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Disciplina: Português

Fernando Pessoa Ortónimo

Vertente Modernista – abrange vários “-ismos” de vanguarda, em poemas de grande


liberdade formal e desarticulação sintáctica; vocabulário raro.

Vertente Tradicional – poemas breves, rimados, de verso curto (2 a 7 sílabas;


predomínio da métrica tradicional) e estrutura formal fixa (quadras ou quintilhas), com
linguagem e sintaxe simples.

Sinceridade/ Fingimento Poético

Para Pessoa ortónimo, a poesia é um acto de fingimento. O poeta parte da realidade,


mas distancia-se dela graças à dialéctica entre a razão (pensar) e sensibilidade (sentir), para
elaborar intelectualmente a obra de arte. Assim, o poema apenas pode comunicar um
sentimento fingido, pois a dor real (sentida) continua no sujeito que, por meio da escrita, tenta
uma representação mental.
Deste modo, “Fingir é conhecer-se”

E a emoção do leitor? “Sinta quem lê.” O leitor não é capaz de sentir as emoções do
poeta (nem a vivida nem a imaginada); a emoção que o poeta exprime artisticamente é um
estímulo que provoca no leitor novos estados de alma.

O mundo real é apenas um reflexo de um mundo ideal. Só o poeta pode contemplar


essa coisa encoberta pelo “terraço” da vida, porque é capaz de libertar-se de um mundo que o
prende e escrever usando só a imaginação em busca daquilo que é (saber existir) e seguro do
que não é. A tarefa do poeta é essa viagem imaginária (logo, no pensamento), esse pressentir
da essência das coisas. Só a arte permite aprender a sentir melhor, sabendo o que se sente e
sentindo de forma mais intensa. O poeta é, afinal, um simulador que pretende, através da
criação poética.

Ruptura e Continuidade
O Pessoa ortónimo escreveu poemas da lírica simples e tradicional, muitas vezes
marcada pelo desencanto e melancolia; fez um aproveitamento cuidado de impressionismo e
do simbolismo, abrindo caminho ao modernismo, onde põe em destaque o vago, a subtileza e
a complexidade.

A Dor de Pensar

Fernando Pessoa sente-se condenado a ser lúcido, a ter de pensar. Gostava, muitas
vezes, de ter a inconsciência das coisas ou de seres comuns que agem como uma pobre
ceifeira. (“O que em mim sente ‘stá pensando.”).
O ortónimo é obcecado pelo pensamento. Contudo, o pensamento está na origem de
ser incapaz de sentir intuitivamente, como quem descobre o mundo sem preconceitos.
Impedido de ser feliz, devido à lucidez, procura a realização do paradoxo de ter uma
consciência inconsciente. Mas ao pensar sobre o pensamento, percebe o vazio que não
permite conciliar a consciência e a inconsciência.

Nostalgia da Infância

Em Fernando Pessoa ortónimo, a infância é entendida como um tempo mítico do bem,


da felicidade e da inconsciência. Nela permanecem sempre vivos a família e os lugares, a
segurança e o aconchego, entretanto perdidos pelo sujeito poético. A inconsciência de que todo
esse bem é irrecuperável, fá-lo sentir-se obsessivamente nostálgico da infância, um tempo
perdido que serve sobretudo para acentuar a negatividade do presente. O profundo desencanto
e a angústia acompanham o sentido da brevidade da vida e da passagem dos dias. Ao mesmo
tempo que gostava de ter a infância das crianças que brincam, sente a saudade de uma
ternura que lhe passou ao lado.
Frequentemente, para Pessoa, o passado é um sonho inútil, pois nada se concretizou,
antes se traduziu numa desilusão.

Fragmentação do “eu”

O sujeito poético assume-se como uma espécie de palco por onde desfilam diversas
personagens, distintas e contraditórias. Incapaz de se manter dentro dos limites de si próprio, o
sujeito poético procura observar o seu “eu”, ou seja, conhecer-se a si próprio, o que leva à
fragmentação e à consciência de que é capaz de viver apenas o presente.
Questiona a sinceridade das emoções escritas nos seus textos, porque não sente hoje
da mesma forma que sentiu no passado, pois as emoções, ao serem escritas e lidas, são
intelectualizadas (“não sei quantas almas tenho”).

Fernando Pessoa

Ortónimo Heterónimos:
(“ele próprio”) - Alberto Caeiro;
- Ricardo Reis;
- Álvaro de Campos

Poesia do Mensagem (1934)


cancioneiro

Fernando Pessoa e Heterónimos


Alberto Caeiro

 Natureza (Bucolismo);
 Dambulismo (anda pelo espaço da Natureza);
 Poeta da simplicidade;
 Escrita simples; privilegia o uso da comparação, a metáfora e do polissíndeto
(repetição do “e”);
 Poeta anti-metafísico (recusa o pensamento);
 Interpreta o mundo a partir dos sentidos;
 Interessa-lhe a realidade imediata e o real objectivo que as sensações lhe oferecem;
 Uso do verso branco (sem rima), do versilibrismo (estrutura métrica irregular) e da
estrutura estrófica livre.

Alberto Caeiro apresenta-se como um simples “Guardador de Rebanhos”, que só se


importa em ver de forma objectiva e natural a realidade com a qual contacta a todo o momento.
Poeta do olhar, procura ver as coisas como elas são, sem lhes atribuir significados ou
sentimentos humanos. Considera que “pensar é estar doente dos olhos”, pois as coisas sãol
como são. Recusa po pensamento metafísico, afirmando que “pensar é não compreender”.
Caeiro constrói uma poesia das sensações, apreciando-as como boas por serem
naturais. Para este heterónimo, o penasamento apenas falsifica o que os sentidos captam. É
um sensacionista, que vive aderindo espontaneamente às coisas, tais como são, e procura
gozá-las com despreocupada e alegre sensualidade.

Ricardo Reis

 Contemplativo (observa);
 Racional (conclui resignando-se);
 Clássico:
 equilibrio
 linguagem
 forma
 Horaciano
 “aurea mediocritas”
 “carpe diem”
 ode
 Pagão
 Crença nos deuses/Fado (destino)
 crença na presença divina das coisas
 Estoico-epicurista
 Estoicismo
o supremacia nos Deuses e no Fado
o aceitação voluntária das leis do universo (ilusão de liberdade)
o ideal de apatia (indeferença)
 Epicurismo
o procura a felicidade moderada (= ausência de sofrimento)
o ideal de ataraxia (indiferença)
o “carpe diem”

Ricardo Reis é o poeta da serenidade epicurista, que aceita, com calma lucidez, a
relatividade e a fugacidade de todas as coisas.
A filosofia de vida de Ricardo Reis é a de um epicurismo triste, pois defende o prazer
do momento, o carpe diem, como caminho da felicidade, mas sem ceder aos impulsos dos
instintos.
Apesar deste prazer que procura e da felicidade que deseja alcançar, considera que
nunca se consegue a verdadeira calma e tranquilidade, ou seja, a ataraxia. Sente que tem de
viver em conformidade com as leis do destino, indiferente à dor e ao desprazer, numa
verdadeira ilusão da felicidade.
Ricardo Reis recorre à ode e a uma ordenação estética marcadamente clássica.
Em Ricardo Reis há a apatia face ao mistério da vida mas também se encontra o
mundo das angústias que afecta Pessoa.

Álvaro de Campos

O mais moderno e multifacetado dos heterónimos. O filho indisciplinado da sensação.


Três fases poéticas:
 Decandentismo: o tédio, o cansaço e a necessidade de novas sensações.

 Futurismo e Sensacionismo: exaltação da força, da violência, do excesso, da


civilização moderna e da máquina e de sentir tudo de todas as maneiras: “ode
triunfal”.

 Fase de Abulia: cansaço e tédio existencial em que o “eu” se fragmenta,


desenquadrado, incapaz de viver e sentir a vida e dominado pelo vício de
pensar, vê na infância o paraíso perdido: “Aniversário” e “Lisbon Revisited”.

Álvaro de Campos surge quando “sente um impulso para escrever”.


Para Campos, a sensação é tudo, O sensacionismo torna a sensação, a realidade da
vida e da base da arte. Álvaro de Campos é quem melhor procura o totalização das sensações,
mas sobretudo das percepções conforme as sente.
Em Campos, há a vontade de ultrapassar os limites das próprias sensações, numa
vertigem insaciável, que o leva a querer “ser toda a gente em toda a parte”.
Mas, passada a fase eufórica, o desassossego de Campos leva-o a revelar uma fase
disfórica, a ponto de desejar a própria destruição.
Depois de exaltar a beleza e da força da máquina por oposição à beleza
tradicionalmente concebida, a poesia de Campos revela um pessimismo agónico, a dissolução
do “eu”, a angústia existencial e uma nostalgia da infância irremediavelmente perdida.

Versos Ilustrativos

Alberto Caeiro

Antimetafísica (recusa do pensamento)


“Eu não tenho filosofia: tenho sentidos”

Valorização da Natureza
“Sou o Descobridor da Natureza”

Sensacionismo- visualismo
“ O meu olhar é nítido como um girassol”

Poeta da realidade imediata (presente)


“Não quero incluir o tempo no meu esquema”

Deambulismo
“E ando pela mão das estações”

Panteísmo
“E ando pela mão das estações”

Ricardo Reis

Paganismo (crença nos deuses da mitologia e no Fado)


“Pagãos inocentes da decadência”

Estoicismo (aceitar voluntariamente as leis do Fado)


“Nós, imitando os Deuses/Tão pouco livres”
“Só esta liberdade nos concedem os deuses: subtermo-nos”

“Carpe Diem”
“Colhe/o dia porque és ele”
“a confiança mole/na hora fugitiva”

Ideal de ataraxia/apatia
“Mais vale saber passar silenciosamente”
“O desejo de indiferença”

Passagem do tempo/a morte


“Passamos como um rio”
“a vida/passa e não fica”

Álvaro de Campos

Futurismo/modernismo- apologia da civilização moderna


“Ser completo como uma máquina”

Sensacionismo
“Ah,não ser eu toda a gente em toda a parte!”

Nostalgia da Infância
“No tempo em que festejavam o dia dos meus anos”

Dor de Pensar
“Tirem-me daqui a metafísica”
“Não penses! Deixa o pensar na cabeça”

Inutilidade das sensações


“(...) nada sois que eu me sinta”

Frustração/negatividade/cansanço existencial
“Somam-se-me os dias/serei velho quando for”
“A única conclusão é morrer”

Bernardo Soares
A preencher
Os Lusíadas e Mensagem

Camões, n’ Os Lusíadas e Fernando Pessoa, na Mensagem, cantam, em perspectivas


diferentes, Portugal e a sua história, realçando a expansão marítima e o alargamento da fé.
Enquanto o primeiro celebra o apogeu e pressente a decadência do Império, o segundo retorna
às origens e às descobertas marítimas, mas situa-se na fase terminal do processo de
dissolução do mesmo império.
Enquanto Camões nos dá conta do heroísmo que permitiu a construção do império
português, Fernando Pessoa procura libertar a pátria de um passado que se desmoronou e
encontrar um novo heroísmo que exige grandeza de alma e capacidade de sonhar.

Classificação Literária

Obra épico – Lírica e simbólica

- parte de um núcleo
de acontecimentos Transfigura matéria histórica em
históricos; símbolos que fecundam o presente,
- usa,por vezes, o tom inventando o futuro (mitos que são
sublime ou comovido ideais a seguir): o assunto não são
da epopeia. os eventos históricos, mas a
essência de ser português.

Estrutura da Obra

Mensagem
 Portugal -» Mensagem (poemas produzidos de 1913 a 1914)

 Estrutura: 44 poemas – organizados em três partes que obedecem a uma


estrutura simbólica:
 I parte: Brasão: os fundadores do país -» nascimento da pátria (de
Ulisses ao início das Descobertas)
o Os Campos
o Os Castelos
o As Quinas
o A coroa
o O Timbre

 II parte: Mar Português: época aurea das Descobertas (o império


material) -» vida/realização do país
 III parte: O Encoberto: aponta para o presente de desistência (o império
desfez-se); prevê o Desejado que instaurará o Quinto Império (o
império civilizacional/cultural)-» morte/renascimento da nação

o Os Símbolos
o Os Avisos
o Os Tempos

Os Lusíadas

Estrutura Interna

 Proposição;
 Invocação;
 Dedicatória;
 Narração.

Estrutura Externa

 Forma Narrativa;
 Versos decessilábicos;
 Rimas com esquema abababcc (rima cruzada nos seis primeiros versos e emparelhada
nos dois últimos);
 Estâncias- oitavas;
 Poema dividido em 10 cantos.

Planos

Plano da Viagem
A narração dos acontecimentos ocorridos durante a viagem realizada entre Lisboa e
Calecut

Plano da História de Portugal


Relato dos factos marcantes da História de Portugal

Plano da Mitologia
A mitologia permite e favorece a evolução da acção (os deuses assumem-se, uns como
adjuvantes, outros como aponentes dos Portugueses) e constitui, por isso, a intriga da obra.

Plano do Poeta
Considerações e opiniões do autor expressos, nomeadamente, no início e no fim dos
cantos.
Proposição d’ Os Lusíadas – O Herói

Na “Proposição”, o poeta apresenta aqueles que serão os protagonistas da sua


epopeia, Assim, o herói inidividual d’ Os Lusíadas é Vasco da Gama, comandante da armada
que realiza a viagem de descoberta do caminho marítimo para a Índia. Contudo, Vasco da
Gama é paradigma de todo o povo português, já que Camões propõe elogiar todos os
navegadores, reis que dilataram a fé, conquistanto territórios em África e na Ásia e todos os
que imortalizaram, ficando na memória dos homens pelos seus feitos grandiosos. Também o
título aponta para esta colectividade: canta-se um herói colectivo, que é o povo português, o
qual se destacou peçp esforço e pela coragem que superaram todos os heróis da antiguidade.

Reflexões do Poeta
Nos planos narrativos desta Epopeia, encontramos um plano que se diz respeito às
chamadas considerações pessoais do poeta. Estas reflexões surgem ao longo da Narração,
normalmente no final de cada canto. Nestas estrofes, o poeta apresenta a sua perspectiva em
relação ao império português, que perdia o seu brilho e aos valores dominantes do país.
Por um lado, refere os “grandes e gravíssimos perigos”, a tormenta e dano do mar, a
guerra e o engano em terra; por outro lado, faz a apologia da expansão territorial para divulgar
a fé cristã, manifesta o seu patriotismo e exorta D. Sebastião a dar continuidade à obra
grandiosa do povo português.

Felizmente Há Luar! – Substituir por Contos e Poesia


Contemporânea
A Preencher

Memorial do Convento – Substituir pelo “ O Ano da Morte de


Ricardo Reis”
A preencher

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