: 223.11.7GDSTS.P1
Jurisdição: Criminal
Ref. 6878/2013
Sumário
I - O crime de roubo exige que a apropriação de coisa alheia seja feita com
recurso à violência.
III - Comete o crime de roubo aquele que, aproximando-se por trás, arranca
das mãos do ofendido o telemóvel que, na altura, ele utilizava na via pública,
apoderando-se dele.
M.B.
Disposições aplicadas
ACÓRDÃO
I - RELATÓRIO
"(...)
(...)
E condenam:
6. a arguida [A] pela prática dum crime de roubo, p. e p. pelo artigo 210º, nº 1,
do Código Penal na pena de 2 (dois) anos de prisão, suspensa na sua execução por
igual período. (...)"
[...]
[...]
15. Diz a recorrente que "os factos dados como provados ou que poderiam ter sido
dados como provados" integrariam não a prática de um crime de Roubo, mas de
um crime de Furto [conclusão 29]. Há míngua de uma explicação mais
circunstanciada, cremos que a recorrente partiu do princípio de que a impugnação
da decisão proferida sobre matéria de facto obteria, pelo menos, algum êxito,
levando a um diferente quadro factual. Tal não sucedeu, como vimos supra. E o
que a matéria de facto fixada nos permite afirmar é que a arguida cometeu, em
coautoria, um crime de Roubo, do artigo 210º, nº 1, do Cód. Penal.
18. É o caso dos autos: está provado que, quando o menor José Cunha utilizava o
equipamento de telefono móvel, na via pública, a arguida aproximou-se, apeada,
por trás do ofendido e arrancou-lhe o telemóvel das mãos, dirigindo-se, depois,
para o veículo automóvel que a aguardava [pontos 2 e 3, dos Factos Provados].
Mostra-se, pois, preenchido o elemento objetivo do tipo de crime [tal como o
elemento subjetivo - ver ponto 4], pelo que improcede mais ele fundamento do
recurso.
[...]
III - DISPOSITIVO
José Piedade