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UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ


OBSERVAÇÃO: O TEXTO É ADAPTADO DO LIVRO:
BRONSON. R. Moderna introdução às equações diferenciais. tradução de Alfredo Alves de Farias, revisão
técnica Roberto Romano. São Paulo: McGraw-Hill do Brasil, 1977.

A TRANSFORMADA DE LAPLACE
Muitos problemas práticos de engenharia envolvem sistemas mecânicos ou elétricos
atuados por agentes descontínuos ou impulsivos. Com estes problemas os métodos já estudados
são, muitas vezes, de aplicação inconveniente. Um outro método, particularmente bem
apropriado a estes problemas, embora tenha utilidade muito mais geral, está baseado na
transformada de Laplace. Em transformada de Laplace vamos descrever a operação deste
importante método, acentuando problemas típicos que aparecem na engenharia.

1 – INTEGRAIS IMPRÓPRIAS.

Se g(x) é definida para a ≤ x < ∞, a sendo uma constante, então a integral imprópria

∫ g(x).dx é definida por:


a
∞ R

∫ g(x).dx = lim ∫ g(x).dx


a
R →∞
a
(01)

se o limite existe. Quando o limite existe diz-se que a integral imprópria converge; caso
contrário, diz-se a integral imprópria diverge.

Exemplos:
∞ 1
1) Determine se a integral ∫ dx converge.
2
2 x

Resolução:

R 1 R
⎛ 1⎞ ⎛ 1 1⎞ 1
Como lim ∫ 2 dx = lim ⎜ − ⎟ = lim ⎜ − + ⎟ = , a integral imprópria converge
R →∞ 2 x R →∞ ⎝ x ⎠ 2 R →∞ ⎝ R 2 ⎠ 2
1
para o valor .
2

∞1
2) Determine se a integral ∫ dx converge.
9 x

Resolução:

R1
Como lim ∫ dx = lim ln x
R
9
= lim ( ln R − ln 9 ) = ∞ , a integral imprópria diverge.
R →∞ 9 x R →∞ R →∞

2
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3) Determine os valores de s para os quais a integral imprópria ∫ e− sx dx converge.
0

Resolução:

Para s = 0 ,

∞ ∞ R
− sx − (0) x dx lim R
∫ e dx = ∫ e = ∫ (1)dx = lim x 0 = lim R=∞
0 0 R →∞ 0 R →∞ R →∞

Logo, a integral imprópria diverge. Para s ≠ 0,


∞ R x= R
− sx − sx ⎡ 1 − sx ⎤ ⎛ 1 − sR 1 ⎞
∫ e dx = lim ∫ e dx = lim ⎢⎣ − s e ⎥⎦ = lim ⎜− e + ⎟
0 R →∞ 0 R →∞ x=0 R →∞ ⎝ s s⎠

Quando s < 0, − sR > 0; logo, o limite é ∞ e a integral diverge. Quando s > 0, − sR < 0; logo,
o limite é 1/ s e a integral converge.

2 – DEFINIÇÃO DA TRANSFORMADA DE LAPLACE

Seja f ( x) definida em 0 ≤ x < ∞ e seja s uma variável real arbitrária. A Transformada


de Laplace de f(x), designada por L { f ( x)} ou F(s), é:


L { f ( x)} = F ( s) = ∫ e− sx f ( x) dx (02)
0
para todos os valores de s que tornem convergente a integral.

Ao calcular a integral em (02), a variável s é considerada como constante, pois a


integração é em relação a x. Nos exemplos seguintes calculam-se as transformadas de Laplace de
várias funções elementares.

Exemplos:

1) Determine a transformada de Laplace de f ( x) ≡ 1 .


Resolução:
Aplicando a definição

F ( s ) = L { f ( x)} = ∫ e− sx f ( x)dx , temos:
0
∞ *1
F ( s) = L{1} = ∫ e− sx (1)dx =
0 s
para s > 0 .

* Usando os resultados obtidos no exemplo 3 da seção anterior.

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2) Determine a transformada de Laplace de f ( x) = x 2 .

Resolução:
Aplicando a definição e duas vezes a integração por partes, obtemos:
∞ R
F ( s) = L{x 2 } = ∫ e− sx x 2 dx = lim 2 − sx
∫ x e dx =
0 R →∞ 0
x= R
⎡ x 2 − sx 2 x − sx 2 − sx ⎤ ⎛ R 2 − sR 2 R − sR 2 − sR 2 ⎞
= lim ⎢ − e − 2 e − 3 e ⎥ = lim ⎜ − e − 2 e − 3e + 3⎟
R →∞ R →∞
⎣ s s s ⎦ x =0 ⎝ s s s s ⎠
⎛ R2 ⎞
Para o caso, s < 0 , lim ⎜ − e − sR ⎟ = ∞ , e a integral imprópria diverge.
R →∞
⎝ s ⎠
Já para o caso, s > 0 , o uso reiterado da regra de L’Hospital indica que

⎛ R 2 − sR ⎞ ⎛ R2 ⎞ ⎛ 2R ⎞ ⎛ 2 ⎞
lim ⎜ − e ⎟ = lim ⎜ − sR ⎟ = lim ⎜ − 2 sR ⎟ = lim ⎜ − 3 sR ⎟ = 0 e
R →∞
⎝ s ⎠ R →∞
⎝ se ⎠ R →∞
⎝ se ⎠ R →∞
⎝ se ⎠

⎛ 2 R − sR ⎞ ⎛ 2R ⎞ ⎛ 2 ⎞
lim ⎜ − e ⎟ = lim ⎜ − sR ⎟ = Rlim ⎜ − 2 sR ⎟=0
R →∞
⎝ s ⎠ R →∞ ⎝ se ⎠ →∞ ⎝ s e ⎠

⎛ 2 ⎞ 2
Outrossim, lim ⎜ − 3 e− sR ⎟ = 0 , diretamente; logo, a integral converge a F ( s ) = 3 .
R →∞
⎝ s ⎠ s

Por outro lado, o caso especial s = 0 , temos

∞ ∞ R R3
− sx 2 − (0) x x 2 dx = lim 2
∫ e x dx = ∫ e ∫ x dx = lim =∞
0 0 R →∞ 0 R →∞ 3

Finalmente, combinando todos os casos, obtemos L { x 2 } =


2
, s >0.
s3

3) Determine L {e ax } .

Resolução:
Aplicando a definição, obtemos:

{ }
R
F ( s ) = L eax = ∫ e− sx eax dx = lim ∫ e
( a − s ) x dx
0 R →∞ 0
x= R
⎡ e( a − s ) x ⎤ ⎡ e( a − s ) R − 1⎤ 1
= lim ⎢ ⎥ = lim ⎢ ⎥ = , para s > a .
R →∞
⎣ a − s ⎦ x =0 R →∞ ⎣ a − s ⎦ s − a

Note-se que quando s ≤ a , a integral imprópria diverge.

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4) Determine L {sen ax} .

Resolução:
Aplicando a definição e integrando por partes duas vezes, obtemos:
∞ R
F ( s) = L {ln ax} = ∫ e− sx sen axdx = lim − sx
∫ e sen axdx
0 R →∞ 0
x= R
⎡ se − sx sen ax ae − sx cos ax ⎤
= lim ⎢ − −
R →∞
⎣ s2 + a 2 s 2 + a 2 ⎥⎦ x = 0
⎡ se − sR sen aR ae − sR cos aR a ⎤ a
= lim ⎢ − − + 2 ⎥ = 2 , para s > 0 .
R →∞
⎣ s +a
2 2
s +a
2 2
s + a ⎦ s + a2
2

⎧−1 se x ≤ 4
5) Determine L { f ( x)} se f ( x) = ⎨
⎩ 1 se x > 4

Resolução:
∞ 4 ∞
F ( s ) = L { f ( x)} = ∫ e − sx f ( x)dx = ∫ e− sx (−1)dx + ∫ e− sx (1)dx
0 0 4
− sx x = 4 −4 x
⎛ 1 ⎞
R
e e 1 1
∫e
− sx
= + lim dx = − + lim ⎜ − e − Rs + e −4 s ⎟
s x =0
R →∞
4
s s R →∞
⎝ s s ⎠
2e −4 s 1
= − , para s > 0
s s

Obs: Para solucionar as transformadas simplificando nosso trabalho, devemos utilizar a tabela
abaixo:

Tábua de Transformadas
f ( x) F ( x) = L { f ( x )}
01. 1 1
(s > 0)
s
02. x 1
(s > 0)
s2
03. x n −1 (n = 1, 2,3,..) (n − 1)!
(s > 0)
sn
04. x −
3
1
π .s 2 (s > 0)
2
05. 1 −
1
x π .s 2 (s > 0)
n −1 / 2
06. x (n = 1,2,3...) (1).(3).(5)...(2n − 1) π −n −1 / 2
.s (s > 0)
2n

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07. eax 1
(s > a)
s−a
08. sen ax a
(s > 0)
s + a2
2
09. cos ax s
(s > 0)
s2 + a 2
10. senh ax a
(s > a )
s − a2
2
11. cosh ax s
(s > a )
s − a2
2
12. x.sen ax 2as
(s > 0)
(s 2 + a 2 ) 2
13. x.cos ax s2 − a 2
(s > 0)
(s 2 + a 2 ) 2
14. x n −1.eax (n = 1,2,....) (n − 1)!
(s > a)
(s − a ) n
15. ebx .sen ax a
(s > b)
(s − b) 2 + a 2
16. ebx . cos ax s−b
(s > b)
(s − b) 2 + a 2
17. sen ax − ax.cos ax 2a 3
(s > 0)
(s 2 + a 2 ) 2

Nem todas as funções admitem transformada de Laplace. Dão se a seguir as condições a


serem impostas a f ( x) para assegurar a convergência da integral imprópria

L { f ( x)} = F ( s ) = ∫ e − sx f ( x).dx .
0

Definição: Uma função f ( x) se diz de ordem exponencial α se existem constantes α , M e x0


tais que e −α x f ( x) ≤ M para todo x ≥ x0 .

Exemplos:

1) Prove que f ( x) = x 2 é de ordem exponencial α para todo α > 0 .

Aplicando a regra de L’Hospital, obtemos:


x2 2x 2
lim e −α x x 2 = lim α x = lim α x = lim 2 α x = 0
x →∞ x →∞ e x →∞ α e x →∞ α e

Escolhamos M = 1 (Qualquer outro número positivo também serve). Então, como


lim e −α x
x 2 = 0 , segue-se que existe um x0 tal que e −α x x 2 ≤ 1 = M para x ≥ x0 .
x →∞

2) Prove que f ( x) = sen ax é de ordem exponencial α para todo α ≥ 0 .

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Notemos que sen ax ≤ 1 e que lim e −α x = 0 para α > 0 . Então, escolhendo Aplicando
x →∞

M = 1 , segue-se que existe um a regra de L’Hospital, obtemos:


x2 2x 2
lim e −α x x 2 = lim α x = lim α x = lim 2 α x = 0
x →∞ x →∞ e x →∞ α e x →∞ α e

Escolhamos M = 1 (Qualquer outro número positivo também serve). Então, como


lim e −α x
x 2 = 0 , segue-se que existe x0 tal que e−α x ≤ M para x ≥ x0 . Para α = 0, e −α x = M .
x →∞

e −α x sen ax ≤ e −α x ≤ M , se x ≥ x0 .

Definição: Uma função f ( x) é contínua por partes em um intervalo aberto a < x < b se:
(1) f ( x) é continua para todo ponto de a < x < b com possível exceção de, no máximo, um
número finito de pontos x1 , x2 , x3 ,..., xn , e
(2) nesses pontos de descontinuidade, existem os limites de f ( x) , à direita e à esquerda
(respectivamente lim+ f ( x) e lim− f ( x) ) onde ( j = 1, 2, 3,..., n) .
x→ x j x→ x j

Note-se que uma função contínua é contínua por partes.

Definição: Uma função f ( x) é contínua por partes em um intervalo fechado a ≤ x ≤ b se:


(1) é continua por partes no correspondente intervalo aberto,
(2) existe o limite f ( x) à direita de x = a , e
(3) existe limite de f ( x) à esquerda de x = b .

Teorema: Se f ( x) é contínua por partes em um intervalo finito, fechado 0 ≤ x ≤ b , b > 0 , e se


f ( x) é de ordem exponencial α , então a transformada de Laplace de f ( x) existe para s > α .

Exemplos:

⎧ x2 + 1 x≥0
1) Determine se f ( x) = ⎨ é contínua por partes em [ −1,1] .
⎩1/ x x<0

A função dada é contínua em todo o intervalo [ −1,1] , exceto em x = 0 . Portanto, se


existem os limites à direita e à esquerda em x = 0 , f ( x) será parcialmente contínua em [ −1,1] .
Temos:
1
lim+ f ( x) = lim+ ( x 2 + 1) = 1 lim− f ( x) = lim−
= −∞
x →0 x →0 x →0 x →0 x

Como o limite à esquerda não existe, f ( x) não é contínua por partes em [ −1,1] .

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⎧ sen π x x >1
⎪ 0 ≤ x ≤1
⎪0
2) Determine se f ( x) = ⎨ x é contínua por partes em [ −2,5] .
⎪e − 1<x < 0
⎪ x3 x ≤ −1

A função dada é contínua em [ −2,5] , exceto nos dois pontos x1 = 0 e x2 = −1 . (Note-se que
f ( x) é contínua em x = 1 . Nos dos pontos de descontinuidade, encontramos:
lim+ f ( x) = lim+ 0 = 0 lim− f ( x) = lim− e x = e0 = 1
x→0 x →0 x →0 x →0
e
lim+ f ( x) = lim +e = e −1 lim f ( x) = lim −x = −1
x 3

x →−1 x →−1 x →−1− x →−1

Como todos os limite necessários existem, f ( x) é contínua por partes em [ −2,5] .

Lista de Exercícios Propostos para a Revisão dos Conceitos

1) Determine se as seguintes integrais impróprias convergem:


∞ ∞
a) ∫ x −1/ 2dx Resposta: diverge b) ∫ x −3/ 2 dx Resposta: Converge
1 5

2) Determine valores de s (se houver) para os quais as seguintes integrais impróprias são
convergentes:
∞ ∞
a) ∫ e sx dx Resposta: s < 0 b) ∫ xe− sx dx Resposta: s > 0
0 0

3) Utilizando a definição, determine a transformada de Laplace das funções abaixo e compare


com a tábua de transformadas:
a) f ( x) = c , c é uma constante b) f ( x) = x
c) f ( x) = cos bx d) f ( x) = x3
e) f ( x) = x.eα x

4) Determine L{ f ( x)} ,
⎧1 0 ≤ x ≤1
⎧x 0≤ x≤2 ⎪
a) f ( x) = ⎨ b ) f ( x ) = ⎨e x 1< x ≤ 4
⎩2 x>2 ⎪0
⎩ x>4
1 − e −2 x 1 − e −2 s e − ( s −1) − e −4( s −1)
Resposta: a ) F ( s ) = b) F ( s ) = +
s2 s s −1

5) Prove que f ( x) = e 4 x é de ordem exponencial α para todo α ≥ 4 .

6) Prove que f ( x) = cos 7 x é de ordem exponencial α para todo α ≥ 0 .

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7) Determine se as seguintes funções são contínuas por partes em [ −1,5] :

⎧ x2 x≥2
⎪ ⎪⎧1/( x − 2) x>2
2

a) f ( x) = ⎨4 0< x<2 b) f ( x) = ⎨ 2
⎪x ⎪⎩5 x x≤2
⎩ x≤0

1 1
c) f ( x) = d) f ( x) =
( x − 2) 2 ( x + 2) 2
Resposta: a) sim, b) não, lim+ f ( x ) = ∞ , c) não, lim− f ( x ) = ∞ , d) sim, f ( x) é contínua em [ −1,5] .
x→2 x→2

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PROPRIEDADES DA TRANSFORMADA DE LAPLACE


Os seis teoremas que seguem, além de outros aspectos, são úteis para o cálculo de transformadas
de Laplace. Para simplificar os enunciados, formulamos a seguinte definição:

Definição: f ( x) ∈ E α se:
(1) f(x) é definido para todo 0 ≤ x < ∞ ;
(2) é contínua por partes em todo intervalo fechado 0 ≤ x ≤ b, b > 0; e
(3) f(x) é de ordem exponencial α

Em outras palavras, estamos considerando funções que satisfazem às hipóteses do teorema


seguinte:

Teorema: Se f ( x) é contínua por partes em um intervalo finito, fechado 0 ≤ x ≤ b , b > 0 , e se


f ( x) é de ordem exponencial α , então a transformada de Laplace de f ( x) existe para s > α . E
que, além disso, são bem definidas em seus pontos de descontinuidade. Decorre do Teorema
enunciado anteriormente que, se f ( x) ∈ Eα , então F ( s) = L{ f ( x)} existe para s > α .

Teorema 01: (Linearidade). Se f1 ( x) ∈ Eα e f 2 ( x) ∈ Eα então para duas constantes quaisquer


c1 e c2 , c1 f1 ( x) + c2 f 2 ( x) ∈ Eα e L{c1 f1 ( x) + c2 f 2 ( x)} = c1L{ f1 ( x)} + c2L{ f 2 ( x)} .

Exemplos:
1) Determine F ( s ) se f ( x) = 3 + 2 x 2 .
Solução:
Utilizando o teorema 1 (linearidade) e a tabua de transformadas de Laplace, temos:
⎛1⎞ ⎛ 2 ⎞ 3 4
F(s) = ℒ{ 3 +2x2 } = 3 ℒ{1} + 2 ℒ{x2} = 3⎜ ⎟ + 2⎜⎜ ⎟⎟ = +
⎝ s ⎠ ⎝ s3 ⎠ s s 3

2) Determine F ( s) se f ( x) = 2sen x + 3cos 2 x .


Solução:
Utilizando o teorema 1 (linearidade) e a tabua de transformadas de Laplace, temos:
F(s) = ℒ{ 2 sen x + 3 cos 2x} = 2ℒ{ sen x} + 3ℒ{cos 2x} =
1 s 2 3s
2 +3 = +
s2 + 1 s2 + 4 s2 + 1 s2 + 4

3) Determine F ( s ) e f ( x) = 2 x 2 − 3 x + 4 .
Solução:
Aplicando reiteradamente o teorema 1, obtemos:
⎛ 2 ⎞ ⎛ 1 ⎞ ⎛1⎞ 4 3 4
F ( s ) =L{ 2 x 2 − 3x + 4} = 2L{x 2 } − 3L{x} + 4L{1} = 2 ⎜ 3 ⎟ − 3 ⎜ 2 ⎟ + 4 ⎜ ⎟ = 3 − 2 +
⎝s ⎠ ⎝s ⎠ ⎝s⎠ s s s

Teorema 02: Se f ( x) ∈ Eα , então, para qualquer constante a,


L{e ax f ( x)} = F ( s − a ) ( s > α + a)

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Exemplos:

1) Determine L{e −2 x sen 5 x}

Solução: Há duas maneiras de resolver este problema.

a) Aplicando diretamente a equação que define a transformada de Laplace:



L { f ( x)} = F ( s ) = ∫ e− sx f ( x) dx ,
0
Obtemos:

{
L e−2 x ⋅ sen 5 x = } 5
( s + 2)2 + 25
Observação: ver Tábua de transformadas, item 15.

b) Aplicando o Teorema 2 com a = −2 e f ( x) = sen 5 x , temos:

5
F ( s ) = L { f ( x)} = L{sen 5 x} =
s 2 + 25
5
L{e −2 x ⋅ sen 5x} = F ( s + 2) = ( s > α + a)
( s + 2) 2 + 25
2) Determine L{e − x x cos 2 x} .
Solução:

Seja f ( x) = x cos 2 x . Pela tábua de transformada, item 13, temos:


s2 − 4
F (s) = 2
( s + 4) 2
Então, pelo Teorema 2, com a = −1 ,
( s + 1) 2 − 4
L{e − x x cos 2x} = F ( s + 1) =
[( s + 1) 2 + 4]2

Teorema 03: Se f ( x) ∈ Eα , então, para qualquer inteiro positivo n ,


dn
L{x n f ( x)} = (−1) n [ F ( s )]
ds n
Nos casos particulares n = 1 e n = 2 , se reduz a:
L{x ⋅ f ( x)} = − F '( s )
L{x 2 ⋅ f ( x)} = F "( s)
Exemplos:
1) Determine L{xe 4 x }
Solução: Este problema pode ser resolvido de três maneiras diferentes:

a) Aplicando diretamente a equação que define a transformada de Laplace:



L { f ( x)} = F ( s ) = ∫ e− sx f ( x) dx ,
0

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Obtemos:

{ }
L xe 4 x =
1
( s − 4)2
Observação: ver Tábua de transformadas, item 14.
b) Aplicando o Teorema 2 com a = 4 e f ( x) = x , temos:
1
F ( s ) = L{ f ( x )} = L( x ) =
s2
1
L{e 4 x ⋅ x} = F ( s − 4) = ( s > α + a)
( s − 4) 2
c) Aplicando o Teorema 3, aqui com f ( x) = e 4 x e n = 1 , obtemos:
1
F ( s ) = L { f ( x )} = L{e 4 x } =
s−4
d ⎛ 1 ⎞ 1
L{x ⋅ e 4 x } = − F '( s ) = − ⎜ ⎟=
ds ⎝ s − 4 ⎠ ( s − 4) 2

2) Determine L{x ⋅ cos ax}


Solução: Tomando f ( x) = cos ax , temos, pela Tábua de transformadas de Laplace
s
F ( s ) = L { f ( x)} =
s2 + a2
Aplicando o Teorema 3, obtemos
d ⎛ s ⎞ s2 − a2
L{x cos ax} = − ⎜ 2 ⎟=
ds ⎝ s + a 2 ⎠
( s2 + a2 )
2

o que está de acordo com o item 13 da Tábua de transformadas de Laplace.

3) Determine L{x 7 / 2 } .
Solução:
Definamos f ( x) ≡ x . Então x 7 / 2 = x3 x = x3 f ( x) e, pela Tábua de Transformada de Laplace,
item 4,
3 d ⎛1 ⎞ 105
3
L{x x } = (−1)
3
3 ⎜
π s −3/ 2 ⎟ = π s −9 / 2
ds ⎝ 2 ⎠ 16

o que concorda com a Tábua de transformada de Laplace, item 6, para n = 4.

f ( x)
Teorema 04: Se f ( x) ∈ Eα e se lim+ existe, então:
x →0 x

⎧ 1 ⎫
L ⎨ f ( x) ⎬ =
⎩ x ⎭
∫ F (t )dt
s

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Exemplo:
⎧ sen 3x ⎫
1) Determine L ⎨ ⎬
⎩ x ⎭
Solução:

Tomando f ( x) = sen 3x , obtemos, pela tábua de transformada de Laplace,

3 3
F ( s) = ou F (t ) = 2
s +9
2
t +9
Aplicando então o Teorema 4, obtemos:
⎧ sen 3x ⎫ ∞ 3 3
⎬ = ∫s 2 dt = Rlim ∫
R
L⎨ dt
⎩ x ⎭ t +9 →∞ s t +9
2

s⎞ π
R
t ⎛ R s
= lim arc tg = lim ⎜ arc tg − arc tg ⎟ = − arc tg
R →∞ 3 s R →∞ ⎝ 3 3⎠ 2 3

Teorema 05: Se f ( x) ∈ Eα , então


⎧ x
⎫ 1
L⎨

∫ f (t ).dt ⎬⎭ = s F (s)
0

Exemplo:
1) Determine L {∫ sen 2tdt}
x

Tomando f (t ) = sen 2t , temos, pela tábua de transformada de Laplace, que


F (t ) = 2 / ( t + 4 ) ou F ( s ) = 2 /( s + 4) e, então, do Teorema 5, temos:
2 2

L { ∫ sen 2tdt } = 1s ⎝⎛⎜ s 2+ 4 ⎠⎞⎟ = s(s 2+ 4)


x

0 2 2

Teorema 06: Se f ( x) é periódica com período ω, isto é, se f ( x + ω ) = f ( x) , então


ω

L{ f ( x)} =
∫ 0
e − sx f ( x).dx
1 − e −ω s
Exemplos:
1) Prove que se f ( x + ω ) = − f ( x) , então
ω

L{ f ( x)} =
∫ 0
e − sx f ( x).dx
(1)
1 − e −ω s
Como
f ( x + 2ω ) = f [( x + ω ) + ω )] = − f ( x + ω ) = −[ f ( x)] = f ( x)
f ( x) é periódica de período 2ω . Então, aplicando o Teorema 6 com ω substituído por 2ω ,
temos:
2ω ω 2ω

L{ f ( x)} =
∫ 0
e − sx f ( x).dx
=
∫ 0
e − sx f ( x).dx + ∫ e − sx f ( x)dx
ω
−2ω s −2ω s
1− e 1− e
Substituindo y = x − ω na segunda integral, vem:
2ω ω ω ω
∫ω e − sx f ( x ) dx = ∫ e − s ( y +ω ) f ( y + ω ).dy = e −ω s ∫ e − sy [− f ( y )]dy = −e −ω s ∫ e − sy f ( y ) dy
0 0 0

13
OBSERVAÇÃO: O TEXTO É ADAPTADO DO LIVRO:
BRONSON. R. Moderna introdução às equações diferenciais. tradução de Alfredo Alves de Farias, revisão
técnica Roberto Romano. São Paulo: McGraw-Hill do Brasil, 1977.

A última integral, após a mudança de variável muda para x , é igual a


ω
−e −ω s ∫ e − sx f ( x) dx
0
Assim,
ω ω ω
(1 − e −ω s ) ∫ e − sx f ( x)dx (1 − e −ω s ) ∫ e − sx f ( x)dx ∫ e − sx f ( x)dx
L{ f ( x)} = 0
= 0
= 0

1 − e −2ω s (1 − e −ω s
)(1 + e −ω s ) (1 + e −ω s )

2) Determine L{ f ( x)} para a onda quadrada da figura abaixo.

Solução:

Este problema pode ser resolvido de duas maneiras diferentes:

a) Notando que f ( x) é periódica de período ω = 2 , e que em 0 < x ≤ 2 pode ser definida


analiticamente por:
⎧ 1 0 < x ≤1
f ( x) = ⎨
⎩ −1 1< x ≤ 2
vem, pelo Teorema 6,
2

L{ f ( x)} =
∫ 0
e − sx f ( x)dx
1 − e −2 s

2 1 2 1 1
Como ∫
0
e − sx f ( x) dx = ∫ e − sx (1) dx + ∫ e − sx (−1) dx = (e −2 s − 2e − s + 1) = (e − s − 1) 2
0 1 s s

Decorre que:
(e − s − 1) 2 (1 − e − s ) 2 1 − e− s
F ( s) = = = =
s (1 − e −2 s ) s (1 − e − s )(1 + e − s ) s (1 + e − s )

⎡ es / 2 ⎤ ⎡ 1 − e− s ⎤ e s / 2 − e− s / 2 1 s
= ⎢ s/2 ⎥ ⎢ −s ⎥
= −s / 2
= tanh
⎣ e ⎦ ⎣ s (1 + e ) ⎦ s (e + e ) s
s/2
2

b) A onda quadrada f ( x) também satisfaz à equação f ( x + 1) = − f ( x) . Assim, aplicando (1) do


exemplo 1 do Teorema 6 com ω = 1 , obtemos:

(1/ s ) (1 − e− s )
1 1
∫e ∫e
− sx − sx
f ( x)dx (1)dx 1 s
L{ f ( x)} = 0
−s
= 0
−s
= −s
= tg
1− e 1− e 1+ e s 2

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OBSERVAÇÃO: O TEXTO É ADAPTADO DO LIVRO:
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técnica Roberto Romano. São Paulo: McGraw-Hill do Brasil, 1977.

3) Determine a transformada de Laplace da função cujo gráfico é o da figura seguinte:

Solução: Note que f ( x) é periódica de período ω = 2π , e que em 0 ≤ x < 2π pode ser definida
analiticamente por:
⎧x 0≤ x ≤π
f ( x) = ⎨
⎩2π − x π < x < 2π

Pelo Teorema 6, temos:


L{ f ( x)} =
∫ 0
e − sx f ( x).dx
1 − e −2π s

2π π 2π 1 −2 π s 1
Como ∫0
e − sx f ( x).dx = ∫ e − sx xdx + ∫ e − sx (2π − x) dx =
0 π s 2
(e − 2e −π s + 1) = 2 (e−π s − 1) 2
s

(1/ s 2 )(e −π s − 1) 2 (1/ s 2 )(e −π s − 1) 2 1 ⎛ 1 − e −π s ⎞ 1 πs


Decorre que L{ f ( x)} = −2π s
= −π s −π s
= 2 ⎜ −π s ⎟
= 2 tanh
1− e (1 − e )(1 + e ) s ⎝ 1 + e ⎠ s 2

⎧ x1 ⎫
4) Determine L ⎨e 4 x x ∫ e−4t sen 3tdt ⎬ .
⎩ 0 t

Solução:

Aplicando o Teorema 2 com a = −4 no resultado do exemplo 1, do Teorema 4, obtemos:

⎧1 ⎫ π s+4
L ⎨ e −4 x sen 3x ⎬ = − arc tg
⎩x ⎭ 2 3

Segue-se então do Teorema 5 que

⎧ x1 ⎫ π 1 s+4
L ⎨ ∫ e −4t sen 3tdt ⎬ = − arc tg
⎩ 0 t
⎭ 2s s 3
e do Teorema 3, temos:

⎧ x1 ⎫ π 1 s+4 3
L ⎨ x ∫ e −4t sen 3tdt ⎬ = 2 − 2 arc tg +
⎩ 0t ⎭ 2s s 3 s[9 + ( s + 4) 2 ]

Finalmente, aplicando o Teorema 2 com a = 4 , concluímos que a transformada procurada é:

π 1 s 3
− arc tg +
2( s − 4) 2
( s − 4) 2
3 ( s − 4)( s 2 + 9)

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técnica Roberto Romano. São Paulo: McGraw-Hill do Brasil, 1977.

LISTA DE EXERCÍCIOS PROPOSTOS PARA A REVISÃO DOS CONCEITOS

1) Determine a transformada de Laplace das seguintes funções:


a) x3 + 3cos 2 x 6
Resposta: 4 + 2
3s
s s +4
−x
b) 5e + 7e
2x
Resposta:
5
+
7
s − 2 s +1
2
c) 2 x cos x 4 s ( s 2 − 3)
Resposta: 2
( s + 1)3
d) 2 x 2 e − x cos x 4( s + 1)[( s + 1) 2 − 3]
Resposta:
[( s + 1) 2 + 1]3
e) x 2 sen 4x 8(3s 2 − 16)
Resposta: 2
( s + 16)3
f) xe 2 x 1
Resposta: π ( s − 2) −3/ 2
2
x
g) ∫ t sen t dt Resposta: 2
2
0
( s + 1) 2
x
h) ∫ e 3t cos t dt 1 ⎡ s −3 ⎤
Resposta: ⎢
s ⎣ ( s − 3) 2 + 1 ⎥⎦
0

i) f ( x) na figura seguinte: j) f ( x) na figura seguinte:

1 1 − e − s − se −2 s
Resposta: Resposta:
s (1 + e − s ) s 2 (1 − e −2 s )

l) f ( x) na figura seguinte:

( s + 1)e −2 s + s − 1
Resposta:
s 2 (1 − e −2 s )

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BRONSON. R. Moderna introdução às equações diferenciais. tradução de Alfredo Alves de Farias, revisão
técnica Roberto Romano. São Paulo: McGraw-Hill do Brasil, 1977.

TRANSFORMADAS INVERSAS DE LAPLACE

Definição: Uma transformada inversa de Laplace de uma função F (s) , designada por
ℒ-1 {F ( s)} , é outra função f (x) que goza da propriedade ℒ { f ( x)} = F ( s ) .

Exemplos:
1 1
1) Se F ( s ) = , então ℒ-1 {F ( s )} = 1 , pois ℒ {1} = .
s s
1 1
2) Se F ( s ) = 2 , então ℒ-1 {F ( s)} = sen x , pois ℒ {sen x} = 2 .
s +1 s +1
⎧ 2s ⎫
3) Determine ℒ−1 ⎨ 2 2⎬
.
⎩ ( s + 1) ⎭
2s
Solução: Pela tábua das transformada de Laplace, item 12, com a = 1 , ℒ {x ⋅ sen x} = ,
( s + 1) 2
2

⎧ 2s ⎫
portanto: ℒ−1 ⎨ 2 2⎬
= x ⋅ sen x.
⎩ ( s + 1) ⎭
Teorema 1: (Teorema de Unicidade) Se ℒ { f ( x)} ≡ℒ {g ( x)} e se f (x) e g (x) são ambas
contínuas em 0 ≤ x < ∞, então f ( x) ≡ g ( x) .

Uma dada função F (s) pode ter várias, uma só ou nenhuma transformada inversa de Laplace. O
Teorema 1, entretanto, garante que se F (s) tem uma transformada inversa de Laplace contínua,
f (x) , então f (x) é a única transformada inversa, contínua, de F (s) . Daqui por diante,
convencionaremos que ℒ-1 {F ( s )} representará essa única transformada inversa contínua,
quando existe.

Teorema 2: (Linearidade) Se as transformadas inversas de Laplace de duas funções F1 ( s ) e


F2 ( s ) existem, então, para quaisquer constantes c1 e c2 .

ℒ-1 {c1 ⋅ F1 ( s ) + c2 ⋅ F2 ( s )} = c1 ⋅ ℒ-1 {F1 ( s )} + c2 ⋅ ℒ-1 {F2 ( s )}


Exemplo:
⎧ 1 ⎫
1) Determine ℒ−1 ⎨ ⎬
⎩ s⎭
⎧ 1 ⎫ π
Solução: Pela Tábua das transformadas de Laplace, item 5, ℒ⎨ ⎬ = ; logo
⎩ x⎭ s
⎧ π⎫ 1
ℒ−1 ⎨ ⎬= . Aplicando então o Teorema 2 (linearidade), obtemos:
⎩ s⎭ x

⎧ 1 ⎫ π −1 ⎧ 1 ⎫ 1 ⎧ π⎫ 1 1
ℒ−1 ⎨ ⎬= ⋅ℒ ⎨ ⎬= ⋅ ℒ−1 ⎨ ⎬= ⋅
⎩ s⎭ π ⎩ s⎭ π ⎩ s ⎭ π x

Os dois métodos abaixo, juntamente com o Teorema anterior, são úteis para o cálculo de
transformadas inversas.

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OBSERVAÇÃO: O TEXTO A SEGUIR É ADAPTADO DO LIVRO:
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técnica Roberto Romano. São Paulo: McGraw-Hill do Brasil, 1977.

• MÉTODO DO COMPLEMENTO DO QUADRADO

Todo polinômio quadrático em s pode ser posto sob a forma a ⋅ ( s + k ) 2 + h 2 .

Em particular,
⎛ 2 b ⎞ ⎡ 2 b ⎛ b ⎞ ⎤ ⎡ ⎛ b ⎞ ⎤
2 2

as + bs + c = a ⋅ ⎜ s + ⋅ s ⎟ + c = a ⋅ ⎢ s + ⋅ s + ⎜ ⎟ ⎥ + ⎢c − ⎜ ⎟ ⎥ =
2

⎝ a ⎠ ⎣⎢ a ⎝ 2a ⎠ ⎦⎥ ⎣⎢ ⎝ 2a ⎠ ⎦⎥
b ⎞ ⎛ b2 ⎞
2

= a ⋅ ⎜ s + ⎟ + ⎜⎜ c − 2 ⎟⎟ = a ⋅ ( s + k ) 2 + h 2
⎝ 2a ⎠ ⎝ 4a ⎠
b b2
onde: k = e h= c− 2
2a 4a

Exemplos:

⎧ 1 ⎫
1) Determine ℒ−1 ⎨ 2 ⎬.
⎩ s − 2s + 9 ⎭
Solução: Na tábua das transformadas de Laplace não consta nenhuma função com esta forma.
Entretanto, completando o quadrado, obtemos:
s 2 − 2 s + 9 = ( s 2 − 2 s + 1) + (9 − 1) = ( s − 1) 2 + ( 8)2

logo,
1 1 ⎛ 1 ⎞ 8
= =⎜ ⎟
s − 2 s + 9 ( s − 1) 2 +
2
( 8) 2
⎝ 8 ⎠ ( s − 1) 2 + ( 8) 2

Aplicando, então, o teorema 2 (linearidade) a tábua das transformadas de Laplace, item 15, com
a = 8 e b = 1, encontramos:
⎧⎪ 1 ⎫⎪ ⎛ 1 ⎞ x
⎧ 1 ⎫ 1 ⎨ 2⎬
=⎜ ⎟ ⋅ e ⋅ sen 8 x
( )
−1
ℒ ⎨ 2 ⎬= ⋅ ℒ−1
⎩ s − 2 s + 9 ⎭ 8 ⎪⎩ ( s − 1) 2 + 8 ⎪⎭ ⎝ 8 ⎠

⎧ s+4 ⎫
2) Determine ℒ−1 ⎨ 2 ⎬.
⎩ s + 4s + 8 ⎭
Solução: Na tábua das transformadas de Laplace não consta nenhuma função com esta forma.
Completando, entretanto, o quadrado no denominador, temos:
s 2 + 4s + 8 = ( s 2 + 4s + 4) + (8 − 4) = ( s + 2) 2 + 2 2
Esta última expressão também não consta da Tábua das transformadas de Laplace. Mas,
escrevendo o numerador como s + 4 = ( s + 2) + 2 e decompondo a fração, temos:
s+4 s+2 2
= +
s + 4 s + 8 ( s + 2) + 2
2 2 2
( s + 2) 2 + 2 2
Então, pelos itens 15 e 16 da Tábua das transformadas de Laplace, obtemos:

⎧ s+4 ⎫ −1 ⎧ s+2 ⎫ ⎧ 2 ⎫ −2 x
ℒ−1 ⎨ 2 ⎬= ℒ ⎨ 2⎬
+ ℒ−1 ⎨ 2⎬
= e ⋅ cos 2 x + e −2 x ⋅ sen 2 x
⎩ s + 4s + 8 ⎭ ⎩ ( s + 2) + 2 ⎭ ⎩ ( s + 2) + 2 ⎭
2 2

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técnica Roberto Romano. São Paulo: McGraw-Hill do Brasil, 1977.

• MÉTODO DAS FRAÇÕES PARCIAIS

Toda função da forma a ( s ) / b( s ) , onde tanto a(s) como b(s) são polinômios em s, pode ser
escrita como soma de frações tais que o denominador de cada uma é um polinômio do primeiro
grau ou do segundo grau, elevado a certa potência. O método exige apenas que:

- O grau de a(s) seja inferior ao grau de a(s) (se tal condição não se verificar, devemos
primeiro dividir o numerador pelo denominador e considerar, para efeito de decomposição,
apenas o termo que contém o resto);

- b(s ) seja fatorável em um produto de polinômios do primeiro e/ou do segundo grau,


distintos, elevados a diversas potências.

O método se desenvolve como segue. A cada fator de b(s) da forma ( s − a) m , corresponde uma
soma de m frações da forma:

A1 A2 Am
+ + ... +
s − a ( s − a) 2
( s − a) m

( ) p
A cada fator de b(s) da forma s 2 + bs + c , corresponde uma soma de p frações, da forma:

B1 ⋅ s + C1 B2 ⋅ s + C 2 Bp ⋅ s + C p
+ + . . . +
(
s 2 + bs + c s 2 + bs + c 2 ) (
s 2 + bs + c
p
)
Aqui, Ai , B j e Ck (i = 1, 2, ..., m; j , k = 1, 2, ..., p) são constantes a determinar.

Em seguida, iguala-se a fração a ( s ) / b( s ) à soma de frações obtida como acima. Eliminado


denominadores e identificando coeficientes de potências iguais de s, chegaremos a um conjunto
de equações lineares nas incógnitas Ai , B j e Ck . Resolvido esse sistema, estão determinados os
coeficientes.

Exemplos:
⎧ 1 ⎫
1) Utilize o método das frações parciais para decompor ⎨ ⎬.
⎩ ( s + 1) ⋅ ( s + 1) ⎭
2

Solução: Ao fator linear ( s + 1), associamos a fração A /( s + 1); e ao fator quadrático ( s 2 + 1),
associamos a fração ( Bs + C ) /( s 2 + 1). Escrevemos então:
1 A Bs + C
≡ + 2 (I)
( s + 1) ⋅ ( s + 1) s + 1 s + 1
2

Eliminando denominadores, obtemos:

1 ≡ A ⋅ ( s 2 + 1) + ( B ⋅ s + C ) ⋅ ( s + 1) (II)
ou
s 2 ⋅ 0 + s ⋅ 0 + 1 ≡ s 2 ⋅ ( A + B) + s ⋅ ( B + C ) + ( A + C )

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⎧A + B = 0

Identificando coeficientes de iguais potências de s, concluímos que: ⎨ B + C = 0
⎪A + C =1

A solução desse sistema de equações lineares é: A = 1 / 2, B = −1 / 2 e C = 1 / 2 .

Levando esses valores em (I), obtemos a decomposição em frações parciais:


1 1 2 −1 2 s + 1 2 1 1 1 s 1 1
= + = ⋅ − ⋅ 2 + ⋅ 2
( s + 1) ⋅ ( s + 1) s + 1
2
s +1
2
2 s + 1 2 ( s + 1) 2 ( s + 1)

Um método alternativo: Tem-se também o seguinte processo alternativo para determinar as


constantes A, B e C, em (I). Como (II) deve valer para todo s, deve valer, em particular, para
s = −1 . Levando este valor em (II), encontramos imediatamente A = 1/ 2 . A expressão (II) deve
valer também para s = 0 . Levando este valor, juntamente com A = 1 / 2 em (II), obtemos
C = 1/ 2 . Finalmente, fazendo s igual a qualquer outro valor em (II), determinamos B = −1 / 2.

⎧ 1 ⎫
2) Determine ℒ−1 ⎨ ⎬.
⎩ ( s + 1) ⋅ ( s + 1) ⎭
2

Solução: Na tábua das transformadas de Laplace não consta nenhuma função com esta forma.
Utilizando os resultados do exemplo anterior e o teorema 2 (linearidade), obtemos:

⎧ ⎫ 1 ⎧ 1 ⎫ 1
ℒ−1 ⎨
1
⎬ = ⋅ ℒ−1
⎨ ⎬ − ⋅ ℒ−1 ⎧⎨ 2 s ⎫⎬ + 1 ⋅ ℒ−1 ⎧⎨ 21 ⎫⎬ .
⎩ ( s + 1) ⋅ ( s + 1) ⎭ 2
2
⎩ s + 1⎭ 2 ⎩ s + 1⎭ 2 ⎩ s +1⎭
Portanto,
⎧ 1 ⎫ 1 −x 1 1
ℒ−1 ⎨ ⎬ = ⋅ e − ⋅ cos x + ⋅ sen x
⎩ ( s + 1) ⋅ ( s + 1) ⎭ 2
2
2 2

⎧ s+3 ⎫
4) Utilize o método das frações parciais para decompor ⎨ ⎬.
⎩ ( s − 2) ⋅ ( s + 1) ⎭
Solução: Aos fatores lineares ( s − 2) e ( s + 1), associamos, respectivamente, as frações A /( s − 2)
e B /( s + 1). Escrevemos então:
s+3 A B
≡ + (I)
( s − 2) ⋅ ( s + 1) s − 2 s + 1

Eliminando denominadores, obtemos:

s + 3 ≡ A ⋅ ( s + 1) + B ⋅ ( s − 2) (II)

Para a determinação de A e B, utilizaremos o processo alternativo sugerido no exemplo 1.


Fazendo s = −1 e em seguida s = 2 em (II), obtemos imediatamente A = 5 / 3 e B = −2 / 3.

Assim,
s+3 53 23 5 1 2 1
≡ − ≡ ⋅ − ⋅
( s − 2) ⋅ ( s + 1) s − 2 s + 1 3 s − 2 3 s + 1

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⎧ s+3 ⎫
4) Determine ℒ−1 ⎨ ⎬.
⎩ ( s − 2) ⋅ ( s + 1) ⎭

Solução: Na tábua das transformadas de Laplace não consta nenhuma função com esta forma.
Utilizando os resultados do exemplo anterior e o teorema 2 (linearidade), obtemos:

⎧ s+3 ⎫ 5 −1 ⎧ 1 ⎫ 2 −1 ⎧ 1 ⎫ 5 2 x 2 − x
ℒ−1 ⎨ ⎬= ⋅ℒ ⎨ ⎬− ⋅ℒ ⎨ ⎬ = ⋅e − ⋅e
⎩ ( s − 2) ⋅ ( s + 1) ⎭ 3 ⎩s − 2⎭ 3 ⎩ s + 1⎭ 3 3

⎧ 1 ⎫
5) Determine ℒ−1 ⎨ ⎬.
⎩ s ⋅ ( s + 4) ⎭
2

Solução: Na tábua das transformadas de Laplace não consta nenhuma função com esta forma.
Utilizando o método das frações parciais, obtemos:

1 A B ⋅ s + C A ⋅ ( s 2 + 4) + ( B ⋅ s + C ) ⋅ s
≡ + 2 ≡ ( I)
s ⋅ ( s 2 + 4) s s +4 s ⋅ ( s 2 + 4)

Eliminando os denominadores, temos:

1 ≡ A ⋅ ( s 2 + 4) + ( B ⋅ s + C ) ⋅ s ou 0 ⋅ s 2 + 0 ⋅ s + 1 ≡ ( A + B) ⋅ s 2 + C ⋅ s + 4 A (II)

Identificando coeficientes de iguais potências de s, concluímos que:

⎧A + B = 0
⎪ 1 1
⎨C = 0 ⇒ A = ,C = 0 e B = −
⎪4 A = 1 4 4

Assim, usando este resultado em conjunto com o teorema 2 (linearidade), obtemos:

⎧ 1 ⎫ 1 −1 ⎧ 1 ⎫ 1 −1 ⎧ s ⎫ 1 1 1 1
ℒ−1 ⎨ ⎬ = ⋅ℒ ⎨ ⎬ − ⋅ℒ ⎨ 2 ⎬ = ⋅1 − ⋅ cos 2 x = − ⋅ cos 2 x
⎩ s ⋅ ( s + 4) ⎭ 4 ⎩s⎭ 4 ⎩s + 4⎭ 4
2
4 4 4

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técnica Roberto Romano. São Paulo: McGraw-Hill do Brasil, 1977.

LISTA DE EXERCÍCIOS PROPOSTOS PARA A REVISÃO DOS CONCEITOS


1) Utilizando a tábua das transformadas de Laplace, determine a transformada inversa de:
1 1 1
a) Resposta: e −2 x b) 2 Resposta: sen 2 x
s+2 s +4 2
2 2 2x
c) Resposta: e ⋅ sen 3 x
( s − 2) 2 + 9 3
s 1 −x
d) Resposta: e − x ⋅ cos 5 x − ⋅ e ⋅ sen 5 x
( s + 1) + 5
2
5
2s + 1 3 x
e) Resposta: 2e x ⋅ cos 7 x + ⋅ e ⋅ sen 7 x
( s − 1) + 7
2
7
1 1 1
f) Resposta: sen x
2s + 1
2
2 2
2) Completando o quadrado, determine a transformada inversa de Laplace de:
1 s+3
a) 2 Resposta: e x ⋅ sen x b) 2 Resposta: e − x ⋅ cos 2 x + e − x ⋅ sen 2 x
s − 2s + 2 s + 2s + 5
s 1
c) 2 Resposta: e (1 / 2 ) x ⋅ cos 2 x + ⋅ e (1 / 2 ) x ⋅ sen 2 x
s − s + 17 / 4 4
s +1 11 1 11
d) 2 Resposta: e −(3 / 2) x ⋅ cos x− ⋅ e −( 3 / 2 ) x ⋅ sen x
s + 3s + 5 2 11 2
3) Utilize o método das frações parciais para decompor:
2s 2 1 s +1 1 1/ 2 − 1/ 2
a) Resposta: + 2 b) 2 Resposta: +
( s − 1) ⋅ ( s + 1)
2
s −1 s + 1 s −1 s −1 s + 1
2 s −1 1
c) 2 Resposta: 2 + +
( s + 1) ⋅ ( s − 1) 2
s + 1 s − 1 ( s − 1) 2
4) Determine as transformadas inversas de Laplace das funções do exercício anterior.
1 1
Respostas: a) e x + cos x + sen x b) e x − e − x c) cos x − e x + x ⋅ e x
2 2
5) Determine as transformadas inversas de Laplace de:
2 s − 13
a) Resposta: − 1 + e 2 x ⋅ cos 3x
s ⋅ ( s − 4 s + 13)
2

2 ⋅ ( s − 1) 3 2 (1 / 2) x 3
b) Resposta: 2e (1 / 2 ) x ⋅ cos x− ⋅e ⋅ sen x
s2 − s +1 2 3 2
s 1
c) 2 Resposta: x ⋅ sen 3 x (ver Tábua, item 12)
( s + 9) 2 6
1 1/ 2
d) =
2 ⋅ ( s − 1) ⋅ ( s − s − 1) ( s − 1) ⋅ ( s 2 − s − 1)
2

1 1 5 1 5
Resposta: − e x + e (1 / 2) x cosh x+ ⋅ e (1 / 2 ) x ⋅ senh x
2 2 2 2 5 2
s (1 / 2) ⋅ s 1 1 1
e) 2 = 2 Resposta: e − x ⋅ cos x − e − x ⋅ sen x
2s + 4s + 5 / 2 s + 2s + 5 / 4 2 2 2

Observação: Não foram digitados os problemas resolvidos: 24.5; 24.7; 24.9; 24.11 e 24.13.

22
OBSERVAÇÃO: O TEXTO A SEGUIR É ADAPTADO DO LIVRO:
BRONSON. R. Moderna introdução às equações diferenciais. tradução de Alfredo Alves de Farias, revisão
técnica Roberto Romano. São Paulo: McGraw-Hill do Brasil, 1977.

• Convoluções:

Sejam f ( x) ∈ Eα e g ( x) ∈ Eα . A convolução de f ( x) e g ( x) é:
x
f ( x) * g ( x) = ∫
0
f (t ).g ( x − t )dt (01)

Exemplo:

1) Se f ( x) = e3 x e g ( x) = e 2 x , então: f (t ) = e3t , g ( x − t ) = e 2 ( x −t ) e
x x x t =x

∫ e .e .dt = ∫ e .e .e dt = e ∫ e dt = e ⎡⎣e ⎤⎦
3t 2 x −2 t
f ( x) * g ( x) = 3t 2( x-t ) 2x t 2x t
= e2 x (e x − 1) =e3 x − e2 x
t =0
0 0 0

Teorema 01: f ( x) * g ( x) = g ( x) * f ( x)

Exemplos:
1) Para f ( x) e g ( x) , como no exemplo 1 de convolução, determine g ( x ) * f ( x ) verificando
assim o Teorema 01.
Solução:
Com f ( x − t ) = e3( x −t ) e g (t ) = e2t , temos:

x x
g ( x) * f ( x ) = ∫ g (t ) f ( x − t ) dt = ∫ e 2t e3( x −t ) dt
0 0
x t=x
= e3 x ∫ e − t dt = e3 x ⎡⎣ −e − t ⎤⎦ = e3 x (−e − x + 1) = e3 x − e 2 x
0 t =0

o que, pelo exemplo 1 de convolução, é igual a f ( x) * g ( x) .

2) Calcule f ( x) * g ( x) se f ( x) = x e g ( x) = x 2 .
Solução:
Aqui f (t ) = t e g ( x − t ) = ( x − t ) 2 = x 2 − 2 xt + t 2 .
Assim,
x

∫ t ( x − 2 xt + t )dt = x ∫ tdt − 2 x ∫ t dt +
x x x
f ( x) * g ( x) = ∫ t 3dt =
2 2 2 2
0 0 0
0

x2 x3 x 4 1 4
= x2 − 2x + = x .
2 3 4 12

3) Demonstre o Teorema 01.


Solução:
x

Fazendo a substituição τ = x − t no membro direito de f ( x) * g ( x) = ∫


0
f (t ).g ( x − t )dt , temos:
x 0 0
f ( x) * g ( x) = ∫
0
f (t ).g ( x − t )dt = ∫
x
f ( x − τ ).g (τ )dτ = − ∫ g (τ ). f ( x − τ )dτ
x
x

= ∫ g (τ ). f ( x − τ )dτ
0
= g ( x)*f ( x)

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OBSERVAÇÃO: O TEXTO A SEGUIR É ADAPTADO DO LIVRO:
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técnica Roberto Romano. São Paulo: McGraw-Hill do Brasil, 1977.

Teorema 02 (Teorema da Convolução)

Se L{ f ( x)} = F ( s ) e L{g ( x)} = G ( s) , então:

L{ f ( x) * g ( x)} = L{ f ( x)}* L{g ( x)} = F ( s) * G ( s)

Para efeito de aplicação, é conveniente exprimir o Teorema 02, como

L-1 {F ( s ) * G ( s )} = g ( x) * f ( x) (02)

Às vezes, é mais fácil calcular g ( x ) * f ( x) do que f ( x) * g ( x) . Escreve-se então, utilizando o


Teorema 01, como

L-1 {F ( s ) * G ( s )} = g ( s ) * f ( s )

Exemplos:

⎧ 1 ⎫
1) Determine L-1 ⎨ 2 ⎬ por convoluções.
⎩ s ( s + 4) ⎭

Solução:
⎧ 1 ⎫ 1 1
Observe que ⎨ 2 ⎬ = ⋅ 2
⎩ s ( s + 4) ⎭ s s + 4
Definido F ( s ) = 1/ s e G ( s ) = 1/ ( s 2 + 4 ) , temos, pela Tábua de transformada de Laplace,
1
f ( x) = 1 e g ( x) = sen 2 x . Segue-se então, dos Teoremas 1 e 2, que
2
⎧ 1 ⎫
L-1 ⎨ 2 ⎬ = L { F ( s ) * G ( s )} = g ( x) * f ( x) =
-1

⎩ s ( s + 4) ⎭
⎛1 ⎞
x x
1
= ∫ g (t ). f ( x − t )dt = ∫ ⎜⎝ 2 sen 2t ⎟⎠ (1)dt = 4 (1 − cos 2 x)
0 0

1 ⎫ ⎧
2) Determine L ( s − 1) 2 ⎬ por convoluções.
-1 ⎨
⎩ ⎭
Solução:
1
Definindo F ( s ) = G ( s ) = , então f ( x) = g ( x ) = e x e
s −1
⎧1 ⎫
L (s − 1) 2 ⎬ = L-1 { F ( s ) *G ( s )} = f ( x) * g ( s ) =
-1 ⎨
∫0
x f (t ) g ( x − t ) dt = ∫ 0x et e x −t dt = e x ∫ 0x dt =x e x
⎩ ⎭

• Função Degrau Unitário

A função degrau unitário é definida por:


⎧0 se x<0
u ( x) = ⎨
⎩1 se x≥0

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Como conseqüência imediata da definição, temos, para qualquer número c,


⎧0 se x < c
u ( x − c) = ⎨
⎩1 se x ≥ c

⎧0 se x − c < 0 ⎧0 se x < c
Observação: u ( x − c) = ⎨ ⇒ u ( x − c) = ⎨
⎩1 se x − c ≥ 0 ⎩1 se x ≥ c
O gráfico de u ( x − c) é dado por:

figura 1

1
Teorema 03: L{u ( x − c)} = e − cs .
s
Dada uma função f ( x) definida para x ≥ 0 , a função:

⎧0 se x<c
u ( x − c). f ( x − c) = ⎨
⎩ f ( x - c) se x≥c
representa uma translação de f ( x) de c unidades na direção positiva do eixo x . Por exemplo, se
f ( x) é definida graficamente pela figura 2 a seguir, então u ( x − c) * f ( x − c) é graficamente
representada pela figura 3.

Teorema 04: Se f ( x) ∈ Eα e F ( s ) = L{ f ( x)} , então L{u ( x − c) f ( x − c)} = e− cs F ( s) .


Reciprocamente,

⎧0 x<c
L-1 {e − cs F ( s 0)} = u ( x − c) f ( x − c)} = ⎨
⎩ f ( x − c) x≥c

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Exemplos:
1) Prove que f ( x)*[ g ( x) + h( x)] = f ( x) * g ( x) + f ( x) * h( x) .
Solução:

x x
f ( x ) *[ g ( x ) + h( x )] = ∫ f (t )[ g ( x − t ) + h( x − t )]dt = ∫ [ f (t ) g ( x − t ) + f (t ) h( x − t )]dt =
0 0

x x
= ∫ [ f (t ) g ( x − t ) dt + ∫ [ f (t ) h( x − t ) dt = f ( x) * g ( x) + f ( x) * h( x)
0 0

1
2) Prove o Teorema 3: L{u ( x − c)} = e − cs
s
Solução:

∞ c ∞
L{u ( x − c )} = ∫ e − sxu ( x − c ) dx = ∫ e − sx (0)dx + ∫ e − sx (1) dx =
0 0 c
− sR − sc
∞ R e −e 1
= ∫c
e − sx dx = lim ∫ e − sx dx = lim
R →∞ c R →∞ −s
= e − sc ( se s > 0 )
s

3) Faça o gráfico da função f ( x ) = u ( x − 2) − u ( x − 3) .


Solução:
Observe que
⎧0 x<2 ⎧0 x<3
u ( x − 2) = ⎨ e u ( x − 3) = ⎨
⎩1 x≥2 ⎩1 x≥3
Assim,
⎧0 − 0 = 0 x<2

f ( x) = u ( x − 2) − u ( x − 3) = ⎨1 − 0 = 1 2 ≤ x < 3
⎪1 − 1 = 0 x≥3

cujo gráfico é a figura seguinte:

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4) Use a função degrau unitário para dar uma definição analítica da função representada
graficamente na figura seguinte:

Solução:
Observe que f ( x) é a função g ( x) = x, x ≥ 0 , transladada de quatro unidades na direção
positiva do eixo x . Assim, f ( x) = u ( x − 4) g ( x − 4) = u ( x − 4)( x − 4) .

⎧0 x<4
5) Determine L { g ( x)} se g ( x) = ⎨
⎩( x − 4) x ≥ 4
2

Solução:
Definindo f ( x) = x 2 , então g ( x) pode ser dada compactamente por
g ( x) = u ( x − 4) f ( x − 4) = u ( x − 4)( x − 4) 2 .

Observando então que L{ f ( x)} = F ( s ) = 2 / s 3 e aplicando o Teorema 4, concluímos que


2
L{g ( x)} = L{u ( x − 4) ( x − 4) 2 } = e −4 s 3
s

⎧0 x<4
6) Determine L { g ( x)} se g ( x) = ⎨ 2
⎩x x≥4
Solução:
Primeiro devemos determinar uma função f ( x ) tal que f ( x − 4) = x 2 . Feito isto, podemos
escrever g ( x) como g ( x) = u ( x − 4) f ( x − 4) e aplicar o Teorema 4. Ora, f ( x − 4) = x 2 só se

f ( x) = f ( x + 4 − 4) = ( x + 4) 2 = x 2 + 8 x + 16
Como
2 8 16
L{ f ( x)} = L{x 2 } + 8L{x} + 16L{1} = + +
s3 s 2 s

Segue-se que
⎛ 2 8 16 ⎞
L{g ( x)} = L{u ( x − 4) f ( x − 4)} = e−4 s ⎜ 3 + 2 + ⎟
⎝s s s ⎠

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LISTA DE EXERCÍCIOS PROPOSTOS PARA A REVISÃO DOS CONCEITOS

1) Determine f ( x) * g ( x) e g ( x) * f ( x) se f ( x) = 4 x e g ( x) = e 2 x .
Resposta: e 2 x − ( 2 x + 1)

2) Utilize convoluções para determinar a transformada de Laplace de:


1 1 2
a) b) c)
( s − 1) ⋅ ( s − 2) (s) ⋅ (s) s ⋅ ( s + 1)
Resposta: a) e 2 x − e x b) x c) 2 ⋅ (1 − e − x )

⎧ 1 ⎫ 1 s
3) Determine ℒ −1 ⎨ 2 2 ⎬ por convoluções, tomando F ( s ) = 2 e G ( s ) = 2 .
⎩ s ⋅ ( s + 4) ⎭ s s +4
Compare com o resultado do exemplo 1 do teorema de convolução.

4) Prove que, para qualquer constante k , [k ⋅ f ( x)] * g ( x) = k ⋅ [ f ( x) * g ( x)].

5) Faça o gráfico de f ( x) = 2 u ( x − 2) − u ( x − 4).


Resposta:

6) Faça o gráfico de f ( x) = u ( x − 2) − 2u ( x − 3) + u ( x − 4).


Resposta:

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7) Determine ℒ {g (x)} para

⎧0, se x < 1 ⎧0, se x < 2


a) g ( x) = ⎨ b) g ( x) = ⎨ 3
⎩sen ( x − 1), se x ≥ 1 ⎩ x + 1, se x ≥ 2
(b) g ( x) = u ( x − 2) f ( x − 2)
1 −s
Resposta: (a ) e 2 se f ( x) = x3 + 6 x 2 + 12 x + 9;
s +1
⎛ 6 12 12 9 ⎞
G ( s ) = e −2 s ⎜ 4 + 3 + 2 + ⎟
⎝s s s s⎠

8) Determine ℒ −1 {F ( s )} = f ( x ) para
s 1 −s
a) F ( s ) = e −π s b) F ( s ) = e
s +4
2
s3
1
Respostas: (a) u ( x + π )cos 2( x − π ) (b) ( x − 1) 2 u ( x − 1)
2

9) Faça o gráfico das funções f (x) encontradas no exercício anterior.

Respostas:
(a) (b)

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• TRANSFORMADAS DE LAPLACE DE DERIVADAS

Emprega-se o método das transformadas de Laplace para resolver problemas de valor inicial
dados por uma equação diferencial linear de ordem n com coeficientes constantes.

dny d n −1 y dx
bn n
+ bn −1 n −1
+ ..... + b1 + b0 y = g ( x) (01)
dx dx dy

Juntamente com as condições iniciais

y (0) = c0 , y ' (0) = c1 , ..., y ( n−1) (0) = cn−1 (02)

O resultado abaixo é essencial.

Teorema 1: Denotemos ℒ { y ( x)} por Y(s). Se y(x) e suas (n–1) primeiras derivadas são contínuas
dny
para x ≥ 0 e são de ordem exponencial α e se ∈ Eα , então:
dx n

⎧d n y ⎫ n
ℒ ⎨ n ⎬ = s ⋅ Y ( s ) − s ( n−1) ⋅ y (0) − s ( n−2 ) ⋅ y ' (0) − ... − s ⋅ y ( n−2 ) (0) − y ( n−1) (0) (03)
⎩ dx ⎭

Aplicando (02), podemos escrever (03) como

⎧d n y ⎫
ℒ ⎨ n ⎬ = s n ⋅ Y ( s ) − c0 ⋅ s n−1 − c1 ⋅ s n−2 − ... − cn−2 ⋅ s − cn−1 (04)
⎩ dx ⎭

Em particular, para n = 1 e n = 2, obtemos:

ℒ { y ' ( x)} = s ⋅ Y ( s ) − c0 (05)

ℒ { y ' ' ( x)} = s 2 ⋅ Y ( s) − c0 ⋅ s − c1 (06)

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• SOLUÇÃO DO PROBLEMA DE VALOR INICIAL

Para resolver o problema de valor inicial dado por (01) e (02), primeiro tomam-se as
transformadas de Laplace de ambos os membros da equação diferencial (01), obtendo-se uma
equação algébrica em Y(s). Resolve-se em seguida esta equação, em relação a Y(s), e toma-se a
transformada inversa de Laplace, obtendo y (x) = ℒ −1 {Y ( s )} .

Exemplos:
1) Resolva y ' − 5 y = 0; y (0) = 2.
Solução:
Tomando as transformadas de Laplace de ambos os membros da equação diferencial, e aplicando
o teorema da linearidade, obtemos L{ y '} − 5 L{ y} = L{0}. Aplicando então a expressão (05)
2
com c0 = 2, vem [ s Y ( s) − 2] − 5Y ( s) = 0 donde Y ( s ) = . Finalmente, tomando a
s −5
transformada inversa de Y (s ), obtemos:
⎧ 2 ⎫ −1 ⎧ 1 ⎫
y(x) = ℒ −1 {Y ( s )} =ℒ −1 ⎨ ⎬ = 2⋅ ℒ ⎨ ⎬ = 2e
5x

⎩s − 5⎭ ⎩s − 5⎭

2) Resolva y ' − 5 y = e 5 x ; y (0) = 0.


Solução:
Tomando as transformadas de Laplace de ambos os membros da equação diferencial, e aplicando
o teorema da linearidade, obtemos L{ y '} − 5 L{ y} = L{e 5 x }. Aplicando a tábua das
transformadas e a expressão (05), com c0 = 0, vem:
1 1
[ s Y ( s ) − 0] − 5 Y ( s ) = donde Y ( s ) =
s −5 ( s − 5) 2
Finalmente, tomando a transformada inversa de Y (s ), obtemos:
⎧ 1 ⎫
y(x) = ℒ −1 {Y ( s )} =ℒ −1 ⎨ 2⎬
= x e5x
⎩ ( s − 5) ⎭
Observação: ver tábua de transformadas de Laplace, item 14).

3) Resolva y ' + y = sen x; y (0) = 1.


Solução:
Tomando as transformadas de Laplace de ambos os membros da equação diferencial, e aplicando
o teorema da linearidade, obtemos:
1
L{ y '} + L{ y} = L{sen x} ou [ s ⋅ Y ( s ) − 1] + Y ( s ) = 2
s +1
Resolvendo em relação a Y (s ), vem:
1 1
Y (s) = +
( s + 1) ⋅ ( s + 1) s + 1
2

Tomando a transformada inversa e determinando o resultado, vem:

⎧ 1 ⎫ −1 ⎧ 1 ⎫ e − x 1 1 3 1 1
y ( x) = L−1{Y ( s)} = L−1 ⎨ ⎬+ L ⎨ ⎬= − cos x + sen x + e − x = e − x − cos x + sen x
⎩ ( s + 1) ⋅ ( s + 1) ⎭ ⎩ s + 1⎭ 2 2
2
2 2 2 2

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4) Resolva y ' ' + 4 y = 0; y (0) = 2, y ' (0) = 2.


Solução:
Tomando as transformadas de Laplace, temos:
L{ y ' '} + 4 L{ y} = L{0}
Aplicando a expressão (06) com c0 = 2 e c1 = 2, obtemos:
2s + 2 2s 2
[ s 2 ⋅ Y ( s ) − 2 s − 2] + 4 Y ( s ) = 0 ou Y ( s ) = 2 = 2 + 2
s +4 s +4 s +4

Finalmente, tomando a transformada inversa de Laplace, obtemos:


⎧ s ⎫ −1 ⎧ 2 ⎫
y ( x) = L −1{Y ( s )} = 2 L −1 ⎨ 2 ⎬+ L ⎨ 2 ⎬ = 2 cos 2 x + sen 2 x
⎩s + 4⎭ ⎩s + 4⎭

5) Resolva y ' ' − 3 y '+4 y = 0; y (0) = 1, y ' (0) = 5.


Solução:
Tomando as transformadas de Laplace, obtemos:

L{ y ' '} − 3 L{ y '} + 4 L{ y} = L{0}

Aplicando as expressões (05) e (06) com c0 = 1 e c1 = 5, temos:

s+2
[ s 2 ⋅ Y ( s ) − s − 5] − 3[ s ⋅ Y ( s ) − 1] + 4 Y ( s ) = 0 ou Y ( s ) =
s − 3s + 4
2

Finalmente, tomando a transformada inversa de Laplace, vem:

7 7
y ( x) = L −1{Y ( s )} = e ( 3 / 2) x cos x + 7e ( 3 / 2) x sen x
2 2

6) Resolva y ' ' − y '−2 y = 4 x 2 ; y (0) = 1, y ' (0) = 4.


Solução:
Tomando as transformadas de Laplace, temos:

L{ y ' '} − L{ y '} − 2 L{ y} = 4 L{x 2 }

Aplicando as expressões (05) e (06) com c0 = 1 e c1 = 4, obtemos:

8 s+3 8
[ s 2 ⋅ Y ( s ) − s − 4] − [ s ⋅ Y ( s ) − 1] − 2 Y ( s ) = ou Y ( s ) = 2 + 3 2
s 3
s − s − 2 s ⋅ ( s − s − 2)

Finalmente, tomando a transformada inversa de Laplace, vem:

⎛5 2 ⎞ ⎛ 1 8 ⎞
y ( x) = L −1{Y ( s )} = ⎜ e 2 x − e − x ⎟ + ⎜ − 3 + 2 x − 2 x 2 + e 2 x + e − x ⎟ = 2e 2 x + 2e − x − 2 x 2 + 2 x − 3
⎝3 3 ⎠ ⎝ 3 3 ⎠

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7) Resolva y ' ' + 4 y '+8 y = sen x; y (0) = 1, y ' (0) = 0.


Solução:
Tomando as transformadas de Laplace, temos:

L{ y ' '} + 4 L{ y '} + 8L{ y} = L{sen x}

Como c0 = 1 e c1 = 0, vem:

1 s+4 1
[ s 2 ⋅ Y ( s ) − s − 0] + 4[ s ⋅ Y ( s ) − 1] + 8Y ( s ) = ou Y ( s ) = 2 + 2
s +1
2
s + 4 s + 8 ( s + 1) ⋅ ( s 2 + 4 s + 8)

Finalmente, tomando a transformada inversa de Laplace, vem:

⎛ 4 7 4 1 −2 x ⎞
y ( x) = L −1{Y ( s )} = (e − 2 x cos 2 x + e −2 x sen 2 x + ⎜ − cos x + sen x + e −2 x cos 2 x + e sen 2 x ⎟ =
⎝ 65 65 64 130 ⎠

⎛ 69 131 ⎞ 7 4
= e −2 x ⎜ cos 2 x + sen 2 x ⎟ + sen x − cos x
⎝ 65 130 ⎠ 65 65

Ao contrário do que ocorre nos métodos anteriores (nos quais primeiro se determina a solução
geral da equação diferencial, e em seguida se levam nela as condições iniciais para determinação
das constantes arbitrárias), o método das transformadas de Laplace em geral resolve todo o
problema de valor inicial em um só passo. A única exceção é quando as condições iniciais não
são dadas em x = 0. Para tal caso, vejamos os exemplos a seguir:

Exemplos:
1) Resolva y ' − 5 y = 0; y (π ) = 2.
Solução:
Tomando as transformadas de Laplace de ambos os membros da equação diferencial, e aplicando
o teorema da linearidade, obtemos:
L{ y '} − 5 L{ y} = L{0}
Aplicando então a expressão (05) com c0 = y (0) arbitrário, temos:
c
[ s ⋅ Y ( s ) − c0 ] − 5 ⋅ Y ( s ) = 0 donde Y ( s ) = 0
s −5
Tomando a transformada inversa, chega-se a:
⎧ 1 ⎫
y ( x) = L −1{Y ( s )} = c0 ⋅ L −1⎨ ⎬ = c0 ⋅ e
5x

⎩ s − 5 ⎭
Utilizamos agora a condição inicial para determinar c0 .

O resultado é:
c0 = 2e −5π
e
y ( x) = 2e 5( x −π )

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2) Resolva y ' ' − 3 y '+2 y = e − x ; y (1) = 0, y ' (1) = 0.


Solução:
Tomando as transformadas de Laplace, temos:

1
L{ y ' '} − 3L{ y '} + 2 L{ y} = L{e − x } ou [ s 2 ⋅ Y ( s ) − s c0 − c1 ] − 3[ s ⋅ Y ( s ) − c0 ] + 2Y ( s ) =
s +1

Aqui, c0 e c1 devem permanecer arbitrárias, pois representam y (0) e y ' (0) , respectivamente,
ainda desconhecidas. Assim,

s −3 1 1
Y ( s ) = c0 + c1 2 +
s − 3s + 2
2
s − 3s + 2 ( s + 1) ⋅ ( s 2 − 3s + 2)

Utilizando o método das frações parciais e notando que,

s 2 − 3s + 2 = ( s − 1) ⋅ ( s − 2)

obtemos:
⎧ 2 −1 ⎫ −1 ⎧ − 1 1 ⎫ −1 ⎧ 1 / 6 − 1/ 2 1/ 3 ⎫
y ( x) = L −1{Y ( s )} = c0 ⋅ L −1⎨ + ⎬ + c1 ⋅ L ⎨ + ⎬+ L ⎨ + + ⎬=
⎩ s −1 s − 2 ⎭ ⎩ s −1 s − 2 ⎭ ⎩ s +1 s −1 s − 2 ⎭
⎛1 1 1 ⎞
= c0 (2e x − e 2 x ) + c1 (−e x + e 2 x ) + ⎜ e − x − e x + e 2 x ⎟ =
⎝6 2 3 ⎠
⎛ 1⎞ ⎛ 1⎞ 1
= ⎜ 2c0 − c1 − ⎟e x + ⎜ − c0 + c1 + ⎟ e 2 x + e − x
⎝ 2⎠ ⎝ 3⎠ 6
1 1
onde: d 0 = 2c0 − c1 − e d1 = −c0 + c1 + .
2 3
1 1
Levando as condições iniciais nesta última equação, obtemos d 0 = − e −2 e d1 = e −3 ; logo,
2 3
1 x − 2 1 2 x −3 1 − x
y ( x) = − e + e + e
2 3 6

3) Resolva y"−2 y '+ y = f ( x); y (0) = 0, y ' (0) = 0 .


Solução:
Nesta equação, não se especifica f (x). Tomando transformadas de Laplace, e designando
L{ f ( x)} por F (s ), obtemos:
F ( s)
[ s 2 ⋅ Y ( s ) − (0) ⋅ s − 0] − 2[ s ⋅ Y ( s ) − 0] + Y ( s ) = F ( s ) ou Y ( s ) =
( s − 1) 2
⎧ 1 ⎫
Pela Tábua das transformadas de Laplace, item 14, L−1 ⎨ 2⎬
= xe x . Assim, tomando a
⎩ ( s − 1) ⎭
transformada inversa de Y (s ) e utilizando convoluções, concluímos que:

x
y ( x ) = xe x * f ( x ) = ∫ te t f ( x − t ) dt
0

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OBSERVAÇÃO: O TEXTO A SEGUIR É ADAPTADO DO LIVRO:
BRONSON. R. Moderna introdução às equações diferenciais. tradução de Alfredo Alves de Farias, revisão
técnica Roberto Romano. São Paulo: McGraw-Hill do Brasil, 1977.

⎧0 x < 1
4) Resolva y"+ y = f ( x); y (0) = 0, y ' (0) = 0 se f ( x) = ⎨
⎩2 x ≥ 1
Solução:
Note-se que f ( x) = 2u ( x − 1). Tomando transformadas de Laplace, obtemos:

2 e−s
[ s 2 ⋅ Y ( s ) − (0) ⋅ s − 0] + Y ( s ) = L{ f ( x)} = 2 L{u ( x − 1)} =
s
ou
2
Y (s) = e −s
s ⋅ ( s 2 + 1)
Como
⎧ 2 ⎫ −1 ⎧ 1 ⎫ −1 ⎧ s ⎫
L −1⎨ ⎬ = 2 L ⎨ ⎬ − 2 L ⎨ 2 ⎬ = 2 − 2 cos x
⎩ s ⋅ ( s + 1) ⎭ ⎩s⎭ ⎩ s + 1⎭
2

decorre do teorema (04) que

⎧ 2 ⎫
y ( x) = L −1⎨e − s ⋅ ⎬ = [2 − 2 cos ( x − 1)] ⋅ u ( x − 1)
⎩ s ⋅ ( s + 1) ⎭
2

5) Resolva y" '+ y ' = e x ; y ' (0) = 0, y ' ' (0) = 0.


Solução:
Tomando transformadas de Laplace, obtemos:

L{ y" '} + L{ y '} = L{e x }

Aplicando então o teorema (01) com n = 3 e a expressão (05), temos:

1 1
[ s 3 ⋅ Y ( s ) − ( 0) ⋅ s 2 − ( 0) ⋅ s − 0] + [ s ⋅ Y ( s ) − 0] = ou Y ( s ) =
s −1 ( s − 1) ⋅ ( s 3 + s )

Finalmente, utilizando o método das frações parciais e tomando a transformada inversa de


Laplace, obtemos:

⎧ 1 1 1⎫
⎪ s− ⎪
1 1 1 1
y ( x) = L −1⎨− + 2 + 2 2 2 ⎬ = −1 + e x + cos x − sen x
⎪ s s −1 s +1 ⎪ 2 2 2
⎩ ⎭

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OBSERVAÇÃO: O TEXTO A SEGUIR É ADAPTADO DO LIVRO:
BRONSON. R. Moderna introdução às equações diferenciais. tradução de Alfredo Alves de Farias, revisão
técnica Roberto Romano. São Paulo: McGraw-Hill do Brasil, 1977.

LISTA DE EXERCÍCIOS PROPOSTOS PARA A REVISÃO DOS CONCEITOS

1) Utilize transformadas de Laplace para resolver os seguintes problemas de valor inicial:


a) y '+2 y = 0; y (0) = 1 Resposta: y = e −2 x
b) y '+2 y = 2; y (0) = 1 Resposta: y = 1
2 1
c) y '+2 y = e x ; y (0) = 1 Resposta: y = e −2 x + e x
3 3
−2 ( x −1)
d) y '+2 y = 0; y (1) = 1 Resposta: y = e
e) y '+5 y = 0; y (1) = 0 Resposta: y = 0
f) y"− y = 0; y (0) = 1, y ' (0) = 1 Resposta: y = e x
3 3 1
g) y"− y = sen x; y (0) = 0, y ' (0) = 1 Resposta: y = e x − e − x − sen x
4 4 2
1 3 1
h) y"− y = e x ; y (0) = 1, y ' (0) = 0 Resposta: y = e x + e − x + xe x
4 4 2
1 x 1 −3 x 4 7
i) y"+2 y '−3 y = sen 2 x; y (0) = 0, y ' (0) = 0 Resposta: y = e − e − cos 2 x − sen 2 x
10 26 65 65
5 1
j) y"+ y = sen x; y (0) = 0, y ' (0) = 2 Resposta: sen x − x cos x
2 2
3 2 −(1 / 2 ) x 3
k) y"+ y '+ y = 0; y (0) = 4, y ' (0) = −3 Resposta: y = 4e −(1 / 2 ) x cos x− e sen x
2 3 2
3 2 13
l) y"+2 y '+5 y = 3e −2 x ; y (0) = 1, y ' (0) = 1 Resposta: y = e −2 x + e − x cos 2 x + e − x sen 2 x
5 5 10
m) y"+5 y '−3 y = u ( x − 4); y (0) = 0, y ' (0) = 0
⎡ 1 1 37 5 37 ⎤
Resposta: y = ⎢− + e −( 5 / 2 )⋅( x − 4) cosh ( x − 4) + e −( 5 / 2)⋅( x − 4) senh ( x − 4) ⎥ ⋅ u ( x − 4)
⎣ 3 3 2 3 37 2 ⎦
n) y"+ y = 0; y (π ) = 0, y ' (π ) = −1 Resposta: y = sen x
5 10 3
o) y ' ' '− y = 5; y (0) = 0, y ' (0) = 0, y ' ' (0) = 0 Resposta: y = −5 + e x + e −(1 / 2 ) x cos x
3 3 2
1 1 1
p) y ( 4 ) − y = 0; y (0) = 1, y ' (0) = 0, y ' ' (0) = 0, y ' ' ' (0) = 0 Resposta: y = e x + e − x + cos x
4 4 2

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