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Bases Neurológicas da Aprendizagem

Profª Elaine Constant


Psicopedagogia Clínica e Institucional

1. Para as teorias comportamentais, o homem é considerado como uma conseqüência


das influências do meio ambiente, um produto do meio e este pode ser manipulado.
Nestas teorias, acredita-se que a educação está intimamente ligada à transmissão
cultural, pois deverá transmitir os conhecimentos, assim como os comportamentos
éticos, práticos e sociais. Esta transmissão cultural, que “molda” e determina
comportamentos pode ser percebida em alguns provérbios populares bastante utilizados:
“Água mole em pedra dura, tanto bate até que fura.”
“A prática é a base da perfeição.”
“Filho de onça já nasce pintado.”
“Filho de peixe, peixinho é.”
“Pelo andar dos bois, se conhece o peso da carroça.”
Levando em consideração a afirmativa acima e os provérbios populares apresentados,
escreva sobre as concepções teóricas sobre a aprendizagem (inatista e
ambientalista) e de que forma influíram na percepção dos professores sobre os alunos.

A visão inatista compreende que o ser humano é um ser fechado em si mesmo,


nasce com habilidades que serão estimuladas na medida em que a maturidade vai
avançando.
Partindo deste princípio, o ser humano, não irá sofrer intervenção do meio e não
sofrerá mudanças. Nada depois do nascimento é importante, visto que o homem já nasce
pronto, incluindo a personalidade, os valores, os hábitos, as crenças, o pensamento, a
emoção e a conduta social.
O aproveitamento desse olhar na educação produz imobilismo e resignação, pois
pondera-se que as diferenças não são sobrepujadas, uma vez que o meio não interfere no
desenvolvimento da criança. Considera- se também que o resultado da aprendizagem é
exclusivamente do aluno, isentando de responsabilidade o professor e a escola.
Já no ambientalismo o ser humano é considerado um papel em branco, que será
escrito pelos estímulos do ambiente. O ser humano é produto do meio em que vive, do
condicionamento que recebe.
De acordo com os ambientalistas, a aprendizagem e o desenvolvimento ocorrem
simultaneamente e podem ser tratados como sinônimos. Sob essa ótica, o
desenvolvimento é observado como a unificação de respostas aprendidas. As respostas
aprendidas, por sua vez, resultam em mudanças de comportamento, desencadeando a
aprendizagem.
Há exaltação do ensino, enquanto teoria a ser transmitida, pois uma vez que o
ser humano é considerado um papel em branco, deve receber um número de
informações necessárias para desempenhar a sua futura função social. Utilizando-se de
técnicas eficazes, o professor pode estimular a reprodução de um conhecimento, sem
questioná-lo.

2. Leia com atenção:


Estudo Errado (composição: Gabriel, O Pensador)
“[...] Manhê! Tirei um dez na prova.
Me dei bem, tirei um cem e eu quero ver quem me reprova.

1
Decorei toda a lição.
Não errei nenhuma questão.
Não aprendi nada de bom.
Mas tirei dez (boa, filhão!)
Quase tudo que aprendi, amanhã eu já esqueci.
Decorei, copiei, memorizei, mas não entendi.
Decoreba: esse é o método de ensino.
Eles me tratam como ameba e assim eu não raciocino.
Não aprendo as causas e conseqüências, só decoro os fatos.
Desse jeito até história fica chato.”

Ensinar e aprender são as duas tarefas constitutivas do fazer da sala de aula. Entretanto,
o lugar e a ênfase que se dá a cada uma destas tarefas caracterizam as diferentes
concepções teóricas que estão subsidiando a prática pedagógica. O trecho acima da
música “Estudo errado”, de Gabriel, O pensador, relata uma prática pedagógica
utilizada por um professor em suas aulas. Diante destes fatos e observando as
características das aulas citadas, comente sobre as práticas de memorização tradicionais
consideradas importantes para a aprendizagem e confronte-as com as propostas
defendidas pelas teorias interacionistas.

A corrente de proposta tradicional orienta a ação pedagógica baseanda na


transmissão de conhecimentos, situando o aluno como sujeito passivo. Neste caso, a
aprendizagem da escrita é orientada, inicialmente, pelo treino de habilidades perceptivo-
motoras. Parte-se do pressuposto de que a criança não detém conhecimentos relativos ao
objeto de sua aprendizagem, necessitando, portanto, ser submetida a um processo de
preparação.
Na prática tradicional, o professor, por haver construído conhecimentos sobre
ela, sente certa segurança no direcionamento do trabalho, organizado dentro da lógica
do controle da aprendizagem dos alunos. Por essa razão, resiste de certa forma, às novas
propostas. Talvez essa resistência se dê, também, como resultado de uma formação
inadequada (implicando em fragilidade teórico-metodológica) ou como decorrência da
falta de espaço, dentro da escola, para discussão, estudo e reflexão sobre a prática de
aprendizagem.
As teorias interacionistas do desenvolvimento se apoiam na idéia de interação
entre o ser humano e o meio. A aquisição do conhecimento é entendida como um
processo de construção contínua do ser humano em sua relação com o meio. Ser e meio
exercem ação recíproca. Novas construções dependem das relações que estabelecem
com o ambiente numa dada situação.
Piaget concebe a criança como um ser ativo, atento e que constantemente cria
hipóteses sobre o seu ambiente. Assim, acredita que, de acordo com o estágio de
desenvolvimento em que a mesma se encontra, elabora os conhecimentos de forma
espontânea. A criança tem uma visão particular sobre o mundo e à medida que se
desenvolve, em sua interação com o adulto, aproxima-se de suas concepções tornando-
se socializada. No entanto, o papel da interação, nesta teoria, fica minimizado em
virtude de que, para Piaget, a aprendizagem subordina-se ao desenvolvimento.
Na teoria sócio-interacionista, que teve em Vygotsky seu maior expoente, uma
nova abordagem fica evidenciada. Seus pressupostos partem da idéia de homem
enquanto corpo e mente, enquanto ser biológico e social e enquanto participante de um
processo histórico cultural.

2
Para Vygotsky, toda forma superior de comportamento aparece duas vezes
durante seu desenvolvimento: primeiro como forma coletiva , como um procedimento
externo do comportamento, isto é, interpsicológica, para depois se converter em
individual, em uma forma de comportamento da própria pessoa, isto é, intrapsicológica.

3. Leia com atenção o depoimento abaixo e escreva sobre o processo de aprendizagem e


as emoções.

Depoimento ficcional de professoras que trabalham nas escolas públicas de


1ª grau. Este depoimento é uma síntese de várias falas de professoras sobre
suas práticas educativas com crianças e adolescentes nas escolas públicas de
São Paulo.

Quando me levanto, rezo. Não sou muito religiosa, mas rezo. Peço forças... Então, de
manhã, já como num flash vejo tudo, olhos fechados. As crianças com as quais trabalho
não têm aquele ar de infância aquele rosto que exala satisfação, pureza, nem aquela
ingenuidade doce. É uma ingenuidade amarga, às vezes azeda, igual ao cheiro que sinto
assim que começa o dia e entro na classe, no primeiro bom-dia, já vem o cheiro forte.
Por que eles têm esse cheiro? Será mesmo por alguma falta – de água, chuveiro,
vontade? Provavelmente, não só. Eles se impõem com esse cheiro. É uma força
invisível. Eu sinto raiva. Depois o desânimo vem logo na primeira hora do dia, eu falo e
a aula começa. Alguns permanecem imóveis, são puro obstáculo – como pedras e
muros; outros são dissipação absoluta – parecem voar, estão no ar; e tem as outras que
nem parecem meninas, e aquelas com aquele silêncio que não compreendo e também
aqueles que lembram uma máquina de guerra: não param quietos, pura velocidade, não
se sabe onde estão, agressivos. Contra quem guerreiam? Nessa classe não existe
fronteiras, não se sabe onde estão as coisas nem as palavras: o infantil e o adulto, a
menina e o menino, a gangue ou a classe. Vivemos no subterrâneo, como as gangues,
eles me obrigam a descer e descer. E depois tenho dificuldade em subir. E eles ficam ali
no subterrâneo, apenas como esconderijo, sobem e descem com a agilidade própria das
crianças. E eu, quando desço...Eles nunca agradecem, parecem não ter deveres, são
somente direitos, parece que eu devo, estranha sensação. Eles operam em um tempo
diferente do meu. Um tempo diferente. Perambulam pelas ruas e pelas escolas, através
das multirrepetências. Possuem um tempo que pertence à infância, um tempo generoso
– da paciência, do acontecer e da criação. Parece que nada querem. Eu ensino tudo que
posso e sei, do meu jeito. Procuro em casa coisas e palavras novas e trago para a classe:
levam tudo ao “Limite de Planck” 1 (tudo está dado, mas é, ao mesmo tempo, o ponto
zero. Tudo vira vácuo, a classe é um buraco negro. Como já disse, alguns se dissipam
como os anjos, outros são só movimento, parecem fantasmas, estão em todos e em
nenhum lugar, outros empunham suas armas. Quando quis ser professora, porque
escolhi tal profissão, pensei que as crianças eram mais calmas e doces, nem sei como
construí tal imagem. Acho que na TV, nos livros e nas aulas das minhas professoras –
porque durante toda a minha escolaridade tive apenas uns dois professores homens –
falavam das crianças que nada têm a ver com as da minha classe. Eu falo, falo, falo, e
tenho a sensação de que as palavras nada significam. Ganho pouco e às vezes isso é
muito problemático, mas às vezes não, pois ganhando assim ninguém tem o direito de
me pedir nada, então sou autônoma, só não sei bem o que fazer. Tenho me perguntado,
quem são tais crianças? Por que repetem de ano? Como trabalhar com elas? O que
fazer? Como posso ajudá-las a sair do fracasso? – e sei que se conseguir acabo saindo
junto. Eu sei que posso fazer, mas por quais caminhos? Tenho me sentido perdida.

1
Os físicos denominam de “Limite de Planck” quando o universo estava reunido numa singularidade
microcósmica inimaginavelmente pequena. Uma espécie de tempo zero (Jean Guitton, 1992, p.19).

3
ABRAMOWICZ, Anete; MOLL, Jaqueline (orgs). Para além do fracasso
escolar. Campinas, SP: Papirus, 1997. Coleção Magistério: Formação e Trabalho
Pedagógico.

De acordo com as várias teorias da Aprendizagem, o método de aprimoramento


e fixação do saber se baseia principalmente na concentração de aspectos emocionais de
cada individuo sobre aquilo que está sendo introduzido em sua linha de raciocínio.
Sendo a concentração do processo de aprendizagem baseada em resoluções mentais
onde uma melhor absorção de conhecimentos pode ser concebida a partir da associação
da vivência do individuo com aquilo que se pretende aprender, um aprofundamento
sobre a necessidade da busca por processos que possam auxiliar na estimulação da
associação emoção e aprendizagem se faz necessária, visto que vivemos em uma época
em que a absorção do conhecimento tem que ser efetivada de forma muito mais precisa
e dinâmica, sendo necessária uma nova abordagem de metodologias de aprendizagem
que possamos viabilizar um alcance mais orientado e efetivo do conhecimento.
Dessa forma, a proposta que se faz é que com o estudo aprofundado das
emoções na aprendizagem possamos facilitar o processo educacional do individuo
colocando-o cada vez mais próximo da adequação de suas necessidades básicas de
vivência daquilo que almeja enquanto fator integrante no processo de desenvolvimento
de seu espaço.

1. Leia a charge abaixo e escreva sobre a importância dos estudos das bases
neurológicas para a formação dos psicopedagogos.

Bases neurológicas para a formação de psicopedagogos tem como proposta


trabalhar as considerações fundamentais sobre a atividade neurológica especificamente
desde o ponto de vista do desenvolvimento do ser humano, em direção às implicações
educacionais decorrentes. Enfatizam-se as bases neuropsicológicas de percepção,
movimentação, atenção, memória, fala e pensamento como formas eminentemente
humanas de organização, processamento e desenvolvimento mental, bem como são
tratados pontos da normalidade e da defasagem e pautas para uma ação educacional,
tanto através de aspectos teóricos como práticos. A Psicopedagogia estuda o ser humano
no seu processo de aprendizagem e ter o conhecimento dos fatores neurológicos que
4
influenciam o ser auxilia esta pesquisa e entendimento. Desta forma o Psicopedagogo
entende a interferência interna ou externa que afeta o aprendizado.

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