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Seminário I

REGRA-MATRIZ DE INCIDÊNCIA, OBRIGAÇÃO


TRIBUTÁRIA E
SUJEIÇÃO PASSIVA

Questões
1. Que é norma jurídica? E regra-matriz de incidência tributária (RMIT)? Qual a
função do consequente normativo?

a) Norma jurídica é o elemento do direito positivo, também chamado de


mensagem, construído a partir da leitura dos textos normativos, com o intuito de
transmitir uma ordem, em que se relacionam ao menos dois sujeitos de direito.

O direito, portanto é um sistema composto por norma jurídica. Seguindo a premissa


de que os elementos devem apresentar características comuns para integrar um
conjunto, temos por norma jurídica a estrutura mínima, mas completa, de atuação
do direito, que Paulo de Barros Carvalho chama de “mínimo irredutível de
manifestação do deôntico”. A composição mínima a que aludimos apresenta um
antecedente (descrição de uma situação do mundo social), denominado hipótese,
cuja efetiva ocorrência dará ensejo a uma consequência que, invariavelmente, será
uma relação jurídica que vinculará dois sujeitos de direito.

É ainda de Paulo de Barros Carvalho valiosa lição acerca do tema: “não haveria
desassiso em afirmar-se que o sistema jurídico é formado por juízos de estrutura
hipotética que se conjugam a juízos outros de estrutura categórica (as proposições
que descrevem estados, pessoas e coisas), esses com funções ancilares na ordem
jurídica global.”

Logo, norma jurídica, portanto, é significação e não suporte físico. Não se confunde
com os textos de lei (em sentido amplo). É sim, a significação construída a partir do
suporte físico (o texto do direito positivo), mas não está contida nele, deste modo,
caberá a cada intérprete uma significação diversa, uma norma jurídica construída de
forma diferente.

Importante salientar, que para serem consideradas como normas jurídicas, essas
significações não podem se apresentar como meras justaposições, e é necessário que
possuam uma estrutura lógico-deôntica com sentido completo. Essa estrutura
possui natureza dual, podendo ser desmembrada em duas outras: norma jurídica
primária e a norma jurídica secundária.
A norma jurídica primária é responsável por instituir relações jurídicas deônticas,
juridicizando fatos sociais e atribuindo relações jurídicas em consequência do
acontecimento efetivo desses fatos. As normas secundárias, por sua vez, são
responsáveis por trazer a previsão de uma sanção processual pelo descumprimento
do preceituado no consequente da norma jurídica primária, que, mediante a
presença do estado-juiz faz valer a “vontade” do sistema normativo.

b) Já a regra-matriz de incidência tributária é norma voltada à prescrição de


condutas, que traz em seu bojo todos os elementos necessários à incidência
tributária. É, portanto, norma jurídica em sentido estrito.

A regra-matriz estabelece os elementos que nos permitem caracterizar um evento de


possível ocorrência no mundo fenomênico, capaz de concretizar-se no fato jurídico
tributário, bem como os elementos da relação jurídica que instalar-se-á quando da
concretização do fato. Nesse sentido, descreve abstratamente o evento social, bem
como as coordenadas de tempo e espaço em que sua ocorrência produzirá, se
vertida em linguagem competente produzirá os efeitos jurídicos, bem como
estabelece os possíveis sujeitos dessa relação, os elementos que nos permite
determinar a base de cálculo da exação, bem como a alíquota.

c) Quanto ao consequente normativo, será ele quem trará a previsão da relação


entre dois sujeitos distintos, ligados em virtude de uma conduta que deles se espera,
ou seja, é composto por dois critérios: pessoal e quantitativo, compondo relação
jurídica, modalizada como obrigatória, proibida ou permitida, entre dois ou mais
sujeitos). Essa relação é a situação em que se encontram dois ou mais termos. Pode
ser uma relação predicativa de atribuição de propriedade a um indivíduo, ou a
maneira em que estão vinculados dois ou mais indivíduos.

No que concerne ao campo de atuação do direito, o consequente normativo, terá


alguns traços característicos podem ser definidos sobre as relações jurídicas, que
sempre serão: (i) irreflexiva: em virtude da necessidade de haver ao menos dois sujeitos de direito
em relação, já que é uma qualidade das normas jurídicas as relações intersubjetivas. A
reflexividade na relação jurídica implica sua extinção, pela chamada “confusão”; (ii) assimétrica:
pois pressupõe a presença, em uma relação, de direitos subjetivos e deveres correlatos e, se houvesse
uma simetria desses direitos e deveres a relação estaria extinta, pelo que se chama no direito de
compensação; e (iii) semitransitivas: não é regra que as relações jurídicas são transitivas, ou estejam
impedidas de sê-lo.

Bibliografia: CARVALHO, Paulo de Barros. Curso de Direito Tributário. 19ª


edição.

Direito Tributário – Linguagem e Método. 2ª edição. São Paulo: Noeses, 2008.

ConJur - Análise da norma jurídica pelo método hermenêutico-analítico


2. Distinguir: obrigação tributária e deveres instrumentais. Multa pelo não
pagamento caracteriza-se como obrigação tributária? Justifique analisando
criticamente o art. 113 do CTN.

Conforme leciona Paulo de Barros, “a obrigação tributária, enquanto relação jurídica de


cunho patrimonial (envolvendo um sujeito ativo, titular do direito subjetivo de exigir a prestação, e
um sujeito passivo, cometido do dever de cumpri-la), é nexo lógico que se instala a contar de um
enunciado factual, situado no consequente de u’a norma individual e concreta, juntamente com a
constituição do fato jurídico tributário descrito no suposto da mesma norma.[1]”

No que tange aos deveres instrumentais, podemos entender que são regras
eminentemente administrativas que visam possibilitar a aplicação e fiscalização da
obrigação tributária. São normas que impõe condutas aos sujeitos passivos da
relação tributária, com o intuito de facilitar a atuação do sujeito ativo. Podemos
dizer que tais deveres são obrigações de fazer ou de não fazer, como por exemplo
manter as anotações contábeis atualizadas.

Paulo de Barros Carvalho opta por chamar de deveres instrumentais, afastando o


termo obrigação acessória, entendendo que “tais relações são conhecidas pela designação
imprecisa de obrigações acessórias, nome impróprio, uma vez que não apresentam o elemento
caracterizador dos laços obrigacionais, inexistindo nelas prestação passível de transformação em
termos pecuniários.[2]”

Quanto a questão da multa aplicada pelo não pagamento, se é ou não obrigação


tributária, entendo que apesar da previsão inserta do art. 113, § 1º do CTN, que traz
a consideração de que a multa pecuniária pelo não pagamento de tributos é uma
obrigação tributária, vejo que esse raciocínio não seria o correto. Isso porque como
exposto em linhas pretéritas, a obrigação tributária é uma relação jurídica de cunho
patrimonial e o art. 3º do CTN traz essa natureza, in verbis:

“Art. 3º. Tributo é toda prestação pecuniária compulsória, em moeda ou cujo valor nela se possa
exprimir, que não constitua sanção de ato ilícito, instituída em lei e cobrada mediante atividade
administrativa plenamente vinculada.”

Assim, com base no artigo acima transcrito, a obrigação tributária como relação
de cunho patrimonial, e como característica dessa obrigação é necessário que não se
constitua de sanção de ato ilícito, não vejo como classificar a natureza da multa pelo
não pagamento (ato ilícito), como obrigação tributária.

Bibliografia: CARVALHO, Paulo de Barros. Direito Tributário, Linguagem e


Método. 4ª edição, pag. 496.
CARVALHO, Paulo de Barros, idem, pág. 323.
3. Que é sujeição passiva? Definir os conceitos de: (i) sujeito passivo; (ii)
contribuinte; (iii) responsável tributário; e (iv) substituto tributário – distinguindo:
substituição tributária para trás; substituição (convencional); agente de retenção
e substituição para frente. O responsável (art. 121, II, do CTN) é: (i) sujeito
passivo da relação jurídica tributária; (ii) de relação de dever instrumental; ou
(iii) de relação jurídica sancionatória?

Sujeição passiva é a capacidade que se tem para participar da relação jurídica


existente como sujeito do dever jurídico de cumprir com a prestação.
Sujeito passivo é a pessoa – sujeito de direitos – física ou jurídica, privada ou pública
de quem se exige o cumprimento de uma prestação: pecuniária, nos nexos
obrigacionais; e insusceptível de avaliação patrimonial, nas relações que veiculam
meros deveres instrumentais ou formais. Estabelecido no art. 121 do CTN diz ser a
pessoa obrigada ao pagamento de tributo ou penalidade pecuniária.
Contribuinte é segundo o mesmo art. 121 àquele que tenha relação pessoal e direta
com a situação que constitua o respectivo fato gerador.
Responsável tributário aquele que sem se revestir da condição de contribuinte, tem
sua obrigação decorrente de disposição expressa em lei, conforme o art. 121, inciso
II do CTN. Em verdade é um terceiro, advertido por lei a responsabilizar-se pela
obrigação tributária sem ter concorrido para o fato.
Substituto tributário (substituição convencional) vem expresso quando o legislador
desde o início pretende instituir um terceiro como responsável, ocupando
exclusivamente o pólo passivo da obrigação. Por sua vez difere-se das demais na
medida em que se desenvolve em apenas um evento tributário e não em uma cadeia
deles. A substituição tributária para trás é o diferimento, com a postergação do
instante para o pagamento do tributo ao sujeito subseqüente da cadeia, no qual se
responsabiliza pelo pagamento da sua própria etapa, como da anterior. Ao contrário
a substituição para frente vem à tona no momento em que se supõe a realização de
um evento tributário futuro, desencadeado por fato tributário, não havendo todos
os contornos jurídicos do evento tributado, como ocorre na substituição para trás.
Agente de retenção se traduz em uma forma de substituição em que uma terceira
pessoa, vinculada a ocorrência do fato jurídico tributário, deve reter parcela de
importância paga a outrem, para subseqüente recolhimento aos cofres públicos.
O responsável tributário do art. 121, inciso II do CTN, conforme posição de Paulo
de Barros Carvalho tem cunho sancionatório, trata-se de uma sanção administrativa,
portanto uma figura não tributária. Assim, segundo ele, embora com divergência,
caracteriza-se como relação jurídica sancionatória.

4. A empresa “A” adquiriu estabelecimento industrial da empresa “B” e continuou sua


atividade. Aproximadamente um ano depois da aquisição, a empresa “A” é
demandada pelo Fisco em relação a fatos geradores realizados pela empresa “B”.
No contrato de compra e venda, não há disciplina a respeito das dívidas tributárias
anteriores à aquisição. Pergunta-se:
a) Pode o Fisco, após a indigitada operação de compra e venda, exigir os tributos,
cujos fatos geradores foram realizados por “B” antes de sua aquisição, diretamente
de “A”? Há relevância se houver no contrato cláusula de responsabilidade de “B”
quanto aos débitos anteriores à operação? (Vide anexo I).

O fisco pode exigir diretamente de A as obrigações, embora os fatores geradores


se dêem por B, haja vista a sucessão operada, desimportando a existência ou não de
cláusula responsabilizando a empresa B, pois a previsão do art. 129 do CTN é clara
no sentido de que o sucessor responde pelos créditos tributários definitivos ou em
constituição.

b) A empresa “A” sujeita-se às sanções tributárias materiais: (i) multa de mora, (ii)
multa pelo não pagamento de tributo, (iii) juros e (iv) multa pelo
descumprimento de deveres instrumentais, se aplicadas antes da operação de
compra e venda? E se aplicadas depois da operação? (Vide anexos II e III).

Segundo a jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça a empresa “a” será


responsável tanto por multas moratórias como de caráter punitivo, todavia o
professor Paulo de Barros Carvalho discorda no que se refere à multa visto que ela é
de caráter pessoal daquele que praticou inclusive se aplicada após a operação.

5. Quanto ao art. 135 do CTN, pergunta-se:


a) Qual a espécie de responsabilidade prevista? Poderia o fiscal lavrar auto de
infração contra o contribuinte e, posteriormente, executar o sócio de forma solidária
à empresa? (Vide anexos IV e V).

Consoante entendimento jurisprudencial do STJ a responsabilidade prevista no art.


135 do CTN é pessoal (são pessoalmente responsáveis). Com relação à execução
direta do sócio, de forma solidária à empresa, há impossibilidade, porque é
necessária a desconsideração da personalidade jurídica.

c) A dissolução irregular da sociedade caracteriza infração à lei apta a ensejar a


responsabilidade do(s) sócio(s) pelas dívidas da pessoa jurídica? Em caso
positivo qual sócio ou administrador pode ser alcançado: o da época do
inadimplemento do tributo ou do momento em que ocorre a dissolução
irregular? (VI, VII e IX)

A dissolução irregular, apurada em processo administrativo ou judicial caracteriza


infração apta a ensejar a responsabilização dos sócios pelas dívidas da pessoa
jurídica, todavia o mero inadimplemento da obrigação de pagar tributos não
constitui ato capaz de implicar em redirecionamento. STJ Súmula nº 430 - O
inadimplemento da obrigação tributária pela sociedade não gera, por si só, a
responsabilidade solidária do sócio-gerente.

c) O mero inadimplemento da obrigação de pagar o tributo pode ser justificativa para


aplicação do artigo 135 do Código Tributário Nacional? (Vide anexos VIII e X).

6. Quanto à caracterização de grupo econômico, pergunta-se?


a) Que é grupo econômico? Quais são os requisitos para a aplicação da
desconsideração da personalidade jurídica, prevista no art. 50 do CC? Ela pode ser
aplicada ao direito tributário para fins de caracterização de grupo econômico? Há
dispositivos específicos na legislação tributária que fundamentem a
responsabilização do grupo econômico? A caracterização implica reconhecimento
de responsabilidade solidária? (Vide anexo XI, XII e XIII).
b) Uma vez instaurado o incidente de desconsideração da personalidade jurídica,
nos termos dos arts. 133 e seguintes do NCPC (Lei nº 13.105 de 2015), a defesa
apresentada pela pessoa jurídica responsabilizada pela obrigação tributária de
outra empresa integrante do mesmo grupo econômico pode versar sobre o mérito
da cobrança (inexigibilidade do crédito tributário), ou apenas sobre a ilegitimidade
de sua inclusão no polo passivo da execução fiscal?
7. Dada a seguinte Lei (fictícia):

Prefeitura de São Pedro, Lei n. 5.151, de 12/10/2015, D.M.


25/10/2015

Art. 1º Fica instituída taxa de conservação e limpeza urbana para o


custeio do serviço público municipal de conservação e limpeza de
vias públicas.
Art. 2º A taxa tem como fato gerador a prestação do serviço de
limpeza das vias públicas.
Art. 3º A base de cálculo é o valor venal do imóvel.
Art. 4º A alíquota é de 0,1%.
Art. 5º O contribuinte é o proprietário do imóvel.
Art. 6º Dá-se a incidência todo dia 1º de cada ano.
Art. 7º A importância devida a título de tributo deve ser recolhida
até o décimo dia do segundo mês subsequente.
§ 1º No caso de locação, o locatário é responsável pelo recolhimento
do tributo.
§ 2º No caso de compra e venda realizada antes do prazo para o
pagamento e após o 1º dia do ano, o responsável pelo pagamento do
tributo é o adquirente do imóvel.
§ 3º O não recolhimento no prazo estipulado implica multa de 20% do
valor do tributo devido.
Art. 8º Fica o contribuinte obrigado a entregar para a Secretaria de
Planejamento Urbano declaração do valor imobiliário até o dia 10 de
novembro de cada ano.
Parágrafo único. A ausência da entrega no prazo a que se refere o
caput deste artigo implicará multa de 100 UFIRS.
[...].
Pergunta-se:
a) Construir as normas jurídicas veiculadas nessa lei, identificando os critérios do
consequente da RMIT.
Critérios de hipótese. Critério material (prestação de serviços de limpeza de vias
públicas); Critério espacial (limites geográficos do município de São Pedro); Critério
temporal (1° dia de cada ano). Critérios da conseqüência. Critério pessoal: Sujeito
ativo (Prefeitura Municipal de São Pedro); Sujeito passivo (proprietário do imóvel);
Critério quantitativo: Base de cálculo (valor venal do imóvel); Alíquota (0,1%).

b) Quais as funções da base de cálculo? A base de cálculo eleita é compatível


com a hipótese tributária? Se incompatíveis, qual deve prevalecer para efeito de
se determinar a espécie tributária: o enunciado da hipótese tributária ou o
enunciado da base de cálculo? Ambos? Nenhum dos dois?
A base de cálculo tem função de dimensionar a intensidade do comportamento
inserto no núcleo do fato jurídico para que se combinado à alíquota, seja
determinado o valor da prestação pecuniária. Também cumpre tarefa de
confirmar, infirmar ou afirmar o critério material expresso na composição do
suposto normativo. Em princípio a base de cálculo eleita não é compatível com a
natureza da obrigação (taxa). A posição dominante é que não se pode aplicar às
taxas a base de cálculo própria dos impostos, logo o valor venal seria incorreto. A
base de cálculo das taxas deve corresponde a expressão financeira resultante no
gasto que o pode público teve ao desempenhar a tarefa. Devendo prevalecer, na
hipótese de descompasso entre a hipótese e a base de cálculo está última, para
orientar o interprete no sentido de determinar a autêntica natureza do tributo.

Seminário II
CONTROLE PROCESSUAL DA INCIDÊNCIA:
DECLARAÇÃO DE INCONSTITUCIONALIDADE

Questões
1. Quais são os instrumentos de controle de constitucionalidade? Explicar as
diferentes técnicas de interpretação adotadas pelo STF no controle de
constitucionalidade. Explicar a modulação de efeitos prescrita no art. 27 da Lei n.
9.868/99. Quais os impactos da atribuição de efeitos erga omnes ao recurso
extraordinário nos termos do CPC/15 sobre o controle de constitucionalidade?
2. Os conceitos de controle concreto e abstrato de constitucionalidade podem ser
equiparados aos conceitos de controle difuso e concentrado, respectivamente? Que
espécie de controle de constitucionalidade o STF exerce ao analisar pretensão
deduzida em ação de reclamação (art. 102, I, “l”, da CF)? Concreto ou abstrato,
difuso ou concentrado?
3. Que significa afirmar que as sentenças produzidas em sede de ADIN e ADECON
possuem “efeito dúplice”? As decisões proferidas em sede de ADIN e ADECON
sempre vinculam os demais órgãos do Poder Executivo e Judiciário? E os órgãos
do Poder Legislativo? O efeito vinculante da súmula referida no art. 103-A, da
CF/88, introduzido pela EC n. 45/04, é o mesmo da ADIN? Justifique sua resposta.
4. O Supremo Tribunal Federal tem a prerrogativa de rever seus posicionamentos ou
também está inexoravelmente vinculado às decisões por ele produzidas em
controle abstrato de constitucionalidade? E no controle concreto? Se determinada
lei tributária, num dado momento histórico, é declarada constitucional em sede de
ADECON, poderá, futuramente, após mudança substancial dos membros desse
tribunal, ser declarada inconstitucional em sede de ADIN ou de julgamento de caso
com repercussão geral da matéria? É cabível a modulação de efeitos nesses
casos? Analisar a questão levando-se em conta os princípios da segurança jurídica,
coisa julgada e as disposições do art. 927, § 3o, do CPC/15.
5. O art. 535, §5º, do CPC/15 prevê a possibilidade de desconstituição, por meio de
impugnação ao cumprimento de sentença, de título executivo fundado em lei ou ato
normativo declarados inconstitucionais pelo Supremo Tribunal Federal ou em
aplicação ou interpretação tidas por incompatíveis com a Constituição Federal em
controle concentrado ou difuso. Pergunta-se: (i) É necessário que a declaração de
inconstitucionalidade seja anterior à formação do título executivo? E se for
posterior, poderá ser alegada? Se sim, por qual meio? Há prazo para esta
alegação? (ii) Essa alegação pode perfazer conteúdo de eventual exceção de pré-
executividade ou restringe-se aos embargos do devedor? (Vide anexo I).
6. Contribuinte ajuíza ação declaratória de inexistência de relação jurídico-tributária
que o obrigue em relação a tributo cuja lei instituidora seria, em seu sentir,
inconstitucional (porque violadora do princípio da anterioridade). Paralelamente a
isso, o STF, em sede de ADI e/ou Repercussão Geral declara constitucional a
mesma lei, fazendo-o, contudo, em relação a argumento diverso. Pergunta-se:
a) Como deve o juiz da ação declaratória agir: examinar o mérito da ação ou extingui-
la, sem julgamento do direito material, por força da coisa julgada erga omnes? (Vide
votos na Recl. n. 3014/SP)
b) Se o STF tivesse se pronunciado sobre o mesmo argumento veiculado na ação
declaratória (violação do princípio da anterioridade), qual solução se colocaria
adequada?
c) Se a referida ação declaratória já tivesse sido definitivamente julgada, poder-se-ia
falar em ação rescisória com base no julgamento do STF (art. 966 CPC/15)? E se o
prazo para propositura dessa ação (2 anos) houver exaurido? (Vide anexo II).
Seminário III
SISTEMA, COMPETÊNCIA E PRINCÍPIOS

Questões
1. Que é sistema? Há diferença entre sistema e ordenamento jurídico? Pode-se dizer
que o direito positivo se caracteriza como um sistema?
2. Que se entende por “sistema constitucional tributário”? Qual sua função no direito
tributário?
3. Que é princípio? Há diferença entre regras e princípios? No caso de conflito, qual
deve prevalecer? E no caso de conflito entre princípios, qual critério deve informar a
solução? (Vide anexo I).
4. Identificar, nas situações a seguir, se algum princípio foi desrespeitado e, em caso
afirmativo, indicar qual:
a) instituição e regulamentação de dever instrumental por meio de instrução
normativa (vide anexo II);
b) estipulação de graus de risco da atividade laborativa (para o SAT) por meio de
decreto (vide anexo III);
c) multas sancionatórias na percentagem de 75% (vide anexos IV e V);
d) imposto de importação com alíquota de 150%;
e) lei municipal ou distrital que institui responsabilidade pelo crédito tributário a
terceira pessoa;
f) elaboração, pelo CONFAZ, de lista de produtos semielaborados sujeitos à
incidência do ICMS (vide anexo VI);
g) penhora, em execução fiscal, de automóvel de pequeno valor utilizado para
transportar portador de necessidades especiais (vide anexo VII).
h) quebra do sigilo bancário em favor da fiscalização.
i) a imposição da desistência das discussões judiciais e administrativas para
adesão a parcelamento de débitos.
j) desconsideração de negócio jurídico realizado pelo contribuinte mediante
planejamento tributário em razão de ausência de propósito negocial nos atos
praticados pelo contribuinte.
5. Que é competência tributária? Quais as características da competência tributária?
Analisar a facultatividade do seu exercício relativamente à Lei de Responsabilidade
Fiscal (LC n. 101/00), que veda a transferência voluntária de receitas a entes que
tenham deixado de instituir algum tributo de sua competência.
6. O Estado de Minas Gerais criou, por meio da Lei 19.976, de 27/12/11, a “Taxa de
Controle, Monitoramento e Fiscalização das Atividades de Pesquisa, Lavra,
Exploração e Aproveitamento de Recursos Minerários – TRFM”, em razão do
exercício do Poder de Polícia no respectivo setor. Considerando que, conforme o
referido diploma legal, a TRFM deverá ser recolhida nas hipóteses de venda ou de
transferência para estabelecimento de mesma titularidade situado em outra unidade
da Federação (art. 9º), no valor correspondente a 1 (uma) Ufemg vigente na data
do vencimento da taxa por tonelada de mineral ou minério bruto extraído (art. 8º),
responda: os critérios eleitos pelo legislador para exigência e mensuração do
gravame guardam pertinência com a natureza jurídica da taxa? (Vide anexo VIII).
7. A Emenda Constitucional n. 39/02 acrescentou à Constituição o art. 149-A e
parágrafo único, dispondo:
“Art. 149-A. Os Municípios e o Distrito Federal poderão
instituir contribuição, na forma das respectivas leis, para o
custeio do serviço de iluminação pública, observado o disposto
no art. 150, I e III.
Parágrafo único. É facultada a cobrança da contribuição a que
se refere o caput, na fatura de consumo de energia elétrica”.
Com fundamento nesse dispositivo, a Prefeitura de Itumambé instituiu o seguinte
tributo:

Prefeitura Municipal de Itumambé, Decreto Municipal 3.708 de


10/10/03 (DOM 13/10/03)

Art. 1º Fica instituída contribuição para o custeio do serviço


municipal de energia elétrica que tem como fato gerador a prestação
do serviço de energia elétrica pelo Município.
Art. 2º A base de cálculo é o valor da fatura de consumo de energia
elétrica.
§ 1º A alíquota é de 0,5%.
§ 2º Os contribuintes que morarem na região central pagarão 50% a
mais do valor devido.
Art. 3º Contribuinte é o consumidor de energia elétrica.
Art. 4º Compete à Secretaria de Finanças fiscalizar o abatimento
realizado pela concessionária.
Art. 5º A importância devida a título dessa contribuição deve ser
paga até o último dia do mês subsequente e recolhida pela
concessionária de energia elétrica juntamente com a fatura mensal de
consumo, ficando a concessionária concessionária responsável pelo
abatimento do montante recolhido da fatura municipal.
Parágrafo único. O não-pagamento da contribuição, ou o não repasse,
implica multa de 150 UFIRs.
Art. 6º Esta lei entra em vigor na data de sua publicação, devendo
produzir todos os seus efeitos a partir do dia 01/11/03.
{...].
Pergunta-se:
a) O sistema constitucional tributário brasileiro admite alterações na faixa de
competência tributária das pessoas políticas? Há alguma vedação à ampliação da
competência tributária municipal por meio de emenda constitucional? Em caso
afirmativo, qual(is)?
b) Os Municípios podem, na criação de tal contribuição, com fundamento no art.
149-A da CF, utilizar uma das materialidades que lhes foram atribuídas
constitucionalmente para a instituição de impostos? E das materialidades atribuídas
aos Estados, Distrito Federal e União por ocasião da repartição constitucional das
competências para instituição de impostos? Há vedação constitucional quanto à
materialidade eleita: “consumir energia”? Justifique (vide anexo IX).
c) Quais princípios tributários não foram observados pela Prefeitura de Itumambé
ao instituir esse tributo?
d) A alteração do prazo de pagamento deve respeitar o princípio da anterioridade?
(Vide anexo X).
Seminário IV
IMUNIDADE E NORMAS GERAIS DE DIREITO
TRIBUTÁRIO

Questões
1. Que é imunidade tributária? Diferençar imunidade, isenção, não incidência e
incidência tributária. O conceito de imunidade tributária pode ser aplicável às taxas
e às contribuições de melhoria?
2. As imunidades são cláusulas pétreas na Constituição Federal? Uma Emenda
Constitucional pode revogar alguma das imunidades dispostas na Carta Magna? As
normas constitucionais que veiculam imunidades são autoaplicáveis ou dependem
de regulamentação infraconstitucional?
3. Na sua opinião, são imunes: (a) quanto ao ISS: os serviços de guarda e
estacionamento de veículos automotores prestados por entidades religiosas (vide
anexos I e II); (b) quanto ao IPTU: o imóvel destinado à locação, pertencente à
mesma entidade (vide anexo III); e os cemitérios particulares (vide anexo IV); (c)
quanto ao ITR: as áreas de reserva indígena (vide STF, Petição n. 3388, DJ
04/02/14); (d) os serviços prestados por empresas públicas, p. ex.: Correios,
Infraero e Casa da Moeda (vide anexos V, VI e VII) e (e) as sociedades de
economia mista prestadoras de serviço público (vide anexo VIII). Justifique sua
resposta.
4. Como deve ser interpretado o disposto no art. 150, VI, “d” da CF: “livro, jornais e
periódicos e o papel destinado a sua impressão”. Pode-se dizer que livros e
periódicos eletrônicos (“e-books”), bem como o material utilizado para sua
comportá-los (“e-book readers”) são imunes com fundamento neste dispositivo? E
os Tablets? (Vide anexos IX, X e XI). Considere para sua resposta, os
fundamentos utilizados pelos Ministros do STF no julgamento dos RE 330.817 e RE
595.676.
5. No caso da imunidade para as instituições de assistência social sem fins lucrativos,
o cumprimento do art. 14 do CTN é suficiente para garantir sua aplicação ou ainda
é necessária a comprovação do caráter assistencial e filantrópico previsto no art.
203 da CF/88? É possível que lei ordinária garanta sua aplicação? (Vide anexo XII).
6. Explicar as diferenças entre as correntes dicotômica e tricotômica na aplicação das
normas gerais de direito tributário. Precisar o sentido da expressão “normas gerais
de direito tributário”, diferenciando lei complementar nacional e lei complementar
federal.
7. O art. 146, inciso III, da CF, autoriza a lei complementar a definir os fatos
geradores, bases de cálculo e contribuintes dos impostos já discriminados na
Constituição? Isso não violaria o princípio da autonomia das pessoas políticas?
Considerar as recentes decisões proferidas pelos Ministros do STF no RE 566.622
e ADI´s 2028, 2036, 2228 e 2621.

Seminário V
TRIBUTAÇÃO INTERNACIONAL

Questões
1. Construa a RMIT dos Impostos de Importação e de Exportação. Qual o
conceito de produto para fins de incidência destes tributos?

RMIT do II
Critério Material: Importar produto estrangeiro.
Critério Espacial: território aduaneiro.
Critério Temporal: registro da declaração de importação.
Critério Subjetivo:
- Sujeito ativo: União.
- Sujeito passivo: importador.
Critério quantitativo:
-Base de Cálculo: o valor da operação de importação.
- Alíquota: valores determinados na legislação podendo ser específicas ou ad
valorem.
RMIT do IE
Critério Material: Exportar produto nacional ou nacionalizado.
Critério Espacial: território aduaneiro.
Critério Temporal: Registro de exportação no Sistema Integrado de Comércio Exterior.
Critério Subjetivo:
- Sujeito ativo: União.
- Sujeito passivo: Exportador.
Critério Quantitativo:
- Base de Cálculo: FOB (FREE ON BOARD): preço usual do produto sem frete e
seguro.
- Alíquotas valores determinados na legislação, podendo ser específicas ou ad
valorem.

Pode-se conceituar produto como algo que tenha sido alvo de fabricação ou
resultado de um trabalho ou atividade. Para fins de incidência dos tributos acho que
não devemos restringir às “mercadorias”, tendo em vista a opção pelo constituinte em
se referir a “produtos”, signo mais amplo que abarca tanto os “bens” dentro do
comércio (mercadoria), quanto os não voltados para tal fim como matéria prima.

2. A “lei” que impõe limites e condições à faculdade de Poder Executivo alterar as


alíquotas do Imposto de Importação e do Imposto de Exportação (art. 153, § 1º, da
CF/88) deverá ser lei complementar ou lei ordinária? A exceção prevista no § 1º do
art. 150 da CF/88 dirige-se também a esta “lei” ou restringe-se aos atos do Poder
Executivo, acobertados pelos seus “limites e condições”? (Vide anexo I). E quanto à
definição dos produtos sujeitos à incidência do Imposto de Importação? Ela pode
ser realizada pelo Poder Executivo? Considerar em sua resposta o princípio da
legalidade e o caráter extrafiscal do tributo em comento.
3. Pode a União, ao exercer sua competência tributária com relação ao imposto sobre
exportações, atribuir alíquotas diferenciadas em razão do país de destino do bem?
Justificar.
4. A empresa “X” firmou contrato de fornecimento, formalizando a aquisição de bem
do exterior, datado de 10/05/10. Os produtos transpuseram a fronteira brasileira,
por via marítima, em 15/06/10, chegaram ao porto de Santos em 18/06/10, em
25/06/10 a empresa registrou a operação junto ao SISCOMEX e os produtos foram
desembaraçados em 02/07/10. No momento da realização do contrato, a alíquota
do referido imposto era de 10%. No entanto, em 01/06/10, o Governo Federal
publicou decreto que aumentou a alíquota aplicável à importação do referido bem
para 20%; em 16/06/10; houve outro aumento de alíquota para 30%, em 22/06/10,
para 35% e em 01/07/10, para 38%. Pergunta-se: qual é a alíquota aplicável à
importação em análise? (Vide anexo II).
5. A reimportação de mercadoria exportada em caráter definitivo se equipara à
importação, ou seja, a mercadoria exportada perde a condição de nacional,
devendo se submeter ao Imposto de Importação ao ser reimportada? (Vide anexo
III)
6. Defina o conceito de “tratado internacional”, descrevendo como se dá seu ingresso
no ordenamento jurídico, seu momento de vigência no direito interno e sua posição
hierárquica no sistema jurídico. Considere, em sua resposta, o §2º do art. 5º da
Constituição e o art. 98 do Código Tributário Nacional, e o entendimento exposto
pelo STF. (Vide anexo IV).
7. Pode a União visando a regular a política tarifária, versar sobre a isenção de tributo
de competência estadual? Os tratados podem revogar normas tributárias inseridas
no ordenamento jurídico brasileiro pelos Estados e Municípios? Como ficam o
princípio federativo e o da autonomia dos Municípios consagrados na CF/88? (Vide
anexos V e VI).

Seminário VI

IPTU, ITR E IPVA

Questões

1. Construa as regras-matrizes de incidência do IPTU, ITR e IPVA.


2. Diferençar os conceitos de propriedade, domínio útil e posse do art. 1º da Lei n.
9.393/96, correlacionando-os com o de propriedade do art. 153, VI, da CF. Há
competência da União para instituir como critério material do ITR o domínio útil e a
posse?
3. A quem compete definir as zonas urbana e rural? Qual o veículo legislativo adequado
para tanto? Os imóveis industriais, comerciais e prestadores de serviços situados fora
dos núcleos urbanos municipais estão sujeitos à incidência do IPTU? (Vide anexo I). E
os de exploração vegetal, agrícola, pecuária ou agroindustrial, quando situados dentro
dos núcleos urbanos municipais? (Vide anexos II, III e IV).
4. A modificação da planta genérica, que determina a base de cálculo do IPTU, deve ser
veiculada por lei, ou pode ser por meio de decreto? Há necessidade de publicação no
diário oficial? (Vide anexo V).
5. Quanto ao ITR pergunta-se:
a) O art. 11 da Lei n. 9.393/96 fixou as alíquotas do ITR em percentuais que variam de
0,03% a 20%, conforme a área total do imóvel e o grau de utilização. No seu entender,
referida progressividade atende ao disposto no art. 153, § 4º, da Constituição Federal?
A alíquota de 20%, neste caso é confiscatória? Justificar.
b) A que tipo de lançamento está sujeito o ITR? A exclusão da base de cálculo do ITR
da área de reserva legal depende de sua averbação na matrícula? Pressupõe o
protocolo de Ato Declaratório Ambiental (ADA) do IBAMA, ou do Cadastro Ambiental
Rural (CAR - Lei nº 12.651/12)? (Vide anexos VI, VII e VIII).
6. Com relação ao IPVA pergunta-se:
a) Que é “veículo automotor”? Embarcações e aeronaves enquadram-se no conceito de
“veículo automotor”, sujeitando-se à incidência do IPVA?
b) A Constituição Federal definiu o critério espacial da regra matriz de incidência
tributária do IPVA? Caso a pessoa (física ou jurídica) tenha domicílios em diferentes
Estados, nos termos dos arts. 71 e §1º do art. 75, do Código Civil Brasileiro, qual será o
Estado competente para cobrança do IPVA? E se o veículo for registrado em um
Estado, mas utilizado em outros? (vide anexos IX e X)
c) É possível a exigência em relação ao domínio útil ou posse do veículo? Identificar,
justificando sua resposta, quem pode integrar a relação jurídica tributária do IPVA, na
qualidade de sujeito passivo, caso o veículo seja objeto das operações de: i) locação; ii)
arrendamento mercantil (leasing); iii) alienação fiduciária (XI e XII).
d) Qual o critério temporal do imposto no caso de (i) veículo novo; e (ii) veículo usado?
Pode um Estado cobrar o imposto já pago em outra unidade federada no caso de
transferência do veículo usado durante o exercício? Sendo o veículo objeto de roubo, furto
ou perda total durante o exercício, pode o contribuinte pedir a restituição proporcional do
valor já pago a título de IPVA?

Seminário VII
CONTRIBUIÇÕES

Questões
1. Definir o conceito de “contribuição”. Quais as espécies de contribuição existentes
na CF/88? Que critério jurídico informa esta classificação normativa?
2. Sobre a hipótese de incidência das contribuições, pergunta-se:
a) A União pode, na criação de contribuição com fundamento no art. 149 da CF,
utilizar uma das materialidades que lhe foram atribuídas constitucionalmente para a
instituição de impostos?
b) A hipótese de incidência destas contribuições pode abranger fatos que, por
ocasião da repartição constitucional de competências para a instituição de
impostos, foram atribuídos como materialidades próprias dos Estados, Distrito
Federal e Municípios?
3. A destinação do produto da arrecadação tributária é relevante para a classificação
jurídica dos tributos e consequente definição das contribuições? E a efetiva
destinação da receita arrecadada a título de contribuição é relevante para se
caracterizar a legitimidade da cobrança? Se os valores arrecadados a título de
contribuição não forem aplicados na destinação prescrita na lei, pode o contribuinte
requerer restituição do tributo pago? Sob qual fundamento? Justificar.
4. Por força do que prescreve o art. 195, I, “a”, da Constituição da República, a
legislação exige que o empregador recolha contribuição sobre a folha de salários e
demais rendimentos do trabalho pagos ou creditados, a qualquer título, à pessoa
física que lhe preste serviço. Neste contexto, pergunta-se:
a) O que é “salário”? E “rendimentos do trabalho”?
b) Levando em consideração a resposta, quais das parcelas abaixo estão ou não
sujeitas à incidência deste tributo, justifique: (i) os serviços extraordinários (horas
extras); (ii) terço constitucional; (iii) férias indenizadas; (iv) aviso-prévio indenizado;
(v) adicional de insalubridade; (vi) adicional de periculosidade; (vii) adicional
noturno; (viii) auxílio-educação; (ix) auxílio-creche; (x) auxílio-doença; (xi) salário-
maternidade; (xii) prêmio assiduidade; (xiii) vale-transporte e (xiv) descanso
remunerado. (Vide anexo I).
5. Sobre as contribuições ao PIS-COFINS no regime não cumulativo:
a) Qual o alcance da não cumulatividade do PIS-COFINS prevista no art. 195, § 12,
da CF/88?
b) Examinar o conceito de receita delimitado pela Lei n. 12.973/14 As alterações
veiculadas acarretam consequências para fins da incidência do PIS e da COFINS?
Em caso afirmativo, quais?
c) O que caracteriza “insumo” para fins da não cumulatividade do PIS e da
COFINS? (Vide anexos II a VI).
6. A Lei Federal n. 10.865/04 instituiu a Contribuição para os Programas de Integração
Social e de Formação do Patrimônio do Servidor Público incidente na importação
de produtos estrangeiros ou serviços (PIS/PASEP-Importação) e a Contribuição
Social para o Financiamento da Seguridade Social devida pelo importador de bens
estrangeiros ou serviços do exterior (COFINS-Importação). Analisando criticamente
o art. 7º da referida lei, e os enunciados constitucionais que atribuem competência
para a União instituir contribuições, bem como o conceito de valor aduaneiro,
pergunta-se:
a) É possível identificar um conceito constitucional de valor aduaneiro? (Vide anexo
VII).
b) O que compreende o valor aduaneiro para fins de quantificação do PIS-
Importação e da COFINS-Importação?
c) É possível sustentar a inconstitucionalidade da base de cálculo do PIS-
Importação e da COFINS-Importação constante da Lei Federal n. 10.865/04, ou a
sua ilegalidade, tendo em vista o que dispõe o art. 110 do CTN? (Vide anexos VIII e
IX).
7. Sobre as contribuições de intervenção no domínio econômico, pergunta-se:
a) Que se entende por intervenção no domínio econômico? As causas de
intervenção estão restritas aos arts. 170 a 181 da Constituição Federal?
b) O produto da arrecadação da CIDE deve ser legalmente destinado à intervenção
no setor econômico de que trata a contribuição (intervenção positiva), ou pode ser
instituída com finalidade de desestimular determinada atividade, ou seja, com
caráter extrafiscal (intervenção negativa)?
c) A sua materialidade e o sujeito passivo devem estar relacionados com a
destinação escolhida pelo legislador como forma de intervenção no domínio
econômico? (Vide anexo X).

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