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QUESTõES ESAF DE DIREITO TRIBUTáRIO AFRFB - TURMA 2017

AULA 01

Definições iniciais. Conceito e classificação dos tributos. (53 questões


ESAF)
Por meio de um site próprio, sem a intermediação de instituições ou donos de
cursos preparatórios, o professor George Firmino conseguiu reduzir bastante o
preço dos cursos, chegando a um valor justo e acessível aos concurseiros,
mantendo a qualidade tão conhecida do seu material.
Todos os cursos disponibilizados são fruto do esforço e da dedicação individual do
professor para oferecer aos concurseiros um material de extrema qualidade.
Valorize o trabalho do professor e contribua para a continuidade do site, tão
importante na sua preparação e de tantos outros concurseiros que ainda irão
ingressar nessa jornada. A pirataria inviabiliza a continuidade dos cursos.
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Questões comentadas ESAF de Direito Tributário
AULA 01

AULA 01 – Aula Demonstrativa

Conceito e Classificação dos tributos.

SUMÁRIO Página
Apresentação do professor 02
Informações sobre o curso 04
1. Conteúdo e cronograma das aulas 04
2. Metodologia utilizada 05
3. Legislação aplicável 06
4. Suporte 06
Questões propostas 07
Gabarito 31
Questões comentadas 32
RESUMO ESQUEMATIZADO 106

Olá, amigo(a) concurseiro(a)!

Seja muito bem-vindo(a) ao nosso curso de questões comentadas ESAF de


Direito Tributário, turma 2017.

Os concursos da Receita Federal se tornaram referência pelo grau de


dificuldade de suas provas, bem como pelo elevado nível dos candidatos. Por
isso, torna-se necessária uma preparação com planejamento e muita
disciplina.

Estudar para concurso público hoje em dia não deve se limitar ao material
teórico. O nível de preparação dos candidatos não permite mais que você seja
aprovado em algum certame apenas livrando a nota de corte. É necessário
fazer a diferença naquelas matérias-chave.

Mas, para fazer essa diferença é fundamental conhecer bem a banca


examinadora. As bancas possuem formas distintas de cobrar a matéria.
Algumas se limitam ao conteúdo da lei, outras vão além e exigem que o
candidato conheça as decisões dos tribunais superiores em relação a
determinado tema (jurisprudência do STF e STJ).

Nessa linha, o nosso objetivo aqui é conhecer a forma como a Escola de


Administração Fazendária, a famosa ESAF, costuma exigir a matéria de

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Questões comentadas ESAF de Direito Tributário
AULA 01

Direito Tributário. E não há maneira melhor de conhecê-la do que pela


resolução de questões de concursos anteriores.

Resolveremos aqui quase 500 questões, de tal forma que você se tornará
íntimo da ESAF e chegará à prova com bastante segurança. Você verá que,
apesar de ser tão temida por muitos candidatos, a ESAF passará a ser vista
com outros olhos, de um jeito bastante amigável, já que iremos conhecê-la a
fundo.

Antes de iniciar os comentários sobre o funcionamento do nosso curso,


gostaria de fazer uma breve apresentação pessoal.

Sou Auditor Fiscal da Receita Federal do Brasil e pós-graduando em Direito


Tributário. Atuei inicialmente como parecerista em processos de restituição
e compensação tributária, bem como na orientação aos contribuintes em
questões que envolviam a interpretação da legislação tributária, mais
precisamente referentes ao imposto de renda pessoa física e jurídica (IRPF e
IRPJ). Após um período como parecerista, passei a exercer minhas atividades
na malha fiscal e na fiscalização do imposto de renda pessoa física.
Atualmente, exerço minhas funções no julgamento de processos do Simples
Nacional.
Porém, antes de tomar posse no meu atual cargo, passei por uma verdadeira
jornada como concurseiro. Nesse intervalo, obtive aprovação nos seguintes
certames:

 Auditor Fiscal da Receita Federal do Brasil 2009, classificado na 68ª


posição e obtendo a 5ª maior nota nacional na prova discursiva;
 Agente Fiscal de Rendas da SEFAZ/SP (ICMS/SP) 2009;
 Analista Tributário da Receita Federal do Brasil (ATRFB) 2009;
 Auditor Fiscal de Ipojuca/PE 2009;
 Auditor Fiscal de Abreu e Lima/PE 2008 (1º lugar);
 Gestor da Secretaria de Administração/PE 2009;
 Assistente Técnico Administrativo do Ministério da Fazenda 2009.

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AULA 01

Minha experiência como professor iniciou em 2012 no Estratégia


Concursos, onde permaneci até 2014, saindo para dedicar-me à
coordenação pedagógica do site Concurseiro Fiscal, que posteriormente
expandiu para o Atitude Concursos. Desde então, conto com centenas de
alunos aprovados em todo o Brasil, em concursos de alto nível como os da
Receita Federal e dos fiscos estaduais e municipais.

Sou autor dos seguintes livros:

Direito Tributário Descomplicado Legislação Tributária Federal Direito Tributário ESAF

Finalmente, em um espaço próprio foi possível atender uma demanda antiga


dos concurseiros. Agora, sem o intermédio de cursinhos preparatórios,
disponibilizando os cursos diretamente aos alunos, foi possível conceder
um bom desconto no valor dos cursos, chegando a um preço mais
acessível, sem perder em nada na qualidade do material.

Irem me dedicar na busca incansável para disponibilizar o melhor material de


Direito Tributário, tanto na qualidade do curso como no suporte aos alunos.

Essa é o diferencial que quero trazer para a sua preparação. Espero, assim,
dividir com você a experiência de quem já foi concurseiro e enfrentou
diversas provas.
Feitas as apresentações iniciais, passemos à proposta do nosso curso.

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AULA 01

1. Conteúdo e cronograma das aulas


Nosso curso será dividido em 10 aulas, incluindo esta aula demonstrativa, de
acordo com o cronograma abaixo:

AULA 01
Definições iniciais. Conceito e classificação dos tributos.
53 questões ESAF

AULA 02 prevista para 20/04/2017

Competência Tributária. Limitações constitucionais ao poder de tributar.


64 questões ESAF

AULA 03 prevista para 30/04/2017

Tributos de competência da União. Impostos de competência dos Estados. Impostos


de competência dos Municípios. Repartição das receitas tributárias. Simples
Nacional.

63 questões ESAF

AULA 04 prevista para 10/05/2017

Legislação tributária: vigência, aplicação, interpretação e integração.


49 questões ESAF

AULA 05 prevista para 20/05/2017

Obrigação tributária. Fato gerador da obrigação tributária. Domicílio tributário.


32 questões ESAF

AULA 06 prevista para 30/05/2017

Sujeição ativa e passiva. Responsabilidade tributária.


38 questões ESAF

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AULA 01

AULA 07 prevista para 10/06/2017

Crédito tributário. Constituição do crédito tributário.


30 questões ESAF

AULA 08 prevista para 20/06/2017

Suspensão da exigibilidade do crédito tributário. Extinção do crédito tributário.


Exclusão do crédito tributário.
55 questões ESAF

AULA 09 prevista para 30/06/2017

Garantias e privilégios do crédito tributário. Administração tributária.


31 questões ESAF

AULA 10 prevista para 30/07/2017

SIMULADO FINAL - 75 questões sobre doutrina e jurisprudência.

2. Metodologia utilizada

Conforme exposto, abordaremos cada tópico do conteúdo programático,


analisando detalhadamente e comparando como a ESAF costuma cobrar em
suas provas.

As questões foram ordenadas da forma mais didática possível, o que torna


possível o estudo de modo sequenciado. Você perceberá que nas questões
que introduzem determinado assunto, os comentários serão mais
prolongados, a fim de abordar da maneira mais completa o tema. Isso
ajuda aqueles que costumam estudar a matéria através de questões, mas
também permite uma revisão completa para aqueles que utilizam as
questões para firmar o conhecimento.
Sugiro que durante o nosso curso você adote a seguinte metodologia: as
questões serão apresentadas em sequência, sem gabarito ou comentários,
por isso, recomendo que você imprima a lista com as questões e as resolva,
procedendo, posteriormente, à correção e revisão através dos comentários.

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3. Legislação aplicável

Como base do nosso estudo, utilizaremos frequentemente a Constituição


Federal e o Código Tributário Nacional (CTN – Lei nº 5.172, de 25 de outubro
de 1966). Por isso, é recomendado que você os tenha sempre que for
acompanhar as aulas, de preferência impressos (ou em PDF), pois podem ser
feitas anotações e destaques para consultas posteriores.

Você pode acessá-los e imprimi-los nos seguintes links:

Constituição Federal de 1988


www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao.htm

Código Tributário Nacional


http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l5172.htm

4. Suporte

Por fim, informo que nosso estudo não se limita à apresentação das aulas ao
longo do curso. É mais do que natural que você tenha dúvidas, mas elas não
podem permanecer até o dia da prova, não é mesmo?
Então, estarei sempre à disposição para responder aos seus
questionamentos através do fórum de cada aula.
Todos têm dúvidas! Errar é comum quando se está tentando aprender. O que
não pode acontecer é você guardar sua dúvida ao invés de expor a sua
dificuldade.
Conte comigo!
Nada será mais gratificante para mim do que receber uma mensagem
trazendo a notícia da sua aprovação. Vamos juntos até lá!

Assim, analisados todos os itens que nortearão o nosso curso, vamos ao que
interessa!!!

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AULA 01

QUESTÕES PROPOSTAS

Questão 01 – APOF – SEFAZ/SP - 2009


Constituem modalidade de receita derivada, exceto:
a) tributos
b) penalidades pecuniárias
c) multas administrativas
d) taxas
e) preços públicos

Questão 02 – Auditor – TCE/ES - 2001


Entre as receitas originárias, podemos incluir:
a) as taxas
b) os empréstimos compulsórios
c) as contribuições sociais
d) as tarifas de energia elétrica
e) os impostos

Questão 03 – Analista Técnico da Previdência Social - MPOG - 2012


Quanto ao conceito de tributo pode-se afirmar, exceto:
a) a cobrança do tributo é atividade plenamente vinculada, não deixando
margem à discricionariedade do agente público.
b) tributo é prestação pecuniária em moeda ou cujo valor nela se possa
exprimir.
c) o tributo é prestação que não pode se constituir em sanção de ato ilícito.
d) o tributo só pode ser criado por lei, mas existem exceções como os
impostos de importação e o imposto sobre produtos industrializados, que
podem ser criados por decreto.
e) o dever de pagar o tributo é imposto pela lei, independentemente da
vontade das partes envolvidas.

Questão 04 - Agente de Fazenda – Pref. Rio de Janeiro - 2010


O conceito de tributo, nos termos do Código Tributário Nacional, traz as
seguintes conclusões, exceto:

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AULA 01

a) o poder de tributar é prerrogativa do Poder Público, que o faz para custear


suas ações no interesse da sociedade.
b) não constituindo sanção por ato ilícito, pouco importa para a legislação do
imposto sobre a circulação de mercadorias e serviços, por exemplo, a origem
lícita ou ilícita de determinadas mercadorias, desde que reste configurada a
hipótese de incidência do referido tributo, qual seja, a circulação dessas
mercadorias, para que possa ele ser exigido.
c) nem toda prestação pecuniária prevista em lei constitui tributo, mas
somente aquelas que reúnam o conjunto dos requisitos previstos na
definição de tributo, consoante o Código Tributário Nacional.
d) o Estado exige os tributos compulsoriamente das pessoas, portanto, a
obrigação de pagar tributos não decorre da vontade do contribuinte, sendo
esta, aliás, irrelevante nessa matéria.
e) embora sendo uma obrigação de direito público, absolutamente
indisponível por parte da administração, admite-se, desde que haja a
respectiva previsão legal, a delegação dessa obrigação a outras pessoas
jurídicas, como empresas públicas e sociedades de economia mista.

Questão 05 – Analista de Planejamento e Orçamento – MPOG - 2001


É sabido que, de acordo com o art. 3º do Código Tributário Nacional, tributo
é toda prestação pecuniária, compulsória, em moeda ou cujo valor nela se
possa exprimir, que não constitua sanção de ato ilícito, instituída em lei e
cobrada mediante atividade administrativa plenamente vinculada.
Consoante tal entendimento, é errado afirmar-se que:
a) as multas pelo descumprimento da obrigação tributária não são tributos,
mas consideradas pelo CTN como obrigação tributária, ao lado do tributo,
para que se submetam ao mesmo regime de constituição, discussão
administrativa, inscrição em dívida ativa e execução dos tributos.
b) o poder de tributar é prerrogativa do Poder Público, que o faz para custear
suas ações no interesse da sociedade. A fiscalização tributária implica
exercício do poder de polícia, e somente mediante atividade administrativa
pode ser exigido o pagamento de tributo.
c) ocorrido o fato gerador da obrigação tributária, a autoridade administrativa
tem o dever de exigir o cumprimento da obrigação por parte do contribuinte,
havendo, no entanto, alguma margem de discricionariedade nesta atividade.
d) a aquisição de renda e a promoção da circulação de mercadorias com o
produto de renda advinda do jogo do bicho, por exemplo, apesar de fatos
ilícitos, são passíveis de tributação.

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e) nem toda prestação pecuniária prevista em lei constitui tributo, mas sim
toda prestação pecuniária que reúna o conjunto dos requisitos constantes do
art. 3º do CTN, como, por exemplo, o caráter obrigatório.

Questão 06 – Gestor Fazendário – SEFAZ/MG - 2005


Assinale a opção correta.
a) Na atividade de cobrança do tributo a autoridade administrativa pode, em
determinadas circunstâncias, deixar de aplicar a lei.
b) Não é preciso lei para exigir um tributo.
c) O tributo se caracteriza também pelo fato de não resultar da aplicação de
uma sanção por ato ilícito.
d) A prestação do tributo não é obrigatória.
e) A destinação da arrecadação do tributo determina a sua natureza.

Questão 07 - Analista de Comércio Exterior - MDIC - 2012


Segundo a definição de tributo presente no Código Tributário Nacional, uma
de suas características é a de não constituir sanção por ato ilícito. Assim
sendo, julgue como Falso (F) ou Verdadeiro (V) os itens a seguir e assinale a
opção correta.
I. Ainda no caso de furto de sinal por "clonagem", o ICMS − Imposto sobre
Circulação de Mercadorias e Serviços − é devido sobre o serviço de telefonia
móvel onerosamente contratado de operadora por usuário.
II. A renda obtida com o tráfico de drogas deve ser tributada, já que o que se
tributa é o aumento patrimonial, e não o próprio tráfico.
III. No caso de importação ilícita, reconhecida a ilicitude e aplicada a pena de
perdimento, não poderá ser cobrado o imposto de importação, já que
"importar mercadorias" é elemento essencial do tipo tributário.
IV. As vendas inadimplidas equivalem às vendas canceladas para fins de
incidência tributária, eis que no sistema tributário nacional, embora tenha
consagrado o regime de competência como a regra geral de apuração dos
resultados, o inadimplemento constitui hipótese de cancelamento de venda,
e não tendo ingressado a receita de venda, não há que se falar em tributação.
a) F, V, V, F
b) V, V, V, F
c) F, V, V, V
d) V, F, V, F
e) V, V, F, F

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Questão 08 - Auditor Fiscal da Receita Federal do Brasil - 2014


Sobre a extrafiscalidade, julgue os itens a seguir, classificando-os como certos
ou errados. Em seguida, assinale a opção correta.
I. Na medida em que se pode, através do manejo das alíquotas do imposto
de importação, onerar mais ou menos o ingresso de mercadorias
estrangeiras no território nacional, até o ponto de inviabilizar
economicamente determinadas operações, revela-se o potencial de tal
instrumento tributário na condução e no controle do comércio exterior.
II. Por meio da tributação extrafiscal, não pode o Estado intervir sobre o
domínio econômico, manipulando ou orientando o comportamento dos
destinatários da norma a fim de que adotem condutas condizentes com os
objetivos estatais.
III. A extrafiscalidade em sentido próprio engloba as normas jurídico-fiscais
de tributação (impostos e agravamento de impostos) e de não tributação
(benefícios fiscais).
IV. Não existe, porém, entidade tributária que se possa dizer pura, no sentido
de realizar tão somente a fiscalidade ou a extrafiscalidade. Os dois objetivos
convivem, harmônicos, na mesma figura impositiva, sendo apenas lícito
verificar que, por vezes, um predomina sobre o outro.
a) Apenas I, II e IV estão corretas.
b) Apenas I e IV estão corretas.
c) Apenas II e IV estão corretas.
d) Apenas I, III e IV estão corretas.
e) Todas as alternativas estão corretas

Questão 09 – Auditor Fiscal do Tesouro Estadual – SEFAZ/MS - 2001


As receitas compulsórias, cuja arrecadação e utilização são conferidas, pelo
Poder Público competente, a uma entidade paraestatal dotada de autonomia
administrativa e financeira, são chamadas:
a) Acessórias
b) Complementares
c) Extraordinárias
d) Extrafiscais
e) Parafiscais

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Questão 10 – Auditor do Tesouro Municipal – Pref. Natal - 2008


Sobre o conceito de tributo e sua natureza jurídica, assinale a única opção
correta.
a) A Lei Complementar n. 104/2001, ao permitir a dação em pagamento de
bens imóveis, como forma de extinção do crédito tributário, promoveu a
derrogação do art. 3º do CTN, que confere ao tributo uma prestação
pecuniária em moeda ou cujo valor nela se possa exprimir.
b) Tributo é toda prestação pecuniária compulsória instituída em lei. Todavia,
não há restrição para que o Município majore alíquotas de tributos, sob sua
competência, por meio de decreto.
c) Tendo em vista que o tributo não pode constituir uma sanção por ato ilícito,
não se faz possível a incidência de tributos sobre atividades criminosas, pois
assim agindo o Estado estaria obtendo recursos de uma atividade por ele
proibida.
d) A cobrança de impostos decorre de uma atividade administrativa não-
vinculada, haja vista os recursos poderem ser utilizados com quaisquer
despesas previstas no orçamento.
e) O que determina a natureza jurídica de um tributo é o fato gerador da
respectiva obrigação, independentemente de sua denominação e da
destinação legal do produto de sua arrecadação.

Questão 11 – Auditor Fiscal da Previdência Social - 2002


Com referência a tributo e suas espécies, é correto afirmar que:
a) empréstimo compulsório, contribuição de melhoria, contribuição de
intervenção no domínio econômico e compensação financeira aos Estados
pela exploração de petróleo por empresas privadas são espécies tributárias.
b) tributo é um gravame cuja obrigação tem por fato gerador uma situação
independente de qualquer atividade estatal específica, relativa ao
contribuinte.
c) são espécies tributárias, entre outras, imposto, taxa, contribuição em favor
de categoria profissional, preço público e contribuição de intervenção no
domínio econômico.
d) tributo é toda prestação pecuniária compulsória, em moeda, ou cujo valor
nela se possa exprimir, que não constitua sanção de ato ilícito, instituída em
lei e cobrada mediante atividade administrativa plenamente vinculada.
e) tributo é a prestação pecuniária compulsória, em moeda, ou cujo valor nela
se possa exprimir, instituída em lei e cobrada mediante atividade

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administrativa plenamente vinculada, que não constitua sanção de ato ilícito,


ressalvado o caso de ato ilícito que requeira reparação em virtude de guerra.

Questão 12 – Auditor Fiscal do Tesouro Municipal – Pref. Fortaleza - 2003

Avalie as formulações seguintes, relativas a tributo e suas espécies,


consideradas as pertinentes disposições da Constituição Federal e do Código
Tributário Nacional, e, ao final, assinale a opção que corresponde à resposta
correta.
I. Imposto, taxa, preço público e contribuição de interesse de categorias
profissionais são espécies tributárias.
II. A natureza jurídica específica do tributo é determinada pelo fato gerador
da respectiva obrigação, sendo irrelevantes para qualificá-la: (a) a
denominação e demais características formais adotadas pela lei; (b) a
destinação legal do produto da sua arrecadação.
III. Empréstimo compulsório, contribuição de melhoria, contribuição de
intervenção no domínio econômico e contribuição para a seguridade social
são espécies tributárias.
IV. Contribuição de interesse de categorias econômicas, taxa, imposto e
encargo de reparação de guerra são espécies tributárias.
a) Apenas as formulações II e III são corretas.
b) Apenas as formulações III e IV são corretas.
c) Apenas as formulações I e III são corretas.
d) Apenas a formulação II é correta.
e) Apenas as formulações I e II são corretas.

Questão 13 – Assistente Técnico Administrativo – ATA/MF - 2009


A determinação da natureza jurídica específica do tributo, de acordo com o
Código Tributário Nacional, decorre, especificamente:
a) do fato gerador da respectiva obrigação
b) da destinação legal do produto da arrecadação
c) da denominação
d) da fixação do agente arrecadador
e) das peculiaridades dos sujeitos ativo e passivo da obrigação

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Questão 14 - Gestor Fazendário – SEFAZ/MG - 2005


Assinale a opção correta. A natureza jurídica do tributo é determinada:
a) pela denominação legal.
b) pelo critério quantitativo da norma que o criou.
c) pela finalidade de sua arrecadação.
d) pelo fato gerador.
e) pela previsão ou não de obrigações acessórias.

Questão 15 – Agente Fiscal – Pref. Teresina - 2002


O fato gerador da obrigação tributária é determinante para o
estabelecimento da natureza jurídica do (a)
a) crédito tributário
b) lançamento
c) sujeito passivo
d) tributo
e) dívida ativa

Questão 16 – Auditor Fiscal do Tesouro Estadual – SEFAZ/MS - 2001


A natureza jurídica dos tributos é determinada pela (o)
a) denominação adotada pela lei
b) compulsoriedade que lhe é inerente
c) fato gerador da respectiva obrigação
d) destinação legal do montante arrecadado
e) adoção estrita do princípio da legalidade

Questão 17 - Analista de Planejamento e Orçamento – APO/MPOG – 2015


Sobre o conceito de tributo, suas classificações e suas espécies, é correto
afirmar que
a) tributo é, legal e constitucionalmente, toda prestação pecuniária
compulsória, em moeda ou cujo valor nela se possa exprimir, ainda que
constitua sanção de ato ilícito, instituída em lei e cobrada mediante atividade
administrativa plenamente vinculada.

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b) a natureza jurídica específica do tributo é, legal e constitucionalmente,


determinada pelo fato gerador da respectiva obrigação, sendo irrelevantes
para qualifica-la tanto denominação e demais características formais
adotadas pela lei quanto a destinação legal do produto da sua arrecadação.
c) as espécies tributárias são, legal e constitucionalmente, imposto, taxa,
contribuição de melhoria, contribuição social, contribuição de intervenção no
domínio econômico, contribuição de interesse de categoria econômica ou
profissional e contribuição de iluminação pública.
d) a espécie tributária “taxa” pode ter como fato gerador, legal e
constitucionalmente, o exercício regular do poder de polícia ou a utilização,
efetiva ou potencial, de serviço público específico e divisível, prestado ao
contribuinte ou posto à sua disposição, desde que, em qualquer caso, a
respectiva base de cálculo não seja idêntica àquelas que correspondam a
qualquer espécie de imposto.
e) denomina-se como tributo indireto aquele que comporte, por sua
natureza, transferência do respectivo encargo financeiro da tributação desde
o denominado contribuinte de fato para sobre o denominado contribuinte de
direito.

Questão 18 - APOF – SEFAZ/SP - 2009


O princípio da capacidade contributiva:
a) aplica-se somente às contribuições
b) não se aplica às penalidades tributárias
c) aplica-se somente aos impostos
d) aplica-se indistintamente a todas as espécies tributárias
e) é atendido pela progressividade dos impostos reais

Questão 19 – Auditor – TCE/ES - 2001


Para que finalidade é facultado à administração tributária federal identificar
o patrimônio, os rendimentos e as atividades econômicas dos contribuintes,
respeitados os direitos individuais?
a) Dar caráter pessoal ao imposto e graduação segundo a capacidade
econômica do contribuinte.
b) Dar às taxas a mesma base de cálculo utilizada para os impostos, segundo
critérios isonômicos.

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c) Dar tratamento tributário progressivo aos atos tributáveis praticados pelas


entidades cooperativas.
d) Possibilitar a instituição de impostos extraordinários e empréstimos
compulsórios, em situações emergenciais.
e) Dar uniformidade aos impostos federais em todo o território nacional, com
base no princípio da capacidade contributiva.

Questão 20 – Analista de Comércio Exterior – MDIC - 2002


O tributo cuja obrigação tem por fato gerador uma situação independente de
qualquer atividade estatal específica, relativa ao contribuinte, denomina-se:
a) taxa
b) contribuição de melhoria
c) imposto
d) empréstimo compulsório
e) preço público

Questão 21 – Auditor Fiscal do Tesouro Estadual – SEFAZ/PA - 2002


Tem por fato gerador uma situação independente de qualquer atividade
estatal específica, relativa ao contribuinte:
a) imposto
b) taxa
c) contribuição de melhoria
d) pedágio
e) preço público

Questão 22 - Agente de Fazenda – Pref. Rio de Janeiro - 2010


As taxas, no direito tributário, são espécies tributárias que decorrem, entre
outros fatos geradores, do exercício regular do poder de polícia. Sobre estes,
julgue os itens a seguir:
I. entende-se por regular o poder de polícia quando desempenhado por
órgão competente, nos limites da lei, observando o devido processo legal, e
exercida sem desvio ou excesso de poder;
II. a exigência da taxa em decorrência do exercício do poder de polícia não
mais exige a concreta fiscalização por parte dos órgãos competentes, ou seja,

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Questões comentadas ESAF de Direito Tributário
AULA 01

a simples regulação de certas atividades por meio de atos normativos


também caracteriza este poder;
III. a atuação fiscalizadora do Estado, em rigor, visa ao interesse da
coletividade e não ao do contribuinte da taxa, isoladamente. É este, porém,
que provoca a atuação do Estado, sendo isso que justifica a imposição da
taxa;
IV. exercendo o poder de polícia, o Estado impõe restrições aos interesses
individuais em favor do interesse público, conciliando esses interesses.
Estão corretos:
a) apenas os itens I e III
b) apenas os itens I, III e IV
c) todos os itens estão corretos
d) apenas os itens III e IV
e) apenas os itens II, III e IV

Questão 23 – Assistente Técnico Administrativo – ATA/MF - 2009


As taxas, no modelo constitucional brasileiro:
a) terão caráter pessoal e serão graduadas segundo a capacidade econômica
do contribuinte.
b) terão alíquotas máximas estabelecidas por Resolução do Senado Federal.
c) serão seletivas e não cumulativas.
d) serão informadas por critérios de generalidade, universalidade e
progressividade.
e) não poderão ter base de cálculo própria de impostos.

Questão 24 – Auditor Fiscal da Receita Federal - 2005


Taxas, na dicção do art. 145, II, da Constituição Federal, constituem a
modalidade de tributo que se pode cobrar em razão do exercício do poder
de polícia ou pela utilização, efetiva ou potencial, de serviços públicos
específicos e divisíveis, prestados ao contribuinte ou postos à sua disposição.
Sobre a taxa, é errado afirmar que:
a) é um tributo cuja base de cálculo ou fato gerador há de ser diversa dos de
imposto, e não pode ser calculada em função do capital das empresas

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Questões comentadas ESAF de Direito Tributário
AULA 01

b) competente para instituir e cobrar a taxa é a pessoa política – União,


Estado, Distrito Federal ou Município – legitimada para a realização da
atividade que caracterize o fato gerador do tributo
c) os serviços públicos que ensejam sua cobrança consideram-se utilizados
pelo contribuinte, efetivamente, quando, sendo de utilização compulsória,
sejam postos à sua disposição mediante atividade administrativa em efetivo
funcionamento
d) serviços públicos específicos são aqueles destacáveis em unidades
autônomas de intervenção, de utilidade ou necessidade públicas
e) serviços públicos divisíveis são aqueles suscetíveis de utilização,
separadamente, por parte de cada um dos seus usuários

Questão 25 – Analista Técnico de Políticas Sociais - MPOG - 2012


Assinale a opção correta.
a) A contribuição de melhoria e as taxas são tributos vinculados, já que
dependem de uma atuação específica do Estado.
b) As taxas decorrentes do poder de polícia são tributos vinculados; já as
taxas decorrentes de serviços são tributos não vinculados a uma atividade
estatal.
c) O imposto é, por excelência, um tributo vinculado a uma atividade estatal
específica.
d) Todos os impostos são não vinculados, com exceção do imposto sobre a
renda da pessoa física, que é utilizado para reduzir as desigualdades
regionais.
e) As taxas de serviços são tributos vinculados; já as taxas decorrentes do
poder de polícia são tributos não vinculados a uma atividade estatal
específica.

Questão 26 – Auditor Fiscal do Tesouro Estadual – SEFAZ/RN - 2005


Preencha as lacunas do texto abaixo e escolha, em seguida, a opção que
contém a sequência em que foram preenchidas.
Para fins de instituição e cobrança das taxas, o Código tributário Nacional
considera os serviços públicos: _______________, quando suscetíveis de
utilização, separadamente, por parte de cada um dos seus usuários;
_______________, quando possam ser destacados em unidades autônomas de
intervenção, de utilidade ou necessidade públicas; _______________, utilizados
pelo contribuinte, quando por ele usufruídos a qualquer título.

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Questões comentadas ESAF de Direito Tributário
AULA 01

a) específicos / unitários / potencialmente


b) individuais / autônomos / virtualmente
c) utilizáveis / independentes / normalmente
d) potenciais / necessários / essencialmente
e) divisíveis / específicos / efetivamente

Questão 27 – Auditor Fiscal da Receita Federal - 2003


Indique a opção que preenche corretamente as lacunas, consideradas as
pertinentes disposições do Código tributário Nacional.
Para efeito de fato gerador e cobrança de taxa, considera-se regular o
exercício do poder de polícia quando desempenhado ______________ nos
limites da lei aplicável, com observância ________________ e, tratando-se de
atividade que a lei tenha como ________________, sem abuso ou desvio de
poder.
a) pelo Poder público / das disposições regulamentares aplicáveis / contrária
aos bons costumes
b) por órgão de segurança pública / das normas administrativas aplicáveis /
perigosa
c) pelo órgão competente / de procedimentos administrativos / vinculada
d) somente por órgão de segurança pública / do devido processo legal /
atentatória a direitos fundamentais
e) pelo órgão competente / do processo legal / discricionária

Questão 28 – APOF – SEFAZ/SP - 2009


Assinale a opção que representa uma taxa pública
a) serviço de água
b) serviço de energia
c) serviço de esgoto
d) pedágio explorado diretamente ou por concessão
e) serviço postal

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AULA 01

Questão 29 – Procurador – DF - 2007


A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios poderão instituir taxas
em razão do exercício do poder de polícia ou pela utilização, efetiva ou
potencial, de serviços públicos específicos e divisíveis, prestados ao
contribuinte ou postos à sua disposição. Em razão desse preceito
constitucional e das demais regras do nosso ordenamento jurídico positivo e
jurisprudencial, assinale a opção correta.
a) A instituição de taxas pelo Poder público não está obrigada a respeitar os
princípios da anterioridade, da isonomia e da capacidade contributiva, tendo
em vista que a tributação envolve prestação de serviços públicos ou exercício
de poder de polícia.
b) É constitucional a taxa instituída para inspeção de importação e exportação
de produtos da indústria pesqueira, instituída por Portaria assinada pelo
Ministro do Meio Ambiente, com cobrança autorizada pelo Instituto Brasileiro
de Meio Ambiente – IBAMA, haja vista tratar-se de serviços prestados para
proteger direitos fundamentais.
c) As custas judiciais e os emolumentos concernentes aos serviços notariais e
registrais são qualificadas como taxas remuneratórias de serviços públicos e
podem ter como base de cálculo o valor da condenação, desde que obedeça
ao princípio da razoabilidade.
d) É constitucional a escolha do valor do monte-mor (inventário) como base
de cálculo da taxa judiciária, por não afrontar o artigo 145, §2º, da CF.
e) Não há possibilidade de, segundo os princípios que informam o nosso
ordenamento jurídico tributário, ser alocado o produto da arrecadação de
custas judiciais (taxas) ao Poder Judiciário, para cobrir despesas com
treinamento de pessoal que serve à Justiça.

Questão 30 – Analista Tributário da Receita Federal do Brasil - 2009


“A redução do Imposto sobre Produtos Industrializados − IPI para geladeiras,
fogões, máquinas de lavar e tanquinhos, produtos da linha branca, que
encerraria no próximo dia 31, foi prorrogada por mais três meses. A partir de 10
de novembro entra em vigor uma nova tabela cujas alíquotas passam a ser
estabelecidas com base na eficiência energética dos produtos, de acordo com a
classificação do Programa Brasileiro de Etiquetagem, coordenado pelo Inmetro.
O anúncio foi feito nesta quinta-feira pelo ministro da Fazenda Guido Mantega.
“Nós estamos desonerando mais os produtos que consomem menos energia”,
explicou. A medida vale até 31 de janeiro de 2010. Segundo ele, as geladeiras, que
antes do IPI baixo tinham uma alíquota de 15%, e recuou para 5%, poderão
manter essa mesma alíquota reduzida, mas somente para os produtos da

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Questões comentadas ESAF de Direito Tributário
AULA 01

chamada classe “A”, ou seja, com menor consumo de energia. As geladeiras da


classe “B” passarão a ter uma alíquota de 10% e o restante voltará a ter um IPI de
15%. ” (Extraído do site www.fazenda.gov.br, notícia de 29.10.2009).
Na notícia acima, identificamos um importante aspecto do IPI – Imposto
sobre Produtos Industrializados. Assinale, entre as opções que se seguem,
aquela que explica e justifica tal aspecto, isto é, somente aquele que a notícia
mencionada destacou.
a) Por meio da seletividade, pode-se tributar com alíquotas diferenciadas
produtos de acordo com o seu grau de essencialidade.
b) A notícia demonstra a aplicabilidade do princípio constitucional da
capacidade tributária, pois estabelece alíquotas diferenciadas para as
diversas categorias de geladeiras existentes no mercado.
c) O IPI constitui uma exceção à regra geral da legalidade, já que o Poder
Executivo pode, a qualquer momento, baixar ou restabelecer as suas
alíquotas.
d) A não-cumulatividade, outra característica do IPI, visa impedir que as
incidências sucessivas nas diversas operações da cadeia econômica de um
produto impliquem um ônus tributário muito elevado, decorrente da múltipla
tributação da mesma base econômica.
e) A extrafiscalidade consiste na possibilidade de, por meio de alíquotas
diferenciadas, estimular-se determinado comportamento por parte da
indústria e, consequentemente, dos consumidores.

Questão 31 – Analista de Planejamento e Orçamento – MPOG - 2010


A extrafiscalidade é característica que possuem alguns tributos de
permitirem, além da pura e simples forma de ingresso de receitas nos cofres
públicos, também de intervirem na economia, incentivando ou não
determinada atividade ou conduta do contribuinte.
Assinale, entre os tributos listados abaixo, aquele que não possui caráter
extrafiscal.
a) Imposto sobre produtos industrializados.
b) Imposto sobre importação.
c) Contribuição de intervenção no domínio econômico sobre combustíveis.
d) Imposto sobre produtos industrializados.
e) Taxa de iluminação pública.

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AULA 01

Questão 32 - Fiscal de Rendas - Pref. Rio de Janeiro - 2010


Sobre as taxas, é incorreto afirmar que:
a) diferentemente dos impostos, cuja característica marcante é a
desvinculação da receita a uma finalidade determinada, a taxa é o tributo
vinculado por excelência, isto é, só é devido pelo contribuinte se houver
contraprestação por parte do ente estatal que a houver instituído.
b) preços de serviços públicos e taxas não se confundem, porque estas,
diferentemente daqueles, são compulsórias, e têm sua cobrança
condicionada à prévia autorização orçamentária, em relação à lei que as
instituiu.
c) a Constituição Federal dá o conceito de taxa como sendo o tributo instituído
pela União, estados, Distrito Federal e municípios, em razão do poder de
polícia ou pela utilização, efetiva ou potencial, de serviços públicos específicos
e divisíveis, prestados ao contribuinte ou postos à sua disposição.
d) o serviço prestado ou posto à disposição, que permite a instituição de uma
taxa, é sempre estatal, podendo, excepcionalmente, ser serviço prestado por
empresa privada.
e) somente o poder de polícia específico é passível de estipêndio por meio de
taxas; e mesmo assim exige-se que seja divisível e mensurável.

Questão 33 - Auditor Fiscal da Receita Federal do Brasil - 2009


Sobre as taxas, podemos afirmar, exceto:
a) o fato gerador da taxa não é um fato do contribuinte, mas um fato do
Estado; este exerce determinada atividade, e por isso cobra a taxa das
pessoas que dela se aproveitam
b) a atuação estatal referível, que pode ensejar a cobrança de taxa, pode
consistir no exercício regular do poder de polícia
c) a atuação estatal referível, que pode ensejar a cobrança da taxa, pode
consistir na prestação ao contribuinte, ou na colocação à disposição deste, de
serviço público específico, divisível ou não
d) as atividades gerais do Estado devem ser financiadas com os impostos, e
não com as taxas
e) o poder de polícia, que enseja a cobrança de taxa, considera-se regular
quando desempenhado pelo órgão competente e nos limites da lei aplicável,
com observância do processo legal e, tratando-se de atividade que a lei tenha
como discricionária, sem abuso ou desvio de poder

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Questão 34 - Analista Contábil – SEFAZ/CE - 2006


De acordo com o disposto no art. 145, inciso II, da Constituição Federal, as
taxas constituem a modalidade de tributo que se pode cobrar em razão do
exercício do poder de polícia ou pela utilização, efetiva ou potencial, de
serviços públicos específicos e divisíveis, prestados ao contribuinte ou postos
à sua disposição. Sobre elas, podemos tecer as seguintes afirmativas, com
exceção de:
a) é um tributo que não pode ter base de cálculo ou fato gerador idênticos
aos que correspondam a imposto, nem ser calculada em função do capital
das empresas.
b) os serviços públicos que ensejam a sua cobrança consideram-se utilizados
pelo contribuinte efetivamente, quando, sendo de utilização compulsória,
sejam postos à sua disposição mediante atividade administrativa em efetivo
funcionamento.
c) competente para instituir e cobrar a taxa é a pessoa política – União,
estado, Distrito Federal ou município – legitimada para a realização da
atividade que caracterize o fato gerador do tributo.
d) serviços públicos específicos são aqueles que podem ser destacados em
unidades autônomas de intervenção, de utilidade ou de necessidade
públicas.
e) serviços públicos divisíveis são aqueles suscetíveis de utilização,
separadamente, por parte de cada um dos seus usuários.

Questão 35 – Auditor Fiscal do Tesouro Estadual – SEFAZ/MS - 2001


Em matéria tributária, é correto afirmar-se que:
a) Somente a União pode instituir impostos com fundamento no exercício
regular do poder de polícia.
b) Os Estados e o Distrito Federal têm competência para instituir empréstimo
compulsório.
c) A contribuição de melhoria é devida em função da prestação de serviços
públicos divisíveis.
d) As taxas têm que ter bases de cálculo diferentes das dos impostos.
e) As contribuições sociais decorrem da realização de obras públicas que
promovam a valorização imobiliária privada.

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Questão 36 - Procurador – DF - 2007


O Sistema Tributário Nacional é regido por regras e princípios gerais que
estão postos nos artigos 145 a 162 da Constituição Federal. Com base no
conteúdo das disposições acima referidas, assinale, entre as opções abaixo
apresentadas, a que está correta.
a) É inconstitucional a taxa de fiscalização dos mercados de títulos e valores
mobiliários instituída pela Lei n. 7.940, de 1989, haja vista não ser conferido,
pelo ordenamento jurídico positivado, poder de polícia à Comissão de Valores
Mobiliários.
b) O serviço de iluminação pública, pela sua natureza jurídica, deve ser
sempre remunerado mediante taxa.
c) Os serviços gerais prestados por órgãos de Segurança Pública não podem
ser sustentados por taxas. Essa atividade pública, por sua natureza, deve ser
retribuída, genericamente, por impostos.
d) É inconstitucional lei estadual que cria taxa destinando a arrecadação de
seu produto aos serviços de fiscalização da atividade notarial e de registro a
órgão público.
e) É constitucional a taxa municipal de conservação de estradas de rodagem
que tem como base de cálculo a adotada para o imposto territorial rural.

Questão 37 – Gestor Fazendário – SEFAZ/MG - 2005


Julgue os itens a seguir e marque a opção correspondente.
I. A cobrança do imposto sobre a propriedade de veículo automotor (IPVA)
somente pode ser considerada legítima quando o Estado custeia obras de
infra-estrutura rodoviária.
II. A taxa é modalidade de tributo que tem como fato gerador o exercício
regular do poder de polícia, ou a utilização, efetiva ou potencial, de serviço
público, específico ou divisível, prestado ao contribuinte ou posto à sua
disposição.
III. A obra pública de que resulte valorização de imóvel do particular pode ser
custeada mediante a instituição e cobrança da contribuição de melhoria.
Está (ao) correto (s):
a) os itens I, II e III
b) apenas os itens II e III
c) apenas os itens I e III
d) apenas os itens I e II
e) apenas o item I

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AULA 01

Questão 38 – Auditor Fiscal do Tesouro Municipal – Pref. Natal - 2001


Tratando-se de matéria tributária, é lícita a assertiva de que, no Brasil,
a) as taxas são instituídas para suportar os custos da realização de obras
públicas de que decorram a valorização imobiliária de particulares.
b) os tributos intermunicipais, cobrados pelos Municípios, destinam-se a
estabelecer limitações ao tráfego de bens, tendo em vista o interesse público.
c) as contribuições de melhoria são devidas em função da prestação de
serviços públicos divisíveis.
d) os Municípios e os Estados, assim como a União, têm competência para
instituir impostos extraordinários, em caso de calamidade pública
e) os Municípios podem instituir taxas em razão do exercício do poder de
polícia com bases de cálculos diferentes das dos impostos.

Questão 39 – Auditor Fiscal da Receita Federal do Brasil - 2012


Com relação ao entendimento do STF sobre as contribuições sociais gerais,
as contribuições de intervenção no domínio econômico e de interesse das
categorias profissionais ou econômicas, assinale a opção correta.
a) Não se pode prescindir de lei complementar para a criação das
contribuições de intervenção no domínio econômico e de interesse das
categorias profissionais.
b) Sua constitucionalidade seria aferida pela necessidade pública atual do
dispêndio vinculado e pela eficácia dos meios escolhidos para alcançar essa
finalidade.
c) No caso da contribuição devida ao SEBRAE, tendo em vista tratar-se de
contribuição de intervenção no domínio econômico, o STF entende ser
exigível a vinculação direta do contribuinte ou a possibilidade de que ele se
beneficie com a aplicação dos recursos por ela arrecadados.
d) A sujeição de vencimentos e de proventos de aposentadoria e pensões à
incidência de contribuição previdenciária constitui ofensa ao direito
adquirido no ato de aposentadoria.
e) Tais contribuições sujeitam-se à força atrativa do pacto federativo, pois a
União está obrigada a partilhar o dinheiro recebido com os demais entes
federados.

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Questão 40 – Auditor Fiscal da Receita Federal do Brasil - 2012


A Constituição Federal, em seu art. 195, dispõe sobre as contribuições para a
seguridade social, estabelecendo as suas fontes. Sobre as contribuições
incidentes sobre a receita ou faturamento, e de acordo com o entendimento
recente do Supremo Tribunal Federal sobre o assunto, analise os itens a
seguir, classificando-os como corretos ou incorretos, para, a seguir, assinalar
a assertiva que corresponda à sua opção.
I. O Sistema Tributário Nacional fixou o regime de competência como regra
geral para a apuração dos resultados da empresa, e não o regime de caixa.
II. Quanto ao aspecto temporal da hipótese de incidência da Cofins e da
contribuição para o PIS, temos que o fato gerador da obrigação ocorre com o
aperfeiçoamento do contrato de compra e venda (entrega do produto), e não
com o recebimento do preço acordado.
III. O resultado da venda, na esteira da jurisprudência da Corte, apurado
segundo o regime legal de competência, constitui o faturamento da pessoa
jurídica, compondo o aspecto material da hipótese de incidência da
contribuição ao PIS e da Cofins, consistindo situação hábil ao nascimento da
obrigação tributária.
IV. No âmbito legislativo, não há disposição permitindo a exclusão das
chamadas vendas inadimplidas da base de cálculo das contribuições em
questão.
V. As situações posteriores ao nascimento da obrigação tributária, que se
constituem como excludentes do crédito tributário, contempladas na
legislação do PIS e da Cofins, ocorrem apenas quando fato superveniente
venha a anular o fato gerador do tributo.
Estão corretos apenas os itens:
a) I, II e IV.
b) I e IV.
c) II, III e V.
d) II e III.
e) todos os itens estão corretos.

Questão 41 – Auditor Fiscal da Receita Federal do Brasil - 2009


Em relação aos empréstimos compulsórios, é correto afirmar que:
a) É um tributo, pois atende às cláusulas que integram o art. 3º do Código
tributário Nacional

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AULA 01

b) É espécie de confisco, como ocorreu com a retenção dos saldos de


depósitos à vista, cadernetas de poupança e outros ativos financeiros, por
ocasião do chamado “Plano Collor” (Lei n. 8.024/90)
c) O conceito de ‘despesa extraordinária’ a que alude o art. 148, inciso I, da
Constituição Federal, pode abranger inclusive aquelas incorridas sem que
tenham sido esgotados todos os fundos públicos de contingência
d) Se conceitua como um contrato de Direito Público, com a característica da
obrigatoriedade de sua devolução ao final do prazo estipulado na lei de sua
criação
e) Se subordina, em todos os casos, ao princípio da anterioridade da lei que
o houver instituído

Questão 42 – Analista Jurídico – SEFAZ/CE - 2006


Sobre os empréstimos compulsórios, espécie de tributo da competência da
União, é incorreto afirmar-se que
a) podem ser instituídos para atender a despesas extraordinárias
decorrentes de calamidade pública.
b) podem ser instituídos para o custeio de investimento público de caráter
urgente.
c) depende a sua instituição, em alguns casos, da edição de lei complementar.
d) a aplicação dos recursos provenientes da sua arrecadação será
integralmente vinculada à despesa que tenha fundamentado a sua
instituição.
e) poderão, ou não, sujeitar-se ao princípio constitucional da anterioridade
(conforme a hipótese que tenha motivado a sua instituição).

Questão 43 – Auditor Fiscal do Tesouro Estadual – SEFAZ/PA - 2002


Identifique, nas opções abaixo, o tributo cujo fundamento ético-jurídico é o
não enriquecimento injusto.
a) imposto
b) taxa
c) empréstimo compulsório
d) contribuição social
e) contribuição de melhoria

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Questão 44 – Analista – SUSEP - 2010


Uma das espécies de tributos elencada pela Constituição Federal é a
contribuição de melhoria, decorrente de obras públicas. Tal espécie visa a
uma distribuição mais justa dos ônus decorrentes de determinadas obras
públicas, que beneficiam a sociedade como um todo, mas acabam por
beneficiar particularmente determinadas pessoas, inclusive acarretando
valorização imobiliária. Sobre o tema contribuição de melhoria, analise os
itens a seguir, classificando-os como verdadeiros ou falsos. Em seguida,
escolha a opção adequada às suas respostas.
I. Seu objetivo principal é fazer com que pessoas diretamente beneficiadas
pela execução de uma obra pública participem com maior intensidade de seu
custeio, suportando-o total ou parcialmente.
II. O princípio da vedação ao enriquecimento sem causa justifica, para alguns
doutrinadores, a instituição e a cobrança da contribuição de melhoria.
III. Pode-se eleger como parâmetro da cobrança da contribuição de melhoria,
de modo geral, o custo total da obra (rateado entre os principais
beneficiados) ou a valorização imobiliária dela decorrente (individualmente
analisada).
a) Está correto apenas o item I.
b) Está correto apenas o item III.
c) Estão corretos apenas os itens I e III.
d) Estão corretos apenas os itens II e III.
e) Todos os itens estão corretos.

Questão 45 – Advogado – IRB - 2006


A Constituição Federal outorga competência tributária, ou seja, aptidão para
criar tributos, aos diversos entes da Federação. Sobre essa afirmativa,
podemos dizer que
a) a contribuição de melhoria, decorrente de obras públicas, poderá ser
cobrada pelo ente executor da obra da qual os contribuintes tenham-se
beneficiado, ou, no caso de omissão deste, pela União.
b) as taxas poderão ser instituídas em razão do exercício do poder de polícia
ou pela utilização, efetiva ou potencial, de serviços públicos específicos e
divisíveis, prestados ou postos à disposição do contribuinte.
c) a aplicação dos recursos provenientes de empréstimos compulsórios será
preferencialmente vinculada à despesa que fundamentou sua instituição.
d) os impostos terão, sempre que possível, caráter pessoal e base de cálculo
diversa das taxas.

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e) todos os tributos deverão respeitar a capacidade econômica dos


contribuintes.

Questão 46 – Fiscal de Rendas – Pref. Rio de Janeiro - 2010


Sobre os empréstimos compulsórios, é incorreto afirmar que:
a) o produto de sua arrecadação só pode ser aplicado para atender à despesa
que tiver fundamentado a sua instituição.
b) sua instituição só pode ser feita por meio de lei complementar.
c) no caso de investimento público de relevante interesse nacional e de
caráter urgente, não se aplica o princípio da anterioridade.
d) a simples iminência de guerra externa pode justificar a instituição de
empréstimos compulsórios.
e) uma das hipóteses que autorizam sua instituição é a de calamidade
pública.

Questão 47 – Assistente Técnico Administrativo – ATA/MF - 2009


A União, mediante lei complementar, poderá instituir empréstimos
compulsórios:
a) mediante lei ordinária ou medida provisória, no caso de guerra externa ou
sua iminência
b) no caso de relevante interesse público, de caráter urgente e relevante
interesse nacional, ainda que no mesmo exercício financeiro em que haja
sido publicada a regra que os criou
c) nas duas hipóteses acima elencadas, conquanto que se destine a aplicação
dos recursos à despesa que fundamentou a instituição do empréstimo
compulsório
d) para atender a despesas extraordinárias, decorrentes de calamidade
pública, de guerra externa ou sua iminência
e) em face de conjuntura que exija a absorção temporária de poder aquisitivo

Questão 48 – Auditor Fiscal do Tesouro Estadual – SEFAZ/MS - 2001


Para atender a despesas extraordinárias, decorrentes de calamidade pública,
a União pode instituir:
a) imposto extraordinário
b) imposto seletivo

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c) taxa especial
d) empréstimo compulsório
e) imposto emergencial progressivo

Questão 49 – Agente de Fazenda – Pref. Rio de Janeiro - 2010


A Constituição Federal permite aos municípios a instituição e a cobrança, na
forma das respectivas leis, de tributo destinado ao custeio do serviço de
iluminação pública. Sobre este, é correto afirmar que:
a) Os Municípios somente poderão instituir tal tributo sob a forma de
contribuição, que observará as garantias da anterioridade e da legalidade.
b) Sua instituição deverá ser feita por meio de lei municipal, sem, contudo, a
necessidade da observância do princípio da anterioridade.
c) Em face de sua finalidade específica, que é o custeio do serviço de
iluminação pública, sua natureza jurídica será de taxa.
d) A lei municipal que criar o referido tributo poderá delegar ao Prefeito, por
meio de decreto, a competência para a fixação de critérios para o seu cálculo,
tais como suas alíquotas e base de cálculo.
e) O referido tributo será, obrigatoriamente, cobrado na fatura de consumo
de energia elétrica do contribuinte.

Questão 50 – Auditor Fiscal da Receita Federal (TI) - 2005


• Podem os Municípios instituir contribuição para o custeio do serviço de
iluminação pública, cobrando-a na fatura de consumo de energia elétrica?
• Podem os Estados cobrar contribuição previdenciária de seus servidores,
para o custeio, em benefício destes, de regime previdenciário, com alíquota
inferior à da contribuição dos servidores titulares de cargos efetivos da
União?
• As contribuições sociais de intervenção no domínio econômico e de
interesse das categorias profissionais ou econômicas, como instrumento de
sua atuação nas respectivas áreas, poderão incidir sobre as receitas
decorrentes de exportação?
a) não, sim, não
b) sim, não, sim
c) sim, não, não
d) não, não, sim
e) sim, sim, não

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Questões comentadas ESAF de Direito Tributário
AULA 01

Questão 51 - Procurador – Pref. Fortaleza - 2002


Em consonância com os princípios gerais ditados pela Constituição Federal,
referentes ao Sistema Tributário Nacional:
a) as contribuições sociais e as taxas não poderão ter base de cálculo própria
de imposto.
b) sempre que possível, os tributos terão caráter pessoal e serão graduados
segundo a capacidade econômica do contribuinte.
c) as contribuições sociais e de intervenção no domínio econômico não
poderão incidir sobre a importação de petróleo e seus derivados, gás natural
e seus derivados e álcool combustível.
d) o empréstimo compulsório, no caso de investimento público de caráter
urgente e relevante interesse nacional, poderá ser instituído mediante lei
ordinária, mas sua cobrança só poderá ocorrer no exercício financeiro
subsequente ao de publicação da lei que o instituir.
e) cabe à lei complementar da União, além de outros temas que lhes são
reservados, dispor sobre conflitos de competência, em matéria tributária,
entre a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios e regular as
limitações constitucionais do poder de tributar.

Questão 52 – Auditor Fiscal da Receita Federal - 2005


• Aos estados, ao Distrito Federal e aos municípios compete instituir
contribuições de intervenção no domínio econômico e de interesse das
categorias profissionais ou econômicas, desde que para o custeio, em
benefício dos respectivos sujeitos passivos, e no âmbito territorial do ente
tributante?
• A Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico incidente sobre a
importação e a comercialização de petróleo e seus derivados, gás natural e
seus derivados, e álcool etílico combustível (CIDE) foi instituída pela União
com a finalidade de financiamento de projetos de proteção ao meio
ambiente, ao consumidor, a bens e direitos de valor artístico, estético,
histórico, turístico e paisagístico?
• É vedado que as contribuições sociais para a seguridade social tenham
base de cálculo própria de impostos?
• As contribuições sociais para a seguridade social sobre a folha de salários,
a receita ou o faturamento de pessoas jurídicas poderão ter alíquotas ou
bases de cálculo diferenciadas, em razão da atividade econômica ou da
utilização intensiva de mão-de-obra?

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Questões comentadas ESAF de Direito Tributário
AULA 01

a) não, não, não, sim


b) não, não, não, não
c) sim, sim, sim, sim
d) não, sim, sim, não
e) não, sim, não, sim

Questão 53 – Auditor Fiscal do Tesouro Estadual – SEFAZ/RN - 2005


Avalie as indagações abaixo e em seguida assinale a resposta correta.
• Em caso de guerra externa, é vedado à União instituir impostos
extraordinários não compreendidos em sua competência tributária?
• É permitido ao Distrito Federal e aos Municípios instituir contribuição para
o custeio do serviço de iluminação pública?
• É permitido que o serviço de iluminação pública seja remunerado
mediante taxa?
a) não, sim, não
b) não, não, sim
c) sim, sim, não
d) sim, não, sim
e) sim, sim, sim

GABARITO
01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 11 12 13 14 15
E D D E C C B D E E D A A D D
16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30
C D B A C A C E C A E E E C E
31 32 33 34 35 36 37 38 39 40 41 42 43 44 45
E D C B D C - E B E A C E E B
46 47 48 49 50 51 52 53
C D D A C E A A

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Questões comentadas ESAF de Direito Tributário
AULA 01

QUESTÕES COMENTADAS

ESTÕES
Questão 01 – APOF – SEFAZ/SP - 2009
Constituem modalidade de receita derivada, exceto:
a) tributos
b) penalidades pecuniárias
c) multas administrativas
d) taxas
e) preços públicos

Comentários
Dos atos praticados pelo Estado, seja agindo em posição de superioridade
(poder de império), seja como se particular fosse, pode resultar o ingresso de
receitas nos cofres públicos. Agindo para a consecução dos seus interesses
primários, o Estado obtém receitas por meio de coerção dos particulares.
Seria o caso da aplicação de uma multa de trânsito, por exemplo. Agindo em
condições de igualdade, o Estado pode receber rendimentos de uma
aplicação financeira, da mesma forma que as demais pessoas. Partindo desse
ponto, surgiu a classificação das receitas públicas em receitas originárias e
receitas derivadas.
As receitas originárias têm origem nas relações regidas
preponderantemente pelo Direito Privado, nas quais o Estado não se reveste
do poder de império e age em condições de igualdade com o particular,
obtendo valores por meio da exploração do seu próprio patrimônio. É o caso
do aluguel de um prédio público. Nesse caso, o Estado não pode obrigar
ninguém a optar pelo seu imóvel. O particular o faz por vontade própria, por
meio de contrato firmado em condições de igualdade entre as partes. Da
concretização desse ato resulta uma receita de aluguel para o Estado,
classificada como receita originária. Da mesma forma, seria classificada uma
receita financeira, resultante de uma aplicação.
Já as receitas derivadas, como o próprio nome diz, derivam do poder de
império do Estado, ou seja, das relações de Direito Público, onde a
Administração atua em posição de superioridade, buscando o atendimento
do interesse público. É o caso dos tributos que resultam de uma imposição,
não havendo qualquer opção dos contribuintes. Trata-se de obrigação,
necessária para que o Estado possa arrecadar e fazer face às demandas

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Questões comentadas ESAF de Direito Tributário
AULA 01

populares e à manutenção da máquina estatal. Outro exemplo de receita


derivada seria uma multa aplicada por infração à legislação, situação em que
o infrator não pode se recusar ao pagamento.
Nessa questão devemos marcar a única opção que contém uma receita
originária, já que as outras quatro constituem as chamadas receitas
derivadas.
Observe que as alternativas A e D trazem tributos (na A, temos o gênero e na
D, a espécie taxa), portanto receitas derivadas.
As alternativas B e C contêm exigências que decorrem do poder de império
do Estado. Tanto as penalidades pecuniárias como as multas administrativas
decorrem de uma exigência que surgiu em função do descumprimento de
determinada norma. Sendo assim, o Estado se vale da sua posição de
superioridade para impor ao infrator as referidas exações.
Os preços públicos surgem em decorrência da manifestação de vontade do
particular, apresentando natureza contratual e não impositiva.
Gabarito: E

Questão 02 – Auditor – TCE/ES - 2001


Entre as receitas originárias, podemos incluir:
a) as taxas
b) os empréstimos compulsórios
c) as contribuições sociais
d) as tarifas de energia elétrica
e) os impostos

Comentários
A questão solicita que marquemos a opção que contempla uma receita
originária. Verificamos, de início, que, dentre as cinco alternativas, quatro são
espécies tributárias (taxas, empréstimos compulsórios, contribuições sociais
e impostos), como veremos mais adiante.
Os tributos constituem as chamadas receitas derivadas, pois decorrem do
poder de império do Estado. Resta, portanto, como correta a alternativa D.
Gabarito: D

Questão 03 – Analista Técnico da Previdência Social - MPOG - 2012


Quanto ao conceito de tributo pode-se afirmar, exceto:

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Questões comentadas ESAF de Direito Tributário
AULA 01

a) a cobrança do tributo é atividade plenamente vinculada, não deixando


margem à discricionariedade do agente público.
b) tributo é prestação pecuniária em moeda ou cujo valor nela se possa
exprimir.
c) o tributo é prestação que não pode se constituir em sanção de ato ilícito.
d) o tributo só pode ser criado por lei, mas existem exceções como os
impostos de importação e o imposto sobre produtos industrializados, que
podem ser criados por decreto.
e) o dever de pagar o tributo é imposto pela lei, independentemente da
vontade das partes envolvidas.

Comentários
Antes de analisarmos cada uma das alternativas, vejamos o conceito de
tributo e todos os detalhes que o envolvem.
O conceito de tributo está expresso no Código Tributário Nacional, Lei nº
5.172/66. Daí, verifica-se que a definição de tributo é legal, ou seja, é
expressa em lei. Em seu art. 3º, o CTN assim define tributo:
Art. 3º Tributo é toda prestação pecuniária compulsória, em moeda ou cujo
valor nela se possa exprimir, que não constitua sanção de ato ilícito,
instituída em lei e cobrada mediante atividade administrativa plenamente
vinculada.

Observamos na definição legal de tributo um conjunto de termos que


precisam ser analisados individualmente para que se possa entender melhor
o alcance do seu conceito. Dessa forma, iremos separar as expressões e
estudá-las de forma particular. Feito isso, assim ficará o nosso art. 3º do CTN:

Tributo é toda prestação:


pecuniária

compulsória

em moeda ou cujo valor nela se possa exprimir

que não constitua sanção de ato ilícito

instituída em lei

cobrada mediante atividade administrativa plenamente vinculada

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Questões comentadas ESAF de Direito Tributário
AULA 01

Tributo é prestação pecuniária


A expressão prestação pecuniária significa que o tributo é algo pago em
dinheiro.
Não seria razoável imaginar a situação em que o consumidor, ao realizar suas
compras no supermercado tivesse parte das suas mercadorias retidas para
pagar o ICMS. Se tal hipótese fosse possível, no momento do pagamento o
operador do caixa, ao registrar 1kg de determinado produto, informaria ao
cliente que 170 gramas ficariam retidos para pagar o imposto.
Essa situação tornaria a tributação impraticável. Por isso, a própria definição
de tributo prevê sua quitação em dinheiro.
E, ainda que não tivéssemos acabado de ler essa disposição do CTN, não seria
difícil chegar a essa conclusão a respeito do caráter pecuniário do tributo. Já
que o Estado precisa arrecadar para abastecer os cofres públicos e, assim,
atingir o interesse da coletividade, é certo que precisa de recursos dotados
de liquidez, vale dizer, que estejam livres e disponíveis em caixa para fazer
face aos gastos públicos.

Tributo é prestação compulsória


A Constituição Federal determina em seu art. 5º, II, que ninguém será
obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude de lei.
Por conseguinte, verifica-se que o caráter compulsório do tributo decorre da
sua instituição em lei. Ou seja, a lei é capaz de inovar no ordenamento
jurídico, criando direitos e obrigações para os administrados. Sendo assim, a
compulsoriedade nada mais é do que a confirmação do vínculo obrigacional
a que o contribuinte se submete por força de lei.
Temos, com isso, que a imposição do tributo não resulta da vontade do
contribuinte, mas, como visto, do poder de império do Estado, que o exerce
por meio das leis.
A Administração Pública precisa arrecadar para custear suas despesas e, para
isso, institui os tributos, obrigando aqueles previstos em lei (os contribuintes)
ao pagamento.
Ninguém é questionado se, por vontade própria, gostaria de pagar o imposto
de renda. O fisco municipal não envia correspondências pedindo
contribuições voluntárias para o IPTU. Logicamente que não. O Estado não
precisa pedir para ninguém contribuir, pois uma vez instituído o tributo, que
pela própria definição legal é uma prestação compulsória e independente da
vontade do contribuinte, este tem o dever de pagar.

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Questões comentadas ESAF de Direito Tributário
AULA 01

As obrigações em geral podem surgir de duas formas: por expressa


determinação legal ou por uma manifestação de vontade da pessoa.
Quando alguém é obrigado a fazer algo em virtude de lei temos a obrigação
ex lege, ou seja, que decorre diretamente da lei, independente da vontade.
É o caso dos tributos. Ninguém paga tributo porque quer, mas porque é
obrigado a contribuir para a consecução do bem comum.
Já na situação em que alguém se obriga por manifestação de vontade, a
obrigação não decorre de forma direta da lei, mas porque a pessoa aceitou a
obrigação. Seria o caso de um contrato de aluguel, por exemplo. É inegável
que quem assumiu a responsabilidade de pagar o aluguel tem a obrigação de
pagar. Essa obrigatoriedade, contudo, não decorre diretamente da lei, mas
diretamente do contrato. Ninguém é obrigado a firmar contrato de aluguel,
se o fez foi por força da própria vontade. Por isso, as obrigações contratuais
ou aquelas assumidas pela vontade do agente são chamadas de obrigações
ex voluntate.

Tributo é prestação em moeda ou cujo valor nela se possa exprimir


Não se pode deixar de verificar que há uma redundância nessa expressão do
Código Tributário Nacional. Acabamos de estudar que o tributo é prestação
pecuniária. Logo, não seria necessário destacar que é uma prestação em
moeda. Nota-se certo exagero do legislador nesse ponto.
Além disso, definir que tributo é prestação cujo valor pode ser expresso em
moeda já foi motivo de controvérsias. Afinal, hoje em dia quase todas as
coisas podem ter seu valor expresso em moeda.
Se pararmos para analisar, chegaremos à conclusão de que praticamente
todos os bens podem ser avaliados monetariamente. Até o trabalho é
avaliado em expressão monetária, basta lembramos que ele é quantificado
pelo salário, ou seja, expresso em moeda.
Analisar as situações sob esta ótica pode conduzir à conclusão equivocada de
que o tributo poderia ser pago em bens (in natura) ou em trabalho (in labor).
Contudo, não é desse modo que ocorre a tributação. A interpretação deste
item aponta para a possibilidade de se adotar indexadores para quantificar
os tributos.

Tributo é prestação que não constitua sanção de ato ilícito


O tributo surge com a ocorrência de uma situação prevista em lei (fato
gerador) e não por ter o contribuinte cometido alguma infração. Tributo não
é punição. Na ocorrência de alguma infração à legislação, há diversas

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Questões comentadas ESAF de Direito Tributário
AULA 01

maneiras de o Estado penalizar o infrator, tais como multas, perdimento de


bens, entre outras.
Essa expressão do art. 3º é de fundamental importância para entendermos
que tributo e multa não se confundem. São dois institutos distintos.
As multas, inclusive as tributárias, surgem em virtude do descumprimento da
legislação, o que as caracteriza como sanção (punição) pelo ato ilícito
(descumprimento da lei). Ou seja, a multa é exatamente aquilo que o tributo
não pode ser: sanção por ato ilícito.
Se a ação do contribuinte é ato lícito e se enquadra na norma de incidência
do tributo, sofrerá a tributação, já que apenas os atos lícitos podem figurar
como fato gerador de tributo. Entretanto, pode ocorrer a tributação até
mesmo sobre rendimentos obtidos em atividades ilícitas. Expliquemos.
A conduta ilícita em si jamais poderá ser tributada, vale dizer, nenhum ato
ilícito poderá corresponder ao fato gerador de um tributo. Por exemplo, fazer
circular entorpecentes (traficar drogas) não pode ser fato gerador do ICMS.
Um matador de aluguel não pode ser considerado contribuinte do ISS, ainda
que tenha prestado um “serviço” ao contratante.
Isso se explica pelo fato de que o Estado não pode ser conivente com a prática
de atos que ele mesmo combate. Tributar o ilícito seria promover a ilicitude
e ainda arrecadar com isso.
Entretanto, há que se observar que, a partir de uma conduta ilícita, o
praticante do ato pode auferir rendimentos. Utilizemos os mesmos casos que
acabamos de ver. O traficante com certeza aufere rendimentos advindos do
tráfico. O matador de aluguel também recebe pelo seu “serviço”. Os atos de
traficar e de matar por encomenda, analisados em si, não podem ser
tributados, eis que constituem atos ilícitos.
Por outro lado, auferir rendimentos, analisado como ato isolado e
consequente do primeiro ato (traficar ou matar), não é um ato ilícito. Sendo
assim, a norma de incidência tributária vislumbra, tão somente, os aspectos
econômicos da situação que configura o fato gerador.
Logo, a tributação da renda que tenha origem em ato ilícito não representa
punição por esse ato. Ao cobrar imposto de renda do traficante, a União não
estará punindo o tráfico. A punição pela atividade ilícita virá na esfera penal.
O tributo surge pela ocorrência do fato gerador: obter rendimentos.
Com efeito, podemos constatar que ocorrem dois atos concomitantes nessas
atividades: um ilícito (traficar, matar, etc.), cuja consequência é a punição na
esfera penal, e outro lícito (auferir rendimentos), cuja consequência é a
tributação dos rendimentos.

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Questões comentadas ESAF de Direito Tributário
AULA 01

Tributo é prestação instituída em lei


Esse item do conceito de tributo confirma seu caráter compulsório que vimos
há pouco. Em outras palavras, para que seja compulsório, se faz necessária a
instituição mediante lei, visto que apenas a lei é veículo normativo apto para
inovar no ordenamento jurídico, criando direitos e obrigações para os
administrados, vale dizer, é instrumento dotado de abstração e
generalidade.
É importante destacar que o termo “lei” aqui faz referência a ato normativo
com força de lei. Essa disciplina do CTN encontra guarida no art. 150, I, da
Constituição Federal, segundo o qual, sem prejuízo de outras garantias
asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito
Federal e aos Municípios exigir ou aumentar tributo sem lei que o estabeleça.
Por conseguinte, a instituição do tributo pode ocorrer mediante lei ordinária
ou lei complementar, a depender do tributo, ou, ainda, ato normativo com
força de lei, que é o caso das medidas provisórias, conforme disposição do
art. 62, da CF, caput e §2º:
Art. 62. Em caso de relevância e urgência, o Presidente da República
poderá adotar medidas provisórias, com força de lei, devendo submetê-
las de imediato ao Congresso Nacional.
(...)
§2º Medida provisória que implique instituição ou majoração de impostos,
exceto os previstos nos arts. 153, I, II, IV, V, e 154, II, só produzirá efeitos
no exercício financeiro seguinte se houver sido convertida em lei até o
último dia daquele em que foi editada.

Sendo assim, é vedada a instituição de tributos por atos infralegais,


aqueles que se encontram hierarquicamente abaixo das leis, como é caso dos
decretos.

Tributo é prestação cobrada mediante atividade administrativa


plenamente vinculada
Objeto de estudo do Direito Administrativo, os atos administrativos podem
ser classificados em vinculados ou discricionários, a depender da margem
que a lei confere ao servidor para decidir certos elementos.
Na lição de Celso Antônio Bandeira de Mello, temos que atos vinculados
seriam aqueles em que, por existir prévia e objetiva tipificação legal do único
possível comportamento da administração em face de situação igualmente
prevista em termos de objetividade absoluta, a Administração ao expedi-los
não interfere com apreciação subjetiva alguma.

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Questões comentadas ESAF de Direito Tributário
AULA 01

Para o renomado autor, atos discricionários seriam os que a administração


pratica com certa margem de liberdade de avaliação ou decisão segundo
critérios de conveniência e oportunidade formulados por ela mesma, ainda
que adstrita à lei regulamentadora da expedição deles.
A cobrança do tributo é vinculada, conforme determinação do CTN. Ou
seja, não resta qualquer margem de decisão para a autoridade que irá efetuar
o lançamento do tributo. Todos os aspectos do tributo (fato gerador, alíquota,
base de cálculo, contribuintes) são definidos na legislação e cabe à autoridade
que efetuará o lançamento fazer cumprir a lei.
Ademais, não pode o servidor, na atividade de cobrança do tributo, decidir
qual valor vai cobrar e de quem vai cobrar. Ele está estritamente vinculado à
determinação legal.
Analisadas as partes que compõem o conceito de tributo, vamos resumir de
forma gráfica:

• pecuniária
• compulsória
TRIBUTO É • em moeda ou cujo valor nela se possa exprimir
PRESTAÇÃO • que não constitui sanção de ato ilícito
• instituída em lei
• cobrada mediante atividade administrativa plenamente vinculada

Uma informação importante que podemos abstrair do esquema acima é que


para se inserir no espectro do tributo a prestação deve cumprir TODAS as
exigências do CTN em seu art. 3º.
Não fosse assim, muitas prestações poderiam, equivocadamente, ser
classificadas como tributo, atendendo apenas em parte às disposições do art.
3º do Código Tributário Nacional, o que não é suficiente.
Como exemplo, poderíamos tomar o serviço militar obrigatório, os trabalhos
nas eleições e o FGTS. Sobre os dois primeiros, não representam prestação
pecuniária. Não há que se falar em natureza tributária para prestações em
serviços (in labor) ou em bens (in natura). Esse aspecto já foi cobrado em
prova.
A própria ESAF considerou correta a seguinte assertiva: “A prestação de
serviço militar é compulsória e não constitui sanção a ato ilícito, porém não
tem a natureza de tributo porque não é prestação pecuniária.”
Conforme destacamos, para ser considerada tributo a prestação deve se
enquadrar em todas as exigências previstas na definição do art. 3º do CTN.

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Questões comentadas ESAF de Direito Tributário
AULA 01

Apesar do serviço militar obrigatório atender a alguns preceitos do


dispositivo, é eliminado do conceito de tributo, já que não se trata de
prestação pecuniária.
Quanto ao FGTS, para as empresas representa uma prestação pecuniária,
compulsória, instituída em lei, cobrada de forma vinculada e não constitui
sanção por ato ilícito. Deve-se considerar, então, o FGTS pago pelas empresas
uma espécie de tributo?
A resposta é negativa, mas já houve muita controvérsia sobre o tema. Apesar
de se enquadrar quase que perfeitamente no conceito de tributo previsto no
art. 3º do CTN, o FGTS é recolhido pelas empresas em favor dos seus
empregados. Os valores compõem um fundo, cuja destinação acaba sendo
individualizada em conta exclusiva para cada empregado.
Sendo assim, a prestação é excluída do conceito de tributo, eis que não
representa receita pública, mas depósito em conta vinculada do trabalhador.
O Supremo Tribunal Federal já havia firmado entendimento nesse sentido,
mesmo antes da atual Constituição, no âmbito do RE 100.249/SP. Para a Corte
Suprema, as contribuições para o FGTS não têm natureza tributária. O fundo,
originalmente concebido como substitutivo da estabilidade no emprego, tem
natureza social trabalhista e destina-se a constituir um pecúlio para o
trabalhador. O fato de as contribuições serem cobradas e sua aplicação ser
administrada pelo Estado não as transforma em receita pública.
Pacificando definitivamente o tema, o Superior Tribunal de Justiça editou em
2008 a Súmula nº 353:

Súmula 353 do STJ


As disposições do Código Tributário Nacional não se aplicam às contribuições
para o FGTS.

Feita essa revisão sobre tudo o que envolve o conceito de tributo, passemos
à análise das alternativas.
Alternativa A – Correta. Na própria definição de tributo, estampada no art.
3º do CTN, temos que se trata de prestação cobrada mediante atividade
administrativa plenamente vinculada. Isso significa que não cabe margem de
discricionariedade ao agente público, este deve cobrar o valor previsto em lei.
Alternativa B – Correta. Essa afirmação também decorre do conceito de
tributo previsto no CTN.
Alternativa C – Correta. Assertiva também extraída do conceito de tributo.

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AULA 01

Alternativa D - Errada. Todo e qualquer tributo requer a edição de lei para a


sua instituição. Excepcionalmente, podem ser instituídos por medida
provisória.
Há que se observar que, apesar de ser ato expedido pelo Poder Executivo, a
Medida Provisória tem força de lei. Sendo assim, a instituição de tributos
requer a edição de ato com força de lei, vale dizer, capaz de inovar no
ordenamento jurídico. Não são válidos atos infralegais para instituir tributos.
Alternativa E – Correta. Tributo é prestação compulsória, correspondendo a
uma obrigação ex lege, ou seja, decorre diretamente da lei e não pela vontade
das partes.
Gabarito: D

Questão 04 - Agente de Fazenda – Pref. Rio de Janeiro - 2010


O conceito de tributo, nos termos do Código Tributário Nacional, traz as
seguintes conclusões, exceto:
a) o poder de tributar é prerrogativa do Poder Público, que o faz para custear
suas ações no interesse da sociedade.
b) não constituindo sanção por ato ilícito, pouco importa para a legislação do
imposto sobre a circulação de mercadorias e serviços, por exemplo, a origem
lícita ou ilícita de determinadas mercadorias, desde que reste configurada a
hipótese de incidência do referido tributo, qual seja, a circulação dessas
mercadorias, para que possa ele ser exigido.
c) nem toda prestação pecuniária prevista em lei constitui tributo, mas
somente aquelas que reúnam o conjunto dos requisitos previstos na
definição de tributo, consoante o Código Tributário Nacional.
d) o Estado exige os tributos compulsoriamente das pessoas, portanto, a
obrigação de pagar tributos não decorre da vontade do contribuinte, sendo
esta, aliás, irrelevante nessa matéria.
e) embora sendo uma obrigação de direito público, absolutamente
indisponível por parte da administração, admite-se, desde que haja a
respectiva previsão legal, a delegação dessa obrigação a outras pessoas
jurídicas, como empresas públicas e sociedades de economia mista.

Comentários
Os gastos públicos são custeados pelas receitas auferidas pelo Estado.
Merecem destaque na arrecadação os tributos, que se classificam como
receitas derivadas.

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Questões comentadas ESAF de Direito Tributário
AULA 01

Assim, tem-se por verdadeira a assertiva A, já que o Poder Público arrecada


os tributos se revestindo do poder de império, fazendo valer suas
prerrogativas para o atendimento do interesse público.
A tributação incide mesmo quando ocorrem certas atividades ilícitas. Isso
porque o fato gerador do tributo não se confunde com a atividade ilícita do
contribuinte. Imagine que um comerciante tenha posto à venda mercadorias
que foram roubadas de um depósito. Ao vender estas mercadorias, ocorrerá
a incidência do ICMS, mesmo que a aquisição dessas mercadorias tenha
ocorrido de forma ilícita, o que justifica a exatidão da alternativa B.
Para ser considerada tributo, a prestação deve atender a todas as exigências
do art. 3º do CTN. Correta a alternativa C.
O CTN define tributo como prestação compulsória, ou seja, independente da
vontade do contribuinte. Ninguém paga tributo porque quer, mas pela
imposição legal. Correta a assertiva D.
Por constituir obrigação de Direito Público, o CTN determina que a cobrança
do tributo seja efetuada através de atividade administrativa plenamente
vinculada. Ademais, o próprio Código, em seu art. 7º traz expressamente a
vedação à delegação da competência tributária, ressalvando a atribuição das
funções de arrecadar e fiscalizar tributos, que só pode ser feita a outra pessoa
de Direito Público. Incorreta, portanto, a alternativa E.
Gabarito: E

Questão 05 – Analista de Planejamento e Orçamento – MPOG - 2001


É sabido que, de acordo com o art. 3º do Código Tributário Nacional, tributo
é toda prestação pecuniária, compulsória, em moeda ou cujo valor nela se
possa exprimir, que não constitua sanção de ato ilícito, instituída em lei e
cobrada mediante atividade administrativa plenamente vinculada.
Consoante tal entendimento, é errado afirmar-se que:
a) as multas pelo descumprimento da obrigação tributária não são tributos,
mas consideradas pelo CTN como obrigação tributária, ao lado do tributo,
para que se submetam ao mesmo regime de constituição, discussão
administrativa, inscrição em dívida ativa e execução dos tributos.
b) o poder de tributar é prerrogativa do Poder Público, que o faz para custear
suas ações no interesse da sociedade. A fiscalização tributária implica
exercício do poder de polícia, e somente mediante atividade administrativa
pode ser exigido o pagamento de tributo.

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AULA 01

c) ocorrido o fato gerador da obrigação tributária, a autoridade administrativa


tem o dever de exigir o cumprimento da obrigação por parte do contribuinte,
havendo, no entanto, alguma margem de discricionariedade nesta atividade.
d) a aquisição de renda e a promoção da circulação de mercadorias com o
produto de renda advinda do jogo do bicho, por exemplo, apesar de fatos
ilícitos, são passíveis de tributação.
e) nem toda prestação pecuniária prevista em lei constitui tributo, mas sim
toda prestação pecuniária que reúna o conjunto dos requisitos constantes do
art. 3º do CTN, como, por exemplo, o caráter obrigatório.

Comentários
O enunciado da questão traz o conceito de tributo, expresso no art. 3º do
CTN. Analisemos cada uma das assertivas.
Alternativa A – Correta. O tributo surge com a ocorrência de uma situação
prevista em lei (fato gerador) e não por ter o contribuinte cometido alguma
infração. Tributo não é punição. Ao contrário, as multas (inclusive as
tributárias) surgem em virtude do descumprimento da legislação, o que as
caracteriza como sanção (punição) ao ato ilícito (descumprimento da lei). Em
seu art. 113, §1º, o CTN define que a obrigação principal surge com a
ocorrência do fato gerador, tem por objeto o pagamento de tributo ou
penalidade pecuniária e extingue-se juntamente com o crédito dela
decorrente. Logo, percebe-se que, apesar de não ser tributo, as multas
constituem obrigação tributária principal.
Alternativa B – Correta. O Poder público arrecada os tributos se revestindo
do poder de império, fazendo valer suas prerrogativas para o atendimento
do interesse público. Uma vez instituído o tributo, sua cobrança é feita
mediante atividade administrativa plenamente vinculada.
Alternativa C – Errada. A cobrança do tributo é vinculada, conforme
determinação do CTN. Ou seja, não resta qualquer margem de decisão para
a autoridade que irá efetuar o lançamento do tributo. Todos os aspectos do
tributo (fato gerador, alíquota, base de cálculo, contribuintes) são definidos
na legislação e cabe à autoridade que efetuará o lançamento obedecer à lei.
Não pode o servidor, na atividade de cobrança do tributo, decidir qual o valor
vai cobrar e de quem vai cobrar. Ele está estritamente vinculado à
determinação legal.
Alternativa D – Correta. Ocorre a tributação dos rendimentos mesmo que
estes sejam oriundos de atividades ilícitas, como o tráfico de drogas, por
exemplo. Isto porque não se estará punindo o infrator com o tributo. A

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AULA 01

punição pela atividade ilícita ocorrerá na esfera penal. O tributo surge pela
ocorrência do fato gerador (obter rendimentos).
Alternativa E – Correta. Para ser considerada tributo, a prestação deve
cumprir TODAS as exigências do CTN em seu art. 3º: 1) pecuniária; 2)
compulsória; 3) em moeda ou cujo valor nela se possa exprimir; 4) que não
constitua sanção de ato ilícito; 5) instituída em lei; e 6) cobrada mediante
atividade administrativa plenamente vinculada.
Gabarito: C

Questão 06 – Gestor Fazendário – SEFAZ/MG - 2005


Assinale a opção correta.
a) Na atividade de cobrança do tributo a autoridade administrativa pode, em
determinadas circunstâncias, deixar de aplicar a lei.
b) Não é preciso lei para exigir um tributo.
c) O tributo se caracteriza também pelo fato de não resultar da aplicação de
uma sanção por ato ilícito.
d) A prestação do tributo não é obrigatória.
e) A destinação da arrecadação do tributo determina a sua natureza.

Comentários
A ESAF nessa questão cobrou nada mais que o conhecimento do art. 3º do
CTN. Senão, vejamos:
Alternativa A – Errada. A cobrança do tributo, de acordo com o CTN, é
atividade administrativa plenamente vinculada. Dessa forma, não cabe à
autoridade decidir quanto vai cobrar e de quem vai cobrar, pois todos os
aspectos do tributo estão definidos em lei. Cabe, portanto, à autoridade
cumprir a lei e exigir o tributo nos termos em que ela estabelece.
Alternativa B – Errada. Na definição do CTN, o tributo é uma prestação
instituída em lei. É importante observar que lei, aqui, corresponde a ato
normativo com força de lei (lei ordinária, complementar ou medida provisória
em alguns casos). Não é possível em nosso ordenamento jurídico a exigência
de um tributo que não esteja previsto em lei, mas em um ato infralegal, como
um decreto, por exemplo.
Alternativa C – Correta. Essa é exatamente uma das características do
tributo: ele não é punição por ato ilícito. A obrigação tributária surge com a
ocorrência do fato gerador e não para punir o contribuinte. Por isso, tributo

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e multa não se confundem, eis que o tributo não pode ser sanção por ato
ilícito, ao contrário da multa, que surge exatamente para punir as infrações à
legislação.
Alternativa D – Errada. O tributo surge em função do poder de império do
Estado e não pela vontade do contribuinte. Assim, o CTN o define como
prestação compulsória.
Alternativa E – Errada. O tributo é determinado pelo seu fato gerador (regra
geral, com algumas ressalvas, como veremos mais adiante) e não pela
destinação do valor arrecadado.
Gabarito: C

Questão 07 - Analista de Comércio Exterior - MDIC - 2012


Segundo a definição de tributo presente no Código Tributário Nacional, uma
de suas características é a de não constituir sanção por ato ilícito. Assim
sendo, julgue como Falso (F) ou Verdadeiro (V) os itens a seguir e assinale a
opção correta.
I. Ainda no caso de furto de sinal por "clonagem", o ICMS − Imposto sobre
Circulação de Mercadorias e Serviços − é devido sobre o serviço de telefonia
móvel onerosamente contratado de operadora por usuário.
II. A renda obtida com o tráfico de drogas deve ser tributada, já que o que se
tributa é o aumento patrimonial, e não o próprio tráfico.
III. No caso de importação ilícita, reconhecida a ilicitude e aplicada a pena de
perdimento, não poderá ser cobrado o imposto de importação, já que
"importar mercadorias" é elemento essencial do tipo tributário.
IV. As vendas inadimplidas equivalem às vendas canceladas para fins de
incidência tributária, eis que no sistema tributário nacional, embora tenha
consagrado o regime de competência como a regra geral de apuração dos
resultados, o inadimplemento constitui hipótese de cancelamento de venda,
e não tendo ingressado a receita de venda, não há que se falar em tributação.
a) F, V, V, F
b) V, V, V, F
c) F, V, V, V
d) V, F, V, F
e) V, V, F, F

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AULA 01

Comentários
Item I – Verdadeiro. O fato de o usuário ter sua linha clonada não afasta a
incidência do ICMS sobre o serviço de comunicação contratado.
Item II – Verdadeiro. A tributação dos rendimentos ocorre
independentemente da licitude ou ilicitude do ato praticado pelo
contribuinte. Trata-se do princípio do non olet, previsto no art. 118 do CTN.
Sendo assim, os rendimentos advindos da exploração do tráfico de drogas
são tributáveis, porquanto não se confunde a atividade ilícita do contribuinte
com o fato tributário de auferir rendas.
Item III – Verdadeiro. O ato ilícito não pode constituir o fato gerador do
tributo. O tributo não pode ser sanção por ato ilícito. A ação ilícita analisada
isoladamente está sujeita apenas à punição, que no caso em questão
culminou no perdimento das mercadorias.
Item IV – Falso. Se a empresa deixou de receber os valores dos seus clientes,
isso não significa que estará dispensado da tributação. A cobrança dos
valores pelas respectivas vendas é algo que faz parte da relação comercial,
mas pouco importa para a relação tributária.
Gabarito: B

Questão 08 - Auditor Fiscal da Receita Federal do Brasil - 2014


Sobre a extrafiscalidade, julgue os itens a seguir, classificando-os como certos
ou errados. Em seguida, assinale a opção correta.
I. Na medida em que se pode, através do manejo das alíquotas do imposto
de importação, onerar mais ou menos o ingresso de mercadorias
estrangeiras no território nacional, até o ponto de inviabilizar
economicamente determinadas operações, revela-se o potencial de tal
instrumento tributário na condução e no controle do comércio exterior.
II. Por meio da tributação extrafiscal, não pode o Estado intervir sobre o
domínio econômico, manipulando ou orientando o comportamento dos
destinatários da norma a fim de que adotem condutas condizentes com os
objetivos estatais.
III. A extrafiscalidade em sentido próprio engloba as normas jurídico-fiscais
de tributação (impostos e agravamento de impostos) e de não tributação
(benefícios fiscais).
IV. Não existe, porém, entidade tributária que se possa dizer pura, no sentido
de realizar tão somente a fiscalidade ou a extrafiscalidade. Os dois objetivos
convivem, harmônicos, na mesma figura impositiva, sendo apenas lícito
verificar que, por vezes, um predomina sobre o outro.

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AULA 01

a) Apenas I, II e IV estão corretas.


b) Apenas I e IV estão corretas.
c) Apenas II e IV estão corretas.
d) Apenas I, III e IV estão corretas.
e) Todas as alternativas estão corretas

Comentários
O principal objetivo da instituição de um tributo é arrecadar, abastecer os
cofres públicos a fim de satisfazer o interesse público. Este é o principal
objetivo, mas não é o único.
Nem sempre os tributos são criados com a finalidade exclusiva de arrecadar.
A tributação interfere, muitas vezes, no comportamento dos contribuintes,
principalmente naqueles tributos que incidem sobre o consumo.
Vimos recentemente em nosso país a redução das alíquotas do IPI que levou
milhares de consumidores às lojas para aproveitar os preços reduzidos de
eletrodomésticos e automóveis, por exemplo.
Sem dúvida, a instituição de um tributo ou a alteração das suas alíquotas
interferem no comportamento dos consumidores. Os estudiosos das
finanças públicas defendem que o ideal seria a tributação neutra, ou seja, um
sistema em que a carga tributária não interferisse nas escolhas dos
contribuintes. Mas não é o que ocorre em nosso país.
Quanto ao objetivo da instituição os tributos podem ser fiscais ou
extrafiscais.
Os tributos são considerados fiscais quando seu principal objetivo é
arrecadar, gerar renda para que o Estado possa abastecer os cofres públicos
e assim cobrir seus gastos. Como exemplo podemos destacar o ICMS, que
garantiu o ingresso de R$111.768.300.000 aos cofres do Estado de São Paulo,
de janeiro a novembro de 2015 (Fonte: SEFAZ/SP). Trata-se de um valor bastante
expressivo.
Podem ser classificados como tributos extrafiscais aqueles cuja finalidade
principal não é arrecadar, mas regular algum setor econômico ou social,
influenciando no comportamento do mercado. É o caso do imposto de
importação que, muitas vezes, serve para proteger a indústria nacional.
Ressaltamos que o caráter fiscal ou extrafiscal de um determinado tributo
define sua finalidade principal, mas não caracteriza a sua plenitude. Na
esteira desse entendimento, nenhum tributo será completamente fiscal
ou completamente extrafiscal.

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Como vimos, não existe tributo neutro por inteiro. Eles acabam interferindo
de alguma forma no comportamento dos contribuintes, dependendo da
carga suportada e da situação econômica de cada um.
Destarte, ainda que um tributo tenha sido criado com o objetivo de arrecadar,
não deixará de ter uma parcela de extrafiscalidade. Da mesma forma, um
tributo extrafiscal resulta em valores arrecadados para os cofres públicos.
É o que ensina Paulo de Barros Carvalho, ao defender que não existe
entidade tributária que se possa dizer pura, no sentido de realizar tão só a
fiscalidade, ou, unicamente, a extrafiscalidade. Os dois objetivos convivem
harmônicos, na mesma figura impositiva, sendo lícito apenas verificar que um
predomina sobre o outro.
Podemos então concluir que um tributo é preponderantemente fiscal ou
preponderantemente extrafiscal.
Analisemos as assertivas.
Item I – Correto. Por meio da extrafiscalidade é possível atingir outros
objetivos distintos da principal meta do governo. Entre eles, destacam-se a
regulação de algum setor econômico, o estímulo ou desestímulo do consumo
e a proteção da indústria nacional.
Item II – Errado. A intervenção na economia é uma das formas de
manifestação do caráter extrafiscal do tributo.
Item III – Correto. A extrafiscalidade não ocorre apenas com a tributação
propriamente dita, elevando ou reduzindo alíquotas. Outros benefícios fiscais
também são expressão da extrafiscalidade.
Item IV – Correto. A assertiva reproduz a lição de Paulo de Barros Carvalho,
que vimos acima.
Gabarito: D

Questão 09 – Auditor Fiscal do Tesouro Estadual – SEFAZ/MS - 2001


As receitas compulsórias, cuja arrecadação e utilização são conferidas, pelo
Poder Público competente, a uma entidade paraestatal dotada de autonomia
administrativa e financeira, são chamadas:
a) Acessórias
b) Complementares
c) Extraordinárias
d) Extrafiscais
e) Parafiscais

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AULA 01

Comentários
Vimos que os tributos podem apresentar caráter fiscal ou extrafiscal.
Já a parafiscalidade ocorre quando o ente que detém a competência para
instituir determinado tributo delega a outra entidade a capacidade para
fiscalizar e cobrar, além de destinar a esta entidade os recursos arrecadados
para o desempenho das suas atividades institucionais. É o caso dos órgãos
de fiscalização dos conselhos de classe: CREA, CRC, CRM, etc., que cobram as
contribuições dos profissionais cujo produto da arrecadação é revertido para
o desenvolvimento das suas atividades institucionais.
Essa expressão parece estar em desuso pela doutrina majoritária. Alguns
entendem que a parafiscalidade não seria uma finalidade do tributo. A
finalidade seria arrecadar, ainda que distribuindo o resultado da
arrecadação. Com isso, o objetivo seria fiscal, não havendo que se falar em
parafiscalidade como objetivo.
De qualquer modo, críticas doutrinárias à parte, a parafiscalidade ainda tem
sido objeto de questões de prova, bastando que o candidato conheça as duas
características marcantes dessa classificação: delegação da capacidade
tributária ativa e destinação do produto da arrecadação à entidade
responsável.
Gabarito: E

Questão 10 – Auditor do Tesouro Municipal – Pref. Natal - 2008


Sobre o conceito de tributo e sua natureza jurídica, assinale a única opção
correta.
a) A Lei Complementar n. 104/2001, ao permitir a dação em pagamento de
bens imóveis, como forma de extinção do crédito tributário, promoveu a
derrogação do art. 3º do CTN, que confere ao tributo uma prestação
pecuniária em moeda ou cujo valor nela se possa exprimir.
b) Tributo é toda prestação pecuniária compulsória instituída em lei. Todavia,
não há restrição para que o Município majore alíquotas de tributos, sob sua
competência, por meio de decreto.
c) Tendo em vista que o tributo não pode constituir uma sanção por ato ilícito,
não se faz possível a incidência de tributos sobre atividades criminosas, pois
assim agindo o Estado estaria obtendo recursos de uma atividade por ele
proibida.
d) A cobrança de impostos decorre de uma atividade administrativa não-
vinculada, haja vista os recursos poderem ser utilizados com quaisquer
despesas previstas no orçamento.

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e) O que determina a natureza jurídica de um tributo é o fato gerador da


respectiva obrigação, independentemente de sua denominação e da
destinação legal do produto de sua arrecadação.

Comentários
Questão que exige um pouco mais que a simples literalidade do art. 3º do
CTN. Vejamos:
Alternativa A – Errada. Com o advento da Lei Complementar nº 104/2001,
uma controvérsia foi levantada. Esta LC acrescentou o inciso XI ao art. 156 do
CTN, permitindo a dação em pagamentos em bens imóveis como forma de
extinção do crédito tributário. A grande discussão girou em torno do conflito
entre esta nova forma de quitação do tributo (através de bens imóveis) e a
previsão do art. 3º do CTN de que o tributo é pago em moeda. No entanto, a
segunda parte da expressão (cujo valor nela se possa exprimir) permite o uso
de algo que possa ter seu valor expresso em moeda, desde que previsto no
próprio CTN.
Alternativa B – Errada. A questão trata do princípio da legalidade, que será
visto detalhadamente mais adiante em questões específicas. A primeira parte
do enunciado está correta. No entanto, não há previsão para que os
Municípios majorem as alíquotas de tributos mediante decreto.
Alternativa C – Errada. Tributo não é sanção por ato ilícito. Pode ocorrer a
tributação mesmo quando o contribuinte praticar atividade criminosa. A
punição pela prática da infração virá na esfera correspondente (penal). O fato
gerador da obrigação tributária não é o mesmo fato da conduta criminal. Por
exemplo, auferir rendimentos oriundos do tráfico de drogas não se confunde
com traficar. O tráfico é atividade criminosa, mas os rendimentos obtidos
com esta prática estão sujeitos à incidência do imposto de renda, já que
auferir renda não é atividade ilícita. Tal entendimento tem sede legal e está
previsto no art. 118 do CTN.
Alternativa D – Errada. Pela definição de tributo, já identificamos o erro, pois
o tributo é cobrado mediante atividade administrativa plenamente vincula. O
que a ESAF tenta aqui é confundir o candidato misturando os conceitos de
tributos não vinculados e tributos de arrecadação não vinculada.
Tributos vinculados são aqueles cujo fato gerador ocorre em função de
alguma ação estatal relativa ao contribuinte. É o caso das taxas pela
prestação de algum serviço público, como a taxa de coleta de lixo, por
exemplo. Notamos que, nesse caso, há uma ação do Estado para fazer surgir
o tributo, sendo, portanto, classificado como vinculado.

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Nos tributos vinculados, dada a atuação do Estado na situação que faz nascer
a obrigação tributária, podemos afirmar que seu fato gerador é um FATO DO
ESTADO, vale dizer, o contribuinte demanda uma atuação estatal e, a partir
dela, tem-se a ocorrência do fato gerador do tributo.
Tributos não vinculados são os que surgem devido a alguma ação do
próprio contribuinte, independente de qualquer ação do Estado. É o caso
dos impostos.
Nos tributos não vinculados, dada a ausência de qualquer ligação entre o fato
gerador e a atuação estatal, podemos afirmar que o fato gerador é um FATO
DO CONTRIBUINTE. Guardemos, portanto, esses conceitos:

TRIBUTOS VINCULADOS •FATO DO ESTADO

TRIBUTOS NÃO VINCULADOS •FATO DO CONTRIBUINTE

Já a classificação em tributos de arrecadação vinculada e não vinculada


observa o destino da receita arrecadada. Não se trata mais de tributo, pois
o destino da arrecadação é objeto do Direito Financeiro e não Tributário.
Tributos de arrecadação vinculada são aqueles cujos recursos arrecadados
têm uma destinação específica e não podem ser utilizados livremente pelo
ente tributante. Temos como exemplo os empréstimos compulsórios.
Tributos de arrecadação não vinculada são aqueles em que o ente
tributante é livre para aplicar os recursos arrecadados da forma que melhor
entender. É o caso dos impostos.
Alternativa E – Correta. A ESAF, como costuma fazer, cobra a literalidade do
disposto no art. 4º do CTN. Segundo este artigo a natureza jurídica específica
do tributo é determinada pelo fato gerador da respectiva obrigação, sendo
irrelevante para qualificá-la a denominação e demais características formais
adotadas pela lei e a destinação legal do produto da sua arrecadação.
Gabarito: E

Questão 11 – Auditor Fiscal da Previdência Social - 2002


Com referência a tributo e suas espécies, é correto afirmar que:
a) empréstimo compulsório, contribuição de melhoria, contribuição de
intervenção no domínio econômico e compensação financeira aos Estados
pela exploração de petróleo por empresas privadas são espécies tributárias.

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AULA 01

b) tributo é um gravame cuja obrigação tem por fato gerador uma situação
independente de qualquer atividade estatal específica, relativa ao
contribuinte.
c) são espécies tributárias, entre outras, imposto, taxa, contribuição em favor
de categoria profissional, preço público e contribuição de intervenção no
domínio econômico.
d) tributo é toda prestação pecuniária compulsória, em moeda, ou cujo valor
nela se possa exprimir, que não constitua sanção de ato ilícito, instituída em
lei e cobrada mediante atividade administrativa plenamente vinculada.
e) tributo é a prestação pecuniária compulsória, em moeda, ou cujo valor nela
se possa exprimir, instituída em lei e cobrada mediante atividade
administrativa plenamente vinculada, que não constitua sanção de ato ilícito,
ressalvado o caso de ato ilícito que requeira reparação em virtude de guerra.

Comentários
O art. 5º do Código Tributário Nacional define que:
Art. 5º Os tributos são impostos, taxas e contribuições de melhoria.

Para o CTN essa lista é taxativa ou numerus clausus. Isso significa que para
o Código essa lista não comporta modificação. Não existe outra espécie
tributária a não ser as expressamente relacionadas: impostos, taxas e
contribuições de melhoria.
Essa classificação do CTN foi denominada de teoria tripartida, ou
tripartição das espécies tributárias.
Acontece que o CTN foi publicado em 1966, bem antes da atual disciplina
constitucional. Pelo novo regramento, a partir de 1988 com a promulgação
da atual Constituição, veremos que esse dispositivo do CTN perdeu força.
A Constituição Federal de 1988 estabelece em seu art. 145:
Art. 145. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios poderão
instituir os seguintes tributos:
I – impostos;
II – taxas, em razão do exercício do poder de polícia ou pela utilização,
efetiva ou potencial, de serviços públicos específicos e divisíveis, prestados
ao contribuinte ou postos à sua disposição;
III – contribuição de melhoria, decorrente de obras públicas.

O art. 145 da Constituição Federal confirmou o art. 5º do CTN, de que as


únicas espécies tributárias são impostos, taxas e contribuição de melhoria.

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AULA 01

Há que se analisar com cautela o dispositivo. A leitura do artigo de forma


isolada pode levar a uma conclusão precipitada de que o rol de espécies seria
taxativo como propõe o CTN, ou seja, de que são essas três as únicas espécies
tributárias. Não está correta esta conclusão.
O art. 145 da CF, visto acima, que define impostos, taxas e contribuição de
melhoria como espécies tributárias, está inserido no Capítulo denominado
“DO SISTEMA TRIBUTÁRIO NACIONAL”. Nesse mesmo Capítulo, a Carta Magna
prevê nos arts. 148 e 149:
Art. 148. A União, mediante lei complementar, poderá instituir
empréstimos compulsórios:
I - para atender a despesas extraordinárias, decorrentes de calamidade
pública, de guerra externa ou sua iminência;
II - no caso de investimento público de caráter urgente e de relevante
interesse nacional (...)
Art. 149. Compete exclusivamente à União instituir contribuições sociais,
de intervenção no domínio econômico e de interesse das categorias
profissionais ou econômicas, como instrumento de sua atuação nas
respectivas áreas, (...).

Não é difícil perceber que não faria sentido a menção a outras espécies
(empréstimos compulsórios e contribuições) no Capítulo denominado
SISTEMA TRIBUTÁRIO NACIONAL se essas não fossem espécies tributárias.
Seria uma grande incoerência do constituinte originário.
Observa-se que, com o novo regramento constitucional, passamos a ter cinco
espécies tributárias e não apenas três. É o que se chama de teoria
pentapartida ou pentapartição das espécies tributárias.
Já houve muita discussão acerca da aceitação da pentapartição. Alguns
doutrinadores de escol, não classificam os empréstimos compulsórios como
espécie tributária autônoma. Não obstante as discussões doutrinárias, o
tema foi pacificado pelo Supremo Tribunal Federal após reiteradas decisões
e esse entendimento é o que prevalece em se tratando de prova de concurso.
Vejamos a fundamentação da Corte Suprema no julgamento do RE 146.733-
9/SP, no voto condutor do Min. Moreira Alves:
“De efeito, a par das três modalidades de tributos (os impostos, as taxas e
as contribuições de melhoria) a que se refere o art. 145 para declarar que
são competentes para instituí-los a União, os Estados, o Distrito Federal e
os Municípios, os artigos 148 e 149 aludem a duas outras modalidades
tributárias, para cuja instituição só a União é competente: o empréstimo
compulsório e as contribuições sociais, inclusive as de intervenção no
domínio econômico e de interesse das categorias profissionais ou
econômicas.”

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Podemos resumir assim a divisão das espécies tributárias:

DIVISÃO DAS ESPÉCIES TRIBUTÁRIAS SEGUNDO O CTN

TRIPARTIÇÃO OU TEORIA TRIPARTIDA

IMPOSTOS

TAXAS

CONTRIBUIÇÕES DE MELHORIA

DIVISÃO DAS ESPÉCIES TRIBUTÁRIAS SEGUNDO A CF/88

PENTAPARTIÇÃO OU TEORIA PENTAPARTIDA

IMPOSTOS

TAXAS

CONTRIBUIÇÕES DE MELHORIA

EMPRÉSTIMOS COMPULSÓRIOS

CONTRIBUIÇÕES ESPECIAIS (sociais, de intervenção, corporativas)

Com o advento da CF/88 a segunda corrente foi confirmada e tem sido a


adotada atualmente, sendo amplamente cobrada em provas de concurso
público, principalmente pela ESAF.
No entanto, também pode ser cobrada a teoria tripartite, situação em que,
geralmente, se exige apenas o conhecimento da teoria. Passemos à análise
das alternativas.
Alternativa A – Errada. A compensação financeira aos Estados não figura
como espécie tributária.
Alternativa B – Errada. Este é o conceito de imposto, que é apenas uma das
espécies de tributo. A alternativa tenta levar o candidato à confusão entre o
gênero tributo e a espécie imposto.
Alternativa C – Errada. Preço público decorre de uma manifestação de
vontade, apresentando caráter contratual. Dessa forma, não é classificado
como tributo.
Alternativa D – Correta. Definição literal do art. 3º do CTN.

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Questões comentadas ESAF de Direito Tributário
AULA 01

Alternativa E – Errada. Reparação de guerra consiste no cumprimento da


imposição feita pelo país vencedor ao derrotado. Não guarda relação com
tributos.
Gabarito: D

Questão 12 – Auditor Fiscal do Tesouro Municipal – Pref. Fortaleza - 2003


Avalie as formulações seguintes, relativas a tributo e suas espécies,
consideradas as pertinentes disposições da Constituição Federal e do Código
Tributário Nacional, e, ao final, assinale a opção que corresponde à resposta
correta.
I. Imposto, taxa, preço público e contribuição de interesse de categorias
profissionais são espécies tributárias.
II. A natureza jurídica específica do tributo é determinada pelo fato gerador
da respectiva obrigação, sendo irrelevantes para qualificá-la: (a) a
denominação e demais características formais adotadas pela lei; (b) a
destinação legal do produto da sua arrecadação.
III. Empréstimo compulsório, contribuição de melhoria, contribuição de
intervenção no domínio econômico e contribuição para a seguridade social
são espécies tributárias.
IV. Contribuição de interesse de categorias econômicas, taxa, imposto e
encargo de reparação de guerra são espécies tributárias.
a) Apenas as formulações II e III são corretas.
b) Apenas as formulações III e IV são corretas.
c) Apenas as formulações I e III são corretas.
d) Apenas a formulação II é correta.
e) Apenas as formulações I e II são corretas.

Comentários
De acordo com a teoria pentapartida, adotada pela ESAF, as espécies
tributárias são: impostos, taxas, contribuições de melhoria, empréstimos
compulsórios e contribuições especiais.
Assertiva I – Errada. Preço público não é espécie tributária.
Assertiva II – Correta. Descrição literal do art. 4º do CTN.
Assertiva III – Correta. As contribuições de intervenção no domínio
econômico (CIDE) e as contribuições para a Seguridade Social são
subespécies das contribuições especiais. Portanto, são tributos.

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Questões comentadas ESAF de Direito Tributário
AULA 01

Assertiva IV – Errada. A contribuição de interesse de categorias econômicas


também é subespécie das contribuições especiais. No entanto, o encargo de
reparação de guerra não é espécie tributária.
Gabarito: A

Questão 13 – Assistente Técnico Administrativo – ATA/MF - 2009


A determinação da natureza jurídica específica do tributo, de acordo com o
Código Tributário Nacional, decorre, especificamente:
a) do fato gerador da respectiva obrigação
b) da destinação legal do produto da arrecadação
c) da denominação
d) da fixação do agente arrecadador
e) das peculiaridades dos sujeitos ativo e passivo da obrigação

Comentários
O Código Tributário Nacional estabelece, em seu art. 4º, a forma como
determinamos a natureza jurídica do tributo. Vejamos:
Art. 4º. A natureza jurídica específica do tributo é determinada pelo fato
gerador da respectiva obrigação, sendo irrelevantes para qualificá-la:
I – a denominação e demais características formais adotadas pela lei.
II – a destinação legal do produto da sua arrecadação.

Na inteligência do CTN, pouco importa o nome, as formalidades ou o destino


do produto da arrecadação. O que vale para identificar a espécie tributária é
o fato gerador do tributo.
A disciplina do art. 4º do CTN traduz, na realidade, um princípio universal e
que é muito explorado na contabilidade: o princípio da prevalência da
essência sobre a forma. Não são os aspectos formais que irão definir a
espécie tributária, mas o aspecto material.
É verdade que a própria lei que institui o tributo já lhe dá um nome: imposto
sobre serviços de qualquer natureza, taxa de coleta de lixo, etc. Entretanto,
não podemos considerar que o nome, sendo aspecto formal, traduza a
natureza jurídica do tributo. Essa é a inteligência do CTN.
Imagine que um Município institua a taxa de coleta de lixo, definindo que o
fato gerador é ser proprietário de imóvel urbano. Acontece que esse tributo
já existe. Trata-se do IPTU. Logo, essa taxa na realidade é um imposto
disfarçado.

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AULA 01

Com efeito, podemos verificar que o nome não define a natureza jurídica do
tributo. Tampouco o destino do valor arrecadado, eis que, como vimos, é
objeto do Direito Financeiro, não estando mais vinculado à relação tributária.
Há que se observar, contudo, que o CTN adota a teoria tripartida. Por isso,
essa regra é plenamente válida para determinar a natureza jurídica do tributo
se estivermos diante de apenas três possibilidades: impostos, taxas e
contribuições de melhoria. Ou seja, para diferenciar um imposto de uma taxa
ou de uma contribuição de melhoria, basta olharmos para o fato gerador.
Isso porque esses três tributos, originariamente previstos no CTN como
únicas espécies tributárias, têm fatos geradores bem característicos,
conforme veremos mais à frente. Sendo assim, analisando apenas o fato
gerador é possível diferenciá-las e determinar a sua natureza jurídica.
Com o advento da pentapartição, os empréstimos compulsórios e as
contribuições acabaram impedindo a aplicação plena do art. 4º do CTN. Isso
ocorre porque o fato gerador desses tributos não tem características
próprias, na grande maioria das vezes se apresentam como fatos típicos de
impostos.
Sendo assim, fica impossível identificar a natureza jurídica apenas pelo fato
gerador. Faz-se necessário analisar o destino legal da arrecadação. E é aí
que surge a controvérsia, já que o CTN disciplina que o destino legal do
produto da arrecadação é irrelevante para determinar a natureza jurídica do
tributo. Toda a discussão acerca da validade ou não das disposições do art.
4º do CTN é por conta do destino legal da arrecadação. Enfim, ele deve ser
verificado ou não?
Considerando que os empréstimos compulsórios e as contribuições especiais
são espécies tributárias, cujos fatos geradores podem assumir natureza de
imposto na grande maioria dos casos, é de extrema importância analisar o
destino legal do produto da arrecadação para determinar a sua natureza
jurídica.
Ademais, o próprio regramento constitucional traça como elemento
característico desses tributos justamente a destinação dos recursos
arrecadados. Por exemplo, a CF define em seu art. 195:
Art. 195. A seguridade social será financiada por toda a sociedade, de
forma direta e indireta, nos termos da lei, mediante recursos provenientes
dos orçamentos da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos
Municípios, e das seguintes contribuições sociais:
I - do empregador, da empresa e da entidade a ela equiparada na forma
da lei, incidentes sobre:

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AULA 01

a) a folha de salários e demais rendimentos do trabalho pagos ou


creditados, a qualquer título, à pessoa física que lhe preste serviço, mesmo
sem vínculo empregatício.

Percebe-se que a contribuição do empregador sobre a folha de salários é


vinculada ao financiamento da Seguridade Social. Logo, importa verificar o
destino legal da arrecadação.
Essas espécies tributárias têm por característica fundamental a aplicação dos
recursos vinculada a determinado fim. Por isso, destinar legalmente os
recursos arrecadados para algo que não atenda ao fim previsto na
Constituição tornaria inválido o tributo.
Assim sendo, o destino legal da arrecadação é requisito constitucional
para a validade das contribuições especiais e para os empréstimos
compulsórios. Por conseguinte, a instituição desses tributos deve observar
essa diretriz constitucional, sob pena de qualquer desvio por parte do
legislador tornar o tributo inconstitucional.
As disposições do art. 4º do CTN são amplamente cobradas em prova. Quase
que a totalidade das questões da ESAF exigiu a literalidade do Código, onde
o candidato deveria responder que a natureza jurídica específica do tributo é
determinada pelo fato gerador da respectiva obrigação, sendo irrelevantes
para qualificá-la a denominação e demais características formais adotadas
pela lei ou a destinação legal do produto da sua arrecadação.
É justamente o caso desta questão.
Porém, apesar de as questões exigirem a literalidade do art. 4º do CTN em
praticamente todas as provas, é importante atenção para a possibilidade de
inovação por parte das bancas, no sentido de cobrar o entendimento mais
recente, o que já ocorreu em alguns concursos.
Nesse cenário, a recomendação é verificar com atenção o enunciado. Se for
feita referência ao CTN, a questão deve ser respondida e acordo com a
literalidade do art. 4º. Se a referência for à Constituição ou às espécies
tributárias empréstimo compulsório ou contribuições especiais,
possivelmente estará sendo cobrado o novo entendimento decorrente da
teoria pentapartida.
Caso o enunciado não dê nenhuma pista, o candidato deve analisar as opções
de resposta para verificar se há referência a alguma espécie tributária. A
depender da referência, deve-se responder pelo CTN ou pelo entendimento
dominante atualmente.
Gabarito: A

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Questão 14 - Gestor Fazendário – SEFAZ/MG - 2005


Assinale a opção correta. A natureza jurídica do tributo é determinada:
a) pela denominação legal.
b) pelo critério quantitativo da norma que o criou.
c) pela finalidade de sua arrecadação.
d) pelo fato gerador.
e) pela previsão ou não de obrigações acessórias.

Comentários
Essa é uma das questões preferidas da ESAF. Costuma aparecer em quase
todas as provas da área fiscal. Trata-se do art. 4º do CTN que faz menção à
natureza jurídica do tributo.
Adotando a forma de verificação apresentada na questão anterior,
identificamos que não é mencionada nenhuma espécie tributária. Ou seja, a
ESAF está cobrando a literalidade do art. 4º do CTN.
Gabarito: D

Questão 15 – Agente Fiscal – Pref. Teresina - 2002


O fato gerador da obrigação tributária é determinante para o
estabelecimento da natureza jurídica do (a)
a) crédito tributário
b) lançamento
c) sujeito passivo
d) tributo
e) dívida ativa

Comentários
De acordo com ao art. 4º do CTN, a natureza jurídica específica do tributo é
determinada pelo fato gerador. Questão onde, mais uma vez, a ESAF cobra a
literalidade deste artigo.
Gabarito: D

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AULA 01

Questão 16 – Auditor Fiscal do Tesouro Estadual – SEFAZ/MS - 2001


A natureza jurídica dos tributos é determinada pela (o)
a) denominação adotada pela lei
b) compulsoriedade que lhe é inerente
c) fato gerador da respectiva obrigação
d) destinação legal do montante arrecadado
e) adoção estrita do princípio da legalidade

Comentários
Mais uma vez a ESAF adota a cobrança da literalidade do art. 4º do CTN. A
determinação da natureza jurídica específica do tributo é dada pelo fato
gerador da respectiva obrigação.
Gabarito: C

Questão 17 - Analista de Planejamento e Orçamento – APO/MPOG – 2015


Sobre o conceito de tributo, suas classificações e suas espécies, é correto
afirmar que
a) tributo é, legal e constitucionalmente, toda prestação pecuniária
compulsória, em moeda ou cujo valor nela se possa exprimir, ainda que
constitua sanção de ato ilícito, instituída em lei e cobrada mediante atividade
administrativa plenamente vinculada.
b) a natureza jurídica específica do tributo é, legal e constitucionalmente,
determinada pelo fato gerador da respectiva obrigação, sendo irrelevantes
para qualifica-la tanto denominação e demais características formais
adotadas pela lei quanto a destinação legal do produto da sua arrecadação.
c) as espécies tributárias são, legal e constitucionalmente, imposto, taxa,
contribuição de melhoria, contribuição social, contribuição de intervenção no
domínio econômico, contribuição de interesse de categoria econômica ou
profissional e contribuição de iluminação pública.
d) a espécie tributária “taxa” pode ter como fato gerador, legal e
constitucionalmente, o exercício regular do poder de polícia ou a utilização,
efetiva ou potencial, de serviço público específico e divisível, prestado ao
contribuinte ou posto à sua disposição, desde que, em qualquer caso, a
respectiva base de cálculo não seja idêntica àquelas que correspondam a
qualquer espécie de imposto.

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e) denomina-se como tributo indireto aquele que comporte, por sua


natureza, transferência do respectivo encargo financeiro da tributação desde
o denominado contribuinte de fato para sobre o denominado contribuinte de
direito.

Comentários
Antes de analisarmos o teor de cada alternativa, cabe aqui uma observação.
A questão trata de vários aspectos dos tributos remente à disciplina legal e
constitucional. Cumpre aqui destacar que nem todos os conceitos ou
definições estão expressos na Constituição Federal. Grande parte deles está
previsto no CTN. Assim, ao analisarmos cada uma das alternativas, devemos
estar atentos à disciplina constitucional e às normas gerais previstas no
Código Tributário Nacional.
Vejamos cada uma das alternativas.
Alternativa A – Errada. A definição de tributo não está disposta de forma
expressa no texto constitucional. Trata-se de uma definição trazida pelo CTN
em seu art. 3º. Ademais, esta definição prevista no Código afasta do seu
conceito a sanção por ato ilícito.
Alternativa B – Errada. Essa assertiva requer muita atenção! A natureza
jurídica do tributo analisada sob a ótica legal é definida apenas pelo fato
gerador do tributo. Essa previsão legal decorre da adoção da teoria tripartida
à época da edição do CTN. Contudo, a disciplina constitucional inaugurada
em 1988 aceita o destino legal dado à arrecadação como fator determinante
para classificar as contribuições especiais e os empréstimos compulsórios,
espécies tributárias de acordo com a teoria pentapartida.
Alternativa C – Errada. Legalmente as espécies tributárias são apenas
impostos, taxas e contribuição de melhoria (teoria tripartida adotada pelo
CTN). Além disso, pela disciplina constitucional (pentapartição), temos
impostos, taxas, contribuição de melhoria, contribuições especiais e
empréstimos compulsórios. A assertiva separou as subespécies de
contribuições como sendo espécies autônomas.
Alternativa D – Correta. Os possíveis fatos geradores das taxas estão
previstos tanto na Constituição Federal (art. 145, II) como no CTN (art. 77).
Trata-se do exercício regular do poder de polícia ou da utilização efetiva ou
potencial de serviços públicos específicos e divisíveis, prestados ao
contribuinte ou postos à sua disposição. A assertiva está correta ainda em
destacar a impossibilidade de adoção nas taxas de base de cálculo idêntica
ao dos impostos já existentes. Assim dispõe o art. 77, parágrafo único, do CTN
e aponta a jurisprudência do STF, vide Súmula Vinculante nº 29.

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Alternativa E – Errada. É exatamente o contrário. Nos tributos indiretos, a


transferência do ônus financeiro é feita do contribuinte de direito (aquele
previsto em lei para pagamento do tributo) para o contribuinte de fato.
Gabarito: D

Questão 18 - APOF – SEFAZ/SP - 2009


O princípio da capacidade contributiva:
a) aplica-se somente às contribuições
b) não se aplica às penalidades tributárias
c) aplica-se somente aos impostos
d) aplica-se indistintamente a todas as espécies tributárias
e) é atendido pela progressividade dos impostos reais

Comentários
A questão exigiu muito além da literalidade da Constituição Federal,
cobrando aspectos doutrinários e jurisprudenciais.
Em todos os impostos há a identificação de que, de alguma forma, o
contribuinte demonstra a capacidade para contribuir, ainda que discreta.
Vejamos, alguns exemplos.
No imposto de renda, receber salário significa que a pessoa trabalha, logo
tem renda e pode contribuir. No ICMS, vender mercadorias significa que a
empresa está faturando e pode ajudar a coletividade. No imposto de
importação, importar uma mercadoria significa que a pessoa tem condições
de adquirir produtos do exterior, logo também pode contribuir na
arrecadação.
Ocorre que não é justo que todos paguem da mesma forma, já que a
capacidade para contribuir não é a mesma. Um rico empresário certamente
tem mais capacidade para contribuir do que um trabalhador que recebe um
salário mínimo.
Nessa linha, a Constituição Federal estabelece em seu art. 145, §1º, que:
Art. 145, § 1º. Sempre que possível, os impostos terão caráter pessoal e
serão graduados segundo a capacidade econômica do contribuinte,
facultado à administração tributária, especialmente para conferir
efetividade a esses objetivos, identificar, respeitados os direitos individuais
e nos termos da lei, o patrimônio, os rendimentos e as atividades
econômicas do contribuinte.

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Estamos diante do famoso princípio da capacidade contributiva. Segundo


esse princípio constitucional, sempre que possível, na cobrança do imposto,
a condição socioeconômica do contribuinte deverá ser observada. Em outras
palavras, quem demonstra maior capacidade contributiva deverá pagar
mais.
A Constituição Federal faz referência apenas aos impostos quando
estabelece o princípio da capacidade contributiva. Por isso, as questões de
concurso ainda exigem bastante a literalidade desse dispositivo
constitucional.
Muitas vezes, as questões substituem o termo “impostos” por “tributos”,
considerando errada a alternativa, de acordo com a literalidade do art. 145,
§1º, da Constituição Federal.
Não obstante, o STF tem entendido que o princípio é aplicável às demais
espécies tributárias, observadas as suas peculiaridades. Apesar da
dificuldade de se aplicar às taxas, não há vedação constitucional ao seu uso
para essa espécie tributária. Vejamos o entendimento da Corte Suprema:
“A despeito do art. 145, §1º da CF, que alude à capacidade contributiva,
fazer referência apenas aos impostos, não há negar que ele consubstancia
uma limitação ao poder de imposição fiscal que informa todo o sistema
tributário. É certo, contudo, que o princípio da capacidade contributiva não
é aplicável, em sua inteireza, a todos os tributos. (...) Como se sabe, existe
certa dificuldade em aplicá-lo, por exemplo, às taxas, que pressupõem
uma contraprestação direta em relação ao sujeito passivo da obrigação.
Na hipótese das contribuições, todavia, o princípio em tela, como regra,
encontra guarida, como ocorre no caso das contribuições sociais previstas
no art. 195, I, b e c, devidas pelo empregador.” (Excerto do voto condutor
do Min. RICARDO LEWANDOWSKI, quando do julgamento, pelo STF, do RE
573.678, mar/09)

Alternativa A – Errada. Se o texto constitucional faz alusão aos impostos, não


há que se falar em aplicação do princípio apenas às contribuições.
Alternativa B – Correta. As penalidades surgem pelo descumprimento de
alguma obrigação. A infração cometida não é diferenciada pelo contribuinte,
ou seja, qualquer um pode cometer infrações, possua capacidade
contributiva ou não. Nessa linha, a banca adotou o entendimento de que não
seria justo graduar uma penalidade na medida da manifestação de riqueza
de cada um, mas sim pela infração cometida. Tributo e multa não se
confundem.
Alternativa C – Errada. Apesar de a CF/88 fazer referência apenas aos
impostos, em seu art. 145, §1º, a doutrina e a jurisprudência dos tribunais
superiores têm admitido a aplicação do princípio às demais espécies

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tributárias, conforme decisão do STF vista a pouco. É aqui que percebemos


que as bancas já tendem a deixar de lado a literalidade e passam a exigir o
entendimento introduzido pela jurisprudência dos tribunais superiores.
Alternativa D – Errada. Para percebermos o erro desta alternativa,
verifiquemos a lição de José Mauricio Conti: “... o princípio da capacidade
contributiva é aplicável a todas as espécies tributárias. No tocante aos
impostos, o princípio é aplicável em toda a sua extensão e efetividade. Já no
caso dos tributos vinculados, é aplicável restritivamente, devendo ser
respeitados apenas os limites que lhe dão os contornos inferior e superior,
vedando a tributação do mínimo vital e a imposição tributária que tenha
efeitos confiscatórios”. (CONTI, José Mauricio. Princípios da Capacidade
Contributiva e da Progressividade, Dialética, 1996, p.65).
Alternativa E - Este foi o item mais interessante da questão. Segundo parcela
da doutrina, o princípio da seletividade é subprincípio da capacidade
contributiva. Por isso considera que a capacidade contributiva dos impostos
incidentes sobre produtos e mercadorias (impostos reais) manifesta-se na
variação da alíquota em virtude do grau de essencialidade do produto
(seletividade). No imposto sobre a renda, revela-se na aplicação de alíquotas
mais elevadas às maiores bases de cálculo (progressividade).
Gabarito: B

Questão 19 – Auditor – TCE/ES - 2001


Para que finalidade é facultado à administração tributária federal identificar
o patrimônio, os rendimentos e as atividades econômicas dos contribuintes,
respeitados os direitos individuais?
a) Dar caráter pessoal ao imposto e graduação segundo a capacidade
econômica do contribuinte.
b) Dar às taxas a mesma base de cálculo utilizada para os impostos, segundo
critérios isonômicos.
c) Dar tratamento tributário progressivo aos atos tributáveis praticados pelas
entidades cooperativas.
d) Possibilitar a instituição de impostos extraordinários e empréstimos
compulsórios, em situações emergenciais.
e) Dar uniformidade aos impostos federais em todo o território nacional, com
base no princípio da capacidade contributiva.

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Comentários
A questão versa sobre o princípio da capacidade contributiva, cuja definição
e objetivo estão dispostos no art. 145, §1º, da CF/88:
Art. 145. §1º. Sempre que possível, os impostos terão caráter pessoal e
serão graduados segundo a capacidade econômica do contribuinte,
facultado à Administração Tributária, especialmente para conferir
efetividade a esses objetivos, identificar, respeitados os direitos individuais
e nos termos da lei, o patrimônio, os rendimentos e as atividades
econômicas do contribuinte.

Gabarito: A

Questão 20 – Analista de Comércio Exterior – MDIC - 2002


O tributo cuja obrigação tem por fato gerador uma situação independente de
qualquer atividade estatal específica, relativa ao contribuinte, denomina-se:
a) taxa
b) contribuição de melhoria
c) imposto
d) empréstimo compulsório
e) preço público

Comentários
Reza o art. 16 do Código Tributário Nacional:
Art. 16. Imposto é o tributo cuja obrigação tem por fato gerador uma
situação independente de qualquer atividade estatal específica, relativa ao
contribuinte.

A própria definição de imposto, expressa no CTN, coincide com o conceito de


tributo não vinculado. Ou seja, o imposto surge não pela atuação estatal em
relação ao contribuinte, mas por uma manifestação do próprio contribuinte.
Constata-se, pela análise das várias formas de incidência dos impostos, que
em nenhum deles está presente a atividade estatal relativa ao contribuinte.
Em todas elas, o fato gerador é sempre algo relacionado à ação ou ao
patrimônio do contribuinte.
Preços públicos não são tributos. São obrigações que surgem em decorrência
de manifestação de vontade do contribuinte. Apresentam natureza

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contratual e são, geralmente cobrados na forma de tarifas. É o caso das


tarifas de energia elétrica e consumo de água.
Gabarito: C

Questão 21 – Auditor Fiscal do Tesouro Estadual – SEFAZ/PA - 2002


Tem por fato gerador uma situação independente de qualquer atividade
estatal específica, relativa ao contribuinte:
a) imposto
b) taxa
c) contribuição de melhoria
d) pedágio
e) preço público

Comentários
Questão semelhante à anterior e que se responde diretamente pela definição
de imposto constante no art. 16 do Código Tributário Nacional.
Art. 16. Imposto é o tributo cuja obrigação tem por fato gerador uma
situação independente de qualquer atividade estatal específica, relativa ao
contribuinte.

Gabarito: A

Questão 22 - Agente de Fazenda – Pref. Rio de Janeiro - 2010


As taxas, no direito tributário, são espécies tributárias que decorrem, entre
outros fatos geradores, do exercício regular do poder de polícia. Sobre estes,
julgue os itens a seguir:
I. entende-se por regular o poder de polícia quando desempenhado por
órgão competente, nos limites da lei, observando o devido processo legal, e
exercida sem desvio ou excesso de poder;
II. a exigência da taxa em decorrência do exercício do poder de polícia não
mais exige a concreta fiscalização por parte dos órgãos competentes, ou seja,
a simples regulação de certas atividades por meio de atos normativos
também caracteriza este poder;
III. a atuação fiscalizadora do Estado, em rigor, visa ao interesse da
coletividade e não ao do contribuinte da taxa, isoladamente. É este, porém,

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que provoca a atuação do Estado, sendo isso que justifica a imposição da


taxa;
IV. exercendo o poder de polícia, o Estado impõe restrições aos interesses
individuais em favor do interesse público, conciliando esses interesses.
Estão corretos:
a) apenas os itens I e III
b) apenas os itens I, III e IV
c) todos os itens estão corretos
d) apenas os itens III e IV
e) apenas os itens II, III e IV

Comentários
Para responder a esta questão, faz-se necessária uma revisão sobre a
disciplina aplicável às taxas de polícia e o entendimento firmado pelos
tribunais superiores.
Nos termos da Constituição Federal, um dos fatos geradores possíveis da taxa
é o exercício regular do poder de polícia. O CTN traz a definição legal de poder
de polícia no art. 78:
Art. 78. Considera-se poder de polícia atividade da administração pública
que, limitando ou disciplinando direito, interesse ou liberdade, regula a
prática de ato ou abstenção de fato, em razão de interesse público
concernente à segurança, à higiene, à ordem, aos costumes, à disciplina
da produção e do mercado, ao exercício de atividades econômicas
dependentes de concessão ou autorização do Poder Público, à
tranquilidade pública ou ao respeito à propriedade e aos direitos
individuais ou coletivos.

A primeira coisa que temos que perceber na taxa de polícia é que,


diferentemente da taxa de serviço, não há que se falar em utilização efetiva
ou potencial. O fato gerador passa a ser o exercício do poder de polícia. É o
exercício da atividade estatal que figura como fato gerador, trazendo como
consequência a obrigação de pagar o tributo.
Nessa linha, aquele que está submetido a tais atividades de Estado passa a
ser contribuinte da respectiva taxa.
Na disciplina constitucional, o fato gerador da taxa de polícia é o exercício
regular. Mas o que significa exercício regular do poder de polícia? A resposta
está no parágrafo único do próprio art. 78 do CTN:

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Parágrafo único. Considera-se regular o exercício do poder de polícia


quando desempenhado pelo órgão competente nos limites da lei
aplicável, com observância do processo legal e, tratando-se de atividade
que a lei tenha como discricionária, sem abuso ou desvio de poder.

Com efeito, podemos constatar que para surgir a obrigação tributária de


pagar a taxa, há que existir a efetiva atividade estatal direcionada ao
contribuinte, realizada por órgão específico e competente para tal.
Assim, apenas o exercício regular, ou seja, a efetiva ação estatal por meio
do órgão competente, em procedimento específico direcionado ao
contribuinte, é que pode ensejar a cobrança da taxa. No caso de um órgão
fiscalizador, isso significa que a taxa apenas pode ser cobrada quando houver
de fato a fiscalização.
É o que defende a doutrina dominante, conforme cita Regina Helena Costa,
ao destacar que é necessário o efetivo exercício do poder de polícia para que
esteja autorizada a exigência da taxa correspondente. Somente a efetiva
realização de atividade de polícia pode ensejar a exigência da taxa. A
existência de aparelhamento administrativo destinado ao exercício de
fiscalização, por si só, não é suficiente para dar suporte à exigência fiscal,
porquanto o direito tributário sujeita-se ao princípio da realidade ou da
verdade material e, assim, fiscalização não efetuada, ou mera presunção de
fiscalização, não podem conduzir ao nascimento da obrigação tributária.
Da lição acima, podemos extrair que somente a efetividade da ação estatal
no exercício de atividade de polícia, caracterizada quando o aparato estatal
é direcionado para um contribuinte específico, dá causa ao nascimento da
taxa.
A grande maioria das questões de prova exigem o conhecimento da
literalidade da Constituição Federal e do art. 78 do CTN, de forma bem direta,
podendo ser resolvida com o que até aqui foi explicado. Ocorre, porém, que
há alguns entendimentos jurisprudenciais que nos remetem a importantes
aspectos a serem observados.
O Supremo Tribunal Federal, decidindo sobre a taxa de fiscalização e controle
ambiental do IBAMA, no RE 416.601/SC, abriu precedentes no sentido de que
a existência de órgão competente para a atividade de polícia pressupõe
que a atividade fiscalizatória existe e que é desempenhada de forma
regular. Vejamos o posicionamento da Corte em outro caso que ilustra esse
novo entendimento:
“4. O texto constitucional diferencia as taxas decorrentes do exercício do
poder de polícia daquelas de utilização de serviços específicos e divisíveis,
facultando apenas a estas a prestação potencial do serviço público. 5. A
regularidade do exercício do poder de polícia é imprescindível para a

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cobrança da taxa de localização e fiscalização. 6. À luz da jurisprudência


deste Supremo Tribunal Federal, a existência do órgão administrativo não
é condição para o reconhecimento da constitucionalidade da cobrança da
taxa de localização e fiscalização, mas constitui um dos elementos
admitidos para se inferir o efetivo exercício do poder de polícia, exigido
constitucionalmente. Precedentes. ” (STF, Pleno, RE 588.322, Rel. Min.
Gilmar Mendes, jun/2010)

É possível notar na decisão que o STF destaca que o exercício regular do


poder de polícia continua sendo requisito fundamental para a cobrança da
taxa. Contudo, acata que a existência do órgão competente é um dos
elementos para pressupor que a atividade está em funcionamento.
Perceba que se trata de uma presunção, ou seja, o STF entende que a
existência do órgão já é um indício de que o exercício do poder de polícia
é regular. Nesse sentido, destaca que a regularidade do exercício do poder
de polícia é elemento imprescindível, apesar de admitir a presunção pela
simples existência do órgão fiscalizador.
Outro aspecto importante que já foi inclusive objeto de discussões judiciais é
a forma de manifestação do poder de polícia. Já foram proferidas decisões no
sentido de que o fato gerador da taxa relativa ao poder de polícia não é
manifestado exclusivamente com a atividade fiscalizadora em face do
contribuinte. A regulamentação da atividade desenvolvida pelo
contribuinte, por meio de norma específica, já representa condição
suficiente para a cobrança da taxa daqueles que estiverem sujeitos a essa
regulamentação.
De fato, o poder de polícia é manifestado de duas formas: pelo poder
regulamentar, exercido na edição de normas que limitem ou restrinjam
direitos, e pela atuação estatal em cumprimento a esta norma. Apesar de
não ser o entendimento comum defendido pela doutrina dominante, já há
decisões do STJ no sentido de que a manifestação do poder de polícia por
meio do poder regulamentar é suficiente para cobrar a taxa, independente
da comprovação do exercício da fiscalização.
É bastante polêmico esse posicionamento, mas é importante conhece-lo.
“Quanto ao fumus boni iuris, o Tribunal a quo fixou as seguintes
premissas: 1) a cobrança da Taxa de Fiscalização de Estabelecimentos, com
base na Lei Municipal 13.477/2002 é legítima; 2) o poder de polícia,
previsto no art. 78 do CTN, ‘não se materializa somente na atuação
fiscalizadora por parte do ente público, mas também por exercício
regulamentar’. Não obstante a questão referente à exigibilidade da taxa
em comento, com base na lei municipal referida, ainda não tenha sido
apreciada no âmbito dos Tribunais Superiores, constata-se, a princípio,
que o reexame das premissas estabelecidas pela Corte de origem é

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inviável em sede de recurso especial ...”. (STJ, 1ª T., AgRg na MC 13.974/SP,


Rel. Min. Denise Arruda, abr/08)

O que há que se destacar aqui é que em nenhum desses posicionamentos


está se dizendo que o exercício do poder de polícia não é necessário. Pelo
contrário. Trata-se de elemento previsto na Constituição Federal como
fundamental para a ocorrência do fato gerador da taxa.
Para o STF o exercício do poder de polícia presume-se realizado pela
existência do órgão fiscalizador. No entendimento do STJ, a norma
regulamentar da atividade do contribuinte já é suficiente para caracterizar o
exercício do poder de polícia. Porém, note que em ambos os
posicionamentos, o exercício do poder de polícia é essencial, o que muda
é a interpretação da forma como ele se realiza.
Assertiva I – Correta. Compreende a literalidade do parágrafo único do art.
78 do CTN.
Assertiva II – Foi considerada correta pela banca. Esse entendimento parte
do princípio de que a atividade de polícia não se manifesta exclusivamente
na atividade de fiscalização, mas também no exercício do poder
regulamentar, vale dizer, na edição de normas que regulamentam as
atividades dos contribuintes.

Perceba que a própria assertiva reconhece que o poder de polícia


é essencial para a ocorrência do fato gerador da taxa. O que foi
considerado correto é que a forma de manifestação desse poder
não seria apenas por meio de atividade de fiscalização, sendo
considerada a manifestação por meio de atos regulamentares.
Ressaltamos que não é isso que entende a doutrina dominante. De
qualquer forma, entendeu a ESAF que este posicionamento está em
consonância com as decisões do STF no que diz respeito à
presunção do exercício regular do poder de polícia.

Quanto à necessidade de efetiva comprovação da fiscalização, já decidiu o STJ


no sentido da sua dispensabilidade:
“1. A Primeira Seção deste Tribunal pacificou entendimento de que é
prescindível a comprovação efetiva do exercício de fiscalização por
parte da municipalidade em face da notoriedade de sua atuação. (REsp
261.571/SP, 1ª Seção, Min. Eliana Calmon, DJ 6.10.2003) ” (STJ., 2ª T., REsp
969.015/SP, Rel. Min. Humberto Martins, abr/08)

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Assertiva III – Correta. É exatamente este o sentido da atuação estatal no


exercício do poder de polícia: restringir os interesses individuais em favor do
interesse público.
Assertiva IV – Este item complementa a ideia do item anterior, portanto,
correto. O art. 78 do CTN define que se considera poder de polícia a atividade
da administração pública que, limitando ou disciplinando direito, interesse ou
liberdade, regula a prática de ato ou a abstenção de fato, em razão de
interesse público concernente à segurança, à higiene, à ordem, aos costumes,
à disciplina da produção e do mercado, ao exercício de atividades econômicas
dependentes de concessão ou autorização do Poder Público, à tranquilidade
pública ou ao respeito à propriedade e aos direitos individuais ou coletivos.
Gabarito: C

Questão 23 – Assistente Técnico Administrativo – ATA/MF - 2009


As taxas, no modelo constitucional brasileiro:
a) terão caráter pessoal e serão graduadas segundo a capacidade econômica
do contribuinte.
b) terão alíquotas máximas estabelecidas por Resolução do Senado Federal.
c) serão seletivas e não cumulativas.
d) serão informadas por critérios de generalidade, universalidade e
progressividade.
e) não poderão ter base de cálculo própria de impostos.

Comentários
A questão, apesar de simples, tenta confundir o candidato ao atribuir às
taxas, características definidas na CF/88 para os impostos estaduais e
federais.
Alternativa A – Errada. Trata-se do princípio da capacidade contributiva
previsto no art. 145, §1º, da CF. Segundo este princípio, sempre que possível,
os impostos terão caráter pessoal e serão graduados segundo a capacidade
econômica do contribuinte.
Alternativa B – Errada. Trata-se de uma definição constitucional (art. 155,
§1º, IV) para o imposto sobre transmissão causa mortis e doação (ITCD), de
competência dos Estados e DF.
Alternativa C – Errada. Trata-se da previsão constitucional (art. 153, §3º, I e
II) válida para o IPI.

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Alternativa D – Errada. Compreende aspectos definidos na Constituição


Federal (art. 153, §2º, I) para o imposto de renda.
Alternativa E – Resposta da questão. De acordo com o art. 145, §2º, da
Constituição, as taxas não poderão ter base de cálculo própria de impostos.
Cumpre destacar que, não obstante essa previsão constitucional, o
entendimento do STF aponta para outras possibilidades.
O serviço de coleta de lixo nos imóveis é divisível para fins de cobrança de
taxa, uma vez que é possível identificar os beneficiários e mensurar a
utilização por parte de cada um deles.
Entretanto, que elemento será usado para medir a utilização de cada um?
Logicamente, para que a taxa seja juridicamente válida, o critério adotado
deve guardar relação com a atividade estatal. Mas que critério utilizar? Nem
sempre isso é tarefa simples.
Alguns elementos poderiam mensurar com mais perfeição a utilização do
serviço por cada beneficiário, tais como o peso do lixo coletado ou seu o
volume. Sem dúvidas, qualquer um desses elementos seria válido para definir
quem usou mais ou menos o serviço.
Porém, em termos práticos, como seria o serviço de coleta? Todos os
caminhões teriam que ter balanças e os coletores teriam que registrar tudo
para a cobrança da taxa. Já pensou no trabalho que isso daria? E quantos
equipamentos deveriam ser utilizados para conseguir registar tudo sem
erros?
Diante dessa dificuldade, a grande maioria dos Municípios adota um critério
interessante: a área do imóvel. O argumento é de que imóveis maiores
produzem mais lixo. Não deixa de ter fundamento esse argumento, mas ele
não é perfeito.
Imagine uma mansão de 3.000m² com apenas uma rica viúva residindo e um
apartamento de 65m² onde residem quatro pessoas. Será que o primeiro
imóvel produziria mais lixo? Logicamente que não. Por isso, o critério
adotado, apesar de ter certa lógica, não é o mais adequado. O melhor seria,
não fosse a inviabilidade, medir o peso ou o volume de cada lixo.
Mas por que os Municípios adotaram a área do imóvel como parâmetro?
Porque esse elemento já é de conhecimento da Prefeitura, pois constitui um
dos elementos da base de cálculo do IPTU. E é aí onde está o problema!
Com alegação de ofensa ao art. 145, §2º, muitas leis municipais que seguiam
essa prática chegaram para apreciação do STF. Em muitas decisões a Corte
entendeu que adotar um dos elementos da base de cálculo própria de
impostos nas taxas é permitido, desde que não ocorra total identidade entre
elas. Isso resultou na Súmula Vinculante nº 29:

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Súmula Vinculante 29 do STF


É constitucional a adoção, no cálculo do valor da taxa, de um ou mais
elementos da base de cálculo própria de determinado imposto, desde que
não haja integral identidade entre uma base e outra.

Perceba que a evolução no entendimento do STF acabou direcionando para


o que diz o próprio CTN: não pode ser usada base de cálculo idêntica à dos
impostos.
Bastante atenção à Súmula Vinculante 29, pois é bastante provável que seja
muito exigida em prova!
Gabarito: E

Questão 24 – Auditor Fiscal da Receita Federal - 2005


Taxas, na dicção do art. 145, II, da Constituição Federal, constituem a
modalidade de tributo que se pode cobrar em razão do exercício do poder
de polícia ou pela utilização, efetiva ou potencial, de serviços públicos
específicos e divisíveis, prestados ao contribuinte ou postos à sua disposição.
Sobre a taxa, é errado afirmar que:
a) é um tributo cuja base de cálculo ou fato gerador há de ser diversa dos de
imposto, e não pode ser calculada em função do capital das empresas
b) competente para instituir e cobrar a taxa é a pessoa política – União,
Estado, Distrito Federal ou Município – legitimada para a realização da
atividade que caracterize o fato gerador do tributo
c) os serviços públicos que ensejam sua cobrança consideram-se utilizados
pelo contribuinte, efetivamente, quando, sendo de utilização compulsória,
sejam postos à sua disposição mediante atividade administrativa em efetivo
funcionamento
d) serviços públicos específicos são aqueles destacáveis em unidades
autônomas de intervenção, de utilidade ou necessidade públicas
e) serviços públicos divisíveis são aqueles suscetíveis de utilização,
separadamente, por parte de cada um dos seus usuários

Comentários
A questão foi fundamentada nos arts. 77 e 79 do Código Tributário Nacional.
Transcrevendo o disposto no art. 145 da Constituição Federal, o CTN prevê
em seu art. 77:

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Art. 77. As taxas, cobradas pela União, pelos Estados, pelo Distrito Federal
ou pelos Municípios, no âmbito de suas respectivas atribuições, têm como
fato gerador o exercício regular do poder de polícia, ou a utilização, efetiva
ou potencial, de serviço público específico e divisível, prestado ao
contribuinte ou posto à sua disposição.

Em seu art. 79, nos ajuda a conceituar cada item previsto no art. 77. Vejamos:
Art. 79. Os serviços públicos a que se refere o art. 77 consideram-se:
I – utilizados pelo contribuinte:
a) efetivamente, quando por ele usufruídos a qualquer título;
b) potencialmente, quando, sendo de utilização compulsória, sejam postos
à sua disposição mediante atividade administrativa em pleno
funcionamento;
II – específicos, quando possam ser destacados em unidades autônomas
de intervenção, de unidade, ou de necessidades públicas;
III – divisíveis, quando suscetíveis de utilização, separadamente, por parte
de cada um dos seus usuários.

Alternativa A – Correta. Transcrição do parágrafo único do art. 77 do CTN.


Alternativa B – Correta. Por ser um tributo contraprestacional, a própria
Constituição Federal atribuiu a competência à União, Estados, DF e
Municípios (art. 145). Ocorrendo a prestação do serviço ou atividade de
polícia administrativa, pode ocorrer a instituição do tributo pelo ente
responsável pela atividade desenvolvida em relação ao contribuinte.
Alternativa C – Errado. Esta descrição não traz a definição de utilização
efetiva, mas sim de utilização potencial, conforme art. 79, I, b, do CTN.
Alternativa D – Correta. Literalidade do art. 79, II, do CTN.
Alternativa E – Correto. Literalidade do art. 79, III, do CTN.
Gabarito: C

Questão 25 – Analista Técnico de Políticas Sociais - MPOG - 2012


Assinale a opção correta.
a) A contribuição de melhoria e as taxas são tributos vinculados, já que
dependem de uma atuação específica do Estado.
b) As taxas decorrentes do poder de polícia são tributos vinculados; já as
taxas decorrentes de serviços são tributos não vinculados a uma atividade
estatal.

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c) O imposto é, por excelência, um tributo vinculado a uma atividade estatal


específica.
d) Todos os impostos são não vinculados, com exceção do imposto sobre a
renda da pessoa física, que é utilizado para reduzir as desigualdades
regionais.
e) As taxas de serviços são tributos vinculados; já as taxas decorrentes do
poder de polícia são tributos não vinculados a uma atividade estatal
específica.

Comentários
Alternativa A – Correta. As taxas e contribuição de melhoria são tributos
vinculados, cujos fatos geradores demandam uma contraprestação estatal.
Nas taxas temos a atuação do Estado na prestação de serviços públicos ou
no exercício do poder de polícia; na contribuição de melhoria temos a
realização de obra pública. Por essa razão, tais tributos são também
chamados de contraprestacionais.
Alternativa B – Errada. Tanto as taxas de polícia como as taxas de serviço
são tributos vinculados, já que demandam uma atuação estatal direcionada
ao contribuinte.
Alternativa C – Errada. É exatamente o contrário: o imposto é tributo não
vinculado por excelência. Seu fato gerador é situação que independe de
qualquer atuação estatal.
Alternativa D – Errada. Não há exceção quanto ao caráter não vinculado dos
impostos. Todos os impostos são não vinculados, pois seus fatos geradores
são manifestações de riqueza do sujeito passivo, inclusive o imposto de
renda.
Alternativa E – Errada. Valem aqui os mesmos comentários da alternativa B.
Gabarito: A

Questão 26 – Auditor Fiscal do Tesouro Estadual – SEFAZ/RN - 2005


Preencha as lacunas do texto abaixo e escolha, em seguida, a opção que
contém a sequência em que foram preenchidas.
Para fins de instituição e cobrança das taxas, o Código tributário Nacional
considera os serviços públicos: _______________, quando suscetíveis de
utilização, separadamente, por parte de cada um dos seus usuários;
_______________, quando possam ser destacados em unidades autônomas de

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intervenção, de utilidade ou necessidade públicas; _______________, utilizados


pelo contribuinte, quando por ele usufruídos a qualquer título.
a) específicos / unitários / potencialmente
b) individuais / autônomos / virtualmente
c) utilizáveis / independentes / normalmente
d) potenciais / necessários / essencialmente
e) divisíveis / específicos / efetivamente

Comentários
A questão trata das características dos serviços que ensejam a cobrança de
taxa. O candidato deveria completar as lacunas de acordo com a literalidade
do art. 79 do CTN.
Art. 79. Os serviços públicos a que se refere o artigo 77 consideram-se:
I - utilizados pelo contribuinte:
a) efetivamente, quando por ele usufruídos a qualquer título;
b) potencialmente, quando, sendo de utilização compulsória, sejam postos
à sua disposição mediante atividade administrativa em efetivo
funcionamento;
II - específicos, quando possam ser destacados em unidades autônomas
de intervenção, de unidade, ou de necessidades públicas;
III - divisíveis, quando suscetíveis de utilização, separadamente, por parte
de cada um dos seus usuários.

Gabarito: E

Questão 27 – Auditor Fiscal da Receita Federal - 2003


Indique a opção que preenche corretamente as lacunas, consideradas as
pertinentes disposições do Código tributário Nacional.
Para efeito de fato gerador e cobrança de taxa, considera-se regular o
exercício do poder de polícia quando desempenhado ______________ nos
limites da lei aplicável, com observância ________________ e, tratando-se de
atividade que a lei tenha como ________________, sem abuso ou desvio de
poder.
a) pelo Poder público / das disposições regulamentares aplicáveis / contrária
aos bons costumes
b) por órgão de segurança pública / das normas administrativas aplicáveis /
perigosa

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c) pelo órgão competente / de procedimentos administrativos / vinculada


d) somente por órgão de segurança pública / do devido processo legal /
atentatória a direitos fundamentais
e) pelo órgão competente / do processo legal / discricionária

Comentários
A ESAF costuma fazer uma alternância entre os artigos 77, 78 e 79 do CTN.
Nessa questão temos o parágrafo único do art. 78:
Parágrafo único. Considera-se regular o exercício do poder de polícia
quando desempenhado pelo órgão competente nos limites da lei
aplicável, com observância do processo legal e, tratando-se de atividade
que a lei tenha como discricionária, sem abuso ou desvio de poder.

Gabarito: E

Questão 28 – APOF – SEFAZ/SP - 2009


Assinale a opção que representa uma taxa pública
a) serviço de água
b) serviço de energia
c) serviço de esgoto
d) pedágio explorado diretamente ou por concessão
e) serviço postal

Comentários
Primeiramente, cumpre-nos diferenciar as modalidades de serviços públicos.
Os serviços públicos tipicamente estatais, prestados diretamente pelo Poder
Público, devem ser remunerados mediante taxa. Já os serviços públicos que
não são tipicamente estatais, os quais são delegados pelo Poder Público e
prestados por concessionárias, devem ser remunerados por meio de tarifa
ou preço público. Assim defende o STF.
Quanto ao serviço postal, o próprio STF entende que sua competência é
exclusiva e indelegável da União (vide ADPF 46/DF). De acordo com esse
entendimento, tal serviço deve ser remunerado mediante taxa.
Por fim, no que diz respeito ao pedágio, entendeu a ESAF que terá natureza
tributária, da espécie taxa, apenas quando explorado diretamente pelo ente
tributante, pois, como visto, o tributo é prestação cobrada mediante atividade

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administrativa plenamente vinculada. Não haveria que se falar em natureza


tributária do pedágio quando este fosse cobrado por concessionária.
Esse foi o entendimento adotado pela ESAF por muito tempo. Porém, em
decisão proferida em sede de Ação Direta de Inconstitucionalidade, o STF
afastou a natureza tributária do pedágio e firmou definitivamente o
entendimento de que tem natureza jurídica de preço público:
“EMENTA: TRIBUTÁRIO E CONSTITUCIONAL. PEDÁGIO. NATUREZA
JURÍDICA DE PREÇO PÚBLICO. DECRETO 34.417/92, DO ESTADO DO RIO
GRANDE DO SUL. CONSTITUCIONALIDADE. 1. O pedágio cobrado pela
efetiva utilização de rodovias conservadas pelo Poder Público, cuja
cobrança está autorizada pelo inciso V, parte final, do art. 150 da
Constituição de 1988, não tem natureza jurídica de taxa, mas sim de preço
público, não estando a sua instituição, consequentemente, sujeita ao
princípio da legalidade estrita. 2. Ação direta de inconstitucionalidade
julgada improcedente. ” (STF, ADI 800 – RS, Rel. Min. Teori Zavascki, Data
Julgamento: 11.06.2014)

Na ação, que contestava a cobrança do pedágio instituído pelo Decreto nº


34.417/92, do Estado do Rio Grande do Sul, foi sustentado que a cobrança de
pedágio somente poderia ser instituída por lei (legalidade estrita), por tratar-
se de taxa, uma espécie de tributo, e não de preço público. O Decreto
impugnado estaria, portanto, sujeito aos princípios constitucionais da
legalidade e da anterioridade. No julgamento, entretanto, os ministros
presentes à sessão seguiram o voto do relator, ministro Teori Zavascki,
segundo o qual pedágio é preço público e, por conseguinte, não está sujeito
a tais princípios. E a razão, segundo ele, é que tributo é compulsório,
enquanto o preço público somente é cobrado pelo uso efetivo e voluntário
do serviço público prestado.
Em seu voto, o ministro relator defendeu que no atual estágio normativo
constitucional, o pedágio cobrado pela efetiva utilização de rodovias não tem
natureza tributária, mas sim de preço público, não estando,
consequentemente, sujeita ao princípio da legalidade estrita. De acordo com
o posicionamento da Corte, a natureza jurídica do pedágio independe de a
prestação ser realizada diretamente pelo próprio Estado e, ainda, da
existência ou não de vias alternativas que permitam outra opção de acesso.
Gabarito: E

Questão 29 – Procurador – DF - 2007


A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios poderão instituir taxas
em razão do exercício do poder de polícia ou pela utilização, efetiva ou

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potencial, de serviços públicos específicos e divisíveis, prestados ao


contribuinte ou postos à sua disposição. Em razão desse preceito
constitucional e das demais regras do nosso ordenamento jurídico positivo e
jurisprudencial, assinale a opção correta.
a) A instituição de taxas pelo Poder público não está obrigada a respeitar os
princípios da anterioridade, da isonomia e da capacidade contributiva, tendo
em vista que a tributação envolve prestação de serviços públicos ou exercício
de poder de polícia.
b) É constitucional a taxa instituída para inspeção de importação e exportação
de produtos da indústria pesqueira, instituída por Portaria assinada pelo
Ministro do Meio Ambiente, com cobrança autorizada pelo Instituto Brasileiro
de Meio Ambiente – IBAMA, haja vista tratar-se de serviços prestados para
proteger direitos fundamentais.
c) As custas judiciais e os emolumentos concernentes aos serviços notariais e
registrais são qualificadas como taxas remuneratórias de serviços públicos e
podem ter como base de cálculo o valor da condenação, desde que obedeça
ao princípio da razoabilidade.
d) É constitucional a escolha do valor do monte-mor (inventário) como base
de cálculo da taxa judiciária, por não afrontar o artigo 145, §2º, da CF.
e) Não há possibilidade de, segundo os princípios que informam o nosso
ordenamento jurídico tributário, ser alocado o produto da arrecadação de
custas judiciais (taxas) ao Poder Judiciário, para cobrir despesas com
treinamento de pessoal que serve à Justiça.

Comentários
O enunciado da questão já nos remete à jurisprudência. Mas algumas
alternativas podem ser eliminadas pelo simples conhecimento dos princípios
constitucionais. Analisemos cada uma das alternativas.
Alternativa A – Errada. Os tributos, em regra, devem obediência aos
princípios constitucionais que constituem limitações ao poder de tributar. A
própria CF/88 prevê exceções à aplicação dos princípios em alguns casos
específicos. No entanto, não há previsão constitucional para que as taxas não
respeitem os princípios da anterioridade ou isonomia.
Alternativa B – De início, já podemos observar um erro na assertiva. De
acordo com o conceito expresso no art. 3º do CTN, o tributo é uma prestação
instituída em lei, consoante o art. 150, I, da CF, que define o princípio da
legalidade tributária. Por esta razão, decidiu o STF:

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"Dispositivo por meio do qual o Ministério do Meio Ambiente, sem lei que
o autorizasse, instituiu taxa para inspeção de importações e exportações
de produtos da indústria pesqueira, a ser cobrada pelo Instituto Brasileiro
do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis – IBAMA, com
ofensa ao princípio da legalidade estrita, que disciplina o Direito
Tributário." (ADI 2.247-MC, Rel. Min. Ilmar Galvão, julgamento em 13-9-
2000, Plenário, DJ de 10-11-2000.)

Alternativa C –Correta. O STF acolhe que as custas judiciais e os


emolumentos concernentes aos serviços notariais, qualificados como taxas
remuneratórias de serviços públicos, sejam calculados em função do valor da
causa, desde que haja razoabilidade. Nessa linha, editou a Súmula nº 667:

Súmula STF nº 667


Viola a garantia constitucional de acesso à jurisdição a taxa calculada sem
limite sobre o valor da causa.

Alternativa D – Errada. Ao julgar a ADI 2.040, o STF decidiu que


"A escolha do valor do monte-mor como base de cálculo da taxa judiciária
encontra óbice no art. 145, § 2º, da CF, visto que o monte-mor que
contenha bens imóveis é também base de cálculo do imposto de
transmissão causa mortis e inter vivos (CTN, art. 33)." (ADI 2.040-MC,
Rel. Min. Maurício Corrêa, julgamento em 15-12-1999, Plenário, DJ de 25-
2-2000.)

Alternativa E – Errada. O art. 98, §2º, da CF, prevê que as custas e


emolumentos serão destinados exclusivamente ao custeio dos serviços
afetos às atividades específicas da Justiça. Há, portanto, previsão
constitucional para aplicação dos recursos na atividade apresentada na
questão.
Gabarito: C

Questão 30 – Analista Tributário da Receita Federal do Brasil - 2009


“A redução do Imposto sobre Produtos Industrializados − IPI para geladeiras,
fogões, máquinas de lavar e tanquinhos, produtos da linha branca, que
encerraria no próximo dia 31, foi prorrogada por mais três meses. A partir de 10
de novembro entra em vigor uma nova tabela cujas alíquotas passam a ser
estabelecidas com base na eficiência energética dos produtos, de acordo com a

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Questões comentadas ESAF de Direito Tributário
AULA 01

classificação do Programa Brasileiro de Etiquetagem, coordenado pelo Inmetro.


O anúncio foi feito nesta quinta-feira pelo ministro da Fazenda Guido Mantega.
“Nós estamos desonerando mais os produtos que consomem menos energia”,
explicou. A medida vale até 31 de janeiro de 2010. Segundo ele, as geladeiras, que
antes do IPI baixo tinham uma alíquota de 15%, e recuou para 5%, poderão
manter essa mesma alíquota reduzida, mas somente para os produtos da
chamada classe “A”, ou seja, com menor consumo de energia. As geladeiras da
classe “B” passarão a ter uma alíquota de 10% e o restante voltará a ter um IPI de
15%.” (Extraído do site www.fazenda.gov.br, notícia de 29.10.2009).
Na notícia acima, identificamos um importante aspecto do IPI – Imposto
sobre Produtos Industrializados. Assinale, entre as opções que se seguem,
aquela que explica e justifica tal aspecto, isto é, somente aquele que a notícia
mencionada destacou.
a) Por meio da seletividade, pode-se tributar com alíquotas diferenciadas
produtos de acordo com o seu grau de essencialidade.
b) A notícia demonstra a aplicabilidade do princípio constitucional da
capacidade tributária, pois estabelece alíquotas diferenciadas para as
diversas categorias de geladeiras existentes no mercado.
c) O IPI constitui uma exceção à regra geral da legalidade, já que o Poder
Executivo pode, a qualquer momento, baixar ou restabelecer as suas
alíquotas.
d) A não-cumulatividade, outra característica do IPI, visa impedir que as
incidências sucessivas nas diversas operações da cadeia econômica de um
produto impliquem um ônus tributário muito elevado, decorrente da múltipla
tributação da mesma base econômica.
e) A extrafiscalidade consiste na possibilidade de, por meio de alíquotas
diferenciadas, estimular-se determinado comportamento por parte da
indústria e, consequentemente, dos consumidores.

Comentários
Questão bastante interessante, na qual o examinador busca verificar o
conhecimento das características inerentes ao IPI. No caso em questão,
podemos observar que as alterações ocorridas no imposto (redução das
alíquotas) não visam ao aumento da arrecadação, mas ao estímulo do
consumo de determinados bens, aqueles que consomem menos energia
elétrica.
Trata-se, portanto, do caráter extrafiscal do tributo. Nesse aspecto o tributo
é utilizado como forma de regular algum setor econômico ou social.
Gabarito: E

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Questão 31 – Analista de Planejamento e Orçamento – MPOG - 2010


A extrafiscalidade é característica que possuem alguns tributos de
permitirem, além da pura e simples forma de ingresso de receitas nos cofres
públicos, também de intervirem na economia, incentivando ou não
determinada atividade ou conduta do contribuinte.
Assinale, entre os tributos listados abaixo, aquele que não possui caráter
extrafiscal.
a) Imposto sobre produtos industrializados.
b) Imposto sobre importação.
c) Contribuição de intervenção no domínio econômico sobre combustíveis.
d) Imposto sobre produtos industrializados.
e) Taxa de iluminação pública.

Comentários
Inicialmente, cabe observar que a banca repetiu a resposta nas alternativas A
e D, mas não chega a prejudicar a solução da questão.
São classificados como extrafiscais os tributos cuja finalidade principal não é
arrecadar, mas regular algum setor econômico ou social. O IPI, apesar de
apresentar hoje uma arrecadação bastante expressiva, foi criado como
predominantemente extrafiscal e é utilizado muitas vezes como forma de
incentivar ou desestimular certas condutas dos contribuintes.
O imposto de importação é típico imposto extrafiscal, pois visa muitas vezes,
à proteção da indústria nacional. Já a CIDE, como o próprio nome diz, é uma
contribuição de intervenção, criada para custear as atividades estatais em
prol de determinado setor ou atividade econômica, típico tributo extrafiscal.
Por fim, há que se observar que não é possível instituição de taxa para custeio
do serviço de iluminação pública. De qualquer forma, a instituição de tributo
com tal fim (hoje possível apenas mediante contribuição específica) não
apresenta caráter extrafiscal, eis que não se pretende estimular ou
desestimular a utilização da iluminação pública.
Gabarito: E

Questão 32 - Fiscal de Rendas - Pref. Rio de Janeiro - 2010


Sobre as taxas, é incorreto afirmar que:
a) diferentemente dos impostos, cuja característica marcante é a
desvinculação da receita a uma finalidade determinada, a taxa é o tributo

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vinculado por excelência, isto é, só é devido pelo contribuinte se houver


contraprestação por parte do ente estatal que a houver instituído.
b) preços de serviços públicos e taxas não se confundem, porque estas,
diferentemente daqueles, são compulsórias, e têm sua cobrança
condicionada à prévia autorização orçamentária, em relação à lei que as
instituiu.
c) a Constituição Federal dá o conceito de taxa como sendo o tributo instituído
pela União, estados, Distrito Federal e municípios, em razão do poder de
polícia ou pela utilização, efetiva ou potencial, de serviços públicos específicos
e divisíveis, prestados ao contribuinte ou postos à sua disposição.
d) o serviço prestado ou posto à disposição, que permite a instituição de uma
taxa, é sempre estatal, podendo, excepcionalmente, ser serviço prestado por
empresa privada.
e) somente o poder de polícia específico é passível de estipêndio por meio de
taxas; e mesmo assim exige-se que seja divisível e mensurável.

Comentários
Alternativa A – Correta. Essa é a característica mais marcante das taxas: seu
caráter contraprestacional. Enquanto os impostos são exigidos sem
qualquer atividade estatal relativa ao contribuinte, a instituição de taxas exige
uma contraprestação, seja através de serviço público específico e divisível,
seja pelo exercício regular do poder de polícia.
Alternativa B – Correta. Esta assertiva traz a literalidade da Súmula nº 545
do STF.
Súmula STF nº 545
Preços de serviços públicos e taxas não se confundem, porque estas,
diferentemente daqueles, são compulsórias e tem sua cobrança condicionada à
prévia autorização orçamentária, em relação à lei que as instituiu.

Alternativa C – Correta. Esse é exatamente o disposto no texto constitucional


em seu art. 145, II.
Alternativa D – Errada. Apesar de instituída em face de serviço prestado ou
posto à disposição, é imprescindível a natureza pública do serviço, ou seja,
serviço tipicamente estatal, prestado diretamente pelo Poder Público e não
por concessionária.
Alternativa E – Apesar de o art. 145, II da CF/88 relacionar o termo
“específico” apenas aos serviços públicos, este item foi considerado correto
pela ESAF. Nem a CF nem o CTN fazem menção ao poder de polícia específico.
No entanto, é razoável aceitar que, já que a taxa é instituída para fazer face

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aos custos da atividade de polícia administrativa voltada para o contribuinte,


o valor cobrado seja compatível com o custo da atividade. Nessa linha, para
se mensurar este custo, faz-se necessária uma atuação específica e divisível.
Gabarito: D

Questão 33 - Auditor Fiscal da Receita Federal do Brasil - 2009


Sobre as taxas, podemos afirmar, exceto:
a) o fato gerador da taxa não é um fato do contribuinte, mas um fato do
Estado; este exerce determinada atividade, e por isso cobra a taxa das
pessoas que dela se aproveitam
b) a atuação estatal referível, que pode ensejar a cobrança de taxa, pode
consistir no exercício regular do poder de polícia
c) a atuação estatal referível, que pode ensejar a cobrança da taxa, pode
consistir na prestação ao contribuinte, ou na colocação à disposição deste, de
serviço público específico, divisível ou não
d) as atividades gerais do Estado devem ser financiadas com os impostos, e
não com as taxas
e) o poder de polícia, que enseja a cobrança de taxa, considera-se regular
quando desempenhado pelo órgão competente e nos limites da lei aplicável,
com observância do processo legal e, tratando-se de atividade que a lei tenha
como discricionária, sem abuso ou desvio de poder

Comentários
Alternativa A – Correta. A taxa surge em função de uma atividade estatal
relativa ao contribuinte. Nesse sentido, revela-se como um fato do Estado e
não do contribuinte (que é o caso dos impostos).
Taxas = fato do Estado
Impostos = fato do contribuinte
Alternativa B – Correta. De acordo com o art. 145, II, da CF, a taxa tem por
fatos geradores a prestação de serviços públicos ou o exercício regular do
poder de polícia.
Alternativa C – Errada. É certo que o fato gerador da taxa é a prestação de
serviços públicos. Entretanto, há que se observar alguns requisitos. O serviço
deve ser específico E divisível.
Alternativa D – Correta. Atenção a esta assertiva. Aqui não está se dizendo
que o fato gerador dos impostos são as atividades gerais do Estado. O que a
assertiva diz é que, por ser atividade geral, não pode ser financiada pelas

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taxas, já que estas se destinam a custear serviços públicos específicos e


divisíveis. Para custear tais atividades, o Estado se vale da arrecadação com
os impostos, cuja receita é não vinculada.
Alternativa E – Correta. Literalidade do parágrafo único do art. 78 do CTN.
Gabarito: C

Questão 34 - Analista Contábil – SEFAZ/CE - 2006


De acordo com o disposto no art. 145, inciso II, da Constituição Federal, as
taxas constituem a modalidade de tributo que se pode cobrar em razão do
exercício do poder de polícia ou pela utilização, efetiva ou potencial, de
serviços públicos específicos e divisíveis, prestados ao contribuinte ou postos
à sua disposição. Sobre elas, podemos tecer as seguintes afirmativas, com
exceção de:
a) é um tributo que não pode ter base de cálculo ou fato gerador idênticos
aos que correspondam a imposto, nem ser calculada em função do capital
das empresas.
b) os serviços públicos que ensejam a sua cobrança consideram-se utilizados
pelo contribuinte efetivamente, quando, sendo de utilização compulsória,
sejam postos à sua disposição mediante atividade administrativa em efetivo
funcionamento.
c) competente para instituir e cobrar a taxa é a pessoa política – União,
estado, Distrito Federal ou município – legitimada para a realização da
atividade que caracterize o fato gerador do tributo.
d) serviços públicos específicos são aqueles que podem ser destacados em
unidades autônomas de intervenção, de utilidade ou de necessidade
públicas.
e) serviços públicos divisíveis são aqueles suscetíveis de utilização,
separadamente, por parte de cada um dos seus usuários.
Comentários
Mais uma questão em que a ESAF cobra o conhecimento dos arts. 77 a 79 do
CTN.
Prevê o art. 79 que os serviços públicos a que se refere o art. 77 consideram-
se utilizados pelo contribuinte, efetivamente, quando por ele usufruídos a
qualquer título. Na alternativa B, vem descrito o conceito de utilização
potencial, portanto incorreta.
Gabarito: B

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Questão 35 – Auditor Fiscal do Tesouro Estadual – SEFAZ/MS - 2001


Em matéria tributária, é correto afirmar-se que:
a) Somente a União pode instituir impostos com fundamento no exercício
regular do poder de polícia.
b) Os Estados e o Distrito Federal têm competência para instituir empréstimo
compulsório.
c) A contribuição de melhoria é devida em função da prestação de serviços
públicos divisíveis.
d) As taxas têm que ter bases de cálculo diferentes das dos impostos.
e) As contribuições sociais decorrem da realização de obras públicas que
promovam a valorização imobiliária privada.

Comentários
Alternativa A – Dois erros podem ser identificados. Primeiramente, o tributo
instituído com fundamento no exercício regular do poder de polícia é a taxa
e não o imposto. Em segundo lugar, a taxa pode ser instituída por todos os
entes federados, desde que prestem o serviço ou exerçam a atividade de
polícia administrativa, com fundamento no art. 145, II, da CF.
Alternativa B – Errada. Apenas a União é competente para instituir
empréstimos compulsórios, mediante lei complementar.
Alternativa C – Errada. A contribuição de melhoria é devida em função da
valorização do imóvel decorrente de obra pública. O enunciado traz uma das
modalidades de taxa.
Alternativa D – Correta. Trata-se de determinação constitucional, prevista no
art. 145, §2º.
Alternativa E – Errada. São as contribuições de melhoria que decorrem da
realização de obras públicas que promovam a valorização imobiliária, e não
as contribuições sociais.
Gabarito: D

Questão 36 - Procurador – DF - 2007


O Sistema Tributário Nacional é regido por regras e princípios gerais que
estão postos nos artigos 145 a 162 da Constituição Federal. Com base no
conteúdo das disposições acima referidas, assinale, entre as opções abaixo
apresentadas, a que está correta.

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a) É inconstitucional a taxa de fiscalização dos mercados de títulos e valores


mobiliários instituída pela Lei n. 7.940, de 1989, haja vista não ser conferido,
pelo ordenamento jurídico positivado, poder de polícia à Comissão de Valores
Mobiliários.
b) O serviço de iluminação pública, pela sua natureza jurídica, deve ser
sempre remunerado mediante taxa.
c) Os serviços gerais prestados por órgãos de Segurança Pública não podem
ser sustentados por taxas. Essa atividade pública, por sua natureza, deve ser
retribuída, genericamente, por impostos.
d) É inconstitucional lei estadual que cria taxa destinando a arrecadação de
seu produto aos serviços de fiscalização da atividade notarial e de registro a
órgão público.
e) É constitucional a taxa municipal de conservação de estradas de rodagem
que tem como base de cálculo a adotada para o imposto territorial rural.

Comentários
Esta questão exigiu do candidato, exclusivamente, o conhecimento da
jurisprudência do STF. Vejamos:
Alternativa A – A Súmula 665 do STF defende a constitucionalidade da taxa
da CVM.

Súmula nº 665
É constitucional a taxa de fiscalização dos mercados de títulos e valores
mobiliários instituída pela Lei 7.940/1989.

Alternativa incorreta. A questão poderia ter sido um pouco melhor elaborada.


Da forma como foi redigida ficou fácil acertar, mas não pelo motivo da
inconstitucionalidade. Poderia ser citado no enunciado não o poder de polícia
da CVM, mas o ponto da discussão que gerou a edição da Súmula 665, qual
seja: a adoção da base de cálculo típica de impostos.
Alternativa B – Errada. Em sentido oposto versa a Súmula 670 do STF.

Súmula nº 670
O serviço de iluminação pública não pode ser remunerado mediante taxa.

Alternativa C – Correta. Por se tratar de atividade geral, os serviços de


segurança pública não podem ser financiados por taxas, já que estas se

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destinam a custear serviços públicos específicos e divisíveis. Para custear tais


atividades, o Estado se vale da arrecadação com os impostos. Assim decidiu
o STF:
“Em face do art. 144, caput, V e parágrafo 5º, da Constituição, sendo a
segurança pública, dever do Estado e direito de todos, exercida para a
preservação da ordem pública e da incolumidade das pessoas e do
patrimônio, através, entre outras, da polícia militar, essa atividade do
Estado só pode ser sustentada pelos impostos, e não por taxa, se for
solicitada por particular para a sua segurança ou para a de terceiros, a
título preventivo, ainda quando essa necessidade decorra de evento
aberto ao público”. (ADI 1.942-MC, Rel. Min. Moreira Alves, julgamento em
5-5-1999, Plenário, DJ de 22-10-1999).

Alternativa D – Item bastante específico que exige do candidato


conhecimento da interpretação do art. 236, §1º, da CF, adotada pelo STF, no
julgamento da ADI 3.151:
“É constitucional a destinação do produto da arrecadação da taxa de
fiscalização da atividade notarial e de registro a órgão público e ao próprio
Poder Judiciário". (ADI 3.151, Rel. Min. Ayres Britto, julgamento em 8-6-
2005, Plenário, DJ de 28-4-2006.)

Alternativa E – O item vai de encontro ao enunciado da Súmula 596 do STF,


portanto incorreto.

Súmula nº 596
É inconstitucional a taxa municipal de conservação de estradas e rodagem
cuja base de cálculo seja idêntica à do imposto territorial rural.

Porém, é importante lembrar que o STF firmou o entendimento de que,


sendo adotado apenas um dos elementos de base de cálculo de um imposto
já existente, não haverá inconstitucionalidade. Esse entendimento deu
origem à Súmula Vinculante 29:

Súmula Vinculante 29
É constitucional a adoção, no cálculo do valor da taxa, de um ou mais
elementos da base de cálculo própria de determinado imposto, desde que
não haja integral identidade entre uma base e outra.

Gabarito: C

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Questão 37 – Gestor Fazendário – SEFAZ/MG - 2005


Julgue os itens a seguir e marque a opção correspondente.
I. A cobrança do imposto sobre a propriedade de veículo automotor (IPVA)
somente pode ser considerada legítima quando o Estado custeia obras de
infra-estrutura rodoviária.
II. A taxa é modalidade de tributo que tem como fato gerador o exercício
regular do poder de polícia, ou a utilização, efetiva ou potencial, de serviço
público, específico ou divisível, prestado ao contribuinte ou posto à sua
disposição.
III. A obra pública de que resulte valorização de imóvel do particular pode ser
custeada mediante a instituição e cobrança da contribuição de melhoria.
Está (ao) correto (s):
a) os itens I, II e III
b) apenas os itens II e III
c) apenas os itens I e III
d) apenas os itens I e II
e) apenas o item I

Comentários
Essa questão teve como gabarito preliminar a alternativa B. Posteriormente
foi anulada.
Item I – Errado. O imposto, na dicção do art. 16 do CTN, é tributo cujo fato
gerador independe de qualquer atividade estatal relativa ao contribuinte. Isso
é suficiente para considerar o item errado. A título de ilustração, vejamos o
entendimento já firmado pelo STJ:
“Os impostos, diversamente das taxas, têm como nota característica sua
desvinculação a qualquer atividade estatal específica em benefício do
contribuinte. Consectariamente, o Estado não pode ser coagido à
realização de serviços públicos, como contraprestação ao pagamento de
impostos, quer em virtude da natureza desta espécie tributária, quer em
função da autonomia municipal, constitucionalmente outorgada, no que
se refere à destinação das verbas públicas. ” (STJ, 1ªT., REsp 478.958/PR,
Rel. Min. Luiz Fux).

Item II – Errado. Os serviços públicos que ensejam a sua cobrança devem ser
específicos E divisíveis. Devem, obrigatoriamente, atender aos dois
requisitos.

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Item III – Esse é exatamente o objetivo da contribuição de melhoria: custear


obras públicas das quais decorram valorização de imóvel dos particulares.
Verificamos que não há opção correta entre as alternativas, o que levou a
ESAF a anular a questão.
Gabarito: ANULADA

Questão 38 – Auditor Fiscal do Tesouro Municipal – Pref. Natal - 2001


Tratando-se de matéria tributária, é lícita a assertiva de que, no Brasil,
a) as taxas são instituídas para suportar os custos da realização de obras
públicas de que decorram a valorização imobiliária de particulares.
b) os tributos intermunicipais, cobrados pelos Municípios, destinam-se a
estabelecer limitações ao tráfego de bens, tendo em vista o interesse público.
c) as contribuições de melhoria são devidas em função da prestação de
serviços públicos divisíveis.
d) os Municípios e os Estados, assim como a União, têm competência para
instituir impostos extraordinários, em caso de calamidade pública
e) os Municípios podem instituir taxas em razão do exercício do poder de
polícia com bases de cálculos diferentes das dos impostos.

Comentários
Alternativa A – Errada. O tributo em comento é a contribuição de melhoria
e não a taxa.
Alternativa B – Errada. A CF/88 determina que é vedado aos entes
tributantes estabelecer limitação ao tráfego através de tributos, ressalvada a
instituição de pedágios.
Alternativa C – Errada. Agora o tributo devido seria a taxa, conforme art. 145,
II, da CF/88.
Alternativa D – Errada. O imposto extraordinário, além de ser de
competência exclusiva da União, só pode ser instituído em caso de guerra ou
sua iminência.
Alternativa E – Correta. Todos os entes federados detêm a competência para
instituir taxas, desde que prestem o serviço ou desenvolvam a atividade de
polícia.
Gabarito: E

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AULA 01

Questão 39 – Auditor Fiscal da Receita Federal do Brasil - 2012


Com relação ao entendimento do STF sobre as contribuições sociais gerais,
as contribuições de intervenção no domínio econômico e de interesse das
categorias profissionais ou econômicas, assinale a opção correta.
a) Não se pode prescindir de lei complementar para a criação das
contribuições de intervenção no domínio econômico e de interesse das
categorias profissionais.
b) Sua constitucionalidade seria aferida pela necessidade pública atual do
dispêndio vinculado e pela eficácia dos meios escolhidos para alcançar essa
finalidade.
c) No caso da contribuição devida ao SEBRAE, tendo em vista tratar-se de
contribuição de intervenção no domínio econômico, o STF entende ser
exigível a vinculação direta do contribuinte ou a possibilidade de que ele se
beneficie com a aplicação dos recursos por ela arrecadados.
d) A sujeição de vencimentos e de proventos de aposentadoria e pensões à
incidência de contribuição previdenciária constitui ofensa ao direito
adquirido no ato de aposentadoria.
e) Tais contribuições sujeitam-se à força atrativa do pacto federativo, pois a
União está obrigada a partilhar o dinheiro recebido com os demais entes
federados.

Comentários
Questão que deve ser respondida com fundamento nas decisões do STF
sobre as contribuições. Vejamos em cada assertiva o entendimento que a
torna correta ou incorreta.
Alternativa A - Errada. Muito cuidado com o verbo prescindir. Ele significa
dispensar. A alternativa diz, em outras palavras, que seria obrigatório o uso
de lei complementar para instituir as CIDE e contribuições corporativas. Não
procede tal afirmação. A instituição dessas contribuições se dá por lei
ordinária.
"O STF fixou entendimento no sentido da dispensabilidade de lei
complementar para a criação das contribuições de intervenção no
domínio econômico e de interesse das categorias profissionais." (AI
739.715-AgR, Rel. Min. Eros Grau, julgamento em 26-5-2009, Segunda
Turma, DJE de 19-6-2009.)

Alternativa B – Correta.

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Questões comentadas ESAF de Direito Tributário
AULA 01

“A ‘destinação legal’ ou ‘finalidade’ é, atualmente, critério importantíssimo


para identificar determinadas espécies tributárias como as contribuições
especiais e empréstimos compulsórios, pois constitui seu critério de
validação constitucional. A competência é atribuída em função das
finalidades a serem perseguidas.” (PAULSEN, Leandro. Direito Tributário:
Constituição e Código Tributário à luz da doutrina e da jurisprudência. 15ª
ed. Livraria do Advogado, 2013, p. 670)

Alternativa C – Errada.
“Contribuição em favor do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas
Empresas ( SEBRAE): constitucionalidade reconhecida pelo plenário do
STF, ao julgar o RE 396.266, Velloso, DJ de 27-2-2004, quando se afastou a
necessidade de lei complementar para a sua instituição e, ainda – tendo
em vista tratar-se de contribuição social de intervenção no domínio
econômico –, entendeu-se ser inexigível a vinculação direta do
contribuinte ou a possibilidade de que ele se beneficie com a aplicação dos
recursos por ela arrecadados, mas sim a observância dos princípios gerais
da atividade econômica.” (RE 389.016-AgR, Rel. Min. Gilmar Mendes,
julgamento em 30-6-2004, Primeira Turma, DJ de 13-8-2004.)

Alternativa D – Errada.
“Seguridade social. Servidor público. Vencimentos. Proventos de
aposentadoria e pensões. Sujeição à incidência de contribuição
previdenciária. Ofensa a direito adquirido no ato de aposentadoria. Não
ocorrência. Contribuição social. Exigência patrimonial de natureza
tributária. Inexistência de norma de imunidade tributária absoluta. EC
41/2003 (art. 4º, caput). Regra não retroativa. Incidência sobre fatos
geradores ocorridos depois do início de sua vigência. Precedentes da
Corte. Inteligência dos arts. 5º, XXXVI, 146, III, 149, 150, I e III, 194, 195,
caput, II e § 6º, da CF, e art. 4º, caput, da EC 41/2003. No ordenamento
jurídico vigente, não há norma, expressa nem sistemática, que atribua à
condição jurídico-subjetiva da aposentadoria de servidor público o efeito
de lhe gerar direito subjetivo como poder de subtrair ad aeternum a
percepção dos respectivos proventos e pensões à incidência de lei
tributária que, anterior ou ulterior, os submeta à incidência de
contribuição previdencial. Noutras palavras, não há, em nosso
ordenamento, nenhuma norma jurídica válida que, como efeito específico
do fato jurídico da aposentadoria, lhe imunize os proventos e as pensões,
de modo absoluto, à tributação de ordem constitucional, qualquer que
seja a modalidade do tributo eleito, donde não haver, a respeito, direito
adquirido com o aposentamento. Inconstitucionalidade. Ação direta.
Seguridade social. Servidor público. Vencimentos. Proventos de
aposentadoria e pensões. Sujeição à incidência de contribuição
previdenciária, por força de Emenda Constitucional. Ofensa a outros
direitos e garantias individuais. Não ocorrência. Contribuição social.
Exigência patrimonial de natureza tributária. Inexistência de norma de
imunidade tributária absoluta. Regra não retroativa. Instrumento de

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AULA 01

atuação do Estado na área da previdência social. Obediência aos princípios


da solidariedade e do equilíbrio financeiro e atuarial, bem como aos
objetivos constitucionais de universalidade, equidade na forma de
participação no custeio e diversidade da base de financiamento.” (ADI
3.105, Rel. p/ o ac. Min. Cezar Peluso, julgamento em 18-8-2008, Plenário,
DJ de 18-2-2005.)

Alternativa E – Errada. Não há previsão constitucional para a partilha dos


recursos arrecadados com referidas as contribuições.
Gabarito: B

Questão 40 – Auditor Fiscal da Receita Federal do Brasil - 2012


A Constituição Federal, em seu art. 195, dispõe sobre as contribuições para a
seguridade social, estabelecendo as suas fontes. Sobre as contribuições
incidentes sobre a receita ou faturamento, e de acordo com o entendimento
recente do Supremo Tribunal Federal sobre o assunto, analise os itens a
seguir, classificando-os como corretos ou incorretos, para, a seguir, assinalar
a assertiva que corresponda à sua opção.
I. O Sistema Tributário Nacional fixou o regime de competência como regra
geral para a apuração dos resultados da empresa, e não o regime de caixa.
II. Quanto ao aspecto temporal da hipótese de incidência da Cofins e da
contribuição para o PIS, temos que o fato gerador da obrigação ocorre com o
aperfeiçoamento do contrato de compra e venda (entrega do produto), e não
com o recebimento do preço acordado.
III. O resultado da venda, na esteira da jurisprudência da Corte, apurado
segundo o regime legal de competência, constitui o faturamento da pessoa
jurídica, compondo o aspecto material da hipótese de incidência da
contribuição ao PIS e da Cofins, consistindo situação hábil ao nascimento da
obrigação tributária.
IV. No âmbito legislativo, não há disposição permitindo a exclusão das
chamadas vendas inadimplidas da base de cálculo das contribuições em
questão.
V. As situações posteriores ao nascimento da obrigação tributária, que se
constituem como excludentes do crédito tributário, contempladas na
legislação do PIS e da Cofins, ocorrem apenas quando fato superveniente
venha a anular o fato gerador do tributo.
Estão corretos apenas os itens:
a) I, II e IV.

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b) I e IV.
c) II, III e V.
d) II e III.
e) todos os itens estão corretos.

Comentários
O próprio enunciado fala que a questão deve ser respondida com base em
decisão recente do STF acerca do PIS e da COFINS.
Trata-se do RE 586.482/RS, de onde foram extraídas todas as assertivas.
Vejamos:
“TRIBUTÁRIO. CONSTITUCIONAL. COFINS/PIS. VENDAS INADIMPLIDAS.
ASPECTO TEMPORAL DA HIPÓTESE DE INCIDÊNCIA. REGIME DE
COMPETÊNCIA. EXCLUSÃO DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO. IMPOSSIBILIDADE
DE EQUIPARAÇÃO COM AS HIPÓTESES DE CANCELAMENTO DA VENDA.
1. O Sistema Tributário Nacional fixou o regime de competência como
regra geral para a apuração dos resultados da empresa, e não o regime de
caixa. (art. 177 da Lei nº 6.404/76).
2. Quanto ao aspecto temporal da hipótese de incidência da COFINS e da
contribuição para o PIS, portanto, temos que o fato gerador da obrigação
ocorre com o aperfeiçoamento do contrato de compra e venda (entrega
do produto), e não com o recebimento do preço acordado. O resultado da
venda, na esteira da jurisprudência da Corte, apurado segundo o regime
legal de competência, constitui o faturamento da pessoa jurídica,
compondo o aspecto material da hipótese de incidência da contribuição
ao PIS e da COFINS, consistindo situação hábil ao nascimento da obrigação
tributária. O inadimplemento é evento posterior que não compõe o
critério material da hipótese de incidência das referidas contribuições.
3. No âmbito legislativo, não há disposição permitindo a exclusão das
chamadas vendas inadimplidas da base de cálculo das contribuições em
questão. As situações posteriores ao nascimento da obrigação tributária,
que se constituem como excludentes do crédito tributário, contempladas
na legislação do PIS e da COFINS, ocorrem apenas quando fato
superveniente venha a anular o fato gerador do tributo, nunca quando o
fato gerador subsista perfeito e acabado, como ocorre com as vendas
inadimplidas.
4. Nas hipóteses de cancelamento da venda, a própria lei exclui da
tributação valores que, por não constituírem efetivos ingressos de novas
receitas para a pessoa jurídica, não são dotados de capacidade
contributiva.
5. As vendas canceladas não podem ser equiparadas às vendas
inadimplidas porque, diferentemente dos casos de cancelamento de
vendas, em que o negócio jurídico é desfeito, extinguindo-se, assim, as
obrigações do credor e do devedor, as vendas inadimplidas - a despeito

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de poderem resultar no cancelamento das vendas e na consequente


devolução da mercadoria -, enquanto não sejam efetivamente canceladas,
importam em crédito para o vendedor oponível ao comprador. ”

Gabarito: E

Questão 41 – Auditor Fiscal da Receita Federal do Brasil - 2009


Em relação aos empréstimos compulsórios, é correto afirmar que:
a) É um tributo, pois atende às cláusulas que integram o art. 3º do Código
tributário Nacional
b) É espécie de confisco, como ocorreu com a retenção dos saldos de
depósitos à vista, cadernetas de poupança e outros ativos financeiros, por
ocasião do chamado “Plano Collor” (Lei n. 8.024/90)
c) O conceito de ‘despesa extraordinária’ a que alude o art. 148, inciso I, da
Constituição Federal, pode abranger inclusive aquelas incorridas sem que
tenham sido esgotados todos os fundos públicos de contingência
d) Se conceitua como um contrato de Direito Público, com a característica da
obrigatoriedade de sua devolução ao final do prazo estipulado na lei de sua
criação
e) Se subordina, em todos os casos, ao princípio da anterioridade da lei que
o houver instituído

Comentários
Por se tratar de algo temporário e restituível, certa controvérsia surgiu acerca
da natureza tributária dos empréstimos compulsórios. Uma parcela da
doutrina defendia que por se tratar de algo restituível, com fundamento no
art. 81 do CTN, estaria afastada a natureza tributária dos empréstimos
compulsórios.
No entanto, devemos lembrar que, para ser considerada tributo, a prestação
deve atender às exigências do art. 3º do CTN. Analisando as características do
empréstimo compulsório, constata-se que ele atende ao disposto no art. 3º
do Código Tributário Nacional, sendo considerado, portanto, tributo.
Com o advento da CF/88 e após decisões do STF defendendo a natureza
tributária dos empréstimos compulsórios, essa teoria doutrinária perdeu
força.
Gabarito: A

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Questão 42 – Analista Jurídico – SEFAZ/CE - 2006


Sobre os empréstimos compulsórios, espécie de tributo da competência da
União, é incorreto afirmar-se que
a) podem ser instituídos para atender a despesas extraordinárias
decorrentes de calamidade pública.
b) podem ser instituídos para o custeio de investimento público de caráter
urgente.
c) depende a sua instituição, em alguns casos, da edição de lei complementar.
d) a aplicação dos recursos provenientes da sua arrecadação será
integralmente vinculada à despesa que tenha fundamentado a sua
instituição.
e) poderão, ou não, sujeitar-se ao princípio constitucional da anterioridade
(conforme a hipótese que tenha motivado a sua instituição).

Comentários
Questão que cobra o conhecimento das características dos empréstimos
compulsórios, definidos no art. 148 da CF.
Art. 148. A União, mediante lei complementar, poderá instituir
empréstimos compulsórios:
I - para atender a despesas extraordinárias, decorrentes de calamidade
pública, de guerra externa ou sua iminência;
II - no caso de investimento público de caráter urgente e de relevante
interesse nacional, observado o disposto no art. 150, III, "b".
Parágrafo único. A aplicação dos recursos provenientes de empréstimo
compulsório será vinculada à despesa que fundamentou sua instituição.

Alternativa A, B e D – Corretas. Correspondem à literalidade do texto


constitucional.
Alternativa E - Também está correta. Veremos este assunto na nossa
próxima aula.
Alternativa C – Informação FALSA. Os empréstimos compulsórios, além da
competência exclusiva da União, necessitam da edição de lei
complementar em QUALQUER HIPÓTESE. Essa é, portanto, a resposta da
questão.
Gabarito: C

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Questão 43 – Auditor Fiscal do Tesouro Estadual – SEFAZ/PA - 2002


Identifique, nas opções abaixo, o tributo cujo fundamento ético-jurídico é o
não enriquecimento injusto.
a) imposto
b) taxa
c) empréstimo compulsório
d) contribuição social
e) contribuição de melhoria

Comentários
A contribuição de melhoria apresenta características de um tributo
contraprestacional, já que há uma ação estatal relativa ao contribuinte, qual
seja, a realização da obra. Exatamente por ser contraprestacional, o valor da
contribuição deve guardar relação com o custo da obra.
Nesse sentido, o próprio CTN estatui que o valor máximo individual é a
valorização decorrente da obra e o limite global (aquele arrecadado da
totalidade dos beneficiados) é a despesa realizada pelo ente público.
Esses limites fundamentam a atribuição do princípio do não
enriquecimento injusto às contribuições de melhoria. Com base nesse
princípio, não seria justo que a totalidade da sociedade arcasse com os custos
da obra indiretamente, enquanto que apenas um pequeno grupo foi
beneficiado com a valorização imobiliária. Por outro lado, ao estabelecer o
limite máximo a ser cobrado, o CTN também veda ao Estado o
enriquecimento sem causa, já que não pode arrecadar mais do que foi gasto
na obra.
Gabarito: E

Questão 44 – Analista – SUSEP - 2010


Uma das espécies de tributos elencada pela Constituição Federal é a
contribuição de melhoria, decorrente de obras públicas. Tal espécie visa a
uma distribuição mais justa dos ônus decorrentes de determinadas obras
públicas, que beneficiam a sociedade como um todo, mas acabam por
beneficiar particularmente determinadas pessoas, inclusive acarretando
valorização imobiliária. Sobre o tema contribuição de melhoria, analise os
itens a seguir, classificando-os como verdadeiros ou falsos. Em seguida,
escolha a opção adequada às suas respostas.

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I. Seu objetivo principal é fazer com que pessoas diretamente beneficiadas


pela execução de uma obra pública participem com maior intensidade de seu
custeio, suportando-o total ou parcialmente.
II. O princípio da vedação ao enriquecimento sem causa justifica, para alguns
doutrinadores, a instituição e a cobrança da contribuição de melhoria.
III. Pode-se eleger como parâmetro da cobrança da contribuição de melhoria,
de modo geral, o custo total da obra (rateado entre os principais
beneficiados) ou a valorização imobiliária dela decorrente (individualmente
analisada).
a) Está correto apenas o item I.
b) Está correto apenas o item III.
c) Estão corretos apenas os itens I e III.
d) Estão corretos apenas os itens II e III.
e) Todos os itens estão corretos.

Comentários
Com validade no disposto no art. 145, III, da CF/88, o CTN preceitua:
“Art. 81. A contribuição de melhoria cobrada pela União, pelos Estados,
pelo Distrito Federal ou pelos Municípios, no âmbito de suas respectivas
atribuições, é instituída para fazer face ao custo de obras públicas de que
decorra valorização imobiliária, tendo como limite total a despesa
realizada e como limite individual o acréscimo de valor que da obra
resultar para cada imóvel beneficiado. ”

Depreende-se do texto legal que o fato gerador da contribuição de melhoria


é a valorização do imóvel, decorrente de obra pública. Dessa forma, não basta
o Estado promover a obra próximo ao imóvel. Para fazer jus à cobrança da
contribuição, há que ocorrer a valorização do imóvel e que esta seja
decorrente da obra.
O CTN estabelece limites para a cobrança da contribuição de melhoria. O
valor máximo individual é a valorização decorrente da obra e o limite global
(aquele arrecadado da totalidade dos beneficiados) é a despesa realizada
pelo ente público.
Esses limites fundamentam a atribuição do princípio do não
enriquecimento injusto.
Diante do exposto, as três assertivas estão corretas.
Gabarito: E

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Questão 45 – Advogado – IRB - 2006


A Constituição Federal outorga competência tributária, ou seja, aptidão para
criar tributos, aos diversos entes da Federação. Sobre essa afirmativa,
podemos dizer que
a) a contribuição de melhoria, decorrente de obras públicas, poderá ser
cobrada pelo ente executor da obra da qual os contribuintes tenham-se
beneficiado, ou, no caso de omissão deste, pela União.
b) as taxas poderão ser instituídas em razão do exercício do poder de polícia
ou pela utilização, efetiva ou potencial, de serviços públicos específicos e
divisíveis, prestados ou postos à disposição do contribuinte.
c) a aplicação dos recursos provenientes de empréstimos compulsórios será
preferencialmente vinculada à despesa que fundamentou sua instituição.
d) os impostos terão, sempre que possível, caráter pessoal e base de cálculo
diversa das taxas.
e) todos os tributos deverão respeitar a capacidade econômica dos
contribuintes.

Comentários
Alternativa A – Errada. A instituição de contribuição de melhoria, nos termos
do art. 145, III da Constituição Federal é de competência do ente federado
que executar a obra pública de que resulte valorização imobiliária para o
contribuinte. No entanto, de acordo com o art. 7º do CTN, a competência para
instituição de tributos é indelegável, tanto por ação como por omissão. Assim,
na inércia do ente competente para instituir a contribuição, não cabe à União
instituir o tributo. Item falso.
Alternativa B – Correto. Enunciado corresponde ao texto literal do art. 145,
II.
Alternativa C – Errada. De acordo com o art. 148, parágrafo único, da CF, a
aplicação dos recursos provenientes de empréstimo compulsório será
vinculada à despesa que fundamentou sua instituição. Não resta opção à
União para aplicação diversa da prevista no texto constitucional.
Alternativa D – Errada. O art. 145, §1º, prevê que, sempre que possível, os
impostos terão caráter pessoal. Já o §2º do mesmo artigo determina que as
taxas não poderão ter base de cálculo própria de impostos. Trata-se de
vedação aplicada às taxas, não aos impostos.
Alternativa E – Ao definir o princípio da capacidade contributiva, em seu art.
145, §1º, a Constituição faz menção somente aos impostos. Não obstante,

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trata-se de princípio que delineia todas as espécies tributárias. No entanto,


sua aplicação torna-se mais restritiva quando se trata de tributos
contraprestacionais, como é o caso das taxas.
Gabarito: B

Questão 46 – Fiscal de Rendas – Pref. Rio de Janeiro - 2010


Sobre os empréstimos compulsórios, é incorreto afirmar que:
a) o produto de sua arrecadação só pode ser aplicado para atender à despesa
que tiver fundamentado a sua instituição.
b) sua instituição só pode ser feita por meio de lei complementar.
c) no caso de investimento público de relevante interesse nacional e de
caráter urgente, não se aplica o princípio da anterioridade.
d) a simples iminência de guerra externa pode justificar a instituição de
empréstimos compulsórios.
e) uma das hipóteses que autorizam sua instituição é a de calamidade
pública.

Comentários
Alternativa A – Correta, de acordo com o parágrafo único do art. 148 da
Constituição.
Alternativa B – Correta. Há exigência constitucional de lei complementar
para a instituição do empréstimo compulsório.
Alternativa C – Errada. De acordo com o art. 148, II, da CF, em caso de
investimento público de relevante interesse nacional, aplica-se o princípio da
anterioridade.
Alternativa D – Correta, nos termos do art. 148, I.
Alternativa E - Correta, nos termos do art. 148, I.
Gabarito: C

Questão 47 – Assistente Técnico Administrativo – ATA/MF - 2009


A União, mediante lei complementar, poderá instituir empréstimos
compulsórios:
a) mediante lei ordinária ou medida provisória, no caso de guerra externa ou
sua iminência

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b) no caso de relevante interesse público, de caráter urgente e relevante


interesse nacional, ainda que no mesmo exercício financeiro em que haja
sido publicada a regra que os criou
c) nas duas hipóteses acima elencadas, conquanto que se destine a aplicação
dos recursos à despesa que fundamentou a instituição do empréstimo
compulsório
d) para atender a despesas extraordinárias, decorrentes de calamidade
pública, de guerra externa ou sua iminência
e) em face de conjuntura que exija a absorção temporária de poder aquisitivo

Comentários
As hipóteses que autorizam a instituição dos empréstimos compulsórios
estão previstas no inciso I, do art. 148 da Constituição Federal:
Art. 148. A União, mediante lei complementar, poderá instituir
empréstimos compulsórios:
I – para atender a despesas extraordinárias, decorrentes de calamidade
pública, de guerra externa ou sua iminência.

Gabarito: D

Questão 48 – Auditor Fiscal do Tesouro Estadual – SEFAZ/MS - 2001


Para atender a despesas extraordinárias, decorrentes de calamidade pública,
a União pode instituir:
a) imposto extraordinário
b) imposto seletivo
c) taxa especial
d) empréstimo compulsório
e) imposto emergencial progressivo

Comentários
Nos termos do art. 148 da Constituição Federal, a União poderá instituir
empréstimos compulsórios para atender a despesas extraordinárias,
decorrentes de calamidade pública, de guerra externa ou sua iminência.
Gabarito: D

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Questão 49 – Agente de Fazenda – Pref. Rio de Janeiro - 2010


A Constituição Federal permite aos municípios a instituição e a cobrança, na
forma das respectivas leis, de tributo destinado ao custeio do serviço de
iluminação pública. Sobre este, é correto afirmar que:
a) Os Municípios somente poderão instituir tal tributo sob a forma de
contribuição, que observará as garantias da anterioridade e da legalidade.
b) Sua instituição deverá ser feita por meio de lei municipal, sem, contudo, a
necessidade da observância do princípio da anterioridade.
c) Em face de sua finalidade específica, que é o custeio do serviço de
iluminação pública, sua natureza jurídica será de taxa.
d) A lei municipal que criar o referido tributo poderá delegar ao Prefeito, por
meio de decreto, a competência para a fixação de critérios para o seu cálculo,
tais como suas alíquotas e base de cálculo.
e) O referido tributo será, obrigatoriamente, cobrado na fatura de consumo
de energia elétrica do contribuinte.

Comentários
A contribuição para o custeio do serviço de iluminação pública, sendo espécie
tributária, deve obediência aos princípios constitucionais tributários, salvo
quando houver ressalva na própria Constituição.
Ocorre que não há ressalvas na aplicação dos princípios a esta espécie
tributária.
Alternativa A – Correta. A Súmula 670 do STF define que o serviço de
iluminação pública não pode ser remunerado mediante taxa. Assim, de
acordo com a previsão constitucional do art. 149-A, os entes tributantes
devem custear tal serviço mediante a instituição de contribuição específica,
que deve respeitar os princípios constitucionais tributários.
Alternativa B – Errada. Não há ressalva na CF quanto à aplicação do princípio
da anterioridade na cobrança da contribuição.
Alternativa C – Errada. Vide comentários à alternativa A.
Alternativa D – Errada. Segundo o princípio da legalidade, há que se prever
em lei os aspectos da instituição do tributo, não podendo ser estabelecidos
em atos infralegais, como o Decreto, por exemplo.
Alternativa E – Errada. O parágrafo único do art. 149-A, da CF, confere
faculdade ao ente tributante para a cobrança da contribuição na fatura de
consumo de energia elétrica. Não se trata de obrigação, mas de opção.
Gabarito: A

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Questão 50 – Auditor Fiscal da Receita Federal (TI) - 2005


• Podem os Municípios instituir contribuição para o custeio do serviço de
iluminação pública, cobrando-a na fatura de consumo de energia elétrica?
• Podem os Estados cobrar contribuição previdenciária de seus servidores,
para o custeio, em benefício destes, de regime previdenciário, com alíquota
inferior à da contribuição dos servidores titulares de cargos efetivos da
União?
• As contribuições sociais de intervenção no domínio econômico e de
interesse das categorias profissionais ou econômicas, como instrumento de
sua atuação nas respectivas áreas, poderão incidir sobre as receitas
decorrentes de exportação?
a) não, sim, não
b) sim, não, sim
c) sim, não, não
d) não, não, sim
e) sim, sim, não
Comentários
Item I – Sim. Segundo a Corte Suprema, o serviço de iluminação pública não
pode ser considerado específico e divisível, a fim de ter o seu custeio
mediante taxa. Com isso, os Municípios perderam parcela da sua
arrecadação, não podendo mais instituir taxa para cobrir tal despesa. Desse
entendimento resultou a Súmula 670. Ocorre que, com a Emenda
Constitucional 30/2002, a CF passou a autorizar a instituição de contribuição
para custear essa despesa, autorizando os Municípios e o DF a instituírem a
contribuição para o custeio da iluminação pública.
Item II – Não. A CF/88 autoriza os Estados, DF e Municípios a instituir
contribuição a ser cobrada dos seus servidores sujeitos ao regime próprio de
previdência. Vale observar, no entanto, que nos termos do art. 149, §1º, uma
vez instituído o regime próprio de previdência de cada ente, este poderá
instituir a contribuição, que não poderá ser inferior à contribuição que a
União cobra dos seus servidores, fixada atualmente 11%.
Item III - Deve-se responder negativamente, em decorrência do
mandamento constitucional do art. 195 acerca da incidência das
contribuições:
Art. 195. §2º. As contribuições sociais e de intervenção no domínio
econômico de que trata o caput deste artigo:
I – não incidirão sobre as receitas decorrentes de exportação.

Gabarito: C

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Questão 51 - Procurador – Pref. Fortaleza - 2002


Em consonância com os princípios gerais ditados pela Constituição Federal,
referentes ao Sistema Tributário Nacional:
a) as contribuições sociais e as taxas não poderão ter base de cálculo própria
de imposto.
b) sempre que possível, os tributos terão caráter pessoal e serão graduados
segundo a capacidade econômica do contribuinte.
c) as contribuições sociais e de intervenção no domínio econômico não
poderão incidir sobre a importação de petróleo e seus derivados, gás natural
e seus derivados e álcool combustível.
d) o empréstimo compulsório, no caso de investimento público de caráter
urgente e relevante interesse nacional, poderá ser instituído mediante lei
ordinária, mas sua cobrança só poderá ocorrer no exercício financeiro
subsequente ao de publicação da lei que o instituir.
e) cabe à lei complementar da União, além de outros temas que lhes são
reservados, dispor sobre conflitos de competência, em matéria tributária,
entre a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios e regular as
limitações constitucionais do poder de tributar.

Comentários
Alternativa A – Errada. O regramento constitucional do §2º, do art. 145 é
direcionado apenas às taxas. Ademais, temos vários exemplos de
contribuições com base de cálculo própria de impostos, como é o caso da
CSLL, PIS e COFINS.
Alternativa B – Errada. No §1º, do art. 145, a CF/88 define o princípio da
capacidade contributiva. No entanto, faz alusão apenas aos impostos, e não
aos tributos de forma geral.
Alternativa C – Errada. Define o art. 149, §2º, II, da CF/88 que as contribuições
sociais e de intervenção no domínio econômico incidirão também sobre a
importação de produtos estrangeiros ou de serviços.
Alternativa D – Errada. Os empréstimos compulsórios devem ser instituídos,
em todos os casos, mediante lei complementar.
Alternativa E – Correta. A alternativa reproduz o disposto nos incisos I e II do
art. 146 da Carta Magna.
Gabarito: E

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AULA 01

Questão 52 – Auditor Fiscal da Receita Federal - 2005


• Aos estados, ao Distrito Federal e aos municípios compete instituir
contribuições de intervenção no domínio econômico e de interesse das
categorias profissionais ou econômicas, desde que para o custeio, em
benefício dos respectivos sujeitos passivos, e no âmbito territorial do ente
tributante?
• A Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico incidente sobre a
importação e a comercialização de petróleo e seus derivados, gás natural e
seus derivados, e álcool etílico combustível (CIDE) foi instituída pela União
com a finalidade de financiamento de projetos de proteção ao meio
ambiente, ao consumidor, a bens e direitos de valor artístico, estético,
histórico, turístico e paisagístico?
• É vedado que as contribuições sociais para a seguridade social tenham
base de cálculo própria de impostos?
• As contribuições sociais para a seguridade social sobre a folha de salários,
a receita ou o faturamento de pessoas jurídicas poderão ter alíquotas ou
bases de cálculo diferenciadas, em razão da atividade econômica ou da
utilização intensiva de mão-de-obra?
a) não, não, não, sim
b) não, não, não, não
c) sim, sim, sim, sim
d) não, sim, sim, não
e) não, sim, não, sim

Comentários
Item I – Não. Reza a Constituição Federal:
Art. 149. Compete exclusivamente à União instituir contribuições sociais,
de intervenção no domínio econômico e de interesse das categorias
profissionais ou econômicas, como instrumento de sua atuação nas
respectivas áreas, observado o disposto nos arts. 146, III, e 150, I e III, e
sem prejuízo do previsto no art. 195, § 6º, relativamente às contribuições
a que alude o dispositivo.

Observamos que a CF autoriza a União, e somente ela, a instituir as


contribuições de intervenção. Para esta determinação não há exceções.
Item II – Não. Para cobrir o custo destas atividades, a União, exclusivamente,
pode instituir a contribuição de intervenção no domínio econômico, que recai

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AULA 01

sobre aqueles que compõem o setor atingido. Dessa forma, não há que se
falar em bens e direitos de valor artístico, estético, histórico, turístico e
paisagístico. A Lei nº 10.336, de 19 de dezembro de 2001, instituiu a CIDE-
Combustíveis, Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico incidente
sobre a importação e a comercialização de gasolina e suas correntes, diesel e
suas correntes, querosene de aviação e outros querosenes, óleos
combustíveis (fuel-oil), gás liquefeito de petróleo (GLP), inclusive o derivado
de gás natural e de nafta, e álcool etílico combustível.
Item III – Não. A vedação constitucional prevista no art. 145, §2º, é
direcionada às taxas. Estas não podem ter base de cálculo própria de
impostos. Quanto às contribuições sociais, não existe tal vedação. Inclusive
algumas contribuições apresentam base de cálculo própria de impostos,
como é o caso da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL), cuja base
de cálculo é o lucro das empresas, base imponível do Imposto de Renda das
Pessoas Jurídicas.
Item IV – Sim. A CF/88 prevê a aplicação do princípio da capacidade
contributiva a estas contribuições, ao estabelecer que as contribuições sociais
previstas no inciso I do caput poderão ter alíquotas ou bases de cálculo
diferenciadas, em razão da atividade econômica, da utilização intensiva de
mão-de-obra, do porte da empresa ou da condição estrutural do mercado de
trabalho.
Gabarito: A

Questão 53 – Auditor Fiscal do Tesouro Estadual – SEFAZ/RN - 2005


Avalie as indagações abaixo e em seguida assinale a resposta correta.
• Em caso de guerra externa, é vedado à União instituir impostos
extraordinários não compreendidos em sua competência tributária?
• É permitido ao Distrito Federal e aos Municípios instituir contribuição para
o custeio do serviço de iluminação pública?
• É permitido que o serviço de iluminação pública seja remunerado
mediante taxa?
a) não, sim, não
b) não, não, sim
c) sim, sim, não
d) sim, não, sim
e) sim, sim, sim

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Comentários
Item I – Não. O art. 154 da Constituição Federal confere à União competência
para instituir, na iminência ou no caso de guerra externa, impostos
extraordinários, compreendidos ou não em sua competência tributária.
Item II – Sim. A Emenda Constitucional 30/2002 acrescentou o art. 149-A à
CF/88, passando a autorizar os Municípios e o DF a instituírem contribuição
para custear o serviço de iluminação pública.
Item III – Não. Segundo o STF, o serviço de iluminação pública não pode ser
considerado específico e divisível, a fim de ter o seu custeio mediante taxa.
Desse entendimento resultou a Súmula 670.
Gabarito: A

Caro aluno,
Com isso chegamos ao final da nossa aula demonstrativa.
Espero vocês em breve. Para mim será um prazer tê-lo conosco ao longo do
curso.

Veja a seguir o RESUMO ESQUEMATIZADO dos assuntos tratados nesta aula.

Um grande abraço e bons estudos!

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O que segue a justiça e a bondade achará a vida, a justiça e a honra.


Provérbios 21, 21

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Principais pontos abordados na AULA 01

Receitas públicas
Apesar da grande participação dos tributos (e demais receitas derivadas) na
arrecadação dos entes federados, outras formas de ingresso, mais precisamente as
receitas originárias, ainda que em volume bem menor, também abastecem os cofres
públicos.

• Relações de Direito Privado


• Exploração do próprio patrimônio do Estado
RECEITAS ORIGINÁRIAS
• Isonomia entre as partes
• Ex.: rendimento de aplicações

• Relações de Direito Público


• Exploração do patrimônio particular
RECEITAS DERIVADAS • Poder de imperío do Estado
• Desigualdade entre as partes
• Ex.: tributos

Conceito de tributo
Para se enquadrar no conceito de tributo a prestação deve cumprir TODAS as
exigências do CTN em seu art. 3º, totalizando 6 características:

 pecuniária
 compulsória

TRIBUTO É  em moeda ou cujo valor nela se possa exprimir


PRESTAÇÃO  que não constitui sanção de ato ilícito
 instituída em lei
 cobrada mediante atividade administrativa plenamente vinculada

Do conceito legal de tributo, podemos extrair que tributo e multa não se


confundem. São dois institutos distintos.

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Classificação dos tributos


Quanto ao objetivo da instituição

FISCAL Tem por objetivo arrecadar, abastecer os cofres públicos. Ex.: ICMS

Visa regular algum setor econômico ou social, influenciando no


EXTRAFISCAL Ex.: II
comportamento do mercado.

O ente que detém a competência delega a outra entidade a capacidade


PARAFISCAL Ex.: CREA
para fiscalizar e cobrar, além de destinar os recursos arrecadados.
Quanto à atuação estatal
O fato gerador ocorre em função de alguma ação estatal relativa ao
VINCULADO Ex.: Taxas
contribuinte.

Surge devido a alguma ação do próprio contribuinte, independente de


NÃO VINCULADO Ex.: Impostos
qualquer ação do Estado.
Quanto aos aspectos pessoais do contribuinte
Os aspectos pessoais do contribuinte são levados em consideração na
PESSOAL Ex.: IR
tributação.

Incide sobre bens e não leva em consideração aspectos pessoais do


REAL Ex.: IPTU
contribuinte.
Quanto à pessoa que suporta o õnus da tributação
O contribuinte definido em lei é aquele que arca com o ônus da
DIRETO Ex.: IPVA
tributação.

O ônus é transferido para terceiro, que, apesar de não ser contribuinte,


INDIRETO Ex.: ICMS
acaba suportando a carga tributária.
Quanto ao destino legal do produto da arrecadação

ARRECADAÇÃO Os recursos arrecadados têm uma destinação específica e não podem ser Ex.: Emp.
VINCULADA utilizados livremente pelo ente tributante. Compulsórios

ARRECADAÇÃO O ente tributante é livre para aplicar os recursos arrecadados da forma


Ex.: Impostos
NÃO VINCULADA que melhor entender.

Espécies tributárias – CTN x CF/88 e STF

DIVISÃO DAS ESPÉCIES TRIBUTÁRIAS SEGUNDO O CTN

TRIPARTIÇÃO OU TEORIA TRIPARTIDA

IMPOSTOS

TAXAS

CONTRIBUIÇÕES DE MELHORIA

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DIVISÃO DAS ESPÉCIES TRIBUTÁRIAS SEGUNDO A CF/88

PENTAPARTIÇÃO OU TEORIA PENTAPARTIDA

IMPOSTOS
TAXAS
CONTRIBUIÇÕES DE MELHORIA
EMPRÉSTIMOS COMPULSÓRIOS
CONTRIBUIÇÕES ESPECIAIS (sociais, de intervenção, corporativas)

Na inteligência do CTN, pouco importa o nome, as formalidades ou o destino do


produto da arrecadação. O que vale para identificar a espécie tributária é o fato
gerador do tributo.
Por outro lado, a partir da pentapartição, o destino legal da arrecadação é
requisito constitucional para a validade das contribuições especiais e para os
empréstimos compulsórios.

Conceito de imposto
CTN - Art. 16. Imposto é o tributo cuja obrigação tem por fato gerador uma
situação independente de qualquer atividade estatal específica, relativa ao
contribuinte.

Nos impostos o fato gerador é um FATO DO CONTRIBUINTE.

Princípio da capacidade contributiva


CF/88 – Art. 145, §1º Sempre que possível, os impostos terão caráter
pessoal e serão graduados segundo a capacidade econômica do
contribuinte, facultado à administração tributária, especialmente para
conferir efetividade a esses objetivos, identificar, respeitados os direitos
individuais e nos termos da lei, o patrimônio, os rendimentos e as
atividades econômicas do contribuinte.

PROGRESSIVIDADE Mais aplicável aos impostos pessoais


CAPACIDADE
CONTRIBUTIVA
SELETIVIDADE Mais aplicável aos impostos reais

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Taxas
EXERCÍCIO REGULAR DO
PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS PÚBLICOS
PODER DE POLÍCIA

ESPECÍFICOS E DIVISÍVEIS

UTILIZAÇÃO UTILIZAÇÃO
EFETIVA POTENCIAL

Quando o serviço for de


utilização compulsória e estiver
à disposição do contribuinte e
em pleno funcionamento.

Nas taxas o fato gerador é um FATO DO ESTADO. Tributo contraprestacional.

Taxa de serviço
Para o serviço ser específico, é necessário que exista um órgão responsável pela
sua prestação. O CTN fala em utilidade ou necessidade pública.
Nos termos do CTN, o serviço é divisível quando suscetível de utilização,
separadamente, por cada um dos usuários.

SERVIÇO DE UTILIZAÇÃO UTILIZAÇÃO EFETIVA


COMPULSÓRIA UTILIZAÇÃO POTENCIAL, bastando
que o serviço seja posto à disposição

DEMAIS SERVIÇOS apenas UTILIZAÇÃO EFETIVA

A utilização efetiva representa a situação em que o contribuinte utiliza de fato o


serviço, ou seja, faz uso da atividade estatal que enseja a cobrança da taxa.
Já a utilização potencial, representa a situação em que o contribuinte tem o serviço
posto à sua disposição, utilize efetivamente ou não. Entenderemos melhor por meio
de um exemplo.

• Serviços específicos E divisíveis


TAXAS DE
• Utilização efetiva OU potencial
SERVIÇO
• Serviços prestados ou postos à disposição

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Taxa de polícia
CTN - Art. 78. Considera-se poder de polícia atividade da administração
pública que, limitando ou disciplinando direito, interesse ou liberdade,
regula a prática de ato ou abstenção de fato, em razão de interesse público
concernente à segurança, à higiene, à ordem, aos costumes, à disciplina
da produção e do mercado, ao exercício de atividades econômicas
dependentes de concessão ou autorização do Poder Público, à
tranquilidade pública ou ao respeito à propriedade e aos direitos
individuais ou coletivos.
Parágrafo único. Considera-se regular o exercício do poder de polícia
quando desempenhado pelo órgão competente nos limites da lei
aplicável, com observância do processo legal e, tratando-se de atividade
que a lei tenha como discricionária, sem abuso ou desvio de poder.

Base de cálculo das taxas


CF/88 – Art. 145, §2º. As taxas não poderão ter base de cálculo
própria de impostos.

Súmula Vinculante 29 do STF


É constitucional a adoção, no cálculo do valor da taxa, de um ou mais
elementos da base de cálculo própria de determinado imposto, desde que
não haja integral identidade entre uma base e outra.

Taxa x preço público

TAXAS PREÇOS PÚBLICOS

Regime de Direito Público Regime de Direito Privado


Prestação compulsória Prestação voluntária
Serviço prestado pelo Estado Pode ser prestado por concessionárias
Receita derivada Receita originária
Natureza tributária Natureza contratual

Contribuição de melhoria
Princípio do não enriquecimento injusto

VALORIZAÇÃO IMOBILIÁRIA DECORRENTE DE OBRA PÚBLICA


CONTRIBUIÇÃO
DE
MELHORIA
LIMITES DE COBRANÇA

INDIVIDUAL valorização de cada imóvel

GLOBAL custo total da obra

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