Bem, a Não Qualidade é verificada através do registro das Não Conformidades (RNC),
que ocorrem quando algo sai errado. Mas aí geralmente temos quantidades (de peças, de
defeitos, etc…) ou situações (RNC de sistema, como um procedimento não cumprido). É
muito comum que não utilizemos valores nas RNC, mas essa é justamente a idéia. O
primeiro passo para avaliar a Não Qualidade é definir o valor de cada RNC criada. Esse
valor é obtido considerando-se Refugo, Sucata, Retrabalho, Serviços não planejados,
Manutenção Corretiva, etc… É o valor gasto para corrigir o problema ou o valor perdido
com ele ou as duas coisas.
Mas esse valor sozinho não diz muita coisa. É importante compará-
lo com algo consistente, como o valor de faturamento no mesmo
período, a produção em kg, etc…
Essa comparação lhe dá um indicador de quanto representam as falhas no seu universo
financeiro, ou seja, a não qualidade. E quando mexemos no bolso é que vemos o real
tamanho do problema, certo?
Phillip Crosby, um dos maiores gurus da Qualidade, sempre defendeu a valorização dos
indicadores de qualidade como uma forma mais coerente de apresentar tanto os
resultados obtidos com a qualidade como com a falta dela.
ISO9001
Para peças devolvidas, acrescente o valor de frete, caso seja custeado por sua
empresa, o que normalmente ocorre em casos de devolução.
Cada modelo de peça tem um custo específico. Vamos supor que num
determinado período houve a perda de uma peça que custava R$ 800,00, num
outro período perdeu-se uma peça com valor de R$ 500,00. Evidentemente o
custo da não qualidade no primeiro caso foi maior que no segundo, mesmo
havendo a perda de uma peça em cada caso. Por isso, é comum considerar o
faturamento em Kg e a perda também em Kg, para lidarmos com uma unidade
comum a todos os casos, se desejamos trabalhar com uma estatística baseada
em unidades. Já para uma análise financeira o exemplo anterior é o adequado,
com tudo convertido em valores.