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Árvore genealógica gigante revela novos segredos da

história da humanidade
Pesquisadores unificaram milhões de perfis públicos de uma página
de genealogia colaborativa
BRUNO MARTÍN

3 MAR 2018 - 18:38 BRT

A maior árvore genealógica analisada reúne 13 milhões de pessoas. RICCARDO BRESCIANI

Pesquisadores de várias instituições norte-americanas e


MAIS INFORMAÇÕES
israelenses aproveitaram dados publicados na Internet por
Portal Forebears
 mostra 11 milhões de entusiastas de genealogia para traçar a relação de parentesco
sobrenomes pelo de 13 milhões de pessoas em uma única árvore genealógica. A
mundo
documentação dessa grande família abarca uma média de 11
As inquietantes gerações e seu estudo, publicado na revista Science, revelou
perguntas que a
inteligência dos
novos detalhes sobre a influência da cultura ocidental sobre a
neandertais nos diversificação genética das populações humanas. A equipe de
desperta
pesquisa, que reúne geneticistas e cientistas da computação,
Um britânico negro também analisou a árvore para estimar a base hereditária da
de 10.000 anos atrás longevidade, que calculou em cerca de 16%.

Os dados provêm do site de genealogia colaborativa Geni.com, em que cada


usuário completa sua árvore familiar, com a opção de integrar árvores de outros
usuários que tenham parentes em comum. Os autores do estudo usaram a teoria
de diagramas para limpar e classificar dados de 86 milhões de perfis públicos, na
tentativa de fundir todas as famílias disponíveis. Além disso, validaram os
resultados usando dados de DNA disponíveis para algumas genealogias. “Pela
primeira vez é possível fazer história da população de maneira ampla graças às
genealogias coletadas na Internet”, diz Jaume Bertranpetit, cientista do Instituto
de Biologia Evolutiva (UPF-CSIC), que não participou do estudo. “De fato,
acreditávamos que o caso da Islândia, onde isso já foi feito, fosse único; agora
vemos que pode ser muito mais geral”, acrescenta.

A análise obteve 5,3 milhões de árvores desconectadas; a maior delas une 13


milhões de pessoas, um pouco mais do que a atual população da Bélgica. “Toda a
humanidade faz parte da mesma família”, diz o autor do estudo, Yaniv Elrich,
geneticista e cientista da computação da Universidade Columbia (EUA), que
também é diretor científico da MyHeritage, empresa dona do Geni.com. “De
acordo com a teoria matemática, se cada pessoa pudesse projetar 75 gerações,
completaríamos a árvore genealógica da humanidade, que conectaria todo o
mundo: de um aborígene na Austrália, passando por uma pessoa europeia ou
africana, até um esquimó no Alasca”, explica Elrich. “E 75 gerações não é tanto,
são cerca de 2.000 anos; não estou falando sobre voltar à pré-história”,
esclarece.

Migrações por motivo de casamento


Cerca de 85% dos perfis do Geni.com pertencem a usuários da Europa e dos EUA.
Usando
  o local e a data de nascimento de cada pessoa, os autores criaram um
mapa interativo que reflete fielmente os últimos 500 anos de história no
Ocidente. Antes de 1750, a maioria dos cidadãos encontrava seu parceiro dentro
de um raio de 10 quilômetros do lugar de nascimento, mas dois séculos depois os
cidadãos costumavam se casar com pessoas nascidas a mais de 100 quilômetros
de distância. Além disso, as mulheres se deslocavam com mais frequência do que
os homens, provavelmente devido às oportunidades de trabalho para eles em
empresas familiares, embora os homens que viajavam o faziam para mais longe.

O gráfico “segue quase milimetricamente a expansão do império inglês”, observa


o geneticista populacional da Universidade de Witwatersrand (África do Sul)
Francisco Ceballos, que não participou do estudo. “Poderíamos contar outra
história completamente diferente se tivesse sido [um estudo com mais usuários]
na Espanha ou no mundo latino”, diz o biólogo. De acordo com Elrich, a causa
desse viés é que o Geni.com tem muitos usuários de língua inglesa que têm raízes
no Reino Unido, que também foi um dos primeiros países a adotar um sistema de
sobrenomes que facilita a genealogia.

Visualização computadorizada de uma das árvores genealógicas de 6.000 pessoas, que abarca sete
  gerações. Os pontos verdes são indivíduos e os vermelhos são casais. UNIVERSIDAD DE COLUMBIA

Entre 1820 e 1875, a chegada do transporte público de massa por trem aumentou
a distância que as pessoas viajavam para encontrar um parceiro.
Surpreendentemente, isso não reduziu a consanguinidade dos casamentos, que
continuaram sendo entre parentes próximos até pelo menos 1850. Os autores
sugerem que as mudanças nas normas sociais, e não o aumento da mobilidade,
levaram à diversificação genética da população ocidental.

Os genes da vida longa


A equipe também aplicou a técnica centenária de comparar uma qualidade, no
caso a longevidade, entre familiares de parentesco diferente – de irmãos a primos
distantes – para avaliar a contribuição da herança biológica para essa
característica. “O campo da genética humana se baseia na análise de árvores
genealógicas: assim começou essa disciplina, antes mesmo de conhecer o DNA”,
explica Elrich.

O modelo computacional que os pesquisadores criaram analisou os dados de três


milhões de parentes nascidos entre 1600 e 1910 que viveram mais de 30 anos
(excluindo gêmeos e vítimas de guerras ou desastres naturais). Os pesquisadores
descobriram que a genética explica aproximadamente 16% da variabilidade
observada na longevidade: o número está nos valores mais baixos do nível
estimado por outros estudos, entre 15% e 30%. De acordo com esses resultados,
os autores apontam que a loteria genética nos melhores casos só pode prolongar
a vida em torno de cinco anos em média, enquanto as decisões pessoais como
fumar podem reduzir a expectativa de vida em 10 anos.

A mesma análise indica que os genes que determinam a longevidade atuam


provavelmente de forma independente e aditiva. Algumas teorias propuseram
que vários genes devem atuar em conjunto para aumentar a expectativa de vida
e, portanto, somente quando são herdados juntos seu efeito é observado. Esse
fenômeno é chamado de epistasia, mas os autores não encontraram evidências
de que ocorra para a longevidade; se fosse assim, deveriam ter observado uma
correlação exponencial entre a data da morte e o parentesco, mas a proporção é
direta, linear.

GENEALOGIA COM DNA


Os sites de genealogia colaborativa como o MyHeritage e Ancestry.com
revolucionaram uma disciplina que até agora se baseava na busca de arquivos
físicos com limitações geográficas e necessidade de digitalização. Além disso,
existe agora a possibilidade de integrar sequências pessoais de DNA para refinar a
busca de antepassados. A empresa de testes genéticos comerciais mais conhecida,
a 23andMe, oferece um teste para encontrar raízes familiares. O MyHeritage
oferece seu próprio serviço e a possibilidade de integrar dados genéticos de outros
provedores. Outras opções são o AncestryDNA, que permite que você se entre em
contato com parentes próximos ou, para procurar raízes históricas e pré-históricas,
o teste da National Geographic.

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