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CARREIRA JURÍDICA

Direito Tributário
Renato de Pretto

3. PARTIDOS POLÍTICOS, SINDICATOS DE (STF, RE 470520/SP, rel. Min. Dias Toffoli,


TRABALHADORES E INSTITUIÇÕES DE 17.9.2013). (Informativo 720, 1ª Turma).
EDUCAÇÃO E ASSISTÊNCIA SOCIAL - Entidade franqueada da ECT e imunidade a
- previsão: art. 150, VI, “c”, da CF; ICMS: inexistência (*)

Art. 150, CF. Sem prejuízo de outras DIREITO TRIBUTÁRIO. ICMS E IMUNIDADE
garantias asseguradas ao contribuinte, é DAS ENTIDADES DE ASSISTÊNCIA SOCIAL
vedado à União, aos Estados, ao Distrito SEM FINS LUCRATIVOS.
Federal e aos Municípios:
Não há imunidade tributária em relação ao
VI - instituir impostos sobre: ICMS decorrente da prática econômica
c) patrimônio, renda ou serviços dos partidos desenvolvida por entidade de assistência
políticos, inclusive suas fundações, das social sem fins lucrativos que tem por
entidades sindicais dos trabalhadores, das finalidade realizar ações que visem à
instituições de educação e de assistência promoção da pessoa com deficiência, quando
social, sem fins lucrativos, atendidos os desempenhar atividade franqueada da
requisitos da lei; Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos
(ECT), ainda que a renda obtida reverta-se
Compreensão de entidades educacionais e integralmente aos fins institucionais da
assistenciais: referida entidade. De fato, a jurisprudência do
- escolas de ensino profissionalizantes STF é firme no sentido de que a imunidade
mantidas pelos serviços sociais autônomos: prevista no art. 150, VI, c, da CF também se
têm imunidade (STF); aplica ao ICMS, desde que a atividade seja
- Atividades de lazer (clube utilizado por relacionada com as finalidades essenciais da
funcionários), livraria e cinema na entidade: entidade. Assim, a referida imunidade
imunidade viável (STF). compreende somente o patrimônio, a renda e
- imunidade tributária ao ITBI: aquisição de os serviços, relacionados com as finalidades
imóvel (terreno) pelo SENAC (STF, RE essenciais das entidades nele mencionadas
470520, j. em 17/09/2013) (*); (art. 150, § 4º, da CF). Nesse mesmo sentido,
o art. 14, § 2º, do CTN afirma que os serviços
Art. 150, VI, c, da CF: ITBI e finalidades imunes das instituições de assistência social
essenciais – 1 são, exclusivamente, os diretamente
relacionados com os objetivos institucionais
A destinação do imóvel às finalidades da entidade, previstos nos respectivos
essenciais da entidade deve ser pressuposta estatutos ou atos constitutivos. Desse modo,
no caso do Imposto de Transmissão Inter a imunidade em relação ao ICMS não pode
Vivos de Bens Imóveis - ITBI, sob pena de ser concedida no caso, porquanto a atividade
não haver imunidade para esse tributo. Com econômica fraqueada dos Correios foge dos
base nesse entendimento, a 1ª Turma proveu fins institucionais da entidade, ou seja, o
recurso extraordinário para reconhecer a serviço prestado não possui relação com seus
imunidade para ITBI relativamente à trabalhos na área de assistência social, ainda
aquisição do terreno objeto da impetração. que o resultado das vendas seja revertido em
Inicialmente, afastou-se alegação de que o prol das suas atividades essenciais. (STJ,
caso comportaria revolvimento de fatos e RMS 46.170-MS, Rel. Min. Humberto Martins,
provas, porquanto o tribunal de origem julgado em 23/10/2014).
deixara de reconhecer o benefício
constitucional da citada imunidade sob o (iv) Venda de produtos – tributos indiretos
fundamento de que o Serviço Nacional de (ICMS)? Remanesce a imunidade quando tais
Aprendizagem - Senac teria que aguardar a entidades forem contribuintes (sujeito passivo
realização objetiva do seu projeto — direto); não quando responsáveis ou mesmo
construção de edifício que se destinaria aos contribuintes de fato (STF, EDiv 210.251-SP)
fins próprios da entidade — para, só então, (*).
evitar a ação defensiva do Poder Público.

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Súmula nº 591, STF. A imunidade ou a Gerais para suspender liminar do Tribunal de


isenção tributária do comprador não se Justiça mineiro (TJ-MG) que permitiu à
estende ao produtor, contribuinte do imposto Saraiva e Siciliano S/A a comercialização de
sobre produtos industrializados. e-Reader [leitor de livros digitais] sem a
(v) entidades fechadas de previdência social obrigatoriedade do recolhimento, para o
privada: estado, do Imposto sobre Circulação de
- “fundos de pensão” (ex.: Mercadorias e Serviços (ICMS). A decisão foi
COMSHELL): caráter não contributivo – art. proferida na Suspensão de Liminar (SL) 818.
203, CF: imunidade (*); Consta dos autos que a empresa pretende
comercializar, no Estado de Minas Gerais, o
Súmula nº 730, STF. A imunidade tributária e-Reader, “que não se confundiria com outros
conferida a instituições de assistência social aparelhos eletrônicos, tais como tablets,
sem fins lucrativos pelo art. 150, VI, c, da smartfones e afins”. Dessa forma, alega que o
Constituição, somente alcança as entidades aparelho, por ser suporte físico
fechadas de previdência social privada se não contemporâneo do livro, em substituição ao
houver contribuição dos beneficiários. papel, seria alcançado pela imunidade
- “fundos de pensão das estatais”: tributária conferida a livros, jornais e
inexistência de imunidade (art. 202, § 3º, CF) periódicos, bem como ao papel destinado à
(*). impressão desses objetos.

Art. 202, § 3º, CF: É vedado o aporte de Desembargador do TJ concedeu a liminar em


recursos a entidade de previdência privada mandado de segurança, sob o argumento de
pela União, Estados, Distrito Federal e que a imunidade em questão não pretendeu
Municípios, suas autarquias, fundações, proteger o livro como objeto material, mas sim
empresas públicas, sociedades de economia resguardar o direito à educação, à cultura, ao
mista e outras entidades públicas, salvo na conhecimento e à informação. Afirmou, ainda,
qualidade de patrocinador, situação na qual, que o conceito de livro precisa ser revisto e
em hipótese alguma, sua contribuição normal acrescentou que o aparelho leitor de obra
poderá exceder a do segurado. digital, em princípio, é livro, porque revela ao
usuário o acesso à cultura.
4. LIVROS, JORNAIS E PERIÓDICOS E
PAPEL DE IMPRESSÃO Insatisfeito, o Estado de Minas Gerais
questionou tal decisão perante o Supremo
- “imunidade cultural” - art. 5º, IV, IX e XIV, sustentando que a liminar do TJ-MG poderá
CF. provocar problemas, tais como: lesão à
ordem, à segurança administrativa e à
(i) Imunidade objetiva ou real; economia pública, lesão ao erário, além de
(ii) Conteúdo: informações genéricas de várias demandas idênticas no Poder
utilidade pública; álbum de figurinhas; Judiciário.
manuais técnicos; periódicos fesceninos;
(iii) Só livros impressos (STF – não meios Negativa
eletrônicos – softwares; ver RE 595.676 com
repercussão geral); O ministro Ricardo Lewandowski verificou que
a hipótese diz respeito à abrangência da
- imunidade para leitor de livro digital? imunidade tributária, prevista no artigo 150,
inciso VI, alínea “d”, da Constituição Federal,
Livro eletrônico - Notícias STF - Segunda- ao e Reader. “Em outras palavras, busca-se a
feira, 22 de dezembro de 2014: Mantida extensão da regra imunizante a um livro
liminar que desobriga recolhimento de ICMS eletrônico, que, embora não expressamente
sobre comercialização de leitor de livro digital citado pelo constituinte – por não existir ou
O presidente do Supremo Tribunal Federal não estar amplamente divulgado à época –,
(STF), ministro Ricardo Lewandowski, negou não deixa de ser um livro”, observou.
pedido formulado pelo Estado de Minas Segundo ele, a matéria teve repercussão

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geral reconhecida pelo Plenário Virtual da (v) S. 657, STF (*);


Corte. No RE 330817, discute-se se a
imunidade tributária concedida a livros, - S. 657, STF: A imunidade prevista no art.
jornais, periódicos, bem como ao papel 150, VI, d, da CF abrange os filmes e papéis
destinado à impressão desses objetos, fotográficos necessários à publicação de
alcança, ou não, suportes físicos ou imateriais jornais e periódicos.
utilizados na veiculação de livro eletrônico.
Em sua decisão, o ministro salientou que o (vi) imunidade de chapas de impressão para
ordenamento legal vigente é explícito quanto jornais (STF, RE 202.149);
à necessidade de se apontar a existência de
grave lesão à ordem, à saúde, à segurança e (vii) Serviço de impressão gráfica: inexistência
à economia pública para a concessão da da imunidade (*).
suspensão da liminar ou da sentença. Ele
avaliou que, apesar da alegação de Imunidade tributária e serviço de
ocorrência de lesão à ordem administrativa e impressão gráfica:
à economia pública, a petição inicial não foi As prestadoras de serviços de composição
acompanhada de nenhum estudo ou gráfica, que realizam serviços por encomenda
levantamento que pudesse provar o que foi de empresas jornalísticas ou editoras de
apontado pelo Estado de Minas Gerais. livros, não estão abrangidas pela imunidade
“Não há como perquirir eventual lesão à tributária prevista no art. 150, VI, d, da CF.
economia pública a partir de meras alegações Com base nesta orientação, a 2ª Turma, em
hipotéticas, desacompanhadas de elementos conclusão de julgamento e por maioria, negou
suficientes para a formação do juízo provimento a agravo regimental em recurso
pertinente à provável ocorrência de abalo à extraordinário em que discutida a exigibilidade
ordem econômica do ente”, entendeu o do ISS relativamente à confecção/impressão
relator, com base em precedentes (SLs 687 e (insumos intangíveis) de jornais para terceiros
497; SSs 4242 e 3905). Por essas razões, o —
ministro Ricardo Lewandowski indeferiu o
pedido de suspensão. — v. Informativos 497, 541 e 550. A Turma
destacou que a garantia da imunidade
(iv) Contribuição para o Finsocial (*): estabelecida pela Constituição, em favor dos
inexistência de imunidade. livros, dos jornais, dos periódicos e do papel
destinado à sua impressão revestir-se-ia de
IMUNIDADE TRIBUTÁRIA E FINSOCIAL. A significativa importância de ordem político-
contribuição para o Finsocial, incidente sobre jurídica, destinada a preservar e a assegurar
o faturamento das empresas, não está o próprio exercício das liberdades de
abrangida pela imunidade objetiva prevista no manifestação do pensamento e de informação
art. 150, VI, d, da CF/88, anterior art. 19, III, d, jornalística. Pontuou que a mencionada
da Carta de 1967/69 (...) Reafirmou-se imunidade objetivaria preservar direitos
jurisprudência da Corte no sentido de que a fundamentais — como a liberdade de informar
contribuição para o Finsocial possuiria e o direito do cidadão de ser informado —, a
natureza tributária de imposto (de evitar situação de submissão tributária das
competência residual da União), incidente empresas jornalísticas. Frisou que, no ponto,
sobre o faturamento das empresas. os serviços de composição gráfica realizados
Caracterizar-se-ia como tributo pessoal e, por empresas contratadas para realizar esses
desse modo, não levaria em consideração a trabalhos, seriam meros prestadores de
capacidade contributiva do comprador de serviço e, por isso, a eles não se aplicaria a
livros, mas sim a do vendedor. Assim, aduziu- imunidade tributária. Vencido o Ministro Eros
se que a imunidade recairia sobre o livro Grau, que dava provimento ao recurso. (STF,
(objeto tributado) e não sobre o livreiro ou RE 434826 AgR/MG, rel. orig. Min. Cezar
sobre a editora. (STF, RE 628122/SP, rel. Peluso, red. p/ o acórdão Min. Celso de Mello,
Min. Gilmar Mendes, 19.6.2013). 19.11.2013). (Informativo 729, 2ª Turma).

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5. FONOGRAMAS E VIDEOFONOGRAMAS sustenta o autor da ação, a emenda viola os


DE AUTORES BRASILEIROS OU OBRAS artigos 40 e 92 do Ato das Disposições
EM GERAL DE ARTISTAS BRASILEIROS Constitucionais Transitórias (ADCT), que
- “Imunidade musical” (necessidade da garantem diferenciação tributária a produtos
presença dos elementos de conexão fabricados na Zona Franca de Manaus até
nacional) 2023.

Art. 150, CF. Sem prejuízo de outras ORIGENS DO DIREITO TRIBUTÁRIO


garantias (...):
VI – instituir impostos sobre: (i) Magna Carta de 1215;
e) fonogramas e videofonogramas musicais (ii) Lei Tributária Alemã (1919) -
produzidos no Brasil contendo obras musicais sistematização;
ou literomusicais de autores brasileiros e/ou (iii) Brasil: EC 18/65 (“direito financeiro”);
obras em geral interpretadas por artistas (iv) dever fundamental do contribuinte –
brasileiros, bem como os suportes materiais Estado Democrático de Direito, Social e
ou arquivos digitais que os contenham, salvo Tributário – Estado Fiscal ou Estado
na etapa de replicação industrial de mídias Tributário.
ópticas de leitura a laser. - dever de colaboração.

(i) imunidade tributária objetiva/real ou mista NOÇÕES GERAIS DE TRIBUTO


(?): divergência doutrinária;
(ii) Detém aplicabilidade imediata (é norma (i) Constituição Federal
constitucional de eficácia jurídica plena); não - noção geral (art. 146, III, a, CF) (*);
se sujeita à anterioridade tributária;
(iii) Não-incidência sobre bens/operações até
a fase de replicação – ICMS, ISS, IPI; Art. 146, CF. Cabe à lei complementar:
(iv) Abrangência apenas dos fonogramas e III - estabelecer normas gerais em matéria de
videofonogramas musicais produzidos no legislação tributária, especialmente sobre:
Brasil; diferença, então, com o produto a) definição de tributos e de suas espécies,
estrangeiro – possível violação do GATT bem como, em relação aos impostos
(regra do “tratamento nacional”); discriminados nesta Constituição, a dos
(v) Parecer aprovado no Senado Federal a respectivos fatos geradores, bases de cálculo
respeito da EC 75/13: “a parte final da alínea e contribuintes;
que se busca incluir no art. 150, VI, da CF,
resguarda a produção industrial de CDs e - receita pública derivada ou de direito
DVDs na Zona Franca de Manaus, com a público (poder de império – exemplo:
manutenção da exclusividade do benefício tributo) ≠ receita pública originária ou de
fiscal atualmente concedido na etapa da direito privado (receitas patrimoniais ou
replicação às indústrias localizadas naquela empresariais – exemplos: taxa de
região”. ocupação de terrenos da marinha; royalties
do art. 20, § 1º, da CF).
Quarta-feira, 23 de outubro de 2013
Governador do Amazonas questiona
constitucionalidade da PEC da Música - Direito privado: relação jurídica
horizontalizada (autonomia da vontade,
O governador do Amazonas ajuizou no liberdade contratual, igualdade das partes e
Supremo Tribunal Federal (STF) a Ação interesses disponíveis);
Direta de Inconstitucionalidade (ADI) 5058, - Direito público: relação jurídica verticalizada
com pedido de liminar, contra a Emenda (princípios da supremacia do interesse
Constitucional 75/2013, que concede público e da indisponibilidade desse interesse
imunidade tributária a CDs e DVDs – ex.: art. 150, § 6º, CF) ≠ relação de poder;
produzidos no Brasil que tenham obras de - Competência tributária: só dos entes
autores ou intérpretes brasileiros. Conforme federados;

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crédito tributário já extinto ou fazer nascer


(ii) Código Tributário Nacional crédito tributário de maneira discrepante de
- Recepção como lei complementar; seu fato gerador. (STJ, REsp 1.133.027-SP,
- definição oficial (art. 3º, CTN) (*). Rel. originário Min. Luiz Fux, Rel. para
acórdão Min. Mauro Campbell Marques,
Art. 3º, CTN. Tributo é toda prestação julgado em 13/10/2010).
pecuniária compulsória, em moeda ou cujo
valor nela se possa exprimir, que não 2. PRESTAÇÃO PECUNIÁRIA, EM MOEDA
constitua sanção de ato ilícito, instituída em OU CUJO VALOR NELA SE EXPRIMA
lei e cobrada mediante atividade (i) in natura?
administrativa plenamente vinculada. (ii) in labore?

1. OBRIGAÇÃO EX LEGE (iii) art. 141, CTN x criação por normas locais
(i) Lei: requisito de validade (≠ requisito de outras formas de extinção do crédito
existência: compulsoriedade); tributário (*).
(ii) art. 126, CTN (irrelevância da capacidade
civil); Art. 141, CTN. O crédito tributário
regularmente constituído somente se modifica
Art. 126, CTN. A capacidade tributária ou extingue, ou tem sua exigibilidade
passiva independe: suspensa ou excluída, nos casos previstos
nesta Lei, fora dos quais não podem ser
I - da capacidade civil das pessoas naturais; dispensadas, sob pena de responsabilidade
II - de achar-se a pessoa natural sujeita a funcional na forma da lei, a sua efetivação ou
medidas que importem privação ou limitação as respectivas garantias.
do exercício de atividades civis, comerciais ou
profissionais, ou da administração direta de ADI nº 2.405, STF (DJ 17.02.2006):
seus bens ou negócios; Ação direta de inconstitucionalidade: medida
III - de estar a pessoa jurídica regularmente cautelar: L. estadual (RS) 11.475, de 28 de
constituída, bastando que configure uma abril de 2000, que introduz alterações em leis
unidade econômica ou profissional. estaduais (6.537/73 e 9.298/91) que regulam
(iii) confissão irretratável e irrevogável: limites o procedimento fiscal administrativo do
para a revisão judicial – aspectos jurídicos e Estado e a cobrança judicial de créditos
aspectos fáticos (*). inscritos em dívida ativa da fazenda pública
estadual, bem como prevê a dação em
REPETITIVO. CONFISSÃO. DÍVIDA. pagamento como modalidade de extinção de
REVISÃO JUDICIAL. LIMITES. A Seção, ao crédito tributário. I - Extinção de crédito
julgar o recurso sob o regime do art. 543-C do tributário criação de nova modalidade (dação
CPC c/c a Res. n. 8/2008-STJ, por maioria, em pagamento) por lei estadual: possibilidade
negou-lhe provimento por entender que a do Estado-membro estabelecer regras
confissão de dívida não inibe o específicas de quitação de seus próprios
questionamento judicial da obrigação créditos tributários. Alteração do
tributária, no que se refere aos seus aspectos entendimento firmado na ADInMC 1917-DF,
jurídicos. Quanto aos aspectos fáticos sobre 18.12.98, Marco Aurélio, DJ 19.09.2003:
os quais incide a norma tributária, a regra é consequente ausência de plausibilidade da
que não se pode rever judicialmente a alegação de ofensa ao art. 146, III, b, da
confissão de dívida efetivada com a finalidade Constituição Federal, que reserva à lei
de obter parcelamento de débito tributário. complementar o estabelecimento de normas
Porém, como no caso, a matéria de fato gerais reguladoras dos modos de extinção e
constante da confissão de dívida pode ser suspensão da exigibilidade de crédito
invalidada quando ocorrer defeito causador tributário.
de nulidade de ato jurídico. A confissão de
dívida, para fins de parcelamento, não tem
efeitos absolutos, não podendo reavivar

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ADI nº 1.917, STF (DJ 24.08.2007):

CRÉDITO TRIBUTÁRIO - EXTINÇÃO. As


formas de extinção do crédito tributário estão
previstas no Código Tributário Nacional,
recepcionado pela Carta de 1988 como lei
complementar. Surge a relevância de pedido
formulado em ação direta de
inconstitucionalidade considerada lei local
prevendo nova forma de extinção do crédito
tributário na modalidade civilista da dação em
pagamento. Suspensão de eficácia da Lei
Ordinária do Distrito Federal de nº 1.624/97.
/# -

Mérito /# AÇÃO DIRETA DE


INCONSTITUICIONALIDADE. OFENSA AO
PRINCÍPIO DA LICITAÇÃO (CF, ART. 37,
XXI). I - Lei ordinária distrital - pagamento de
débitos tributários por meio de dação em
pagamento. II - Hipótese de criação de nova
causa de extinção do crédito tributário. III -
Ofensa ao princípio da licitação na aquisição
de materiais pela administração pública. IV -
Confirmação do julgamento cautelar em que
se declarou a inconstitucionalidade da lei
ordinária distrital 1.624/1997.

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