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Furnas Centrais Elétricas S.A.

CURSO TÉCNICO EM ELETROTÉCNICA


RELATÓRIO DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO

LUANA RAMOS DA SILVA

ESTREITO
OUTUBRO A DEZEMBRO DE 2010
FURNAS CENTRAIS ELÉTRICAS S.A.

RELATÓRIO FINAL DE ESTÁGIO

Nome do estagiário: Luana Ramos da Silva


Curso: Técnico em Eletrotécnica
Endereço: Rua Topázio,118
Bairro: Santa Efigênia
Cidade: Alpinópolis
CEP: 37940-000
Fone: (35) 3522-4913
Cel.: (35) 9838-4727

Nome da Empresa: FURNAS CENTRAIS ELÉTRICAS S.A.


USINA LUIZ CARLOS BARRETO DE CARVALHO (Estreito)
Endereço: Rodovia Antônio Giolo, Km 24.
CEP: 14470-000
Supervisor de Estágio:
Departamento: DRM. O – Departamento de Produção Minas
Divisão: DMEM. O – Divisão de Manutenção Eletromecânica
Início de estágio:13/10/2010
Término de estágio:17/12/2010
Total de Horas: 432 horas
Visto da Empresa:

RELATÓRIO FINAL DE ESTÁGIO 2


MATHEUS BARBOSA RIBEIRO
FURNAS CENTRAIS ELÉTRICAS S.A.

SUMÁRIO

1. Introdução 4
1.1. Objetivo do Estágio 4
1.2. Atribuições como Estagiário 4

2. História da Empresa – Furnas Centrais Elétricas 5


2.1. A Usina Hidrelétrica Luiz Carlos Barreto De Carvalho 6
2.2. Localização 6
2.3. Geração de Energia USLB. O 6

3. Dados Técnicos da Usina 7


3.1. Barragem 8
3.2. Reservatório 8
3.3. Tomada D’água e Condutos Forçados 8
3.4. Stop Log’s 9
3.5. Vertedouro 9
3.6. Canal de Fuga e Bacia de Dissipação 9
3.7. Casa de Força 10
3.7.1. Turbinas 10
3.7.2. Geradores 10
3.7.3. Transformadores 11
3.8. Subestação 11
3.9. Linhas de Transmissão 11

4. Atividades Desenvolvidas 12
5. Instrumental Manuseado 16
6. Dificuldades Enfrentadas 16
7. Afinidades com Conteúdos Praticados em Sala de Aula 17
8. Sugestões 17
9. Aspectos de Segurança Observados no Estágio 18

10. Análise Crítica do Estágio 19


10.1. Avaliação do Estágio 19
10.2. Avaliação sobre a duração do estágio 19
10.3. Novas técnicas 19
10.4. Equipamentos e Ferramentas 19
10.5. Relacionamento no Estágio 20
10.6. Condições do Estágio 20

11. Referências Bibliográficas 21

RELATÓRIO FINAL DE ESTÁGIO 3


MATHEUS BARBOSA RIBEIRO
FURNAS CENTRAIS ELÉTRICAS S.A.

INTRODUÇÃO

Este relatório narra, de modo bem simples e dinâmico, todas as atividades


efetuadas no período da realização deste estágio. Além de mostrar também um pouco
sobre a história da empresa FURNAS e da USINA LUIZ CARLOS BARRETO DE
CARVALHO, local onde foi realizado este estágio.
Quero também apresentar todos os conhecimentos que adquiri no curso e que
na qual tive que colocá-los em prática. Portanto, este relatório tem a finalidade de
referir todos os conhecimentos adquiridos no curso técnico e que foram assimilados na
realização do estágio.
Espero ter conseguido expressar, de forma bem sucinta e clara, para o maior
entendimento e aproveitamento deste relatório.

OBJETIVO DO ESTÁGIO
Este estágio tem como objetivo, elevar o nível de formação profissional.
Procurando sempre mesclar os conhecimentos que adquiri no curso com os
conhecimentos que adquiri no estágio.
Quero também apontar como um objetivo a participação nas atividades da
empresa, procurando assimilar o máximo possível de informações seja executando ou
acompanhando as atividades da área de estágio.
E finalmente, adquirir responsabilidade ligada à área profissional, aprendendo
as habilidades e atitudes necessárias ao exercício da profissão, complementando o
ensino e a aprendizagem. Sendo assim, espero aproveitar o possível e extrair o
máximo de conhecimento dos meus supervisores e colegas de trabalho.

ATRIBUIÇÕES COMO ESTAGIÁRIO

Minha atribuição como estagiário é o acompanhamento e apoio nas atividades


relacionadas à área da eletrotécnica. Agindo como um expectador e muitas vezes
como um ajudante nas manutenções preventivas, corretivas e preditivas ocorridas
durante o período de estágio, sempre monitorado por Técnicos Especialistas em
Eletromecânica.
Portanto, sintetizo como minha maior atribuição a tarefa de ser aprendiz.
Vivenciando e experimentando todas as atividades que envolvem um profissional da
área da eletrotécnica e assim podendo crescer profissionalmente e intelectualmente.

RELATÓRIO FINAL DE ESTÁGIO 4


MATHEUS BARBOSA RIBEIRO
FURNAS CENTRAIS ELÉTRICAS S.A.

História da Empresa
FURNAS CENTRAIS ELÉTRICAS S.A
FURNAS nasceu com o desafio de sanar a crise energética que ameaçava, em
meados da década de 50, o abastecimento dos três principais centros
socioeconômicos brasileiros - São Paulo, Rio de Janeiro e Belo Horizonte.
Com o objetivo de construir e operar no rio Grande a primeira usina hidrelétrica de
grande porte do Brasil - a Usina Hidrelétrica de Furnas, com capacidade de 1.216 MW
- foi criada em 28 de fevereiro de 1957, através do Decreto Federal nº 41.066, a
empresa Central Elétrica de Furnas. FURNAS começou a funcionar efetivamente em
1963, em Passos (MG). Em 1º de junho de 1971, a sede foi transferida para o Rio de
Janeiro e a Empresa ganhou um novo nome: FURNAS - Centrais Elétricas S.A., que
melhor expressa a proposta de construção de um conjunto de usinas.
Hoje, FURNAS está presente no Distrito Federal e nos estados de São Paulo, Minas
Gerais, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Goiás, Tocantins, Mato Grosso, Paraná e
Rondônia, onde funciona o Escritório de Construção de Porto Velho. A Empresa conta
com um complexo de onze usinas hidrelétricas e duas termelétricas, totalizando uma
potência de 9.910 MW, o que representa aproximadamente 10% da geração do país,
sendo 7.971 MW instalados em usinas próprias e 1.939 MW em parceria com a
iniciativa privada ou em Sociedade de Propósito Específico (SPE). Conta, ainda, com
19.277,5 km de linhas de transmissão e 46 subestações, garantindo o fornecimento de
energia elétrica em uma região onde estão situados 51% dos domicílios brasileiros e
que responde por 65% do PIB brasileiro.

Seu sistema de transmissão completa as principais regiões industrializadas do


país e interliga, dentre outras, as cidades do Rio de Janeiro, São Paulo, Belo
Horizonte e Brasília, constituindo-se na espinha dorsal de todo o sistema eletro-
energético da área em que opera.

FURNAS

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A USINA HIDRELÉTRICA LUIZ CARLOS BARRETO DE CARVALHO

É uma das cinco usinas de FURNAS com potência superior a 1.000 MW. Em
1962, foi dada a FURNAS a incumbência de concluir os estudos de viabilidade da
Usina de Estreito (antiga denominação). Sua construção foi iniciada em 1963,
coincidindo com o início da operação comercial da Usina de Furnas. Sua primeira
unidade foi colocada em operação em março de 1969, o que representou um marco
significativo, devido à participação substancial de fabricantes e empreiteiros brasileiros
e ao cumprimento rigoroso do cronograma inicial do empreendimento.

O reservatório de Luiz Carlos Barreto de Carvalho opera, normalmente, num nível


quase constante, graças à regularização proporcionada pela Usina de Furnas, a
montante. Na ocasião de sua conclusão, a Usina de Estreito se constituiu em um dos
mais baixos custos por kW instalado no mundo, em virtude da característica de seu
reservatório (fio d’água), o que propiciou gastos pequenos com as desapropriações.

Inaugurada em 1969, a Usina está localizada no município de Pedregulho, próximo à


cidade de Franca, em São Paulo, e possui seis turbinas, totalizando 1.050 MW de
capacidade total instalada, o suficiente para suprir a demanda de 20 cidades deste
porte.
LOCALIZAÇÃO

A Usina Hidrelétrica de Estreito está


localizada no médio Rio Grande, na divisa dos
Estados de Minas Gerais e São Paulo, no município
de Pedregulho. Em linha reta está 600 km a
noroeste do Rio de Janeiro, 400 km de São Paulo e
550 km a oeste de Belo Horizonte. A Usina de
Estreito depende para o seu funcionamento da
regularização de seu reservatório, da descarga do
Rio Grande regularizada pelas usinas situadas a
montante.
A disposição geral da obra pode ser descrita,
vista de montante, com uma barragem que contém
da direita para a esquerda o maciço direito da
barragem de terra, o muro de transição esquerdo da barragem de terra. Na jusante da
tomada d’água encontram-se a área de serviço e a casa de força. O pátio de manobra
está à margem direita à jusante da barragem, a cerca de 500 metros da área de
serviço por estrada asfaltada.

GERAÇÃO DE ENERGIA (USLB. O)

A capacidade instalada total na usina de Estreito é de aproximadamente 1050


MW. A usina tem seis unidades de aproximadamente 175 MW para geração de
energia. Os geradores são acionados por turbinas tipo Francis que tem capacidade
garantida de 175 MW, quando operando sob queda útil de 64 m.
A energia gerada em 13,8 kV é elevada para 345 kV, pôr seis bancos de
transformadores monofásicos elevadores de 13,8/345 kV, sendo transmitida para o
pátio de manobra de Estreito, onde é aplicada diretamente no sistema de 345 kV.
Portanto, concluo que a Usina de Estreito (USLB. O), pode ser considerada
uma hidrelétrica de grande importância, por causa da sua grande capacidade de
geração e da sua boa parcela de contribuição no sistema elétrico de nosso país.

RELATÓRIO FINAL DE ESTÁGIO 6


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DADOS TÉCNICOS DA USINA

Aqui estão de uma forma bem resumida alguns dados técnicos da Usina de Estreito.
Mais adiante, estarei detalhando todos os tópicos.

RELATÓRIO FINAL DE ESTÁGIO 7


MATHEUS BARBOSA RIBEIRO
BARRAGEM: VERTEDOURO:

Tipo: enrocamento com núcleo de argila Descarga Máxima: 13.000 m³/s


Altura máxima: 92 m Comportas:
Desenvolvimento no coroamento: 535 m Tipo - segmento
Largura no coroamento: 15,8 m Quantidade - 6
Elevação no coroamento: 629 m Dimensões:
Volume total: 4.290.000 m³ largura - 11,5 m
altura - 16,5 m
raio - 16 m
Fabricantes: ATB (Itália) e Badoni (Brasil)
RESERVATÓRIO:
CASA DE FORÇA:
Nível máximo de armazenamento: 622,5
Nível de máxima cheia: 626,64 Tipo: coberta
Nível mínimo de operação: 618,50 Dimensão: 177 m x 24,2 m
Área inundada: 46,7 km² Unidades geradoras:
Volume total: 1 418 bilhão m³ quantidade - 6
Volume útil: 0 178 bilhão m³ rotação: 112,5 RPM
potência nominal: 175 MW
Turbinas:
Tipo - Francis de eixo vertical
ESTRUTURA DE CONCRETO: Diâmetro do rotor - 5,8 m
TOMADA D’ÁGUA: Fabricante - Consórcio Voith (Brasil e
Alemanha)
Comportas: Tipo - vagão Geradores:
Quantidade - 6 Freqüência - 60 Hz
Altura d’água sobre a soleira - 19 m Tensão nos terminais: 13,8 kV
Dimensões: Largura - 6,8 m Fabricante - ASEA (Brasil e Suécia)
Altura - 10,8 m Transformadores: 20 (operação mais
Fabricantes: Riva Calzoni (Itália) e reserva)
Coemsa (Brasil) Tipo: monofásico
Capacidade total em operação - 1199,88
MVA
Relação de transformação: 13,8 / 345 kV
Fabricantes: Jeumont Schneider
(França), ACEC (Bélgica) e COEMSA
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BARRAGEM

São construídas, principalmente, para:


represar a água para captação e desvios, elevar
o nível da água para aproveitamento elétrico e
navegação, e regularizar as vazões e
amortecimento de ondas de enchentes. A
solução técnica para a escolha do tipo de
barragem depende do relevo, da geologia e do
clima do local.
Na Usina de Estreito a Barragem é
considerada uma barragem de enrocamento com
núcleo de argila. Esse tipo de barragem é aquele em que são utilizados blocos de
rocha de tamanho variável e uma membrana impermeável na face de montante.
A rocha de fundação que deve preencher a maior parte da barragem precisa ser
inalterada pelo intemperismo, não sendo facilmente desintegrada ou quebrada. As
rochas para essas barragens devem ter resistência ao intemperismo físico e químico.
Os blocos de rocha são colocados de modo a se obter o maior contato entre suas
superfícies e os vazios entre elas, que são preenchidos por material de menor
tamanho. Podemos notar na foto ao lado, a barragem de estreito, onde pude perceber
essas características
RESERVATÓRIO

A usina de Estreito é considerada uma


hidrelétrica à fio d’água. Esse tipo de usina tem
como característica um pequeno reservatório, que
opera praticamente em níveis de produção de
energia, não havendo armazenamento de água para
escoamento sazonal, como ocorre nas unidades que
operam com reservatórios de acumulação. Apesar
de ter uma área inundada de 46,70 km2 e
reservatório com um volume de 1,4 bilhão de m³,
somente cerca de 10% deste total constituem o
volume útil operacional.

TOMADA D’ÁGUA E CONDUTOS FORÇADOS

Numa usina a tomada d’água está situada ao lado


da nascente (montante), por onde a água inicia o percurso
até chegar às turbinas. São sempre munidas de comportas
para regulagem da vazão e de grelhas para impedir a
entrada de matérias sólidas.
Da tomada d’água descem, em rampa escavada na
rocha, até a casa de força, seis condutos forçados em
chapa de aço, em diâmetro interno de 8,2m, cada conduto
forçado se apóia na tomada d’água, em duas selas
intermediárias de concreto armado e junto da casa de força
em invólucro também de concreto armado.
Na tomada d’água a seção do conduto tem uma
forma retangular a montante, nas medidas de 6,60m de
largura por 10,18m de altura, passando gradativamente
para a forma circular até, que atinge a parte metálica no
diâmetro de 8,20m.

RELATÓRIO FINAL DE ESTÁGIO 9


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STOP LOG’S

Para fechar um conduto forçado são necessários


uns jogos de Stop log’s, que também podem ser
chamadas “comportas de manutenção”. O fechamento dos
condutos tem a finalidade de permitir a drenagem da
unidade para inspeção e manutenção. Os Stop log’s são
fabricados de chapas de aço, de construção soldada.
Os serviços de colocação, retirada e
armazenamento das comportas são executados pelo
semipórtico de 30 t, que percorre a plataforma dos tubos
de sucção em toda sua extensão, o semipórtico manobra
os stop log’s por meio da viga pescadora.
Durante o meu estágio pude acompanhar a
colocação e a retirada de Stop Log’s, achei muito
interessante a forma com que é feito isso, mais abaixo no
tópico “Atividades desenvolvidas”, tratarei da minha
experiência pessoal.

VERTEDOURO

O vertedouro com 6 blocos possui


uma extensão total de 170m. É uma estrutura
de concreto de gravidade, contendo na crista
6 vãos de 15m cada, equipados com
comportas de setor destinados ao controle da
descarga de vertedouro e guias para “stop
log’s”. Partindo do pé das ogivas, uma calha
revestida de concreto estende-se até a bacia
de dissipação, escavada na rocha e também
revestida de concreto. No bloco 10,
continuando nos blocos 1,2 e 3 da transição
esquerda, existem 3 compartimentos para armazenamento dos “stop log’s”.

CANAL DE FUGA E BACIA DE DISSIPAÇÃO

O canal de fuga é escavado em rocha,


sem revestimento, de modo a encaminhar as
descargas turbinadas ao canal natural do rio.
Na sua margem esquerda está colocado
em medidor de nível. Na sua margem direita há
um muro de contenção de enrolamento que se
estende por cerca de 20m.
A Bacia de Dissipação conduz a água
extravasada pelo vertedouro ao canal natural do
rio. É escavada em rocha e revestida em
concreto armado com muros de contenção nas
margens esquerda e direita.

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CASA DE FORÇA

A casa de força constitui-se de uma


estrutura de concreto onde estão as maquinas
geradoras, assim como elas, as turbinas, os
equipamentos
e os painéis controladores de funções da própria
máquina e de seus acessórios.
A casa de força é um local de trabalho
onde a maioria das atividades é desenvolvida,
até porque as oficinas mecânica e elétrica estão
localizadas nas extremidades da casa de força.

 Turbinas
A TB-74 da ABNT define as turbinas hidráulicas, como se segue:
“Máquina com a finalidade de transformar a
maior parte da energia de escoamento contínuo da
água que a atravessa em trabalho mecânico.
Consiste, basicamente, de um sistema fixo
hidráulico e de um sistema rotativo hidromecânico
destinados, respectivamente, à orientação da água
em escoamento e a transformação em trabalho
mecânico.” Em outras palavras, as turbinas
transformam em energia mecânica, a energia
cinética possuída pela água na entrada das turbinas,
e a torna disponível em um eixo, ao qual pertence o
gerador elétrico. As turbinas em geral são
constituídas de duas partes: distribuidor e rotor. Estas duas partes
assumem formas diversas, dependendo do princípio de funcionamento.
Na Usina de Estreito, é usada em todas as máquinas a turbina do
tipo Francis, é uma típica turbina de reação, pois recebe água sob pressão
na direção radial e descarrega numa direção axial, havendo transformação
tanto de energia cinética como de energia de pressão em trabalho.

 Geradores
Um gerador é definido como uma máquina
que transforma energia mecânica em energia
elétrica. O gerador de corrente alternada libera
corrente alternada diretamente ao circuito externo. O
gerador trifásico possui três enrolamentos de
armadura para liberar três correntes monofásicas
alternadas (~) defasadas num angulo de 120º uma
das outras.
Esses enrolamentos podem ser ligados em
triângulo ou estrela. A conexão triângulo é às vezes
usada para máquinas de baixa tensão e alta corrente,
mas a conexão estrela é mais usual, facilita a
proteção e propicia mais alta tensão na composição dos enrolamentos. As
unidades da USLB. O são mantidas pelos seguintes dados:
 6 unidades geradoras;
 Rotação: 112,5 RPM
 Potência nominal pôr gerador: 175 MW
 Turbinas Francis de eixo vertical
 Freqüência: 60 Hz

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 Transformadores
A ABNT (Associação Brasileira de
Normas Técnicas) define o transformador
como: Um dispositivo que por meio da indução
eletromagnética, transfere energia elétrica de
um ou mais circuitos (primário) para outro ou
outros circuitos (secundário), usando a mesma
freqüência, mas, geralmente, com tensões e
intensidades de correntes diferentes. Então, o
transformador é um conversor de energia
eletromagnética, cuja operação pode ser
explicada em termos do comportamento de um
circuito magnético excitado por uma corrente
alternada.
Os geradores de Estreito são conectados aos transformadores
elevadores de 13,8-345 kV por intermédio de barramentos blindados e
extremamente isolados por fase. Essa elevação é importante por causa
da grande perda na transmissão dessa energia.

SUBESTAÇÃO

Pode-se entender por Subestação a


parte da Usina agrupa os equipamentos,
condutores e acessórios destinados à
proteção, medição, manobra e
transformação de grandezas elétricas.
A Subestação de Estreito (USLB. O)
é denominada “Subestação Elevadora”,
pois eleva a tensão de saída do gerador de
13,8 para 345kV. Essa elevação se faz
necessária para que não haja perdas
durante a transmissão, já que existem
vários fatores que dificultam a “chegada” dessa tensão aos grandes centros, bem
como: Temperatura, distância e resistência específica do material do condutor.

LINHAS DE TRANSMISSÃO

Da usina de Estreito partem 6 linhas de transmissão


em 345 kV, sendo 2 ligadas entre usinas da mesma empresa
(Furnas e Mascarenhas de Moraes), 2 de empresas
diferentes (Volta Grande e Jaguara – Cemig) e 2 para
subestação de Poços de Caldas, cidade que geograficamente
está bem situada entre os centros Rio – São Paulo.

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ATIVIDADES DESENVOLVIDAS

Quero relatar também alguns acontecimentos que pude presenciar e também


algumas atividades que pude desenvolver com o apoio e coordenação dos técnicos da
Divisão de Manutenção Eletromecânica (DMEM. O) da Usina de Estreito. As
experiências foram descritas de modo muito resumido e de fácil compreensão, mas
ressalto que apesar da simples escrita, a experiência foi vivida de modo intenso e
serviu de sustentáculo para o meu enriquecimento profissional.
Bem no primeiro dia de nosso estágio, passamos por um breve período de
“treinamento”, onde tivemos a oportunidade de aprender várias coisas por meio de
conversas e palestras ministradas por profissionais especializados em vários temas,
como, por exemplo:
 Segurança do Trabalho
 Operação de Usinas
 Sistema Furnas

Visitamos várias áreas da empresa, Gilberto Moraes que é técnico em


Eletrotécnica e um dos supervisores técnicos da Operação foi quem nos mostrou toda
a usina. Além de nos mostrar, também nos ensinava e já nos alertava sobre os riscos
de cada lugar.
Visitamos a subestação da Usina Luiz Carlos Barreto de Carvalho. Tivemos
uma noção sobre cada dispositivo da subestação como os disjuntores, seccionadoras
e relés.
Fomos até a sala de controle e lá nos foi mostrado como são feitas as leituras
dos medidores dos painéis. Essas leituras são feitas a cada hora. Depois de feita
essas leituras, os dados são passados para o SPAD, um software que registra todas
as leituras feitas. Isso se faz necessário para que a empresa obtenha o lucro.
Bem, já no decorrer do estágio pude
experienciar várias situações das quais
consegui tirar muito proveito. Uma delas foi o
ensaio de comissionamento de painéis
alimentadores de cargas. Onde fazíamos
vários testes para averiguar suas
propriedades para que pudéssemos ver se
havia algum defeito antes que o painel fosse
colocado em operação. A foto ao lado
demonstra claramente nós estagiários
juntamente com o técnico Oswaldo
comissionando uma de várias gavetas de
alimentação e proteção de exaustores que serviam para comando de algumas
máquinas.
Tive também a oportunidade de ver os procedimentos para troca do óleo
isolante do transformador. Impressionei-me com a grande organização, visto que tudo
que é feito é embasado no manual técnico de campo. Aprendi que este manual técnico
de campo tem por objetivo padronizar os procedimentos e critérios para a limpeza e
secagem, no campo, de transformadores. Nesta troca de óleo pude acompanhar de
perto vários procedimentos assim como o teste de isolação do óleo do transformador.
Os técnicos tiram uma pequena amostra de óleo e a colocam em um aparelho onde
será aplicada uma alta tensão no óleo, se a resistência do óleo do transformador for
maior 80kV o óleo está em boas condições. Outro teste é o de “ponto de orvalho”,
onde o óleo é aquecido até uma alta temperatura fazendo com que as partículas de
água contida no óleo se evaporem e se condensem quando entram em contato com
um vidro. Os técnicos sabem que o óleo ta impuro quando essa quantidade de água

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for de 15ppm (partículas por milhão). Se caso o óleo estiver impróprio para o uso ele
passa novamente pelos procedimentos de purificação.
Acompanhamos a retirada dos filtros de onda na linha Estreito-Furnas
(Subestação). Os filtros de onda estavam um pouco depreciados pelas intempéries,
fazendo com que a comunicação entre as usinas ficasse um pouco prejudicada. Os
técnicos acharam melhor retirar de operação os filtros de onda para mais tarde
substituir por algum outro equipamento mais moderno.
Vi também a retirada do óleo do mancal guia da máquina 6. Vi também como
os técnicos executaram todos os procedimentos, como o fechamento das comportas
de manutenção (Stop Log’s). Tomaram todos os cuidados para que a retirada do óleo
não fizesse alteração nenhuma no estado verdadeiro do mesmo. Os técnicos estavam
suspeitando de que havia limalha de ferro no óleo, portanto estava mudando as suas
propriedades. Tiraram duas pequenas amostras para que fossem enviadas ao CTE
(Centro Técnico de Ensaios e Medições) de Furnas. O resultado saiu em poucas
semanas e a suspeita de limalha foi confirmada e sendo assim, tiveram que trocar a
bomba de óleo que estava liberando essas impurezas. Neste procedimento pude ver o
quanto é necessário estar sempre analisando o óleo e também outros componentes
das máquinas. Isto ajuda a empresa sempre ter maior eficiência e menos prejuízos.
Esta constatação de que o óleo estava impuro, implicou na troca da bomba de
óleo da máquina 6, isto fez com que ela fosse desativada. A ONS (Operador Nacional
do Sistema Elétrico) permitiu que a máquina ficasse parada somente 10 dias para
manutenção. Os técnicos viram que seria um bom tempo para poder fazer mais alguns
acertos não muito importantes, visto que o tempo permitia isso. Mas, ao terceiro dia, a
máquina 5 teve que ser tirada de operação porque ocorreu um problema com sua
excitatriz (tratarei mais tarde sobre isso), sendo assim, a ONS estabeleceu de que a
máquina 6 fosse reativada imediatamente, fazendo com que os técnicos adotassem
procedimentos de emergência. Isto tudo aconteceu no sábado, vários técnicos
inclusive de outras áreas foram convocados a ajudar na manutenção da máquina 6,
para rapidamente colocá-la em operação. Com essa experiência pude ver como os
funcionários de Furnas estão capacitados para realizar qualquer tipo de trabalho a
qualquer prazo.
Como já mencionei acima, a máquina 5 teve
de ser desativada emergencialmente, por causa do
dano à sua excitatriz. Isso ocorreu quando não
estávamos na Usina, aconteceu em um sábado.
Mas, logo na segunda, quando os técnicos da
mecânica foram fazer a manutenção pude
acompanhar de perto todos os procedimentos de
manutenção. O que precisamente aconteceu foi que
o anel coletor da excitatriz se deslocou 25 mm e
quebrou em vários pedaços. Essa experiência me
fez colocar em prática os conhecimentos adquiridos na matéria de máquinas elétricas,
pude relembrar alguns conceitos, como: o que é um anel coletor, escovas e geradores.
Pude ver com mais clareza o que é um anel coletor e os técnicos me explicaram de
uma forma bem prática que o anel consiste de um aro de cobre eletricamente
conectado às bobinas do enrolamento da armadura. Tem a função de conectar
eletricamente o rotor com o estator da excitatriz. Feita a manutenção, em poucos dias
a máquina 5 voltou a operar normalmente.
Outra experiência que tive, foi do teste de Megger nos pára-raios da linha
Estreito-Furnas, na subestação. Este teste foi executado de maneira muito cautelosa,
visto que na subestação necessita de um cuidado muito grande, pelo fato do lugar ser
muito perigoso. O teste de Megger foi feito para analisar se os pára-raios das 3 fases
que interligam as duas usinas funcionariam caso precisasse. Pude perceber o grande
cuidado que tem quando o assunto é segurança. Os técnicos sempre aterravam dos
dois lados a linha onde eles trabalharia, para que caso houvesse alguma descarga,

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eles não se acidentariam. Com este teste verificou que todos estavam operando
normalmente.

No mesmo dia na subestação, acompanhei a


retirada do suspiro o transformador de corrente (TC)
e a troca do óleo isolante. O suspiro teve de ser
retirado e encaminhado à oficina de manutenção
eletromecânica, por que estava vazando óleo por
ele. Então os técnicos resolveram desmontá-lo e
analisar o lugar do vazamento. Por nossa surpresa o
que estava ocasionando o vazamento era apenas
uma pequena borracha de vedação em um dos
parafusos. Rapidamente os técnicos trocaram o óleo isolante e trocaram a vedação.
Com isso o TC voltou a operar normalmente.
No decorrer do estágio, pude participar ativamente da lubrificação dos motores
que levantam as comportas do vertedouro. Vi o quanto é importante a lubrificação
destes motores. Usamos graxa azul própria para lubrificação, onde com algumas
bombas manuais fizemos a lubrificação, supervisionados pelos técnicos Antonio
Donizete e Reinaldo de Carvalho que nos explicou que era importantíssimo fazer a
lubrificação com freqüência por que as intempéries e o uso contínuo vão fazendo com
que a lubrificação fique prejudicada. O procedimento é feito sempre quando se sabe
que vai ter que usar os motores, mas não deixam de lado a necessidade de lubrificá-
los mesmo quando não vão usar, visto que é grande o risco de ter que ligá-los numa
emergência.
Queria relatar também a nossa visita a uma
das galerias de inspeção da Usina de Estreito. Onde
o técnico Reinaldo de Carvalho nos explicou as
várias funções desta galeria, uma delas seria para
medir a quantidade de infiltração que estaria
acontecendo na barragem. Também nos explicou
que Furnas cedia a galeria à Polícia Militar e aos
Bombeiros para ambos usarem como local de
treinamento.

Queria mencionar uma experiência que tive,


quando visitamos o caracol da máquina 5. Os
técnicos, aproveitando que a máquina 5 estava
parada para uma manutenção na excitatriz,
resolveram fazer uma análise nos canos que levam
o ar comprimido até as pás da turbina para diminuir
a cavitação. A cavitação que é um fenômeno que
consiste na formação de bolhas de vapor (vazios no
meio d’água) que ocorre no interior de sistemas
hidráulicos, causando a destruição das palhetas da
turbina fazendo com que seu rendimento fique
prejudicado. Sendo assim, os técnicos
inspecionaram os canos que levam o ar que
preenche essas bolhas. Fizeram alguns testes muito
simples e concluíram que estavam em perfeitas
condições.
Neste mesmo dia em que acompanhei a
inspeção no caracol, pude observar os
procedimentos de colocação e retirada das
comportas de manutenção, as chamadas “Stop Log’s”. Vi a importância do trabalho em
conjunto das divisões da empresa, tanto da Eletromecânica (DMEM. O) quanto da

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Operação (USLB. O). O procedimento de colocação e retirada da Stop Log é bastante


simples, mas requer muito cuidado. Quando a Operação dá a autorização logo os
técnicos da DMEM. O se mobilizam e por meio de um pórtico colocam o retiram a
comporta. No caso, eu vi a retirada da comporta de manutenção do canal de fuga. Os
técnicos colocam-na para evitam que a água volte para o caracol.
Infelizmente, numa dessas manobras de
retirada de Stop Log pude presenciar um
acidente que parou toda a Usina. O pórtico do
canal de fuga não suportando o peso, caiu
dentro d’água com o eletromecânico Donizete.
Isso aconteceu por falha em um dos dispositivos
de segurança do pórtico. Este dispositivo desliga
o pórtico quando precisa equalizar a pressão
externa com a pressão interna do caracol. Mas,
felizmente ninguém se machucou gravemente.
Isso me fez perceber como o pessoal de Furnas é preparado para lidar com situações
de emergência, porque logo que aconteceu o acidente todos trabalharam em conjunto
de uma maneira muito eficaz e rápida, fazendo com que a vida humana fosse
preservada.
E por fim, a última atividade que
realizamos foi uma visita à Usina Mascarenhas
de Moraes (Peixoto). Quem nos recebeu foi a
Operadora Wilma que nos orientou quanto às
particularidades desta usina. Fizemos uma breve
visita por toda a usina juntamente com os nossos
amigos que fazem estágio na mesma. Pude
perceber as características específicas de
Peixoto, apesar de ser uma usina hidrelétrica
com o mesmo funcionamento básico vi o quanto
é diferente da Usina de Estreito, assim como as turbinas que são diferentes entre elas,
os dois vertedouros, a estrutura física. Vi o processo de modernização já finalizado e
notei que está em boas condições a Usina. Gostei muito da visita, pois me abriu novos
horizontes de conhecimento, tive a oportunidade de sair de uma visão limitada de
usina e de funcionamento, aprendi várias outras particularidades e diferenças de cada
projeto.
Também pude participar e presenciar outras experiências que marcaram meu
estágio mas que julguei não muito importantes para relatar aqui. Vejo o quanto essas
experiências me ajudaram e me ensinaram.

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INSTRUMENTAL MANUSEADO

No decorrer do estágio pude manusear vários instrumentos de medição, assim


como também pude acompanhar os técnicos em medições, testes e inspeções que
necessitavam de algum aparelho de medição especifico. Aqui quero relatar alguns
destes instrumentos que tive contato.

 Alicate Amperímetro
 Amperímetro digital e analógico
 Cabos
 Doble
 Ducter
 Laptop
 Máquina de corrente
 Megger
 Multímetro digital
 Ponte de wheatstone
 TC padrão
 Voltímetro digital e analógico

DIFICULDADES ENFRENTADAS

Posso dizer que uma das dificuldades foi a minha inexperiência na parte
prática. Por que o curso me ofereceu um suporte na parte teórica, mas, não pude ver
de perto algumas teorias colocadas na prática. Cito por exemplo a disciplina de
Máquinas Elétricas, que durante o curso foi fundamentada somente na parte teórica,
mas que tem grande importância na prática. E quando me deparei com algumas
dessas máquinas que estudei, sequer pude extrair algum conhecimento, visto que não
tinha muita intimidade com a parte prática. Mas, com o tempo e a ajuda dos técnicos
fui me adaptando e aos poucos fui aprendendo mais.
Outra dificuldade que tive foi de não saber muitos termos técnicos e muitas
vezes ficava perdido quando ouvia algum técnico explicar algo. Mas, isso foi resolvido
de maneira simples. Os técnicos com sua disposição a ensinar me ajudaram muito em
relação a isso e pude aprender muito também.
Cito também as dificuldades que tive em manusear certos instrumentos de
medição e também a ler diagramas esquemáticos. Mas, não foi muito difícil, pois já
tinha uma base teórica que a Escola me proporcionou nas disciplinas de Medidas
Elétricas e Instalações Elétricas, principalmente as matérias do terceiro período.
Além dessas dificuldades técnicas, também tive algumas outras dificuldades no
lado pessoal, visto que não conhecia ninguém nem o lugar. Estava longe da família e a
dificuldade de viajar era grande. Mas, com o tempo fiquei bem à vontade, todos me
acolheram com fraternidade, me respeitaram bastante e ajudaram muito no meu
crescimento.
Apesar das dificuldades, vi que elas me ajudaram bastante no meu
crescimento como pessoa e profissional.

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AFINIDADES COM CONTEUDOS PRATICADOS EM SALA DE AULA

Durante esses 2 meses e meio de estágio pude colocar em prática muitos


conhecimentos que adquiri em sala de aula. Algumas disciplinas pude ver mais outras
menos. E uma dessas que vi mais, foi a disciplina de GTD (Geração, Distribuição e
Transmissão), onde todo o segundo bimestre foi visto como é o sistema de uma usina
hidrelétrica e foi onde despertou em mim esta vontade de trabalhar em uma. Pude ver
detalhadamente tudo o que foi mostrado e tirei muitas dúvidas que tinha que só pude
ver na prática.
Outra disciplina que pratiquei muito no estágio foi a de Máquinas Elétricas,
onde estudamos muito sobre motores e geradores trifásicos. No estágio me deparei
com várias máquinas trifásicas onde pude olhar de perto tudo o que era falado na
teoria dentro de sala.
Na parte de segurança pude relembrar os conhecimentos adquiridos na
disciplina de Higiene e Segurança no trabalho. Pude ver como é colocado na prática
os conceitos de Organização e Normas.
Na parte de instrumentos vi muito a matéria de Medidas Elétricas onde além
dos conhecimentos que já tinha aprendi vários outros e pude também ver muitos
outros instrumentos maiores e melhores do que vi e estudei no curso.
Em relação à eletrônica pude ver muito pouco, visto que existe uma divisão
especializada em manutenção de equipamentos eletrônicos, mas do pouco que vi
pude aprender também, vi as mudanças que estão acontecendo nesta modernização
onde tudo que é analógico está sendo trocado por equipamento eletrônico.
E não poderia deixar de citar a disciplina de Eletricidade Teórica, onde foi a
base de tudo que vi no estágio. Desde os conceitos mais simples até os mais
complexos pude ver de uma forma prática.
Bem, numa visão geral, pude ver grande parte do que estudei na escola.
Logicamente não vi tudo, mas tenho a plena certeza de que tudo o que coloquei na
prática foi de grande utilidade e me ajudou a aprender mais sobre aquilo que também
não vi.

SUGESTÕES

Queria sugerir à escola um maior incentivo na parte prática. Vi que muitos


conteúdos que a principio são difíceis são facilmente assimilados quando visto na
prática. A escola precisa investir mais em instrumentos mais modernos e salas de
aulas práticas mais bem equipadas.
Também queria propor uma menor cobrança em decorar formulas visto que
durante todo o meu estágio foram raras as vezes que vi os técnicos usando alguma
fórmula e quando usaram vi que todo calculo que precisa fazer existe nos manuais
técnicos da empresa.
E a última coisa que sugiro é um maior contato com o mercado de trabalho.
Deveria fazer mais visitas não somente em Usinas mais também em outras empresas,
assim como também palestras e outras semanas técnicas como tive no meu terceiro
período de curso.
Penso que essas três sugestões ajudariam muito a eficácia do ensino na nossa
escola fazendo com que os alunos saiam mais preparados para o mercado de
trabalho.

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ASPECTOS DE SEGURANÇA OBSERVADOS NO ESTÁGIO

No decorrer do estágio pude observar alguns aspectos de segurança na


empresa. Muitos desses aspectos já tinha estudado nas aulas de Higiene e Segurança
no Trabalho assim como:

 O uso de sapatos antiderrapantes e Isolantes.


 Em áreas baixas e na subestação, faz-se o
uso de capacete.
 Em áreas de grande ruído é usado protetor
auricular tipo inserção ou tipo concha.
 Em locais que possuem produtos químicos
utilizam-se luvas de borracha e avental.
 Escadas e tubulações baixas são sinalizadas
com faixas amarelas listradas de preto e as
escadas possuem tiras de lixa para evitar
quedas.
 O uso de óculos de proteção para trabalhos específicos.

Também pude acompanhar um pouco o trabalho da


CIPA (Comissão Interna de Prevenção de Acidentes), que
tem como objetivo observar e relatar condições de risco
nos ambientes de trabalho e solicitar medidas para reduzir
até eliminar os riscos e até mesmo orientar os demais
trabalhadores quanto à prevenção de acidentes. Pude
assimilar ainda mais o que aprendi nas aulas de HST
(Higiene e segurança no Trabalho).
Observei a existência de outros aspectos de
segurança mais específicos da Usina, que não foram vistos nas nossas aulas.
Assim como:

 Nenhum funcionário trabalha sozinho sempre deve estar acompanhado.


 Extintores são vistos em todas as áreas. (aproximadamente 700 extintores).
 Antes de realizar um trabalho é feito um comunicado à sala de controle para
informar onde este será feito e quem irá fazê-lo, com a autorização de um
supervisor da área de operação.
 Na subestação não se deve correr nem mesmo dar passos largos.

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ANÁLISE CRÍTICA DO ESTÁGIO

 Avaliação do Estágio

Analisando o meu estágio vi que serviu de grande ajuda no meu crescimento


profissional.
No campo profissional vi que foram excelentes todas as experiências que tive e
percebi que até mesmo as dificuldades serviram de degrau para o meu sucesso.
Vários conhecimentos ganhei, várias duvidas tirei. Apesar das normas do nosso
departamento não permitir que o estagiário execute funções como mão de obra, o que
dificulta muito o aprendizado, pude aprender um pouco apenas olhando e
acompanhando os técnicos aprendi não somente a eletrotécnica, mas também vi
muito a parte mecânica, pude aprender vários procedimentos específicos que não vi
no curso e com isso aprendi muito mais do que já tinha visto.
Em síntese, afirmo que aproveitei o máximo que podia dentro das minhas
condições de estagiário, sempre acompanhando e observando o dia-a-dia dos
técnicos.

 Avaliação sobre a duração do estágio

Em relação à duração do estágio, não vejo a necessidade de aumentar nem


diminuir o tempo. Percebi que o tempo de dois meses e meio é ideal para conhecer
muitas coisas sobre a usina.

 Novas Técnicas
No meu estágio não vi muitas técnicas diferentes das que aprendi no curso.
Acho também que o curso oferece técnicas bastante atualizadas apesar dos
equipamentos usados estarem um pouco ultrapassados. O que poderia dizer que
estava acontecendo de diferente na empresa é a modernização em todo o sistema de
gerenciamento de energia (SAGE), onde os controles analógicos passariam a ser
digitais. Outra coisa que vi, foi a mudança dos painéis, equipamentos e aparelhos de
medição onde a eletrônica está cada vez mais tomando espaço.

 Equipamentos e Ferramentas

Nas vezes que acompanhava os técnicos manuseei várias ferramentas e


equipamentos. Abaixo, uma pequena lista de ferramentas e equipamentos que tive
contato durante este estágio.

 Alicate de Corte
 Alicate Universal
 Bomba Manual
 Chave Combinada
 Chave de Boca
 Chave de Fenda
 Chave Inglesa
 Chave Philips
 Equipamentos de Proteção Individual
 Rádio de Comunicação
 Torquímetro

Teve outras ferramentas e equipamentos que também tive contato, mas preferi relatar
os mais usados para que ficasse de uma forma bem mais sucinta a escrita do
relatório.

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 Relacionamento no Estágio

Tenho certeza que deste estágio estou levando muitos aprendizados, não
apenas no campo técnico, mas também no campo pessoal. Pude crescer bastante nos
meus conceitos e na minha experiência de vida.
Aprendi até mesmo outros conceitos como a ética no trabalho, a maneira de
lidar com os outros colegas de trabalho, enfim, pude ver outras coisas que numa teoria
não tem como relatar.
No campo pessoal, também aprendi bastante. Morando longe de casa, tive o
apoio de pessoas que nunca esquecerei que foram meus amigos quando precisei.
Principalmente os outros estagiários, os técnicos e outras pessoas que conheci na vila
residencial. Todos me trataram com hospitalidade, com todo o cuidado, me ajudavam
em tudo que precisava fazer e me ensinaram bastante. Com esse estágio estou
levando muito conhecimento técnico, mas também levo muitas experiências pessoais
vividas, das quais me fizeram uma pessoa melhor.
Hoje olho para trás e vejo o quanto isso tudo valeu a pena, vi também o quanto
ganhei. Amigos, companheiros, colegas de trabalho, enfim todo esse estágio ficará
guardado na minha memória de uma maneira especial.
Por isso mesmo, só tenho a agradecer à aos técnicos, supervisores,
funcionários, estagiários e a todas as pessoas que de alguma forma tiveram contato
comigo e por isso de alguma forma fizeram parte da minha vida durante este estágio.

RELATÓRIO FINAL DE ESTÁGIO 21


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Jorge e
Fernando
ao fundo.

Guilherme,
Karen,
Matheus,
Ademilson.

 Condições do Estágio

A empresa me proporcionou um ambiente de trabalho muito favorável ao


aprendizado. Tive grande apoio da empresa nas minhas necessidades. O estágio foi
remunerado, também a empresa pagou os custos com a moradia, alimentação e
transporte.
Em síntese, a empresa me ajudou bastante tanto financeiramente como
profissionalmente, no qual sou muito grato à todos que fizeram parte do meu estágio e
que de alguma forma contribuiu para o meu aprendizado e crescimento profissional e
pessoal.

RELATÓRIO FINAL DE ESTÁGIO 22


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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

 História da Empresa p. 5
Furnas Centrais Elétricas S.A., Site Furnas: SUA HISTÓRIA: UM BREVE RELATO DA HISTÓRIA
DE FURNAS. Disponível em: http://www.furnas.com.br/institu_relato.asp. (s.d.)

 Usina Hidrelétrica Luiz Carlos Barreto de Carvalho p. 6


Furnas Centrais Elétricas S.A., Site Furnas: PARQUE GERADOR: USINA LUIZ CARLOS
BARRETO DE CARVALHO. Disponível em:
http://www.furnas.com.br/hotsites/sistemafurnas/usina_hidr_luizbarreto.asp. (s.d.)

 Barragem p. 8
Prof. M. Marangon, D. Sc: Tópicos em Geotecnia e Obras de Terra - Unidade 05 - BARRAGENS
DE TERRA E ENROCAMENTO. Disponível em:
http://www.nugeo.ufjf.br/notas_aula/togot_unid05.pdf. Desde: 2004

 Reservatório p.8
De Souza, Aluízio. Furnas Centrais Elétricas S.A., Site Furnas: HIDRELÉTRICA A FIO D’ÁGUA
SERÁ MODERNIZADA. Disponível em:
http://www.furnas.com.br/arqtrab/ddppg/revistaonline/linhadireta/RF317_capa.pdf. Desde:
Fevereiro de 2005.

 Turbinas p.10
De Souza, José. Site de compartilhamento “ebah! Eu compartilho”: TIPOS DE TURBINA.
Disponível em: http://www.ebah.com.br/tipos-de-turbina-ppt-a9938.html#. Desde 11/12/2008.

De Souza, Zulcy; Funchs, Rubens; Santos, Afonso (1983), Centrais, Hidro e Termelétricas. São
Paulo: Edgard Blüncher Ltda.

 Transformadores p.11
Celesc Distribuição S.A.: GLOSSÁRIO. Disponível em:
http://portal.celesc.com.br/portal/grandesclientes/index.php?
option=com_content&task=view&id=31&Itemid=54 (s.d.)

 Subestação p.11

Serafim, Prof. Dr. Emerson Silveira. Instituto Federal de educação, ciência e tecnologia:
TRANSFORMADORES ELÉTRICOS. Disponível em:
http://portal.celesc.com.br/portal/grandesclientes/index.php?
option=com_content&task=view&id=31&Itemid=54

 Atividades Desenvolvidas p.12 (Referente à Manual Técnico de Campo)


Furnas Centrais Elétricas S.A., Manutenção Eletromecânica (2001): MANUAL TÉCNICO DE
CAMPO – GR 02 - TRANSFORMADORES, REATORES E TRANSFORMADORES PARA
INSTRUMENTOS. (s.ed.)

 Atividades Desenvolvidas p. 13 (Referente à Anel Coletor)


Mussoi, Prof. Fernando. Site de compartilhamento “ebah! Eu compartilho”: ELETRICIDADE E
INSTALAÇÕES – MÁQUINAS ELÉTRICAS. Disponível em: http://www.ebah.com.br/eletricidade-
e-instalacoes-maquinas-eletricas-pdf-a13401.html#. Desde 04/05/2009.

 Atividades Desenvolvidas p.14 (Referente à Cavitação)


(s.a.) Site da USP São Carlos e EESC: CAVITAÇÃO. Disponível em:
http://www.shs.eesc.usp.br/graduacao/disciplinas/shs103/aula_cavitacao.pdf (s.d.)

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RELATÓRIO FINAL DE ESTÁGIO

DATA: 07/2009

_______________________________
Matheus Barbosa Ribeiro
(Estagiário)

_______________________________
Wellington Maniglia
(Supervisor do estágio)

_______________________________
Cosme Roberto Pereira
(Coordenador de Estágio da E.E. Furnas)

AVALIAÇÃO DO RELATÓRIO:

VÁLIDO NÃO VÁLIDO

REFAZER E ENTREGAR EM: ____/____/____

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