prática execrável que vem crescendo copiosamente no
país, desencadeia uma série de situações reprováveis na sociedade, fomentando, inclusive, a execução de diversos outros
ilícitos, contribuindo ainda para o alastramento de um severo problema de saúde pública. Logo, faz-se imperiosa a contenção
de novos ilícitos desta natureza. 4. Parecer ministerial opinando pela denegação da ordem. ORDEM CONHECIDA E DENEGADA
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DA BAHIA
PRIMEIRA CÂMARA CRIMINAL - PRIMEIRA TURMA
PUBLICAÇÃO DE ACÓRDÃOS
PROCESSOS JULGADOS NA SESSÃO DE 6 de Março de 2018
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DA BAHIA
PRIMEIRA CÂMARA CRIMINAL - PRIMEIRA TURMA
PUBLICAÇÃO DE ACÓRDÃOS
PROCESSOS JULGADOS NA SESSÃO DE 6 de Março de 2018
Ementa: EMENTA: PENAL E PROCESSO PENAL. HABEAS CORPUS LIBERATÓRIO. TRÁFICO E ASSOCIAÇÃO PARA O
TRÁFICO DE DROGAS: ARTIGOS 33 E 35 DA LEI N.º 11.343/2006. TESES DE DESNECESSIDADE DA MEDIDA EXTREMA, DE
AUSÊNCIA DE FUNDAMENTAÇÃO CONCRETA DO DECRETO PREVENTIVO E DE AFRONTA AO PRINCÍPIO DA
HOMOGENEIDADE. POSTERIOR REVOGAÇÃO DA PRISÃO PREVENTIVA DO PACIENTE PELA AUTORIDADE DITA COATORA.
EXPEDIÇÃO DO ALVARÁ DE SOLTURA. PERDA SUPERVENIENTE DO INTERESSE DE AGIR. INTELIGÊNCIA DO ARTIGO 659
DO CPPB. ORDEM PREJUDICADA.
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DA BAHIA
Desa. Aracy Lima Borges - 1ª Câmara Crime 1ª Turma
DESPACHO
8004493-39.2018.8.05.0000 Agravo De Execução Penal
Jurisdição: Tribunal De Justiça
Agravante: Jose Orlando Evangelista Silva
Advogado: Pamella Lima Da Silva Neves (OAB:0052011/BA)
Agravado: Ministerio Publico Do Estado Da Bahia
Despacho:
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DA BAHIA
Primeira Câmara Criminal 1ª Turma
________________________________________
Processo: AGRAVO DE EXECUÇÃO PENAL n. 8004493-39.2018.8.05.0000
Órgão Julgador: Primeira Câmara Criminal 1ª Turma
AGRAVANTE: JOSE ORLANDO EVANGELISTA SILVA
Advogado(s): PAMELLA LIMA DA SILVA NEVES (OAB:0052011/BA)
AGRAVADO: MINISTERIO PUBLICO DO ESTADO DA BAHIA
Advogado(s):
DESPACHO
Vistos, etc.
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DA BAHIA
Des. Luiz Fernando Lima - 1ª Câmara Crime 1ª Turma
DECISÃO
8002386-22.2018.8.05.0000 Habeas Corpus
Jurisdição: Tribunal De Justiça
Impetrante: Antonio Queiroz Sampaio Filho
Advogado: Antonio Queiroz Sampaio Filho (OAB:0043779/BA)
Impetrado: 1ª Vice Presidência Do Tribunal De Justiça Da Bahia
Decisão:
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DA BAHIA
Primeira Câmara Criminal 1ª Turma
________________________________________
Processo: HABEAS CORPUS n. 8002386-22.2018.8.05.0000
Órgão Julgador: Primeira Câmara Criminal 1ª Turma
IMPETRANTE: ANTONIO QUEIROZ SAMPAIO FILHO
Advogado(s): ANTONIO QUEIROZ SAMPAIO FILHO (OAB:0043779/BA)
IMPETRADO: 1ª VICE PRESIDÊNCIA DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DA BAHIA
Advogado(s):
DECISÃO
Vistos etc.
Cuida-se de Habeas Corpus tombado sob o nº 8002386-22.2018.8.05.0000, impetrado em favor do Paciente ELISSANDRO
DA SILVA SANTOS, com o seguinte pedido:
"Salientando ainda, que diante da impossibilidade do pagamento da fiança arbitrada por parte do Paciente e seus familiares,
peço data máxima vênia, para requerer a EXTINÇÃO DA FIANÇA ARBITRADA OU A REDUÇÃO A 01 (UM) SALARIO MÍNIMO, por
motivo da carência manifestada, com fulcro no artigo 350 do Código de Processo Penal."
Considerando a impetração de Writ anterior (8002362-91.208.8.05.0000), cuja liminar foi concedida, onde reduziu-se a
fiança ao valor de 01 (um) salário mínimo, o então Paciente já se encontra em liberdade provisória, consoante requerido.
Cediço que ocorre a litispendência quando se reproduz ação idêntica a outra que já está em curso.
Tendo em vista a existência de um Habeas Corpus anterior, idêntico à presente Ação mandamental, com as mesmas partes,
a mesma causa de pedir e o mesmo pedido, EXTINGO o presente processo, sem resolução do mérito, por litispendência.
Decorrido o prazo recursal, arquivem-se os autos.
Publique-se. Intimem-se. Cumpra-se.
Salvador, 07 de março de 2018.
Des. Luiz Fernando Lima
Relator
A08-ASA
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DA BAHIA
Des. Luiz Fernando Lima - 1ª Câmara Crime 1ª Turma
DESPACHO
8003797-03.2018.8.05.0000 Habeas Corpus
Jurisdição: Tribunal De Justiça
Impetrante: Defensoria Publica Do Estado Da Bahia
Impetrado: Vara Crime De Palmas De Monte Alto
Impetrante: Defensoria Pública Do Estado Do Mato Grosso - Núcleo De Rondonópolis
Despacho:
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DA BAHIA
Primeira Câmara Criminal 1ª Turma
________________________________________
Processo: HABEAS CORPUS n. 8003797-03.2018.8.05.0000
Órgão Julgador: Primeira Câmara Criminal 1ª Turma
IMPETRANTE: DEFENSORIA PÚBLICA DO ESTADO DO MATO GROSSO - NÚCLEO DE RONDONÓPOLIS
Advogado(s):
IMPETRADO: vara crime de Palmas de Monte Alto
Advogado(s):
DESPACHO
TJBA – DIÁRIO DA JUSTIÇA ELETRÔNICO – Nº 2.099 - Disponibilização: terça-feira, 13 de março de 2018 Cad 1 / Página 468
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DA BAHIA
Des. Luiz Fernando Lima - 1ª Câmara Crime 1ª Turma
DESPACHO
8002177-53.2018.8.05.0000 Habeas Corpus
Jurisdição: Tribunal De Justiça
Paciente: Raimundo Borges Dos Reis
Advogado: Larissa Carregosa De Carvalho Santana (OAB:0054872/BA)
Impetrado: Vara Do Tribunal Do Júri De Camaçari
Despacho:
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DA BAHIA
Primeira Câmara Criminal 1ª Turma
________________________________________
Processo: HABEAS CORPUS n. 8002177-53.2018.8.05.0000
Órgão Julgador: Primeira Câmara Criminal 1ª Turma
PACIENTE: RAIMUNDO BORGES DOS REIS
Advogado(s): LARISSA CARREGOSA DE CARVALHO SANTANA (OAB:0054872/BA)
IMPETRADO: Vara do Tribunal do Júri de Camaçari
Advogado(s):
DESPACHO
Aguarde-se a resposta ao pedido de informações.
Publique-se.
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DA BAHIA
Des. Luiz Fernando Lima - 1ª Câmara Crime 1ª Turma
DESPACHO
8003954-73.2018.8.05.0000 Habeas Corpus
Jurisdição: Tribunal De Justiça
Paciente: Carlson Souza Da Franca
Advogado: Jose Henrique Abbade Dos Reis (OAB:0035136/BA)
Impetrado: Juízo Da Vara Crime De Sapeaçu
Despacho:
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DA BAHIA
Primeira Câmara Criminal 1ª Turma
________________________________________
Processo: HABEAS CORPUS n. 8003954-73.2018.8.05.0000
Órgão Julgador: Primeira Câmara Criminal 1ª Turma
PACIENTE: CARLSON SOUZA DA FRANCA
Advogado(s): JOSE HENRIQUE ABBADE DOS REIS (OAB:0035136/BA)
IMPETRADO: Juízo da Vara Crime de Sapeaçu
Advogado(s):
DESPACHO
Aguarde-se a resposta ao pedido de informações.
Publique-se.
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DA BAHIA
Des. Luiz Fernando Lima - 1ª Câmara Crime 1ª Turma
DESPACHO
8001192-84.2018.8.05.0000 Habeas Corpus
Jurisdição: Tribunal De Justiça
Paciente: Juvencio Fernandes Nascimento Junior
Advogado: Paulo Cesar Pires (OAB:1220400A/BA)
Impetrado: Magistrada Do Núcleo De Prisão Em Flagrante
Impetrado: 3ª Vara Criminal Da Comarca De Salvador
Despacho:
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DA BAHIA
Primeira Câmara Criminal 1ª Turma
________________________________________
Processo: HABEAS CORPUS n. 8001192-84.2018.8.05.0000
Órgão Julgador: Primeira Câmara Criminal 1ª Turma
PACIENTE: JUVENCIO FERNANDES NASCIMENTO JUNIOR
Advogado(s): PAULO CESAR PIRES (OAB:1220400A/BA)
IMPETRADO: MAGISTRADA DO NÚCLEO DE PRISÃO EM FLAGRANTE e outros
Advogado(s):
DESPACHO
Remetam-se os autos à Procuradoria de Justiça.
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DA BAHIA
Des. Luiz Fernando Lima - 1ª Câmara Crime 1ª Turma
DECISÃO
8001545-27.2018.8.05.0000 Habeas Corpus
Jurisdição: Tribunal De Justiça
Paciente: Ricardo Miguel Dos Santos
Advogado: Leandro Cerqueira Rochedo (OAB:0027472/BA)
Impetrado: 1 Vara Criminal Da Comarca De Itapetinga
Decisão:
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DA BAHIA
Primeira Câmara Criminal 1ª Turma
________________________________________
Processo: HABEAS CORPUS n. 8001545-27.2018.8.05.0000
Órgão Julgador: Primeira Câmara Criminal 1ª Turma
PACIENTE: RICARDO MIGUEL DOS SANTOS
Advogado(s): LEANDRO CERQUEIRA ROCHEDO (OAB:0027472/BA)
IMPETRADO: 1 vara criminal da comarca de itapetinga
Advogado(s):
DECISÃO
Trata-se de pedido formulado pela ORDEM DOS ADVOGADOS DO BRASIL, SECIONAL DO ESTADO DA BAHIA, com o objetivo
de ingressar no feito na condição de amicus curiae. sob a premissa de que a impetração envolve o interesse institucional
dos advogados.
Com a devida venia, a pretensão deve ser rejeitada, pois a pretendida intervenção, em sede de habeas corpus, na qualidade
de amicus curiae ou até mesmo de assistente, além de não possuir amparo legal, é refutada pela jurisprudência dos
Tribunais Superiores:
"HABEAS CORPUS. QUESTÃO PRELIMINAR. PEDIDO DE ASSISTÊNCIA FORMULADO PELO CONSELHO FEDERAL DA
OAB. INDEFERIMENTO. MÉRITO DA IMPETRAÇÃO. (…) 1. A pretendida intervenção, em sede de habeas corpus, seja na
qualidade de assistente ou de amicus curiae, além de não possuir amparo legal, é refutada pela jurisprudência do Supremo
Tribunal Federal e do Superior Tribunal de Justiça. Assim, não obstante a impetração tenha por escopo o trancamento da
ação penal em relação a dois advogados inscritos nos quadros da Ordem dos Advogados do Brasil, por ter sido formulado
em sede de habeas corpus, a hipótese é de indeferimento do pedido de ingresso do Conselho Federal da OAB na qualidade
TJBA – DIÁRIO DA JUSTIÇA ELETRÔNICO – Nº 2.099 - Disponibilização: terça-feira, 13 de março de 2018 Cad 1 / Página 470
de assistente dos pacientes. (...)." (STJ - HC 377.453/RJ, Rel. Ministro REYNALDO SOARES DA FONSECA, QUINTA TURMA,
julgado em 28/03/2017, DJe 05/04/2017)
Nesse contexto, não se admite a intervenção de terceiros no habeas corpus, pois trata-se de ação constitucional de rito
célere e caráter personalíssimo, dedicado a proteger o direito de liberdade das pessoas, não se prestando, portanto, como
mecanismo para a tutela de interesses corporativos.
Ante o exposto, INDEFIRO o pedido de intervenção feito pela OAB/BA.
Intimem-se. Após, voltem-me os autos conclusos para julgamento.
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DA BAHIA
Des. Luiz Fernando Lima - 1ª Câmara Crime 1ª Turma
DECISÃO
8004422-37.2018.8.05.0000 Habeas Corpus
Jurisdição: Tribunal De Justiça
Impetrante: Defensoria Publica Do Estado Da Bahia
Impetrado: Juízo Da 2ª Vara Criminal Da Comarca De Itabuna
Decisão:
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DA BAHIA
Primeira Câmara Criminal 1ª Turma
________________________________________
Processo: HABEAS CORPUS n. 8004422-37.2018.8.05.0000
Órgão Julgador: Primeira Câmara Criminal 1ª Turma
IMPETRANTE: DEFENSORIA PUBLICA DO ESTADO DA BAHIA
Advogado(s):
IMPETRADO: Juízo da 2ª Vara Criminal da Comarca de Itabuna
Advogado(s):
DECISÃO
Trata-se de habeas corpus, com pedido liminar, impetrado pela DEFENSORIA PÚBLICA DO ESTADO DA BAHIA em favor do
paciente BRUNO EVANGELISTA SANTOS, em que apontam como autoridade coatora o MM. Juiz de Direito da 2ª Vara Criminal
da Comarca de Itabuna (processo n° 0300476-72.2018.805.0113).
Relata a Impetrantea que o Paceinte foi preso em flagrante no dia 08/02/2018, sendo acusado da prática do crime previsto
no art. 157 c/c art. 14, do Código Penal, sendo o flagrante convertido em prisão preventiva quando da realização de audiência
de custódia.
Nesse sentido, asseverou que a decisão que decretou a preventiva carece de fundamentos concretos, limitando-se a
"defender o cabimento da prisão cautelar em razão "do histórico processual criminal do autuado" que apontaria para a
"probabilidade de reiteração criminosa, impondo-se a decretação da prisão preventiva com vistas à preservação da ordem
pública", sem, no entanto, debruçar-se sobre quais elementos descritos pelo art. 312, do CPP, justificariam a custodia
cautelar do réu".
Disse mais que o paciente é primário, possui residência fixa e ocupação lícita, requerendo, assim, a concessão de ordem
liminar de soltura, a ser confirmada quando da apreciação do mérito do mandamus.
É o relatório.
Como se sabe, a concessão de liminar em processo de habeas corpus é medida excepcional, somente admissível quando,
inequivocamente, demonstrada a ilegalidade do ato impugnado e evidenciados o periculum in mora, entendido como a
efetiva possibilidade de lesão grave, e de difícil ou impossível reparação, e o fumus boni iuris, ou seja, a plausibilidade do
direito subjetivo postulado.
Nessa vertente, apreciando os documentos do presente mandamus, verifico que o acolhimento da medida liminar não se
mostra possível, pois ausente o fumus boni iuris exigido, tendo em vista que a narrativa posta na inicial não aponta para
ilegalidade gritante.
Ante o exposto, indefiro o pedido de liminar.
Solicitem-se informações à autoridade apontada como coatora, ressaltando-se que esta Corte deverá ser noticiada de
qualquer alteração no quadro fático atinente ao tema objeto desta impetração, podendo as informações ser enviadas via e-
mail institucional (lflima@tjba.jus.br). Requeira-se, ainda, caso o processo seja digital, senha para acesso aos andamentos
processuais constantes do respectivo portal eletrônico do Tribunal de Justiça, tendo em vista a restrição determinada pela
Resolução n. 121 do CNJ.
Em seguida, remetam-se os autos à Procuradoria de Justiça, para os devidos fins.
TJBA – DIÁRIO DA JUSTIÇA ELETRÔNICO – Nº 2.099 - Disponibilização: terça-feira, 13 de março de 2018 Cad 1 / Página 471
A presente decisão servirá como OFÍCIO a ser enviado, inclusive por meio de e-mail institucional, devendo a Secretaria
certificar nos autos a data de envio da comunicação.
Publique-se. Cumpra-se.
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DA BAHIA
Luiz Fernando Lima
PUBLICAÇÃO DE DESPACHOS E DECISÕES MONOCRÁTICAS
0565185-22.2014.8.05.0001 Apelação
Apelante : Adriano Santana Silva
Def. Público : Antônio Raul Borges Palmeira (OAB: 5702/BA)
Apelante : José Aparecido da Conceição
Def. Público : Fabiano Choi
Apelado : Ministerio Público
Promotor : Raimundo de Oliveira Martins
Procª. Justiça : Adriani Vasconcelos Pazelli
Oficie-se o Juízo da 5ª Vara Crime de Salvador, dando-lhe ciência sobre a decisão do Superior Tribunal de Justiça (doc. fls.
630 - anexar) que redimensionou a pena dos agravantes. Após, certifique-se nos autos sobre o envio da comunicação e
recebimento por aquele Juízo. Aguarde-se o trânsito em julgado da decisão do Superior Tribunal de Justiça. Esse despacho
tem força de ofício.
Publique-se. Cumpra-se.
Salvador, 12 de março de 2018
Luiz Fernando Lima
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DA BAHIA
Luiz Fernando Lima
PUBLICAÇÃO DE DESPACHOS E DECISÕES MONOCRÁTICAS
Oficie-se a Autoridade Coatora, mais uma vez, para que se manifeste acerca do processamento do recurso em sentido
estrito interposto contra a decisão de pronúncia. Confiro ao presente força de ofício.
Publique-se. Cumpra-se.
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DA BAHIA
Ivone Bessa Ramos
PUBLICAÇÃO DE DESPACHOS E DECISÕES MONOCRÁTICAS
0000122-51.2017.8.05.0212 Apelação
Apelante : Marlucio Ribeiro Rocha
Advogado : Elvira Santos Pereira (OAB: 42914/BA)
Advogado : Rone Clei Amaral (OAB: 39609/BA)
Apelante : Erisvaldo Jakson Silva de Jesus
Advogado : Marcos Aurélio Pinheiro Silva (OAB: 14275/BA)
Apelado : Ministério Público do Estado da Bahia
Promotor : Pedro Paulo de Paula Vilela Andrade
TJBA – DIÁRIO DA JUSTIÇA ELETRÔNICO – Nº 2.099 - Disponibilização: terça-feira, 13 de março de 2018 Cad 1 / Página 473
À vista do exposto, com o intuito de evitar nulidades provenientes de eventual cerceamento de defesa, CONVERTO O FEITO
EM DILIGÊNCIA para determinar o RETORNO dos autos ao Juízo de Origem, a fim de que se proceda a INTIMAÇÃO dos Réus
MARLUCIO RIBEIRO ROCHA e ERISVALDO JAKSON SILVA DE JESUS, e da Vítima MARIA ENY CARVALHO SILVA BARBOSA,
acerca do Édito Condenatório proferido em 26.10.2017. Além disso, constata-se que foram juntadas equivocadamente aos
autos informações judiciais referentes ao Habeas Corpus nº 8000062-59.2018.8.05.0000, contudo, em consulta ao Sistema
PJE - Processo Judicial Eletrônico, verifica-se que os mesmos informes já constam nos autos digitais do respectivo
Mandamus. De logo, PROCEDA a Secretaria da Primeira Câmara Criminal ao desentranhamento dos documentos acostados
às fls. 217/240, correspondentes as informações solicitadas no referido "Habeas Corpus", juntados erroneamente aos
presentes fólios. Após o cumprimento das diligências, retornem-me conclusos os autos.
0000439-11.2016.8.05.0139 Apelação
Apelante : Izidoro José dos Santos
Advogado : Eduardo Ivar Oliveira Batista Júnior (OAB: 31668/BA)
Apelado : Ministério Público do Estado da Bahia
Promotor : Igor Clóvis Silva Miranda
Diante disso, converto o julgamento em diligência, para determinar a expedição de CARTA DE ORDEM à Vara Criminal da
Comarca de Jaguarari-BA, a fim de que se proceda à intimação pessoal ou, se for o caso, por edital, tanto do Réu Izidoro
José dos Santos quanto das vítimas menores, estas por intermédio de seus representantes legais, acerca do teor da
Sentença Condenatória. INSTRUA-SE o expediente com cópias da Denúncia (fls. 02/04), dos termos de declarações
extrajudiciais das vítimas e de seus representantes legais - G. C. D. (fls. 08/09 e 19/20) e M. L. dos S. S. (fls. 11/12 e 14/17)
-, do termo de interrogatório extrajudicial do Acusado (fl. 29/30) e da Sentença (fls. 214/227). Por medida de economia
processual, o presente Despacho servirá como Carta de Ordem, devendo a Secretaria da Primeira Câmara Criminal certificar,
nos autos, a data da sua efetiva remessa. Efetivada a diligência, mediante a devolução da Carta de Ordem, devidamente
cumprida, a este Tribunal, DÊ-SE VISTA à Procuradoria de Justiça.
0000699-20.2013.8.05.0034 Apelação
Apelante : Uanderson da Silva dos Santos
Advogado : Igo Vinicius Moreira Gomes Oliveira (OAB: 35496/BA)
Apelado : Ministerio Publico
Promotor : Rodrigo Rubiale
Em face disso, converto o julgamento em diligência, para determinar a expedição de CARTA DE ORDEM à Vara Criminal da
Comarca de Cachoeira-BA, a fim de que se proceda à intimação dos ofendidos Valnei Barbosa dos Santos (qualificado à fl.
96) e Vânia Santos de Araújo (qualificada à fl. 98) acerca do teor da Sentença. INSTRUA-SE o expediente com cópias da
Denúncia (fls. 02-a/02-c), dos termos de declarações das vítimas (fls. 96/98) e Sentença (fls. 129/144). Por economia
processual, este Despacho servirá como Carta de Ordem, devendo a Secretaria da Primeira Câmara Criminal certificar, nos
autos, a data da sua efetiva remessa. Efetivada a diligência, mediante a devolução da Carta de Ordem, devidamente
cumprida, a este Tribunal, DÊ-SE VISTA à Procuradoria de Justiça.
0004303-46.2015.8.05.0154 Apelação
Apelante : Ministerio Publico do Estado da Bahia
Promotor : Stella Athanazio de Oliveira Santos
Proc. Justiça : Sônia Maria da Silva Brito
Apelado : Marcus Marinho da Silva
Advogado : Maria Santina de Almeida Della Rosa (OAB: 40562/BA)
Ivone Bessa Ramos
Concluso o feito para a apreciação meritória da Apelação interposta pelo Parquet, constata-se que, a despeito da feitura de
carga dos autos, pela Defesa, para fins de apresentação da necessária contrariedade recursal (fl. 162), procedeu a Defensora
Dativa do Réu, possivelmente por equívoco, à juntada de nova peça de Alegações Finais (fls. 163/167), cujo teor não alude
à Sentença Absolutória ou ao Apelo Ministerial. Diante disso, e buscando evitar futuras alegações de nulidade por ofensa ao
contraditório e à ampla defesa, converto o julgamento em diligência, para determinar o retorno dos autos ao Juízo de origem,
a fim de que a Bel.ª Maria Santina de Almeida Della Rosa (OAB-BA n.º 40.562), Defensora Dativa do Acusado, seja pessoalmente
intimada a apresentar, no prazo legal, as pertinentes contrarrazões ao Recurso de Apelação manejado pelo Parquet, sob
pena de considerar-se indefeso o Réu. Cumprida a diligência, com a restituição dos presentes autos a este Tribunal de
Justiça, venham imediatamente conclusos.
0005941-97.2012.8.05.0032 Apelação
Apelante : Wanderson Santos de Amorim
Advogado : Átila de Almeida Oliveira (OAB: 28119/BA)
Apelado : Ministerio Publico
Promotor : Gustavo Fonseca Vieira
Procuradora : Tania Regina Oliveira Campos
ACÓRDÃO Vistos, relatados e discutidos os presentes autos da Apelação Criminal n.º 0005941-97.2012.8.05.0032, oriunda
da Vara Crime, Júri, Execuções Penais, Infância e Juventude da Comarca de Brumado/BA, em que figura como Apelante
WANDERSON SANTOS DE AMORIM e como Apelado o MINISTÉRIO PÚBLICO ESTADUAL. ACORDAM os Desembargadores
TJBA – DIÁRIO DA JUSTIÇA ELETRÔNICO – Nº 2.099 - Disponibilização: terça-feira, 13 de março de 2018 Cad 1 / Página 474
integrantes da Primeira Turma Julgadora da Primeira Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Estado da Bahia em
CONHECER e ACOLHER A PRELIMINAR DE NULIDADE suscitada pela Defesa, julgando prejudicada, por conseguinte, a
análise do mérito do Apelo, tudo nos termos do Voto da Relatora.
Na qualidade de revisora do processo supracitado, peço que seja definido o dia de julgamento.
Ao exame dos autos, verifica-se que, após a inclusão do presente Recurso em pauta de julgamento, o Advogado constituído
pelo Apelante, Bel. Átila de Almeida Oliveira (OAB-BA n.º 28.119), renunciou ao mandato, sendo que, embora tenha aduzido
haver comunicado dita renúncia ao Réu Wanderson Santos de Amorim, este ainda não constituiu novo Patrono nos presentes
fólios. Em face disso, converto o julgamento em diligência, determinando a expedição de CARTA DE ORDEM ao Juízo de
Direito da Vara Criminal da Comarca de Brumado-BA, a fim de que seja efetivada a intimação pessoal do Acusado Wanderson
Santos de Amorim acerca da renúncia de seu Advogado, para que constitua novo Patrono ou informe a impossibilidade de
fazê-lo, devendo o Julgador a quo, na última hipótese, ou diante de eventual silêncio do Réu, intimar a Defensoria Pública
para a assunção do múnus ou nomear Defensor Dativo para o seu patrocínio na causa. Por medida de economia processual,
o presente Despacho servirá co-mo Carta de Ordem, devendo a Secretaria certificar a data de sua efetiva remessa. Tratando-
se a Ação Penal de processo físico, instrua-se o presente Expediente com cópia da Denúncia (fls. 02/04), da Sentença
recorrida (fls. 436/437), das Razões de Apelação (fls. 490/511) e da Petição de Renúncia (fl. 532). Concretizada a diligência,
mediante a devolução da Carta de Ordem, devidamente cumprida, a este Tribunal, retornem os autos imediatamente
conclusos.
Considerando que se encontra em trâmite a diligência determinada por esta Relatora à fl. 534, AGUARDE-SE pelo prazo de
05 (cinco) dias a remessa da Carta de Ordem reendereçada para o Juízo da Comarca de Vitória da Conquista, como
informado à fl. 538, tombada, nesse Juízo, sob o n.º 0301002-41.2018.8.05.0274. Ultrapassado in albis o prazo, EXPEÇA-SE
Ofício à aludida Serventia, solicitando o cumprimento da providência. Com o retorno da Carta de Ordem devidamente
cumprida, retornem-se os autos imediatamente conclusos. Salvador/BA, 12 de março de 2018. IVONE BESSA RAMOS
Desembargadora Relatora
Desta forma, torna-se imperioso que seja o feito convertido em diligência, para que o Impetrante seja intimado, via DPJ, haja
vista tratar-se de causídico regularmente habilitado na OAB/BA, no intuito de que compareça à Secretaria da 1ª Câmara
Criminal, no prazo de 05 (cinco) dias, para apor sua assinatura no espaço correspondente, sob pena de não conhecimento
da prefacial. Após, voltem conclusos para apreciação do pedido liminar.
0316573-57.2015.8.05.0080 Apelação
Apelante : Thiago Ritielle Silva de Jesus
Advogado : Tâmara Laudano Nunes Cristo (OAB: 24426/BA)
Apelado : Ministério Público do Estado da Bahia
Nesse compasso, com a publicação do presente Despacho, fica o Patrono do Apelante INTIMADO a apresentar as razões de
Apelação nesta Instância, no prazo de 08 (oito) dias, conforme requerido na origem. Após a juntada das razões recursais,
REMETAM-SE os autos ao Juízo a quo, a fim de que seja o Representante do Parquet intimado para que apresente, no prazo
de lei, as contrarrazões ao Apelo Defensivo. Ademais, compulsando os fólios processuais, observa-se que a Audiência de
Instrução realizada em 27.01.2016 foi gravada em meio audiovisual (fls. 117/119). Nesse desiderato, OFICIE-SE ao Juiz de
Direito da 1.ª Vara Criminal da Comarca de Feira de Santana/BA, a fim de que encaminhe à Secretaria da Primeira Câmara
Criminal, em mídia digital, cópias dos arquivos audiovisuais concernentes aos depoimentos das testemunhas arroladas
pelas partes e ao interrogatório do Réu. O presente Despacho serve como Ofício, devendo a Secretaria certificar, nos autos,
a data da sua efetiva remessa. Cumprida as diligências, retornem os autos conclusos.
0408916-86.2013.8.05.0001 Apelação
Apelante : Geovane Gomes Pereira dos Santos
Advogado : Rodrigo Andrés Carmona Torres (OAB: 23669/BA)
Apelado : Ministerio Publico do Estado da Bahia
Ivone Bessa Ramos
Com efeito, CONVERTO O FEITO EM DILIGÊNCIA para determinar o RETORNO dos autos ao Juízo de Origem, a fim de que:
I)seja certificado o cumprimento do Mandado de Intimação da vítima acima mencionada, e, caso a diligência tenha sido
inexitosa, que se proceda a intimação por Edital. II)o Réu seja intimado e tome ciência da desídia de seu Patrono e constitua,
querendo, outro Advogado. III)se o Acusado silenciar devem os autos serem encaminhados à Defensoria Pública, a quem
competirá a defesa de seus interesses. IV)após a juntada das Razões Recursais, intime-se o Representante do Parquet
para que apresente as contrarrazões do Apelo no prazo de lei. Cumpridas as diligências, e reencaminhados os autos a este
Egrégio Tribunal, DÊ-SE VISTA à Procuradoria de Justiça.
TJBA – DIÁRIO DA JUSTIÇA ELETRÔNICO – Nº 2.099 - Disponibilização: terça-feira, 13 de março de 2018 Cad 1 / Página 475
0500475-74.2016.8.05.0113 Apelação
Apelante : Ministerio Publico
Promotor : Thomaz Luz Raimundo Brito
Apelado : Wallece Gonçalves de Oliveira
Advogado : Solon Pinheiro de Brito Lima (OAB: 41500/BA)
Apelado : Camila Vasconcelos Dias
Advogado : Cosme José dos Reis (OAB: 13806/BA)
Procurador : Sonia Maria da Silva Brito
Ivone Bessa Ramos
Acolho a Promoção Ministerial de fl. 08. Nesse desiderato, CONVERTO O FEITO EM DILIGÊNCIA para determinar a expedição
de OFÍCIO ao Juízo de origem, a fim de que a mídia referente à Audiência de Instrução e Julgamento realizada no dia
06.06.2016 (fls. 87/91) dos autos digitais) seja encaminhada para esta Instância, uma vez que não foi encartada ao presente
processo. Em razão do processo de primeiro grau ser digital, torna-se despicienda a instrução deste expediente com cópia
de peças processuais. Por medida de economia processual, o presente Despacho servirá como Ofício, devendo a Secretaria
da 1ª Câmara Criminal certificar nos autos a data da sua efetiva remessa. Cumpridas a diligência e encaminhada a referida
mídia para esta Instância, DÊ-SE NOVA VISTA à Procuradoria de Justiça
0502023-98.2017.8.05.0146 Apelação
Apelante : Luciano da Silva
Apelante : Jackson Daniel Souza Farias
Advogado : Jacson Bosco dos Santos (OAB: 49599/BA)
Apelado : Ministerio Publico do Estado da Bahia
Promotor : Marcio Henrique Pereira de Oliveira
Procurador : Maria Augusta Almeida Cidreira Reis
Acolho o Pronunciamento Ministerial de fls. 10/11. Nesse desiderato, CONVERTO O FEITO EM DILIGÊNCIA para determinar
que a Secretaria da Primeira Câmara Criminal expeça Ofício a 2ª Vara Criminal da Comarca de Juazeiro, requisitando o
envio, com urgência, de uma nova senha para acesso ao processo eletrônico em epígrafe, uma vez que a enviada consta
como incorreta. A Secretaria deve enviar, juntamente com o Ofício, uma cópia da referida Promoção Ministerial. Cumprida a
diligência, DÊ-SE NOVA VISTA à Procuradoria de Justiça.
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DA BAHIA
Ivone Bessa Ramos
PUBLICAÇÃO DE DESPACHOS E DECISÕES MONOCRÁTICAS
0000122-51.2017.8.05.0212 Apelação
Apelante : Marlucio Ribeiro Rocha
Advogado : Elvira Santos Pereira (OAB: 42914/BA)
Advogado : Rone Clei Amaral (OAB: 39609/BA)
Apelante : Erisvaldo Jakson Silva de Jesus
Advogado : Marcos Aurélio Pinheiro Silva (OAB: 14275/BA)
Apelado : Ministério Público do Estado da Bahia
Promotor : Pedro Paulo de Paula Vilela Andrade
À vista do exposto, com o intuito de evitar nulidades provenientes de eventual cerceamento de defesa, CONVERTO O FEITO
EM DILIGÊNCIA para determinar o RETORNO dos autos ao Juízo de Origem, a fim de que se proceda a INTIMAÇÃO dos Réus
MARLUCIO RIBEIRO ROCHA e ERISVALDO JAKSON SILVA DE JESUS, e da Vítima MARIA ENY CARVALHO SILVA BARBOSA,
acerca do Édito Condenatório proferido em 26.10.2017. Além disso, constata-se que foram juntadas equivocadamente aos
autos informações judiciais referentes ao Habeas Corpus nº 8000062-59.2018.8.05.0000, contudo, em consulta ao Sistema
PJE - Processo Judicial Eletrônico, verifica-se que os mesmos informes já constam nos autos digitais do respectivo
Mandamus. De logo, PROCEDA a Secretaria da Primeira Câmara Criminal ao desentranhamento dos documentos acostados
às fls. 217/240, correspondentes as informações solicitadas no referido "Habeas Corpus", juntados erroneamente aos
presentes fólios. Após o cumprimento das diligências, retornem-me conclusos os autos.
0000439-11.2016.8.05.0139 Apelação
Apelante : Izidoro José dos Santos
Advogado : Eduardo Ivar Oliveira Batista Júnior (OAB: 31668/BA)
Apelado : Ministério Público do Estado da Bahia
Promotor : Igor Clóvis Silva Miranda
Diante disso, converto o julgamento em diligência, para determinar a expedição de CARTA DE ORDEM à Vara Criminal da
Comarca de Jaguarari-BA, a fim de que se proceda à intimação pessoal ou, se for o caso, por edital, tanto do Réu Izidoro
TJBA – DIÁRIO DA JUSTIÇA ELETRÔNICO – Nº 2.099 - Disponibilização: terça-feira, 13 de março de 2018 Cad 1 / Página 476
José dos Santos quanto das vítimas menores, estas por intermédio de seus representantes legais, acerca do teor da
Sentença Condenatória. INSTRUA-SE o expediente com cópias da Denúncia (fls. 02/04), dos termos de declarações
extrajudiciais das vítimas e de seus representantes legais - G. C. D. (fls. 08/09 e 19/20) e M. L. dos S. S. (fls. 11/12 e 14/17)
-, do termo de interrogatório extrajudicial do Acusado (fl. 29/30) e da Sentença (fls. 214/227). Por medida de economia
processual, o presente Despacho servirá como Carta de Ordem, devendo a Secretaria da Primeira Câmara Criminal certificar,
nos autos, a data da sua efetiva remessa. Efetivada a diligência, mediante a devolução da Carta de Ordem, devidamente
cumprida, a este Tribunal, DÊ-SE VISTA à Procuradoria de Justiça.
0000699-20.2013.8.05.0034 Apelação
Apelante : Uanderson da Silva dos Santos
Advogado : Igo Vinicius Moreira Gomes Oliveira (OAB: 35496/BA)
Apelado : Ministerio Publico
Promotor : Rodrigo Rubiale
Em face disso, converto o julgamento em diligência, para determinar a expedição de CARTA DE ORDEM à Vara Criminal da
Comarca de Cachoeira-BA, a fim de que se proceda à intimação dos ofendidos Valnei Barbosa dos Santos (qualificado à fl.
96) e Vânia Santos de Araújo (qualificada à fl. 98) acerca do teor da Sentença. INSTRUA-SE o expediente com cópias da
Denúncia (fls. 02-a/02-c), dos termos de declarações das vítimas (fls. 96/98) e Sentença (fls. 129/144). Por economia
processual, este Despacho servirá como Carta de Ordem, devendo a Secretaria da Primeira Câmara Criminal certificar, nos
autos, a data da sua efetiva remessa. Efetivada a diligência, mediante a devolução da Carta de Ordem, devidamente
cumprida, a este Tribunal, DÊ-SE VISTA à Procuradoria de Justiça.
0004303-46.2015.8.05.0154 Apelação
Apelante : Ministerio Publico do Estado da Bahia
Promotor : Stella Athanazio de Oliveira Santos
Proc. Justiça : Sônia Maria da Silva Brito
Apelado : Marcus Marinho da Silva
Advogado : Maria Santina de Almeida Della Rosa (OAB: 40562/BA)
Ivone Bessa Ramos
Concluso o feito para a apreciação meritória da Apelação interposta pelo Parquet, constata-se que, a despeito da feitura de
carga dos autos, pela Defesa, para fins de apresentação da necessária contrariedade recursal (fl. 162), procedeu a Defensora
Dativa do Réu, possivelmente por equívoco, à juntada de nova peça de Alegações Finais (fls. 163/167), cujo teor não alude
à Sentença Absolutória ou ao Apelo Ministerial. Diante disso, e buscando evitar futuras alegações de nulidade por ofensa ao
contraditório e à ampla defesa, converto o julgamento em diligência, para determinar o retorno dos autos ao Juízo de origem,
a fim de que a Bel.ª Maria Santina de Almeida Della Rosa (OAB-BA n.º 40.562), Defensora Dativa do Acusado, seja pessoalmente
intimada a apresentar, no prazo legal, as pertinentes contrarrazões ao Recurso de Apelação manejado pelo Parquet, sob
pena de considerar-se indefeso o Réu. Cumprida a diligência, com a restituição dos presentes autos a este Tribunal de
Justiça, venham imediatamente conclusos.
0005941-97.2012.8.05.0032 Apelação
Apelante : Wanderson Santos de Amorim
Advogado : Átila de Almeida Oliveira (OAB: 28119/BA)
Apelado : Ministerio Publico
Promotor : Gustavo Fonseca Vieira
Procuradora : Tania Regina Oliveira Campos
ACÓRDÃO Vistos, relatados e discutidos os presentes autos da Apelação Criminal n.º 0005941-97.2012.8.05.0032, oriunda
da Vara Crime, Júri, Execuções Penais, Infância e Juventude da Comarca de Brumado/BA, em que figura como Apelante
WANDERSON SANTOS DE AMORIM e como Apelado o MINISTÉRIO PÚBLICO ESTADUAL. ACORDAM os Desembargadores
integrantes da Primeira Turma Julgadora da Primeira Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Estado da Bahia em
CONHECER e ACOLHER A PRELIMINAR DE NULIDADE suscitada pela Defesa, julgando prejudicada, por conseguinte, a
análise do mérito do Apelo, tudo nos termos do Voto da Relatora.
Na qualidade de revisora do processo supracitado, peço que seja definido o dia de julgamento.
Ao exame dos autos, verifica-se que, após a inclusão do presente Recurso em pauta de julgamento, o Advogado constituído
pelo Apelante, Bel. Átila de Almeida Oliveira (OAB-BA n.º 28.119), renunciou ao mandato, sendo que, embora tenha aduzido
haver comunicado dita renúncia ao Réu Wanderson Santos de Amorim, este ainda não constituiu novo Patrono nos presentes
fólios. Em face disso, converto o julgamento em diligência, determinando a expedição de CARTA DE ORDEM ao Juízo de
Direito da Vara Criminal da Comarca de Brumado-BA, a fim de que seja efetivada a intimação pessoal do Acusado Wanderson
Santos de Amorim acerca da renúncia de seu Advogado, para que constitua novo Patrono ou informe a impossibilidade de
fazê-lo, devendo o Julgador a quo, na última hipótese, ou diante de eventual silêncio do Réu, intimar a Defensoria Pública
para a assunção do múnus ou nomear Defensor Dativo para o seu patrocínio na causa. Por medida de economia processual,
o presente Despacho servirá co-mo Carta de Ordem, devendo a Secretaria certificar a data de sua efetiva remessa. Tratando-
se a Ação Penal de processo físico, instrua-se o presente Expediente com cópia da Denúncia (fls. 02/04), da Sentença
recorrida (fls. 436/437), das Razões de Apelação (fls. 490/511) e da Petição de Renúncia (fl. 532). Concretizada a diligência,
mediante a devolução da Carta de Ordem, devidamente cumprida, a este Tribunal, retornem os autos imediatamente
conclusos.
TJBA – DIÁRIO DA JUSTIÇA ELETRÔNICO – Nº 2.099 - Disponibilização: terça-feira, 13 de março de 2018 Cad 1 / Página 477
Considerando que se encontra em trâmite a diligência determinada por esta Relatora à fl. 534, AGUARDE-SE pelo prazo de
05 (cinco) dias a remessa da Carta de Ordem reendereçada para o Juízo da Comarca de Vitória da Conquista, como
informado à fl. 538, tombada, nesse Juízo, sob o n.º 0301002-41.2018.8.05.0274. Ultrapassado in albis o prazo, EXPEÇA-SE
Ofício à aludida Serventia, solicitando o cumprimento da providência. Com o retorno da Carta de Ordem devidamente
cumprida, retornem-se os autos imediatamente conclusos. Salvador/BA, 12 de março de 2018. IVONE BESSA RAMOS
Desembargadora Relatora
Desta forma, torna-se imperioso que seja o feito convertido em diligência, para que o Impetrante seja intimado, via DPJ, haja
vista tratar-se de causídico regularmente habilitado na OAB/BA, no intuito de que compareça à Secretaria da 1ª Câmara
Criminal, no prazo de 05 (cinco) dias, para apor sua assinatura no espaço correspondente, sob pena de não conhecimento
da prefacial. Após, voltem conclusos para apreciação do pedido liminar.
0316573-57.2015.8.05.0080 Apelação
Apelante : Thiago Ritielle Silva de Jesus
Advogado : Tâmara Laudano Nunes Cristo (OAB: 24426/BA)
Apelado : Ministério Público do Estado da Bahia
Nesse compasso, com a publicação do presente Despacho, fica o Patrono do Apelante INTIMADO a apresentar as razões de
Apelação nesta Instância, no prazo de 08 (oito) dias, conforme requerido na origem. Após a juntada das razões recursais,
REMETAM-SE os autos ao Juízo a quo, a fim de que seja o Representante do Parquet intimado para que apresente, no prazo
de lei, as contrarrazões ao Apelo Defensivo. Ademais, compulsando os fólios processuais, observa-se que a Audiência de
Instrução realizada em 27.01.2016 foi gravada em meio audiovisual (fls. 117/119). Nesse desiderato, OFICIE-SE ao Juiz de
Direito da 1.ª Vara Criminal da Comarca de Feira de Santana/BA, a fim de que encaminhe à Secretaria da Primeira Câmara
Criminal, em mídia digital, cópias dos arquivos audiovisuais concernentes aos depoimentos das testemunhas arroladas
pelas partes e ao interrogatório do Réu. O presente Despacho serve como Ofício, devendo a Secretaria certificar, nos autos,
a data da sua efetiva remessa. Cumprida as diligências, retornem os autos conclusos.
0408916-86.2013.8.05.0001 Apelação
Apelante : Geovane Gomes Pereira dos Santos
Advogado : Rodrigo Andrés Carmona Torres (OAB: 23669/BA)
Apelado : Ministerio Publico do Estado da Bahia
Ivone Bessa Ramos
Com efeito, CONVERTO O FEITO EM DILIGÊNCIA para determinar o RETORNO dos autos ao Juízo de Origem, a fim de que:
I)seja certificado o cumprimento do Mandado de Intimação da vítima acima mencionada, e, caso a diligência tenha sido
inexitosa, que se proceda a intimação por Edital. II)o Réu seja intimado e tome ciência da desídia de seu Patrono e constitua,
querendo, outro Advogado. III)se o Acusado silenciar devem os autos serem encaminhados à Defensoria Pública, a quem
competirá a defesa de seus interesses. IV)após a juntada das Razões Recursais, intime-se o Representante do Parquet
para que apresente as contrarrazões do Apelo no prazo de lei. Cumpridas as diligências, e reencaminhados os autos a este
Egrégio Tribunal, DÊ-SE VISTA à Procuradoria de Justiça.
0500475-74.2016.8.05.0113 Apelação
Apelante : Ministerio Publico
Promotor : Thomaz Luz Raimundo Brito
Apelado : Wallece Gonçalves de Oliveira
Advogado : Solon Pinheiro de Brito Lima (OAB: 41500/BA)
Apelado : Camila Vasconcelos Dias
Advogado : Cosme José dos Reis (OAB: 13806/BA)
Procurador : Sonia Maria da Silva Brito
Ivone Bessa Ramos
Acolho a Promoção Ministerial de fl. 08. Nesse desiderato, CONVERTO O FEITO EM DILIGÊNCIA para determinar a expedição
de OFÍCIO ao Juízo de origem, a fim de que a mídia referente à Audiência de Instrução e Julgamento realizada no dia
06.06.2016 (fls. 87/91) dos autos digitais) seja encaminhada para esta Instância, uma vez que não foi encartada ao presente
processo. Em razão do processo de primeiro grau ser digital, torna-se despicienda a instrução deste expediente com cópia
de peças processuais. Por medida de economia processual, o presente Despacho servirá como Ofício, devendo a Secretaria
da 1ª Câmara Criminal certificar nos autos a data da sua efetiva remessa. Cumpridas a diligência e encaminhada a referida
mídia para esta Instância, DÊ-SE NOVA VISTA à Procuradoria de Justiça
TJBA – DIÁRIO DA JUSTIÇA ELETRÔNICO – Nº 2.099 - Disponibilização: terça-feira, 13 de março de 2018 Cad 1 / Página 478
0502023-98.2017.8.05.0146 Apelação
Apelante : Luciano da Silva
Apelante : Jackson Daniel Souza Farias
Advogado : Jacson Bosco dos Santos (OAB: 49599/BA)
Apelado : Ministerio Publico do Estado da Bahia
Promotor : Marcio Henrique Pereira de Oliveira
Procurador : Maria Augusta Almeida Cidreira Reis
Acolho o Pronunciamento Ministerial de fls. 10/11. Nesse desiderato, CONVERTO O FEITO EM DILIGÊNCIA para determinar
que a Secretaria da Primeira Câmara Criminal expeça Ofício a 2ª Vara Criminal da Comarca de Juazeiro, requisitando o
envio, com urgência, de uma nova senha para acesso ao processo eletrônico em epígrafe, uma vez que a enviada consta
como incorreta. A Secretaria deve enviar, juntamente com o Ofício, uma cópia da referida Promoção Ministerial. Cumprida a
diligência, DÊ-SE NOVA VISTA à Procuradoria de Justiça.
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DA BAHIA
Ivone Bessa Ramos
PUBLICAÇÃO DE DESPACHOS E DECISÕES MONOCRÁTICAS
0000122-51.2017.8.05.0212 Apelação
Apelante : Marlucio Ribeiro Rocha
Advogado : Elvira Santos Pereira (OAB: 42914/BA)
Advogado : Rone Clei Amaral (OAB: 39609/BA)
Apelante : Erisvaldo Jakson Silva de Jesus
Advogado : Marcos Aurélio Pinheiro Silva (OAB: 14275/BA)
Apelado : Ministério Público do Estado da Bahia
Promotor : Pedro Paulo de Paula Vilela Andrade
À vista do exposto, com o intuito de evitar nulidades provenientes de eventual cerceamento de defesa, CONVERTO O FEITO
EM DILIGÊNCIA para determinar o RETORNO dos autos ao Juízo de Origem, a fim de que se proceda a INTIMAÇÃO dos Réus
MARLUCIO RIBEIRO ROCHA e ERISVALDO JAKSON SILVA DE JESUS, e da Vítima MARIA ENY CARVALHO SILVA BARBOSA,
acerca do Édito Condenatório proferido em 26.10.2017. Além disso, constata-se que foram juntadas equivocadamente aos
autos informações judiciais referentes ao Habeas Corpus nº 8000062-59.2018.8.05.0000, contudo, em consulta ao Sistema
PJE - Processo Judicial Eletrônico, verifica-se que os mesmos informes já constam nos autos digitais do respectivo
Mandamus. De logo, PROCEDA a Secretaria da Primeira Câmara Criminal ao desentranhamento dos documentos acostados
às fls. 217/240, correspondentes as informações solicitadas no referido "Habeas Corpus", juntados erroneamente aos
presentes fólios. Após o cumprimento das diligências, retornem-me conclusos os autos.
0000439-11.2016.8.05.0139 Apelação
Apelante : Izidoro José dos Santos
Advogado : Eduardo Ivar Oliveira Batista Júnior (OAB: 31668/BA)
Apelado : Ministério Público do Estado da Bahia
Promotor : Igor Clóvis Silva Miranda
Diante disso, converto o julgamento em diligência, para determinar a expedição de CARTA DE ORDEM à Vara Criminal da
Comarca de Jaguarari-BA, a fim de que se proceda à intimação pessoal ou, se for o caso, por edital, tanto do Réu Izidoro
José dos Santos quanto das vítimas menores, estas por intermédio de seus representantes legais, acerca do teor da
Sentença Condenatória. INSTRUA-SE o expediente com cópias da Denúncia (fls. 02/04), dos termos de declarações
extrajudiciais das vítimas e de seus representantes legais - G. C. D. (fls. 08/09 e 19/20) e M. L. dos S. S. (fls. 11/12 e 14/17)
-, do termo de interrogatório extrajudicial do Acusado (fl. 29/30) e da Sentença (fls. 214/227). Por medida de economia
processual, o presente Despacho servirá como Carta de Ordem, devendo a Secretaria da Primeira Câmara Criminal certificar,
nos autos, a data da sua efetiva remessa. Efetivada a diligência, mediante a devolução da Carta de Ordem, devidamente
cumprida, a este Tribunal, DÊ-SE VISTA à Procuradoria de Justiça.
0000699-20.2013.8.05.0034 Apelação
Apelante : Uanderson da Silva dos Santos
Advogado : Igo Vinicius Moreira Gomes Oliveira (OAB: 35496/BA)
Apelado : Ministerio Publico
Promotor : Rodrigo Rubiale
Em face disso, converto o julgamento em diligência, para determinar a expedição de CARTA DE ORDEM à Vara Criminal da
Comarca de Cachoeira-BA, a fim de que se proceda à intimação dos ofendidos Valnei Barbosa dos Santos (qualificado à fl.
96) e Vânia Santos de Araújo (qualificada à fl. 98) acerca do teor da Sentença. INSTRUA-SE o expediente com cópias da
Denúncia (fls. 02-a/02-c), dos termos de declarações das vítimas (fls. 96/98) e Sentença (fls. 129/144). Por economia
processual, este Despacho servirá como Carta de Ordem, devendo a Secretaria da Primeira Câmara Criminal certificar, nos
autos, a data da sua efetiva remessa. Efetivada a diligência, mediante a devolução da Carta de Ordem, devidamente
cumprida, a este Tribunal, DÊ-SE VISTA à Procuradoria de Justiça.
TJBA – DIÁRIO DA JUSTIÇA ELETRÔNICO – Nº 2.099 - Disponibilização: terça-feira, 13 de março de 2018 Cad 1 / Página 479
0004303-46.2015.8.05.0154 Apelação
Apelante : Ministerio Publico do Estado da Bahia
Promotor : Stella Athanazio de Oliveira Santos
Proc. Justiça : Sônia Maria da Silva Brito
Apelado : Marcus Marinho da Silva
Advogado : Maria Santina de Almeida Della Rosa (OAB: 40562/BA)
Ivone Bessa Ramos
Concluso o feito para a apreciação meritória da Apelação interposta pelo Parquet, constata-se que, a despeito da feitura de
carga dos autos, pela Defesa, para fins de apresentação da necessária contrariedade recursal (fl. 162), procedeu a Defensora
Dativa do Réu, possivelmente por equívoco, à juntada de nova peça de Alegações Finais (fls. 163/167), cujo teor não alude
à Sentença Absolutória ou ao Apelo Ministerial. Diante disso, e buscando evitar futuras alegações de nulidade por ofensa ao
contraditório e à ampla defesa, converto o julgamento em diligência, para determinar o retorno dos autos ao Juízo de origem,
a fim de que a Bel.ª Maria Santina de Almeida Della Rosa (OAB-BA n.º 40.562), Defensora Dativa do Acusado, seja pessoalmente
intimada a apresentar, no prazo legal, as pertinentes contrarrazões ao Recurso de Apelação manejado pelo Parquet, sob
pena de considerar-se indefeso o Réu. Cumprida a diligência, com a restituição dos presentes autos a este Tribunal de
Justiça, venham imediatamente conclusos.
0005941-97.2012.8.05.0032 Apelação
Apelante : Wanderson Santos de Amorim
Advogado : Átila de Almeida Oliveira (OAB: 28119/BA)
Apelado : Ministerio Publico
Promotor : Gustavo Fonseca Vieira
Procuradora : Tania Regina Oliveira Campos
ACÓRDÃO Vistos, relatados e discutidos os presentes autos da Apelação Criminal n.º 0005941-97.2012.8.05.0032, oriunda
da Vara Crime, Júri, Execuções Penais, Infância e Juventude da Comarca de Brumado/BA, em que figura como Apelante
WANDERSON SANTOS DE AMORIM e como Apelado o MINISTÉRIO PÚBLICO ESTADUAL. ACORDAM os Desembargadores
integrantes da Primeira Turma Julgadora da Primeira Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Estado da Bahia em
CONHECER e ACOLHER A PRELIMINAR DE NULIDADE suscitada pela Defesa, julgando prejudicada, por conseguinte, a
análise do mérito do Apelo, tudo nos termos do Voto da Relatora.
Na qualidade de revisora do processo supracitado, peço que seja definido o dia de julgamento.
Ao exame dos autos, verifica-se que, após a inclusão do presente Recurso em pauta de julgamento, o Advogado constituído
pelo Apelante, Bel. Átila de Almeida Oliveira (OAB-BA n.º 28.119), renunciou ao mandato, sendo que, embora tenha aduzido
haver comunicado dita renúncia ao Réu Wanderson Santos de Amorim, este ainda não constituiu novo Patrono nos presentes
fólios. Em face disso, converto o julgamento em diligência, determinando a expedição de CARTA DE ORDEM ao Juízo de
Direito da Vara Criminal da Comarca de Brumado-BA, a fim de que seja efetivada a intimação pessoal do Acusado Wanderson
Santos de Amorim acerca da renúncia de seu Advogado, para que constitua novo Patrono ou informe a impossibilidade de
fazê-lo, devendo o Julgador a quo, na última hipótese, ou diante de eventual silêncio do Réu, intimar a Defensoria Pública
para a assunção do múnus ou nomear Defensor Dativo para o seu patrocínio na causa. Por medida de economia processual,
o presente Despacho servirá co-mo Carta de Ordem, devendo a Secretaria certificar a data de sua efetiva remessa. Tratando-
se a Ação Penal de processo físico, instrua-se o presente Expediente com cópia da Denúncia (fls. 02/04), da Sentença
recorrida (fls. 436/437), das Razões de Apelação (fls. 490/511) e da Petição de Renúncia (fl. 532). Concretizada a diligência,
mediante a devolução da Carta de Ordem, devidamente cumprida, a este Tribunal, retornem os autos imediatamente
conclusos.
Considerando que se encontra em trâmite a diligência determinada por esta Relatora à fl. 534, AGUARDE-SE pelo prazo de
05 (cinco) dias a remessa da Carta de Ordem reendereçada para o Juízo da Comarca de Vitória da Conquista, como
informado à fl. 538, tombada, nesse Juízo, sob o n.º 0301002-41.2018.8.05.0274. Ultrapassado in albis o prazo, EXPEÇA-SE
Ofício à aludida Serventia, solicitando o cumprimento da providência. Com o retorno da Carta de Ordem devidamente
cumprida, retornem-se os autos imediatamente conclusos. Salvador/BA, 12 de março de 2018. IVONE BESSA RAMOS
Desembargadora Relatora
Desta forma, torna-se imperioso que seja o feito convertido em diligência, para que o Impetrante seja intimado, via DPJ, haja
vista tratar-se de causídico regularmente habilitado na OAB/BA, no intuito de que compareça à Secretaria da 1ª Câmara
Criminal, no prazo de 05 (cinco) dias, para apor sua assinatura no espaço correspondente, sob pena de não conhecimento
da prefacial. Após, voltem conclusos para apreciação do pedido liminar.
TJBA – DIÁRIO DA JUSTIÇA ELETRÔNICO – Nº 2.099 - Disponibilização: terça-feira, 13 de março de 2018 Cad 1 / Página 480
0316573-57.2015.8.05.0080 Apelação
Apelante : Thiago Ritielle Silva de Jesus
Advogado : Tâmara Laudano Nunes Cristo (OAB: 24426/BA)
Apelado : Ministério Público do Estado da Bahia
Nesse compasso, com a publicação do presente Despacho, fica o Patrono do Apelante INTIMADO a apresentar as razões de
Apelação nesta Instância, no prazo de 08 (oito) dias, conforme requerido na origem. Após a juntada das razões recursais,
REMETAM-SE os autos ao Juízo a quo, a fim de que seja o Representante do Parquet intimado para que apresente, no prazo
de lei, as contrarrazões ao Apelo Defensivo. Ademais, compulsando os fólios processuais, observa-se que a Audiência de
Instrução realizada em 27.01.2016 foi gravada em meio audiovisual (fls. 117/119). Nesse desiderato, OFICIE-SE ao Juiz de
Direito da 1.ª Vara Criminal da Comarca de Feira de Santana/BA, a fim de que encaminhe à Secretaria da Primeira Câmara
Criminal, em mídia digital, cópias dos arquivos audiovisuais concernentes aos depoimentos das testemunhas arroladas
pelas partes e ao interrogatório do Réu. O presente Despacho serve como Ofício, devendo a Secretaria certificar, nos autos,
a data da sua efetiva remessa. Cumprida as diligências, retornem os autos conclusos.
0408916-86.2013.8.05.0001 Apelação
Apelante : Geovane Gomes Pereira dos Santos
Advogado : Rodrigo Andrés Carmona Torres (OAB: 23669/BA)
Apelado : Ministerio Publico do Estado da Bahia
Ivone Bessa Ramos
Com efeito, CONVERTO O FEITO EM DILIGÊNCIA para determinar o RETORNO dos autos ao Juízo de Origem, a fim de que:
I)seja certificado o cumprimento do Mandado de Intimação da vítima acima mencionada, e, caso a diligência tenha sido
inexitosa, que se proceda a intimação por Edital. II)o Réu seja intimado e tome ciência da desídia de seu Patrono e constitua,
querendo, outro Advogado. III)se o Acusado silenciar devem os autos serem encaminhados à Defensoria Pública, a quem
competirá a defesa de seus interesses. IV)após a juntada das Razões Recursais, intime-se o Representante do Parquet
para que apresente as contrarrazões do Apelo no prazo de lei. Cumpridas as diligências, e reencaminhados os autos a este
Egrégio Tribunal, DÊ-SE VISTA à Procuradoria de Justiça.
0500475-74.2016.8.05.0113 Apelação
Apelante : Ministerio Publico
Promotor : Thomaz Luz Raimundo Brito
Apelado : Wallece Gonçalves de Oliveira
Advogado : Solon Pinheiro de Brito Lima (OAB: 41500/BA)
Apelado : Camila Vasconcelos Dias
Advogado : Cosme José dos Reis (OAB: 13806/BA)
Procurador : Sonia Maria da Silva Brito
Ivone Bessa Ramos
Acolho a Promoção Ministerial de fl. 08. Nesse desiderato, CONVERTO O FEITO EM DILIGÊNCIA para determinar a expedição
de OFÍCIO ao Juízo de origem, a fim de que a mídia referente à Audiência de Instrução e Julgamento realizada no dia
06.06.2016 (fls. 87/91) dos autos digitais) seja encaminhada para esta Instância, uma vez que não foi encartada ao presente
processo. Em razão do processo de primeiro grau ser digital, torna-se despicienda a instrução deste expediente com cópia
de peças processuais. Por medida de economia processual, o presente Despacho servirá como Ofício, devendo a Secretaria
da 1ª Câmara Criminal certificar nos autos a data da sua efetiva remessa. Cumpridas a diligência e encaminhada a referida
mídia para esta Instância, DÊ-SE NOVA VISTA à Procuradoria de Justiça
0502023-98.2017.8.05.0146 Apelação
Apelante : Luciano da Silva
Apelante : Jackson Daniel Souza Farias
Advogado : Jacson Bosco dos Santos (OAB: 49599/BA)
Apelado : Ministerio Publico do Estado da Bahia
Promotor : Marcio Henrique Pereira de Oliveira
Procurador : Maria Augusta Almeida Cidreira Reis
Acolho o Pronunciamento Ministerial de fls. 10/11. Nesse desiderato, CONVERTO O FEITO EM DILIGÊNCIA para determinar
que a Secretaria da Primeira Câmara Criminal expeça Ofício a 2ª Vara Criminal da Comarca de Juazeiro, requisitando o
envio, com urgência, de uma nova senha para acesso ao processo eletrônico em epígrafe, uma vez que a enviada consta
como incorreta. A Secretaria deve enviar, juntamente com o Ofício, uma cópia da referida Promoção Ministerial. Cumprida a
diligência, DÊ-SE NOVA VISTA à Procuradoria de Justiça.
DESPACHO
Encaminhem-se os autos à Procuradoria de Justiça, para emissão de Parecer.
Após, voltem-me conclusos.
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DA BAHIA
Pedro Augusto Costa Guerra
PUBLICAÇÃO DE DESPACHOS E DECISÕES MONOCRÁTICAS
0161302-11.2009.8.05.0001 Apelação
Apelante : Erivaldo Ferreira da Silva Junior
Def. Público : Maria Teresa Carneiro S. C. Zarif
Apelado : Ministério Público do Estado da Bahia
Promotor : Rodrigo Ramos Cavalcanti Reis
DESPACHO Vistos etc., Remetam-se os autos com vista à douta Procuradoria de Justiça. Salvador, 09 de março de 2018.
Des. Pedro Augusto Costa Guerra Relator
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DA BAHIA
Pedro Augusto Costa Guerra
PUBLICAÇÃO DE DESPACHOS E DECISÕES MONOCRÁTICAS
DESPACHO Vistos etc., Remetam-se os autos com vista à douta Procuradoria de Justiça. Salvador, 12 de março de 2018.
Des. Pedro Augusto Costa Guerra Relator
0500403-30.2017.8.05.0250 Apelação
Apelante : Silvio Soares Santos Júnior
Defª. Pública : Aline Espinheira da Costa Khoury
Apelado : Mimistério Público do Estado da Bahia
Promotora : Alice Alessandra Ataide Jácome
Procuradora : Silvana Oliveira Almeida
Pedro Augusto Costa Guerra
DESPACHO Vistos etc., Remetam-se os autos com vista à douta Procuradoria de Justiça. Salvador, 12 de março de 2018.
Des. Pedro Augusto Costa Guerra Relator
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DA BAHIA
Nilson Soares Castelo Branco
PUBLICAÇÃO DE DESPACHOS E DECISÕES MONOCRÁTICAS
0549123-33.2016.8.05.0001 Apelação
Apelante : Victor de Jesus Santos Reis
Advogado : Marcelo Linhares (OAB: 16111/BA)
Apelado : Ministerio Publico
Promotor : Arx Thadeu Aragão
Promotor : Marcos Pontes
Procuradora : Eny Magalhães Silva
Nilson Soares Castelo Branco
Vistos. Da análise dos autos verifica-se que, a despeito da determinação contida no despacho de fl. 07 (autos físicos), não
foi encaminhado pelo Juízo de origem a mídia audiovisual contendo o registro dos atos praticados em audiência. Destarte,
em acolhimento ao Pronunciamento de fl. 32, requisite-se, novamente, ao MM. Juiz de Direito da 7ª Vara Criminal da
Comarca de Salvador, a referida mídia. Cumpra-se com urgência por se tratar de réu preso. Após, encaminhe-se o caderno
processual à Procuradoria de Justiça. Ao final, retornem-me conclusos. Publique-se.
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DA BAHIA
Nilson Soares Castelo Branco
PUBLICAÇÃO DE DESPACHOS E DECISÕES MONOCRÁTICAS
Vistos. Converto o julgamento do feito em diligência e determino a colheita de informações complementares à autoridade
apontada como coatora, a fim de que seja esclarecido se há previsão da realização de assentada instrutória. Após, voltem-
me conclusos. Publique-se. Intimem-se. Dou ao presente despacho força de ofício.
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DA BAHIA
Nilson Soares Castelo Branco
PUBLICAÇÃO DE DESPACHOS E DECISÕES MONOCRÁTICAS
0000136-29.2017.8.05.0117 Apelação
Apelante : Willian Ribeiro de Souza
Advogado : Camila Almeida Philadelpho (OAB: 47667/BA)
Apelado : Ministério Público do Estado da Bahia
Promotor : Thiago Cerqueira Fonseca
Vistos. Proceda-se a Secretaria da Câmara a remessa dos autos à douta Procuradoria de Justiça, para elaboração de
parecer opinativo. Após, voltem-me conclusos. Publique-se. Intime-se.
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DA BAHIA
Pedro Augusto Costa Guerra
PUBLICAÇÃO DE DESPACHOS E DECISÕES MONOCRÁTICAS
0001619-15.2012.8.05.0103 Apelação
Apelante : Marta da Silva Mota
TJBA – DIÁRIO DA JUSTIÇA ELETRÔNICO – Nº 2.099 - Disponibilização: terça-feira, 13 de março de 2018 Cad 1 / Página 483
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DA BAHIA
Lourival Almeida Trindade
PUBLICAÇÃO DE DESPACHOS E DECISÕES MONOCRÁTICAS
0504964-23.2017.8.05.0113 Apelação
Apelante : Cristiano Rodrigues Porto
Def. Público : Luanna Lira Ramalho
Apelado : Ministerio Publico
Promotor : Thomás Luz Raimundo Brito (OAB: 22129/BA)
Procurador : Marilene Pereira Mota
Trata-se de Apelação Criminal, interposta por CRISTIANO RODRIGUES PORTO, irresignado com a sentença, editada pelo
Juiz da Vara Crime da comarca de Itabuna. Perlustrando-se os autos, verifica-se que a audiência de instrução e julgamento
foi registrada, através de instrumento audiovisual, cuja mídia (CD-ROM) não foi adunada aos autos. Nesta toada, consoante
opinativo ministerial, à fls. 07, converte-se o julgamento, em diligência, determinando-se o retorno dos autos ao MM. Juízo a
quo, para que sejam encartados aos autos os registros audiovisuais, contendo os atos gravados. Cumpridas tais diligências,
dê-se vista à Procuradoria de Justiça. Este DESPACHO/DECISÃO SERVE, COMO OFÍCIO, devendo a Secretaria certificar, nos
autos, a data de envio da comunicação. Publique-se.
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DA BAHIA
1ª Câmara Criminal - 2ª Turma
PAUTA DE JULGAMENTO
Processos que deverão ser julgados pelos Desembargadores integrantes da 2ª Turma da Primeira Câmara Criminal do
Tribunal de Justiça do Estado da Bahia na sessão Ordinária a realizar-se em 20/03/2018 às 13:30, no Tribunal de Justiça da
Bahia, 5ª Av. do CAB, n. 560, Salvador/BA - Brasil - CEP 41745-971.
Na forma do art. 183, §§2º e 3º, do RITJBA, com a redação dada pela emenda regimental n. 12, disponibilizada no DJe de 31
de março de 2016, os advogados poderão apresentar pedido de julgamento presencial, com ou sem sustentação oral, até
30 (trinta) minutos antes do início da sessão de julgamento, dirigido ao Presidente do Órgão Julgador e entregue ao Diretor
da respectiva Secretaria. Tratando-se de habeas corpus, o pedido de preferência com sustentação oral poderá ser formulado
até o início da sessão, salvo quando o Relator apresentar o habeas corpus para julgamento após a sessão ter sido iniciada,
quando o pleito poderá ser formulado até o anúncio do julgamento do processo.
Integrantes da Turma:
1-0000093-14.2012.8.05.0038Apelação
Comarca : Camacã
Apelante : Ministério Público do Estado da Bahia
Promotor : Ivelinne Noemi Silva Porto Staut
Apelado : Florisvaldo de Lacerda Costa
Advogado : Abisson Ribeiro Fernandes (OAB: 38826/BA)
Procuradora : Elza Maria de Souza
Relator : Lourival Almeida Trindade
Revisor : Nilson Soares Castelo Branco
TJBA – DIÁRIO DA JUSTIÇA ELETRÔNICO – Nº 2.099 - Disponibilização: terça-feira, 13 de março de 2018 Cad 1 / Página 484
3-0377710-54.2013.8.05.0001Apelação
Comarca : Salvador
Apelante : Maralisa Pereira de Souza
Advogado : Niamey Karine Almeida Araujo (OAB: 15433/BA)
Apelado : Ministério Público do Estado da Bahia
Promotor : Arx Thadeu Aragão
Promotor : Marcos Pontes
Procª. Justiça : Tania Regina Oliveira Campos
Relator : Abelardo Paulo da Matta Neto
Revisor : Lourival Almeida Trindade
4-0000037-78.2000.8.05.0077Apelação
Comarca : Esplanada
Apelante : Edson Gois dos Santos Filho
Def. Público : José Jaime de Andrade Neto
Apelado : Ministério Público do Estado da Bahia
Promotor : Paulo César de Azevedo
Procurador : Nivaldo Dso Santos Aquino
Relator : Lourival Almeida Trindade
Revisor : Nilson Soares Castelo Branco
5-0000579-16.2011.8.05.0076Apelação
Comarca : Entre Rios
Apelante : Wellton Pereira
Defensor Dativo : Marcelo Silva Minho Souza
Apelante : Estado da Bahia
Proc. Estado : Ricardo Jose Costa Villaça
Apelado : Marcelo Silva Minho Souza
Defensor Dativo : Marcelo Silva Minho Souza
Apelado : Ministerio Publico
Promotor : Paulo Cesar de Azevedo
Procuradora : Maria Augusta Almeida Cidreira Reis
Relator : Lourival Almeida Trindade
Revisor : Nilson Soares Castelo Branco
6-0305513-86.2013.8.05.0103Apelação
Comarca : Ilhéus
Apelante : Genildo Matias do Nascimento
Def. Público : Defensoria Publica do Estado da Bahia
Apelado : Ministerio Publico do Estado da Bahia
Procurador : Nivaldo Dso Santos Aquino
Relator : Lourival Almeida Trindade
Revisor : Nilson Soares Castelo Branco
7-0501452-69.2016.8.05.0112Apelação
Comarca : Itaberaba
Apelante : Denivaldo Santos de Santana
Advogado : Artur Cesar Costa Pinto Neto (OAB: 33539/BA)
Apelado : Ministério Público do Estado da Bahia
Procurador : Rômulo de Andrade Moreira
Relator : Lourival Almeida Trindade
Revisor : Nilson Soares Castelo Branco
8-0000005-05.2017.8.05.0198Apelação
Comarca : Planalto
Apelante : Vicente Fonseca Brito
Advogado : Manfredo Braga Filho (OAB: 29516/BA)
Advogado : Gilmara Carvalho Magalhães (OAB: 37636/BA)
Apelado : Ministerio Público
TJBA – DIÁRIO DA JUSTIÇA ELETRÔNICO – Nº 2.099 - Disponibilização: terça-feira, 13 de março de 2018 Cad 1 / Página 485
9-0000293-39.2016.8.05.0213Apelação
Comarca : Ribeira do Pombal
Apelante : José Rener dos Santos Cruz
Advogado : Flaviano José de Freitas Neto (OAB: 17951/BA)
Advogado : André Luiz Correia de Amorim (OAB: 20590/BA)
Advogado : Ana Carla Cardoso de Almeida (OAB: 37605/BA)
Apelado : Ministério Público do Estado da Bahia
Promotor : Ícaro Tavares Cardoso de Oliveira Bezerra
Procurador : Sheilla Cerqueira Suzart
Relator : Lourival Almeida Trindade
Revisor : Nilson Soares Castelo Branco
11-0513921-29.2015.8.05.0001Apelação
Comarca : Salvador
Apelante : Jair de Oliveira Brandao
Advogado : Marcela Conceição do Nascimento (OAB: 47583/BA)
Apelado : 'Ministério Público
Procurador : Aurea Lucia Souza Sampaio Loepp
Relator : Abelardo Paulo da Matta Neto
Revisor : Lourival Almeida Trindade
13-0000973-84.2015.8.05.0172Apelação
Comarca : Mucuri
Apelante : Lucas Nunes Scher
Defensor Dativo : Marcos Antonio Pimentel Ferreira
Apelado : Ministerio Publico
Promotor : Victor Freitas Leire Barros
Proc. Justiça : Marilene Pereira Mota
Relator : Abelardo Paulo da Matta Neto
Revisor : Lourival Almeida Trindade
14-0000558-24.2015.8.05.0036Apelação
Comarca : Caetité
Apelante : Josenilson Rodrigues de Carvalho
Advogado : Caio Soares Silveira (OAB: 31564/BA)
Apelado : Ministerio Publico
Promotor : Francisco de Freitas Junior
Procurador : Tânia Regina Oliveira Campos
Defensor Dativo : Caio Soares Silveira
Relator : Rita de Cassia Machado Magalhães Filgueiras Nunes
Revisor :
TJBA – DIÁRIO DA JUSTIÇA ELETRÔNICO – Nº 2.099 - Disponibilização: terça-feira, 13 de março de 2018 Cad 1 / Página 486
15-0000158-94.2011.8.05.0118/50000Embargos de Declaração
Comarca : Itagimirim
Embargante : Tiago da Silva Ferreira
Advogado : Nilo Carneiro Dias (OAB: 26463/BA)
Embargado : 'Ministério Público
Promotor : Helber Luiz Batista
Procurador : Moisés Ramos Marins
Relator : Rita de Cassia Machado Magalhães Filgueiras Nunes
Revisor :
16-0000359-22.2013.8.05.0052Apelação
Comarca : Casa Nova
Apelante : Jucelino Fernandes Coelho
Advogado : Wank Remy de Sena Medrado (OAB: 23766/BA)
Apelado : Ministério Público do Estado da Bahia
Promotor : Sônia Maria da Silva Brito
Procuradora : Maria Adélia Bonelli
Relator : Lourival Almeida Trindade
Revisor : Nilson Soares Castelo Branco
17-0001492-38.2017.8.05.0027Apelação
Comarca : Bom Jesus da Lapa
Apelante : João Sento-Sé Magalhães Júnior
Advogado : Sinara dos Reis Monteiro (OAB: 32857/BA)
Advogado : Dalila Brandão Bertunes (OAB: 32484/BA)
Apelado : Ministério Público do Estado da Bahia
Promotor : Matheus Polli Azevedo
Procuradora : Nivea Cristina Pinheiro Leite
Relator : Abelardo Paulo da Matta Neto
Revisor : Lourival Almeida Trindade
18-0000671-50.2015.8.05.0109/50000Embargos de Declaração
Comarca : Irará
Embargante : Gildazio Ferreira de Sena
Advogado : Alexsandro Pereira de Souza (OAB: 41195/BA)
Embargado : Ministerio Publico
Promotor : Andre Luis Lavigne Mota
Proc. Justiça : Eny Magalhães Silva
Relator : Rita de Cassia Machado Magalhães Filgueiras Nunes
Revisor :
19-0502068-68.2016.8.05.0201Apelação
Comarca : Porto Seguro
Apelante : Cristian Vieira Sangi
Def. Público : Defensoria Publica do Estado da Bahia
Apelante : Ministerio Publico
Promotor : Michelle Roberta Souto
Apelado : Cristian Vieira Sangi
Apelado : Ministerio Publico
Procuradora : Adriani Vasconcelos Pazelli
Relator : Lourival Almeida Trindade
Revisor : Nilson Soares Castelo Branco
20-0962805-74.2015.8.05.0146Apelação
Comarca : Juazeiro
Apelante : Ministerio Publico
Promotor : Sammuel de Oliveira Luna
Proc. Justiça : Sônia Maria da Silva Brito
Apelado : Antonio Jose da Silva
Def. Público : Defensor Público
Proc. Justiça : João Paulo Cardoso de Oliveira
Relator : Lourival Almeida Trindade
Revisor : Nilson Soares Castelo Branco
21-0501685-93.2016.8.05.0103Apelação
Comarca : Ilhéus
Apelante : Carlos Alberto Ceo dos Santos
TJBA – DIÁRIO DA JUSTIÇA ELETRÔNICO – Nº 2.099 - Disponibilização: terça-feira, 13 de março de 2018 Cad 1 / Página 487
22-0300284-84.2014.8.05.0112Apelação
Comarca : Itaberaba
Apelante : Robson Barbosa dos Santos
Advogado : Artur Cesar Costa Pinto Neto (OAB: 33539/BA)
Apelado : Ministério Público da Bahia
Promotor : Ana Carolina Campos Tavares Gomes Freitas
Procuradora : Adriani Vasconcelos Pazelli
Proc. Justiça : Adriani Vasconcelos Pazelli
Relator : Rita de Cassia Machado Magalhães Filgueiras Nunes
Revisor : Abelardo Paulo da Matta Neto
23-0110146-81.2009.8.05.0001Apelação
Comarca : Salvador
Apelante : Valter Rodrigues dos Santos
Def. Público : André G. S. Pereira
Apelado : Ministério Público do Estado da Bahia
Promotora : Juliana Varela Rodrigues de Barros
Procuradora : Wanda Valbiraci Caldas Figueiredo
Relator : Rita de Cassia Machado Magalhães Filgueiras Nunes
Revisor : Abelardo Paulo da Matta Neto
24-0501523-96.2016.8.05.0039Apelação
Comarca : Camaçari
Apelante : Edvan Francisco dos Santos
Advogado : Rebeca Cristine Gonçalves dos Santos (OAB: 36226/BA)
Apelado : Ministério Público
Proc. Justiça : Antônio Carlos Oliveira Carvalho
Relator : Rita de Cassia Machado Magalhães Filgueiras Nunes
Revisor : Abelardo Paulo da Matta Neto
25-0001880-25.2015.8.05.0248Apelação
Comarca : Serrinha
Apelante : Adolescente
Def. Público : Rodolfo Marques Barbiere
Apelado : Ministerio Publico
Promotor : Nubia Rolim dos Santos
Procuradora : Áurea Lucia Souza Sampaio Loepp
Relator : Abelardo Paulo da Matta Neto
Revisor :
26-0533166-55.2017.8.05.0001Apelação
Comarca : Salvador
Apelante : Adolescente
Advogado : Evaldo Barbosa Matos (OAB: 32969/BA)
Apelado : Ministerio Publico
Promotor : Patricia Silva Moreira Barreto
Procurador : Antônio Carlos Oliveira Carvalho
Relator : Abelardo Paulo da Matta Neto
Revisor :
27-0301270-86.2017.8.05.0256Apelação
Comarca : Teixeira de Freitas
Apelante : Adolescente
Def. Público : Defensoria Pública do Estado da Bahia
Apelado : Ministério Público do Estado da Bahia
Procuradora : Lícia Maria de Oliveira
Relator : Abelardo Paulo da Matta Neto
Revisor :
TJBA – DIÁRIO DA JUSTIÇA ELETRÔNICO – Nº 2.099 - Disponibilização: terça-feira, 13 de março de 2018 Cad 1 / Página 488
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DA BAHIA
Des. Nilson Soares Castelo Branco - 1ª Câmara Crime 2ª Turma
DESPACHO
8004226-67.2018.8.05.0000 Habeas Corpus
Jurisdição: Tribunal De Justiça
Impetrado: 2ª Vara De Execuções Penais De Salvador
Paciente: Jose Francisco Siqueira De Araujo
Impetrado: Juízo Da Vara De Execuções De Penas E De Medidas Alternativas Da Comarca De Salvador
Paciente: Jose Francisco Siqueira De Araujo
Advogado: Adriana Machado E Abreu (OAB:0048241/BA)
Despacho:
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DA BAHIA
Primeira Câmara Criminal 2ª Turma
________________________________________
Processo: HABEAS CORPUS n. 8004226-67.2018.8.05.0000
Órgão Julgador: Primeira Câmara Criminal 2ª Turma
PACIENTE: JOSE FRANCISCO SIQUEIRA DE ARAUJO
Advogado(s): ADRIANA MACHADO E ABREU (OAB:0048241/BA)
IMPETRADO: 2ª VARA DE EXECUÇÕES PENAIS DE SALVADOR e outros
Advogado(s):
DESPACHO
Vistos.
Solicitem-se informações ao derredor da situação prisional e processual do Paciente à Autoridade dita Coatora, que deverá
prestá-las no prazo de lei.
Após, sejam os autos encaminhados para a Procuradoria de Justiça.
Cópia da presente decisão servirá como Ofício, devendo a Secretaria certificar, nos autos, a data do envio da comunicação
ao Juízo de origem.
Visando implementar maior celeridade, as informações poderão ser encaminhadas via fac-simile aos telefones nºs (71)
33725339 e/ou (71) 3372-5231 ou através do e-mail institucional deste Julgador.
Em seguida, voltem-me conclusos.
Publique-se.
Salvador, 08 de março de 2018.
Des. Nilson Castelo Branco
Relator
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DA BAHIA
Des. Nilson Soares Castelo Branco - 1ª Câmara Crime 2ª Turma
DECISÃO
8003673-20.2018.8.05.0000 Habeas Corpus
Jurisdição: Tribunal De Justiça
Impetrante: Luana Bacry Luna Paradis
Impetrado: Juizo Criminal Da Comarca De Senhor Do Bonfim
Impetrante: Defensoria Pública Do Estado Da Bahia
Paciente: Anderson Tiago Diogens Da Silva
Decisão:
TJBA – DIÁRIO DA JUSTIÇA ELETRÔNICO – Nº 2.099 - Disponibilização: terça-feira, 13 de março de 2018 Cad 1 / Página 489
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DA BAHIA
Primeira Câmara Criminal 2ª Turma
________________________________________
Processo: HABEAS CORPUS n. 8003673-20.2018.8.05.0000
Órgão Julgador: Primeira Câmara Criminal 2ª Turma
IMPETRANTE: DEFENSORIA PÚBLICA DO ESTADO DA BAHIA e outros
Advogado(s):
IMPETRADO: JUIZO CRIMINAL DA COMARCA DE SENHOR DO BONFIM
Advogado(s):
DECISÃO
Vistos.
Cuida-se de ordem de habeas corpus, com pedido de provimento liminar, impetrada pela Defensoria Pública em favor de
Anderson Tiago Diógenes da Silva, preso em flagrante pela suposta prática dos delitos previstos nos arts. 129, §9º, 140,
caput, e 329 do Código Penal c/c art. 7º, incs. I, II e V, da Lei 11.340/2006, na qual aponta como autoridade coatora o MM. Juiz
de Direito da Vara Criminal da Comarca de Senhor do Bonfim/Ba.
Como fundamento do writ, sustenta o Impetrante, em síntese, que o Paciente sofre constrangimento ilegal em sua liberdade
de locomoção ante a impossibilidade financeira de efetivar o pagamento da fiança arbitrada no valor de R$1908,00 (hum mil
novecentos e oito reais).
Pugna, assim, pelo deferimento liminar da ordem, com consequente expedição de alvará de soltura, e sua posterior ratificação,
concedendo-se em definitivo o writ.
A inicial se fez acompanhar dos documentos constantes do ID 759354.
É o Relatório. Decido.
Compulsando os autos, não vislumbro a presença do fumus boni iuris e do periculum in mora, requisitos indispensáveis
para a concessão do pedido initio litis.
O fundamento do pedido formulado pelo Impetrante se confunde com o próprio mérito do writ, sendo recomendável a coleta
de informações do Juízo impetrado para posterior submissão do mandamus ao Órgão Colegiado, tanto mais porque não
logrou colacionar aos autos elementos que comprovem a capacidade econômica do Paciente, nem tampouco que submeteu
a referida questão ao Juízo primevo.
Assim, cinge-se que as alegações e documentos trazidos por ele indicam uma maior cautela a este signatário, tornando-se
imperativo, nesta oportunidade, indeferir o pedido de liminar postulado, com o fito de submeter a apreciação da ação
autônoma impugnativa ao Colegiado.
Solicitem-se informações à indigitada autoridade coatora, a serem prestadas no prazo de lei. Após, encaminhem-se os
autos para a Procuradoria de Justiça.
Cópia da presente Decisão servirá como Ofício, devendo a Secretaria certificar, nos autos, a data de envio da comunicação
ao Juízo de origem.
Visando a implementar maior celeridade, as informações poderão ser encaminhadas via fac-símile ao telefone n.º 71 3372-
5231, deste Gabinete.
Publique-se. Intime-se.
Salvador, 05 de março de 2018.
Des. Nilson Castelo Branco
Relator
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DA BAHIA
Des. Nilson Soares Castelo Branco - 1ª Câmara Crime 2ª Turma
DESPACHO
8002488-44.2018.8.05.0000 Agravo De Execução Penal
Jurisdição: Tribunal De Justiça
Agravante: Alexsandra Assis Ferreira
Advogado: Carlos Renato Dos Santos (OAB:0009424/BA)
Agravado: Ministerio Publico
Despacho:
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DA BAHIA
Primeira Câmara Criminal 2ª Turma
________________________________________
Processo: AGRAVO DE EXECUÇÃO PENAL n. 8002488-44.2018.8.05.0000
Órgão Julgador: Primeira Câmara Criminal 2ª Turma
AGRAVANTE: ALEXSANDRA ASSIS FERREIRA
Advogado(s): CARLOS RENATO DOS SANTOS (OAB:0009424/BA)
AGRAVADO: MINISTERIO PUBLICO
TJBA – DIÁRIO DA JUSTIÇA ELETRÔNICO – Nº 2.099 - Disponibilização: terça-feira, 13 de março de 2018 Cad 1 / Página 490
DESPACHO
Vistos.
Determino o retorno dos autos ao SECOMGE para que seja verificada e certificada a regularidade da distribuição deste
Agravo de Instrumento.
Após, retornem os autos conclusos.
Publique-se.
Intime-se.
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DA BAHIA
Des. Lourival Almeida Trindade - 1ª Câmara Crime 2ª Turma
DESPACHO
8004310-68.2018.8.05.0000 Habeas Corpus
Jurisdição: Tribunal De Justiça
Paciente: Marcelo De Souza Gomes
Advogado: Max Ismael Nunes Barbosa (OAB:0055846/BA)
Impetrado: Ministério Público Do Estado Da Bahia
Despacho:
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DA BAHIA
Primeira Câmara Criminal 2ª Turma
________________________________________
Processo: HABEAS CORPUS n. 8004310-68.2018.8.05.0000
Órgão Julgador: Primeira Câmara Criminal 2ª Turma
PACIENTE: MARCELO DE SOUZA GOMES
Advogado(s): MAX ISMAEL NUNES BARBOSA (OAB:0055846/BA)
IMPETRADO: MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DA BAHIA
Advogado(s):
DESPACHO
Aguarde-se, em Secretaria, a apresentação das informações, requisitadas à autoridade impetrada.
Ação Penal n. 0000219-86.2017.8.05.0265
Após, encaminhem-se os autos à Procuradoria de Justiça.
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DA BAHIA
Des. Abelardo Paulo da Matta Neto - 1ª Câmara Crime 2ª Turma
DECISÃO
8003741-67.2018.8.05.0000 Habeas Corpus
Jurisdição: Tribunal De Justiça
Impetrante: Defensoria Publica Do Estado Da Bahia
Impetrado: Juízo Da 1a Vara Criminal De Jequié
Custos Legis: Ministerio Publico
Paciente: Viviane Almeida Santos
Decisão:
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DA BAHIA
Des. Abelardo Paulo da Matta Neto - 1ª Câmara Crime 2ª Turma
________________________________________
Classe: HABEAS CORPUS N.º 8003741-67.2018.8.05.0000
Órgão:PRIMEIRA CÂMARA CRIMINAL - SEGUNDA TURMA
Relator: DES. ABELARDO PAULO DA MATTA NETO
Impetrante: DEFENSORIA PÚBLICA DO ESTADO DA BAHIA
TJBA – DIÁRIO DA JUSTIÇA ELETRÔNICO – Nº 2.099 - Disponibilização: terça-feira, 13 de março de 2018 Cad 1 / Página 491
DECISÃO
Cuida-se de Habeas CorpusLiberatório, com pedido de liminar, impetrado em favor de Viviane Almeida Santos, que se diz
ilegitimamente reclusa por ato emanado pelo Juiz de Direito 1ª Vara Criminal da Comarca de Jequié, acoimado coator.
Consta da narrativa, em síntese, que em 21 de dezembro de 2017, a Paciente foi presa em flagrante, por suposta violação
ao comando normativo insculpido no artigo 33 da Lei nº 11.343/2006. Posteriormente, a prisão em flagrante foi convertida em
prisão preventiva.
Aduz recair sobre a Paciente odioso constrangimento ilegal, haja vista a insubsistência da fundamentação lançada no
decreto prisional, especialmente, em razão da falta de individualização da conduta praticada pela Paciente.
Sustenta, ainda, que a medida adotada pelo Magistrado a quo apresenta-se desnecessariamente rígida e ofende os
princípios basilares que regem o processo penal, pois a prisão preventiva é medida excepcionalíssima, sendo cabível, in
casu, aplicação de medidas cautelares menos gravosas que o cárcere, notadamente, por tratar-se de Paciente que ostenta
predicativos subjetivos favoráveis.
Assevera ter postulado perante o Juízo de Primeiro Grau a revogação da prisão preventiva e, subsidiariamente, a conversão
da prisão preventiva em domiciliar, contudo, o pleito foi indeferido sem que o Magistrado tenha se manifestado acerca do
pedido de revogação da prisão, o que caracteriza negativa da prestação jurisdicional.
Afirma, ainda, que a situação da Paciente se enquadra ao recente julgado proferido pelo egrégio Supremo Tribunal Federal
no bojo do Habeas Corpus coletivo n.º 143.641/SP, no qual foi concedida a ordem para determinar a observância da regra
prevista no art. 318, IV e V, do CPP, para gestantes e mulheres com filhos de até doze anos, posto que a segregada possui
três filhos menores, um deles com idade inferior a doze anos.
Com lastro nessa narrativa, requereu, in limine, a revogação da prisão preventiva da Paciente e, subsidiariamente, a
substituição em prisão domiciliar, mediante expedição do correspondente alvará de soltura e para robustecer o writ, acostou
a documentação de folhas 20/602.
É o relatório. Passo a decidir.
É sabido que a concessão de liminar, em sede de habeas corpus, pressupõe a comprovação imediata de ilegalidade,
cerceadora do status libertatis do indivíduo. Nessa linha intelectiva, leciona Guilherme Nucci:
"A possibilidade de concessão de liminar em habeas corpus, viabilizando a pronta cessação do constrangimento apontado
pelo impetrante, não se encontra prevista em lei. Trata-se de criação jurisprudencial, hoje consagrada no âmbito de todos
os tribunais brasileiros". (NUCCI, Guilherme de Souza. Habeas Corpus, 2 ed. - Rio de Janeiro: Forense, 2014, p. 149).
Contudo, malgrado admitida a possibilidade de suspensão in limine da constrição questionada no writ, para que se viabilize
sua materialização é imprescindível restar sobejamente evidenciada, ainda que em peculiar juízo de probabilidade, a
ilegalidade ou abusividade do ato restritivo, coadunada à materialidade ou iminência de concretização deste, tal como
assente nas medidas de natureza cautelar, com os requisitos consagrados como fumus boni iuris e periculum in mora,
recrudescidos pela especialidade da medida.
Sob essa perspectiva analítica, a realidade extraída dos autos, ao menos neste inicial momento de perfunctório exame, não
permite a constatação de elementos suficientes ao deferimento da liminar vindicada.
A constrição à liberdade da Paciente deriva de prisão em flagrante, sendo-lhe imputada conduta delitiva apenada acima do
piso de quatro anos de restrição libertária, o que, a priori, não permite constatar a inadequação do recolhimento cautelar às
hipóteses legais que o regulam - CPP, arts. 311 a 314.
Demais disso, a tese de que a Paciente ostenta predicativos subjetivos favoráveis, conforme remansosa jurisprudência das
Cortes Superiores, não constitui, isoladamente, óbice à possibilidade de recolhimento preventivo.
Portanto, em que pesem as alegações trazidas com a exordial, e sem prejuízo de ulterior alcance de posicionamento diverso
acerca do mérito, em análise colegiada natural pela Segunda Turma da Primeira Câmara Criminal desta Corte de Justiça,
revela-se impositiva, até seu advento, a manutenção do decreto prisional, tal como determinado pela Autoridade impetrada.
Nestes termos, INDEFIRO A MEDIDA LIMINAR.
Requisitem-se informações à Autoridade indigitada coatora, para que as preste no prazo de 05 (cinco) dias.
Pontue-se que os informes, se possível, devem também relatar as condições do estabelecimento prisional e laudo social ou
documento correlato à análise técnica concreta e individualizada do melhor interesse da criança (HC nº 143.641/SP - STF).
Os informes requestados podem ser enviados por meio eletrônico, através do e-mail institucional
1camaracriminal@tjba.jus.br, ou à Secretaria da Primeira Câmara Criminal deste Tribunal de Justiça, via fax, através do
número (71) 3372-5336.
Após, sigam os autos ao Parquet, para pronunciamento conclusivo, em observância ao art. 53, IV, do Regimento Interno do
Tribunal de Justiça do Estado da Bahia.
Esta decisão SERVE COMO OFÍCIO, devendo a Secretaria certificar, nos autos, a data de envio da respectiva comunicação.
Publique-se. Intimem-se.
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DA BAHIA
Des. Abelardo Paulo da Matta Neto - 1ª Câmara Crime 2ª Turma
DESPACHO
8000365-73.2018.8.05.0000 Habeas Corpus
Jurisdição: Tribunal De Justiça
Impetrante: Defensoria Pública Do Estado Da Bahia
Impetrado: Excelentíssimo Juiz De Direito Da Vara Do Júri Da Comarca De Ilhéus
Custos Legis: Ministerio Publico
Paciente: João Edson Vieira Batista
Despacho:
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DA BAHIA
Primeira Câmara Criminal 2ª Turma
________________________________________
Processo: HABEAS CORPUS n. 8000365-73.2018.8.05.0000
Órgão Julgador: Primeira Câmara Criminal 2ª Turma
IMPETRANTE: Defensoria Pública do Estado da Bahia e outros
Advogado(s):
IMPETRADO: Excelentíssimo Juiz de Direito da Vara do Júri da Comarca de Ilhéus
Advogado(s):
DESPACHO
Vistos, etc. Determino
Compulsando os fólios, verifica-se que os documentos anexados (id. 755751), são estranhos ao processo em epígrafe.
Neste viés, determino que sejam desentranhados dos autos.
Após, retornem os autos conclusos.
Publique-se.
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DA BAHIA
Des. Abelardo Paulo da Matta Neto - 1ª Câmara Crime 2ª Turma
DESPACHO
8004342-73.2018.8.05.0000 Agravo De Execução Penal
Jurisdição: Tribunal De Justiça
Agravante: Ednaldo Joao Da Silva Lima
Advogado: Rodrigo Nunes Da Silva (OAB:0023096/BA)
Agravado: Ministerio Publico Do Estado Da Bahia
Despacho:
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DA BAHIA
Primeira Câmara Criminal 2ª Turma
________________________________________
Processo: AGRAVO DE EXECUÇÃO PENAL n. 8004342-73.2018.8.05.0000
Órgão Julgador: Primeira Câmara Criminal 2ª Turma
AGRAVANTE: EDNALDO JOAO DA SILVA LIMA
Advogado(s): RODRIGO NUNES DA SILVA (OAB:0023096/BA)
AGRAVADO: MINISTERIO PUBLICO DO ESTADO DA BAHIA
Advogado(s):
DESPACHO
Vistos, etc.
Compulsando os autos, infere-se já haver sido proferido Acórdão, tombado sob o nº 0306205-53.2013, distribuído para a Primeira
Turma da Primeira Câmara Criminal, incumbindo a relatoria à Eminente Desembargadora Ivone Bessa Ramos, referente ao
processo de nº 0306205-53.301.8.05.0146, cuja condenação é objeto da Ação de Execução impugnada através do presente Agravo.
Assim sendo, em conformidade com o art. 160, caput, do Regimento Interno deste Tribunal, deve o presente Agravo de
Execução ser redistribuído a supracitada relatora, preventa para apreciá-lo.
Publique-se.
Cumpra-se
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DA BAHIA
Des. Abelardo Paulo da Matta Neto - 1ª Câmara Crime 2ª Turma
DESPACHO
8003333-76.2018.8.05.0000 Habeas Corpus
Jurisdição: Tribunal De Justiça
Paciente: Joao Jose Dos Santos Junior
Advogado: Heldo Rocha Lago (OAB:0042806/BA)
Impetrado: Exmo Juiz De Direito Da 1ª Vara Criminal De Santo Antonio De Jesus
Custos Legis: Ministerio Publico
Despacho:
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DA BAHIA
Primeira Câmara Criminal 2ª Turma
________________________________________
Processo: HABEAS CORPUS n. 8003333-76.2018.8.05.0000
Órgão Julgador: Primeira Câmara Criminal 2ª Turma
PACIENTE: JOAO JOSE DOS SANTOS JUNIOR
Advogado(s): HELDO ROCHA LAGO (OAB:0042806/BA)
IMPETRADO: EXMO JUIZ DE DIREITO DA 1ª VARA CRIMINAL DE SANTO ANTONIO DE JESUS
Advogado(s):
DESPACHO
Em razão do quanto exposto na petição de ID 787962, acolho o quanto ali pugnado pelo ilustre advogado, determinando o
desentranhamento dos documentos acostados de IDs n.º 730585, 730633 e 730638, uma vez que não possuem relação
com a demanda. Ademais, defiro a juntada dos documentos anexos àquela petição (ID 787962), devendo ser dada a ciência
dos mesmos à autoridade coatora, a fim de que esta ofereça de forma escorreita os informes já solicitados.
Ademais, após os informes da autoridade coatora, sigam os autos ao Parquet, para pronunciamento conclusivo, em
observância ao art. 53, IV, do Regimento Interno do Tribunal de Justiça do Estado da Bahia.
Esta decisão SERVE COMO OFÍCIO, devendo a Secretaria certificar, nos autos, a data de envio da respectiva comunicação.
Cumpra-se
Salvador/BA, de de 2018.
Des. Abelardo Paulo da Matta Neto - 1ª Câmara Crime 2ª Turma
Relator
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DA BAHIA
Des. Abelardo Paulo da Matta Neto - 1ª Câmara Crime 2ª Turma
DESPACHO
8001592-98.2018.8.05.0000 Habeas Corpus
Jurisdição: Tribunal De Justiça
Impetrante: Defensoria Pública Do Estado Da Bahia
Paciente: Thiago De Oliveira Cassutu
Impetrado: Juiz De Direito Plantonista De Barreiras
Impetrado: 2ª Vara Criminal Da Comarca De Barreiras
Custos Legis: Ministerio Publico Do Estado Da Bahia
Despacho:
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DA BAHIA
Primeira Câmara Criminal 2ª Turma
________________________________________
Processo: HABEAS CORPUS n. 8001592-98.2018.8.05.0000
Órgão Julgador: Primeira Câmara Criminal 2ª Turma
IMPETRANTE: Defensoria Pública do Estado da Bahia e outros
Advogado(s):
IMPETRADO: JUiz de Direito Plantonista de Barreiras e outros
Advogado(s):
DESPACHO
Vistos, etc. Determino
Compulsando-se os autos, inobstante o Juízo apontado coator ter prestado as informações requisitadas por este Signatário
ID 755818, infere-se que as mesmas se referem a Ação Penal diversa da ora analisada.
TJBA – DIÁRIO DA JUSTIÇA ELETRÔNICO – Nº 2.099 - Disponibilização: terça-feira, 13 de março de 2018 Cad 1 / Página 494
Assim sendo, converte-se o feito em diligência para que sejam requisitadas, novamente, as informações à autoridade
coatora da Ação Penal de nº 0300168-18.2018.8.05.0022, onde consta THIAGO DE OLIVEIRA CASSUTU como acusado, ora
Paciente.
Ressalto, ademais, que tais informes podem ser enviados, por meio eletrônico, através do e-mail institucional da Secretaria
da Primeira Câmara Criminal - Segunda Turma 1camaracriminal@tjba.jus.br ou através do fax nº (71) 3372-5336.
Após, retornem os autos conclusos.
Cumpra-se
Salvador/BA, de de 2018.
Des. Abelardo Paulo da Matta Neto - 1ª Câmara Crime 2ª Turma
Relator
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DA BAHIA
Des. Abelardo Paulo da Matta Neto - 1ª Câmara Crime 2ª Turma
DECISÃO
8004348-80.2018.8.05.0000 Habeas Corpus
Jurisdição: Tribunal De Justiça
Impetrante: Defensoria Publica Do Estado Da Bahia
Impetrado: Vara Crime De Cicero Dantas
Custos Legis: Ministerio Publico
Paciente: Alisson Da Conceição Ribeiro
Decisão:
Processo : HABEAS CORPUS n. 8004348-80.2018.8.05.0000
Órgão Julgador : Primeira Câmara Criminal - SegundaTurma
Relator: : Des. Abelardo Paulo da Matta Neto
Impetrante : Defensoria Pública do Estado da Bahia
Paciente : Alisson da Conceição Ribeiro
Impetrado : Juiz de Direito da Vara Criminal da Comarca de Cícero Dantas
DECISÃO MONOCRÁTICA
Abriga-se no presente feito Habeas Corpus Liberatório, com pedido de liminar, impetrado em favor de ALISSON DA CONCEIÇÃO
RIBEIRO, sob a alegação de que ilegitimamente recluso por ato emanado do MM. JUIZ DE DIREITO DA VARA CRIMINAL DA
COMARCA DE CÍCERO DANTAS, apontado coator.
Do que se extrai da narrativa exordial, em compasso com as peças a ela acostadas, o Paciente foi preso em flagrante em 05/
10/2017, pela suposta prática do crime tipificado no art. 155, §§ 1º e 4º, III, do Código Penal (furto qualificado), fato apurado
nos autos do processo de nº 0001889-07.2017.805.0057, no âmbito do qual encontra-se, por conversão do flagrante,
decretada sua prisão preventiva, datada de 31/10/2017.
Ocorre que, segundo narrado, a prisão do Paciente já se estenderia por mais de 04 (quatro) meses, "sem que haja
conclusão da instrução criminal", projetando-se já por período de quase um ano, eis que o Juízo Impetrado teria designado
a audiência de instrução apenas para 22 de agosto do ano em curso, circunstância que configuraria inequívoco
constrangimento ilegal por excesso de prazo, haja vista que em muito superando o somatório do quanto previsto nos arts.
10, 46, 396, 400 e 403 da Lei Adjetiva Penal.
Com lastro nessa narrativa, requereu, in limine, a revogação da prisão preventiva do Paciente, mediante expedição do
correspondente alvará de soltura.
O writ foi instruído com documentos.
É o relatório. Passo a decidir.
Como consabido, a concessão de liminar em sede de habeas corpus não encontra previsão expressa em lei, sendo,
todavia, admita na praxe forense, a fim de obstar a consolidação de ilegalidade cerceadora do status libertatis do indivíduo.
Nessa linha intelectiva, leciona Guilherme Nucci:
"A possibilidade de concessão de liminar em habeas corpus, viabilizando a pronta cessação do constrangimento apontado
pelo impetrante, não se encontra prevista em lei. Trata-se de criação jurisprudencial, hoje consagrada no âmbito de todos
os tribunais brasileiros". (in NUCCI, Guilherme de Souza. Habeas Corpus, 2ª ed. - Rio de Janeiro: Forense, 2014, p. 149)
Na jurisprudência, para se autorizar a concessão da predita medida liminar, chega-se a estabelecer um paralelo com o
mandado de segurança, também remédio heroico constitucional, que visa à proteção de direitos patrimoniais de teórica
menor relevância, em relação ao direito de locomoção, e no qual é legalmente autorizada a imediata suspensão do ato
coator.
Sobre o tema, também valiosos os ensinamentos de Heráclito Mossin:
"Adotando o mesmo posicionamento, José Ernani de Carvalho Pacheco, trazendo inclusive à colação do Acórdão unânime
do STF, no HC n. 41.296/GO, no qual foi relator o Ministro Gonçalves de Oliveira, exorta que: Muito embora a legislação a ela
não se refira, vai a jurisprudência e a doutrina afirmando a possibilidade de concessão de liminar em sede de habeas
corpus [...] Se no mandado de segurança pode o Relator conceder a liminar até em casos de interesses patrimoniais, não
se compreenderia que, em casos em que está em jogo a liberdade individual ou as liberdades públicas, a liminar, no
habeas corpus preventivo, não pudesse ser concedida." (inMOSSIN, Heráclito Antônio. Habeas Corpus (Antecedentes
históricos, hipóteses de impetração, processo, competência e recursos, modelos de petição e jurisprudência atualizada, 9ª
ed. - Barueri: Manole, 2013, p. 398)
TJBA – DIÁRIO DA JUSTIÇA ELETRÔNICO – Nº 2.099 - Disponibilização: terça-feira, 13 de março de 2018 Cad 1 / Página 495
Em concreto, a possibilidade de concessão da liminar em habeas corpus embasa-se, objetivamente, no art. 660, § 2º, do
Código de Processo Penal e no art. 259, § 1º, do Regimento Interno do Tribunal de Justiça do Estado da Bahia, reforçados
pela aplicação análoga das disposições regentes do mandado de segurança e, por fim, pela sólida construção fincada em
precedentes jurisprudenciais, tudo a demonstrar a necessidade de que seja efetivamente apreciada a postulação inaugural
da impetração.
Ainda assim, malgrado admitida a possibilidade de suspensão in limine da constrição questionada no writ, para que se
viabilize sua materialização é imprescindível restar sobejamente evidenciada, ainda que em peculiar juízo de probabilidade,
a ilegalidade ou abusividade do ato restritivo, coadunada à materialidade ou iminência de concretização deste, tal como
assente nas medidas de natureza cautelar, com os requisitos consagrados como fumus boni iuris e periculum in mora,
recrudescidos pela especialidade da medida.
Sob essa perspectiva analítica, a realidade extraída dos autos, ao menos neste inicial momento de perfunctório exame, não
permite a constatação de elementos suficientes ao deferimento da liminar vindicada.
A constrição à liberdade do Paciente deriva de decreto judicial pela imputação de conduta delitiva apenada, em tese, acima
do piso de quatro anos de restrição libertária, não se podendo, aprioristicamente, constatar esteja o processo seguindo rito
fora espectro de razoabilidade, o que, neste momento, não permite constatar a inadequação do recolhimento cautelar às
hipóteses legais que o regulam - CPP, arts. 311 a 314.
Por seu turno, a configuração de excesso de prazo, por não se resumir a critérios puramente aritméticos, demanda a análise
mais detalhada do feito, o que não se compatibiliza com a apreciação in limine, justificando, ao revés, a antecedente coleta
de informações junto à Autoridade Coatora, a fim de se apurar a eventual existência de exacerbação justificada para o rito
procedimental.
Portanto, em que pesem as alegações trazidas com a exordial, e sem prejuízo de ulterior alcance de posicionamento diverso
acerca do mérito, em análise colegiada natural pela Segunda Turma da Primeira Câmara Criminal desta Corte de Justiça,
revela-se impositiva, até seu advento, a manutenção do decreto prisional, tal como determinado pela Autoridade impetrada.
Nestes termos, INDEFIRO A MEDIDA LIMINAR.
Requisitem-se informações à Autoridade indigitada coatora, para que as preste no prazo de 05 (cinco) dias. Após, sigam os
autos ao Parquet, para pronunciamento conclusivo, em observância ao art. 53, IV, do Regimento Interno do Tribunal de
Justiça do Estado da Bahia.
Os informes requestados podem ser enviados por meio eletrônico, através do e-mail institucional
1camaracriminal@tjba.jus.br, ou à Secretaria da Primeira Câmara Criminal deste Tribunal de Justiça, via fax, através do
número (71) 3372-5336.
Esta decisão SERVE COMO OFÍCIO, devendo a Secretaria certificar a data de envio da respectiva comunicação.
Publique-se. Intimem-se.
DESPACHO
Trata-se de apelação, interposta por JAILTON ALMEIDA DE ARAÚJO e ATAIDES MONTEIRO, contra a Sentença, de fls. 201/
207, prolatada pela MM. Juíza de Direito da Vara Criminal da Comarca de Morro do Chapéu.
Ocorre que, compulsando-se os presentes autos, verifica-se que, não obstante o oferecimento de razões e contrarrazões ao
Apelo interposto, um dos Apelantes não foi intimado pessoalmente acerca do teor da sentença vergastada, assim como a
vítima, contrariando o disposto no art. 392, II e art. 201, § 2º, ambos do CPP.
Assim sendo, visando assegurar o devido processo legal, converto o feito em diligência, determinando-se o retorno dos
autos ao MM. Juízo a quo para que sejam sanados os citados vícios, devendo ser providenciada a intimação pessoal do
Apelante JAILTON ALMEIDA DE ARAÚJO e da vítima, Sra. MARIA DE JESUS SANTOS SOUTO, por todos os meios em direito
admitidos, inclusive por edital, se for o caso, evitando-se, dessa forma, possíveis alegações de nulidade.
Serve o presente como OFÍCIO, devendo a Secretaria certificar, nos autos, a data de envio da respectiva intimação.
Cumpra-se. Publique-se.
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DA BAHIA
Pedro Augusto Costa Guerra
PUBLICAÇÃO DE DESPACHOS E DECISÕES MONOCRÁTICAS
DECISÃO
Cuida-se de Habeas Corpus impetrado em favor de JOÃO GABRIEL DE SOUZA LIMA, apontando como autoridade coatora o
douto Juiz de Direito da Vara Crime de Guaratinga/BA. Narra o Impetrante que o Paciente se encontra preso desde 19 de
novembro de 2016, sendo enquadrado pela infundada suspeita de infringir o disposto nos arts. 33 e 35 da Lei nº11.343/
2006. Em suas razões, alega a configuração de constrangimento ilegal em desfavor do Paciente diante do excesso de prazo
para conclusão da instrução criminal. Pugna pela concessão da ordem, in limine, para fazer cessar o constrangimento
ilegal, expedindo-se, de imediato, alvará de soltura com ou sem aplicação de medida cautelar diversa da prisão e, ao final,
a concessão definitiva da ordem nesse mesmo sentido. Entende-se que a obtenção de liminar é medida extraordinária e,
como tal, apenas pode ser concedida através de um exame prévio e cumulativo do fumus boni iuris e do periculum in mora,
tudo como forma de assegurar e tornar eficaz a decisão definitiva da ordem pleiteada, cabendo ao Impetrante o ônus de
demonstrar a existência desses requisitos, do qual não se desincumbiu. No que pertine a alegação de excesso de prazo, o
entendimento predominante é o do Supremo Tribunal Federal de que "A razoável duração do processo não pode ser
considerada de maneira isolada e descontextualizada das peculiaridades do caso concreto, até porque a melhor compreensão
do princípio constitucional aponta para "processo sem dilações indevidas", em que a demora na tramitação do feito há de
guardar proporcionalidade com a complexidade do delito nele veiculado e as diligências e os meios de prova indispensáveis
a seu deslinde.". (STF, HC 142.996/SP, Rel. Ministra ROSA WEBER, DJe 26.04.2017). Por tal razão, entendo que os documentos
acostados não permitem a este Julgador firmar um juízo de convicção que se dirija, sem sombra de dúvidas, ao quanto
suscitado pela Defesa, ao menos nesse primeiro contato com os autos, necessitando dos informes judiciais. De mais a
mais, os fundamentos que embasam o pedido de liminar têm natureza satisfativa e se confundem com o mérito do writ, daí
porque o pleito será apreciado perante o Colegiado. Diante do exposto, e nada obstante as alegações ofertadas pelo
Impetrante, tenho que maior cautela se impõe ao signatário, fazendo-se imperativo, por ora, indeferir a liminar, porquanto
ausentes os requisitos indispensáveis para sua concessão. Ex positis, INDEFIRO A LIMINAR, ao tempo em que determino
sejam colhidas informações à douta autoridade coatora, para que as preste no prazo de 05 (cinco) dias, devendo,
preferencialmente, ser enviadas para o email: gabdespedroguerra@tjba.jus.br. Após, vista à Procuradoria de Justiça. Servirá
esta decisão como Ofício para efeitos de requisição dos informes judiciais. Publique-se. Intimem-se.
Salvador, 12 de março de 2017. Des. PEDRO AUGUSTO COSTA GUERRA Relator
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DA BAHIA
Pedro Augusto Costa Guerra
PUBLICAÇÃO DE DESPACHOS E DECISÕES MONOCRÁTICAS
0301456-06.2015.8.05.0022 Apelação
Apelante : Ministerio Publico
Apelado : Claudio Divino de Souza
Advogado : Marcelo Augusto Oliva (OAB: 11558/BA)
Procurador : Nivaldo dos Santos Aquino
DESPACHO
Vistos, etc., Compulsando os autos, constata-se o equívoco da autuação do processo, figurando "Recurso de Apelação
Criminal", quando, na verdade o correto é de Recurso em Sentido Estrito. Por conseguinte, determino a remessa dos autos
ao SECOMGE para a devida retificação. Após voltem-me conclusos.
Salvador, 12 de março de 2018.
Des. Pedro Augusto Costa Guerra
Relator
TJBA – DIÁRIO DA JUSTIÇA ELETRÔNICO – Nº 2.099 - Disponibilização: terça-feira, 13 de março de 2018 Cad 1 / Página 497
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DA BAHIA
Lourival Almeida Trindade
PUBLICAÇÃO DE DESPACHOS E DECISÕES MONOCRÁTICAS
Levando-se, em linha de conta, a decisão de fls. 168, em a qual a juíza primeva cumpriu o acórdão de fls.120/123, arquivem-
se os autos.
DESPACHO
Considerando o requerimento de fls. 115/116, do membro do Ministério Público do Estado da Bahia, converte-se o feito em
diligência e determina-se a remessa dos autos ao Juízo de Origem, a fim de que seja certificado o trânsito em julgado da
sentença combatida nos autos desta Ação Autônoma de Impugnação. Após, voltem os autos conclusos.
P. R. I. Cumpra-se, imediatamente, na forma regimental deste Sodalício.
0001394-02.2017.8.05.0044 Apelação
Apelante : Elio Soares da Silva
Advogado : Fábio Cristiano Nogueira Silva (OAB: 50831/BA)
Apelado : Ministério Público do Estado da Bahia
Promotora : Clarissa Diniz Guerra de Andrade Sena
Vistos, etc., Converto o feito em diligência, determinando a remessa dos autos ao primeiro grau de jurisdição, para que se
proceda à intimação do réu, cientificando-lhe da não apresentação das razões recursais por parte de seu advogado
constituído, conforme certidão de fls. 94, e, caso manifeste interesse, constitua novo defensor para o cumprimento de tal
mister. Após o cumprimento da diligência, apresentada as razões, abra-se vista ao membro do Ministério Público atuante no
juízo de origem para contrarrazoar, subindo os autos a esta Egrégia Corte. Publique-se.
0375122-74.2013.8.05.0001 Apelação
Apelante : Lucimara de Sousa
Advogado : Juliana Macedo e Silva (OAB: 34222/BA)
Advogado : Antonio Glorisman dos Santos (OAB: 11089/BA)
Apelado : Ministerio Publico
Vistos, etc. Cuida-se de Apelação interposta por LUCIMARA DE SOUZA contra a sentença de fls. 149/154, que julgou procedente
a denúncia, a condenando pela prática do crime previsto no artigo 33, da Lei 11.343/06 CPB, à pena de 01 (um) ano, 11 (onze)
meses e 10 (dez) dias de reclusão e 388 dias multa, no valor de 1/30 do salário mínimo vigente à época do fato, que deverá
TJBA – DIÁRIO DA JUSTIÇA ELETRÔNICO – Nº 2.099 - Disponibilização: terça-feira, 13 de março de 2018 Cad 1 / Página 498
ser substituída por restritiva de direitos, conforme deliberação ulterior da Vara de Execuções Penais, conforme art. 66, da Lei
7.210/84. Intime-se o advogado para apresentar as razões do recurso, nos termos do art. 600, §4º do CPP. Após, por se tratar
de processo digital, expeça-se Carta de Ordem para que o juízo de origem abra vista ao Ministério Público com vistas à
apresentar contrarrazões ao recurso. Cumprida as diligências acima indicadas, dê-se vista à Douta Procuradoria de Justiça
para oferta de parecer no prazo regimental. P.I.
0575136-06.2015.8.05.0001 Apelação
Apelante : Weslei Ermogenes Bispo dos Santos
Apelante : Marcelo Ferreira Silva
Apelante : Paulo Henrique Conceição Silva
Def. Público : Defensoria Publica do Estado da Bahia
Apelado : Ministerio Publico do Estado da Bahia
Da análise dos autos, verifica-se que estão presentes as Razões Recursais da Apelação ministerial (fls. 234/246), porém
não foram apresentadas as Contrarrazões pela Defensoria Pública, de modo que determino o retorno do feito à primeira
instância para que seja realizado o ato processual. Após o retorno dos autos a esta Corte, remetam-se os autos à douta
Procuradoria de Justiça. P. I.
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DA BAHIA
Soraya Moradillo Pinto
PUBLICAÇÃO DE DESPACHOS E DECISÕES MONOCRÁTICAS
0001394-02.2017.8.05.0044 Apelação
Apelante : Elio Soares da Silva
Advogado : Fábio Cristiano Nogueira Silva (OAB: 50831/BA)
Apelado : Ministério Público do Estado da Bahia
Promotora : Clarissa Diniz Guerra de Andrade Sena
Vistos, etc., Converto o feito em diligência, determinando a remessa dos autos ao primeiro grau de jurisdição, para que se
proceda à intimação do réu, cientificando-lhe da não apresentação das razões recursais por parte de seu advogado
constituído, conforme certidão de fls. 94, e, caso manifeste interesse, constitua novo defensor para o cumprimento de tal
mister. Após o cumprimento da diligência, apresentada as razões, abra-se vista ao membro do Ministério Público atuante no
juízo de origem para contrarrazoar, subindo os autos a esta Egrégia Corte. Publique-se.
0375122-74.2013.8.05.0001 Apelação
Apelante : Lucimara de Sousa
Advogado : Juliana Macedo e Silva (OAB: 34222/BA)
Advogado : Antonio Glorisman dos Santos (OAB: 11089/BA)
Apelado : Ministerio Publico
Vistos, etc. Cuida-se de Apelação interposta por LUCIMARA DE SOUZA contra a sentença de fls. 149/154, que julgou procedente
a denúncia, a condenando pela prática do crime previsto no artigo 33, da Lei 11.343/06 CPB, à pena de 01 (um) ano, 11 (onze)
meses e 10 (dez) dias de reclusão e 388 dias multa, no valor de 1/30 do salário mínimo vigente à época do fato, que deverá
ser substituída por restritiva de direitos, conforme deliberação ulterior da Vara de Execuções Penais, conforme art. 66, da Lei
7.210/84. Intime-se o advogado para apresentar as razões do recurso, nos termos do art. 600, §4º do CPP. Após, por se tratar
de processo digital, expeça-se Carta de Ordem para que o juízo de origem abra vista ao Ministério Público com vistas à
apresentar contrarrazões ao recurso. Cumprida as diligências acima indicadas, dê-se vista à Douta Procuradoria de Justiça
para oferta de parecer no prazo regimental. P.I.
0575136-06.2015.8.05.0001 Apelação
Apelante : Weslei Ermogenes Bispo dos Santos
Apelante : Marcelo Ferreira Silva
Apelante : Paulo Henrique Conceição Silva
Def. Público : Defensoria Publica do Estado da Bahia
Apelado : Ministerio Publico do Estado da Bahia
Da análise dos autos, verifica-se que estão presentes as Razões Recursais da Apelação ministerial (fls. 234/246), porém
não foram apresentadas as Contrarrazões pela Defensoria Pública, de modo que determino o retorno do feito à primeira
instância para que seja realizado o ato processual. Após o retorno dos autos a esta Corte, remetam-se os autos à douta
Procuradoria de Justiça. P. I.
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DA BAHIA
SEGUNDA CÂMARA CRIMINAL - PRIMEIRA TURMA
PUBLICAÇÃO DE ACÓRDÃOS
PROCESSOS JULGADOS NA SESSÃO DE 8 de Março de 2018
0000363-75.2010.8.05.0113 Apelação
Comarca: Salvador
Apelante: Joseílson Cardoso dos Santos
Advogado: Silvio Ricardo Bute (OAB : 14343/BA)
Apelado: Ministério Público do Estado da Bahia
Promotor: Fernando Rodrigues de Assis
Relator: Jefferson Alves de Assis
Decisão: Não-Provimento. Unânime.
Ementa: EMENTA: DIREITO PENAL E DIREITO PROCESSUAL PENAL. APELAÇÃO CRIMINAL. RÉU CONDENADO PELO
CRIME DE HOMICÍDIO QUALIFICADO PELO EMPREGO DE RECURSO QUE IMPOSSIBILITOU A DEFESA DA VÍTIMA. PEDIDO
DE SUBMISSÃO A NOVO JULGAMENTO. NÃO ACOLHIMENTO. INEXISTÊNCIA DE VÍCIO QUE JUSTIFIQUE A ANULAÇÃO DA
SENTENÇA. JUSTA CAUSA COMPROVADA. INEXISTÊNCIA DE CONTRADIÇÕES RELEVANTES QUE DESQUALIFIQUEM AS
PROVAS ORAIS. PLEITO SUBSIDIÁRIO PARA ALTERAÇÃO DA DOSIMETRIA DA PENA. CABIMENTO. FUNDAMENTAÇÃO
INIDÔNEA PARA VALORAR NEGATIVAMENTE A CULPABILIDADE E A CONDUTA SOCIAL DO APELANTE. RECURSO
PARCIALMENTE PROVIDO. SENTENÇA REFORMADA. PENA REDUZIDA. I. Trata-se de Recurso de Apelação interposto por
Joseilson Cardoso dos Santos, contra sentença proferida pelo MM. Juízo de Direito da Vara do Júri e Execuções Penais da
Comarca de Itabuna/BA, que, calcada na decisão dos jurados, o condenou à pena de 25 (vinte e cinco) anos de reclusão, a
ser cumprida em regime inicial fechado, em razão da prática do delito tipificado no art. 121, §2º, IV, do Código Penal
(homicídio qualificado pelo emprego de recurso que impossibilitou a defesa da vítima). II. Isso sucede porque, segundo
narra a exordial acusatória, o Apelante e seu irmão, Joseilton Cardoso dos Santos, premeditaram o homicídio de Alexsandro
Dantas Pereira. Com o intuito de executar o crime, no dia 18 de fevereiro de 2009, ambos se dirigiram a residência da vítima,
ocasião em que Joseilton Cardoso dos Santos pilotou a motocicleta, o Apelante desceu da garupa, invadiu o domicílio e,
sem possibilitar qualquer reação defensiva, efetuou um disparo de arma de fogo na cabeça da vítima, provocando-lhe
lesões que a levaram a óbito. Consta, ainda, que o Apelante, ao sair da residência e avistar Anderson Dantas Pereira, irmão
da primeira vítima, desferiu diversos disparos de arma de fogo na direção deste. Ato contínuo, o Apelante e o corréu fugiram
do local na referida motocicleta. III. Ultimada a instrução processual de forma regular, o MM. Juízo de piso impronunciou
Joseilton Cardoso dos Santos, por não vislumbrar indícios suficientes de participação na intentada criminosa. Por sua vez,
o MM. Juízo de piso pronunciou o Apelante, que, quando submetido ao Solícito Popular, foi incriminado pelo homicídio
qualificado consumado de Alexsandro Dantas Pereira e absolvido da acusação de tentativa de homicídio de Anderson
Dantas Pereira. IV. Inconformado com a sentença condenatória de fls. 418/422 dos autos digitais, o Apelante interpôs o
presente recurso às fls. 426/430. Em suma, o Apelante pleiteia a sua submissão a novo julgamento pelo Tribunal do Júri,
pois entende que a decisão vergastada não observou as contradições existentes nas declarações da vítima sobrevivente
(Anderson Dantas Pereira) e da genitora desta, destacando que, embora ambas conhecessem o Apelante, somente o
indicaram como autor do delito, 21 (vinte e um) dias após registrarem o boletim de ocorrência policial. Subsidiariamente, o
Apelante requerer a diminuição da pena, alegando que o montante de 25 (vinte e cinco) anos de reclusão é exorbitante, pois
somente existe 01 (uma) qualificadora que milita em seu desfavor. V. Analisando atentamente o caderno processual, infere-
se que não assiste razão ao Apelante alegar a existência de contradições entre as declarações prestadas pela genitora e
pelo irmão da vítima, aptas a justificar a sua submissão a novo julgamento pelo Solícito Popular. Com efeito, da leitura das
referidas declarações (fls. 147/150 dos autos digitais) é possível extrair, de forma segura e inequívoca, o modo de execução
e a indicação do Apelante, vulgo "Pita", como sendo o autor do disparo repentino que ceifou a vida de Alexsandro Dantas
Pereira. Como se não bastasse, ainda na fase policial, a genitora da vítima fez o reconhecimento pessoal do Apelante como
o autor do fato criminoso (fl. 24). Diante desses elementos probatórios não há como considerar que a sentença está eivada
de vício que enseje a sua anulação, como pretende a defesa. Ademais, sabe-se que o transcurso existente entre a data do
crime e da Audiência de Instrução pode resultar em algumas discrepâncias na narrativa dos depoentes, as quais, no
entanto, não terão o condão de desqualificar a prova, caso a essência da imputação reste coesa e uníssona. É o que
acontece no presente caso. Lado outro, o fato da genitora e do irmão da vítima somente terem indicado o Apelante como
TJBA – DIÁRIO DA JUSTIÇA ELETRÔNICO – Nº 2.099 - Disponibilização: terça-feira, 13 de março de 2018 Cad 1 / Página 500
autor do delito após mais de 20 (vinte) dias do registro do boletim de ocorrência policial não configura nenhuma irregularidade,
haja vista que novas informações podem ser comunicadas à autoridade policial, a qualquer tempo. Outrossim, acolher o
pedido recursal e, com isso, submeter o Apelante a novo julgamento, mesmo estando devidamente demonstrada a justa
causa, incorre em flagrante afronta ao princípio da soberania dos veredictos do Júri, consagrado no art. 5°, XXXVIII, "c", da
Constituição Federal. VI. De outro lado, convém acolher parcialmente o pleito recursal subsidiário, para fins de promover a
alteração da dosimetria da pena. Decerto, ao proferir a sentença hostilizada, o magistrado singular exasperou a pena-base
do homicídio qualificado de 12 (doze) anos para 25 (vinte e cinco) anos por considerar desfavoráveis a culpabilidade,
antecedentes, conduta social do Apelante e as circunstâncias do crime. Contudo, a culpabilidade e a conduta social foram
valoradas de forma equivocada. Ora, a culpabilidade não pode militar em prejuízo do Apelante em face da genérica
consideração de que ele "poderia agir de modo diferente", pois essa condição constitui elemento do crime e justifica a sua
responsabilidade penal, não podendo, portanto, servir também como motivo de agravamento da pena. Igualmente, não há
elementos nos autos que possam dar suporte à análise específica da conduta social do Apelante, cuja apreciação depende
do exame do desempenho do agente na sociedade, no que atine as suas relações familiares, de trabalho e no campo
comunitário. Ademais, em respeito ao princípio da presunção de inocência, não se pode agravar a pena-base com base em
inquéritos policiais e ações penais em curso, estando, inclusive, essa vedação prevista na Súmula 444 do STJ. N'outro giro,
o julgador agiu acertadamente ao valorar negativamente os antecedentes do Apelante (pois já possui condenação anterior)
e as circunstâncias do crime (tendo em vista que o homicídio da vítima foi praticado na frente de sua mãe, de forma brutal,
com o disparo de projétil de arma de fogo em direção a sua cabeça). Portanto, permanecendo apenas 02 (duas) circunstâncias
judiciais (antecedentes e as circunstâncias do crime) desfavoráveis ao Apelante, a pena-base deve ser reduzida de 25 (vinte
e cinco) anos para 19 (dezenove) anos de reclusão, tornando-se definitiva devido à ausência de outros elementos a serem
computados. Tal montante mostra-se razoável e proporcional para alcançar os fins repressivos, preventivos e de
ressocialização da pena. Devido ao patamar da pena ser superior a 08 (oito) anos, o regime prisional inicial deve permanecer
sendo o fechado, nos termos do art. 33, §2º, "a", do CP. VII. Recurso de Apelação CONHECIDO e PARCIALMENTE PROVIDO,
na esteira do parecer ministerial.
0115752-56.2010.8.05.0001 Apelação
Comarca: Salvador
Apelante: Ministério Público
Promotor: Cecília Pondé Luz do Nascimento
Apelante: Regina Barbosa Araújo
Apelado: Werlem Campos dos Santos
Defensor Público: Hélio Soares Junior
Advogado: Carolina Neves Menezes (OAB : 36561/BA)
Relator: Jefferson Alves de Assis
Decisão: Provimento. Unânime.
Ementa: EMENTA: DIREITO PENAL E DIREITO PROCESSUAL PENAL. APELAÇÕES INTERPOSTAS PELO MINISTÉRIO
PÚBLICO DO ESTADO DA BAHIA E PELA ASSISTENTE DE ACUSAÇÃO CONTRA SENTENÇA ABSOLUTÓRIA. PRELIMINAR DE
NULIDADE SUSCITADA PELO PARQUET. REJEIÇÃO. EVENTUAL CONTRARIEDADE DA DECISÃO COM A PROVA DOS AUTOS
NÃO ENSEJA DECLARAÇÃO DE NULIDADE. NÃO ENQUADRAMENTO NAS HIPÓTESES PREVISTAS NO ART. 564 DO CPP.
NO MÉRITO, AMBOS OS RECORRENTES PLEITEIAM A CONDENAÇÃO DO APELADO. ACOLHIMENTO. JUSTA CAUSA
DEVIDAMENTE DEMONSTRADA ACERCA DO COMETIMENTO DO CRIME TIPIFICADO NO ART. 217-A DO CP (ESTUPRO DE
VULNERÁVEL). PENA DEFINITIVA FIXADA NO MÍNIMO LEGAL DIANTE DA INEXISTÊNCIA DE CIRCUNSTÂNCIA PARA MAJORÁ-
LA. RECURSOS CONHECIDOS E PROVIDOS. SENTENÇA REFORMADA. APELADO CONDENADO. I. Tratam-se de Apelações
interpostas pelo Ministério Público do Estado da Bahia e por Regina Barbosa Araújo (Assistente de Acusação), contra
sentença proferida pelo MM. Juiz de Direito da 2ª Vara dos Feitos Relativos aos Crimes Praticados Contra Criança e Adolescente
da Comarca de Salvador/BA, que julgou improcedente a denúncia e, com isso, absolveu Werlem Campos dos Santos, da
acusação de ter praticado o crime previsto no art. 217-A do CP (estupro de vulnerável). II. Segunda narra a exordial, no dia 06/
03/2010, por volta das 8h, o Apelado, em sua antiga residência, localizada na Rua São Lorenço, nº. 31-A, bairro Liberdade,
do Município de Salvador/BA, abusou sexualmente da menor, J. F. B. de A., à época, com 12 (doze) anos de idade. III.
Inconformados com a sentença absolutória de fls. 145/148, o Parquet e a Assistente de Acusação interpuseram Apelações,
respectivamente, às fls. 149/154 e 278/286. O Ministério Público suscitou preliminar de nulidade devido a sentença ter sido
contrária a prova dos autos e, no mérito, repetindo a argumentação, pleiteou a reforma da decisão. Do mesmo modo, a
Assistente de Acusação aduziu que a sentença não condiz com o manancial probatório, motivo pelo qual também requereu
a reforma da decisão para condenar o Apelado. IV. De início, convém rejeitar a preliminar suscitada pelo Parquet. Decerto,
em que pese a sentença possa ter sido proferida em contrariedade ao manancial probatório (o que será verificado no
mérito), isso, por si só, não justifica a sua nulidade, mas sim, se for o caso, a sua reforma. Afinal, a sentença poderia ser
declarada nula se fosse proferida por juiz incompetente ou se não fosse fundamentada, o que não acontece no presente
feito. Nesse aspecto, o Código de Ritos é claro ao mencionar as hipóteses de nulidade absoluta no art. 564, não comportando,
entretanto, a hipótese dos autos. V. No mérito, a pretensão recursal dos Apelantes merece acolhimento. Com efeito, embora
o Juízo de piso tenha absolvido o Apelado sob o fundamento de que a justa causa não foi comprovada, o cotejo dos fólios
indica justamente o contrário. A propósito, a materialidade e autoria delitiva restaram comprovadas pelo laudo de exame de
constatação (fls. 15-16), pelas declarações da vítima (fls. 10-11 e 71-72), pelo relatório psicossocial (fls. 56/59 e 92-93) e
pelo depoimento testemunhal (fl. 89). Ademais, cumpre salientar que os Tribunais Superiores possuem entendimento
consolidado no sentido de dar maior relevância a palavra da vítima em crimes sexuais, em virtude de tais delitos, geralmente,
serem praticados na clandestinidade. VI. No presente feito, a vítima foi coerente ao narrar os fatos, tanto na fase investigativa
quanto judicial, destacando que o Apelado, sob ameaça de causar mal injusto a mãe e irmã da menor, a convenceu a entrar
TJBA – DIÁRIO DA JUSTIÇA ELETRÔNICO – Nº 2.099 - Disponibilização: terça-feira, 13 de março de 2018 Cad 1 / Página 501
na residência deste e, a partir disso, praticou-lhe diversos abusos sexuais. Corroborando com as declarações da vítima, a
testemunha Marcelo Almeida Faleta, seu vizinho, informou que realmente viu o momento em que a vítima adentrou na
residência do Apelado. Os fatos criminosos, ainda, foram criteriosamente mencionados no relatório psicossocial. Como se
não bastassem todas essas robustas provas, o Apelado apresentou versões contraditórias durante a persecução criminal.
Nesse sentido, embora o Apelado tenha aludido, na fase policial, que no dia dos fatos estava em casa com sua esposa (fls.
21-22), em Juízo apresentou a nova versão de que estava trabalhando e que, com certeza, bateu o ponto antes das 8h (fls.
93-94). Essa única versão, ainda, não condiz com a informação prestada pelo empregador, de que "inexiste controle de
ponto datados do dia 06/03/2010, relacionados ao acusado" (fl. 105). VII. De outro lado, embora o Laudo de Exame de
Constatação (fls. 15-16) tenha mencionado que a vítima é virgem, isso não escusa a condenação, pois, como informado
pela menor, os atos sexuais foram diversos (beijos por toda a região do corpo e sexo oral recíproco) e a penetração
aconteceu apenas parcialmente, justamente porque o Apelado não tinha a intenção de retirar-lhe a virgindade. Nesse
aspecto, o simples fato da penetração não ter sido total e, por isso, o hímen da vítima não ter sido rompido, não quer dizer
que o Apelado não precise ser responsabilizado pelo que fez, pois, como é cediço, o estupro de vulnerável atualmente visa
prevenir e reprimir tanto a conjunção carnal quanto os demais atos libidinosos praticados contra menor de 14 (quatorze)
anos. Sendo assim, tendo em vista a existência de provas atestando que o Apelado praticou atos sexuais com a vítima, à
época, menor de 14 (catorze) anos, a sua conduta se enquadra no tipo penal em comento, razão pela qual a sentença deve
ser reformada, para julgar procedente a pretensão punitiva estatal e, com isso, condenar o Apelado às penas do art. 217-A
do Digesto Penal. VIII. No que tange à dosimetria da pena, considerando a inexistência de circunstâncias judiciais
desfavoráveis, a pena-base no Apelado deve ser fixada no mínimo legal de 08 (oito) anos de reclusão, a qual torna-se
definitiva diante da ausência de agravantes, atenuantes, causas de aumento ou diminuição a serem computadas. Em
função desse montante, o regime inicial de cumprimento da pena deve ser o semiaberto, com fulcro no art. 33, §2º, "b", do
CP. IX. Apelações CONHECIDAS e PROVIDAS, na esteira do parecer ministerial.
0000062-04.2012.8.05.0261 Apelação
Comarca: Salvador
Apelante: Tarcisio Carvalho Silva
Apelante: Israel Menezes Gomes
Advogado: Narciso Queiroz de Lima (OAB : 18165/BA)
Apelado: Ministério Público
Promotor: Moacir Silva do Nascimento Júnior
Advogado: Narciso Queiroz de Lima (OAB : 18165/BA)
Relator: Jefferson Alves de Assis
Decisão: Não-Provimento. Unânime.
Ementa: EMENTA: DIREITO PENAL E DIREITO PROCESSUAL PENAL. APELANTE CONDENADO PELO CRIME DE TRÁFICO
DE DROGAS E RECEPTAÇÃO. PLEITO ABSOLUTÓRIO. DESCABIMENTO. JUSTA CAUSA DEVIDAMENTE COMPROVADA DE
AMBOS OS DELITOS. PLEITO SUBSIDIÁRIO DE DESCLASSIFICAÇÃO DA CONDUTA DE TRÁFICO DE DROGAS PARA PORTE
DE DROGAS PARA CONSUMO PESSOAL. IMPOSSIBILIDADE. APELANTE CONFESSOU A INTENÇÃO DE REVENDER A
SUBSTÂNCIA. ALEGAÇÃO DE USUÁRIO ISOLADA. INEXISTÊNCIA DE MOTIVO IDÔNEO PARA REFORMAR A SENTENÇA.
RECURSO CONHECIDO E IMPROVIDO. SENTENÇA MANTIDA INCÓLUME. I. Trata-se de Recurso de Apelação interposto por
Tarcísio Carvalho Silva, contra sentença proferida às fls. 233/258, pelo MM. Juiz de Direito da Vara Crime da Comarca de
Tucano/BA, que o condenou a pena de 02 (dois) anos e 08 (oito) meses de reclusão, a ser cumprida no regime aberto, bem
como a pena pecuniária de 176 (cento e setenta e seis) dias-multa, no valor unitário de 1/30 (um trigésimo) do salário
mínimo vigente à época do fato, em razão da prática dos delitos tipificados no art. 33, caput, da Lei nº. 11.343/06 (tráfico de
drogas) e art. 180 do CP (receptação), na forma do art. 69 do CP (concurso material). II. Isto sucede porque, segundo narra
a exordial acusatória, no dia 26 de janeiro de 2012, por volta das 01h30min, na localidade conhecida como Distrito do Jorro,
Município de Tucano/BA, o Apelante, na condução de veículo roubado (Celta GM, placa policial NTU 6120, cor prata), foi
surpreendido por policiais militares, em conjunto com os 02 (dois) corréus, transportando 300g (trezentas gramas) da
substância entorpecente vulgarmente conhecida como "maconha", na forma prensada e em tablete individual. Informa-se,
ainda, que quando o Apelante e os demais corréus foram abordados pelos milicianos, tentaram evadir-se do local, mas não
tiveram êxito, sendo, após minuciosa busca no veículo, encontrada a mencionada droga escondida no interior do veículo. III.
Destaca-se que, embora Israel Menezes Gomes e Tarcísio Carvalho Silva tenham anteriormente demonstrado interesse em
recorrer da sentença condenatória (respectivamente, à fl. 267 e 268), como o primeiro réu faleceu (sendo a sua punibilidade
extinta, de ofício, às fls. 296/298), apenas subsiste o apelo do segundo réu para apreciar. IV. Nas razões recursais encartadas
às fls. 299/301, Tarcísio Carvalho Silva pleiteia a sua absolvição dos dois delitos (tráfico de drogas e receptação), sob o
argumento de inexistência de provas. De forma subsidiária, pleiteia a desclassificação da conduta de tráfico de drogas (art.
33, caput, da Lei nº. 11.343/06) para porte de drogas para consumo pessoal (Art. 28, da Lei Antidrogas). V. A despeito dos
argumentos apresentados pela defesa, da precípua análise do caderno processual conclui-se que o aludido pedido
absolutório não merece guarida, pois existe lastro probatório, robusto e suficiente, para subsidiar e manter a condenação
imposta na sentença vergastada. Com efeito, a materialidade do crime de tráfico de drogas está devidamente comprovada
pelo auto de apreensão e exibição contido à fl. 22, laudo de constatação provisória de fl. 23 e pelo laudo pericial definitivo de
fls. 150 e 178, os quais atestam que a substância encontrada sendo transportada pelo Apelante tratava-se de Cannabis
Sativa, vulgarmente conhecida como maconha. Por sua vez, a materialidade do crime de receptação está comprovada pelo
auto de exibição e apreensão de fl. 22 e pelo auto de entrega de fl. 219. Igualmente, a autoria delitiva de ambos os crimes
está comprovada pelos depoimentos dos policiais que participaram do flagrante, prestados tanto em sede de inquérito
quanto em Juízo, fls. 05/07 e mídia de fl. 134, bem como pelas confissões do Apelante e dos demais corréus, perante a
autoridade policial, fls. 08/10. Destarte, tendo o manancial probatório existente nos autos demonstrado que, de fato, o
TJBA – DIÁRIO DA JUSTIÇA ELETRÔNICO – Nº 2.099 - Disponibilização: terça-feira, 13 de março de 2018 Cad 1 / Página 502
Apelante foi preso em flagrante na direção de veículo com restrição de furto/roubo e transportando substância proscrita, a
resposta penal, enquanto medida repressiva-socializadora, se impõe. Por tal motivo, não há como acolher o pleito inicial
absolutório. VI. Do mesmo modo, merece reproche o pedido subsidiário desclassificatório. Decerto, como se não bastasse
a substância ter sido apreendida quando o Apelante e os corréus a transportavam (o que, por si só, já configura o crime de
tráfico de drogas), todos esses acusados assumiram, em sede policial, que adquiriram a referida droga para revender. Para
que não restem dúvidas, seguem os dizeres do Apelante: "Que o interrogado veio com Roberto e Israel, pela primeira vez, e
compraram os trezentos gramas de maconha por R$ 250,00 (duzentos e cinquenta reais) nas mãos de uma pessoa
(mulher) não identificada pelo interrogado no Jorrinho, a fim de revender em Serrinha, mas foram abordados por policiais
militares no Jorro, os quais encontraram a droga (trezentas gramas de maconha) no interior do carro que não pertence ao
interrogado. (...)". (fl. 08). Ademais, importante ressaltar que não foi comprovada a alegação de que as drogas se destinavam
ao consumo pessoal do Apelante. Malgrado, é cediço que não basta à mera e genérica alegação da condição de usuário
para que se afaste, de plano, a imputação do delito de tráfico ilícito de drogas. Precedentes jurisprudenciais. Em verdade,
deve existir, no mínimo, indícios que ponham em dúvida o envolvimento do agente com o crime em questão, o que não
acontece in casu. Sendo assim, estando devidamente comprovada a materialidade e autoria delitiva para o crime de tráfico
de drogas, não há como desclassificá-lo para o delito de porte de drogas para consumo pessoal. Pelo exposto, a sentença
merece ser mantida em todos os seus termos, não só porque condenou o Apelante com supedâneo no vasto manancial
probatório, como também por ter adequadamente fixado as penas no mínimo legal, bem como reconhecido a causa de
diminuição referente ao tráfico privilegiado (art. 33, §4o, da Lei Antidrogas). VII. Apelo CONHECIDO e IMPROVIDO, na esteira
do parecer ministerial.
0000963-83.2005.8.05.0271 Apelação
Comarca: Salvador
Apelante: Sergio de Almeida Santos
Defensor Público: Maia Gelman Amaral
Apelado: Ministério Público do Estado da Bahia
Promotor: Fernanda Carolina Gomes Pataro de Queiroz
Relator: Jefferson Alves de Assis
Decisão: Não-Provimento. Unânime.
Ementa: EMENTA: DIREITO PENAL E DIREITO PROCESSUAL PENAL. ESTATUTO DO DESARMAMENTO. APELANTE
CONDENADO A PENA DE DOIS ANOS DE RECLUSÃO DEVIDO AO CRIME DE PORTE ILEGAL DE ARMA DE FOGO DE USO
PERMITIDO. ALEGAÇÃO RECURSAL DE OCORRÊNCIA DA PRESCRIÇÃO RETROATIVA. REPROCHE. PRAZO
PRESCRICIONAL DE QUATRO ANOS, CALCULADO EM FUNÇÃO DA PENA APLICADA. INTELIGÊNCIA DO ART. 109, V, DO CP.
ENTRE O RECEBIMENTO DA DENÚNCIA E A PUBLICAÇÃO DA SENTENÇA DECORREU APENAS DEZ MESES. POR SEU
TURNO, RECONHECIMENTO, DE OFÍCIO, DA PRESCRIÇÃO INTERCORRENTE, POIS ULTRAPASSADO MAIS DE SETE
ANOS ENTRE A PUBLICAÇÃO DA SENTENÇA E O TRÂNSITO EM JULGADO PARA A ACUSAÇÃO. DECLARAÇÃO DE EXTINÇÃO
DA PUNIBILIDADE DO APELANTE. I. Trata-se de Recurso de Apelação interposto pelo Réu, Sérgio de Almeida Santos, contra
sentença proferida às fls. 67/78 dos autos digitais, pelo MM. Juiz de Direito da Vara Criminal da Comarca de Valença/BA, que
o condenou a pena de 02 (dois) anos de reclusão, em regime aberto, bem como 10 (dez) dias-multa, no valor individual de
1/30 (um trigésimo) do salário mínimo vigente à época dos fatos, em razão da prática do delito tipificado no art. 14 da Lei nº.
10.826/03 (porte ilegal de arma de fogo de uso permitido), tendo, ao final, substituído a reprimenda privativa de liberdade por
02 (duas) restritivas de direito. II. Em suas razões recursais, encartadas às fls. 91/96 dos autos digitais, o Apelante requerer,
unicamente, que seja reconhecida a prescrição retroativa. III. Apreciando o caderno processual, verifica-se que não assiste
razão à defesa alegar a ocorrência da prescrição retroativa. Afinal, considerando que a pena privativa de liberdade imposta
ao Apelante foi de 02 (dois) anos de reclusão, a prescrição se opera em 04 (quatro) anos, nos termos do art. 109, V, do CP.
In casu, entre a data do fato (22/03/2005 - fl. 01), o recebimento da denúncia (17/06/2005 - fl. 23) e a publicação da sentença
condenatória (11/05/2006 - fl. 78), não transcorreram o interstício de 04 (quatro) anos, razão pela qual não há que se falar em
prescrição retroativa. IV. Analisando, contudo, os marcos interruptivos, infere-se que ocorreu a prescrição intercorrente. Com
efeito, o representante do Ministério Público apenas tomou ciência da sentença condenatória em 30/07/2013 (fl. 77) e, como
não manifestou interesse em recorrer, a decisão transitou em julgado para a acusação em 09/08/2013. Sendo assim, entre
a publicação da sentença (11/05/2006 - fl. 78) e o trânsito em julgado para a acusação se passaram mais de 07 (sete) anos,
isto é, período superior mencionado prazo prescricional de 04 (quatro) anos, resultante da pena concreta/aplicada. Desse
modo, deve ser reconhecida, de ofício, a prescrição intercorrente, para fins de extinguir a punibilidade do Apelante. V. Apelo
CONHECIDO e IMPROVIDO, haja vista não ter ocorrido prescrição retroativa. Por seu turno, reconhecimento, de ofício, da
prescrição intercorrente, na esteira do parecer ministerial.
0503189-23.2014.8.05.0001 Apelação
Comarca: Salvador
Apelante: Jéferson Bavósa Oliveira da Luz
Defensor Público: Aldo Sandro Tanajura Sampaio
Apelado: Ministério Público
Promotor: Maria Auxiliadôra Campos Lôbo Kraychete
Relator: Jefferson Alves de Assis
Decisão: Provimento em Parte. Unânime.
Ementa: EMENTA: DIREITO PENAL E DIREITO PROCESSUAL PENAL. APELAÇÃO CRIMINAL. RÉU CONDENADO PELO
CRIME DE FURTO SIMPLES. PEDIDO ABSOLUTÓRIO. INVIABILIDADE. JUSTA CAUSA COMPROVADA. PEDIDO DE ALTERAÇÃO
DA DOSIMETRIA DA PENA. CABIMENTO. CULPABILIDADE E CIRCUNSTÂNCIAS DO CRIME CONSIDERADAS DESFAVORÁVEIS
TJBA – DIÁRIO DA JUSTIÇA ELETRÔNICO – Nº 2.099 - Disponibilização: terça-feira, 13 de março de 2018 Cad 1 / Página 503
a pena definitiva do Apelante deve ser remanejada para o mínimo legal de 01 (um) ano de reclusão. X. Com fulcro no art. 33,
§2º, "c", do CP, deve ser mantido o regime prisional aberto. Em compensação, como houve redução da pena privativa de
liberdade, a sua substituição deve ser feita por apenas 01 (uma) restritiva de direito, com esteio no art. 44, I e §2o, do CP,
ocasião em que deve subsistir a prestação de serviço à comunidade, por ser essa medida mais eficaz para alcançar os fins
repressivos e preventivos. Por sua vez, deve ser mantida a pena pecuniária no montante de 11 (onde) dias-multas, no valor
unitário de 1/30 (um trigésimo) do salário mínimo vigente à época dos fatos, tendo em vista que esse arbitramento condiz
com as peculiaridades do caso. XI. Recurso de Apelação CONHECIDO e PARCIALMENTE PROVIDO.
0000180-84.2016.8.05.0181 Apelação
Comarca: Salvador
Apelante: Edimilson Joaquim de Souza
Advogado: Ubiratan Queiroz Duarte (OAB : 10587/BA)
Apelado: Ministerio Publico
Promotor: Pollyanna Quintela Falconery
Relator: Jefferson Alves de Assis
Decisão: Não-Provimento. Unânime.
Ementa: EMENTA: DIREITO PENAL E DIREITO PROCESSUAL PENAL. APELANTE CONDENADO PELO CRIME DE ESTUPRO
DE VULNERÁVEL, MAJORADO POR SER ASCENDENTE DA VÍTIMA E EM VIRTUDE DA CONTINUIDADE DELITIVA. PRELIMINAR
DE NULIDADE PROCESSUAL POR SUPOSTA VIOLAÇÃO AOS MANDAMENTOS CONSTITUCIONAIS E LEGAIS. REJEIÇÃO.
ALEGAÇÃO GENÉRICA. INSTRUÇÃO PROCESSUAL REGULAR. PRELIMINAR DE NULIDADE DA DECISÃO QUE NÃO
APRECIOU AS MATÉRIAS APRESENTADAS NA RESPOSTA À ACUSAÇÃO. SUPERAÇÃO PELO ADVENTO DA SENTENÇA.
ARGUIÇÃO DE NULIDADE DA SENTENÇA POR AUSÊNCIA DE FUNDAMENTAÇÃO IDÔNEA. REJEIÇÃO. MOTIVAÇÃO
ADEQUADA E SUFICIENTE. MERO INCONFORMISMO DA DEFESA. PEDIDO DE MÉRITO PARA ABSOLVER O APELANTE.
IMPOSSIBILIDADE. JUSTA CAUSA COMPROVADA. PEDIDO PARA REDUZIR A PENA AO MÍNIMO LEGAL. NÃO CONHECIMENTO.
REPRIMENDA JÁ FIXADA NO MENOR PATAMAR. NÃO HOUVE EXASPERAÇÃO. PEDIDO PARA RECORRER EM LIBERDADE.
INADMISSÍVEL. PERICULOSIDADE DEMONSTRADA. APELO CONHECIDO PARCIALMENTE E IMPROVIDO. REFORMA DA
SENTENÇA, DE OFÍCIO, PARA EXTIRPAR A CONDENAÇÃO EM PENA PECUNIÁRIA. TIPO PENAL QUE NÃO COMINA TAL
REPRIMENDA. I. Trata-se de Recurso de Apelação interposto por Edimilson Joaquim de Souza, contra sentença proferida
pelo MM. Juiz de Direito da Vara Criminal da Comarca de Nova Soure/BA, que o condenou à pena de 16 (dezesseis) anos de
reclusão, a ser cumprida em regime inicial fechado, bem como à pena pecuniária de 20 (vinte) dias-multas, no valor unitário
de 1/30 (um trigésimo) do salário mínimo vigente à época do fato, em razão da prática do delito tipificado no art. 217-A c/c art.
226, II, e art. 71, todos do CP (estupro de vulnerável, com pena aumentada na metade devido ao agente ser ascendente da
vítima, praticado de forma continuada). II. Isto sucede porque, segundo narra a exordial acusatória, o Apelante praticava
conjunção carnal, sexo oral e anal com sua filha de 09 (nove) anos, além de colocá-la, juntamente com a outra filha menor,
de 08 (oito) anos, para assistir a filmes pornôs. III. Inconformado com o édito condenatório, nas razões recursais de fls. 168/
314, em suma, o Apelante suscita as preliminares de nulidade processual (por suposta infringência a ampla defesa,
contraditório, processo legal e outros norteamentos constitucionais e legais), bem como nulidade da decisão que não
apreciou as matérias apresentadas na resposta à acusação e nulidade da sentença (devido a fundamentação inidônea). No
mérito, sustenta a negativa de autoria, ausência de provas para subsidiar a condenação e a necessidade de reduzir a pena
para o mínimo legal. Por fim, pleiteia o direito de recorrer em liberdade. IV. De início, ao realizar o juízo de admissibilidade
recursal, percebe-se que o apelo não merece ser conhecido na parte que pleiteia o remanejamento da pena para o mínimo
legal, pois foi justamente dessa forma que o magistrado singular sentenciou. A propósito, da leitura da sentença contida às
fls. 157/164 infere-se que o Juízo de piso manteve a pena-base no mínimo legal (devido à inexistirem circunstâncias
judiciais desfavoráveis), aumentou a reprimenda na metade, como previsto expressamente pelo art. 226, II, do CP, em
virtude do Apelante ser ascendente das vítimas, e aplicou o exasperador na fração mínima de 1/3 (um terço), em função da
continuidade delitiva. Desta feita, o julgador primaveril não se afastou dos limites mínimos previstos na legislação penal.
Portanto, o Apelante carece de interesse de agir quando pleiteia "a redução da pena ao mínimo legal". Denota-se, em
verdade, que tal pedido foi formulado na conclusão do apelo, de forma genérica e padronizada. Por esses motivos, o apelo
não merece ser conhecido nesse ponto. V. Acerca da preliminar de nulidade processual devido a violação aos norteamentos
constitucionais e legais, a mesma não merece guarida. Ressalta-se que o Apelante arguiu a preliminar de forma genérica,
isto é, sem mencionar nenhum ato processual ou decisão judicial que supostamente tenha infringido aqueles princípios
processuais. Mesmo sem fazer a devida especificação e sem se ater ao caso concreto para fins de suscitar a referida
nulidade, ao compulsar os autos na tentativa de verificar se realmente houve alguma irregularidade, não é encontrado
nenhum vício que precise ser atacado ou reconhecido por esse Egrégio Tribunal de Justiça. Ao contrário, o feito tramitou de
modo regular, obedeceu não só as disposições da Carta Magna, como também o regramento imposto pelo Código de Ritos.
Lado outro, não se pode olvidar que a norma insculpida no art. 563 do CPP preceitua que "nenhum ato será declarado nulo,
se da nulidade não resultar prejuízo para a acusação ou para a defesa". Assim, por não ter sido demonstrado o prejuízo
sofrido e por não vislumbrar nenhuma irregularidade na instrução processual, a preliminar deve ser rejeitada. VI. Do mesmo
modo, não merece acolhimento a preliminar que aduz que o magistrado de piso incorreu em erro ao não analisar as
matérias defensivas apresentadas na resposta à acusação, bem como que a sentença proferida não possui fundamentação
idônea. A propósito, novamente, a defesa fez alegações genérica, se restringindo a transcrever enunciados de artigos,
conceitos doutrinários e jurisprudências, muitas das quais inaplicáveis. Como se não bastasse, sabe-se que a eventual
ausência de apreciação das matérias contidas na resposta à acusação não é suficiente para invalidar o processo, quiçá
invalidar a decisão que promoveu o andamento da instrução processual. Com efeito, a jurisprudência dos Tribunais
Superiores é consolidada no sentido de considerar prejudicada e superada essa suposta ausência, em virtude do advento
da sentença, pois tal decisão tem o condão de apreciar a integralidade das teses defensivas e acusatórias apresentadas
TJBA – DIÁRIO DA JUSTIÇA ELETRÔNICO – Nº 2.099 - Disponibilização: terça-feira, 13 de março de 2018 Cad 1 / Página 505
durante todo o transcurso do feito. Por seu turno, não se constata qualquer vício na sentença, haja vista que o Juízo de piso
expõe os motivos de convencimento que o levaram a condenar o Apelante. Decerto, ao contrário do quanto sustentado, o fato
do juiz a quo ter julgado procedente a acusação não quer dizer que somente houve apreciação dos argumentos e provas
ministeriais, mas que, do exame de todo o manancial probatório, entendeu-se que a justa causa foi devidamente demonstrada,
justificando a condenação. Logo, a sentença obliterada está devidamente fundamentada, atendendo, sobremaneira, a
exigência constitucional prevista no art. 93, inciso IX. Portanto, não há motivos para declarar nenhuma nulidade neste feito.
Preliminar rejeitada. VII. No mérito, não merece acolhimento o pleito absolutório. Afinal, as provas produzidas no decorrer da
persecução criminal demonstram, de modo inequívoco, que o Apelante realmente praticou os abusos sexuais contra sua
filha, à época menor de 14 (quatorze) anos, e, por isso, precisa ser responsabilizado. A propósito, a materialidade delitiva
está comprovada pelo laudo pericial de fls. 83/84, que confirma que existiam evidências de atos sexuais encontradas na
região anal da vítima. Igualmente, a autoria restou comprovada através das declarações da vítima (fls. 08-09 e mídia de fl.
127), de seu irmão (mídia de fl. 127) e das informações prestadas pela Conselheira Tutelar (mídia de fl. 127), todos
harmônicos entre si. Não é demais lembrar que, em virtude de os crimes sexuais geralmente serem praticados as escondidas,
a palavra da vítima ganha especial relevo. Precedentes jurisprudenciais. Como se não bastasse, em Juízo, o Apelante
confessou parcialmente as acusações ao assumir que assistia a filmes pornôs e, depois, puxava a vítima, sua filha, para a
sua cama e acariciava a genitália da criança. Diante desse robusto manancial probatório, a condenação deve ser mantida.
VIII. Por fim, deve ser reprochado o pedido formulado pelo Apelante para que possa recorrer em liberdade. Afinal, as
peculiaridades do caso, isto é, o modo como os abusos sexuais foram praticados (notadamente com o uso da força e de
forma reiterada), demonstram a periculosidade do Apelante, apta a manter a sua segregação cautelar. Ademais, não é só a
ordem pública que precisa ser salvaguardada, mas a própria vítima, que sendo filha do Apelante e morando na mesma
residência que ele, é suscetível de contato direito e, por isso, pode sofrer além de represália, outros atos criminosos
praticados contra si. Portanto, continuam presentes os requisitos legais insculpidos no art. 312 do CPP, que autorizam a
manutenção do cárcere. Além desses motivos concretos, destaca-se que o Apelante permaneceu preso durante toda a
instrução processual, não sendo plausível que seja libertado logo agora, que o édito condenatório está sendo confirmado
nessa segunda instância, possibilitando o início da execução provisória da pena. Destarte, pleito rejeitado. IX. De outro lado,
cumpre alterar a sentença, de ofício, para excluir a condenação imposta ao Apelante no que se refere, estritamente, a pena
pecuniária. Deveras, embora a conduta do Apelante tenha sido enquadrada nos tipos penais previstos no art. 217-A c/c art.
226, II, e art. 71, todos do CP, nenhum destes comina pena pecuniária. Nessa toada, percebendo o equívoco contido na
sentença é necessário alterá-la, de ofício, para evitar que o Apelante seja condenado de forma mais severa que a devida. X.
Apelo CONHECIDO PARCIALMENTE e IMPROVIDO, na esteira do parecer ministerial. Sentença reformada, de ofício, somente
para extirpar a pena pecuniária imposta ao Apelante.
0013575-63.2013.8.05.0080 Apelação
Comarca: Salvador
Apelante: Welton da Silva Santana
Defensor Público: Eduardo Feldhaus
Apelado: Ministério Público do Estado da Bahia
Promotor: Monia Lopes de Souza Ghignone
Relator: Jefferson Alves de Assis
Decisão: Provimento em Parte. Unânime.
Ementa: EMENTA: DIREITO PENAL E DIREITO PROCESSUAL PENAL. APELAÇÃO CRIMINAL. RÉU CONDENADO PELO
CRIME DE ROUBO CIRCUNSTANCIADO, EM CONCURSO FORMAL. PEDIDO DE ALTERAÇÃO DA DOSIMETRIA DA PENA.
CABIMENTO PARCIAL. NECESSIDADE DE RECONHECER AS ATENUANTES DA CONFISSÃO ESPONTÂNEA E DA
MENORIDADE PENAL, AINDA QUE NÃO HAJA REDUÇÃO DA PENA ALÉM DO MÍNIMO LEGAL. INTELIGÊNCIA DA SÚMULA 231
DO STJ. PEDIDO DE COMPENSAÇÃO DAS ATENUANTES PELA CAUSA DE AUMENTO REFERENTE AO CONCURSO FORMAL.
NÃO CABIMENTO. IMPOSSIBILIDADE DE SUBVERTER AS FASES DA DOSIMETRIA DA PENA. PRECEDENTES
JURISPRUDENCIAIS. RECURSO CONHECIDO E PARCIALMENTE PROVIDO. SENTENÇA PARCIALMENTE REFORMADA,
MAS COM A REPRIMENDA MANTIDA. I. Trata-se de Recurso de Apelação interposto pelo Réu, Welton da Silva Santana, contra
sentença proferida pelo MM. Juiz de Direito da 1ª Vara Criminal da Comarca de Feira de Santana/BA, que, às fls. 181/190, o
condenou a pena de 03 (três) ano, 06 (seis) meses e 05 (cinco) dias de reclusão, a ser cumprida no regime aberto, bem
como 08 (oito) dias-multa, no valor unitário de 1/30 (um trigésimo) do salário mínimo legal vigente à época dos fatos, em
razão da prática do crime previsto no art. 157, §2º, I, c/c art. 14, II, na forma do art. 70, todos do CP (tentativa de roubo
circunstanciado pelo emprego de arma, em concurso formal). II. Isto sucede porque, segundo narra a exordial acusatória, no
dia 13 de maio de 2013, por volta das 15h30min, o Apelante adentrou na Loja Cajaíba Refrigeração, situada na Av. Sampaio,
nº. 54, Cidade de Feira de Santana, anunciou assalto e exigiu a entrega do dinheiro do caixa, bem como os relógios dos
funcionários e clientes, além da chave e alarme de uma motocicleta. Informa-se, ainda, que o Apelante somente não
conseguiu alcançar o seu intento, porque foi abortado por policial militar, que o prendeu em flagrante quando tentava sair da
Loja. III. Inconformado com o édito condenatório, o Apelante requer às fls. 217/222, a reforma da dosimetria da pena, a fim de
que sejam reconhecidas e aplicadas as atenuantes da confissão espontânea e da menoridade, de modo a fixar a pena-
base abaixo do mínimo legal ou, ao menos, que elas compensem a causa de aumento referente ao concurso formal. IV. Ao
fazer a leitura da sentença hostilizada, contida às fls. 181/190, infere-se que, de fato, assiste razão parcial a defesa. Com
efeito, o Apelante confessou a prática do delito, tanto em sede policial (fl. 07) quanto judicial (fl. 158-159), e o magistrado
singular utilizou essa confissão para embasar o édito condenatório. Desse modo, o Juízo de piso deveria ter reconhecido a
circunstância atenuante da confissão espontânea, prevista no art. 65, III, "d", do CP. Igualmente, houve equívoco ao não ser
reconhecida a atenuante da menoridade, prevista no art. 65, I, do CP, pois, no dia dos fatos (13/05/2013), o Apelante apenas
contava com 20 (vinte) anos, consoante se comprova às fls. 10, 27, 28 e 158, as quais informam que o seu nascimento
ocorreu em 24/12/1992. Logo, a dosimetria da pena deve ser alterada, para que sejam reconhecidas as referidas atenuantes.
TJBA – DIÁRIO DA JUSTIÇA ELETRÔNICO – Nº 2.099 - Disponibilização: terça-feira, 13 de março de 2018 Cad 1 / Página 506
Malgrado, embora as atenuantes mereçam ser reconhecidas, não podem incidir para melhorar a reprimenda, haja vista que
a pena-base já foi fixada no mínimo legal de 04 (quatro) anos de reclusão. Nessa mesma linha de intelecção, a Súmula 231
do STJ assim dispõe: "A incidência da circunstância atenuante não pode conduzir à redução da pena abaixo do mínimo
legal". V. De outro lado, não merece guarida a pretensão recursal para compensar a causa de aumento do concurso formal
(art. 70 do CP) com as referidas atenuantes. Decerto, a dosimetria da pena é formada por três fases distintas e independentes
de individualização da pena. Portanto, é inviável utilizar as atenuantes (reconhecidas na segunda fase), para abater a causa
de aumento (aplicada na terceira fase), sob pena de ensejar subversão do critério trifásico. Precedentes jurisprudenciais. VI.
Recurso de Apelação CONHECIDO e PARCIALMENTE PROVIDO, na esteira do parecer ministerial.
0008130-03.2015.8.05.0110 Apelação
Comarca: Salvador
Apelante: Jeanderson das Silva Araújo
Advogado: Márcio José Queiroz Nunes (OAB : 22620/BA)
Apelado: Ministério Público do Estado da Bahia
Promotor: José Carlos Rosa de Freitas
Relator: Jefferson Alves de Assis
Decisão: Não-Provimento. Unânime.
Ementa: APELAÇÃO CRIMINAL. PORTE ILEGAL DE ARMA DE FOGO DE USO PERMITIDO (ART. 14 DA LEI 10.826/03).
RECORRENTE SENTENCIADO À REPRIMENDA DE 02(DOIS) ANOS DE RECLUSÃO, EM REGIME ABERTO, E AO PAGAMENTO
DE 10(DEZ) DIAS-MULTA. PENA SUBSTITUÍDA POR DUAS RESTRITIVAS DE DIREITO. PLEITO DE REDUÇÃO DA
CONDENAÇÃO AQUÉM DO MÍNIMO LEGAL, EM VISTA DAS ATENUANTES DA CONFISSÃO E DA MENORIDADE PENAL.
INADMISSIBILIDADE. O Juízo primevo fixou, na primeira fase de aplicação da dosimetria, a sanção basilar mínima (dois
anos de reclusão e 10(dez) dias-multa, à razão de 1/30 ( um trigésimo) do salário mínimo), porquanto não valorou,
negativamente, qualquer das circunstâncias legais insertas no art. 59 da Cártula Repressora. Na 2ª etapa, se constatou a
existência das atenuantes acima mencionadas (art. 65, incisos I e III, alínea d, do CP, respectivamente), entretanto, como a
pena-base já havia sido fixada em seu patamar mínimo, deixou-se de atenuá-la, seguindo o enunciado da Súmula 231 do
STJ. Assim, ainda que haja entendimento contrário no sentido de rejeição ao supracitado verbete sumular, é certo que tal
divergência não encontra guarida nos julgamentos dos Tribunais Pátrios, muito menos, nas Cortes Superiores, pois resta
pacificado que a incidência de atenuantes não têm o condão de minorar a pena aquém do seu mínimo legal. Na terceira e
última fase, inexistindo causas de aumento e diminuição a ser reconhecidas e valoradas, fixou-se a reprimenda definitiva
em 02 (dois) anos de reclusão e 10 (dez) dias-multa, a ser cumprida no regime aberto, sendo, posteriormente, por força dos
arts. 44, § 2º e 46 do CP, substituída por duas penas restritivas de direito (prestação de serviço à comunidade ou entidades
públicas e prestação pecuniária, no montante equivalente a um salário mínimo, a ser destinado a entidade de fins sociais).
Sentença objurgada escorreita, inexistindo motivos que justifiquem a sua alteração. PARECER MINISTERIAL PELO
PROVIMENTO. RECURSO DE APELAÇÃO CONHECIDO E IMPROVIDO.
0334388-81.2013.8.05.0001 Apelação
Comarca: Salvador
Apelante: Reginaldo Raimundo Vergasto de Freitas Filho
Defensor Público: Defensoria Pública do Estado da Bahia
Apelado: Ministério Público do Estado da Bahia
Relator: Jefferson Alves de Assis
Decisão: Não-Provimento. Unânime.
Ementa: APELAÇÃO CRIMINAL. RECORRENTE CONDENADO PELA PRÁTICA DO CRIME DE RECEPTAÇÃO(ART. 180, CAPUT,
C/C O ART. 69, AMBOS DO CÓDIGO PENAL), À PENA DEFINITIVA DE 02 (DOIS) ANOS DE RECLUSÃO, SUBSTITUÍDA POR
DUAS PENAS RESTRITIVAS DE DIREITO, ALÉM DO PAGAMENTO DE 10(DEZ) DIAS-MULTA. PLEITO DE ABSOLVIÇÃO.
ALEGAÇÃO DE INEXISTÊNCIA DE PROVAS ACERCA DA AUTORIA DELITIVA. 1. Na espécie, o Apelante fora incurso no delito
de receptação simples, em sua forma própria, segundo doutrina abalizada, por estar conduzindo, quando do flagrante, o
veículo FORD/FIESTA, de cor preta, Placa Policial- JPS- 9138, Chassi nº 9BFZ12C258276438, RENAVAM 852676950, ano/
modelo- 2004/2005, com restrição de roubo, encontrando-se, ainda, na posse das chaves de outro automóvel, um Corsa de
cor preta, Placa Policial NYN- 6247, Chassi nº 9BGSU19FOBC205800, RENAVAM nº 282373080, ano/modelo- 2011/2011,
fruto, também, de atividade delituosa, guardado em um depósito na Baixa de Quintas, restando, portanto, inconteste a
materialidade delitiva, corroborada pelo auto de prisão em flagrante (fls. 05-06); auto de exibição e apreensão (fl. 17);
informações acerca dos Boletins de Ocorrência dos veículos FIESTA- nº 3094/13 e CORSA nº 3302/13; certidões de ocorrência
dos veículos roubados (fls. 21 e 23), bem como os depoimentos das testemunhas arroladas no Inquérito Policial de nº 108/
13 ( fls. 07- 10). 2. A prova oral produzida in folios, tanto em sede inquisitorial, quanto em Juízo, demonstra, sem hesitações,
que o Recorrente concorreu para a prática do crime que lhe é imputado. 3. Nessa toada, vê-se que os depoimentos
prestados pelos policiais militares, além de congruentes entre si, testificam a ação delituosa e sua autoria, inexistindo nos
autos elementos que conduzam à conclusão de que esses agentes teriam algum motivo para incriminar, falsamente, o
Apelante, até porque milita, em favor deles, a presunção legal de veracidade. 4. Com efeito, não remanesce dúvida quanto
a participação do Apelante no fato delituoso descrito na peça incoativa, daí a inaplicabilidade do princípio in dubio pro reo, de
modo que não há que se falar em absolvição. INSURGÊNCIA CONTRA A APLICAÇÃO DO CONCURSO MATERIAL. 5. Como
demonstrado no discorrer da lide, o Recorrente, mediante várias ações, praticou dois delitos de receptação idênticos,
porquanto fora flagrado na posse de dois veículos com restrição de roubos, consoante se depreende das certidões de
ocorrência adunadas às fls. 21 e 23 dos autos digitais, ilícitos estes confirmados pela prova oral colhida. 6. Portanto,
havendo o reconhecido concurso material, aplicam-se, cumulativamente, as penas privativas de liberdade em que haja
incorrido, na forma do art. 69 do CPB, conforme consignado no ato objurgado, que, nesse ponto, também se mostra
escorreito. PARECER MINISTERIAL PELO DESPROVIMENTO DO APELO. RECURSO CONHECIDO E IMPROVIDO.
TJBA – DIÁRIO DA JUSTIÇA ELETRÔNICO – Nº 2.099 - Disponibilização: terça-feira, 13 de março de 2018 Cad 1 / Página 507
0005957-44.2005.8.05.0146 Apelação
Comarca: Salvador
Apelante: Ilton Alves Cardoso
Defensor Público: Defensoria Publica do Estado da Bahia
Apelado: Ministerio Publico
Promotor: Raimundo Moinhos
Relator: Julio Cezar Lemos Travessa
Decisão: PROVIMENTO PARCIAL, POR MAIORIA.
Ementa: EMENTA: APELAÇÃO CRIMINAL. HOMICÍDIO QUALIFICADO. CONDENAÇÃO. PLEITO DE REDUÇÃO DA PENA
APLICADA, COM AFASTAMENTO DAS VALORAÇÕES NEGATIVAS OPERADAS NA PRIMEIRA FASE DE APLICAÇÃO DA SANÇÃO.
PARCIAL PROVIMENTO. VALORAÇÃO LEGÍTIMA DA CULPABILIDADE DO AGENTE. MODUS OPERANDI QUE REVELA MAIOR
REPROVABILIDADE DA CONDUTA, QUE EXTRAPOLA OS LIMITES DO TIPO PENAL RESPECTIVO. APELANTE QUE, APÓS
EFETUAR O PRIMEIRO DISPARO DE ARMA DE FOGO, ESTANDO A VÍTIMA (QUE ERA SEU CUNHADO) JÁ CAÍDA AO CHÃO,
LOGROU, NA SEQUÊNCIA, DEFLAGRAR MAIS DOIS TIROS FATAIS, VISANDO GARANTIR, FRIAMENTE, A SUA EMPREITADA
CRIMINOSA, MESMO COM PEDIDO EM CONTRÁRIO DE UMA TESTEMUNHA PRESENCIAL. POR OUTRO LADO, DESCABIDA
A VALORAÇÃO NEGATIVA DO COMPORTAMENTE DA VÍTIMA, QUE SEGUNDO O PRÓPRIO MAGISTRADO, NÃO TEVE
QUALQUER INFLUÊNCIA NA PRÁTICA DO DELITO. CIRCUNSTÂNCIA JUDICIAL QUE, SEGUNDO DOUTRINA E
JURISPRUDÊNCIA MAJORITÁRIAS, JAMAIS PODE SER USADA EM DESFAVOR DO AGENTE. PENA-BASE READEQUADA.
PLEITO DE INCIDÊNCIA DA ATENUANTE DA CONFISSÃO. DESCABIMENTO. RECORRENTE QUE, A DESPEITO DE ASSUMIR
TJBA – DIÁRIO DA JUSTIÇA ELETRÔNICO – Nº 2.099 - Disponibilização: terça-feira, 13 de março de 2018 Cad 1 / Página 508
A AUTORIA DOS DISPAROS, RELATA SITUAÇÃO FÁTICA QUE SE ENQUADRARIA EM EVENTUAL LEGÍTIMA DEFESA (OU
LEGÍTIMA DEFESA PUTATIVA), OBJETIVANDO EXIMIR-SE DA SUA RESPONSABILIDADE PENAL. CONFISSÃO QUALIFICADA.
IMPOSSIBILIDADE DE RECONHECIMENTO DA ATENUANTE. PRECEDENTES DO STF. APELO PARCIALMENTE PROVIDO.
PENA REDUZIDA.
0001029-58.2014.8.05.0203 Apelação
Comarca: Salvador
Apelante: Luiz Fernando Santos Vicente
Apelante: Henrique Silva Araújo
Advogado: Jocelandia Alves dos Santos Almeida (OAB : 46304/BA)
Apelado: Ministério Público do Estado da Bahia
Promotor: Moisés Guarnieri dos Santos
Relator: Julio Cezar Lemos Travessa
Decisão: Provimento em Parte. Unânime.
Ementa: EMENTA: APELAÇÕES CRIMINAIS. HOMICÍDIO QUALIFICADO. PLEITO DE RETIRADA DAS AGRAVANTES GENÉRICAS
POR SE CONSTITUIREM COMO QUALIFICADORAS. INTERPRETAÇÃO EQUIVOCADA DA DEFESA. UMA QUALIFICADORA
UTILIZADA PARA QUALIFICAR O CRIME. DEMAIS PODEM SERVIR COMO AGRAVANTES GENÉRICAS. PRECEDENTES.
APLICAÇÃO DA ATENUANTE DE CONFISSÃO ESPONTÂNEA PARA AMBOS SENTENCIADOS. PROVIMENTO. ENTENDIMENTO
DO STJ. APLICAÇÃO DA ATENUANTE DE MENORIDADE PARA O RECORRENTE LUIZ FERNANDO. SENTENCIADO MENOR
DE 21 (VINTE E UM) ANOS DE IDADE NA DATA DO FATO. PROVIMENTO. PROVIMENTO PARCIAL DOS RECURSOS PARA
REDUZIR AS REPRIMENDAS.
0501103-90.2016.8.05.0201 Apelação
Comarca: Salvador
Apelante: Endeo Bruno Marques dos Santos
Defensor Público: Tatiana Camara A. Velho da Cunha
Apelado: Ministerio Publico
Relator: Julio Cezar Lemos Travessa
Decisão: Não-Provimento. Unânime.
Ementa: EMENTA: APELAÇÃO CRIMINAL. TRÁFICO DE DROGAS. PLEITO DE APLICAÇÃO DA ATENUANTE DE CONFISSÃO
ESPONTÂNEA E DE MENORIDADE. RELATOR ACOMPANHA A SÚMULA N. 231 DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA.
PRINCÍPIOS DA LEGALIDADE E DA SEGURANÇA JURÍDICA. REQUERIMENTO DE APLICAÇÃO DA CAUSA DE DIMINUIÇÃO
DE PENA PREVISTA NO ART. 33, § 4º, DA LEI 11.343/2006. MAUS ANTECEDENTES DO APELANTE NÃO COMPROVADOS.
RECORRENTE SEM MAUS ANTECEDENTES, MAS, RÉU EM AÇÃO PENAL. ENTENDIMENTO DO STJ E DO STF PARA AFASTAR
A APLICAÇÃO DA MINORANTE. ANÁLISE DOS REQUISITOS LEGAIS E NÃO DE MÉRITO. MANUTENÇÃO DO AFASTAMENTO
REALIZADO PELO JUÍZO A QUO. DETRAÇÃO NÃO REALIZADA NA SENTENÇA MAS COMPUTADA A PENA EM CERTIDÃO
EXARADA EM MOMENTO POSTERIOR. REGIME INICIAL DE CUMPRIMENTO DE PENA É AVALIADO NÃO APENAS PELA
QUANTIDADE DE PENA PRIVATIVA DE LIBERDADE. DIVERSIDADE DA DROGA E NATUREZA GRAVOSA QUE IMPEDE REFORMA
PARA REGIME MAIS BENÉFICO. TOTAL DESPROVIMENTO DO APELO.
0007732-49.2002.8.05.0001 Apelação
Comarca: Salvador
Apelante: Ednilson Zolabarrieta
Apelante: Miracir Ferreira de Mesquita
Advogado: Eudélio Almeida de Mendonça (OAB : 5300/MS)
Advogado: Bruno Luis Baldissera (OAB : 17226BM/S)
Advogado: Jairo José de Lima (OAB : 6804/MS)
Defensor Público: José Ganem Neto
Apelado: Ministério Público do Estado da Bahia
Promotor: Viviane Chiacchio Pereira Carneiro
Defensor Público: José Ganem Neto
Relator: Julio Cezar Lemos Travessa
Decisão: Improcedência. Unânime.
Ementa: EMENTA: APELAÇÕES CRIMINAIS. TRÁFICO DE DROGAS ART. 12, DA LEI Nº 6.368/76. 1) QUANTO À RECORRENTE
MIRACIR FERREIRA DE MESQUITA. CONDENAÇÃO EM PRIMEIRO GRAU. PENA DEFINITIVA FIXADA EM 03 (TRÊS) ANOS E
04 (QUATRO) MESES. TRANSCURSO DE LAPSO TEMPORAL SUPERIOR A 08 (OITO) ANOS CONTADOS DA DATA DA
PUBLICAÇÃO DA SENTENÇA CONDENATÓRIA. INTELIGÊNCIA DO ART. 107, IV, C/C ARTS. 109, IV, E 110, CAPUT, TODOS DO
CPB. RECONHECIMENTO, DE OFÍCIO, DA PRESCRIÇÃO INTERCORRENTE. MÉRITO RECURSAL PREJUDICADO.
CONCLUSÃO: EXTINÇÃO DA PUNIBILIDADE PELO RECONHECIMENTO EX OFFICIO DA PRESCRIÇÃO DA PRETENSÃO
PUNITIVA. 2) QUANTO AO APELANTE EDNÍLSON ZOLABARRIETA. 2.1) ROGO PELA ABSOLVIÇÃO. NEGATIVA DE AUTORIA E
INSUFICIÊNCIA PROBATÓRIA. IMPROCEDÊNCIA. AUTORIA E MATERIALIDADE COMPROVADAS FACE AO ROBUSTO
CONJUNTO PROBATÓRIO CONSTANTE DOS AUTOS. 2.2) PLEITO PELO ESTABELECIMENTO DA REPRIMENDA-BASE EM
PATAMAR MÍNIMO. ALEGADA VALORAÇÃO DA CULPABILIDADE COM BASE EM ELEMENTOS INEXISTENTES NOS AUTOS,
BEM COMO AVALIAÇÃO DA PERSONALIDADE E ANTECEDENTES SERIAM FAVORÁVEIS AO APELANTE. IMPROCEDÊNCIA.
JUÍZO DE VALOR CALCADO EM ELEMENTOS DO CADERNO PROCESSUAL. JUÍZO DE VALOR POSITIVO ACERCA DE
CIRCUNSTÂNCIAS JUDICIAIS ISOLADAS NÃO CONDUZ, POR SI SÓ, A REPRIMENDA-BASE AO MÍNIMO. 2.3) VERIFICADA A
TJBA – DIÁRIO DA JUSTIÇA ELETRÔNICO – Nº 2.099 - Disponibilização: terça-feira, 13 de março de 2018 Cad 1 / Página 509
0501329-92.2016.8.05.0105 Apelação
Comarca: Salvador
Apelante: Caio Souza de Oliveira
Advogado: Walmiral Pacheco Marinho Neto (OAB : 31250/BA)
Apelado: Ministerio Publico
Relator: Julio Cezar Lemos Travessa
Decisão: Negado provimento - Unânime
Ementa: EMENTA: APELAÇÃO CRIMINAL. APELANTE CONDENADO NOS ARTIGOS 33, CAPUT, E 35, AMBOS DA LEI Nº.
11.343/2006, A UMA PENA, EM CÚMULO MATERIAL, DE 09 (NOVE) ANOS DE RECLUSÃO, A SER CUMPRIDA EM REGIME
INICIAL FECHADO, E PAGAMENTO DE 1.349 (UM MIL TREZENTOS E QUARENTA E NOVE) DIAS-MULTA, NO VALOR DE 1/30
(UM TRIGÉSIMO) DO SALÁRIO MÍNIMO VIGENTE À ÉPOCA DOS FATOS. PRETENSÕES RECURSAIS: 1) ABSOLVIÇÃO.
AUSÊNCIA DE ELEMENTOS PROBATÓRIOS E INFORMATIVOS SUFICIENTES À EMBASAR À CONDENAÇÃO. INACOLHIMENTO.
AUTORIAS E MATERIALIDADES DO COMÉRCIO ILÍCITO DE ENTORPECENTES E DA ASSOCIAÇÃO PARA O TRÁFICO
DEVIDAMENTE COMPROVADAS. DEPOIMENTOS TESTEMUNHAIS, PRESTADOS SOB O CRIVO DO CONTRADITÓRIO E DA
AMPLA DEFESA, ALIADOS ÀS CONFISSÕES DOS SENTENCIADOS (FASE INQUISITORIAL), CIRCUNSTÂNCIAS DA PRISÃO
- CODENUNCIADO JOSÉ HIGINO DE JESUS JUNIOR, CONHECIDO COMO KELY, QUE TRANSPORTAVA NO BAGAGEIRO DO
ÔNIBUS DA VIAÇÃO CAMURUJIPE (LINHA FEIRA DE SANTANA/DÁRIO MEIRA) DUAS CAIXAS DE PAPELÃO, CONTENDO
09KG (NOVE QUILOS) DE MACONHA CADA, PARA SEREM ENTREGUES AO RECORRENTE; INFORMAÇÕES DO SERVIÇO
DE INTELIGÊNCIA E DE UM INFORMANTE DA AUTORIDADE POLICIAL DE QUE O APELANTE É CONHECIDO COMO GRANDE
FORNECEDOR DE DROGAS NA CIDADE DE IPIAÚ; CONFISSÃO DO CORRÉU, AFIRMANDO TER TRAZIDO EM DUAS
OPORTUNIDADES ANTERIORES, UTILIZANDO-SE DO MESMO MODUS OPERANDI, ENTORPECENTES PARA O
SENTENCIADO CAIO SOUZA DE OLIVEIRA, TRANSPORTANDO EM UMA DESSAS OCASIÕES, 50KG (CINQUENTA QUILOS)
DE CANNABIS SATIVA -, E DEMAIS PROVAS CONTEXTUALIZADAS NOS AUTOS QUE CONVERGEM À CONDENAÇÃO DO
APELANTE NOS ARTIGOS 33, CAPUT, E 35, AMBOS DA LEI 11.343/2006. 2) APLICAÇÃO DA MINORANTE PREVISTA NO § 4º,
DO ART. 33 DA LEI 11.343/2006. DESCABIMENTO. RECORRENTE CONDENADO NO ART. 35 DA LEI Nº. 11.343/2006.
DEDICAÇÃO A ATIVIDADES CRIMINOSAS COMPROVADA. RECURSO CONHECIDO E IMPROVIDO.
0500015-95.2016.8.05.0078 Apelação
Comarca: Salvador
Apelante: José Aldo de Santana Batista
Advogado: Felisberto da Silva Filho (OAB : 25360/BA)
Apelado: Ministério Público do Estado da Bahia
Relator: Julio Cezar Lemos Travessa
Decisão: PROVIMENTO PARCIAL POR MAIORIA, NOS TERMOS DO ACÓRDÃO.
Ementa: EMENTA: 1- APELAÇÃO CRIMINAL. DELITO PREVISTO NO ARTIGO 157, § 2º, I, C/C ART. 14, II, AMBOS DO CÓDIGO
PENAL. APELANTE CONDENADO A UMA REPRIMENDA DE 07 (SETE) ANOS,03 (TRÊS) MESES E 15 (QUINZE) DIAS DE
RECLUSÃO, A SER CUMPRIDA EM REGIME INICIAL FECHADO, E AO PAGAMENTO DE 164 (CENTO E SESSENTA E QUATRO)
DIAS-MULTA, A TEOR DE 1/30 (UM TRIGÉSIMO) DO SALÁRIO MÍNIMO VIGENTE À ÉPOCA DO FATO. 1) ABSOLVIÇÃO. 2-
INACOLHIMENTO. AUTORIA E MATERIALIDADE DELITIVA PROVADAS. DECLARAÇÕES DA VÍTIMA E DEPOIMENTOS
TESTEMUNHAIS, PRODUZIDOS SOB O CRIVO DO CONTRADITÓRIO E DA AMPLA DEFESA, ALIADOS AS DEMAIS PROVAS
DOS AUTOS, QUE NÃO DEIXAM DÚVIDA ACERCA DA AUTORIA DELITIVA DO APELANTE. 2) REDUÇÃO DA PENA-BASE.
ACOLHIMENTO PARCIAL. MOTIVOS DO CRIME. FUNDAMENTAÇÃO INIDÔNEA. GANHO FÁCIL JÁ PREVISTO PELO
LEGISLADOR EM ABSTRATO. DESFAVORABILIDADE DAS VETORIAIS CULPABILIDADE E CIRCUNSTÂNCIAS DO CRIME
TJBA – DIÁRIO DA JUSTIÇA ELETRÔNICO – Nº 2.099 - Disponibilização: terça-feira, 13 de março de 2018 Cad 1 / Página 510
DEVIDAMENTE DEMONSTRADAS NO IN FOLIO. SANÇÃO BASE AFASTADA EM 09 (NOVE) MESES. INCIDÊNCIA DA AGRAVANTE
PREVISTA NO ART. 61, II, "c", DO CODEX PENAL. OFENDIDA COLHIDA DE SURPRESA. APLICAÇÃO DA CAUSA DE AUMENTO
PREVISTA NO § 2º, I, DO ESTATUTO REPRESSIVO E DA CAUSA DE DIMINUIÇÃO INDICADA NO ART. 14, II, DO MESMO
DIPLOMA LEGAL. SANÇÃO DEFINITIVA FIXADA EM 04 (QUATRO ANOS, 11 (ONZE) MESES E 03 (TRÊS) DIAS DE RECLUSÃO,
E PAGAMENTO DE 65 (SESSENTA E CINCO) DIAS-MULTA, NO VALOR DE 1/30 (UM TRIGÉSIMO) DO SALÁRIO MÍNIMO
VIGENTE À ÉPOCA DOS FATOS. AFERIÇÃO NEGATIVA DAS MODULADORAS CULPABILIDADE E CIRCUNSTÂNCIAS DO
CRIME QUE JUSTIFICAM O CUMPRIMENTO DA PENA EM REGIME INICIAL FECHADO. INTELIGÊNCIA DO ART. 33, § 3º, DO
CPB. PRECEDENTES DO STJ E DO STF: HC 420.904/RJ, Rel. Ministro RIBEIRO DANTAS, QUINTA TURMA, julgado em 28/11/
2017, DJe 01/12/2017 E HC 142602 AgR, Relator(a): Min. ROSA WEBER, Primeira Turma, julgado em 01/09/2017, PROCESSO
ELETRÔNICO DJe-207 DIVULG 12-09-2017 PUBLIC 13-09-2017. RECURSO CONHECIDO E PARCIALMENTE PROVIDO.
0504959-33.2016.8.05.0146 Apelação
Comarca: Salvador
Apelante: Wagner Romero Fernandes do Nascimento
Defensor Público: André Lima Cerqueira
Apelado: Ministerio Publico
Promotor: Alexandre Lamas da Costa
Relator: Julio Cezar Lemos Travessa
Decisão: PROVIMENTO PARCIAL POR MAIORIA, NOS TERMOS DO ACÓRDÃO.
Ementa: EMENTA: APELAÇÃO CRIMINAL. FURTO SIMPLES E CONDUÇÃO DE VEÍCULO AUTOMOTOR EM ESTADO DE
EMBRIAGUEZ. 1 - PLEITO ABSOLUTÓRIO SUSTENTANDO A AUSÊNCIA DE PROVAS PARA A CONDENAÇÃO DO CRIME DE
PREVISTO NO ART. 306 DO CTB. IMPROCEDÊNCIA. COMPROVADA A AUTORIA E MATERIALIDADE DO DELITO. 2 - PLEITO
DE REDIMENSIONAMENTO DA DOSIMETRIA. PROCEDÊNCIA PARCIAL. CORREÇÃO DA PENA-BASE DO CRIME DE FURTO
SIMPLES. 3 - CONCLUSÃO: VOTA-SE PELO CONHECIMENTO E PROVIMENTO PARCIAL DO RECURSO, APENAS PARA
REDIMENSIONAR A PENA DO CRIME DE FURTO SIMPLES, RESTANDO MANTIDA A SENTENÇA EM SEUS DEMAIS TERMOS.
0000050-84.2016.8.05.0055 Apelação
Comarca: Salvador
Apelante: Ministério Público do Estado da Bahia
Promotor: Hugo Cesar Fidelis Teixeira de Araujo
Apelante: Jailson Marques Soares Silva
Advogado: Renan Mendes Novaes (OAB : 24580/BA)
Apelado: Bruno Feitoza Bagano
Advogado: Márcio José Queiroz Nunes (OAB : 22620/BA)
Apelado: Ministério Público do Estado da Bahia
Apelado: Jailson Marques Soares Silva
Procurador: Rômulo de Andrade Moreira
Relator: Julio Cezar Lemos Travessa
Decisão: REJEITADA A PRELIMINAR, NO MÉRITO DEU-SE PROVIMENTO PARCIAL POR MAIORIA, NOS TERMOS DO VOTO.
Ementa: EMENTA: APELAÇÕES CRIMINAIS. DELITOS PREVISTOS NO ARTIGO 157, § 2º, I E II, POR QUATRO VEZES, DO
CÓDIGO PENAL BRASILEIRO, E ART. 244-B, DO ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE, TODOS NA FORMA DO ART.
70 DO ESTATUTO REPRESSIVO. PRETENSÕES RECURSAIS: MINISTÉRIO PÚBLICO: 1) PRELIMINAR DE
INTEMPESTIVIDADE. INACOLHIMENTO. APELANTE INTIMADO, PESSOALMENTE, DA SENTENÇA EM 17/08/2016. DEFESA
INTIMADA ATRAVÉS DO DIÁRIO DO PODER JUDICIÁRIO, DISPONIBILIZADO NO DIA 23/08/2016. RECURSO INTERPOSTO
NO DIA 25/08/2016. PREFACIAL REJEITADA. 2) CONDENAÇÃO DO APELADO BRUNO FEITOZA BAGANO NO ART. 157, § 2º,
I E II, DO CPB E ART. 244-B, NA FORMA DO ART. 69 DO CODEX PENAL. ACOLHIMENTO PARCIAL. VERSÃO ACUSATÓRIA QUE
EXSURGE DE TODO O CONJUNTO PROBATÓRIO CONTEXTUALIZADO NOS AUTOS (DECLARAÇÕES DAS VÍTIMAS,
DEPOIMENTOS TESTEMUNHAIS, DECLARAÇÕES DO MENOR R.S.S). DELITOS COMETIDOS NA COMPANHIA DE UM
ADOLESCENTE. INTELIGÊNCIA DA SÚMULA 500 DO STJ. CRIMES PRATICADOS COM NÍTIDA DIVISÃO DE TAREFAS,
CABENDO AO RECORRIDO FICAR NA DIREÇÃO DO VEÍCULO AUTOMOTOR, DANDO COBERTURA AO CORRÉU. APELADO
QUE CONFIRMOU EM JUÍZO QUE SE ENCONTRAVA NA COMPANHIA DO CODENUNCIADO E DO ADOLESCENTE ANTES,
DURANTE E APÓS AS PRÁTICAS DELITIVAS, SENDO ENCONTRADOS NO INTERIOR DO AUTOMÓVEL OS QUATRO
CELULARES DAS VÍTIMAS, A ARMA DE FOGO UTILIZADA NA EXECUÇÃO DOS CRIMES E O CAPACETE USADO PELO
CORRÉU. APELADO CONDENADO NO ART. 157, § 2º, I E II, E ART. 244-B DO ECA, TODOS C/C ART. 70 DO CODEX PENAL.
PENA DEFINITIVA FIXADA, EM DEFINITIVO, EM EM 07 (SETE) ANOS, 09 (NOVE) MESES E 10 (DEZ) DIAS DE RECLUSÃO, A
SER CUMPRIDA NO REGIME INICIAL SEMIABERTO, E PAGAMENTO DE 88 (OITENTA E OITO) DIAS-MULTA, NO VALOR DE 1/
30 (UM TRIGÉSIMO) DO SALÁRIO MÍNIMO VIGENTE À ÉPOCA DOS FATOS. CONCESSÃO DO DIREITO DE APELAR EM
LIBERDADE, COM A IMPOSIÇÃO DAS MEDIDAS CAUTELARES PREVISTAS NOS INCISO I, II, III, IV, V E VI, DO ART. 319 DO
CPP. 3) REVOGAÇÃO DO DIREITO DE APELAR EM LIBERDADE CONCEDIDO AO SENTENCIADO JAILSON MARQUES
SOARES DA SILVA. INACOLHIMENTO. DECRETO PREVENTIVO DESFUNDAMENTADO. CONCESSÃO DO DIREITO DE APELAR
EM LIBERDADE CONCEDIDA PELO JUÍZO PRIMEVO NA SENTENÇA POR NÃO VISLUMBRAR A NECESSIDADE DA CUSTÓDIA.
INEXISTÊNCIA DE FATOS NOVOS. BENEFÍCIO MANTIDO. APELANTE JAILSON MARQUES SOARES DA SILVA: ABSOLVIÇÃO.
AUSÊNCIA DE ELEMENTOS PROBATÓRIOS E INFORMATIVOS SUFICIENTES À EMBASAR À CONDENAÇÃO. DESCABIMENTO.
AUTORIAS E MATERIALIDADES DELITIVAS PROVADAS. DECLARAÇÕES DAS VÍTIMAS E DEPOIMENTOS TESTEMUNHAIS,
PRODUZIDOS SOB O CRIVO DO CONTRADITÓRIO E DA AMPLA DEFESA, ALIADOS AS DEMAIS PROVAS DOS AUTOS, QUE
CONVERGEM À CONDENAÇÃO. 2) REDUÇÃO, EX OFFICIO, DA PENA-BASE, RELATIVA AO CRIME DESCRITO NO ART. 157,
TJBA – DIÁRIO DA JUSTIÇA ELETRÔNICO – Nº 2.099 - Disponibilização: terça-feira, 13 de março de 2018 Cad 1 / Página 511
§ 2º, I E II, DO CÓDIGO PENAL. FUNDAMENTAÇÃO IDÔNEA DA MODULADORA CIRCUNSTÂNCIAS DO CRIME, DEVENDO
SER REDIMENSIONADO O QUANTUM ESTABELECIDO PELO JUÍZO DE PRIMEIRO GRAU NA SANÇÃO-BASE PARA 04
(QUATRO) ANOS, 04 (QUATRO) MESES E 15 (QUINZE) DIAS. INCIDÊNCIA DAS MAJORANTES PREVISTAS NOS INCISO I E II,
DO § 2º, DO ART. 157 DO CPB (1/3). CONCURSO FORMAL DE CRIMES (1/3 - CINCO VÍTIMAS). REPRIMENDA DEFINITIVA
FIXADA EM 07 (SETE) ANOS, 09 (NOVE) MESES E 10 (DEZ) DIAS DE RECLUSÃO, A SER CUMPRIDA NO REGIME INICIAL
SEMIABERTO, E PAGAMENTO DE 88 (OITENTA E OITO) DIAS-MULTA, NO VALOR DE 1/30 (UM TRIGÉSIMO) DO SALÁRIO
MÍNIMO VIGENTE À ÉPOCA DOS FATOS. PRELIMINAR REJEITADA. RECURSO MINISTERIAL PARCIALMENTE PROVIDO E
APELO DEFENSIVO IMPROVIDO. EX OFFICIO, REDIMENSIONADA A PENA-BASE DO APELANTE JAILSON MARQUES SOARES
SILVA, RELATIVA AO CRIME DE ROUBO.
0500371-80.2016.8.05.0146 Apelação
Comarca: Salvador
Apelante: Wanderson Rogerio Torres de Oliveira
Advogado: Patrícia Lino de Souza Sobreira (OAB : 20469/BA)
Apelado: 'Ministério Público
Promotor: Raimundo Moinhos
Relator: Julio Cezar Lemos Travessa
Decisão: PROVIMENTO PARCIAL, POR MAIORIA NOS TERMOS DO VOTO.
Ementa: EMENTA: APELAÇÃO CRIMINAL. HOMICÍDIO QUALIFICADO. ART. 121, § 2º, I E III. 1 - PLEITO DE ANULAÇÃO DO JÚRI
EM RAZÃO DE SUPOSTO JULGAMENTO MANIFESTAMENTE CONTRÁRIO À PROVA DOS AUTOS. IMPROCEDENTE. DECISÃO
DO CONSELHO DE SENTENÇA COM ÂNCORA EM UMA DAS VERSÕES APRESENTADAS AOS JURADOS NÃO PODE SER
CONSIDERADA COMO CONTRÁRIA À PROVA DOS AUTOS. 2 - PLEITO DE READEQUAÇÃO DA DOSIMETRIA. PROCEDÊNCIA
PARCIAL. CORREÇÃO DA PENA-BASE E COMPENSAÇÃO ENTRE AGRAVANTE DO MOTIVO TORPE E ATENUANTE DA
MENORIDADE RELATIVA. 3 - CONCLUSÃO: VOTA-SE PELO CONHECIMENTO E PROVIMENTO PARCIAL DO APELO PARA
REFORMAR A REPRIMENDA PARA 12 (DOZE) ANOS E 11 (ONZE) DIAS DE RECLUSÃO EM REGIME INICIAL FECHADO.
0001438-92.2014.8.05.0216 Apelação
Comarca: Salvador
Apelante: Adson Góes da Paixão
Apelante: José dos Santos
Apelado: Ministério Público
Advogado: Evaldo Fernandes Campos (OAB : 423B/SE)
Promotor: Oto Almeida Oliveira Júnior
Relator: Julio Cezar Lemos Travessa
Decisão: PROVIMENTO PARCIAL, POR MAIORIA NOS TERMOS DO VOTO.
Ementa: EMENTA: 1. APELAÇÃO CRIMINAL. HOMICÍDIO QUALIFICADO. CONDENAÇÃO. 2. PRELIMINAR DE NULIDADE
RECHAÇADA. ALEGAÇÃO DE QUE UMA DAS JURADAS PARTICIPOU DE OUTRO JÚRI ANTERIOR EM PERÍODO INFERIOR
A 30 (TRINTA) DIAS. ATIPICIDADE NÃO VERIFICADA. INEXISTE PREVISÃO LEGAL DE LAPSO TEMPORAL MÍNIMO PARA
ATUAÇÃO DE UM JURADO EM MAIS DE UM JÚRI POPULAR, CONTANTO QUE ESTE INTEGRE A LISTA DE JURADOS
PUBLICADA ANUALMENTE E NÃO TENHA PARTICIPADO DA LISTA DE JURADOS DO ANO ANTERIOR, COMPONDO JÚRIS
NAQUELE PERÍODO, EVITANDO-SE, ASSIM, QUE SE MANTENHA A ATUAÇÃO DOS MESMOS JURADOS POR MAIS DE UM
ANO CONSECUTIVO. INTELIGÊNCIA DO ART. 426, §4º DO CPP. DE IGUAL MODO, A SUPOSTA ATIPICIDADE, AINDA QUE
EXISTENTE, DEVERIA TER SIDO ARGUÍDA NO MOMENTO PRÓPRIO, QUAL SEJA A DA ESCOLHA DOS JURADOS NA SESSÃO
PLENÁRIA, TENDO PERMANECENDO OMISSA A DEFESA NESSA OPORTUNIDADE. 3. NO MÉRITO, SUPOSTA DECISÃO
MANIFESTAMENTE CONTRÁRIA À PROVA DOS AUTOS. INOCORRÊNCIA. O EXAME DOS FÓLIOS REVELA EXISTIR
SUBSTRATO FÁTICO SUFICIENTE A SUBSIDIAR A DECISÃO DO CONSELHO DE SENTENÇA. SOBERANIA DOS VEREDICTOS.
HIPÓTESE DE RECURSO DE APELAÇÃO QUE SOMENTE MERECE ACOLHIDA EM CASOS EXCEPCIONAIS, QUANDO
MANIFESTA A DISSONÂNCIA DA DECISÃO COM A PROVA DOS AUTOS, NÃO SENDO O QUE OCORRE IN CASU. ARCABOUÇO
PROBATÓRIO QUE PERMITE A ESCOLHA DE MAIS DE UMA TESE JURÍDICA, CABENDO TÃO SOMENTE AO CONSELHO DE
SENTENÇA DELIBERAR A RESPEITO DE QUAL DELAS DEVE PREVALECER. 4. REFORMA DA DOSIMETRIA. PLEITO QUE
MERECE PARCIAL ACOLHIMENTO, APENAS PARA QUE SEJA READEQUADA A PENA-BASE APLICADA, CONSIDERANDO A
EXASPERAÇÃO DESPROPORCIONAL OPERADA NA SENTENÇA. 5. APELO PARCIALMENTE PROVIDO. REDUÇÃO DA PENA
IMPOSTA.
0534350-51.2014.8.05.0001 Apelação
Comarca: Salvador
Apelante: Newton Cesar Azevedo Amorim
Defensor Público: Eduardo Camill
Apelado: Ministerio Publico
Promotor: Arx Thadeu Aragão
Promotor: Marcos Pontes
Procurador: Marilene Pereira Mota
Relator: Julio Cezar Lemos Travessa
Decisão: PROVIMENTO, POR MAIORIA NOS TERMOS DO VOTO.
Ementa: EMENTA: APELAÇÃO CRIMINAL. ROUBO MAJORADO. ART. 157 § 2º, I, II, IV E V, DO CP. 1 - PLEITO ABSOLUTÓRIO
SUSTENTANDO A INSUFICIÊNCIA PROBATÓRIA PARA A CONDENAÇÃO. IMPROCEDÊNCIA. AUTORIA E MATERIALIDADE
TJBA – DIÁRIO DA JUSTIÇA ELETRÔNICO – Nº 2.099 - Disponibilização: terça-feira, 13 de março de 2018 Cad 1 / Página 512
COMPROVADAS NOS AUTOS. 2 - PLEITO DE DESCLASSIFICAÇÃO PARA FURTO OU ROUBO SIMPLES. IMPROCEDENTE. O
EMPREGO DA VIOLÊNCIA MEDIANTE A UTILIZAÇÃO DE UMA ARMA DE FOGO PARA CONSEGUIR A SUBTRAÇÃO DO VEÍCULO
AUTOMOTOR FOI COMPROVADA NOS AUTOS. 3 - PLEITO DE AFASTAMENTO DAS MAJORANTES PREVISTAS NO ART. 157,
§ 2º, I, II E NO § 3º DO CP. IMPROCEDENTE. CONCURSO DE AGENTES E EMPREGO DE ARMA DE FOGO COMPROVADOS
NOS AUTOS E IMPUTAÇÃO PREVISTA NO § 3º NÃO FOI ACOLHIDA NA SENTENÇA PELA MAGISTRADA A QUO. 4 - PEDIDO DE
APLICAÇÃO DA CAUSA DE DIMINUIÇÃO DA TENTATIVA EM SUA FRAÇÃO MÁXIMA. IMPROCEDENTE. ITER CRIMINIS
TOTALMENTE PERCORRIDO, CONSUMANDO O CRIME DE ROUBO MAJORADO. 5 - PEDIDO DE RECONHECIMENTO DA
PARTICIPAÇÃO DE MENOR IMPORTÂNCIA. IMPROCEDENTE. COMPROVADA A CONDUTA DO APELANTE DE SUBTRAIR A
RES FURTIVA MEDIANTE O EMPREGO DE VIOLÊNCIA COM O USO DE ARMA DE FOGO. 6 - PEDIDO DE READEQUAÇÃO DA
DOSIMETRIA. PROCEDENTE EM PARTE. REDIMENSIONAMENTO DA PENA-BASE. 7 - PEDIDO PARA RECONHECER O
DIREITO DE O APELANTE RECORRER EM LIBERDADE. IMPROCEDENTE. MANUTENÇÃO DOS MOTIVOS QUE ENSEJARAM
MA DECRETAÇÃO DA PRISÃO PREVENTIVA. 8 - CONCLUSÃO: VOTA-SE PELO CONHECIMENTO E PELO PROVIMENTO
PARCIAL, APENAS PARA REDIMENSIONAR A DOSIMETRIA, FIXANDO A PENA DEFINITIVA EM 07 (SETE) ANOS E 04 (QUATRO)
MESES DE RECLUSÃO, A SER CUMPRIDA, EM REGIME INICIALMENTE FECHADO, CUMULADA AO PAGAMENTO DA PENA
PECUNIÁRIA FIXADA EM 50 (CINQUENTA) DIAS-MULTA, À RAZÃO DE 1/30 (UM TRINTA AVOS) DO SALÁRIO MÍNIMO VIGENTE
À ÉPOCA DO FATO.
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DA BAHIA
SEGUNDA CÂMARA CRIMINAL - PRIMEIRA TURMA
PUBLICAÇÃO DE ACÓRDÃOS
PROCESSOS JULGADOS NA SESSÃO DE 8 de Março de 2018
Conceição dos Santos foi imputada a pena total de 12 (doze) anos de reclusão. APELO INTERPOSTO EM 25.07.2016 PELA
DEFESA DOS RÉUS. ÓRGÃO MINISTERIAL INTIMADO PARA APRESENTAR CONTRARRAZÕES EM 07.08.2016. INTIMAÇÃO
REPETIDA EM 19.10.2016, 13.01.2017 E 23.01.2017. INÉRCIA DO PARQUET. AUTOS ORIGINÁRIOS REMETIDOS AO TJ/BA
PARA JULGAMENTO DO APELO DEFENSIVO SEM AS CONTRARRAZÕES. ATRASO PARA A CONCLUSÃO DA AÇÃO. DELONGA
NÃO PROVOCADA PELA DEFESA. CONSTRANGIMENTO ILEGAL CONFIGURADO. ORDEM DE HABEAS CORPUS
CONCEDIDA. I. Trata-se de Habeas Corpus liberatório, com pedido liminar, impetrado em favor dos pacientes Maria Helena
Conceição da Silva, Carlos Pereira da Silva e Jeanderson Oliveira Santos, apontando como autoridade coatora o MM. Juiz de
Direito da 1ª Vara Criminal da Comarca de Juazeiro/BA. II. Segundo expõe a exordial mandamental, os pacientes estão
sofrendo constrangimento ilegal diante do excesso de prazo para a conclusão do feito originário, pois, embora haja tramitação
prioritária em virtude deles estarem presos, "até a presente data, o órgão ministerial ainda não apresentou contrarrazões do
recurso interposto, extrapolando o prazo previsto no art. 593 e seguintes do CPP" (fl. 03). Por fim, os Impetrantes atacam o
decreto prisional aduzindo que o mesmo foi exarado sem que existissem motivos concretos para tanto. Com base nesses
argumentos, o writ foi impetrado tendo como pleito, liminar e definitivo, que os pacientes sejam postos em liberdade,
mediante a expedição do respectivo Alvará de Soltura. III. De fato, da detida análise de todos os documentos encartados nos
autos e da verificação do andamento processual do processo originário pelo Sistema E-SAJ, percebe-se que houve excesso
de prazo para o órgão ministerial apresentar as contrarrazões ao Recurso de Apelação interposto pelos Impetrantes, o que
culminou no atraso para a conclusão definitiva da ação principal e consequente constrangimento ilegal aos pacientes que
permanecem presos. Com efeito, os documentos juntados pelos Impetrantes às fls. 08/36 e as informações prestadas pelo
Juízo de piso, ora autoridade coatora, às fls. 44/45 (frente e verso), atestam que, embora o órgão ministerial de primeiro grau
tenha sido intimado para apresentar contrarrazões recursais em 07 de agosto de 2016 e, ainda, malgrado tenham sido
expedidas intimações reiterativas em 19 de outubro de 2016, 13 de janeiro de 2017 e 23 de janeiro de 2017, o Parquet
manteve-se inerte. Diante desse cenário, a autoridade coatora remeteu os autos da ação originária para esse Egrégio
Tribunal (fl. 31), onde foi constatada a ausência da aludida peça e, assim, acolhendo o pronunciamento da Douta Procuradoria
de Justiça, o feito foi convertido em diligência para que, à luz do princípio da celeridade processual, os autos fossem
encaminhados ao Parquet, a fim de que sejam ofertadas as contrarrazões (fl. 34). Assim, embora a sentença condenatória
tenha sido proferida desde 16 de junho de 2016; a defesa tenha interposto Recurso de Apelação em 20 de junho de 2016;
as razões recursais tenham sido apresentadas em 27 de julho de 2016; e o Ministério Público de 1º grau tenha sido intimado
em 07 de agosto de 2016, 19 de outubro de 2016, 13 de janeiro de 2017 e 23 de janeiro de 2017, as contrarrazões recursais
não foram apresentadas. Inevitavelmente, o não cumprimento do referido ato processual acarretou atraso para a conclusão
da ação, pois o Recurso de Apelação não pôde ser julgado. Desse modo, a situação que se encontram os pacientes é
realmente constrangedora, pois ainda estão segregados cautelarmente aguardado o término da ação originária, que, como
dito, foi atrasado por ato que eles não deram causa. IV. Convém destacar que o exame do andamento da ação originária
evidencia que a defesa sempre agiu de forma diligente e que o fato de existirem 03 (três) réus não foi motivo para justificar
qualquer embaraço ou demora na instrução, tanto que a denúncia foi recebida em 16 de março de 2016 e a sentença foi tão
logo proferida em 16 de junho de 2016, após a realização regular de todos os atos necessários. Ademais, a despeito de ser
cediço que os prazos processuais previstos no Código de Processo Penal não são peremptórios, inegável que o fato de já
ter decorrido mais de 01 (um) ano para que o órgão ministerial apresente contrarrazões infringe o princípio da razoabilidade.
Precedentes jurisprudenciais. Nessa linha intelectiva, a concessão da ordem de Habeas Corpus é imperiosa. V. Parecer da
douta Procuradoria de Justiça pelo conhecimento e concessão da ordem de habeas corpus. VI. HABEAS CORPUS
CONHECIDO e CONCEDIDO, na esteira do parecer ministerial.
FRUTOS DA ÁRVORE ENVENENADA). PLEITO DE TRANCAMENTO DA AÇÃO PENAL POR ALEGAÇÃO DE EXCESSO DE
PRAZO. POSSIBILIDADE. CONSTRANGIMENTO ILEGAL CONFIGURADO. PROCEDIMENTO INVESTIGATIVO QUE SE PROTRAI
POR LONGOS 05 (CINCO) ANOS, SEM CONCLUSÃO E EVENTUAL OFERECIMENTO DE DENÚNCIA CONTRA O ORA
PACIENTE. VIOLAÇÃO AO PRINCÍPIO DA DURAÇÃO RAZOÁVEL DO PROCESSO (ART. 5º, LXXXVIII, DA CONSTITUIÇÃO
FEDERAL). AUTORIDADE COATORA QUE, INCLUSIVE, REQUEREU, EM 11/04/2017, REMESSA, PELOS AGENTES
INVESTIGADORES, DE RELATÓRIO CONCLUSIVO DO INQUÉRITO, COM OU SEM DENÚNCIA, QUE ATÉ A PRESENTE DATA
NÃO FOI CUMPRIDO. MOROSIDADE QUE NÃO PODE SER ATRIBUÍDA AO PACIENTE. INVESTIGAÇÃO QUE NÃO PODE SE
PRORROGAR DE MODO INDEFINIDO, SOB PENA DE VIOLAÇÃO DO PRINCÍPIO DA DIGNIDADE DA PESSOA HUMANA.
ORDEM DE HABEAS CORPUS CONCEDIDA.
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DA BAHIA
Des. Julio Cezar Lemos Travessa - 2ª Câmara Crime 1ª Turma
DESPACHO
8001201-46.2018.8.05.0000 Habeas Corpus
Jurisdição: Tribunal De Justiça
Impetrado: Exma. Sra. Dra. Juiza Da Vara Criminal De Muritiba/ba
Paciente: Edison Machado Gomes
Advogado: Tais Helena Ladeia Costa (OAB:0033347/BA)
Despacho:
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DA BAHIA
Segunda Câmara Criminal 1ª Turma
________________________________________
Processo: HABEAS CORPUS n. 8001201-46.2018.8.05.0000
Órgão Julgador: Segunda Câmara Criminal 1ª Turma
PACIENTE: EDISON MACHADO GOMES
Advogado(s): TAIS HELENA LADEIA COSTA (OAB:0033347/BA)
IMPETRADO: EXMA. SRA. DRA. JUIZA DA VARA CRIMINAL DE MURITIBA/BA
Advogado(s):
DESPACHO
Determina-se a remessa dos autos à secretaria, a fim de que seja cumprido o despacho do ID 777515, com urgência. Após,
voltem os autos conclusos.
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DA BAHIA
Des. Julio Cezar Lemos Travessa - 2ª Câmara Crime 1ª Turma
DESPACHO
8000632-45.2018.8.05.0000 Habeas Corpus
Jurisdição: Tribunal De Justiça
Paciente: Matheus Batista Lima
Impetrado: Magistrado Do Núcleo De Prisão Em Flagrante
Despacho:
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DA BAHIA
Segunda Câmara Criminal 1ª Turma
________________________________________
Processo: HABEAS CORPUS n. 8000632-45.2018.8.05.0000
Órgão Julgador: Segunda Câmara Criminal 1ª Turma
PACIENTE: MATHEUS BATISTA LIMA
Advogado(s):
IMPETRADO: Magistrado do Núcleo de Prisão em Flagrante
Advogado(s):
TJBA – DIÁRIO DA JUSTIÇA ELETRÔNICO – Nº 2.099 - Disponibilização: terça-feira, 13 de março de 2018 Cad 1 / Página 517
DESPACHO
Trata-se de HABEAS CORPUS, com pedido liminar de antecipação de tutela, impetrado pela DEFENSORIA PÚBLICA DO
ESTADO DA BAHIA, em favor de MATHEUS BATISTA LIMA, contra suposto ato praticado pelo Juízo de Direito do Núcleo de
Prisão em Flagrante da Comarca de Salvador.
Os autos foram distribuídos, na data de 22/01/2018, a este Relator, tendo a secretaria, em razão das férias, no período de 12/
01 a 29/01/2018, devolvido-os à secretaria da 2ª Câmara Criminal - 1ª Turma Julgadora.
Em razão disso, os autos foram encaminhados à 2ª Desembargadora Substituta, cujo pedido liminar foi indeferido por Sua
Excelência, conforme decisão encartada no ID 667712.
Requisitadas as informações, estas foram prestadas pelo Juízo de Direito da 5ª Vara Criminal, após a distribuição dos fólios
àquele juízo.
Diante do quanto exposto, converte-se o feito em diligência e determina-se a remessa dos autos ao SECOMGE, a fim de que
proceda à retificação dos autos, fazendo constar, atualmente, como autoridade coatora o Juízo de Direito da 5ª Vara Criminal.
Após, voltem os autos conclusos.
P. R. I. Cumpra-se, imediatamente, na forma regimental deste Sodalício.
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DA BAHIA
Des. Julio Cezar Lemos Travessa - 2ª Câmara Crime 1ª Turma
EMENTA
8000781-41.2018.8.05.0000 Habeas Corpus
Jurisdição: Tribunal De Justiça
Paciente: Defensoria Publica Do Estado Da Bahia
Paciente: Erlaine Correia Da Silva
Impetrado: Juiz De Direito Da 2ª Vara Criminal Da Comarca De Paulo Afonso/ba
Ementa:
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DA BAHIA
Segunda Câmara Criminal 1ª Turma
________________________________________
Processo: HABEAS CORPUS n. 8000781-41.2018.8.05.0000
Órgão Julgador: Segunda Câmara Criminal 1ª Turma
PACIENTE: DEFENSORIA PUBLICA DO ESTADO DA BAHIA e outros
Advogado(s):
IMPETRADO: Juiz de Direito da 2ª Vara Criminal da Comarca de Paulo Afonso/BA
Advogado(s):
ACORDÃO
EMENTA: CONSTITUCIONAL E PROCESSUAL PENAL. HABEAS CORPUS LIBERATÓRIO. CRIME TIPIFICADO NO ART. 33,
CAPUT, DA LEI Nº. 11.343/2006, C/C ART. 244-B DO ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE. 1 -AUSÊNCIA DE
FUNDAMENTAÇÃO DO DECRETO PRISIONAL. DESNECESSIDADE DA SEGREGAÇÃO CAUTELAR. PRISÃO PREVENTIVA
DECRETADA COM BASE NA GARANTIA DA ORDEM PÚBLICA. GRAVIDADE ABSTRATA DO DELITO. PACIENTE SEM
ANTECEDENTES CRIMINAIS. 2 - CONCLUSÃO: CONCESSÃO DA ORDEM.
Vistos, relatados e discutidos estes Autos de HABEAS CORPUS sob nº 0028738-90.2017.8.05.0000, tendo como Impetrante
DEFENSORIA PÚBLICA DO ESTADO DA BAHIA e Paciente ERLAINE CORREIA DA SILVA.
Acordam, à unanimidade de votos, os Desembargadores integrantes da 1ª Turma Julgadora, da 2ª Câmara Criminal do
Egrégio Tribunal de Justiça do Estado da Bahia, para CONCEDER A ORDEM pelos seguintes fundamentos:
Salvador, 08 de março de 2018.
PROCURADOR(A) DE JUSTIÇA
TJBA – DIÁRIO DA JUSTIÇA ELETRÔNICO – Nº 2.099 - Disponibilização: terça-feira, 13 de março de 2018 Cad 1 / Página 518
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DA BAHIA
Des. Julio Cezar Lemos Travessa - 2ª Câmara Crime 1ª Turma
EMENTA
8002058-92.2018.8.05.0000 Habeas Corpus
Jurisdição: Tribunal De Justiça
Paciente: Fabio Alves Ribeiro
Advogado: Eder Ribas Ferraz De Melo (OAB:0043084/BA)
Impetrado: Vara Do Juri E Execuções Penais De Vitória Da Conquista
Ementa:
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DA BAHIA
Segunda Câmara Criminal 1ª Turma
________________________________________
Processo: HABEAS CORPUS n. 8002058-92.2018.8.05.0000
Órgão Julgador: Segunda Câmara Criminal 1ª Turma
PACIENTE: FABIO ALVES RIBEIRO
Advogado(s): EDER RIBAS FERRAZ DE MELO
IMPETRADO: VARA DO JURI E EXECUÇÕES PENAIS DE VITÓRIA DA CONQUISTA
ACORDÃO
EMENTA: CONSTITUCIONAL E PROCESSUAL PENAL. HABEAS CORPUS. DELITO TIPIFICADO NO ART. 157, CAPUT, DO
CPB. 1 - PROGRESSÃO DE REGIME SEMIABERTO PARA O ABERTO. ALEGAÇÃO DE EXCESSO PRAZAL NA TRAMITAÇÃO DA
DEMANDA CRIMINAL PARA CONCESSÃO DO BENEFÍCIO PARA CUMPRIMENTO DA PENA NO REGIME MAIS BRANDO.
NECESSIDADE DE ADMISSIBILIDADE. REQUISITOS OBJETIVOS E SUBJETIVOS PARA DEFERIMENTO DO BENEFÍCIO.
JUÍZO A QUO NOTICIA QUE O PEDIDO ESTÁ PENDENTE DE APRECIAÇÃO. MINISTÉRIO PÚBLICO COM VISTA DOS AUTOS.
SUPRESSÃO DE INSTÂNCIA. NÃO CONHECIMENTO DO WRIT. 2 - CONCLUSÃO: EXTINÇÃO DA AÇÃO, SEM EXAME DE
MÉRITO.
Vistos, relatados e discutidos estes Autos de HABEAS CORPUS COM PEDIDO LIMINAR sob nº 8002058-92.2018.8.05.0000,
tendo como Impetrante por MARCEL FELIPE MOITINHO TORRES e Paciente FABIO ALVES RIBEIRO.
Acordam, à unanimidade de votos, os Desembargadores integrantes da 1ª Turma da 2ª Câmara Criminal do Egrégio
Tribunal de Justiça do Estado da Bahia, pela EXTINÇÃO DA AÇÃO, SEM EXAME DE MÉRITO, nos termos do voto do Relator.
Salvador, 08 de março de 2018.
Desembargador JULIO CEZAR LEMOS TRAVESSA
PRESIDENTE/RELATOR
PROCURADOR(A) DE JUSTIÇA
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DA BAHIA
Des. Julio Cezar Lemos Travessa - 2ª Câmara Crime 1ª Turma
EMENTA
8000387-34.2018.8.05.0000 Habeas Corpus
Jurisdição: Tribunal De Justiça
Paciente: Aelson Santos De Santana
Advogado: Paulo Sergio Kalil Silva (OAB:0034768/BA)
Impetrado: 3a. Vara Criminal Da Comarca De Salvador
Ementa:
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DA BAHIA
Segunda Câmara Criminal 1ª Turma
________________________________________
Processo: HABEAS CORPUS n. 8000387-34.2018.8.05.0000
Órgão Julgador: Segunda Câmara Criminal 1ª Turma
PACIENTE: AELSON SANTOS DE SANTANA
Advogado(s): PAULO SERGIO KALIL SILVA
IMPETRADO: 3a. Vara Criminal da Comarca de Salvador
ACORDÃO
EMENTA: CONSTITUCIONAL E PROCESSUAL PENAL. HABEAS CORPUS. CRIME TIPIFICADO NO ART. 157, §2º, I E II, DO
CPB. 1 - ALEGAÇÃO DE EXCESSO PRAZAL NA FORMAÇÃO DA CULPA. NÃO CONSTATADO. PRINCÍPIO DA RAZOÁVEL
DURAÇÃO DO PROCESSO (ART. 5º, LXXVIII, DA CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA). TRAMITE REGULAR DO PROCESSO
TJBA – DIÁRIO DA JUSTIÇA ELETRÔNICO – Nº 2.099 - Disponibilização: terça-feira, 13 de março de 2018 Cad 1 / Página 519
PENAL. DOIS ACUSADOS. PRISÃO EM FLAGRANTE CONVERTIDA EM PREVENTIVA NA DATA DE 15/07/2017. DENÚNCIA
OFERECIDA E RECEBIDA, RESPECTIVAMENTE, NAS DATAS DE 31/07/2017 E 04/08/2017. PACIENTE CUSTODIADO NO
CONJUNTO PENAL DE FEIRA DE SANTANA/BA. CARTA PRECATÓRIA DISTRIBUÍDA, NA DATA DE 21/01/2018, AO JUÍZO DA 1ª
VARA CRIMINAL DA COMARCA DE FEIRA DE SANTANA/BA. MANDADO DE CITAÇÃO EXPEDIDO EM 25/01/2018.
CONSTRANGIMENTO ILEGAL NÃO CONSTATADO. 2 - CONCLUSÃO: DENEGAÇÃO DA ORDEM, COM RECOMENDAÇÃO AOS
JUÍZOS DEPRECANTE E DEPRECADO.
Vistos, relatados e discutidos estes Autos de HABEAS CORPUS sob nº 8000387-34.2018.8.05.0000, tendo como Impetrantes
PAULO SÉRGIO KALIL SILVA e GUILHERME DE MOURA LEAL VALVERDE e Paciente AELSON SANTOS DE SANTANA.
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DA BAHIA
Des. Julio Cezar Lemos Travessa - 2ª Câmara Crime 1ª Turma
DESPACHO
8001179-85.2018.8.05.0000 Habeas Corpus
Jurisdição: Tribunal De Justiça
Paciente: Robson De Souza Oliveira
Impetrado: Magistrado Do Núcleo De Prisão Em Flagrante
Impetrante: Defensoria Pública Do Estado Da Bahia
Despacho:
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DA BAHIA
Segunda Câmara Criminal 1ª Turma
________________________________________
Processo: HABEAS CORPUS n. 8001179-85.2018.8.05.0000
Órgão Julgador: Segunda Câmara Criminal 1ª Turma
PACIENTE: ROBSON DE SOUZA OLIVEIRA e outros
Advogado(s):
IMPETRADO: Magistrado do Núcleo de Prisão em Flagrante
Advogado(s):
DESPACHO
Trata-se de HABEAS CORPUS LIBERATÓRIO, com pedido liminar de antecipação de tutela, impetrado pela DEFENSORIA
PÚBLICA DO ESTADO DA BAHIA, em favor de ROBSON DE SOUZA OLIVEIRA, já qualificado na exordial, contra suposto ato
praticado pelo Juízo de Direito do Núcleo de Prisão em Flagrante da Comarca de Salvador.
Os autos foram distribuídos em 27/01/2018, durante o Plantão Judicial de 2º Grau, tendo sido concedida, parcialmente, o
pleito liminar de antecipação de tutela, sendo requisitadas as informações ao Juízo a quo.
Após a distribuição, pelo SECOMGE, na data de 30/01/2018, conforme se infere do despacho deste Relator, os autos foram
encaminhados à secretaria, a fim de que os informes fossem prestados.
Com efeito, até a presente data, não foram prestadas as informações pelo Juízo a quo.
Entretanto, em consulta ao sistema SAJ de 1º Grau, percebe-se que a demanda criminal de origem tramita na 4ª Vara
Criminal da Comarca de Salvador.
É o sucinto relatório. Decide-se.
Ad cautelam, converte-se o feito em diligência e determina-se a remessa dos autos ao SECOMGE, a fim de que retifique-se
a autuação da autoridade apontada coatora, fazendo-se constar o Juízo de Direito da 4ª Vara Criminal da Comarca de
Salvador/BA, bem como, ato contínuo, a secretaria da 2ª Câmara Criminal - 1ª Turma Julgadora - deverá expedir ofício àquele
juízo, requisitando-lhe os informes necessários para instruir esta Ação Autônoma de Impugnação, os quais deverão ser
prestados, no prazo de 05 (cinco) dias, por meio de fax - (071) 3372-5346 ou pelo e-mail 2camaracriminal@tjba.jus.br, com
cópia para o e-mail institucional gabdes.juliotravessa@tjba.jus.br.
Em face do Princípio da eficiência, este despacho tem força de ofício, devendo a secretaria da 1ª Turma Julgadora da 2ª
Câmara Criminal deste Eg. Sodalício, certificar nos autos a data de envio da comunicação. Após, voltem os autos conclusos.
P. R. I. Cumpra-se, imediatamente, na forma regimental deste Sodalício.
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DA BAHIA
Des. Julio Cezar Lemos Travessa - 2ª Câmara Crime 1ª Turma
DESPACHO
8000461-88.2018.8.05.0000 Habeas Corpus
Jurisdição: Tribunal De Justiça
Impetrante: Eduardo Mota De Macedo
Advogado: Washington Carlos Moreira De Jesus (OAB:0021944/BA)
Impetrado: Juizo Da Vara Criminal Da Comarca De Utinga
Impetrado: 1ª Vara De Execuções Penais De Salvador
Despacho:
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DA BAHIA
Segunda Câmara Criminal 1ª Turma
________________________________________
Processo: HABEAS CORPUS n. 8000461-88.2018.8.05.0000
Órgão Julgador: Segunda Câmara Criminal 1ª Turma
IMPETRANTE: EDUARDO MOTA DE MACEDO
Advogado(s): WASHINGTON CARLOS MOREIRA DE JESUS (OAB:0021944/BA)
IMPETRADO: JUIZO DA VARA CRIMINAL DA COMARCA DE UTINGA e outros
Advogado(s):
DESPACHO
Determina-se a remessa dos autos ao SECOMGE, a fim de que seja procedida a retificação quanto à autoridade indigitada
coatora, fazendo constar a 2ª Vara de Execuções Penais da Comarca de Salvador/BA. Após, voltem os autos conclusos.
P. R. I. Cumpra-se, imediatamente, na forma regimental deste Sodalício.
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DA BAHIA
Des. Julio Cezar Lemos Travessa - 2ª Câmara Crime 1ª Turma
DESPACHO
8004611-15.2018.8.05.0000 Habeas Corpus
Jurisdição: Tribunal De Justiça
Impetrante: Atila De Almeida Oliveira
Advogado: Atila De Almeida Oliveira (OAB:0028119/BA)
Impetrado: Juiz De Direito Da Vara De Execuções Penais Da Comarca De Vitória Da Conquista
Despacho:
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DA BAHIA
Segunda Câmara Criminal 1ª Turma
________________________________________
Processo: HABEAS CORPUS n. 8004611-15.2018.8.05.0000
Órgão Julgador: Segunda Câmara Criminal 1ª Turma
IMPETRANTE: ATILA DE ALMEIDA OLIVEIRA
Advogado(s): ATILA DE ALMEIDA OLIVEIRA (OAB:0028119/BA)
IMPETRADO: JUIZ DE DIREITO DA VARA DE EXECUÇÕES PENAIS DA COMARCA DE VITÓRIA DA CONQUISTA
Advogado(s):
DESPACHO
Trata-se de HABEAS CORPUS, com pedido liminar de antecipação de tutela, impetrado por ÁTILA DE ALMEIDA OLIVEIRA e
ALAN ANDERSON NASCIMENTO PITOMBO, em favor de WANDERSON SANTOS AMORIM, já qualificado na exordial, contra
suposto ato praticado pelo Juízo de Direito da Vara de Execuções Penais da Comarca de Vitória da Conquista/BA.
Narram os Impetrantes que o Paciente encontrava-se custodiado na Comarca de Salvador, para cumprimento da reprimenda
imposta, no regime semiaberto, por deliberação daquele Juízo, estando, atualmente, no Conjunto Penal de Vitória da
Conquista/BA.
Alegam, também, que houve a determinação de encaminhamento dos autos da execução àquela comarca, bem como a
transferência do Paciente, em razão do Provimento nº 04/2017 da Corregedoria Geral de Justiça do Tribunal de Justiça da
Bahia.
TJBA – DIÁRIO DA JUSTIÇA ELETRÔNICO – Nº 2.099 - Disponibilização: terça-feira, 13 de março de 2018 Cad 1 / Página 521
Asseveram que, em razão da "existência de mandado prisional preventivo do ano de 2013, o sistema prisional obstou
administrativamente o prosseguimento da execução penal no regime semiaberto, encarcerando o Paciente junto com os
presos provisórios no Conjunto Penal de Vitória da Conquista, havendo recusa para transferi-lo para o Presídio Nilton
Gonçalves" (sic).
Argumentam que foi protocolizado pedido de transferência junto ao Juízo a quo, sem que, até a presente data, tenha decidido
o pleito, sendo dado vista ao Ministério Público.
Por fim, sustentam que o Paciente encontra-se submetido a constrangimento ilegal, em razão do excesso prazal na tramitação
da demanda criminal, requerendo a concessão, liminarmente, da ordem para determinar ao Juízo a quo que adote providências
para que seja transferido para o Presídio Nilton Gonçalves, a fim de que seja cumprida a reprimenda no regime semiaberto.
Os autos foram distribuídos, pelo SECOMGE, na data de 12/03/2018, conforme se infere da certidão exarada.
A petição inaugural encontra-se instruída com documentos, a fim de comprovar as alegações contidas na exordial.
Feito o sucinto relatório,decide-se.
A certidão encartada no ID 807742, datada de 12/03/2018, com o seguinte teor: "Certifico que, após analisar os presentes
autos, fica ratificada a distribuição realizada mediante livre sorteio, por não ter sido localizado nos sistemas SAJ/SG e PJe ,
recurso ou ação anterior, relativo ao mesmo número cadastrado no 1º grau ou qualquer de seus apensos."
Contudo, analisando os fólios, percebe-se, nitidamente, que houve equívoco na supramencionada certidão exarada, tendo
em vista que consta Apelação nº. 000663-52.2011.8.05.0032, referente à mesma ação penal objeto da apreciação desta
Ação Autônoma de Impugnação, distribuído para a 2ª Turma Julgadora da 1ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça da
Bahia, tendo como relator o eminente Desembargador Lourival Almeida Trindade.
Consabido, o art. 160 do Regimento Interno deste Sodalício estabelece que:
"Art. 160 - A distribuição de recurso, habeas corpus ou mandado de segurança contra decisão judicial de primeiro grau torna
prevento o Relator para incidentes posteriores e para todos os demais recursos e novos habeas corpus e mandados de
segurança contra atos praticados no mesmo processo de origem, na fase de conhecimento ou de cumprimento de sentença
ou na execução, ou em processos conexos, nos termos do art. 930, parágrafo único, do Código de Processo Civil. (ALTERADO
CONFORME EMENDA REGIMENTAL N. 11/2016, DE 30 DE MARÇO DE 2016, DJe 31/03/2016)." (grifos aditados)
Ante o exposto, RECONHECE-SE a prevenção do eminente Desembargador Lourival Almeida Trindade, determinando
sejam os autos redistribuídos, com as cautelas de praxe, na forma regimental.
À Secretaria para adotar as providências necessárias.
P. R. I. Cumpra-se.
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DA BAHIA
Des. Julio Cezar Lemos Travessa - 2ª Câmara Crime 1ª Turma
DECISÃO
8004280-33.2018.8.05.0000 Habeas Corpus
Jurisdição: Tribunal De Justiça
Paciente: Cleberson Rocha Silva
Advogado: Raveno Badaro Cotrim (OAB:0042757/BA)
Impetrado: Juiz De Direito Da Comarca De Caetité
Decisão:
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DA BAHIA
Segunda Câmara Criminal 1ª Turma
________________________________________
Processo: HABEAS CORPUS n. 8004280-33.2018.8.05.0000
Órgão Julgador: Segunda Câmara Criminal 1ª Turma
PACIENTE: CLEBERSON ROCHA SILVA
Advogado(s): RAVENO BADARO COTRIM (OAB:0042757/BA)
IMPETRADO: juiz de direito da Comarca de Caetité
Advogado(s):
DECISÃO
Trata-se de HABEAS CORPUS LIBERATÓRIO, com pedido liminar de antecipação de tutela, impetrado por WANDERSON
PIMENTA SOUZA e RAVENO BADARÓ COTRIM, advogados regularmente inscritos na OAB/BA 42.682 e 42.757, respectivamente,
em favor de CLEBERSON ROCHA SILVA, já qualificado na exordial, contra suposto ato praticado pelo Juízo de Direito da Vara
Criminal da Comarca de Caetité.
TJBA – DIÁRIO DA JUSTIÇA ELETRÔNICO – Nº 2.099 - Disponibilização: terça-feira, 13 de março de 2018 Cad 1 / Página 522
Naquele juízo tramita a Ação Penal de nº. 000050-85.2017.8.05.0036, em razão da suposta autoria das práticas delitivas
tipificadas no art. 121, §2º, II e IV, c/c art. 244-V da Lei nº. 8.069/90, na forma dos arts. 14 e 69, ambos do CPB.
Alegam os Impetrantes que o Paciente foi preso em flagrante, cuja prisão foi convertida em preventiva, sendo, posteriormente,
denunciado pelo Ministério Público do Estado da Bahia.
Asseveram que o Paciente possui condições pessoais favoráveis, a exemplo de primariedade, bons antecedentes criminais,
residência fixa, exercendo atividade laboral lícita e filho menor" (sic).
Alegam que foi protocolizado pedido de revogação da segregação cautelar, tendo sido indeferido pelo Juízo a quo.
Noutro ponto, argumentam que a decisão que decretou a segregação prévia carece de fundamentação idônea.
Por fim, sustentam que o Paciente encontra-se submetido a constrangimento ilegal, em razão do excesso prazal na tramitação
da demanda criminal, requerendo a concessão da liberdade provisória.
Os autos foram distribuídos, pelo SECOMGE, na data de 07/03/2018, conforme se infere da certidão exarada.
A petição inaugural encontra-se instruída com documentos, a fim de comprovar as alegações contidas na exordial.
Os autos foram distribuídos à Desa. Rita de Cássia Magalhães, conforme certidão do ID 788137, que, no despacho do ID 789338,
declinou da competência deste Relator, em razão da prevenção nos autos da demanda criminal anteriormente ajuizada.
Vieram os autos conclusos, após a devida redistribuição dos autos, por meio do SECOMGE, a fim de que seja apreciado o
pedido liminar de antecipação de tutela.
Ad cautelam, reserva-se a apreciar o pedido liminar de antecipação de tutela após os informes pela autoridade indigitada
coatora, que deverá prestá-los, no prazo de 05 (cinco) dias, para instruir esta Ação Autônoma de Impugnação, por meio de fax
- (071) 3372-5346 ou pelo e-mail 2camaracriminal@tjba.jus.br, com cópia para o e-mail institucional
gabdes.juliotravessa@tjba.jus.br.
Em face do Princípio da eficiência, este despacho tem força de ofício, devendo a secretaria da 1ª Turma Julgadora da 2ª
Câmara Criminal deste Eg. Sodalício, certificar nos autos a data de envio da comunicação. Após, voltem os autos conclusos.
0000089-85.2005.8.05.0146 Apelação
Apelante : Alex Sandro Soares dos Santos
Def. Público : Defensoria Pública do Estado da Bahia
Apelado : Ministério Público do Estado da Bahia
Promotor : Raimundo Moinhos
Vistos, etc. A fim de atender o quanto requerido pela defesa às fls. 87, encaminhe-se ao Juízo de origem e à Vara das
Execuções Penais da Comarca de Juazeiro/BA a cópia do acórdão de fls. 38/45v e a certidão da sua publicação constante de
fls. 46 em face do apelante já se encontrar em processo de execução provisória de pena, a fim de que sejam adotadas as
providências e anotações cabíveis. Após cumprida a diligência, remete-se os presentes autos à Secretaria da Seção de
Recursos, para o devido processamento do Agravo de fls. 74/86, na forma da lei processual vigente.
Publique-se.
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DA BAHIA
Mário Alberto Simões Hirs
PUBLICAÇÃO DE DESPACHOS E DECISÕES MONOCRÁTICAS
0503956-31.2016.8.05.0150 Apelação
Apelante : Wilton Freire Bomfim Magalhães Junior
Advogado : Pablo Vinicius Dantas (OAB: 34531/BA)
Apelado : Ministério Público do Estado da Bahia
Promotor : Promotor de Justiça
TJBA – DIÁRIO DA JUSTIÇA ELETRÔNICO – Nº 2.099 - Disponibilização: terça-feira, 13 de março de 2018 Cad 1 / Página 524
I. Encaminhe-se oficio à 2ª Vara Crime da comarca de Lauro de Freitas, solicitando a mídia com a gravação audiovisual
contendo os depoimentos colhidos em audiência. adotando a Secretaria, se achar conveniente esse Despacho também
como Oficio. II. Reservou-se o apelante para apresentar as razões do Recurso nesta Corte, razão pela qual fica intimado por
este despacho a apresentá-las; III. Após, apresentação das razões, remetam-se os autos a Coordenadoria Especializada
em Recursos - COER (NARJCrime - NAPCrim), Órgão do Ministério Público para que se ofereça as contrarrazões do recurso;
IV. Por fim, vista à douta Procuradoria de Justiça.
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DA BAHIA
José Alfredo Cerqueira da Silva
PUBLICAÇÃO DE DESPACHOS E DECISÕES MONOCRÁTICAS
0000570-70.2016.8.05.0208 Apelação
Apelante : Josiel dos Santos da Luz
Advogado : Marcos Ramon Lopes Almeida (OAB: 47960/BA)
Apelado : Ministerio Publico
Promotor : Aline Curvelo Tavares de Sá
José Alfredo Cerqueira da Silva
DESPACHO Encaminhem-se os autos à douta Procuradoria de Justiça. Salvador, 9 de março de 2018. Des. José Alfredo
Cerqueira da Silva Relator
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DA BAHIA
Mário Alberto Simões Hirs
PUBLICAÇÃO DE DESPACHOS E DECISÕES MONOCRÁTICAS
0001174-04.2017.8.05.0044 Apelação
Apelante : André Luis Nunes Junior
Advogado : Alexsandro Freitas Santos (OAB: 18193/BA)
Apelado : Ministério Público do Estado da Bahia
Promotor : Maurício José Falcão Fontes
I. Intime-se pessoalmente o apelante, André Luis Nunes Junior, acerca de certidão de fl. 83, para caso queira, constituir novo
advogado para patrocinar a sua defesa; caso contrário, remetam-se os autos à Defensoria Pública para que sejam oferecidas
as razões de recurso, adotando a Secretaria, se achar conveniente, este despacho também como Ofício; II. Cumprida tal
diligência, abra-se vista ao Ministério Público para apresentar as contrarrazões; III. Por fim, à douta Procuradoria de Justiça.
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DA BAHIA
Mário Alberto Simões Hirs
PUBLICAÇÃO DE DESPACHOS E DECISÕES MONOCRÁTICAS
0543802-17.2016.8.05.0001 Apelação
Apelante : Ronnie dos Santos
Def. Público : André G. S. Pereira
Apelado : Ministério Público do Estado da Bahia
Promotor : Juliana Varela Rodrigues de Barros
I. Face a certidão de fl. 170, certifique se a vítima, Valda Calixto Teixeira, foi devidamente intimada da Sentença de fls. 152/161,
em caso negativo, proceda-se a devida intimação. II.Após, cumprida tal diligência, abra-se vista à douta Procuradoria de
Justiça.
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DA BAHIA
SEGUNDA CÂMARA CRIMINAL - SEGUNDA TURMA
PUBLICAÇÃO DE ACÓRDÃOS
PROCESSOS JULGADOS NA SESSÃO DE 8 de Março de 2018
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DA BAHIA
SEGUNDA CÂMARA CRIMINAL - SEGUNDA TURMA
PUBLICAÇÃO DE ACÓRDÃOS
PROCESSOS JULGADOS NA SESSÃO DE 8 de Março de 2018
0000989-39.2008.8.05.0057 Apelação
Comarca: Salvador
Apelante: Ministério Público do Estado da Bahia
Promotor: Marcos José Passos O. Santos
TJBA – DIÁRIO DA JUSTIÇA ELETRÔNICO – Nº 2.099 - Disponibilização: terça-feira, 13 de março de 2018 Cad 1 / Página 526
0001497-11.2008.8.05.0113 Apelação
Comarca: Salvador
Apelante: Andre Santos da Silva
Apelante: Marcelo Santos da Silva
Defensor Público: Livia Silva de Almeida
Apelado: Ministerio Publico
Promotor: Allan Santos Góis
Relator: Nágila Maria Sales Brito
Decisão: Conhecimento em Parte e Provimento em Parte. Unânime.
Ementa: APELAÇÃO CRIMINAL. ART. 157, § 2º, I E II, DO CÓDIGO PENAL. PRELIMINAR DE PRESCRIÇÃO COM RELAÇÃO A
UM DOS ACUSADOS. VIABILIDADE. ABSOLVIÇÃO. IMPOSSIBILIDADE. AUTORIA E MATERIALIDADE DEVIDAMENTE
DEMONSTRADAS. PENA-BASE NO MÍNIMO LEGAL. POSSIBILIDADE. APLICAÇÃO DA CONFISSÃO EXTRAJUDICIAL.
IMPOSSIBILIDADE. INCIDÊNCIA DA SÚMULA 231 DO STJ. INVIABILIDADE DE EXCLUSÃO DA MAJORANTE PELO EMPREGO
DE ARMA. DESNECESSIDADE DE COMPROVAÇÃO DA POTENCIALIDADE LESIVA DA ARMA. AUMENTO DE PENA EM RAZÃO
DE DUAS MAJORANTES. AUSÊNCIA DE FUNDAMENTAÇÃO. REDIMENSIONAMENTO DA REPRIMENDA. ISENÇÃO DAS
CUSTAS JUDICIAIS. NÃO CONHECIMENTO. CONHECIMENTO PARCIAL DO RECURSO E, NESSA EXTENSÃO, PROVIDO EM
PARTE. 1. A prescrição, depois da sentença condenatória com trânsito em julgado para a acusação ou depois de improvido
seu recurso, regula-se pela pena aplicada, não podendo, em nenhuma hipótese, ter por termo inicial data anterior à da
denúncia ou queixa. 2. Demonstradas de forma inequívoca a autoria e a materialidade delitivas dos crimes perpetrados,
impossível cogitar-se da absolvição dos Acusados, impondo-se a manutenção da condenação. 3. A fundamentação da
análise das circunstâncias previstas no art. 59 do CP, bem como das demais fases da dosimetria da pena, conduz à fixação
da pena-base no mínimo legal. 4. Fixada a pena-base no mínimo legal, resta demonstrada a inviabilidade de aplicação de
circunstâncias atenuantes, incidindo o teor da Súmula 231 do STJ, in verbis: "A incidência da circunstância atenuante não
pode conduzir à redução da pena abaixo do mínimo legal". 5. É desnecessária a apreensão e a realização de exame pericial
na arma de fogo para fins de majoração da pena nos crimes de roubo, quando houver nos autos outros elementos de prova
aptos a comprovar a sua utilização, consoante posicionamento dos Tribunais Superiores. 6. A presença de duas majorantes
no crime de roubo, por si só, não deve conduzir ao aumento superior ao mínimo permitido. 7. A matéria atinente à isenção de
custas e gratuidade da justiça está disposta no art. 12 da Lei nº 1.060/50, sendo de competência do Juízo da Vara das
Execuções Penais.
0000591-51.2016.8.05.0174 Apelação
Comarca: Salvador
Apelante: Ednaldo Barbosa Caldas
Advogado: Marcelo Velame Branco dos Santos (OAB : 24045/BA)
Apelado: Ministério Público do estado da Bahia
Promotor: Antonio Luciano Silva Assis
Procurador: Marilene Pereira Mota
Relator: Nágila Maria Sales Brito
Decisão: Conhecimento em Parte e Provimento em Parte. Unânime.
Ementa: APELAÇÃO CRIMINAL. PRELIMINARES REJEITADAS. CONDENAÇÃO PELOS DELITOS DE ESTUPRO E CÁRCERE
PRIVADO PARA FINS LIBIDINOSOS. ABSOLVIÇÃO. IMPOSSIBILIDADE. MATERIALIDADE E AUTORIA DELITIVAS DEVIDAMENTE
COMPROVADAS. APLICAÇÃO DO PRINCÍPIO DA CONSUNÇÃO. INVIABILIDADE. CONDUTAS AUTÔNOMAS. REDUÇÃO DA
PENA. MANUTENÇÃO DO REGIME. NEGADO O DIREITO DE O ACUSADO APELAR EM LIBERDADE. SUBSISTEM OS
FUNDAMENTOS DA DECRETAÇÃO DA PREVENTIVA. ASSISTÊNCIA JUDICIÁRIA GRATUITA. JUÍZO DA EXECUÇÃO. RECURSO
CONHECIDO EM PARTE E NESSA EXTENSÃO PROVIDO PARCIALMENTE. I - A concessão da isenção das custas judiciais é
matéria da competência do Juiz da Execução. II - A prova da prática de atos libidinosos independe da conclusão do laudo,
podendo ser comprovada por meio do depoimento da vítima, se em consonância com os demais elementos contidos nos
autos. III - Tratando-se de dois crimes autônomos, que não possuem necessária dependência, apenas tendo sido praticados
em um mesmo contexto fático, não há que se falar em aplicação do princípio da consunção. IV - Fixada a pena superior a 08
(oito) anos de reclusão, impõe-se a aplicação do regime fechado.
0002259-48.2014.8.05.0038 Apelação
Comarca: Salvador
Apelante: Marciel Lisboa
Recorrido: 'Ministério Público
Promotor: Catharine Rodrigues de Oliveira Matos
Advogado: Maurílio Eufrásio da Anunciação Neto (OAB : 42189/BA)
Advogado: Ramaiana Alves Melo (OAB : 38452/BA)
TJBA – DIÁRIO DA JUSTIÇA ELETRÔNICO – Nº 2.099 - Disponibilização: terça-feira, 13 de março de 2018 Cad 1 / Página 527
0393881-86.2013.8.05.0001 Apelação
Comarca: Salvador
Apelante: Leonardo de Oliveira Machado
Advogado: Niamey Karine Almeida Araujo (OAB : 15433/BA)
Advogado: Vinício dos Santos Vilas Bôas (OAB : 26508/BA)
Apelado: Ministério Público
Relator: Nágila Maria Sales Brito
Decisão: Provimento em Parte. Unânime.
Ementa: APELAÇÃO CRIMINAL. ARTIGO 16, PARAGRÁFO ÚNICO, IV, DA LEI Nº 10.826/03. AUTORIA E MATERIALIDADE
DEVIDAMENTE DEMONSTRADAS. REFORMA DA DOSIMETRIA DA PENA. REDIMENSIONAMENTO DA PENA BASE PARA
AFASTAR A VALORAÇÃO NEGATIVA DAS CIRCUNSTÂNCIAS JUDICIAIS REFERENTES À CULPABILIDADE E À CONDUTA
SOCIAL. APLICAÇÃO DA CIRCUNSTÂNCIA ATENUANTE DA MENORIDADE E DA CONFISSÃO (ART. 65, I e III, "d", DO CP).
INVIABILIDADE. PENA-BASE FIXADA NO MÍNIMO LEGAL. INCIDÊNCIA DA SÚMULA 231 DO STJ. RECURSO PARCIALMENTE
PROVIDO. 1. Não há nos autos elementos aptos a embasar a valoração negativa das circunstâncias judiciais da culpabilidade
e da personalidade do agente, cabendo, assim, a redução das penas-base ao mínimo legal. 2. Fixada a pena-base no
mínimo legal, resta demonstrada a inviabilidade de aplicação das circunstâncias atenuantes da menoridade e da confissão
espontânea, incidindo o teor da Súmula 231 do STJ, in verbis: "A incidência da circunstância atenuante não pode conduzir à
redução da pena abaixo do mínimo legal".
0502378-49.2016.8.05.0274 Apelação
Comarca: Salvador
Apelante: Esdras dos Santos Barbosa
Apelante: Romario Pereira da Silva
Advogado: Sara Carvalho Pedreira (OAB : 41594/BA)
Apelado: Ministerio Publico da Bahia
Promotor: Beneval Santos Mutim
Relator: Nágila Maria Sales Brito
Decisão: Não-Provimento. Unânime.
Ementa: ROUBO. ARTIGO 157, § 2º, I E II, DO CP. RECURSO DOS DOIS ACUSADOS. EXCLUSÃO DO CONCURSO FORMAL.
IMPOSSIBILIDADE. RECURSOS CONHECIDOS E DESPROVIDOS. Em que pese ter havido apenas uma ação, os Acusados
subtraíram bens de 02 (duas) pessoas em suas respectivas posses, atingindo, portanto, a esfera patrimonial de pessoas
distintas, o que evidencia o instituto do concurso formal.
TJBA – DIÁRIO DA JUSTIÇA ELETRÔNICO – Nº 2.099 - Disponibilização: terça-feira, 13 de março de 2018 Cad 1 / Página 528
0000973-62.2005.8.05.0228 Apelação
Comarca: Salvador
Apelante: Joanito Ribeiro dos Santos
Apelado: Ministerio Publico
Defensor Público: Fernanda Oliveira
Promotor: Cleide Ramos Reis
Relator: Nágila Maria Sales Brito
Decisão: Conhecimento em Parte e Não-Provimento. Unânime.
Ementa: APELAÇÃO CRIMINAL. TRÁFICO ILÍCITO DE ENTORPECENTES. ART. 12 DA LEI N° 6.368/76. IMPOSSBILIDADE DE
ABSOLVIÇÃO OU DESCLASSIFICAÇÃO. COMPROVADA A MERCANCIA. ASSISTÊNCIA JUDICIÁRIA GRATUITA. SUPRESSÃO
DE INSTÂNCIA. JUÍZO DA EXECUÇÃO PENAL. REDUÇÃO DA PENA DE MULTA DE OFÍCIO. RECURSO CONHECIDO EM
PARTE E, NESSA EXTENSÃO, DESPROVIDO. I - A forma em que foi encontrada a droga, bem como as ações do Acusado
autorizam a concluir pela ocorrência do tráfico ilícito de drogas, não sendo possível, portanto, a absolvição, nem a
desclassificação para uso. II - A matéria atinente à isenção de custas e gratuidade da justiça está disposta no art. 12 da Lei
nº 1.060/50, sendo de competência do Juízo da Vara das Execuções Penais.
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DA BAHIA
Des. José Alfredo Cerqueira da Silva - 2ª Câmara Crime 2ª Turma
DECISÃO
8004492-54.2018.8.05.0000 Habeas Corpus
Jurisdição: Tribunal De Justiça
Impetrante: Defensoria Publica Do Estado Da Bahia
Impetrado: Exmo. Sr. Dr. Juiz De Direito Da 1ª Vara Criminal
Decisão:
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DA BAHIA
Segunda Câmara Criminal 2ª Turma
________________________________________
Processo: HABEAS CORPUS n. 8004492-54.2018.8.05.0000
Órgão Julgador: Segunda Câmara Criminal 2ª Turma
IMPETRANTE: DEFENSORIA PUBLICA DO ESTADO DA BAHIA
Defensor(a): Paloma Souza Macedo Galvão
IMPETRADO: MM. Juiz de Direito da Vara do Júri e Execuções Penais da Comarca de Lauro de Freitas
Paciente(s): Valmir Alves
DECISÃO
Trata-se de Habeas Corpus, com pedido liminar, impetrado pela Defensoria Pública do Estado da Bahia, neste ato
representada pela Defensora Pública Paloma Souza Macedo Galvão, em favor do paciente Valmir Alves, apontando como
Autoridade Coatora a MM. Juíza de Direito da Vara do Júri e Execuções Penais da Comarca de Lauro de Freitas.
Da análise da inicial e dos documentos acostados, pode-se inferir que o Paciente foi preso em flagrante delito, em razão da
suposta prática do crime disposto no artigo 157, § 2º, incisos I e II, do Código Penal.
Nesta senda, a Impetrante informa que o Requerente alegou, em sede de audiência de custódia, que havia sofrido violência
física por parte dos policiais militares responsáveis pela sua prisão, tendo a Magistrada a quo convertido o flagrante do
mesmo em preventiva nesta oportunidade.
Assevera que o Paciente não foi submetido a exame de corpo de delito para comprovar as alegações feitas por ele, de modo
que a prisão em flagrante do mesmo é manifestamente ilegal, não devendo a mesma ter sido homologada pela Autoridade
indigitada, nem tão pouco ter sido convertida em preventiva.
Ademais, esclarece que o decreto preventivo in casu está desfundamentado, ante a inexistência dos requisitos presentes
no artigo 312 do Código de Processo Penal, que, por sua vez, amparam a decretação da mencionada constrição, sendo a
mesma, portanto, desnecessária.
Aduz que a motivação utilizada pela Juíza em questão, de que o Paciente responde a outras ações penais, não merece
prosperar.
Salienta que o acusado não representa um risco à ordem pública, à instrução criminal ou à aplicação da lei penal.
Assegura que o Requerente possui família constituída e residência fixa no distrito da culpa.
Nesse ínterim, invoca o Pacto de São José da Costa Rica, a Convenção Americana sobre Direitos Humanos, doutrina e
jurisprudência pátria, os artigos 5º, incisos LIV e LV e 93, inciso IX, da Constituição Federal, além dos artigos 282, 310 e 313
do Código de Processo Penal, para justificar a ilegalidade presente na segregação do Paciente.
Observa, ainda, existir o comprovado fummus boni iuris, bem como o periculum in mora.
Por fim, a Impetrante pleiteia a concessão de habeas corpus, "in limine", expedindo-se o competente Alvará de Soltura.
Requer que sejam requisitadas informações à Autoridade Coatora.
TJBA – DIÁRIO DA JUSTIÇA ELETRÔNICO – Nº 2.099 - Disponibilização: terça-feira, 13 de março de 2018 Cad 1 / Página 529
Reclama, de forma subsidiária, que a prisão preventiva do acusado seja revogada, com a aplicação de medidas cautelares
diversas da prisão, conforme o artigo 319 do Código de Processo Penal.
Pede que no mérito a ordem seja concedida em definitivo.
Demanda a intimação pessoal da representante da Defensoria Pública.
À inicial foram colacionados documentos.
É breve o relatório. Passo a decidir.
No que tange a alegação ventilada pela Impetrante, de que a prisão em flagrante do Paciente seria manifestamente ilegal,
infere-se que tal afirmativa não merece prosperar, de modo que, uma vez que o flagrante foi convertido em prisão preventiva,
os supostos vícios inerentes à ele foram sanados, restando o pedido a quo prejudicado, ante a superveniência de outro ato
coator.
Dessa forma, percebe-se claramente que a superveniência de novo ato constritor, sendo ele a decretação de prisão preventiva,
como ocorre no presente caso, torna prejudicada a presente ação de Habeas Corpus, no que concerne a este pedido, nos
termos do artigo 659 do Código de Processo Penal.
"Art. 659. Se o juiz ou o tribunal verificar que já cessou a violência ou coação ilegal, julgará prejudicado o pedido".
Ante o exposto, e com fulcro no art. 659 do CPP, julgo prejudicado o referido pedido.
Em se tratando da alegação feita pela Impetrante, de que a Magistrada indigitada não fundamentou de forma idônea o
decreto preventivo do Paciente, incorrendo em manifesto constrangimento ilegal, é possível verificar que os fundamentos do
presente pedido não se mostram aptos a autorizar o deferimento da medida requerida. Isto porque a liminar em Habeas
Corpus é medida de natureza excepcional para os casos em que a urgência, necessidade e relevância da medida se
mostram evidenciadas de forma indiscutível na própria impetração e nos elementos de prova que a acompanham.
Ocorre que, ao exame atento do conjunto fático probatório acostado aos autos, observa-se que não se encontram presentes
os requisitos essenciais ao deferimento da liminar ora pleiteada.
Entrementes, a natureza dos fatos ora apresentados demonstra a necessidade de colher informações da Autoridade apontada
como Coatora.
Assim, no limite da apreciação do pedido liminar, ausentes os seus requisitos legais, INDEFIRO tal pedido.
Requisitem-se informações à autoridade indigitada coatora, no prazo de 05 (cinco) dias, que poderão ser enviadas através
de fax - (071) 3372-5346 ou email 2camaracriminal@tjba.Jus.br. Prestadas tais informações e juntadas, encaminhem-se,
imediatamente, os autos à Procuradoria de Justiça.Decorrido o prazo, sem a prestação das informações requisitadas,
certifique-se e remetam-se os autos, de logo, à Procuradoria de Justiça (art. 1º, § 2º, do Dec-Lei nº 552/69 c/c o art. 269 do
RITJ-BA).Serve a presente, por cópia, como ofício, devendo a Secretaria da Câmara certificar nos autos a data de envio da
comunicação.
Publique-se. Intimem-se.
Salvador/BA, 9 de março de 2018.
Des. José Alfredo Cerqueira da Silva - 2ª Câmara Crime 2ª Turma
Relator
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DA BAHIA
Des. João Bôsco de Oliveira Seixas - 2ª Câmara Crime 2ª Turma
DECISÃO
8003383-05.2018.8.05.0000 Habeas Corpus
Jurisdição: Tribunal De Justiça
Impetrante: Luana Bacry Luna Paradis
Impetrado: Juizo Criminal Da Comarca De Senhor Do Bonfim
Decisão:
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DA BAHIA
Segunda Câmara Criminal 2ª Turma
________________________________________
HABEAS CORPUS n. 8003383-05.2018.8.05.0000
Órgão Julgador: Segunda Câmara Criminal 2ª Turma
IMPETRANTE: DEFENSORIA PÚBLICA DO ESTADO DA BAHIA
PACIENTE: TIAGO HENRIQUE DOS SANTOS
IMPETRADO: JUIZO CRIMINAL DA COMARCA DE SENHOR DO BONFIM
Advogado(s):
DECISÃO
Trata-se de habeas corpus, com pedido liminar, impetrado pela DEFENSORIA PÚBLICA DO ESTADO DA BAHIA em favor de
TIAGO HENRIQUE DOS SANTOS, privado da sua liberdade de ir e vir, em decorrência de Prisão Preventiva decretada pelo MM
Juiz de Direito da Vara Crime da Comarca de Senhor do Bonfim, autoridade apontada coatora.
Consta do pronunciamento ministerial de primeiro grau:
TJBA – DIÁRIO DA JUSTIÇA ELETRÔNICO – Nº 2.099 - Disponibilização: terça-feira, 13 de março de 2018 Cad 1 / Página 530
"1. O Delegado de Polícia em exercício no município de Senhor do Bonfim informa a Vossa Excelência a prisão em flagrante
de Tiago Henrique dos Santos, eis que, no dia 12 de fevereiro de 2018, por volta das quatorze horas, o referido infrator
lançara grave ameaça contra a sua companheira Jaqueline Gomes da Silva, além de tê-la afetado com ofensas verbais e
destruição de objetos da casa, incorrendo, pois, na prática, dentre outros, do crime tipificado no art. 147, caput, do Código
Penal.
1.
1. Extrai-se dos autos que, no dia supracitado, nos limites da cidade de Senhor do Bonfim, Tiago Henrique dos Santos
chegou ao imóvel onde residia com a Srª Jaqueline Gomes da Silva e, inconformado com a iminente separação do casal,
rasgou o sofá; danificou um armário; e, ainda, de posse de uma chave de fenda, após saber que a referida ofendida acionara
a Polícia Militar diante da conduta mais exaltada ali externada, disse-lhe, em tom ameaçador, que a 'sua alma iria para o
Satanás'.
2. Em virtude do chamado, agentes policiais compareceram ao local e lograram verificar o efetivo quadro de violência
doméstica originalmente relatado, encontrando o agressor, inclusive, na posse da chave de fenda. Desta forma, foi-lhe dada
voz de prisão em flagrante, apresentando-se o caso à competente autoridade policial que, no exercício de sua regular
atribuição, ratificou o ato".
Em suas razões, noticia que o paciente foi denunciado pela suposta prática das condutas previstas nos arts. 140, 147 e 163
todos do CPB, c/c art. 7º, I, II, IV e V da Lei 11.340/06, ocorrido em 12 de fevereiro de 2018.
Assevera que a autoridade judicial decidiu pela concessão da liberdade provisória cumulada com a aplicação de medidas
cautelares, dentre elas a fiança, arbitrada no valor de R$ 2.000,00 (dois mil reais), mencionando que o paciente não possui
condições de arcar com o valor estipulado e estaria, por conseguinte, submetido a constrangimento ilegal, mormente em se
tratando de paciente primário, sem antecedentes criminais e com resid~encia fixa no distrito da culpa.
Invoca a aplicação da "norma contida nos arts. 325 e 350 do Código de Processo Penal, que determina a concessão da
isenção da fiança na hipótese do paciente ser pobre", ressaltando que tal fato torna imperiosa a dispensa da fiança arbitrada
que, em seu entender, se revela desnecessária.
Pede a soltura liminar e, ao final, a concessão da ordem de habeas corpus, tornada definitiva a liminar pretendida.
Juntou documentos que achou necessários.
É o Relatório.
Cediço é que a concessão de liminar em processo de habeas corpus é medida excepcional, somente admissível quando
inequivocamente demonstrada a ilegalidade do ato impugnado e evidenciados o periculum in mora, entendido como a
efetiva possibilidade de lesão grave, de difícil ou impossível reparação, e o fumus boni iuris, ou seja, a plausibilidade do
direito subjetivo postulado.
Outrossim, a concessão de liminar só é possível se o alegado constrangimento ilegal for manifesto e perceptível ao primeiro
contato dos autos. Não diviso tal situação no caso em exame.
Nesse contexto, considero prudente preservar ao Colegiado o pronunciamento definitivo acerca do mérito, no momento
apropriado.
Ausentes, como na hipótese, tais requisitos, resta sem respaldo o pedido de provisão liminar.
Diante disto, não se cuidando de situação justificadora da concessão in limine do pedido, INDEFIRO o pleito de antecipação
da tutela.
Determino ainda que:
1. Requisitem-se as informações ao MM Juiz de Direito da Vara Crime de Senhor do Bonfim, que poderão ser enviadas
através de fax - (71) 3372-5346 ou pelo e-mail 2camaracriminal@tjba.Jus.br, adotando a Secretaria, se achar conveniente,
está decisão, também, como ofício;
2. Após, remetam-se os autos à douta Procuradoria de Justiça.
P.I.
Salvador/BA, 8 de março de 2018.
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DA BAHIA
José Alfredo Cerqueira da Silva
PUBLICAÇÃO DE DESPACHOS E DECISÕES MONOCRÁTICAS
0000176-63.2016.8.05.0014 Apelação
Apelante : Cipriano Bernardo de Jesus
Advogado : Narciso Queiroz de Lima (OAB: 18165/BA)
Apelante : Sandson Santos Carvalho
Advogado : Alberto Carvalho Silva (OAB: 20591/BA)
Apelado : Ministerio Publico
Promotor : Severina Patrícia Fernandes
TJBA – DIÁRIO DA JUSTIÇA ELETRÔNICO – Nº 2.099 - Disponibilização: terça-feira, 13 de março de 2018 Cad 1 / Página 531
DESPACHO
Ao exame dos autos, verifica-se que o Juízo de origem expediu a Carta Precatória de fl. 413, com a finalidade de intimação
dos Réus acerca da sentença condenatória. Ocorre que os autos chegaram ao Tribunal sem notícia do seu cumprimento.
Dessa forma, converto o julgamento em diligência para determinar o retorno dos autos à origem, objetivando a juntada da
referida Carta Precatória, devidamente cumprida. Atendida a diligência, encaminhem-se os autos à douta Procuradoria de
Justiça. Publique-se.
DESPACHO
Considerando que a defesa do Réu Jorge Pimentel de França interpôs recurso de Apelação à fl. 825, contra a sentença de
fls. 822/824, remeta-se o processo ao Secomge para que os autos sejam autuados como Recurso de Apelação. Ademais,
examinando os autos, verifica-se, através da Certidão de fl. 837-v, que a Defesa não apresentou as razões dos recurso,
apesar de haver a devida intimação do Advogado para a prática do referido ato processual. A doutrina e a jurisprudência têm
se manifestado no sentido de interpretar o artigo 601 do Código de Processo Penal, de modo a possibilitar que, em não
sendo apresentadas as razões de apelação pelo patrono constituído, seja o Réu intimado para substituí-lo ou, havendo
indiferença do acusado, lhe seja, para tal ato, nomeado defensor público ou dativo pelo Magistrado. Desta forma, converto
o julgamento em diligência e determino o retorno dos autos ao Juízo de origem, objetivando a intimação do Réu para que
constitua novo advogado e, caso não se manifeste, seja para tal ato nomeado Defensor Público ou Dativo. Apresentadas as
razões recursais, intime-se o Ministério Público de Primeiro Grau para ofertar as contrarrazões. Retornando os autos ao
Tribunal de Justiça com a diligência cumprida, encaminhem-se à douta Procuradoria de Justiça.
0302971-36.2014.8.05.0079 Apelação
Apelante : Clemente da Silva Guimarães Neto
Def. Público : Defensoria Publica do Estado da Bahia
Apelado : Ministerio Publico
José Alfredo Cerqueira da Silva
DESPACHO
Encaminhem-se os autos à douta Procuradoria de Justiça.
Salvador, 12 de março de 2018.
Des. José Alfredo Cerqueira da Silva
Relator
0544547-65.2014.8.05.0001 Apelação
Apelante : Jose Carlos Santos de Souza
Apelante : Ruan Costa Santos
Def. Público : André G. S. Pereira
Apelado : Ministerio Publico
José Alfredo Cerqueira da Silva
DESPACHO
Tendo sido constatado, nos fólios eletrônicos da execução provisória em trâmite no sistema SAJ, a existência de certidão de
óbito do apelante Ruan Costa Santos, junte-se o referido documento (anexo) aos autos deste apelo e, em seguida, os
encaminhem à douta Procuradoria de Justiça, em observância ao quanto disposto no art. 62 do CPP. Publique-se.
O Diretor da ESCOLA DE MAGISTRADOS DA BAHIA - EMAB, no uso de uma das suas atribuições legais e considerando, que
na forma prevista no Art. 16, VII do estatuto da entidade.
Resolve:
Designar, o Juiz de Direito Alberto Raimundo Gomes dos Santos para o cargo de Coordenador Financeiro.
O Diretor da ESCOLA DE MAGISTRADOS DA BAHIA - EMAB, no uso de uma das suas atribuições legais e considerando, que
na forma prevista no Art. 16, VII do estatuto da entidade.
Resolve:
Designar, o Juiz de Direito Sadraque Oliveira Rios para o cargo de Coordenador Geral.
MINISTÉRIO PÚBLICO
PROCURADORIA GERAL DE JUSTIÇA
SECRETARIA GERAL
ATO Nº 110/2018
A PROCURADORA-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DA BAHIA, no uso de suas atribuições legais e considerando o disposto
no § 1º, do artigo 268, da Lei Complementar nº 11/1996, com a redação dada pela Lei Complementar nº. 31/2008 e tendo em
vista o quanto se comprova através do expediente protocolizado sob o nº 003.0.6707/2018, oriundo da Promotoria de Justiça
Regional de Porto Seguro, resolve homologar a escolha das Promotoras de Justiça Lair Faria de Azevedo e Michelle Roberta
Souto como Coordenadora e Suplente, respectivamente, da Promotoria de Justiça Regional de Porto Seguro, durante o
período de 05/03/2018 a 05/03/2019.
EDITAL Nº 0062/2018
A PROCURADORA-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DA BAHIA, no uso de suas atribuições legais, considerando o Ato
Normativo Conjunto nº 001/2014, publicado no DJE de 13/10/2014 e tendo em vista o quanto se comprova no expediente
protocolizado sob nº 003.0.31214/2017, com anuência da Corregedoria-Geral do Ministério Público, resolve consignar o
prazo de 10 (dez) dias, contados a partir do dia imediato ao da publicação deste edital, para que os Promotores de Justiça
da Capital formalizem, querendo, pedidos para auxiliar na 7ª Promotoria de Justiça Criminal - 3º Promotor de Justiça, com
atuação na 2ª Vara de Execuções Penais da Capital (Regime Fechado) da Capital.
1. Havendo mais de uma inscrição, serão observados, sequencialmente, os seguintes critérios de preferência: a) similitude
das atribuições atualmente exercidas com as do pretendido auxílio; b) antiguidade na entrância; c) antiguidade na carreira.
2. Para efetuar a inscrição, o candidato deverá enviar requerimento dirigido à Procuradora-Geral de Justiça, apresentando
declaração de regularidade dos serviços na Promotoria de Justiça em que atua e compromisso de conciliar as suas
atribuições com as do auxílio.
TJBA – DIÁRIO DA JUSTIÇA ELETRÔNICO – Nº 2.099 - Disponibilização: terça-feira, 13 de março de 2018 Cad 1 / Página 533
3. Não será admitida a inscrição de candidato que contar com o auxílio de outro membro no exercício de suas atribuições
originais.
4. O encaminhamento de requerimento por e-mail somente será aceito se originado de correio eletrônico institucional
(domínio mpba.mp.br), dentro do horário e prazo estabelecidos neste edital.
5. Serão considerados tempestivos os requerimentos protocolizados na sede deste Ministério Público até 19 horas do
último dia do prazo para inscrição.
6. Será indeferida a inscrição que não estiver em conformidade com o estabelecido neste edital.
PAUTA 004/2018
A PROCURADORA-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DA BAHIA, no uso de suas atribuições legais, resolve convocar os
Excelentíssimos Senhores Membros do Conselho Superior do Ministério Público para Sessão Ordinária, a ser realizada no
próximo dia 20 de março de 2018, terça-feira, à partir das 14:00 horas, na Sala das Sessões - Sede do Ministério Público do
Estado da Bahia, situada à 5ª Avenida, nº 750 - Centro Administrativo da Bahia - CAB, nesta Capital, para apreciação da
seguinte ordem do dia:
3.1. PROCEDIMENTO ADMINISTRATIVO Nº 003.0.2009/2018. INTERESSADO: PROMOTOR DE JUSTIÇA FÁBIO NUNES BASTOS
LEAL GUIMARÃES.
3.2. PROCEDIMENTO ADMINISTRATIVO Nº 003.0.2769/2018. INTERESSADO: PROMOTOR DE JUSTIÇA FRANCISCO DE
FREITAS JÚNIOR.
3.3. PROCEDIMENTO ADMINISTRATIVO Nº 003.0.4353/2018. INTERESSADO: PROMOTOR DE JUSTIÇA JAIR ANTÔNIO SILVA
DE LIMA.
3.4. PROCEDIMENTO ADMINISTRATIVO Nº 003.0.2767/2018. INTERESSADO: PROMOTOR DE JUSTIÇA AVÍNER ROCHA
SANTOS
3.5. PROCEDIMENTO ADMINISTRATIVO Nº 003.0.4785/2018. INTERESSADO: PROMOTOR DE JUSTIÇA MARCOS DAVID
GASPAR BEZERRA.
3.6. PROCEDIMENTO ADMINISTRATIVO Nº 003.0.2772/2018. INTERESSADO: PROMOTOR DE JUSTIÇA JOÃO PAULO DE
CARVALHO COSTA.
5. RELATORIA DE PROCEDIMENTOS:
RELATOR: EXMO. SR. DR. PROCURADOR DE JUSTIÇA JOSÉ CUPERTINO AGUIAR CUNHA:
5.1. Inquérito Civil nº 003.0.251188/2012, do Grupo de Atuação Especial de Defesa dos Direitos dos Idosos e das Pessoas
com Deficiência - GEIDEF;
5.2. Inquérito Civil nº 702.0.216178/2013, da 2ª Promotoria de Justiça de Paripiranga;
5.3. Inquérito Civil nº 644.9.33960/2017, da 8ª Promotoria de Justiça de Vitória da Conquista;
5.4. Inquérito Civil nº 596.0.32589/2015, da 21ª Promotoria de Justiça de Feira de Santana;
5.5. Inquérito Civil nº 598.0.192525/2011, da 5ª Promotoria de Justiça de Juazeiro.
TJBA – DIÁRIO DA JUSTIÇA ELETRÔNICO – Nº 2.099 - Disponibilização: terça-feira, 13 de março de 2018 Cad 1 / Página 534
RELATORA: EXMA. SRA. DRA. PROCURADORA DE JUSTIÇA MARIA DAS GRAÇAS SOUZA E SILVA:
5.19. Inquérito Civil nº 591.0.16907/2015, da 5ª Promotoria de Jusitça de Lauro de Freitas;
5.20. Inquérito Civil nº 003.9.6565/2017, do Grupo de Atuação Especial de Defesa do Patrimônio Público e da Moralidade
Administrativa - GEPAM;
5.21. Procedimento Ministerial nº 003.0.126520/2008, do Nucléo de Defesa do Patrimônio Histórico, Artístico e Cultural -
NUDEPHAC;
5.22. Inquérito Civil nº 003.0.117662/2013, do Grupo de Atuação Especial de Defesa do Patrimônio Público e da Moralidade
Administrativa - GEPAM;
5.23. Procedimento Ministerial nº 003.0.21395/2011, da 1ª Promotoria de Justiça de Barreiras;
5.24. Procedimento Ministerial nº 003.0.196905/2015, do Grupo de Atuação Especial de Defesa do Patrimônio Público e da
Moralidade Administrativa - GEPAM;
5.25. Inquérito Civil nº 003.0.128520/2013, da 2ª Promotoria de Justiça do Consumidor;
5.26. Procedimento Ministerial nº 036.0.88584/2013, da Promotoria de Justiça de Caculé;
5.27. Procedimento Ministerial nº 696.9.128684/2017, da 3ª Promotoria de Justiça de Candeias;
5.28. Inquérito Civil nº 001.9.266852/2017, da 11ª Promotoria de Justiça de Ilhéus;
5.29. Procedimento Ministerial nº 003.9.156934/2017, da 3ª Promotoria de Justiça do Consumidor;
5.30. Inquérito Civil nº 709.0.59540/2015, da 4ª Promotoria de Justiça de Simões Filho.
RELATORA: EXMA. SRA. DRA. PROCURADORA DE JUSTIÇA NATALINA MARIA SANTANA BAHIA:
5.31. Inquérito Civil nº 590.0.122629/2014, da 7ª Promotoria de Justiça de Camaçari;
5.32. Inquérito Civil nº 003.0.121849/2016, do Grupo de Atuação Especial de Defesa do Patrimônio Público e da Moralidade
Administrativa - GEPAM;
5.33. Inquérito Civil nº 003.9.11321/2017, da 2ª Promotoria de Justiça de Camaçari;
5.34. Inquérito Civil nº 003.9.11321/2017, da 2ª Promotoria de Justiça do Consumidor;
5.35. Inquérito Civil nº 001.9.266338/2017, da 11ª Promotoria de Justiça de Ilhéus;
5.36. Inquérito Civil nº 001.9.255602/2017, da 11ª Promotoria de Justiça de Ilhéus;
5.37. Inquérito Civil nº 003.0.40260/2009, da Promotoria de Justiça Especializada em Meio Ambiente com sede em Teixeira
de Freitas;
5.38. Inquérito Civil nº 003.0.31821/2009, da Promotoria de Justiça Especializada em Meio Ambiente com sede em Teixeira
de Freitas;
5.39. Inquérito Civil nº 598.0.32698/2013, da 3ª Promotoria de Justiça de Juazeiro;
5.40. Inquérito Civil nº 699.0.21197/2015, da Promotoria de Justiça Especializada em Meio Ambiente com sede em Itaberaba;
5.41. Procedimento Ministerial nº 003.0.587464/2008, da 5ª Promotoria de Justiça da Infância e Juventude;
5.42. Inquérito Civil nº 003.0.36279/2009, da 6ª Promotoria de Justiça de Meio Ambiente;
5.43. Inquérito Civil nº 596.0.154929/2012, da 21ª Promotoria de Justiça de Feira de Santana;
5.44. Procedimento Ministerial nº 596.0.221315/2014, da 21ª Promotoria de Justiça de Feira de Santana;
5.45. Procedimento Ministerial nº 598.1.32299/2005, da 11ª Promotoria de Justiça de Juazeiro.
RELATOR: EXMO. SR. DR. PROCURADOR DE JUSTIÇA PAULO MARCELO DE SANTANA COSTA:
5.46. Recurso Administrativo nº 003.9.30384/2018, apenso Procedimento Ministerial nº 003.9.222929/2017, do Grupo de
Atuação Especial de Defesa do Patrimônio Público e da Moralidade Administrativa - GEPAM;
5.47. Procedimento Ministerial nº 003.0.130857/2016, da 12ª Promotoria de Justiça de Juazeiro;
5.48. Inquérito Civil nº 003.0.180015/2010, da 3ª Promotoria de Justiça de Seabra;
5.49. Procedimento Ministerial nº 719.0.8498/2009, da 2ª Promotoria de Justiça de Seabra;
5.50. Procedimento Ministerial nº 167.0.101049/2016, da 2ª Promotoria de Justiça de Mata de São João;
5.51. Inquérito Civil nº 242.9.198454/2017, da Promotoria de Justiça de Retirolândia;
5.52. Inquérito Civil nº 003.0.192124/2016, do Grupo de Atuação Especial de Defesa da Saúde - GESAU;
TJBA – DIÁRIO DA JUSTIÇA ELETRÔNICO – Nº 2.099 - Disponibilização: terça-feira, 13 de março de 2018 Cad 1 / Página 535
RELATOR: EXMO. SR. DR. PROCURADOR DE JUSTIÇA NIVALDO DOS SANTOS AQUINO:
5.157. Inquérito Civil nº 003.0.165564/2016, da 2ª Promotoria de Justiça do Consumidor;
5.158. Procedimento Ministerial nº 600.0.189901/2012, da 2ª Promotoria de Justiça de Santo Antônio de Jesus;
5.159. Inquérito Civil nº 252.0.195068/2009, da 3ª Promotoria de Justiça de Seabra;
5.160. Inquérito Civil nº 600.0.84955/2012, da 1ª Promotoria de Justiça de Santo Antônio de Jesus;
5.161. Inquérito Civil nº 596.0.220097/2012, da 21ª Promotoria de Justiça de Feira de Santana;
5.162. Inquérito Civil nº 003.9.84112/2017, do Grupo de Atuação Especial de Defesa da Saúde - GESAU;
5.163. Inquérito Civil nº 709.0.244950/2015, da 4ª Promotoria de Justiça de Simões Filho;
5.164. Inquérito Civil nº 702.9.108731/2017, da 4ª Promotoria de Justiça de Jacobina;
5.165. Inquérito Civil nº 003.0.131087/2008, do Grupo de Atuação Especial de Defesa do Patrimônio Público e da Moralidade
Administrativa - GEPAM;
5.166. Inquérito Civil nº 167.0.169006/2011, da 2ª Promotoria de Justiça de Mata de São João;
5.167. Inquérito Civil nº 596.0.50108/2015, da 21ª Promotoria de Justiça de Feira de Santana;
5.168. Procedimento Ministerial nº 307.0.17089/2008, da 21ª Promotoria de Justiça de Feira de Santana.
6. O QUE OCORRER.
PORTARIA Nº 0365/2018
A PROCURADORA-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DA BAHIA, no uso de suas atribuições legais, resolve designar os
Promotores de Justiça, abaixo relacionados, para exercerem as funções do Ministério Público substituindo na Coordenação,
na forma a seguir, sem prejuízo de suas atribuições.
PROMOTOR DE
CENTRO DE APOIO OPERACIONAL PERÍODO
JUSTIÇA SUBSTITUTO
Centro de Estudos e Aperfeiçoamento Funcional - CEAF
Valmiro Santos Macedo 12 a 16/03/2018
Centro de Apoio Operacional Criminal – CAOCRIM
Centro de Apoio Operacional de Segurança Pública -
Cristina Seixas Graça 12 a 16/03/2018
CEOSP
PORTARIA Nº 0366/2018
A PROCURADORA-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DA BAHIA, no uso de suas atribuições legais e tendo em vista o quanto
se comprova no expediente protocolizado sob o nº 003.0.6772/2018, oriundo da Promotoria de Justiça Regional de Vitória da
Conquista, resolve designar o Promotor de Justiça Anderson Freitas de Cerqueira, titular da Promotoria de Justiça
Especializada em Combate à Sonegação Fiscal, de âmbito regional, com sede em Vitória da Conquista, para atuar nos
autos nº 0000033-73.2018.805.0024, em trâmite na Promotoria de Justiça de Belo Campo.
PORTARIA Nº 0367/2018
A PROCURADORA-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DA BAHIA, no uso de suas atribuições legais e tendo em vista o quanto
se comprova no expediente protocolizado sob nº 003.0.6771/2018, oriundo da Promotoria de Justiça Regional de Jacobina,
resolve alterar a escala de substituição para os afastamentos e impedimentos dos Promotores de Justiça das Promotorias
de Justiça do interior do Estado, da seguinte forma:
PROMOTORIA DE
1º SUBSTITUTO 2º SUBSTITUTO 3º SUBSTITUTO
JUSTIÇA
Promotoria de Justiça 3ª Promotoria de Promotoria de Promotoria de Justiça
de Mundo Novo Justiça de Jacobina Justiça de Piritiba de Miguel Calmon
PORTARIA Nº 0368/2018
A PROCURADORA-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DA BAHIA, no uso de suas atribuições legais e tendo em vista o quanto
se comprova no expediente protocolizado sob nº 003.0.6770/2018, oriundo da Promotoria de Justiça Regional de Itabuna,
resolve designar o Promotor de Justiça Leonardo de Almeida Bitencourt, titular da 1ª Promotoria de Justiça de Paulo Afonso,
para atuar na Sessão do Tribunal do Júri da Comarca de Paulo Afonso, no dia 14/03/2018, a partir das 9h, referente à Ação
Penal nº 0000904-97.2012.805.0191.
PORTARIA Nº 0369/2018
A PROCURADORA-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DA BAHIA, no uso de suas atribuições legais e tendo em vista o quanto
se comprova no expediente protocolizado sob nº 003.0.6769/2018, oriundo do Grupo de Atuação Especial de Combate às
Organizações Criminosas e de Investigações Criminais - GAECO, resolve designar os Promotores de Justiça integrantes do
GAECO, para, em conjunto com o Promotor de Justiça Maurício José Falcão Fontes, atuarem no Procedimento Investigatório
Criminal IDEA nº 696.9.8486/2018, em trâmite na 2ª Promotoria de Justiça de Candeias.
PORTARIA Nº 0370/2018
A PROCURADORA-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DA BAHIA, no uso de suas atribuições legais e tendo em vista o quanto
se comprova no expediente protocolizado sob nº 003.0.6768/2018, oriundo da 1ª Promotoria de Justiça de Ribeira do
Pombal, resolve revogar, a Portaria nº 290/2018, publicada no DJE do dia 02/03/2018, referente à designação da Promotora
de Justiça Nívia Carvalho Andrade Rodrigues, titular da 1ª Promotoria de Justiça de Ribeira do Pombal, para exercer as
funções do Ministério Público auxiliando na 4ª Promotoria de Justiça da Cidadania da Capital.
PORTARIA Nº 0371/2018
A PROCURADORA-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DA BAHIA, no uso de suas atribuições legais, resolve revogar, a pedido,
à designação do Promotor de Justiça Fabrício Rabelo Patury para suplência do Conselho Deliberativo do Fundo de
Modernização do Ministério Público do Estado da Bahia - FMMP/BA, constante da Portaria nº 702/2017, publicada no DJE de
10/05/2017.
PORTARIA Nº 372/2018
A PROCURADORA-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DA BAHIA, no uso de suas atribuições legais, considerando a necessidade
de uma atuação especializada na área da Criança e do Adolescente com designação específica de Promotor de Justiça
Plantonista, em conformidade com o Ato Normativo nº 011/2014, Capítulo II, art. 3º, inciso VI, parágrafos 2º e 3º do referido Ato,
possibilitando a realização da oitiva do adolescente infrator, no horário das 10:00 às 13:00 horas, sem prejuízo da adoção
das medidas cabíveis no restante do período de plantão, cujo atendimento ocorrerá em local disponibilizado pela FUNDAC,
para onde deverá ser encaminhado o adolescente e respectivo Boletim de Ocorrência, resolve alterar, para conhecimento
público, especialmente dos senhores Advogados, Defensores Públicos e Magistrados, a escala do Plantão Judiciário na
área da Criança e Adolescente, mantendo-se os demais designados constantes da Portaria nº 2015/2017, publicada no DJE
de 19/12/2017, da seguinte forma:
PORTARIA Nº 0373/2018
A PROCURADORA-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DA BAHIA, no uso de suas atribuições legais, resolve designar o
Promotor de Justiça Marcos Pontes de Souza, titular da 2ª Promotoria de Justiça Criminal - 2º Promotor de Justiça da Capital,
para atuar junto ao Gabinete da Procuradoria-Geral de Justiça Adjunta para Assuntos Jurídicos, no período de 13 a 31/03/
2018, sem prejuízo de suas atribuições.
PORTARIA Nº 0374/2018
A PROCURADORA-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DA BAHIA, no uso de suas atribuições legais, resolve designar a
Promotora de Justiça Márcia Regina Ribeiro Teixeira para substituir a Promotora de Justiça Cristina Seixas Graça na
Coordenação do Centro de Apoio Operacional do Meio Ambiente e Urbanismo - CEAMA, no período de 19 a 23/03/2018, sem
prejuízo de suas atribuições.
PORTARIA Nº 0375/2018
A PROCURADORA-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DA BAHIA, no uso de suas atribuições legais e tendo em vista o quanto
se comprova no expediente protocolizado sob nº 003.0.6825/2018, oriundo da Promotoria de Justiça Regional de Itabuna,
resolve designar o Promotor de Justiça Rafael Lima Pithon, titular da 2ª Promotoria de Justiça de Itabuna, para exercer as
funções do Ministério Público substituindo na 2ª Promotoria de Justiça de Ibicaraí, no período de 15 a 27/03/2018, sem
prejuízo de suas atribuições.
PORTARIA Nº 0376/2018
A PROCURADORA-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DA BAHIA, no uso de suas atribuições legais e tendo em vista o quanto
se comprova no expediente protocolizado sob nº 003.0.6824/2018, oriundo da 1ª Promotoria de Justiça de Família - 2º
Promotor de Justiça da Capital, resolve designar o Promotor de Justiça Adilson de Oliveira, titular da 1ª Promotoria de Justiça
de Família - 2º Promotor de Justiça da Capital, para exercer as funções do Ministério Público substituindo na 1ª Promotoria
de Justiça de Família - 6º Promotor de Justiça da Capital, no período de 12 a 21/03/2018, sem prejuízo de suas atribuições.
PORTARIA Nº 0377/2018
A PROCURADORA-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DA BAHIA, no uso de suas atribuições legais e tendo em vista o quanto
se comprova no expediente protocolizado sob nº 003.0.6823/2018, oriundo da Promotoria de Justiça Regional de Feira de
Santana, resolve publicar, para conhecimento público, especialmente dos senhores Advogados, Defensores Públicos e
Magistrados, a alteração da escala do Plantão Judiciário da Promotoria de Justiça Regional de Feira de Santana, na forma
seguinte, mantendo-se os demais designados da Portaria nº 1597/2017, publicada no DJE do dia 23/10/2017:
PORTARIA Nº 0378/2018
A PROCURADORA-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DA BAHIA, no uso de suas atribuições, e com fundamento no art. 127,
§2º da Constituição Federal e no art. 136 da Constituição do Estado da Bahia, bem como no art. 8º da Lei Complementar
Federal nº101, de 04 de maio de 2000.
RESOLVE
Art. 1º Publicar o Cronograma de Execução Mensal de Desembolso - Orçamento 2018, na forma do anexo único.
(em R$1,00)
MINISTÉRIO PÚBLICO Fonte Orçamento Atual Janeiro Fevereiro Março Abril Maio Junho Julho Agosto Setembro Outubro Novembro Dezembro
Total do Órgão 563.037.881 94.752.000 50.633.000 46.567.000 47.277.881 46.567.000 47.207.000 46.567.000 46.567.000 53.567.000 50.567.000 24.257.000 8.509.000
Próprias do Tesouro 100 560.461.000 93.900.000 50.539.000 46.539.000 46.539.000 46.539.000 46.539.000 46.539.000 46.539.000 53.539.000 50.539.000 24.229.000 8.481.000
113 2.506.000 852.000 94.000 28.000 668.000 28.000 668.000 28.000 28.000 28.000 28.000 28.000 28.000
Outras do Tesouro
126 70.881 0 0 0 70.881 0 0 0 0 0 0 0 0
Superintendência - 40.101 538.932.000 91.863.000 48.519.000 44.519.000 44.519.000 44.519.000 44.519.000 44.519.000 44.519.000 51.519.000 48.519.000 23.573.000 7.825.000
Próprias do Tesouro 222.276.000 21.740.000 20.773.000 19.453.000 19.453.000 19.453.000 19.453.000 19.453.000 19.453.000 21.763.000 20.773.000 12.853.000 7.656.000
Pessoal Folha Servidor 100 131.399.000 14.166.000 13.200.000 11.880.000 11.880.000 11.880.000 11.880.000 11.880.000 11.880.000 14.190.000 13.200.000 5.280.000 83.000
Custeio 100 90.877.000 7.574.000 7.573.000 7.573.000 7.573.000 7.573.000 7.573.000 7.573.000 7.573.000 7.573.000 7.573.000 7.573.000 7.573.000
Total Ações Finalísticas 316.656.000 70.123.000 27.746.000 25.066.000 25.066.000 25.066.000 25.066.000 25.066.000 25.066.000 29.756.000 27.746.000 10.720.000 169.000
Próprias do Tesouro 316.656.000 70.123.000 27.746.000 25.066.000 25.066.000 25.066.000 25.066.000 25.066.000 25.066.000 29.756.000 27.746.000 10.720.000 169.000
Atividade Finalística de Pessoal Membro 100 307.184.000 69.165.000 26.800.000 24.120.000 24.120.000 24.120.000 24.120.000 24.120.000 24.120.000 28.810.000 26.800.000 10.720.000 169.000
Atividade Finalística de Custeio 100 1.430.000 143.000 143.000 143.000 143.000 143.000 143.000 143.000 143.000 143.000 143.000
Projeto e Atividades Finalísticas 100 8.042.000 815.000 803.000 803.000 803.000 803.000 803.000 803.000 803.000 803.000 803.000
Fundo de Modernização - 40.601 24.105.881 2.889.000 2.114.000 2.048.000 2.758.881 2.048.000 2.688.000 2.048.000 2.048.000 2.048.000 2.048.000 684.000 684.000
Total Ações Finalísticas 24.105.881 2.889.000 2.114.000 2.048.000 2.758.881 2.048.000 2.688.000 2.048.000 2.048.000 2.048.000 2.048.000 684.000 684.000
Próprias do Tesouro 21.529.000 2.037.000 2.020.000 2.020.000 2.020.000 2.020.000 2.020.000 2.020.000 2.020.000 2.020.000 2.020.000 656.000 656.000
Custeio 100 7.880.000 664.000 656.000 656.000 656.000 656.000 656.000 656.000 656.000 656.000 656.000 656.000 656.000
Projeto e Atividades Finalísticas 100 13.649.000 1.373.000 1.364.000 1.364.000 1.364.000 1.364.000 1.364.000 1.364.000 1.364.000 1.364.000 1.364.000
Outras do Tesouro 2.576.881 852.000 94.000 28.000 738.881 28.000 668.000 28.000 28.000 28.000 28.000 28.000 28.000
113 2.506.000 852.000 94.000 28.000 668.000 28.000 668.000 28.000 28.000 28.000 28.000 28.000 28.000
Projeto e Atividades Finalísticas
126 70.881 70.881
AIRTON OLIVEIRA SOUZA, Promotor(a) de Justiça da Capital. Transferência de férias com base no art. 166 da Lei
Complementar nº 11/1996, relativas ao 2º período de 2018, de 29/06 a 08/07/2018, para gozo fracionado de 04 a 13/07/2018.
SIGA nº 65567.1/2018
ANA LUIZA MENEZES ALVES MATUI, Promotor(a) de Justiça da Capital. Autorização de ausência da Promotoria de Justiça no
período de 08 e 09/03/2018 por interesse particular. SIGA nº 31037.7/2018.
CAROLINA BEZERRA ALVES GOMES SILVA, Promotor(a) de Justiça de Vitória da Conquista. Autorização de ausência da
Promotoria de Justiça no dia 20/02/2018 e no período de 19 a 21/03/2018 por interesse particular. SIGA nºs 30969.7/2018 e
31035.7/2018.
CECILIA CARVALHO MARINS DOURADO, Promotor(a) de Justiça de Candeias. Autorização de ausência da Promotoria de
Justiça nos dias 22 e 23/03/2018, em razão de folga compensatória do plantão das Promotorias de Justiça do interior do
Estado da Bahia, na forma do Ato Normativo nº015/2016. SIGA nº 5547.8/2018.
CINTIA CRUSOÉ GUANAES GOMES SOARES, Promotor(a) de Justiça da Capital. Autorização de ausência da Promotoria de
Justiça no dia 15/03/2018, em razão de folga compensatória do plantão das Promotorias de Justiça da capital do Estado da
Bahia, na forma do Ato Normativo nº 011/2014. SIGA nº 5594.8/2018.
DANIELE CHAGAS RODRIGUES BRUNO, Promotor(a) de Justiça de Guanambi. Transferência de férias com base no art.
166 da Lei Complementar nº 11/1996, relativas ao 2º período de 2018, de 02 a 21/05/2018, ficando o novo período de gozo
aguardando confirmação em 2019. SIGA nº 65570.1/2018.
FERNANDO ANTÔNIO MADUREIRA LUCENA, Promotor(a) de Justiça da Capital. Autorização de ausência da Promotoria de
Justiça no dia 27/04/2018, em razão de folga compensatória do plantão das Promotorias de Justiça da capital do Estado da
Bahia, na forma do Ato Normativo nº 011/2014. SIGA nº 5593.8/2018.
FERNANDO ANTÔNIO MADUREIRA LUCENA, Promotor(a) de Justiça da Capital. Autorização de ausência da Promotoria de
Justiça no período de 25 e 26/04/2018 por interesse particular. SIGA nº 31049.7/2018.
FERNANDO ANTÔNIO MADUREIRA LUCENA, Promotor(a) de Justiça da Capital.. Transferência de férias com base no art.
166 da Lei Complementar nº 11/1996, relativas ao 2º período de 2018, de 02 a 21/05/2018, ficando o novo período de gozo
aguardando confirmação em 2019. SIGA nº 65572.1/2018.
GRACE INAURA DA ANUNCIAÇÃO MELO, Promotor(a) de Justiça de Conceição do Coité. Defiro na forma do pedido. SIGA nº
3232.4/2018.
TJBA – DIÁRIO DA JUSTIÇA ELETRÔNICO – Nº 2.099 - Disponibilização: terça-feira, 13 de março de 2018 Cad 1 / Página 542
HERON JOSÉ DE SANTANA GORDILHO, Promotor(a) de Justiça da Capital. Defiro na forma do pedido. SIGA nº 3228.4/2018.
IGOR CLOVIS SILVA MIRANDA, Promotor(a) de Justiça de Jaguarari. Autorização de ausência da Promotoria de Justiça no dia
12/03/2018, em razão de folga compensatória do plantão das Promotorias de Justiça do interior do Estado da Bahia, na
forma do Ato Normativo nº015/2016. SIGA nº 5592.8/2018.
JAIR ANTONIO SILVA DE LIMA, Promotor(a) de Justiça de Itiúba. Autorização de ausência da Promotoria de Justiça no dia 13/
03/2018 para participar da segunda fase do processo seletivo para o mestrado SIGA nº31048.7/2018.
JOSÉ PEREIRA DE OLIVEIRA, Promotor(a) de Justiça da Capital. Autorização de ausência da Promotoria de Justiça no dia 09/
04/2018 por interesse particular. SIGA nº 31038.7/2018.
LARA VASCONCELOS CRUZ LEONE, Promotor(a) de Justiça de Rio Real. Autorização de ausência da Promotoria de Justiça
no dia 12/03/2018, em razão de folga compensatória do plantão das Promotorias de Justiça do interior do Estado da Bahia,
na forma do Ato Normativo nº015/2016. SIGA nº 5591.8/2018.
LUCIANO MEDEIROS ALVES DA SILVA, Promotor(a) de Justiça de Riachão do Jacuípe. Autorização de ausência da Promotoria
de Justiça nos dias 27 e 28/03/2018, em razão de folga compensatória do plantão das Promotorias de Justiça do interior do
Estado da Bahia, na forma do Ato Normativo nº015/2016. SIGA nº 5591.8/2018.
MARIA DAS GRAÇAS POLLI, Promotor(a) de Justiça da Capital. Férias remanescentes, relativas ao 1º período de 2018, para
gozo no dia 15/03/2018. SIGA nº 65569.1/2018.
MAURÍCIO JOSÉ FALCÃO FONTES, Promotor(a) de Justiça de Candeias. Transferência de férias com base no art. 166 da Lei
Complementar nº 11/1996, relativas ao 1º período de 2018, de 19/03 a 28/03/2018, para gozo fracionado de 10 a 19/09/2018.
SIGA nº 65573.1/2018.
MOACIR SILVA DO NASCIMENTO JÚNIOR, Promotor(a) de Justiça de Paulo Afonso. Autorização de ausência da Promotoria
de Justiça no período de 14 a 16/03/2018 para participar como representante do MP, da Caravana Nordeste II e da reunião
com o CAODH, CAOCA e o GEDHDIS. SIGA nº 31051.7/2018.
THIAGO PRETTI PEDREIRA, Promotor(a) de Justiça de Planalto. Inclusão do seu filho como dependente para fins
previdenciário e imposto de renda, bem como o pagamento do auxilio natalidade. SIMP nº 003.0.6593/2018.
ARQUIVAMENTOS:
Protocolo nº 003.9.140649/2017
Interessados: Waldir Viana Ribeiro Júnior e o Secretário de Administração Penitenciária e Ressocialização do Estado da
Bahia
Assunto: Suposto ato de improbidade administrativa
Protocolo nº 003.9.157231/2017
Interessados: Ministério Público do Estado da Bahia e o Estado da Bahia
Assunto: Suposto ato de improbidade administrativa
Portaria Nº 94/2017
INSTAURAÇÃO DE INQUÉRITO CIVIL - IDEA Nº 003.9.96983/2017
Área: Fazenda pública
Assunto: Improbidade Administrativa - danos ao erário público
Fundamento Legal: Art. 10, XI da Lei 8.429/92
Objeto: apurar supostas irregularidades na aplicação de recursos públicos oriundos de convênio do município de Boquira
com o estado de Bahia através da Companhia de Engenharia Ambiental e Recursos Hídricos da Bahia
Interessado: O município de Boquira
Representado: EDMILSON ROCHA DE OLIVEIRA (Ex-gestor)
Data da Instauração: 16 de outubro de 2017
TJBA – DIÁRIO DA JUSTIÇA ELETRÔNICO – Nº 2.099 - Disponibilização: terça-feira, 13 de março de 2018 Cad 1 / Página 543
Área: Cidadania
Subárea - Defesa do Direito à Saúde
Classe: Procedimento Administrativo
Número: IDEA 591.9.23811/2018
Objeto: Garantir à paciente interessada o acesso à assistência médica como direito indisponível à saúde
Data de Instauração: 21/02/2018
Interessada: RITA ROCHA COUTO DA SILVA
Área: CONSUMIDOR
INQUÉRITO CIVIL nº 003.9.34702/2018- 4ª PJC
Objeto: Nos termos da Lei nº 8.078/1990 e da Lei nº 7.347/1985, resolve instaurar PROCEDIMENTO PREPARATÓRIO DE
INQUÉRITO CIVIL, para apurar se o Comércio Informal, existente na Colina F, situada em frente a Instituição Educacional
UNIME, em Patamares, nesta Capital, tem gerado sérios prejuízos para os moradores, conforme demanda apresentada
pela comunidade local
Interessado(a): A SOCIEDADE
Investigado(s): COMÉRCIO INFORMAL.
Área: CONSUMIDOR
INQUÉRITO CIVIL nº 003.9.32722/2018- 4ª PJC
Objeto: Nos termos da Lei nº 8.078/1990 e da Lei nº 7.347/1985, resolve instaurar PROCEDIMENTO PREPARATÓRIO DE
INQUÉRITO CIVIL, para apurar se a empresa TOTALCRED SERVIÇOS DE COBRANÇA LTDA, pessoa jurídica de direito
privado inscrita no CNPJ/MF mediante o número 06.017.377/0001-30, sediada na Avenida Marechal Floriano Peixoto, n. 170,
6o andar, CJ 605, Curitiba, Paraná, CEP 80.020-090, estabelece cobranças arbitrárias em desfavor do Condomínio São
Judas Tadeu, gerando prejuízos para os consumidores moradores.
IDEA Nº 698.9.154683/2017
ORIGEM: 6ª PROMOTORIA DE JUSTIÇA DE IRECÊ
PROMOTORA DE JUSTIÇA: EDNA MÁRCIA SOUZA BARRETO DE OLIVEIRA
ÁREA: MORALIDADE ADMINISTRATIVA
OBJETO: APURAR IRREGULARIDADES APONTADAS PELO SR EDSON JORGE FEITOSA ROCHA, OCORRIDAS EM 2013,
2014, 2015 E 2016 E PRATICADAS PELO EX-PREFEITO DE PRESIDENTE DUTRA, O SR ROBERTO CARLOS ALVES DE
SOUZA, RELATIVA A SUPOSTO DESVIO E DESTINAÇÃO INDEVIDA DE VERBAS PÚBLICAS, ENVOLVENDO A CONTRATAÇÃO
DE PRESTADORES DE SERVIÇO EDMÁRIO OLIVEIRA MACHADO E LUCAS MACIEL GAMA, SEM O CORRESPONDENTE
PROCESSO LICITATÓRIO.
DATA DE INSTAURAÇÃO DO PPIC: 05 DE MARÇO DE 2018
TJBA – DIÁRIO DA JUSTIÇA ELETRÔNICO – Nº 2.099 - Disponibilização: terça-feira, 13 de março de 2018 Cad 1 / Página 544
Portaria 006-03/2018
ÁREA: Improbidade Administrativa
Inquérito Civil nº 1.9.39407/2018
Objeto: notícia de fato da não enrega de fardamentos e EPI's a todos os agentes de trânsito do município de Ilhéus, com
suposta irregularidades do pregão nº 040/2014.
Fundamento legal: art.23,I e 84, IV da CF, e art.8º,caput, da Lei Federal nº 12.846/2013
Data de Instauração: 06/03/2018
Interessado: Ministério Público do Estado da Bahia
Investigado: Município de Ilhéus
ORIGEM: PROMOTORIA DE JUSTIÇA REGIONAL ESPECIALIZADA EM MEIO AMBIENTE DO ALTO PARAGUAÇU, COM SEDE
EM LENÇÓIS.
O Excelentíssimo Doutor Augusto César Carvalho de Matos, Promotor de Justiça, considerando o que dispõe o art. 20 da
Resolução nº 006/2009, com as alterações introduzidas pelo art. 1º da Resolução nº 001/2013, do Órgão Especial do
Colégio de Procuradores de Justiça do Ministério Público do Estado da Bahia, COMUNICA aos interessados, especialmente
as Prefeituras de Abaíra e Piatã, que foi PRORROGADO, por mais 1 (um) ano, o prazo de conclusão do Inquérito Civil em
epígrafe, em trâmite nesta Promotoria de Justiça Especializada em Meio Ambiente, de âmbito regional, com sede em
Lençóis-BA, instaurado para apurar a ocorrência de danos ambientais decorrentes da construção da estrada que liga o
município de Abaíra à Piatã, passando pelos rios da "Àgua Suja" e a Cachoeira da Michelânia, sem observância de
recomendações técnicas do uso do solo, o licenciamento do referido empreendimento e a recuperação das áreas nele
degradadas.
Lençóis, 09 de Março de 2018.
Augusto César Carvalho de Matos
PROMOTOR DE JUSTIÇA
TJBA – DIÁRIO DA JUSTIÇA ELETRÔNICO – Nº 2.099 - Disponibilização: terça-feira, 13 de março de 2018 Cad 1 / Página 545
EDITAL 04/2018
A PROMOTORIA DE JUSTIÇA DA COMARCA DE BARREIRAS, por intermédio do Promotor de Justiça que este subscreve, no
uso de atribuições legais, com fundamento no artigo 21, §3º da Resolução nº 006/2009 do Egrégio Colégio de Procuradores
de Justiça da Bahia, vem por meio deste Edital, a todos quantos possa interessar COMUNICAR a prorrogação do prazo de
conclusão do INQUÉRITO CIVIL nº 593.0.191416/2016, pelo prazo de 01(um) ano, para melhor elucidar a apuração da
adequação do Centro de Hemodiálise e Hemoterapia Ltda - Clínica UNISANG, às exigências contidas no relatório técnico
realizado pela Diretoria de Vigilância Sanitária e Ambiental do Estado da Bahia - DIVISA, e apurar as comunicações de
irregularidades realizadas pela EMBASA/SA e Secretaria Municipal de Meio Ambiente de Barreiras, para adoção de eventuais
medidas cabíveis, nos termo da legislação aplicável.
EDITAL 15
A 11ª Promotoria de Justiça de Juazeiro com atuação na área de Cidadania, por intermédio da Promotora de Justiça que
abaixo subscreve, no uso de suas atribuições legais, atendendo ao comando do art 9º da RESOLUÇÃO nº 23/2007, do
Egrégio Conselho Nacional do Ministério Público, COMUNICA A PRORROGAÇÃO DE PRAZO, por um ano, a contar desta
data, do Inquérito Civil IDEA 598.0.241071/2014 considerando que ainda restam diligências a serem realizadas.
NOTIFICAÇÃO
O Ministério Público do Estado da Bahia, por intermédio de sua Promotora de Justiça que esta subscreve, no uso das suas
atribuições, especificamente a estabelecida pelos artigos 10 da Res. CNMP 23/2007 e 26, §3º, da Resolução nº 006/2009 do
Colégio de Procuradores de Justiça do Ministério Público do Estado da Bahia, NOTIFICA ao Senhor Thiago Alves Brito o
ARQUIVAMENTO do Procedimento Ministerial SIMP 598.154179/2017.
Ressalte-se que os interessados poderão apresentar razões escritas ou documentos, no prazo de dez dias.
PROMOTORIA DE JUSTIÇA ESPECIALIZADA EM MEIO AMBIENTE, DE ÂMBITO REGIONAL, COM SEDE EM GUANAMBI.
Nº DO PPIC: 692.9.39804/2018
DATA: 05/03/2018
INTERESSADOS: Município de Érico Cardoso
OBJETO: PROCEDER AO LEVANTAMENTO PRELIMINAR DE INFORMAÇÕES RELATIVOS À OCORRÊNCIA DE DANOS
AMBIENTAIS AO PATRIMÔNIO HISTÓRICO DO IMÓVEL DENOMINADO CAPELA NOSSA SENHORA DO CARMO, LOCALIZADO
NA COMUNIDADE DE MORRO DO FOGO, NO MUNICÍPIO DE ÉRICO CARDOSO/BA.
Guanambi-Ba, 09/03/2018
ASSUNTO: Apurar supostas irregularidades no Pregão Presencial n.º 001/2009, realizado pelo município de Jacobina, cuja
empresa contratada foi a HILA Transportes Ltda., por meio do Contrato de Prestação de Serviços n.º 070/2009, bem como
ilicitudes relativas à edição de sucessivos termos aditivos ao referido contrato.
INVESTIGADOS: VALDICE CASTRO VIEIRA DA SILVA (EX-PREFEITA).
HILA TRANSPORTES LTDA.
INTERESSADO: MUNICÍPIO DE JACOBINA/BA.
EDITAL N° 01/2018
A Promotoria de Justiça de Itajuípe/BA, por intermédio da Promotora de Justiça que abaixo subscreve, no uso de suas
atribuições legais, atendendo ao comando do art. 20, da Resolução 06/2003 do MP/BA, COMUNICA aos interessados a
PRORROGAÇÃO do prazo de conclusão pelo período de 90 (noventa) dias, do Procedimento Investigatório Criminal IDEA n°
046.9.126724/2017, considerando que ainda restam diligências a serem realizadas.
EDITAL N° 02/2018
A Promotoria de Justiça de Itajuípe/BA, por intermédio da Promotora de Justiça que abaixo subscreve, no uso de suas
atribuições legais, atendendo ao comando do art. 20, da Resolução 06/2003 do MP/BA, COMUNICA aos interessados a
PRORROGAÇÃO do prazo de conclusão pelo período de 90 (noventa) dias, do Procedimento Investigatório Criminal IDEA n°
046.9.259683/2017, considerando que ainda restam diligências a serem realizadas.
PROCEDIMENTO PREPARATÓRIO
PORTARIA Nº 006/2018
Área: Cidadania
Subárea: Defesa do Patrimônio Público e da Moralidade Administrativa
A 1ª Promotoria de Justiça de Barreiras, por intermédio do Promotor de Justiça Titular, que abaixo subscreve, no uso de suas
atribuições legais, atendendo ao comando do art. 2º, §7º, da Resolução nº 23/2007 do Conselho Nacional do Ministério
Público e 21, § 4º da Resolução nº 006, de 06 de julho de 2009, do Colégio de Procuradores de Justiça do Ministério Público
do Estado da Bahia, comunica aos interessados a CONVERSÃO do Procedimento Preparatório em Inquérito Civil, para
prosseguir apurando irregularidades na execução do contrato decorrente do pregão Presencial n. 031/2016, promovido pela
Câmara Municipal de Barreiras, e dá outras providências.
Interessados: Carlos Tito Marques Cordeiro, ex- Presidente da Câmara Municipal de Barreiras, Vanderley Oliveira Brito e a
pessoa jurídica Vanderley Oliveira Brito.
Barreiras, 12/03/2018
André Luis Silva Fetal
Promotor de Justiça
TJBA – DIÁRIO DA JUSTIÇA ELETRÔNICO – Nº 2.099 - Disponibilização: terça-feira, 13 de março de 2018 Cad 1 / Página 547
Área: CONSUMIDOR
INQUÉRITO CIVIL nº 003.9.34702/2018- 4ª PJC
Objeto: Nos termos da Lei nº 8.078/1990 e da Lei nº 7.347/1985, resolve instaurar PROCEDIMENTO PREPARATÓRIO DE
INQUÉRITO CIVIL, para apurar se o Comércio Informal, existente na Colina F, situada em frente a Instituição Educacional
UNIME, em Patamares, nesta Capital, tem gerado sérios prejuízos para os moradores, conforme demanda apresentada
pela comunidade local
Interessado(a): A SOCIEDADE
Investigado(s): COMÉRCIO INFORMAL.
EDITAL Nº 01/2018
A PROMOTORIA DE JUSTIÇA REGIONAL AMBIENTAL DE JEQUIÉ-BA, no uso de suas atribuições legais, nos temos do art.
10, § 1º, da Resolução nº 23/2007, do Conselho Nacional do Ministério Público, e do art. 26, § 1º da Resolução nº 06/2009,
do Órgão Especial do Egrégio Colégio de Procuradores de Justiça do Estado da Bahia, comunica, aos interessados,
inclusive, para efeito de eventual apresentação de razões escritas ou juntada de documentos, o arquivamento do Inquérito
Civil nº 02/2007, tombado no IDEA sob nº 163.9.21664/2017, instaurado a fim de apurar a existência de Plano Municipal de
Gestão de resíduos sólidos no Município de Maracás-BA.
ORIGEM: PROMOTORIA DE JUSTIÇA REGIONAL ESPECIALIZADA EM MEIO AMBIENTE COM SEDE EM MATA DE SÃO JOÃO/BA
A 6ª PROMOTORIA DE JUSTIÇA DA REGIONAL DE IRECÊ, no uso de suas atribuições legais, nos termos do art.10, § 1º, da
Resolução nº 23/2007 do Conselho Nacional do Ministério Público, e do art. 26, § 2º, da Resolução nº 006/2009 do Órgão
Especial do Colégio de Procuradores de Justiça do Ministério Público do Estado da Bahia, COMUNICA aos interessados, em
especial a Prefeitura Municipal de Irecê e ao Ex-Prefeito José Carlos Dourado das Virgens, que foi arquivado o Procedimento
IDEA Nº 698.0.64542/2013, cujo objeto era, "apurar supostas irregularidades referente ao Edital nº 01/2010 para seleção
temporária de servidores públicos, através de regime especial de direito administrativo (REDA), tendo em vista a vigência do
Concurso Público nº 01/2006"; podendo quaisquer interessados, co-legitimados ou não, apresentar razões escritas ou
juntar documentos, que serão colacionados aos autos, para apreciação, até que seja homologada ou rejeitada a promoção
de arquivamento pelo Conselho Superior do Ministério Público.
EDITAL Nº 01/2018
O MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DA BAHIA, por intermédio da Promotora de Justiça, Dra. Márcia Munique Andrade de
Oliveira, Titular da 2ª Promotoria de Justiça de Catu/BA, em conformidade com o disposto no art. 10, da Resolução CNMP n.
23/2007, bem como no art. 26, da Resolução n. 06/2009, do E. Colégio de Procuradores de Justiça do Estado da Bahia, faz
saber a todos os interessados, que do presente EDITAL tiverem conhecimento, que foi promovido o ARQUIVAMENTO do
INQUÉRITO CIVIL n. 069.0.140622/2010, o qual foi instaurado visando à apuração de representação formulada que noticiou
a ocorrência de poluição e possíveis danos causados pela empresa GEOMASTER MANUTENÇÃO INDUSTRIAL LTDA.
A 3ª PROMOTORIA DE JUSTIÇA DA COMARCA DE ITABUNA, por intermédio do órgão de execução abaixo assinado, no uso
de atribuições legais, com fulcro no art. 2º, §§ 6º e 7º da Resolução nº 23/2007 do Conselho Nacional do Ministério Público,
vem por meio deste Edital, a todos quantos possa interessar, comunicar a prorrogação do prazo de conclusão do Inquérito
Civil abaixo relacionado, por mais 01 (um) ano, dada a necessidade de continuidade das investigações.
EDITAL Nº 011/18
COMUNICAÇÃO DE ARQUIVAMENTO
A 5ª PROMOTORIA DE JUSTIÇA DA COMARCA DE TEIXEIRA DE FREITAS, por intermédio do Promotor de Justiça que abaixo
subscreve, no uso de suas atribuições legais, em conformidade com o disposto no art. 5º da Resolução de nº 006/2009 do
Órgão Especial do Ministério Público do Estado da Bahia, INFORMA a quem interessar sobre o ARQUIVAMENTO da Notícia
de Fato com IDEA nº 708.9.4921/2018 que tem por objeto investigar suposta irregularidade no trâmite do Procedimento
Administrativo nº 441/2017 do município de Teixeira de Freitas.
PORTARIA Nº 007/2018
SIMP Nº. 593.9.79367/2017
ORIGEM: 1ª PROMOTORIA DE JUSTIÇA DE BARREIRAS/BA
Área: Cidadania
Subárea: Defesa do Patrimônio Público e da Moralidade Administrativa
A 1ª Promotoria de Justiça de Barreiras, por intermédio do Promotor de Justiça Titular, que abaixo subscreve, no uso de suas
atribuições legais, atendendo ao comando do art. 2º, §7º, da Resolução nº 23/2007 do Conselho Nacional do Ministério
Público e 21, § 4º da Resolução nº 006, de 06 de julho de 2009, do Colégio de Procuradores de Justiça do Ministério Público
do Estado da Bahia, comunica aos interessados a CONVERSÃO do Procedimento Preparatório em Inquérito Civil, para
prosseguir apurando a contratação da Coco Assessoria Contábil S/S Ltda., por inexigibilidade de licitação supostamente
ilegal, para a prestação do serviço de contabilidade pública para o Município de Cristópolis, em suposto desacordo com a
Lei Federal n. 8.666/93, e dá outras providências.
Interessados: Município de Cristópolis, o seu prefeito, Gilson Nascimento de Souza Sobrinho e a Coco Assessoria Contábil
S/S Ltda.
Barreiras, 12/03/2018
EDITAL DE ARQUIVAMENTO
O Promotor de Justiça em substituição na Comarca de Livramento de Nossa Senhora/BA, com fundamento no art. 10, §§ 1º e 3º,
da Resolução CNMP nº 23/2007, COMUNICA, por meio deste Edital, a quem possa interessar, inclusive para efeito de, no prazo
de 10 (dez) dias, eventual apresentação de razões escritas ou juntada de documentos para remessa ao Conselho Superior do
Ministério Público, que foi ARQUIVADO o Procedimento Preparatório n° 703.9.107325/2017, o qual apurou a ausência de publicidade
quanto à relação dos servidores contratados temporariamente pelo Município de Livramento de Nossa Senhora.
EDITAL DE ARQUIVAMENTO
O Promotor de Justiça em substituição na Comarca de Livramento de Nossa Senhora/BA, com fundamento no art. 10, §§ 1º
e 3º, da Resolução CNMP nº 23/2007, COMUNICA, por meio deste Edital, a quem possa interessar, inclusive para efeito de,
no prazo de 10 (dez) dias, eventual apresentação de razões escritas ou juntada de documentos para remessa ao Conselho
Superior do Ministério Público, que foi ARQUIVADO o Procedimento Preparatório n° 703.9.186743/2017, o qual apurou a
ausência de inscrição do Hospital Municipal de Rio de Contas no Conselho Regional de Medicina do Estado da Bahia -
CREMEB, bem como a ausência de responsável técnico pela unidade.
Trata-se de procedimento preparatório para inquérito civil instaurado por este Promotor de Justiça em 10 de agosto de 2017,
com base em representação de dois servidores públicos e um cidadão que solicitou sigilo, para apurar se todos os técnicos
em radiologia atuantes no sistema de saúde pública do Município de Livramento de Nossa Senhora seriam concursados,
possuiriam registro no respectivo conselho e estariam usando os equipamentos de segurança devidos, bem como atuando
dentro da carga horária.
Requisitada documentação ao Secretário Municipal de Saúde e ao Chefe do Setor de Pessoal, constatou-se a existência de
um técnico em radiologia contratado temporariamente, apesar da vigência de concurso com aprovados para esse cargo. Do
cotejo entre a Lei Municipal que criou os cargos de técnico em radiologia e a legislação federal pertinente, constatei
dissonância quanto à carga horária desses profissionais (40 horas em vez das devidas 24). Em visita ao Hospital e à UPA,
solicitada por esta Promotoria de Justiça, o Conselho Municipal de Saúde averiguou que, por um período, Daniela Aparecida
Martins da Silva, que seria estagiária e não teria registro no Conselho Regional de Técnicos em Radiologia, teria atuado
como profissional, na unidade de pronto atendimento enquanto os demais estariam regulares quanto ao registro; ademais,
verificaram que estes estariam trabalhando sem o dosímetro individual, equipamento de proteção obrigatório.
Em 21 de setembro de 2017, o Prefeito nomeou o próximo técnico em radiologia concursado para substituir o contratado (fl.
38). Os dosímetros individuais foram adquiridos pela Secretaria de Saúde em 20 de outubro de 2017 (fl. 32) em quantidade
suficiente a atender a todos os técnicos. A estagiária foi exonerada assim que instaurado o procedimento, conforme a visita
do Conselho Municipal de Saúde (fls. 15 e 28). Em reunião com esse colegiado e o Secretário Municipal de Saúde,
recomendamos a instauração de procedimento administrativo para averiguar a responsabilidade funcional pelo desvio de
função da estagiária (fl. 29).
Em reunião com o Prefeito, o Conselho e o Secretário de Saúde, firmou-se o termo de ajustamento de conduta de fl. 39,
quando o gestor se comprometeu a corrigir a legislação municipal para adequá-la à Lei Federal n° 7.394/1985 quanto à
carga horária e ao adicional de insalubridade dos técnicos em radiologia, bem como a criação de mais cargos dessa
espécie para suprir as necessidades do sistema de saúde.
Como as questões apontadas na portaria foram resolvidas administrativamente, seja durante o trâmite deste expediente,
seja pelo compromisso de ajustamento de conduta, alcançou-se o objetivo desta investigação. Deve, pois, este procedimento
ser arquivado, nos termos do art. 9º, caput, da Lei nº 7.347/85 e, em obediência ao § 1º do mesmo artigo, remetemo-lo ao
Conselho Superior do Ministério Público - CSMP, com nossas homenagens aos Procuradores de Justiça que o compõem,
para os fins do § 3º daquele dispositivo legal.
Enviem-se, pelo e-mail, este pronunciamento e o termo de ajustamento de conduta ao CESAU. Comunique-se o arquivamento
ao Prefeito, ao Conselho Municipal de Saúde e aos subscritores das representações, dando-lhes ciência da possibilidade
de recurso ao CSMP. Afixe-se esta peça no mural da Promotoria de Justiça. Publique-se o TAC e este pronunciamento no
Diário Oficial. Extraia-se cópia do TAC para instauração de procedimento administrativo de fiscalização.
Aos 21 de novembro de 2017, no Gabinete do Ministério Público de Livramento de Nossa Senhora (BA), presente o Promotor
de Justiça desta Comarca, Millen Castro Medeiros de Moura, compareceu José Ricardo Assunção Ribeiro, Prefeito de
Livramento de Nossa Senhora, acompanhado pelo Assessor Jurídico, Adailton Ferreira Sobrinho, portador da OAB n° 52588-
BA pelo Secretário Municipal de Saúde, Gerardo Azevedo Júnior, e pela Presidente do Conselho Municipal de Saúde, Christiane
da Silva Lessa Cézar, e pelos Conselheiros Patrícia Cavalcante Miranda do Amaral, Zulmar Isabela Dourado Correia e
Lourivaldo Silva Ribeiro, quando, nos autos do Procedimento Preparatório para Inquérito Civil n° 703.9.85456/2017, firmaram
o seguinte termo de ajustamento de conduta:
Cláusula Primeira - O Prefeito de Livramento de Nossa Senhora encaminhará, dentro de 30 (trinta) dias, à Câmara de
Vereadores projeto de lei que adeque a lei municipal que criou os cargos de técnico em radiologia, à Lei Federal n° 7.394/
1985, quanto à carga horária (24 horas, conforme art. 14) e ao adicional de insalubridade (art. 16).
Parágrafo Único - Tendo em vista que, com a redução da carga horária, far-se-á necessário aumentar o quantitativo de
técnicos em radiologia para atender à demanda da rede municipal de saúde, na Unidade de Pronto Atendimento, e como o
profissional que hoje atende ao Hospital Municipal é cedido provisoriamente pela rede estadual de saúde, o Prefeito incluirá,
no projeto de lei previsto no caput, a criação de mais duas vagas dessa categoria para preenchimento em 30 dias após a
aprovação da lei e uma para cadastro de reserva.
Cláusula Segunda- O descumprimento de qualquer das obrigações acima acarretará multa de 05 (cinco) salários mínimos,
índice que servirá de correção, a ser paga pessoalmente pelo Prefeito deste Município e revertida ao Fundo Municipal dos
Direitos Difusos a ser indicado pelo Ministério Público. Constatado o descumprimento citado na cláusula anterior, o Ministério
Público notificará o compromitente para apresentar justificativa em cinco dias. Não sendo esta aceita, será executado
judicialmente este compromisso, tanto no que se refere à multa quanto ao cumprimento específico da obrigação.
Nada mais havendo, encerro este termo de ajustamento de conduta, assinado por mim, Promotor de Justiça, pelo Prefeito,
pelo advogado e pelos demais presentes.
Aos 18 de setembro de 2017, no Gabinete do Ministério Público de Livramento de Nossa Senhora (BA), presente o Promotor
de Justiça desta Comarca, Millen Castro Medeiros de Moura, compareceu José Ricardo Assunção Ribeiro, Prefeito de
Livramento de Nossa Senhora, acompanhado pelo Assessor Jurídico, Antônio Marcelo Cruz Brito, portador da OAB n° 14451-
BA, e pelo Controlador Geral, Jânio Soares Lima,que, nos autos do Procedimento Preparatório para Inquérito Civil n°
703.9.107325/2017, firmaram o seguinte termo de ajustamento de conduta:
Cláusula Primeira - O Poder Executivo do Município de Livramento de Nossa Senhora determinará que, a partir de setembro
de 2017, seja publicada, até o dia 05 do mês seguinte, na sua página eletrônica oficial em tópico com destaque, ou na parte
respectiva do site do Tribunal de Contas dos Municípios, a relação dos servidores públicos contratados temporariamente,
com os respectivos nomes, cargos, matrículas, remunerações e lotações.
Parágrafo Primeiro - No mesmo tópico, constará um link para a página eletrônica do Tribunal de Contas dos Municípios do
Estado da Bahia para acesso a todos os tipos de servidores: www.tcm.ba.gov.br/portal-da-cidadania/pessoal.
Parágrafo Segundo - Dentro de 60 dias, serão lançadas as informações, nos termos do caput, relativas aos servidores
públicos contratados temporariamente quanto aos meses de janeiro a julho de 2017.
Parágrafo Terceiro - Constará, na relação dos servidores contratados temporariamente, a observação para os casos de
substituição temporária em decorrência de afastamento dos efetivos (licenças legais).
Cláusula Segunda - O Poder Executivo do Município de Livramento de Nossa Senhora realizará, dentro de trinta dias,
processo de seleção simplificada emergencial com vigência de seis meses, por meio de análise curricular com critérios
objetivos, para substituição dos atuais contratados temporários que atuam nos programas sociais provisórios subsidiados
com recursos federais cujos cargos não tenham aprovados no procedimento seletivo vigente: CREAS, NASF, SAMU e UPA.
Parágrafo Primeiro - Além disso, o edital contemplará cargos efetivos para os quais não há mais aprovados no concurso
público em vigência, como enfermeiro do CAPS, técnico em enfermagem, médicos, auxiliar de saúde bucal, psicólogo e
protesista dentário.
Parágrafo Segundo - O edital do processo seletivo emergencial será encaminhado ao Ministério Público, dentro de 15 dias,
para averiguação quanto ao seu conteúdo, em especial com relação aos cargos disponibilizados e os critérios de seleção.
TJBA – DIÁRIO DA JUSTIÇA ELETRÔNICO – Nº 2.099 - Disponibilização: terça-feira, 13 de março de 2018 Cad 1 / Página 551
Cláusula Terceira - O Poder Executivo do Município de Livramento de Nossa Senhora dispensará, até 30 de outubro de 2017,
todos os servidores temporários que não tenham sido contratados mediante processo de seleção pública.
Parágrafo Único - Serão convocados, em cinco dias, os aprovados remanescentes para o cargo de agente de combates a
endemias, três psicólogos e oito enfermeiros de Programa de Saúde da Família, estes hoje ocupados por comissionados
Coordenadores de PSF.
Cláusula Quarta - O Poder Executivo do Município de Livramento de Nossa Senhora lançará edital, dentro de 3 (três) meses,
para processo seletivo por meio de provas e títulos, com vigência de dois anos, para suprimento dos cargos temporários
necessários a atuarem em programas provisórios, os quais substituirão os contratados citados na cláusula segunda.
Parágrafo Único - No mesmo período, ocorrerá concurso público para os cargos efetivos necessários que não tenham
aprovados no que se encontra em vigência.
Cláusula Quinta - O descumprimento de qualquer das cláusulas acima acarretará multa diária de 05 (cinco) salários
mínimos, índice que servirá de correção, a ser paga pelo Prefeito deste Município e revertida ao Fundo Municipal dos Direitos
Difusos a ser indicado pelo Ministério Público.
Cláusula Sexta - Constatado o descumprimento citado na cláusula anterior, o Ministério Público notificará o compromitente
para apresentar justificativa em cinco dias. Não sendo esta aceita, será executado judicialmente este termo de ajustamento
de conduta, tanto no que se refere à multa quanto ao cumprimento específico da obrigação.
Nada mais havendo, encerro este termo de ajustamento de conduta, assinado por mim, Promotor de Justiça, pelo Prefeito,
pelo advogado e pelos demais presentes.
Ao primeiro dia do mês de novembro de 2017, no Gabinete do Ministério Público de Livramento de Nossa Senhora (BA), em
reunião relativa aoInquérito Civil n° 003.9.43815/2017, instaurado com base no Termo de Ocorrência n° 00641-14 do Tribunal
de Contas dos Municípios do Estado da Bahia, que reconheceu irregularidades no pagamento de diárias pela Câmara de
Vereadores de Livramento de Nossa Senhora entre os anos de 2011 e 2012, presentes o Promotor de Justiça atuante nesta
Comarca, Millen Castro Medeirosde Moura, o atual Presidente da Câmara de Vereadores desta cidade, Aparecido Lima da
Silva, o Presidente do Poder Legislativo Municipal na época dos fatos, Lafaiete Nunes Dourado, os Vereadores e servidores
públicos, discriminados no Anexo I, beneficiários das diárias, todos acompanhados dos Advogados Marcos Vinícius Lima
Aguiar, portador da OAB 37206-BA, firmou-se o seguinte termo de ajustamento de conduta:
CONSIDERANDO que é atribuição do Ministério Público, conforme art. 129 da Constituição da República, "promover o
inquérito civil e a ação civil pública, para a proteção do patrimônio público e social, do meio ambiente e de outros interesses
difusos e coletivos" e de "exercer outras funções que lhe forem conferidas, desde que compatíveis com sua finalidade,
sendo-lhe vedada a representação judicial e a consultoria jurídica de entidades públicas";
CONSIDERANDO que "os órgãos públicos legitimados poderão tomar dos interessados compromisso de ajustamento de
sua conduta às exigências legais, mediante cominações, que terá eficácia de título executivo" consoante art. 5º, § 6º, da Lei
nº 7.347, de 24 de julho de 1985;
CONSIDERANDO que a Resolução do Conselho Nacional do Ministério Público-CNMP n° 179, de 26 de julho de 2017, em
seu art. 1º, § 2º, estabelece: "É cabível o compromisso de ajustamento de conduta nas hipóteses configuradoras de
improbidade administrativa, sem prejuízo do ressarcimento ao erário e da aplicação de uma ou algumas das sanções
previstas em lei, de acordo com a conduta ou o ato praticado";
CONSIDERANDO que o compromisso de ajustamento de conduta se mostra como útil e eficiente instrumento de redução
da litigiosidade e da judicialização por meio da autocomposição dos conflitos e controvérsias que envolvem direitos de cuja
defesa é incumbido o Ministério Público e, por consequência, contribui decisivamente para rápida solução de situações que
envolvem o interesse público, inclusive na recuperação do patrimônio público;
CONSIDERANDO que tramita, nesta Promotoria de Justiça, o Inquérito Civil n° 003.9.43815/2017, relacionado com
irregularidades no pagamento de diárias pela Câmara de Vereadores de Livramento de Nossa Senhora entre os anos de
2011 e 2012, período em que era Presidente Lafaiete Nunes Dourado;
CONSIDERANDO que, no biênio de 2011 a 2012, eram Vereadores e servidores do Legislativo Municipal as pessoas
discriminadas no Anexo I, todos beneficiários de diárias concedidas naqueles anos;
TJBA – DIÁRIO DA JUSTIÇA ELETRÔNICO – Nº 2.099 - Disponibilização: terça-feira, 13 de março de 2018 Cad 1 / Página 552
CONSIDERANDO que o Tribunal de Contas dos Municípios reconheceu que, no período supramencionado, houve concessão
de diárias com desrespeito aos princípios da razoabilidade e da economicidade e ocorreram pagamentos sem a apresentação
das comprovações necessárias;
CONSIDERANDO que os Vereadores e servidores supracitados, embora declarem terem agido de boa fé ao perceberem as
diárias, porque entendiam que seria correto o procedimento adotado à época, reconhecem o dever objetivo de ressarcir ao
erário quanto aos valores estabelecidos como equivocados pelo Tribunal de Contas dos Municípios;
CONSIDERANDO que, no panorama apresentado nos autos, apesar da ilegalidade verificada na comprovação deficitária
das diárias concedidas aos referidos agentes públicos, não se colheram elementos de convicção suficientes a indicar que
agiram com dolo ou culpa em grau necessário à caracterização de um ato de improbidade administrativa, mas remanesce
o dever de ressarcir aos cofres públicos os valores reconhecidos irregulares pelo TCM-BA;
CONSIDERANDO que o Presidente da Câmara de Vereadores da época, em decorrência do descumprimento dos princípios
da razoabilidade e economicidade na concessão das diárias e do prejuízo sofrido pelo erário disso decorrente, propõe-se
a quitar a multa estabelecida pelo Tribunal de Contas dos Municípios, a assumir a posição de corresponsável quanto ao
ressarcimento pelos demais compromitentes deste instrumento, bem como a pagar uma multa civil correspondente a 50%
da remuneração de um Vereador atualmente, ou seja, R$ 3,800,00, conforme art. 12, III, da Lei n° 8.429/1992;
CONSIDERANDO que o eventual ajuizamento de uma ação civil pública (cumulada ou não com uma ação por ato de
improbidade administrativa) possui o risco da demora inerente a processos judiciais dessa natureza, o que gera insegurança
para os envolvidos e atraso na recuperação do patrimônio público;
CONSIDERANDO que, no quadro apresentado, a melhor forma de atender ao interesse público se dará pela pronta
regularização da situação, com o ressarcimento ao erário pela forma administrativa e a aplicação de uma sanção mais leve
ao gestor da época;
CONSIDERANDO que, após diversas reuniões, constataram-se situações específicas que demandam soluções diversas
quanto à forma e aos prazos de pagamento;
CONSIDERANDO que a celebração desse termo de ajustamento de conduta baseia-se na declaração dos compromitentes
quanto à boa fé relacionada à concessão das diárias e seu descumprimento poderá gerar a judicialização da questão,
inclusive a discussão sobre os motivos da comprovação deficitária dos valores;
CONSIDERANDO que a Resolução do CNMP n° 179, de 26 de julho de 2017, em seu art. 1º, § 1º, estabelece que a
negociação, no termo de ajustamento de conduta, poderá referir-se "à especificação das obrigações adequadas e
necessárias, em especial o modo, tempo e lugar de cumprimento, bem como à mitigação, à compensação e à indenização
dos danos que não possam ser recuperados"
Cláusula Primeira - Os Vereadores, ex-Vereadores, servidores públicos e ex-servidores públicos discriminados no Anexo II
comprometem-se a pagar os seus respectivos valores constantes na referida tabela, corrigidos monetariamente até a data
da quitação, em seis parcelas mensais vencíveis no dia 15, a partir de dezembro de 2017 até maio de 2018, por meio de
Documento de Arrecadação Municipal - DAM, nos termos da Resolução n° 1.125/2015. Mensalmente, cópia dos comprovantes
será entregue a esta Promotoria de Justiça no dia 16 de cada mês.
Parágrafo único - No caso do ex-Presidente da Câmara de Vereadores, sua obrigação deverá ser cumprida em guias
separadas, ou seja, a multa aplicada pelo TCM em uma, o ressarcimento em outra e a multa civil nos termos do art. 12, III,
da Lei n° 8.429/1992, equivalente a metade da remuneração do cargo de Vereador (R$ 3.800,00), será depositada na conta-
corrente do Fundo Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente de Livramento de Nossa Senhora (BA).
Cláusula Segunda - Os Vereadores e os servidores públicos discriminados no Anexo II, por ainda estarem no exercício da
legislatura ou ocupando cargos na Câmara de Vereadores, dispõem-se a efetuar o ressarcimento mediante desconto em
sua folha, na forma descrita naquela tabela e, para isso, autorizam o Presidente do Poder Legislativo a determinar as
providências administrativas necessárias para que se proceda à transferência à Fazenda Pública Municipal.
TJBA – DIÁRIO DA JUSTIÇA ELETRÔNICO – Nº 2.099 - Disponibilização: terça-feira, 13 de março de 2018 Cad 1 / Página 553
Cláusula Terceira - Os compromitentes estão cientes de que, caso a restituição não seja integralmente efetuada até o
falecimento dos signatários, o valor remanescente constituirá dívida líquida e poderá ser diretamente executada do espólio
dos devedores, servindo o presente acordo, também para tal propósito, como título executivo.
Parágrafo único - Caso algum dos atuais Vereadores e servidores públicos citados no Anexo II deixe de apresentar o DAM
mensalmente ao Ministério Público, fica este, autorizado por aqueles a oficiar ao Presidente da Câmara de Vereadores para
que proceda ao desconto da dívida integral na remuneração ou subsídio que percebem.
Da eventual perda de vínculo com a Câmara de Vereadores
Cláusula Quarta - Caso qualquer dos relacionados na cláusula segunda deixe de exercer o mandato parlamentar ou de ser
servidor público do Legislativo Municipal antes do pagamento integral do débito e nas hipóteses da cláusula terceira, fica a
Câmara de Vereadores autorizada a cobrar todo o montante remanescente de eventuais verbas que pertencerem ao referido
agente público e eventual débito que ainda permaneça deverá ser quitado em 60 dias de sua saída ou, no caso de óbito,
comunicado ao Ministério Público e à Fazenda Pública Municipal.
Cláusula Quinta - O atual Presidente da Câmara de Vereadores de Livramento de Nossa Senhora compromete-se a determinar
as providências administrativas para o desconto em folha e repasse ao Tesouro Municipal quanto aos Vereadores citados
na cláusula segunda, na forma ali descrita; além disso, adotará as providências descritas na cláusula quarta nas hipóteses
ali descritas e informará ao Ministério Público qualquer intercorrência que não esteja prevista neste instrumento, bem como
comunicará a quitação integral de cada caso, à medida que for ocorrendo.
Cláusula Sexta - O atual Presidente da Câmara de Vereadores de Livramento de Nossa Senhora compromete-se a, dentro
de 60 dias, editar ato normativo sobre procedimentos de concessão e prestação de contas das diárias para evitar que
situações similares à investigada nestes autos ocorram e, para isso, previrá limite mensal de diárias, quilometragem que
impeça ou permita o pagamento de diária integral, formas de comprovação do período de deslocamento, quando este
ocorrer em data diversa do evento principal que determinou a indenização, e prazo para prestação de contas.
Cláusula Sétima - A inadimplência das obrigações previstas nas cláusulas primeira, segunda, terceira e quarta, além das
correções e juros previstos no art. 1º da Resolução n° 1.125/2005 do TCM, implicará multa sancionatória de 20% (vinte por
cento) do débito integral aqui reconhecido, a ser destinada para o Fundo dos Direitos Difusos a ser indicado pelo Ministério
Público, que poderá ser executada judicialmente em conjunto com o valor remanescente atualizado.
Cláusula Oitava- O descumprimento das obrigações assumidas nas cláusulas quinta e sexta acarretará multa de R$
5.000,00 (cinco mil reais), a ser paga pelo Presidente da Câmara de Vereadores e revertida ao Fundo dos Direitos Difusos
a ser indicado pelo Ministério Público.
Cláusula Nona - Constatado o descumprimento citado na cláusula anterior, o Ministério Público notificará o compromitente
para apresentar justificativa em cinco dias. Não sendo esta aceita, será executado judicialmente este termo de ajustamento
de conduta, tanto no que se refere à multa quanto ao cumprimento específico da obrigação.
Cláusula Décima - Este acordo será submetido à homologação pelo Conselho Superior do Ministério Público do Estado da
Bahia e, caso esta não ocorra, esta Promotoria de Justiça adotará outras medidas judiciais e extrajudiciais para a tutela dos
interesses aqui tratados, especialmente (mas não exclusivamente) as tendentes ao ressarcimento do dano e à cessação
das irregularidades apuradas.
Nada mais havendo, encerro o presente termo, que vai assinado por mim, Promotor de Justiça, pelos compromitentes e por
seus advogados.
A PROMOTORIA DE JUSTIÇA ESPECIALIZADA EM MEIO AMBIENTE COM SEDE NA COMARCA DE VALENÇA/BA, através do
seu Promotor de Justiça 2º Substituto, Bel. Oto Almeida Oliveira Júnior, no uso de suas atribuições legais, nos termos do art.
10, §1º da Resolução nº 23/2007 do Conselho Nacional do Ministério Público, e do art. 26, §1º e §4º, da Resolução n.º 006/
2009 do Órgão Especial do Colégio de Procuradores de Justiça do Ministério Público da Bahia, COMUNICA ao senhor
FRANCISCO RAMOS DA SILVA, ao INEMA, ao MUNICÍPIO DE JAGUARIPE e aos demais interessados, a decisão pela
PROMOÇÃO DE ARQUIVAMENTO, do Inquérito Civil nº 089/2016, IDEA Nº 597.0.130846/2015 que apura possível supressão
indevida de vegetação nativa do Bioma Mata Atlântica na região da Jaqueira, Município de Jaguaripe/BA, em virtude de
TJBA – DIÁRIO DA JUSTIÇA ELETRÔNICO – Nº 2.099 - Disponibilização: terça-feira, 13 de março de 2018 Cad 1 / Página 554
celebração de Termo de Ajustamento de Conduta (TAC), com o posterior encaminhamento dos autos ao Conselho Superior
do Ministério Público e arquivamento. No ensejo, ficam os interessados cientes de que, nos termos do art. 26 § 5º, da
Resolução n. 06/2009, do Conselho Superior do Ministério Público, "até que seja homologada ou rejeitada a promoção de
arquivamento, pelo Conselho Superior do Ministério Público, poderão as associações civis legitimadas ou quaisquer
interessados, co-legitimados ou não, apresentar razões escritas ou juntar documentos, que serão colacionados aos autos,
para apreciação, nos termos do art. 9º, § 2º, da Lei nº 7.347/85."
EDITAL Nº 022/2018
A PROMOTORIA DE JUSTIÇA REGIONAL ESPECIALIZADA EM MEIO AMBIENTE COM SEDE NA COMARCA DE VALENÇA/BA,
através do Promotor de Justiça que este subscreve, Bel. Oto Almeida Oliveira Júnior, no uso de suas atribuições legais, com
fundamento na Constituição Federal, art. 129, III e no art. 77, §1º, da LC 11/96; art. 26, I, da Lei 8.625/93 e art. 9º, parágrafo
único, da Resolução nº 023/2007 do Conselho Nacional do Ministério Público, resolve PRORROGAR por um ano, o prazo do
Inquérito Civil nº 597.0.249049/2016, que apura possíveis danos ao meio ambiente decorrentes de implantação de posto de
combustíveis em local vizinho à Escola Emerlinda Martins, no Município de Taperoá/BA, para que se ultimem providências
para a sua conclusão.
A PROMOTORIA DE JUSTIÇA ESPECIALIZADA EM MEIO AMBIENTE COM SEDE NA COMARCA DE VALENÇA/BA, através do
seu Promotor de Justiça 2º Substituto, Bel. Oto Almeida Oliveira Júnior, no uso de suas atribuições legais, nos termos do art.
10, §1º da Resolução nº 23/2007 do Conselho Nacional do Ministério Público, e do art. 26, §1º e §4º, da Resolução n.º 006/
2009 do Órgão Especial do Colégio de Procuradores de Justiça do Ministério Público da Bahia, COMUNICA ao senhor
FRANCISCO RAMOS DA SILVA, ao INEMA, ao MUNICÍPIO DE JAGUARIPE e aos demais interessados, a decisão pela
PROMOÇÃO DE ARQUIVAMENTO, do Inquérito Civil nº 089/2016, IDEA Nº 597.0.130846/2015 que apura possível supressão
indevida de vegetação nativa do Bioma Mata Atlântica na região da Jaqueira, Município de Jaguaripe/BA, em virtude de
celebração de Termo de Ajustamento de Conduta (TAC), com o posterior encaminhamento dos autos ao Conselho Superior
do Ministério Público e arquivamento. No ensejo, ficam os interessados cientes de que, nos termos do art. 26 § 5º, da
Resolução n. 06/2009, do Conselho Superior do Ministério Público, "até que seja homologada ou rejeitada a promoção de
arquivamento, pelo Conselho Superior do Ministério Público, poderão as associações civis legitimadas ou quaisquer
interessados, co-legitimados ou não, apresentar razões escritas ou juntar documentos, que serão colacionados aos autos,
para apreciação, nos termos do art. 9º, § 2º, da Lei nº 7.347/85."
O MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DA BAHIA, por meio da REPRESENTANTE que ao final subscreve, com fulcro nas
atribuições que lhe conferem o art. 129, III da Constituição Federal; art. 27, parágrafo único, da Lei Federal nº 8.625/93; 75,
inciso IV, da Lei Complementar Estadual nº 11/96; 158 da Resolução CNMP 023/2007 e 43 da Resolução CNMP 006/2009,
e
CONSIDERANDO que incumbe ao Ministério Público a defesa da ordem jurídica, do patrimônio público, da moralidade, da
legalidade e da eficiência administrativa, nos termos dos artigos 127,caput, e 129, III, da Constituição da República (CR/88);
artigo 25, IV, "a" e "b", da Lei Federal n.° 8.625/93;
TJBA – DIÁRIO DA JUSTIÇA ELETRÔNICO – Nº 2.099 - Disponibilização: terça-feira, 13 de março de 2018 Cad 1 / Página 555
CONSIDERANDO que são princípios norteadores da Administração Pública, dentre outros, a legalidade, a impessoalidade,
a moralidade, publicidade e a eficiência, expressamente elencados no artigo 37, caput, da CR/88;
CONSIDERANDO que a Constituição da República, em seu artigo 37, II, dispõe que "a investidura em cargo ou emprego
público depende de aprovação prévia, em concurso público de provas ou de provas e títulos, de acordo com a natureza e a
complexidade do cargo ou emprego, na forma prevista em lei, ressalvadas as nomeações para cargo em comissão declarado
em lei de livre nomeação e exoneração";
CONSIDERANDO que o texto constitucional, no seu art. 37, V dispõe que "os cargos em comissão, a serem preenchidos por
servidores de carreira nos casos, condições e percentuais mínimos previstos em lei, destinam-se apenas às atribuições de
direção, chefia e assessoramento";
CONSIDERANDO que em matéria de acesso ao serviço público, a regra constitucional é a de que o ingresso nas carreiras
públicas somente se dê após aprovação em concurso público de provas ou de provas e títulos e que as demais hipóteses
são exceções a esta regra e devem sempre ser interpretadas restritivamente;
CONSIDERANDO que o preenchimento do cargo de Procurador do Município é incompatível com o provimento em comissão,
afinal, suas atribuições, malgrado sejam de assessoramento, podem ser exercitadas independentemente de um excepcional
vínculo de confiança com o chéfe do Poder Executivo, observando que a presença desse requisito fiduciário é imprescindível
para o preenchimento dos cargos comissionados, justamente porque são "de livre nomeação e exoneração" por parte da
autoridade competente;
CONSIDERANDO que a inexigibilidade desse liame de confiabilidade com o alcaide, no caso de cargo de Procurador
Municipal, decorre do fato de as funções desse agente público serem de natureza eminentemente técnica e afetas à defesa
dos interesses jurídicos do ente municipal;
CONSIDERANDO que o artigo 29 da Constituição da República dispõe que o Município atenderá os princípios estabelecidos
na Constituição da República e na Constituição Estadual, ou seja, consagra o princípio da SIMETRIA;
CONSIDERANDO que o ingresso na carreira da Advocacia Pública da União e Procuradorias dos Estados deve se dar por
meio de concurso público, como exigem os artigos 131 e 132 da Constituição da República;
CONSIDERANDO que a Constituição do Estado da Bahia disciplina, em seu artigo 142, que "As carreiras de Procurador, a
organização e o funcionamento da Procuradoria Geral do Estado serão disciplinados em Lei Complementar, dependendo o
ingresso na carreira de classificação em concurso público de provas e títulos, com participação da Ordem dos Advogados do
Brasil em todas as suas fases."
CONSIDERANDO que de acordo com o princípio da simetria, o Município, como ente federativo, submete-se ao regramento
e principiologia constitucionais voltadas à Administração Pública em geral; assim, se a União, Estado e Distrito Federal têm
suas procuradorias formatadas a partir da regra do concurso público, conclui-se que os municípios brasileiros devem
seguir a mesma lógica;
CONSIDERANDO que o Supremo Tribunal Federal declarou inconstitucional (ADI 4261) a Lei Complementar Estadual que
criara cargos de provimento em comissão de assessoramento jurídico no âmbito da Administração Direta:
CONSIDERANDO que o Tribunal de Justiça do Estado do Mato Grosso, no julgamento da ADI 106054/2011, decidiu no
mesmo sentido, declarando inconstitucional norma municipal que previa a criação de cargos em comissão para Procurador
do Município, haja vista o mesmo possuir atribuições de natureza eminentemente técnicas.
TJBA – DIÁRIO DA JUSTIÇA ELETRÔNICO – Nº 2.099 - Disponibilização: terça-feira, 13 de março de 2018 Cad 1 / Página 556
CONSIDERANDO que em 2012, com o intuito de fixar, no âmbito da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), uma diretriz única
para que haja respeito à advocacia pública, o Conselho Federal da referida ordem editou dez súmulas em defesa da
advocacia pública. Dentre elas, a Súmula n° 1, assim vazada:
Súmula 1-O exercício das funções da Advocacia Pública, na União, nos Estados, nos Municípios e no Distrito Federal,
constitui atividade exclusiva dos advogados públicos efetivos a teor, dos artigos 131 e 132 da Constituição Federal de 1988.
CONSIDERANDO que tramita no Congresso Nacional a Proposta de Emenda Constitucional de n° 17, de 2012, que objetiva
alterar a redação do art. 132 da Constituição Federal para estender aos Municípios a obrigatoriedade de organizar carreira
de procurador (para fins de representação judicial e assessoria jurídica), com ingresso por concurso público com a participação
da OAB em todas as suas fases, garantida a estabilidade dos procuradores após três anos de efetivo exercício, mediante
avaliação de desempenho.
CONSIDERANDO que a tramitação da PEC não impede a imediata aplicação da obrigatoriedade de provimento dos cargos
mediante concurso público, em face do retromencionado princípio da simetria.
CONSIDERANDO que, conforme decidido pelo Tribunal de Contas do Estado do Paraná, não é suficiente que os cargos
tenham sido criados mediante lei para afastar a irregularidade do provimento em comissão. Estes cargos devem efetivamente
trazer dentre as suas atribuições aquelas previstas no inciso V do artigo 37 da ConstituiçãoFederal, além de ter natureza
provisória e exigir confiança política. A legalidade formal não sana a ilegalidade material existente (Processo 238250.
Acórdão n. 60/2007-Pleno);
CONSIDERANDO que, ainda segundo a mesma Corte de Contas, não existe discricionariedade administrativa nos casos
em que as atribuições reais não digam respeito à direção, chefia e assessoramento, como prevê a Constituição Federal e
que a autorização constitucional para o provimento em comissão, de livre nomeação e exoneração, constitui-se em exceção,
que comporta interpretação restrita, não podendo servir de instituto para burlar a regra constitucional, substituindo cargos
efetivos, e sim apenas para as atribuições que efetivamente apresentem a natureza descrita na Constituição.
RESOLVE :
RECOMENDAR a Sra. VERA LÚCIA MARIA DOS SANTOS, Prefeita da cidade de Maragogipe/BA, , que:
a) no prazo máximo de 30 (trinta dias) do recebimento desta, seja remetido projeto de lei à Câmara Municipal criando a
Procuradoria Geral do Município e a extinção de eventuais cargos, em comissão, de procuradores/assistentes jurídicos ou
congênere, com a consequente criação de cargos de provimento efetivo, mediante concurso público de provas ou de provas
e títulos, de Procurador Municipal;
b) no prazo de 90 (noventa) dias após a aprovação da lei de que trata a alínea anterior, seja concluído o processo licitatório
de contratação da empresa para a realização do respectivo concurso público;
c) findo o processo licitatório, seja realizado, o concurso público para provimento do cargo de Procurador do Município, cuja
conclusão e homologação não poderá ultrapassar o prazo de 90 (noventa) dias;
d) imediatamente após a homologaçãodo resultado do concurso público para provimento do cargo de Procurador Municipal,
proceda à imediata exoneração dos contratados e ocupantes de cargos comissionados que exerçam a mencionada função
no âmbito do Executivo de Maragogipe/BA;
e) seja remetida à Promotoria de Justiça de Maragogipe/BA:
TJBA – DIÁRIO DA JUSTIÇA ELETRÔNICO – Nº 2.099 - Disponibilização: terça-feira, 13 de março de 2018 Cad 1 / Página 557
I - no prazo de 10 (dez) dias úteis, informação sobre as providências na espécie, em especial o encaminhamento de
cronograma para cumprimento das etapas previstas nas alíneas "a", "b", "c" e "d";
II - ao final do prazo de 30 (trinta) dias de que trata a alínea "a", o projeto de lei encaminhado à Câmara Municipal e, quando
aprovada, cópia da lei;
III - decorridos 30 (trinta) dias após a aprovação do projeto de lei, informações sobre o andamento do processo licitatório
para contratação da empresa;
IV - ao final do prazo de 90 (noventa) dias de que trata a alínea "b", cópia do termo de adjudicação da licitação e do contrato
celebrado com a empresa vencedora do certame para realização do concurso público;
V - decorridos 30 (trinta) dias da contratação da empresa, informações sobre o andamento do concurso público;
VI - ao final do prazo de 90 (noventa) dias de que trata a alínea "c", cópia do seu resultado, termos de nomeação e posse do
(s) procurador (es) municipal (is) e atos de exoneração dos ocupantes dos cargos comissionados.
O não cumprimento da presente RECOMENDAÇÃO ensejará a tomada das medidas judiciais cabíveis, inclusive as tendentes
à responsabilização das autoridades omissas.
Cumpra-se.
ORIGEM: PROMOTORIA DE JUSTIÇA REGIONAL ESPECIALIZADA DE MEIO AMBIENTE COM SEDE EM VITÓRIA DA
CONQUISTA/BA
PORTARIA Nº 055/2018
PORTARIA Nº 57/2018
RESOLVE
Designar as servidoras Aline Gonçalves de Araújo, matrícula 353.008, e Crystiane Regina Silva dos Santos, matrícula
352.096, para exercerem as atribuições de fiscal e suplente, respectivamente, do contrato nº 019/2018-SGA, relativo à
prestação de serviços de mensageiro motorizado para a Promotoria de Justiça de Laje.
PORTARIA Nº 58/2018
RESOLVE
Designar as servidoras Natali Rabêlo de Lima, matrícula 351.903, e Rosilene de Santana Timóteo, matrícula 352.242, para
exercerem as atribuições de fiscal e suplente, respectivamente, do contrato nº 029/2018-SGA, relativo à prestação de
serviços de vigilância, por sistema eletrônico de monitoramento na Promotoria de Justiça Regional de Juazeiro.
PORTARIA Nº 56/2018
RESOLVE
Designar as servidoras Daniela Cairo Santos de Freitas, matrícula 352.686, e Ellen Orellana Filgueira, matrícula 353.148,
para exercerem as atribuições de fiscal e suplente, respectivamente, do contrato nº 015/2018-SGA, relativo à prestação de
serviços gráficos offset.
COMISSÃO DE LICITAÇÃO
AVISO DE LICITAÇÃO (reabertura de prazo)
PREGÃO ELETRÔNICO Nº 06/2018 - UASG 926302 - Objeto: Contratação de empresa especializada para Prestação de Serviços
de Conservação e Limpeza na Capital e Interior do Estado da Bahia nas dependências do MPBA, conforme as especificações
constantes no edital e seus anexos. Envio de Propostas: a partir de 13/03/2018, 08h. Abertura de propostas: 26/03/2018 às 09:30
(Hrs de Brasília/DF), site: www.comprasgovernamentais.gov.br. Obs.: Edital disponível: www.mpba.mp.br, menu: Serviços, Licitações.
Informações: Coordenação de Licitação, tel.71 3103-0112. Salvador/Ba, 12/03/2018. Alvaro Medeiros Filho - Pregoeiro Oficial.