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AULA DEMONSTRATIVA

1. BATE PAPO COM VOCÊ .........................................................................................................................................2


2. APRESENTAÇÃO DO CURSO ..................................................................................................................................4
3. INTRODUÇÃO HISTÓRICA .....................................................................................................................................5
4. CONCEITO DE ÉTICA ..............................................................................................................................................8
4.1 ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA E ÉTICA .................................................................................................................................. 9
4.2 MORAL, ÉTICA E DIREITO ............................................................................................................................................ 12
5 ÉTICA APLICADA: NOÇÕES DE ÉTICA EMPRESARIAL E PROFISSIONAL .................................................................15
5.1 ÉTICA EMPRESARIAL ................................................................................................................................................... 15
5.2 ÉTICA PROFISSIONAL................................................................................................................................................... 16
5.3 A GESTÃO DA ÉTICA NAS EMPRESAS ............................................................................................................................... 18
6. DECRETO 1.171/1994..........................................................................................................................................21
7. QUESTÕES COMENTADAS ESAF ..........................................................................................................................39
8. RESUMO DA AULA ..............................................................................................................................................44
9. FINALIZAÇÃO DA AULA .......................................................................................................................................45

Concurso: Ministério da Fazenda


Cargo: ATA – Assistente Técnico Administrativo
Matéria: ÉTICA DO SERVIDOR NA ADM. PÚBLICA
Professor: Bruno Oliveira

Este curso é protegido por direitos autorais (copyright),


nos termos da Lei n.º 9.610/1998, que altera, atualiza e
consolida a legislação sobre direitos autorais e dá outras
providências.
MINISTÉRIO DA FAZENDA -ATA
Ética do Servidor na Adm. Pública – Aula 01 – Código de Ética
Professor: Bruno Oliveira

1. Bate Papo com você

Quanta felicidade em estar mais uma vez com vocês na preparação desse
maravilhoso Concurso Público do Ministério da Fazenda para o cargo de
Assistente Técnico Administrativo - ATA.

O Edital fora publicado dia 29/01, no Diário Oficial da União e a banca


organizada é a ESAF.

O concurso prevê 1026 vagas para vários estados da Federação, com inscrições
no período de 3 a 16 de fevereiro.

O valor da taxa de inscrição é R$ 62,00 e as provas serão realizadas na data


provável de 27 de abril.

Vocês estão animados? Eu estou animadíssimo.

Antes de falarmos um pouquinho sobre como funcionará nosso Curso vamos a


uma breve apresentação.

Meu nome é Bruno Ferreira de Oliveira, hoje com 28 anos, residente em


Uberlândia/MG, graduado em Letras e pós-graduação em Direito Eleitoral e
Processual Eleitoral. Tenho algumas coparticipações em livros da Editora
Saraiva. Os livros lançados recentemente foram “MANUAL DE DICAS
ANALISTA DE TRIBUNAIS” e “PASSE EM CONCURSOS PÚBLICOS –
NÍVEL MÉDIO”.

 Código de Ética Profissional do Servidor Público


(Decreto nº 1.171/94)

Nessa aula veremos o seguinte tópico do seu Edital:

Código de Ética Profissional do Servidor Público (Decreto 1.171)


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Ética do Servidor na Adm. Pública – Aula 01 – Código de Ética
Professor: Bruno Oliveira

Minha história com o Direito Eleitoral iniciou-se há quatro anos.

Irei resumir para vocês minha história na vida de “concurseiro”.

Em 2010 estava eu me preparando para o Concurso do STM (Superior Tribunal


Militar), primeiro concurso de vários que prestei desde então.

Resultado: DESASTRE. (rs)

Mas vocês acham que eu desanimei? É claro que não.

Depois desse fiz INMETRO, Ministério Público do RJ, Câmara dos Deputados,
Senado Federal, Secretaria do Estado da Educação MG (Cargo de Professor de
Língua Portuguesa e Inglesa) e vários outros.

Não ficarei aqui detalhando todos eles, pois acho que o interesse de vocês é
outro.

Logrei aprovação na Secretaria do Estado da Educação MG, hoje professor


efetivo do Estado de Minas Gerais.

Faço o que gosto e amo o que faço.

Ao longo desse período recebi convite do site CONCURSEIRO 24 HORAS para


escrever cursos focados nos TREs e aceitei o desafio.
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Ética do Servidor na Adm. Pública – Aula 01 – Código de Ética
Professor: Bruno Oliveira

Hoje, além de Direito Eleitoral, fico responsável pelos Regimentos Internos dos
Tribunais e com a disciplina específica.

Espero que gostem do meu trabalho, pois farei o meu melhor.

2. Apresentação do Curso

Trabalharemos ao longo de nossas aulas o seguinte conteúdo:

ÉTICA DO SERVIDOR NA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA: 1. Ética e moral. 2. Ética,


princípios e valores. 3. Ética e democracia: exercício da cidadania. 4. Ética e
função pública. 5. Ética no Setor Público. 5.1. Decreto nº 1.171/1994 (Código
de Ética Profissional do Servidor Público Civil do Poder Executivo Federal)
5.2. Resoluções 1 a 10 da Comissão de Ética Pública da Presidência da
República.

GESTÃO DE PESSOAS E DO ATENDIMENTO AO PÚBLICO. 1. Desafios da


Ouvidoria Pública no Brasil. 2. Carta de Serviços ao Cidadão. Decreto nº
6.932/2009. 3. Lei de Acesso a Informação - Lei 12.527/2011.

Percebam que estaremos trabalhando em torno de dois grupos de itens do


Edital.

Abaixo segue o Cronograma de nossas aulas:


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Ética do Servidor na Adm. Pública – Aula 01 – Código de Ética
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Como vocês podem observar meus amigos concurseiros, estaremos juntos por
aproximadamente 2 meses. Tenho certeza que ao longo desse tempo iremos
aprender muito uns com os outros.

Além do nosso fórum de discussões, meu email


(brunooliveira@concurseiro24horas.com.br) estará disponível para
esclarecimento de dúvidas e aguardarei ansiosamente sugestões também viu?

Friso a palavra “SUGESTÕES”, pois somente faremos um curso de excelência


se ambas as partes, (EU e VOCÊS) estivermos engajados e é claro que
estaremos, não é?

Sem delongas, vamos à nossa Aula 01 abordando o tema: Código de Ética


Profissional do Servidor Público – Decreto nº 1.171/94

Trataremos nessa aula sobre a história da Ética, conceito e diferenças entre


ética, moral e valores, ética no mundo empresarial e o Decreto propriamente
dito. Bora começar os trabalhos?

3. Introdução Histórica

Iniciaremos nossos estudos por uma breve introdução histórica sobre a Ética.
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Ética do Servidor na Adm. Pública – Aula 01 – Código de Ética
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O Professor Marcos Gonçalves da Silva, da Faculdade Getúlio Vargas, fez


um estudo e constatou que se a conta da corrupção fosse dividida com todos os
brasileiros, o custo, para cada um, corresponderia a R$ 6.658,00 (seis mil
seiscentos e cinqüenta e oito reais) por ano, impedindo que a renda per capita
anual do brasileiro salte de aproximadamente R$ 7.000,00 (sete mil reais) para
R$ 9.500,00 (nove mil e quinhentos reais).

Um absurdo não é?

A humanidade tem assistido a muitas mudanças em quase todos os sentidos da


vida humana. O desenvolvimento tecnológico está atingindo termos jamais
antes imaginados ou mesmo concebidos pelo ser humano.

As mudanças decorrentes da evolução e acontecer históricos são muito


significativos e representam um exemplo do que pode acontecer com os
esforços de criação da mente humana.

Nos campos das descobertas da medicina, da indústria, da tecnologia para a


fabricação de utensílios que facilitem a vida dos seres humanos e em todos os
demais jamais se assistiu a tamanho desenvolvimento.

Com tudo isso, a conclusão a que se pode chegar é a de que a vida de cada
homem e de cada mulher só pode ter melhorado, em relação ao que se vivia
até então no planeta terra.

No campo da história, os acontecimentos mais importantes têm ocorrido em


uma velocidade que impressiona.

Na economia, grande impulsionadora da primeira, uma nova dimensão impera a


partir das modificações políticas mais importantes do decorrer do século XX.

O socialismo soviético não logrou êxito em sua expansão ao redor do planeta


para se instalar o comunismo universal, onde o homem não explorasse o seu
semelhante. Na verdade, quem conheceu o regime socialista de perto e em
operação constatou que a teoria podia ser muito bem pensada por Karl Marx,
entretanto, a prática não se distanciava muito de outros regimes político
econômicos mais tradicionais.

Chegou-se a falar no fim da história. Nunca como antes tanto se falou em


reformar o Estado, reengenharia constitucional, reduzir ou acabar com os
privilégios.

A burocracia estatal e os servidores públicos foram condenados a serem


portadores de toda a culpa por um suposto mau funcionamento do aparelho do
Estado.
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Ética do Servidor na Adm. Pública – Aula 01 – Código de Ética
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As reformas constitucionais elaboradas com vistas à melhoria do serviço público


ganharam tons positivos como o incremento da necessidade de estudos e
preparação dos servidores. No entanto, pecaram na principal forma de se
desenvolver a Administração Pública brasileira, ou seja, não sem focaram na
pessoa do servidor público como principal fonte de mudanças positivas para o
funcionamento do aparelho do Estado.

E o que é pior, assumiram como modelos de administração pública dois países


com pouco mais de cinquenta anos de desenvolvimento de direito
administrativo (Estados Unidos da América e Inglaterra). Abandonou-se a
tradicional escola francesa de administração pública para assumir o modelo
gerencial, advindo principalmente de uma obra chamada “Reinventing
Government”, de David Osborne e Tedd Gaebler. Note-se que este livro foi o
modelo utilizado na reforma administrativa do governo democrata
estadunidense na última década do século XX.

A guerra-fria acabou com a queda do muro de Berlim, no ano de 1989.

Os países socialistas se viram obrigados a aceitar o capitalismo como única


realidade na face da terra. Tiveram que “abrir seus mercados”, desejar receber
o “tão importante” capital internacional.

Os Estados Unidos da América são a única potência militar do planeta. E nesta


condição, invadem os países que desejam, quando e como quiserem em nome
da guerra contra o terrorismo.

Assistimos a um aumento de velocidade de produção de informações nunca


conhecido. As fontes de pesquisa são incrementadas pela rede mundial de
computadores. Uma pessoa hoje pode, se sair de casa, em seu computador
pessoal, obter informações nas maiores bibliotecas, escolas e centros culturais
do mundo.

As distâncias no planeta terra estão cada vez menores. Ou seja, a cada dia que
se passa, menos tempo é levado para se deslocar de um lugar ao outro,
materialmente ou virtualmente.

A ética é um dos assuntos mais lembrados ao se falar em negócios, política e


relacionamentos humanos. Isto diz respeito ao posicionamento ético ou moral
das pessoas.

Em face das conquistas tecnológicas atuais, a ética está mais do que nunca
presente aos debates a respeito do comportamento humano.

O estudo da ética é sempre necessário em decorrência da necessidade das


pessoas orientarem seu comportamento de acordo com a nova realidade que se
vislumbra diariamente na vida social.2
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Ética do Servidor na Adm. Pública – Aula 01 – Código de Ética
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A pergunta que não se cala, entretanto, é a seguinte: E o ser humano, em seus


problemas fundamentais, sua conduta, seus anseios e seus valores, foi capaz de
evoluir? Alguma coisa mudou?

Você, isso você que está do outro lado, se considera ético?

Professor, eu nem sei o que é isso? Como vou respondê-lo.

Por isso estou aqui meu amigo. Agora vamos tratar dos conceitos de Ética e
diferenciá-los de outros dispositivos.

4. Conceito de Ética

A ética é uma ciência, um ramo da Filosofia.

A reflexão sobre a postura ética dos indivíduos transcende o campo individual e


alcança o plano profissional dos seres humanos.

Entretanto, na busca de não se resumir o ser humano a um autômato, mero


cumpridor de normas ou etiquetas sociais, devemos buscar alcançar a razão de
ser dos comportamentos.

A ética está no nosso cotidiano. Em jornais, revistas, diálogos e outros aspectos


de nossa realidade social, a ética é utilizada, lembrada, esquecida, mencionada
ou até mesmo exigida.

CAMARGO define a ética, de acordo com Sertillanges: “Ciência do que o


homem deve ser em função daquilo que ele é”.

O termo Ética deriva do grego ethos (morada, caráter, modo de ser de uma
pessoa). Heidegger da ao “ethos” o significado de “morada do ser”. A ética
serve para que haja um equilíbrio e bom funcionamento social, possibilitando
que ninguém saia prejudicado. Neste sentido, a ética, embora não possa ser
confundida com as leis, está relacionada com o sentimento de justiça social.

A ética indica direções, descortina horizontes para a própria realização do ser


humano. Ela é “a construção constante de um “sim” a favor do
enriquecimento do ser pessoal.

A ética analisa o bem como prática de amor em diferentes formas. Além disto,
outro aspecto da ética é o da conduta que respeita e não prejudica a terceiros
ou a si mesmo.
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Ética do Servidor na Adm. Pública – Aula 01 – Código de Ética
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Um dos significados do termo grego “ethos” é “costumes”. A palavra “moral”


também vem do latim e significa “costumes”.

Para o autor mexicano SANCHEZ: “A ética é a teoria ou ciência do


comportamento moral dos homens em sociedade”

Em outros termos, ética é a ciência de uma forma específica de comportamento


humano.

De uma forma mais simples temos que Ética:

• Conjunto de valores morais e princípios que norteiam a


Ética conduta humana na sociedade.

A ética é construída por uma sociedade com base nos valores históricos e
culturais, ou seja, antecede qualquer lei ou código. Do ponto de vista da
Filosofia, a Ética é uma ciência que estuda os valores e princípios morais de
uma sociedade e seus grupos.

É possível, então, dizer que:

a) a ética é um princípio;

b) a ética é permanente, porque é universal;

c) a ética é teórica;

d) a ética se refere mais à questão dos costumes e tradições de uma sociedade


como um todo.

A ética busca a Reflexão filosófica sobre a moral, procura justificar a moral, seu
objeto é o que guia a ação e objetivo é guiar e orientar racionalmente a vida
humana.

4.1 Administração Pública e Ética

Veremos agora a relação entre o serviço público e a Ética.

Og Roberto Dória escreveu um ensaio, no ano de 1994, a respeito do tema


ética e profissionalização na Administração Pública brasileira. O autor entende a
ética e a profissionalização como caminhos importantes para a retomada da
credibilidade da administração pública.
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O Estado Brasileiro se expandiu em busca de atender às necessidades de


modernização do país. Entretanto, este estado de coisas gerou uma crise
estrutural que denuncia um Estado cada vez mais distante das aspirações da
sociedade.

A crise teria passado acerca do financiamento do poder público. Esta crise


colocaria em dúvida a capacidade de um Estado intervencionista responder às
necessidades sociais.

O objetivo de se reformar o Estado seria o de reestruturá-lo, redimensioná-lo,


redesenha-lo, enfim, para fazer do mesmo mais eficiente e capaz de atender
aos anseios mais importantes da sociedade e não apenas os específicos de
grupos de pessoas.

Dentro de um novo contexto de relacionamento das relações entre o setor


público e o privado, exigiu-se a criação de uma nova dimensão, a qual veio a
ser chamada de terceiro setor. O terceiro setor permitiria, assim, uma melhor
coexistência dos interesses públicos e dos interesses privados.

No que toca à estrutura de decisões dentro da Administração Pública, o que se


viu foi uma tentativa de se centralizar as decisões políticas estratégicas e
descentralizar a sua efetivação. Já se falava, então, na criação de estruturas
que possibilitem controle popular sobre a ação governamental.

Outro ponto relevante das reformas iniciadas àquela época foi a atenção dada
às escolas de governo. Estas escolas foram criadas com o intuito de formar,
aperfeiçoar e aumentar a profissionalização dos agentes públicos da
Administração. Capacitação e sistema de carreiras se destacavam no contexto
de implantação então criado.

No tocante à ética e governo, Dória registra a preocupação crescente existente


nos meios acadêmicos e nos meios formadores de opinião a respeito da
governabilidade. O caso seria de se solidificar a autoridade do poder público,
sob pena de não se ter capacidade de manutenção das coisas como estão e
resistir às pressões sociais.

Doria lembra o seguinte pensamento Charles de Secondat (Barão de


Montesquieu): “todo aquele que detém poder tende a abusar dele e assim
procederá enquanto não encontrar limites”. E conclui que é característico do
sistema republicano justamente estes mecanismos adequados ao controle
político.

É por parte dos agentes públicos que passaria a responsabilidade de derrotar a


indiferença cotidiana. E indica um caminho:
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“Isto somente pode ser feito se houver uma mudança radical na cultura da
própria sociedade e, mais especificamente, na cultura pública. E um dos valores
fundamentais para esta “virada” é a ética, não obstante este referencial tenha
permanecido latente nos últimos anos, no Brasil”.

Seguindo Max Weber, a reafirmação da ética estaria associada à legitimidade,


ou seja, a identidade entre um grupo e seu líder. A legitimidade posteriormente
acabou se transformando na pura legalidade.

Esta transformação teria se passado pela simples assimilação de que a relação


entre líder e grupo passasse a ser feita por meio de representantes escolhidos,
ou seja, por meio dos legisladores escolhidos para criar os documentos escritos
com as normas que representassem os anseios populares.

Desta forma, a ética foi afastada como referencial da vida política e foi
substituída pela simples escusa de que o que era feito, o era em nome de se
alcançar resultados específicos, por bem ou por mal. Exemplo disto é a
aceitação de certos políticos mediante o trocadilho: “rouba mas faz”.

Entretanto, o mundo mudou de forma que hoje a pressão pela alteração do


Estado para um patamar mais democrático e eficiente é decisiva. Com isso, se
os resultados propostos não forem alcançados, a cobrança é imediata sob
alegação de falta de ética causadora da ingovernabilidade.

A ética no serviço público está diretamente relacionada com a conduta dos


funcionários que ocupam cargos públicos. Tais indivíduos devem agir conforme
um padrão ético, exibindo valores morais como a boa fé e outros princípios
necessários para uma vida saudável no seio da sociedade.

• Manifestação de comportamento do indivíduo, esta pode


CONDUTA ser boa ou má, dependendo do código moral, ético do
grupo onde aquele se encontra.

• São conceitos que adquirimos ao longo da vida com base


nos ensinamentos e influências que recebemos. Tais
VALORES conceitos norteiam nossa forma de ver o mundo e de agir
MORAIS em sociedade, impondo limites ao nosso comportamento,
uma vez que muitas vezes tais valores entram em conflito
com nossos desejos.

Quando uma pessoa é eleita para um cargo público, a sociedade deposita nela
confiança e espera que ela cumpra um padrão ético. Assim, essa pessoa deve
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estar ao nível dessa confiança e exercer a sua função seguindo determinados


valores, princípios, ideais e regras.

De igual forma, o servidor público deve assumir o compromisso de promover a


igualdade social, de lutar para a criação de empregos, de desenvolver a
cidadania e de robustecer a democracia. Para isso ele deve estar preparado
para pôr em prática certas virtudes que beneficiem o país e a comunidade a
nível social, econômico e político.

• Virtude é a disposição de um indivíduo de praticar o bem.


Trata-se bem mais do que uma simples característica ou
aptidão. Virtudes são todos os hábitos constantes que
VIRTUDE levam o homem para o bem, quer como indivíduo, quer
como espécie, quer pessoalmente, quer coletivamente.
Segundo Aristóteles, é uma disposição adquirida de fazer
o bem,e elas se aperfeiçoam com o hábito.

Um profissional que desempenha uma função pública deve ser capaz de pensar
de forma estratégica, inovar, cooperar, aprender e desaprender quando
necessário, elaborar formas mais eficazes de trabalho. Infelizmente os casos de
corrupção no âmbito do serviço público são fruto de profissionais que não
trabalham de forma ética.

4.2 Moral, Ética e Direito

Se eu perguntasse a você agora o que é Ética bem provável que você misturará
conceitos, tratando ainda sobre Moral e Direito.

Não é?

A sensação geral é de que ética, a moral e o próprio Direito são a mesma coisa.

Esta sensação não é de toda incorreta, porque a palavra “ética” vem do grego
“ethos", e tem seu correlato no latim "morale", e quer dizer “Conduta”, ou tudo
que é “relativo aos costumes”.

No contexto filosófico, ética e moral possuem diferentes significados. A ética


está associada ao estudo fundamentado dos valores morais que orientam o
comportamento humano em sociedade, enquanto a moral são os costumes,
regras, tabus e convenções estabelecidas por cada sociedade.
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Ética do Servidor na Adm. Pública – Aula 01 – Código de Ética
Professor: Bruno Oliveira

Os termos possuem origem etimológica distinta. A palavra “ética” vem do Grego


“ethos” que significa “modo de ser” ou “caráter”. Já termo latino “morales” que
significa “relativo aos costumes”.

Segundo o escritor Durkheim1 explicava Moral como a “ciência dos


costumes”, sendo algo anterior à própria sociedade. A Moral tem caráter
obrigatório.

Já a palavra Ética para Motta2 (1984) definiu como um “conjunto de valores


que orientam o comportamento do homem em relação aos outros homens na
sociedade em que vive, garantindo, outrossim, o bem-estar social”, ou seja,
Ética é a forma que o homem deve se comportar no seu meio social.

A Moral sempre existiu, sendo, portanto anterior ao Direito. Nem todas as


regras Morais são regras jurídicas. O campo da moral é mais amplo. A
semelhança que o Direito tem com a Moral é que ambas são formas de controle
social.

A Ética teria surgido com Sócrates3, pois se exigi maior grau de cultura. Ela
investiga e explica as normas morais, pois leva o homem a agir não só por
tradição, educação ou hábito, mas principalmente por convicção e inteligência.
Vásquez (1998) aponta que a Ética é teórica e reflexiva, enquanto a Moral é
eminentemente prática. Uma completa a outra, havendo um inter-
relacionamento entre ambas, pois na ação humana, o conhecer e o agir são
indissociáveis.

MORAL • Relativo aos COSTUMES. Conjunto de regra de convívio.

ÉTICA • Conceito ligado ao COMPORTAMENTO.

DIREITO • Regras impostas à Sociedade.

No sentido prático, a finalidade da ética, da moral e do direito são muito


semelhantes. Todas são responsáveis e objetivam construir as bases que vão
guiar a conduta do homem, determinando o seu caráter, altruísmo e virtudes, e
por ensinar a melhor forma de agir e de se comportar em sociedade.

1
http://www.coladaweb.com/biografias/emile-durkheim
2
MOTTA, Nair de Souza. Ética e vida profissional. Rio de Janeiro: Âmbito Cultural, 1984.
3
http://www.coladaweb.com/filosofia/socrates
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MORAL

ÉTICA

DIREITO

A moral tem um caráter prático imediato, visto que faz parte integrante da vida
quotidiana da sociedade e dos indivíduos, não só por ser um conjunto de regras
e normas que regem a nossa existência, dizendo-nos o que devemos ou não
fazer, mas também porque está presente no nosso discurso e influencia os
nossos juízos e opiniões. A noção do imediato vem do fato de a usarmos
continuamente.

A ética, pelo contrário, é uma reflexão filosófica, logo puramente racional,


sobre a moral. Assim, procura justificá-la e fundamentá-la, encontrando as
regras que, efetivamente, são importantes e podem ser entendidas como uma
boa conduta a nível mundial e aplicável a todos os sujeitos, o que faz com que a
ética seja de caráter universalista, por oposto ao caráter restrito da moral, visto
que esta pertence a indivíduos, comunidades e/ou sociedades, variando de
pessoa para pessoa, de comunidade para comunidade, de sociedade para
sociedade.

O objeto de estudo da ética é, portanto, o que guia a ação: os motivos, as


causas, os princípios, as máximas, as circunstâncias; mas também analisa as
consequências dessas ações. A moral também se apresenta como histórica,
porque evolui ao longo do tempo e difere no espaço, assim como as próprias
sociedades e os costumes. No entanto, uma norma moral não pode ser
considerada uma lei, apesar da semelhança, porque não está escrita, mas sim
como base das leis, pois a grande maioria das leis é feita tendo em conta
normas morais. Outra importante característica da moral (e esta sim a difere da
lei) é o fato desta ser relativa, porque algo só é considerado moral ou imoral
segundo um determinado código moral, sendo este diferente de indivíduo para
indivíduo. Finalmente, a ética tem como objetivo fundamental levar a
modificações na moral, com aplicação universal, guiando, orientando,
racionalmente e do melhor modo a vida humana.

CHAUÍ, afirma:
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“para que haja conduta ética é preciso que exista o agente consciente,
isto é, aquele que conhece a diferença entre bem e mal, certo e errado,
permitido e proibido, virtude e vício”.

5 Ética aplicada: noções de ética Empresarial e Profissional

5.1 Ética empresarial

A ética empresarial é à forma moralmente correta com que as empresas


interagem com o seu meio envolvente. A ética em si é referente à teoria da
ação justa e moral, tendo frequentemente um significado equivalente ao da
filosofia moral. Da mesma forma que a ética estabelece as leis que determinam
a conduta moral da vida pessoal e coletiva, a ética empresarial determina a
conduta moral de uma empresa, seja ela pública ou privada.

A ética empresarial fortalece uma empresa, melhorando a sua reputação e


tendo também um impacto positivo nos seus resultados. Uma empresa que
cumpra determinados padrões éticos vai crescer, favorecer a sociedade, os
seus fornecedores, clientes, funcionários, sócios e até mesmo o governo.

A ética empresarial é uma prática essencial de uma empresa, assim como a


responsabilidade social e responsabilidade socioambiental. Um dos grandes
benefícios da ética empresarial é que ela é reconhecida e valorizada pelo
cliente, sendo estabelecida uma relação de confiança.

Ética Confiança
Lucratividade
empresarial clientes

Essa relação, baseada na satisfação do cliente, vai originar lucro para a


empresa, ajudando a que ela cumpra os seus objetivos. No entanto, a confiança
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com o cliente é algo que pode demorar certo tempo, e pode ser perdida com
algum erro cometido a nível empresarial.

A ética empresarial é a razão de ser de uma empresa, e as empresas que não


funcionam de forma ética, por exemplo, tentando ganhar dinheiro fácil
enganando os clientes, estão conde nadas ao fracasso.

O gerenciamento da ética nas empresas e das relações de trabalho é um dos


pilares de sustentação das empresas. As instituições que pretendem ter vida
longa necessitam estabelecer relações éticas com todos os seus públicos.

ÉTICA SUCESSO
COMERCIAL EMPRESARIAL

Em negociações comerciais, a necessidade da existência de regras de


comportamentos, bem como direitos e deveres respeitados e obedecidos é
talvez ainda mais importante. Em ética empresarial, a menor das infrações
provoca um impacto gravíssimo na reputação de uma companhia ou das
equipes que a compõe. O que foi construído em um longo tempo é perdido
rapidamente.

Um exemplo de prejuízo foi da empresa Siemens que numa atitude de tentar


subordinar uma parte do processo de negociação, teve um prejuízo de 1,4
bilhões de dólares. Quanto mais houver obediência espontânea de ética, menos
tempo e dinheiro serão desviados para a defesa de eventuais comportamentos
não éticos.

5.2 Ética profissional

O profissional precisa agir de maneira ética, o indivíduo precisa cumprir


com suas responsabilidade e atividades da profissão, seguindo os princípios
determinados pela sociedade e pelo seu grupo de trabalho. Importância à ética
profissional e consequentemente das organizações é considerada um fator
importantíssimo para a sobrevivência delas, tanto das pequenas quanto das
grandes empresas.

• Conjunto de normas de conduta que deverão ser postas em


prática no exercício de qualquer profissão.
Ética
Profissional • Seria a ação "reguladora" da ética agindo no desempenho
das profissões, fazendo com que o profissional respeite seu
semelhante quando no exercício da sua profissão.
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A ética profissional estuda e regula o relacionamento do profissional com sua


clientela, visando à dignidade humana e a construção do bem-estar no contexto
sociocultural onde exerce sua profissão. Ela atinge todas as profissões e quando
falamos de ética profissional estamos nos referindo ao caráter normativo e até
jurídico que regulamenta determinada profissão a partir de estatutos e códigos
específicos.

Assim, como a ética médica, do advogado, engenheiro, administrador, biólogo,


etc. Acontece que, em geral, as profissões apresentam a ética firmada em
questões muito relevantes que ultrapassam o campo profissional em si.
Questões como o aborto, pena de morte, sequestros, eutanásia, AIDS, por
exemplo, são questões morais que se apresentam como problemas éticos -
porque pedem uma reflexão profunda - e, um profissional, ao se debruçar sobre
elas, não o faz apenas como tal, mas como um pensador, um "filósofo da
ciência", ou seja, da profissão que exerce.

Sendo a ética inerente à vida humana, sua importância é bastante evidenciada


na vida profissional, porque cada profissional tem responsabilidades individuais
e responsabilidades sociais, pois envolvem pessoas que dela se beneficiam.

A ética é ainda indispensável ao profissional, porque na ação humana "o fazer"


e "o agir" estão interligados. O fazer diz respeito à competência, à eficiência
que todo profissional deve possuir para exercer bem a sua profissão. O agir se
refere à conduta do profissional, ao conjunto de atitudes que deve assumir no
desempenho de sua profissão. Constata-se então o forte conteúdo ético
presente no exercício profissional e sua importância na formação de recursos
humanos.

No âmbito empresarial, significa uma filosofia ou ética do serviço. Ou seja, é na


medida em que o meu produto, a maneira de produzi-lo e tudo mais que eu
faço em relação a ele representarem um serviço para o mercado, que minha
empresa poderá obter um resultado econômico válido.

Aqui, o valor maior é a solidariedade, o objetivo maior é o crescimento do


outro. O lucro, o benefício econômico é um subproduto.

Devemos esclarecer ainda, que todos os códigos de ética profissional, trazem


em seu texto a maioria dos seguintes princípios: honestidade no trabalho,
lealdade na empresa, alto nível de rendimento, respeito a dignidade humana,
segredo profissional, observação das normas administrativas da empresa e
muitos outros.

Por sua vez, o Código de Ética é um instrumento criado para orientar o


desempenho das empresas em suas ações e na interação com seus públicos.
Para um envolvimento maior, é importante que a empresa faça um código de
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Ética do Servidor na Adm. Pública – Aula 01 – Código de Ética
Professor: Bruno Oliveira

ética bem objetiva, com o intuito de facilitar a compreensão dos seus


funcionários.

5.3 A gestão da ética nas empresas

Há empresas que possuem seus códigos de conduta, numa demonstração à


sociedade sobre seus pressupostos éticos. A finalidade da empresa, sob a ótica
da teoria clássica é a maximização dos lucros.

Modernamente, o escopo empresarial ancora-se, também, no conceito da


exploração da atividade econômica, sob a ótica de que ela (empresa) é algo
mais que um negócio. Além do interesse da empresa em si, há um interesse
social a ser perseguido. A empresa que adota uma cultura ética, possivelmente,
reduzirá seus custos de coordenação.

Segundo Mestre Ercílio Denny, "A cultura do conflito é mais cara que a
cultura da cooperação". A empresa que não pugna por um comportamento
ético, estará, fatalmente, fadada ao insucesso.

Infelizmente há diferença de tratamento tanto na gestão de empresas privadas


quanto nas empresas públicas. Na empresa privada, é necessário ser flexível
ou a empresa não terá lucro e com o tempo terá que fechar as portas. Já na
empresa pública é diferente. As diferenças entre a gestão da empresa privadas
e públicas é que a enquanto na primeira o gestor pode fazer tudo aquilo que
não for proibido, na outra é necessário seguir o que a lei manda, dentro dos
rigores dos ritos administrativos.

Vamos treinar um pouco!

QUESTÃO 01 (CESPE - 2010 - Caixa - Técnico Bancário – Administrativo) Com


relação à ética, à moral e às virtudes, bem como às suas aplicações no contexto
de empresas e organizações públicas, assinale a opção correta.

a) Uma cultura empresarial pode ser caracterizada pela ética na medida em que
seus valores, e não as pessoas que integram a organização ou os produtos e
serviços por ela oferecidos à sociedade apresentam tal característica.

b) Condutas éticas são aprendidas somente no contexto familiar. Dessa forma,


um sistema de desenvolvimento, monitoramento e controle dos ambientes
interno e externo de uma organização é ineficaz para detectar pontos que
possam causar uma conduta antiética.

c) Ao analisar a ética da virtude, pesquisas mostram que as empresas que


possuem culturas fracas costumam prezar valores como fidelidade e justiça,
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enfatizando o bem-estar das pessoas e o sentido de pertencer a algo,


promovendo a lealdade.

d) Pessoas são caracterizadas, entre outras coisas, por suas virtudes e pelos
seus vícios, sendo que ambos pressupõem valores que, se não forem traduzidos
em ações, perdem seu sentido.

e) A responsabilidade pelas condutas éticas das empresas públicas se restringe


à alta administração e aos gerentes, pois eles são responsáveis pelas principais
decisões nas empresas.

COMENTÁRIOS: Vamos analisar as assertivas:

a) A cultura empresarial será caracterizada pela ética na medida em que a


organização, as pessoas, os produtos e serviços oferecidos estejam em
conformidade com os princípios morais e as regras do bem aceitas pela
sociedade. INCORRETA.

b) A consciência ética se desenvolve mediante o relacionamento com o meio


social, estudos, vivencias e não somente com a família. INCORRETA.

c) Muito pelo contrário. Empresas culturalmente fracas não prezam por valores
como fidelidade e justiça. INCORRETA.

d) Correta! Cada pessoa tem uma cultura, ética, moral e condutas inerentes a
seu ser. Cada um tem uma visão diferente de mundo. Por

e) A conduta ética deve ser aplicada por todos os envolvidos na organização


empresarial, visto que ela faz parte da vida humana, tendo responsabilidades
individuais e sociais. INCORRETO.

GABARITO DA QUESTÃO: LETRA “D”.

QUESTÃO 02 (CONSULPLAN - 2008 - Correios - Agente de Correios -


Atendente Comercial) “A maioria dos autores define que a moral é a parte
subjetiva da ética.” Esta afirmativa define que:

a) A moral disciplina o comportamento do homem consigo mesmo.

b) A moral trata dos costumes, deveres e modo de proceder dos homens para
com os outros homens.

c) O mundo ético é o mundo dos juízos de valor.

d) A moral busca a justiça e a equidade natural.


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Ética do Servidor na Adm. Pública – Aula 01 – Código de Ética
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e) Todas as alternativas anteriores completam o enunciado corretamente.

COMENTÁRIOS: “No contexto filosófico, ética e moral possuem diferentes


significados”. A ética está associada ao estudo fundamentado dos valores
morais que orientam o comportamento humano em sociedade, enquanto a
moral são os costumes, regras, tabus e convenções estabelecidas por cada
sociedade.

Os termos possuem origem etimológica distinta. A palavra “ética” vem do Grego


“ethos” que significa “modo de ser” ou “caráter”. Já a palavra “moral” tem
origem no termo latino “morales” que significa “relativo aos costumes”.

Ética é um conjunto de conhecimentos extraídos da investigação do


comportamento humano ao tentar explicar as regras morais de forma racional,
fundamentada, científica e teórica. É uma reflexão sobre a moral.

Moral é o conjunto de regras aplicadas no cotidiano e usadas continuamente por


cada cidadão. Essas regras orientam cada indivíduo, norteando as suas ações e
os seus julgamentos sobre o que é moral ou imoral, certo ou errado, bom ou
mau.

GABARITO DA QUESTÃO: LETRA “E”.

QUESTÃO 03 (IADES - 2011 - PG-DF - Técnico Jurídico - Apoio Administrativo)


Assinale a alternativa que estabelece corretamente as características de moral.

a) A moral resulta do conjunto de leis, costumes e tradições de uma sociedade


e é subordinada a ética comportamental definida em regras constitucionais.

b) Entende-se por moral, um conjunto de regras consideradas válidas para uma


maioria absoluta, que se valem dela para impor conduta ética aos demais
cidadãos.

c) A moral é mutável e varia de acordo com o desenvolvimento de cada


sociedade. Ela norteia os valores éticos na Administração Pública.

d) A moral é mais flexível do que a lei, por variar de indivíduo para indivíduo, e
afeta diretamente a prestação dos serviços públicos por criar condições para
uma ética flexível no atendimento às necessidades básicas da população.

e) A ética confunde-se com a moral como um dos parâmetros para a avaliação


do grau de desenvolvimento de determinada sociedade e, consequente,
padronização da prestação dos serviços públicos comunitários.

COMENTÁRIOS:
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a) Vish! Tudo errado! A ética não deve ser confundida com a LEI, embora com
certa frequência a lei tenha como base princípios éticos. E outra, ao contrário
com o que ocorre com a lei, nenhum indivíduo pode ser compelido, pelo Estado
ou por outros indivíduos, a cumprir as normas éticas.

b) Negativo! A moral não pode ser imposta a outros cidadãos. Cada um tem um
conceito de moral, a qual regula as relações para com seus pares.

c) Excelente! A assertiva está perfeita.

d) A ética no serviço público deve sempre buscar o bem comum

e) Moral é um conjunto de normas que regulam o comportamento do homem


em sociedade, e estas normas são adquiridas pelo cotidiano. Já Ética é a forma
que o homem deve se comportar no seu meio social.

GABARITO DA QUESTÃO: LETRA “C”.

No final do nosso encontro trataremos ainda de várias outras questões. Fique


tranquilo! Essas foram apenas para treinarmos um pouco, ok?

A partir de agora abordaremos o Código de Ética Profissional do Servidor


Público Civil do Poder Executivo Federal, mais conhecido como Decreto nº
1.171/94.

6. Decreto 1.171/1994

O comportamento ético do servidor público na sua vida particular só é exigível


se, pela natureza do cargo, houver uma razoável exigência do servidor se
comportar moralmente, como invariavelmente ocorre nas carreiras típicas de
Estado.

O que dizer então do Decreto 1.171, de 1994, que impõe o


comportamento ético e moral de todo e qualquer servidor, na sua vida
particular, independentemente da natureza do seu cargo?

Quando tal Código estabelece, logo no Capítulo I do Anexo, algumas “Regras


Deontológicas”, (vamos ver o significado daqui a pouco) quer dizer que o
servidor público está envolto em um sistema onde a moral tem forte influência
no desenvolvimento da sua carreira pública. Assim, quem passa pelo serviço
público sabe ou deveria saber que a promoção profissional e o adequado
cumprimento das atribuições do cargo estão condicionados também pela ética
e, assim, pelo comportamento particular do servidor.
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Veja que o referido Decreto cria normas de conduta, conhecidas no Direito


como normas materiais, porque impõem comportamentos.

O Decreto 1171 é inconstitucional, na medida em que impõe regras de


condutas, ferindo a Constituição. Esta Lei Máxima diz, no seu art. 5º, diz que
“ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em
virtude de lei” e que “não há crime sem lei anterior que o defina, nem pena sem
prévia cominação legal”. Esta lei citada pelo art. 5º é a norma primária, não
podendo ser confundida com a possibilidade de ser imposta normas de conduta
pela norma secundária.

Assim, não poderia ser imposta nenhuma norma de conduta a alguém via
Decreto, que é uma norma secundária, porque só a norma primária tem esta
capacidade constitucional.

Atualmente, com a nova redação do art. 84, inciso VI, dada pela Emenda
Constitucional n. 32, de 11 de setembro de 2001, é possível falar em Decreto
Autônomo. Isto é: é possível falar em Decreto como norma primária, para fins
de dispor sobre organização e funcionamento da Administração Pública Federal,

quando não houver aumento de despesa nem criação ou extinção de órgãos


públicos, e também para extinguir funções ou cargos públicos, quando vagos.

Somente uma grande força de interpretação, que chegaria a ultrapassar os


limites constitucionais do art. 84, VI, da CF/88, poderia aceitar que a criação de
normas de conduta para servidores públicos estaria inserta na organização e
funcionamento da Administração Pública Federal.

Apesar disto, o fato é que o Decreto Autônomo só apareceu verdadeiramente no


ordenamento jurídico nacional em 11 de setembro de 2001, e o Decreto 1.171
é de 22 de junho de 1994, quando não havia no ordenamento jurídico o Decreto
como norma primária.

Por isso, o Decreto 1171 não impõe coerção quanto às normas materiais nele
indicadas; impõe tão somente em relação às normas processuais, como a
obrigação de criação de Comissão de Ética por todas as entidades e órgãos
públicos federais.

Diante desta situação, o que resta do Código de Ética do Servidor do Poder


Executivo Federal, imposto pelo referido Decreto?

Continua com o mesmo vigor que sempre teve, porque o vigor nunca foi
sancionador ou coercitivo.

O então Ministro Chefe da Secretaria da Administração Federal da Presidência


da República, e presidente da Comissão Especial criada para estudar a
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construção do Código de Ética, Romildo Canhim, ao expor os motivos para o


Presidente da República da época, Itamar Franco, foi enfático, ao dizer o
seguinte:

“Para melhor se compreender a total separação entre o Código de Ética


e a lei que institui o regime disciplinar dos servidores públicos, basta a
evidência de que o servidor adere à lei por uma simples conformidade
exterior, impessoal, coercitiva, imposta pelo Estado, pois a lei se impõe
por si só, sem qualquer consulta prévia a cada destinatário, enquanto
que, no atinente ao Código de Ética, a obrigatoriedade moral incluir a
liberdade de escolha e de ação do próprio sujeito, até para discordar
das normas que porventura entenda injustas e lutar por sua adequação
aos princípios da Justiça. Sua finalidade maior é produzir na pessoa do
servidor público a consciência de sua adesão às normas preexistentes
através de um espírito crítico, o que certamente facilitará a prática do
cumprimento dos deveres legais por parte de cada um e, em
conseqüência, o resgate do respeito aos serviços públicos e à dignidade
social de cada servidor.”

Exatamente por isso, o Código de Ética cria regras deontológicas de ética, isto
é, cria um sistema de princípios e fundamentos da moral, daí porque não se
preocupa com a previsão de punição e

processo disciplinar contra o servidor antiético, apesar de, na maioria das


vezes, haver coincidência entre a conduta antiética e a necessidade de punição
administrativa. A verdadeira intenção do Código de Ética foi estimular os órgãos
e entidades públicas federais a promoverem o debate sobre a ética, para que
ela, e as discussões que dela se extrai, permeie amiúde as repartições, até com
naturalidade.

Das Regras Deontológicas

Regras deontológicas referem-se ao conjunto de princípios e regras de conduta


— os deveres — inerentes a determinado grupo profissional. Assim, cada classe
profissional está sujeito a uma deontologia própria a regular o exercício de sua
profissão, conforme o Código de Ética de sua categoria. Neste caso, é o
conjunto codificado das obrigações impostas aos profissionais de uma
determinada área, no exercício de sua profissão.

I - A dignidade, o decoro, o zelo, a eficácia e a consciência dos


princípios morais são primados maiores que devem nortear o servidor
público, seja no exercício do cargo ou função, ou fora dele, já que refletirá
o exercício da vocação do próprio poder estatal. Seus atos, comportamentos e
atitudes serão direcionados para a preservação da honra e da tradição dos
serviços públicos.
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Sim, você leu certo. O servidor deve manter-se ético não apenas no trabalho,
mas também fora dele, pois ele representa o serviço público perante a
sociedade.

II - O servidor público não poderá jamais desprezar o elemento ético de sua


conduta. Assim, não terá que decidir somente entre o legal e o ilegal, o
justo e o injusto, o conveniente e o inconveniente, o oportuno e o inoportuno,
mas principalmente entre o honesto e o desonesto.

Veja que a ética aqui é bem abrangente. O servidor público deve estar sempre
atento às questões legais, justas, convenientes e honestas.

III - A moralidade da Administração Pública não se limita à distinção entre


o bem e o mal, devendo ser acrescida da ideia de que o fim é sempre o bem
comum. O equilíbrio entre a legalidade e a finalidade, na conduta do servidor
público, é que poderá consolidar a moralidade do ato administrativo.

Não basta ser moral, deve-se primar pelo bem comum, finalidade de qualquer
ato administrativo.

IV- A remuneração do servidor público é custeada pelos tributos pagos


direta ou indiretamente por todos, até por ele próprio, e por isso se
exige, como contrapartida, que a moralidade administrativa se integre no
Direito, como elemento indissociável de sua aplicação e de sua finalidade,
erigindo-se, como consequência, em fator de legalidade.

V - O trabalho desenvolvido pelo servidor público perante a comunidade deve


ser entendido como acréscimo ao seu próprio bem-estar, já que, como
cidadão, integrante da sociedade, o êxito desse trabalho pode ser
considerado como seu maior patrimônio.

Ou seja, o servidor público também é beneficiado com o seu trabalho, visto que
ele também é um cidadão.

VI - A função pública deve ser tida como exercício profissional e, portanto, se


integra na vida particular de cada servidor público. Assim, os fatos e atos
verificados na conduta do dia-a-dia em sua vida privada poderão
acrescer ou diminuir o seu bom conceito na vida funcional.

Este inciso vem para complementar o inciso I. O que o servidor faz em sua vida
privada reflete em sua vida profissional, por isso deve manter a moral mesmo
quando não estiver em serviço.

VIII - Toda pessoa tem direito à verdade. O servidor não pode omiti-la ou
falseá-la, ainda que contrária aos interesses da própria pessoa
interessada ou da Administração Pública. Nenhum Estado pode crescer ou
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estabilizar-se sobre o poder corruptivo do hábito do erro, da opressão ou da


mentira, que sempre aniquilam até mesmo a dignidade humana quanto mais a
de uma Nação.

Ou seja, deve-se manter a verdade, “doa a quem doer”.

IX - A cortesia, a boa vontade, o cuidado e o tempo dedicados ao serviço


público caracterizam o esforço pela disciplina. Tratar mal uma pessoa que
paga seus tributos direta ou indiretamente significa causar-lhe dano moral. Da
mesma forma, causar dano a qualquer bem pertencente ao patrimônio público,
deteriorando-o, por descuido ou má vontade, não constitui apenas uma ofensa
ao equipamento e às instalações ou ao Estado, mas a todos os homens de boa
vontade que dedicaram sua inteligência, seu tempo, suas esperanças e seus
esforços para construí-los.

X - Deixar o servidor público qualquer pessoa à espera de solução que


compete ao setor em que exerça suas funções, permitindo a formação de
longas filas, ou qualquer outra espécie de atraso na prestação do serviço, não
caracteriza apenas atitude contra a ética ou ato de desumanidade, mas
principalmente grave dano moral aos usuários dos serviços públicos.

XI - O servidor deve prestar toda a sua atenção às ordens legais de seus


superiores, velando atentamente por seu cumprimento, e, assim, evitando a
conduta negligente. Os repetidos erros, o descaso e o acúmulo de desvios
tornam-se, às vezes, difíceis de corrigir e caracterizam até mesmo imprudência
no desempenho da função pública.

XII - Toda ausência injustificada do servidor de seu local de trabalho é


fator de desmoralização do serviço público, o que quase sempre conduz à
desordem nas relações humanas.

XIII - O servidor que trabalha em harmonia com a estrutura organizacional,


respeitando seus colegas e cada concidadão, colabora e de todos pode receber
colaboração, pois sua atividade pública é a grande oportunidade para o
crescimento e o engrandecimento da Nação.

Dos Principais Deveres do Servidor Público

XIV - São deveres fundamentais do servidor público:

a) desempenhar, a tempo, as atribuições do cargo, função ou emprego


público de que seja titular;
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b) exercer suas atribuições com rapidez, perfeição e rendimento, pondo


fim ou procurando prioritariamente resolver situações procrastinatórias,
principalmente diante de filas ou de qualquer outra espécie de atraso na
prestação dos serviços pelo setor em que exerça suas atribuições, com o fim de
evitar dano moral ao usuário;

c) ser probo, reto, leal e justo, demonstrando toda a integridade do seu


caráter, escolhendo sempre, quando estiver diante de duas opções, a
melhor e a mais vantajosa para o bem comum;

d) jamais retardar qualquer prestação de contas, condição essencial da


gestão dos bens, direitos e serviços da coletividade a seu cargo;

O servidor deve ser eficiente, não deve procrastinar [demorar] para a solução
de problemas.

e) tratar cuidadosamente os usuários dos serviços aperfeiçoando o


processo de comunicação e contato com o público;

f) ter consciência de que seu trabalho é regido por princípios éticos que
se materializam na adequada prestação dos serviços públicos;

g) ser cortês, ter urbanidade, disponibilidade e atenção, respeitando a


capacidade e as limitações individuais de todos os usuários do serviço público,
sem qualquer espécie de preconceito ou distinção de raça, sexo, nacionalidade,
cor, idade, religião, cunho político e posição social, abstendo-se, dessa forma,
de causar-lhes dano moral;

O servidor deve tratar com respeito! Atender a todos de igual forma.

h) ter respeito à hierarquia, porém sem nenhum temor de representar contra


qualquer comprometimento indevido da estrutura em que se funda o Poder
Estatal;

i) resistir a todas as pressões de superiores hierárquicos, de


contratantes, interessados e outros que visem obter quaisquer favores,
benesses ou vantagens indevidas em decorrência de ações imorais, ilegais
ou aéticas e denunciá-las;

O servidor deve respeitar a hierarquia, porém, no caso de ilegalidade, deve


representar contra seu superior.

j) zelar, no exercício do direito de greve, pelas exigências específicas da defesa


da vida e da segurança coletiva;
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l) ser assíduo e frequente ao serviço, na certeza de que sua ausência


provoca danos ao trabalho ordenado, refletindo negativamente em todo o
sistema;

m) comunicar imediatamente a seus superiores todo e qualquer ato ou


fato contrário ao interesse público, exigindo as providências cabíveis;

n) manter limpo e em perfeita ordem o local de trabalho, seguindo os


métodos mais adequados à sua organização e distribuição;

o) participar dos movimentos e estudos que se relacionem com a melhoria do


exercício de suas funções, tendo por escopo a realização do bem comum;

p) apresentar-se ao trabalho com vestimentas adequadas ao exercício


da função;

q) manter-se atualizado com as instruções, as normas de serviço e a legislação


pertinente ao órgão onde exerce suas funções;

r) cumprir, de acordo com as normas do serviço e as instruções superiores, as


tarefas de seu cargo ou função, tanto quanto possível, com critério,
segurança e rapidez, mantendo tudo sempre em boa ordem.

s) facilitar a fiscalização de todos os atos ou serviços por quem de direito;

t) exercer com estrita moderação as prerrogativas funcionais que lhe


sejam atribuídas, abstendo-se de fazê-lo contrariamente aos legítimos
interesses dos usuários do serviço público e dos jurisdicionados administrativos;

u) abster-se, de forma absoluta, de exercer sua função, poder ou


autoridade com finalidade estranha ao interesse público, mesmo que
observando as formalidades legais e não cometendo qualquer violação expressa
à lei;

v) divulgar e informar a todos os integrantes da sua classe sobre a existência


deste Código de Ética, estimulando o seu integral cumprimento.

Das Vedações ao Servidor Público

XV - É vedado ao servidor público;

a) o uso do cargo ou função, facilidades, amizades, tempo, posição e


influências, para obter qualquer favorecimento, para si ou para outrem;
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O uso do cargo para obter vantagens indevidas pode ser enquadrado como
crime de corrupção passiva.

b) prejudicar deliberadamente a reputação de outros servidores ou de


cidadãos que deles dependam;

c) ser, em função de seu espírito de solidariedade, conivente com erro


ou infração a este Código de Ética ou ao Código de Ética de sua profissão;

d) usar de artifícios para procrastinar ou dificultar o exercício regular


de direito por qualquer pessoa, causando-lhe dano moral ou material;

e) deixar de utilizar os avanços técnicos e científicos ao seu alcance ou


do seu conhecimento para atendimento do seu mister [dever];

f) permitir que perseguições, simpatias, antipatias, caprichos, paixões


ou interesses de ordem pessoal interfiram no trato com o público, com
os jurisdicionados administrativos ou com colegas hierarquicamente superiores
ou inferiores;

O servidor, no exercício de sua função, deve ser imparcial. Caso a prática de


um ato esteja comprometida, o servidor deve informar que não está apto para
praticar determinado ato em função de razões pessoais. Chama-se, nesse caso,
de suspeição.

g) pleitear, solicitar, provocar, sugerir ou receber qualquer tipo de


ajuda financeira, gratificação, prêmio, comissão, doação ou vantagem
de qualquer espécie, para si, familiares ou qualquer pessoa, para o
cumprimento da sua missão ou para influenciar outro servidor para o mesmo
fim;

São os famosos casos de corrupção, nos quais o servidor pede dinheiro para
praticar ou agilizar certos atos.

h) alterar ou deturpar o teor de documentos que deva encaminhar para


providências;

i) iludir ou tentar iludir qualquer pessoa que necessite do atendimento


em serviços públicos;

j) desviar servidor público para atendimento a interesse particular;

l) retirar da repartição pública, sem estar legalmente autorizado,


qualquer documento, livro ou bem pertencente ao patrimônio público;
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Veja que não há exceção. Se retirar uma simples resma de papel já estará
configurado o crime de Peculato.

m) fazer uso de informações privilegiadas obtidas no âmbito interno de seu


serviço, em benefício próprio, de parentes, de amigos ou de terceiros;

n) apresentar-se embriagado no serviço ou fora dele habitualmente;

Poxa professor! Quer dizer que vou passar no Concurso, ganhar meu rico
dinheirinho e não vou poder beber!

Nada disso, claro que você pode, e para quem gosta até faz bem! Lembra
inciso I que diz que o servidor deve ser ético tanto dentro quanto fora da
repartição, pois é o que não pode é estar “normalmente” bêbado! 

Atualmente o alcoolismo já vem sendo tratado como doença, mas meu querido
aluno, não queira sofrer desse mal.

o) dar o seu concurso a qualquer instituição que atente contra a moral, a


honestidade ou a dignidade da pessoa humana;

p) exercer atividade profissional aética ou ligar o seu nome a empreendimentos


de cunho duvidoso.

Trataremos agora sobre a Comissão de Ética.

Capítulo II – Das Comissões de Ética

XVI - Em todos os órgãos e entidades da Administração Pública Federal direta,


indireta autárquica e fundacional, ou em qualquer órgão ou entidade que exerça
atribuições delegadas pelo poder público, deverá ser criada uma Comissão de
Ética, encarregada de orientar e aconselhar sobre a ética profissional do
servidor, no tratamento com as pessoas e com o patrimônio público,
competindo-lhe conhecer concretamente de imputação ou de procedimento
susceptível de censura.

Temos aqui a obrigatoriedade de criação de uma Comissão de Ética que terá


como missão ORIENTAR e ACONSELHAR sobre a ética profissional do
servidor.

Outro ponto importante é que a pena que a Comissão de Ética imputa ao


servidor é a de CENSURA.

Portanto, qualquer outra pena que vir na sua prova apresentada pela Comissão
de Ética é errônea.
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XXII - A pena aplicável ao servidor público pela Comissão de Ética é a de


censura e sua fundamentação constará do respectivo parecer, assinado por
todos os seus integrantes, com ciência do faltoso.

Tratamos sobre isso agorinha!

XXIV - Para fins de apuração do comprometimento ético, entende-se por


servidor público todo aquele que, por força de lei, contrato ou de qualquer ato
jurídico, preste serviços de natureza permanente, temporária ou excepcional,
ainda que sem retribuição financeira, desde que ligado direta ou indiretamente
a qualquer órgão do poder estatal, como as autarquias, as fundações públicas,
as entidades paraestatais, as empresas públicas e as sociedades de economia
mista, ou em qualquer setor onde prevaleça o interesse do Estado.

A Comissão Ética entende como servidor, aquele que possui as seguintes


características:

 Presta serviço permanente, temporária ou excepcionalmente;


 Com ou sem retribuição financeira;
 Ligado direta ou indiretamente ao poder estatal;
 Prevalecimento do interesse do Estado.

Pronto, passaremos agora a resolução de algumas questões.

QUESTÃO 04 (CESPE - 2006 - Caixa - Técnico Bancário – NM - ADAPTADA) É


dever do servidor público ser cortês, ter urbanidade, disponibilidade e atenção,
respeitando a capacidade e as limitações individuais de todos os usuários do
serviço público, sem qualquer espécie de preconceito ou distinção de raça,
sexo, nacionalidade, cor, idade, religião, cunho político e posição social.

Julgue os itens subsequentes, com relação às ideias do texto acima.

I - O servidor público não pode desprezar o elemento ético de sua conduta.


Assim, o servidor público tem que decidir entre o legal e o ilegal, o conveniente
e o inconveniente, o oportuno e o inoportuno, bem como entre o honesto e o
desonesto.

II - Na gestão pública, é imprescindível o respeito à individualidade do outro.

III - Age contra a ética ou pratica ato de desumanidade o servidor público que
deixa, de forma injustificada, uma pessoa à espera de solução cuja competência
é do setor em que exerça suas funções, permitindo a formação de longas filas,
ou qualquer outra espécie de atraso na prestação do serviço.
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IV - Uma ética deontológica é aquela construída sobre o princípio do dever.·.

Considerando V para Verdadeiro e F para Falso, marque a alternativa que


retrata corretamente as assertivas acima.

a) V – V – F - F

b) V – F – V – V

c) V – V – V – V

d) Todas estão corretas

e) Todas estão incorretas

COMENTÁRIOS: Vamos analisar as assertivas uma a uma:

I – CORRETA. Do Código de Ética:

II - O servidor público não poderá jamais desprezar o elemento ético de sua


conduta. Assim, não terá que decidir somente entre o legal e o ilegal, o justo e
o injusto, o conveniente e o inconveniente, o oportuno e o inoportuno, mas
principalmente entre o honesto e o desonesto.

II – CORRETA. E onde a banca achou isso? No próprio código de ética:

São deveres fundamentais do servidor público:

g) ser cortês, ter urbanidade, disponibilidade e atenção, respeitando a


capacidade e as limitações individuais de todos os usuários do serviço
público, sem qualquer espécie de preconceito ou distinção de raça, sexo,
nacionalidade, cor, idade, religião, cunho político e posição social, abstendo-se,
dessa forma, de causar-lhes dano moral;

III – CORRETA. Questão literal do Código de Ética do Servidor Público, Seção


I:

X - Deixar o servidor público qualquer pessoa à espera de solução que compete


ao setor em que exerça suas funções, permitindo a formação de longas filas, ou
qualquer outra espécie de atraso na prestação do serviço, não caracteriza
apenas atitude contra a ética ou ato de desumanidade, mas principalmente
grave dano moral aos usuários dos serviços públicos.
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Ética do Servidor na Adm. Pública – Aula 01 – Código de Ética
Professor: Bruno Oliveira

IV – Questão bem tranquila. A Deontologia, um termo que foi introduzido em


1834 por JEREMY BENTHAM para referir-se ao ramo da ética, cujo objeto de
estudo são os fundamentos do dever e as normas morais. CORRETA.

GABARITO DA QUESTÃO: LETRA “D”.

QUESTÃO 05 (CESPE - 2006 - Caixa - Técnico Bancário – NM – ADAPTADA)


Marque a assertiva correta:

a) A ética ocupa-se basicamente de questões subjetivas, abstratas e


essencialmente de interesse particular do indivíduo.

b) A cortesia é uma característica que depende diretamente do nível de


instrução do indivíduo.

c) O servidor pode sugerir para o cliente que, se quiser agilidade no trato de


sua solicitação, se ele trouxer um vinho para o servidor, o processo dele será
mais rápido que o normal.

d) o servidor, em função de sua amizade com seu colega, sabendo da situação


financeira e psicológica do seu colega, pode ser solidário e não informar ao
superior às infrações que este colega vem cometendo.

e) caso o Servidor receba uma ordem manifestamente ilegal de seu chefe


imediato, este pode abster-se de cumpri-la.

COMENTÁRIOS:

a) Incorreta. A ética não se ocupa de questões subjetivas voltadas ao


interesse do indivíduo, mas sim para a coletividade. Lembre-se do que vimos no
Código de Ética:

III - A moralidade da Administração Pública não se limita à distinção entre o


bem e o mal, devendo ser acrescida da ideia de que o fim é sempre o bem
comum.

b) Incorreta! Isso não tem nada haver! Ser cortês, não t em relação com o
grau de instrução do servidor e em contraponto, a cortesia não pode ser feita
com distinção.

c) Nada disso, está incorreto. Vamos rever o que diz o Código de Ética:

XV - E vedado ao servidor público;


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g) pleitear, solicitar, provocar, sugerir ou receber qualquer tipo de ajuda


financeira, gratificação, prêmio, comissão, doação ou vantagem de qualquer
espécie, para si, familiares ou qualquer pessoa, para o cumprimento da sua
missão ou para influenciar outro servidor para o mesmo fim;

d) Incorreto. Veja o que diz o Código de Ética:

XV - E vedado ao servidor público;

c) ser, em função de seu espírito de solidariedade, conivente com erro ou


infração a este Código de Ética ou ao Código de Ética de sua profissão;

e) Correto. Vejamos o que diz o Código de Ética:

XIV - São deveres fundamentais do servidor público:

i) resistir a todas as pressões de superiores hierárquicos, de contratantes,


interessados e outros que visem obter quaisquer favores, benesses ou
vantagens indevidas em decorrência de ações imorais, ilegais ou aéticas e
denunciá-las;

GABARITO DA QUESTÃO: LETRA “E”.

QUESTÃO 06 (CESGRANRIO - 2008 - Caixa – Escriturário) Acerca das


situações de conflito de interesse a que podem estar sujeitos os servidos
públicos, em razão da função ou cargo público exercido, foram feitas as
afirmativas a seguir.

I - O servidor público deve comunicar a ocorrência de conflito de interesse ao


seu superior hierárquico.

II - O servidor público, para resolver o conflito de interesse existente, pode


transferir a propriedade dos bens relacionados ao referido conflito a sua esposa
ou filhos.

III - Haverá conflito de interesse quando o servidor público mantiver vínculo de


negócio com pessoa física ou jurídica que tenha interesse em sua decisão
individual.

IV- Haverá conflito de interesse quando o servidor público exercer atividade na


iniciativa privada que, pela sua natureza, implique utilização de informação
inerente ao cargo público ocupado.

Estão corretas as afirmativas


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a) I e III, apenas.

b) II e IV, apenas.

c) I, II e IV, apenas.

d) I, III e IV, apenas.

e) I, II, III e IV.

COMENTÁRIOS: Vamos analisar as assertivas:

I – Correta, pois na hipótese de conflito de interesses específico ou transitório


deve-se comunicar sua ocorrência ao superior hierárquico ou aos demais
membros de órgão colegiado de que faça parte à autoridade, em se tratando de
decisão coletiva, abstendo-se de votar ou participar da discursão do assunto.

II - Incorreta, pois uma maneira de prevenir a ocorrência de conflito de


interesses é transferir a administração dos bens direitos que possam suscitar
conflito de interesses a instituição financeira ou a administradora de carteira e
valores mobiliários autorizada a funcionar pelo Banco Central ou pela Comissão
de Valores Mobiliários e não a esposa e filhos.

III e IV – São Corretas, pois são atividades que suscitam conflito de interesses
entre outras: atividades que impliquem a prestação de serviços à pessoa física
ou jurídica ou a manutenção de vinculo de negócios om pessoa física ou jurídica
que tenha interesse m decisão individual ou coletiva da autoridade; atividades
que por sua natureza possam implicar o uso de informação à qual a autoridade
tenha acesso em razão do cargo e não são de conhecimento público.

GABARITO DA QUESTÃO: LETRA “D”

QUESTÃO 07 (FESMIP-BA - 2011 - MPE-BA - Assistente Administrativo –


Salvador - ADAPTADA) A relação de serviço que se estabelece entre o servidor
e a Administração tem um acentuado caráter ético, próprio do conceito de
dever. Considerando o quanto acima afirmado como verdadeiro, analise as
assertivas abaixo.

I - O dever de lealdade ou fidelidade à Administração exige de todo servidor


público a maior dedicação ao serviço e o integral respeito às leis, identificando-
o com os superiores interesses do Estado.
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II - O dever de obediência impõe ao servidor o acatamento às ordens ilegais de


seus superiores e sua fiel execução.

III - O servidor público não poderá jamais desprezar o elemento ético de sua
conduta, salvo casos previstos em lei.

IV - A função pública deve ser tida como exercício profissional e, portanto, não
se integra na vida particular do servidor público.

Escolha a alternativa que contempla as que estão corretas:

a) Apenas uma está correta

b) Apenas duas estão corretas

c) Apenas três estão corretas

d) Todas estão corretas

e) Nenhuma está correta

COMENTÁRIOS. Vamos analisar as assertivas:

I – Exato. Retrata o que vimos do Código de Ética. O servidor deve ser probo,
ético e agir de acordo com a lei, respeitando o interesse comum, que é o
interesse do Estado. Correta.

II – Nada disso. Se a ordem for ilegal, cabe ao servidor não cumpri-la e ainda
informar sobre a ilegalidade! Incorreta.

III. O servidor público não poderá jamais desprezar o elemento ético de


sua conduta. Assim, não terá que decidir somente entre o legal e o ilegal, o
justo e o injusto, o conveniente e o inconveniente, o oportuno e o inoportuno,
mas principalmente entre o honesto e o desonesto. Correta.

IV – INCORRETA. A função pública deve ser tida como exercício profissional e,


portanto, se integra na vida particular de cada servidor público. Assim, os fatos
e atos verificados na conduta do dia-a-dia em sua vida privada poderão
acrescer ou diminuir o seu bom conceito na vida funcional.

GABARITO DA QUESTÃO: LETRA “B”.

QUESTÃO 08 (INSTITUTO CIDADES - 2013 - MINC – Técnico de Nível


Superior) Assinale a opção que NÃO contém um dever fundamental do servidor
público nos termos do Código de Ética do Servidor Público:
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a) jamais retardar qualquer prestação de contas, condição essencial da gestão


dos bens, direitos e serviços da coletividade a seu cargo.

b) zelar, no exercício do direito de greve, pelas exigências específicas da defesa


da vida e da segurança coletiva.

c) ser assíduo e frequente ao serviço, na certeza de que sua ausência provoca


danos ao trabalho ordenado, refletindo negativamente em todo o sistema.

d) abster-se, de forma relativa, de exercer sua função, poder ou autoridade


com finalidade estranha ao interesse público, mesmo que observando as
formalidades ilegais e cometendo qualquer violação expressa à lei.

e) ter respeito à hierarquia, porém sem nenhum temor de representar contra


qualquer comprometimento indevido da estrutura em que se funda o poder
estatal.

COMENTÁRIOS:

Meus amigos, a questão solicita do candidato o domínio dos deveres do servidor


público de acordo com o Código de Ética.

Os deveres estão presentes na Seção II do Código.

Precisamos encontrar aquele que não é DEVER do servidor público.

Analisemos cada uma das alternativas:

Letra "A" - É dever. Presente na alínea d do inciso XIV

XIV - São deveres fundamentais do servidor público:

d) jamais retardar qualquer prestação de contas, condição essencial da gestão


dos bens, direitos e serviços da coletividade a seu cargo;

Letra "B" - É dever. Presente na alínea j do inciso XIV

XIV - São deveres fundamentais do servidor público:

j) zelar, no exercício do direito de greve, pelas exigências específicas da defesa


da vida e da segurança coletiva;

Letra "C" - É dever. Presente na alínea l do inciso XIV


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XIV - São deveres fundamentais do servidor público:

l) ser assíduo e freqüente ao serviço, na certeza de que sua ausência provoca


danos ao trabalho ordenado, refletindo negativamente em todo o sistema;

Letra "D" - Que erro grotesco não? Não é abster-se de forma relativa e sim
absoluta. Presente na alínea u do inciso XIV

XIV - São deveres fundamentais do servidor público:

u) abster-se, de forma absoluta, de exercer sua função, poder ou autoridade


com finalidade estranha ao interesse público, mesmo que observando as
formalidades legais e não cometendo qualquer violação expressa à lei;

Letra "E" - É dever. Presente na alínea h do inciso XIV

XIV - São deveres fundamentais do servidor público:

h) ter respeito à hierarquia, porém sem nenhum temor de representar contra


qualquer comprometimento indevido da estrutura em que se funda o Poder
Estatal;

Gabarito: Letra D

QUESTÃO 09 (UFBA - 2012 – Técnico de Tecnologia da Informação) Um


servidor público, sentindo dificuldade no desenvolvimento de seu trabalho,
atuou vagarosamente no exercício de suas funções, causando o acúmulo de
pessoas em filas para o atendimento. O chefe do setor chamava a sua atenção
para a necessária rapidez no atendimento, mas o funcionário, com medo de ser
colocado à disposição do setor de pessoal, não confessava a sua limitação no
desempenho de suas atividades.

Em referência à situação apresentada, pode-se afirmar:

Esse servidor, ao deixar as pessoas à espera de atendimento e permitir a


formação de longas filas, está ferindo o Código de Ética do servidor que, em seu
conjunto de regras e preceitos, enquadra o servidor não apenas contra a ética
ou ato de desumanidade, mas, principalmente, por grave dano moral aos
usuários dos serviços públicos.

Certo Errado

COMENTÁRIOS:

Corretíssimo.
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O servidor em questão está ferindo o dever presente no inciso XIV alínea b:

XIV

b) exercer suas atribuições com rapidez, perfeição e rendimento, pondo fim ou


procurando prioritariamente resolver situações procrastinatórias, principalmente
diante de filas ou de qualquer outra espécie de atraso na prestação dos serviços
pelo setor em que exerça suas atribuições, com o fim de evitar dano moral ao
usuário;

QUESTÃO 10 (UFBA - 2012 – Técnico de Tecnologia da Informação) Um


interessado no andamento de um processo ofereceu vantagem pecuniária ao
servidor responsável para que o seu assunto fosse tratado antes dos demais,
colocando-o em primeiro lugar na fila. O servidor, mesmo com enfermidades na
família e carente de recursos, não aceitou a proposta do interessado e
denunciou a atitude do cliente subversor.

Considerando –se essa situação, pode-se afirmar:

O servidor agiu de acordo com o código de ética, que estabelece, como dever
do servidor público, resistir a todas as pressões que visem obter quaisquer
favores, benesses ou vantagens indevidas, em decorrência de ações morais,
ilegais ou aéticas.

Certo Errado

COMENTÁRIOS:

Muito bem servidor!

Mesmo com problemas na família, estes financeiros, resistiu às pressões e agiu


de forma ética.

Está de acordo com o inciso XIV alínea i.

i) resistir a todas as pressões de superiores hierárquicos, de contratantes,


interessados e outros que visem obter quaisquer favores, benesses ou
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vantagens indevidas em decorrência de ações morais, ilegais ou aéticas e


denunciá-las;

Gabarito: Certo

7. Questões Comentadas ESAF

QUESTÃO 11 (ESAF – 2010 – CVM) O Decreto n. 1.171, de 22 de junho de


1994, aprovou o Código de Ética Profissional do Servidor Público Civil do Poder
Executivo Federal e, entre outras providências, determinou que os órgãos e
entidades da Administração Pública Federal direta e indireta constituíssem as
respectivas Comissões de Ética. A respeito dos termos desse Código, assinale a
opção incorreta.

a) A função pública deve ser tida como exercício profissional e, portanto, se


integra na vida particular de cada servidor público. Assim, os fatos e atos
verificados na conduta do dia a dia em sua vida privada poderão acrescer ou
diminuir o seu bom conceito na vida funcional.

b) A pena aplicável ao servidor público pela Comissão de Ética é a censura.

c) É vedado ao servidor iludir ou tentar iludir qualquer pessoa que necessite do


atendimento em serviços públicos.

d) É dever fundamental do servidor público abster-se, de forma absoluta, de


exercer sua função, poder ou autoridade com finalidade estranha ao interesse
público, mesmo que observando as formalidades legais e não cometendo
qualquer violação expressa à lei.

e) O Código de Ética elenca apenas deveres negativos do servidor público.

Gabarito: Letra "E"

Comentário: Letra A - Correta - (DAS Regras Deontológicas, VI c/c Inciso I do


Capítulo I do Código) - A função pública deve ser tida como exercício
profissional e, portanto, se integra na vida particular de cada servidor público.
Assim, os fatos e atos verificados na conduta do dia a dia em sua vida privada
poderão acrescer ou diminuir o seu bom conceito na vida funcional.

Letra B - Correta - (Das Comissões de Ética, XXII) - A pena aplicável ao


servidor público pela Comissão de Ética é a de censura.
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Letra C - Correta - (Das vedações ao Servidor Público, XV, i ) - É vedado ao


servidor iludir ou tentar iludir qualquer pessoa que necessite do atendimento
em serviços públicos.

Letra D - Correta - (Dos principais Deveres do Servidor Público, XIV, u,) - É


dever fundamental do servidor público abster-se, de forma absoluta, de exercer
sua função, poder ou autoridade com finalidade estranha ao interesse público,
mesmo que observando as formalidades legais e não cometendo qualquer
violação expressa à lei.

Letra E - Incorreta - O Código abrange direitos positivos e negativos.

QUESTÃO 12 (ESAF - 2006 - MTE) De acordo com o Decreto n. 1.171/1994


(Código de Conduta do Servidor Público Civil do Poder Executivo Federal), é
vedado ao servidor público:

I. determinar a um servidor que lhe é subordinado que vá ao banco pagar suas


contas pessoais (contas do mandante).

II. informar a um amigo sobre ato de caráter geral que está para ser publicado,
cujo teor o beneficia (o amigo), mas que ainda é considerado assunto reservado
no âmbito da Administração Pública.

III. exercer atividade no setor privado.

IV. ser membro de organização que defende a utilização de crianças como mão-
de-obra barata.

V. representar contra seus superiores hierárquicos.

Estão corretas:

a) apenas as afirmativas I, II e IV.

b) as afirmativas I, II, III, IV e V.

c) apenas as afirmativas I e IV.

d) apenas as afirmativas I, II, IV e V.

e) apenas as afirmativas II e IV.

Gabarito: Letra "A"


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Comentário: Assertiva III - Incorreta - XXIV - Para fins de apuração do


comprometimento ético, entende-se por servidor público todo aquele que, por
força de lei, contrato ou de qualquer ato jurídico, preste serviços de natureza
permanente, temporária ou excepcional, ainda que sem retribuição financeira,
desde que ligado direta ou indiretamente a qualquer órgão do poder estatal,
como as autarquias, as fundações públicas, as entidades paraestatais, as
empresas públicas e as sociedades de economia mista, ou em qualquer setor
onde prevaleça o interesse do Estado.

Assertiva V - Incorreta - É um dever fundamental: h) ter respeito à hierarquia,


porém sem nenhum temor de representar contra qualquer comprometimento
indevido da estrutura em que se funda o Poder Estatal;

QUESTÃO 13 (ESAF - 2006 - CGU) De acordo com o Código de Ética Profi


ssional do Servidor Público Civil do Poder Executivo Federal, aprovado pelo
Decreto n. 1.171, de 22.6.1994 "o servidor público não poderá jamais
desprezar o elemento ético de sua conduta. Assim, não terá que decidir
somente entre o legal e o ilegal, o justo e o injusto, o conveniente e o
inconveniente, o oportuno e o inoportuno, mas principalmente entre o honesto
e o desonesto, consoante as regras contidas no art. 37, caput, e § 4o, da
Constituição Federal". Esse enunciado expressa

a) o princípio da legalidade na Administração Pública.

b) a regra da discricionariedade dos atos administrativos.

c) a impossibilidade de um ato administrativo, praticado de acordo com a lei,


ser impugnado sob o aspecto da moralidade.

d) um valor ético destinado a orientar a prática dos atos administrativos.

e) que todo ato legal é também justo.

Gabarito: Letra “D”

Comentário: O Código de Ética é um orientador, dando uma direção a ser


seguida pelos servidores públicos envolvidos, portanto orienta a prática dos
atos administrativos.

QUESTÃO 14 (ESAF - 2006 - CGU) O Código de Ética Profissional do Servidor


Público Civil do Poder Executivo Federal, aprovado pelo Decreto n. 1.171, de
22.6.1994, exalta alguns valores que devem ser observados no exercício da
função pública, a saber:
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I. verdade, como um direito do cidadão, ainda que contrária aos seus interesses
ou da Administração.

II. dignidade, que deve estar refletida em comportamentos e atitudes


direcionados à preservação da honra e da tradição dos serviços públicos.

III. moralidade, representada pelo equilíbrio entre a legalidade e a finalidade do


ato.

IV. decoro, que deve ser mantido pelo servidor não apenas no local de trabalho,
mas, também, fora dele.

V. cortesia, boa vontade e respeito pelo cidadão que paga os seus tributos.

Estão corretas

a) apenas as afirmativas II, III, IV e V.

b) as afirmativas I, II, III, IV e V.

c) apenas as afirmativas I, II, III e V.

d) apenas as afirmativas I, III, IV e V.

e) apenas as afirmativas III, IV e V.

Gabarito: Letra "A"

Comentário: Seção I

Das Regras Deontológicas

I - A dignidade, o decoro, o zelo, a eficácia e a consciência dos princípios morais


são primados maiores que devem nortear o servidor público, seja no exercício
do cargo ou função, ou fora dele, já que refletirá o exercício da vocação do
próprio poder estatal. Seus atos, comportamentos e atitudes serão direcionados
para a preservação da honra e da tradição dos serviços públicos.

III - A moralidade da Administração Pública não se limita à distinção entre o


bem e o mal, devendo ser acrescida da idéia de que o fim é sempre o bem
comum. O equilíbrio entre a legalidade e a finalidade, na conduta do servidor
público, é que poderá consolidar a moralidade do ato administrativo.

VIII - Toda pessoa tem direito à verdade. O servidor não pode omiti-la ou
falseá-la, ainda que contrária aos interesses da própria pessoa interessada ou
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da Administração Pública. Nenhum Estado pode crescer ou estabilizar-se sobre


o poder corruptivo do hábito do erro, da opressão ou da mentira, que sempre
aniquilam até mesmo a dignidade humana quanto mais a de uma Nação.

IX - A cortesia, a boa vontade, o cuidado e o tempo dedicados ao serviço


público caracterizam o esforço pela disciplina. Tratar mal uma pessoa que paga
seus tributos direta ou indiretamente significa causar-lhe dano moral. Da
mesma forma, causar dano a qualquer bem pertencente ao patrimônio público,
deteriorando-o, por descuido ou má vontade, não constitui apenas uma ofensa
ao equipamento e às instalações ou ao Estado, mas a todos os homens de boa
vontade que dedicaram sua inteligência, seu tempo, suas esperanças e seus
esforços para construí-los.

QUESTÃO 15 (ESAF - 2006 - CGU) De acordo com o Código de Ética


Profissional do Servidor Público Civil do Poder Executivo Federal, aprovado pelo
Decreto n. 1.171, de 22.6.1994, é vedado ao servidor público:

I. receber gratificação financeira para o cumprimento de sua missão.

II. ser sócio de empresa que explore jogos de azar não autorizados.

III. informar, a um seu amigo de muitos anos, do conhecimento que teve, em


razão das funções, de uma minuta de medida provisória que, quando publicada,
afetará substancialmente as aplicações financeiras desse amigo.

IV. permitir que simpatias ou antipatias interfiram no trato com o público.

V. ser, em função do seu espírito de solidariedade, conivente com seu colega de


trabalho que cometeu infração de natureza ética.

Estão corretas:

a) apenas as afirmativas I, II, IV e V

b) as afirmativas I, II, III, IV e V.

c) apenas as afirmativas I, II, III, e V.

d) apenas as afirmativas I, II e V.

e) apenas as afirmativas I e II.

Gabarito: Letra "B"

Comentário: É vedado ao servidor público:


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I) g) Pleitear, solicitar, provocar, sugerir ou receber qualquer tipo de ajuda


financeira, gratificação, prêmio, comissão, doação ou vantagem de qualquer
espécie, para si, familiares ou qualquer pessoa, para o cumprimento da sua
missão ou para influenciar outro servidor para o mesmo fim;

II) p) exercer atividade profissional aética ou ligar o seu nome a


empreendimentos de cunho duvidoso;

III) m) Fazer uso de informações privilegiadas obtidas no âmbito interno de seu


serviço, em benefício próprio, de parentes, de amigos ou de terceiros;

IV) f) Permitir que perseguições, simpatias, antipatias, caprichos, paixões ou


interesses de ordem pessoal interfiram no trato com o público, com os
jurisdicionados administrativos ou com colegas hierarquicamente superiores ou
inferiores;

V) c) Ser, em função de seu espírito de solidariedade, conivente com erro ou


infração a este Código de Ética ou ao Código de Ética de sua profissão.

8. Resumo da Aula

a) A moral tem um caráter prático imediato, restrito, histórico e relativo;

b) A ética possui uma reflexão filosófica sobre a moral, procura justificar a


moral, o seu objeto é o que guia a ação e orientar a vida humana;

c) A moral tem um caráter prático imediato, visto que faz parte integrante
da vida quotidiana das sociedade e dos indivíduos, não só por ser um conjunto
de regras e normas que regem a nossa existência, dizendo-nos o que devemos
ou não fazer, mas também porque está presente no nosso discurso e influencia
os nossos juízos e opiniões.

d) A ética, pelo contrário, é uma reflexão filosófica, logo puramente racional,


sobre a moral.

e) O termo Ética deriva do grego ethos (morada, caráter, modo de ser de


uma pessoa). Heidegger da ao “ethos” o significado de “morada do ser”. A ética
serve para que haja um equilíbrio e bom funcionamento social, possibilitando
que ninguém saia prejudicado. Neste sentido, a ética, embora não possa ser
confundida com as leis, está relacionada com o sentimento de justiça social.
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f) A ética no serviço público está diretamente relacionada com a conduta dos


funcionários que ocupam cargos públicos. Tais indivíduos devem agir conforme
um padrão ético, exibindo valores morais como a boa fé e outros princípios
necessários para uma vida saudável no seio da sociedade.

g) A Ética é teórica e reflexiva, enquanto a Moral é eminentemente prática.


Uma completa a outra, havendo um inter-relacionamento entre ambas, pois na
ação humana, o conhecer e o agir são indissociáveis.

h) a Ética é teórica e reflexiva, enquanto a Moral é eminentemente prática. Uma


completa a outra, havendo um inter-relacionamento entre ambas, pois na ação
humana, o conhecer e o agir são indissociáveis.

i) Regras deontológicas referem-se ao conjunto de princípios e regras de


conduta — os deveres — inerentes a determinado grupo profissional. Assim,
cada classe profissional está sujeito a uma deontologia própria a regular o
exercício de sua profissão, conforme o Código de Ética de sua categoria.

j) A dignidade, o decoro, o zelo, a eficácia e a consciência dos princípios morais


são primados maiores que devem nortear o servidor público.

k) A cortesia, a boa vontade, o cuidado e o tempo dedicados ao serviço público


caracterizam o esforço pela disciplina.

l) O servidor público deve desempenhar, a tempo, as atribuições do cargo,


função ou emprego público de que seja titular.

m) É vedado ao servidor público o uso do cargo ou função, facilidades,


amizades, tempo, posição e influências, para obter qualquer favorecimento,
para si ou para outrem.

n) A pena aplicável ao servidor público pela Comissão de Ética é a de censura e


sua fundamentação constará do respectivo parecer, assinado por todos os seus
integrantes, com ciência do faltoso.

9. Finalização da Aula

Nosso primeiro encontro para sua preparação para o Concurso de Assistente


Técnico Administrativo do Ministério da Fazenda se encerra aqui.

Caberá a você agora a reler o Código de Ética, grifar os pontos principais e


refazer as questões trabalhadas em aula.

O sucesso na prova dependerá do seu esforço. Não adiantará ter o melhor


curso, os melhores livros, se você não se dedicar.
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Estou aqui para te ajudar. Pode contar comigo!

Deixo novamente meus contatos para qualquer dúvida ou sugestão.

E-mail: brunooliveira@concurseiro24horas.com.br

Facebook: www.facebook.com/concursoseleitorais

Grupo do Facebook: Direito Eleitoral com Bruno Oliveira

Abraços

Prof. Bruno Oliveira

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