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TOMO I.

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RIO BE JANEIRO

TVPOGRAPHIA IMPIilUAL E CONSTITUCIONAL DK f. VILLKXEUVE E COMI».,

Ilua do Ouvidor n. 63.

18 5 7.
Primeira sessfso preparatória em 15 Em seguida o Sr. presidente dá a palavra ao Sr. C/uz
«le Abril. Machado, que a havia pedido pela ordem.
O Sr. Cruz Machado:—Sr. presidente, sando o pri-
PRESlDENCIA DO SR. VISCONDE DE RVEPENDY. meiro trabalho da camara a verificação dos podorçs da
seus membro, na actualidade com o systema de districtos
Sbmsurio, — Inetallação
da mesa. — Districtos com eleição em eieitoraes dá-se um facto inesperado e dantes não aconteci-
duplicata. Discursos
dos Srs. Cru: Machado, João Feíippe, do, e sobre o não existe nem nas leis nem no regimento
qual
Saraivai, Barbosa da
Cunlia, Jíaptista Monteiro, e Pacheco. da casa disposição alguma. Anteriormente se um ou outro
Votação. eleito o era indevidamente, como os diplomas erão expedi-
dos pelas camaras municipaes das capitaes das provin-
A's 10 horas da manliãa aclião-se presentes os Srs- cias, não tinhão entrada nesta casa indivíduos em maior
Machado, Cândido Mendes, Luiz Carlos, Cruz Machado, Na- numero do quo aquellc quj tinha sido prefixado para os
buco, Belisario,
Cunha Mattos, Torres-Homem, Barbosa* deputados das províncias. Hoje porém nos districtos cm
Barbosa da Cunlia, Fausto de Aguiar, João Felippe, Pache- dar o facto cia reunião ^de
que ha um só collegio, pôde-se
co, Fernandes Vieira, Dias Vieira, J. Marcondes, Henri- dous collegios, um delles falsificado, ou de um collegio in-
ques, Sampaio Vianna, Domingues eSilva, Jaguaribe, Viria- teiramente ficticio, além daquelle que legalmente se reunio,
to, Piragibe, Augusto Caldas, Cerqueira Leite, conego Iler- e por consequencia a apresentação de dous individuos como
mogenes, Bezerra Cavalcanti, Ramalho, barão de S. Bento, deputados de um mesmo circulo ; também nos dis-
Baptista Monteiro, Saraiva, Salles, Teixeira Júnior,
Silveira trictos em que lia mais' de um collegio lia exemplos da
Loba, Franco de Almeida, Paranaguá, Pedreira,
Gonçalves da camara da séde do districto expedir dous diplomas, £Cndo
Silva, Pinto
[de Mendonça, Silva Miranda, Gaioso, Tiberio, a camara, por occasião da expedição dos dous diplomas,
Kabello Leite, Pedro Muniz, Pompêo, Borges Leal,
Silvino composta de individuos differentes que recebêrão igualmen-
Cavalcanti, Carneiro de Campos, Pereira rinto, Atliaide, te votação para vereadores. Ora, estes factos, não previstos
i' elippe de Araújo, e Aragão. na lei nem no regimento da casa, hão de tiazer muitas dif-
O Sit. Cruz Machado ficuldades, c até a perturbação da ordem na verificação dos
(pela ordem) acclama na fôrma do sobre ellas se tome quanto
regimento : para presidente, o Sr. Luiz Antônio Barbosa ; poderes, o por isso cumpre que
antes algumas providencias.
a» secretario, o Sr. Machado ; 2», o Sr. Dias Vieira
; 3», o A constituição, attribuindo á mesma camara a verhica-
Sr. Fernandes Vieira, e 4», o Sr. J. Marcondes.
legisladores que for-
ção dos poderes de seus membros, os
O Sn. conselheiro Barbosa agradece aapprovação dada márão o pacto fundamental certamente não cogitarão desta
A lembrança que teve o Sr. Cruz Machado de o acclamar especie quo estava reservada para o anno de 1857, desta
presidente da camara; mas não lhe sendo possivel aceitar especie que é filha da desmoralisação eleitorr.l a que_o paiz
esse encargo, das facções. O regimento
pede licença para acclamar presidente o Sr. tem sido arrastado pelo jogo
visconde de Baependy, também não prévio semelhante caso. A constituição, por-
que nesse momento entrava no salão.
O Sr. visconde pe Baependy declara tanto, partindo dos actos normaes e não dos actos anor-
que também não entendeu se apresentarião
pôde aceitar a presidência. maes, que pelas províncias
tantos individuos com diplomas quantos fossem os seiis
O Sk. Cândido Mendes diz
que parecendo que O Sr. con- deputados, e não querendo attribuir a outro poder a veri-
sellieiro Barbosa tem
justas razões para não aceitar a íicsção dos poderes dos membros da camara senão a cila
presidencia, sendo necessário tomar-se alguma delibera- individuos força bastante o
mesma, deu a esses para
çao, elle aeclamava de novo o Sr. yiscondo de Baependy acto, considerando-os provisoriamente ve-
exercicio desto
presidente da camara. J
rificados collegios eieitoraes, modo tal^ quo
pelos por
Esta proposta é approvada. se o deputado de uma província qualquer tiver emittido
o seu voto na verificação dos poderes dos outros, e se
O Sr. Visconde de Baependy declara
qire só cm obediência depois se reconhecer pelo exame do seu diploma que a
ao voto dos senhores presentes vai tomar assento na cadeira
sua eleição deve ser reformada, elle tem dado um voto na
dapresidencia, pois acha-se incommodado, tanto
que aos seus fôrma da constituição e do regimento. Mas desde que se
_
particulares amigos, que são membros da casa, havia com
íintecedencia pedido que delle se não lembrassem como o apresentão dous individuos por um mesmo circulo, a verifi-
cação provisória de um está destruída pela verificação
jpro-
querião fazer. •,
se ambos forem
viftoria do outio, uma é repulsiva da outjra
Os membros da mesa occupão os respectivos assentos, e
admittidos como provisoriamente verificados a tomar parto
íibre-fe a sessão.
na votação da verificação dos poderes dos outros membros da
O Sr. Pesidentf. convida_ os Srs. deputados presentes a camara, veremos muitas questões decididas por dous e tres
mandarem á mesa os seus diplomas. Estes diplomas são eu- voto?, concorrendo pí\ra essa votação os deputados por ca-
tregues e relacionados pelo Sr. 2o secretario. madas e não singelos, isto é, os votos que nem a constitui-
rMMlMuA SESSÃO PREPARATÓRIA EM 15 DE ABRIL.
ção nem as leis tenlião reconhecido, que não
poclião prever Peço.jxiis,
que não adopteis, senhores, a reforma nrn
que se dessem....
Admittindo-se este precedente, teremos não só duplica- posta, hno tem vantagem alguma. E' injusta.
E' contra-
na ao regimento da casa. contra
tas como em breve triplicataa e
quadruplicatas, á vista da reformar
facilidade com I,olic"mos o regimento porque não
que de um dia para outro se inventa um col- mos ainda T camara
constituída.
so-
legio e se fabrica um diploma, de sorte
que a fôrma material |
de um diploma importará uma eleição, será clle aPTPla"de 0, expediente lembrado
recebido
não como a traducção de um facto, como documento Sr C™ Vr 7'Y pelo
e p°ssivel
delle, e
sní3 10 q«e um circulo pese na
sim como o mesmo facto dá eleição. l1"38'"63 com doils ™tos, e í mesmo come-
mente r
Portanto, senhores, entendo que a camara deve to- ' que os representantes em duplicata sc abstenhão
tomar do
mar ura dos dous expedientes, ou parte em debates estranhos, afim de
por qualquer modo pro- que seus juize*
ceder a uma especie do verificação nao tenhao contra clles
prévia para decidir prevenção de especie alguma.
">rr aí"
qttal dos diplomas em duplicata é mais legitimo ou qUe Pcrmiss5° fazer a defesa de sua
sumivel mais legitimo, ou excluir ambos,
pre- causa, de advogar os ?interesses
porque am- e direitos de seus amidos
bos nao podern ser admittidos, e a maior concessão
porque não podemos ad- que se lhes pódc fazer, e que pôde ser
mittir votos não^ aconselhada
previstos pela constituição ; os votos pela necessidade de se ter informações com-
daquelles pletas, que nao podem ser ministradas
que não estão em duplicata são
prejudicados I dos pelos dosinteressa-
pelos votos duplos dos districtos que não se contentarão em no isolamento em
que os candidatos se virão durante
dar um só deputado. Esta verificação a luta eleitoral, em a nao
qual se deu tempo
ee-me difücil de se obter,
prévia, porém, pare-
bmaçoes políticas, e para as com-
porque primeiramente para ella para a confraternisação dos interesses.
ter lugar preciso era uma commissão conhecesse O
que delia, ' Sr. Birrosv in Cuniia: — Sr.
e se fosse internar mesmo em muitas mento que se contém na segunda presidente, se o pensa-
questões que são mais
pertinentes^ á verificação definitiva ; em segundo lugar parte da moção do nobre
deputado Minas fosse mais explicito, entenderia eu
por- j por
que a decisão relativa a essa verificação teria de ser°tomada ! ella que
podcna ser adoptada sem inconveniente alo-um.
votando todos, inclusive os de duplicatas, Mas
e assim essa mos- pela maneira por que aquelle nobre deputado enunciou
ma verificação'provisória seria viciosa na sua votação. seu pensamento, entendo o
Estas difficuldades me fazem que a camara dos Srs. deputados
propor uma medida para j ^ mT° £em fazer offon'™ manifesta
que os deputados de duplicatas não possuo de modo abnun i a direitos S!pr°-V-Í
tomar parte nas votações da camara. ^ a,gUnS n0bKÍ dePUtad°S
asfento nesfci casa 1-
-Emittindo
esta opinião emittirei ainda uma outra Eu entendo
considero como consequencia lógica do que i que as difficuldades em que se acha presen-
temente a camara
de estabelecer. A discussão nesta casa éinherente principio que acabo j quando se trata da verificação dos pode-
ao direito membros
devotar.... provém da imprevidencia das nossas
U01a ão regimento; o regimento
,5!ÜL,.^'lmpr.C- devia
conter disposições
(- ma v oz :—Não apoiado. que prevenissem os casos especiaes que
se uao nojo. Alas desde
que o nosso regimento contém uma
,;uz Machado lacuna nessa
....e desde que o indivíduo não parte, não se deve procurar remedia-la por
se pode apresentar como debutado um meio
presumível e votar,*reio que de alguma sorte é absurdo;
deputado perdoe o nobre
que também não assim
pôde ser admittido a discutir, fazendo-se que me expresse.
porem excepção na sua causa unicamente ; X elo regimeilto tem ingresso
porquanto, como nesta casa todo o cidadão
e que hei de admittir
que discuta sobre eleições que não são que se apresenta munido de um diploma revestido com fór-
relativas ao indivíduo aquelle mas legues. O dizer a
proprio que não tem o di- que quer admissão de um membro
reito de votar sobre ellas? nesta casa na
qualidade de deputado? E' para converter-so
Assim, não encontrando eu no regimento, em estatua, ou
na lei, nem a para tomar parte nas discussões e dar o seu
previsão de hypotheses tão anormaes ; nem disposição aW- voto. [Ha um, aparte.) Vejo bem
que ha eleições em dupli-
ma relativa a ellas, cata, e a admittir-se nos dous representantes o direito
para evitar que a camara encontre diffi- que
cujiiades na marcha dos seus trabalhos, de vot^r, dá-se ess<r absurdo
peço licença para I que apontou o nobre deputado
mandtr á mesa uma moção afim de fumas ; mas noto igualmete
que os' deputados em ! por que ha idêntico absurdo
"luplicata não tomar na em excluir um dos dous
possáo parte discussão e votação da que é forçosamente legitimo. Por
camara. y consequencia, a approvação
da moção do nobre deputado
Elles esperem verificação se exame da votação um deputado
que pela definitiva, illegitimo, também
por isso i o direito tira
que mio podem ser considerados
provisoriamente verifi- que tem o legitimo de discutir e de votar, (lia um'
cados. vparte.) v
Mas então, o^ meio de sahir desta difíiculdade
Lê-se será o adop-
a seguinte moção, a sendo considerada tarv ura expediente
qual, que nullifica o voto de um districto, e
como de ordem, entra logo em discussão:
que ofrende
gra\;gmente o direito que incontestavelmente
" Proponho pertence a um deputado legitimo ?
que os Srs. eleitos pelos districtos em que ha
üupücatas não sejão admittidos a O Sr. Cm-as M.ich.ído: — São litigiosos.
votar e tomar
trabalhos da camara. Seuto-lhes parte nos i
porém permittido discutir ! O Sn. JWrhosv da CtJMí.v :—Sr.
a eleição presidente, eu entendo
própria.— Cruz Machado. » que nesta camara existe mais de um diploma
em duplicata, tem referencia a eleições que, sem ser
O Sli. Joio Felippk evidentemente nul-
:—Senhores, o que acabais de ouvir Jas; entendo-o,
naaa mais nada
menos é que a reforma do regimento desta : porque a discussão dos factos eleitornes que
derj0 em diíFerentes
casa. Vós não a pontos do império apparecen naS
podeis fazer, porque a camara )ião está tolhas
ainda constituída. publicas. Talvez exista na casa mais de um diplomas
desses evidentemente
A razão única nullos; e ha de aquelle
que se deu para ,que a reforma proposta ncar em melhor que o trouxer
seja adoptada é.que as duplicatas
influir na nomea- posição do que os outros ? Na adopção da
podem e< i ia
rao das comni' áDes, augmentar pi oposta pelò nobre deputado ha esse inconveniente.
o numero de votos. A isto raj eu 11110 3®i
respondo que também se os qual o meio de ser essa madida approvada
deputados que se achão com- senão votando
prehepaidos em <Iupli(«atas deixão de votar, se faz uma di pró ou contra ella aquclles mesmos a quem
essa moção diz respeito,
nimuiçuo de votos o por conseguinte approvando-so
que devem influir igualmente na nomea- a medida com esses mesmos
votos que a seu autor
çao das reler;:'as commissões. «legítimos, hu reconheço parecem
As duplicai; - <ki« lugar ao
augmento de votos, não nego; que um pensamento que so con-
tém na moção do nobre deputado
mas nas d, poderia ser adoptado como
r pôde haver „m verdadeiro deputado, meio do sçhir da difficuldade, mas era
; ar,
que, excluído soffre em seu direito. preciso que estives-
se exposto do uma maneira mais clara,
E' umajigu..;! senhores, a mais definida; des-
, ' minha opinião, se modo poderia ser adoptado.
Não excluindo
"bates, que devem votar e tomar n«s de- O nobre deputado
não - uma injustiça parte quer que toas as vezes que so tratar de
praí'1 antes a evitareis. Por nuDÜcata, os dous eleitos
ora não ha ü&fta J to, tudo e duvidoso, que provêm do mesmo circulo
pois que trata-se sejão admittidos a tomar parte na discussão; esta medida
da legitimidade
poderes de cada um de nós. Só depois é conveniente, porque ninguém mais habilitado do
que se nomearei as commissões; oue estas derem o seu que elles
para elucidarem a questão; mas neste caso entendo
parecer que .. <• í votar, c que póije ser excluido
este ou que o
nobre deputado devia ter dado maior latitude ao
aquelle su'" aqui d apresenta com ura diploma. seu pen-
samento.
PRKPARATOPIA EM 15 DE ABRIL.
PRIMEIRA SESSÃO

dos dous. O nobre deputado não fez


V. Ex. sabe que ha quatorze oii dezaseis casos dc_ dupli- justiça em excluir um
nao as
cata, e não será talvez possível que áté 3 de Maio, dia mar- i senão apresentar as difíiculdades da questão, mas
sim-
estejão verifica- , resolveu ; eu desejava que o nobre deputado dissesse
Cado para a abertura da assembléa geral, só um nao
dos todos os poderes, mormente se na discussão jlos pare- plesmente: votão ambos ou não ? porque, votar
é possível sem verificação prévia, verificação que importava
ceres das commissões respectivas houver animação e deba-
uma especie de petição de principio. Portanto é preciso
tes prolongados, que em taes casos costuma haver, e nessa os
Uypothese íicaráõ de muito peior partido aquelles Srs. de- abraçar dos males o menor. E' muito possível que entre
|
i dous eleitos esteja o legitimo representante....
uutados em duplicata que não tiverem a fortuna de ver
apresentados os pareceres relativos á sua eleição durante o j Uma voz:—E' forçoso.
periodo das sessões preparatórias.... O Sr. Cri z Machado: —E' possível que um seja o legi-
O Su. Cruz Machado : — Quer passe a medida , quer timo representante ; mas como reconhecê-lo antes para que
não, de 3 de Maio em diante quem não tiver o seu diploma não ^
; seu voto seja o único admittido? Votarem ambos,
approvado não pôde vir tomar parte nas discussões. dem um voto uniforme seria
possível; fazei com que ambos
o
O Sr. Barbosa da Cunha : — Logo, a moção não incluo um systema moderno de conciliação ; por consequencia
|
está envolvido na duplicata e
essa pensamento generoso para todos, como á primeira vis- prejuízo do voto legitimo que
legitimos não sejão «ncidos
ta parece, e é por isso incompletas. necessário para que os votos
reconhecidos pela constituição, poi-
Para sahir da difficuldade que todos r#c: nhecemo-, diffe- pelos votos nullos não
| do Maranhão^ por exem-
renteâ alvitres tem apparecido. Eu .julgaria que o meio | que ella não quer que a província
ou 10 deputados, nem o Ceará
mais conveniente é o que foi lembrado por uma folha desta pio , mande para aqui 8
j
corte, meio sobre o qual tenho ouvido muitas censuras, que !
não julgo procedentes ; esse meio é, para ní;o tornar pro- O nobre deputado, porém, apresentando esta difhculdadc*
|
longada a discussão dos pareceres sobre as duplicatas, ad- no mais defendeu a moção ; apenas quiz que os senhores
na casa mesmo alem de 3 de
mittir os antagonistas a instituir uma discussão sobre a j em duplicata se sentassem
respectiva eleição, préscindindo os outros senhores de to- Maio; mas nós não temos poder para tanto; primeiro, poiv
dos pre-
mar parte nella. que uma votação nossa com um numero qualquer
-A camara assim em cada dia tomar uma deliberação sentes não pôde regular os trabalhos da camara depois de
pôde
sobre uma eleição, e verificar um e mais diplomas dos litigi- 3 de Maio já constituída com o numero constitucional; em
votada
osos em cada dia.... segundo lugar, esta medida, quando mesmo fosse
sendo tendente a verifica-
—Essa boa ! fui* por maior numero de deputados,
O Sr. Cruz Machado: é privar-nos de não preva-
ção de poderes durante as sessões preparatórias,
íe-
Ür ! lece para com a camara quando estiver constituída, no
(Ha outros apartes.) cinto da qual então sómente poderá ter entrada aquelle que
O Sr. Barbosa di Cunha:—Pela parte que me toca vim estiver reconhecido deputado. _
ella
munido de muitos documentos que tendem a esclarecer as Portanto, o nobre deputado combate a moção porque
a ache
occurrencias eleitoraes
que se derão 110 dittricto que tenho não pôde ir ás raias do impossivel, e não poique não
a honra de representar. Poderia tê-los mandado publicar, justa. .
com a nv-
ou remettê-los á mesa
para serem presentes á
commissão 0 nobre deputado, finalmente, não contente
discutáo a sua piopna
de poderes; mas certo de
que a camara não approvaria mo- ção, que permitte que os duplicatas
da cama-
ção ou expediente algum tendente a privar-me da palavra, eleição conjunctamente com os demais membros
os dia-
reservei-os para a occasião competente. Mas a adopção da | ra, aventou a idéa de que aquelles sómente fossem
moção do nobre deputado será prejudicial a mim e a todos cutidores.
j
. que se aclião em caso idêntico, pois .se por ventura a dis- do um
O Sr. Barbosa da Cunhv :—Ueferi-ine á opinião
cussão sobre os poderes conieiidos pelo corpo eleitoral do
jornal.
distrieto que tenho a honra de representar ílcar para depois
são as partes
da abertura da assembléa geral, ficarei privado de tomar O Sr. Cruz Machado :-Isto 6. aquelles que
! não somos duplicatas qu>
parte nesta questão. Por consequencia, não duvidarei vo- podem discutir, nós potém que
constituição
tar pela moção com a declaração de que em todo o 3aso se- temos uni direito amplo de discutir , como a
rão ouvidas as pai tes interessadas, e votarei contra se não de tomar parte neste dobãte!
quer, somos privados
for accrescentada de modo que possa remover os inconve-
0 Sr. Bar nos a da (Vmia:—Suo juizes
nientes que tenho apresentado.
— Os vazes têm m-
Q Sr. Cruz Machado": juizes muitas
O Su. Cruz Machado : — Sr. presidente, os argumentos entrar no
cessidade de discutir, de intcrpellar as partes, para
tenho ouvido contra a moção tive a honra de man- I
que que conhecimento da verdade.
dar á mesa cada vez me convencem mais da necessidade
A opinião emittida pelo nobre deputado c pois contraria
delia. ' i liberdade ampla do discutir sin-
que têm os deputados
Quatro forão elles: gelos ; liberdade que entretanto
os duplicatas a pretendem
Um nobre deputado eleito, cieio que em duplicata, pelo a pretençno dessas_senhores não vai
para si. De modo que
Ceará, apresenta como objecção que a moção feita por mim além, vai
I sómente a rodearem-se de todas as garantias, vai
importa uma reforma 110 regimento. ! a cercearem o direito confere aosdepu-
que a constituição
Eu não desconheço isso; mas o regimento, não preveniu-
tados singelos ,
do o caso das duplicatas, cumpria tomar uma providencia ao
Conseguintemente, Sr. presidente, nem o argumento
qualquer, de sorte a moção é um addicionamento ao. a moção como un|S
¦ que nobre deputado pelo Ceará, considerando
regi meu tt). Demais, a admissão dos nobres deputados, em
reforma do regimento, nem a dificuldade apresentada pelo
duplicata na casa é um caso não só contra o regimento, dous.
J nobre deputado devotarem dous, ou exolttirem-se
mas de que a lei não se occupou, ó uma especie de prosti- legitimo, e ainda nem
1 sendo sómente um delles o deputado
alem
tu-oão do systema eleitoral.
(fícclamaçbes.) a pretcnç.So de que o favor da mqção se deve estender
nao seja
Eu não sei
qual é o legitimo. Aprescntão-se
dous.... e do dia 3 de Maio, são motivos para que a mosma
creio que haverá districto ainda mais fértil que apresenta- adoptada. ,
se devem
râ tres. e mesmo quatro e cinco, á vista do aperfeiçoamento j Se é uma reforma do regimento, é daquellas que
cue vai tendo a arte de fazer actas. é se dá o caso
fazer quanto antes, porque só agora que ^ue
1 nao queira
Foi este o único argumento apresentado pelo primeiro cumpre providenciar de prompto , a menos que
confusão', votos inconstitucio-
orador. mos duplicatas, desordem ,
nossos poderes»
Disse o nobre deputado eleito, creio que também em du- naes, não previstos pela lei na verificação dos
a camara,
plicata, pela província
de S. Paulo, mas duplicata de outro Em vista, pois , do que tenho dito, espero que
das consequcr.-
genero, collegío dividido e composto de eleitores singelos.... compenetrando-se da gravidade do [objecto,
<[ue se
São duplicatas do Sul, as outras são do Norte.... cias que delle podem provir nas diversas questões
— suscitarem, e nas votações relativas & appiovação dos pode-
O Sr. Baptista Monteiro : Protesto contra a genera-
tive a honra de
lidade.... res dos seus membros, adopte a moção que
submetter á sua illustrada consideração.
O Sr. Cruz Machado:—O seu também é dividido.
— Sr. a
Disse o nobre deputado eleito por S. Paulo que achava 0 Sr. Baptista Mosteiro: presidente, peço
a moção. (0 orador é satisfeito.)
dificuldade em votarem dous, mas que também achava in- V. Ex. o faver de enviar-me
iiíiAI iíit A SESSÃO PREPARATÓRIA EM 15 DE ABRIL.

?° 4 turmfl dos deputados de tema novamente adoptado de eleições


famada.., (? • !;«
camid ts t foiçoso T por circulos, nenhum
que advogue a causa delles , que é a mi- de nós estava bem habilitado
nha. própria causa, até oixle para discutir as questões dos
ella me
parece justa! outros, que cada um apenas sabia de si,unicamente
ter P^eirameáte de si. Não
parece incn®mTt porque me acho esta razão attendivel nem admissível,
• - w« *»- porque se cada um
srs sstsasr™" sabe dos factos
principalmente que occorrêrao relativamen-
Diz ella : * te a sua eleição, isto nao
^ que os membros eleitos pelos clistrictos em oup prova que não possamos conhecer
do alcance v da moralidade e
aíaS Uu0 Sei>.r"'' «'íwittidos da legalidade d^s
a tomarem íorem apresentadas em relação provas que
1. ,1! )'lP ' casa- * Ksta íhese 611 par^e nos aos acontecimentos de cir-
tómitto ; não concordo
U culos estranhos.
nor«1T.
por 1 com os meus
este lado
collegas de camadas....
Demais, nós temos interesse, e interesse
O Sn. Cki-z Machado : — muito vivo ele-
De duplicatas. gitimo em sustentar nesta casa os
princípios pelos quaes se
devem decidir essas
questões que vão correr na camara. Se
nao estivermos bem
habilitados, como
autor da moção presume o nobre
, para discutir sobre os factos , estaremos
ao menos habilitados discutir
para o direito ; queremos
mamtestar nossas opiniões
c,casia0- bom
é que se ventile agora; e , emittir nossos princípios , e
vem a ser 'nuo ? i praticar todos os meios legitimos no intuito de fazer
co'm
dores ainda estão na"c" que esta augusta camara os adopte se fôrem bons. Portanto,
a casaaS
» ^
nem ainda talvez enviáraoa
í-amoro os seus
camara ™ v V
diplomas. entendo é muito
que injusto querer-se
na discussão privar que entremos
, ao menos dos pontos de direito , e mesmo iul-
~ Estes não
•noroiipo^fJ"' ^";nín°:. são contemplados, g° que a camara não está. autorisada
n"° ' aJiviuIlílr para o fazer.
1ue 11 respeito delles A camara deve ser bem esclarecida, e
ha duplicat'™1""'"1 com isto não perde
antes
ganha. '
Demais ,
Mas ccmo a moção diz : qual é o perigo que resulta de tomarem parte
« S«tHntí^P1,SiTA .^?XTE,1R®— na discussão os eleitos em
' 81?í10 dupla » é claro duplicata ?
nrehpnflp >C 6 ''-e quo com- ii>se um dos nobres oradores
ílca')Qde apresentai-. Assim, sem
L. - que me precederão , que
"a m0?a°' fenti,l° de tomar este adoptando taes representantes
-n° certas e determinadas idéas,
h«n cto ' £ ponto
J g° a mW »ao é completa, poc e succeder que o resultado da sua causa seja attribuido
F t'" iqile d oenevolencia de um ou de outro
P,1 incjpio de justiça, de honestidade,
de moral eTdím.-?ri> grupo da camara.
* '.» *,Uade aa casa' o Nao posso admittir semelhante cõarctada,
a dos porque me pa-
duplicata
dunlic-iti' então, mesmo proprios eleitos em roce
por esta razão se deve modiiicir que esse pensamento revelia desconfiança tiá dignida ¦
a moção de maneira dedesses
que habilite a casa, ou a mesa' mTsa para grupos, e portanto na dignidade da casa. (Âpoiatk«.)
wocurar, pelos me os a sp» íl Para listou convencido de
que a camara em qualquer dos casos
decidira^ súmente segtjndo a sua consciência
, e inspirada
1
pelos princípios de justiça. ^
assim dizer iscada '-f* '
deT^dS
O Sa. Cruz Machado dá um aparte.
^P-vadaamoção^t^^^S O Sit. Baptista Monteiro : — Eu me acho comprehendi-
do em uma duplicata
; e estou certo de que ninguém me-
llior^ do
que eu pôde apreciar a justiça da minha causa ou
«* »s expor os factos lhe derão origem.
que
ssçjsiSiMSar'- Cás Mas além disto 'habilitado
posso estar no conhecimento
O Sn. Baitista dos factos oecorridos em
Movmtio S—AT,., w . , qualquer outro circulo. O mesmo
se pôde dar a respeito de muitos outro3
membros.
Outro nobre orador
que sustentou a moção disse que ,
adoptada ella
, era collocado o eleito em duplicata n'uma
posição mui digna e mui bella,
mar porque se abstinha de to-
parte 110 debate, e assim licava sua dignidade a salvo
'• •'—*«« ae qualquer increpaçno.
SfíXSSSSS;"lo
•Julgo
porém , senhores, "tem _Mas o nobre orador que apresentou este
qtie isto apenas em theoria nao reílectio pensamento
rnn perigo
que não se pôde verificar na que não é possível attribuir mérito a um aeto
pmtica , porque eu que nao e voluntário.
° °P2f a>g«»daáe dos nobres membros
j que estive- Quando a camara prohiba
P°r Pani duvidar que, se a moção t que os eleitos era duplicata dis-
55L?$fc na verificação de
uas votações. Mas ; , poderes, e quando elles deixarem oor
t?mar Parte , isso de discutir fdeduzir-se-lia dalii
quem nos™de" Ponera dizer, se nuo se fizer assim que elles obrão mérito-
,?°í , oue aaueUes , namente? Certo
que não.
Entretanto cllos ficaráõ Para que a abstenção seja meritoria, deve
po?estTfórmneVOtí!1'?ií:nga<!m-
do qne eu-E a "a- partir da ¦ oi-
! *88p??tanf d.°
Socondi?Ccs
nue ®e inr, ProP.ri? individuo, quando entenda. •
Oh ! esta moção é imprevidente procedimento e o ma, s justo, mais digno, e ornais
, é incompleta, none. to. Mas neste caso nao
se acharáO aquelles
Casos 6 osP*!es
tiverem da discussão que s-« abs-
eomr LCr í'08 q»e podem oc-
^ 6St0U tratando- por effeito de uma deliberação estranha
enta° a «poio .i sua vontade,
Simentt pois que então não ha liberdade para íazê-ló
Até aqui a moção ó incompleta; ou deixar de o fazer. -
agora me occunarei dn E_ portanto inadmissível
causa dos meus collegas, esta maneira de susten+ir a
da minha
própria causa. moção.
t escusado repetir
que considero muito justa amocão na Outro defensor da moção
parte em que dispõe que os eleitos em duplicata ponderou que dos males se
nã" votem eleve adoptar o menor.
mas nao
posso deixar de me oppôr a ella na
parte em aué Concordo com esta idéa
peimitte que somente discutamos na , porque é princípio geral que
própria causa E' isíb em todo o caso se evite o damno maior. Mas
o que não acho de na questão de
justiça. lst®
nobre deputado que tratamos, qual será o menor dos males
- tDisse que sustentou a moção que era , prohibir oue
os comprehendidos em duplicatas discutão
loto a maior concessão , ou permit-
que se nos podia fazer. Não senho- tir-lhes
res; a maior restricção que discutão? Certamente a melbor liypothese <5
que se nos pôde fazer entendo eu que esta ultima , como nao o negará
e impedir-nos de votar a subida intelligencia d?.-
, porque isto aconselha a razão
a moralidade e a dignidade da , quelles mesmos que sustentão a moção
casa; mas não lia lei al- do a discussão ,_os esclarecimentos ; porque restric<ric-
guma , nem mesmo disposição regimental,
nos vêde , podem ser mais ineom-
«e discutir- que pietos e as opiniões menos elucidadas, do
Coüoco a discussão neste terreno que amplinndo-a.
, e digo 1 ortanto, enao
que semelhante | ^ querendo por mais tempo abusar da atten-
pretenção não pôde ser admittida em çao da casa, vou mandar á mesa uma emenda
resimen"° da oasa ' e dasIeis de para que a
nhedmento que tenho co-
i moção seja modihcada na
parte em que não admitte á dis-
I cussao os eleitos em duplicata.
o <pw.disse o nobre autorda Feita esta modificação , eu a
moção para sustenta-la, abraçarei mui cordialmente,
quando teve de tratar desta especie, foi | posto que não lhe dè o meu
que, segundo o sys- ; voto , por entender me devo abster de votos.
que
PRIMEIRA SESSÃO PREPARATÓRIA EM 15 DE ABIUL,

Lê-se, seguinte emenda


discussão a _
npoia-se e entra em o adiamento da decisão
para depois do cor.stituida a cama-
ra, cm vista das informações
< Supprimão-se as palavras —eleição própria — S. R. — que exj<vir
Poderá ser errônea a minha opinião,
>
Bapiista Monteiro. mas eu antes
hoje qualquer quero
pequena irregularidade quo po«a provir da
O Sr. Pacheco : — A intitulada moção do Sr. deputado conseqüência destes nossos cullegas
na Verifica, T„, dos
po-
pela província de Maranhão.... 61 P™COdunto
^ ^tumo/no
caso^e adm^tth-l
O Sn. Criz Machado : — Por Minas Geraes.

ECO; — .... contem


O Sr. Pacheco: contém matéria ciede tanta gravi- LO-tc, apoia-se e entra em
discussão o seguinte renueri
' hc,lnd0
dade, que não é posr""~* desde já a decidamos sem pré- «tanto suspensa a da
possível que 51 matem ST
tonlio mesmo duvida quanto á fôrma que lhe
vio estudo ; tenho « Qiie se proceda, na fôrma
do regimento, á eleição
deu o Sr. deputado. commissão de poderes, e da
que, adiado a indicação do Sr dí
O nosso regimento não reconhece moções, como.nos par- ^
putado-Cruz Machado, seia iemettlJa»
reme»;,limesma s V
lamentos do outros paizes ; temos sim requerimentos e in- commissão
de poderes. - 1'acMr-o. >J
dicaçõjes.
O Sn. Cruz Machado : — Sr r>rp<iMrmf„
Como a moção do nobre deputado não pode ser conside-
requerimento do nobre deputado
rada requerimento, deverá ser classificada como indicação; eleito por S. Paulo^porouo
se elle passasse votanao na eleição
e então não pôde ser submettida a debate senão depois do da commissão de
res os nobres deputados eleitos em S
ter a commissão competente dado o seu parecer a respeito duplicata Para Ã
delia. para a camara era indiflerente que a
questão da admissão
dos senhores cm duplicata nos trabalhos
da verificação dos
O Sr. Cruz Machado : — Isto ó de formula. A
Questão podeies fosse decidida hoje ou amanhãa, antes
matéria é urgente. ou depois
da nomeação das commissões
; mas o quo não nos é indif-
O S. Pacheco : — Portanto a câmara não pôde tomar ferente,_ nem o
pode ser, é quo os senhores em duplicata
em consideração a matéria sujeita, nem adoptar ama deci- d,,pl° a lb™^° — $
são, sem que se satisfaça ao preceito do regimento. KJC"voto
Além disto nas sessões preparatórias tudo se faz, por as- Com o fimde evitar esta duplicata
do votos, ainda na
sim dizer , um em semelhantes Comim,s"0' bou forçado
pouco tumultuariamente ; a rejeitar o adia-
^c™to proposto.
questões todos os deputados votão em causa própria , deci-
dem a respeito de seus proprios diplomas, e ó este o incon- Felizmente estamos em maioria
; se o maior numero ™me-
dos
veniente que o nobre deputado quer evitar mediante a sua districtos se lembrasse de fazer
duplicatas , o unko
indicação. a pilr:l semclhante na
Mas, a meu ver, melhor é sujeitarmo-nos a esse incon- atado? gol^ do
veniente do que offender o direito de quem quer que seja,
O Sr, Baptista Monteiro: —
eadmittir precedentes que nos Sr. presidente,' tenho de mo
podem afastar da observan- re1u<srjínent0 de adiamento
cia do regimento. que se aelia em dis-
cuss.io,o qual diz, na
Se a camara decidir primeira parte, que se proceda na
que os.senhores que se apresentão forma do regimento á eleição
com dous diplomas pelo mesmo districto não possão votar da commissão de
na segunda, poderes, e
na presente occasião, pela mesma razão, mais tarde, hoje que seja adiada a indicação do Sr. deputado
Ciiu Machado, o remottida á mesma
mesmo ou amanhou, o nobre deputado, ou qualquer outro, commissão de
Upponho-me á poderes
julgará ter fundamento para apresentar uma moção pro- primeira parte do requerimento,
entendo porquã
pondo que não tome parte nas questões da camara o depu- que aquelles senhores que estão eleitos em dupli-
cata nao devem concorrer
tado que está fallando, ou outro com o seu voto
qualquer, sob pretexto de commissão de para a eleição da
viciòs e illegalidades da eleição... poderes. As razões que tenho para isto já as
produzi quando fallei a respoito da moção do Sr. Cruz
O Sr. Cruz Machado : — K uma liypothese mui Mi-
gratuita. ciado; escuso repeti-las.
O Sr. Pacheco : —... sob Opponho-me á segunda
^ pretexto de que se tem de deci- . parte, porque dizendo que seia a
dir a respeito da legitimidade dos seus indicação remettida á commissão
poderes. de poderes, temos uma
Supponhamos que quatro ou cinco districtos eleitoraes questão de adiamento; eu entendo mais conveniente a\ casa
apresentavão duplicatas que fizessem maioria, e e aos eleitos em duplicata
que os que seus direitos sejão desda
outros se achassem em uma minoria imperceptível? logo estabelecidos e es seus limites
qual determinados. Sendo a
»eria o procedimento do nobre deputado? commissão de
poderes eleita com os votos daquelles cuia
Os precedente da casa não sãofavoraveis, se não eleição e duvidosa, não representará
me en- em minha opinião a
gann, á opinião do nobre deputado por Minas. Não tenho legitima expressão
que o regimento quer que ella represen-
certa lembrança, e por isso não asseguro, mas me to, porque concorrem
parece para a sua organisação dous ou tres
votos por um circulo,
que em 1843 apresentando-se nesta camara o Sr. Fontes quando só devia concorrer um. Pa-
rece-me
Visgueiro o o Sr. Tavares Bastos, ambos tomárão assonto e que isto seria ímmoral, o não estaria na di^uidada
da casa, nem na razão. °
parte nas votações, emquanto se não decidio qual delles era
o deputado. Não assevero, íepito, mas creio
que assim foi. Não havendo mais
quem peça a palavra j nlga-se discutido
Na questão presente
julgo que se procederá mais regu- 0
requerimento de adiamento do
Sr. Pacheco.
larmente se for enviada a indicação do nobre deputado á
O Sr. Baitista Monteiro
Commissão de poderes... (pela ordem)Então votão to-
,jos os que estão presentes ?
Uma voz : — Não existe commissão de
poderes. O Sr. Presidente :—Não me compete tomar
deliberação ai-
O Sr. Pacheco:—... a cuja eleição se deve
proceder guma cm contrario.
desde
já. A' vista de sou parecer discutiremos a. indicação
e *Liaremos uma resolução. O Sr. Baitista Mosteiro Pois eu retiro-me do salão,
minha opinião o melhor accordo porque julgo que é da minlm dignidade, e é honesto abster-
pa 1 que se devo adop- me de votar, sendo uni dos implicados em duplicatas
0 so obrigará i lie-
W , quem tem escrupulos a votar de tira-se.) ¦
cnoire n uma matéria
importantíssima, que
pôde ter graves
e íataes conseqüências, sómente Posto a votos o adiamento, é rejeitado, o contimía
porque quatro oucinco a dis-
indivíduos tem Ue concorrer cussão da matéria principal.
para a nomeação de commis-
Soes a cujo parecer serão submettidos
qs seus diplomas ? O Sr. Barbosa da Cunha: — Sr.
Portanto requeiro que seja presidente, como (se
adiada esta indicação, e peço for approvada a moção apresentada
à camara que nomeie a commissão pelo honrado deputado
de poderes Minas)
na forma do regimento. i quanto antes,
' por eu e aquelles
que se achão em circumstancial"
idênticas (is minlias não
Creio quo toda e qualquer podem tomar parte nos debates da
questão anterior é iuopportu- casa senão quando se tratar da discussão do
ua e contra o mesmo regimento. Noraeie -se parecer relativo
a commissão, á eleição do circulo respectivo, vejo-rne obrigado a
ella vera quaes sao aquelles «enl.oros prevale-
que so apresentão cer-mo desta occasião
para pedir a V. Ex. algumas informa-
com diplomns pelo mesmo districto, e dirá se
pôde diseri- ções âperca dos trabalhos das commissões espéeiaes
minar a eleição verdadeira c legitima da que têm
que o não é e dará de tomar conhecimento dos diplomas dos Srs. deputados.
o seu parecer. Se, porem, houverem duvidas tão
fortes que Na crença, de que não se apresentaria na casa uma moção
demandem melhores esclarecimentos, a commissão
proporá idêntica áquella que se aclui em discussão, eu deixei'de
8 PRIMEIRA SESSÃO PREPARATÓRIA EM 15 DE ABRIL.

entregar e submetter :'i apreciação desta camara muitos zer que a emenda está prejudicada só
poi não ter sido posta
documentos relativos áeleição do 2o districto da província de á primeira parte.
Paulo; porquanto, entendendo que me competia tsmar Parece-me que aqui ha sómente uma
questão de formula
durante o processo da verificação dos ou de estylos, que eu ignoro, porque sou calouro. Portanto
pirte nas discussões
me era mais fácil prevalecer-me desses reqneiro a V. Ex. que se digne de
poderes, acher que pór a votos a 2'i parte da
documentos na oceásião da discussão do parecer respectivo, moção com a minha emenda.
do que dirigir á camara dos Srs. deputados uma longa peti- O Sr. Presidente:—Eu submetterei á votação da camara
cão, fazendo referencia a este ou áquelle documento. a 2" parte da moção tal
vez no- qual se acha escripta ; se não pas-
Queria, pois, que V. Ex. me informasse se uma sar então proporei a emenda.
meadit a grande commissão, da qual se devem tirar as
dos i Posta esta 2"
commissões parciaes para tomar conta dos diplomas parte da moção a votos, é approvada, e poi-
tanto lica prejudicada a emenda.
Sr», deputadas, essas commissões parciaes tèm obrigação do
receber os esclarecimentos e documentos que os respectivos O Sr. PincsiDE.vri;: — Os Srs. deputados, á
proporção
deputados quizerem offerecer-lhes sem ser por intermedio i que forem sendo chamados, trarão á mesa uma cédula con-
da mesa.... tendo 21 nomes.

O Sr. Criz Macüvdo :—Decididamente ; não pódc haver O Sr. Cruz Machado: — Menos os eleitos em duplicata.
nisto a menor duvida.
O Sr. Pkf.sidekte : —Como a mesa não tem couhecimen-
0 Sn. Barbosa da Comia :—Satisfaço-me com este aparte. to de todos os honrados membros
que forão eleitos cm du-
Não estando ao facto dos precedentes que se tem seguido a plieata, peço a estes que se abstenha» de votfir quando sejão
este respeito, e mesmo não sabendo se esses precedentes se chamados
podem considerar cm vigor, pois que inaugurou-se um
Procedendo-se á eleição dos 21 membros
novo systema eleitoral, julgo não poaer ser privado do di- para as commis-
sões de podores, recebem-se 30 listas, e sahem eleitos:
reito de submetter ao conhecimento da commissão especial
os documentos em virtude dos quaes tenho convicção de ter Os Srs. Pacheco 35 votos.
nesta casa assento como legitimo representante do 2® dis- J. Marcondes 34 »
¦tricto
eleitoral da província de S. Paulo. Se esses documen- Serra Carneiro 30, >
tos não fossem examinados, a commissão respectiva con- Cunha 5Iattos 29 »
frontando o meu diploma com o diploma entregue pelo ílermogenes Brunswick .... 28 »
honrado Sr. conselheiro que se apresenta disputando comi- Bezerra Cavalcanti 27 y>
deste senhor indica maior numero Landulpho. . 2
go,-vendo que o diploma fi »
de votos, uma diferença numérica de 8 votos, entenderá Paranaguá 26' » ¦
melhor direito que eu, no entanto qu« pela Cruz Machado 25 >
que elle tem
exhibição de documentos autlientieos e numerosos se prova Beliznrio 25 »
ter eu maior numero de votos dados pelos eleitores le- Luiz Carlos 2õ >
Viriato 25 >
gitimos....
Teixeira Júnior 24 »
O Stt. Criz 51VCIUBO Está sopliismando a palavra
que L. A. Barbosa 23 >
ordem, discutindo uma causa especial.
pedio pela Gonçalves
da Silva 21 »
O Sr. Presidente : —Os honrados membros podem eu" Saraiva. 21 »
tregar ás commissões respectivas os^ documentos que tive- Machado 21 »
reiii. Não ha sobre isto a menor duvida. Atliaide 18 >
O Sr. Baruosa pa Cünha :—Estou dando as razões por Dia» Vieira . 18 >
foi para obter informações; mas Pereira Pinto 18 »
que pedi a palavra, que
uma vez que V. Ex., Sr. presidente, diz que posso entregar Torres-IIomem 18 »
3ses documentos & commissão, nada mais accrescentarei. Em seguida, e jia fôrma do regimento,
I procede-se ao soi
João Felippe :—Não tei se posso apresentar teamento destes membros •
O Sr. um para comporem as sete commis
e produzir as razoes soes de poderes, a quem são distribuídos os diplomas, tudo
, substitutivo a este requerimento que
tenho pára isto. I pelo modo seguinte :
Ia commissão.—Os Srs. Cunha Mattos, Serra Carneiro,
O Sr. :—Não pôde ; somente é-lhe permitti-
Presidente
e Paranaguá. Vão a esta commisão os diploma"-: Pará, tres
do pelo regimento cscrevO-lo e manda-lo á mesa. districtos; Maranhão, seis; Piauhy, 1» e2°; Ceará, do 1»
Dá-se por discutida a matéria, e posta a votos a primeira ao ti».
jnrtc da moção, é approvada. 2a commissão.—Os Srs. Viriato, Belisario, e Pacheco.
Diplomas: Amazonas, um districto;
O Sn. Cuíz Mvchvdo (pela ordem) : — A emenda do hon- Piauhy, 3o Ceará,
rado membro o Sr. Baptísta Monteiro, quanto a mim, está 7() e 8° ; Rio Grande do Norte, dous districtos ; Parahyba,
da moção, cinco; e Pernambuco, do Io ao 6°.
, prejudicada pela votação da 1" parte porque a
súppròssão das —em causa própria— importaria 3" co rimissão.—Os Srs. Sebastião Gonçalves, Ilermoge-
palavras ne3 Brunswick, e Cruz Machado. Diplomas: Pernambuco,
aos seuliores cm duplicata tomarem parte na discussão em
..geral, direito lhes negar do 7° ao 13° districto; Alagoas, cincci districtos; Sergipe,
que a camara acaba de pela .vota-
ção da 1H parte da moção quatro.
4:l commissão.—Os Srs. Luiz Carlos, Athaide, e Saraiva.
O Sr Baptista Mosteiro Não está prejudicada. Diplomas : Bahia, do 1° eo lio, 130 e 140 districtos ; Espi-
O Sr. Cui!/. Machado —A camara não resolveu que os rito Santo, um districto ; Rio de Janeiro, Io, 2° e 3o.
«3nhores eleitos em duplicata não pudessem sómente vo- 5" commissão.—Os Srs. J. Marcondes, Linchado, e Be-
tar ; decidio que elles não votar, nem tomar zerra Cavalcanti. Diplomas : Bahia, 12° districto ; Rio de
pudessem nem
Janeiro, do 4° ao 12o; Minas Geraes, do lo ao 7°.
parto nos trabalhos delia. Assim, supprimindo-se ns pala-
iras —em causa própria,— (ica-lhes o direito de tomarem fjft commissão.—Os Srs. Pereira Pinto, Dias Vieira, e
os trabalhos, o de ne- Torres-Homem. Diplomas : Minas-Goraes. do 80 ao 20o dis-
parte em tòdos que a camara acaba
A' emenda portanto está Esta é a tricto: Goyaz, dous districtos, e Mato-Grosso, dous.
gar-lhe*. prejudicada. 7a commissão.—Os Srs. Teixeira Júnior, L. A. Barbo-
minha lógica.
sa, e Landulpho. Diplomas : S. Paulo, nove districtos ; Pa-
O Sn. Biptista Momiuro (p.>la ordem) :— Sr. raná, um ; Santa Catharina, um ; S. Pedro do Sul, seis.
presidente,
não posso convir na idéa de que a votação da primeira parte
O Sh. Presidente convida os Srs. deputados a se reuni-
da moção prejudica a segunda, e por conseguinte a emenda.
rem amaiíhãa á hora marcada 110 regimento.
Bem que eu visse que na primeira parte- da moção
parecia
comprehender-se a questão da segunda, fui induzido a inter- Levanta-se a sessão ás 3 horas e 10 minutos.
»,
preta-la de outro mod para nã« attribuii ao seu nobre autor
H ociosidade de apresentara segunda parte,
que aliás estava
comprehendida na primeira, de um modo mais
generico e
completo. Assim propuz emenda á segunda
paite por julga-
la questão distineta ; e agora estranho a sorpresa de se di-
SEGUNDA SESSÃO PREPA! IATOPiIA EM iG DE ABRIL. y

em IO 3.ft De José Xavier Garcia de Almeida,


Segunda sessão preparatória queixando-se da
exclusão que soflrêra de não ser declarado deputado
«lc Abril. pelo 2° /
districto da provincia do Rio Grande do Norte, e
pedindo que
PRESIDENCU J)0 SR. VISCONDE DE BÀEPEND* . fique sem effeito o diploma expedio a camara muni-
que
cipal.
Slmmario. —Expediente. — Eleição do Ceará. Iicfle.vbes dos ! 4.» Dos proprietários e domiciliados na freguezia de
Srt. Pompéo Ilrazil, Cru: Hacliado , Octaviano, Pacheco, Santa Rira do Codó,
provincia do Maranhão, representando
Dias Vieira , Pinto de Mendonça, e Jayuaribc. 1 olaçâo. contra a duplicata da eleição
primaria feita naquella fre-
guezia no dia 2 de Novembro , e pedindo que se approve a
I
A's 11 horas, achando-se reunidos os Srs. J Marcon- acta verdadeira e legal offerecem
j que por eertidão.
de3 , Pereira Pinto , Tiberio , Luiz Francisco , Cerqneira 5." De Luiz Francisco da Silva,
justificando a legalidade '/
Leite, Machado, Teixeira .Júnior, Pompêo, Pinto deMendon- i de sua eleição e diploma
pelo 2" districto da provincia do
Almeida, Silveira Lobo, Torres-IIomem, Se-
ça, Franco de | Rio-Grande do Norte.
bastião Gonçalves, Salles, Augusto Caldas, visconde de Bae- 6.» De Pevet iano José Moreira
, contra a validade da
Domingues, Cunha Mattos, Baptista Mon-
pendy, Francisco eleição procedida na matriz de S. Bartholomeu de
Marago-
teiro, Ramalho, Fausto de Aguiar,Octaviano,Pirogibe, He.r- gipe,. provincia da Bahia, acompanhada de 7 documentos
mogenes, Castello Branco, Sampaio Vianna, Paranaguá, 7." De Pedro Muniz Barreto de Aragão,
para que seia
Cândido Mendes, Fernandes Vieira, Dias Vieira, íelippe de approvado o seu diplomado deputado
| pelo 3o districto da
Araújo, Serra Carneiro1, Viriato, Pacheco^Luiz Carlos, Bar- Bahia, á vista das razões e documentos
que apresenta,
bosa da Cunha, Carneiro do Campos, Silvino Cavalcanti, De vários cidadãos da provincia do Amazonaspe-
l _8."
CruzMacliado, Silva Miianda, Bezerra Cavalcanti, Saraiva, dindo que se annulle a eleição do deputado
por aquellapro-
João Felippe, e Pedro Muniz , abre- se a sessão. vincia.
Lê-s,e e approva-se a acta da antecedente. 9." De José Antonio de Magalhães Castro,
pedindo que,
em attenção aos documentos
O Sr. Io Secretario dá conta do seguinte que apresenta , se declare
nulla a eleição do collegio da villa da Rainha ,
provincia da
expediente. t Bahia, sendo o supplicante legitimo deputado
proclamado
i pelo 12° districto da da Bahia.
procilicia
Um officio do ministro do império, remettendo cópia do ! 10.n De Francisco de Paula Cândido ,
^ queixando-se das
parecer da secção do conselho de estado sobre as representa- ilegalidades praticadas.em as eleições da freguezia de
' Ar-
ções, uma do juiz de paz mais votado do Tatuhy, declarando ripiados, do lflo districto eleitoral de Minas Geraes.
ter suspendido a eleição de eleitores com o fim de expúr al-
Vai á respectiva commissão o diploma do Sr. José Feli-
gumas duvidas qu« occorrOrão na organisação da mesa pa-
cissimo do Nascimento, deputado eleito
rochial, e outra do juiz de paz que assumio a presidência da pelo 4o districto
mesma mesa e mais membíos desta , ajuntando uma cftpia da provincia de Minas Geraes.
da aeta da eleição a que se procedeu; o que tudo o
preside»- O Sr. visconde de Baependy deixa a cadeira da
te de S. Paulo submetteu ao conhecimento d ) ! presiden-
governo im- i cia, que é immediatamente occupada
— A' commissão respectiva. pelo Sr. Io secretario,
perial. toma assento entre os mais Srs. deputados
, e dalii pede. à
Outro do mesmo ministro, transmittindo o officio do
pre- I palavra.
sidente da provincia do Pio Grande do Norte de 27 de Feve-
reiro deste anno, acompanhado de informações Acerca das O Sn Presidente : — Tem a o Sr. visconde de
palavra
occorrencias que tiverílo lugar na freguezia do Assú Baependy.
, da
mesma provincia , por occasião das eleições. — A' commis- O Sr. Visconde de Baependy : — Peço licença A camara
são respectiva.
para reiterar-lhe o pedido de dispensa do lugar de seu pre-
sidente pelo motivo
Outro do mesmo ministro , enviando as actas dos
colle- que hontem alleguei.
sios eleitoraes que até esta data tem recebido a secretaria i Prestando-me então a occupar a cadeira da
> presidência
de estado, pertencentes ás eleições de deputados tive em vista não embaraçar os trabalhos da organisação da
para a 10a
legislatura. — A's respectivas commissões. mesa e eleição das commissões do
poderes; hoje', porém, que
a mesa se acha organisada , eleitas essas commissões e dis-
Outro do Sr. dpputado eleito Alexandre
Joaquim de Si- tribuàdos os diplomar,, nenhum transtorno
pôde causar á
queija , communicando nuo poder desde já comparecer As ! minha dispensa. V. Ex., Sr.
sessões da camara pelo seu máo estado de saúde. — A' res- : presidente, como 1° secretario,
terá de substituir-me, se a camara se dignar attender ao
pectiva commissão de poderes. requerimento
que lhe faço; e ninguém por certo deixará
Outro do mesmo senhor, remettendo o seu diploma de reeonhecfer
de'' que os trabalhos da casa marcharàõ com toda
deputado pelo 3o districto da corte. — A* respectiva com- a regularidade sob a direcção de V. Ex.
missão. Espero que a camara mè fará a
justiça de acreditar qu«
tão sómente incommodos •
Outro do Sr. José Maria da Silva Paranhos, remettendo o que prementemente soffro em mi-
nlia saúde me obrigão a deixar o lugar com
seu diploma de deputado do 2o districto da corto. — A' que os meus il-
lustres collogas mè honrarão e cuja eleição cordialmente
commissão respectiva. ,
lhes agradeço.
Outro do Sr deputado eleito pela provincia da Parahvha
do Norte 1 hilinto Ilenriques de Almeida , communicando ; Consultada a camara a este respeito, é approvada a dis-
não poder comparecer á sessão deste anno. — A' commissão I pensa.
respectiva. O Sr. Machado
(Io secretario), na qualidade de presi-
Outro do secretario da camara municipal de Olinda dente, nomêa o Sr. Athaide
re- para 4° secretario. Este senhor
mettendo a acta da eleição de um deputado. — occupa o respectivo lugar, e o que era 2" secretario passa a
A' respectiva
commissão. 1° , o 3° a 2° , e o 4° a 3o.

Vão As respectivas commissões os O Sr. Presidente convida os membros das commissões a


diplomas dos Srs '
Francisco Octaviano de Almeida Rosa, deputado eleito accuparem-se destes trabalhos , e a todos cs senhores
pre-
pelo sentes a comparecerem amanhãa ás mesmas horas do hoj»
6o districto da província do Rio de Janeiro , e Antonio da
Costa* Pinto e Silva , deputado eleito pelo 9° districto da ' no paço da camara.
de b. 1 aulo. O Sr. Powpêo Brazil (pela ordem) : —Creio, Sr. presiden-
provincia
São remettidas ás respectivas commissões de te , que apezar do que passou hontem nesta camara
poderes as
seguintes representações : não estou inhibido de requerer o que julgar conveniente ,
maxime sobre o que diz respeito á minha eleição.
1.a De Álvaro Tiberio de Moncorvoe Lima, e documentos Consta-me que na secretariados negocios da justiça exis-
'|
com que demonstra a validade de sua eleição
pelo 3o dis- tem documentos muito importantes relativos A eleição do 4o
trieto da provincia da Bahia. districto da provincia do Ceará. Convém muito que estes
2." Dos eleitores de Itapicurii-merim (provincia do Mara- documentos sejão apreciados pela commissão de poderes, e
nhão), queixando-se das violências que soffrêrão no acto da
por isso peço licença para apresentar um requerimento
eleição de deputado, sendo expellidos do.collegio
por uma alim de que tacs documentos venhúo i camara.
força de linha. Igualmente tenho do oíTcrecer d casa outros documentos
TOMO I. O
10 SEGUNDA SESSÃO PREPARATÓRIA EM 16 DE ABRIL.

íieei-ea cia eleição do 7» e do 8» distiicto da mesmaprovincia, mesmos requerimentos, e é essa discussão que cu considero
e espero que sejão enviados á respectiva commissão. extemporânea.

Lê-se e entra em discussão o seguinte requerimento: O Sn. Octayiako : — Então devia o nobre deputado rejei-
tar o requerimento sem fallar. p
« Roqueiro que se peça ao governo pelas secretarias da
coramunique á comimsaão de po- O Sr. Çruz Maluado : — A rejeição por essa fôrma não
justiça e império, e que se
deres, o ssguinte : tinha o alcance que pretendo com a discussão que acabo de
'« abrir, importaria a traducção da desnecessidade desses do-
1.° O iuquirito que o presidente do Ceará mandou
fazer no Baturité e Sobral, relativo ás eleições desses lu- cumentos, e eu não contesto essa necessidade, não quero
impedir que esses documentos sejão remettidos â commis-
gares.
« 2.o O aviso expedido pelo ministério da justiça man- são; o que não desejo é que por esta maneira se procure a
obtensão de taes esta maneira
dando processar os indivíduos quo se constituirão em ca- papeis, porque, ainda repito,
inara de Baturité para expedir um diploma ao Dr. Jagua- dá. lugar ao abrimento de discussões sobre eleições, discus-
sões que me
riba. parecem extemporâneas antes da apresentação
« 3.° As communicações do presidente do Ceará relati- dos pareceres das commissões de poderes.
Portanto, Sr.
vas á eleição e desordem da Imperatriz. presidente, vou propor, não a rejeição do
requerimento de o nobre deputado
c 4.° Uma representação assignada por Bernardxno Go que se trata, como disse
mes de Araújo, de Missão Velha, reclamando contra a qua- pelo Rio de Janeiro, porém uma questão prejudicial, isto é,
lificação nulla daquella freguezia que servio para a elei- que a camara decida se o requerimento em discussão é ou
não contrario ao vencido hontem.
ÇÜÔ.
« Camara dos deputados, 16 de Abril de 1857. — T.Pom- O Sn. Su.vi.iRA Lobo: — Emquanto
pede cousas que apro-
» vei.tão á causa do seu autor, não é contrario ao vencido.
O Sr. Crcz Machado : — Combato o requerimento apre- O Sr. Cruz Machado : — Perdoe-me; as minhas obser-
sentado pelo nobre deputado eleito em duplicata pela pro- vações não dizem respeito ao fundo do requerimento, mas
vincia do Ceará , não pelo seu fundo, porém para que não sim íi fôrma.
ao vencido hontem na casa.
passe um precedente contrario Taes requerimentos poderáõ ser acompanhados de expo-
_
A letra e o espirito da moção que a casa hontem adoptòu sioões, e estas exposições prolongarão muito os nossos trjj-
aí Lm de dar ordem o regularidade aos sèus trabalhos, não balhos, serão discussões extemporâneas, discussões
que eu
se compadecem çom o expediente a que o nobre deputado
pretendo evitar com a questão prejudicial que vou propor.
acaba de soccorrcr-se para tomar parte nesses trabalhos,
e levantar questões todos os dias. Supponho que até é uma O Sr. Silteir:'. I.mso : — >íem servindo para a dofesa d:-,
ccasequencia necessaria da deliberação tomada hontem pela própria eleição póde-se apresentar requerimentos desta
camara, que nenhum dos senhores eleitos em duplicata ordem ?
continua â ter assento e a confundir-se com os deputados
O Sr. Cruz Machado:—Insisto cm declarar que não
únicos e singelos, porque isto trará até grande trabalho na
quero evitar a apresentação de qualquer documento que for
verificação do resultado das votações que tiverem lugar na
preciso; mas entendo que se deve deixar ás commissões
casa, porquanto, apresentando-se elles e conservando-se
solicita-los a pedido verbal dos interessados, e mesmo-em
assentados promiscuamente entre nós, muitas vezes, levan-
virtude de resoluções tomadas porellas, salvo se a camara
tandó-se üguus na occasião das votações, com os deputados
únicos ou singelos, poderão constituir apparentemente uma quer adoptar o systema de votar silenciosamente estes re-

maioria, não sendo na realidade senão minoria, e vice-versa. querimentos, c que a apresentação delles não seja acompa-
aliada de exposições.
Creio que se passar s precedente que quer estabelecer o
De accordo com o que tenho dito vou mandar á mesa um
nobre deputado, a pretexto de apresentação de requeri-
requerimento de questão
mentos, teremos de ver discutidas todas as questões relati- preliminar.
vas ás eleições em duplicata, quando a intenção muito O Sr. Octaviaxo ^pela ordem) :—Para evitar que esta
manifesta da camara hontem foi dar-lhes o direito de dis- discussão tomo maiores proporções, peço licença a V. Ex.
cutirem unicamente na eleição própria, isto é, na occasião para declarar á casa que, combinando com o contexto do re-
em que se tratar do parecer da commissão de poderes veri- querimento, vou assigna-lo, apresentando-o em meu nome.
ficando a eleição dos círculos por ondo se apresentem deus Assim cessa toda a duvida, visto que se considerará autor
ou mais indivíduos pretendendo o lugar de deputado. do mesmo requerimento um deputado que não está compre*
Admittir que os senhores eleitos- cm duplicata possão hendido em duplicata.
discutir fóra desta occasião, 6 ir inteiramente em opposição Uma voz : — Eu estava disposto a fazer o mesmo.
ao fim'que se teve em vista com a moção adoptada hontem.
O Sr. Presidente (depois de uma pausa): — O Sr. deputado
Nem a rejeição do requerimento do nobre dedutado trará
PompOo declara que não retira a sua assiguatura. Está
prejuizos á sua causa, porquanto é-lhe muito fácil requerer portanto em discussão £ questão apresentada pelo Sr. Cru?:
nas secretarias de estado certidões dos documentos do que
Machado.
falia nesse requerimento, c apresenta-los á commissfio res-
pectiva; é-lhe muito fácil requerer verbalmente aos mem- O Sr. Pacheco :—Sr. presidente, pouco direi ácerca desta
Bros da commissão para que elles peção, por intermédio da questão, porque não desejo prolongar os trabalhos da ca-
mesa, ás secretarias de estado esses documentos, e assim mara n'uma matéria que me parece mui fácil e clara.
ficaráõ satisfeitas todas as vistas que o nobre deputado Trata-se de saber se um deputado quo aqui se apresenta
a exhibição de taes documentos. ' conjunetamente com outro, ou, como se diz, comprehendido
possa ter com
Nfioé essa exhibiçfio que ou quero evitar, reflicta-se bem, n'uma duplicata, ou não fazer qualquer requerimento
pôde
nem obstar a apresentação de taes documentos á commis- a bem de seu direito.
tão; ao^contrario, estou prompto a apoiar qualquer alvitre O Sr. deputado pela província de Minas entende que o
o mais possível a apresentação de documentos requerimento não ó admissível por ser contrario ao vencido
que facilite
íts commissões por parte daquelles senhores que se conside- nesta casa em virtude da approvação de sua moção apresen-
rão prejudioados; o que não posso considerar compatível tada hontem.
com a resolução que a camara hontem adoptou, é, repito, O que passou na casa? Foi que esses Srs. deputados não
àe apresentação destes requerimentos se pudessem tomar parte
nos actos e discussões da camara
que a pretexto
abrão todos os dias discussões sobre as duplicatas. senão tratando das questões que relativas lhes sejão."
Eu vou além, senhores, eu entendo que a pretexto de re- Sendo esta a decisão adoptada, claro está que os mesmos
ordem, nós mesmos, senhores podem discutir ãcerca de tudo tocar ao
querimentos desta que não somos de- quanto
não devemos abrir discussões extem- seu direito.
putados em duplicata,
verilicaçao^ dos iiíssijs O que venceu-se hontem não estabeleceu que ficass.m
poraneas sobre a poderes, porque
entío tornar-se-hia uma luta interminável. limitados a discutir sómente
quando a commissão de pode-
res apresentar o seu Em vista disto é
parecer. (Apoiados.)
(Ha Mm aparte,) incontestável um lugar nesta
que os Srs. pretendentes a
Pensa por ventura o nobre deputado que a apresentação camara gozão do direito de discutir amplamente a respeito
destes requerimentos importa simplesmente a sua imme- do seu direito, e neste intuito apresentar os requerimentos
diata adopção ou rejeição? Não; semelhante apresentação que julgarem necessários á defesa de sua causa. [Apoiados.)
ctea, por este mesmo facto, o direito da discussão sobre os A camara mostrar-se-hia
pouco generosa se procedesse-
SEGUNDA SESSÃO PRKPAI ATORIA EM IR-DE ABRIL. 11

de modo difierentc ; querendo evitar ura extremo caliiria Eu, portanto,.jrlgo que o bom senso nos está mos trando
em outro peior. {Apoiados.) que aquelle que tem o direito de discutir a sua própria cau-
sa , desde que tem assento permanente na casa , goza
O Sr. Cruz Machad<7dá ura aparte.
também do direito do pedir tudo quanto
julgnr necessário
O Sr.Pacheco:— Onde iremos parar se dermos estas ou 4 discussão. Entendo igualmente
que no caso de,duvida o
outras interpretações ao vencido? Que inconveniente ha que Sr. presidente de. submetter á discussão o requerimento.
este Sr. deputado, ou outro qualquer, kpu antagonista ou Se acaso a camara for de opinião contraria, eu, imitando
nãoi fuça requerimentos afim de que sejão submettidos á o exemplo que no« deu uni dos nobres deputados, me offe-
commissão documentos que tendão a eselsrecO-l.^? Que reço íi qualquer úos senhores
que estajão compreliendi.los
casa esses senhores? Devem estar aqui em duplicatas a r.s2ignar
papel fazem nqsta quaesquer requerimentos, de ide
mudos, de braços cruzados, como simples especta lores de que razoaveis me pareção.
nossos debates?
O Sr. Cruz Machjdo:—Eu tnmbem me offereço
parai
Um mz: — São estatuas. fazê-lo por todos, uma voe que não haja discussão.
O Sn. Pacheco :—A ser assim, melhor seria que man- O Sr.. Pacheco :—Nao me parece muito
própria esta
dassemoR que se retirassem, pois qy^ de nada lhes serviria condição, desde admittimos esses senhores a tomai «li
que
o direito de entrar para este recinto,
pois que sémente assento na casa.
quando a commispão tiver apresentado o seu parecer lhes Voto portanto contra a pretenção do nobre deputado.
será permittido requerer a bem de seu direito.
O Sr. Presidem!:: — O Sr. Cruz Machado rcdur.io aos
li' impossível admittir semelhante opinião. Se lhes foi
cripto a sua moção, que vai ser submettida a apoiamento®
permittido, bem ou mal, apresentar os seus diplomas em
duplicata, se igualmente lhes foi concedido discutir o seu Apoia-se o seguinte requerimento do Sr. Cruz Machado v
.-
direito, é evidente que conjunctamente se deve aceitar todas
< Roqueiro qr. se consulte a casa se os senhores ôleitcs
as conseqüências que dahi se deduzem.
pelos districtos cm que. ha duplicatas podem apre-entar re-
Uma voz : — E' logico.
querimentos c d*.-cuti-los, não se tratando do parecer <;a
0.8*. Pacheco : — A meu ver, não se tema com isto o commissão (pie disser respeito á própria eleição, sem offen-
'vencido
tempo A casa. As questões graxés, de grandes cousequen- sa do hontem. »
cias paia a oamnra e para o paiz, hão de suscitar-se depois O Sn. Dias Virira:— Sr. presidente, parece-me
do parecer da commissão. que o
"som Um requerimento destes decjdo*
objecto em discussão tem tomado dirccção diversa daquella
se facilmente; grande demora, sem largos debates, a devera ter. Persuado-me o deu causa
que que que a que o
camara pôde rejeita-lo ou approva-lo.
nobre deputado por Minas apresentasse a moção que ova se
Querer-se obrigar esses pretendentes ao lugar de deputado discute, foi convencer-se de que o requerimento do nobre
a que se tornem em supplieantes perante as secretarias de
deputado pelo Ceará o Sr. PoiiipGo abrangia matéria estra-
estado, sujeitos a todas rs-demoras naturaes em reparti-
nha ao circulo que lhe diz respeito ; nesta liypothcse o ho-
ções publicas, ou perante os membros da commissão, afim bre deputado por Minas ponderou bem que" o seu requeri-
de obterem os documentos
que llies são precisos, além de mento ofFendia o que na sessão de liontem se venceu na
não ser próprio e digno, demorará o bom resultado e
pro- casa. Mas se o requerimento do nobre deputado pelo CearA
longará ainda mais os debates. Porque se negaria a esses se referisse unicamente no circulo <jue lhe diz respeito, cieio
senhores, a quem se concedeu assento nesta cnsa, os meios
que não se lhe podia fazer a injustiça de iâdefen-lo.
de apresontar com brevidade os documentos
que devem
esclarecer a commissão? O Sr. Ponrío Brazu, dá uni apparte.

O Sr. Criz Machado : —Jla nisto economia de tempo. O Sr. Dias Vieira : — Bem, o primeiro quesito creio que
é relativo íi eleição da freguezia do Sobral....
O Sn. Pacheco : —Não se
perde tempo. A commissão de O Sa. Cri /. Machado:—Eis ahi, fòra do circulo do uo-
poderes proseguirá em seus trabalhos, embora se peça o
esses documentes ; se vierem em tempo, a commissão os, bre deputado.
examinará, se não vierem, daríi o seu O Sr. Dias Vieira: — E' lugar estranho ao circulo do
parecer independente*
dellcs. Para que occuparmo-nos com" nobre deputado', conseguintemente o seu requerimento não
questões de que não
provirá bem algum ? píide abranger informações a respeito desse lugar. Persua-
O S:t rm /. Machado: •— 1" do-me, crrmó disse a principio, que a discussão tem tomado
porque requerimentos seme-
direcçfio diversa daquella que devera tomar. Se todos quo
ihantes hão de apparecer todos os dias.
aqui se achão estão convencidos de que não se deve negar
O Paícheco : — Estou convencido da
Su.
pureza das in~ justiça a nenhum dos que pretendem pleitear perante a ca-
tencües do nobre depurado, que certamente não mara seus direitos eleitoraes, se todos, digo, reconhecem
quer negar
a esses senhores o direito de discutir, de desenvolver, ele como uma necessidade absoluta facilitar até os meios <le
esclarecer o defender os direitos
que julgão ter; uns suas prova que possão apparecer perante a camara, me persuailo
observações vejo sómente escrupulos.
que ninguém nesta casa queira estorvar ou embaraçar a
O Sn. Cr.iz Machado: — Discutão eternamente na Hprcsentaçãoí desses documentos ; o que se pretende porém
'fiuo occa-
competente. é que por acros posteriores não vamos contrariar aquillo
se di i lio liontem, e contrariar por modf que nos pos-
O Sn. Pacheco: — O nobre deputado que
suppõe unicamente s:í difliculrar a d\ cussão.
que um requerimento feito
pelos pretendentes ao lugar de Assim eu' pediria ao meu nobre amigo deputado por Mi-
ueputado contraria ao
vencido na casa. Neste
pensar lia nas que retirasse a sua moção, porque mais cedo se por*a
«Jgano, porque venceu-se
,!•
üiscutir que esses senhores poderáõ termo a essa discussãe.
as suas eleições.
O Sr. Cacas Machado:—Elle até réquereu fúra do clr-
se tratar das suas ele;- culo.... <
oões
' 'L —Quando
rata^A de semelhante
_ matéria quando se apro-
sentar o parecer da commissão. O Sr. Vieibv .—Neste caso, quando so discutir o
Dias
limita
requerimento, examinar-se-ha se o que elle pede so
ao seu circulo ou se abrange circulos diversos....
sento nesta casa, requeira nv.:
os met°8 i . ? • ^
conducentes á munia O Sr. Curas Machado: — Por consequeucia"deve re:.r-
;i„r „ „ cr.1 j
°U Por 'ranntos i„,proprios de' mar o seu requerimento; como está é uma inlracçao do
um deputado? ' vencido hontem.
Km caso de duvida devemos ser cavalheiros
e generosos. O Sr. Dias Vieibv: —V. Ex. propôz uma questão .'..-
Supponhamos
que ha duvida a tal respeito ; não m infringe ordem, é esta que eu lhe peço que retire. Deixe discutir o
disposição alguma admittindo o requerimento. versará sobre este
Deixemos requerimento, porque a sua discussão
que esse Sr deputado ou o_utro sao relativos ao circulo
convier a melhor demonstração do seu
qualquer requeira o q^è ponto, *e os documentos pedidos
diieito :i ou a outros circulos. Nes-;
crição ficará approvar ou rejeitar o
nossa dis- que o nobre deputado representa»
que propú -erem te caso até a mesa podia tomar por si uma deliberação.
Se. adoptarmos resolução contrariç,
resultará dahi uma Portanto, tomo a pedir ao nobre deputadç que retire a sua
mi, impressão,
que prejudicará a nossa força moral. moção dc ordem.
12 TERCEIRA SESSÃO PREPARATÓRIA EM 17 DE ABRIL.

O Sr. Crez Machado (pela ordem). — Aceito o parecer dino Gomes de Araújo, de Missão Velha, reclama contra a
do meu nobre amigo deputado pelo Maranhão. Retirarei a qualificação velha daquella freguezia qüe servio para a
minha moção, visto que já consegui o meu fim, que é a ca- eleição primaria. >
mara calcular 03 inconvenientes que se darão em admittir O Se. Jaguambe diz que, tendo-se suscitado uma ques-
discussões extemporâneas, e até sobre objectos que não di- tão relativamente ao circulo que tem a honra de represen-
zem respeito, nem mesmo aos círculos aaquelles senhores tar, julga opportuna a occasião para offerecer um reque-
que, eleitos em duplicata, se apresentão a fazer requerimen- rimento em referencia á eleição desse circulo....
tos semelhantes. Retirarei ainda por mtro motivo, para
O Se. Presidente : —Primeiro deve votar-se sohie o re-
que se não supponha que quero difticultar a obtensão de
documentos áquelles que têm seus direitos em pleito; pelo querimento que ora se discute.
contrario, retirando-a protesto a todos os Srs. eleitos em dn- O Sr. Jaguaribe
suppunha que era admissível o re*
plicata, sem excepção, que me presto a apresentar um re- querimento que pretendia offerecer para discutir-se con-
querimento assignado por mim, pedindo quaesquer docu- junetamente com o qtae se debate, entretanto não insiste no
mentos que julgue necessários á sua causa; mas só apre- proposito que tinha de motivar esse requerimento, conten-
sentar, e não abrir discussão sobre a sua matéria, parque ta-se com remettê-lo á mesa, que deliberará como lhe
entendo que taes discussões devem ser reservadas para a apiouver.
occasião da verificação dos poderes, quando os pareceres
O Se. Presidente :—Depois de decidido o do Sr. Pinto
das commissões furem sujeitos á deliberação da casa. Peço
de Mendonça, será tomado em consideração o do nobre de-
para retirar a moção.
putado.
A moção é retirada com o consentimento da camara, e
Dá-se por discutida a matéria, e é approvado o requeri"
contintia a discussão do requerimento do Sr. PompOo Brazil.
mento.
O Pinto de Me.>do>ça :—Sr. presidente, pouco direi
Sr.
Lê-se e é tambem approvado sem debatp o seguinte re-
sobre matéria em discussão, por isso que os nobres de-
a
querimento do Sr. Jaguaribe:
putados que me precedírão me prevenirão em parte, quando
são de opinião que se approve a primeira parte do roque- « Kequeiro que se peça ao governo -que remetta a esta
rimento do nobre deputado meu amigo e collega pelo Ceará. camara o inquirito que o mesmo governo mandou fazer
A primeira parte do seu requerimento não está ém opposi- pelo juiz de direito da Imperatriz relativamente á eleição de
Santa Cruz*c Imperatriz. »
ção com o que hontem se venceu na casa, por isso qne ella
w
diz respeito a esclarecimentos relativos (i sua eleição ; e Não havendo nada mais a tratar, o Sr. presidente convida
á segunda parte que diz respeito ás eleições de outro os Srs. deputados a se reunirem amanhãa á hor&^marcada
quanto
aistricto, eu julgo tão conveniente e necessário mesmo que
pelo regimento.
se peção ao governo esses documentos, que para cortar a
Levanta-se a sessão á 1 hora da tarde.
discussão tomarei como minha, e mandarei á mesa um re -
querimento neste sentido.
Permittir-se ao deputado em duplicata, como hontem se
deliberou por uma votação, que elle possa tomar parte na
Terceira «essfio preparatória em li
eleição que lhe diz respeito, e negar-se-lhe os meios de se
liabilitar para essa discussão, seria um absurdo; seria o «le Abril.
mesmo que querer os lins sem querer os meios.
Todos sabem, senhores, que as eleições da do PRESIDENTE DO SR. AISTOUIO JOSÉ MACHADO.
província
Ceará correrão cm grande parte de uma maneira muito ir-
À's 11 horas,
regulai, que ha muito que dizer pois sobre essas eleições, ^ presentes os Srs. Machado , ,T. Marcondes ,
mesmo, ácerca daquellas Franco de Almeida, Lima e Silva, Baptista Monteiro , Luiz
que não apresentão duplicatas.
Francisco , Octaviano, Torres-Iíomem, Dias Vieira , Cer-
Ora, para que a commissão de poderes possa bem exami-
nar essas eleições e habilitar-se a dar um parecer conscien- queira Leite , Pereira Pinto , Serra Carneiro , Pompêo ,
ha- Silva Miranda , Viriato , Teixeira Júnior , Fernandes
cioso e illustrado que possa orientar a camara e
Vieira, Cunha Mattos, Jaguaribe, Athaide, Silveira
bilita-la igualmente a dar uma justa decisão, é de
Lobò, Gonçalves dà Silva, João Felippe , Pacheco , Rabello
mister que tenha á vista todos os documentos que
Leite, Tiberio , Paranaguá, Francisco Domingues, Fausto,
liajão a respeito. Consta-me que muitos Srs. deputados
Ramalho, Pinto do Mendonça, Sampaio Vianna, Silvino
têm offerecido documentos a favor de suas eleições ; mas
Cavalcanti, Barbosa da Cunha, Belisario , Gaioso, Candi-
consta-me tambem que os presidentes têm remottido ao go-
do Mendes, Salles , Hermogenes, Luiz Carlos, e ITenriques,
\erno,muitos outros, e estes documentos parece-me que de-
o Sr. presidente declara aberta a sessão.
vem ser attendidos de preferencia, por isso que os considero
mais imparciaes, e Lê-se a aoprova*se a acta da sessão antecedente.
por esta razão as commissões devem em
regra se prevalecer mais delles. Entendo, A vista do que
O Sr. Io Secretario dá conta do seguinte.
tenlío dito, que a camaia não pôde negar a qualquer depu-
tado os esclarecimentos, os documentos e quaesquer infor- EXPEDIENTE.
mações mesmo que pedirem ácerca de eleições, tanto mais
quando se attende á neces»idade que temos de proceder Um officio do Sr. Francisco Diogo Pereira de Vasconcel-
neste negoefo com a maior circumspecção o justiça. los, participando não poder comparecer ás sessões
preparato-
Terminando o que tinha de dizer a respeito deste objecto, iias. A' commissão respectiva.
pois não desejo protelar a discussão, peço a V. Ex. que po- Uma representação de José Joaquim de Oliveira, capitão
nha o requerimento em discussão á votação por partes, por-
da 4a companhia do 7o batalhão de guardas nacionaes, quei-
que approvando-se a primeira parte eu offerecerei a segunda xando-se da injustiça que soffrêra de se lhe não contarem
como minha.
os votos que obteve nas eleições primarias de 2 do Novembro
O Sr. Presidf.>te :—A* vista da"discussão que tem ha- para eleitor da freguezia de Nossa Senhora do Loreto de Ja-
vido, julgo prejudicado o requerimento sobre as eleições que carepaguá, município da corte, epede que se lhe mande con-
não dizem respeito ao districto pelo qual foi eleito o Sr. Pom- tar os referidos votos. —A' commissão respectiva.
a votos só a parte que diz respeito a esse dis-
peo. Porei Uma outra de Martim Francisco Ribeiro de Andrada,
tricto. sobre a nullidade das eleições para deputado pelo 7° districto
Posto o requerimento a votos, é approvado, menos a parte da província de S. Paulo — A' commissão respectiva.
do 1» § que diz respeito a Sobral, e o 4° §, por estarem
São ás commissões respectivas as actas do
remettidas
prej udicades. collegio eleitoral da villa do Catalão , província de Goyaz ,
O Sr. Presidente nomêa em seu lugar para a 5a com- do collegio eleitoral do 2° districto dararahyba do Norte ,
missão de poderei o Sr. Octaviano, e manda passar
para a e do collegio eleitoral do 10<> districto da província do Rio
commissão o diploma deste senhor. de Janeiro.

Lê se e entra em discussão o seguinte requerimento do São tambem remettidas ás respectivas eommissõcs as


Sr. Pinto de Mendonça : seguintes representações :
• Que se peça ao governo a representação em que Bernar- 1." De vários cidadãos de Sobral, do Ceará ,
província
PREPARATÓRIA EM 18 DE ABRIL. 13
QUARTA SESSÃO

em
favor da eleição de João Felippe da Cunha Bandeira de Vai também á commissão respectiva o diploma do Sr.
Mello. Joaquim Octavio Nebias, deputado eleito pelo 6° districto
do da província de S. Paulo.
2.« Do Dr. Manoel de Mello Franco , sobre a eleição
17°. districto da província de Minas-Geraes.
ORDEM DO DIA.
Le-se e é approvado sem debate o seguinte requerimento:
Pi D1DO DE IKFOKMAÇ&ES ELEITORAES.
« Requeiro que se peça á secretaria do império e á da jus-
tiça todos os documentos equaesquer outros papeis que digão Lê-se e entra em discussão o seguinte parecer -.
respeito ás eleições de Novembro, Dezembro, e apurações de
<A 2' commissão de poderes examinou o diploma do
Janeiro, ao >1° districto eleitoral da provinoia
pertencentes Sr. Dr. Silvino Cavalcanti de Albuquerque, deputado eleito
do Maranhão. — Franco de Almeida. >
pelo 3° districto da província de Pernambuco; e observando
Le-ie e entra em discussão o seguinte requerimento :
que ha representação do coronel Manoel Pereira de Moraes
« Requeiro que se peça ao Exm. ministro dos negócios da contra a validade das eleições do referido districto, o que
não existem as actas das eleições primarias das difíerentes
justiça o inquiritu a qu« se procedeu em Sobral áceica das
eleições que ultimamente ali se fizerão para deputado por freguezias quo compoem o districto, e nem as do collegio
aquelle districto. — Francisco Domingues da Silva. » eleitoral, requer:
« Que se peça ao governo, pela secretaria do império, as
O Sr. João F i lipit. : — Peço a
palavra em causa própria. referidas actas. ,
O Sn. Presidente ; — Tem a < Paço da camara dos deputados, 18 de Abril de 1857. —
palavra.
J. J. Pacheco. — V. li. Duarte. »
O Sr. Joào Felippe : —Parece-me que esse lequerhnen-
to passou hontem na casa,
pois que se approvou a primeira O Sr. Silvino : —Sr. presidente, parece-me que o parecer
parte do requerimento do meu nobre collega pelo 4° districto da commissão, deixando de reconhecer ob poderes que 11 •
de minha confere o diploma que tive a honra do apresentar á mês.',
província, em que está incluído. Se assim Hão foi,
porque não podia requerer senão em causa própria, eu do traz o grave inconveniente de procrastinar o reconheci-
meu assento o requeri, dizeudo raento dos poderes dos outros deputados cujos diploma»
que juntava a minlnv assig-
natura ae sou requerimento. estiverem em idênticas circumstancia», de modo que nf«
será fácil constituir-se a camara 110 tempo competente.
O Sr. Presidem* : — Não
passou. , Pedem-se as authenticas das eleições primarias das dil-
O Sr. João Felippe : — Então ao presente requerimento ferentes freguézias que constituem o 3° districto de Per-
junto a minha assignatura, e peçoá casa que o deixe pus- nambuco; mas é possivel que as actas nãoestejão om poder
sar, porque muito me interessa
que venha essa syndicancia, do governo, c não estando, naturalmente ha de fazer-.1 o
também deve interessar á camara
para poder dar uma nova requisição ao presidente de Pernambuco, este ás res-
decisão justa sobre as eleições do 2o districto do minha
^ pectivas camaras municipaes, e estas, se não as tiverem em
província. seu poder, aos collegios eleitoraes.
Dá-se por discutido o requerimento e é approvado. Feitas as eleições, os collegios eleitoraes dissolvem-se,
como sabemos, e não é fácil reuni-los de novo; suppondo-te
O Sr. Presidenta : — Convido os Srs. deputados a se
quer os collegios eleitoraes não tenhão remcttido essas actas
occuparem com trabalhos de commissões ,. e ííca no entanto às camaras municipaes, ver-se-hn que será necessário dr-
suspensa a sessão. morar extraordinariamente a decisão deste negocio ató quo
A' uma hora e tres quartos continúa. os collegios se possão constituir de novo, de sorte que
eleições
Sr. Presidente : — Não havendo trabalho algum npre-
O quando vierem a chegai aqui as authenticas das
o
sentado pelas commissões , levanta-se a sessão , e convido primarias dc cada um delles estará a sessão a tindar-scf
os meus direitos ficará5, ao menos por esse tempo, inteira-
01 Sr3. deputados a comparecerem amanhãa fts horas do
mente prejudicados. Isto que digo de mim tem referencia a
costume.
outrosjSrs. deputados, porque essa falta que se nota 110 meu
diploma nota-se em difíerentes outros.
Ora, o inconveniente apontado pela commissão não é da-
quelles que não *e possão resolver de uma maneira honrosa
sessão em 18 de Abril.
projnirsitorla paia a camara 110 sentido de não demorar o reconhecimento
dos poderes de seus membros. Não ha duvida sobre a
PKESIDEKCIA DO SR. ANTONlO JOSÉ .MACHADO. eleição secundaria a que se procedeu no 3® districto do
Pernambuco; apenas se nota uma representação quo veio
Simmario.— E.rpediente. — Ordem do dia. —Pedido de infor- ao conhecimento da commissão e d-< governo, na qual
maçbet eleitoraes. Observações do Sr. Silvino Cavalcanti, Vi- se diz quo forão considerados «'leitores legítimos indivíduos
ria/o, e Pacheco. —Eleição do Maranhão. Votação — Eleição
que não estavão qualificados. Mas esse inconveniente, único
do'Piauhy. Votação. — Eleição do Rio Grande do Norte. Vo- da eleição secundaria, se remove inteiramente por uma jus-
(ação. — Eleição do Rio de Janeiro. Votação. — Eleição dê titicação que dei, e que foi ao conhecimento da commissão,
Grão-Pard, Votação. — Eleição dc Minas Geraes. Votação. de que os eleitores aeoimados de illegitimos estavão ounlifi-
— Eleição de Sergipe.
Votação. cados; apenas a representação diz respeito mais fundamen-
talmente ft eleição primaria de uma «i;< s freguezias do dis-
As 11 horas, reunidos os Srs. Machado, Dias Vieira,
tricto; mas R3 duvidas oppostas á eleição primaria são taes
Franco de Almeida, Luiz Francisco, Lima e
o^^on^e»,
onva, fereiia Pinto, Paranagua, que me acho habilitado não só para satisfazer completa-
Serra Carneiro, Pacheco, mente os escrupulos da commissão, como da asserabléa.,
acjkis, Silveira Lobo,
Bezerra Cavalcanti, Joao Felippe,. Deste modo, não havendo questão s*hre a generalidade da
oaraiva. ":"?onde
do eleição, e apenas, como disse, sobic a especialidade de uma
Baependy, Luiz Carlos, Cruz
Machado, Barbosa,, Pompêo, das freguezias, questão que se resolve pelo simples jogo do
Pedro Muni/., Tiberio. 1". Octaviano, Fernandes Vieira, raciocinio, creio que se poderá prescindir da requisição das
Fausto de Aguiar, Teixeira
Peixeira Júnior,
, , ,, , Júnior. Jaguaribe,
Jairaaribe. Aragão, authenticas, tanto mais quanto não hi candidato prejudi-
llarbosà da Cunha, Viriato, Carneiro
de Campos, Torres- cado que eonteste a validade da minha eleição. (//<* ww
Homem b.lv.no Cavalcanti, Cândido Mendes, Sampaio aparte.)
vianna,. alies, Ocrqneira Leite, Athaide,
Pinto de Campos, Eu já fiz sentir aos membros da commissão que estava
'ronçalves
da bilva, e Silva Miranda, abre-se a sessão. a dar todas as explicações oondueentes a um juízo
prompto
I.G-se e approva-se a acta da antecedente. imparcial o justo a respeito da validade do meu diploma;
mas a commissão, dispensando o meu offerecimento, onten-
O Sr. Io Secretario dá conta do seguinte
deu que d«via dar esse parecer.
Por minha parte entendo que a assembléa pôde mui bem
EXPEDIENTE.
dispensar a apresentação das authenticas no caso vartente.

_
Officio do Sr. deputado eleito pelo 16" districto da
pro- O Sr. Viriato : — Sr. presidente, os membros da commis-
vincia de Minas João das Chagas e Andrade,
communi- são de que faço parte têm o maior desejo de indagar tudo
cando não no o que houve a favor ou contra a eleição do honrado oradot
poder comparecer presente anuo ás sessões da
camara. — A' commissão respectiva. mas este desejo não pôde ser rea-
que acaba de sentar-se;
Mi
QUARTA SESSÃO PREPASATORÍA KM 18 DE ABRIL.
lisado porque lia falta absoluta de
actas da eleição motivos
ueste circulo. Corno decidir primaria jmra justifica-lo, parece que aquelle
.de uma elei<ão em'que secpre- que procira
esclarecimentos merece considerarão, lotivor e não
senta somente uma® ta da eleição secundaria? cen-
sara...
h°n#ràdo orador 6 forçado a concordar
. 9 que a nossa de-
cisão seria infallivalmente mal deduzida, O Sr.. S11.V.KO: — Estes
injusta mesmo, se principio.? são verdadeiro», mas
nao se baseasse em documentos de valor. nao tem àpphcação ao facto.
Nós não ouercnos
dizer <jue a eleição esteja rnilk só
porque existe w retire- ° Sr. Viruto: —A commissüq
senta.,-ao contra «Ia; não pedindo esses papeis tem
podemos formar juízo àntieiwdo' por fim habilitar-se para íormar o seu
e para isso juizo; é este o seu
pedimos documentos. Não se trata an-ora 4 propósito; isso não indica que eu ou ui«us coliegas em
decidir que « eleição é valida ou não. oecasiao opportuna não desejemos ter
Presumo une .í wli.Ja, o prazer de darmos
?.i™,eu fazer justiça sempre qne sou coílocr.do na nossos votos a favor da eleição do honrado
orador. Cumpre
difficil missão do
julgar; mas tsnlio agora inteira j.-ccifSo porem dizer que sobre tudo, sobre todos, é a iustiea o severo
de provas. 1 cumprimento do dever.
O Sr. Silyi.no : — Os
pontos do nullidade são nbstractos. 0 Sr. Puan-cot — O Sr. deputado
O S;i. \ iic.vto : •—Os que arei;:' de sentar-
se justificou perfeitamente o requerimento, e eu
pontos todos referem-se nos jactos por isso
aa eleição inc julgaria dispensado de dizor alguma
primaria, e o que é qne nos dá conhecimento dos cousa em defesa do
laetes daj-Jeiçao mesmo requenmènto se nao fosso necessário
primaria senão a neta? Dalii é qne podemos accrescentar
tirar razões algumas palavras, as
para fundar tini parecer. Mas nós não temos quaes se dirigem ao nobre deputado
essas actas. eleita pela de
província Pernambuco, afim de tranquillisa-lo
Allegou o honrado orador a demora acerca de nossas intenções a seu respeito.
^ que trazia 0 pedido
aas aut.lieni.ieas. Creio
porám que esta demora não será tão Sn. SitviNo. — Não tenho
grande como teme o orador. prevenções absolutamente
-'^as« supponliamos em referencia A commissão.
. que o seja, e qW dalii-possa vir al^um
mcommodo ao honrado orador. Essa consideração O Sit. Paciiiíco : — Ci cia o nobre deputado
e a"eir- _
cumstuncia de incommodo individual não suo nutre os mais ardentes desejos que a commis-
& bastante p»ra de acerta : no desempe-
nos levar a decidir sobre nho de seus devores. Tendo
imprudentemente negocio tãoim- sido incumbida de uma tarefa
portanto como a eleição de Um representante da nação. árdua e_ espinhosa, de sérias conseqüências
j>lao na nacla ahi para o paiz,
que seja capaz de arrastar-nos ao acto de a commissão está obrigada a estudar.,e
averiguar todos os
tirarmos direitos de um ¦
para dá-los, a outrera que fo pontos relativos íi eleição do Sr. deputado, aíra de ene a
tem. 1 camara se regule
pelos bons princípios, sem cs quaes não
Espero nao se de a demora na remessa dessas actas;
que podemos apresentar-nos airosamente ao
consta na casa paiz.
que cilas vêm no proximo vapor, não só a elo que diz respeito ao nobre
deputado, assento-lhe
3 espeito da eleição do honrado orador,
como dos outros que tenno as mais íavoraveis prevenções a respeito' de sua
nobres deputados
por Pernambuco. eleição, autondo o desejo de descobrir
quantas razões in-
O Sr. Silvio dá um aparte. duzao a commissão a approvar o diploma
do nobre depu-
tado... A
O Sr. Viriatoi— Ou eu me explico
mal, ou o fc.-i-«.lo "mo
orador não macornpreher.de. Eu digo O Sn. Suviko : — Oorigadt».
qne, m ca»- ..
de se demorarem os
papes*, não era isso razão .s O Sr. Pacíiuco : —...
naar-se juízo porque não só sympathiso com a
precipitado sobre questão tão importante. Nilo sua pessoa, como
lia prevenção alguma contra o honrado porque lhe reconheço muito merecimento
orador. Eu s o, [i())oiadosjy q folgarei muito em tê-lo por meu colletra nesta
meus honrados coliegas da commissão casa.
só temos des do
acertar. Por ora, e
pelos papeis que temos em vi«&,.V nobre deputado mostrou-se um
mos d:zep-que estamos mais pouco precipitado im-
propensos a approvar a ./.«! :.o pugnando o parecer da commissão a que pertenço* períhitta
cio honrado orador do a condemna-la.
que que lh.o diga.
Diz o honrado orador
que as outras eleições estão no r.ieç- A commissão não
podia proceder de nm modo diflerente,
mo caso. Isso não
procede. Poder-se-lia dar falta da •.•.ia m ou havia de dar
parecer contra o nobre deputado julgando
outro collegio, mas não se apresentando íllc^al o seu diploma, ou
comoetidor, r.ão
liaveodo contestação alguma sobre o pedir as informações queVeclamav
acto da*eleição, ha Nao lhe ioi presente
sempre a presumpçao forte de pelo 3° districto senão a acta do col-
que a .eleição niarclíou em legio eleirornl, a ainebt nssini, não está feita com to-
regra. i\este caso qual,
podem os membros da commissão dar o das as solemnidades ligaes, visto que faltão-llie assignatu-
•seu parecer, fazer com tenha logo
que lu^ar a entrada na ras de alguns eleitores
casa de um honrado deputado. E isto que se achárão presentes, como de-
póde-sb fazer, repito-o : termina a lei.
a resp ato de uma eleição contra a
qual não se representou' oderia,
o nao com uma eleição onde sa porventura, a commissão dar um parecei* do-
apresentão pessoas eue sè tinitivo
julgando valida a eleição unicamente guiando-se
l™ SeUSdireitos. E'«ssim estuàcta?
que;o finando; por Pi.r certo que não. Faitavão-lhe osdi'--t-
foi,minta parte nao me mostraria digno do conceito . «e méritos necessários para formular um
mere da casa juízo vr-dad-^ro e
quando me elegeu para uma c ,!oi sl profundo áeerca da eleição, e por Uso EpedloTd3-;Í 4
•; "-v' s! conceito» se
i: fr,:"1'J0 . um | queixa o honrado membro, nó sem duvida lhe" falta
paiooet precipitado so^ro matéria tão que
grave. razão.
O hçm-ildo! orador diz tem esclarecimentos
que que dar á Quando se apresenta uma eleição não contestada
commisião. Eu os aceito de mui boa porpes-
vontade, assim como soa alguma, contra a
os mejis nobres coliegas. qual ninguém representa, liem se sus
cita a rrtinima
questão, a con;missão examina 03 documentos
. O Sn. SiLvmo :—'Depois de ter dado esse .parecei que são presentes, e se nelles não acha objeeto
sío ' que possa
inúteis. ' produzir sérios embaraços, dit o seu parecer, kb^teudo-se do
fazer exigências que demorem a decisão.
O .,j\. Viriato: —-Esta enganado;
as expUoajoes ,;.w 0 Mas, quando se trata de uma eleição acerca da
Jionrado orador
quizer dar-nos sempre nos serao de grande qual exis-
te uma representação
utiimaae. Guiando-nos (quero suppôr que seja-infundada1,
pelos doeumentos que tivermos em arguindó-Hie nullidades, a commissão cumpriria o seu
Vista, (Uritridos nr-Jnc inctmf.nr,o.. .. . 7 . "¦< do-
I- -....- -..ou noyuco wuotiuiiuiusas uu -Jüiir(tao ver dando um j1"<iu
orador, «lie me merece bastante conceito, parecer sem conhecimento, utlS ao menos, das aC-
ac-
caminharemos tasda eleição, quando não diante de todas as authenticas
mais acertadamentc do ?
que sem-ellas. Creio que nao. Portanto, firmado nesta consideração,
Sr. creio com a
presidente, que tenho justificado o parecer da qual deve ir por diante, a commissão a remessa
commissão, e mostrado mais pede dos
qne não temos prever. vo al- documentos em questãe.
guina contra a eleição do honrado orador. E como estare- Disse o honrado deputado : < Eu me offereci
mos preveiiidos para dar
quando não temos bases pa,ra formarmos explicações «1 commissão,
.juizo qualquer sobre cila? Ha uma representação, seriamos que de certo modo as dispensou. >
Não, a commissão não dispeiasou, nem dispensará
injustos se nos osesclá-
guiássemos unicamente por ellá • mas faria- recimentos que liie
mos igualmente uma injustiça se a possa prestar o nobre deputado. Ella, ao
desprezássemos com- contrario, tem pedido a todos osSrs. deputados eleitos,
pietamente sem exame, e não pedissemos as actas. cujos
Nunca diplomas se achão sujeitos á sua consideração, tem
mo persuadi mesmo
quo o parecer da commissão pudesse ter con- reclamado a
testado. E quando se não que coadjuvcm mediante as explicações neccs-
pôde formar juizo por falta de sarias e convenientes.
SMSSAO PRHPAIUTOUIA EM d8 T>1? AlilUL 15
ÚARTA

•' atado a respeito Aoprovou-so jíl um requer imenio, rgera rpro-eiitn-se


A commissüo protcnle ouvir o nobr-
• uc so ncbíi na outro, o se liouver discussão r.F-o ficSo pr.-teridrs os
dos diffefentes pontos da represe ntaeuo p-.rcce-
110 seu res ? (,l;io/dflo».) Cliamo
\
casa ; e julgo que taos esclarecimento? p; t alocer&õ pois a attenç.üo do V. Ex. para este
animo, assim c mo no da camarn. ponto.
' l •" 3 ílòcumcntos de
Ainda depois de virem ao seu O Sn. Presidente :—Submettl (i discussão o requerimento
a comii.i^-. > a não dar parecer
que carece, está resolvida que La pouco íbi approvado, e agora este de que te trata,
deputiuto áccrca deste ou
senão depois de ouvir o nobre perque me parecerão tão urgentes como os parecerei de com-
veulmo. no
daquelle ponto. E' natural que as uvtns peuulas missões, visto que tnmbem uizem respeito a eleições e mais
e quando esta hy-
caso de existirem cm poder do governo ; porque os pareceres ordinariamente offerccem mais dis-
vários meios para obviar semelhante
pothese não se dè, ha cursos do quo os requeiimentoe.
alta. " Não havendo mais quem peça a palavra, e
'» Entretanto, se Acerca desta ou de outras questões se posto a votos, é
approvado o requerimento.
levantarem duvidas de alta gravidade, s^rA necessário adia-
Ias para quando a casa estiver constituída. I.LI.MÃO DO MARANHÃO.
O Pr- Silvio dá um aparte.
(3o districto.) *
O Sn. Pacheco :—Se assim succecler, a culpa deve recaliir
sobre os candidatos que representSo eski districto. Não do- Lê-se, entra em discussão, e sem debato ó approvadõ, o
viãolicar na inércia ; cumpria-llies cooperar para que vies- seguinte parecer :
sem todos os documentes necessários paia esclarecer a casa.
« A primeira commissão de poderes examinou acurada-
Portanto a commissão não podia dar parecer som os do-
mente não só a acta do collcgio eleitoral do 3o districto
cuinentos que exige, visto que não se apresenta nem uma
da provincia do Maranhão, ccmo as das eleições primarias
neta da eleição primaria de uma só freguezia ; o assim é
das cincoÍVeguezias das seis que compoem esse collcgio. E
indispensável que se approve o requerimento.
regular andamento em todo o
porque reconhecesse o mais
O Sa. Silvino :— Peço a palavra. acta parcial da freguezia
processo, c entenda que a falta da
fallar de S. Josó de Guimarães não pôde invalidar a eleição, sobre
O Sn. Presidente Sobre esta questão não pôde
mais^ a qual não se apresenta reclamação alguma, 6 a commissão
de que sejão reconhecidos deputado pelo 3<>
parecer
Julga-se discutido, c è approvado o parecer.
districto eleitoral du provincia do Maranhão o Sr. Dr.-João
O Sr. Silveira Lodo :—Sr. presidente, desejando votar Pedro Dias Vieira, que obteve os votos de 85 elei-
conscienciosamente e com pleno conhecimento ae causa so- tores, sendo 8f> os presentes no collegio; c supplen-
bro a eleição de todos ode cada -um dos distrietos eleitoraes, te pelo mesmo districto o Sr. tenente-coronel José
sinto necessidade do esclarecimentos relativamente a um Joaquim P.odrigues Lopes, que obteve dos referidos 88 elei-
convênio 1 ávido ria província de Pernambuco, antes da toros 51 votosj
eleição de Novembro, c a' respeito delia, entre o Dr. Anto- < Sala das sessões, em 18 de Abril de 1857. — I.. A. du
— Franciòco da
nio Vicente do Nascimento Feito sa e o presidente da mesma Çwihn Mattos. — ./. L. da Cunha Paranaym..
província. Serra Garnrvo. >
Julgo que os concernentes a este assumpto pode-
papeis O Sr. Presidente declara deputado pelo .'í<> dictrieto
ráõ ecr mui úteis ás decisões quo houvermos de tomar ao
oleitoral da provincia do Maranhão o Sr. João Pedro Dias
que disserem a respeito. Vieira, e supplente o Sr. tenente-coronel Jo3é Joaquim lio-
Assim, peço licença para offerecer á consideração da casa
drigues Lopes.
um requerimento.
ELEIÇÃO DO PIAUHY.
Lê se, o sem debate é approvado , o seguinte requer í-
mento :
(3o districto).
« Iíeqneiro se do
peça ao governo quo pela secretaria
império faça remetter a esta camara, com urgência, para Lê-se, entra em discussão, c é tambom approvado sem dc-
serem presentes ás respectivas comniissõos, os papeis relati • bate, o seguinte parecer :
. vos ao convênio -avidü em Pernambuco, antC3 da eleição de
« segunda commisão de poderes, a quem foi presente
A
Novembro do anno
próximo passado, e ilcerca da mesma, o diplomado Sr. Dr. João Lustosa da Cunha Paranaguá,
entre o Dr. Antonio Vicente do Nascimsnto Feitosa e o
pre- 1 iauhy,
sidente da provincia, a saber : 1®^ o contexto da deputado eleito» pelo 3o districto da provincia do
proposta lhe forâo rc-
examinou-o e confrontou-o com as actas quo
que a respeito fez aquelle doutor ; 2°, a resposta dada as mesmas, não ha-
mettidas, e achando-o conforme com
pelo presidente ; 3o, a communicação quo do negocio este nem deparando irregu-
fez ao governo geral; 4o, a decisão ou resposta do vendo, como não ha, reclamações,
governo :
laridades nas eleições, 6 de parecer
geral; e 5», finalmente, tudo quanto na referida ou cm qual-
« Que sejão considerados legítimos os eleitores rias dif-
quer das outias secretarias de estado existir sobre tal eon- do Piauhy,
venio.—S.R.— Sala das sessões, 18 de Abril de 1857.— ferentes freguezia^ do 3" districto da provincia
assento
Silveira Lobo. > e que seja reconhecido deputado, o como tal tome
o mesmo Sr. Dr. João Lustosa da Cunha
pelo dito districto,
Lê-se o entra em discussão o seguinte requerimento :
« llequciro « Paço da camara dos deputados, 17 dc Abril d# 1857.—
que se peça ao governo, pelo ministério da >
justiça, para ser remettido á commissüo de poderes : Io, có- J. J. Pacheco—Yirialo B. Duarle.
pia do omeio do promotor publico da comarca do Campo- ' O Sn. Presidente declara deputado pelo 3" districto elei-
Maior, no Piauhy, com data de 19 dc Novembro do 183G, toral da provincia do Piauhy o Sr. João Lustosa da Cunha
sobre alguns factos
praticados na villa das Barras, por Paranaguá.
occasiao das eleições
primarias ; 2°, cópia do officio cio Dr. O S*. VISCONDE DE B.vepemiy (pela ordem):
— Desejava
juiz de direito damosnía comarca, com data de 15 do mes- informasse se do parecer não consta quem
que a mesa me
mo mez.
« Sala das sessr.es, 18 de Abril seja o supplente.
do 1857. —Antônio Frmi-
Cinco de Saltes. > Me parece que as commissões devem dar os seus pareceres
também a
não só sobre os diplomas dos deputados, como
O Sr. Pacheco ípela ordem) :— Pcrmitta V. Ex., Sr. acaba de
_ pre- respeito da eleição dos supplentes. No parecer que
sidente, dado dos elei-
que eu reclamo
mais alguma ordem nos nossos tia- ser approvado ouvi que se tratava da legitim
mas
bakios. Creio que; os requerimentos tem seu tempo para toros, e também da legalidade da eleição do deputado;
serem apresentados e discutidos, e que fóra desse tempo ó nada ouvi a respeito da do supplente.
preciso pedir-se urgência. trata do supplente.
O Sr. Presidente:—O parecer não
O que ó urgente mais que tudo são os pareceres de com •
pstá
missões; isto è do regimento da casa ; e
por conseguinte me
•O Paranaccí : — Entendo que implicitamente
Sr
e elle reconhecido como
parece, perdoe-me V. Ex., que devemos continuar na lei tu- approvada a eleição do supplente,
da província do 1 íau-
ra, discussão e votação dos
pareceres
das commis3ões, e de- tal, porquanto o 3° districto eleitoral
eleitoral, e então a
pois delles tratarmos então de qualquer requerimento que hy compõe-se dc mais de um collegio
c apresento. * eleição feita . para o deputado
<5 a mesma quo servo para o
16 SESSÃO PREPARATÓRIA
QUARTA EM 18 DE ABRIL.

supplente, e a authentica que serve de diploma ao Io serve regimento, e foi


ao 2'1. Sendo declarado deputado o cidadão mais votado, se- pedir a urgência para apresentai uma in-
dicação relativa ao mesmo objecto. #
gue-se que o immediato em votos é o supplente, por isso Antes de fazê-la, a casa me
permittirá motiva-la. Eu não
que não se fizerão duas eleições, uma para deputado e a posso concordar com o nobre deputado pelo Piauhy
outra para supplente, esmo acontece que' o
quando o districto reconhecimento da eleição do deputado importa
implícita-
f jrrna um só collegio eleitoral. mente a do supplente,
porque, como ia dizendo,
pôde esta
O Sr. Cruz'Machado :—Não concordo com a opinião do eleição ser annullada, ou não estar regular
por motivo do
indivíduo
meu illustre collega e amigo
que acaba de fallar. que foi votado ; pôde o supplente não ter obtido
maioria absoluta no circulo em
A eleição pôde ser considerada
por dons lados -objectiva que ha somente um collegio
e o deputado ha,vê-la obtido ;
e fcubjecthamento. Pode ser considerada em relação ao pôde o indivíduo que foi vo?a-
acto da eleição, e também em relação ao indivíduo de para supplente «star compreliendido em
alguma das
que re- incompatibilidades decretadas
cebeu votos. Ora, se
por ventura fOr votado para supolente por lei; ou estar privado de
receber votos se achar
em um circulo ou districto,
que é a da lei, um indi- por pronunciado em quereia ou de-
phrase vassa ; ou mesmo faltar-lhe a
Yiduo que não tenha maioria absoluta, havendo-a obtido
o qualidade de cidadão brazi-
deputado, não se dá o caso da npprovaçãp letro ; ou finalmente faltar-lhe a
da eleição do de- qualidade da ingenuidade.
São os casos
putado, e não da eleição do supplente? previstos pela constituição. Portanto, se a elei-
, cão deVe ser considerada não só em relação a si mesma,
Sr. Presidente:—Queira | mas aos votados, não é logico dizer-se que o reconhecimento
_0 perdoar o nobre deputado ;
não da validade do deputado importa implícita e
posso admittir esta discussão, por isso que o parecer já amplamente o
está approvado. Ella só ter lugar quando se tratou reconhecimento da eleição do supplente.
poderia
do parecer, e não agora.
O Sr. Carlos I.obo : — Nos círculos de mais de um col-
O Sr.
Crijz Machado: — Eu legio assim é.
queria mandar á mesa um
additamento. O Sr. Cruz Machado:—Nos circulo?
de mais de um
collegio, ainda
O Sr. Presidente : —Nesta occasião não é admissível quando falhe a liypothese de não ser precisa
additamento algum a urn maioria absoluta, pôde dar-se alguma das outras,
parecer já decidido. por con-
eeguinte o reconhecimento da validade
O Sr. Cruz Machado: — Pois da eleição do sun-
peço Urgência parti apre- plente torna-se necessário.
sentar uma indicação relativa ao objecto, e no sentido
em O nobre deputado
por S. Paulo porc'm reflexiona que os
que fallei. precedentes da casa não autorisavão o que se
pretende e
O Sr. Pachixo
(pela ordem):
— Como membro da com- que lhe parece uma innevação. Em verdade, Sr.
presidente,
missão que lavrou este anteriormente tratava-se da eleição do deputado
parecer devo declarar qual foi a sua e não da do
mteição. supplente,
porque este era até uma entidade desconhecida
A commissão entendeu, pelas leis, entidade que foi creada
pôde ser que erradamente, e a pelas instrucções de 26
câmara em sua sabedoria de Março de 1824,
poderá decidir outra cousa, que que não se deduz de nenhuma das dis-
devia seguir os da casa. Aqui nunca se deu posições da constituição.
precedentes pa-
recer senão áeerca dos diplomas hoje que o supplente é uma entidade creada
que se apresentavão dòs . affirma-
deputados, tratando-se da e!eição tivamente pela lei
primária em geral. que o considera representante da mesma
maioria do districto como o deputado effectivo,
O Sr. Cruz Machado: —A lei hoje é outra. que lhe
manda expedir um diploma
; hoje que o seu direito even -
o Sr. Pacheco: - Podem-se dar tual e muito mais completo do
questões inteiramente que era anteriormente o de
alheias da eleição todos aquclles
primaria, questões muito importantes que erão immediatos em votos; e quando
quanto ás^ condições de illegibilidade do votado. esse direito eventual se estendia"até
íiquelles que tinhão
Entendemos, portanto, obtido qualquer votação, embora o seu
que não tínhamos de dar parecer numero fosse supe-
senão sobre o diploma
que nos foi apresentado. Esta eleição, rior ao dos deputados da
não
é a do Sr. deputado
província; podem digo, nestas
que Paranaguá, acha-se liquida, epor circumstancias dadas, servir-nos
de regra os
conseguinte a approvámos. napre (1UI? os precedentes.
precedentes desappareção em vista do novo
Quando se apresentar o_ supplente, por qualquer impedi- systema eleitoral, do
qual necessariamente se deduz que 6
mento do Sr. deputado eleito, ha de forçosamente apresentar
preciso o reconhecimento do deputado supplente.
o seu diploma, e esse diploma terá de serremettido á com- Ia-me olvidando de uma observação
missão, como determina o regimento ; o então ella dará que não deve ficar
o sem resposta. Disse-se na casa
que o reconhecimento do
seu parecer a respeito. supplente deve ter locar com a
apresentação do diploma.
Que necessidade temos d > tratar desde já da eleição do Auo o entendo assim. O supplente não
deve ter a sua eleição
supplente, se elle não apresenta diploma algum'.' em duvida ate a occasião em
Creio que que tiver de vir para esta casa;
nenhuma; seria complicar mais os nossos trabalhos» a apresentação do diploma depois da eleição
To- approvada terá
davia, se a camara entender omesmoeileito
que a commissão deve dar tam- qued'antes tinha para com ossupplentes isto
bem o seu parecer âcerca do supplente, cila o dará e, conhecer se aquelle diploma foi expedido
; por ora pela autoridade
está na disposição de não dar competente e com as formalidades legaes,
parecer algum senão sobre os e se o indivíduo ó
diplomas que lhe sejão apresentados, salvo se a camara
ex- nri°, 8e.,t,cve confundir a
W.hTV0!do diploma r:imas questão da
pressamente assim o determinar. legalidade e da identidade do indivíduo
com a
eleição anteriormente havida.
O Sr. (iruz Waciiado — Peço aV. Ex.
(pela ordem): que Portanto, creio
consulte a casa sobre a urgência que esta consideração não produzirá o
que vou propor. E' para
eneito de impedir a approvação
offecer uma indicação aíim de as commissões da indicação
que de pode- mesa» que mando á
res d«m parecerès kobre a legalidade da eleição de
supplen-
tes. Quando o supplente se apresenta na casa com o diploma ° ^ remetti^a à comm:fsão de poderes a seguinte
para tomar assento, apenas se trata de reconhecer a identi- indíca^S
dade, mas a sua eleição deve estar
previamente verificada.
O facto da camara ter admittido nas sessões „ 1' Ínvií°,qu1as depoderesverifiquem também
preparatórias e eifa0 dos deputados supplentes. — Cru-:
os supplente.s parece-me
que importa o reconhecimento de ^a/farfo»
que devem igualmente verificar-se suas eleições.
Peço portanto q.ue \ . Lx. consulte a casa sobre a urgen- ELEIÇÃO DO RIO GRANDE DO NORTE.
cia de uma indicação no sentido do
que acabo de dizer.
A urgência é approvada sem debate. - (1° districto.)

O Sr. Cruz Machado: Sr.^presidente, discorrendo a L0_-se, entra em discussão


res- e sem debate é apnravado
avtmu' o
0
seguinte parecer: w
'j?01
Pre&en'e á 2a commissão de poderes o diploma do
*xd província uv A muujr, wive y . n,x. a Don- ç
Carneiro Bezerra Cavalcanti, deputado eleito
dade de observar-me 1 i' j.aía.ro
que tendo-se votado o que constava do pelo lo aistricto da
província do Rio Grande do Norte.
paiecer, não era regular a discussão que se levantava • e « Confrontando o mesmo diploma com
_ as actas qjué vie-
par* que o objecto ejue eu tinha em vista não pudesse ficar rao remettidas á commissão, acha esta
prejudicado soccorri-me a um expediente consignado no que a eltição do dito
deputado eleito deve ser
julgada valida, por não haver
QUARTA SESSÃO PREPARATÓRIA EM 18 DE ABRIL. 17

contra a mesma reclamação , e nem encontrar-se falta ou chia de Santa Rita elegeu 9 eleitores e a de S. Sebastião 1(5,.
irregularidade
que mereça ser notada. E' portanto de pa- guiando-se sómente pelo numero dos votantes qualificados.
Pensa a commissão,
recer : porém , que se deve manter a fixação
«1.° Que sejSo approvados os eleitores das differentes feita pela camara municipal.
freguezias que compoem o 1° districto da província do Ilio « A Ireguezia do Nova Friburgo deu 9 eleitores na eleição
de 1852, mas teve
Grande do Norte. posteriormeute um accrescimo de terri-
2.o Que seja reconhecido deputado pelo mencionado torio, em virtude do
qual, e sobre dadoi que não forão pre-
districto o Sr. Dr. Amaro Carneiro Bezerra Cavalcanti. sentes íi 5" commissão de
poderes , o governo da província
Paço da camara dos Srs. deputados , 18 de Abril de mandou que aquella ireguezia desse agora 14 eleitores
t
1857. — J. J. Pacheco. — Viriáto Bandeira Duarte. » numero que deve ser reconhecido como o legal,
porquanto a
commissão acredita que o dito
O S«. Puesidente declara depiitado governo da província não
pelo 1° distrieta da obraria sem prévio exame da questão , cumprindo todavia
província do llio Grande do Norte o Sr. Dr. Amaro Carnei-
que esse exame seja com a maior brevidade sujeito ao co~
ro Bezerra Cavalcanti.
nhecimento desta camara*
O augmento d<- eleitores , que vai
ELEIÇÃO DO MARAM1À0. já notado, não iuílue
na validade ou nullidade da eleição do deputado,
porque ,
(6o districto.) descontados os votos que accrescem cm virtude daquelleaug-
meu to, ainda assim tiúa com maioria absoluta o cidadão
Le-se e entra em discussão o seguinte que
parecer : foi eleito. Esse facto apenasdemonstra a uecessidadede uma
« A legislativa consulte melhor este assumpto ,
primeira commissão de poderes teve presentes o$ providencia que
documentos relativos il eleição de deputado e supplente visto como a população tem incontestavelmente- crescido
^
pelo 6° districto eleitoral da nrovincia do Maranhão , e não desde 1812, e não p6de ser representada pelo numero do elei-
só pelo exame a tores desse anuo, nem mesmo pelo de 1848, em
que procedeu , como attendendo a que ne • que se votou
nhuma reclamação existe sobre este a lei de eleições. *
processo eleitoral, é.
a meama commissão de Eleição sicundaria. — Guardilrão-fO na eleição secunda-
parecer quesejão xeconhecidos depu-
tado pelo 6° districto eíeitoral da ria todas as garantias o formalidades legaos. Ella teve lugar
província do Maranhão
o Sr. Dr. Viriato Bandeira Duarte, 110 collegio e dia marcado» pelo
que obteve 7(> votos , e governo, líecebidas 96 cedu-
supplente Ias, e mais 17 em separado, por serem dos eleitores
pelo referido districto o Sr. Dr. João Mendes que va-
de Almeida, que obteve 42 votos. rias parochias derão por accrescimo , como
jâ observámos,
Sala das sessõe3 , cm 1» de obteve o Exm. Sr. conselheiro Luiz Pedreira do Couto Fcr-
^.bril de 1857. — A. da
Cunha Maltas. — Cunha Paranaguá, -r- Francisco da Serra 1'az, em primeiro e único escrutínio, a maioria absoluta de
Carneiro. > 91 votos, e mais 17 das cédulas om separado.
Sobre a eleiyâo do supplente a commissão não interpõe
O Sr. Presidente : — Tenho duvida em
sujeitar á discus-
sao este parecer , juizo, porque não lhe foi presente a acta respectiva.
porque não trata da ap provação ou rei ei- « Conclusão. — E'
çao dos eleitores. pois a 5n commissão de poderes de pa-
recer :
Uma voz : —Estão implicitamente approvados; <1.° Que se declare deputado
ainda pelo 5° districto eleitoral
agora se approvou um da província do Rio de Janeiro o^r. conselheiro LuizPedrei-
parecer nas mesmas circumstaneias.
O Sr. F. Octavuno ra do Couto Ferraz.
(pela ordem):—Quando a commissão « 2.0 Que se annullcm os dous últimos eleitores da
nao iaz observações sobre a legalidade da paro-
eleição primaria
fica subentendido chia de S. Francisco de Paula ; o nono da da Santa Maria
que não ha duvida alguma.
Magdalena ; os cinco últimos da de Santa llita; os nove ul-
Dá-se o
parecer por discutido e é apjrovado. timos da de S. Sebastião; e os dous últimos da de Friburgo.
O Presidente declara deputado Sala das commissões , 17 de Abril de 1857. — Amaro
_Sr. pelo 6o districto da
província do Maranhão o Sr. Viriftto Bandeira Duarte Carneiro Hezerra Cavalcanti. — J. Marcondes dc O. e Sd.—F.
, e
supplente o br. Dr. João Mendes Octaviano de Almeida Rosa. >
de Almeida.
O Sn. Puesidente declara deputado pelo 5o districto da
ELEIÇÃO DO RIO DE JANEIRO.
província do Rio de Janeiro o Sr. conselheiro Luiz Pedreira
do Couto Ferraz.
(5° districto.)
(12° districto.)
Ix-se, e sem debate é approvado
, o seguinte parecer : Lê-se, e 6 igualmente approvado sem debato, o seguinte
O 5® districto eleitoral da
província do líio de Janeiro parecer:
compõe-se das seguintes
parochias : Sacramento de Canta- « O 12«> districto eleitoral da província do Rio de Janeiro
gallo, Carmo, S. Francisco de Paula, Santa Maria Magda- comprehenáe as parochias da cidade de Angra dos Reis, da
lena, Santa Rita do Rio Negro, S. Sebastião, S. João Baptis, Ilha Grando de Fóra, da Conceição da Ribeira, do Rosário
ta de Nova Friburgo
, Conceição de Paquequer , S. Fidelis- de Mamliucaba, da Guia de Mangaratiba, de Itacurussií,
I-e.onÍ9Ba > Santo Antonio de Padua, e curato do da cidade de Paraty, da Conceição de Paraty-meiim, da vil-
vVallão dos Veados, e tem
por cabeça a villa de Cantagallo. la do Rio Claro o de Santo Antonio de Capivary, tendo
por
Eleição
primaria. — As eleições de todas aquellas cabeça a cidade de Angra dos Reis.
cluas correrão regularmente, lia paro-
, porém, a notar-se o aug- « Eleição primaria.—Em todas essas parochias correu
mení? dos cleitorcs em algumas dellas. regularmente a eleição primaria, â excepç&o da parochia da
« Na ^deyido
de S. Francisco de Paula
, que em rigor devia dar 8 Conceição da Ribeira, onde os ânimos se cxacerbârão o a
P°r1u®.ten<lo dado 7 em 1841, sua qualificação mesa foi taxada de haver commettido illegalidades. Da acta
conced'a ° accrescimo da
se mf« „!! mero quinta parte, observa- dos trabalhos dessa parochia, posto que se collija que liou-
de eleitores foi de 12. A commissão ve alguni vicio ná eleição^ não se pôde todavia tirar bastan-
ni,„^ pensa
SOT 1Ííni^ado ™ ie 1° te luz para sabor até que ponto chegou esse vicio c de quem
ciunara d^U0 ,7 . «sto como a
pu dos 1 lla kgislaturã finda,
como Wal
reconheceu-o partio a desordem dos tiabalhos. E como o collegio eleito-
ral tomou os votos dos eleitores daquella parochia em sepa-
^ar*a Magdalena , creadadepois rado, e nenhuma influencia tenhão elles para o resultado da
' ele!tores em 1«52 e 9 nesta elei- eleição secundaria, seria mais prudente que se ouvisse o
cão K i! ,8
d6Ve serm<"^° • * vista da lei e definitiva
Ss MsP™dTgo~ governo para sobre melhores dadog se resolver
e seguramente a este respeito.
A freguezia de Santa llita doRio
J Negro deu 11 eleitores A parochia da cidade do Angra deu mais um eleitor do
em 1802;
posteriormente perdeu o território tendo apenas.
a fieguezja de S. Sebastião. Como que forma hoje que deveria dar ; isto é, deu 20 eleitores,
a presidênciadsvprovin- 775 votantes qualificados. 0 mesmo se nota 11a parochia
cm nao twesse recebido em tempo
a cópia da
qualificarão do Rosário de Mambueaba, que tendo 135 votantes qualifi-
oesta ultima, autorisou a camara
municipal de Cantagallo a cados deu 4 eleitores» competindo-lhe sómente 3.
distribuir
pelas duas o numero dos 11 eleitores delsõí Estas irregularidades, porém, cm nada prejudicao a
na proporção dos
respectivos votantes. Aquella camara' eleição secundaria, porque tomou-se em separado o voto do
cumprindo o
"Para preceito da presidencia , marcou 4 eleitores vigésimo eleitor da cidade de Angra, e não foi recebido a
SantP. llita e 7
para S. Sebastião. Entretanto a paio- votar o quarto eleitor de Mambueaba.
TOMO I. 3
18 QUARTA SESSÃO PREPARATÓRIA EM 18 DE ABRIL.

i Eleiçlo secundaria. —Todas as formalidades e garantias priva-lo do gozo de seus direitos politicos, pelo que <! de
legae3 forão respeitadas no collerio que se reunio no lugai e parecer que se julgue valido o seu diploma.
dia marcados pelo governo, e tendo-se recolhido 120 cédulas, Do 2° collegio eleitoral faltão as authenticas das fie-
e mais 12 dos eleitores da Iíibeira, e mais 1 do vipesimo guezias do Ourem, Irituia e S. Miguel da Cachoeira.
eleitor de Angra, obteve o Sr. visconde de Baependy, em « Em conclusão é a commissão de
parecer que seja decla-
a maioria absoluta de 89 votos,
primeiro e único escrutínio, rado debutado
pelo Io districto.eleitoral da provincia do Grão-
e mais 11 das ditas 12 cédulas dos eleitores da Ribeira, e Pará o Sr. Dr. Tito Franco de Almeida com 113 votos, c
mai^l do vigésimo eleitor de Angra. supplente o Sr. Dr. João Lourenço Paes do Souza com 101
« Para o lugar de supplente, recebido o mesmo numero votos.
de cédulas relatadas, depois de corridos dous escrutínios
« Sala das commissões, 18 de Abril do 1857.—Cunha Pa-
sem que nenhum dos candidatos obtivesse maioria absoluta, ranayuií. — Francisco da Serra Carneiro. — L. A. da Cunha
alcançou, no terceiro, o Sr. Dr. Emiliano Fagundes Varella
Mattos. >
72 votos, e mais 2 das 12 cédulas dos eleitores da Ribeira, e
mais 1 do vigésimo eleitor de Angra. O Sr. Presidente declara deputado
pelo Io districto da
Conclusão. — A 511 commissão de poderes, quo exami- provincia do Grão-Pará o Sr. Dr. Tito Franco de Almeida,
nou todas estas actas, é de parecer : e supplente o Sr. Dr. João Lourenço Paes do Souza.
1.» Que se annullem o voto do vigésimo eleitor da cida-
de de Angra dos Reis e o diploma do 4o eleitor de Mambu- IIIO DE JANEIRO.
caba.
eleitoral
« 2.° Que se declare deputado çelo 12° districto districto.)
(2o
da província do Rio de Janeiro o Èxm. Sr, visconde de Bae-
i pendy. Entra cm discussão o ó approvado sem debate o seguinte
íj.o mesmo districto o Sr.
Que se declare supplente pelo parecer :
Dr. Emiliano Fagundes Varella.
« 4.o Que se peção informações ao governo sobre as occur- « A 4a commissão dc poderes examinou as actas da elei-

rencias que tiverão lugar durante a eleição da freguezia da ção primaria do 2° districto eleitoral da corte, e achou re-
Conceição da Ribeira. gulares e feitas conforme a lei as eleições das parochias
c Sala das commissões, 17 de Abril de 1857. — F. Ocla- do Santa Anna, Engenho Velho, Inhaúma, Irajá, Campo
viano de A Imeida Roxa. — J. Marcondes de O. e Sá. — Amaro Grande, Guaratiba e Santa Cruz.
Carneiro liezerra Cavalcanti. » 'Na acta desta ultima parochia se lê um protesto con-
trao abuso que o subdelegado do curato de Santa Cruz fez
O Sn. Presidente declara deputado pelo 12° districto do de sua autoridade para obter votos para si e para o capei-
Rio de .Janeiro o Sr. visconde de Baependy, e supplente o lão da imperial fazenda do mesmo nome. Esse
protesto po~
Sr. Emiliano Fagundes Varella. rém não é acompanhado de documento ou prova alguma
que possa de qualquer fôrma autorisar qualquer procedi-
ELE1ÇÀO DO GRÃOP-ARÀ. mento da camara tendente a reprimir os abusos de autori-
dade allegsdos.
(Io districto.) « A 4" commissão de poderes entende que não é
possível,
sem grandes investigações, determinar com exactidão o
gráo
Lê-se, entra era discussão o sem debate 6 approvado, o da coacção que por ventura tenha sido creadir
pelos actos
seguinte parecer : da autoridade policial de Santa Cruz para se concluir dc sua
ioterferencia na eleição, e em sen favor,,a nullidade dos
« A Io commissão de poderes, tendo examinado as actas
votos que obteve.
das eleições primarias e secundarias do 1» districto eleitoral
k .Julga mesmo a 4" commissão
da provincia do Grão-Purá, e confrontando-as com a acta que no estado do paiz e
com os nossos usos c costumes eleitorae3, seria uma dou-
da ultima apuração dos votos dos dous collegios de quo
trina perigosa a nullidade do voto
se compõe o mencionado districto, não encontrou duvida pelos motivos mais ou
menos poderosos actuftrâo no animo do votante sem
ou irregularidade que vicie as referidas eleições. que que
se prove o emprego de violências, únicos apreciaveis e capa-
c Forãb todavia tomados em separado pelo lo collegio
zes de serem tomados em consideração na verificação de
eleitoral, que reunio-se na igreja da Sé da cidade de Belém,
os 14 votos dos eleitores da freguezia de Nossa Senhora poderes.
<t Entretanto a commissão consigna na enuneiação
de Nazareth da cidade da Vigia, bem como os 3 votos de sua
opinião a esperança
dos eleitores da freguezia de S. Caetano de Odivelas, 1 que nutre, e quo a camara deve nutrir,
de que o
da freguezia de Collares, o outro da freguezia de Salinas, governo (a quem sedeverá rometter cópia do protesto
os livros das actas pelas inserido na acta da eleiyão do curato de Santa Cruz) man-
por não terem sido remettidos
dará syndicar do
respectivas camaras municipaes. Mas essa falta de cumpri- procedimento do referido subdelegado, para
mento de uma obrigação, não havendo suspeita de fraude, que po3são ser reprimidos os abusos praticados por elle,
nem manifestando-se antes ou depois da eleição qualquer quando reaes e puniveis ; e entende que é valida a eleição do
reclamação contra as authenticas que ao mesmo collegio referido curato, e legitimos os eleitores uue receberão
diploma.
forão presentes, entende a commissão que não deve pre-
eleitores daquellas parochias, e por- « A 4» commissão de
judicar o direito dos poderes acha regular a eleição se-
tanto é da parecer que sejão considerados validos. cundaria do 2o districto, e
para executar o seu pensamento
« Foi igualmente tomado em separado o voto de outro proferido ácerca da eleição de Santa Cruz, a 4U secção teria
eleitor da freguezia de Collares, por exceder o numero de aconselhar
que se contasse para o Sr. conselheiro Para-
marcado pelo governo da provincia em vista da qualificação, nhos o voto de eleitor
que foi tomado era separado, se não
não podendo a referida freguezia dar mais de ura eleitor, fosse isso supérfluo, assim como o é
para o supplente, os
é a c. mmissão de parecer que se julgue nullo quaes obtiverão uma maioria absoluta de votos , e tal que
pelo que
o seu diploma. subsiste independentemente do voto do eleitor,
que a dita
c Foi também tomado em separado o voto do eleitor secção da commissão de
poderes reconhece legitimo, e é do
da freguezia de Cintra Manoel Benedicto da Costa, por curato de Santa Cruz.
haver declarado a respectiva mesa parochial que o mesmo « Em resultado é a referida commissão de
parecer:
não tinha a idade legal, o quo não se achando com- « Que seja reconhecido o declarado deputado
a commissão que deve pravalecer a pre- pelo 2o dis-
provado, entende tricto o Sr. conselheiro José Maria da Silva Paranhos, e
sumpção em contrario que resulta do acto da qualificação, supplente do mesmo districto o Sr. major Manoel de Frias
c é de parecer que se j ulgue valido. C,V asconcellos, assim como validas todas as eleições
eleitoral faltão ascetas das freguezias de prima-
Do lo collegio rias do referido 2° districto.
Curuçá, Cintra e Salinas. « Sala das comçnssões, 17 de Abril de 1857. — Luiz Car-
« No 2° collegio eleitoral, que reunio-se na matriz da villa los. — José Antonio Saraiva. — Francisco de Assis Athaide. >
de Bragança, tomou-se em separado o voto de um eleitor em
razão de tér sido interposta incompetentemente uma appel- 0 Sr. Presidexte declara deputado pelo 2" districto da

lação para a relação do districto


da sentença de absolvição provincia do Rio de Janeiro o Sr. conselheiro José Maria da
virtude de uma pppellaçSo proferira a seu favor Silva Paranhos, e supplente o Sr. major Manoel de Frias e
que já em
modo algum podia
o j uiz de direito da comarca, o que de Vasconcellos. *
QUARTA SESSÃO PREPARATÓRIA EM 18 DE ABRIL. 19
ELEIÇ.ÍO DH MINAS CERAK9. estiverão em
quarto fechado, do que não se encontra a me-
nor prova, sendo
(Io districto.) que o contraprotesto, assignado por maior
numero de eleitores do
que o protesto, assevera o contrario.
Lo-se, entra em discussão e sem debate é appróvado, o « Finalmente,
quanto ao terceiro ponto, a saber, a ia-
seguinte tervenção do
parecer: goveino, o contraprotesto suggere uma obser-
vaçao
< Pelo § lo donrt. 1» (lo decreto n. 1,801 que contraria o dito vago dos reclamantes, e vem a ser
do 7 de Acosto alguns dos
que signatarios do
de 1856 este districto tem
por cabeça a cidade de Ouro Preto protesto erão empregados
C0S* °
o compõe-se das freguezins de Ouro Preto, ^U° ^ cava (lue ^tervenção não se havia
Antenio Dias' Sad
b. Uartliolomeu, Casa Branca, Cachoeira do
Campo Ouro « Pnssando agora ao resultado
Branca, Rio d» Pedras, Cattas Altas de da eleição, consta da acta
Noruega, Itabira do que, recebidas cem cédulas para deputado, obteve o Sr. Dr.
tampo, Itavirava, Congonhas do Campo,
Queluz, Suassuhy, Francisco DiogoPereira de Vasconcellos 61 votos;
Ua36U e reco-
y' ^P^aNova, Piedade dès Geraes, è bidas outras tantas
Bomfim para supplente, obteve o Sr. commen-
dador Francisco de Paula Santos 75 votos.
« EUÍ0O primaria. —Nas
actas da eleição primaria de Conciutilo. — A 5» commissão é
menc!onaclas a 5" commissão pois ds parecer:
de poderes l.o_Que so declare deputado
nada encontrou
encontro merecesse pelo lo districto'eleitoral
que reparo. da província de Minas o Sr. Dr. Francisco Diogo Pereira
Aatonio de
IIlUezÍa
(^uan^? se recebião Plas fcouve alguma vehemencia Vaseoncellos.
as cédulas 110 « 2.o
O iin*7 rU*l( primeiro dia. Que so declare supplente pelo mesmo districto o
p£lZ Presldente da mesa requisitou força,
fni íSLt? que lhe Sr. commendador Francisco de Paula Santos.
PRra 0 fim de li ordem. Sala das commissões, 17 de Abril de 1857. — Amaro
Nfo houve Z?1! flanda,I'í' n.ei2 c.heSou A commissão
ma de anor queixa algu- Carneiro Bezerra Cavalcanti. — F. Octaviano de Almeida Rosa.
lní,l!lsse_110 — J. Marcondes do O. e Sá. >
recèrão Sflo l^ , f5* processo eleitoral. Compa-
®S ® deixarão de comparecer sOmente
« Nn c. ?D (53.
O Sr. Presidente declara deputado
tinte* ?
0uro Branco comparecerão só 49 vo- pelo 1° districto da
't'° de ° fa2,?r 101'
A commissão não faria província de Minas Geraes o Sr. Dr. Francisco Diogo Pe-
este remrn reira de Vasconcellos, o supplente o Sr.
aquelle facto não vieia a eleição, se commendador
}- ouvesse 1uo a
commettido a irregularidade, Francisco do Paula Santos.
f que com-
do Kio de
PkdmWWr f)as Parothias Pedras e
(3° districto,)
de 11,10 mencionar na acta os nomes
vntnn? « T,ra.?s' dos i
«^^r-se com indicar o numero, Lê-se
Acorde òue na ?, e ó igualmente approvado sem debate o seguinte
P'edade dos Geraes nem se decla-
rou sp L-1 ? ,n parecer:
1 .esldonte da mesa era o competente,
* Tn,i A 5'* commissão de
a c<5m®'?são observar poderes submette a esta camara o
ciamac-ãrw^i ^ que nenhuma re- seu parecer sobre a eleição do deputado
presento, pela qual se pudesse geral e do supplente
concluir aue ?aei*;l
'"^"^"''dades,'01.
tinhao sido consequeucia pelo 3o districto da província do Minas Geraes.
de fraude on « O dito districto foi creado
s® Sanllarem as eleições nos lu- pelo § 3° do art. Io do decreto
gares referidr,?"para e °. cuníra"«. tendo havido U; 1»801 de 7 de Agosto do 1856, com as seguintes fregue-
testo T'.1 um largo pro-
0r*a d-1
validade d-i elefrán ^arte dos qne contestavam a
' nSo se articulou alii a menor
queixa i rclí'íUpTr . Jequitibá,
P dils d,ta» irregularidades. ^
« fIL uo Rio Acima, Lagôa Santa, Contagem, Mattozinhos, Koça_
Cont,ra a eleiÇ2° secundaria,
rém que tevnW,'™ T po- Novas, Morro Cirande, o Traliiras, tendo
e c°llegio marcados por cabeea a cidade
apparecèrSo »,7 ?odla pelo governo, de Sabará.
re a™af5s3 depois de terminados
os trabalhos ¦ In "U1,s « Eleição primaria. — Não forão
eIeitores de ItaWra do Campo preseutes á commissão
(AgonioT»H' /'-US as actas da eleição
rrh',f?Y°S ° Antü.ni0 Auf?us'° Pereira primaria de Caetlié, Roças Novas e
WTtínhãÕ ?I° L rahiras, porém na acta da eleição secundaria não encon-
a illegalmente,
ser o lo í|dlnitt,dos poi não trou a commissão
votante naquella protesto ou reclamação alguma contra os
não ter -I f6 i parocliia, o o 2° trabalhos eleitoraes daquellas
nein *\s. excepções reconhecidas parochias, sendo que os de
constituição - 9n pela Caethé forão mesmo ali approvados unanimemente.
" mesa d|stribui» o
a cada eleitor «inm"? papel para votação « Quanto ás outras
e introduzindo nft
!"Tlente' chamando-os
freguezias, parocliias, de que teve presentes as
por actas, a commissão achou
P-F em que se tinlião nellas observado as
privado; S» ,m6 , firte™ Cre8ue2Ía3 quarto formulas e
garantias legaes. Apenas tem a notar o seguinte
francament.fi do governo se manifestou nas actas de duas
em favor d0 candidato eleito paroenias:
tado. fU0 depu- « Na da Lapa não se dá, senão em termos
geraes, a razão
de nao haverem comparecido o 1° e 2o
''ormu^adas como juizes de paz para
eleitoresStreannU^™-'"on protesto por 10 presidirem a mesa; mas também nenhum
39 em um contraprotesto. protesto nem
« oS;S'Poderão reclamação houve
c?lbora que demonstrasse que esse não compare-
demonstrava p"n.to\ provado fosse, não cimento fora
da-naíte'dn por violência ou motivo reprovado.
como recebendo °,na mtenção de fraude, visto
1 "•,1 « Na parochia de Santo Antonio do Rio Acima a mesa
mação nenhumi daquelles eleitores sem recla-
,l, J não quiz considerar eleitor o alleres José Fernandes Corrêa,
«O seus "a oc<iasião em
poderes nãn^Ir1 que se verincá- porque nas cédulas não se declarava a sua occupação, e
»eachassem nem vioprovado,
elles'nn«™,-a_B"pPor' que exjiedio o diploma de eleitor a seu immediato em votos
do ^"es arguidas
protesto. Demais pelos signatários Francisco de Assis da Cunha Jardim. A commissão tem
ultima lei disposição -previdente da
eleitoral ns a de observar que não competia á mesa semelhante attribui-
a minoria,
e tendo' ps«o= JU10rís do co"eg'° representão ção; e sem lhe ser necessário maior desenvolvimento rela-
da mesa reconhecendo °reS nssignado o
leo-it?™11 parecer tivamente A questão suscitada, basta notar a esta camara
tores, claro fica • 06 mencionados dous elei-
que o pnllf
("oueg10 nao f que a designação de alferes com que as cédulas se expri-
de seus diplomas. teve sciencia da nullidada
mião a respeito do cidadão José Fernandes Corrêa assaz
« A commissão
deve aiml» demonstrava a identidade da pessoa eleita; accrescendo que,
prova dessa nuUidade no* ™^,-.BerVar,^TIe n5° encontrou a segundo o dito alferes provou por documento, não havia
lembra a conveniência 9 tpie f°rão
deín . presentes, e outra pessoa de igual nome na ultima qualificação da res-
mande 30
pelos meios a seu al™nCp®™.e^<iar ?°\?rno 1.ue pectiva parochia.
lra ou falsa, se é ella verdn- < Eeta irregularidade não do depu-
para se tomar u»a «m„ decisâ -c?r
7 cisão prejudica a eleição
respe t,. ttr definitiva a tal tado, nem a do supplente, porque o collegio eleitoral tomou
« E caso em separado os votos dos dous contenaores ao lugar de
mesmo esses doim
'"egaes, «conhecidos eleitor, e assim pôde a commissão tornar effectivo o voto
em nada
pôde isso altere,'"'L8CJ ?°
desoontados elles
1Ç8° do legitimo e desprezar o do illegitimo.
snPPlente,
sunnl f'0'ep0r1Uarlto' ao ln°nfad
ficão ainda estes cidadãos « Eleição secundaria. Os eleitores reunirão-se no dia
com mJã? v° f T marcado, no collegio que o governo designâra. Preenchidas
¦vista P°ntt0' primeira
que'a fr^g?nd,0 0°" todas as formalidades legaes, sem protesto nem reclamação,
observoun 7lProducente; prova que se e recolhidas 109 cédulas para deputado, e mais 2 dos elei-
aà lei
lei. Kestana,
ileatarin
porém, saber-se se os eleitores tores votárão em separado, obteve o Sr. conselheiro
que
QUARTA SESSÃO PREPARAATORIA EM 18 DE ABRIL.

Luiz Antonio Barbosa 57 íotos das primeiras, e mais 1 da vincia de Sergipe, sendo considerados supplentes do numero
cédula do eleitor Fernandes Corrêa, que a commissão acha os 41o, 42o, 430 e 44° votados na freguezia das Larangéiras,
legitimo. Teve portanto .o dito Sr. conselheiro, em primeiro ficando de nenhum effeito os votos que recahirão nos quatro
e único escrutínio, maioria absoluta. cidadãos que não forão qualificados votantes nella.
« Para supplente, recolhido o mesmo numero de cédulas, « 2.o Que sejão reconhecidos deputado o Sr. barão do
teve o Sr. Dr. Modestino Carlos da Rocha Franco, em pri- Maroim, e supplente o Sr. Tobias Rabello Leite, pelo
meiro e único escrutínio, a maioria absoluta de 70 votos, e 1° districto eleitoral da província de Sergipe.
mais 1 do eleitor incompetente. 3.o Que não tendo-se apresentado o Sr. barão de Ma-
« Conclusão. — E' portanto a commissão de roim, continue o Sr. Tobias Rabello Leite a ter assento na
parecer:
« 1.° Que sedechm que o legitimo eleitor de Santo An- casa.
tonio do Rio Acima (5 o alferes José Fernandes Corrêa. « Sala das commissões, 18 de Abril do 1857. — Antonio
« 2.o Quese declare deputado Cândido da Cruz Machado. — ííermogenes Casimiro de Aràujos
_ pelo 3" districto da pro-
vincia de Minas Geraes o Sr. conselheiro Luiz Antonio Brunswick. — Sebastião Gonçalves da Silva. »
Barbosa.
O Sr. Presidente declara deputado pelo 1° districto da
« 3.o Que se declare supplente do mesmo districto o
Sr. Dr. Modestino Carlos da Rocha Franco. província de Sergipe o Sr. barão de Maroim, e supplente o
Sr. Tobias Rabello Leite.
« Sala das commissões, 17 de Abril de 1857. — F. Octa-
rumo de Almeida Rosa.— Amaro Carneiro Bezerra Cacalcanti.
ELEIÇÃO DO RIO DE JANEIRO.
— J. Marcondes de O. e
Sd. »
O Sr. Presidente
declara deputado pelo 3o districto da (Io districto.)
província de Minas Geraes o Sr. conselheiro Luiz Antonio
Lê-se, entra em discussão o sem debate i approvado, o
Barbosa, e supplente o Sr. Dr. Modestino Carlos da Kocha
seguinte parecer:
Franco.
ELE1ÇÀ0 DE SERGIPE. « A 4" commissão de poderes examinou com attenção as
actas da eleição primaria e secundaria do 1° districto elei-
(Io districto.) toral da corte, e entende ser todo o proetsso eleitoral regu-
lar, acerescendo não existir contra elle o menor protesto ou
Lê-se, entra em discussão e sem debate é approvado, o
representação. Por isso entende a mesma commissão:
seguinte parecer:
« Que deve ser reconhecido representante do lo districto
« A 3a commissão de o Sr. conselheiro Sérgio Teixeira de Macedo, o supplente do
poderes, tendo examinado os diplo-
xnas do deputado e supplente eleitos mesmo o Sr. Dr. Carlos Antonio de Carvalho, por serem os
pelo lo districto eleito-
ral da província de Sergipe, e as actas relativas á dita elei- cidadãos que obtiverão a maioria absoluta devotos.
ção, apresenta o resultado de seus trabalhos: « Sala das commissões, 17 de Abril de 1857. — L. Carlos.
«. O dito districto,
que tem por séde a cidade do Aracaju, — José Antonio Saraiva. — Francisco de Assis Athaide. >
comprehende 8 freguezias, formando um só collegio,
que O Sn. Presidente declara deputado pelo 1° districto da
se reúne no paço da camara municipal da mesma cidade.
Sérgio Tei-
« Não foi contestada a eleição das 7 freguezias provincia do Rio de Janeiro o Sr. conselheiro
primaria xeira ile Macedo, e supplente o Sr. Dr. Carlos Antonio de
seguintes: Aracaju com 19 eleitores, Larangéiras20, Ma-
Carvalho.
roím 12, Santo Amai o 16, Pó do Banco 16, Divina Pastora
8, e Capella 21, ao todo 112 eleitores. Comtudo, cumpre á (3° districto.)
commissão declarar: lo, que entre as cópias das actas do
I^-se e é igualmente approvado sem debata o seguinte
Aracaju r.ão encontrou a da 1" e 2" chamada dos votantes,
fazendo-se menção dellas na da 3a; 2°, parecer:
que na freguezia
das Larangéiras, entre ©s 20 cidadãos votados A 4a connnissão de poderes examinou as actas dá elei-
para supplen-
tes, o forão Gaspar Accioli de Barrps Pimentel, brigadeiro ção primaria do 3° districto eleitoral da corte, e bem assim
José Antonio Neves Horta, José Rodrigues Barbosa Madu- a acta da eleição secundaria, e o resultado desse exame á o
reira, e Manoel Cruvello de Mendonça,
que não estavão que vem submetter á consideração da camara.
« A 4a commissão de poderes acha regulares as eleições
qualificados votantes nella, e a mesa fez disto declaração na
acta, eaevem clles ser substituídos pelos 41°, 42o, 43° e primarias das parochias de S. José, Candelaria, Gloria, La-
44° votados, que serão considerados supplentes de numero j gôa e Jacarepaguá; observa porém a mesma commissão
3°, que das freguezias de Maroim , Pé do Banco, e Divina que na acta da eleição da Candelaria se lê um protesto con-
Pastora, só forão presentes á commissão cópias das actas da tra a decisão da maioria da mesa parochial, que entendeu
apuração. dever-se apurar, como se apurou, uma lista impressa, assim
« Na freguezia dollosario doCnttete, como na de Jacarepaguú se vô tomados em separada os
que deu 14 «leitores,
no dia 3 de Novembro na Ia chamada, votos que recahirão em José Joaquim de Oliveira elei-
por occasião da mesa para
não reconhecer a identidade de um indivíduo tor, e isso com o fundamento de ser o referido indivíduo
que se apre-
sentava como votante, foi a mesma mesa desrespeitada cidadão portuguez. Pronunciando-se a 4" commissão de
por
tim grupo de homens apoderar-se da urna poderes ácerca dessas duas questões suscitadas nas respec-
que pretenderão
e livro das actas, o neste conílicto foi um dos mesarios tivas actas, e sobre as quaes tem a camara de resolver,
physicamente ofFeudido, pelo que a mesa resolveu adiar o entenda:
ac-to da eleição 1 o Que devem ser contados ao cidadão José Joaquim
para o dia 5. e representar ao presidente da
de Oliveira os votos
província pedindo providencias, pondo a urna, livro e papeis que obteve para eleitor na freguezia de
sob guarda, na forma da lei; e não teudo recebido resposta Jacarepaguá.
até o dia 5, renovou o adiamento e neste, com 2.o Que foi regular a decisão da mesa parochial dá
para o dia 6,
a presença de uma força militar mandada
pelo presidente Candelaria maíidando apurar a lista impressa que foi
<la província aíim de fazer respeitar as deliberações da mesa, recebida.
proseguio esta nos seus trabalhos, que se ultimarão com Para legitimar a 1* conclusão a commissão apoia-se em
calma. A commissão não os protestos documentos que exuberantemente provão ser José Joaquim
julga, procedentes
que lhe forão presentes, assignados pelos adversários da de Oliveira cidadão brazileiro, c revelão ter elle tido resi-
mesa, e entende que não ha motivo para que deva ser dencia no Brazil desde 1821, e haver exercido es cargos de
reformada a eleição desta freguezia. eleitor,
juiz de paz e postos na guarda nacional.
< A commissão não teve presente cópia das actas do col- Para apoiar a 2a conclusão a commissão se basêa no
legio, e sómente os diplomas do deputado e supplente, nos principio de que não ha lei que prohiba a qualquer cidadão
a adopyão da formula empregada pelo votante que entregou
quaes não vem transcripta a neta da organisação da mesa;
delles consta que apresentando-se no collegio 116 eleitores uma lista impressa, entendendo mesmo que essa formula
dos 126 do districto, forão. as eleições daquelles julgadas não offende a liberdade do voto, nem é inferior áquella
legues e seus diplomas; que fôra eleitu deputndo o br. barão geralmente adoptada de listas escriptas por letra estranha
'fobias
de Maroim com í)3 votos, e supplente o Sr. Rabello aos votantes. ;
f.eite com 70 votos, tendo-se observado as disposições da lei. «. A 4a commissão de
poderes examinou ainda a acta da
Em vista do exposto é a commissão de parecer: eleição secundaria do 3° districto, e a achou em tudo con-
« 1.» ,Que sejão approvadas as eleições de eleitores das forme com a lei; e por isso e pelo que jft ponderou é de
8 fieguezias que constituem o 1° districto eleitoral da pro- parecer:
QllNTA SESSÃO PREPARATÓRIA EM 19 DE ABRIL. 21
c
.^u? seJa reconhecido e declarado representante do * Paço da camara dos deputados, em 17 de Abril de 1857*
3° districto eleitoral da corte o Sr. desembargador Alexan- Francisco de Salles Torres-Iíomem. — Jotlo Pedro Dias Viei-
dre Joaquim de Siqueira, e supplente do mesmo districto o 1 aAntônio Pereira Pinto. >
Sr. Dr. José Machado Coelho de Castro.
« Sala das commissSea, em 17 de Abril de 1857. —1.. Car- O Sn. Presidente declara deputado
pelo 1» districto da
tos, —Josc Antcnio Saraiva. — Francisco de Assis Alhaide. > província de Goyaz o Sr. Libanio Augusto da Cunha Mat-
tos, e supplente o Sr. André
Sr. Presidente declara deputado Augusto de Padua FJeury.
pelo 3° districto da
província do Rio de Janeiro o Sr. desembargador Alexandre
Joaquim do Siqueira, e supplente o Sr. Dr. .José ELE1ÇÀO DO RIO DE JANEIRO.
Machado
Coelho de Castro.
Le-se, entra
em discussão, e sem dohate o approvado, o
E] igualmente approvado sem debate o seguinte seguinte parecer
parecer:
Foi
presente M" commissão de poderes r> officio do Sr
desembargador Alexandre Joaquim de districto.) 9
Siqueira, deputado (6°
ol_eito pelo 30 districto eleitoral da côrte,
no qual participa
df de ' A 6° commissão de verificação <le
J4 assistir ás sessões da câmara; e a mesma poderes, a quem foi
Padecer que, approvada a eleição do referido presente o diploma do deputado eleito pelo t>° districto do
E"! ide liio de Janeiro, tem a honra de apresentar-vos
cliamado 0 respectivo supplente o seguinte
iiil i?- ao S6Jo
substituir para
1 resultado dos seus exames :
mesmo Sr. deputado eleito 11
< Paço da camara, 18 de Da acta
Abril de 1857. — Car/ot — geral e das parciaes não consta ter havido
J0.se Anlomo Saraiva. — Francisco irregularidade alguma nos diversos
de A,si, A lliaide. » gráos do processo elei-
toral.
?MS,»raTB declara não haver mais trabalhos « Todavia, na
de de Nossa Senhora da Lapa de
mesa' e couvirla 05 Srs. deputados ^ parochia
a so Capivary,
vZZZ
reunirem !e-a
amanhua, apezar de ser domingo. que faz parte do município do mesmo nome, foi
apresentado A mesa, e inscrióto na acta, um
Levanta-se a sessão á 1 protesto eon-
% hora da tarde. tra pretendidos abusos havidos no andamento
da eleição.
Mas como o dito
protesto não esteja acompanhado do prova
alguma dos íactos
que relere, e oue aliás forão contestados
em um contra-protesto assignaao
por vários cidadãos, a
commissão não
Quinta sessão preparaioria julgou dever toma-lo em consideração.
em 19 de Abril. Na acta da eleição
parochial de Nossa Senhora do Am-
tRKSIDEKCU 1)0 SR. AHT0R10 JOSli paro de Correntezas, freguezia do termo de Capivary, eiw
.«ACHADO. contra-se igualmente um
protesto contra a validade da elei-
S«M*«uo. - Expediente. ção pelo principal motivo de haver sido feita fóra da ma-
Ordem do dia -Eleição de Goyaz.
triz. Não pareceu á, commissão attendivel este fundamento
d° "i0 de Jui"'iro- yotaçno.-Eleito
W™
Vi na» Gera,». T d, do protesto, visto
, VotaÇào.-Ele,c/,o do Ceará. que a presidência da província, tendo já
VotaçDo.-Elei- reconhecido o estado de ruína da matriz, havia
ção da Bahia. 01,servaçbes do» ár». Viria/o, e autorizado,
S»raica. Vola-
por portaria de 4 de Agosto de 1856, que se fizessem as
E»"ril° eleições de de
Sant~ ralação. '9' lh juizes paz e vereadores ria casa da residência
do juiz de
paz, onde também funcciouára a junta dc ima-
liticação.
Os eleitores da freguezia de S. Pedro
d'Aldea (muni-
cipio de Cabo-Frio) representão a esta camara contra
u"!'í,llves 'la Silva, Salles, a
thiel Rnnc:.t. ir.•' Sala-
portaria da presideneia da província, dfefcada de 23 dc Ou-
Almeida, Machado,
Barbò»a Sa Puíííha'7h!lvi"°
l-f0-' de tubio do anuo ultimo,
Cavalcanti, Fernandes Vieira, que limi*ou a seis o num ro de
N-plin. r seus eleitores. Dera esta freguezia 12 eleitores em 1812,
F-.Oetaviano. Athaide, Fausto
Lan.hdo
CaSoM3rnVe!te-'
Mendes, Belisario, visconde 22 em i844 e 14 em 1852; mas havendo n 1 teriormente
de Baependv
"Sito Saraiva per-
Sdva Miranda,. Lim dido parte do território
Carlos. Paranaguá, qne forma o cuiato de S. Vicente de
Paulo, a
Vlr\ato' Pe«>ro Muni/., presidência teve de dividir, entro este e a freguezia,
PaCheco, Hetmc- o termo numérico de
genos João F,'r'
conti óimha Mntt56'
A™Sí'0. Di?s Vieira, Bezerra
Cavai- dos votantes. Os assignatarios J852 proporcitmalmente á quantidade
Mattos, e barao de S. líento, abre-se da referida representação
„0 approva-se a sessão
a acta da antecedente. queixão-se de que a divisão não fora feita nem em attenção
a população das duas localidades, nem sobre a bn e
O Jr. Io Secretario dá da qua-
conta do seguinte r hlicação de 1855,
pois que a freginr.ia contára então 631
votantes ; e divição do cnrat.o, verificada em FevM)ciro
expediente. pela
do mesmo armo, coube àquella 39H votantos, e
ao curat'«
236, nao ?e tendo
camara mu«icipal de Pindamo- portanto guardado a devida proporção na
uhan^h»Tefntaç5<? -da partilha feita em virtude da portaria de que se trata, e
aS Cl®í^es que
«i.i
ui-i cidade.— Primaria3 da parochia da mes- marcou ;i freguezia (i eleito, es e ao curato !!.
cfdade A™ respectiva
A commissão.
Por íalta de dados estatísticos íelativos á
população e
pa-dre ISnací? Rodrigues Bermudes,
xando^ríi?;J? quei- qualilicação das duas localidades em questão, a commissão
JUátiça que soflreu na eleição não se acha habilitada
geral nt»la /

pata deputado
"« para enunciar *eu juizo acerca do
Sant0' objecto da representação a
£$&-TZ
, jusiiçj—a respectiva•EsiJÍrU0 Pedi"d0 lhe que*e refere; e julga necessário
commissão. se ao
que peção governo esclarecimentos positivos a talres-
peito.
ORDEM DO c Mas como, qualquer
DIA. ^ que seja a solução que possa ter a'
dita representação, ella não altera de modo algum o resulta-
I Llilf;Ã0 DE GOYAZ. do geral da eleição do distrito,
pois que são apenas 3 os elei-
tores excedentes do numero fixado pelo presidente da pro-
(1° districto.)
vincia, a commissão é de
parecer que í-e declare valida a
J 4<'-se e entra em discimarin i , • eleição do 6° districto do Kio de .Janeiro, « seja reconhecido
m e a'e é approvado, o
seguinte " deputado o Sr. Dr. Francisco Octaviano de Almeida Kosa
parecer
« A 6a seccção da commissãn com 75 votos, e supplente o Sr. J •ronyn;o Pereira de Lima
rio ,
Campos com 56.
a quem foi
presente o diploma do dcputadífêípít ,Pod®1'<>.9' Paço da camara dos deputai» ' em 17 do Abril de 1857.
tricto da 1'dls:
província de (%az. ;o„I>el° — Francisco de Salles Torres-liomrm. — João Pedro Ihat
o as aÍ.
parciaes concernentes ás eleições do iv»r»rM ^S®ral Vieira. —Antonio Pereira Pinto
Onde nenhuma irregularidade ° 'stricto, >
encontrou jj»
se declare valida O Sr. Presidente declara deputa^
a° dita eleição,Tsék reconb^r'qU6 pelo 6° districto do
oeputado o Sr Rio dè Janeiro o Sr. Dr. Francijc. Octaviano de Almeida
Libanio Augusto da Cunha Mattos"com°ni
CntÇ! °Sr' Kosa, e supplente o Sr. Jeroriymo i t<-:i :i de Lima Campos.
Augusto do Padua
eomVvS Fleury
Lê-se e approva-se sem deb .te seguinte
parecer :
22 Q. I\"TA SESSÃO PREPARATÓRIA EM 19 DE ABRIL.

(9° districto.) J^ô-se e é approvado sem debate o seguinte


parecer :
« Este districto comprehende todas as
parochias dos mu- (11° districto )
nicipios de Vassouras, Parahyba do Sul e Valença.
Eleição primaria. — A freguezia de Sacra-Familia do «0 11° districto eleitoral da
província do Rio de Janeiro
Tinguá , cora uma qualificação de 688 votantes* apurou 21 comprehende as freguezias da villa de Itaguahv , da Con-
eleitores , por ter dado esse numero 11a legislatura passada. ceição do Bananal, do Ribeirão das Lages, de S. João
O governo imperial já explicou na circular de 2 de Novem- Marcos, de S. José da Caçaria , do Passa-Tres
, da villa de
bro de 1846, e em outros avisos, que nenhuma parocliia po- Iguassú , de Santa Anna das Palmeiras , de Marapicú , de
derá nomear numero maior de eleitores do Jacotingá, e de Merity, tendo por cabeça a villa deltaguahy.
que lhe permitte
a Ia parte do art. 52 da lei de 19 de Agosto. Embora ante- c lileição primaria. — Em nenhuma das
parochias houve
riormente a freguezia da Tinguá houvesse dado 21 eleito- irregularidade no processo eleitoral.
res , a sua qualificação do anuo A 5a commissâo de
passado não a autorisava a poderes deve porém observar que nas
dar legalmente £enão 17. parochias de S. João Marcos e S. José da Caçaria deu-se um
Na neta dos trabalhos da augmento indevido de eleitores ,
parochift. de Santo An*onio da que cm nada prejudicou a
Encruzilhada nota-se o seguinte. Terminada a apuração das eleição secundaria, não só
"um porque o collegio tomou em sepa-
cédulas, fbi apresentado rado os votos dos extranumerarios, como
protesto que começou a lan- porque o deputado
eleito obteve uma
çar-se na acta. Como anoitecesse, suspenderão-se os traba- quasi unanimidade e o supplente maioria
lhos, e a transcripção do absoluta , independentes daquelles votos.
protesto ticou interrompida logo no
seu começo. No dia seguinte A Ireguezia da Caçaria fazia
porém resolveu a mesa que parte da de S. João Marcos
não se escrevesse o resto, e em 1842, época em que derão essas duas freguezias reunidas
que só se passassem os diplomas
dos eleitores. / 21 eleitores. A camara dos Srs. deputados em 1852 des-
A commissâo acha. irregular o procedimento da mesa, attendeu a preterição da Caçaria de dar eleitores seus espe-
talvez por uma má interpretação litteral dos arts. 55 e ciacs , e admittio
que S. João Marcos , com o território
57 da lei de eleições. Deve no entanto observar que não daquella freguezia, elevasse a 25 o numero de seus eleitores
teve presente nenhuma reclamação ou queixa dirigida
poste- pelo favor da lei do accrescimo da quinta parte. Tendo sido
riorment* ás autoridades superiores. porem cfrectivamente constituída a parochia da Caçaria
Na acta da de Santa Anna depois daquelle facto, a presidencia da
parochia de Cebolas encon- província , seguindo
tra-se também um protesto allegando irregularidades na a inteiligencia dada á lei de 19 de Agosto
pelo conselho de
estado^ e decisões do
eleição respectiva. A mesa consignou na acta a sua res- governo*, distribuio o dito numero de
posta a esse protesto, e mostrou que erão infundadas as al- 25 eleitores pelas duas parochias , a sabor ; 11
para a Ca-
caria e 14
Jegações. para S. João Marcos. A commissâo, examinando
« Contra os trabalhos parochia.es de S. José do Rio Preto as razões e dados sobre a
que presidencia baseou etsa distri-
buiçao, achou que ella
apparecêrão também algumas reclamações,
que forão res- procedeu regularmente.
Releve a camara
pondidas.com vantagem pela mesa respectiva. que a commissâo entie ainda sobre
Eleição securidaria.—Correu regularmente. Em 115 este ponto era algumas considerações. O districto eleitoral
cédulas recebidas obteve o Sr. Dc. Joaquim José Teixeira de que se trata compõe-se das freguezias de tres muni-
Leite em primeiro escrutínio a maioria absoluta de 104 cipios. Se se admittirem as
pretenç.ões de S. João Mar-
votos para deputado ; e no mesmo numero de cédulas rece- cos e da Caçaria , resultará ura município com
que
bidas obteve o Sr. Dr. Martínho Alves da Silva Campos, tam- 3,956 votantes dominará os outros dous,
que têm 4,379 ,
bem em primeiro escrutinio, n maioria absoluta dc 97 votos. porquanto o dito município ficará com 91 eleitores era
pre-
Conclusão. —A 5° commissâo de sença dos outros dous com 80. Nem se
poderes é pois de pa- pôde dizer que a aeli-
recer : beraçao presidencial deixe em circumstancias a re-
peiores
<l.o Que se declarem illegitimos os presentação eleitoral do municipio de S. João do Príncipe du
quatro últimos elei-
toies da freguezia do Tinguá. que a de Itagualiy ; basta ver-se a proporção em que fica
2.° Que se declare deputado cada eleitor desses dous municípios
pelo 9<> districto do Rio de para o numero de seus
Janeiro o Sr. Dr. Joaquim José Teixeira Leite. respectivos, votantes ; ainda cora a decisão da
presidencia
3." Qur se declare, supplente o município de S. João do Prijocipe terá ura eleitor
pelo mesmo districto o Sr. por 60
Dr. Martinho AL es da Silva Campos. votantes, ao o deltaguahy ficará com 1 eleitor por
passo que
Sala das eommissõcs, 18 de Abril de 18S''. — Amaro 66 votantes.
Carneiro Bezerra Cavalcanti.—F. Octaciano de Almeida Rosa. > lambem deve ser mantida a decisão
da presidencia re-
lativamente á freguezia de Santo Antonio da
O Sr. Phfsideiite declara deputado pelo 9o districto do Jacotiííga ,
onde se apurárão 11 nomes
Kio de Janeiro o Sr. Dr. Joaquim José Teixeira Leite, e sup- para eleitores, não podendo
essa freguezia apurar mais do
que 8 , á vista da lei, con-
plente o Sr. Dr. Martinho Alves da Silva Campos. forme já foi decidido na
passada legislatura..
Lê-se e sem debate ó approvado o^seguinte Na acta dos trabalhos eleitoraes da mesma freguezia
parecer:
se encontra um protesto assignado
o districto.) por 7 votantes , e apre-
(7 sentado depois que se conheceu o resultado da urna. Xesse
Este districto tem protesto se argue lo , que o cidadão Francisco José Soares
por cabeça a cidade de Nitlierohy, o Filho, um dos eleitores acclamados, não era votante
comprchende os tres municípios de Nitlierohy, Maricá e -
quali
ficado ; 2° t
Itaborahy, com todas as suas freguezias. que o cidadão João da Costa Pereira , também
eleitor acclamado, era menor de 25 annos
« A 5» commissâo dc
poderes , examinando as actas das ; 3°, que a eleição
estava viciada
eleições primarias e confrontando-as cora a da eleição se- por trr-se apurado maior numero de eleitores
cundaria ., acliou-as regulares e validas. Em 116 cédulas do que os devia dar a Em ura contraprotesto,
que parochia.
• recebidas obteve o Sr. Dr. assignado •. lo,
Paulino José Soares de Souza por 16 votantes, se respondeu que o cidadão
empregado do corpo diplomático, ora residente em Lon- Soares Filho até tinha sido em Setembro eleito com
grande
d res, a maioria absoluta de 68 votos maioria para a camara municipal, tendo sido chamado a
para deputado ; e no votar pelos proprios reclamantes
mesmo numero de cédulas'obteve o Sr. tenente-coronel que então Hão as listas da
João Nepomueeno Castrioto, commandante do corpo poli- qualificação ; 2°, que o cidadão Costa Pereira era oflicial d*
ciai da província do Rio de Janeirc , a maioria absoluta de guarda nacional, equiparado aos do exercito, e portanto po-
dia constitucionalmente ser votado sem ter nttingido os 25
77 votos para supplente.
annos ; 3o, que o facto de dar a
«E' pois a commissâo de parecer : parochia maior numero de
eleitores seria apreciado
l.o Que se declare deputado pelo 7° districto eleitoral pelo poder competente.
A commissâo nada tem a accrescentar ás razões do con-
do Rio de Janeiro o Sr. Dr. Paulino José Soares de Souza.
traprotesto, que parecem attendiveis'.
<2.° Que se declare supplente pelo mesmo districto o
Eleição secundaria.—Não houve a menor irregularidade
Sr. tenente-coronel^ João Nepomueeno Castrioto.
nos trabalhos do collegio eleitoral. Sahirão eleitos deputa-
Sala das commissões, 19 de Abril de 1857. — F. Octa-
do, em primeiro escrutinio, o Sr. conselheiro Francisco de
viuvo ile Almeida Rosa.—Amaro Carneiro Bezerra Cavalcanti. »
Salles forres-Homem, tendo obtido a maioria absoluta de
O Sr. Presidente declara deputado pelo 7o districto do 110 votos em 127 cédulas recpbidas, não entrando neste
Rio de Janeiro o Sr. Dr. Paulino José Soares de Souza
, e numero as tomadas em separado ; c supplente, também era
rupplente o Sr. tenente-coronel João Nepomueeno Cas-
primeiro escrutinio, o Sr. Dr. Antonio de Araújo Ferreira
trioto. Jacobina, que obteve a maioria absoluta de 66 votos no mes-
QlIIiNTA SESSÃO PREPARATÓRIA '23
EM 19 DE ABI\1L,
mo numero do cédulas acima mencionadas,
e com exclusão « A' vistn do
cias que que, entende n commissão que tendo sido,
pertencião nos eleitores indevidamente accreseidos. como íoi, competeuruinente reconhecida a legalidade da elei-
« Moveu-se no collegio eleitoral
questão sobre se os elei- çao <|ue cotiferio diploma âquelle eleitor, é evidente a im-
tores accrescidos devião votar
para a composição da mesa. procedência do protesto.
O presidente interino do collegio resolveu
por si não admit- « Aoeresce
ti-los a votar, que o voto do referido eleitor, conforme'se
porque tinha de obedecer á portaria do go- allega rios contraprotestos, nãò
verno fixando o numero de eleitores das diversas podia alterar o resultado da
paroebias e eleição dos 2 membros da mesa
não queria viciar os trabalhos do collegio aceitando parockinl, visto como a dif-
para a lerença da votação do ultimo dos eleitos
composição da mesa um elemento para o seu imme-
que podia depois reco- diíito era de 3 votos.
nhecer-se vicioso. Deu esta decisão causa a um
protesto de •< Em conclusão, <5
a commissão de
vários eleitores e a um contraprotesto da mesa. parecer que seja reco-
nhecido c declarado deputado
< Parece á commissão o pelo 3« districto eleitoral da
. que presidente interino do colle- província do Ceará o Sr. l)r. Sebastião Gonçalves
gio nao devia obrar diversamente do modo ' da Silva,
por que se houve e supplente o Rev. padre José BevHlnqua.
e reconhecendo-se agora, como demonstrado
fica, que os c Sala das commissões, 19 do Abril de
eleitores extranumerarios erão illegaes, 1857.— J. L. da
vê-se que a nin- Cunha Paranaguá.—Francisco da Srrra Carneiro. >
guem se tolheu ura direito incontestável, e sómente
se acau-
telou a segurança da eleição. O Sr. Presidente declara deputado
^ pelo 3» districto do
Cencíwao.—Pdo Ceará o Sr. Dr. Sebastião Gonçalves da Silva, e supplente
que expôz é a commissão de parecer ; o
" uVe ®ec^?re®a legítimos sómento Rev. padro José Bevillaqua.
os primeiros 14
eleitores da freguezia
de S. João Marcos, e os 11 também
primeiros da de S. José da Caçaria. ELEIÇÃO DA It.VHlA.
nn"ullem os 3 últimos eleitores
f'°«QUAe !e da fregue-
zia de b. Antonio de Jacotinga. (2° districto.)
se declare deputado 11» districto
pelo da pro- Le-se e entra em discussão o seguinte
parecer:
° ^ c°ns°lhclr0 FranCÍSC0 de
^ésTorreÍ-°HoeraeJrir0 « A' 4U commissão de
poderes não forão presentes as
actae das eleições parochiaes do 2° districto da
^.'rí'0 declare ,supplenta pelo mesmo districto o província da
Dr. Antonio de Araújo Fer»ira Jacobina. Bahia, e sómente teve a do respectivo collegio eleitoral,
da
« Sala das commissões, qual consta não ter-se dado irregularidade alguma naquel-
.18 de Abril de 1857.—F ücta-
A!me"'" I(0m- ~ÁmaT0 Carneiro Ias, obtendo maioria absoluta de votos
Bezerra Cavai. para deputado o
nmU 7 Sr. Dr. Eduardo Ferreira França, e para supplente o
St. Dr. Balthazar de Araújo Aragão Bulcão; e
deck™ J<rP«tado porque 110
Ri? de
Kio d^Tn^TrT^T' pelo 11o districto do collegio eleitoral forão observadas as formalidades legaes,
é
Janeiro o Sr.conselheiro Francisco de
Salles Tor- de parecer a mesma seeção-quc sejão approvadas as eleições
°Sr" AEt011Í0 de do dito 20 districto, sendo chamado a tomar assento o sup-
Íeiía jSina/UPPlei,te
plente; por ter fallecido o Sr. Dr. Ferreira França, deputa-
do ('leito ; devendo-se' requisitar do
ELElfXo DE minas UERtES. governo a remessa das
actuâ parochiaes. Paço da camara, 18 de Abril de 1857.
— L. Carlos. — José
(8° districto.) Antonio Saraiva. — Francisco de Assis
Athaide. >
eutra om discussão,
e sem debate è approvado o
seguinte O Sr. Viriato diz que havendo fallecido antes da verili-
parecer: "
cação dos seus poderes o Sr. Dr. Eduardo Ferreira França,
6" commissão de verificação de deputado eleito
mi" 4 poderes tendo exa- pelo 2° districto eleitoral da Bahia, deseja-
« Parc!íies d» eleição do 8» districto va suscitar uma
n»!;,!"CíS
da província ??lie9 questão na camara para servir de guia no
de Minas Geraes, que correu muito regular- futuro; isto é, se se deve
proceder a nova eleição por esse
aníK0' os districto, ou se elle deve ser representado unicamente
^ ,wiem Srá03 do seu processo, é de pareclr que
pelo
do dit0 districto, e se reconheça supplente. Julga esta
dentar
deputado o sSr. r® • questão bastante interessante, o por
I uiz í,0"?0
Carlos da Fonseca com 82 votos, e sup- isso podio a palavra, deseja sobre
porque que olla se abra
pleute o Sr. Carlos José Versiani com 67. uma discussão.
"'a camara dos deputados,
V:"?° era 18 de Abril de 1857 O Sr. Saraiva pensa, como ,o nobre deputado,
" SaUeS T"Tres-Homem. —JoHo quo é inte-
Pedro Dias Viei- ressante a questão
ra Tu!'
ia.—Antonio d
Pereira Pinto. > que acaba de ventilar; parece-lhe porém
que se deve deixar a sua discussão para quando a camara
O Presidente declara deputado
.Sr. pelo 8» districto da se achar constituída. (Apoiados.)
província de Miuas Geraes o Sr. Dr. Luiz1 Carlos da Fonse-
ca, e supplente o Sr. Carlos O Sr. ViniATo: —Não ponho duvida nisso.
José Versiani.
O Sr. Saraiva: — A commis3ãoapenas limitou-se a veri-
ficar os poderes dos eleitos, afim de
ELEIÇÃO DO CEARÁ. que o supplente viesse
tomar assento 11a camara.
(3° districto.)
Não havendo mais quem peça a
'sem _ palavra, julga-se a mate-
dÍ3CU9siio' e ria discutida.
debate Aprovado o
•eguintè
paí^er!" O parecer é aprovado.

PoJeres- examinando a acta da elei- O Sr. Presidente declara deputado supplente


ção â nmE'? 6 ^ pelo 2"*
U? s?PPlente districto da província da Bahia o Sr. Dr. Balthazar de An-
toral da j ^ pelo 3° districto elei-
™! como fts aotas d'1 eleição drade Araújo Bulcão. .
primaria das rvirr 1° j /i
VUh V!ç0Sa e de LPm-se, entrão em discussão e som debato são approva-
queScomter«eSodis?r£„anjav ^
dos, os seguintes pareceres ¦*»

das cédulas para os^"tTcUOTÓrd^pàrncr^d^V3^1'"9"0 (5o districto.)


Rev.
padre Antonio Carneiro da OnK 0 <c Foi presente á 4a commissãp de
° arou poderes a acta do col-
que protestava contra a validade da cWã^r
dia, em consequencia de haver SC Pr°cf" legio do 5" districto eleitoral da província da Bahia, não lhe
eoneori-illn ün''11'3
S^U tendo sido remettidas as das eleiçõçs parochiaes ; constan»
para a organisação da mesa parochial nn nnslüL^ -°
TC'~
tor, o cidadão José Eleuterio da Silva do, porém, daquella não ter havido irregularidade alguma
òaun\pstnv r ^ nestas, e observando-se no mosmo collegio as formalidades
nado
pelo crime de injuria,
legaes, é a commissão de parecer que se approvem as elei-
julgado ao tempo da sua eleição em 1852,
do que apresentou
documento. Concluída a apuração das ções do referido 5« districto, sendo declarado deputado o
cédulas, declarados Sr. conselheiro Luiz Antonio de Sampaio Vianna, e sup-
foi ^produzido o mesmo
por 6U,PPlent®8'
por 4 cidadaos, protesto plente o Sr. Dr. Pascoal Pereira de Mattos, officiando-se ao
lavrando-se na acta respectiva os
b-em Cnmo, 03 contraprotestos do eleitor
competen- governo para remetter as actas das eleições primarias.
vamade lora impugnada, cuja « Paço da camara, 18 do Abril de 1857. —L. Carlos.—
. e de 2 mesarws e outros cidadãos. José Antônio Saraiva. —Francisco de Assis Atliaide. »
24 SESSÃO PREPARATÓRIA EM
QUINTA 49 DE ABRIL.

«
O 'Sn.
"• U\íWilIiV
Pueswesti: declara HC^/UliclUU
deputado |JClv/ ü"
5» distriçto da tendendo não
~ i.--- pelo toaio poder aquella parochia dar mais de 8 em
província da Bahia o Sr. conselheiro Luiz Auto de Sam- vista do disposto no art. 52 da lei
de 19 de Agosto de 184f>
paio
paio Vianna, e sapplente o Sr. Dr. Pascoal Pereira de e ordens do
governo. O eollegio eleitoral não attendeú
Mattos. aquella reelamaçao, nem mesmo a
considerou, verificando
(14° distriçto.) entretanto
pelas aetas anteriores ter dado a referida írezue-
zia 7 eleitores em 1812, e 10 em 1844
« Foi pi escute á 4íl commissíio de poderes a acta do col- ; o mesmo eleitor Bit-
tancourt 11a sua reclamação refere ter dado
legio eleitoral do 14° distriçto da província da a freguezia em
Bahia, dei-
questão 7 eleitores em 1817, e 9 em 1851. Nada mais consta
xando de lhe ser remcttidas as aetas das eleições
primarias ; ter occorndo, nem nas eleições
daquella porém consta que nestas nenhuma irregularidade primarias, nem na secun-
daria deste eollegio," 110
se deu, e da mesma consta, comquanto não declare o nu- qual se observárão as demais forma-
1 idades da lei.
mero de cédulas recolhidas na urna,
que obtiverão maioria < O eollegio eleitoral da crdade
absoluta para deputado o Sr. Dr. Francisco Luiz Antunes de da Victoria não admit-
tio votar o eleitor supplente
Campos Coin 79 votos, e para supplente o Sr. Dr. Manoel jk padre João Ferreira Lo-
pes VV auzellcr, que se apresentou coin diploma de suo-
Teixeira Soares com 82 votos; é
pois a coinmissào de pare- p ente pi la parochia de Cariaeiea,
cer que sejao approyadas as eleições do 14° distriçto, e de- por ter a mesa paro-
chiai separado os votos conferidos
clarado deputado o Sr. Dr. Francisco ao cidadão Felipae de
Luiz Antunes de ra Subtil Almeida, cm numero de 106, dos que
Campos, e supplente o Sr. Dr. Manoel Teixeira Soares, de- fiquei
reeahirao no mesmo cidadão em
numero de 42,
vendo se exigir do
governo a remessa das aetas referidas. rem as listas a conjuucção —e— antes por conte-
« Paço da carnara, 18 de Abril de 1857. —L. Carlos. —./. do appellido Almei-
"Athaide. üa, e dessa sorte tornava-se aquelle
A . Saraiva. — Francisco de Assis > padre superior em vo-
tos (iy; ao dito Almeida
; reunidos porém o.s votos que se
O Sn. PiiEgiDtNií: declara deputado pe:o 1-1» distriçto da tomarão separadamente, era Felippe de Siqueira
Subtil
província da Bahia o Sr. Dr. Francisco Luiz Antunes de Almeida o legitimo eleitor, e
assim o resolveu o collesrio
Campos, e supplente o Sr. Dr. Manoel Teixeira Soares. unanimemente. b
« No mesmo eollegio se aventou
a seguinte outra questão:
(6o distriçto.) A mesa parochial de Carapina não
quiz reconhecer o eleitor
José Francisco de Barcellos Silva,
€ A 4" commissão de poderes examinou a acta do col- por lhe serem dados os
votos sob o nome de José de Barcellos
Silva, e cm eoiise-
legio eleitoral do 6o distriçto da província da Bahia, não
quencia compareceu no eollegio com diploma expedido
podendo confronta- la com as das eleições parochiaes, pela
por camara municipal o supplente mais votado
José Francisco
lhe não terem sido presentes ; constando porém da mesma do .Nascimento Lima. O eollegio eleitoral,
tomando em con-
não ter havido nestas irregularidade alguma, e sendo sideração uma representação authenticamente
observadas pelo eollegio as formalidades legaes, é a secção documen-
tarja que lhe apresentou o dito Barcellos,
de parecer que sejão approvadas as eleições do dito 0° dis- e as provas que
exhrbio de ser o
trioro, e declarados deputado o Sr. Dr. Casimiro de Sena Ma- próprio José de Barcellos Silva como tal
qualificado ; de ter com este nome votado anteriormente nas
dureira, e supplente o Sr. Dr.,)ustiniauo Baptista Madurei-
eleições de Setembro, sendo então
ra, aos quaes coube amaioria absoluta de votos na respectiva presidente da mesa paro-
chiai o mesmo
juiz de paz ; de não haver na freguezia al-
ordem da votação; oficiando-se entretanto ao
governo para gum outro votante de igual nome ; e finalmente de ter ac-
remetter as aetas das eleições primarias.
eresceutado ao seu nome o cognome
« Paço da camara, 18 de Abril de 1857. —L. Carlos. de Francisco para
evitar a confusão com outro José de
Barcellos Silva resi-
J. A . Saraiva. — Francisco de Assis At haide. » dente na freguezia da Serra, e
já fallecido, onde igualmente
O Sn. IWidemtk declara deputado pelo 6° distriçto da residira, resolveu depois da discussão
que fosse reconhecido
Bahia o Sr. Dr. Casimiro de Sena Madureira, e supplente o eleitor pela freguezia -de Carapina
e admittido a votar o
Sr. Dr. Justiniano Baptista Madureira. citado José Francisco de Barcellos
Silva, sendo conse-
quentemente excluído o supplente apresentado, cujo di-
ELEIÇÃO DE PIALIIY. ploma íicou servindo para o eleitor reconhecido. Esta
deliberação do eollegio foi tomada sobre o parecer da
(3o distriçto.) mesa contra os votos dos dous escrutadores.
« Constituido assim o eollegio,
LC-se, entra em discussão, e sem debate ao qual deixou de compa-
é approvado', o
recer o eleitor Francisco Martins de Azambuja
seguinte parecer : Meirelles
dingio-se a ouvir a missa do Espirito-Santo
« A 2" commissão dc , e prosejruio
poderes, em additamento ao seu pa- aepois no
processo do recebimento e apuração das cédulas,
recer de 17.do corrente, examinando a eleição de,supplente ate a sua niutilisaçao , dando então o
presidente pordissol-
pelo 3° distriçto da província do.Piauhy., acha-a valida e mcIo o eollegio, e assignada a respectiva
acta pelo presidente
regulnr, e por i-so ó de
parecer : e secretario», e
primeiro escrutador, íaz este após o seu
•' Que seja reconhecido o Sr. Dr. José
Antonio Saraiva nome a seguinte declaração : Vencido em
supplente parte pelas razões
pelo dito distriçto por ser o immediato em votos abaixo declaradas. Tendo o cidadão José
« Paço etc., Francisco do
1!) de Abril de 1857.—Pacheco.— Nascimento Lima, e José Furtado de Pina
li. e Silva, eleitores 1
Duarte. > supplentes mais votados
pela fregueza de Carapina, seapre-
O.Sn- PitEsipEME declara supplente sentado no eollegio
pelo 3° distriçto da para serem admittidos a votar, um em
lugar do cidadão votado
província doPiauhy o Sr. Dr. José Antonio Saraiva para eleitor José Francisco de
¦barcellos Silva , sobre
que versa a duvida da restricção
ELEIÇÃO DO ESPIRITO SANTO. assignada pelos dous'membros da mesa no
parecer que
se deu sobre os diplomas dos eleitores das
diversas fregue-
Lê-se, entra em discussão e sem debate c approvado, zias que compoem este eollegio
o se- e o outro
, em lugaf do
guinte parecer: cidadão Francisco Martins de Azambuja
Meirelles, que
< Forão presentes á 4a commissão de por falta de idade não o devia ser , os quaes ditos eleitores
poderes as aetas dos
collegios eleitoraes da supplentés declarárao votar
quatro província do Espirito Santo, a para deputado e supplente no Sr.
da apuração dos votos Dr. Ignacio Rodrigues Bermudes e no
pela camara municipal da capital, padre Joaquim de
uma justificação do eleitor José Francisco de Barcellos Sil- Santa Maria Magdalona Duarte
; e não havendo a maioria
representação da mesa
>a, e uma do Rev.
padre Ignacio Rodrigues querido admitti-los a votai , requererão os dous
escrutadores
Bermude, queixando-se da injustiça
que soífrêra, e a mes- que lhes fosse permittido fazer esta declaração,
ma commissão, examinando attentamente os mencionados para constar onde convier, concordou com estas razões
documentos, únicos que lhe forão submettidos, vem expôr o outro escrutador,
que assignou, o seguem as a3signaturas
a esta augusta camara o resultado de suas investigações. dos demais eleitores.
« Da:, aetas dos collegios eleitoraes de S. Matheus < A
e No- ^ justificação, presente A commissão, do eleitor José
va Almeida não consta que se désse irregularidade
alguma } ranscisco de Barcellos Silva foi dada perante o juiz munici-
nas eleições das respectivas
primarias parocliias, e pelos pai em Março do corrente anno , e por ella
mesmos collegios forão observadas as disposições da prova aquelles
mesmos fundamentos
lei. , á vista dos quaes o eollegio eleito-
« No eollegio eleitoral de Benevente o eleitor ral o reconheceu eleitor e o admittio a votar.
Francisco
Gomes Bittancourt reclamou contra o numero de 10 eleito- < Na representação
resdavillade Guarapary, que a esta augusta camara dirigioo re-
que lhe parecia excessivo, en- verendo
padre Ignacio Rodrigues Bermudes, e que foi presen
25

te il commissão, queixa-se elle da preterição que soffrêra cm para votarem no collegio da Victoria, por se não terem dado
as hvpotheses figuradas no art. 65 da lei de 19 de Acosto
eeu direito , apresentando tres fundamentos : 1», a questão
de 1816.
ventilada no collegio eleitoral sobre o eleitor José Francisco
'l.o
de Barcellos; 2o, a não admissão de votar 110 collegio o eleitor Que no caso da qualificação indébita por falta de
idade do eleitor Meirelles, se devera ter recorrido ao dispôs-
supplente José Furtado de Pina e Silva, que se apresentára
to no art. 56 da dita lei, o
para substituir a Francisco Martins de Azambuja Meirelles, que se não fez.
« 5.o Que este eleitor Meirelles não compareceu ao col-
que por falta deidadc não devia ser eleitor , conforme o que
legio para votar.
«fica ji mencionado ua declaração que no acto daassignatura
« (i° Que cs escrutadores do collegio terião sido mais
fízerão os dous escrutadores ; 3", finalmente, o ter a camaro
zelosos se provocassem uma discussão no collegio
municipal funccionado sómente com quatro membros nas provan-
do não ter o eleitor a idade necessaria
sessões a que procedeu para a apuração dos votos e o sorteio para o exercicio de
tão relevante cargo , do
entre os dous candidatos empatados ; e conclue pedindo que que o forão guardando-se para faze-
rem declarações no lim da acta , na occasião das assigna-
esta augusta camara lhe mande contar os votos daquelles
turas, e quando, tendo sido já declarado dissolvido o colle-
dous supplentes repellidos pelo collegio eleitoral, o
que,
segundo a declaração dos dous escrutadores, manifestárão a gio, nada mais podia deliberar ^ não constando da acta que
intenção de lhe dar seus votos. a seu conhecimento fosse submettlda semelhante
questão.
7.0 Que nenhum valor
Para roborar suas allegações apresenta o podem ter as intenções manifes-
paire Bermu-
des os seguintes documentos : tadas pelos eleitores supplentes , não só
porque a lei não
«1.° Certidão de^ baptismo, admitte votos revelados , como porque os mesmos não se
que dá ao eleitor Francisco
IVIartins de Azapabuja Meirelles a idade de uchavão constituídos no caso de votar pelos motivos
pouco mais de pon-
20 annos. derados.
« 2.° Um attestado do capitão Justiniano Martins Mei- « 8.° Que as actns da camara municipal referem terem-sa
relles , no qual declara ser aquelle eleitor seu filho, e único achado presentes 5 vereadoics, e não 4 , além dos eleitores
desse nome. presentes, não se podendo admittira ficção de não ser con-
tudo como presente um vereador, aliás premente,
3." Uma certidão do escrivão do
jury, na qual declara por achar-
se no exercício da supplenciá da delegacia,
ter o referido eleitor representado contraa sua por isso que as
qualificação restricções de incompatibilidades determinadas
para jurado , por ter 21 annos incompletos , como provou ; pelo go-
verno sobre o exercicio
sendo em consequencia eliminado da puramente administrativo não
qualificação.
4 ° Uma certidão do secretario da camara' municipal, podem abranger aquelles actos que não são considerados
ordinários, e de cuja omissão resulta uma
na qual se declara ter sido
qualificado no quarteirão das pena impôs-
Larangeirns, em 1851 e 1852, como votante, José Francisco ta por lei, como so dá no caso vertente, art. 126 da lei de
Barcellos Silva, não sendo li) de Agosto de 1846.
qualificado dessa época em diante
9." Finalmente,
no mesmo
quarteirão por ter passado a fazer parto da fre- que tendo sido implicitamente appro-
vado pela camara dos Srs. deputadas da transacta legisla-
guezia de Carapina.
<• 5.° Attestado do tura o numero de 9 eleitores da villa de Guarapary , é de
juiz de paz do Carapina, noqual decla-
ra não existir naquelle districto cidadão algum parecer:
com o no-
« 1.° Que seja eliminado
me de José de Barcellos Silva. para as futuras votações o de-
« 6.0 Uma certidão do_becretario da cimo eleitor de Guarapary.
camara, na qual
declara nao existir na « 2.° Que sejão approvadas as eleições <11
qualificação da freguezia de Carapina, ^ província do
do £jnno de 1856, o nome de José Francisco de Barcellos Espirito-TSanto , declarando-se deputado o Sr. Dr. Antonío
Silva. Peieira Pinto, e supplente o reverendo Ignacio Kodri-
padre
« 7.0 Uma certidão do secretario
da camara, na qual gaes Bermudes. i
¦declara « 3.0
terem sido votados
para eleitores na parochia de Q«e se mande riscar do numero dos eleitores de
Carapina dá 5 eleitores) Carapina o eleitor Francisco Martins de Azambuja Meircl-
(que : lo t o tenente-coronel
.Sarmento ; 2», Francisco Martins de Azambuja les , por não ter a idade competente.
Meirelles ;
3", .losé de Barcellos Silva « Paço da camara dos deputados, 19 do Abril de 1857.—
; 4°, Joaquim Corrêa Fraga ; 5°,
JManoel 1 rancisco I-irio; sendo supplentes L, Cariou. —JoJc Antônio Saraiva. — Francisco de Assis
com GO votos
cada ura o Athaide. >
padre Francisco Antunes de Siqueira, José
A* raneisco do Nascimento Lima e José
Furtado de Pina e O Sr. Prksidkntf. , depois de declarar deputado
™cnoionando ter a mesa recusado aceitar _ pela pro-
o eleitor vincia do Espirito-Santo o Sr. Dr. Antonio Pereira Pinto, e
i
.José ,? do
í Barcellos
Silva por não ser o supplente o reverendo
proprio a que se re- padre Ignacio Rodrigues Bermudes ,
ferem os votos , e é denominado larga a cadeira da
que José Francisco de presidencia , que é occupada pelo Sr. lo
Barcellos Silva. secretario.
« 8.o Uma certidão
, passada pelo secretario da camara , ELEIÇÃO tO CEAR.l.
do teor da acta da sessão
preparatória do collegio eleitoral!
í>.o lgUai certidão da acta daelcição; deixando districto.)
entrever (10
:i representação a iníohcrencia ou irreguíat idade
de se achar I-ô-se , entra em
aseignado najirimeira o eleitor José Francisco discussão , e sem debate é approvado, o
de Barcellos
¦ 'ilva , e de não ter assignado seguinte parecer : t
com mais cinco outros a se-
gunda ; o que aliás não constitue nullidade. « A' 1" commissão de
poderes forão presentes todos os
Uma certidão, do secretario da camara, papeis relativos á eleição para deputado e supplente pelo
,„V°; da nela da
aPuraía0 d<* votos, e subsequente sorteio,na 1° districto eleitoral da
fW°unceionou o vereador qual província do Ceará , c em desempe-
Antônio Francisco Athaide. nho de seu dever cumpr# & mesma commissão ponderar o
Pol[cia..díl consta seguinte :
verca.loV T" r** 1™' que aquelle
N?ve?bro ^ achava no exercido «0 1° districto eleitoral da
sunDlcntp'dn 6ubdeleSadu
11 ?° de província do Ceará foi or-
do policia até a data da ganisado pelo decreto n. 1,807 de 20 Agosto de 1856 em
26 de Março. mesma,
um só collegio, composto das seguintes íreguezias : Forta-
° eSpeUdÍd° leza, Maranguape, Aquiraz c Cascavel.
missão d^podereíf0 a Ia com- Na segunda c terceira, Maranguape c Aquiraz , correu

^a falta de uina conjuncç&o no nome plácida e regularmente o processo de eleição primaria.


'A de qualauer
V
cidadão Na ultima, a de Cascavel, tendo-se vcnHcado o roubo
nao constitue razão sufficíente,
nem ao menosXú-
"juospwu da urna em que se achavão cs iivros de actas e mais papeis
swel,
para sa atacarem direitos m,..,»..
m™08 do trabalho eleitoral, a um
os constitucionaes do cidadão
brazileiro como procedeu-se novamente pro-
comS í""
bem resolveu cesso cm dia marcado pelo presidente da mesa parochial,
O colleo-io. Ueiro»
« em conformidade da resolução da presidencia JLa provin-
2.0
Que, além da resolução tomada
pelo collegio eleito- cia. Dos documentos consultados pela commissão , apenas
as razrjes
nhece.i í \1C ? íe P1'1"* qua<-? reco- se obtém o conhecimento da data do attentado, e não suas
como eleitor a José Francisco de Barcelos snVn causas e menos seus autores. Recomeçados cs trabalhes,
pela freguezia de Carapina, se nota uma verdadeira
ultimação.
dicção a respeito do masin» contra- progredirão elles regularmente até sua
eleitor nos documentosapie- « 1 testa tratar da eleição da freguezia da Fortaleza.
^entados
pelo reverendo padre Bermudes de ns. 1 a 7 Para de quanto alri occorreu bas-
« 3.0 pleno conhecimento
Quenão podião ser chamados eleitores supplentes taria transcrever o conciso e explicito ofiicio do presidente
TOMO I.
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26 SEXTA SESSÃO PREPARATÓRIA EM 20 DE ABRIL.

da piovincia , o Sr. Francisco Xavier Paes Barreto, que, ie- Sexta sessão preparatória em 20 de Abril»
mettendo ao governo imperial as actas das assembléas pa-
rochiaes e do collegio eleitoral, historia o processo da eleição
PRF.SIDE3CIA DO SR. A MO.>10 JOSÉ MACHADO.
na freguezia da capital, e com facilidade faz desvanecer
de perturbação 11a ordem publica, ao que
qualquer suspeita
o procedimento do presidente da mesa pa- Summario.-— Expediente.—Ordem do dia. — Pedido
poderia dar lugar de infor-
maçTtes eleitoraes.—Eleição de Pernambuco. Votação. Elei-
íochial. A commissão porem , para não fatigar a attenção
da camara , relatará summariamente o occorrido. • ção da Dahia. Votaçlto. — Eleição de Piauhy. Votação. —
O juiz de paz presidente da mesa eleitoral, nutrindo Eleição de Minas-Geraes. Votação.—Eleição do Pará'. Vola-
receios de que a ursa fosse illegalmcnte aberta, ou porque ção.—Eleição do Rio de Janeiro. Votação.—Eleição do Ma-
th esse motivos para isso suspeitar , ou porque se deixasse ranhão. Observações dos Sr. Franco de'Almeida ê Cruz
lUa-
impressionar de um sonlio , segundo a versão de seus colle- chado. Votação.
cadea-
gas da mesa, pretendeu portanto applicar á urna q.m A's 11 horas_, reunidos os Srs. J. Marcondes, Machado,
do e cliavc de sua confiança. Não o permittindo porém os ^
Fernandes Vieira, Baptista Monteiro, Pereira Pinto, Fran-
demais mesarios , consultou elle a presideiioia da província
co de Almeida, Luiz Carlos, barão de Camaragibe, Torres-
sobre a legalidade de sua intenção , manifestando no seu
Ilomom, Teixeira .Júnior, Salathiel, Cunha Mattos, Au-
officio esses receios, quiçá sem base.
« A presidcncia respondeu-lhe que, comquanto não liou- gusto de Oliveira, Mendes da Costa, Carneiro de Campos,
Barbosa da Cunha, Pompêo, Pinto de Mendonça, Aragão,
vesse motivo paia suspeitar desacato de tal ordem, podia
Paranaguá, Ramalho, Bezerra Cavalcanti, Gonçalves da Sil-
empregar o cadeado, se nisso conviessem os outros mesarios,
va, Luiz I rancisco, F. Octaviano, Cândido Mendes, Nebiari
visto que a lei o não vedava.
Pedro Muniz, Fausto, João Felippe, Athaide, Madureira,
Cedendo porém o presidente da mesa , concluio-se o rc-
Cerqueira Leite, Silveira Lobo, Rabello Leite, Cruz Macha-
cebiraento das cédulas sem que se. verificasse o menor dis-
do, Salles, Silvino Cavalcanti, Iiermogenes, Gaioso, Hen-
turbio.
riques, Pacheco, Serra Carneiro, Augusto Caldas, Barros
« Xo dia seguinte reclama o mesmo presidente contra a
Pimentel, Belit-ario, Sampaio Vianna, Viriato, Dias Vieira,
legitimidade de muitas das listas introduzidas na urna, por-
André Bastos, Jaguaribe, Araújo Lima, Lima e Silva, An-
110 ultimo dia do rcce-
que , segundo elle , tendo-se contado
tunes de Campos, AíFonso de Carvalho, e Dantas, abre-se
bimento' 3'.tl cédulas , no dia seguinte iorão encontradas
- a sessão.
mais 100 , e logo formulou o seu protesto, em que, contem
relata as irregularidades que so dèrão Lê-se e approva-se a
plando o expandido , acta da antecedente.
nesta eleição, como sejão não ter a urna abertura por onde
O Sr. 1» Secretario dá couta do seguinte
se introduzissem as cédulas, ter sido augmentada a força
ser o commandante dessa força pa-
que policiava a igreja , EXPEDIENTE.
rente de uwi dos mesarios , e outros de igual natureza.
Este protesto é assignado pelo juiz preaidente e diversos
Uma representação do juiz de paz mais votado dePinda-
cidadãos mais.
monhangabu (S. Paulo) contra as eleições
« Os outro? membros da mesa contraprotestárão des- primarias da pa-
rochia daquella cidade.—A' commissão respectiva.
traindo todo o allêgado. Fazem conhecer que o procedimenío
do da mesa e filho do receio de derrota da gente Uma outra do Dr. José Antonio de Magalhães e Castro,
'de presidente
sua parcialidade, e que temeroso dé semelhante resulta- pedindo poder gozar do beneticio de discutir na camara a
do procurava entorpecer a marchados tr;, alhos. sua eleição.—A' commissão respectiva.
« AssegurSo que a urna tinha a abertura determinada Vão á commissão respectiva vários documentos apresen-
fôra prestada á requisição dos
por lei, que a força publica tados relativamente á eleição do 4o districto de S. Taulo.
membros da mesa para sua segurança, e mesmo que, á
cxcepção da ássignàtura do juiz, todas as outras não forão Aehão-se sobre a mesa, e são rcmcttidos ás commissões
respectivas, os diplomas dos Srs, deputados
lançadas no protesto pelos indivíduos desses nomes. pelo 1°, 2o, 6°,
€ A commissão procurou verificar se razão se clava paru • 7°, 8°, 10o o 13o diâtrictos de Pernambuco; 6o, 8o, 14o e
taes receios , c ainda mais so com 16° da Bahia ; 7° e 8° do Ceará; 2° e 3° das Alagoas; 3°
que o juiz nutrisse de Sergipe; e 4o da Parahyba.
effeito so deu qualquer violência para com a urna , mas
apenas se convenceu de que o juiz presidente allegou só-' K' lido e approvado sem debato o seguinte requerimento :
mente puerilidades lillias do despeito manifestado até pela < Requeremos que 3e
peça ao governo a remessa da acta
sun immediata retirada da igreja, porque a commissão não da eleição de deputado supplente
pelo 5° districto da pro-
pôde tomar como provas de criminalidade a côr do papel em vincia do Rio de Janeiro, que não foi enviada a esta augus-
que se envolvifío as cédulas que o juiz diz terem sido iatro- ta camara.—VAsconde de liaepcndy.—Lima c Silva. >
cuzidas com fraude na urna, nem tão a do laçar e a
çouco O Sr. Pinto i>e Mendonça (pela orjlem):—Nãocompa-
letra dos rotulos dos maços , tanto mais quanto o numero
das 491 cédulas conleíe com o que vera mencionado na acta reci na sessão de sabbado por incommodo de saúde, e na de
hontem por me persuadir
do recebimento. quo, sendo domingo, não haveria
« A' vista do exposto, e da regularidade dos trabalhos do sessão. Já desacostumado aosestylos da casa
por uma au-
collegio eleitoral, é a commissão de parecer : sencia de dez annos, recorri ao regimento, e vi
que em vir-
c 1.° Que sejão desprezadas as futeis razões do protesto tudo do art. 55 do mesmo não deve haver sessão nos domin-

^0,presidente da mesa parochialtla freguezia da Fortaleza. gos,^ dias santos de guarda e de festa nacional, salvo se por
motivo urgente for requerido
« 2.° Que sejão declarados deputado pelo 1° districto por algum membro da casa-
eleitoral da provineia do Ceará o Exm. Sr. Dr. Antonio José Nesta persuasão deixei de comparecer hontem á sessão, e
Machado, e supplente pelo mesmo districto o Sr. Dr. Ray- por isso não pude oppôr-me, como tencionava, á segunda
mundo Ferreira de Araújo Lima , que obtiverão maioria parte do parecer da commissão do 1» dÍ6trieto da minha
absoluta da votos nos escrutinioe a quo se procedeu sobre província.
cada um dclles. Não podendo hoje fallar contra o vencido, ou me aguardo
1 2." Que sejão approvados os eleitores que funccionáião para tempo conveniente, quero dizer, para quando esse sup-
nesta eleição <lo 1" districto da provineia do Ceará. plente tiver de tomar assento algum dia. Persuadia-me,
« Sala das sessões, em 19 do Abril de 1837.—L. A. da Sr. presidente,
que um indivíduo pronunciado em crime de
— Cunha Paranaguá. > morte não
Cunha Mattos. podia ser votado para deputado, e que, quando
votado a despeito da clara e terminante disposição da cons-
O Sr. Presidente declara deputado pelo 1» districto do tituição, a sua eleição não
Ceará o Sr. Dr. Antonio José Machado , c supplente o Sr. podia ser npprovada. Não po-
dendo mais fallar contra o vencido, ainda
Dr. líaymundo Ferreira de Araújo Lima ; e não havendo que passasse o
negocio desapercebido, eu
mais sobre a mesa trabalhos de commissão , convida os Srs. pedi a palavra sómente para fa-
zer esta reclamação.
deputados a so reunirem amanhãa íi hora estabelecida.
O Sr. Presidente : — Segundo os estylos da casa a
Levanta-se a sessão A 1 hora e um quarto da tar&e« que
recorri, tem lugar nas sessões
preparatórias trabalhar a ca-
mara nos domingos e dias santos de
guarda, e foi por isso
que convidei os Srs. deputados a comparecerem hontem na
camara para haver sessío
SEXTA SESSÃO PREPARATÓRIA EM 20 DF ABRIL. 27

PEDIDO DE INFORMAÇÕES. districto.)


(8°

Lê-se e approva-30 sem debate o seguinte « A 4a commissão de


parecer: poderes examinou o diploma do Sr.
Dr. Antonio Luiz Affonso de Carvalho, c delle consta
< A 2a commissão ile que
poderes, para dar seu parecer nenhuma questão foi submettida ã consideração do collegio
sobre o diploma do Sr. Dr. Augusto Frederico de Oliveira,
Acerca das eleições, forão
deputado eleito pelo Io districto da província de Pernambu- primarias, que julgadas pelo
mesmo regularcs. Por isso, e
co, requer que se peça ao governo a remessa das actas do porque na eleição secundaria
se não desse alguma, apezar de não ter presentes
collegio eleitoral, e das freguezias que compocm o 1° dis- ^Ilegalidade
a 4" commissão as actas da referida eleição
tricto. primaria, é de
« Paço da camara dos deputados, 20 de Abril de 1857.— parecer :
t Que se dfeclare.deputado
J. J. Pacheco.—-Viriato B. Duarte. » pelo 8° districto o Sr. Luiz
Barbalhí Muniz Fiusa, e supplente districto
pelo mesmo
o Dr. Antonio Luiz Affonso de Carvalho.
ORDEM DO DIA. « Paço da camara, e sala das commissões, 20 de Abril de

ELEIÇÃO DE 1857.—Carlos.—Joté A Momo Saraiva.—Francisco c Attix


PERNAMSECO.
Aihaide. >

(2° ifistricto.) O Sr. Presidente declara deputado pelo í)o districto da


Lem-se
e suo approvados sem debate os província da Bahia o Sr. Dr. Luiz Barbalho Muniz Fiúza, u
seguintes pare»
ceres: 1 supplente o Sr. Dr. Antonio Luiz Affonso de Carvalho.

« A 2a commissão de verificação de
poderes, tendo exa- ELEIÇÃO DO .PIAL"IIV,
minado os papeis
que lhe forão presentes áeerca do deputado
e supplente eleitos
pelo 2° distiicto da província de Pernam- (2° districto.')
buco, é de
parecer:
« Que sejão approvados os eleitores de LÍ-se e approva-se sem debate o seguinte parecer :
que $e compõe esse
districto.
Que seja reconhecido, deputado « A Ia commissão de poderes, havendo examinado as
pelo 2° districto eleito- actas,_
ral de Pernambuco o Sr. barão de Camaragibe. quer das mesas pavochiaes que formão os dous
Que seja reconhecido deputado supplente collegios do 2° districto eleitoral da provinpia do Piauhy,
pelo mesmo como as autlienticas destes collegios que servirão de base à
districto o. Sr. Dr. Antonio Luiz Cavalcanti de Albuquer-
da apuração dos votos que alcançarão
que. para deputado e sup-
Paço da camara dos deputados, em 20
de Abril de 1857. plente alguns cidadãos, não descobrio faltas que por sub-
—Viriato li. Duarte.—J. J. stanciàes prejudicassem a sua eleição. Pondera porém que,
Pacheco. >
tendo-se dado duas eleições primarias na fiegueziade Nossa
O.Sr.. Presidente declara deputado
pelo 2° districto da Senhora do Desterro de Marvão, como mostrão diversos
pa-
província de Pernambuco o Sr. barão de Camaragibe, e
supplente o Sr. Dr. Antonio Luiz Cavalcanti de pcis officiaes qno forão inspeccionados pela commissão, foi
Albuquer- uma dellas presidida pelo de mais votado, embora
juiz paz
que.
já antes se achasse pronunciado por crime de armas defesas,
(4° dis t rir (o.) e recolhido em custodia nas casas da camara municipal,

A2» commissão de onde a concluio, depois de ser começada fora do dia marca-
poderes examinou o diploma do Sr. do pela lei, e outra pelo 2°
conselheiro.José Thomaz Nabuco de Araújo, deputado elei- juiz de paz, feita, segundo se
afirma nas respectivas actas, na igreja matr.iz. No sentir
to pelo 4° districto da
província de Pernambuco, e não en- do presidente da pravincia, o senador Frederico de Almeida
contrando duvida ou reclamação contra a eleição
do mesmo e Albuquerque, se
senhor, é de instaurou- summario contra o lo
parecer :
« 1.°^ Que sejao reconhecidos os eleitores juiz de paz como meio profícuo de afasta-lo da direcção dos
das differentcs trabalhos eleitoráes, o competente.
freguesias para a qual era Este
que compoem o referido districto.
«2.» Que seja reconhecido o dito Sr. juizo, lillio sem duvida do peculiar conhecimento que tinha
conselheiro depu- a primeira autoridade do estado de irritação
tado pelo mesmo districto. que dominava
« 3.o os grupos politicos da freguezia, deve ser abraçado, ou se
Que seja também reconhecido como supplente pelo
dito circulo o Sr. Dr. Francisco João attenda que o juiz processante, sendo irmão do Sr. Dr. Jo-
Carneiro da Cunha. suino de Souza Martins, a este liberalisáruo os seus votos
* Paço da camara, 20 de Abril
de 1857. —./. J. Pacheco. todos os eleitores que produzio a eleição do 2o juiz de paz,
— V. Ií. Duarte. »
ou a insubsistencia das provas do processo, que por manei-
O Sr. Presidente declara deputado ra alguma podia justificar o despacho do pronuncia
pelo 4" districto da que
província de Pernambuco o Sr. conselheiro José Thomaz soffreu o 1« jui2 de paz, lavrado cm 29 de Outubro, como
Nabuco do Araújo, e supplente o Sr. Dr. Francisco João tudo revela a breve o simples leitura das do mesmo
peças
Carnoiro da Cunha.
processo, que por cópia acompanhárão as actas da eleição

districto.) presidida por esto juiz.


(7o
« Não devendo meios tão tortuosos, senão abusivos, legi-
« A 3o commissão de timar qualquer eleição, considera a commissão como justa
poderes, tendo examinado o diploma
Cio Sr conselheiro .José Bento a medida de decretar esta augusta camara a nullidade das
da Cunha Figueiredo, depu-
tado eleito 7» districto duas eleições, e a validade das demais freguezias, ácerca
pelo eleitoral da
provineia de Pernam-
co.llegi°. das quaes não houve uma só reclamação. E como seme-
que se reunio na igreja
luSar designado em virtude da lliante providencia não altera a votação do deputado, e sim
lee íYictoria,:
1Pr tão sómente a do supplente pela diminuição de dous votos,
cnioMrlf^pr •e1osJc.ol,leSi09 de freguezias, „ão
e actas clue lhe forr'° é de parecer outrosim que seja reconhecido naquella quali-
sentes^negulandade
sentes inelul^n f1 ? Pre"
que vicie a eleição, è de parecer : dade o Sr. commendador João da Silva do Miranda, teve
que
ppr0vem as elei<-5ss das ditas 49 votos, e na desta o Sr. Dr. Jesuino de Souza Martins, que
tro freguezias. P"marias qua-
alcançou a maioria relativa do 31.
e suPPl°J-te °s Srs. c Sala das sessões, 20 de Abril de 1857.—Francisco da
José Bento da Cunha Figueiredo,
Josú2B°ento°drÍ:unh»0F^eC^£STlepilta^0 Serra Carneiro.—/,. A. da Cunha Mattos.—Cunha Paratwy ud. »
eDr.Ignacio de Barros
Barreto, que obtiveruo maioria absoluta
de votos. Sr. Presidente
O declara deputado pelo 2o districto da
« Sala das commissoes, 20 de
Abril do e,; , o Sr. commendador João da Silva ?Ji-
Gonçalves da Silva.— província do Piauhy
Cândido da
jíntonio Cruz' -Vaclado
¦ — rauda, e supplente o Sr. Dr. Jesuino de Souza Martins.
Ilermogenes Canmtro de Araújo Brunswick
»
O Sn. Presidente -declara .deputado ELEIÇÃO DE MINAS-GERAES.
pelo 7o districto da
província de Pernambuco o Sr. conselheiro
José B"X da
SUpp 0 Sr" Dr- (5° districto.)
te&acio de Barros
Barreto ®
Lêm-se e approvuo-se sem debate os seguintes pareceres :
ELEIÇÃO DA BAniA.
» O 5° districto eleitoral da provincia-Minas, Gcraes
Lê-se e appruva-se sem discussão
o seguinte (que tem por cabeça a cidade do Serro) compõc-se das oit
parecer :
28 SEXTA SESSÃO PREPARATÓRIA EM 20 DE ABRIL.

parcchins seguintes : cidade do Serro, cidade da Conceição, Carneiro Bezerra Cavalcanti.—F. Octaviano de Almeida Ro-
S. Miguel e Almas de Correntes, S. Sebastião de Correntes, aa.—José Marcondes dc O. e Sá. »
S. José de Jacury, Santo Antonio do Pessanhn, Rio Verme-
O Sn. Presideiste declara deputado pelo 5° districto da
lho, e Senhora do Porto.
de Minas-Geraes o Sr. Antonio Cândido da Cruz
« Eleição primaria. — Nas diversas freguezias de que
lachado, e supplene o Sr. Dr: Simão da Cunha Pereira.
Erovincia
consta o districto, excepto somente na de S. José de Jacury,
a eleição parece ter corrido em tudo regularmente, e posto
(9° districto.)
que de algumas faltem as actas do recebimento das cédulas,
* A commissão da
ou mesmo da organisação da mesa, todavia para regulari- í poderes, tendo acuradamente exami-
nado as actas e mais papeis relativos á eleição do 9o circulo
dade das outras, que forão presentes á commissão, e por !
da província de Minas-Geraes,
não ter havido reclamação alguma, entende a commissão que lhe forão prescntSs,
passa a emittir o sou parecer Acerca da mesma eleição,
que não foi preterida nenhuma formalidade.
« Outro tanto não dizer ácerca da mencionada ire- pelo modo seguinte :
pôde « O circulo de que se trata abrange, segundo o decreto
guezia de S. José de Jacury, por liaver encontrado irregu-
n. 1,801 de 7 de Agosto do anno
laridades na organisação da mesa, que julga conveniente passado, dous collegios, o
notar, e que em seu entender vicião essencialmente a dita de Paracatú, e o do Patrocínio, este composto das fregue-
zias do Patrocinio com 21 eleitores, Santo Antonio dos Pa-
•leição.
Não tendo esta freguezia eleitores nem supplentes tos com 12, e Bagagem com 28, total 61 ; aquelle composto
(per das freguezias do Paracatú com 37 eleitores, Santa Anna
ter sido creada depois da eleição de 1852), o remédio legal
dos Alegres com 18, e Morrinhos ou Santa Anna de Burity
para a organisação da mesa parecliial era o prescripto pelo
art. 2° do decreto de 23 de Dezembro de 185(5, isto é, con- com 10, total 05. Total de todo o circulo 126 eleitores.
Collegio de Pàraculú.—Posto
vidar os oito cidadãos votados para juizes de paz, immcdia- que a commissão não
tenha il vista as autlienticas da eleição
tos ao presidente da eleição, para representarem as turmas primaria de nenhu-
de eleitores e supplentes que devem eleger cs membros da ma das 3 freguezias dc que se compõe o 1° collegio, todavia
crè que não se deu irregularidade ou vicio no
mesa, e na falta destes, verificada no dia da eleição, por processo elei-
não os haver na freguezia ou por não comparecerem, o. toral de cada uma dellas, porque nem no dito collegio, nem
pie-
sidonte da assembléa parcchial devera observar o disposto per outra fôrma, apparece reclamação alguma; observa
apenas a commissão
no art. 14 do citado decreto, convidando um ou dous cida- que, sendo o numero total dos eleitores
dãos com as qualidades de eleitor para representar a turma do mencionado collegio 65, forão recebidas 66 cédulas, a

ou turmas que tinhão de votar na organisação da mesa. Mas pelo resultado final da votação se conhece que com effeito
concorrerão englobadamente
consta da acta que se adoptou precisamente outro expe- para ella 66 pessoas, o que por
sem duvida é uma irregularidade. Assim,
diente, que a commissão considera irregular, e consistio na propõe a com-
missão se desconte um voto em cada um dos candidatos
convocação anticipada de oito cidadãos que não se declara se que
sobre quem recahio a maior votação deste collegio, visto
pertencem todos ao numero dos votados para juizes de paz,
mas quando pertenção não são estrictamente os immediatos que não deve ficar annullada a eleição dello e prejudicados
os diversos candidatos
em votos ao primeiro, pois que se declara depois do segundo pelo accrescimo de um só eleitor,
que não se convidou o terceiro por ausente, e outros mais posto que se não saiba a qual»das 3 freguezias pertence, e
por impelidos em razão de se acharem processados por que se peça ao governo informações para ao depois, conhe-
cida a freguezia em
crime inafiançavel. Vê-se pois que se excedeu o preceito da que se deu a irregularidade, nullifi-
lei e alterou os car-se o eleitor accrescido.
principios que regulão a organisação das
mesas, tendentes a garantir a manifestação da3 opiniões « Collegioio 1'alrocinio. — Neste collegio. tendo faltado
o eleitor Manoel Antonio de Toledo, recebirão-se
políticas e a representação dos interesses oppostos. Além promis-
desta irregularidade á base, houve mais falseamento no cuamente, segundo a acta respectiva, 85 cédulas, o quo
pro-
importa igual numero de eleitores, havendo
cesso, porquanto, em vez de votarem as respectivas turmas portanto uni
exclusivamente nos cidadãos que as devião representar, vo- accrescimo de 25 sobre o numero fixado de 61 eleitores. A
commissão,
tárão promiscuamente nos quatro membros da mesa todos porém, em vista da authentica da eleição pri-
maria da parochia da Bagagem ,
03 cidadãos convocados, de envolta também com o juiz de pôde assegurar que o
accrescimo procede do faeto de liaver dado arma parochia
paz presidente, e forão assim apurados 9 votos para a eleição
aos dous membros da mesa correspondentes á turma de elei- 53 eleitores em vez de 28 lhe cabia, conforme a portaria
que
do presidente da
tores, o que igualmeute aconteceu ácerca dos supplentes. província ao juiz de paz respectivo, com
data de 2 de Outubro do anno
lia portanto vicio radical na organisação da mesa, o passado; mas como os votos
dos referidos eleitores accrescidos fossem tomados engloba-
que, no entender da commissão, inquina de nnllidade toda a
eleição. (lamente com os dos demais eleitores legitimas, é a com-
« Eleição fecundaria. —0 collegio reunio-sc e organisou- missão de pai^cer que seja declarada nulla a eleição do
se regularmente, comparecendo 124 eleitores, dos collegio do Patrocinio, do que se trata, subsistindo apenas
quaes ob-
teve para deputado a votação do collegio de Paracatú; vindo assim a ser o de-
geral o Sr. Antonio Cândido da Cruz
Machado 83 votos, e o Sr. Dr. Simão da Cunha Pereira 71 putado eleito pelo 9° circuito Sr. desembargador Bernardo
votos para supplentc, um e outro no lielisario Soares de Souza com 61 votos, e supplente o Sr.
primeiro escrutínio.
« Qualquer destes números constituo maioria absoluta, e Melcliioi* Carneiro de Mendonça FiancO com 60 ditos,
por
com a subtracção dos 7 votos freguezia de S. ser o immediato Aquelle, annullado como fica o collegio do
pertencentes á
José de Jacury, arguida de nullidade, nenhuma alteração Patrocinio.
« E outrosim
soffrc o resultado da eleição secundaria,
porquanto a dita que se officje ao governo para mandar pro-
ceder novamente í, eleição
subtracção não
pôde affectar a maioria de cada um dos vota- primaria, sómente na freguezia
dos. da Bagagem, ficando reconhecidos validos os eleitores das
* Existe um freguezias de Santo Antonio dos Patos, e do Patrocinio.
protesto dos doi^s eleitores vigário Joaquim
José da Costa Senna e Antonio Ferreira da Silva Maia, ba- Paço da camara, 20 dc Abril de 1857. — Francisco da
seado na denegação que fez o collegio ao requerimento do 2o Saltes Torres-Homeni.—João Pedro Dias Vieira. — Antonio
Pereira Pinto. >
protestante para que se procedesse a 2° escrutínio na eleição
do supplente pelo facto do apporecimento de uma cédula de O Sr. Presideste declara deputado
pelo 9° districto da
do que foi fornecido
papel diverso pela mesa. Mas a com- província de Minas-Geraes o Sr. desembargador Bernardo
missão entende que não pôde proceder o referido protesto üelisario Sopres do Souza, e supplente o Sr. Melchior Car-
uma vez que, ainda inutilisada a dita cédula, nenhuma in- neiro de Mendonça Franco.
fluencia teria no resultado da eleição. Assim é a cortimissão
de parecer: (10° districto.)
« l.o Que seja anr.ullada a eleição da freguezia de S. A 6a commissão da verificação de
poderes, a quem fui
José de Jacury. presente o diploma do deputado eleito pelo 10<> districto da
2.o Que seja declarado deputado pelo 5o districto elei- província de Minas-Geraes, 4 de parecer:
toral da província de Minas o Sr. Antonio Cândido da Cruz l.o Que se
julguem nullos os tres eleitores menos vo-
Machado. tados da freguezia de S. Francisco das Chagas do Campo
« 3.o Que seja declarado supplente pelo mesmo'districto Grande, e .que excederão o numero de 14, marcado
para a
o Sr. Dr. Simão da Cunha Pereira. dita freguezia pela presidência, de conformidade com o
« Sala das commissües, 19 de Abril de 1857. — Amaro art; 52 da lei dç 19 de Agosto de 1816.
SEXTA SESSÃO PREPARATÓRIA EM 20 DE ABRIL. 29

« 2.o Não se tendo encontrado nenhuma outra irregula- dia da eleição, e os dous terços dos votos, em numero dc 90,
_
ridade o a duvida a respeito da eleição do districto de dos que se apresentárão na sessão
que se preparatória, e donde
trata, seja reconhecido como deputado o Sr. Ilermogencs retirárüo-se 34
pelo motivo de não concordarem com o
Casimiro de Araújo BrunBwick com 77 votos, e supplente o protesto approvado pelo collegio na parte concernente no
Sr. José Tavares de Mello com'56 votos. excesso de eleitores do Anta.
« Paço da camara dos deputados, 20 de Abril de 1857. — « A commissão é
portanto de parecer que se reconheça
Francisco de Saltes Torrea+Homem. — JoCio Pedro Dias Vieira. como deputado pelo 20o districto de Minas-Geraes o Sr.
— Antônio Pereira Pinto. » Francisco de Paula da Silveira Lobo com 60 votos, e sup-
Sr. Presidente declara deputado pelo 10° districto da plente o Sr. conego José Pedro da Silva Brmfica com 59.
« Paço da camara dos deputados, em 20 de Abril de 1857.
províncias de Minas-Geraes o Sr. conego Hermogencs Casi-
— Francisco de Saltes Torres-Homem. —
miro de Araújo Brunswick, e supplente o Sr. José Tavares Antcr.iio Pereira
de Mello. Pinto.— João Pedro Dia* Vieira. >

(20° districto.) O Sr. Presidente declara deputado


polo 20o districto da
A 6'< commissão de verificação de provincia de Minas-Geraes o Sr. Francisco de Paula da
poderes, a quem fo1 Silveira Lobo, e supplente o Sr. conego .José Pedro da Silva
presente o diploma <io deputado eleito pelo 20° circulo da
Bemlica.
provincia de Minas-Geraes, passa a expôr-vos o resultado
ELEIÇÃO DO PARk.
íiue **ez nos documentos relativos á dita eleição.
« Çaxncs
Na acta geral encontra-se um
protesto da maioria do (3° districto.)
collegta eleitoral contra a deliberação da da
presidência
província que limitou a 3 o numero dos eleitores da paro- Lê-se e approva-se sem debate o seguinte parecer:
chia do Sumidouro, onde a
qualificação dera 215 votantes,
e cujo numero de eleitores fora «Al» commissão de
6 em 1842, 5 em 1811, 6 em poderes, confrontando as authenti-
cas dos tres collegios
® e-m Tendo sido desmembrado delia o districto que compoem o 3° districto eleitoral
j
cto Pinheiro, dera apenas 2 eleitores cm 1852; mas o districto da provincia do Pará com as aetas da mór
parte das mesas
foi de novo incorporado :'t freguezia, devendo esta parochiaes, sobre cuja regularidade se não offercceu con-
por conse-
testação alguma, encoutrou comtudo na da cidade de Óbidos
çiuencia ter os mesmos eleitores que antes da dcsannexação,
faltas substanciaes
isto é, 5 e não 3, nos termos do art. 52 da lei de 19 de que rcclamão reparo. Esta mesa, depois
Agosto de 1846. Sobre este de concluir o recebimento das cédulas dos votantes, e não
primeiro ponto pareceu necessa-
rio á commissão menos de verificar a votação, tomou a imprevista delibera-
que o governo informe se o districto dos
Pinheiros foi ou não incorporado integralmente ti freguezia ção, para assim favorecer a sua parcialidade política, de
de que se trata. deduzir, inutilisando, votos
que recahirão em pessoas que
« Protestou igualmente lhe erão adversas, c com ob
o collegio contra a reducção feita quaes se tornárão os v erdadeiros
pela presidência no numero de eleitores eleitores da e conferir^ terminada esta operação,
que dava a fregue- parochia,
zia da Barra do Bacalháo, semelhante titulo aos
e que em precedentes legislaturas que lhe succedião lia votação, sem que
navião sido approvados, e bem lhe servisse dc estorvo o disposto no art. 50 da lei de 19 de
que não se tivesse verificado Agosto de 1846, explicado
msufficiencia de pelo aviso de 21 de Março de
qualificação.
« E' verdade 1849. Exorbitando
que desta freguezia se havião separado 19 por fôrma tal, paia logo os prejudicado»
votantes, protestarão; e nada obstante, este reçurso não foi aceito, e
que passárão a pertencer ao Anta, pela desannc-
xação dos moradores nas vertentes nem sequeV consignado textualmente na acta respectiva.
do Ribeirão dasTeixei-
ras. Mas o desconto de Munidos os suppostos eleitores-de cópias de aetas não con-
tão exigua quantidade de votantes
signadas
nao explica, 3egundo os
assignatarios do protesto» a dimi- pelos membros da mesa, com ellas comparecOno
no collegio
nuiçao de 3 eleitores da freguezia. que se reuuio na cidade de Santarém. Este,
baseado no
« O collegio também
argue de infundado e illegal o jurídico parecer da commissão encarregada de
examinar os diplomas, resolveu,
accrescimo de 3 eleitores, por unanimidade de voto;,
que a presidência concedeu A
freguezia do Anta, visto que se não englobassem os dos eleitores assim constituídos,
que o numero de 13, approvado bem çorjio
pela camara em 1852, e conforme a ba3e da lei, não podia que fossem tomados em separado os des que sem
ser de tal modo accrescentado esse arbítrio serião os legitimes. Observa, outro sim, a com-
pela simples circumstancia missão que forão contados em apartado os votos de dous
da incorporação do
pequeno districto dos Pinheiros com 19
votantes. eleitores, um da freguezia do Alter do Chão, e outro da de
< A commissão entendeu Oeiros, por excedentes do numero
que, tanto nesta questão, como que a cada uma pertencia
dar. Indicadas as irregularidades
na outra acima mencionada, deveria abster-se de emittir que constão do processo
eleitoral, é de a mesma commissSo :1o, que se jul-
qualquer parecer, limitando-se a propor que se requisite do parecer
govfino informações estatísticas sobre a poçulação c sobre gue nulla a eleição destes dous eleitores; 2°, que sej uo repu-
tados da freguezia da cidade de Óbidos, não. os
a qualificação do districto dos Pinheiros, cuja separação da que como
taes a mesa
parochia da Barra do Bacalháo e incorporação á do Anta parocliial considerou, e sim os doze em desfavor
servirão de fundamento á dos quaes se subtrahirão votos, e cujos v unes, inscriptos na
diminuição e ao accrescimo de
eleitores sobre neta do collegio do Santarém, são os seguintes; Dionysio
que versa o protesto do collegio.
Pedro Auzier, Dr. líomualdo de Souza Paes de Andrade,
Pai'OChia da Barra Longa, tendo a mesa apurado as
Wt *'.J ac"an<lo-se líaymundo Ovidio Pedro Auzier, Manoel Antonio de Mattos,
alguns eleitores empatados, annuneiou
n . João Antonio Nunes, Feliciano da Gama Bentes, Knvmundo
piesidente por edital *o desempate
que teria lugar no dia
' e Publicoú no mesmo edital o resultado da eleição Ricardo Picanço, Olympio da Gama Bentes, Silvestre José
nn» Se aCa."ava Rodrigues de Souza, Ambrozio de Andr-vle Freire, Cosme
de apurar. Porém no dia marcado
rlpca para o Damião Figueira, e Fernando Pereira Pinheiro; 3", que,
te julgou o
juiz de paz poder mandar apurar nova-
e fnn'lado sommados os votos destes com os que se contíirão ao Sr.
immrin J™» f'?' aviso do ministério do
C •1eteml)ro de 1818, inutilisou conselheiro Fausto Augusto de Aguiar e ao Sr. coronel
j - , I?e algumas ce-
dulas, com o fundamento de estarem Miguel Antonio Pinto Guimarãesse proclame deputado
assignadas.
sup-
« Evidentemente menos regular
foi o pelo 3o districtb da provincia do Par:l o primeiro, e
procedimento da
mesa inutilisando extern plente o segundo, vista a unanimidade que alcançou nquellc,
poraneamen te as cédulas, pois que
o citado aviso, e este a maioria sobro todos os votados.
que se limita a explicar a doutrina do art. 100
lei de 19 de Agosto, só é applicavel € Sala das sessões, 20 de Abril de 1857. — Francisc4 da
ás cédulas das elei-
Çoes do vereadores e juizes de paz, vigorando a respeito das Serra Carneiro. — L. A. da Cyha Mattos. — Cunha Para-
outras o art. 51 da mencionada lei. naguá. >
O collegio eleitoral de-
cidio
portanto muito cutialmente que se contassem os votos O Sr. Presidente declara deputado pelo 3o districtQ da
cias listas indebitamente mutilisadas;
o que deu cm resul- Augusto de Aguiar, e
tado ser alterada a relação dos eleitores provincia do Pará o Sr. Dr. Fausto
cmqunnto aos ulti- supplente o Sr. coronel Miguel Antonio Pinto Guimarães.
mos ties votados, em cujo lugar forão reconhecidos
outros
tomando-se todavia ELEIÇÃO I»0 PARÍNA.
em separado os votos daquellcs.
« A solução das
diversas questões que a commissão acaba
de levar ao vosso
conhecimento nenhuma influencia tem Lê-se e approva-se sem debate o seguinte parecer :
sobre o resultado
geral da eleição, pois que o deputado € A 7° commissão de poderes, tendo examinado o diplo-
eleito teve unanimidade do districto da provincia
dos votos dos eleitores presentes no j ma apresentado pelo Sr. deputado
30 SEXTA SESSÃO PREPARATÓRIA EM 20 DE ABRIL.

<lo Pariuiã, confrontando-o com a acta da apuração geral e mero legal dos eleitores daquella freguezia não deve ser
com a* parciaes dos collegios eleitoraes c da?* asserabléas pa- reconhecido por esta augusta camara.
roclua-os, apresenta o seguinte resultado dos seus traba- « Finalmente, sendo taes reparos inteiramente indiííe-
llios: rentes ao resultado íinal do mesmo districto eleitoral, tanto
Nos três collegios componentes deste districto compa- a respeito do deputado eleito como do respectivo supplente,
*ecOrão o votirão 134 eleitores, que elegerão para deputado não hesita a commissão em propor á camara dos Srs. depu-
o Sr. Dr. Jesuino ilarcondes de Oliveira e Sá, e para sup- tados as seguintes:
plente o Sr. l)r. Laurindo Abelardo de Brito, obtendo o 1» « Cónclmàcs.—l.o Que seja reconhecido o diploma apre-
76 votos, tendo dous em separado, e o 2o ()2 votos, sendo sentado pelo Sr. Dr. Jesuino Marcondes de Oliveira e Sá,
tres em separado, e portanto declarado deputado pelo districto da província do
« O processo eleitoral, quer primário, quer secundário, Paraná; e bem assim que sej a declarado supplente pelo
apreciados devidamente pela commissão, não offerecem du- mesmo districto o Sr. Dr. Laurindo Abelardo de Brito.
vida ou irregularidade que vicie a eleição. <2.° Que se annulle a eleição do cidadão João Taborda
< Entretanto, o 1« collegio não Ribas, eleitor da freguezia do Rio Negro, pertencente ao
julgou procedente a de-
clara- ão e protesto do membro da mesa parocliial do Rio 1» collegio.
'<
Negro João Baptista de Oliveira Ribas, ãcerca dn nullida- 3.o Que se repute legal a eleição do cidadão João José
de do diploma do eleitor da mesma parochia João Taborda de Freitas Saldanha, eleitor da freguezia deCoritiba.
Kibas, que sendo-guarda da força policial paga, achava-se « 4 ° Que se reconlieção legítimos os eleitores da fregue-
por isso incluído na expressa disposiçõo do § 6® do art. 18 zia de Morretes, pertencente ao 2° collegio.
da lei n. 387 de 19 do Agosto de 1846, que inhabilita taes « 5.° Que se annullem os tres eleitores da nova freguezia
indivíduos de votar e ser votados, e não obstante liaver a do Porto de Cima, visto como não podia ter essa freguezia
mesa parochial reconhecido esse facto, e tomado o expe- eleição própria por não achar-se canoiiicamente reconhe-
diente que determina o art. 56 da lei, lançando na acta a de- cida.
claiação do protestante, afim de ser a questão decidida pelo Sala das comimissões, no paço da camara dos Srs. depu-
collegio eleitoral, foi todavia admittido a votar tomando-se tados, 20 de Abril de 1857.—Jerouymo José Teioçeira Júnior.
o seu voto em separado na respectiva acta. —L. S. llarbosa. >
« Parecendo evidente á commissão a nullidade deste elei-
O Sr. Presidente declara deputado do Pa-
tor, não duvida propor a esta augusta camara que assim pela provincia
raná o Sr. Jesuino Marcondes de Oliveira e Sá, e supplente
seja elle considerado.
o Sr. Dr. Lauriudo Abelardo de Brito.
« Outrosim, o mesmo collegio não julgou procedente o
protesto do 1° supplente dos eleitores da freguezia de Cori- ELEIÇÃO I>E S. PATJLO.
íiba, que allegando a declaração constante da respectiva
acta parochial sobre a illegalidade do eleitor Joã© José de
(4° districto.)
Freitas Saldanha, que não tendo sido admittido a votar na
assembléa parochial por não sé achar devidamente qualiíi- 'Lê-se
e approva-se sem debate o seguinte parecer :
calo, não podia ser elle votado para eleitor, e por isso de-
vendo ^er nulla tnl eleição, ao protestante competia o di- « A 7" commissão de poderes, tendo examinado as actas
rei to de. votar como lo supplente dos eleitores da mesma d,as eleições primaria e secundaria do 4o districto eleitoral
parochia. da provincia d" 3. Paulo, e confrontando-as entre si, não
A commissão, examinando a matéria deste
protesto, e encontrou duvida ou irregularidade que vicie as referidas
apreciando a respectiva acta parocliial, entende que bem eleições. Todavia alguns factos se derão na eleição do Bana-
procedeu o mesmo collegio reconhecendo o dinlcma desse nal, cujos eleitores forão tomados em separado pçlo collegio
eleitor, e admittindo-o a votar, porquanto, embora não se eleitoral, attenta a impugnação de illegitimidade constante
achasse devidamente especificado o seu nome na cópia da lis-
dos protestos e contraprotestos exarados nas respectivas
t i de qualificação dos votantes de que se servio a mesa paro-
actas; e comquanto não aftectem o resultado íinal da elei-
chiai, todavia o seu nome e qualidades achavao-se espeeifi-
ção, devem ser sanadas por esta augusta camara.
cados não só no livro da qualificação
geral, como também Eleição primaria.—Freguezia do Bananal.—1.° Tendo
mi respectiva cópia que foi aftixada na porta da igreja ma- o presidente da provincia reduzido o numero dos eleitores a
triz, assignada pela jnnta qualiíicadora ; accrescendo m»is 20 somente, em vez de 24 dados anteriormente, por ter per-
que o mesmo cidadão fora anteriormente admittido a votar d ido aquella freguezia uma porção do seu territorio corres-
na ultima eleição municipal, conforme consta do contra-
pondente a 4 eleitores, que passárão para a nova freguezia
protesto exarado lia respectiva acta parocliial, o quo revela de Barreiros, a mesa parochial, desprezando tal determina-
exuberantemente que essa omissão, devida a um lapso na elegeu 24 eleitores, como anteriormente.
ção,
cópia de que se servira a mesa parocliial, nenhum direito 2.° Na oceasião de se proceder á terceira chamada do
podia dar ao protestante. apresentado á mesma
« No 2° collegio, sendo arguida a eleição da freguezia de quarteirão da^eerra de Parapetinga, foi
mesa um protesto contra 7 votante3 qualificados, que, se-
Morretes, por ter-se dado o facto de
proceder-se ahi 6. elei- gundo os documentos apresentados pelo protestante, não
ção da nova freguezia do Porto de Cima, que não estando erão moradores da freguezia, e sim da de Capivary, termo
ainda < monivamenle provida não
podia ter uma eleição pro- do Rio Claro, da provincia do Rio de Janeiro ; ao que outro
pria, entendeu o collegio que essa occurrencia em nada cidadão contraprotestou allegando acliarem-se qualificados
prejudicava a validade da eleição de Morretes, visto que os devidamente na lista geral, e terem sido chamados na ultír
votos que recahirão nos eleitores daquella freguezia, unidos
ma eleição municipal. A' vista áesta occurrencia resolveu a
aos que obtiverão os supplentes desta, não alterão a ordem
mesa que se aceitasse o protesto e contraprotesto, e fos-
da votação dos seus eleitores, como se reconhece da con-
sem as cédulas recebidas e apuradas cm separado para ser
frontaçio das respectivas actas ; resolvendo
porám tomar a questão decidida pelo collegio^ eleitoral.
em separado não só os votos dos eleitores da nova freguezia •s Eleição aer.undaria.— Reunido o collegio eleitoral na
do Porto de Cima, como os de Morretes.
igreja matriz da villa de Santa Anna de Áreas, cabeça do
« Acornmrssão, apreciando devidamente este assumpto, districto, e satisfeitas as formalidades legaes, verificou-se
valida a eleição da freguezia de Morretes e legítimos acharem-se presentes 92 eleitores das oito freguezias que o
julga
os seus eleitores. Quanto (i eleição da nova freguezia do compoem : Santa Anna de Arèas. S. José dos Barreiros,
Porto de Cima, entende a commissão Nossa Senhora da Conceição dos Silveiras. Nossa Senhora
que, não podendo ter
essa freguezia uma eleição própria da Conceição de Enjbaú, S. Francisco de Paula dos Pinhei-
pela razão acima exposta,
não deve ser ella reconheeida ros, Nossa Senhora da Piedade de Lorena, Bom Josus do
por esta augusta camara,
e portanto considerados nullos os seus tre3 eleitores. Livramento do Bananal e S. João Baptista de Queluz.
« No 3° collegio foião tomados em separado os votos dos Apresentadas em tempo competente os pareceres das
tres eleitores da ireguezia de Palmas, de conformidade com commisíõcs encarregadas de examinai os diplomas, forão
a opinião e ordens da presidência da província,
por haver-se pelo collegio apreciados os factos constantes da acta da elei-
dado o facto de augmcntar esta freguezia o numero de seus
ção primaria do Bananal, e deliberou declinar a sua decisão
eleitores, elegendo mais nm db que legalmente lhe com-
para a camara dos Srs. deputados, limitando-se a tomar em
petia. separado os votos dos eleitores dessa freguezia. Por essa oc-
« A* vistada terminante disposição da legislação a res- casião dous cidadãos eleitores protestarão contra a legitimi-
a conimissão entende que tal voto excedente ao nu- dade da eleição em questão, allegando os seguintes factos:
peito,
SEXTA SESSÃO PREPARATÓRIA EM 20 DE ABRIL. 31
1®. que devendo a freguezia do Bananal
dar unicamente 20 Este districto comprehenie todas cs froguezias
eleitores, liavía eleito 24, a despeito das determinações do- mu-
lo- nicipios de Cmpos e S. João da liarra, e 1 do mi.niiipio
de
gaes e das ordens do presidente da província ; 2°,
que 7 oi- Macahé, a saber: a das Neves, a deMacabú, a
de Caranc-
dadãos votantes concorrür&o á eleição erão residentes no
que bús, e m de Quissaljáãa.
ltio Claro ; 3",
que no livro da qualificação dos votantes se A o" commissf.o da 'poderes nada encontrou
encontravão emendas repetidas nos nomes e de irre-
profissões; guiar no processo eleitoral de to las essas paroehins.
4°, haviao votado dons estrangeiros o outros indivíduos ( unipre
^ue observar que na neta dos trababalhos da
qualificados em outras freguesias, etc. Pelo que protestavão porém
os mesmos cidadãos trazerem íi camara dos Srs. deputados paroehia do S. Salvador de Campos, entre varias reclama-
çoes-de snpplentes a que se llu-s contassem votos,
uma representação a respeito de taes íactos, na que toda-
qual prova- via nao os collocavão na lista de eleitores,
rifo essas e outras irregularidades da mesma apparece uma do
eleição
c Continuando o processo eleitoral recólhêrãose padre João Antunes de Menezes Silva pedindo que se lhe
92 ce- contem os votos ciados ao
dulas; sendo 24 dos eleitores do Bananal; e padre João Antunes de Menezes,
procedeudo-se visto que notoriamente não havia outro na
íi apuração segundo as formalidades exigidas paroehia nem
eleito deputado o br. desembargador Joaquim pela lei. foi qualificado, nem existente, o muitas vezes no traio .ȏral
se
José Pacheco omittia o seu cognomo de Silva. A commissão acha
com 54 votos, inclusive 3 dos attendi-
eleitores do Bananal. Pas- vel esta pretenção, que não foi contrariada
sando a eleição do supplente,
feito o recebimento, contagem pela mesa paro-
c apuraçao foi eleito o Sr. cliial senão entendeu nao estar o deferimento'
Dr. João de Azevedo Carneiro porque nas
Maia com o5 votos, sendo suas attribuiçõcs. Com o accrescimo daquelles votos lica-
20 dos eleitores do Bananal. r& o dito padre collocado entre os eleitores, devendo saliir
« A commissão de
poderes, examinando os factos oceor- da lista o 30«.
ridos na eleição do Bananal,
e por ella aqui mencionados, é Algumas
ao seguinte parochias, a saber : Neves, QuissamSa, Gua-
parecer: rullios e Macabú, augmentárão o seu numero de eleitores
' l "
Quanto ao augmento illcgal do numero de eleitores, contra as ordens da presidência da
que devera limitar-se a 20, a commisstio entende, A vista província, baseadas nas
dos disposições da lei do 19 do Agosto. Essas ordens,
ireceitos da legislaçao e dos porém,
precedentes estabelecidos por chegarão tarde ao conhecimento dos uizes de
sta augusta camara, j paz respec-
que devem ser annullados os l ulti- tivos.
mos eleitores dessa
paroehia. Da acta da eleição secundaria consta
« 2."
Quanto As 7 cédulas dos votantes que a mesa paro-
que forão tomadas chiai de S. João da Barra, por ordem do presidente da
em separado pro-
por haver denuncia de não residirem no terri- vincia ao juiz de paz respectivo, não expedio diploma ao
tono da freguezia, entende a commissão
legalmente qualificados, e não que estando elles eleitor Belisario Antorio dos Santos, que obteve votação
tendo havido o recurso deter-
minado pela lei cm tempo opportuno, para esse cargo, não sendo entretanto votante qualiiicado.
erãovotanteslegitimos « Parece A commissão
SfJna,V0Jt0S ser "Piados, que houve redacção obscura nesse
cabto al TJVr
cabia mesa a faculdade de separar porquanto nem ponto da,acta, porquanto era impossível que o presidente da
votos uma vez recouhe- desconhecesse
província o art. 56 da lei de 19 de Agosto.
dos votantes, nem o facto
de se acharem Esse artigo, sabe-o toda a camara, expressamente ordena
qualihcados em outa freguesia destróe a legalidade
de sua que se reeahir maioria do votos cm um indivíduo que a mesa
qualificação na do Bananal, onde tanto na eleição
de 7 de parochial julgue não estar ein circumstancias de ser eleitor,
K-etcmbro como na do
que se trata concorrerão a votar, expeça cila, não obstante, o respectivo diploma, lançando na
^°™Put!'".03 votos deixáo do ser eleitores o 10o,
i in acta a declaração de todas as duvidas
que occorrerem sobr.i
Por1nílnto teudo o mais votado destes 401
vntA. « Ü ."f' a idoneidade do votado, afim de que o collegio eleitoral dc-
lnfT0r 110 23» da lista dos eleitores,
teXín* w o qual cida por occasião da verificação dos poderes.
° aSSlm algUm d°S 4 lÜtÍraos « Também consta da acta da eleição secundaria
Suai votação9.' que so
« Quanto ás outras tomou em separado o voto do um eleitor de Santa Rita, JoscS
allegações constantes do
*eima mencionado protesto Antonio de Azevedo Peçanha, por estar este indivíduo
carecendo a mór pro-
parte dellas de prova nunciado quando foi qualificado votante. A commissão,
para serem attendidns, e jiem tendo sido para
camara a representação presente a esta resolver definitivamente sobre este
ponto, precisa informa-
promettida na ultima parte do mes- , ção a respeito da veracidade da arguição e das cireumstan-
* C0Dlmiss5° entende sobre ellas nada ha
a dilíberar0' que cias desse facto.
No collegio eleitoral se observárão todas as formalidades
concluindo, submette as seguintes
conclusões A legaes. Em 121 cédulas de eleitores legues, obteve em
Consideração desta augusta pri-
camara'
"°.^llc seJil reconhecido meiro escrutínio o Sr. Dr. João de Almeida Pereira Filho
e declarado deputado 98 votos para deputado; e no mesmo numero de cédulas
4® districto da pelo
província de S. Paulo o Sr. desembargador obteve em primeiro escrutínio o Sr. Dr. Antonio Dias ('oe-
Joaquim Jose I acheco, e supplente
pelo mesmo districto o lho Netto dos Reis 86 votos para supplente.
cr. L)r. João deAzevedo
Carneiro Maia. A commissão, á vista do que expôz, <5 de
parecer:
í f'° Que ,6pjSo computados os votos constantes das 7 1.» Que se declarem nullos os eleitores acerescidos. n
scPar»<l°
nanai em l>«la mesa parochial do Ba- sabor : 2 da freguezia das Neves, 1 de Quissamãa, 3 dc Ma-
cabú, e 12 de Guarulhoa.
nullos os eleitores excedentes ao 2.® Que se mandem contar ao padre João Antunes de
numem &UoH°n8ÍC,erem
da mesma
S .f paroehia; e como ha empatecn- Menezes Silva os votos que reclamou poranto a mesa paro-
a°190' ^voráasorte aeciáir
v qual chiai de S. Salvador do Campos.
° T1 cjunur.
« <5 ^" 3.° Que se peção imforinações sobre a incompetência
>»¦t&n
José arguida ao eleitor de Santa Kita Jo^é Antônio de Azevedo
Peçanha. 1
4.° Que se declare deputado pelo 4^ districto do Rio de
40 districto da
provinèiaVe s'.''ííulo^jeput^do Pcl° Janeiro o Sr. Dr. João dc Almeida Pereira Filho.
Pacheco, e supplente Joaqimn José
o Sr-^fL^or
Joao « 5.° Que se declare supplente pelo inesmo districto 0
Maia. 1' Azevedo Carneiro
Sr. Dr. Antonio Dias Coelho Netto dos Heis.
« Saladas commissões, 20 de Abril de 18ô7.~ F. Orlaria-
completa'a ^ no de Almeida Bom.—J. Marcondes de O. e Sd.—Amaro Car-
de seus membros, e estandonífectos wm neiro Vezerra Cavalcanti. »
a mm «h -
balhos de summa O Sr. Presidektf. declara deputado pelo Io districto da
gravidade, Ppeco
' a V"
V Ex'
Fv tra"
membro 1U0 nolnTO um do Almeida Pc-
para o substituir. provincia do Rio de Janeiro o Sr. Dr. João
reira Filho, e supplente o Sr. Dr. Antonio Pias Co«lho
O Sn. pRK.DOTEr-NomCe o Sr. visconde
de Baepcndy. Netto dos Eeis.

ELEIÇÃO DO RIO DE JANEIRO. tUsh-irto.)


(10o

(4° distrialo.) € A commissão de poderes, a quem forão presentes cs


5;1
do 10° districto eleitoral.da pro-
papeis relativos ás eleições
Lí*m-s« e approvão-se sem debate cs seguintes pare- vincia do Ilio do Janeiro, submette seu parecer á cóuyde-
Ceres: 1
ração desta augusta camara.
32 SEXTA SESSÃO PREPARATÓRIA EM 20 DE ABRIL.

« Eleição — Examinou a commissão as actas S. Vicente Ferrer, e dos 6 menos votados de S. Antonio da
primaria.
das eleições de todas as parochias que compoem o districto, Varzea-Grande.
e por ellas achou que forão guardados os preceitos e garau- « 3.o Que seja declarado deputado pelo 10o districto elei-
tias legaes nas de Nossa Senhora do Rosário, S. Joaquim, toral da província do Rio de Janeiro o Exm. Sr. veador José
Espirito Santo, Santa Anua do Piraliy, Arrosal e Campo Joaquim de Lima e Silva Sobrinho.
Bello. 4.» Que seja declarado supplente pelo mesmo districto
« Apezar das portarias da presidencia da província indi- o Sr. Dr. Alexandre Rodrigues da Silva Chaves.
cando a cada parochia um numero legal de seus eleitores, Sala das sessões, em 20 de Abril de 1857.—J. Murcon-
S. José do Turvo elegeu 8, em vez de 3; Nossa Senhora do des de O. e Sd.—F. Oetaviano de Almeida Rosa.—Amaro Cur-
Amparo ti, em vez de 4; Nossa Senhora das Dôres 7, em vez neiro Bezerra Cavalcanti. »
de 6; Nossa Senhora da Conceição de Rezende 18, em vez
O Sr. Prksidente declara deputado pelo 10° districto da
de 16; S. Vicente Ferrer li, em vez de 4; S. Antonio da
provincia do Rio de Janeiro o Sr. veador José Joaquim de
Varzea Grande 10, em vez de 4.
Lima e Sijva Sobrinho, e supplente o Sr. Dr. Alexandre
« Na acra da eleição de Nossa Senhora da Conceição de
Rodrigues da Silva Chaves.
Rezende lé-se um protesto contra a competencia do 3» juiz
de paz que presidio a assembléa parochial, c contra a ciei- LLEIÇÀO 1)0 MARANHÃO.
ção dos dous membros da mesa parochial que representarão
a turma dos eleitores, por motivo de haver um dos eleitores (5° districto.)
retirado sua cédula, declarando em quem havia votado, de- '
Lê-se e entra em discussão o seguinte parecer:
pois de corrido o escrutínio. Da mesma acta, porém, se
collige a competencia do 3° juiz de paz, pelo falleeimento do A 1" commissão de
poderes, tendo examinado a acta
1", e impedimento legal do 2o, que, além de ter aceito e exer- da eleição do um deputado e do supplente
pelo 5° districto
cido o cargo de juiz municipal supplente, era effeeti vãmente eleitoral da
provincia do Maranhão, e juntamente as actas
tenente-coronel commandaute da guarda narcional. da eleição primaria que lhe forão
presentes, bem como uma
« O motivo allegado de nullidade na eleição dos membros representação documentada ácerca da eleição de eleitores
da mesa pela turma dos eleitores também não parece proce- da parochia de Santa Rita do Codó, não encontrou vícios ou
dente, visto com®, ainda que pouco regular a retirada de irregularidades que possão invalidar a eleição dos eleitores •
um voto já recebido, elle não influio naquella eleição, como das parochias de Nossa Senhora da Conceição e S. José,
consta da acta. S. Benedicto, Nossa Senhora de Nazaretli da Tresidella,
« Dous membros da mesa
paiochial de S. Sebastião da S. José dós Mattões, Santa Anna do Burity, e de Nossa Se-
Barra-Mansa e outros cidadãos votantes protestão contra a nhora da Conceição do Brejo.
moralidade e legitimidade da eleição dessa parochia, por « Comparecerão no collegio 99 eleitores, sendo 89 das
falta ue solèmnidadês legaes e de liberdade de voto, resul-
parochias acima mencionadas, 2 de Santa Anua do Burity,
tan,te de terror espalhado por um grupo de homens armados que forão tomados em separado por exceder do 11 uraero le-
que entrara a villa poucos dias antes das eleições', pelapre- gal, e 8 da freguezia de Santa Rita do Codó, cuja validade
senca do delegado de policia na igreja matriz, revestido da é contestada, sem que todavia os seus votos tomados englo-
faxfi de sua autoridade e acompanhado de um longo cor- badamente pelo collegio possão prejudicar o resultado da
tejo de funccionarios policiae» subalternos, e finalmente eleição ; porquanto, deduzidos dos 88 \otos que obteve o
pela parcialidade com que r.e houvera a maioria da mesa deputado eleito, e dos 70 que recahirão sobro o supplente,
fechando a urna a legítimos votantes, ao passo que a facul- ha todavia maioria absoluta que contirma a eleição de am-
tava a indivíduos estranhos á parochia, a estrangeiros e até bos. Pelo que é a commissão parecer que seja reconhecido
a escravos ! A maioria da mesa e mais cidadãos negão a e declarado deputado pelo 5o districto eleitoral da provin-
existencia dos íactos que constituem esta
grave accusáção, cia do Maranhão o Sr. Dr Cândido Mendes do Almeida
que fica assim sem prova, mas deixando dolorosa impressão com 80 votós, e supplente o Sr. Dr. Frederico José Corrêa
no animo da commissão. A presença official do delegado e com 62 votos, excluídos os votos em separado dos dous
mais funccionarios de policia 110 recanto do
precesso eleito- eleitores da parochia de Santa Anna do Burity,
que se devm
ral, condemnavel, porque a lei não incumbe á sua autorida- considerar millos
por exceder ao numero que a mesma
de, senão á do juiz de paz, a policia desse lugar, não parece
podia dar, e que, em vista da qualificação da lei o decisões
ter produzido coacção moral, porquanto assegurão os con- do governo imperial, fora mareado pelo
governo da pròvin-
tiaprotestantes que um de seus subalternos trabalháia li- cia em portaria datada de 2 de Outubro.
vremente em favor dos protestantes. O recebimento de ce- < Releva declarar entre os
_ que papeis que forão xubmet-
dulas fechadas cm fôrma de carta, mas som obrêa ou lacre, tidos ao exame da commissão acha-se um oflicio do lo
juiz
allegado no protesto como faita de solemnidade essencial, da Tresidella dirigido ao
presidente da província, com data
não parece commissão ter esse caracter, porque a lei não ãa 5 de Novembro do anuo
p; p., participaudo-lhe que se
as manda recusar, como as cédulas duplicas ou riscadas, tendo dado doente no dia da eleição, fôra ao depois ins-
por
mas sim fechar. tado para ir presidi-la , em conseqüência de violências e
« Eleição secundaria. —Installado o collegio em dia elu- abusos praticados pelo 4° juiz do paz, que 110 seu impedi-
, gar competente, forão, por decisão sua, annullados 18 elei- mento presidia a mesa parochial, que sendo
pelo mesmo e
tores que excederão o numero legal, a saber: 5 do Turvo, 2
pelo delegado de policia expellido da matriz, fura installar
do Amparo, 1 das Dores, 2 da Conceição de Rezende, 2 de outra mesa parochial em casa do Rev. vigário, onde
proce-
»S. Vicente Ferrer, e <3 da Varzea-Grande, todos os deu a unia eleição, tendo convocado o
quaes povo em altas vozes
forão admittidos a votar cm separado de 139 eleitores e por edital semelhante
que para fim. Entretanto nada consta
forão reconhecidos. donde se
possa inferir uma eleição dupla 11a mencionada
< Forão recebidas 13G cédulas de eleitores legaes e 17 de
parochia ; o collegio eleitoral não a menciona, o juiz de paz
eleitores nullo--, obtendo em único escrutínio
para deputado oííiciante não remetteu sequer a autheiitiea, ou
qualquer
o Exm. Sr. veadjpr José Joaquim de Lima e Silva Sobri- documento concernente à inculeada eleição.
nho 81 votos dos primeiros e 2 dos últimos, maioria absoluta « Quanto á eleição de eleitores da
parechia de Santa
dos eleitores que cjmparecêrEo. O collegio declarou deputa- Rita do Codó, observa a commissão
que tendo apparecido
do_ o I-xai. Sr. veador José Joaquim de Lima e Silva So- 110 collegio eleitoral alguns indivíduos, segundo consta da
brinho. acta respectiva, dizendo-se eleitores uaquella parochia, e
« Recebido o mesmo numero de cédulas
para a eleição de perguntando-lhes o juiz de paz presidente interino se tra-
um supplente, obteve o Sr. Dr. Alexando Rodrigues da Sil- zião o livro das actas em
que se devia achar todo o processo
va Chaves 82 votos dos eleitores legaes, sendo logo declarado da eleií/ão, afim de conferir os seus diplomas, e no caso
sup£'leine. contrario se trazião algum oflicio da câmara municipal do
«'A comtaissão é de parecer em conclusão : Codóexplicando essa falta, declariirão que não trazião o livro,
<1.° Que sej ao approvadas as eleições do 10° districto nem oflicio da camara,
que tinhão apenas os seus diplomas,
eleitoral da província do Rio de Janeiro.
que não quizerão deixar sobre a mesa para serem opportuna-
« 2.° Que seião^ annullados os diplomas dos 5 eleitores mente apreciados
pelo collegio depois do parecer da respectiva
menos votados da freguezia de S. José do Turvo, dos 2 me- commissão. Esuscitando-se umadiscussãoaesterespdito,re-
nos votados de Nossa Senhora do Amparo, do menos cotado conheceu o collegio
que aquella eleição era fraudulenta. Se por
de Nossa Senhora das Dôres, dos 2 menos votados de Nossa um lado a falta do livro das actas coincidindo com a recusa
Senhora da Conceição de Rezende, dos 2 m"nos votados de daquelles cidadãos podia autorisar tal suposição, por outro
SEXTA SESSÃO PREPARATÓRIA EM 20 DE ABRIL.

era possível
que semelhante falta fosse apenas o resultado entrar por ora 11a discussão de semelhante assumpto, re-
uo nao cumprimento de uma obrigação;
tanto mais quanto servando-me
o livro das actas da duplicata admittida para outro lugar, se o julgar necessário e
pelo collcgio segu- conveniente.
ramente não lhe foi remettido
pela camara municipal do Os Sus. Onuz Machado e Paranaguá : — Peço
Codó. As actas a palavra.
que forão presentes á commissão presup-
poem duas eleições: uma presidida pelo 1° juiz de paz João O Sr. Franco de Almeida : — Limitando-me agora ama»,
KayrAuudo Ewerton. cujos eleitores forão admittidos dar á commissão estes documentos, offereço-lhe,
pelo quanto á,
coflegio, e outra eleição de Tresidella,
pelo 2° juiz Antônio Lourenço Mousinlio. primeiramente uma participação do
As actas relativas íi l°juiz de paz dando-se
primeira forão remettidas no presidente por prompto, e podendo portanto
da província
¦vembro, pelo juiz de paz Ewerton era data de 8 de No- presidir a^ eleição; em segundo lugar um documento que
na actas da eleição presidida prova a diligencia de averiguar alguns factos que se derão
pelo 2o juiz de paz
Mousinlio forão remettidas pela camara municipal do sobre essa eleição, e em referencia aos
Codó. quaes a autoridade,
< Contra n duplicata da eleição
presidida pelo 1" juiz de que estava talvez bem instruída dclles , tendo de dar uma
paz ha uma representação documentada, assignada por 7 informação, usou de tangente que me não
parece razoavel.
cidadãos domiciliarios na freguezia do Codó, Todavia, respeito os escrupulos dessa autoridade. Esso
os quaes, acoi-
mando-a de falsa e clandestina, documento mostra que os interessados não
pedem a approvaeão da poupárão esfor-
eleição presidida
pelo 2» juiz de paz, constante de unia cer- ços para chegar ao conhecimento cabal da verdade.
ilzerao extrahir do Junto mais a acta dessa eleição, da
; !0 1ue proprio livro das actas exis- qual
a commiss.lo
entes na camara municipal do declarou que não teve conhecimento; sujeito-a A sua con-
Codó, como a verdadeira e
legitima;
porquanto, tendo o lo jaiz de paz dado parte de sideração, sem dizer entretanto por ora se è boa ou má,
' oente dous dias antes
da eleição, e o seu escrivão no mesmo porque...
uia da eleição, o
que mostra-se com documentos, funccio-
nou, como lhe cumpria, no O Su. Par ivvui \ : — Aceito a confissão.
processo eleitoral, o 2».juiz de
paz Antônio Lourenço Mousinlio, com o escrivão interino .0 Sr. Franco de Almeida: — ... Já disse que me não
•Jojc João dos Sant >s Lima.
Asseverão os convém entrar por ora na analyse da eleição. Portanto não
sendo elles os eleitores nomeados, peticionaiios que
nSa obstante a authenti- lia de minha parte confissão, lia somente abstenção.
cidade de semelhante acto, o commandante
superior João Segue-se oubro documento,
oeveriano Bayma, o commendador Luiz que é o oíricio dirigido ,'i
Jos'ó Henriques, prepidencia da província pelo 1° juiz de paz de Tresidella-,
Dr. Ricardo Decio Salazar, eo tenente Antônio
Alexandre assim como mais dous documentos
Bayma, que demonstvão o em-
prevalecendo-sc do 1" juiz de paz e cio escrivão que prego de força.
Uaviáo dado de doentes, fabricíirão uma
parte acta falsa de Tenho aqui outro documento para mostrar que, celebra-
eleição 11a fazenda de Santa Barbara, duas
léguas distante das as eleições, participou-se ao respectivo vigário paia
deixando-se
peitar o 1° juiz de paz mediante a cantar o Te-Dewm; e mais um edital do
juiz de paz para
quantia de 600íf>. saber-se quaes erào os eleitores e supplentes, afim d'4 que
« A Ia commissão de
poderes, attendendo á gravidade de melhor se aprecie a formação da mesa.
tacs imputaçOes,
que provadas competentemente devera su- Em ultimo lugar envio á commissão mais tres documentos
jeitar á saneção penal os delinqüentes; e por outro lado que provão intervenção da autoridade nas eleições.
observando
que uma das firmas dos signatarios da repre- Quanto à de Codó, além dos documentos que A commissão
«entaçSo, a de Francisco Alexandre
Pinheiro, comparada já forão presentes, subinetto-lhe ainda uma certidão da
com a assignatura do mesmo a fi.
3 (documento B), não respectiMi camara municipal,
pela qual se vê que « vereador
guarda a menoj semeliiança, induzindo :'i mais bem fun- Antonio Leite de Meirelles, eleitor supplente, testemunüa
<lac.a
presumpção de falsiaadô, é de parecer inquirida na justificação
que a dita re- que foi junta à representação que
presentação seja remettida ao a commissão examinou, estava na presidência da mc«ma
governo com os documentos
<]ue a acompanhao, afim
de mandar camara, e era por isso competente para mandar fornecer o
proceder ás precisas
indagações e exames,
procedendo-se logo com todo o rigor livro e o mais
«Ia lei contra aquelles que necessário fosse para a eleição.
que se acharem culpados, communi- Note-se que este se dirigio ao verdadeiro juiz do paz ! )
cando o
governo a esta camara todos os dados e informações Codó, aquelle que
resultantes de taes averiguações, presidio a verdadeira eleição.
afim de resolver-se dofi- O segundo documento ó uma certidão do ofíicio .1
nitnamente sobra a eleição
de eleitoies da parochia do camara do Codó dirigio ao
Santa Rita do Codò. governo, acompanhando a
authentica das actas da eleição de eleitores, presidida pelo
« Paço da camara, era
20 de Abril de 1857. — Jotio I.ui- 2° juiz do paz Mousinlio...
loxii il,i Cunha Parana-jwi. —
L. ja Cunha Maltoi. »
O Sr. Cruz Machado :—Tudo quanto recebi está ali.
Sr. Fh.mco de Aimeida : — V. Ex. faz
o favor do raan-
<Jar-me o
parecer com os documentos? O Sr. Franco de Almeida:—Não nego que esteja; apenas
satisfeito.) estou enumerando o» documentos que viu apresentar \
(E'
consideração da commissão.
Sr. presidente, não
. pedi verdadeiramente a palavra para
impugnar desde 0 Sr. Cri as Machado : — Todo quant1 decidi como pre-í-
já o parecer da commissão; entretanto não
posso conformar-me com tudo dento do Maranhão está ahi, pôde examinar.
quanto nclle so contém,
porque possuo documentos
que, fornecidos ã. commissão, a O Sr. Franco de Almeida: — Não examino, porque não.
aDUitaráo chegar a um accordo comigo.
para quero dizer que V. Ex. não mandasse tedos os papeis;
eleitoral a°
houv,.r^triCt0 l11» se trata duas freguezias enumerando, repito, os documentos que vou remetter íi
"««"««Wao Saúdes, e forão nobre commissão, ella pôde chegar lum ::esor-
TmSa7nqu as de para ver se
não apresentei todos os do comigo n'uma questão que entendo ser de justiça.
documento» m i-verJatIe que
m?a 1
de Trcsidell ,q Í'° ,em Podora respeito da freguezia O terceiro documento à a certidão da camara^ pela
"W <«**<» Ia de Codó outros se ve que o único livro de actas de eleição de eleitores que
qne me nar^iLCríUd0' a.U
q?e enI;es Para estú archivado ó aquelle em que forão lançadas as ilas ei<:>
j ulgassc com ^ íue a commissão
conhecimento de causa
eiuçues
e eSfi^à i< itas nessa ireguezia qual das duas ções presididas pelo dito 2° juiz de paz.
era a verdadeira O quarto documento é uma certidão da camara, pe.a
Brandão é ainda delegavlo
mentos não ap^re- qual se vê que Manoel Lourenço
cer, como eu de policia do termo de Codó, o que se vê também dc outra
julp-ava mais razoavel 1
certidão dos escrivães, documento n. 5
Respeito os escrúpulos da commissão, v ip-
e por isso nSo farei Os sexto e setirno documentos provão que o eleitor
8 '!"e aposentar-!he novos
í0 documentos, Kaymundo Salazar, que «ssignou a acta da formação
M para que plente
0 nas duas íVcgu,jKi;is
que de Tr°- da mesa da eleição falsa, não se achava na villa do Codó no
dia 2 de Novembro, e sim na povoação do uruoú, 4 eu Õ
Creio
que nessas duas freguesias houverão duas famas. léguas distante da villa. , i
ugno
pela nullidade de ambas as eleições de Tresidella • O oitavo d(jçumonto é a participação do eleitor jsupph üte
e quanto ás de Codó, entendo
que foi a falsa que o collegió
° José Antonio do Sampaio, pela qual consta que nao com na-
admittio a votar, desprezando a verdadeira.
receu nodia 2 de Novembro á igreja por doente, e portanto
Estou munido de documentos
daira elejção foi rejeitada
para provar que a vorda- que não podia apparecer na eleição^falsa.
pelo collegio; comtudo, não desejo O nono é uma certidão do oflicio do delegado «upiJento

TOMO 1.
SEXTA SESSÃO PREPARATÓRIA EM 20 DE ABRIL.

do Codó no chefe de policia, communicando o facto que se formar o seu requerimento 110 sentido em
que tenho faltado»
dera do 1° juiz dc paz Ewerton* para fazer a eleição falsa. não tenho duvida dar-lhe o meu voto.
pm
Os documentos 10 e 11 são certidões do official de justiça Sr. presidente, estava eu na
presidencia da província do
declarando não ter encontrado o l»juiz de paz Ewerton, e Maranhão quando teve lugar a eleição
que se discute. A
respeito desse districto de Caxias, bem como a respeito de
o seu escrivão Souza, quando lhes foi levar os officios de que
todos os mais, entendi que devia remetter ao ministério do
trata o documento n. 9.
império,
Contento-me, portanto, Sr. presidente, de submetter á para serem presentes íi camara dos Srs. deputados,
todos os papeis
consideração da nobre commissão estes documentos. Não que podião favorecer ou desfavorecer a
eleição...
sei se estas duas freguezias alterão a votação, quero crer

mesmo que não alterão, e que se poderá dividir por partes O Sn. Silveira Lobo: — Isto tudo lado official
pelo só-
o parecer, e approvar-se a que diz respeito ao deputado e mente; nem digo o contrario.
supplente; não tenho documentos para me declarar contra
O Sn. Criz Machado :—E como
as eleições do todas as freguezias de Caxias; mas entondo presidente não podia
proceder semío officialmente. Tinha-se determinado
que tendo-se dado fraudes nossas duas freguezias,
c mos- que a
eleição se fizesse no dia
trando-so a camara bastante cuidadosa na verificação dos prefixo pela lei; tinha-se, marcado o
nHmero de 12 eleitores
na approvaç&o das eleições, uão deve desprezar tudo para a freguezia do Codó. A presi-
poderes, dendia recebeu um olíicio do 1°
quanto tenda a esclarecer a verdade. juiz de paz Ewerton, remet-
tendo cópia das actas da eleição dessa
Entendo que a commissão, deixando de proferir o seu paroohia ; não tendo
noticia de nenhuma outra, mandou
juizo sobre a eleição dessas duas
freguezias, vai íazer com publicar o resultado na
folha official, bem como o dito offieio. Dias depois a pre-
cima deste negocio, concorre
que se ponha uma pedra em sidencia recebeu um ofíicio do
indirectamente (faço justiça A commissão) para que não juiz de paz Mousinlio,
fiquem extirpadas as fiaudes_ que se costumão dar em que é o primeiro votado, participando também haver
leito uma eleição^; a
algumas freguezias da província, porque, não se tomando presidencia mandou também publicar
o oflicio desse
uma deliberarão sobre taes desmandos, elles continuarão a juiz de paz na gazeta officiak Como porém
o juiz de
apparecer. paz Ewerton apenas tivesse mandado cópia da
acta da apuração e não a cópia integral de todas as
Entendo, pois, que nós devemos decidir por documentos actas, o
eleições verdadeiras, quaes as que o outro havia feito, e mesmo em observancia de um
que mostrem quaes são as aviso de 1847, determinei íi camara municipal da
nullas. Sou mesmo de opinião que se remetta depois ao villa do
Codó que me remettesse cópia das actas
governo cópia do parecer, para mandar processar
os verda- parocliiaes daquella
villa, authenticadas assignatura dos vereadores,
deiros criminosos. E' preciso esta medida,- concordo com a pela em
conformidade daquelle aviso. Additei a assignatura dos
commissão; o governo deve mandar acabar de uma vez com
vereadores,
todas essas fraudes; mas entendo também que não devemos para que essa autlienticidado ficasse mais per-
feita..
deixar isto para decidir depois; porque não se decidindo já,
Não havendo recebido a cópia exigida, expedi 2a via. De-
tarde ou nunca mais se lia de decidir.
Suo estas as observações que tenho a honra de apresentar. jxnsdisto recebi oflicio da camara municipal em resposta á
Ia via, remettendo cópia das actas da eleição do
Remetto á mesa o seguinte requerimento: juiz de paz
Mousinlio ; a camara municipal do novo
quatriennio, que
« Roqueiro que o parecer sobre a eleição de Caxias, da estava em exercício, recebendo a 2" via, reinotteu-me outra
do Maranhão, seja de novo devolvido á commissão vez a cópia authenticada
província por ella nova camara das actas da
respectiva para tomar em consideração os documentos que eleição desse
juiz de paz Mousinho.
ter.ho a honra de apresentar. — Fruiica Je Almeida. > Assim devem existir sobre a mesa cópia das actas
paro-
Este requerimento entra cm discussão. chiaes da eleição do
juiz de paz Ewerton remettida pela
respectiva mesa, e cópia das actas da eleição
O Sa. Cm:z Miciupo: — Peço a V. Ex. que me mande o Mousinho, remettida
parochial de
offieio que na qualidade de presidente da província do Ma- pelas camaras do anterior e do presen-
te quatriennio.
ranhão dirigi a S. Ex. o Sr. ministro do império, acompa- 1' ielmente transmitti tudo ao ministério do império.
itliando os papeis relativos á eleição desse districto eleitoral. Vê-se, das actas do collegio,
que este considerou legiti-
f£' salixftilo.) mos os eleitores da eleição
presidida pelo juiz de paz Ewer-
O meu fim, Sr. presidente, pedindo a palavra, não era ton ; porém vê-se,
pelo que acabo de dizer, que a camara
discutir o requerimento que o nobre deputado pela província municipal anterior e a
presente da villa do Codó authenti-
do Pará acaba de submetter á consideração da camara; mas cárão as actas da eleição
presidida pelo juiz de paz Mou-
explicar-me sobre a remessa dos papfcis que forão presentes *inho.
& presidencia do Maranhão durante o tempo que tive a O Sn. Fbasco i»e Almeida :—Essa é que é a eleição ver-
honra de occupar aquelle cargo; entretanto, vejo que o dadeira.
requerimento do nobre deputado não pôde ser approvado
em que está eon- O Sr. Cruz^Maciiado : — Por conseguinte a
pela camara por causa dos termos goraes presidencia
fez o que devia ter feito; nenhum outro documonto mais
cebido, e obedecendo ao regimento, que determina que toda
lhe foi remettido.
a discussão comece por opposição, antes que eu trate do
fim que ine levou a pedir a palavra, mostrarei pelo que o Quanto á Tresidella, a presidencia recebeu tim offieio do
l°juiz<lepaz allegando coacção, e
requerimento do nobre deputado não pôde ser approvado qua estava procedeu-
do d eleição em uma casa
sem novas explicações. particular ; não teve depois par-
ticipação alguma, óu ao menos conhecimento dessa
Reunirão-se no collegio de Caxias 89 eleitores... elei-
çao. Kecebcu_ um offieio do 4o de paz participando
O Sr. Mendes i>e Almeida : — 99. juiz
que no impedimento dos outros juizes tinha presidido a
O Sn. Cruz Machado : — ... SM eleitores, e teve para de- eloição na matriz, c depois remettendo cópia das actas
Sr. Dr. Cândido Mendes de Almeida 89 votos, e desta eleição, remessa
putado o que também foi feita pela camara
70 votos. A municipal da cidade de Caxias. Portanto, se ha falta de es-
para supplente o Sr. Dr. Frederico José Corrêa
commissão deduzio 8 votos de eleitores do Ccdó, reduzio clarecimentos sobre este objecto, não se attribuir
pódc
a votação Cândido Jlendes a 81 a omissão da
por consequencia do Sr. Dr. parte da presidencia.
votos (parece-me que o parecer diz 80, mas são 84), e a do O Sn. Fn\M:o de Auieida :— E
quem lh'a attribuio ?
Sr. Dr. Frederico a 62. A freguezia de Tresidella dá;4
O Sr. Criz Machado :—Ninguém,6 verdade ; mas
eleitores... quero
mostrar a minha imparcialidade na remessa de iodos os
O Sr». Mendes de Almeida : — Seis. documentos.
— Bem
O Sr. Cruz Machado : ; dá 6 eleitores; deduzidos Dir-se-ha que a presidencia podia mandar formar um
esses 6 dos 81, restão75; dos (i2 dos supplentes restão 50, inquirito sobre a duplicata da eleição da freguezia do Codó
a maioria absoluta. Assim, não se pôde e outro sobre o conteúdo do offieio do
que formão ainda juiz de paz de Tre-
adiar toda a eleição do circulo por causa dessas duas fre- sidella ; mas desde
que o collegio eleitoral reconheceu le-
deve reconhecer
guezias, porque a camara que os votos das gitimos
oh diplomas dos eleitores do Codó, e reconheceu
duas freguezias não tirão a maioria^ absoluta, nem ao depu- legitima a única eleição
que'lhe foi presente de Tresidella,
tado, nem ao supplente. A commissão duvidou dar o seu me parecia que a
presidencia nada podia fazer a este res-
dessas freguezias; á vista dos novos peito, quando perante ella não se apresentava ninguém re-
parecer sobre a eleição
documentos apresentados pelo nobre deputado, se ellc re- clamando.
SÉTIMA SESSÃO PREPARATÓRIA EM 21 DE ABRIL. 35

O Sn. Mendes de Aliieiiu : — E nem taes intitulados villa de Caldas , pedindo a subdivisão deste em 2 collegios
eleitores apparecêrão no collegio. — A' commissão respectiva.

O Sr. Cruz Machado :—Pedia palavra unicamente para Um outro do mesmo Sr. ministro, declarando que além
fazer esta observarão ; e peço ao nobre autor do requeri- dasactasde eleições remot ti d as & camara em 14 do corrente,
mento (jue se digno modifica-lo na fórma que expüz, nenhumas ouh*as forão ainda recebidas , relativamente As
por
isso eme a votação dessas duas freguezias não influe no re- eleições primarias e secundarias da
província de Pernam-
sultado final da eleição desse distrieto. Neste sentido vo- buco.—A' commissão respectiva.
tarei pelo requerimento.
Outro do mesmo Sr. ministro
, remettendo as netas paro-
O Sr. Frakco de Almeida pede para retirar o seu roque- chiaes da província de Pernambuco , que acabão de ser re-
rimento o substitui-lo por outro. cebidas na secretaria de estado.—A' commissão respectiva.
Consultada a camara a esto respeito, é approvada a re- Outro doinesmoSr. ministro , ramettendo as aetns paro-
_
tirada do requerimento na fôrma podida. chiaes da eleição de diversas freguezias da província de
Em seguida lê-se, e sem debate cj approvado, Minas-Geraes. — A' commissão respectiva.
o seguinte
requerimento: Um outro do Sr. barão de Maroim, communicanclo não
< Requeiro
que volte o parecer que se discute na parte poder por ora comparecer ás sessões, e doclarando que entro
que trata das eleições de Tresidella e Codó, com os do- os dous districtos por que foi eleito deputado opta pelo dis-
cumentos que offereço, tricto da cidade de Aracajú. — A' commissão respectiva.
para dar com urgência o seu pa-
recer, votando-se
porém desde já sobre o reconhecimento Um outro do Sr. Antonio Carlos io Almeida e Albu-
«Io deputado e supplente, visto do Norte , commu-
como ainda subtraliindo os querque, deputado eleito pela Parahyba
votos dessas duns freguezias, nada se altera nicando não poder comparecer ás sessões preparatórias , e
o resultado
daquelle distrieto. —Franco de Almeida, >
remettendo o seu diploma. — A' respectiva commissão.
Não havendo mais Uma representação de vários cidadãos da pro\ ineia Jo
quem peca a palavra sobre o parecer, ó
posto a votos e approvado. Rio Grande do Norte, queixando-se de abusos e irregular!-
O Sr. Presidente declara deputado dades praticadas 11a eleição de 2 de Novembro 110 Ío dis-
pelo 5° distrieto da
tricto daquella província. — A' commispâo respectiva.
província do Maraahão o Sr. Dr. Cândido Mendes de Al-
meida, e supplente o Sr. Dr. Frederico José Corria. Uma outra do Dr. Manoel de Mello Franco , offereeendo
Não havendo mais trabalhos sobre documentos contra a validado das eleições do 17" distrieto
a mesa, o Sr. presi-
dente convida os Srs. deputados a se reunirem amanhãa á da província de Minas. — A' respectiva commissão.
hora estabelecida. Uma outra documentada do supplente pelo 7° distrieto
Levanta-se a sessão á 1 hora da tarde. de S. Paulo , o Sr. Autonio Luiz Pereira da Cunha , alie-
gando quealeição deste distrieto não pôde sei annullada.—
A' commissão respectiva.

Vão ás respectivas commissões os diplomas dos Srs. de-


de Per-
ftetima kckmuo putados do 1» distrieto do Maranhão ; ito IIo e 12»
preparatória, em 21 tle Abril* nambuco ; 4U das Alagôas; 15° e 17° de Minas ; 10° da
Bahia, 2o do Parft.
PRESIDESCU DO SR. ANTONIO JOSÉ .M ACHADO.
O Sr. Araújo Lima (pelaordem) : -—Sr. presidente^, tendo
Ss«in mio. — Expediente, — Ordem do dia. — Eleição do Rio de tratar-se da eleição do circulo de Aracaty , da minha
da illega-
de Janeiro. Votação. — Eleição do Ceará. Votação.—Elei- província, e possuindo eu documentos a respeito
lidade dessa eleição, offereço mesa esses documentos para
çilo do Amazonas. Votação.—Eleição de Pernambuco. Vota-
do dar o seu
ção.—Supplente da Bahia.—Eleição da Bahia. Votação.—Pa- que a commissão respectiva os considere antes
a tal respeito. Na
recer sobre o Sr. Magalhães Castro. Observações dos Srs. Sil- parecer , c forme um juizo esclarecido
vetraljibOy F. Octaviano, Bezerra Cavalcanti, Cruz Machado, occasião competente tomarei a palavra para discutir esta
e Fernandes da Cunha. Hejeição.—Eleição de S. Paulo. Vota- oloição.
Ção.—Eleição de Minas Geraes. Votação. Os documentos são remettidos á respectiva comraissão,

A s 11 horas da manhSa, achartdo-se O Sr. Visconde de Baependy pede dispensa de membro da


presentes os Srs.
J. Marcondes, Machado, Fernandes Vieira 7'1 commissão de poderes para que fora nomeado interina-
, BaptistaMon-
teiro. Pereira Pinto, Franco de Almeida , Luiz Carlos, ba- mente.
rão de Carnaragibe , Torres-IIomem , Teixeira .1 unier, Cu- O Sr. Presidente nomra para substitui-lo o Sr. Sampaio
nha Mattos, Augusto de Oliveira , Mendes da Costa , Car- Vianna.
neiro de Campos, Barbosa da Cunha . Pompêo , Pinto de
ORDEM DO DIA.
Mendonça , Aragão , Paranaguá , Rnmalho, Bezerra Cavai-
canti, Cândido Mendes, Nebias, Pedro Muniz, Fausto, João
ELEIÇÃO DO RIO DE JANEIRO.
Felippe, Athaide,Madurcira, Ccrqueira l.eite, Silveira Lobo,
Tobiae Leite, Cruz Machado
, Salles, Silvino Cavalcanti, (8o distrieto.)
Hermogenes , Gaioso, llenriques,
Pacheco, Serra Carneiro,
Augusto Caldas, Barros Pimentel, Lê-se, entra em discussão, e sem debate é approvado, o
Bèlisario, Sampaio Vian-
pa» Viriato , Dias Vieira , André Bastos, Jaguaribe, Arau- I seguinte parecer :
jo i^ima, Antunes de Campos, Affonso d» Carvalho, Tiberio,
c A 5" commissão do poderes eompulsou as netas relati-
aS> ereira * ranco, e Fernandes
da Cunha , abre-se a vas ás eleições do 8o distrieto eleitoral da província do Rio
bcIBaO.
de Janeiro, eofferece seu parecer a respeito.
l^-se e approva-se a < EleiçOo primaria.—Correrão em paz <* legalmente as
acta da antecedente.
O Sr. 1» Secretario dá conta eleições primarias do distrieto , áexcepção das parochias do
do seguinte
Santo Antonio de Paquequer e de S>Pedro de Alcantara de
EXPEDIENTE. Petropolis. Diversos cidadãos protestão contra a pressão
exercida pelas autoridades policiaes de Paquequer , para o
Officio do Sr. ministro do império, fim de coagir a vontade de votantes. Pretendem.que essa
remettendo um oflicio
do presidente de Minas Qeraes, eleição fora viciada pela introducção de cédulas falsas na
que expõe alguns factos que
se deu sobre irregularidades e violências uma, suspeita que originou-se de ter sido fechada a igreja
coWttidas Íor
occasiao das eleições primarias na matriz , e deixada sem guarda em um dos íntervallos dos
—A respectiva commissão* parochiade Arripiados.
1 trabalhos eleitoraes , e de ter sido encontrado pelos pfotes-
tantes dentro delia um indivíduo dedicado ás autoridades
Um outro do mesmo Sr. ministro, remettendo
também um accusadas , e que não fora visto por muitas horas fóra da
othcio do mesmo
presidente, enviando duas representações igreja, onde não podia ser encontrado senão deixando-se fi-
das camaras municipaes das villas de S. Carlos
de Jacuhy, car quando todos se retirarão. Invocao os protestantes o
do Senhor B m Jesus dos Passos,
pertencentes ao lio dis- testemunho de um dos membros da mesa , que lhes detla-
tricto eleitoral da mesma Na
proviacia, que tem por cabeça a rára que a urna ao ser aberta não parecia estar intacta.
SÉTIMA SESSÃO PREPARATÓRIA EM 21 DE ABRIL.

actas , porém , se declara que a urna foi collocada era lugar de 19 de Agosto de 1846 torna incontestável a competencia
ostensivo, guardada na fôrma da lei, tendo além do fecho das do 1" juiz de paz do antigo districto. Allega
porém o juiz
tres chaves, papeis ligados ás fechaduras com os nomes de paz do novo districto de Nossa Senhora das Dôres
de
dos^depositarios das chaves. Em contraprotesto os membros Assaré , em officio dirigido ao
presidente da provincia com
da mesa ratificão as declarações da referida acta, e, o data de 6 de Novembro, que a eleição
queé presidida pelo juiz de
notável, o secretario da assembléa parochial, cujo testemu- paz do antigo districto se fizera tumultuariamente, sem lista
nho é invocado pelos protestantes , acha-se assignado lio de qualificação, o todavia não tratou de provar , como
que
contraprotesto. era conveniente. O juiz de
paz do antigo districto Joaquim
« Em S. Pedro de Alcântara de Petropolis liouvorão tres Onofre de Faria , em oflicio datado do mesmo dia 6 de
No-
protestos; uni, por terem sido admittidos a votar mais de vembro, dirigido ao
presidente da provincia, declara que fi-
100 colonos, que, apezar de qualificados, não se achavao de- zera a chamada
pela qualificação de 1851 por não se ter
vidamente naturalisados ; outro , assignado concluido a
por dous mem- qualilicação de 1856 . e não se haver procedido
brosda mesa , contra a restricção imposta vos votantes de ao alistamento nos annos mais
proximos. A' vista do que, (¦
vetarem sómente em seis nomes, de parecer a commissão
quando lhes cabia o direi- que se julgue valida a eleição presi-
to devotarem em dez ; o terceiro , finalmente-, dida este de eleito na ultima eleição
pelos mes- por juiz paz, geral, que
rnos , contra a decisão da maioria da mesa que não era o competente , c se annulle a duplicata
permittio presidida pelo
apurar em separado os juiz de paz do novo districto João da Silva Pereira. As
quatro nomes excedentes dos seis, os
qur.es se achavíio em quasi todas os cédulas. Requererão, parochias de Maria Pereira , Nossa Senhora da Paz de Ar-
e lhes foi deferido, lacradas todas as ce- neiroz , e de S. João do Principe
que se guardassem , excederão o numero de
dulas , até que o eleitores que podião dar ; a
poder competente tomasse conhecimento primeira, não podendo dar mais
destes protestos. Parece A commissão que o 1" protesto, des- de 24 , deu 27; a segunda ,
podendo apenas dar 11 , deu
acompanhado de 16 ; a ultima , só
provas, como se acha , não pôde ser atteu- podendo dar 17, deu 21. E' pois a com-
dido, contra a missão de parecer que se annullem os eleitores
junta qualificadora , tevisora, e conselho de excedentes'
recurso. das referidas parochias, ficando nullo também o diploma
« A parochia de Petropolis , erigida com 4 eleitores em de Manoel Marrocos Telles , cujo voto tomou-se
cm sepa-
territorio desmembrado da parochia de Inhomerim , depois rado por não estar qualificado.
da 1844, tem successivamente augmentado seus eleitores até € Releva observar
que o eollegio eleitoral, julgando nulla
o numero de seis , com approvação da camara dos Srs. de a duplicata da eleição da
parochia de Nossa Senhora das
putados. Nem poj.* isso, no entender da commissão , fica Dôres de Assaré , presidida
pelo juiz de paz João da Silva
esse augmento regido sômente pela 1" parte do art. 52 da Pereira . deixou de tomar em separado os votos de 4 eleito-
lei de 19 de Agosto de 1846, como licou decidido res da dita parochia , se apresentarão com seus diplo-
para a pro- que
vmeia do Rio Grande do Sul, que por motivos extraordina- mas, o que não se conforma com o art. 71 da lei de
19 de
rios não teve eleição em 1842 , nem em 1841, visto eómo Agosto de 1846 ; mas sendo manifesta a nullidade dos
4
prevalece a seu respeito a base das eleições de Inhomerim , eleitores em questão, e não
podendo os seus votos, ainda que
da qual foi essa parochia desmembrada. Por isso , a validos fossem, influir no resultado da eleição do deputado,
porta-
via do presidenteda entende a commissão que' semelhante irregularidade
provinciaque lhe marcou ti eleitores, nu- , por
mero já. approvado certo digna de censura, não vicia a eleição do districto.
pela camara dos Srs. deputados , respei-
tando essa decisão , não lhe Funccionárão no eollegio 74 eleitores, sendo tomados
podia ser mais vantajosa. E
assim a assembléa parochial bem em separado os votos de 4 , a saber : de 2 eleitor»-; da
procedeu , apurando só- paro-
mente os seis primeiros nomes das cédulas recebidas. chia de S. João do Principe , e 2 de Maria Pereira. O resul-
Eleição secundaria. — Installado regularmente o colle- tado da eleição para deputado foi o seguinte: Sr. Dr. Miguel

gio em dia e lugar competentes, e reconhecidos os 124 ciei- Fernandes Vieira 66 votos dos eleitores validos
; e para sup-
tores das parochias plénte o Sr. Dr. Manoel Fernandes Vieira 65 votos, que cons-
que o compoem, sem protesto ou oppo-
sifão alguma forão recolhidas 101 cédulas tituem maioria absoluta.
para a eleiçío
de um deputado, nas Em conclusão é de
quaes obteve o Sr. Dr. Jeronymo José parecer a ln commissão de poderes
Teixeira Júnior unanimidade de votos, sendo logo declara- ue seja reconhecido e declarado deputado
pelo 6<> districto
do deputado. ;; a provincia do Ceará o Sr. Dr. Miguel Fernandes
Vieira ,
« Em segundo escrutínio, e supplente o Sr. Dr. Manoel Fernandes Vieira.
por não terno primeiro appa-
recido maioria absoluta . foioRevm. conego José Joaquim Paço da camara dos deputados, 21 de Abril
de 1857. —
Pereira da Silva declarado supplente com 57 votos. J. L da Cunha Paranaguá. — Francisco da Serra
Carneiro.-—
« E' portanto a commissão de L. A. da Cunha Mal tos. >
parecer em conclusão :
1.° Que sejâo approvadas as eleições
primarias do fio 0, Sn. Pkesiuemk declara deputado
diitricto eleitoral da província do Rio de Janeiro. pelo 6" districto da
provincia do Ceará o Sr. Dr. Miguel Fernandes Vieira
, e
« 2." Que seja declarado deputado
polo mesmo districto supplente o Dr. Manoel Fernandes Vieira.
o Sr. Dr. Jeronymo José Teixeira Júnior. £r.
* 3.° seja declarado supplente o Rcvm. conego .José FLEIÇXO DO AMAZONtS.
Que
Joaquim Pereira da Silva.
« Sala das coromissões , em 20 de Abril do 1857.—J. 1.ê-se c approva-se sem debate o seguinte
parecer :
Man nuje.s de Oliveira t Sá — Amor o Carneiro Bezerra Ca- Xa 2" commissão de
¦i -uranti. — ^« poderes foi visto e examinado o
Fraiu isco Orfaviano de A hneida liana. > diploma apresentado
pelo Sr. Dr. Francisco Serra Carneiro,
O deputado eleito
.Sr-
Presidente declara deputado
pelo 8o districto da pela provincia do Amazonas.
« A commissão estudou attentamente todos os
província do Rio de Janeiro o Sr. Dr. Jeronymo José Tei- papeis e
documentos
xeirn Júnior, e supplente o Sr. conego José Joaquim Pe-> que lhe forão apresentados, e não encontra
reira da Silva. falta ou irregularidade
que provada se ache , e que possa
seriamente affectar ou viciar a eleição daquolle deputado.
r,LF.ií;Xo r>o ce vrí. « Observa comtudo o seguinte :
<1.° No eollegio eleitoral da cidade da Barra ou Manáos
(6o districto.) tom&rão-se em separado seis votos , um
pertencente á fre-
Ja-S3 c é appro\ado sem debate o seguinte guezia de Serpa, e cinco á de Silves, porque na Ia o numero
parecer : legal de eleitores devi^i ser de 3, e na 2" de 6 , entretanto
í oi presente á 1« commissão de
poderes a acta da elei- que naquella deu-se actualmente o numero de 4 e nesta de
çao de um deputado e de um supplente pelo 6o districto elei- 11 ;_achando-sc
pravado o excesso, opina a commissão que
toraí da^provmeia^ do Ceará , u sejão considerados nullos os ditos 6 votos, como foi delibe-
que acompanhárão as actas
da eleição primaria das parochias rado pelo eollegio.
pertencentes ao mesmo
districto. 2.o Vi1-se
que o mesmo teve lugar no eollegio de Teffé,
« Na Nossa Senhora das Dures da
parochia de povoação onde se tomáião em separado 3 votos , sendo 2
de^ Assaré houve duplicata de eleição , sendo uma pertencentes
presidida á freguezia deste nome, e 1 á de S. Paulo de Olivença, enjos
pelo juiz dc paz mais votado do districto do Brejo Grande ,
j' votos prova-se serem excedentes ao numero legal; opina
ao qual pertencia a
povoação de Assaré quando procedeu-sè portanto a commissão que sejão annullados.
íi ultima eleição
geral de juizes de paz, e a outra presidida 'j « 3.» Reclama-se
por parte de alguns cidadãos contra o
pelo juiz de paz mais votado do novo districto , cuja eleição numero de 15 eleitores
que deu a freguezia de Maniios ,
tendo sido posterior áquella, em face dos arts. 2° e 3<> da lei I aliás devia
que dar eómente 12, por ter dado em 1842 o
SÉTIMA SESSÃO PREPARATÓRIA EM 2 L DF ABRIL.

numero de 10 eleitores. A commissão nesta quanto á do Salgueiro , porém, o collegio resolveu verificar
parte precisa
do informações. sómente os
poilures dos 8 primeiros votados , que únicos
« Conclue forào admittidos a votar. Nos 3 collegios faltárão, além dos
portanto:
« l.o Que seja approvado o 30 eleitores do Ourioury ,
procedimento do collegio de que não liavião sidq nomeados ,
Manáos, nullos ] eleitor da freguczia de Serpa, sómente um dos 8
julgando-se prmeiros votados do Salgueiro , e 2 do
e 6 de Silves, que forào tomados em separado. Cabrobò, e reunirão-se 14 eleitores, e obtiverão o Sr. Fran-
2.° Que soja igualmente approvado o procedimento do cisco Carlos Brandão 89 votos , o Sr. Luiz Duarte Pereira
collegio de Teffe, julgando-se nullos 2 eleitores da fregue- 52 votos , seguindo-se outros menos votados; em vista do
zia de Teffé, e 1 de S. Paulo de Olivença, que forào tomados exposto <5 a commissão de
parecer :
em separado. « l.o Que sejão approvadas as eleições fre-
primarias das
3.° Que se peça ao governo as authenticas, ou cópias guezias da Boa Vista, Cabral)ú , Itú, Salgueiro, e Taearatú,
dellas, uns eleições primarias da frejçuezia de Manáos de annullando-se os diplomas de 14 eleitores nomeados na do
1842, de 1847 e de 1852. Salgueiro, excedente ao numero dos 8 lixados,
que não se-
« 4.» Que não fazendo o numero dos 15 eleitores da , rão considerados eleitores eíloctivos.
Manáos differença quanto ao deputado eleito", e nem « 2.° Que sejao approvadas as eleições dos tres collegios
quanto
ao supplente, deduzidos dos mesmos os votos de Manáos que constituem o districto ; e por conseguinte :
,
sejão reconhecidos o Sr. Dr. Francisco Serra Carneiro de- i 3.» Que seja reconhecido deputado
pelo 13» districto
piitado pela província do Amazonas , e supplente o Sr. eleitoral da província de Pernambuco o Sr. Francisco Carlos
Dr. Antônio José Moreira Brandão.
; sendo reconhecidos legítimos
os*eleitores de todas as freguezias « 4.° Que seja reconhecido deputado supplente
, com excepção somente pelo mes-
das mencionadas. mo districto o Sr. Luiz Duarte Pereira.
• l>a?o da camara dos deputados « Sala das commissões 21 de Abril de 1857. — Antonio
, 21 de Abril de 1857.— ,
J• J. Pacheco. — V. B. Duarte. » Cândido da Cruz Machado. — Hermogenes Çimmtro de A raújo
O Sr. Presidente declajra deputado Brunswick. —Sebastião Gonçalves da Silva. >
pela província do
Amazonas o Sr. Dr. Francisco da Serra Carneiro, O Sr. Pbesidkmti: declara deputado
esupplen- pulo 13" districto da
te o Sr. Dr. Antonio José Moieira. província de Pernambuco o Sr. Dr. Francisco Carlos Bran-
dão, e supplente o Sr. Luiz Duarte Ferreira.
ELEIÇAO DE PERNAMBUCO.
SUPPLENTE DA BAHIA.
Lê-se e são approvados som debate os seguinte
pareeeres:
Le-se e approva-se sem debate o seguinte
parecer :
(10° districto.)
'rendo (6o districto.)
» examinado o diploma do Sr*Dr.
Jeronymo Vil-
< Communicando o Sr. deputado eleito
icla de Castro Tavares, deputado
eleito pelo 10" districto pelo 6° districto
eleitoral aa eleitoral da província da Bahia Casimiro de hena Madureira,
província de Pernambuco, e as actas relativas A
eleição do mesmo districto emofficio de 5 do corronte, ao Sr. Io secretario desta augusta
, que tem por cabeça a villa do
camara , não poder nesta sessão tomar
bonito e compreliende as pnrte nos trabalhos
parochias do Bonito com 38 elei- da camara , e sendo presente á 4* comniissão de
tores, do Altinho com 45 podereso
, de Bezerros com 23, e de Carua-
ru com 17, dos . diploma do respectivo supplente Dr. Justiniano Baptista
quaes faltarão 9, e comparecerão no collogio
Madureira éa mesma commisgão de
114, cujos votos recahirão no
Sr. Dr. Jeronymo Yillela de
, parecer que seja ad-
Castro 1 avares em mimero de 69 mittido a tomar assento. Paço da camara , 21 de Abril de
, não tendo encontrado ir- | 1857.—L.
regularidade,? Carlos.—José Antônio Saraiva.—Ftancisco dr Assii
que viciem, tanto as eleições primarias das
At ha ide. »
quatro parochias como as secundarias, é a 3a commissão
de poderes do OS. Dr. Justiniano Baptista M.i.hireira toma assento
parecer :
« 1.° na casa.
Que sejao approvadas as eleições primarias a que
se procedeu nas ELF.IÇÀO DA RAIMA.
quatro parochias que constituem o 10« dis-
tricto eleitoral da
provincia de Pernambuco.
sejareconhecidodeputado (9° districto.)
^r\ pelo mesmo districto
^ c ' Jeronymo Villela de Castro Tavares. Lê-se e approva-se som debato o seguiute
« A mesma commissão examinou parecer :
a acta da eleição de de- « A 4U commissão de
putado supplente, que teve lugar no dia seguinte ao em _ poderes examinou a actn da apura-
que ção dos votos para a eleição de deputado pelo 9° districto da
se procedeu a do deputado, effectivo, e havendo
comparecido
Sómente 93 eleitores, e tendo obtido o Sr. Dr Luiz de Albu- provincia da Bahia, que acompanhou o respectivo djploma,
e da mesma acta consta
querque Martins Pereira a maioria absoluta de 61 votos, i que nenhuma irregularidade se deu
nas eleições primarias , contra as
ae parecer : quaes não lia um só pro-
testo, nem reclamação de natureza alguma.
«
Que seja reconhecido deputado supplente pelo 10" dis- Apenas tendo n freguezia de Alagoinhas dado o nume-
eleitoral da
província de Pernambuco o sr. Dr. Luiz re de 36 eleitores em vez de 25,
«o Alouquerque Martins
Pereira. que devia dar em consequen-
cia do lhe haver a
Siila.das commissões presideneia marcado esse ultimo numero
, 21 de Abril de 1857. — Antonio em vez do
isã.idido da Cruz Machado.—Sebastião Io, em vista das qualificações de 1842, 1814 e ul-
Gonçalves da Silva. > tima existentes na secretaria, resolv u o collegio apuiar em
d?clara deputado separado os votos dos últimos 11 eleitores, o
mmC? TS",','v"' pelo 10» districto da que se não ve-
ornambuco o Sr. Dr. Jeronymo riücou por não comparecer nenhum dos mesmos no colle-
Castro T™ Villela de
8Upi>leute 0 3r- Dr- Iuiz <>e Albuquerque
Martins Pereira.0 gio eleitoral; o que autorisa a commissão a crer quo achárão
elles justa e conforme á lei a deliberação da mesma presi-
(13° districto.) dencia.
« Tendo obtido o deputado 146 votos dos 157 eleitores que
P,?der<Vs ten,1° e*"minado o diploma comparecerão , não pôde ter influencia na validade de seu
doSr^ FrSr1?
diploma aijuella diminuição de eleitores.
mi -1 .r r,v/Ti"v/»a <ie rernambuco que torn « A eleição também do supplente não p6de ser inílucn-
porsede a villa da Boa Vista, que se compõe detrês
colle- ciada por aquella questão, vi» to como , quando mesmo fos-
IBta' «omprehendendo
^da Boa
u v » ? as paro- som 36 os eleitores de Alagoinhas, não comparecèrão senão
chia Vista que deu 20 eleitores, eCabrobó 19 25 , e só estes podião tomar parte na eleição , em a qual
' ; do
' C0™Pre>ie"d.®d°
onde^i
parochias de Ouricury teve o mesmo supplonte a maioria absoluta de 84 votos.
onde nao se
procedeu á eleição primaria a tempo dos eleito- Por isso entende a 4" commissão de poderes:
res concorrerem ao collegio, e .
que devia dar 30 • da do Itií « Que deve ser reconhecido deputado pelo 9o districto
que deu 18 , e da do Salgueiro , que em vez de íi eleceu Pereira Franco,
22 da provincia da Baliia oDr. Luiz Antonio
por haver chegado tarde a designação feita
<u polo presidente c supplente o Dr. João José de Oliveira Junqueira, e validas
província; e finalmente do de Tacaratí, comprehendendo
todas as eleições parochiaes, inclusive as de Alagoinhas com
as parochias de Tacaratú
que deu 14 eleitoras , e da Fazen- o numero de 25 eleitores.
da Cirande
que deu 12 , não encontrou irregularidades que Paço da camara dos deputados , 21 de Abril de 1857.—
viciem a eleição dos
tres collegios, e das ditas freguezias; L. Carlos. — José Antonio Saraiva »
88 SÉTIMA SESSÃO PREPARATÓRIA EM 21 DE ABRIL.

O Sr. Presidente declara deputado pelo 9° districto da dos.) E' bem nos compenetremos desta
preciso que ver-
província da Bahia o Sr. Dr. Luiz Atitonio Peneira Franco, dade.
e suppiente o Sr. Dr. Jeão José de Oliveira Junqueira. Eis o pouco que tinha a dizer a respeito.

O Sn. F. Octaviano : —Sr. presidente, vou simplesmente


PARECER SOBRE O REQLKP.IMENTO DO SR. M VC.ALIIÀES CASTRO.
explicar á casa o procedimento da commissão relativamente
ao pnrecer que se discute, e que suscitou as reclamações do
Le-se e entra era discussão o seguitfte parecer :
meu honrado collega que acaba de sentar-se.
A' 6» eonimissão de poderes foi A 58 commissão de poderes não foi escolhida especial-
presente ura rdqueri-
mento do Dr. José Antônio de Magalhães Castro mente para. este caso regimental
pedindo que se apresentava; me
a esta camarn licença para vir perante ella discutir como parece mesmo que seria mais d,a cnmpetencia da mesa, do
interessado a eleição do 12» districto eleitoral da Baliia, que da nossa, dar parecer sobro a questão; mas logo que a
visto corno, embora não tenha diploma, se acha nas mesmas mesa e a casa nos havião incumbido de dar
parecer acerca
circumstancins de outros senhores deste assumptõ, entendemos
que se apresentárão que nos achavamos collocados
nesta casa simultaneamente «m outro terreno em
pelo mesmo districto, com que não estaria uma commissão re°-i-
diploma em duplicata. mental.
A commissão é de A commissão de poderes tem de emittir a sua opinião
parecer que se dê a licença pedida,
pela razão aliegada. sobre o diploma ao Sr. Dr. Saraiva, contestado
pelo Sr. Dr.
« Sala das commissões, 21 de Abril de 1857. — F, Octa- Magalhães Castro ; está pois, permitta-se-me a expressão
tiaito. — J. Marcondes. — Bezerra Cavalcanti. » na posição de juiz. Ora, requerendo uma das
partes a sua
O Sr. Silveira Lobo : —Sr. audiência nesta camara... »
presidente , comquanto eu
respeite muito as intelligencias Uma voz: — A commissão
que sanccionárão o parecer que a ouça em particular.
que se acha em discussão, todavia me não posso convencer
O Sr- F.Octaviaino: —... entendeu a commissão
da sua legalidade. Bem vejo que seria
que se trata de uma matéria da sua
um pouco odiosa, porque diz respeito á restricção de uma parte prejudicar, talvez, qualquer opinião sua no
futuro, a respeito da eleição do circulo respectivo, se ne-
franqueza; mas trata-se de uma matéria em
que de fôrma gasse o comparecimento da
alguma sou suspeito. pessoa que se julga com offensa
{Apoiado.) no seu direito.
Entretanto, Sr. minha adliesão, o meu
presidente, a Dir-se-ha, como se acaba de dizer,
enthusiasmo pelas franquezas não tal que me que a commissão a
pôde sei podia ouvir em particular.
conduza âo ponto de concede-las, ainda mesmo
quando a lei
ou o direito as reprove ou condemne. O Sn. Sh.vi:ira Lobo:—Ou essa ser defendida
pessoa
E esta minha convicção é tanto mais aqui por qualquer amigo.
profunda, quanto
me persuado, quanto me convenço intimamente de
que os X) Sr. F. Octav: — Perdòe-me o honrado collega, eu
males que soffre o meu na maior parte, das
paiz procedem, não contesto as considerações bem
restrreções indevidas pensadas que fez a re3-
que se têm feito ao uso» ao exercício
do direito peito da extensão que se pôde dar ao precedente que se vai
(apoia-tox), quer estas restricções se obtenhão por estabelecer, apenas explico a posição da commissão.
meio de proteeçSo indevida, N
de fraude, de violência, de
Disse-se que podia muito bem a commissão ouvir ao
ardil, ou de qualquer outro meio reprovado.
Se nós tratássemos de uma matéria cm pretendente em suas conferências particulares; mas observe
que não houvesse bem a casa que a todo o tempo, se a commissão der um
uma lei, em que não houvesse uma disposição legai e
posi-
tiva, eu de certo se fizesse essa con- parecer contra este pretendente, poderá se dizer que não se
propenderia para que
cessão,, ií legitimamente, quiz ouvi-lo em publico, mas sim em particular, para talvez
qne perdôe-me a illustre com mis-
adulterar-se esta ou aquella razão apresentada
foi por ella feita. Mas no caso por elle.
presente temos lei posi- Entendemos pois, nóg os membros da commissão,
tiva que nos rege, e k que
qual não podemos deixar de, prestar corria-nos o dever de admittirmo3 o reclamante á
toda a obediência. Este corpo, senhores., a sua direcção não presença
desta camara. A camara resolva o no seu conòeito
está confiada ao arbítrio, aos embates dos interesses; sua que
entender melhor.
marcha está confiada a regras
positivas, está sujeita a uma
lei orgânica que 6 o nosso regimento. E' mister, O Sr. Silveira Lono : — Pelo
portanto, que V. Ex. o a casa acabão
consultar o que diz esse regimento. de ouvir me parece que estou dispensado de '
proseguir nesta
Ninguém ha que ignore que o regimento, tratando das discussão [apoiados), ou ao menos estou dispensado de dar
sessões preparatórias, dispõe aos argumentos que apresentei aquelle desenvolvimento
que, juntos todos nós aqui,
e depois de constituída e formada a mesa, ôo faça a entrega que seria necessário, indispensável, se acaso o illustrado
dos diplomas. Diz isto noart. 3°; e noart. 4o, membro da commissno e um dos signatarios do
quando falia parecer
na nomeação da commissão de atacasse de frente os
poderes, manda que o juizo, principios aqui por mim emittidos,
que a averiguação incumbida a essa commissão recaia principios que julgo indeclináveis, imprescriptiveis.
soore esses títulos chamados diplomas As ponderações feitas pelo illustrado membro da commis-
que forão entregues
& mesa. são circumscrcvem-se unicamente em razões de conveniência
Assim,
pois, senhores, o nosso direito de interferencia para o pretendente, c era razões de eavalheirismo para a
nos negocros desta casa, nas suas sessões commissão, reeeiando principalmente dahi
preparatórias, que pudesse
«lescausa em um facto provir^ ao pretendente o direito de queixar-se da mesma
positivo, qual è a apresentação e
entrega de um diploma á mesa. commi&3ão. Mas, Sr.
presidente, quem não sabe que as
Se este diploma não apparece, a decisões que são fundadas em
presumpção na qual se princípios de direito, que são
j unda essa interferencia deve ser legitima. ordenadas lei, condemnão, excluem a moralidade, a
pela
a pretenção do cavalheiro de procedencia de quaesquer queixas
que se trata provoca a gene- que por ventura se
rosjaade; eu não conheço esse levantem contra o
cavalheiro; desejava mesmo que se basèa na lei, nesses principios?
ouvi-lo; haveria talvez nisto conveniência; mas Vê pois V. Ex. o nobre deputado não mais do
qual é, que quiz
br. presidente, a conveniência
que deva ser attendida quando que apresentar ao espirito da camara uma circumstancia
a lei não a legitime? Entendo attenuante do seu
que estas poucas palavras proceder, como membro da commissão,
repellem inteiramente uma tal e considerações
pretenção; tanto mais quanto que eu aceito, mas que não podem desfazer
ó certo que, se a concess*ão a procedência de minhas allegações, mas
que por bonhomía (de outra que não podem
maneira não mc posso exprimir) a commissão justificar de modo algum a opportunidade que quer abrir o
quiz fazer a
esse cavalheiro, é fundada sómente na necessidade parecer da commissão.
que tem
elle de defender neste augusto recinto o seu direito, então Creio ter dito
quanto á bastante.
teremos adoptado um principio inteiramente anarchico; O Sr. Bezerra Cavalcanti : —Sr.
presidente , como sig-
porque qualquer que se j ulgar ofíendido em seus interesses aatario do parecer
terá o direito,* se o precedente que se discute, membro da commissão
passar, de vir aoui tomar que o confeccionou, devo apresentar mais uma razão
parte nos trabalhos da camara, intrometter-se nas discus- que
lios deve ser aceita como escusa de qualquer irregularidade
sôe», defender esses interesses, sem
que aliás a nossa lei o ventura se encontre na concessão
-permitta. que por que a commissão
entendeu te devia fazer ao
Senhores, eu sou homem das franquezas eda peticionario.
liberdade; O illustre membro da commissão, meu digno collega
mas das fianquezas e da liberdade legitimas. Sem qu#
direito' faliou em primeiro lugar, apresentou â consideração da
iem lei, não ha liberdade; ha abusos, ha anarchia.
(Apoia' camara muito boas razões que influirão em nossos ânimos
SÉTIMA SESSÃO PREPARATÓRIA EM 21 2 O
DE ABRIL. ot»
mas, filém destas, uma outra
pesou no^ieu espirito para juizo para emittir o seu parecer. Sô o direito é restricto; a
assignar o de que se trata, e foi
parecer que esta casa no equidade è ampla...
primeira dia de suas reuniões fez uma concessão que, se A còmmissão, Sr. presidente, não quer, nem nenhum de
não 6 exjictamefate a mesma agora se
que pretende fazer, seus membros será capaz de
tem com ella a mais estricta relação... querer, mostrar-se generosa
contra o direito, como se não deve s-cr, c mui
bem observou
O Sn. Criz M aciiado : —Não apoiado. o meu nobre amigo; mas, tratandò-so do exercício de
attribuiçoes extraordinárias,
O Sn. Bezerra CivaciMi: — ...
quasi perfeita ideuti- quaes as que nos são conleri-
das na verificação dos
dade. Eu não
quero de modo nenhum irrogar uma censura poderes, tendo a casa, usando dessas
attribuiçoes, leito uma concessão
ao procedimento da camara, mas também extraordinária,
quero unicamente justi- baseando-se sómente no
ficar o proceder da commissão de constituição e principio de equidade, creio que ;t
poderes que commissão, tendo-se mostrado colierente
assignou o parecer de que nos occupamos.' com a decisão
A casa, no primeiro dia de suas sessões estabelecida, nao tendo feito/mais do
preparatórias que ampliar um pouco
a concessão ou equidade, não
vendo que se dava um facto até hoje novo,
de apparecerem pôde ser taxada de mostrar-se
aqui representantes duplicados de difforentes generosa contra o direito, contra os principio» constitucio-
districto*... naes, ou quaesquer disposições legislativas.
Uma voz : •— Mas com diplomas.
Julgo, pois, que.è vista de um
precedente da casa de tão
O Sa. Bezicrri Cavalcanti recente data, baseado nas attribuições extraordinárias
Ja disse, e
aos nobres deputados peco licença a camara está exercendo, a concessão
que
para o repetir... que se fez, tendo sido
também um pouco lata, e talvez não muito legitima,
Ait.i ns Sus. Depitados : — ella
'de se
Peço a palavra contra. devia mostrar compenetrada desse mesmo espirito
equi-
Bl;zi;l:"í c*vw.CAKTi: —... dade que a havia dominado na decisão anterior.
que não estou irrogando E <5 esta a
censura ádecisão da casa, razão principal
estou apenas dahi tirando que allego cm justificação do voto ou'o
- 0U Justlhci'Çao Pi>ra O proceder da còmmissão emitto. 1
m io
que assignou o parecer que se discute. Dando-se
um facto O Sn. Cruz Machado : — Sinto, Sr.
novo, como esse de apparecerem
representantes duplicados . presidente, que a «ra-
vidade do precedente
por um so districto, a camara entendeu os devia que se quer estabelecer com o parecer
que excluir da commissão me force a
üa, votaçio.nas diversas pedir a palavra, quando ae trata
questões de que se tratasse duranto da causa do uma pessoa aquém dedico affeição;
a verificação dos não posso
poderes, masque lhes devia conceder o
aireito de advogar a sua causa neste
recinto... porém sacrificar os principies a affeições, por mais caras
qne cilas sejão ao meu coração. Respeito as intenções
L ha voz : — Mas estes trazem diplomas, gene-
rosas da commissão; mas a concessão
graciosa quo ella quer
Tl'azem fazer £ um precedente
diPlomas- est"° na letra do regi- que não se pôde admittir. Eu resu-
mento**~ mirei quanto
puder o meu pensamento.
— E' verdade O parecer da commissão £ anti-constitucional, £
contra o
»lmnn*' : que trazem di- regimento, é um precedente terrível
ploma., mas destes diplomas um £ falso e outro verdadeiro, quo so estabelece.
ou talvez ambos irregulares... (Apoiados.)
K anti-constitucional, Sr.
1 ~ A meSma presidente, porque a consti-
preBUm^S0 tuição tem attribuido á camara dos Srs. deputados a
anK*
Sá lex!ste P<™ veriti-
cação dos poderes de seus membros. Ninguém
S». Bezebba poderá des-
Cav ku:A>n: — A conhecer que a ctíscussão da eleição dos membros desta
presumpção £ sem du- casa
mente. mais nella é um acto inherente á verificação;
jurídica, quando não ha contes- quo por consequen-
11110 1.le.lla 66 funda, do cia esse acto^ não deve ser exercido senão
„rÍ°
uma. flr.elt- que quando appareoe por aquelles a
contestação
positiva, quando uma pessoa disputa com quem a constituição attribue o direito <le verificar os pode-
outia com títulos res, e ella o tem attribuido unicamente áquelles
que se devem suppôr igualmente valiosos,
emquanto nao sao apreciados que apre-
e julgados. Duas sentarem diplomas
por estarem provisoriamente verificados
encontradas nullificão-se.presumpe.ões n pelos collegios, c não a outros quaesquer.
L M Sr. Deputado dá um aparte. E' contra o regimento,
porque sómente concede a éntrada
nesta casa_ aos
que têm um diploma. Nem so argumenta
^"-.Beeebba Cavalcaiw: — Já disse, « ainda repito, com a decisão
l t nuo inogo censura si decisão da casa, mas entendo que tomámos no começo das nossas sessões,
a commissão de constituição que porquanto essa decisão não fez senão modificar parte dos
c poderes, assiguaudo o direito»
se discuto, nao tez mais parecer quo o regimento concedia aos que trazião diplomas,
que ampliar a concessão, não
lez maio que porque o exercicio conjunto desses direitos
que ampliar a equidade... por ambos
tornava-se impossível.
m Sa. Dsíutauo : — Dou direitos a
quem não tinha. '
E demais, a verificação
provisória de um estava contes-
O Sr. Bezerra Cavalcanti : —Não deu direito tada pela verificação
algum, o provisoria de outro. Nem se pôde dizer
direito lia de ser dado quo aquella hypothese £ equiparavel á de
por uma decisão da camara; depois quo tratamos,
de ter a casa votado é porquanto ali existia uma presumpção, embora combatida
que será conferido o direito.
por outra; aqui não existe presumpção alguma,
Sb/Deputado : — Perdôe-me, porque o
não senhor, o titulo fundamento delia,
vem do districto. que £ o diploma, não se apresenta.
O precedente £ terrível,
porque as consequeDcias tirados
<v uctNTI: — Fallo do direito de discutir pelo rigor da lógica trarão aanarchia pura esta camara.
no^cnso* vo^tBíA
este só
casa • nnr lí pôde existir depois da decisão da Se um cidadão
que não tem presumpção nascida do stII
não fez mais
que emittir a sua diploma
opinião mlíl quer ter direito de discutir a eleição do respectivo
' P°r ora está, discutindo o districto, outro
que tiver uma porção de votos, quererá pre-
parecer denoi-íX
^ Sado ^ q«o poderá, haver direito. var a razão por
Mns diziq mi
com"}IfSH<? tendo visto que os outros não recaliirão no sou nome
conces»"o ínorniiJ1 que se fez uma (apoiados): finalmente, um terceiro quererá mostrar
por ;ue
v a'le JustiV» rigorosa seria não teve um só voto no districto,
bc apresentão dnn«m quando podendo obter todos, o
diploir * deste modo a camara dos deputados será invadida
por
«a.), »d3, «*. quantos- se julgarem com direito á votação no respectivo
collegio, c nós, em
deu pequeno numero, tcicmos de aceitar a
qUe poder,a seT taxada de injusta opinando discussão com todos
trano; pào con- que aqui se apresentarem, embora aos
que ttatando-se de equidade 'podia, devia mesmo centenares. .
no sentido 4e amplia-la,
senhores! Disso o nobre deputado
£*?Me
tmboia tivesse dito o meu nobre amigo
porque, pelo llio Grande do Norte que o
por Minas o Sr Sil- rigor dos princípios demandava a exclusão dos senhores
' °T mtelb8<1U0,f "Hwita. (lue o direito
ãTL^ T'to eleitos em duplicata,,e que se lhes tinha feito uma equidade
qualquer das partes contendoras pôde ser nesta adinittindq-os á discussão das eleições dos seus círculos-
casa
sustentado
por um amigo, infelizmente tenho mais de Senhores, a camara, no meu entender, procedeu muito
voz observado uma
que o direito áa vozes não tem amigos. (A paia- bem, porquanto, so quizesse fazò-lò com esse rigor de
v l ortauto, tendo-se feito uma concessão de equidade, que
a trata o nobre deputado, ficaria o deputado que apresentasse
commissão
pareceria monos equitativa se por ventura \e um diploma, embora em duplicata, sem direito algum, e a
pronuuciasse contra a foi submettida
pretenção que ao seu camara não lhe quiz tirar os direitos conferidos
por caso
SÉTIMA SESSÃO PREPARATÓRIA EM 21 DE ABRIL.

diploma, apenas tirou aquelles cujo exercício conjunto por pelo menos declaro por mim, a senão pela totalidade, ao
dous era impossível. menos pela grande maioria dessa deputaçao, se é
que ha
nella algum voto discordante nesta
O Sr. F. Oct.wiano : — E quem deu esse direito á cama- questão, que nenhum
embaraço pomos, nenhuma impugnação fazemos ao ingresso
ra? Não foi uma rsforma do regimento nessa occasião?
daquelle senhor. Mas o que
podemos dizer à priori é que a
O Sr. Cruz Machado: — A necessidade dos factos. sua causa 6 absolutamente insustentável,
que elle a perderá
O Sr. Silveira Louo: —Não foi reforma do regimento. infallivelmente ante o bom senso e a
justiça da camara,
e que não tememos de modo algum a sua
O Sr. Cruz Machado :—Não foi, porque o regimento presença na casa.
só suppõe uni com dipl.ma e não dous ; foi caso novo, que U'u voz : — E' prevenir a decisão.
demandava com urgência que se tomasse uma medida a O Sr. Fernandes da Cunha : — Não
previno nem anticipo
respeito. a decisão; não é este o meu
proposito; mas, vindo a pello,
OS«. F. Octavu.mi: — Foi reforma do regimento por julgo poder _dizê-lo accidentaimente sem prejuízo dos inte-
moção do nobre deputado. ressados. Fique a camara convencida de
que não é por
O Sr. Cruz Machado :— Não posso admittir a palavra prevenção, não ê por-paixão, ou por qualquer outro senti-
mento dessa ordem,
reforma senão em um sentido ; foi uma medida para um que impugnamos o parecer da commis-
são; é pela falta absoluta de um fundo
caso novo, não previsto pelo regimento; o caso estava qualquer de justiça;
é porque, nesse parecer não ha nem equidade; delle o
sujeito á decisão da camara, a câmara tinha necessidade que
respira apenas é uma benevolencia extrema, uin singular
de conhecer delle.
favoritismo, uma concessão amplíssima...
O Sn. João Felippe: — A camara não constituída.
U.h i voz : — Illegal.
O Sr. Cruz Machado: — Não é curial essa plirase; a
O Sr. Fernandes da Cunha:—Não direi tanto
camara não constituída tem direito de verificar os poderes ; porém
uma concessão menos
de seus membros, tanto que muitos deputados nã > eleitos justa, uma ampliação descomedida
de um principio talvez de sobejo alargado, que apenas,

por duplicata podem sei excluídos por vicio de eleição,
entretanto que, tendo votado na verificação dos poderes, quando muito, pode revelar as boas disposições, a franqueza
da casa para facilitar a defeda a todos, mas
exercerão nm acto para ijue a constituição os antorisou. que não pôde
sem negação dos verdadeiros
Portanto, o aparte do nobre deputado não é curial. E'preciso princípios do.justiça ser ainda
mais ampliada.
não confundir os dous períodos : um quando a camara se
Eu creio, Sr. presidente,
está organisando, o outro quando está organisada, e exer- que a camara em sessões prepa-
ratorias verifica
cendo constitucionalmente suas iuncções. poderes ; que (5 essa a sua missão e com-
petencia. O acto da verificação dos poderes, como bem se
O Sr. Silveira Loco : — Eu entendo que se trata de duas tem dito, <}eve ter uma base, um fundamento,
que constitua
especies differentés, o seu objecto; esse fundamento é só aquelle titulo
que
O Sr. Cruz Machado : — Difíerentissimas. Mas, conce- constituo o deputado, o diploma, o faz
que pelo menos
dendo que a camara dos deputados em rigor devesse excluir acreditar nesta qualidade cmquanto não é considerado
invalido, ou não se
os senhores eleitos em duplicata, e que lhes tivesse feito prova a sua falsidade ou illegitimidade.
uma equidade, essa equidade tinha por base uma Portanto, a apresentação do diploma é uma condição essen-
presump-
ciai do ingresso nesta casa. Aquelle
ção legal, embora se desse outra presurnpção contraposta, que não fôr portador de
um diploma não
que era a apresentação do dous diplomas. IVIas no caso em pôde ter direito a pretender entrada no
nesse caso fallecèria
questão qual é a presurnpção legal'.' Ter obtido alguns votos? parlamento, porque o titulo que deveria
Então poderá até vir alguém, como disse ha pouco, provar ser sujeito á. analyse e averiguação da commissão de
pode-
res, para acredita-lo como tal.
perante a camara como, podendo ter obtido todos os votos,
náo obteve um só.
Uma voz : — A legalidade desse titulo não está verificada;
Sr. presidente, não quero ser longo; demais, sinto-me -exclue
quando ha dous, um o outro.
incommodado. Tenho dado a razão pela
qual não posso
nutrir os mesmos sentimentos generosos que determinárão Outra voz : — Se um <5 legal, o outro é illegal.
o parecer da commissão de poderes. He a camara resolver o
O Su. Ferna>dhs dí Cbhha : — Mas nesse caso,' na du-
contrario, curvar-me-hei, mas nem por isso deixarei de ter
vida, cmquanto se não institue um exame aprofundado,
a convicção das conseqüências funestas do passo que se e
se toma uma decisão definitiva, não se lhes deve negar
pretende que ella dê. assento; mas dar entrada a
quem não apresenta titulo
O Sr.Fernandes da Cunha: —Sr. presidente, no estado algum, é,
quanto a mim, um principio abusivo que só tem
em que 'e acha a questão, amplamente discutida pelas bri- assento i:a extrema benevolencia cia camara, e a benevo-
lhantes inteligências que nella .tem tomado a lencia cri io
palavra, já que não deve ser o principio que deva inspirar
me não posso alongar, anciosa como vejo a casa e prepondjíiar em decisões desta ordem sobre o espirito do
por votar,
e já parecendo ter u sua convicção formada. Todavia,
per- parlamento (apoiado*), que se deve sempre basear em princi-
nnttir-me-ha a camara em sua t-enevolencia
que breves re- pios mais altos de juatiça e dc moralidade (apoiadm], e
ílexòes apenas ouse eu emittir em contraposição ao não por mero favor levnr-se a deferir a solicitações de
parecer quem
da commissão de poderes,
que me não parece de fónna quer que se apresente presumindo ter direitos;
alguma motiva d,0v Em verdade, senhores, na minha humilde porque
daqui procederáõ sem duvida os abusos
opinião, a decisão da commissão de que forão muito
poderes resente-se de bem demonstrados
pelo nobre deputado que me precedeu.
um favoritismo estranhavel em um A pratica opposta vai crear um
parlamento; porque precedente funesto, e eu
realmente, considerado o acto, não vejo razão alguma temo muito taes
para precedentes eestylos em um corpo delibe-
elle, salvo :i existir regimental, para rrtnte,
qualquer disposição porque hão de prevalecer muita vez sobre a lei da
mim desconhecida, 11a camara não tenho o casa, e talvez brevemente tenhamos de sentir os seus
porque novo per-
menor conhecimento do regimento; mas, regulando-me niciosos effeitos, e de deplorar
que uma minoria muita vez
pelos princípios racionaes que devem presidir a uma dis- real e legitima tenha de se ver supplantada
e subjugada na
cussão desta ordem, e vontade céga e arbitraria de uma
pelos regimentos de província, pare- maioria caprichosa e
ce-me injustificável o'acto da commissão ;
por isso quando heticia. Por outro lado, se o Sr. Magalhães
Castro, como
ouvi ler o parecer causou-me elle estranheza por sua singu- dizia, for admittido só o solicita, sem ser portador
porque
laridade e injustiça. de um diploma, com
que direito ha de a camara recusar o
Julguei-me tanto mais obrigado a pedir a palavra, quanto mesmo favor a outro
que se apresente em idênticas ou
notei o silencio da dep.utaçào da minha província nesta análogas circumstancias?
especialmente interessar-lhe; epenhorado
questão, que deve _
Como vedar o ingresso nesta casa a
qualquer candidato
do nobre deputado infeliz,
pelo cavalheirismo por Minas e de outros que tenha decahido nu eleiç~.o, e não tenha podido
que têm protestado contra o acto que* se discute, não pude conseguir um diploma, nem ainda
por effcito de alguma du-
deixar como representante da Bahia de dizer também algu- pacata? Como nega-lo mesmo a um estranho que pretenda
macousa, menos, significar o meu reconlie- ser ofíicioso
para, quando procurador de alguma parte interessada? E
cimento a esses nobres deputados pela generosa então,
protestação que chãos não surgirá desse errado alvitre, que infe-
que se dignárão de fazer. Iizmente inicia a commissão de
poderes? Qual o termo ou
Senhores, a deputação da Bahia não faz a menor opposi-
j paradeiro a tamanha balburdia? Mas, adoptado o prece-
ção áentrada do Sr. Dr. Magalhães Castro nesta casa; eu j dente, como recusar a consequencia lógica
dos princípios?
SÉTIMA SESSÃO PREPARATÓRIA EM 21 DE ABRIL. kl-
I ortanto, entendo a camara não
que pôde , procedendo do especificado 11a respectiva acta
parochial o cumprimento do
conformidade com os verdadeiros princípios. admittir o algumas formalidades determinadas
parecer. pala lei, comquanto
da sua integra se supponhão taes formalidades
Nao vejo argumento satisfeitas,
que apadrinhe a causa do Sr. Dr. e nem reclamação alguma apparecesse,
Magalhães Castro; os quer 11a assemblóâ
que se apresentárão não podem ter parochial, quer no collegio eleitoral.
influencia sobre um espirito esclarecido, nem deverião servir Apuradas as cédulas,
forão os mais votados, d'entro
de base á opinião
que apresentou uma commissão tão outros, os Srs. Dr. Antonio da
illustrada. Costa Pinto e Silva com 43
votos, Dr. Prudencio Giraldes
Não pretendo mais alongar-me; contento-me com haver Tavares da Veiga Cabral
com 3d, e Dr. João Nepomuceno
feito apenas estas humildes observações, è do Souza Freira com 1
protesto contra obtidos da votação
parecer. promiscua; e mais 7 dos eleitores do
Caconde, tomados em se.parado.
Alí.uns Srs. Deputados : — Muito bem! muito « A camara municipal,
bem !
procedendo ã apuração das au-
O 1>. Octaviauo : Sr. presidente, suppunha thenticas dos dous collegios acima
_Sa. eu que, especificados, não so
depois das primeiras explicações limitou ã tarefa que lhe compete
que dei A caia sobre â pelourt. 87 da lei n. 387
nossa posição, nos, membros da commissão, do 1J de Agosto do 181b, o computando
não teriamoí ao Dr. João Neno-
COm muceno de Souza I' reiro os 7 votos dos eleitores
rado^putad^o^eu dlscuraa.r83 ^-me?ou o hon- de Caconde
tomados em separado paio 2° collegio, reputou
eleitos por'
°|w!r serem os dous mais votados, deputado o Sr. Dr
r,^»?0611"1?0 que ? l'°nradu deputado julgava que o Antônio da
° 1 commissao revelava Costa Pinto e Silva com 07 votos, o supplente o
favoritismo estra- Sr. Dr. João
nhavel'm Nepomuceno de Souza Freire com 38 votos', e expediõ-lhes
Sllb° os respectivos diplomas.
^uo',s°gun|lo os estylos, 4aiesa incumbe
S° 1IS listões regimentaes; seme- « Comquanto esta deliberação em nada seja
lhaiíte tnr»(?ar-COr prejudicada
1Ul° e] car?° daa commissõea de pelo presente parecer, todavia interessando os 7 votos em
om .a1mesa ,.a pudores.
- deelmou de si essa competência questão a eleição do supplente, podia eEa reeahir cm outro
mmm-
commissão de para a
poderes, né» não funccionamos como com- cidadão, se acaso esta augusta camara não reconhecesse
missão regimental; funccionamos como legitimosos eleitores da
como uma commissão do parochia de Caconde; e oois
juues; nao pesa sobre nõs responsabilidade a tal respeito é fúra de duvida
que menos regularmente procedeu acamarà
sendo isto evidente, a commissão municipal não se limitando íis condições da
não podia tolher ao Sr. tarefa que lhe õ
• Magalhães Castro o direito da determinada pela lei.
_ vir explicar á casa as ra-
zoes que tem « A commissão de
para contestar ao nosso collega que apresentou poderei quo apreciou devidamente
o diploma a validade desse diploma. este^ assumpto, entendo
que, oomquanto a mesa parochial
',1'.<-'sldc,itl!> estando tão clara nossa de Caconde procedesse irregularmente, deixando
¦soml™' ?''' posição,' de especi-
ulnJLUZ ficar era suas a<!tas todas as formalidades
H'.'e nao quer que logo nos seus como lhe cura-
S, «V primeiros
uma mtt>BÇão desfavorável nem
í a este ouáquelle, pria, por isso a sua eleição pôde ser reputada nulla
„V
MeU honrado collefía " censura da porquanto todas as lacunas estão subentendidas nas decla-
^TOiltismo ° rações geraes constantes da mesma acta,
e nem se prova
O Sn 1'Eii.vijiDESni Clmiv: —
E' o que a falta de sua especifiçaçfio fosse devida á
qus o acto revela; preterição do
terei apreciado mal, mas disse taes formalidades, isso o collegio
o que entendo. por que apenas se fundou
em nao constarem cilas da acta, o tanto r.iais
se tirma a
J-0-?R'/e0c£lYw™: 7T:Senl'ores, não tenho dé defender o commissão nesta opinião, deprehendendo-se da
direito do . r. Dr..Magalhães Castro, nem quanto,
o do Sr. Saraiva; mesma acta
a questão nao é essa; a commissão que a eleição fora ali pleiteada, era natural quo
não esta nesta barra apparecesscm reclamações contra
para tratar de semelhante matéria; occupa-se qualquer falta que pu-
do uma desse tornar duvidosa a validade du eleição.
questão secundaria, c sobre essa questão incidente a camara
•resolva * Assim é a commissão de
o que julgar conveniente. parecer :
1.0 Que seja reconhecido o diploma
Conlio do critério e benevolencia do3 do Sr. Dr. Antonio
meus honrados col- da Costa Pinto e Silva, e
legas
que comprehenderáõ tanto como nós a delicadeza d« portanto declarado deputado p^lo
9° districto ua de S. Paulo.
nossa posição provincia
(apoiado*', e não enxergarão em nosso pro- i 2.» Que sejão reconhecidos os eleitores
cedimento da parochia do
qualquer cousa que nos lance a suspeita de j uizes Caconde,
tavoraveis ou desfavoráveis. pertencentes ao 2» collegio.
(Apoiados.) 3.0 Quo seja também recouhecido como
O Sr. Cruz Machido:—Xão supplente polo
devemos deixar passar mesmo districto o Sr. Dl*. João Nepomuceno do
£ouza Freire.
princípios funestos. A commissão obrou assim « Sala das commissões, 21 de Abril del«57. —Jtr.»,>/„:>,
aeza. (Apoiados.) por delica-
1 José Teixeira Júnior. — .1. Barbosa, — L. A. de Sami„uo
Vozes : — Votos 1 votos! Vianna. >
Não havendo mais
quem peça a palavra, julga-se o pare- O Sr. Pri.siuente declara deputado
cer discutido, e é rejeitado, tendo pelo 9Ü districto de
só dous votos a favor. S.Paulo o Sr. Dr. Antonio da Costa Pinto e Silva,
e sup-
plente o Sr. Dr. João Nepomuceno de Souza Freire.
ELEH;ÀO DE S. PAULO.
ELEIÇÃO DE NINAS GERAES.
(9° districto.)
í-è-se e é approvado (16° dislricto.)
sem debate <5 seguinte
parecer: Le se c é approvado sem debate o seguinte
parecer:
a <)uom foi u commissao ae
ploina do deTuwTff0 i^o5^®1'8.8' Çrosente o di- poaercs teve presentes os documentos
dlstnct0.da
tendo examinado província de S. Paulo, relativo>s A cleic5.o de deputado e supplente
a act° l pelo l(i<> districto
com as dos dous confrontando-a da pro\ ;inhia— .HRL
MinuK-Gera.es,
a,aPuraÇa0 J5eral. ,r . e. nao
.... S('i PP|
P
nelo fivnrnc n mio
districto e com comI'i'e esto
as ,laS Rl!v'- s® procedeu, como attendendo a que nenhuma reclamação
em nenhuma dellas vi • Çues Pai'Oclnaes, não encontrou existe sobra osto
processo eleitoral, i a mesma conimissão
intirmar a sua validade que do parecer quo sejão reconhecidos; deputado
lrreSul«idad° possa pelo referido
Orecon0heeel0' 16° districto da provincia, de Mirias-Geraes o Dr. João das
rim Chagas de Andrade com 55 votos, e supplente o Dr. Sala-
EtaT, $0W t
comparecerão, e nenhuma divergência m qUe tliiel de Andrade Braga com 57 votos.
ouVeeU, -Ü
da respectiva acta; e amilía0 consta i Sala das commissões, 21 de Abril do 1857. — Franci*< <>
procedendo ao m™
colhidas 59 cédulas, forão os re" de Salles Torre*-Homem. — Joào Pedro Dias Vieira. —Aufonio
mais votado. ri' ?!? outrosi
"s Srs. Dr. Antonio da Costa 011Í!e yèreira Pinto. >
Pinto e Silva èò
Dr. João Nepomuceno de Souza " 0 Sr. Presidente declara deputado
Freire com 27'votos* peb; 16» districtuda
1 %
collegio, que tem por cabeça a cidade provincia de Minaa-Geraes o Sr. Dr. João das Chagas Je
do Imperador, apreciando os diplomas daFranca
dos .31 eleitores Andrade, e supplente o Sr. Dr. Salothiel de Andrade liraga.
comparecerão, tomou em separado oue
os votos de 7 eleitoral, Não havendo mais trabalho sobre a mesa, o Sr.
presidente
parochia de Caconde,
por is*oque a commissão encarregada convida aos Srs. deputados a so reunirem amanhãa hora
da verificação
des poderes assim entendeu conveniente°não estabelecida.
julgando-os legítimos,
pér não achar-se detalhadamente Levanta-se a sessão ú 1 hora o 40 minutos da tardo.
TOMO 1.
G
&2 OITAVA SESSÃO PREPARATÓRIA EM 22 DE ABRIL.

Oitnva sessão em 22 «He Abril. gimento haverá alguma disposição no sentido de fazer com
preparatória
que taes actas sejâo remettulas sem demora. Não quero cen-
surar a repartição por onde se deveria effectuar semelhante
PRESIDENCIA DO SR. ANTONIO JOSÉ MACHADO.
communicação ; mas, uma vez que as actas a
que me estou
referindo são indispensáveis para se reconhecer se a eleição
Subemario. — Eccpqdiente. — Ordem do dia, — Admissão do
é ou não valida, é urgente a remessa dellas, e eu a reclamo,
supplente < pelo 16° districto de Minas-Geraes.— Eleição de
Pernambuco. Discursos dos S>s. Villela Tavares, Viriato, pois que vejo pela leitura do expediente que já findou, que
não forâo enviadas á casa, assim como sei
Pacheco, e Augusto de Olioeira. Votação. quo não se achão
na secretaria.
Portanto
A's 11 lioras da manliãa, presentes os Srs. Machado, Fer" peço a V. Ex. alguma providencia para que a
commissão seja habilitada a dar o seu
nandes Vieira, Athaide, Baptista Monteiro, Cerqueira Leite' parecer.
'
Gonçalves da Silva, Dantes, Mendes da Costa, Piragibe O Sr. Presidente :—O nobre deputado
queira formular
Cruz Machado, Cunha Mattos, Serra Carneiro, Franco de Al" em um requerimento o
que aCaba de dizer.
rneida, Augustodo Oliveira, Dias Vieira, Souza Leão, Ne-
E' lido e approvado sem debate o seguinte requerimento
bias, Luiz Francisco, Pompêo, André Bastos, F. Octaviano, :
João Felippe, Torres-Homem, Villela Tavares, Barbosa da < Requeira
quo se exija da secretaria do império a re-
Cunha, Costa Pinto, Ilamalho, Silveira Lobo, Paiva, Pinto messa das actas eleitoraes da
província da Bahia.—Dantas.*
de Mendonça, Pereira Pinto, Salathiel, Pacheco, Pinto de E' igualmente lido e approvado sem debate o seguinte
Leite, Ja- re-
Campos, Gaioso, Silva Miranda, Tobías
^ querimento :
Augusto Caldas, Pedro Muniz, .Fernandes da
guaribe,
« Requeiro
Ounha, Calheiro, Nabuco, Sampaio Vianna, Silvino Ca- que se peção ao governo, com urgência : 1",
¦valcánti, as actas das eleições municipaes a
Fausto, Paes Barreto, Sá e Albuquerque, Lima e que se procedeu na fre-
Silva, Rego Barros, barão de Camaragibe, Bezerra Cavalcan- guezia das Barras, província do Piauhy, em Setembro e
Novembro do anno passado ; 2®, as informações
ti, Affonso de Carvalho, Tiberio, Aragão, Barros Pimentel, que ácerca
dellas deu o presidente da mesma
Pedreira, Belfort, Aleajitara Machado, Augusto Corrêa, província ao governo ;
3», a representação dos habitantes de Campo-Maíor, daquella
Felippe de Araújo, Cyrillo, ílermogenes, visconde de Bae-
pendy, Antunes de Campos, Madureira, Viriato, Ilenriques, província, contra o juiz do direito João do Carvalho Fer-
nandes Vieira, e a informação
Toscauo, Saraiva, Benevides, Sallcs, Cunha Figueiredo, que sobre ella deu o presi-
dente ; 4°, as communicações do referido
Luiz Carlos, Domingos Silva, Brandão, Cândido Mendes, presidente ácerca
das eleições municipaes feitas na
Paranaguá, Teixeira Jnnior, Diogo Velho, Pederneiras, u parochia da Parahyba
em Setembro e Novembro —Franco de Almeida. »
Aranha, abre-se a sessão. passado.
LG-sc e approvã-se a acta da sessão antecedente. ORDEM DO DIA.
O Sn. Io Secretario dá contado seguinte ADMISSÃO DO SUPPLENTE PELO 16° DISTRICTO DE MINAS GERAES.
EXPEDIENTE.
Lê-se, entra em discussão, e sem debate i approvado o
seguinte
Officio do Sr. ministro da justiça, transmittindo oS inqui- parecer .
ritos a que procederão o chefe de policia, juizes de direito comm'SS51° de a quem foi
e juizes municipaes na província do Ceará, a respeito das c& ^ poderes, presente o
ofhcio do deputado do 16° districto de Minas-Guraes
o Sr.
occurrencias havidas na eleição da Imperatriz, Baturité e Di. João das Chagas de Andrade,
dando as razões
Sobral, da mesma província. — A's commissões respectivas. pelas
quaes nao podia comparecer á sçssão do
presente anno, é
de parecer
Umofficiodo Sr. ministro do império, remettendo as actas que se dO assento ao respectivo supplente o Sr.
das assembléas parochiaes ultimamente recebidas das pro- Dr. Salathiel de Andrade Braga,
que se acha presente, c iá
101 reconhecido
vincias do Amazonas, Maranhão, Piauhy, Ceará, Parahyba, por esta camara.
Baliia e Minas-Geraes, e cinco dos collegios eleitoraes da - Paço da camara, 22 de Abril
de 1857.-Franciscode
Bahia, e a da apuração do 10° districto da mesma província. Sales Torres-Homem.—João Pedro Dias
Vieira. —Antonio'
—A's commissões respectivas. Pereira Pinto. >
ELKIÇ\0 DE PERNAMBUCO.
Representação documentada dos cidadãos votantes da
freguezià de Nossa Senhora da Victoria da cidade de Oeiras,
(6° districto.)
razões que expen-
província do Piauhy, pedindo que, pelas
dem, se considere nulla a eleição primaria da freguezià de Lê-se, entra em discussão, e sem debate ó approvado, o
Oeiras, e a secundaria do 1° collegio do 2° districto eleito- seguinte
parecer :
ral de que foz parte aquella freguezià. — A' commissão
< A 2a commissão de verificação de
respectiva. poderes, tendo exa-
minado as acta« que lhe forão
presentes das parochias de
Uma outra dos mesarios tio collegio eleitoral da villa de que ise compõe o collegio do 6° districto eleitoral da
Propriá, cabeça do 4o districto eleitoral da província de Ser- pro-
vincia de Pernambuco, e approvando o
processo eleitoral é
—A' commis- de parecer que sejâo reconhecidos deputado
gipe, contra as eleições a que ali se procedeu. pelo 6» ,]';s
são respectiva. tricto eleitoral da província de Pernambuco
o Dr Fran-
cisco Xavier Paes Barreto e supplente
Vfio também ás respectivas commissões os diplomas dos pelo mesmo dis
tricto o Dr Jouo Maurício Cavalcanti da Rocha
Srs. deputados do 3o e 5° districtos da província da Paraby-
"ba Wanderlev
« Paço da camara dos deputados,
do Norte, 7° districto deS. Paulo e 7° da Bahia. em 21 de Abril de
1857.— Viriato B. Dmrte.-J. J. Pacheco.*
O Sr. Villela Tavares (pela ordem) :—Sr. presidente,
tendo eu chegado a esta corte no dia 20 do corrente, im-
mediatamente compareci nesta casa ; o mesmo fiz no dia 21.
Entretanto vejo que não estou mencionado na acta como * *• M*™° a-3
á sessão de hontem. Como não desejo passar por S&NHS55;
presente
deputado indiffercnte aos trabalhos desta casa, mórmente (1° districto.)
se trata de negocio tão ímportanto como 6 a veriii- Lô-se e entra em discussão
quando o seguinte
cação dos poderes de cada um de nós, faço esta declaração, parecer :
«A 2a commissão
tifim de que se mencione na acta que tenho comparecido. de verificação de poderes. tendo
examinado as actas
O Sn. Pbesidente :— Foi efíeito de equivoco de quem to- que lhe forão apresentadas das paro-
c nas do 1 districto eleitoral
da província de Pernambuco
mou os apontamentos para a acta. O Sr. deputado será sa-
e nao achanao falta essencial
no processo eleitoral, é de
tisfeito. '
parecer
O Sr. Davtis (pela ordem) Sr. presidente, ha tres * Qu9 seja° "pprovadas
. as eleições dos eleitores do colle-
dias remetti á mesa o meu diploma ; mas a respectiva com- gio, e reconhecidos deputado
pelo 1"> districto da província
missão não deu ainda parecer por não_ estarem em seu po- de 1 ernambuco o Sr. Dr. Augusto
Frederico de Oliveira e
der as actas que dizem respeito á minha eleição, e que supplente o negociante Sr. Antonio Marques
de Amorim.'
entretanto vierão no vapor Param. a camara dos deputados, 21 de Abril
rr „ S?0
V.
de 1857'
Sou alheio aos estylos da casa ; mas supponho que no re- B. Duarte.—J. ./. Pacheco. >
.
OITAVA SESSÃO PREPAll ITORIA EM 22 DE ABRIL. hl

O Sr. Viih.la Tavares*.— Sr. presidente, V. Ex. e a víira do ministério diversas cartas neste sentido para pessoas
casa comprehendem perfeitamente que eu, sendo o único ali altamente collocadas.
deputado da província de Pernambuco representante de Tem-se feito, de tempos a esta parte, uma differença
uma opinião ali decahida lia oito annos, de urnn opinião que entre o governo intervir nas eleições como opinião, e o
em matéria eleitoral principalmente se tem achado como governo intervir como autoridade.
de uma opinião que tem sido
que fóra da lei e prose.ripta, O Sn. Nabuco : — Apoiado.
vencida pela força, mas não convencida pela razão ; V. Ex.
O Sr. RrandXo : — Essabella chicana do Sr. ministro da
e a casa, repito, cmnprehendem perfeitamente que eu não
a peito a defesa dos direitos dessa justiça. (Itisos.)
posso deixar de tomar
opinião. Pedi portanto :i palavra para fazer algumas consi- O Sr. Narico : — E' do fallecido Sr. Antonio Carlos.
derações sobre a eleição ilo 1» districto eleitoral da minha
O Sr. Braisdào:— E V. Ex. a tem aproveitado muito
província. bem.
Antes, porém, de entrar lia matéria devo
protestar a
V. Ex. e A casa que nenhuma indisposição tenho com o no- O Sr. Y. Tavares: —O nobre ministro da justiça, que
bre deputado eleito, ou que se diz eluito esse districto ; me deu o seu apoiado, deve saber que esta doutrina seria
por
que ao contrario consagro-lhe sympathias e respeitos ; que verdadeira se com effeito o nosso povo jü estivesse tão ilhas-
também não tenlio nenhuma indisposição com trado que pudesse fazer esta discriminação, que pudesse
qualquer
dos meus collegas deputados fazer differença entre a carta de um ministro que diz que
por Pernambuco, e que sempre
carta de um ministro que recommcnda com força
me acliarâõ disposto a unir-me e a ligar-me com SS. EEx. pede, e a
fi respeito dos interesses da nossa de autoridade.
província, e daquelles que
não forem de encontro com a opinião
politica que cu sigo. O Sr. Silveira Loro : — Apoiado; e em todo o caso é uma
Sr. presidente, da lei dos círculos, ou distric-
panegyrista inlidelidade ao programma.
tos eleitoraes, entendendo apenas
que ella não estil com- nos daria noticia desse
O Sr. Ntnico:—V. Ex. pro-
pleta, porque eu creio que o complemento dessa lei salvadora,
no meu humilde gramma ?
pensar, estíi nas eleições directas e nas
incompatibilidades absolutas, desejo de coração
que logo no O Sr. Silyeir v Lobo : — E' aquelle que do alto do tlirono
— A libordade do voto.
primeiro anno em que se põe em execução uma lei tão im- se espalhou pelo Brazil inteiro :
portanto, se corrijão todos os defeitos, atim de que desappa- O Sr. Narcco : — Em tempo opportuno entrarei nesta
recendo elles e as irregularidades
que çor ventura se tem
<lado, se não attribua a vicio da lei aquillo questão.
que deve ser at-
tribuido unicamente t'i influencia dos O Sr. Silveira Lobo : — E eu terei nisto muito prazer.
partidos, ou antes, de
certos e determinados potentados. 0 Sr. V. Tavares : — Peço aos nobres deputados que me
Quando foi sanccionada a lei dos districtos eleitoraes não inteirompão. 11a muitos annos que não tenho a honra
corria de plano em minha de pertencer ao parlamento, accresce que sou muito aca-
provincia que o governo imperial
toleraria, desejaria mesmo nhado...
que alguns membros do antigo
partido denominado da praia fossem eleitos deputados. Al- Uma voz : — Não parece. (Risos.)
guns nomes íorão indigitados, e se dizia nacapittal de Per-
nambuco quaes erão esses individuo3 O Sr. V. Tavares : — ... e então tenlio medo de perder o
que terião a felicidade
de merecer que o ho de minhas idéas e não poder chegar ao tim a que me
gabinote consentisse na sua eleição.
Dizia-se que esses deputados serião eu, o meu nobre ami- proponho.
go o Sr Dr. Urbano Sabino Pessoa de Mello, e o Sr. Dr. ^Mas ia eu dizendo que se onossepovo fosse já tão illus-
Joaquim Francisco de Farias. Faliava- se também no Sr. Dr. trado que pudesse fazer uma justa discriminação entre o
í elippe Lopes Netto, se bem
que logo depois esta noticia des- pedido de um ministro de estado e uma imposição, a dou-
appareceu, trina do nobre ministro da justiça seria verdadeira.
porque o meu amigo o Sr. Lopes Netto declarára
que nao queria se apresentar candidato, c que havia renun- Uma voz : — Ainda assim a distineção 6 muito metapliy-
ciado a politica. ^ sica.
As cousas se (Apoiados.)
passarão assim, e muitas esperanças nutria
o partido liberal de O Sr. V. Tavares : — Mas nós não estamos ainda neste
que com effeito pudesse ser representa-
do por seus antigos alliados e amigos, caso; o quando se recebe uma carta de um ministro de
quando morreu o Sr. estado, que diz: t interesso-me tanto pela eleiçãodoSr.Fu-
marquez de Paraná,
presidente do conselho de ministros.
lano quanto
lmmcdiatamente os negocios mudárão de figura,
e então, pela minha própria, > o indivíduo que recebe
uma tal carta
contra toda a expectativa, apresentou-se como candidato julga-se na rigorosa obrigação de votar
naquelle sentido.
pelo 1° districto de Pernambuco o Sr. Dr. Augusto Frcderi- (Nilo apoiados.)
Digo isto porque essas cartas só se escrevem a indivíduos
to de Oliveira.
com posição oílicial,
Sorprendeu-me, Sr. presidente, essa apresentação do quasi sempre a empregados públicos,
honrado membro que têm receio, em um caso destes, de ir de encontro A
pelo 1" distácto da capital da minha pro-
vincia, nã > vontade do ministro.
porque lhe falte merecimento, reconheço as suas
buas O Sr. Augcsto de Ouveira : — Só se não tiverem nobreza
qualidades, mas norque preponderando em duas fre-
guezias da capital de rcrnambuco o partido liberal, era im- de sentimento.
possível, a não haver fraude, anão haver violência,
que pu- O Sr. V. Tavares: — Senhores, o caso <5
< esse triumphar a
opinião que sustenta o honrado membro. que o honrado
membro, o Sr. Augusto de Oliveira, apresentou-se na
O Sr. Rego ISaiuios : — Nego minha província com essas cartas de S. Ex. o Sr. conse-
essa preponderância.
O Sr. Paes Barreto : — Isso lheiro Nabuco, e essas cartas de S. Ex. devião muito influir
era uma opinião.
no animo daquellas
1 *vares — O nobre pessoas a quem forão dirigidas; e
deputado deve saber devião de alguma maneira actuar em suas consciências
'Z Y' que para
exces3ÍV0B e exagerados; tenho darem um voto talvez íiquelle a
contrariai ??s
tld° ^ quem não o quizessem dar.
asidTasTe motra°çS pi"°VÍ"da P°r *«uir Mas, Sr.'presidente, não se persuada Y. Ex. que_ essa
intervenção do poder na eleição do Sr. Augusto de Oliveira
0 Sr. Kei.o Bmnos: — E' um ficou ahi, isto é, das
protesto que faço. parou com a rjmessa e apresentação
O Sr. V. Iavares:—.Mas o nobre deputado cartas do Sr. conselheiro Nabuco, não.
melhor do
As autoridades, nela nas tres
que ninguém deve saber que na eleição do lo circulo da que influirão e influem ai
minha província se demo irregularidades freguesias de que se compõe o 1° circulo da capital de 1 cr-
<leixar de ser apieeiadas que não podem nambuco, pronunciárão-se logo e immediatamente em pró
pela camara dos Srs deput-idos
Apresentando-se o Sr. Augusto de Oliveira da eleição do honrado membro...
como candi-
dato do lo circulo eleitoral, acompanhou O Sr. Augusto i>e Oliveira: —Isto não è cxacto.
a sua apresentação
uma recommendação muito especial do
governo. ' Tavares: — Senhores, o capitão do porto, que
O Sr. V.
Sr. presidente, os
jornaes da minha provincia transcrevi- também & inspector do arsenal de marinha, e que sem du-
rao_ uma carta g_ Ex. o Sr. conselheiro Nabuco, na
qual vida em matéria eleitoral é uma potência, porque hoje
dizia
que tomava um interesse tão particular pela eleição considero potências todos os capitães dos portos (riso), lez
ao br. Augusto de Oliveira
como se fôra pela sua
própria. com que todos os indivíduos que se achavão matriculados
Consta na minh»
provincia que o nobre membro eleito le- na capitania, sujeito^ á sua acção, á sua autoridade, vo-
h'i OITAVA SESSÃO PREPARA TORIA Ei\I 22 DE ABRIL.

tasaem em uma chapa de eleitores O Sr. V. Tavares:—Muitos cidadãos


que terião de dar o seu
qualificados dei-
voto ao honrado membro... xárão de ser reconhecidos pela mesa; outros
que não o
O Sn. Augusto de Oliveira : — Como estavão erão immcdiatamento adipittidos a votar; a mesa
podião dar em outro
os reconhecia. V. Ex., Sr. Augusto, deve saber
qualquer cidadão. pej-feita-
mente que por oceasião de uma grave contestação a respeito
O Sn. V. Ta\ abks: — Nilo,
porque o honrado membro da recepção do voto de um individuo
que não estava
sabe perfeitamente qualifi-
que o Sr. Elisiario muito trabalhou em cado, mas que a mesa julgava
qualificado, houve um cida-
pró de sua eleição... dão do partido da ordem que tirou um
punhal para atacar
O Sr. Aeglsto de Oliveira: — Como amigo, assim como a indivíduos da opposição...
todos os meusi amigos.
O Sr. Augusto »e Oliveira: —Foi um cidadão do
_ par-
O Sn. V. Tavares:— Como amigo; mas o Sr. Elisiario tido liberal que puxou o
punhal.
applicou todos os meios
que erão compatíveis com a sua Um Sr. Deputado : — Este é que é o facto verdadeiro.
autoridade; o br. Elisiario trabalhou
para a eleição do O Sr. V. Tavares :— Admira
honrado membro, não como amigo,
mas como autoridade, que os nobres deputados
como mspector do arsenal, como capitão do contestem um facto
porto... que não puderão contestar na nossa
provincia. Creio que o Sr. Dr. chefe de policia, Polycarpo
O Sn. Silveira Lobo : — Como entidade official.
de Leão, esteve com o individuo
que puxou o punhal...
O Sn. V. Tavares: — A capitania do
porto toda foi arre- O Sr. Augusto de Oliveira: — O nobre deputado está
gimentada para votar 110 honrado membro... confundindo £s épocas; o facto a
O Sr. Augusto de Oliveira : — Trabalhou como cidadão que se refere se deu na
elsição municipal de Setembro...
Drazileirò.
O Siv V. Tavares: —Então
já confessa que um cidadão
Um Sr. Deputado: —Qual a linha divisória da autoridade, do partido da ordem na eleição de Setembro
puxou por um
<io indivíduo? .punhal?... 1
O Sr. V. Tavares:—Isto fez, senhores, com O Sn. Augusto de Oliveira: —Não estive
que em presente; mas
duas freguezias a eleição o facto a que alludo deu-se 11a eleição de Setembro;
primaria não fosse regular; fallo na
<hi freguezia do liecife e da freguezia de S. José; logo toca- eleição de Novombro, é a de
que que se está tratando, na
rei na freguezia de Santo Antonio; eleição de Novembro
para ellas afHuirão os quem puxou por punhal foi pessoa do
matriculados mi capitania do
porto, que recebião das mãos partido liberal.
do Sr. Elisiario ou dos seus agentes...
([Ha outros apartes.)
O Sr. Augusto de Oliveira : — Nem ^compareceu na
' O Sn. V. Tavares: — Tenho sido tão interrompido nesta
greja.
discussão...
O Sn. V. Tavares: — ... a chapa dos eleitores em
que O Sr. Augusto de Oliveira : — Estou ajudando
devião votar. O nobre deputado deve saber ao no-
que as listas erão bre deputado.
carimbadas, afim de a mesa no acto da recepção pudesse
que
aceita-las ou rejeita-las O Sr. Y. Tavares:—Muito obrigado
, conforme a3 conveniências da polo auxilio.
eleição.
O Sr. Augusto i.e Oliveira: — Peço-lhe
Na eleição de P. José, além desta irregularidade, perdão por tê-lo
houve interrompido, ouvindo algumas inexactidões; se
uma ostentação de força militar... quizer não
lhe darei mais apartes, sou muito cavalheiro.
O Sn. Augusto de Oliveira: —Ostentação de força mi- O Sr. V. Tavares : — Em diversas occasiões em
¦Utíir? Santa Maria! que a
mesa com um cynismo admiravel recusava receber a lista
O Sr.^ Brajndao : — Não foi b6 em S. José, foi em de cidadãos que estavão
muitas qualificados, recebendo a daquellos
ireguezias; a foiça militar esteve na ordem do que o não estavão, liou verão contestações, e estas contesta-
dia.
ções se aggravárão, eo negocio chegou a tal
.
^
?R'
Augusto de Oliveira : — Duas ordenanÇas de ponto (veja o
poli- nobre deputado se me
cia vi no acto da eleição; só na 3n chamada, pôde contestar isto), que a força pu-
quando houve blica foi requisitada, e, ainda não satisfeita a mesa com esta
alguma perturbação, 6 acudirão umas
que 20 praças da força, uma outra marchou tendo ã frente o Sr.
policia. ' general José
Joaquim Coelho....
O Sr. V. Tavares: — Sr.
presidente, a freguezia de O Sr. Augusto de Oliveira:—Isto foi na eleição de
b. José camara
(a permitta-me esta expressão) é eminen- Setembro; o nobre deputado ainda está confundindo as épo-
temente
praieira... cas ; isto se deu na eleição de Setembro, nada tem com
_tudo
O Sr. Augusto a^eleição de Npvembro. TIouve distúrbios na eleição muni-
de Oliveira : — Não apoiado.
cipal, distúrbios
que felizmente não hou\c 11a eleição de No-
O Sr. V. 1 avAres : — E' impossível naquella freguezia vem br o.
o triumpho da opinião saquarema, hoje clirismada
com o O Sn. V. Tavares. —A opposição, Sr.
nome de conservadora... presidente, ven-
do que era impossível pleitear a sua causa em S. José, en-
O Sr. Augusto de Oliveira : — Não apoiado. tendendo que era melhor resignar-se e continuar a sofFrer,
do que obter um triumpho
O Sn. V. Tavares: — Na freguezia de que acarretasse comsigo terríveis
S. José o nobre conseqüências, abandonou essa eleição.
membro teve um triumpho espantoso...
Eis como se
passou a eleição primaria da freguezia de
O Sr. Augusto de Oliveira:—Empregando os meios S. José....
convenientes, trabalhando.
Uma voz : —Não abandonou; fez os supplentes.
O Sr. V. 1'avart:s:—....a opposição,
o partido liberal, O Sn. V. Tavares : — Se não tivesse abandonado devia
não podo ter nem os supplentes-...
ter feito os eleitores
O Sn. Augusto de Oliveira:— Não apoiado; deu os Uma voz : — Porque ?
supplentes.
O Sn. Pinto de Campos : — Os
O Sr.. V. Tavares : — Alguns... proprios liberaes confes-
sárão que nunca houve eleição mais disputada.
O Sr. Augusto de Oliveira: — Todos; isto mostra O Sr.
que Augusto de Oliveira: — Apoiado.
o nobre deputado não estí. ao facto da eleifão.
O Sr. V. Tavares : — O nobre deputado está tão afliicto
O Sr. V. Tavares: — Ali a intervenção do Sr. Elisiario como estas minhas humildes considerações ,
que parece que
cm toda a gente que habita na Cabanga, onde morão orande ellas devam influir
grandemente no animo da camara.
parta dos matriculados na capitania do port®, se mostrou
O Sr. Augusto de Oliveira:—Estou apenas corrigindo
muito claramente; a mesa de S. José foi soberana de tal
maneira que fazia votar os mortos e recusava os vivos... algumas inexactidões do nobre deputado.

(Risadâs.) O Sr. V. Tavares: — Declaro ao nobre deputado que


Augusto de Oliveira : — Isto é preciso
O Sr. estou com todo o sangue-frio...
provar, não
basta dizer. O Sr. Augusto de Oliveira :—Também eu.

)
EM 22 I)E ABRIL. U5
OITAVA SESSÃO PREPARATÓRIA

O Sn. V. Tavares:—Estoira^ui cumprindo um dever... minha a maneira irregular


j província , para ponderar-lhe
mais de uma
Senhores , a de religião que uma vez por que procedia a mesa, e cuido que S. Ex. por
política á uma especie j
uceita, abraçada e crida, o homem não pôde abandonar sem vez teve de repreiiende-la por esses arbítrios que praticou ,
j
dezar , sem comprometter a sua honra, a sua dignidade ; ji'i recusando a recepção de cédulas de indivíduos qualilica-
apóstata, por umre- dos , muito conhecidos na cidade do Recife , jii admittindo
("poíVkfoí), sem querer passar por um j
negado. Não quero que sobre mim recaia esse labéo, senho- , cédulas de invisíveis , isto é , do homens que não eitavão
res ; eu sou o único representante das ideas da opposi- ! qualificados.
momento tno solemne Eu posso revelar á casa um facto que presenciei e que
ção da minha província ; em um !
como este , em que se trata ile uma eleição irregular, não com effeito me revoltou. Estava qualificado na fregueziu
fraca voz , orientara casa a de Santo Antonio o Sr. Dr. Carolindo Francisco de Lima
quiz deixar de, com a minha
respeito do processo dessa eleição. Santos, medico muito conhecido na cidade do Recife , fc mo-
Sr. presidente , se passarmos á eleição da fregnezia de radoi na rua das Cruzes.
Santo Antônio, as irregularidades que ali apparccêrão são I O Sr. Carlindo foi chamado o compareceu d mesa para
de tal ordem, que t-u cuido que, se a camara sancciona-las, entregar a sua cédula , mas a mesa respoxídeu-lh<> : < Não
uão teremos mais uma eleição verdadeiramente legitima. ó V. S. o Sr. Dr. Carolindo. » O Sr. Dr. Carolindo
Eu creio que para o processo da eleição nós sóments i retorquio : < Pois ou não sou o medido Dr. Carolindo
!
temos de obedecer ás condições da lei, isto é, de fazer aquillo Fiancisco de Lima Santos, que mora na rua das Cruzes? >
que a lei manda que nós façamoü.... | Diz-lhe um membro da mesa : < Não , senhor , eu conheço
muito bem esse medico, não é V. S. > E não se .aceitou a sua
T*jiavoz : — E' questão de
justiça meramente. cédula ne^sa occasião. Referindo porém eu esse fucto ao
O Sr. V. Tavares : MiW nesta questão da eleição da j gr. conselheiro Sérgio, S. Es. fez com que 110 outro dia o
freguezia de Santo Antonio apparecc o facto extraordinário .
mesmo doutor fosse muito conhecido da mesa e se llie acei-
de um cidadão pertencente á opposição fazer um convênio tasse a cédula.
cqm o governo da
província.... Depois do Sr Dr. Carolindo, de quem fallo, fui eu immc-
Uma voz : — Era o chefe de um diatarr.ente chamado, e confesso que tive medo cjuc também
partido....
não me conhecessem (risadas); então ao approximar-me da
O Sr. V. Tavares : —.... a respeito da maneira por quo
mesa perguntei: « Serei eu o Dr. Villela Tavares a quem
se devera regular a eleição. De sorte , Sr.
presidente, qup, a chamão?—Sim , s»>nhor , responderão.—Entãoaqui está a.
passar este precedente , temos uma iinmoialidade sane cio- minha cédula. > Homens muito notáveis , muito conheci-
nada....
dos, deixarão devotar, o nobre deputado não pôde negar isso...
O Sr. Silveira Loro •.— Apoiadissimo.
O Sr. Augusto *>e Oliveirr : — Nego absolutamente; o
O Sn. V. Tavares: — Não entro na questão de chefe de Dr. Car lindo votou.
partido ; não quero saber se o convênio foi feito com o che-
O Sn. V. Tavares : — Porque S. Es. o Sr. presidente in-
le do partido, nem com o partido; o
que digo, o o nobre de- terveio neste negocio....
putado sabe perfeitamente , é que houve esse convênio ; que
o governo da província e dous ou tres cidadãos O Sr. Augusto de Oliveira : —Na minha opinião não
que se dizem
influencia do partido liberal , devia ter votado, porque uão tinha o nome da qualificação.
que dirigião naquella ópoca a
eleição de Santo Antonio , fizerão uma convenção
para que O Sn. V. Tavaui.h :—Eis-aqui mui resumidamente o qu
a eleição se procedesse desta ou daquella maneira.
se passou na eleição do 1° circulo da minha província, qu°
Então se estabeleceu que os votantes entrassem
por uma mim <5 irregular e nulla , c ainda quando a ca-
quanto a
porta, que depositassem suas cédulas em uma urna que de- mara se resolva a approvar essa eleição, eu desejo que
liquc
via ter uma fenda, eque immediatamente Bahissem ^ illeUi
por ou- expresso no Jornal do Commerrio que o deputado
tra porta. A's portas da igreja estavãu
postadas eentinellas Tavares ergueu sua voz contra cila ; que o deputado Villela
que não deixavão entrar senão os votantes erão cha da sua
que Tavares não foi indifferente á sorte fio partido liberal
mados.
no 1° circulo da capital. Procedendo assim creio
província
O Sn. Paes Barreto :—Accrescev.to ao honrado membro que se diz eleito por
que todos os parti- que não oftendo
dos tinhào ôcus representantes na igreja. esse circulo, nem a seus amigos, e que est >u noaie u direito,
resolvido, a sacrificar os meus
O.Sr. Pinto de Campos: — F» porque, senhores , não estou
que todas as medidas to- a quaesquer consi-
madas relativamente ao processo da eleição forão indicadas princípios, nem as minhas convicções ,
e reclamadas pelo proprio partido liberal, deraçòes. Tenho dito. (iJuiío bem )
que as elogiou ató
ao dia da eleição. O Sr. Viihato : — Depois do discurso d ) honrado depu-
tado, tendo lavrado o parecer que *e discute, corre-me o
O Sn. V. Tavares : — Sim, senhor ; mas qual 6 a lei em
dever de justiíicar o acto da 2a com missão de pol<res. Eu
quese fundirão para estabelecer semelhante convênio? Pois
e o meu hoi\rado collega dessa commissSo, tomando conhe-
ha algum artigo de lei
que disponha que o presidente da cimento dos papeis, das actas e outras peças quo nos forno
<^ercft
província pôde fazer um convênio com a opposição, ou quem .1..„ a.vc. /.I.!;¦> aí/I««t-ríp.f-na
das eleições de dill',rente, districtos
aprC9entuails
quer que seja, para o processo da eleição'? A eleição nao deve
ser 8{pit0ra0S> gzemos 0 propósito de tomarmos a posição única
proseguida segundo a lei de 19 de Agosto do 1840 , e na actualidade.
segundo os avisos e regulamentos a respeito? Mas
esta con- que nos convinha
tra-
venção teve Deixámos de ser homens políticos nesse importante
por tim obstar aquillo que appareccu , e que ,
apparecendo balho, e aceitámos o lugar de juizes severos e imparciaes
, deve viciar inteiramente a eleição.
matérias mui graves.
contagem das cédulas recebidas achou-se mais que têm de julgar de
53 ce- lhe
aulas do Se um conservador se apresentar com títulos que não
quo o numero dos \otnntes, isto 6, tinhão compa- (oramos
recido menos votantes da dêm direito para tei assento nesta casa, ainda que
as cédulas
urna. Ora ,
que que se achavão na conservadores extremos, exclusivistas, não lhe daríamos
o
quem nos diz, Sr. presidente, que o<tes 53 votos
que appnreccm de mais, diminuídos nos eleitores nosso voto.
que fifeu-
rao , a eleição não seria outra . e TJ>n voz: —Devem ser honestos.
por consequencia sendo
outros_ os eleitores em Santo Antonio hoje, como sempre.
, quem nos diz que O Sn. ViRiATO-. — Honesto e justo
votariao no honrado membro o Sr. Augusto
de Oliveira 9 argumenta-
Eu cuido que essa irregularidade consta O Sr. V. Tavares:— Não comprehondo a
da aota , c quo
muito deve mHuir no animo da eamara ção do nobre deputado.
dos Srs. deputados
deputado,
para ao menos annullar a eleição de Santo Antonio •
porque O Sr. Viriato : —Depois do discurso do nobre
na» sei , senhores, como se lia de dar da tribuna a
por legitima uma eíei- se eu não tomasse a palavra para fazer ouvir
respectivos
çao que apresenta 53 cédulas de mais do
que o numero dos declaração solemne de não constar dos papeis
votantes da casa,
que comparecerão , devendo este numoro alterar nada do que elle uflirmou, podião algurs membros
immediatamente a ordem da votação. condemnar o uos-o
a opinião publica mesmo, transviada,
da commissao.
O Sa. Augusto de Oliveira .—Não apoiado. procedimento tio presente parecer
violências, apresentou
O nobre deputado fallou em tantas
O Sn. V. Tavam.s : — Sr. nesta ciei-
presidente, a mesa da freguo- á casa tantos actos de interlerencia governativa
Zia de Santo Antonio a sauccionassemos com nos-
portou-se na eleição primaria de uma ção, que seria um esoandalo se
maneira tal caso tivessem chegado
que eu tive occasião , por causa do seu procedi- sos nomes fechando os olhos a tudo,
mento, do >
procurar o Sr. conselheiro Sérgio, presidente da a nosso conhecimento.. .
OITAVA SESSÃO PREPARATÓRIA EM 22 DE ABRIL.

O ?R- V. Tavares : — Mas o nobre deputado, a commis- res não representa pensamento algum
_ político com interes-
são, podião não saber. ses de partidos no exercício do suas funeções.
Sn. VinitTO : — Mas cumpre fazer bem claro Como dizia, dando-se os 53 votos ao eleitor supplente,
que o elle occuparia sempre o mesmo lugar.
não sabíamos. As aetas das
paroehias só nos dão noticia do
eleitoral esse A commissão, at.tendendo ft esta circumstaneia,
processo propriamente dito, e sem vicio algum, julgou
e as commissões se guiem pelo que não devia condemnar a eleição onde se dá somente este
que têm em mão, pelo que
se lhes apresenta. facto.
A erdadeiros juizes na emissão de nossos Além disso, a commissão conheceu
pareceres sobre que era o verdadeiro
deputado
as eleições dos differeiites districtos eluitoraes, são as aetas pelo 1» districto eleitoral de Pernambuco o Sr. Dr.
os principaes fundamentos de nossas decisões. Augusto Frederico de Oliveira, 310 caso mesmo de não
serem
approvados os eleitores da
Não tínhamos que entender com a
posição que ooccupa parochia de Santo Antonio.
em Pernambuco o Tenho em mão dous documentos, apresentados
partido do honradp deputado que acaba pelo no-
de orar ; riuo tínhamos bre deputado eleito do lo districto, se verifica
que entender com a opinião política pelos quaes
do honrado deputado eleito que os eleitores das duas freguezias restantes desse collcio
pelo Io districto de Pernambu- votárão no Sr. Dr. Augusto Frederico de Oliveira.
buco.
Tudo o Os eleitores do Recife, em numero de 20, e os de S.
que acabou de dizer o honrado deputado por José
j emambuco contra esta eleição não consta das aetas, nem em numero do 23, formando o total de 43, ofíerecèrão
ao
uos papeis deputado eleito uma declaração
que nos forão apresentados, nós o repetimos, ex- por olles assignnda, confes-
cepção feita da occurrericia, sando e fazendo votarão todos no Sr. Dr. Âu-
que elle julgou essencial e im- publico que
portante, da parochia de S. Antônio. Passo a occupar-me gusto Frederico de Oliveira.
delia.... Conceda-se que a commissão e a casa entendessem
. ser
justo annullar a eleição da parochia de Santo Antonio, fi-
voz : —Mesmo na eleição secundaria houve um
ma
cavao ao nobre deputado 43 votos,
pro- que constituem a maio-
ieíto que a
mesa não quiz receber. ria absoluta
{apoiados) 110 collcgio do 1» districto eleitoral
O Sr. \ ir.ivro : — Mas unicamente sobre as 53 cédulas; da província de Pernambuco.
ahi não se f aliava de interferência do Sr. presidente, creio
governo, de força que tenho logrado provar que a 2a
armada, de cpnvenios, etc commissão de poderes,
, etc. quando julga das differeiites elei-
O Stt. Ai:<;usto de Oliveira : — Pelo contrario, ções que são sujeitas ao seu conhecimento, não se regula
ogover- "pai-
310 era elogiado e endeosado por pensamento algum politico, não é arrastada por
pela opposição. xões ; julg* pelos-documentos
"Viriato: que lhe são mandados pela
O Sr. —Pela mesa e fornecidos pelos Srs. deputados dos differeiites dis-
primeira vez que se procura dai
execução á lei dos círculos era trictos; julga pelas
para desejar aue não appa- provas...
Tecessem os factos vergonhosos
que se têm dader, sou nessa
O Sr. \ . Tavares : —Não fiz accusação
ponto da mesma opinião que o nobre deputado neste sentido &
por Pernam- nobre commissão.
buco ; esposo tudo o
que clie a tal respeito disse; sinto e
deploro que na execução de uma lei, O Sr. A i ri ato : —A commissão conserva inteiro,
da qual esperavamos
resultados tr.o benefieos, colhêssemos só guarda
decepções amar- religiosamente este proposito. Guiou-se unicamente
nos levão a desesperar do fututo. pelo
que lhe constou das aetas parochiaes do collcgio do lo dis-
Improvamos, como o nobre deputado tricto, nas quaes liem ao menos se allega
. por Pernambuco, a que houvesse in-
intervenção governativa; e se tcrferencia do governo, convênio, ou força
pudéssemos inferir dos papeis publica influindo
que nos forno confiados que o Sr. ministro da 110 resultado da eleição.
justiça in-
iluira a favor do deputado eleito
pelo lo districto, que o Que o Sr. ministro da justiça escrevesse cartas a favor
presidente da província erapregára força armada a favor do deste ou daquelle candidato...
protegido ao ministro, teríamos condemnado a eleição.
OSk. ]>»vndão : — Opportunamente saberá
Não consentiríamos
j Amais que á sombra do ministro que escreveu ;
afianço-lhe que hão de ser apresentadas as cartas em
aquelle que não tem direito a uma eleição viesse aqui occa-
muni- sião competente.
do de ura diploma,/desmoralisand o
o processo eleitoral, nos-
sas mais sagradas instituições, usurpai O Sr. Vibiato Não nego que as escrevesse. O ministro
o distincto lugar
do elejto do acha-se na casa, e se defenderá. Não trato disto a^ora
povo. ;
Condem nariamos essa eleição desde o momento quero sómenta fazer sentir que somos imparciaes,
que se que não
somos levados
provasse interferência do ministério ou da presidência dn por influencia de quem quer que seja, e que
província, ainda mesmo quando esse ministério, essa damos os nossos votos
presi- pelo que constados documentos, das
deiicia, vie»sem dizer-nos aetas, ou de representações dos
que tinhão pedido a favor do can- que se achão offendidos em
didato como homens e não como ministros seus direitos, representações
ou presidente de que não apparecêrão na especie
sujeita. Nã» tomamos
província. por norte aquillo que nas tempestuo-
Diíficil distineção de homem sas épocas eleitoraes se escreve de
e funccionario
publico ô parte a parte.
®-sa, impossível mesmo ! O Tenho defendido o parecer da commissão.
funccionario altamente colloca-
ao, toda3 as vezes usar
que do seu nome a favor de qual- O Sr. Pacheco: — Sr. peesidente, folgo em declarar
quer causa, acompanha esse nome sempre com a influencia que
com parto as idéns do progresso moderado
que_ a posição llie dá. que o nobre de-
Na parochia de puta do por Pernambuco acaba de exhibir nesta casa. Estan-
S. Antonio no acto de se proceder á apu- dode accordo com elle nestes
ração das cédulas princípios, julgo conveniente
recebidas para a eleição de eleitores, se dar-lhe uma explicação, expondo a
veri cou um excesso razão por que assignei
de 53 cédulas. Esse excesso parecer da commissão, e mc acho
apparecer mui facjlaiente podia assim collocado em di-
ia qualquer razão, por engano na contagem; por vergencia.
por motivos independentes da vonta- Nao duvido
*)0r 801 8U!? 0 número de votantes daquella freguezia. (e agora não é occasião de se tratar lar^a-
t .0 mente desta matéria)
° ÜU0 m^ue s°bre a eleição que a opinião defendida pelo nobre
dos eleitores, e o veri- deputado esteja cm maioria na
Jicámos província de Pernambuco ;
creio mesmo
que o estáfóra do paiz ofdcial ; o que porém
"E *",LIV""A : — 0 excesso para mim é fora de duvida é que no corpo
que so attri- propriamente elei-
br<?foiRde^50GUSI° toral, isto é, nos cidadãos o partido
qualificados votantes,
progressista não podia actualmente lutar com vantagem
Vl«IAT0 : — Parece-me como outro lado,
que o honrado deputado que se acha oficialmente montado, e
por Pernambuco nao se deu ao trabalho de examinar senhor de todas as
se es- posições, como se sabe; assim me parece
sas cédula s, se esses votos dados
mesmo aos supplentes
pode- que esse partido conservador de Pernambuco não carecia
influir na ordem em de lançar mão de
que sao collocados os eleitores e grandes meios de violência para vencer.
supplentes. he o fizesse. como
nós. membros dacommissão, minha
, parte creio que o governo desejou com since-
qu,e* na hyp°th«se figurada, ainda mesmo que idade pôr em execução o seu
«ena programma de conciliação e
V° m °S 8"° Prilneiro eleitor sup- de liberdade de voto, mas encontrou muitos obstáculos,
plente que
nifo quiz, não não teve tempo de remover,
pôde, ou pre-
(Ha um aparte.) parando, como devia, o paiz para que pudesse praticar livre-
mente a nova
Já disse política, e pleitear, sem desordens, a eleição
que a 2a commissão de verificação de pode- por distiictos.
-22
OITAVA SESSÃO PRKPATU TORIA EM DE ABRIL. hl

O Sr. V. Tavares í—Parece da morto do Sr. r que pertenço, que no estado em que ^e acha o paiz c na ne-
que depois
martqncz de Paraná mudou de rumo. cessidade indeclinável de se constituir a ca mura na época
marcada na constituição, devia dar parecer í\tvoravol u to-
O Sn. Pacheco : —Seria uma felicidade que o governo
j dos aquelles
tivesse tomado bem a deputados eleitos que hc apresentassem som
peito plantai a nova política, c para
duplicata, uma vez documento., respectivo»
isto deveria, sem
praticar reacçõea, mudar o paiz oíficial de que das r.ctas e
accordo com as novas idéas ; deveria escolher bomen», con- não constassem Vicios atacar seriamente a
que pudessem
servidores ou ou soubessem eleição.
progressistas, que quizessem Este tem sido o procedimentb da commissão, presumindo
comprehender o programma por elle apresentado, e com-
cumpria o seu dever não se erigindo em
prchcndondo bem o seu pensamento, o puzessem em exe- j que procuradora
: dos interessados, e nem se apresentando como vingadora
cução. Esto facto não se deu (geralmente foliando), e muito
menos em Pernambuco. de todos os ataques que pudessem vagamente ser urguidos
contra a liberdade do voto. Basta, porém, que na
Creio que a provincia continuou montada com as auto- pasta da
ridades que por espaço de nove anuos têm exercido ali o commissão exista uma representação de qualquer cidadão,
E' portanto natural que a eleição corresse mais contestando alguma eleição, allegando vicios o irregulari-
poder.
suavemente para o lado conservador do dades quo paredão proceder, ou que provados relevem,
quo para os pro-
gressistas ; estes terião necessidade de lançar mão de gran- para a commissão hesitar, pedir informações o estudar a
des meios para triumpliar. Assim, que admiração deve msttcria, tanto assim que cila não deu parecer acerca do Sr.
.causar o resultado das eleições de Pernambuco ? Dr. Silvino, eleito deputado pelo districto de Olinda, e pedio
informações ao governo porque a respeito dessa eleição ap-
O Sr. V. Tavares :—Apoiado.
pareceu uma representação do Sr. coronel Moraes arguin-
O Sr. Pacheco : — Certamente do-a de vicios.
que o partido progres-
sista não poderia Mas na eleição de que se trata nada disto se deu ; re-
pleitear sua causa com as mesmas van-
tagens
que favoneárâo o outro partido ; basta considerar- metteu-se o diploma do Sr. Augusto de Oliveira ã commis-
mos que o são. Nada consta a respeito de irregulaiidades nella ; ape-
partido do nobre deputado se acha proscripto
para nos convencermos das dificuldades em que se veria, nas vi que o Sr. Rego Monteiro e outros senhores apresen-
pleiteando pela primeira vez a eleição, tendo de lutar com tárão um protesto á mesa acerca de exagerado numero de
uma qualificação em não interveio. eleitores, ou cousa semelhante ; a mesa rejeitou este
que pro-
Este é o facto testo ; talvez procedesse imprudentemente fazendo essa re-
que se dá ; a eleição ali foi, na minha
opinião, de um súmente ; mas o lazer agora ? jeição, mas isto está no seu prudente arbítrio, pois não ha
partido que
Se por este facto annullarmos a eleição do Sr. deputado a lei alguma que obrigue as mesas a receberem taes protes-
favor de quem n3signei tos. E só por este facto, podendo esse protesto ser menos
parecer, será preciso que annul-
lemos o
geral das eleições, o quo não seria conveniente procedente, devia a commissão dar um parecer diverso (la-
nem prudente.
quelle que deu? Se as mesas não tivessem esse arbítrio,
O Sr. V. Tavares :—Nem legal. qualquer iudividuo que quiíesse procrastinar uma eleição
Sr. Pacheco •.---Se poderia todosos dias apresentar protestos.
quizermos marchar na senda da lím regra geral, as mesas que desejão que a eleição corra
rudencia e moderação, devemos aceitar o
facto, procuran- livremente, quando vêm
S o melhorar o estado do que não ha o proposito de procras-
paiz, e na verificação dos pode- tinar esse aetó, não devem limitar-so a rejeitar os protestos
res cumpre sejamos cautelosos, não
que nos deixando le-
var por considerações que lhes fôiem apresentados ; ao contrario, devem recebC-
geraes. O governo podia ter evitado los e inseri-los na acta. Mas não é este facto só da iipre-
muitas cousa s; não teve
porém bastante coragem para sentação de um
arrostar a opinião em protesto que pôde provar a irregularidade
que se tinha anteriormente cstribado, de uma eleição ; e se esse protesto era procedente cumpria
receiou de sua
própria obra, e não montou o paiz no sentido aos signatarios munirem-pc do documentos que comprovassem
do^seu
programina, escolhendo homens, como já disse, que isto. Se porém o illustrado deputado que tãií dignamente re-
quizessem ou soubessem comprehender o seu
pensamento ; presenta a sua província pôde apresentar documentos con-
então muito menor seria a Bomma
de violências e de máos tra a eleição de que se trata, pócle demonstrar tudo quanto
meios.
disse, então ainda tem nas suas mãos o remédio, e não serei
Entretanto devemos confessar
que o governo fez sempre eu que lhe neguo o meu voto.
alguma cousa ; fez mais do
que os seus antecessores, ao Creio que o nobre deputado não quererá procrastinar a en -
menos
pelo quo diz xespeito á província de S. Paulo. E* trada do Sr. Augusto do Oliveira nesta camara, e portanto
verdade
que não alterou oficialmente o estado em que apresentando os documentos
d antes se achava ; os nossos adversarios continuarão que tiver , ou promettendo
ali apresenta-los,
senhores das pódo pedir que volte o negocio á commissão,
posições oiHciaes. a quem fornecerá os
precisos esclarecimentos.
ha voz :—Muitas autoridades forão mudadas.
O Sr. V. Tavares :—Pensei quo havia na pasta da com-
O Sr. Paciieco missão os documentos
(olhando para o Sr. Cosia Pinto) : — Diz o relativos a essu eleição.
nobre deputado
que muitas autoridades forão mudadas ; o O Sn. 1'vcheco
Não existo ali documento algum a este
nobre deputado não está bem informado,
porquo naquéíla respeito. Se o nobre doputado entende quo devem apparcccr
occasião se achava na Paraliyba do
Norte; aliás saberia representações seriamente fundadas provando irregulurida-
melhor o
que em S. Paulo se passou. des que por ventura houvessem nessa eleiçãw, e isto em bre-
e tiverão lugar algumas
demissões foi em tão
numero pequeno ve tempo, sem o menor desejo de procrasfinação, então adie-
que não vale a pena mencionar. O Sr. Vasconcello3
se a decisão desta questão, pois não devemos decidi-la obe
:'out,ra^ ' llPenas dcinittio um
desoWl ™~S°r ou outro, que subrepticiamente.
suas determinações, e
tr-i sim ás que, con- Dissentindo do nobre deputado neste incidente, creio que
re.umo a
üratic(>;,ir; guarda nacional para revistai, e no mais terei o prazer de me achar com elle na defensa do
reProv*do»' 0 ®r- Francisco Diogo de
Va.,con„.n^S-a-CtfS bello programma de progresso lento e moderudo, porque sou
nas eleições daquella da opinião d^quelles que entendera quo a sociedade te move,
wS «entrai
1K>UC° ei» rckV- ao que ante-
dormente se£XT que é preciso acompanhar e flirigir esse movimento ; per
tenço áquellcs que querem o bem do paiz, quaesquer que
8W bem ^do. sejão os homens que pratiquem esse bem.... (Apoiados.)
com toda a
umpUdão°po83Íveí°
OSa. V. Tavares : —Esta <5 a opinião que r.os pOdc-
O Sr. Pacheco -.-Fallo no
que diz respeito ,1 salvar.
província de
í11110 sel 0 se passou em Pernambuco. o direito de
\ ?.ul?
Ali
O Sr. Pacheco: — .... reservando sempre
alguma cousa haveria, segundo
se disse e se impn- exame e de censura.
mio; mas ueveria a commissão de
poderes dirigir o seu os
voto sómente O Sr. V. Tavares:—Apoiado; venliüo principiost
por aquillo que se imprimio e se dfsse ' Se
existem todos esses vícios e faltas importão os homens.
que o nobre deputado no- pouco
tou,
por que razão o nobre deputado ou aquelles © Sr. Pacheco: —Não sou defensor de eleições (Ilhas da
que são in-
teressados na boa decisão desta causa não
se munirão de do- fraude e da violência; tenho sido victima por mais de uma
cumentos, não vez de coacções por parte do governo.
porque comprovarão perante nõs todas estas
irregularidades ?
O Sr. Silveira Lobo: — E eu também ; mas sei esquecer
A commissão da entendeu
poderes (ae menos aquella a isto.
Í8 OITAVA SESSÃO PREPARATÓRIA EM 22 DE ABRIL.

OSr. Pacbkco : — Se tenho tido a honra cie representai4 zileiros, hei de defende-los naquillo em
que tiverem justiça
quasi sempre a província de S Paulo, não tem sido por in- e for de accordo com os interesses
públicos. (.1 poíarfo».)
íluxo do governo. Portanto,, todas as vezes que se me provar Deixando este incidente, direi, Sr.
presidente, que' estou
que houve seriamente intervenção indébita do governo em admirado^ de ver o nobre deputado erguer a sua
voz con-
qualquer eleição, conte o nobre deputado comigo, íirme e tra a eleição do lo circulo da de Pernambuco,
província
constante, para estigtóatisar esse acto, e negar o meu voto tendo elle deixado
passar em silencio a eleição de outros
a semelhante eleição ; mas se se quizer levar o rigor a um círculos, cujo
processo eleitoral foi feito pela mesma ma-
ponto tal de considerar-se que, por exemplo, uma simples ncira e
pela mesma fôrma por que foi feito o do
primeiro !
carta de um membro do governo dando a sua opinião em Re o nobre deputado tivesse feito essas
ponderações em oeca-
favor de um candidato, ou julgando natural essa candida- sião mais opportuna, se tratou da eleição de outros
quando
tura, é motivo razoável para annullar-se uma eleição, então círculos dá minha
província, eu estaria agora munido de
não estarei de accordo, documentos com
que pudesse melhor fundamentar o meu
Não; o governo é composto de homens, e não sei se have- discurso.
rá alguma parcialidade política que V. Ex. vio
possa subir ao póder que o nobre deputado principiou por dizer que
e conservar alii tão completamente como seria icou admirado
ricou adm'1*"^^ . vi .
para desejar quando me vio apresentar-me candidato pelo
çssa neutralidade em matéria de eleições. i 0 districto eleitoral de minha
província, por esperar tal-
Desde que a exhibição de um documento tnl não vier oz um outro nome sem duvida mais distineto, ou
por se
acompanhada de provas demonstrativas de que as autorida- "«"«V persuadido
i que as forças do partido literal erSo tão
des exercerão violência e coaeção, não darei firmidiiveis rias freguezias
grande impor- ( que compoem esse circulo que
tancia a tal documento. devião intimidar
qualquer candidato.'...
Limito-me a estas observações.
O Sr. V. Tavahics: —Não faliei em intimidar, nem em
nana disso
Alguns Srs. Deputados :—Muito bem. que está abi dizendo.
Sr. Ali.isto i>!> Oliveiiia :—lia de
O Sn. Augusto de Oliveira:—Re em todas as occasiões, permittir qme tome
em consideração a sua admiração. Sempre me
Sr. prçáidcnte, que me tem cabido a honra de oeeupar a at- considerei,
K-r. presidente, com
t®nção' da camara, eu sinto um natural acanhamento por poucas habilitações para oeeupar o alto
e elevado cargo de representante da nação,
ter consciência, do apoucamento do minlia intelligencia, e por uma das
mais importantes
V. Ex. deve comprehender províncias do império, como sem duvida
qual não será o embaraço com e a de Pernambuco ; tive mesmo algum desanimo
que luto nesta occasião, tendo de entrar em uma discussão de apre-
sentar-me candidato , e sem duvida teria recuado
cujo assumpto principal é a minha insignificante deste
pessoa....
propósito, se por ventura jâ em duas legislaturas
passadas
O Sr. Silveira Loro : — Aqui não ha insigniíicancias. eu não houvesse sido com tanta benignidade considerado

Uma voz : — Apoiado ; explique 03 factos com pelos eleitores da minha província, elegendo-mc deputado,
clareza.
á assembla geral.
O Sr. Aiüusto i>k Oliveira Por nquella razão devo
n Sr.Deputado : — E foi um deputado
antes de tudo, Sr. presidente, solicitar a indulgência da ca- que sempre cu-
rou dos melhoramentos da
mara, para que ouça com benignidade algumas considera- província. (Apoiadas.)
ções que tenho de submetter ao critério dá casa, com o fim O Sr. Augusto de Oliveira: — Esta animação
quo já
de dar uma breve resposta aó nobre deputado havia recebido dava-me alguma coragem
por Pernam- para poder aspi-
buco, que encetou este debate, no rar ú honra de continuar a representar a minha
qual vou eu entrar sem província
estar preparado, foliando de improviso, nesta augusta assembléa. Apenas
jíi que eu estava publicada e conhecita a
longe do esperar esta discussão, não tendo eu divisão dos circules, cada um dos deputados
por esse moti- de minha pre-
v_o neste momento em mãos vários documentos de vincia procurava um circulo onde a
que pode- sua candidatura
ria lazer uso, afim do melhor fundamentar as minhas hu- pu-
desse ter mais acolhimento, onde fosse mais
natural.
mildes asserções. Sendo eu, como sou, natural de uma família de
negocian-
Sem duvida, Sr. tes, domiciliado na cidade do Recife, tendo
presidente, eu nunca pensei que o nobre nascido e sido
depu.ado, representante da baptisado em uma das
província do Pernambuco, per- principaes freguezias daquella cidade
tcncendo, como elle diz, A opinião liberal.... que faz parto do ]o circulo, sede do commercio, tendo mui-
O Sr. V. T-vares : — Como eu digo, não; como todo o tas relações, excellentes amigos neste lugar;
outr.sim
parecendo-me que nesse lo circulo
mundo deve saber. predominava o elemento
commercial, sendo eu dos 13 deputados
O Sr. Augusto de Oliveira:: — Não sei. da ultima legisla-
tura aquelle
que representava mais approximadamente esso
0 Sn. V. T.-.vmrs: — Pois ba quem duvide elemento, entendi
que eu per- ! por todas essas considerações ser esse o
ença á opinião liberal ? circuio
que eu poderia aspirar a lionia de representar.
Ja ve
O Sn. Ati.iíiTO DE Oi.ivi:jn\: —O Liberal Pernambucano, portanto V. Ex. que a minha candidatura pelo 1<>
circulo era todif natural, e ainda
orgão principal da imprensa do
partido do nobre deputado, penso hoje que pelo menos
diz talvez o contrario. ella foi mais natural por esse circulo do
que por qualquer
outro. Não sendo empregado
O Sr. V. Tw\iu:s: —O nobre deputado publico, não tendo outras
quer me levar relações senão as adquiridas
quer no commercio , quer na
para uma questão que não julgo conveniente. vida publica como representante da nação,
o havendo eu em
O Si:. Aueisto de Oliveira : — Não é essa a minha in- duas legislaturas
passadas sido eleito deputado geral, não
tenção mas, pergunto ao nobre deputado, porque so vejo o que haja de se admirar
quiz por ter eu me apresentado
dar por molestado com uma simples candidato
palavra que pronuu- por esse circulo , salvo se o nobre deputado me
ciei ? julga pouco digno, como talvez
possa ter razão , de repre-
sentar a
O Sr- V. Tavares : —Pois o honrado membro província de Pernambuco
quer qua-
linear as minhas opiniões melhor do O Sr. Tavares : — E' injustiça
que eu mesmo? quo me faz, á vista
do modo
O Si:. Augusto de Oliveira: — Não; mas por que principiei o meu discurso. Dirija a questão
quero salvar por outro lado; não
íis consciências de importantes membros do por este.
partido liberal
de minha província. O Sr. Augusto de Oliveira: —
Estou respondendo uni-
camente ao
O Sr». V. Tavares: ¦ Posso asseverar que ouvi na camara. Se o nobre deputado me
ao honrado mem- ¦
julgava digno_ de representar a
bro que estou nos meus princípios ; o proviucía de Pernambuco ,
que não quero são lia ue permittir
excessos c exagerações, porque entendo que eu ll^e diga que o 1° circulo era onde a
que o paiz os re- minha candidatura
ter mais assento e naturalidade ;
pelle. o que prova o acolhimento podia
que tive , não obstante ter de
O Sr. Augusto di. Oliveira: — ]\Jas o nobre deputado bater-me com advorsarios
importantes ; portanto, em vista
me faria mais justiça se visse nas expressões de ucabo do que acabo de expor o nobre deputado me permittini
que ,
de me servir antes o desejo de respeitar as consciências que lhe estranhe a sua admiração.
fios liberaes de minha província Agora, Sr.
que se achão ausentes. presidente, vou apreciar as principaes consi-
O Sr. V. Tavares : — Então deraçoes com
quer-se constituir defensor que o nobre deputado se propôz apresentar a
delles ? minha candidatura como derivad^ unicamente do
\ . Ex. c a casa sabem poder.
O Sr. Augusto oe Oliveira:—Sendo elles cidadãosbra¦ quoes devem ser as minhas relações
com o poder; aqui se achão felizmente alguns
honrados de-
LUTAVA ShiSOAL» 1'Kbl'AUAlUIUA iv\i 2'Z l)l'i AttlUL..

pulados que comigo lizerã0 parte da legislatura passada; Um Sr. Deputado : —Não apoiado ; além de poder essa
esses honrados deputados sabem qual foi sempre o meu pro- rta exercer uma coacção moial, c sempre um meio não
«edimento. Ao actual ministério já tive occasião de fazer constitucional.
opposição, senão opposição aos princípios, ao menos a mui- O Sr. Augusto de Oliveira: — Não sei onde está essa
tas de suas medidas. constituição do nobre deputado.
Tendo o ministério , subindo ao poder , inaugurado uma
O mesmo Sr. Dktotaddo : —Eu explicarei
com ellana camara , eu o apoiei; quando tratar
política, apresentando-se da independencia doa
xnus na continuação de sua administração , tendo-me paio- puderes.
cido que o ministério ia fazendo despezas que me páreciâo O Sr. Augusto de o,*m,R v: — Porém , Sr.
presidente »
excessivas , oppuz-me constantemente a essa sua marcha. se procedesse o argumento do nobre deputado e de todos
Os meus nobres collegas da legislatura finda 6abem que eu que pensão como elle, isto é, que as pessoas que estiverem cm
me oppuz uma por uma a todas as medidas que tendião a posições officiaes não podem influir nem tomar parte de ma-
fragmentar a despeza do Estado y uma só das medidas pro- neira nenhuma nas eleições, resultaria dahi
que a opposição
neste sentido não
postas pelo ministério passou com o meu I sempre ganharia , porque nas diversas localidades as
posi-
voto, tendo eu sobre muitos delles instituído um debato o I officiaes sendo sempre occupadas
ções por pessoas concei-
exame rigoroso. tuadas do lugar , o partido que apoiasse o
governo ficaria
Assim, nã>> sendo eu empregado publico, não tendo liga-
por es6a fôrma privado do concurso muitas v^zes das pes-
<;ão alguma com o
poder, apenas entretendo relações de aini- soas mais influentes para sustentar a sua opiríião.
zade com alguns membros do ministério , as mesmas rela- Se o partido consorvador por estar nas posições officiaes
ções que já tinha antes delles subirem ao poder (e o nobre fosse assim obrigado a perder & coadjúvaçõo daquelles de
deputado sem duvida não lia de seus membros que occupassem empregos públicos , nada
querer privar-me da ventu-
ra ou prazer de ver amigos meus no ministério), tendo no melhor para dar ganho do causa á opposição ; em tal hypo-
ministério um amigo de longa data, theso melhor seria estar do lado da opposição que do gõver-
que é o Sr. conselheiro
Nabuco. não ó
para causar admiração que esse meu amigo, no. De semelhante principio resultaria que homem algum
o qual aliás sempre me auxiliou em todas as eleições em conceituado de uma localidade se sujeitaria a aceitar um
que
me tenho apresentado, me fosse hoje indiferente sem me i cargo do
governo com a condição de não exercer o direito
prestar os nfticios da amizade, só porque está no ministério. de votar e de pedir votos.
.Se procurei a coadj\ivação de um amigo , Para não alongar mais esta discussão, e mesmo para não
que era ministro ,
recorri também, Sr.
presidente, á amizade do pobre artista, i roubar tempo á câmara, deixo de apreciar muitas das con-
ú affeição de todos que conliocia , a quem tinha amizade. 1 siderações políticas apresentadas pelo nobro deputado ; pro-
(Muitys apoiados.) mettendo porém ao nobre deputado que, se continuar a em-
Em que pois pôde ser de algum modo censurada a remes-
¦sa de uma ou outra carta pregar uma semelhante argumentação , necessariamente
de um ministro de estado em terei de pedir licença a S. Ek. para refutar-lhe em outra
favor de um amigo ? Cumpre aqui notar occasião. Entre as considerações apresentadas a que agora
que o ministro não
podia escrever a membros do partido do nobre deputado , alludo , me causou estranheza quando nos disso que per-
com quem não tem relações; a menos tencia a um partido vencido sempre pela força e não pela
que o nobre deputado
provasse que uma carta desse ministro de estado havia razão. E' esta uma consideração de muito peso , que mere-
convertido um liberal em conservador, o ce resposta, mas deixo esta questão para depois, perque
que não ó natural;
que mal portanto poderia fazer semelhante carta ao partdo me seria para esse fim preciso entrar em longos desenvolvi-
liberal ? Porém ao ministro de estado de escrever mentos. •
prohibir
a um ou outro amigo em favor de um candidato não Disso o nobre deputado
que é que apenas a minha candidatura
•seu subordinado, e apenas amigo foi apresentada sob os auspícios do poder , immediatamente
particular, me purece uma
doutrina insustentável,
podiào disto queixar se aquelles do todas as autoridades se pronunciárão emnvn favor.
meu lado político Sr. presidente-, o que posso dizer é que todas aquellas au-
que pleiteártlo a eleição comigo.
Se por ventura os candidatos toridades do meu circulo sobre quem o governo tinha im-
que se apresentárão do meu
lado só
queixassem da preferencia (jue me foi dada em mediata acção nem forão cleitoics ! E cumpre aqui notari
conseqüência das cartas do meu amigo o Sr. ministro da uma circunistancia sobre a qual chamo a attenção da ca-
justiça, poderião em tal hypothese essas queixas ter algum inara , é que tendo sido apresentados candidatos ao eleito-
cabimento; porém nada ha a estranhar, e muito menos a cen- rndo nas freguezias respectivas em rejidião , tanto o
que
surar, uma vez que não podemos prescindir de admittir que delegado, c,omo os subdelegados c Wguns iuspeetores do
a carta de um ministro não podia influir no animo dos li- sua
quarteirão / o governo immediatamente chamando
beraeB ; porquanto sou o primeiro a confessar
que nas filei- presença a essas autoridades , llies recommeiidou de desis-
ras do partido do nobre deputado uma tal carta não abriria tirem de semelhante honra , e lhes foi cenimuniçado
pelo
brecha, muito mais tendo o governo dado tantas chefe de policia ordem expressa para demittir certos íns-
provas de
moderação, de tolerancia, tendo conservado a seus adver- pcctores cujos nomes se achão nas listas como candidatos
sarios políticos em posições officiaes, como fez ao nobre de- ao eleitorado.
putado e com seus-amigos, quandopodia deixarde o fazer....
O Sn. Para.\aguI: — Isso é inconstitucional.
O Sr. V. Tavares : —Quem foi que me conservou em
O Sr. Ai custo de Oi.ivf.ir»; — Posto quo não apprô-
posição official ? Qual <5 a minha posição official ?
vasse na occasião essa me,dida do governo, todavia a não
O Sr. Augusto dl Oliveira :—A de lente substituto censuro lioje ,
do porque íoi mais uma concessão feita ao par-
curso tido liberal , que serve neste momento para provar a lega-
jurídico....
lidade da min li a eleição. Ineulcando-ee o partido liberal com
V. Tav**i:s: — Ora muito obrigado! Foi uma
cadeira forças invencível nesse circulo, o governo procurou quan-
que tirei em concutso. to llie fosse possivel que na eleição de eleitores nas tres f regue-
^ Augusto di Oi.iykira : — E zias de que se compõe esse Io circulo as listas de eleitores
i .P'V cadeira que o nobre
deputado ao depois não exprimisse^ o pensamento policial, mas r>im o do par-
perdeu.
tido conservador ; foi essa a razão que levou no digno e _dis-
csta di* í vamos
A cldção"' !S:):-Dei« tineto presidente da minha província a fazer ás autorida-
des policiaes a rccommendação a ^ue me tenho referido;
O Sn. Augusto or Omr.im : —
Nn0 continuarei ; mas sendo todavia sempre prudente aqui observar que aqaelles
hz essa referencia para melhor
provar a moderação Cbser- inspectores de quarteirão que não cederão da honra do ciei—
vada pelo gabinete actual
para com os membros ão partido torado fotão demittidos. .
liberal. Lm vista pois desse espirito de impar-
de moderação de
que Ora, parece quo não se pôde dar maior prov:1
¦sempre esteve animado o g .vemo , os liberae aliás se nota que no
não tendo a cialidade d.i parto do governo, quando
receiar acto algum de hostilidade iinsa lregueziív
por não segui» cm as segundo circulo da capital ao suhdelegado do
opiniões dos ministros , 0 aliás sobrando aos liberal foi-lhe fazer íi
mesmos libe- pertencente a© partido permittido
raes independência favor do partido
para resistirem a qualquer sugestão eleição, instituindo-se chefe de cabala em
do poder, está claro
que a carta do ministro só pod!a°ínfluir liberal, que venceu a eleição primaria na frcgU'»-'.ia d.i Var-
no animo do
partido conservador; conseguintemente é menos zea, graças a essa autoridade policial!
justa e inteiramente inadmissível a censura que o nobre de- Sendo pois incontestável que os eleitores eleitos nas tres
putudo fez a esse respeito. freguezias do 1" circulo não exprimem de maneira al-

TOMO I. 7
50 OITAVA SESSÃO PREPARATÓRIA EM 22 DE ABRIL.

o ou governativo, e sim única- de S. Pedro Gonçalves do Recife. Ora, V. Ex. e a casa,


guma pensamento policial que
o nobre deputado omittc devem conhecer qual 6 a posição topographica da cidade do
mente partido conservador,
do
essa circumstancia tão importante que salva a essa eleição Recife, e sendo inconteatavél que nessa parochia é onde reside
de qualquer suspeita de liaver sido ella feita com a interven- o grande commercio de toda a província, e sendo também
cão do poder, e sem apresentar o menor documento, e só por incontestável que o partido liberal nunca mereceu as sym-
dizeres vagos, aeoima essa eleiçío de
illegal e filha do poder, pathias do commercio da minha provincia, jú vê V. Ex.
só porque alguns amigos meus que erao empregados publi- que ali jámais o triumpho pôde pertencer ao partido liberal.
Cos nella influirão. O Sr. V. Tavares : — Tanto teve, que venceu em muitas
Eu declaro que mereci essa honra da parte desses meus occasíões a eleição de eleitores.
amigos, assim como a honra de ser protegido por numero-
O Sr. Augusto de Oliveira : — Não me lembro de se-
sas pessoas que não occupavão posições officiaes, nem era
melhante victoria senão
eu ter aspirado ás honras da victoria glo- por occasião das eleições Cliicorri-
possível jAmais nas, de que melhor é agora não nos recordarmos.
riosa que julgo haver alcançado, se por ventura não hou-
A não se empregar a arma da intimidação, arma
vesse sido soccorrido pelos esforços de todos os meus ami- que ha
empregado ás vezes o
mesmo daquelles occupassem qualquer em- partido do nobre deputado para arre-
gos, que dar das urnas os individuos
que íepresentão o commercio.
prego publico.
que por sua natureza são homens pacíficos e que não gostão
O Sr. Brandão Nesse caso não tem razão ; vencêrão-se de se envolver em tumultos, o
partido a que diz pertancer
eleições sem ser protegidas por autoridades... o nobre deputado não pôde jámais triumphar naquella
parochia.
O Sn. Augusto de Oliveira :—Eu não digo isto ; o que
digo e torno a repetir é que na terrível luta que tive de O Sr. V. Tavares :—Isso è injustiça faz á opinião
que
sustentar contra o partido liberal cm massa que me dis- política que eu sigo.

putava a eleição nesse Io circulo, eu de certo teria nau- O Sr. Augusto de Oliveira :— Isto <5 uma
pura ver-
fragado se não houvesse sido tão generosa e efficaz- dade, uma vez que o Sr. deputado talvez seja o
primeiro a
monte protegido por todos os meus amigos_ de todas as reconhecer que o commercio de Pernambuco nunca foi favo-
classes, quer empregados públicos, quer simples parti- ravel á política liberal.
«ulares.
O Sr. Silveira Lodo :— Mas o commercio não constitue
O Sr. Brandão : — E' uma immornlidade escrever um ã provincia de Pernalnbuco.
ministro recommendando este ou aquelle...
O Sr. Augusto de Oliveira :—Eu estou fallando de uma
O Sr. Augusto de Oliveira :— O nobre deputado, sendo
parochia que é o centro sommercial de minha província,
no caso que S. Ex. oeeupasse
justo, lia de concordar que, onde, pela razão que acabo de expor, não
podia de maneira
uma cadeira ministerial, não se privaria do direito de es- alguma o partido liberal esperar jámais as honras da
crever a um amigo uma carta a favor de outro amigo... victoria.
O Sr. Brandão :—Eu não censuro o nobre deputado. O nobre áeputado^censurou da mesma maneira o capitão
do porto de Pernambuco, que é meu amigo, como censurou
O Sr. Augusto de Oliveira : — Mas a minha lealdade
ao ministro da justiça. Eu sinto que o nobre deputado não
me leva a defender o ministro de estado que é meu amigo.
trouxesse antes a nomenclatura de todos os meus amigos
O Sn. Brandão : — Eu censuro o acto do ministro de que mo protegerão, porque assim teria mais essa occasião
estado. para do alto desta tribuna renovar-lhes os meus sinceros e
cordiaes agradecimentos, pela efficaz cooperação com
O Sr. Presidente :—Attenção !
qua _ contribuirão para minha eleição, porquanto eu sou
O Sr. Brandão :— E' contra a promessa do ministério. o primeiro a reconhecer
que nessa grande batalha politi-
Uma voz Diz muito bem ! ca dada entre o partido conservador e liberal, no 1<?
circulo eleitoral de minha provincia, do
O Sr. : — Ello interveio para proteger a uns
Brandão qual pretendia ser
representante aquelle que 6 considerado como
e para perseguir a outros, isto ha de ser deslindado na res- principal di-
rector do partido liberal, a victoria só poderia caber a
do throno ; para esse campo me reservo. quem
posta á falia reunisse em torno de si um exercito por assim dizer de
pres-
O Sn. Presidente Attenção ! Não posso consentir que timosos amigos em todas as classes da sociedade^
se interrompa o orador. Portanto, Sr. presidente, ainda repito, não era
possivel, e
appello para todos os nobres deputados
O Sr. Augusto de Oliveira : — Conseguintemcnte, Sr. que conhecem a
cidade do Recife,
vê V. Ex. que se me apresentei por qua na freguezia de S. Pedro Gonçalves do
presidente, já
Recife, onde reside o commercio importantíssimo de Per-
aquelle circulo foi unicamente por confiar na effieacia
nambuco, talvez^seja hoje a segunda cidade commercial do
da amizade dos meus amigos, quer occupando posições
império, pudesse jámais vencer o partido liberal, sendo o
officiaes, quer fóradellas. O nobre deputado, se me quer
commercio na minha provincia, como todos sabem, pouco
fazer justiça, ha de ser o primeiro a confessar que eu não
Um mez antes inclinado á opinião política do mesmo partido liberal.
salii deputado unicamente por uma carta.
A coadjuvação do distineto, intelligente e honrado capi-
da eleição até ao termo final o nobre deputada havia de ver-
tão do porto da provincia de Pernambuco o Sr. Elisiario
me sempre na rua empregando todos os meios que me erão
Antônio dos Santos, quando mesmo excedesse a certos li-
licitos, visitando todos os votantes, emíim só procurando
mites, n8o pódo jámais produzir o effeito
que a minha candidatura fosse livre e espontaneamente que onobredepu-
tado disse. A população da freguezia do Recife se acha
acolhida pelo povo, e não imposta pelo poder.
composta de cidadãos de tão elevada,
posição que segura-
(Muitos apoiados dos Srs. deputados por Pernambuco.) mente jámais se deixarião intimidar
pela força mesmo que
Uma voz :—A sua não carecia de carta de fosse desenvolvida
candidatura pelo capitão do porto ; cm caso algum
ministro. se pôde admittir semelhante hypothese ; senhores, todo
o mundo conhece
O Sr. Silveira Lobo :—Não devia carecer. que o capitão do porto de Pernambuco
ó um digno militar
(apoiadosum do3 homens que faz mais
O Sr.Augusto de Oliveira : — Qual a razão ? O no- honra á classe da marinha, incapaz de empregar
qualquer
bre deputado não sabe que nas circumstancias difficeis em meio que lhe fosse indecoroso.
(Muitos apoiados.)
eu não podia dispensar nem repellir a coadju-
que me achei O Sr. V. Tavares Não estamos discutindo as quali-
vação de puros amigos, quando eu os tenho por desinteres-
dades do Sr. Elisiario.
sados. Se hoje eu entendesse que a marcha do ministério
actual era contraria aos meus princípios e aos interesses do O Sr. Augcsto de Oliveira :—Mas o nobre deputado dis-
nobre deputado que sobra-me coragem cute-as. Permitta que lhe diga que o nobie deputado para
paiz, assevero ao
opposição, e estou persuadido que o censurar a minha eleição, só
para collocar-me na por terem para ella concorrido
ministr» da justiça, meu especiale intimo amigo, teria bas- amigos meus quo occupavão officiaes, devia come-
posições_
tante indulgência para fazer justiça a esse meu
procedi- çarpor censurar a sua própria eleição, porque para ella
mento, reconhecendo que em tal hypothese não fazia senão concorrerão individuos
que occupavão posições officiaes.
obedecer aos deveres da minha consciência. Quem não sabe qu,o o nobre deputado deve a cadeira que
Entrando o nobVe deputado na apreciação das eleições dos occupa nesta casa a um delegado de policia ? como vem
tres círculos, por censurar a eleição da parocliia agora censurar a miulia eleição, como feita pela intervenção
principiou
OITAVA SESSÃO PREPARATÓRIA EM 22 DE ABRIL. 51

do poder, quando aliás as autoridades


policiaes e outras os trabalhos e fadigas das eleições primarias do sou circulo,
em que o governo tinha acçuo immediata nem forã* eleito- algumas das vencidas pelas autoridades poli-
quaes forão
ies, tendo sido 110 circulo do Bonito eleitores quasi todas ciaes ; apenas terminado o processo primai io, o^nobre de-
as autoridades policiaes ! ! putado montou a cavallo e deu um passeio até no Bonito, e
voltou eleito. Se o nobre deputado tno houvesse acompanha-
O Sn. V. Ta\ abes :— Eu responderei convenientemente
do em todos os meus trabalhos, estou certo de quo não com-
ao nobre deputado.
metteria a injustiça c mesmo a iniqüidade de pôr em duvida
O Sr. Almjsto i>i: Oliveira :—De maneira quo é permit- por um só momento a legalidade da eleição da ireguezia de
tido, na opinião do nobre deputado, a uma autoridade ser S. José, que honra o partido conservador, pois que foi uma
eleitor para votar em um liberal, mas não lia a mesma verdadeira vietoria alcançada pelos meios os mais honrosos
per-
missão para votar em um conservador. Se o nobre deputado empregados por todos quantos entríirão nella. (Apoiados.)
quizesse consurar intervenção de uma ou outra autoridade I'elo menos, eu vanglorio-me de ter sido comprimentado,
na eleição, digo sem receio de 3er contestado depois do resultado da eleição dessa freguezia, por vários
que o nobre
deputado devia começar por contestar a eleição do membros do partido liberal, que souherio nos esforços por
proprio
circulo que o elegeu. mim empregados para o vencimento da minha causa reco-
nliecer a lealdade que procurei sempre gunrdar para com os
O Sr. \ . Tavares :—Está enganado, liei de mostrar-lhe
meus adversarios.
que a minha eleição foi muito livre e que me é muito lion-
rosa. O Sr. V. Tavares: — Empregou meios demais.

O Sr. Augusto de Oliveira,:—Apoiado, nãoone^o. O Sr. de Oliveira: — Empreguei meios quu


Augusto
Vozes :—Assim como a do nobre deputado. nunca me envergonharei de confessar. Se o nobre deputado
a tal respeito fo-
quizer reproduzir algumas calumnias que
O Sr. Augusto de Oliveira Aceito a declaração do rão lançadas....
nobre deputado, e reforço a sua opinião.
Admitto o aparte do nobre deputado ; mas digo O Sr. V. Tavares: —Não costumo ser éclio do calum-
que, se
a eleição do nobre deputado é honrosa nias. /
para a província de
Pernambuco, o que por modo algum contesto, ha de
per- O Sr. Augusto de Oliveira: — Disto estou persuadido;
mittir que eu appliquc á minha eleição o mesmo
principio fallo em hypothese.
com que defende a sua.
(Apoiados.) Se o nobre deputado quizer trazer á casa tudo quanto dis-
O Sr. BrandIo :—Não tem applicação nenhuma. se contra mim uma folha de Pernambuco, eu me defende-
O Sr. Augusto i>e Oliveira :— Não rei sómentc cm consideração ao nobre deputado.
pôde querer para si
o que não quer para mim. Se nobre deputado fôr justo, ha de reconhecer que a elei-
Se tendo votado a favor do nobre
muita honra
deputado algumas autoridades ção da freguezia de S. Josó foi ganha com
policiaes, e se correndo por
certo que o nobi e deputado deve a sua eleição ao Sr. João por todos quantos pleiteárão nella.
Vieira da Cunha, delegado de O processo eleitoral da eleição de eleitores dessa freguezia
policia de Caruaríi, gozando
influencia eleitoral, correu o mais livre e regularmente possível, tendo ella sido
que interveio na eleição dessa ireguezia,
elegendo a si e aos seus amigos eleitores, não obstante a feita debaixo da immediata inspetfção dos membros do par-
intervenção dessa autoridade tido liberal, que desde o primeiro acto da eleição até ao
policial, a eleição do nobre de- ler da ultima lista 110 acto da apuração dos votos estiverão
putado pelo circulo do Bonito é hônro&a e legal, como pôr
não se tendo
em duvida a legal Made da eleição do Io circulo, presentes, exercendo a mais severa fiscalisação,
quando no-
entre_ob eleitores desse circulo não figura o nome do uma só portanto verificado um só dos factos aUegados pelo
autoridade bre deputado contra a regularidade e moralidade da eleição,
policial, sendo eu aliás conservador, e o nobre ao lo
deputado liberal ? quer dessa freguezia, quer das outras pertencentes
(Muitos apoiados.) circulo. Eu emprazo ao nobre deputado para cxliibir as
O Sr. \ . Tavares:—Eu responderei ao nobre deputado. o futuro, nas dis-
provas dessas allegações, sob pena, para
O Sr. Augusto »e Oliveira :—De maneira cussões em que h< uver de tomar parte, a camara dar sempre
que pela lo-
gica do nobre deputado é legitima e honrosa a eleição do ás asserções do nobre deputado aquella consideração e cre-
um deputado pertencente A opinião liberal, dito que merecem arguições que não podem ser provadas.
quando para a
sua eleição concorrerão autoridades Permitta a camara oue eu aproveite a occasião para,
policiaes ; porém é me-
nos justa e decorosa a eleição de um membro do do alto desta tribuna, dirigir um voto de agradecimento e
partido
o tnumplio da opi-
conservador, embora entre os eleitores do circulo
quo o ele- gratidão áquclles que cooperarão para
nião conservadora; desde o pescador e do simples artista
geu não se encontre urn nome de uma só autoridade po-
íicial. (Apoiatlos.) até o eleitor da freguezia, cumprindo-me também
primeiro
fazer justiça aos membros do partido liberal, que na luta
O Sr. Dantas :—Apoiado, muito bem.
em que contra mim emeus amigos se achavão empenhados,
O Sr. Augusto de Oliveira Sr. presidente, a parochia souberão usar das armas do cavalhcirismo c lealdade ; de
do Recife um só delles não tenho queixa.
jámnis pôde pertencer 4 opinião política do nobre
deputado, salvo se empregar os meios do intimidação e vio- Nem, senhores, duvidosa ser a vietoria nessa fre-
podia
iencia ; e appello o partido liberal, em vis-
para o resultado de todas as eleições passa- guezia, onde outr'ora predominava
das ; appello ta do facto que devo expor íx apreciação da camara. I odos
para a justiça do nobre deputado, a quem com
a lista dos
qualificados eu posso convencer de que se não em- os moradores daquella Ireguezia, eiü grande parte artistas
pregar a intimidação, o
'ntarcomo partido libera), que aliás não deve e pescadores pobres, mas honestos e honrados, hoje têm cer-
apoio <1° eommercio, iámais
poderá pretender ta repugnancia ao partido liberal, e diziao-me que nao que-
vencer na eleição daquella
parochia. rião mais deixar-se levar das idéas daquelles que os condii-
O ».R. V. 1 avares :—Tem zirão ao matadouro (apoiados), mas sim desejavão acompa-
vencido tantas vezes !
nhar os que garantião a ordem, os que fazião obras publi-
Uma voz. :—Tantas não.
cas, os que assim fornecião-lhcs pão ás suas famílias.

,,2 tnr,0,-'vu"1:—Passando á 2« parochia, (Apoiados.)

r o Partido O Sr. V. Tavares:—Não apoiado. Como me chama para


? wl ^ ,CT ?íania jámílis
811 n'uma é
esse terreno, terá a respvsta.
SS£erraWo
José ó
O Sr. Augusto de Oliveira:—A eleição de S.
cjuo
tando o tanto mais honrosa para o partido conservador,
que eu não disse; eu faüdda elliç^de"^ liberal
monte aquelles elementos com que contava o partido
° S«. Augusto de Oliveira -.-Estou se tornávão a nosso favor. (Apoiados.)
me referindo a essa
mesma freguesia, onde o nobre deputado as urnas Com-
disse Uma immensidade de artistas concorreu
que iámais o com maioria
partido liberal podia ser derrotado. J nosco, de maneira que vencemos na eleição
O
Sn. V. Tavares :—Não extraordinaria , que eu não esperava. Declaro a V. Ex.
podia, sim senhor.
neste momento tenho um remorso, e é o de ter descon-
O Sr que
Augusto de Oliveira : — Sr. fiado por alguns instantes da lealdade de varias pessoas des-
presidente, o nobre
üeputado nao fez o
que eu iiz na eleição ; foi mais feliz do sa freguezia, a quem eu c alguns amigos meus tinhamos
que eu. O nobre deputado não teve de carregar com á. nossa causa; sem ter solírido
todos procurado para chama-las
5-2 OITAVA SESSÃO PREPARATÓRIA EM 2*2 DE ADRIL.

uma só defecção entre os nossos amigos, que todos se mos- disse í mesa que, se em vista da insistência do
partido libe-
trárão lirmes, soubemos chamar pura nosso lado novas adhe- ral a mesa se convencesse da identidade do indivíduo, o ad-
rencias, o que me faz suppôr que se em alguma occasiâo a mittisse a votar. A mesa annuio, porque tinha consciência
opinião liberal triumpha, 6 porque não se em pregão os da victoria, e não precisava de um voto para vencer.
meios necessários, é porque nfio se procura a palhoça do Também, Sr. presidente, o nobre deputado commetteu
pescador, não se vai á choupana do artista, como fazem os uma incorrecçãO contra a qual reclamei ímmediatamente ;
membros do partido liberal; se os membros do partido con- cumprindo-m** tornar patentes dous factos referidos
pelo
servador fizessem o mesmo, o nobre deputado, quaudo nos fallou de um convênio entre o
partido liberal seria sempre
vencido. presidente e o Sr. Dr. Feitosa, e uma grande ostentação de
força havia por occa sião da eleição do Io circulo.
O Sn. V. Tavares:—Então somos nós os aristocratas?
Realmente nunca pensei que o nobre deputado, residente
(Rtsô.) na cidade do Recife, se esquecesse por tal fôrma de aconte-
O Sr. Augusto de Oliveira : —Repito que todas as ve- cimentos de
que elle foi. por assim dizer, testemunha ocu-
zes que o partido conservador servir-se dos meios de que faz lar, ao
ponto de attribuir ao mez de Novembro as occurren-
uso o liberal, pondo-se cm contacto immcdiato com o povo, cias do mez de Setembro.
Ua de colher os mesmos resultados.
Tanto aquilloque o nobro deputado chama convênio, como
O Sr. V. Tavares : — Quaudo precisão do povo empre- essa pretendida ostentação de força, são oceurrencias do
Srs. deputados dr Per- mez de Setembro por occasiâo da eleição municipal. O
gão esses meios. (Atuilos apoiados dos que
nambuco.) posso asseverar a V. Ex. e A casa, sem receio de ser contei-
tado, é que a única força
O Sr. Augusto de Oi.ivf.tra :—;En também acompanhe que vi na freguezia de S. José
forão as 4 ordenanças do delegado e subdelegado.
aos meus nobres collegas por Pernambuco nos »poiado3 que
E só quando estava assaz adiantado o
acábão de dar ao aparte do nobre deputado. processo eleitoral,
no dia que se fez a terceira e ultima chamada de votantes,
Assim, Sr. presidente, verifiquei nessa freguezia que essa
é que o partido liberal, tendo feito correr o V>oato de
que ti-
parte da população que passava por liberal, e que se decla- nhamos gente armada em casas particulares, e
rou a favor do nosso partido, foi por estar convencida de que proclamando
elle assim pouco garantido o g; verno mandou chamar no-
o nosso partido só queria ordem, porque com elle sempre
vãmente as autoridades, e conliou-lhes em S. José um des-
tinha gozado de paz e adquirido meios de subsistência para
tacamento de 14 a 16 praças commandadas por um alferes.
suas famílias, ao passo que se lembrava das calamidades
pelas quaes tinha passado quando se deixou arrastar pelas O Sr. Atotoes de Campos : — Tinha uma força nume-
seducções do partido liberal em seus dias de delirio. rosa.
A respeito da 3n freguezia, que 6 a de S Antonio, Sr. pre- O Sr. Augusto de Oliveira:—O nobre deputado está
sidente, V. Ex. já vê que pouco ou nada tenho a dizer em enganado.
sua defesa, a qual j;'i foi feita pelos dous membros da com-
missão de verificação que tomárão parte no debate e mo
O Sr. A .vilães de Campos : — Era um batalhão ; fui
testemunha ocular.
precederão nesta tribuna.
Esses dous membros demonstrarão com toda a lucidez O Sr. Augusto de Oliveira:—O nobre deputado con-
que essa eleição não pôde ser annullada ; e quando mesmo funde a eleição de Setembro com a eleição de Novembro.
se queira reconhecer como irregularidade substancial esse
O Sr. Antukes de Campos: — Tanto na como
nugmento de 50 listas que a meía parochial razoavelmente primeira
na segunda aconteceu isto.
íittribuio a engano na contagem das listas isto não preju-
dica ao resultado final; porquanto entie o ultimo votado da O Sn. Augusto de Oliveira :—Está enganado. Na eleição
lista do partido conservador e o primeiro votado da lista do de Setembro é que houve nrrombamento de urnas, e até
paitido liberal, existe uma differença de mais de 99 votos. derramamento de sangue. Depois destes tristes aconteci-
Eu também deixo do tomar em consideração algumas in- metstos é que o Sr. general Coelho foi a S. José com um ba-
correcções que commetteu o nobre deputado referindo-se a talhão, isto é, com 200 praças, para manter a ordem e fa-
factos pratiendos em minha província, contra os quae* eu zer dispersar os grupos tumultuarios. Emlim, o que nsse-
reclamei em apartes. vero sem receio de ser contestado, é que na freguezia de
Direi sómente, quanto ao que occorreu com o Dr. Caroli- S. José, por ocea-ião' da eleição de Novembro, a
.eleiçãu
no, que o nobre deputado não se informou bem. principiou com a presença de 4 ordenanças, e
que depois
Esse senhor não tinha o nome que se lhe dava na qualifi- do 3o dia ali appnreceu um pequeno destacamento do corpo
cação; a mesa repugnou cm aceitar a sua cédula, e o parti- de policia commandado por um alferes, sem poder precisar
o numero desse destacamento, parece-me todavia,
do liberal, que nfip quer intervenção do voder na eleição, que elle
não excedia a 16 praças; porém depois que o
requereu á mesa que suspendesse os trabaldos para ouvir a partido liberal
opinião do presidente da
província, como se este fosse com- (note bem a camara) requisitou segurança, por occasiâo
dn 3" chamada dos votantes, é que essa força foi enviada
petente para decidir da identidade do um votante.
Tome-se Dota deste á freguezia.
procedimento do partido liberal em
minha O Sn. V. T tvAXi:s : — A final sempre foi a força.
província.
O Sr. BrandXo : — E'
preciso fazer uma distineção ; não O Sr. Ah.isto de Oliveira:—Sim; mas uma forçaape-
foi todo o
partido liberal de Pernambuco. nas de 11 ou 16 praças.
O Sr. Augusto de Oliveira : — O nol>ro deputado devo também poderia provar ao nobre deputado
^Eu que na elei-
reficctir que estas considerações çao de S. José a nossa chapa de eleitores tendo triumphado
que faço são relativas ao
meu circulo. por uma maioria de 80 e tantos votos sobre a outra chapa,
e tendo-se recebido nesta 3a chamada menos do 80 listas,
0_Sr. Brandão : — O nobre deputado fallou cm sua
_ pro-
\incia, que também é a minha. já a eleição estava ganha antes da chegada da força, que
aliás foi requisitada
Sr. Augusto pelo partido liberal, pois o resultado
O de Oliveira: — O nobro deputado sabe finai da_eleição demonstra
que com as bstas recebidas nas
perfeitamente em que sentido fallo. duas primeiras chamadas a victoria era nossa.
O Sr. Brandão : — Eu represento ambos os fui Se digo isto, é
por demais; e em tempo opportuno procu-
partidos ;
eíeito pur clles dous. rarei exhibir na cr.mnra os números do Liberal Pcrnambuca-
no em o
Um i voz : — Representa o paiz, com > nós todos. que proprio partido liberal só pedia garantias ao
governo, attribuindo a mim e a meus amigos projectos de
O Sr. Augusto de Oliveira: — Applaudo a victoria do
quebrar urnas, que aliás nunca tivemos.
nobre deputado que meicceu essa honra, honra Eu, Sr.
que com- presidente, paro acjui, porque realmente estou
petio também aos candidatos que cm outros circulos mere- persuadido que não pôde existir no animo da camara a me-
cérão suffragios do todos 03 lados, o portanto não é nor duvida ácerca da legalidade da eleição do Io circulo
privati-
va ao nobro deputado. da provincia de Pernambuco.
Já vê a camara que não <5 exacto o faoto A camara faria uma
que referio o grave injustiça a toda essaprovin-
nobre deputado. O Sr. DrCarolino deixou de votar na occa- cia, tanto ao
partido c nservador, como á opinião liberal,
sião, porque o seu nome não era o mesmo i(ue mencionava se por ventura não
prestasse nesta occasiâo homenagem á
a qualificação. Em consequencia do appell > feito pelos mem- moderação, v, perfeita obediência que todos em minha
pro-
bros do
partido liberal para o presidente da província, esse vincia tributário á lei durante a ultima eleiçãu.
OITAVA SESSÃO 1>IIFPARATORIA EM 22 DE ABRIL.

ao honrado membro
Devo dizer que todos nli, quer <le um Indo c quer do outro, prudência manda que eu não responda
concorrerão para a eleição com animo disposto de empre- nessa parte; não é esta a occasião azada para tratar deste
a3sumpto.
garem todos os meios de moderação, e repellirem qualquer
viuleneia. 0 Sr. Cunha Figfeiredo :— Apoiado.
Conseguintemente tendo sido cst« o procedimento de toda
a província, quer do um quer do outro lado, na eleição, a O Sn. V. Tavares : — Mas o honiado membro ftibe que
se ha aqui, de Pernambuco, um representante legitimo das
camara comprehende que não era possível que igual pro-
cedimento deixasse de existir no Io circulo eleitoral, com- idéas liberaes, das idéas da 'praia, é o deputado que neste
da capital, onde, por as- momento tem a honra de dirigir a palavra á camara. [Apoia-
posto de tres freguezins centraes
sim dizer, o partido liberal queria dar sua graiàde batalha dou.) O hmrado membro não pôde negar que para o trium-
não concorreu o poder, e nem concor-
ao partido conservador, aonde as autoridades estavão vi- pho da minha eleição
todos os meios para que a liberdade rêrão esses....
gilantes empregando
do voto reinasse em toda sua plenitude; é esta uma verdade O Sr. Silveira Lobo : — Nem cartas de um ministro.
cvangelica que por ninguém, e com provas, posta jAmais
0 Sr. Augusto de Oliveira: — Concorreu um delegado
ser escurecida.
Sim, senhores, direi em conclusão que estou bem de policia.
per-
«uadido que a eleição do 1° circulo da
província de Pernam- O Sr. V. T«vares:—Perdoe-me ; e nem concorrêrão es-
buco ó uma das mais regulares, legaes e mesmo honrosas ses que dirigem a fullia que o honrado membro diz que é o
que tem tido lugar em todo o império, menos em uma par- orgão do partido liberal da minha provincia ; esses até de
te, que é quanto ao cidadão eleito (nõo apoiado«),
que não algum modo me lií.erão guerra, e eu appcllo para a nobre
tem realmente as
qualidades precisas para dignamente re- deputação de Pernambuco; esses não se regozijarão com o
presentar aquelle importante circulo. meu triumpho, porque tenho condemnado a sua linguagem
Vozes : —Muito bem! exagerada e violenta, porque, amestrado pela experiencia,
Tcpillo os excessos e sou sectário do progresso ^culmo e re-
0 Sr. Villf.lv Tavares:—Sr.
presidente, depois qu«*. fal flectido; as minhas idóas são todas de moderação.
lou o nobre membro da eobimisão o Sr. desembargador Pu- Eu entendo, Sr. presidente, que o nosso pai/, não tem se-
checo, eu tinha resolvido não continuar nesta discussão, não a perder caminhando pelas vias do excesso e das^ \io-
porque desde que S. Ex. nos disse que na pasta da commis- lencias; entendo que os partidos políticos têm necessidade
são não existia representação nem documento algum rela-
de moderação, de se fazerem mutuas concessões, e acredite
tivo á eleição do 1° circulo da província de Pernambuco, in- V. Ex. que sinto o maior prazer era ter sido na minha pro-
sistir na discussão unicamente confiado em minliapalavra, vincia o primeiro liberal que se apresentou â írente destas
sem poder demonstrar ou provar com documentos na mão
idéas. Onde estft aqui o motivo de accusação ou de censura?
tudo quanto havia dito, era marchar cm terreno inteira- O honrado membro aquém respondo nesta occasião, fa-
mente falso.
zendo uma comparação entre a sua eleição c a minha, disse
Tinha eu dito, havião concorrido autoridades e a
pois, que não continuava na discussão, e que pe para a sua eleição
que me resignava & votação da camara ; mas a pouca ge- havião concorrido Senho-
policia, também para a minha
nerosidade com que se houve res, eu repi lo com toda a força e energia de que sou capaz
para comigo o hontado mem-
bro que acabou de fallar me forçou a
pedir a palavra pela eata injuria que me lança o Sr. Augusto de Olivi ira.
segunda vez.
Parece, Sr. presidente, O Sr. Auoi.kto df. Oliveira: — Nunca disse isto.
que o honrado deputado eleito,
j mem •
em o seu discurso, teve mais
por fim ferir-me e moles- i O Sn. V. Tavares : — Não se persuada o honrado
0 Sr.
delega-
tar-mo.... >ro que, porque o Sr. João Vieira d»- Mello e Silva,
bre
e "sjtf
O lo 'do Carunrú, i meu amigo, me deu o feu voto,
do
Sr. Augusto de Oi.ivf.ir v: — Não apoiado.
nais oito amigos
mais —, seus, a.. policia inttuio na minha eleição.
.
O Su.Tavares : —....
V. do que defender a sua eleição, Todo Pernambuco sabe do contrario; tui guerreado .«ela
pugHar pela sua causa. e alem disso, senhores, os^vo-
policia do Uonitd e ]>ezerros,
O Sr. An.isto i»e Oliveira: — Pelo amor de Deos ! tos do Sr. João Vieira, que muito aprecio, não erão precisos
na minha eleição, attenta a votação que eu obtive. O bon-
O Sr. V. Tavares : — Mas o honrado membro f>»i dema-
# rado mtmbro sabe que no collegio do Bonito, que tenho a
siado injusto para comigo; não comprehendeu a minha si-
honra de representar nesta caaa, comparecerão J14 eleito-
tu ação, nem a lealdade com quo procedi para com elle. Eu,
res ; a maioria absoluta de 114 é 56. e eu tiv-; abi (50 v tos.
tendo do fallar sobre duas eleições da minha província, tive
Já vê o honrado membro quo os votos que^ me deu o meu
a delicadeza e a lealdade de communicar áquelles a quem
nobre amigo o Sr. tenente-coronel Jo:;0 Vieira de Mello e
interessavão essas eleições que ia fallar a rexpeito dellas, e minha
Silva, votos que muito me liònrão, o que penhorão
hoje, chegando á camara, disse ao honrado membro e ao
gratidão, não erão preeisos para a minha eleição.
nobre ministro da sobre es-
justiça que com effeito faliam
tas duas eleições. O Sr. Augusto de Oliveira : — Não diz isto o eandída-
Trago este facto & casa do nobre deputado.
para prova da minha lealdade ; to contendor
mas como me recebeu o honrado membro ? Sem medir bem
foi
o alcance da minha 0 Sn, Presidente : — A eleição do nobre deputado já
posição política, sem reflexionsir que eu
pertenço a uma opinião que não a do hobrado membro, a approvuda ; não está mais em discussão.
uma opinião .. hon-
quo ha oito annos tem ficado indefesa nesta O Sn. V. Tavares : — Mus V. Ex. permittio que
casa, e "imo único representante dessa opinião'pela de permittir-
•provínciaque rado membro accusasse a minha eleição, lia
de Pernambuco me corre o dever de sustentar e
me que eu a defenda....
delender os seus direitos, o honrado
membro se atira sobre — N»»o a accusei ; até a
mim com toda a força, e O Sr. Augusto de Oliveira
parece que esmagar-me com
a a negação de factos cuja recordação quer elogiei, acho-a muito legal.
hoje, sobro serincon-
vemento o intempestiva, muito me magòa J V. Tavares :— 0 nobre deputado admirou-so que
e contrista. O Sr
Eu, pois, liu t rçado a pedir a considerações a
palavra também <-m minha eu tomasse a palavra para fazer algumas
e neste sentido, sem esquecer tui
própria deiesa; o objecto ca- respeito da sua eleição. Eu creio, Sr. presidente, que
pitai da discussão, direi algumas palavras, farei algumas com toda»
muito moderado, muito comedido, que proced.
considerações disso em t .
guardando as devidas conveniências circumspecçáo e madureza em tudo quanto
O honrado membro principiou onutnc cie-
do nobre deputado, entretanto que
por deseon,iderar-me.... ção & eleição
0 Sit. Aigcsto deOi.iveira : — Não apoiado. ferir-me....
putado procurou
— Oh! senhor! Estou pro-
O Sr. \ . íayarls ¦ .... na O Sn. Augusto de Oliveira :
província de Pernambuco,
como membro do liberal. Cuidando testando contra isto.
partido que me fazia o
grande affronta, apresenta um indivíduo
que nâ< <'• m> u ami- O Sr. V. Tavares talvez julgando que j4el.rgou
go. e unia sido injustamente lazer valer o triumpho
fulha onde tenho agredido, dia do combate, tudo recordou para
caluiuniado e insultado, coiíio o indivíduo o mngoar-me,
folh-t que são os da sua opinião, da sua candidatura; procurou
orjpios do ate foi recordar a ly o-
partido liberal da minlia provincia, ermo o indi- sem necessidade. O nobre deputado
viduo c os habitantes da fWRuezia
folha que têm o poder necessário, a influencia legi- loção de 1848, e nos disse que
tima não votamos naquellcs quo
para dirigirem ali os destinos do partido liberal. A de S. José dizião — ao menos
54 OITAVA SESSÃO PREPARATÓRIA EM 22 DE ABRIL.

nos arrastarão no matadouro publico. — A quem se dirige O Sr. V. Tavares : — O nobre deputado disse, e toda a
esta insinuação, Sr. presidente ? camara bem o ouvio, que se as cartas do Sr. ministro fos-
Todo o Brazil sabe que o deputado Villela Tavares entrou sem dirigidas a membros do partido contrario, então S. Ex.
na revolução de 184!i; essa insinuação pois me foi calcula- poderia ser accusado; mas que elle, fazendo justiça á opi-
damente dirigida. Senhores, pu e os meus amigos deputa- nião politica que eu sigo, julgando-a incapaz de humilhar-
dos por Pernambuco em 1848 carregámos com as conse- se ás cartas do Sr. conselheiro Nabuco, entendia que o Sr.
quencias dessa revolução ; mas saiba o Brazil inteiro que conselheiro, dirigindo-se ao seu proprio lado, podia escre-
nem fomos nós que a fizemos, nem foi por nosso voto que ver essas cartas.
se ella poz em campo. Fomos arrastados por força das cir- Mas, senhores, quem diz ao nobre deputado
que as cartas
cumstancias a tomar parte nesses movimentos, a carregar de um ministro de estado, dirigidas a membros do seu
pro
a cruz sobre nossos hombros, c conduzi-la até o Cal vario. prio partido ou daquelle que o sustenta, não influem con-
Saiba mais o Brazil que essa revolução foi o resultado da sidei*avelmente no animo dos que as recebem? Pois suppõe
, compressão, e calculadamente provocada para nos perder ; o nobre deputado que um ministro de estado que escreve á
se fosse agora opportuno entrar nessa discussão, que deve autoridades subalternas, dizendo : « Eu me interesso
pela
ser bem triste e melancólica, eu convenceria.... eleição do Sr. F. ; supponhaque eu sou o candidato,
que
tudoquanto por elle fizer tomarei como feito
O Sr. Presidente : —Acho muito inconveniente a dis- para mim, etc.;»
suppõe o nobre deputado que esta recommendação,
cussão em tal terreno. que este
pedido, não importa, pelo menos, u^ia recommendação offi-
O Sa. V. Tavares : — V. Ex. me perdôo; seria inconve- ciai ?
niente se o nobre deputado não tratasse deste objecto.... Esta distineção, Sr. presidente, que fei o nobre deputado
O Sr. Presidente: — Mas elle apenas tocou nisto de pas- entre a interferencia do governo como autoridade e a inter-
sagem. ferencia do governo como opinião, não aceito nem compre-
hendo; não sei discriminar essas interferencias, ao menos
O Sr. V. Tavares : — Bem ; corramos um véo sobre esse nas circumstancias aetunes do meu
estado ern paiz. (Apoiados.)
passado, deixemos essa discussão (apoiados); no O nobre deputado fez uma resenha do que se
passou nas
<jue se acha o paiz, quando todos o» ânimos parecem tendei tres freguezias que compoem o Io districto eleitoral da m;nha
para uma política de paz e conciliação, politica de prudência provincia, e apresentou-se com tanta força, com tanta esti-
o reflexão, achei muito inconveniente que o nobre deputado ma, tão querido, tão amado naquella localidade,
que sem
viesse suscitar aqui estas idéas. (Apoiailos.) Eu apenas pro- duvida a camara deve suppôr que elle é a primeira influen-
curei defender-me e aos meus companheiros de infortúnio. cia daquelle districto eleitoral, que é elle o homem ali o
Disse o nobre deputado que eu deixei passar a eleição do maÍ3 popular, o homem das sympathias....
2o circulo da minha provincia, onde se tinhão dado as mes-
mas irregularidades que nas do 1° circulo, sem que eu ti- Uji Sr. Deputado: — Sustentou-se na coadjuvação de
vesse dito uma palavra. O nobre deputado não reparou que seus amigos.
eu nao estava na casa quando foi approvada a eleição do 2o O Sr. V. Tavares : — Mas, senhores, o nobre deputado
circulo. Se o nobre deputado, trazendo este pensamento se contradiz quando a par dessa popularidade, que inculca
para a casa, quiz fazer uma outra insinuação, eu a repillo e que me ha de dar licença para dizer-lhe que a não tem,
com a dignidade que prezo. apresenta intervindo na sua eleição amigos, é verdade, mas
O Sn. Augusto de Oliveira : — Está levantando castellos. amigos em posição official, amigos que dispuzerão de recur-
sos governamentaes e administrativos....
O Sr. Tavares : — Eu me explico. O nobre deputa-
V.
do sabe que o deputado eleito e já reconhecido pelo 2° cir- O Sr. Augusto de Oliveira: — Isto ó o que o nobre de-*
culo é o Sr. barão de Camaragibe, e o nobre deputado, jdi- putado não prova.
zendo que eu não disse nada sobre essa eleição, pareceu O Sr. V. Tavares : — O nobre deputado disse que sondo
inculcar que era receio, algum temor, algum medo que eu o Io districto eleitoral de Pernambuco commeicial, elle era
tivesse de contestar a eleição do Sr. barão de Camaragibe.... candidato natural desse districto ; mas a camara deve sa-
O Sr. Augusto i>e Oliveira: — Não apoiado. Para que ber que o nobre deputado não é negociante, é proprietário,
levantar esse castello? Faço muita justiça ao nobre depu- eu não sei que sympathias ha do commercio para o nobre

tado e íio Sr. barão de Camaragibe. deputado.... v

0 Sr. V. Tavares : —Declaro ao nobre deputado, decla- O Sr. Augusto de Oliveira : — Não serei negociante
ro á casa, que aprecio as qualidades do Sr. barão de Cama- matriculado, mas pratico diariamente actos do commercio;
ragibe; tenho a honra de entreter relações de amizade com pertenço a varias empresas coinmerciaes, e sou até director
S. Ex. desde que foi meu mestre na antiga academia juri- de um banco.
dica de Olinda até hoje que é director da faculdade de di-
O S*. V. Tavares : — 0 nobre deputado é proprietário c
reito do Recife, da qual sou lente cathedratico; mas occu-
por este lado não pôde invocar o principio do commercio em
pando lados oppostos na politica, não haveria consideração seu favor.
alguma
que me fizesse recuar se com effeito na eleição do Mas disse ainda o nobre deputado : « sou candidato na-
Sr. barão se dessem as irregularidades que houve na elei-
tural do commercio; o commercio se
ção do lo districto. pronunciou a meu
favor. » Não ha tal, o nobro deputado está completamente
O nobre deputado insistio muito 110 direito que tem o
iIludido-, não foi canddato do commercio , foi candidato da
ministro do estado de escrever cartas recommendando seus
capitania do porto
afilhados.... (rito) , foi candidato de autoridades po-
liciaes. (Não apoiados.)
O Sn. Augusto de Oliveira.—Reeommendand» seus
O Sr. Auglsto de Oliveira : — E' injuria
amigos; o pensamento é diverso ; não sou afilhado, porque que o nobre
deputado está fazendo ao 1" circulo de Pernambuco.
não sou empregado, nem doqua-
pretendo emprego publico
lidade alguma. O Sr. V. Tavares : —Não faço injuria ; o nobre depu-
tado quando fallou
O Sr. Tavares : — Aceito a correcção; mas entendeu
V. procurou magoar-me , quiz atacar-me
o nobre deputado que essa intervenção deveria ser conside- por todos os lados , agora estou no meu direito mostrando
com a evidencia dos factos
rada beneficanada podia influir no animo dos eleitores, que o nobre deputado não é com
effeito candidato natural do commeroio.,..
salvo se o ministro escrevesse a membros do partido liberal
para os demover
do proposito de votar naquelles
que são de O Sr. Augusto de Oliveira ; — Quaes são os factos ?
sua opinião. Declaro ao nobre deputado
que náo compre- O Sr. V. Tavares : —Se o nobre deputado fosse o can-
hendo a sua argumentação; o nobre deputado teve muita ha- d ida to natural do commercio
, na freguezia do Recife, onde
bilidade para mostrar que as cartas do Sr. ministro deve- o nobre deputado diz o confessa
rião influir no animo das pessoas do partido contrario, mas que predomina o elemento
commercial, os eleitores dessa freguezia serião todos nego-
não teve nenhuma para mostrar que não devião influir no
ciantes ; mas o nobre deputado sabe que apenas sahirão 3 ou
unimo daqueles ao seu proptio lado poli-
que pertencem 4 negociantes eleitores....
tico....
O Sr. Augusto de Oliveira : — Ora,
O Sr. Augusto de Oliveira: — O que disse foi que quem pelo amor de Deos!
O nobre deputado nem conhece quem são os eleitores.
devia fazer a censura erão os candidatos que pleiteavão a
eleição pelo meu lado. O Sr. Y. Tavares: — Serão negociantes alguns officiaes
NONA SESSÃO PREPARATÓRIA EM 23 DE ABRIL. 55

da guarda nacional, empregados do arsenal ? O Sr. coronel houve em Pernambuco entre o presidente e o Dr. Feitosa
Antonio Gomes Leal foi um dos maiores
protectores da olei- vierão ?
ção de V. Ex. , será negociante ? O Sn. Prfsidmme : — Ainda não , senhor.
O Sr. de Oliveira : — O Sr. Gomes Leal á ne-
Augusto
O Sr. Silvem:* Loiio :—Então cedo da
palavra para to-
gociante, tem muitas pessoas de sua família 110 commcrcio. ma-la era occasiSo mais competente.
O Sr. V. Tavares : — O Sr. Elisiario , capitão do porto,
O Sr. Naruco — Esse convênio não
também é negociante? (ministro da justiça) :
foi remettido oílicialmente ; consta dos
jornaes.
O Sr. Augusto de Oliveira : —Protesto contra tantas Não1 havendo mais quem
inexactidõ03. O Sr. Elisiario não foi eleitor. # peça a palavra , dá-se por discui
tido, o posto o parecer a votos, ó approvado.
O Sr. V. Tavares Não foi eleitor, mais fez eleitores.
O Sr. Presidente declara deputado
Portanto por esto lado o nobre deputado está enganado pelo 1° districto da
; província do Pernambuco o Sr. Dr. Augusto Froderico de
não era candidato natural do commcrcio.
Oliveira , e supplente o Sr. Antonio Marques de Amorim.
Volvendo A freguezia de S. José, o nobre deputado
ne^a
que ali apparecesse força por occasião da eleição, diz que Levanta-se a sessão.
apparecêrão sómente, nas tres fieguezias
que compoom o 1«
districto eleitoral de Pernambuco
, tres ou quatro ordenan-
ças; eu para o contrario não tenho mais do que
^fts provar
appellar
para a própria consciência do nobre deputado.... Koua sessão preparatória cm 2:5 ilc Abril.
O Sr. Augusto de Oliveira : — Falleicom
toda a clare-
za ; disse que só na 3" chamada PRESIDÊNCIA DO SR. ANTONIO JOSÉ MACHADO*
veio uma forca , um desta-
camento.

Or. V. Sumiu a ri o. — Expediente. — Ordem do dia.— Eleição da Iictr-


Tavares : — O
que tem que esta forca se apresen- hia. VotaçDo. — Eleição do Ceará. Votação. — Eleição de
tasse naou na 3a chamada ? Logo
que lia uma força , e S. Paulo. Votação. — Eleição de Minai Gerai». Votarão.
que a testa delia se apresenta um commandante recebendo — Eleição de Pernambuco. Votação.
recommendaçr>e3 da opinião
que sustenta que a eleição pro-
siga antes
por esta maneira do que por aquella, a eleição A's 11 lioras da manhãa, achnndo-se presentes os Srs.
nao e livre , está viciada. O nobre deputado
eleito não pôde Machado, Vieira Belfoi^t, Pinto de Campos, Costa Moreira,
negar que em S. José houve torça de Ia linha.
Paranaguá , Cruz Machado , Dantas , Atliaide , Cândido
O Sr. Augusto de Oliveira : — Nego e Mendes, PorapOo, Fausto, barão de S. Bento , Gaioso , Au-
protesto.
O Sr. V. Tavares:—Ahi está o nobre deputado
o Sr. gusto Corrêa, Araújo Lima , Tiberio , Barbosa da Cunha ,
Campos, Aííonso de Carvalho , Luiz Carlos, Cyiillo, João Felippe,
que foi testemunha ocular.
Brandão, Benevidos, Tories-IIomem, Peixoto de Azevedo,
Augusto de Oliveira :—Não
, 9 .?R; ó possível, foi na Hermogenes , Salles , Alcantara Maclindo , Bezerra Cavai -
eleição de Setembro.
canti, Costa Pinto, Miguel de Araújo, Villela Tavares, Vi-
Sr. V. Tavares:—Ainda fallando riato. Paes Barreto, Sá e Albuquerque , Silva Miranda, Ja-
sobre a eleição de
o.jJosé, disse eu
que seria impo9sivel o triumpho da opi- guaribo. Lima e Silva, J. Marcondes, Sampaio Vianna, Pa-
nião que sustenta o nobre deputado checo, Barbosa, Pederneiras, Saraiva, Diogo Velho, Tosca-
, a não haver emprego
de íraude e de violência no do Brito, Aragão , Franco de Almeida , Azevedo Paiva,
, e o nobre deputado retorquio-me :
« o Piragibc, Ramallio, Mendes da Costa, Cerqueira Leite, Cu-
porque nao fez o que eu fiz. > Eu dei-lhe um apoiado.
U nobre deputado nha Mattos, Salathiel, Fernandes Vieira, Souza Leão, Pin-
, com effeito, desenvolveu uma actividado
espantosa, trabalhou muito to de Mendonça , Gonçalves da Silva , Pereira Pinto , An-/
na sua oleição, empregou meios
talvez de mais; mas é dré Bastos , Ilenriqucs , Siheira Lobo , Baptista Monteiro,
justamente do emprego destes meios
que eu fallo. Silvino Cavalcanti,F.Octaviano, Teixeira Júnior, Dias Viei-
Senhores, ninguém ignora ra, Tobias Leito, Pedro 51 uniz , Fernandes da Cunha, Luiz
que para obter-se uma eleição
e mister muito cuidado Francisco . visconde de Baepcndy, Cunha Figueiredo, Ma-
"Campos
, trabalho e dedicação ; ó mister o
emprego de meios mas dureira , Nobias , Antunes de , Augusto Caldas,
; quando esses meios, sobre serem il-
8"° *minoracs» a °^çSo não Barros Pimentel , Callieiros , barão de Camaragibe , Rego
pôde ser julgada ver- Barros, Pereira Franco, o Bolisario , abre-se a sessão.
dad'TS'

O Sr. Augusto de LO-se e approva-se a acta da antecedente.


Oliveira ; — Isso ó que cumpre pro-
var, e não só dizí-lo. O Sr. lo Secretario dá conta do seguinte

O Sr.V. Tavares : — O nobie deputado disse expediente.


que visitou
o artista, o homem da classe baixa
, que procurou a todoB,
quo teve amigos em todas as condições, etc. Eu dou OÍFicio do ministério üo império , remettendo a acta do
para-
bons á minha fortuna eollegio eleitoral da villa de Geremoaho, bem como as das
por ver o nobre deputado, quo sempre
01 considerado assembláas
como membro do
partido aristocrático na paroehiaes de Cayrú, Boipeba, Jequiricá , Arêa
mna e Canavieiras , e as relações dos eleitores do município de
provincia (reclamações),
procurar hoje os artistas, os
condição , e Caravella3, nos anuos de 1B42 e 18-14. — A' respectiva
nn»,.??';] ,,^a'xa pedir-lhes a sua protecção ,
8 a.m^° » solicitando-lhes o voto. Mas se eu commissão.
(iuÍ7A«Bo
!>uvidos ao que se dizia na minha provincia, Vão ás respectivas commissões os diplomas dos Srs. de-
como n „ i
(^ePuta(|° sabne me
dost-i r\r Á -ro pedio que eunão fosse écho putados do 11° districto da provincia
da Bahia, e do 1° e 2o
t.'vess0 documentos em meu
piem mnvf" poder , ou do Mato-Grosso.
c'ue 0 llol,ro deputado, além de tudo,
empregou ilinl" :
cmttrcou dinhe.ro
na eleição de S. José ORDEM DO DIA.
para vencê-la.
O Sr. Auíiísto DI
Oliveira: — Não diz
presentante da capitania do nortn '• e diz Sou re ELEIÇÃO DA UAIIIA.-
r \ ° j , 7
represento tudo i,SÒT(«iíad£!f P
districto.)
(10°
^ ^ AV*RIrs :
®r- presidente
adiaiitnrl , a hora está muito LC-se, cm discussão, e
entra sem debate <5 approvado, o
' 6 eu S° VJ* a matéria está suficientemente
disc .1 seguinte parecer :
Pnr° P°1S ' dlze"do 110 no*>™ deputado
eu n-in1 T' que dos tres
Pf8Va qUe discussão « A 4a commièsão de poderes examinou as actas
"á entffa1ct0,s1 flerta procurasse trazer ua Balua,
1™ realmente nao deverão ser trazidos com collegios eleitoraes do 10° districto da provincia
S do distric-
justiça e lealdade.
(Apoiados.) a da apuração pela camara municipal da^cabeça
diploma apresenta-
o Sr. Presidente to, as actas das eleições paroehiaes, e o
: — Tem a palavra o Sr. Silveira Lobo. Dantas , o como 110
do pelo Sr. Dr. Manoel Pinto de Souza
O Sr. Silveira I.oro: —V. Ex. se deu con-
faz-me o obséquio de mesmo districto eleitoral nenhuma occurrcncia
aizer se os documentos nas eleições primarias,
que a requerimento meu forão pedi- tra a regularidade da eleição, tanto
«os à secretaria
do estado relativamente ao convênio
que como nas secundarias, <í de parecer;
50 NONA SESSÃO PREPARA TORIA EM 2:5 DE ABRIL.

Que seja dècLirado deputado o mc^mo Sr. Dr. [Manoel tenente-coronel Manoel Lopes Pecegueiro,
que na matriz
Pinto de Sou/a Dantas , e supplente o Sr. tenente-coronel velava em
prol da ordem. Essas aiguições, aliás baldas
.João Gualherto Dantas. de fundamento, tendem a designar o delegado em
« Paço da camara , 23 de Abril de 1857. — questão
Carlos.— como acoroçoador dos distúrbios ¦
que nos primeiros dias
Jo.>,c a utonio S n nioa.—Francitco de Assis A tlutide. > da eleição apparecerão 110 recinto e nas
proximidades da
matriz, distúrbios
O Sn. Pukíüoknte declara deputado pelo 10" districto da que, segundo esses mesarivs, os puzerão
em coacção, e determinarão a sua retirada.
Bahia o Sr. Dr. Manoel Pinto de Souza Dantas, e supplente
« Taes accusações derão causa a
o Sr. tenente-coronel Jo£o Gualberto Dantas. que a primeira autori- 1
dade da província
procurasse informar-se da veracidade das j
districto.) occurrencias ; e das diligencias a
(13o que se procedeu «-esulta
o reconhecimento de longe de ser fundada a
que, queixa
L/-;-.e , entra em discussão , e sem debate ó approvado, o da primeira mesa, foi o seu procedimento
parcial e acin- ;
seguinte parecer : toso que exacerbara os ânimos
já inquietos pelas peri-
A 4a com missão de peeias de uma eleição calorosamente disputada
poderes examinou &s'actas dos col- ; que as
aggressões e desordens
legios eleitora es que compoem o 13° districto da
província partirão do lado que apoiava essa
mesa, e que a da sua
da Bahia . a da apuração feita
pela camara municipal, e o gente parcialidade fora até a vias de
iacto ; e
diploma de deputado eleito
poraquelle districto, e teve outro- que finalmente o delegado de que se trata não
sim. presentes diversos documentos que lli« forão minis- promoveu nem animou couflictos", e antes sá mostrou zo-
loso na manutenção da devendo-se-lhe o não
trados. paz publica,
Segundo se collige das actas dos collegios de Cariulia- ser esta eleição ensangüentada.
A commissão examinou, demais, uma justificação I
ilha e Macaubas, correu alii regularmente o processo eleito-
ral, bem como nas freguézias de que se com]X)em. julgada por sentença o acompanhada de outros documeu-
tos, com que se '
« No collegio de Caiteté porém houve uma duplicata, e de- pretende provar a intervenção da autori-
dade policial nas eleições
rao-se irregularidades em duas das parochias respectivas , primarias; o emprego da força ]
armada para compelíir os votantes a -
a de Caiteté e de Santo Autonio da Barra, e comquanto o col- prestarem-se á im-
legío procedesse convenientemente apurando em separado posição de certas influencias locaes; a violência exercida
contra cidadãos pacíficos j
os votos tios eleitores das duas citadas freguezias, nas que conçorrião i1 matriz para o -
quaes exercido de um direito facultado
«c dorão duplicatas , não lei fundamental do
pôde por ora a commissão emittir pela
império ; e a corrupção do tenente-coronel Manoel Lopes
jui/.o seguro , por lhe faltarem as actas das eleições prima-
Pecegueiro,
rias, que requer lhe sejão remettidas. que, 11a qualidade de delegado, r,e deixara pei-
tar pela quantia de 2:000jj para favorecer uma das par-
« Entretanto, como em qualquer hypothese, sejão ou não
cialidades que
approvadas ass eleições primarias daquellas duas fregue- pleiteavão a eleição.
« A commissão declina a responsabilidade de
zias , soja ou não approVado qualquer dos dons collegios julgar
eleitoraes de Caiteté, o deputado elfito tem sempre a seu provados factos que apenas são relatados por testemunhas
nem sempre contestes ; não aquilatar depoimentos
favor incontestável maioria , e a decisão final desta augusta pôde
de indivíduos que,
camara só podará influir sobre o supplente eleito , <5 a com- pertencendo a um dos grupos conten-
missão de parecer : dores, não forão contradictados accusados não ou-
pelos
vidos ; e ainda não se
« 1.° Que seja reconhecido deputado
pelo 13° districto presta a levianamente lançar o estig-
ma infamante da venalidade sobre um militar
eleitoral da Bahia o Sr. Dr. Francisco Mendes da Costa que, tenao
Corrêa. atravessado sem mancha 35 annos na árdua carreira das
armas, é talvez victima das facções
2.° Que se aguarde a decisão sobre o collegio do Cai- que dividem e perturbão
o Aracaty.
teté para depois que vierem as actas das eleições
primarias. « Este
« Paço da camara, 22 de Abril de 1857.—• Carlos.— juizo é ainda confirmado pela certidão de uma sen-
tença de pronuncia, na
\-3osc A utonio Saraiva. — Francisco de Assis A thaide. > qual se constituirão réos do crime
de calumnia não só_o
O Sr.. Pkksidf.nti. rleclarà deputado justilicante, como as próprias testemu-
pelo 13° districto da nhas, pelos factos
jurados na mesma justificação
província da Bahi» o Sr. Dr. Francisco Mendes da Costa « Considerando
pois a commissão que as irregulaiidades
Corrêa. apontadas, posto sejao de lastimar, não adulterão a
ex-
ELEIÇÃO DO CKARA. da urna, visto
pressão que, constituída a segunda mesa,
nenhuma Occurrencia houve digna de reparo; consideran-
(5« districto.) do mais que a falta das actas da freguezia do Riacho de
Sangue c a^da apuração dos eleitores de
i."í.2 , entra em di.>cussão , e sem debate ó approvado,o Queixeramobim não
importa a invalídade das eleições, não só
ssguüits parecer: porque nenhuma
reclamação se apresenta a respeito dessas duas freguezias,
« Tevo pres-ntH a Ia commissão do com^ porque das actas
poderes os papeis re- paremes dos collegios não se depre-
lati vos á eleição primaria e secundaria do 5° districto da hendeque menosprezados fossem os
preceitos de lei, éa
província do Ceará, sobre os quaes passa a lazer a;* seguiu- commissão de parecer:
tes considerações : s « 1.» seja reconhecido deputado
Que pelo 5" districto
Compõe-se este districto de dous collegios, compre- eleitoral da província do Ceará o Sr. Autonio Pinto de Men-
hendendo cada um delles duas freguezias. Um dos colle- dònça, que obteve maioria de votos.
gios , i de Aracaty, compõe-se das parochias de Aracaty e «2.0 Que seja reconhecido süpplente
pelo indicado dis-
S. Bernardo, e o outro das de Queixeramobim e do Riacho tricto o Sr. Dr. Hippolyto Cassiano Pamplona, immcdiato
de Sangue. I)a freguezia de em votos.
QHoixeramobim não foi remet-
tida a acta da apuração dos eleitores , e da. freguezia do 3.o
Que sejão approvados os eleitores das diversas pa-
Riacho de Sangue faltão as actas de toda a eleição rochias deste districto.
prima-
ria. De Aracaty e de S. Bernardo temos as actas de todo o « Sala das sessões, em 22 de Abril de 1857 —Francisco
proce-so da eleição primaria, havendo elle corrido regular- da Serra Carneiro. — L. A . da Cunha Mattos. — Cunha
Para-
mente na ultima destas duas naguá. »
parochias.
« Na, de Aracaty
, porém , comqicinto se ultimassem os O Sn. Presidente declara deputado
trabalhos eleitoraes, nem elles correrão com a ordem dese- „ pelo 5" districto do
Ceará o br. Antonio Pinto de Mendonça, e supplente o Sr.
nem se íi iiuárão sem
jayel, perigo da tranquillidade pu- Dr. Hippolyto Cassiano Pamplona
blica.
« Depois de concluída a segunda chamada dos votan-
ELEIÇÃO DE S. PAULO.
tes, os membros da mesa deixarão de comparecer para con-
tinuação do exercício de suas funeções. Convidados districto.)
pelo (Io
delegado de policia , insistirão 110 seu
procedimento, e essa
autoridade, instada pelo povo', fez organisar uma nova I.P_-se, ôntra em discussão, e sem debate é approvado, o
seguinte
mesa que concluísse os já adiantados trabalhos. Então os parecer :
membros da primeira mesa reclatnSo contra semelhante de- Forão
presentes á 7» commissão de pederes, com a acta
liberação, inòpinadamenteodiaraeleição, erepre-
pretendem geral do collegio eleitoral do Io districto da prounciade S. i
sentao aO' As allegações Paulo, 1% outras das mesas
governo provincial. produzidas parochiaes das 22 freguezias de
reduzem-se a aecusações contra o delegado de
policia o que se compõe o districto, faltando as actas da eleição pri-
NONA SESSÃO PREPARATÓRIA EM 23 DE ABRIL. 57

maria das freguezias de Itapecerica, Santo Antonio da Ca- documentos offerecidos por ambas as partes, apresenta o
choeira, Jundiahy e Bethlem; c do exame e confrontação a resultado do seu trabalho.
« Eleição
ue procedeu, das
que lhe forão remettidas com a acta geral primaria. — O 4o districto comprehende 4 fre-
o collegio, apenas nota : guezias: Villa Nova que deu 40 eleitores, Pacatuba 32, Por-
« l.o Que da acta to da Folha 30, e Propriá 27; o
geral do collegio consta que o eleitor da processo eleitoral correu
freguezia de Santo Antonio da Cachoeira Francisco de Assis em todas regularmente.
< A freguezia de Villa Nova, tendo dado 40 eleitores nas
Gonçalves, achando-se ausente na província <lo Paraná,
fora em seu lugar cliamado o Io supplente o cidadão An- eleições de 1842 e de 1844, embora houvessa
posteriormente
tonio Joaquim de Almeida, o qual votára na eleição a que dado menos, uma vez
que nessa forão qualificados 40 mui-
se procedeu, sendo reconhecido pela mesa do collegio como tiplos de 40 votantes, em face do disposto no art. 52 da lei
substituto legal do eleitor ausente. n. 387 de 19 de Açosto de 1816, devia dar, como deu, 40 elei-
2.o Que os diplomas de todos os eleitores da freguezia tores ; a^ freguezia de Pacatuba, tendo dado 31 eleitores
de Nossa Senhora de Bethlem, município do Jundiahy, bem na eleição de 1842, e 30 na 4e 1844, também devia dar,
como o livro das actas da respectiva eleição,não forâo remet- como deu, 32 eleitores, correspondentes aos 32 múltiplos de
tidos ao collegio, como preceitua o art. Ü7 da lei do 19 do 40 votantes comprehendidos na respectiva
qualificação, por-
Agosto de 1816 ; constando porém á mesa, que o augraento até íi 5» parte além do numero menor en-
por 4 ofucios que
lhe dirigirão os cidadãos Bento de Lacerda Guimarães, tre os dados nos dous ditos annos, uma vez que liajão mui-
José
Manoel de Castro, Sérgio Serafim Passos e Antonio Moreira tiplos correspondentes de 40 votantes, é determinado
pelo
Lima, que ha-vião sido declarados eleitores, mas supracitado art. 52 da lei de 19 de Agosto de 1810.
por incom-
modos de saúde não « A portaria, portanto, do presidente da provincia, da-
podião comparecer.
3.o Que por igual teor se declarárão eleitores de Jun- tada de 18 de Novembro de 1856, expedida ao juiz dc paz

dialiy, e j ustificirão o seu não comparecimento
no collegio presidente interino do collegio, cuja int-gra encontrou a
por motivos de saúde, os cidadãos AntoniodeQueiroz Telíes, commissão entre os documentos otferocidos pelo Sr. Pira-
íranciseo Benedicto Ferreira, Francisco Damasio dos gibe, não é conforme á lei, jíí por pretender-se fixar como
Santos, Francisco Martins do Monte, Antonio regra o numero de eleitores dado pelas 2 ditas freguezias
de Siqueira
Moraes e Antonio José da Cruz
; sobre os quaes, bem como j 110 atmo de 1852, que é inferior aos dos annos do 1812 e 1844,
ácerca dos 4 declarados eleitores de Bethlem, nada resolveu já por pretender também por esta maneira pôr um correc-
a mesa na ausência dos respectivos diplomas e livro das tivo ao augmento do numero dos votantes, frito com o fim
actas
da eleição de elevar-se o numero de eleitores, quando os únicos recur-
primaria. j
E considerando a commissão sos contra a indevida qualilicação estão no art. 22, capitulo
que, assim 110 collegio
eleitoral como nas 18 freguezias cujas authenticas teve 2o, e no capitulo 3° da lei.
pre-
sentes, nenhuma irregularidade se observa i Entro os 10 eleitores de Villa Nova, forão nomeados os
que infirmar
possa o resultado da eleição ; e que a falta das actas da seguintes : Manoel José da Silva, José Cardoso Dias, José
eleição primaria das 4 mencionadas freguezias Elias de Siqueira, Manoel Izaias doa Santos, Manoel Luiz
nenhuma du-
vida importa ao reconhecimento da legalidade dos Santos o Miguel Gonçalves Freire da Purificação, cuja
da eleição, já
se não apresentou no collegio irregularidade ou eleição é contestada por não sciem
porque parocliianos de Villa
vicio 1 Nova, segundo consta de attestado do respectivo vigário,
que so désse no processo eleitoral de qualquer das
mesmas freguezias, e sim do Penedo, conforme attestou o vigário desta fre-
já porque de outra fôrma nenhuma
reclamação também se apresentou, conclue, guezia.
e é de pa- j
recor 1 « Primeiramente pondera a commissão que tendo ostes
«1.0 Que sejão approvadas as eleições seis cidadãos sido qualificados votantes na freguezia de
primarias.
2." Villa Nova, o tendo o direito do votar nella por estarem
Que seja reconhecido deputado pelo referido dis-
tiicto o Sr. Dr. João da Silva Carrão, 6eus nomes inscriptos no alistamento respectivo, art. 48 da
que obteve a maioria
absoluta de 89 votos sobre 107 votantes. lei, e podendo portanto ser eleitores, visto que podião votar
3.o na assembléa parochial de Villa Nova, art. 53 da lei, esses
Que seja igualmente reconhecido deputado sup-
juente pelo mesmo districto o Sr. Dr. Rodrigo Augusto da attestados, quando procedentes, provarião a incurialidade
Silva, da qualificação dos ditos cidadãos, contra a qual se devâra
por haver obtido a maioria absoluta de 70 votos so-
pre o numero já mencionado de votantes. ter recorrido no tempo e fôrma determinada na lei.
Sala das eommissões, 22 de Abril da 1857. — /.. A. « Em 2o lugar observa a cammissão
dc que estes cidadãos,
Sampaio Yianna. —J. J. Teixeira Júnior. > como o declarou o vigário do Penedo, residem no territorio
denominado Brejo Grande, que, embora o dito vigário pre-
C) Sr. Prf.sidhnte declara deputado
pelo 1° districto de toada quo pertenço & freguezia do Penedo, da
S. Paulo o Sr. Dr. João da Silva Carrão, e supplente o Sr. : província das
I Alagoas, fôrma parto da provincia do Sergipe, cm \irtude
, Dr. Rodrigo Augusto da Silva. da resolução
; do presidente da provincia, tomada cm conse-
Le-se, chtra em discussão, e sem debate é approvado, o se- lho na sessão de 20 de Março de 1832, que foi approvada
por
guinte parecer : acto do govorno imperial de 30 do Abril do mesmo anuo.
• A7« commissão de E, seguudo se recorda um dos membros da commissão,
poderes precisa e requer que por que
intermédio do já o foi da de estatística na legislatura ante-passada, esta
governo imperial 3e remetta a esta camara,
serem questão existe pendente da decisão do poder legislativo.
para
presentes á mesma commissão, as cópias da3 c Em 3o lugar observa a commissão finalmente que lho fo-
actas
parochiaes das eleições de eleitores das
parocliias de rão presentes documentos pelos quaes se
cl®r"' ^r°tas, Pirassinunga, Bethlem dc prova quo os mo-
n«íra?Uaira\R!o radores do territorio do Brejo Grande desde 1832 forão sem-
Ija(luari e Jaboticabal,
tnVf11 \ .°* pertencentes ao 8° dis-
de S. Paulo, e bem assim um pre qualificados, ou exercerão direito» politioos em Villa
ou: rh-° ü't01ru'('a provincia Nova, e nunca forão qualificados no Penado, tendo sido o pri-
-lurante00 rXde ^ ^ Par°Chiaí
l84ta018056dad0 meiro dos seis ditos cidadãos eleitor nas passadas legisla-
turas.
AbriIde 1857--j Tei^
« Entre os 32 eleitores de Pacatuba forão eleitos os dous
i seguintes: Manoel José Teixeira, e Isaac Manoel Pinheiro,
1 cuja
EUI$XO DE SER011.E. eleição é contestada por não serem parocliianos de
! Pacatuba, segundo consta do attestado do respectivo viga-
'
rio, e sim do Penedo, conforme attestou o vigário dosta fre-
(4° iitlricto.)
guezia.
Lê-se o seguinte i « A respeito da eleição destes dous cidadãos, uma vez
parecer:
de Pacatuba, a çomrais-
« A 3a commissão de que forão qualificados na freguezia
poderes. a n»m i são pondera o mesmo que já fez a respeito dos eleitores de
diplomas dos Srs. João Batista S^ da lei, e não
Villa Nova, tendo em vista os arts. 48 e 53
e- 88 co?8'4®J°^'eitos deixar por esta occasião de notar a contiaaicçSo em
0dCrc» deputados pelo pôde
1 districto eleitoralr,C da província de Sergipe de Pacatuba e Vill*
tendo exnmi que se achão os atte°tados dos vigários
°S ****
câwroCoUuederente ?Íplom^s' àctas, tanto do Nova a respeito de Manoel José Teixeira, porquanto o de
•Cge-S
Um COm° d° Pacatuba attesta que clle deixou dc ser seu parochiano, por
daelf^ ^eelegeuaoutro, as actas
qU°cSe Procedeu "as 4 freguezias se ter mudado lia mais de 4 annos, e se acha de muda desde
í
1 ® districto, e finalmente a3 que
razoes escriptas e os este tempo na freguezia de Villa Nova, possuindo nesta fre-
TOMO I. 8
58 NONA SESSÃO PREPARATÓRIA EIvl 23 DE ABRIL.

guezia uma morada do casas pertencente aos seus orpliãos, não se quizer separar da maioria
para se constituir em col-
e o vigário de Villa Nova attesta que clle não é seu paro- legio, e inutilisar destarte a eleição daquella.
chiano. < Logo a maioria do eleitores legaes constituo
o collegio,
« Eleição secundaria.—Examinando a eommissão as actas não obstante a minoria de eleitores também legaes
haver-se
da eleição do collegio presidido pelol°juiz de paz de Propriá, separado.
encontrou nollas que eomparecêrao todos os eleitores das 4 .
« A recusa do»
quatro juizes de paz de Propriá para pre-
freguezias, menos 2 do Propriá, que sendo lida a portaria do sidirem interinamente o collegio é equipolente
ao caso de
a 18 de Novembro recommendando impedimento, e estabelece a competencia do legitimo
presidente da província sub-
á deliberação do collegio se devia ou não stituto, que é o 1"
que se sujeitasse juiz de paz do districto vizinho.
tomar em separado os votos de 11 eleitores, a saber: de 9 « Em vista de todo o expendido é a 3a
eommissão de
de Villa Nova e do 2 de Pacatuba, que estas fregnezias in- parecer:
devidamente havião dado por excederem ao numero que le- « 1°. Que sejão approvadas as eleições
primarias das fre-
derão em 18-52, depois de renhida .discussão re- guezias de Propriá, Porto da Folha, Villa Nova, e Pacatu-
galmente
solveu o collegio que se tomassem em separado os votos dos ba, que constituem o 4o districto eleitoral
da província dc
ditos ll eleitores ; e que por este motivo op eleitores de Pa- Sergipe.
catuba, menos 1, e os de Villa Nova, menos 3, recusarão «2.° Que seja reconhecido deputado
pelo mesmo districto
dar os seus votos ; e os ditos 4, os 25 de Propriá, e os 30 do o Sr. João Baptista Monteiro, e supplente o Sr. Manoel
Joa-
Porto da Folha, resolverão unanimemente que se proseguis- quim da Silva e Olheira.
se nos trabalhos da eleição, e de facto formou-se depois a i Sala das eommissões, 22 de Abril de 1857. —
Antônio
mesa interina, e observadas as demais disposições da lei, Cândido da Cruz Machado. — Sebastião Gonçalves da
Silva.
foi eleito deputado por unanimidade de 59 votos o Sr. Pira- Hermogenes Casimiro de Araújo lirunswick. >
e 3upplente, também por unanimidade de 59 Votos, o
O Sr. Io Secretario, em vista da importancia
r. Dr. Sabino Olegario Ludgero Pinho.
tibe, de que
trata o parecer
€ A eommissão já emittio o seu juizo sobre a portaria que acaba de ser lido, e do seu longo c
extenso desenvolvimento, dizendo respeito a uma
dos eleitores da Villa eleição
que se dá como causa da separação disputada e contestada entre dous senhores
Nova e Pacatuba; nas actas de que se trata sômente se faz que *>e dizem
eleitos deputados,
menção de haverem faltado 2 oleitores de rropriá, e se decla- propõe que seja o referido parecer im-
presso no Jornal do Commercio, e que depois de impresso se
ra que sómente 3 de Villa Nova, que deu 40, e 1 de Paea-
designe o dia entrar em discussão.
tuba, que deu 32, se reunirão aos 25 de Propriá e aos 30 para
do Porto da Folha; a commisão portanto não pôde compre- O Sn Cr.tz Machado declara haver
pedido a palavra
kender como os eleitores de Villa Nova e Pacatuba, achan- para, como membro da eommissão, requerer que o
parecer
do-se em maioria, não se conformarão com a deliberação do fosse impresso no
jornal que publica os trabalhos da cama-
collegio. ra, antes de entrar em discussão, no
que foi inteiramente
< Das a"ctas do collegio presidido pelo 1» juiz de paz de prevenido pelo honrado deputado que o precedeu, e por isso
Villa Nova, que também funccionou na matriz de Propriá, deixa de apresentar o seu requerimento, )
consta que havendo o l"juiz de paz de PropriA recusado Sr. Baptista Morteiro também era sua intenção
admittir a formarem parte do collegio os eleitores^ de Villa ^0 pro-
pôr essa impressão, e para o que havia pedido a palavra
Nova e Pacatuba, por considera-los nullos, cm vista disto com antecedência, mas, tendo apparecido
resolverão elles convidar successivamente o 2°, o 3o e o 4° já tal proposta,
votará por ella. Entretanto deseja
que so entenda bem quo
j uizes de paz para presidirem á mesa interina, e como se re- a impressão deve ser feita, não era avulso,
cusassem, recorrerão ao 1° juiz de paz de Villa Nova, por porque ist» tra-
ria alguma demora á decisão da
ser o do districto vizinho, o qual, estando presente, prestou- questão, e sim no jornal
que tem a seu cargo publicar os trabalhos da casa, entran-
se, e procedendo a todos os demais termos regulares da elei- do immediatamente em discussão o
cão, compondo-se o collegio de 66 eleitores, a saber: do 31 parecer logo que appa-
reça impresso.
de Villa Nova, de 31 de Pacatuba, e de 1 de Própria, foi
eleito deputado por unanimidade de 66 votos o Sr. João Uma voz : — Immediatamente não, deve-se dar algum
Baptista Monteiro, e supplente por maioria absoluta de 62 tempo para ser estudado.
votos o Sr. Manoel Joaquim da Silva e Oliveira. Posta a votos <5 approvada a
proposta feita polo Sr. 1° se-
< Daconfrontação das actas das eleições dos dous collegios, cretario.
se vê que, dos 32 eleitores de Pacatuba, um, José Francisco
Não havendo sobre a mesa
da Hora, não tomou parte em nenhuma dellas, e outro, Mi- parecer algum para ser lido
e discutido, o Sr.
ambas; que dos 40 presidente suspende a sessão ás 11. horas
guel Archanjo de Araújo, figurou em e oO minutos, e convida aos membros da3
«'leitores de Villa Nova 34 figurão em uma e 3 em outra, e eommissões a
occuparein-se dos trabalhos
finalmente 3 em nenhuma ; estes são: Pedro Gomes da Sil- que lhes C3tão affectos.
va, João Ribeiro Pereira da Cunha, e Luiz Ferreira de Oli- A' 1 hora coatintía a sessão.
veira ; e aquelles são : Severo Barbosa dos Santos, Leandro
Pereira da Silva, e Jeronymo Vieira Bastos. Contesta-se EI.EIÇÀO DE MI!<ÍAS-<;ERAES.
que estes tres houvessem votado no collegio da minoria;
mas para o resultado a que a eommissão pretende chegar é Lem-se, entrão em discussão, e sem debate são approva-
indifierente do collegio da maioria o voto dos, os seguintes
que se desconte pareceres:
do eleitor Archanjo, de Pacatuba, e que o voto dello e o dos
tres outros continuem a figurar no collegio da minoria. (2o districto.)
« A legitimidade dos 40 eleitores de Villa Nova, e dos « Algumas irregularidades encontrou a 5* eommissão
32 de Pacatuba, á eommissão que já foi demons- e poaeres nas autnenticas das
parece actas das eleições piimarias
trada. nas parochias de Santa
Anna e S. Gonçalo do Pará, irre-
« llouve
portanto dous collegios formados de eleitores gularidades que também encontrou o collegio eleitoral
na
legítimos; cm um votárão 65, descontando-se o de Pacatu- aeta da
pjirochia de Matheus Leme, que não foi
ba; em que o Sc. Monteiro teve 65 votos para deputado, e o eommissão. Essas faltas não presente á
provierão de fraude, não ha
Sr. Silva e^ Oliveira 61 votos para supplente; n'outro votárão
gueixa, nem protesto contra aquellas eleições; a eommissão
59, inclusive um de Pacatuba e tres de Villa Nova, em que J pois, qup se devem validar os eleitores respectivos.
o Sr. Piragibo teve 59 votos para deputado, e o Sr. Dr. Sabi- « oobre a eleição
da freguezia do Tabolciro Grande, cujas
no 59 para supplente. actas também não vierâo,
não pôde a eommissão emittir iá
« Se reunirem-se as votações de ambos os collegios será o um parecer. Essa eleição
foi arguida de nullidades insana-
Sr. Monteiro o deputado, e o Sr. Oliveira a supplente; se \eis pelos escrutadores
do collegio eleitoral.
separarem-se, suscitar-se-ha a seguinte questão: —Con- « Entretanto, descontando-se
ao deputado e ao supplente
sidera-se collegio a maioria? a minoria? ou nenhuma eleitos os 9 votos dos eleitores
dessa parochia, ainda assim
dellas ?
Jieao ellcs com maioria absoluta, isto <5, em 86 eleitores
« Considerar-se collegio a minoria seria absurdo, maxi- incontestáveis obteve o
deputado 49 votos, e o supplente 51.
circulo em
me quando se trata de um que a eleição deve « 1 or estas razões
é a eommissão do parecer :
ser por maioria absoluta. « l.o
Que se exijão as authenticas das actas da eleição
« Se nenhuma dellas, e resultado será que não haverá primaria da parochia do Taboleiro Grande, com informação
eleição senão quando o collegio fôr unanime, ou a minoria da presidencia da
província: sobre aescripturaçío dos livros
NONA SESSÃO PREPARATÓRIA EM 23 DE ABRIL. õ9

acta3, escripturação que se diz Pernambuco o Sr. conego Joaquim Pinto de Campos, e sup*.
falsifitM aflne'*as
plente o Sr. Dr. Miguel Gonçalves de Uma.
* « Sala das commissões , 23 de Abril de 1857. — Antônio
. p-° Qn® se declare deputado pelo 2° districto da pro-
vrncia de Minas o Sr. Dr. Francisco Alves
da Silva Campos. Cândido da Crus Machado. — Scbastiho Gonçalves da Silva.—
«3.o
Que se declare supplente pelo mesmo districto o Ilermogetifls Casimiro de Araújo Brunsicitk. >
or. padre José Júlio de Araújo Vianna.
« Sala das commissões, 23 de Abril de 1857. —Francisco O Sn. Presidente declara deputado pelo 12° districto de
Oclaoiano de Almeida fíosa. — J. Marcondes. —Amaro Pernambuco o Sr. conego Joaquim Pinto de Campos, c sup-
Car-
neiro Bezerra Cavalcanti. plente o Sr. Dr. Miguel Gonçalves de Lima.

O Sr. Presidente declara deputado ELEIÇÃO


pelo 2» districto da DA B VIII V.
provineia de Minas-Geraes o Sr. Dr. Francisco Alves da
fcilva Campos, e supplente o Sr.
padre Josá Júlio de Arauio (1° districto.)
Vianna. J
Lê-se, ontra em discussão , e sem debate é approvado, o
(6° districto.) S
seguinte parecer :
«Foi
presente A 5" commisiRo depoderes o diploma A 4" commissão depoderes examinou o processo eleito-
«
do
Alc?nt.ara,M«cl'ado, deputado ral do Io distriqto da província da
eleito pelo (i° primário e secundário
distHc o°dn8
6 Minas-Geraes, e a commissão, Bahia, e vem Acerca delle submettor o seu juizo á conside-
tendotnt TVTa
P 13 ele'íões ração da camata.
nrt ®-° secundana ,Ct?à parochiaes, e pela
nHo só a regularidade dessas « O referido districto é formado pelas parochias de S. Pe-
eletn«f ^Ç«otambém
que obtwerão maioria absoluta dro Velho , Itapoam , Divino Espirito-Santo de Abrantes ,
leputado o referido cidadao,
derattdoo'S para
e para supplente o Sr Dr Victoria, S. Pedro do Assú da Torre, Bretas , Conceição da
Joaquim Manano dos Santos,
é de parecer- Praia, Sé, e Conde.
se declare deputado « Nenhuma reclamação existe, ou foi presente ao collegio
t.„V
vinca Vvr pelo G" districto da pro-
P
de Mmas o Sr. Pedro de Alcantara
Machado. eleitoral, contra a regularidade das eleições primarias das
0 s.eã??h™ supplento
mesmo districto o cinco freguezias mencionadas em primeiro lugar.
Sr ni. T
or. l)r. Joaquim Mariano dos pelo
Santos. Na do Bretas a mesa parochial níío consentio que votas-
« Sala da» commissões, 23 sem Zeferino de Salles o Tertuliano Pinto, por estarem do-
de Abril de 1857. — F Octa-
V'a'Í° ° Almeida Rosa.—Amaro Carneiro miciliados e qualificados na freguezia da Victoria , e terem
; Bezerra Caealcanti
— J. Marcondes
de O. t Sd. ' nella votado , o que pareceu á commissão acertado , visto
O Sn. 1'iiEsrDrnTE declara deputado como nenhum cidadão pôde exercer o direito de votar cm
pelo fio districto da duas uarocliias.
província de Minas-Geraes o Sr. Pedro de
Alcantara Ma-
chado, e supplente o Sr. Dr. Na da Conceição da Praia a chamada dos votantes foi
Joaquim Mariano dos Santos.
feita por lista impressa, porém verdadeira, o ainda mais,
nLFJÇÃO forão as cédulas recebidas pelo presidente da mesa paro-
DE PERNAMBIT.O.
chiai, o por elle depositadas na urna , c* finalmente deu-se
districto.) um accrescimo de votos em relação ao numero de listas apu-
(12°
radas, circumítancias essas que são qualificadas do irregu-
d!acU8s5o< e scm debate
é approvado, laridades capazes de viciar e annullar todo o processo elei-
seguinte o
parecer™ toral em um protesto que se lê na respectiva acta.
* A commissão entende quo a lei náo reprovando as lis-
ma ^n\v0™m!ssii?-de P°,derc?. tendo examinado o diplo- tas impressas, e sendo verdadeira e exacta aquella pela qual
"eleí 'Vj Cajnpos, deputado oleito
120 districto pelo se fez a chamada, soria inconveniente c' injusta a annulla-
t0ral
Provi™a de Pernambuco, c as como e pela
actas reüi l * ção do processo eleitoral por tal motivo, assim
C,Çri°' !lPrescnta 0 resultado de
trabalho seu circumstancia innocente de serem as cédulas recebidas pelo
influo na apu-
'~° (}j-stricto
eleitoral de Pernambueo, presidente da mesa parochial, c porque não
quo tem por ração o accrescimo de votos notado no protesto.
d0 Brejo da Madre
dou7Jw!'a de Deos.'s^ comede No curato da Só se protestou também contra a eleição
lireJ0> comprehandendo as
freeuezias^o'RT«- ?.'• K
° Cl.mbr?B' pelos seguintes fundamentos :
e 0 da vUla de ^óres, com- « Ser incompetente o presidente da província para dcsig-
irXndêndn ..V
de F1Cre3' de
Êaixo o vflla Ií(.'|a"UeZlaS nar novo dia para a eleição, quando por qualquer motivo se
não eflectuar ella no dia mtarcado por lei.
!rreRu,ar!dades « Ter sido incompetente a mesa quo funccionou na paro-
qae v!cicm
« Examinando as actas chia e no dia 20 de Novembro.
das eleições das freguezias de « Terem sido antes de escripta a
queimadas as cédulas
eleitorcs- 6 do Brejo da Madre de Deos
ou? den'-ÂUef k28 acta respectiva.
" ' nao encontrou irregularidades
viri«m > .m que as « Ter faltado o numero de 44 votos para prefazer o total

na so.^r^Ç^T q^e ,
havendo-se recebido dos que se devião ter apurado em relação ao numero das ce
eedulas , sendo 313 fechadas de
lados f 150 m todos os dulas recebidas.
chiai resolvpn f i140 Hstavao as81m Achadas , a mesa paro- « A commissão exporá á camara o quo occorreu Acerca

to ao
presidenta^111 •
seParad°i e consultar a respei- da eleição do referido curato , para que possa ella avaliar a
de 11 de ; c determinando este, em data allegadas.
NoremhrnPrOV'nCla
' 8e reuni8sem os votos procedência das irregularidades
separado «i m#»eo
t^Ue tomados em « No dia 2 de Novembro proeedeu-se â eleição^ no curato
vembro ° eumpr!o> reunindo-se ate
para este fim™
a 22 do No- da Sé, e no respectivo processo eleitoral,
proseguio-se
vencido, commetteu o
58í°Z'freS que um cidadão, adherente ao partido
Viíu-BeílJSSto ' ^n8tl7-eira , Lagoa de Baixo e se nao
ciimo de despedaçar a urna e rasgar as cédulas que
collegio,
que julcou leffttes°ne'^Und0 COn3ta dae aotas do aéhavão apuradas. .
tendo havido recfamaçfo P dos mesmos í 6 não « Ficou portanto inutilisadaa eleição, pelo que o 1 JU1
cont™ í°-aS ácerca do que
comquanto não
fo,sem presente,?* ?U° de aI«uma dclla3' de paz se dirigio á presidencia, consultando
a nova
p""™ *» se devia fazei ; lhe foi respondido que procedesse
Ç votan ¦
K eleição no dia 20, convocando para esse dia os
organisando nova mesa. .
câmara mu^i^Td^^â
peIa « O juiz de paz, de accordo com o parecerda presidência,
d^dUtrict^1^!°'' os c eit
os dous
que designou o dia 20 para essa eleição, o convidou
primeiros votados íbrão o S r í' í^bece e na torma .
de Campos
com 97 votos, c o Sr ,Í0Í?1U™ Pu'í° e supplentes para que se organisasse com eUes,
Lima com 67. Dr M?g° Gonçalves do da lei, nova mesa parochial.
Miguel
« Em vista' do exposto € A commi&sfio entende que o art. 60 da lei da ao juiz
è a commissão dia da elciç&o. Nao
da parecer • de paz e ô, mesa o direito de designar o
aconselhado ao
cre porém que o facto de ter o presidente!
de ácerca do que devia fazer possa ser um roptivo
juiz paz
«2,0 de nulliaade da eleição do curato da Sé, porque só considera
QUe gej» recon]ieci(lo deput(lào eleiçao a
i2o
d.3tr.elo da motivo plausível para a annullaçao de qualquer
60 DÉCIMA SESSÃO PREPARATÓRIA EM 1h DE ABRIL.

• Silveira Lobo, Gonçalves da Silva, Torres-Ilomem, Bnptisty


das formulas cssenciaes e garantidoras da liber
e do voto , e não crê que o facto allegado possa nem de
nterição Monteiro, Nebias, Azevedo e Paiva, Peixoto de Azovedo,
leve influir na sincera manifestação da vontade popular. João Fclippe, Mendes da Costa, Ramalho, Cândido Mendes,
Parece ainda íi commissão que procedendo-se a uma Aranha, Paranaguá, Salathiel, Pinto de Campos, Pereira
nova eleição , devia também ser nova a mesa encarregada Pinto, Teixeira .Júnior, Diogo Velho, Costa Pinto, Cunha
de a fiscalisar e dirigir, e que o art. 60 rege sómente os Mattos, Miguel Araújo, Piragibe, Landulpho, F. Octaviano,
casos em que a mesa installada se veja na necessidade de Lima e Silva, Barbosa da Cunha, barão de Camarajribe,
adiar seus trabalhos. Rego Barros, Gaioso, barão de S. Bento, Cyrillo, Felippe
O facto de terem sido as cédulas queimadas antes do de Araújo, Fernandes da Cunha, Cunha íigueiredo, Vi-
escripta a actanão tem importancia, porque realisou se de- riato, Afíonso de Carvalho, Araújo Lima, Saraiva, Barros
Pimentel, Augusto Corrêa, Madurcira, Sampaio Vianna,
pois que foi feita a lista geral da apuração, e íorão publica-
dos os nomes dos votados. Belfert, Pacheco, Luiz Carlos, Belisario, Heuriques, Para-
Occorre ainda que a explicação mais natural da diífe- nhos, Antunes de Campos , Pompêo, Banevides, Barbosa,
rença da falta de votos em relação ao numero de cédulas Salles , Cruz Machado, Pinto de Mendonça, Augusto Cal-
recebidas estíi no recebimento de cédulas em branco, senão das, Sá e Albuquerque, Tobias Leite, Calheiros, visconde
no desprezo de votos obtidos em pequeno numero, por al- de Baependy, Nabuco, Alcantara Machado, Serra Carneiro,
sendo que a Fausto, Augusto de Oliveira, Pereira Franco, e Pedernei-
guns cidadãos , cujos nomes forão omittidos ,
alteração dos últimos eleitores, quando fosse a consequencia ras, abre-se a sessão.
do facto allegado e explicações dadas ácerca delia , nao in- LG-sc e approva-sc a acta da antecedente.
fluia no resultado dos differentes escrutínios do collegio
O Sr. 1° Secretario dá conta do seguinte
eleitoral.
i Na freguezia do Conde forão feitas duas eleições, uma
EXPEDIENTE.
no arraial da Ribeira e outra na casa da oração , que serve
de matriz.
Um officio do ministério da justiça, satisfazendo a re-
« Na primeira não forão observadas as solemnidades es -
senciaes, como a da convocação de votantes para um lugar quisição da camara sobre a3 eleições de Baturitó, no Ceará.
A' commissão respectiva.
que não era o designado por lei.
« A segunda foi
presidida por um juiz de paz pronunciado Outro do mesmo ministério, communicando que a res-
em crime de morte, como o prova um documento authenti- peito das eleições do 4o districto da provincia do Maranhão
co» o que, sobre ser um«scandalo, affecta e vicia todo o pro- nada consta por aquelle ministério, o que quanto ao inqui-
cesso eleitoral. rito sobre as eleições de Sobral, já foi remettido á camara.
« Eleição secundaria.—Na eleição secundaria não se nota A
quem fez a requisição.
a mais pequena irregularidade, e em diversos escrutinios fo-
Outro do mesmo ministério, remettendo os officios do juiz
rão observadas todas as disposições legaes; pelo que 6 a
de direito e promotor da comarca de Campo-Maior, provin-
commissão de parecer :
cia do Pianhy, sobre eleições na villa das Barras.—A quem
«lo Quesejão annulladas as duas turmss de eleitores
fez a requisição,
do Conde, e approvadas as eleições primarias de S. Pedro
Velho, Itapoam, Divino Espirito Santo de Abrantcs, Victo- Uma representação documentada de vários cidadãos resi-
ria. S. Pedro do Assú da Torre, Bretas, Conceição da Praia, dentes no município e freguezia de Nossa Senhora dos Cam-
e Sé. pos do Rio Real décima (provincia de Sergipe) íontra a
2.° Quo seja reconhecido deputado pelo Io districto da eleição ali feita em Novembro do anno passado. — A' com-
missão respectiva.
provincia da Bahia o Sr. Dr. Joaquim Jeronymo Fernandes
da Cunha, o supplente o Sr. 1° tenente Constantino do Ama- O Sr. Madlrkuu (pela ordem):—Sr. presidente, estou
ral Tavares, que obtiverão maioria absoluta de votos no ul- informado de que o digno administrador da provincia da
timo escrutínio. Bahia fez um relatorio sobre todas as eleições da provincia
« Paço da camara , 23 de Abril de 1857. — L. Carlos — em que houve controvérsia; e V. Ex. bem vê que um rela-
José Antonio Saraiva. » torio desta ordem, feito por um presidente estranho á luta
O Sr. Presidente declara deputado pelo 1° districto da eleitoral, como foi o Sr. Cansansão de Sinimbtí (apoiados)y
não pôde deixar de ter todo o peso, de merecer toda a con-
provincia da Bahia o Sr. Dr. Joaquim Jeronymo Fernandes
da Cunha , e supplente o Sr. Io tenente Constantino do sideração das commis9ões que têm de emittir um juizo
Amaral Tavares. severo e esclaiecido sobre as eleições duvidosas da Bahia.
Ora, Sr. presidente, eu sei, o que pôde confirmar o lion •
Lê-se , entra em discussão, • sem bebate é approvado , o
rado membro o Sr. Barros Pimentel (apoiado), porque assim
seguinte parecer :
nos aflirmou 5 Sr. presidente da provincia, que este relato-
Tendo sido já approvadas as eleições do 2o, 5°, Co, 8°, rio veio no vapor em que nós viemos; entretanto, Sr. presi-
9° e 14o districtos eleitoraes da provincia da Bahia , é a 4rt dente, não sei, porque não me ó dado qualificar o procedi-
commissão de poderes de parecer que se mandem archivar mento alheio, nem querer eu descobrir intenções, porque o
as actas e remettidos. meu fim não é invectivar; não sei, repito, porque até agora
papeis concernentes , quo lhe forão
« Paço da camara , 23 de Abril de 1857. — L. Carlos. — este relatorio não foi apresentado á assembléa. Note V. Ex.
Francisco de Assis Alhaide. » que eu não posso deixar passar este facto desapercebido,
Não havendo mais trabalhos sobre a mesa, o Sr. presi- porque ainda restão a verificar alguns diplomas de depu-
tados pela minha
dente convida os Srs. deputados a se reunirem amanhãa á provincia, e a um delles tenho de oppôr
sérias contestações;
hora do costume. portanto quizera que aquelle trabalho
viesse á casa e fosse sujeito á commissão, para que cila,
Levanta-se a sessão. tendo-o presente, pudesse orientar a assembléa, c talvez
a mim mesmo, nó voto sobre
que por ventura tenha de dar
esta matéria. E,
pois, Sr. presidente, se V. Ex. me affirma,
como ha me affirmou a secretaria desta casa, que
pouco
Dcclma sessão preparatória em 24 ile Abril. aquelle relatorio não chegou, offerecerei á consideração da
assembléa um requerimento exigindo-o do Sr. ministro do
PRESIDENC1A l>0 SR. AIVTOMO JOSÉ MACHADO. império.

0 Sr. Presidente: — Pôde mandar o seu requerimento.


Summario — Expediente. — Ordem do dia. —Eleição de Ser-
— Eleição da Bahia. Votação. — Eleição do O Sr. Madereira: — Agora permitta V. Ex. que accres-
gipe. Votrçâo.
cento algumas em vista das curtas
Ceará. Votaçào. — Eleifão de Pernambuco. Votação. — Elei- palavras; parece me que
considerações as commissõos não
çuo do Maranhão. Votação.
—Eleição du Parahyba do Norte. que fiz é de intuição que
Votação. devem precipitar as questões, nem prescindir deste docu-
mento. Eu quizera, por exemplo, que a eleição do 7" dis-
A's 11 horas da manliãa, achando-so presentes 09 Sr3. tricto da minna provincia não fosse aqui discutida emquanto
Mach do, Dias Vieira, Fernandes Vieira, Athaide, Luiz não vier esse relatorio. Note V. Ex. que não ó meu fim oro-
Francisco, Cerqueira Leite, André Bastos, Souza Leão, tolar, fazer accusações, disputar o diploma do Sr. Peder-
Franco de Almeida, Villela Tatares, Silvino Cavalcanti, neiras; o meu fim é só apreciar a eleição do7° districto, e se
DÉCIMA SESSÃO PREPARATÓRIA EM 24 DE ABRIL. 61

hs razue3 que Be apresentarem forem taes < l.o QUe sejão validadas as eleições primarias do 11» dis-
que possuo des-
truir as informações e documentos tricto da Bahia.
que tenho, e mostrem
que o eleito deve ser o Sr. Pederneiras, íicarei satisfeito. <2.° Que seja reconhecido deputado pelo mesmo districto
Entretanto, torno a dizer, entendo o Sr. Dr. José Joaquim Landulpho da Rocha Medrado.
que sem esse relatorio
não devemos entrar na « 3.° E' igualmente reconhecido supplcnte o Sr. Dr. Pe-
que&tão; os documentos que ha estão
juntos ao mesmo relatorio, n camara não devo tomar uma dio da Silva Rego.
decisão anticipada. Também
peço aos illustres membros da « Paço dacamaia dos deputados, 21 de Abril de 1857. —
commissào
que hajão de examina-lo e de consultor os docu- L Carlos. — José Aiitonio Saraiva. — Fra cisco dc Asais
mentos que por ventura venhão annexos, »
para emittirem Athaide.
um juizo esclarecido sobro a questão.
O Sk. Presidente declara deputado pelo 11» districto da
Lé-se o i! approvado sem debate o seguinte requerimento: da Bahia o Sr Dr. José Joaquim Landulpho da
província
< Requciro Rocha Medrado, e supplcnte o Sr. Dr. Pedro da Silva Rego.
qnc Be peça ao governo o relatorio do presi-
dente da Bahia sobre as eleições de deputados.—ilailureira. >
ELEIÇÀO no charí

ORDEM DO DIA.
(7o districto.)
I/'-&e, entra em discussão, e é approvado Eem debate, o
seguinte parecer: I-ê-se, entra cm discussão, e sem debute ó approvado, o
seguinte parecer: '
« Constando íi 7" commissão de
poderes, por um protesto
inserido na aeta da eleição « A 2" commissão de verificação de poderes. examinando
primaria da freguezin du cidado districto eleitoral da
de Sorocaba, dous as actas parochiaes da eleição do 7°
por membros da mesa parocliial,
que no dizem respeito a este
acto da primeira chamada dos votantes se dera um
tumulto, provincia do CcaTá, o mais peças que
sendo derribado da sua cadeira um dos mesarios, circulo, apresenta seu parecer ft consideração da casa.
e havendo
diversos ferimentos e contusões Tendo corrido o processo eleitoral pela fôrma legal em
que tornsirão necessaria a
intervenção do delegado de todos os pontos do districto, como se ve dns ftetas, e é decla-
policia, acompanhado de força
armada, para restabelecer a tranquillidade, a mesma rado no officio do presidente da provincia de 5 de Março,
com-
missão requer não tendo sido arguido de vicio algum, houve porém uma
que se peçâo inf .rmaçõcâ aogovtrno ácerea
de taes factos, e do resultado io duplicata em Lavras, feita pelo cidadão José Gonçalves da
processo que por ventura
so liaja instaurado. Silva Rolim, como 3» supplcnte do juizo de paz. O collegio
< Paço da camara, 24 do Abril de 185T. — S. Ií. — tomou o bom accordo de receber em separado os votos dos
J. J.
Tdaeira Júnior. — A. Barbosa. > eleitores assim feitos
Collige-se bem «ias actas que o lo juiz dc paz Raymundo
ELEIÇÀO l)i: SERGIPE. Corrêa de Araújo Lima, o competente para presidir ao acto
da eleição, piocodeu em regra, e que o cidadão José Gon-
(3° distncto.) sem causa justificada uma
çalves da Silva Rolim formou
segunda eleição tumultuaria, depois de Hndoe os trabalhos
Lé-se, entra em discussão, e sem debate é approvado, o da mesa, única que pôde ser nomeada legal. E' a commissào
«eguinto parecer:
de parecer:
€-A. 3n commusão de 1 0 Que seja annullada a eleição feita e presidida pelo
poderes, a quem foi remettido o
diploma do Sr. Dr. José de Barros
Pimentel, deputado eleito cidadão José Gonçalves da Silva llolim, e desprezada a apu-
pe o 3° districto eleitoral da provincia do Sergipe, tendo ração dos 27 votos tomados em separado no collegio.
examinado o mesmo diploma
c as actas da respectiva elei- t 2 o Que sejão julgados legaes todos ou eleitores das
!
dos de Lavras em
çao, reconheceu que funcoionandà legalmente o collegio parochias deste districto. excepção feita
eleitoral, composto de 107 j
eleitores das 5 parochias do duplicata, presidida por Rolim.
districto, obtiverão o dito
Sr.*Barros Pimentel 95 votos .'i.o Que soja reconhecido deputado polo 7° districto
para j
deputado, e o Sr. Dr. Jotó dc Araújo
Martins Fontes 58 votos para |i eleitoral da provincia do Ccarfi o Dr. Francisco
supplcnte. Litna com 78 votos.
« A commissào teve * 4.° <^ue seja reconhecido supplcnte pelo mesmo dis-
presentes cópias de todas as actas
relativas 4s eleiç-Ses tricto o Sr. Gervasio Cicero de Albuquerque Mello.
primarias das freguozia» de Simão Dias, Ij
que d»*u 12 eleitores, e de Iporanga, que deu 22, nas I Paço da camara dos deputados, 21 de Abril de 1857. —
quaes 1
o processo eleitoral oorreu regularrionto V. 11. Duarte. —J. J. Pacheco. >
í das freguezias de !
itabayanna,
que deu 47, deS. Christovâo, que deu 19, e do O Sr. Presidente declara deputado >>elo7'» districto da
Campo de Brito,
que deu 12, apenas forão presente» A com-- provincia do Ceara o Sr. Dr. Francisco de Araújo
Lima, e
missão cópias das actas da apuração; o collegio
julgou va- supplente o Sr. Gervasi® Cicero dc Albuquerque Mello.
lidos os diplomas dos seus eleitores, e nenhuma
reclamação !
existe contra a eleição de alguma dellas.
ELEIçXO Dl. PEKUMBIICO.
* E
poitanto a commissão de parecer:
seapprovem as o'eições
„ „'j.° ^Ul:
l®^cto eleitoral da
primarias que formão (8° ditlrii to.)
provincia dc Sergipe,
'^conhecidos deputado do mesmo dis- IX-se, entra cm discussão, e 6em debate í approvado, o
tsej"°
seguinte parecer:
DrMa«ín.JF^Barr°B PÍnient"'' " Supplent9 ° S"
« A 3» commissão de poderes, a quei i foi presente o di-
C"Tlirr^
21 ll<; Abril do 1857. — Antônio Sebastião do Rego Barros, depü-
rall^JV. ploma do Sr. conselheiro
°' ~ Sebauiío GÓnta""s í,a Siica- • de Per-
tado eleito pelo 8» districto eleitoral da província
ÓT p "'sen^^^nr'^!''.)0 actns da
nambuco, tendo examinado o mesmo diploma e as
provincia pe'° 3° dÍ9trict0 d" lcgalment#
respectiva eleição, reconheceu que funccionatido
£uPPicnte Pimcnte1'c faltando 18,
o collegio eleitoral comporto do 59 eleitores,
.15 votos para
obtiverão o dito Sr. conselheiro Rego Barres
ii.íh.Xo in Ucerda 5-1
mui*. deputado, o o Sr. Sebastião do Rego Barros do
I votos para supplente. .
(11o districto.) .ias acias
< A commissão sòmentc teve presente» copras
freguezias formuo o districto,
I-é-se, entra em discussão
o sem da apuração relativas As 3 quo
debato ipoui-
é approvado, o ' a saber: Cabo Scrinlmem •!-. e
seguinte
parecer; que deu 50 eleitores,
dos seus alei-
« A 4« commissão de ca 25: o collegio julgou validos os diplomas
contra a cloiçao do
toies, o nenhuma reclamação existe
« actas da eíeição alguma dellas.
;
primaria, que lhe fotóo pe^nt^ e ala « E' portanto a commissão dc parecer
secundaria, das 3 ire-
da qual consta que nenhuma irregularidade
se «1.° Que se approvem as eleições primarias
eu no da província de
processo eleitoral primário do 11o districto «««im que formão o 8o districto eleitoral
guezias
8ecundar!o' ')ol° 1ue 6 a refcril^
s5™denpa?^er-S0 commis- Pernambuco. i:
mesmo d*s-
€ 2.0 Que sejão reconhecidos deputr.do do
0-2 DÉCIMA PRIMEIRA SESSÃO PRE PARATORIA EM 25 DE ARRIL.

tricto o Sr. conselheiro Sebastião do Rego Barro», e sup- Toscano Barreto, e supplente o Sr. Dr. Antonio da Cunha

plente o Sr. Sebastião tio Rego Barres de Lacerda. Cavalcanti de Albuquerque Mello.
« Sala das commissões, «24 de Abril de 18-57. — Antonio
Não havendo mais pareceres de commissões sobre a mesa,
Cândido da Cruz Machado. — Sebasttio Gonçalves da Silva. » o Sr. presidente suspende a sessão ás 11 horas e 50 minutos
O Sr. Presidente declara deputado pelo 8o distrieto da até apparecer algum trabalho das commissões.
província de Pernambuco o Sr. conselheiro Sebastião do A' 1 hora menos 5 minutos coutinúa a sessão.
iíefro Barros, e supplente o Sr. Sebastião do Iíego Barros de
Lacerda. O Su. 1° Secretario lê os seguintes offieios:

ELEIÇÃO Do ministério do império, remettendo o officio do presi- I


DO MARANHÃO.
dente da província da Bahia relatando alguns factos occor-
j
ridos no processo eleitoral da Novembro e Dezembro, e algu- I
(Io distrieto.)
mas providencias dadas.
Lê-se, entra em discussão, e sem debate é approvado, o
Outro do mesmo ministério, enviando o do presidente de
seguinte parecer: Sergipe, que acompanha uma representação de alguns vo- j
< A ln commissão tantes da parochia da Estancia, sobre a legalidade e ordem
poderes examinou as actas das
do
eleiçScs paroeliines e do collegio do Io distrieto eleitoral com que foi feita a eleição.
da provincia do Maranhão, o sobro ellas passa a expôr o <
Outro do mesmo ministério, cobrindo também o officio do
seguinte: dos
presidente de Sergipe que envia uma representação
« Compõe este distrieto um único collegio, comprehen-
eleitores da Estancia, sobre a validade da eleição primai ia
dendo de/, freguezias. Em oito dellas nenhuma occur- da parochia de Campos do Rio Real da mesma província.
rencia se deu digna do reparo. Na do Rosário, porém, antes
da formação da mesa, houve uma altercação entre vários Outro do mesmo ministério, remettendo dous offieios do
cidadãos, e logo acalmada. Nesse ensejo é a igreja invadida piesidente de Minas-Geraes, acompanhados de representa-
ções sobre irregularidades de eleições de eleitores das paro-
por tres indivíduos armados, um dos quaes, dirigindo a
arma contra o delegado de policia, não conseguio o intento chias da Barra Larga, e de Matheus Leme.
de offendè-lo por negar fogo a espingarda, mas sempre o Outro do mesmo ministério, communicando que todos os
ferio na. cabeça quando essa autoridade lhe arrancava das eleições da província do Maranhão que
papeis relativos ás
mãos o instrumento do crime, bem
que se ponha cm duvida existião na secretaria de estado jà forão remettidos á

, se o ferimento foi intencionalmente praticado. Pieso em camara.


flagrante o aggressor, seguirão os trabalhos sem pertur-
Outro do mesmo ministério, declarando que na secretaria
bação.
do estado não existe a acta da eleição de deputado supplente
« Na parochia de Nossa Senhora da Conceição da capital,
concluída a apuração dos votos, um dos mesarios assig- pelo 5° distrieto do Rio de Janeiro.
nou-se vencido na acta, a pretexto de que o juiz de paz Outro do mesmo ministério, transmittindo um officio do
acompanhado de alguns dòca-
presidente da mesa não fôra qualificado no anno de 1853, em presidente da Parahyba,
inentos relativos à duplicata que se deu na eleição primaria
que tinha sido eleito para o cargo que desempenhava.
« A' reunião do collegio da freguezia do lugi.
procedeu-se com regularidade.
« A' vista do exposto, e entendendo a commissão Outro do mesmo ministério, remettendo as actas do
que se
não deve attender por intempestiva (\ declaração do membro 2o collegio do 2o distrieto eleitoral da proviucia de Goyaz.
da mesa da parochia de Nossa Senhora' da Conceição da
Ontro do mesmo ministério, enviando o officio do presi-
capital,-i de parecer:
dente da Bahia que acompanha a representação de alguns
«1.° Que seja reconhecido deputado
pelo 1° distrieto eleitores e supplentes da parochia de S. Jorge de Ilnéos,
eleitoral da província do Maranhão o Sr. José Joaquim Tei-
relativa a abusos <jue allegão ter aido cemmettidos na ulti-
xeira Vioira Belfort, q\ie obteve maioria absoluta de votos.
ma eleição primaria.
< 2.o Que seja reconhecido supplente pelo referido dis-
Todos estes offieios são remettidos ás commissões res-
tricto o Sr. Dr. Raymundo Alexandre Valie de Carvalho,
que também obteve maioria absoluta. pectivas.
« 3.o Que sejào approvados os eleitores para esta eleição. O Sr. Presidente:—Não existo sobre a mesa parecer
« Sala das sessões, em 23 de Abril de 1857. — L. S. da algum de commissão. A ordem do dia deamanhãa serádi-
Cunha Mattos. — Cunha Paranaguá. > vidida cm duas partes: na 1", até o meio-dia, serão submpt-
tidos á discussão os pareceres que se apresentarem; do
O Sn. Phi siiikxti: declara deputado pelo Io distrieto d*
meio-dia em diante terá lugar a discussão do parecer da
província do Maranhão o Sr. José Joaquim Teixeira Vieira
Belfort, e supplente o Sr. Dr. Itaymundo Alexandre Vali® commissão, já impresso, sobre a eleição do 4» distrieto
de Carvalho. eleitoral da pfovincia de Sergipe.

levanta-se a sessão <x 1 hora c 10 minutos da tarde.


ELEIÇ&O I»A P VRAI1N DA DO NORTE.

(Io distrieto.)

Lê-se, entra em discussão, e sem debate ó approvado, o Décima primeira sessão preparatória em 23
seguinte parecer: ile Abril.
« Foi visto e examinado na 2° commissão de
poderes o PREBIDENCIA DO MACHADO.
diploma do Sr. Dr. Victorino do Rego Toscano Barreto, SR. ANTONIO JOSÉ
deputado eleito Parahyba
pelo 1» distrieto da província da Scumirio —Ordem do dia.— EleiçOo do 4° distrieto de Ser-
do Norte.
« Não havendo, como não ha, vicio ou irregularidade yipe. Discursos dos Srs. Bem vides. Silveira Lobo, Cruz Ma-
cliado, Ba p lista Monteiro. Emenda para annullar a eiei-
contra a eleição das differentes freguezias
que compoem este
circulo, e nem reclamação alguma, tendo todo o processo ção. Discurso do Sr. Barros Pimentcl.
eleitoral corrido regularmente, é a commissão de parecer:
A's 11 horas da manhãa, acliaíido-se presentes as Srs-
c l.o Que sejfio approvados os eleitores das diversas fre-
Cerqueira Leite, Paiva, Serra Carneiro, Silveira J/)bo, Ma-
rraezias do dito lo distrieto da do
província da Parahyba chado, Souza Leão, Luiz Fran«isco, Aranha, Salathiel,
Norte.
Villela Tavares, Mendes da Costa, Torres-Homem, Pira-
<2.o Que seja reconhecido deputado pelo mesrao distrieto
Pereira Pinto, Baptista Monteiro, Castollo Branco,
o dito Sr. Dr. Victorino do Rego Toscano Barreto.
ranço de Almeida, Teixeira Júnior, Pinto de Mendonça,
fib»,
« 3.o Que seja reconhecido supplente pelo referido dis-
Pompeo, Salles, Silvino Cavalcanti, Cunha Mattos, Nebias,
tricto o Sr. Dr. Antonio da Cunha Cavalcanti de Albuquer- Pedro Muniz, Athaide, Gonçalves da Silva, Madureira, Sá
que Mello. e Albuquerque, Paes Barreto, João Felippe, Silva Miranda,
< Paço da cauiara dos deputados, 24 de Abril de 1857. — Paranaguá, Sampaio Vianua, Jaguaribe, F. Octaviano, Mi-
J. J. Pacheco. — V. li. Duarte. »
guel de Araújo, Barros Pmientel, Fernandes da Cunha,Rego
O Sr. Presidente declara deputado pelo lo distrieto da Barros barão de Csmaragibe. Ramalho, Saraiva, J. Marcou-
des, Fernandes Calheiros, Cândido Mondes, Tibe-
província da Parahyba do Norte o Sr. Dr. Victorino do Rego Vieira,
DÉCIMA. PRIMEIRA SESSÃO PREPARATÓRIA EM 25 DE ABRIL. 63
rio, Costa Pinto, Aflonso de Carvalho, Lima o Silva, | do
Luiz Carlos, Pederneiras, Benevides, Fausto, Augusto províncias não tinhão a quem dar conta, porque estava
Cor- i aceito geralmente aquclle
rêa, Araújo Lima, procedimento.
Barbosa da Cunha, Pereira Franco, Assim mesmo surgião
Landulfo, Peixoto de Azevedo, Tobias Leite, Machado Coe- grande» dificuldades; quanto mais
na actualidado, es
lho. Bezerra Cavalcanti, Pacheco, quando princípios da conciliação estão
barão de S. Bento, cm pratica, entrando
Viriato, visconde para a a Itninistração um homem que
de Baependy, Domingues, Relisario, pela primeira vez tinha a honra do ocoupm tão alto cargo
Belfort, Gaioso, Cruz Machado, Felippe de Araújo, Dias Mas tive a boa cstrella de
Vieira, Dantas, Cunha Figueiredo, Arngão, Diogo Velho, plantar na província ue Sergipe
os ptincipios da conciliação; tive a
fortuna de convencer
Augusto de Oliveira, Henrique», o llarbosa, abro-«o a essa província de
que devia acompanhar a suas irmãas iluda
sessão. adiantadas, e mio licar na retaguarda.
0 bon senso aceitou
Lé-se e approva-Be a «cta da antecedente. estas ideas, e a urna exprimio-so com
toda a verdade, sem
pao nem pedra, sem uma só violência,
O S*. Pke8i»e.ite declara que, não havendo expediente e Bem uma só prisão,
monto' tem ,l mínima
nem pareceres apresentados, passava-se A perturbação da o(dcm
publica1
assim, Sr. presidente, sómcnto
ORDEM DO DIA. _Não procedi pela obriga-
çuo do obedecer ás instiucç5en quo tinha recebido do o-ttbi
nete imperial; o presidente de Sergipe obrava assim"obo
ELEITO »0 4° 1MSTKICTO I>E SERGIPE.
decendo também a motivos ainda mais fortes, e esses
esta-
L -se e entra cm discussão o vão om sua consciência.
parecer da 3" commissão de
poderes, sobr<- a '-leição do 4° districto da província de Ser- O presidente do Sergipe exultou de prazer
quando soubo
gip'-, que reconhece deputado o Sr. João llaptista Monteiro. que lhe cabia a honra de executar naquella província os
(In letMsüodâ 23 de Abril.) princípios que so achão no fundo do seu coração, que são
os da conciliação.
O Sr. Benevides :— Tendo-se
procedido, Sr. presidente, O Sr. V. Tavares : ¦ -E'
a < leição d.' d"putados dc Sergipe, preciso que sejão praticados
pela província aconteceu sempro.
que, pelo 1° districto eleitoral, se désse uma duplicata. Eu
tinha u honra de O Sn. BtM vioi s: — Sim, sob pena do nada valerem,
presidir então aquella província, e por essa
OCCasiSo formei o lirme
propósito de não emittir juizo al- {lia um aparte.)
gum a respeito do direito que tinha um ou outro dos dous
candidatos a um assento nesta casa. Apoiado; devem estender-se a todos os
pontos do im-
Muitas pessoas, perio.
, querendo lazer juizo seguro sobre legfl
Senhores, o homem
Umidade de um do» dous candidatos, a mim se dirigirão que tem a honra ae ínllar perante
esta casa, desde 1849
para que eu emittieie a minlía opinião. Sempre lhes respon - quando tomou o grão do bacharel for-
<ii : o mado na academia de Olinda, não occupou um
juiz competente é a camara dos Srs. deputados. Entre- r/> empre-
tanto, como go, não seguio nenhum dos pnrtidos políticos. Conservou-
qualquer dos cidadãos da província de Sergipe,
se na vida estudando em seu gabinete os nego-
procurei esclarecer-me a respeito da matéria, particular,
porque tendo cios do paiz. Não tendo compromissos com
a honia de occupar um assento nesta
casa, teria de eaun- quem quer que
Ciar meu seja, não tinha satisfazer a exigencias;
juizo sobre essa duplicata. que estava semente
Mas os dados em na obrigação de adoptar aquillo entendia em teu liberri-
que apoiei o meu juizo ficarão co- mo pensamento.
quo
migo ; nío anticipei idéa alguma em semelhante
assumpto ;
Nestes princípios, Sr.
porque as minhas reluçoes com os dous candidatos estavão presidente, bó quando forão inau-
<m circumstancias mui espeeiaes.
Um dizia-se imposto guradas as idéas que hoje so achão geralmente aceitas no
l»-lo governo ; o outro se havia constituído meu inimigo tiga- paiz, julguei poder apresentar-me a encetar a minha carrei-
«al, meu ra publica ; porque tinhão como
inimigo
pessoal. Qualquer juizo, pois, que eu que desanparocido as idéas
Apresentasse Acerca desse objecto extremas que occupárão um e outro
poderia ser taxado de partido, o eu não iros-
tando dos extremos,
Suspeito. queria o meio termo, quando tivesse
Appello do envolver-me em
para o honrado membio que tem assento nesta política.
casa; clle Sendo esta a minha convicção,
que diga se na província de Sergipe soube que o quando aceitei a presiden-
cia de Sergipe não levei outra recommendação
presidente emittisse opinião contra »ua eleição qualitican- nlém dos
do-a úe legal ou illegal. princípios do programma do gabinete imperial, apresenta-
NVstas disposições, Sr. dos pelo Sr. marquez do Paraná.
presidente, me conservava eu, e
tálvez deixasse correr essa causa
por conta de seus donos, O Sn. \ . 1 wAHi s: — Mas as idáts do Sr. marquez
de
Os quaes tí'm assento nesta casa, e hão de defender o sen 1 iranú continuárão a oxocutar-so depois da sua morte?
direito, se a illustre commissão de
poderes não entendesse O Sn. Bem:vibes: —Sim , senhor;
que devia envolver em seu parecer o nome do presidente de para Sergipe conti-
nuárão até o dia 13 do corrontcs, era
Sergipe, apresentando^) como hOmcm que do lá saíii.
que não tinha sabido
respeitar a lei em uma occasião dada. O Sr. V. Tavaiiis : — Pura o resto do império,
não.
Ésse parecer arguio-me do ter violado a lei lavrando
O Sn. Bf.iseviuks : — F.ssas idéas forão ali fidelissima-
uma ia foi lida
portai que no collegio eleitoral do 4o dia- mente executadas.
tricto.
Parecerá talvez estranho, Si.
Era presidente, qne eu mo to-
pol» dever meu não deixar passar desapercebida nha demorado um pouco cm entrar
sta
questão perante o pai/, perante » propriamente na mate-
governo, o principal- ria se discuto; mas eu precisava do apresentar estas
perantu 0!ta «»»> muito respeito; c portanto guo
1U(i considerações á casa
vou dar a razão
do acto <|ue para estabelecer a minha posição na
pratiquei. provincia de Sergipe, psra dar um cabal desmentido áqnel-
I'0"' "euliore*, não <5 o interesse individual
que les %ue por despeito, por não verem completamente satis-
°brii!a a
SteVrr fM'dir a pilavra; mas a feitos os seus desejos, se têm servido do meu nome como
Mt° m>u
missão considerou *uv » iUufttre com- um meio de guerra, devendo considerar que não era ura lio-
fcu®
Sr. presidente, não é mom amigo da conciliação como eu, cjuem, violando os seus
preciso ter estado em Sergipe para
saber que ali infelizmente os princípios, iria na provincia de Sergipe empregar os «sfor-
partidos têm chegado a extra-
ordinário ..xagcraçao ços da admiuÍBtração para fazer triumphar a t cio o tranco
gtao de A historia do apresenta
uquelia nrovmcia como uma daquellas paiz um partido.
0m que os partidos Mas, Sr. presidente, folizmente para a província de Ser-
te têm debatido com mais força. Homens notáveis,
aceusaçCes não têm partido do um lado político;
flando-o setem visto nas maiores
dificuldades
gover- gipe essas
em épocas elcltorao». No catalogo paridiri- têm procedido, sim, do um homem despeitado. Abrão-sc os
§i-la dos administradores c se verificará o que eu tli^o. Appello pura os nobres
ae Sergipe se achao 51 nomes respeitáveis, jornaes
e todos elles deputados de Sergipe, que aqui se nchío, para o Sr. Dr. liar-
mais ou menos se virão em dificuldade*
grandes e isto em ros Pimentel, que pertence á opinião liberal. Elle que diga
«poças em
que 0 governo tinha uma força excessiva em
épocas em os do conciliação que entraves encontrou na sua eleição por parte do go-
que princípios não se acliavão
em Toga, em épocas verno.
em que o partido dominante sempre
?cncia, àob O Sr. Barros Pimestel : — Nenhum.
pena de dezar o doshonra. Entào erão muitos os
meios de
quo dispunha a administração, c os presidentes O Sn. Beneyidei : — Elle que diga se o Sr. barão de Ma-
DÉCIMA PRIMEIfiA SESSÃO PREPARATÓRIA EM 25 DE AB1UL.

a sua candidatura; o I dirigir uma portaria á mesa parochial da Villa Nova, rele-
voiin, seu inimigo político, guerreou
era senhor da situação. rindo-me á circular iá anteriormente expedida, aconselhan-
entretanto o Sr. barão de Maroim
do-a a que, á vista das graves presumpções da illegitimida-
— Não sei como se é senlior de
O Sr. Sumira Lodo: de desse augmento, consultasse ao collegio sobre a tomada
uma província. ou não em separado desse 11 votos. Tomarem saparado
disse — senhor da situação—e
O Sn. Ili \[ \ idi:s:— Eu não é eliminar, não é inutilisar, não é tirar ao candidato
nio —senhor 4a provincia. . que se julgava seguro com esses 11 votos, esses 11 votos
barao de JMaroim como de um cliele
Fallo no nome do Sr. com que contava.
tinha ganho a eleição pri-
de partido, c >mo aquelle que 0 Sr. Crlz Machado : —Queira V. Ex. ler a sua por-
maria. taria.
—'iiiiz fazer este favor ; a gente lhe
O Sr. V. Tavares : O Sr. Bekevides : — Supponho que V. Ex. develè-la.
deve ser obrigada. (Rim.) ,
O Sn. Cruz Machado:— Está sobre a mesa.
O Sn. Bemívidkk :—Não foi favor.
deixemos os lio- 0 Se. Bkm.n iki s : — liem, vou lè-la integralmente.
Quero fugir desssas questões pessoaes;
aos princípios.
mens, e tratando do assumpto, einjamo-nos 0 Sn. Cmz Machado: — A leitura delia dispensa a ex-
cansai
Não é occasiâo, Sr. presidente, e nem eu quero
posição. No folheto impresso oíTerecido pelo Sr. Piragibe
muito tempo a attençno da camara ; talvez que por de-
por vem a integra delia por certidão passada cm virtude do cies-
não (¦ occasiao,
mais a esteja enfastiando l<<ao apoiado);
das accusações que paclio de V. Ex.
digo de defender-me completamente
como ja disse, só O Sr. Benevides :— Aqui a tenho. « Provincia de Ser-
uma' folha me tem feito, accusações que,
; gipe. Palacio da presidencia, 18 de Novembro de 18-56. lia-
têm partido de um homem.
está prompta a dar conta de vendo esta presidencia procurado em tempo prevenir o abu-
A administração de Sergipe
so e illcgalidade que lhe constou se forjava, e se pretendia
»i em qulquer cireumstancia, uma vez ijue as accusações
"de fundem em factos provados
se
e bem individualisados ; nada pôr em pratica em algumas parochias desta provincia, ele-
aggredir a administração vando-se a esmo e illegalmente o numero de eleitores, de
accusações vagas, Quem quiser
bem justiüeados, porque fôrma que se tornasse maior do que o numero dado nas pas-
de Sergipe nggrida-a com factos
satislactoriamen- sadas eleições de 1842, 1844 e 1852 >
estes factos, um por um, serão explicados
só factos.
te; nada de accusações vagas, factos e O Sn. Cia/. Machado: — A esmo quer dizer sem a base
é o
Entrando na matéria em questão, Sr. presidente, que da qualificação e sem attenção ao numero de 1842 e 1844.
de Sergipe por ter dirigido
parecei, foi taxada a presidência 0 Sn. Benevides : — Note o nobre deputado que a presi-
18 de Novembro, ao da mesa
uma portaria, em presidente
tomasse em separado 11 votos dencia diz que tendo procurado em tempo prevenir o abuso
eleitoral, aconselhando-a que
e illegalidaae que lhe constou se forjava, era uma circular
havião dado as duas freguezias da Villa Nova
que. de mais antes da eleição, era uma medida de proCaução.
e Pacatuba. ,
Muito antes da eleição secundaria o presidente
de b-rgipe O Sr. Crlz Machado: — A primeira circular é confor-
havia dirigido uma circular 11 todas as mesas paruchiaes me A lei, a segunda <5 contraria íi primeira
de augmentar o
afim do que se cohibissem, o mais possível, O Sr. Baptista Monteiro í — & não se publicou na fo-
algumas '
numero de eleitores, para que dest'arte não viessem lha official da provincia.
excessivamente sobre outras; c
freo-uezias a preponderar
se tivesse feito, tinha ellena lei a sua O Sn Benevidfs : — Então quer-me tornar responsável
quando tal augmento"bate, '
essa pu-
competente que era
o mínimo da qualilicaçao feita pelo facto do redactor da folha official não fazer
em 1842 e 1814 . blicação?
chega ao
Feita esta recommendação ás mesas parochias, O Sn. Baptista Monteiro: — Eu responderei,
de Villa Nova c de
meu conhecimento que nas freguezias
do aquelles» i O Sr. Benevides: — Proseguirei na leitura.
Pacatuba se havião dado mais 11 eleitores que
havião dado na eleição de 1852. 1 ratei, por conse- leitura o Sr. Cruz Machado dirige alguns
que se (Durante esla
a questão, de ver se es6e augmento era apartes.)
guinte, de examinar
elle se
ou não legitimo, e quaes os fundamentos para que Parece que ha propósito de perturbar-me, tanto mais que
secretaria, e dei-
dessem. Kecorri ílsactas que se acln\\ ão na i sou novo nesta casa....
freguezias tinhãodado
Ias vi que em 1H12 e 1811 estas duas
mas \i também que desde 1811 0 Sr. Cm /. Machado : — Se os meus apartes o perturbão
effeetivamente 72 eleitores ;
diminuirão não continuarei com clles.
até 1852 estas duas freguezias constantemente
Villa Nova
o numero de seus eleitores, a ponto de em 1854 0 Sn. Bi:.m:vidi:s : — Talvez seja pouca generosidade, ap-
dar apenas 28 eleitores. Mas, senhores, não ha uma
pello para o seu cavallteirismo.
Procurei a aeta de 1855. Neste anno não tinha havido ordem , não l\a uma portaria positiva para que não se to-
em Villa Nova, de maneira que o ponto de par- massem esses votos, ha um conselho dado, fundado....
qualificação
tida mais próximo era a qualificação feita em 1854; ahi en-
O Sr Cru/. Machado:—Perdôe-me este aparte, foi a
centrei eu Villu Nove dando 28 eleitores. Por conseguinte,
causa de todo este barulho.
de 28 eleitores paru 40 havia um excesso de 12, que corre»-
uni grande numero de votantes; era preciso que
polidia a O Sn. Bemevides :—A causa deste barulho foi o augmento
se tixesse dado um grande augmento de população para que indevido dos 11 eleitores.
augmento de eleitores. Mas foi em 1855
tivesse lugar esse
o clmlera fulminou a província de Sergipe O Sr. Cruz Machado : — Prove.
para lüõlfque
horrivelmente, o as duas freguezias mais assoladas forão
metade da po - O Sr. Benevides: — Não foi, dizia eu, uma ordem posi-
exactamento Villa Nova e Pacatuba; quasi
mesa não tomasse os votos dos
succumbio a peite ; e é dp- I tiva, arbitraria, para que a
pulação destas duas freguezias foi um conselho,
e Pacatuba a população !| íl eleitores de Villa Nova e Pacatuba,
pois deste facto que em Villa Nova
fundado na lei citada no mesmo officio, de se tomarem esses
destas duas freguezias cresceu tão extraordinariamente, do
11 vetos em separado, para que a camara apreciasse as
modo a dar mais 12 eleitores?
i considerações que acabo de expender. Não me constitui juiz
1'iia voz : — Então ó essa falsa a qualificação ? nesta causa, entreguei-a ao juiz competente, que era a me-
O Sr. Binevides: —Eu chegarei a essa questão,
nao te- sa, a quem pedi que, consultando o collegio, o collegio de-
nha o nobre deputado prc?sa. cidisse. Que culpa, pois, tenho da decisão que tomou o col-
Quem, Sr. presidente, deixaria
de^mpresçionar-se, traba- legio? 6erei responsável porque o collegio decidio que se não
lhando para que as eleições 11a provincia fossem uma verda- tomassem esses 11 votos? A não haver maliguidade , nao
de, para que fossem as mais moralisadas possível, quem sei como se possa querer por força accusar o presidente
¦não de Sergipe de um acto legal, qual o que consta deste oSicio...
estranharia semelhante augmento, contra o qual pro-
testava um facto dessa ordem ? O Sr. Cruz Machado : — A commissão não aceusa o no-
Nestas circumstancias, e havendo um interesse conhe-
bre deputado.
cido e immediato para que estas duas freguezias preponde-
rassem sobre as outras duas que com ellas concorrião, me O Sr. Benevides : — Diz que a portaria era illegal; logo,
lavra uma portaria illegal commette um crime.
deliberei, único meio que me pareceu prudente e legal, a I quem
DÉCIMA PRIMEIRA SESSÃO PREPARATÓRIA KM 25 I)E ABRIL. (55

Quando ha pouco faltava ouvi um nparte, dizendo


—logo f O Sr. Baptista Monteiro : — 5o diz a acta.
não existioqualificação, logo a qualificação é falsa.—Eu não O Sn. Benevides : — Erão 55 eleitores das freguezias de
arguo de falsa a qualiticação, mas tenho as mais graves sus- PropriA e Port® da Folha, e erão 70 os das froguezias de
de não se fez tenno as mais
peitas que tal qualificação ; Villa Nova o Pacatuba ; mas como destes 70 forão 4 votar
da qual consta
graves apprehensões de que essa qualificação, com a outra turma, ficárão só 66, e a outra com 59, e como
houver&o tantos votante# que pudesse dar 40 eleitor*» se dividirão, licou uma turma com 66 e outra com 59.
que
om Villa Nova, não se fez, e fundo-me para assim pensar em Logo que os trabalhos da mesa começarão , o presidente
de semelhante qualificação....
que não houve nunca noticia deu conta do ofllcio em o qual eu recommeuuava ou acon-
Um Sr. Deputado : —Nem se remetteu cópia á secretaria selhava que se tomassem em separado os onze votos ; desdo
do governo. logo houve uma opposição , como era de esperar , das fre-
i de Villa ísova e Pacatuba contra, esto conselho ou
O Sr. Benetidf.n : — Remetteu-se a lista da qualificação guezias
este accordo da tomada em separado desses \otos. O
ao governo , mas nunca se publicárão os nomes dos qualifi- presi-
dente tratou de consultar o collegio , que se compunha da
eados, nunca se soube quaos erão....
66 de um lado e de 59 do outro ; mas, segundo se vê da acta
O Sn. Baptista Monteiro :—Se ha lista, ha qualificação. concedida ao Sr. major Piragibc, a maioria do collegio pro-
O Sr. Benevide* : — Por se remetter essa lista da camara nunciou-se pela tomada desses votos em separado.
Mas, diz a illustre commissão ,os interessados em quo
para a secretaria ficava o publico sabendo quem erão os
se não tomassem em separado esses votos erão aquelles que
qualificados? A acta tinha sido remettida da camara para
a secreturia; mas porque não se affixou a lijjta na porta da compunhão a turma de 66 eleitores; como pois é crivei que
igreja para se ver se era legitima ? 06 fossem vencidos por 59?...

— O Sn. Cntz Machado : —Apoiado.


O Sr. Baptista Mo.vn.iito: Come se prova Í6S0?
0 Sr. Behevides :—Mas não vê o nobre deputado que esses
O Sr. Benevides : —Nego que existisse essa qualificação.
11 votos erão oobjocto da discussão? que esses 11 votos '-rão
O Sa. Baptista Mosteiro : — En affirmo que existio. ser juiz em causa própria ?...
parte e que não podião
O Sn. Benevides : — Deve provar.... 0 Sn. Cntz Machado : — Não apoiado#
O Sa. Baptista Monteiro : — Não , pois tenho a presump- O Sr. Benevides :—Não vê qne esses 11 votos estavãe
ção da lei. fúra de combate , <• que deduzidos elles ficava o grupo do
O Sr. Bekeyides : — Sr. presidente , eu já disse que não Villa Nova e Pacatuba com 55 , e o outro com 59, que era
tomava a tarefa de defender os direitos de um ou de outro maioria? Como pois se apresenta este argumento como
dos candidatos que pleitêão uma cadeira nesta camara ; se liquido , como claro, como fundado ? Pois esses 11 que erão
o pretendesse, poderia talvez fazê-lo com alguma vantagem; deviío ser juizes na sua própria causa , o votar com
partes
examinando o parecer da illustre commissão . os outros ? Então decididamente vencerião ; então era tem-
poderíamos-
trar que a conclusão desse a votar....
parecer não é filha do seus prin- po perdido passar-se
cipios, não é filha de suas
premissas. O Sr. Criz Machado : —São juizes do qualquer questão
Eu suppunha que algum nobre orador me
precedesse, que como são da verificação sobre os
tomando a que se suscita no collegio ,
peito uma causa que nu# è do um individuo, mas diplomas.
uma causa
que è de um principio (apoiados), causa que é de
uma lei importante,
qual alei oloitoral.... O Sr. Behe vides : — Sahindo elles fúra ficavão 55 , e en-
tão não era a maioria que ficava sufiocada pela minoria....
O Sr. Silveira Loho : —E
portanto na nação inteira.
O Sn. Baptista Montemo — So V. Ex. leu a acta , não
O Sr. Bbbevides -. — .... de uma lei
que confere direitos insista neste argumento.
tão amplos ,
quaes aquelles que tem o representante da na-
O Sn. Benevides : — Qual acta?
ção. Nuuca esperei, Sr. presidente , que numa questão se-
melhantí não houvesse um nobre deputado — A acta do collegio da maio-
que tomasse a O Sr. Baptista Monteiro ;
palavra para sustentar ou combater as altas questões juri- ria....
I
dica6
que se suscitão. Não quero fazer com isto uma accu- O Sn. Benevideb : — Tem-a á mão?
Bação á casa
, não quero suppõr que ha indifferentismo ;
Oao, antes decor- O Sr. Cri/. Machado : — Kstl sobro a mesa.
quero crer que o muito pouco tempo que
rou da impressão
do parecer á presente discussão désse lugar O Sr. Baptista Monteiro: — Eu tenho o transumpte
a que esta ter sido competontemonto delia, posso mostra-la.
questão não pudesse
estudada
; e por esta occasião lastimo que tão depressa en- Uma voz : — Melhor ií examina-la no original.
trasse em
discussão uma matéria desta ordom *. —
Senhores do firmar é uma O Sn. Benevideb (« l aminando a arta) Qual é o ponto?
, t um precedente que se tem ,
questão mui sobre a não tenho inte- O Sr. Monteiro : —E' o cm quo se di*
grave, mui séria , qual Baptista ponto
resse individual, me embaraça que um ou outro se organisou, isto <5, que Be formou a mesa
porque não que o collegio
dos dous senhores
torne assento nesta casa ; para mim <5 in- interina dopois dessa deliberação; logo uão havia collegio.
frente se sente
que um ou outro dos dignos deputados O Sr. Cri /. Machado : — Note que a mesa interina foi or-
cadeiras ; mas amor
festas por amor dos princípios , por depois da retirada dos 66.
•tos ganisada
precedentes, vou emittir algumas considerações sobre o
parecer da commissão. O Sr. Benevioes lê n acta.
|
Senhores
, ha no parecer da commissão um argumento O Sr. Baptista Monteiro : — Logo a m<'sa organiâou-S'-
«eduetor
na verdade, um argumento que, á primeira vista, depois desse acto.
encanta,
seduz ; é o seguiDte •• < A commissão jà emittio o
seujuiz0 O Sr. Benevides ; — Perdão, senhores , não so confundão
sobra aportatia que se dá como causa da separa-
Çao dos eleitores da Villa Nova c Pacatuba ; nas actas de cousas tão claras, nada de «ophismas em uma questão vital,
individuai s , tratemos da
Que se trata,
sómonte se faz menção da haverem faltado ponhão-se de parte os interesses
estabeleçamos um precedentehon-
douâ j.. t>—a o ai» nna Bómcnte tros de questão do princípios,

reunirão
reim_ V4"" ,„ 1 -x . o 1 mento da nova lei eleitoral.
aos 25 de Proprii , e aos 30 do Porto da Folha ; a
eommissHo Para que a meta interina pudesse tomar esta deliberação
portanto não pôde comprehender como os oloi- cuja
tojes
do Villa Nova e Pacatuba , acliando-se em maioria , era preciso que para elln concorressem aquelles de
uao Se 3e duvidava , porque a mesa devia chamar para
conformárão com a deliberação do collegio. > qualidade
moços
secretários os mais moços , e pôde ser que os mais
^ Sr.
Cm z Macdido : — Apoiado. estivessem entre os 11 que não podião votai. O prinv
iro acto
mesa tinha do
0 Sr. Benevideb
: — Sr. presidente, este argumento npre- do presidente era est<*, ant<-s do constituir a
sentado veutilar e3ta questão , que devia sey decidida pelo collegio.^
como aqui está, jA declarei que eduz , fascina;
mRs apreciemos os 11 devião intervir nos acto3 da me«a.
a questão. Formàrão-se duas turmas ; de para saber-se se
um laan se oraanisass" a
estavão 66 eleitores , que era a tutma que se cora- Como qu<'rião os honrados membros que
Punha das freguezias de Villa Nova « Pacatuba ; do lado das mesa , como querião quo s<' dessem direitos a homens de
'
°utras
duas freguezias comparecerão 59.... cujos direitos se duvidava ¦ Com effeito, não se organizou

9
TOMO I.
CO DÉCIMA PRIMEIRA SESSÃO PREPARATÓRIA EM 25 DE ABRIL.
a raesa senão depois , num
podia deixar de ser assim sob O Sr. Br.m:vides :—Nuo se
prestou porque queria a execu-
pena de se dar absurdo. ção fiel da lei de eleições. Este juiz de paz i Manoel Thomaz
de Aquino ; não quiz exercer funeções
O Sn. Criz Machado . —V. Ex. está enganado. que não podia exercer
estando legalmente funccionando o lo
juiz de paz. A ca-
O Sr. Benevides :—Não estou ; uúo era possível mara deve meditar muito nesta
que se questão, se estando o pri-
organisasse a mesa sem se tratar da eliminação ou não ©li- meiro juiz de funceionàndo na igreja se pôde reputar
paz
mi nação dos 11. valido o trabalho
presidido por outro juiz de. paz. È' uma
O Sr. Cruz Machado : — Não apoiado, mais curial questão de principio», de direito, sou novo, quero firmar bem
era
o meu juizo,
organisar a mesa interina antes. quero saber como devo entender a lei, desejo
que estas questões sejão muite ventiladas.
O Sr. Benevides -Não era
; o presidente è obrigado a Ainda ha outra
questão envolvida nesta de que acabo de
chamar para secretários os mais moços ; o se os mais mrços tratar. Este
juiz de paz da freguezia mais vizinha chamado
estivessem entre os 11 ? a presidir a mesa dos dissidentes ó commandante
superior da
O Sr. Cruz Machado : — E* hypothese guarda nacional, achava-se no exercicio da» suas funeções, e
gratuita. loi cumulativamente de onde,
O Sn. Silveira Lobo : — O que tinha que formassem juiz paz; pergunto, está'a
par- parte da lei que prohibe que os ofíiciaes da
te- da musa ? guarda nacional
exerção, desempenhem ao mesmo
tempo as funeções ' de
O Sr. Benevides : —Por conseqüência , da aeta não se juizes de paz e de officiaes da guarda nacional ?
conclue que não se fizesse aquillo que se devia fazer, isto é, Está morta
já esta lei ? Não tom mais vigor esta disnosi-
que na decisão do collegio não intervierão os 11 , e nâo in- ção^legislativa ?
tervindo fieavão os de Villa Nova e de Pacatuba em mino- Não é menos importante esta Deve reputar-se
questão.
ria, odahi a faotos positivos não hou- valido um diploma assiguado
presumpção, quando pelo commandante superior,
veste, para mostrar que foi a minoria composta dos 55 em exercício, funccionando cumulativamente
quem como juiz dc
abandonou o campo , e não a maioria de 59, paz ?
que realmente
estava reunida: Muitas outras observações eu teria
de fazer, Sr. presi-
lia no parecer da commissão, senhores, ainda outra dente, a tespeito da matéria sujsita, mas
ques- ancioso, como es-
tão que julgo muito interessante, tou, do ouvir algum dos nobres membros desta
que é a orga^iisação de casaesclare-
cada uma das mesas em ceras duvidas
que votárão as turmas dissidentes. que tenho humildemente exposto, e em que
Separados os grupos, cada um delles constituio a sua mesa; labora o meu espirito sobre a eleição de
que se trata, eu não
o grupo das freguezias de Ptopriá e Porto da Folha teve continuarei era meu.discurso emittindo a minha
por opinião a
respeito de um ou de outro dos diplomas
presidente dos seus trabalhos o juiz de paz mais votado da que íorão presentes
densas freguezias era a cabeça do districto á camara.
primeira , que
eleitoral, foi o cidadão Manoel Germano de Freitas ; e de tae3 diplomas não <5 minha ; e
quem _A questão portanto eu
foi o juiz que presidio os trabalhos da outra turma dissi- i não tinha necessidade de
procurar documentos parajusti-
dente ? Foi o da fragueria mais vizinha , o cidadão Ignacio ficar esta ou nquulla circumstancia. A parte que tomo
de Mello Pereira Hoto. Temos pois duas mesas organisadas, nesta é úlha do pareci rdacommissão
questão ; cu hão vinha
cada uma presidida por sou nem preparado , para sustentar diplomas, porque
juiz de paz , uma pelo primeiro prevenido
não se trata do meu direito.
juiz de paz da cabeça do districto, úto é, o que a lei chama, As observações que tenlio ex-
a outra presidida por um juiz de paz
quo não só não era o I posto tem por fim sómente a questão dos princípios.
mais votado, como que não pertencia á freguezia onde se E' verdade
que eu obtive esclarecimentos para formar um
achava a cabeça do districto eleitoral; e sorá objecto de juizo leal e sincero a respeito da eleição ; e forneci este
pou- jui-
ca monta para a zo porque a isso era obrigado,
questão a legitimidade daquelle que a lei uma vez que tinha de ex-
incumbo de
presidir aos trabalhos eleitoraes? Estará já morta pôr ao Sr. ministro do império as occurrencias da eleição.
a lei qu«i estabelece as condições da legitimidade VOU ler á camara o relatório
para actos que enviei a S. Ex.; e por-
desta ordem , ou acha-se em seu inteiro vigor ? Se se acha tantos camara veráquo ahi apresento uma opinião
que já
em seu inteiro vigor não resta duvida nenhuma de tinha formado em Sergipe, e não inspirada
que a pela leitura de
mesa legal 6 aquclla que teve escripto» publicados nesta corte,
por j uiz de paz o cidadão Ma- cujo autor não
quero
notei Germano de Freitas , competente
por Bei o da cabeça qualificar^ Sou bastante cavalheiro para perdoar as offensas
do districto eleitoral. que me irrigou quem, vendo mallogradas as suas esperan-
ças, procura desabafar o seu despeito.
O Si». Criz Machado:—Peço a palavra.
O Dautas :— Os contendores lhe farão
. a devida
O Sr. Benevides : — lia um remedio na lei, senhores
, ó justiça.
verdade, porque a lei eleitoral ó muito
previdente ; oxalá quo O Sr. Baptiíta Mosteiro:—Refere-se a mim ?
fosse sempre bem executada ; não ha caso , não ha especie,
que não esteja previsto ; a lei é muito previdente , não quiz O Sr. Benevides :~Esse
, juizo eu não emittiria se não cs-
tivesse na obrigação de dar ao Sr. ministro do império a
por principio algum deixasse de haver eleição quando se mi-
3ueésse impedimento do* nba opinião a respeito das eleições de Sergipe.
juizes de paz que a lei chama. E" no
caso de não haver absolutamente na freguezia Eis aqui, Sr. presidente, o escrevi a respeito da elei-
juizes de paz que
que exerção as funeções respectivas que a lei faculta recor- ção do districto de Propriá ; a camara fará o favor de atten-
rer-se ao da mais vizinha. Mas vejamos se não existia der. (Ia;.)
juiz
de pazeompotente Eis aqui a historia das eleições em Villa
para a eleição do 4" districto da província Nova e Paca-
âe Sergipe. tuba ; desde 1813 não ha exemplo de ali se
terem feito re-
O juiz de paz Manoel Germauo achava -se comtituido e gularmeate.
em exercício dentro da igreja ; foi elle
quem leu o oflicio da Sr. Cruz Machado Isto é ordinário cm muitos lu"
presidência, foi quem pôz á votação ; já se achava em seu» gares do interior do uorte.
trabalhos, a turma dissidente ee separou, e tratou
quando *4 vez
ae chamar o 2o , 3° e 4o E do sul também.
juiz ; e o que respondêrão estes
juizes de paz ? Que se achavão presentes, mas que não po- O Sr. Benevides Continúo a ler o relatorio.
dião tomar parte nos trabalhos (//.)
, porque achanao-sc func- Isto é exacto ;
posso aflirma-lo á camara ; no dia 29 de
cionando o primeiro Novembro não se sabia em Villa
juiz de paz , não lhe permittia a lei Nova quaes erão os elei-
exercer cumulativamente as mesmas funeções. tores. Tres dias antes da eleição
os diversos candidatos que-
Na exposição do honrado membro se acha o oflicio não saber
própria quaes erão os eleitores. Era um segredo de que
do 4° juiz de paz declarando isso. Será caso de impedimen- só sabia o Sr. João Baptista Monteiro.
to o exercício legitimo em
que se achava o juiz de paz Ma- O Sr. Haptista
noel Germano, para se ir lançar mão de um Mosteiro :—Quaes erão os outros candi-
juiz de paz in- datos ?
Competente ? E note a câmara que o 4o
juiz de paz, que deu
osta resposta officialmente á commissão dos membros dissi- O Sr. Besevides :— Erão os Srs Dr. Doria, major Pi-
dentes ragibe, Erico Pretextato, Dr. Olegario Ludgero Pinho,
que se separárão do collegio, não é suspeito, pertence al-
1 opinião liberal. Foi uma resposta conscienciosa de um ho- guus dos quaes forão infelizes ; mas é certo
quo procurárão
mem que queria a verdade da lei de eleições. debalde saber
quaes erão os eleitores. (Conclue a Itilura.)
Portanto, senhores, se eu em 19 de Março de 1857, antes
O Sr. Cri:z Machado O caso é que não se prestou. de chegar ao Rio dc Janeiro, expondo ao Exm. ministro do
DÉCIMA PRIMEI i; A SESSÃO PR SPARATORIA EM 25 DE ABRIL. (57
império com toda a sisudez de
que sou capnz o que seutia no mente daquelles
que mo são precisos, a ao mesmo tempo
intimo de minha convicção, suhicientes
pelas informações obtidas e para íundamentar este meu juizo.
pejo conhecimento dos factos prosenciados, ouvidos o exá- Indaguemos o
minados, emitti este quo acontecou cm Propriíl, e o que den
juizo, não posso deixar de considerar lugar a esta duplicata.
como nulla a,eleiçâo ApreseritArijo-bO reunidos todos
primaria a que se procedeu em Villa os eleitores que derão as
Nova c Pacatuba.
quatro parochias componentes desse circulo. O juiz de
paz
O Su. Baptista Monteiro •—Prove. que devia presidir a mesa do collegio, influenciado
por uma
O Sr. Benevidrs:—Mas também não posso ter convicção portaria que recebeu da presidencia da assento*
província,
intima de que nao devia aceitar 110 grêmio do mesmo collegio os ciei-
que se touha procedido com regularidade A eleição tores de Pacatuba e de Villa Nova.
naB outras freguezias do Propriá e Porto da Folha ;
porquan- Pesemos o direito com
tu por informaçõi-s obtivo soube que o que esse juiz de paz, se por ven-
particulares que pro- tura ii teve, assim procedou. En direi,
cesso eleitoral fui frito por um modo defeituoso. Eu se»hor>-s, nne não
portanto obstante a portaria, não em dado ao
entendo que são nullas as eleições de um e de outro lado
; juiz do paz o direito
dessa decretação d.) exclusão de um'numero
e assim esta camara omittiria um juízo imparcial, determinado
prudente
e completo, se anuullasse as eleições desse districto. qualquer que fosso. do eleitores ; não lho era dado,
{Apoia- porque l
<los.) leitde eleições conhou o e a decretação dessa
juizo sopaia-
E' preciso que recaia uma ção «o collegio eleitoral, e nunca a essa autoridade, que
punição sobre essas immorali- sorvia interinamente, e apenas como uma
dades, para que não continuem a se apresentar diplomas peça, como um
começo da organisação do collegio, o
illegitimos. que não podia arro-
Tenho dito quanto mo parece bastante gar a si uma attribuição tão importante.
para justificara E' no collegio eleitoral, Sr. presidente, aonde
«tinha opinião. primeiro se
examina a legalidade dos dinlomas dos eleitores ; e somente
O Sn. Silveira Lobo :—Sr. ao collegio eleitoral é que a lei confiou essa missão.
presidente, a minha prcsen- O jnu
ça neste augusto recinto symbolisa uma somma de nobres de paz, que é simplesmente o
presidente interino do colle-
sacrifícios e heroicos esforços, sacrifícios
e esforços se fi- gio, não podia pois chamar a si o direito do decretar i ssa
zeruo, não que
separação de jvotos, tanto mais
pelo esteril e vanglorioso proposito da derrubar quanto, senhores, a decre-
adversários, nem tação de separaçã» de votos em
pelo mesauinho i'im do elevar um indivi- qualquer liypotheso importa
duo, mas sim sempre annullaçãoiloí poderes
para que o circulo que tenho a honra de re- quo encerrão o» diplomas ; e
presentar possua nesta camara um nrgão dos nobres senti- quando mesmo o cllegio eleitoral, que tem essa attribuição
mentos e legal, não se expresso claramente sobre a annuilaçâo, im-
principies que esse districto, assim como eu, e,
penso, a nação inteira, jul^a que devem 3er adoptados nà plicitamentc fica ella decretada com o facto da separação.
direcção dos negócios Já se vê, portanto, o arbítrio immenso e indevido
públicos. qme o
Assim, já *ê V. Ex.« a camara
que no meu diploma se juiz de paz quiz tomar sobro o valor intrinseco dos diplomas
acha como que exarada a obrigação do tomar de cada um dos eleitores concorrerão
parte em toda que para formar o
e qualauer
questão de cuja éolução possa provir, mesmo collegio ; e conseguintemento
que esse procedimento do
lirmando simplesmente um aresto, algum bem para o juiz de paz, considerado em si mesmo, não ú um procedi-
meu paiz. mento autorisado por lei; jfc se vê
quo o juiz de paz, dando
Conformando-mc, absolutamente decisão a respeito, exorbitou da esphcra do direitos e obri-
com esses princípios,
que tenho a honra de representar, não tenho liberdade de gaçõe» que a lei lho traçou.
escolher a occasião de manifestar Aporá, senhores, consideremos esse procedimento
as minhaB idéas ; se a polog
tivera me reservaria motivos, pelas causaes
para quando se tratasse de alguma que ao mesmo derão lugar.
dessas grandes de estado Eu, Sr. presidente, não tenho duvida em avançar
questões que são resolvidas me- quo
diante os essas causaes, longe de
princípios cardiaes de administração e de política; justificarem um tal procedimento,
mas nuo posso forrar-me no inteiramonte o condemnào ; o condemnão
dever de que tenho fallado, porque os eleitores
porque vejo na solução da de Villa Nova c de Pacatuba que se dizião excedentes não O
presente questão uma importan-
a extraordinaria. en*o em face da lei. O numero de eleitores destas duas
paro»
Tanto é assim chias foi marcado tendo-se
que a considero uma questão capital nosta por base todos os dados lcgaep
ma.teria de regem a matéria da ampliação ou limituçãedo numero.
justiça eleitoral, a que pertence; e pois sou for- quo
çado u tomar Estd provado, o nam o noure presidonto do Sergipq, e nem
parte na sua discussão, apezar de minhas
Poucas habilitações. ninguém o contesta, que no anno de 1856 a
quahf.cação
Nao entro, em Villa Nova se elevou ao
porém, no debate pelo receio de quo ficasse sem ponto de dar tantos múltiplos
ser suficientemente
discutido o objecto do quo se trata, quantos são precisos paru haverem ali esses 40 eleitores quo
como se aprenentárão no collegio. Também estã provado, o nin-
pareceu ao nobre deputado que me precedeu ; porque
eu conliava,
'.mimados e muito confio, em que os nobres deputados, guem o contesta, que o numero dos cidadãos qualificados
do mesmo dever que eu, cumpririão a sua obri- em Pacatuba contém tantos múltiplos quantos forão os 32
tçação, e não deixarião eleitores que deu es.-e collegio. Pottanto, vê-se que existiu-
que a questão se decidisse som a
do, como existirão, as outras bases da lei,
precisa delucidação. que é a regra su-
A constituição prema na matéria, 6 apadrinhada, éjustiricada a elevação
do Estado, Sr. presidente, commctteu á
câmara dos do numoro dos eleitores dessas duas freguezias sobre o
Srs. deputados o direito e o dever de apreciar e
''cidir numero mais limitado quo em outros annos dorão.
sobre o
pleito da eleição do seus membros. Daqui ji
vi-que
quando nós, nas sessões preparatórias, tratamos Quo importa que a presidonciu da província entendesse
<\Pr.™'*9®0, representamos
ca'9.8
exactarnente o papel e o en- quo devêra scrioduzido esse numero, e assim o decretasse
u'"ll^ores' 8 ess0
Dar^'° ri P"!**' nos >mpõo o dever de im- por ura» portaria, fundando-se no precedente quo passou
d'\ o dever de abstrahir do afleições e <ie ódios, e nesta casa no anno do 1852? Esta disposição da camara re-
lê < ? ecKhr .
conforme for de
justiça sómento. (Apoiados.) gia sómento paru o seu quatriennio, e não é lei. A indo-
l'ey" fazer
. Sr. presidente, o julgador quedeseja açor- pendencia que a constituição do Estado quiz dar a este ramo
r , rin!eir,lm'!n_te
examinar o facto, suas circumstancias • do legislativo nos força a opinar por esta maneira.
ad! *• enoias, poder
depois compulsar as Embora houvessem suspeitas do que com effeito o numero
provas, e cm terceiro lugar
~r 8 legislação respectiva. de votantes, ou de gente habilitada para ser
í evo E' o que passo a fazer ; qualificada, sô
declarar a camara entrando em tão importante diminuio, todavia o facto que serve de baso, e baso
acuesao outro que proce-
fim mo não anima senão o-desejo de dente, é a qualificação em si. Sc se qualilicáríio, fossem
justi-
°1ITlei1 vo^°»
O
e esclarecer-me. quaes fossem as suscitas da nresidencia da província, ella
^ a ' não podia alterar o numero, alterar as baBes.
1uest^10 ^e 1ue 90 trata E' certamente saber
au
' ? lüt'os dous diplomas apresentados a esta camara, Se assim era, Sr.
pro- presidente, se o numero dos eloitores
circulo de Propriá, 4o districto eleitoral da destas duas freguezius era um numero logitimo e legal, o
v- incia do pro-
de Sergipe,
possue o caracter, o cunho da legalidade. que se segue é quo o juiz de paz, privando esses eleitores do
. ôP°ts do exame fiz sobre a matéria, de-
minucioso que direito de votar, commettcu uma usurpação; o se esses
pois que reflecti
sobre cada um desses elementos quo en- eleitores assim excluídos estavão em maior numero com
form»tn° do meu não tive nenhuma difli- aquolles que com elles so ligàrâo, tambein se segue
cu?rvia juizo, que o
8m ^ec'dir-me
Banti pela legalidade do diploma do Sr. collegio não estava com esse juiz do paz, estava n'outra
M°nteiro. De todas as
de lActos,
f questões, e de toda a serie parte, e no lugar da igreja em que olles se reunirão. Se nós
certamente não tratarei ; soccorrer-me-hei só- fossemos a considerar illegal o direito de recorrer a um
DÉCIMA PRIMEIRA SESSÃO PREPARATÓRIA EM 25 I)E ABRIL.

outro juiz de paz, que não aquelle que por essa fóima se se trata de vicio ou irregularidade da eleição, e sim de
apresentou a presidir o collegio interinamente, então terin- accreseimo indébito de eleitores.
mos tolhida a faculdado do qualquer maioria em um dis- A existeucia dos eleitores accrescidos <5 desconhecida
pela
tricto chegar a seu fim, e eleger um deputado. lei; não e razoavel, pois, que elles tomem
parte nas resolu-
Por estas considerações entendo que a causa do Sr. Mon- ções do collegio. A admissão do principio contrario poderia
teiro 6 uma causa justa, e sómente levado por espirito de dar lugnr a absurdos, como na hvpothese seguinte: Se uma
eu a defendo. Como outros oradores, e mem- freguezia augmentasse espantosamente o numero de seus
justiça é que
bros da commissão, tem de tomar parte na discussão, eu, I eleitores, se este augmento, cuja existeucia a lei não
pre-
mais, termino aqui, esperando sumo, désse lugar a convertê-los em maioria no collegio.
para não alonga-la que a
camara dará sobre ella uma decisão digna de si, uma viria sómente essa freguezia a decidir de todas as
questões
decisão da qual lhe provenha a precisa força moral para suscitadas no mesmo collegio. e, o que é mais digno de
bem servir ao paiz. reparo, pelo facto de haver mfringido a lei.
Este principio não deve aer applicado ao caso
que se dis-
O Sr. Cri;/, Micdado : — Sr. presidente, serei breve na cute, porquanto o augmento de oleitores
que tiverão as
sustentação do parecer. freguezias de Villa Nova e Pacatuba , em relação ao anno
A commissão não teve cm vista accusar ó nobie de 1852, correspondendo aos múltiplos de 40 votantes das
presidente
da província de Sergipe; constituindo a portaria do nobre : respectivas
qualificações, tomando-se por base ou ponto de
presidente um dos pontos capitaes da questão, não podia a partida o numero que ella3 derão nos annos de 1842 e 1844,
commissão prescindir de aprecia-la. i é um augmento
que a lei reconhece legitimo; a existencia
Dada esta explicação, li ca bem manifesto que o nobre ! desse numero,
portanto, não se pôde dizer que não era
deputado que encetou o debate não tem motivo para quei- I prevista
pela lei.
xar-se da commissão; a apreciação que ella foz da portaria Esse augmento
que se nota nas duas freguezias 6 con-
do presidente de Sergipe não foi mais do que o cumprimento forme a portaria circular do nobre deputado
pelas Alagúas,
de um dever. presidente de Sergipe, expedida anteriormente á eleição.
Sr. presidente, a lei de 19 do Agosto de 1846 estabeleceu ' Não sei como o nobre deputado, desconhecendo os
princi-
como base para a fixação do numero de eleitores do uma havia adoptado nessa circular,
I pios que que estão inteira-
os números que ella tivesse dado nas eleições de mente de accordo com as disposições da lei de 19 de Agosto
|
842 c 1844, tomando-se entre os dous o menor, e podendo-se
Íaroclria de 1846, na sua portaria de 18 de Novembro deu um con-
augmenta-lo, com tanto que não se exceda á 5a parte, uma selho (jue gravemente os ofTende ao
j presidente interino do
vez que hajão múltiplos correspondentes de 40 votantes na collegio eleitoral de Propriá.
J
respectiva. O argumento de
qualificação que a qualificação foi maior do que a dos
Tendo a freguezia de Villa Nova, quo deu 40 eleitores em annos anteriores, e era digna do reparo depois dos estragos
1842 e 1844, qualificado em 1856 40 múltiplos do 40 votan- causados por uma epidemia, não autorisa a desconhecê-la,
|
tds, d manifesto que legalmente nomeou 40 eleitores. A uma vez que foi feita
I1 pelos tramites legaes; nem o presi-
freguezia do, Pacatuba deu em 1842 30 eleitores, e 31 em dente, que não ó competente conhecer dos recursos da
para
1844; qualificou em 1856 32 múltiplos de 40 votantes; e alterar o direito ao augmento de eleitores,
I qualiíicacão,
a freguezia de Pacatuba também nomeou legal- é iníierente ao numero dos votantes da parocliia, não
portanto j que^
r.ieute 32 eleitores. em face da lei pretender, pelo meio de que o nobre
| podia
O nobre presidente de Sergipe, porthn , attendendo a que I deputado usou, um correctivo augmento
pôr a esse que se
íl epidemia tinha assolado a província cuja administração deu em relação ao anno do 1852, e
que apenas corresponde
estava a seu cargo, entendeu que a qualificação de 1856 nâo aos números dados nos annos de 1842 e 1844, e sem a
devera ter excedido a dos anuos anteriores, ao contrario 5» parte mais,
pormittida pela lei, circumstancia muito
devera ser menor; e partindo desta consideração aconselhou j ponderosa, o
que faz crer quo a qualificação não foi feita
ao collepio que separasse a votação de 9 eleitores do uma unicamente com o fito de augmentar o numero dos eleitores.
freguezia e de 2 de outra, pois que erão excedentes aos do | Parece-me que nada se discutio a respeito da legitimidade
]
or.no de 1852. i do alguns eleitores que havia sido contestada, e
que a com-
Este conselho foi causa da divisão da maioria e da minoria missão demonstrou
| que era evidente ; porquanto, além de
do collegio; a commissão portanto não podia deixar de estarem inscriptos seus nomes nas listas de
j qualificação
examina-lo e de confronta-lo com a expressa determinação , das parochias
por que forão eleitos, residem nellas, os ter-
da lei, e declarar que a portaria não era conforme a sua i ritorios do seus domicilios formão
parte da província de
disposição. | Sergipe, em virtude de um acto do governo imperial, embora.
O nobre deputado das Alagôas qualificou do especioso o I o município do Penedo se
julgue com direito a reivindica-
argumento apresentado pola commissãu em seu parecer, e los; a causa da reivindicação
pende ainda de decisão do
que ella deduziodas actas da minoria. Tendo dado a fregue- ! legislativo.
poder
zia de Pacatuba 32 eleitores, e a de Villa Nova 40, e havendo
A commissão não faz le-
apenas 4 eleitores das duas freguezias se reunido aos 27 do questão da circumstancia de
sol ver ® collegio o dbjecto submfttido A sua decisão antes
Porto da Folha e aos 30 de Propriá, e coDstituido o collegio
, de organizada a mesa interina; 6 porém minha opinião que
presidido pelo lo juiz de paz de Proprift, é evidente que os não ècurial sujeitar A decisão do collegio qualquer questão
eleitores restantes de Pacatuba e Villa Nova formavão
antes de formada a dita mesa, a qual <5 composta dei elei-
maioria, e portanto razão teve a commissão para não com-
tores mais moços.
prehender como a maioria do collegio não se havia confor-
Disse o nobro deputado que podendo acontecer
mado com a decisão da maioria do mesmo collegio. que entie
1 os 11 eleitores, objecto
da questão, existissem os mais mofos.
O nobre deputado pelas Alagôas, a quem me refiro, cx-
-. < Como 11 do9 eleitores I não era conveniente ou acertado formar-se a mesa antes da
pÜea o facto do modo seguinte de
decisão do collegio. Eu náo vejo inconveniente algum nu
Villa Nova e Pacatuba erão o objecto da questão, não devião
hvpothese
elles constituir que o nobro deputado estabelece. Que mal re-
parte do collegio na occasião em que se sultaria de terem sido membros da mesa interina alguns
tomou essa decisão,
pelo que a maioria ficou convertida em j dos 11
minoria, e deste modo se explica como os 60 eleitores eleitores questionados? As commissôes devem ter
que
se senarArão não | encontrado actas de collegios eleitoraes das quaes consta
puderão sujeitar-se á votação da maioria
eleitores cujos votos forão tomados cm separado formi-
do collegio,
que era de 59. > j qua
rão parte das mesas effectivas. Existe sobre a mesa um pa-
Se assim teve lugar o facto, elle foi contrario A lei; a mi
recer, dado de
noria, por uma trica, supplantou a maioria. Quando uma pela commissão a que tenho a honra perten-
cer, sobre o diploma do Sr. deputado do 11° distncto de
freguezia elego eleitores excedentes ao numero correspon-
Pernambuco, cm cuja eleição se deu este facto.
dente á sua qualificação, combinado com o numero
que deu Não haveria portanto inconveniente algum que formas-
nos annos de 1842 e 1841, e mais um augmento da 5»
parte, sem 11 eleitores que
ba6o estabelecida pe^a lei, eu sou de opinião parte da mesa interina alguns desses
que os eleitores ' tinbão
excedentes não devêm tomar de votar em separado, seguindo a portaria de conse-
parte nos trabalhos do col- lho dirigida ao interino do collegio
legio... | juiz de paz presidente
• de Propriá.

O Sr. F. Octaviano : — Apoiado. O nobie deputado pelas Alagôas, depois a dis-


\ passando
i cutira competência do de paz que presidio interina-
juiz
O Sr. Crlz Machado : — ... sómente devem contentar-se mente o collegio da maioria, perguntou &e a lei que desig-
era dav seus votos em separado; porquanto, neste caso, não na', a essa competência tstava morta. Eu creio que está em
DÉCIMA PRIMEIRA SESSÃO PREPARATÓRIA EM 25 DE ABRIL. Cí)
fccu inteiro vigor, mns (jue não deve ser sopliismada. elle como
Desde juiz de paz que era perante a lei, não podem ser
que a minoria do collegio por uma decisão absurda, por iss# considerados nullos. isto para mim é questão que não en-
mesmo que foi tomada
por minoria, excluindo-seos il «lei- tra cm duvida.
tores que tinhão direito do tomar Sr. presidente, desde
parte na votação dolla, quo a minoria, por uma decisão to-
forçou a maioria a separar-se, essa minoria mada por absurdo, visto
presidida pelo que excluio de interferirem nellu
juiz de paz de Propriá. tornou-se causadora de que a maioria «•leitores do numero legal
que tiuhão direito de votar, deu
procurasse um juiz de paz quo presidisse interinamente o causa a a maioria se separesse , Csta minoria não pôde
que
collegio. ser mais considerada collegio,
porque tendo o districto um
A persistenciu do 1" juiz de paz de Proprià no collegio da só collegio e considerando a lei
e-ta entidade individual,
minoria o impossibilitava de presidir o collegio da maioria. como se lhe pôde dar meias existências em diversas
partes
A commissão não considera collegio senão a maioria dos lunccionando diversamente, existencias
que como se re-
eleitores reunidos, e desde que o Io juiz de
paz não se pres- pellem.
tou a presidir a reunião da mataria dos eleitores, Portanto a continuaçao do
qne è o juiz de paz Manoel Germano
legitimo collegio, e o 2°, 3o e Io também rocus&r&o fazü-lo, á testa da minoria parece-me illegal; esta sua
estabelecida ticou a compotencia do legitimo substituto, persistência
tornou-se, quando não um impedimento, uma recusa de
qne
era o juiz de paz mais votado do districto vizinho, a maioria, e esta recusa ó equivalente ao caso de
justa- presidir
mente aquelle que tomou a
presidencia interina do collegio. impedimento; assim o funccionnmento delle nestas circum-
Demais, senhores, a
presidencia interina de um collegio stancias dadas não pôde destruir a competencia do legiti-
não tt tão importante
qne possa nffnctar o resultado da mo substituto, que era o primeiro juiz de
paz do districto
oleiçSo para dolla se faça uma formalidade substancial vizinho.
que Apresento esta consideração para não deixar do
de uma eleição secundaria. Outrotanto não responder ao argumento produzido pelo nobro deputado das
porém acontece
nas presidências das mesas Alogôas,
parochiaes, porque os presiden- pois
não considero substancial ao processo eleito-
t"s dellas exercem direitos iguaes aos dos outros rnl a presidenciu interina do 1" juiz de paz, quando ha ab-
mesarios
nas matérias cujas decisões são tomadas soluta impossibilidade em cumprir em todo o seu vigor as
por maioria, e
exercem nli!m disto outras attribuiçõe»,
e muito knportan- disposições a semelhante respeito.
tes, que bko
privativas delles. Entendo que como relator da comniissão, isto é, como
O juiz de
paz presidente interino do collegio nomía os aquelle quo lançou o parecer, tenho cumprido o meu dever
quatro eleitores mais moços para a mesa interina, e assiste sustentando as proposições r.elle contidas, o respondendo
4 apuração dos votos
pnra dous escrutadores e dous secreta- aos argumentos que podião aflfecta-las ;
por&n não devo,
rios; e finalmente A dos votos nem me agrada tomar parte em outras questões
para presidente do collegio. que não
l.ntnndo mesmo
qne esta formalidade, quando se demonstre são propriamente aquellas que o parecer considerou, maxi-
quo houve diffiouldado em cumpii-la, que não se fugio de me quando o nobre deputado por Alagoas, que é
excctitn-la com o lim de fazer um manejo, é presiden-
menos substan- te de Sergipe, declara que não o tá preparado para a dis-
cia ., ainda
pondo de parte a questão da legitimidade do «us»ão , comquanto elle na qualidade de
presidente tivesse
presidente interino,
que eu sustento. e»cripto um relntorio, que teve a bondade de nos ler, diri-
Estabelecerei uma hypotbese.
gido ao Sr. ministro do império, expondo a sua opinião a
k.m uma villa central, nessas regiões
onde a população respoito da eleição de que so trata.
C?ta muito disseminada, dado
o caso que os quatro lenho concluido. (Muito hrtn, muito bem.)
juizes
recusem o collegio, o quo o districto
yílla presidir O Sn. B\i>tista Monti iho : — Y. Ex. tenha a bondade
vizinho seja dahi a 20 ou
25 léguas interior os ha vi-
zin&oi de maiores distaneiaB) (lá pelo de mnndnr-me os papeis. -ali*feito.)
(E'
qual o recurso? So o collegio Sr. presidente, tive a honra do ouvir e ouvi com muita
tomar um alvitre
qualquer para supprir estn falta, alvitre attençflo o nobre presidente da província do Sorgipe no dis-
>. «e demonstre que foi lilho da necessidade, se se
provar curso que ha pouco proferio. Apreciei a parto ofVonsivaque
que nío foi possível cumprir esta formalidade menos sub-
staneial, tivo nesse discurso , e cumpre-me declarar ao nobre
que a não execução delia não foi o resultado de presi-
um manejo com o fim dente de Sergipe que noeito a luva que me lançou.
de influir na eleição, creio
quo a ca-
108 deputados não sacrificará o fundo á for- O Sn. Cauz Macbaqo: — Isto não.é bom.
mula
O Sn Baptista Momiíiho:—Mas também declaro que
,""lllern se julgou
,,^.r;jPi'eSÍd0?,tC'- que o juiz de paz que nío é opportuna a occasião para tratarmos do semolhauto
presidio o collegio da muioria era incompetente,
por ser objccto.
<ln guarda nacionul. Pela lei d« 13
Íua*!!™. jtB ,fc„uffrior O Sn. Cacz Machado : — Apoiado. Devemos occupar»
' que c,eou a KUirda nacional, era ve-
dado
'1? I?™'.0 ? na mesma nos com a legalidade da eleição.
guarda e cccupar algum car-
go que désse direito de requisitar força. Em conformidade O Sn. IUptista MoNTtmo: — Aceito a luva, e se me cou-
da prescripçao da lei, forão
expedidos diversos avisos
; po- ber a honra de ficar nesta casa, hei de «presentiu ao co-
r in a lei n. 602 do 4 de
Setembro de 1850,
que reorgani- nhecimento da camara os fact«»s dessa administração um
a ga«da nacional, estatuio no seria inoonvenieute mibturnr com a
incompatibilidade
art. 11 unicamente a por um. Agora quostão
do exercício conjuncto do nuo se discute matérias que lhe são esttanhas. Que utili-
a nacional1 e descargo posto da guar-
que dô direito á requisição do forca, dade haveria na troca de recrimimifBi • que dalii resulta-
.^uef^uo ^01 suscitada na do Maranhão a ria? (A/ioiaclos.) Supponh» que não devemos ufuítar-nos
r provinuia
C0?1Iníin<iaut0 superior de Vianna, e eu decidi da colma necessaiia ás discussôos, e por isso não me occu-
ini j •
lri vai idos os ditos avisos em face da disposição do
art^n 1 pnrei presentemente com os factos da administração de Ser-
cl^ a ^ei ' e subaiettcndo a decisão ao
1 governo E'pe-
' CS^e aPProvou-* E' provuvel porém que no correr da discussão eu mo veja
lBtí) Por aviso de 13 de Setembro de
obrigado a referir uma ou outra occurrencia quo tenha tiao
° ^ac*° ^r* s®r com mandante superior lugur durante essa administração; mas fa-lo-hei somente
nà^°r^aüV' Ç°f°
cxc*uo
rinfA Jlo
cargo de juiz^ d»j
paz. Não te provou pe- pnra demonstrar o meu direito, e espero que o nobre pro-
C0raraiS8fi0 (lue C8^v*sse cm cfTectivo exercício sident-t de Sergipe e a camara não considerarão esto meu
de nn S
s,o» cargos ;
l - . porém dado que estivesse, nem assim procedimento como inspirado pelo desejo de invectivar.
'^validos os actos Provado o meu direito, não irei adiante, c guardarei tudo
J praticados por elle como juiz de paz.
elle chamado nesta» oonjuncturns, era muito fácil, o mais, c»mo jft disse, para Xempo conveniente.
^''luio
m 1UQ infringir a disposição A» questões de direito, que se envolvem no parecer não
r quizesse que veda o exerci-
?onJUQCt0 de ambos os lugares, que to esquecesse de orador
nr»
reviamente podem ser tratadas por mim ngora; porque o nobre
1 o commando -
passar superior. que precedeu o nobro relator da comniissão delucidou-a
s*' Bíptistí Monteiro : — Ao contrario, mui convenientemente, eo nobre relatoi d»commis»8o sus-
declarou na
l:t tentou brilhantemeute no seu discurso todos os pontos e
que passira o commando.
conclusões do parecer que fotão atacados na presento dis-
^ Sa. Piraí.ibf
: — Estava em exercício. cussão.
Jl*cniD0;—Ainda que estivesse também no Portanto é escusado voltar a essas questões, viòto
#*er^*í' J*LZ que
de commandante superior, o nada teria a accreecentar, e ficaria mesmo muito âquem uo*
KueA
^ P?Eto que se se-
9U# devia ser responsabilisado por exercer conjunc- nobres oradore».
lta ambos
o? lugares, porém os acto» praticado» O Sa. Criz Machado : — Por minha
por parte não apoiado.
70 DÉCIMA PIUMEIllA SESSÃO PR! ÍPARATORIA EM 25 DE ABRIL.

O Sr. ÍUiTisTt Moátf.iuo:— A minha tarefa pois se re- diz que a liberdade de voto é um principio que o paiz todo
duz á inforipação dos factos. Para que <*ssa informação reconhece , ó um principio que a coroa proclamou do alto
seja completa, não o exemplo que do throno , é um princípio que o governo se propõe a sus-
posso deixar de seguir
me deu o nobre presidente de Sergipe, quando invocou o tentar? O que ó que moralisa esta candidatura ? Eu não
testemunho de um nobre membro desta casa, o Sr. Barros respondo porque a resposta é obvia; ella está nojuizo de
Pimeutel, em apoio de uma sua proposição. Se este meio todos. Mas me perguntará o honrado cavalheiro, e então
foi licito ao nobre presidente quando accuswa, também me como fui eleito ; e então como tive votação ?
deve competir quando me defendo, e com maior amplitude. Eu respond >. Depois de tres decepções successivas lessa
Parece, senhores, que não será fóra de proposito, uem es- influencia legitima e do presidente da província, V. Ex. foi
tranho no interesse da verdade moralisar os recursos com adoptado em caso desesperado em uma eleição perdida. Foi
" nobre cnvalliciro o Sr. Pirngibe noa upresentá- então merecimento
que eu o que o nome de um homem de grande
mas na eleição. Julgo que isto não será indifferente á ca- devia servir de joguete para se me crear embaraços neste
mara, afim de que coraprehenda de que lado está o direito. recinto, porque o nobre
presidente da provincia, com todos
Eu mo dispensaria disto se não visse no impresso do no- os seus meios de ataque, e essa influencia legitima com to-
bre cavalheira o Sr. Piragibe, distribuído na casa, que a sua dos os seus recursos, não puderão derrotar a influencia do
indivíduo insignificante
Oindidatuia tinha sido apoiada e susteutada por uma in- que neste momento tem a honra
fluencia mui legitima c real de Sergipe. de se fazer ouvir, Era preciso esta grande alavanca ; era
Quando o nobro cavalheiro avança esta proposição no s»u preciso interessar na questão um homem que tivesse mui-
impresso, submette-a á discussão, o neste caso está sujei- tos o valioso» amigos, um cavalheiro que viesse, por seus
ta a exame. Portanto direi a tal respeito duas palavras; que grandes merecimentos, impor ao corpo legislativo a sua en-
por nenhum modo offenderá.r> ao illustre cavalheiro. trada nesta easa.
O illustre cavalheiro foi jlludldo quando escreveu essa O que somos, pois, nós dous cm face um do outro ? l)ua»
asserção. Quero prova lo, e para isso invoco um testemu- victimas, uma da deslealdade, e outra da violência ; duas
nlio que não pôde ser suspeito. Digão por sua honra o victimas que se devem lamentar reciprocamente ; a nossa
Sr. Birros Pimentel o o Sr. Tobias, se a candidatura do il- sorte por este lado tem um ponto de contacto, do comrau-
»astro cavalheiro foi ou não repellida absolutamente na nhão.
província do Sergipe? ! (lia um aparte.) Eu lamento que o nobre presidente da provincia de Ser-
Asseguro ao nobre cavalheiro que foi victirna de uma des-* gipe quando interpellou ao nobre deputado da mesma pro-
lealdade, que a sua candidatura foi repellida pela província vincia, eleito pelo 3o distrioto, a respeito da sua eleição,
inteira. Declare por sua honra o Sr. Barros Pimentel se que é a mais liquida, a mais brilhante, a mais legitima que
se pôde conhecer, não lhe alguma cou-
fallo ou nâo a verdade? ! perguntasse também
sa a respeito da minha eleição. Porque o nobro presidente
O Sr. Barros Pimentel : — Se eu tiver occasião de fal-
não me fez esta honra? Eu contio muito na probidade do
lar direi alguma cousa.
nobre deputado para ouvir uma resposta que me dispen-
O Sr. Baptista Monteiro : — Em prova do que digo te- saass de fwllar. Se o nobre presidente houvera feito isso, a
nho a referir que em uma reunião a que o nobre barão de minha candidatura estava tnoralisada, o eu estaria dispen-
Maroim convomu os seus amigos políticos, reunião que teve sado deoccupar-me deste nssumpto.
lugar a 17 de Novembro, no salão da assemblóa provincial, Creio que basta o que tenho dito para moralisar a can-
ao lallar o nobre barão 110 nome do nobre cavalheiro, sof- didatura do nobre cavalheiro a quem me refiro e a minha.
freu uma repulsa, que foi muito além do que elle esperava Mas a moralisação da minha depende ainda de mais desen-
de partidistas obedientes. volvimento, porque nos disse o nobre presidente em um
aparte : « Também a sua candidatura nao foi bem aceita. >
O Sr. Pri sioii.vrii: — O que está em discussão tS o pare-
E' indispensável que eu responda a este aparte. Não direi
cer, e não o folheto publicado pelo Sr. Piragibe. (Apoia-
que a minha candidatura íoi bem aceita, não direi que é
dos.)
muito legitima ; citarei porém alguns factos, e a casa apre-
O Sr. Cm/. Machado : — O niêbrc deputado está em seu ciando-os em Mia sabedoria se habilitará para tirar a res-
direito ; porém eà lhe podiria que puzesse de parte esta pectiva conclusão.
questão, (//o t utros apartes.) Não íoi bem aceita a rainha candidatura! Mas eu tenho
conhecimento com centenares de homens notáveis da pio-
O Sr. Baptista Monturo : —"Não sei se estou fóra da
vincia,a muitos dos quaes escrevi anticipadamente; tenho
oídem ; e por isso peço que to me advirta quando commet-
ali numerosos e dedicados amigos que me apoião desde longa
ter alguma falta. Não dirijo palavra alguma offensiva a»
data.
nobre cavalheiro, n (juem respeito muito; ao contrario, la-
Eu fui pessoalmente solicitai a honra dos suíTragios
mento qu« fisse victima da deslealdade. E' tanta a consi-
da província, onde vivi de*de a idade de 13 ató a idade de 34
deração qtc tributo ao nobre cavalheiro, que me honro de
annos; da provincia arquem tenho serviços valio-
confessar do alto desta tribuna, que, se se tratasse de apre- prestado
sos ; da provincia onde nascôrão minha mulher e meus fi-
ciar as qualidades que ornão a *ua pessoa, o por ellas me-
lhos, onde advoguei por muitos annos. e onde conto com as
dir o seu direito, eu me retiraria desta casa de muito bom
bem occupada afleiçôes de um grande partido; e se ali não era um homem
grado; pois esta cadeira não pódo Ber táo
notável, também não era dof mais desprezíveis. A minha
por mim como |> deria sO-lo pelo nobre cavalheiro. Mas não
defendo um direito que não é candidatura não foi bem aceita ! E então porque o nobre
posso assim praticar, porque
meu Bómentc, que è também da provincia que represento. presidente baldou todos os meios de seducção <• impp;iç."o
Não foi s6 a influencia mui leal « mui lijitima a que ai- que pôz em jogo para guerrear-me?
Índio o honrado cavalheiro que repellio a sua candidatura; O S*. Bi nlvioks: — Não apoiado.
a presidência da provincia repellio-a também, e repellio-a
O Sr Baptista Monteiro : — Porque ó
de um modo dçsabtido. Se se negar isto, o documento aqui que essa influen-
cia mui legitima'* mui real, também achou-se impotente no
está. (Mostra um papel.)
empenho de derrotar-me, sem embargo de todos os seus re-
Ora, o nobre cavalheiro, que não tinha a quem escrever
cursos, e dos enormes sacrifícios nue fez? A minha candi-
uma carta na provincia de Sergipe, que não escreveu me6-
datura nâo foi bem aceitai Mas ella resistio á alliança do
mo....
nobre presidente com aquella influencia real.
O Sr. Piragibe : —Não escrevi, <5 verdade ; mas tinha a
escrever.
O Sr.Bene vides : — O nobre deputado não estaria nesta
quem
casa com um diploma se o presidente o guerreasse.
O Sr.Baptista Monturo : —Não sei se V. Ex. poderá
seguidamente enunciar nesta casa tres nomes de homens O Sr. Silveira LorO : — Tal é a confiança que tem no
notáveis da provincia ; mas aceito a expressão do nobre ca- abuso?
(Risadas.)
vftlheiro, qua é incapaz de referir uma cousa que não seja
O Sr. Presidente : — Attenção !
verdade. Tinlia a quem escrever, mas não escreveu. A Fua
candidatura fui repellida por essa grande influencia legiti- O Sr. Baptista Monteiro:—Não guerreou! Prova-lo-
ma, e também pela presidência da provincia. liei com as palavras do nobre presidente lançadas nesta car-
O honrado cavalheiro, entretanto, se apresenta eleito 1 ta escripta ao Sr. major Thomnz Pinheiro de Souza Costa.
Que milngro e6te ? O
que
é que moralisa esta candidatu- Quer o nobre presidente que lhe envie este documento de
ra perante o corpo legislativo, e n'uma quadra em que se seu punho, para ver se o reconhece como authentico?
DÉCIMA PRIMKIRA SESSÃO PREPARATÓRIA KM 25 D>E ABRIL.

(O Sr. fíenevidcs faz signal offirmatico da autlimticidadc dç O Sn. Baptista Momuiro:— JA não ignorava,
documento'). pois : prí-
meiro. que eu era cundiduto; v segundo,
qne era candidato
Diz esta carta: < Illm. Sr. major Thomaz Pinheiro de muito bem aceito. Este tes-temunlio ó hiijortanlo, <5 o tes-
Souza Costa.—Aracajrt, 17 de Novembro de 185(i.—Ao meu temunhò da
potência eleitorul que sustentou c elegeu o no-
amigo o Sr. Dr. Alexandre Pinto Lobão dirigi uma carta, bre deputado.
m a anal exponho com franqueza o inen pensamento sobre O Sn.
i»i .m:vh»i;s :—A
a candidatura do Dr. Antonio o Freire de Mattos Barreto, quem foi on< bre deputado procu-
rar.' llm bomwn de
> quem eu dependia. Uto prova a le-
que se apresenta por esse circulo.
gitimidade da sua candidatura 1
Este Sr. Dr. Alexandre Pinto Lobão é o juiz de direito
da comarca , um magistrado que devia ser indiflerente a O >is. IWptista Mo.mmro: — Dcc^aio ao nobre deputado
essas lutas, « ao contrario era o que eu Hão teria repugnância,, e, ao contrario, teria muita
portador da carta, e o men-
sageiro da imposição! honra, de pedir semelhante favor a esse cavalheiro, de
quem
Do que se vai seguir nesta Cfrta comprehenderá a cama- sou amigo ; mas a ;eguro, pela minha honra,
quo não lh'o
^ . Ex^ o sabe, e to o não sabe, eu o opportu-
ra de pedi, provai ei
que importancia era aquella outra que liavia recebido
o Dr. Lobão, se ainda nesta o namente. E, dado que eu tiveaso solicitado aquelle
presidente se julgava resei- favor,
vado e comedido: \ . Ex. comprehende que nao era um meio do legitimar a
« V. S. tem bastante critério e bom senso minha candidatura, quo o Sr. Innocencio confessava ser
pura compre-
hender aceita pela unanimidade do circulo.
que uma candidatura como a do Dr. Mattos não podo
s>er guerreada nem desprezada sem desairar aquoiles O Sa. Bekevides : — De pôr-me em apertos, ou de prote-
se lhe oppuzerem, e que
que pelo contrario merece ser apoiada, gê-los ou de não ser deputado.
não só porque é um dos mais dUtinctos u intelligeutes
fi- O Sn. Daptisia Momkiro:—Teria sido uni moio adop-
luo.s da
província, como porque o governo tem nelle um
tado para amainar o desabrimento da guerra ofHeinl
amigo sincero, o um alliado mui dedicado. > que se
O compromettimento do nome do me fazia; o tanto não era pô-lo cm apertos, que Y. Ex. con-
governo não 6 agora tinuou a guerrear-mo, e sábio eleita deputado.
assumpto da minlia narração; não
ó para este ponto
que eu Ora, eu tinha começado a lei eista carta
desejo encaminhar a attenção da
cumara; sobre isto o go- para provar que
a minha candidatura foi guerreada,
verno tomará contas ao nobre
ou porque V. Ex. avançou
presidente; dirá opportu-
namente se a proposição de que eu não traria aqui um diploma te me
quer aceitar a responsabilidade que essas pala- tivesse guerreado.
?raa lhe attribuem.
Só a apresentação do Dr. Mattos Oontinúa a carta e diz : « V. S., pois, c seus amigos de
por esse circulo me Villa Nova e Pacatuba, tomarão na devida consideração a
obrigaria a sahir do firme
proposito em que tenho estado de importante candidatura do Dr. Mattos, a qual espero
não apoiar nem hostilisar candidato algum. » que
Saluo do proposito de não apoiar nem saliirã completamente victoriosa. »
hostilisar; logo se
resolveu a apoiar a um o a hostilisar Não aprecio o direito ou o abuso com quo o nobie presi-
a outro.
dente entrou nesta questão, interferio na eleição o : e com-
O Sr. Silveira Lobo : —F/ logico.
portou assim ; jà disse que isto fica reseivado para occasião
O Sr. Bíptista opportuna. Está provado, entretanto, quo eu fui
Movteiho :—A guerreado,
quem apoiava o nobre
presidente'! Está visto, era no Dr. Mattos, não era ao hon está provado que o nobri presidente guerreou também a
raao cavalheiro o Sr. candidatura do nobre cavalheiro o Sr. Piragibe; c portanto
Piragibe. Mas aquém
te guerreava o no- creio que ninguém contestará a proposição que avancei com
presidente ? Certo que a mim, porque teve a bondade
e dizer mesmo relação ao nobre cavalheiro o Sr. Piragibe, de quo temos,
que eu tinha tido força para derrotar ou-
os' em frente um do outro, duas victimas, uma da violência, e
?JÍ arreda-los da concurrencia. A guerra se declara-
contra mim, outra da deslealdade.
IVIJ,^?S1j1V;ilnC.nte porque o nobre presidente sa-
'' muito antes A minha candidatura era illegitima, disso o nobre presi-
que eu chegasse ú província, que me
presenta\a por aquelle circulo ; o meu dente, não foi beiri aceita. Mas o nobre presidente recordar-
Iravassos, tinha parente e amigo, o se-ha de que teve necessidade do ir pessoalmente ao circulo
communicado a rainha apresentação
o que apey.ar de tantos esforços, de tan-
presidente, e llio tinha podido que declarasse se para guerrear-me.
t__.n°jíe abusos, foi derrotado.
p e eiltiia apresentar algum candidato jos
por aquelle circulo,
caso apresentação teria lugar em O Sn. ISenemdks : — Não apoiado. Appnllo para a sua
nCt0 ' ° 0 n0^r'-' consciência, cila que não tique abafada neste momento. Re-
mente presidente respondeu negativa-
corde-so das nossas conferências.

¦ijSU?n^r provincia apresentei-me ao nobre pre- O Sn. Baptista Monturo:— A um membro dçjjta casa
emente, lallei-lheAnesses mesmos termos, e tive de S. Ex. a
mesma rosposta. ]x>go V. Ex. declarou que a minha candidatura era ali muito le-
sabia que era a mim, e tanto mais o noliro presidente ouando re-
gitima ! Essa confissão foz
. .a\ P°ríluo fomos companheiros de viagem, não só da ca- A Villa Nova em 28 de Novembro,
pitai as margens de S. Francisco, mas também na excursão gressou dessa viagem feita
e no empenho sómente de guerrear-mo. O nobre presidente
oaa a comarca de Villa
Nova, tratando das nossas can- foi ainda mais ingênuo nesaa occasião, porque confessou ao
um n^s peregrinando por sua Sr. Burros Pimentel, cujo testemunho invoco, que ora tal o
có ' t0ri»*' .ua<^a. própria
. ¦Assim tive a honra de ser com|ianhciro do nobre apoio aue eu tinha nas influencias do circulo, crâo taes as
c ento,
1uer nas viagens de terra, quer nas do mar. sympatliias manifestadas em favor da minha candidatura,
s«- S11.VEIR4 Lono: —
u® Era uma visita qne fazia o no- que a minha derrota era um impossível, o o meu triumpho
presidente aos antigos conhecidos e amigos. inevitável.

'*A,'TISTA Momtiuo: — Pousavamos nas mesmas


Se a minha candidatura não foi bem acejta ou não era le-
ca'' ClltrG^ant0 cada um gitima, não ha explicação possível para o facto da minha
cuidava de si O nobre presiden-
tc <A% eleição através da guerra que o nobre presidente mo fazia
suns conferências as influencias do lado da
r>ro
P * ,'a™ava
meia das Alagoas, de mãos dadas com o nobre barão do Maroim. Ou esses fac-
e eu euténdin-me com as do lado da
Província de SergPpe. tos quo tenho referido prestão-se regularmente a concluir
. legitima, e foi muito bem
ra' f- muito de suppôr _ que a minha candidatura era
que o pobre presidente senão aceita, ou eu não comprehendo o que é a lógica dos facto*.
recuse a
confessar que nestas condições sabia
ic (ju(, perfeitamen-
eu t.ra candidato por aquelle circulo, e o mais favo- O Sn. Bi'Nr.viDi:s dá um aparte.
pcido
d'entre todo# os coricurrcntes. Eu tenho nlém disto
r'> testemunho O Sn. UirritT* Mo.vrimo:—V. Ex. rocusa-so a confes-
que não <5 suspeito no nobre presidente, sar que me guerreou, mas os documentos que tenho exlii-
cordar-se-ha o nobre
presidente de ter recebido na noi- bido, e cuja authenticidade V. Ex. mesmo reconhece, repol-
20 ou lle 21 Novembro, em o bou
ta ' do j palácio, uma car- ltm essa negativa. No impresso que tive a honra de oflerc-
tenente-coronel Innoceucio José du Costa, cer á consideração da camara, avancei um facto que não
potência
5'torai que o sustento» no Penedo, pedindo-lhe que, se está provado por documentos, mas hoje ó occasião de pro-

Pudesse lançar a sua benção sobre minha candidatura, va lo. Assegurei no meu escripto que o 1° candidato que o
lüenos
que não me guerreasse, porque eu era candidato nobre presidente adoptou para o circulo do Propriá foi o
üfcanimidade
j do circulo de Villa Nova. Recorda-se V. Ex. Sr. Harros,Pimentel, a quem pedio com Instaucia rjuecon-
a«&ta
carta ? sentisse em ser apresentado ali por conta da presidencia.
^
Besbtídbs :—Sim, senhor. Não tenho prova material deste facto ; mas esperava ter a
72 DÉCIMA PRIMEIRA SESSÃO PREPARATÓRIA EM 25 DE ABRIL.

honra do invocar nesta casa, como invoco, o testemunho do da guerra que soffri. Não t portanto exacta, ató certo ponto,
nobre deputado o Sr. Barros Pimentel, porque o seu teste- a proposição , porque S. Ex. quiz considerar esta inimizade
munlio é superior aos documentos de qualquer especie.^ a tergo, e o facto é que, se a inimizade existisse , não seria
Na verdade esse plano foi bem concebido, essa conspira- causa , e sim a conseqüência dessas violências de
que fui
cão foi bem calculada. Confesso quo o Sr. líarros Pimentel, victima.
é por seus grandes talentos, poderia der- o nobre de ter a commissão envol-
prestigioso como Queixou-se presidente
rotar me, tiuito mais porque tem parentes 110 circulo, tem vido o seu nome 110 parecer. O nobre relator da commissão
ali muitos amigos, e tem já sido eleito deputado pela pro- já satisfez perfeitamente a esta questão ; mas eu pergunta-
vincia por mais de uma vez. Seu nome era para mim um rei ainda ao nobre presidente como se podia deixar ae en-
raio esrragador. Felizmente o nobre deputado teve a gene- Tolver o seu nome no parecer, fe era preciso apreciar a le-
rosa complacência de recusar-se ao convite que se lhe fez, gitimidade de uma ordem sua , ou de um conselho (como
e eu mo honro de lhe testemunhar profunda gratidão por diz S. Ex.); ordem ou conselho, que deu motivo a todos os
esf»e favor. acontecimentos que se seguirão? Como abstrahir-se disto?
Depois, foi adoptada a candidatura do Sr. Mattos, e adop- A quem bç devia lançar a culpa? Em
que peça se poderia
tada no mesmo dia em que a potência legitima a que se re- apreciar a questão? Não tem razão o nobre deputado; sen
fere o nobre cavalheiro o Sr. Piragibe reunio na capital os nome veio á.
questão unicamente como presidente que ex-
«eus amigos cm coufercncia política , isto 6 , no dia 17 pedic uma ordem, que a commissão considerou menos adap-
de Novembro, dia fatal, de quo me recordarei durante toda tada ás dieposições da lei.
a minha vida. Eu estava então na capital. Nes-e mesmo A proposito dessa ordem. Entre os meus documentos
dia o nobre presidente escievru esta carta de que já li os acha-se o opinai da
portaria circulai do nobre presidente
trechos principais. (Mostra-a.) Será preciso mais alguma datada de 25 cie Outubro , em
que se tratava de prevenir o
cousa, não bastará a coincidência de datas da reunião e da excesso ou o augmento abusivo de eleitores nas froguezias,
carta, para mostrar que o nobre- barão de Maroim e o nobre e em que S. Ex. dizia
que esse augmento poderia ter lugar
lizerão alliança e combinação de todas as suas nos termos do art. 52 da lei de 1SJ de Agosto de 1846.
presidente
forcas contra a minha pobre e insignificante individualidade? Ora , se o nobre presidente não tendo marcado o numero
Não ; se eu era ura candidato fraco, candidato mal recebido, dos eleitores de cada parochia, como íizerão alguns dos seus
luxo de alliança de duas poten- nobres collegas, recommendou a observancia daquelle artigo
para que se ostentava esse
cias tão altas e tão poderosas? E sendo tão fraco, como da lei e avisos respectivos, é evidente que foi quem induzio
triumplioi lutando contra ádversarios tão poderosos? E' in- as freguezias de Villa Nova e Pacatuba a elegerem 40 e 32
concebi vel. eleitores ; e se isso era legal, como realmente i , não 6
fácil de comprohendcr
Ainda mais; é a terceira vez que tenho a honra de me que o nobre presidente, por sua por-
apresentar pela província de Sergipe: da primeira vez obti- taria , ou conselho de 18 de Novembro, coudemnasse a
ve o lugar de 2o supplente ; regia ainda a lei de eleições de observancia da sua ordem legal de 25 de Outubro , oppon-
1846 ; aa segunda nquei no lugar de 1° supplente; esta 6 do-se abertamente ao disposto jaa lei. Fa-lo-hia inspirado
a terceira vez. Pois um homem que por tres vezes se apre- pelo instineto da versatilidade . ou desconhecendo o erro
senta, que vai assim galgando successivamentc as grada- que commettia , ou não pesando a inconveniência do acto?
«.õcs das candidaturas (rí*o), é illegitimo, é desconhecido, Creio que não.x
é mal recebido, senhores? Não posso comprehcnder isto! E o que é que poderemos concluir desta diversidade de
opiniões contidas na portaria de 25 do Outubro e nesse fatal
Passarei agora, Si. presidente, n tomar cm consideração
conselho de 18 de Novembro? Eu ao menos concluo
os apontamentos qni' ti/. de algumas proposições do nobre que a
deputado que 6 presidente da de Sergipe. portaria de 18 de Novembro não foi mais do que um meio
província de sellar o pretexto de que se servio a turma da minoria nas
Disse S. fcx.que um dos candidatos que se apretcntavSote
suasactas para explicar o abandono
dizia imposto pelo governo, e que o outro se constituirá seu que falsamente attribue
á maioria. Em matéria tão importante como esta uma
inimigo pessoal. O nobre presidente ha de ter muita diffi- pro-
videncia circular de tanto alcance como a de 18 de Novem-
culdade j)ara mostrar de qu<* lado partio a idéa, o boate, a
bro deveria ter sido impressa nojornal ofiicial; mas o nobre
noticia <í: que um dos candidatos era imposto pelo governo.
Digo quo terá muita difliculdade de o mostrar, a menos que presidente tendo feito imprimil nojornal ofiicial a portaria
foi quo es- do 25 do Outubro, não fez o mosmo com a de 18 de Novem-
queira dizer que partia da presidência. Quem
bro, de sorte que ainda hojo a província ignora se ella foi
pnlhou essa noticia? qual foi o jornal da província que pu-
expedida.
blicou a candidatura do nobre cavalheiro o Sr. Piragibe ?
As candidaturas se conhecem pelos jornaes, ou pelas com- 0 Sn. Benevidks dá um aparte.
munieações das influencias eleitorais; o qual foi o jornal,
O Sr. I5ai»tista Monteiro : — Não ó disso que eu trato ,
diga-nos o nobre presidente, que inculcou a candidatura
eu quero tirar outra illação, quero fazer sentir as suspeitas
desse nobre cavalheiro? Nenhum; logo quem fallou na
bem fundadas que tefiho de que essa portaria foi um meio
candidatura do nobre cavalheiro? Ninguém.
de sanccionar posteriormente essa trica de quo se servio a
Como, pois, se dizia que ora cllc candidato imposto pelo j
turma da minoria, porque emfim já estava lançado em suas
governo'? Se nós outros ignoravnmos que elle era candidato,
aetas que tinha uma ordem da presidencia para excluir
não podiamos espalhar a noticia dc que era imposto pelo
aquelles eleitores do collcgio. E' isto que quero fazer sentir,
Hoje é que digo que foi candidato imposto pela
governo. não é a respeito de certidões , porque
quanto a isso largas
presidência eui nome do governo; mas ainda não estou ha- são as contas que temos de ajustar.
bilitado só por es:e motivo a dizer que realmente foi impôs-
Disse o 11 ibre deputado
t > pelo governo, pois que o nobre presidente & que o devo que as urnas sc tinlião exprimido
na província de uma maneira muito livre. Não contesto
dizer claramente ; a deducção immediata dos factos dados
esaa proposição , opponho-lhe sómente a lógica dos factos
é que foi imposto pela presidencia No caso, porém, de quo
o nobre presidente tenha feito a imposição por conta do go- que se têm apontado. Também disse o nobre deputado que
Villa-Nova deu em 1852 38 eleitores : ou terá a bondade de
verno, declare-o, a responsabilidade recaia sobre
para que rectificar este erro de algarismo , ou de
mim, permittir quo lhe
quem legitimamente deva carregar cmu ella; para
os do- provo o contrario. Villa-Nova deu em 1852 32 eleitores....
por ora, é o nobre presidente o responsável, poi%que
cumentos provão contra elle. Mas, suppondo-se aue a pre- O Sn. PiEKEViDE.s: — Em 1854....
sidencia obrava inspirada polo governo, a admittir o nobre
este principio, então direi O Sh. Haptisti Momeiro : — Ah ! foi 11a qualificação de
presidente que o nobre presidente
e quem vem denunciar á camara que o governo mandou 1854?
lazer essa imposição, irçandou praticar todas essas violen-
O Sr. Bf.nevides dá um aparte explicando o que dissera a
cias. | este respeito.
O outro candidato, disse ainda o nobre presidente, cons»
tituio-se meu inimigo pessoal. Peço licença a S. Ex. para O Sr. Baptist* Monteiro : — V. Ex. disse mais que não
observar-lhe que esta proposição não ó muito exacta ; ai 11- tinha havido qualifioação em Villa-Nova cm 1856.
da hoje não sou inimigo do nobre presidente. E' verdade O Sr. Benevides : — Em 1855; em 185(> recebi-a.
que me proponho, ou alto desta tribuna, se tiver a honra
ae ficar aqui, ou da tribuna universal, se daqui sahir, cen- O Sn. Baptista Monteiro *• — Bem; a respeito de 1855
surar o noUre !os não sei se houve.
seus actos ; mas não sob teu
presidente p
inimigo pessoal ; •• quando o fosse , ora isto conseqüência O Sr. Silveira Lobo : — Nem importa
para o caso.
DÉCIMA PRIMEIRA SESSÃO PREPARATÓRIA EM 25 DE ABRIL. 73

O Sr. Baptisia Monteiro : —A tanto elle figurou na turma da maioria. Isso prova bem que
proposito disto emittio
V. Ex. uma os do- não houve tal idéa d« separação
proposição que não me oflende , porque parcial, que as actas con-
cumentos em face da signArão falsamente, o aqui sustentar sem
que legitimão a minha eleição estão que hoje se quer
camara , mas offende a um honrado membro desta casa. fundamento algum.
V. Ex. disse em Villa-Nova, Se por ventura tivesse havido o nas actas,
que nunca se tinha feito eleição processo indicado
e distri- ter-se-hia consultado a eleição
que ali um potentado mandava fazer as actas primaria, e
ver-se-hia que
buia como lhe a isto o Sr. Barros Pi- Severo Barbosa dos Santos estava incluído nos 11 que se
parecia ; responda
mentel,
que tem sido eleito nmis
de duna vezes deputado por querião separar. Ainda mais. Contestou-se aqui perante a
tido uma votação importante commissão que havia eleitores
aquwlla
província , e que tvm que não pertencião & parochia,
nessa parochia; essa eleição por mais de uma vez tem porque residião neste ou naquelle ponto do territorio do
sido contes tilda nesta casa , e approvada. li' por demais te- Brejo Grando.
meraria semelhante proposição, uma vez quo não se ba- Iloje não so discutio isto, mas não
posso deixar de cha-
sOe em demais temeraria partindo do nobre mar a attenção da casa esta incolicrcncia. Severo Bar-
provas ; é por para
orador interesse em desmoralisar essa treguezia , bosa dos Sant03, que resido na ilha dos Bois, uma das ilhas
que tem
que teve a nobreza de resistir á vontade do nobre presiden- mais distineta.* que ali ha, não é illegitimo, não é arguido
te, que llie impunha os candidatos de um modo desabrido. de estranho & freguezia, porque figura na turma da minoria.
O nobre presidente de Sergipe asseverou quo o juiz de Entretanto alguns outros são atacados cm sua legitímida-
paz
tinha consultado o collegio; mas essa proposição 6 gratuita, de, porque residem em qualquer das pequenas subdivisões
porque não ha collegio sem haver mesa ; e se está provado que constituem o territorio do Brejo Grande. Então Severo
ua própria acta de ler, Barbosa dos Santos p6de ser eleitor, e os outros nas mes-
que o nobre presidente teve a bondade
a meu pedido, depois mas condições não o podem ser? O que revela isto ? Kevela
que a mesa interina foi organi»ada
da questão suscitada sobre a separação dos onze eleito- a trica da minoria , c a falsidade da eleição quo ella si-
res , à claro mulou.
que não existia mais do que a reunião do
alguns homens sem caracter nenhum de collegio até en-
O Sr. Silvfirv Lono : —Estar>do qualificado pôde ser
tão. Mas eu noto ainda uma cousa nesta argumentação
eleitor, ainda que haja duvida quanto ao territorio.
do nobre
presidente, que o deixa em posição falBa paru jus-
titicar o O Sr. Baptist a Monteiro : —Prescindo disso ; V. Ex. e
procedimento do juiz de paz. S. Ex. aconselhou o
de o nobre relator da commissão jii brilháruo nestes objectos
juiz paz que consultasse o collegio, e depois quer justifi-
ca-lo porque não consultou o collegio! Cumpriria talvez mais importantes, eu estou informando a casa sobre estes
que
lhe tivesse dado mais um conselho neste sentido , factos , que apezar do seram pequwios têm grande alcance
que lhe
tivesse aconselhado que consultasse o collegio , e que o não o descobrimento da verdade , e para a demonstração da
para
consultasse, porque então justiticar-se-hia o juiz de paz em justiça que me assiste.
qualquer das hypothesc» que tivesse servido de fundamento Disse o nobre presidente de Sergipe quê o despeito da
ao seu proceder. maioria tinha provindo de não haver consentido a minoria
do que estou
Mas, senhores,
para mostrar 4 camara que em qualquer que tomassem parte na lotação os 11 eleitores
hypothese, em tratando. O nobre presidente de Sergipe avança esta propo-
qualquer argumentação se revela a falsidade
da eleição da minoria
, vou chamar a sua attenção sobre sição porque está mal informado. Felizmente para mim S.
um facto. A freguezia de Villa-Nova deu em 1852 32 elei- Ex. iá se havia retirado do circulo quando se ueu a grande
tores , mas o nobre batalha. S. Ex. tinha sabido na ante-vespera ; eu li fiquei
presidente mandou excluir , ou acon-
selliou • presenciei tudo.
que se excluíssem 9 , porque era o excedente do que
tinha dado em 1852. Entretanto o O proprio diploma do Sr. Piragibe ó quem o demonstra ;
,exeedente erão 8 e não 9.
o- eleitores de
E' verdade
que a secretaria da ptesidencia teve muito por quo
diz que esti verão presentes todos
cuidado d# declarar
sempre quo deu as certidões do numero Villa-Nova , de Pacatuba, uc Propriá, menos2, o Porto da
de eleitores daquella Folha. Ora , a totalidade era de 129. So so tiveese dado a
freguezia , em relação a esse anno de
11, o resultado seria mui diíferonte
•5? ' ^ue tinh&0 sido nomeados 31 eleitores. questão da exclusão dos
Mas eu tenho entre os meus documentos daquelle quo enunciou o nobre presidente de Sergige. Vou
, que forão pre-
A nobre commissão , a forão 32 e não prova-lo com os algarismos.
gentes prova de que
31. Ainda mais. O nobro se des- Se a totalidado dos eleitores das quatro freguezias foi 12!»,
presidente aconselhava que menos 2, isto é , 127 , tirando-se 59 votos quo teve o nobre
contassem e
se separassem os 8 ou 9 eleitores de Villa-
Nova, e os 2 de Pacatuba, ao nume- cavalheiro o Sr. Piragibe, iicão t»8, que erão maioria. De-
porque erão excedentes
ro duzindo-se 11 , ficão de um lado 57 e do outro 59. Suppo-
que essas freguezias tinhão dado em 1852-
nha-te que se tira dos eleitores de Propriá, 1 que so acha
Mas o nobre sabia bem que a freguezia do
' ropiiâ presidente, que nas mesmas condições que os 11 ; ficaaquello numero re-
tinha dado também em 1856 mais 1 eleitor do qut
duzido a 58 , de que ainda se devo abater o eleitor Severo
1852, não mandou descontar este. Tonho a certidão ex-
trahida da Barbosa dos Santos , e assim ha de parto a parte 57»
secretaria da presidencia , na qual se diz que
Propriá Onde está a maioria? O quo se rosponderíl á lógica dos
deu em 1H52 20 eleitoies ; e agora deu ella 27. lia- nobre presidente en-
via o excesso algarismos, quaes não pôde o
nos
de um, e o principio quo se applicava a \ illa-
^ova e Pacatuba contrar apoio considerações qne apresentou á camara ?
ás
devia ser applicado a Propriá, so tudo isso
n&o fosso Para dar maior força a este meu argumento tenho de
uma farça. Não houve, porém , questão de sopa-
do Propriá , oue a acta da
ração ponderar que desses 2 eleitores
parcial de votos, nem de eleitores ; está provado pelos
documentos ninguém se minoria diz que fultftráo, uni não faltou , e foi o mais vo-
animará que apresento , cuja credibilidade tado. Estava presente â chamada, e ao mencionar-so o
a coutestar, que o de paz, pretextando ordem
juiz seu nome declarou em minha presença ao juiz de paz que
declarounullos os 72 eleitores de Villa-Nova
® ^presidencia,
1 ucatuba. não fazia parte daquella mesa por ser Ulegal, que o juiz de
Além da prova material que apresento desse Eu tive a
aeto , eu estava exorbitando de suas attribttíçQes*
o asseguro , não só isso , como paz
&* as outras porque presenciei honra de communicar isto ao nobro presidente cm uma
_ violências ; estivo rodeado daB baionetas
om carta que lhe dirigi de Propriá em (i de Dezombro.
que o collegio foi invadido.
A|nda um A proposito chamarei a attenção da camara sobre o at-
facto bom a torpeza do procedi-
mento da que manifesta testado ao major Francisco Joaquim da Silva Lemos, o elei-
minoria , e a moralidade do diploma do nobre
cavalheiro tor mais votado do Propriá , homem de bem , de probidade
o Sr. Piragibe. O eleitor Severo ISarbosa dos San-
'os, um dos austera, de reputação proverbial nas província» das Alagúa»
figurão na turma da minoria , é um dos
««•.que se que c Sergipe, a quem o nobre presidente disse, em minha pre-
tratAra de excluii ou separar. Pois era eleitor
"lftRÍtimo sença , quo seria feliz se encontrasse homens daquelle ca-
® não o para se separar em relação à tnrma da maioria, racter para emprega-los em todos os termos da província.
ci a para fazer da turma da minoria, como
*z ' parto
Que lógica irracional é esta? ! (O
Sr, Benevidrs faz um iigml affirmativõ,)

O S*. O nobre deputado pelo lu circulo de Sergipe que diga


Cigt Machado : — Essa escapou i commissão.
é possível conte»tar a honra e probidade do nmjor 1- ranciBCO
O Sr. Baptist» Mosteiao : — Aqui estão as actas. Se-
Joaquim da Silva Lemos.
*cro ISarbosa
dos Santos , posto que tivesse ficado i-m casa Sr. Touits : —Não ha duvida que é probo.
«"ente, O
como ficou , e como consta dos documentos produ-
ziuos
por mim, ora um dos que se mandava excluir , mesmo O Sr. Baptista Mo>teiio: —-Pois esse homem, cujo
aP«ar de
não estar servindo á turma da maioria; entie- testemunho é apreciado pelo nobre presidente e pelo nobre
10
IWIO 1.
DÉCIMA PRIMEIRA SESSÃO PREPARATÓRIA EM 25 DE ABRIL.

deputado , attesta que funccionou no collegio da maioria . acabou de fallar, visto que elle me fez responsável
pelas
de que resulta que a turma da minlia eleição teria 58 depois difliculdades que encontrou em sua eleição; mas tenho de
de tirados 11. Portanto, se é evidente que ainda deduzindo- ponderar a V. Ex. oue não posso tratar desta matéria senão
se os 11 eleitores questionados a maioria continua a ser com algum desenvolvimento.
maioria , qual a razão por que esta se teria despeitado Tenho de narrar a historia das duas candidatnras, objecto
com a deliberação do collegio, isto <5, com a sua própria de que não mc quiz occupar quai.do fallei a
primeira vez,
decisão ? porque era mais pessoal do que em relação á questão juri-
Mendes : — Isto não tem réplica. dica; porém chamado a este terreno não
O Sr. Cândido posso deixar de
entrar nesta questão.
O Sn. Baitista Morteiro: — Informo a casa, B©b minha
Sou novo na casa, não estou a par do regimento delia;
honra , que o procedimento do
palavra de juiz de paz não foú não sei se pela hora um
esse que se inculca, e sim aquelle de que tratão as actas da pouco avançada seria conveniente
ue mc fosse permittido Qeiler da
eleição da maioria. palavra hoje para tratar
3 o que tenho de dizer na
Eu presenciei, e a villa de Propriá inteira presenciou , primeira occasião.
O Sr. Presidente : — Sim, senhor.
que o juiz do paz declarou que não permittia que funccio-
nasseni os eleitores de Villa-Nova e Pacatuba , porque a O Sb. Benevioes*.—Cedo então da palavra para fallar
presidência assim lho tinha ordenado. Esse homem, de em outra oceasião.
cuja probidade acabei de fallar, attesta este facto e as
O Sr. Barros Pi dentei : — Sr.
outras violências que se derão. presidente, estava no pro-
posito de não tomar parte neste debate. V. Éx. e a camara
O Sn. Silveira Lobo:—A força era para garantir a comprehendem collocado
que, entro as partes eontendoras,
liberdade dos eleitores. eu deveria achhr-me embaraçado
para emittir com segu-
O Sr. Bu-tista Monteiro : — Nas actas da maioria faltão rança meu juizo sobro a
questão. O convito porém que
dous eleitores, o major Leandro Pereira da Silva e Jerony- ambas tiverão a bondade de fazer
para eu pronunciar-me
mo Pereira Bastos, pertencentes á freguezia de Villa Nova. sobre algun3 pontos obrigou-me a entrar na discussão;
vou
Tinhão comparecido como os outros, mas vendo e ouvindo portanto expôr com lealdade o meu pensamento. Depois de
a declaração do juiz de paz, retirárão-se da igreja, julgando satisfazer este dever apreciarei o valor da emenda.
Fui convidado a emittir o meu
que nada tinhão a fazer ali. Esses votos não me fazião falta, juizo sobre a espontanei-
dade da candidatura do Sr. Pirngibe. Desta resposta
porque o nobre presidente de Sergipe tinha conseguido já
deveria estar dispensado, á vista do
desses cavalheiros que votassem pelo candidato que me foi que disse este senhor
opposto. N quando confesFou uma só carta não dirigio
que para a pro-
Eu, antevendo as difficuldades do futuro, solicitei attes- vincia de Sergipe. O illustre membro declarou
que podia
tados desses cidadãos, e os obtive. Poder-se-ha contestar a tê-la3 escripto, mas confessou uma bó não escreveu!
que
veracidade desse documento? Eu não tinha meios para A camara rompreliende
perfeitamente o valor desta conlis-
impor a minha vontade a esses cavalheiros, era guerreado são, e não careço mais nada accrescentar.

pela preaidencia, podia considerar-me proscripto. Note-se Quanto ao podido quo me fez o Sr. Bnptista Monteiro para
ue declaro se fui apresentado ao circulo de Propriá
que um desses cidadãos é official de lu linha reformado, pelo
.sujeito á presidência da província, aspirando ao lugar de igno presidente de Sergipe...
instruetor da guarda nacional, e o outro éjuiz municipal O Sr. Baptista Monteiro: — Convidado para se apre-
supplente em exercicio, um homem contra o qual o nobre ¦entar.
presidente tinha em sua pasta uma denuncia por crime de O Sr. Barros Pimentel : — ... devo também dizer
responsabilidade que ao
chegar a Sergipe aconselhárão-me
Dispunha eu de meios que induzissem esses homens a quo me apresentasse por
Propriá, e devendo natureza procurar íirmar-me na-
darem attestados que não fossem a expressão da verdade? pela
queile circulo onde tivesse mais parentes e amigos, lancei
O que prova a torpeza, que a cainara deve condemnar, ú as vistas para o Aracajú e Itabaiana; e não desejando
esse attestado que ministrarão ao nobre cavalheiro o Sr. Pi- dever
a minlia eleição exclusivamente a um
ragibe, datado do 2 de Dezembro, poucos instante^ depois partido ou a um po-
tentado, resolvi-me pelo de Itabaiana, onde a força
daquelW outro que mo foi dado, dizendo que ficava Ae das
parcialidades politica3 estava quaBi equilibrada, e tal era
nenhum effeito o attestado que me havião ministrado!
minha resolução
Não á preciso commentar as proposições deste documen- que preferia regressar para a liahia som
bom resultado, a não devê-lo á expressão
de uma verda-
to; a sua falsidade se revela por si mesma; a camara as deira conciliação
apreciará em sua sabedoria, e verá que essa torpeza foi re- (Apoiados.)
Deveria terminar aqui o
sultado de uma compressão corruptora da autoridade. que tinha a dizer se na qualidade
"e. Sergipano
Sendo isto incontestável, não é uma deslealdade illudir o pudesse deixar de aftligir-me de ver quo a
minha provincia, com
nobre cavalheiro o Sr. Piragibo, e induzi-lo a apresentar-se quatro circulos, apenas seja conai-
dorada o refugio de
nesta ca3a munido de documentos desta ordem, documentos quantos candidatos infelizes ha. Não
íorão sómente estes de
qu<* aqui se tem fallado, outros mui-
que compromettem a reconhecida honestidade do seu carac- tos de cujos nomes também nunca se ouvio fallar IA se
ter? Não ó iniqüidade fornecer-lhe documentos e aponta-
apresentarão cobertos <]e valentes recommendações de
mentos falso*, para induzi-lo a publicar um impresso mi-
que mstros, de senadores, etc., etc. Não me devo
compromette a moralidade da sua causa, e servo para pois irritar
provar que minha provincia seja o refugio do peccadores abando-
a legitimidade da minha eleição? Certamonte. E a tanta nados! (Apoiados.) A camara avalie o esforço
deslealdade se quer dar apparencias de serviço e amizade!! que faço para
conter- me! *
Não pretendo abusar por mais tempo da attenção da casa.
Uüia voz : — Está bem
Sinto a camara fatigada, e devo terminar aqui o meu dis- patente.
curso para não cansa-la mais, posto jjue muito mais <5 Outra voz ; — E* bom dizer o
quo sente.
ainda o
que podia expender. O juizo da camara deve estar O Sb. lUititos Pimentel : —Nem sempre
6 possível. Va-
formado, c por conseguinte o meu direito não corro pe- «os á emenda. Rompi, repito, o
já proposito em que estava de
ligo de eer mal comprehendido, nem sujeito a equivocos. não ialliir depois
que ouvi a emenda apresentada
Se a discussão continuar, e for necessário, darei mais pelo Sr. Dr.
Iobias; porqjianto, tendo a camara se
alguns esclarecimentos. pronunciado a favor
de uma eleição,
parece que sem novos argumentos não devia
Agradeço cordialmente a attenção com
que fui ouvido, esperar-se
que se pretenda annullar ambas. Senhores, 6
•em ter títulos a uma complacência que tanto me honra!
preciso que cu declare que minhas sympathias não Be
nunciâo pro-
Lê-se, apoia-se, e entra em discussão, a seguinte emenda por nenhum dos dous competidores.
ao parecer: O Sr. Tori as : — Trata-se da
justiça.
< Proponho: Io, que sejãojulgndas uullas aseleiçCes se- O Sr. Barros Pimentei. : — Com o Sr. Piragibe
não tenho
cundarias do 4o districto eleitoral da província de Sergipe; relações, e com o Sr. Monteiro muito
poucas, e se motivo
2», que se officie ao governo para mandar responsabilizar o houvesse
para eu inclinar-me por um dellcs, talvez fosse
de paz da freguezia de Villa Nova, que presidio um dos
juiz peio Sr. Piragibe, que nunca me oflendeu. Indaguemos
intitulados collegioá eleitoraes, por tê-lo feito estando o em
juiz pois que se fundou o nobre deputado para offerecur a
de paz competente em exercicio. — Tol/ias Leite. > emenda.
O Sr. Bekevides : — Sr. presidente, eu não podia deixar O Sr. Tobias: — Na
justiça, na conviccão em que estou
de tomar a palavra para responder ao illustre membro de que nem um nem outro estava bem eleito.
que
DÉCIMA SEGUNDA SESSÃO PREPARATÓRIA EM 27 DE ABRIL. 75

Pmuro : — Me permittirá o honrado Peixoto, Costa Pinto, Aragão e Mello,


,^R- Pijientel Pedieira, Brandão,
que lhe diga
que esta sua opinião ó muito moder- e Almeida Pereira, abre-se a sessão.
na [Risos.) i
1-ô-se o approva-so a aeta da antecedente.
O Sr. 1'owas;—Não esta sua
prova asserçüo, tenho
testemunhas. O Sn. Io Secretario dá conta do seguinte

O Sn. Birros Pijientel: — Dous só


podem ser os funda- EXPEDIENTE.
mentos, os
quaes jà forílo suílicien temente destruídos, o
nugmentode eleitores e a do OíTicio do ]o secretario do senado, communicando haver
presidência collegio da maioria
por um juiz de paz difiVreute do primeiro votado da fregue- na corte numero sufficiento do Srs. senadores
zm em para se abrir
que se reúne o collegio. Quanto ao primeiro, <5 incon- a assembléa geral. — Inteirada.
e8tando0«ORmeutodentro da espliera da lei
toÍ?v<-que de Officio do ministério do império, transmittindo as actas
Jo46, ninguém o
pôde atacar. (Apoiados) dos collegios eleitoraes o das assemhléas
Aqui cabe, li vista do engano em parochiaes da pro-
que estão alguns mem- vincia de Mato-Grosso. —A' eommissão respectiva.
bro, que este augraento
assenta na
de 18ob, que se acha entre os documentos qualificação Outro do mesmo ministério, remettendo as actns dos col-
apresentados • c
quanto ao juiz de paz, só terei a dizer legios eleitoraes da província do llio Grande do Sul. A*
que, se para ser valida
uma eleição requer-se a todo commissâo respectiva.
o custo a
presença do juiz do
paz mais votado da freguezia da cabeça do circulo, Outro do mesmo ministério, remettendo as actas das ciei-
será elle
sempre
quem decida da victoria, e seria um
precedente peri- ções parochiaes de Caethé, Taguarassíi, Roças Novas, Cur-
goso que devemos evitar (apoiado,); então nunca a maioria vello ; Taboleiro Grande, e Trahirus, da
província do Mina»
t,ver 0 Juiz íuc presida os seus Geraes. —A' eommissão respectiva.
nr?mmVnerttr ao
primeiros Tn alhos. /ll0
(Apoiados.) Uma representação dos cidadãos o eleitores du parochia
1 ~ 86 d» Santa Anua do Catú
nimeSaq^"virtMW:,,AD0 qUCm t!vCT Um colleSio una" (4°district0 (la província d:) líahia),
patenteando as nullidades que afFectúo a eleição de deputado
<1 Sn. Silveira e supplente por aquelle circulo, e
Lobo : — E o pedindo que se vote pela
juiz de paz. (Risadas.) nullidade da eleição. — A' eommissão respectiva.
Pm"r, ,': ~ taos rflz0e8 ac'lflva mais
cu?in5jRJUl,T 9°m
se désse asse''t° 10 Sr. Piragibo Vão ás respectivas commissoes os diplomas do Sr. Mar-
?™0
S jcho do que por mero
Capi mandar proceder a nova eleição. tinlio Alves da Silva Campos, deputado supplente do 9° dis-
tricto da província do llio de Janeiro, e um oificio do deputado
O Sr. Cruz Machado : — Apoiado.
o Sr. Joaquim Josó Teixeira Leite, participando nüo poder
O Sr. IWrros Pimentel-, —Já
se converteu uma vn, tomar parte nos trabalhos da camara por ir fazer uma via-

gem íi Europa; do Sr. Jeronymo Francisco Coelho, deputado
da província de Santa Cathariua, e do respectivo eupplente,
uma minoria arredou uma o Sr. Jesuino Lamego da Costa.
arando mn i ,rln Pipe
Urna,'c'0"10 se Provou, como confirmou
eommissão de a
BS deenta°- c a casa sanccionou; PRIMEIRA PARTE DA ORDEM DO DIA.
Be«U.u oue lK não
<£wh«2? g71 cotiCorrtt Pira a mesma injustiça.
'? P°U-C° LO-se, entra em discussão, e sem debate 6 approvado, o 6»-
Sra'iracite'-acon Pr(rtendia-Se validar a eleição do
V1° porem
1ue a caluara não andaria guinte requerimento :
neste EiT
:,sora < A 7» eommissão de
^ um?^2rfC,Ura"8e ?.nnu!lar
» ambas. Seria poderes requer que «e poção ao go-
dos. Muito bem.) lndlgna da câmara. terno imperial todas as informações ofticiaes c documento»
9 (Apoia-
recebidos pelos ministérios da justiçae império, relativamen-
A discussão fica te As oleiçôos primarias da freguezia de Guaratinguetà, Tau-
adiada
pela hora.
Levanta-se a sessão bato e Pindarnonliangaba, daprovincia de S. Paulo.
ás 3 horas da tarde. c Paço da camara dos deputados, 27 do Abril de 1857.—
Teixeira Júnior. —L. A. Barbosa. —J. J. Laudulpho. >

ELEIÇÃO DE MATO-G IlOSSO.


n"'ima
ie|gnda sesi&o preparatória em 27
(In Abril. (1® districto.)

I^-se,entra ora discussão, e som debato 6 approvado, O


PRESIDÊNCIA DO SR. ANTONIO JOSI; MACHADO. B*guinto parecer :
St **ia«io. — « A 6" eommissão de verificação de poderes, a quem foi
Ewptdiente. — Ordem do dia. — Eleição de
Mato-arosso. Votação. — Eleição de Permimbwo. Votação. presente o diploma do deputado eleito pelo 1® districto ciei-
Sergipe. Requerimentos de adiamento. Rejeição. toral da província de Mato-Grosso, não tendo encontrado
d<" Sr'~ Be"cciJe'' ™lu UUl> ' Cruz ^acltada. irregularidade alguma no dito districto, é de parecer que
Votação* seja reconhecido deputado o Sr. Antonio Peixoto de Azevedo
coin quarenta votos, e supplente o Sr. Antonio Corria do
'l?ras da
manhãa, achando-se Couto com trinta e seis votos.
Maehoi» presentes os Srs.
Vieira, Cunha Mattos, Dantas, F. Octa- « Paço da camara doi deputados, 27 do Abril de 1857.
viano Tt' .•Brni.n>
Augusto Caldas, Teixeira Júnior, — Francisco de Salles Torres-Jlomem. — Antonio Pereira
Henrionüf Ata ^™teiro.
cm. í. s» André Bastos. Cerniiftirn Titlf» nnminmino Pinto. »
da Sn^°U^a Nebias, Salles, Percira Pinto, Goncalves
O Presidente declara deputado pelo 1° districto da
Sa.
Francisco, Salatliiel, Peixoto de Azevedo,
João Feí;„
província de Mato-Grosso o Sr. Antonio Peixoto de Azevedo,
Costa T;!fP®' y,11,,la Tavares, Silveira Lobo, Mendes da e supplente o Sr. Antonio Corrêa do Couto.
wva' Pint0 deCampos. Fellippe de Araújo,
Cyrilío ft? V>
lies Fi,;<,r8o.,Barr0B- barSo da Camaragibe, Cândido Men- ELEIÇÃO DE PERNAMBUCO.
a Miranda, Barbosa da Cunha, Torres-Ho-
mem n V
Vas.co"ccll°8, Ramalho, Franco (9o districto.)
de AÍmefda
' T' vri,Ilh-'
r°blas Leite, Silvino Cavalcanti, l.andulpho,
SáeAlh,
q"erque' Paes Barret0< Fausto, Pelerneiras, LO-se, entra em discussão, e Bem debate 6 approvado, o se
Maciel Cruz
°i' vlBC,0pde de Baependy, Sampaio
Luiz P Vianna, Pompêo, guinte pareoer :
Barros Pimentel, t A S' eommissão de foi presente o
Bcnevíd., ir 1™* .Hc™°fpÇs, poderes, a quem
adureIra' c*' Sar»i™. barão de S. Bento,
Belfort r • Viriato, diploma do Sr. Dr. Antonio Coelho de Sà Albuquerque,
*I080A Antunes de Campos, Bezerra
Pedro M„ Cavalcanti, deputado eleito pelo 9° districto eleitoral da província de
de Men ll ' da Cunlla,J- Marcondes, Pinto Pernambuco, tendo examinado o mesmo diploma e as actas
Je'nan<le8
Oli,e;°ao^' Calheiros, Alcantara Machado, Augusto de da respectiva eleição, apresenta o resultado de seu tra-
Athaid« CamP«». Pereira Franco, Castello Branco, balho.
r
Arauio T- gUaí. Pachcc0- Belisario, Augusto Corria, c Este districto, tom um único collegio, é formado
jo Lima, Paranaguá, que
Carneiro de Campo», Gavião das freguezias do Rio Formoso, deu 30 eleitores; d.
que
76 DÉCIMA SEGUNDA SESSÃO PREPARATÓRIA EM 27 DE ARRIL.

Una, que <leu 22 ; de Barreiros, que deu 21 ; e da fre- para calcula-la os ditos 70 e os de uma das duas turmas,
como parece 4 commissão que se deve fazer, se sobresteja
guezia da Agua-Preta.
c A commissão só teve presente cópia das netas paro- no reconhecimento do deputado supplente.
chiaes do Rio Formoso, onde o processo eleitoral correu re- « Observa a commissão que das actas do collegio consta

gularmente. Os diplomas dos eleitores de Una e Barreiros que os eleitores de Agua-Preta são cm numero de 22, tendo
forão julgados legaes pelo collegio, e não existe reclamação faltado 5 da turma da eleição presidida por Callado, e 6 da
contra a eleição de qualquer das duas freguezias. presidida por Lima Brito; porém da cópia das actas desta
ultima eleição consta
« Das actas do collegio consta que forão observadas as que sómente forão eleitos 19 eleitores,
disposições da lei, e que, comparecendo 70 eleitores das 3 que è o numero que compete á freguezia dar ; e pela con-
faltarem 1 de Una e 2 de Barrei- frontação das duas actas reconheceu a commissão
primeiras freguezias, por que os
tres últimos nomes dos
roí, obtiverãe: o Sr. Sá e Albuquerque , a unanimidade que faltárão são justamente os no-
de 70 voto» para deputado ; o o Sr. l)r. Luiz Felippe de Sou- mes dos tres primeiros supplentes.
za Leão, 43 votos para supplente. Em vista do exposto, é a commissão de
parecer : l»t
« Havendo-se apresentado 17 indivíduos como eleitores que sejão approvadas as eleições primarias da freguezia do
Rio Formoso, Una, e Barreiros ; 2»,
áa freguezia de Agua-Preta, em virtude de uma eleição que seja reconhecido
deputado pelo 9o districto eleitoral da
presidida por Antonio Polycarpo Callado. o lfi em virtude província de Peinam-
de outra eleição presidida pelo juiz de paz Miguel Kaymun- buco o Sr. Dr, Antonio Coelho de Sá e Albuquerque ; 3°,
do de Lima Brito, nâo forão nem uns nem outros admitti- que se peça ao governo cópia authentica das actas de ambas
dos a tomar parte na formação da mesa. A commissão en- as eleições da fregueziade Agua-Preta, e todos os esclare-
tende que, em caso de duplicata, este expediente é o único cimentos necessários paru se poder conhecer se forão feitas
aconselhado pela razão, porquanto precedendo a formação com as solemnidades legaes, devendo-se
proceder criminal-
da mesa á veriíicação dos diplomas, não se pôde por isso mente contra os autores das eleições,
quer sejão fictícias ou
tomar o alvitre de admittir que concorrão para ella com clandestinas, independente da verificação dos
poderes con-
seus votos os eleitores da duplicata que lor julgada mais feridos por ellas, como prescreve o § 19 do art. 1" do de-
legal pelo collegio ; e é inteiramente inadmissivel que um- cr«to n. 843 de 19 de Setembro de 1855.
bas as turbas concorrão para essa eleição, porque uma pa- Sala das commissões, 25 de Abril de 1857.—Antonio
lochia viria assim a ter dobrada influencia na formação da Cândido da Cruz Machado.— Sebastião Qonçalves da Silva. >
mesa, o que importaria offensa aos direitos das outras paro- O Sr. Presidente declara deputado pelo 9o districto da
chias. Antonio Coelho de Sá e
província de Pernambuco o Sr. Dr.
O collegio resolveu tomar separado os votos dos
em Albuquerque.
eleitores cuja eleição foi presidida pelo cidadã# Antonio districto.)
(11°
Polycarpo Callado : Io, por não ser clle competente
para
presidi-la, visto não ser juiz de paz ; 2°, por ter sido irre- Lê-se, e entra em discussão o seguinte parecer:
guiar a maneira com que 90 organisou a inesa, porquanto « A 3a commissão de poderes, a quem foi
existindo eleitores, não forão chamados, e não podião ser presente o di-
ploma do Sr. Dr. Domingos de Souza Leão, deputado eleito
quaesquer outros cidadãos a quem a lei não commetteu 11° districto eleitoral da de Pernambuco,
exercer taes funeções ; 3o, por se ter procedido á eleição pelo província
tendo examinado o mesmo diploma, e as actas da respectiva
contra todos os preceitos da lei de 19 de Agosto de 1846 e
eleição, apresenta o resultado do seu trabalho.
mais disposições em vigor. Também resolveu tomar em se-
« Este districto, cuja séde ó a villa de Garanhuns, com-
parado os votos dos eleitores da eleição presidida pelo juiz
de paz Miguel Raymundo do lama Brito : lo, por ser in- prehende as parochias de Garanhuns, que deu 23 eleitores,
Buique 34, Aguas-Bellas 20, S. Bento 23, e Papa-Caça 21.
competente, visto não se terem dado na dita freguezia cir-
« Das actas do collegio consta que comparecerão 75 elei-
cumstancias que tornassem preciso chamar-se juiz de paz
tores das 3 primeiras freguezias, por terem faltado 1 de Ga*
do districto vizinho; 2o, por falta de solemnidade e pelas
ranhuns e outro de Buique, e 2 turmas de eleitores de cada
irregularidades que nella se observão, 3", porque sendo
uma das 2 ultimas freguezias.
ambas as eleições feitas na mesma igreja matriz, se contra-
Comquanto a eommissão entenda
dizem em face uma da outra, e não merecião o menor con- que sómento os elei-
tores das 3 primeiras freguezias devião tomur parte na for-
ceito por serem clandestinas e irregulares.
mação da mesa do collegio, por ser este o único expediente
A commissão não teve presente cópia das actas da elei- aconselhado pela razão em casos de duplicata, visto
que pre-
ção presidida por Callado, teve poróm a das actas da eleição cedendo a formação da mesa A veriíicação dos diplomas não
extrahida pelo secretario da ca-
presidida por l.ima Brito, se pôde por isso tomar o alvitre de admittir que concorrão
raara municipal da villa de Barreiros, a requerimento do seus votos, 06 eleitores da duplicata que for
para ella, com
mesmo Lima Brito, e nella se lê que forão observadas as
julgada mais legal pelo collegio, e é inteiramente inadmis-
disposições da lei, e consta das mesmas que o dito Lima slvel que ambas as turmas concorrão para essa eleição, por-
Brito ee julgára competente para convocar os eleitores e
que a parochia ou parochias em que se derem duplicatas
supplentes e presidir á mesa parochial, por per o único juiz viráo assim a ter dobrada influencia na formação da mesa,
de paz juramentado o em exercício em toda a freguezia. o que importará, offensa aos direitos das outras parochias ;
Foi também presente á commissão uma certidão passa- com tudo, não obstante terem todos os eleitores sem excep-
da, a requerimento de Lima Brito, pi-lA secretario da cama- çâo votado para r formação da mesa do collegio, uma vez
ra municipal da villa de Barreiros, da qual se vê que o dito que das votações obtidas pelos secretários e escrutadores se
Lima Brito , a 17 de Fevereiro de 1853 prestára juramento conhece que ellas não podem ter sido o resultado dos votos
perante a mesma camara para exercer o cargo de juiz de dos eleitores das duplicatas de S. Bento e Papa-Caça, íi
paz do 2o districto da freguezia do Agua-Preta, e que do ar- commissão julga que esta irregularidade não affecta om
chivo da camara não consta que os outros j uizes ae paz da nada a eleiçflo do collegio.
frfguezia tivessem em tempo algum Da» actas do collegio consta
prestado juramento. que o mesmo resolvera que
« Dos votos dos 17 eleitores da eleição os votos dos eleitores de cada uma das duplicatas fossem
presidida por Cal-
lado, na eleição de supplente do deputado, recahirão 15 no apuradoB em saparado, e considerou nulla a eleição de
Sr. Dr. Luiz Felippe do Souza Leão, nem 1 S. Bnjto, presidida
que não teve pelo 4° juiz de paz José Francisco Cal-
voto dos 16 eleitores da eleição Brito. lado, estando eleição adiada por 5 dias pela maio-
presidida por Lima porque a
A commissão, comquanto em vista da declaração do ria-dos membros da mesa do paz Ben-
presidida pelo 1» juiz
collegio eleitoral, de não ser Antonio Polycarpo Callado juiz to José Alves do Oliveira, fundados na disposição do art. 60
de paz, propenda a crer que a eleição está da lei n. 387 de 19 de Agosto de 1816, não podia o dito 4»
por elle presidida
affectada denullidade insanável, não tendo presentes as juiz de paz constituir-se juiz da nullidade desse adiamento
actas respectivas, confronta-las com as da eleição pre- para se apossar da urna, como fez violentamente, occupar
pnr»
sidida por Uma lirito, entende que não deve pronunciar a cadeira de eleição que teve lu-
presidente, e continuar a
um juizo definitivo sobre nenhuma dellas, senão á vista das gar sem o alistamento dos votantes, e tão tumultuaiiamen-
actas respectivas e de esclarecimentos te que em 2 dias se receberão e apurárão as cédulas em nu-
que se devem pedir
ao governo. mero de 735, e deu-se o acto por concluído; bem como con-
E como o Sr Dr. Luiz Felippe de Souza I.eão sómente siderou legitima a eleição
presidida pelo 1® juiz de paz, não
tivesse obtido 43 votos para supplente, dos 70 eleitores in- obstante naver resolvido que se tomassem em separado os
também a commissão entonde que não cons- votos dos eleitores delia, por pertencer a apreciação defini-
questionados,
tituindo essa votação maioria absoluto, tomando- se por base tiva de sua legalidade a esta camara.
DECIM.l SEGUNDA SF.SSAO PREPARATÓRIA EM 27 I)E ABRIL. 77
« O collcgio também considerou mais curial a eleição da Oliveira e Firmiano Soares Villela nam substituírem
freguezia de Papa-Caça, os
presidida pelo 1® juiz de paz José mesarios refractarios, c resolverão affixar
de Barros Corrêa, e nulla a por o ditai o «lia 9,
que o foi pelo 4° juiz de paz Ma- ás 9 horas da manhffa, sefazer a eleição,
para o multárfio os
aoel Silvestre de Albuquerque Maranhão, dous mesarios refractarios.
porque, além de E' esta sumira da
outros defeito», era ellciuiz inoompeteute, visto ser sub- ra acta. primei-
stituto do municipal « Da segunda acta, feita
juiz j& juramentado. na matriz em o dia 11, consta
« Dos 75 eleitores dns 3 ditas
primeiras freguexia3 obteve que, tendo-se reunido a mesa 110 dia 9, se
o Sr. Domingos de Souza Leão 59 votos procedOra ao
pura deputado; dos recebimento das cédulas dos votantes,
23 eleitores da freguezia do S. Bento, cuja eleição foi que ficou conclui-
presi- do 4s 11 horas do dia 11, o ne.se
que mesmo dia. e em
dida pelo Io
juiz de paz Bento José Alves da Oliveira, ol>te- seguida, se fizera a terceira chama Ia, sondo o numero
ve o mesmo senhor 22 votos, e nenhum dos 23 eleitores da total das cé lulas recebidas 2,450. Esta acta apenas se acha
mesma freguezia, cuja eleição foi
presidida pelo 4o juiz de assignada pulo pnmeiro juiz de paz.
iaz Josí Francisco ''aliado pelo mesario Joaquim
dos 21 eleitores da freguezia José de Franca, e pelo paire José Matheus
de Araújo l .ima
s:e Papa-Caça, cuja eleição foi Caldas, que delia consta ter sido nomeado
presidida pelo 1» juiz de paz
José de ]5arros Corrêa, obteve o mesmo senhor 10 voto» para substituir
; e o mesauo Antonio de Carvalho Furtado,
finalmente dos 19 eleitores, que deu parte
porque faltáião 2, da mesma de doente. Delia também consta os dous mesarios
freguezia, cuja eleição foi que
presidida pelo 4o juiz do paz Ma- primitivos, Vicente Ferreira da Cruz o Pedro Guedes Al-
noel Silvestre de Albuquerque Maranhão, teve o mesmo canforado,
se- que obtiverão votaçã». compürecPrão nesta occa-
nhor 19 votos. Cumpre notar
qv.a 9 eleitores da freguezia sião e assignárão;
porírn a commissão não encontrou as
de Papa-Caça, figurando em ambas as duplicatas, votárão suas assiguaturiis, como
jíi expôz, e não pó.lo eoniprchen-
por Í3so duas vezes. der como no dia 9, em
* que se lavrou eíaa acta da terceira
?5 eleitores das 3 chamada,
^or. ^os primeiras freguezias obteve o já estivesse veiiíicado quò os ditos dous mesa-
Dr. .Antonio dos Santos de Siqueira rio» obtiverão votação,
Cavalcanti Júnior
57 votos quando a acta da apuração,
qu«
para supplente; dos 23 eleitores da freguezia de é a terceira, foi lavrada a 14 do mez, e delia se vê
a. Bento, cuja eleição foi que um
presidida nalo lojuiz de paz, teve delles foi incluído no numero dos 21 eleito, e», e outro no
o mesmo senhor 22 vetos, e liem 1 voto dos supplentes.
dos 23 eleitores d»
mesma freguezia, cuja eleição foi presidida « Na dita acta do dia 14 apenas timbem se
pelo 4° juiz de encontrão as
paz ; dos 21 eleitores da freguezia de Papa-Caça, cuja elei- assigoaturas do
primeiro juiz d > paz ¦¦ dos mesmos França
Ção foi presidida 1° juiz de paz, õoteve o mesmo se- e Caldas, e delia te vê que, além dos 21 eleitores,
pelo forão
nhor 9 votos; e finalmente 19 votos dos
19 eleitores da votados mais 32 indivíduos. Multiplioando-so o nu moro de
mesma freguezia, cuja eleição fei
presidida pelo -l» iuiz de 2,450 cédulas recebidas por 21 nomes, sommando-se os vo-
paz. 0 tos dados uos 53 indivíduos, ha uma falta de 100 votos
' A commissão sómente para
teve presente cópia da acta da quo os dous resultados sejão iguaes ; e como o 7" eleitor
apuração dos votos tivesse 986 votos, o 21° e o ultimo 963 o 1" supplente 962,
para eleitores da freguezia de Águas-
ellas;
porém nao tendo havido reclamação alguma contra e o 32" supplente 942, 6 claro
que essa falta de 100 voto»
a eleição desta freguezia, nem
contra ás de Garanhuns e I>odia influir e trazer grando alteração dos lugares que occu-
liuique, c tenda sido
julgadas validas pelo collegio, presu- pio os votados.
me que nellas se observàrão Foi
as disposições da lei. presente á commissão uma certidão passada pelo
< Foi_ secretario da camara municipal de Garanhuns, da
presente & commissão uma certidão passada qual
secretario da camara pelo consta
municipal de Garanhuns das actas da que no archivo da mesma camara não existe livro
c Piçuo da freguezia de das actasda eleição da freguezia do Papa-Caça,
Papa-Caça, 1° presidida
presidida pelo juiz do
p z osu de Barros Corrêa
; nella não se encontra a acta da pelo 4o juiz de paz Manoel Mlvestre do Albuqueiqno Maru-
"a m^sa nhfto; porém entre as cópias de actas so encontra a da
?a?L8aÇao
* (er\o\embro, parochial. Da primeira acta datada de
apuração dos votos da dita eleição, assignada
lavrada em casas de residência do pelo referido
juiz de
paz, consta que ahi se reunirão o mesmo juiz de paz, pelo mesario Vicente Ferreira da Cruz, e pelos
juiz de paz e os dous mesarioB intiusos Antonio Guedes Alcanforado e Ma-
J^sé de França e Antonio de Carvalho
Fir^?rjÜS ,oa(lu*m noel de Albuquerque Cavalcanti Kee".
^os na conformidade dq art. 1° do decreto de
1 q ^ c'
»'®tembro de 1855, faltando os outros dous Vicente Era vista do exposto a commissão não
p
. pôde deixar de
concluir
®a
Cruz e Pedro Guedes Alcanforado;
que tendo pela nullidade de ambas as eleições da freguezia
.P^sidente organisado a mesa parochial no dia 2, As 9 de Papa-Caça.
da manhãa, e proseguinuo no recebimento das ce» « í\>i
fas presente á commissão uma certidão, passada pelo
as no dja 3^ houvera neste secretario da camara municipal d« Gnranhun», dns tre»
dia alguma agitação que
srpparecou actas da eleição da freguezia de S. Bento,
; que no dia 4, ás 9 horas da manhãa, diri- presidida pelo 4o
Rindo-se cllo
juiz de e os dous mesarios 6. igroja para juiz de paz José Francisco Çallado, que a commissão passa
°ntmuar paz a analysar.
com os trabalhos, encontrou occupando a cadeira
assembléa parochial o 4o juiz de paz Ma- A
no i'o?CII'e primeira acta relativa íi orguiiisaçüo da mofa é da-
ve*'re d" Albuquerqua Maranhão, os dous mesarios tada de 2 de Novembro, c delia consta
Vie quo fuueciouou
^a Cruz e Pedro Guedes Alcanforado, o na dita urganisação o
occunteÍ,errcira primeiro juiz de puz Uento José Al-
0S 'uKares dos outros dous mesarios os cidadãos vob do Oliveira, e quo faltou
Mann*!1 j por incomiuodailo o quarto juiz
Albuquerque Cavalcanti Neco e Antonio Guedes do paz José Francisco Callado : entretanto nella se, acha
Alcá°°f' 1
esforços que empregasse pnra que a assignatura deste e não daquello ; con&ta mais
Sn reli 9 Por que forão
^°? '"gares chamados
não .o?"6™ que indevidamente occupavão, para
organisação an me*a o segundo juiz de paz
6 COns':oui-l0' Rendo
o juiz do paz intruso apoiado I.uiz Paulino de Ilollanda Valença ; que nâo compare-
pelos d u^,m08 mesarios e
mencio°US outros indivíduos que cou o quarto, Callado, fultando, por haver fullocido, o juiz
eintre os por
Cavale™»' 1uaes 0 subdelegndo da freguezia Pedro de paz Iiento da Silva Valença ; bem como forão chamados
Albuquerque, sogro do sete supplentes de juiz de paz, dos quaes tres não compa-
acoiEtr>nl a urn juiz de paz intruso,
muitos d KruP° d6 homens mais ou menos, recerão, e quatro estavão presentes, entre estes Antonio
<lue lhe d*9, ^U-'es. armad°» com cacetes e facas de ponta, Vital dos Santos ; estavão portanto presentes um
juiz do
,!iesarin«rl^lr-'">0.''nsu't("' e tevo ,,;t*rar-se com os dous
paz o quatro supplentes, ao todo cinco indivíduos ; dolla
' 60 Ju'z d®
nada d Paz intruso continuou a fazer a clia- consta c^ue o juiz de paz o o supplente Vital nomeilrão dous
• ?s v®'antes no dia 5, indo
o ]0 ; que outra voz 4 matriz secretários, e que os outros tres supplentes nomeáiío os
reoccun paz e 08 don3 mes:,r>09' a vcr s» obtinhüo dous escrutadores com 4 votos. Além da assignatura do
°* 8eus lu6ares- for"° laT1Ç»'los fí<ra
Ceando
a 17565511 intrusa
a empurrões, juiz de paz Callado, que estava ausente, se encontrão as
fechadi dc P()SSe ^a urna> que estava com as dos dous escrutadores nomeados, a de Antonio da Silva
armad» üaS5uebrada9, c do livr0 das actas; (luo uma forfa Burgos, como^mesario, quando apenas o nome de Antonio
0 d'a 4 0CCUPava a 'grcja e impedia a entrada Sebastião da Silva Burgos figura entre os supplentes do juiz
arbitrar;
amen'e a
diversas pessoas; que dirigindo-se o 1» de paz, oonstantes da acta, a» assignaturas dos supplentes
juiz d
4 P0rta da sacristia,
foi reniE?? para nesta' formar a mesa, João Cordeiro do Rego o Manoel Rodrigues dos Santos, e
e muitas pessoas, dizendo algu faltão as aseignaturas dojuiz do paz, quo sA deu como pre-
mas ot?ò ,iP0'a" guardas
a casa polo que teve de retirar-se para sente Luiz Paulino de Ilollanda Valença, e dos supplentes
*"a fogo,
re"dencia, e abi com os dous mesarios orga-
nisira n° Antonio de Paiva o Mello e Antonio tVital dos Santos, e
"na mesa
nomeando os cidadãos Francisco Pinto de finalmente as dos dous secrotarios nomoados.
7S DÉCIMA SEGUNDA SESSÃO PREPARATÓRIA EM 27 DE ABRIL.

A \egnnda neta intitulada de recebimento das cédulas pai, approvnndo o seu procedimento e dando-lhe instrucções
eorneça por declarar que. r.o dia •'!, ás 9 Umas, continuou no sentido de ser feita a nova eleição parochial com regula-
a chamada dos votantes, e que á 1 hora da tarde a mesa, por ridade.
?otação do presidente e dos dous secretários não mencionan- 5.° Officiode 8 do mez, do juiz de direito ao 1»
juiz de
do se o nome daquelle nem os destes,, resolvera adiar a elei- paz e mesarios. approvando a maneira por que proseguião
nos trabalhos da eleição.
ção ; aue o povo e os dou» e*cru:adores convidárão o 2° juiz
de paz*IIolland:i paia continuar ; que não respondendo este fi.° Requerimento de Luiz Paulino de Hollanda ao sub-
80 convite, o juiz dt* paz Callado tomou a presidência da delegado, pedindo certidão do auto de corpo de delicto feito
mesa, e sendo nomeados secretários Antônio de Paiva e na pessoa do cabo José Leitor, ferido quando se oppoz á to-
mada da urna ;
Mello, e Antônio de Sá Burgos, continuou-se com a primeira por este auto se provão a tomada da urna e
as violências empregadas
gliamadn, que lindou ás 4 horas da tarde, e passando-se á para este fim por parte dos secía-
segunda, ficou concluída no dia 6 á 1 liora da tarde, e an- rios do 4° juiz do
paz José Francisco Callado.
<7.o Requerimento do 1°
nuuciada a terceira para o dia 7, As 9 horas da miinhía j juiz de paz pedindo ao dele-
foi esta feita e contárão-so 735 cédulas, de que se fez a apu- gado de policia que attestasse : se no dia 5 estava elle na po-
voação de S. Bento; se encontrára o
ração ; depois seguem-se na actaos nomes dos votantes que juiz de paz Callado em
trabalhos eleitoraes : se sabia
não comparecerão, e finalmente é ella assigntvda pelopresi- que no dia G haviãu conti-
den*e e somente tres mesarios, faltando a assinatura de nuado os ditos trabalhos. No attestado declara o delegado
Antônio de Sá Burgos. A acta da apuração & uatada de 7 que chegára a S. Bento ás 6 horas da tarde do dia 5 ; que
achára concluída a eleição feita pelo 4o
o mez. juiz de paz Calla-
E* notável que no mesm > di" em que se concluio a ter- do ; que no dia 6 não houvera trabalho algum, accrescen-
oeira clinmada e se escreveu a longa lista dos nomes dos tanlo que a urna estava abandonada na matriz.
8.o Vistoria feita a 7 do mez na urna
votantes que não comparecerão, se tivesse tempo para apurar que estava depo-
735 cédulas com 23 nomes, e lavrar-se a acta respectiva, e sitada no corpo <la igreja matriz.
« 9.o Edital da autoridade
que em nenhuma das actas
se faça menção do urnas. policial, desvanecendo os boa-
A commissão teve presente cópia das actas da elei- tos que se espalhavão por parte dos sectários do 4o iuiz de

çãoda freguezia
deS. Bento, presidida pelo Io juiz de paz paz Callado.
Da acta da orçanisação da « iO.o Officio do subdelegado, confirmando os motivos
Bento José Alves de Oliveira.
mesa se vê que, observadas as disposições da lei, e havendo que a mesa legitima teve para adiar a eleição por cinco dias.
•oraparecido dous juizes de paz e tres supplentes, aquelle3, ô subdelegado se refere ás participações que fez ao delegado
eaojuizde direito, nas
representando a turma dos eleitores, nomeárão dous mesa- quaes descreve circumstanciada-
mente os attentados
rios, e estes, a dos supplentes, nomeárão outros dous, e está praticados pelo padre Manoel Theotonio
assignada pelo juiz de paz presidente, e pelos cinco organi- Pereira da Costa e seus sectários.
« 11.° Ofòcio do
sadores da trnsa. juiz de direito, dando instrucções ao
subdelegado no sentido de
« Consta das mesmas act-as que. orzanisada a mesa no garantir a segurança individual
e liberdade do voto.
dia 2, proseguio ella nos seus trabalhos regularmente nesse
Em vista do exposto a commissão não
e no dia seguinte, 3 do mez, até á tarde ; que neste dia po- pôde deixar de
opinar pela nullidade da eleição da freguezia de 8. Bento,
rém se considerara coacta por causa de provocações e insul-
íos praticados na igreja, e pela presença do muitos homens presidida pelo4° juiz de paz José Francisco Callado, • pela
validade da que foi
nnnados, de pessoas de difícrentes termos, o até de crimino- presidida pelo 1° juiz de paz Bento José
Alves de Oliveira.
tos ; pelo que resolvêrío o juiz de paz e dous mesarios adiar
Annullando-se ambas as elçições da freguezia de Papa-
os ditos trabalhos por cinco dias, afíixando editaes con-
Caça, e a de S. Bento, que foi presidida pelo 4°
vocando os votantes para no dia 7 do mez virem- sem armas juiz de paz,
subsistindo comtudo o numero 21 correspondente ao dos
dar livremente seus votos, jicando a urna, depois de lacrada
eleitores da 1" freguezia, atim de também servir de base
e fechada com tres chaves, entregue a uma guarda requisi-
tada pelo subdelegado da freguezia, deixando a matriz com para calcular-se a maiorin absoluta de votos , visto terem
estado presentes e votado, embora sejão annulladas , como
as portas abertas para que todos tivessem o direito de guar-
entende a commissão que se deve fazer , para não autori-
dar a uma; que a mesa officiou ao presidente da província
11 horas do dia 4 um sai-se o systema das depurações , c de, sobre o numero de-
participando o occorrido ; que pelas
grupo, capitpneado pelo padre Manoel Theotonio Pereira da purado , calcular-so a maioria absoluta de votos , systema
ue, admittido, seria de funestas conseqüências ; vê se
Costa e outros, invadio a igreja, sorprendeu a guarda, fe- que
I e 109 eleitores quo votárão teve o Sr. Domingos de Souza
rindo o commandante delia, em quem se fez auto de corpo
Leão 81 votos para deputado, e o Sr. Antonio dos Santos de
dedelicto, apossou-se da urna, deslacrou-a, abrio as fecha-
Siqueira Cavalcanti Júnior, 79 votos para suppljnte.
duras, d procedeu-se a uma eleição em que votárão pessoas
c Concluindo é a commissão de parecer :
de difTerentes freguezias, havendo uma só chamada ; que
« 1 o Que sejão approvadifs as eleições das freguezias de
no outro dia, loço que chegou o delegado do termo, a mesa
intrusa presidida pelo 4° juiz de paz .José Francisco Callado Garanhuns , Aguas-Bclla» o Buique, o a d:i freguezia de S.
abandonou a ruatriz, dizendo que tinha concluído a sua elei- Bento que foi presidida pelo lo juiz de paz Bento José Alves
de Oliveira.
ção ; e que finalmente com a chegada do delegado lestabele-
« 2.o Que sejão annulladas ambas as eleições da freguezia
ceu-so a ordem publica.
de Papa-Caça, presididas uma pelo 1° juiz de paz José Cor-
« Consta mais das actas que no dia 7 deu-se começo á
rôa de Barros, noutra pelo 1" juiz de paz Manoel Sil-
eleição, nome;indo o presidente c d^us membros da mesa le- \estre de Albuquerque Maranhão, bem como a eleição da
Francisco Alves
galmente organisadi no dia 2 os cidadãos freguezia de S. Bento presidida pelo 4°
juiz de paz José
Maciel e Antonio Vital dos Santos para substituírem os Francisco Callado.
ious mesarios refraetarios que recusárão companccr.. < 3.o Que sejão reconhecidos : o Sr. Domingos do Souza
« Das mesmus actas se vê que fotão observadas todas as
Leão, deputado pelo 11° districto eleitoral da
disposições da lei, concluindo-sc a eleição om paz no dia 12 província de
Pernambuco ; e supplente, o Sr. Antonio dos Santos de Si-
do mez.
queira Cavalcanti Júnior.
« Forão documemtos :
presentes A. commissão os seguintes « Sala das commissões , 27 de Abril de 1857. — Antônio
1.° Officie datadr>de 3 de Novembro, dirigido pelos mesa -
Cândido da Cruz Machado. — Sebastião Gonçalves da Silva»—
¦ rios
padre Manoel Theotonio Pereira da Costa, e Francisco Hermogene» Casimirode Araújo Ururuwick. »
Bezerra Wanderley, ao 2o juiz de paz Luiz Paulino de Hol-
landa Valença, declarando que ião proseguir nos trabalhos O Sk. V. Tavares : —Eu não duvido da justiça do pa-
eleitoraes, e^ convidando-o a presidir a mesa. recer da commissão , nem mesmo estou disposto a comba-
« 2.° Oflicio datado d«5 do mez, do 4o juiz de paz José tÊ-lo ; ma» sendo este parecer demasiado extenso, e conten-
Francisco Callado, como presidente da mesa parochial, e do razões que eu nem a casa podemos apreciar de momento,
entendo a discussão ticasse adia-
dos mesarios padre Pereira da Custa « Bezerra Wanderley, que seria conveniente que
e dos dous mesarios intrusos Antonio de Paiva e Mello e da até no Jornal do Commercio.
que o parecer fosse impresso
Antonio da Silva Burgos, exigindo do Io juiz d« paz Bento (Apoiados.)
José Alves de Oliveira as chaves da urna. Sr. presidente, o direito que tem a camara dos Srs. depu-
« 3.o Outro ofricio datado do dia 5 do mez, dirigido pelos tados de verihcar o diploma de cada um da seus membros
as chaves da constitue uma das suas piais importantes e nobre funccões.
mesmos ao juiz de paz, sobre urna.
« 4.° Officiode 6 do mez, do juiz de direito ao 1® juiz de E' necessário portanto que procedamos em assumptos desta
DÉCIMA SEGUNDA SESSÃO PREPARATÓRIA EM 2 4 I)E ABRIL. 79

ordem com critério e reflexão


(apoiados), afim de que não recimentona igreja de um homem da
primeira plana , aju-
»• diga, como dado por um
já disso uma folha desta corte, que nós esta- grupo de gente de baixa osphera, todos arma-
vamos aqui fazendo deputados. \ dos , se virão na dura necessidade do aceitar os votos de
Devemos apenas conhecer ria legitimidade da eleição o alguns indivíduos não
qualificados , que m apresontárSo»
verificar bc os diplomas estão de aceordo com as actaa. as- domo se fossem outros, incluídos na'qualificação. A com-
sim procederemos com tem ot-
justiça e ir.-sjmrciaüdatle , misyj.o não pôde apreciar igualmente, ou ante»julga dever
tendermos ás difterentes^opiniões políticas em que o paiz desattender, a um bemelhauti?
protesto , porque a maioria ,
por ventura se acha dividido. (Apoiado*.) O contrario teria que votou pela admisBão de cédulas de taes indivíduos, era
attentar contra as eleitoral e c ntra
prerogativas do corpo a menos própria para allegar concção, e tendo-o ftyto
, devia
as liberdades para ser ctida, prova-la do um modo irrecusável, principal-
publicas.
Cuido pois que fazendo este requerimento u Y. Ex. não mente quando, [bc sondo
pcrmlttldo suspender os trabalhos
manifeíto desejo de procrastinar o reconhecimento da elei- retirando se da igreja, veriiicada u impossibilidade dali-
o districto eleitoral da minha
ção do nobre deputado pelo 11 vremonto deliberar , nelles j>r« .«e^uio , wcreMm^o
que , a
província. ser exacta essa coacção, niio po tião as ccdulas recebidas
O Sn. Presidente consulta a camara se ooncorda cm durante a terceira chamada, quasi sempro em diminuto
que numero, alterar o resultado da votação.
o parecer da eommissão seja impresso no Jornal do Com-
« Portanto è a commissão de parecer : 1<>,
merciOy ficando entretanto adiada a sua discussão. quo se reco-
nheção como validos todos os eleitores das freguezias
Decido-se affirmativamente. que
fornrno os ttes collegios de Cametá, Cachoeira, e Igarapé-
merim ; 2o , que sommndosjos votos que obteve o tenente-
ELEIÇÃO DO PARÍ.
coronel João Augusto Corria no collogio da Cachoeira com
os que forão apurados pela camara municipal da cidade do
(2o districto.)
Cametá, seja o referido Sr. Corri-a proclumado deputado
Lê-se o seguinte pelo 2o distrioto eleitoral da província do Pará , visto rou-
parecer :
« nir para este fim 108 votos ; 3° , aue *>cja também reconhe-
A primeira commissão, havendo examinado o diploma
cido na qualidade de supplento da deputado pelo mesmo
do tenente coronel João Augusto Corrêa, deputado eleito '
districto o Pr. llarcos Pereira de Sallc-i, major do imperial
pelo2° distiicto eleitoral da província do Pará , bem como
as authenticas dos tres collegios de Cametá, Igarapé-me- corpo de engenheiros , por haver conseguido 65 votos.
rim c Cachoeira , e actas das eleições « Saladas commissõci, 27 do Abril de 1857. — Fran-
primarias de diversas cisco da Serra Carneiro. — L. A, da Cunha Mattos. — Cunha
freguezias
que os compoem , entende que forão feitas sem
irregularidades , tanto assim que nfio apparecem reclama- Paranaguá. >

çõos que poi justificadas as devessem millificar. Pondera , O Sn. Babboh Pwkntll , para ser conseqüente com a vo-
porém, que nas parochias de Cametá e Tocantins forão cb- tação que a camara acaba de dar, requer que tambi-m se im-
criptos protestos
por parte dos membros da mesa , « que a prima este parecer ante3 de entrar em discussão. 1.' elle tão
serem sustentados os factos longo, entende com tantos objectos , que o orador
que fazem o seu objecto , in- julga
flnirião,
por certo , para invalida-las. Na acta da I» dessas que sem um estudo acurado, sem um conhecimento prévio,
freguezias dous membros basearão o seu não se poderá votar convenientemente.
protesto nos se-
guintes fundamentos. Posto a votos esto requerimento, ó npprovado sem dc-
« l.o Conter a em escala nomes de
qualiíieação grande bate.
pessoas fallecidas , muitos imaginarios, o outros de indivi-
duos a ELEIÇÃO Di: 8. PAULO*
quem falta vão condições legaes para votantes.
«2.° Haver o commandante superior da
guarda nacio-
uai , e não (7« districto.)
poucos ofliciaes desta, intervindo na eleição, já
avisando os
guardas seus subordinados a virem votar no Lò-se o seguinte parecer :
sentido de suas idéas
políticas, sob pena de assentarem pra- A 7a commissão da
Ça no exercito , podores, a quom forão presentes as
já fazendo-os comparecer na igreja fardados actas e mais documentos concernentes ás eleições do 7" dis-
o armados.
3.° Porque trieto da província de S. Paulo, tendo examinado a acta da
forão recebidas pela mesa listas que não
esta vão fechadas. apuração geral, confrontando-a com as dos collegios e as-
A maioria sembléaa parochiaos, o com as duas representações
da mesma mesa para logo contraprotestou , que so-
bre este assumpto forão
refutando
cada uma das allegações do protesto. E porque presentes a esta augusta camara ,
•xistisse vem dar conta do resultado dos seus trabalhos.
duvida, vistas asserções tão oppostas, a commissão
«0 7° districto da
&üo sq escusou
em ler um documento fornecido pelo Sr. de- província dc S. Paulo compõe-se de
dous collegios com sédo , o Io na cidade de Santoa, o 2o na
ljutado Dr. Tito ao presidente
; era elle a informação dada cidade de Iguape. O collegio de Santos compõe-se de fi
"° Pari de Cametá, o qual, paro-
pelo juiz de direito da comarca chia3, a 3aber •. da cidade do Santos, Itanhacm, S. Vicente,
C8tribado
em depoimontos de inapectores do quarteirão, ex-
Sedentes S. Sebastião, S. Francisco, e Villa-ÍJella da Princeza. O de
ao numero de vinte , e referindo-se ds eleições mu-
'''cipaes Iguape compõe-se de quatro, a salier ; Iguape, Xiririca, Ca-
, attribue a eBtes vicios analogos aos que no pro-
lesto da nanéa, e Iporanga.
minoria são denunciados , resultando deeta infor- I
« Das actas das asscmbléas
açao, purochines e dos menciona-
quando íilha da maior imparcialidade, simples pre- dos collogios consta que o processo eleitoral correra tran-
4US na9 primaria» . effeituadas muito depois ,
enf11^-0 rárão quillamente e sem irregularidades que possuo affectar as
,, Par& a urna e indevidamente duzentas o vinte o suas «leiçwes.
uuas cédulas.
«A commissão, « No collegio do Santos, onde comparecerão 31 eleitores,
Teflectindo sobro este ponto, não julgou
"or aceitar ob ti verão maioria devotos os Srs. Antonio Luiz Pereira da
oe fundamentos do referido protesto : 1", por-
Cunha , 19 ; Dr. Bernardo Avellino Gavião Peixoto, 18 ; e
.® 3 '"formação do além de s6 dizer ros-
Pj* |to ás eleições juiz de direito , Dr. Martim Francisco Ribeiro de Andrada ,17; seguiu-
municipaes feitas em Setembro, e não ás
Primarias do-so outros menos votados.
, tiverão lugar em Novembro, firmou-te eçi
eelnrações que « No collegio de Iguape, onde comparecerão 30 eleitores,
, embora juradas, de inspectores, isquaes, não
«istmdo obtiverão maioria os Srs. Dr. Gavião Peixoto , 19; A. L. Pe-
os membros da mesa , ficárão sem a conveniente
reira da Cunha , 13 ; Dr. Maitim Francisco Ribeiro de An-
inJ então merecerem fé ; 2", porque os factos
jIiara drada, 13 ; seguindo-se outros de menor numero.
no e por consequencia
nem 8 i"® protesto forão negados, Forão portanto os mais votados nos 40U« collegios, se-
aind •
*
P®!®*- contraprotesto ; 3» , cmíim , porque
das actas o apuração feita
certo a mesa parochial de gundo consta pela camara muni-
No' ovembro como quu
, cipal de Santos , os Srs.:
houvesse recolhido á urna duzentas e vinte
.as c°dulas de pessoas indevidamente qualificadas, esses «1.° Dr. I!. A. Gavião Peixoto 37
v
m~l°
visf P°^i"0 influir para alterar a eleição dos eleiton-s, « 2.° Antonio L. Pereira da Cunha. 32
a ^ifferença entre o menos votado destes o o mais « 3 » Dr. M. F. Ribeiro de Andrada. 30
vot
d-8 supp'entes é de 414 votos. Na freguezia de To-
cant
m'noria, mas sim a maioria , a que protes- « Em consequencia do que expedio-se diploma de depu-
tou c?ntra a a
l)r regularidade da eleição primaria. Tresmem- tado ao ln, o de supplcnti- ao 2" votados.
üu Mesa
declarárão na acta que , coactos pelo compa- Contra a validade desta oleição roclnma o Dr. Martirn
80 DÉCIMA SEGU:\DA SESSÃO PREPARATÓRIA EM 27 DE ABRIL.

Francisco Ribeiro de Andradaem uma representação docu- mesmo papel. Poderia pois haver duvida a respeito do facto
montada que foi presente á câmara dos Srs. deputados c relativamente aos eleitores de Iguape, e a commissão não
rernettida ;l commissão , bem como uraa outra apresentada desconhece a importancia de ser rigorosamente observada
fim contestação pelo supplente eleito A. L. Pereira da a lei neste ponto, mas não pôde asseverar que a sua omissão
Cunha. se déàse unicamente fundada no attestado dos 4 eleitores
As arguiçôes do reclamante fundão-se no seguinte : de Cananéa. Estes eleitores erão membros do collegio, asse-*
« l.o Haverem votado no collegio de Iguape 2 eleitores verão ter presenciado aquella violação da lei; entretanto,
da Villa-Bella , que considera illqgitimos , conhecendo-a, não reclamArão; na mesa achavào-se repre-
pela parochia
ao numero que em vista do art. 52 da lei sentadas todas as parcialidades, e não se pôde
por excederem presumir
de 19 do Acosto de 1846 lhes cabia , porquanto Iguapedeu que, se apparecesaem cédulas escriptas em papel diverso do
em 1842 14 eleitores, e Villa-Bella 9, c nâo podião dar que fôra distribuído, sem reclamação algum#
passasse
agora a Ia mais de 16, que entretanto deu 18 ; e a 2n mais semelhante facto, accresceudo que o mesmo attestado teia
<lo 10 , que entretanto deu 11. Sondo todos os votos toma- " data de 28 de Fevereiro, isto í, dous mezes e vinte c cinco
tio» proiniscurui i-nU' no collegio , não pòdem por isso ser dias depois da eleição secundaria, circumstancia
que &
eliminad >« ; e como li;i pA a differença dc 2 votos entre o commissão parece não poder ser desprezada.
segundo e terceiro vetados. 6 impossível saber-se qual dos *1.0 Que o incidente havido no collegio do Santos, em
dous representa a maioria legitima. consequencia da questão levantada sobre a illegibilidade dos
« 2.° Que não fòra observada no collegio de Iguape a dis- escrutadorcs para ['residente do collegio, não parece ter o
do art. 25 da lei de 23 de Agosto dc 1856 , trazendo menor alcance etn relação á validade da eleição. O 2a
posição juiz
alguns eleitores Mias cédulas jA. íeitas , em vez de escreve- de paz não teve motivo justo para suspender a eleição; o
Ias em papel distribuído pela mesa. pretexto de não julgar-se competente paia decidir a ques-,
3.» Que no collegio de Santos, depois de eleitos os ee- tão parece inteiramente frivolo; cumpria-lhe unicamente
cretarios e os escrutadorcs sob a presidencia interina do fazer recolher as cédulas
para presidente do collegio, c ceder
2° juiz de paz no iimpedimento do 1" , suscitou-se uma a cadeira ao eleito, sem se importar se este fôra anterior
a elegibilidade de um escrutador para pre- mente nomeado escrutador. Demais, segundo consta da
qiiestilo sobre
sidente do collegio ; e como o juiz de paz julga-se não po • acta, foi só depois que se apresentou o Io
juiz de paz, a
der decidir a questão, suspendeu a eleição ?em contra convite dos eleitores, e reclamou a presidencia interina do
isto haver quem reclamasse; entretanto que o 1 o juiz de collegio, que elle cedeu a cadeira, não tendo havido inter-
até então impedido por doente, comparecendo no col- rupção de trabalhos, nem deixando por esse facto de votar
egio, a convite da mesa, prosegnio nos trabalhos.
Í>az, alguns dos eleitores.
4.° Que as eleições primarias não forão isentas de « 5.o Que da neta da parochia de Santos consta
que as
vícios, porque na freguezia de Santos a urna contendo as cédulas recebidas, bem como o livro da qualificação doí
cjdulns e mais papei?, depois de lacrada e fecbada, não foi votantes e mais papeis, forão lançadas em um cofre detres
recolhida a um cofre, como mandu o art. 61 da lei n. 387 de chaves, ficando collocado no corpo da igreja matriz,
guar-
19 de Agosto de 1846. dado por sentinellas a portas aberta»; c comquanto não
« 5.° Que o mesmo facto se reproduzio na parochia da conste que esse cofre fosse fechado em outro, nada
parece
cidade de Iguape, em cuja neta não consta haver-se feito o se poder dahi concluir contra a validada da eleição, visto
r 1 para a t rceira chamada. que no dia seguinte foi tudo achado intacto e sem vicio,
c Em conclusão, pede que seannullem as eleições primu- não havendo a menor suspeita do contrario.
Accresce que a guarda da urna dentro de um cofre
rias das parochias de Santos o Iguape, ou então a eleição
sendo uma prevenção que a lei toma para difficultar abusos,
•ecundaria, proce.Iejido-to a nova com exclusão dos 3 elei.
tires excedentes do fiumero legal. parccc claro que, quando estes evidentemente se não dão,
nem allegão, a inobservância daquella medida, só de
« A commissão, considerando todo o exposto e documen" per si,
não deve ser súfíiciente para invalidar a eleição.
tos apresentados, tem de notar: 1°, que ainda quando de"
6.° a eleição parochial de Iguape se acha no mesmo
vessein ser annullados por excedentes do numero legal os 2 Que
caso relativamente a não se ter guardado a urna em cofre,
eleitores dc Iguape e 1 da Villa Bella, o os votos destes elei-
subsistindo também as mesmas razões para não Ser
tores se supponlia ter recaindo noDr. 15. A. Gavião Peixoto, por isso
invalidada a dita eleição; e que o facto de não constar da
uma vez que este reunio 37 votos, deduzidos os 3 restar-
acta que se fizesse um rol paru a 3» chamada dos votantes
lhe-hião 34, e conseguintemente seria ainda o mais votado,
que não comparecerão à 1" e 2" não prova que tal formali-
e portanto tal nullidade poderia apenas affectar a eleição do
dade deixasse de
supplente, Sr. A. L. Pereira da Cunha. praticar-se, e nem o assevera o Dr. Martim
Francisco na sua representação, sendo de
« 2." Que em verdade , segundo a base do art. 52 da lei presumir qua
esse rol «e fizesse, visto como houve uma 3" chamada dos
dé 1!i de Agosto de 18ifi, não podia a parochia de Iguape
votantes
dar mais de 10 eleitores, e a Villa ljella mais de 10; entre- que não comparecerão á 1" e 2", recebendo-se sete
listas por essa occasião; accíescendo,
tanto, tendo dado em eleições posteriores o maior -numero para corroborar tal
hoje contestado, e taes eleições havendo tklo approvaçâo da presumpção, o fycto de ninguém reclamar, nem perante a
meta parochial, nem perante o collegio eleitoral.
cainara dos Srs. deputados , segundo a doutrina aceita
t Concluiria. — Em vista do exposto conclue a commissão :
mesmo nesta teísão preparatória, deve-te considerar como
1P Que deve ser reconhecido como deputado eleito
implicitamente approvado aquelle maior numero para servir pelo
7o districto da provincia de S. Paulo o Sr. Dr. Bernardo
de regra. Nío se encarrega a commissão de discutir a cou- Aveliino Gavião Peixoto.
venienciu desta deutrina, reconhece porém achar-se esta- 2.° Que devem ser approvadas as eleições
belecida pela sabedoria da cumaru e decisões do governo im- primarias de
todas as parochias do" districto.
se fazei uma excepçào odiosa
perial, e tanto basta para não 3.o igualmente deve ser reconhecido tupplento
Que
a respeito das parochias de Iguape e Villa Bella, maxime eleito pelo mesmo districto o Sr. Antonio Luiz Pereira da
não tendo havido reclamação alguma senão depois de reco- Cunha.
nhecido o resultado da eleição secundaria. « Pnço da camnra dos Srs. deputado», em 23 de Abril de

3.o Que a acta do collegio de Iguape d omissa Acerca da 1857. —Jeronymo José Tci.rt ira, Júnior.— José Joaquim
obscivaucia do disposto no art. 25 do decreto 11.1,812 de 23 Landulplut fíocha. — L. A. liarbosa. >
de Agosto de 1856, *ão declarando se a mesa diàtribuio
votos, A requerimento do Sr. J. J. Teixeira, relator da com-
papel igual para nelle escreverem os eleitores os seus
missão, vai o
ao passo que 4 eleitores de Cananéa em 28 de Fevereiro parecer a imprimir no Jornal antes de entrar
do corrente anuo attestão que a maior parte dos eleitores da em discussão.
Jyuapt depositárão na urna as cédulas de seus
parochia de
votos que levavào jâ escriptas de casa, deixando a3sim de SEQUNDA PARTE DA ORDEII DO DIA.
cumprir aquella disposição. Deste mesmo attestado deve-se
infeiir que a omissão da acta não importa a omissão da ELEIÇÃO DE SERGIPE.
formalidade legal, isto <!, que não fos»e pela mesa distribuído
Continúa a discussão adiada do da 3a commissão
em occasião competente papel igual para cédulas dos elei- parecer
de poderes sobro a eleição do 4° districto da provincia de
tores, pois que se, como asseverão os 4 eleitores de Cananéa,
Sergipe.
só alguns ae Iguape deixárão de escrever Beus votos em
papel distribuído pela mesa, levando-as feitas de casa, pa- O Sr. Si Be.neviwes (pela ordem): — Sr.
presidente, pa_
rece seguir-se logicamente que houve a distribuição do rece-me que sobre a mesa existem pareceres relativos ao3
DÉCIMA SEGUNDA SESSÃO PREPARATÓRIA EM 27 DE ABRIL. 81
diplomas cm
que não lia n menor duvida; e sondo assim, l voz: — F." ura adiamento emquanto
tieio se lOm os nn.p
que (Ienes se devia tratar do e
preferencia a esta o a ceres
que estão sobre a mesa. P
tras questões do alta monta
quo têm <lc occupar n attenção O Su. Ri:<.o Barros
ca8a- Peço, entende quo, sondo asBim,
pois, a V. Ex. que consulte a casa se convém não ha in.
cm tratar n° RdiamentO,
primeiro desses pareceres que nSo oflercccm 3oT,t0 porque i leitura de t:, r cc
questões. pouco tempo consumirá.
O Sr. Prembekte : — Existem sobre a mesa ^ 86 h°UV°r d:3Cuss5°.
alguns pare- 1»al dos
ceres serí'preterido? parecei»
que estão nesse caso, mas tendo dado a hora de
sar-se á 2" pas-
parte da ordurn do dia, não posso fazer alteração O Sr. 1,i <.o Barros 6 de
opinião que, se ee der esta rir
alguma sem consentimento da casa.
cumstancia , se prefira
1nnra „ discussão
,i: a
o parecer cujo
O Sr. Silveira I-oro: — Eu acredito adiamento se requer.
que seria muito pro-
cadente a
ponderação quo acaba de fazer o nobre deputado O bn. 1 At.iii co: Isr. nresidpntP «s. .
mas era se não estivesse
jA iniciada, e não só iniciada, comó adiemos a discussão,
muito adiantada, a discussão sobre o porquanto o adúmento «ó scrwíá pira
parecer; açora uma perturbar a ordem Jo d,a estabelecida
coarctação desta discussão no estado por V Ex nll
em que se acha imnorta dividio-a marcando certo tempo
um. adiamento, embora não para discussão õ apíeciaoão
venha com esse caracter. Eu dos pareceres que hojo se houvessem de
8;? °ÇimSo' roPito» se não apretentar K^nl
tivessemos tão adiantada tando-se esse tempo passou-se a outra matéria,
íwKc*
a discussão do comofSm
parecer; mas no estado em estabelecido por V. Ex.
uao julgo que cila se acha
procedente o adiamento. ('orno agora iremos adiar esta discussão sob
o pretexto de
•AP
'/"'"sta Monteiro: — Sr. presidente, não veio na que na mesa se aclião pareceres apresentados depois da hora
marcada? No entender do nobre deputado
pres!de?,te de Sergipe o interesse do presidente cie
alentar °iíIobrjdacasa- Sergipe pouco tempo se consumirá com esses
Expnmindo-me assim, não pareceres
ouero Mftrll íi Como sabe o nobre deputado, como
intenções más; pôde saber a camara
QU8 se onnírfazer mais
sequei poiém para mim <5 claro
que extenso o meu martyrio. que estes trabalhos não produziràõ ainda mais renhida
(Apoiado» ) discussão?
me 0 a de fic!ir ne8ta casa. decida-se, (Apoiados.)
dnníHn'1° sem essa i10nra
ueciua-se mas
demora. O adiamento virá barulhar tudo. O
parecer em questão iá
foi discutido durante um din inteiro,
OZ:.~íNo-entr,etanto e agora não so i,edo
nr,wAídeputado
nobre P^evlr o dia 3 de Maio, o o o seu adiamento porque tenhão appareudo
nuo advogarA a sua causa. novos esclareci-
mentos o informações
que exijão a reconsideração da com-
Mop,tk"'" : - Satisfar-mo-ha missão. I ortanto me
cisuo
cis?oSR^APT,STA qualquer de- parece que o requerimento não se
Se a câmara em sua sabedoria lunda em razões.que mduzío a camaia a
entender oue não sou approva-lo.
a8 p0rtas (;8tri° a,)Crta3.
sahirei logo
min M°' que me deter- O Sr. Criz Machado*] — Sr.
presidente, se o adiamento
como disse tem por lim sómente a leitura dos
ítaSrnT^ÍldgUet°aaÍamentü' per- pareceres que se achuo
°- qUe mC
ercsTe,da iu^i,„ ^ PreccJeu- "ð ^tá noíin- sobre a mesa, e a respeito dos
mter<»^s dainsidiacomque quaes não haja duvida; se
desde que se
contintíoa U0S pedir a palavra sobre algum delles, serA prefe-
boatos uno òoi-,?!!?™6!1t nos interesses dos rida a discussão do
"
est& parecer a respeito da eleição de Sergipe
minha rrm«<i Pe1uenfl Para desmoralisar a o nobre deputado
leZ
CS n° esX"nto dos meios presidente daquella província não con-
menos honestos,
honest que so empregão, segue o seu desejo,
porque seguramente unpaiecerá alguém
menos dignos desta casa.?.
que peça» palavra sobre algum delles.
' "a T0Z • A camara 6 superior
a tudo isso. E se fora licito a alguém considerar o requerimento
(Apoiados.) como
um estratagema, eu observaria
" Para hostilisar um ho- quo es6e estratagema ficaria
mem aii!tT'UnMirEIR0: íuutilisado nqucll'outro. Se assim se frustrará
' aCCU8ad° por o fim do
-doqque nSoleCl^^6 P°r Um adiamento, melhor 6
quo continue a discussão do parecer.
[Apoiados.)
insinuações
merece*07 ^azendo que a camaia não Lê-se, apoia-Be, e é rejeitado, o seguinte requerimento;
Oltra « Roqueiro
voz: — Náo é á casa. que sejão lidos todos os pareceres quo so
acharem sobre a mesa, íicando adiada a discussão
{"a outros apartei.) daqueUe
sobre que se
pedir a palavra. — Sd c BtniuJu. >
Momtobo :— Não ofTendo a pesson al- ^ Sn. Presidente : —Continha
cuma" j?*rri®1'A . a discussão do parecer
nt0 ^ue 0 adiamento está nos interesses impresso com a emenda. Tem a
desses mefos8 palavra o Sr. Benevides.
O Sr. Si E BENEyiDF-a I — Sr.
11 câmara, perante a nação inteira, contra presidente, fui levado na ul-
meios1?!10 P('r.ai!te tima sessão a tsmar a
"}8,'dioso». A camara tem dignidade sullicionte palavra para esclarecer a opinião do
para o fe a respeito de um acto
• -'•mas cada um dc V"B> senhores, compre-
paiü que pratiquei como presidente da
hende*
P°slí4i0 'nfoliz em que me acho. província de Sergipe, 110 qual a nobre commissãode poderes
ínartvr'1 (Apoiados.) E' um enxergou uma ilíegalidade.
Se me (*uer continuar, ó um meio mnis do
ftelanc10 que Eu disse que não tinha interesse
"'ao pessoal 11a causa que so
mintin Para quoeu ainda por mais tempo duvide da discutia, que sô entrava na discussão
^ h!) para defender um acto
líld meu que parecia ter sido mal entendido, mal interpretado.
recer •' Z%me"03 ir dosta casa do ver adiado o pa-
fiuo Dopois das considerações
martvrio níít
acaPlari}. ™as não consinta que apresentei, julgar-me-hia
quo prosigaum dispensado de tomar a
do EC usa p
traordinario em
que vivo, principalmente quan- palavra sobro n mateiia sujeita, o
a mnP "lo calumnias torpes, por certo não o faria so um dever de honra mo não obri-
aniquilar que não posso
gasso a occupar ainda a attenção da casa em resposta ao
nem na trivín''116? nao m0 s®° dançadas nem na imprensa,
discurso do illustre cavalhoiro o Sr. ,!oão Baptista Monteiro,
108 ll0rrivel; não bastavão os soffrimen-
que tive c quo sustenta actualmonto o seu diroito. O discurso deste
«presentassem ora Prcciso que também aqui 3e
mCl18 nobre cavalheiro me obiigava a dar con^a dos meus aetos
fúrias do
Averno" PerseBuidorci» como tantas
como presidente da
^utras província de Sergipe durante a luta elei-
toral, e durante a contenda que se estabele-
l«RÍtimo''Ò°dipíomn d®c!dalog°- embora julgue principalmente
ceu 110 circulo polo
«lamento Antes isto do que o qual se apresentou esse cavalheiro.
n íní Piragibc. Eu desejaria, senhores, que o illustre cavalheiro a quem
ordem ruPí'° da discussão, a
do dia perturbação da respondo tratasse de legitimar o seu direito com n lei na
é tSo urgente como mão, tratasse da cjiiostão de princípios', tratasse da mostrar
tante <1^°™°,!° qualquer outro impor-
que so esses princípios não lhe tinhão aprovoitado, quaes os
tome-se W„aprC9ente a consideração da camara. Kepito,
entraves que ello encontrou
satisfeito- * seja qual fòr dar-me-hei para quo a lei não fosse execu-
,a ?ccordo, por tada; não desejaria que o nobre cavalheiro entrasse no
<lo contenta 1uo hclue adi»da a discussão
parecer ° camjK) das personalidades; não fui ou chamei
que o para
este terreno; declarei por muitas vezes que não seguiria os
m««pro^íJA*";?8 Per«ul]ta 8C!,a alguma «ousa sobre a debates neste ponto de vista. Apezar de tudo, fui agarrado
"ao °.adiamento
tempo J-.H da discussão do
parecer por um pelo illustre cavalheiro, e apresentado perante esta camaia
SC é.-84n,enta C llua,ito so lfm como ura Rosas, como um aesnota, como um homem arbi-
^c/de vr «e commissao
cZmU-°U
^ue estão promptos, trario, como um heraem desleal ao pensamento do
gabinete,
TOMC I,
11
82 DÉCIMA SEGUNDA SESSÃO PREPARATÓRIA FM 27 DE ABRIL.

como um homem que não tinha sabido comprehender os para ter os meus braços abertos cm Sergipe em tudo quanto
no paiz', e de que pudesse precisar de mim. O illustre cavalheiro havia-me
principio? que o gabinete queria plantar
não queria que se fizesse uma excepçâo nu provincial de dito que estava mal accommodado 11a nova capital; oflere-
Sergipe!... ci-lhe o meu palacio para hospeda-lo....

Uma voz : — E nisto teve muita razão. O Sr. Baptista Monteiro dá um aparte.

Sá i: Benemdes: — Desde por cor.sequencia, penho-


O Se. O Sr. Si F. Benemdes: —lles]X)ndeu-me o illustre cava-
res, que se collocou a questão neste terreno, não podia eu, lheiro, agradecendo-me o oíFerecimento, mas que não acei-
como homem particular e publico, deixar de esclarecer a tava a minha hospitalidade, porque na qualidade de candi-
camara, o paiz, o mesmo governo imperial d3 quem era dato podia per ella mal interpretada, e elle não queria com-
delegado, sobre os factos reaes c verdadeiros que se passá- promettèr-me.... Não e exacto?...
rão no 4° circulo eleitoral da província de Sergipe. O Sr. Baptista Mosteiro : — Apoiado.
O illustre cavalheiro, como liabil advogado, não que-
O Sr. Sá e Bexevides:—O nobre cavalheiro tem em mim
rendo lançar mão sóraeute, ou antes não confiando bem 110
um adversario muito leal, ha do apresentar os factos taes
direito que elle diz assiste á sua causa, recorreu a outro
caminho, recorreu á compaixão; pintou um drama; fez-se quaes elles se passárão.
Estabelecidas assim as relações entre o presidente da pro-
um heróe victima de perseguições, de atrocidades ( e debaí-
vincia de Sergipe e o illustro cavalheiro, não se passou um
xo deste ponto de vista se apresenta nesta casa pedindo
seus membros, dia que o illustre cavalheiro não procurasse fazer-me uma
protecção, appellando para a generosidade de
de um déspota, de um visita e conversar sobre negocios da província, a querer
pedindo j ustiça contra a prepotencia mais ou menos arrancar a minha opnião sobre a maneira
Kosas, como foi o presidente de Sergipe! Não é assim, se-
nliores; o illustre cavalheiro não foi victima; encontrou por que encarava os mesmos negocios....
todo o campo livre, liberrimo, para o desenvolvimento de O Sk. Baptista Mosteiro dá um aparte.
seus meios deacção; o illustre cavalheiro não carecia de O Sn. S t t Besfviuks : —Tive a franqueza sempre de ex-
lançar mão desse recurso, tão contiado como elle se mostra
pôr ao illustre cavalheiro o que pensava, declarando que os
em seu direito. Pois o direito do illustre cavalheiro é tão actos da administração estavào patentes, que elle estudando
liquido, a lei o favorece tanto, o seu diploma <5 tão legitimo, a historia delia podia dahi tirar 03 corullurios.
tão limpo, tão puro, e elle recorre a esses meios, meios de Findas as eleições primarias, entre estas e as secundarias
l!
que só lança mão o advogado que vê a suu causa perdida deliberei-me ir á comarca de Villa Nova, a única da provin-
Eu disse, senhores, ante-liontem ao fechar-se a sessão,
cia que me faltava percorrer. Percorri as comarcas todas da
dusts candidaturas
que tinha de expor á casa' a historia das
hoje a attenção publica. Com toda provincia, estudei as suas necessidades, fiz o que pude por
que occupão geralmente ellas, conheci os homens e as cousas; mas laltava-me a co-
£ franqueza e lealdade o vou fazer; condemnem ou absolvão
marca de Villa Nova. Aproveitei o espaço entre
o presidente do Sergipe na parte que tomou nesses aconteci- qua havia
os trabalhos das eleições primarias c secundarias c delibe-
mentos, mas saibão-se os factos taes quaes se passáruo.
rei-me a percorrei essa comarca....
Eu não tinha a honra de conhecer o illustre cavalheiro o
Sr. João Baptista Monteiro, o muito menos no major do O Sr. Baptista Monteiro dá um aparte.
estado-maior o Sr. Piragibe; erão dous uoraes para mim O Sn. Si 1: Beskvibes: —Chegando em caminho ao enge-
inteiramente novos, para mim inteiramente desconhecidos; nlio Serra Negra encontrei o illustre cavalheiro o Sr. João
nenhum Jelles se acháva na província de Sergipe quando Baptista Monteiro, e 110 dia seguinte, quando me deliberava
se derão os primeiros passos para a eleição. Em um dia, dia a partir, o illustre cavalheiro me pedio para acompanhar-
talvez bem uzingo para mim, so apresentou no pulaeio da me 110 meu passeio pela comarca de Villa Nova. Não mere-
.João Baptista Monteiro, pedinde-me uma
presidência o Sr. cusei ao pedido do nobre cavalheiro, e c m elle ECgui fran-
conferência particular. Nessa conferoncia o Sr. João Bap- ca, generosa o lealmente, conhecendo bem que se aprovei-
lista Monteiro expôz-me que se apresentava candidato pola tava da occasião da viagem do presidente para ir com elle
província de Sergipe, e ali ia pleitear o seu direito, peiiin- cabalar na comarca da Villa Nova; mas não queria que nee-
ao-me, senão o meu apoio, poique talvez este não pudesse sa occasião uma recusa minha fosse interpretada já como
eu prestar, a minha neutralidade... Appello para o illustre meio de guerra ; fechei os olhos, consenti, não me oppuz,
cavalheiro... mostreique estimava que o illustre cavalheiro fosse meu
• companheiro de viagem.
O Sr. Baptistv Monteiro : — Apoiado.
O Sk. Baptista Mosteiro dá um aparte.
O S*. Sí e Beievidk»;—.... € Se não lhe posso merecer
apoio, ou favor, eu só lhe poço a mais perfeita neutralida- O Sn. 1: Bexevides : — Bem, provo o contrario. Mais
Si
de ; deixe-me só lutar , deixe-me o campo da batalha. » adianto, casa da familia do illustre cavalheiro, cncon-
cm
Respondi ao illustre cavalheiro que o seu pedido era fácil trámos o Sr. commendador Antônio José da Silva Travas-
de satisfazer, não só porque erão estas as instrucções do sos. Este senhor 6 tio da senhora do illustre cavalheiro, o
gabinete, como porque erão os princípios que se conforma- um dos homens que segue ali uma parcialidade política em
vão á minha religião política.... o illustre cavalheiro. Foi para a casa desse
que se apoia
O Sn. Silvmjía Iãíuo : — Mas que não praticou. homem que me dirigi o onde descansei. Quando mo delibe-
rei a partir, o Sr. commendador Travassos também mo pe-
O Sr. i: Bencvides :—Tem tempo de sobra o illustre -me
di o que lhe permittisse acompanliar juntamente com o
deputado'; jA. disse que estava prompto a dar conta dos Sr. Monteiro, c eu no meio dos dous segui para a comarca
actos da minha administração. de Villa Nova; ainda não me recusei ao Sr. Travassos, ainda
Mas por essa occasião o illustre cavalheiro tirou da algi- consenti que um e outro comigo fossem ; entretanto já por
beira um sem numero de cartas de recommendação que esse tempo dizia o nobre cavalheiro que eu o hostilisava ! !
daqui da côrte levava ao presidente do Sergipe; erão cartas mas eu o lioslilisava, e não me recusava dirigir-me com elle
limas que tocavão ao coração, porque erão de miulia fami-
para esse lugar ! !
lia ; erão cartas de meu
pai, de minhí mãi, de meus irmãos; O S*.
erão outras cartas igualmente fortes, • Baptista Monteiro dá um aparte.
porque erão de por
sonagens altas da côrte aquém muito respeito e prezo. Não O Sr. SX
e Benevides : Chegando á comarca de Villa
obstante isto eu coutinuei a declarar ao illustre cavalheiro Nova, estivemos constantemente em companhia de to-
alii
que aquellas cartas não me demovião do proposito em que das as influencias locaes, o illustre cavalheiro mesmo em
estava de não intervir na eleição a favor de candidato al- minha presença, a ponto de perfeitami-nte ouvir, apresen-
gum.... tou-se candidato, pedindo a protecção dessas influencias, pe-

Baptista Mosteiro - Nem exigi outra cousa. dindo os seus sunragios, e eu nem palavra proferia....
O Sr.
O Sr. Sii.veira Loro: —Elle estava 110 seu direito, e V.
O Sn. Si i Benevide»!— Não me julgando obrigado para ^
Ex. no seu devei. •
com o illustre cavalheiro em suas aspirações políticas pelas
cartas de recominendáção^ue me apresentava, disse-lhe toda- O Sr. Si e Benevides ; — Se estava no meu dever, então
via que todos os bons oflicios de amizade,
que tudo aquillo como me accusa? Ahi o illustre cavalheiro pedia com a
que um homem que não é puplico, mas sim homem parti- maior franqueza os suífragios das influencias locaes, ouvia
cular, pôde oflerecer, punha á disposição do nobre cava- o seu pedido e nenhuma palavra proferia, e isto cm um cir«
lheiro; que bastava ser recommendado de minha familia culo como cquelle, eminentemente governista.
SEGUNDA SESSÃO PREPARATÓRIA EM 27 I)E ABRIL 83
DÉCIMA.

Todo o mundo rabe que o Exra. barão de Cotinguiba é O Sr. Síe Benevides : —Até o tempo em que não pude-
homem que cm todas as épocas tem sido homem do gover- rão satisfazer a todos os candidatos. [Apoiados,)
no; é homem para quem a única entidade ó o governo; não O Sr. Crez Machado : — Nesta —
parte—apoiado, por-
o ^r. barão de
quer saber a que lado pertence, ó governo, que fui victima.
Cotinguiba está com elle; não lia um exemplo de candidato
O Sr. Síe Bknbvides: — Temos um exemplo em Pernam-
apresentar-se ao Sr. barão de Cotinguiba sem que elle pro-
buco. O Sr. Sérgio era excellonto homem até certo tempo;
viamente consulte o governo se aceita esse candidato.
depois disse-se o contrario..-
Um Sr. Deputado dá um aparte.
O Sr. Cri z Machado: — Eu era um semi-deo até Ou-
O Sr. Si e Benevides:—E' prova de que não o guerreei. tubro. (fíiiadiis.)
Se quizesse guerrea-lo, podia fpcê-lo ; se quizesse hostilisar
O Sr. Presidente:—Attenção !
o illustre cavalheiro, ntio estaria elle com diploma nesta
casa, apresentando-se por um circulo onde tanto influe um O Sr. Si e Benevides :—Ainda não basta isto, senhores?
homem eminentemente governista. Ainda ó preciso mais alguma cousa para prtwar que sou
Lobo : — Mas as cartas dizem ao con- victima do accusações injustas, calumniosas? Se eu tivesse
O Sr. Silveira
a honra de entreter relaçiios mais.intimas ooin a maior par-
trario.
te dos senhores que honrão estes assentos, eu estava defen-
O Sr. Si e Benevides: —Os factos são públicos.... dido, porque todos mo conhecerião. Eu appello para todos
Um Sr. Depitado:—A historia mesmo mostra que quasi os meus lentes que aqui se achão ; ou appello para todos
nenhum presidente perdia a eleição querendo lançar mão aquelles que nas diversas academias ondo tenho estudado
dos meios, dos recursos de que pôde dispor. tem tido comigo mais ou menos relações ; elles nio dirão
nrbitrario, que eu sou anti-
que êu sou déspota, que eu sou
(Ha outros apartes.) liberal, que eu sou inimigo das liberdades publicas. (Apoia-
O Sr. Presidente : —Meus senhores, attenÇSo ! Deixem dos.) Ninguém ha de dizO-lo; s<'> encontrei um homem que
o orador continuar o seu discurso. o di3se, e este homem ó suspeito, porque sustenta uma
O Sr. SA e Benevides : — O nobre deputado talvez saiba causa que não julgava muito bem parada; ó o único que so
nté que ponto chega a influencia do governo quando quer levantou a dizer que o presidente de Sergipe era ura despo-
dirigir a eleição. ta, era ura tyranno. Tenho as cartas mais honrosas de no-
tabilidades pertencentes A opinião liberal elogiando o meu
O Sr. Ciuv. Maciudo ¦' — Comprehendu a insinuação ; de Sergipo em todas as phases
procedimento na província
mas a deputação maranheuso alii está para responder ao da minha administração.
nobre deputado.
O Sr. Silveira Loro: —Sobro tudo isto trataremos na
O Sr. Franco de Almeida:—lia de chegar a occasião,
discussão do voto de graças.
Sr. Ciuz Machado.
Uma voz : — Tanta cousa uo voto dè graças !
O Sr. Criz Machado:—Reproduzi todas as aocusa-
ções.... O Sr S4 e Benevides :—A minha pobre pessoa não vale a
de voto de graças.
O Sr. Si e Bem vides:—Senhores, o que tenho dito basta pena de ser objecto da discussão
Senhores, o meu procedimento nesta casa d'ora cm dianto
para provar a imparcialidade do meu procedimento em mo fará mais conhecido, e então talvez encontre mais quem
relação aos meios empregados pelo illustre candidato o
mo faça juBtiça...
Sr. João Baptist^Monteiro para otriumpho de sua causa.
Se neste momento a vangloria de triumpho, se neste mo- Uma voz: —Ilão de fazer.»
xnento o amor-proprio não suífocn a consciência do illustre Sr. Crez Machado: — No meu discurso não ha uma
O
cavalheiro, elle que mo encara ha de reconhecer que tem sido só contra V. Ex.
palavra
.summamente injusto para com o presidente da piovinciade
Sergipe. Se fiz mal, foi em ter acolhido de tal modo, e de me O Sr. Si e Benevides : — Ainda não respondi ao discurso
ter portado para com o illustre cavalheiro de modo que podia de V. Ex.; por ora respondo ao discurso do nobre cavalliei-
ro; por ora trato de apreciar a candidatura muitu legitima,
parecer que era um candidato ofticial....
muito pura, muito leal do nobre cavalheiro o Sr. Joào Baptista
O Sr. Baptista Monteiro dá um aparte. Monteiro; é o objecto do que trato.
* Será preciso ainda, senhores, para mostrar não só que eu
O Sr. Si e Bkptevides —Não tenho remédio se nãoexpor
não me embaracei com os meios empregados pulo illustre
estes factos, dos qnaes já disso queria fugir. Não tratei
cavalheiro o Sr. João Baptista Monteiro, como que at<5 fu!
disso no meu primeiro discurso, tratei da questão de prin- um dos degráos de que elle lançou mio para subir ao ajKJgOo
cipios; o illustre cavalheiro me chamou para este terreno ;
de uma candidatura querida e bem aceita? precisão-se mais
não tenho remedio senão expor os factos, embora de algu- factos?
ma maneiia o magoe....
O Sr. Baitista Monteiro dá um aparte.
O Sr. Baptista Monteiro*. — Não, senhor.
O Sr.Sl e Benevides: — Não mo limitei aVillaNova; se-
O Sr Si e Benevides:—O que tenho exposto, senhores,
gui pelo llio de S. Francisco; fui a PropriA, a Porto da
bastaria para mostrar que o da província de Ser-
presidente Folha, aos sertões da província « a viagem era longa, o to-
gipe não hostilisou a candidatura do Sr. João Baptista davia o illustro cavalheiro quiz acompanhar-mo, acompa-
Monteiro. São precisos factos mais significativos do que
nhou-me e tratou de convencer-me, de instar comiço, do
este acompanhamento que constantemente ine fazia o il-
rogar-me encarecidamente que não duixasBe do cisitar a
lustre cavalheiro em minhas viagens, em minha casa, por
infeliz aldêa de Pacatuba; a infeliz aldèade Pacatuba, que
toda parte ? Se são precisos factos mais significativos, sc-
era, segundo dizia ainda o illustre cavalheiro, um ponto
nhores, elles existem. Na casa, no engenho do nobro baião
ondo nenhuma administração tinha ido, um ponto até ali
de Cotinguiba, onde nos achámos, o illustre cavalheiro fez
abandonado; que era mister que examinasse por mim ia es-
brindes á conciliação : fez brindes ao presidente da pro-
mo os estragas do tempo para dar algum romedio. E tal
vincia de Sergipe, que tinha aberto uma nova éra para
fez das necessidades da freguezia de Pacatuba,
aquella província ; fez brindes A imparcialidade com que o piutura mo
encarava os ncgocios eleitoraes; e tanto mo disso quo os habitantes ali me eipeiavío, que não
presidente de Sergipe duvidei acquiescer As suas instancias e me dirigi com elle
acabou os brindes pedindo o^concurso do nobre barão e de
A villa do Pacatuba. Essa villa é a séde da influencia do
seus amigos a favor do sun candidatura. E eu em resposta
Sr. major Thomaz, que figura como um grande lieróo no
a esses brindes não disse uma palavra. Todos receberão es-
folheto distribuído nesta casa. Esse senhor, além da in-
seg brindes com enthusiasmo, com satisfação pehi3 novas
iluoncia que tinha, era subdalegado de policia . e jíi u osso
idéas, imparcialidade da presidência;
pela nova éra, pela tempo protegia abertamente a candidatura do illustre cava-
agradeci o brinde era dirigido, c disse que era ver
que me lheiro, sem que ou tocasse nem da levo no seu titulo de
dade não havia de ser
que era amigo da conciliação, que subdelegado.
eu que das legitimas in-
puzeaae entraves ao pensamento
íluencias locaes.... O Sr. Bamtsta Monteiro: —Foi demittido.

O Sr. Silveira Loro—Quasi todos .os presidentes até O Sr. Síe Benevides : — Em tantos de Abril; depois que
certo teinpo bc firmei a convicção de que os actos pruticados por elle para
portArão assim.
SESSÃO PREPARATÓRIA EM 27 DE ARRIL.
o 4 DÉCIMA SEGUNDA

erão actos imaioraes não podia conser- O Sr. Baptista Mosteiro : — Nunca suppuz que V. Ex.
a sua candidatura
nesta casa sustentasse semelhante proposição/
va-lo. Conteste-me isto.
t não era só osse subdelegado, havião outras autoridades O Sr. Sá e Besevides:—Admiro-me da calma do illustre
com a candidatura do íllustre cavalheiro, e da sua impavidez!
policiaes que carregslrão
cavalheiro, e nenhuma dellas foi demittida. Fui ao lugar, —Tem razão.
O Sr. Baptista Mosteiro:
estive em algumas casas.,.
— Mas escreveu O Sr. S.í e Besevides : —Um outro documento, senhores,
O Sr. Baptista Monteiro : ao Sr. major
apresentado pelo illustre cavalheiro, não para sustentar o
Tliomaz... seu direito, porque este3 documentos não tem nada com a
O Sr. Sí f. Besevides:— Vou a essas cartas, uma por sustentação do diploma do illustre cavalheiro...
uma.
Um vo7.: — Tem muito.
Senhores, passemos agora a factos de outra ordem, dei-
xemos os passeios que fazia o illustre cavalheiro acompa- OSr. Sí e Besevides : — O que têm taes factos com o di-
diploma? Não
tiliando o presidente da província pelos lugares onde clle reitoque cada um tenha para sustentar o seu
docu- seráum recurso de quo se lança mão para fazer triumpliar
pedia 03 suffragios das influencias. Não vou buscar
mentos em outra parto, vou liusca-Ios mesmo uma causa má?
.senhores,
"illustre
entre 03 offbrecidos pelo cavalheiro ; é com uns Quem tem o seu diploma liquido, o candidato cuja eleição
não tem vicio algum, teria necessidade de lançar mão da
documentos apresentados pelo illustre cavalheiro que vou
mostrar á luz da evidencia que o contrario documentas desta ordem» compromettendo assim amigos
pratiquei
daquillo que elle diz, que cm vez de ser hostil á sua candi- que figurão como seus protectores?
E não é s6 a carta do Sr. baião de Cotinguiba; ha aqui
datura fui o mais neutral que foi possível,
também a publicação de uma çarta escripta por mim ao
Um d(Ts documentos apresentados pelo illustre cavalheiro
indébita nas eleições , as Sr. commandante superior, e outras a outros cidadãos a
para provar a minha interferencia
minhas violências e prepotencias contra a sua candidatura, quem me dirigi. Como forão parar estas cartas ás máos do
illustre cavalheiro, e se achão aqui impressas?
uma carta que eu dirigi ao Exm. Sr. barão da Cotinguiba
São estas as influencias legitimas em que se fundou a
cm 5 de Novembro do 185«. Peço á eamara que attenda a
candidatura do illustre cavalheiro! São estes os homen
esta carta, e por ella julgue da intervenção ou neutralidade
notáveis da provincia que sustentárão a sua candidatura!
do presidente de Sergipe nas eleições. O Sr. barão da Cotin-
chusma immensa Um documento apresenta o illustre cavalheiro, filho do
guiba via-se embaraçado no meio de uma
de candidatos que se apresentavão por aquelle circulo, onde desejo, não só de oecupar um assento nesta casa, como da
legitima, e escreveu-nie saciar suas iras, porque quando o presidente de Sergipe vio
cm verdade è S. Ex uma influencia
de dizer alguma cousa a este que seillaqueava a sua boa fé, que o illustre cavalheiro se
pedindo que lhe houvesse
respeito, o eu então respondi-lhe nestes termos. (/-<'•) aproveitava das relações domesticas, das relações de intimi»
dade para se apresentar como candidato do governo; quan-
Consulta-me o Sr. barão sobre o que deve fazer no meio
do o presidente de Sergipe vio actos seus do completa e
de tantos candidatos,«e eu então lhe digo: « Alóm dos que que
ampla neutralidade erão maliciosamente apresentados no
se apresentarão conte com mais um, e entre todos ostC9 faça
> circulo de Propriá como actos de protecção, então entendeu
a sua escolha.
bastava tanta
—Nessa ha um mas que devia mudar de trilho, entendeu quo
O Sr. Silteir* Lono: carta que neutralidade a que se estava dando uma interpretação tão
transtorna tudo. (Risadas.) extraordinária e injusta.
O Sr. Sí e Besevides Nesta occasião, senhores, deverá E o presidente entendeu que, se elle tinha obrigação da
talvez causar algum reparo á casa como e que asta carta, conservar a mais completa neutralidade, tinha também o
dirtgi ao Exm. barão da Cotin- dever de contrariar os meios empregados, não cavalheira e
que eu confídencialmente
guiba,a um homem tão respeitável,
a um homem tão sisudo, generosamente, paia se insinuarem certos candidatos em
foi parar às mãos do illustre cavalheiro o Sr. João Baptista um circulo eminentemente governista como candidatos
Monteiro! ofticiaes. E se eu não apoiava a candidatura do Sr. Baptista
Seria uma traição do Exm. barão de Cetinguiba? Não, Monteiro, também não devia consentir que o meu nome ser-
senhores, isto não; ainda boje, apezar do illustre cavalheiro visse para se npresentar como candidato protegido por mim.
dizer e asseverar que estou incommodado com a sua eleição, O illustre cavalheiro ali se apresentou dizendo que era
faço justiça a esse distineto cidadão, a cuja sombra se meu candidato ; eu então nestas eircumstancias, vendo que
chegou o illustre cavalheiro para apresentai-se carno candi- estava sendo victima de uma deslealdade, e receiando que
dato. Não, senhores, será o meio outro qualquer, menos o uma candidatura que, se encontrai a um ou outro apoio,
de uma deslealdade da parte do Exm. Sr. barão de Cotin- encontrava resistencia no maior numero, receiando que a
p;uiba. Estou certo que esse illustre cidadão ainda hoje opinião fosse comprimida pela supposição do que eu apre-
ignora que a carta confidencial que o presidente de Sergipe ciava semelhante candidatura, intendi que era mais gene-
lhe dirigio em 5 de Novembro proximo passado, sobre este roso mostiar-me a peito descoberto npresentaudo um can-
'pelo
assumpto, faz parte deste folheio «fferecido illustre didato. Fui bupcnr esse caudidato na possoa do Sr. Dr. An-
cavalheiro. Deixo a cada um como esta carta confi- tonio Freire de Mattos Barreto. Este senhor é um dos mais
pensar
dencial foi parar ôs mãos do illustre cavalheiro. dignos íilhos da provincia de Sergipe , é presidente da
nssemblik provincial e o tem sido constantemente, é diree-
O Sr. Baptista Mosteiro : —-Não arrisque proposições in- tor da associação Sergipcnse, a primeira quo se incorporou
consideradas. V. Ex. sabe como esta carta veio As minhas na provincia.
mãos. Seus capitacs, seus esforços, sua intelligencia, tudo An-
O Sr. M e Besevides : — Esta carta foi dada ao Sr. com- tonio Freire de Mattos Barreto empregou sempre em prol
mandante superior para afazer seguir ao sou destino. O da sua provincia; todos os seus companheiros da academia
Sr. commandante superior na mesma noUe em que recebeu conhecem quanta probidade o moralidade tem esse Sergi-
a carta dormio na casa do illustre cavalheiro, e então pòde-se pano. (Apoiados.) Foi esse o candidato que eu entendi que
presumir que nem ella foi entregue ao Exm. barão. no circulo aonde a
questão eleitoral não corria leal c flran-
! camente o devia apresentar.
O Sr. Baptista Mosteiro : — E* muita coragem

Sí k Benevides : — Eu convidei c instei com o Sr. Via voz : — Oh ! já teve candidatos!


O Sr.
commandante superior para ficar e-sa noite em palacio; elle O Sr. Si e Bem vides Eu daria contas ao governo deste
desculpou-se dizendo que não ficava comigo por ter muito meu acto, eu me sujeitaria a toda a responsabilidade, certo
illustre cavalheiro foi a palacio, esteve ahi com de que a
que fazer; o provincia me faria justiça.
o Sr. commandante superior e o levou para a sua casa. O Sr. Salatiiiei. *. — Era melhor declarar que não tinha
O Sr. Baptista Mosteiro : —Appello para a sua conscien- candidato algum, do
que apresentar
um.
cia. E* preciso, repito, ter muita coragem para avançar
O Sr. Sí e Besevides E' verdade; c entretanto o illustre
taes proposições! meu.
cavalheiro se apresentava como candidato
O Sr. Si e Bine VIDES- E' a puni verdade. Estou dizendo
O Sr. Silveira I.oro : — O seu era o Sr. Mattos Barreto..
isto no Rio de Janeiro, aonde n«sei aonde tenho parentes e
amigos, e aonde se sabe que eu não era capaz de levanta^ O Sr. Sí f. Bese* ides (voltado para o Sr. Silveira Lobo)
«ma falsidade. O Sr. Mattos Barreto não era candidato meu.
PR PAR ATOEI A EM 27 DE ABRIL. 85
DÉCIMA SEGUNDA SESSÃO

aceita com muito npplauso no circulo de Villa Nova, prin-


O Sr. Silveiiu I .ouo: — Era o protegido da presidencia.
eipalmente pelo proprio Tliomaz Pinheiro de Souza, de Pa-
(Risos.) catuba, do quem o illustro cavalheiro tão elevado conceito
O Sr. Si E Be.ievides r.ra um homem muito conhecido
faz.
escreveu algu-
da província, e a favor de quem o presidente
O Sn. Sn.vEinA Lono dá um aparte
mas cartas particulares as quaes eu vou ler. Lra um can-
didato que não era uma imposição. O k Benevides : — Asseguro no nobre
Sá deputado, •
deputado que se dirija o provarei se quizer, que a resposta que tivo de Thomaz, d»
O Sn. Pbesidpnto :—Peço ao nobre
dos seus membros. Pacatuba, foi a mais satisfactoria ; recebeu com os braço»
4 camara c não a um ou outro
abertos a candidatura, declarando que tinlia o maior prazer
V. Ex. desculpar-me;
O Sr. Sá e Benevwes— Queira em acompanhar 03 sentimentos geraes da província, que aa
são tão fortes que fazem
mas os apartes do nobre deputado influencias locaes a rccebião com a maior satisfação, com o
&s vezes... maior prazer. Isto foi a 21 de Novembro.
— Mas não deixão de ser justos. Mas como é quo es! ando em tão bons auspícios essa can-
O Si:. Silveira Lobo :
—Eu devo, franqueza didatura apresentada polas influencias das itifferontcs loca»
O Sn. S* E Bemeviueí : jà quo tive a
lidades, tendo a saneção do presidente, tendo o apoio das in-
de declarar á camara que tinha recommendado particular-
as con- fluencias do lugar por onde foi proposta, como <5, diz o illus-
mente a candidatura de um moço que reunia todas
a maneira tre cavalheiro, que não vingou essa candidatura ? Aqui
dições de elegibilidade, declarar também qual
apparece agora a historia da outra candidatura, do Sr. Pirr-
Fiz essa recommendaçao
por que fiz essa rccommendação. Mattos, bem conhecido por aquelles que e;-
é apresentada como docu- gibe. o Sr. Dr.
por meio da seguipte carta, que ti verão com elle cm Olinda, i um moço muitissimo aea-
mento contra mim.
nhado, muito despido de ambições, muito modesto; não
O Sr. Silveira Lono: — Eu achava mellior nao a ler. alguma apresentar-se tirando diroitos
quuri» de maneira
Pá e Iíksevwes: — Porque não! desto ou daquelle, uma vez que dessa apresentação lhe re-
O Sr,
sultassem incommodos, embaraços, perda de tranquillidade
O Srj, Silveira Lono dá um aparte. de espirito ; é eminentemente pacato, gosta de estar em sua
O Sr. Si e Benkwdes: — Mas a questão chegou a ponto casarem grande trabalho, sem grandes lidares.
os faetos; tome cada um a Apresentado o Sr. Barreto pelo circulo de Pronriá, come-
que não é possível esconder
ia achar grandes dificuldades, quo
responsabilidade que lhe couber, (!*'.) çou-se a dizer que elle
Esta carta foi dirigida ao Sr. major Thomaz Pinheiro
do o campo estava explorado por outros, que ora mister elle sa-
hir do engenho e dirigir-se aos seus amigos. O Sr. Barreto
Souza Costa, de Pacatuba, que 6 amigo do Sr. Baptista
Monteiro- não se podendo sujeitar a uma viagem de 30 leguna, fnltan-
— O honrn. do tem 1)0 para a eleição, e receiando achar as diílieul-
O Sn. Bai-iista Monteiro : que muito me pouco
dades quo se lhe apontavuo, foi ter com o Sr. barão do Ma-
O Sr. Sá e Benevides: — E' verdade, deu-lhe provas da roim.seu parente, e declarou-lhe que desistia da candidatura
maior dedicação, a pouto de entregar-lhe esta carta. havendo 24 candidatos para os
por qualquer circulo, porque
iiro se queria afogar r.aquellc
O Sn. Baptista Monteiro : — A ponto de resistir a V. Ex. quatro districtos de Sergipe,
maré magnum de ambições e lutas. Nesta oceasifio aprovei-
O Sr. Si e Benevides :—Fazendo oillustrc cavalheiro que
tando-«*eo Sr. baião de Maroim da desistencia do Sr. Bar-lj
apresentou esta earta annexa ao seu folheto alguma» con si-
reto, lembrou-se do Sr. Piragibe, por quem se havia com- '
deraçõeâ a respeito delia, disse: « De quanta importancia
não seria aquella carta dirigida no Dr. Lobão, se nella o promettido no Rio do Janeiro.
> Eu roliro me O Sr. barão de Maroim declarou mo que tomlirn por seu 1
piesidente foi mais franco do qu» nosta! candidato o Sr. mojor Pinrprilje em virtude de um comprc- |
nesta carta a uma outra escripta ao Dr. Lohão; o illustre
misso a que se tinha obrigado, certo como estava dc sua ir-
cavalheiro fez a observação que acabo de ler. 1* elizmento
fluencitt legitima na província, que o habilitava a fazer um
eu adivinhava que tudo isto se produziria, nao
parece que deputado.
houve uma carta, um acto meu de que não deixasse mi-
nuta. Direi o que continha a carta que escrevi ao Dr. Lobão. O Sn. Baptista Mo^ti iro :—Com quem o compromisso f

O Sr. Baptista Monteiro dá um aparte. O Sr. Sa' k Bekeviwk* Não declarou,


O Sn. ,Si E Benevibes:—Vou ler ; o tribunalnão i sA do Fiz algumas reflexões a respeito das dilliculdades quo en-
facto o de direito, 6 também do consciência, cada um pôde contraria paralevar a cíTeito a sua prometa ; mas o Sr. ba-
formar o seü juizo conforme o apreço que lhe merecerem rüo de Maroim tomou sobre si tida a rojpou»abilidadc, o di-
as pessoas, uma ponderação apresentada por este ou por rigindo-se A comarca do Vil!n Nova apresentou como seu
a juelle deputado pôde inlluir no animo do todos. Não
se so- candidato o Sr. major Piragibe.
de minha própria lavra não Nestas eircumstancias acabou-se rl minha missão. Não
gue que por serem documentos não disse uma palavra a favor do candi-
sejão exactos. pratiquei um acto,
carta, dato do Sr. barão de Maroim, quo não era of/icial, pois quo
Se o illustre cavalheiro quizer ver a minuta dessa
de que eu di- tal qualificação não se pôde dar a um candidato do Sr. barão
que não foi obra de hontem, convencer-se-ha
zia que o íacto estranhavel de so apresentarem pelo circulo de Maroim, a beneficio do qual í üo houve carta, nem rccom-
de Proprià uns poucos de candidatos, havendo entre elles mendação ministerial ao presidente da provincia, que dos-
alguns que se servião do meu nome para se insinuarem no sem A pretencão do Sr. major Piragibe o caracter official.
animo das influencias ; que este facto, digo, me havia obriga- Entrárao em luta o barão do Maroim o O illustro cavalheiro
do como ura protesto formal contra o meu apoio a al- unicamente, desde que se retirou a candidatura do Sr. Dr.
que a
o Dr. Mattos Barreto, ou an- Antônio Freire de Mattos Barreto.
guns candidatos, e a apresentar «e
tes a apoia-lo , porque elle não foi propriamente apresentado Portanto, na eleição secundaria os^ neto-' quo se derão,
dos Srs. mnjor Piragibe 8
por mim, a sua candidatura
foi antes resultado da combi- passárão entres as candidaturas
nação de diversas influencias, c depois desta deliberação foi João Baptista Monteiro. Nesta questão o presidente da pro-
apoiar essa candidatura, por ser legitima, vincia não teve a minima parte. Bem o sabe o illustro cava-
que mo resolvi a
das loca - lheiro, para cuja conscienciajnppello.
por ser resultado de um accordo entro influencias
lidades. Não fiz mais do que acompanhar os sentimentos da
apartei nlo ouvimos entre o orador e
(Troc/lo-se algum que
província.
o Sr. fíaplúla Monteiro.)
O Sr. li a mi st* Monteiro :— Menos no circulo em que o
apresentou , ali não tinha nenhuma influencia. E' tempo. Sr. presidente, de terminar essa discussão pelo
lado pessoal. Tenho dito quanto é verdade a respeito dos
O S*. St e Bemívides :—O convite ás influencia» foi geral.
o presidente
Parece-me que se a candidatura do illustre cavalheiro esti- dons candidatos, e da parte que teve na eleição
com vanta-
vesse tão solidamento firmada, fosse tão real, tão genuína, de Sergipe ; e parece-me quo tenho demonstrado
o illustre cavalheiro o Sr. João Baptista Monteiro
tão legitima, essa apresentação feita pela presidencia na gem que da pHrte do
immediatamente ropel- não foi victima de violências, nem encontrou
pessoa do Dr. Mattos Barreto seria
lida, ou para sustenta-la de Sergipe o minimo embaraço, senão no mo-
o presidente abandona-la-hia, presidente o Dr. Antonjo
encontraria difficuldades ; mas pelo contrario, ella foi tão mento em que so apresentou como candidato
esse obstaco^o
bem aceita nenhum acto de violência, Freire de Mattos Barreto, desappsrecendo
que não foi preciso a sua candidatura.
nenhuma medida forte. Essa candidatura foi geralmente desde que aquelle senhor retirou
80 DÉCIMA SEGUNDA SESSÃO PREPARATÓRIA EM 27 DE ABRIL.

Sn. Pmptist.» Monturo Em que data retirou-a ? Passiindi, Sr. presidente, occupar-me com essas mes-
a
O
mas poucas nobre^ deputado, ^«ou
: - Não tenho memória de datas. palavras proferidas pelo
O Sn' St' e Rktíevibes
mostrar por ellas mesmas a validade da eleição da maioria»
O Sn. Baptista Mosteiro Approximadamente ? e a nullidadc da eleição da minoria.

O Sn. S.»' >: Bexeyibes Forca proximidade das eleições. O Sn. Tomas Leite dá um aparte.

(Ha um aparte.) O Sn. Cri z Machado Se o nobre deputado qualifica

Eu deveria. Sr. president", não só por obrigarão, como de illegal o acto da minoria, se este acto foi presidido pelo
mesmo por deferunoU» ao illustre relator dn commissão de 1° juiz de paz, certamente este não estava legalmente no seu

poder?* e a outro nobre deputado que tomou parte nos posto ?


debates, insistir na sustentação dos princípios juridioos que O Sr. Torias Leite dá um aparte.
emitti na ultima sessão, pelos quaea rne convenci de que
O Sr. Crlz Macuido :—Se o eífeito, a eleição, é illegal,
nejxhutam. das duas turmas de que se tinha composto o dis- O jtiiz de
a causa, a reunião presidida por elle, também o
tricto eleitoral do Propríá procedera regularmente. Mas estava no
depois -Ia discussão que acaba de ter lugar, depois da ma- paz que presidio ao acto, sendo este illegal, não
seu posto ; se não estava no seu posto, devera ir presidir a
neira franca c cincera pela qual me pronunciei, aver- maioria ; se não quiz presidir a maioria, o seu procedimen-
bo-me de suspeito na/ causa, e deixo de expender o meu
to legitima o chamamento do outro juiz djj paz.
dos diplo-
juizo a respeito da legitimidade ou iilegitimidade
O Sr. Tom vs Leite dá um aparte.
mas. Sustentei na ultima sessão a questão pelo lado juri-
dico, e mostrei evidentemente que de qualquer dos lados se O Sr. Cruz Machado:—Penso portanto que tenho ra-
tinhão coramettido irregularidades ; portanto abstraio disto, zão continuando a dizer que a emenda do nobre deputado <5
não desejo que se taxe a minha insistência neste ponto um enigma paru mim, e, segundo creio, pára a casa.
como suspeita, segundo deu a entender o nobre cavalheiro 0 nobre deputado por Alagoas, Sr. presideute, dirigio
a quem acabo de responder. á pessoa que tem a honra de oecupar a attenção da casa uma
a uma insinuação.
0 Sr. Criz Machvdo :—Eu desejava obter algumas ex- proposição que eqüivale
de poder comprehender Disse elle : < O relator da commissão couhece bem a exten-
plieações a respeito da emenda atim empregar
esse enigma ; fallarci depuis de ouvir o seu illustre autor. são e eflieacia do? meios que um presidente pôde
nas eleições. > Sendo tão ambigua esta proposição, cumpria
O Sr. Toiuvs Leite:—A convicção que nutro Acerca
da nullidade da eleição de depatados do Io districto da mi- que a explicasse.
Tenho sido accusado pelas gazetas por actos que nunca
ilha província é de muito tempo, e appello para alguns
me passAnu pela imaginação ; portanto aquellas palavras
amigos que têm assento nesta casa, aos quaes disse com
são por mim consideradas como uma insinuação. Se o nobre
franqueza o meu juizo a respeito quando cheguei de Ser-
deputado qui:: alludir a taes eccusaçôes, se as aceita como
gipe. 'procedente'-, eu lhe pediria, bem como a qualqrjf outro,
Duas razões me levárão a apresentar a emenda que se
como especialissmio favor, que as reproduzissem is^-sta tri-
acha sobre a mesa. A primeira, é a maneira irregular
buna, porque estou preparado para responder a tudo.
js de eleitores que se reuni-
por que procederão os dons gr.;;
rão em Propriã. O Sr. Franco de Almeida :—Ha de ser satisfeito.
Um grupo presidido p-iio juiz de paz competente e no O Sr.. Cnuz Machado : — Teço por favor , repito, que as
lncar designado pela lei. elegeu um candidato, mas não reproduza.
tendoijaaioria absoluta. O «n.tro grupo em maioria, ó ver-
O Sr. Franco de Almeida : —Não è occasião.
dada, porém nlio Bentlo presídi>l > pelo juiz de paz legal, e
nem funcciouando no lugar competente, elegeu outro can- O Sr. Cri z Machab^ : — E se não tiver os jornaes em
didato. nllas se a chão, estou prempto a lhV offevecer.
que
A'vista pois disto, entendo t;uo a camnra decidiria bem O Sr. Frasco de Almeida: — Quando se discutir a elei-
se resen-
se annullasse ambas as eleiç* pois que ambas onde terei de pro\ ar a intervenção do pre-
ção do Maranhão,
tem da falta de observância da lei. sidente da província, o nobre deputado lia de me ouvir, lia
A segunda razão ê que sendo & camara a primeira zela-
de me ouvir e íicnrá satisfeito ; nem para isso é preciso
dora da l"i, deve ser inexorável para com aquelles que a
muito trabalho.
não cumprirem, e portanto não deve estabelecer um prece-
dente qne julgo trará muitos inconvenientes. O Sr. Cri z Machado : — Peço-lhe que o faça como nm
E' o pouco que tenho a dizer. favor; porém tome cuidado para não abraçar a nuvem por
Jnno.
O Sn. Cni'7. Machado Sr. presidente, não sei se comece
respondendo ao nobre deputado p.-la proviacia de Alagôas, O Sr. Frav:o de Ai.heida : — Seja ser per favor lhe farei
ou ao nobre deputado por Sergipe ; mas o nobre deputado a vontade.
(
por Sergipe, sendo autor da emenda e fallando pela primeira O Sr. Cri-/. Machado : — Br. presidente, essa insinuação
vez na casa, parece ter direito á preferencia. do nobre deputado pelas Alagoas é immerecida , porque
O nohre deputado enrnide que as eleições primarias do nem do parecer da commissão, nem do discurso que proferi
4o distrioto eleitoral dá Sergipe são validas. sustentando-o , se pôde deduzir que » commissij» ou o ili-
Sr. Todus dá um aparte. dividuo que então lallou tivesse em vista accusar a lulmi-
O Leite
nistração do nobre deputado. Se a trouxe n discussão , se
O Criz Machado :—O nobre deputado não combato a
Sr.
minou a procedeucia da portaria por ello expedida, foi
ex
validade das eleições primarias ; prorms idtm srmat; porém em cumprimento de um dover , porque cila constituía um
entende que a eleição secundaria é nulla porque uma tur- dos pontos capitaes da questão. A commissão não podia
ma de eleitores estava em minoria, embora presidida por um deixar de declarar se
tinha por pre- prescindir da sua apreciação, e nem
juiz de paz competente, e a outra da maioria ella era ou não conforme com os princípios emanados da
sidente «m juiz de paz incompetente. legislação quo rege a matéria. >
O Sr. Toiuvs Leite dá um aparte. Sr. presidente, se o nobre deputado pelas Alagôas esta-
•, va persuadido que, attenta a epidemia que assolou a pro-
O Sn. Cruz Machado :—FunceionárSò ambas na matriz
consta das actas. Na matriz cabião todos os eleitores, o toais vincia de Sergipe , não era de esperar que algumas fr ^ue-

se mais se apresentassem. zias apimentassem maior numero de eleitores do queaquelle


Nesta parto a commissão está triumpliante, porque
o que aerão em 1852 ; se , justificando o sou procedimento
com este facto imprevisto , não podia regular-
nobne deputado não deparou razões para contrariar o pa- julgava que
recer. go sómcnte pelo estatuído no art. 52 da !cí, e quiz de certo
modo evitar augmentos de eleitores, embora permittidos
Eu poderia lembrar-me do caso de um individuo, aliás
hábil, que. tendo sido nomeado promotor, contentou-se, pela lei, porqu necessariamente as qualificações devião ter
tratando do accusar o rio, de ofierecer á consideração do diminuído , era justo que o nobre deputado tizesse aceitar o
s^u conselho em todas as freguezias da provincia cuja
jury o merecimento dos auto6 ; mas o nobre deputado não
está neste caso, está ao facto de toda a questão, dos negocios administração estava a fcu cargo. "V
Ora, eu creio que as freguezias de illa-Nova e Pacata-
da província de Sergipe ; é dotado de talento, como ninguém
o desconhece ; desejava, portanto, qne desenvolvesse mais a ba, p»r estarem mais no centro, forão as monos affectadas
sua opinião. da epidemia. Mas concedamos que assim não fosse , qu ao
s: :ssao preparatória km r* i>k atíil 87
s)K!.:í:.!A tí-:í\cí-:ií\a

eu vejo que tendo a pro- esta questão os votos Cp* 11 eleitores virião na u*tn, trtma-
•pidcmia as assolou igulmcnte;
em 18 o nv.n. . U* eleito- dosem ^aparado; emotaes v :<5s cm pejvivado nao formSo
vinda de Sercipe 23 freguezias, •" lecida
18->2, ant. r:< nac»K A epi parto da maioria absoluta c-íta pela loi para n expc-
resé igual ao numerb dado em
o nnn.cn»í - xcciico em d'"çÇo do diploma , a minoria convertida em maioria daria o
demktem uma , isto é, 1'ropri*. diploma ao eleito por cila.
de. Itabmaius :ui aminuio 1.
1 eleitor ; apenas a freguesia A apresentaçüb do diploma «¦ uirya presumpeão muito favo-
t-nx...... r,guem de
Veio ainda mais, Sr. presidem.., qu« ravel, e muitas vezes ú causado desanfmo rfiqiv-lle que não
em 1852, « tendo-e u< i.embrado
Lagarto dado 3B eleitores o obteve. Talvez algumas pessoas enxerguem lia portaria do
duas outras , >.s do iuneliuo e
territórios eme constituirão r.nl entre as nobre deputado este segredo , o portanto não foi coav-niento
não se fez a divisão proporá
La"ôa Vermelha , ') seu conselho; u commih-sr.o nlò alôm do
occupão os territórios que: ..mente pôde iid*>pta-lo;
tres freaSezias que não ser Conforme a doutrina da lei , poderia ter esto resul-
freguezia do Lagarto d-n 20, KiaebSo
cons ituiãouma só. A tado. . v «í
6 ; temos por co^equcncia 4o x
19 e Laa&a Vermelha Não me propuz n temnr parte nn discussão d» outras
Nestas tres freguezias . apeznr da
eleitores fm vez de 38. o
foi excedido, o excedido sem reparo questões que nada têm com parecer da commissâo ; se al-
epidemia, o numero disse que não pertence necessariamente
'Çr^presidento, guma cõusa mesmo
«jno acabo de a elle, o disse na fé de que ia concorrer de algum modo para
além de que pela exposto
deputado iiuo^applicou a sua esclarecer as suas proposições.
fazer se conhece que o nobre
da província . tenho razao Como não quero tumar tempo inutilmente A camara , te-
attenção a todas as freguesias
da epidemia, as freguezias de nlio concluído.
para crer que, sem embargo
ter augmeniado o numero 0 Sr. Presidente : — Tem a palavra o Sr. Monteiro.
ViUa-Nova e Pacatuba podião
houvesse fraude, ^.ou ín-
dos seus votantes sem que nisto Vozes : — Votos! Votos !
duas ficguezias seguem
formado que os habitantes dessas — Eu serei muito breve....
liberal, estando cm minoria na O Sn. Baftista Montei no :
a opinião do partido que
anteriores ,abandonayao as qualihca- — !
provincianos annos Vozes : Votos 1 Votos
a falta de m-
cões e eleições; que a este descuido foi devida
aa quahlicaçãp. O Sr. Bapiista Monteiro : — Bem, cedetei da palavra.
clusão de muitos nomes nos alistamentos
duas freguezias reunidas NTío havendo mais ninguém com a palavra , e consultada
Com o systema dos circulos as
um só circulo ; as duaside n camara se julga a matéria sufficientementc discutida, do-
a mais duas outras formArão do de
o art. 52 da lei 19 cide que sim.
Villa-Nova e Pacatuba, segundo
o numero de seus elei-
Agosto de 184í>, podião augmentar 0 Sr. Presidente: — Preciso se torna que cu faça uma
¦ as influenciaslocaes tiverão pois todo o cuidado para
toros observação. A camara decidío que não pudessem vo^ar,
não fosse feita com exclusão de nomes
que a' qualificação mas sómente discutir em causa própria , os senhores qno
incluidos. Este cuidado não foi tS° exa-
que devião ser nella forão eleitos em duplicata. Como não conheço a todos esses
a da V Ula^ova
gerado que deva causar jeparo ; porquanto senhores, rogo-lnes que se abstenhão de tomar parto nesta
1842 e 1844, o a outra
deu o nu-smo numero de eleitores de votação. (Retirão-se alguns senhores do saldo.)
1811 e mais 2 além
deu apenas mais 1 além do numero de
augmeutado mais 1 Procedcndo-se A votação, é approvado o parecer d» com-
do numero de 1342, podendo aliás ter
eseas^ duas lreguezlas ] missão por 40 votos contra 12 , e conseguintemer.te consi-
e a outra mais 8. Assim vê-se que
lei dera-sa prejudicada a emenda.
ficárão abaixo 12 votos do máximo pernnttido pela
crer tão íacflinente que a qualliicaçuo 0 Sn. Presidente : — Declaro .leputa.lo pelo 4o districto
portar.tó não se pôde
só teve por íim exagerar o numero de eleitores. eleitoral da
província
de Sergipe o Sr. João Baptista Mon-
duas fr«'gue- teiro, e supplenteo Sr. Manoel Joaquim da Silva o Oliveira.
Esta consideração è do muito peso. ?e essas
zias quizçssem gupplantar as outras duas
a todo o custo, Devo oommunicar A camara que a{é este monuyito está
terião attingido o numero máximo permittido pel».!ei;
nno verificada a legalidade dos poderos de 67 deputados ; dos-
dar os tes senhores existem presentes 62, numero superior Ame-
terião deixado de qualificar 480 nomes prseisos para
12 eleitores necessários , afim de preencher
esse máximo ; tudo e mais um dos membros que devem compór a camara.
a sua qualificação portanto não devia tornar-.-e
tuo suspeita Ka conformidade do regimento, vai-se ofiiciar ao governo .
Alagoas. S. M. o Imperador se dignaril
como pareceu ao nobre deputado pelas para saber-se o dia om que
discurso disse receber a deputação desta camara tem de rc-
Senhores, o nobre deputado no seu primeiro que por parte
foi desconhecida, por isso querer a designação do dia c
hora cm que devo ter lugar a
que a eleição dessas lreguezias
do collegio não sa sabia ainda missa do Espirito Santo na capella imperial, o da hora o
que em vésperas da eleição
nomeados eleitores. lugar da bcssuo imperial da abertura da assembléa gorai.
com certeza quaes erito os indivíduos
vista da explicação do taeto. Nomeio pura esta deputação os seguintes senhores :
Esta consideração desapparcce A
influencia real confessada pelo Rego Bnrros, Fausto. Seria Carneiro. Vandido Men.los,
Naquelle districto ha uma
a candidatura do. r..Monteiro, ParanaguA, Fernandes Vieira. Pinto de Mendonça, Bezerra,
nobre deputado, que protegia
de fóra pretendia também Cavalcanti, Toscano Barreto, VillelaTavares, Paes Barreto,
sabia-se que uma outra influencia
entendeu-se que so deua Barroí Pimcntcl, Sampaio Vianna. Pereira Franco , Fer-
dirigir aeleição daqnelle distiieto;
até a vespera nandes da Cunha , Pereira Pinto , F. Octaviauo . Teixeira
insinuar a alguns eleitores que
eleitores , o de factoe le» •lunior; Torres-IIomem , Cruz Machado, Silveira l-obo,
collegio dissessem qua não erao
esses eleitores Costa Pinto, Cunha Mattos , e Paehcco.
assim procederão. Eis aqui a razão por que
não erão conhecidos. , . r„; loi Dada a ordem do dia , levanta-se a sessão As 2 horas o
verdade da eleição,
Demais , isto, longe deaffectar a meia da tarde.
eleitores conseguirão ver-
um meio desculpavel pelo qual os
se livres de importunações. . ,
desses indivíduos , que
Assim, a fattn de conhecimento
da de uma Ilpcliun terceira kcsn»o preparuíorlu em as
forfco eleitos por essas freguezias, pai"tc pessoa
lançar uma suspeita ,1c Abril.
estranha a ellas, não é bastante para
suns eleições. A argumentar
tão grave sobre n verdade de
alguns membros P&ESIDKKCIA DO SI?. ATTVONIO JO^. Ml( M 11)0.
se de semelhante maneira , a eleição de
suspeita , não crão conhecidos
da casa tornar-se-hia çois do dia.—.•!</»<«,.;.i do »n/i-
da reunião da camara. Slumario.—Expediente.—Ordem
nesta côrte, no lugar do Riu de Janeiro.—IJeiçfio d<it Al'i-
Sr presidente ,
cu não acompanlio o nobre deputado na ptenle pulu 9° dittrkto
Mato-Crou». Iv/ofOu—EI*-\lo
história que nos tez das candidaturas;
não me importa saber giat. Vulafâo.—Eleição
do quem fez a promessa, ou te da Parohijhn do Norte. Votaçtlo. — Eleição de ifítiíu-üe-
se houve deslealdade da parte ~ Elii~
de batalha onde havia m- raes; 13° districto, votação; 17o districtOt odiamMto.
se quiz cumpri-la em um campo
sendo o resultado a nerda dessa de Pernambuco. ValQção.—Eleição do l' u <i. Discursos
fluencia mais legitima , çCio
algumas pessoas podem suppor do a Sr*. Franco de Almeida, e Fausto. Votará».—EiriçiQ da.
candidatura; porém o que Votação.
do nobre deputado c o seguinte : se Bahia. Adiamento.—EkiçOo de S. Paulo•
da portaria ou conselho
a tomada em separado des vo-
essa portaria tinha em vista aohando-se
sertão, como ue A's 10 horas c 50 minut03 da manliãa. pro-
tos doi 11 eleitores, se esses eleitores jacto Cerqueira I^ei-
votação ..essa questão, e sentes osSrs. Machado, Franco de Almeida,
forão, privados do tomar parte na Jeronymo Coelho,
maioria; se vencida te, Martinho Campos, Silva Miranda,
deste modo a minoria se converteu em
88 DÉCIMA TERCEIRA SESSÃO PREPARATÓRIA EM 28 DE ABRIL.

Silveira Lobo, André Bastos, Carneiro de Cam-


Souza Leão, examinado o mesmo diploma e as actas da eleição do res-
pos, Nebias, F. Octaviano, Jaguaribe, Silvino Cavalcanti, pectivo collegio, que comprehende 4 freguezias, o não ha-
Cunha Mattos, Pompêo, Paiva, Peixoto de Azevedo, Del li- vendo reclamação alguma contra a eleição de
qualquer dei-
no de Almeida, Fernandes Vieira, Pinto de Campos, Tobias Ias, tendo o mesmo senhor obtido unanimidade de votos
para
Leite, Baptista Monteiro, Mendes da Costa, Fiusa, Luiz deputado, assim como o Sr. Jacintho Paes de Mendonça
Carlos, Augusto Caldas, Sampaio Vianna, Luiz Francisco, maioria absoluta de votos para supplente, é de -.
parecer
Vasconcellos, Salathiel, Torres-Homera, Benevides, Pereira Que, approvadas as eleições
primarias do 2" districto
Pinto, Ramalho, Almeida Pereira, João Felippe, Villela eleitoral da província das Alagoas, 3ejão reconhecidos de-
Tavares, Belfórt, Araújo Lima, Castello-Branco, Fausto, putado pelo mesmo districto o Sr. Roberto Calheiros de
Coelho cie Castro, llenriquee, Athaido, Paes Barreto, Sá e Mello, e supplente o Sr. Jaeintho Paes de Mendonça.
Albuquerque, Gonçalves da Silva, Rego Barros, barão de « Sala das commissôes, 28 de Abril de 1857.—,tníonio
Camaragiba, Madureira, Barros Pimcntol. Dantas, Domin- Cândido da Cruz Machado.—llermogcnes Casimiro de Aravjo
Salles, Gavião Peixoto. Barbosa da Cunha, Aranha, Bruna wick. >
gties,
Felippe de Araújo, Cyrillo, Teixeira Júnior, Toscano I5ar- O Sr; PfiESinKixTE declara deputado 2o districto da
reto, Diogo Velho, Barbosa, Monteiro de Barros, Alcanta- pelo
província das Alagoas o Sr. Roberto Calheiros de Mello, e
a Maclmdo, lie/.erra Cavalcanti, Antunes cie Campos, Pe- supplente o Sr. Jacintho Paes de Mendonça.
derneiras, barão de S. Isento, Mendes de Almeida, Gaioso,
?isconde de Baependv, llermogcnes. Augusto Corrêa, Bran-
dão, J. Marcondes, Miguel de Araújo, Pereira Franco, Be- (5° districto.)

lisario,Augusto de Oliveira, Pacheco, Tiberio, Viriato, A 3a commissão de poderes, a quem forão remettidos
Araguo, Dias Vieira, e barão de Mauá, abre-se a sessão. os diplomas dos Srs. Drs. Salvador Corrêa de S:\ e íienevi-
Lê-se e approva-se a acta da antecedente. des e Carlos Augusto da Silveira Lobo, deputado e supplen-
to eleitos pelo 5" diítricto eleitoral da
O Sn. 1" Secretario dá conta do seguinte província das Ala-
gôas, tendo examinado os mesmos diplomas e as actas da
EXPEDIENTE. respectiva eleição, apresenta o resultado do seu trabalho.
Este districto, cuja sóde é a cidade do Penedo, tem
Um>offieio do ministério do império, remettendo iam oíp- dous collegios, a saber: 1», do Penedo, formado das 1'regue-
cio da camara municipal da Villa Nova da Rainha (pro- zias do Penedo, Porto da Folha, e Collegio; 2", do Pão
vincia da Bahia) ácerca das ultimas eleições.—A' commis- dAssucar, formado da freguezia do Pão dAssucar, Matta
suo respectiva. Gcande, e Santa Anna.
< Collegio do Pendo.—Consta das actas
Outro do Sr. João Dias de Castro, deputado eleito pelo _ que comparocê-
rão 70 eleitores das freguezias do Penedo e Porto da Folha,
fjodistricto da província do Rio Grande do Sul, communi-
faltando 6, cujos diplomas forão ulgados legaes
eando que por doente não pôde por ora comparecer.—A' j ; e que,
comparecendo 15 eloitores da Íreguezia do Porto-Real,
commissão respectiva. que
a commisrão suppõe ser a denominada Collegio, resolvera
o
Uma representação dos eleitores da íreguezia da Barra de collegio eleitoral tomar em separado os seus votos
porcons-
Natuba (província da Parahyba), reclamando seu direito, tar-lhe o ser publico que na eleição daquella freguezia a
res-
para não ser aunullada essa eleição.—A' commissfio mesa priiticára actos arbitrários, como o de não apurar
pectiva. um grande numero de cédulas existentes na urna, as
quaes
Uma outra, documentada, do Dr. João Jaciutho de Men- forão, independente disto,
queimadas, e haver levado o livro
donça, reclamando justiça contra o procedimento do colle- das actas e lavrado a acta da apuração em casa
particular,
o sendo reparavel
gio eleitoral do 6 districto
da província do Rio Grande do que nenhum dos membros de um dos par-
Sul.—A' commissão respectiva. tidos quo pleitearão a eleição tivesse obtido voto algum.
« Consta dc um
Uma outra, documentada, do Dr. Fernando José Elias protesto assignado pelos 15 eleitores que
o collegio recusou inserir na acta, segundo aflirmão os ditos
Pachec > Jordão, eleitor pela parochia da villa de S. João
eleitores, e quo foi remettido
do Rio Claro (província de S. Paulo), mostrando as irregu- pelo presidente da província,
laridades que lomão nulla a eleição do 8» districto daquella que o collegio resolvera a separação dos votos delles por mo-
ção do eleitor do Penedo Innocencio José da Costa, que al-
província.—A' respectiva commiasão. legou: 1°, ter sido
pleiteada a eleição, e não terem appare-
Vão ás respectivas commissõcs os diplomas dos Srs. de- cido votados os adversarios da
parcialidade que venceu ; 2o,
de Minas-Geraes, e do
putado? do 18° districto da província terem sido inutilisadas, sem serem apuradas, mais de 100
2" districto da província do Rio Grande do Sul. cédulas ; 3", ter a acta sido lavrada em casa do
juiz de paz
presidente da mesa parochial.
ORDEM DO DIA. « Asíeverão os autores do
protesto que o dito oleitor In-
noccncio não exliibio a menor prova que authenticasso as
ELEIÇÃO »0 100 DE JANEIRO. suas asserções, e ponderão: 1°, que. se fosse verdade aue
os protestantes houvessem supplantado os seus adversanos
(9o districto.)
por semelhante modo, não terião estes guardado silencio,
«•, ao contrario, terião reclamado, protestado, e trazido 05
Lê-se, entra em discussão, e sem debate <5 approvado, o
ditos factoa no conhecimento do collegio acompanhados de
seguinte parecer :
provas, e elles não fizerüo a menor reclamação nem perante
« Foi á 5a commissão de poderes uma commu- a mesa parochial, nem perante o collegio, e
presente por conseguiu-
nicação ao deputado do 9o difctricto do Rio de Janeiro ao te as ditas irregularidades são filhas do capricho do re-
gue
supplente do mesmo, afim de que viesse tomar assento nes- ferulo Innocencio e do despeito ter sido derrotada a sua
pôr
ta camara, porque o dito deputado tem de partir para a parcialidade líaquella freguezia ; 2o, quo, uma vez que foi
Europa por causa da enfermidade de uma sua (ilha. permittido ao eleitor Innocencio cnlumniar a mesa paro-
« Já tendo sido reconhecida valida a eleição do supplente chiai de Porto Real, fosse também
permittido aos 15 eleito-
daquellu districto e achando-se elle com assento nestu casa, res da mesma parochia contestar essas asserções calumnio-
è a c immissão de até o com-
parecer que o deve conservar sas, e o fazião declarando
que a eleição dc Porto Real fora
parccimento do deputado eüectivo. feita com toda a regularidade;
que a razão de alguns dos
« Sala das commissõcs, 28 de Abril de 1857.—-Francisco adversários terem tido é por to-
pouca ou nenhuma votação
Octaviano dc Almeida líosa,— Amaro Carneiro Bezerra Cavai- rom abandonado a eleição certos de c que, se
perderem-a,
canti. > isto constituísse irregularidade, igualmente se dava na fre-
ELF.IÇ.\0 DAS ALAGOAS. guezia do Penedo, onde o commandante superior Manoel
Gomes Ribeiro Júnior, a
pessoa mais proeminente do lado
(2f> districto.) opposto ao teve 10 votos dados pe-
que fez a eleição, apenas
los proprios adversários,
I/m-se, entiáo cm discussão, e sem debate são approva- pois elle tinha-se retirado do cam-
po eleitoral.
dos, os seguintes pareccres: « Como não influem no resultado da eleição do districto
< A 3" commissão de poderee, a os votos dos 15 eleitores de Porto Real, e a commissão não
quem foi remettido o
diploma do Sr. Roberto Calheiros de Mello, deputado eleito tenha presentes as actas parochiaes, entende acertado não
detiuitivo senão em vista dellns.
E<4S SP
disiriçto tiúfcpl «a jtaviaçjii, das Atogftw» tendo pronunciar seu juizo
TERCEIRA SESSÃO PREPARATÓRIA. 1ÍM 28 DE ABRIL. 89
DÉCIMA

A 6a commissão de \erificação de poderes, não tendo


« A commissão também não teve prementes its netas paro-
encontrado irregularidades no exame a que procedeu no»
chiara do Penedo e Porto da Folha, cuja» eleições forão
collegio, « não existo reclamação documentos ouc acompanharão o diploma do deputado
julgadas regulares pelo
eleito pelo 2° districto fiei toro 1 da provincia deMato-ürosso,
alguma contra ellas.
é de Darecer que se reconheça deputado o"\$r. José Del fino
— Consta das actas que com-
, Collegio do Pio d'Assurar. de Almeida, com 43 votos, e supplento o Sr. Leopoldino
saber : 12 de Pao d Assucar, 7 de
parecerão 43 eleitores, a Lino de Faria, com 23.
forão
Santa Asma e 21 da Matta Grande, cujos diploma» « Paço da camara dos deputados, em 27 de Abril de 1857.
collegio, e nío existe reclamação con-
julgados validos pelo — Francisco de Saltes Torres-Homem. — Antonio Pereira
tra a eleição de alguma das 3 freguezias. Pinto. >
< Nas eleições dos 2 collegios forão observadas as dispo-
O Sa. Presidente declara deputado pelo 2° districto de
sições da lei. ,
« Pela apuração dos votos dos 2 collegios a que procedeu provincia de Mato-Grosso o Pr. JosiS Dallino de Almeida,
a camara municipal do Penedo se vê que forão os 2 primei- e supplente o Sr. leopoldino Lino de Faria.

ros votados o Sr. Benev ides com 7!) votos, e o Sr. Carlos
EI.KIÇXO DA PARAiniU DO NORTE.
J.obo com (52; descontando-se deste 7 votos de eleitores de
Porto-Real, ficão ainda 55 votoB, e elle permanece no 2°
(3o districto.)
lugar, porque o 3" votado teve 18 votos, inclusiie 8 de elei-
tores de Porto-Real. ]j"-6e, entra em discussão, e sem debato <5 approvado, o
€ Em vista do exposto, é a commissão de parecer: seguinte parecer:
<1.° Que se approvein as eleições primarias do Pene-
A 2" commissão de verificação de poderes, examinando
do, Porto da Folha, Pão d'Assucar, Matta Grande e Santa
as actas que lhe forão presentes da eleição do deputado e
Auna-
seu supplente pelo 3o districto eleitoral da provincia da
« 2.° Que se approvem as eleições dos 2 collegios do Pe-
Parabyba, c verificando haver corrido regulamrente o
nedo e Pão d'Assucar.
<3.° Que sejâo reconhecidos deputado pelo 5° districto processo eleitoral, é de parecer:
« l.o Que seja approvada essa eleição, e reconhecido
eleitoral da província das Alagoas o Sr. Dr. Salvador Cor-
deputado pelo 3o districto da provincia da Parabyba O Sr.
rêa de Sá e Benevides, e supplento o Sr. Dr. Carlos Augusto
Dr. Diogo Velho Cavalcanti de Albuquerque.
da Silveira Lobo. _
« 2.» Que soja reconhecido supplente tio deputado pelo
«c 4.« Que se peça ao governo cópia das acta3 da eleição
mesmo circulo o Sr. Dr. Crispim Antonio de Miranda
da freguezia de Porto-líeal, que a commissão suppõe .que
Henriques.
i a denominada Collegio pelo decreto que creou o districto,
« Paço da camara dos deputados, em 25 de Abril de 1857.
a camara deliberar sobre a validade
para, em vista delia, — I". If. Duarte. —J. J. Pacheco. >
da mesma eleição.
< Sala das commissões, 21 de Abril do 1857. — Antonio O Sn. Presidente declara deputado polo 3" districto da
Cândido da Cruz Machado. — Sebastião Gonçalcet da Silva. » provincia da Parabyba do Norte o Sr. Dr. Diogo Velho
O Sr. Presidente declara deputado pelo 5° districto da Cavalcanti do Albuquerque, e supplente o Sr. Dr. Crispim
Dr. Salvador Corrêa de Sá e Be- Antonio do Miranda Henriques.
província das Alagoas o Sr.
nevides, e supplente o Sf. Dr. Carlos Augusto da Silveira
ELEIÇÃO DE MINAS GERAES.
Lobo.
(13° districto.)
(4° districto.)
LO-sc, entra cm discussão, e sem debate <5 approvado, o
« A 3" commissão do poderes, a quem foi presente o di-
seguinte parecer:
Joaquim de Araújo, deputado sup-
ploina do Sr. Mig.iel
-Io districto eleitoral da « A (>" commissão de verificação do poderes examinou as
plente eleito pelo provincia das
Alagôas, tendo examinado o mesmo diploma e as actas do actns da eleição primaria o secundaria do 13" districto da
faltando as actas parciaes das
collegio eleitoral deste districto, que se compõe das par®- provincia de Minas-Geraes,
S. Sebastião e Capivary, e é
cliias de S. Mij^uel, Poxim, Anadia, e Palmeira, verifico» parochias da Villa Christina ,
íjuc os diplomas dos eloitores destas quatro freguezias forão do parecer que, comquanto conste da neta do collegio elei-
julgados legaes pelo respectivo collegio, e não existe
recla- toral quo nas das freguezias acima referidas se não aeolarou
chamadas dos vo-
mação alguma contra a eleição de qualquei dellas; que na que se procedera ã primeira e segunda
eleição do collegio, observadas as formalidades da lei, obti- tantes, se reconheça todavia valida a eleição do mencionado
verão o Sr. Silverio Fernandes do Araújo Jorge a maioria districto, vií>to que irregularidades não se presumom, e quo
absoluta de 87 votos para deputado, e o Sr. Miguel Joaquim a terceira chamada presuppõe ae duas primeiras; o quo se
de Araújo a maioria absoluta de 86 votos para supi<jnte. declaro deputado o Sr. Domingos Theodoro de Azevedo o
t Portanto 6 a commissão de parecer: Paiva, com 51, e supplente o Sr. Dr. .José Machado da Costa
«l.o Que se approvem as eleições primarias das quatro Ribeiro, com S4 votos.
freguezias que formão o 4° districto eleitoral da provincia Paço da camara dp» deputados, cm 27 de Abril de 1857.
das Alagôas.
— Francisco de Salles Torres-llomem. — Antonio Pereira
« 2.° Que sejão reconhecidos deputado mesmoo dis- Pinto. »
pelo
tricto o Sr. Silverio Fernandes d« Araújo Jorge, e supplente O Sr. Presidem»: declara deputado pelo 13" ('istricto da
o Sr. Miguel Joaquim de Araújo. o. Sr. Domingos Theodoro de
província de Minas-Geraes
« Sala das commissões, 2> ue Abril de 1857. — Antonio Azevedo o Paiva, e supplento o Sr. Dr. José Machado da
Cândido da Cruz Machado. — Sc bastido Gonçalves da Silva. > Costa Ribeiro.
O Sr. F. Octavioo manda á mesa o seguinte addita"
districto.)
mento & conclusão: (17°

« Que continue com assento nesta casa o supplente em- lÁ? se, entra em discussão, e lica adiado até se imprimir
não comparecer o deputado. > no Jornalt a'requerimonto do Sr. Pereira Pinto, o seguinte
quanto
parecer da commissão de poderes relativo A eleição do
Procedendo-se 4 votação, <S o parecer approvado, assim
Sr. Pedro de Aleantaia Cerqueira Leite:
como também a emenda.
Foião presentes A 6* com missão de poderes as netas
O Sr. PiiKSim vri. declara deputado pelo 1» districto da das eleições parochiaes, assim como n do respectivo collegio
pn vincia das Alagôas o Sr. Dr. Silverio Fernandes de eleitoral do 17«> districto da província do Miuas-Gcraes;
Araújo Jorge, e supp ente o liev. padre Miguel Joaquim com estefi documentos se enviarão tamhem á mesma com-
de Araújo. missão duas representações do Dr. Manoel de Mello Franco,
accusando diversas irregularidades que se derão na referida
ELEIÇÃO DF. M4T0 «.RONSO.
eleição, mórmente na» freguezias de Cliapdo d'l vas e cidad»
do Parahybuna.
(2o districto.)
« A commissão, examinando acuradamente os citados
Lê-se, entra em discussão, e sem debate è approvado, o documentos, vem expor á camara o resultado do suas
seguinte parecer: investigações.

U
lU.LÜ l.
90 DÉCIMA TERCEIRA SESSÃO PREPARATÓRIA EM 28 DE ABRIL.

Da da eleição da freguezia do Chapéo £l'vas fixando-se tfi mesma


aeta qual, parochia o numero de 5 eleitores,
consta que com-eifeito não íõra installada a mesa parochial foi, não obstante, este exa,iradamente elevado a 18.
horas precisas, marcadas 11a lei; mas, sem que esto itici- Mas, tendo sido tomados em separado, como consta da
dento possa ser considerado como uma irregularidade da acta do coilegio, os 12 votos dos eleitores
quo £0 apreien-
tal quilate que affecte ou vicie o processo eleitoral, explica-o tàrao excedentes Aquelle numero de 5, e obtendo ainda
juiz de paz presidente da mesa pelo receio qua teve de que assim, e deduzidos taes votos, o desembargador Csrqueira
fiissc perturbada a ordem publica, attenta a exacerbação Leite a maioria absoluta de 50 votos, o seu suppleute, o
do» espiritos, por cujo motivo requisitara previamente a Dr. JostS Rodrigues de Limrf Duarte, a de (18 votos, não
<le policia, per ser, como era, o sub- prevalecem as considerações do reclamante Dr. Mello
-¦•.'•onça do delegado
delegado do lugar adlierente a um dos grupos qr.e se dispu- 1' ranço contra a eleição do mesmo desembargador.
« K'
tnvâo a eleição, c porque esta autoridade, em vez de procu- portanto a eommissão de parecer:
* l-°
rar aquietar o» ânimos, tentava antes agita-los. Não consta Que seja declarado deputado pelo 17° circulo da
porém da acta
a que horas precisamente s,e installou a mesa província de Minas-Geraes o Sr. desembargador Pedro de
Cftivera Aleantara Cerqueira, Leite com a inaipria absoluta de 50
parochial, e dizendo ella que o delegado de policia
em votos. /.
j regente á sua formação, esta autoridade parece j-ôr
2.o Ou'^ seja declarado supplcnte
duvida t'.il asserto, qtuuido affirmá, era um attestado junto pelo mesmo circulo o
ao anoitecer Sr. D*. José Rodrigues de Lima Duarte com GH votos.
pelo Dr. Mello Franco, que chegiraá freguezia
a mesa « 3,o Que sejão anaullados os 13 eleitores d.i freguezia
ao dia 2 de Novembro, sendo certo porém que^
ir.stallou-se neste dia; e não devendo,influir 11a validade da do 1'arahybuna, excedentes ao numero de1 5, fixados na

eleição a inexactidão da aeta, te a ha, Acerca do compare- portaria da presidência de 21 de Agosto.


« Paço da eamara, 28 de Abril de 1857?—FranrUcoáè
cimento ou nfu> compareci men to do delegado de policia,
a rewaijaaçuo do Sillt» Torres-llomem. — A, Pereira Pinto. — Joiío Pedro Ma*
parece á commiesüo que não ú procedente
Vieira. »
Dr. Mello Franco, concernente ao processo eleitoral desta
párochia. O »?n. Presidente : —Não existindo sobre a mesa nenhum
« Refere o Dr. Mello Franco, em uma das representações, outro parecer, vão entrar em discussão os
que hoje furão
vista aquellc juiz de paz, reclamando impressos no Jornal.
qte o fim que teve em v
n presença do delegado e retardando a instailaçao ua mesa, O Sit. JoXo Felippe : — Pela ordem.
t í.dia a'soccorrer-se da interferência policial para que a
sua parcialidade trimnj.hasse, afugentando por esso modo O Sn, Presidente : — Tem a
palavra.
03 votantes, O Sji. JoXoFelü-pe: — Sr.
presidente, 110 primeiro dia
« O att: - tado pbrém do delegado de polioin, do que acima '_ de sessão apresentei-me aqui com um diploma. Proclamada
se falia, contrasta essa asseveração, quando aflirma que a mesa,
passavamos a nomeação das coihjftissdes dcvsiifi-
uma hora depois que cliegãra à dita freguezia appaiecêra cação de
pederes. Por chpa occasião um nobre membro da
na rua um grupo de homens cantando o dando vivas ao Dr. casa, hojo deputado reconhecido, levantou-se e
Mello Franco, c r.o mesmo delegado, facto este que revela propòz uma
moção. Essa moçilo, indicação, ou o
nos espiritos, e do qual se in- quer que seja , privou
qualquer exaltação anterior os duplicatas de discutirem e do votarem, mas não do terem
1 jre que não erão infundados os temores que nutria o juiz aqui um assento, nem de discutirem a sua
própria eleição.
ao paz ác?rca do socogo publico na ooeasião da installaçSo Oppuz-me a semelhante medida como contraria ao regi-
d.' mesa. rnento desta casa, c como não
podendo ser tomada por esta
« E não se prova quo as medidas preventivas adoptadas casa, ainda não constituída. A força dessas allegsções
amedrontassem o» votantes, como inculca
pjlo juiz de paz ninguém poderá negar; entretanto não reclamo contra a
limadas representações, porque consta da acta que s6 dei- deciaãó que passou. Sei nos representativos
que governos
xárão comparecer 80 cidadãos p:ira votar em o numero a maioria é a lei. Porém, Sr.
presidente, desde esse dia
de 298, concorrendo no contrario pura osta eleição maior achei que não estava bem nesta casa,
que devia retirar-me.
umnero de votantes que aquelle que compareceu para a da Não me retirai, ainda aqui
permaneço, porque a causa que
vereadores e juizes dc paz, como se demonstra por ura do. não é minha, é de um povo inteiro em
pleiteio perseguição,
cunienío apresentado pelo desembargador Cerquoira Leito. de um povo que eleg^ o que vot i apezar dos
punhaes...
Cidade do Parahybuna.— Allega o Dr. Mello Franco Vou fazer um pedido a V. Ex.
nüo existir a aeta da qualificação dos votan- Pueside.vte: — Mas esse pedido
que lhe consta O Sn. diz respeito A sua
tos desta freguezia, tendo servido pata o importantíssimo eleição?
acto de eleger os eleitores uma relação nominal de indivi-
Sr. João Felippe : — Sim. V. Ex. vê
dilps não qualificados. que caminho di-
rectamente para nhi. Como dizia,
A esta a-serção porém oppoem-se não só o documento pleiteio a causa de um
povo inteiro que vive debaixo da opprcssío. Resolvi pois
jur.to pelo Dr. Mello Franco, passado pelo escrivão da sub- não abandonar este lugar, a continuar nesta casa, a esperar
delegacia e juizo do paz da cidade do 1'arahybuna, Fran-
o parecer da eommissão.
cisco de Paula Gomes, como de outra idêntica do mesmo
A eommissão até hoje não tem dndo o parecer! Tenho
escrivuo e de uma justificação exhibida pelo desembargador
rogado, insistido muito com a eommissão. Sei que se vier
(\?rqueira Leite, em que jurárão os membros da mesa qua-
oh&e parecer, estando ainda nesta casa, poderei mostrar
lificadora, das quaes consta terem s5clo qualificados votantes
todas as fraudes de que usárão para que eu tivesse pela
desta parocMa, no nnno de 1855, 571 cidadãos, c no onno
frente um duplicata.
da 1856, (>35 ditos.
Não tenho ralações nesta casa , ou muito poucas tenlio; 0
Releva observai 'que das certidões de que acima se trata
meu competidor conta numerosrs amigos; mas espero 11a
Hu") Be deprehende se o processo de qualificação chegou ao
seu ultimo tramite, mas não tendo sido essa a aíguição feita justiça da causa, espero na dignidade da eamara, qua hei de
triumphar.
infe-
por parte do mèsmo Dr. Mello Franco, nem podendo Por estes motivos, Sr. presidente, e mesmo
i ir-io semelhante hypotliese dos papeis que forão presentes para que se
nao reproduza o íacto que se deu hontem, e
tf. eommissão, pois as actas das assemb éas parochiaes e do que mo parece
pouco digno dc mim e pouco digno da casa, rogo a V. Ex.
coilegio eleitoral não contêm reclamação alguma do votari-
que interponha os seus bonsoflicios junto á 1» eommissão;
t.*s, assim como nSo se ministrou A eommissão qualquer
que dc o seu parecer sobre a minha questão, seja elle qual
outro documento externo qne a exclusão de quaes- •tôr.
provasse (Apoiaiiix.) Se S' u deputado quero ter assento aqui
da lista de
quer cidadãos qualificação, subsiste a presump- como deputado, fallar, discutir, votar; e se o não sou,
ç". j de que, com offeito, os actos da referida qualificação
quero retirar-me.
lbrito completos, presnmpção que ê corroborada pela justi-
í: cação supramencionada, a qual enceira, e foi «v voz: — Mas tem assento.
julgada
no seguinte
procedente também quesito: O Sn. Jo\o Felippe : — Se esse se apresentar
parecer não
« Que assim organisada, a junta progrodio nos trabalhos senão depois do dia 3 do mez vindouro,
quando talvez se
« da qualificação att' ultima-los. > entenda 'mais
que não posso ter assento, quem tomará a
« Relativamente ao numero de eleitores
que deve dar esta palavra para discuti-lo scientemente? Algum dos Srs. de-
freguezia, vê-se que na verdade houve um excesso contrario putados por generosidade. Sem duvida esse deputado podeiá
A lei, e a portaria que em virtude delia foi expedida pela fazê-lo com muito talento. Mas esse deputado não este\e
presidencia da província em data de 21 de Agosto, e na presente, como eu, ã luta; mas esse deputado não estará ac
DÉCIMA TERCEIRA SESSÃO PREPARATÓRIA EM 28 PE ABRIL.

facto de todas as fraudes; mas esse deputado não tem as Uma voz . — A presumpção legal éde que ha qualifica-
nro\as, os documentos que tenho; e n camara pôde por isso ção ; ao nobre deputado é que compete provar o contrario,
isto que não existe qualificação.
não di»r uma decisão justa a respeito da questão, não justa
nvoluntariamente, digo. O Sr. Fbarco de Almeida : — Abi £ que está o engaro.
Peço ainda por este motivo aV. l"x. que interponha os Desde que se trata de approvar diplomas só porque nãu ha
«eus bons oflicíos para com a illustro commissão. Que a impugnação, quem mc poderá attebtar quo não sc approva-
òommissão dê logo o seu parecer; que venha, pró on con- r&õ muitos ou pelo menos alguns que estejão contrários á
tra; mas que venlia... lei ? Tara que se nomeárão as commissões de poderes, senão

O Sn. Presiokstb:
— A commissão tem ouvido o
pedido para proceder a exames rigorosos sobre todo o processo
do senhor que acaba do fallar; estou persuadido que ella o eleitoral? Sinto, repito, que ;i commissio não esteja presen-
tomará na devida consideração. te ; mas estou quo ella não poderá dar os devidos esclareci-
mentos a respeito das eleições daquellas freguezias que não
— Obrigado.
O Sn. João Felippe :
mamlãrão todas as suas actas.
eleiçXo nu pfr:sauiu co. O Sn. Faisto : — O mesmo a respeito do todas as pro-
vincias.
(11° districto.) Frvnco df Amiim: — Não se trata agora das
O Sn
LD-se, entra cm discussão, e sem debate,é approvado, o outras províncias , trata-se Bómente da «lo Pará. do 2° dis-
sobre a eleição deste tricto eleitoral. E se não me tenho oecunado desta matéria
parecer da 3a commissão de poder es
districto. (Vide sessão de 27 de Abril.) relativamente a outras eleições, tem sido por falta de provas,
visto na dura necessidade do votar pe'.ns
pelo quo mo tenho
O Sr. Presidente declara deputado pelo 11° districto da sem ter plena convicção d« que a
Sr. Dr. Domingos de^ Souza pareceres apresentados ,
provincia de Pernambuco o eleição a que elles se referem foeso legal*
Leão, e suppiente o Sr. Antonio dos Santos de Siqueira
O Sr. A. »e Olivf.ua :—Podia pedir esclarecimentos.
Cavalcanti Júnior.
O Sr. Franco de Almeida:—Daqui a pouco se verá
ELEIÇÃO DO PARA.
que estas minhas observações têm grande força , porque
pretendo provar que a commissão não examinou com cuida-
(2o districto.) do ainda as actas que lhe íbrão presentes , porque approva

Jy.-ae e entra em discussão o parecer da 1" commissão


do algumas visivelmente contrarias á lei.
a eleição do Sr. João Augusto Corrêa. {Vide Eis porque , lendo de apresentar á casa estas considera-
poderes sobro
dos membros da commissão *e st ::o
sessão de 27 de Abril.) ções, sinto quo nenhum
deixar de notsr , e
O Sr. Franco de Almeida : — Não vejo na casa, Sr. pre- presente para esclarecer-ma. Não posso
creio que poderei provar com o seu próprio parecer , que a
sidente, um só dos membros da 111 commissão, cujo parecer
se vai discutir, nem ainda o deputado eleito 2odistricto questão não íôra examinada cuidadosamente.
pelo Não se diga ainda que não houve reclamação ; ou mesmo
da minha provincia; entretanto, como tenho de ofíerecer
reclamei toda a attenção da commissão , forucci-lhe doeu-
algumas consideiações sobre a matéria do parecer, vejo-me
mentos e informações, olla os vio, o levou muito tempo
obrigado a fallar ainda mesmo na ausência destes cavalhei-
e por isso não merece desculpa
ros. Desejava, comtudo, que não estivesse ausente princi- para lavrar o seu parecer ;
alguma procedendo com precipitação. Se a commissão não
se trata,
palmente o deputado eleito pelo 2" districto de que examinou bemr esta questão , parece-me que foi porque não
explicações
porque provavelmente teria elle occasiáo de dar
sobre as minhas observações. quiz.
O Sr. Fausto : —E' o que resta provar.
Sr. presidente, entendo, e tem-?e já dito e repetido algu-
mas vezes)n esta casa, que, tratando d a verificação de po- O Sn. FnANco de Ai.ii.ihv : — Pretendo prova-lo, e do
deres e do reconhecimento de qualquer deputado, procedemos maneira que o nobre deputado , compulsaiiao as actas que
como verdadeiros magistrados; e se em toda e qualquer forão ha de dar-mc razão.
presentes,
occasião esta camara tem-se mostrado disposta para sempre Dizia eu, Sr. presidente, que, tratando-se da verificação
creio dos de um diploma , o paizuão exige somente que,
guiar-se pelas regras da moderação e da justiça, ^que poderes
tratando-se do uma matéria tão melindrosa como esta, ainda não havendo duvida ou quolquci impugnação, seja elle ap-
mais necessário se torna que nunca s*» esqueça essa modera- provado; porquanto liojc, com a nova lei eleitoral, compre-
ção e justiça; nunca me esquecerei de uma e outra cousa. nendem todos que 6 muito dillicil a qualquer deputado aar-
K, seguindo eu estes princípios, acredito que a camara jul- sc ao trabalho de examinar a marcha o diroeção do \ rocesio
gará que este parecer
da commissão não deve de fôrma al- eleitoral de todos osdiBtricíos um por um, o por conseguinte
ha do necessariamente confiar nos trabalhos das respectivas
guma ser npprovado.
A commissão de poderes, cujos membros sinto que este- commissões. A estas ó que cumpre occupar-so de semelhan-
esta questão, Sr. presidente, sem te trabalho ; noto porém que a 1" commissão não Be prestá-
jão ausentes, passou por
ventilar os pontos essenciacs que se devem ventilar em ra u tal exame quanto A eleição do 2" districto da província
as bases de toda e qualquer do Taríl.
qualquer parecer, sem ventilai
eleição. Ainda uma observação antesd« entrarem matéria. Tive
E basta ler-se no Jornal do Commercio o parecer para que a honra de rçpresontar á commissão alguns documento",
acreditem todos que se vota sem perfeito conhecimento de para que os apreciasse como
entendesse acertado , c não
a quizera tomar de sorpresa;
causa , sem verdadeira convicção , quando faltão os íunda- pudesse allegar depois ouo eu
mentos precisos para uma boa decisão. entretanto como procedera a commissão ? AccitAra algum
Sabe a casa, e estA. declarado na respoctiva lei, que em desses documentos e ojuntára-os ao seu parecer, mas a res-
t ntrogftra.
toda e qualquer questão eleitoral não se pôde prescindir da peito do outros não quizera dizer palavra, e m'o&
qualificação, que ó a sua primeira base para se conhecer se Pergunto: não era da rigorosa obrigação da commissáo, ou
todas a» freguer.ia» têm suflieiente numero de votantes para pelo menos da maior conveniência para
a camara, que se
dar tanto- eleitores quantos consta da respectiva acta; alóm iizcBse expressa menção de tacs documentos, ainda que los-
disto cumpre averiguar se esse numero de eleitores excede sem considerados sem valor ?
ou não ao minimo de 1842 o 1841 com o augmento da 5"
O Sr. Famto : — Se o» julgasse dignos disso.
parte.
o parecer não diz palavra sobre a O Sr. Franco de Almeida : — Creio que o aparte do nobre
Mas , Sr.presidente ,
tão pouco sobre o numero dos eleitores ' deputado não contém injuria alguma íi minha pessoaj creio
qualificação, nem
reflectir que en não entregaria á cornmisf-ào do-
Dirão os membros da commissão :—Não lia quem impugne que deve
a qualificação.—Entendo porém que isso não basta ; quando eumentos desnecessários, inteiramente inúteis j mas quan-
lia duvida em tão importante matéria não se pôde votar em do assim o julgasse a commissão, não 6endo o seu juizo de-
sentido favoravel j quando se approra odiploma do qualquer finitivo, não devêra evitar que acamaia Holle» conhecei»#.
deputado não deve restar a menor duvida sobre todo o pro- Não sei eon8eguintemente como qualificar o procedimento
cesso eleitoral que lhe diz respeito. Nesta questão pois en- da commissio quando, aceitando alguns desses documentos,
tendo que não é possível votar-se em duvida; mas desde que rejeitAra outros. Acredito que neste procedimento não hou-
senão trata destas duas bates, não pôde haver convicção , ve bastante justiça para comigo, nJo houve bastante estudo
dá- sc realmeirte a duvida. da materi^i não houve uma deliberação bem pensado.
»2 DÉCIMA TERCEIRA SESSÃO PR EPARATORIA EM 2S DE ABRIL.

Sr. presidente, tanto em 1842 como em 1814 Cametá, qu« destas n commissão (juiz tocar ,
porque unicamente apro-
hoje se compõe de 4 freguesias, era então uma só. E' verda- veitára a prova da arithmetica !
de que essa freguezia em 1842 deu 50 eleitores , e em 1844 Ora ,
quando cm todos os pareceres aqui apresentados s»
55; sendo por isso o mínimo 60, que com o augmwito da 5" tem tratado desta questão, quando se tem fallado tanto nas
do 60 eleitores que ora deu.
parte autorisa o numero Quan- qualilicações e no minimo de 1812 e 1814 como únicas e se-
to a esta primeira base é claro que a commissão, approvan- guras bases , é que a commissão não diz palavra a tal res-
do os 60 eleitores, procedeu em regra; mas pergunto: hasta peito , e recorre á arithmetica !
conhecer o mínimo de 1842 e 1814 com o augmento da 5" Passo á informação do
juiz de direito:
pai te , ou é preciso também apreciar a qualificação 1 Nin- « Illm. e Exm. Sr. — Desejando cumprir com toda a
o minimo *eja uma base; mas é
guem negará que preciso imparcialidade o respeitável despacho de V. Ex. , exarado
conhecer a qualificação para dar a certeza de que havião na representação de José Rodrigues Gomes de Andrada,
tantos qualificados quantos 40 para cada eleitor. José Vicente de Leão e outros, sobre as irregularidades e
Ora , dividido Cametá em quatro freguezias, pergunto : falsidades com
que se procedeu nesta cidade á eleição de 7
quartos cidadãos forâo qualificados na freguezia da cidade? d<*$etembro
1,500, que davão 34 eleitores; mas ?e proximo passado , para vereadores e juizes de
por um lado o nume- paz, examinei com bastante cuidado a acta e mais docu-
ro de 31 eleitores
parece estar dentro da base da qualificação, meu tos que a mesma representação acompanhavão, e reunin-
por outro ha forte presumpção, quando não certeza, do que do o^maior numero
possível de inspectores de quarteirão ,
semelhante freguezia não podia dar 34 eleitores. tomei-lhes informações debaixo de
juramento sobre terem
Ninguém ignora que o cholera-morbus assolou horrível- ou não votado na dita eleição os duzentos e tantos cidadãos
mente o Pará no anuo de 1855 , e durára até principio de constantes da relação
que juntúrão os assignatarios da re-
1856 ; ninguém ignora também que aonde o cholera fizera
presentação, allegandoque não havião concorrido para essa
maior numero de victimas foi em Cametá. T)o relatorio eleição ; entretanto
que, na respectiva acta, não se achSo
apresentado o anno pasmado pelo Sr. Dr. Paula Cândido a eontemplados em o numero dos
que faltiirão. Verifiquei que
respeito da saúde publica, conetn que morrêrfio seis mil desses cidadãos somente seis se achão enumerados na acta
Fabc-se que tocara infeliz-
pessoas na província toda, e como faltos, e são os seguintes : João Ferreira Ribeiro, Mar-
mente a Cametá o «levado numero de tres mil victimas. cellino Antonio David, Apollinario José Rodrigues, João P.
Ora, se as quatro freguezins derão 00 eleitores , tocando á de Souza , Estanisláo José de Oliveira Pantoja, e Manoel
da cidade 34, é claro que elln tem população para dar mais Maria de Almeida. Destas informações dos inpectores de
da metade desses eleitores. Calculando, pois, que pelo mo-
quarteirão, constantes do respectivo termo de juramento, t
nos morrerião na freguezia da cidade de Cametá mil e qui- notas por mim , 4 margem da dita relação , tomadas, X
pro-
nhentas pessoas , sendo parte necessariamente de votamos, porção que me ião informando , ve-se que deixárão de votar
os mil e quinhentos cidadãos qualificados devem estar re- 133 indivíduos , 37
por fallecimento, e são os mesmos de
duzidos a muito menos, e portanto não devião apparecor os que trata o parocho em sua informação , muitos por ausen-
mesmos 34 eleitores. Dir-me-hão que esta consideração não cia cm grandes distancias, alguns
por mudança de domi-
basta; pois segui-la-hei de outrns que a iobuste«'«m. cilio^ e outros por não De indivíduos não co-
quererem.
Na eleição de vereadores em Setembro do anno passado nhecidos dos inspectores , ou não existentes nos seus
apresentou-se um pj-otesto , e levou -se uma representação respectivos quarteirões , lia o numero de 52 , e bem
pou-
contra a qualificação A presença da presidencia do Pará. cos d'entre estes deixão de ser (icticios,
porque vinte e tan-
S. Ex. . como em casos idênticos os presidentes das outras tos inspectores reunidos não tinhão delles conhecimento.
de direito aue procedesse ás
províncias, ordenou ao juiz De 33 não ssbião os inspectores se havião concorrido a essa
sobre todos os factos fcllegados no pro-
precisas indagações eleição; mas destes, 5 declarárão debaixo de
juramento,
testo e representação; o juiz de direito informou depois como do respectivo termo,
que não tinhão nellu votado, é
veio no co-
que, pelas averiguações a que tinha procedido , outros depois vierão fazer-me a m«sma declaração,
que já
nhecimento de que muito mais de 222 indivíduos dos quali- então julguei desnecessário tomar
por termo. Se em minhas
ficados estavão indevidamente contemplados na qualificação. averiguações, em vez de limitar-me á referida relação, rae
Ora, basta deduzirem-se 300 votantes da lista dos 1,598 tiveste estendido a toda a lista de
qualificação, parece-mo
t inferior ao numero que o cholera ar-
qualificados , o que que acharia em resultado centtnaret de tndiciduoi, dados
rebataria , para se conhecer que não íicão sufficientos vo- como presentes nessa eleição,
que deixArão de nclla votar
tantes para dar 34 eleitores na fôrma da lei.
por fallecimento, ausência e outros motivos; e assim devia
ser, porque eu me cliava
O Sn. Fausto :—Como prova isto ? por esse tempo nesta cidade, e
posso assegurar a V. Ex. que não montou a 100 o nume-
0 Sn. Franco dk Almmda :— Deduzindo de 1.598 qualifi- ro dos que votârão, entretanto
que na acta é elevado a 948,
cados 300.... num#ro nunca visto aqui cm eleições ainda as mais dispu-
tadas como fossem as ultimas de 2 de Novembro, em
O Sr. Fausto : — Deduzindo , pelo que ? que
de ambos os lados apenas se recolhêfão á urna 792 cédulas.
O Sr. Franco ni: Ai.mfid\ : —Não oir*io o que acabo de E seria escusado esse trabalho, porque com a simples ave-
dizer? Estou reproduzindo as ollas forão presentes
provas ; riguação na referida relação está mais que provada a falsi-
i commissão. O nobre deputado foi ouvido , estudou a ma- dade de semelhante eleição, em que até os mortos votdr&o, o
teria, e veio de proposito para defender o seu amigo au- em numero de 37 pelo menos, segundo a informação dos
sente.... inspectores, e estes (inspectores) pertencem quasi todos ao
O Sr. Fausto : — Estou no meu direito. lado triumphanle. Ainda existem outros pontos de falsida-
de, como passo a demonstrar. De uma cópia da lista da
O Sr. Franco dk Almeida: —.... por conseguinte peço-
qualificação que-me foi fornecida pelos assignatarios da re-
lhe que tenha como o nobre
paciência; as provas existem, presentação (e V. Ex. pócfe mandar verificar em sua secre-
deputado sabe muito liem. taria),_ vê-se que o numero dos
qualificados é de 1,598. Na
A s«-r, pois , exacto o oue diz o deduzindo-
juiz de direito, acta aão-se como falsos 628, logo devião ter vofado 970,
que
se apenas 300 votantes dos 1,598 fica um nu- é a differença, ou mais ainda so houvesse a lista supple-
qualificados,
mero inferior úquelle 31 elei-
que devêra existir para dar mentar de
que falia a mesma acta, etc. »
tores. .lá vé V. Ex.
que o juiz de direito procedeu unicamente
Já se vê , portanto,
que a commissão não \entilára a ques- á averiguação dac^uelles votantes de
que trata a representa-
tão, quanto á base do minimo de ]842 e 1811 com o aug- Ção ; jft vi V. Ex. que esta informação declara que tinha
mento da 5a parte e quanto á assistido á eleição e nem 400
qualilicação. que não tinhão comparecido
Diz o parecer: « A commissão ainda admittindo votantes.
julga que,
«orno certo que a mesa parochial de Novembro houvesse re-
O Sr. Faisto : — Qual eleição?
colhido á urna 222 cédulas de pessoas indevidameute quali-
ficadas, esses votos não podião influir O Sr. Franco de Auii io» : — A eleição de vereadores.
para alterar a eleição
dos eleitores , visto que a differença entre o numero votado Com as observações a respeito do cholera,
que apresentei
destes e o mais votado dos supplentes é de 411 votos. » que ninguém ignora como disimára Cametá, não reBta a
A commissão ,
pois, não inaagára se estes 414 votoj erão menor duvida de
que a qualificação não podia deixar de ser
legitimos ; foi a uma base que a lei não reconhece. A lei of- apreciada um caso destes não podia
pela commissão. Em
ferece duaB bases, a qualificação e o minimo dos cleitor«s de ella passar por esta primeira base, donde parte todo o pro-
38-1? e 1844 com o augmento da 5a parte; qpi nenhuma cesso eleitoral, sem um rig®roso exame.
IjECIM Y TERCEIRA SESSÃO PREPARATÓRIA KM 28 DE A1JR1L.

Mas perguntou o nobre deputado em um aparte em que | Vê-se pois quo no dia 2 nada mais se fez do que a no-
meação da mesa. Mas (/<•' outm acla), ás 9 horas da roanh£a
eleição se tinha dado o que informAra o juiz de direito^ Eu |
simplesmente em resposta quiil fora n do dia 3 estavão feitas as 3 chamadas ! A commissão não
perguntar»lhe-hei
Setembro e em Novembro? P« is vio isto, Sr. presidente, entretanto que nos diz no
qualificação que servira em parecer
se são patentes os defeitos da qualificaçao de 185H, se el 1 a quo não ha nada sobre as eleições de Cametá ! Aqui eetá a
o nobre deputado se taos vicios neta, peço ao nobro deputado deputado a lia, o verá se
está viciada, como pergunta que
estou em erro.
se derão também na eleição de Novembro ?
Já se vê além da cidade de Cametá, além da
pois que
O Sr. Fausto : —Abi trata-se da eleição e não da quali- fieguezia de Nossa Senhora do Carmo de Tocantins, onde a
licação. commissão fez calar os reclamos da maioriu da mesa, temos
— Este era o rigoroso dever dn a acta de Baião, era que a commissão não enxergou a ille-
O Franco de Almeida:
commissão da casa; cumpria-lho indagar a base primordial galidade, ,o portanto nullidade insanavel de se proceder ás
da eleição, que é a qualificação. Daqui a pouco mostrarei 3 chamadas no dia 3 de Novembro !
contra a eleiçío; para isto bnsta ler as Approve-so um parecer desta fôrma elaborado, o depois
que a votação prova
actas que forão apresentadas. Por eonsequencia não podia a apresentar eleições irregulares
quando a província do Pará
commis>üo, repito, deixar de entrar nesta analyse, muito queixem-se do povo !
mais quando assevera no parecer que eu lhe dera informa- A'cerca da eleição de Igarapémirim obei rvo quo falta a
membros, dei-lhe do- acta da formação da me.-a, em 2 de Novembro....
çõer-. E de feito, conversei com seus
cumentos, chamei a sua attenção sobre a quali ti cação. A
1'ma voz. : — A de 2 de Novembro não falta.
nada attendeu port5m, e vai indagar se o menos votado de
O Sn. Franco de Almeida (depoii <lr reuokrr aljvui ;<u-
uma lista tem 400 votos, e se o mais votado da outra tem
— Estarei enganado. Sobre a acta do Igarapémirim
menos ! jieix):
de 3 de Novembro, quando fe procedeu no colégio á voriti-
Ainda mais, Sr. presidente, houve dous protestos nesta
cação dos poderes, a còmmissão respectiva se contentou com
eleição; um na freguezia de Nossa Senhora do ('armo de
a seguiuto informação ou declaração informe, como lhe
Tocantins peia maioria da me*a ; outro na freguezia dji ci-
Jade pela minoiia. O que pensa V. Ex que acommissiío queirão chamar, que passo a ler, (/.c.) Deião conta as cora-
missões de seus trabalhos, declarando que achavão confor-
apresenta A casa como sua opinião? Que s« rejeite oprotes-
mes os diplomnB dos eleitores, e retiràrão-se. O que aqui
to da minoria porque foi contra-protestado pela maioria ...
apparece è unicnmento e>ta declaração, fôra du aetu, como
O Sn. ViIIIATO dá um aparte. emenda, para sanar esse defeito, mais ainda assim sem de-
O Sn. Frmnco iie Almeida:
—O nobre deputado deu um clarar por extenso qual fora o parecer da commissão....
aparte, não sei se para esclarecer a discussão, se pura atra- Um Sn. Deputado: — E o quo é isto?
está muito novato. Rogo pois ao
palliar o orador que ainda —Uma simplas declaração,
O Sr. Franco dl Almudv
nobre deputado quo peça a palavra e diga alguma cousa
O nobre deputado sabe que esse emenda á respectiva acta.. .
para esclarecer a questão.
proteste foi feito na mesa, e que na acta vem o
contra-pro- O mesmo Sn. Depiíado : — Doc'arafão dequs?
testo da maioria.
O Sr. Frasco dl Ai mk:dv : —Não sei. E' um novo meio
O Sr. Viriato di outro aparte. de sanar nullidadiifiias actas.

O Sr. Frasco de Almeida: — QuanJo queria o nobro O mismo Sr. Di ia i ado Núoestá assimilada pela mesa?
deputado que se fizesse o protesto? Se já em Setembro se
O Sr. Franco de Almeida Está assignadn, mus nem
protestava contra a qualificação, já então se levavão â ao menos está reconhecida ; é apenas uma decluraçsio, re-
presença do governo essas reclamações, como vem o nobre
deputado dizer que foi um pretexto? pito.
Na freguezia de Tocantins, onde a maioria protestou O mes tio Sr. Dum. i ti>o — E' uma neta qne çhi está.
também contra a eleição primaria, disse o nobre deputado —que
O Franco di: Almuda
Sr pas?>e o prece-
luu
que foi depois de ultimada a eleição. O nobre deputado dento de fn/.er-se declarações destas sem estarem exaradas
a acta e não vio ella declara que o protesto fôra feito no livro das actas, está sabido que se pôde inutilisar qual-
que
i:0 meio dos trabalhos, quando o tenente-coronel Komunldo
quer nullidade....
Antonio da Costa, armado, entrára c foTçára a mesa a re-
ceber votos indevidos? No Pará, onde se não introduzio voz : — Como sabe qu» :.ão está exarada no livro?
1'ma

ainda a descoberta das duplicatas, pois se estivessem estas Sr. Fraim.o di. Ai mhd\ —Porquê não consta da acta
O
om costume a mesa retirar-se-hia, o iria fazer outra elel- da formação do collegio eleitoral. Eu quero quo so appre-
vem os diploma» daquelle* que devem ser deputados, e não
ção....
daquclles que so presumem ser. A cominissão deve levar o
U«v voz : —E'o que devia ter feito, suspender....
seu exame a todos os papeis quo lhe são remottidos, do
0 Sn.Franco de Almeida Nunca: a lei não reconho" contrario, prestando o nosso voto na persuasão de que a
Ce semelhante acto, não reconhece duplicatas. commissão examinára, e nl > o fazendo ella, abusa dos de-

O Sr. Vi mato : — Suspender os trabalhos não 6 fazer du putados, quo não podem por si examinar todas as occurren-
cias do todos os circulo» eleitoraes.
plicata.
O Sn. Viriato : — A oomtnbsão não abusou.
O Sr.. Franco de Almeida:—O nobre denutado sabe
que no Pará os partidos são moderados , ainua mesmo no O Sr. Franco de Almeida: — Empreguei esse termo no
Cametá, onde estão mais exacerbados; nunca chegão a sentido genérico, no sentido do votarmos pelos pareceres
receiou
ponto de esquecer totalmente a prudência. A mesa das commissôes e não examinarem estas todos os factos.
algum eonflicto mais forte, quiz ficar no seu posto para Não pretendo ofTender a commissão....
mostrar que tinha sido coacta. Porque na fregue/.ia do Cai-
Em Sn. Depctado : — O nobre deputado é quo í o juiz
mo não tem razfio a maioria contra a minoria, e na cidade
da commissão? ,
de Cametii ha de a ter a maioria contra 11 minoria? Niosei
O motivo. I)Í2-EO quo não se provou; mais ha os dous pro- O Sn. Franco DE Almeida: —Sou juiz do parecer, como
testos ; a commissão exnminou-os, mas ao mesmo tempo é o nobre deputado, que tem tanto direito como ou; todo»
que despreza o da
minoria em uma freguezia appalla para somo» juizes das eleições, como a commissão também o i.
o da minoria cm outra; não posso entender. Ainda mais, Sr. presidente. Ha a aeta do Nossa Senhor»
Depois destas considerações passo a provar & casa que a do Carmo de Tocantins, em que a commissão não achou
corumissão não attenção, ao menos pnra as actas senão um protesto, e que eu passo a ler para observar que
prestára
«levem
das eleições que lhe forf;o presentes. lavrada como ella está contém irregularidades que
Principiarei pela freguezia de iiaião. A commissão nada annullar a eleição.
diz sobre ella. Para provar porém a nullidade da eleição Diz o art. 48 da lei de oleições. (/.tf.) Diz a acta. (T(tmbnn
dessa freguezia, basta ler as actas que estão juntas ao pa- a »). Por aqui vê V. Ex. quo nesta freguoiia liz«rão-s« 3
recer. Reunidos os voiunte6, eleitores, juiz de paz, etc., etc., chamadas n'ura dia....
da freguezia de tiuiã», do dia 2 de Novembro, organisárão —Foi dia.
Um S». Deujtado: a 3' nesse
a mesa, mas não alguma. Para o
procederão a chamada
provar lerei a acta. O S». F»anco dl Almeida ;— Perdie-me, é a 3» dest»
(Li.)
DÉCIMA TERCEIRA SESSÃO PU EPARATORIA EM 28 DE ABRIL.

dia 3 ; já li a, neta, mas lá fez o nobre deputado, desejo fallar com toda a franqueza*
a 3n que se procedeu no
a
como V. Ex. não prestou attençiío, torno a lê-la. (E o faz.) O Sr. Fausto :—Chamo-o para essa discussão em tempo
—Ma» em opportuno.
O '[esmo Sn. Dkm tuio : que dia se lizerão a»
©rstras duas? Não forão no dia antecedente? O Sr. Franco dk Almeida :—liei do satisfazer-lhe com-
— Xu©, penhor. Fizerao-se
O Sr. Franco de Almeida : pletamente.
todas as 3 chamadas a 3 de Novembro. O nobre deputado O Sr. Presidente Convido ao Sr. deputado a discutir
eleito teve todo o cuidado de trazer eomsigo as netas que o parecer.
íiltavão ;¦ a eommissão sabe perfeitamente disto; pprqne
O Sr. Franco de Almeidi--V. Ex. me chama para a
Dão trouxa porém o nobre deputado a aeta imaginaria de
V. Ex.'! Porque nunca existira. discussão do parecer ; eu delia me occupava,^ e deixei-a
que falia
porque o nobre deputado teve o pouco cavalheirismo de me
Ci Sn. Deputado dá um aparto. chamar a campo.
(0/< / oh /)
O 3b. Almeida ; — Que importa agora com o
Franco de O Sr. Presidente :— Não é possível que o Sr. deputado
ç;:e ;e passou a respeito de outras eleições' Importo-ine continue assim....
::esie momento com a acta a quê me reliro.
O Sr. Franco de Almeida :—Eu estou respondendo ao
Um Sr. Deputado : — Por essa theoria do nobre deputa- aparte ''o nobre deputado com a maior moderação.
ào r.ão se approva deputado nenhum !
O Sr. Presidente :—Os apartes não são reconhecidos pele
O Sn. de Almeida • — O que prova de mais nada
Franco regimento.
ventilar agora a questão sómeute do dis-
jprova. E' preciso O Sr. Franco df. Almeida:—Por ventura será pouco
jrScto de Cametá. Nada temos com os outros.
parlamentar dizer que o nobre deputado usou de pouco
O Sn. Vibiato 1—Não consta
que se fez a 3a chamada? cavalheirismo í

iieAi.mf.ida: — Consta. O Sr. Presidente :—O Sr. deputado está se afastando da


O Sr. Franco
discussão da matéria, que è o parecer.,
O Sr. V[riato• — Logo houve Ia e 2". *
O Sr. Franco de Almeida ;—O nobre deputado não devia
— Não me comprehendeu.
O Sr. Franco de Alméida : dar-me aquelle aparte quando sabe quo dividindo-se Óbidos
Fez-se a Ia, a 2'< e a 3", mas tudo no mesmo dia. Já se em duas parcialidades, nenlnjma dellas lhe negára seus
lê, pois, ein quantas irregularidades labora esta eleição. votos. Logo, cccupando-me dessas eleições, não fui levado
O art. 56 da lei diz : (Lc).
por espirito de partido.
Semelhante cousa não se praticou, porque não houve pu-
O Sr. Fausto dá um aparte. 1
llicação .
Sr. presidente, contava eu que a commissuo de poaeres, O Sr. Franco de Almeida :—O n bre deputado disse que
estudando as eleiçOe» de Cametá, disse um parecer, embora eu me tinha interessado pela questão de Óbidos no parece*
approvando a eleiçí^) do deputado, se julgasse cnie o devia da respectiva cominissão levado pot espirito de partido...
Jazer, mas pelo menos notando estas'irregularidades. O Sr. Fai sto :—Não disse tal; o nobre deputado não me
"lugar
Cametá é o do Pará que, como o nobre deputado entendeu, prevenido como está.
vi!5e, se di=tingne do resto da provinc?íipe!oseuexalt;imento.
O Sr. Fbanco de Almeida :— Para mostrar que não estou
Coi.rçando a appareeer ali taes irregularidades, e a cam;ira
apíM-ovando-as sem uma palavra de censura contra aquelles prevenido contra V. Ex., bastaria lembrar-me quo fui quem
•]ivc assim procederão, resultará dalii um verdadeiro mal defendi a administração do nobro deputado até á época em

Aira o Pará, porque animará, ncoioçoará a imitar o exem- quoorganisou a guarda nacional, e lhe iiz sempre justiça
O nobre deputado sabe que não até o dia em que quiz ser deputado.
pio de outras províncias.
a interessar-me nesta
sou slispeito, porque fui o primeiro O Sr. Fai sto :—Peço-lhe quo trato dessa questão em
casa para que a Ia eommissão de poderes pioferisae uma tempo competente.
em relação 4 freguezia de Óbidos, ainda
palavra de censura O Sr. Franco de Almeida :•—Hei de fazê-lo ; será para
candidato de Óbidos, não tinha tanto
que não tendo eu sido mim o maier prazer, porque assim pagarei uma divida que
interesse em reclamar como V. Ex., que representa aquelle
contralii para com o Pará.
circulo; entretanto, lilho do Pará, e sabendo como ali se pas-
são as cousas.... O,Sr. Presidente :—Pois bem ; guardo-se oocasião
para
interesso de competente. ^
O Pr. Faisto:— O nobre deputado tinha
O Sr. Franco df. Almeida :—Não continuo. Peço a V. Ex.
jriftído, e eu não.
mais forte ;
que me discnlpe.se usei de alguma expressão
O Sa. Frasco de Almeida V. Ex. dá licença para que
não estou affeito aos estylos parlamentares, e estimarei que
tu responda ao seu aparte e o desenvolva um pouco ? os nobres deputados ine observem quando disser a verdade
Interessa de partido tem o nobre deputado, porque, para com aspereza de linguagem.
v. r eleito no liavá pela primeira vez, foi preciso montar uma
< > nobre deputado é quem O Sr. Faisto i—Sr. presidente, não deixarei pas ar sem
parcialidade polkv.i em Cametá.
r« m int -resse <Ie partido, pois que por aquelle meio pode ob- resposta as observações que contra o parecer que se discute
acaba de fazer o nobre doputad > pela província do Pará, no
Ur triumphopara a candidatura agora do Sr. João Augusto,
intuito de mostrar que as eleições primarias que tiverão lu-
s >-:m como antes do Sr. Pr. Ângelo. Foi para esse tira que a
montada pelo nobre deputado. gar nas parochias de Cametá e do Tocantins, pertencentes
guarda nacional íoi ao primeiro colle^çio do 2o (Jistricto eleitoral da mesma pro-
O Sr. Faisto da um aparte. vineia, se aclião inquinadas de irregularidades.
O Sr. Franco de Almeioi :— Desejo responder ao aparte Começarei por notar que as questões aventadas pelo hon-
do nobre deputado, e por isso pondero-lhe que a sua can- rado membro não podem exercer a mini ma inílueucia sobr^
»iidatara fôrma imposta quando a eleição do deputado por aquelle distiicto, visto como,
por Santarém foi de alguma
ao seDado declarou-a legitima... tendo elle obtido quasi a unanimidade dos votos, com a per-
da sómonte de 8, ainda mesmo deduzissem oa
O S*. Faisto : —Já respondi a isto. quando se lhe
dos eleitores das duas o nobre de-
parochias a que se referio
O Sr. Franco de Almeida .—Mas não respondeu perante superior á
putado, lhe restaria uma somma de votos muito
mim, que desejo ouvir a este respeito o nobre deputado para do3 que obteve o seu immediato.
replicar-lho convenientemente...
O Sr. Franco de Almeida Provarei o contrario,
-O é o pare-
0 Sr. PnEsiDEnxK que está cm discussão
O Sr. Fausto:—A questão ú de aritlnneticp. Quantos
eei 0 Sr. deputado queira occupnr-sc com a matéria delle.
votos teve o cidadão eleito deputado? Quantos o seu im-v
O Sa. Franco de Almeida :— Eu eston respondendo ao media to ?
aparte que me deu o nobre deputado. V. Ex. vê que urgu-
O Sr. Franco de Almeida Forão 60 e tantos.
mento com a maior moderação, e tanto que estou prompto a
retirar qualquer expressão que por ventura pareça mais O Sr.Faisto :— Quanto3 são os eleitores das chias fre-
forte, dita no calor da discussão. Se me afasto da matéria, guezias ? O nobre deputado, qu^ tem á mão os dado-?, mos-
a culpa i do nobre deputado que me chamou para discutir tre qna a deducção dos votos destes importa o resultado que
mestõe? de partido, e então eu, que sou do Pará, e sei o que pretende.
TERCEIRA SESSÃO PR1 PARATORIA KM 2s I)E ARRIL. f>j
DÉCIMA

Antes, porém, <le cntiar no exame das questões aven- listas de qualificações de todas as fre^nezias, nem todaf a*
tadas pelo nobre deputado, direi qii.e não aceito agora a aetas das assombleas pm-ochia ...visto como sem estes dado*
discussão que qniz suscitar relativamente a factos do min lia não podia formar um jui/.o completo.
administração na provincia do ParA. Entendoque seme- Senhores', admittiía e-ta regra cm to-lo o seu rigor,
lliante discussão é fóra de tempo lioje, e qno não me cabo p ucos d'entrc nós poderião ter assento nesta^casa, ponqw®
-s não vi rá»
o direito de roubar A camara o tempo precioso que deve cm- posso assoverur que ria maior parte dos disrrict
de poderes. nem oApias das listas de qualificação, nem as actas iaa
pregar na grave questão da veriúcação
dltíivòea primarias completas.
U:ik voz Já foi julgada oanno passa-lo c8.'n. questão. Como, pois, censura o nobre deputado a illustre com-
O Sn. Fausto Entretanto estou prompto n nceitar o do" missão por ter dado o sou parecer faltando algun toas*
bate sobro esse assumpto, quando uprouver ao nobre depu* documentos ? Tem-se entendido, o com razão, que
tado. Não receio que aualyse acto algum da minha auminia- não ha a menor contestação se deve presumir que houver»»-
tração, c até o desafio para isso. em taes netos.
giil.ir idade
O mesmo not rc deputado* com o rigor dos sons prindr-
O Sn» Franco de Almeida Não 6 preciso desafio.
aqui tentado, porque nssevero-lhu
pios 11 Ti o poderia e-tar
:— Afiartfo-ihe que entrwvi_ com das Retas de
O Sn. Fausto prazer quo a maior pai te paroehiacs seu distriitr»
cm tal discussão sempre quo se offerecer occashio. não veio.
O Sr. Frawco ue Almeida :—Estou As suas ordens. O Sn. Frvxco ds Awtin :—Está enganado.

O Sn. Fausto Digo aómente estas poucas palavras O Sn. Fausto :—S(> se o nobro deputado ns trou:. .
em satisfação A camara, para que conheça a razão por que
O Sr. 1"rim:o nr. Almeida :—Isto prova que V. Ex.eíi»
neste momeuto mo recuso a tratar desta matéria.
saba o que mandou para cá.
O Sr. Franco dk Almeida. dãum aparta
O Sn. Fausto Muito obrigado.
o Si. Fausto : —Seria extemporâneo tratar-so agoia
O Sn. Franco de Almeida :—Vierão muitas.
diss).
O Sr. Fausto :—Mas não todas.
O Sr. Franco de Almeida :—Farei algumas observações
a respeito da sua administração desde o dia em que quiz O Sr. Fawico dk Almeida :—V. Ex. disse ha poacj <; -<s
ser deputado. não veio a maior parto.

nada com a dis O Sr. Fai sto Conseguihtemente não tendo a »


O Sr. Cnrz Maciuho :—Isso não tem
commissão sido tf.o rigorosa como queria o honrado' UH-ar-*
cussiio actual, e ó nnti-diluviano.
bro, procedeu todavia segundo os estylos, que não npre-<«?-
O Se. Fausto :—Explicarei entretanto algumas palavras tão inconveniente algum, o que so fossem outros near po-
um aparte, e- que o nobre deputado entendeu
que disse em deria constituir-se esta camara tão cedo.
mal, talvez por se achar prevenida.,.. Entrarei agora no exame das questões suscitadas
pá*
O Sn. Franco df. Au-.i::ida :—E prompto para reclamar. nobre deputado.

O Sr. Fausto :—.... e disposto fazer-me accusa- Quanto íl freguezia de OumctA, disse o honrado wciur-í
para
quo não podia a eleição proceder, por ser vici</t>a a qu ali lusa-
ções.
ção quo lhe servira de base, visto como na respectiva liotit «e
O Sr. Fkinco de Almeida :— Já disse quo por causa da achavão incluidos nomes de pessoas que, ou não eiísujij,
guarda nacional. ou earccião de cc n liçot s legaos.
Sr. presidente, tendo a lei constituído autoridades aqu»Aa«
O Sr. Fausto :—Observando o nobrs deputado aue eu m®
incnmbio todos os trabalhos relativos i. qualificação di.s ri-
conservara silencioso á respeito da questão suscitada quanto
dadãos, havendo estabelecido para os mesmos trabalhos une
á duplicata de eleitores que lioiu-e na freguezia do Óbidos,
ser eleito, processo especial, tcnd«* finalmente creado diííerentes rv-
pertencente ao districto pelo qual tive a honra de
cursos por meio dos quaes podem os interessa dos não s(* re-
entretanto que elle, que não era deputado por eseo districto,
disse eu que, clamar contra os erros ou injustiças que oflenduo or. beca
tomou interesse pela decisão de tal questão,
direitos, mas,ainda denunciar quaesquer irregularid«líib
encarando-a simplesmente como de justiça, não tinha nella
o mesmo interesse que o nobre deputado, que era nisso mo- que por ef^sas autoridades sejão commettidas , bem
aue :i lei deu a taes trabalhos toda a preeumpyão de veritic.
vido por considerações políticas. Isto não offendia^a pessoa
deu-lhes força de cousa julgada , uma vez que fossem feíio*
do nobre deputado. (Ai'<>iadoa.) O que se pôde seguir é que
nos termos por ella prescriptos, e guardadas todas as fcm»-
o nobre deputado esti lidado a um partido, o não perde a
lidades quo ella estabeleço.
occasião de aproveitar-se do que julga ser a seu favor.
E' ató um elogio. O Sr Cruz Machado : — Apoiado; aliás não havaít ái—
O Sr. Cruz Mauiido
reito seguro.
Franco de Almlida Isto quer dizei eu ro-
O Si\. quo
clamei contra Óbidos por espirito de partido. O Sr. Fausto : —E sendo assim, é incontestável qv.; Lus:

fortes cen- traballios não podem ser annullados , no todo ou em rurti,


O Sr. Fausto :— O nobre deputado irrogou
senão ít vista de provas positivas e irrecusáveis.
fcuras, mas muito immerecidas, ú illustre commissão, cuios
Examinemos , porém, se ns provas apresentadas pelo u§-
membros são dignos de toda a consideração. Não duvidou
bre deputado são desta natureza.
ella açoitar os documentos quo o nobre deputado particular-
Para provar que na lista da qualificQÇúo da freguezia «Se*
mente lhe otFereceu ; examinou-os, e sobre ellcs formou o
Cametá to achavão incluidos nomes de pessoas que uü»
seu juizo, certamente o mais conaciencioso,
existião, ou de pessoas uns quaes não concorriSo to las as
Se não agradou no nobre deputado o parecer que emittio,
foi sobre cert09 ponto» tão dcsenrolvido como qualidades exigidas pela lei para eerom admittidas a viiUr,
porque não referio-se o nobre debutado a um protesto que se áclia in*w>-
elle desejava, e também porque nãoden a certos documen-
rido na acta da eleição doesa freguezia , na qual ií.wí.
tos o peso que o nobre deputado entendia que mereci Ao,
E exigir muito que membros da mesa dceiaràrüo que com ofreito os l .ict ulir
não lia ahi motivo pçira taes censuras.
cila procedesse, não pelo modo que enteudia, mas pelo que gados eruo verdadeiros.
Iilas o que pôde valer esse protesto , i ssa simples nftlrastr
agradasse ao nobre deputado.
tiva de dous indivíduos, aliAs suspeitos, perqua são iiitiw*-
O Sn. Frakco de Almi idi E porque aceitou alguns
mente ligados 4 parcialidi.de política quu foi vencida tu
documentos e rejeitou outros ? eleição?
0 Sr. Fausto Sem duvida porque, julgando que algun* O quo púde provar essa simples aflirmativa , quatRií >«
desses documentos nada provavão, pareceu-lhe inútil iuzer acha despida d«* t«^da e qunlquer prova , e demais está
delles menção, principalmente tendo o nobre deputado as~ mentida , refutada e destruída pelo contrnprotc t'*
sento nesta casa, e sabendo-se previamente que havia d<? maioria- da mesma mesa, que se acha inserido uunbem «u
tomar parte na discussão, porque os podia então apresentar, acta'! .
e tirar delles o partido que julgasse conveniente. Me parece que ninguém dará em consciência pesa a mu
Disse mais o nobre deputado que a illustre commissão lhnnte protesto.
não tiilha procedido regularmente, dando parecer sobre a Ueferio-se. em segundo lugar, a outra declaração qm «
eleição do districto de que se trata sem ter presentes nem as ih ter sido feita por alguns ínipectores do quarteirão clu.
DÉCIMA TERCEIRA SESSÃO PREPARATÓRIA FM 28 DE ABRIL.
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de uma O Sr. Fiuxco dl Almeida : — Porque ainda


maios pelo juiz de direito da comarca, e que consta o cliolera es-
etfrtidâoque o nobre deputado particularmente apresentou
íi tava no Pará , ainda ninguém tratava dis.-.o.
COUJmissão, afIirmnndo elle» que com effeito so achavão qua- O Sn. Faisto:— Se não recorrerão, não é hojeadmis-
lilicâdas pessoas que não conhecião. sivel contrariar o facto consummado, e por todos aceito ,
Permitta-se-me aqui uma oWervação , e c que Dcos no» com argumentos desta natureza, com simples hypotheses.
livre que se eriju em principio esta interferência directa
dos inspecturos de quartei- O Sk. Franco dl Almeida : — Consta do relatorio.
das autoridades polieiaes, e até
da» Fausto : — Em objcctos desta natureza só se podem
rão em factos eleitoraes ; Deos nos livre que a validade O Sr.
eleições dependa do juizo , da vontade ou do capricho dessas produzir provas muito positivas.
autoridades e s-^us agentes. O Sn Franco D! Almeida: — Está no relatorio do Sr.
Um» voz : —Seria um novo tribunal de qualificação. Paula Cândido.

O Sr Fausto : — Fora entãi melhor que o fantasma a O Sn. Faisto : — E mostrou acaso o uolue deputado
qnan-
íicarião reduzidas as eleições deaapparecesse , e fosse i tas forão u6 pessoas no caso de serem qualificada,*» que
que
direito de designação concedido áquel- morrerão ?
substituído por um |
la« autoridades. Ao menos haveria uisso verdade. ^ _ Uma voz : — E quantos nascerão ?
E não posso deixar de manifestar a minha admiração
O Sr. I ai.sto.—E quantos se tornárão votantes nessaépo-
e sustentado i
vendo que semelhante principio e enunciado ca em substituição dos que morrerão ? O nobre deputado só
nobre deputado se apresenta como homem de idéas
pelo que uttende ao lado que lhe convém , contando os
que morrerão
liberaes extremadas ! c não os que os substituirão !
— V. Ex. I
O Sr. Franco m. Amei»» : Quem disse a que O Sr. Fram o i>r. Ai.hi ida :—Por isso é
? Lu defendo a todos que não quiz
u sou homem de idéas extremadas descontar 3,000 votantes.
homem da moderação , da j ustiça e do
que têm razão ; sou O Sr. Viriato : — E' preciso ver também se não morrerão
não teria defendido a
merecimento. Se eu fosse exagerado, mais mulheres do que homens , etc.
liarros, e a outros. A mBinuaçao, pois,
V. Ex. , ao Sr. Rego
O Sr. Faisto : —f)isse ainda o nobre deputado
não serve,de nada. que a il-
lustre commissão se tinha limitado a uma simples operação
— Cuidei dizer uma verdade ; mas se o
O Sr. Faisto: arithmetica (o que não bastava), afHrmando que não podia
liberaes....
aobre deputado nega que tem idéas influir o numero das pessoas que se dizia que tiuhão sido
— Perdôe-me , não nego, sou qualificadas indevidamente sobre o resultado da eleição ,
O Sr Fram.o »e Alheio* :
não exageradas, como disse porque , não excedendo de 200 aquelle numero , via-se que
homem de idéas liberaes , mas
tinha havido a differença de mais de 400 votos entre o ulti-
o nobre deputado.
mo eleitor e o 1* supplente.
— Eu disse extremadas, e não exage-
O Sr. Fai sro :
Creio que a nobre commissão produzio com isto um argu-
^Mas, mento muito valioso, pois que mostra
se não so pôde dar !i declaração dos taes inpectores que em nenhum caso
actos que são exercidos procederia a arguição; visto como (o que o nobre deputado
d& quarteirão a fé que merecem os mosmo confessou) o resultado da eleição seria sempre o
110 exercido de attribuições legitimas, fi-
pelas autoridades mesmo.
de um simples depoimeuto de
cará redu/.ida a proporções
chamadas para dizerem o que sabião , e O Sr. Franco.dl. Almeida : —Eu confessei isso ?
pessoas que lbrão
defeitos que não pôde ter o menor
então contém taes vicios e O Sr. Faisto : — Confessou reconhecendo, como não
prestimo. ... deixar do reconhseer, que a diíTerença
simplesmente podia que tinha ha-
Tom efleito , esses inspectores depuzerao vido entre os votos do ultimo eleitor e do 1° supplente era
cidadãos que se achava qualificada nao
que uma porção de muito superior ao uumero dos indivíduos que se dizia terem
era por elles conhecida; mas não affirmárão positivamente sido indevidamente qualificados.
existido na época cm que a qualificação
que não tivessem
O Sn. Franco m Almeida : — Está confundindo as duas
,?oi feita.
depoz
Em segundo lu<$ar , onda um desses inspeetores freguezias.
tomou á sua conta , não
Acerca de alguns indivíduos que O Sr. Fai sto : —Não ouvi mais observação alguma do
uniformemente ás niesmaj
havendo dous que so referissem nobre deputado sobre a eleição da freguezia de Cametá.
Sendo pois taes depoimentos isolados, individuae9,
pessoas. Quanto ft. de Tocantins , disse o nobre deputado que se
não poderião jâmais fazer prova. reconhecia a sua irregular idade desde que se observava que
lugar em casa do
Além disto , o acto de que se trata teve na mesma acta havia uma declaração da maioria da mesa na
da comarca , estando os inspeetores de quar-
juiz de direito qual ;-e affirmava que
seus membros tlnhão estado coactos
a fechadas, sem a menor
teirão a sfis com elle portas pu- em razão do haver apparecido na igreja um homem armado
blieidade, e sem que pudesse haver contestação da dos
parte seguido de outros na occasião do processo eleitoral.
interessados ^ Argumentou o nobre deputado que, embora houvesse um
A que respeito, senhores, sobre que o ijecto um papel dista contra-protesto da minoria que desmentia este facto , devia
? O nobre depti-
natureza poderia produzir o minimo effeito aquella declaração por ser da maioria , esquocen-
se animaria por prevalecer
tado, que é juriaconsultõ e advogailo , não (lo-so de que quanto á outra freguezia tinha appellado do
em s-
certo a «presenta-lo como uma prova, qualquer proc maioria para o contra-protesto da minoria. Mas
de interesses muito protesto da
to ainda mesmo tratando-se de direitos, entrarei no exame do facto E' notável, Sr. presidente, que
entretanto, em uma questão tão
insignificantes. Exlnbio-o, tendo a mesa continuado sem interrupção os trabalhos até
tão melindrosa , como é a de direitos político».
importante, ultima-los , só depois de achar-se o acto inteiramente con-
magistrado como
Finalmente, senhores, tanto aquelle cluido declarasse que tudo quanto cila própria tinha feito
elle chamou para o
todos os inspectores.de quarteirão que não fora senão o resultado da coacção.
como
referido acto são homens assaz conhecidos pertenceu-
foi O Sr. Franco d: Almeida : — V. Ex. leu a acta ?
tes e intimamente ligados á parcialidade política que
vencida na eleição. E não bastaria esta circumstancia para O Sn. Fausto : — Sim, senhor
das suas pa-
perem tidos como suspeitos, para que nenhuma
. O Sr. Franco dl Almeida : — Não parece.
lavras pudesse produzir o menor effeito
O nobre deputado tinha dito antes que a qualineaçno O Sr. Fausto -. — Na acta final (a da apuração dos votos)
não podia ser verdadeira , porque havendo falleeido grande é que se acha o protesto a que se refere o nobre deputado ;
do teve portanto lugar uste acto depois de concluído o processo
numero de pessoas era Ca meta durante a triste quadra
cholera-morbus necessariamente devia ter diminuído o eleitoral
ser
numero dos cidadãos nas circumstancias de poderem O Sr. Franco ui.Alvuba: — EstA na acta da 3» chamada.
Eis o nobre deputado querendo combater com
qualificados.
uma simples liypothese um farto a lei manda ter por O Sr. Faisto : — Acaso não tinha a mesa o recurso de
que
suspender os trabalhos se realmente tivessem oceorrido
rerdadeiro ! Forque as pessoas interessadas na localidade
recursos circumstancias influir sobre a sua liberdade?
fez a não ioterpuzerão os que pudesssm
quando se qualificação da
a lei lhes facultava , se as autoridades qualificadoras Não tinlião ainda os membros que compunhão a maioria
que so
abusArão ? taesma mesa o recurso de retirar-se? Nada disto porém
EM 28 DE ABRIL. 1)7
TERCEIRA SESSÃO PlUiPAKATOLUA
DÉCIMA

meço os trabalhos ás 9 horas da manhãa. Oudo vio o no-


a mesa desde o começo ate ao bre deputado a expressão — concluída ás horas da ina-
iez e vê-se, pelo contrario, que
sempre no sou ponto,
fira dos actos eleitoraex couservnu-BO nhãa ?
recorreu naquelle protesto
lembraudo-se do ardil a que O Sr. Fb\nco de Almeida :-»-Ora, pelo amor de Deos !
a eleição.
depois aue conheceu que o seu partido perdera _
nunca mais será possível el.i- O Si>. Fai sto :—Era absurdo mesmo que tal cousa se
Se se admittir este principio,
alguma o seu resultado não lor'conforme aos escrevesse.
ção quando
das mesas (apoiado,), por-
deseios e interesses dos membros O Sn. Franco df. Almkidí Houve as duas primeiras
o mui-
liada á mais iacil do que , depois de conhecido ? Aqui trata-se da terceira.
que chamadas
tado , fazer-se na acta um protesto.
O Sr. Falsto :—Faltando a acta intermediária, que a
:—A minoria nãonegou, V. Ex.
O Sr. Frakco de Almeid» lei não manda e neni i do estylo remetter-se, como já disse,
está enganado. como quer o nobre deputado achar a declaração a que se
— Eu explico. A maioria declarou que na refere
O Sr FíusioJ:
cédula entregue , entrou-Be cm du- —Mas olhe
occasião do se/uma O Sr. Framco de Almeidv : que eu tenho aqui
indivíduo que a apresentava , e
vida sobre n identidade do uma acta do dia 2 ; elles mandárío-a.
o povo tomado parte nessa questão, sendo
que então tendo -.— Concluirei, Sr.
na igreja um cidadão O Sr. Faisto presidente, com uma
uns pró 0 outros contra, appareceu
tratei das declarações
notável do lugar, armado com uma
espada e seguido «Io observação quo me escapou quando
a mesa se reputou r é que elles se referem uni-
outros , circumstancia á vista da qual dos inspectores de quarteirão,
receber u referida i ca e exclusivamente ás eleições dc Setembro para vcrcado-
coacta e julgou que não podia deixar de ' dc que se trata,
cédula. , res e juizes de paz, e não á de 2 de Novembro
. , modo muito singular:
"?rdade ter-se suscitado entre os O nobie deputado argumentou por
A minoria diz que è
sobre o re- — como naquella occasião se derão irregularidades, era
membros aqaella questão, havendo divergencia
conhecimento de identidade da pessoa de que
se tratava , e de crer que também tivessem havido nesta.
tomou parte depois 11a mesma questão ; A semelliaute argumento não me julgo «brigado a res-
que o povo presente é do natureza tal que basta a sua simples
igreja
mas que é falso que o cidadão nomeado entrasse na ponder, porque
tumulto ; que, enunciação para que caia por si mesmo.
armado, e que excitasse o povo para actos d«
forão todas rccommendaudo O incu pensamento foi que,
pelo contrario, as suas palavras O Sr. Frasco du Almeida
110 contra- pro-
:i calma e a tranquillidade. E' o que te lê como em Setembro estava falseada a qualificação, estava
o facto o da coacçuo....
testo. Ora , sendo principal falseada em Novembro.
— Eu lerei.
O Sn. Fraxo de Almeida : O Sr. Fausto : — Tenho-me limitado a responder aos
—. .. e estando esta completamente ne- á eleição de que se trata, porque, como disse
O Sr. Falsto : pontos relativos
cada, desmentida pela minoria da mesa , é exacto o que
eu considero inopportuna e impertinente nesta
I| ao principio,
disse. ...11 • occasião qualquer outra discussão que não seja a que se re-
II ilil miiIprPH
Senhores , uma vez admittido o principio de soberania fira intimamente á verificação de poderes...
o íiobre deputado quer reconhecer nas mesas, será fal-
que O Sr. Frvnco de Almeida Para que esta discussão se
seado completamente todo o systema eleitoral.
lãodê, são impertinentes certos apartes.
Dous são portanto os grandes princípios em que se tem
fuudado a doutrina do nobre deputado «obre os-meios
legi- O Sr. Fausto faltaria ao meu dever se, arrastado
timos para annullacão de eleições: as simples declarações entrar em taes discussões, roubasse ú earaara
pelo desejo de
das autoridades policiaes, sem se exeluirem os inspectores o tempo do que tanto necessita actualmente. Riiservando-me
de quarteirão, e por outra parte os protestos das maiorias objectos estranhos para quando aprou-
portanto sobre esses
entretanto á
das mesas, ainda mc>mi quando sejão feitos contra seus ver ao nobre deputado provocar-me, voltaroi
actos, e depois de conhecido o resultado das elei- nos occupa se o nobre deputado pioduzir novo»
proprios questão que
ções. Avalie-os a camarn. argumentos ou novas provas.
do Tocantins, disse o nobre
Quanto A mesma freguezia O Sr. Franco «e Almeida
—Comparecerão no collegio de
deputado que havia vicio na acta por terem sido feitas as no do Igarapé-
dia. Camctá 71 eleitores com os 4 do limão ; 28
tres chamadas ein um só O Sr. Joio Augusto Corrêa
nobre deputado, depois de um apar- mirim, e 10 no da Cachoeira.
Creio que por ultimo o
teve 71 cm Cuinetá, 21 em Iaarapémirim e 13 em Cachoeira,
te que lhe dei, conheceu que estava em equivoco, visto como
Salles tevo 65.
na acta do derradeiro dia se diz apenas

procedendo-se á. que formão 10B. O Sr. Pr.
lor-
Mas disse o nobro #deputado c^ue 108 em 155 eleitores
ultima chamada.— Ora, se nesse dia se procedeu á ultima,
.13 outras tinhüo sido feitas. mão maioria, c por consequencia, uinda abstrahidos çsses
<! locico concluir-se qu"í já
ha neta votos annullados, ficaria o Sr. Joi»o Augusto com maioria
jfas, accrescentou ainda o nobie deputado, não Aqui está o equivoco do nobre deputado ;
se declarasse. para ser deputado.
em que isto
não repara que não se trata de districto cm que ha um «A
assim seja, a falta dessa acta não é essencial, c
Quando collegio, em que a maioria absoluta repugna com a minoria;
demais, comoji tive occasião de observai, ordinariamente
:*n clia- se fosse um só collegio <sm aue cada eleitor votara tm um
Fe entende que é 6ó neccssaria a remessa da acta da
h só nome, por certo que aquelle que tivess»* maioria seria o de-
mada e da apuração ; nem disposição alguma da lei obriga
mn collegio de 155 .eleitores votando-se cm
outra cousa. putado ; mas em
dous nomes ao mesmo tempo, pôde um ter obtido 108 votos
A falta que o nobre deputado nota dá-se igualmente em
e outro mais...
concordo em que seria
quasi todas as eleições parochiae»;
conveniente remetterem-se todas as artas, mas não ha tal O Sr. FaCsto dá um aparte.
estylo j c como pois quer o nobre deputado tanto rigor a — Suo 155 eleitores o Sr.
O Sr. Fraím.o di. Almeida :
respeito de uma só eleição, quando não tem havido, nem eleitor eir.
João Augusto teve 108 votos ; mas votando cada
era possível, a respeito da maior parte das que tem sido
dous nomes, p£>de um outro candidato ter'mais votação.
approvadas, e até com o seu proprio voto ?
Ora, abstrahindo....
O Sa. Fumo de AlweidvPorque não tenho conhe
sobre aquellas» conheço apresento O Sr. Fausto d& ainda um aparte.
cimentos de todas ; que
— Dê-me licença ; desde
as duvidas á casa. O Sn Fram o di*. Almudv : que
da
60 annullão freguezias quo podem influir no resultado,
O Sn. Fai STO :—Mas devia saber do que sc tem passado,
maneira nenhuma....
e do estylo adoptado.
:—Não mo chegava o tempo O Sr. F visto ainda dá outro aparto.
O S«. Fham o 111: Ai->ilib»
— Attcnda V. Ex. O Sr. João
se cin todos os distrietos. O Sr. Frakeo di: Almeida :
para observar o que passou
05, este ú o
-.—Fe/, outra arguiçüo o nobre deputado, t Augusto CorrOa teve 108 votos, o Sr. Dr. Salles
O Sr. Fauio
Se o» eloitcres que contesto fOrein annulla-
foi que naquella mesma acta se declarava que as chamadas ponto principal.
dos poderia dar-se a hypothcse, primeiro dc votarem de novo
tinhão sido concluídas is 9 horas ua nianhua. ha duvida que
no Sr. .loão Augusto Corrêa, e então irão
Foi na freguesia dc Baião. no Sr. Dr. Salles,
O Sr. Frwco de Almeidv eeria elle o deputado; segundo, de votarem
O Sr. Fai si o O q-:c corsta da acta é que tiverão co- e então não seria elle o deputado ? E* isto possível ou não ?
11.
TOMO I.
98 DÉCIMA TERCEIRA SESSÃO PREPARATÓRIA EM 28 DE ABRIL.

O Sr. Fausto dá um aparte. O Sr. Fr»nco de Almeida: — Não foi ã ultima chamada
sómente; V. Ex. não leu, creio, esta acta.
OS*. Franco de Almeida:—Eu diminuo 33 eleitores
que apparecêrão de Cainetá, com 9 de Nossa Senhora do O Sr. Fausto : — Queira ler.
Carmo do Tocantins são 42 , e com 4 de liai fio são 46. Abs- O Sr..Franco de Almf.ida : — Vou ler as actas dos dias
trahindo-se esses 46— e 3. E' preciso mostrar que no dia 2 não houve chamada
O Sr. Fausto dá outro aparte. alguma, e que as tres chamadas se iizerão no dia 3.
— Ouça V. Ex.
Franco de Almeida :
O Sr. ; aqui está a (Ua um aparte.)
demonstração, e V. Ex. verá que tenho razão; não se trata Aqui está a acta; no dia 2 se formou unieamonte a mesa;
de maioria absoluta, trata-se de maioria relativa, e desde que no dia 3 é que se
procedeu ás tres chamadas,
é relativa pôde um ter 108 e outro 155 votos, ou mais ainda.
Tjma voz : — Falta uma acta.
O Sr. João Augusto Corria teve 71 votos 110 collegio de
Cametá ; nesse collegio votárão46 eleitores, que eu contes- O Sr. Franco de Almeida : —A acta do dia 2 aqui está.
to que sejão validos, das 3 freguezias; tirando se 1(5 de 71 Uma voz: — Lôa para tirar a duvida.
ficão 25 ; 25 com 24 que teve em Igarapémirim e mais 13 da
Cachoeira formão 72 com que fica o Sr. João Augusto. Ago- O Sr. Franco de Almeida : —"Se a acta nuo viesse, seria
ra fazendo-se a mesma operação quanto 6. votação obtida uma tangente que se havia de aproveitar. Veio a acta
, diz-
em uma nova eleição se : nãoé 06ta , ó outra. [Leia, leia.)
pelo Sr. Dr. Salles , e suppondo que
elle obtenha mais votos que o Sr. João Augusto, não seria Von ler. K' extrahida do livro competente, é a cópia
qne
então o deputado? foi remettida á casa. {Li.)

[Ha um aparte.) (Ha um aparte.)


Pelo menosestou mostrando a razão por que não adopto A' vista disto, desejára que me explicassem como se nega
esta eleição. Eis porque com essa maioria no collegio de ainda que as 3 chamadas forão feitas no mesmo dia,^a
Cametii, com ossa maioria no collegio de Nossa Senhora do de Novembro ?
alguns votos, e
Carmo de Tocantins o Bayio, se suffocúrão
Uma voz : — Deixou de existir a acta.
Sr. Dr Salles foi excluido do collegio de Igarapé-
porque o
mirim. A mesma parcialidade que o apresentava candidato O Sr. Fausto: —Era muitos lugares do império aconte-
e que o excluia porém traiçoeiramente em Igarapémirim , ceu assim.
concorria para as nullidados que já forão apontadas , que
(lia outros apartes )
,ainda mais o prejudicão.
Eis o que Be faz em Cametá , eis como priueipião as frau- O Sr. Franco de Almeida : — Se a camara assim
julgar
ha do acertado, apjrove o parecer. Não obstante ha de constar,
des . e como ha de ir a mais, porque de Cametá é que
do systema eleitoral 11a província do principalmente no Pará , que não permaneci calado diant t:
partir a falsilicnçõo
Pará. Sr. presidente, era isto o que eu queria dar a conhe- dos abusos commettidos nas eleições do districto de Cametá.
cer á casa. A minha questão não ó individual; estimo que Ao menos servirá o que tenho dito para
que cm outra occa-
Augusto Corrêa esteja nesta casa ; estimo que sião mandem os documentos que evitem as tangentes de
o Sr. João que
todos os senhores conheção o chefe de uma das parcialida- o nobre deputado se tem aproveitado
para validar tantas
des do Pará— nullidades.
politicas
Sr. presidente, a minoria da cidado de Cametá
, como a
O Sr. Fausto : — E muito digno de o ser ; é cidadão mui- maioria da freguezia do Tocantins, não tiverão razão,
to distineto , muito notável em sua provincia. porque são da parcialidade vencida ! No entender do nobre
— Tio notável
O Sr. Franco de Almeida : que é chefe do deputado o va: victis é endeosado ! !
uma parcialidade.... O Sr. Fausto dá um aparte.
O Sr. Fausto : — Não traga o nobre deputado o ridiculo
Ü Sr. Franco df Almeida : — Ali o
protesto é nullo por-
aqui,
para que foi da minoria ; aqui é também nullo apezar de »er da
— Como ridiculo? Não digo
O Sr. Franco de Almeida: maioria!
Augusto Corrêa é muito notável, tanto que
que o Sr. João O Sr. Fausto dá um aparte.
6 chefe de uma parcialidade'! Estou mostrando que , Be
O Sr. Franco de A lmeid 4
dependesse de mim, votaria nelle ; desejava que viesse para (com iVonía):—O nobre deputado
* casa ; sinto que não esteja presente para dar informações, é deveras muito moderado em suas opiniões,
principalmente
ha de as dar melhores que o nobre noque diz respeito ao Paiá; sinto não
porque é de Cametá, poder sertão moderado
deputado.... eomo o nobre deputado. Entende qne é nullo o protesto em
um lugar, porque ali reclamava|[a minoria ;
O Sr. Fausto : — Não ha necessidade. julga porém que
é nullo em outro, embora fosse a maioria que reclamasse,
O Sr. Frahco.de Almeida:—Não havefri necessidade de porque esta era influida pt-la parcialidade vencida.
conhecer a casa o chefe de uma parcialidade politica ; mas Esquecendo-se daquiílo mesmo que a própria minoria
é preciso que o paiz conheça como se fazem os eleições em confessou em Tocantins, isto é, esquecendo-se das armas c
Cametá... dos meios de que usárão para amedrontar a mesa 1

O Sr. Fausto: —Perfeitamente; como se fazom em O Sr. Fausto :—Formário a


guarda.
toda n provincia.
O Sr. FnANco de Almeida:—A minoria confessa que
— O nobre deputado tem toda
O Sr. Franco df. Almeida : apparecêrão armas na igreja
pertencentes á guarda.
a razão de dizer isto mesmo. O Sr. Fausto :—Na igreja não, na
porta.
O Sr. Fausto : — Sim, porque digo a verdade. O Sr. Franco de Almeida :—Essa força não era da
guarda
O Sr. Franco de Almeida : — Só o nobre deputado é que nacional ? Esse cidadão
que entrou não era o tenente-coro-
conhece a verdade, os outros não a conhecem !... nel commnndante do batalhão dessa mesma
guarda na-
cional ? Quem senão elle
O Sr. Fausto*.—Não disse tal oousa; disse que dizia podia introduzir a força na eloição
para amedrontar a mesa !
a verdade, aquillo de que estava convencido.
— Em consequenoia do qu« vozNa igreja
O S11. Franco de Almeida : V"* a força está debaixo das ordens
do juiz de paz.
tenho expesto , as duas freguezias de Cametá estão nullas.
Também o está evidentemente a de 15ayão , porque ali não O Sr. Franco de Almeida O protesto da maioria diz
ha a tangente qu« o nobre deputado procurou de não ter vindo
que as armas crão dos guardas que estavão 11a porta
a actado dia 2 de Novembro. Se não tivesse vindo, usaria de apasiguar o barulho. Portanto apparecendo força e
para
ariuas,
igual meio para dizer que não viera, porque «ra desnecessa- a meia foi coagida,
porque só ao chefe desse batalhão apro-
ria, mas que a presumpção era de que existia. Porém, como veitava a intervenção da força, só elle a
de líayáo veio a acta do dia 2, e n««se dia apenas sc orga- podia mover.
Disse o nobre deputado : se retirou a mesa ?
nisou a mesa, o nada mais, é claro que no dia 3 se procedeu porque não
Porque
queria que constassem taes abusos, ambora tome a
às tres chamadas. camara a deliberação
que lhe pareça conveniente. Accres-
O Sr. Fausto : — A' ultima çhamada. centou o nobre deputado
que fez a declaração depois de
DÉCIMA TERCEIRA SESSÃO PREPARATÓRIA EM 28 DE ARRIL. 09

acabada a «leição. Quando queria declarasse, senão seu aparte, o me occuparei com ellevcm alguma occasião
que
»a acta do3 trabalhos da votação ? em que o Sr. presidenta esteja do melhor humor, e me deixe
O Sr. Fausto mais liberdade para discutir.
Fizesse suspender os trabalhos ; <5 o
quo lhe cumpria. O Sr. Presidente:—Esta occasião não é própria para
isso.
O Sr. Franco de Almeida :—Eu teria feito assim.
Mas V. Ex., tão indulgonte pnra tantas irregularidades, O Sr. Franco de Almeida :—Pois bem, guardar-me-hei
porque não usará d* mesma bondade com essa mesa, que para tempo conveniente, o então direi ao nobre deputado
não se lembrou de suspender os seus trabalhos ? Porque não o que tenno a ponderar sobre a sua administração aosde o
acredita na maioria, que diz ter intervindo ali força ? tompoem que organisou aguarda nacional.
Concluo podindo desculpa a V. Ex. por não ter faltado a
Uma voz E a força fez alguma cousa ?
seu gosto, e á casa por 1 lie ter tomado mais tempo do que
O Sr. Franco de Almeida Quem não sabe que em Ca- devia.
meti a eleição foi feita pela guarda nacional ? Quem ignora
dominou O Sr. Presidente :— Tem a palavra o Si. Fausto.
que a força sempre ?

O Sr. Fausto :—Quaes são as Vozes :—Votos 1 votos !


provas ?
O Sr. Frínco de Aluída :—Estou apresentando-as, O Sr. Fausto í—Cedo da palavra para se votar.
e V.
Ex. as não aceita. O nobre deputado por Pernambuco, Não havendo mais quem peça a palavra, julga-se o pa-
que
foi presidente do Ceará, outros deputados reecr discutido, e posto a votos ê approvado.
que forõo presi-
dentes de diversas províncias, mandárão sy ndicar dos factos
O Sr. Presidente declara deputado pelo 2o districto da
eleitoraes por juizes de direito. O presidente do Pará toma e supplente
provincia do Pará o Sr. João Augusto Corrêa,
idêntica deliberação, mas o nobre deputado diz
que não vale o Sr. Marcos Pereira de Sallcs.
nada o testemunho desse de direito, porque é da
juiz par-
cialidade vencida. D4H1A.
Qualquer outra prova que eu offereça ELEIÇÃO 51
será qualiücada da mesma maneira
; se apresento a reclu-
mação de uma maioria, dizem districto.)
que é da parcialidade vencida ; (12°
se appellopnra a minoria, respondem
que <5 da mesma par- Lí-se , entra em discussão, e arequerimonto do Sr. F.
cialidade j recorro ao que diz um
juiz de direito, pouco im- Octaviano vai a imprimir 110 Jornal do Commercio, o seguinte
porta isso ao nobro deputado, porque é da mesma do Sr.
dade ainda.
parciali- parecer da 5a commissão de poderes relativo à eleição
I)r. José Antonio Saraiva :
Entrotanto não posso appellar
para parcialidades, não
posso responder, porque não me é permittido sahir da ques- Sobre a eleição do 12° districto da Baliitt forão presen-
íão ! O nobre deputado em seu discurso sustentou tes 6» commisão de poderes :
á
^ que eu
não tinha razão, porque a
parcialidade que reclama perdêra l.t O diploma do deputado por aquelle districto, re-
(
a eleição ; e a outra
parcialidade tem razão só porque ven- mettido ao Sr. Dr. José Antonio Saraiva pela ca mura mu-
ceu ? Queria o nobre deçutado nullificar
também por esto nicipal da villa de Jacobina, competente para esse fim.
meio os depoimentos dos inspsetores de « 2.o As actas dos collegios do Joazeiro e Jacobina, rir
quarteirão, mas não
notára que taes impoetores mettidas pelos membros das mesas respectivas ao nvniste-
pertencião A parcialidade que
venceu, como mostrei
pela informação que o nobre deputa- rio do império, e também as actas parciaes da eleição pri-
do não contestou. matia das parochias que formão o collegio da Jacobina.
« 3.° As actas de 2 collegios da Villa Nova da Rainha.
O Sr. Facsto dá um aparte.
« 4 0 Uma representação de uma das turmas de eleitores
^ Almeida :—O nobre deputado não a leu da freguezia de S>mto Antonio das Queimadas, pertenceu-
r\ v.R UE
O nobre deputado merece louvor
por defender o seu amigo • te ao colleijio de Villa Nova.
mas tão pouco interessado se mostrou « 5.o Cópias authenticas das actas da eleição primaria
pelo .objecto, que mé
perguntou quantos eleitores dava a freguezia de Oametá ! da Freguezia Velha, das do Bomlím de Villa Nova e das duat
Quem estuda uma questão, quem deseja tratar delia, colhe turma* da freguezia das Queimadas.
todas as informações. « 6.° Uma repiesentaçâo dirigida pelo Sr. Dr. José An-
O Sr. Fausto : — Que impoitancia tonio de Magalhães Castro á camara dos Srs. deputados.
tinha o numero
exacto ? <7.o Vários documentos entregues á commissão pelo
Sr. Dr. José Antonio Saraiva.
O Sr. Frasco dk Alheio* :— Se o nobre deputado
não se Não teve a commissão presentes as actasda eleição pri-
importava nem com a qualificação, nem com o numero
do maria das parochias que compoem o collegio do Joazeiro,
eleitores, queattenção prestaria aos documento» apresenta-
mas na acta da eleição secundaria reconheceu que sobre a
dos por um deputado de uma como disse, regularidude dos trabalhos duquellas parochias nenhuma
parcialidade,
ijctremada?
duvida se moveu. E por isso, como os Srs, Drs. Magalhães
(Jla um aparte.) Castro o Saraiva ní > contestio, nem a veracidade, nem a
legalidade do referido collegio, a commissão, u exemplo do
Sobre isto não posso responder-lhe,
porque o Sr. presi- se appro-
dente ja me prohibio. V. Ex. fallou em sua administração que se tem adoptado nesta casa, é de opinião que
v» o collegio do Joazeiro, e que se declarem validos os voto»
disse o que julgou conveniente; entretanto eu não lhe
aizer nada. O nobre deputado sabe
posso que nelle obtiverã" os diversos candidatos.
que a única censura que « O collegio da Jacobina funccionou tamlicm regularmen-
dirigi á sua administração foi a respeito da organisação
da te, com eleitores a cuja validade não se oppõe reclamações
guarda nacional, isto ò, unicamente depois qiK- o honrado
membro quiz ser deputado. dos candidatos, nem vicio algum resultante das actas.
« Resta porém o collegio oe Villa Nova da Rainha,^ qne,
O Sr. Fausto Está perfeitamente engsnado.
Nunca com os 2 já mencionados, compoem o 12° districto eleitoral
ser deputado senão depois da minha
quiz demissão • obtive a da provincia da Iiahia.
seis mezes ante» da época eleitoral, o então não havia
im- O collegio de Villa Nova é formado pelos eleitores de
compatibilidade.
3 parochias, Freguezia Velha, Bomílm da Villa Nova, e
O S«. Franco de Almeida :—E' o <as
que ia eu dizendo : não Queima
havia incompatibilidade, e V. Lx. quiz ser deputado; « Examinemos primeiro as occurrencias da eleição paro-
es-
tava no seu direito. chiai
Eleição primaria da Freguezia Velha.—Não houve a me-
O Sr. Presidente Acho inconveniente esta discussão-
nor irregularidade 110 processo eleitoral desta parochia.
O Sr. Franco de Almeida :—Porque ? Argue-sc que foi elle presidido pelo 2o jui/. Je psz Manoel
O Sr. Presidente Porque agora não José de Carvalho. Mas provou-se perante a commissão que
se trata desta
mataria. o Io juiz de paz, o tenente cofrnnel da guarda nacional
Antônio Pereira Guimnrães, estava no exercício do seu pos-
O Sr. Franco de Almeida:—O nobre deputado
com os to, e por conseguinte, cm virtude da lei e avisos do gover-
seus aparte» é a causa d« se estendei o meu discurso.
V. Ex. no, impedido de assumir a presidência da mesa parochia),
olha para mim, mas não olha o nobre deputado.
para (Iiito.) como expressamente foi declarado á camara municipal do
Mas, fique corto o nobre deputado de
que temo nota do respectivo termo pelo juiz de direito interino da comaxca.
JOO DÉCIMA TERCEIRA SESSÃO PREPARATÓRIA EM 28 DE ABRIL.

ü documento que isso comprova est& annexo a este pa- das as prescripçõe» legaes, e de novo organisou-a, lavran"
recer. do-se nova acta em um quaderno que elle numerou e rubri-
« A commissão. pois, tem d« declarar validos o» eleito- cou para esse tim. Continuou a eleição sem mais incidente,
e finalisou-se com regularidade. E' isto o que reza a cópia
ros da Fregnezia Velha.
« Eieiçflo primaria <1o Bom/im de Yilta Nova.—Arguo-se, anthentiea das actas desse quaderno.
« Ao mesmo tempo, porém, apresentão-se & commissão
como motivo de nullidade desta eleição, o ter sido preíi-
cópias autlienticas das actas dos trabalhosde outra mesa
dida por juiz de paz incomponte. O mesmo documento ci-
tado acima prova que o juiz de direito interino da comarca que se diz ter funccionado também 11a matriz, sob a presi-
dencia do 4° actas se estabelece que não
declarou á gamara municipal do termo que, achsndo-se juiz de paz. Nessas
impedidos de presidirem á eleição do Bom fim <le Villa Nova houve culpa dos mesarios na interrupção dos trabalhos, e
os 4 juizes de paz respectivos, porque tendo «ido nomeados que o proprio 2" juiz de paz fura quem abandonara a pre-
sidencia da mesa. Dá-se também ahi a eleição como regu-
ofTiciaes da guarda nacional exercerão effectira mente os
larmente feita.
seus postos, devia sei chamado um juiz de paz do diatricto
« Que ha falsidade nas allegações de uma das duas me-
mair- próximo, que vinha a ser o íla Freguezia Velha ; e
freguezia pelo sas, não resta duvida; ambas se dizem ter funccionado na
que estando também impedidos o 1° dessa^
mesmo motivo, e o 2o por se achar presidindo as eleições matriz, asseverando cada uma dellas a não existenci* da
outra naquelle lugar. Posto que em abono da eleição pre-
alii, devia ser chamado o 3o, Manoel Ferreira Guimarães.
sidida pelo 2° juiz de paz encontrasse a commissão dou*
De facto, foi este o juiz que presidio a ideição de Villa
documentos, a saber, uma justificação julgada por senten-
Nova, cm cujas actas não se oncontrao irregularidades, nom
reclamações, sendo de notar-se que funccionfrrao aln como ça e uma irformação do juiz municipal do termo, todavia
como se trata de decidir da falsidade da eleição presidida
mesarios quatro cidadãos da parcialidade opposta áquella
saber: o capitão Jorge Gonçalves da pelo 4o juiz de paz, não p.nsn a commissão que o deva fazer
que venceu a eleição, a sAmetre cora aquelles documentos. Parece-lhe necessário
oliva, que pertencendo A parcialidade vencida sahio 1» sup-
Nazianzeno Leoneio de Figueiredo, que pedir-se ao governo todos os esclarecimentos que haja col-
plente ; o tabcllião ligido ou possa colligir a semelhante respeito, bem como
demonstra em todo o seu procedimento, como depois se
um exame severo e consciencioso do livro e quaderno em que
verá, ser da parcialidade opposta ao Sr- Dr. Saraiva ; o al-
se escreverão as diveisas actas.
feres Manoel Tliomaz. Asselino da Silva, c o sargento Ma-
Eleiçflo secundaria. — Da «leilão secundaria do collegio
noel de ISarros Wrçnderley, que assignou posteriormente
de Villa Nova apparecem 2 actas, uma evidentemente falsa,'
como tegtemunlia uma reclamação contra a validade do col-
aegundo se verá no seguimento desta analyse, e outra au-
legio de Villa Nova, e figurou na duplicata favoravel ao
theuticando a eleição qne foi apurada pelacamara munici-
Sr. Dr. Magalhães Castro.
E' verdade quo 11a ultima acta da eleição pniochial, pai da Jacobina, e que dá força a» diploma do Sr. Dr. José
o resultado Ja urna, Antonio Saraiva.
Jsto é, quando jà se havia proclamado
« Esta segunda é arguida de falsa
npparece junto ao nome daquelles 4 mesnrios a declaração pelo Sr. Dr, Maga-
lhães Castro, que nota ainda na eleição, a que ella se repoi-
do vencido. Mas nem isso é motivo legal para se suspeitar
ta, vicios insanaveis.
de uma eleição, nem mesmo so pôde comprehender como 4
mesaricís que formavão uma maioria inabalável na mesa « Começemos pelas nnllidades que o reclamante aponta.
alguma ter sido vencidos! « l.Q—Ter sido o rollegio presidido provisoriamente, na sua
pudessem cm questão
« Allega o Sr. Dr. Magalhães Castro que nessa eleição primeira reunião, por um juiz de paz incompetente.
de Villa Nova houve coacção por parte da autoridade c ap- « O collegio devia reunir-se no paço da carnara munici-

para to 4e força.
Mas em parte alpima encontrou a com- pai, sito na freguezia de Villa Nova. A commissão já expôz
missão a prova dessa allegação. Pulo contraVio, attestações que os juizes de paz desf-a freguezia estiverâo impossibilita-
do juiz municipal do termo (o Dr. Alfredo José Machado), dos de presidirem a eleição parochisl pelo motivo legal de
e do promotor publico (o Dr. Joaquim Teixeira de Oliveira haverem entrado no exercício de seus poBtos da guarda na-
Junior), e assim também uma justificação julgada por sen- eional. O 1° juiz de paz do distiicto mais proximo (Fre-
tença, contrabalança" fortemente, so não destróem, aquella se achou impossibilitado pelo mesmo
guezia Velha) também
allegação, asseverando todos esses documentos que não hou- motivo. O 2Ü, Manoel José do Carvalho (note a camara),
ve irregularidade, nem coacção, durante todo o processo não pôde. comparecer cm Villa Nova, por estar presidindo a
eleitoral da freguezia do Bomfim de Villa Nova. mesa paroehial da Freguezia Velha. Veio, pois, o 3°, Ma-
c A commissão, portanto, tem de propor que se decla- noel ferreira Guimarães.
rem inlidos os eleitores dados por aquella freguezia. « Ora, não estando mais impossibilitado aquelle 2o, Ma-
• Nem obsta que na neta de um collegio que se diz tor uoel José de Ca/valho, se reunio o collegio, devia
guando
funccionado em Villa N*ova, sob a piesidencia do cidadão acaso ceder a presidencia ao .3°, pejo simples facto de ter
Francisco Simões da Silva, e que foi por este remettida íi sido este o presidente da eleição primaria de Villa Nova ?
secretaria do império, se fulle em outra turma de eleitores Eis a questão.
dnquella freguexin, porquanto se conhece facilmente que es- « O principio consagrado pola lei de 19 de Agosto de 1816
ses eleitores são fantásticos, não só pelos documentos a que é que todos o» actos do processo eleitoral, desde a convo-
a commissão se tem referido, como ainda pela convicção do caçãd das juntas quallflcadoras até a installação provisória
proprio Sr. Dr. Magalhães Castro, que
transpira da sua re- dos collegios, sejuo presididos pclo_cidadão que obteve do
onde não faz valer nem a du- o maior numero de votos para raiz de paz. A lei quiz
presentaçüo a esta carnara, povo
o decreto de 20 de Fevereiro d" 1817, ex-
pücata de eleitores, nem a duplicata do collegio. (assim o explica
« FJei('ln das freguesia) das Queimadas.—Nesta freguezia o pedido sobre consulta do conselho de estado de 13 do mos-
Organisou-se a mo mez) que taes actss tivessem como primeiro fiscal aquel-
processo eleitoral começou regularmente.
mesa, segundo a l»*i e instrucçõs do governo, sob a presi- le que se aehas30 no gozo da maior confiança dos mrrado-
dencia do 2o juiz de paz o cidadão Luiz Folix Barreto do res dos di.strictos. Assim, embora um supplente ou juiz de
Araújo, no impedimento do Io, o tenente coronel da guar- paz menu1* votado convoque a junta de qunliticação, se o
da nacional Francisco Simões da Silva. Lavrou-se a acta teu superior cm votos comparecer na occasião do se reunir
da organisação e installação da mesa, e em segftida prlnci- essa junta tem o direito de a presidir ; e o mesmo acontece
lis- nas mesas paroehiaes, sem embargo de ter a jun-
piou a recepção das cédulas, fazendo-se a chamada pela presidido
ta authentica que estava em poder do dito 2° juiz de paz, ta de votado. E' por este modo
qualiiieação um juiz menos
como confessão os signatarios de uma duplicata que se apre- ulteriores têm
que o referido decreto e outras disposições
senta contestando a validade desta eleição; porém, tendo o explicado a lei de eleições.
referido tenente-coronel, & testa de um grupo, suscitado « Ora, no caso actual, estando desimpedidos o^ 2o c 3o
uma questão tumultuaria sobre a admissão e rejeição de juizes da Freguezia Velha e presente aquelle 2", lora ille-
votantes entendeu o juiz de paz que devia suspender tempo- gal o que pretende o Sr. Dr. Magalhães Castro, isto é, que
rariamente até que so applacasse o tumulto e te serenassem A mesa do collegio presidisse interinamente o 3®.
os ânimos. 2." i\do ter esse presidente interino admiltido que as 2
Os amotinados prevalecerão-se da occasião para arran- turmas de eleitores da freguezia das Queimadas votassem para
caremda mesa o livro das actas, ecom ellcretirftrão-se a uma a orf/anisaçi\o
da mesa.
casa particular. Depois dessa retirada, o juiz de paz presi- I)a lei de eleições, no art. 71, deprehende-se quo os
dente da mesa, não tendo mais em seu poder o livro onde eleitores, embora nullos, antes de reconhecidos como taes,
se «xarira a aota d» sua organisação, tornou a executar to- votem na organisação da mesa. Mas comprehende-se bem
PRE PARATORIA EM 28 HE ABRIL. 101
DÉCIMA TERCEIRA SESSÃO

não parece logico, nem


cuja nullidade não s-e presumpção de falsidade, é o que
que tinha alei em vistas os eleitores
das duplicatas o de excessos procedente.
pôde conhecer à priori. O caso « 3.» — Ni\o ter tido a Sr. Dr. MagalMes Castro um ».i volo
a
ae eleitores não se acha previsto nesse artigo, e tanto que
dias, anpro- m eollegio de Vil/a Sova. j arte da comarca onde outr ora foi
camara dosSrs. deputados tem, nestes últimos bons amigos,
regular o juiz de direito, e onde preza-te de contar muito
vado pareceres de suas commissões dando como
dos eollegios, que tio pafso que leve roto.* no Joazeiro, onde nunca residio.
procedimento dos presidentes provisorios « A commissão não se demora neste argumento. Se ti-
das .rosas os
não admittirão a votar para a organisação
soocodeu na vessemos uma eleição directa , na qual interyiesse todo o
eleitores accrescidos, como. por exemplo,
facto c nstitaisse cidadão legalmente caracterisado como eleitor, poderia
eleição do eollegio de Itaguaby. Se esse
Uio de ainda causar admiração que um candidato nas circumstan-
urna nullidade, não estaria declarado deputado pelo
cias do Sr. Dr. Magalhães Castro não tivesse obtido ura sò
Janeiro nm de iiosbos maÍ8 illustrado, collegas.
voto. Mas, sendo o corpo eleitoral organisado pela eleição
€ Accrcsee que, «esmo relativamente aos deputados que
ordinário os influentes de uma chapa
apparecêrão com diplomas em duplicata, jA
a camara resol- parochial, em que do
trabalhão com compromissos anteriores tomados em favor
veu exclui-los de qualquer participação nos seus trabalhos,
deste ou daqunllo nome, coino estranhar que tendo vencido
dA-se à prior» a presumpção de que um dellcs ti
porquanto nas tre» freguezias do collogio os amigos do Sr. Dr. Saraiva,
uullo.
um oan4idato para deputado u outr» paru
< 3.« — Ter o eollegio admittido a votar promiseuamente os quo tinhão ji
supplente, votassem sómente nesses dous nomes de seus
eleitores incontestáveis com a turma dos da freguesia das Quri-
compromissos?
modas, cuja eleição fôra presidida pelo 2° juiz de paz. ^
« 4.« Uma certidão do tadellião Nastanzeiw Leor.no de
« Dado mesmo o caso que seannullem aquelles eleitores, ao Sr. I>r. Ma-
Figueiredo, datilda de 1 de Dezembro, e passada
nao resulta dahi nullidade para o eollegio, visto como. tendo
na véspera, &s 7 horas da
tido os Sr?. Drs. Saraiva e João Victor de Carvalho 70
votos galhães Castro, declarando que,
Dr. Kocha
noite, fdra chamado pelo juiz de direito interino,
cada ura, isto é, a unanimidade, facilmente se extremão,
nullos. Lsta Vianna, c em casa deste, a portas fechadas, fazendo o juiz
com ura simples desconto, os legítimos dos no seu
de direito interino a leitura da acta, n transcrevera
decisão, indicada pelo bom senso, tem sido adoptada pela
livro de notas, o qual jã estava no poder do mesrao juiz.
camara.
Outra certidão do rneimo Aazianzeno, datada do dia .í e pas-
« 4.a — Não haverem assignado a arta da eleição todos os jO
sada a pedido do Sr. Dr. Magalhães Castro, declarando que
eleitores, mas sim 02 somente.
o seu livro de notas *e achava em poder do juiz de direito
« Esta arguição de nullidade é fundada na intelllicencia
desde o dia 2 de Dezembro As 2 horas da tarda, e que nem
forçada do art. 78 da lei de 19 de Agosto, que prescreve &s 6
mesa e pelo eollegio eleitoral. tinha conhecimento da eleição, nem íora chamado ate
que a acta seja assignada pela da tarde desse dia 3 ao eollegio para tomar a eleição no seu
Mas se esta íntelligencia íor aceita cora o alcance que lhe
livro do notas.
dá o Sr. Dr. Magalhães Castro, parece ti comtnisaão que não
« A estas certidões do tabellião Nazianzeno oppõe o ..r.
haverá d'ora ávanto garantia para o deputado contra o qual
Dr. Saraiva, além da incompetência do meio para ?e infir-
a minoria ou algum membro do eollegio por despeito quizer
mar a acta lavrada no seu livro de notas, outras certidões
usar desse ardil.
do mesmo indivíduo datadas do dia 6 de Dezembro, asse-
« Demais, se se examinarem aà actus dos collegios, das
verando o contrario, isto é, que fora chama*- > pela mesa
eleições já approvadas por esta e pelas ca mar as transactas, -i » notas
do eollegio no dia 3 para transcrever no seu livro
ver-se-lia que raras vezes são ellas assignadas por todo o
a acta da eleição, e que, comparecendo Immediat&JT.cute»
eollegio eleitoral; o eleitor que adoecia durante os trabalhos
executou aquelle encargo. } ,
ou que se retirava por qualquer motivo não foi considerado }
« Accresce que foi premente A coramisKao o traMado de
até aqui comò elemento para se annullar a eleição du um o d'.to trtbcl-
um processa crime intentado cm 1851 contra
eollegio.
lião, e desse processo se \ò que fora nlle condemnndo per
« E se a coramissão quizesse ainda fazer reparo nas ex- o juiz que
no art 78 manda falsiticador dos livros do :-eu cartório, sendo
pressões da lei, poderia lembrar que o r. l)r«
achou provado esse delicto e que ocondomn^u
assignar a acta pelo eollegio eleitoral, e no art. 79 manda a
lienevenut»» Augusto de Magalhães Taques. I-. posto que
assignar as authenticHS por todos os membros da mesa, nu» Bahia iu o
coramissão esteja informada de que a relação da
se servindo da expressão todo quando se refere no eollegio.
* A' excepção (lestas nullidaues, outras não aponta o Sr. confirmou aquella sentença, ainda assim, respe.itando a
o
decisão desse tribunal, não pôde prestar f£ a um individi
Dr. Magalhães Castro.
em raes circumstancias, quando pretende elle', com attes-
« Passemos agora áarguiç&o de falsidade da acta que se
tados eontradictoiios, f»»z«?r recahir a accusaçno de fiusariOB
tem anulvsado atú aqui.
sobre magistrados o cidadãos respeitáveis.
« Seguindo a mesma oídom, examinaremos cada uma das
« Cumpre ainda não perder do vista que o tabeiliuo Na-
provas ou presumpçSes. zianzeno figura sempre nesta questão como pessoa dedicada
à\qo ter interino do eollegio que
< \ querido o presidente a uma das partes nella interessadas.
a nr-
as ditai turmas ie eleitores das Queimada' notassem fiara
08 votos da turma xllegal -"Io < 5.u l'ma carta do eleitor de Villu .Vota, o Sr. tenente-
ganisacão da mesa, afim de
coronel Anlomo Nunes Rodrigues de Freitas, dirigida ao Sr,
collocassem ali escrutadores seus para impedirem qualquer
¦manejo illegat. Dr. MogalhQtt Castro, em que lln attesta que estei e na villa até
« A comraissão obsexvará simplesmente que os amigos do o dia 5 de Dezembro, t no collegia. onde de" a sua ctiuia ;ni"t
Sr. Dr. Saraiva erão cm numero de 70 contra 23, que tantos a mesa, e não a deu pãra deputado poique não houve maw eleição
forão os eleitores da duplicata das Queimadas nue no col- na sala da camara municipal. .
« O Sr. Dr. JustiniaHO Baptista Maduveira, jniz o di-
legio se apreacntArão. Ora, havendo accordo prévio, como
diz muitas vezes <> Sr. l)r. Magalhães Castro, dos amigos do reito eirectivo da comarca da Jacobina, mandado p< Io P*''"
«lesta eloi^ao,
Sr. Dr. Saraivn, facilmente dividindo os seus votos poderião sidente da piovincia para syndicar dos íactos
elles collocar na mesa secretários e escrutadores do seu nflirmou ao presidente qúc o d;to Freitu* assistira á eleição
lado. Demais, essa fiscalisação pôde ser exercida sem e depois por complacência dera aquella declaraçao.
lhante
dependencia de se ter ura assento na mesa como escruta- * Mas não é isso simplesmente o que inlirraa sem
alím
dor; os eleitores dasQueimadas devijo, se desconfiassem da declaração. O que a iniirma í que, de 69 eleitore* que,
a
mesa, estar attentos a seus actos e não sahir do eollegio, de Freitas, assistirão à eleição, e de 62 que assignáruo
Ora,
deixando-a em plena liberdade. acta, nenhum mais acompanhou-o om tal declaração.
não ter querido primeiro o eollegio não i crivei que entre 70 homeus, na posição do representa-
« 2.o 0 farto de a
aceitar promiscuamente os votos dos eleitores incontestáveis rem seus comparoehianos, só se achasse um que tivesse
com os ilai eleitora das duas turmas das Qtisimadas, r haver conscioncia tão recta. Nem se pôde erigir em principio que
de um col-
consentido nisso logo que tafiio a íurma dos amigo• do Sr. Dr. a declaração graciosa, por carta de um cl«ítcr
de
Magallules Castro. „ legio, possa contrabalançar, e muito menos convencer
. cm lavor da
< Este facto pôde ser taxado de parcialidade do eollegio falsidade uma acta assignada por B2 eleitores,
ofllcioes o particulares das
em favor da uma das turmas; nisso
concorda a commissão, qual ha ainda as declaracSes
o juii de
e que ati! dalii proviria nullidade para o eollegio se não s, autoridades mais gradas do lujjar, como seioo
4 eleição, o juiz
votos legítimos dos nullos, caso direito effectivo, o interino quo ali assistio
pudessem extremar os
venha a reconhecer-se aue os eleitores dessa turma afio municipal e o promotor. .
. O Sr. Dr. Magalhães Castra apresenta ainda uma <*r-
r.ulloe. Ma» concluir-se aaquelle paiso menos pensado uma
-102 DÉCIMA
QUARTA SESSÃO KlEPARATORIA FM 20 DE ABRIL.
tidao do secretario da camnra de Villa Nova,
passada de vmeia da Bahia o Sr. Dr. JostJ Antonio Saraiva,
seu motu-propri»., impugnando também a veracidade que obteve
da nos 3 collegios desse districto 102 votos, não incluindo
acta. Esse secretario <5 o Sr. Manoel de Barros Wanderley, os
dos eleitores da freguezia das
na eleição de Villa Queimadas.
que primaria Nova üeára na lista dos Sala das commissões, 28 de Abril de 1857.—F.
supphntes Orlada-
por pertencer ii parcialidade vencida, e que tam- no de Almeida Rosa—J. Marcondes dó Oliveira e Sd. Ama-
bem figura como testemunha na representação dos
eleitores ro Carneiro Bezerra Cavalcanti, vencido. »
das Queimados
que votárão no Sr. Magalhães Castro.
< Mas o que dá a medida do valor daquella
certidão í o ELEIÇÃO DE MlNAfi-GERAES.
seguinte. O br. Barros Wanderley
jura nessa certidão que
no dia ire.s de Dezembro se reunio o collegio
eleitoral na (15o districto.)
casa da câmara, e não be lavrou acta nes&e
dia; e ao mesmo
tempo o . r. Barros W anderley apparece Lè-se , entra em discussão, e sem debate í approvado, o
assignado como
eleitor presente na duplicata seguinte
que se diz feita na ma/ris, e parecer:
votando aln (na matriz) no
referido dia tret. Nas actas « A 6a commissão de
dessa duplicata, assignadas poderes , a quem foi presente o di-
pelo Sr. Barros Wanderley, se plomado deputado eleito pelo 15° districto da
província de
declara
que os eleitores da segunda turma das Queimadas Minns-Geraes, não tendo encontrado irregularidade
se retirarão da casa alguma
da camara no dia dous; ao passo no processo eleitoral, é de
eo attestado do mesmo
que parecer :
senhor se dá esse facto como passado «1.» Que seja reconhecido deputado o Sr Dr.
no dia ires. Francisco
Cyrillo Ribeiro e Souza , com 58 votos, e supplente o
« Note-se Sr. vi-
que as cópias das actas da referida duplicata, gario Francisco GuaritiV Pitangui, com 91 votos.
que a commisüão teve presentes . se achão conferidas pelo « 2 ° spjão considerados validos os nove eleitores da
^Que
próprio Sr. Iíarros Wanderley. freguezia de Itatiaiossú, visto estar verificado,
« A coramissão pela própria
podia chamar ainda a attenção da casa declaração do presidente da
província , que o numero seis
para o attestado em questão, tão precipitadamente lavrado anteriormente marcado não era conforme ás bases
da lei e
que ia denunciando talvez a sua antedata, se uma mão ca- ao resultado da qualificação.
ridosa não viesse em soccorro do secretario da camara. Paço da camara , 28 de Abril de 18V7.— Jo,lo
O Pedro Dias
attestado traz a data de 6 de Dezembro; mas o Sr. Barros Vieira.—Francisco de Saltes Torres-!tomem— Antonio Pereira
Wanderley o começou assim : < Altesto, debaixo
de juramento Pinto. >
do meu cargo. em como nos
dias três de Dezembro do anno
O Sr. Presidente declara deputado
passado, ele. > Essa expressão ann» passado, que talvez esca- pelo 15° districto da
de Minas-Geraes o Sr. Dr. Francisco Cyrillo Ri-
passe á consciência do Sr Harros Wanderley, foi emendada província
com outra tinta e ficou asi-iifi redigida: anno beiro e Souza, e supplente o Sr. vigário Francisco Guaritá
proximo, A Pitangui.
camara dos Srs. deputados
pôde tirar deste fauto as conse-
quencias que elle autorisa. ELKIÇlo DE S. PAULO.
« São estes os argumentos
principaes a que se soccorre o
reclamante o Sr. Dr. Magalhães Castro. Outras allegações (7o districto.)
faz elle de^ que não apresenta
prova, e que portanto não Ixí-se , entra em discussão , e cem debate é approvado,
devem obrigar a commissão a occupar o
por mais tempo a
attenção desta camara. parecer da 7" coramissão de poderes sobre a eleição deste
« Se o Sr. Dr. José Antonio da Rocha Vianna, districto. (Vide. ses\Qo de 27 do corrente.)
juiz do
direito interino da comarca, estivesse disposto a usar de sua O Sr. Presidente declara deputado
pelo 7° districto da
influencia em favor de um candidato, era mais natural
que, província de S. Paulo o Sr. Dr. Bernardo Avelino Gavião
sendo eleitor Peixoto, e supplente o Sr. Antonio Luiz Pereira da
pela freguezia da Jacobina e juiz municipal Cunha.
desse termo, tratasse de abi
guerrear o contendor do seu Levanta-se a sessão ás 2 horas e 20 minutos da tarde.
lavorecido. Lntretnnto, o Sr Dr. Vianna não compareceu
ao collegio da Jacobina,
perdeu o seu voto c deixou de
arrastar com sua
presença os eleitores, que, sendo cm nu-
mero de 48, derão 30 votos ao Sr. Dr.
Saraiva, e 27 ao Sr.
Dr. Magalhães Castro. Itceimn quarta sessão preparatória 0111 29
« Não 6 crivei
que um juiz formado, e que homens im- ile *l»ril.
portantes de um município, tendo, como assevera o Sr. Dr.
Magalhães Castro, interesse
pela eleição de um candidato, PRESIDEINCM DO SR. 1>TOMO J0S1 IIK.UAIIO.
e contando, como o diz o mesmo senhor,
com um collegic
aecorde, sem obstáculo nem opposição, violassem
a lei e os SiMMtiuo. — Expediente. — Ordem do dia. — Eleirúo Je
princípios de honestidade, pelo simples
prazer de com m et ter S Paulo. Adiamento — Kleiçho dvHio tirou,te do Sul. Vo-
u:n crime, inútil o sen candidato
para e favoiavel á pre- taçiio. — Eteiçto do Ceani. Adiamento. — Eleição da llahia.
tenção do candidato contrario.
Discursos dos Srs. Bezerra Cavalcanti, rJ. Marronder.
« Não é crivei
_ que 69 homens importantes de um muni-
cipio tolerassem
que se abusasse de seus nomes em um A's 10 horas e '/, damanhãa, achando s.
instrumento falso, sem reclamação de sua presentes os
parte, e antes Srs. Nebias, Fernandes Vieira, Martinho Campos
c-.ni declaração expressa de Cer-
quasi todos de que esse instru- Leite, Villela Tavares, Silveira Lobo, Bezerra Ca-
mesto era verdadeiro. queira
valcanti, Franco de Almeida, Jacup.ribe,
« Nao é crivei, finalmente, Sonzu Leão
que todas as autoridades for- Cunha Mattos, Salathiel, Paiva, Laudulpho,
madas, 1 Francisco
juiz de direito, 2 municipnes e 1 promotor, qui- Doiumgues, Uarbosa da Cunha, Paranaguá
zesseni c Almeida Pe-
queirão proteger uma fraude desta ordem, c reira, André Bastos, Mendes da Costa . 1 Vdro
só rcpugnas3em o repugnem a ella um eleitor d'entre que Muniz, Fer-
70, nnndes da Cunha, Vasconcellos, Fiusa,
um tabellião falsario e um Pereira Pinto,
empregado da camara municipal Costa Pinto, Machado, Athaide, Pompèo,
que íigura em uma duplicata falsa e JoâoFelippe,
que passa attestados J.^ Marcondes, Aranha, Saraiva,
ua ordem -laquelle Harros Pimentel, Madu-
que fui am.lysado pela commiseão. rena, 1 orres-Homem, Antunes do Campos,
« A vista de todas estas razões, Cruz Machado,
a commissão é de pa- lsaptista Monteiro, Diogo Velho.
i-ecer: 1 Paes Barreto, Si e Albu-
querque, Ramalho, Alcantara Machado, Teixeira Júnior,
' ° 'l"e s.® approvem os eleitores
dos collegios de Ja- I mto de Mendonça, Luiz Francisco,
cobma c Joazeiro. Culheiros, visconde de
Baependy, Cândido Mendes, F. Octaviano, Delfino de
Almei-
^u.e se. aPP£0Vera os eleitores da Freguezia Velha • da, baião de Camíiragibe, Rego Barros. Jeronymo
i
da Coelho,
de Borahm de Villa Nova, contando-6e
aos Srs. Drs. José Luiz Carlos, Silvino Cavalcanti . Gavião 1'eixoto,
Antonio Saraiva e João Vietor Pinto de
de Carvalho os votos que Campos, Dantas, Gonçalves da Silva
obtivorao desses eleitores no collegio , Peixoto de Azevedo,
de Villa Nova que se Toscano, Barreto, Miguel de Araújo, Lima e
reumo na casa da camara. Silva. Salles,
Dias Vieira, Felippe de Araújo, Pereira Franco, Viriato,
^ ° ',
Q*Je se peção ao governo esclarecimentos sobre as Augusto de Oliveira, Pacheco, Cyrillo, barão de S. Bento
eleiV<>es da freguezia das
f.livros Queimadas, a respeito de cujo» Tobias. Loite, Castello Branco, lilonteiro de Barros
deve proceder-se a um exame severo. , Silva
Miran^L, Gaioso , Augusto Corrêa , Araújo Lima, Ilermo-
*-° se declara deputado
pulo 12» districto da pio- genes, Carneiro de Campos , Sampaio Viana», Pederneiras,
DECIM 1 QUARTA SESSÃO PREPARATÓRIA EAI 20 DE ABRIL. 103

Costa Moreira, Brandão, Ararão , Belisario , Jacmtho de a discussão do


parecer hontem inesperadamente, tendo sido
Mendonça , Benevides , e Tiborio , abre-se a sessão. conforme os o&tylos Via casa dar-se
pura a ordem do dia os
Lê-se e approva-te a acta da sessão antecedente pareceres que se mandão imprimir no Jornal do Commercio ;
e?te o não f.lra
previamente. E tanto eu não esperava que so
O Sr. Io Secretario dá conta do seguinte. tratasse hontein de semelhante assump*o
, que não trouxe
comigo alguns documentos ; a
EMM.JHFJNT! . própria cnninissào se achou
110 mesmo o-a- o
que eu , pois qn ; não estava presente , ainda
que sem eu o saber , porque tinha v.sto o nobre deputado na
Um officiodo ministorio do impei io , remetteudo um i i'-
camara.
{icio do presidente da província d:i Bahia . acompanhado de
novos documentos relativos ás eleições de Novembro o De- O Sh. (_.imia Mvrros : —- O nobre deputado não
espera-
zembro do anno findo. — A respectiva commissão. va ; nós não esperavamos , e entretanto fomos
censurado».
O Sn. Cimia Mattos fpela ordem): Sr. presidentè , oc- O S«. Fkarc.) i>k Almeida : — Sr.
presidenta . a minha
cupareia attençãode V. Fx. por poucos momentos ,e uni- opinião combateu Io o pareci i da commls-Xo não foi
admit-
camento para relatar á cumaru os motivos du falta que com- tida ; agora sub> rdino-mo á deçisão da casa ; mas emquan-
metteu h ontem a 1» commissão de poderes, deixando de as- tonSo estavaepprovado pela maioria o
parecer, estava no
sistir á discussão de um parecer a respeito da eleição de um meu direito, entendendo >' procurando sustenta lo
, que u
deputado pelo Pari. commissão não tinha procedido como me parecia convenicn-
Hontem, logo depois de minha chegada, dirigi-me a V. te ao exame rigoroso da matéria. Se foi deslealdade minha
Ex. pedindo-lhe que tivesse a bondade de^ dizer-me se por combater o parecer, com o
qual me não conformava , então
ventura esse parecer seria submettido á discussão. V. Ex. declaro que serei muitas vezes deslc.il, porque hei do me
dignou-se declarar-me que não ; porque, tendo sido o pare- oppôr sempre As
proposições que não estiverem de accordo
cer impresso, deveria seguir a marcha dos trabalhes esta- com os meus pensamentos.
belecida pela casa , sendo dado para ordem do dia se- E' possível que eu fosse um
pouco energico em minha»
expressões ; se assini aconteceu , foi
guinte. porque não tenho ainda
•Sabendo eu depois que o Sr. Serra Carneiro, meu collega bastante conhecimento dos estyh s
parlamentares, visto que
da commissão, achava se doente , resolvi ir á sua casa afim <5 a primeira vez que tomo assento na casa. Mas
parece me
de adiantarmos o trabalho a cargo da mesma commissão , que o nobre deputado foi pouco cavalheiro não esperando
relativo ás duplicatas das províncias do Ceará e Maranhão. pela impressão do meu discurso.
Eu não podia antever que a ordem do dia so esgotaria e cn- O Sr. Cunha Mattos : — Sei o
que contém.
traria em discussão o parecer de que trato.
Sr. Fiux o dk Almi idv : -— Não dexia
Não foi o desejo do fusçir do debate que me arredou desta precipitar o seu
casa (apoiados); não foi tão pouco falta do consideração para juizo, devia forma-lo depois de ler as minhas própria» pa-
lavras ; não eu naia do alterar o
com o nobre deputado pela província do Pará, que me havia porque que disso , mas
prevenido de que íallaria sobre essa questão. porque muitas vezes, no calor da discussão, sf; dizem pala-
vras que não deixão bem conhecer o
Mas esse nobre deputado , tendo ae tratar da matéria , pensamento do quem
as profere , e por isso
com generosidade muito inferior áquella que eu esperava parecem offensivns ; entretanto não o
são, combinadas com as outras
delle aggredio a commissão por uma maneira mui descom- partes do discurso.
munal. anto não era minha intenção magoar a commissão,
que
O nobre deputado pela província do Pará não duvidou declarei, respondendo a um aparte do nobre deputado o Sr.
nvanrtar a proposição que a Ia commissão de poderes tinha Viriato , que o meu lim não era o {Tender a commissão
, que
illudidoa camara. muito respeito , sendo amigo de alguns do seus membros e
Creio que o nobre deputado pelo Pará não fez justiça , ao nutrindo afleição nobre deputado.
pelo
Mas, so iorão duras as expressões de
menos á maioria da commissão ; já não trato de mim. que me servi, o
Eu, Sr. presidente , tenho procurado estudar essas ques- meu não foioffbnder a commissão. Faça-me ella
pensamento
toes pelo melhor modo que é possível. Se as idéas que sobre esta justiça.
cilas eu o meus collegas temos emittido nos pareceres
que PRIMEIRA.
havemos submettido á consideração da casa não têm sido PARTE DA ORDEM DO DIA.
lúcidas, semelhante defeito não tem provindo de nossa von-
ELEITO DE S. PALIO.
tade. O nosso desejo seria desempenhar o mais cabalmente
possível a missão que no3 commotteu a camara. (6° dislri€to.)l
A ausência da òommissâo na discussão a que me rofiro
nenhum prejuízo causou ; não «o doterminou cousa alguma Lê-se, e vai a imprimir antes d» entraremdiscussã»
, o
o até era inútil a seguinte
que invalidasse o parecer da commissão , parecer da 7" commissão de poderes sobro a eleição
sua presença , se achava na casa o nobre deputado dos Srs. Drs. Joaquim Ignacio Kamalho e Joaquim Octavio
quando
do Aguiar , Nebias.
pela província do Pará, o Si. Fausto Augusto
rebateu perfeitamente os argumentos do nobre deputa- « A 7" commissão de
poderes, a quem forão pi escutes o»
o que combateu o parecer.
3ue dou9 diplomas apresentados pelos Sts. Dr. Joaquim Ignacio
Lu queixo-me unicamente da falta de cavalheirismo quo
Ramalho e Dr. Joaquim Octavio Nebias, se coneidorão
o nobre deputado pela província do Pará praticou para com- que
eleitos deputados pelo <i« districto eleitoral dn
nosco , falta de cavalheirismo que seguramente a commis- província de
S. Paulo, tendo instituído o mais acurado exame sobre todos
são não mereceu. Acredito que o nobre deputado hoje esta-
os documentos que lhe forão remuttidos, confrontando as
rá arrependido das expressões manos cabidas que proferio
actas da eleição secundaria com as parciais das as-iemblfas
a respeito da 1° commissão de poderes ; mas não pude dei-
xar de manifestar á camara quaes as causas parochiae», apreciando separadamente rada uma de per si,
que occasioná- e ouvindo a ambas as partes, afm do podor melhor etclare-
rão a nossa ausência.
cer-se, submetto á consideração desta augusta camara o
O Sr. Fra-nco i»ü Almeida (pela ordem): — Sr. resultado dos seus trabalhos.
presidon-
te, não ouvi o principio do quo disse o nobre deputado , mas « 0 6" districto eleitoral ó formado de um só collegio,
como se dirigisse a mim, e referindo-se ao discurso
que hon- que se compõe das parocliias de Itapetininga, Tatuliy, lio-
tem proferi, não posso deixar de dar uma explicação. tucatil, Sarapuhy, Itapeva, Psiranapanemue ApialiV, tendo
Em primeira lugar noto quo não tendo sido ahxda im- por cabeça a cidade de Itapetininga, segundo a disposição do
piesso esse discurso, o nobre deputado não quízesse espe- decreto n. 1,822 de 17 de Setembro do 1!!5»>.
rar afim de conhecer depois se «a realidade usára de expres- « Eleição primaria.—O processo eleitoral correu em
geral
sões que lhe fossem onensivas. Pelo contrario julgou regularmente, o tem vicios
que que possão infirmar a sua vali-
devia regular-se talvez não fossem as dade, exeepto na parochia do Tatuhy, onde o concurso de
por informações quo
maÍ3 verdadeiras.... algumas irregularidades parece exigir o reconhecimento
da nullidade da sua eleição, como mais tarde a commissão
O Sn. Cimia Mattos : — Forão muitas e uniformes.
exporá.
O Sr. Franco de Almeida : — O nobro deputado , não sei « KleiçOo secundaria. — Consta da cópia authentica da
se com razão. Misse no meu procedi- acta da sessão preparatória, enviada pelo ministério do im-
que houve deslealdade
mento. Se fui desleal na ausência da
por discutir o parecer perio, que no dia 2 de Dezembro proximo passado, achan-
ooratr.isíão, a culpa não foi minha ;
procedeu de principiar do-3e reunido o collegio eleitoral uo corpo da igreja matriz
'i E\1 29
10 DÉCIMA SESSÃO PREPARATÓRIA DE ABRIL.
QUARTA

da cidade de Itapctininga, afim de proceder á eleição


de um parecer em separado, no qual entendiío: J°, que o collegio
devia separar os votos dos eleitores de Tatuhy, por isso
deputado 6 supplènte, c sendo ahi presente o juiz de paz que
José Vieira, com o havendo sido tumultuariamente organisada a mesa com o
mais votado daquella paroehia, Manoel
escrivão do seu cargo, procedeu-se á chamada dos eleitores 5° votado para juiz de paz, depois de suspensos os trabalhos
cquelle districto, acharão-se presentes 0t>, pelo Io juiz, tinha deixado devotar uma grande parte dos
que compõem
sendo 18 de Itapctininga, 4 de Sarapuhy, 18 de Botucatú, votantes, que em consequencia dessa suspensão licárão na
fé de que a eleição não se faria naquella oceasião; 2®, que
3 deApiahy, 7 de Itapeva, A de Paranapanema e 12 de
igualmente devião ser tomados em separado os votos dos
Tatuliy, verilicaudo-Ée laltarem sem causa justificada dou»
eleitores da paroehia da cidade de Itapetininga. visto ser
eleitores de Itapeva, e dous de Paranapanema, José Rodri-
de Carvalho e Joaquim da Costa Mendes. publico que a qualificação pela qual se fez a eleição fôra
gues
* Organizada a mesa interina segundo as formalidades presidida pelo major Manoel José Vieira, que pelo facto de
ter aceitado o lugar de commandaute do esquadrão de ca-
exigidas pela lei, e procedendo-f-e & eleição dos mesarios,
vallaria da guarda nacional estava inhibido e de modo
recetcrão-se (iü ce lulas, e forão eleitos secretários os cida-
algum p dia presidir a junta
dãos José Joaquim Alves Machado e Antonio Elias de Car- qualificadora.
A mesa do collegio, sujeitando á discussão ambos estes
valho com 32 votos cada ume escrutadores os cidadãos
Jo é Francisco de l-Veitas e Manoel da Costa Brisolla com pareeeres, submetteu primeiramente á votaçã» á questão
re- relativa aos eleitores do Cajrto Bonito de Paranapantma, não
31 votos. Procedend -se depois A eleição do presidente, e
consentindo que sobre ella votassem os mesmos eleitores;
cebido igual numero de cédulas, forno votados os cidadãos
e por iòso decidio-se por maioria, resultante da exclusão
Hygino José Ribeiro de Oliveira e vigário Modesto Marques
do que, daquelles õ, que ndo se aceitassem as sua* cédulas, por nõo ser
Teixeira com 3o votos cada um; em consequencia
em favor do primeiro, tal freguezia perto.ncenlc áqwlle districto. Requereu então o
procedendo-se á sorte, esta decidio
os actos do processo eleito- mesario Antonio Elias do Carvalho que fossem estes votos
que tomando assento continuou totaados em separado, segundo a disposição do art. 71 da
satisfeitas.
ral, sendo todas as formalidades regularmente
— No ,lei de 19 de Agosto de 1846, e pela maioria da mesa foi de-
« (Diploma do Sr. Dr. Joaqvim lynario Ramalho.)
da cópia au- cidido não ter lugar este requerimento sem submettê-lo A
dia seguinte (a de Dezembro), segundo consta
ao Sr. Dr. decisão do collegio.
thcntica da respucti-a acta, que serve de diploma
O presidente, consultando em seguida -o collegio se
Kamulho, acliando-se presentes os mesmos eleitores que
devia ou não tomar em separado os votos dos dous eleitores
havião comparecido na véspera, e mais o «leitor da paroehia
de Carva- da paroehia de Botucatií, João Antonio de Almeida e Silva
do Capito Bonito de Paranapanema José Kodrigues
assim e Claudino Antonio Ferreira, decidio-se pela aílirmativa, e
lho, que não comparecera anteriormente, prefazendo
o collegio a nada mais se tratou sobre a verificação dos eleitores; de-
o numero total de 87 eleitores , continuou
vendo notar-se que não kouve decisão alguma sobre as
1'unccionar regularmente.
um outras questões apresentadas ao collegio,
« Apresentarão então os dous mesarios escrutadores quer pelos dous
verificação dos diplomas dos eleitores das mesarios escrutadores que primeiro derão
parecer sobre a parecer, quer
diversas parocliias que comparecerão ao mesmo collegio, aos pelos dous secretários que apresentárão voto separado; e,
as seguintes duvidas:- pelo contrario, declara-se positivamente que, nada mait
quaes ollerecérão havendo a tratar sobr» tal auumpto, detilieriira o
« Parochiade Botucatú. — 1.® Que não comparecendo na presidente
proceder ao recebimento das cédulas!
formação da mesa parocliial os supplentes dos eleitores,
de paz para re- « (Retirada e protesto da maioria.) — Neste acto os dous
cliamára-se o S» votado na eleição de juiz
membros dissidentes, José Joaquim Alves Machado e An-
e, como não comparecesse, ffira-se
presentar essa turma, tonio Elias de Carvalho, retirârão-se da mesa, entragande
dia o 6®, 7°, 8° c9«,
successivameute chamando no mesmo
es dou» um protesto que consta da respectiva acta, cuja cópia serve
comparecendo unicamente este ultimo, que nomeou
10 do decrete de diploma ao Sr. Dr. J. J. Ramalho, no
membros da mesa, sendo assim violada o ait. qual, unidos aos
essa eleitores das parocliias do Capão Bonito de Paranapanema,
11 1,812 de 23 de Agosto de 1856, e que julgando por
fossem Botucatú, Saiapuhy, Itapeva, e 1 de Tatahy, ao todo 35,
causa a eleição viciada e nulla, erão de parecer que
da mesma declarârão que, convencidos da injustiça e violência com-
tomado» em separado os votos de lti eleitores
mettidas maioria da mesa para com os eleitores da
paroehia. . pela
« 2.° Que um dos eleitores, Claudino Antonio lerreira, primeira destas parochias, privande-os de votarem até mes-
do mo em separado, para dest'arte e iníquo manejo ficar em
não tinha a ronda exigida pela lei, por ter na qualidade
maioria a parcialidade representada pela maioria do colle-
240j> annuaes de ordenado, c deste mesmo
professor publico
emprego achar-Ee demittido, e que portanto, reputando-se gio, protestavão contra semelhante arbítrio e requerião que
o seu protesto f, ssc inserido na acta afim de conEtar ao
nullo o seu diploma, não devia ser admittido a votar.
« 3.» Que outro eleitor, João Antônio de Almeida e Silva, poder competente.
« Na falta pois dos dous mesarios
residia fora da paroehia por ter-se desmembrado o lugar que se havião retirado
a mesa nomeou a dous outros eleitores; e passando ao rece-
da sua rcsidencia para a paroehia de Itapetininga, e por
biooento das cédulas para a eleição do deputado, forão rece-
essa razão não se deveria reconhecê-lo como eleitor, e nem
bidas e apuradas 32, obtendo o Sr. Dr. J. J. Ramalho
aceitar a sua cédula
32 votos; e recolhido igual numero para supplente, obteve
« Paroehia ilo C"pào Ttonito d<• Pornnapvunxa. — Que
refèrião-se á freguezia do o Dr. Fidencio Nepoinuccno 1'rates igual votação , cujo
quatro dos diplomas apresentados resultado foi relacionado e publicado por edital.
Capõo lionito, de que não trata o decreto de 12 de Setembro
Declara n mesma acta que não comparecendo & cha-
lie 1856, que dividira o h® districto da província, e portanto
mada 30 eleitores que especifica individualmente, sendo 18
não devendo os cidadãos portadores de tne< diplomas ser
de Botucatú, 7 de Itapeva, 4 de Sarapuhy e 1 de Tatuhy,
reconhecidos como eleitores do ti® districto, por isso que
entendera o collegio que elles se havião retirado sem motivo
não conhecida, e que não estava
perteneião a uma paroehia
comprehendidii nc» districto, não podião ter parte alguma justo, e por isso resolveu unanimemente que fossem multa-
dos no máximo.
no collegio, devendo ser os seus votos tomados cm separado.
Releva notar-se sobre esta acta delia
« Paroehia de Sarapuh;/. — Que os diplomas dos seus que, comquanto
constem diversas formalidades satisfeitas
quatro eleitores erão informes e obscuros,
contendo protes- pelo collegio,
todavia não se declara
tos, contra-protestos e muitas prolixidades impróprias de que a mesa distribuio papel para as
cédulas dos eleitores, e se votárão ou não em
diplomas, accrescendo não poder conlerir-se com^a aetaori- papel da mesa,
como expressamente determina o art 25 do decreto n. 1,802
não apresentar-se o livro respectivo, e não podendo
ginal por de 23 de Agosto de 1856.
apreciar u validade dc tal eleição, deixa-
por consequencia
vão ao arbítrio do Cullegio qualquer decisão a respeito destes « Diploma do Sr. Dr, Joaquim Octavio Nibias. — J)a acta

eleitores. que serve de diploma ao Sr. Dr. J. O. Nebias consta que os


« Parochiade 1 (apua.— Qfle quatro eleitores apresenta- 35 eleitores que se separãrão da minoria reunirão-se em
rão diplomas cuja legalidade não podia ser verifióada por acto euccessivo no corpo da capella-mór da mesma igreja

falta do livro das netas; e que, comparecendo sem diploma matriz onde funccionava a minoria, e perante o juiz de paz
os dous outros, José Rodrigues Simões e José Joaquim de mais votado da paroehia, Manoel José Vieira, com o escri-
Almeida, erão de parecer que fossem os seus votos tomados vão a seu cargo, foi lido um oflicio dirigido ao mesmo juiz
em separado. pelos dous mesarios dissidentes já mencionados, no qual,
< (Voto >rparado.) — Entretanto, os outros dous meBanoi referindo todo o occorrido anteriormente, declaravâo que
ccretarios, não concordando com estas conclusões, derão vendo o estranho procedimento s. violência da maioria da
'ARATORIA EM 29 DE ABRIL. 105
DÉCIMA SESSÃO PRK
QUARTA

o mento dos snpplentes de eleitores, c tendo o presidente


mesa, cuja parcialidade política achando-se em minoria,
havia para isso excluído convidado o 5o votado na eleição de juiz de paz do districto,
querendo a todo o custo triumphnr,
de Pa- devia esperar até o dia seguinte ás 9 horas da manhãa para
de toda a participação no eollegio aos^ cinco eleitores
á então convidar 6uccessivamente os immediatos; a commis-
ronapanema sob o pretexto de seus diplomas roferirem-so
são verilicou da respectiva acta que, tendo o 5o cscusado-se
freguezia de No3sa Senhora do Capão Bonito de Paranapa-
o dia seguinte, o
nema, e não dizerem simplesmente Nossa Senhora do Pa- porescripto. pareceu ocioso espera-lo até
competente em nor isso b-uccessivamente forão chamados o (>°, 7° e 8o, e
ranapanema, o que só poderia fazer o poder
navendo os dous primeiros declarado não ter resposta os
tempo opportuno, haviüo por isso resolvido retirnr-se dessa
convites officiaes que lhes forão dirigidos, assim como o 8*
reunião tumultuaria alim do exercerem legalmente os seus
bem eviden-
direitos procedendo ao preces&o eleitoral, e para esse fim que não comparecia por estar incommodado,
ciado estava o propósito firme de não tomarem parte na
convidavão ao mesmo juiz a comparecer com urgência na
formação da mesa, pelo que seria inútil esperar para o dia
capella-mór da matriz, afim de novamente formar-se o
seguinte, tanto mais que sendo ellcs do numere de eleitores
eollegio com a maioria dos eleitores presentes, evitando-se
c supplentes convocados para formação da mesa havião
assim que se disse o lacto de 32 eleitores predominarem
deixado de comparecer.
sobre 35. .
< 2.o Quanto no eleitor Claudino Antonio Ferreira não
« Em virtude deste convite resolveu o juiz de paz proce-
der de n#vo 6. formação do eollegio com a maioria dos elei- ter a renda exigida pela lei por achar-se demittido do
a commissão que
tores presentes, tanto mais que (como declara a acta) fôra emprego de professor publico, entende
elle testemunha ocular das violências semelhante allegação não prova que com efie!to elle nio
praticadas pela contrario a presumpçüo
maioria da mesa, que havia procedido mnito irregular- tivesse a renda exigida, sendo em
mente privando de votar mesmo em separado aos eleitores legal resultante de achar-se esse cidadão qualificado, e d»
o diploma sem observação
de Paranapanema. ter a me.-a parochial dado-lho
« Tomando portanto assento na mesa com o respectivo nem reclamação alguma. . , ,
escrivão mandou procede#á chamada, e verificou acha- € 3.o Quanto á contestação de rcsidencia do eleitor João
Almeida, evidente que as mesmas pre-
rem-se presentes 35 eleitores., sendo 18 de Iiotncatú. 7 de Antonio de parece
se dão tara-
Itapeva, faltando 2 eleitores; 5 de Paranapanema, faltando sumpçõeá que militão a respeito do antecedente
bem a seu respeito, porquanto estava qualificado na paro-
] ; 4 de Sarapuhy, e 1 de Tatuhy, faltando 11; em vista do
exigidas pela lei, elegeu-se chia, foi eleito, o tevo diploma sem reclamação alguma ; o
que, procedendo ás formalidades o seu domicilio
a mesa definitiva, que achar.do-se constituída recebeu os
nem ha prova de que não tivesse &hi
foi nomeada a commissão quando se procedeu ú qualificação. 'm-
diplomas, e pelo presidente que —A
« Parochia de Sousa Smliorti de Paranapanemo.
devia dar parecer sobre o dos mesarios, e tendo o eollegio
feita li legitimidade destes ciei-
procedido a'esses
actos com regularidade, lavrou-se a procedencia da contestação
unicam<jnto
respectiva acta. tores é fóra do toda a duvida. 1* unu.a-sc ella
« A's duas horas da tarde do mesmo dia, continuando o em não haver o decreto de 12 de Outubro de ] 85(i desigr.ado
— Capão Bonilo — ao passo que
eollegio a funccionar, apresentou- ae o parecer da mesa essa parochia pelo appellido
— Nossa Senhora do Capiío Lauto
sobre a validade dos diplomas apresentados, os quaes jul- i a acta parochial a designa
: de Paranapanema,— nome pelo qual é essa parochia conhe-
gou legítimos, menos o do eleitor de Tatuhy, pelas razóes '
cida vulgarmente, e até algumas vezes tratada na corres-
que já ficão expostas no parecer dos dons rr^esarios dissi-
dentes; i vista das quaes, sendo evidentemente irregular official.. ,
pondencift
tal eleição, era conveniente tomar-se em separado os votos « Paruhia de Saiapulnj. — Quanto ás formalidades o
redacção dos diplomas dos eleitores desta parceria,
do único eleitor daquella parochia, José Alves de Araújo, quatro
as
nada encontrou a commissão_ que pudesse autorisar
que fazia parte do eollegio. Outrosim que, comquanto não unicamente um
fizesse parte do eollegio nenhum eleitor da parochia de duvidas apresentadas ao eollegio. Nota-se
da mesa, allegando algumas
ítapetininga, todavia era conveniente declarar-se os vícios protesto d« um dos membros
estando provadas nuo podem
de que estava afiecta n sua eleição: Io, que fôra presidida a irregularidades, que não
do serem taes allogn*
de ão major Manoel José Vieira, com- affectar a eleição, accrescendo o facto
junta qualificar pelo em lim contra-
mandante do esquadrão de cavallaria ali creado, como já se çoes contestadas pelos outros mesarios
da apresentação no eollegio do
expoz anteriormente; 2<\ que fizera parte da junta um in- protesto : e nem a falta
nullidade os s<*us
dividuo, José Franci^po de Freitas, que nem era votante livro das actas pôde importar para

qualilicado c nem podia ser considerado cidadão hrazileiro, eleitores. . . .


a
cm vista do aviso do ministério do império de 2 de Junho de « Párorhia de Itapera. — Dando se sobre est<*« ele:....-es
0
1851, que declarou — que bem obrdra o presidente da provin- única allegação de não haver sido presente ao oollcpo
falta motivo
cia de S. Paulo quando declarou d camara municipal de llaprti- livro das actas, a commissão não julga essa
mtus
ninrja que, nos termos do art. 9o da lei de 23 dê Outubro de sufficiente para duvidar-stf da sua legitimidade, tanto
das actai da mesma parochw ,
1832, nenhuma outra pena poderia ter sido imposta ao te ferido quanto a cópia ajithentica
tem todos os caracteres deregV.an-
indivíduo (Freitas) tpnflo a de nfto produzir a respectiva carta que lhe foi presente,
1 dade.
de naturalisação nenlivm dos effeitos que deveria tery se tivesse
sido compe tentem ente registrada; aeercscendo dar-se o facto , p.irorhin de Taluluj. — Qunntoás allegaçoes que contra
¦ a legitimidade destes eleitores nprosentou o parecer dos
de estar esse indivíduo pronunciado pela subdelegeeia da
forão reproduzida»
villa de Botucatü, e todavia estava votando como eleitor no mesarios dissidentes do 1" eollegio, eque
á com-
eollegio du minoria. no paseeet da mesa do eollegio da maioria , parece
missão que não licuvt razão suffíciente para que oju:z de
« Depois de sujeito h discussão, foi este parecer appro-
eleitoracs , visto que a mesa
vndo unanimemente, e bem assim o da respectiva com- pnz suspendesse os trabalhos
parochial se achava legalmente orpnisada. li' evidente que
inis3ão, que. examinando os diplomas dos mesarios os sobre o sorteio r.:ra
achára legues. a simples duvida, aliás infundada,
de votes jura
« Procedendo-se á eleição do deputado, obteve o Sr. Dr. decidir entro os que tiverão igual numero
semelhante procedimento ,
J. O. Nebias 35 votos, inclusive 1 do eleitor de Tatuhy mesarios . não podia justificar
Mas
tomado em separado; e para supplente o Sr. Dr. Fidencio que cumpria ser reprimido pelo governo provincial. -
nuo ; .ia
também fóra do duvida que esse procedimento
Nepomneeno Prates com igunl votação; A vista do
que foi outros mesarios . i>orque não crão compe-
e«3e resultado devidamente publicado; c satisfeitas todas sor julgado pelos
fssoobrtrão irrepnbr-
as formalidades determinadas pela lei dissolveu-se o col- tentes para delles conhecerem ; epor
os trabalhos jasní-
legio mente, não só deliberando continuar
seu presidente, como cham.nido
« A commissão de poderes, tendo apreciado attentamente pensos pelo 1" juiz do paz,
votado , que era incompetente om
tolas as referidas, passa a expôr a sua para substitui-lo ao 5'<
particularidade» í ao
opinião, sobre as impugnações one setízeruo vista do art. 17 da lei já citada , muito prinetpMmente
<.«
primeiramente
sendo convocado o 2" e 3" juiz. de ; :í,_como se p-ovn
á legitimidade dos eleitores que formarão o eollegio no dia
"o documentos forão ú con-misseo.
2 de Dezembro, em segundo lugar sobre facto da sua que prosentes
2PC e.'l . , ,
divisão em dous collegios que teve lugar no «1 in 3 < Releva , notar-se que deis irão de votar
o que pnrec* oonlirmi r as
« Lm. mui d um dos ei kitori s. — Parochia d* Botucatü com parecer» "io tão sómente 13(.»,
da mesa. como do f/. pno
1."
Quanto á allegação de ter sido preterida
n>'s»a p.rochia d." ela rações não só dos membro»
ao presidenta dr. pr-vin-
a determinação do art 10 do decreto n. 1,812 de 23 de ]o juiz de paz-m offieio dirinid»
continuoçao du me»a ....
Agosto de lH5(i, segundo o declarando que o lllegitima
qual, dado o não compareci- C'à
14
TOMO r.
JüG DÉCIMA QUARTA SESSÃO PREPARATÓRIA EM 29 DE ABRIL.

pois de suspensos os trabalhos influirá para quo a eleição « Em vista


pois do que fica exposto, a commissão offere-
indubitavelmente deixasse de ser a expressão da maioria as seguintes conclusões .
Aos votantes. « l.'o Que i-e declare nulla á eleição primaria da parochia-
« Parochia de Itapelininga.—Ar allegaçòeâ sobre esta de Tatuhy.
a validade da sua eleição ,
parochia não podem aftectar já _
« 2.o Que sejão reconhecidas legaes as eleições
prima-
porque o motivo de incompetência attribuido ao presidente rias de todas as outras parochias do 6® districto da
pru-
da junta qualificadora não tem sido julgado sufficiente vincia de S. Paulo.
para invalidar os actos das juntas de quaiiiicação em outros 3.o
Que seja reconhecido deputado pelo mesmo dis-
casos idênticos , já porque, quando mesmo fosse ella proce- tricto o Sr. Dr. Joaquim Octavio Nebias.
dente, deveria reclamar-se opportunamente, e segundo o 4.° Que seja reconhecido supplente o Sr. Dr. Fidencio
recurso determinado lei. Nepomueeno 1'rates,
pela que obteve unanimidade em ambos 03
i Quanto As arguições sobre a legitimidade do eleitor collegios.
Freitas, ó claro que, não se provando que nessa época ainda Sala das commissòes
, no paço da camara dos Srs. de-
estivesse registrada a sua carta de naturalisação , e menos putados , em 28 de Abril de 1857. — Jeronymo José Teixeira
ainda ipe estivesse pronunciado, não podem taes «Uegações, Júnior. — L.A. Barbcta. >
destituídas de toda a prova, infirmar a sua legitimidade,
Sr. Lam>ci.pho diz
não contestada pela assembléa paroeliial. que tendo deapresentar, comonaem-
bro da commissão, um voto em separado,
« A commissão, desejosa de acertar, ouvio attentamente pede que seja adia-
da a impressão do
ambas as partes e examiriou todos os documentos que lhe parecer at<5 que apresente o mesmo voto
em separado para ser impresso conjuntamente.
forão presentes ; e entre os do Sr. Dr. J. J. Ramalho en-
Suscita-se uma questão de ordem, em
contra-se uma certidão pela qual se prova quo a parochia que tomão parto 03
Srs. Pereira Pinto, Augusto de Oliveira , Cruz Machado,
de Botueatú na eleição de 1852 dera sómonte 19 eleitores :
Teixeira Júnior, Landulpho, Pacheco, Nebias, e Yasconcel-
com este documento pretende o mesmo senhor chegar ft
los, e decide-se contra o adiamento,
conclusão que essa parochia , dando actualmente 18 eleito-
tes, deu mais 8 do que lhe competia. A commissão, porém, •
i LKM. io no mo (;ra>di: do sul.
•m primeiro lugar, recorda que a eleição de 1852 não é a que
serve de base para determinar o mínimo dos eleitores das
adoptados a tal respeito , (2° districto.)
parochias, e que os precedentes
fundados na approvação da camara , referindo-se aos aug- Lê-se, entra em discussão, e sem debate é approvado , o
inentos sanccionados pelas legislaturas transactas , não seguinte
alguma o direito que tem as paro- parecer:
prejudicão por fóima « A 7a commistão de
chias de darem o numero do eleitores permittido pelo art. poderes tendo examinado a acta
da eleição do 2o districto eleitoral da
52 da lei n. 387 de 19 de Agosto de 184(i. Em segundo lu- provincia do Rio Grau-
observa que não lhe foi presente prova de do Sul, reconhece terem sido obseryadas as formalidades
gar , a commissão
legaes, c nenhuma occurrencia haver-se dado digna de
alguma da qual se conclua tal excesso ; e pelo contrifrio da
menção.
acta parochial se prova que o numero de 18 eleitores foi mar-
Tendo-se composto o collegio de 53 eleitores , obteve o
cado pelo presidente da província na portaria de 11 de Ou-
Sr. barão de Maúa a unanimidade de votos em 1° eseruti-
tubro de ltíõü , sob consulta do respectivo juiz de paz , não
nio para deputado ; e
se podendo presumir que tal ordem fosse expedida sem o procedendo-se ú eleição de supplente
obteve também em 1'» escrutínio o Sr. Io tenente da armada
mais escrupuloso exame dos laetoB, concorrendo demais i
Manoel Antonio da Rocha Faria 43 votos.
não constar nenhuma reclamação, nem nas actas da assem- í
«. Não forão
bléa parochial, nem mesmo nas do collegio eleitoral, onde j presentes á eommissão as actas das assem-
bléns parocliiaes , ficando
superabundou o espirito da mais exagerada pesquiza. por ísbo a commissão privada de
« Outrosim, foi presenteá commissão nina certidão do se- apreciar por si a maneira por que em cada uma das
j paro-
chias correu o processo eleitoral; entretanto, uma vez
cretario da camara municipal do Itapetininga, declarando j que
do urehivo da mesma camara existir livro nenhuma reclamação existe, e o collegio a todas declarou
que não consta
validas as eleições
ou quaderno algum que laça menção do collegio que elegeu primarias , entende a commissão :
1." Que devo ser reconhecido deputado
o Sr. Dr. J. O. Nebias. pela provincia
« A commissão porém não julga que esse facto possa af- do Rio Grande do Sul o Sr. barão de Maüa.
2." Que deve ber reconhecido, supplente o Sr. 1» tonen-
fectar de modo algum a realidade da reunião e votação da
maioria dos eleitores constituída em collegio separado , por- to da armada Manoel Antonio da Rocha Faria.
em duvida pelo próprio br. Dr. J. J Sala das commissòes . 28 de Abril de 1857. —Jerony-
quanto não é ella posta
Kamalho. Quanto á falta do livro, está ella prevista pelas mo José Teixeira Júnior.—L. A. Barbosa.—J. J. Landulpho. >
instrucções de 28 de .Julho de 1819, e o não achar-se no nr- O Sr. Pkksidutk declara deputado pelo 2° districto da
chivo da camara na data em que se passou a certidão
pôde provincia do llio Grande do Sul o Sr. barão de Muua, e sup-
ser explicado por muitas circumstancias obvias , e princi- Faria.
plente o Sr. Manoel Antonio da Rocha
sido remettidaá secretaria do império a res-
palmente tendo
pectiva cópia authentica. ELEIÇ&O DO CBARX.
Separação do collcgio ele* toral. — Do exame acurado de
' districto.)
todas as circumstancias preliminares ao facto da retirada da (8°
maioria para constituir-se em collegio separado, concluo-se
IX- ficando a discussão adiada até ser impresso, o se-
se,
facilmente a necessidade extrema desse procedimento.
A' vista do acto violento praticado pela maioria da me6a guinte parecer da 2" commissão de poderes sobre a elei-
auxiliada pela minoria do collegio, do excluir de votar na í ção do Sr. André Bastos de Oliveira :
verificação de poderes aos eleitores de 1'aranapanema , le- « Foi visto e examinado na 2° commissão de
poderes o
vando o seu excesso a ponto de não admittir que votassem diploma do Sr. desembargador André Hastos de Oliveira ,
em separado, como positivamente determina a lei, sob o fu- deputado eleito pelo 8<> districto da
provincia do Ceará.
til especificado. entende a commissão que a « A commissão examinou attentamente esta eleição t c
pretexto já
maioria dos eleitores achou-so collocada 110 caso de procoder observou que contra ella existem duas representações , uma
como procedeu, por ser esse o único meio que lhe restava da cidade do Crato e outra da freguezia do Barbalha.
evitar que a eleição não désse um resultado contrario « Na l" allega-ee fôra compri-
para que a liberdade do voto
ao voto da maioria ; resultado iníallivel da caprichosa cx- mida naquella cidade, onde se fizera seutir a acção do chefe
lusüo absoluta dos eleitores de Paranapanema. de policia e das autoridades locai s contra essa liberdade;
« Comparecerão <í7 eleitores , o Sr. I)r. Joaquim Octavto se bem
que seja para lamentar que dando-se
ali nas eleições
Nebias teve 35 votos , inclusive 1 tomado em separado. O de camara e de
juizes de paz um conflicto
sanguinolento ,
Sr. Dr. J. J. líamalho teve 32. o governo não tomasse medidas enérgicas e decisivas que
c Portanto , sendo a maioria absoluta 31, ou votassem desassombrassem os ânimos e mantivessem a todo o custo a
em uma só urna todos os 67 «leitores , ou separados cm liberdade de ambos os
partidos na
immediata eleição , não
dous collegios como aconteeeu , é claro que o Sr. Dr. Joa- parecendo satislactorias as que tomou para tranquillisar os
a maioria absoluta , e
quiin Octpvio Nebias teve que esta ânimos e convencê-los de sua sinceridade; comtudo não se
maioria não deve- ser prcjud:cada por um facto de que só foi aclião provadas asallegnções dos representantes, que procu-
culpada a minoria. rão desculpar esta talta declarando não haver aü uma au-
SESSÃO PREPARATÓRIA EM 29 DE ABRIL. Io:
DÉCIMA QUARTA

dia '1. suspensão que não podia ellc decretar por fi só , de-
toridade insuspeita, perante a qual pudessem reclamar jus-
tiça i e pois fallecendo inteiramente provas que justifiquem pois de orgnnisada a mesa parochial.
3.° Que a eleição foi suspensa por prazo indefinido até
os factos que lbrão em a dita representarão deduzidos^ é
•claro repellir o diploma do dito Sr. a decisão do governo, como consta da acta.
que não ha razão para 4.° Que não tendo chegado ainda da capitai esta de-
deputado eleito, ou demorar o seu reconhecimento.
cisão, proseguio-so nos trabalhos da eleição no dia 10 sem o
« Xa 2" allega-se vários Cactos contra a eleição da iVeguc-
menor aviso em uma freguezia do vasta extensão.
zia do Barballia, e entre elles o de não se ter feito apurar as
õ." Que a urna guardada >em as cautelas da lei foi
listas uma por uma, o sim separando-se as que erão ou |>a-
arrombada, jiois duas das chaves estavão com os meados
recião ser deste ou daquelle partido , fazendo-se deste modo
aueentes, um dos quacs se dirigirn a Ouro-Preto com repre-
summario a apuração. Os iactos erguido» são provados
de pessoa sentação de ambos ao governo ácerca do procedimento do
com uma justificação sem citação ou audiência
alguma ; entretanto eendo elles verdadeiros
vieião insana- juiz de paz.
accrescendo « 6.° Que não tendo parte na mesa a opinião contraria
velmente a eleição da referida freguezia , que
ao juiz de paz, nãosq deve dar credito algum A acta relati-
as neta» carecem das formalidades legaes j convém portan-
informações a este respeito. vamento ao» actos praticados do dia 10 de Novembro em
to que ;-e poção
« Contra outras freguezias apparecem apenas protestos diante, e que se não pôde assegurar portanto que a urna es-
enviados ás mesas , assignados por alguns cidadãos, em tava intacta, nem que deixou de haver troca de listas ,
e injustiças que ellas esta vão como se diz, etc.
que se queixão de violações
eleitoral, mas esses protestos 7.o Que posto fossem chamados a votar no dia 11 os 86
praticando durante o processo
não vêm acompanhados de provas que perante esta camara cidadão3 a quem o conselho de recurso reconhecOra e6se
fazião os eiguatarios dos pro- direito , delles apenas comparecerão 9 , deixando de haver
justifiquem as queixas que
as tres chamadas reeommenda-
íesto3. para com os 77 que faltárão
Em conclusão é a commissão de parecer : das lia lei.
<1.° Que se envie ao governo a represenção da freguezia « 8.o Emfim que houve apparato de força e seempregil-
do Barbai ha , para que o mesmo , cuvindo as autoridades rão ameaças contra o vigário para extorquir deste as eha-
exactidao ves da matriz, e no dia 10 proseguir-se assim na eleição
que parecerem inais imparciaes , informe sobre a
interrompida desde o dia 4.
dos fartos nella contidos.
Contra estas arguições , e no intuito de a
2.° Que sejão approvados os eleitores das diversas fre- patentear-se
do Ceará, menos os de Barbnlha. liberdade e regularidade da eleição do Arripiauos, forno tam-
guezias do 8° districto
<3.o Que visto como descontados os votos destes eleito- bem presentes á commissão alguns documentos que , cote-
res ao Sr. desembargador André Bastos de Oliveira, clle jados com as representações , se não Iiabilitão a commissão
continua com maioria absoluta de votos , seja reconhecido para restabelecer como desejava a verdade dfls factos, pro-
deputado pelo referido districto. proporcionão-lhe ao menos alguns dados pura aventurar
c 4.° Que pela mesmn razão supta, seja reconhecido um j uizo mais ou menos seguro Acerca do que se passou
supplente pelo dito districto o Sr. Dr. José Vicente Duarte « E' ceito que o juiz de paz Guimarães rccusára a prin-
Brandão. Paço dp camara dos Srs. deputados y 29 de Abril cipio abrir o ofiicio, que fica mencionado, do presidente da
de 1857.—J.J. Pacheco. — V. II. Duai lr. » província, o também que »ó por oecasião da 3» chamada no
dia 11 ó que, cm virtude da deliberação da mesa parochial,
Segundo o decreto n. 1,801 de 7 de Agosto do anno pas-
íorão admittidos a votar os cidadãos mandados incluir na
sado , forma este districto um só collegio, composto de 11 lista dos votantes pelo conselho de recurso.
freguezias com 9-5 eleitores , distribuídos pelo modo se-
Mas quando se não queira prestar attenção ao doou-
guinte:
mento transcripto no final da autlientica da eleição, que é
Freguezias. Num. de eleitores. um ofiicio de dous membros do conselho municipal de rc-
curso dirigido ao juiz de paz mais votado do Arripiados,
S. Januario de Ubá 8
declarando supposto e alcançado ob e subrepticiamente no
S. João Paptista do Presidio 9
dia 25 de Maio, mas com data de 23 do Abril, o despacho
Dôres do Turvo 9
Santa Rita do Turvo . . .^ 11 que reconheceu como votantes os 80 cidadão» acima ditos,
o qufl documento, por todo o seu contexto, como que justi-
S. Seba&tião dos Aülictos (Arripiados) . . 15
lica o procedimento do juiz de paz ein os não querer admit-
S. A mia do Sapè
tir a votar ; a circumítancia constante da acta de ser de
Piranga 11
110 a differença dos votos entro o 1» supplento e o eleitor
Espera 8
menos votado, á commisüo que pòe tormo a tida n
S. José do Cliopotó 8 pareço
controver3ia, pois vô-so que taos votos não poderião influir
Gloria do Muriahé •>
nem alterar a ordem da votação ora que estão os eleitore*.
Tombos de (,'arangolla 1
« Quanto mui» referidos cidadão* cujos nomes
que 9 dos
sc aclião especificados na acta comparecerão á 3" chamada,
Total . 95
i ticando assim reduzido a 77 o numero dos que não votArão.
< tieifilo primaria.—Correu sem reclamação ou contes- ís'a acta do dia 4, como na representação qu« ao
presi-
tação alguma o processo da eleição primaria , cxcepto nas dente da província dirigiião os aous mesarios Valladúo e
freguezias do S. sebastião dos AíHictos (Arripiados), Gloria Espinola no dia 5, se fulla em altercaçòes, vozerias, tumul-
de Muriahé, Tombos de Carangolla e Santa Anna do Sapè ? tos, etc., dontro da igreja, com a diílercnça porém que al-
contra o procedimejvto de cuj»3 mesas parochiaes , não só legão estes que não f rão graves essas occurrencias, acal-
ao governo da província , ícnão ao collegio ia Ubá, repre mundo se logo os ânimos, ao passo oue o juiz de paz so jul-
sentarão diversos interessados. os trabalhos da eleição.
gou coacto o adiou por iífio
« A 6" commissão do podi res, para melhor ordem na dis- A commrs»ão observa que os mosarios restante*, Fir-
cussão , passa a enumerar as irregularidades o violências mino Jo3é da Trindade o José Joaquim de Oliveira, acom-'
que fazem o objeeto dessas representações , o a emittir a panhárão o juiz de paz no adiumanto, o portanto não te
dos trabalhos partio só
respeito dellas o seu juizo. ComeçarA pi la freguezin de Ar pôde dizer que o acto da suspensão
ripiadoSj visto como é a que maior numero de eleitores dá, do juiz de paz, o que lhe nfio era licito fazer estando orga-
e contra cuja eleição mais *c pronuncião os adversarios do , nisada e funecionnndo a mesa parochial, conforme dispõe o
candidato que obteve a iinal o diploma de deputado do dis- art. 60 da lei de 19 de Agosto do 184C.
tricto. Demais, o niesario Valladão protestou contra o acto da
« Arripiailo». — Os factos arguidos contra a eleição desta suspensão, além do outros factos relativo» A segurança da
freguezia são: urna e ao resguardo das cédulas, pelo de nio declarar o
<l.o Que o juiz de paz «José terreira Guimarães recu- juiz de paz
o motivo da coacção, quando nua havia pessoa
sou , logo depois de organizada a mesa parochial , sob frivo- alguma armada dentro da igreja. Mas na acta so declara
los pretextos , abrir um officio do presidente da província que o povo estava em tumulto, o que explica bem a causa
mandando pòr era execução a decisão do conselho munici- da coacção. apezar do não haver armada na igreja,
pente
pai de recurso que reconheceu
com direito de votar 8<i cida- hvpothese que autorisaria a maioria da mesa até mesmo a
dãos não incluídos na lista da qualificação. abandonkr sem formalidade alguma a igreju e trabalhos
« 2.o a coacção que ser\io de mo- da eleição.
Qne não está provada
tivo ao juiz de paz para suspender os trabalhos da eleição no « Na acta se declara o adiamento foi até á decisã
que
108 DÉCIMA QUARTA SI-SSAO PREPARATÓRIA EM 29 DE ABRIL.

do governo ; porem attendendo-88 a que, senão o juiz de 2» juiz de paz, Francisco José Pereira do Valle, não tinha
Espinola, se esquecerão
paz, como os mesarioB Valladão c prestado_ juramento, nem tomado posso do dito cargo, não
ao depois desta declaração, tanto que este» na sua repre- pôde deixar do considerar insubsistente a
primeira ar-
sentação iallão em adiamento d» 8 dias, e aquelle emquanto guição.
durasse o estado do agitação, ver-se-ba que, suspensos como Considera t°mbem improcedente a segunda,
porque,
estavão os trabalhos da eleição, foi mais curial e consenta- sobre não estnr apoiada em
piova alguma, reconliece-se pela
uea com a liberdade do voto a resolução tomada pelo juiz de acta que o numero de votos constantes da 2a arguiçuo
fixar, precedendo annuncios por editae?, o dia 10 em nada influirião na ordem da votação dos eleitores,
paz de para por-
a continuação dos trabalhos, do que aquella em favor da que o menos votado destes tem sobre o Io supplente a diffe-
se pronunciarão os mesarios Valladão e Espiuola, e rença de 78 votos.
qual
que foi i. ttendida pelo presidente da província, quando de- « Tombo,s de Carangolla e Santa Anua do Sapé. — A
com-
terminou que o juiz de paz, independente de novas convo- missão, tendo com attenção lido a representação
que ao
cações, fizesse concluir o processo da eleição; o que faz crur collegio dirigirão diversos moradores da Ia freguezia,
con-
ú commissão que a nullidade da eleição, e conseguintemen- tra a validade da eleição, não deparou 11a mesma represen-
te dos 15 eleitores de Arripiados, convinha antes aos mesa- tação com um só facto
que lhe prendesse a attenção, em
rios em minoria do ordem a apresenta-lo e discuti lo,
que ao juiz de paz e tfeus amigos, sen- para mostrar' a sua
do isto ainda uma da mesa ee re- insubsistencia ; e
prova de que a minoria por isso entende que não deve dar comi-
conhecera vencida com o recebimento das 412 cédulas da deração á referida representação, bem como 4
que contra a
1» e 2" chamadas. eleição do Sapê dirigirão o
juiz de paz o diversos votantes
« Os documentos exhibidos em prova de haver sido o ar- da freguezia.
raiai de S. Sebastião invadido por gente armada 110 dia 9, Eleição secundaria. — Não encontra a
commissão que
e de ter sido mais no dia 10 constrangido o vigário a entre- irregularidade alguma fosse commettida nesto segundo
°
gar as chaves da matriz ao juiz de paz Guimarães, alim
de gráo do processo eleitoral que o possa invalidar.
Assim, em vista do expendido, tem a 6™
poder prosseguir nos trabalhos da eleição, achão-sa contra- commissãe de
balançados por outros que o contrario provão ; parecendo poderes a honra de submetter 4 approvação desta augusta
fora de duvida 4 commissão que houve muita exageração camara o seguinte
parecer:
na narração dos factos por parte dos que representão 011 « l.o
Que sejão approvadas as eleições primarias daa
reclamão centra a validade da eleição feita. onze freguezias de
que se compõe o 19o districto eleitoral da
« A substituição que se fez no dia 10 dos mesarios Valia- província de Minas-Gerae».
duo e Espinola era uma consequencia necessaria de não cs- <2.o
Que seja reconhecido deputado por esse districto o
tarem elles presentes no dia designado paia a continuação tenente-coronel Francisco de Assis Athaide,
per ter obtido
dos trabalhos eleitoraes. Este occultou-se, segundo consta a maioria absoluta de 49 votos.
de uma certidão que foi presente á commissão. Aquelle di- <3.o
Que^ seja igualmente reconhecido supplente pelo
rigio-se para Ouro-Preto. Nem se diga que o primeiro (Vai- mesmo districto o major Francisco Peixoto de
Mello.
laaáo) emprehendera a viagem de Ouro-Preto no presup- « Sala das commissões, 28 de Abril de 1857. —
José Pedra
Dias Vieira. —A. Pereira Pinio. »
posto de ter sido a eleição adiada até a decisão do governo,
porque na sua própria representação diz elle que o adiamen- Discordando das conclusões do
parecer da 6" com-
to foi por 8 dias. missão de verificação de
poderes, de que tenho a honra de
« O arrancamento da fechadura da urna em que estavão fazer parte, ácerca da eleição do 19° districto eleitoral da
as cédulas também foi «ma consequencia necessaria do província de Minas-Geraes, cumpro-me apresentar-vos os
facto de se acharem duas das chaves da mesma urna em íuidamentos da minha divergencia, e motivar o
havendo sido esse parecer
poder dos dous mesarios ausentes;
que passo a dar em separado.
arrancamento praticado em presença da mesa, e publica- « As irregularidades reaes ou suppostas,
que por sua
mente na igreja. gravidade tornão contestável e duvidosa a validade da
< O argumento do que, não tendo na mesa parte a opi- eleição do circulo de
que se trata, são as que se imputão
niúo contraria ao juiz de paz, nenhum credito deve merecer ao processo eleitoral da freguezia de S. João Baptista dos
a acta ácerca dos trabalhos do dia 10 era diante, não é tão Afflictos (Arripiados), e ser4
portanto delia que «ocupar-
conclud#nte c#mo pretendem que o seja os signatarios do me-hoi exclusivamente.
parecer era separado da mesa do collegio de Ubá: primeira- « Consta da acta da respectiva mesa, assignada em 4 de
^
mente, porque seguir-se-hia que não devia prevalecer acta Novembro, que indo proceder-se 4 3 ' chamada dos votantes,
alguma de parochia onde houvesse mesa homogenen ; e cm o j uiz de paz presidente se declarára coact •
por estar o povo
segundo lugar, porque os mesarios em minoria, retirando-se, em tumulto, e que suspendêra os trabalhos até 4 decisão
terião sempre um meio certo do nullificar eleições ganhas do governo
provincial, achando-se a esse tempo depositadas
pelos seus adversarios. Assim, entende * commissão que não 412 cédulas lia urna, a
qual ficára-colloeaOa na mesa da
havendo prova, e sõ simples allegação apresentada de um igreja matriz. Dous dos mesarios assigo&rSo-se vencidos
medo vago, ácerca de substituição de listas no dia 10, que Hão no que respeita á deliberação da interrupção dos trabalhos
p(jde deixar de pugnar pela validade da eleição ; tanto mais por rão ter havido para isso fundamento algum plausível.
quanto na acta se declara por extenso os nomes dos votantes « Effectivamente o juiz de paz participa o occorrido ao
que não concorrerão & eleição ; e á 3a chamada comparecerão presidento da província por uin officio datado do dia 5;
também pessoas da parcialidade oppoBta 4 do juiz de paz, mas sem aguardar a sua decisão, como fora annunciado,
como as 9 que forão providas em recurso polo conselho reúne a ássembléa parochial em 10 de Novembro; e como
municipal. A commissão chama a attenção desta augusta mão «om parecessem os dous mesarios, a cuja
guarda forão
camara para um facto que muito concorreu no seu espirito commettidas as duas chaves da urna, e nem fossem encon-
para decidir-se pela validade da eleição de Arripiados, o é trados em seus ilomicilios para receberem o aviso que
—que o collegio de Ubá, re- nessa occnsião se lhes dirigira, teve-se de
parecer da maioria da mesa do proceder á eleição
Conhecendo validos os diplomas dos eleitores de Arripiados, de^ outros que os substituíssem e do arrombar a urna, o
que
foi approvado, como se "G da respectiva acta, por 53 votos foi feito com as formalidades
possíveis, segundo o que se lc
contra 38, — ao o candidn- na nova acta, verificando-se no dia seguinte a
passo que na eleição do deputado chamada
to Athaide obteve apenas a maioria do 49 votos, o que bem e a conclusão da eleição.
« Entretanto, uma representação firmada
patentêa que eleitores da parcialidade contraria reconhece- pelos ditos
rio a validade da eleição de Arripiados. mesarios no mesmo dia do adiamento da eleição, e corro-
«Gloria de Muriahé.— Contra a validade da eleição desta borada cora o testemunho de 50 votantes, foi enviada ao
freguezia allegão-so unicamente dous factos : 1", o de per contra o procedimento do juiz de
provincial paz.
presidida a mesa parochial pelo 3" juiz de paz, José Antônio He é alu arguido de haver eom obstinação recusado abrir
foverno
Corrêa, quando devirá sê-lo pelo 2° juiz de paz, Francisco uma
portaria da presidência, em que se lhe ordenava que
José Pereira do Vallo ; 2°, que não lorão admittidos n votar recebesse as cédulas de 86 votantes que tinhão sido
providos
12 cidadãos qualificados competentemente, tendo mais a em grito de recurso, e de não dar cumprimento 4 mesma
mesa, sob frivolos pretextos, deixado de apurar 40 cédulas
portaria que lhe fôra apresentada por cópia authentica,
das recebidas. msisti»do, sob falsos exclusio dos referidos
pretextos, nessa
» A commissão, em face de uma certidão do secretario da votantes, annullação das anteriores
que ji fôra causa da
camata municipal da villa de Ubá, conferida pelo Io tabel- eleiçSes municipaes. Os assignatarios accusão-o igualmente
na qual se declara que até 30 de Dezembro ultimo o
(ião, de ter-se com industria aproveitado de ligeiras altercações,
DÉCIMA SESSÃO PREPARATÓRIA EM 29 DE ABRIL. 1C9
QUARTA

repulsa^ de admittir 03 votos do minh* convicção, Sr. piesidente, que a camara do» deputa-
provocadas pela sua mesma
dos, na aprociação das diversas questões relativas à verifica-
tão numerosos cidadãos, afim do interromper a eleição e
ção dos poderes de seus membros , deve collocar-se muito
ganhar tempo.
acima das attençôes
« A esta representação succede outra subscripta por 8.) pessoaes, do quaesquer motivos de
sympathia ou de consideração
votantes, em que se allega que o juiz de paz, não obstante que por ventura concorrão
oito dias, em favor dos que aspirão a honra de um lugar neste recinto.
haver annunciado o adiamento da eleição por
dos Arripiados (Apoiado*.) Possuído deste pensamento, o compreheudendo
apparecera em 9 de Novembro no Arraial
reuniões da.» pessoas de seu par- o meu dever na altura indicada , eu procedi ao ostudó' dosta
para fazer oecultamente
homens armado» matéria ; tendo em vistas somente as considerações de
tido; que no dia 10 cutrár» ali um cento <lo justi-
de divinas e pistolas, e fi frente de uma parte
destes o juiz ça, e talvez contrariando as minhas inclinações pessoaes.
vigário com Entendo mesmo que um outro motivo prepondora ainda ,
de paz e o promotor da comarca obtiveruo do
Sr. presidente , para que a camara seja inteiramente escru-
ameaças a chave da matriz, e que em seguida paBfárão a
arrombar a urna, trocárão listas, e tizerão
votar novamente pulosa e severa no julgamento desta questão , e e que são
tantas as accusaçõeB , tantas aB presumpções de falsidade,
uo dia 11 votantes que já o havião feito. Estes lautos, con-
de fraude ou de abusos de outra ordem de qualquer das
firmados pelo vigário, j u&tificados perante o subdelegado du
casa serA inteiramente incompleta,
oolicia com o depoimento de varia» testemunhai!» são reco- parles, que a decisão da
nhecidos verdadeiros pelo juiz municipal do termo em seu não será absolutamente digna da situação e do espirito da
officio de 15 de Novembro A pre3Ídencia, a qual, na parti- época , se não for acompanhada de recommendações muito
citação feita de tnes occorrencias ao ministério do império terminantes para que se mande proceder com tudo o rigor
com data de 8 do corrente, também parece hav^-los tomado das leis contra os autores indiciados de taes^ibusos , de taes
na mais séria consideração, á vista de algumas providencias fraudes. (Muito* apoiados.)
decisivas que dera contra os responsáveis pelos excessos Feitas estas considerações , Sr. presidente, entrarei na
denunciados nas representações a que me retiro. / matéria , e indicarei os pontos capitaes em que divirjo da
« A ae paz procurou arredar opinião dos meus illustrados collegas.
pertinacia com que o juiz
da uma 86 votantes providos em recurso, e que ?<*> admittio Senhores, eu estou convencido de houve interferen-
que
na 3a chamada, usurpando a attribuição^de conhecer da cia indébita da autoridade 11a eleição de Villa-Nova tia Rai-
nha....
legalidade das decisões do conselho municipal; a incohe-
rencia das suas declarações a respeito do prazo marcado O Sn. Cunha : — Não apoiado.
a precipi
para a no\a convocação da assembléa parochial; O Sr. Rf.zf.dii4Cavalcanti : — .... e .principalmente da
tação com que procedeu A abertura violenta da urna na
ausência dos clavicularios, por quem lhe cumpria esperar^ parte do juiz de direito interino daquella comarea , o Dr.
José Antonio da Rocha Vianna, a quem não tenho a honra
visto que não havia ainda expiiado nem o prazo indicado
de conhecer....
na aota, nem o de 8 dias constante do seu oflicio de 30 de
Novembro á presidencia; as reclamações de um tão grande Vozes : — E' muito honrado.
numero de pessoas contra as fraudes commettidas na aber-
Outras: — Apoiado.
tura da urna e em uma reunião que nocusão de «landes-
tina; finalmente, o apoio moral dado pelas autoridades da O Sn. Bezerra Cavalcanti : — Não o contesto , mas es teu
tratando de um lacto unicamente cm qi; • e*te moço , em-
província a quasi todas essas arguições; estas circumstan-
cias reunidas não podem deixar de derramar vebementes i bora juiz muito illustrado , muito recto , cotuo aiürmão os
suspeitas sobre a legalidade da eleição primaria da parochia nobres deputados , me parece quo se transviou da linha de
de Arripiados. seus deveres. Depois das considerações que t-rei a honra de
Mas, se das fazer A casa, ver-se-ha se por ventura o meu juiz é preei-
por outro lado se attender a que no meio
! jnra da uiagib-
paixões excite das por uma luta eleitoral as provas teste- , pitado ou injusto , o que eu estimarei por
munhaes perdem muito do valor que teiiSo em outras cir- traturado meu pai/.....
cumstanciaa; e que cm opposição As reprosentações e docu - O Sa. Silveir» l/iiio : — Respeitamos ::iuit" a confciei:-
mentos de que acima nz menção, o deputado eleita
cia do nobre deputado.
communicou ácoramissão attestados «justificações, que se
fossem verdadeiros O Sa. Bezerra Cavalcanti: — .. . e por honra mesmo
em seu conteúdo terião completamente '
desse magistrado que os nobres deputados tanto abonão em
destruído as accusuções de fraude c violência de que «5
seus apartes.
aecusada a eleição, reconhecer-se-ha a impossibilidade d»
Sr. presidente, estou convencido houve inteiferen-
cora estes únicos elementos de apreciação formar-se um que
trata. cia indébita da autoridade, e principalmente do juiz de
juízo imparcial e seguro Acerca da questão de que se direito interino da comarca do Jacobina, o Dr. José Antonio
« E como cm um afísumpte de tanta importância por
da Rocha Vianna, quo me parece ter levado a reprchonsivol
suas conseqüências politicas convém quo as decisões desta
excosso o interesse quo lhe inspirava uma das candidaturas.
camara se basêem em factos sufficientemento demonstra-
Peço a V. Ex. que tenha a bondade de remetter-me os pa-
dos, sou de parecer que se peção ao governo informações
relativamente ao resultado das averiguações que a presi- paes tendentes a esta eleição, (t" satisfeito.)
Sr. presidente, 11a acta da apuração dos votos da eleição
dencia de Minas-Geraes mandAra fazer sobre os excessos e
desordens havidas na eleição da freguezia de Arripiados, primaria de Villa-Nova da Ralliha observa-se, depois dos
nomes dos A excepçãodo juiz de
como consta do seu supracitado oflicio do 8 do corrente ; e quatro membros da mesa,
no entanto fique adiada a decisão sobre a legalidade do paz, a palavra—vencido.—Esto facto , que parece inexpli-
que
cavei n incomprchensivel, porque quatro membros da mesa;
diploma do deputado eleito pelo 19° circulo daquella
constituindo maioria apparontemente invencível em relação
província.
hala das commissões, cm 23 de Abril de 1857. — F. de ao juiz do paz , único membro dissidente , não podião ser
vencidos uas diversas questões relativas A eleição....
Saltes ToiwJI ornem. >

O Sa. C<»ja : — Ha de ficar isso claríssimo para o nobre


SEGUNDA PARTE I)A ORDEM DO DIA. deputado quando me ouvir.

ELEH/ÀO DA BAI1I«H Uma voz ; — Ainda ha de votar pelo parecer.

O S*. Bezerra Cavalcanti : — Terei muito prazer nisso ,


diitricto.) mostrar a verdade em contrario da mini *
(12° quando se me
convicção. Mas é do meu dever expôr as duvidas que tenho;
Entra em discussão o parecer da 5a commissão d# po^e-
entendo mesmo que faltaria A confiança da casa so o não
res sobre a eleição do Sr. Dr. Jobó Antônio Saraiva. (Yiit
fizesse. (Apoiados.) Se me convencerem da que estou em
tetsSo J" 28 de Abril.)
erro , declaro que terei muito prazer em votar a favor da
liou-
O Sr. Bezerra Cavalcanti : —Sr. presidente, discordan- causa do Sr. Dr. Saraiva , porque não entendo que haja
do da respeitável opinião de meus dignos collegasda 5a com- ra para o homem sensato em combater obstinadamente a
missão de poderes, é de meu dever expor A camara as razoes verdade . por se ter uma vez sustentado o erro.
de minlia dissidendia. Mas, Sr. presidente, este facto queparoce incomprehen-
Em uma época, como a em que nos achamos, em que sivel para mim não o é , porque infelizmente tenho lutado
tudo parece convergir para uma regeneração dos costumes contia a intervenção do poder em eleições, e sei que muitas
o das erenças políticas, que o paiz altamente reclama , é vezes a grande maioria numérica è sufocada pela ucção
110 DÉCIMA SESSÃO PREPARATÓRIA FM 29 DE ABRIL.
QUARTA

violenta da autoridade^ que embora a maioria encerro em si passada, duvida por eleitores feitos sob sua influencia
sem
todos os elementos da victoria, além de a fazer naufragar , naquella freguezia; porque não denunciou 4 casa que este
sabe priva-la doe meios de provar tudo quanto interessa ao padie era falsario e exercia uma influencia ualefiea'? Só
seu direito. Infelizmente, repito , quando a-autoridada in- desta vez é que se entra no domínio das suas intenções, e se
ter vem em eleições não se contenta de violentar a opinião diz que elle queria fazer uma eleição falsa ? para que o juiz
que combate, mas leva o excesso a ponto de negar á sua <Je direito entendesse que devia proliibir-lhe a presidencia da
victima todo* os recur&os , todos os meios de provar a viola- mesa...
ção.de seus direitos. Portanto, não sendo este factopara mi™ um aparte.)
[lia
incomprohenaiVel, pro^ndo a acreditar esta parte da repre-
sentação <V> Sr. Dr. Magalhães Castro que lerei á casa. Para mim é indifferente, não conheço nenhuma das pes-
« Sem necessidade do soas que figurárâo neste negocio ; desejo que apparcção em
publico serviço, o juiz municipal
•lo .Jacobina Dr. Bocha Vianna, no exercício da varn de juiz toda a sua nudez os crimes que tiverem commettido, para
de direito, por estar ausente da comarca o proprietário, que a camara recommende ao governo quo proceda contra
deixou aquelia villa, e foi, com muita anticipação, fixar-se elles com todo o rigor das leis.
em Villa Nova , centro de suas combinações eleitoraes , e Não sei portanto.se sou injusto com este ou com aquelle
ond-j pretendia assestar a su* mais forte machina de guerra. indivíduo, mas entendo dever sustentar a causa da justiça.
« Alii collocado , e tendo ás suas ordens um numeroso Não sei. Sr. presidente, em qual das nossas leis esta conte-
destacamento de tropa de linha, cerca de 40 praças, reuni- rida ao juiz de direito a attribuição de expedir instrucções
das ao» polioiaes da Villa-Nova , o seu primeiro cuidado foi eleitoraes; não sei como, além de ser este acto illegitimo, se
intimidar , nas eleições primarias , a todos os contrários possa deixar de reconhecer que havia da parte deste juiz de
seus. direito interesse pronunciado pela eleição neste ou naquelle
sentido, quando, além de exercer uma attribuição
« Não
poupou ameaças nem
ostentações de força com que que não
lhe compete, levou o excesso a ponto de ameaçar o
pudesse lograr o seuintent», resultando
ficar o campo livre juiz de
- paz, que estava disposto a presidir a eleição, de levar o np-
ao juiz de direito interino , que fez a eleição primaria prati
gocio ao conhecimento do presidente da província, sem duvi-
Ciudo toda a casta de violências. »
da para que mandasse procedei contra elle, cujo proceder o
Além do, como disse, propender a acreditar este topico da
de direito logo de desobediencia, para que a
representação pela experiencia do que comigo se tem pas- juiz qualifica
sado , pela difíiculdade que tem a parte vencida de provar ameaça produzisse melhor efíeito.
suas assersões, eu me firmo cada vez mais nesta convicção Um Sr. Depi tado dá um aparte.
re-
pelos actos antecedentes c subsequentes praticados pelo O Sr. Bezerra Cavalcanti :—Mas quem deu ao juiz de
iarido juiz do direito iuteriuo. Comed irei por analysar um
direit» a attribuição de expedir instrucções eleitoraes, obs-
elle se
que precedeu á eléição ; refiro me 4s instrucções que tando a que este ou aquelle indivíduo presida a uma elei-
re-
julgou com direito de expedir á camara municipal em
lação a incompetencias\>u incompatibilidades para a presi- Çã« ?...
dencia das eleições primarias. E não contente de as dirigir Un Sn. Depi tado : — Como primeira autoridade do lu-
á camara, constando-lhe que o primeiro juiz de paz de Villa gar deve manter a tranquillidade publica.
Nova , apezar dellas , pretendia presidir á eleição daquella O Sr. Bf.zerra Cavalcanti :—Não encontro isto em ne-
freguezia, para o que se julgava',com direito, expedio-lheo nhuma das nossas leis, e uão posso traduzir um semelhante
ofücio que passo a ler : acto senão por interesse na eleição neste ou naquelle sen-
« Illm. Sr. — Convindo esclarecer a V. S., para melhor tido.
oràem e regularidade dn eleição , o ínes-no para traiiqnllU- Diz-se em aparte que elle assim procedeu com o fim de
manter a tranquillidade publiea. Isto é muito elástico ; é
dade desta \ilhi, quem deve presidir A as^embléi parochial
desta freguezia , como também jíi fiz ver á camara munici- juntamente o pretexto que tem apresentado os governos
na para intervir em eleições e supplantar o voto nacional, é sem-
pai : «* sabendo que V. S. indevidamente a quer presidir
cum pr«* sob esse especioso e bello pretexto de manter a tranquil-
qualidade de juiz de paz do dittiíoto dn liiuba ,
lidade publica, e até de garantir a liberdade do voto, que
pre-me* declarar-lhe que, avista dos avis-o* do ministério do
império de 29 de Janeiro e de 25 de Abi 11 de 1849 , estando tem o governo violado a urna e suffocado a expressão do
inhibidos osjuizes de paz desta freguesia, que como officiacs paiz.
da guarda nacional entrftrão no exercício dos seus postos, A representação diz também que o juiz de direito, além
compete presidir á mesa parochial desta freguezia o 3° juiz de ter collocado na mesa um juiz de paz incompetente, ti-
de paz da Freguezia Velha ; seguindo-se depois o juiz de nlia á sua disposição uma força de 10 praças, com a qual
Eodri- interveio violentamente ua eleição. Este ponto infelizmente
paz do districto de Itiuba, o cidadão Antonio Nunes
não está provado.
yues de Freitas, por ostar também no caso acima menciona-
«Io , sendo o 1" o do districto mais perto daqui. E como V. O Sn. Fernandes da Cinda «Assim como.nenhum dos
S. está certíssimo dos esclarecimentos que a respeito já
que ella assevera.
fjrão dados á camara municipal desta villa (por ser o pre-
O Sn. IkxKM* Cavalcanti : — Não está provado como
sidente da camara) pelo Kxm. presidente da provinoia , é
dovêra ; mas eu jú. fiz ver á *asa que o partido vencido,
âe*obedic."cia proceder no sentido contrario às ordens dogo-
a autoridade, não tem absolutamente 03
v jrno. Usurpa V. S. o direito que legitimamente compete quando luta contra
meios de provar o que nflirma.
aos dous juizes de paz mencionados, commette além disso
Passando á freguezia de Santo Antonio das Queimada?,
orna atbitrariedade , visto como tendo servido de vigário
encommendado, e resignado por isso o cargo de juiz de paz, ponto principal em quo divirjo da opinião dos meus illustres
collegas, eu exporei á casa como as cousas se passárão.
vai de encontro ao que se acha disposto no aviso do minis-
O segundo juiz de paz Luiz Felix Barreto de Araújo, reu-
terio do império de 25 de Agosto de 1818. E se a vontade
nindo-se com 13 eleitores, e creio que 9 supplentes, orga-
de V, S. é superior á lei, levarei d presença do Exm. presiJen-
nisou a mesa parochial de conformidade com as leis que
te daproo ncia o seu procedimento , que só tem por fim impedir
regulão a matéria; lavrou aacta da formação da mesa, pro-
que a elriçtio seja feita regularmente, comtanto que tnumphe
cedeu á primeira chamada dos votantes, RO dia
sua preponderância, seja que concluio
qual fór a consequencia.
« Deos Guarde a V. S. Villa-Nova da Rainha, 1° do No- seguinte, e começou a segunda.
vembro de 1856. — Illm. Sr
padre Severo Cuim Atuá; pre- Um Sn. Deputado :—Como se prova isto?
sidente da camara municipal deita villa/—O juiz de direito
iJJterino, José A ntonio H icha Vianna. > O Sr. Bezerra Cavalcanti:—Prova-se com as netas...

O iif.smo Sr. Depctauo •—Não apoiado.


O Sr. Saraiva dá um aparte.

O Sr. Bezerra Cavalcanti ; —Masisso prova ?e.íipriort ? O Sb. Bezerra Cavalcanti Concluída a 1" chamada,
Podia-se adivinhar que este padre tinha vistas illegitimas e começou a 2", e neste ponto consta, mas nao está competcn-
criminosas? temente provado, que o subdelegado da freguezia. filho do
mesmo juiz de paz e que como elle pleiteava a eleição, por um
Um í voz: — Sempre fez eleições falsas. lado recebendo uma carta do juiz de direito Roelia Vianna, a
"communicAru
O Sr. Blzkrra Cavalcanti : — Porque nunca se reclamou ao pai, presidente da mesa parochial, e que
nesta casa contra o seu procedimento e influencia'? O no- este se levantára, e abandonára os trabalhos.
bre deputado (jMia o Sr. Saraiva) foi eleito na legislatura Retirando-se assim incompetentemente o juiz do paz,
DÉCIMA. AliTA SUSSAO PREPAK ATOR1A KM 29 I)E AI1R1L. íii
Ql

regularmente, ou entendo que não meri co f«5, accresce que nella se aflirma um facto into>
quando a eleição proseguia
tivoriio os ramento repugnante ; ahi se diz que estando a mesa func-
foi inteiramente regular o procedimento que
legitimamente eleitos, convidando oionnndr, um grupo de facciosos, ou turbulentos, quiz h foi§
quatro membros da mesa
o t° juiz de paz, pois que o' 3» não estava juramentado,
e ça obriga-la u aceitar ou recusar as cédulas do alguns vc-
actos dft eleição. tantes, o assim, julgando-se n mesa coact", ojuizdepaz*
proseguindo nos seguintes suspendeu o» trabalhos por alguns momentos, emquanta
Um Sr. Deputado dá um aparte. desapparecia o tumulto. Mas temos contra o.*to o protesto
Cavalcanti Consta da acta justa- dos quatro rae.>arios ; a mesa não se compõe sómente do.juiz
0 Sr. Bezerra
mente... de paz, mas deste e de mais quatro membros, e estes
quatro
feita muitos dias de- membros da mesa dão este motivo eomo falso, o tanto
U« Sr. Deputado Acta que foi quo
proseguirão na eleição sem que se julgassem violentados por
pois. osses turbulentos. Neste cato, como ó possivel acreditar o
Sn. Bezerra Cavalcanti E' preciso muita prova aflirma qne houve coacção.da mosa,
O juiz de paz, único que
contraria
para satisiazer os nobres deputados naquillo que quando os outros quatro membros afíirmão o contrario ? So
cjuatro membros da
suas svrapathias 1 Mas, como dizia, os ; :i mesa estivesse coacta, retirar-se-hia com o juiz de
paz, c
mesa legitimamente eleitos, vendo que o j uiz de paz abando- não convidaria outro para proseguir nos trabalhos da chi-
uava a eleição sem motivo justiiicado; procederão muito re- j ção. Essa asseveração portanto
<5 inteiramente falsa ; deve-
convidando um outro juiz de paz para presi- ; so antes suppôr quo esse de combinado com o sub-
gularmento juiz paz,
chamãrão o I
di-la ; o 3o não estava juramentado, e portanto delegado da freguezia, e inlluenciado pelo juiz de direito
4o, concluindo-se a eleição sob sua presidencia.... Bocha Vianna, conhecendo que o seiftriumpho era impossi-
aparte.) vel, porquo a força da opinião contraria era extraordinaria-
[ha um
mente muito superior, retirou-se. o foi fabricar uma outra
Não é prova bastante o testemunho de quatro membros
Pois todos «quelles que acta que representasse o simulacro.de uma elaição no sen-
da me3a que devem merecer f<5?
tido de seus interesses.
afíirmão em sentido desfavorável á eleição do Sr. Dr. Saraiva
Sr. prei-idente, sendo, como è para mim, iudubitavelmen-
não devem ser acieditados, não merecem fó ?
te legitima a eleição dafreguezia de Santo Antenio das Quoi-
O Sr. F. Octaviako : — A commissão não aceitou nenhu- madas...
ma das duas actas por estar em duvida; é a primeira
da com- O Saraiva :—Ainda assim eu ora o deputado,
Sn.
observação que faço, e que mostra a imparcialidade
••—...começada
missão ! O Sr. Bezf.rba Cavalcanti polo 2® juiz
Não sou capaz do accusar de paz o continuada pelo Io, e sendo a exclusão destes ciei-
O Sb. Bezerra Cav ilcanti
difhceis tores legitimos do collegio, exclusão violenta como elles o
a commissãc de parcial; mas não devemos ser tao
afíirmão cm uma representação que dirigirão ao throno im-
em relação aos quo affiiraão qualquer faeto contra a eleição
do Sr. Saraiva quo nada consideremos provado ; entendo perial, c em a qual taes factos são corroborados pelo teste-
munlio de mais alguns cidadãos respeitáveis que exercem
membros do uma mesa parochial legitimamente
que quatro cargos públicos importantes, entendo que semelhante vio-
eleitos merecem toda a fé no que allirmão ; se dizem que
lencia contra taes eleitores é muito significativa para se
chamarão o<1° juiz de paz e não o 3" por não ostar jura-
suspeitar com razão da legalidaae com quo ee diz haver sido
montado, devem ser acreditados. Os outros dizem o contra-
feita a eleição do supposto collegio de Villa Xova da Rainha.
rio ; mas esses procederão irregularmente ; e porconse-
funccionarios legitimo» no cxercieio de O Sr. Fernandes i>\ O miv E' ilh gico
guinte, não sendo ; quem tem
fuiícções competentes, não têm a prosumpção do direito maioria não violenta.
»ra seu favor. O Sr. Bkzerr* Cavalcanti :—Se so tratas?e do um cir-
0 Sr. F. Octaviako :—E' o ponto da contestação ; res- culo em quo houvesse um sô collegio, a observação que acaba
tava que V. Ex. provasse isto. do fazer o nobre deputado seria mas trata-so
procedente ;
do um circulo que tem tres collegioe, e não se sabendo em
O Sr. Bezeura Cavalcanti Para mim não ha duvida
Villa-Noya do resultado da votação dos outros dous, havendo
absolutamente : quando quatro membros do uma mesa lo-
razão paru so suppôr que osse resultado seria contrario, eomo
affirmão um facto....
gitimamente eleitae constituída foi, ao candidato que a todo o trance ahi se queria susten-
O Sr. F. Octivivno dá um aparte. tar, desapparece toda n força do argumento do nobre de-
O Sr. Bezf.rri Cavalcanti:—....os quatro membros da putado—quem tem maioria não carece de praticar violen-
cia.—A votação dos outros dous collegios era então desço-
mesa lcgitimamonto constituída, e que portanto merecem
nhecidacm Villa-Nova, repito, e, portanto, o juiz de direito
fé publica, affirmão que o motivo da separação partio do j uiz
da comarca, o Sr. Rocha Vianna, e mais autoridades
de paz... que
tinhão interesse de sustentar a todo o trance uma can-
Um Sr. Deputado E qual loi esse motivo ? quero saber.
didatura....
O Sr. Bezerri Cavalcanti O motivo não é explicado
O Sr. Fernandes di Cunua Qne interesse, senhor ? Só
na acta, e 9e é, não me recordo ; no entanto recorrerei a se quiz obstar toda a influencia governativa nessa eleição.
ella para esclarecer o nobre deputado ãcerca deste ponto.
Não se dá motivo algum ; diz-se que O Sr. Bezerra Cavalcanti Com quo o nobre
(Léa ar ia em questão.) prova
o juiz de paz abandonara a mesa e retiriira-se ; mas a íalta deputado o que aventura ?
da declaração deste motivo deve ser razão para não se acro- O Sr. Fernandes da Cunha :—Posso provur.
ditar no que affirmão esses quatro membros da mesa ? Elles
O Sr. Bk7.hrr \ Cavalcanti :—Pois eu ignoro
não sabem qual íoi a causa desse abandono, limitão se que a can-
didatma do Sr. Dr. Saraiva losso guerreada p.jla' influencia
ao facto — o juiz de paz abandonou a mesa ; — o elles pro-
cedôrão regularmente, convidando o to juiz de paz para governativa !
substitui-lo e continuar a eleição# (lia di/fireuten aparte*.)
Este proceder, Sr. presidente, ó regular, é conformo com Sr. presidente, posto que a representação de quo ha
pouco
o que se aclia disposto em nossas leis e instroeções eleito- lallei se ache impressa em um folheto distribuído na casa
rae3. E sendo esta eleição lançada no livro que foi remettido pela parto interessada, todavia julgo quo soiã conveniente
municipal, sendo feita pela lista da qualilica- que eu leia alguns dos seus topicos, paru que a camara
pela câmara
na mesa, tendo touos os requisitos legaes, formar o sou :
ção quo se achava posta juiio
tendo-se observado todas as formalidades preseriptas, não « .... Neste acto levantou-se o juiz do direito interino
sei a razão por que devo ser considerada falsa, irregular, desta comarca, dizendo por estas formaes palavras : — Nio
motivos, documentos taes se toma protesto por ordem do governo; levanto-se, Sr.
quando aliás não se apresentflo
convicção robusta de que o que »
que possuo formar uma presidente da mesa....
nessa acta se aflirma é inteiramente falso. :—E'
O S*. Saraiva falso.
Um Sr. Deputu^o Uma acta contrasta-se «ora a outra ; *•— «
O Sr. Bezkmra Cavalcanti [ronlinua)>do a /<•/• ) ... o
depois ha uma justificação perante a autoridade compe-
assim osto cumprio, sem se lavrar a competente acta espe-
tento, etc. ciai da installação do collegio, como forão testemunhas t^-
O Sr. Bezerra Cavalcanti :-Além de que esta outra dos os abaixo assignados. E achando-<e a par do juiz do
acta, sendo o transumpto de actos inteiramente irregulares, direito interino uma força do quafci 30 prr?99.., >
112 DÉCIMA SESSÃO PREPARATÓRIA EM 29 DE ABRIL.
QUARTA

O Sr. Saruva:—O
O Sr. Fiicnindes ba Cunha :—E' comico c ridículo! que quer, se um cunhado de um mi-
nistro piomettia tudo em nome desse ministro? !
OSn. Bezerra Cavalcanti : — Isto não é facto novo en-
tre níis. Em 1H52 o «ollegio de S. José, da província do Rio O Sr. Bezerra Cavalcanti: — Não sei
que um cunhado
Grande do Norte, aonde «u era candidato, foi coagido por de ministro possa exercer tanta força.
uma força de 26 praça» ; infelizmente a nossa historia elei- O Sr. Saraiva : —Tanto pôde que trouxe o tabellião á
toral refere o abuso por todas as fôrmas possíveis. (Continua corte para representar uma farça.
o ler) «.... e vendo-se 09 supplicantcs ameaçados e coactos,
*e retiràrão paru o corpo da igreja matri/., u ahl reunido» (lia outros apartes.)
com os eleitores desta freguezia do Senhor de Bomíim, pro- O Sr. Presidente : — A discussão não pôde continuar
cederão á sua eleição , a qual breve será enviada ao poder assim.
competente, etc. » O Sr. Bezerra Cavalcanti: — São tantos os apartes
Esta representação foi dirigida ao throno irnperial, e está que
me jogão dn todos os lados,
assiguada. por 25 eleitores da freguezia das Queimadas, e que não é possivel responder a
todos. Os nobres deputados
c^mo testemunhas que presenciarão os factos allezados se que 03 dão fação o favor de
ouvir-me, e depois me responderão.
achão também assignados diversos cidadãos, entre os quaes
Mas, Sr. presidente, os dous tabelliíea de notas affirmão
se vê o tenente-coronel João Gomes da Silva, o capitQo Ma-
que o juiz de direito^ lhes tomára os livros durante a elei-
noel da Silva Leite, delegado e cnpitôo Tiburcio Simões Vil-
ção. Este facto por si só é bastante para demonstrar a in-
las-Boas, subdeleyado e alferes Domingos Francisco de Al- terferencia directa desse juiz de direito na occasião em
incida, o negociante Manoel do Barros Wanderlty, o pro- que
se fazia a eleição, para obrigar um a lançai uma acta no
Dr. Joaq*im Simões de
prietario Sotero Simões da Silva, sentido do seu interesse, como fez,
p impedir o outro de
Oliveira Sampaio, o tenente-coronel Antonio Nunes hodn- transcrever no seu livro a acta do outro collegio
í/ue se figura no outro collegio, e vo- que por
gues de Freitas, eleitor ventura fosse organisad », e votasse no candidato
adverso.
lando no Sr. Saraiva ! Pergunto; quem deu a esse de
juiz direito semelhante
Ora, senhores, se isto não é verdade, se todas estas autori- attribuição ?
dades mentirão, i de todo o interesso, é de alta conveniência
O Sr. Maoireira : — Juiz de direito interino.
factos, que sejão bem averiguados e dis-
que appareção estes
cutidos, para que estas autoridades sejão processadas e puni- O Sr. Bezerra Cavalcanti :—Não me refiro ao nobre
das pelos abusos que commetterão da fé de seus cargos. deputado, a quem no entanto terei de relerir-me depois.
(Apoiados.) Quem deu a esse juiz de direito interino a faculdade de
intervir assim na eleição, de chamar a si e consertar em
O Sr.. Saraiva : —Eu muito estimo esta discussão, e até
sou poder durante o processo eleitoral os livros de «otas dos
agradeço ao nobre deputado por tô-la suscitado.
tahelliães do termo? Os
juizes de direito têm attribuição
O Sn. Bezlrra Cavalcanti : — Cidadãos probos, como de examinar livros de notas
quando estão em correição,
afíirma o nobre deputado o Sr. l)r. Madureira, coinprová- unicamente nessa occasião ;
portanto o juiz de direito
lão estes factos. interino Rocha Vianna, procedendo deste modo, commet-
differentes apartes.) teu um abuso manifesto e reprehensivo.
(Ha
Este facto é bastante signiiicativo.
Existe a asseveração deste homem.
(Cruzàsc apartes.)
O Saraivi:— Essa carta
Sr foi obtida com legrimas'
i uma historia muito triste. NoteV. Ex. a importancia desta circunstancia em uma
época em que o fim da reforma eleitoral foi tirar aos ma-
O Sr. Bezerra Cavalcanti:—Sr. presidente, além des-
gistrados a interferência na eleição. (Apoiados.)
tos factos de violência de que trata a representação que nca- Sr. presidente, além deste facto,
Lei de ler, ha outros muitos que sem duvida tornão crivei por si bem significativo,
a existencia delles. Certitícão dous tahelliães de notas.... peço á camara que note um outro para mim de grande irn-
portancia, e que na minha eonseiencia confirma quanto se
Note-se que não é só o infeliz Nazianzeno (chamo-o infeliz
argua contra a eleição da Villa Nova da Rainha. Trato da
a serem verdadeiros
pelos crimes que se lhe attribue, e que votação promiscua dos 2Ci eleitores da duplicata falsa da
collocarião seu autor em elevado gráo de infortúnio), não
freguezia das Queimadas. Os nobres deputados não
é sóraente este infeliz quem affirma que o juiz de direito podem
sustentar em boa fé a veracidade e legitimidade dessa elei-
lhe tomára o livro de notas antes ou desde o primeiro dia
da eleição, e o conservara em seu poder até dias depois, ção...

obiignndo-o a lançar nesse livro uma neta que foi diotada O Sr. Saraiva : —Não é falsa.

pelo mesmo juiz. de direito. 0>. Kezeriu Cavalcanti :—E' inteiramente falsa, é
O Sn. Sarai* i • — Este é o Nazianzeno. inteirameute illegal.

O Sr. Blzkrra Cavalcanti : — Além de.^te, também o O Sr. Saraiva ¦ — Poderá ser iflegal, mas falsa, não.
2° tabellião do termo, Antonio Poreira Fialho, contra cuja O Sn. 1 >i/.i ii u a Cavalcanti: — Como f-e deve qualificar
probidade ainda nada ouvi, tabellião que authei:ticou todos a votação desses eleitores falsos depois da retirada dos 2t>
os documentos apresentados ptJo Sr. Dr. Sn raiva, declara eleitores legitimes Emqu«nto se não retirarão, pretextou-
que o seu livro de notas foi tomado pelo juiz de direito inte~ se quc, havendo duplicata naquella freguezia, não era
pos-
rino antes da eleição, e sò o entregou depois de alguns dias. sivcl qne tnes eleitores tomassem parte nas deliberações do
collegio, nem confundissem os seus votos com os dos elei-
O Sr. Saraiva • —Peço a V. Ex. que leia esse documen-
tores que não solfrião duvida. Mas, apenas se retirarão
to; t-Ue corta toda a. questão.
nquelles, o? eleitores da duplicata faina ficarão sendo le^i-
— Satisfa-lo-hei.
O Sr. Bezerra Cavalcanti : (/.<-.) timos, e votarão enplobadainente no collegio !
Mas, senhores, se este tabellião diz a verdade aqui, eé O que significa isto? Significa sem duvida
que o pretex-
falso tudo o mais quanto afiirma por certidão, c em fé do to de que se lançou mão tinha
por fim arredar aquelles elei-
seu ofíicio, constituindo-se réo dc falsidade.... ; tores adversos, alim de se compor uma mesa toda
parcial,
e laviar-se uma acta de supposta eleição favoravel á causa
O Sn. Siruv \: - Estes dous tabelliiies são também crea-
do candidato que se
t iras do padre Severo. São dous miseráveis que o padre Se- procurava sustentar.
vero os inetteu ali e de queni obtém todos os documentos O Sr. Saraiva : —Os eleitores declarárão dous mezes de-
forjados por clle mesmo. pois que a neta era exacta.

O Sn. Bkzkrra Cavalcanti: —.... lambem os documen- O Sr. Bkzicrra Cavalcvnti : — Para este facto não ha
tos que o Sr. Saraiva apresenta em favor de sua causa au- explicação
plausivcl.
thenticados por este tabellião não merecem fé, devem ser U*a voz : — A eleição seria legal sc houvesse divergen-
igualmente suspeitos pela falta de fé de quem os authenti- i cia de votos.
cou. Este argumento de V. Ex. é arma dc dous gumes,
fere também os seus documentos. Emtím, o que secon- (Ha outros apartes.)

clue de tudo isto é que aquelle infeliz lugar deve mudar O Bezerra Cavalcanti: — Este facto é de tal natu-
Sr.
de nome; em vez de se chamar Villa Nova da Rainha, de\e reza da comarca de Jacol>inn, o
que o Sr. juiz de direito
chamar-se—Villa das Falsidades. , Sr. deputado Madureira, que se acha presente, nas in for-
•AUATORIA EM 2i) DE ABRIL.
DÉCIMA SESSÃO L'111: 113
QUARTA

msçõ<;s que deu ao presidente da província, em resultado eleitor desses 70 que se ligurão reunidos na Villa-Nova da
da syndieancia de que fora encarregado, diz o seguinte : Kainha votando 110 Sr. Dr. Saraiva, carta que está reconhe-
« A acta não faz menção da votaçio em separado quo cida, na qual assevera o referido eleitor que foi ao collegio
unicamente 110 primeiro dia antes da formação da mesa ,
verificou-se quanto aos 26 eleitores do grupo das Queima-
mas que , dando-se o facto da separação do» eleitores , e a
das que obedeceu & decisão do collegio, com ella se confor-
retirada do presidente da mesa do collegio , conservando-so
mou e permaneceu, talvez por haver entendido o becreta-
elle cm Villa-Nova até o dia fi.nâo tevomaisoccasião dí
rio que a redigio e a escreveu que, tendo sido o resultado
fácil em tal votar , porque nunca mais o collegio se reunio no paço da
unanime, não prejudicava a eleição^ por ser
camaru municipal, entretanto os»e eleitor está contado en-
caso a deducção, visto só ter a votação recaindo em 2 can-
tre os 70, e affirma-se que votou no supposto collegio....
didatos. >
—Forão Uma voz : — Que elle foi, elle mesmo o diz.
O Sr. Mamjreira : as razões que deu o proprio
secretario a quem ouvi. O bR.Bezerra Cavalcanti : —Diz que compareceu no
— Sè houvesse explicação dia ; ma» assevera que se conservára na villa até
O Sn. Bezerra Cavalcanti : primeiro
o dia 6 á espera da segunda reunião do collegio para dar o'
um facto desta ordem, não se procuraria in-
]>lausivel para seu voto, e o collegio nunca mais se reunio....
«ulcar que não se pa°sou por aquelle modo. Entretanto a
informação do nobre juiz de direito da comarca de Jacobi- (J/u um aparlt.)
na demonstrou irrecusavelmente que a acta não reza a ver- Não é o testemunho de um unicamente ; todo» os outros
dade. factos que so dão contra esta eleição constituem indicio»
O Sr. Mamjbeira : — Não apoiado. bem vehemonte», presumpções irresistíveis do que tudo que
existe é uma pura ficção—
O Sr. Bezerra Cavalcanti:—O nobre juiz de direito
diz que n votação foi em separado: da acta consta que a Um Sr. Drpitado: — Ficção é tudo que tem escripto o

votação foi englobada. Ou a acta é falsa, ou as informações Sr. Magalhães Castro.


são inexactas. Se «s informações são verdadeiras, a acta O Sit. Bezerra Cavalcanti:—Felizmente não é o Sr.
falta á verdade, e, portanto, não merece fé ; provada a fal- Magalhães Castro que u affirma sòmente ; ha muita gente
sidade em um ponto, era todos os outros fica também vero- elle assevera....
que coniirma quanto
simil.
O mesmo Sr. Deputado : — O clássico Nazianzeno.
Entretanto, na informação do juiz de direito se rO que o
secretario do collegio não disse a verdade do que se passou; O Sr. Bezerra Cavalcanti : — Muitos outros asseverão, a
e os 60 e tantos eleitores que assigiiíirão a acta. ou des- respeito dos quaes é verdade que entendem os nobres depu-
conhecerão a verdade neste ponto, e então podião desconhe- tados não deverem merecer fé por terem sido derrotados....
cf-la em todos os outros, ou asçignárão com conhecimento E' muita crueldade com os vencido» 1...
uma falsidade.
O Sr. Saraiva : — Tenho também as cartas de meu» ami-
Cunha :—Falsidade que confirmá- 1 De modo que liavião d« votar
O Sr. Fernandes da gos; estas não merecem fé
rão depois. no meu adversario...

O Sr. Bezerra Cavalcanti :—Não sei se confirmíirío O Sr. Bezerra Cavalcanti : — Jâ tive occasião de sofTrcr
o dissabor de sessenta e tantos amigos meus em um colle-
Uma voz: — O que a informação diz é que 70 eleitores
facto que se repioduzio
votarão no Sr. Saraiva, e a acta não diz o contrario. gio, votarem em meus adversários,
emquasi toda u província.
O Sr. Bezerra Cavalcanti : — Mas a acta diz quo a vo-
O Sa. Saraiva : —Coactos.
tação foi promiscua, ao passo que o juiz de direito, firmado
no testemunho do sccrotario do collegio, affirma o contrario. O Sr. Bezerra Cavalcanti : — Sim , coactos ; outras ve-
1-ogo, ou a acta não reza a verdade.... (lia um
aparu) ou zes também votão sem saber que o fuzem, isto é , figurão-so
a informação é inexacta. como presentes. Dizein-o as actas , e elle» o ignorão. Mui-
Repito, não ha explicação plausível para o facto da reu- tas vozes se faz isto. A este respeito não hi\ nada a innovar ;
nião dos votos depois que se separãrão os eleitores legitimos tudo quanto é abuso, tudo quanto é fraudo, se tem posto era
da freguezia das Queimadas, quando antes se havia suu- pratica em eleições.
tentado <^ue, por haver uma duplicata, se não devia englo- A conclusão , Sr. presidente , que daqui se deve tirar é a
bar a votação. Entretanto, se o facto se deu, como aflir- que ha pouco tirei em relação ao facto de que mo oecuoava ;
mão as informações do juiz do direito, o secretario do col- isto é, que se a neta do collegio é falsa relativamente a esse
leiíio escreveu o contrario do que se passou, c a mesa e eleitor que te affirma ter comparecido , e <jue assevera que
«leitores assignárão uma falsidade. Se o fizerãj de inà fé, não compareceu , pôde-o ser em tudo o mais.
tudo mais pôde ser falso por connivenoia; se forão illudidos, E' para mim, Sr. presidente , também um facto muito
e então suas assignaturas não Bignihcativo contra a eleição do Sr. Saraiva que todas as
podião sê-lo em tudo o mal»,
suppoatos 70 votos que a acta dá como informações das autoridndos que asseverão ter sido esta elei-
podem autlienticar os
uma parcialidade manifesta, que
tendo rccahidp 110 Sr. Saraiva. ção verdadeira transpirão
>e as informações são verdadeiras, como desejo acredi- no meu espirito comprometteu antes a causa, em vez de lhe
tar ... dar força, de imprimir-lhe o cunho da veracidade, pelo con-
trorisé tnl a parcialidade com que são redigidas....
O Sr. Saraiva : — Então deve votar pelo parecer.

O Sr Bezerra Cavalcanti:—Propendo u crer que 6 1"m Sr. Direi >1)0: — A lealdade, a franqueza, jíi foi tra-
verdadeira, porque não supponho o nobre deputado capaz duzida por parcialidade ! Só por jesuitas ó que pôde ser tra-
de affirmar intencionalmente o que não c verdade. Üiuzida como tal!
*
O Sr. Fernandes da Clniia dá um aparte. O Sr. Bezerra Cavalcanti : — Será isto comigo

O Sn.
Bezerra Cavalcanti :¦—O que i certo <: que ha um O hesmo Pr. Dimtado : — Não me dirijo ao uobre depu-
'de
desmentido da acta pela informação do juiz direito, vis- tado; digo que a lealdade, a franqueza, nunca pôde ser tra-
to que esta affirma que aquelle» eleitores da duplicata falsa | duzida p r parcialidade. »
votárão em .separado, quando se 10 na acta que houvu fusão
O Sr. Bezerra Cavalcanti : — A parcialidade das infor-
«ie seus votos com os dos outro» eleitores de que se compuz o
moções officiaes que se dão em favor da eleição do çr. Sarai-
collegio. Perde portanto a acta a fé que lhe é indispensável muito a sua causa.
a votação representa. ; va no meu espirito compromette
Demais,
para que possa vigorar que a
se dü essa mudança rapida,.é intei- ! (Ha Jiotrsot apartes.)
razão que na acta para
ramente capciosa; diz-se que ella teve lugar por haver cessado 0 Sr. Presidente . - E' preciso, meus senhores, nfio in-
a razão legal da separação. Como, senhores ! Pois a retirada terromper o orador ; a discussão assim não pode continuar.
dos eleitores dc uma freguezia em flue houve duplicata fez »Eu lerei um tópico da in-
O Sr. Be/trua C*val< ami
cesapparecer o facto da duplicata? I Não cessou a razão leyol,
formação do Sr. Mudureira.
o que cessou foi o interesse que havia presidido ao plano do
presidente interino do collegio,
e do juiz de direito interino O Sr. F. OcnviANo: — Oberve primeiro a casa que essa
Sn comarca. informação foi dada confidencial mente ao presidente da pro-
Além dc tudo isto, Sr. existe a carta de um vineja, e depois pedio tpara publicar.
presidente ,
10.U O 1. 15

\
1J4 DÉCIMA SESSÃO PRKPARATORIA EM 29 DE ABRIL.
QUARTA

—Não sei se em administra- Veja V. Ex., Sr. presidente , o que diz este documento
,0 Sr. Br/mm Çívalcakti :
secreto.... •m relação ao Sr. Dr. Saraiva :
çâo deva haver alguma cousa de
« E a camara dos Srs. deputados será sufficientemente
Vozes : — Oli! podo. habilitada para descortinar a origem deste enredo calculado
— Trata-se e acintoso, encaminhado sómento a dilatar, nunca a peren-
O Sr. Bezerra Cavalcanti : <le fantos publi-
nir a eleição de Y. Ex., pois que o mesmo homem que fui-
COS, de factos que íevem ser discutidos....
mina hoje todos os vícios e defeitos contra ella , sal)» de vis-
O Sr. F. Octaviano : — Nem o presidente pôde mandar o ta, e melhor do que ninguém, que V. Kx. ha de ser sempre
syndicar ; não entendo o quo seja juiz de di-
juiz de direito o deputado deste circulo ,
que para elegê-lo não precisa de
rei to syndicaute. nenhum incentivo, além daquelle
que se acha ligado ao
nome e ao mérito de V. Ex. >
O Sr. Bezerra Cavalcanti : — Não sei se elle tem este di-
reito, não sai se o presidente da província pôde mandar O Sr. Paes Barreto : — Mérito ninguém tem mais.
syndicar de fautos em confidencia ; te a informação foi con- (Apoiados.)
íideucial, entendo que se faz uma censura muito grave ao O Sr. Bezerra Cavalcanti : — Não duvido , nem contesto
presidente da província, por te la dado á publicidade per- o Beu mérito ; mas a leitura deste documento o toma logo
mittindo imprimir e correr. A primeira vista suspeito.
Mas lerei um dos topicos finaes desta informação :
« Fica das arguições, O Sr. Madureira : — Só merecem fé para V, Ex. os do-
portanto dçmoustrada u falsidade cumentos do Sr. Magalhães Castro.
e o despejo com mentir perante
que ousou o representante
V. Ex.» instigado pelas promessas*de absolvição e recompen - O Sr. Bezerra Cavalcanti — E' urn homem
qne , con-
sa de um lugar na secretaria do império, promessa que. lhe sultado ácerca de factos relativos a uma eleição , não se li-
tez quem devia, deve á posição que aqui mita a attestar a força eleitoral do Sr. Dr. Saraiva aetual-
pelo respeito que
occupou, e pela que occupa na capital do império, prezar mente naquelle circulo ; diz que elle ha de ser sempre o re-
mais a própria dignidade, e não comprometíer mais o pobrt presentante do mesmo circulo.
representante onerado de familia, a quem con>tiluio doai ins- Responde pelo futuro !.... E' ura homem de dedicação ex-
trummto de sèus odios e vinganças, por nfio ter obtido a honra trema ao Sr. Dr. Saraiva, e conseguintemente, tratóndo-se
de representar os interesses deste circulo. » de interesses que lhe dizem respeito, deve-se tornar suspeito.
Eis-aqui o que diz um juiz de direito encarregado de syn- E' isto o que eu quero provar ; é «m documento gracioso e
dicar de factos relativos ao direito de doas indivíduos ; es- entliusiastico de um amigo extremado.
força se per desacreditar a um apresentando-o como um O Sr. Matreira : —São documentos de autoridades que
homem que não preza sua dignidade, que abusa da franqueza sabem cumprir com os seus deveres a voz), conhe-
àe outro constituindo-o dócil instrumento dos seus odios e (elevando
cidos na Bahia comp eu sou.
vinganças, sendo sua victima um funccionario publico que
aconselha eleições falsas, como em outro topico diz, etc. O Sr. Bezerra Cavalcanti : —Não precisa onobie depu-
tado inflamraar-se tanto , elevar a sua voz
E' este um iacto que tem para mim muita signilioação. por semelhante
Eu tinha as melhores predisposições em favor do Sr. Sa- maneira , para me fazer convencer dc que tem muito mere-
raiva, mas esta informação, que foi a primeira peça que li cimento
ainda ante» do eomeço de nossos trabalhos, deixou o meu O Sr. Madurcirv : —V. Ex. está dizendo elles não
que
é um juiz
espirito prevenido contra, porque não sei o que fallão verdade.
informando acerca de dous indivíduos sobre cujos direitos
O Sr. Be/erra Cavalcanti : — Digo que são parciae?.
deve emitfir um juizo severo,extravazar-seem expiessõesde-
Sibridas contra um e lisongeaudo e procurando fazer realçar O Sr. Madlreira : — Parcial é o nobre deputado.
o meritodo outro; um tal juiz, ostentando-se dest'artc} parte O Sr. 15 ezerr* Cavalcanti : —Muito obrigado ; se o diz
interessada, tornando-se parcial, íica o seu^ testemunho
impressionar por injuria, declaro que não a aceito, colloco-me mais alto.
suspeito. Q a ando um juiz se deixa assim
ou contra este ou aquelle indivi- Uma Voz : — Aqui não deve haver questão pessoal.
pelo sentimento cm favor
duo, as suas asserções não podem ter aquelle cunho da im« O Sr. Bezerra Cavalcanti: —Respeito muito a pessoa
sellar um oflicial ácerca de
parcialidade que devia juizo do Sr. Dr. Madure ira; mas posso discutir na camara os
L:ctOi tão importantes.... actos praticados pelo nobre deputado como juiz de direito,
um aparte.) e mesmo accusa-lo quando o merecer. (Apoiados.)
(Ha
Entretanto, como disso, este documento ,
Ii' censura que não mereço; eu não digo que só falia que manifesta
uma adhesío tão enthusiastica á causa do Sr. Dr. Snraiva ,
verdade o escrivão Nazianzeno, e que todos o» mais faltão
é, ao mesmo tempo
que a informação do j uiz syndicaute, uma
* verdade ; digo quo ettas informações trauspirão uma
catilinaria contra o Sr. Dr. Magalhães Castro. Taes docu-
parcialidade tal que não podom merecer aquella fé que de- mentos não merecem fé por isto.
viuo ter.
Além de*sa informação do digno jui* dc direito de Jaco- Uma voz : — Perdôe-me, esta3 pessoas estão acima de toda
binai ba uma resposta que, embora seja a uma carta, toda- a excepção.
via. vem acompanhada da permissão de bc fazer uso delia O Sr. Bezerra Cavalcanti : — Quando se trata de factos
em qualquer parte, e que tendo sido presente á commissão ,
que respeitão ao direito de dous indivíduos, e aquelles qme
enteado que o deve ser também íi casa para apreciar o são chamados a emittirem o seu juízo manifestão uma tal
resposta do Dr. Alberto JosóMa-
que nella te contém, h' a syinpathia e predilecção por um , e uma auimadversão tal
cliado , juiz municipal de Jaeobina , a certos quesitos
por outro, sem duvida esse juizo se torna suspeito.
sobre a eleição do Sr. Dr. Saraiva. Ao mesmo tempo que
O Sr. F. Octaviano :— Note
este documento é uma verdadeira apologia ao Sr. Dr. Sa- que esse documento que
trata do merecimento do Sr. Dr. Saraiva é escripto
raiva , a parte relativa ao Sr. Magalhães Castro , como a poste-
riormente á eleição, e por conseguinte não toma suspeito o
informação que já li , parecem antes verdadeiras catilina-
indivíduo que o passou.
ria» contra esse Sr. doutor.
Acabou elle de ser deputado pela província da Bahia, e o O Sr. Bezerra Cavalcanti : — A sympathia
que inspira
nobre deputado <> chama agora um cometa terrível! Oh ! uma das partes , e a antipathia i sem
que inspira a outra,
senhores , isto diz o nobre peputado pela Daliia de um ho- duvida indicio bem significativo do interesse
que tomavão
mem que tem sido representante pela sua província creio estas autoridades
pelo triumpho do primeiro e derrota do
mais de uma vez ! segundo.
que por
Sr. presidente, ha outras circumstaueias ainda
O Sr Mm-ureira. :
— Era um que me
peso enorme.
prevenirão contra esta e.eição ; uma dellas, por exemplo, é
O Sr. Bl/.crra Cavalcanti : —Hoje, porque teve o pec- a unanimidade invariavel que se observa na votação.
cado de se achar em luta com o Sr. Dr. Saraiva, é o Sr. Dr.
O Sr. Saraiva :—Já se tem approvado na casa outras
Magalhães Castro um homem corrupto , um peso enorme ,
votações unanimes.
um cometa terrível; e todos aquelles cidadãos que
pugná-
rio pela sua candidatura iicirão constituídos rijos de poli- O Sr. Bezerra Cavalcanti :—E' verdade; mas em re-
de crimes e autores lação ao deputado òu ao supplentc, c não a ambos,
cia , fhlsariotí, cobertos , de quanta in- e além
atuía se pôde imaginar ! disto também aos membros da mesa.
EV 29 DE ABRIL. Ü5
SESSÃO Pll! PAR ATOR! A
DÉCIMA QUARTA

unanimidade <lo annullação de toda a eleição do 12° districto da província


Ê™A eleição do nobre deputado pecca por da lluhia, pura que se mandasse proceder a outra, aíhn de
do supplente, o
mais, niio b6 a seu respeito, comoicerca se poder reconhecer qual é o verdadeiro representante da-
?ambem relativamente á votação dos mombrosda Saraiva, sendo
outros indicio» existetó do quellc districto. Então o Sr. Dr. .José Antonio
Tanta unanimidade quando novamente eleito, uma vez que affirma ser o candidato das
regularmente, seip duvida de-
a eleição não correu affeiç5e^ daquclla localidade, seria o seu triumpho verdn-
que apoirrdot.)
monstra antes um oonloio premeditado. {Nno deíramente brilhante
Na capital do Majoniião ode- Este accordo deixaria os nossos espíritos livres de qual-
O Sn Oiz Maotaiio
se apuro-
o o supplente foião unanimemente votados. quer remorso ou de qualquer duvida, porque não
putado varia uma eleição tão eivada de nullidades. Não tenho re-
Dr. Magalhães «"astro também
O Sn Saraiv V :—O Sr morsos do papel que fuço, combatendo o parecer ; o que
a mesma unanimidade nos seus c<511egio».
apresenta desejo é que a decisão da camara seja o mais acertada po«-
•— Em
O Sn. Bezerra Cavai.caj.ti geral'estou sempr. •ivef. Estou inteiramente seguro de minha consciência ;
nuo gJstudellas. não sou levado por motivo algum que não seja o desejo de
contra taes unanimidades ;
prevenido
cumprir o meu dever.
Uma voz O Sr. Teixeira Júnior i.ii eleito, unanime-
No entanto, como os flnvr* collegios de Jacobina e Jonzeiro
mente.
comprehendem numero de eleitores superior A metade d.1
— E também o Sr. Cunha
O Sr. Barbos Pimesto. : districto, creio que n camara, seguindo os preeed. ntes
Mattos. adoptados, não podorA deixar do approvar a eleição desses
O Sr. Bezerra Cavalcanti Skr., senhor ; inas noto collegios, cuja votação a íavor do Sr. Dr. José Antonio de
ha unanimidade era tudo, na eleição
do deputado, Magalhães Castro é superior 6, que teve o Sr. Dr. José An-
que aqui
mesa.
na do supplente, e na dos membros da touio Saraiva.
ser
Ha mais dous íactos ainda que não podem
deixar de cau- Por conseguinte o parecer razoavelmente nao pode
íi mesa
sar alguma impressão, alguma prevenção
contra a eleição aceito em sua conclusão, c por isso terei de mandar
do Sr. I)r. Saraiva; e síio, primeiramente o cunhadio
do uma emenda, em que incluirei a idéa do recommendar-se
ao governo que mande com todo o rigor das leis
Sr. Dr. João Victor de Carvalho com.... proceder
contra os autores das falsidades e abusos indicados.
este senhor, nnnea
O Sr. Saraiva :—Não tenho nada com Espero ouvir os nobres deputados que tOm de sustentar a
fallei com elle até hoje. causa do Sr. Saraiva, c fallaiei depois, se julgar conve-
O Sn. BEZEnnA Cavalcanti e cunhadio, digo. do niente: Entretanto, se os nobres deputados puderem con-
Alfredo Maclmdo, esse vencer-me de que estou era erro, terei muito prazer em
aupplente com o juiz municipal, Dr.
ha pouco li em íavor
que deu a informaçãocnthssiastica que aceitar a verdade c votar pelo parecer, porque, sobretudo,
Magalhaos Cas-
do Sr. Saraiva, e cheia de odio contra o Sr. prezo o verdadeiro e o justo.
interessado na
tro, tornando esse juiz tão particularmente
0 Sr. Saraiva :—Tenho essa espçrança.
eleição, indica a parte que devera tei nella tomado, e torna
natural o teu vivo interesse pelo triumpho dessa causa. 0 Sr. J. Marcondes : —-Sr. presidente, tendo de
lallar
\ ictor
Note porém a camara ainda que o mesmo Dr. João sinto augmen-
pela primeira vez nesta augusta camara,
de Carvalho, votado unanimemente, para supplente, declara tar-so meu natural acanhamento em pM»ença
das eir-
votação, por
depois pela imprensa que nSo aceita aquella cuinstancias txtraordinariafe que affeiçoão a questão que
estar convencido de que a eleição íòra iant.ustica, ou clan se discute ; e se não fôra a divergencia que se manifestou
destina. no seio da commissão a que tenho a honra do pertencer,
Sabendo que havia obtido 70 votos para supplente, mas seu precioso tempo, teria
não ousando roubar A camara
tendo suas razões"para convencer-se de qu«* não exprimiâo coutiado aos brilhantes talentos de meus nobres collegas
o resultado do uma eloiçãoreal, e sim imaginaria, renuncia as-
da 5a commissão de poderes a defesa do parecer que
obtida. e aconsi-
pela imprensa a votação assim siguei. O respeito, porém, que tributo & camara,
Este facto, eu não o quero moralisar, não direi que o deração em que tenho a illustração e moralidade do
meu
Sr. Dr. João Victor de Carvalho obrou b-m ou mal, não
honrado collcga que assianou se vencWo nesse parecer,
approvo mesmo o seu proceder ; mas elle serve sem du- instão-me para que justifique, ainda que brevemente, o meu
vida pura reforçar todos o» indícios vehementes e presump- v°to. .
eieiçuo,
ç5es irresistíveis qu« ha entra a veracidade desta Sr. presidente, não conaidero a verincaçao ue poaeres
v o testemunho de um homnn que devia ser interessado por como uma questão de pessoas ou de partidos (apoiados)mas
elia, mas que renuncia esse interesse, ntfirmnndo que é sim como a suprema suneção do direito da liberdade de
falsa a eleição. voto, não como um diroito pessoal do candidato eleito, mas
o ean-
Por estas considerações, Sr. presidente, e porque como o direito incontrastavol d<» districto que o elegeu,
a votação .lo boK> eoaüando-lhe a representação de suas opiniões e de seus ín-
didato eontra quem tem de prevalecer
Dr. Jo«í Antonj.-_.ie
cio da Villa-Nova da Rainha, o Sr, tereeses legítimos perante a camara dos Srs. deputados, pe-
com vantagem s..bre
Magalhães Castro, havia si io votado mate o pai/.. [Apoiados.) Quizera mesmo,
Sr. presidente,
e !••• hcobmu,
o seu competidor nos collegins do .Toazeiro quo, piya mais garantir osto principio, aceitássemos
o sys-
antes luzia
facto que tendo sido naturalmente conkecido tema do direito eleitoral inglez, que coramette as questões
arrigoe tinhao int' -
conhecer o risco o Sr. Saraiva, os s^u* desta ordem ã decisão de um jury nacional, revestido dc
resse em dar-lhe uma votação tal no colJe^io de Viila-Nova todas as solemnidades judiciarias.
da Rainha que o salvasse da derrota. Vê pois V. Ex. e a camara que, collocado nesta posição
Pela necessidade de salvar esta candidatura, e palointe- sobrauceira a toda sorte de consideração pessoal ou de par-
resse que tom/irão por ella autoridades que se mostravõo tão . tido, não sou suspeito a ninguém não trago
- (apoiados), e que
sympathicas, tão •nthusiasticamente amigas do Sr. Dr. esta discussão outro constrangimento que o receio dc*
para
raiva, é minha convicção que, por excesso tal*rz de dedi- fullecer-me intelligeucia para não errar em meu juízo. (-%"•
cação, compromottòruo-se-e corapromctterão a causa, viçarão apoiados.)
os preceitos legaes, violârão mesmo a verdade, f.ii»ricárâo estudo du-
Para o publicista ostri.ngeiro, í-r. preaidente, o
uma neta. contra a qual ha os mais veh«m»ntos indícios de eleições do 2." districto eleiti ral d i província da Ba*
não representar uma votação real. de
hia teria talvez o interesse de fornecer-lhe uma variedade
0 Sn. Saraiva Não apoiado. nossos costumes políticos ; para o Brczileiro que vivamente
:—E deseja ver liunadaem seu paiz a verdade do systema repre-
0 Sr. Bezerra Cavalcakti portanto, ní.o t». ic:r.. •
os votos que osta sca repre- sentativo em toda a sua pureza, é um trabalho ingrato
na minha opinião, prevalecer
do districto regular-se vo:açio desolador.
«enta. devendo a eleifão pela os to-
inoontestavdmonto verdadeiros. ' Realmente, Sr. presidonte, não se pôde compnlsnr
dos oiltres dous collcgios,
cnmento* relativos a essa eleição sem lamentar com as som-
se annul;r.r 2 de
0 Sn. S.raiv\ : — Nesse caso devião bro o* estragos moraeB de quo é capaz a ambição pessoal
todos. ou o fanatismo politico !
O Sr. Bezerra Cavalcanti Eu desejaria que cheglf- Através, porém, desse complicado enredo de eleições e

íemos a esta conclusão. dnplicatnsde eleições, de protestos e contra-protestos, de


Se tivesse certeza de que a camaru doH brs. deputados certidões e contra-certidões, em que o indivíduo se oppòe ao
trnnsluz inquestio-
uma tal medida, eu a proporia ; votaria pe.a I indivíduo, e muitas vezes a si icesmo,
pprovaria

a
i 10 DÉCIMA QUINTA SESSÃO PREPARATÓRIA EM 30 DE AI5RIL.

navel e dominante um facto capital. O Sr. Pr. José Antonio rino na eleição, c chega-se a negar mesmo a existencia da
Saraira foi o randidatn aceito pela grande maioria do circulo collegio ; mas, Sr. presidente, tocaria á estupidez esse luxo
da Villa Nova da Rainha. (Apoiados.) de arbítrio, cujo único resultado seria ocmprometter ums
Apoderado deste facto. para mim capital, como já disse, causa que tinha victoria certa no terreno legal. A aprecia-
de jámais sacrificar o fundo á ção das provas dessas allegações me arrastaria a um assurap-
porquanto sigo o principio
fôrma, cumpria me examinar se esse facto tinha por si as to pessoal em
que não desejo entrar, mas sou obrigado a dl-
condiç5es de legalidade que devam ser as vestes da verdade zer que entre os falsarios do Bomfim, um secretario da ca-
eleitoral. mara que se contradiz a si mesmo, uma carta
graciosa de
As eleições primarias e secundarias dos collegios de .Toa- um senhor <jue se diz honesto, o tabellião Nazianzeno, e 62
zeiro e Jacobina, assim como a primai ia da|Freguezk Velhn, eleitores legítimos, sentença, in-
justificações julgadas por
ao collegio de Villa Nova da Rainha, achão-st formações do-iuiz de direito,
pertencente juiz municipal e promotor da
Tegulares o não contestas. comarca de Villa Nova, lionfa da magistratura brazi-
por
Na freguezia do Senhor do Bomlim encontra-se uma du- leira, por honra da honestidade do
juramento, das funeções
plicata, porém tão escandalosamente falsa, que o cidadão políticas, e de maior numero, eu não podia vacillar cm reco-
em favor de quem foi cila forjada não se animou a fazê-la nhecer <©.no o legitimo deputado pelo 12° circulo eleir
valer perante esta câmara, e' um documento que foi pre- toral da província da Bahia o Sr. Dr. José Antonio Sa-
sente ó, commissão, rejeitou-a com desprezo. raiva. apoiados.)
(Muitos
As cousas se pass&rão na freguezia das Queimadas portal O Sa. Silveira Lobo e oi inos Srs. Deputados Muito
modo que sente-se ÍSfo o terreno em que se pisa, e o espirito bem !
embalde procura um ponto seguro em que descansa. A au-
.0 Sa. Presidente declara a discussão adiada hora.
dacia dessp duplicata chega a asseverar que ambas as ciei- pela
mesma liora, e ( o que é Vozes :—Votos ! votos !
ções se fizerão na igreja matriz, á
singular !) com o mesmo escrivão do juizo de paz, que se O Sa. Presidente :— lia ainda lguus senhores com a
acha assignado em ambas! Cada uma das turmas imputa á
palavra.
outra o abandono da eleição, e actos de violência ou de fal-
0 S*. Aro.ide diz que. achando-Be sobre a mesa alguns
sidade.
Se por um lado não parece veroteimil o motivo alie- pareceres, e entre elles o que diz respeito i eleição do 19»
porém districto da província de Minas-Geraes, tem de
de paz para explicar a retirada dos quatro pedirá ca-
gado pelo 2° j uiz mara que mande imprimir este parecer com o voto em sepa-
maioria, não
membros da mesa parocnial, que, estando em rado para entrar na ordem dos trabalhos.
de paz, e muito
podião receiar imposições illegaes desse juiz
menos do pretendido grupo de amotinaderes, a cujo lado Approva-se este requerimento.
aliiis pertencião, porque com elles fizerão a outra eleição, Dada a ordem do .dia, levanta-se a sessão As 2 % horas
também não parece veroaimil que o 4o juiz de paz que pre- da tarde.
sidio a eleição que fez esse grupo, com preterição do 3° que
se achava presente, fosse para isso competente, por não estar
legal devera ter feito
juramentado o 3o, que pela presumpção Ilerimii <iui»«» sessão
seu anno de judicatura, visto como a eleição te\e lugar no prcpiiratoriii em .'IO
de Abril.
4o do quatriennio.
Entre essas actas assignadas por numerosos individuos,
PRESIDFV IA DO SB. A!>TOMO JOSÉ MACHADO.
e pelo mosmo escrivão, onde estnríl a verdade t A afirmação
e a negafão são tão formaes de ambos os lado?, que só preva-
Sumuaiiio. — Expediente. — Ordem do dia. — EletçSo de
lece a duvida, e a coramissão, no consciencioso proposito de
Pernambuco. Observações dos Srs. Auyusto de Oliveira, e Pa-
tehar a votdade, teve por mais prudente suspender bcu juizo —
checo. El içàO de Santa Catharina. Votação. — Eleição d>'
a este respeito.
i S. Paulo. Observações dos Srs. (iatoso, Hamalho, e Cruz Ma-
Adiada a questão das Queimadas, Sr. presidente, en-
chado. Adiamento.—Eleição da Parahybado Norte. Votação.
castellão-sc as duvidas, na eleição secundaria de Villa Nova
—Eleições em duplicata. Observações do Sr. Viriato. — Elei-
da Rainha. Aqui ainda se encontra uma duplicata ! Mas o
candidato delia, apezar de prwsente na Villa Nova, a rejeita, ção de Pernambuco. Discurso do Sr. Villela Tavares. Adia-
rnenlo. — Eleição da Bahia. Di-icur.io do Sr. Fernandes du
assim como a c .imnissão, autorisada por esse significativo
exemplo. Cunha.

O presidente interino do collegio duo ndmittio que con-


A's 11 horas, achando-se prosentes os Srs. Machado,
corressem na eleição da mesa as duas turmas de eleitores
Villela Tavares. Orqueira Leite. Salathiel, Felippe da
das Queimadas, procedimento filho do espirito de nossas
Araújo, Nebias, Mendes da Costa, Barbosa da Cunha, Sou-
leis, e accorde com as recentes deliberações desta camara.
i za Leão, Paiva. Silvino Cavalcanti, Costa Pinto, Athaid ¦,
Nem era possível qné um funccionario que conhece seus
da Silva, André Bastos, Sallep, Franco de A!-
doveres deixasse entrar em acto seu um elemento de evi- j Gonçalves
meida, Vasconcellos, Peixoto de Azevedo, Del fino dc Al-
dente nullidade, qnal seria a admissão de 52 eleitores por
meida, Luiz Francisco. Dias Vieira, Pinto de Mendonça,
uma paroehia que não dá mais que a metade desse numero.
Hermogenes, Almeida Pereira, João Felippe', Hezerra Ca-
Recebidos e examinados os diplomas, resolveu o collegio
valcanti. Pereira Pinto, Silveira Lobo, Luiz Cnrlos, José
que fossem tomados cm separndo os votos da duplicata das Hento. Hamalho, Fernandes Vieira, Kiusa, Tobins Leite,
Queimadas, como lhe cumpria. A turma eleita aobaixo da
Teixeira Júnior, Martin lio Campos, Gavião Peixoto. Si
prcsidoncia .Io 2" juiz de paz submetteu-se a e.-ta justa o Albuquerque, Paes Barreto, Augusto de Oliveira, Rego
decisão ; a do 4o entendeu-se violentada em seus direitos, e
Barros, barã . de Oamaragibe, Coelho de Castro, Tosoani
não confiando neste meio legal de fazer valer seus^ votos, foi
Barreto, Mendes do Almeida. Madureira, Barros Pimento!,
formar collegio separado na matriz, unida A duplicata falsa |
Saraiva, Pinto de Campos, Miguel Araújo, Lima e Silva,
do Bom fim, apparecido era parte 1j
que até então não tinha Torres Homem, Antunes de Campos, Diogo Velhi, Flavio
alguma. '
Clementino, Aragão,Tiberio, Pacheco, F. Octaviano, Belfort,
Invoco a attenção da camara illegitima que
para a causa Gaioso, Pedro Muniz, Jaguaribe, Costa Moreira, Araújo
motivou a separação desta turma da3 Queimadas, que as-
Lima, Fernandes da Cunha, Calheiros, Jerouvmo Coelho,
sim desvirtua sua eleição, desmoralisando-se completamen-
Henriques, Fausto, Cruz Machado, Brandão", Alcantara
te, quando vai fazei causa commum com essa duplicata do
Machado, barão de Mauá, Baptista Monteiro, Cyrillo,
Bomiim, desprezada até por seu proprio candidato.
Castello Branco, Monteiro de Barros, Viriato, barão de
A ccmmissfio condemnou severamente o procedimento do
S. Bento, Augusto Corrêa, Sampaio Vianna. Pederneiras,
collegio legitimo, que, depois do facto referido, arripiou de
Belisario. Dantas , Cunha Mattos , Paranaguá, Pereira
sua primeira decisão, tomando englobadamente os votos da
Francd, Benevides, e J. Marcondes, abre-se a sessão.
primeira turma das Queimadas, h pretexto de ter cessado
a razão legal dessa decisã > com a retirada da outra turma. Lê-se e approva-se a acta da sessão antecedente.
Entendeu porém a commissão que esse facto não podia O Sr. Io Secretario dá conta do seguinte
induzir nullidade para o collegio, uma vez que se extremão
perfeitamente esses votos, por ter sido o resultado una- EXPEDIENTE.
nime.
Falla-se de intervenção indtbita do juiz de direito inte- ÜK officio do ministério do império, cummunicanlo qu«
PUl.PAHATOniA EM «0 DE ABIilL. II'
DÉCIMA OUINTA SESSÃO

O Sr. Aimuis-io dk Oliveira :— Não se segue que essa


na secretaria não existem ns actas dns eleições parochiaes j
— A' commissão respectiva. alta conveniência seja attendida s6 em um caso e não em
do 8» districto de S. Paulo.
todos.
Um outro do Sr. deputado Serra Carneiro, participando
O Sr. Bezerra Cavalcanti : — Mas o outro membro da
achar-se impossibilitado de fazer parte da deputaçao que
eommisBão quo apresentou o parecer que ha pouco foi lido
tem de ir á presença de S. M. o Imperador.
não pedio isto.
o Sr. Gavião
O Sr. Presidente nomêa para substitui-to O Sr. Augusto de Oliveira: —Pois o uobre deputado
Peixoto. Iquererá ao Sr.
prohibir-mo o direito de pedir explicações
do collegio eleitoral saber
Uma representação do» escrutndores presidente da casa e aos membros da commissão para
da Minas-G-raes,
da cidade de Pitangui, do 2" districto se por ventura o outro membro que não se acha assignado
freguczias de
contra a validade das eleições primarias dns foi ou não ouvido sobre a questão?
do Alatneus
Santa Anna doiRio de S. João Acima, Morro O Sr. Bezerra Cavalcanti : — Pôde pedir as explicações
— A' commissão respectiva.
Leme, e Tabolciro Grande. mas está apresentando considerações que não
quequizer;
João Dias
Vai á respectiva commissão o diplomn do Sr. vêm a ptoposito.
Ferraz da Luz, deputRdo deito pelo 12» districto de Minas- O Sr. Augusto de Oliveira:
— O nobre deputRdo não
Geraes.
sabe ainda qual é a conclusão quo pretendo tirar.
E' também remettida ú commissão respectiva a seguinte — Tudo
O Sr. Bezirr» Cavalcanti : quanto tem dito i
indicação:
irregular. ,
« Indicamos que seja chamado a tomar assento, durante — Eu estou apenas
O Sr. Auçlsto de Oliveira ; pedindo
a ausência do respectivo deputado, o supplente pelo 7o dis-
ao nosso digno presidente uma providencia Acerca da ma-
tricto da provincia do Rio de Janeiro o Sr. JoãoNcpomuceno
neira incompleta, em vista do que ponderou liontem o nobr<*
Oastrioto. — Lima e Silva. — Visconde de Baependy. > as ma-
deputado por S. Paulo, com que tem sido tratadas
terias sujeitas ao exame da commissão.
PRIMEIRA PARTE DA ORDEM DO DIA.
O Sr. Bezerra Cavalcanti: — 0 Sr. BeUsario encon-.-

ELEIÇÀO DE PERNAMBUCO» meudou isto ao nobre deputado?

0 Sr. Augusto df. Oliveira: — Acha o nobro deputado


(3o districto.) bastante consciência do meu dever para
que não tenho
tratar deste ponto sem que seja por encommenda?
Lê-se o parecer da 2o commissão de poderes relativo A
eleição do Sr. Dr. Silvino Cavalcanti de Albuquerque. O Sr. Bezerra Cavílcanti . — Perdôe-nie; ao nobre de-
como membro da commissão, é a
O Sr. Aii.isto dk Oliveira (pela ordem): — Desejava, pntado o Sr. Belisario,
Sr. presidente, que V. Ex me informasse se o parecer que quem isto compete.
acaba de ser lido está assignado por todos os membros da O Sr. Augusto de Oliveira : — Está enganado ; estou no
commissão ? meu perfeito direito fazendo esta reclamação. (,4/)ouií/o*.)

0 Sr. Presidente: —Não, senhor; apenas estft assignado O Sr. Franco de Ai.wrin»: — O caso de liontem não i o
1
ser considerado pa- mesmo.
por um membro, e portanto não pôde
reoer de commissão, foi lido por engano. O Sr. Ai «i sto df. Oliveira : — AVerca ia mini.:, eleição
O Sr. Augusto de Oliveira: —Eu desejo fazer e ácerca de outras que tem sido orprovudus eu tinha uma
uma
convicção jâ formada. Se os iu >res depurados tivessem
observação. -
apresentado pureceres Acerca da minlin eleição e da de ot
— está nada em discussão.
0 S*. Presidente : Não tros, mostrando quo envolvido matéria complicada, bem,
O Sr. Augusto de Olivfira : — E' pela ordem. *cria jupto que igunl observação apparece^e; ma> fcendo a

— eleição de que agora c-tamo* tratando tão. complicada, e


O Sr. Presidente j Tem a palavia pela ordem.
tanto que tendo sido sujeita ha muito tempo ao exame da
O Sr Augusto de Oliveira : — Tenho notado, Sr. presi- illustrada commissão, sõ agora é que utn do* sou» membros
dente, que a illustrada commis&ão, de que fazem parte o apreeenta o seu parecer, o que prova isto? Prova que a ma-
nobre deputado por S. Paulo o Sr. desembargador Pacheco, teria exigio muito estudo da parte.da illu»trada commissão.
e o nobre deputado o Sr. Dr. Viriato, e outro membro que I E por ella me parecer um pouco complicada, e afim do quo
não sei quem é, tem constantemente apresentado <,
parecerei para o futuro não se reproduza o ni«smo inconveniente,
à casa assignados apenas por dons dos seus membro». Ora, Sr. presidente, que eu peço a V. Ex. que- complete essa
cu ouvi liontem o nobre deputado por S. Paulo reclomar commissão, no caso de que um aos seus membros, que n&o
então >e
com toda a instancia, dizendo que o parecer de que tem assignado os respectivos parecerei, não queira fazer
tratava, apresentado Acerca da eleição de um dos districto» paTte delia.
a
da provincia de S. Paulo, devia ser adiado para se ouvir Entendo que a verifienção dos podere., dos membros d:i
opinião do 3" membro, que não estava assignado. camara, objeeto em si relevante e urgente, nf.o pOàe licar
dependente da vontade de um ou outro membro da com-
O Sr. Silvino Cavalcanti : — Note o nobre deputado que
Incumbe a V. Ex., como fiscal dos trabalhos da
no parecer relativo á sua eleição só estavão assignados dous 1 missão.
membros da commissão. casa, fazer com que as commU&ões, ao menos quando tenhão
de dar seus pareceres àcoica de «qualquer mataria impor-
O Sn. Augusto dk Omveira : — A que vem isto ao caso? tante c gravn, estejão completas. L este o pedido que tonho
O Sr. Siltino CavaIcanti : — Responde & observação quo a fazer a V. Ex. Se por ventura a coramissío u quu m»
está fazendo. tenho referido não está completa, dignè-?o V. Ex. <•<«xnplo-
ta-la, nomeando um membro para substituir ao quo tem
0 Sr. Augusto df. Oi.iveira : — Tenho notado constante-
faltado. /
mente que sc tem dado esta falta por parte dessa illustrada
commissão. Emquanto as questões a respeito das quaeâ 0 Sr. Presidente : — Devo dizer ao nobre deputado que
tinha de dar seu parecer esta illustrada commissão não ver- a commissão e»t4 completa, e que por conseguinte não
savão sobre eleições complicadas, eu fui o primeiro a con- outro membro para ella.
posso nomear
servor-me silencioso; e mesmo, declaro, não faria a obser- ser considerado da com-
Quanto a este parecer, não p^de
vação que neste momento estou fazendo se não fosse a re- missão, porque «ó está assignado por um dos seus membros,
clamação o pioprio nobre deputado por S. Paulo, e foi lido por engano. E quanto ao mais que disse o nobre
que d* casa aceitar
membro dessa commissão, hontem fez^ notando a alta con- j deputado, tenho a observar que é dos estvlos
veniencia que havia em que as matérias sujeitas às com- como parecer de commissão todos aquellcs que estiverem
missões fossem estudadas e examinadas por todos os seus assignados pela maioria do» seus membros. {Apoiorios.)
à vista do
membros. O Sr. Pacheco (pelaordem): — Sr. presidente,
O Sr. Bezerra Cavalcanti:—A alta conveniência de o nobre deputado pela provincia de Pernambuco acabou
que
satisfazer ao pedido de um membro da commissão para 3c dizer, vejo-me na necessidade do dar uma explicação i.
estudar a matéria e apresentar o seu voto em separado; asa. .
Tratando-se da matéria da eleição do 3o districto da
disto é que se tratou.
rs DÉCIMA SESSÃO PRE ARATORIA EM ."50 DE ABRIL.
QlíNTA

Tratará,
província
fie Pernambuco,
por vezes eu e o meu collega o portanto, a commissão das parochias cujas
Sr. Dr. Viriato combinámos na maneira e conclusão do eleições offerecem duvidas, que forão tomadas em consiop-
ração pelos respectivos collegios, ou sobre que ha protesto
parecer que d-víamos dar; ainda hontem, pela ultima vez,
íicou isto combinado. Formulei então o parecer que ha nas actas.
Parochia dc S. Miguel. — Concluída a 3a chamada dos
pouc> foi lido. e o levei á mesa para que fosse assignado
votantes, e contadas as cédulas recebidas em numero de
pelo meu illustro collega logo que chegasse á casa; mas
elle ain la não appareceu, e por engano 401, deu a mesa principio á apuração dellas, sem se haver
procedeu-se ú
lavrado a acta de art. 49 da lei n. 387 de 19 de
leitura do parecer. que trata o
Quanto ao que o nobre oeputtdo acabou de dizer, pedin- Agosto de 1816; nessa occpsião requeren o cidadão José
Luiz do Livramento
do a nomtt.i'r;"o de um membro paru a commiesão, não pôde que se cumprisse aquella formalidade,
isto ler lu.<ar, porque, como bem observou V. Ex.. a rara- sus pende li do-se entretanto a apuração, não obstante iá
mis*ao estú completa, somente tem deixado de haver o estar uma célula apurada, o que sendo attendido pela
concurso do 3« membro, (juando elle mesmo não tem maioria da mesa mandou-se lavrar a referida acta, dei-
que-
rido da-lo; mus não se declarou xando-se todavia de nella mencionar os nomes dos votantes
geralmente impedido, e
sómente neste caso que não acudirão il 3» chamada.
poderia ter lugar a nomearão de um
t jrceiro. « O secretario da mesa Salvador Cavalheiro
protestou
contra a falta de lançamento desses nomes, e
0 Sr. desembargador Belisario autorisou-me a apresentar por se haver
e outros se elle mandado lavrar a acta depois de a apuração.
parecere8 sem sua assignatura; principiada
exigisse seu concurso, eu o não A mesa deliberou não ter lugar o protesto. Lavrada e assig-
privaria delle.
nada a acta pela mesa, e pelo reclamante José Luiz do Li-
0 Sk. Acci smiie Oliveiras — Neste caso o uso é assig- vramento, que não era membro da mesa, cjntinuou a
nar vencido, ou apresentar voto em separado.
a apuração das cédulas até a sua conclusão, sem
que appa-
O Sn. Pacheco : —O caso ao qual o Sr. deputado se refere recesae mais reclamação ou protesto.
è diverso Quando o 3° membro da commissão quer intervir <0 1° collegio eleitoral, a que pertence esta
parochia,
com seu juízo expresso, não se o deve privar delle, é preciso tomou em separado os votos dos 9 eleitores da dita parochia
esperar o tempo razoável. Hontem levanton-se um membro ue comparecerão, porque em vista das actas que servem d«
<la commissão e disse: « Preciso examinar os :i iploma aos mesmos eleitores, confrontadas com mma re-
papeis, quero
estudar a matéria para emittir o meu juizo. » Eis o clamação de vários cidadãos elegiveis da sobredita parochia,
que
aconteceu hontem. Um membro da commissão de cujo que foi presente ao collegio, instruida com certidão da
parecer se tratava fez eàsa reclamação, e então eu disse que acta do recebimento das cédulas, que contém o protesto de
devia ser nttendido; que a camara devia um dos membros da mesa paroehial, verificava-se: 1», que
querer o concurso
d ;s tres membros da commissão. a mesma acta fora lavrada fóra de tempo, e quando já se
Agora devo notar que houve da parte do nobre deputado a havia dado principio á. apuração das cédulas no dia 3 de
quem respondo pouca generosidade nas observações que fez Novembro, ligurando-se porém como principiada no ante-
relativamente ao parecer que foi lido, quando sabe que cedente dia 2, quando isto não podia ter lugar, tanto por-
mesmo Acerca de sua eleição só dous memoros da commis- que, installada a mesa paroehial 110 dito dia 2. a 3a eha-
são assigníirão o parecer respectivo. inada dos votantes, conforme a lei, só se deveria fazer no dia
eeguinte, como porque da redacção da dita acta se eviden-
O Sr. Aiousto de Oliveira : — Eu tinha convicção da
ciava que a idéa de ser ella lançada só no dia 3 fora suíTíie-
legalidade da minha eleição.
lida ti mesa, e isto pela re fiam ação de pessoa que delh; não
O V. Ti vaus: —Não apoiado quanto A legalidade. fazia parte, quando já, então se apuruvâo as cédulas recebi-
O Sr F acmecm : — Fique portanto o nobre deputado corto d«s, tem se haver antes contado o numero dellas, nem :«3to
menção disto 11a aeta especial, que em acto seguido se deve-
qv.e o piirwcr que por engano foi lido acha-se na lhesa &
e*j»ers. do Sr. Dr. Yjrint.o para o assiguar. ria ter lavrado nos termos do art. 19 du lei de 19 de A»' -to
de ití-ltt; 2o, que apezar de feita extomporaneamente a ;-.cta
O Sn. At< i sro i»i: Ouvkiha: — Só do Sr. Viriato, o não de que se trata, se deixou de mencionar nella extensa c
também do outro membro ?
minuciosamente os nomes de todos os cidadãos qualificados
O Sn. Pacuf.co : —Não, senhor, porqiic esse outro inem- que não comparecerão a votar, quando o contrario se deve-
br-' aatorisou-nos a apresenta-lo sem sua assignatura. ria praticar em observância da mui expressa disposição do
- citado art. 49 da lei; e se allegava que muito de propósito
O Sr. Aiucsto De Oliveira: £ntão o Sr. presidente se omittira esta circumstanc;<i com o tim de impoasiulitar
deve providenciar.
á parcialidade contraria o exame e icspecção sobre a loa 1 -
cu.
O Pacueco: — Como providenciar? Quando um dade com quo procedia a meia nesta parte do proce - * da
membro da commissão pede dispensa de
pertencer a ella eleição, e tanto quo advertida ella a tempo com o protesto,
r algum motivo, bem, nomèa-se o substitua; mus
; quem que por tal motivo lhe fora apresentado pelo seu único
qjiaiido pov qualquer circurnstancia «lie nãoassigna o pa- membro da parcialidade contraria, o não quiz fazer, limi-
recer que os «eus collegas lhe apreaentuo, os taudo-se a mandar transcrever o mesmo protesto na acta.
precedentes
súv> Atlmittir-bo o parecer com a maioria dos membros. e a refuta-lo; 3°, finalmente, quo o cidadão José Luiz do
O c<n. Sn.vi>o <!\vai.ca>ti .—E* Livramento, não fazendo parte da mesn paroehial, tivera
que o nobre deputado
tal ingerência nos trabalhos e deliberações delia qu® até
por Pernambuco tem empenho em ser nomeado para essa
cemm issiio. assignára a referida acta em que íigura como simples peti-
cionario ou reclamante, quando requereu que se suspen-
O Sn. Pacheco: — £' esta a explicação que julguei con-
desse a apuração e se lavrasse a acta do recebimento das
Ytíuientc <2i*r.
cédulas.
0 parecer é retirado. « A commissão, considerando tão sómente o facto de se
não haver a mesa prestado a fazer lançar na acta especial
ELF.lÇXO S4>'TK CATOARINA. do recebimento das cédulas os nomes dos votantes ruc
deixãrào de acudir á 2a chamada, não obstaute ter sido »
tempo avisada dess:\ falta, é levada a acreditar
Lê-se v entra em <iiscussãOú e sem debate é approvçdo, o que »e com-
seguinte parecer : metterao fraudes no recebimento das cédulas, o por isso
entende que devo ser annullada a eleição dos 10 eleitores
t A 7n commissão de das elei -
podeies examinou as actas da parochia de S. Miguel.
e secundaria da
çôes primaria província de Santa Catharina
legislatura, e vem apresentar a esta augusta < Parochia dc S. Joi)o Baptista do Tijuco (iraiidc. — For-
paru a 10"
camara o resultado do estudo que fez sobre as ditas mou-s« a mesa no dia 3 de Novembro, porque, secundo
eleições. consta da respectiva acta, as participações de impedimento
« Vinte e cinco são as parochins que concorrerão para dos juizes de só cheg&rno As 5 horas
paz do lo, 2° e 3° anno
aquellas eleições. O processo eleitoral correu regularmente da tarde do dia 2 ao do 4» José Uonardo Martins, o qual
do geral dellas; e posto que se notem algumas faltas de de viva voz declarára ao respectivo povo que, não havendo
formalidades, provem is*o de não teíem sido bem compre- tempo para principiarem nesse dia os trabalhos da eleição,
. hendidas das meias os adiava para aquclle dia pelas 9 horas da manhaa. No
pelos presidentes parochiaes varias
disposições das instrucções n. 1.812 dc 23 de Agosto do dia 3, feita a chamada dos dous eleitores qne tinha a pare-
ai)no passado, relativas á formação das ditas mesas. chia, compareceu o eleitor Manoel Teixeira Bra7.il, faltando
SI5SSA0 P11JS PAUATOIliA KM ;>ú 3)H AWílL. JJ.»
DÉCIMA QUINTA

se haver inu- cisão do da província, tanto uma cmo outra


o outro «leitor Manoel Francisco Tavares por presidente
disposto no
dado tia parochia ; e deixando-se de observar o questão.
* 0 3o collegio, a
iirt. 8o do decreto n. 1,812 do 23, de Aposto do anno passado, que pertence esta parochia, tomou em
com o eleitor separado os votos duquelle* dous eleitores sobre cujalegali-
foi indevidamente chamado um cidadão para
membros da mesa , dade e identidade havia duvida.
presente eleger 03 dous primeiro*
« A commissão indicaria unicamente, a anriulb:ção dos
competia a eleição dos ditos mem-
quando só a esse eleitor diplomas d sfcs dous eleitores,
o Presi- se pelas actas se conhe-
bros. Não comparecendo nenhum dos supplentes,
votado 11a elerçfiW cesse a regularidade do processo eleitoral, mas não cons-
dente da mesa, deixando de convidar o 5°
não comparecesse ate' <» tando dellas o numero de cédulas recebidas," nem o nome
de iuiz de paz do districto, e se este
o <><>, e ngsiui por dos votantes que deixílrão de comparecer, como expressa-
dia seguinte pelas 9 horas da manhã»,
do citado decreto, julgou- mente exige o art. 19 dn lei 11. 3H7 de 19 do Agosto d« 1846,
diante, com» determina o art. 10
a'»m d- representar ó seu parecer que so annnlle a eleição do todos <>s cinco elei-
se autorisado para nomear um cidadão
e ambos elege- tores que dá a dita parochia.
ar turma dos supplentes, cate nomeou outro,
mesa. Consta da acta do Parochiíl d» Nossa S n hora dn Graça <!<• $. Francisco.
rão os dous sojjnndos membros da
compreende a Eleita a mesa poiochial, o eleitor Francisco do Oliveira
recebimento das cédulas, a qual igualmente
cédulas reco- Camacho declar. 11 quo protestava quanto A votação para ;t
apuração dellas, que a urna que continha as
em uma caixa que formação da mesa, e esta resolveu que não se exarasse na
lhidas na 1" e 2" chamadas foi enesrrada
noite da ves- acta tal protesto, por achar-se a mesa formada segundo o
tinha uma sé chave, por ter desapparocido na
não acontecendo o mesmo & urna art. 5o do decreto n. 1,812 de 23 do Agosto do anno passa-
pera da eleição o cofre,
outro lugar. O numero de cédulas recebi- do ; assignando a acta, o dito eleitor fez a declaração se-
por achar-se em
das nas tres chamadas foi de 48, deixando de comparecer guinte : « Com protesto de justiticar n» razões era que me
fundo para protestar. » Não o tendo feito posteriorineute,
55 votantes, cujo» noinoa vêm transcriptos na nota.
< O mesmo L° collegio tomou também em separado os e nem havendo o 3° collegio tratado desta questão, nenhun*
dados teve a commissão para conhecer das razões por que o
votos dos dous eleitores desta parochia: Io, porque a mesa
dia 3 de Novembro, não se ía- mencionado eleitor punha em duvida a legalidade da for-
parochial fóra installada no
mação da mesa.
zendo a menor declaração do motivo que obstâra a installa-
« No processo da eleição secundaria nenhuma irregulari-
a lei, e para quando deveria
ção da mesa no dia 2, conforme
dos eleitores supplentes e dade encontrou a commissão, reconhecendo serem os mais
ter sido feita a convocação
todo votados para debitado nos tres collegios da provincia os
cidadãos que tinlião o direito de votar ; 2°, porque fora
em exer- Srs. conselheiro Joronymo Francisco Coelho, com 102 vo-
o processo da eleição jyesidido pelo juiz de paz
impe- tos ; chefe de divisão Jesuino I.amego da Costa, 75, além
cicio, provavelmente o do 4o anno, não se dando por
e nem se de 13 tomados cm separado ; padre Joaquim Gomes do
didos os mais votados, a quem cabia presidir,
a Oliveira e Paiva, 13, além de 12 tomados em separado. Em
fazendo qualquer doclaração que servisse para justificar
menos votado; 3o, porque Se não lavróra aaota conclu»n«, a commissão ó de parecer :
presidencia do
. 1." Qne seja declarado deputado pela mesma
especial do recebimento e contagem das cédulas* fazendo-se provincia
Sr. conselheiro Jeronymo Francisco Coelho, e supplente o
sem isto a apuração das que se derão como recebidas dos vo-
Sr. ohefe de divisão Jesuino I.amcgo da Costa.
tantes ; 4°, porque, pelo motivo de se não ter feito a acta
2.° Que &cjáo annulladas as eleições de eleitores dns
especial do recebimento das cédulas, se não pôde mencionar
nella os nomes dos cidadãos que não comparecerão a votar, paronhias de S. Miguel, de S. João Baptista do Tijuco
o quo também se não mencionou lia da.apuração quo servio Grando, e de S. Sebastião da Foz de Tijucat, mandando o
de diploma aos eleitores, limitando-se a dar como não com- governo proceder a novas oleiçõos nas ditas parochia».
nomes se dizia constar do li- 3.° Qne so rcconhoçüo validas as eleições dos oleitoi *
parecentes 58 cidadãos, cujos
vro (provavelmente o da qualificação), quando deveriao cons- das demais parochias da provincia de Santa Catharína.
« Sala das commbsões, em 29 de Abril de 1857. —Jero-
tar da lista ou rol do» não comparecentes feito na occasião
da 1" chamada, e pelo qual se deveria fazer a 2n e 3a, con- nymo José Teixeira Júnior. — A. Barbosa. —J. J. I.au»
formo a lei; 5», iinalmento, porque, comparecendo somente dulpho. »
a votar 48 cidadãos, e deixando de concorrer 58, ou a mai- O Sn. Prksidk.mk declara deputado pela provincia do
oria dos qualiticados, combinado isso com as circumstan- Santa Catharina o Sr. Jeronymo Francisco'Coelho, e sup-
cias acima apontadas, ou antes com os factos de não
plente o Sr. Jesuino Lamego da Costa.
ter sido installada a mesa no (lia que a lei
parochial
marca, e para quando deveria ter sido feita a convo-
ELEIÇÃO DL S. PAULO.
cação, e de não comparecer a presidi-la algum dos tres
corria, dei-
mais votados j uize» do quatriennio que então ((i° distrir o,)
sorpresa dos
xava perceber que a eleição fôra feita com
dos direitos da Lê-se seguinte voto em separado do Sr. Landulphoa
o
interessado», senão oom coacção e violência
como constava. membro da 7" commissão, relativo A eleição do Sr*. Drs.
maioria dos cidadãos votantes da paiochia,
Joaquim Octavio Nebias, o Joaquim Ignacio Umnalho :
A commissão julga qne não foi presente ao collegio o
se o « O abaixo assignado, membro da 7" eommisfío do
livro das actas da parochia de que se trata, porque, po-
da mór deres, não tendo chegado a um accordo com os dous outro»
tivesse sido, reconheceria o collegio a improcedência
sobre o processo eleitoral da mes- membros da mesma commissão, Acerca dos diplomas apre-
parte dos reparos que faz
ma parochia, como se ve pela exposição que a commissão sentado» nesta augusta camara, do» I).s. Jnaquim Octavio
apresenta, e que colheu da leitura das actas respectivas. Nebias e Joaquim Ignacio Iíamaiho, e tendo rxnminado a
Todavia, tendo havido irregularidade lia formação da mesa, acta e maduramente os documentos oferecidos á mesna
como consta daquella exposição, não duvida a commissão commissão, vem apresentar o seu parecerem separado, paia
seannulle a eleição dos dous eleitores que seja discutido oonjunetamente com o paivcr dos ou-
propôr que também
da parochia de S. João Baptista do Tijuco Grande. tios membros da commissão. Consta o (><> distiicto eleitoral
Parochia de S. Sebastião da Foz de Tijuco*. —Da acta do da provincia de S. Paulo das seguintes Iregueziai : Itapeti-
recebimento das cédulas não consta o numero total das ! ninga, Tatuhy, liotucatft, Sarapuhy, Itnpeva da 1'achinn,
recebidas, nem o nome dos cidadãos qualificados que dei- e Apiahy. O abaixo assignado observou que não houve
xArão do votar ; na acta da apuração se diz apenas que granrlc regularidado nas eleições primarias de algumas des-
deixarão de votar 61 cidadãos, mas não declara quantas ce- tas freguezias ; observou qne das actas da eleição de Sara-
duías forâo recebidas e apuradas, dando se mais a Irregu- puhv constão muitos protestos e contra protesta, Aceica da
laridaue de terem sido lidas por um dos mesarios nomeados valiclade da eleição desta parochia, 110 entanto quo nenhum
Kinda a apuração, requereu o documento apparece a respeito dos 1'actos de que se faz
pela turma dos eleitores.
cidadão João Maximiano do Prado
: 1», que, tendo sido menção em taes protestos, e por isso não pôde o abaixo as-
nomeado eleitor Manoel Antonio de Souza, e havendo signado formar um juizo seguro Acerca da validade da mes,
dous cidadãos qualificados com aquelle nome, fosse isso ma eleição, deixando á camarn a apreciação de taes faltos.
escripto na acta ; 2o, qne não havendo cidadão algum • t Da acta da eleição primaria de Paranapnnema consta
quo.
lificado com o nome de Leonardo^ Joaquim de Oliveira, ser esta freguezia designada pelo nome de Capão Bonito de
eleitor, e sim existindo tão sórnen- Paranapanema. que é diverso do nome ofíieial e «jue se [udm
que foi também nomeado
te na qualificação o nome de Leonardo Antonio
de Oliveira, no decreto da distribuição dos círculos eleitoraes da provir.-
A d»1- cia de b. Paulo; no entanto pnieco livro de duvida quo u
fosse isso igualmente escripto na acta, e submettida
'AKATORIA
120 DÉCIMA QUINTA SESSÃO PRlv EM 30 DE ABRIL.

mencionada acía é da eleição da freguezia de Pnranapane- quanto o abaixo assignado se acha bem informado de que
ma, embora venha também com o epitheto de Capão Bo- a freguezia de Botucatú foi creada depois do anno de 1844,
Ilito. desmembrando-se o seu territorio da freguezia de Itapeti-
i Da acta da freguezia de Itapevn da Fachina não consta ninga, hoje cidade ; e dando esta cidade, na firma da lei,
ter havido irregular idade alguma notável que possa invali- sômente 21 eleitores, não podião as duas fregueaias Botucatú
dar a eleição ; eomtudo foi apresentado ao abaixo aesigtia- e Itapetininga reunidas dar maior numero. No entanto
do um a t te fitado passado pelo secretario da mesa parocnial, que, procedendo-se A eleição de 1852, a referida freguezia de
Botucatú deu 10 eleitores,
pelo qual se mostra que
as cédulas lançadas nas urnas pelos quando não podia exceder o nu-
mero de o,
votantes te acharão 8tn grande parte marcadas com um sig- por Itapetininga ter dado 18. Todavia, apezar
do correio. do excesso de eleitores
nal que parecia carimbo que deu Botucatú em 1852, foi esse
.< Das netas da eleição primaria de Tatuhy consta que numero
(10) reconhecido pela camara, e por isso o abaixo
*v) dia aprazado para a eleição, comparecendo o juiz de paz assignado (fhtende
que esse numero, apezar de excessivo,
da tendo já sido reconhecido
presidente, eleitores e supplentes para a organisação pela camara, deve/tambem per-
mesa paroehinl, depois de feita a ceremouiareligiosa cmais manecer, e ser reconhecido na
presente legislatura ; poiém
actos lega es para a formação da mesa, procedeu-se á 110- nao pôde ser reconhecido maior numero, não só
porque se
meação dos em tudo a lei, oppõe á lei e reteirados actos do
quatro mesarios, observando-se governo, assim como âs
e depois de organistfda a mesma mesa; suscitou se uma pe- deliberações desta augusta camara na
presente sessão, re-
o juiz de paz pre- solvendo-se sempre sem impugnarão alguma
quena duvida motivada pelos eleitores, e que as fregue-
sidente, longe de fazer resolver a duvida pela mesa organi- zias creadas depois do anno ae 1844 não
podem dar maior
sada como estava, por estar nas suas attribuições, declarou numero de eleitores do os reconhecidos na eleição
que
da provin- de 1852, como se vê do parecer approvado da commissão
que ia levar aquella duvida ao Exm. presidente
cia para resolvê-la, suspendendo no entanto •& trabalhos que examiou o diploma do conselheiro Luiz Pedreira do
da eleição. Consta mais da acta que os mesarios mostrárão Couto Ferraz, e vários outros.
suspensão doa trabalhos, visto que « Pelo que, o abaixo assignado entende
que não havia lugar á que não devem ser
reconhecidos os 8 eleitores menos votados da freguezias de
regulai mente se tinha formado a mesa,' e que por isso ella
Botucatú, por excederem o numero de 10
não concordava na suspensão dos seus trabalhos; porem o que deu esta fre-
presidente da mesa, tenaz em
seu proposito, não acquiesceu gaezia em 1852 , e isto no caso de ser reconhecida valida a
ajusta resolução da mesa, e por isso mandou lavrar a acta eleição da mencionada freguezia.
de todo o occorrido, que assignou com os mais membros ^
< Quanto á eleição secuodaria, examinando o abaixo as~
delia, e os eleitores e supplentes que presentes estavão, re- signado os documentos
que lhe forão presentes , observou
tirando-se depois deste acto, em vista do que a mesa convi- que no dia aprazado reunirão-se os eleitores das freguezias
dou ao supplente a quem competia a presidência de seus (leque se compõe o circulo eleitoral em numero de 66
, fal-
trabalho*, os quaes de facto continuarão em acto successi- tando alguns poucos de diversas íreguezias, e sob a trre&i-
vo, sem que houvesse a menor irregularidade. deneia interina do*juiz de
paz competente se proceaeu á
« O abaixo assignado, observando que o juiz de paz pre- eleição da mesa, para a
qual concorrerão todosjog eleitores
íilente procedeu menos regularmente suspendendo os tra- presentes j concluído este acto loi nomeada a commissãe
balhos da mesa parocliial, por não ter occorrido causa legal para \erificar o diploma dos mesarios. o que feito lavrou e«*
bem procedeu ern continuar os seus a acta competente, íicando assim concluída a
para isso, eque a mesa primeira re-
trabalhos eleitora es, convidando ao supplente a quem com- união do collegio. No dia seguinte f3 de Dezembro) compa-
nesta eleição nao lia vicio recêrão todos os eleitores
petia a presidencia, julga que que se acnavão na terra, e formá-
algum que a prejudique para que nao seja reconhecida. rão o collegio, começando os trabalhos delle ; a maioria da
« Das actas du eleição do Botucatft consta que no dia mesa, assim como a commipsão, apresentárão seus
pareceres
aprpzado reunio-sc o juiz de paz presidente e eleitores para ácercados diplomas dos eleitores
presentes, e dous mesarios
a formação da mesa. e que tendo sido eleitos os dous me- apresentárão ob em separado sendo todos «lis-
pareceres , (e
sarios representantes destes, e nuo tendo compararecido os cutidos , forão approvadus sómenteo^
pareceres da maioria
supplentes dos eleitores, loi convidado o 5° supplente do da mesa e da commissão. Organisado e reconhecido assim o
ofiicio mànhoiamctc, como collegio eleitoral, se procedeu á. ceremonia religiosa, e depois
juiz de paz, quo respondeu por
diz a acta, sendo depois comidados os outros tres votados de finda couvidou o presidente aos eleitores
para darem seus
seus immediatos, que tambeín não comparecerão. Declara- votos ; neste acto dous dos mesarios e outros eleitores decla-
se na acta que isto era um plano lormado para embargar rárão que não continua vão no collegio
porque se achavão em
a formação da inesa, deixando de comparecer & eleição coacção. entregando A mesa um
protesto neste sentido, sem
aqúclles supplentes e por isso foi convidado por ofiicio o que neste protesto se faça menção da natureza de coacção,
•l" votado compareceu, e com eote se nem dos f etos c^uea
para juiz. de paz, que possuo justificar. E tendo-se de facto
retirado estes eleitores, o collegio legal e regularmente orga-
procedeu á íbrrnaçõo da mesa.
< Observa o abaixo assignado que, não obstante a razão nisado completou a mesa , e continuou os seus trabalhos
seima, ainda quando verdadeira fosse a orpini-ação da frein interrupção alguma, elegendo por unanimidade de
mesa eleitoral de«ta parochia, foi menos regular, porquan- votos de 32 eleitores presentes aoDr. Joaquim Ignacio lia-
to tendo o 5° supplente do juiz respondido, como diz a acta, malho , ao qual deu o diploma teve «-m vista o abaixo
que
vi ¦itliosamoife, tal resposta não se pôde traduzir cumo uma assignado. Observou mais o abaixo assignado que pelo di-
recusa formal ou decla rado de impedimento para poder com- ploma e ciais papeis uflectos á eomraissão no referido dia 3
na fôrma <la lei, devia ser es- de Dezembro os eleitores que se separárão do collegio
parecer íx eleição, e por i*so.
o dia 'eguir.ti, as !' horas da manhãa, o que se reunirão-se na me.-ma igreja, e debaixo da
perado atí presidência do
não fez'; e nem pôde prevalecer a declaração de que os sup- juiz dl1 paz que havia presidido ao collegio reunido no dia 2,
lentes do juiz de paz também o erão dos eleitores; porque, se constituirão ern novo collegio, e abi elegerão ao Dr. Joa-
embora não tivessem comparecido ao chamamento como quim Octavio Nebias com 35 votos. A legalidade do primeiro
supplentes dos eleitores, podião comparecer corno supplen- collegio é livre de toda a duvida ,
porque não só teve lugar
tes do juiz de paz, mormente constando da acta que todos no dia aprazado para sua reunião , como
por t«jr sido presi-
elles não tiniu":) impedimento algum, e que até assistirão ã dido interinamente ob-
pelo juiz de paz competente, e ter
mis^a do Espirito Santo. E é certo que o chamamento dos servado em todos os seus actos as leis e instrucçtVs do go-
e a espera <!clle» até o dia iinme- verno. Nào se
supplentes do juiz de
paz. podendo notar como irregularidade o ter de-
liberado
diato, quando nao dcclarão itnrri«diatame 11 te impossibilida que se tomassem em separado os votos de eleitores
de de comparecer, é uma ndemnidade legal estabelecida de algumas das fregue/ias. Porquanto ácercados eleitores
nullidade do de Botucítú observa-se as irregulaiidades que acima íbrão
pro formula, que não pôde ser preterida em
notadas; irregularidades (^stas d* de grande mo-
acto que sen
• mento , era legitimo fundamento
« Portanto o abaixç assignado entendo que a eleição des* para que o collegio não
ta freguezia <5 por tal modo viciosa que nâe pôde sei reco- deixasse de tomar em s votos, atim de que,
parado os seus
no caso de serem viciassem a eleiçfio
nhecida valida. julgados nnllos , não
« E ainda quando esta augusta camara delibere ter valio- toda. O m<'amo da delibe-
pensa o abaixo assignado ácerca
sa a eleição desta parochia, não obstante as razões ponde- ração do collegio sobre os - leitores da freguezia deSarapuhy,
rudas, não de modo algum serem reconhecidos eleito- e davilla d<í Itapeva, cujas eleiçõ<ís e diplomas se verificou
pôde
res oa 8 últimos menos votados, por excederem do numero serem defeituosos e irregulares, como consta das actas
qu< o
legal de eleitores que pôde dar a referida parochia ; por- abaixo assignado temem vista, acontecendo mesmo q»e al-
m-AJUA oi JiMA SKSSAü 1'IWI'AIIATUUIA H.U »ô M ABIUL.

segundo consta da neta do collegio, se apr»- respeito, ninguém mais do que eu desejaria
guns eleitores, que se decidisse
Scntavão sem diplomas , e por isso elle regularmente pro- quanto autes ; 110 entanto observa a camara quo tanto o pa-
do» eleitores recer da maioria da commissão como o voto em separado
cedeu mandando tomar em separado o» votos de
no dia um de seus membros são muito longos o versão sobre ma-
(lestas freguesias. Quanto porém ao collegio reunido
illcgal, o teria importante, e
3, pensa o abaixo assignado que ó manifestamente por isso julgo necessário quo haja tobrt
1", porque ten- ella um exame minucioso»
não pôde ser por modo algum reconhecida : que seja bem discutida.
eleitoral hu tenho de apresentar os factos como cllcs se
do-se reunido quasi todos os eleitores do districto passáião
da preside ncia inte- dalii deduzir
no dia aprazado para a eleiçSo debaixo para as conseqüências da legalidade da minha
o tendo-se srgamsado a eleição ; mas como posso eu convencer aos illustres deputa-
rina do juiz de paz competente,
dos eleitoras , o dos da exactiduo desses fact03 e da conclusão
mesa regularmente, verificado os poderes que tenho a
não era mais deduzir, sem que os nobres deputados comparem
tendo-se cmfim iustallado o collegio , possivel a exposição
legalmente ; 2", porque ninguém da maioria com a exposição do
constituir-seoutro collegio parecer em separnd >, para
oppor ao facto ; tendo os eleitores reconlie- saberem apreciar seriamente este negocio, o deoidi-lo
póde-se pronrio coc-
dia 2 , não podião mais reco- scienciosamente ?
cido a validade do collegio no
dia 3, porque ahi se reunirão, Eu tenho, Sr. presidente, todo o interesse em
nhecer valido o collegio do fallar nesta
seus direitos ; 3" , causa (apoiado*): pretendo discuti-la com toda a largueza
votãrão no mesmo collegio, defenderão
ser valida a reunião de um collegio em dia mas não com superfiuidade, porque o quo me convém'í
porque não pôde
diverso daquelle que está designado para a eleição; 4», por- mostrar o negocio cm toda a sua simplicidade, expflr os
fac-
do dia 3 funccionou irregularmente , não tos taes quaes se passárão ; mas como poderei ser acredi-
que o collegio
tendo um livro competente para lançar nelle os suar, actas , tado, se os nobres deputados não examinarão aquillo
que a
nem tendo as actas das eleições primarias para verificar os commissão apresentou sobre o meu diploma, aquillo itue
eleitores ahm de poder reconhece los ; sendo apresentou o voto separado, para se poder apreciar a mora-
poderes dos
certo que só pelo diploma dos mesmos não é possivel fazer lidade dos factos que pretendo submetter A consideração da
a veriUcação dos poderes, visto que ta<*B diplomas só consta o casa? Não ó possivel...
da cópia da acta da apuração, e não das outras actas relati- O Sa. Silveira Lono :—Toda a segurança é indispen-
vas á formação das mesas , e quando constas*# savel.
parochiaes
taes actas dos diplomas, ainda assim mesmo não era possivel
O Sr. Ram 11.110 . — Este negocio, senhores, não ó meu
a verificação dos poderes, visto que esta se faz pela confron-
nem do meu contcndor, <5 do paiz inteiro
tação das actas da eleição escriptas nos livros competentes (apoia,lot); tllo
tem do alfectar os interesses do.paiz;
com os diplomas que dali são extrahidos. Portaato é o abai- por consequencia cu
ú eamara attendendo ás razões
xo assignado de parecer : peço que, quo adtbo de
apresentar, e como estou certo
Io. Que se reconheça nulla a eleição da freguezia de que o que ella quer
examinar o negocio com madureza o reíUxão
Botucatií, ou quando menos que sejuo eliminados os votos para assim .
excedentes ao numero qu<> deu em 1852. dar um voto conscicncioso, seja igualmente impresso c
f 2." Que sejão reconhecidas todas as mais eleições pri- parecer em separado para entrar no dia seguinte em dis-
marias das freguezias de que se compõe o 6o districto elei- cussão com o parecer da maioria da illustre commissão.
toral da provincia de S. Paulo. (Apoiado».)
« 3.° Que seja declarado nullo o collegio eleitoral reuni- O Sr. Presidente Parecia-me que não era preciso
dono dia 3 de Dezembro , em que foi eleito o Dr. Joaquim
para isso votação da casa ; já tinha dito que o voto em se-
Octavio Nebias.
parado fosse impresso; mas como houve impugnação do
4". Que seja declarado valido e legal o collegio reunido um nobre deputado, por isào submetti este negocio á decisío
no dia 2. e declarado deputado o Dr. Joaquim Ignacio Ra- da camara.
malho.
« 5.o Que 9i-ja declarado supplente pelo mesmo districto O Sr. Cri/. Machado : — Sr. presidente, não me
proponho
a combater o requerimenio do nobre deputado, mas entendo
eleitoral o Dr. Fidencio Nepoinuceno Pratei.
Sala das sessões da camara dos Srs. deputados , 30 do que se tem marchado contra o regimento, cuja execução
por
reclamo.
Abril de 1857. — José Joaquim l.andulpho R. Medrado. »
Quando se apresenta um parecer de commissão, e con-
O Sa. Presidente :—Tendo a camara deliberado <jue se
juntamente o parecer do um membro divergente delia, te-
imprimisse o parecer da cominissão, i consequencia que mos um voto ein separado; mas
também vá a imprimir o voto em separado que acaba de ser quando se apresenta o pa-
rr-ecr da commissão assignado
pela sua maioria sem esse
lido. voto divergente, qualquer
que sejn, o vot# desse membro
O Sr. Gaioso Nâo ouvi bom a V. Ex. ; penso que que não assignou, sendo apresentado posteriormente, é
disse que vai a imprimir o voto em separado. como o voto de qualquer outro
Reputado que oflerece uma
emenda ao parecer; neste caso a occnsiáo da apresentação
O Sn. Pri sidlstf. :—Sim senhor, parece-me uma con- dessa emenda é na discussão do parecer..
sequencia tendo-se mandado imprimir o parecer. O adiamento, segundo o regimento, de uma discussão
Peço a palavra. como esta que já está começada, não
O Sa. d tioso pôde ter lugar senão
Sr. .—Tem a palavra. proposto pelo orador que está com a palavra. São estas as
O Prkriiunti
preseripções do regimento; o porque não se tem marchado
OS». Gaioso :—Pedi a palavra, Sr. presidente, para em cenformidade de)las, cu entendo
que esse voto em eepa-
oppOr-me á impressão do parecer em separado que se acabeu rado deve ser apresentado pelo nobre deputado autor delia
de ler, o as razões em que mo fundo são as seguintes : como emenda ao parecer na occasião da sua discussão;
O» três membros da commissão já se achão perfeitamente então fica-lhe livro pedir o adiamento da discussão.
esclarecidos e habilitados para informai era a casa sobre
O Sr. Presidente: — O regimento tom sido observado,
qualquer duvida que esta possa ter. Os interessados, que
mais do que ninguém conhecem das particularidades de sua porque parece consequencia da deliberação que houve a im-
eleição, somente agora nas sessões preparatórias pressão do voto em separado; como porém houve discussão
poderáõ a esto respeito, julguei dever consultar a casa.
expor tudo quanto entenderem em abono da própria causa,
A camara decide que se imprima o voto em separado.
sendo-lhes tirada essa faculdade depois da casa constituída, e
assim com a demora da impressão desse parecer em separado EI.BlÇiO D4 PARAIIYBl no NORTE,
se alcançará um resultado inteiramente contnario áquelle
a 6e deseja chegar. ;(õ® (\Utri< lo.)
que
Emfim.eesa impressão, demorando o conhecimento e dis-
enssâo dos outros pareceres dos Srs. deputados que ainda da Ló se, entra cm discussão, e sem debato i approvado o
respectiva commissão não merecerão essa attençno, ofTendc seguinte parecer:
aos direitos deste» senhores, que íicão iniiibidos de trater < A 2" commissão de poderes examinou o diploma do Sr.
lhes dizem respeito. Dl. Flavio Clementino da Silva Freire, deputado eleito
pessoalmente das questões que
1 pelo 5" districto da provincia dnParaliyba, o nenhuma du-
O Sr. Presidente j— Ku entendia, como disue, que era
vida encontra quanto a ser o dito senhor reconhecido dejra-
uma consequencia da decisão tomada hontem nola ca3it sa-
bre o parecer a impressão deste voto em separauu. \ tado. não obstante haverem duplicatas em varias freguezias,
uli5m dos votos,
pois que, que não soffrem duvida, conscguio
O Sr. Rimii.iio Tratando-se de negocio que me diz , o mesmo todos os votos das duplieutas.

TOMO r. 16
DÉCIMA 'ARATORIA
1-21 QUINTA SESSÃO PRE EM 30 DE ABRIL.

« Convém porém que, para se decidir a respeito das dn- as suas eleições
perante a camara dosSrs. deputados. Creio
influir na eleição do aupplente, se consi-
plicntas que podem que é uma idéa generosa c de salutar eíFeito.
informações do governo. Opina jioitnnto a eommissâo: E mando A mesa o requerimento r.este sentido.
gão
« l.o Que seja reconhecido deputado pelo referido circulo
O Sr. Presidente: — Este requerimento do nobre depu-
o Sr. Dr. Flavio Clementino da Silva Freire.
tado <5 uma verdadeira indicação; altera o regimento;
c 2.o Que seenviem ao governo todas as duplicatas das não
<5 possivel
freguezias, paru que o mesmo, ouvindo as autoridades que que se discuta sem que vá á commissão e esta <10
o seu
imparciaes, informe íi vista dellas. ' parecer...
parecerem
< Paço da camara dos deputados, 30 de Abril de 1837.— Um Sr. Depetido: —E' uma verdadeira reforma do re-
J. J. Pacheco.— V. li. Duarte > gimento.

O Sr. Presidente declara deputado pelo 5" districto da O Sr. Presidente : — Isto, em lugnr de aproveitar o tem-
da Paraliyba do Norte o Sr. Dr. Flavio Clementi- po, perde. Não posso receber esta moção como requerimento,
proviucia
no ds Silva Freire. mas sim, como disse, como uma indicação
que deve ser
remettida a uma commissão da
casa.
ELEIÇÕES EM DUPLICATA# O Sr. Viriato:—A minha idéa alii está; agora fação
delia o que
O Sr. Viriato : — Pedi a palavra pela ordem para apre- quizerem.
í ica sobre a mesa
sentar uma moção que me parece de equidade, de iustiça, para ser lida em tempo competente a
necessaria. Nestas sessões preparatórias 6 permittido fazer seguinte indicação:

requerimentos a toda e qualquer liora, em toda a occaaião; « hequeiro quo sejão conservados na casa, e com direito
o aue pois pretendo ofFerecer á consideração da casa vai ser de tomarem
parte nas discussões que digão respeito a suas
reduzido a escripto, e peço a V. Ex. que abra a discussão a eleições, mesmo depois da camara constituída,
aquelles
respeito como matéria urgente. senhores que apresentárão diplomas de collegios
eleitorais,
Estamos muito adiantados em tempo, e temos ainda a e sobre cs quaes as commiasões não têm formulado
ainda
decidir questões de muita importancia acerca de eleições parecei es, ou não têm soflrido decisão definitiva.— i'i> Mo. >
era duplicata, eleições disputadas. Muitos honrados cava-
lheiros que se achão nesta casa têm muito a dizer a prol de ELEIÇÃO DE PERNAMBUCO.
seus direitos, em defesa de seus diplomas; e essas questões
ainda não forão nem de leve tocadas, e é muito diflicil a (3° districto.)
pessoas estranhas aos lugares aonde correrão essas eleições Lê-se de novo e entra em discussão o seguinte parecer
conhecer dos factoa, discriminar a verdade, a razão, o di-
relativo á eleição do Sr. Dr. Silvino Cavalcanti de Albu-
» reito de cada um dos contendores. A decisão dc todas essas
querqne:
questões é proferida entre medo e receio do commctter
injustiças, e de muita gravidade, porque ferem direitos A 2'J commissão de
poderes, examinando a eleição do
importantes conferindo o titulo de representante da nação Sr. Dr. Silvino Cavalcanti de Albuquerque, deputado
elei-
a quem por ventura não tenha recebido do povo essa sa- to pelo 30 districto da
província de Pernambuco, julga qu»
razões dadas pelos próprios interessados, ella deve ser approvada, não obstante o
grada missão. As que se aliena contra
de todos os dias a sua causa, o processo eleitoral da freguezia dc Iguarassú, e consta
para quem é constante estado da
a matéria de suas eleições, e que estão por isso mais lmbi- representação do coronel Maneei Pereira dc Moraes.
litados para nos orientarem cm decisões tão difliceis, são d* <1.° Invoca-se como nullidade o ter servido
como mem-
muita necessidade para nossas votações. Melhormento que bro da mesa narochial Pedro Celestino de Souza
Pimentél,
aos lugares, estranhos aos não votante.
qualquer dc nós, estranhos qualificado Mostra-se porém por parte do
factus. podem elles na tribuna fazer transparecer a verdade. Sr. deputado eleito e3te cidadão era aupplente
que de eleitor
Consultei o regimento em todas os suas partes; procurei na legislatura
passada, e qne fôra nesta qualidade que ser-
ver se havia algum artigo que fosse cm contrario A minha vira na mesa ; á vista do
que desapparece qualquer nulli-
moção, o não o achei felizmente. Por outro lado a minha dade, visto como as leis mandão
que as mesas se organisgm
razão aconselha apresenta-la, e a oflTercço levado pelo dever. com os eleitores e seus supplentes; e o dito cidadão, tendo
sido supplente de eleitor na legislatura
Questões muito graves são certamente essas quo nos passada, e como tal
reconhecido
occupfio! pola camara dos Srs. deputados, não podia ser
'
Senhores, entendo que as decisões sobro a verificação do privado de concorrer na organisação da mesa.
2.o Argue-se mais
poderes intaressão sobremodo a nossa existencia politica, c que alguns cidadãos não qualifica-
creio que cs membros da camara o entenderão da mesma dos votantes forão admittido3 a votar
por ter havido íalsifi-
maneira. Depois do dia 3 dc Maio os parccercs a respeito cação no livro da
qualificação. A commissão não encontrou
dessas eleições disputadas e duvidosas serie aqui lidos c prova alguma que jtestifique esta allegação. Pretendeu-se
serão mal discutidos; a discussão não um exame nosse livro, e foi um
pôde caminhar direi- juix.de pnz intimado para
tamente se os interessados nesta matéria não lorem o apresentar, afim de se
pro- proceder ao dito exame, mas não
sentes, não trouxerem para a casa compareceu. Este facto por si sómente não pódo provar a
provas de factos que só
elles podem produzir,.. falsificação ; cumpria que o exame se fizess^, usando-se de
todos os meios legaes e coercitivos ; accrésce que
LW Sr. Dkmjtvdo: — Então o que faz a commissão? por parte
do Sr. deputado eleito IbrSo exhibidas duas declarações da
Sn. Yimaio : — A commissão não ú por si só suflicien- dous jui/."s de paz, sondo um delles aqnelle fôra
qife inti-
tc, não pôde elucidar tanto sobre estas questões como os mado, c que não tinha o livro em seu
poder, e outro asse-
proprios interessados. Elles, só elles, que todoa os dias usão Verando ter o referido livr», e estar
prompto a apresenta-lo.
ae constante attenção para o que lhes* tçica de perto, \ ê-se pois que os interessados não empregàrão todos os meios
podem
guiar-nqs, podem ter conhecimento dos factos; e quasi do que podião dispor
para conseguirem o exame, e sem
todas as decisões sobio matéria de eleição gyrão aobre tlle não Be pôde dar como
provada a falsificação em que se
factos ao:, quaes applicamoa a lei. Como membro do uma soccorrem.
commissão, me tenho visto muitas vezes em cruéis embora- ' Allega-se mais
• ?-'° qne forão admittidos a votar dous
ços; tenho muitas vezes dado o meu voto, ficando depois cidadãos qualificados em territorio
que fôra desmembrado
rtelle temeroso de haver errado. Tão difficeis são as provas de Iguarassú. Para
proceder esta allegação, seria necessa-
em taes casos! no (jue se mostrasse terem elles sido na ire-
qualificados
n Sr. Depi'tado : — Pois tem feito mal. guezia á qual fôra annexad» o territorio desmembrado. E'
esta a regra firmada no aviso de
lf> dc Junho de 1848, e em
O Sr. \ irivto: — Mas que fazer? lia outros, como se vê das
pessoas que estão
aqui nesta casa com seus diplomas, o palavras depois de MUa qualificados*
que têm direito a L e.sta regra
parece razoável. Uma vez que o indivíduo so
uma decisão qualquer,^ e que não devem demorar aqui acha
qualificado na parochia, é justo que nella voto, ousí
eternamente. Lu decidia-me por aquella
x que apresentava tenha mudndo
para outra, ou o territorio em que reside te-
maior somma de provas. nha sido desmembrado, e apnexado íi outra
Em conclusão, vou mandar um requerimento paroeliia. A
camara dos Srs. deputados
pqra que já firmou esta regra na eleie.lo
nquelles senhores de cuja eleição não se tem tratado con- da freguezia do Bananal, do 4o districto da
tinuem a ficar no recinto da casa, ainda mesmo depois do provincia de
S. Paulo, mandando contar 1 votos
que tinhão sido toma-
dia 3 de Maio, e tenliüo o direito de defenderem na tribuna dos em separado,
poi serem os votantes moradores na pro
SESSÃO PRh ARATORIA EM 30 DE ABRIL. 123
DÉCIMA QUINTA

o principio O Sn Vilu c* Távabfs : — Sr. presidente, 6 l.cm cens-


#incia (lo Rio de Janeiro ; e assim praticou sob
trarigidamente que entro na discussão do parecer sujeito X
i]e que estavão qualificados no Bananal. . • i
09 indivíduos deliberação da camara, porque neste momento confesso a V.
Nesta conformidade, não constando que
fossem Kx. quo o meu coração se acha em luta com a minha intcl-
do que se trata, depois do facta da d&membração,
devia ligencia, cora a minha razão.
na nova freguezia, parece que a mesa
qualificados Se eu tivera de obedecer unicamente aos impulsos do meu
admitti-los a votar em Iguarassü.
o terem sido no- coração, não diria uma palavra contra a cleiç r> do Sr. Dr.
4.° Invoca-se mais contra a eleição
votantes. Silvino Cavalcanti de Albuquerque, lhe tributo
meados eleitores 9 cidadãos nao qualilicados porque
os votantes podem ia- muita affeiçSo, muita sympathia, faço justiça á sua intcl-
« Deixando de parte a questão» se
cidadãos que teulrao ligencia e ao seu mérito; suas maneiras me seduzem.
zer recahix os seus votos em quaesquer
ao collegio o resolver a O Sa. Siu iso CavaLcami: — Muito obrigado.
as habilitações legaes, clmpetindo
de identidade de
este respeito, vç-se de uma justificação O Sr.. V. Tavauks: — Mas, Sr. presidente, se trata
deuses eleitores são os próprios e idênticos
pessoa que cinco aqui de affeiçCes; não ha questão de amizade ou de nympa-
com erro em um ou outro nome.
qualificados votantes, ithia; trata-se da justiça ; e consultando a minha consciên -
tivessem sido qualificados,
porém, não consta que
Quatro, 'eliminação cia cila me diz quo ha illegalidades na eleição do nobre
ruas a destes votos não prejudica a eleição do
continua com membro, e por consequencia não posto doixar de me oppór
Sr. deputado Dr. Silvino, porque ainda assim a essa eleição, bem a meu pezar.
maioria absoluta, e do mesmo modo o supplente. Conheço, Sr. presidente, todas as difliouldndes da minha
* 5." Argue-se mais que tendo a mesa 110 começo dos
de combater um parecer
posição; cm primeiro lugar tenho
trabalhos suspeudido-os, o juiz de paz tirAra da urna,e raa- elaborado por intelligcncias distinetas c esclarecidas , e
recebidas; que as cédulas não se contarão, e
gira 7 lista3 jã depois vou impugnar a eleição do um membro muito dis-
1
que a qualificação que servira foi a de 1832.
tineto de uma famiiia que occupa as posiçjíçs ofliciaes no
< Não ha prova legal quanto á tirada das cédulas e á
districto eleitoral pelo qual elle se. diz eleito, quo occir a
nãe contagem das listas; apresenta-se, com® prova, umi essas posições em quasi toda a minlia provincia, e qiu; em.
delegado de policia, com muitos e diHeron-
petição feita ao
& pregara todo3 os seus recursos para quo o nobre membro,
tes itens, onde elle attesta generica e laconicamente que
sabre nc- quando nulla seja,a sua eleição, venha de r.ovo ton:ar
verdade. As attestações passadas por autoridades assento nesta ca^a...
razão de saber em virtude do seu oílicio,
gocio que não têm
ou por particulares, devem ser juradas, quando
nao lôr pos- Um Sr. Deputado: — Mas ollo não se apresenta coberto
avi.*o de 16 de Fe-
sivel absolutamente dar-se outra prova ; com esto escudo.
legal, nem ra-
vereiro de 1847. Sem provas evidentes não é O Sr. V. Tavares:—Peço porém ao honrado membro
•/oavel repellir o iudividuo com o diploma
que se apresenta
que nesta questão não me considere influenciado pelo c.-pi-
de deputado. Accresce quo da aeta consta o numero das rito de partido. Eu tenho a honra de pertencer á opinião
cédulas, presumindo-so assim que forão coutadas. liberal; mas eu. meus amigos c correligionários, sícuçre-
< Quanto ú qualificação & certo que servio a que fôra IV-i-
rnos a liberdade fundaria nos princípios' de ordem, de mo-
ta em o anno de 1852, sendo igualmente ceito que poste- ralidade e de justiça. Sou incapaz de combater uma causa
riormente não houve outra qualificação. Ou a eleição devia
justa levado pelo interesse de partido...
ser, como foi, feita com ossa qualificação, ou deixaria de
O Sr. Fiusa : — Então está comnosco.
ter lugar ; fez-se pors como era possível fazer-se. A ler de-
termina, é verdade, que todos os annos se renove a qualilica- O Sn. V. Tayikks:—Por consoquencia nesta questão
a pena de nullidade na falta dessa
çãO| mas não comroinou nã» entra o espirito de partido, 6 sómente a justiça que me
renovação, sendo todavia para deplorar que as autoridades vai guiar; e como sou naturalmente laconico, direi cm
dessa xreguezSa esqueção assim seus devores e não sejão
poucas palavras o que penso Acerca da materia que 1103
responsabilisada6. A camara dos Srs. deputados, em sua occupa.
sabedoria, dará todavia o peso o consideração que lhe mo- A eleição do Sr. Dr. Silvino Cavalcanti do Albuquerque ó
recer essa falta de qualificação. illegal; muitos são os fundamentos desta {ilegalidade.
c 6.» Allega-se, finalmente;, quo constando a qualificação Principiarei dizendo á casa que, compondo--o o 3» district#
de mais do 2,000 votantes, upenaa concorrerão 150 e tan- eleitoral da minha provineúi das freguezias de S. Pedro
tas. Attribue no este facto a violações e injustiças pratica- Martyr, da Sé, Iguarassrt, marangnnpe o Itamaíacá, nas
das pela im-sa Porém não existem provas que tornem cor- freguezias de Iguarassú e Maranguape não Iiouve verde-
ta3 essas allcgiidas violações e injustiças; aceresco quo liou- deira eleição...
va desmernbração do território, quo de 1852 até a época da
O Sr. Silvino Cavadcami : — Isto d quo se não prova.
eleição é natural que muita gente succumbiose ao mal das
deixassem
epidemia» que nos tem flàgellado; <)ue muitos O Sr. V. Tavarm: — O vicio dessa eleição principia logo
obser-
voluntariamente de comparecer, principalmente se pela falta do qualificação. V. 1- x. o a rasa faliem que, se-
varmos que a luta foi outro dous caudidatos da mesma par- gundo as disposições da lei de 19 de Agosto de 1840, na 3"
da»
cialidade politiea, pacecendo quo o partido que está fóra dominga do rnez do Janeiro de cada anno se deve
proceder
na província de Pernambuco nas respectivas freguezias ú qualificação; mas por uma
posições oíllciaes não tomou
muito a peito a presente eleição ; que durando o fatalidade,
processo por uma dessas causas que nao têm explicação
eleitoral muitos dias, em razão de terem sido suspensos os legitima, na freguezin de Iguarassú não tem havido
çaaíi-
trabalhos, muitos votantes não quererião dar-se ao trabalho íieação desdo o anno de 1852...
de voltar ; que emlim esta falta de concurrencia pôde provir
Uw Sa. Dkpit.uio : —Também as qualificações não podião
de muitas outras causas. O que é certo é quo este facto,
ser senão em 1852 o 185-1; o mais erão revisões.
A nullidade de uma eleição,
por si só, não pôde dar lugar
sendo desacompanhado de provas suiTicientes, que manifes- O Sa. V. Tavabus: — Não tom havido essas revisões; cs
tem provir ello do compressão contra a liberdade do voto. aviso» de 25 e 26 do Fevereiro, e do 8 de -Março de 1856,
delerminão positivamente que, quando não so proceder ã.
€ E' pois a commissão de parecer :
qualificação nos dias marcados 11a lei, o presidente da pro-
oa eleitores das freguezias
<1.° Que sejã» apprcvados vincia mandai4 fazê-la em outio qualquer dik.
o 3° districto da província de Pernambuco,
que compoem Ora, não se tendo procedido a qualificação em Iguarassii
com excepção dos 4 seguintes eleitores de Iguarassrt : Te-
no tempo prescripto pola lei, parece fórn de duvida que o
dro Celestiuo de Souza Pimentel, Francisco Xavier de Au-
presidente da provincia devora mandar pr. ceder a ella em
drade Júnior, Antonio Martins de Assumirão, e Sérgio outro qualquer dia, e sobre e.sta ba^; então estabelecer o
respeito dos quacs requer a
Clementino de Souto-Maior, a numero de eleitores que, devera dar a freguezia c fazer-íe a
commissão que se peção informações ao governo, atira de 1 eleição.
veriHcar-se se estão ou não na qualificação. Mas para a freguezia de Iguarassú assim so não fez; re-
« 2.° Que seja reconhecido o br. Silvino Cavalcanti de
qorreu-se, quando aliás ainda havia tempo fiara, a revisão, e
Albuquerque deputado pelo referido districto. contra o disposto 11a lei e nos avisos referidos, <x
qualificarão
< 8.o Que seja reconhecido supplento pelo mesmo dis- de 1852.
tricto o Sr. Dr. Albino José Tavares da Silva. Essa eleição, pois, tendo base uma qualificação tão
por
« Paço da camara dos deputados, 30 de Abril de 1857. remota, necessariamente deixa de ser a expressão autuen-
— J, J, l'athtco. — F. B. Duarte. » freguezia,
I tica, verdadeira e legitima daquella que devêra
124 DÉCIMA QUINTA SESSÃO PREPARATÓRIA EM 30 DE ABRIL.

ser como as outras considerada, c do beneficio da lei. O S*. V. Tavares : — Assim a opinião liberal delguaras»
çozar
Por esse lado a eleição d viciosa, é illegal. sú ficou privada de todos os meios de quo podia lançar mão
A assembléa provincial de Pernambuco, não me recordo para que chegassem a esta casa os documentos comproba-
agora era que datn, fez passar uma lei em virtude da qual torios da illegalidade , da irregularidade daquella eloição.
uma porção de territorio pertencente & freguezia de Igua- Eu lerei á casa um requerimento que pelo Sr. coronel Mo-
raes foi dirigido á o despacho que teve,
raasú, cujo nome, sc não me engano, i quarteirão da Matta, presidencia , e para
ficou pertencendo á freguezia de S. Lourenço. Não tenho que a casa se postfa compenetrar bem da verdade dos factos
nem me recordo, como disse, da sua data; que aqui estou expondo.
presente essa lei,
mas para convencer a casa da verdade do que estou dizendo < Manoel Pereira de Moraes , tendo requerido a V. Ex.
a este respeito, invoco o testemunho do nobre Sr. barão de providencias para que fosse não sô realisado o exame judi-
Camaragibe, quo ora então presidente da assembléa pro- ciai que pretende seja feito no livro da qualifiçação dos vo-
vincial; o Sr.^ barão quo diga sé não é verdade que essa tanteada freguezia de Iguarassú, afim de verificar-so a fal-
sijicação
porção de territorio de Iguarassú a que me reliro passou que elle contém, o que atá o presente não tem po-
dido consegnir, não apparecer o referido livto, que nem
para a freguezia de S. Lourenço da Matta. por
se acha no arehivo da camara municipal, nem em
O Sr. uarao de Camaragibe : — E' veidade. poder do
juiz de paz¦ em exercido; mas também responsabilisado
O V. Tavares:—Ora, por esse único facto, entendo
Sr. aquelle que indevidamente o occulta , vem agora requerer a
da pro-
que independente de qualquer ordem do presidente V. Ex. que se sirva mandar dar ao supplicante uma certi-
vincia, os votantes qualificados nessa porção do territorio dão do destino que teve essa sua petição. — Como
procura-
de Iguarassú ficárão pertencendo áquella outra freguezia, dor, Joajuim Pedro Barreto de Mello Rego. >
e não podião votar na freguezia ie que forão desmembra- Vê pois a camara que a opinião liberal de Iguarassú em-
dos. Mas a presideneja quiz tirar todas as duvidas: o Sr. pregou os meios legítimos que tinha 4 sua disposição para
conselheiro Sérgio expedio ordens neste sentido. Entretanto, provar os abusos daquella eleição....
8em uma razão plausível em que se apoiasse, a mesa de
O Sr. Silvino Cav alcanti : — Não empregou os meios ef-
Iguarassú, consiaorando-fe soberana, superior á lei a ás
ficazes.
ordens do presidente da província, não se importou com essa
decisão, e fez com que os individuos qualificados naquella 0 Sa. V. Tavares : — .... mas que houíe da parte da-
porção da freguezia de Iguarassú, que já não lhe pertencia, quolles que sustentão a eleição do nobre membro o proposi-
c sim a S. Lourenço , fossem admittidos a votar em to firme de empecer e prejudicar esses meios.
Iguarassú. O Sr. Silvino Cavalcanti: — Infelizmente
quem susten-
Creio, Sr. presidente, que esta irregularidade é mui sa- ta a minha eleição sou eu só.
liente, e o nobre membro contra cuja eleição agora fallo
0 Sr.V. Tavares : — Naeleição do nobre cavalheiro ha,
não pôde deixar de concordar comigo que ella é real.
Sr. uma irregularidade que
Deu-se na eleição primaria de Iguarassú um facto escan- presidente, julgo insanavel,
e <5 a falta de contagem nas listas
daloso, senhores, e ó que na mesa funccionárão individuos que forão recebidas, oon-
trariando se assim o disposto no art. 49 da lei de 19 de
que não estavão qualificados, individuos que nua podendo
Agosto do 1846.
votar nem ser votados, na fôrma da lei, também não podião
'fazer O Sa. Silvino Cavalcanti : — Lèa a
parte da mesa e influir por conseqüência mui airecta acta.
o positivamente na eleição. Parece-me que a nobre commis- V. Tavares : — Na acta não se faz menção da con-
O Sr.
São terá entre os papeis que consultou uma certidão da se- tagem. O nobre deputado 6abe
perfeitamente que depois da
cretaria da presidência, com que se prova que o cidadão Pe- recepção das cedula3 6
preciso que se proceda á contagem ,-
dro Celestino não estava qualificado; mas esse cidadão func- afim de se verificar se o numero das cédulas existentes na
cionou como membro da mesa de Iguarassú. urna correspaude ao numero dos votantes ¦
que compare-
O Sr. Silvino Cavalcanti: — Eu lhe responderei cabal- ctrão.
mente.
Uma Voz : — Mas a lei nova altera isto.
O Sn. V. Ta\*res:— Não se admire V. Ei., Sr. presi-
O Sr. V. Tavares : — Aquelles , Sr. presidente ,
dente, de eu não apresentar agora provas mui convincente! quo pre
tendem sanar essa irregularidade invocão em seu favor
para a nobre commissão de poderes a respeito da não quali- disposição do art. 4» das instrucções de 27 de Setembro do
ticação desse indivíduo e de entros de que falia a representa-
1856; mas julgo que esse artigo não favorece a
meu nobre e especial pretonção d
çüq que a esta casa foi dirigida pelo nobre membro.
amigo o Sr. coronel Moraes, porque parece que houve pro-
O quo diz o art 4o ? Que a apuração será feita tirando-se
posito entre as autoridades de Iraguassú de abafar e 6uniir da urna as cédulas uma por uma, e abrindo-íe estas na ac-
todos os documentos tendentes a essa eleiçã», afim de não
occasião da apuração. Não dispensada contagem, ao contra-
poderem ser aqui trazidos para esclarecer e orientar a ca- rio determina o methodo delia. «
mara.
Mas , se na eleição de quo se trata não houve contagem ,
O livro da qualificação de Iguarassú foi viciado, foi falsi-
sc por consequencia as cédulas achadas na urna podem re-
licado ; e os meus nobres amigos , que por parte da opinião
liberal muito se interessavão e interessão por essa eleição , presontar um numero de votantes maito maior do que real-
mente comparecerão....
empregarão todos os meios, todos os recursos legítimos para
obter o? documentos comprobatorios do vicio ou falsilicação O Sr. Silvino Cavalcanti: —Não se íaz esta arguição.
desse livro ; mas tudo foi baldado. O Sr. V. Tavares : — .... como quer o nobre membro
por
Rcquereu-se ao l)r juiz municipal um exame nesse livro; este lado sustentar a ligitimidade da sua eleição ?
não foi possível obtê-lo. O nobre deputado eleito , ou que se diz eleito dis-
pelo 3»
: — Porque? tricto eleitoral de minha província, não
O Sr. Silvino Cavalcanti pôde contestar ,
O Sr. V. Tavares : — O nobre deputado sabe melhor do porque é um facto que está provado, que na eleição de Igua-
rassu houve 9 eleitores, ou sahirão eleitos 9 individuos
que
que eu. .
não estavão qualificados.
O Sr. Silvino Cavalcanti : — Ignoro absolutamente
0 Sr. Silvino Cavalcanti : — Peço licença
será bom que não deixe em mysterio a razão por que não se para contestar.

procedeu ao exame. 0 Sr. V. Tavarf.s : — O honrado membro contesta um


facto eütá provado com documentos authenticos ? !
0 Sr. V. Tavares:— Requereu-se ao presidente da pro- que
na : —A seu tempo o provarei.
vincia para mandar que.esse magistrado procedessse 0 S*, Silvino Cavalcanti
fôrma da lei a um exame tão necessário , do qual podia re- O Sr. V. Tavares : —Ora, senhores, eu não quero entrar
sultar , como supponlio que deve resultar , o conhecimento na questão se se deverão tomar os votoâ dados aoâ individuos
da legalidade ou illegalidade da eleição do nobre membro a não qualificados, ou se se não deverão tomar; mas o que me
quem me dirijo. O Sr. conselheiro Sergis despachou esse parece fóra de duvida 6 que ocollegio, a proceder com i ustiça,
requerimento mandando que informasse aquelle magistra- não podia deixar de tomar em separado esses 9 votos dos elei-
do , mas elle não deu solução alguma e abafou o requeri- tores não também em separado os 9
qualificados , e tomar
mento. votos dos eleitores supplentes que se seguissem a esses ,
0 Sn. Silvino Cavalcanti : — Tenho provas em contra- porque «ptão a nobre commissão de poaeres não se veria
rio. embaraçada a respeita do reconhecimento da legitimidade
SESSÃO PRE ARATOllIA EM 30 I)E ABRIL. 125
DÉCIMA QUINTA

a quem m. O S». V. Tavares : — .... e não era possivel que de dous


ou illegitimidade da eleição do nobre membro
annulla- mil e tantos votantes em Iguarassú , apenas 153 fossem os
dirijo , porquanto o nobre membro deve saber que,
dos, como devem ser, esses 9 votos , desspparecea
maioria que cuidassem da política, isto é, que comparecessem ao
acto da eleição primaria, até
absoluta que aqui o collocou. Não sei se comprehende
a for- que ali foi tão pleiteada , que
durou por mais de oito dias , eleição pela qual a opinião li-
ça denta argumentação.
beral daquella freguezia mostrou o maior interesse. Qual é
—Perfeitamente; o fundo é
O Sr. Silvi.no Cavalcanti: pois a conseqüência natural que devemos tirar deste facto ?
falso, a fôrma é o que fica. E' que houve compressão , eque houve violência. E houvo
— Quanto aos documentos que com- realmente, Sr. presidente , porque a mesa soberana de Igua-
O Se. V. Tavares :
, convido a casa para aprecia- rassú não conhecia senão os votantes
provão esta'minha asserção que lhe fazia couta.
da commis-ao , assim Homens muito notáveis daquelln frequezia, muito co
los nos papeis annoxos ao parecer
o.Sr. coronel Mo- nhecidos dos juizea de paz e dos mesarios , erão chamados,
como 11» representação que o meu amigo
Veja mais a ca- apresentavão-se com as suas cédulas, mas a mesa, com uma
raçs dirigio á camara dos Srs. deputados.
o proprio coragom inqualificável, dizia :« não é o senhor a quem cha-
mara que. além desses documentos authenticos ,
está mamos , o senhor não está qualificado, ô outro indivíduo. >
delegado de Iguarassú, (juo & autoridade policial , que

no caso de conhecer mui bem os indivíduos daquella loca O Sr. Silvino Cavalcanti : — A prova disto?
lidade....
O Sr. V. Tavares: —O nobre membro n quem me dirijo
Sn. Silvino Cavalcanti : — E' delegado muito mo-
O não pôde negar estas verdades. Eu uppello paia sua honra
demo. e para sua consciência.
O Sr. V. Tavares : — .... i quem attesta, i quem affirma Se fôr» sftmente, Sr. presidente, 11a freguezia de Igua-
indivíduos não estão qualificados. rassu que se déssem irregularidades, ainda o nobre membro
que aquelles
estaria em boa posição.
O Sr. AutiUSTO de Oliveira : — E é um militar inteira-
mente estranho ás questões locaes. O Sr. Silveira I.ono : —Não para mim ; apezardo apreço
que tenho á pessoa do honrado membro.
muitos apartes.)
(/ia
O Sr. V. Tavares:— Mas a casa verá que não é sómente
O Sit. V. Tava«es : — Senhores. não comprehendo aos
se esta eleição que está nulla. Eu julgo nulla também a elei-
nobres deputados que me dão estes apartes ! Quando
çuo da IVeguezia de Maianguape.
tiata de certas queBtões, invocão o testemunho de autorida-
des policiaes para corroborar suas opiniões ; quando se trata O Sr. Silveira Loao : — Apoiado.
de outras que não llie fazem conta, negão o valor de taes O Pr. V. Tav ares : — O honrado Sr. Dr. Silvino sabe que
testemunhos ! ha incompatibilidade entre o lugar <l£ juiz de paz e o de
O Sr. Silvino Cavalcanti : — Eu ainda não invoquei o supplente de juiz municipal e de orphãos , assim como o d»
testemunho de autoridade alguma em meu beneficio. commandante superior das guardas nacionacs.

O Sn. V. Tavares : — A uutoridade a que me reliro não O Sr. João Felitit: : — Lá pela minha terra não ha essa
ao credo político a que eu pertenço; é um correli- incompatibilidado.
pertence
gionario do honrado membro. O Sr. V. Tavares : —K porque a terra do nobr deputado
O Sr. Silvino Cavalcanti : — Não sei se assim é. estará fóra da lei.

O Sr. V. Tavares:—Por consenuinte , eu , invocando o O Sn. Paes Barreto : — Não apoiado.


seu testemunho, não devo ser censurado , invoco um teste-
O Sr. V.Tavares : —Xão sou eu que o digo, respondo
ao
munho não suspeito. aparte do nobre deputado.
O Sr. Siivino Cavalcanti : —Os anjo% lhe respon-
que O Sr. João fVi.ieeE ; — }Ia muitas destas accumulações.
dão....
O Sr. Silvino Cavalcanti: — As invectivas para out*
O Sr. V., Tavares: — O honrado membro devo ter toda a vez,...
franqueza c liberdade para tratar da sua eleição ; estou per-
suadido que a terá, e que cortará todas as difliculdades que O Sr. V. Tavares : — Dizia eu que o nobre membro , o
Sr. I)r. Silvino, sabe perfeitamente que ha incompatibilida-
por ventura se lhe antolhão para explicar estes e outros fac-
tos. Seja Tranco , eu lh'o peço.... de entre o exercício das l'uncçõ"S dejuii de puz e de juiz
municipnl e orphãos, assim como de commandanti' superior
O Sr. Bezerra Cavalcanti : — Essa questão de correli- das guardas nacionacs ; não é assim ? Mas, quando o nobr*
á melindrosa.
gionarios hoje membro Ignorasse que existe eata incompatibilidade , o qu»-
O Sr. V. Tavares : — Segundo o espirito da lei elei toral, não é possivel , bastava a leitura d<»s aviaos de í» deNovt-m-
cada eleitor deve representar 40 votantes ; mas na eleição do bro de 181(3 e de 6 de Outubro de 1817 pnra estabelecer o
Iguarassú as cousas se passárão de modo , senhores (repare lirmo-la.
bem a camara nisto), que cada eleitor representa sómento 4 Pois bem, o Sr. corom 1 Joaquim Cavalcanti de Albu-
é commandante superior da guarda nacional
votantes! querque , que
Forão qualificados no anno de 1852, na freguezia d» <10 Olinda, «• que 6 , desde 1853, supplente do juiz municipal
Iguarassú 2.860 votantes , tirados 600 para S. Lourenço da e orphãos daquelle termo , que comprehende a freguesia de
Matta, que são os indivíduos que babitão o quarteirão cha- Mariinguape, e que é tambi-m juiz de paz eleito, e de mais a
mado da Matta, ainda lição.... mais cunhndo do nobre membro de cuja eleição estou tra-
tando, foi quem presidio a eleição de Maranguape.
O Sr. Silveir 4 Lodo : — 2,260 votantes.

O Sr. V. Tavares : — Exactamente , 2,2(>0 votantes. Re- O Sr. Silvino Cavalcanti : — A eleição não foi feita de«
de 2,2(>0 votantes c^ue ba na claradamente para mim.
pare a camara nesta novidade
freguezia de Iguarassú , apenas forão reconhecidos pela O Sr. V. Tavares: — Mas, senhores, o que exprime uma
mesa e admittido* a votar 153 cidadãoB ! eleiçü» que é presidida por um juiz de paz incompetente, por
Senhores , a casa me dará licença para fazer uma curta um juiz de paz qui-, além de ser juiz municipal e de orphãc*
observação neste momento. Nessa eleição de Iguarassú . do ò também commandanti' superior da guaidu nacional , e
modo por que fói effeetuada, ou houve perfeito indilTeron- que exerce assim intlueucia,
e muito pronunciada, sobre o
freguezia!
tismo.... povo daquella
— O
O Sr. Silveira I-obo : que não <5 crivei. O Sr. Dantas : —Mas accumulava OJ exercícios.

O Sr. V. Tavares:— ou houve compressão, houv® O Sr. V. Tavares : — Essa eleição pôde exprimir o favor;
violência. mas não a vontade dos parochianos de Maranguape....
O nobre membro, a camara,^o paiz todo sabe que em •. — Essa a lei.
não são indifferentes á política;
O Sr. Dantas providencia é até contra
geral os Pernambucanos
élles em todos os tempos, cm todas as épocas, têm tomado O Sr. V.Tavares: — Quando o nobre deputado provar
me refiro , ou que elle? não
parte muito activa na política
do seu paiz.... que não existem os avisos a que
devem ser obedecidos, então dar-lhe-liei razão.
U* 4 voz : — Isto não é só os Pernambucanos , são todos
«s Brasileiros. O Sn. Silvino Cavalcanti : — Eu lhe provarei ao menos
126 DÉCIMA QUINTA SESSÃO PR! PAI ATOR IA FM 30 DE ABRIL.

que lia avisos que contiarião esses citados pe'.o nobre depu- O Sr. AtcrsTO de Oli-eira: —Mas sem a deliberação
da
tado. miVa creio que baile ser impresso
quando se publicara
O Sr. Dantas: — O que «ui quero é que presida ás eleições sessão de hoje.
nquelles a quem competir pelo suffragio popular. O Sr. Presideme : — N'2o, senhor, está enganado.
O Sn. y. Tavares : — Eu não sou defensor dos avisos do O Sn. Aeivi STO de Oliveira : — Bem, estou satisfeito.
governo. O Sr. Bezerra Cavam:*vn : — Sr.
presidente , pedi a pa-
O Sr. Silvei»i Lobo : — Nem eu.1 $353 lavra pela oídem
para requerer urgência afim de que con-
tmueesta discussão. Acho inconveniente
O Sr. . 1 WAur.s Entendo mesmo
que o governo al- que, começada a
vezes tem le^lado sob discussão , sem obstáculo invencível seja .ella interrompida,
gamas pretexto de explicação da
lei, mas no caso vertente estes avisos níío se oppoeoa á lei, porque de certo modo se desprende a attenção
qrç,e é indis-
explicão-a convenientemente. penmvel para que iis diversas questões sejão devidamente
(Apoiados.) apreciadas e
O Sr. Silvio Cavalcanti : —Hei de mostrar como se op- julgadas com perfeito conhecimento de causa.
O Sr. Presidente :—Devo observar ao nobre deputad#
poem , mesmo por outro aviso.
que se é para requerer urgência que pedio. a
OSn. V. Tavares :—Sr. presidente eu fallar palavra não
, pudera precisa motiva-la, vou sul>mette-la á decisão da casa.
também da eleição da Srè de Olinda.
O >r. Bezerra Cavalcanti : — Lias eu
quizera fazer mais
O Sr. Silvino Cavalca>ti : —Vai alémjda representação. algumas observações...
O Sr. V. Tavares : — E o que tem isso ? O Sr. Prfsidente : — Nao
pôde faze-las a este respeito.
O Sr. Silvixo Cavalcanti : —Está no seu direito. Um Sr. Deputado: — A urgência não ss discute.
O Sr. V. Tavares : —Na eleição da Sé d-* Olinda a opi" O Sr. Bezfrr\ Cavai.cakti • — Perdôe-me
V. Ex , eu qui-
nião que susteut-i o honrado membro o Sr. Dr. Silvino foi zerí\ fazer íilgumus observações
que nao' sao inlierentes á
exçessiva no modo por que pleiteou a sua causa ; empregou
questão de que se trata , mas a uma outra.
m<'ios de violência contra a oppoíição ; mas ftoppoeição cm Eu tenho dj requerer ii cnsa o adiamento
Olinda teve a necessaria pruieucia e critério para amanbàa
para abandonar , da discussão do parecer que foi dado para a 2a parte da or-
as urnas ; porque, senhores, entendeu melhor resignnr-»»- a deni do dia....
continuar a soffrer , do
que obter um triumpho que talvez O Sr. Cri./. Maciudo : — Não o
tivesse conseqüências desagradáveis. pôde fazer senão quando
estiver com a
Sr. presidente, lia muitos annos palavra.
que a opinião política
que eu sigo tem, por assim dizer, abandonado as eleições na O Sr. Presidente : ¦— O Sr. deputado r.ào
púde jíi pedir
. minlia província ; não è não tenha o maior interesse o adiamento de uma discussão
porque que ainda kSo começou.
pela cansa publica, não & porque ali a íó política tenha des- O Sr. Brzr.RR v Cavalcanti : — Eu ia
apparecido, ou tenhão morrido as crenças patrióticas , não ; fuzer este requeri-
mento , mas como não me é
mas é porque o soifrimento. a paciência , a resignação, ôs permittido, era vista da obscr-
vação que íez a nobre deputado . fundamentf.r
vezes é urra gloria preferível á judia a urgência ,
que roMi ta do trium- djrei que a decisão do V. Ex., de ficar a
plio illegitimo , acompanhadod'? máos e terríveis e(Feitos. questão adiada pela
horani".) estíi definitivamente dotei minada
Fatiando contra e.-te purecer , contra a < ;«. i';ão do Sr. ]>r. , do modo que
depois de ter sido decidido^o requerimento de adiamento
Silvino Cavalcanti , declaro a V. E:<. , ácatnora, e ao que
pai;-., tenho de oíferecer íl consideração da casa
que não tenho u menor esperança de que, nnnullad» esta possa continuar
essa discussão. Ja nao
.•leiçâo, seja eleito pelo 8o districto da minha que pess© proseguir nas mini:as con-
província um sideraç"es, limito-me a estas
cidadão de minhas.ideàs e da minha opinião poucas palavras.
politiea não
O REsiniiNTE: Entiio o nobre deputado
porque ali o paiz re 1 nú i s.-ja da opinião liberal, affirmo-o a pede a ur-
V. Ex. com toda a forçad'- minha convicção; mas gencia para continuar a discussão em
ptírqne a que se estava?
família do hoi.rado vnctnbro occupa todas as O Sr. Cavalcanti : — Cedo da urgência.
posições olli- Bezerra
. ciaes naquelln localidade , e em quasi toda a nrovincia
, o vai a imprimir 110 Jornal, ficando assim adiado.
f.irá a eleição como lhe parecer. Se fallo O parecer
¦ consciência do pois*, é porque a
dever assim me ordena.
Vou concluir o meu di«curso, Sr. SEGUNDA PARTE DA ORDEM DO DI.A.
_ presidente; mas antes
disso V. Ex. consentirá <|Ue eu a
propr.sito faça uma ligeí- ELEIÇÃO da rama.
ra reflexão. lia uma lei de evolução , uma lei irresistível
p irqne é providencial, que preside aos destinos da sooiedadiü' distrirto.)
(12°
a_i» destinos dalmmaniil.de toda inteira; sta lei é a da
civilisaçào, da toleranciu, da fraternidade e do Continúa a discussão adiada do parecer da ¦ commissâo
progresso ;
í» loi «<• 'inuliiada 'ommenduda ••
, re prescripta pelo chris- de poderei sobro a eleição do Sr. Saraiva.
tianlsmo (apoitulos); mas infelizmente
para'a minha pro- O Sr. Fernandes m Cunha :—Sr.presidente, 110 estado em
vineiap.ii»! i nf.o tem sido bom oomprebendida
, ainda n.io
fuii dovidamejue executada. (.\ào apoiados c apoiados.) A. que está posta a presente questão, na altura ti que tem ella
fa- checado, cumpre Ti deputação da Bahia, cumpre, a todos os
milia pernambucana ha muitos annos luta comsigo mesma,
amigos do Sr. i)r. Josó Antônio Saraiva, cumpre a todos os
porque um ramo importante dtlla pretende . x-rcer e efT.-<v bomer.s que prezão sobretudo.a dignidade e r. moralidade,
tivameute exerce uma inflnonci : excessiva , exagerada
tomar parte nesto gravo e importante debate alim de esclarc-
uma influencia
que não pódo contir nem iprovincia , nem cer o paiz e formar a sua convicção,
ao império....
( )>r.. Lezi.rra (-avalcanti : —
O Sr. Silveiri Eu também desejo
Lono : —Apoiado. que
todos os homens de moralidade examinem esta
questão.
Tavares : — Este estado , Sr.
,Y Y- presidente , não O Sr. Fernandes da Cintiv : — Não
pôde continuar. Tenho dito. queremos mysterios
nesta questão, como imprudentemente ousou
dizer o Sr. Dr.
O Sn. Preside-me : — A discnssía fica, adiada Magalhães Castro, em referencia A eleição
pela do Sr. Dr. Sarai-
hota. va : queremos $e diga
que com franqueza e sem re-erva no
^nó AugusT? be Oliveira recinto desta camara, e a face do
. 9 (pela ordem): — A penosa po paiz, toda a verdade e sò
siçmo, Sr. presidente, cm a verdade.
que me aehonesta questão , não
eu Xão se note, Sr.
permittio que pedisse á casa a impressão deste prosidente, se mostro algum fervor em
parecer defesa desta causa ; não se
antes de ser discutido ; podia-se
pensar quo com esta im- queira daqui colligir que venho
a esta discussão apaixonado, ou
pressão eu désejava procrastinar a sua discussão; porém pelo menos possuido de
como ella acaba de ser adiada qualquer desaffeição ou prevençuo contra os interessados
pela hora, peço a V' Ex que nella. Não, Sr.
mande imprimir o parecer no Jornal, presidente, hou disto incapaz ; venlio para
para que na sessão de esta questão com o meu espirito livre o de embaraçado
amanhaa a câmara dehbore com mais
conhecim»nto de ; ve-
nlio com o meu coraçfío
causa. puro, com as minhas intenções rec-
tas produzir o a ex pressí» sincera e intima dn
O Sr. Presioexte : — N&o é perante paiz
preeiso que a mesa ordene a miahaeçiLvieção na matéria. Em minhas palavras haverá,
impressão,
porque elle ha de ser impreysc. somente a indignação da consciência revoltada Cintra os
SESSÃO PREPARATÓRIA EX1 30 I)E ABRIL. 127
DÉCIMA QUINTA

meios indecorosos, contra os manejos tortuosos, contra as bre deputado, membro da coromis».no de poderes, tendo pre-
estratégias reprovadas que 110 campo eleitoral do ^ 12° dis- sentes todos os documentos que estiverro na pasta da com-
missão, se deixasse levar pelo que o Sr. Dr. Magalhães Cas-
tricto fórão postas em pratica pelo candidato iufeliz, que
tro disse em sua representação; se deixasse dominar dessas
depois de derrotado, e repellido por todas as influencias le-
contrario o Sr. Dr. José Auto- falsificações promovidas pelo Sr. Dr. Magalhães Castro, e
gitimas do circulo, onde pelo
foitas pcl» partido do padre Severo, a ponto....
nio Saraiva recebeu uma ovação completa....
O Sb. Bezerra Cavalcanti :—Exibi simplesmente o meu
(Ha wn aparte.)
Eu demonstrarei perfeitamente, c a camara se conven- juizo.
incompleto,
ceríi de que o triümpho do Sr. Dr. Saraiva O Sn. Feiin vm»ks i»a Oi mia :—Não duvido; noto sómente
apezai de todos os manejos indecentes que empregou aquelle que o nobre deputado entrando na discussão comigo, espi-
mil lugar nesta augusta rito desprevenidp, não attendesse aos motivos do parecer da
que a todo o custo queria possuir
camara, usurpando-o ao Sr. Dr. Saraiva, que sem duvida é çommissão? e aceitasse tudo quanto o Sr. Dr. Magalhães
brilhantes glorias da minha província, e Castro escreveu de falso, sem acompanhar da mínima
j:í uma' das mais pro-
está predestinado por certo a ser um dia uma das glorias va, quando em poder da çommissão existem documentos ir-
mais distinetas do paiz. refragaveis contra a validade e legitimidade de sua eleiçãoj
Portanto tenho razão de sobni para sorprender-me e ac'«
(Ha um aparte.) mirar-me do inesperado do nobre depu-
pronunciamento
Senhores, eu aceito a discussão no terreno qne quiterem; tado.
desejar tomar a palavra Tenho demais, Sr. presidento, necessidade indeclinável
provoco mesmo a quem quer que
na presente questão; estou disposto a discutir com quem de discutir esta qnestáo, parque sendo filho da 12° districto

quer que se apresente na tribuna. Não era possível que a não posso 6er indifferente A sorte de seus habitantes ; não
aeputação da Bahia em peso, que todos os amigos, pelu me- posso querer que sejão victimas de autocratas prepotentes,
nos do Sr. Dr. Saraiva, deixassem de tomar parte neste de- ae mandões e perversos que por mal do paiz ainda existem
bate, c votassem pela rolha, sob pena do lavrarem a sen- ali, eem muitas outras partes do império, que tudo in-
tença de condemnação e vilipendio do Dr. Saraiva, quando vadem e atropellão, e sâo um obstáculo permanente e for-
o Sr. Dr. Magallu.es Castro teve a impavidez do declarar a midavel & acção legitima da autoridade, e A execução tiel
face do paiz o que passo a ler: da lei; que são o terror das populações e os árbitros soberanos
« E' notável que o St*. Dr. José Antonio Saraiva nem to- dos destinos do misero povo dos sertões ; que devem ser
masse o trabalho de <1 fender a acta falsa c^ue llie dá 70 persegnidos sem quartel u todo transe, por todos os meios
votos no collogio de Vílla-Nova! O Sr. Dr. Saraiva, notai legaes, como uma necessidade de ordem publica, por todo
bem, tem perdido a cabeça. Kxhibir contra o meu caracter governo honesto e moralisado, que deve inserever em seu
carta minha, em que reprovo o escandalo das aetas falsas, programma, porliando por torna-la uma realidade, a propa-
me sorprende e admira!!... ltogo, e rogo encarecidamento ganda gloriosa de guerra a tudo quanto for perversidade e
ao Sr. Dr. Saraiva que apresente'todas as cartas que tiver crime, immoralidade e corrupção ; contra tudo quanto fun-
minhas e de personagens por mim.Se algumas tiver em seu dando-se 110 crime fòr um obstáculo A livre expansão da
os termos consciência e ao uso pleno e regulnr dos direitos
poder, apresente-as para <iue manifestos fiquem publica,
cm que fórão escript.is. > Ma» o mysterio nas circumstancias individuaes cios cidadãos. E' para isto, senhores, que vn-
em que se acha a causa do Sr. Dr. Saraiva muito mais lhe tendo que o governo deve olhar, o não para recommepdnr
convém. Appareção essas almas pequenas, que 110 desespero candidaturas de. afilhados, alim de ter uma camara sua,
não se resignão, capazes de empregar os meio* mais ignóbeis uma camara unanime , que diga sempre amen a tudo

para vencer um p.ilmo de terra estéril 1... quanto o governo quizer ; que não tenha a coragem civica
Senhores, o Sr. Dr. Magalhães Castro teve a coragem e precisa para repellir as imposiç<»e8 do poder, que nãe pugno
o denodo (não quero qualificar de outra maneira o sou acto; pelos interesses moraes e matcriacs da nação, o consinta
desejo guardar todo o decòro, reserva c comedimento, cir- que se lalsüem todos os olementosdo regimen represento-
cumscrevendo-me apenas á apreciação dos factos), o Sr. tivo.
Dr. Magalhãos Castro teve a coragem e impavidez de lançar E' para o desenvolvimento hnrmonico e integral do dos-
perante o paiz este cartel de desafio ao Sr. Dr. Saraiva. tino social, dos grandes lins liumanitarios da nossa aetivi-
Devia o Si. Dr. Magalhães Castro catar por certo convencido dado; é para a manutenção das nossas sabias e excellont.es
de que o Sr. Dr. Saraiva infatiivelmentc levantaria o seu instituições juradas, para o desenvolvimento progressivo
cartel de desafio, e e aceitaria, som duvida, cm todas as das liberdades publicas que elias encorrão, o das grandes
suas partes : deveria esperar por corto que então so venti- maximas e princípios sociaes de alta ofoilisaçBd qne ncilas
lasse competentemente, e se procurasse domonstrar, eon- se contém, que ainda nu© encarnárfto na *'iaa pratica da
forme impunhão a qualquer cavalheiro brioso os estímulos nossa sociedade, nem receberão sua explanação c comple-
da honra o pundonor ultrajados, qual o verdadeiro autor mento definitivo dos poderes públicos ; ó para a exploração
das duplicatas fraudulentas, e dos ignóbeis manejos pra- de toda3 as incalculáveis rique/as latentes do nosso fecnn-

ticados na eleição do 12° districto da província da ljahia. do e abençoado sólo, para o incremento da industria cm

O Sr. Dr. Magalhães Castro foi demasiado imprudente e todo os seus ramos, para a perfeição da educação publicr,
leviano cm lançar petulantemente tão affrontoso ilesatio á e promoção da nossa civilisação progressiva ; i5, em sumsia,
face do Dr. Saraiva ; porque tendo consciência de si, o dos para a creação de um perfeito estado de direito, e do erga-
meios que empregou, não ignorando que o seu udversario uisação social illustrada, sob os auspícios o de harmonia
tinha razão sobeia, brio, e energia bastante para ropelli-lo , com os princípios cardiaes e salutares do regimen represen-
devia abster-se de fazer-lhe insinuações dessa ordem; devia tativo que felizmente possuímos ; é para tão altos e nobres
fugir de manchar o seu caracter com allusõcs tão pérfidas e fins, senhores, que toda a administração que quizer bem
vilipendiosas. O Sr. Dr. Magalhães CRstro devia estar con- merecer do paiz devo fazer convergir e concentrar toda a
vencido de que não era possível ao Dr. Saraiva recuar nesta sua attenção, todo o esforço do sua actividade, todo o
discussão, e que o seu desatio havia do ter a competente empenho e valor de suas faculdades, e não intrometter-se
resposta na estacada em que desejou ver-nos eollocauos. e gastar-se em eleições para proteger afilhados, excluindo
Sr. presidente, tanto mais corria este rigoroso dever ú o mérito, o talento e as habilitações espeeiaes do um as -
deputaçãobahiana, quanto a despeito do luminoso parecer sento no parlamento.
da çommissão o nobre deputado que combateu a eleiçio Vou demonstrar ao nobre deputado que não c declamação
do Sr. Dr. Saraiva não fez mais do que repetir o que se fõfn, aérea e vãa tudo quanto tenho dito. Quem ouvisse
acha impresso n um folheto do Sr. I)r. Magalhães Castro, hontem o nobre deputado enunciar nesto recinto cem uma
apresentando razões que por nenhum modo poderáõ in- tal convicção e segurança, significando que teria até remor-
fluir 110 animo de quem quer que esteja desapaixonado na aos de vetar pela legalidade da eleição do Dr. Saraiva ; quem
eu não podia deixar do expor a ouvisse ao nobre deputado dizer que contrariava suas ineli-
questão. A' vista disto
minha convicção sobre a legitimidade da eleição do Sr. Dr. nações naturaes,que fazia esforços contra todas aa suas fa-
Saraiva, aasim como a certeza completa que tonhoda fal- culdades nifectivas que o impellião para validar a eleição do
sidade commettida pelo partido adverso que apoiou o Sr. Dr. Saraiva, tanta ora a sympathia qne lhe inspirava,
Sr. Dr. Magalhães Castro, e quo foi por elJe dirigido, como c a estima que lhe merecia, mas que era forçado por efíeito
demonstraria perante a camara. de suas convicções túmtnte, a votar em favor da eleição do
Eu, Sr. presidente, tenho razão para estranhar que o no- Sr. Dr. Magalhães Castro ; quem notasse que o nobre depu-
>ARATORIÀ 30 DE ABRIL.
DÉCIMA SESSÃO PREi EM
j-28 QUINTA

do Joazciro, onde se demorou,


talo achava sempre provadas toilas as allegações do
Dr. por esses termos, como pelo
Castro, até mesmo as actas falsas de suas e que, como todos sabem, lica na linha da estrada do Piauhy,
Jtagalhãe6
duplicatas, e nada provado pelo lado do Sr. Pr. Saraiva, de- onde chegAra a fama dos feitos de sua administração ; bas-
taria lembrar isso sómente para ficar demonstrado a todas
veiia estranhar e admirar-se sem duvida de um tal pro-
as luzes que o nome do Sr. Dr. Saraiva era por demais co*
nunciamento, de um tal juizo c apreciação; e isso tanto
nhecido e estimado em todo o 12° districto, onde tem ami-
mais qnanto o nobre deputado invocava então o concurso da
mais completa adhesão, não
camara para essa obra gfadiosa de regeneração social,
da gos dedicados que lhe prestão a
seus distinetos talentos,
condemnação das fraudes e violências, da corrupção e
da pela sua posição social, mas pelos
suas excellentes
immoralidade.... pelos seus relevantes serviços ao paiz, por
e merecedor da sym-
qualidades moraes, que o tornão digno
O Sr. Bezerra Cavalcanti :—Com tanta convicção como
pathia e estima geral...
o n^bre deputado.
O Sr. Saraiva: — Oh ! senhor....
O Sr. Fernandes i»a Cumi\ : — Perdòe-me . eu resjjeito O Sr Fejuiandes da Cunha : — Sou sincero; nao preciso de
o foro da consciência de cada um. Os nobres deputados po- fazer-lhe elogios, e revolto-me até contra toda a lisonja_e
dein qualificar a minha argumentação como quizerem, adulação. Tenho muita nobreza e elevação d'alma para não
não entro
^isto não meoíFtíiidem. Eu attendo só aos factos, degradar-me incensando ou lisongeando a qualquer em
«nas convicções de ninguém. Longedemím dizer que o 110-
quem não reconheça mérito. Digo francamente o que sinto;
bre deputado não sentia o que proclamara ; pelo contrario, e se não dou maior expansão aos meus sentimentos e opi-
collega e
faço justiça a todos, quanto mais ao meu nobre niões a seu respeito, ó que a presença do nobre deputado
semelhante lin-
amigo ; mas digo que era para maravilhar acanha-me, eeu temo muito passar por lisongeiro.
deputado, na questão \ertcnte,
guagemda parte do nobre Vamos & questão. Vou provar com as próprias cartas do
na pasta da eom-
em presença dos documentos existentes Sr. Dr. Magalhães Castro, que o Sr. Dr. Saraiva não é des-
missão. conhecido no 12° circulo; que, pelo contrario, era o Sr. Sa-
se expressando
Porém, senhores, o nobre deputado assim raiva o candidato legitimo, aquelle t^ue devia ser eleito por
seu apoio valioso ao
ante a camara, ante opaiz, negando o esse circulo, o que dispunha de mais força, o que reunia
commissão que examinou todos os papeis da maior somma de amigos e adhesões no 12° districto.
parecer da
o serio e fun-
respectiva eleição, devia por certo inspirar-nos Aqui está uma carta do Sr. Dr. Magalhães Castro:
com-
djdordceio de que essa sua opinião, como membro da « Saraiva.—Estimo que continues bom e feliz, etc.OTaques
missão, influísse grandemente não só no espirito da camara, tem mandado dizer, não a mim, que o Martins lhe apresenta
o rigoroso
omo na consciência publica; e então corria-nos candidato pela Jacobina, e que já tem disposto o ataque,
discussão
dever de aceitar a luva, e de entrarmos em uma empregando os meios do costume. Creio que tanto direito
do 12»
detalhada, ampla e desenvolvida Acerca da eleição tem elle como V. a ser candidato por ali, se V. não o tem
em poucas
circulo da província da Bahia. L. o que vou fazer mais natural. Faz V. muito bem ; e que importa que tres
não desejo fatigar a camara.
palavras, porque
con-
sejão os candidatos por ali'?—Que tal o meu parente?—
Tenho aqui presente o parecer da commissão, cujas Continúo firme no que lhe disse aqui; tudo farei para vê-lo
clusões são as seguintes. (Lè.) na camara, porque sou seu amigo de coração.—Magalhães.
humanamente lallando,
Senhores, eu acho impossível, « P. S. Não tenho segredos, pôde V. conversar livremente
ante a lógica e ante o exame acurado dos documentos que com o Dr. Taques. >
em favor
forão presentes á commissão, que se deixe de votar Tomem nota, senhores, tanto direito tem o Dr. Taques
são da
de todas as conclusões deste parecer, porque ellas como tem o Dr. Saraiva, diz o Sr. Dr. Mígalliães Castro
assim como
mais rigorosa justiça e procedencia jurídica, nesta sua carta.
são também da mais severa imparcialidade.
O Sa. Bkzerra Cavalcanti : — A quem é dirigida?
Di'*0 mais que ellas envolvem até toda a concessão que
Magalhães
»e po^ia fazer sem desdouro á causa do Sr. Dr. O Sr. Fernandes da Cunha:—Ao Sr. Dr. Saraiva. V.
Castro. (Apoiado*-) Ex. pôde verificar ; aqui tem a carta. Eu não minto ao
do Sr. Dr.
O Sr. Dr. Magalhães Castro disse que o nome paiz, o que eu disser na tribuna é uma realidade, é uma
sua can-
Saraiva não era conhecido no 12° circulo; que a verdade. (Apoiados.)
didatura não era legitima e natural; e que só elle fundado O Sr. Dr. Saraiva é certamente o candidato legitimo do
nas suas prover biaes tradições de probidade (segundo diz a 12° circulo; mas eu não quero que o meu testemunho sirva
nada»), não podia deixar, por ter sido juiz da
gazeta) O para cousa alguma nesta questão. Filho do 12° circulo,
comarca de Jacobina, de ter sido eleito pelo 12» circulo; aonde tenho família (apoiados), família que tem sido vota-
do Sr. Dr. Saraiva não podia entrar da de certos annos para cft ao ostracismo, tondo^ aliás ali
que o nome, portanto,
em competencia com o de S. S. Isto escreveu o Sr Dr. Ma- sempre influido beneficamente desde o meu 3° avô até meu
da capital da Bahia, e nas desta tio materno Antonio Joaquim da Costa, ultimo dos capitães
gnlhães Castro nas folhas
corte. Tem lallado nisto exliuberantemente, tem a£é enjoa- móres da comarca, posto que sempre esteve na rainha fami-
do ao paiz com tão' filauciosa presumpção, com tão fatua lia desde então, o penúltimo commandánte superior da
vaidade e vangloriosa opinião que faz de si, com a qual se mesma para que tem a precisa independência,^ coragem
desvanece no seu louco orgulho. civica e necessária moralidade e elevação para não se man-
O nome do Sr. Dr. Saraiva desconhecido no 12° circulo ?! cliar no critue, o para, não se prestar a tricas^ eleitoraes o
Rixum leneatis?... O nome do Sr. Dr. Saraiva, distineto no a instrumunto do governo, tendo aliás ali influido legitima-
paiz por tres presidências gloriosas
ern differentes provin- mente por espaço de mais de 15 annos, depois que houverão
«ias do império (apoiado#), distineto no parlamento pelas exu- eleições no império....
talentos, renlçados ainda
berantea provas de seus brilhantes O Sr. Paranagu.4 : —Apoiado.
mais pela rigidez e integridade de seu caracter franco e air-
O Sr. Bezerra Cavalcanti : — Alii foi o Sr. Dr. Maga-
dependente tantas vezes provado, e sobretudo quando teve
lhães Castro muito votado.
a coragem civica de demittir-se de uma presidencia impor-
tante para poder votar no outro dia, apezar de solicitado, O Sr. Fernandes da Cunha:— Eu explicarei. Não quero
contra uma lei proposta por um ministro omnipotente acos- servir-me do meu testemunho para dizer que o Sr. Dr. Sa-
tumadoaviuo soflfrer resistências, e que delia laria questão raiva era o candidato legitimo daquelle circulo ; quero o
de gabinete, por entender que essa lei não era aceita pelo testemunho das influencias reaes de todo o districto.
não convinha i\.> liberdades publicas ; o Sr. Dr. Sa- Aqui está outra carta escripta a 4 de No\embio ao Sr.
paiz, ou
raiva não podia sor desconhecido no 12° districto eleitoral Dr. Saraiva, quando elle se achava na capital da Bahia.
da «ma província natal. (Apoiados geraes.)
O Sr. Bezerra Cavalcanti : — De onde é esta ?
Mas quando nada disto servisse para t »rnar conhecido
tão distineto cidadão ; quando mesmo se suppuzcsse
o 12® O Sr. Fernandes da Cunüi . — E* da freguczia^velha, col-
districto no mais completo atrazo e perfeita ignoraneia, l^gio da Villa Nova da Rainha ; è de uma das influencias
bastaria considerar, senhores, que o Sr. Dr. Saraiva, que desse lugar :
foi promotor publico da comarca de Jacobina, foi juiz mu- < Permitta-me V. Ex. dar-lhe os parabéns do bom resul-
nicipal e de orphãos dos termos reunidos de Villa Velha da tado, pois julgo ser um infaUivel que seja o nosso deputado.
Jacobina e Villa Nova da Itainha, dous dos collegios do 12° Suas immoralidades houverão nesta parte ; deixei de com-
districto, p«r mais de tres annos; bastaria recordarque, munica-laB por já o terem feito a V. Ex, os nossos amigos.
do Piauhy passou não só Agora só esperamos o bom resultado a bem dos habitantes
quando marchou para presidente

I
DÉCIMA QUINTA SESSÃO PllEPAItATOIUA EM 30 DE ABRIL. 1*29

bus- império não se fizesso uma tão conforme com a constitui-


pacíficos desta nossa terra, o que podemos esperar sem
— Antonio Pereira, Guima- ção e a lei como a de Villa-Nova, e não houve maia de uma,
peita alguma. De V. Ex., etc.
ràes. > porém pessoas do lado do padre dizem que o Dr. Castro
Esto honrado cidadão, que é tenente-coronel, e parente do aconselhou ao fizesse uma outra duplicata ,
padre quo
tenente-coronel José Pereira Maia, e da família mais influ- e que ello voltaria no dia 20 do Joazeiro
para tratarem dbso,
ente daquella freguezia, onde o partido do padre Severo e agora mesm i sou informado de que estão trabalhando
de 600 votos, ou mais ; nsso, sendo os mesarios capangas ou sequazes do mesmo
perdeu a eleição por uma differença
este honrado cidadão 2 dias depois da eleição primaria iadre, que as pessoas mais conceituadas não se
quizerão
escreve m> l)r. Saraiva dizendo que Avista do resultado da prestar a isso.
eleição, tinto n'uma, como em outra freguezia do município « Na freguezia das Queimadas também honr r"ío 2
de Villa tfcv;i. não era possível deixar de ser elle l)r. Saraiva ções, et'-., pelo que convém que mo esclareça como r> ooll;r:«>
o escolhido pelo circulo para seu deputado. se devo porta' com estas patifarias; se a freguezia Voiha
Aqui está uma outra carta do digno commandante su- com «sta do Senhor do HomMin do Villa Nova
pôde formar o
nacional da Villn Nova, influencia loei ¦ colli-gio. rejeitnu lii essa acta falsa do
padre, e tomar rm
perior da guarda
tima e real daquelle termo, e que diz o seguinte ao Sr. Dr. «•¦parado ti» 2 eleições das Queimadas. Convém
portanto
Saraiva, que se achava na capital da província, quandoja o que a este respeito nos d»"* minuciosos esclarecimentos. O
Dr. Magalhães, Castro se achava no districto eleitoral, c Dr. Castro tem sido pródigo em promessas, como
j:\ devo
a pedir votos. saber, emlim tem derramado lagrimas e pene *-v>. execução
percorria todo o circulo
tudo quanto pôde lazer a xnendiciuade : nós, pon ,n, estamos
O Sr. Saraiva : — E' ocliefe do partido que \enceu na
dispostos a zombarmos da piedade nesta occasiSo. Convém,
eleição.
portanto, que me diga se elle deve ou não ser o suppiente
O Sr. Fkrihandes d» Cimii (lendo):—€ Meu amigo Sr. I)r. do circulo, e se este collegio dando-lhe 40 votos pôde
pre-
Saraiva.—Vou primeiro que tuio contar-lhe o rMultado da»
judicar a sua candidatura, etc., etc. Talo, meu amigo,
eleições desta freguezia, freguezia Velha, e Queimadas. a 6ua influencia, que todos querem disputar a palma da
Aqui forão feitas as eleições com toda a ordem, e disputa- victoria; portanto, dc^ame trariquillo; tão bem estivesse o
das á boca da urna, sem alteração alguma, nem motivo de meu amigo pelos outros collegios, ctc. Villa Nova, 18
nullidade, sendo todos os eleitores de nosso lado, sendo eu de Novembro de 185G.—Seu anifgo e obrigado. José Pe-
o mais votado com 677 votos, e o .mais votado da chapa do reira Maia. >
ficando o padre 12° sup- Para defender a legitimidade da candidatura do Dr. -'a-
padre com 226 (differença de 451),'
fizemos os supplentes porque
plente com 217 votos, e não raiva basta-me ler documentos, sem precisar nem mesmo
bem a nossa chapa. Emtim, houve boa
quizemos assegurar de raciocinar ou commcnta-los.
ordem, e forão bem feitas as eleições, sendo os 4 mesarios
e com O Sr. Bkzkrrí Ca* h.cami: :—Com cartas de amigos, de
todas do lado do padre, todos os eleitores e sup-
certo.
plentes assignárão a acta da formação da mesa, etc.
Consta-me agora que elle» liontcm fizerão uma duplica- O Sr. Fernandes i>\ Ci nhv :—Mas com cartas de amigjs
ta, cousa irrisória, e outros dizem que a querem fazer que fizerão a eleição primaria em todas as freguezia», que
não podião nem haviSo de dar votos a seus
quando o Dr. Magalhães Castro voltar do Joazeiro, pois inimigos,
ftquclle
hoje daqui sahio. Emfim, o Castro parece-me que anda que se apoiava o protegia ao padre Severo, sob per a
de insensatez ou suicídio; cartns de amigos
Jazendo cousas de menino, ou de quem não precisa do votos, que são incon-
testavelmentc as influencias legitimas o honestas do mr.ni-
porque quando aqui esteve era só conversando com o presi-
«lente e seu* satélites, sabendo elle que eu e os meus amigos cipio do Villa Nova, os representantes do grande partido
somos os que fazemos o que elle quer pretender. Kmtim, que ali conta contra sí o padre Severo, o qual incoireu na
sobre eleições, duplicatas de Castros e padres, nada me faz execração geral pelo predomínio e prepotência que ali erer •
temer. etc. Pôde estar certo que só V. S. ó o candidato para ceu de larfi-9 auims. Não são portanto cartas oíliciaes, do-
deput&d i geral, e jàmais outro pôde conseguir o contrario, cum nitos gratuitos, sem relevância alguma, são cartas do*
homens mais importantes do termo, dns influencias eleito-
porquan to .a quclle que foi meu amigo não ha de sacrificar-
raes qu? dominfm a situação,
me, visto que minha palavra ó uma só, e só Deos a poderá que vencerão a ultima eleição,
e que nssegurao ao Dr. Saraiva
contrariar.OCastro foi portador de um chuveiro de cartas do que elle havia de ser infalli-
vários cortezios, etc. Conte comigo, assim como conto com velmeuto deputado do circulo. Note a camara o t m, a
V. S., de quem sou amigo, etc.-—Antonio da Silva Duarte.— adhesâo, n, naturalidade e espontaneidade de todos e-^es
S. C. 11 de Novembro de 1856. > documentos! Aqui não ha nada de imposição, ha sómer.te a
O Sr. I)r. Magalhães Castro assistia á eleição primaria da consoioncia publica, a estima e sympathia
geral, a maniitef-
Villa Nova, quando o Sr. Dr. Saraiva ôstava ainda na cida- tação da adhesão e dedicação de todo o cireulo em «'a
prol
de da Bahia. Entretanto as influencias do circulo jA llie da- candidatura do Dr. Saraiva.
vão os parabéns pelo seu triumjjuo, e afiaaçavão-lhe debaixo Este honrado cidadão tem no Tri)>i«t«rio pessoa
que pid*
de de honra, com a firmeza a mais inaltalavel e a dizer quem é o Sr. José Pereira Maia ...
palavra "o
maisacrisolada dedicação,que só Deos os poderia fazer faltar O Sr. Saruta : — Ninguém sabe melhor disto tn b
á sua palavra e fé proraettida.
que o Sr. Wanderley.
O Sr. Saraiva :—Elle que diga se esse homem e seus ami- 0 Sr. lltZEiRA Ca* auanti : —Isto i que é catilinaria.
gos protegendo a minha candidatura deixarião de votar em
mim. O Sr. Fernandes iu CivviivCatilinaria, Sr. dèpit-
tado? catilinaria ! V. Ex. esfcft se prestando a defender M-na
O Sr. Fernandçs da Cunha : — Apoiadissimo ; o Sr. co-
causa má, injusta, reprovada; nno sabe da situação do oir-
ronel Silva Duarte, oom os Srs. Maias, Guimarães t- seu»
culo como nós, que somos t stemunhas oculares.
axnigb*. apoiando a candidatura do Sr. Dr. Saraiva, era um
O Sn. Bezeurí Cavalcanti : E p>r isso entru.» apui.: >
impossível que ella deixasse «Io triumphar em Villa Nova.
nados na questão.
O Sr. F .rmva : —E' bm dos homens mais honestos da
-Ia liahía ; pôde »e dizer O Sn. Fernandes da CiíN«a Apaixonados porquo, w-
província que a minha candidatura
-uestidadè. nhores? Se sabe alguma cov :i a meu respoito, diga-o; di|j;.i-o
represe u i
o Sr. Castro, diga-o o Sr. miiiistro do império ; dosa o a to-
O Sr. !• ivf.N\m»i s C: miv : — Apoiado. Aqui 'temos mais
dos. Não tenho a menor oíí a do Sr. Castro ; mal oco-
uma carta d > Sr. José Pereira Mala. outra influencia le- nheço; poque havia então de votar-ihe de aílciçào ou odio ?
ao padre Severo e a outro qualquer "Não
gitima, e desafio que laço mais do que dt:;cr a verdade, do uue exprimir o sen-
o derroto nas eleições de Villa Nova, unido cora o coronel
timent - o opiniãot'^circulo, ouc pela grande maioria
Duarte e mais amidos quo o combaterão ua ultima eleição: do «eus ee.'itorcs me foi rii^rafc&iacLa e:o carus que pos.->ao,
< Meu amigo* Sr. Dr. Saraiva. Hoatem i\ noite recebi .sua o pelo quo eu mesmo proscuoiei quando lá estivo. Assim,
carta, dando-me parte de sua chegada a esta comarca na :ra que c como ai outras cartas que tc;:.vD
pois, ve a caiu
retaguarda do Dr. Castro. V. S. c^tá ainda na retaguarda, lido não :• iodo Uoixu s apaixonados*
e nós já estamos pela frente. Comquanto sua chegada
O Sr. Bezi rh CivU-CAíTi:— E zombão de
alegrado a seus amigos p r termo-lo perto de nós, todavia que p*:-
d idos.
cm parto causou certo esfriamento como se o meu amigo mio
- r? v : —
confiasse muito na palavra e dedicação de aeus amigos, etc. O Sr. Fernajrks Ç> Zombao dos pedidos, d;*.s
A eleição aqui correu regularmente; talvez que em todo o rogativás, das supplicas, das lagrimas do Sr. Dr. Mngalhãei

TOMO I. 17
130 DÉCIMA QLLYfA SESSÃO PREPARATÓRIA EM 30 DE ABRIL.

Castro, sim, senhor; c fazião muito bem, estavão ne seu < Illm. Sr. - Ein 14 do Outubro,
partindo para e9se lugar
direito. meu cunhado o Sr. Dr. José Antonio de Magalhães Castro,
Ora agora peço a attenção da camara para estas duas tomo a liberdade de recommenda-lo a V. S. com o maior
íartinha» que são ministeriaes : empenho. Faço-o confiando muito cm sua bondade, e
pelas
< líio, «m 14 de Outubro. (E' do Sr. ministro do império noticias que pelo mesmo meu cunhado tenho de suas excel-
T.uiz Pedreira <lo Couto Ferra?.) — Illm. Sr. — Meu cunha- lentes
qualidades. (Nem conhece o sujeito a quem a dirige.)
áo o Dr. Jopó Antonio do Magalhães Castro vai a esse lugar Além disto a
posição de parentesco, e a intimidade em que
pleitear a sua eleição; estimado na Jacobina, onde j.'i foi vivo com este senhor, á
quem prezo e estimo como a mo»
juiz de direito, não deixai.'i V. S. de o conhecer e do apre- irmão, tira da minha recommendaeão toda a idóa de inter-
ciar o merecimento. E pois não levará a mal venção política, e de caracter ministerial. Faço-o,
que lhe escreva pois, sem
rogando-lhe que por si e por seus amigos o hesitação. Como tal S. S. a receberá, e confio
proteja e se que tnri, tud»
interesse para que elle não faça tão longa viagem sem re- uanto puder e
quanto depender de seus justos esforços, «
Mílfcado. Meu cunhado e meu especial amigo vai elle mesmo os dos seus amigos, a bem do dito senhor. Acredite
que me
pedir os votos dós eleitores desse districto, e pôde V. S. confessarei sempre
grato, assignaudo-me com muito praser.
contar coin a minha eterna indo meu De V. S. attento venerador e criado.—Luiz Pedreira
gratidão, porque do
«unhado a esse collegio não V. S. lizer Couto Ferraz. >
poderei ignorar o que
per elle.... > Senhores, eis-aqui uma carta de mestre, habilmente es-
cripta com todo o
O S*. Fiesa : — Qual é a lei que proliibe que um ministro gcito e arte. Vede aqui um ministre
infringindo claramente o seu dever, faltando á confiança
d* uma carta de recommendaçãoM seu cunhado ?
da corôa, e ferindo.o regimen representativo,
O Sr. Fernandes da Cunda : — Sinto profundamente não que subtil-
mente quer escapar a condemnaçâo da consciência
o opi-
p»ier já aqui abrir um parenthesis para responder cabal- mac publica, envolvendo-se nas dobras da sua chicana
atente ao aparte do nobre deputado.... ministerial, da sua arguciosa distineção metaphysica
en-
O Sn. Fii;sa : — O mesmo Sr. ministro do império de- tre o ministro que influe a favor de
qualquer candidato, e 9
•íarou aqui que havia de ter na eleição uma intervenção que sAo faz em pró de um sen Senhores, isto t
parente....
debita, e esta teve-a em favor do seu cunhado. machiavelismo,é politica tenebrosa....

O Sn. Fernandes da Cerra* : - Não desviemos aattenção O Sr. Fusa : — Como machiavelismo?
ü camara com este incidente. Se Deos me permittir toma- O Sr Fernandes da Ctrftov : — Pois não é, nesta carta
rei a palavra na discussão do voto de graças, e então terei não fallou um discípulo de Wachiavel ? Eu
quero um mi-
de discutir com os Srs. ministros, se me derem a honra, nistro franco c sinceio, muito embora violento ou compres-
esta questão de direito publico ; pretendo que não esteja- sor ¦, prefiro um minisiro assim, com a coragem e leaídad#
mos sempre a enganar, a mystificar o páiz (apoiados); pre-
precisas para descobrir-se em todos os seus actos, e pedir
tendo que desta camara se assentem de uma vez, e se fir-
para elles absolviçãoou condemnaçâo, poróm sempre obrand»
mera solidamente para sempre os verdadeiros princípios que
pelo influxo da própria convicção, e expressando-se com
devem reger questões desta ordem, que têm muita nifluen- sinceridade e franqueza, do
que esses caracteres fraoos «
cia no estado social, na direcção da política do paiz, porque esses espíritos liypocritaa e jesuítas, essas
pusilânimes,
entendem fundamentalmente com a organi-ação do poaer serpes venenosas ferem e matão, e depois de
que produzido
legislativo : pretendo que distingamos, e discriminemos o o_mal encolhem-se nas
próprias roscas, e surpeaudo arras-
auc é influenci# legitima c illogitima; o que f. intervenção tão-s» e afastão- se do caminho, escondendo-se dos botes da
debita e indébita ; se o governo devo intervir como opinião vietima a
quem ataeíirão ou morderão. Contra semelhante»
ou como podei ; se o executivo pôde constituir o legislativo; caracteres é que me conspiro....
que sane daqui, quaes são as conseqüências dessa int r-
O Sr. Fius.a O ministro não ha do negar essas car-
Tenção, etc. Teremos de entrar nessa discussão, Sr. Dr.
tas na camara.
Fiusa
O Sr. Fernandes d\ Cunha : — Não ó disso
OS. Fins» : — Para que então trouxe agora essa? cartas? que se trata.
Alludo ao machiavelismo com
que o Sr. ministro do impe-
OS*. Ferhandes da Cenha:— Ora, para que?!... Não rio tendo consciência de transgredia o seu dever
que
attinge ? Pois i visível o hm. Dcixemo-nos de estabelecer e fnlseava o systema representativo, infracção tanto
«Bta. circumvallação e excepção entre o ministro o o parente, mais aggravante quanto se tratava de executar ficlment»
«titre o ministro o o cunhado candidato do circulo : <5 uma o novo regimen eleitoral, se dizia c
que a corôa o pensava,
metaphysica que nunca aprendi.... assegurava amplamente a expressão sincera e livre do voto

U« Sr. Deputado dii um aparte. nacional; o Sr. ministro, era o primeiro a ingringi lo,
que
procurava disfarçar, encobrir o jou delicto, mysti6car
O Sh. Saraiva :—Mas elle não conhecia ninguém no áquelles a quem escrevia, por meio do uma metaphysica
«ireulo. subtil c transcendente, de que não havia tal in(raeção, #
O Sn. Fins» : — Nessa occasião hei de mostrar que sempro havia uma excepção da doutrina a favor do
que todo
ministro que tem interesso pela direcção do
paiz, deve parente e do amigo.
tom ar <parte debita na eleição. Havemos discutir isso.' I^rcce, Sr. presidente, que sem precisar dc dizer mais
nada, e prescindindoda leitura de muitas outras cartas
O Sr. Fernandes da Cunda : — Quando que
quizer, com mui- aqui estão, tenho legitimado a eleição do Sr. Dr. Saraiva, e
U» go.-to, o então veremos em que consisto a tal interferen-
mostrado que foi eleito unanimemente, sem disc cpaucla
cia debita.
por todas as influencias legitimas e beneficas, por todos òs
(CoiWiimanio a ler) :<.... o que V. S. fizer por elle; Não homens de ordem, dc moralidade, e de
agora occasião prestigio do 12®'dis-
própria de fazer a V. S. os meus offereci- tricto.
nieutos, devendo V. S. ficar certo de
que penhorar-mo-hs, o
muitos desta còrte O Sr. Saraiva : — Eu dei 27 Votos
que se interessão por meu cunhado. ao Sr. Magalhães Cas-
Gom muito tro na Velha,
particular consideiação não hesito assignar-me. yilla pòrquc não queria desgostai um meu
De V. S., amigo attento e obrigadisBimo criado. » (Asti- compadre e amigo.
fn&tura.) O Sr. Fernandes da Cunha : — A
Não será isto suborno? Não merece as propósito deste aparto,
penas da lei? tenho aqui uma carta
que demonstra o facto, e é do Sr. te-
Quem reais te a um ministro que pede e supplica com tanta nente-coronel Guilhermino Soares da Rocha , irmão d#
instancia, afiançando sua eterna e
gratidão , que saberá re- commandante superior
Quintino Sonres da Bocha, e naren-
muncrar com generosidade ministerial tão relevante servi-
te das principaes influencias do município de Villa Vtllia da
ÇO?... Não vai aqui trausacção e corrupção de cima para •Tacobina. Ep vou
lê-la.
baixo, principalmente se a carta foi escripta a algum suoor-
' Exm. amigo e compadre Sr. Dr. Saraiva.—Aqui chegou
dinado, a algum empregado magistrado ou official o Magalhães, e o resultado doJoazeiro 6 o seguinto:—Maga-
publico,
4a guarda nacional, e principalmente
quando se sabe que lhães Castro, 44; Saraiva, 28; Sampaio, 9; Cunha, 8;
João
o Sr. ministro não tem amigos ou relações naquelle districto
Victor, 8; Jaime, 7; etc.—A' vista,
pois, disto, fui eu* o as-
para a sim se dirigir a alguém ?... sassinode V. S. 1... lamenta-se
Senhores, (Aqui de ter para isso con-
tenho aqui muitas dessas cartas; não lerei corrido, e arrepende-se de o haver feito, dizendo
toaas; mas peço licença á camara que devia
para ler ainda mais até retirar-se da
Mta : politica). O Nunes deu carta ao Castro (í
o tenente-coronel Nunes do Freitas) de não ter ido á elei-
'AUAT01UA .",0 DE
DÉCIMA SESSÃO PRh EM ABRIL. Í31
QUINTA

em Fo • assuniDto, apresentaádo-me candidato. Fui. é verdade,


$ão (entretanto figura-se que essa carta foi escripta 'por
vcreiro deste anno); e querendo o Castro mostrar-me docu consultado meu tio o desembargador Joaquim Jesó
mentoe de Villa-Nova, eu neguei-me a vê-los; com. a vista Ribeiro de Magalhães, e por alguns amigos mais, se me
melhor conversaremos.—Já se me agitH o corno de agonias, apresentaria ou não candidato por ali; e neste seutido, para
só lembrando-me se foi annullado o collegio de V illa-Nova. acautelar eventualidades, o referido meu tio cVirigio-se a
—Amigo e compadre, Guilhermino.» diversas influencias dos municípios vizinhos que se julgava
entrarifio provavelmente na composição do 12° aistrieto
O Sr. Saraiva : — Mostra-se arrependido dc tor dado
eleitoral de minha O mesmo m«u amigo, com-
esses 26 voto». provincia.
mandante superior uc Villa-Nova, Silva Duarte, consultou
— se não fosse a bondade
O Sr. Fernandes i>« Cunha : me se eit queria ou não apresentar-me
por ali ; e tive a
Sr. Dr.
desse cidadão, e a condescendência do Dr. Sarniva. o honra do receber antes da apresentação do Dr. Saraiva, de
Magalhães Castro não teria um só voto nos eollegios da outros amigos cidadãos pn-stantes do eiroulo, o ofiereci-
Jacobina Ma» para consegui-lo que fez'! Foi hospedar-se manto de «eu apoio o coadjnvnção ã minha candidatura,
•a casa de uma respeitável senhora, mãi e paronta de todas que me habilitarião também a solicitar a honra da repre-
as influencias do circulo , invocou todas as suas antigas re- sentação diiquclle circulo...
lações apresentou swas cartas e recomraandações da côrte :
O Sn. Simu v:—E oceupaiia o lugar melhor do
que eu.
rogou, «upplieou, chorou, agarrou-se com crianças, e até
eom imagens do Christo ! ... (Riso.) Estes factos são reaea,
O Sr. Fi.rnvsdes iia Ci.vm Não apoiado. Não
queira
• devem ser conhecidos pelo paiz. Entretanto o Sr. l)r. Ma- nobre deputado confundir-me com tanta modéstia e ge-
Saraiva não «ataria
Halhies Castro ousa dizer que ol)r. nerosidade. A todos agradeci; mas recusei, lembrando ao
«leito se não fosse a «cta que ellediz falsa de Villa Nova ! ...
mesmo tempo que Hão noderião achar mais digno represen-
A' vista de tantas instâncias, o tenente-coronel Soares da
taute do que no nobre deputado que tão diatinctaihente hon-
Rocha e 03 seus parentes forão pedir no Sr. Dr. Saraiva, que
ra a nobre e feliz escolha do 12° districto. Ninguém fullava
t compadre do primeiro,que lhes permitisse votar 110 Sr. Dr,
entílo no Sr. Dr. Magalhães Custro. No .Joazeiro, a uma s6
Magalhães Castro. O Sr.'Sr. Dr. «Saraiva foi generoso e ca- voz todos adoptaváo a candidatura do Dr. Saraiva até a mi-
falheiro ; consentió que assim se fizesse, e se dessem votos nha sabida ; o depois delia, a despeito do Dr. Saraiva lá não
sl seu adversado ; tão seguro estava do seu incontestável ir, e de abi ter estado o Dr. Magalhães Castro, apenas pode
do Sr. Dr.
triumoho 1 Quem assim procedeu tinha medo e*tc obter 3 votos dos eleitores do Joazeiro, é o Dr. Saraiva 9.
Magalhães Castro 1 Tinha receio de ser por elle derrotado ? Em Bom-Jesu6 ti verão ambos 18 ; só em Sento-Sri é que o
Antes da eleição fui ao Joazeiro a visitar minha mãi, que Dr. Saraiva teve um só voto, e triumphou o Dr. Castro, e
se achava céga, dc quem estava eu separado havia 5 annos, no Curral dos Bois, cujos «'leitores se apresentarão de 80
e que eu desejava não descesse ao tumulo sem abençoarmeus léguas no collcgio vaquejados como bois. Mas que meios
flliios (com aenaibiltáadc). Fiz o sacrilicio de levar comigo
para isso se empregarão .' E' uma historia longa e verganho-
minha senhora, nascida na capital, que nunca havia viaja- sa ; é a mesma do Villa-Nova o Villa Velha, e in;** omitto
do, com meus filhos ainda tenros, e tivembs de fazer uma
'numa não tenho de ofíerecer contestação á vaVikWc do Clv-
porque
jornada incominoda de cem léguas, estação chuvosa,
legio do Joazeiro.
por péssimos caminhos....
. Sendo aqucllo o Um da minha vi^^g», regressei á cr.
' pitai
O Sr. Bezerra Cavalcanti dá um aparte, era Setembro, com toda
^*,nnha família» e vim apresentar-
O Sr. Fernandes d« Cunha : — O nobre deputado não ri | mo candidato ua ^OqJ^uIo, onde sahi eleito a despeito
por
capaz de me ridicularisar. (Apoiados.) Sje tjhq pójsoreprimir : dü perseguição tenaz do Sr. leinistro da fazenda. .Tá
qua Sn-
neste momento as emoções da ;flinl,a alma, Uft «Bpontmm cidentemento toquei no 1° eireulo
j de iíiÍT1'11 orOVÍUCií, r;"
jnstinctivQ eíTusi'o do coração, ri tóítte-mô 3 camarrt oue do alto da tribuna, aproveitarão •>
que não tenho alma de j
ou coração do mármore Não ensejo favoravel, dirija no nobre e independente corpo ele;-
gelo, preciso de lagrimas e
pranto para defender a causa justa do meu amigo contra as toral do 1° districto Fa capitai-la minha
jyovincia um v«mo
solemnc de
revoltantes falsidades do Sr. Dr. Magalhães Castro.
j pr- fundo ree nlirr imento pela assignalada lio;--
ra com que me laure-m,
O Sr. Bezerra Cavalcanti : — O que digo ri em louvor pref«rindo-me, s6 por mera liei -
dos seus sentimentos. | volencia e generosidade, a mim o mais obscuro ehumildo,
sem mérito nem titulo (nfln a/miiidos) si tantos rornes di>-
O Sr. Fernandes da Comi a :—Obrigado, não o entendi tinetos que eomlg^ c uicorrerâo, eque
já havião servido no
assim. Ro trouxe esse breve episódio me com moveu, se neste mesmo honroso cnc.< «*go, commettendo-me a
que j paiz
remontei-umo um pouco mais, não ri todavia < arflua tnÍMão de
pportuno profli^ar a jxditicH ruiuosa e corrutora do
ou deslocado ò facto a que aHíido, nem inut.il a c< nolusão a actual ministério,
'chegar porque miilha elei«, o, senhores, signí-
pretendo Queria provar ao nobre deputada, e i lica altamente opposiçn» frnnen e decidida á actual ordem
3ucar A camara a razão como pu<le ser testemunha ocular de decousa ; espero em De's reàlisnr com toda a romctcnci:.
« x minar e apre ¦ ecoai
parle dos oeontecimentos, como pud* quaut
s forças
poder esse gr tio e espinhoso dever.
ciar por mim mesmo a, situação do circulo c as disposições TiiUB, voltando á di < us.-u'> da xdeiçlo d(> 12° di* tricto, r<
^
«pensamento das diversas influencias cleitoraes d < mesmo; Sr. Dr. Magalhãe*. ('astro não contest.i a validade
do cn!-
queria informar íi catnara uue estive no tlieatro dos acon- legio eleitora do I azeiró,.<joropósto das fíegoezias
do$en-
tecimentos atri ás «leições ileSotembro, que estive no Joa to-Sí, .J-.az.-iro, Bom Ji- iis do Capim-Grosso, c
Santo An-
zeiro por espaço de seis mezes, onde
pude sondar o estado touio da Gloria do Curral tlns líuis.
<!{) Sen to-Sé o Bom-Jo us, distante cada umi do.stas villas O Sr. Dr. Magalhães Castro foi alii bem aucccdldo,
üa
20 legues d;> Joazeiro,comarca do meu nascimento, umjo anseneia doDr. Saraiva, o > manejos habiliBRimos
>ei graças «o
tenho família e amigos . queria mostrar c promc isns
que j por que < mmt gou, garantidas pela palavra e pelas
Villa-Nova e Queima-la.. ; o tempoim que i-o apuíava ajuda cartas de ueu cunha !•> ministro, e de bem
j padrinhos enrte-
a eleição municipal, e ahi e stive com as diversa - inlluen-
, zãos. 0 Sr. Dr. Mnjjílliào» Castrp nãodes.-ju que-se conheça
cias do ciivulo, meu* amigo-., na casa doci-mmandafite su- elle í". z
j
quanto protr)etteudo < m nome do ministério postos
perior Silva Duarte ; portanto,que estava habilitado a da r .'v IQ com mandante superior, de truenio-coronel, nomeação de
camara; s informações mais minuciosas e circumstauciadas direito, comm<:iidii <, habit c'.e..ete. No municipio
juiz de
do estado o disposição dos espiiito» do 12° oirculo de minha do Jcu /.elro h uve uma levollu contra' manejos do Sr. Dr.
provincia. Magalh.ies Castr . pontue todos se decluravão
do miixisterio vio^na minha viagem pt'la candi-
Alguém (outra razão datura doSr.^Dr. Síirsiv.i, e antes da eleição muitos lhe
trouxe aquellc cpuo-lio dc família, dc outra sorte tiuhão participado que seria unauimemento eleito.
porque que
ceria estranlio c singul .r) um p. aso significativo O Sr. Saraiva
par Dr tão seguro i stavli disto,
para que indo da
apresentar-me candidata por aquelle circulo, e logo man- capital ao 12° districto não chegou ao «Joa/eiro min foi si
dou-se-me guerrear coiào se havia já feito, mas debalde, na Bom Jesus, ou Sento-Só, freguezia do collegio do Joazeiro ;
ultima eleição provincial, c como se fez a todo o transe na entretanto .o Sr. Dr- Magsúhâei» Castro
verdade, porém, ri para obter ali 44
geral pelo l°circuloda capital. A que essa votos agarrou-se com todas as influencia*, empenhou-se
não foi a minha intenção, e que a causa real e verdadeira com as senhoras, chorou o supplicou.... Todos esses meios
da minha fingem foi a referi, uma visita do fa-
que acima não lhe derío a maioria no circulo, yi.^to
que, a despeito das
milfi, dictada motivos de amor tilial;
por aquelles sagrados duplicatas, não obteve um Bôvoto no collcgio de Villa-Nova,
tanto assim que não escrevi antes, nem depois de lá estar, com[H>r4o do 70 eleitores.
uma ari cartn
para nenhum ponto do ciiculo tratando deste Em conseqüência
quiz fazer acreditar que naqueile ool

/
132 DÉCIMA SÇSSAO !T\EP TRATOU IA. EM 30 DE ABRIL.
QUINTA

legio ti:ilu.0 havido irregularidades, que o Sr. Dr. Saraiva r.essc ao menos um esforço
para apresentar .c:- ,uor una
não fôra eleito legitimamente; e que *o nfio fowe n h>' -r- simulacro de
prova des<as arguíçoes?...
'«*is
que o
venção do honrado juiz municipal de Jcieobina, oDr. Sr. Dr. Magalhães Castra não
pu lesse obter, u m desse
Antonio da Rocha Vianna, não teria elle a honra d.- um celebre Xaziauzeno, nem do Severo, nem do secreta-
padre
rio da cattínrn municipal, ou uViutuh' de
assento no parlamento. quaesquer capnuga^
Ei» a razão porque me levanto, senhores, paia punir, para ou apaniguados do
partido que o .ipôinvy, algum documen-
estigmatisar essa coragem de nova especie, essa impnvidez toquo
provasse csasis violências?
inqualificável com que o Sr. Dr. MngühSes Castro desH- Para mim isto é vNivel, senhores; não carece dc analyse.
"par-
os Cactos e pretende convencer de falsa e de Pois urna mesa
oura todos que é composta de quatro membros do
ülegitima a eleição do honrado Sr. Dr. Saraiva. tido do Severo, simplesmente
padre presidida pelo juiz dc
Senhores, o br. Dr. Magalhães Castro escreveu um fo- paz do lado do coronel Silva Duarte, apoiado em um con-
lheto, qua é a mesma representação por elle dirigida a esta siderarei numero de votantes diz o Sr. Dr. Magalhães
(como
c-amarn. Nunca i\ papel escripto com mais falta de lógica e (.astro,
que estava ao lado do padre Severo), não faz inserir
senso. Entretanto as considerações nellc exaradas tjverão a na acta um
protesto, ou nãc fornece ao Sr. Dr. Magalhães
honra de ser reproduv.idas na tribuna pelo meu honrado col- Castro um documento
qualquer desses factos ; e nem ao
lega, distineta intelligencia. que não dejia deixar-se illudir menos esses mesarios assignão vencidos a acta, o
que só
Castro, em presença fizerão como consta das primeiras cópias 1
pelos 3oplnsmas do Sr. Dr. Magalhães posteriormente,
Pois vós
dos relevantes documentos que existião na pasta da com- que pudestes íazer duplicatas falsas com esses me-
sarios, não
missão, e muito mais depois do luminoso e bem deduzido pudestes também obter delles algum documento
dissidentes. para provar a interferencia indébita do juiz de direito inte-
parecer dos honrados membros
nno nessa eleição ?
Porém vejamos o que allegou contia a eleição da villa (Apoiados.)
Nova da Rainha o Sr. Dt1. Magalhães Castro. Mas, senhores, o
juiz de direito interino não foi para ali
Disse elle. c o lepetio e niirc deputado, que houve inter- de seu motu-proprio, e sim em cufnprimento de seus deve-
ferencia indébita da autoridade no processo eleitoral da- res, em virtude da recommendaçuo
que lhe fizera o Dr.
o Dr. de direito interino da co- juiz ^de direito eflectivo, o nosso honrado colle^a o Sr. Ma-
quella freguezia ; que juiz
marea abusara da sua autoridade intervindo na eleição, e dureira, de se passar
para Villa Nova. por oct asião da edição,
o Sr. Mldorch-a, tendo sido en- com as fracçCfes do destacamento dispersas
que o Dr. juiz de direito, j^la comarca,
carregado pela presidência da província de *yn,l:rar liic- •'ommandadas tenente Irenêo Gentil Goiuh«, vistoquo
-senta- pelo
tos Íirguidos ao Dr. juiz de direito interino na reer era muito do receiar alteração da ordem
publica naquellu
Nazianzeno, informâra
ção que lhe dirigir:; o tabellião parochia, attenta a exaltação dos partidos, e muito mais
l)r. José Alfredo Machado, que nem na considerando
parcialmente. O Sr. que jft em Setembro tinha estado aquelle
representação nem no folheto do Sr. Magalhães Castro foi lugar a correr sangue. Ora, sendo
para, temer que o partido
atacado, também é considerado pelo nobre deputado como então vencido, o do
padre Severo, quizea&o voltar á carga,
causa do Sr. Dr. Saraiva. O Dr. promotor pu- e conscguintemi.nto sendo, muito
parcial pela provável por parte delle o
blico, Joaquim Teixeira de Oliveira Júnior, que attestou a emprego e abuso do força, e do outros meion de terror e
respeito de toda a verdade da eleição primaria: de Villa No- violências, < como coro]lario inevitável o dorrnnento de
va, nunca foi atacado pelo Sr. Pr- Magalhães Castro; o 110- saugue ; o Dr. jr.i/. de direita muito
prudente e previdente-
bre deputado entretanto se occupou eCH2 elle censurando mente procurou impedir tão lamentaveis desastres, aconsç-
também a sua justa e imparcial informação. Unindo ao Dr. juú de direito interino a partir para Villa
Mais de 60 eleiterçç dj Villa Nova, depois que o Sr. Dr. Nova, aian de ahi assistir t eleição
primaria,obitr.r a qual-
Magftlníiã Casi.ro representou na côrte a sua farça tragi- quer acvliiecimento funesto, o manter a ordem e segurança
cornico-burlesca-Nazianzenos, revoltados contra tão indigno publica.
escreverão uma correspondência, doclnrando O juiz de direito interino segue nessa commissâo; apre-
procedimento,
votado no Sr. Dr. Saraiva. Entretanto, a senta-se em Villa Nova
que todos tinhuo poucos
dias antes da eleição pri-
despeito de tudo isto, e desta ser a incontestável verdade, maria, satisfazendo ainda mais com a sua
presença e a do
sem embargo o Sr. Dr. Magalhães Castro induzio otabel- Dr. promotor publico a requisição do honrado Dr.
juiz mu-
lião Nazianzeno a nttestar que a acta de Villa Nova era nicipal do termo de Villa Nova, que reclamftra que as au-
falsa; a representar ao presidente da ju-ovincia contra o toridades da comarca testemunhassem o sou
procedimento,
interino o Dr. Rocha Vianna; a chegar
juiz de direito porque o padre Severo insinuava que esse joven, mas dis-
mesmo ao throno do S. M. Imperial, levando a seu alto eo- tineto magistrado, irmão do illustrc e benemerito finado
nhecimento todas essas misérias ; o finalmente, a escrever Dr. Eduardo ülympio Machado, de
gloriosa memória, pio-
na côrte um aranzel butleECO, que por si mesmo se destróe, tegia abusivamente o c-
partido do coronel Silva Duarte,
não precisa de analyse porque não resiste ao bom então esse moço illustrado da sua im-
que queria testemunhas
senso. parcialidade. Pois bem, dadas estas (Tircumstancias bogue
O Sr. Dr. Rocha Vianna foi aceusado de ter intervindo no o Sr. Dr Madureira
para a capital da Bahia,
e o Sr. Dr.
Villa Nova ; porque sondo juiz .de di- Vianna, que era eleitor cm Villa Velha, deixando de votar
proceaso eleitoral de
rcito interino da comarca de Jacobina, cjuiz municipal ef- ahi, di&punlia-se a partir pnra Villa Nova, cm cumprimento
fectivo do termo de Villa Velha, transportou-se para Villa dos seus devores. Nesse Ínterim diversos cidadãos respeita-
Nova, a 22 léguas de distancia, levando coin3Ígo um desen- veis de Villa Nova vendo a attitude hostil que tomava o
cimento de 30 praças afim de influir a favor da uleiçã.ulo padre Severo, que desde que se proclamou a independência
Sr. Dr. Saraiva. do pai/, predominou com pesado jugo naquclle município,
O Sr. Dr. Rocha Vianna foi ainda accusado dc abusar da fazendo actas falsas, lavradas a bico de
penna, >cm prece-
sua posição a favor do Sr. Dr. Saraiva ; porque, sem que der eleição real e verdadeira, fazendo eontrarn
pelo
ninguém lhe solicitasse, àeu esclarecimentos ao presidente eleitores a quem
queria ; vendo que esse hoincm que
da eamara municipal de Villa Nova, que era quem se .sup- tinha cahido assim estrondosHmente na eleição municipal
da mesma fregue- de Setpmbro^ só
punha que deveria ir presidir a eleição por efieito de concurso commmn. dos esfor-
zia, para que o não fizesse ; pois que esta attribuição cabia a
ços e opposiçãu legal de seus adversarios, reduzidos a seus
outro juiz. Forão estos os factos que o nobre deputado _apre- recursos iudividuaes; e cahido maioria de
pela immensa
sentou para mostrar a interferencia indébita da autoridade Quatrocentos c cincocnta e tantos votos, não sahindop pa-
do Sr. Dr. Rocha Vianna em favor da candidatura do Sr. dre Severo vereador, nem juiz^ de
presideate da camara,
Dr. Saraiva. paz» como acontecia d'antes, sempre, invariavelmente, e isso
tudo acontecendo, não indébita
• — Note por effeito de interferencia
O Sn. StR>iv< que o mesmo Sr. Dr. Magalhães ou protoeção abusiva da autoridade, ou de emprego e auxilio
Castro foi quem aeonselhou ao padre Severo a não ir presi- da força fui testemu-
dir 4 eleição. publica, e maxime quando, comoveu
nha occular, voltárão de Villa Nova uma immensidade de
•. — Senhores, isto não resiste cidadãos sem
O Sr. Fer.na.ndls d* Ctmi\ terem votado, porque não estavão qualifica-
dos, mas da opinião geral e do
ao bom senso, nem á lógica a mais vulgar ; nem tão pouco por virtude tão somente
acha apoio em todo» estes documentos. Concebeis que um grande e numeroso partido do coronel Silva Duarte e s^us
homem que julga existir a chave daabobada, a mola real amigos contra o referido esses respeitáveis cidadãos,
padre;
repito, vendo assim decaliido c repellido
que tem de decidir do seu pleito no vicio ou fraude da elei- que esse homem
cão da Villa Nova, e que ousa arguir a influencia indébita geralmente pela ominosa recordação de sua influencia
da autoridade, e seu abuso de poder nessa eleição, não ti- maléfica, odiado e execrado em geral da população do m*-
'AUAT01UA 30 ABRIL. 133
SESSÃO PBE EM DE
DÉCIMA QUINTA

levantar-se, e se dispunha a | decisões, voltarão para Villa Nova o commandanto supciior


uiciplo, pretendia' *lo novo c seus amigos. »
o transe,
disputar a eleição primaria de Novembro n toilo
Do oue as arguições infun-
sem escolha nem exclusão de meios, não trepidando
nem que acabo de ler ó manifesto
honrados c pncih- dadamente feitas, quer pelo Dr. Mügalhães Castro, quer
ante a violência e o sangue; então esses
Cos cidadãos temendo scenas de sangue,
recriando que o pelo nobre deputado que me precedeu, de interferência jn-
u elei- debita e do abuso de poder das autoridades du comarca
K.idre Severo, vencido e rancoroso, quizesse pleitear da Jacobina a favor da parcialidade que apoiava a candi-
os meios de que. dispunha, vu.lcuto.-i
çJo. de Villa Nova com datiua do Sr. Dr. Saraiva, e contra o partido do padre
na paz o nu oruem
c iIlegítimos; esaes cidadãos, interessados
vierão d capital da província, Severo, que sustentava, a do Sr. Dr. Magalhães Castro, são
publica daquello município,
administra dor, o br. Can- todas nccusações aéreas e fanta-tícas creadas puramente
upresoiittuRo-se suite o seu digno
sansão de Sinimbrt, que ninguém ousará dizer queínterte- pela imaginação fecunda do Sr. Dr. Magalhães Castro, que,
naufragando completamente em Villa «Nova,
rio, nem de longe, nas eleições da provincia. quanto
mais precisava de
.lulmente á um pretexto qualquer para explicar 011 colorir a sua ver-
dc Villa Nova [apoiados)-, que foi leal ecumprio
derrota.
risca o programma do governo-, e expuzorão a S. Ex. a grave gonhosa
ToiiJio pois explicado até com a informação insuspeita
e melindrosa situação de VillaNovn.
do Sr. Cansansão do Sinimbu, que nenhum magistrado ir.-
O Sr Dr. Madureira havia chegado também por aquelles terveio na eleição. Onde estila parditilidade do juiz de di-
dias. o igualmente se apresentou em palacio. reito, que prevendo derramamento de taiiejio n'uin rollu-
O Sr. Dr. Cansansão os recebeu em publico, diante de gjo de sua comarca, dá as providencias
tendentes a evka-Li,
íauita gente ; abi discutirão-sn 03 negopios do Villa Nova, e e se retira paru a capital? Como pôde ser argmdo de par-
S. Ex. perguntou ao Sr. Dr. Madureira o que liavia leito a cialidado na informação que deu o Dr. juiz de «li;oito,
este respeito. O Sr Dr. Madureira respon*leu-lhe que, pre- nosso honrado collega, quando o proprio tabelJj;io N Man-
ver.do que corresse sangue ou fosse altera-la a ordem publi- zauo uelle ae iouvoi» para irsyn.Kcar e informar do- lUoto*
ca se o partido do padre Severo quizegjy disputar por meios ua eluição, afiançando que se e;ie lí\ «stivera nada t.*.ria
violentos o triumplio da eleição, que l-gitimamettfo per- acontecido ? Vara prova peço licença á camara para ler
tencia ao coronel Duarte, havia mandado o juiz do direito outro t echw do relatório o> Sr. C cnsansão r < Ei. tendeu
manter a ordotu publica e de a presidencia que devendo manda r proceder a um iuqu£ri-
para aquelle lugar nüm do
o .1 de Villa Nova, para satisfazer
çarantir a liberdade do voto. « Pois bem, re?pon<Jeu-lhe3 to sobro essua eleições,
Sr. Dr. Cansansão, podem retirar-se que j:\ estão dadas as 4 representação do tabelliãoXazianzen<\ afim de poder, como
mais essenciaes providencias, e se fôrem necessurias outias ora faz, fntormar ao gove. nri imperial, não po Ii;i deixai de
Cu as darei; proceda-se portanto á eleição. > Disto tudo fez mandar tomar conheeítn .ato dos fi.ctos denunciado- por
a devida communicação ao Exm. Sr. ministro do império. aquelle tobcUtü», c que par.i desempenhar ...a missão
Peço licença á casa para ler nesta parte o relatorio do
Sr. nenhuma pessoa era mui • upta do que o próprio juiz de di-
Dr. Cansansão. reíto effeCtiv da comarca, o D»*. Ju-unian.) JJapiista Ma-
« O commnndante superior de Villa Nova, acompanhado dnreira, que alem de . er co:vl ecid ¦ ? como magistrado intel-

de outro cidadão igualmente influente do termo (o tenente- ligente e energico, estava f.'.r:» da comarca quando eo dorão
coronel José Pereira Maia), tomou a deliberação do vir a aquelles factos o não tini. - prevenção contra nentiujna dus
esta capital representar & presidência: 1°, sobre a decisão pessoas c^uo néllas figurarão : o mesmo tabellião mostiou-
de paz, se satisfeito com esta reao!uçã.j da presidência, accresceu-
que o excluía, não só aelles como a outro» juizes
seus amigos, da presidencia da mesa; 2°, «obre o estado tandoque se aquelle juiz ••-tivesse r.a comarca não Lerião
-i:
melindroso do termo, por oceasião das eleições que se oppro- tido lugar o* successos dc que queixava, 0 rnl itorío
xlmavão, visto como figurava elle todo o poyo em massa documentado, que o juiz mcncio ado com «lata dc 12 d : Fe-,
reunido para combater a influencia do padre Severo, e este vereiro dirigio á pres" lenda, exprime minuciosamente as
occurrencias que se devao nas eleições do termo de Villi
por sim parte, tendo em seu favor o rs membros da mesa, que
naturalmente por pertencerem ao partido triwâphadcr na Nova da Kainha. »
eleição antecedente, estarião do lado delle, padre, dispostos Qual iS ainda a interfere ncia indébita que empregou ojuiz
a resistir, ou contrariar com as deliberações da me•¦a, os de direito interino, que cm decomponho do seu dever vai
desejos e opiniões do povo, maxime devendo-se coutar que executar uma commissãc, a qual recfbe a approvacão do
nessa lnta seria ajudado por gente armada, fornecida por presidente competente por certo para providenciar afim de
uva? manter o socego publico ? Onde estft ainda essa interfe-
parente.
rencia indébita que o ncrt>re deputado julgou poder derivar
< A situação do termo de Villa Nova, assim desenhada
da? informações ou osohtrecimentos dados polo Sr. Dr. Ro-
superior, o pessoa que o a com-
pelo respectivo commandante rha Vianna A consulta doRev. padre Severo? Eu não des-
maiRgrave peranteduas considera-
pnrhavn/.ornou-se ainda cubro.
fões: a l'1 era que o Dr. juiz de direito dafcomarca Justi-
Aqui houve infidelidade míeitação do um documento. A
uiar.o Baptista Madureira se ausentãra da comarca para vir camara ha de estar lembrada de que o nobre deputado disse
tomar assento na assemblía provincial; a 2™ era que, além
que o Sr. Dr. Hocha Vianna, sem ser solicitado, se atra-
da falta desse honrado e intelligente magistrado, cuja pre-
vestira para decidir a qnestão, para dizer ao padre
scr.ça só bastára para garantir a ordem, Hcára o termo de que não
lhe competia presidir a mesa parocbial da eleição primaria
Villa Nova sem força
publica alguma que pudesse manter o em 2 do Novembro, o que se o fizesse incorria cm desobe-
soccgo eevitar contlictos. A presidencia não deixou de dar
diencia ãs ordens do governo. N"0 foi assim que os factos se
importancia a essas considorações ; mas, jà informada de
passarão. O padre consultou no Dr. Rocha Vianna se lhe
que o Dr. juiz do direito antes de deixar a comarca, pre- competia ou não presidir a mesa parochinl do Novembro....
vendo a situação do termo de Villa Nova, liavia conveniente-
msnte providenciado recommendaudo ao juiz municipal, O Sn. lii./.ink» Cavvlcami :—Não sei como expui o fuc-
seu substituto, >|ue se passasse para o termo dc Villa Nova, to, mas não adulterei a verdade.
á época da eleição, e que as fracções do des-
para assistir ali 0 S». Fe>*andei d í Cpmia : — Aaui está o aue diz o Sr.
taeamento dispersas çela comarca se concentrassem por essa Dr. Uocha Vianna : « Para responder 4 consulta feita por
oceasião na mesma villa sob a direcçao do tenento de
policia V. S. como presidente da camara municipal desta villa,
Irpnéo Gentil Gomes, respondeu ao commandante «uperior, etc. » Era um juiz que, respondendo a uma consulta do
e mais representantes, que, quanto ao primeiro ponto, nada chefe do partido adverso que apoiáiaoSr. Dr. Magalhães
havia que deliberar, porque a decisão dada era dc accordo Castro, demorou a resposta para ouvir o commandante eu-
com as decisões e avisos do governo em matéria semelhan- dá circumstanciadas informações, mostran-
que lhe
te ; eque, quanto ao receio de desordem, regressassem trau- o quaes os officiaes da guarda nacional quo estavão em
Serior,
o juiz de direito tinha em
quillos, porque não sómentejà exercício de suas patentes e quaes não ; resposta e officios
mais opportunas, como
parte provenido as providencias que que tenho aqui.
a preíidenoia saberia tomar outras, e todas
guantas fossem Brz.rsn i CiVuí Avri :—Faça favor de ler o ultimo
convenientes seus limites aquelles O S*.
para conter em justos
ofticio.
que, a pretexto de eleições, quizessem perturbar o socego
dos habitantes do lugar. Com esta resposta dada cm pre- O Sr. Fumandes da Cimhw : —O ultimo ofllcio diz ainda
sença das nessa occasião se achavão em palacio, * mesma cousa, ou í a reproducção do primeiro; eft» otiicio
pessoas que
porque foi principio que adoptei não guardar reserva cm foi uma necessidade, porquanto vio-se e reconheceu-se que
matéria de eleições, e ,im dar toda publicidade ás minhas o padre Severo estava obstinado e renitente, a despeito da
134 DÉCIMA SESSÃO PRK MRATORIA FM 30 DE ABRIL.
QUINTA

resposta e instrucçõcs do Dr. juiz do direito interiao á sua para sua causa, ou fazer a eleição e vencê-la com a sua
pre-
consulta, a ir presidir no dia 2 de Novembro 4 assembléa sidencia, ou por meio desse incidente barulha-la e impossU
bilita-la ? Não se recorda o nobre deputado esto
parochial dos votantes. que segundo
officio écorollario do primeiro que diz : < Para
O Sr. Bf.zf.rra Cavalcanti : — E a respeito do que o juiz poder res-
ponder á consulta feita por V. S., como presidente da ca-
excedeu de suas attribuições.
mara municipal desta villa, de não poder
presidir á assem-
O Sh. Feu.nandks ba Cunha : — Tenha o nobre deputado bléa parochial desta freguezia nenhum dosjuizes de
paz d»
Freguezia Velha,
a bondade de attender-me e so convencerá do contrario. O que cora os quitro desta estavão impedi-
nobro deputado bem eomprehende que um juiz que dos por serem officiaes da
pede in- guarda nacional, foi-me preeiso
formações, que esclarece o trausmitte as decisões do gover- exigir do commandante superior do município a informa-
no a um presidente de camara que o consulta sobre sua Ção, que por cópia lhe remetto, fazendo-lhe sentir que o
competencia ; um juiz que argumenta com a legislação res- juiz de paz da f reguezia Velha, o capitão Manoel Josf1 de
porque é a esclarecer duvidas, esse juiz Carvalho, c o major das extinetas ordenanças Manoel Fer-
pectiva, provocado
não pôde intervir illegalmente na eleição, não reira Guimarães, não estão no caso figurado
pôde ser por V. S., e
como entende a respectiva camara,
parcial. que ambos podem presi-
Pede-me o meu üLustre collega dir á assembléa
que leia o ultimo officio ; parochial, oi® porque além da solicita-
este ultimo officio é dirigido ainda ao
padre Severo, porque ção da patente acto algum relativo a eíla praticou, pois que
nãc entrou no exercício do seu
permanecia no mesmo pensamento: Convindo esclarecer a posto; e o 2», por estar hoje
V. S., ordem e regularidade da eleição, e mes- reformado. Portanto, não estando elles inhibidos, cm con-
para melhor
mo para tranquillidade desta para quem deve presidir a formidade dos avisos de 29 de Janeiro e 25 de Abril de
1849,
assembléa parochial desta freguezia, como também já tiz e devendo^ a camara seçuir os esclarecimentos
dados pelo
Exm. presidente da
ver á camara municipal, e sabendo que V. S. indevida- província e agora transmittidos de no-
vo por mim, convém
meute a
quer presidir na qualidade
de juiz de paz do dis- ^que quanto ante» remetta o livro das
actas da Freguezia \ elha ao 2°
tricto da Itiuba ; cumpre-me declarar-lhe que á vista juiz de paz dessa fregue»
dos avisos do ministério do império de 29 de Janeiro e de zia, etc. »
25 de Abril de 18-19, considerando-se inhibidos os juizes de Para corroborar a verdade de tudo
quanto tenho expen-
dido, lerei o officio do Dr. juiz de direito inteiino ao
paz desta freguezia, que como officiae3da guarda nacional presi-
dente da província, dando conta da eleição
entrarão no exercicio do seus
postos, compete presidir a primaria de toda
mesa parochial desta freguezia o 3» de paz da Fre- acomarca da Jacobina, cm data de 13 de Novembro,
juiz quando
ainda se achava na capital o Dr. Saraiva, e
guezia Velha, seguindo-se depois o juiz de paz do dis- já no circulo
tricto da Itiuba, o cidadão Antonio Nunes Rodrigues de Frei- estava o Sr. Dr. Castro :
tas, por estar também no caso acima mencionado, sendo o « lillm. e Exm. Sr. —Apenas aqui cheguei restabeleceu-
se a ordem
primeiro o do districto mais perto daqui. (chegou a 30 de Outubro), e cessárão as amea-
« E como V. S. está certíssimo dos esclarecimentos que ças e planos violentos com aue o partido decahido pretendia,
a respeito já. furão dados á camara municipal desta viila (por embaraçar o processo da eleição
primaria, e que chegou a
ser o presidente da camaraj pelo Exm. presidente da rcalisur de al^um modo, embora differente e menos funesto
provin-
cia, <5 desobediência proceder em sentido contrai io ás ordens 4 ordem publica, como adiante conhecerá V. Ex. Consulta-
do tia vespera da eleição pelo
do governo. Usurpa V S. o direito que legitimamente com- presidente da camara munici-
al padre Sévero Caim Atuá, sobre a competencia do
pote aos dous juizes de paz mencionados ; commette além juiz
disso uma arbitrariedade, visto como tendo servido de viga- e paz que devia presidi-la , visto se acharem impedidos 03
rio encommendado, e resignado por isso o cargo de juiz de i desta freguezia, segundo a lei e esclarecimento de V. Ex.,
respondi precisando a consulta sujeita com o officio
paz, vai de encontro ao que se acha disposto no aviso do mi- que por
nisterio do império de 25 de Agosto de 1848. E se a vontade cópia n. 1 remetto a V. Ex , baseando-me nos mesmos avisos
de V. S. é superior á lei, levarei ã presença do Exm. presi- de 29 de Janeiro e 2õ do Abril de 1849, Ex. citados
porV.
dente da sen procedimento, que eó tem por lim em auas sabias decisões ; mas, como me não tivesse o dito
província o
impedir que a eleição seja feita regularmente, com tanto presidente dado solução, antes corresse de
que plano que este,
na qualidade de 1® juiz de
triumphe sua preponderância, seja qual fôr a consequen- p>.z do districto da Itiuba, insis-
cia. > tia cm presidir ã eleição, oííiciei-lhe de novo mostrando a
iIlegalidade dcs:-a
Eis-aqui o 2° officio do Dr. juiz de direito interino de pretençilo no officio por cópia n. 2, ao que
não se dignou attender,
Villa Nova , do qifvl pretende o nobre deputado inferir protestando não desistir desse pro-
influencia abusiva da autoridade, na eleição contra o posita a todo transe. A' vista disto, para prevenir algum con-
padre
Severo, e a favor da parcialidade que apoiava ao.Sr. Dr. Sa- ílicto t;í 1 vez de funestas conseqüências, resolvi comparecer
namatiiz, e d
raiva. Mas esquece-se o nobre deputado de que este officio pois de uma calorosa discussão entre os 2
ê arepfducçHo do 1» lia pouco lido, expedido em solução juizea de paz concurrente», intervim e esclareci a matéria
& consulta dirigida ao mesmo Dr juiz do direito peloroferido pela 8® vez, mostrando quo não competia ao padre Severo
padre Severo ? Esquece que dessa solução dependia em presidir, não só porque elle não era juiz de paz do districto
mais vizinho, como ainda sendo-o,obsta-lho a razão
grande parte o soeegd da população, a alteração ou não da porque,
de ter íunecionado já como parocho encommendado desta
paz e da ordem" publica ? Não vO que um partido immenso
era maioria, que ceie na freguezia, já como juiz dc paz suppleutc, etc. Vencido
pessoa de quatro juizes de paz a pela
f"rça doa esclarementos cedeu o padre. Severo, e tomou a
presi detida da mesa parochial, obedecendo ãs decisões do pro*
incompatíveis, não podia tolerar sidencia da mesa o juiz dc paz da Freguezia Velha Manoel
presidente que os declarou
era mçuolla eonjmietura Ferreira Guimarães.
qu" u a juiz de paz intru-o (como
o padre oevero). que não er t da freguezia n«-m dá mais vizi- -Eis aqui, pois, Sr. presidente, segundo se deprehende dâ
nhn, e que além disso tinln renunciado ao cargo de juiz'de Içitura de todas estas peça», a
que se reduz a allegação
vagão improvada
paz, por ter exercido o de juiz municipal,, aupplonte, e que o .Sr. Dr. Magalhães Castro vulga-
rÍMiu no em suas correspondências,
por. ter sido vigário encommendado; não yc que esse partido paiz e nas do seu arrii-
não poderia'soffYer nem tolerar a
presidencia do padre go Aazianzeno, trazendo de tudo uma representação a esta
Severo, com do* direitos dos do seu lado, e camara; eis-ahi a se reduz a arguicãode influencia
preterição juizes que
dos da freguezia mais vizinha ii Freguezia Velha, que a *indebita, do violência C abuso de aurondade commetti-
lünttailogo gomado VMa-Nova, na distancia de meia le-, da pelo juiz de direito interino de Jacobina contra a sua
eleição. A camara comprehende
gua, ao passo que a da Itiuba, do que era juiz o referido pa- que tudoé historia e ciea-
are distava 12 leguus ? Não vê o nobre deputado que o que çao da fantasia ardente, e imaginação fecunda do illustre
o padre Severo queria era ter juiz c mesa unanime, para ^r. Dr Castro. Examinamos agora quaes os outros pontos
então, por meio ua fraul<*, da violência,abusando a mesada de nullidade pelo mesmo Dr. Magalhães Castro arguidos
sua missão, o uíTrbntau lo ^ynicament^ u moralidade e a ao collegio de Villa Nova.
opinião puUica, fazer a elc'ção como lhe aprouvesse. e O Sr. Dr. Castro
pretende que o collegio seja nullo porque,
como era do. seu costume, embora toda a applicaçâo lhe quer o presidente da .eleição primaria da mesma freguezia,
fosse contraria ?
quer o do referido collegio eleitoral, ambos erão incompc-
Não sabe o nobre deputado que o tentes. O Sr. Dr. Castro estranha
padre Severo estava que fosse presidente da
certo do que lhe não competia a presidencia da mesa ; mas mesa
parochial a 2 do Novembro um juiz de paz, o 3» da
que recalcitrava a obedecer, apezar de haver elle mesmo Freguezia Velha, e losse outro, o 2o da mesma freguezia, o
consultado, porque tudo lhe convinha, e era do collegio eleitoral. Mas tudo se explica, e as arguições
ganho

I
PRE WUATORIA EM 30 DE ABRIL. 1S5
DÉCIMA QUINTA SESSÃO

O demora partirão para a fazenda Capoeira do predito tenen-


•ditem por terra como destituídas do t«do fundamento.
eleitoral não foi o mesmo tc-coronel, onde forjárão a tal duplicata fraudulenta •
juiz dc paz installador do collegio
em Novembro, porque clandestina, presidida 4®-juiz d 9 .paz, com preterição
que presidio a assembléa parochial pelo
na do 3« que se achava até na igreja.
impedidos todos os 4 juizes de Villa-Novn, e devendo-se
mais vizinha, qu6 ó a O juiz de paz quo permaneceu na matriz com o povo
firma da lei recorrer í freguezia
desta robricou um caderno, historiou na acta que fez lavrar todo
Freguezia Velha, os únicos juizes desimpedidos co
cumpria,^a eleição da o procedimento criminoso dos adversa rios, organiseu nova
0 2" e 3°. O 2° presidio, como lhe
disponível, teve de raesa regularmente, e proseguio sem disputa legalmente nos
Freguezii Vellm; o 3", que era o único
Villa-Novn, conforme os avisos citados actos ulteriores da tleição. Aqui estão ambas as actas, oP-
presidir a ehição de
vedavão aos juizes que fos- ficio do 2o juiz de paz no Dr. juiz d» direito interino, as in-
instruções do presidente, que
das mesas formações de todas as autoridades, além de uma justificação
sem officiaes da guarda nacional a presidencia
de paz, i excepção do padre Severo, demonstrão quanto tenhodito, a saber: a null'-
parochiues. Esses juizes jurada, que
se alguém ti- dade da duplicata da Capoeira do tenente-coronel Francisco
irão todos do lado do coronel Silva Duarte;
seria necessa- Simões, e a vnlidude da eleição da natris presidida pelo 2»
re^se di'»ito de qui-ixnr-so a este respeito
Felix Barroto dc Araújo.
riamente do partido do referido coronel.
Não
podia presidir juiz de paz Luiz
Mas, ao em Setembro o do tenente-coronel KVnn-
mesa o Rev. padro Severo, porque não era juiz de paz do partido
municipal, apezar de em-
iiatricto de Villa-Nova nem da Freguezia Velha; era da cisco Simões perdeu a eleição
freguezia das Queimadas, districto da Itinhn, distante 13 os meios; se então não conseguio lazer um sí>
pregar todos
léguas de Vflla-NOva; além disto, tinha fido vigário en- ou vereador do seu lado, sem embargo de te-
juiz de paz,
rem figurado 11a acta falsa que lavrirão, qne votirão na
commendado e juiz municipal; tinha exercido todas estas
fcmcções ; não podia portanto presidir a eleição. sua eleição mais de mil pessoas, o que nunca se deu na-
como liavia o mesmo partido dc trium-
N*a fulta pois dos
juizes
do districto devia chamar-se o quella freguezia;
eleição de eleitores, quando o» teus adversários,
do districto mais vizinho. A que se reduz pois, tenhilo a pliar na
bondade de dizer-me, a incompetência de juiz allegada pelo o partido do 2o juiz de paz, eatavão j& fortificados oom c
Sr. Dr. Miigiilhâes Castro? O juiz installador do collegio apoio da moralidade c da opinião publica (apnadot) no as-
a*o foi o mesmo que presidio á eleição parochial primaria, condente de uma primeira victoria ?
estando desimpedido o 2°, que Portanto havia necessidade de se representai «mu farça
perém que a esse tempo já
então presidio á da freguezia velha, não podia o 3o preferir- burles™ como todas as quo so tora representado contra o
lhe, sol) pena dc nullidado. _ Dr. Saraiva na presente eleição.
Vamos agora A freguezia das Queimadas O Sr. Pr. Ma-
O Sr. Bkíkh»* Cat mCjükti :—Pordeu a eleição «m Se-
Castro não nllegrt nada mais contra a eleição de
ealhães
tembro ?
^Illa Nova At<5 ahi chegou a sua invenção, não pôde esro-
a freguezia das Queimadas eu di- — Sim senhor,
gitur mais nada. Sobrrf O Sr. Fírnanuks i>v Cl.mi\ : pordeu por-
rirjo da opinião da commissâo ; entendo qu» a eleição do que fez uma
acta falsa.
2* juiz dc paz feita na matriz é a que deve èer approvada.
O Sa. Bi.y.iRtiv Cavai.cvi>iti : — Houve duplicata?
Na freguezia das Queimadas era juiz de naz mius votado
« tenente-coronel Francisco Simões da Silva, irmão do O Sr. Fernandes »a Cknha -.-—Houve duplicata sim ;
2o juiz do paz o capitão Luiz Fclix Bar- mas feita na Capoeira pelo Sr. tenente coronel Francisco
padre Severo, e era
reto de Araújo. Simões da Silva, irmão de padro Sevoro. Estou lhe expondo
os faetos como se passárão, estou lhe mostrando que o pn-
O Sr. tenente-coronel Simões fora declarado pela presi-
dre Severo não podia vencei a eleição de eleitores, porque
iôncia da província incompatível, por ser commandante de
sido vencido e derrotado coinple-
batalhão, e estar no exercício de seu posto, # conseguinte- jft na de veraadores tiuho
mente inhibidode presidira mesa parochial na eleição pri- tnmente. A prcttxto dc ter o juiz do paz adindo momrntü-
noa mente os trabalhos da mesa parochial, em conscqucn-
maria de Novembro da fregueziu das Queimadas. Em con-
•cquencia dessa decisão, com a qual se conformou o Sr. to- cia da desordem que clles mesmos havião promovido, se»
motivo plausível para tal procedi-
nonte-curouel, tanto quo compareceu na igreja no dia da que a mesa offereccsse
mento, então o tinente-coronel Simões retirou-ee para «na
tleição, e nào disputou a presidencia da mesa, passou esta
liarreh) dc fazenda da Capoeira , onde fez escrever a sua acta dodupli-
na fôrma da loi ao 2° juiz de paz Luiz Felix
Araújo. pai do subdelegado da meeraa freguezia, capitão cata falsa, figurando que tinha Sido feita na matriz ; reenr-
so este de quo lançou mão por estar certo do que não tinha
José Felix tiarretode Araújo.
a maioria numérica do votantes para vencera eleição rega-
O 2® juiz de paz havia já procedido á organização da mesa larmento, embota se apresentasse acompanhado doseus ca-
ma fôrma da lei novíssima, decreto n. 1813 de 23 de Agosto
pangas e sequazee, e até d » criminosos, e outros homens dc
ie 1856, e sendo os eleitores o supplentes na maior parto do mnnicipios vizinhos, como do Monte Santo, etc.
lado do referido tenente-coronel (porque até então nunca Para cohonestar es^e esoogitou um
cm que procedimento, pre-
houvera eleição regular na freguezia, e desde 1842, texto, o disse que o juiz ao paz se tinha retirado da igreja*
urna o parti-
4 força do armas fora violentado e afastado da Pois um homem que fora derrotado na eleição de hoteni-
Si-
do desse juiz de paz e subdelegado, do ti nado Dr. João bro, que fòra guerreado pela grnndc maioria dc sua família,
m5esda Silva e do major João Avelino Pereira Duarte, meu
porquanto a alguns de teus pareute» ou\i cu em Setembro
Kimpadre e amigo, que nunca mais esse partido disputára oadie Severo, e nno
que se horrorisavão dos feitos do Sr.
eleição alguma, e asactas forão sempre lavradas na fazenda
querião mais unir-se com elle, como dizião publica montt
denominada Capoeira, propriedade do referido tenente-co-
em Villa Nova, esse homem dispunha de meios para a!-
roHel Francisco Simões da Silva, sem eleição alguma se
que cançar o triuinpho na eleição de eleitores em Novembro ?
fizesse); foi a mesa em consequencia toda composta de
membros da parcialidade do mesmo tenontc-cotfortei . Sem (f/a um aparte.)
embargo como o juiz de paz tivesse grande maioria numeri- O nobro deputado sabe que ha perigo nessas explicnçõos,
ca de votantes e já tivesse vencido a eleição municipal cora dá-las. Eu não tenho
sabo quanta coragem é precisa para
mesa igualmente adversa, começou-se a chamada dos votan- interesse algum em entrar nessa# minuciosidlidcs.
fces pela lista auth«jntica do qualihcação remettida ao 2° juiz
do paz pela camara municipal de Villa Nova. (J/aum aparte.)

l£stava-»o no r cebiinento das cédulas dos votantes, quan- Acredite o nobre deputado que tudo <junnto tenho dito é
áo o suprudito tenente-coronel Francisco Simões, ccnscio e o da minha convicção, da consciência qne tenho da
eflfeito
certíssimo de perder in nllivelmento a eleição, porque não verdade, do quo eu vi em summa, oiu i e presenciei por
contava mais de *00 a 250 homens, inclusive não qualili- mim mesmo 110 proprio theatro dos acontecimentos.
•»dos, aKgregados, e até criminosos,
vindos de fregnezia» c Mas eu não invoco o meu testemunho, porque não quero
um tumulto se dirija por mim «6, mas sim pelo» doou-
municípios estranhos, levanta igreja, pre- que a camnra
tendendo que votassem os seus capangas não qualilicaaos, mentos que forão presentes á commissâo, e que aqui tenho
ameaça e insulta o juiz dc paz, e causa tal desordem ante mim
quo
obriga aotjuiz de paz a suspender os trabalhos por uma O nobre deputado nenhum motivo tinha para ?c oppôr
hora até restabelecer-se o silencio e a ordem. Então vendo ao parecer, e com tanta força de convicção, com tão innba-
j
sobre a meea, apodòrão-se e lavei segurança, quando a commissâo foi a primeira qut\
que nada conseguião, avanção
carregão com os seus mesarios o livro das actas, o retirão- oxaminando a eleição da freguezia das Queimadas, conce-
»c para uma casa particular do arraial, da qual com pouca deu o mais quo era possível concodor ao Sr. Dr. Magalhães
J36 DÉCIMA QUINTA SESSÃO P1\EiPARATORIA EM Í50 DE ABIUL.

Castro ; e ainda assim o deputado é o Sr. Dr. Saraiva por formação da mesa do collegio,
porgunto eu, o facto da
31 votos mais de differcnça ou excesso sobre o Sr. Dr. Ma- exclusão dessas duas turmas de eleitores em duplicata
importa alguma cousa para a ann ullação do collegio ? Certa-
galhães Castro.
Passemos agora ao collegio de Villa Nova. mente que não. Logo, para quem não ec occupadé urgucias,
O Sr. Dr. Magalhães Castro declarando-se contra esse para quem quer justamente a sinceridade do voto, e a livre
collegio, servio-se de argumentos miseráveis ; aberrou in- manifestação da consciência publica, não é consideração
que
teiramente da lógica; mostrou-se totalmente contradictorio se traga a uma corporação tão respeitável como esta.
com os factos que estão exarados na própria acta. E com e(feito, se as duas turmas são iguae» em numero,
c de opinião diametralmente opposta; se o voto de uma con-
Quaes são os motivos de nullidade por S. S. arguidos ao
cjjllegio de Villa Nova ? Io, o ter sido presidida por um j uiz trabalança o neutralisa o de outra,
que influencia poderia
4e paz incompetente. exercer sobre a eleição da mesa do collegio a admissão ou
Já mostrei que tal incompetência não houve. A camara exclusão de ambas as turmas das Queimadas ?
se ha de recordar que eu ji demonstrei que o 3° juiz de Assim, pois, senhores, se os representantes das duplica-
paz da Freguezia Velha, que presidio a eleição primaria de tas forão excluidos, o forão
por uma razão lógica ; porque é
de intuição
Villa Nova em Novembro, não foi também o iustallador do que duas turmas iguaes em numero se n#a-
collegio, foi porque a esse tempo estava desimpedido o 2o da tralisão mutuamente. Portanto, se o partido do Sr. Dr.
mesma freguezia, a Saraiva tinha setenta e um eleitores no collegio, e se o
que então presidia ao mesmo tempo
eleição da Freguezia Velha,
quando o 3» presidia
a de Villa partido do padre Severo tinha apenas 23 da turma em du-
Nova. plicata das Queimadas, como é que o padre Severo podia
Mas ao tempo da reunião do collegio, estando ambos des- fazer nem um escrutador,
quando bastava ao partido do oo-
impedidos, devia o 2° 3°, logo não liouvò incora- ronel Silva Duarte dividir os seus eleitores
preferir ao para eleger os
Ma- secretários e escrutadores ? Logo,
petencia alguma. O 2o fundamento auegado pelo Dr. que argumentação festa ?
não O que vale isto ? Mas veja-se o aesespero ua lógica do Sr. Dr»
galhães Castro foi que os 26 eleitores das Queimadas
concorrerão para a formação da mesa do collegio. O Sr. Dr. Magalhães Castro; è deste facto
que elle quer concluir para
Castro pretende inferir essa conclusão das seguintes pala- a nullidade e existencia fantastica do collegio de Villa Nova.
vras da acta, que cita no seu folheto. Diz elle : < Foi re- O Sr. F. Octaviano : — Quem desmoralizou as testem a-
solvido pelo presidente, mesarios e eleitores presentes, per- nhas apresentadas pelo Sr. Magalhães Castro foi o
proprio
tencentes ás Freguezias Velha e do Senhor do Bom li m da Sr. Dr. Magalhães Castro.
Villa Nova, que fosse approvado o parecer das comnmsões,
O Sr. Mim-rkira :—Apoiado, principalmente sendo e >
tomados cuglobaduinenteos votos dos eleitores da Freguezia
o conselheiro dessas testemunhas.
Velha, e do Senhor do liomilm de Villa Nova, e em sepn-
rado os votos de ambas as turmas dos'eleitores das Queima- O Sr. F. Octayiano : —Isto náo sei eu.
ias, declarando-se tudo, etc.
O Sr Fernandes d* Citvua :—Mas, senhores. acaba''.es
Nesta argumentação não ha lógica nem reflexão algu-
de ouvir ler uma carta perguntando ao Sr. Dr. Saraiva
ma. Pois, de dizer a acta que foi resolvido pelos eleitores que
procedimento devia ter o collegio, se devia admittir as du-
das freguezias válidas que fosse approvado o parecer da com-
plicatas das Queimadas, ou exclui-las, ou toma-las em se-
missão depoderes opinando que os votos das duas turmas
parado.
ile eleitores das Queimada» fossem tomados em separado, se
votárão O Sr. Saraiva :—Até me íizerão a honra de consultar 4,o-
pôde concluir por ventura que esses eleitores não
bre osupplente.
para a formação da mesa do collegio ? Não sabe o Sr. Dr.
Magalhães Castro, acaso ignorará que pela lei de eleições a
0 Sr. Feris andes da Ccnba:—Justamente, e fizerHo
npprovação do parecer da commissão que verifica os diplo-
aquillo que consta da acta , em oonsequeDcia da intelligeu-
mas dos eleitores, e é composta da mesma mesa do col-
que cia que tiverão com o honrado membro.
legio, tem lugar no dia seguinte ao da installação do mesmo Disse mais o Sr. Dr. Magalhães Castro,
collegio? Logo, se quando a mesa lavra o parecer já está n que era nullo o
collegid de Villa Nova, poixjue tinha dado unanimidade de
collegio organisado, como daquellas pala vias da acta colli-
votos ao Sr. Dr. Saraiva. Ora,
de Queimadas não concorrerão para a que motivo de nullidade é
gir que as turmas este ! O Sr. I)r. Magalhães Castro deve ter patente
Formação da mesa ?!...'Tirar dessas" palavras da acta seme- por essa
invenção. (Risadas.) Pois porque um collegio dá unanimi-
Ihíinte corçclusãoé darum testemunho bem pouco lisongeiro
dado de votos a um candidato
Io proprio senso e reflexão; <5 fornecer documento solemne que se demonstra, como tenho
demonstrado que era o candidato legitimo dó circulo, aseito
ou de fraqueza de lógica, ou o que é mais, e vem a ser a ver-
por todos; candidato a quem, antes de ir ao circulo, estaa-
dado de incontestável desespero de causa.
do já ali o Sr. Dr. Magalhães Castro, cscrevião dizendo :
< Não tenha incommoaos, não
O Sr. Bezerri Cavalcanti:—A sua argumentação 4 precisa de vir até cá, esteja
certo de que todos os nossos votos são em favor da sua can-
uma bella petição de princípios.
didatura > ; será por ventura a unanimidade da votaçüo
"O — Petição motivo suffíoiente para considerar-se nullo esse collegio ?
Sn. Fkrivmdes ba Ccxni: de principio» ? !
Isso me espanta. E quando o Sr. Dr. Magalhães Castro e o tabellião Na-
zianzeno, que veio de propo-ito a esta corte, mandado pelo
O Sr. Bp.ZF.nRv Cavalcanti : — Eu lhe mostrarei.
padre Severo, para aqui representar essa comedia ridicula
O Sr. Fernandes nx Cunha : — Estimarei que mostro. com as publicações que fez, furção a esses eleitores a fazerem
O Sr Dr. Magalhães Castro insiste muito resta exclusão, uma solemne declaração, confirmando que votárão todos
que elle reputa uma preterição de formalidade essencial, espontânea o unanimemente no Sr. Dr. Saraiva, póde-se dizer
embora fantástica como é, visto que a deduzio falsamente que 6 nullo o collegio? Vou ler essa declaração :
por uma argumentnção toda viciosa daquellas palavras da c Nós abaixo assimilados, eleitores das freguezias do Sc-
acta acima transcripta. Admitíamos, senhores, que assim nhor do 1 (umfim da Villa Nova da K&inha, Queimadas e fre-
seja, que as duas turmas de eleitores das Queimadas níio guezia Velha, em resposta ao escripto do Sr. Dr. José
tivessem concorrido para a composição da mesa do collegio. Antonio de Magalhães Castro, transcript ) no Diário da B i-
O que vale isto, o que significa? Resultaria porventura hia do mez de Dezembro, declaramos:
dessa omissão nullidade ainda t 1 o Que a acta da eleição secundaria
•quando o facto pjira o collegio eleitoral, que assignaraos
qtie se sup realmente houvesse aconte- no dia 3 Dezembro no collegio eleitoral, é a expressão da
cido, ou essa hypothese imaginaria se tivesse dado? Não, verdade.
i absolutamente. j <2.o Que não votamos 110 Sr. Dr. José Antonio de Ma-
Primeirainenté, no rigor da Jogiea, e dos principio? da lei galhães Castro, porque já nos havíamos compromettido pela
eleitoral, talvez não seja muito fácil ao nobre deputado de- candidatura do Sr. Dr. José. Antonio Saraiva, e não éramos
monstrar (segundo tem reconhecido' a commissão de po- tão néscios
que fossemos dar votos ao homem que se havia
deres, e j:\ por algumas vezes ec tem decidido na casa), ligado com o do padre Severo)
partido contrario ao nosso (o
que de direito stricto os eleitores em duplicata devão con- e nos movia guerra, aconsolhando c
promovendo duplicatas
correr para a formação das meeas doscollegios; mas, quando falsas de eleição.N
isto se admitta, quando se entenda que todos os eleitores, « 3.»
Que o Sr Dr. Vinnna não commetteu a menor vio-
quaesquer que elfes sejão, pelo simples facto de serem por- lencia e arbitrariedade, e nem infiuioem nossos votos,
por-
tadores de diplomas passados pelas mesas-parochiaes de que não precisamos do influencia estranha para sustentar-
suas respectivas freguezias, teníião o direito de intervir na mos a nossa
palavra, nossos interesses e nossos brios.
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DÉCIMA QUINTA SESSÃO PREPARATÓRIA EM GO DE ABRIL. 137

Que toda a Villa Nova é testemunha de que nos


4.0 Aqui esti uma carta do Sr. Dr. Magalhães Castçp, cs-
reunimos 110 dia 2 no pa^o da caraara municipal e elegemos cripta ao Sr Dr. José Alfredo Machado a este respeito:
a mesa, e no dia 3 ouvimos missa e a oração do padre Mes- « Meu caro amigo e collega. Joft, ás 5 horas da manhãa

sias ; depois do que nos recolhemos ao collegio. e ultimámos 12 de Novembro de 1856.— Aqui cheguei hontem A noite»
a eleição s<-m a menor opposição, pois se havião retirado do serião tí horas, com optnna viagem. Parto hoje
para o Joa-
mesmo collegio os eleitores em duplicata das Queimadas, zeiro, esperando dar U hoje mesmo. Vai comigo V. na mi-
únicos que votárão 110 Sr. Dr. Magalhães. nha lembrança, e não esquecer-me do caracter mais
posso
t 5.0 Que nunca merecemos ser como fomos tratados, sympathico que me
prenda na actualidadc Tocamo nos em
alguns pontos, e mais alguma cousa eu diria se não me
pois S. S. sabe que tivemos toda a razão para lhe nogarmos cm-
nossos votos, que forão dado3 ao Sr. í)r. Saraiva muito bargasse o meu estado de dependeneia em
que estou de V.
espontaneamente pela estima e consideração cm que o temos Seja porém o suecesso qual fòr% acredite .que muito o estimo
e ao Sr. Dr. Victor de Carvalho pelo pedido de amigos nos- j&. desejando e om o maior prazer assignar-me seu collega,
sos a quem não podíamos faltar. amigo certo e obrigadissimo de ooração —Magalhães
Castro.
« Finalmente declaramos sob nossa palavra que N. B. Não dê importância & duplicata desse
quanto padre porco stm
dizemos i a verdade, e que fazemos votos para que os juizes juizo, que faz pena, porque é escandalosa. »
nossa terra procedão em milerias
que forem mandados para O Sn. Saeaiva : — Note a camara
que 6 o Sr. Dr. Maga-
eleitoraes com a mesma honra e desinteresse com lliães Castro quem chama ao padre Severo de
que pro-
cederão os Srs. Drs. Vianna e Alfredo Machado, a quem se porco, e sem
juizo. (Risada*.)
não deve attribuir a votação que teve seu cunhado, pois
que O Sr Fernandís da Clnhv :—Eis-aqui,senhores, cartada,
delia desistio em faroí do Sr. Dr. Magalhães Castro, não
aceitando nós a desistencia, porque o collegio da Villa própria letra e lirma do Sr. Dr. Magalhães Castro, que mos-
Nova não é propriedade de pessoa alguma e nem mercadoria tra não só que o padre Severo fizera duplioata falsa na ciei-
sujeita a trausacção. çiio, como que elle reprovára semelhante escandalo ; que
Villa Nova da Rainha, 10 de Janeiro de 1857.—Auto- portanto o que sorprende e admira não é a apresentação de
taes cartas, mas i! a basofia e a impostura, com
nio da Si Ira Duarte, José Pereira .Vaia, João Feli.v Barata, que, liaven-
do-af aliás eseriptoo Sr. Dr. Magalhães Castre, nlasona en-
João José Pinto de Souza, Irenio Gentil Gomes, Francisco Fer-
tretanto mui ancho da integridade do seu caracter e invec-
nandes Pereira da Guerra, Gervazio Gonçalves Martins, Joa-
tiva o seu adversario, aquém
tjuim Brandão de Oliveira, Antônio José de Souza, José Antonio pretende desconsiderar insi-
nuando, que nas circutnstancias da sua causa o mysterio
de Morgado Silva, Manoel da Silva de Jesu*, João Feli.v Mar-
muito mais lhe convóm.... A' vista
tins, Manoel do Nascimento Silva e Torres, Ignacio Pereira porém do exposto, avalie
a camara e decida de que lado está a verdade ou a falsidade
Guimarães, José Vieira Guimarães, Joxé Licinio Pereira do
de que lado a sinceridade ou a impostura.
Nascimento, Manoel Ferreira da Silva, Antonio Bispo de Mor-
Senhores, nverdadeé que oSr. Dr. Castro chegando a Villa-
gado, Antonio Monteiro da Silva, Monoel FelLvMartins, José
Nova na vespera da eleição
Joaquim de Farm, José Antonio de Mendonça, Manoel Marcol- primaria de Novembro, carre-
Una Vieira, Antonio Alces da Cosia Pequeno, José Alues de gado de cartas do seu cunhado e dos magnatas e cortezãos do
império, hospedou-se era casa do Dr. Alfredo Machado,
Carvalho, llenedicto Pereira de Souza, Major Joio Avellino Pe-
reira Duarte, cnpitflo Antonio Felix de Araújo, José Feruan- para quem levára muitas cartas, especialmente de seu cu-
nhado o Dr. \ ictor de Carvalho,
des da Silva Cardoso. Joio Antonio de Araújo, Antonio Manoel que depois do malogro do
sua candidatura fez essa celebre declaração,
de Araújo; Joaquim Corrêa de Mendonça, José Cornei io de A rau- que jft foi
lida na casa, e demonstra até
jf'o, Braz Barreto de Araújo, V irtorino Procopio da Silva, Fran- qne quo pont > chegava a sua
adhesão á causa do mesmo Sr. Dr. Magalhães Castro.
visco José da Silva, Manoel Ignacio de Oliveira, Antonio de O
Chrislo Leitno. T)eziderio C01 rea Maciel, Jsronymo Doctor deu Sr. Dr. Alfredo Machado não interveio na eleição, nem
Virgens, José Manoel de Carvalho, Antonio Gomes llego, pesou ou ipfluio sobro o seu resultado ; mas considerado o
Joào
Baplista Ferreira, José Fehx estimado geralmente pelos membros mais conspicnos do
llarreto de Araújo, Felippe
Anaslacio de Souza, Jeromjmo Manoel Larangeira, José Gomes partido adverso do padre Severo, cm attonção a elle, e a ser
seu hospede o Sr. Dr. Castro,
Rego, Antonio Ferreira de Araújo. Apolonio Alves Maciel, poderia esse grande partido
dar-lhe alguma votação se outro fosse, o
Ignacio José da Silva, Francisco Fernandes d* Carvalho, Joa• procedimento do
reforido Sr. Dr. Castro. Mas, logo
quim Feli.v Vieira, Flor ene io Teixeira Palhas, Antonio quo elle ao chegar lan-
ferreira Guimarães, José Francisco de Oliveira, Manoel Feli.v you-se inteiramente nos braços do padro Severo, logo
que
o aconselhou a duplicatas falsas, e
de Carvalho, José Ferreira Guimarães, Manoel José deCarva- promoveu sua execu-
lho, Silverio Pereira Guimarães. » ção, assim como foi causa do que o tabellião Nazianieno
K' este proprio juiz aqui inveetivado.o Sr I)r. José Alfre- passasse certidões falsas, falsamente se queixasse, e falsa-
nieuto esorovesse confessando-se falsário,
<lo Machado, é esto juiz em cuja casa se liospedftra o Sr. etc. ; tornon-se
impossível absoluto
Dr. Magalhães Castro, e a quem além de muitas que o partido adverso ao padre Severo,
persona- e que apoiava no Dr. Saraiva, lhe désse um sí< voto.
Esta <5
gens de importância fóia especialmente rocommendado por ainda uma razão da unanimidade de votos
seu cunhado Dr. João Victor <le Carvalho ; é este c que obteve o Dr
juiz Saraiva no collegio da Villa-Nova da Rainha.
por attenção ao qual o coronel Silva e seus amigos quorião Vou agora mostrar, Sr.
dar ao Sr. Dr. Magalhães Castro, votação para supplent» ; _ presidente, que o tabellião Na-
zianzeno pas.sou sempre certidões falsas ao Sr. Dr.
o certamente a darião se não fosse o Castro;
procedimento incon- e sendo esta a.sua única
venieute do mesmo Sr. Dr. Magalhães Castro, prova, o seu único argumento con-
',<) que além de tra » validade da eleição cio Dr. Saraiva, a camara
privar e cortejar o partido do padre Severo, o aconselhou avalie a
decida da ponderação
a fabricar duplicatas falsas ; é este o contra que devemerocor a representação do
juiz quem se mesmo Sr. Dr. (.'astro. Aqui cs ti uma ccrtidãc do tabellião
revolta agora o Sr. Dr. Magalhães Castro, o o sacrilica assim
como um caracter desleal!... Fialho, que diz o seguinte :
Isto, senhores, não è digno,
« Certifico cu e scrivão
não e nobre, não é
generoso !... que, rnferindo-mo á opinião publi
ca, reunio-se o collogio com todos os eleitores d jsto muni-
O Sn. Saraiva : Peço ao nobre d»pntado
que tenha a eipio no
paço da camara municipal desta vilianodla 2 do
bondade de explicar a razão
porque o collogio votou no *r Dezembro, sondo presidido
Dr. Victor para supplente. pelo supplicunte (a certidão •)
passada a pedido do coronel Silva Duarte), cuja actu foi,
O Sr. Kkrwxdi.s BA Cimia : — Eu explicarei adiante
como 6 geralmente sabido, transcripta 110 livro de notas
do
que foi porque nuo podia votar no Sr. Castro, depois de tudo tabelllãm companheiro, e conquanto fosse
quanto elle praticou unido ao padre Severo; que foi uma
quo, por um ollicio
convidado para transcrever em o livro do notas de meu
deferencia á seu cunhado o Dr. Alfredo, o oai--
que pnra isaò torio uma outra acta, busquei cm resposta euhtrahir-me a
também concorreu o nobre deputo do,
preferindo á que «e essa exigencia, por nunca me ter constado ati o
votasse antes nelle, do
que no Dr. Castro. onde ao menos foi retinido esse supposto collegio, e
presente
O Dr. Magalhães Castro disse no seu folhçto
Sr. que ;i-
'cz que não nalmente em o meu liviodonotHs não foi transcrípta acia
nem
aconselhou para que se fizessem netas falsas;
o Sr de eleição de collegio algum. 0 referido é verdade, e dou f,t.
Dr. Magalhães Castro disse que o Sr. Dr Saraiva não
«rã Villa Nova da Rainha, üde Dezembro de 185ii.—O 2» ta')-;l-
capaz de apresentar carta sua em que reprovasse o eseanda-
liao, Antonio Pereira Fialho. >
lo das actas falsas, exibir contra o seu caracter
que carta estft^outra certidão do tabellião Nazian?:eno : « Cer-
sua nesse sentido o sorprehendia e admirava. Agora vereis ;\qui
tifico eu escrivão que é sabido nesta villa terem-
porém, senhores, que essa jactanciosalinguagem não passa geralmente
sç reunido todr.s os eloitores dcBte termo na camara muni-
de uma arrogaute tarfalbada.
cipal 110 diu 2 do Correntfl, e
que formarão a mesa, e c;!legio
TOMO I.
13
13S DÉCIMA QUINTA SESSÃO PRE PARATORIA FM 30 DE ABRIL.

eleitoral, que foi presidido pelo supplente, nfto sendo eu Ha ainda annexa á mesma informação uma 3" certidão
testemunha ocular por não ter nesse dia sabido áiua. do mesmo Sr. tabellião Fialho, attestando
qne em Villa-
Ceitifico mais que sendo chamado pela mesa eleitoral 110 Nova tó houve um collegio eleitoral, presidido
pelo com-
dia 3 do corrente para transcrever no meu livro de notas a mandante superior Silva Duarte, reunido na camara mu-
acta da eleição, compareci, e lá em continente aos trabalhos nicipal, e que funccionou nos dias 2 e 3 de Dezembro;
a transcrevi no mesmo dia e anno, não transcrevendo outra constando 110 dia 3 A noite que um outro collegio,
presidido
acta além da mencionada. O referido é verdade, etc. Villa pelo tenente-coronel Simões da Silva, composto das dupli-
Nova, 6 de Dezembro de 1856. — Nazianzeno Leoncio de Fi- catas desta villa e das
Queimadas, fôra engendrado occul-
gueredo. > tamente pelo Dr. José Antonio de Magalhães Castro, sem
se saber o dia, a hora e o lugar. « ao 3<>
O mesmo tabellião Nazianzeno attesta ainda os tres que- Quanto quesito, cer-
sitos formulados/pelo presidente do collegio eleitoral, dito tiiico que fui chamado ás 8 lioras da noite do dia 3,
pelo te-
nente-coronel Francisco Simões da Silva,
commandante superior Antônio da Silva Duarte, a saber : para transcrever
em notas a acta desse sonhado collegio, ao
1», se o collegio estava ou não reunido no dia 3 de Dezem- que não annui
bro em que encerrou-«e; 2», se a transcripção da acta foi ou pelos motivos já expostos em outra certidão desta data, ii-
não feita dentro do collegio e em acto successivo ; 3o, se a cando assim respondido o ultimo
quesito.—Villa-i'Jova 5 de
mesma acta e sua trauscripção contém algum vicio, emenda Fevereiro. >

ou cousa que duvida faça, da maneira que passo a ler : Nessa mesma informação do nosso digno collega achão-se
« Certifico eu escrivão abaixo assignado, ele.: Quanto ao Io as actas das diversas freguezias do collegio du Villa Nova,
c 2° quesitos, que foi exacto o que allega o supplicante ; termo de exame feito na da eleição
primaria da mesma villa,
mim no livro de em que os tabelliues reconhecem
quanto ao 3o, que a acta transcripta por que a palavra—vencido—
nota3 estava limpa e sem vicio algum. Villa Nova, 6 de íoi posta posteriormente
pelo tabellião Nazianzeno em segui-
Dezembro de 1856. > mento^ do» nomes dos mesarios, e além disso a attestação do
Ora, senhores, á vista do exposto, quem em boa fé poderá Rev. vigaíio Jacintho Messias Feijó,
que entre outras cousas
«creditar na coacção do Sr. Nazianzeno, nas suas certidões diz o seguinte: « Que indo na noite do dia 10 de Novembro
falsas prestadas ao Dr. Castro, e em toda a força tragi-co- do annn pretérito á casa do Rev.
padre Severo Coim Atuá
mico-burlesea que clle nesta cfirte representou, ou antes o pagar-lhe uma visita, dentro desta villa, alii fura convidado
Sr. Dr. Castro em sou nome? E' crivei que-já tendo sido elle para uma sala interior onde se achavão reunidos o dito pa-
constrangido em Novembro, fosse em Dezembro á casa do dre Severo, seu mano o tenente-coronel Simões, e mais seis ou
acta ? E'crivei oito pessoas. Immediatamente
juiz, já sabendo que era para transcrever a pelo mesmo Rev. padre foi-me
vez, e portanto sendo uma ppdida attenção para escutai a leitura de uma acta da elei-
que tendo sido constrangido dessa
falsidade a acta e sua transcripção, passasse depois sem vi o- ção de eleitores desta freguezia que estavão redigindo, e que
lencia, dentro 110 seu cartorio, certidões da ordem das que seria submettida íi minha correcção, a
qual se achava es-
li ? São factos que nem precisão de analyee e commentario. cripta até ãs palavras—e obtiverão a maioria de votos—
, fi-
Passemos á leitora de outra ordem de documentos. _ gurando nella como presidente o supradito Rev. Severo, por
O honrado juiz de direito da .Jacobma, o nosso aigno col- ser o juiz do paz mais votado do districto da Itiuba,
que se
lega, incumbido pelo illustrado presidente*de minha, provin- deveria considerar mais vizinho do deNta villa, etc., embora na
cia de syndicar dos factos arguidos ao seu substituto Dr. distancia real da 12 léguas. Ao
que respondi que até ahi a
Rocha Vianna, constantes da sua representação aunexaá in- theorm era igual A de outra quaiquer acta; e
qne visto terem-
formação que prestou o mesmo juiz de direito, entre outros se deliberadp a fazer uma duplicata, porque a não iizerão na
documentos fez juntar os seguintes: Certidão do carce- igreja matriz, onde se dava toda a
publicidade? Com emphase
reiro de Villa-Nuva provando que nem em Nove-nbro nem então r»spondeu-me o venerando
juiz de paz da assembléapa-
cm Dezembro soffre prisão alguma o tabellião Nasianzeno rochial clandestina nocturna,
que o governo o que queria era
Leoncio de Figueiredo. eleição, e não saber se a acta era feita cm ca»a ou na igre-
O tabellião Fialho certiíica o seguinte em resposta aos ja, etc. Ultimamente informo a V. S. que no dia 3 de De-
de direito : < 1°„ quu no dia 2 o No- zembro, depois decelebrada missa pelo
quesitos do Dr. juiz parocho nctual, a que
vsmbro de 1856 só me consta o (5 publico ter-se reunido na assistio o collegio eleitoral desta villa, do qual era presidente
igreja matriz desta villa uma mesa parochial, presidida o digno commandante superior Antonio da Silva Duarte, re-
Ferreira Guimarães, desistindo da citei em presença desse uma oração analoga, etc.; dirigindo-
pelo juiz de paz Manoel
também o padre Severo Coim Atuá, se depois do acto religioso todo o corpo eleitoral
pretenção de presidi-la para acasada
depois das explicações e esclarecimentos dados pelo Dr. camara,etc., ignorando eu que outro collegio houvesse nesta
interino, José Antônio da Rocha Vianna, villa, ou na respectiva igreja matriz, a
juiz de direito que presidisse o te-
a que obedeceu o referido padre, tanto que como eleitor as- nente-coroncl Francisco Simõe3 da Silva. Eauandoeste,
signou a acta da installação da mesa, retirando-se logo a despeito de todo bom senso, levantasse um collegio falso,
depois para sua casa. Essa eleição durou até o dia 9 do dito imaginario e illegal, jamais me prestaria, ainda sendo enca-
mez, e foi no dia dez á noite, quando já era conhecido o Ie- recidamentc rogado a officiar na presctiça de tanta iramora-
vogou o boato de uma du- lidade, nullidadc e illegalidade, etc.
gitimo resultado da eleição, que
interesse do Dr. José Antonio « Deos guarde a V. S., 7 de Fevereiro de 1857.»
plicata de eleitores feita no
de Magalhães Castro, sem se saber em quu lugar, dia o Eu tenho pena de tomar assim tanto tempo i'i camara ;
hora, e por quem presidida, ficando assim também respon- mas a isto sou forçado pela necessidade da defeza, pelo
dido o 2» quesito. dever de honra de desmascarar ante o a impostura, e
paiz
«Quanto ao 3o e4°quesitos, respondo que não fui membro aleivozia, para que su saiba de que lado está a falsidade e
de nenhuma das mesas parochiaes, ccomo tal não me po- a fraude, e de que lado a verdade e o direito. Peço
pois, e
dia assignar, vencido ; mas tenho ouvido dizer que os qua- espero da benevolencia da camara que me ature
por mais
tro membros mesarios da legitima eleição, depois que se um pouco. Tenho ainda aqui, Sr.
presidente, duas repre-
retir&rão da igreja com o livro para extrahir os diplomas, sentações dos eleitores de Villa Nova, e Villa Velha, as3Íg-
énxertárão nelle a palavra—vencido.—Vill* Nova, 5 de Fe- nadas e datadas do mesmo dia 3 de Dezembro, em cue se
Tereiro de 1857. > copcluio a eleição do 12° circulo, contra a falsidade aa du-
O mesmo tabellião Fialho certifica mais i que tendo sido licata clandestina do supposto collegio do
padre Severo, e
no dia 3 de .1 e seu irmão Francisco
convidado (é outra certidão a novos quesitos) feimões, ambas reconhecidas pelo
Der.embro do anno findo pelas 8 horas da noite para lançar famigerado tabellião Nazianzeno, entretanto no mesmo
que
em notas a acta de uma eleição presidida pelo tenente-coro- dia 3 das 7
para as 8 horas da noite se finge e ligura coagido
liei Francisco Simões da Silva, que me officiouv respondi a transcrever uma acta falsa, legal), 110 seu
(a do collegio
dizendo que o meu livro de notas se achava em poder do livro dç notas !....
Dr. juiz ae direito interino, com o fim único de furtar-me Essas representações, entre outras cousas, dizem
(lendo):
a essa exigencia, visto como não me constou que um tal « Os abaixo assignados, etc., depois de haverem votado no
collegio se houvesse reunido cm lugar algum ostensivo, e collegio legal, etc., vêm agora no conhecimento de
que um
ào depois, segundo a lei, a hora do convite bem denotava a outro collegio se engendrara lioje_ na igreja matriz, onde
sua falsificação, tanto mais provável quanto é certo que reu- lhes consta ter-se dado como verídico o comparecimento
tiio-se o legitimo eollegio presidido pelo commandante su- individual dos abaixo assignados com a maior impavidez, e
Duarte nos paços da camara muni- desrespeito ás instituições do paiz. E como os mes-
perior Antonio da Silva políticas
cipal, com todas as condições da legalidade, cuja acta tinha mos abaixo assignades, inaa quando tal collegio se reunisse
fido transcripta nas notas do tabellião companheiro. » de facto, e não fosse só imaginado n'uma acta falsa e im-
DÉCIMA QUINTA SESSÃO PREPARATÓRIA EM 30 DE ABRIL J 39

moral, dictada pelo interesse de um candidato unanimemen pos:ção em que se acha e honrado como é, tenha a coragem
te repellido, jámais poderião pieferi-lo sem odezarquea de se apresentar
perante os poderes do Estado e o paiz com
lei e a verdade dosTactos fulminão contra falsificações semelhantes traíicancias ,
porque seus sonhados eleitores
dessa ordem ; entendem dever levar ao alto conhecimento dessa imaginada duplicata de Villa Nova nuo tiverãoa co-
de Y. Ex., etc., pois so crimes taes, além deescaparem á regem do se apresentarem na missa do Espirito Santo
pe-
era netas legitimas, raute seus conterrâneos.
punição devida, ainda forem convertidos
então póde-se dizer que o nosso processo eleitoral Hcarsl á Como é
possível crer-se que o Sr. Magalhães, cavalheiro
triste mercê das facções políticas, que, consciíts de sua fra- distineto, se anime a npparecer, como
já disse, com seme-
como meio de aventurar. > lhante trampolina, não só oompromettendo-se a si, como
queza, erapregíto fwtudes, a
Ora, se a 3 de Dezembro .o tabellião Nazianzeno, partidario honra e dignidade de mais alguma
personagem. Finalmente,
acerrimo, e figurante na duplicata do padre como ura de meu amigo, eu attribuo ao Dr. Mngalhães um momento de
seus eleitores, reconhecia todas as firmas dos eleitores re- delirio ou halluciriaçao, porque o caf>o não é
para menos,
ainda com o sol fóra na fôrma da mas logo que elle entre 110 seu estado normal lia d" re-
presentantes (e portanto _
lei), como pôde elle ser acreditado quando nttesta ao Sr. Dr. ílectir melhor e se deixara de
querer ser representante
Magalhães Castro na- suas certidões de 3, l e 5 do Dezembro par tal preço. E\ meu amigo, o que se passou uu eleição,
e ao governo da província em sua representação, que foi tal qual, sem a menor exageração. »
coagido pelo Dr. líocha Vianna, a passar no dia 6 certidões Infelizmente, senhores o que pensava esto cidadão
pru-
falsas, assim como a transcrever no dia 3 á noite a acta do dente e sensatamente, o que todo o circulo, toda a
província
collegio de Villa Nova. quo ellegeu unanimemente ao Sr. acreditava • esperava, foi o que não aconteceu. O Sr. Dr.
Dr. Saraiva, quando é o próprio Sr. Knziaiizeno que se des- Magalhãos Castro pertinazmente persistio l.allucinado no
mente sdlemnemente, fornecendo de seu punho um docu- seu tresloucado proposito, e pelo contrario, adulterando e
mento anterior em contrario?!.. Senhores, eu tenhonqui invertendo toda a verdade dos factos, é elle quem diz uu«
dooumeutos que bem provão a fé e conceito o Dr. Saraiva perdeu a cabeça ; 6 elle quem o acoima do
que deve mere-
cer o Sr. Nazianzeno; mas eu tenho
pena desse senhor, alma pequenina, quo no desespero não se resigna, capaz
condôo-me dellí, não lhe de empregar os meios mais ignóbeis para vencer um pai-
quero fazer mui, nem diffama-lo ;
entrego-o aos seus próprios actos, e ao da camara, e da mo de torra estéril ! .... Ora, na verdade é preciso muita
juiz
opinião publica, certo de que ambas condemnárão o sou re- impavidez e alguma cousa mais para tamanha afouteza'...
provado procedimento, se é que elle já não t-stá assá* punido Ài]iii temos ainda rs informações ottieiaes do Dr. juiz de
e arrependido de sua leviandade, o eondescendencia em direito interino, do Dr. juiz municipal e delegado, do Dr.
servir aos interesses do padre Severo, e do Sr. Dr. Magalhães promotor publico, ao presidente da provincia ; attestaçòes
Castro. de todos ao coronel Silva Duarte, o no Dr. Saraiva, e cartas
Sr. presidente, apezar da hora ir j 4 muito adiantada, eu não particulares a este, demonstrando e revelando todos os
p«fcso eximir-me de ler ainda certas informuções e docu- manejos, fraudes e pron essas que empregou o Dr. Castro
mentos que acabará'» de esclarecer perfeitamente a vencer. A camara me permittiri
questão, para que lêa alguns trechos,
e de levar á plenitude da evidencia a mais irrecusável
que já que é impossível, ou seria muito fastidioso ler tudo. O
tudo quanto tem escriptoo Sr. Dr. Castro eo tabellião Na- Dr. juiz dc direito interino diz : < conhecidos os
zianzeno: tudo épura invenção e falsidade. Vejamos ainda eleitores, começou a desenvolver-se o
gênio perigoso de um
mais alguns desses papais que tenho ante mim. Tenho aqui candidato por este circulo
(o Dr. José Antonio de Maga-
uma carta do S ¦. tenente-coronel José Pereira Maia, influen- Ihães Castro), o
qual, para vingar-se da repulsa que todos
cia real de Villa Nova, dat«da de3deDembro; diz ella: mostravão ás suas muitas pretenções, acon>clhou ao grupo
« Ulm. amigo Sr. Dr. Saraiva. — Hontem decahido a forjar uma duplicata nocturna do que só então
pelas 10 horas
da manhSa nos reunimos, os 24 eleitores da freguezia Ve- houve notioia, e o proprio Dr. Castro não 60 despejou de o
lha, 20 de-ta villa, e 52 das revelar a algumas possoas que me vier.io denunciar, m ara vi-
Queimadas, (entrão neste nu-
mero as duas turmas), oiganisnmos a mesa o í.epois desta lhadas desse inaudito artefaoto, tuuto maiB obra de um
tomar assento pedio a palavra o Simões, chefe da duplicata magistrado, e ex-representante da nação 1 etc. »
das Queimadas, pedindo que fossem excluídos os eleitores O Dr. Castro foi neste lugar a cansa motriz e única do
do 2o juiz de paz Luiz Felix, c como o collegio indefirisse alguns desgostos, embaraços e males oceorridos no processo
sua pretenção, prote-tou de fazer seu collegio em separado ; da eleiçào primaria, etc. O Dr. juiz muuicipal c delegado
hoje, porém, fomos á missa do Espirito Sauto, e informa A presidência : « Surge ante hontem (10) o ru-
prégou o
padre Messias Feíjó, comparecendo os mesmos eleitores mor de uma duplicata forjada entie o padre Severo e o
acima especificados, depois do que marchámos para o Dr. Josó Antonio de Magalhães Castro, n«> intuito de reme-
paço
cia camara municipal fomente os 20 eleitores da villa, os 21 diar alguma decepção o mesmo Dr. Ca tro venha a sof-
que
frer, eto. Consta mais
da freguezia Velha, e os 2f> das
Queimadas do 2° juiz de paz quo, verificada e*sa hypothese, pro-
Luiz Felix ; o Simões marchounom os dalla para .sua casa. mette elle constituir um collegio om separado, compito
As commissões derflo seu parecer, como verá da acta. — A desse* 20 eleitores imaginarios, e do mais outros 26 da du-
eleição correu placidamente obtendo V. S. 70 votos, e João plicata das Queimadas, eté. Em abono da verdade, devo dizer
Victor outros 70. a V. Ex que o padre Severo, resignado com a legitimi-
iODr Magalhães Castro, hontem depois de reconhocor dado do triuinpho de seus adversários p li ticos, não tencio-
liava recorrer ao meio inglorio de uma duplicata, etc. O Dr.
que não podia obter um só voto, pela» õ horas da tarde de-
clarou ao Dr. Alfredo, que ia lançar mão do único recurso Magalhães Castro foi quem o instigou a forjar essa cousa
cwm o nome de duplicata, debaixo da firme
que lhe restava. Estí lhe respondeu : — não lanço mão das promessa de va-
armas, que quanto ao mais podia fazer o lida-la 11a camara, c do repôr o dito padre na superinteii-
que lhe parecesse;
porém que sempre o aconselhava a que se deixasse de tran- dencia da politica local, quo ha pouco perdeu, etc. >
— Elle respondeu : —
polinas. quo chegava perto, mas não O mosmo Dr. delegado attosta ao coronel Silva Duarte o
mettia o nariz na lama. — pegou no chapéoe foi seguinte :
para a casa
do Simões, e ahi trabnlháiâo até ás 11 horas na acta de 2
Attosto, sob juramento de meu cargo, quanto ao 2o
de Novembro, que elle havia aconselhado des te o dia 9 do
mesmo mcz, (motivo este delle n&o obter um sõ voto do quesito, que não deu-se, nem podia dar-se coacção alguma,
legitimo collegio.) Até agora, 11 da noite, ainda te ignora pois como autoridade policial não consentiria nunca que o
voto popular fosse comprimido de qualquer maneira; quanto
eleitores emesanos, porque elles não comparecerão
quaes os ao 3°, quo não houve outra eleição além da presidida pelo
em parte alguma,
juiz de paz Manoel Ferreira Guimarães, que fuuccionou
« O Magalhães Castro sahio daqui ás 7 horas da noite, e •
desde o dia 2 até 9, etc. Quanto á eleição de deputado, attesto
*70
logo depois da sahida delle sal: irão os eleitores das 3 fre- o
que assisti a todo procosso delia, reuníudo-se o collegio
gueziau, acompanhados das tamilias gradas da villa, em 110 dia 2, e fuuccionou até 3 do corrente, eto. (Kefere toda* as
numero de mais de 200 pessoas, percorrendo as ruas com da separação da turma nulla da duplicata
particularidades
musica, tocando o hymno^ «acionai, e_ dando repettidos clandestina das Queimadas, e continúa) : Isto tudoaffirmo
vivas ao Dr. Saraiva, que erão correspondidos com foguetes de vista, pois esiava presente A reuniBo do collegio. Sobre
que atroavão os ates; 90 dúzias que lia dous diastinhiío ehe- o 4°, 1 quedevo attestar á que ao Sr. Dr. Magalhães Castio
gado queimárão-se todas. Sou agora informado de quo o Ma- attribue-se geralmente a paternidade de todas essas cousas,
galhães ainda está era casa do Simões acxbando He sacru- em razão de não ter sido bem aceito neste collegio, do qual
montar as 2 actas, de 2 de Novembro e a do colleginho ima-
pretendeu vingar-se, forjando-lhe essot. embaraços, de mãos
giuario, etc'. Não creio que o Dr. Magalhães Custro, na dadas com o padre Severo Coim Atuá. »
DÉCIMA SEXTA SESSÃO PREPARATÓRIA EM 1 DE .MAIO.

'
O mesmo Dr. Alfredo Machado, em resposta aos quesitos tioulares, e muitos outios documentos,
provando todas essas
i Quanto ao 2o, affirmo
que lhe dirigio o l)r. Saraiva, diz : verdades e os meios de que usára o Dr. Magalhães Castro
sc3H> minha palavra de honra, e j uramento de meu cargo, que i para se fazer eleger ;
porém de mais tenho enfastiado i ca-
nesta villa só houve uma eleição presidida pelo 3" juiz de mara, o abusado de sua benevolência c attenção, além de
da Villa.etc. Apenas se prophetisava que
paz da freguezia que reputo exuborancia e luxo de provas ítapresentaçãode mais
o Dr. Castro realisaria uma duplicata posterior, caso, etc,; e documentos a respeito. Creio a camara se satisfaz
que com
a prophecia realisou-se com grande espanto e admiração de os iá lidos.
todos os que ainda duvida vão que um magistrado e ex-repre- Note-se que são promotores são mu-
# públicos, que juizes
sentante da nação fosse capaz de autorisar a mais odiosa e nicipaes,
que são funccionarios que estão debaixo da depen-
revoltante falsificação. Ào 3°, espalhou-se 110 dia 10 que na i dencia do
governo, que entretanto não se importão de se
casa do padre Severo, a conselho do Dr. Castro, se estava exporem ás iras do
poder para dizerem tão sómente a ver-
fabricando uma duplicata falsa, etc. Todavia dade.
julgava-se (Apoiados.) Entretanto
"Castro
todos mentem, só o tabellião
ainda que o Dr. Castro, zeloso de sua honra e dignidade, Nazianzeno e o Dr fallào a verdade
foiçara a duplicata como meio de amedrontar os legítimos 1 1'rescindirei da continuar, visto
que a camara mostra
eleitores, movendo-os a lhe darem seus votos, mas
que em quorer que eu conclua. Senhores, quem falia como eu te-
caso nenhum seria capaz de tentar um collegio nullo, etc. nho feito mostra
que não teme a luz, que não quer myste-
Assim, porém não aconteceu, e foi com
pasmo que no dia 4 rios; antes
pelo contrario deseja a discussão franca e leal,
ouvio-se falirrn'um outro collegio arranjado pelo mesmo ampla e desenvolvida o mais
; possivel ; prova solomuemente
modo, «te. Ao 4o, desenganado o Dr. Castro de que não era que não teme discutir e3ta questão em qualquer terreno em
recebido como deputado eleitores deste collegio, teve a que a colloquem. Tenho
pelos pois demonstrado ante o paiz que o
leviandade de declarar supplencia, e
que não agradeceria a Sr. Dr. Magalhães Castro tem representado aquillo
que não
em suas mãos tinha os meios de vingança. Quaes estes erão : devera representar ; o Sr. Dr. Magalhães Castro empregou
que
conheceu todo o mundo, e já não era digno o Sr. Castro da ! toda a sorte de meios e manejos vencer a eleição
para do cir-
menor benevolencia dos legítimos eleitores, que feridos em í culo, assim como ainda agora emprega
para com a camara
sua honra, © vendo nesse candidato um inimigo rancoroso, ! o meio da representação como uma nova estratégia, íigu-
assentarão em dar-lhe completo garrote, etc. rando-se estar muito seguro e confiado no seu bom direit»
j
<0 Sr. Dr. Castro teve a de assistir a todoo illudir as oonsciencias escmpulosas, os espirito* sim-
pachorra pro- para
cesso do legitimo collegio nos dias 2 e 3 de Dezembro, como pies e fracos, os ânimos incautos, de fé singella e pura
que ainda animado de alguma esperança ; e foi sò depois de que não podem conciliar uma linguagem tão altiva , com
convencer-se da derrota, e de encerrado o collegio no dia 3, tão irresistível assento de convicção, serena e impertur-
que em casa do padre Severo escreveu-se uma acta falsa. havei, com a mentira e a fraude, tão dissonante e re-
O legitimo collegio reunio-se nos paços da camara á vista e pugnante a tal linguagem. A camara de 1857, porém, em
face de todos ; e a acta falsa do sonhado collegão só existe na sua sabedoria e moralidade fará
justiça a taes meios, e de-
mente do Dr. Castro, muito embora pretenda convencer a cidirá rectamente qual o legitimo representante do 12o cir_
camara de que de sua legalidade, por meio de documentos culo de minha província.
gratuitos e falsos do tabellião Nazianzeno, creatura do pa- Concluirei , senhores , dizendo simplesmente o
dre Severo, etc. Omitto muita cousa ainda porque â camara que
Sr. Dr. Magalhães Castro não teve votos em Villa Nova,
dos Srs. deputados hão de ser presentes as peças ofliciaes da» votos que tenho explicado não ter, era impôs-
que podia que
autoridades desta comarca, onde vão miuuciosamente nar- «ivel que tivesse; desesperado
por não sahir deputado, não
radas todas as occurrencias da eleição secundaria desta
podendo obter um só voto nesse collegio, do qual entretanto
villa, que s<S teve a infelicidade de ser visitada pelo Sr. Dr. aómente dependia o triumpho de sua candidatura, é a razão
Magalhães Castro, cujas*consequencias com razão se podem porque desencadeia contra elle suas iras j escogita tudo ;
equiparar âs de uma verdadeira epidemia, etc. No Joazeiro todo o meio lhe serve, não reparando
que está fazendo um
o comparárão a um cometa terrivel e assolador. » papel que não lhe lica bem, contrario inteiramente ao bom '
senso, porque não haverá acredite
I.?rei agora alguns trechos da attestaçãedo Dr. promotor quem que é falsa uma
acta assignada
publico Joaquim Teixeira de Oliveira Júnior, moço muito por qnasi todos os eleitores; qu» é defendida
honrado o intellig-nte, e superior n toda suspeição, porque por todas as informações ofliciaes ; que é defendida até pelo
não so envolveu por neuhum titulo na eleição, e a quem presidente da provincia; que é defendida cm summa polo
nunca accusou, quer o tabellião Nazianzeno, quer o Sr. próprio tabellião Nanzianzeno Leoncio de Figueiredo !....
Senhores, desde que
Dr. Castro. Diz cllc: Io, attesto que a eleição que se já estou enfastiando á camara (nlo
apoiados),
procedeu nesta villa a 2 de Novembro foi feita com toda quo minhas palavras se tornão inúteis, pois que
regularidade; 2o, nttesto a camara fará justiça ao caracter distineto o elevado do lion-
que não me consta ter havido
«lacção alguma, e tanto que os partidos pleiteárão n eleição rado Sr. Dr. Saraiva, é incapaz de usar de meios igno-
que
até ella ultimar-se; 3o, attesto que nenhuma outra eleição heis, do manejos fraudulentos, ou deactaB clandestinas e
s' fez na matriz al<!m da presidida pelo 3° juiz de falsas.... A
paz Ma-
noel Ferreira Guimarães; entretanto dias depois do feita O Sn. Bezerra Cavalcanti : — Mas não conte com a vo-
esta, etc., eonsta-mo que em a noite de 9 de Novembro uma hição já.
outra eleição se lizera numa casa particular t>ob as inspira-
O Sr. Fernandes da Cunha : —Nem eu quero que se vote
Ções doDr. Jo.íé Antonio de Magalhães Castro, etc. Attesto
que vi o collegio eleitoral reunir-se por dous dias succes- js\ ; pelo contrario desejo a mais longa discussão, e compro-
sivos no paço da camara municipal; que vi o tenente-coronel metto-mo desde já a responder-lke. Concluirei, portanto,
Simões exigir a exclusão dos 26 eleitores em duplicata dizendo que se lia falsidade na eleição do 12» districto da
pela toda
freguezia das Queim>idas. e como amesrt indeferisse, etc., o minha provincia, ella partio incontestavelmeute do
referido tenente-coronel retirou-se com seus eleitores, etc. > lado que apoiou ao Sr. Dr. Magalhães Castro. Peço, por-
tanto, a dos falsificadores.
Isto que aqui deixo dito coincide com as cartas que tive punição (Muito bem, muito bem.)
da Jacomna de alguns amigos, • uffirmav&o ter-lhes O Sn. Frksidlstk marca a ordem do dia.
que m
afiançado o Dr. Magalhães Castro,que se fosse derrotado na
Levanta-se a sessão.
eleição desta villa, formaria um outro collegio com o f m de
nullifirtar a eleição. Entretanto sei que o collegio continuou
a funccionar no paço da camara, com todas as formalidades
da lei, etc. « Quanto ao ultimo quesito, attesto que ao Dr«
Magalhães Castro se attribue as
geralmente a causa de todas Deciiua-ccxl» sessao
difliculdades e embaraços com que se lutou na eleição, pelas prepnrnlói-in em t<> de

estratégias e meios pouco decentes que empregou Blaio.


para ven-
cer a eleição deste circulo, por onde foi candidato, e por
PRESIDÊNCIA DO SR. JOAO PEDRO DIAS VIEIKA
onde era mal recebido. Villa Nova, 9 de Dezembro de 185-».» (1° SECRETARIO.)
Eis-ahi a linguagem unanime de todas as autoridades, de
todos os eidadães dos diversos collegios do circulo. A não Su.MMARio.-—£a?pe(ííe/itó.—Ordem do dia.—Eleição do Cearei,
ser esta a verdade, como cxpIicar-se essa concordia e har- Discursos dos Srs. Paes Barreto a Pacheco. Votação.—Elei-
monia de informações, essa especie de conspiração Çào de S. Paulo.—Eleição da Bahia. Discursas dos Srs. Be-
geral
contra o Dr. Castro, abraçada por toda a opinião terra Cavalcanti, Madure ira e Saraiva. Votação —Eleição
publica do
12° districto? Tenho aqui ainda ju^ificações, cartas dê Minas. Votação.—Eleição das Alagôis Votação.—Admis-
par-
SEXTA SESSÃO PRE PAUATORIA EM 1 DE MAIO. l/U
DÉCIMA

são do supplenfe do 7° distrirlo do Rio do Janeiro,— Yoloção. voto de censura lançado sobre o presidente da provincia d_
—Eleição de Pernambuco. Discursos do* Srs. Oliveira Lobo e Ceará, o qual, no entender da commissão, não tomou pro
?idencias, como era do seu dever, para que a liberdade d
Augusto de Oliveira.
voto fosso mantida; que ou não podia, sem de algum modo
Ás 10 horas '/. da manhiu, aehando-sa provento? os Srs. reconhecer-me culpado, deixar de protestar centra essas
Marti nho Campos, Fernandes Vieira, Ccrqueira l^eite, via- asseverações, u provar perante esta camara e o paiz queui
conde de Baependy, Dias Vieira, Teixeira Júnior, Ramalho, illustre commissão de poderes foi não só severa, como muito
Silveira Lobo, Nebias, Mendes da Costa, Souza Leão. Luiz injusta para comigo.
Francisco, Cunha Mattos, André Bastos, Salathiel, Guviã > Antes, porém, de trazer ao conhecimento da camara o
Peixoto, Villela Tavares, Franco de Almeida, Pacheco, Sil- procedimento do presidente da provincia do Ceará em rela-
Mno Cavalcanti, Dantas, Costa Pinto, Monteiro de Barro», ção á eleição do Crato, antes de provar pela exposição dos
Serra Carneiro, JoãoFolippe, Athaide, Mendes de Almeida, actos por ello praticados, e das medidas tomadas para que a
Baptista Monteiro, Paiva, Jaguaribe, Paranaguá, I.uiz Car- liberdade do voto fosse mantida e respeitada, que a commis-
los, Pompèo, Alcantara Machado, Salles, Pinto de Mendon- são esta bem longe deter sido justa em sua censura, per*
Torres Homem, Henrique», Bezerra mitta a illustre commissão que eu me queixe da sua dureza
ça. Pinto de Campos,
Cavalcanti, Vasconcellos, Domingues, Cyrillo. Tiberio, e severidade para comigo.
Cunha Figueiredo, Pederneiras, Si o Albuquerque, Paes Senhores, contra n eleição d i freguezia do Crato eíimonto
Barreto, Barbosa da Cunha, Pereira Pinto, Brandão, Fiusa, existe entre os papeis remettidos á camara dos Srs. deputa-
barão de Camaragibe, Rego Barros, Barros Pimentcl, J. dos uma representação de alguns individuos daauella cida-
Marcondes, Saraiva, Madureira, Miguel Araújo, Augusto de; essa representação não se lunda em ura st'» documento,
Caldas, Diogo Velho, Gonçalves da Silva, Almeida Pereira, não ó acompanhada ae uma prova sequer que confirme a*
Viriato, Del fino de Almeida, Peixoto de Azevedo, Sampaio suas allegações : a própria commissão achou-a tão improce-
Vianr.a, Silva Miranda, Benevides, Pedro Muniz, Cruz Ma- dente, tão pouco digno de attenção que a declarou incapaz
ehado, F. Octaviano, Callieiros, Aranha, barão do S Bento. de iníirmar a eleição que ella impugna ; mas, Sr. presidente,
Fernandes da Cunha, Antunes de Campos, Castello Branco, é nessa representação aue a commissão renuta sem valor ,
sobre o presiuente da provin-
Augusto do Oliveira, Tobias Leite. Pereira Fmnco, Araújo que ella se funda paia lançar
Lima, Augusto Corrêa, Lima e Silva, Barbosa, Belfbrt, cia imputações tão graves como as que se achão exaradas
barão de lVlauá, Felippe de Araújo, Jeronvmo Coelho, e em suas palavras !
Bôlisario, abre-se a sessão. Era natural, Sr. presidente , que achando-mo eu nesta
camara , encontrando-me todos os dias com os nobres de-
Lô-se e approva-se a acta da anteeedente.
elles procurassem ouvir-
putados membros da commissão,
O S«f Io Secretario dá conta do seguinte me a respeito das allegações que erão feitas contra as auto-
ridades da comarca do Crato.
EXPEDIENTE.
Note a camara que os autores da representação não se
elle in-
Um officio do ministério do império, communicando que queixão do presidente da provincia , não dizem que
no dia 2, A 1 hora da tarde, S. M. I. recebe a deputação terveio na eleição : queixão-so sOmente das autoridades lo-
dosta camara.—Inteirada. caos. Entretanto a illustre commissão entendeu que devia
dar como provadas essas allegações sem ouvir-me, que devia
Vai á respectiva commissão de poderes o diploma do Sr.
inilingir um voto de ceusura contra um presidente, do qual
Francisco Alves da Silva Campos, deputado eleito polo 2° dis-
o partido da opposição na provincia do Ceará não se queixa
tricto da província de Minas Geraes.
de ter influido na eleição por qualquer meio. Eu não qui-
zera favores da illustre commissão; a minha consciência
PRIMEIRA PARTE DA ORDEM DO DIA
me diz que não preciso dellcs. Queria semente que me li-
ELEIÇXO DO CEARÁ* zesse justiça , c de certo justiça não luz quem condemni
sem ouvir o accusado.
(8o dislricto.) Scuhores , a commiêsão de poderes foi mais injusta para
comigo do que o proprio partido da opposição do Crato.
Entra em discussão o parecer da 2n cominissão de pode- Teuho anui o Aranpe, órgão desse ua que lia cornar-
res relativo & eleição do Sr. Anuró Bastos de Oliveira partido
(Vidi ca, quealiá» não prima por moderado : en»e periódico no seu
sessão de 29 de Abril.) 11. t>9 de 15 de Novembro , explicando a derrota da opposi-
O Sn. Paf.s Barreto :—Comquanto não possa dar o meu ção na freguezia do Crato , a attribu1' unicamente no pro-
voto ao parecer que se discute, na parte em que a illustre cedimento da mesa, a qual, segundo elle assevera, rejeitava
commissão recusa a sua approvação á eleição da freguezia os votantes da opposição , o aceitava os votos de individuos
do afio esta vão qualificados.
de Barbtilha, porquanto as provas em que se baseia essa re- partido contrario, que
cusa nã<> merecem a menor fé, como terei occasião de mos- Elle não diz que os autoridades tivessem comprimido a
liberdade do cidadão , ijuo o presidente da provincia deixou
trar, todavia eu deixaria de tomar parte na discussão do pa-
rscer se acaso a illustre commissão de poderes não houvesse de tomar ns providencias necessarla» , para que essa liber-
na sua exposição de motivos lançado um estigma sobre a dade fosse mantida.
administração da A illustre commissão, porím, em vista de uma reprosen-
provincia do Ceará.
A illustre commissão, tratando da eleição do 8® districto taçuo que ella própria declarou sem valor . afiança ú cama-
da provincia do Ceaiâ, diz o seguinte: ,ra e ao paiz que o governo, isto é, o presidente da provincia.
« A commissão examinou attentamente esta eleição, o não procurou desassombrar os ânimos agitados pelos acou-
observou tecimeuto» de Setembro , e garantir a liberdade dos cida-
que contra cila existem duas representações, uma
da cidade do Crato, e outra da freguezia da Barbai ha. duos.
« Na primeira nllega-se Tenho ainda aqui uma carta que me foi dirigida depois
que a liberdade do voto fôra com-
primida naqucllacidade.onde se fizerasentir a acção do chefe da eleição pelo Sr. Dr. Ratisbona , moço de talento , do um
de policia, c das autoridades locaes contra essa liberdade. Ss caracter distineto e seguramente uma das esperanças da
bem que seja para lamentar quo dando-se ali nas eleições provincia do Ceará. (Apoiados.)
da camara e juizes de paz um eonflicto sanguinolento, o Leio esta carta, Sr. presidente, porque cila honra aquém
governo não tomasse medida» enérgicas e decisivas que a escreveu : é um candidato derrotado quo podia estar ir»
desassombraísem os ânimos e mantivessem a todo o custo a ritado contra o governo, porque é costumo attribuir ao ao-
liberdade de ambos os partidos na immediuta eleição, não remo todas as derrotas que soffrem os pretendentes em ciei-
e que entretanto não duvida fazer justiça
parecendo satisfactorias as que tomou para tranquiliear os ções (apoiado») :
animo» e convencê-los de sua sinceridade, comtudo não se ao governo o fallar a linguagem da imparcialidade. Eis o
o Sr. Dr. Ratisbona em data de 15 de De-
achão provadas as allegações dos representantes
que procu- que me escreveu
rão desculpar esta falta, declaraudo não haver ali uma zembro.
autoridade insuspeita,
perante
a qual pudessem reclamar « As occupações em que tenho vivido dep"is da eleição
do calma
justiça; e pois fallecendo inteiramente provas quejustifi- de Novembro não mc tem concedido um rnomonto
quem os fuctos que forão em a dita representação deduzidos, minuciosamenta a V. Ex. Julgo, í*róm, que
para escrever
é claro que não ha razão para repellir o diploma do dito Sr. a este respeito a minha falta i deaculpavcl, porque V. £x.
deputado eleito, ou demorar o seu reconhecimento. » modo por que aqui correu a eleição.
já estará inteirado do
A camara compreheude, Sr. presidente, em vista deste < As mesas parochiaes aqui na Barbalha o em Milagre»
lk-2 DÉCIMA SEXTA SESSÃO PRF MRATORIA EM 1 DE MAIO.

jicast^Uárão-se no seu direito de recusar , e inutiUsárão Luiz Alves Pequeno Júnior. Este cidadão até 7 de Janeiro
todos os esforços da opposiçâo. No Jardim a immensa maio- deste anno exercia o cargo de juiz municipal do termo do
ria opposta ao lado dominante conseguio completo trium- C/ato , porque na falta de supplente lhe cabião as respecti-
pho ; em Missão Velha a opposiçâo retirou-se á vista da vas funeções na qualidade de vereador mais votado.
ostentação e apparato de armas com que o Que autoridade mais própria podiâo os representantes
partido saquare-
ma compareceu nas urnas. Eu envidei os meus esforços , encontrar para fornecer documentos e provas contra a elei-
afim de que o lado a que pertenço não désse lugar á mais ção do que o juiz municipal ? (Apoiados.) Se a illustre com-
pequena desordem, e lisongeio n,e de o haver conseguido. » missão fosse mais benevoJa para comigo, se tivesse querido
Ku observo á camara que o Sr. Dr. Eatisbona não entre- ouvir-me antes de lavrar o seu parecer , de certo não daria
_
tinha relações de amizade comigo a importancia que deu a essa representação , porque veria
quando escreveu esta car-
ta : nunca me tinha visto , conhecia-me unicamente qne é ella falsa em todas as suas partes , e que os teus au-
pelos
meus actos como presidente. tores procuravão pretextos
para illudir a camara.
No entanto eis como o chefe da opposiçâo na comarca Mas, Sr. presidente , não era Bómente do juiz municipal
do Crato explica a derrota do seu
partido ; elle não se quei- que os autores da representação podião obter os documen-
xa senão de uma autoridade tos necessários para apoiar as suas allegações ; esses docu-
, da de Missão Velha , a qual
de. passagem direi mentos podião ser fornecidos
que foi logo demittida, apezar de ter eu a pelo capitão Joaquim Baptista
convicção de de Mello , que na qualidade de delegado havia assistido â
que em Missão Velha o partido da opp isição
nao podia lutar vantajosamente com o outro lado , não só eleição. O Sr. capitão Baptista ,
que é um cidadão honesto,
porque está em minoria real, como porque a qualificação alheio inteiramente As lutas dos
partidos , e que os próprios
era toda favoravel ao representantes dizem ser um militar brioso e incapaz de
partido Caranqueijo ou saquarema.
faltar ao s-.u dever, de certo não se recusaria a
(lia um aparte.) prestar essss
documentos , se acaso não tivessem elles
^ por fim dar como
Não insistio nessa questão , porque não tem ella impor- cortos faetos inteiramente inexactos. Já vê
pois a camara
tancia para o oaso ; mas o que é certo é que a opposiçâo está
que se a representação em que se fundou a commissão para
ali em grande minoria legal, e sendo assim» como o nobre accusnr-me deixaude ser acompanhada de
provas , não foi
deputsido confessa , e claro que ella não pedia vencer,
pois por falta de quem as fornecesse , mas porque ella contém
que em eleições não se pôde prescindir da qualificação. inexactidòes e falsidades que não podem ser provadas.
Sr. presidente , V. Ex. permittirá eu na lei- Eu poderia , Sr. presidente , deixar de tomar em conside-
que prosiga
tura da carta do Sr. Dr. Ratisbona ; ella
porá ainda mais ração as outras allegações contidas na representação : por-
patente a injustiça da illustre commissão de poderes para quauto a camara não píide deixar de reconhecer que indi-
com o presidente do Ceará. viduos que por esta fôrma affrontão a verdade não merecem
< Sinto
^ (continrta o Sr. Batisbona) que em toda a provin- credito; todavia proseguirei no exame de suas allega-
cia os negocies eleitoraes não tivessem o mesmo caracter.
ções.
Fazendo justiça aos sentimentos de V Ex. , imagino Dizem os representantes que o delegado de policia fazia
quan-
to o não terão abalado os t.iates auccessos de Sobral,'Sauta
prisões em massa, ameaçava os indivíduos do partido con-
Anna e Imperatriz. Creio porém que V. Er. está com a sua trario , e os obrigava a votarem na chapa do partido domi-
consciência trcnqúilla, tendo toiiindo% como me consta , todas as nante.
medi-ias mais apropriadas para qm ttfto houvesse desordem em Mas, senhores , quem era esse delegado ! Seria algum
parle alijuma <h> pnviiiciii; mas não ha ,-Exm. Sr. , quem liomem da localidade. alizum chefe de partido ? Não , se-
possa evitar o successo das más paixões , e das ambições nhores , é o capitão Baptista , esse militar brioso , que os
desregradas . quando ellas germinão imprevistamente , ou
proprios autores da representação confessão ser incapaz de
desenvolvem-se de uma maneira ine-per - da. >
praticar actos de coacção.
E' o candidato derrotado no circulo do Crato, e um dos
Uma voz : — A quem elogiavíío diariamente
chefes da opposiçâo da piovincia quem me dirige estas pa- pelo seu
lavras, e faz por este modo justiça aos meus sentimentos e jornal.
á minha administração : entretanto a nobre commissão não
(fia outro aparte.)
duvidou asseverar que eu não tomei as necessarias
provi- O Sn P «:s Barreto : — Mas o subdelegado estava de-
dencias para q\y3 a liberdade do voto fosse mantida ,
que
consenti que essa liberdade fosse violentada e comprimida ! baixo da* ordens do delegado. Dirá o nobre deputado que
V. Ex. tem a bondade de mandar-me a representação dos os representantes se referem ao supplente do delegado
que
habitantes do Crato que se acha junta aos se achava em exercicio antes do capitão Baptista. Devo po-
papeis da res-
eleição? (E' satisfeito.) rem notar que este delegado estava em exercicio desde Ou-
psctivfl
tubre. Como pois era possivel que se fizessem essas violen-
Mas. Sr presidente, quae» forão os fundamentos
que tev0 cias para comprimir a liberdade do voto í
a illustre commissão para formular um voto de censura a°
residente do Ceará? Uma representação dirigida âcamar-i (llu um aparte.)
os Srs. deputados. Examinemos rapidamente essa
peça. Quaes forão as prisões cm massa que se fizerão"? Asse-
Diz ella que tendo occorrido em Setembro , de ser contestado, q.ue depois da
por occasião guro á camara, sem receio
da eleição do vereadores e juizes de , desordens , feri- eleição de Setembro forão presos sõmente os soldados do
•monto» paz
e mortes na igreja matrii , era de esperar destacamento que tomárão parte na luta do dia 8, eo indi-
que se
tomassem providencias para que a eleição fatura corresse viduo que deu lugar a essa luta , lançando um maço de ce-
com placidez , e para que a liberdade do voto fosse respei- dnlas na urna.
tada ; que nada disso se praticou ; que não se processou o
delegado , autor daquellas desordens , o (^uhI fôra apenas O Sr. Pacheco : — A final de contas forão os soldados
demittido ; que o delegado de policia fez pnsOes era massa, que pagarão.
e ameaçava a todos os votantes que não se compromettião a O Sr. Paes Barreto • — Eu exporei á camara ,
_ quando
votar na chapa do
partido dominante ; que se tirou o com- vier a proposito, o que teve lugar 110 Crato
por occasião da
mando do destacamento do capitão Baptista, que os repre- eleição de vereattores e juizes de
paz , na época em que o
sentantes cão de militar brioso e incapaz de empre- indi viduo que está fallando A camara não se achava na
qualit
gar meios de coaeção , para colloca-la sob as ordens do província do Ceári.
chefe de policia
que era suspeito ; que a mesa , apoiada na O Sr Pacheco : — Eu serei o primeiro a lhe farer justi-
força, rejeitava os votos de tedos os individuos
que perten-
«ião ao partido da opposiçâo ; e os repre- ça quando fallar.
que, finalmente ,
sentantes não provavâo o que dizião, porque não havia au- O Sr. Viriato : — Pela minha parte declaro que não tive
toridade alguma na comarca ante quem reclamassem os em vista censurar ao presidente do Ceará.
seus direitos.
O Sr. Paes Barreto : — Allegou-se ainda, Sr. presiden-
Eu inverterei a ordem destes factos
para melhor melhodo te , que se tirou o commando da força ao capitão Baptista
da minha exposição.
para entrega-lo ao chefe de policia, que por seus antece-
Principiarei aquella parte em dente não podia inspirar conhança.
por que os lepresentantes
dizem que não tinhão na comarcc do Crato uma autoridade % Em primeiro lugar direi á camara que o governo não tem
ante a qual reclamassem o seu direito. i'm dos representan- obrigação de entregar os seus meios de acção ás autoridades
tes , que f< i igualmentâ ura do. chefes do
partido da oppo- que não inspirão confiança a esteou áquelle indivitluo, mas
sição na eleição do Crato , <5 o vr. tenente-coronel Antônio áquellas que lhe wupirão cos^ança.
DÉCIMA SEXTA SESSÃO PREPARATÓRIA EM 1 RE M\IO.

O Sr. Silveira Hwp : —Ma» tem obrigação de respeitar para isso principalmente que íiz seguir o Dr. chefe de poli-
cia para o Crato. Os soldados que tomárão parte 110 conilicto
a opinião publica.
forão retirados para o Icó, aonde se achão presos, etc. »
O Sr. Paf.s Barreto : — Tara mim é imKílerente.... Senhores, logo
que a noticia desses successos chegou á
capital da província, o vice-presidente, tomando-os na maior
O Sr. Silveira Louoí — A opinião publica ?
consideração, demittio o delegado,
bon- que era aecusado de ter
O Sr. Paes Barreto: — O nobre deputado tenha a intervindo na luta. Lias
para demonstrar bem a sua opinião
dade de me ouvir. não se limitou a expedir simplesmente a demissão, ©lie a
seja suspei-
Para mim é indifferente que uma autoridade fez acompanhar de uma exposição de motivos em
não se apresentáo iactos qne a 3ua
ta a um ou outro indivíduo, quando reprovação ao daquella autoridade se revela
e os interesses indivi- procedimento
ella. As paixões
que provem contra da maneira mais clara e positiva. .
uma
duaes podem fazer com que accusações se dirijuo a Vou ler á camara a portaria de demissão fulminada con-
autoridade sem que tenha cila commettido actos que depo- tra esse delegado, para que a ermaru veja se esso acto (• de
nhão contra a sua rectidâo. um homem parcial e interessado em favor do uin
partido
O Sr. Silveira Lobo dá um aparto. contra o outio:
O vice-presidente da província, tendo conhecimento de
O Sr. Paes Barreto: — A respeito do procedimento do
cidade do Crato, o cidadão
chefe de policia terei occasiãe de tratar depois. Por agora que o delegado supplento da
• Josá Ferreira de Menezes, na época em que naquella cidade
direi apenas que, apezar de não ter motivoalgum para dei
xar de depositar confiança no chefe de policia, todavia não se procedeu á eleição para vereadores e juizes do paz, tomou
sem que se despisse
ordenei que a força estacionada no Crato íicasse sob as 3uas parte directa na mesma eleição pri-
ordens immediatas. meiro do caracter de autoridade, contrariando assim aber-
tamente as recommendações ordens do
Passarei agora á allegação de que se não tomárão provi- governo, quando
dencia» para manter a liberdade do voto. as devia ter om vista e estabelecer como norma de sua
Sr. presidente, quando se procedeu á eleição de vereado- conducta a maior imparcialidade, procurando neutralisar
res na cidade do Crato correu cila regularmente até o dia 8. a efTervescencia dos partidos com toda a prudência c mo-
Neste dia, porém, a eleição foi perturbada por uma desor- deração, e não gerar por aquelle modo no animo da
popu-
lação a mais leve idéa do intervenção do governo
dem, da qual resultárão uma morte e diversos ferimentos. por seus
agentes policiaes para obter o triumpho do
Para que a camara saiba do que se passounesse dia infausto qualquer parti-
a exposição desses tristes do; em vista dos motivos expostos e a bem do serviço
para a cidade do Grato, eu lerei pu-
blico demitte do cargo do 1" supplente do delegado o rufe-
acontecimentos, que dirigi ao governo imperial logo depois
rido cidadão José Ferreira de Menezes. »
da minha chegada A província do Ceará :
« A respeito dos tristes acontecimentos do Crato chamo Não satisfeito com este acto, o vice-presidente apressou-
a attenção de V. Ex. para as inclusas cópias de duas cartas se em nomear um delegado para a cidade do Crato, e esco-
direito daquella lheu para essa commissão não um indivíduo do lugar, sus-
que me dirigirão o Dr. Jagunribe, juiz de
comarca, e o Dr. Ratisbonà, chefe do partido chimango ou de parcialidade, mas ao capitão João de Mello Baptista,
peito
liberal. Bom que distadas por interesses diversos, vê-se en- inteiramente alheio aos partidos da provineia (apoiado*), e
tretanto dellas que aquelles acontecimentos forno filhos de militar do cuja circumspecção o sisudez ainda ninguém
uma cireumstancia imprevista, e de modo algum promovi- duvidou, nem mesmo os autores da representação a
que
dos pelos homens importantes de ambos os lados, 0 próprio me tenho referido.
Dr. Katisbona é o primeiro a reconhece-lo, e de sua carta O vice-presidente fez ainda marchar immediatamente
collige-se que a não ser a imprudência e exaltação de alguns para o Crato uma força de 54 praças, mandou retirar
indivíduos do seu partido nada teria havido. daquella cidade o destacamento que 14 existia, ordenou a
Tendo certo indivíduo
(creio que do partido
chimnngo) pribao dos soldados aue havião tomado parte na luta, e
lançado um maço de listas na urna, assentou a mesa, de determinou ao chefe de policia interino que so dirigisse ao
accordo com as principaes pessoas de ambos os partidos, de Crato e fosso tomar conhecimento dos factos do dia 8. Mas,
tira-las, so fosse isso possível, ou, no caso de estarem con- ou porque o vice-presidente conhecesse que não convinha
fundidas com as verdadeiras, inutilisar todo o trabalho organisar os processos antes da eleição ue Novembro, ou
feito e começar de nevo a eleição. Assentou-se também em porque o chefe de policia sendo interino esperasse passar a
fazer sahir o povo da igreja, ficando sómente os homens outro aquelle cargo dentro em pouco tempo, o certo i
que
mais notáveis de um e outro lado. esse magistrado lá não foi. Decida agora a camara se o
» Para fazer executar este ultimo arbitrio, entendeu o vice-presidente foi indifferente aos successos do Orato, se
a presença de alguma força, as suas providencias podem ser taxadas de frouxas ou do
juiz de paz que era necessaria
e a requisitou ao juiz de direito, a cujas ordens se achava o parciaes.
Foi nestas circumstanciai, Sr. presidonte, que cheguei á
destacamento. O Dr. Jaguaribe accedeu a semelhante re-
vir 10 soldados para a igreja. Entre- provineia do Ceará. Apresentando-me ali, conheci logo que
quisição, c mandou
os partidos estavão no ultimo gráo de exaltação; de todas
tanto alguns distúrbios apparecêrão 11a matriz occasionados
irmão as partes me cliegavão notícias desagradáveis de algumas
pela providencia tomada ae fazer sahir o povo # Um
so dizia que a ordem publica se achava seriamente amea-
do Dr. Ratisbona oppõe-se 4 sabida de certo indivíduo, que
o delegado entendeu que não devia ficar, e leva a irnpru- çada.
dencia áo ponto de puxar por um punhal e com clle amea- O meu primeiro cuidado, Sr. presidente, foi manifestar ú

çai o delegado. O ordenança deste, que se achava um pouco provineia o pensamento que eu nutriu de não intervir de
afastado, suppondo-o em perigo, corre em sua defesa, e modo algum na eleição, em favor de um ou de outro
par-
sendo embaraçado indivíduos trava com elles tido, o ordenar As autoridades qno se abstivessem como taes
por alguns
uma luta que foi-se tornando geral. de tomar parto no pleito eleitoral, devendo sómente intervir
E' nestas circumstancias <jue chega á matriz a força para manter a ordem c fazer respeitar a l.-i.
de 10 praças requisitadas polo juiz de paz. Notando os sol- Entrei 110 exercício da presidência no dia 18 de Outubro;
dados a agitação e desordem que reinavão na igreja, tentão nesse me&mo dia dirigi ás autoiidades da provineia a se-
entrai, mas immediatamente são acommettidos por um guinto circular:
do partido chimango, os « Communico a Vm., para seu conhecimento,
grupo da indivíduos quaes, ou que re-
ou porque julgassem que a força vinha assumi nesta data o exercioio da administração da
premeditadamente, pro-
ser empiegada contra elles, procurào desarma-la vio- vincia.
entamente. Como era de esperar, os soldados resistem com
Í>ara Aproveito a occasião para recommondar-lhe a inteira e
rigor, e então estabelece-se uma luta terrível, que deu em fiel observância das ordens desta providencia relativas a
resultado a morto do infeliz Landim e o ferimento de um moralidade e liberdade da eleição que tem de correr no diu
soldados! 2 de Novembro próximo futuro, iicando Vm. certo do que
paisano e tres ou quatro
« Segundo refere o Dr. Katisbona, que 6 insuspeito, a mo aelio muito terminantemente resolvido a fazer punir
luta teve lugar sómente entre os soldados e os indivíduos rigorosamente quaesquer abusos, fraudes e violências
que
desarma-los, vendo que Landim na occasião por ventura appareção na citada eleição; devendo servir-lhe
que procuravão
de receber o tiro, ao qual suecumbio, corria armado de uma de norma, quo empregar os recursos da autoridade para
tranca atrás de um soldado a quem procurava esbordoar. supplantar o triumpho de um partido em favor do outro ó
t Seja porém como for, convém que estes factos sejão o que não será tolerado por este governo, e o que eipe.u
averiguados, e os seus autores severamente punidos, e é não será praticado por Vm. »
114 DÉCIMA SEXTA SESSÃO PR] 5PARATORIA EM 1 DE MAIO.

Sr. presidente, não me limitei a manifestar oficialmente dencias fortes e prompta». Qual era » autoridade
que eu
*s disposições cm qne eu estava a respeito da eleição; pro- podia mandar nestas circumstanciasOutra não podia ser
curei tambi-m por cartas particulares, que dirigi imtnedia- senão o chefe de policia ; assim o fiz.
tamente ás principaes autoridades da provinciu, manifestar Disse-se que o chefe de policia era suspeito. V. Ex.

«junl era o meu pensamento, qual era o'pensamento do vio as providencias que elle tomou a respeito do Crato; es-
lerei as cartas que dirigi aos juizes e outros sas providencias respondem plenamente aos que accus£o o
governo. Não
empregados do governo nas difTerentes localidades da pro- chefe de polioin de parcial.
vincia, porque de certo ellas não têm applicação ao caso de Senhores, eu estudei a administração do Sr. Pereira da
se truta; lerei apenas a carta que dirigi ao juiz de Cunha; A certo que cila tem sido aceusada de parcialidade ;
irei to do Grato, e também a que enviei ao Dr. Katisbona,
3ue mas eu não sei quaes 3ão os actos seus que justifiquem
em resposta a outra que d elle havia recebido. semelhantes aceusações.
A carta dirigida ao Sr. Dr. Jaguaribe tem a data de 11 de
O Sr. Sii.yf.iiu I-obo : — Alguma cousa hn de haver.
Outubro, e é assim concebida:
(lia outro aparte.)
« Recebi a sua carta de 28 de Setembro, e sinto profun-
damente que essa bella cidade fossi o tbeatro de scenas tão O Sr. Pai.s Brrreto : — Ignoro ; não vi carta alguma a
este respeito; desejava
deploráveis como as
que ahi se derüo no dia 8 de
Setembro. que o nobre deputado as apresentasse.
Não deixarei passar sem a mais severa punição os autores Senhores, o cliele de policia era suspeito, o chefe d*
_ po-
a eása comarca o licia favoreceu ao partido domirtante !
4o s crimes daquelle dia, e
para isso irá Quaes são os actos
chefe de policia o mais brevemente possivol. que elle praticou 11a comarca do Crato que confirmão esta
O Sr. vice-presidente já tomou ns necessarias proti- suspeita
dencias para^ue a próxima eleição se faça em paz, o eu não O Sr. Sii.vi:ira Loito : —Em tempo talvez appareção ; a
deixarei de tomar ainda aquellas que me parecerem conve- ocoasião níu> é opportuna.
niente3 para que se evitem novas desordens. Espero que o
O Paes Barreto : — Mas emquanto não chega esse
Sa.
meu collega procurará por todos os meios ao seu alcance
tempo opportuno de apresentarem-se 1'actos contra o chefe
manter a ordem e a tranquillidade publica sem §c importar
de policia, eu lerei uo nobre deputado parte de um artigo de
com o resultado da eleição. Não posso duvidar um instante
uma folha da opposição escripta no lugar onde a eleição se
de que a sua opinião é que mais vale o triumpho da lei, e a
fez, em que, bem longe de se aeeusar o chefe de
manutenção da ordem publica, do que a victoria de um policia, se
dá a entender que elle procedeu com moderação e impar-
partido. > cialidade. Diz o Araripe, em um aitigo de fundo, a respeito
A qu« dirigi ao Sr. Dr. Katisbona é também da mesma
da eleição do Crato:
data, e concebida nestes termos:
< Nós tínhamos a maioria dos votantes
« Tenho presente o favor de V. S. em que me expõe os pela alliànça que
contrahimos com ft fracção saquarema de
deploráveis acontecimentos que se derão nessa cidade no que acima fallá-
mos. Para qne fossemos vencidos forão precisas todas es-
dia 8 de Setembro proximo passado. Julgo desnecessário
sas fraude3 de uma mesa, que não respeitou mesmo nem a
dizer-lhe quanto esses acontecimentos me têm consternado,
e espero que me fará a justiça do crer que não os deixarei presença do Sr. chefe de policia. »

pastar desapercebidos. Para averigua-los com imparciali- O Sr. Silveira Lobo: — O que se concluedahi é que elle
dade, e punir com severidade os seus autores, irá a essa pouco fez.
c >marca o chefe de policia, em cuja rectidão e interesse O Sr. Paes Barreto : —Trata-se da eleição, o chefe de
pela justiça muito confio. policia assistio a ella, e esta linguagem do artigo que acabo
« O Sr. vice-presidente já tomou todas as providencias de ler me parece respeitosa
evitar novos conflictos e para com o chefe de policia, e
que estavão ao seu alcance para prova que elle não interveio 11a eleição.
desordens, e eu tenho na maior consideração a comarca do
0 Sr. Silveira I.obo: — Mas nada significa.
Crato.
No entanto espero que V. S. e todos os concidadãos O Sr. Pais li arreto: — Quereria o nobre deputado
que
desse lugar não pouparáõ esforços para que a próxima elei- o chefe de policia obrigasse a mesa a aceitar ou rejeitar
votos ?
çâo se faça com calma e tranquillidade. E'-me inteiramente
indifTerente que vença este ou aquelle partido; mas tenho o Senhores, o facto é que na comarca do Crato,
que apie-
maior interesse em ijue triumphe a lei. » sentava um caracter assustador, e em cuja eleição se espe-
Eis-aqui, Sr. presidente, o sentido de todas as minhas ravão as scenas mais deploráveis, ella se fez em
paz.
cartas, de todat as minhas palavras, e de todos os meus Os factos que se apresentão contra u autoridade não
actos officiaes. têm em seu apoio uma sA prova, um documento sequer, e
Mas chegavüo de todas as partes communicações de que antes são desmentidos por pessoas insuspeitas.
os espíritos se achavão muito exultados, e de que os partido*
0 Sr. Silveira Lobo : — A compressão muitas vezes se
estavão na disposição de lançar mão de todos os meios para
apresenta coni ares de paz. A
vencerem. Da comarca do Aracaty se dizia que os partidos
estavão armados, e que era muito do receiar que durante a (Tia outro aparte.)
eleição apparecessem ali scenas deploráveis, semelhantes á» O Sr. Pals Barreto:— A idéa corrente á esta, que 03
que se tinnfio dado no Crato. liberaes podem intervir na eleição com a autoridade, os
Mandei para aquella comarca na qualidade de delepado conservadores não. (Apoiados c uno apoiados.)
de policia ao tenente coronel commandante do meio bata- Senhores, è preciso que sejamos justos ; porque não se
Ihíio da provincia do Ceará, com ur»a força de 60 praças de accusa ao Sr. tenente-coronel n juiz municipal Alvos Pe-
linha; procedeu-se á eleição em paz, e o triumpho coube á
queno, um dos chefes do lado liberal que interveio com
opposição. toda « sua Influencia, com todos os seus meios na eleição?
De Mal ia Pereira também havia noticias de grande exal- (Apoiados.)
tação dos espíritos; os partidos, que na eleição de Setembro
O ?r. Silveira l.o»o: — Eu quero a repressão do abuso,
se tinhão apresentado armados, se preparavâo para uma
seja elle praticado por quem quer que for.
luta desespeiada. Mandei que o juiz de direito da comarca
de Inhamuns fosse para ali assistir á eleição, com uma (Ha um outro aparte.)
força para manter a ordem publica; a ordem foi mantida,
0 Sr. Paes Barreto : — Em verdade não me consta que
á eleição regularmeltte, e a opposição venceu.
procedeu-se o Sr. tenente-coronel Alves Pequeno tivesse praticado acto
Do Crato clieguvã,o noticias ainda mais aterradoras do algum de violência, apezur de ter intervindo na eleição.
outros lugares ; os ânimos se achavão ali por tal
que de
modo exaltados,"que depois da eleição o vigário da freguezia Uma voz : — E o Sr. tenente-coronel Alves Pequeno é li*
beral?
não duvidou lançar a excomirmnhão sobre os seus adversa-
rios. Nestas circumstaucias, Sr. presidente, quando tudo O Sr. Paes Barreto • —Foi saquarema, mas hoje é li-
indicava que a cidade do Crato ia ser o theatro de novas beral; è preciso sermos francos, lá mesmo está o Sr. Maia
desgraças, o que devia eu f.r/er ? que era liberal c que na eleição iigou-se ao partido saqua-
Não era só na cidade do Crato que se esperavão desordens, rema.
Menão em todas as freguezias dessa comarca; era Agora, Sr. presidente, V. Ex me permittirá ainda
pois pre- que
ciso mandar para ali uma autoridade superior que tivesse eu lêa o officio que dirigi ao chefe dc elle teve
policia quando
juriídirção em toda a comarca, que pudesse tomar provi- ordem de seguir para a comarca do ("rato. Neste officio eu
DÉCIMA SEXTA SESSÃO PREPARATÓRIA i:M 1 I)E MAIO.

lhe expunlim qunes erão as opiniões do governo, e qual era , ça e a mesa comprimirão a cluição. E* falso, não houve ura
o seu pensamento a respeito do modo poi quo a» eleiçSes jó soldado naquella freguesia. (A]toiado8.)
devião ser feitas : Também na representação st; diz que nomeou-sc um de-
< Palácio do governo do Ceará, em 15 de Outubro do 1856. j legado de proposito para fazer a eleição.
— Illm. Sr. —Convém ao serviço publico que V. S. siga E' falso; ainda hoje o termo de Barbalha não tem de-
a cidade do Crato, aiirn dc tomai coulie» legado.
quanto antes paia
lugar no dia 8
cimento dos factos criminosos que ali tiverão O Sr. Sii.vkiri Louo: —Mas demittio-se o que havia.
fazer a eleição de
de Setembro ultimo, por oceasião de se
e com todo o rigor das O Sr. Paes Barreto:—Sim, senhor, demittio-se, e o
vereadores e juizes de paz, proceder
factos. Convém igual- motivo desta demissão eu o vou dizer ao nobre deputado.
leis contra os autores dos referidos
antes do dia Ü d» Novem- Não fui en que o demitti; mas eu o demittiria se cstives?o
mente que V. S. se ache 110 Crato
de assistir á eleição desse dia, e nas mesmas circunistancias cm que se achou o vice-pre •
bro proximo futuro, afim
sidento.
evitar com a sua presença, e por meio de medidas energicas
Na eleição dc Setembro o partido da opposiçao apresen-
e imparciaes, que o processo eleitoral soja de novo pertur-
tou-se na igreja da freguezia da Barbalha com 100 homens
bado, e a ordem publica eolFra.
armados, expcllio a mesa quo estava funcionando, fez ou-
« Sendo, como V. S. sabe, o pensamento do governo d.ixar
tras desordens, e esse delegado de policia assistio impassi-
correr a eleição o mais livremente possível, cumpre que V. S.
vel a todos esses actos de violência sem tomar providencia
não consinta de modo algum que as autoridades da cornar-
alguma para que a mesa fosse respeitada. O viec-presidento
ca do Crato intervcnlião na luta eleitoral de 2 d» Novembro
demittio esse delegado; fez muito bem.
senão para manter a ordem e fazer respeitar a lei. Neste sen-
Mas, senhores, quaes são a» provas que corroborão a rc-
tido deverá V. S. fazer pessoalmente as mais terminantes
contra a eleição da freguezia da Barbalha?
recommendações, não só ás reloridas autoridades, como ás presentaçSo
<Íos lugares que tiver de percorrer 11a sua viagem. Deos Uma justificação dada, perante quem1 Perante um homem
2o supplente que não
— Francisco Xavier Paes Barreto—Illm. Sr. que não era autoridade, perante um
guarde a V. S.
estava em exercício.
I)r. llerculano Antonio Pereira da Cunha, chefe de policia
desta província. » O Sr. Sii.vf.iri Louo: —Em matérias eleitoraes não se
Devo dizer !i camara que o chefe de policia cumprio per- exige este ligor.
feitameute as minhas ordens.
Teuho mostrado, Sr. presidente, qual l'j\ o procedimento O Sr. Paes Barreto: —Não contesto; mas não sopro-
da administração da proviucia do Ceará em relação â elei- cure mystiticar a camara, não se diga que houve uma jus-
do Crato. titieaç&o dada perante a autoridade competente; não, essa
ção ds^comarca
Entendo que das medidas tomadas não resalta o menor um simples particular.
justificação foi dada perante
desejo de comprimir a liberdade do voto, ao contrario en-
liberdade, O Sr. Silvei» » I.oro : — Então não tem significação al-
tendo que se procurou manter essa que o gover-
110 tomou todas as providencias que estavão a seu alcance guina a representação?
essa liberdade fosse respeitada.
para que [Apoiados.) O Sr. Pies Barreto: — Entendo que não,' e vou dizer
O Sn. SiLYKiRt Lono : —Mas ha de confessar que o go- porque. Quem são os signatarios dessa
representação? São
verno provincial do Ceará foi muito infeliz. as próprias testemunhas. O* representantes provão o que
dizem com o oue olles dizem. Quem 6 o escrivão que escreveu
O Sr. Paes Ba*hbto :—Sim, senhor, fui infeliz, nesta
com o nobre deputado. Fui inloli/., neste acto? E um dos signatarios da mesma representação.
parte estou d* accordo
E o juiz? E' um cidadão que não estava no exercício da
senhores, porque os partidos do Ceará leváruo a exaltação
c a intolerância ao ponto de acreditarem que o bacamarte e autoridade.
Senhores, um documento destes pôde inspirar fé ? Pódo
a liica de ponta erão meios de vencer as eleições. Esta ac-
levar a camara a rejeitar uma eleição contra a qual não
cusação eu a dirijo tanto a um corno a outro partido.
Em alguns lugares a luta foi provocada pelo partido de- consta mais nada, eleição <juo foi foita até de accordo entro
os partidos? (Apoiados.) Eu invoco o testemunho dos no-
nominado saquarema, em outros pelo partido denominado
liberal. Na Imperatriz, por exemplo, foi o juiz de direito bres deputados da província do Ceará, os qunes a meu res-
suspeitos, porquanto na
da comarca quem provocou a luta ; em Santa Anna forão peito não so podem considerar
os liberaes. apreciação que tenho feito dos partidos do Ceará não
'
geei de modo»algum aquelle a que elles pertencem.
O Sr. Joào Fklippi: dá um aparte que não podemos Senhores, se a illustre commissão entendeu que não de-
ouvir. via negar a sua approvação A eleição do Crato, porque con-
0 Sr- Pvis Barreto : — Estou preparado, Sr. presiden- tra cila só so apresentava uma repesencaçuo desacompanha-
te, para tomar parte 11a discussão quo houver a respeito da de provas, como nega a sua approvação à eleição da
das eleições de Sobral; não a receio, apezar da constante Barbalha, contra it qual o único documento que s.> apreen-
ameaça que o nobre deputado tem feito nestas cadeiras. ta è da ordem daquelh» que eu acabo de analvsar ?
•, a este respeito súmento
Sr. presidente, vou concluir
— Hei de fazer
O Sr. Joio Fei.ippe : justiça a V. Ex.,
farei a seguinte observação. Entendo que a camara deve
hei de mostrar que não foi V. Ex. que praticou esses actos,
ser muito severa na verificação dos seus poderes ; que deve
mas forão outras autoridades.
não só nnnullnr as eleições nas qunes se prove que houvo
O Sr. Pai.» Bakreto : — Em Sobral foi um concurso de fraude, mas ainda mnndnr responsabilizar e punir com ri-
deu lugar
circumstuncias imprevistas que & luta. gor os autores dessas fraudes. (Apt)iados.)
O Sr. Sh.vuhv Louo — lia viu do eer sempre E' preciso dar um exemplo, de justa severidade contra
gente do
aquelles quo desconhecem os devores de cidadão. [Apoia-
um ou de outro lado.
lios.) Mas, Sr. presidente, se eu quero :i severidade da ca-
O Sr. Pifes Barreto: — Sr. presidente, apezar de todo o
mara a respeito das fraudes, quero também e desejo quo
respeito que tributo aos nobres membros da commissão de
a camara não anime es^a outra fraude, que consiste em ar-
lavrarão o se discute, deve dizer-
poderes que parecer que ranjar protestos e representações paru annullar eleições va-
lhes, a respeito da sua censura, que não estou arrependido lidns. (Apoiculox.)
do que fiz.; «inda mais, que em ijxuaes circumstancia# kei 110 futuro s« po««n considerar te-
Qual será a eleição que
de proceder do mesmo modo. Appello da sentença proferida se acaso, para mftelida-la, fôr bastante o dito de dons
a camara e para o paiz. pura,
pela i Ilustre commmissão para ou de tres indiviüios despeitados ?
Agora, Sr. presidente, direi dmis palavras Acercada con- Tenho concluiu®.
clusíío do na parte em que julga que não se
parecer pôde Srs. deputados :—Muito bem.
approvar a eleiçãb da freguezia da Barbalha. A ill ustre Ana
com-
missão funda-se em uma representação que veio dirigida A O Sr. P%cn» « o :-r-Sr. presidente, não venho discutir o*
camara dos Srs. deputados. »e pK iteão na província do Ceará : não j]uero
partidos que
Nessa representação se foiuiulao diversas accusa^oes con- fazer,rccriminações ao nobre presi iente duquelhi prov. .
tra a mesa e contra as autoridades. Algumas dessas aceu- n quem s?>u o primeiro a fazer justiça.
sações não sei s« são exactas, outras sei que são falsas. Estou bem persuadido <jue o estado de exacerbação los
:.ilo,
Abi be diz,
por exemplo, que
em Barbai ha esteve uma for- espíritos naquella província, quer de um,quei de outro
ça de linha ás ordens do delegado de policia,
e que esta fjr- deveria causar grandes embaraços á administração.

TOMO I. ia
DÉCIMA SEXTA SESSÃO PREPARATÓRIA EM 1 DE MAIO.

tivesse ds tomar paru a liber- se achava cmfim nos interesses do partido domiriante e com
prpvidencias que pôr ventura
elle ligado. Sendo aasim, seria elle o homem proprio para,
dade do voto nas eleições. , ,
Declaro que estou coBvoucido ( sinto
satislaçao em render como chefe de policia, ser enviado ao Crato ?

esta homenagem ao nobre ptesideirte


da província do Ceará) Na escolha do chefe de policia se cifra a melhor provi-
o presidente, que menos desejoso do que deucia, e o homem enviado era, naquella occasião, o menos
que se outro fosse
da liberdade de. voto, as cou- asado para desassombrar os ânimos, e manter a liberdade do
el e se mostrasse na mantença
do tjue correrão ; talvez que se re- voto.
sas terião corrido peior
de carnificina. Sou portanto o primeiro a As providencias não devião consistir unicamente nas re-
petissem seenas
em pleno parlamento, que o nobre presidente commendações a essas autoridades locaes ; devião consistir
confessar, 'província
daquella portou-se" com dignidade, e mostrou principalmente na nomeação para aquella província de um
chefe de policia energi-
o mais sincero desejo,
nas suas recommendações e cir- que parecesse imparcial, que fosse
co e capaz de conter os
culares, e nas suas relações com o partido que ali do- partidos nas orbitas constitucio-
fosse^ manti- naes.
mina, de conseguir que a liberdade do voto
dizer que
da em toda a sua plenitude; mas isto não quer O Sr. Silveira Lodo :—E na escolha de um bom
da maneira pes-
de facto a liberdade do voto fosse ali mantida soai para todas as autoridades.
S. Ex.
por que tanto desejava o
A despeito dos sinceros votos do illustie president', podia O Sr. Pacheco:—Se fosse enviado para ali um che-
aconteceu, fe de policia imparcial, como acabo de dizer, talvez
Contrario ter succedide, co.no em outras partes que as
toda no sentido de cousas marchassem bem ; è possível
visto que a província se achava montada que todos pudessem
de triumplio ; a sna poli-
um partido sedento de mando e exercer livremente seus direitos. Assim porém não succe-
occupao
cia era exercida por pessoas que governao, quo deu.
nos ma-
officiaes ha cerca do 9 annos, adestrados Quem .foi'o chefe de policia enviado ? Foi aquello mesmo'
posições
de comprimir os seus vice-presidente que se achava si frente do g-verno na oc-
nejos eleitoraes, avesados nos meios
lhes até que e um direito que 11 es casião em que tiverão lugar a* occurrencias do Crato.
adversarios, pareqenío
desmoralisada perante o outro parti Quero conceder, como já disse, que esse chefe de policia
pertence ; esta gente
inflo apuados), fazendo tivesse as' melhores intenções de manter a liberdade ao voto
do perante a maioria da província
naturalmente influiriao com no lugar ; elle porém não podia inspirar bastante confian-
sempre as devidas excepções,
os meios de que usao lia tantos ça ; elle não podia desprender-se de seus compromissos ;
suas posições, e rcpetiiião
annos. . elle não podia ter a coragem civil indispensável para conter
3
não bastariao providencias or- os seus amigos. ^
Para evitar estes abusos
seria preciso que se 1'ortanto,* Sr.
dinarias e simples recommeudações, presidente, eu não me arrependo de ter in-
enérgicas, e essas nao vejo. Lm serido no
tomassem providencias parecer da commissão e?ee voto de censura mui
conseguir brando e benevolo,
presidente, nestas circumstancias, pouco poderia que não se dirige especialmente ao Sr.
sem que procurasse instrumen- presidente da província do Ceará, mas sim ao governo em
nos seus louváveis desojos,
Foi b. Ex. buscar homens
tos próprios de sua nova poliüca. geral.
e quoquizassem cumprir suasor- Declaro ao nobre presidente do Ceará que quando escrevi
que o com pretendessem,
? Não tendo S. Ex. assim procedo, essas palavras no meu parecer nem me recordava dó que o
dens sem as mixti ficar
energicas o efhca- Sr. Paes Barreto era o presidente da provincia. Se me tivesse
cumpria então que tomasse providencias
esses homens exagerados, esses chefes lembrado não teriaduvida em eliminar essa mesma eensu-
zes que contivessem
as posições officiaes. ra quo se acha no parecer. Fujo sempre de censurarem-
de cabalas, que occupavão
de que eu faço parte lan-
Mas aonde d Que a oornmisiao pregados que tem assento nesta casa.
da província do Ceará essa Mas, creio que o meu nobre collega se precipitou,
cou sobre o nobie presidente que foi
elle -fui enxergar no parecer susceptível de mais, considerando por modo tão excessivo
Censura severa e grave que*
nobre presidente
c da qual tanto se queixa Creio que o essa censura tão bonevola o branda. O que digo eu 110 pare-
Creio que S. Ex. acliou asada cer ? Digo que é para deplorar que depois do conüicto que
não foi justo paia comnosco.
a oceasífio de servir-se de
um pequeno reparo que a com- se deu na cidade do Crato não tivesse o governo tomado
reprovo), para defender a sua admi- providencias enérgicas para desassombrar os ânimos.
missão fez (o que não
agradecido. Isto mostra a convicção em que estou de que o governo
niítração. Deve-me pois ficar
melhor nas palavras
Espero pois, que S. Ex., ponderando tomou algumas providencias ; mas julgo que não forão sa-
no parecer da commissúç, que forno tiifactorias para o fim a que se encaminhavão. A par deste
poTmim consignadas
collega, reconhecerá que nós mio
apnrovadas por meu nobre reparo julgo que deve ser reconhecido deputado a Sr. André
,
enxergou ; ao menos tal nao Bastos de Oliveira, porque as arguiçòes feitas contra a sua
lhe fizemos essa censura que
foi nossa intenção. [Apoiados.) _ eleição não se aclião de maneira que a nullifiquem.
provadas
eu nao me refen es-
No parecer da commissão, senhores, Senhores, se acaso nos quizessemos levar por espirito de
ao Sr. da província ; fallci em geral partido, quanto á eleição do Crato ; so quizessemos dar
pecialmente presidente
Ao governo
no governo. Se ahi ha censura vai ao governo. grande attenção a todos os factos arguidos contra ella, a
ao Sr. presidente, e commissão teria sido main exigente, não se limitaria a fazei
imperial competia ordenar piovidencias
for, o que escrevi no Poderia pedir informações ; poderia
lembra-1 is mesmo. Seja porém como esse pequeno reparo.
do que uma verdadeira censura. pedir o adiamento do reconhecimento ; não o fez, porque
parecer foi mais um reparo
Disse que o governo to- marcha do aceordo com as regras que se tem imposto, por-
E o reparo foi prudente e justo.
a liberdade do voto ; «aas no que não quer dar assenso a allegaçõea não provadas, que
mou providencias para manter
satisfactorias para o grande podem ser exageradas.
meu entender, ellas não forão
senhores da situa- A commissão não considerou provada a representação ;
fim que se tinha em vista ; os partidos,
mto as respeitarão^ muito, não as tomarão ao sério, e por isso limitou-se em seu parecer a notar que, em
ção,
Esta é a minha convicção. vista do que tinlia succedido na eleição de vereadores, não
do Crato um con-
E, senhores, tendo-se dado na comarca se tomarão providencias verdadeirame ite energicas para
resultárao tantas desgraças, trsnquill:sar os ânimos, e não dar aso a
que as autori-
flieto sanguinolonto, do qual
mortes, e achando-se nesse dades locaes continuassem a abusar como d'antes.
tantos espancamentos, tantas
de um e de outro Apenas deseja a commissão informações sobre os factos
con flieto em olvidas pessoas qualificadas,
íado, que derão o combate... que se apresentão contra a eleição da freguezia da ISarba-
lha. Alguns indivíduos bc
queixão de que forão esbulhados
(•,, j voz :—Não houve combate. de seus direitos na eleição. Essa
queixa é provada com uma
:— ... intervierào nelle, achando-se justificação em que intervierào testemunhas, mas em qúe
O Sa. Pacheco que não houve citação das
da província um vice-presidente que nao partes. *
na administração Senhores,
soube prevenir essas
desgraças, tomando as providencias justificações não devem ser attendidas quando
não devia o teu suecessor to- se trata de tomar uma decisão como seria a
convenientes para evita-las, nullidade da eleição ; mas,
peremptória,
se tem
mnr providencias muito
energicas, mais que as ordinarias ? quando o accordo que
de tomai não chega a esse na tomar em consi-
Eu não quero fazer accusações a
esse vice-presidente, suas ponto, conv«
muito boas ; não tenho em vista deração os factos atim de s rem investigados. Da acta xnes-
intenções creio que serião
mo dessa freguezia vê-se faltas de formalidades le-
nem levemente molesta-lo,
mas estou informado que elle que ha
do partido que occupa as posições gaes. Com estas informações não deixa de tomar assento o
privava com os chefes
confiança aos adversarios ; que Sr. deputado.
officiaes; que não infundia
SEXTA SESSÃO PRl PÀHA T0I1IÀ EM l DE MAIO. \kl
DÉCIMA

s<* poção informações :\o governo, ; informação que prestei a respeito da mesma eleição. Mas»
Que perigo lia em que
toma assento na casa, quando Sr. presidente, o brilhante discurso que proferio liontem o
quando o nobre deputado meu illustrado companheiro representante pela minha pro-
iníluem
o supplente é reconhecido, quando esses votos nao
freguesia pequena ? vincia, parece dispensar-me inteiramente de procurar r«l'u-
na sua eleieiío ? Porque se trata de uma
attendidos ! M'nSo tar as objecções que forão feitas á minha informação.
Não tem eUa direitos que devem ser
depu-
influe na eleição, tanto melhor para que
laçamos justiça ; (Apoiados.) Accresce o desejo que moBtrão os nobres
a um dever, nao ataeu- tadoí» de ultimar-se este debate. (Apoiado*.)
ao mesmo tempo que satisfazemos
A camara sem duvida estará convencida de que o juiz de
mos o direito rio nobre deputado.
o nobre presidente decla- direito da comarca de Jaeobina nfio faltou á verdade (apoia-
Allepra-S!', alí.n dos factos que
vioia riflo a eleição do*), exprimindo-se da maneira por que o fez. A camara hs-
roa que são dienoB de attençào, porque
apuração daquella treguezia tará infallivel mente certa áe que, qualquer que fosse oin-
se fossem verdadeiros, que a
nao se apurítr.io as listas dividuo encarregado de examinar os factos que tiverào lugar
foi feita tumultuariament", que
a feição que mo*travao de na eleição da Villa Nova da ltainha, não podia deixar de
uma por uma, mas sim segundo
vã» se tantas cédulas manifestar a sua opinião com a energia de linguagem que
serem deste ou daquelle partido. Conta
da oposição, e se merecião as occurrencias infelizes que ali se dorSo por parte
do partido dominante, tnntas do partido
a outros. Bem se do candidato infeliz. (Apoiados.)
davão tantos votos a um Jado, e tantos
Portauto, Sr. presidente, eu nem podia, nem devia ser já-
vê que se não pôde admittir uma semelhante apuração.
(Ha um aplirte.) mais taxado de parcial, tanto mais quanto a illustrada com-

Vamos por ventura anuullar a eleição em virtude dessa missão que examinou esse negocio em o parecer luminoso
se firmou na infor-
? Pedimos sóment<' informações. Entendo que que se acha sobre a mesa compíotameute
justificação
commissão da casa, independente de allegução e roaçà > que deu o juiz de direito de Jaeobina.
qualquer Por conseguinte, senhores, eu estou dispensado de :ic-
ae prova, deparando n'uraa eleição submettida ao seu exa-
crescentar qualquer consideração para justificar oa dous
me um ou outro faeto escandaloso que deva s«'r averigua-
teria e^se
do, está em seu direito declarando isto mesmo, e exigindo pontos combatidos da minha informação, pois
ao governo. trabalho o nobre deputado, e entrego-me ao juízo da minha
que se poção informações da e rpressão da
Julguei do meu dever fazer não só estas con:-M< rações província. Ss desviou-se em uma só palarva
"o nobre rerdade% a camara decida ; con/ío uo seu critério. (Apoiados,
em sustentação do parecer, como em liornenagvin
Bas- muito bem.)
deputado. O parecer opina que o Sr. deputado André
a Entiego-me ao jui/o esclarecido da eamara, que vai deci-
tos de Oliveira tome assento desde já, pede iní<»rmaçÕes
iroen cujo resul- dir se é ou não a expressão da verdade a informação que
respeito da freguezia da Baibalha, inform
na eleição dobr. bem ! muito bem !)
tado,"qualquer que seja, não influirá n*m prestei. (Muito
Espero que deste modo a — Sr.
deputado, nem na do supplente. O Sn. Bezerra Cavalcanti : presidente, a'camara
camara reconhecerá que a com mi st ão mostro u-se muito coraprehenderá f[ue eu devo achar-me sbb uma _ pressão
moderada e imparcial neste negocio. desagradavel assim pelo dÍFCurso liontem proferido pelo
Le-sc, apoia-se e entra em discussão a seguinte emenda nobre deputado pelo 1» districto da província da Bahia,
â conclusão do parecer _ de quem tive a honra de ser collega, c do quem me
< 1.° Que s<*ião approvados os eleitores das diversas Ire- ufano de ser amigo , como por outras razões summamente
do 8o districto do Ceará ; 2o, que ?eja reconhecido ponderosas. O talento superior
do meu nobre amigo, que mo"
eputado pelo referido districto o Sr. desembargador André
fuezias é bastante conhocido, eoria por si só um motivo poderoso de
líastos de Oliveira i 3<>. que seja reconhecido igualmente desanimo. Entretanto, além desta consideração, uma outTa
supplente o ^r. José Vicente Duarte BrandCo.—Araújo igualmente valiosa aggrava ainda a situação em que me
Limi. > acho, e éo reconhecimento de que a camara como que se
Não havendo mais quem peça a palavra julga-se a mate- acha impaciente de vér terminada esta discussão pelo desejo,
ria discutida. Procede-se á votação, sendo rejeitada a Ia aliás justo, do que tenhão o devido andamento outras ques-
conclusão do parecer, e approvada a Ia parte da emenda, tões de verilicação do poderes da maior importaneia, que
assim como a 3" e a 4" conclusão do pari cor. com justiça devem ser discutidas pelos respectivos interes-
O.Sr. Presh-ente declara deputado pelo 8° districto do sados.
Ceará o Sr. André Bastos de Oliveira, « supplente o Sr. Algumas destas questões interessào-me profundamente,
José Vicente Duarte Brandão. entretanto que a abertura das camaras está tão próxima
das partos dilucidar a própria
que não poderá cada uma
I LEICÀO DE s. PAtl.O. cansa como convinha.
Mas eu tenho o dever do continuar a sustentar a convic-
(6° districto.) e os direitos que conscienciosa-
ção de que me acho possuído
mente mo julguei na obrigação de defemler , como membro
Entra em discussão o parecer da commis-.ãi de poderes
ácerca da eleição dos.>rs. Drs. da commissão que examinou c9te negocio ; não posso, por-
e o voto em separado,
Joaquim Octuvio tanto, deixar de aventurar mais algumas considerações atim
.loaquim Ignaci" Ilamalho, e Jtfebias.
do que uma causa que considero justa não seja saciiticada
sessão de 29 e 30 de Abril.)
(Vide esforços, embora impotentes.
?e- por falta de alguns
O Sr. Silveira Lobo fundamenta e manda á mesa o Serei o mais breve que puder ; apezar de que o discurso
é apoiado e entra
guinte requerimento de adiamento, que do nobre deputado me impunha a necessidade de respon-
em discussão : der-lhe extensamente; todavia, para não prejudicar outros
« Requeiro se adie para amanhãa a discussão do pa- direitos, direi o monos quo mo fôr possível.
que hon-
recer da commissão de poderes sobre a eleifão do 6° districto Começarei por um incidente, para mim sensível, que
dirigi A
eleitoral de S. Paulo.—Silveira Lobo. > tem so deu na discussão ; refiro-me ao aparte que
casa quando o nobre deputado se mostrava impressionado
Suscita-se uma questão de ordem em que tomão parte us I liai. O
de um louvável e honroso transporto de piedade
Srs. Augusto de Oliveira, Silveira Lobo, Fiusa, Rego Barros, o pensamento de
nobre deputado entendeu que eu podia ter
Pacheco, e Fernandes daCunha, ficando o requerimento
tiear a discussão do oflendê-lo, de ridicularisa lo 1 Para longo do mim some-
prejudicado por parecer adiada pela
• Ihora. lhante intenção. Respeite e aprecio o nobre deputado, res-
emoções, e não seria capaz absolutamente
peito as grandes
SEGUNDA PARTE DA ORDEM DO DIA. de praticar um acto menos digno do um homem do senti-
mentos delicados.
ELMÇÀO Dl BA11U.
Sr. Fernandes da Cunha Bem, não fallemos mais
O
districto.) nisto.
(12°
— Eu tornar sa-
O Sr. Bezerra Cavalcanti : quiz apenas
Continüa a discussão adiada do parecer da commissão de liente o contrasto que ha entre os caracteres elevados
dian-
Sr. Dr. José Antônio Saraiva. os sentimentos
poderes sobre a eleiçãcdo te do espectaculo respeitável «Ia piedade, o
leu » nobre dc ¦
O Sr. Maduieira Sr. presidente, eu devia a esta au- desso homem menos generoso, cuja carta
gusta camara o aos espiritos desapaixonados esclarecidos As suas expressões em referencia ao Sr. Magalhães
putado.
denomina a sua
que têm acompanhado a discussão Acerca da eleição da Castro, zombando e escarnecendo do que
Villa Neva da Rainha algumas palavras em sustentaçío da piedade, de»agradàrão-me profundamente.
158 DÉCIMA SEXTA SESSÃO PREPARATÓRIA EM 1 DE MAIO.

O Sn. Fkísamiks da Cenua : — E' um homem de bem, premissas e em suas conseqüências ; entretanto o nobre de-
muito conhecido. putado o combateu em uma das suas conclusões, que ó ponto
Não duvido, mas a suaex- capital da questão.
O Sh. Bezerra Cavalcanti
pressão desagradou-me, como disse. Sr. presidente, força- O Sr. F. Octiviaso:— Que em nada diz respeito á
cio, por amor da brevidade que me imponho, a prescindir de questiio.
considerações de toda a importancia que desejára podei fa-
O Sr. Bezerra Cavalcanti :—O nobre deputado entende
zer nesta occasião em relação a topicos também importan-
assim, eu entendo o contrario.
tes do discurso do nobre deputado, não posso deixar todavia
Ketiro-me, Sr.
de começar notando (e licença ao nobre deputado para presidente, íi eleição da freguezia das Quei-
peço madas, a respeito da entendeu que não se
o fazer) que elle não foi generoso na discussão desta mate- qual a commissão
podia considerar valida nenhuma das duplicatas, e o nobre
ria quando, em vez de discutir sômente o direito, lançou-se
deputado sustentou
no campo das personalidades ; referindo-se tão desabrida- que uma dellas, aquella que é evidente*-
mente illegal e falsa, devia ser approvada
mente a uma pessoa que não pela camara como
podia ter a palavra para respon- verdadeira e legitima.
der-lhe. O Sr. Magalhães Castro,
que infelizmente se acha- Aproveito a oceasião
va naquella para roBponder a arguição que me
porta, teve o desprazer de ouvir expressões fez o nobre deputado de
cruéis_ }ue profundamente offendem o homem de honra e que eu considerava provadas eleições
falsas. E' uma injustiça notável
que me faz o nobre depu-
que sabe prezar a própria dignidade. tado ; eu apenas sustentei a regularidade de uma das elei-
O Sr. Fernaxiies da Cimu : — Porisso mesmo qne se Ções das freguezias que compoem o collegio de Villa Nova da
achava ali foi de pro- Rainha, que na freguezia das Queimadas foi começada
que eu fallei; elle teve a imprudência pelo
vocar a minha resposta. 2o juiz de paz. e concluída pelo 4» ; e
porque tendo os mem-
bros da mesa lançado mão dos recursos legítimos devia ser o
O Sn. Presidente : — Peço ao nobre deputado que não
seu acto approvadn pela camara
interrompa ao orador. para inspirar confiança nos
meios regulares. Entretanto o nobre deputado
O Sn. Bezerra Cavalcanti : — Mas elle não podia res- que assim
me arguio, sustentou a legitimidade de uma eleição eviden-
por.der ao nobre deputado; e se em geral deve haver gene- temente nulla e falsa.
rosidade cora os adversarios, o de
que se trata, quando por
outras razões não devossemerecer mais alguma consideraçiio O Sr. Fernandes da Cunha :—Não apoiado.
de um cavalheiro tão distineto como o nobre deputado, O Sr. Bezerra Cavalcanti:— A eleição que o nobre de-
bastaria lembrar-se
que foi representante da nação pela sua putado sustenta diz-se presidida pela 2® juiz de paz depois de
província por tres legislaturas, e como magistrado 6 incon- se «char procedendo ú segunda chamada em outra eleição
testavelmente honrado, e um dos ornamentos de sua classe. também por elle presidida ; <5 feita por uma mesa qne se
Não devia portanto ser tratado da maneira
por que o foi pelo diz eleita, depois que a outra mesa legitimamente eleita
nobre deputado. O nobre deputado disse que exerceu uma havia já funccionado por dous dias e continuava em seus
reprnsalia a que foi provocado; mostrarei
que alto do não trabalhos. Ora, pergunto eu ao nobre deputado: actos le-
ser um direito a represália...
gitimos que se acnão consumados, funeções que estão exer-
cidas, e tem portanto perimido, podem renovar-se legiti-
O Sr. F drnanhes di Ci'>ni: — Não foi represalia; havia
mamente ?
necessidade absoluta de defender-me.
O Sr. Fernandes da Cunha : — Precise.
O Sr. Bezebri Cavalcanti : o nobre deputado foi
injusto na apreciação dos motivos
O Sr. Bezerra Cavalcanti : — E' fácil comprehender;
pelos quae= julgou dever um jul* de paz por exemplo que tem direito de
lançar baldões dessa natureza sobre o Sr Magalhães Cas- presidir a
uma eleição, de organisar uma mer>a, depois do exercer esta
tro. O nobre deputado referio-se á» publicações feitas por
funeção ligitimamente, tende-se fixado e Concluido o acto,
Cise senhor, entretanto em suas publicações diz elle apenas
e quando outros subsequentes tem sido exercidos, pôde vol-
que o Sr. Saraiva.«... tar novamente ao começo, desfazer ou prescindir do que
O Sr. Fernandes n\ Cunhv : — Chamou-o alma peque- está feito, e renovar o exercício de funeções que tem peri-
r.n, que tinha empregado meios ingnobeis, etc. mido por actos consummados ?
O Sr. Bezerra Cavalcanti: — Isto é uma proposição O Sr. Fernandes da Clnua :—Confirme.
ge-
nerica relativa aos
que empregão manejos reprovados para
alcançarem a satisfação de suas ambições. Mas O Sn. Presidente :—Ainda uma vez peç aos nobres de-
quanto ao
Sr. Saraiva disse apenas o Sr. Magalhães Castro putados que se abstenhão de apartes atim de
que a dis-
que niio tinha cussãu não continue em fôrma
em Villa Nova tantas sympathins como elle, da dialogo , como até
qu" foi juiz de agora.
''¦'"eito daquella comarca
por espaço oito annos, e deixou
muitos amigos ; e O Sr. Bezerr\ Cavalcanti: — Desta fôrma poderíamos
que parecia haver esíe 3enhor perdido a
cabeça quandoo accufavade ter aconselhado ir ao inlinito; o juiz de paz poderia ccftnpór uma segunda
que se forjassem
duplicatas falsas : ao mesa, e depois uma 3a, 4 ', e 5a, e assim por diante, e rvó
passo que em prova de tão odiosa as-
serçf.o apresentava uma carta sua em veria a considerar-so regular ou competente, pela doutrina
que as proíligava
Cem eífeiro o único documento do nobre deputado, aquella que o juiz de paz presidisse por
que se apresentou para pro-
vnr semelhante arguição foi uma carta do ultimo I...
próprio Sr. Ma-
galhães Castro condemnando uma duplicata ; e com este O Sr. Fernandes d* Clmia : —Se os inesarios abusarem ?
documento o accusão de as ter aconselhado !
que —Bem, supponha-se isto
Realmente a apresentação desta caita, puta o fim O Sr. Be/eéra Cavalc\>ti
que se
teve em vista, não é écontrapro- mesmo, sMpnonha-se'o caso figurado pelo nobre deputado em
procedente» e aocontrario
ducente. Portanto as expressões e o
proceder do Sr. Maga- que em vez de ser a mesa violentada, fosse violentado o juiz
lhães Castro, em relação á pessoa do seu competidor, não de paz, como se procurainculcar, o quecompotiaaojuiz de
po liào autorisar absolutamente uma íepresalia tão odiosa e paz era queixar-se deste abuso ao poder competente para
mandar proceder contra aquelles
injusta, como hontem tivemc3 o desprazer de ouvir. que houvessem infringido
Sr. presidente, o nobre deputado observou qne sendo o o seu dever, mais não compor ou «rgar.isar outr* mesa,

psreoer da commissão solidamente firmado em razões de porque então teiia o direito de renovar tantas quantas
direito, admirava que eu me tivesse separado jdelle. Além de quizeese, o que é juridicamente absurdo. Accresce no caso
vertente da mesma acta consta a diversidade da liy-
que este argumento em hypothese pôde ser por mim devof- que
assevera esse
vido, tanto ao nobre deputado, como ao3 meus illustres pothese, e ao mesmo tempo a falsidade do que
collegas da commissuo, eu demonstrarei juiz de paz para tomar o arbítrio abusivo que exerceu, ou
que o parecer não
figura tor exercido.
é tào solidamente firmado, e que o mesmo nobre deputado,
tanto o elogiou como incontestavelmente Todas as mais eleições eu as condemnei, tedas as mais
que juridico, des-
v'ou-se dello e combateu-o em um dos que compõe o collegio de Villa Nova eu as reprovo por vicios
pontos capitaes.
radicacB; e assim é sobremodo injusta a arguição que me
O Sr. Ferjcanke» da Cihha : — A commissão não repro- faz o nobre deputado.
vou aquillo que eu disse ; por nimia reserva e escrupulo é Em vez de
julgar provadas eleições falsas, aocontrario
¦que fez uma limitaçã®.
eu combato todas as eleições do collegio de Villa Nova da
O Sr. Bezerra Cavalcanti — Mas te o nobre deputado Rainha.
acUsu e parccw tão «>lidc o juridico devia aceita-lo em suas Sr. presidente, o nobre deputado em verdade declamou mui-
DÉCIMA SEXTA SESSÃO PUK PARATORIA EM 1 DE MAIO.

Sr. presidente, como tactica da <*poca lançar


V)mais do que argumentou ; e assim pouco irmÍ3 fez do que procurou-^e
todo o odioso sobre a causa do Sr. Magalhães Castro, lendo-
ler além das informações suspeitas ae que j&fallei cartas
be duas cartas de seu cunhado o Sr. Pedreira, ex-ministro
officiosas epropheticas em que um ou outro individuo pro-
do império, em favor de sua candidatura. Eu não tratarei
mettia ao Sr. Dr. Saraiva toila a votação da sua freguezia,
da questão(sobre a qual diria alguma cousa se não estivesse
o que no rigor não é legitimo, porquanto é isto preveni r a
adstricto a economisar o tempo) da legitimidade ou illegiti-
expressão das urnas ; e talvez que«i necessidade de realisar
lançasse os midade com que um ministro de estado, sem intervif na
essas promessas exageradas ou imprudentes
eleição vio'enta nem ofBcialmente, limita-se a recommendar
amigos do nobre candidato na conjunctura de precisarem
As influencias locae." este ou aquelle candidato ; inas lem-
recorrer a uma ficção.
brarei ao nobre deputado que elle so contradiz em sua dou-
Uma dessas cartas, Sr. presidente, é do commandantô
Duarte, primeira e legitima influencia da trina a este respeito aqui expendida, quando depois lendo
superior Silva
cartas ou documentos que o obrigáruo a confessar quo o
Villa Nova da Rainha, segundo affirmão os nobres depu-
Dr. Alfredo Machado havia procurado votos no termo de
tados...
— Incontestavelmente. sua jurisdicção, pareceu sanccionar o seu proceder coma
0 Sn. Ferna>»e8 i>a Ci>«» :
seguinte interrogado:—qual é o juiz, qual è o rpagislrado que
— ...
O Sr. Bezerra Cavalcanti : que alardea de haver n)lo faz /a/o, que ntio pedi; algum votos para seus amigos?...
toda a eleição da freguezia, não tendo feito supplentes
ganho
emprego de meios 0 Sr. Fermvw.s da Oimia dá um aparte.
porque nto quiz ; o que denota por certo o
não muito regulares. O Sr. Bezeriiv CaYaii:«sh :— Isto demonstra que o
Um Sr. Deputado: —Nas camaras passadas mandárão-se nobre deputado não foi justo ou pelo menos coheren-
as listas de eleitores e supplentes. te na arguição que fez, não presiste na doutrina^ que
estabeleceu ; a um ministro não quer conceder o direito de
O Sr. Bezerrv CaTalcanti : — K quer o nobre deputado
a um magistrado. Ora.
pedir votos, mas concede este direito
que continuem os abusos passados, ou devemos querer antes além de que os princípios devem ser os mesmos para um e
a verdade do systema?
outro caso, eu entendo que è mais perigoso^ conceder ao ma-
O Mesmo Sr. Dkpitvdo : — Não; <5 para mostrar que o
gistrado o direito de pedir votos, de intervir em eleições
em
facto existio. sua comarca, nos termos do sua jurisdicção, no centro do
O Sr. Presidevte :—A discussão não pôde pro seguir império, do que a um ministro que daqui da côrtc dirige
nestes termos ; carecemos economisar o tempo; temo3 outras uma carta a uma influencia local (ajmados) entendo que
com os apartes consumimos tempo os magistrados têm mais influencia tios districtos de sua
questões importantes, e
do
inutilmente. jurisdicção, cm comarcas centraes. do quo o# ministro
O Sr. Bezerra Cavalcanti:—Existia irregularmente; império pôde ter, salvo se o ministro do império influo por
correndo as cousas como dovem, os supplentes em regra intermedio da presidencia; mas não se provou que o Sr.
Magalhães Castro tivesso conduzido cartas do Sr. ministro
pertencem á opposição ou aolado vencido. Uma outra carta,
Sr. presidente, é de outro influente que, manifestando sua do império ao presidente da provincia para sustentar a sua
adhesão ao Sr. Dr. Saraiva, diz-se]que depois votou no Sr. candidatura no collegio da Villa Nova....
Magalhães Castro. IWle-se tirar deste facto a consequencia Uma voz : — E quem sabe ?
de que, assim como este, se converterião outros, o a unani-
O Sr. Bezerra Cavalcanti : — Isto nã > se provou; por
midade prévia ficaria dest'arte burlada.
consequencia o Sr. conselheiro Pedreira nãoiniluio oííieial-
Portanto essas cartas anteriores á eleição não podem ter o
mente, não. exerceu influencia indébita, porque não empre-
alcance que os nobres deputados lhes querem dar; sobretudo
gou meios violentos, reprovados ou irnmoraes, de qualquer
quando a carta única que leu o nobre deputado, posterior &
especie, para impôr ou excluir qualquer candidato; pedio, e
eleição, é concebida em termos que deixâo duvida : é de um
pedio ás influencias locaes. Entretanto ficou provado pela
outro amigo, do collegio de Jacobina. que confessa o se
narração feita pelo nobte deputado que «wsns cartas não
compunge de haver assassinado a causa do Sr. Saraiva
por ter
dado votação no Sr Magalhães Castro. Este facto parece produzirão efFeitO; por conseqüência o resultado obtido pelo
Sr. Magalhães Castro, quo nos de us collegi« s da Jacobina e
significar que depois da eleição a causa daquelle sennor se
J< azeiro o collocou em posição superior ao Sr. Saraiva, não
reconheceu perdida; polo quo foi preciso recorrer a meios
foi o effeito dá imposição miniMcrfol. como *e quiz dar a
extraordinários para salva-la ...
entender ; a votação dos dous collegicn 4 devida As sympa-
O Sr. Saraiva dá um aparte. thias, ás relações qu»4 tem o Sr. Magalhães Castro ali,
O Sr. Presidente :—Perdoe-me o nobre deputado que lhe adquiridas em 8 annos de residencia naquelle ponto da p o-
vincia da Btihia, onde foi r oode foi í-em-
observe que tem a sua vez de tallar, e quo mesmo se quer juiz de direito, e p<
dar explicação de algum facto pôde pedir a palavra. Desta pre votado em tres legislaturas em que!«» asvr.to ne«ti
maneira, repito, a discussão irá em diálogos, « protelada, e casa.
discussões importantes. Se entoa
assim prejudica a outras Um Sr. Deputado : - C0511 o concurso d^s outro-..
nesta cadeira não ó por vontade, mais por dever do cargo de
O Sr. Bezerra Cavalcanti : — E quem prescinde
2o secretario. Já tenho pedido por mais de uma vez aos "
eleição do concurso dos outros O uobre deputado ae [<">de
Srs. deputados o obséquio de não interromper o orador que
falia ; se continuSocom essas interrupções eu fazer eleger por si só"
peço permis-
são à casa Sr. presidente, já soffri os efFeitos terríveis da intorven-
para rotirar-me. Tenho mesmo me querido con-
vencer que os nobtes deputados não rneprestão a attenção çuo violenta do poder, jámais defenderei a intervenção inde-
bita do governo: mas no caso de que se trata não houve essa
que devia merecer. (Nilo npoiado¦>.)
intervenção indébita; foi uma tactica muito liabil trazer
Um Sr. Deputado : — Merece-nos toda a consideração. essas cartas para a discussão atim de fazer excitar a indig-
(Apoiados.) nação da casa, captar os ânimos em favor da causa que se
0 Sr. I1. Octaviano :—Os apartes apparecem mesmo sustenta, tornando antipathica a que se combate. Mas estas
por
causa da natureza do debate. cartas, como disse, não produzirão effeito; devo pois desap-
sua leitura inspirou.
Octro Sr. Deputado
-São apenas rectiReações
; quere* parecer a prevenção desfavorável que a
O nobre deputado condemnou altamente o cynismo do
mos corresponder ao desejo da camara, não fallando mais,
escrivão Nanzianzeno Leoncio de Figueiredo (i doloroso
nuo tomando mais a palavra sobre esta matéria, e por isso
fallar neBte nome), mas eu responderei sempre ao nobre de-
nos vemos na necessidade de dar apartes.
putado que grande parte das culpas, direi mesmo dos cri-
O Sr. Bezerra Cavalcanti A proposito devo dizer, em mes desse homem, pertence As autoridades de Villa Nova,
resposta ao nobre doputado, que não é o Si. Mngalhãea Tas- os
que pondo-o em dolorosa e terrível coacção forão delles
tro queargue o Sr. Saraiva de falsario, isto não se encon- princip&es motores. (AMo apoiadot.) Então perguntarei
aos
trará em nenhuma das peças com que foi instruida a repre- nobres deputados, como é Namianzeno
que depois que pas-
sentação daquelle senhor ; elle não diz que o Sr. Saraiva é sou esta certidão falsa, que diz ter sido obrigado a passar a
falsificador, nem eu igualmente o disse ; o que se diz é S de Novembro, contra outras que já tinha dado, asautori-
que
os factos demonstrão que shus amigos do collegio de Vtlla dades de Villa Nova lhe dão attestnçõcs honrosas que elle
Nova da Rainha, forçados pela necessidade de salvar a «na trouxe para a secretaria da justiça e que forão mandadas
causa perdida nos outros aous collegios, recorrerão a uma pelo Sr. rainiitro da justiça ao presidente da província
eleição fictícia, a um simulacro de eleição. par» informar a respeit»*' Kntre outras, se me uio engano,
DÉCIMA ShXTA SESSÃO PREPARATÓRIA EM i DE MAIO.

cre', qne ha uma attestação também do proprio juiz de di- respondeu e que tem sido deputado proviucial na Bahia, o
reito Rocha Vianna. outros companheiros seus., todos com votação dada
pelo
«-e tivessem apresentado ao
padre Severo e seu irmão, nunca
(Ha um apart*).
paiz como representantes de uma eleição falsa, de uma elei-
As autoridadesda Villa Nova, al<!m de não terem atélioje
çHo de capoeira
responsabilizado e processado a Nazianzeno, Fiulho e ou-
O Sr. Fernandes da Cunha:—Está íormtinào um ca?-
tr> s, que são réu» useiros e vizeiros de falsidades, como se
tello; eu explicarei.
affirma, he d»rão attestaçfies honrosa» depois que «lie no
dia 6 de Novembro deu certidões ao juiz de direito Rocha O Sr.. Bezerra Cavalcanti:—Nãoécastelloiíeesses ho-
Vianna no sentido dos interesses que este juiz sustentava. mens sempre tizerão eleições falsas, seestaviío acostumados
Sr. presidente, até foi acusado esse infeliz homem a fazê-las sempre, como affirmão os nobres deputados; tendo
por ter prestado authcnticidade aos documentos do Dr.
Sa- também os nobres deputados obtido sempre a votação de que
raiva ; mas eu entendo que se alguma censura justa pôde elles dispnnhão tem sido representantes de eleições falsas...
caber a e.-te respeito não é ao escrivão falsário que authen- 1 lie escrevi uma
O Sr. Fernandes da Cunha:—Nunca
tica quaesquer documentos que lhe «fio apresentados para carta ; cs votos que tenho tido em Nilla-Nova têm sido pelo
este tim. ma» a quem o
procura para isto. e então reflectirci meu amigo Silva Duarte.
ao Sr. I)r. Saraiva que as actas da sua eleição, firmadas na
fé desse escrivão, ou authenticadas porelle, também peccão O Sr. Bezerra Cavalcanti:—Entretanto as autoridades
de Villa-Nova, e entre ellas ligura o nome distineto do
pelo vicio originário da faliu de fé.
Sr. José Antonio Saraiva, nunca processarão o padre Se-
O Sr. Saraiva d á um aparte. vero e seu irmão pelos innumeros crimes de morte de que
O Sr. Bk/irra Cavalcanti .— O nobre membro diz que a são accusados. Assim também os nobres deputados não re-
sua eleição se cenfuma com a representação de sesseLta e flectirão que com essa arguição ião lançar uma nodoa sobre
tantos e-eitores; entretanto o collegio se compõe de 70eleito- as administrações de seus mais importantes amigos, cuja
res,a neta se tiguraassignada por n2, dos quaes alguns reda- reputação não devião expor.

márão, confirmando suas assignaturas ; mas entre os que O Sa. Fernandes da Cunha :—Já esperava por tudo hto.
reclamarão não se encontrão 8 nomes dos tací 62, e são os
Outro Sr. deputado: — O Sr. Cansansão também ainda
de Manoel Ferreira Guimarães, Autonio Pereira Guimarães
não os mandou processar.
«outros.
O Su. Bezerra Cavalcanti :—Admira como se tem tranfci
Um Sa. Deputado dá um aparte.
naturalmente por serem
gido com e^ses grandes criminosos,
O Sr. Biz.erka Cavalcanti . — Mas quem tinha interesso em mui-
potências cleitoraes como de facto tem acontecido
de provar que a eleição era verdadeira devia querer que todos tos pontos centracs. do nosso paiz! Sinto que rs a??erç5es
àssignassem a reclamação. Ora, 8 eleitores não a aasig- do nobre deputado nos f».çãp chegar a esta conclusão.
nárão, os quaes reunidos aos 8 que não assignárão a Não defendo e nem accuso parcialidade alguma, e=tou
acta constituem o numero de 16, que podem não ter figurado respondendo aos argumentos do nobre deputado; njío me
realmente entre esses 70 votos que se duo ao Sr. Saraiva. encarrego de justihcar e nem de accu^ar as influer-cias do
Deduza-se pois doa taes 70 esse» 16. e mais 26 das Quei- centro da província da Bahia ; apenas estou persuadido de
madas que não aâo «pprovadt»s, ticão <ipenas 28 votos, os < s nobres deputados, a ferem imparciaes, encontrarião
que
s cora 58 nüe teve o Sr. Saraiva na eleição do ¦ finid: 1 « muito
quaes reuuidc pronunciadas entre osactos daquelles que
Joazeiro e Jacobina fazem ao todo 86 votos ; entretanto que íai.to elegião com os que tão acremente accusão.
o Sr. Magalhães Castro tendo noa eollegios da Jacobina e
O Sr. Saraiva : — Todos não.
.Joazeiro 71 votas, c sendo possível que tiveeee os 16 que f»l-
tão, teria já 87 : e aceresoentando <»s 26 das Queimadas, que O Sn. Bi/erra ( avalcanti : — Sr. preM nti, .do o
qu,,
inquestionavelnfeute erão se as, vinha a ter 113 votos.... li--bre deputado appellâva para a deputáção da Bania, para
— I-& provar que o padre Severoé influencia maléfica, e o comxnar-
O Sr Ferv.nois da Cimi\: esse proce?so ari-
por oi nte superior Duarte influencia muito bentfica, eu d:sse
thmetico....
henefica não usava de meios muito re-
que essa influencia
O Sr. Bezlrra Cavalcanti :—Este processo, não é para
galares pnra consolidar-se. Para prova-lo lerei o tópico de
desprezar-se, porque affecta essencialmente o resultado da im:a curta deste mesmo tenhor dirigida ao Sr. Dr. SiaOes
eleição do districto. tanto mais sendo hcticio, como parece, Sampaio. Dizelle: «Quanto íi gente que traz, o o Nunes
o collegio de Villa Nova. convém virem com seu armamento para qualquer ccur-
O nobre deputado disse que ainda perdendo a votação das rencia provocada pela parcialidade do padre, entrando de
seesses
Queimadas, o Sr. Saraiva era o deputado, no entanto noite, e procurando nossa casa, onde lhe direi o que devem
eJeitores (por hypothcse) votassem, ou de fact© votárão no fazere o lugar em que sedevem alojar. » E mais adiante:
Sr. Magalhães Castro, o Sr Saraiva iámais poderi» ser eleito c Aqui espero o Nunes no dia 6 á npite, com o maior su-
com exclusão dos votos das Queimadas. mero de votantes que fôr pob&ivel. Não tenlio a:nda a chapa
Sr. presidente, o nobre deputado como que tez consistir dos juizes de paz da Itiuba, ponvem que V. S. traga um.i
a principal força de sua argumentação na discussão pessoal o resto ei ; o Nunes deve ler
porção feita para fazermos
das ii.fluencias antigas ou recentes de Villa Nova, de- o primeiro juiz de paz, e os outros tres quem Y. S. quizer. »
raonstrandoque o padre Severo, em quem nunca tive occasião Eis-aqui, Sr. presidente, essa influencia legitima que
de ouvir fali ar, senão agora.... convida os «eu» amigos para virem pleitear a eleição, re-
O Sr. Ff.mandks nt Cunha: — Nisto o nobre deputado commendando-lhes que tragfto armas e vão para a sua a
nãop6de fallar, porque não conhece o circulo e a situação. d noite, afim de receberem as ordens e òplano de batalha 1 Isto
eleição ali não foi tão pura como se ínculca,
prova que a
O Sr. Bezerra Cavalcahti :—.... assim «mo seu irmão
que as cousas não se paepárão muito regularmente 3 forão
o tenente-coronel Simões da Silva, erão Homens cobertos empregados meios violentos, para o que se reccmmendava
de crimes, acostumados a fazer ali sempre eleições falsas, aos aliados que vieFscm armados! Bem que fo de conio pre-
entretauto que o commandante tuperior Silva Duarte era texto prevenir e rebater as violências dos adversarios, é -^sta
um caracter muito puro. tinha uma influencia muito legiti- a tactica usada cm casos tacs t entretanto que os que bu°- s
ma. firmada no seu alto merecimento, etc., etc. Ora, eu ap-
cão este pretexto tinhão em seu favor as autoridades com
al m de dar á ca-
peilarei para esse mesmo Sr. Silva Duarte, força bastante para garanti-los, e além da Fcr reprovado o
mara uma id^a dos meios muito legítimos com que procura meio que empregárão, não precisarão dulle a poderem trium-
esse senhor tirmar a sua influencia ; appello para o mesmo
phar regularmente. N
Sr. commandante superior..,.
em 0 Sr. Fernandes da Cunua : — O nobre deputado ]ia de
U* Sr. Deputado : — Não é capaz de dizor que estou
ter tido occasião de ^e prevenir e andar com pessoas arma-
erro.
das para se livrar de assassinos.
O Sa. Bezf.rra Cavalcanti : —Eu o farei verão nobre de-
— Até o
puLido, Sr. presidente,
se o 1 adre Severo e seu irmão fizer?o O Sr. Bezerra Cavalcanti: presente sjmenw
sempre eleições falsas, eleições de capoeira, como dizem os como autoridade me tenho acompanhado alguma vez de
nunca precisei de l^zê-lo.
Srs. deputados pela Bahia; admira, como já tive oceasião gente armada ; como particular
de dizer uma vez, que o Sr. Saraiva e outros que forão elei- ainda memo nos lugares onde tinha adquirido inimigos no
nobre deputado que me exercicio de minhas funeções, o ciime, como
tos na legislatura passada, que o perseguindo

V
DÉCIMA SEXTA SESSÃO PREPARATÓRIA EM I DE MAIO. J 51

sempre o fiz, e era do meu dever. Não vejo portanto que eleição em questão, o nobre deputado não deve considerar
se possa com muita razão elogiar a moralidade dessa in- suspeita a corporação inteira.
fluencia, que procede por semelhante modo!*... O Sn. Saraiva : — Os membros delia assiguárão a acta
falsa que V. Ex. não defeudeu.
O Sn. Siraiva : — E' immoralidade isto?
: — Certamente isto não prova O Sb. Bszerba Cavalcanti : — A resposta está dada.
O Sn. Bezerra Ca,valc inti
deputados. Continuarei portanto a ler os documentos.
influencia seja o que queram os nobres Eis-aqui um
quí essa attestado dos quatro membros da mesa da eleição de Villa
— Esta camara está horrorisada
O Sr. F. OcrtviAKO: Nova, que assignárão a acta vencidos ; ó
passado a requeri-
desse- facto inaudito! mento ao capitão Manoel de Aquino Leito:
—Não u inaudito, nem é «lllms. Srs. secretários e escrutadores da mesa
0 Sr. Bezerrv Cavalcanti:
tem-se praticado parochial.
cousa que horrorise, porque infelizmente — Diz o capitão Manoel do Aquino Leite
que precisa quê
npezar
assiir. em muitas partes ; mas é legitimo concluir, VV. SS. lhe attestem o seguinte-. 1«, »e o
juiz de paz pre-
disto, que esse senhor que procura
fazer juizes de paz c ve- sidente da mesa parochial fez a chamada pelacóoia da acta
readores a quem lhe parece, com o emprego de meios seme- da qualificação dos votantes desta freguezia, apreaentando-a
lhar.tes, não consulta por certo os meios licit03 de adquirir publicamente sobre a mesa, ou se a teve sempre em sua mão
lirma no
influencia, que sò pftde ser legitima quando se lendo-a de fôrma que VV. S3. nunca a puderão divulgar, e
apoio espontâneo da população. se quando findava u leitura do dia deixava a dita lista na
urna ou a levsiva para sua casa ; 2<\ se desde o primeiro dia
—São os nomes
O Sa. F. Octayiako : que se liavião de es- da eleição at'i hoje a igreja matriz se achava cheia de bas-
crever nas listas. tante povo armado de riunas, cacetes, etc. ; 3°, se nas ca-
sas do-i cidadãos Francisco Fernando Pereira da Graça ,
O Sr. Bezerra Cavalcanti : — Seja assim, mas a eleição
José Antonino de Moigado Silve, Gervasio Gonçalves Mar-
não é sómente a vontade de um ou dous individuos. Isto não
tins e Benedicto Plácido Valladão , que lição ao pó da
6 regular, e não abona a legitimidade da influencia; mas
dita matriz, se a chavão ou não grupos de pessoas arma-
facto que accuso é o da gente armada e que deve comparecer a
das ; 4», se VV. SS. como mesarios estiverão sempre ou
noite. A camara moralise-o.
não coagidos pelo terror das armas, e que por essa eoacção
Muitos outros factos lia, Sr. presidente, que conviria
não puderão dar suas opiniões livremente ; 5<\ se
commentar; mas prescindirei disto, para não roubar muito quando se
findou a acta da dita eleição foi esta fechada e remettida á
tempo t casa. I.eiei sómente alguns documentos mais para
camara municipal, conforme determina a lei, ou se algum
do direito interina, José Antonio Rocha
provar que o juiz dos membros a conduzio para sua casa ; 6o, so a dita a"ta
Viannft, exerceu uma intervenção indébita nosta eleição,
depois de assignada foi liu.i perante a mesa e espectadores,
como estou convencido, e creio que o tenho demonstrado.
e se nes?e acto se fez o officio da remessa delia para a sobre
Uma carta do mesmo Dr. Sampaio, que aqui está, con-
dita camara ; portanto — P. a VV. SS. lhe attestem a ver-
firma o facto de ter sido preso por es^e juiz, poi motivo de
dade. — E. B. M. — Manoel de Aquino Leite. >
eleição, o escrivão Nazianzeno. Ei-la :
Illm. Sr. Nazianzeno Lcon-io de Figueiredo. — Em res- « Os membros da mesa da nssembléa parochial desta fre-
mesma afiançar-lhe que foi
postii á sua carta, cabe-me aqui guezia do Senhor do Bomtim da Villa N >va da Bainha, na
no dia 8 de Setembro que, suscitando-se uma questão na fóruia da lei de 19 de Agosto de 1846, etc. At cessamos
quan-
ir.esa eleitoral, foi Vm. atacado pelo Sr. Silva Torres, mesmo to ao 1° artigo da petição retro, que o juiz do paz presidente
dentro da igreja matriz, e foi nesse dia íi noite que eu e o Sr. desta assembléa, ocommmandante superior Antonio da Silva
tenente-coronel Antonio Nunes Kodrigues de Freitas pedi- Duarte, fez a chamada dos votantes por uma lista apresen-
mosa-Vm. para continuar com os trabalhos eleitoraes; e tada por clle, a qual sempre esteve em suas mãos, sem
que
para dar mais forç i ao nosso pedido garantimos a sua vida fosse vibta por alguns dos membros da mesa. nem ao menos
em presença de sua excellentusima senhora, que sj achava quando suscitarão se duvidas, e quando lindavão os traba-
cutio inconsolada e receiosa. lhos por ser dada a hora de encerrar a 6essão, ,o dito
presi-
Fui também no dia 10 de Novembro que soube ter sido dente amettia em sua algiboira, e conduzia para sua casa
Vm. preso pelo Sr. Dr. Rocha Viínna, e que estava reco- sem a deixar na urna, desattendendo ao requerimento do se-
áid ¦ em casa do Sr. Pereira Maia. fui visita-lo, e é pu- cretario capitão Jorge Gonçalves da Silva,
que requero u
blici que foi irotivada por ter Vm. n os mesarios se para ser feita a leitura inspeccionadu pela mesa.
&&s;gaado — vencidos — na acta da eleição, e não querer « Quanto ao 2», attestamos
quo desde o dia 7 da Setembro
Vm. passar certidões desta acta sem a palavra—ven- até hoje sempre esteve a igreja matriz com uma força de
— como exigia o I)r. Vianna. Emquanto ao armamen-
paisanos armados de armas, de riunas o baionetas.
to que diz ter o Dr. Alfredo Mauhado podido para eu levar « Ao 3", attestamos em como nas casas dos cidadãos
na época da eleição, rogo tenha a bondade de conceder-me Francisco Fernando Pereira da Graça, José Antonio de
a minha resposta, pois Vm. sabo que eu Morgado Silva, Gervasio Gonçalves Martins, e Benedicto
que eu omitta
sou amigo do Dr. Alfredo ; porém, se para justiíicar as suas PUcidd Valladão, que ticão junto A igreja matriz, so acha-
reaes perseguições convém uma prova de que fui convidado vão com grupos de pessoas armadas, sei vindo cilas de depo-
na verdade o sitos das mesmas armas.
para levar os meus votantes armados, e quo
Sr. coronel Silva Duarte apresentou armamento immenso, « Ao 4o, attestamos em como os
quatro» mesarios sempre
incluso remetto uma carta do mesmo coronel Silva Duarte, estiverão coagidos sob o terror das armas, o por es.-a razão
exigindo de mim tão infame pedido. não podião dar suas opiniões livremente, e antes alguns es-
« Aqui me tem piompto a mostrar que sou seu respeita-
pectudores tomavão parte cm to Ias as duvidas que so susoi-
doi e criado.—Dr. Joaquim Simbes de Oliveira Sampaio. » tavão, sem que a mesa pudesse dar sua opinião.
Aqui está também uma representação da camara munici- « Ao 5o, attestamos quó foi lavrada a acta da eleição, f n
Villa Nova. referindo violências desse juiz, tanto na
pai de assignada pela mesa, e o presidente fechaudo o livro o cOn-
eleição de Setembro, como na de Novembro. Deixo de a lor duzio para sua car^a, sem que so ofiicias-e 11 câmara muni
mas cila confirma todos os factos constantos
por extensa; cipal, conforme determina a loi, e foi deliberado pela mesa
de outros documentos, que leio, e torna patente uma inter- a requerimento do Io secretario.
venção directa, e a mais violenta. » Ao 6", attestamos que a acta depois do assignada
pela
mesa, nem no acto de assignar, não foi lida, e quanto A re-
O Sr. S»riivi :—E' a do padre Severo? messa á camara nada so praticou.
— Não sei se « O que tudo attestamos e juramos so necessário íòr, e
O Bezerra Cavalcanti : a camara pertence
ao padre Severo; não posso responder a aílirmamos em fé de nossos grãos.
perguntas como
< Assembléa parochial da Villa Nova da Bainha, 18 de
esta.
Setembro de 185G.—Nazianzeno Leoncio de Figueiredo, Io «e-
O Sr.-F. Octaviino : — E' a camara composta de signa- cretario—Jorge Gonçaluu da Silva, 2» secretario. — Mi-
tariofc da acta falsa ; já o verifiquei por um aelles, noel d-i Barros Wanderleij, escrutador. — Antônio Pereira
O Sr. Bezerra Cavalcanti : — Da acta falsa não, da acta Fialho, esciutador. >
Bobre a qual o parecer julgou conveniente não emittirjuizo. -. —E'
O Sr. Sar vivA a mesma gente, é se.mpre a
A camara municipal, porém, é também uma corporação qu:is:
mesma cousa.
clectiva, e representa a opinião publica do municipio ; e por-
que um ou outro do seus membros figura na
acta dc uma O Sr. Bczerra Cavalcanti : — Aqui -3-tA uma repiesen-
J.V2 DÉCIMA SEXTA SESSÃO Vl\\ PARATORIA FM 1 DE MAIO.

tação de mais de 70 cidadãos, entre os quaes felizmente não ouvira o resto, por serem as vozes daquelle magistrado alti-
se comprehende o escrivão Nazianzeno : sonantes; e soube que o dito juiz de
paz Severo ced6ra da
« Noa abaixo aasignados , eleitores e mais cidadãos presidência, e que isto fizera por evitar conseqüências fu-
das freguezias Senhor do Bomfim da Villa Nona da Rainha, nestas de que se achava ameaçado. Isto feito, retirei-me
e da freguezia do Santo Antônio das Queimadas , attesta- j5ara as casas da minha residencia, deixando a guardada
mose juramos se necessário for o seguinte : minha igreja ao bom senso do povo, dentro e fôra reunido.
« l.o Qui- as eleições primarias e secundarias de 7 de Presenciei mais, nessa occasião, ?eutinellas de força de Ia
Setembro de 185<i pura eleitores, e juizes de paz desta villa linha nas portas da matriz e na do corredor do lado da sa-
forão feitas comforça armada, em cujo numero se appresen- cristia, sendo
por estas corridos todos que para dentro en-
tárão alguns criminosos neste termo, e em outros vizinhos, travão; e não se
pôde negar que semelhante intervenção
cuja força estava á disposição d > juiz de
paz e commnndan- judiciaria fora menos concedida, se é que ella estava fuç-
ití superior. Antônio «'.a Silva Duarte, e do dada em ordens superiores, como cheguei ainda n ouvir em
j uiz municipal e
delegado, José Alfredo Machado. uma das vozes quando fallava aquelle magistrado. Attesto
« 2.° Que as eleições de 2 de Nêvembro, mais, e iinalmente, que depois de tudo ouvi dizer aliunde
que se procedeu que
para eleitores, foi iVita na mesma fôrma, tornando uma desse dia houverão duas eleições na mesma matriz, valha
parte activa o Dr. .José Antonio Rocha Vionna e a» mais a^ verdade. Por me ser este
pedido, com mais g^ieralidade e
autoridades acima, além de terem força armada o dito Dr. cirçumstancia do quanto vi e sube, assim o
passo em palavra
de diieito interino irapôz todo o da autoridade dc honra e de meu oflieio
juiz poder parocliial, e me assigno. Villa
«obre a mesa, e a final de suas Xova da Rainha, (i de Dezembro de 185H.—0 vigário col-
procedeu-se a eleição debaixo
ordens. lado, Luiz Corrêa Caldas Lima, >
« 3.o Que tendo os mesarios da eleição de eleitores se
{Ha um aparte.)
assignado vencidos, o dito Dr. juiz de direito, no dia 10 de
E' o vigário collado da
Novembro, prendeu ao secretario capitão Nazianzeno Leon- parechia quem diz isto; não sei
cio de Figueiredo, dirigindo-Hie insultos, e quiz obriga-lo a por que razão se ha de recusar o credito que deve merecer
um sacerdote revestido do veneraudo carueter
extrahir cópias sem as declarações de vencidos. que attesta
na fé do seu officio parocliial.
« 4.o Que reunindo-se o collegio 110 dia 2 de Dezembro,
Vê a camara portanto que a minha convicção 6e firma em
nos paços da camara municipal desta villa, o l)r. juiz de
muito» documentos que me parecem valiosos. Ha ainda ou-
direito interino ali se apresentou e fez que fossem recusa-
troa que deixo de lêr para não cansar a sua paciência.
dos os eleitores de uma eleição desta freguezia, e os de uma
Sr. presidente, o parecer não quiz aceitar os argumentos
eleição da freguezia das Queimadas, suspendendo-sc a ses-
são sem que se lavrasse a acta. juridicos que forão apresentados contra a legitimidade do
collegio de Villa-Nova, e são não só as incompatibilidades
« 5 ° Que por essa razão reunirão-se os eleitores que forão
indevidas, que decretou o juiz de direito contra avisos re-
recusados na igreja matriz, e ali procederão a eleição em
centes, como a questão relativa á
©bservancia da lei, e para evitarem conilictos. presidencia do mesmo
collegio.
<6.0 Que consta terem comparecido alguns eleitores 11a sa-
A lei de 19 de Agosto de 1846 diz o seguinte no seu
ia da camara, mas immediatamente se retirárão, e então
art. 6*>. (Lê )
reunindo-se na casa do Dr. juiz do direito interino Rocha
Pertence portanto pela lei a presidencia do collegio ciei-
Vianna, ali foi publico, lavr&rão e assignárão as actas,e ás 7
torol ôquelle juiz que tivei presidido A eleição
horas da noite foi chamado o tabellião Nazianzeno Leoncio primaria da
freguezia em que se reúne o collegio. O parecer soecorreu-se
de Figueiredo, e a portas fechadas foi transcripta a acta pelo
de uma theoria sem duvida engenhosa, mas
dito tabellião. que eu não
supponho conforme com o direito,
« 7.o Que o collegio que sereunio na igrejamatriz nos dias pois que a disposição <Ja
lei não autorisa essa distineção que faz o
2 e 3 funccionou aos trabalhos da eleição com as formali- parecer, e estan-
do presente o juiz de paz que presidio a eleição, como esta-
dades da lei, não tendo unicamente sido transcripta em no-
va, competia-lhe a presidencia do collegio; não sei
tas por responderem os dous tabelliães, por oílicio, que seus por que
razão havia de ser excluido este
livros se «chavão em poder do Dr juiz de direito interino juiz de paz da providencia
do collegio para se collocar nella outro.
Rocha Vianna, o que tudo attestamos ser verdade e a.ssim
Me parece, Sr. presidente, que pelo3 factos
»e ter passado. Villa No\a da Rainha, 24 de Março de 1857. > que tenho ex-
pendido à camara e pelas considerações que tenho feito, não
[Seguem-se as asaignaturas.) se pôde deixai do reconhecer que a eleição de Villa Nova da
0 Sr. SauaiYai— São os votantes de capoeira.
Rainha estíi pelo menos sujeita a duvidas muito
graves e
0 Sn. Bi:zi:r*a Cavalcanti : — Os 70 eleitores do collegio muito sérias, e que dependendo delia o triumpho da eleição
votou em V. Ex. são muito legítimos, merecem toda a daquelle distrieto, pois que os outros dous collegios com
que que
consideração; qunesquer outros cidadãos que não concor- elle se completa, e que constão de mais de metade dos
rSrão para sua eleição passão por suspeitos, são votantes de eleitores do distrieto, sufíVagãrão com mais vantagem ao
capoeira. Sr. Magalhães Castro do que ao Sr. Sapúva, nós não seremos
Assina, tudo quanto se allega contra a eleição do Sr. justos como devemos ser, proferindo uma decisão que se
Saraiva encontra logo respostas e excepções dessa natureza, lirma nesse collegio duvidoso, aceitando-o como valido, e
é considerado & priori como falso. Entretanto aqui está um condemnando assim, talvez com clamorosa injustiça, a
outro documento que não é de votante de capoeira; é um causa de um candidato que talvez represente a verdadeira
attesta do do vigário collado da freguezia Luiz Corrêa Caldas expressão do distrieto.
Lima. Eu portanto vou concluir pedindo A camara a respeito
« Illm. e Rovm. Sr. vigário Luiz Corrêa Caldas Lima.— deste collegio aquillo mesmo que pedirão os meus dous
José Antonio de Magalhães e Castro, a bem de seus direito-* illuBtres eollegas da commissão acerca da eleição da fre-
e por amor da verdade, precisa que V. Revma. arte?te na fé guezia díis Queimadas. Ali, porque liouverí.o duplicatas
de parocho e de homem de honra o que souber e presenciou que suscitarão duvidas no espirito dos honrados membros,
na formação da mesa ú eleição de forão elles de parecer que i-e sobres tivesse no
pnrochial que procedeu julgamento da
eleitores da freguezia da Villa Nova. da Rainha 110 dia 2 de ele iyão, e se pedissem informações ulteriores ao
governo.
Novembro, na igreja matriz de que V. Revma. é digno pa- Eu, portanto, ú vista da. duplicata do collegio de Villa
rocho. E dizendo V. R«vma. o que souber e vio servirá á Nova, ede todos os vícios
que se derão no processo primário
verdade que deve achar defensores eín alguns colações bem e secundário, vicio*
que dão lugar a duvidas muito sérias,
formados, e ao abaixo assignado. Villa Mova da Rainha, 4 como todas as
que tenho expeuclido, constantes de docu-
de Dezembro de 18õ6.—Jo«é Antonio de Magalhães * Castro. » mouros ; attenderido a
que essas mesmas certidões que se
apresentáo
< Retírindo-me ao pedido supra, at*esto que na formação passadas pelos tabelliães Nazianzeno e Fialho,
da me9a parocliial da eleição de 2 de Novembro proxiino pas- não deixão de ser se aclni compro-
peças oíHciaes em que
sado, presenciei do arco cruzeiro da capella-mór da matriz, niettida a fé da justiça ; julgo
publica de funccionarios que
onde estava, calorosa discussão do juiz de direito interino, nenhum outro alvitre mais razoavel e mais jufcto
podemos
apresentou, com o Se- tomar do
que junto á mesa se juiz de paz padre que sobrestar também no^ julgamento de toda a
vero Cuim Atuá. negando a este a competencia para presidi- eleição, e e informações que devem
pedir novas informações,
la; e revolundo-me semelhante intervenção judiciaria, com o ser ministradas não essas que se achâo
por autoridades, que
contraria á jurisprudência, por asbini dizer, política de elei- ali divididas entre amigos e inimigos.
ções, sendo dallas o único e competente juiz os pjderes poli- E aproveito a occasião para desta tribuna pedir ao gover-
ticos do Ee:ado, retirei-me silencioso para a sacristia, donde no que lance suas vistas protectoras sobre a sorte dos habi-
DÉCIMA SEXTA SESSÃO PREPAIUTOIUA EM 1 DE MAIO. J54

tantes da Villa Nova da Rainha, que se achão a braços com da província da Bahia manifestou-se com tanta convicção a
autoridades inimigas. Sim , senhores, se estes cidadãos respeito da minha honra o da honra de meus amigos ;
tem dito a verdade, aquellas autoridade# não podern çonti- desde esso momento tinha o direito de desistir da nalavra, o
nuar a funccionar ali, não só porque abusArao gravemente direito de não defender atti os meus amigos de Villa Nova
no exercício dos seus cargos, como porque se tem constitui- nesta occasiâo.
do representantes de interesses políticos, de interesses elei- Digo que liquei com este direito e o devia exercer. Dovê-
toraes, que, como sabemos, tantò exacorbao os unimos ; e lo-hia exercer porque eu não podia discutir o enredo eleito-
se mentirão devotn ter desaiiado contra si os odios o furores ral de Villa N >va da Rainha sem ferir a um cavalheiro
que jA
das referidas autoridade», e de todos aquelles cujos interes- foi meu amigo, que ó hoje meu adversario, o
que não tem
ses combaterão. Sua situação é portanto tristiesiina diante um lugar junto de mim, em o qual
possa responder-me.
desta coalição de raneore* e vinganças. Sim, Sr. presidente, na discussão dos negocios do Villa
Cumpre portanto que o governo mude as autoridades ju- Nova ora ininossivel evitar a defesa do meus amidos, o essa
defesa prendia-se por tal fôrma 4 apreciação da condueta du
diciarias daquella localidade. e recotnmende ao presidente
da província a mudança daquellas que não de sua nomeação. meu illustre advorsano, que não podia eu deixar do expri-
Entretanto suspendamos o nosso jui/o a re-|>eito desta mir um juizo a respeito de seus actos ; esse juízo, qualquer
s«r taxado de parcial, podia <-er taxado de
eleição, e peçamo» informações ao governo para que a ca- que fosse, podia
mara possa dar uma decisão verdadeiramente justa e digna menos justo, e além disto, Sr. presidente, podia revalarquo
da *nnoção do paiz. Como membro da ommifsão tenho rum- eu não tinha o cavalheirismo necessário para abster-me de
sustentando a minha opinião com fran- fazer toda e qualquer censura ao meu adversario, não es-
prido o deu dever
Se contrario interesses que merecem tando elle presente nesta casa. ^ (Muito bem.) Eu, pois, Sr.
queza e sincer»dade.
siinpathias, tenho pezar disto, mas creio que quanto tenho presidente, estou na posição' indeclinável de desistir da
é o Sr. defesa.
dito, se não procedente para que seja reconhecido
Magalhães Castro com exclusão «to Sr. Saraiva, não p<Viedei«* Uma outra razão ainda me faz persistir na idía de não
xar de proceder para que também não seja reconhecido este me defender. Os meus nobres amigos de Villa Nova são tno
com exclusão daquelle, pelo menos sem informações ulte- razoaveis, são tão justos, que hão do comprehender ano-
riores ; e concluirei portanto mandando á mesa um reque- bre/.a do meu procedimento ; ç>s meus amigos não hão de
rimento neate sentido. entender que eu abandonei a sua causa para não defendd-
Primeiro. —Que se sohresteja no julgamento dcjta que«- los. porque elles comprehendcm que se achão perfeitamente
tão, e se peção novas in for inações que orientem o juízo da defendidos, e não têm necessidade de defesa [apoiados); os
meus amigos comprehendem que a província toda em peso
camara.
Segundo.—Que se mande instaurar processo instruído lhes faz justiça (apoiados) ; os meus amigos comprehendem
com todos osdoeument>s presentes, afim de serem punidos em fim que ó uma brilhante defesa, e seguramente muito
com o rigor das leis todos os autores e complicas doa crimes valioso o facto de não haver na deputação da Bahia uma voz
arguidoB. que se levante contra elles (apoiado*); os meus amigos
eomprohendewi, Sr. presidente, que não ó
preciso que se de-
Lê-se, e não <5 apoiado o seguinte requerimento: lenda o coronel Duarte contra o padre Severo, porque em-
« 1 ° QuesesoWeeteja 110 julgamento da questão ató que lim toda a província da Bahia sabe quem s*o os Drs. Joaá

veuhão novas informações que orientem o juízo da camara. Antônio da Rocha Vianna, o Josó Alfredo Machado, e que
« 2 ° Que se mande instaugar processo, e instruído com magistrados como aquelles cujos nomes eu referi, não me
dão a sua honra, porque a honra 6 cousa que se não dá ao
todos os documentos que existem sobre a matéria, afim de
descobrir-se a verdade, e serem punidos os róos dos crimes amigo o mais intimo. (Muitos apoiados.)
arguidos.—Bezerra. > Ha porém um ponto, Sr. presidente, uma provocação sobre
que eu tenho o dever de explicar-me. O nobre deputado pelo
Continúa a discussão do parecer.
liio Grande do Norte levou a iinpugnação do parecer a pon-
Alguns Srs. Deputados : —Votos, votos 1 to de fazer-me uma insinuação injuriosa, uma insinuação
injuriosa, Sr. presidente, contra mim, que em todas as par-
O Sr. Presidente :—Tem a palavra o Sr. Saraiva.
tes do império em que tenho servido tenlio mostrado, jA não
Os mesmos Sus. Deputados :—Votws, votos 1 digo desaífeição, porém indignação contra o crime. (Apoia-
O Sh. Prknidkntk :—Pergunto ao nobre deputado se de- do» ) Appello para os meus nobres amigos das Alagoas, ell s
eiste da palavra. <|ue digão se não fui taxado ali como o homem mais inimigo
do crime de Piauhy,
O Sn. Saraiva :—Desisto de fazer um discurso, mas não (apoiados): appello para a deputação
ella que diga se nunca tolerei o crime (apoiados); appello
posso deixar de explicar dous fictos. para a deputação de S. Paulo, ella qift) diga se jãmais o as-
0 Sk. Presidente :—Eu perguntei ao nobre deputado se .sashino pôde pactuar comigo. (Apoiados.)
desistia da palavra. Portauto, Sr. presidente, eu devia explicar-mo a respoito
desta ponto, e vou dar ã casa a razão por que o padre Severo
0 Sk. Saraiva :—Sr. presidente, quando o meu nobre nn-
o alguns parentes seus teudo sido sempre indigitadoa como
tngonista começou a impugnar a legitimidade da minha
assassinos, e pesando elles de uma maneira tao tyrannica
eleição, e produzio nas folhas da capital da Bahia e da corte
sobre a infeliz população da Villa Nova. não têm sido atA
objecções repetidas contra ella, absti e-mede toda e qual-
hoje in com moda dos por todos quantos tèm exercido lugares
quer discussão inai» longa e minuciosa ácerea do processo
eleitoral, e resolvi deixar a discussão de todos os negocios em Villa Nova da Rainha.
relativos a Villa Nova para a oeoasifio. V Ex. comprehonde, Sr. presidente, e comprchende bem,
pieserite
Corria-me, Sr. prei»i lente, o dever indeclinável de defen- que ha municípios em que umafamilia tem tido a fortuna
der aquelles que me havião apoiado cora tanta dedicação ; ou a desgraça do assenhorear-se de todas as posições, e inti
corria-me o dever indeclinável de fazer a sua defesa midar por tal fôrma a população, que se tornão por isso os
perante
o paiz, perante u camara -'os Sr*, deputados. árbitros dos destinos de uma grande porção do cidadãos
Eu não podia prever, Sr. presidente que um nmigo dedi- brazi loiros. V Ex. e a casa, apozar de serem estranhos á
cado, sincero e conhecedor do lugar e doa dintinctos cida- província da Bahia, se hão de lembrar dessa famosa guerra
dãos que me apoiàrào, produzisse nesta casa uma defesa tão denominada dos Cadozes, e dos Passos. Quem ignora que
completa, tão eloqüente, uma defesa que não pôde ser repro uma carnificina houve no município de Villa Nova entre
duzida som que tique descorada e sem que importe o es^ne- essa» duas famílias, e que o extermínio de uma i um facto
cimento do mérito superior desse Bahianó illustre, cuja voz consummado ?
"eloqüente
ouvio-se tão animada e tao energica em favor Quem não reconhecerá a influencia immen*a e desastrosa
dessa causa justa e santa que se prende_ <1 minha, e que <5 a desse facto nos negocios da Villa Nova da Rainha ?
causada liberdade dp Villa Nova da Rainha, da victoriados Expatriada, ou antes acabada a família 1'assos, no tempo
homens bons e da quéda do famigerado padre Severo Cuim em que o padre Severo era o chefe da outra, Hcou elle o se-
Atuá. Desde que essa defesa ouvio-se minha tarefa estava nlior da situação, o homem invencível do lugar, e começou
concluída. a domina-lo de cima da serra da Itiuba, ao redor da qual
Eu não tinha, Sr necessidade de defender estava o seu campo de carniticina, e sepultados os cada verei
presidente,
aos meus amigos desde que um dos mais oistinetos oradores de seus adversarios. Desde então, Sr. presidente, essa serra
da camara actual (apoiados) se exprimio a respeito da ques- íoi o palacio de um Nero, c a desgraçada populaçãodo muni-
tão de Villa Nova ; desdo que um dos m.iis nobres caracteres cipio da Villa Nova ficou com o senhor o mais duro o mais

TOMO I. 20
DÉCIMA SEXTA SESSÃO PREPARATÓRIA EM \ DE MAIO.

tyrannfco, e teve de resignar-se & fatalidade que a cscravisa- vejo a impaciência da casa. ejft disse que desistia da de-
j
vn, quando o Brazil era livre, quando junto dei li existia a | fesa, e portanto não quererei explicar o segundo facto, de-
Villa de Jacobina, ^nde ninguém ainda dominou, o não po- ! clarando h camara retirado deste recinto por sua
que se fôr
derá dominar. [Muito» apoiados ; muito bem.) votação, farei pela imprensa, e só pela imprensa, com
que
V. Ex. comprehende, Sr. presidente, que essaquadra era | o padre Severo Couin Atuá. não possa mais perseguir aos

que taes carnificinas


te derão, era unia quadra calamitoba | meus amigos, e áquellea que tiverão a immensa coragem de
para o pa«z ; a segurança publica
estava â inerce das facções, ! o derrotar; se fôr collocado neste recinto pela tribuna, só
e não podia ser protegida pela autoridade fraca e desarma- ! por ella tenho os meios de lazer C"in que nenhum governo
da. O pai/- se dividia de todos os lados ; as facções tinhão ! honesto restabeleça o padre Severo Couin Atuá em sua cy-
tomado todo o seu vigor ; o governo era fraco e fraquiasimo nica dominação.
(Muitos apoiados.)
perante esses potentados. Vozes : — Votos ! votos !
Neste estado de cousas o governo nao podia fazer com que i
o padre Severo se contivesse na orbita das leis, no respeito e O Sh. Presidente : — 0 Sr. F. Octaviano desisto dii pa-
obediencia ás suas ordens. Sagaz e astuto, como o são todos i lavra?
esses homens
que zombãodos sentimentos os ra&is respeita- | O Sr. F. Octaviano:—Sem duvida ; depois do discur-
veia, espreitador de todos os interesses para servi los de ma- so do nobre deputado não tenho mais nada a dizer.
neiía a tornnr-se necessário, dócil aos governos em matéria ,
Julga-se discutido o parecer, que posto a votos é appro-
de eleição, para seus infelizes patrícios,
poder dominar vado em todas as suas conclusões
o padre Severo foi invencível por muitos annos, e todo o por todos os deputados
mundo suppunha sempre o senhor de Villa presentes, menos o Sr. Bezerra Cavalcanti.
que seria elle
Nova da Rainha. O Sr. Presidente declara deputado pelo 12° distiicto da
Esse dominio lhe era assegurado, como disse, por sua do- piovincia da Bahia o Sr. José Antonio Saraiva.
cilidade e por sua immensa habilidade. Luzia, saquarema, O Sr. Cruz Mvcmoo (pela ordem) pede urgência para
ou antes se lhe não pedia contas de seus
goveino sempre, que entrem em discussão os pareceres da commissão de po-
feitos, ia ello vivendo apenas assombrado por seus remorsos. deres relativos A eleição dos Srs. deputados Antonio José
Assim ião as cousas, quando appareceu o anno de 1818. Monteii» de Barrns pela provinoia de Minas, e Pedro An-
Sabe-se que o nobre senador de quem me honro ser amigo, tonio da Costa Moreira p«la província das Alagoas.
o Sr. conselheiro Francisco Gonçalves Martins, a quem o
nobre deputado também se referio, e que é um dos homens Consultada a casa, é approvada a urgência.

de mais merecimento do paiz, o sempre, como agora, um


ELEIÇÃO DE MINA8-GERAE8.
dos mais injustamente accusados (apoiados), na presi-
dencia da Bahia teve ello do lutar, como V. Ex. sabe, districto.)
(18°
com uma opposição muito forte ; elle se achou collocado
em circumstancias difíiceis. Atacado corajosamente por 1/nje e entra em discussão, e sem debate é approvado, o
seus inimigos, tendo necessidade de não augmentar as seguinte parecer :
suas difticuldades no meio da grande luta em que se achava,
« A 6a commissão de verificação de poderes examinou o
V. Ex. e a camara concebem que não era mesmo político,
diploma do deputado eleito do 18° districto eleitoral da
não era mesmo conveniente qne elle como presidente da
província de Minas-Geraes, e não tendo encontrado duvi-
Bahia fosse, no estado dos espíritos daquello tempo, provo-
das no processo da referida eleição, è de parecer :
car uma luta com todas as inHuencias más do nosso inte- < Que seja reconheci4o deputado o Sr. Antonio José
rior ; V. Ex. concebe mesmo que qualquer administração Monteiro de Barros com 51 votos, e supplente e Sr. Jos<í
naquellas circumstancias para fazer cahir o padre Severo, Joaquim Ferreira Monteiro de liairos com fcO votos.
tinha de preparar o ter-
para o fazer punir dos seus crimes, « Paço da camara dos deputados, em 30 de Abril de 1857.
reno, e adoptar medidas que lentamente fossem enfraque- —Francisco de Saltes Torres-ltomcm.—Joflo Pedro Dias Viei-
cendo o sultão de Itinba, e obrigando-o a reconhecer u lei ra.—A. Pereira Pinto. >
como a norma de conducta de todos os cidadãos.
Não foi lómente o Sr. conselheiro Gonçalves Martins que O Sn. P*E«inr.NTK declara deputado pelo 18° districto da
seguio esta política, forão ainda os seus illustres succes3o- província de Minas-Geraes o Sr. Antonio José Monteiro de
res. Barros, o supplente o Sr. José Joaquim Ferreira Monteiro
Mas antes de continuar eu peço a V. Ex. licença para re- de Barros.
ferir á ca«a um íacto que ó verdadeira resposta á accusa- ALAGOAS.
nobre dputa-
Vão ou insinuação injuriosa que dirigio-me o
<lo. 0 illustrado Brâzileiro que foi ministro da justiça em (3o districto.)
1849, o Sr. Eusebio de Queiroz Coutinho Mattoso Camara,
•entendeu Lê-se, entra em discussão, e sem debate é approvado, o
dos dous ter-
que eu devia ser o juiz municipal seguinte parecer:
mos reunidos de Villa Velha e Villa Nova, e estand# em
exercício deste emprego, o Sr. Francisco Gonçalves Martins « A 3a commmiasão do poderes, a quem foi remettido o
mandou-me a nomeação do delegado de policia. Disse em diploma do Sr. Pedro Antonio da Costa Moreira, deputado
uma carta oonfidencial ao Sr. conselheiro Martins que eu eleito pelo 3o districto eleitoral da província das Alagoas,
não exercia autoridade em Villa Nova da Rainha, que a não havendo examinado o mesmo diploma e as actas da eleição
podia exercer com dignidade sem que o Sr. presidente da respectiva, verificou que o mesmo senhor havia obtido a
província puzense á minha disposiçii uma força do 70 a 80 maioria absoluta de votos para deputado , bem como o
praças, sem que me désse os meios de fazer punir os grandes Sr. José Casado Accioli de Lima a maioria absoluta de vo-
facinoiosos. O Sr. conselheiro Martins não teve força para tos para supplente ; que comprehendendo o cnllegio do dis-
me dar, e eu entendi conveniente não entrar em luta com tricto as freguezias da Assembléa, Atalaia, Pilar, e Impe-
um homem a6 posições, com um ho- ratriz, forão os diplomas dos seus eleitores
que dominava todas julgados legaes.
mem contra o houvesse testemunhas que « A commissão não teve
qual talvez não presente senão as cópias das
medo de sof - actas da freguezia da Assembléa, faltando a da formação
jurassem, porque as testemunhas devião ter
frer a mesma sorte tinhão soffrido outros em melhores da mesa parochial; na acta da 3a chamada não se fez
que
menção dos votantes bem
circumstancias. que nãe .comparecerão, e não está-
Comprehende por consequencia V. Ex. que o meu carac- explicito se a dita 3" chamada foi feita em dia subsequente
ter não pódo ficar desairado pelo facto de ter sido nomeado ao da 2a, o em hora annunciada ao encerrar a ses3ão ante-
Se- rior; como
juiz municipal da Villa Nova e não ter punido o padre porém não ha reclamação alguma contra a"
vero, porque não exerci autoridade policial naquelle lugar ; j eleição desta freguezia, bem como das outras tres
que o
ee exercesse, e se tivesse força, é possível que o padre Se- collegio
julgou legaes, a commissão presume que nellas se
vero não fornecesse contra mim os documentos que fome- procedeu com lisura e sem ofíensa das formulas substan-
ceu, e não désse ao paiz o doloroso espectaculo de obri- ciaes do é de narecer :
processo eleitoral; e portanto
«l.o
gar os seus adeptos
a mentirem,
jurarem falso, e darem Que sejão approvadas as eleições das quatro fre-
certos documentos falsos, tudo para provar um facto inve- guezias do 3o districto eleitoral da província das Alagoas.
rosimil, isto é, que os meus amigos forão obrigados a me « 2.° Que sejão reconhecidos, o Sr. Pedro Antonio da
dar votos. CoBta Moreira deputado do mesmo districto, c Bupplente o
Explicado este ponto, tinha de explicar outros; mas eu Sr. José Casado Accioli de Lima.
DKCIMV SEXTA SESSÃO P11EPAH ATORIA EM 1 DE MAIO. 155

« Sala das commissõe9, 30 de Abril do 1857.


— Antonio | O Sr. Silveira Lobo*. — Exactnmonte ; não sei como se

Condido da Crus Machado. — Sebastião Gonçalves da Silva.—— possa considerar uma assemblóa parochial sem que se sai-
ba quaes são aquelles qne têm o direito do fazer parte da
Hermogtnes Casimiro de Aruvjo Hrunswick. >
mesma.
O Sn. Pkesiokwte declara deputado pelo 3° districto Ida A qualificação tem como primeira condição communicar
o Sr. Pedro Antonio da Costa Mo-
proyincia d:is Alagoas aos parochianos o direito de intervirem no
processo eleito-
reira, e supplentc o Sr. Josó Casado Accioli do Lima. rui, e na eleição ora si ; o, como segunda, fornecer a baso
o seguinte
Lm-80 e apoia-se, e posto a votos é approvado para quo se saiba quantos «leitores pôde cada parochia
requerimento : eleger.
Assim, portanto, mo parece fóra de toda a duvida, fóra
« Requeiro a prorogação da sossao do liojo ato ás 4 horas
do toda a qui-stão, que não havendo
da tarde.—S. a 11.—Cavalcanti (Ir Albuquerque.
> qualificação não ha
eleição possível, não ha eleição valida.
O Sn. Visconde de Baepenhy requei urgência para que Eu prescindo , Sr. presidente , do entrar na annlyjo
entre em discussão o parecer da commissão respectiva, que de outros defeitos que também por si sós mostrarião
opina que se chame o aupplente do 7" districto eleitoral d.i j a nullidadc da eleição do circulo eleitoral de Olinda. Mo
do Kio de Janeiro, em lugar do deputado que se arbítrio do
província parece que não temos o dar validade a uma
acha na Europa. c<iusa que a lei considera nulla. A falta de qualificação rm
Consultada a camara, é approvada a urjencia. qualquer parochia, para mim, constitue uma nulliuado in-
sanavel, um defeito substancial; e se atteudermos As cir-
ADMISSÃO DO 8UPPLENTE DO 7o DISTRICTO DO RIO DE JANEIRO.
cumstancias especiacs da parochia de Iguarassú, então esse
Lê-se, entra em discussão, c sem debate é approvado, o defeito reassume proporções do mais alto vulto.
seguinte parecer: Nós sabemos que o cholera, esse flngell > terrivol, dizimou
< A 5a commissão de poderes, á qual foi presente a in- nessa parochia a população na maior escala possível. Sa-
dicação do Sr. Lima e Silva para que se chame o supplente bemos, alóm disto, que na occaaião do comparecimento dos
o numero dos cidadãos que so upresentArão foi li-
do 7o districto do liio de Janeiro, é de parecer que, sendo I votante»
notorio achar-se na Europa o deputado do dito districto. mitadissimo ; do dous mil trezentos e tantos convocados
apenas cento e cincoenta e tantos comparecerão; o «o quo
deve-se dar assento ao respectivo supplentc até que chegue
devemos attribuir isto? Sem duvida, senhores, á nenhuma
aquelle deputado
« Sala das commissòes, 30 do Abril de 1857.—b. Ocia- fé que os parochianos do Iguaraseú. pela falta da qualifica-

viano.—^eserra Cavalcanti.—J. Marcondes. > ção, ligavào ao seu direito de votar, se 6 que também as
violências de que se tem fallado para isso não influirão.
ELEIÇÃO DE PERNAMBUCO. Uma qualilicação de 5 annos, uma qualificação caduca,
não podia communicar este direito ; os que comparecerão
(3o districto.)
sem ella o fizerão illegalmente.
Continúa a discussão adiada do parecer da commissão Por estas simples e breves considerações não posso deixar
relativo ao diploma do Sr. Silvino. do votar contra o parecer da commissão, embora na
pre-
sento occasião eu lastime sobremodo ter de
O Sr. Presidente (depois de alguma pausa): —Sc não ha pronunciar-mo
contra os interesse» de um moço tão distineto e de um fu-
quem peça a palavra vou pôr a votos. turo tão brilhante como è o Sr. Silvino Cavalcanti. IApoia-
O Sr. Silveira Lobo pede a palavra. dos.)
O Sr. Presidente: —Tem a palavra o Sr. Silveira Lobo. E' unicamente o quo tinha a dizer A. casa era justificação
do meu voto, iuteiramente contrario As minhas aflfeiçôes.
O Sr. Silveira Lodo:—Sr. presidente, visto o desejo que
apresenta a camara pelo encerramento dadiscussiio, serei o O Sr. Presidente (depois de uma pausa): —- Se não ha
mais breve possível. mais quem peça a palavra vou pôr a votos o encerramento.
Sinto profundamente ter do pronunciar-me contra a pre-
O Sa. Silvino Cavalcanti :—Açoito as conseqüências do
tençüo do honrado membro de cujo diploma sc trata. Ke-
parecer da commissão.
conheço e aprecio suas bellas qualidades moraes, a sua
O Sr. Aigíjsto de Oliveira:—A posição quo tenho do
grande intelligencia; poróm, poi mais que tenha estudado
oecupar ne&ta discussão é
esta questão, me não tenho podido convencer da justiça da para mim, Sr. presidente, ura
verdudeiro martyrio! Sou o
bua causa. primeiro em abundar em todo?
oí louvores
Não comprehendo, Sr. presidente, como se possa lepiti- que os diverfos oradores que lf*m tomado parto
mar uma eleição em que não existio a competente qualifi- neste debate tém merecidamente dado ao nobre membro de
cação dos votantes. cuja eleição ora se trata ; sou o primeiro a prestar liome-
Sabemos todos nós a importancia que a legislação respec- nagem a todas aquellas bellas qualidades que adornão o seu

tiva ligou ao processo da qualificação; sabemos que a qua- caracter.

lilicação è a base ou o alicerce, por asssim dizer, d« todo o O Sr. V. Tavares: — Não é o primeiro, porque eu já
edirieio eleitoral; não sei como se possa prescindir de todas dbse isto.
as regras, de todos os preceitos que se eneontrão estabele-
O S*. Aut.rsTO de Oliveira : — Sou de mais a mais par-
cidos desde o art. Io até o art. 33 da lei de 11) do Agosto
tidario, como o nobre deputado, du mesmo credo politico.
de 1846.
Assim jtl vê V. Ex. que se não fosse uma circumstancia
A maneira cautelosa
pela qual a legislação preccitua a imperiosa que passo a explicar, eu mo conservaria silencio-
respeito, já lixando
por si mesma o prazo em que deve co- so nesta discussão, contentando-rne em dar um voto sym-
roeçar esse processo, em que os encarregados de fazerem a
bolico. Mas, no momento em que um nobre deputado per-
qualilicação se devem reunir, jít ordenando, além dessa de-
terminação legal, que um edital com a tenc^nte A opinião contraria áquella quo professo ergueu a
_ precedeacia de 30 sua voz e patenteou as nullídades da eleição do 3° districto
dias sirva, por assiru dizer, de despertador aos interessados,
eleitoral de miuha província, cumpria a um membro da de-
afim do que compareção e pleitêcm os seus direitos,
j4 dan- opposta & do
do innumeros recursos, e revestindo do garantias aos meios putação de Pernambuco, de opinião política
e nobre deputado a que me refiro, manifestar o seu pensa-
de leva-los a efleitos, já ampliando o mais possível a fa«
mento Acerca das diversas questões e nullídades apontadas
cuidado do arrazoar «sses mesmos recursos, e fundamenta-
deputado.
los ; não sei, Sr. presidente, como em matéria de tanta im- pelo mesmo nobre

portancia legal, qual


è a qualificação, st^ possa
prescindir O Sr. V. Tavares: — Attenda que não sou correligio-
dessa baae, pura aceitar-se como valida, como procedente e nario do nobre deputado cuja eleição tc discute.
uma eleição em a mesma se não encontra.
justa, que O Sr. Au«;l«to de Oliveira: — 0 nobre deputado não
Nem pareça, Sr. presidente, que a falta da revisão não im-
me ouvio ; estou me dirigindo a ura dos meus nobres col-
o processo da revisão assume
porta a falta da qualilicação ; legas ...
a mesma importancia que o da qualificação, a loi o submet-
teu aos mesmos tramites, preceitua e exige a respeito as 0 Sr. Tavares: — Parece que se dirigio a mim.
V.
mesmas seguranças. O Sr. Alci sto de Oliveira : — Creio que o nobre depu-
tado estil no lirrne proposito de interrompei-ine.
O Sr. V. Tavares : — L' a mesuia cousa com o nome
m udado. O Sr. V. Tavarls:—Não, senhor.
I
15(5 DÉCIMA SEXTA SESSÃO PRE I'AR ATOR IA FM 1 DE MAIO.

O Sr. Augusto de Oliveira : — Sr. presidente, antes de ver homens tão injustos
que se atrevessem a dar um pare-
fazer uma suecinta analyse do parecer em todas as suas cer semelhante, que para mim ò revoltante nesta
parte, e
partes, como é do meu dever, julgo h bem d.i discussão, que s6 se desculpa, como disse, por ter'se dado a circum-
mesmo a bem da camara, afim de que possa tomar uma dd- stancia de ler havido dous escrutínios, tendo a cornmissõo
cisão digna delia, indicar qual o meio mais conveniente a só encarado a influencia desses eleitores em relação ao se-
adoptar afim <ie per tomada esta decisão. Mc
parece, Sr. pre- gundo, sem a t teu der que tinha havido um primeiro e.-cru-
sidente, que este meio está em ser o
parecer novamente sub- tinio....
mettido ao exame da commissão «fim de reconsidera-lo,
porque O Sr. V. Tavares Se a eleição ali fosse regular, nem o
e^tou persuadido que, não obstante o estudo
que pjderia ter Sr. Dr Manoel Joaquim, nem o Sr. Dr. Silvino, seria o do-
leito da matéria, porém sem duvida *tm consequencia do outros
puta do.
trabalhos que occupárâo a sua attenção, a nobre commissão
não atteudeu, como cumpria, O Sn. AugcrtO i>k Oliveira :—O nobre deputado julga-
pura esto; se não fora este o
motivo,^seguramente ella não apresentaria um se com direito de ailirrnar aqui tudo de um tom categorico,
parecer cujas
conclusões são tão illogicas, e assim ella não- teria aconse- julgando que está na sua cadeira do, curso jurídico, em
Jliado á camara uma medida tão
prejudicial injusta como que suas prelecções são recebidas sem coutes tação ; o Sr dtí-
a que s" contém na conclusão do seu pntado falia de um modo dogmático sempre a respeito dos
parecer.
V. Ex. sabe, e negócios d^ Pernambuco, assevera tudo como juiz su-
já foi referido pelo nobre deputado que
encetou este debate,
que entre os eleitores da parochia <;« premo.
Iguarassú existem 9 «ue não são qualificados. Esta nulli- Eu declaro ao nobre deputado
que não posso asseverar
dado foi em -se não cousa alguma relativamente 4 sorte da eleição de Olinda, Be
parte sanada pela commissão, fun,dando
sei em se tivesse dado < sta ou aquelia circumstancia; mesmo os
que ; dos y eleitores não qualificados a commiseão
revalida os negócios relativos ao
poderes de 5, pondo em duvida os dos outros 4, partido do nobre deputado, no meu
sobre os entender achão-se ali tão complicados
quaes pede informação. que eu não sei quaes
Se a commissão meditasse um momento que no districto serião os eleitos....
Voltando à matéria, me
de Olinda se derão dous escrutínios, c que no
primeiro um parece, Sr. presidente, qqe mes-
mo o nobre membro a
outro candidato não venceu
por falta d« um voto, veria a quem me refiro, e de cuja eleição ora
se trata*, não
influencia que poderião ter sobre a eleição os 4 votos cujos quererá aceitar as conclusões do parecer nes-
ta parte, que se oppõe a todos os
poieres não são revalidados. Para tomar bem saliente e.>ta princípios da justiça, aiim
de não entrar nesta casa
minha
proposição, informarei & camara que estiverão pre- pelo efíeito de uma d«cisão tão in-
sentes no primeiro escrutínio do collegio de Olinda 97 elei- justa e iníqua.
tores, sendo Tenho mostrado á casa por uma maneira que não pôde
por conseguinte a maioria absoluta 49 votos ;
ser contestada, que, eliminados
tire-se os votos desses 4 eleitores duvidosos, fica reduzido a quatro eleitores do collegio
í)(i o numero de eleitores, e a maioria absoluta a 47 ; o de Olinda, de cuja validade a nobre commissão duvida, não
^r. Manoel Joaquim Carneiro da Cunha obteve nesse 6 possivel que a carr.ara approve a eleição do nobre membro.
pri-
meiro escrutínio 48 votos ! ! Una voz:—Já forão reconhecidos
pela camara esses
Ora, Sr. presidente, dando-se um farto destes, comoacon-
quatro eleitores em 1852.
selha a commissão
que 3e approve a eleição do Sr. Dr. Sil- O Sr. Augusto de Oliveira:—Pois quer o nobre de-
vino? Quero fazer
justiça á commissão, quero acreditar que
ella quando tratou de eliminar os 4 eleitores só considerou putado que os eleitores que fuuccionárão em 1856 fossem
reconhecidos em 1852?
a influencia desses eleitores em relação ao 2o escruti-
Seguramente o nobre deputado não ouvio o «u disse.
nio, não se lembrou que a exclusão desses 4 eleitores mui- que
to influiria no 1 o escrutínio, e que assim teria deixado de Ui.\ voz : — Ainda não erão nascidos mamavão.
já (Iliso.)
correi o 2» escrutínio, RO
por ventura os 4 eleitores não los- O Sn. Augusto de Oliveira; — parece
sem incluídos no numero daquellea que concorrerão que em 1852não
para o se podia approvar os eleitores
que tinbão oe ser feitos em
lo A cousequencia natural que devia tirar a commissão, 1856.
se quizesee respeitar as leis da lógica, seria outra, seria es-
Porám não trato, Sr. presidente, da questão dos novos elei-
perar pelas informações que elia pedio ao governo ácerca tores não qualificados, que entríirão depois no 2o escrutínio,
dos 4 eleitores
por ella mesmo considerados duvidosos, e
depois de ter essas informações, depois do porque tenho só tratado da eleição relativamente ao lo
poder assim for- escrutínio Já ve V. Ex. que eu,aceitando as
mar um juizo certo Acerca da sua validade, lavrar o seu premissas esta-
pa- belecidas pela commissão no seu parecer, isto <5, que dos
recer. Mas quando se dá um 1" escrutínio, cuia existência
eleitores cinco votos são validos, deduzindo-r-e os
talvez ató ignore a nobre commissão, 110 quatro
qual deixou da ser duvidosos ou tinllos do I» escrutínio, a eleição do Sr. Dr.
eleito um candidato
por falta de 1 voto, eliminar os 4 elei- Silvino não pôde ser valida.
tores do collegio,
pôde asseverar-se que o eleito do Io es-
crutinio não fosse esse mesmo cimdidato o Sr. Dr. Manoel O Sn. Pacheco : — Agora estou meio convencido.
Joaquim Carneiro da Cunha? Se O Sr. Augusto de Oliveira: — Não tenho a esperança de
por conjectura se pódc
asseverar alguma cousa, eu diria eutão
que esses 4 eleitores convencer o nobre deputado; mas ao menos permitta que eu
erão justamente á turma dos 19 que votárão no cumpra o meu dever dizendo a verdade.
pertencentes
juiz de paz de Jguarassú, que também se apresentou candi-
O Sn. Pacheco : — Esse negocio é lá dos senhores uns
dato.
com os outro»; para mim é iuaifferente.
Note-se mais uma circumstancia, e é que no «ollegio de
Olinda um dos raesarios reclamou que fossem tomados em se*- O Sr, rarXo de Camaragire : — O parecer vai firmar um
parado os votos dos novos eleitores não qualificados, e contra máo precedente.
esta reclamação votárão todos aquelles que não erâo favera- O Sr. Algus'0 de Oliveira:—Seeonsiderassecomo in-
vei» á candidatura do Sr. Dr. Manoel Joaquim.
justa a decisão da commissão relativamente áappiovaçãodos
Consequentemente as conjecturas que 5 eleitores não qualificados
já se vê que de todas que se achãoem circumstancias
se podem fazer em tal caso, conjecturas iguaes á dos 4 eleitores
que se deduzem dos que ella considera duvidosos, ainda
factos e documentos resulta o se- temos 110 2o escrutínio
presentes A commissão, a mesma duvida, e é que o Sr.

que os 4 eleitores, creatnras do juiz de paz de Dr. fcilvino, que obteve nesse 2o escrutínio 55 votos, o dedu-
Íruinte
£uara*si\, pertencentes aos desaífectos á candidatura do Sr. zindo-se-lhe 9 vdtos dos eleitores não a ficar
qualificados, vem
Manoel Joaquim, em votárão, só com 46, isto é, 4 votos menos do absolu-
que ellos seguramente não que a maioria
e que se os votos delles não fossem recebidos, o deputado ta, que foi no2° escrutínio de 50 votos, por terem a elle con-
eleito era o candidato no Io cs- corrido 98 eleitores. E,
que deixou de ser eleito portanto, como é possível que a com-
crutinio por falta de um voto, eque na hypothese estabe- missão aconselhe a approvação desse diploma ?
lecida, excluídos esses 4 votos, teve um voto,de mais do que V. Ex., Sr. presidente, comprehende se é possivel que so-
a maioria absoluta. Assim a camara, sem os bre uma matéria de tanta monta a camara tome uma deci-
proteger todos
princípios do justiça e equidade, não pôde approvur este fcão,
quando nesta hora adiantada na casa não se achão reu-
parecer nidos 30 membros? E' a camara nâo reconhe-
possivel que
Já disse que desejo fazer todaa Ça a gravidade deste assumpto, não veja os pontos de nulli-
justiça á commissão;
creio que ella encarou unicamente a influencia dos dade que têm aqui sido apresentados?
quatro
eleitores «m relação ao segundo escrutínio; lhe Eu vejo que existe nos Srs. deputados um grande desejo
quero fazer
esta j ustiça, porque não posso compreliender
que pos»ão lia- de concluir esta discussão; eu, pela minha parte, tenho
SESSÃO PRliPAKATORIA EM 1 DE MAIO. 157
DÉCIMA SEXTA

Ainda lion- mento importante; c se elle não attestasse uma verdade


dado proviie de que não quero procrastinn-la.
não k; ti-ria dado a do juiz municipal , que
tem este fui lido; não f«»i mandado imprimir, o procraatinaçâo
parecer não tem querido exame do livro afim de tornar
dado para a ordem do dia immediato,
como se tem prati- proceder ao
ainda mais patente essa falsificação.
ca d o com outros. Tendo os tustentadores da eleição da parochia de Igua-
tome quanto antes uma
Nêo me oppouho tt que a câmara rassú conhecimento de que se accusava essa eleição de um
so, vejao estas ca-
deliberação, porém cumpre ao meu..» qu« vicio tão grave como é h falsificação do livro da qualifica-
numero ue Sr», deputados;,
deiras oecupadas por um maior
a casa, achando-se presentet«o l&ò , erão elles os primeiros interessados era apressar e não
poisqueme parece obvio que em procrastinar esses exames, que tinhíío por fim, no caso
numero de deputados, n*0 deve tomar uma decn>5o
pequeno
certo de que o nobre de- que elle» tivessem razão, mostrar o pouco fundamento c
sobre esta matéria. Se eu estivesse
amanhua, : im procedeu cia da asseveração do delegado de policia.
aceitava o adiamento da discussão para
putado Eu , senhores, tenho a convicção de'que taes livros estão
eu. o proporia e mo calaria.
falsificados , e desejava que a illustre commissão os man-
determina estas cou-
O Sn. Sh.vinoCavai.cam-1:—Quem das6C vir á sua presença para se convencer do que acabo de
com isto
sas é a casa ; eu nada tenho dizer.
— Porém receio que os nobres Ora, se a qualificação, como todos sabem, ó a base prin-
O Sn. Augusto de Oliveira :
não aceitem o adiamento, e por isso vejo-me cipal de toda e qualquer eleição, ei»a falsificação da qua-
deputados ^
obrigado a entxar na matéria do parecer. lilicaçúo da paiochia de Iguarassú se acha comprovada por
— Ainda não entrou na ma- documeutOB officiaes, permitta a camara que eu pergunto
O Sr. Bezerra Cavalcanti:
como é possivel dur-su poi legul uma elriç&o quo tem por
teria ? origem uma base falsificada í
— tenho tratado
O Sn. Augusto de Oliveira: Apenas Ja não ine quero prevalecer das considerações que forão
das conclusões, sem ter considerado os diversos tópicos do feitas na casa , que desde o a uno de 1852 nao se tem feito
arrazoado da commissão. Iguarassú, porque vejo que a lei
qualificação no termo de
manda que te proceda á eleição com a qualificaçao que es-
O Sr. Bezerra Cavalcanti: — Entiio tem fullado fórada
tiver feita ; por conseguinte esta falta , aue só demonstra
matéria.
deleixo e pouco zelo da parte das autoridades do Iguarassú,
Sn. Augusto de Oliveira:—So assim pensa, talvez
O
depu- que talvez tenhão interesse em não fazerem nova qualifica-
tenha piocurado seguir os bons exemplos do nobre
ção, não se acha contrariada pela lei. Não moraliso esto
tado. facto, aceito-o como facto contummado ; ser a qualificação
— Obrigado. Pois entre logo de 1852 ou de 1853 , ò isto para mim indifTerente. Porém ,
O Sk. Bezerra Cavalcanti :
na matéria. o que não posso deixar do fazer pesar no animo da camara
— Principiando, Sr. presi- é u falsificação dos livros , falsificação que se acha prova-
O Sr. Augusto de Oliveira :
• da , como disse, p >r documentos ofíiciaes, cuja authentici-
dente, por apreciar rapidamente os diversos topicoa do pa
dude ainda não foi contestada na casa,
recer da illustre commissão, tratarei dellea cada um de per
O terceiro periodo do parecer iofere so a cidadãos quali-
si, e na ordem um que so acháo.
ficados cm territorio que fora desmembrado da freguezia
Diz a nobre commissão que não julga nullidade a cir-
de Iguarassú.
cumstancia de ter feito parte da mesa parochial de Iguaras-
A nobre commi*são, que sempre se tem mostrado tão bo-
sú um indivíduo que não se achava qualificado. Já \0 a ca-
nigua a respeito de todos os pontos de nullidades apresen-
rnara que antes de tudo convém delucidar uma questão , e
tados e provados nesta eleição , também deu o seu voto fa-
é : « se-pôde ser eleitor aquelle cujo nome não está compre-
voravel áeerca desta falta, que é também importante.
hendido nas listas da qualificação. » Decidida esta questão
A nobre commissão julga que devem ser recebidos os vo-
não <5 possível de maneira
pela negativa , já vê V. tx. que tos destes cidadãos, porque nào se prova que elles fossem
alguma aceitar o parecer da commissão, porque uma mesa
dados na freguezia a que hoje pertencem. Parece que a no-
de seus membros um cidadão
parochial que tem por um bre cominissüo devia pedir esclarecimentos cm que pudesse
não reúne as condições
que por não se achar qualiticado melhor f irmar esta opinião ; fôra preciso que à commissão
eleitor, não está conforme o.que a lei determina. Ar-
para
fnsi-em apresentados documentos que provassem quo estes
sim todos os erros e vicios desta eleição nascem como que
cidadãos não estão qualificados em S. Lourenco. Mas a no-
da sua terrível qualificação.
bre commissão, apezar desta falta, julga que deve validar a
O Sn. Bezerra Cavalcanti : — Pelo que vejo ainda nâo eleição nesta parte.
está na matéria. Os documentos ofíiciaes das autoridades locaes, compro-
vando h falsificação dos livros , não são recebidos ! E rela-
O Sn. Augusto de Oliveira : — Estou tratando do pri-
tivamente ao 3° periodo a nobre commissão ainda faz mais;
meiro período do parecer.
nem precisa de documentos para dar direitos políticos a in-
Portando a organi&aç.ão da mesa parochial de Iguarassú
entre os dividuos que não os devem exercer nesta freguezia , e sim
não foi feita como a lei determina , uma vez que
uaquella a que hoje pertencem, ao menos que elles provas-
seus membros existia um indivíduo em quem nâo concor-
sem que ainda não tinbão sido qualificados no lugar da suu
rião as condições do eleitorado. Attendendo ã, influencia que
da nova residencia.
sobre o processo eleitoral p6de exercer a composiçfio
mesa parochial, um vicio logo na sua organização importa, O quarto periodo do parecer refere-se á circumstancia ou
no meu entender, uma nullidade grave. á nullidade arguida por todos aquelles que contestão a va-
O segundo período do parecer iS relativo a aiguições que lidade dessa eleição relativamente á falta do qualificação
se aclião feitas n'um protesto dirigido íi camara dos Srs. do 9 eleitores.
deputados , tratando da falsiticação do livro de qualiticação Eu não sei, Sr. presidente, como 6 que a illustrada com-
de Iguarassú. Para mim & este o ponto, senão o mais im- missão de verificação de poderes pode achar mais validos os
eleitores , duvidaudo Acerca dos ou-
portaute ao menos o mais grave e serio que vejo nesta dis- poderes do cinco desses
Em uma jus-
cussão. tros quatro? Em quo w funda ella para isso?
de que
Para mim a falsificação desse livro ó evidente, porquanto: tificação dada perante o juiz municipal de Iguarassú,
esses indivíduos erão ali moradores. Pois ajiobre commis-
]o f nós não podemos deixar de receber como authenticos
aquelles documentos que nos são fornecidos pelas autorida- são julga documento valioso essa justificação dada por um
des einquanto não houverem provas do contrario ; 2o, não indivíduo interessado em dizer aquillo que se acha nessa
é natural que o delegado de policia, sendo um militar in- algum deu a attestados de auto-
justificação , quando peso
duvida
teiramente estranho a todos os tramas eleitoraes do lugar , ridadeB impareijes e ncutraes na questíio, como sem
attestasse uma fulsidade ; 3», que tendo havido um reque- i o delegado de Iguarassú ? ! ! Como 6 possível, senhores ,
rimento feito Sr. Moraes para que o jui/. municipal só por ura depoimento de uma parto interessada, a comuns-
pelo
ao exame desse livro , este negocio são conferir a cidadãos o exercício de importantes direitos po-
procedesse quanto antes deter-
tem sido procrastinado por tal fôrma que mostra evideute- liticos , quando aliãs a própria constituição do Estado
votar
mente que o livro está falsificado. Pessoas em quem depo- mina quo si) podem ser eleitores aquelles qua podem
so votando
sito muita confiança me dizem que virão o livro falsificado. nas asserabléas paiochiaes, c conseguinteinente
nâo foi
Pondo de desses meus amigos , quo nestas assombléas os indivíduos qualificados! Quem
parte o testemunho
a camara, a informa- também não podo ser eleitor!
para mim têm todo o peso o não para qualificado
existia
ção porém do delegado de policia ^ scguraracutc
ura docu- Pois por ventura por se dizer que na qualificação
DUCIMA SKTIMA SHSSAÜ !>I1KI>V1\ATOR1 A KM 2 DE MAIO.

o mesmo nomo apenas com um sobrenome de mais ou me- ção, que, no meu entender, tem de prejudicar o credito
lios, é razão que se po^s» produzir? Quem não vè que jus- desta camara.
tamente foi falsificada a qualificação, atim de so poder Assim, Sr. presidente, eu ainda' tenho araanhãa de fazer
udmittlr essa chicana de nomes e sobrenomes? algumas breves considerações, desejando que nesta discus-
Não vê a camaia que a falsificação no livro das qualifica- são, seja qual fôr o resultado, fique bem patente o procedi-
esse fim? Ainda torno a repetir mento na deputação pernambucana.
ç5és serve justamente para
mais grave da eleição delgua-
que para mim a nullidade Por hoje tenho concluído.
rassii é a falsificação da qualificação, porque quando se A discussão fica adiada pela hora.
queira attenuar outro qualquer defeito ou irregularidade,
recorrendo-se A qualificação, não t»e pôde ter fé alguma em Dada a ordfjm do dia, levanta-se a sessão às 4 horas e 10
um documento falsificado. minutos da tarde.
Conseguintemente, sendo para mim evidente que existe
falsificação no livro da qualificação da freguezia do Jgua-
rassú, e que esse crime se commetteu afim <íe poder admit- Décima «cílian sessíio eni 2 de
preparatória
tir á eleição individuos
que nella não podião tomar parto, Ilaio.
relativamente a essa falta de em 9 eleitores,
qualificação
devo ser rigoroso, me essa irregu- DRKSIDEMCIA DO SR. AINTONIO JOSÉ MACHADO.
parecendo portanto que
laridade é insana\el, e e^sa eleição.
que ella annulla
O quinto período do parecer é relativo á arguição feita de Summario. — Ordem do dia. — Efeição Pernambuco. Dis-
ter o juiz de paz da frvguezia
piesidente da mesa parochial cursou dos Srs. b-.irão de Camaragibe, e Silvino Cavalcanti.
delguarassú tirado de dentro da urna 7 listas e inutilisa- Votação.—Eleição de Minas. Discursos dos Srs. Tito, e Pe-
do-as. A illustre commishão ahi ainda continua a não reira Pinto. Votação. — Eleição de S. Paulo. Discursos dos
aceitar como real e authentico o attestado do delegado de Srs. Ramal lio, Teixeira Júnior, e Vasconcellos. Votação. —
Iguaras6Ú. Se por ventura houvesse outra qualquer auto- Eleição de Mmas (10° districto). Discurso do Sr. Aihaide.
ridaáe que désse um testemunho em contrario, eu diria,
(14° D<stricto). Votação.
Sr. presidente, que até certo ponto podia-se duvidar^ da
asserção do delegado; porém esta falta commettida pelo juiz A's 10 horas e vinte minutos da manhãa, achando-se
de paz de Iguarassú, posto que de alguma gravidade, des- Swuza Leão, Villela Tavares,
presentes os Srs Machado,
«pparece no meio de outras irregularidades que se derão per Silveira Lobo, Silva Campos, Franco de Almeida, J. Mar-
occasião dessa eleição. condes, João Felippe, Cunha Mattos, Jaguaribe, Marti-
O sexto e ultimo período do parecer trata da oircumstan- nho Campos, Mendes da Costa, Fiusa, Nebias, Cerqueira
cia de não terem concorrido para a eleição primaria da pa- Leite. Pa va, Domingues, Aleantara -Machado, Augusto de
rochia de Iguarassú mais de 153 votantes, quando nella se Oliveira, Pereira Pinto, Teixeira Júnior, Fernandes Vieira,
achão qualificados dous mil e tantos-. Swlatlfjel, Costa Pinto, Gonçalves da Silva, André Bastos,
Já vê V. Ex., Sr. presidente, que não seria para admirar Landulpho, Almeida Pereira, Pedro Muniz, Fernandes da
ou que ó
que em qualquer eleição que não é disputada, Cunha, Gavião Peixoto, Luiz Francisco, Baptista Monteiro,
abandonada por um dos lados políticos, se détse a ausência,
Cândido Mendes, Vabconcellos, Felippe de Araújo, Athaide,
de um tão grande numoro do votantes; porém, Sr. presi- Bezerra Cavalcanti, Silvino Cavalcanti, Kamalho, Pinto de
dente, nesta eleição, que foi disputada palmo a palmo, que Mendonça, lü-go Barro», barf.o de Camnrngibe, Barbosa da
Uouverãodous partidos que so apresentárão. que forão «té Cunha, F. Octaviano, Dias Vieira, Coelho de Castro, Cruz
do Recife advogados para tomarem parte nella e dirigi-la ; Machado, Miguel de Araújo, Benevides, Serra Carneiro,
uma eleição de uma freguezia composta de mais de 2,000
; Sá e Albuquerque, Paes Barreto, Pacheco, Pompêo, Tiberio,
votantes, e cujo processo eleitoral só do recebimento das Salles, Saraiva, Air.gão, Sampaio Vianna, Calheiros, Barros
cédulas durou por espaço de 13 dias, e t-è terem votado 153 Pimentel, Diego Velho, Pederneiras, Dantas, Paranaguá,
individuos!!! ao pa*so que eu julgo, Sr- piesidente, que Silva Miranda, Jeronymo Coelho, visconde de Baependy,
não houve eleição alguma dos outros cireulos da minha
Tobias Leite, Cyrillo, Madureira, Antunes de Campos,
em \im dia nâo foMem recebidas mais do 150
província que Brandão, Araújo Lima, Belfort, Castello Branco, barão de
cédulas ! Essa irregularidade é uma das mais graves, e ex- S. Bento, Caioso, Pereira Franco, Henrique?, Lima e Silva,
lbi por
plica também a falsificação da qualificação, porque Barbosa. Monteiro de Barros, Belisnrio, Luiz Carlos, Cas-
meio dessa falsificação que forão arredados e não admittidos trioto, Peixoto de Azevedo, Torres-Homem, barão de Maná,
a votar os verdadeiros votantes, cujos nomes forão altera-
Toscano Bnrreto, José Bento, Pinto de Mendonça, August»
dos. Kssn falta, no meu entender, nullifica a eleição, que te
Corrêa, e Fausto, abre-se a sesíão.
toma insustentável.
Lé-se e approva-se a acta da antecedento.
0 Sr. Presidente : — Eu lembre ao nobre deputado que O Sr. Io Secretario declara não havejr expediente.
já está dada a hora.
O Sr. Villli A Tavares : — Sr. presidente, pedi a palavra
O Sr. Augusto dk Oliveira : — Sim, senhor, estou vendo ao meu discurso proferido nesta
paru, fazer uma rectiticação
que o relogio já marcou 4 horas, vou concluir para não casa ante-hontem e que foi publicado hoje.
a falsificação do livro de qualificação
abusar da bondade de V. Ex., que deve estar bastante in- Quando fullei sobre
commodado por ter estado sentado nessa cadeira durante da freguezia do Iguarassú, eu disse que a opinião a que
tantas horas sem que se levantasse uma bó vez; vou por tinha empregado todos os meios legítimos para
pertenço
termo ás considerações que tinha de offerecer íi casa, na obter os documentos eomprobaíorios da falsificação desse
certeza de que terei de voltar a esta discussão, porque mo- livro, mas que tudo tinha sido baldado. Pedi licença á casa
tivando assim o meu voto quero que a todo o tempo se diga ler um documento quo comprovava estas minhas
para
que, tratando se na câmara de uma questão relativa a ai- asserçôes.
reitos políticos de individuos ao lado adverso ü documento era um requerimento feito pelo meu amigo
que pertencem
ao muu, tendo-so forão feridos de o Sr. coronel Moraes, ao presidente de Pernambuco, pe-
provado que esses direitos
uma maneira condemnavel, como mostrão os diversos do- dindo que S. Ex. so dignasse mandar dar por certidão o
cuinentos a que me tenho referida, eu fui o primeiro a destino que tinha tido um outro requerimento que se havia
pugnar pela reparação devida a esses meus adversarios feito á presidência, para quo ella determinasse que o juiz
municipal de Iguarassú exame requerido
políticos. procedesse ao
nesse livro de qualificação. O que appareceu impresso foi
O Sr. Silvino Cavalcanti : — apenas o requerimento, sem despacho, e nem tão pouco a
Que generosidade!
certidão. De sorte assim publicado não
O Sr. Augusto dr Oliveira : —Eu até pedirei que o meu que este documento
pôde provar aquillo que eu queria provar.
voto sobre esta questão fique exarado na acta, porque jà-
Peço, pois, ao editor do Jornal que logo abaixo destas
mais quero passar pela vergonha, permitta-se-me a ex- o documento tal qual
minhas
palavras se digne transcrever
pressão, que feito o examo no livro de qualificação, e bem está com o despacho e a respectiva certidão, o que tudo
patenteada a sua falsificação, se possa dizer que esta cama- • mandei
ra approvou uma eleição tão viciada, sem que por parte díi para a typograpliia.
opinião conservadora houvesse uma voz na deputação per- < Iüm. oExm.Sr. — Manoel Pereira de Moraes, tendo
iiambuçana reclamasse contra bcmelliants delibera- requerido a V. Ex. providencias para que ip&se, não só reu-
que
SÉTIMA SESSÃO PU Ei'A RATO RI A KM * DE MAIO. 150
DÉCIMA

occasião para agradecer muito especialmente ao Sr. Dr. Je-


lisado o exame judicial que pretende seja feito no livro da
da freguezia de Iguarassü, afim ronymo Villela a consideração que, talvez um pouco inde-
qualificação dos votantes
ató o vida mente, prestou ao nenhum mérito que tenho.
de veriiicar-se a falsificação que ello contém» o que
conseguir, por não apparecer o O Sr. V. Tavares : — Muito devidamente.
presente não tem podido
mu-
referido livro, que nem se acha no archivo da camara O Sn. Silvino Cavalcanti:—Vou encarar os argumen-
mas
nic.ipal, nem etn poder do juiz re paz cm exercício, tos apresentados contra a eleição do 3o districto de Pernain-
indevidamente o
também responsabilizado aquelle que buco.
mandar
occulta, vem agora requerer a V. Ex. que se sirva Ató aqui, Sr. presidente, tres discursos successivos te
essa sua
dar no supplicaute uma certidão do destino que teve tem proferido contra essa eleição, e nem uma palavra ainda
— Pede a V Ex-, lllm. e l.xm. Sr
petição. Neste3 termos em favor delia ! E' preciso, pois, que, resumindo tudo quan-
da provincia, assim o mande.—
conselheiro presidente to se tem dito a respeito, eu trate do refutar cada uin do» ar-
j>. M. Recife, 7 de Al>ril do 1887.— Ccmo procurador,
de Mello Rego. — Passe. J>alaci<> do (jumentos que forão apresentados em contraposição á vali-
Joaquim'Pedro Barreto dado daquella eleição.
1L de Abril de 1857. — 1'orlella.—
governo do Pernambuco, O discurso o mais bem deduzido doa tres proferidos, foi,
o reque-
Em cumprimento do despacho retro, certifico que sem contestação, o do primeiro deputado que levantou a sua
rirnenta de que faz. menção o supplicnnte teve o despacho voz contra a minha eleição.
I
seo-uinte: — Informe com urgência o Sr. juiz municipal de
O segundo discurso, do Sr. Silveira Lobo, se me não en-
íguarassú. Palaeio do governo de Pernambuco, 2 de Abril de um argumento que lhe
gano, foi ainda o reforç«men|o
de, 1857. —Sérgio de Macedo. — Nada mais se continha em
nullitcar aquell» eleição.
dit® despacho, o qual se scha lançado no livro da porta.
— parecou valente para
O terceiio discurso foi antes um complexo de palavras do
Secretaria do governo de Pernambuco, 11 de Abril de 18-57,
não o pude comprehender por mais
trigesimo-ssxto da independência e do império.
— O oflicial que de idéas. Confesso,
«jue aguçasse a arma da minha fraca intelligencia; fui tal-
archivista, JoHo Valenlim Villela.— 800 rs. »
! vez infeliz ; pois bem, entrego, neste caso, ao juizo da ca-
mara apreciar esse terceiro discurso.
DO DIA. |
PRIMEIRA PARTE DA ORDEM
O primeiro argumento apresentado pelo meu nobre anta-
I.LEIÇAO DE PERNAMBUCO* ; gonista foi, disee elle, o ter minha familia interferido em
j favor de minha eleição, de modo que ella não correu regi:-
1 larmente. A prova, Sr. presidente, de que a minha eleição
(3° dintricto.)
! não foi filha de influencia de minha familia, creio que está
a discussão adiada do pnrecer da commissão I mesmo aqui no recinto da camara.
Continua
de poderes relativo á eleição do Sr. Silvino Cavalcnnti do Disse o meu nobre antagonista que cm Maranguape e cm
Albuquerque. ; Iguarassrt não tinha havido qualificação.

O Sr. Presidente : — Tem a palavra o Sr. barão de Ca- i 0 Sn. V. Tavares:—Referi-me a IguarassiS.
maragibe. O Sr. Silvino Cavalcanti:—E' verdade, Sr. presidente,
O Sr. Barão de Caharagibe:— qua no anno anterior fiquelle em que ostamoa não Be fez
Não sei, Sr. presidente, i
se me deva caber a palavra, visto como tenho de oppôr-mequalificação na freguezia do Iguarassrt. Circumstancias
ao parecer da commissão. estranhas inteiramente á questão eleitoral que se debate fi-
Todos os discursos que têm aido proferidos na casa sobre
zerão com que desde 1852, época da ultima qualificação, não
este assumpto têm sido contra o parecer; me parece que houvesse dahi para cã qualificação nem revisões de qualifi-
se deveria ouvir primeiramente a algum dos Srs. deputados cação. Mas pergunta-se, por isso se poderá dizer que a elei-
* toda
oue se tf;m de pronunciar a favor do mesmo parecer, para ção foi feita sem qualificação? A lei recommendaque,
1 vez »e não tonha feito a qualifi-
depois então ser me dada a palavra. que em tempo competente
cação, se recorra 4 que liouver mais nova. Não se tendo fei-
O Sr. Presidente : —V. Ex. tem de votar contra?
to a qualificação atii o momento da eleição do vereadores o
O Sr. BarXo de Caharauire : — Sim, senhor. da provincia não tinha outro
juizes de paz, o presidente
O Sr. Presidente : — Neste caso tem a palavra o Sr. Sil- recurso sonão mandar quo a eleição «o procedesse por aquel-
vino Cavalcanti. I la qualificação.
'
O Sr. Silvino Cavalcanti : — Eis-me, senhores, cha- Uma voz*. — Apoiado.
mado á tribuna por um dever sagrado. O Sr. Silvino Cavalcanti i — Não pôde do modo algum
E' com grande acanhamento que vou entrar cm uma j proceder no presente caso o argumento do meu nobre anta-
discussão em que so trata também do meu» interesses; inas | gonista, quando disso quo difforentes avisos ordenão quo
uma missão importante me foi incumbida por uma por- | toda a vez que as qualificações não forem feita» em tempo
também importantes, do 3" distrioto elei- os presidentes das froviucias designom o dia
ção de homens, | conveniente
toral da minha provincia, missão que, senão por força do i em oue ellas devão ser feitas. Deveria o presidente da pro-
mérito intellectual, ao menos por vontade, eu queio cum- vincia mondar fazer a qualificação etn tempo em que a elei-

prir com a maior


fidelidade
possível. ção primaria corresse em toda a provincia, do modo que,
E' um espectaculo desolador para mim, senhores, ver-me quando houvesse a eleição primaria
em Iguarassil, jA. to
collocado nesta questão em antagonismo, de um lado com conhecesse o resultado gorai da eleição secundaria? Quem
um opposicionista politico, filho e tçpresentante da minha não sabe que a constituição teve um pensamento politico
provincia, do outro lado com os meus amigos políticos, o cm todo o império se
quando dispôz que em um dia certo
ató com os meus parentes ! fizessem as eleições primarias, e em um dia certo em todo
Já vêdes, pois, que a minha posição é diíllcil e excessiva- o império se fizessem as eleições secundarias? Mandar pro-
mente dolorosa! ! ceder á qualiticação em tempo cm que ella não se podia fazer
Não quero fazer alarde de eloquencia, nem o pudera; ve- regularmente sem preterição da eleição era de certo um
nho apenas cumprir o meu dever. Pretendo, Sr. presidente, acto illcgal.
entrar sem demora na^ discussão da matéria ; mas seja-me
ao menos dizer duas palavras em relação ao dis- 0 Sr. V. Tavares : — O presidente podia mandar lazer
permittido essa qualificação em tempo.
curso proferido pelo meu nobro adversario o Sr. Dr. Jero-
uymo Villela. _ O Sa. Silvino Cavalcanti : — Pobso asseverar ao nobre
Como homem político, arraigado ás suas idéas e aos seus deputado que o presidento teve esse cuidado; infelizmente,
sentimentos de homem partidario, o Sr. Dr. Jeronymo Vil- mo são estranhas impossibili-
porém, circumstancias que
leia cumprio bellamente o seu dever. E ainda mais, Sr. pre- tárão que ella se fizesse.
Bidente, porque fazendo referenoia a um adverBario, e tra- 0 Sr. V. Tavares : — Sinto muito que o nobre membro
tande de uma causa que elle dizia ser má, todavia restavão- não possa expôr essas circumstancias.
lhe expressões benignas, generosas, com que até certo pon-
to desaggravou a difiiculdade de minha situação. O Sr. Silvino Cavalcanti : — O nobre deputado sabe que
eu não tenho podido acompanhar todas as ciroumstancias
O Sr. V. Tavares:—Fiz ao honrado membro.
O nobre depu-
justiça pequeninas, fugitivas, daquella localidade.
(Apoiado».) tado sabe perfeitamente qu«eu tenho vivido «crapre como
O Sr, Silvino Catalcanti : — Eu , pois, aproveito esta empregado publico na capital da provincia, onde envido
ito DÉCIMA SÉTIMA SESSÃO PREPARATÓRIA EM 2 DE MAIO.
todos os meus esforços, os meus estudos e os meus desvelos
Iguarassú, vemos
quando que aqui outras eleições (A se
para cumprir bem os meus de ver es. (Apoiados.) Se ine falta tem approvado tendo
tempo pora cousas de maior vulto, de outia magnitude, por base eleições primarias de fregue-
zias em que, havendo um numero
como me não faltará grande do votantes qua-
para apreciar circumstancias tãè Micadea, todavia sõ compareceu um numero muito
fugitivas, como disse? diminu-
to. Lu
poderia nté indicar freguezias de trinta e tantos
O Sn. Bezerra Cavalcanti : — Essas circumstancias eleitores, em cuja eleição
per- primaria só comparecerão noventa
tencem ás juntas qualificadoras das e tantos votantes.
p&rochias.
O Sr. Silvino Cavalcanti : — Era uma necessidade inde- O Sn. Raiuiva:—Na Chapada,
que i uma freguezia de
cliuavel que a eleição se fizosse d,000 e tantos votanteá, só
pela qualificação de 1852, comparecerão 200 e tantos.
do contrario não haveria absolutamente eleição cli. O Sr. Silvino Cavalcanti: — Sr.
Nesta contingência do ser e do não ser, presidente, para qne
do ser com certeza havemos de estar com sophismas
do imperfectibilidade, e do não ser cora o inconveniente ? Para que esta má vonta-
do re 11 ^8 se ^az sempre entre duas indiviJua-
vácuo, o presidente da j
idades,
província tomou o melhor partido iepresentando ellas, 6 verdade, dous interesses
mandando si sempre encontrados, qua-
que prevalecesse a qualificação mais moderna; e dous princípios políticos oppostoa.
e isto o
que se tem feito sempre, de accordo cora a lei. iraos aqui na corte, onde
a eleição foi ultimamente
L m argumento com profli-
que se quer supplantar a defesa é, gacta pela maneira a mais 'enaz, onde nenhum recurso foi
que tendo a freguezia de Iguarassü dous milftseiscentos e esquecido
para que os votantes comparecessem, fazer-se a
tantos votantes, apenas coijp eleição com a metade do numero
parecerão na eleição primaria dos qualificados.
cento e cincoenta e tantos. Nâovejo a força deste argu-
O Sr. Cruz Machado:— Eruo
mento, 1,000 eleitores para aelei-
quando fe sabe que uma porção muito importante de senador.
de territorio dessa freguezia foi unida em 18ò3 ou J854 á çao
freguezia dc S. Lourenço da Matta; SlLV,M> Cav'LC4NTI : — Eu
quando ee sabe das fallo da eleição paro-
devastações clihil8"'
que o cholera e outras moléstias fizerão na
Succe icu asim aqui nacôrtc, onde
província ; e quando se sabe ainda, senhores, do indifleren- os votantes estão quasi
tismo que em regra existe
pelos nossos centros nn matérias juntos da matriz, onde lia facilidade de comparecimonto
eleitoraes; onrtu os interesses sao tanto mais activos,
quando as influencias não instigão o povo, não quanto os e«pi-
o acaricião, não o chamão, ou não o forção, elle não se ritos são mais esclarecidos e empenhados
im- na causa publica.
porta muito com o processo eleitoral, não comparece em Uma voz : — OíTerecem-se até carruagens aos votantes.
massa na eleição.
O Sr. Silvino Cavalcanti : — Isto deve acontecer
por
0 Sn. V. Tavam-s : — Este argumento 6 contraproducen muito tempo em nosso
paiz. Não admira que assim seja,
te, perque em Iguarassú as influencias se apresentárâo porque factos desta ordem se dão na Europa; em Gênova,
pleiteando a eleição. ser me não engano, houve uma eleição
de 4 votos.
eleição é nulla, se disse,
O Sr. Silvino Cavalcanti : — Eu vou lá. . ^ porque fez parte da mesa um
indivíduo
Disse-se que houve exclusão acintosa, arbitraria, que, eomquanto tivesse subido eleitor supplonto
de vo- na ordem da votaçã i da eleição transacta,
tantes qualificados todavia não es-
que comparecerão para votar pelo lado tava qualificado,
do partido liberal, pelo que não podia lazer parte da raes<i.
A este argumento se responde Bem esforço.
Sr. presidente, não havendo nina Pedro Ceies-
prova, não havendo tino da Silva Pimeutel foi supplente de eleitor
mesmo uma presumpção bem deduzida do historiado na eleição da
da ultima legislatura ; sendo approvadas
eleição havida em Iguarassií, não sei se se devêra em regra as eleições primarias
de todas as freguesias da
avançar uma proposição desta ordem, província de Pernambuco, ficou
proposição que fere i/»o factu, reconhecida valida a eleição
da fieguezia de Igua-
de desconceito uma autoridade de alta importancia social, rassü. Por conseguinte, Pedro Celestino
foi legitimamente
como seja a mesa
parochial de Iguarassü. composta dè reconhecido supplente de eleitor
caracteres distinetos. por aquella freguezia, o
portanto è visto que competentemente fez parto da mesa.
Emquanto, Sr. presidente, se não apresentão ou se não oe duvidarem, aqui está a acta da eleição
exhibem provas irrefragaveis contra a legalidade dos passada.
aetos Quanto mais, Sr. presidente, que não era
da autoridade, deve-se suppôr sempre preciso esse
que ella cumpre o argumento, que é decisivo, se verificar o que digo,
seu dever. O desligamento delle i o para pois
constituo a anorma-
que que eu so quizesse poderia provai que o cidadão Pedro Ce-
lidado das cousas, e essa anormalidade necessita ser
exube- lestino, ainda
rantemente provada. que não estivesse qualificado, nem reconhe-
cidos os seus
poderes na qualidade de supplente,
Lovados tenaz de sophismar os actos ainda podia le-
pelo proposito gitimamente funccionar na mesa parochial.
os mais legítimos,
quizerão valer-se de uma decisão do go- A lei^moderna ató fação parte da mesacida-
verno contraria & validade do uma eleição municipal,
daos não contemplados permitte que
e em eleitores ou supplentes na ultima
cuja decisão, entre a enumeração dos metivos,
se consigna eleição primaria.
o de não ter comparecido a votar ao menos a
terça parto dos
Uma voz: — Comtanto
cidadãos qualificados. que tenhão as habilitações.
Mas, senhores, não vê a difterençn que ha entre a O Sn. Silvino Cavalcanti: — Admiro
quem que o nobre de-
eleição de vereadores c a eleição
primaria para eleitores? putado, que 6 representante das id<5as liberaes, queira cir-
Quem não vê que sendo a natureza dos processos difTerente, cumscrever o direito dos cidadãos a esse
ponto, sustentan-
n mesma disposição não convir a ambos? Para casos do 11 idóa anti-liberal do
pôde que os votantes devem restricta-
differentes, disposições differentes. mente cingir-sc aos nomes considerados na
qualificação.
A eleição de vereadores, como todos sabem, ó uma
eleição O Sr. V. Tavares : —
directa, o Quero quo so execute a lei.
povo vota no indivíduo que tem de exercer as
funcçôes da vereança, e a vereança interessa immediata- O Sn. Silvino Cavalcanti : — A lei não
diz isso que o
mente ao município; a eleição nobro deputado
quer.
primaria ò indireta, e não
interessa senão mediatamento ao município ou freguezia. P"' V" , — A lei
cados, c quer quo votem os qualifi-
E tanto d assim, tanto essa differença existo na natureza
quo deixem do votar os quo não o estão.
das cousas,
que a lei torna o comparecimonto dos votantes O Sr. Silvino Cavalcanti: —
na eleição de vereadores e O livro das
qualificações
juizes de paz obrigatorio, e fui- oi viciado. Onde está a
mina a multa toda a vez prova? Em uma allegação apaixo-
que se não prova impossibilidade nada de um homem
só tem bilis no coração ; que está
legal do^comparecimonto; mas, notai bem, uma idêntica que
sempre
prompto a avançar proposições odiosas com uma
djs|x>sição n^° e*iste a respeito da eleição lacilidade
primaria para que espanta, c que não merece a consideração
que elle suppõe merecer do
Demais, uma circumstancia concumittante proprio Sr. coronel Moraes, e
do Sr. Dr. Serpa
pôde não ser Brandão. A prova do vicio reduzio-se a
fundamental, pôde não^ ser
por si só substancial para a dizer-se
queojuizmuuicipal de Iguarassú, sendo interessado
nullidade da eleição; muitas circumstancias concumittantes
por minha eleição, negou despacho a um requerimento do
podem formar um facto capital que determine uma cousa exame no livro da
differente da que cada uma dessas circumstancias qualificação^
por si Corre-me aqui o dever de dizer dnas
palavras em abono
poderia determinar. daquelle magistrado, e
Não é cousa nova a exiguidade para faze-lo, Sr. presidente, neces-
que se note nos votantes sito
que V. Ex. tenlui a bondade de mandar-me os papeis
que comparecerão para a eleição primaria da freguezia do que estão annexos ao parecer. (£" saliifeilo.)
DÉCIMA SÉTIMA SESSÃO PREPARATÓRIA EM 2 DE MAIO. JG1

Vou ler i. caBa um documento, do qual se vê que o juiz Faço justiça ás intenções , ao caracter, ao cavalheirismo do
municipal soube executar quanto se reclamava em nome da nobre deputado , para crer que não estava em seu proposito
E' uma carta que em resposta me dirigio o Sr. te- ferir o juiz municipal do termo do Iguarasnú , se acaso na
justiça.
os nobres representação não se fizesse considerar como
nente Francisco Cavalcanti Jayme Cralvão, que ponto capital
deputados de Pernambuco conhecem, pelo
seu merecimen- para a nullidade da eleição a pretendida e não provada
de cm Iguarassú. parcialidade do daquclle termo.
to, e pela alta consideração que goza Juiz
de dizer que o livro Também se disse que um motivo capital de nullidade era
Sabendo eu que se fazia a injustiça
não se apresentava para o exame de proposito , prevendo a falta que se commettou de se não contarem as cédulas.
algum dia lan- Vê-se da acta que as cédulas forão contadas , e ali se diz o
que adversarios menos generosos poderião
de uma imputação dessa ordem, seu numero. Seria porque não se fez acta especial da conta-
çar-me a responsabilidade
em Iguarassú volta- gem? Sei A isto razão para nullidade? Quando muito serft
aproveitei a occasiúo de passar guando
va do despedir-me de minha
familia para dirigir-me por uma de3»as irregularidades insignificantes
que não podem
me dissesse o alterar a csscncia da eleição , tanto mais quanto meus ad-
carta áquellc tenente-corouel pedindo-lhe que
sobre este negocio ; entendi que era de meu versarios políticos silo os primeiros que não se atrevem a
que soubesse
dever procurar esclarecimentos, prevenindo
todo e qualquer dizer que houvesse o excesso de uma só lista na urna além
vontura se pudesse fazer em desabono meu a daauellasque forão legalmente recebidas, c das quaes clles
j uizo que por
tal respeito'. Por isso escrevi a carta seguinte, que vou ler tinnão tomado nota.
A camara, com a resposta do tenente-coronel. O único documento que existe para provar a nullidade da
A carta menciona duas ultimações para a apresentado eleição da freguezia de IguarasMÍ 6 um attestado laconico
do livro perante o juiz municipal, e as razões da não apre- como a espada do soldado que a deu, do delegado de policia
sentarão do mesmo livro, e está firmada com o nome do do termo de Iguarassú.
Sr. teneutc-coronel Galvão. Eis aqui esse attestado. (Lé.)
Creio que a simples leitura desta carta mostra perfeita- De maneira a simples presença do delegado lho deu
que
mente a razão por que o livro não foi apresentado em j uizo. direito para asseverar que o cidadão Pedro Celestino não
Disse-se mais que o livro tinha sido extraviado muito in- estava qualificado , assim como para asseverar muitas ou-
tencionalmente. Vou provar o contrario com uma carta do tra» cousas, de que se não podia ter pleno conhecimento sem
Sr. capitão Manoel do Kego o Albuquerque : um exame minucioso, e sem uma presença não interrompi-
da no acto da eleição. Vejamos que merecimento pòdc ter
c Iguarassú, 28 de Março de 1857.—Illm. Sr. capitão
cs«e attestado. Primeiramente, como mui lucidamente diz a
Manoel do Rego e Albuquerque.—Digue-se V. S. respou- "as
commissão, o avieo de 16 de Fevereiro de 1847 dispõe que
der-mo ao pó lústa, sob sua palavra de honra, se é verdade
attestações das autoridades , todas as vezes que se não refe-
da qualificação dos votantes desta freguezia se
que o livro rirem a factos do éxercicio do seu emprego , devem ser ju-
ncha em seu poder, e por que razão se acha; assim como se
radas para terem algum valor juridico.
V. S. recebeu alguma intimação judicial, ou se lhe fizeíão
algum pedido para a apresentação do referido livro. Com Já vê V. Ex. , Sr. presidente, o a casa, que esse attesta-
do, não sendo a expressão da formula legal, pódo e deve ser
esta resposta, etc.— S. Cavalcanti de Albuquerque. »
< Illm. Sr. Dr. Silvino Cavalcanti de Albuquerque. —lies- tido como gracioso, tanto mais quanto se vê pela data que
foi dado depois do resultado da eleição secun-
pondendo-lhe A carta que V.
S. se dignou dirigir-me em que se soube
daria, depois que o candidato que gozava da affeição do
data de hoje, tenho a dizer a V. S. que prestando juramento
chefe de policia deixou de Bcr aceito pelo districto eleitoral.
como juiz de paz do 4o anuo do 1° districto desta freguezia,
O despacho do chefe de policia em que elle manda que a
ontrei immediatamente cm exercicio, por não terem osjui-
zes do Io, 2° e 3° anno comparecido, e que me determinnn- autoridado policial atteste , querendo, 6 de 24 de Janeiro, o
do a camara tnunicipal que , segundo as ordens do governo attestado do delegadoú de Iguarass ó do Io de Fevereiro, c a
da província, tratasse logo da qualificação, cntregãrão-mo o eleição se fez em Dezembro. Quiz-se fazer jogo com o dele-
competente livro ; quando esperava da policia as respectivas gado de policia, como se fosse uma arma muito poderosa.
listas, recebi participação de que o tenente-coronel I rancis- O delegado de policia é, como se sabe, autoridade immedia-
co Cavalçauti Jayme Galvão, juiz de paz do 2» anno, tinha tamente sujeita ao chefe de policia, o qual ó amigo particu-
á vista do que lar do candidato que concorreu comigo.
prestado juramento c entrado em exercicio ,
nada mais pude fazer. O livro conferia-se cm meu poder Além disto observarei A casa que o attestado ó conciso
demais sobre pontos differentcs , que carecem de explica-
porque noin o juiz de paz em exercicio, nem pessoa alguma
ainda o exigio , o eu estou prompto a ontrega-lo 4 pessoa çoeslargas.
competente logo que o procuie. L' o que tenho a responder Para provar-se que tssa attestação não tem valor juridi-
a V. S.. que pôde fazer desta o uso que lhe aprouver. Sou , co algum, e o não tem tanto mais quanto está em opposiçào
etc. » (Está a dignado Manoel do Kego c Albuquerque.) ao acto legitimo de uma autoridade competente como é a
Como é' que o 2° juiz de paz havia de exhibir o livro em mesa paroehial , prevalece o principio de quo os actos das
estava em poder do outro juiz de paz, cujo autoridades são julgados regularei emquanto se não prova
juizo, se o livro
o contrario ; o não ó com uma prova nulla c manca, como é
exercicio tinha cessado de momento pelo juramonto e posse
aquella, que se hão de considorar nullos os actos praticados
daquelle? Se se intimou o mandado judicial ao juiz de paz
mas que não tinha o livro, é certo i por aquella mesa paroehial.
que estava om exercicio ,
A circumstancia de ter votado o cidadão Sérgio Clemon-
que elle não podia exhibi-lo de modo algum. E' por isso que
eu, em um aparte, disse ao nobre deputado que os meus ad- tino Souto Maior, que estava qualificado no territorio que
versarios não tirihão investigado o destino do livro para foi desmembrado da freguezia de Iguarassú, não tem valor
aprcscnta-lo a tempo em juizo. algum ; ao contrario está de conformidade cora a disposição
As cartas estão reconhecidas e selladas. A sua leitura do aviso de 8 de Janeiro de 1819, explicativo da lei eleitoral.
creio ser a defesa mais completa que Be O cidadão Sérgio Clementino de Souto Maior residio sem-
pôde fazer ao juiz
foi qualificado no quartel-
municipal do termo de Iguarassú. Vê-se que sempre deu pre na freguezia de Iguarassú ,
despacho ao9 requerimentos que lho forão apresentados rão do districto que se desmembrou dessa freguezia para a
tenente coronel Manoel Pereira de Moraes e Dr. de S. Lourenço da Matta ; mas ficou morando a uma légua
pelos Srs
Antonio Tristão de Scrpa Brandão. Onde está a parcialida- j em distancia da freguezia de Iguarassú , 110 lugar denomi-
de desse juiz? nado Maricota, que ainda pertence a essa freguezia.
Accusações desta ordem só se devem fazer com muito cri- Vejamos se estando qualificado 11a freguezia de Iguaras-
terio, com provas irrefragaveis, porque não é justo que fácil- sú e não na de S. Lourenço da Matta , podia ou não aquellu
mente se lance uma eiva de reprovação sobre os actos de ! cidadão , em virtude do aviso explicativo do governo, votar
uma autoridade que exerce tão importantes funeções, que na freguezia do Iguarassú, e por conseguinte ser votado.
as tem exercido com uma incorruptibilidade do caracteto* e Vou ler o aviso, (ir.)
com uma austeridade de costumes que lhe tem grangeado Provou-se que Souto Maior estava qualificado 11a fre-
a estima e respeito dos grandes e dos pequenos do teimo Posso asseverar quo Souto
guezia de S. Lourenço da Matta?
sem distineçãode côres politicàs , porque da açgressão in- Maior não figura nem podia fipurar 11a (jualilicação de
justa pôde vir desconceito immerecido , pôde
vir esse aban- S. Lourenço da Matta. Se í principio de direito constitucio-
don • qufe o homem taz de si vendo-se constantemente aggre- nal qúe a vontade do cidadão activo, daquelle que está nas
dido por inimigos gratuitos. condições de dar um juizo sobre os negocios públicos, da
Sei bem que o nobre deputado não fez mais do que repe- fazer uma escolha dos cidadãos que devem eleger os seus
tir uma proposição que está enunciada na representação. representantes, deve-se manifestar todas as vozes que essa

TOMO I. 21
SÉTIMA SESSÃO PREPARATÓRIA EM 2 DE MAIO.
162 DÉCIMA

50; e tirando-sc 4 votos fico com a maioria absoluta


manifestações da nação se fazem nas urnas eleitoraes, e
votou, isto é, na mais 1.
segue-se que Souto Maior devia votar onde
e não na Mas vamos ver se procedo o argumento que mo foi apre-
freguesia da Iguarassú, onde estava qualificado,
A mesa parocliial de sentado hontem particularmente sobre a maneira por que
de S. I-ourenço, onde não o estava.
se procedeu nos dous escrutínios.
Iguarassú não podia recusar o seu voto sem commetter
Diz-se que a eleição está viciada substancialmente, por-
uma grave injustiça. _ os votos dos 4 eleitores
O nobre deputado quiz também lulmmar de nullidade
a que devendo-se tomar em separado
não 4 supplentes, e sendo possivel
eleição da freguezia de Maranguape, sob pretexto, pouco
ou qualificados, e chamar
nada valioso, de que o presidente da mesa parochial exer- que estes votassem no candidato meu antagonista, que teve
lbe no primeiro escrutinio 48 votos, bem podia acontecer que
cêra o emprego de juiz municipal supplente, e por isso
elle tivesse a maioria absoluta no primeiro escrutinio, e
estava coarctado o direito de ser juiz de paz, e por conse-
mesa. que essa possibilidade dá direito á nullidade da eleição.
guinte de presidir aquella
Os votos daquelles 4 eleitores forão tomados promis-
Paiece que nada é mais fácil do que demonstrar que
cuamente; ninguém sabe, ou ao menos <5 presumpçâo da
aquelle j uiz de paz presidio competentemente a mesa paro-
lei que não se saiba, em
chiai, e que portanto aquella eleição tem todos os cunhos quem elle3 votarão; conseqüente-
mente ó é pos-
de legalidade. . possivel que tivessem votado era mim, como
sivel que tivessem votado em meu antagonista ; e se é pos-
Diz o art. 20 da lei de 19 de Agosto de 1846. ('-f»)
do legislador sivel isto, também é possivel que em lugar de ter elle 48 vo-
o pensamento
Quem não vê, senhores, que tos líquidos, tivesse 44, que, unidos aos 4 dos supplentes,
maior confiança
foi querer que em todo o caso o cidadão que
represente os formarião 48 líquidos, e neste caso pergunto: pôde este nu»
Li ver do povo seja exactamente aquelle que
aos negocio, elei- mero constituir maioria absoluta em relação a S*8 ?
seus legítimos interesses, dando direcção
Senhores, esto argumento é uma fantasia; como é
toraes da freguesia? Donde se pôde
deduzir legitimamente que se
municipal supplente, que é tao tran- pôde produzir um argumento contra a existencia legal de
que o emprego de juiz um processo? Como se pódc estabelecer unia theoria contra
um direito tão importante como
sitorio, pôde excluir um facto? Como se pódo retroagir contra um acto praticado
de paz mais
aquelle que vem do mandato do povo? O juiz
esta muito legalmente pelo collegio eleitoral? Quo depuração
votado deixa de presidir a mesa patrocinai quando
ou exquisita, metaphysica e incomprehensivel é esta? Porque
ausente, ou quando se acha impossibilitado paysica^
temporário e o processo eleitoral devia ter corrido de tal maneira, segundo
moralmente, diz a lei. Creio que o exercicio
supplente o sentimento dos que me combatem, segue-se que a eleição
íonstantemente interrompido de juiz municipal
ou moral. é nulla ?
não é ausência, nem impossibilidade physica
esta no exer- Pergunta-se, o processo eleitoral correu com toda a regu-
 questão è saber-se se a incompatibilidade
do exercício, se na lyridade, com todas as apparencias legaes ou não ? Inques-
cicio ou no cargo, Ee na promiscuidade
natureza do emprego. U esta a questão,
e eu vou resolve-la tionavelmente, porque o escrupulo chegou a tal ponto que
resoive-la fazendo-se questão da validade de 8 ou 9 eleitores, esses lio-
com um aviso, assim como o nobre deputado quiz
a mens forão excluídos do votar relativamente á admissibili-
em sentido contrario por outro aviso, devendo prevalecer
consentanea dade ou não de seus votos ; não obstante o collepio eleitoral
opinião mais adstricta á letra da lei, e mais
com toda a sua imparcialidade julgou que elles devião votar,
com a liberdade. (Apoiaios.)
Diz a circular n. 156 de 21 de Novembro
de 1846, § 8.° porque entendeu que nelles se achavão encarnadas todas ns
condições de elegibilidade.
^
da freguezja Um Sr. Deputado:—A' prion o deputado devia ser o
Pergunta-se, o presidente da mesa parocliial
exercicio na occasião Sr. Dr. Manoel Joaquim Carneiro da Cunha,d fcoslerioii
deMarànguape era juiz municipal em
cm que presidia a eleição? Não de certo... não foi; eis a questão.

— Era O Sr. Silvino Cavalcanti: — Mas, senhores, suppondo


Um Sr. Deputado : juiz municipal.
mesmo que se désse a hypothese muito gratuita ae que
O Sn. Silvino Cavalcanti : —Não era nem é, porque neste
o processo eleitoral tivesse" alguns inconvenientes ; pergún-
não veie
ultimo quatriennio assevero ao nobre deputado q*ue to, o 2« escrutinio quo foi feito com toda a regularidade, que
municipal;
considerado na lista dos mpplentes ao juiz deu a um dos candidatos uma maioria absoluta de votos do
da Cunha ri-
appeilo para o Sr. conselheiro José Bento eleitores incontcstavelmente legítimos, reconhecidos taes
«•ueiredo, que foi quem fez, quando estove na administra- revalidar qualquer
do ultimo qua- pela commissão de poderes, não deverá
cão da província, a lista dos supplentes irregularidade que por ventura tivesse havido no Io escru-
trienmo. E que o fosse, toda vez que não estivesse em tinio? Quando uma eleição ó nulla, procede-se a uma se
incompativel o
exercicio, que era o único caso que tornava houvesse algum vicio no pri-
a mesa. gunda ; suppondo mesmo que
exercício de juiz de paz , elle podia presidir ineiro escrutinio, o segundo o corrigio.
(Apoiados.) _ Sr. presidente, a camara já está, ojj ao menos deve estar,
Liquidado como está, creio eu, o processo da eleição pri- cníasteada de ouvir a discussão desta matéria; diíTerentes
de
maria das duas freguezias contestadas do 3o districto oradores se tôm succedido e tomado parte na questuo; creio
Pernambuco, cumpre-me agora, pela ordem chronologica da minlia cauaa está patente a todos os Srs.
que a justiça
dos factos, ent. ar na apreciação da maneira por que se deputados; á miulia defesa foi fraca, mas julgo que foi con-
procedeu na eleição secundaria. viucente náquelles pontos em quo principalmente se baseou
Disse-se que a eleição secundaria estava eivada de uma a nccusação. E Be as3Ím é,não tenho mais do que esperar
nullidade muito substancial pela razão de terem votado da justiça da camara o reconhecimento da validade da mi-
eleitores legítimos 9 eleitores^ que
promiscuamente como nlia eleição.
não estavão qualificados. Está provado, por uma justifica-
Au.ins Srs. Deputados:—Votos!
testemunhas indivíduos maio-
çãa em que jurárão como
res de toda excepção, que 5 desses^ eleitores estão qualifi- 0 Sr. BakXo i>e Camaiugibe : —- Não abusarei da attenção
cados, havendo apenas pequena differcnça entre os seus da camara, nem teria hontem pedido a palavra se não fosso
verdadeiros nomes e os nomes que estavão consignados na ver quo esto parecer ia ser submettido á votação da casa,
recouhecidos como os estando presente um pequeno numero de seus membros.
qualificação. Esses cidadãos forão
era a Pedi pois a palavra para adiado para
mesmos da qualificação pela mesa parocliial, que que o parecer íicasse
única competente para conhecer a identidade dos
votantes, hoje, afim de que pudesse ser apreciado pela maioria.
idader es- Eu não entrarei na apreciação dos documentos c da re
fundando-se, como se fundou, na coincidência da
& eleição
tado, occupação, etc. presentação do Sr. coronel Moraes relativamente
de Iguarassú; parece-me que algumas de fruas^ allegações
Trata-se agora de -1 eleitores que não estão qualincados.
ruiuil- têm peso ; e uma dellas foi aceita pela commissão ; limitar-
Com a oxclusao dessos 1 eleitores nao quaimcaaos,
de elegi- me-hei a fazer algumas observações relativamente á con-
tindo-se que a nao qualificariuo seja uma nega^o
hn;^nr1,. hnverft dinerenca na minha eleicao? Ficarei eu clusão da illustre commissào.
formar Parece me que tendo concluído a commissão em sua pri-
com menos votos do que os que são necessários para
meira conclusão que não se devião contar quatro dos eleito-
a maioria absoluta em relação aos eleitores que compare-
res do collegio eleitoral de Olinda, a segunda conclusão devia
cérão, ou em relação á totalidade dos eleitores do districto?
De certo que não. O 3o districto eleitoral de Pernambuco ser a annullaçâo do mesmo collegio. O collegio eleitôral de

compõe-se de 98 eleitores; eu tive 55 votos, isto é, a maio- Olinda constou de 97 eleitores ; o Sr. Dr. Manoel Joaquim
ria absoluta e mais 5, a maioria absoluta de 98 é Carneiro da Cunha teve 48 lotos no 1» escrutínio. Ora, se
porque
PREPARATÓRIA EM 2 I)E MAIO. 163
DÉCIMA. SEXTA SESSÃO

a totalidade de poderes ácerea do diploma de um Sr. deputado pela minha


não se contassem esses quatro eleitores, seria
soffre duvida nenhuma ; por isso
do collegio de 93, e então 48 seria a maioria ubsoluta
: isto província que eu creio não
liaver segundo escru- requeria urgência para que se lèsse o entrasse em discussão
é inquestionável. Teria deixado de
esse parecer, iicando todavia adiada a discussão se alguém

Mas dissc-se : « nós não temos meios


d.- saber a qual dos pedir a palavra.
eleitores. »
dous candidatos darião o seu voto esses quatro Consultada a camara sobre(}esta urgência, vota contra.
de provar que esses eleito-
Sem duvida, se eu tivesse meios O Sr. Joào Felippe (pela ordem) Eu tenho de propor
commissão derão o sou
res que não forão approvados pela um negocio urgente em causa própria.
seria que se chamasse
roto ao Sr. Dr. Silvino, a conclusão
da Cunha como deputado. O Sr. Presidente :—Tem a palavra.
o Sr. Manoel Joaquim Carneiro
ísbo mesmo que nao tenho
Mas eu não quero tanto, por O Sr. João Felip» :—Si. presidente, findão hoje os dias
candidatos esses eleitores
meios de provar a qual dos dous das sessões preparatórias....
á nova eleição,[para
derão o seu voto ; quero que se proceda :—As ur^oncias não se motivão.
dos votos do O^Sr.JPresidente
*c saber qual dos cundidatos obteve a maioria
os supplentes, estes^ O Sr. João Feiippe :—Eu apenas vnu dizer duas pala-
collegio ; porque se fOrem chamado:,
ser que dêm o seu voto no Sr. Manoel Joa- vrasem que so contém o mesmo requerimento. Findão hoje
pôde muito bem
>18 c depois mais 1 terá maioria os dias das sessões preparatórias ; tenho estado nesta casa
íiuim, e neste caso quem teve
absoluta de 9?, numero total dos eleitores
do collegio. desde o primeiro dia, e ainda a minha questão não foi decidi-
Cuido, Sr. presidente, que para annullar a eleição
não# da. Eu desejaria que V. Ex. consultasse a casa para saber so
se prove que esses quatro eleitores vot&xuo ifb Sr. eu continüo a estar aqui ou não...
preciso que
Dr. Silvino ; basta que não se saiba em qual dos candidatos O Sr. Presidente E' questão já decidida.
votárão ellos ; basta que haja a possibilidade que os supplen-
Sr. João Felippe : porque não vejo 110 roquo"
tes çliamados tivessem de ciar o seu voto ao Sr. Dr. Manoel O
fazer de
Joaquim Carneiro da Cunha ; porque desta sorte não teria rimento nada pró nem contra. Eu não quero aqui
discutir....
ugar um segundo eocrutinio. putados, mas
JLimito-me a estas simples observações. Estava na firme O Sr. Presidente :—Creio que j& diSsc quo nuo podia
tenção de não tomar parte nesta discussão ; c se pedi a pala- sua urgência ; se quer apresentar algum reque-
sobro justificar a
vra foi porque, como já disse, ia-se votar liontem rimento, diga*)Ual á a matéria delle para eu consultar a
esta questão por um bem pequeno numero do membros pre- camara.
sentes na casa. A matéria do requerimento que
O Sr. João Felippb
! foi
Vozes :—Votos, votos tenho de apresentar é a mesma do um requerimento que
dis-
O Sr. Presidente:—Tem a palavra o Sr. Saraiva. apresontado ha poucos dias, e que V. Ex. não deu para
cussão, porque, disse, erajuma reforma do regimonto; entre-
Vozes :«—Votos, votos !
tanto V. Ex. sabe que um requerimento contra a letra ex-
Augcsto dk Oliveira :—E eu peço a palavra. aqui nesta casa apresentado.,..
O Sn. pressa do regimonto foi
O Sr. Cri z
Machado Eu a tinha pedido pela ordem, e O Pr. Presidente -O Sr. deputado não pôde continuar ;

peço o encerramento
da discussão, Sr. presidente. (Apoiado.) nem eu sujeito & votação da casa a Bua urgência, que, sen-
O Sr. Aosurto dc Ouvkma :—Não sei se pôde eucorrar do um requerimento no sentido daquelle a que so refere, é
a discussão, quando < u havia pedido a palavra para offerecer contra o regimonto.
uma emenda ao parecer.
SEGUNDA PARTE DA ORDEM DO DIA.
O Sr. Presidente Vou propor & camnra o requeri-
mento do Sr. Cruz Machado. ELEIÇÃO DE !H1\AS-«;ERAES.

O Sr. Barreto :—Peço a palavra pela ordem.


Pai:S
(17° iülricloí.)
O Sr. Presidente : —Os requerimentos pedindo o encerra-
mentos não soffrem discussão. Entra cm discussão o parecer da commiísão de poderes
sobre a eleição do Sr. Pedro do Alcantarn Cerqueira Leite.
O Sr. Paes Barreto :—Não 6 para isso que pedi a pala-
vra, mas para observar que, quando o nobre deputado pedio 0 Sr. Franco de Ai.meida Eu não pretendo oppôr-m*

a palavra c declarou que queria offerecer a emenda, outro ao parecer da commibfeão ; entretanto tenho algumas duvi*
das a esse respeito, o desejo ouvir a commissão, ou o nobre
Sr. deputado se levantou o pedio o encerramento da discus-
deputado'eleito, devo estar cm dia com todos estes factos
são. Ora, eu julgo que è do toda a equidade que não se en- j quo
o toda* as suas circumstancias, o Dor isso mo pôde Acerca
cerro a discussão sem que o nobre deputado apresente a sua j
duas duvidas.
.•menda ; não se discuta mais o parecer, mns uão so prohiba i dellas informar. Tenho estas
A primeira, se í certo quo na freguezia de Chapío d«
a apresentação dessa emenda. Considcre-so mesmo que a
. Uvas se fez a eleição & li ra indevida, 4 noite, e se houve
camara vota contra o parecer, como fica este negocio ? o que
intervenção indubita do delegado de policia no processo
se resolve? Cousa nenhuma. Assim, pois, para a boadirec-
da discussão convém ella não se encerre sem a eleitoral; a segunda, so houve ou não qualificação na fre-
ção que que
e se houve numero exagerado de
emenda -eia apresentada. Creio mesmo que não estava na guezia do Paraliybuna,
intenção do nobre deputado que propôz o encerramento eleitores contra ii imitaria da presidência, e qual foi o nu-
vedar que se offerecesse uma emenda ; o que elle queria sem mero das eleitores.
<luvida era unicamente que a discussão não Para que me expliquem estes dous factos 6 que pedi a
proseguisse, e
tenho concluído.
Í3to pôde obter-se não obstante apresentar-se a emenda que palavra, e para não tomar tompo
o nobre deputado pretendo offerecer. O Sr. Pereira Pinto Sr. presidente, causará estra-
O Sr. Presidente Não posso demorar a votação uma nheza a camara que eu me adianto na defosa do parecer quo
vez que se pedio o encerramento da discussão. se discute, quando «os meus dignos e honrados oollegas da
se commissão sobr&> os predicados que mo faltão para melhor
Consultada a camara julfça a matéria snfíicientcmente
aprecia-lo e oceuparem a tribuna. A ciroumstencia porém,
discutida, decide pela afiirmativa, e posto o parecer a votos
Sr. presidente, de ter ou sido o interprete do sentimento da
é approvado em todas as suas partes.
commissão, lavrando o parecer em discussão, desculpa a te-
declara deputado
O Sr. Presidente pelo 3» dlstricto elei- meridade que tomo, entrando na sua sustentação antes
toral da província de Pernambuco o Sr. Silvino Cavalcanti delles.
o Sr. Ábilio
de Albuquerque, e supplente José Tavares da Senhores, cumprindo a tarefa de examinar esta eleição, a
Silva. oommisiâo vio-so om um perfeito embaraço. Ploiteárilo-a
Al-
O Sr. Accübto de Oliveira (pela ordem):—Roqueiro a V. dous illufctrea cidad&os, o Sr. desembargador Pedro de
Ex. que seja e arado na acta que eu votei contra a validade cantara Cerqueira I>eite, vantajosamente conhecido no pai/,
da» eleições do 3° distreto eleitoral de Pernambuco na parte sua severa honestidade e íllustração, o o Sr. Dr. Mello
pela
de Iguarassú. Franco, nío menos dUtincto pela sua elevada inteligência, e
que diz re«pei*o 4 eleição da freguezia
ao pftiz.
pelos eminentes serviç s que desta tribuna prestou
Uma voz :—Mande declaração de voto.
Vê pois V. Ex. e a csmRra quão difficil seria a posição em
de commissão Mas, senhores, não se
O Sr. Fusa (pela ordem):—lia um parecer quo a commissão se achou collocada.

é
104 DÉCIMA SÉTIMA SESSÃO PREPARATÓRIA EM 2 DE MAIO.

tratava de uma questão de afTeições pessoaes ; não sa tratava correu maior porção de votantes do
que para a aquella da
de uma questão de aiFeições políticas, tratava-se de uma vereadores ; fica
portanto também alluida esta arguiçüo.
uestão de direito ; e em questões desta ordem Sr. presi- Senhores, que não era infundado o receio
que o presidente
3 ente, é mister que o nosso procedimento seja da mesa eleitoral da freguezia do Chapéo d'Uvas nutria
pautado pelas
regras da mais estricta imparcialidade. Foi o ácerca da
que a com- perturbação do socego publico na occasião da elei-
missão fez. mesmo por um documento apresentado
ção, prova-se pelo
A commissão examinou um por um todos os documentos reclamante,
que é um attestado passado pelo delegado de
que lhe forão apresentados pelas partes contendoras, leu at- e juiz municipal do termo, no qual essa autoridade
tentamente as actas, ouvio as informações verbaes, e depois iz que na noite em
Solicia,
que cbegára á freguezia de Chapéo
de tudo isto ella tirou um corollario todo favoravel á eleição d'Uvas tivera lugar uma reunião de
| povo dando vivas, etc.;
do Sr. desembargador Cerqueira Leit9. Agradeço pois ao
) que elle mandara chamar o subdelegado e lhe dissera ser
honrado membro que encetou o debate o haver conveniente dispersar esse ajuntamento; accrescenta
proporciona- porém
do assim á commissão o ensejo delia
poder manifestar á ca- que o subdelegado respondêra que aquelle grupo de povo
mara os ponderosos motivos em assim tinha
que se estribou para con- procedido para mostrar ao delegado que as in-
cluir propondo formações do
que se declarasse deputado o Sr. desembar- juiz de paz não erão exactas, porquanto o que
gador Cerqueira Leite. tinha tido lugar nos dias antecedentes era o mesmo
que se
Afim de j ustificar o acto da commissão, Sr.
presidente, <3 praticara naquella noite. Mas V. Ex e a camara compre-
necessário descer á analyse da eleição e da reclamação do Sr. hendem facilmente o
que pronunciamento feito perante o
Dr. Mello Frnnco ; e sendo, como sou, pouco affeito aos ha- delegjdo
que tinha sido chamado para manter u ordem pu-
bitos da tribuna,
peço á camara que me revele o iacorrecto blica não
çodia
ser da mesma natureza
que aquelle feito em
da phrase e a debilidade do raciocinio. dias anteriores, no meio da exacerbação dos
partidos e da
O 17» districto da província de Minas-Geraes fez a eleição agitação dos espiiitos. Daqui concluio ao contrario
que
com placidez em todas as parochias ; houve porém algumas houve com effeito fundamento da
parte do presidentt da
irregularidades nas freguezias de Chapéo aUvas e do Pa- mesa exigindo a do delegado,
presença pois essa amostra de
rahybuna. pronunciamento pacifico que o subdelegado quiz fazer ap-
Tratarei primeiro da freguezia do Chapéo d'Uvas. Cifia- parecer na occasião em que o delegado chegára não pôd«
se a arguiçâo do reclamante ser considerado do mesmo caracter nem da mesma natureza
que nesta freguezia não se fez
a eleição A hora certa, á hora determinada na lei. Mas, sem do dos dias precedentes.
que eu pense que seja este incidente um motivo que affecte Relativamente á arç;uição de interferencia do delegado
ou vicie o processo eleitoral; acho ainda na eleição, interferencia que se pretende deduzir, como
que deu-se uma já
cireumstancia que justitica tal occurrencia. disse, do acto do
juiz de paz solicitando a sua presença para
O juiz de paz, presidente da mesa, desconfiando que conter a desordem, tanto nãoé ella fundada,
que o proprio
havia desejo de perturbar-se a ordem reclamante foi buscar o testemunho dessa mesma autori-
publica no acto da
formação da mesa, e percebendo que o subdelegadod o lugar, dade para corroborar allegações suas; ajuntando como do-
em vez de procurar aquietar os espíritos, era cumento ás suas representações um attestado desse func-
pelo contrario
o primeiro a agita-los, solicitára previamente a intervenção cionario.
do delegado aiim da que as cousas corressem selai Além disto me parece
que o que este argumento, que esta cen-
socego publico fosse compromettido. Ora, no dia 2 de No- sura de intervenção da autoridade....
vembro pela manhâa ainda não era chegado o referido dele-
O Sn. Presidente : — Lembro ao nobre deputado
gado, e então o juiz de paz presidenta da mesa julgou que o
Sr. deputado pelo Pará unicamente
acertado retardar a eleição. Mas, demorando-s« aquella au- pedio duas explicações.
Não tendo sido o parecer impugnado não
toridade por mais Umpo, o juiz de paz deu começo aos pôde o nobre de-
trabalhos eleitoraes. putado, segundo o regimento, desenvolver uma defesa como
est& fazendo. O regimento diz que nenhuma discussão deve
Já vê pois V. Ex. e a camara que houverão motivos plausi-
veis nesta resolução tomada pelo juiz de paz presidente da principiar senão por opposição. O Sr. deputado pelo Pará,
como disfe, não impugnou o parecer, apenas
mesa. Diz-se agora (não que o reclamante fizesse esta pon- pedio algumas
i explicações.
deração em algumas de suas representações) que a acta não
menciona a hora certa em que a eleição começou ; accrescen- O Sn. Pereira Pinto ; — PerdCe-me V. Ex.; tratando-s
tando-se que ella piineipiára depois de anoitecer. Mas, Sr. de uma questão em qua litigão dous caracteres tão distinc"
tos, eu desejava que a camara ouvisse as razões em a
presidente, em primeiro lugar devo fazer a seguinte obser- que
vação : achava-se entre os membros da mesa nessa occasião commissão ee firmou
| para decidir da fôrma por que decidi0
o subdelegado do lugar, que pleiteava a candidatura do re- em o seu parecer.
clamante ; esta autoridade formou com outras
pessoas a O Sn. Presidente:—Não
Mesma mesa, pôde ter lugar o que quer o
subscreveu a acta, e não fez protesto ou re-
nobre deputado, porque a discussão jjó deve começar por
clamação alguma a este respeito ; ora, i natural dan-
que, impugnação.
do-se uma irregularidade tão notoria, tão flagrante, tanto
o dito subdelegado affecto á candidatura do reclamante, O Sn. Pereira Pinto :—Como V. Ex. não permitto que eu
como outras pessoas continue neste terreno, e cumprindo-me ser docU As adver-
que por ella se interessavão, e se acha-
vão na igreja, fizessem tencias de V. Ex., passarei a dar a segunda explicação que
qualquer protesto ou reclamação?
Daqui inliro pedio o honrado deputado c^ue encetou esta discussão. Re-
que o não ter-se especificado na acta a hora
•certa da eleição foi apenas um descuido. fere-se ella á falta de qualificação na freguezia da Parahv-
Demais, ha um documento apresentado pelo Sr. desem- buna. Devo dizer á camara que não houve semelhante falta;
'crqueira
bargador' < Leite, e assignado pelo presidente e aqui cBtão os documentos queprovão o que acabo dcavan-
mais membros da mesa
pafochial,
no qual se affirmaque a çar; nãoos lerei para não tomar tempo á casa. Mais de
eleição começou das 3 da tarde. Portanto, ! uma certidão, em contrario, demonstra a existencia da
para as 4 horas qua-
não havendo nrguição dando-se to- i lificação.
por parte do reclamante,
das as considerações de expender ácerca da hora i E' verdade que estes documentos não aflírmão
que acabo que o çro-
em que foi encetada a eleição, í cesso de qualificação fosso levado ao seu ultimo tramite;
parece-me irremissivelmente
improcedente e infundada esta accusação. mas não foi essa arguição
j que se articulou, e sim que não
0 reclamante pretende fazei saliente, o juiz existia
porém, que qualilicação. Além das mencionadas certidões que
de paz, presidente da mesa, nã<5 exigira a do dele- confirmão a existencia da
qualificação, lia um documento
presença
meio de obstar á apresentado I.eite, do
gado como perturboçfio da ordem publica; pelo Sr. desembargador Cerqueira
mas que elle tivera em vistas, com esse qual se infere que ella foi ultimada. E' uma justificação em
pretexto, intimidar
os votaut.es e arreda-los da urna. que jurão todas as pessoa» que compuzerüo a junta qual i-
Ha peréiii outro documento 1 ncadora, e a qualificação fôra
que eu não lerei para não fa- que revela a certeza de que
tigar a camara, no qual se testemunha de levada ao seu ultimo
que na eleição I per iodo.
eleitores da freguezia de Chapéo d'Uvas compareceu maior Em referencia ao excesso de eleitores nesta freguezia,
,
numero de votautes do que aquelle além náo só do numero fixado na portai ia da presidência,
qua 6o apresentou para
a oleiv V de vereadores. Ora, nós sabemos que na eleição ¦ como mesmo do marcado na lei, diiei que este facto não
do vereadores ha a imposição da multa, invalidar a eleição do Sr. desembargador Cerqueira
que estimula, que
obriga o v .tante a comparecer; mas o documento, como já iCite,
f-6de tomados em separado, e ain-
porque esses votos forão
disse, prova, ao contrario, que pnra a eleição de eleitores con- ! da sem elles o mesmo senhor tem maioria absoluta.
DÉCIMA SÉTIMA SESSÃO PREPARATÓRIA EM 2 DE MAIO. 105

Eu desejava, Sr. presidente, dizer mais algumas palavias minha sinoeridade; e se não é assim, apresonte um fact»
ácerca desta eleição; como porém V. Ex. entende que devo que demonstre o contrario.
aómente limitar-me ás explicações pedidas pelo honrado de- Eu não posse estar enfrínhado dos arcanos e da vida
par-
asseverando i camara qu« se a ticular do nobre deputado 4s sua» r«-
putado do Pará, concluirei pelo que diz respeito
commissào pudesse dispor de dous diplomas, de bem grado laçõas eleitoraes; mas o è o no-
que corria como certo que
-{Apoiados.) bre deputado ora s« apresentava candidato, ora deixava de
ofifereceria um ao Sr. Dr. Mello branco.
se apresentar, isto é o
Não havendo mais quem peça a palavra, e posto a votos é que era publico e notorio.
approvado o parecer da commissào. O Sii. Nebias : — Appello
para o Sr. Vasconcellos.
O Sn. Pbesideute declara deputado pelo 17o districto elei- O Sr. \ asconcellos : — Peço a
palavra.
o Sr. Pedro de Alcan-
Ura! da província de Minas-Geraes O Sn. Nibuc — Eu tnmbcm a
peço.
tara Orqueira Leite, e supplente o Sr. José Rodrigues do
O Sr. Presidente:—1'ermitta o nobre deputado
Lima Duarte. que o in-
terrompa por um momento.
ELEIÇÃO DF. S. 1'ALLO. Convido a deputação a se dirigir ao paço imperial afim de
cumprir a sua missão.
(6® districto.) O nobre deputado pôde continuar no seu discurso.

Continüa a discussão adiada do paracer da commissào (A deputação retira-se.)


com o voto em separado, relativos á eleição do Sr» Nebias. O Sa. Rahaliio : —Sr. presidente, eu preciso de se r ouvido
O Sr.Ramaeuo:—Sr. presidente, é mui difíicil fallar na pela camara, e mais do que o meu eontendor. Portanto do-
: sejo que a casa esteja completa. Parece-m«* que não é só-
própria causa, e eu por sem duvida não diria uma s6 pala-
vra ácerca deste negocio se a elle não estivesse essencial- mente um favor, e sim de justiça, que eu interrompa o meu
mente ligado o interesse publico. [\8oé o interesse meu que discurso até voltar a deputação.
eu aqui venho defender,Sr. presidente, i o interesse do paiz, O Sn. Presidente:— O costume é este acabei de
que
e, como mandatario de uma porção dos habitantes da mi- praticar.
nlia província, não posso renunciar o direito de defender o
O Sr. Martiniio Cawi-os Peço a palavra
voto cidadãos benignamente me concedôrão. Por pela ordem.
que esses
isso, ár. presidente, faço uso da palavra que V. Ex. me con- O Sr. Presidente: — Não posso dar a or-
palavra pela
cedeu para susteutar a legitimidade da eleição do 6° distric- dem ao nobre deputado.
to eleitoral da provincia de S. Paulo.
O Sr. Martinüo Camimis : —Um dos membros da depu-
Sr. presidente, tendo apresentado um diploma que em
tação quev se retirou reclamou que queria ouvir esta dis-
minha convicção julgo legal, que me dádireitoaumasseento
cussão
nesta casa, e tendo igualmente o meu contendor apresen-
tado um outro titulo semelhante, examinou a commissão de O Sn. Presidente :—O orador não
p6de ser interrompido.
poderes ambos os titulos, e deu um parecer favoravel ao O Sr. Rahaliio:— Sr. presidente, eu quero ser ouvido
meu contendor; cumpre pois que examine esse parecer, e
por maior numero de membros da camara.
que mpstre que pelos proprios princípios adoptados pela
commissão não posso deixar de ser reconhecido deputado O Sr. Presidente:—Nas sessões preparatórias podem
pelo tí» districto eleitoral da provincia do S. Paulo. estar presentes <i 011 8 Srs. deputados, e Ur lugar qual-
O parecer da maioria da cummissão é um trabalho muito quer discussão e voUção.
extenso, um trabalho muito elaborado, é preciso que se
O Sn. Mjutijdo Campos: — Isqueiro que V. E. consulte
procure o fio directoi que conduzio a commissão a tirar a casa.
uma concluíão desfavorarel & legitimidade do meu titulo,
sem o que tudo será confusão, tudo será desordem, e nem O Sr. Presidente: — O nobre deputa'lo não tem a pala-
vra. »portanto não lazer et se requerimento.
esta camara poderá apreciar a força das conclusões dedu- pôde
zidas, tanto pelo parecer da commissão, como do parecer em C Sr. Ramalho : —Pois eu o faço.
separado que eu defendo.
O Sn. Presidente : — Não a devo consultar, não interrom-
A' primeira vipta, Sr. presidente, custou-me a achar *
po o orador.
ponta do fio que dirigio a maioria da commissão; porém bem
examinando esta peça cheguei a conhecer que uma idéa O Sr. Ranilho : — Eu não sei qual deva ser o meu proce-
dominou no pensamento da maioria da commissão, e foi a d»mento.
maioria de votos que se encontra no diploma do meu con-
O Sr. Pdesidem e : —Se o nobre deputado quer continuar
tendor. A commiHsão foi guiada por este principio, e disse: a fallar, pôde continuar ; e se não quer, pôde sentar-se, e
< Quem tevo a maioria de votos é o deputado legitimo. > Por
perde o seu direito de fallar.
conseguinte, todos os seu» raciocinios, todos os factos que
apreciou forão subordinados a este principio. O Sr. Ramalho : — Bem, eu não tenho remedio algum
Eu, Sr. presidente, pretendo mostrar com toda lucidez e senão suieitar-me á deliberação de V. Ex. Entendo quo sem
força de raciocínio que este principio é menos exaclo. offensa do regimento da casa podia ter lugar o meu reque-
O meu contendor não teve a maioria de votos, o meu con- rimento, porque necessito ser ouvido, ao passo que com a,
tendor não tem mesmo a maioria da opinião daquelle cir- retirada da deputação, qui é composta d.- tantos membros,
culo; eu o mostrarei. Quanto a esta ultima fico fazendo o meu discurso ser ouvido sí por 10 ou 12
parte, eu não para
uero entrar em
particularidades, porque entendo que uao Srs. deputados, numero muito limitado em relação áqúelle
evo avançar proposição alguma que não
prove com docu- que tem do julgar na minha causa.
mentos, e como isto não tem um alcance decidido ácerca do
O Sr. Presidente : — Se o nobre deputado não quizer
negocio dcque trato, só reliro o facto, e é
que o meu con- continuar no seu discurso, pôde sentar-se.
tendor algum tempo houve que até havia desistido da sua
candidatura por aquillo circulo; tanto não contava com a O Sn. Rajialho: — ISem, continuarei.
maioria dos votoB a seu favor. Sr. presidente, eu disse que o meu contendor não tinha
a maioria de votos dos eleitores do 6° districto eleitoral de
O Sn. Ncmas Haveria mais sinceridade se disBesseqno
S. Paulo, a o provo.
não me apresentei candidato por nenhum circulo da minha
A commissão começou o «eu trabalho dizendo que as
deputados da provincia de S. Paulo
provincia, e os nobres 1
eleições no 6o districto da provincia de S. Paulo tlnhSo cor-
capazes de negar esta minha
que estão na casa não são pro- rido regularmente, â excepção da freguezia do Tatui, cuja
posição. eleição diz a commissão que não podia prevalecer.
O Sn. R*M4LBO: — o nobre deputado me accusa de não Começarei, Sr presidente, por observar os factos que se
ser sincero ! Não é parlamentar exta expressío. Eu prezo- freguezia de Botucatú, relativos a essa eleição.
pasBftrão na
me de ser sincero ; e o nobre deputado que me conhece As eleições de Botucatú não podem ser reconhecidas se-
desde a nossa infância, pois fizemos juntos os nossos estu- não dispensando-se as formalidades sub.-Uanoiaes da lei,
dos até a nossa formatura, conservando amizade intima e observadas naquella freguezia.
que não forão
estreita até certa época, e que sómente circumstancias poli- Manda alei que para a formação da mesa psrochial com-
ticas nos separárã", sem que houvessem offensas reciprocas, aquelle* elejão dous
pareção eleitores e supplentes, para quo
„ nobre deputado pertanto é competente para julgar da mesarios que os representem, e estes outros dous que igual-
166 DÉCIMA SÉTIMA SESSÃO PREPARATÓRIA EM 2 DE MAIO.

mente os representem. No entretanto aconteceu, Sr. presi- vida. A camara tom estatuido em todos os casos semelhantes
dente, que, não havendo comparecido ura supplente dos que, havendo excesso de numero de eleitores em relação aos
eleitores, se offiòiou ao 5° supplente do juiz rie paz, que em de 1852, principalmente no caso das freguezias creadas
seu oíücio, segundo consta da neta, declarou manhosamente depois de 1844, esse excesso seja eliminado.
que não compareceu; ó a mesma acta quem asa desta Se a camara tem assim procedido era todos os casos, te-
expressão, nho direito para ser julgado pela mesma regra, pela mesma
Esta expressão traduzida quer dizer que e-se supplente lei, não hei de eu estar sujeito a uma regra, e outro
porque
nem declarou que comparecia, nem que deixava de compa- ser julgado por lei diversa. Seria isto a maior injustiça.
recer; e por i.sso se nâo podia considerar escusa formal ou Aquella decisão do nobre presidente de S. Paulo funda-se
legitima <ie comparecimento. Logo devia ser esperado até » na falta de esclarecimentos, falta que refiro era virtude de
dia seguinte pelas 9 horas da maphãa. Mas assim não se documentos que tenho, e porque sei do que se tem passado
praticou; convidárâo-se outros que responderão que não em minha província. No entanto, como o nobre presidente
coinpareceriao. Quanto a s outros, não faço está na casa e cora a palavra, dará explicações sobre esse
questão, e a
razão é que devo ser sincero narrando os factos como se facto. Se fòrem tnes que legitimem esse augmento, ficarei
passárfio. . então satisfeito. Porém, se a explicação que der o nobre
Mas é certo
que quanto ao primeiro devia a mesa paro- presidente da província não demonstrar que esse augmento
chiai esf>ora-lo até ás 9 horas do dia seguinte.
proveio de uma razão conhecida e averiguada, e que por ixo
Diz a illustre coinmissão o não deva subsistir, terei então toda a razão de exigir que a
que era essencial, porque
supplente do camara delibere para comigo o mesmo que tem praticado
juiz de paz também o era dos eleitores, e que
não tendo comparecido como supplente dos eleitores não era para com os outros.
neces-iirio do juiz Tenho pois mostrado, Sr. presidente, que na freguezia de
que fosse convidado como supplente
d i paz. Botudatú houve um augraento indevido de eleitores, que
Sr. presidente, esse convite é uma formalidade legal; deve ser, segundo os precedentes da casa, cerceado; e sendo
portanto, embora o supplente do juiz de paz não tivesse cerceado, o meu contendor não pôde ter os votos quo se lhe
com parecido om o caracter de supplente de eleitores, o attribuem.
convite li :,o podia ser dispensado, porque alei não fizera Passarei agora A eleição de Tatuhy, quo a .nobre commis-
essa distineção; estabeleceu o convitd como formula coja são julga não poder subsistir, segundo as disposições da lei.
falta envolve nullidade. Sr. presidente, reunidos os votantes na igreja parochial
Era isto uma razão forte e valente
para se annullar a sob a presidência do juiz de paz competente, procedeu-^e á
eleição. Além deste facto, ainda invoco outro
que convém eleição da mesa com toda a regularidade. A nobre commis-
ser apreciado por esta camara. 3ão, examinando os documentos oíferecidos, tanto conheceu
Sr. presidente, a freguesia de Botucatú foi desmembrada assim o f-ecla-
que a mesa foi or<ranisada regularmente,que
da viliü de Itapetininga, hoje cidade. rou no seu parecer. Logo que a mesa so achou formada en-
O Sr. Niau\s: — Apoiado. trou no exercício das funeções para as ouses a lei a chama-
vs. Mas aconteceu qtie, depois de formada a mesa, suscitou-
O Sn. KvMALno: —A viUa de Itapetininga deu 21 elei- se uma duvida acerca da nomeação de dous mesarios; não
tores... obstante a sua insiguiticancin, e o ter sido apresentada para
O Sr. Kniii vs : — Apoiado. os trabalhos da mesa, o prosidente do cçllegio
perturbar
O Sr. lí i«w.no: — ... nas eleições que tiverJo lugar em eleitoral declarou que a duvida, sendo muito importante,
18<12 e em 181 í. Portanro, as duas freguezias reunidas de não podia ser decidida pela mesa, e quo por isso passava a
Itapetininga e Botucatú não podião dar mais de 21 eleitores. consultar o presidente da província, ficando no entanto
No eatanto acontece que nas eleições de 1852 Itapetininga snsperiEos i>s trabalhos eleitornes. Consultados os mesarios,
deu 18 eleitores, porqnno seu território tinha sido desmera- mostrárão que não havia razão alguma para se fazer senxe-
brado; mas a de botucatú deu 10 eleitores em 1852, haven- lhante cousa, o que portanto não concordavão com a inter-
do portanto um excesso de 7 entre as duas freguezias. rupção. Mas o presidente da meia; tenaz em seu proposito,
declarou quo os trabalhos estavão suspensos, e que ia offi-
Na occHsião da apuração dos votos para deputado obser- '
vou se essa circunstancia, e por essa razão o collegio tomou ciar ao presidente da província.
lim vista disto a mesa, depois de narrar lia acta todo o
tm separado os votos de l»otucatú.
No entanto, Sr. presidente, o occorrMo, mandou convidar o supplente immediato, o qual,
poder legislativo reconhe-
ceu tanto os 18 eleitores de Itapetininga, assim como os 10 sendo efíectivamente convidado, não c rapareceu. 0 mesmo
de Botucatú, e por essa deliberação ti rirão dando es duas se procedeu com os outros supplentes, menos com o :jo, por
freguezias o referido numero de eleitores. não estar no lugar; e achando-se presente o 4o tomou
Não contesto a validade desse numero; noto sómente assente e competentemente procedeu á eleição com toda a
que "regularidade.
Eis o facto como se passou.
procedendo-se á eleição em 1856 continuou Itapetininga a
dar 18 eleitores, como Sr. presidente, tanto a nobre commissão reconhece que a
podia dar, visto que a camara com-
eleição da mesa foi legal, que declara isto 110 seu parecer;
petente o tinha approva&ô; mas a fregnezia do Botucatú, em de paz,
ve: de dar os 10 eleitores e além disto ainda censura o comportamento do juiz
que tinbâo sido aporovados.deu 18. da mesa
Logo, houve um excesso reconhecendo implicitamente que o procedimento
que não pôde ser coutado ao meu uma espec.e <.e
coutendor, não tendo estivera em regra, não consentindo que por
portanto effectívãmente os votos que
P3 lhe attribuem. tnctica fossem suspensos os trabalho» eleitoraes.
Porém, Sr.
presidente, diz a commissão que e-'sc excesso Portanto, Sr. presidente, a eleição foi presidida pelo
não está hfíectado da nullidade supplento a quem competia, visto que os outros não compa-
que noto, porque foi deter-
minado por uma recSrão por não quererem, ou por outra qualquer razão,
portaria do Exm. presidente da província.
Direi ainda íirmando-se assim a competencia do euppleute que compa-
que, embora o presidente da província detei-
minasse
que Botucatú désse 18 eleitores, e não o numero da receu ao acto.
ultima eleição, a casa, e conseqüente Mas tenho ouvido dizer ás pessoas que se oppoem á vali-
para ser cohcrente
com sem actos, não dade da eleição de Tatuhy que esse 4" juiz de paz não era
púde reconhecê-lo. Era preciso que
houvesse uma razão deduzida da lei e^se numero o competente por ser o 5o votado-. Não ha uma ra/.ão mais
paia que
pudesse ser reconhecido. Man nenhuma razão houve para futil do que esta. O supplente que a eleição estava
presidio '-do c
isso, nem augmento de territorio nem outro
qualquer juramentado; o que lhe antecedia tinha sido condemi
«•stava cumprindo sentença
motivo. por crime de responsabilidade,
Eu mostrarei & câmara facto que deu lugar a que fosse juramentado pela camara
que o augraento de eleitores que
teve lugar naquella parochia deu-se em razão de ter o juiz muuicipal o immediato em votos que se achava em exercício.
de paz consultado a respeito do numero do eleitores que Logo, qual ó a razão que procedentemenj® se pôde allegar
devia dar, deixando entretanto de apresentar ao os contra a legitimidade desse supplente? Nenhuma.
governo
esclarecimentos que erão necessários; e Mas dizem que os outros supplentes não iorão convidados,
por isso o governo,
em faltu de esclarecimentos, respondeu-lhe; « Regule-se e se o forão não se esperou por elle* até 6s 9 horas do dia
seguinte. Em que disposição de lei se determina que os
pela qualificação. >
Ora, se o acto da presidência o que determinou foi que sa supplentes da mesa devão ser esperados
para presidencia
sendo avisados não com-
regulasse
pela qualin cação na falta de esclarecimentos, se- para a formação da mesa, quando
o que digo; um
gue-se que a camara não péde fiimar precedente» contrários parecem ? Tenlio documentos para provar
ao que tem estabelecido até hoje. Isto é livre de toda a du- officio de um dos supplentes que declarou que não compa-
DÉCIMA SÉTIMA SESSÃO PREPARATÓRIA EM 2 I)E MAIO. 107

<explica este fneto


recia, c a justificação julgacla por sentença que mostra não por uma rnv.íio sem que se tivesse em vista
1
documento algum que o provasse? Só pôde prejudicar a va-
estar o outro no lugar. Assim a mesa empregou todas as
lidade de uma eleição a falta de comparecimcnto de votan-
cautelas para que se não dissesse que nomeou um supplonte
tf» , provando-se
cid hoc, . que esse faeto se deu em conseqüência do
fraudes, de forças ou de outra
Portanto, &e não ha razão alguma contra a presidencia uo qualquer circumstnncia cri-
mesa de nainosu ; emquanto isto se não
juiz de paz que dirigio
os trabalhos da paroohial prova, a presumpção legal ,
lei, e não a presumpção de direito, é
Tatuhy, 6egue-se que esta eleição è conformo a que quem não compareceu:! elei-
camara, mormente ção quiz renunciar o seu direito de votar.
pôde deixar de ser reconhecida pela Assim, Sr. presidente, tenho mostrado com os factos
não apresenta nenhum outro
guando a nobre commissão quo
a eleição da freguezia de Tatuliy não tem irregularidade
deleito contra ella.
alguma; e que a mesma commissão reconhece implícita-
A nobre commissão apresenta uma circumstaneia ex-
mente que foi regular, porque reconhece a legitimidade
trinseca, pela qual pretende mostrar que esta eleição não da
organisaçao da mesa , e portanto a compefr-ncia delia
deve subsistir; diz que não tendo sido presidida pelo 1» juiz para
impedir que o juiz de paz presidente suspendesse os
de paz, mas sim pelo supplente, e que emquanto este se não traba-
lhos a seu arbitrio, visto que está subordinado á maioria,
apresentou, os votantes se retiiárão do lugar da eleição, o
110 caso que se trata , tendo a maioria da mesa delibera-lo
explicando-sa assim o numero de pessoas que deixárão de
concorrer para votar. que não se suspendessem os trabalhos, não podião ser sus-
mais que a própria commissão diz
Sr. presidente, respeito muito as luzes da nobre com mis- pensos , quanto que esse
são; mas nem por isso reconheço nessa razão o minirao juiz de paz procedeu mal, o que i um reconhecimento ex-
as elei- a mesa Ixm.
pe60, porque primeiramente na acta se declara que piessode que procedeu
Mostrei pois, Sr. presidente: 1», quão meu contendor não
ções se fizerão em acto successivo, c a nobre commissão não
tem o numero de votos que diz ter , porque não llic poúern
pôde desconhecer esta circum6tancia que consta da acta.
ser contados , segundo a lei, segundo os
precedentes da casa
O Sr. Tkineir* JiMon dá um aparte. muitas vezes repetidas , os votos
que são excedentes ao
0 Sr.. Kam ai.iio . — Comprehendo o pensamento do nobre numero de eleitores
que na eleição de 1852 deu a freguezia
membro da commissão; quer tirar destas minhas palavras a de Botucatií. Mostrei em 2» lugar a regularidade da eleição
consequeucia que não houve tempo para serem chamados os de Tatuhy. Portanto a esta
parte liada mais tenho a dizer ;
eu me reservo para responder a
outros supplentes. quaesquer argumentos que
por parte da commissão forem apresentados.
O Sr. Teixeira Jcntor : — Apoiado.
Passarei agora , Sr. presidfnte , á eleição secundaria
, e
O Sr. Ramauio : — Eu vou satisfazer ao nobre deputado. quanto a esta parte rogo encniecidamente íl camara quo me
Acto successivo não quer dizer acto immediato, silo cousas preste sua benigna attenção. Eu tenho do mostrar ,
quanto
differentes. (Apoiados.) á eleição secundaria, que ii nullo o collegio eleitoral
que deu
A mesa mandou convidar os supplentes, e esperou a sua votos áo meu contendor, e não ser reconhecido
que pi,do por
resposta; não comparecendo, convidou a outro; neste esta camara.
sentido é que digo acto successivo. Sr. presidente, no dia 2 do Dezembro , dia marcado
para
Portanto, Sr. presidente, a eleição continuou em acto a eleição , concorrerão os eleitores
que compõem o 6o dis-
tricto eleitoral da
successivo, a mesa não interrompeu os seus trabalhos; como provincia de S. Paulo, em numero de 6í>»
ao lugar designado
o juiz de paz abandonou o seu posto, mandou-se chamar para se fazer a eleição. O juiz do pa:- a
immediatamente o supplente, e logo que este compareceu e quem competia a presidencia do collegio tomou assento para
tomou assento, continuou o trabalho , c tudo isto , repito, proceder aos trabalhos eleitoraes. Foi nomeada a mesa , li-
foi em acto successivo. eando assim o collegio organisado , do
que lavrou-se a acta
Passarei a apreciar a circumstancia de todo o occorrido , a respeito da organisação do collegio,
_ que ha pouco men-
«ionei, isto é, a falta de votantes nesta eleição. Diz a com- depois do quo retirárão-se os eleitores para uo diajeguint#
de novo reunirem-se , afim de se
missão que este facto se explica em razão de ter-se levanta- proceder á verificação dos
<lo o juiz de paz da mesa, ter deixado o seu seus poderes.
posto , e que
por isso os votantes, persuadidos de que não havia mais Reunidos no dia seguinte, aprosentárão-se
pare*e'es que
eleição, se retirarão ; dahi quer a commissão deduzir que a forão lidos, e depois de discussão forão reconhecidos alguns
eleição foi feita de sorpresa , que a eleição não se fez com o eleitores pertencentes ao collegio, e outros não o forão,
por-
concurso de todos aquelles que devião concorrer a ella. Eu que o collegio muito prudente e legalmente deixou de ívco-
mostrarei á camara que esta supposição nhecer a validade da eleição de algumas fneguezias. V. Ex»'
parte de um falso
principio, de um presupposto inexacto. A eleição se fez om sabe que os collogios oleitoraes devem ser muito eecrupulc-
acto successivo ; os votantes sabião muito bem que a mesa sos Acerca da valida das eleições, e a razão é
porque p6.de
estava no teu posto para continuar os trabalhos ; por con- uma eleição viciada de urna freguezia prejudicar a eleição
scquencia , se alguns votantes se retirárão foi porque qui- total do collegio ; por isso ha o recurso da lei, mandando
zerão. Aliim de que não está provado que alguns votantes se que se tome em separado os votos daquelles eleitores que
retirárão ; os votantes podião faltar por causas muito dif- a uma eleição duvidosa. Assim procedeu o col-
egio. Mas 110 dia seguinte alguns eleitores
fiertencerom
ferentes. que não forão
Eu sempre julguei que quando um facto pôde ser expli- reconhecidos no collegio reunido no dia 2 , quando chegou
cado por causas diversas, não se occasião de votar-se, depois de preenchidas todas as forma-
pôde determinar uma dei-
Ias sem que se apresente uma lidados da lei, retirárão-se do collegio a pretexto de estarem
prova verdadeira, uma prova
muito forte , isto é Babido de todo o mundo. Ora , muitas em coacção , deixando um vago, sem facto algv.in
protesto
•atuas podião concorrer para faltar muitos votantes , sem especificado , e forão reunir-se 11a mesma igreja pata for
ser essa supposição que fez a commissão. mar outro collegio eleitoral.
Demais , Sr. presidente, todo o mundo Eu não entrarei nas particularidades da organis*u-ão do,
que tem trabalha-
do em eleições Babe muito bem que não concorrem á collegio do dia 2 do Dezembro, porque a commissão òispen -
paro-
chia todos os votantes ; sempre ha crescido numero de vo- sou-mo deste trabalho ; a commissão reconhece que o culle-
tantes que faltão ; lia muitos mesmo que não apparecem gio eleitoral reunido no dia 2 foi regularmeute organisado
nunca a essa eleição para eleitores. e installado ; eu chamo a attenção da casa para este topieo,
Considere-se também que uma eleição feita nesses luga- porque a declaração da commissão neste ponto é de muito
res não é como uma eleição feita no centro das povoaçòes , peso,...
cm uma cidade ou villa, em que todos os votantes estão reu- O Sr. Teixeira Jimor dá um aparte.
nidos em um mesmo ponto ; /¦ preciso que elles venhão de
lugares muito longínquos , muito distantes, o que nem to- O Sr. Raualho : — E' neste ponto que quero argumentar
dos podem fazer. AccreBce ao que acabo de dizer que nas com o nobre deputada. Sc o collegio foi organisado legai e
eleições primarias não ha uma obrigação legal de compare- regularmente , se appareceu esta entidade cieada pela lei
cer, não ha nessas eleições uma multa, assim como nas mu- chamada collegio , a quem a mesma lei dá o poder exclusivo
nicipaes , comparece a ellas quem muito bem quer : o que de eleger os deputados ; os mesmos eleitores reunidos não
não compareceu para exercer o seu direito de votar perde b&o outra cousa mais que a personificação, que a encarna-
crear para eleger
esse direito, nada mais soffre. ção dessa entidade moral que a loi manda
Se todas estas causas pois podem influir para o não com- os representantes da nação. Por isso estando reunido o eol
como é que te lia de ter \ida , ha d-
parccimento do crescido numero de votantes, legio , creada esta entidade moral,
JGS DÉCIMA SÉTIMA SESSÃO PREPARATÓRIA EM 2 DE MAIO.

permanecer emquanto pela lei não dever deixar de existir, rei tranquillo , qualquer
qne seja o resultado , reservando-
dando tim á sua missão. E' à mesma cousa que o embrião, me , porém , para responder a
quaesquer argumentos em
sua organisnção e .que a Providencia
que desde que toma a contrario ao que acabei de dizer, apresentados
pela nobre
communica um raio de sua intelligencia, dá-lhe vida. espi- commissão , algum de seus orgãos , ou
por por algum Sr.
rito e animação , fazendo apparecer o homem , lia de este deputado que ainda não se ulgue suficientemente l-sclare-
j
existir , lia de permanecer emquanto não fôr destruída a cido acerca deste negocio.
sua organização physica Assim também as entidades mo- O Sr. Rego Barros , obtendo a
palavra pela ordem
raes que existem no corpo collectivo hâo de existir, hão de communica, como orador da deputação
emquanto não forem dissolvidos que foi ao paço saber
' permanecer por alguns dos de S. M. a hora para a missa do Espirito Santo e a hora
meios que mande a lei. e lugar piira a abertura da assembléa
Portant'), Sr. presidente, é para mira fóra de duvida que geral. qúe tendo sido
ali introduzida a mesma deputação com as formalidades do
depois de installado o collegio , que a nobre cummisóão re- estylo, S. M. se dignou responder
conheceu que se orgauisou legalmente, teve elle existência que a missa seria no dia
seguinte ás 10 horas da manhãa, na capella imperial, e a
legal; e como depois da sua existencia lia de apparecer ou-
abertura da assemlláa á 1 hora da tarde
tra entidade que seja considerada também como legal? , no paço do se-
nado.
Quero ouvir o nobre membro da coromissão a este respeito ;
não ha disposição alguma legislativa O Sr. pRiosmii.NTE : —A resposta de S. M. o Imperador
que reconheça no mes-
mo circulo eleitoral duas entidades igualmente legues , re- é reaebida com muito especial agrado.
conhecidas pela lei. Se o collegio íoi organisad > legalmente, Continüa a di.-cussuo interrompida ; t<?m a palavra o Sr.
pôde o nobre deputado propor-se a mostrar quo houve algum Teixeira Junior.
v erro, que eommetteu algum abuso, mas não pôde provar que
O Sk. Teixeira Ji mor.—Sr.
antes de dissolver-se deixou de existir , ou que é possível a presidente, compellido pelo
dever inherente A ardua tarefa de membro da 7Ucommissão
existencia simultânea de um outro collegio também legal.
de poderes, eu me vejo forçado a oceupar
Assim, Sr. presidente, se o collegio reunido no dia 2 teve pela primeira vez
a attenção desta augusta cnmara fallaudo em uma matéria
existencia na lôrma da lei, não podia ser organisado outro
que já pela especialidade da sua natureza, e jíi pela difíí-
collegio. Istoé evidente , e se não basta o argumento que
culdade da sua solução, deve constituir-me necessária-
tenho apresentado, ainda tenho mais argumentos para mos-
mente em um duplicado embaraço. Esta critica posição tor-
trnr que o collegio reunido 110 dia 3 não pôde ser reconhe-
na-so ainda mais saliente desde que se attender ás circum-
cido legal, primeiramente porque tondo a cominissão reco
stancias especiaes em que me acho collocado.
nhecido a existencia legal do colk-gio reunido no dia 2 , e
De um lado eu vejo o meu illustre mestre, e distineto
tendo este collegio na verificação dos poderes do seus mera-
bros não reconhecido certos eleitores que presentes estive- juriseonsulto que guiou os meus primeiros estudos juridi-
cos, do outro eu. vejo um dos nomes mais distinetos entre
rão , discutirão as matérias « votftrão nellas, é evidente qu«
as nossas illustrações políticas; ambos merecendo-me i<mal
não podião tsies eleitores a?.8Ím julgados pelo collegio legal-
sympathia, igual consideração.
mente estabelecido constituir-se era outro collegio. A se-
E comquanto seja principio incontroverso
razão é que os eleitores que se separárão do collegio que o dever
exige a abnegação dos sentimentos os maiss gratos ao cora-
egal , e que perderão o direito de votar , estavão na impôs-
Íçunda
sibilidade de organisar um outro collegio ; porque manda a ção do homem, comtudo, Sr. presidente, é fóra de dmida
lei que os eleitores reunidos debaixo ca presidenci.i do juiz que a luta que estabelece entre eetes diversos sentimentos
deve necessariamente constituir uma posição vexatória
de paz façào a eleição da mesa, e que organisada esta proce- para
aquelle em que ella se der.
du-se á verificação dos poderes no dia seguinte.
Creio portanto que este raciocínio bastará para demons-
Ora, a verificação dos poderes não é um acto arbitrario, é
trar cjue ainda quando fosse possível a um membro da
um acto sujeito a formulas legaes , a formulas que não po-
commissão de obliterando o dever, tornar-se
dem ser preteridas sob pena de nullidade. Uma das condi- poderes, par-
ciai, ainda assim ser-me-hia impossível tratar da
questão
ções essenciaes para o reconhecimento dos poderes dos elei- com a menor parcialidade.
tores é a confrontação dos diplomas com as netas da eleição
Assim, pois, Sr. presidente, a 7a commissão do poderes, na
o livro das actas da eleição primaria estava no col-
apreciação da questão que ora se ventilla, procedendo com
egio.quese reunio 110 dia 2; como podia pois esse outro
Í.rimaria;
a mais acurada attenção, e estatuindo o mais severo exame
collegio verificar os poderes de seus membros ? Mesmo na
afim de analysar os menores incidentes do proçesso eleito-
acta que serve de diploma ao meu contendor não se fez men-
ral do 6» dietricto da província de S Paulo,
se verificárão esses poderes, disse ape- julgou cumprir
ção do modo por que uma tarefa ardua e diffidil,
,nas que se verificarão , e mais nada. porém honrosa, pórque ella
constituo a nobre e elevada missão do
Tenho pois mostrado com vários argumentos , e cada um julgador; missão
tanto mais , sublime quanto se refere á
delles concludente só por si, que o collegio do dia 3 nãe principal garantia
dos direitos políticos do cidadão ao exercício da soberania
pôde ser reconhecido, e Fe não pôde ser reuhecido. nenhum
do povo. *
voto pôde aproveitar ao meu contendor ; isto ó de intuição.
Entretanto, oííerecendo á consideração da camara o re-
Além disto, nccresco mais uma razão contra o collegio
sultado do seu trabalho, a commissão teve de experimen-
reunido no dia 3. Manda a lei que as actas dos collegios
tar o dissabor do ver divergente um dos seus membros,
cleitoraes í^ojão lançadas e escriptas no livro competente;
ora. o collegio do dia 3 não tinha o livro das actas onde es- que, conscio de umaopiniuão contraria, apresentou um voto
separado
cripturasse , resultando dahi que escreveu o que se passou
Todavia, Sr. presidente, se antes do apparecimento do
em um papel sem authenticidade alguma, quo nem consta
voto soparado, a commisão tinha a firme convicção da le-
dos archivofl pnblicos.
gitimidade das conclusões do seu parecer, esta convicção
Eu apresentei 4 commissão um documento, que é uma nrreigou-se ainda mais depois da sua apresentação,
porque,
certidão do secretario da camara municipal, pela qual cons- comu passarei a demonstrar á casa, o voto cm separado,
ta que 110 archivo da camara não existe a acta dessa eleição, baseando-se era oppostos ao allegado
jactos e provado, desço-
nem livro, nem cousa alguma a este respeito. Ora, Sr. pre- nhecendo a legitima apreciação de
quasi todas as circum-
sidente, pôde-te reconhecer como verdadeiro un\ titulo stanciasoccorridas, obrigou o seu nobre autor a trilhar uma
como este , viciosamente ( rganisado? senda estranha A razão e &
justiça, e apezar da sua boa von-
Primeiramente mostrei que, ainda mesmo ouando não se tade e esclarecida intelligencia, induzio-o em erro manifesto.
tratasse da legalidade da eleição secundaria , deixando esta Viciada
1 profundamente a sua apreciação, è evidente que o
de parte , nf.o conta ndo-se 03 votos con-
questão que o meu meu nobre collega não
podia deduzir nenhuma conclusão
^
tendor teve da freguesia de Botueatú em numero excedente legitima, uma vez
que se baseasse em taes princípios.
ao que esta freguesia deu no anno de 1852 (porque estes são
O Sr. X emas : — Apoiado.
os precedentes da casa, e eu estou muito certo que não estou
fóra da lei para ser julgado por uma regra diversa daquella O Sr. Teixeira Jc.xior :—Não cansarei a attenção du
a todos os outros), o meu contendor caBa acompanhando
que tem sido applicada pari passu todos so pontos da sua aprecia-
não teve a maioria , não tem os votos que julga ter. Ção, que manifestamente se oppõe á verdade dos factos, e
Em segundo lugar mostrei que a eleição é manifestamente que consta do seu voto separado ; apresentarei, porém,
nulla , não p6dj ser aceita ; e muito certo da illustraçSo da algumas
proposiçíes mais salientes afim de justificar n
camara , da sua pureza de intenções de fazer justiça sómen- minha asserção.
e a quem a tem, offereço estas razões á sua decisão, e fica- < Quanto á eleição secundaria
(diz o voto separado), exa-
PI\; PA^ATOUiA KM 2 W. MAIO. 1 W
DÜC.IMA SETIM V SESSÃO

Eis-oqui p< i* qual a coacção: não * r.\ uma ccwcvão d*


minando o abaixo assimilado os documentos que lhe forno
em minoria, porque en-
no dia nprazudo reunírao-se^ os parte d"s*a parcialidade que estava
presentes, observou que
< 1 :ito • tão seria is.-o inexplicável, não ha duvida; :• coaevão pon'\u
«leitores das fre«çtíezias de que se com põe o circulo
iamente nc
ral. em numero de 66. tB . . partio da ninharia da mesa. que excluio arbitrai
W> eleito- votar os 5 «-leitores de Paraná panema.
Nfeta n camara que, comquanto comparecessem
constou de <V7, e a rs*HO a carnara O Sn. Nkrias:—Apoiado; e nem quiz tomar em sopa-
res, o collegio com tudo
ter
a encontrara n > parecer «In maioria da oommissão. por rado os votos dcs-i s tleirores, sendo isto reque»id«» |>el«>s
de 1.1-
comparecido no dia 3 de Maio um elwtor daparochi« meus amidos, como cwnsta^mesmo do diploma do meu ud-
do nobre ca-
rauapanema ; isso consta do proprio diploma versario.
valheiro o Srí Dr. Ramalho. ... «/tarte*.)
o numero de eleito- (Cruzilo-se dirwtio-:
O voto (-VI separado, desconhecendo j
rou, eoutiurt i prl» i-e^uiote maneira, « eu |»-,V »; O >r. Tüim.ira Jimou*. — liastará. appcllar para o nòhre
esta circumstancia : « No djn s.-gumte cavalheiro o ^r. Dr Ramalho, que na expoaivtV» dos facto»
que note bem para
3 de Dezembro comparecerão todo* os eleitores,
etc ... A j deu com») uma circnmstaneia muito natural oiegiti»na que
maioria da mesa, assim como a commi»são.
Mprt-w.ntirão se tomassem os votos em separado.
seu» pareçere# áaerea do| diploma» do» eleitores presentes, Era isso uma obrigação imposta pela lei que o collegio
«dons messrios apresentárúo parecerem separado,
o sendo devia cumprir a respeito de tolos o« eleitores em cuja ve-
-
todo1* discutidos, forão approvados «óttieute os pureoere» da rifiesção houvesse questão ; mas a parcialidade representa
maioria da mesa e da commissão. v da peia inaioiia da mesa não se querendo conformar c»m r*
Não ha tal, Sr. presidente, forão approvadns tão fômonte. regras estabelecidas, e posterg«<ndo-as intoiramente, decidio
' algumas das conclusões do As de Paranapanema não tomas-
parecer d i maioria ; quanto previamente que os eleitores
outras, nem ao menos forão votadas !... som parto na votação sobre a wri'"cação dos pr»deres, ar.in
do que por esse meio pudesse vencer a sua exclusão ab»o-
O Sr. lUuuost : — Apoiado. luta, porque no caso contrario, eomprehonde ) . hx c a
O Tf.ixkiiu Jdnior : — A maioria da mesn tendo pro-
Sr. camara qne não haveria maioria para npprovar esta estra-
os votos <los eleitores nha decisão, visto que haveriúo 3õ votos contra 32. ^
po>to que f-e tomassem em separado
das paroehias de Sarapuhy, Itapeva, Botucatú e do ou- O proprio diploma do Sr. Dr. Ramalho narra circum-
trás.... stanetadamente este fucto« o nada deixa a desejar.
Como pois o meu illustre collega signatário do voto em
O Sr. Nf.bus: — De Paranapanema. separado p6do affirmar que re não dl" Iara o motivo dn coar:-
¦
O Sn. Trixctit* Jünior a mesa julgou-se cora o nr- Cão? Não des.-jo que subsista semelhante proposição, qu
bitrio de sujeitará vntaçiío «ímeute duna dei-sa» questões, não tem fundamento «lgnm : c cumpriu lo-mo provar que o
- as outras ; porquanto submetteu primeira- voto em separado desconheceu a vcidadodo-í factos, o p<<r
preterindo todas
mente A votação a questão relativa aos eleitores da Parana- isso núo deve prevalecer sobre as convicções da camara. eu
não consentindo que sobre eila votassem os me»- Vejo-me forçado a contrariar o meu nobre amigo e collega
panema,
mos eleitores; e por isso decidio-se por maioria» resulrante { com quem desejava estar de perfeito accordo.
da exclusão daquelles 5, que não c^citassem as suas cc(lutas. \ Veja-se poi.s que comquanto fosse geralmente sabido que
Km segnmdo lugar, oonsultando o collegio &e devia ou não a fr< ^ue/.ia de Paranapanema era conhecida pel > appellnlo
tomar cm separado os votos dos dons eleitores da paroohia de Caitfio Bonito, e tanto que na própria ns*embléa provin-^
do Botucatú, decidio-se pela afnrmiit.iva; e conformo seoon- ciai do S. Paulo foi cila tratada por es«a nome, quando fe
olue dn própria aeta, que serve do diploma ao nobre cava- discutio a sua elevação (i categoria de villa, todavia a mesa
1 beiro o Sr. Dr. Ramalho, nada mais se tratou sobre a ve- ] entendeu que era isso motivo para eliminar-se totalmente
ri ficarão dos eleitores, pois ella claramente especifica que os eleitores dessa freguezia.
nada móis havendo a tratar sobre tal assumpto, etc ...
O Sb. Nemas; — Porque so os tomasse cm separado u
E' portanto fóra de toda o. duvida que não f irão apprpva- !
camara os contaria a meu fivor.
das as conclusões do parecer ila maioria da mesa, como pre -
tende o meu iIlustre collega jio seu voto separado, w pelo j O Sa. Teímíir» Júnior : —Nesta questão, cm que não te-
da verdml»'*
contrario consta que não houve decisão alguma s^hre todas ; nho interesse algum além da demonstra-lo
<*om
as outras questões apresentadas ao collegio, quer pelos dous j talvez pareça, Sr. presidente, que, eu mo apresento
mesa rios escrutadores, que unidos ao presidente constitui- mais interesse do qne o exigo uma cau3a que nã-> me «*
de todos u/n
rão a maioria da mesa, quer pelos dous secretários que apre- pessoal ; mas é isso devido «os sentimentos que
fccntárüo voto separado. ) se epoderão quando reconhecemos uma lesão feita a qunl-
o*
Note porém n carnara que mesmo sobre estes dous pontos quer direito, quando vemos impunemente pôsterjiar-|p
a mesa não fez votar as conclusões aa coromissao, pois que princípios da razão e da jastiça para fnK'ir-»e triumphnr a
havendo ella proposto que se tomassem em separado os vo- violência^ (Apoiados.) E' esto a única razão por que eu tal-
tos dos eleitores do Capão Bonito de Paranapanenu. e qne vez mo mostre sobremaneira impressionado.

não se admittissem a votar os dous eleitores de Bouicatú, Un Sr. Depi.T/íoo : —Isto faz honra ao seu caracter.
decidio-se justamente o contrario sob a direcção da própria
O Sr. Teim.ir* ,Tumor: — Voltando & tliese que por r.r*
mesa, isto ts, que não fosse» admittidos a votar os eleitores
mo propuz a demonstrar, continuarei h apresentar, posto
de Paranapanema, e quu votassem em separado os dous do
os outros pontos cm que o voto
Botucatú. que mnito succiotamente.
separado descouheco a verdade dos facios....
O Sr. Ni. d ias : — Justamente, apoiado.
O Sn. L«»DDi.pno : —Qual é a verdade qn« o voto separa-
O Sr. Tm\kira Júnior:—Eu aproveito desde jã o en- do desconheceu? V Ex. devo prova-lo.
sejo para chamar a atteução da câmara para este ponto»
O Sb. Teixeira Jc.mor -. — ('raio que já o fiz pobre di-
alim de que reconheça quão abusivameute procedeu u maio- verbos factos, e acabei justamente de tratar do mais impor-
ria da mesa.
tante, c do qual nada diz o voto separado.
Continuando, diz o voto separado :
< Organisado e reconhecido assim o collegio eleitoral, so O Sr. Cruz Machado b outros Srs. Deputados Apoiado.

ceremonià reiteiosa, e depois do finda convidou O Sr. Teixkir* Johior: — O voto separado afíirnm que
pocedeu á
o presidente aos eleitores para darem seus votos; neste acto no collegio não bo deu motivo a^um para a separação
rios
-u
dous dos mesarioi e outros eleitores declar&rão que não con- eleitores, o qne os membros di-i lentes, entregando o s
tiounvão no co'legio porque se «chavão em coaoção, entre- nelle monção da natureza dnco»eção
protesto, não tizerão
gando ã mesa urn protesto
sem que nelle (note a carnara) se nem dos factos que a pudessem justificar. Entretanto n >
faça menção da natureza da coaoção, nem dos lactos que a protesto, exarado na «cia consta esso motivo, que por
certo
» ou violência allcgadi.
poseão justificar. justitica a coacção
A ooacção, como declarou a commissão no seu parecer, o pro-
O Sr. Landui.i>u» : — Queira ter a bondade de ler
resultou de ter-se excluído absolutamente de toda a pai ti-
testo.
cipação no eollegio aos 5 eleitores de Paranapanema, for-
mando-se assim no collegio uma maioria artificial, porque O cr. Teixkira .Júnior : — Vou sati -f.izer-lbe:
então ficariào 32 eleitores contra 30, visto que a maioria € Neste acto, o* dou» membroa da mesa d'*sideutos, .1
real era de 35 contra 32. - Joaquim Alvos Machado o Antonio Elias d í < arvulho, re-
9>)
TOMO I.
170 DÉCIMA SliTIMA SESSAU PREPARATÓRIA EM 2 DE MAIO.

tirando-se entregárão um protesto.... etc.... declatão que, tores pelo collegio, que, npreciando a sua legitimidade, re-
convenci!an da injustiça e violcnci* commetttías pela maio- solveu fossem tomados em separado os votos de 2 eleito-
i'Í:í .i-i it, )'•••!;*. c»»m os >re-'Ja ;c Nos.-a. res d. s 18 dados ;jor essa pur.chia; decidindo assim
que só
Senhora do Cu^fio Bonito de Paranapanema, privando-os de sobre esses 2 podia haver duvida, porque no caso contrario
votarem, até mesmo em separado, para descarte e iníquo o c.llegio teria tomado cm separado os votos dos outros 10.
manejo ficar em maioria u parcialidade representada pela Vê pois a casa que, apezar das allegiições que aqui acabão
minoria do collegio, protcstão contra semelhante arbi- de ser reproduzidas pelo nobre cavalheiro, o collegio eleito-
trio, etc > ral não tomou cm separado os votos de todos os eleitores da
Nwte, Sr. presitente, que isto diz o proprio diploma do freguezia de Botucatú, e apenas o fez a respeito de 2...
nol|r<' cavalheiro o Sr. !)r. Rumalho; e entretanto o voto
separado, desconhecendo factos desta ordem, allirma que O Sn. Nerias : — Será bom declarar qual fói a razão.
lio protesto se menciona a natureza da coacçào ou vio- O Sn. Teixeira Júnior: — As razões
por que o collegio
lencia! tomou em separado os votos desses eleitores, e
que constão
Eu continuo a ler a seta do parecer da commissão, forão as seguintes*,
que sorve de diploma ao nobre primeira-
cavalheiro o Sr. Dr. Ramalbo. mente foi
porque um delles tinha sido deinittido do lugar
Antes de proseguir devo observar á camara
que, tendo a de professor
publico que lhe dava 24015, e por conseqüência
com missão proposto em seu desses
parecer que os votos suppôz se arbitrariamente não ter a renda,
quando é evi-
eleitores fossem tomados era separado, a mesa consultou o dente esse indivíduo podia não estar adstricto única-
que
collegio se elles dévião ser excluídos de votar, indo assim além n>ntc ao lugar de
professor publico; e quanto ao outro,
do seu primeiro juízo... loi apenas impugnado
por não ter a sua residencia na pa-
rochia, sendo certo
O Sr. Rabulho : Está improvisando. que ahi e»tava qualificado, foi eleito e
tevH diploma som
que houvesse reclamação alguma.
O Sr. Teixeira Júnior: — Agradeço ao meu nobre mostro A commissão, apreciando minuciosamente ambas estas
e amigo o dizer-me que estou improvisando, pois que essa
questões, respondeu cabalmente no seu parecer, e
conrrariedade me dá occasião de provar que mesmo o nobre j por isso
julgo poder dispensar-me de prolongar a discussão repro-
cavalheiro ignora os pTÍncipaes Cactos e incidentes da sua
j duzindo o que já disse no nosso parecer.
própria eleição, por isso que se ass m não fora certamente j Vejamos porém o merecimento das razões allcgadas
não me honraria com esse aparte. * pelo
Sr. Dr. Ramalho ácerca da nullidade da eleição desta
pa-
Negou-se, Sr. presidente, que a commissão da mesa, ou rochia.
antes a maioria da mesa propuzesse unicamente em seu Primeiramente o fneto denüo ter-fe esperado
pelo 5o vo-
parecer que es votos dos eleitores de Paranapanema fossem tado na eleição do
juiz de paz até ás í) h ras do dia seguinte.
tomados em separado. A prova porém é tão fácil quão evi- Não tendo comparecido nenhum supplente, foi chamado o
dente. Eu vou ler o parecer: 5° votado na eleição de
« Quequat.ro dos diplomas apresentados referem-se á juizes de paz para este indicar os 2
mesa rios da turma dos supplentes; e segundo consta da
freguezia do Capão Bonito, de que não trata o decreto de acta parochial este cidadão escusou-se
12 de Setembro de
'856.
etc...., não podem por isso ter por escripto, á vista
do que entendeu a mesa que
devendo podia chamar successivamento
parte no collegio, ser oe seus votos tomados em o 5°, 6o, 7° e 8o, os quaes ou se escusárão
separado. » por escripto, ou
responderão não ter resposta os convites officiaes
Eis-ahi o que diz a commissão. I.ogo não estou improvi- que lhes
forão dirigidos; sem duvida estava bem evidenciado o
sando; quem falia é o diploma do nobre membro, apenas ;
proposito lirme de não tomarem parte na formação da mesa,
tenho o merecimento de o ler.
pelo que seria inútil, como observou a commissão em seu
Tendo demonstrado que o voto em separado não dá conta esperar o dia seguinte, tanto mais
do numero de eleitores exactamente, por isso que diz que
parecer, para que sendo
elles do numero de eleitores e supplentes convocados
são 66, sendo 67, parece-me que também demonstrei que para
formação da mesa havião deixado de comparecer.
ignora, visto que aflirma não allegar 6e o motivo pelo qual Accresce que a mesa fôra informada de
que havia plano
a maioria do collegio se dividio. O meu nobre collega con-
para difficultar a eleição e a regularidade exigida pela lei,
vidou-me a ler o protesto, e eu o satisfiz. e portanto parece evidente que, havendo a escusa do 5<> vo-
Como, pois, senhores, se pôde asseverar á camara que
tado, fosse ella manhosa ou não, era perder tempo demorar
não consta do protesto o motivo da coacçào? Parece me
os trabalhos por mais 24 horas.
claro que o voto em separado, desconhecondo assim a ver-
OrR, Sr. presidente, não é possível
dade dos factos, não pôde legitimar nem justificar as Buas que este simples facto
pudesse importar uma nullidade insanavel na eleição dessa
conclssOas. Era preciso que o seu nobro autor acompanhasse
arochia, quando se demonstra que nenhuma intenção
j/nrJ piusu os incidentes dnssa eleição; que o nobre deputado i: ouve de chamar adrede um indivíduo,
expuzesae e pois que se chamá-
julgasse todas essas circumstancias essenciais, rão succeBsivamente o 5», 6°, 7», 8o c até o 9», que já não
nliin de que a camara, conhecendo-as, pudesse das
julgar era preciso, visto como não comparecendo o fio podia a
suas conclusões. Mas á vista de uma exposição menos
própria mesa íazer a nomeação.
exacta, como justificar as suas conclusões?...
E* uma falta de formalidade, não ha duvida nenhuma, a
O Sr. Landulfo: — Está enganado; tudo isto ha de ter commissão não o desconhece, mas não pôde importar uma
a resposta quando me couber a palavra. nullidade, tanto mais quanto esees mesmos indivíduos já
— Lôa essa tinhão sido chamados como supplentes dos eleitores e não
0 Sr. Ni bias
(para o orador): parte do voto tinhão comparecido para n formação da mesa.
em separado.
A seguuda razão apresentada polo honrado cavalheiro
O Sr. Teixeira Júnior : —Vou ler. (Lé.) foi que & parochia de Botucatú, tendo dado em 1852 10
Sem insistir sobre este ponto, Sr. presidente, unicamente eleitores, não podia dar 18 na eleição de 1856. Examinemos
lançarei mão delle
pnra demonstrar & casa qu» se os elei- pois
esta matéria, posto que a commissão
já a explicasse
tores de Paranapanema não tivesBem tomado o arbítrio de largamente no seu parecer. 0 territorio aa
paiochia de
se separarem, separado, a
para funccionarem em collegio Botucatú pertencia á
parochia de Ttapetininga ainda depois
camara estaria agora impossibilitada de conhecer o voto da do anno de 1844;
posteriormente foi fraccionado esse terri-
maioria, e então teriamos um completo cháos, onde não torio em duas parochias, a de Itapetininga e a de Botucatú.
seria possível descobrir a verdade. Dando Itapetininga antes da divisão 21 eleitores, era claro
Parece portanto
que o procedimento daquelles cidadãos é que na conformidade da lei de 19 de Agosto de 1846 não
justificado pelas circumstancias em que se achárão. podião as duas parochias reunidas dar mais de
24 eleitores,
Tendo-me occupado ácerca do voto divergente do meu isto é, 21
que davão anteriormente e mais a quinta parte
nobre collega pela província da Bahia, passarei a tratar
que s8o 3.
agora do discurso que acaba de proferir o meu illu3tre Entretanto na eleição de 1852 Itapetininga deu 18 elei-
mestre e amigo combatendo o parecer da commissão em tores em lugar de 12, e Botucatú
que deviao competir-me,
diversos pontos. Primeiramente tratou da freguezia de por sua parte deu 10. Entrou em questão no collegio eleito-
Botucatú, em que a commissão entendeu não haver nulli- ral eleição, e b<;us votos
(em 1852) a legitimidade desta
dade. forão tomados em sepaiado, mas a camara dos Sr§. depu-
Sr. presidente, eu poderia começar chamando em apoio tados approvando as eleições sanccionou esse augmento
da commissão a opinião do proprio collegio
que elegeu o com a sua indifterenca; e ficou portanto a paroenia de
Sr. Dr. Eamalho,
porquanto forão reconhecidos esses elei- Itapetining* com 18 »leit«res e a de Botucatú c«m 10.
DÉCIMA SKTIMA SKSSAO PIUWAUATOIUA liM 2 I)K MAIO. 17i

Actualmente porém os votantes influentes da parochia de O mesmo Sr. Deputado dá outro aparte.
Botucatú pensárãoque tendo Itapetininga dado J8 eleitores O Sr. Teixeira Jiimor : — Parece-me que não fui com-
em 1852 e elles apenas 10, e h.H vendo tanta razào r ira não é de
prchendido por V. Ex ; digo que esta questão
aquelles darem este numero de eleitores, como elles para direito, porque, se fôra, o facto de ter sido a camara dos
augmentar os seus, mórmente tendo-se qualificado 722 deputados indifferente ao excesso commettido pelas paro-
1
votantes, entendêrão identidade de razão tinhào o chias não constituo direito, porque para isso era pieciso
que por
direito de augmentar os seus eleitores. Todavia, apezftr
que bouves&e algum acU» legislativo iev» gando a lei de
desta convicção, não quize.râo obrar arbitrariamente por 1846; a camara tem procedido apertas com equidade quando
conta própria, e tiverão a prudência de consultar o governo tem coysentido esse excesso de eleitores. (Apoiados )
de eleitores que devinodar. Não
provincial sobre o numero Ora, Sr. presidente, encarando a qui stão debaixo deste
se julgando pois autorizados por eate simples lacto apro- de vista, eu pergunto: como explicar-se esta indif-
çonto
ceder no augmento de seus eleitores, o juiz de paz officiou lerença da camara? Per que razão, embora a camara pus-
HO presidente da provincia consnltando-o h respeito, e a sada fosse indifferente a este excesso, esta camara não o
como consta da portaria de 11 de
presidencia entendeu, manda annullur? Se uma camara foi indifteiente, outra
Outubro de 1856, que a parochia devia dar 18 eleitores. pôde não o ser;
cada legislatura é competente pura julgar
Agora, Sr. presidente, pergunto eu: qual o motivo, ou ria legitimidade do processo eleitoral; ci mo pois explicar-so
tem levado a comam dosSrs deputados a este fucto? Não acho "Utia explicação a dar senão a equidade
qual a razno que
não annullar os excessoe de eleitores que fe têm provado e a boa fé; a convicção que tem a camara du que taes paro-
em algumas paroehias em relação aos annos de 3852 e chias forão levadas a íeproduzir este excesso por vO-lo já
1854? A razão tem sido entender a camara que havendo sanccionado anteriormente.
essa* paiocliias dado já anteriormente es.-» excesso de Ora, Sr. presidente, accresce para provar a boa fó da
eleitores, e tendo sido ello sanccionado pela indiflerença ella commetteu excesso, se
parochia de liotucatú aue, se
da3 camaras transadas, provava-se que não liavia mà f« errou, foi a isso induzida pela base que lhe ioi dada pela
da parte det-sas parochias tornando actualmente a commct-
presidencia da província.
ter este excesso, istoé, que não havia intenção de querer Assim pois, Sr. presidente, a commissão reconhecendo
predominar no collegio com esse excesso do numero de que a parochia de Rotucatú, tendo 702 votantes, estava no
eleitores, visto como ji anteriormente se tem dado este caso de dar os 18 eleitores, reconhecendo mais que a camara
excesso... dos deputados tinha anteriormente appiovado que Itapeti-
Um Sr. Deputado: — Pelo menos é illegal. ninga dósse 18 eleitores; e iiualmei.te attendendo que o
numero de 18
diz o contrario; e presidente da província tinha marcado o
O Sr. Teixeira Jemoh :— Ninguém eleitores, a commissâo não podia hesitar um só momento
apenas estou tratando da causa motriz do procedimento da
em reconhecer a legalidade desses eleitores, não só pela boa
camara dos Sr*, deputados. Neste intui to acabo de mostrar
fé em que elles se achavão. não só pela equidade com que
que essa razão é a convicção que se tem de que as parochias tem procedido a camara, corno muito principalmente por
commettendo esse excesso não o (izerfio para predominar haver o presidente da província marcado esse numero
lio collegio...
quando officialmente consultado pelo juiz de paz.
O Sr. GayiXo Peixoto: — A questão è de direito. E não ó possível eu deixe uesto lugar de defender ao
que
O Sr. Teixeira Júnior : — Este aparte cabia mais a outro illustre presidente da província do S Paulo, porque, con-
vencido do seu critério, estou certo que uma matéria desta
qualquer membro do que ao honrado deputado, porquanto
estando V. Ex. de aceordo com o illustre cavalheiro o ordem não podia deixar de ser examinada ctra toda a relle •
Sr. Dr Ramalho sobre a maneira de considerar procedentes xão; qualquer deliberação iueonsiderada em um assuxnpto
o» excessos do numero de eleitores, uma vez tão importante não podia ser desculparia.
que tenhão
sido eauccionados pela approvação dis camaras transadas, Sr. presidonte, cioso do precioso tempo da camara. não
não podia observar-me que a questão era de direito, occuparei a sua attenção por mais tempo sobre este ponto.
p^r
isso não ó possível que haja direito contra a disposição Pastarei á questão relativa d parochia de Tatuliy ; segunda
expressa e terininante do uma lei recebida e não revogada, parto da argumentação do nobre cavalheiio o Si. Dr. lia-
malho.
qual é a lei de 19 de Agosto de 1846. A questão neste caso
tem sido unicamente de equidade. (Apoiados.) A respeito da parochia de Tatuhy a commissao já no leu
l'or ventura a camara doa Srs. deputados votou a revoga- parecer apreciou circunstanciadamente todo» os f«ctos.
A mesa foi suspensa <•
ção dessa parte da lei que se refere ao numero de eleitores pelo juiz de paz para consultar pre-
sidente da provincia sobro uma questão que se tinha aven-
que devem dar as paroenias? E essa deliberação da cntnnra
mereceu a approvação do senado? E tinalinento foi cila tado ãcerca do sorteio dos membros da mosa que tinheo
sanceionada pi lo poder moderador? Não ; nada disto se faz, obtido igual votação.
Os rnesarios porém, não se conformando com a delibera-
nada houve. Se pois nada disso se fez, não está revogado o
art. 52 da citada lei; e se tal disposição não está revogada, ção do juiz de paz presidente, chamárào o 5° votado para
é evidente que o precedente das curai'ras deixando subsistir juiz de paz, ou 1° supplente, para que presidisse oa traba-
llios, o que se effectuou.
taes excessos de eleitores não pôde constituir direito para
11a aqui duas questões : a primeira <S saber se o» trabalhos
eesa3 purochias, que terão de cessar semelhante procedi-
mento no momento em que se iizer a applicação severa do interrompidos e até suspensos pe!o presidente" da mesa
urt. 52 da loi de 19 de Agosto de 184(5. podião continuar.

(lia diversos apartes.) 0 Sr. Ramalho: —Não houve interrupçflo.


Se não está revogada a lei, como
querei» que a camara 0 Sr. Teixeira Jimor : — Da acta consta que houve ;
sanccione o excesso de eleitores
que em reis ção íl base le«-n1 aqui a tenho.
»e dá na parochia de Itapetininga,
que, não podendo dar
mais de 12, deu 18, cujo numero se admitte só 0 Sr. 11 «muno: — Faça favor do a ler. A mesa assignou
porque a
saniara passada foi indifferente a esse augmento? Vê a acta da sua formação, e não aceitou a sua interrupyâo.
pois
o nolTH deputado que a questão não é do direito, e sim de O Sr. Teixeira Júnior: —Sim, senhor; mas para certi-
equidade, porque, se fosse de direito, o facto de ser a camara
ficar o facto que. houve a iuterrupção baata esta acta da sua
indifferente ao excesso commettido por esta parochia em
formação. (Apoiados.)
1852 não constituiria mais do que um precedente que a
nada nos obrigava,, porque a lei de 1846 não foi revogada O Sr. lí am ti iio : — Não, senhor; a mesa, que era a

nesta parte; outro nenhum motivo havia para deixarem de maioria, não conveio m-3sa interrupção.
annullar-se todos os excessos do eleitores, porque o íacto de O Sr. Teixeira Juisiob ; — E' verdade; mas o freto 6 que
ter sido indifferente a uma cair :>ra não pôde constituir a deppeito da vontade dos rnesarios o juiz de paz presidente
direitos; o direito resulta da lei, e a lei é contraria a este da mesa suspendeu os trabalhos.
arbitrio...
O S». Roni.no dã um aparte.
Uma voz : — A camara é poder legislativo.
O Sr. Teixeira Jlnior : — Quero ver, Sr. presidente, se
O Sr. Teixeira Jckior : — A camara á uma fracção do me é possível harmonisar coYn o meu illustre mestre e
a camara sem o senade amigo; « para isso vou dar entra redacçio à minha prepu-
que eu entendo por poder legislativo;
e o poder mederador nio i podei legislativo... si ção.
11-1. DKCIMA SBTIAJ.Y SESSÃO PUKPAIIATOKI \ KM 2 I)K JlAiO.

A maioria da mesa nHo concordai com a suspensão dos [ de votar 298. Isto consta da acta
parocliial do Tatuhy, o
trabalhos; mas o juiz de paz presidente da mo.t-H deu os ninguém o c»nte^ta.
trabalhos por suspensos, assim o de<Wou. < fiiciou «r# go- Portanto. Sr .presidente, este freto donão ter concorrido
vem© consultando-o, e retirou-se. Fui nestu acto votantes, um havtr motivo
que a i ü eleição senão um terço dos
maioria iia meta tomou o arbítrio de cht mar o 5o votado j para suppôr-se quo o hzessem por abstinência própria,
1
pura juiz de paz, afim de continuar o» trabalhos cjue tinhão parece auioris&r a proposição de que sft os outros dous terços
sido suspt »m>s. i não comparecerão foi por se terem suspendido o& trabalhos;
Lis o iacto tal qual se passou. Eu não cansarei a attenção *0 menos o
juiz de paz presidente da mesa parocliial assim
da casa demonstrando que não forao chamados os se explicou no oflicio da província,
juizes que dirjgio ao presidente
de paz immediatos ao que declarando: «
que desse fact>> resultou não comparecer a
presidira pr imiti vãmente a
assemblla parochial, pois que e;»sa irregularidade t-e acha votar senão uma terça-parte dos votantes,
por isso que se
cabalmente provada não só espalhou pela freguezia
pelos documentos que forão que a eleição ti cava. sus pensa em-
presentes á commjssão» e que consta o do parecer, como I quanto não houvesse decisão da presidência da província. >
ainda pela própria exposição do nobre cavalheiro o Sr. Dr. Ki-tejuizo é ainda continuado
por ter o 4°juizdepaz
Ramalho, da qual se conelue escusado-se de
que nenhum tempo
te deu preidír a mesa, declarando que não lhe
*os competia, não ió
para que pudessem ser chamados juizes immediatos. por haverem outros juiyes mais votados,
Admitcirei mesmo, como
por hypotliese, que elles estivessem porque estando suspensos os trabalhos da mesa paro-
todos impedidos, ainda assim em nenhum caso podia a chiai, não e'le ir continua-los sem que houvesse a
podia
c;eição s^-r i Oecisão solicitada da
presidida pelo 5° votado... presidência da província. E' claro
portanto que esta mesma convicção podia também ser a
O Sr. Rakauio: — Estava juramentado para o qua- • dos outros eidadaos
qualificados que deixârào de compa-
trlénni®. : recer a votar.

O Sr. Teixeira Junior : —Naàa importa isso. {Apoiado».) O Sr. Neiuak :—E mais ainda: esse mesmo
^ juiz de paz
A lei ó clara e termínanto. Eu chamo a attençüo da camara disíe positivamente: < Não vou tomar assento na mesa,
para a sua disposição. A lei n. 387, de 19 do Agosto de 1846, porque ainda não forão chamados cs mais votados do
estatuindo as condições dos presidentes das
juntas de qua- que eu. »
iiiici ção c das aftseuibléas purocliiai-s, determina
que sejãí)
O Sr. Teixeira Júnior : — Eu tenho ainda em apoio do
presididas pelo juiz de paz mais votado do districto da
matriz, esteja ou nao em txercício, esteja embora suspenso que acabo de dizer o proprio honrado cavalheiro o Sr. Dr.
líamullio, quando sobre a eleição de Botacatú sustentou
por acto do governo* ou por pronuncia em crime de respon«
habilidade. Na sua auteneia, falta ou muessibilidade que eJla devia ser enjiullada, porque os doua mesarioà da
phy-
turma dos supplentes não forão nomeados
fcii a ou moral, fará as suas vezes «> immodiato em votos. pelo 5° juiz do
Ora, é evidente que não poderia ser a assen bléa paro- paz, mas sim pelo 9.o Por conseguinte, se uma circuinstan-
cia tão em sua opinião constituir uma nulli-
filial presidida por um euppleiite, a lei não [rata pequena pôde
pcrquautp dade, quanto mais esta falta essencial
do juiz de paz em exercício, e sim doa quatro
juizes de paz que se dá, nu eleição
devem ter de Tatuhy, da qual acabo do fallar?
que chamados segundo a ordem da sua votação.
A me^a da parochia de Botara tu foi até mais longe do
(Apoiados.)
que devia. Lego que se tinhão recusado o 5<>, G®, 7" e 8o
O Sr. Cruz Mac hado : — Isso ó evidente, não ha cinco supplentes de
! ju;z d« paz podia ella mesmo exercer essa
juizes do paz. I luneção; e, delegando n« 9°, foi muito escrupulosa,.porque
O Sr. Tmxeiiu Jomob : — Ainda mais, Sr. ¦ nestas circumstancias ella era competente
presidente, o para fazer a
decreto ii. 1,812 de 23 do Agesto de 1856 deu rniina no ! designação. Este escrupulo porém serve
para demonstrar a
art. 17 quo o presidente da asseinbléa parocliial seja sub- evidencia que nenhuma intenção houve de chamar »e adrede
sti'uido pelo seu immediato em votos na eleição i um indivíduo certo e determinado, o
para juiz que não se da Acerca
• le ria eleição do Tatuhy, onde além de não convidar-ae os
paz, e quando estiverem impedidos todos os juizes do
distriito, sirão convocados os do districto mais vizinho. juizes de paz immediatos, ainda ;«e deu o 1'acto de chamar-se
um suppltnte,
(J poiados.) que em caso algum podia presidir a assem-
bléa parocliial, visto como na falta absoluta dos 4
O Su. L. A. Bariiosa : — Não pôde haver duvida. juizes
dtvia-ae recorrer aos do districto vizinho; e sobretudo o
(Cruzüo-se diversos apartes.) | resultado da eleição não foi a expressão da maioria.
Ponderou o illlistre cavalheiro
O Sr. Tkixeira Jukior : — Parece pois evidente
que em que havendo a commissão
reconhecido
c.:so algum
poderia a assemlléa parocliial ter presidida que o juiz de paz procedera mal, devia cen-
cluir-se que a mesa
por um dos supplentes. procedeu bem. Permitta porém o meu
illusrre mestre e amigo
Um Sr. Dípctado; — 0
, que eu desconheça a sua log;ca em
juiz dá paz a qaem competia semelhante proposição,
estava processado. | que torna-se inteiramente impro-
cedente desde que se atteude A propriiTfonte donde a con-
O Sr. Teixeira Júnior : — Estivesse ou não; a lei diz concJuio o honrado cavalheiro. Diz o parecer da commissâo:
positivamente que esteja embora suspenso por acto do go- « E' evidente que a simples duvida, aiiàs infundada,
verno, ou,de pronuncia em crime de responsabilidade. sobre o sorteio para decidir entre os que tiverão igual nu-
Quando pariím, Sr. piosidente, pudesse sub»i«tir alguma mero de vi>tos para mosarios, não podia ju>tihcur o proee-
duvida, temos ainda o decreto de 20 de Fevereiro de. 1847, i dimento do juiz de paz presidente da asbembl<*a parocliial,
expedido sob consulta do conselho de estado de 13 do mesmo
j que cumpria ser repiimido pelo governo provincial. Mas
mez, que explica positivamente que a lei determinando também é fôra de duvida que esse
quo procedinn uto não podia
fossem as p.stembléa* ter julgado pelos outroe mesarios,
paroohiaes preeldidas pelo juiz de paz , pi;rque não erão compe-
mais votado teve cm vista actcs tivessem tentes para delle conhecerem; e
quo taes como por isso obrárão irregular-
primeiro Jiscai aquelle que ? e achasse no gozo da maior mente, não só deliberando continuar os trabalhos
já sus-
contiança doa moradores do districto. pensos polo X® juiz de paz, seu presidente, como chamando
j
Pois. senhores, á vista de todas estas considerações é substitui lo ao õ° votado,
para que era incompetente em
, vista do art. 17 da lei
possível que o nobre cavalheiro persista no intento de querer já citada, muito principwlmente não
i sendo couvocados o 2° e 3°
provar A camara dos Srs. deputados que o primeiro sup- juizes de paz, como se prova de
documentos que forão
plente, porque estava em exercício, era o competente para j presentes á commissâo.
presidir a eJeição?. . E' tarefa impossível á sua alta intel- Ora, é evidente razão com
| que o reconhecimento da sem
ligencift, poin que a ella so oppoe a evidencia. I que procedeu o juiz de paz não pôde de modo algum auto-
Portanto, senhores, ó fóra de duvida que a eleição da risar a legitimidade do dos membros
procedimento irregular
da mesa.
parocliia de Tatuhy presidida illegalniente foi viciada no
lar to principal de, todo o seu processo.
0 S». Cmi IHciiaoo : — Apoiado.
Não abusarei pois da attenção da camara demonstrando
0 Sr. Nerias: — Ató o dos membros da
que essa eleição, tendo sido suspensa, e continuada sem procedimento
mesa foi ainda mais irregular do proprio prosidente.
aviso prévio, deu em resultado o não comparecimento dos que o
votantes,
por isso que «pena» compareceu a terça parte do 0 Sr. Teixeira Júnior: — Tratando da legitimidade de
numere dos votante» ilii parochia. Sendo 48H os cidadãos collegio da maioria Joaquim Octavio Nebia»,
que elegeu oSr.
qualificados, apenas so «prcFtíiiláião 139, deixando assim pretendeu o nobre cavalheiro o Sr. Dr. RamalUo impugnar
IHXIM-l SliTIMA SliSSAO PUMPAK A TOMA !-:M 2 DK SI A IO.

o seu res-Itado anterior do Vas<:om;i i.los : — Quando so tratou da eleição da


O Sn.
pelo facto do reconhecimento
primeiro collegio; mas, segundo o? i-fu» próprios principio», proviueia de S. Paulo , indicando-se diflerentea candidatos,
e claro que as entidade» moraes que subsistem nos corpos corieu o boato
que os amigos do Sr. Dr. Nebias pretendião
coilectÍMis não podom persistir desde qu«# tuas corpos se apresenta-lo
pelo 1<> districto, o da capital; mas fui depois
ufastào das conaições necessarias da sua existência; e por- informado por
pessoas da intimidade deste senhor que ha-
tanto dado oacto violento da maioria da mesa, que importa vião desistido desse
proposito , por circumstancias que não
a intracça© a míiis flagrante de taes condições, e realizada 6 opportuno referir ; disse se também
que tend* sido con-
a separação da maioria, o collegio du minoria cessou de sei trarias á candidatura do Sr. Nebias certas noticia» chega-
assim considerado perante u lei. das do 6® circulo, desistira-te de sua apresentação ali.
por
Seria apenas uma reunião tumultuaria, mas nao um Prexiim mente á eleição . porém , o Sr. barão de Tietóme
collegio eleitoral, pois que alem (lc existir a maioria cvnsli- declarou que o Sr. Dr. Nebias pleiteava a eleição
por Itape-
tuida separadamente accicscia ainda u facto do haver des- tillingn, segundo os desejos de seus amigos.
eonhosido as condições preacriptas á mui existência legal. Depois desta informação o Sr. Ramalho teve a bondade do
Tratou ainda o nobre cavalheiro d» pôr ora duvida a procurar-me e a delicadeza do manifestar-me igual preten-
verificação do» eleitores do collegio div maioria, mas olvi- çào por esse mesmo districto. Eu respondi-lhe que guarda-
dou-se que já esses eleitores ti d hão passado por uum rigo- ria perfeita neutralidade , visto que ali era apresentado o
rosa verificação, e que só depois de concluída ó que se deu h Sr. l)r. Nebias. O Sr. Dr. Ramalno dirá se estou enganado.
ma separação; accrescendo ainda que da acta que serve de
O Sr. Kamai.uo : — E* exacto.
diploma ao Sr. Dr. J. O. Nebias consta que o collegio da
maioria procedera a uma seguuda veril cação, como se não O Sn. Vascomillos;— Não s«i se no parecer da com-
tivesse havido a primeira. Efte processo acha-se fielmente missão , se no voto em separado , se censura uma decisão
narrado no parecer da cominissão, e por isso eu me dispeu- dada pelo previdente da provincia de S Paulo a respeito da
so de insistir nesta parto. competência do juiz de paz de Itapetininga..,.
Finalmente,
ponderou o nobre cavalheiro a faltado livro 0 Sn. Ramalho : — De Tatuhy.»
das actos, por meio do
qual o collegio da maioria pudesse O Sr. Vascomcellos :—...por ser official da guarda
authenticar a Bua reunião. A commist&o já. demonstrou no
nacional.
teu parecer que além desta falta e&tar prevista pelas ins-
A este respeito cumpre expor á camara que, tendo 6Ído
trucções de 28 de Julho de 1819, areresce que em nada póda
essa duvida anteriormente revivida, eu declarei igualmcn-
ella prejudicar a realidade da reunião e votação da maioria
te que não se dava incompatibilidade senão na acoumulação
dos eleitores constituída em collegio separado . porquanto
das funeções. E para maior solemnidade e garantia de
não é ella posta em duvida pelo próprio Sr. Dr. liamaiho.
acerto a essa decisão, trouxe-a ao conhecimento do Sr. mi-
Não desejo, Sr. presidente , abusar da benevola attenção
nistròdo império, que a confirmou.
da camara (talo apoiados) ,• e por isso sómente ponderarei
Tratou o Sr. Dr. Ramslho da illegalidade do numero de
que o collegio da maioria, embora anormal, foi uma neces- eleitores da fregúezia de Botucatrt, e disse quo a
sidade a que foi compellida a maioria dos eleitores pela presidencia
da província , contra a disposição da lei ou os
violência com que a mesa do primeiro collegio pretendeu precedentes
da casa, tinha marcado numero de eleitores superior ao
constituir em maioria a se achava repre- quo
parcialidade que
sentada pela minoria ; o que meio podia dai aquella parochia.
por ceito conseguiria p-^r A camara ouvio já a defesa deste acto hon-
da exclusão absoluta dos eleitores de Paianaparn ma , >e produzida pelo
rado membro da commissão de
aquelles não tomassem a deliberação de separarem-se para poderes que acaba de sen-
tar-se. Parece-me
evitar que a eleição não dósse um resultado contrario ao que foi completa; e eu accresceutarci
muito poucas
voto da maioria. palavra* para explicar porque essa fregúezia
dera 18 e não 10 eleitores. Quando me encarreguei da pre-
Receio, Sr. presidente, ter nbu«ado da attençào da cama-
sideneia da provincia de S. Paulo , um dos mens primeiros
ra (vão, não);
peço desculpa por me ter alongado taivez mais trabalhos foi enviar ao governo imperial as precisas infor-
do quedevCraem um a questão
que não me ó pessoal, e na qual mações para divisão daquella provincia ou districto» eleito-
não tenho outro interesse senão o da justiça. Em uma
ra<*s A secretaria da presidência estava de tal medo desti-
matéria de tanta
gravidade julguei do meu dever coadjuvar tuida de informações, quo tf> com muita dificuldade
pudo
quanto em mim coubesse os e?forço» da camara para des- cumprir o dever
cortinar a verdade. Desejo que sejão estigmatizados energi- que a lei em semelhante matéria impõe aos
c.Hineute todos os actos que tendem a iJludir as prescripções presidentes de províncias. Falta vão quasi absolutamente do-
cumentos estatísticos a respeito de eleições naquella
da lei, e que sendo alimentados pela impunidade . e quiçá provin-
cia. Fallo
perante alguns nobres deputados que têm admi-
pela rcalisação dos seus fins , promovem o descrédito das nistrado a do S. Paulo elles
mais sábias instituições , desconhecem os direitos os mais provincia , poderáõ contes-
tarme.
sagrados da sociedade. (Muito bt ml)
Apr< sentando«»e-roe um < fljeio do consulta do juiz de
Finaliso portanto , agradecendo a benevola attenção com
de que ella cm sua paz de Hotucatú , tratei de saber o numero de eleitores quo
que a camara se dignou ouvir-me , certo tinha dado a freguesia de Itapetininga , ou o quo poderia
sabedoria deliberará o que fôr de justiça , e que mfcié uma dar ; verinquei que o de 18. liotueatrt dera em 18.52 10
vez terá de gloriar-te do resultado do seu julgamento. eleitores , o pela qualificação da 1856 tinha direito de ele-
Qualquer poiéin que seja a sua decitã», restará sempre á
com missão a consciência de haver cumprido o seu dever. gor 18.
E porque a câmara dosSrs. deputados tinha approvado o
(Apoiado*. Mui lo bem! Muita bem l)
numero de 18 eleitores de Itapetininga, qn>¦ em rigor não
Vozes : —Votos, votos ! podia dar, fundando-me na letra do art. 56 da lei de 19 do
Agosto do ,1846, doliberoi que a fregúezia do Botucatu
O Sr. Presidente : — O Sr. Vasconcollos tem a
palavra; désse 18 eleitores.
mae desejo saber se falia contra ou a favor do O acto me parece justo , e a camara o avaliará tendo em
parecer.
0 Sn. Vasconcellos : —Desejo dar uma explicação. vista suas anteriores decisões.
E' digno de observação que Botucatü è uma localidade
O Sn. Presidente : — Tem a palavra. da provincia de S. Paulo para onde emigra constantemente
—Eu não a população mineira, é um dos pontos daquella provincia
O Sr. Vasco.nci u.os : pretendo, Sr. presidente,
envolver-mo nas questões que se tem voutilado a respeito da que mais progride , o onde a população tem mais consideru-
legalidade da eleição do ti0 districto da província de S. Paulo; velmento crescido....
ipus , tendo sido interpcllado por um nobre membro desta O Sr. Neuias : — Já se trata de dividir em varias fregue-
casa, não posso deixar de dar ligeiras explicações Acerca do zias.
facto sobre o qual esse honrado membro invoca o meu tos-
ü Sn. Vasconcullos :— Esta circumstancia, e a de que
temunho.
'^izia não existiuo suílicientes informações para contrariar o»
o Sr. Dr. Ramalho fljxe até certo tempo se ignorava
dados que a qualiticação offerecia, e a consideração de oue
na Kipital da província de Paulo ^uc o Sr. Dr. Nebias
do eíei-
fosse candidato de Itapetininga ; o Sr. Dr. para ser justo era preciso também cercear o numero
p^lo districto tores da parochia de Itapetininga, fez com que eu determi-
Nebias respondeu se apresentára candidato por
que elle não nasse o numero de 18 eleitores.
esse districto , c pedio o meu testemunho.
Parece-me que tenho explicado, quer um facto querontro,
O Sn. Nebias : — Por nenhum districto da província, Eu poderia aproveitar a occasiáo para entrar agora em die-
DÉCIMA SETIMA SESSÃO PREPARATÓRIA EM 2 DE MAIO.

cubsüo a respeito das eleições da província de S. Paulo ; po- que não fallando hoje não terá mais occasião de o fazer ,
deria inesmo servir-me da palavra para justificar-me das visto como tem de ser arredado da casa amanhãa ou depois;
accusações que a este respeito se me fizerüo na assem bléa é portanto conveniente que falle á camara e ao
paiz; o seu
}>rovincial; mas a lealdade do meu caracter pede que me li- discurso será impresso, o consequentemente os seusadver-
inite a estas explicações. (Apoiado».) sarios saberão daqui a dia3 quaes as razões em que se funda

O Sr. Presidente: — A hora está finda. para defender a legitimidade da sua eleição.
Eu, senhores, fui membro da commissão, e houve um pa-
Vozes : — Votos, votos ! recer em separado; não nem com a
julgo pois compatível
O Sr. Presidente : — Ha tres senhores ainda com a pa-* posição que desejo merecer nesta casa, nem com a dignida-
lavra. de delia , esta discussão corra de afogadilho , que se
que
sorprenda a camara uma vo-
O Sr. Augusto de Oliveira : — Eu provocando ou promovendo-se
peço a pr.lavra para tação quando ha tão muito
no caso dos nobres deputados não cederem pouca gente ua casa. (Apoiados;
que, , V. Ex. bem.)
propouha a prorogação da sessão.... Assim como o nobre deputado está satisfeito pela expli-
Um Sr. Deputado: — Esta cação que V. Ex. deu, deve consentir, tolerar
questão se acaba hoje. que se encete
O Sr. Augusto de Oliveira : — Pois bem , se não cedem a discussão Julguei necessário expender o meu pensamen-
to para que não se ficasse suppondo
eu peço o encerramento da discussão. que havia o propo&ito de
aproveitar-se o ensejo de conseguir , sem discussão esclare-
Consultada a camara, decide a favor do encerramento. cida, a approvução do
parecer apoiado por mim. Tenho dito.
Procede-se á votação do parecer, que é approvado em
O Sr. Atbaide : —Sr. presidente, com'o maior acaDha-
todas as suas
partes , ticando por consequencia prejudicado mento me levanto para submetter á consideração da casa as
o voto em separado.
razões que me levão a combater não só os
princípios , mas
O Sr. Presidente declara deputado pelo fio districto de também as conclusões do voto em separado.
S. Paulo o Sr. Joaquim Octavio Nebias , e supplente o Sr. Antes de entrar na matéria V. Ex. ha de
permittir quo
Fidencio Nepomuceno Prates. eu igualmente subinetta á consideração da camara o
quo
entendo a respeito do incidente que se deu , e que hoje tor-
O Sr. Salathiel requer a prorogação da sessão até às 4
na minha situação a mais critica e dolorosa.
horas da tarde.
O voto em separado foi assignado a 23 do mcz que findou,
O Sr. Martinho Campos : — Não sei se me é licito di- o parecer da conimissão foi impresso e distribuído na casa
zer alguma cousa a este respeito. a 28 desse mesmo mez , entretanto só hoje, só no ultimo dia
O Sr. Presidente : — Não senhor , vota-se 6em discus- e hora da sessão, se discute. Sendo esta, porém, a primeira
são. vez que tenho a honra de tomar assento na camara dos
Srs. deputados, em consequencia de um diploma cuja va-
Consultada a casa, approva-se a prorogação.
lidade julgo mui procedente e mui regulur , não tenho
ELEIÇÃO aquellas relações , nem aquelles merecimentos que sóem
DE MINAg-GERAES .
captar a benevolencia dos membros da camara ; não tenho,
districto.) digo, nem encontro a protecção e sympathias de que dis-
(19°
poera os quo já tiverão assento na passada legislatura ; não
Entra em discussão o parecer da commissão de admira pois que tendo sido
poderes protelada ou posta de parte a
com o voto era separado, relativos á eleição do Sr. Francisco discussão do parecer a respeito da validade da minha eleição,
do Asais Athaide. (Vide sessão de 29 de Abril.) muitas urgências se tenhão
pedido em faver de outros pare-
ceres sem duvida mais complicados , e de resolução difficil,
O Sr. Martiimho Campos : — Sr. presidente , o negocio
para se tratar da eleição de outros Srs. deputados que na
que se vai tratar a esta hora morta e cansada , bem que a realidade não estão nas rr.inhas tristes circumstancias , ou
casa esteja vazia , é um dos que mais grave o seriamente
que pelo menos não sofirerão em sua eleição a guerra , a
podem comprometter o credito da camara dos Srs. deputa- perseguição de que fui victima.
dos. De nada menos se trata do que de uma eleição em que
se diz que a torquez teve um grande papel. Não quererei dar Uma voz: — Tristes em que? São tão tristes como as
toda a importancia ás accusações que se fazem a esta elei- dos outros.
ção, mas a questão é muito grave, joga seguramente com o O Sr. Athaide:—Fallo a respeito de falta de relnçftes
credito da camara dos Srs. deputados. .. na casa, e mesmo da falta de alguma diligrtncia, actividade
|
O Sr. Presidente : — Mas o Sr. deputado j e boa vontade a que me parece que tenho direito, não por
pedio a palavra merecimentos mas porque de mui bom grado me
pela ordem. | pessoaes,
I tenho
prestado a dar todas as informações que me têm sido
O Sn. Martinho Campos: — Sim, senhor ; mas V. Ex* e mesmo explicações, com o
pedidas, todos os documentos,
ainda não sabe o
que eu quero concluir. Procuro os papeis tira de conseguir ao menos a discussão dos pareceres a res-
relativos á eleição de
que se trata ha quatro dias ; sò hon- peito da verificação dos meus poderes, e assim evitar-se o
tem á tarde é os
que pude receber ; são um volume adiamento para uma época em que eu talvez não pudesse
enorme.... dizer duas palavras nesta casa.
Um Sr. Deputado : — Pois o e voto separado O Sr. Baruosa dá um aparte que não podemos ouvir.
parecer já
estão impressos ha alguns dias.
O Sr. Atiuide : — O nobre deputado não ouvio o que eu
O Sr. Martinho Campos : —Eu desejo, Sr. presidente, disse a principio. Eu observei que o voto em separado foi
que
V. Ex. me dfl uma explicação; desejo
que V. Kx. me diga assignado a 23 do mez proximo tindo, e o parecer da com-
se esta discussão ir além da hora marcada a missão conjunctamente com aquelle forão impressos a 28
pôde para pro-
rogação,
porque eu pedirei esse volume enorme e passarei do mesmo mez ; e que
posto esta matéria fosso incluída na
a lê-lo. V. Ex verá até
quando se ha de diecutir , e se se primeira parte da ordem do dia, não tem, por motivos inde-
pôde votar cora a casa vazia. Desejo pois que V. Ex. me pendentes de minha vontade, podido entrar em discussão
diga se eu
posso tomar o tempo todo lendo este enorme até hoje.
in-folio. Senhores, tem-se resolvido e votado sobre eleições que, a
O Sr. Presidente : — Sem duvida alguma até ás 4 horas* principio, dizia-se ficarião para depois de constituída a ca-
mara ; tem-se tratado de a eleições em
O Sr. Martinho Campos: —Estou satisfeito, pareceres relativos
porque duplicata; entretanto não tendo nem
com toda a certeza não se ha de votar boje. que minha eleição,
contendo duplicata de especie alguma, fui o único
pois que
O Sr. Dias Vieira : — Eu acompanho o nobre orador qne eleito
pelo 190 districto eleitoral da província
de Minas, só
acaba de fallar no desejo em
que elle está de que a questão porque apresentão-se imaginarias e calculadas duvidas so-
que ora se discute não seja votada hoje.... ore a eleição de uma única freguesia do districto, tive de
esperar até hoje, e ainda assim embaraçar adis-
O Sr. Martinho Campos : — Nem discutida mesmo. procura-se
cussão, mais com o fim de do direito c|ue tenho
privar-se-mc
O Sr. Vieira Dias : —Acho porém razoavel amor òe discutir-se am-
que a discus- de fallar sobre a questão,
que por
s ão se encete,
para que possa tomar parte nella o deputado piamente.
eleito pelo 19o districto d# prsvinci* de Minn»-Ger»e«, Cora iito. t«ahor«8, quero dizer quo se não tillas ¦; hoje
por-
'2
UKCIMA SÉTIMA SESSÃO PREPARATÓRIA KM I)K MAIO. 175

não me reataria esperança alguma de fazer-me ouvir sobre A primci.a accusação


que fnzem á oleiçío de Arripiados
|
a eleição do Ubá; a minha eleição não po- | 6 não ter o
quero dizer que juiz de paz participado ao governo a interrtip-
dendo ser julgada objecto de complicações, espero que a I ção dos trabalhos. Isto consta de uma representação assig-
camara seja generosa ouvindo-me em uma hora já tão nada por diversos cidadão»* daquella freguezi&
(Ic a rrpre-
adiantada. E será esta a primeira vez que a casa proroga a sentoçao); entretanto, senhores, a
presidencia da província,
sessão consideração objectos importantes? enviando todos os documentos a respeito da eleição
para tomarem para
Seguudo o regimento da casa, a veriiicaçào de podei es não é servirem de base ao
processo por crimes imaginarios, cn-
I
sempre considerada objecto urgente, e que por sua impor- j viou igualmente o officio do
juiz de paz de Arripindos, da-
tancia e natureza deve ter uma solução prompta? Como, I tudo de 5 do Novembro. no
qual, participando a interrupção
esta questão paru ser tratada que houve dos trabalhos eleitoraes duquella paroehia, ao-
pois, se diz que guardou*sõ |
na ultima hora? | crescentou o seguinte:
Senhores, eu não tenho empenho em que seja encerrada « Nem era preciso que a presidencia enviasse
esse officio
^ discussão e votado o parecer nesta ou naquella hora, porque de sua resposta ao juiz do paz conhece-se que roce-
amanhãs ou em qualquer dia. bèra a participação por esta feita. Ora.
quando os donun-
Se o regimento da casa deve ser observado, se qualquer ciantes e testemunhas da chamada justificação são taes
que
numero de deputados é sufficiente para que se tome uma cliegão a negar um lacto reconhecido e confirmado
pela
decisão prorogando a hora, em atteução As considerações que tão favorável foi e continúa a ser pura el-
cumpre que a esse acto so não dê es, não sei que credito so possa dar As suas asserções sobre
Íiresidencia,
que venho de expender,
uma interpretação forçada. Se, porém, a casa em sua sa- outros factos inverosimeis, e só allegados com o fim de mau-
bcdoria julgasse que se devia vot«r esta questão ainda hoje, char a reputação alheia , e encobrir o despeito e vergonha
o que não desejo, semelhante decisão nem por isso dever- pela derrota. »
se-hia considerar illegitima. Devo aqui rectilicar ou protestar contra diversas falsida-
Não desejando consumir o tempo com objectos mais ou des flagrantes : 1«, a que tem por (im emprestar ao
juiz ao
menos alheios á matéria, passo a refutar cada uma das paz J. Ferreira Guimarães o desejo de protellar a conclusão
diversas razões em que se fundou o voto em separado; da eleição, falsidade tanto mais revoltante
quanto prova-se
mas nntes de o fazer, perinittão o» nobres deputados que eu por documentos que elle pretendeu continuar com a elei-
declare o acanhainento com que o faço, e a repugnância ção no mesmo dia, logo que oe espirito» se mostrárão acal-
vencer, e determinar- inados. (te o» iocummln*
que só o dever o a uecessidade podião ) Quo igualmente tem por fim
me a entrar na apreciação do parecer, escripto por um ho- dar o tumulto que teve lugar como
provocado por pessoa
mem tão illustrado como é o Sr. Torres-Homem. do lado do juiz de paz, quando dos documentos
que ha pou-
Sinto que elle não esteja presente, porque se estivesse, co li vê-se que o motim e tumulto começou em consequen-
talvez se convencesse de que essas falsidades,_ essas calum- cia das maneiras ousadas com que o votante Francisco An-
nias e juramentos falsos a que meus adversarios denominào tonio de Siillea arrastou ú força
para seu lado o votante
documentos e provas, só podem servir para attestar de quão- Manoel Basilio. quo estava junto do capitão David Ferreira
to é capaz o espirito de partido, a vingança e perversidade da Costa; entretanto que não só
por esteidocumentos, mas
dos homens quando guiados por paixões rancorosas. por comissões dos mesmos denunciantes, reconhece-se
que
Senhores, o nobre autor do voto em separado estudou Valladão, Salles, Antônio Peão, e outros do
grupo do meus
a questão sob diversos pontos de vista. Examinou todos oa implacaveis adversarios, forão os
provocadores, os únicos
documentos ofFerecidos por meus adversarios, senão inimi- que podião lucrar com a desordem. E note a camara que
gos. Vio e examinou os que apresentei & nobre commissào ; após este^ procedimento accus&rão o
juiz de paz peranto a
c só depois de meditar por muitos dias concluio que, se presidencia, de ijuo o seu único lim era protellar e arredar
todas as circumstancias reunidas não podião deixar de der- do cellegio os eleitores.
ramar vehementes suspeitas sobre a legalidade da eleição Em 3egundo lugar devo ponderar
quo sendo eabido de
do Arripiados, attendendo-se n que no meio das paixões ex- todos quanto convém que o
processo da eleição primaria
citadas pela luta eleitoral as provas testemunhaes perdem seja concluído a tempo dos eleitores comparecerem no col-
muito de seu valor ; e a que sendo por mim oflerecidos do- legio no dia designado, não admira
que, de conformidade
cumentos que, se fossom verdadeiros em seu conteildo, te- com todas as leis, instrwcções e avisos, o
juiz de paz con-
rião completamente destruído as accusações de fraude e tinuasse com a eleição no dia unnunciado o declarado antes
violência de que é accusada a eleição, força era concluir, do dispoisar-se a asseinblía, evitando a
prorogaçio dessa
pela impossibilidade de formar-se um juízo seguro e impar- interrupção
para a qual de sorte alguma concorrera.
ciai ácerca da questão, propondo o adiamento du decisão E se o i uiz do assim
paz procedendo era accuBado de
sobre a legalidade do meu diploma. Ora, se o Sr. Torres- que-
rcr protellar , o
que se diria se olle espprasse a resposta do
Homem, depois de um meditado exame, só encontrou ve- seu oflicio dirigido A
presidência ? Tendo Valladão retirado-
hementes suspeitas, devo concluir que, ainda na hypothese se occultamente, como
podia elle adivinhar esse fato? So
de não ter por minha parte exhihido documento algum, o Valladão, Spinola a outros confusão nesta denuncia
[tf),
adiamento proposto não devia ser approvado. porque im- que a eleição continuaria oito dias depois, se n 3» chamada
condemnação por tempo indefinido,
portando elle uma para teve lugar no dia 11, onde está a
precipitação do juiz do
esta não bastão vehemente3 suspeitas. paz, que era aliás accusado de não querer que a eleição te
Declarando o mesmo voto em separado que se os docu- concluísse?
mentos por mim apresentados fossem verdadeiros em seu Cumpro notar, penhores, que o juiz de
paz foi accusado
coute üdo, destruirião completamente as accusasões, se- a presidencia de Minns, não só como
grande protel-
gue-se mais que, se eu puder, por meio da analysc, de- ador, mas como querendo embaraçar a eleição, como
Íierante
monstrar que os meus documentos são verdadeiros em seu que-
rendo arredar os supposto*
providos em recurso; eis quo
fundo e fôrma, o adiamento, conforme o voto em separado, elle continúa com a eleição, eis que aceita as cédulas dos
não deve ser approvado. nove únicos providos que comparecOrâo, isto em virtude da
Senhores, tnl 6 a justiça da minha causa, tala incontes- lei, em virtude da resolução da maioria da mesa ; os meus
tavel regularidade da minha eleição, que depois de exami- adversarios mudão de rumo, e lançlo mão de accusações di-
nado esse volume immenso de pap«is intitulados documen- versas. Demais, na participação A presidenoia não declarou
tos, eó appa rocem vehementes suspeitas, mas não o proposito cm que estava ao continuar com a eleição desde
provas
capazes de obrigar a uma convicção ; e note-se que é isso o
que cessasse a desordem ?
não suspeito, um
que affirma um juiz juiz que não podia Se por ventura fôr sanecionado e estabelecido
deixar de ser oscrupulo»o na investigação dos factos. que aos
de paz não è licito continuar com
juizes qualquer eleição
Tudo quanto tenho soffrido, tudo quauto se allcga não interrompida, da qual tenlião dado
parte ao governo, qual
passa de perseguição.... será o resultado? Haverá eleição A camara quo
possivel?
avalio as conseqüências, e julgue Be o
O Sa. Martmho Cixros: — Não apoiado. juiz de paz devia es-
perar pela resposta do «eu officio.
0 Sa. Atuaide : —.... mas, como não basta só e simples- Todos os cidadãos deseja vão ver progredir a
mente a allegaçâo, nobres deputados que ^ pacíficos
peço aos queirão eleição ; mas tão mal intencionados estavão os meus adver-
ter a bondade de attender não sô aos argumentos, como sarios, que apenas a maioria da mesa tentou a continuação,
também á leitura que de diversos documentos passo a fazer rompera» de novo em vozerias, não
permittindo que o juiz
alguns dos quaes não só corroborão as minhas proposições de paz continuasse a eleição. Isto, senhores, consta da dita
mas revelão ns violências contra mim empregadas. inquirição feita perante o juiz de paz mais votado da Ire-
-2
1*6> niÍGIMA SÉTIMA SI5SSA0 PItEPAHATÒIÍIA FM flJi MAIO.

ççuczia, juiz que teria presidido á eleição se não adoecesse nobr« deputado mo dizia que o Sr.
Torr^-llomcin tinha
dias antes. vi*to todos os documentos, inclusive o original; < r.i, como
E, pois, o juiz de paz Ferreira Guimarães, que presidia os )rie dizem que o original foi enviado á
presidência pro-.
trabalhos da elerção» vio-se na necessidade indeclinável de vincia, e por esta camara, não duvidei, nem duvido di«so...
dar como procedente a interrupção, e retirando-se da igre- O Sr. Martinho Campos : — Apoiad^
a urna fechada, contendo as cédulas e listas,
ja, deixou
com as cautelas e precauções que constão da acta, e que Sr. Athaide : — ... e não só esse, como todos
_0 qne me
suo contrários, forão
os denunciantes não negão. uns exhibido» pelos meus a d ver.»» rios,
outros cojbgidos
Já se vê, pois, que sendo a 1°, a 2a, a 3a e a í# accusi- pela presidencia: só hoje os vj f-obre esta
mesa, o por isso não
ções inteiramente falsas, umas porque documentos da pro- posso dar noticia do original a que h<>.
refere. Vou ler á camara a certidão relat va ao edif:<1.
pria presidencia da província declarão o contrario, outras (Ij>)
A isto accrescontarei, senhores,
porque nttestados e depoimentos insuspeitos aflirmão «ou- que á vis-ta das occurreneias
e animo*idades aco/oçoadas
sas diversas, falsas devoni ser
presumidas as outras accusa- pela presidencia da província,
tudo quanto se
çfiis, ainda quando não houvesse priva. podia pensar e fazer a respeito das ele ções
naquelJíi freguezia em
Felizmente, porém, os itens desta justificação ompro prorapto recebia o maior gráo de
hendora tudo quanto consta da neta e realmente passou-se, publicidade.
o que eqüivale á'exclusão da? nllepiçftos. Qnajquer convocação, qualquer com parecimen to e reu-
nu.o nao
O turbulento partido em que Ariipiados se acha em mi- podião seroceultos. No arraial morão muitos dos
noria prometteu a alguém um t.riumpho que não tinha em qu«*tsignír8ç «» denunciase attestados. Segundo as nlle-
suas mãos, e dahi procede a cegueira com que as pessoas gaçoes dos meus adversarios, só um dos
grupos que entrá-
râo no arraial orçava
de que elle se compõe se prestão a tudo, mesmo a jurarem por cem homens; e como na igreja,
estiverão mais ou menos duzentos,
falso', comtanto que possão contar com a impunidade de pergunto, será possivel
tao numerosa reunião sem
seus crimes. que sede a maior publicidade
em tudo? 1
Emquanto os denunciantes, e o Sr. Hereulano, esperavão
Ora se a"nda na igreja, e logo depois da suspensão
e contavio com o triumpho, se vio a continuação da eleiçã i dr s
trabalhos, o j uiz de
pelo modo constante do offioio da presidencia. que
diz as- paz, de accordo com a maioria da mesa,
marcou o oitavo dia
sim: « Cumpre-lhe logo que este rec«ber, e independente para continuação da eleição; se os
de novas convocações, fazer continuar e concluir o proces- próprios denunciantes confessiio isso mesmo em suadenun-
cia; se do certificado sobro o conteúdo do edital consta
so eleitoral já começado, abstendo se do emprego de quaes- que
no dia 10 devia ter lugar a reunião da mesa; e re este facto
quer meio3 que tendão a protella-lo. > Como o resultado da
tanto existe, diz o nobre deputado ter noticia do origi-
eleição, porém, não Correspondeu As vistas da presidencia, e que
nal,'o que se ;-egue? Segue-se
dos seus instrumentos, accusão como crime, corno nullida- que houve muita publicidade,
de da eleição, aquillo que pedirão, eque a presidencia rnan- O certificado unicamente contém o facto; aqui
(moslran-
da) não vem a integra ; eu
dára ! procurei obtè-la, como jã disse,
mas disserào-me
Eis aqui a opinião da presidencia. quo esçe original fazia parte dos docu-
mentos adversos; e só agora sei
O Sr. Martuniio Campos dá um aparte. que tem duvida ou emenda
na data; os denunciantes são cnpazes de tudo e
para tudo.
O Atiimde : —Estimarei que o nobre deputado possa
Sr. Já vê a camara
que o juiz dc paz esgotou todos os meios do
couvcncer-me de que a presidencia estava em erro, que não publicidade, e que sendo este o grande ponto da questão,
devia mandar continuar com a eleição. nao pode, pelo
que f.oa dito e provado, prestar-se aos desejos
Já vêm os nobre» deputados que em consequencia dos dos denunciantes. E com effeito, reuniudo-se a mesa
no
tumultos e desordem que se manifestárão no dia 4. o juiz de dia >0, e funccionando eífectivameute a 11, 12 e
13, ruão
a^uspemão do» trabalhos, luz houve oi-sa falta, esse segredo
paz dando como procedente que os meus adversarios
um edital inarcando oíto dias depois para a continuação da querer) achar.
eleição, isto é. o dia 10. Como podia hav-r duvida sobre a
(II a vario« apartes.)
inclusão ou não inclusão do dia 4 ? O edital designou para
Então o nobre deputado duvida até das próprias
a reunião da mesa o dia 10, mas note-se quo só principiou palavras
ro dia 11. do presidente?
a 3° chamada

O Martinho Campos : —V. Ex. faz-me o favor de dar


Sr. O Sr. Martinho Campos: — Não, eu mostrarei outra;
o do edital? Tenho precisão do original, porque
original honra e louvores ao Sr. Hereulano Ferreira Peiana, que
sei que tam a data emendada. moralidade da eleição.
propugnou pela
O Sr. Atüaidf. : — 0 nobre deputado disso-mo ha pott- O í>R. Atiuioe ! — Sim, que acoroçoou a impunidade,
approvou as calumnias e animosidades, des-
cas horas que tinha ouvido o Sr. Dr Torres Homem.... qu«-> açulou e
pachando c ordenando que se fizesse tudo quanto e*sa fac-
0 Sn. Martinho Campos : — E' invenção, não disse tal
cousa. ção desejava e pedia, que resuscitou «ssa porção de luzias
em favor de um candidato de aíilhadagem, como provarei
O Sr. Atuai de : —Mas V. Ex. disse aqui na mesa, que daqui a pouco.
um Sr. deputado tinha visto esse editsl entre os papeis re- Outra allegação dos meus adversarios consiste em dizer
mettidos pela presidencia de Minas, e eu entendi que se re- do paz não chamou os outros dous mesarios
que o juiz
feria ao Sr. Torres-Homem. adversos.
'O
Sr. Martinho Campos : —Se o nobro deputado e o O Sr- Martinho Campos : — Apoiado.
Sr. piesidenta me dão licença explicarei....
O Sr. Athaide: — Consta da acta, e eu invoco o te»te-
O Sr. P»t81 rente : — Se o nobre deputado consente, pôde munho do V. Ex. {rollmdc-te para o Sr. pmidente), visto
explicar. como examinou todas as acta» e documentos, tanto os con-
O Sn. Athaidf. : — Não sei, nem vi o edital original. trarios,como os em meu favor
(apoiados); não lerei a acta,
Quando procurei obter uma certidão
do mesmo dissorão-me porque é muito longa, e não desejo fatigar b attenção dos
fora alixado. Pedi nobres deputados; mas se o nobre deputado
que já não existia no lugar em que quizer...
então um certificado de que fora afixado, o do seu con- 0 Sr. Martinho Campos :—Desejo muito que o nobre
texto substancial; o (5 o que o nobre deputado diz quo não deputado faça tudo
quanto puder, comtanto que a discussão
lhe serve. continue.
Tenho ouvido dizer que o edital original foi enviado, e
Srs. deputados ainda nao O Sr. Athaide : — Só para isso !... Não importa, lerei o
que alguns já o virão; eu porém
tive essa fortuna; e como todos esses papeis estiverão corri a principal. (Lê.) Note-se que a acta está assignada por todos
os membros da mesa, e ó a mesma de
commissão, pareceu-me. ouvir ao nobre deputado dizer o que a sua maioria
Eptretanto estimarei a explicação. que se compôz sem contestação alguma no dia 2 de No-
que já referi. vembro.
O Sr. Martinho Campos : — Eu disse que tinha informa- Já vê portanto que primeiramente o juiz de paz mandou
muito peso, edital
ções que me jnerecião que o original do o escrivão da subdelegacia chamar o mesario Valladão, e
tem uma data errada, que por isso uma certidão que o como certificasse que elle tinha partido para Ouro Preto,
flobre deputado me offercceu não me servia. está claro seu coraparecimento
que não era possivel para
O Sr. Aibaide: — Então gntendi mal, entendi quo o auxiliar os trabalhos da mesa.
DÉCIMA SÉTIMA SESSÃO PREPARATÓRIA EM 2 DE MAIO. 177

O Sr. Martimio Campos : — Seria se a mesa se existião ali dous clavicularios e as competentes chaves
possível
reunisse 110 dia marcado. Dizem arrombárão a urna. O que significa arrombamento?
A destruição dos obstáculos physicos por meio da força e
O Sr. Athaide : — O dia marcado foi o 10, consta da aeta violência. Por ventura houve neste caso a violência e aes-
e da certidão que li do edital. Se o mesmo Valladão decla- truição que se dão no arrombamento? Tirou-se apenas a
rou que a eleição continuaria dahi a oito dias, aqui está na fechadura da urna, e eu não sei que por outro modo se
Ouro-Preto, nem constituir-se
queixa, não devia ir para pudesse chegar ao livro, rol e cédulas.
derião
estafeta e conductor de assignaturas era branco, que Outra allegação colorir n má fé com que tratão de
servir no Ouro-Preto para o que quizessem. para
nulliticar uma eleiçío mui liquida, e por sua natureza
—Honra lhe seja feita por xelar
O Sr. Martikho Campos : incontestável, ú que o partido da opposiçüo, denominai!,
os interesses do seu município. luzíd, ou como íor e quizerem, triumphou sempre naquella
—Da parte delle não houve senão inteira freguezia, e pois que não podia perder agora.
O Sr. Athaide :
má fé- ausentou-se porque entendeu que occultando ou (//a um apat te.)
levando comsigo a chave da urna não terião progredido o» empregue? Foi e <5 Luzia.
Que denominação quer que
trabalhos, ficando todos e a mesma eleição A mercê desse
manejo. Uma voz : —Não conheço ali ninguém que o seja.

O Sr. Martimio Caiipos : — Não apoiado, havia tempo de O Sr. Athaide: —Eu infelizmente conheço-os. Elles de-
mais. nominárão-se opposicionistas nas representações que diri-
da província, forão o são Luzias, mas
O Sr. Athaide: —Outra arguição contra a validade da girão ao presidente
taes que estão á disposição seja de quem fúr. comtanto
eleição da freguezia de Arripiados consiste em dizer-se que
o um ou outro emprego
o juiz de paz devia admittir os 80 chamados providos; mas, que se lhes garanta a vingança
mesmo de policia.
senhores, se forão admittidos os únicos que comparecerão,
Em ltí3(i fui eleito juiz de paz e eloitor pela parochia do
que culpa tem o jniz dc paz por não terem comparecido
Arequipa; a mesma honra obtive em 1840, em 1812 e 1819;
mais alguns? Admittido este principio, desde que não
depois iiquei pertencendo a outra parochia. Ora, não tendo
comparecerem todos os qualificados, segue-se a nullidade
eu sido ató hoje outra cousa senão saquarema, ou conser-
da eleição; e como não me consta que eleição alguma se
vador, como querem hoje, tendo eu sido o mais votado,
tenha feito com todos os qualificados, segue-se igualmente
eleitos comigo todos os da minha parcialidade política, uão
ue não lia eleição valida. Nada mai3 fácil do que allegar-se,
compreliendo como se possa fallar em triumplios do partido
3o que querer-se absurdos, para cliegar-se a certos íins.
luzia sempre e sempre, naquella freguezia. Venceu em
O Sr. Maitinho Campos: —Quantas mais informações o 1811. porque as suas violências forão taes, que para serem
nobre deputado der, em maior obrigação me constituirá. repellidos seria preciso lançar mâo de vias do facto; ora,
O Sr. Athaide : — Será servido. sendo isso menos digno de n6s, aconselhei aos meus corre-
votarmos, e de facto tiío
Outra accusação consiste em dizer-se que a chamada íôra ligionarios que era melhor não
feita por uma lista que não a original. Manoel Ignacio votámos. Dando-se por essa occasião o escandaloso facto da
Valladão, que figura neste negocio, já donunciando, já haverem eleitores, mas não supplcntes.

attestando, como o maior inimigo, praticando todas as Se além disto na passada legislatura fui eleito presidente
especies de excessos... da camara por 1,570 votos, eleição que não soíTreu a menor
contestação, e para a qual concorrerão as pessoas mais gra-
O Sr, Martinuo Campos : — Por credito delle.
das daquclla freguezia, e que estão na posse de incontestável
O Sr. Athaide: — Não na minha opinião, embora o Sr. influencia, como ó que esse partido tão depressa teria meios
deputado assim pense. em Setembro?
para vencer? Porque não venceu
O Sr. Martimio Campos : — Eu não o conheço senão por A hora está muito adiantada, e pois devo restringir-mo

esta questão; mas a sua conducta è a de um cidadão zeloso á narração do certos factos que explicão a perseguição feita
a mim e a meus amigos. Primeiramente farei menção das
dos seus direitos e dos de seus concidãos.
diversas apresentações do candidatos, e dahi concluir-se-ha
O Sr. Athaide : —E' um instrumento do ambições alheias. se a minha candidatura é ou não natural naquelle districto.
Eu peço ao nobre deputado que não me interrompa com os Sinto que não esteja presente o Sr. Dr. 1/>do para conttr-
seus apartes, se é que não tem por fim consumir de propo- mar ou negar o que vou dizer. Esse senhor foi o primeiro
sito o tempo que me resta. candidato que se apresentou naquelle districto, dizendo ti
O Sr. Presidente :— O nobre deputado terá a palavra algumas pesâoas que tinha sido para isso convidado; estou
que sim.
quando lhe competir, e poderá tomar parte na discussão;
mas não devo interromper o orador. Uma voz : — Não sei a que vem isso.

O Sr. Athaide : — Como dizia, a outra arguição consiste O Sr. Athaide : — Vem muito a proposito; tenho neces-
em dizer-se que se fez a 3a chamada por uma lista não sidade de mostrar que a minha candidatura não foi uma
original. Eisaqui a liste original, escripta toda ella por imposição, ao contrario, mui natural.
Manoel Ignacio Valladão; elle era membro da mesa quando O Sr. Dr. Lobo percorreu todo o districto; mas enten-
se procedeu á Ia e 2* chamada; fez este rol á proporção dendo-secom as pessoas mui gradas e influentes do termo
que votavão os qualificados, escrevendo os nomes dos que de Ubá, lha disserão com toda a franqueza que não podião
não comparecOrão. votar nellc, comquanto reconhecessem as suas bellaB qua-
Este rol ficou dentro da urna com as cédulas e livro das lidades, pois que adoptavão por seu eandidato o Athaide.
actas, e só no dia 11 servio para a 3° chamada; os nomes Mas quando o Sr. Lobo chegou a esse lugar já tinha per-
dos que não acudirão forão lançados na acta. Somroem-se corrido as freguesias do Presidio, de Sapé, do Muriahé o
estes com os 105 que votárão por ultimo, e mais 412
que Gloria, nas quaes, para melhor resultado conseguir, não
tiuhão votado na 1" e 2", e reconhecer-se-ha a impossibilidade duvidou fazer promessas taes que, obtendo a adliesão da
de uma lista que não fosse a própria. Quando se concluio a Pereira do Valle,. juiz de paz da parochia da Gloria, em
2° chamada, tanto as cédulas como os papeis e o livro das meu inimigo.
prompto se tornou
actas forão guaidados na urna, e só depois que a mesa se E, uma vez que menciono esse nome, cumpro-me decla-
installou foi possível tirar esse mesmo rol, para por elle rar que elle a os da sua parcialidade dizião a quem queria
fazer-se a 3° chamada. Ora, na urna existião 412 cédulas, ouvi-los que esses requerimentos, representações ou de-
os mesmos nomes não podião ter incluídos na lista ou rol nuncias, que t>':m por fim antes injuriar-m» quo allegar seus
frenetico; forão recebidas mais 105 direitos, erão da penna do Sr. Dr. Lobo, o quo mo custa a
por um adversário
cédulas, o dos que não votarão na 3n chamada seus nomes acreditar, bem quo n'uma época de decepções não haja nada
constão da acta; os que votárão nesta sao 103, e se somma- impossivel e admiravel.
dos todos estes com os que forão arrancados para o Anta,
«m virtude de uma portaria arbitraria, eqüivalem á quali- O Sr. Bezerra Cavalcanti : —O Sr. Lobo tem um ca-

ficação, como concluir-se que a 3ft chamada foi feita por racter muito honrado.
uma lista
que
não a original? O Sr. Athaide :—Refiro-me ao que dizora aquellei lio-j
Sr. presidente, se não estavão presentes todos os membros mens, embora não acredite.
da mesa, se era
preciso dar-se
uma providencia qualquer O Sr. Dr. Lobo, á vista dos desenganos leaes e fraireo*,
se havia de fazer, se não retirou a sua candidatura. Passado a'gum tempo, porém,
para que houvesse eleição, o que

TOMO I. 23
178 DÉCIMA SÉTIMA SESSÃO PREPAilATOlUA EM 2 DE MAIO.

apresentáião-se como candidatos o Sr. Dr. Paula Cândido, sabe quo estou fallando sob dolorosas impressões,
esperando
o Sr. Dr. Firmino Rodrigues Silva, c o Sr. conselheiro a hora, o minuto em
que devo calar-me ; porque sabo quo a
Antão, creando-me assim novas difficuldades. Ante» disto camara , estando fatigada, attenção
devo fazer uma declaração; eu não me impuz; 80 contrario,
pouca prestaria ao quo
so dissesse fóra da matéria ; mas eu desafio ao nobre
depu-
dirigindo »ma carta ao Sr. marquez de Paraná, manifestei tado para a tribuna universal, c nella o convencerei de
minfia intenção, meus desejos, sem lazer disso questão. que
as eleições vencidas sómente
por meio da protecção-do go-
verno,
Uma voz : — Teve resposta delle? por meio da força, da violência e imposturas, não
são eleições.
O Sn. Atmaide : — Se a tivesse não a publicaria; mas é
certo que S. Ex. apresentou minha carta ao Sr. Paula Can- O Sr. Marti.mio Campos : — Nunca fui empregado
publi-
dido, Begundo disse este senhor no Ubá. co, nunca exerci autoridade.
Constando-me depois que o Sr. Paula Cândido definitiva- O Sr. Athaide : — O meu competidor
parece ser da me»-
mente se apresentava candidato, dirigi uma carta ao Sr. ma escola. Tenho aqui uma
carta dirigida pelo Sr. Paula
llerculano , nos termos seguintes. Cândido a um amigo meu,
(Lê.) Assim na ultima por eUa se reconhecerá o modo
hora eu declarava ao
governo que se tinha algum candidato pelo qual se pôde conseguir essa votação,
que, segundo um
que pertencesse ao meu credo político não tinha duvida em artigo assignado Sr. Firmino Rodrigues Silva , muitos
polo
retirar a minha candidatura. trabalhos , afllicçõcs, rogativas
e esforços inauditos custâ»
Usa voz : —Faz-me o favor de tornar a ler? rao ao mesmo Sr. Firmino
para conseguir sobretudo que os
eieitotes da Piranga dessem os seus
0 Sr. Athaide : — Nã® sou relogio de repetição ; se o votos ao Sr. Paula Can-
dido. Mas ainda aósim ouça a camara em nome de
nobre deputado quizesse ouvir-me, teria prestado a attenção quem, e
por que meios foi conseguida essa votação. (Lê o seguinte).
que por vezes tenho reclamado. « Meu amigo e Sr. capitão. — Ubá,,
28 de Novembro de
voz : — Estou 1856. — Não ha muitas horas
Uma prestando toda a attenção. que despachei o Pereira, le-
vando a alguns amigos a noticia de haver
O Sr., Atüaide : —Nãojmostra. emftm o governo
Appioximando-se a eleição aos seus termos, ainda assim geral e provincial tomado formal interesse por mim nesta
eleição. Esta noticia me foi dada minha familia. Mas
o presidente nada respondeu a essa abertura que lhe fiz , por
chegou logo depois uma parada trazendo a demissão de
abertura, não filha do temor de perseguições desse presiden-
te, pois que não tenho crimes, c respeito as léis, mas promotor ao Athaide, e mandando-o processar, e os exces-
porque sos de Arripiados , Tombos, Gloria e Sapê, assim como ou-
leceiava que os meus amigos fossem victimas das
persegui- tras medidas. Entendi
ções. Daquelle modo, senhores , tinha eu posto á disposição que devia, como amigo fiel, preveni-
lo destes successos 'sua
do presidente a opportunidadee declaração tanto mais franca , e recordar-me á amizade. Meus
respeitos á familia. Amigo o mais obrigado. — Francisco
e sincera, quando em particular já tinha declarado todo
de Paula Cândido. »
meu pensamento.
Por e.-sa tempo declarei também ao Sr. llerculano que Outra carta:
«_Meu caro amigo. — Como eu lhe havia
necessitava de 3 mezcs de licença, mas
que desejava antes predicto, che-
a minha demissão do lugar de promotor da comarca de Mu- gárão ainda a tempo as ordens e declarações do governo, em
verdade mais fortes ainda do
riahé , porque , sendo candidato , se losse eleito não teria que.eu esperava. O ministro
da justiça mandou declarar ao
tempo
para
exercer as funcçõcs daquelle emprego, visto
que presidente da provincia que
me seria necessário estudar as necessidades da a minha candidatura envolvia o compromisso ministerial ,
província e
e quo a procurasse
do distr'ct'j que ine nomeasse ; se não fosse eleito estava promover por todos os meios reaes. Che-
resolvido a deixar a vida aetiva» e só contribuir gou também pela mesma occasião a demissão de promotor
para os ne-
gocios públicos com o meu voto , nada mais. publico ao Athaide , e ordem para o juiz de direito mandar
S. Ex. r,egou-rae a demissão, ponderando-me que naquel- processar os actos illegacs e arbitrarios de Airipiados. O
meu amigo por si só vale uma votação, e eu conto com sua
la occasião o meu pedido poderia parecer uma hostilidade
amizade. Amigo muito obrigado. — Paula Cândido. »
do governo. Então solicitei c insisti nos tre3 mezes de li-
Eis aqui, meus senhores, donde se deriva a naturalidade
cença, que me concedeu.
e espontaneidade dos votos a favor da candidatura do meu
Estava eu no gozo dossa licença, quando, approximando-
adversario! Se elle era candidato natural, não
se a época e o dia da eleição secundaria, a presidencia en- precisava do
tendeu que devia romper comigo, e então recebi a minha emprego destes meios , e se estes meios forão os únicos ca-
demissão , acto que cabia sem duvida nas attribuiçüos da pazes de arrancar a votação com que figura na acta , deve-
se concluir que não era aceito como candidato natural do
presidencia, mas quo não devia ser precedido e acompanha-
circulo,
do de tanto e tão calculado estrondo. O presidente da que abstrahidos tnes meios não conseguiria cinco
pro- votos sequer.
vincia de Minas expedio a minha demissão
por uma parada
e dirigio não só ao delegado do districto de Ubá , cujo O Sn. Martiiniio Campos dá um aparte.
por
intermedio me foi apresentada a communicação da secreta-
O Sn. Atiiude : — Conheço
ria da presidencia , mas também ao Dr. de direito ? que todogi os candidatos erão
juiz da dignos da honra que procuravão obter; ainda mais, conhe-
comarca , que reside no Mar de llespaoha,
poi intermedio
do qual recebi a mesma communicação no dia da eleição. ço que em merecimentos sou inferior a esses senhores ;
e não duvido fazer esta declaração, porque não sou vaidoso;
Eis-aqui, senhores (mostrando), a licença e as communi-
mas também devo ponderar que a vontade do districto 6
cações..
Se eú não inspirava confiança para que concodeu-me a que eu seja o representante delle de preferencia ao Sr. Pau-
_ la Cândido, embora a protecção e meios de que dispõe ; ist®
licença? poique não aceitou minha demissão ? Se commetti
é que me parece fóra da questão,
faltas , se a presidencia suspeitou que da minha porque desenvolvendo ella
parte hou- todos os meios do acção , todos recursos da força e violen-
ve complicidade ou excessos quo a lei
qualifica como de- cia, das calumnias, tendo
lictos , por si o governo, o delegado da
porque não esperou pela acção srdinaria da mesma
lei ? policia , a força da dedicação do Sr. Firmino , a contempo-
risaçao do Sr. conselheiro Antão
A licença ó de 26 de Julho de 1856 , c a communicação , e a inconsciencia dos
mcu3 adversarios, ainda assim nada conseguio^
da secretaria é de 22 de Novembro, vésperas
justamente da
eleição ; a communicação ao O Sr. Martlmio Campos : — Não apoiado,
juiz de direito da comarca <5
igualmente do mesmo dia 22.... O Sr. Atüaide : — Muito apoiado devia dizer: o nobre
O Sr.. Maktisiio —Deveria deputado não sabe destas cousas
Campos*. ter sido dada al- , não vê senão pelo lado de
antes. suas conveniências
guns dias , não ouve senão aos meus adversarios ,
a esses
O Sn. Atüaide : — São os principios do nobre deputado ; que procurao não convencer , mas por força de ca-
lumnias arredar-me desta casa.
compressão , perseguição , são os meios de vencer ; talvez
ache que as eleições só devem ser feitas com violência, com- O Sr. MÀrtinho Campos dá um aparte.
tanto que sejão no seu sentido. Sinto
que o nobre deputado o Sr. An. ai de : — Diz o nobre deputado
que estude os
mostre-se pouco generoso para comigo, sinto não continuar autos ; esses autos, senhores
, só contem misérias, desgra-
com assento na casa durante a verificação dos meus
pode- Ças , vergonha! Fico corrido de pejo quando imagino que
res , e
que não se permitta a todo e qualquer candidato ter homens em
quem outr'ora depositei alguma confiança se
um lugar discutir e fazer valer seus direitos. animassem a trazer ao corpo legislativo esse imbroglio, esse
para
O Sr. deputado guardou-se para esta occasião, como informe e desprezível
porque processo de provas. ^
DÉCIMA SÉTIMA SESSÃO PREPARATÓRIA EM 2 DE MAIO. J79
O Sr. Martiihio Campos : - - Não apoiado, senhora ; em cONtradicção, cm
guerra, combatírãó-sè até o
O Sr. Athaide : — Ouça momento da liga monstro
nobre deputado ; senhores, ; mas concordando todos depois
em guerrear-me
qnem são os denunciantes ? São os proprios interessados, por todos os meiose com todas as armas for
necidas pela '
aquelles que soffrèrãn a derrota , aquelles que não puderão presidencia, (ui e continüo a ser victima da
conseguir a maioria real dos votantes ; são os homens a<711- mais msupportavol
perseguição, apoiada e dirigida pelo Sr.
lados llerculano. Já v6 a camara tm
pelos ambiciosos, e acoroçoados pela presidencia e que apuros mo havia de
suas promessas de impunidade. achar, tendo de combater o Sr. Paula
Cândido, o Sr. Firmi-
no , e ainda o Sr. Antão
; tendo de combater os luziat do
O Sr. Martiinho Campos dá um aparte. Presidio e do Sapf; tendo de lutar
contra a defecção havida
O Sr. Atii vmir : —Não mo interrompa o nobre deputado' no partido saquarema da freguezia da
Piranga ; tendo ain-
a sua generosidade ? Não foi o da de combater a acção do delegado
para quando quer guardar do policia, hoje meu
nobre deputado que pedio a leitura desses papeis, sómente inimig0 capital só porquo foi derrotado na
eleição primaria
para consumir-me o tempo? o porque promessas e dadivas do Sr. Paula
Cândido puderãò
muito em seu espirito. 1
O Sr. Maktimio Campos dá um aparte. O Sr. Paula Cândido ,
çorém , quando queria consocuir
O Sr. Atoai i>k: — Estimarei que assim o faça. Mas , se- votos para si, como ia dizendo, e arredar os outros
, exrri-
nhores, os donunciantes são os mesmos que passárão attes- mia-se como se vê deita carta de 28 cie Outubro
: < o „uc
tado , como se o facto de assignarem uma demissão contra me parece certo é que o firmino, descnrjanadn
, abandonou o
mim constituísse uma prova, o facto de passarem uin at- circulo, e que o Anttio provavelmente. sen ao com certeza
, fas
testado em separado constituísse outra prova. Permitta a mesmo. > Eis-aqui a lealdade cjiie lmvia entro ellesl
En-
camara que diga qnc a immoralidade desses homens chegou tretanto,
poucas horas depois, fui victima do todos.
ao ponto desses mesmos que denunciárfio, Meus senhores, tudo isto é nada A vista do documento
que süo queixo- que
sos ou requerentes , são aquelles mesmos passo a ler ; ó uma carta do Sr. Josó lvodrigue9 Duarte, do
quo servirão de
íittestadores para a justificação. Francisco José de Miranda official de
gabinete da presidencia da provincia de Minas,
Costa é denunciante , o passador e assignatario do attesta- seu commensal,muito intimo secretario de facto
do governo
do, e ainda mais, ó o daquella provincia,
juiz da justificação. Valladão, o viga- parente, « não sei que mais do Sr
rio , Bittancourt, Catta-Preta , Spinola e outros, são ao Herculano ; esta carta ,
que foi conduzida. como diz o Sr"
mesmo tempo denunciantes, testemunhas e attestadores aula Cândido,
por uma parada, c5 dirigida ao chefe arvorado
nesse processo monstro ! Leião e verão. pela presidencia, a uma das notabilidades do
partido luzia
Eu sinto levar tanto tempo á camara ; desejava , como existente em UbA ; e é datada de 10 de Novembro
de 1856
disse, que t*lla admittisse em seu seio cada um dos candida- publicada e dada a ler aos eleitores desde o dia 25 até o da
tos para defender a sua causa, embora não occupassem as eleição :
mesmas cadeiras, porquo sem isto n camara ouvindo fallar « Meu caro.—Ouro-Preto, 19 de Novembrodel85'i —Ilon-
em autos, em documentos , nessa álluvião de cousas incon-
lluas cartas. "ma
je,Ve por intermédio de agentes
cebiveis, nesse resumo de testemunhas c
juizes que ao mes- do Dr. p.cr'":!
firmino,
que, atlentas as circumstancias, è hoje o
mo tempo são partes denunciantes nesses vergonhosos fei- nosso único candidato, o outra
tos, que só provão de quanto são capazes a miséria e a cor- pelo proprio quo trouxe o
rupção humana, a camara, digo,
pôde ser arrastada a uma « Nuo estando na Piranga o Firmino,
liz hontem um
decisão injusta.
proprio para esta villa escrevendo a D. Elisa, mulher do -
Aqui está a_denuncia_ dirigida á
presidencia, o que esta mesmo, e hoje torno a escrever.
mandou ao juiz de direito
para proceder contra os denun- * Sei que o Dr. Antão,
ciados, e quo o juiz de direito enviou ao delegado do termo que para alii partio, lm do iicar
muito descontento, e talvez aconselhe
do Ubá para proceder na fôrma da lei. Entre os denuncian- procedimento diverso
do quo aconselho; o Paula Cândido lia do também dar
o
tes apparecem o vigario , Spinola
, Valladão , Januario , cavaco ; mas na desgraçada conjunetura em
r rancisco Antonio de Salles que nos vemos,
(autor do tumulto) que deu o sendo o Firmino o único com mais segurança
occasião á suspensão dos trabalhos eleitoraes que pódo o
; e note-se, se- facilidade arranjar os votos da Piranga,
nhores, Francisco Josó de Miranda Costa, porque havemos de
que mais adianto hesitar ? E domais, o nosso
procedimento nos habilita para
está assignado n'um attestado , mais adiante foi juiz nomear o supplentc,
que
inquirindo testemunhas e quo eu insto para que seja José Pedro
julgando, que marcou o dia 30 do Carvalho,
comparecimento porque se o Firmino saliir eleito por Pouso
para do accusado Ferreira Guimarães , o Alegre, como
parece possivel, teremos o José Pedro 11a ca-
qual só foi citado no mesmo dia 30 , porquanto residindo mara, o nos 6 de summa vantagem.
cinco léguas distante do Arraial onde foi feita a inquirição que
« Conjuro-te,
portanto, o aos nossos amigos, para senão
não podia comparecer a cila no mesmo dia da citação! Que- afastarem do
plano quo dou, único quo póuc salvar-nos, c
ro com isto mostrar que este único denunciante , este mos- não se fiem em conselhos de
pessoas esquentadas e mal
mo attestador Miranda Costa, é um juiz incompetente, juiz avisadas, porque essas
podem abysmar-uos.
suspeito e corrupto, para quem não ha Deos nem lei, para « Quanto 4 eleição da camara... »
quem não ha nem significão cousa alguma os preceitos do
Ausimas vozes Isso agora tem pouco
pudor e da justiça. alaance parn a
Tenho aqui outra carta do Sr. Paula Cândido, datada de sua eleição.
28 do Novembro de 1856.
{Lê.) São rogativas dirigidas a O Sn. Athaide liem. « Adeos.
diversos eleitores de Arripiados Visitas aos nossos.
, como a camara vê ; até —Teu amigo do coração.—José fíodrigues Duarte.
essa data o Sr. Paula Cândido não os considerava »
nullos, Ora, já vê a camara
sua eleição era regular ; mas como não lhe quo desta carta resultão as seguintes
derão seus votos,'
como nuo anplaudirão minha demissão, como não se conclusões : ou a presidencia da Bcrvio-se do Sr.
provincia
curvá- Paula Cândido como instrumento, como objecto ostensivo
rao 4 vontade e manejos dos meus adversaiios, o
Sr. Paula
Cândido é hoje o primeiro a considera-los nullos para justificar ante o ministério as violências contra mim
e irresru- empregadas, e então o Sr. Paula Cândido era victima de
lares. I em razão. e
uma vil traição; ou então o secretario da
E' admirável, porém, que nestas cartas o Sr. Paula Can- provincia, o ofii-
ciai do gabinete da presidencia, o homem
dido nada dissesse por sua conta. Tudo era feito em nome que represonta ao .
menos a vontade do Sr. llerculano, estava atraiçoando ao
da administração ; toda a rogativa , toda a
perseguição era
feita com um plano corto e determinado proprio Sr. Herculano. Eis-aqui, senhores, o montSo de
pela presidencia traições que ferão empregadas
pelo governo ; e pois isto explica a animosidade e affoute- para arredar-me da eleição,
za com que vemos ser um individuo para influírem no animo dos eleitores, para tornarem im-
parte, attestante e
possivel a liberdade do voto.
juiz.
Note mais a camara, a prop03içõode que o Sr.Paula Candi- Uma vo/ :—Os senhores tivorão o apoio da
presidencia.
do se servio, quando antes de chegar aoaccordo forçado,
antes O St. Atiiaide Eu não precisei desse apoio
dessa liga contra mim formada, pretendia excluir o para ser
arredar eleito, não o tive, nem me fez falta alguma, ó
votos e sympatliias dos candidatos o que eu po-
quaesquer Sr. oonse-l dia e desejava era neutralidade. E ainda consorvo a con-
llieiro Antão e o Sr. Dr. Firmino. O Sr, conselheiro Antão,
sciencia., senhores, de obter reeleiçlo, em
senhores , contava e devia contar com os votos do que, para qual-
partido
Luzia; o Sr. Firmino com os votos de Piranga, cujos eleito- quer época, e naquelle circulo, não é necessária a acção ma-
lefica da administração ; basta
res tinhüo sido feitos sob a influencia dos que haja liberdadu na votft-
parentes da sua ção, basta que se não inverta o paiz ofíioial, que se não d£
180 DÉCIMA SÉTIMA SESSÃO PREPARATÓRIA EM 2 DE MAIO.

lemissões, que se não persiga, com processos informes e ver- asse adiamento da questão, foi duvidar, como acabamos de
a que me tenho referido. ver, da autkenticidade ou veracidade dos documentos
gonhosos, como esse que
apresentei. Ora, já mostrei que na justificação jurárão
O Sr. Martthho Campos :—Não posso duvidai, nem aflir-
pessoas insuspeitas e alheias ao negocio, que estas e as tes-
mar ; nSo conheço nada dessa localidade.
temunhas forão inquiridas precedendo citação das
pai tes
O Sr. Atiiaide Pois se eu com a perseguição
que me adversas em tempo e regularmente por juiz insuspeito
que
fez o governo obtive os votos que me collocárão nesta casa, nenhuma parte teve na eleição desde seu principio ;
que os
a minha votação se eu não soffresse essa
qual não seria per- attestados são
passados e jurados por pessoas diversas e
seguição, esse inqualificável procedimento lembrado e apoia- estranhas, todas as
quaes sustentão e affirmão a verdade
do no palácio da presidencia ? • authenticidade das acta0, o havido, narrando
procedimento
O voto em separado, Sr. presidente, considerou emfim : tudo quanto virão e ouvirão em um numeroso concurso de
havião provas exliibidas de um e de outro lado; votante».
primeiro, que Que mais se pôde querer ou desejar 1
considerou que essas provas não erão procedentes ; cònside- Osofficiaes da guarda nacional, cujas firmas estão todas
rou mais que a inquirição das testemunhas teria alguma reconhecidas, attestárão. Os outros documentos constão de
força se por ventura não tivesse lugar em uma época de certidões extrahidas da secretaria da camara municipal, e
efferve«í-encia eleitoral; mas note a camara que não atten- todas ellas conferidas
por um tabelliâo da inteira confiança
deu á ubiquidade, ou simultaneidade com que os mesmos do Sr. deputado Lobo ;
que mais se quer ?
individuos são juizes, partes e testemunhas, porque não E pois sendo tudo isto assim, entendo
que a camara dos
sendo presumivel tanta ousadia, tanta perversidade, seria Srs. deputados deve resolver como concluio a nobre com-
preciso que o Sr. Torres-IIomem estivesse prevenido. missão, isto é, julgar improcedentes as
provas que se tem
Se todas estas provas, porém, apenas levavão o Sr. Torras- apresentado em sentido contrario, e reconhecer o direito
Homem a crer que havia somente alguns vicios, apenas sus- que tenho a um assento nesta casa por virtude do diploma
adiar-se esta questão,
peitas, concluio que seria conveniente que apresento.
esperando-se pelo resultado das averiguações a que a presi- Muitas outras considerações eu poderia fazer ; mas não
dencia da província mandou proceder na localidade. uero abusar por mais tempo da bondade dos nobres
;s eputados, agradecendo a attenção que me têm prestado.
O Sr. Martinho Campos :—Conclusão que não era a con-
sequencia legitima desse voto em separado. Confio muito da justiça de todos os nobres deputados, e
também de alguns amigos que tenho na casa, os quaes
O Sr.Atiiaide :—Mas digo eu que, quando o voto em se- estou certo que não serão indiflerentes ás considerações
parado, depois de analysar todas as provas pró e contra, feitas, nem deixaráõ que os meus direitos corrão á revelia.
conclue apenas com uma excepção dilatoria, é fóra de
O S*. Presidente :—Está adiada a discussão pela hora.
questão, é fóra de toda a duvida que a justiça está da minha
parte. O Sr. Vasconcei.los (pela ordem> :— Tenho de pedir aos
E mesmo seria inconveniente, 3enao injusto, que esse meus honrado» collegas que tenhão a bondade de votar por
districto deixasse de ser representado só parque um mem- uma urgência que vou propôr para que seja lido e entre em.
bro da commissão, não achando concludentes as provas que discussão o parecer da commissão de poderes, que unani-
existem, entende que deve haver uma providencia dilatoria, memente reconhece a legalidade do diploma do deputado da
esperando a interferencia de averiguações de juizes poli . 14° districto eleitoral da província de Minas, cujo parecer
ciaes, fnitura da presidencia, e mui suspeitos. está sobie a mesa.
Ainda mais, aamittida mesmo essa supposição das pro- V. Ex., Sr. presidente, e os meus collegas, sabem que
vas pró e centra, ainda prescindindo-se das irregularidades este Sr. deputado apresentou no primeiro dia de sessão
que tornãò improcedentes as provas apresentadas pelos preparatória o sou diploma, que sendo examinado pela res-
meus adversa rios, pergunto eu : podem essas provas serem pectiva commissão não soffreu contestação alguma. Por
equiparada áquellas que resultão dos attestados que forão conseguinte me parece que praticaríamos um acto de equi-
exhibi los por minha parte ? dade votando agora este parecer, uma vez que não seja
E, quando o pudessem ser, ainda resta em meu favor a contestado.
são assignadas Peço, pois, nova ptorogação para este fim.
prova resultante das aetas, das actas que
pela maioria primitiva da mesa, das actas que forão assigna- O Sn. Atuai de pedo dispensa do lugar de 4" secretario, o
das, depois da continuação da eleição, unanimemente, á vista
o Sr. presidente nomêa provisoriamente para substitui-lo o
e face de 200 c tantos cidadãos.
Sr. Salathiel, que vai occupar a respectiva cadeira.
O Sr. Martinho Campos :—A própria acta è uma prova
Consultada a casa sobre o requerimento de urgência do
exuberante da nullidade da eleição da freguezia de Arri-
Sr. Vasconcellos, decide pela afíirmativa.
piados.
O Sr. Atiiaidk :—Ttudo pois mostrado, Sr. presidente,
(14® districto.)
que nenhuma nullidade existe na eleição de Arri piados,
resta me dizer duas palavras a respeito da freguezia da Lê-se, entra em discussão, e som debate <5 approvado o
üloria. seguinte parecer :
Tem-ne allegado que a eleição da freguezia da Gloria é
A' 6a commissão de poderes foi presente o diploma do
nulla, pi rque e3tando pr#sente o 2o juiz de paz foi ella pre-
Sr. conego Antonio Felippe de Araújo, deputado eleito pelo
sidida pelo 3.° Aqui [mostrando) está ama certidão pela
14° dietricto eleitoral da província de Mina3-Geraes.
qual pr<>va-se que o 2o juiz de paz, Pereira do Valle, não ti- « Compõe se este districto das freguezias da cidade da
nha até então prestado juramento, nem tomado posse.
Campanha, Espirito Santo da Mutuca, Águas Virtuosas.
O Sk Mahtimno Campos :—Ninguém contesta essa elei- Tres Corações ao Rio-Verde, S. Gonçalo, Espirit-> Santo da
Cão ; eu me contento que a camara examine bem a eleição Varginlia. Santa Catliarina, Tres Pontas, S. João Nepo-
de Ari i piados. muceno. Espirito Santo dos Coqueiros, Douradinlio, Lavras
O Sn A iiiaide :—Bem, como não me contesta, não con- do Funil, Carmo da Escaramuça, Dôres da Boa Esperança,
tinuarei a fallar ácerca da eleição da Gloria. S. José, Dôres d'Alfenas e S. Francisco dAgua-pé.
E, pois v..u concluir o meu discurso ; sei que alguns pon- ' Elegerão estas freguezias 112 eleitores, dos quaes
tos, nà«> essenciaes, das mil allegações ficão sem resposta ; comparecêrão 102, tendo obtido o dito Sr. conego Antonio
mas tão mesquinhas são que não me resta pezar por não Felippe de Araújo a maioria absoluta de 56 votos para de-
_
refuta !h<- putado, e o Sr. Dr. Antonio Dias Ferraz da Luz igual nu-
Outro fundamento do voto em separado, senhores, con- mero de votos
para supplente.
siste no que vou ler ; e peço & camara que attenda bem : Em todas as
parochias e no collegio
eleitoral correu
« Quem não \ê que ii»to é o escrupulo levado a excesso ? com regularidade o processo da eleição, secundo o compro-
De que provirá a falta da veracidade dos meus documentos, vão os documentos examinou, encontran-
que a commissão
destruir completamente as accusações do apenas, na acta da cidade da
que deixem de parochial da freguezia
os meus adversarios ?
Sara Campanha, um no qual se mencionão alguns
protesto
« Eru uma publica-fórma que mais se factos contra a validade da eleição dessa cidade, quaes, en-
pôde querer além
do testemunho e fé do tabelliâo, da parte que exhibe o ori- tre outros, o da incompetência do juiz de paz presidente
o da > da mesa, seja para invalidar a
ginal, verba do sello ? que se pretende procedente
O que levou o nobre membro da commissão a concluir por dita eleição.
EM 3 DE MAIO DE 1857. 181
SESSÃO

no se t 1.» Que seja reconhecido o declarado doputado pelo


« Na mesma acta se lê ura contra-protesto, qual
14° districto eleitoral da província de Minas-Gcraes o Sr.
refutão satisfactoriamento taes factos.
conego Antonio Felippe de Araújo.
< A commissão, tendo com toda a cireumspecção ponde-
a observar que « 2.° Que seja também reconhecido e declarado sup-
rado sobre semelhantes allegaçõos, limita-se ^
Dr.
freguezia plente do deputado pelo mesmo 14° districto o Sr.
o facto de ter sido a mesa parochial da referida
Antonio Dias Ferraz da Luz.
da cidade da Campanha presidida por
um juiz de paz qu,
< Paço da camara dos deputados, 1° de Maio de 1857
o cargo de 2»juiz mu-
aceitára e accidentalmente exercera
o aoto eleitoral, Mg»- Joi\o Pedro Dias Vieira.—Francisco de Satles Torres-Homem,
nicipal substituto, não torna nullo —A. Pereira Pinto. »
imperial, e entre cilas o
do differentes decisões do governo
declare subsistente
aviso n. 66 de 22 de Maio de 1818 posto O Sr. Presidente declara deputado pelo 14® districto da
allegado. #
a incompatibilidade no protesto _ provincia de Minas o Sr. conego Antonio Felippe de Araújo,
a sleiçuo do supplente
« Examinou também a commissão e supplente o Sr. Antonio Dias Ferraz da Luz.
c achando a igualmente
do deputado pelo mesmo districto,
: Levanta-se a sessão ás 1 % horas dn tarde.
regular, é de parecer

DA ASSEMBLÉA GERAL LEGISLATIVA


MO IMPERIAL DA ABERTURA

EM õ DE MAIO DE 1857.

DE LACERDA. c Com os recursos de que póJe dispOr o meu governo, u


PRESIDLNCIA DO SR. M VNOEL 1CN.UJ0 CAVALCANTI
algumas medidas que serão opportunamento solieitndns do
vosso patriotismo, tendentes a assegurar o estado e direitçs
Ao meio dia, reunidos 110 paço d® senado os Srs. dopu-
civis das pessoas que professíio religiões differentes, espero
tados e senadores, são nomeados para a deputnção que deve importante fim, obtendo ao
que conseguiremos aquelle
receber a S. M. o Imperador os Srs. deputados Belisnrio,
mesmn tempo o augmento da população industriosa.
Monteiro de Barros, Castrioto, Luiz Carlos, Fiusa, Cunha
« O preço extraordinário a quo têm subido os generos
Mattos, Viriato, Fausto, Peixoto de Azevedo, Silveira Lobo, soflrimentos ás classes inem s
alimentícios causa graves
Serra Carneiro, Felippe de Araújo, Pinto de Mendonça,
abastadas da sociedade, e reclama de \osso esclarecido zelo
Pinto de Campos, Mendes de Almeida, Vasconcellos, barão
adequadns providencias.
de Camaragibe, Belíbrt, Sá e Albuquerque. Sá e Benevides,
« A rcducção proveniente da nova tarifa das àlfnndegRS
Paranaguá, Pereira Pinto, Saraiva, e Toscano Barreto ; e os
niío baeta para se obter aquelle resultado.
Srs. senadores marquez de Abrantes, vitcon.de de Itaborahy,
« O vigor com quo forjo reprimidas as dtias ultimas tnn-
visconde de Uruguay, Silveira da Motto, Queiroz Coutinho,
tativas de introducção de Africanos em Serinhaem e S. Ma-
visconde de Abacté, Araújo Rjbeiro, Carneiro de Campos,
theus deve ter desucorcçoodo o- aventureiros que julgavío
marquez de Mont'Alegre, vis,conde de Jequitinhonha, Souza no império suas crimi-
a occasião azada para realisarém
Ramos, e Jobim ; e para a deputarão que deve receber a
nosus empresas.
S. M. a Imperatriz, os Srs. deputados .leronymo Francisco
Recommendo-vos novamente n reforma liypothecaria,
Coelho, visconde de Baependy, Kego Barros, e Lima o Silva ; territorial, terá deci-
e os Srs. senadores Baptista de Oliveira, e visconde de Sa- que, facilitando a fundação do credito
' aida e immediata inílueucia sobre o futuro da nossa la-
pucahy. * voura.
A' 1 hora da tarde, nnnunciando-se a chegada de SS. MM.
« O exercito e a armada carecem de medidas quo molho-
II.. sahem as doputnçfics a espera-los á porta do paço.
rena a sua disciplina, e de uma legislação criminal e do
Entrando S. M. o Imperador na sala, <5 ahi recebido pelos
afiance mais a certeza de prompta punição e a
Srs. presidente e secretários, os quaes, unindo-se á deputa- processo que
mesmo augusto Senhor até o throno, no justiça dos julgamentos.
ção, acompanhão o Chamo também a vossa especial attenção para o pro-
manda assentarem-se os augustoa e
qual tomando assento jecto dn lei concernente á promoçíio
dos ofliciucs da armada»
digníssimos Srs. representantes da nação, e pronuncia e que pende de vossa approvacflo, bem como para a neces-
seguinte sidade de modificar segundo fôr mais conveniente as dis-
FALLA. posições que regulão o recrutamento.
As reformas com que têm sido atfendidos es diversos
Augustos e digníssimos Srs. representantes da nação*
ramos do ensino vão produzindo seus desejados efTeitus.
Veulio cneio de da actua1
júbilo abrir a primeira sessão « O estado satisfactorio das relidas publica, permitte
legislatura.
nutrir a esperança de que não so rcalise o deticit previsto,
Vfcssa reunião, sempre esperançosa, muito mais ainda de 2 % nos direitos d«
quando íoi decretado o augmento
tendencia dos espiritos para a
promette em vista da geral exportação, podendo-se assim
talvez anticipar a sua aboli-
concordia e moderação, a qual tornará mais efíicaz o vosso
ção ou dar-lhe um destino quo interesse principalmente á
empenho em promover a felicidade do paíz. lavoura.
t A tranquillklade que reina em todo o império é um dos
« Augustos e digníssimos Srs. representantes da pação.
resultados da política que tem feito calar nos ânimos dos A vossa tarefa ó ardua, mas a oerte/a da reoompensa,^ a
Btázileiros a convicção de queá sombra de nossas institui-
que nobremente
aspirais, de vei prosperar nossa patria,
observadas, adiantar-nos-hemos com segu-
ções, fielmente animar-vos-ha constantemente, mostram!o-se o meu gover-
ratiça e gloria na carreira do progresso o da civilisação.
no digno do vosso apoio pelo discernimento com queempre-
« As relações do império com a3 outras nnções continuão
lhe l'acultarde:> para auxiliar-vos no glo-
e não cesso de esforçar-me por culti- ^ará 03 meios que
pacificas c amigáveis, rioso cumprimentd de tão sagrado dever.
va-laa no sentido da mais Derfeita cordialidade, firmando-as
bases da justiça e dos interesses « Está aberta a sessão.
porém sempre nas sólidas
recíprocos. . « D.PEDRO II, imperador constitucional c dofenso'
« O meu governo tem apphcado os meios que lhe forão Brazil. »
perpetuo do
concedidos na ultima sessão legislativa para desenvolver a
0
emigração de colonos úteis e morigerados, e é um de seus Terminado esto acto retinV so SS. MM. II. com
incessantes deSvelos occorrer a esta necessidade vital da mesmo corcmoniul com que havião sido recebidos, e im-
nossa lavoura. mediatamente o Sr. presidento levanta a sessão.
1£2 SESSÃO EM 5 DE MAIO DH 1S57.

Sessito em '1 do Sfiaio. Não havendo maioria absoluta corre segundo escrutimio
entre os dous primeiros senhores.
I*RESIDEM:iA DO SR. AXTOMO JOSÉ MACIIADO* Recebem-se 72 cédulas, e sahe eleito o Sr. Paes Barreto
Com 40 votos, seguindo-se o Sr. Madureira com 32.
A's 11 horas, feita a chamada, achão-sc presentes o»
Srs. Machado, Saiathiel, Villela Tavares, Pacheco, F. Octa- 2° secretario (66 cédulas)#
viauo, Monteiro, Francisco Campos, Cerqueira Leite, Gon-
Silva. Fernandes Vieira, Torres-IIomem, Pura- Sahe eleito o Sr. Jesuino Marcondes com 54 votos, tendo
çalvès da
iiagui, André Bastos, Dias Vieira, Luiz Carlos, Serra Car- ob ido o Sr. Dantas 6 votos, o Sr. Madureira 3, o 1 os Srs.
neiro, Cunha Mattos', Augusto Corrêa, J. Marcondes, F. Octa\iano, Augusto de Oliveira e Franco de Almeida.
Araújo Lima, Franco de Almeida. Alcantara Machado,
3° e 4o secretários (61 cédulas).
Landulpho, Paiva, Coelho de Castro, Cruz Machado, Miguel
de Araújo, visconde de Baependy, Barbosa, Pereira Pinto, São eleitos: para 3° secretario o Sr. Pereira Pinto com 14
Tobías Leite, Bslfort, Fiusa, Silveira Lobo, Martinho Cam- votos, e o Sr. Salathiel com 40 votos, ficando Io supplente o
pos, Almeida Pereira, Fernandes da Cunha, Cândido Men Sr. Dantas, e 2° o Si\ Paranaguá, ambos com 5 votos.
des, Belisario, Pinto de Campos, Silva Miranda, Viriato,
Saraiva, Barros Pimentel. Madureira, Sampaio Vianna, O Sa. Io Secretario (pela ordem) lê um oííicio do Sr. de-

Brandão, Dantas, Antunes do Campos, Callieiros, Jerony- putado Costa Pinto, communicando deixar de comparecer
ás sessões por ter fallecido sua avó.—Mandou-se desanojar.
mo Coelho, Castrioto, Gavião Peixoto. Teixeira Júnior, e
Nebias. Passa-se íi nomeação da3 commissões, e são eleitos para

doclara nHo a de:


Não havendo numero legal, o Sr. presidente
haver sessão.
Resposta d falia do throiio (60 cédulas).

Os Srsi: Madureira com 58 votos; Torres-IIomem ccm


10; Barros Pimentel com 32.
Sessão cm 5 ite lüaio,
Constituição e poderes (72 cédulas).

PRES1DENCIA DO SR. AISTOMO JOSÉ 31 ACHADO.


Os Srs.: Pacheco com 43 votos; Teixeira Júnior com 42;
Cruz Machado com 41.
Simmario. — Expediente. — Ordem do dia. —Eleição da mesa
e das rnmmissles. — EleiçHo da Bahia. — Eleição do fíio O Sr. Presidente diz que acha-se sobre a mesa uma radi-

tírandi do Sul. Votaçào. cação do Sr. Nebias, que por sua natureza urgento vai ser
Eleição de Minas-Geraes.
lida, aüra do ser remettida A commissão respectiva.
A's 11 horas procerlc-se t\ chamada, e nchando-se pre Em seguida lê-se e remette-se á commissão de constitui-
sentes os Srs. Machado, Cerqueira Leito. Villela Ta\aresf
ção e poderes a seguinte indicação:
Gonçalves da Silva, Cunha Mattos, Felippe de Araújo*
« Achando-se presente o Sr. Dr. Rodrigo Augusto da
Souza Leão, André Bastos, Paiva, Sahithieí, Lima e Silva*
Silva, deputado supplente já reconhecido pelo Io districto
Fernandes Vieira, Landulpho, Tobias Leite, Coelho de Cas-
da província de S. Paulo, indico que o mesmo senhor seja
tro, Pereira Franco, Martinho Campos, Francisco Campos,
admittido a tomar assento, visto não comparecer ainda O
Belfort, Serra Carneiro, Araújo Lima, Augusto Corrêa,
deputado effectivo, o Sr. Dr. Carrão. — Nebias. »
Almeida Poeira, J. Marcondes, Pereira Pinto. Fiusa, Cy-
rill i, Monteiro de Barros, Paes Barreto, Sá e Albuquerque, O Sr. Fkrnakdes da Clsiia (pela ordem) observa que
Pinto de Mendonça, visconde de Baependy, barão de Cama- entre diversos pareceres sobre eleições existe o que foi
ragibe, Rego Barros, Augusto de Oliveira, Barbosa, F. apresentado relativamente & eleição do 3o districto da Bahia.
Octaviano, Dias Vieira, Cruz Machado, Peixoto de Azevedo, Nota que este parecer foi remettido á typographia do Jornal
Torres-IIômemi Delfino de Almeida, Miguel de Araújo, doCommercio para s^-r impressp, mas dali devolvido á secre-
líaptisí:' Monteiro, Franco do Almeida. Alcantara Machado, taria da cam ara, onde pára sem ter tido mais andamento,
Silva Miranda, Fausto, Mendes da Costa, Silvino Cavai- com prejuízo de sua discussão; requer, pois, urgência para
canti, Benevides, Nebias, Gavião Peixoto, Pacheco, Para- que não só esse parecer, como todos aquelles que versarem
nagui, Diogo Velho, Silveira Lobo, Pinto de Campos, Na- sobre eleições mais ou menos complicadas, e por isso tive-
buco, Calheiros, Sampaio Vianna, Luiz Carlos, Belisario, rem de soffrer mais serio exame, sejão lidos e mandados
Pedreira. Toscano Barreto, Dantas, Barros Pimentel, Tei- imprimir
para entrarem na ordem dos trabalhos.
xcira Júnior. Fernandes da (,'unha, Antunes de Campos,
O Sr. Presidente diz que a não impressão do parecer a
Madureira, Cândido Mendes, Paranhos. Bezerra Cavaican -
ti, Castrioto, Costa Moreira, e Cunha Figueiredo, abre-se que se refere o honrado membro foi devida á circumstancia
de não ter sido ainda o mesmo parecer lfdo na casa; entre-
a sessão.
tanto, proporá á camara o requerimento de urgência que o
Lêm-se « approvão-se as actas de 2 e 1 do corrente. honrado membro acaba de fazer.
O Sn. PniisiDKMTE convida aos Srs. deputados que não A camara approva a urgência para se lerem esses pare-
prcstftrão juramento na capella imperial a vá em à mesa ceres. '
presta-lo.
ELEIÇÃO DA P.AII11.
Diversos Srs. deputados prestão juramento.

(3o districto.)
OKDEM DO DIA.
Lê-se o seguinte parecer:
Procede-se á eleição do Recebem se 67 cedu- « A 4® commissão do elei-
presidente. poderes examinou o proeesso
Ias, e sabe eleito o Sr. visconde de Baependy com 64 votos, toral primário e secundário do 3o distíicto da província da
tendo obtido o Sr. barão de Camaragibe 2 votos, c o Sr. An- Bahia, e vem Acerca delle emittir o.seu
juizo.
tonio José Machado 1. « O referido districto foi organisado de 27
pelo decreto
visconde de Baependy de Agosto do anno
O Sr. occupa a cadeira da presi- passado com 11 freguesias pertencentes
dencia. aos municípios da Cachoeira, Marngogipe e Tapera.
< A commissão submetterá A illustrada consideração da
Passa-se á eleição do vice-presidente, e recolhendo-se 68
oamJra todo o seu da regularidade do
cédulas sahe eleito o Sr. I)ia3 Vieira com 36 votos, tendo pensamento íicerca
o Sr. Antonio José Machado obtido 24, o Sr. Pacheco 3, o processo eleitoral de cada uma das mencionadas parochias,
e legitimidade dos designados
Sr. barão de Camaragibe 2, o Sr. L. A. Barbosa 1, o Sr. poderes dos cidadãos pelas
urnas
Rego Bartos ], e o Sr. Cruz Machado 1. para as funeções do eleitorado.
« Municipio da Cachoeira. — Nesse município as eleições
correrão legularmente nas parochias da Cachoeira, Outeiro
Para 1° secretario (72 cédulas).
Redondo, Iguape, Muritiba, Santo Estevão, em cujo pro-
Os Srs.: Madureira, 34 votos; Paes Barreto, 31; Dantas, cesso eleitoral a commissão n&o pôde nem presumir vicios,
conformes com o quo dis-
2; Nebias, 1; Dias Vieira, 1. porque as respectivas actas estão
SESSÃO EM 5 DE MIO DE 1857. 1S3

õc a e contra ellas nenhuma objeeção ó produzida


lei, dado, porque se observarão toàas as formalidades legaes
a honra de representar que precedem u acompanhão o proce-so eleitoral.
pelos dous candidatos que disputárão
«esta camara o 3° districto da província da Bahia. « Entretanto o l»
juiz de p:.z procedeu a outra na capclla
« NSo estão porém no mesmo caso as eleições da Cruz da Conceição Velha, e
justifica o seu procedimento com â
allegaçao deser elle 'o competente
das Almas e Conceição. s para a presidencia da
Cruz das Almas. — Nessn. parochia deu-se duplicata de mesa parochial, e ter sido cxpellido da matriz.
Contra a
eleição. Cumpre á commissúo fazer a historia de ambas primeira nllegação a comrnistão oppõo o facto
antes de emittir áceica de cada uma o seu juizo. de ser o relendo juiz de
paz declarado incompetente pela
t O lo juiz de paz Dr. Albino Augusto de Novaes Albu- presidencia da província para as funeções eleitoraes, com#
entendido dever fazer todos os actos 3 °S °Utr0S -exercerão
quero ue tem sempre postos na guarda
não na casa da nacional
do processo eleitoral na capclla do Sapi, e
Essa declaração do içcompetenria
oração» que serve de matriz, o onde se tem constantemente tem seu assento na
lei, sendo certo que uma eleição regular
feito es eleições paiochiaes. o legal não
ser uullihcada 6.» porque alguém se reputa põdo
A irregularidade desse procedimento lhe tem sido por com direito A
mais de uma vez declarada pelo prosidente da província. presidencia da mesa parochial. e se lembra de filzer outra
eleição em lugar que não é a matriz, e
E' cila além disso incontestável, porquo um juiz de paz não para onde não forão
e 3endo possível nella a eleição, convocados votantes previamente.
pôde, existindo matriz
* Se a camara annullasse a eleição de S. Felippe
designar uma capella para ou actos eleitoraes. Entretanto, por essa
e apezar das razoes allegadas, o Io juiz de paz continuou no fundamento, devia por coherencia unnullar
quasi todas as
e convocou os votantes para a referida eleições da da Bahia, onde em
seu
proposito, província geral os menos vo-
capella. tados para juiz de paz occupàrão as
presidências das mesas
O presidente da província, que procurou sempre, e sem parodiiaes pelo impedimento referido, c declarado pelo
attençâo aos diversos interesses em luta, manter a liberdad» presidente da provincia.
Accresce
do voto e esmagar a chicana eleitoral, ordenou á camara que o referido juiz de paz conveio antes na
sua incompetência, e não
municipal e ao 3» j uiz de paz que fizessem a convocação dos presidio as eleições municipaes
Contra o facto de haver sido expellido
votantes para a casa dc oração que serve de matriz. da matriz a"
« Conscguintemente comparecerão na referida casa dc commissão oppõe a circumstancia de estar
já a mesa orèa-
msada quaudo elle appareceu, e se ter demorado
oração os votantes no dia 2 de Novembro, e procederão á na matriz
ato depois do meio dia, como se
eleição do eleitores com toda a regularidade. Apparece prova com documentos oue
entretanto outra eleição feita na capella do Sapê sob a parecerão á commissão procedentes. "
« A commissão, rematando as suas considerações
presidencia do 1» juiz do paz. , ácerca
A camara sente que a eleição da matriz nunca poderia dessa eleição, recorda á camara
que a sua legalidade foi re-
ser annullada, porque contra ella, legalmente feita, apenas conhecida pelos dous escrutadores da
parcialidade do lu jujz
existe a pertinacia notada do 1° juiz de paz, que já foi de paz, os em um
quaes parecer dado no coll»gio eleitoral
condemnado por procedimento igual. convieião na legitimidade delia.
« Não obstante, o Dr. Pedro Iluniz impugnou a sua «A commissão não
pódeesquecor uma ultima accusaçjo
1°, por ter sido feita a chamada dos votantes leita á eleição de S. Felippe, e <3
legalidade: que na qualificação estão
repetidos 700 nomes.
por quarteirões sulteados; 2o, por ter sido presidida por juiz
de paz incompetente. « A commissão supporá verificada essa repetição,
o ainda
assim entende
A camara concebe que a competencia das mesas paro- que por esse facto a eleição não pide ficar
chiaes não na3ce sômente do facto de ser alguém mais prejudicada:
votado para juiz do paz. « 1." 1'orque diminuindo-se esses 700 votantes
daquali-
« Se o 1° ficação o numero dos eleitores vem a ser o mesmo.
juiz parochial não compareceu na matriz, se o
« 2.o Porque não se
2°estava impedido, como se
prova, pelo
exercício da guarda prova que taes nome» repetidos
fossein chamados
na cional, cabia a presidencia da mosa ao 3o, e pois não é por duas vezes, e diminuídos 700 votos
dos eleitores que a commissão valida, ainda assim
procedente o argumento invocado. são elles
os escolhidos da
« A 4a commissão de
poderes está resolvida a não sacri- parochia paru eleger o representante do
circulo. Accresce
ficar o fundo ás formulas, e isso não dá importancia ao que o processo da qualificação correu
por regularmento, e
faoto dc ser a chamada feita por quarteirões salteados, passou em julgado.
« Conseguintemente
certo, como é, que isso se fez innocentemente, e para parece :i commissão:
desembaraçar os votantes de lugares distantes. Que deva ser valida a eleição feita na
matriz de S Fe-
Conseguintemente & de : Que seja validada a C annullacla 8 1ue s0 ua capella da Conceição
parecer
eleição da Cruz das Almas feita na matriz, c annullada a Veíha
se fez na capclla do Sapô. « Maragogipe. — A eleição dessa
que parochia <5 de difficil
« Conceição cia Feira. — Um exame feito no collegio ciei- aprociafão.
toral por dous tabelliães de notas mostra perfeitamente qu« « A commissão exporá á camara
quanto occorreu na
a acta da eleição primaria da referida freguezia está vicia- cidade de Maragogipe, e durante o
processo eleitoral
da : lo, na declaração do numero das cédulas recebidas; apoiando-se no testemunho da do direito da comarca
juiz
2», na numeração de duas folhas correspondentes que não da Cachoeira, a quem o presidente da
tinhão a rubrica do provincia considera
presidente da camara. muito imparcial na exposição dos successos. sobre os
« Taes vícios indicão a substituição de uma folha quaoa
por proferio um juizo que é aceito pelo Dr. Álvaro Tiboriodu
outra, sendo a folha substituída áquella cm
que se havia Moncorvo e Lima.
lançado a acta da eleição, o que torna insustentável alegiti- « A commissão
midade dos diplomas dos eleitores, e nullo todo o profere apoiar-se nesse testemunho para
processo delle deduzir a historia da eleição, não só
eleitoial. pelos motivos cx-
c A commissão entende que a camara dos Srs. deputa- pendidos, como porque quer evitar em bem ficio dn clareza
que deva acompanhar ura parecer a analysr demorada o
dos deve adoptar uma providencia gorai
que reprima esses difficil dos documentos contradíctories offerecidos
desmandos, c por isto limita-se a dizer agora que entende pelo*
dous cidadãos que disputárão a eleição do 3° districto, o
dever ser annullada a eleição primaria' da freguezia da
que, trazidos á discussão, podem todavia servir para que á
Conceição da Feira, no município da Cachoeira. camara se explique melhor a successão dos laetos o suas
Tendo a commissão verificado a legitimidado de 158
causas, <• possa mais convenientemente apreciar a influencia
eleitores do referido município, passa a considerar as
exercida por esses factos na genuína expressão dns urnas,
eleições primarias de Maragogipe.
que é sempre aquillo a que a commissão dá a maior
« Município de Marayogipe.—Esse município entra
para importancia.
a composição do 3o districto com duas freguezias, S. Fe- No dia 2 de Novembro foi installada a me^a
Üppe e Maragogipe. parochial
de Maragogipe, e começou o recebimento da» cédulas.
Em ambas essas freguezias deu-se duplicata de eleição. Recebidas as do districto da cidade, e
« A commissão examinará em primeiro lugar a' de quando se ostava
recebendo as do de Capandana, foi recusada
S. Felippe, analogia com a da Cruz das pela mesa a
que tem a maior cédula de um votante sob o pretexto de não ter elle o iden-
Almas.
tico, não obstante o que se aproximou da mesa o mesmo
« S. Felippe. —Nessa freguezia e na matriz foi feita,
votante para lançar r.a urna a cédula, o que lhe foi embar-
como na Cruz das Almas, a eleição com toda a regulari-
gado pelo mosario Severiano José Moreira.
SESSÃO EM 5 DE MAIO DE 1857.

« O procedimento do votante foi apoiado pela parcialidade f ão jia matriz intimidou a mesa, conseguio por essa intimi-
do 1° juiz de paz, que gritava ser elle o proprio, e que havia j dação fazê-la abandonar sua posição vantajosa
para ir fazer
de votar. a eleição que a commissão já reprovou.
« Uma desordem se travou, diz o Dr. Ealisa, e delia « Conseguintemente
parece á commissão que a eleição
sahio o dito Moreira com a casaca despedaçada por ter 1 da matriz de Maragogipe está viciada pela maneira
por que
soffrido empurrões, havendo soffrido um eleitor ferimentos urna parcialidade se tornou violentamente dominadora ex-
leves, dos quaes duvida o referido doutor, porém consta de 1 clusiva do terreno eleitoral.
um corpo de delicto presente á commissão. « Entretanto a commissão talvez não
pedisse 4 camara a
c Restabelecida a ordem pela intervenção do juiz muni- annullação da referida eleição, 86
por ventura esse deleito
cipal, retirárão-se os 4 mesarios, declarando não terem gravissimo houvesse sido sanado pelo procedimento poste-
tegurança para tuas pessoas, nem garantia para suas deli- rior do 1»
juiz de paz, e pelo respeito de todas as formu-
berações, e forão lazer outra eleição na capeila do Monte, Ias legaes e indispensáveis á do voto.
garantia da liberdade
que a commissão reputa nulla por não ter sid^ feita no lugar « Sendo a mesa reorganisuda, não foi observada a mais
designado por lei, e solemue
para o qual não forão convidados formalidade determinada
por lei em
semelhante
previamente os votantes. conjunetura, isto é, o
que se acha prescripto no art. 10 da
« Oi uiz de íicou na matriz a commissão lei de 19 de Agosto de 1846, e instrucções
paz porém (agora posteriores.
se apoia na respectiva acta), e reorganisou nova mesa, com Esse artigo
que diz respeito ao processo da qualificação,
a qual terminou o processo eleitoral. e é appiicavel ao da eleição virtude do 43, diz :
por
Cumpre observar, antes de tudo, que o presidente da Que ria falta de eleitores e supplentes serão convidados
mesa parochif.l era o chefe da pnveialidade que apoiou a os immediatos em votos ao
juiz de paz, e declara formal-
candidatura do Sr. Dr. Álvaro Tiberio, assim coiv.o os mente que feito esse convite se espere
por elles até as 9
mesarios reconhecidos do lado que horas do dia seguinte.
quatro partidario3
do St. Dr. Pedro Muniz. « A
adherio á candidatura previdencia do legislador não desconheceu o incom-
Do exposto se conclue o seguinte: modo do povo com tal demçra,
porém sentio a necessidade
« Que os 4 mesarios pertencentes á parcialidade Muniz indeclinável de organisar uma mesa
que inspirasse con-
manitestárão o nciíitoso proposito de exeluir da urna as fiança, e désse garantias.
« O lo
listas de seus aoversarios. juiz de paz, porém, entendeu que o convite e a
Que semelhante procedimento, real ou não, pois que demora reeommendadas
por lei erão cousa supérflua,
esse ponto importante da questão deixou de ser elucidado porque os seus immediatos em votos ou estavão na capella
districto da província da Bahia, pro- [ do Monte, ou em lugares distantes, pelo que compúz logo a
pelos candidatos do 3o
vocou uma resistencia formal ás deliberações da mesa, e mesa, considerando a hypothese creada
por elle como não
deu lugar a offensas mais ou menos leves em um eleitor. prevista na lei, e adoptando o que se segue acerca do pro-
« Que o Io juiz de paz não reclamou nem pedio aojuiz cesso da eleição secundaria.
municipal a prisão ou retirada dos cidadãos que resistirão | A commisfão recorda a differença
que vai de um para
ás deliberações da mesa, e tratárão por fôrma tão reprovada j outro processo, e deixa á camara decidir se o facto de ser
o mesario Severiano José Moreira. . preterida aquella formula legal e essencial, precedida das
Que os dous partidos receiavão seriamente, um o abuso eircumstaneias referidas, e acompanhada da organisação de
vantajosa dos 4 mesarios, ; uma mesa feita a bem
possível, senão certo, da posição prazer do 1° juiz de paz, não indica
e o outro o emprego de ameaças, insultos e provocações que vicios na eleição da matriz de Maragogipe, que a
profundos
infelizmente se realisárão. commissão não considerar a sincera expressão da urna,
pôde
Apreciando esses factos, que a commissão reputa bem pedindo para isso que seja ella, assim como o que se fez na
fundados, pois que os deduz do allegado e provado por capella do Monte, annulladas.
aquelles cfhe sustentão a eleição da matriz de Maragogipe, « A commissão examinará agora a eleição
primaria do
convém veriíicar se os 4 mesarios licárão realmente inti- municipio da Tapeia.
midados pela desordem que se deu, ou se abandonárão a « Tapem.—Este municipio tem duas parochias — Ta-
mesa por estratégia eleitoral.
pera e Pedra Branca—nas quaes a eleição correu sem dis-
« Para que a commissão acerte investigará o que era do ;
puta e regularmente.
interesse das duas parcialidades que se disputárão a eleição, * Entretanto o Sr. Dr. Álvaro Tiberio argue a eleição da
c isso pela impossibilidade em que está de apreciar por
primeira por excesso de eleitores.
Out'a fôrma os factos subjectivos que quer conhecer. « A commissão recordará,
que em ambos os collogios elei-
« Os 4 mesarios estavSo cm maioria, e o presidente da tiraes da Cachoeira votârão eleitores da Tapera, « nelles
mesa pnrochial em minoria. não se aventou essa
queítão.
« Chegada a luta á altura cm que estava, o despeito e o lembra também
que a Tapera deu o numero de eleito-
capricho erão, e não podia deixar ae ser, o movei do proce- res (52) marcado
o conducta p:lo Sr. presidente da provincia e sob pe-
dimento du mesa, assim tcmhem da de teus dido do 1° juiz de paz,
pelo que a annullação dessa fregue-
adversados. zia por excesso d-? eleitores seria uma pena imposta ao» vo-
« AquelLa ganharia a eleição, quando mesmo já tida como tantes por facto de que não tem elles a responsabilidade.
perdida, se estivesse disposta a abusar do direito que tinha « A commissão exporá a objecção que se faz.
de julgar da identidade dos votantes, certo como ora que ao « Argumentou-se com a lei provincial n. 360 para mos-
delegado corria a obrigação de manter a ordem sem apreciar trar-se que a freguezia de S. Luiz do Bom Conselho da
a legalidade de suas deliberações. Amargura sahio toda da Tapera, e deduz-se isso das seguin-
« Os sectários do 1° juiz de paz portanto tinhão todó o tes palavras da mesma lei: < Fica erecta em freguezia, com
interesse de impedir por qualquer fôrma que fosse aquelle a mesma invocação, a capella de Nossa Senhora do Bom
abuso de autoridade, e os mesarios toda a conveniência de Conselho, pertencente d vitla da Tapera, >
se conservar cm sua posição vantajosa, para á sombra delia « Pareee á commissão
que a capella é que pertencia á Ta-
ganharem a eleição. pera, e não todo o territorio da freguezia novamente creada,
« A retirada pois dos mesarios indica que não forão con- esse
porque territorio é o que está designado pelos limites
sultadpa o« interesses de sua e conseguinte- traçados na lei.
parcialidade,
mente que a intimidação empregada pelos partidarios do 3° Essa opinião da commissão »! corroborada :
juiz de paz obteve os seus esperados resultados. " 1 ° Pela mesma lei, limites da
« A isso se poderá oppôr a certeza da missão que tinha o quando designando os
nova parocliia falia na barra do rio —Corta-mão—
municipal que
juiz « delegado de mau ter a ordem. não era da freguezia de Tapera antes de desmembrada
« A commissão lamenta que esse magistrado não dispu- a Amargosa.
zesse do prestigio necessário para evitar as scenas desagra « 2.° Pelo facto de ter o da provincia dimi-
presidente
daveis que occorrérão, e que, por não terem sido conve- nuido eleitores nas freguezias de S. Miguel e ArGas por
nientemente reprimidas, podião reproduzir-se pela agitação ter. m votantes scu3 Nossa Senhora do Bom
passado para
extraordinária das paixOes políticas, que havião resolvido a Conselho.
adopção de abuso em grande escala como meio de conse- í « Diz-se também foi toda tirada da
que a nova parochia
guir a victoria ou determinar a derrota. Tapera,
porque o juiz de paz dessa parochia,
fazendo a
qua-
« Se pois o interesse de 4 mesarios estava no não aban- i lificação daquella, inscreveu na lista dos votantes 600 no-
dono de seus lugares, e os de seus adversarios no que se I mes, numero total dos
qualificados.
é forçoso convir que a parcialidade que fez a elei- | « A commissão entende que o juiz de
jOalisou, paz encarregado
SESSÃO EM 5 DE MAIO DE 1S57. 185

todos de de taes eleitores, com eacccpção do que diz respeito ao sa


\la qualificação da nova parochia devia ter qualificado^
os cidadãos hábeis compreliendidos pelos seus limites, • gundo.
< Entretanto a commissão não aconselha á camara
não sómente aquellesque pertencião á Tapera. qu«
elimine sefts votos.
« A commissáo observa que nesta mesma sessão a camara
« A qualificação é o
não tem seguido ácercada especie um principio
invariavel. pharol que diiige quasi sempre o
tím dado votante em sua escolha.
Em algumas províncias as novas parochias
« Se alguém do menor Made, ou
numero de eleitores apenas limitado peks qualificações, pronunciado em crime,
conservando Buuellas de onde foião
desmembradas o nu- que se não conhece, se achar inscripto na qualificação, se
soffrem a restricçao obtiver por isso votos para eleitor, e se os seus votos deci-
mero que davão, e que também apenas
direm de um pleito eleitoral, 6 opinião da commissão
da! *A que
os factos se for isso contestade. taes votos devem ser reputados bem dados.
commtsSÕ apontará
« A commissão náo pretende
« Conseguintemente é a commissão
de parecer : que essa sua opinão seja
laperaeda seguida. Ella deseja súmente que nu verificação dos
Que styã» julgados validos os eleitores da podere*
a camara não sacrifique o essencial no que é accidental,
.
Pedra Branca, pelo que não negue em caso' algum a procedenoia da vontade das
do 3o districto
c Parece á. commissão que 267 eleitores
são nullos os de Maragogipee maiorias pelo facto de terem essas maiorias desconhecido
são lejíiLimos, eque apenas
uma circumstancia, ignorado a idade de alguém, ou um
Conceição da feira. .
crime escondido nos archivos emfoeirados de un: munici-
Entretanto o Sr. Dr. Álvaro Tibeno pede a annullação
de alguns por falta de idoneidade para o eleitorado. pio longínquo.
« Se os funccionarios públicos qualificárão mal, se pro-
Diz que não estão qualificados :
cedêrão dolosamente nesse acto do processo eleitoral, a ma-
« l.o João Ladisláo dos Santos. '
tome conta de
€ 2.» Ernesto de Senna Rebouças. gistratmra que conheça de seu3 actos, que
suas negligencias ou de suas faltas, mas que não soflra o
€ 3." Antonio Lino da Fonseca Queiroz.
j direito de muitos, que se não illuda a confiança das maio-
« 4.» Martinlio de Souza Ribeiro.
j rias na qualificação, e se mate o espirito da lei pelo dema-
5.» Antônio Vieira Sampaio.
, siado respeito d sua letra.
6.o Joaquim Porfirio da Costa. « E\ opinião da commissão que não se deve annullar di-
« 7.0 Joaquim Victorino de Andrade.
votarão ploma algum dos eleitores cujos votos se querem inutilisar,
C 8 o Manoel Joaquim Ferreira de Oliveira, que
do allegado uma porque a annullação de taes eleitores e de seus votos poü
no Dr. Pedro Muniz, e offerece para prova virtude de factos duvidosos, de circumstancios imprevistas,
certidão da secretaria do governo. importaria um triumpho ou uma derrota que se não pode-
Dr. 1 "dro
« Em contraposição a essa certidão offerece o
da Tapera ria razoavelmente explicar.
camaras municipaes
Muniz outra passada pelas ¦i Tendo dado a commissão conta de todas as questões
referidos cida-
e S. Felippe, que declarão estarem todos os
suscitadas ácerca do processo eleitoral primário, e que a
dãos qualificados.
elle se prendem, entrará 110 examo do secundário.
« Esse antagonismo de dous documentos authenticos col-
ella não « EleiçHo secundaria.—No dia 3 de Dezembro reunio-se
locaria a commissão em uma dolorosa incerteza se
camaras na matriz da Cachoeira o corpo eleitoral do 3° districto.
fosse arrastada a dar mais credito ás certidões das « A imesa foi organisada com os votos de todos os eleito-
pelo que verificou. res bons e máos que concorrerão para o collegio com seus
« A certidão da secretaria diz que não está qualificado
e diplomas.
Martinho de Souza Ribeiro ; a commissão leu um diploma,
Cumpre entretanto reconhecer que as duas parcialida-
verificou que o eleitor não é Martinho porém Martiniano, e
des entrárão para a eleição da mesa com igual numere de
vio que este estava qualificado, porque tem em seu poder
eleitores máos. Uma teve os votos da duplicata do Sípò e
uma cópia authentica da qualificação de Maragogipo.
da Capella do Monte, 69 eleitores, a outra os votos da du-
« A commissão apontará ainda mais outro orro da se-
Maragogipo, 68
plicata da Conceição-Velha, e da matriz de
cretaria, on engano de quem requereu a certidão.
eleitores.
A certida» diz que não está qualificado o eleitor João
Conseguintemente não se pôde dizer que uma parciali-
Ladisláo dos Santos, e entrptanto o eleitor não é João, po-
dade venceu os eloitores bons com o voto dos que não tinhão
rém Antonio, e esse nome está na referida qualificação.
om diploma regular.
Na qualificação se acha Antonio Lino da Fonseca, e no
« Foi a parcialidade doSr. Dr. Pedro Muniz que ganhou a
diploma acha Antonio Lino da Fonseca Queiroz, diffc-
mesa collocando nella a outra parcialidade dous escrutadores.
ruiça que pôde dar-se facilmente porque o eleitor é da fa-
Em seguida e opportunamente derão as cemmissões o
imlia— Queiroz,—segundo consta á commissão, e se poderá
seu parecer.
elle além de Antonio Lino da Fonseca tivesse
presumir que A parcialidade adherente á candidatura do Sr. Dr. Ti-
o appellido da familia. berio entendeu que a adopyão do parecer assignado pela
« O Sr Dr. Álvaro Tiberio observou que o major Anto-
maioria da mesa importava, ou a vietoria de seus adversa-
Carvalho Pinto Lima não foi qualificado, sendo o seu
nio de rios, ou vicio geral da eleição, porquanto aconselhava ello
e depois do do
nome introduzido na lista dos qualificados,
que se tomassem englobadamente ob votos dos eleitores do
Victor de Carvalho doB Santos. ... S. Felippe (os da matriz) e os da Conceição.
« A commissão vio esse nome em ultimo lugar, na lista
» Conseguintemente protestárão contra esso facto, e an-
dos reclamantes, e nãe pôde deduzir desse facto suspeitas
tes do ser votado o parecer retirárão-se do collegio.
de fraude, que, além de tudo, precisaria de ser provada, e
« Este modificou na votação o parecer da maioria da
não presumida, para ter a virtude de nullificar um di-
mesn, mandando tomar em separado os votos da Conceição
ploma.
da Feira, e continuou a eleição, que deu o seguinte resulta-
« O referido Sr. Dr. Tiberio quer ainda annullar os elei-
do, deduzidos os votos da Conceição da Feira, dos eleitores
tores Jtsé CaeLano da Rocha e Ernesto José de Souza por i
do Sapè e Capella do Monte: ,
serem menores de 25 annos.
Para prova disso offerece unia certidão tirada do rosto
Para deputado,
do inventario, que mostra ter o ultimo 22 annos e prova que
Dr. Pedro Muniz. ... 152 votos
lotos. I Dos eleitores
o primeiro i tutelado.
« A c»mmissão observa que as declarações do inventaria Para supplente. que a commissúq
são ellas o meio seguro da prova Dr. Pinto Lima .... fotos. ) acha validos.
152 votos
merecem f<5, porám não
de idade e acerescentará que ha tutelados com mais de 25
< Os dous escrutadores e eleitores que se retirárão cio
collegio reunirão-se no convento do Carmo, procedêrão tam-
°0 Sr. Dr. Pedro Muniz pretende tambom que não po-
Sampaio e Porfirio José bem á sua eleição, que deu o seguinte resultado, deduzidos
dem ser eleitores José Ruíino Alves
n offerece os votos de Marag.gipe, e eleitores da capella da Conceição
da Silveira por não estarem qualificados, para
Velha.
da secretaria do governo, c bem assim
prova disto certidão Para deputado.
Marcellino Frago Sampaio, cuia certidão de idade o dá com
f°3 eleitores
«2 annos, e Lu z Fernando Pereira Tupinambá, que está Dr. Tiberio 120 votos. ]
no município de f julgados legiti-
pronunciade por uso de armas probibidas Para mpplenle,
Jacobinii. pela com-
« Esc es documentos contra a idoncida- Dr. Tiburcio .... miasão.
Smos
poderiuo proceder
TOMO I. * 2i
4»6 SESSÃO EM 5 DE MAIO DE 1857.

Conseguintementa <5 deputado o Sr. Dr. Pedro Muniz,


gocio, convinha que fosse elle reconsiderado
pelu commis-
e supplente o Br. Dr. Pinto Lima, se a camara entender são permanente da casa.
que
não podião fazer outra eleição os eleitores que abaudonárão
O Sr. Phesidente observa
o collegio com o fundamento de lhes ser prejudicial a adop- que a pratica da casa tem sido
dar andamento aos
ção do parecer que não havia ainda sido deliberada. pareceres apresentados nas sessões pre-
paratorias; que o verdadeiramente
Ainda mesmo que a eamara entenda
que os eleitores
que propõe o honra-
do deputado é um adiamento, mas
dissidentes tiverão razão plausível para a separação, e reu- que, tendo a camara ap-
provado a urgência para que fossem lidos todos os parece-
na os votos obtidos pelos candidatos em um e outro colle-
res sobre eleições, mandando-se imprimir os
gio, dá-se o seguinte resultado : que offere-
cessem duvida,
julga mais regular que o nobre deputado
reserve o seu requerimento
Para deputado. para a occasião em que entrar
em discussão o
Dr. Pedro Muniz 152 parecer a que se refere.
votos.
Dr. Tiberio » O Sa. Fiusa:—Bem; estou satisfeito.
121
Para O parecer vai a imprimir.
supplente.
Dr. Pinto Lima 152 » O Sr. Io Secretario ordem) lê os seguintes offi-
. (pela
Dr. Tiburcio 121 » cios:

Officio do Sr. José Antonio Saraiva,


A eommissão entende participando ter sido
que sem motivo plausível, sem nomeado, por decreto de hontem, ministro
uma coaeção qualquer, não devem os eleitores reunidos em e secretario de
estado dos negooios da marinha.—Inteirada.
um collegio eleitoral, e que já funccionava, separarem-se,
fazerem uma eleição á Outro do mesmo senhor,
parte, porque é isso não só contra a pedindo dia e hora para apre-
lei, que estabeleceu o modo, o lugar e condições de realisar- sentaçSo da proposta de forças de mar.
se a eleição de deputado, como porque a saneção de seme- O Sr. Presidente designa o dia de amanhãa ao meia
lliante procedimento seria o aniquilamento do novo r»gi- dia.
men eleitoral, em o qual se não encontra uma providencia
Outro do Sr. conselheiro Jerorymo -Francisco Coelho-
capaz de obstar a retirada das minorias do collegio para sa
cotnrnunicando ter sido nomeado,
converterem em maiorias, e expedirem diplomas aos seus por decreto de hontem.
ministro e secretario de estado dos negocios da
candidatos. guerra.
Inteirada.
« A eommissão se persuade de que a parcialidade do
Sr. Dr. Tiberio, retirando-se do collegio antes de adoptado Outro do mesmo senhor,
pedindo dia e hora para apre-
o parecer em que funda a separação, commetteu um acto sentaçâo da proposta dc forças de terra.
de precipitação (se não tinha n consciência de sua derrota,
O Sr. Presidente designa o dia de amanhãa á meia hora
e queria evita-la) a deixou aos seus adversarios o direito de
depois do meio dia.
responder ao seu protesto com a consideração de
que esta-
vão dispostos a aceitar modificações Outro do Sr. marquez de Olinda,
que o parecer pudesse participando ter sido
sofírer e fossem por ventura capazeá de salvar a validade nomeado presidente do conselho, e ministro o secretario de
estado dos negocios do império.—Inteirada.
geral da eleição.
« A eommissão entendo ainda que sem a votaçãodo
pare- ELEIÇÃO l>0 RIO
cer seria difficil a alguém affirmar qual a opinião da maioria UIAZSDE DO SUL.
ácerca de sua adopção, porque em um collegio tão illustra-
((jo districto.)
do como é o da t nchoeirt, onde figura grande parto dos
mais distinetos cidadãos da provinoia, é difficil, muito dif- Lê-se o seguinte
parecer :
ficil, encontrar uma maioria que se não curve á força e pres- "»
« A eommissão de poderes, a
tigio da verdade, quando vantajosamente expeudida. quem forão aflfectas a*
actas do collegio eleitoral do 6o districto da
« Conseguintemeute parece á eommissão que a camara província de
S. Pedro do Sul, assim como a representação documenta-
deve sómente validar a eleição^ secundaria feita pelos eleito-
da do Sr. Dr. João Jacintbo de Mendonça, reclamando con-
res que se reumrão na matriz.
tia o procedimento do mesmo collegio,
« Essa deliberação teria o mérito de matar um
precedeu- que lhe recusára o
diploma dc deputado por esse districto, tendo examinado
te de conseqüências más e liitaes ao novo regimen eleito-
attentamento o processo eleitoral e apreciado devidamente
ral, sem offender por fôrma alguma ao direito de um ter-
o merecimento das razões allegadas
ceiro, pois que na hypothese a mais provável ao Sr. Tiberio pelo reclamante, vem
dar conta do resultado dos seus trabalhos. •
não pôde elle ser o deputado.
« O 6o districto eleitoral,
« A eommissão desejava considerar'todos os argumentos que tem por cabeça a cidade
do Kio-1'ardo, compreliende as
parochias de Nossa Senhora
produzidos pelos dous cidadãos que trouxerão diploma, e do Kio-Pardo, Nossa Senhora da Conceição do Passo Fun-
procedentes contra os factos que a eommissão aceita, ou
do, S. José do Taquary, Santo Amaro, llom Jesus doTrium-
as consaquencias que ella dediiz dos mesmos factos, e da
legislação. pho e S. Jeronymo, formando um só collegio, que .se reúne
na matriz da cidade do Rio Pardo.
« E' porém iíSo impossível
para a eommissão, que não » Eleição primaria.—Na falta das respectivas actas
tem sómente este trabalho, e que não quer privar os con- paro-
chiaes, a eommissão não pôde verificar as particularidades
tendores de discutirem a sua causa antes do dia 3 de Maio.
do seu processo eleitoral, que aliás presume haver corrido
c Em vista do
que se tem dito é a eommissão de parecer : regularmente, visto terem sido approvadas
« 1.» Que sejão approvadss as eleições primarias da Ca- pelo collegio,
" c
nfto apparecer em contrario
clioeira, Huritiba, Outeiro Redondo, S. Estevão, Iguape, qualquer reclamação.
. Eleição .lecwidaria.—Instai lado o collegio
Tapera, Pedra-Brauca, e as que forão feitas na matriz de resularmen-
te, continuou os trabalhos no dia 3 de Dezembro.
S. Felippe, e na casa da oração da Cruz das Almas. Feita u
chamada, verificou-se acharem-se
« 2».
Que sejão annulladas as eleições primarias da fre- presentes sos 50 eleito-
res que eompoem o mesmo collegio.
Depois deapprovado o
guezia de Maragogipe, e da Conceição da Feira.
* 3.o parecer da eommissão encarregada da verificação dos di-
Que sejão validados os votos dados no collegioelei-
plomas dos mesarios, foi presente o
toral que se reunio na matriz da Cachoeira, e declarado parecer da mesa sobre
os outros diplomas,
nullo o que se reunio no convento do carmo. julgando legaes os eleitores presentes,
excepto os da
« 4.° Que seja reconhecido deputado o Sr. Dr. Pedro Mu- parochia ao Passo-Fundo, pelas seguintes ra«
zões: lo,
niz Barreto de Aragão, e supplente o Sr. Dr. Francisco Xa- por não estar presente o livro das actas da assam-
bléa
vier Pinto Lima. parochial, exigido pelo art. 67 da lei de 19 de Agosto
de 184(i; 2o,
« Paço da camara, 29 de Abril de 1857.—L. Carlos.— porque etsa freguezia não eslava torritorialmcn-
te ligada com as outras de
José Antonio Saraiva.—Francisco de Assis Athaide. » que se compde o districto, como de-
termina o
§ 4° da lei de 19 de Setembro de 1855.
O Sr. Fiusa pondera que ácerca deste a < Depois de apreciar estas duas allegações, commeutan-
parecer dá-se
circumstancia notável de achar-se assignado do largamente a competencia do
por um nome goveruo imperial para de-
distineto que então era membro da casa, mas so- terminar
que hoje, que essa parochia pertencesse ao 6o districto, con-
gundo consta, está encarregado de uma pasta do mmiste- cluio o
parecer declarando que não devião ser admittiuos '
rio tirar de sobre a camara nem mesmo em separado, os V0t09 dos 6 eleitores
£ qua, para qualquer interpre- do Pas-
tação maligna que se poEsa dar á sua decisão sobre este ne- 80-Fundo.
SESSÃO EM 5 DE MAIO DE 1857. 1S7

« Este parecer, assignado pela maioria da mesa, foi con- Para deputaSo.
voto
testado paios outros dous membros, como consta do « Dr, João Jacintho de Mendonça. 27 votes.
separado inserido na respectiva acta, no qual allegárão, € Dr. João Dias de Castro, 23 dito».
a presença dos diplomas dos elei-
quanto á primeira razão, Para supplente.
sua identidade?
tores em questão, e o reconhecimento da
improcedência, Dr. J. B. da Cunha Bittancourt, 32 votos.
e quanto à segunda, sendo evidente a sua
de fórmn alguma autorisar o arbi- « Dr. A. A. Christino Fioravante, 14 ditos,
julgftrão que não podia
a vo- « Dr. Ignacio da Cunha Galvão, 4 ditos.
trio aconselhado pela maioria da mesa. Submcttido
ambas as suas partes,
tação o parecer, foi approvado em c
Neste caso pois não senl o deputado o Sr. Dr. João Dias
respeito da primeira parte se
declarando-se na acta que, a de Castro, mas sim o Sr. Dr. João Jacintho de Mendonça.
symbolica, e a respeito da segunda,
procedera por votação Quanto ao supplente, nenhuma alteração soflrcrá.
da freguezia do Passo-Fun-
relativa á exclusão^os eleitores A commissão portanto offerece 4 consideração desta
não forão admittidos os
do, por escrutinio secreto, ao qual augusta camara as seguintes conclusões :
iorão excluídos esses 6 elei-
me'smos eleitores. Deste modo 1." Que sejão reconhecidos legítimos os «leitores do
i
tores de tomarem parte na eloição. 6" districto da de S. Pedro do Sul, inclusive os
« Passando & eleição para deputado, furão lecolhidas 44 provincia
da freguezia de Nossa Senhora do Passo-Fundo.
não
cédulas, faltando 6 dos eleitores do Passo-Fundo, que 2." Que computados os 6 votos dos eleitores excluídos
forão admittidos a votar, liem mesmo em separado ; e apu- nullo, e portanto sem effeito, o di-
resultado : pelo collegio, se julgue
radas derúo o seguinte collegio ao Dr. JoSo Dias de
ploma expedido pelo respectivo
c Dr. João Dia3 de Castro ...... 23 votos. Castro.
« Dr. João Jacintho de Mendonça .... 21 » i « 3.» Que se declare deputado pelo fi" districto da pro-
vincia de S. JPedro do Sul ao Sr. Dr. João Jacintho de Meu-
Tratando em seguida da eleição do suplente, recolhido
donça,
igual numero de cédulas, obtiverão: 4.a Que se declare supplente o Sr. Dr. José Bernardi-
« Dr. José Bernardino da Cunlia Bittancourt. 32 votos, no da Cunha Bittancourt.
i Dr. Antonio Ângelo Christino Fioravante. 8 » « Sala das commissões, Io de Maio de 1857.—Jeronymo
Dr. Iguacio da Cunha Galvão 4 » José Teixeira Júnior.—Luiz Antonio Barbosa.—¦ •/. J. Lan-
dulpho. »
« A' vista deste resultado forão declarados deputado o
O Sa. Reco Barbos pedo que se imprima o parecer; jul-
Dr. João Dias de Castro, o supplente o Dr. José Bernar-
Neste acto, os eleitores do nenhum inconveniente virft da demora de um dia
dino da Cunha Bittancourt. ga que
que pôde trazer esta impressão.
Passo-Fundo apresentárão um protesto, declarando que
não podendo consentir no esbulho do direito que lhes ca- OMarti mio Campos diz que o negocio sobre que ver-
Sr.
bia como eleitores do districto do Rio Pardo, protestavão sa o parecer é de sua natureza tão simples, é tão conhecido
solemnemente contra a deliberação que os excluio de toda Sr. barão de
pelo paiz o acto de prepotencia praticado pelo
a participação na eleição ; e que assim também protestavão impressão do pa-
Quaraim, que lhe parece desnecessária a
contra o modo por que se procedera á votação por meio do recer para que a camara pos3a votar sobre elle.
escrutínio lecrtto.
O S*. Presidente:— Vou consultar a casa se quer que
« Outroiim declararão lio mesmo protesto, por todos seis
se imprima o parecer.
assignado, que devendo o poder competente apreciar seme-
ühante arbítrio, julgavão necessaria a manifestação dos seus Posto a votos, é rejeitado este requerimento ; conseguin-
votos, e por isso declaravão que votavão para deputado no temente entra em discussão o parecer.
Dr. João Jaciutho da Mendonça, e para supplente no Dr. A. Não havendo quem peça a palavra contra elle, é posto a
A. Cliistino Fioravante. Finalmente requererão que fosse votos e approvado.
o seu protesto tomado na acta do collegio, para que perante
a assemblóa geral se conhecesse da violência com elles pra- O Sr. Presidente declara deputado pelo 6° districto elei-
toral da provincia de S. Pedro do Kio Grande do Sul o
ticada ; e assim se procedeu.
A commissão de poderes, apreciando esta matéria, en- Sr. João Jacintho de Mendonça, e supplente o Sr. José
tende que não deve abusar da attenção desta augusta ca- Bernardino da Cunha Bittancourt.
mara, demonstrando a improcedencia do absurdo pretexto
MIMAS-UHRAES.
de que se lançou mão para illudir o voto da maioria, por-
o di-
quanto ó evidente que ao collegio eleitoral não competia ( 4° districto. )
reito de corrigir o acto do governo imporial, emanado da
legitima autorisação do poder legislativo. Lê-se o seguinte parecer, que vai a imprimir :
O decreto n. 1,793 de 30 de Julho do 1850, quedividio
A 5* commissão de poderes tevo presente a acta se-
a província de S. Pedi o do Sul em districtos eleitoraes, é a
cundaria do 4o districto dn provincia do Mina3-Geraes, e
consequencia da lei de 19 de Setembro do 1855, que no sou
confrontando-a com as actas parciaes da eleição primaria
feita polo go-
§ 40 determinou que a primeira divisão fosse das diversas parochias que compoem aquelle districto, re-
verno ; e portanto cumpria re3peita-la integralmente.
conheceu que erão validos todos os eleitores que concorre-
« Fossem ou não violadas as regras estabelecidas para o
rão ao collegio do Itahira, cabeça do mesmo districto.
cxercicio dessa attribuição, não cabia ao collegio eleitoral
Nesse collegio todos os actos forão regulares, & Sxccç-
tomar delia conhecimento.
deve cxpOr ao conheci-
Releva ção do seguinte, que a commissão
porém notar que nada se demonstrou «ontra a monto da casa. Compunha-se o collegio de 93 eleitores, era
justiça desta divisão, por isso que se uma informação do absoluta. Tendo corrido o
secretario do bispado da província prova que entre esta fre- portanto de 47 votos a maioria
obtiverão os Srs.
a da cidade do ltio Pardo está interposta a capella primeiro escrutinio para deputado,
guezia e
curada da Soledade, dependente da freguezia da Cruz Alta, « Monsenhor José Felicíssimo de Nascimento. 4t> votos,
ao 5o districto, nenhum documento existe »
que pertence c Dr. Jeronymo Máximo Nogueira Ponido . 45
para provar que a dita fregueiia do Passo-Fundo se não « Padre Joaquim José de Sena. 1 >
liga, sem interrupção, a algumas das outras freguezias do »
« Maneei de Barros Araújo Silveira .... 1
6° districto.
« A commissão não cansará a attenção da camara refa- « Resolveu o collegio que não se prooedesso a segundo
tando as futeis allegaçõea que forão apresentadas
para escrutinio, porque sendo eleitores presentos os dous primei-
fundamentai tão estranha deliberação. O simplesbom sen- ros votados, ob quaes havião declarado ter dado os seus suf-
de-
so dispensa essa tarefa. fragios nos dous cidadãos que ti verão 1 voto cada um,
Todavia, lamentando que os desregramentos das pai-
« via-se suppôr que a maioria absoluta era de 46. .
xões possão algumas veze3 promover o aescrodito das mais « Contra esta resolução protestou e reclama o Sr. Dr. Je-
sábias instituições, não póae deixar de estigmatizar todos ronymo Máximo Nogueira Penido, como prejudicado pela
lei de 19 dc
os actos
que como este tendem
a illudir as prescripçOes da falta de observancia da disposição litoral da
lei, e a frustrar os seus desígnios. Setembro de 1855.
« Computados os votos dos eleitores do Pcuso-Fundo, fi- « Com effeito nos 88 5» e 6» do art. 1» disiwe esBa lei que
cará modificada a apuração pela maneira seguinte: o escrutinio seja secreto e qu» se proclame deputado qu,m
158 SESSÃO EM 6 DE MAIO DE 1857.

obtiver maioria absoluta de votos, devendo correr-se se- Outro do Sr. desembargador Francisco Diogo Pereira de
nao se obte- Vasconcellos. communicando ter sido nomeado ministro e
gundo e terceiro escrutínio caso nos primeiros
nba essa maioria. Ora, se o escrutínio é secreto, não se pôde secretario de estado dos negócios da — Inteirada.
justiça.
argumentar cora as daclarnçõe3 illegaes dos eleitores can- Outro do ministério do império , remettendo o officio do
didatos á deputação. O collegio não devia introduzir dis-
presidente da provincia de Minas-Geraes de 26 do mez ulti-
tincções e figurar hypotheses que não estavão prevenidas mo , relativo As eleições na freguezia dos Arripiados. — A'
seguindo á risca os seus precei-
pela lei, mórmente quando, commissão de poderes.
tos, necessariamente havia de chegar á solução desejada.
i Accresce que pela disposição da mevma lei os dous ci- Outro do mesmo ministério, participando ficar S. M. I. in-
teirado de haver numero sufficiente de Srs. deputados. —In-
dadãos que alcançárlo 1 voto tinhâo o direito de entrar tam-
teirada.
bem no segundo escrutinio, dijeito de quo forão esbulhados
pela decisão do collegio. Outro do ministério da
justiça , communicando que pela
E' pois a commissão de eleição secretaria de estado não forão recebidos
parecer que o acto da papeis alguns so-
do deputado ficou incompleto. bre o convênio entre o
presidente de Pernambuco e o Dr.
t Quanto ú eleição do supplente, foi feita conforme as Antonio Vicente do Nascimento Feitos a. — Inteirada.
prcscripções legaes , obteni) em segundo escrutinio o
Outro do Sr, conselheiro Carlos Carneiro de Campos,
Sr. Dr. Jeronymo Máximo Nogueira Penido 49 votos d'en-
participando que tomou assento no senado. —Inteirada.
tre os 93 do collegio.
« A commissão camara : Outro do Sr. deputado Flavio Clementino da Silva Freire,
portanto propõe a esta augusta
l.o Que se mande reunir novamente o collegio de Ita- communicando que tem deixado de comparecer ás sessões
—Inteirada.
bira para completar o a^to da eleição do deputado do 4° por moléstia.
districto da declarando-se vali-
província de Minas Geraes, Uma representação dos eleitores da freguezia da Aldêa ,
dos todos os outros actos anteriores e posteriores áquelle. na provinc a do Rio de Janeiro , sobre o numero de eleitores
2.o Que se reconheça supplente pelo mesmo districto que foi fixado & dita freguezia pelo presidente da provincia.
o Sr. Dr. Jeronymo Máximo Nogueira Penido. — A* commissão de constituição e
poderes.
« Sala das commissões, 29 de Abril de 1857.—F. Octa-
Uma outra documentada dos eleitores da freguezia de
riano.—Bezerra Cavalcanti.—J. Marcondes. »
Santa Anna do Mattos , 2o districto eleitoral da provincia
Dada a ordem do dia, levanta-se a sessão ás 3 horas da do Rio Grande do Norte , queixando-se do esbulho que sof-
1
Urde. frêrão os seus direitos politicos, e
pedindo reparação da in-
— A' mesma commissão.
justiça que se lhe praticâra.
E' introduzido no salão com as formalidades do estylo ,
Nesiuio em (i «lc Jlnio.
resta juramento e toma assente , o Sr. João Jacintho de
PRES1DENCIA DO SR. VISCONDE DE BAEPENDY. £ [endonça.

LP-ae e vai á commissão de poderes a seguinte indicação :


Summario. —Expediente.—Ordem do dia.—Admissão do sup-
plente do 1° districto de S. Paulo. Observações dos Srs. Mar- « Indico que durante o legitimo impedimento do Exm.
Unho Campos, e Cruz Machado. Votação.~ Proyramma do Sr. conselheiro Jeronymo Francisco Coelho de ter assento
ministério. Discutso do Sr. marques de Olinda.—Eleição do nesta casa como deputado pela de Santa Catha-
provincia
Maranhão. — Eleição da Bahia. Votação.— Fixação de forças rina, seja convidado para o substituir o respectivo supplen-
de mar ede terra. — Eleição do Rin Grande do Sul. folor/\o.— te o Sr. Jusuino Lamego Costa. — Castrioto. >
Eletção do Rio Grai]de do Norte. Votação.—Eleição de Minas•
Geraes (7o districto); votação ; (4® districto) , observações PRIMEIRA PARTE DA ORDEM DO DIA.
dos Srs. Alcântara Machadê, Luiz Carlos, Martinho Campos,
e Cruz Machado. Votação.—Eleição de commissões. iDMISSÀO DO SUPPLENTE DO 1° DISTRICTO DE S. PAULO

A's 11 horas procede-se á chamada, e achando-se presen- Lê-se e entra em discussão o seguinte parecer:
j
tes os Srs. Torres Ilomera , Cunha Mattos , Souza Leão , | « A commissão de poderes, tondo presente a indioação do
Villela Tavares , Machado, Salathiel, Dantas, Cerqueira Sr. deputado Nebias afim de que seja admittido a tomar as-
Leite , Paes Barreto, Costa Pinto, Gonçalv s da Silva , sento o Sr. Dr. Rodrigo Augusto da Silva , supplente reco-
André Bastos, Almeida Pereira, Baptista Monteiro, Sá e nhecido do 1® districto eleitoral da provincia de S. Paulo,
Albuquerque, Cunha Figueiredo, Silvino Cavalcanti ,To- em falta de comparecimento do deputado effectivo , ó de pa-
bias Leite, Franco de Almeida, Gavião Peixoto, Benevides,
j recer que seja approvada a dita indicação.—Sala das com-
visconde de Baependy, Alcantara Machado, Bezerra Cavai-
missões , 5 de Maio de 1857. — Cruz HacUa.lo. — Teixeira
eanti , Barbosa , Landulpho , Nebias , Pinto de Mendonça , Júnior. »
Dias Vieira, Silveira Lobo, Sampaio Vianna, Mendes da
O Sr. Murnio Campos . —Sr. presidente, comquanto a
Costa. Francisco Campos, Martinho Campos, Luiz Carlos,
vista o parecer que se acha em discussão pareça do
Cruz Machado, J. Marcondes, Silva Miranda , Pinto de j primeira
entendo que merece toda con-
Campos. Cândido Mendes, Rego Barros, barão de Camara- pouca importancia , comtudo
sideração, não devendo-se tomar um accordo a respeito se-
gibe. Cyrillo, Castrioto, Miguel de Araújo, Fausto, Augus-
não depois de madura reflexão , porque vai firmar ura pre-
to Corrêa, Araújo Lima , Belfort, Fernandes Vieira, Madu-
eodente que tem de servir de regra para o futuro quanto 4
reira , Fernandes da Cunha , Augusto de Oliveira. Calhei-
chamada de supplentes.
ros, Paranaguá, Felippe do Aiaujo, Brandão, Diogo Velho,
A commissão propõe que se chame o supplente do Sr. de-
Pereira Franco, ©Teixeira J«nior, abre-se a sessão.
putodo Carrão. Eu desejava quo nae informasse se llie cons-
Lê-se e approva-se a acta da antecedente. ta que esse deputado pela provincia de S. Paulo deixará de
comparecer , se o seu impedimento será
Depois de feita a chamada comparecem os Srs. Peixoto prolongado. Pelo
de Azevedo, Delfino de Almeida, Antunes de Campos, que se sabe, não hn participação alguma do Sr. deputado
Lima e Silut, Paninhos, Barros Pimentel, Fiusa , Pereira Carrão; se não veio até o presente , p6de apresentar-se de
Pinto, Nabuco, Pedreira, Paiva, Monteiro de Barros, nm para outro momento. Não havendo certeza de impedi-
mento, para ? Já
Pnclioco , Toscano Barreto , e Serra Carneiro. que havemos dc dar assento ao supplente
Presta jurameuto o Sr. Costa Pinto. praticámos assim . não o devendo , chamando o supplente
pelo districto de Nitherohy som participação do respectivo
O Sr. 1.° Si:ciu:tario dá conta do seguinte
deputada.

EXPEDIENTE. O Sr. Cruz Machado : — Está na Europa.



Officio do Sr. visconde de Maranguape, communicando O S*. Martin no Campos : — Entretanto nesse caso se dava
ter sido nomeado ministro e secretario de estado dos nego- a grande differença de estar o deputado na Europa.
cios estrangeiros. —Inteirada. O Sr. Orez Machado : — Também se deu assento a um
supplente Alagoas.
Outro do Sr. conselheiro Bernardo de Souza Franco, par- pela provincia de
ticipando ter sido nomeado ministro e secretaria de estado O Sr. Martinho Campos : — Admitto se chamasse o
que
dos negocio! da fazenda. — Inteirada. supplente para o deputado da provincia do Rio de Janíiro ,
SESSÃO EM 6 DE MAIO DE 1857. 1S9

O Sr. Martimho Campos : — Se autorisa a


porque neste caso não ha ajuda de custo. Porém chamando admissão , é
supplentes que residão era províncias distantes da cfirte, logico que obriga a chamar.
,
teremos de onerar os cofre* públicos com despezas desneces- O Sr. Cruz Machado : — Faz differença.
saria3 , visto que a casa tem numero sufficiente para func-
O Sr. Martimio Campos : — O nobre deputado deve estar
cionar na fôrma da constituição, e assim não ha razão para
como quer o parecer. pela consequencia de seus princípios.
que se exija esse luxo de supplentes ,
Eu, portanto, se não tiver novas informações a tal respei- O Sr. Cruz Machado : — O comparecimento de um
prova
to, votarei contra o paiecer da commissão. a ausência ou impedimento do outro.
— Sr. O Sr. Mirtimio Campos •. — A casa é testemunha de
O Sr. Cnuz M.icn ado : presidente , parecia-me que
que
tendo a camara resolvido que se admittisse nm supplente não omitti opinião definitiva ; disse sómente
que devemos
das Alagoas , por estar prssente, em lugar do refloctir antes do firmar um precedente na
pela província questão.
Sr. deputado Silverio Jorge . c apresentar o sen diploma,
admittido o supplente pelo circulo de 0 Sr. Cri /. Machado : — O precedente esti firmado.
que tendo-se também
Nitherohy por se achar ausente o deputado effectivo.... O Sr. Martimio Campos : —- Mas não
posso concordar cora
— Na Europa. o nobre deputado quando sustenta que a simples ausência
O Sn. Maktinho Campos :
do proprietário é razão suffioiente para a chamada do sup-
O Sn. Cruz Machado: —Não carregue tanto o nobre de-
plente.
Europa , porque , em vista das rápidas
putado na palavra O Sr. Cruz Machado: — O comparecimento do supplen-
communicações que actualmente existem entre o Brazil e
te prova a ausência ou impedimento do deputado.
aquella parte do mundo , é mais fácil vir deli do que de
certos pontos do nosso paiz. {Apoiados.) O Sr. Martimio Campos:—Eu mostrarei o contrario
Como dizia, tendo a camara já resolvido em casos identi- nesta mesma questão. O Dobre deputado me perturba com
cos, parecia-me que , opinando a commlssão admissão os seus apnrtes , sabendo entretanto que fallo nesta camara
pela
do supplente do 1» districto de S. Paulo , ia ao acordo com pela segunda vez.
a decisão da camara. Entretanto , como o nobre deputado
O Sr. Cruz Machado : — Não faço mais que imita-lo ; po-
considera a matéria re integra , me permittirá a camara que
rém não darei mais apartes.
eu faça algumas consideravões.
O Sr. Martimio Campos : —O argumento do nobre depu-
Sr. presidente , bem sei que a constituição não trata em
supplente. tado—que a ausência do proprietário é motivo para clia-
parte alguma da entidade denominada inar-se o supplente—não me parece sufFiciente para susten-
O Sr. Martinho Campos: —Apoiado. E' uma super- tar a sua opinião ; não ha razão de serviço publico
porque
fetação. em virtude da qual esta caraara tenha completo o numero
O 5*. Criz Machado : — Não se pôde dizer que ó super- de seus membroá, vi»to que a constituição permitte que tra-
fetação, porque a constituição autorisou os poderes com- balhe com metade e mais um.
petentes para fazer as leis organicas que tõm de estabelecer Uma voz : — Será melhor que trabalhe completa.
o modo pratico de realisa-la , e entendeu-se que estava no
espirito da constituição a entidade supplente já no tempo O Sr. Martimho Ca*pos : — Os precedentes al'cgados pe'o
om que se fizerão as instiucções de 26 de Março de 1824.... nobre deputado não procedem para mim, porque a camara
não estando constituída, consentio, segundo eu li nos jor-
O Sr. Martimio Campos : — Anteriores á constituição.
naes, que tivessem assento aqui deputado e supplente
pelo
O Sr. Criz Machado :— .... as quaes forão aceitas pelo mesmo districto.
poder legislativo. Hoje porém ee aclia expressamente crea- O Sr. Criz Machado : — Está enganado.
aa pela lei de 19 de Setembro de 18S5 , nio com direito tão
eventual comod'antes, porque outr'ora tinha direito do fer O Sr. Martimio Campos : — Também sabe-?e que quando
supplente todo aquelle que obtivesse qualquer numero do o Sr presidente de Sergipe entrou pa.-a este recinto , reti-
votos , ao pas?o que hoje aquelle que é eleito as func- rou-se o supplente que occupitva o seu lugar.
para
Ções de supplente é tão representante Hh maioria como o r«i voz : — Mas não tinha sido chamado.
próprio deputado. (Apoindot.) Apenas far se-ha uma excep-
O Sr. Martimio Campos : — Ma.* é vordade que sem van-
ção desse principio nos círculos de mais de um collegio ,
visto que nelles tagem alguma para o serviço esteve nqui um sup-
admittida a maioria relativa. Mas noste publico
caso a maioria relativa tamlem colloca o d<j£utado e o sup- plente que se retirou antes de aberta a aesembléu geral.
plente nas mesmas condições. O Sr. Cruz Maciudo :—Ha sempre vantagem em que
Ora. se o supplente hoje* uma entidade creada pela lei, todos os districtos estejáo representados.
com direitos tão seguros como o deputado, e como elle ro-
O Sr. Martimio Campos:—Nuo conheço essa i.ecessi-
pre9entaute da mesma maioria , se a lei determina ?e lhe
dade.
expeça diploma , e manda que seja admittido na falta ou
O Sr. Cri:z Machado: —A minha opinião £ mais libe-
impedimento do deputado, a questão se reduz a saber se
se reconhece a existencia do impedimento. ral do que a sua.
Eu opino com o nobre deputado que a ausência do depu- O Sn. Martilho Campos . — Não é de pouca importancia
tado do districto não i motivo sufficiente para que se con- a consideração tirada da despeza com aj uda. do custo; é
voque o seu supplente ; mas desde pste se apresenta e
que uma das maioreB que tem de occupnr a camara. Emquanto
pede sua admissão por não ter comparecido o deputado, en- não houver participação do deputado cu informações que me
tendo que está verificado o impedimento, o
qual não deve Batisfação , donde cu deprohonda a ausência do deputado ,
depender de
participação do drputado effectivo, o que ó con- eu votarei contra o parecer, convencido de que o nosso
forme ás decis"es esta camara tem tomado. Segundo a
que
legislação novíssima principal papel neBta casa é liscalbar as dospezas publicai.
parece-me que a camara deve resolver
que soja admittido o supplente que comparecer , todas as O Sr. Cruz Machado : — E também fazer com que os
vazes que não se apresentar o deputado, districtos sejão representados. (Apoiado* )
pois i igualmente
representante da mesma maioria. (Apoiados.) Julga-ie o discutido , e posto a votos é appro-
parecer
A questão da ajuda de custo nuo deve mingoar o direito vado.
estatuído pelas disposições da lei novíssima ; e quando
pu- E' recebido com as formalidades do estylo, presta jura-
desse fazer algum peso semelhante consideração por causa
da importancia da «espeza, lembro ao n bre deputado mento e toma assento o Sr. Rodrigo Augusto da Silva.
que a
ajuda de custo está dividida por 4 aunos, e portanto aquan- PROGRAMMl DO MINISTÉRIO.
tia que se terá de dar ao supplente é tão pequena
que não as
da camara. Eatrão no salão todos os Srs. ministros , e occupão
pôde embaraçar as resoluções
Limito-me a estas poucas palavras. respectivas cadeiras.
— Peço
O Sr. Martiniio Cami»os :
— Sr. O Sr. Marouez de Oli*ba (pretidente do c&rtittho) :
presidente , disse o no-
l>re deputado sentar-se que a falta do deputa- a palavra.
que acaba dc
do effectivo 6 razão sufficiente O S«. Presidertk •• — Tem a palavra.
paraautorisar a chamada do
supplente.
O Sr. Presidente do Conseeio : — Sonhores , formando
O Sr. Crlb Machado : — A chamada não ; a admissão. hoje a administração do Estado, n4s nos apresentamos anto
100 SESSÃO EM 6 DE MAIO DE 1857.

os escolhidos da nação cora toda confiança que inspira a pectivos livros pelos seus secretários, e conferidas por um
rcctidão^las intenções, e-com^>da a esperança de merecer- tabellião, pelas quaes verificou que as eleições nas fregue-
mos a adhcBiio, a cooperação da assembléa geral, e particu- zias de Alcantara, S. Vicente, S. Bento e Monção se fizerão
larmente da cama; a dos Srs. deputados. regularmente nos edificios e dia assignados
pela lei, sob a
Encarrega4o da tão ardua como honrosa tarefa da orga- presidencia dos l«s juizes de paz.
nisação ministerial, eu entendi que o gabinete devia ser Na freguezia de Vianna, havendo um
grupo de homens
a expressão da primeira^ das nossas actuaes necessidades armados se apoderado da matriz, e posto em desordem a
publicas. Aqaella necessidade á a expressão franca e leal povoação, o 1« juiz de paz adiou por editaes a eleição para o
dessa p ilitica, que, uma vez proclamada do alto do throno dia 23, e deu
parte do «ccorrido ao presidente da provincia,
e levada á execução, tem conseguido fazer tender os espíritos segundo consta do seu officio de 2 de Novembro ; nada ob-
stante o dito
para a concord a e moderação. grupo procedeu turaultuariamente a uma elei-
Este conceito , senhores, ao mesmo teirípo
que era o ção sob a presidencia do 2o j uiz de paz Lupercio Volois de
resultado de minhas próprias convicções, confurmava-se Àroche.
com o « Em o dia 23 teve lugar a eleição
plenamente pensamento augusto a que já me referi. presidida pelo Io juiz
No intuito realisa-lo procurei o concurso dos illustres de paz, sendo as cópia» das actas remettidas
pela mesa e pela
varões se achão, certo de camara municipal extrakidas do respectivo livro por seu
que presentes que estavão anima-
dos dos mesmos sentimentos. E ellea não duvidárão corres- secretario.
* So bem
ponder á confiança bom que a coroa dignou-se de os admittir que nesta eleição fossem observadas as forma-
aos seus conselhos. lidades legaes, depois de constituida a mesa
parochial o
Quaes são, porém, os princípios do actual governo? juiz allegou e nSo provou que as perturbações movidas
pelo
E' natural que se pergunto. São esses princípios, ou, para contrario se tornárão
grupo permanentes, e por maneira tal
servir-me da
palavra consagrada nestas occasiões, o pro- que lhe impedirão de funccionar no dia 2 de Novembro e
nos immediatos, c menos
gsamma do governo. que lhe sendo vedada a entrada
na matriz novos obstaeulçs eneontrára
Senhores, um programma de governo não é mais do para organisar a
mesa, e principiar os trabalhos em outro edifício, legiti-
que a maneira de resolver as questões pendentes. Nestes
objectos podemos considerar questões de duas ordens. mando assim o adiamento que resolveu, sem
que para isto
umas são relativas ao pensamento regulador dos actos procedessem editaes, como demonstra a certidão, que, la-
do governo, são relativas ao espirito que lhes dá vida, vrada por Joaquim Simplicio Pereira de Moraes, escrivão do
que
lhes imprime um caracter especial em seus effeitos, não juizo de paz do lo districto da cidade de Vianna, em um
tanto em relação aos objectos sobre requerimento de Egydio José Gonçalves, foi depois impressa
que recahe, mas em
relação á ordem publica em geral. Outras dizem respeito a no Correio Mercantil n. 101 de 14 de Abril do corrente anno.
objectos puramente administrativos. Comquanco no collegio não comparecesse a turma de
eleitores da eleição presidida no dia 2
Quanto ás primeiras, o programma do governo encer- pelo 2o juiz de paz,
ra-se e acha-se já na exposição que acabei de fazer da forão os votos da outra turma tomados em separado, bem
maneira por que foi organizado o ministério. O mesmo que o collegio houvesse j ulgado legal esta eleição.
« Foi também
pensamento que presidio á organisação do ministério, este presente á primeira commissão de poderes
mesmo pensamento <5 o que ha de dirigir .seus actos. um diploma do Sr. Augusto Francisco Caldas, como deputa-
Quanto aos objectos administrativos, na falia do throno do eleito pelo mesmo districto, assim como cópia de actas de
achão-se indicadas as primeiras necessidades. O ministério outro coliegio, das quaes consta que 55 eleitores de 3 fre-
remetto-se aos trabalhos que já existem sobie alguns dosses guezias reunidos em casa de Francisco Salazar Padilha
r.ssumptos: e se julgará muito leliz se puder conseguir derão ao Sr. Caldas 53 votos para deputado, e ao Sr. João
que
alguns sejão couvenientcmente resolvidos. CoeJho de Souza 50 votos psra supplente.
O ministério não pôde apresentar trabalhos, que não os « Esta cópia foi remettida ao ministério do império a 10
de Março pelo vice-presidente da
tem preparados, por isso adoptará os projectos que jà estão provincia o barão de Croa-
em andamento em ambas as casas, salvas aqueJIas modifi- tá, em que declara que não lhe constava que em Vianna se
cações que julgar convenientes, e que em occasiãoopportuna tivesse reunido este collegio.
terá a honra de expor. « A integra do officio é a seguinte: —No dia immediato ao
Tenho feito, senhores, a declaração dos princípios em que tomei couta da administração desta provincia me foi
por
que nos devemos regular. Contando o ministério com o apresentado o officio que junto tenho a honra de passar ás
concurso o coadjuvução da camara dos Srs. deputados, mãos de V. Ex. com o sobredito, em quo vinha envolto. Esse
esperamos quo da harmonia dos poderes, assim como da officio acha-se assignado por João Coelho do Souza, João do
concórdia dos Brasileiros, sem o que não se Carvalho Filgueiras, José Majáano Alves Serrão, Ilonoiio
poderá firmar
a ordem nem as liberdades publicas, esperamos Nunes Soeiro e José Cândido Martins, que se dizem mem-
que dahi
resultaráõ instituições assegurem a tranquillidade bros da mesa do collegio eleitoral do 2o districto desta pro-
quo
publica o promovão o desenvolvimento da riqueza nacional. vincia, e vai acompanhado da cópia a que elle se refere, da
Eis o nosso programma. acta da eleição Ue um deputado o seu- supplente pelo dito
circulo, sendo esta unicamente authenticaaa pelos mesmos
Kctirão-se os Srs. ministros.
indivíduos. Cumpre-me declarar a V. Ex. que por esta
Ex., com oílicio de 17 de
, KLCIÇÀO DO MARANHfo. presidencia forão remettidas a V.
Fevereiro ultimo, para serem presentes á camara dos Srs.
(2o districto.) deputados, cópias das actas, tanto da eleição a que se
pro-
eeaeu 110 collegio do 2° districto eleitoral, como das do elei-
Lè-se, e a requerimento do Sr. Fiusa vai a imprimir , o tores das respectivas freguezias, e que, além do collegio a
seguinte parecer da commissão de poderes :
que, se refere a acta remettida com o dito officio, não consta
• A primeira commissão de
poderes, a quem foi remettido que outro algum se reunisse.
o diploma do Sr. barão de S. Bento, deputado eleito pelo 2o « Nessas actas se lê
que o dito collegio fôra presidido
districto eleitoral da
província do Maranhão, havendo exa- pelo 2o juiz de paz, por ter o 1", Manoel Antonio de Souza,
minado acuradamente o mesmo diploma e as actas da elei- optado este cargo pelo serviço de commandanta superior da
respectiva, apresenta o resultado do seu trabalho.
ção guarda nacional depois da sua eleição. Parece que se juiz
« No collegio único deste districto, dizer que o dito Souza
que comprehende 5 preferio ser commandante superior ;
freguesias, e se reunio no
paço da camara municipal da ci-* porém a commissão observa que o dito Souza presidio a elei-
dado de Vitima, comparecêrSo 106 eleitores, faltando 3, a
Ção da parochia e a do collegio reunido no paço da camara
saber : 86 das quatro freguezias Alcantara, S. Vicente, S. municipal, e feito tal op-
portanto não é exacto que tivesse
Bento e Monção, e 20 de Vianna ; o obteve o Sr. barão de S. Ção; e forão presentes á commissão, portaria do presidente
Bento a maioria absoluta da 101 votos sen- da provincia, aviso do ministro do império, insertos na fo-
para deputado,
do 83 dos eleitores das lha official, dos o 2° juiz de paz
quatro primeiras freguezias, e 18 quaes consta quo foi mesmo
dos de Vianna, cujos votos forão tomados em separado, Lupercio Volois de Aroclie, tenente da guarda
que sendo
e o Sr. desembargador João Paulo de Miranda a maioria nacional consultou ao tendo elle aceitado
presiuente, se
absoluta de 61 votos para supplente, sendo 54 dos elei- este posto, bem como o dito Souza o de commandante su-
toros das quatro
primeiras freguezias, e 7 dos de Vianna. perior, depois de eleitos juizes de paz e juramentados, esta-
' A commissão teve cópias vão inhibidos de ao que o
presentes das acta» parochiaes, presidir a mesa parochial, presi-
r«mettidas dente respondeu negativamente em data de 26 de Julho, de-
pelas camaras municipaes, extrahidas dos res-
191
EM 6 I)! ! MAIO DE i S57.
SESSÃO
actas forão reinettidus por
cisão que foi approvada por a"Viso de 13 do Setembro do primeiros juizes de paz, cuias
cópia pelas camaras municipaes, e annulladas ambas as
1856. . , eleições de Vianna.
Das actas deste collegio se vê que forno julgados legaes
o mes- « 2 0 Que sejão reconhecidos , o Sr. barão de S. Bento
os diplomas dos eleitores de tres freguezias de que
deputado do 2o districto eleitoral da província do Maranhão
mo se compôz. . T_. e suppleute o Sr. desembargador .João Paulo de Miranda.
« Os 21 nomes que eo dão corao eleitores Us Vianna ,
multado, são os da eleição « Que se remetta cópia efeste parecer ao governo para
dos quaes um foi justamente
actas a mesa remetteu mandar proceder criminalmente contra os autores das actas
feita pelo 2o juiz de paz , do cujas
e este ao ministério do das suppostas eleições de Monção cj|S liento.
cópia ao presidente da província,
< Sala das coinmissões, cm 1" de Maio de 18~>7. — 1'ran-
lm«
de S. Bento , bem como do cisco da Sena Carneiro, —L. A. da Cunha Mattos. Cunha Pa-
23 nomes de eleitores
dos constantes das únicas ranayud.
um que faltou, são diflerentee
íi commissâo. ELEIÇÃO BA D 1IIU.
actas parochiaes que forão preuentes
» O mesmo acontece cornos 12 nomes de eleitores de
remettidos pelo presidente da pro- districto.)
Monção. Entre os papeis (7o
do subde-
vincia so achãodous oflicios do 1° juiz de paz e
de homens I^Ê-se , entra em discussão , c sem debate é approvado , o
legado da freguezia, participando que um grupo
seguinte parecer :
armados , capitaneados por José Cândido Martins, no dia
2 de Novembro se reunio em edifício que não o designado « A 4" commissâo de poderes examinou o diploma do de-
e se dizia que alii estava fazendo suas elei- da Bahia . as actas
para a eleição , putado eleito pelo 7» districto eleitoral
ções. dos collegios eleitoraes e mais papeis que lhe são concer-
t Em vista do exposto , que é o que consta das peçt s offi- nentes.
cialmente remettidas , a commissâo não hesita em julgar « Compõe-se o referido districto de 4 collegios, a saber :

que a eleição deste collegio deve ser annullada. de CaravellaB , Victoria , Porto Seguro e Ilhéos. Contra os
« Forão presentes á commissâo documentos em grande dous primeiros nenhuma questão se faz ; contra o de Porto
numero, pelos quaes se prova que não liouve reunião publi- Seguro argue se de excesso do eleitores era algumas pa-
ca desse collegio ; que nelle figurão como eleitores presen- rochias, sem todavia provar-se esse excesso ; e na falta de
tes peásoae que não estiverão era Vianna nos dias 2 e 3 de esclarecimentos sobre o numero de eleitores dados cm 1842
Dezembro, em que , segundo as actas, se reunio e funccio- e 1844, por não existirem nonrchivo desta augusta cama-
nou ; que alguns desses nomes não forão qualiíicados vo- ra, e nada constar da informação do presidente da provin-
tantes , que na freguezia de Monção, comquauto se disse o cia da Bahia e dos documentos annexos á mesma . n com-
facto da reunião do grupo dirigido por Martins e Trindade, missão recorreu ás actas das eleições transactas, e verificou
não se effectuando a ileição que ee dizia estar fazendo com não dar se o excesso que séMisse ; c por isso entende que se
o 2# juiz de paz. não pôde contestar a validade do mesmo coliegio.
« A commissâo observa que quando ella tivesse sido fei- « Quanto ao collegio de Ilhéos, contesta-te a sua validade
ta, bastava , para ser evidentemente nulla, que ao mesmo por excesso de 3 eleitores na freguezia de Olivençn ; a com-
tempo estivesse o lojuiz de paz procedendo regularmente á missão não julga procedente tal arguição parque i-sta fro-
eleição no edifício -designado segundo as ordens do governo guezia deu t> eleitores, <¦ é esse o numero que sempre , e
em falta de matriz. Também se prova, já pela não remessa em todas as eleições, tem dado , como consta de diversas
das actas , e já pelo que affirmão o 2o, 3° e 4" juizes de paz, actas existentes na casa ; arguc-se ainda por algumas irre-
e autoridades policíaes cm attestações j unidas , que eM S. 11 <|ue aliado
gularidades 11a eleição de S. Jorge de Ilhéos ,
Bento não se fez outra eleição além da que foi presidida pelo a representação du 19 eleitores e suppleute» dirigida a esta
lo juiz de paz. Mas quando se tivesse a ella procedido seria augusta camara. Não deixa a commissâo de reconhecer que
igualmente nulla. Finalmente, se prova que não se pedio na eleição primaria se derão com effeito algumas irregula-
certidão das listas da qualificação de Monção e S. Bento para ridades, que rigorosamente se podem reduzir a tres :
uos ar- «Al1, não ter o cofre de guarda da urna tres chaves , o
por ellas se procecer à chamada de votantes ; que
chivos das camaras municipaes não existem livros de actas sómente duas.
destas eleições, e nem á secretaria da presidencia forão ro- « A 2" , não terem os eleitores prestado-se a assignar a
mettidas cópias deltas. 2" acta da formação da mesa.
« A fulsidade portanto das duplicatas de Monção e ,S. * A 3U , não se ter feito menção dos votantes que deixá-
Bento ó sobremaneira manifesta. rão de comparecer á 3a chamada.
A oleição de Vianna leita pelo 2o juiz de paz é evides- « Prova-se , entretanto , que tendo a mesa inutilisado a
Ia acta cscripta , por não moucionar-se nella a leitura dos
temente nulla , porque foi feita em estado de perturbação
artigos da lei por onde devera começar os seus trabalhos t
da ordem publica, e com a presença do grupos armados, se-
livro uma 2U acta
não porque não houva cópia authentica do alistamento para procedeu á mesma leitura , e lançou 110
a chamada dos votantos. regular, que foi só assignada pelo presidente e secretários,
por ella veriHcar-se
com a do declarando os eleitores que a não gssitnavão por o julga-
A acta desta eleição está em contradieção
rem desnecessário , visto terem assignado a 1'. Como dessa
collegio: naquella, o 2° juiz de paz presidio a mesa porque
o lo, Manoel Antonio de Souza , não compareceu; nesta o sorte se prova a presença desses eloitores e a referencia á
commissâo que com esta 2a
2* juiz de paz presidio o collegio porque o Io, Manoel An- primeira assignatura , julga a
tonio de Souza , havia optado pelo posto de conamandantc acta sanou-se a omissão da 1".
superior depois d» sua eleição para aquelle cargo. « Do mesKpo modo não pareço proceder para o fim de an-
-
« A commissâo , nullar-se a eleição da freguezia , e por conseguinte do col
para não ser prolixa, não substancia o
conteúdo de muitos outros documentos que concorrera paru legio, a falta do monção dos votantes que doixárão de com-
como nao se deixou de pro-
provar a
inexisteucia da eleição do collegio, como das elei- parecer na 3" chamada , visto
indivíduos que nelle tigurão na qualidade de elei- ceder à dita chamada.
ções dos
tores de S. Bento e Monção ; porquanto o que fica expen- « (planto a não ter o cofre tres chaves ejsómento duas,
o preceito , por ter o
dido <5 sobremodo sufliciente para sustentar estas proposi- guardou-se tanto quanto foi possível
da urna e dous dos mcbarioa
Ções. . presidente íicado com a chave
« Finalmente, ainda que tivessem sido nomeados em com as do cofre onde aquella foi recolhida.
eleições legaes os que derão ao Sr. Caldas os 53 votos, dever- « Apresentárão-se ainda como eleitores indébitos quatro
se-hião deseontar delles :1o, os de 6 eloitores do Vianna indivíduo* , um por ser Portuguei e tres outros ]>-r serem
do
que não forão qualiíicados
votantes ; 2» , os de 3 outros de menores de 25 annos. Não so tendo provado a identidade
S. Bento que se acha provado que nao forão a Vianna, onde , que aliás tem em favor <Je feu direito titulo» de
primeiro
e sen-
se reunio o collegio ; e portanto ficaria elle reduzido a 41 empregado publico e de alTcre» da guarda racional,
votos , numero inferior ao dos votos obtidos pelo Sr. hafuo do os tres últimos todos ofliciaes da mesma guarda nacional*
surti-
de S. Bento sómente dos eleitores das freguezias de Alcan- não pôde a commissâo reconhecer no allegado razão
tara e S. Vicente, por parte das quaes nao figurão eleitores ciente para contrariar a eleição feita.
da parecer
«as actas do dito collegio. « Nestes termos , é a 4a commissâo de poderes
« Concluindo, é a commissâo de parecer : reconhecido deputado pelo 1° districto eleitoral o
que seja
« l.o Que sejão approvadasas eleições das freguesias de I tenente-coronel Innocencio Velloso Pederneira!, e supplen-
^ques
Alcantara, S. Vicente, S. Bento e Monção , presididas pelos j te o Dr. Benevenuto Augusto de Magalhães r
102 SESSÃO EM 6 D i MAIO I)E 1S57.

« Paço da camara , 30 de de 1857. — L. Carlos. — cia deste meio, pelo recrutamento, nos termus ias
^\bril disposi-
José Ant$nio Saraica. — Francisco de Assis Athaide. > ções vigentes.
Os indivíduos
O Sh. Presidente declara deputado pelo 7o districto da que assentarem praça voluntariamente
sorviriO por teis anno», a os
província
fia Bahia o Sr. Innocencio Velloso Pederneiras, e que fôrem recrutados por nove
supplente o Sr. Benevenuto Augusto de Magalhães Taques. annos.
Os voluntários, além da gratificação diaria igual
ao
0 Sr. Pederneiras é recebido com as formalidades do esty- soldo inteiro, ou ao meio soldo de
primeira praça, emquanto
lo, presta juramento, eterna assento. fôrem praças de
pret, conform® tiverem ou não servido no
O Sn. Cruz Machado (pelaordem): —Sr. exercito o tempo marcado na lei,
presidente, a perceberão, como prêmio
commissão de poderes tem ainda de verificar o diploma do de engajamento, uma não exceda a 400#,
gratificação que
um deputndo eleito pelo Maranhão ; eu fui e quando coneluir#m sou tempo de serviço • fôrem escusas
presidente da-
quella província; desejava portanto pedir dispensa da com- terão uma data de terras de vinte c duas mil e
quinhentas
missão na parte relativa a essa veii ti cação , e substituição braças quadradas.
por outro nobre deputado. (Apoiados.) Eu não me escuso da « A
quantia que exime o recrutado do serviço continua
discussão; mas não desejo a ser a de 600&.
que meu voto seja considerado
suspeito nesta matéria , e a maneira de evitar isso é O contingente necessário
pedir a para completar as ditas forças
substituição do meu nome unicamente na verificação dos será distribuído, em circumstancias orainarias,
pelo muni-
cipio da corte e
poderes desse districto. pelas províncias.
Art. 3.o O
A cam:<ra annue ao governo fica autorisado para destacar até
pedido do lionrado deputudo, e o Sr. 4,000 praças da
guarda nacional em circumstancias extra-
presidente nomêa para substitui-lo nesse trabalho da com- ordinarias.
missão o Sr. Cunha Mattos.
« Palácio do Rio de Janeiro, cm 5
de Maio de 1857.-Js-
ronymo Francisco Coelho. >
FIXAÇlO DE FORÇAS DE MAR E DE TERRA.
O Sn Prksiddnte declara
que a camara tomará na devi-
da consideração a proposta do
Achatido-se na sala immcdiata os Srs. ministros da ma- poder executivo.
rinha e da guerra , são introduzidos cada um por sua vez Finda esta leitura, retirão-se com as mesmas formalida-
com todas as formalidades do estylo, e tomando assento á des com que havião sido recebidos.
direita do Sr. presidente, lêin as seguintes
propostas do po- O Sr. Presidente declara
que as propostas são remetti-
der executivo que íixão a força de mar e a força de terra das á commissão de marinha e
guerra.
para o anno de 1858 a 1859.
Augustos e digníssimos Srs. representantes da nação. ELEIÇÃO DO RIO GR AIS DE DO SUL.
De ordem de S. M. o Impetlidor venho apresentar-vos,
na conformidade da lei, a seguinte proposta lixando a força (4° districto.)
naval para o anno financeiro de 1858 a 1859.
Lê-se , entra em discussão, e sem debate é approvado , o
« Art. 1.® A força naval
para o anno financeiro que seguinte parecer:
ha de correr do 1® de Julho de lfi58 ao ultimo de Junho de
« A 7'» commissão de
1859 constará : poderes, tendo examinado a acta da
¦ Si 1,° Dos ofíiciaes da armada e das demais classe» eleição do 4° districto eleitoral da
província do Kio Grande
do Sul, reconhece terem sido observadas as formalidades
que for preciso embarcar, conformaas lotações dos navios,
c estado-maior das d visões navaes. legaes, e nenhuma occurrencia haver-se dado digna de
« g 2.° Em circumstancias ordinárias, de 3,000 menção.
praças « rendo-9e composto o collegio de 59 eleitores
de marinhagem e de pret dos corpos do marinha, embarca- , obteve o
das em navios armados e transportes ; e de 5,000 em cir- Sr. Dr. João Pereira da Silva Borges Fortes 33 votos em lo
escrutínio para deputado; e
cumstanciaft extraordinarias. procodendo-se 4 eleição de sup-
§ 3.o Do corpo de imperiaes marinheiros, das compa- plonte , obteve também cm 1» escrutínio o Sr. Dr. Fidencio
nliias de aprendizes marinheiros creadas pelas leis anterio - Napomuccno Prates 58 votos.
. Não forào
res, do batalhão naval c da companhia ae imperiaes maii- presentes A commissão as actas das assem-
bléas parochiaes , ficando
nheiros da província de Mato-Giosso; coutinuaud» a auto- por isso a commissão privada de
apreciar por si a maneira
lisação para eleva-los ao seu estado completo. por que em cada uma das paro-
chias correu o
« Art. 2.a A força acima mencionada será
preenchida processo eleitoralentretanto uma vez que
nenhuma reclamação existe , e o collegio declarou validas
pelos meio< autorisados no art. -1® da lei n. 613 de 21 de
Agosto de 1851. todas as eleições primarias , entende a commissão:
<l.o Que deve ser reconhecido deputado
Art. 3,® Ficão revogadas qnaesquer disposições cm pelo 4° districto
contrario. da província do Rio Grande do Sul o Sr. João Pereira da
« Palácio do liio de Janeiro, em 5 de Maio do 1857. — Silva Borges Fortes.
José Antônio Saraiva. > <2.o Que devo sor reconhecido supplente o Sr. Fidencio
Nepomuceno Prates.
O Rn. Presidente declara quo a camara tomar.1 na devi- « Sala das commissoes , 28 de Abril de 1857. — Jeromjmo
da consideração a
proposta do poder executivo. José Teixeira Júnior.— L. A. Darbosa.—./. J. Landulplio. >
« Augnstos e digníssimos Srs. representantes da nação.
O Sr.Presidente declara deputado
Cumprindo o pelo 4o districto da
preceito qu« me é imposto pela lei, venho, do Rio Grande do Sul o Sr. João Pereira da Silva
de ordem deS. M. o Imperador, apresentar-vos n seguinte província
Burges tortos, e supplente o Sr. Fidencio Nepomuceno
proposta: Prates.
« Art. l.o As forças de terra para o anno financeiro de
1858 a 1859 constaráO . ELEIÇÃO DO RIO GRANDE DO NORTE.
« § 1.® Dos officiaes dos corpos moveis e de
guarnição,
da repiutição ecclesiastioa e dos corpos de saúde, de estudo- (1° districto.)
maior de primeira e de segunda «lasse, de engenheiros e de
Lê-ie, entra em discussão » e eem debate é approvado , o
estado-maior
general. seguinte parecer:
« § 2.o De dezapeií mil
praças de pret de linha em cir-
« A 2" commissão de
cumstancias ordinarias, e de vinte e seis mil em circum- poderes , em additamento ao pare-
cer de 18 do mez
stancias extraordinarias. proximo passado, propõe a esta augusta
camara
« § 3.° De mil e quarenta
praças de pret em companhias que seja reconhecido deputado supplente pelo 1®
de pedestres. districto da província do Rio Grande do Norte o Sr. Dr. An-
« § 4 o 0 quadro dos corpos arregimeatadosé inalteravel to^io de Albuquerque Maranhão Cavalcanti Júnior,
que
em qualquer das circumstancias; a alteração obteve a maioria absoluta de 74 votos em 2o escrutínio.
que as forças
fixadas houverem de solFrer em relação a essas circum- « Paço da camara , 1° de Maio de 1857.— V. H. Duarte.
•—J. J. Pacheco. »
«tancias terá lugar por auginento ou diminuição das
praças
de piet das companhias dos mesmos corpos. O Sr. Presidente declara deputado supplente pelo lo dis-
Art. 2.° As forças fixadas no artigo antecedente serão tricto da província do Rio Grande do Norte o Sr. Antônio
completadas jjpr engajamento voluntário; e, nainsufficien- "
de Albuquerque Maranhão Cavalcanti Júnior.
EM tí DE MAIO DE 185" 103
SESSÃO

DE MINA8-CERAE8. ções; primeiramente, porque não tenho as habilitações nc-


ELEIÇÃO cessarias , e o traquejo da tribuna , para emittir do um
modo claro e conveniente o que sinto sobre a n.ateria era
(7° districto.) discussão; em segundo lugar ,
o porque tenho do ir em op-
e sem debate 6 approvado , posição ã opinião da illustre cotnraissão que lavrou o pare-
Lê-se, entra em discuto .
cer, commisHão composta de illustrações distinetas, do
seguinte parecer: ,
as actas da oradores abalisados , que facilmente destruirão meus fraco»
« Forãoíoraopr 5» c«.mmissão de poderes
presentes íi ,arla argumentos ; mas ainda, Sr. presidente, minha
dü 7„ districto da província posição se
achado regalares e verificado torna precário , porque , pelo que tenho observado , a maio-
.
aeeMU.aPs Ger,e» ; e un.d ria da casa está do accoruo que é preciso e conveniente sub-
diversos cidadãos que nel-
as—d.votoKohtid,^ pelos
metter a novo escrutínio a eleição do 4» districto eleitoral
la?roQu?LTdltn'/dqSCrõ de Minas ; mas , Sr. presidente , por mais critica
Sr. Antonio Joaquim que seja
minha posição eu não deixarei de dizer com franqueza o
C2 votos nos dous coll,.gio» , de Minas
César", que reunio sinto , pedindo aos senhores , cuja opinião impugno ,
aquelle distneto. _ que
Novas e Rio compõem a benevolencia de que caieço.
-e declare supplenteoir. Dr. Antonio Gabriel que tenliâo para comigo
, 20 One Diz-se, Sr. presidente, que se deve annullar a eleição do
Fi.ii>-"0» . <l"e f"i o immediato na votaçao, tendo
de Paula foi preterida sem razão
reunido 33 mffragii-s que nos occupamos porque justifi-
de 1857. - F. Octa- cativa uma das formalidades mais essenciaes da lei ; mas,
Sala das cou.rais.Ces . 29 de Abril
» Sr. presidente , todo mundo sabe que o fim para que o legis-
tia no. J. Morenndrt.—IUurra Cavalcanti.
lador creou essas formalidades não foi outro do que para
7» districto da
0 Sk. Presidi isti declara deputado pelo que appareça a vontade real
dos votantes; eBta vontade se
o Sr. Antonio Joaquim César, e
província du Min»s-Geraes manifestou de um modo muito claro na eleição do 1° dis-
supplentc o Sr Antonio Gabriel de Paula Fonseca. tricto eleitoral de Minas ; o caso de cjue se trata não está
nas hypotbeses figuradas pela lei; é diff-Tente.
(4» districto.) O c» llegiode Itabira compunha-se de 93 eleitores; a maio-
ria absoluta , 6 verdade que era *17 ; mas dá-se o caso aqui
da 5a com mis são
Lê-se , e entra em discussão, o parecer de que entre os eleitores que votáruo achavâo-se os douscan-
districto. fV'de itistlo de
de poderes relativo à eleição deste didatos em
quem
o collegio pretendia votar , estos votárão
5 do corrente.) cm pessoas aiíFerontes, e o declarárão.
— Tendo-se lido na sessão da hontem
O Sr. Phesidekte : Sr. Cari.os:—Não consta da neta essa deela-
Acerca da eleição do -1» O Luiz
0 parecer Ha eommin-ão He poderes
districto d» província de Minas-Geraes,
o br. deputado Ai- ração ; oque existe & uma declaração feityi por um eleitor

canta.a Maeliado roq lereu a


sua impressão. Este requeri- quando o collegio jà estava dissolvido.
- ser votado Acontece,
mento não pód p<-r não haver casa O Sa. Alcantara Machado:—Mas vC-se claramente que
o J- r.iu! do Commercio de hoje traz impresso
pnr^rn , que a intenção da maioria do collegio era que fosse deputado
esse parecer ; e nestes t ;rmos esti elle em discussão. monsenhor Felicíssimo , porque, consultado se devia proce-
— Peço a
0 Sn Alcaktaiia Machado : palavra. der-se a 2* escrutínio , declarou que não , e não appHreceu
i reclamação alguma contra eBsa deliberação ; o quando mes-
O Sr. .1 MAiK.or.-ii s diz qno tendo sido impresso o pare-
haver impugnação mo corresse 2° e 3«> escrutínio , o resultado sena o mesmo ,
cer de que se trata . o parecendo-lhe
áeerca .te soa conclusão. por isso que se pedio a palavra con-
, porque os candidatos não podião votar em si, e nenhum vo-
de- taria no outro ; deve-se neste caso considerar, ou como se
tra , vai r- querer o adiamento paia que seja discutido [
não comparecessem, ou como se dessem cédulas em branco.
ser dado para orlem do dia.
pois de Eu vejo , Sr. piesidentc, um grande inconveniente em
no
Li-se , e sendo apoiado entra em discussão , ficando «ubmetter-seo eleito a 2oescrutínio, que i a possibilidade de
«ntanto suspensa a d" p necer, o seguinte requerimento : apparecer na época dessa nova eleição um pensamento no
- collegio diííerentc daquelle que o dominava 11a cccasião das
K,.qu-iro que soja adiado o p-irecer para que seja dia
cutidod- p is de iia to ara ordem do dia. — J. Marcondes. » eleições geraes , quando o paiz foi consultado ácerca da es-
colha de seus mandatarios ; nessa época a maioria absoluta
O Sh Mirtikhu Caiipos :—Sr. presidente, me parece
do 4o districto eleitoral de Minas, abstracção feita dos dous
senão perda do tempo. A
que es e Miiaiueiito não nos traz interessados , escolheu para seu representante monsenhor
é mum» si" pios.
questão Felicíssimo, masmandarido-seagoraproccd* r ano\aeleição,
Reunido o <«dleg'0 eleitoral de It-ibíra com 93 eleitores ,
• «utado <» monsenhor Felicissimocomitf votos. pôde muito bem ncontncer quo vrnha oleito o representante,
^declar idu d não da uiaioria, m.as sim da minoria ; porquanto pôde dar-se
<1« votos não constituem maioria absoluta de 93 , não
Que o caso do fallecimento e ausência de alguns eleitores, e que
resta a men- r duvida 1 na fôrma da lei tenl^o de ser chamados seus supplentes ; e
O da commissSo , tirando a única conclusão
parecer estes, como todos sabem , quasi nunca são a expressão da
se pôde tirar á vista de nossa legislação ciei-
posfivol que maioria das parochias , o sim da minoria ; o assim poderá
toral, ist- è. que sh proceda a 2o escrutínio para se obter
muito bem verificar-se a eventualidade de que o districto
a eleição ie de .utado por esse districto , julgo que está,
eleitoral da Itabira mande para esta casa um representante
no cas«> de o«*r approvado, alim de que o districto de lta-
inteiramente diflerente daquelle que sua maioria legitima
bira não de ter nesta casa o seu repiesen-
que privmlo
tante. queria na época própria das eleições.
Sr. presidente, insiste-se que a falta de^ que se trata era
Nã« havendo mais quem peça a palavra, e posto a vo- uma formalidade essencial „ e que não podin sor pirterida_;
tos o aaiHinent". á rejeitado. mas a mesma lei que estabeleceu esta disposição determi-
Contínúa a discus&ão do ! noü que os eleitores, qnando tratassem <lo eleger os deputa-
parecer.
dos , se reunissem em ura sô collegio ; entretanto ha poucos
São lii'a*. Mpoind^H e entrão em discussão conjuncta-
dias a casaapprovou a eleição de S. Lx. oSr. Nebias, em
mente a- ««guuit^e emendas:
dou» collegios , dividindo-6e
que votftrio, no mesmo lugar,
Emv»*z le — «ompletar o acto da eleição, etc., — os eleitores em dous grupos ; não prevaleceu então a consi-
diga se — pa.a se renovar o acto da eleição, etc.— Cruz deraçío dessa tormalidado, porque se reconheceu que era
Machado. ? intenção da maioria do collegio eleger c-se muito digno de-

Que se chame o supplente o Sr. Dr. Jeronymo Ma- 1 putado.


Pendo
— Saiathitt. > Mais uma prova, Sr. presidente, da que mon, enhor-Feli-
ximo N.-uii.i a
cissimo tinha a confiança da maioria absoluta dos eleitores
Machado : —Sr. presidente, é com
O Pb. Am:a»t.>. á que teve 41 votos para presidente do collegio, e q;i' °°n-
bastante > menr" que pedi a palavra para fazer sultado esto se devia proceder-se a 2o escrutínio, decidio que
vãmente ft matéria de que se trata.
gumus r fl-xôrt- rei ti não , estando todos na convicção do que o oloito cri* o ver
Digo, S'. pre-odunte. que é com bastante aòanhamen- dadeiro representante daquolle districto.
to, e sôniente irri|jellido pela profunda convicção em que
O Sa. Chi Machvdo : —O collegio não podia acabar
estou h.- ,»h * ciei. So do 4® districto eleitoral de Minas
foi regul jr « cm,i'o me a vontade da maioria do collegio com um principio como é o da maioria absoluta.
«leitoral, qn« pedi a palavra para fazer essas considera- O Sr. Alc.vktara Machado: — Mas essa maioria ab?olu-

O 1<> I
m SESSÃO EM 7 DE MAIO I)E 1857.

ta se deu, como já fiz ver. Br. presidente . agora permittir- O Sb. Martisho Caupos : — Não me cansarei, Sr.
presi-
me-lia V. Ex. que faça algumas reflexões relativamente í dente, em sustentar o parecer da commissão ; suas razões
interferencia que alguns Srs. deputados dizem que o govoi- são tão sólidas que não me parece necessário nada accres-
no teve nas pasbadas eleições, centar á opinião apresentada pela nobre commissão e á
que
— A occasião não é acaba de dar o nobre deputado por Minas- Geraes. Tratarei
O Sb. Pbe»i»ewte : própria ; melhor
sómente de expôr breves considerações a respeito de uma
será que o nobre deputado se resorve para a resposta á
emenda offerecida pelo Sr. Cruz Machado, a qual diz assim.
falia do throno.
('<¦>
S*. Alcautaba Machado
O ; — Eem , Sr. presidente, Não vejo razão alguma que se possa allegar contra a va-
eutão tenho concluido. lidade do 1» escrutinio c não se
(apoiados); poderia querer
O Sb. Li1z Caiu os : — Sr. presidente, direi poucas pa- a sua nullidade sem atacar os direitos adquiridos dos quatro
cidadãos
lavras a respeito do objecto que se discute. que nelle forão votados. (Apoiados.)
E' principio invariavel da lei se decidão
que as eleições O Sr. Silveira Lobo: — Neste sentido pronunciou-ee o
por maioria absoluta dos votos dos eleitores presentes (apoio- parecer.
dos), excepto naquelles districtos que são compostos_ de
mais de um collogio, e no caso de empate em 3o escrutinio O Sr. Martimio Campos:—Eu sustento o parecer em
todas as suas
nos de um só. A lei mandou que na partes; mas não posso concordar com a enien-
pois invariavelmente da, porque se dá aquella offença de direitos.
eleição de deputados e não a lo-
prevalecesse a arithmetica A única objecção que se apresentou , dizendo-se que na
gica.
reuniãodo novo collegio podem deixar de comparecer alguns
O Sb. Alcapitara Machado:—Não apoiado. dos eleitores que votárão no Io escrutinio, funda-se em uma
O Sr. Luiz Carlos : - Assim , entendo que na questão razão meramento especiosa , sem fundamento real. Isto
vertente não se deu maioria absoluta, e que se devia proce- pôde acontecer em qualquer eleição, em acto successivo, e
semelhante hypothese 6 autorisada
der a 2o escrutinio , salvo so o nobre deputado mostrar que pela lei.
Eu , portanto , voto contra a emenda, e continúo a
46 ó maioria absoluta do 93, e então me darei por vencido.
adoptar o parecer da commissão.
Mas, não sendo admissível semelhante cousa, segue-se que
a questão se deve decidir pela arithmetica e não pela lógica. O Sr. Criz Machado : — Pareceu-me, Sr. presidente,
Mas se disse que neste caso não podia haver maioria ab- que o 1" escritinio feito em o anno passado podia ser posto
soluta , porque os dous candidato» , que so nchavào presen- de parte, e que se podia renovar todo o acto da eleição;
tes, votárão cada um em diverso indivíduo. Pergunto: quem considerando porím que esse escrutinio deu direitos aos
autorisou a pensar de semelhante modo para nullificar a
quatro votados nelle , e que podem ser ofiendidos com a re-
determinação da lei ? Da acta não consta ; o quando eBti ¦ novação do acto integralmente ,
peço a retirada da emenda.
vesse provado ,-a lei não quer votos revelados . manda que
(Jíuiío bem.)
a votação seja secreta. Entretanto depois do feita a acta ,
Consultada a casa , annue á retirada da emenda do Sr.
depois de queimadas »a cédulas , quando os eleitores trata-
Cruz Machado, e posto o parecer a votos é approvado, bem
vão de assigua-la, para depois retirarem-se, um delles decla-
como a emenda do Sr. Salathiel.
rou que votára do modo por que decidio o collegio em razão
ie terem os candidatos declarado os seus votos, cada um em O Sr. Salattiif.l :—Sr. presidente , dos negocios de que
diverso indivíduo. se trata nosta casa um dos mais urgentes é por sem duvida
Pergunto : a camara se pôde regular pelo que diz um a verificação dos poderes dos membros de que a mesma casa
eleitor ou mais no momento da dissolução do collegio, e deve compôr-se. Portanto reejueiro urgência para que a or-
quando taes declarações não llie podem ser mais submet- dom do dia de amanhãa em diante se divida em duas
partes,
tida3 ? Seria certamente um precedente funesto, e que poria tratando-se na primeira daquelles objectos
que V. Ex. jul-
a sorte das eleições á mercê do capricho de um ou mais gar mais necessários , e na begunda dos parecares de com-
eleitores, que deixando de aventar as questões nos colle • missão adiados.
da as-
gios , se guardarião para fazer doclarações no acto O Sb. Presidentes— Os senhores que são de opinião
signa t ura. que
na segunda parte da ordem do dia de amanhãa em diante
O Sr. Cruz Machado : — E ainda que estivesse na acta sejão discutidos os pareceres relativos á verificação de
po-
não poderia regular. deres queirão levantar-sc.

O Sr. Luz Carlos : — Disse o nobre deputado , que cm A camara resolve


pela affirmativa.
uma nova rtunião do collegio , como concluo o parecer da
commissão , podem faltar eleitores que já votárão ou com- SEGUNDA PARTE DA ORDEM DO DIA.
parecer novos. e então o 2o escrutinio não exprimir o pen- ELEIÇÃO DAS COMMISSÒt.S.
samento do collegio, o
qual já tinha declarado que não pre- Procede-se á eleição das seguintes commissões, c sahem
cisava de 2o escrutinio ; e não vê o illu^tre membro que fal-
(leitos para a de:
lando dessa sorte autoiisa a suppor-sc
que fura esse o pen-
samento dp collegio , isto é , que rccoiou-sc pelo resultado Ia de orçamento (71 cédulas).
de uma no\a votação ? Senhores , o collegio eleitoral não Os Srs. Sampaio Vianna com 46 votos , Augusto de Oli-
podia proceder como procedeu , porque , se observasse a Toira com 45, e Torres-llomem com 42.
lei, devião ter lugar nelle 2' e 3° escrutínios, e
quando es- 2;| d» orçamento (65 ctdulas.)
tes dessem o mtsmo resultado a camara dos Srs. deputados
decidiria a final como Os Srs. Fausto com 45 votos, Costa Pinto com 45, Para-
julgasse em sua sabedoria. Desde o
momento em legislativas, a naguá com 40.
que lia empate nas camnfas
questão a qne se refere fica adiada , porque se presume que Indo proceder-se fi eleição da 3a commissão de orçamento,
o deputado ou o senador do um dia
pqira outro púde mudar verilica-se não haver casa.
de parecer ? como se tem verificado.
já, por vezes
Por igual razão dous, ou mais eleitores mu- F az-se a chamada e dada a ordem do dia, levanta-se a
podendo um , ,
dar de parecer, hypothese aliás haver sessão.
prevista na lei, devia
mais um ou dous escrutínios , nos
quaes algum dos candi-
datos teria mais 1 ou 2 votos, e então dava-se a maioiia ab-
soluta. Deixando-se do cumprir a determinação da lei a Megsão em í de jtlaio.
esse respeito , offrüdeu-se de mais a mais o direito do 3°
4° votados, os quaes devião sei comprehendidos no 2° es- PRKSIDENCIA DO SR. VISCONDE DE BAEPECIDT.
crutinio.
Slmmario.-— Expediente.—Ordem do dia.—Eleição de com-
Sr. presidente, não quero tomar tempo á casa ; e
portan- mmbes.—Banco do Jirazil.—Discursos dos Srs. Coelho de
t® não passarei adiante, julgando
que as poucas palavras Castro, bardo de Mauá, Pacheco, * Torres-llomem. Votação.
que tenho dito bastão para convencer de o collegio elei- ¦— Eleição de Minas Geraes.
que Discurso do Sr. Martinho
toral do 4° districto da província de Miuas-Geraes deixou
Campos.
de observar o
que manda a lei, e de que a camara dos Srs.
deputados deve ordenar
que se cumpra aquelle prec«ito, A's 11 horas da manhãa, feita a chamada, e acliando-se
0\>rao opina o parecer, pelo qual voto. presentes os Srs. Pinto de Campos, Cunha Mattos, Macha-
SESSÃO CM 7 DK MAIO I)E 1857. 195

do, Villela Tavares, Cerqueira Leite, Gonçalves da Silva, Requerimento de João José de Mattos, pedindo dispensa
Souza Leão, Paiva, Benevides, Paes Barreto, Campos, Au- do lapso de tempo para se
poder naturalisar cidadão brazi.
gusto dc Oliveira, Salatliiel, Francisco Campos. Martinho, leiro.—A' commissão de constituição e
poderes.
Mendes da Costa, Landulplio, Gavião Peixoto, Dins Vieira, Vai A commissão de
Teixeira Júnior, Franco de Almeida, Rodrigues da Silva, poderes com urgência o diploma do
Sr. João José Ferreira de Aguiar, deputado
Fernandes Vieira, Henriques, Pereira Pinto, Viriato. Coelho pelo 5o districto
da província de Pernambuco.
de Castro, visconde de Bnependy, Belisario. Serra Carneiro,
Pinto do Mendonça, Calheiros. J. Marcondes, Sa e Albu- São recebidos com ps formalidades do estylo,
prestuo ju-
Cavalcanti, Pereira Franco, ramento, e tomão assento oa Srs. deputados Sérgio Teixei-
qucrque, André Bastos, Silvino
barão de Camaragibe, Rego Barros, Alcântara Machado, ra de Macedo, o Paulino José Soares de Souza.

Nebias, Lima e Silva, Dellino de Almeidn, Peixoto de Aze- O Sr. barão de Mauá também
presta juramento.
vedo, Antunes de Camp»s, Barros Pimentel, Silveira Lobo,
Madurei™, Tobins I-eite, Costa Moieira, Mieuel Aranjo, > PRIMEIRA. PARTE DA ORDEM. DO DIA.
Silva Miranda, Fernandes da Cunha. Torres-Homem, Pa-
ranaguã, Almeida Pereira, Arauju Lima, Sampaio Vianna, ELEIÇÃO DK COMM1SSÕES.
Jacintho de Mendonça, Cyrillo, e Cunha Figueiredo, abre-
se a sessão. Continüa a eleição das comiaissSes, o sabem eleitos para:
Lê-se c approva-se a acta da antecedente. 3a de orçamento (07 cédulas).
Depois de aberta a sessão comparecem os Srs. Felippe de Os Srs Diogo Velho com 17 votos, Pederneiras com 41,
Araújo, barão de Mauá, Monteiro de Barros, Cândido Men- Cunha Mattos com 43.
des. Cruz Machado, Baptista Monteiro, Toscano IWretn,
1 o de contai (67 cédulas).
Diogo Velho, Dantas, Pederneiras, Costa Pinto, Bezérra
Cavalcanti, e Brandão. Os Srs. Bezerra Cavalcanti com 4G votos, Flavio com 42,
Silva Miranda com 41.
O Sr. Io Secretario dá conta do seguinte
BANCO DO BRAZIL.
EXPET1EKTE.
O Sr. Barão de M»ut: — Peço a palavra para negocio
urgente.
Officio do ministério da fazenda, pedindo dia e hora para
apresentar as propostas do poder executivo relativas ao seu O Sr. Presidente : — Tem a palavra.
ministério.—Designa-se o dia 8 ao meio dia.
O Sr. Barão de Mauá: — Sr. presidente, a praça do Rio
Ontro do ministério do império, remettendo os autogra- de Janeiro desde poucos mezes depois da installxção do ban-
phos de diversas resoluções da assembléa geral sanccio- co do Brazil so tem conservado em um estado de crise, por
nadas o anno passado.—A archivar-se. assim dizer permanente; semelhante estado não
pôde, não
deve continuar ; cumpre pois indagar
Outro do ministério da justiçá, transmittindo o decreto quaes as causas que
justitícão a marcha da directoria desse banco. Com este
ue aposentou o desembargador da relação do Maranhão
1lm, vou apresentar & consideração da cana um requerimen-
:) osí Mariano Corria de Azeredo Coutinho.—A' commiBSão
de pensões e ordenados. to, pedindo algumas iuformações a respeito, o qual servirá
de bape para a discussão.
Outro do mesmo ministério, enviando o decreto
que apo-
sentou o conselheiro Antonio Pereira Barreto Pedroso no Consultada a casa sobre a urgenoia, decide-so pela affir-
lugar de ministro do supremo tribunal de — A' mativa.
justiça.
mesma commissão. Lê se, apoia-se e entra em discussão o seguinte requeri-
inento:
Outro do mesmo ministério, remettendo o requerimento
em que os lentes de lithurgia o canto « Requeiro que se peção ao governo as seguintes infor-
plano do seminário ar-
chi-episcopal da Bahia maçft»:
pedem augmento de ordenado. —A'
mesma commissão. « 1." O montante da omissão do banco do Brazil, c o das
respectivas caixas filiacs, cada uma de
Outro do secretario do senndo, enviando c6pia authentica per si, desde sua
da falia do throno.—A* commissão respectiva. installação, no fim década mez.
< 2 o O fundo disponível do banco, e o de cada uma das
Outro do mesmo secretario,
participand) a nomeação da tiliaes nas mesmas data*.
mesa do senado.—Inteirada. « 3.® O movimento de fundo3 entre o banco e suas filiaes,
Outro do mesmo secretario, communicando o senad» ou a importnncia dos saques reciprocamente.
que « 4 ° A quanto monta a importância cobrada
adoptou e vai dirigir á saneção imperial a re-olução conce- pelo banco
dendo 10 loterias a beneücio da Associação do S. Vicente om ceda mez pelos saques sobre suas liliaes.
« S o Qual o mecanismo pratico oetabelecido
de Paulo, installada nesta còrte.—Inteirada. pelo banco
em relação ás suas tiliaes, isto é, se as considera
Outro do mesmo secretario, fazendo igual commnnica" parte in-
tegrante de um bó estabelecimento, ou bancos separados
ç8o ácerca de quatro resoluções, duas approvando as
pen- sujeitos ao pensamento diiector da administração central.
8ÕC8 concedidas ao capitão Ricardo
Leão Sabino, e ao guar- — liarào de Maud. »
da nacional José Joaquim de Siqueira;
outra autorisandoa
concessão de dous annos de licença O Sr. Cou.no di Castro:—V. Ex. faz-me o favor de
com o respectivo orde-
remetrer o requerimento ?
P?r "ltel™ 80 contador da thesonraria de fazend. da (£' satisfeito.)
província do Maranhão ; o outra Pedi a palavra, Sr. presidente, para fazer algumas consi-
mandando pagar ao
18 9 deraçoes a respeito da conveuiencia do requerimento apre-
j08 a quantia do 1:210&36!I. In-
{ ali"0 sentado pelo illustre deputado pelo Rio Grande do Sul....

Outro do mesmo secretario, fazendo igual O Sr. Presidente :—O nobre deputado pretendo oppôr-se
communicaofio
ácerca daresoluçío que autonsa o ao requerimento?
governo a despender até
6,000:000!jji com a importação de colonos
; e communicando O Sr. Coelho be Castro:—Sim, senhor, a algumasd«
estar sanccionada a resolução
que manda pagar ao Dr .João suas partes. O nobre deputado requer
Uaptista dos Anjos.—Inteirada. que se poção ao go-
veruo as seguintes informações
(W); eu peço licença ao il-
Outro do 1° secretario da assembléa lustre deputado para me oppôr ao 3", 4° o 6° artigos,
provincial deS. Paulo que
cobrindo uma representação da mesma assembléa, na fa/.-m parte do seu requerimento.
ouai
pede a rejeição do § 4o do artigo substitutivo do Sr. presidente, eu considero
proieeto que o banco do Brazil é am
de limites entre algumas estabelecimento particular, e como tal tudo diz res-
províncias do sul do império quanto
approvado nesta camara, e ora em discussão
no senado — peito & marcha administrativa que tem relnçSo immvdiata
A commissão de com interesses a perceber
estatística. pelo emprego dos capiraes de sen*
Outro accionistas é negocio inUiramente alhei» 4 seção do
do Sr. deputado Hermogcnes, communicando go-
ter verno; não^pôde o
comParecer 43 «essões governo ingerir-se em tomar contas i
~Ínteírad° por motivo de moléstia. administração, e sim unicamente os seus accionistas jia
respectiva assembléa
geral, quando tenhão de discutir •
SliSSAO IÍM 7 1)1-: MMO 1)L 1857.
190

as vezes nos separamos delia somo'


relatorio de seu presidente. O governo poderá somente ter (apoiados); todas que
ingerencia na parte relativa ao contracto feito com o banco, responsáveis....
contracto que podeira ter sido feito com outra qualquer en- Um Deputado : — Tanto o bHnco è estabelecimento
Sr.
tidade particular. uma votação da camara
particular,que isto reconheceu
Ora, este contracto reduz se unicamente a dous pontos : lugar de seu presidente era compati-
quando julgou que o
Io, A emissão do banco em relação ao sen fundo disponivel; rei com as funeções legislativas
2o, ao resgate do papel-moeda. A primeira e segunda parte — E não ha só isto, a mesma
Sr. Coei.do dk Castro •
O
dó requerimento do nobre deputado estão em harmonia com
lei o considera estabelecimento paiticular; unicamente lhe
este pensamento, isto é, deseja o nobre deputado saber qual
dá uma attribuição que não tem outros estabelecimentos
é o montante da emissão do Danço, deseja saber se o banco
chamo, desejo
tem ou não exorbitado das attribuições que lhe são conce- particulares; pata esta attribuição ^empre
chamai* a attenção do governo , sobre esta attribuição acho
didas pela lei para emittir em relação á sua carteira e ao aquillo
competente todas as indagações, m s não pnra que
seu fundo disponivel; o governo pôde satisfaze~ immediata-
é puramente administrativo ; a faculdade que o banco tem
mente a efete quesito, porque o banco do Brazil remette se-
bancario exis-
manalmente ao Sr. ministro da fazenda uma especie de ba- podia ser dada a qualquer estabelecimento já
tente, já formado....
lancete onde Fe demonstra o estado de sua emissão com re-
laçiio ao seu fundo disponivel e carteira. Um Sr. Deputado dá um aparte
Deseja também o noore deputado saber qual o fundo dis-
O Coelho de Castro : — Se o nobre deputado com-
Sr.
nas mes-
ponivel de banco e de cada uma das caixas tiliaes
prehende que ha differcnça entre uma administração par-
mas datas E?>te artigo do requerimento preude-se com o 1°,
ticular e essa administração que se prende a interesses pu-
<5 con*equencia natural; não se pôde conhecer da legitimi-
blicos....
dade da emissão do banco sem que te conheça a somina do
seu fundo disponível O mesmo Sr. Deputado : — Abi 6 que está a questão.
Mas, quanto ás cutras partes do requerimento, perdôe-me Sr. Coei.ho de Castro : — Sinto
O divergir da opinião
0 nobre deputado que eu me afaste de sua opinião ; essas do nobre deputado ; desejaria ouvi-lo emquanto estivesse
commerciiies com assento nesta casa para justitiesr actos que têm Bido
partes dizem respeito a relações puramente
de fundos en- tantas vezes invectivados injustamente na minha opinião
que o banco tem com a praça, ao movimento
tre o banco e suas caixas filiaes, á importancia dos seus
particular.
saques recipiocos, o que ê uma transRcpào puramente com- apenas procurado fazer co-
Assim, Sr. presidente, tenho
mercial que o banco faz com negociantes da praça do Rio nhecer á casa que este requerimento só pôde ser aceita vil
de Janeiro, remettendo seus capitaes para as províncias nos seus Io e 2o artigos ; a tod <s os mais que tem relação
onde existem caixas íiliaes. Nisto o governo não pôde in- intima com a administração particular do estabelecimento
o governo nem a camara dos Srs. deputados po- de que se trata não pôde a camara dar um voto favoravel,
era de modo algum influir na direcção ou na marcha ad-
ferir-se; nessa administração,
porque não pôde a camara ingerir-se
ministrativa do bmeo ; todas as vezes que íeus directores •ob pena de faltar aos principies tantas vezes proclamados
ou os individuos qu*' collocados naquelln posição com o voto de liberdade de industria; uma vez que se quer coarctar o
dos accionistas do banco entenderem que ó de seu dever ze- desenvolvimento dos interesses individuaes, uma vez que se
lar os interesses do b«uco praticando este ou aquelle acto, o indivíduo usa das facul-
quer tomar conta, saber como
nada lhes pôde prohibir, salvo a sua responsabilidade pe • dades que lhe são dadas por seus capitaes para ganhar ou
rante os accionistas, e a sua exclusão da directoria na oc- á liberdade
perder, entendo que dá-se um ataque perfeito
casião det«rminnda nos estatutos. de ncção do estabelecimento.
< A quanto monta a importancia cobrada pelo banco em ao banco,
Quanto á parte relativa ao privilegio concedido
cada mez pelo* saques sobre suas filiaes. » E* consequen- deputado ; in-
já disse que estou de accordo com o nobre
cia necessária, está perfeitamente comprehendido este ar- dague a camara se o banco tem ou não cumprido a lei, se
tigo no antecedente Os movimentos de fundos entre as emittio ou não de conformidade com o seu fundo dispo-
caixas Íiliaes não se podem fazer senão recebendo o banco nivel.
do Biazil a importancia dos saques para fazê-la dar em Per-
Üm Sr Deputado dá um aparte.
nambuco ou Bahia, ou onde existem suas caixas filiaes, ou j
vice-versa, recebendo ellas ali e sacando a. favor do banco O ?*. Coklho DK Castro: —Isto é questão divers* ;_por
Logo todas 1 ora estou 'aliando ua supposição de que existe uma lei no
para este receber aqui a referida importancia.
as vezes que se conliece o movimento do» fundos entre as camara dos Srs deputados; é di-
paiz, lei que foi feita pela
Caixas fili ies e o banco, se conhece immediatMinente ^ual reito constituído e não constituendo; não entro na questão
a importnncia cobrada, quer pelo bxnco. quer pelas caixaB. se a lei foi hem ou mal feita; mas uma vez que ella existe,
« Qual o mecanismo
pratico estabelecido pelo banco em e de nio até onde podião ir as funeções do banco do Brazil,
relação ás mas Mines, isto é, se as considera pwrte inte- até onde podia chegar a acção da autoridade a respeito des-
grante de um só estabelecimento, ou bancos sep«rados su- te banco. o que se pretende ó controverter, invadir attribui-
»
jeitos ao pensamento dircctor da administração central. çi"es que a outros competem....
Sobro este ponto n resposta ectá na lei Dia ella queoban-
Um ^r Deputado : — Não, não é invasão.
co do Brazil é uma entidade que se adia dividida em dif-
O s. Cosmo de Castro : -OU! i perfeita invasão! To-
lerentes ramos, isfo é, caixa matriz do Rio de «Janeiro e
administração do banco :
Íiliaes, onde as conveniências julgarem necessário o seu es- da» a- veze» que o governo disser á
— vAs marchais mal, deveis marchar desta e não daquell»
tabelecimento. Assim, pois, á face da lei não sei que possa
maneira,—ha perfeita invasão de attribuições, não lia per-
haver explicação possível a esta parte do requerimento At
caixas filiaes e o banco do Brazil formão um só estabeleci- feira liberdade de acção; porque deu a lei aos accionistas
f
mento, os seus interesses são communn, aa suhs adminis- toil^s as prereçativas que existem nos estatutos do banco
Porqu determinou ella que a directoria fosse nomeada pe-
trações pa«a alcançar esses interesse* são mod ludas por
uma só lei ; o regula a» caixas filiaes ó lo* ac-ioniftas ? Então era melhor que o governo estabeie-
pensamento que
do banco do cesse uma administração toda sua; que o governo noraeas-
perfeitamente calcado sobre a lei orgânica
se os directores, e lhes pedisse conta a todo o momento. ^
Brazil.
Penhores estimo hoje esta discussão,
Cm Sr. Deputado dá um aparte. que tenha começado
occasião de
porque desejava, como director do banco, ter
O Sr. Coelho de Castro:—O nobre deputado sabe per- | algumas ideai
poder apresentar á camara dos Srs. deputados
feitamente que o bnnco do lirazil não pôde < xistir fóra da a respeito do mecanismo desse estabelecimento ; e estou
lei, salvo sob a responsabilidade de íua administração, »es- certo que o nobre autor do requerimento lia de concordar
dt< que eu seria o seria o bastante pratico,
ponsabilid primeiro a provocar, couiigo,
p .rque é bastante intelligente,
s->bre a directoria. a m de que todos se bastante esclarecido, para não aceitar os princípios eternos
primeiro a chamar
compenetrassem bem que ella tem cumprido o seu dever. da ra/ão Estimo, torno a dizer, tenha começado hoje
que
Salvo este caso, não vejo qual seja o alcMiice deste quesito. esta discussão, porque, tendo de demorar-me pouco tempo
^ occa-
Um Sr. Df.putado • — Se elle não pôde viver fóra da ldi, com assento neste recinto, depois talvez nao tivesse
j
não é estabelecimento particular. siôo de tratar desta matéria. Estimçi pois que esta aiscus-
são fosse provocada; aguardo a sua contmuaçao.
O Sr. Coeldo de Castro : — Perdôe-me o nobre deputa-
d»; todos nós devemos viver de conformidade com a lei O St. Barão de MaU Sr. presidente, o nobre deputa-
7 DE MAIO DÊ 185: 197
SESSÃO EM

o 1» e 2» quesitos O 4° quesito apenas piocura indagar a totalidade Ja com


do que acaba de sentar-se concorda cora
da casa, e missão resultante dos saques entre a caixa central e as^ fi-
do requerimento que submetti á consideração liaes. Este quesito podia na verdade soffrer alguma objec-
o nobre depu-
impugna os outros tres. Mas as razões que bcnhores, que
ção. Meu pensamento, porím, foi demonstrar,
tado apresentou não me parecem suüicientes. essa cominissão é uma ins"'gniticancia, uma das causas pe-
-Tenho bastante pena. resultado So não
O Sa. Coelho DE Castro: queninas quo influem para um grande
—Estas informações, Sr. presi- existisse essa commissão estabelecida pela directoria do
O Sa. 1U..U. DE MaeÁ :
Principiarei _d.rn.do que a banco do Bra/il, esse movimento entre as caixas filiaes e a
dente, formío um coujuàcto.
I 1 «n .l<\ Brazil
• do I* »•(»•*( I nao
I n é explicável caixa central se faria com mais franqueza, e a perturba-
marcha da directoria do banco
denuncia seria em menor escala. Entào eu qui-
no segredo do suas delibe,ações; eare- ção oue se
para quem não estó zera demonstrar que por tão p-juca cousa, por insignifican-
e completa (apotudo,), que traga
ce de uma discussão larita
o as oausas que tím influído na. oias da ordem daquella de quo so trata, não valia a pena
ao conhecimento do puldi d*» banco concorresse para um tão grande
suas deliberações- Para podermos porém
chegar aes.a dis- que a directoria
bases. mal. Este 4o quesito tem, pois, um alcance pequeno em si,
cussão é necessário termos
11a praça do_Kio de Janei- mas grande em relação ao objecto a que se refire.
O que ò que se tem observado
mezes depois da installação do banco? Vamos ao 5» quesito. (IX.)
ro desde poucos
110 mercado monetário, Sr. presidente, esto quesito não é de fôrma alguma in-
Crises continuadas, difficulúades
do maior tempestivo. Não sei quaes sejKo os netos em que basêe o
restricções nas transacçõe*. [Apoiados.) Titulus^
movimento pratico, note-se bem, o movimento praiico dessas
merecimento commercial, títulos sempre apreciados p^las
outras instituições de credit j que existião 110 paiz, d. spre- relações; porquanto é de notoriedade publica que quando,
zados e annullados.... em uma época não mui distante, a caisâ central sc rc*entia
duas caixa»
de desfalque em seu fuudo disponível, as
O Sr. CoKi.no de Castro; — Perdoe me, não durante a
filiaés da Ualiia e de Pernambuco não tinhão ainda «mittido
época em que tenho estado como director do banco.
nem o montante do seu metallico existente em caixa, So
O Sr. Barão de Mauí : — Apresentei o meu requeri- isto é verdade (só procuro indagar, ineu t.m è ter bases
mento apenas para obter bases que sirvão para a discussão; se isso ó verdade, em gravo censura
paia a discussão),
em occasião opportuna demonstrarei a verdade das propo- incorre a directoria do banco se considera as caixas liliaes
sições que avanço. como partes integrantes da central; porque neste caso*
Disse o nobre deputado que com o 3° quesito do meu reque- existindo 8.1 perabundancia de fundes disponíveis na caixa A k
rimento, aquelle quo se refere ao movimento de fundos entre e havendo falta na caixa 15. cumpria que a directoria do
o banco e suas iilia.es. nada tem que ver ogov<rnoou os banco supprisse a falta da caixa B com a superabundancia
poderes constituídos. Pois,
senhores, se a emissão do banco da caixa A ; mas assim não tem acontecido; a directoria
ó perturbada, como se diz geralmente, pelo movimento do augmenta os juros na cuixa B, onde lia falta, existiud»
fundos entre as caixas filiaes e a caixa central» como recu- superabnndancia de fundos disponíveis lia caixa A. Será
Bardes os meies de apreciarmos essa
perturbação, negan- isto justificável? Seria justificável se a illustre directoria
do-nos o conhecimento da que tem seguido essa
marcha tivesse adoptado como pensamento pratico de sua gestão
movimento de fundos? Ha nisso algum segre- iiliaea fossem estabelecimentos em separado.
(Apoiados.) que as caixas
do? Ha algum interesse publico ou particular que seja Se a directoria adoptasse esta base para sua» operações,
compromcttido com o conhecimento do montante desse mo- aquelle seu procedimento era até certo ponto justinoavel.
vimento? Pergunta-se, por ventura, â illustro directoria
do banco quaes são os portadores dessas letras, quaes são O Sn. Sampaio Viàhka: — Essa base seria contraria â lei.
indivíduos Per-
os que vão reclamar esses fundos ? Não. O Sr. Barão de MaiI: —Só procuro infoimações, por
gunta-se apenas qual o quantitativo do movim' nto de fun- isso não desenvolvo agora esse meu pensamento.
dos entre a caixa central e as caixas filiaes. a airec*
O nobre deputado acaba dedcch-rar á casa que
filiaes como
O Sr. Sampaio Viawna :—Consagra do o principio da toria do banco do Brazil considera as caixas
da ca.xa central.
interferência do governo na
parte administrativa do banco; partes integrantes
— E' disposição de lei.
principio pernicioso. O Sr. Couho de Castro:
O Sn. I5\k\o de Malá:— O banco do Brazil não 6 um O Sr. Barão de Mai A;
— Como pois que, existindo
se
estabelecimento exclusivamente particular ; não venhílo superabundnm ia do fundos disponíveis em uma caixa,
com semelhante subterlugio. [Apoiados.) deixa em difficuldades uma outra? Como é que sc provoca
O Sr. Sampaio Vianna:—Já foi decidido que £ [Apoiados.) a alta de juros?..»

O Sr. BarÀo de Mauá : — O bnnco do Bra/.il ó a base da O Sr. Coelho de Castro : — Não apoiado.
fortuna publica ; o dinheiro que existe cm nossas gavetas OS*. Barão de MavU: que influo ató indirecta-
é papel do banco do Brazil. Como susteutar se que uma mente na producção.
instituição desta ordem, creada por uma lei, com estatutos — Essa supcrabundanoia é mui-
O Sa. Sampaio Vianha :
é apenas um estabelecimento
que regu'ão suas operações, tas vezes ephcmera, illusoria.
particular ?
O Sa IUrão de Mauã : — Peço apenas informações ; cm-
O Sn. Sampaio Viaíina:— De que serve a assembléa dos
quanto não fòrem fornecida» liao posso entrar em maieres
accioeistas, senão directores?
para tiscalisar a gerencia dos
detalhes Tenho justificado o meu requerimento.
O Sr. Barào de Maüí : — Estabelecimento particular^ em
dia foi dividida
aquelle que <pc»ra aob sua respousabilidade individual, e em O Sr. Presidente : —À ordem do
a carnal*
duas partes. Estávamos na primeira parte quando
quo a acção m iministrativa nada tem que ver; mas um cs- um Sr. deputado
tabelecimento dessa ordeui. um g ando bnnco de circulação, foi consultada sobre a urgência ped:da por
agnn. em do-cussão. Von-
chama-sc a iss<> estabelecimento particular? Nunca, se- para apresentar o requerimento de passarmos a
a hora
nhores [Apoiados.) ceu-»e esRa urgência; mas è dada
assim me parece quo esta
Tenho demonstrado que nenhum inconveniente ba em segunda parte da ordem do dia. e
amanliaa, salvo
o corpo legislativo, em qiW o paiz saiba aual o movi- discussão deve ficar adiada. para continuar
que
mento dos saques entrega caixa central e as caix»s filiaes ; se a camara decidir o contrario.
— Creio ó d«
meramente o quantitativo, senhores ; não se trata de de- O Sr. Pachec» (pela ordem): quo o melhor
vassar nenhum segredo das operações do banco. urgência
uma ve/. ultimar esta dincussão, e portanto poço
eera
Ninguém p<">de negar que esse movimento tem sido a cau- continue, ao meto » por meia hora, que
parn que ella
sa (pelo menos a causa que se tem apresentado com toda a tempo bastante para se votur o requerimento.
franqueza, mesmo por parto dos Srs. directores do banco) v, í approvada :i ur-
Consultada a camara a este rospeit *
da perturbação do equilibrío na emissão des^e estabeleci*
sentido proposto pele Sr. Pacheco, e O"""®??
mento. Porque não traze-la ao comhecimento do corpo le- gencia no do nr.
mente continúa a discussão do requerimento
discuti la em todo» os R"us detalhes,
gislativo, porque m~o de Mauà.
lei nessa
para que o corpo legislativo possa alterar a par- dispensar -
te e fazer des*pparecer essa causa perturbadora? Não pos- O Sr. Pacbeco : — Sr. presidente, eu po
razoes produzidas pele
so descobrir nenhum fundamento á objecção do nobre do- me de foliar nesta questão A vista da*
S»l; nuo atusarei
putado em relação a esse 3o quesito. nobre deputado pelo Kio Grande do
SESSÃO EM 7 DE MAIO DE 1857.

porém por muito tempo da palavra ; 11 ão fatigarei têm feito estudos cspeciaes, nos homens
a camara
j práticos, como,
reproduzindo o que já foi dito; liraitar-me-hei a por exemplo, no nobre deputado o Sr. barão de Mauá, que
fazer
pequena» considerações ao illustre deputado, que é um dos tem uma razão pratica, illustrada, homem em
quem depo-
dignos directores do banco do Brazil. sito illimitada confiança nestas matérias, é o homem
porque
Creio que este nobre deputado pedio a palavra, nao com a quem se não pôde disputar a gloria de ter creado,
por
animo deliberado de se oppôr ao lequerimento, que elle assim dizer, uma nova éra no commercio deste paiz. (Muita*
mesmo desejará que passo; sendo supplcnte, e devendo í apoiados )
deixar breve, como elle mesmo disse, o luiçar ao deputado Perdôe-me o nobre barão o ter-me expressado deste
em cujo impedimento elle ferve, (juiz sem duvida aproveitar modo, offendendo talvez a sua modéstia.
o ensejo para dizer alguma cotisu em abono da direeção do O nobre barão tem perfeito conhecimento destas matérias,
banco do Brazil, o que aliás é muito louvável; é natural, pesou de certo bem a conveniência de seu requerimento, e
pois, que, preenchido este ílm, o nobre deputado não insista eu não hesito ura momento em dar-lhe o meu voto.
na sua opposição. Não qnero discutir, repito, se o banco do Brazil é ou não
Nno so trata agora, senhores, de averiguar a marcha um estabelecimento
que particular. Compartilho com o nobre
tem trilhado os directores do banco em suas operações, de deputado
que fallou em primeiro lugar a opinião de que
approva- H <>u de reprova laj se di?to se tratasse, eu seria o esse banco não é uma repartição
publica, mas é um esta-
primeiro a pedir ura adiamento da questão, para que tives- bel«eimento
que não ó exclusivamente particular, ou ao
semos tempo de examinar o nos>o direito n este respeito, e menos be acha collocado em
posição excepcional, sendo
até onde po deveria entender; não sou fácil em decidir, sem admissível que os
poderes supremos entendâo 11a sua mar-
acurado exame, assumptos graves e que possrio firmar uma cha, som que todavia o administrem.
regra; não sou amigo de violar direitos que porventura li quando se trata de crise financeira o corpo legislativo
competir e ás corporações. Não se devo ficar estranho? Não será bom
possão ao» indivíduos que pela discussão elle
trata, porém, de semelhante cousa; apenas ura honrado esclareca a opinião
para quo se não desvaire? Uns fazem o
inembro desta easa deseja algumas informações cjue me banco ao Brazil responsável crises
pelas que tem havido,
outros as ignalão outras causas;
parece caberem dentro d«s attribuições do corpo legislativo pois bem, quaesquer que
em relação ao banco do Brazil, ainda mesmo que seja ver- sejão as causas, examinemo-las, e para
que as possamos
dade, como o nobre deputado pensa, que esttí estabeleci- examinar convém que tenhamos informações. E' bom mes-
mentn feja exi lu«ivnmeiite particular, em o mo que se ventile e se discuta uma grande questão que se
qual o governo
ventila hoje no paiz
não deva ter a minima interferencia. por meio da imprensa; vai-se tornando
Pois, senhores, dominante a opinião favoravel á liberdade illimitada do
quando um estabelecimento bancario
existe instituído e fuuccionando em virtude de lei credito.
que lhe
concede grandes privilégios, tendo o monopolio de fazer
Uma voz : — Oh !
dinheiro por meio de uma larga emissão, achando-se tam-
bem encai regado da substituição do moeda, O Sn. Paciuco : — A escola restrictiva parece que teri
papel poder-se- j
ha d'zer que ao corpo legislativo deve ser indifferente a de ser abatida pelo espirito do século; não sei se isto é bom;
eu creie que males podem provir, quer de um,
sorte de um tal estabelecimento? Do banco do Brazil
podem quer de outro
vir grandes bens ao extremo ; ura meio termo entro os dous extremos será
paiz ou grandes males (apoiados); elle por
ora o melhor. (Apoiad »*.) Por isso mesmo é tempo de
pôde dar um grande incremento ô prosperidade da nação, que
assim como pôde abysma-la. nó», examinando profundamente esta matéria, estabeleça-
(Apoiados.)
E é ne-tas nrcumstancias mos a boa e verdadeira doutrina, para que a opinião se não
que se nos vem dizer que o
corpo legislativo deve cruzar os braços, e des>aire, e domino a melhor e mais conviubavel doutrina.
que não pôde
entender na sorte do estabelecimento? Nem ao menos Não vejo pois inconveniente algum nns informações
para pe-
didas no requerimento; ao contrario
se infonnar? Não
pôde o corpo legislativo autorisar o go- julgo-as muito oppor-
verno para fazer novas concessões, e com elle tratar de tunas, porque darão lugar a uma discussão trazer
quo pôde
bens ao paiz Voto pois pelo requerimento.
modificações? Creio que pôde. E assim, como negar-se-lhe
o direito de exigir informações?
Quando ;.e tratar de appro- O Sa. Tonçi:s Homem: — Sr. presidente, a questão me
var ou reprovar a sua marcha, entfto caberá avaliar as simples, e não farei senão muito breves observações.
duvidas do nobre deputado. Por 01a não ha necessidade de parece
Não vejo inconveniente algum em que se peção ao
crearmos questões. Disse o mesmo nobre deputado a governo
quem as Informações contidas no requerimento do nobre membro
me rehro que o banco do Brazil é um estabelecimento |1
pelo Rio Grande do Sul (Apoiados )
particular. O banco do Krazil é incontcstavelmcnte um estabeleci-
;
O Sn. Con.no de Casiiio : — E' uma verdade. monto
particular, porém collocado em uma posição excep-
cional. ios
O Sn. Sampaio Vi.ixwa : — E a lei da sua creação assim o (t/r in ) Pela loi de sua creação lhe forão conce-
didos import- ntes favores e
considera. \ privilégios, e dessa concessão
resulta também
para o governo o direito de fiscalisar
O Sn Pacheco . — Não vale a nomes. algumas das suas mais importantes operações. Ora, trata-se
pena questionar por
Pouco import« agora saber e discutir se o banco do Brazil ó de saber se acaso as informações pedidas pelo nobre deputade
estabelecimento versão unicamente sobre a parte relativa ao uso dos favores
particular ou não, nao brigo por palavras;
conceio que seja um estabelecimento e privilégios a que me referi, ou se se estende também a
particular; mas não
e e.iv usiimmenl» outros objecto» que, não tendo connexão alguma com elles,
particular, ou ao menos se acha constituído
de modo tal, sahio das condições dos estabelecimentos devião fvar estranhos á inspecção do governo.
que
meramente açoitou favores e protecção dos O illustre autor do requerimento observou, e no meu en-
particulares:
poderei) supremos, o eetes não podem deixar de ter certos tender com razão, que quasi todas as operações de um banco
direitos; não quero têm um nexo entre si. Algumas,
que o governo administre, mas, salvo por exemplo, que íi pri-
ao banco a administração, no meira vista parecem não ter influencia sobre a emissão, a
poder publico compete a vigi-
lancia e uma suprema inspecção até certo têm indiretamente-,
ponto... podem contribuir para conttahi-la ou
amplia-la Neste ponto de viata as informações
O Sn Sampaio Viai>na : — Como em todos. poderião
tornar-se talvez necessaiias, ou mesmo indispensáveis, ao
^ Pacheco — Pronunciando-me deste modo não se fim se
que propõe o honrado membro.
persuada o honrado deputado que eu nutra más prevenções Por outra parte, eu estou o banco do
contra a direeção do banco persuadido de quo
quo o nobre deputado procura Brazil,
que tem sido constantemente dirigido com a mais
zelar . nao, senhor, não me tenho dado ao
traball^o de estu- profunda circumspecção, e om a comprehensão das vei-
dar a marcha da direeção; creio
que terá procurado servir dadeiras necessidades da circulação
(apoiados)^
não terá o
bem ; que suas intenções são mui boas; mas o facto é este: miuimo receio de tornar legislativo toda
uma opinião se tem formado contra patente ao corpo
o banco; © que se diz a sua situação financeira e o mecanismo inteiro de suas
geralmente é que, esperando-se deste estabelecimento be- operações, salvo todavia certos detalhes cujo conhecimento
nefacios ao contra a expectação de todos tem elle ser- nada importa aos a respeito dos quaes
paiz, poderes do Estado,
vido para crear crises quasi no nem sempre a
permanentes paiz ; aquelles publicidade é conveniente.
j
que^ menos o accusão dizem que elle é inútil. Quanto porém ás grandes operações relacionadas no
Eu assignalo apenas o facto; não ' requerimento
quero metter a mão em do nobre deputado, eu supponho que o banco
seára alheia, nem venho agora discutir do Brazil não eò não teri duvida em que ellas cheguem ao
questões economi*
cas; louvo-me nos homens
protissionaes, naqueiles que ' conhecimento do corpo legislativo, como mesmo desejará
SESSÃO KM 7 DF. MAIO DK IS57. 109

de que se proporcionem oceasiõea delles e de sua illustração. Sor-mo-hia mesmo impossível


que isto aconteça» afim
com mais clareza, com mais concisão, com mais rigor de
em que umu discussão regular se estabeleça a esto respeito,
lógica do que o Sr. Salles Torres Homem fazer patentes as
e sejão submettidas á apreciação dos homens competentes
fora nullidades, os vicios in^anavois desta eleição.
muitas das declamações que contra elle tOin apparecido
aos bancos Mns antes, Sr. pcesidente, cie passar a oecupnr-me do al-
desta casa, declamações que não tem fultado
sao tomados por mo- gumas nullidados iusanaveis do processo eleitoral do dis-
privilegiados dos principaes paizes que tricto do Ubá, V. Kx. o a casa me permittiráõ de ler a in-
delos nu sciencia do credito.
de_entrar no exame d# formação do Sr. presidente do Minas-Geraes. Ksta
Não é este o ensejo opportuno peça é
acabao de se* reproduzidas importantissimn, o eu peço a uttenção da casa,
algumas dessas arguições que peço a atten-
dos nobres deputados este documento, que faz honra
deputados que me precedSrão ; e devo ção para
por dous dos nobres
requerimento. ao Sr. conselhoiro 1'euna. Parecerá importuno .er docu-
circumserever-me ao objecto do
vejo inconvenientes mento tão extenso, mas elle resume, aprecia tão bom ag
Voto em favor delle, porque não
e imputações que se fazem dos viciou
nas informações que se pedem ; se todavia a respeito do al- principaos arguições
desta eleição, que do
„ufflas dellas o banco mostrar reluctancia, se entender que quanto a mim insanáveis fôrma algu-
ma posso prescindir de fazer a sua leitura. E' um ofltcio di-
o direito que tem o governo de conhecer e liscilisar as suas
rigido ao Sr. ministro do império, e por elle enviado a osta
operações, direito consagrado nos proprios estatutos, pois
do banco exerce entre outias funeções as camara. (Le.)
que o presidente
Estas considerações são eloqüentíssimas, dispensão com-
de delegado fiscal do governo naquelle estabelecimento, fará
as devidas objecções a semelhante exigencia , e o governo mentarios, \êm do um homem cuja perfeita iinparcialida-
tomando-as em consideração dará disto mesmo conheeimen- de resalta de todos os seus actos olliciacs nesta questão.
to ao corpo legislativo. O Sr. Salvhiifl .—Não apoiado.
Mas presumo, eu o repito, que tal recusa não so ha do ve-
rilicar, eque pelo contrario o banco do lirazil não def-esti- O Sr. Maktimio Campos :—Aqui estão as actas ; eu mes-
marâ ter esta opportunidada de ministrar dadas e esclareci- mo não quero nenhuma argumentação senão tirada destes
mentos a esta casa que sirvão a uma discussão própria n documentos, e estou certo que a camara dos Sr3. deputa-
restabelecer os verdadeiros princípios em uma questão em dos não deixará de fazer justiça, de proceder a respeito des-
ta eleição como tem procedido a respeito de outras.
que tanto se tem procurado desvairar a opinião publica.
(Continua a ler.)
Alguns Srs. Deputados :—Muito bem.
Chamo a attenção dos meus nobres collegas do Sabará o
Não hivendo mais quem peça a palavra, procedo-se á para esta circumstancia.
do Serro São os proprios into-
votação do requerimento por partes, a podido do Sr. Sampaio ressados
que npresentão uma certidão authentica de que
Vianna, e ó approvado em todas ellas. este recurso foi provido rogularmente.
O Sn. Presiukmti: diz que como já estavão recebidas as (Continua a ler.)
cédulas para a 2" commissão de contas, por isso vão-se Ksta certidão é firmada por dous dos que assignárão a re-
apurar. psfsentução, e firmada por aquelles que assistirão ao» trn-
ballios do conselho de recursos.
Sahem eleitos para a
(Continua a ler.)
2a commissão de contas (60 cédulas.) Tudo isto consta dasactas, e tudo isto ó muito procedente,
de modo que, apezar da minha insufiiciencia, tenho a certeza
Os Srs. 15euevides com 41 votos, lielisario com 43, e Gon-
de que levarei ao animo dos meus nobres collegas a convic-
çalves da Silva com 41.
ção da procedência da argumentação em que vou entrar.
EUIÇXOU NIRAStGEEAES.
O Sa. Dias Vutuu :—De que data 6 este officio ?

(19° districto.) O Sr. Martimuo Campos :—E' de 8 de Abril do 1857.


Depois, Sr. presidente, da leitura auc acabo de fazer do
Continúa a discussão adiada do parecer da 6a commissão importantíssimo documento remettiao a esta casa pelo Sr.
de poderes sobre a eleição do Sr. Atliaid», com o voto em ministro do império, eu poderia, e devo dispensar-me de lon-
separado.
gas exposições de factos ; mas tocarei em alguns, ainda que
O Sn. XUiuiMio Oinros :—Sr. presidente, o i.traso em resumidamente.
de poderes de mui- Os vícios insanaveis desta eleição referem-se, como já,
queseachão os trabalhos da verificação
tos nobres deputados me impõe a obrigação de ser o mais disse, principalmente d eleição primaria da freguezia dos
breve que me for possível no presente debate. Nenhuma Afllictos e Arripiados ; e na verdade bom ufHictos e arri-
consideração farei sobre a importancia em geral da matéria piados que forão estos cidadãos ! ! A eleição de sua fre-
da verificação de poderes ; a camara dos Srs. deputados guezia foi de aftligir... foi do nrripiar, mous senhores ! 1
comprehende perfeitamente o immenso alcance de toda a No processo eleitoral desta freguozia nenhuma das forma-
matéria, sobretudo na ípoca actual, lidades e preceitos, por moio d.s quaes a lei garantio a liber-
questão relativa a esta
em que um novo systema eleitoral se inaugurou. dado e verdade do voto, forão observados; parece mesmo que

Sobre a eleição de que vou tratar a minha attenção co- só forão lembrado» serem acintosamente desprezados,
para
moçou a ser chamada pelas publicações do Sr. Athaide e do como a camara dos Srs. deputadoB verá pelo rosumo histórico
Sr. Dr. Firmino ; do Sr. Firmino <jne na imprensa se apre- que deste processo eleitoral vou fazer muito perfunetoria-
sentou com todo o rigor da sua lógica, com todo o brilho de mente ; muito perfunetoriamente, repito, porquo o-, factos
«eu estylo inimitável. Confesso que a argumentação deste para os quaes tenho de chamar a attenção de»ta oasa são do
senhor grande impressão deixou no meu espirito. Estas pu- tal valor que dispensão longas dissertações, o não compor-
blicações levárão-me a estudar com o mais serio cuidado tão nenhuma espeeie de declamação.
todos os documentos que existião na pasta da nobre com- No dia 2 de Novembro do anno proximo pastado, eleita a
missão. mesa de Arripiados, o juiz de psz Josó Ferreira Guimarães,
Outra prevenção, Sr. presidente, não tem o mou espirito juiz do paz da parcialidade do Sr. Athaide, pretextando iu-
nesta questão. Ausente da província do Minas, da qual tenho commodos (esta circuiustancia escapou aos nobres membros
n fortuna de 9er natural, desde a mitilui moeidade, sem re- da commissão), deixou do começar o trabalho do recebimen-
lações algumas pessoaes no districto de Ubá, alheio a todos to das cédulas do» votantos. O teu desejo de protelar se re-
os interesse» das parciaüdades políticas daquolle districto, vela neste acto ; pretextou incomraodos, e levantou a sessão,
a respeito do districto, a respeito de declaraudo que no dia seguinte se reccboriào as cédula*.
posso em rigor dizer
suas parcialidade» politicas, a respeito do proprio Sr. Atliai- Convido o nobre deputado a verificar na aeta da eleição pri-
de : nec amiciiia imc invilia coyniiu#. O interesse s6 da jus- maria esta primeira protelação do juiz do paz por si, inde-
tiçae da lei, que desejo ver sempre triumphante, me obri- I penHente do deliberação da mesa.
gou a tomar a palavra para
offereccr aos honrados membros Já declarei e repito, não quero provas além das constan-
da commissão algumas observações em opposição no »eu tes da acta e documentos dob proprios interessados na eleição
apezar do respeito do Sr. Athaide.
parecer, contrariaudo este parecer que
consagro aos dous honrados membros que o assij^uàrâo, No dia 3 fizerão-80 a primeira c segunda chamadas, reco*
apenas e.i-abwidantia, no voto em separado dò lion- bendo 30 412 cédulas, e foi pelo juiz de paz annuncíada
porque
rido Sr. Salles Torres llomem encontrão os nobtes deputa- terceira e ultima para o dia 4.
dos ao stu parecer um oppoaitor» um antagonista digno A casa me pormittirú que eu lhe recorde o quo ji li no
230 SESSÃO EM 7 DE MAIO DE 1857.

oíllcio <3o presidente (la


província, e consta da neta. Desde »e uma guarda í urna, e deixa a todo o cidadão o
direito de
o dia 2 de Novembro, dous mesarios , todos os eleitores
que gua>dii-la.
assignárão n neta da forniaf.no da mesa . e muitos outros ci- O juiz de paz . apoderando se da
pobre Vestal, nomeou
dadàos, r^elumavíío do juiz de paz que fizesse a chamada de dous novos mesarios substituir os dous únicos
86 votantes providos ern recurso pelo oonsellio municipal.
para que não
erão da sua facção. O escrivão de attestou
paz que o mesario
Com a miiis eégn e obstinada contumscia este Valladão estava ausente ,
juiz cami- que o mesario Espíndola se tinha
nhou de.-.potieamente na falta do cumprimento dos seus de- occultado, conforme o Sr.
juiz do paz tinha asseverado. Um
veres . e postergação dos direitos de tantos cidadãos. official de
justiça, que nãoaeu certidão da intimação porque
No d:a 4, reunida a mesa, levanta-se a mesma havia fállecido de bexigas
questão da , diz o escrivão de paz que ueu
admiasã » ou não admissão dos 8í> cidadãos certidão e fé da intimação,
providos cm re* que elle não fez, para que ainda
curso, e havendo, como era inuito natural , e uma vez faltasse á fé do
por culpa do publico a quem tinha obrigação de
juiz de paz, alterenção na igreja , confessa a própria acta ter fé publica.
quO, seieuada esta , o juiz de Assim, óbem claro
paz adiou a continuação des que a mesa, na paz de Varsovia, con-
tra.\il jos para depois cluio a eleição, tendo o
que cessasse o tumulto, e para dali a juiz de paz a satisfação de presentear
8 dias! Isto consta da acta o Sr. Athaide com lõ eleitores
; se os nobres deputados quizo- que não tiverão a maioria de
rem, eu a irei lendo ao mesmo tempo. votos do»
pobres afilictos e arripiados da freguezia de S.
Da acta consta a mesa não foi consultada ; o presi- Sebastião.
que
dente da proviaeia refere Apenas encontrou um obstáculo aos seus attentados
que foi o proprio juiz de paz quem con-
participou-lhe que tinha adiado o trabalho eleitoral. 6 oí'- tra o mais sagrado direito dos cidadãos na
opposição toda
Jicio datado de 30 de Novembro, e endereçado pelo moral elevai
juiz de que lhe foi feita com a maior intelligencia e
paz, diz que adiava a eleição por 8 dias. reguluridnd í
p.;los dous mesarios excluidos, opposição que
íaz a maior honra á eivilisação de
O Sr. Pereira Pinto : — A data da acta ? minha provincia,
porque
substituio como era dd lei as batalhas
sanguinolentas de que
0 Sr, Marti.niio Campos : — A data destes factos é de 2, forao thentro outras freguezias do império.
Todos os meios
3, 4 , 9 , 10 e 11. legaes fonio empregados vencesse o direito dos ci-
para que
O Sn. Pereira Pinto : — A data da deliberação ? utuãos , e a camara dos Srs. deputados não dará
ao paizo
exemplo de deixarsupplantar a causa da
Sr. Martitniio Campos : — Não se justiça pela fraude,
,0 pôde indicar , porque
nisto é tudo incerto e duvidoso ; diz a acta pelas alicantinas , e pela trapaça eleitoral nesta comedia*
que a 4 de No- que seria jocosa se não fosse criminosa por attentar contra o
membro.
bom direito.
O Sr. Silveira Lobo : — A fraude é evidente ; eu o de-
O Sr. Silveira Lo»o : — Maior do •
monstrarci , e então se verá que fallo
por convicção e não que aquella não se pó
de imaginar.
por paixão.
O ?*. MartihiioCampos : — Eu fallo O Sr. Martimio Campos : —Sr.
por paixão, mas é presidente , para todos
paixão pela j ustiça e pela lei. • aquellos que conhecem o nosso
processo eleitoral, é claro
que adiada uma eleição não ser continuada sem prazo
Itma voz : — Todos fallão cm nome da veremos çodia
justiça; certo ; e portanto os mesarios devidamente nomeados
, já
quem a tein. nao digo por dccejicia e respeito á moralidade
publica , mas
O Sr Martinuo Ouiros : — K' o
que consta da acta que para cumprir-se o preceite rigoroso da lei, devião serinti-
Dão contém a respeito outras declarações maisj senão opro- mados para a nova reunião da mesa, caso esse
testo dos dous mesarios contra a suspensão e adiamento dos juiz de paz
julgasse que por qualquer motivo se achava com direito de
trabalhos, o pretexto do tumulto e coacção era futil convocar r mesa em outro dia
porque que não fosse aquelle que
C sem funaameBto. Da acta não consta consta da3 actas.
que a meisa foese ,
consultada, diz que o iuiz de paz suspendeu e adiou o tra- Já vè a camaia dos Srs. deputados,
já vêm os nobres
balho , o mesmo juiz de paz do Sr. Atuaide, que no dia 2 se membros da commissão,
que com factos constantes das actas
deu por incommodado , e a 3 e4 esteve já piompto de saúde da eleição de Arripiados tenho cumprido a
promessa de de-
e animo para continuar e adiar a eleição , e torna-la a monstrar a nullidade da mesma eleição.
pro-
seguir quando e como melhor lhe conveio. Para segurança , imparcialidade e verdade da eleição,
Note a casa que de netos firmados por este concede a lei uma das melhores
juiz de paz garantias na organisação
constão as épocas de adiamento até vir a resposta do das mesas eleitoraes, taes
pre- quacs ella creou, e na convocação
sidente da provincia, e é convicção para mim dos votantes
que o prazo para lugar , dia e hora sabidos....
fioou completamente incerto ; mas aceito o de 8 dias,
que O Sn. Dias Vieira: — 0
consta da neta, da
porque é o tinico fixo dentre os tres que * presidente provincia foi de
acta refere. parecer contrario.

(l/a um ajiarle.) O Sr. MArrumo Campos : — ....


publicados por editaes e
í'«ço o que. entendo a bem da por intimaçôes pessoaes aos que têm do formar as mesmas
justiça. mesa». Todas estas
Muitos cidadãos levárão uma representação 00 garantias deixárão d« existir na presen-
presiden- te eleição, em razãc da
te da provincia contra o adiamento da eleição dos trabalhos, da sua
, adiamento protelação
suspensão arbitraria , c da sua continuação fraudulenta e
arbitrário e vem motivo outro senão
protela-la. anticipada, pois que tendo tido a eleição adiada
(lia um aparte ) por 8 dias
«6 podia proseguír no dia 13 de Novembro
(apoiijos). por
0 nobre deputado não lia do recusar as provas da aritlime- isso que de 4 a 12 é que se contar os
podem 8 dins Dizer
tica , de algarismos numérico» oíTerecidos por este
proprio que a eleição podia continuar no dia 6 ou 7 , estando adiada
dias, como se
juiz do paz. Chamo a attenção da camara e dos meus hon- por pretendeu persuadir pelas jornaes , ó
rudo-i collegas membros da commissão, assim como do hon- querer uma arithmetica opposta a todos os
verdade e dos números. príncipes da
rado deputado
por Sabará, cuja opinião muito prezo , para
o faoto ordem do Sr. conselheiro
que vou referir. Quanto Penna, o melhor
A urna ficou na igreja matriz até o dia 9 ou 10 som modo de satisfazer ao meu
honrad > collega é ler esse docu-
Digo 9 ou 10, mento. A ca^-a me
guarda porque não so mostra o contrario, perdoe »e abuso de sua attenção ; mas
e entretanto para todos os factos a vejo-me obrigado a isso,
que mo retiro não quero nesta questão desejo sómen
empenhar eó a minha palavra, empenho sim os documentos te a verdade constante e porque
invariavel.
que estão^presentes. Mui de propósito leio os apontamentos Eis-aqui, meus senhores, a ordem do Sr. Penna
, com a
os documentos nas mãos.
que tomei com qual tanto barulho se fez , com a qual tem-se querido em-
Repito , a urna ficou na igreja até o dia 9 ou 10. No dia brulhar a verdade
para colorir a reuuião tumultuaria e
10 comparece o bom do juiz de paz acompanhado de dous clandestina da mesa eleitoral:
mesarios, toma ao vigário a chave da igreja, t se apodera da « Cumpre continuar a eleição
, ordena o Sr. Penna ao
urna. juiz de paz, independente de nova* convocações , e n|o de
O Sr. Dias Vieira : —Logi> a urna não sofireu cousa quaesquer convocações, e menos independente das como-
íflguma emquanto esteve sem cações feitas e constantes da acta e oflicios do
guarda. proprio juiz
de paz »
O Sr. Martimio Campos : — Se não sofTreu «lá
poderia soffrer; a casa que não ha na ordem do Sr. Penna nada
que
e quem nos assevera
que não soffresse ? A lei obriga a dar- fiutorise a convocação
que se fez...
7 DE M/VIO DE 1857. 201
SESSÃO EM

Loio : — E a ordem chegou depois. freguezia onde esses cidadãos mostrárão o maior interesse,
O Sr» Silveiiu
o maior zelo, o maior civismo, pugnando por seu» direitos...
allegão
O Si. Miktinuo Campos : — Mas, Sr. presidente,
da eleição Uma to/ : — Para serem qualificados.
os cidadãos que representárão contra o adiamento
urna, chegàrão mesmo ao ponto de O Sr. Martimio Campos : — ... já na eleição do juizes d®
que tinhão maioria na
elles que tinhão
contar as cédulas que tinhão; porque dizem paz e vereadores, já na eleição do eleitores.
na urna. O honrado A camara dos ^rs. deputados, que tem já decidido algu-
270 cédulas suas sobre as 112 recebidas
não contes-
membro (para o Sr. Dias Vieira) seguramente mas questões de nullidade de eleições, não pôde nesta deixar
os tirei de oflicio do ser coherente em seu voto. Chamo a attenção de todos
tarâ os algarismos seguintes, porque
firmado por este juiz de paz. . o» nobres deputado», e especialmente a dos meu» honrado»
ninguém nesta casa, pode-
Mas os nobres membros, nem patrícios deputados pelo babar A o pelo Serro, sobre
a per-
ráõ contestar o algarismo
dado pelo próprio juiz do paz, feita analogia de condição entre as eleições da freguezia de
e com este algarismo se prova o Arripiados e as da freguezia do Tatuhy, om S. I'aulo...
pelos de sua pnrcialidode,
fraude e «1 tudo quanto
interesse que tiverão_ elles na
O Sr. Rodrigo Silva : — Não ha paridade.
praticáriio nesta eleição.
aqui existente, cm que
Doollicio do proprio juiz de paz O Sr. Martimio Campos:—... que foi aumillada pelo voto
consta que rlle tinha
allegava que tinha maioria lia mesa, de um ou de ambos esses honrados representantes.
mas, Be 86 votantes
214 cédulas, o os opposicionistas 198; Birbosi: — Estou esperando a demonstração.
O Sr.
epposicionistas forão recusados, do que lado, meus eenlio-
res, estava a maioria1! Estes algarismos constão de docu- O Sr. Martimio Campos ; — Vou demonstrar. Quero-me
mentos que aqui ?e achão, e me são fornecidos pelo proprio soccorrer das luzes do nobre deputado para iazer valer a
causa da razão w do direito.
juiz dc paz. os Srs. Je-
Já vêm, pois, os nobres deputados que depois de tantas ^A. nobre commissão, da qual lorao membros
fraudes na nova or^anisação da mesa, depois de tanta pro- ronymo José Teixeira Júnior e conselheiro Barbosa, apre-
telação, de toda a irregularidade do processo eleitoral, não ciando a eleição da freguezia de Tatuhy, disse. (Lt.)
era supposição inverosimil acreditar no boato que corria Note-se quo a commissão achou quo não houve razão
substituição de listas da urna; sufliciente para a suspensão da eleição. (Continua a ler.)
geralmente de ter havido
o proprio juiz de paz se confessa em minoria, dizendo que Vê pois o nobre conselheiro...
tinha 214 cédulas, e os seus contrários 198, faltando os 86
O Sr. Barbos» : — Aqui sou deputado.
só votárao 5 da opposição e
providos em recurso, dcs quacs
não 9 ; a substituição das cédulas, que era o único interesse O Sr. Martimio Campos : — ... que na eleição do Tatuhy
a atrapalhar toda a boa direcção e houve suspensão illegitima como cm Arripiados...
que levou essa gente
regularidade da eleição, até é evidentemente manifestada
O Sr. Barbosa : — Não tenho nada com a eleição de
pela apuração.
Arripiados.
Fóra os casos, meus senhores, da conquista eleitoral,
nunca vi, nanca tive noticia de eleição em que a votação de O Sr. Martimio Campos:—Comprometti-me a demonstrar
eleitores fosse unanime desde o primeiro até o ultimo, sem a V. Ex. havia analogia entre a eleição do Arripiados e
que
nenhum voto discrepante. Fóra destes casos de conquista a de Tatuhy, contra a qual V. Ex. votou.
eleitoral não ha noticia, não ha freguezia em que um ou
O Sr. Barbosa:—Demonstre i»so á commissão, que è
outro cidadão não tenlia, além dos candidatos, um compa-
dre, um amigo, uma pessoa a quein quer dar prova do quem está em questão com o nobre deputado.
consideração, embora não sejão votados; ha meimo indivi-
O Sr. Martírio Campos:—Comprometti-me a demonstrar
duos que, sem terem esperança de ser eleitos, desejão ser
aV. Ex.; não queria licar em falta.
lembrados por Beus amigos. Houve portanto em Tatuhy, como em Arripiados, sus-
Ora, de Alliictos e Arripiados, o
nesta celebro eleição da eleição, e, em virtude desBa suspensão,
pensão illegitima
primeiro eleitor votado tem 3 votos apenas mais que os 11 não compnretimento de um numero de votante» capaz de
últimos, que, unanimes, têm 313 votos! 1 De todos os sup-
influir no resultado da eleição.
plentes apenas ob dous últimos têm 202 votos, os treze Na elqiçiío de Arripiados votárão 517 cidadãos, faltáruo
primeiros têm 203!! Tal resultado só feito para depois ser cerca de <100, e o» supplentes tiverão 200 • tanto» voto»,
mettido na urna; o acaeo níto prepara obras taes; só a força,
tendo o» eleitores 300 e pouco»; ora. se os cidadão» que
só a fraude podem fazer calar a sympathia, os affectot,
faítArão tivessem comparecido, o resultado da eleição pouia
Iodos os sentimentos mais caros ao coraçüo humano...
ou não ser diverso?
Um Sa. Deputado : — E o espirito de partido.
O Sr. Salatiiiel : — Podia não ser.
O Sr. Martimio Campos:—NSo houve istouqui; nesta
O Sr. Martimio Campo» : — Podia »er diverso.
eleição os partidos antigos votãrão baralhados.
Outra irregularidade ainda. A somma dos votos apurados O Sr. Salathikl : — NSo argumente com o pôdqser.
não d& o resultado quo dovia dar, multiplicando-sc o nu- — Desde
O Sr. Martimio Campos : que a lei dã garantia»
mero de cédulas recebidas pelo numero do eleitores da contra a possibilidade da Iraude, annullada esta garantia
não insietirei meaa, á possibilidade da fraudo á razão sufliciente,
parocliia; mas a differença é insignificante; por uma
sobre este não haja na acta obrigatória mesmo, para annullar o processo eleitoral.
ponto, embora a este respeito
explicação alguma. Eu devia, Sr. presidente...
Além desta» considerações,
para as quacs me fornecerão
dados os documentos officiaes relativos 4 força numérica O Sr. Rodrigo Silva: — Esqueceu-se da paridade.
dos dous partid.s na urna, na época da suspensão dos tra- O Sr. Martimio Campos : — Que paridade?
balhos, eu peço á camara que reflicta
que a nova mesa, O Sr. Rodrigo Silva : — Entro a» eleições de Arripiado»
fraudulentamente organisada, era unanime
por uma par- e de Tatuhy.
cialidade que mostrou não recuar diantfe de acto algum.
Assim pois, meus senhores, a sorpresa da segunda reunião OS». Martimio Campos: — JA o demonstroi
palpavel-
da mesa, a parcialidade desta, parcialidade céga, tornárão mente.
impossível para 03 votantes contrários ao Sr. Athaide o
O Sr. Rodrigo Silva: —Não podia demonstrar o que não
comparecimento A 3° chamada, além de já terem sido
existe. No Arripiado» compareceu a maioria dos votantes,
excluidoB dae duas primeiras chamadas os 8<j providos em
e em Tatuhy apenas a quarta parte.
recurso. Nessa 3' enamada diz ojuiz de paz que compare-
— Basta dos
cèrão 9 cidadãos opposicionistas providos em reourso; do» O Sr. Martimio Campos: que o numero
dados que elle me fornece resulta para mim a prova de votantes que não comparecem possa fazer variar o rceultado
que
eó comparecerão 5 oppo»icionistas. da eleição.
Em minha opinião, esses homens forâo distrahidos dc O Sr Rodrigo Silva : —No Arripiado» houve convocação
votar mesa, pela anticipaçüo do
pela sorpre«a da reunião da para a
eleição, e em Tatuhy não houve.
prazo da reunião da raesa. Se fosse nteessario nova prova — Mas segurança,
«ia sorpresa \otantes com a reunião O Sr. Martimio Campos : para melhor
que se preparou aos fez a eleiçfto antes do dia marcado.
anticipada da mesa,
essa prova se acharia no facto de não por cautela...
no dia marcado.
comparecerem senão
cinco votantes cia opposiçJo, em uma O Sr. Salituiei :—Não apoiado; foi

TOMO 26
I.
502 SESSÃO EM S DE MAIO DE 1857.

O S«.
Marti.iiio Campos : — E'
falso, é falso, consta da O Sr. Martinuo Campos : — ...deputações
de províncias
acta o qu» digo.
que nao só podiao ter uma influencia nociva aos interesses
Uma voz : — Consta da confissão do proprio delegado. geroes do império, o muito principalmente da. províncias
pequenas, como, meus senhores, tornavão difficilima a ve-
O Sr. Mabtikiio C»«foi: — Consta da confissão do» riticação dos
pro- poderes.
prios interessados. Nunca houve exemplo de annullação da eleição de alguma
A RttMi voz : —E' evidente. deputação numerosa na casa. A annullação da eleição
da al-
O Sr. Bardos» : — Os senhores Idra as actas com vidros guns deputados da Bahia, como também da do alguns do
Ceará, excitou os maiores clamores.
azues.
DirãS os nobres deputados
que era aquella nma <poc«
O Sr. Martiniio Camím: —E V. Ex. as lê com vidros excepcional, uma outra esta consideração só
quadra; pódc
vermelhos. V. Ex. receia (pelo que servir
posso suspeitar) que o para desculpar o erro. Uma das maiores vantagens
resultado de uma segunda eleição de Arripiados não seja da eleição
por districtos, meus Benhores, é permittir uma
favoravel nem ao Sr. Athaide, nem a outro candidato. maisrigoiosa verihcação de
poderes. Nenhum inconvenien-
te ha nisto. O deputado
(Cru:&o sfi diversos apartes.) que uma vez fôr repeli ido pela ca-
mara, se^ tiver a maioria legitima do
seu circulo, não tem
Esta é que é a verdade, com a differença do
que me apoio que reoeiar quanto á sua volta á camara ; a exclusão i um
em provas de nullidade insanavel. Approvada uma eleição mal remediavol.
liulla..,.
O Sr. Sn.vr.iRa Loro: — Apoiado; só os impostos
Uwa voz : —Nulla e a mais fraudulenta possível. pelo
governo é que deveráõ ter esse receio.
O Sr. Martwho Claros :—....o resultadoí sem remedio ; O Sr. Martinbo ( ampos: — Reílictamos,
meus senhores*
ao passo que, se não fôr approvada, fica livre o campo para
que a eleição por districtos, por isso mesmo
que, restiingin-
quem puder obter o triumpho com legitimidade*. do o campo do combate, deu mais força
aos recursos e con-
Estava era meu plano passar sm revista o parecer da hon- sideraçües pessoaes, deve da
parte da camara dos Srs. depu-
rada commissão e as razõeâ do voto do Sr. Salles Torres-Ho- tados encontrar muito mais severidade na verificação
dos
mem, razões luminosíssimas, fundadas em tanta lógica que
poderes.
* sorpreudeu-me ver
que o nobre deputado não tirasse a sua O credit. desta eleição, o oredito da camara dos Srs. de-
consequencia legitima e única, que era a nullidade do taes
putados, o interesse político immenso do nosao paiz, pois 11a
monstruosidades eleitoraes. (A*ao apoiados.) minha opinião e na da maioria da nação a reforma eleitoral
O Sn. Barbosa:— Está demonstrando foi um verdadeiro melhoramento, exigem
que o Sr. Torres- que a não com-
Homem ignora lógica. prometíamos com uma iudulgeute verificação de poderes.
Tenho concluído, e offereço emenda ao
O Sr. Martiniio Campos: — Ignora, não; eu não disse parecer e á conclu-
são do voto em separado.
isso. Creio, porém, que a camara dos Srs. deputados vai dar
A discussão fioa adiada pela hora.
provas do contrario, como já deu a respeito de outras elei-
ç.5es ; suas decisões têm sido firmadas pela mais solida e in- Dada a ordem do dia, levanta-se a sessão.
variavel justiça (apoiados); tem approvado ou annullado
eleições sem attençâo alguma a choradeiras individuae».
Estou que a camara tomará uma decisão digna delia, e
mesmo digna desse cidadão. Se elletem por si a maioria dos Messão em 8 de Alai».
eleitores desse districto, apresente-6e do novo candidato,
PRESIDÊNCIA DO SR. VISCONDE
e volte a este recinto sem auxilio da torquez, de modo que pE BAEPEND\ .
não seja possível duvidar-se da legitimidade de seus po- Sunmamo.—r Expediente.—Projectos relativos a
bancos. Discur-
deres. so do Sr. baròo de At a uri.—Eleição de commissòet.—Proposta
Sr. presidente, em attençâo í hora eni que estamos, ms do ministro da fazeiula. — Elriçilo de ilinas-Geraes. Votação
absterei de examinar o parecer da commissão, cujos funda- —bleiç/lo de Pernambuco, Volaç/lo.-Eleição
do 19» ditírúlo
mentos aliás já destrui na exposição que tive a honra de
de Minax-Geraes. Ditcvrio do Sr. Silveira Lobo.
fazer lia pouco. Também pelo mesmo motivo não exami-
Darei a conclusão do parecer do Sr. Salles Torres-Homem, A s 11 horas damanliãa, depois de feita a chamada, e
que me fornece argumentos muito valiosos a fa\sr da mi- achandc-se presentes os Srs. Mnchado
, Cunha Mattos, Sil-
ilha opinião. veiraLobo , Gonçalves da Silva
, Fernandes Vieira , Paiva ,
Terminarei, Sr.
presidente, chamando a «ttençâo da Paes Barreto , Cerqueiia Leite, Villela
Tavares, Franco de
camara deputados para a importancia da noss*
dos Srs. Almeida , visconde de Baependy
, Landulpho, Benevides ,
situação autuai perante o paiz. Primeiros eleitos cm con- Nebias, Pinto de Campos, Paranaguá, Calheiros, Marcondes,
sequencia de uma reforma eleitoral importantíssima, Rodrigues da Sil va, Gavião Peixoto, Serra Carneiro, Almei-
pese-
mos devidamente os nossos actos. da Pereira, Pereira Pinto, Sampaio Vianna, Aleantara Ma-
A reforma eleitoral inaugurada tem necessariamente' chado, Mendes da Costa, André Bastos, Brandão, barão de
deslocando a antiga influencia política, de trazer í adminis- Maui, Lima e Silva, líego Barros , barão de Camaragibe,
tração c á política do nosso paiz uma completa transfor- Dias Vieira , Martinho Campos , Francisco Campo»
, Silva
mação. Miranda, Cândido Mendes, Tobias Leite, Peixoto de Azeve-
Retiictão os nobres deputados na importancia desta situa- do , Deltino de Almeida , Costa Pinto , Dantas
, Miguel de
Araújo, Paulino , Barros Pimentel, Mendonça
ção. Não convém, meus senhoies, quo percamos, ainda , Salathiel,
na questão a mais insignificante, um gráo sequer do força Madurara , Antunes de Campos Pereira Franco, Viriato,
,
moral; não deve ser licito nom suspeitar da verdade, da 1 ederneiras Pacheco, Augusto Corrêa
, Baptista Montei-
ingenuidade da representação do paiz, do voto nacicnal ro, Cyrillo, forres-Homem
, Felippe de Araújo , Beífort, e
nosta quadra. Substituindo nós outros, na maior parte Coelho de Castro, abre-se a sessão.
liomens noves no parlamento, a cidadãos illustrados por Le-se e approva-se a acta da antecedente.
longos annos de serviço, a nossa situação 6 melindrosa.
Depois de aberta a sessão comparecem
Nós jA lutamos, talvez, com uma certa prevenção da opi- os Srs. Araújo Li-
ma , Sérgio de Macedo, Souza L^ão, Fiusa,
liião publica, que parece disposta a attribuir a exclusão Cunha Figuei-
redo , Costa Moreira
desses cidadãos da representação nacional a motivos de , Silvino Cavalcanti, Belisario , Cruz
Machado, , Monteiro de Barros, Barbosa, Bezerra*Cavai-
interesse pessoal, que não a motivos politicos, únicos que
canti, Augusto de Oliveira, Diogo Velho, e Luiz Carlos.
de\em resolver Vima
podem e questão política qual ó a
Nesta
questão eleitoral. situação nenhuma força moral O Sn. 10 s ccretario dá conta do seguinte
mais.
para nés é de
Eu entendo, ineus senhores, que uma das maiores vanta- EXPEDIENTE.
de districtos, vantagem
gens da eleição política e impor- Um officio do ministério do império , remettendo o re-
tante, foi por sem duvida h de destruir e aniquilar de uma
tez para sempre as díputações de províncias.... querimento de Guilherme Suckow, pedindo modificação
nos preços das
passagens para os cabs fluminenses, fixa-
O Sr. Silveira Lo»o: — Apoiado) as. assembláas una- dos no decreto n. 551 de 30 de Maio de 1850.—A'
1« com-
nimei. missão de orçamento.
EM 8 DE MAIO DE 1857. 203
SESSÃO

um officio do pro- dir a V. Ex. que se digne mandar a qualquer das commis-
Outro do mesmo ministério, enviando
cobre diversas soes da casa que julgar mais apropriada o trabalho que
sidente da provine.ia dc Minas-Goraes , que
dous collegios «o l vou submetter ú consideração da camara.
representações pedindo a divisào em
de constitui- São lidos e remettidos ás comBaissots de fazenda e com-
districto da mesma provincia—A' commissão
mercio os seguintes projectos :
ç&e e poderes.
romettendo dua» leUprovin- « A assembléa geral legislativa decreta:
Outro do mesmo ministério,
nao forao eanc- « Art. único. Os bancos ou sociedades bancarias exis- .
ciaes da província de Santa Calharam, que
commissão de assemblóas pro- tentes,ou que venhào a estabelecer-se nesta côrte, ou cm
cionadns pelo presidente.—A'
¦vincites. qualquer cidade ou villa do império, ficão sujeitos às regras
enviando o decreto que apo- seguintes:
Outro do mesmo ministério, « g 1 0 Sendo por firma individual ou collcctiva com res-
José Leal no lugar de_secretario
sentou o conego Felioiano de todos os socios, poderão funccio-
de Goyaz.—A commissão do pen- ponsabilidade illimitada
do governo da proviuoia nar livremente, obrigados todavia a registrar no tribunal
aões e ordenados. condições de sua existência: o bem assim
competente as
remettendo as actasdas as-
Outro do mesmo ministério, nas folhas diarias do maior circulação us nomes
de Goyaz recebidaB na
sembléas parôchiaes da proviucia os socios e o fundo effectivo do estabelecimento.
Subhcar
secretaria de estado.—A'commissão de poderes. € § 2.° Sendo por tirmas sociaes, sob a fôrma comman-
o requerimento ditaria, deverá ocontracto social designar expressamente:
Outro do ministério da justiça, enviando
do corpo munici- Io, o nome ou nomes dos socios responsáveis illimitada-
infirmndo de José Maria Rabello, major
de permanentes da côrte, pedindo uma gratilicação.—A' mente; 2o, o fundo commandipado, o o modo de sua reali-
pai sação; 3o, a duração da sociedade; o que será publicado nas
2® commissão de orçamento.
folhas diarias, antes de começarem suas operações.
«u* »e"
Outro do mesmo ministério, communicando que na O fundo commanditado de tacs bancos ou socie-
cretaria de estado não existem papeis alguns Acerca de elei" dades bancarias não ser dividido em acçôes transfe-
do 3o districto da provincia de S. Paulo.—A quem fez poderá
ções riveis, sem que esteja effectivamente realizado metade do
a requisição. caoital social, nem as acções poderáõ ser de valor menor de
Outro do mesmo ministério, enviando» representação que 100Í.
da pro- <5 4.0 Os bancos por sociedade anonyraa só podem esta-
diversos habitantes da comarca de Campo-Maior,
vincia do Piauhy , dirigirão ao governo imperial contra o belecer-se oom prévia autorisaçâo do governo, a qual, toda-
o Dr. JoSo de Carvalho Fernandes Vieira, via, no tocante á emissão, deverá oonformar-se com o»
juiz de direito
acompanhada de 15 documentos e da informação do presi- regras estabelecidas nos seguintes paragraphos para todos
dente daquella provincia.—A quem fez a requisição. os bancos, salvo instituições fundadas por lei especial.
§ 5.o Sí> poderáõ emittir bilhetes ou vaW» pagavei» á
Outro do ministério da fazenda, transmittindo orelatorio
1* , 2* e \iata e ao portador, ou mesmo a prazo menor do 15 dias, o«
que havia sido preparado ptlo seu antecessor.—a'»
bancos ou casas bancarias que na côrte tiver« m um fundo
3" commissües de orçamento.
effectivamente realisado de mil coutos do réis pelo menos,
Outro do secretario do senado , ooramunieando a «aneção e nas demais cidades ou villaa do império de duzentos contos
de S. M. Imperial a diversas resoluções da asaembléa geral
para cima.
legislativa.—Inteirada. i §6." A emissão não poderá jámais exceder a uma
Outro do Sr deputado Teixeira Júnior, participando não quantia igual ao capital effectivamente reali ado.
« § 7.o Os bilhetes de emissão dos bancos ou casas ban-
poder comparecer a sessão de hoje, e pedindo dispensa
temporariamente de fazer parte da commissSo do caria» não poderáõ ser de valor menor dc 20$ na côrte, e do
poderes ,
10$ na& províncias, e ticão isentos da taxa de sello.
por isso que o seu actual estado de saúde disso o priva.—In-
teirada. c p.o A emissão dos bancos ou casas bancarias estará
sempre representada por apólices da divida publica ou
Uma reprcnontnçáo de Luiz Manoel de Lemos , pedindo
acções de companhias com garantia de juro pelo governo,
dispensa do lapso de temço para poder naturalisar-se cida-
ou valores de carteira a prazo lixo, nunca maior de 4 mezes.
dão brazileiro.—A' commisfiâo de constituição e poderes.
g 9.o Os bancos ou casas bancarias de emissão serão
Outra da camara municipal de Lavras, provincia de Minas obrigados a publicar mensalmente um balancete resumido
Gorocs. pedindo uma consignação de 8:000&000 para a fun- de suas operações.
daçuo de um hospital de caridade na villa do Lavras.—A' « § 10. O banco ou casa bancaria que deixar do pagar
1» commissão de orçamento. pontualmente qualquer d« f»eus titulos, não nó se considera
Outra de Jeronymo CorrCa , imperial marinheiro da 1* faliido em conformidade da legislação vigente, porém deverá
classe , uma tença em remuneração dos serviços entiar desde logo em liquidação, não podendo mais func-
pedindo
commissão de pensões e ordenados. cionar som rehabilitaçào legal.
que prestou.—A'
€ 8 11. 0 conselhoiro de estado mais antigo em exercício
Vai' á commissão de poderes o diploma, do Sr. Jo»é Au"
sera o fiscal do» bancos ou casas bancariasque funccioniirem
Chaves, deputado do 4° districto da provincia da
nesta côrte, em virtude da presente lei, e nas pruviucias os
Ensto
ahia.
indivíduos que o governo designar.
8 12. As disposições desta lei não são applicavois a
paojutos fconur: bancos.
bancos ou. casas bancarias particulares que não emittão
O S». lUnÀn dk Mauí : — Sr. bilhetes ou vales de valor menor de 1;000&. Ficão revoga-
presidente, hontem tive a
honra do submetter á consideração da casa um re^u^ri- das a1* di posições em contraíio.
« Paço da camara, em 8 de Maio de 1837. — Bardo de
mentoque foi approvado em todas as suas
partes, não ob-
«tante a impuguação que appareceu, do Maud. >
que aprovoito a oc-
easião para agradecer & camara. resolve:
A assembléa gorai legislativa
Eu tinha em vista , Sr. presidente, obter informações do 15razil doa valores de
Art l.o As notas do banco
uma discussão nesta c»sa a respeito do d«g< om pagamento nas OBta-
para provocar 1005, 200ÜI e 500# serão recebidas
íalque que se nota no fundo disponível do banco do Brazil, todo o império.
çõe.t publicas de
e avaliar as suas causas, para depois apresentar algumas só realisaveis á vista na
Art. 2.° Estas notas, bem que
idéas sobre bancos.
que tenho formuladas thesouraria geral do banco, poderáõ
todavia »or trocada»
Reflectindo , o tempo é um elemento muito de seus cofres o permitta.
porém , que nas caixas filiae» quando o estado
precioso o passa desapercebido ; que estamos em condições, « Art. 3.° Ficão revogadas as disposições em contrario,
— Burto Ji
por assim dizer , anormaes; que o paiz t»do reclama, e re- c Paço da camara, em 8 de Maio de 1857.
clama urgentemente, algum desenvolvimento do uso do ore-
Mawí. >
dito ;
que esta matéria não pôde deixar de ser muito reflec-
tida e PRIMEIRA PARTE DA ORDEM DO DIA.
pausadamente trataaa , deliberei apresentar já as
déas
que tenho formuladas.
Não KLEIÇlO DK COMISSÕES.
pos»o desvanecer-ma, Sr. presidente, de qne meu liu-
mudo trabalho satisfaça »ah«»
as exigências do paiz ; porém mi- Continúa a eleição da» commissões permanente», e
nutro bases
p»ra uma discussão ; e sou o primeiro a pe- eleitos para a d»
204 SESSÃO EM 8 DE MAIO DE 1857.

Terceira de contas (62 cédulas). § 13. Repr.Bsão do trafico


de Africanos .... 3:0148591
Os Srs. Luiz Curiós com 52 voto» , Brandão com 51 , Bel-
§ 14. Eventuaes 19:1698949
fort com 48.
8 18. Conducção e sustento
PROPOSTAS DO MINISTRO DA FAZENDA. de piesos 9:9358127
§ 19. llluminação publica 202:9028838 348:7828171
Acliando-se na sala immediata o Sr. ministro da fazenda,
i introduzido com as formalidades do estylo , toma assento
Art. 5' dn referida lei:
4 direita do Sr. presidente e lê as seguintes propostas :
t Aug»stos e digníssimo» Srs. representantes da nação: Ministério da marinha.
«. Em observnncia do § 6» do art. 4° da lei n. 580 de 9 de
§ 1.° Secretaria de estado 2608813
Setembro de 1850, venho, de ordem de S. M. o Imperador, 13. Força naval 153:6148090
8
apresentar-vos a seguinto proposta, para approvação das 20. Reformados 3:938!S>882
§
despezas antorisadas por diversos créditos supplementares *
8 21. Material 1,016:0328500
um extraordinário, os quaes forão abertos pelo governo no
8 24. Exercícios findos . 4:9318728 1,178:7788013
intervallo da Bessão do corpo legislativo. As takella» e do-
cumentos juntos mostriio a necessidade delles.
Art. 6o da referida lei:

Ministério da guerra.

Art. 1.0 Além das despezas autovisadas pela lei do or- 8 1.» Secretaria de estado e
de 1854, para o exercicio repartições annexas
çamento n. 779 de 6 de Setembro 14:2698643
de 1855—1856, é aberto ao governo no mesmo exercício um 8 5.* Escola militar e ob-
credito supplementar da quantia de 6,000:2088682, que será servatorio astrono-
distribuída pelos diversoB ministérios, e em cada um delles mico 5:8468356
da me»ma lei, conforme a tabella A. 6.0 Arsenae» de guerra,
pelas rubricas 8
c Art. 2.° Além das despezas autorisadas pela lei do or- armazéns de artigos
çamento n. 840 de 15 de Setembro de 1855, para o exercicio bellicos e conselhos
de 1856—1857, é igualmente aberto ao governo um credito administrativos. . . 146:7998983
supplementar e extraordinário da quantia de2,639:769^788, 7.0 Ilospitaea 149:3628936
a qual tem também de ser distribuida pelos diversos minis- 10. Força de linha. . . . 782:4958535
terios, e em cada um delles pelas rubricas da mesma lei, 11. Corpo de saúde . . . 17:9238410
conforme a tabella B. 13. Gratificações , forra-
€ Art. 3.o As despezas provenientes destes augmentos «tapes, ajudas
de credito serão pagas pelos meios votados nas respectiva» e custo e gratifica-
fens,
leis. ções diversas.... 173:1528613
« Art. 4 ° Ficão derogadas as disposições em contrario. 8 17. Fabricae 51:6008010
Rio de Janeiro, em 8 de Maio de 1857. — Bernardo de § 18. Presidio da ilha de
St ura Franco. » Fernando 10:2158742
19- Obras militares . . . 60:9798545
F.iEaciue dl 1855—1856.
20. Diversas deBpezas
eventuae» 145:3498631 1,557:9958401
Mvnstirio do império.

Art. 2» da lei n. 779 de 6 de Setembro de 1854: 7» da referida lei:


Art.
11. Secretaria de estado 39:0098303
$ Ministério da fazenda.
13. Con«ellio de estado. . 15:04118920
$
18. Cursos jurídicos. . . 19:6788220 § 6.o Aposentados 40:0008000
§ 1
19. Escola» do medicina 87:3658314 g 8.° Thesouro nacional. . 27:4188885
§
20. Academia das Bellas 8 11- Alfândegas 20:0008000
8
Artes 4:1408033 g 14. Mesas de rendas e

} 28. Correio geral e pa- collectorias 80:0008000


v«por. . . 141:6068865 15. Casa da moeda . . . 16:8428924
quetes de §
35. Instrucção primaria e 8 17. Typographia, nacio-
g
fecundaria 30:187$049 nal 11:0598253
8 36. Aula docommercio. . 1:725^350 § 19. Administração de
§ 38. Jardim botânico da proprios nacionaes . 8:0008000
Lagôa de Rodrigo % 20. Dita de terrenos dia-
de Treitas 4:1828480 mantinos ^. 2:0008000

§ 41. Obras publica». . . . 3858934 8 25.JJuro» do» empresti-


nos do colre do»
343:32^8468 orphãoB 30:000^000
Decreto n. 598 de 14 de Se- 5 28. Obras 150:0008000 385:3218062
tembro d« 1850 :
Soccorros publioos, inclui- 6,000:2088682
da a despeza com o
cholera-morbu» . . 2,188:0098564 2,531:3328032 Rio de Janeiro, em 8 de Maio de 1857. — Bernardo de
Sousa Franco.
Art. 3o da referida lei:
nmc.ir.io de 1856—1857.
Ministério da justiça.
Art. 2o da lei n. 840 de 15 de Setembro de 1855:
S 1.® Secretaria de estado 23:6998077
Ministério do império.
8 4° Justiça de 1» in»tan-
cia 48:3458053 S 10. Ordenados dos mes-
S 8.° Policia e segurança tr.s da familia ira-
publica 5:2618650 perial 1:0138888
§ 6.» Pessoal da policia . . 5:8338448 8 11. Secretaria de estado 39:8808000
S 8.0 T.legraphos ..... 8:9238876 8 31. Colonias militares. . 60:0008000
S 11. Capella imperial e ca- 8 39. Jardim botânico da
thedral do Rio de Lngôa de Rodrigo
Janeiro 10:7568146 de Freitas 14:4448303
8 12. Tribunae* do com- 8 45. Obras publicas. . . . 130:0008000 245:3388191
8:9408436
SESSÃO EM t> DE MAIO DE J857. 203

Art. 3® da referida lei:

MinisUria da juiliça. C*r. i. — />e.iptza girai.

8 6.» Pessoal da policia . . 59:1848*91-1


Art. 1 o A despeza o exercício
§ 12. Tribunaos do com- geral do imporio para
de 1858—1859 i fixada na
mercio • 13:4808000 quantia de . . . 37,613:459^840
§ 13. Repressão do trafico
2.5:0008000 A qual será distribuída pelos seis diversos ministérios
de Africano» ....
16:9458940 I na fóima especificada nos artigos seguintes.
8 15. Eventuaes
Art. 2° O ministro e secretario de estado dos ne-
§ 19. Conducçâo e sustento
de presos 17:9171^840 gocios do império i autorisado para despender com os
45:9528653 objecto» designados nos seguintes paragrapbo» a quantia
8 20. IlIuminaçSo publica. |
de 6,019.917800o
Additivo. Compra de para-
mentos paru as ca-
A caber:
thedraes"do império 113:2588800 291:7408147
I.o Dotaçilo de S. M. o Imperador 800;000«000
Art. 4« 4a referida lei: 2 o Dita de S. M. a Imperatriz 96:0008000
3.o Alimentos da princeza imperial a Sra.
Minittario dos tstrangcnos.
D. Isabel 12:0008000
$ 2.° Legações e contula- 4.® Ditos da princeza a Sra. 1). I^eopoldina 6:000*000
dos ao cambio de 27 20:800*000 5.o Dotação da princeza a Sra. D. .lanua-
§ 4." Extraordinarias no ria. e aluguel de casas 102:000^000
exterior, idem . . 2f>:200£000 Dita de S. M. a Imperatriz Viuva, a du-
8 5.o Ditas
no interior , queza de Bragança 50.000.j>000
idem 10:0008000 56:0008000 7.o Alimentos do principe o Sr. D. Luiz. (>:000$()00
8.o Ditos da princeza a'Sra. D. Isabel. . 6:000$000
Art. 6o da referida lei: 9.° Ditos do principe o Sr. D. Kelippe. . G.000£000
10. Ordenados dos mestres da família im-
Ministério da guerra.
perial 0:400<000
§ 1 .• Secretaria de estado e II. Secretaria de estado 41:600*000
repartições annexas 15:000^000 12. Gabinete imperial 1:900^000
§ 3.o Conselho supremo 13. Conselho de estado 48:0008000
militar 6:000&00Q 14. Presidências de províncias 230:080ào00
6.o Arsenaes de guerra, 15. Camara dos senadores e secretaria . 249:6008001)
armazéns de artigos 16. Dita dos deputados idem 328:5408000
bellicos e conselhos 17. Ajudas de custo de vinda e volta dos
administrativos . 400:000&000 deputados 52:6008000
$ 7.* Hospitaes 25:000^000 18. Faculdades de direito 188:3668000
8.» Com mandos de armas 19. Ditas de medicina 1! <3:800*000
einspecçâo de corpos 35:000^000 20. Academia das Bt^las Artes 2l:4M&000
8 11. Corpo de saúde. . . 15:0008000 21 MusPo 9:0008000
8 12. Repartição ecclesias- 22. Hygiene publica 23:5008000
tica 20:0008000 23. Empregados de visitas de saúde dos
8 13. Gratificações, forra- portos 20:000^000
gens, etapes, ajudas 24. Ijizaretos 120:000^000
'
de custo e gratifica- 25. instituto vaccinico 14.7808000
ções diversas .... 100:0008000 26. Commissão de engenheiros 6:800j000
8 17. Fabricas 113:1918450 27. Canaes, pontes, e-tradas e outra» obras
18. Presidio da ilha de
$ publicas geraes, 0 auxilio ás obras
Fernando ..... 20:0008000
provi nciaes 400:0008000
§ 20. Diversas despezas 28. Correio geral e paquetes de vapor 1,817:0008000
eventuaes 150:000^000 899:4918450 29. Repartição «orai da» terras publicas,
mediçiio desta» e colonisnçao .... 670:1008000
Art. 7o da referida lei: 30. Catochose e ciiiliHAçtlo de índios . . . 60:0008000
31. Colônias militares 120:0008000
Ministério tia fazenda.
32. Estabelecimento de educanda» no Pará 2:0008000
8 6.0 Aposentados 25:0008000 33. Archivo publico 6:8208000
8 11- Alfandegas 308:2008000 34. Eventuaes 30:0008000
8 12. Consulados 63:5008000
8 13. R^cebedorias 30:0008000 No município da côrtt.
8 14. Mesas • da lendas e
collectorias 35. Iustrucção primaria e secundaria . 94:3408000
80:0008000
§ 13. Casa da moeda . . . 36. Instituto commercial 13:8208000
29:0008000
17. ' Jpographia nacio- 37. Dito dos meninos cígos 20:0008000
8
na] 125:500#000 38. Bibliotheca publica . 12.6388000

8 19. Administrarão de 39. Jardim botânico da I-agôa de Rodrigo


pro-
de Freitas 13:8408000
prios nacionaes . . . 8:0008000
8 25. Juros dos empresti- 40. Dito do Passeio Public» 3:9198000
mos do cofre de or- 41. Instituto Histórico e Goographico Ura
50:0008000 zileiro 4:0008000
plllV'8
8 26. Reposições e restitui- 42. Imperial academia de medicina . . . 2:0008000
d* direitos e 43. Pooiedade Auxiliadora da Industria
çõet
outras 108:0008000 Nacional 4:0008000
8 27. C^rte o conducçâo do 44. Hospital dos l.az.aros 2:0008000
50:0008000 45. Obras publicas 100:0008000
pfto-brazil .....
8 28. Obras 270:0008000 46. Excrcicios lindos 8
1,147:2008000

O ministro e secretario de estado des negocios


Art. 3.o
2,639:7698788
da é autorisado desponder com ob objec-
justiça para
tos designados nos aeguintes a quantia
Rio de Janeiro, paragraphos
em 8 de Maio de 1857, — Bernardo dl de .... 3,589:4328994
aoura Franco.
SESSÃO EM 8 DE MAIO DE 1S57.

A Babei-: A saber:

1.° Secretaria de estado 56:8005000 I.o Secretaria de estado e repartições an-


2.° Tribunal supremo de justiça 101:8005000 nexas 104:4928000
3.° Reli. ções 285:~53'l,334 2.o Contadoria geral da guerra 36:440^000
4.<> Justiças de Ia instancia 839:120^000 3 o Conselho supremo militar e de justiça 47:231800(1
5.° Policia e segurança publica 124:1005*000 4.o Pagadoria das tropas 11:940^000
6.° Pessoal da p«»licia 307:052&f'00 5." Instrucçáo militar 144:680^100
7.° Guarda nacional 1*5:62I&500 6.o Arsenal de guerra e armazéns de arti-
8.0 Tolegraplios 70:548^600 gos bellicos 1,528:050^700
S.o Bii>pos, cathedraes, relação metropoli- 7.® Corpo de saúde e hospitaes 535:356^000
tana, parochos, vigários 8.o Repartição do ajudante-general do
geraes e
-275^000 exercito, commando de armas, etc. 180:168^200
prtivisores 591
30. Seminários cpiscopaes 117:200^000 9.o Exercito 5,462:679.^750
XX. Capella imperial e cathedral do Kio de 10. Officiaes honorário», 2a linha, refor-
Janeiio. 64:7108000 mados e auditores 539:3ft5j»32t>
12. Tribunaes do commercio 34:300Sf000 II. Repartição ecclesiastica 61:616!HiOOO
13. Repressão do trafico de Africanos . . 50:0008000 12. Gratificações diversas, etc 9^:107^200
]4. Sustento de presos 13. Inválidos 71:«72»730
5:000#000
15. Eventuaes . . . . 14. Pedestres 251:2738750
10:0008000
15. Recrutamento e prêmio de engajamento 300:000^000
No município da cúrle. 16. Fabricas 133:47«8HOO
17. Obras militares 420:000^000
16. Culto publico 4:995$560 18. Diversas despezas e eventuaes . . . . 22O.808íf>00Q
X7. Cl rpo municipal permanente WS 00
300:1 19. Exercícios findos 8
18. Casa de correcção e reparos de cadêas 64:0008000
19. Conducção e sustento <ie presos .... 30:000^000
20. Illum inação publica 367:260^0
0 Art. 7.o O ministro e secretario de estado dos nego-
21. Exercícios findos 5 cios da fazenda é autorisado para despender com os
objectos designados nos seguintes paragrapho» a quantia
de f . 12,339:789*000
Art. 4.° O ministro e secretario de estado dos negócios es-
trangeiroséautorisado para despender com os objectos de^ig-
nados noa seguintes paragraphos a quantia de 659:520.^086
A 6aber:

A saber: l.o ."Jurose amortização da divida externa


fundada, calculada ao cambio de 27 3,787:120^000
l.o Secretaria de estado i>5:815^088
2.o Ditos da divida interna fundada. . . 3,460:166&000
2.° Legaçíies e consulados a 27 dinheiros
3.o Ditos da dita inscriptu antes da emiwão
esterlinos por 1$ 453.941^666
das re»pectivas apólices, e paçamen-
3.o Empregados em disponibilidade, moeda das
to em dinheiro quantias da
no paiz ... 9:7331^332
mesma divida menores de 4008. na
4 " Despejas extraordinárias no exterior
fôrma do art. 95 da lei de 24 de
n 27 dinheiioa e»terlinos por 18 . 110:0008000
Outubro de 1832 J0-000!$000
5.o*Ditas 110 interior, moeda do pai/. . . . 30:0008000
Caixa da amortização, filial da Bahia,
4.o
6.° Exercícios lindos &
e empregndos no resgate e substi-
tu irão do papel-moeda 38:6408000
5.» O ministro
Art. e secretario de estado <'¦* no- 5.o Pensionistas do Estado 544:054$"00
da marinha é autorUado pura despender com os fio Aposentados 378:80.38000
gocios
•bjectos designados nos seguintes paragraphos a quantia 7.o Empregados de repartições extinetas 29:7548000
de 4,859:4208204 8.o T>eaouro nacional 348:800^000
9.o Thesourarias 546:322^000
A snber: 10. Juizo dos feitos da fazenda 68:185$000

I.0 Secretaria de estado . ......... 33:000^000 11. Alfândegas 1,3«5 380*000


12. Consulados 248:8748000
2.° Quartel-general da marinha. ..... 5:500j825
3.o Conselho supremo militar 3:6008000 13. Rccebedorias 117:9228000
4.° Auditoria e executoria 3:370^000 14. Mesas de rendas o collectorias.^. . . 333.987$í000
15. Casa da moeda 134 200^000
3.o Corpo da armada o classes annexas . 363:837^600
16 Òfficina e armazém do papel sellado. 49.0808000
6.0 Batalhão naval 27:7H0íj950
7.o Corpo de imperiaes marinheiros. . . 84:7518000 17. Typographia nacional 120-.000&000
18. Òfficina de apólices 3 3R08000
8.° Companhia de inválidos 6:40Hfe000
9.o Contadoria da marinha 19 Adoiiniktraçãode proprios nacionaes. 22:686800»
56:000^000
10. Intcndencias e accessorios 107:098^000 20. Dita de terrenos diamantinos 15:5468000

II. Araenaes 802:578Jf600 21. Ajudas de custo a empregados de fa-


venda 12:0008000
12. Capitanias do portos 93 91915656
13. Força naval e navios de transporte . 9-13:8350 22. Curadoria de Africanos livre3 1:9008000

14. Navios desarmado» 28:598^000 23. Medição de terrenos de marinhas . . 3:000800"


X5. Hoipitaes 34:2488000 24. Prêmios de letras, descontos de assig-
X6. Pharóos 25:874*500 nados das alfândegas, comraissões,
17. Academia de marinlia 2fí:22H$0P0 corretagens e seguros 180:0008000
. .
X8. Escolas 1:3048.000 25. Juros dos empréstimos do cofie dos
19. Biblwtheca da marinha I:324üf8l8 orphãos 130:0008000
20. Reformados 56:6008105 26. Reposições e restituições de direitos e
2X. Material 1,645-8458000 outras 50:000!$000
27. Córte e conducçíio do páo-brazil. . . 40:0008000
22. Obras 285:7248000
23. Despezas extraordinarlas e eventuaes 224:0001^000 28. Obras 300.0008000
24. Exercícios findos 8 29. Gratificações J0:00« $000
30 Eventuaes 20.000ÍQ00
31. Exercícios findes $
Art. 6.0 ministro e secretario
O de estado dos no-
32. Pagamento de bens de defuntos e au-
gocios da guerra é autorizado para despender com os
sentes • $
objectos designados nos seguintes parajrraphos a q' antia
33. Dito de depósitos de origem 8
de 10,145:3808556 qualquer
DE 1857, 207
SESSÃO EM 8 DE MAIO

59. Meia sisa dos escravos . 157:0008000


Cap. 11. — Receita geral.
60. Sollo do heranças o legados 150 OQOftOOO
Art. 8.0 A receita geral do império é orçada 11a quantia 61. Rendimento do evento 4:000!&00<)
de 39,000:0fi08000. j „? J
da Ecetraord tn a ria.
effectuada coto o produeto
Art 9.0 Esta receita seri
.1 «lentrodentro exercício da presente lei,
do exercício 62. Contribuição para o monte-pio .... 2:000#000
renda geral arrecadada
63. Indomnisaçõos 280^00^000
i»ob os títulos abaixo designados:
64. Juros de capitães na<yonaus I:900ft000
" consumo . 24,000:000^000
1.» Direitas de importação para 65. Venda do generos e de proprios nacio-
rfeí ' ' ' 20:0008000
2.0 Ditos de baldcação o • 8008000 naes 40:0008000
d AI . . .
3.0 Ditos idem para a Costa 66. Receita eventual 100:000800d
estrangeiros
4.o Expediente dos gêneros
cabotagem,
cabotagem, livres de
navegados nor
por Dfposiiot.
275:0008000
direito de consumo
38:0008000 I
5.o Dito dos ditos do paiz 1 o Bens de defuntos c ausentos . . 370:000$000
• • i3:Ooe«,ooo 2.° Prêmios de loterias 13 0008000
6.° Dito dos ditos livres
] 80.1)008000
7.° Armazenagem 3.o Salario de Africanos livres. . . (J.OOOJJOOO
185:0008000
8.» Piemios de assignados 4.0 Depósitos de diversas origens . 410:000#000
• ¦ * 160:0005000
S.o Ancoragem
es- 829:0008000
10. Direitos de 15 % das embarcações
24:0008000
trangeiras que passão a nacionaes
das Optraçoei Jn credito.
11. Ditos de 5 % lia compra e venda
44:0008000
embarcações Empréstimo do cofre dos orphâos . . . 1,200:0008000
6,112:50ü«000
12- Ditos de 7 % de exportação
- • • 2:000*000
13. Ditos de 2 % idem
1008000 Art. 10. O governo Hca autorisado para emittir bilhetes
14. Ditos de 1 % idem de ouro em barra .
20:0008000 do tkesouio até á somma de oito mil contos de réis como
.15. Ditos de % % dos diamantes
anticipação de receita no exercicio desta lei.
16. Expediente das capa^zias. ......
Cap. iii. «— Msposiçbês gerati.
li DUadacasí^da'mocd».'
19. Dita da senhoriagem da prata Art. 11. Ficão em vigor todas cs disposições da lei do
unoníWinn
150=
orçamento antecedente que não versarem particularmente
6004000
sobre a fixação da receita e despeza, e não tiverem sido
10.0008000
22. Dita da fabrica da polvora expressamente revogadas.
• 8:8008000
23. Dita da fabrica de ferro de\panemft. Art. 12. Ficão revogadas as leis c disposições em con-
13:0008000
24. Dita dos arsenaes . trario.
60:0008000
25. Dita de proprios nacionaes Rio dc Janeiro, em 8 de Maio de 1857. — Dimario i'
33:000^000
26. Dita de terrenos diamantinos Souza Franco.
27. Fóros de terrenos e de marinhas, ex-
. 5:0008000 O Sn. Presidente : — A camara tomará na devida con-
cepto as do município da córte. .
os sideração as propostas do poder executivo.
28. Laudemios, não comprehendendo
das rendas de terrenos S. Ex. retira se com as mesmas formalidades cora que
provenientes
de marinha da corte 6:0008000
fôra introduzido.
29. Sisa dos bens de raiz 1,650:0008000
O Sa. PaMiDKNTE declara que as proposta» silo remetti-
30. Décima urbana de uma légua além da
5:0008000 das às 1* , 2a e 3" commissOes de orçamento.
demarcação •
31. Dita addicional das corporações de KLÜIÇlO I>E MINAS-VKBÂCS.
• • » 65:0008000
nião-morta
32. Direitos novos e velhos e de chance!- (12* districlo.)
laria • 200:000s,000
das patentes dos officiaes da S«. 0»uz Machado (pela ordem): — Esta sobre a meta
O
33. Ditos
120:000$}000 o parecer relativo & eleição do deputado polo 12° diatricto
guarda nacional
34. Dizima de chancellaria 45:000^000 da província de Minas-Geraes , e como não ha contestação
. . 10:0008000 alguma sobro esta eleição, poderia ser lido o parecer e appro-
35. Jóias das ordens honoríficas. ...
vado pela camara, dando-se em seguida assento a esse Sr.
36. Matrículas das faculdades de direito e
78:0008000 deputado que está na ante-sala.
de medicina
73:507W0 O S*. Pn siDtrm: : — O Sr. deputado requer urgência
37. Multas por infracção de regulamentos
1,270:0008000
38. Sello do papel tixo e proporcional . . . O S*. C»iz Micut.o : —Sim , senhor.
39. Prêmios de d*positos públicos 6:0008000
25:300^000 Oo.sultada a caBa sobre a urgência, decide -se pela aflir-
40. Impostos de despachantes e corretores
41. Emolumentos 35:0008000 mativa.
42. Impostos sobre loias, casas de descon- L£-se, entra em discussão, ejsem debate d approvadoo
to, etc. 650:0008000
seguinte parecer:
43. Dito sobre casas de moveis, roupa, etc.,
fabricados em paiz estrangeiro . . . « A commissão de constituição e pnderes, tendo exami-
9:000}j000
Ferraz da Luz, depti-
41. Dito sobre barcos do interior 16:0008000 nado o iliplomii do" Sr. Dr. Joio Dias
da província de Mi-
45. Dito de 8 % das loterias 420:0008000 tado eleito pelo 12o diBtricto .leitnral
nas, e ns actns da respectiva eleição, apresenta o resultado
<16 Dito de 8 % dos prêmios das mesmas 200:0008000
47. Dito sobre mineração 55:0008^00 do seu trabalho. ,
« O districto tem um collegio quo se reúne na cidade de
48. Dito sobre ditas minoraes 2008000
Pouso-Alegre, ocomprehe.de 9 freguezias ; não forão pre-
49. Taxa doa escravos 150:' 008000
50. Venda de pio-brazil 10CS0008000 sentes á eomraissüo as actas das cinco freguezia» , Pouso-
51. Cobrança da divida activa 170:0008000 Alegro , Santa Rita da Hoa-Vista da Capituha , Santa Anr*
do Sapucahv, Cnmpo-Mixtico o Ouro-Fine ; O oollogie, p'>-
Ptculiartt do município,
rém, julgou valida» as eleições destas cinco frecuezia», pelo
52. Dízimos l«:000íf>000 a commissão quo nellas forão observadas as
que' presumo
S. Caetano
53. Décima urbana • • •, 750:000}Á000 disposições da lei. Dus actas da» freguezias de
vi 11a de Ja-
54. Terças
partes de officios
. ....... 1:200&000 da Vargem Grande, que deu 10 eleitores , e da
55. Emolumentos de . deu 3, ec conhece que as'eleições se íi/.crao nel-
policia 1:8001*000 guarv, quo
-I110 deu 9
56. Imposto sobre casas de leilão o modas 13:600^000 ias regularmente; na freguozia de Cambuhy
: Tendo com-
57. Dito de
patente no consumo
de aguar- eleitores , nota-se a irregularidade seguinte
de eleitor tste, em vez do
dente 230:0008000 parecido sòmente um supplente
aper.ss, occupando elle
5B. Dito do
gado de consumo 130:000^000 nomear doua mesarios, nomeou um
EM S Dl 2 MAIO DE IS57.
20s SESSÃO
Lê-se , apoia-se e entra em discussão a seguinte emenda
no entender da commis-
o outro lugar, Irregularidade que ao parecer c ao voto cm separado :
a eleição e quo procedeu de
são não vicia substancialmente
em tal caso a lei de 19 de «1.° Que se declarem nullas as eleiçles primarias da
observar-se o que dantes prescrevia
* de S. José do Paraíso tendo íieguezia dos Afflictos (Arripiados) do mesmo districto, e
Agosto de 1846. Na freguesia
e 6 supplentes , entendeu o juiz de eleitores.
comparecido 1 eleitores que se elejão novos
o numero de ambas ns turmas, e < 2.° Que se annulle a eleição secundaria do mesmo dis-
na* que devia igualar
a primeira dous cidadãos com as tricto, e se proceda a nova , á qual concorrão os novos elei-
chamou para completar
eleitor ; como porém os dous primeiros mesa- tores dos Arripiados. — Dr. Mar Unho Campos.
qualidades de
unanimidade de 6 votos, e ou-
rios forão nomeados um por vou tratar de
os votos dos dous cidadãos não in- O Sr. Silveira Lodo: —Sr. presidente,
tro por 5, é evidente que
irregularidade não uma questão em meu conceito importantíssima. Não duvido
fluirão no resultado, e portanto esta
submettida ao exame e de-
vicia a eleição. que tenha sido, ou haja de ser
«. No collegio o processo eleitoral foi observado, e
aos IU- cisão desta augusta camara uma ou outra eleição na qual
o .'r. Dr. a perversidade tenha exercido em maior grào sua deB&stra-
eleitores presentes tiverSo em primeiro escrutínio
e o br. da influencia. Não duvido que uma ou outra tenha vindo ou
João Diiis Ferraz da Luz 58 votos para deputado ,
liaja de vir ã casa ein. que por todas ae parochias onde se
Antonio Simplicio de Bailes 77 votos para supplente.
uma maior som-
< E' portanto a commissão de parecer pleiteou a eleiçiío te encontre disseminada
t ] o Que 60 npprovem as eleições primarias
das 9 fregue- ma de pequenas fraudes. TMas duvido muito, Sr. presidente,
eleitoral da província de ou se apresente
zias que formão o 12® diitricto que nesta camara s-e tenha apresentado ,
uma eleição em que a fraude se haja mostrado em tanta in-

«2o Que seião reconhecidos, deputado


do mesmo distric- tensidadfc, e em que ao mesmo tempo um espirito algum
Luz, c supplente o Sr. Antonio tanto vivaz em ardis tenha procurado revesti-la de todas as
to o Sr. .leão Dias Ferraz da
vestes e apparencias dé legalidade.
SlTfa'la°das
de 1857.—Antonio Can- A matéria , Sr. presidente, é importantíssima , como
©ommissõos, 8 de Maio
—J. J. Pacheco. » disse , e uma prova de sua importancia enxergo na vacilla-
dido da Cruz Machado
illustrados dos nobres membros da com-
12° districto da ção dos espiritos
O Sr. Pnr.sibiíxte declara deputado pelo missão que interpuzerão parecer a respeito.
de Minas-Geraes o Sr. João Dias Ferraz da Luz,
província Os dous illustres membros que constituem a maioria
e supplente o Sr. Antonio Silmplicio de Salles. dessa commissão, e côncordão na validade e procedencia da
Continúa a eleição das commissões , e sahem
eleitos para eleição sujeita , sé exprimem de uma maneira que convence
a de du falta de certeza e de segurança em que se achârão quan-
do tiverão de emittir sua opinião. Dizeir elles : < Contra
Pemòes e ordenadox (63 cédulas).
essas arguições , o no intuito de patentear-se a liberdade o
Barros Pimenta
Os Srs. Pereira Franco com 51 votes , regularidade da eleição de Arripiados , forão também pre-
«om 52, e Serra Carneiro com 41. sentas á commissão alguns documentos , que cotejados com
Fazenda ((>1 cédulas). as representações, se não habilitão a commissão para resta-
Vianna belecer como dtísejava a verdade dos factos , proporcionão-
Os Srs. barão de Mauã com 50 votos , Sampaio
lhe ao menos alguns dados para aventurar um juizo mais ou
com 47, e Torrea-IIomcm com 38.
menos seguro ácerca do que se passou. >

KI.KIí ÃO DE PERNAMBUCO. Este parecer , estas expressões demonstrão a deficiência


de firmeza em que se vio a maioria da eommissão para a in-
!j
districto.) ter posição do seu juizo , ao pnsso que também convencem
(5°
da cscrupulosidade e da honradez do caracter desses cava-
urgência para
f 0 Sn. Paes Ba «oito (pela ordem) requer lheiros.
se scha sobre a O voto discordante , que encara a questão por differeato
ser lido e entrar em discussão o parecer que
José ferreira de maneira, chega a um outro resultado , mostrando porém a
mesa relativo no diploma do Sr. João
Aguiar. mesma váciIlação ; pois que, embora se compenetrasse da
urgência decide-se pela aflir- existência de suspeitas vehementcs contra a validade da
Consultada a caBa sobre a ,
eleição, todavia julga que, para fundar segura convicção ,
mativa. j
necessita de informações do governo sobre o resultado das
sem debate é apptovado, o
Lê-se , entra em discussão, e apresiden-
, diligencias a que ultimamente mandou proceder
seguinte parecer: cia de Minas. _
« A commipEão de constituição e poderes examinou o di- Jà comprehende à camara toda a gravidade da questaq de
tem a honra de
ploma do Sr. ,loão José Ferreira
do Aguiar, deputado eleito que se vai cecupar x> imperfeito orgão que
districto da província do Pernambuco , o achou neste momento lhe dirigir a palavra. Depois de acurado
pelo 5o
conforme As netas ; não tendo que obseivar contra o proces- exame, e de prolongado estudo com o sincero proposito de at-
so eleitoral, é de parecer : tingir, de aleançar a verdade, espíritos illustrados, verda-
formar di* um modo ina-.
< i.o Que o dito Sr. João José Ferreira de Aguiar seja , deiras capacidades, não puderam
reconhecido deputado pelo referido districto. balavel a sua opinião. Terei porém de mostrar , no correr
« 2.° Que seja igualmente reconhecido supplente pelo da presente discussão, que, apezarda grande superioridade
Por- intellectual daillustre commissão, houve engano de intelli-
mesmo districto o Sr. Pr. Joaquim Pires Machado
encarar e decidir o negocio, houve,
gencia no modo de
« Que sejão approvados
3.o os eleitoies das diversas fre- para assim dizer, descuido de seus talentos.
o districto. Sr. presidente , o exame dos papeis que se achão sobre a
guezias que compoem
« Paço da camara dos Srs. deputados, 8 de Maio de 1857. mesa, e estiverão com a commissão, ministra prova robusta
jm Pacheco. Antonio Cândido da Cruz Machado. » e suficiente para que a fraude, aliás triumphante nas pa-
rochia8 e no collegio , não o s"ja também na camara dos
districto .Ia
O Sr. Presidente declara deputado pelo 5" Srs. deputados.
JoeÓ Ferreira de Aguiar,
província de Pernambuco o Sr. João Dividirei o que tenho a dizer em tres partes. Na primei-
e supplente o Sr. Joaquim Pires Machado Portella.
ra me occuparei das narrações episódicas que constituirão a
' do diploma. Na
DIA. quasi totalidade do discurso do portador
DO
SEGUNDA PARTE DA ORDEM segunda tratam da questão em si, demonstrando que o sa-
'
de L bá foi salteado,
Presidente noméa o Sr. Madure*ra para substituir grado direito de representação do circulo
O Sn.
foi roubado nas torturadas eleições primarias de tres paro-
• Ju- i
interinamente na commissão de poderes o Sr. Teixeira chias, principalmente na de Arripiados. Na terceira, final-
nior. mente , analysarei, se bem que perfunetoriamente , o que
ELEir.ÀO DE MINAS-4;ERAES. |
! se passou no collegio eleitoral.
Devo declarar á camara que nesta tarefa assim como
(19« districto.)
i em todos os actos de minha vida , não me dirijo por paixão
Continua a discussão adiada do parecer da commissão nem por interesses egoisticos.
de poderes eobre a eleição do Sr. Athaide, juntamente O negocio , a questão para mim, não é política, è mera-
com o vote em separado. mente de direito , é de justiça e de moralidade eleitoral. Os
SESSÃO EM 7 DE MAIO DE 1857. 209

tres candidatos que pléiteárão , c de certo hão de pleitear dades locaes do territorio
que coastitue hoje o circulo do
ainda a eleição de Ubá, com probabilidade de vencer, se for Ubà, não se podia dizer, açresentando-so candidato,
que
cila annulUda , como se deve esperar, são todos do mesmo não fosse um candidato apoiado
pelas posições ofliciae9.
credo político. Se eu tivesse de escolher entre elles não teria O Sr. Maktinho Campos:—Apoiado, todas as autorida-
e sómente por qua-
que dirigir-me por interesses políticos, des locaes erão delle.
lidades moraes e intellectuaes; preleriria a maior intelli-
OS*. Silveira I.0110 : — Mas, Sr.
gencia e mérito. presidente, a ambição
do Sr.^ Athaide, sem limites o sem cscrupulos, levou o a
Nem p0S60 nutrir a esperança de que uma nova eleição
traga para Bubstituir aqui o actual portador do diploma procedimentos oue plenamente o desacreditArão perante o
um homem que pense politicamente como eu. circulo pelo qual se apresentou. O Sr. Athaide. em vez de
accommodar se As normas do justo, do legal o do honesto,
Uma voz.: —Fazendo-se como era Marianna , talvez.
quiz fundar toda a sua influencia em conveniências, mera-
O Sn. Silveira Lono :— O nobre deputado lia de ter res- mente em conveniências o interesses. Consequentemente,
cm vez de só tratar da creaçáo de parochias
posta. quando a ne-
Demonstrarei, Sr. presidente, e espero convencer a cama- cosfiidade dos povos a pedia, fez suppressões e separações
ra da justiça do meu desejo , que todo se cifra em que o cir- inúteis para exercer vinganças contra cidadãoB respeita-
culo de Ubá exprima livremente a sua genuína vontade na veis. como, por exemplo, contra um venerando parocho
ji
escolha do deputado que o tem da representar. Repito que no ultimo quartel da vida. Fallo do escandalo que se deu a
ali, no estado actual do circulo, é impossível, ao que me pa- respeito da freguezia de Arripiados, em que o hr. Athaide
rece , ser eleito um condidato liberal, ou progressista ; se teve o habilidado de, illudindo a boa fé do sous collegas na
' assembléa
bem que eu não possa considorar aquelle circulo nas cir- provincial, conseguir uma exótica lei pela qual
cumstancias do de Marianna. onde as bellas autoridades , se dizia : « Fica supprimida a freguezia de Arripiados; > o
onde, em seuexclusivismo,meia dúzia deenergumenoB.ami- ao mesmo tempo, logo abaixo também se declarava: « Fica
gos políticos do nobre deputado que me dá o aparte, enten- creada a freguezia de S. Sebastião doe Aftiictos. comas
dPrão que um seu adversário devia até desistir do apoio que mesmas divisas da freguezia supprimida. > Vê V. Ex. a
a quasi totalidade do circulo quiz prestar-lhe, para leva-lo mesquinhez desse acto, que por meio do embustes sómenta
á representação nacional, embora immerecidamente, e hoje se podia obter da assen^bléa provincial....
esbravejão de despeito porque forão derrotados. Um Sr. Di:pi tai>o dá um aparte.
Sr. o Sr. Athaide occupou-se de preferencia
presidente, O Sr. Silveira Loiio : — Eu estou demonstando
em episodiar a questão eleitoral, esforçando-se sobretudo que a
apresentar-se á camara como o candidato .natural da- influencia , que o grande argumento do quo se valeu o
por
•juelle circulo, e como victima da perseguição do governo Sr. Athaide....

provincial. Vou convencer a V. Ex. e a camara de que o O Sr. Presidente:—Eu peço ao nobre deputado que
Sr. Athaide, embora por algum tempo exercesse não peque- trate da matéria em discussão.
na influencia naquelle districto eleitoral, todavia não 6
O Sr. Lilveira Loiio:—Sou obrigado a episodiar; o
hoje o mesmo homem que então era, não goza do mesmo
Sr. Athaide muito episodiou, o eu não devo deixar sem
conceito que outr'ora possuiu.
resposta esse argumento da naturalidade da sua camiidatu-
Vou provar a V. Ex. cjuo, longe de ser a sua candidatura
ra, quando realmente tal não ha ; conceda-me V. Ex. esta
natural ali, 110 verdadeiro Bentido da expressão, 6 cila uma
candidatura oflicial; pois que todas as autoridades locaes, justa liberdade ; não advogo causa que menos licita o nobre
seja. ,
todas com excepção sómente do subdelegado da Gloria do
Mas, como dizia, o tim que se tinha em vista era única-
Muriahé. queiá não pertence ao seu credo, e exceptuado
mente mudar-se a séde da freguezia, embora respeitando
lambem o subdelegado do Sapè ou dos liagres, todos os ou -
as mesmas anteriores divisas, para esse modo exercer-
tros, do Presidio, ae Ubá, do Santa Kita do Turvo, de Tom- por
ae vingança conta o venerando vigauo o Sr. Joaquim José
bos de Carangola, de S. José de Chopotó, da Piranga, da
de Godoy, que não quiz ser instrumento de aspirações me-
Espera, de Dúrcs do Turvo, e de Arripiados, todos
perten- nos dignas ou menos legitimas.
cem á parcialidade do governo de então, todos são crcatu-
ras do Sr. Athaide, o lhe prestárão o mais deeidido apoio. E procedimentos desta ordem, senhores, que mostrão
mesquinhez de alma, desejo de vingança, não desacreditão
O Sr. Atbaido <5 o único homem que naquelle districto....
ante o conceito dos homens sisudos, dos homens de bem e
Um Sr. Deuijtado :—Honra lhe seja feita ; apezar du honestos? Por corto que sim.
guerra que a presidência fazia a esse candidato; elle trium* Mas o Sr. Athaide, no seu systeina do manejos, não
pa-
phou. rou ahi; não podendo dar garrote i\ opinião liberal reinan-
te no Presidio, o fez? Sem utilidado publioa divide
O Sr. Silveira Ixíio : — Vou já dizer qual foi essa guer que
a parochia. E* sempre o Sr. Athaide coiu as forças, os re-
ra ; o nobre deputado não mc atrapalha com seus apartes
cursos ofllciaes, o terreno para sua votação, an-
Jolgo delles. preparando
tes de haverem círculos, o sua candidatura,
pois para quem
O mesmo Sr. Deputado:— Nem pretendo atrapallia-lo0 divide a parochia, croa a do Sapí, c crca sem utilidade
ps-
O St. Silveira Ixíro Vou convencer a camara dequ blica. Isto trouxe escandalo aos isto concorreu
povos, para
o Sr. Athaide, como o homem único se dcdic&ra na a decadência do credito do Sr. Athaide.
que
qnellas paragens aos negocios e manejos eleitoraes, aos Um Sr. Deputado : — E o bispo não foi ouvido ?
negócios políticos e
goyernamentaes, era o canal pelo qual
a presidencia da
província fazia a escolha das autoridades Oitro Sr. Dijttado : — Oppôz-se.
locaes ; nunca se esquecendo no entanto o
Sr. Athaide da O Sr. Silveira I-ono: — Ainda mais, Sr. presidente, sc
tua pessoa, para queiti sempre
procurou boa posição, a me- continuasse a séde do município do Presidio u ser naquelle
llior possível na partilha
que havia a distribuir; não se lugar cm que naturalmente esta va o devia estar collocada, o
esquecendo, digo, de fazor-se tenente-coronel
da guarda Sr. Athaide não encontraria facilidade para a obtenção das
nacional, promotor publico, director da instrucção
publica medidas de que carecia lançar mão para se tornar trium-
e presidente da camara municipal.
o então o
Já vè a camara que o Sr. Athaide em tal phanto toda a voz que houvesse eleições ; que fez
posição não ó elle ? Tira a séde, a cabeça do termo municipal do Presi-
um candidato oue pudesse facilmente ser
perseguido pelo dio do um ponto muito mais central, o vai colloca-la em
governo; é, pelo contrario, um candidato
que encontra um outro, para seus tins pessoaes, na peripheria do termo,
apoio em todas as autoridadea, em todos aquclles
quo elle com grande transtorno para ps povos.
empregou, havião sido distribuídos os diíFerentes
lugares por quem
policiaes de todo o circulo pelo qual se apresentou ; Um Sr. Depi iabo dá um aparto.
« um candidato
que jogava com influencia de todn a guarda O Sr. SiLVEin» Loiio:—Mas éoSr. Athaide dominau-
nacional como chele delia,
que jogava com a influenoia do todas as posições, e dispondo da sorte de todos esses lu.
da
piomotoria, <jue jogava com n influencia da presidencia
«a camara municipal, gares; é isto o que quero mostrar. O Sr. Athaide, tomado
e abusando muito, dessa
nnuencia, como
abusando, de capricho, fez todas estas cousas, e todas eftas cousas
a camara verá. desoonceituão a qualquer que por cllns se deixe levar, a
r-
presiJente, o homem teve esse grande prestimo se mostre inferior aos sentimentos de juHtiea,
que qualquer que
para com a presidencia, o homem com
- en.endeu sempre quem a presidencia de rectidão, dc moralidade o de imparcialidade, qualidad e
para a satisfação de todas as necessi- estas que devem formar o constituir o caracter de todo o
tomo I. 27
EM S DE MAIO DE 1857.
SESSÃO
210
a quem para conseguir seus fins usa
boa fé nestes negocios. {Apoia- para isso concorreu,
homem político que entra de de meios os mais reprovados e criminosos ; as cores pro-
tios.) são era si mesmas hediondas;
prias de um tal procedimento
: —O município da Ubá é anterior e contra a immoralidade hei de empregar sempre toda a ve-
O S*. Cri.z Machado
á lei do3 círculos. bemencia de que sou capaz. Isto não é insultar.
Silveira Lobo:—Bom;
a divisão ou subdivisão Os actos do governo provincial relativamente á eleição do
O ^R
da sido do município poderá ser- 19° circulo de Minas-Geraes são todos, como jà fiz sentir á.
das parocliias, a mudança
a distribuição desses empregos casa, de data posterior ao dia 2 de Novembro, em que as
lhe anterior, assim como
daliiqueoSr. Athaide, qne J* satarnaes se fizerão (sem offensa á verdade o digo) nas
locaes- mas não se segue
no territorio do distrieto differentes parochias era que tiverão lugai as suppostas elei-
antes exercia influencia política
apoio seu, Exceptuado oactopeio qual a
eleitoral, não tomasse todas essas
medidas
para ções, cuja validade ataco.
outr ora p<*rtencente«
ein proveito de seus proprios interesses;
creio que a camara presidencia mandou que 22 votantes,
á parochiade Arripiados, fossem votar na do Anta. em vir-
comprehende perfeitamente isso....
tude de uma nova divisão feita pela assembléa provincial;
—Mas a immoralidade des-
O Sr- Avcusto de Oliveira : exeeptuada a portaria pela qual a presidencia da província
e sobre o pie-
í*es actos recahe sobre a assembléa provincial, declarou, embora inutilmente, que ao 2° juiz de paz da
sidente da província que os sanccionou.... Gloria, e não ao 3", competia a presidência da mesa eleito-
—E' sobre quem ral; exeeptuada ainda a demissão de um subdelegado do
O S*. Silviira Lono : principalmente
duvida aos que nao estão tao districto dos Bagres ou Sapê; exceptuados estes tres actos,
os promoveu, illaqueando sem
ao facto dos negocios.... tudo o mais que a presidencia de Minas-Geraes fez foi de-
de attentados»
— A assembléa geral não é competen- pois da eleição de eleitores, e como repressão
Um Sr Dei-utado : de escandalo3 que provocárão a estranheza., a indignação
na orbita
assembléas provmciaes
tf para tomar contas ás inaudita a
publica, escândalos que revoltárão por fôrma
de suas attnbuições.
todos os Mineiros sisudos e honestos.
O Silveira Lobo:
Sr Não estou accusando a assem-
O Sr. Martinbo C*«ros -. — Apoiado.
mostrando a posiyuodo Sr. Athaide,
bléa provincial; estou
em que se apresenta como vieti- Silveira Loro : — Declaro á camara que não seu
toda official nesse circulo, O Sr.
Eu atianço á camara que, Heieulano Ferreira Penna; declaro que em
ma das perseguições do governo. partidista dc |Sr.
se o Sr. Athaiidc fosse em
verdade uma victima perseguida tempo competente, com todas as minhas fraquezas, tenho
de piedade, de ge- de dirigir-lhe fortes censuras ; mas, em abono da
verdade,
pelo "overuo, eu também teria palavras
e teria palavras do ammadver- e em respeito á justiça, na matéria de que se trata,
se S. Ex.
nerosidade para dirigir-lhe,
o governo victimario que pôster- merece censuras, é porque, sendo sabedor em tempo do
são, de indignação contra
não esta elle neste caso. estado de Arripiados, das d^senvolturas que ali praticou o
sasse seus direitos ; porém
de assim ostentar-se, inculcar-se subdelegado Joio Alves de Mesquita na anterior eleição de
Sr presidente, depois
da autoridade,^ o Sr. Athaide Setembro, do que S. Ex. teve provas, não demittio a esse
alheio a qualquer protecção
fazer o papel de victima, quiz pro- subdelegado, provavelmente pelos receios de parecer par-
auiz ainda mais, quiz
de piedade, os sentimentos generosos ciai, para não dizer-se que mtervinha na eleição; o que
vocar os sentimentos
nessa sua empresa ar- não julgo motivo para se deixar de tomar uma medida ad-
da camara, a ver se assim salvava-se
de mostrar, apezar da franqueza da ministrativa qualquer, sempre que se prova e se conhece
riscada, que eu hei
ser uma empresa perdida, quando dis- sua justiça e verdadeira conveniência.
minha intelligencia,
em uma camara independente, moralisa-
putada, discutida O Sr. Martinho Campos: — E note-se que o governo ti-
*>rrente legislatura.
da, Como é a camara da
nha já annullado as eleições de juiz de paz e de vereadores
Campos:—Do que tem dado provas. autoridades.
Ò Sr. Mariimo por fraude das mesmas
o que eu julgava bas-
O «r S.lye.ra Lobo:-Sim, sem O Sr. Silveira I.ono: — Eu, Sr. presidente, ainda pode-
imprensa, e nao me daria aotrata-
tante o que tem dito a ria citar alguns factos. como, por exemplo, a maneira por
com toda esta imperfeição com que
lho de estar íallando se fez a apuração da eleição daGloria era 1852, esperan-
apoiado».) .
sou"r obrigado a exprimir-me. (Na<> victima o-se pelo resultado das outras parocliias para então sela-
3ue
Sr. Athaide apresenta-so como
prfsidente, o modo de vrar convenientemente a acta da apuração dos votos, factos
da província, mas este
do" r-oder governamental ao Sr. Athaide; pudera citar alguns
só ter valia, só poderá inttu.r no
animo que renderão desconoeito
figumse po-lerá
das circunstancia» officiaes do outros; mas vou restringir-me o mais possível, e entrar
de ouem além de não saber 110 que é mais ligado com a matéria; sem que todavia pos-
documentada , como eu o
não estudou toda esta
drculo
sabe que todos os actos da pre- sa dispensar-me de dizer algumas palavras sobre as cartas
fiz porque quem a estudou o Sr. Athaide.
lugar depois de leita e oon- que na casa publicou
sidencia neste negocio tiverão O Sr. Athaide, para provar que houve interferência
do
Ora, quem conhece o caracter
cluida a eleição de eleitores. eleição, afgumenta com duas cartas
da maneira pela qual correm os ne- governo infensa á sua
mineiro, e tem noticia tambrm candidato por esse
sabe que as eleições se fa- que o Sr. Dr. Paula Cândido,
ffocios eleitoraes na província, O circule, dirigio a dous individuo» qne
tinhão sabido eleito-
não nos collegios. (Apoiados.)
zem nas parocliias e res ; e com uma carta que o official de gabinete, parente do
esses eleitores qne apre-
Sv \thaide iá tinha feito todoB Sr. Ilerculano Ferreira Penna, escreveu a
uma influencia
filhos da expressão do voto
sentou no colfegio, presuppostos no- eleitoral de Cbá, em a qual recommendava a candidatura
a presidencia, depois da eleição,
da' parochias. quando do Sr. Dr. Firmino líodrigues Silva, de preferencia â can-
instruída das occurrencia», e revol-
te-sè bem. informada, fraudu- didatura de dous liberaes que por aquelle circulo tambem
com as immoralidade», «m a
tada com os abusos, se apresentarão.
Sr. Atlia.de o seus asseclas....
íencia que empregàra o Primeiramente direi a V. Ex que o Sr. Athaide, tendo
que empregar essa. todas a» autoridades por si, visto serem creaturas suas,
O Sr. Silv.no Cavalcanti:-Para
as assever«ç5es de um
expressões? , , pouco ou nada o podiâo embaraçar
— Perdôe-me; o nobre deputado ou outro candidato que se dizia protegido do governo, uma
O Cr Silvewa Lobo
não tratou a um seu vez que este candidato não podia encontrar o apoio que as
no sou' discurso aqui peonuaciado
t E entretanto eu naolhe autoridades locaes lhe reservas ão exclusivamente ; princi-
collega sem a men^r defèrencia o ca- se achavão lei-
nobre deputado nao conhece palmente quando as eleições parochiaes jã
fiz' correoção alguma ; o
fallo, não conhece tas á sua feição. . , ,.
ractei do indivíduo de quem d ás de gabinete *
eu tenho dever de obedecer Em segundo lugar direi que esse official
t0 os seus feitos. Demais, o direito de circulo, sem iníluen-
do Sr. presidente ; tenho tambem um homem sem influemcia política no
advertências concei-
como entendo.... cia na provincia; é um homem desfavoravelmente
exprimir-me exercer o poder de ar-
tuado como poli tico, o que não podia
-. — Mas não tem o direito de Sr. Athaide.
O Sr. Sii.vi»®
Cavalcanti radar de uma circulo nem mesmo ao
official de gabinete do
nsultar. Uma voz : — Não apoiado ; o
Lobo;—Isto não insultar; fique en-
t influencia na província
n S. Silveira Sr. Ilerculano Ferreira Penna tem
deputado que quando se tratadodireito,
tendendo o nobre de Minas.
a* ila lei. do merecimento pessoal, sei perieita — Observo esta in-
vejo o direito supptata- O Sr. Silveira Lobo : porém que
mente respeita-los ; mas. quando fluencia governamental de que se queixa o Sr. Athaide
esti
deixar de estigmatisar a quem
do pela fraude, não posso
SESSÃO EM 8 DE MAIO DE 1857. 211

aquella outra que também se so prova que nessa


em perfeito desaccordo cora patochia interveio com força armada a
autoridade
diz üliia do governo; porque o oíBcial de gabinete pedia policial em prol da eleição do Sr. Athaide, que
ali se teve como apocrypna a lista pela qual se fez a chama-
para o Sr. Dr. Firmino, e o Sr. Dr. Paula Cândido pedia
da ; e que por conveniência se sua
para si. parcialidade, a mesa re-
A câmara já vê portanto» que no circulo de Ubá o gover- jeitou uma urna estava nos termos da lei, e servio-se
que
de uma enastrinha
no da província (prouvera a Deos que a respeito de outros para recebimento das cédulas. Estes
três defeitos annullã* sem duvida a eleição do Tombos.
círculos elle houvesse procedido do mesmo modo !) não apa-
São defeitos aflirmados
drinhou a candidatura de ninguém. por muitos habitantes daquella pa-
rochia, e que correm como verdadeiros no respectivo cir-
¦¦ Não dizia assim o Sr. Dr. Paula Cândido.
Uim voz culo.
—Foi um expediente de
O Sr. Silveira Lodo : que lan- Não faço, porém, insistência
pela annullação da eleição
dessa parochia. Passo a tratar da eleição da
çott mão. parochia (ia
— Então não fallou a verdade? Gloria o de Muriahó
0 Sr. Mittrx Araújo :
—Não Sr. presidente, a eleição da parochia da Gloria de
O Sr. Silteirí Lobo : Muria-
quero dizer com isso que hé é uma eloição por sem duvida nulla. O
faltasse á verdade; fui um modo de entender do Sr Dr. Pau- juiz du paz que
a presidio não eru o competente para o fazer. Dos docu-
la Cândido. Uma vez que estava com os princípios do go-
mentos consta, e é um facto incontrastavel e authentico
verno, uma vez que, ao contrario do seu competidor, defen-
dia a extineção do trafico, de que naquelle circulo tanto se que a presidencia da mesa parochiul, pelos manejos em-
pregados pelo Sr. Athaide, foi usurpada ao 2° juiz de pa*,
iallava, podia crer que tinlia por si a protecção do governo. tinha o direito de exerc5-la. Está também provado que esse
0 Sr. Salathiel : — O Sr. Dr. Paula Cândido é incapaz maneio, para ageitar uma maioria na me?a, teve por fim a
de mentir. debellação dos direitos de grande numero de votantes da
O Sr. SilveiraLobo : — Quem diz o contrario? parochia; 6 facto oue licárão excluídos de dar os seus votas
12 cidadãos, e excluídas da apuração 40 listas.
O Sr. Miguel Araújo : — Exprimio-se na carta do uma Dirá alguém : mas, confrontando-se a differença de vo-
maneira bem clara e precisa.
tos entre os eleitores e os supplentes, esse numero não la-
Sr. Silvrira Louo:—Agora peço licença a V. Ex.,
O zia mudar o resultado da eleição. A isto respondo
que quan-
Sr. presidente, para declarar á camara os motivos por que do, como no caso presente, se empregão meios tortuosos
me abstive de apresentar-me candidato h d«*putnção geral para arranjar a maioria da mesa, ha toda a razão para sns-
pelo circulo de Ubâ, objecto este em que fallou também o peitar-se que o motivo que forçava a r.-correr-se a essa in-
Sr. Athaide. competencia era a necessidade de arbítrio, e talvez de al-
Eu percorri, é verdade, todo o circulo ou grande parte
guma cousa mais, no modo de proceder da mesa no correr
delle ; e levava tenção de ajudar, como costumo
(e sinto ao processo eleitoral.
ser tão fraco o meu alcance), a todos os homens A incompetência dojuizo presidencial,
que pensão pois, deu-se nesta
comigo....
parochia, e é uma razão aufficiente para que se declare nul-
0 Si. Martinuo Campos:—Apoiado. 1a a eleição. Esta minha opinião tem por si uma sane-

çao cffieial. Entre estes papeis vejo uma
portaria da pre-
O Sr. Loro : — Mas , Sr. presidente, não fiz
Silveira
sidencia da reconheceudo-se todos e>-
promessas, n« m podia fazê-las. Não occupo nenhuma posi- província, pela qual,
t»'s defeitos,se declarou nulla e sem effeito a eleição da fre-
ção oflicial; que promessas, pois, podia eu fazer? Só so fos-
se de ajudar a guozia da Gloria, e se mandou que se procedesse a nova
pagar, por exemplo, a divida de um ou ou- eleição de juiz de
tro votante, de um ou outro influente, paz.
que não pudesse vo- Passo agora a oecupar-me da
tar por estar paroohia que faz o objecto
por ella preso em mãos de adversarios. De
meus principal da controvérsia que nos occupa ; entro agora na
prestar fracos serviços de advogado, e isto mesmo
apreciação da eleição de Arripiados.
com a condição tine
qua non de justiça da causa. Serão estas
as promessas de Quando, Sr. presidente, cm 7 de Setembro da anno
que fallou o Sr. Athaide ? Se são, me glo- proxi-
mo passado se
no sempre de ns-poder fazer. Outras eu não as faria, procedeu ali A eleição municipal, o de juizes de
por-
paz, o juiz do paz Josó Ferreira Guimarães, que então pre-
que não eráo dignas de mim. Em hypothese alguma, já- «idia nos respectivos trabalhos, recusou dar ingresso na
mais illaqueei a boa fé dos meus semelhantes ; não
podia urna aos votos de H6 cidadãos. Note V. Ex. o a casa
usar de embustes que
para excitar a vaidade, o interesse, «em nessa oceasião o lado
o poder satisfazer. Não sei, pois, a que so oppõe ao Sr. Athaide perdeu a
que trouxe o Sr. Athai- eleição por 23 votos sómente.
de essas promessas que diz feitas
por mim. Se algumas liz,
foi no sentido que acabo do dizer; não O Sr. Marti.mio Campos ; — Apoiado.
prometti posições
officiaes, porque não costumo
jogar com ellas, nem tC-lai O Sr. Silvrira Ln«o: — Em conseqüência dessa de6ar»
em linha de calculo. ra/onda, injusta e despotica recusa, os homens
que pleitea-
0 Sr. Athaide como que pôz em duvida
que eu houvesso vão a eleição e que se vilo assim o (Tendidos em «0113 direi-
«ido convidado
para apresentar-me pelo circulo de UbA. tos, ti verão de leeorrer K presidencia da
provincia para que
Declaro a V. Ex. e & camara
(e o circulo lia d» ler o que declarasse Aque.lle juiz de paz, o á mesa
parochial, que não
estou proferindo)
que tive convite» positivos para npresen- lhes era dado tolherem o direito de voto de 86 cidadãos
qua-
tar-me ali. Nestas vistas o circulo ; m ts, vol- li icados em
pot
percorri gráo de recurso; e que, embora a allegação
tando a Marianna, e achando meus amigos de'gostosos de que tinha sido obtido esse recurso obe subrepticiamen-
dessa apresentação,
queixando-se que seria ingratidão da te, emquanto pelo» meios legues não losse desfeito o
minlia parte se me apresentasse provi-
por outro circulo que não mento, cumpria lhes receberem esses 86 votos
Josso Marianna, tive de desistir,
o que mais fácil so me O» que fazem opposição & parcialidade do Sr. Athaide,
tornou com a apresentação de outro
candidato que na mes- conhecendo de quanto era capaz a obstinação e cegueira do
ma oocasiuo pretendeu o circulo de Ubã.
Resolvida a minha
desistência, aceitei a apresentação juiz do paz. tirârão, na mesma oceasição em que obtiver&o
que meus amigos tizerão essa providencia presidencial, uma certidão do seu contei-
de meu nome pelo circulo do Marianna, onde
passei a <mvi- do, e que munidos delia voltArão para a parochia, e apre-
dar todos os meus esforços.
(entárão-se pleiteando a eleição de 2 de Novembro do mes-
Nada mais, ao que me parece, tento a dizer Acerca
de mo anno proximo passado.
episodios. Vou «ntrar na matéria.
Chegado o dia 2 de Novembro, teudo a mesa e o juiz
Sr. presidente, cm o discurso neste recinto o
proferido de pa/. tomado os respectivos assentos . ou talvez antes
cr. Athaide occupou-se sómente da eleição de Arripiados
disto, não me recordo liem, o Si coronel João I.uciano de
dizendo era a única sobre a
que qual rccahiSo duvidas a' Souza Guerra de Araújo Godinbo apresenta ao juiz de paz
ventilarem-se. Houve engano de sua
pãrte. Eu encontro o officio da presidencia da província, declarando-lhe quo
duvidas e duvivas sírias, de caracter annullatorio,
na elei- fora obtido em virtude de representação feita no sentido do
ção de outras parochias.
votarem os 86 cidadãos providos em gr&o de lecurso.
Por exemplo, na de Tombos de Carangola liou-
parochia O juiz de paz, que estava ro firme e deliberado
defeitos proposito
que considero insanaveis. TVnho em mãos at- de a t«»do o trance vencer a eleição , nega-se a abrir o offi-
testados
de pessoas muit» impoitantes dahi, como sejão os
cio. Queoabrisse, e
commandante superior Maximiano que lhe não disse execução, tiuhaca-
Joni Pereira de bida, ou mais desculpa ; mas que se recusasae a abri-lo,
capitão Serafim Pereira de Souza, alferes
Manoel âe manifestasse não uuerer rece-
piza,
ereira Corria que prevenido o ponto de
de Lacerda e outros. Por estes attestados ber a instrucção legal
que o governo provincial lhe trass-
SESSÃO EM 8 DE MAIO I)E JS57.
212

depois, tendo decorrido apenas os


mittia, isto comprova a pertinaz cegueira com que este juiz parechia pouco tempo
dias sufficientes para que recebesse o aviso e viesse da fre-
de paz se tornava instrumento de seus caprichos , ou antes
onde Be achava , a 12 léguas de distancia.
dos de um indivíduo , para o triumpho da sua candidatura. guezia da Glorie.
Vejamos, senhores, como se desenvolve o encarregado de
Os amigos do Sr. coronel João Luciano , que se liavião
dominar a situação , como resolve as questões de perigo ,
munido de certidão authentica do conteúdo do officio , a
como se porta nesse grande trance , como finalmente con-
upresentárão ao juiz de paz , e este desprezn-a igualmente
declarando que nenhúm desses 86 cidadãos darião cs seus jura a tempestade que o ameaça.
votos ; isto na primeira chamada , no dia 2 de Novembro. O juiz de paz quando suspendeu a eleição declarou na
acta , que aqui tenho , e que lerei se alguém duvidar, que
No dia 3 novas instâncias são feitas em prol da execução
suspendia a eleição até a decisão do governo. O mesmo juiz
da lei, em prol da observancia da ordem do governo provin-
de paz estabeleceu dubiedade sobre o termo da nova reunião
ciai; mas o juiz de paz continúa em sua obstinação , e nen-
em o officio dirigido á presidencia , que atjui tenho , t no
hum dos providos vota. Por sobre a tarde, quando jâ se
oito dias. Entretanto
achavão recolhidas 412 cédulas, os adversarios do Sr. Atilai- qual declara que a suspensão foi por
logo que o Sr. Athaide, a favor da protellação promovida
de, muito satisfeitos com o numero das lutas que entrárão
o juiz^ de
na urna pelo seu lado , as quaes mais ou menos conhecião pelo seu instrumento , é chegado a Arripiados ,
communicão paz piesidente da mesa, sem mais querer esperar a decisão
pelo formato , pela cor e pela dobra do papel,
do governo, ou esperar os oito dias, pelos quaes havia adia-
entre si a noticia de que o seu triumpho era certo.
haviaj>resenti- do a eleição, segundo elle proprio o declarou em o referido
O juiz de paz pela su« parte, que também
seu segundo officio á presidencia de Minas, obedecendo só
do a ímminencia da derrota, cogita, como parece inferir-se
con- ao risco da empresa, em que se acha empeniiado, se apresen-
da successão do9 factos, durante a noite, um plano de
inevitável, e o caso é que no ta na parochia, sem que a anticipação o embargue , no dia
jurar esse mal, que elle julga 10 do mesmo Novembro, para concluir a eleição, e de feito
dia seguinte, predisposto um individuo de sua parcialidade,
tratou de formar uma nova mesa.
o capitão Davíd Pereira da Costa, para que creasse um mo-
Peço, Sr. presidente, a attenção de V. Ex. o da casa; es •
tivo que 3ervisse de pretexto á suspensão dat^uellc trabalho ,
tamos chegados ao amago, & chave da questão.
contrariava a pretenção e vista3 do homem
que tão de frente Me parece que um simples dilemma evidencia a irregular!-
a quem olle cegamente servia, no dia seguinte , digo, logo
appareceu entre esse capitão dade , a nullidade insanavel, ieto <5, a clandestinidade e a
que uma pequena contestação
sorpresa desse prematuro proseguimento do processo eleito-
David e um votante Francisco Antonio de Salles, com quem
coacto e suspendeu a ral em Arripiados.
quiz trocar uma cédula , declarou-se
eleição , não obstante mesmo a esse tempo jâ se haver dis- O Sr. Míutimio Campos : — Apoiado.
sipado a vozeria.
O Sr. Silveibí Lobo : — Ou a eleição que no dia 10 se
Analysemos, Sr. presidente , esto primeiro facto demons-
fazia era a continuação da eleição começada a 2 de Novem-
trativo da intenção fraudulenta do juiz de paz , que assim Se era a
bro, e suspensa no dia 4, ou era uma nova eleição.
e immoralmente a expressão da
pretendeu frustrar illegiil continuação, para que se a considerasse como tal de mister
urna daquella parochiu Notarei, em primeiro lugar , que o no dia
se tornava que tivesse lugar exactamente para o
motivo da contestação ou tumulto por troca de cédula é o maneira se não pôde con-
mais insignificante e ordinário que se pôde dar em seme- qual tinha sido adiada ; d« outra
cober a liga dessas duas partes de ura mesmo processo elei-
lhantes occasiões ; notarei ainda mais que pela lei de 19 de
toral. Se não era propriamente continuação , então não de-
Agosto de 1846 está conferida ao juiz de paz presidente a
vião ser meros e irregulares annuncios , ainda mesmo que
attribuição de fazer a policia da assembléa narochial, e que os meios legaes e apro-
provados fossem por íé insuspeita,
nessa attribuição estô contsúda a faculdade de chamar a ou desap-
priados para fazer com que houvesse publicidade,
ordem , de fazer aquietar e calar quaesquer turbulentos , se excluísse a clandestinidade da eleição ; para
parecesse e
bem como de fazer sahir da igreja e da assembléa, e de os nessa parte a lei julgou preciso á
legal de que se cumprisse o que
autear ; o juiz de paz prescinde de todo esse poder validade da eleição erão indispensáveis novos editaes affi-
e armado , e resolve declarar-se
que se acnava investido xndos com o prazo da lei.
? Quando elle
coacto 1 E em que circumstancias, senhores Mas dizem : « Era continuação. > Süera continuação ,
secun-
em toda a sua aeção repressiva seria seguramente como poderá ter validade a eleição , se não havia ainda che-
dado e protegido pela autoridade policial do districto , que a decisão , a ordem que se diz na acta ter-
na igreja , acompanhado de uma escol- gado do governo
presente se aehava se impetrado para a continuação ? Por outro lado , como
ta numerosa de p<>liciaes. adiado por 8 dias sem ter
proseguir-se no processo no dia 4
Já comprehende pois V. Ex. que ó inteiramente iriisoria
chegado o dia 12? Qual a arithmetica que pôde demonstrar
a asseveração de coacção no caso em que se achava o juiz de no dia 10 não se
fallo. E' inteiramente irri- quo entre 4 e 10 vão 8 ? Nem se diga que
paz presidente da eleição de que tratou da eleição, e sim de preparatórios, e sim da formação
>.oria, porque tinha elle a seu dispor os meios legaes para
da mesa. Primeiramente oDservo que a continuação de um
atredar esse pequeno óbice, e porque esse motivo não podia
acto qualquer começa sempre do^onto em que o mesmo acto
de sorte alguma embaraçar a funcçào e o trabalho da mesa;
foi interrompido ; e se no caso vertente os preparatórios
era apenas e simplesmente uma altei cação e vozeria 14 entr, se partio a
tinhão ficado muito áquem desse ponto em que
os votantes , mas que , como acabo de dizer , não entendia
marcha da eleição, é evidente que se nuo tinha mais a tratar
com o correr do negocio confiado á. mesa. Se está provado
de preparatórios , que uma tal «llegação é caprichosa.
que a coacção não foi mais do que um ridiculo pretexto , é Km segundo lugar noto que sobro esse mesmo respeito a
forçoso inferir que um motivo latente, e sem duvida sinis-
anticipação é de uma máfí injustificável, porque, se tratas-
tro. actHon sobre o animo do juiz de paz para o arredar da »e ou não de preparatórios, os adversarios tinhão o direito
sonda legal para a suspensão injustificável que decretou. do se achar presentes a essa formação de mesa , ou o quer
Note V. Ex. e a casa que o juiz de paz com tanto arbitrio meu entender , é irres-
disposto no art. 60 da que tosse. Esta argumentação , em
procedeu que nem sequer respeitou o da sorpresa feita ao di-
pondivel, e demonstra a existencia
lei de 10 dc Agosto de 184K , consultando a mesa, como
reito de voto da parochia de Arripiados, porquanto não
lhe cumpria , não kó sobre a impossibilidade de proseguir ,
tinha chegado nem a decisão do governo, nem o dia 12 , e
como sobre a decretação de suspensão.
não podião os partidarios do Sr. Athaide, descartando-se
O Sr. Mabtimio Campos : — Apoiado. de tal geito da presença e intervenção^ dc seus adversarios,
comparecer e ultimar por si sós a eleição; éum impossível
O Sr. Silveira I.obo : — Qual seria esse motivo latente ? - mesmo no dia 11 » estava findo
provar se que no dia 10 , ou
Eu jA foliei & casa do contentamento de que se mostrou o prazo obrigaterio da suspensão. Convém lembrarmo-nosquo
a oppobição teve como certa , e só parcialidade,
possuída pela victoria, que a eleição não é exclusivo apanagio de uma
dos receios do juiz de paz c sua seita pelo motivo inverso. sendo quo, quando mesmo esses adversarios
soubessem do
o instru- devião abster-se de sanccionar com
Comprehende pois a precisão do soccorrer-se que estava occorrendo ,
mcLto da candidatura , ali em apuros , de algum meio ex- a sua presença um acto illegal.
traordinario ; e esse meio foi a suspensão , cujo fim , como
O Sr. Martinho Campos : — Apoiado.
logo foi previsto e lallad» na parochia, era chamar o Sr.
Atliaide a tomar sobre si a difliculdade da situação, e a re- O Sr. Silveir 1 Lono: — Peço «V. Ex. lieença para apre-
os nobres
solve-la p r àua conta e risco. sentar um imnl». Supponha V. Ex., supponhão
vou
A pr-visão , Sr. previdente . do motivo da suspensão foi ' membros da casa, aliás incapazes do que por hypothese
lavantar-se a sessão mar cava-se para
confirmada pelo facto da clicgada do Sr. Athaide áquella' figurar, que hoje ao
*213
SESSÃO EM 6 DE MAIO I)E 1857.
_

a continuação dos nossos trabalhos , para a sessão (le ama- outros ; eu, Sr. presidente , propendo cada vez mais a crer
violação da urna o sub-
nliãa, a volta das 10 horas do dia ; supponha-se que alguns que com cffeito houve magia, houve
membros desta casa, núo são os actuaes , repito , liem «ou stituição de cédulas.
digno presidente, de caracrer tão respeitável como 6 V. Ex.,
I'm Sb. Df.putaao : — Para mim ô isto evidenlissimo.
os de que fallo , querendo sorprender a maioria e decidir
si sós, sem certo numero de seus collégas, uma questão O S*. Silveira Loiio : — Outra observação ainda farei. O
por
importante ou não importante , so apresenta vão ás 9 horas
juiz de paz dá, <*in o seu segundo ofiicio & presidencia, a elei-
em sessões preparatórias
(e póde-se figurar a hypothese ç&o como vencida por 16 votos (fallaem 17, por engano, como
á deliberação) , e
para maior reducção do numero preciso ae vê dos outios algarismos), pela sua parcialidade na occa-
tomão decisão a respeito ; pergunto , clamarião ou não com sião da suspensão ; declara que nas 412 listas então reco-
toda a razão contra esse ardil fiaudulento 03 outros mom- lliidas & urna tinhão os candidato» ao eleitorado, pelo lado
bros que não tivessem intervindo. ou antes que tivessem adverso ao Sr. Athaide , 198 cédulas ; confessa ao governo
sido excluídos de tomBr parte em tal decisão ? Embora essa 105 cédulas mais entríirão
provincial e ao publico que para
decisão immoral , e illegal mesmo, subsistisse como um a urna na terceira chamada, que ee rcalisou na ulterior
facto consummado , os oflfendidos appellarião para o respei- reunião da mesa parochial.
tavel tribunal da opinião publica, que nos é sempre superior, A acta da apuração t nal dá aos eleitores aihaidUtiê 313
e ter-se-bia de ver que se vigorava o facto era sem a mínima votos, e aos supplentes da opposição202 votos. Conhece-se,
força moral , como por via do regra vigora o fructo de um entrada» em virtude da 3" oba-
portanto, quedas 105listas
torpe manejo. mada apenas 4 pertencião ao Indo opposicionista.
Eis o que so deu exactamente na eleição da parochia de Não prova isto a clandi"itiuidade e o exclusivismo com
Arripiados. E podará uma eleição assim falseada ser aceita es a anticipada convocação e
que se fez naquella parochia
por uma camara tão esclarecida , cedendo a ompenhos e proseguimento da eleição?
Note-se agora também que dos
manejos aos quaes eu, o mais fraco dos seus membros , te- e todos perten-
80 votantes providos em grão de recurso,
nho podido resistir ? Uma camara independente e morali- Gentes á onposiç.ão , affirma o juiz de p«z haverem votado 9
sada , que não se
guia por considerações facciosas e de pa- nessa 3ft chamada.
tronato, poderá decidir-se
por esses empenhos que por ahi Não poderá tudo isto provar que não houve toda a devida
têm andado , por pedidos em apparencins , que a ninguém cautela na distribuição e repartição de votos a que fce proce-
illudem ? Confio que não será por certo assim menoscabado o deu no antro ein que se escripturou a respectiva acta?
direito de representação de uma parte tão importante da he- Parece-me que íica bem demonstrado que a convocação
róica província de Minas-Geraes. não foi feita a todos os votantes que ainda não tinhão vo-
tado, e erão em numero de 316; foi uma convocação clan-
O Sa. Martinho Campos : — Apoiado.
destinu, feita semente aos da parcialidade com cujo» votos
O S». SiLTEim Lobo : — Mas, Sr. presidente, não se limi- se contava. Não é crivei que homons de tanto civismo , quo
tão ao que fica dito as reflexões tanto se ínteressão pelos negocios públicos , homens que &
que , quando penso sobre a
matéria, açodem ao meu fraco espirito. A leitura do pare- força de diligencia havião conseguido provimento no conte-
cer e do voto era separado, a consideração e exame dos lho municipal de recursos para exercerem seus votos ; não
papeÍ3 , me fornecem sempre valiosos argumentos. Como é ciivel, digo , se tivesse havido regular convocação, ou se
disse, respeito muito o não fura a sorpresa cm que se pmseguio na eleição , dei-
juízo da commissão ; mas, conforme
também disse, apezar da elevação do suas intelligenciss ,dos xassem clles de comparecer , abandonando a eleição , aban-
superiores talentos de cada um de seus membros, houve en- donando a parcialidade por cujo triumpho se mostravão
gano e descuido, e perdôem-me que o diga, não houve toda a tão interessados.
perspicácia ; porque se assim não fora , se tivessem empre- o terião de
O Sr, Martimio Campos Apoiado ; que
gado attenção bem firme sobre todos os dados e documentos
vencer, eo comparecessem.
que lhes forão ministrados, terião esses honrados membros
conhecido a evidencia da clandestinidade O Sk. Silveira 1 .oiio Sem duvida ; o isto mostra qua
, da sorpresa , da
e da j.u»tiça, para pc-soas que
mi fé c da fraude,
que so oppuzcrão & genuína expressão perante as leis da honestidade
da urna da
parochia de Arripiados. , têm razão e dever de a conhecer, a causa do Sr. Atliaide 6
Sr. presidente, não se limitão ainda ao indefensável.
que disse ns refle- •
xoes a que me conduzioa meditação sobre as occurrencias Sr. presidente, ontre os extremos recursos emprogados e
havidas nessa nulla eleição. Mas devo declarar & camara »m jogo polo candidato quo se diz triumpliunte 110
postos
que, se a causai da protellação tivesse sido simplesmento o I5bâ, não so encontrão sómente os que cumpre chamar
chamamento do Sr. Athaide t para , como candidato do cir- fraudulentos ; de outros de.denominação differeute lambem
culo, presenciar o proseguimento da eleição, afim de, com se lançou mão.
o seu prestigio, tal qual o tem na parochia, de com os seus O Sr. Atliaide chegando no dia y no arraial de Arripia-
recursos intellectuaes, dirigir e remediar a causa que o juiz dos, simulou viagem para o Ouro Preto, como consta de
de paz julgou muitas nttfstaçfies ; sahio do arraiiil e foi ae collocar u uma
perdida, que, se não se houvesse commettido
os abusos e fraudes quo se commettSrão, embora o illicito e l»-gua distante do mesmo, para dhhi, a seu salvo, tem que
o injustificável dõ motivo da suspensão, eu não impugna- tivesse publicidade o «eu manejo, fazer a convocação clan-
ria. nem mesmo fallaria em defeitos dessa eleição. Embora destina de quo necessitava dar assalto ao direito dc
para
não fosse a suspensão um expediento honesto, se a eleição voto da parochia. 0 Sr. Athaide ahi o.llocado, 110 dia 10
continuasse no tempo um grande séquito
para que foi aprazada , e »• m irregu- pela manhã se apreseqtaacompanliHdodo
laridades , eu não achava mesmo armado, séquito de 80 a 100 hoinena . durante grande
que sómente o illicito da
susnensão a constituísse em nullidade. se oocupão este» em alinopamen-
parte dessa me*raa manhfui
Mas quando vejo vehementes
provas indiciaria® da sub- to de armas, intermeiado de tiros. O Sr. A thaide, que nes^a
stituição das listas , da falsificação do conteúdo na urna
; empresa era escudado por toda» as autoridades do lu^ar,
liando noto o abandono em instrumento» o rego juiz
que foi ella deixada som guar- porque tinha como seus principaes
a por aqilelles que tinbão obrigação do
guarda li, ou de a de paz e o subdelegado j o Sr. Athaide, que comprehendo o
fazer guardar , e que dizião ter nella victoria
; quando ob- alcance e o cffeito do terror de que a população se compe-
aervo ainda mais que um nome votado 11a
parochia para netra em face de força armada, também prevaleceu-so dc sse
eleitores , como o do capitão Floriano Isidoro Pereira , não abuBO da autoridade de quom dispunha para chegar n
figura em a lista dada ou f.rjada pela mesa como a dos vo- seus fins.
tados, não figura nem ao menos com um voto , Nem todos, Sr. presidente, podem',fazer uma idóa exacta
que um pa-
o
rochiano
jurou
em juízo lh'o haver dado , como se vS dos da influencia que a presença de uma força exerça sobro
documentos, e não se explica como foi submergido na apu- animo pacifico dos homens do centro, o» quaes procurão
ração ; quando este facto é attestado por 4 pessoaB muito ar-
evitar de ordinário o papel de inimigos do governo, quo
de CX*J-
respeitáveis, embora não o seiüo no_ conceito do Sr. Athaide. toiramente lhes attribuem ob adversário» pelo fucto
contrario ao da autoridade o sagrado
que asseverão que esse cidadão foi mui votado, e que com cerem em sentido
geral admiração ee observou n falta de seu nome entre os direito de votar.
obtiverão votos ; attestados são de pessoas da coacção mo-
quando csspb Eu tenho experiencia do quo digo ácerca
"^pendentes de uma
e tão dignas como são os Srs. «Januario do ral que exerce a illegal presença e ostmtação
hittancourt
Godinho, Francisco José de Miranda, Francis- força armada em oocasião do eleição, principalmente por
de Paula Toledo Ribas
, Miguel Gonçalves Leal, além de um facto que comigo se passou na parochia do Marianna
21U SESSÃO EM S DE MAIO DE 1857.

<m uma eleito


que ali teve lugar quando presidia a pro- No caso de que sé trata, a coacção foi o resultado do
vijicia o Sr. Luiz Antonio Barbosa. re-
ceio que o vigário teve d.n violências
J ratava eu de vencer a timidez dos votantes, que na constancia da
que se mos- recusa ao depois lhe podião ser infligidas
pelos homens
travão temera-os de contrariar a chapa da autoridade; na que
acompanhavão ao Sr. Athaide Que importa que este se-
vespera da eleição, estando muito bem disposto
o terreno, nlior e seus companheiros se retirassem da casa do
havendo as melhores predisposições, e toda a parocho,
probabilidu- e que este fosse depois entregar-lhes a chave ? Não vfl v!
de em favor do triumpho da chapa eu sustentava, apre-
que Ex. que com a recusa elle nada ganhava, c se expunha a
sentão se na cidade,
pnr sobre a tarde, 14 a 16 soldados com toda a sorte de violências o tratos a receiarem-so de lio-
as armas embaladas
que o presidente enviava, sem duvida mens de paixões desencadeiadas ?
para ajudar » persuasão, aos Beu» alliados, e este só facto
alterou o estado das cousas. (lía diversos apartes wúsonos do lado da dcputaçâo mineira.)
Espalbâruu-selogo boat"S Ainda observarei que outro motivo de coacção devia
da* ordens que trazião; are- pesar
pugnanci i de votar grassou no animo do vigário. Zeloso como é
da
por todos os receiosos das vin- pela sua igreja, não
gauças autoridade e de desordens
; e em resultado desse queria vê-la arrombada, como aconteceria, e se deprehende
i ega e criminoso facto ria resposta
da presidencia, ostentação de força
na eleição que o juiz de paz deu ao governo da província.
parochial, tive, em vez de triumpho, de fazer Disse elle
apenas dons eleitores. que não tinha necessidade de coagir o parocho, por-
Ora, o Sr. Athaide, proütente da que tinha em suas mãos o recurso de arrombar a Igreja, e
mesma doutrina, conhecendo
a efíicacia da coacção moral, com toda a authenticidade.
nao podia deixar de soccorrer-se delia
; infelizmente, como O Sr. Cruz. Machado :—O vigário não tinha o direito
já vio a caraara, não foi sómente delia ; lançou mão de ou-
de fecha-la.
tros recursos, soccorreu se da sorpresa, da fraude, e
quiçá
da adulteração da expressão da urna. O Sa. Silveira Lobo :—Não tinha o direito de fecha-
Sr. presidente, ia... quando ? Só o não tinha no dia marcado
^ para a candidatura do Sr. Athaide a ques- para a elei-
tao de Arripiados era uma
questão de vida e de morte. A ção. Não apresento esta cireumstancia como cousa snb-
arochia de Arripiados é a maior e a stancial, senão para completar essa especie de
que dá maior numero quadro his-
!: e eleitores em todo o circulo torieo da eleição sujeita. Do que é substancial me occu-
; assim conaprchendeu o Sr. jà
Atlniide que? reptrllida a sua candidatura
pela maior força pei, e creio que sufiicientemeute
da opinião, era mister conquistar aquella E' circunstancia também muito aggravante o facto do
parcella de eleito-
Tff arrombamento da urna.
\°.1J.succuril^r na empresa. Foi pois indispensável violar
«3 lalsincar a expressão
da pobre urna de Arripiados, a
certamente se teria qual (//a um aparte.)
pronunciado por difFerente maneira se Careço dizer tudo quanto pen«o ; tenho direito para isso ;
aiao íosse o emprego de te es meios.
V. Ex. pôde fazer outro tanto. Concluirei breve, mas careço
parochia e Arripiados, dando 15 eleitores, e tendo o
p fallar no que ia tocando.
Athaide obtido 49 votos, claro íica
trr* que, tirando-se esses Se a el içio se tivesse realisado no dia legitimo, o arrom-
15 eleitores, deixava elle e deixa de ter a maioria absoluta
bamento da uma era um facto também legitimo ; era um
que a lei requer ; tinha de ser infallivelmente derrotado
pela facto conseqüente, 3em caracter algum funesto ou illegal ;
verdadeira maioria do circulo, se e*te
tivesse podido susten- mas, tendo sido esse obstáculo despedaçado indevidamente,
tar o seu direito de fazer-se ouvir,
de exprimir-s3 livre- isto é, antes do dia aprazado para se efifectuar a eleição sem
mente.
sorpresa. o arrombamento mostra até que ponto ião as dis-
Sr.
presidente, julgo swAicicnte, para demonstrar, para
evidenciar a improcedência, posições de romper obstáculos, de arrostar a lei.
a nullidade palpavel da eleição Vou satibfazer aos nobres depurados, que se mostrão an-
ue Arripiados, o
que tenlio dito ; por isso passarei a trutar ciosos de me ver concluir. Eu tinha muito
da eleição a se que dizer...
quo procedeu no collegio que se reunio na O Sr Miguel Araljo :—Porque não diz ?
vula do Ubá.^ Entretanto
peço licença a V. Ex para explicar
ainda uma cireumstancia O Sn. Sn.vr.iBA Lobo :—....porque não fallo sómente
que me escapou no historiar dos para
factos que se derãoem Arripiados. a camara, fallo também para o paiz....
E^qtieceu-mo ne-sa occasiüo tocar na tnaueira
pela qual O Sr, Dias Vif.ira :—Falle noa factosessenciacs.
fei obtida a chave da igreja matriz em
que se achava r»?co-
Jhida a urna contendo as 412 cédulas recebidas até O Sr Silveira Lobo :—...c desejo
o dia 3 que a província de
de Novembro. O Sr. Athaide, depois de chegar ao arraial Minas,saiba que, ainda mesmo por aquellas questões em
com os taes seus companheiros, dirigio-se á
porta da igreja, que nenhum interesse pessoal se me pôde attribuir, tomo
acompanhado não de um entliusiasmo, esse enthusiasmo qua me merece sempre a
ou outro indivíduo, de um ou
outro amigo, mas escoltado
por 18 a 20 homens, como elle presença da verdade, que me communica teda a d :dicação
mesmo confessa em seu com que me sinto para tudo quanto é de justiça, que me
discurso proferido nesta casa, e
como também confessou faz conspirar contra a immorHlidade, e venerar todos esses
o juiz de paz na resposta que deu
ao governo da
província ; dirigio-se, digo, á casa do vene- grande* e eternos princípios humanitários, verdadeiros ele-
V1^ar*U José inentos de sociabilidade e de felici lade humana. Resumirei
Godoy, que se dizia depositário
da ch o mais o que tenho de dizer sobre a eleição feita no
'collegio possível
1 ergunto eu : se o Sr.
Athaide e a gente que o seguia e eleitoral reunido na villa de Ubá.
que tez essa saturnal, a Farei sentir a V. Ex. e á casa que ahi também presidio o
que baptisárão com o nome de
eleição, tiuhão consciência
do que estavão no caso da lei, mesmo desejo e afan de segurar por todos os meios,
quer
isto c, de lícitos, quer illicitos, o triumpho da causa. Sobejamente o
que aqueUe era o dia marcado para a continua-
çao da eleição, esse requerimento de encerramento de discussão
para que se apresentarem na casa do vigário, prova que
em tão
grande numero, com aspecto tão ameaçador ? Seria perant« o collegio tão pouco generosa e convenientemente
com o fim de o foi apresentado pelo candidato, candidato ieceiava
persuadirem a entregar a chave, prevendo polo que
coni razão ahi a foiça da luz da verdade sobre espiritos indopendentes
que elle não a entregaria de bom grado senão
J»0 dia competente e mais conhecedores dos factos c do caracter do
0 protogo-
nista das scenas eleitoraes.
("<* um aparte.)
Farei sentir a V. Ex. e á casa o absurdo de um outro re-
Isto tu ) tem toda a connexão com os meios reprovados
querimento do mesmo candidato que. em matéria do tacti-
que se <*mpregàrão para essa conquista, ou antes são esses cas, leva as lampas a qunntos tenho visto apontar como mais
mesmos meios.
hábeis. O Sr. Athaide requereu ao colleeio que as eleições
das differentes parochias do circulo fossem postas á votação
(Ha outro avarie.)
englobadamente, porque receiou que houvesse a liberdade
^UC to<^° 8839 se1u''° <1® receber a de desprezar o que era nullo, e escolheu o que era valido ;
ch^v>a? gente
receiou que fosse condemnada, como devera e era provável,
1- ua voz : O vigário declarou a eleição de Arripiados.
que não a entregou coacto.
O Sr. Silvei rk Lono :—O Dias Vikiba :—O collegio em
nobre deputado sabe perfeita- O Sa grande maioria ap-
mente que a coacção não se
d4 sómente em vista de «ma provou esse requerimento.
orça etfectiva, e inseparavel
da presença; também pôde O Sr.Silveira Lobo :— Explicarei o facto. Eu queria
ser o temor resultante da
força, ; mas o nobre deputado, d quem tanto respeito,
sente, mas que aliis já não e-tà pre- concluir
que ainda influe sobre a acção do não pôde deixar do ter resposta.
que o teme.
SESSÃO EM 8 I)E MAIO DF. IS.T 210

Vejão V. Ex. c a casa o alcance desse inconveniente, chave da matriz.


para a continuação da eleição, porque jul-
des3e despotico e coercitivo requerimento; foi reduzir os gava aquella reunião um ajuntamento illicito; elles então
eleitores (lo collegio de Ubá á triste condição da, ou rejeita- prom et terão e afiançárfto ao vigário que não se tratava da
rem todos os eleitoies do circulo, ou validarem com o seu continuação da eleição,
que o que querião apenas era vigiar
voto eleitores inteiramente nullos. a urna. °
Declaro á casa
O Sr. Cruz Machado :—Não i exacto. que prescindo para a minha convicção e
demonstração de todas hh
provas que & fundão em attesta-
O Sr. Silveira Lobo :—Não ó exacto ? ! dos, e_embora j ulpie
que o» factos contidos nesses attesta-
O Sn. C»tz Machado A maioria dos eleitores estava 8' "oívr'°" e 'rrefragaveis, também
cl'i lo dellUr pres-
já approvada.
Para mostrar a inconcludencia dos argumentos
O Se. Silveira Lobo Perdôe-me, o nobre deputado está dos no-
bres deputados que oplnão em contrario,
filiando de orelha ; invoco o testemunho honrado do Sr. para mostrara
invalidado plenária dessa eleição, a mais
a acta, o sabe que essa proposta arbi- escandalosa que
Dias Vieira, quelau em o armo passado se fez em matéria do fraudes
traria foi antes da approvação dos diplomas dos eleitores violências) em todo o Brazil, basta firmar-me (não d«
apenas nossa
do Ubá : foi assim ou não ? declaração, que não pôde ser contestada, do adiamento
0 Sr. Dias Vif.ira A acta diz que a maioria do coUè- desse adiamen'0 consiunte da acta até a decisão do
govorno*
gio approvou a votação englobada. o também na declaração das
partes interessadas, 0 do prol
de paz, pela qual se dizem marcados S dias
O Sr. Silveira Lobo :—E' isso mesmo. prio juiz dê
intervallo para a continuação da eleição; e
O Sn. Cruz Machado :—Mas a verifioação dos poderes de pela qual se
reconhece qne a reunião do dia 10 foi nma anticipação
37 eleitores já estava feita.
para sorprender.
O Sr. Silveira Lobo :— Perdôe-me, o nobie deputado Não sei, Sr. presidente, se V. Ex. mo dará licença
para
não comprehende o ponto em que estabeleço a questão. Eu que eu satisfaça e dP resposta a um aparte que um nobro
digo que na occasião de se votar sobre a legalidade dos po- deputado me dirigio a respeito da eleição do
Marianns
deres de todos os eleitores do circulo de Ubá, o Sr. Athaide Declaro a V. Ex. quo Berei muito breve.

teve a coragem de apresentar upia proposta para que essa O Sr. Presidente: — Visto ter havido o aparto, nóde
votação relativa á legalidade dos dij>lomas recahisse sobra responder; mas em poucas
palavras.
todos englobadamente ; edahi se infere que os eleitores se
achárâo na triste collisâo ou de approvarem todos, inclusi- 0 S« Silveira Lobo:-Direi a V. Ex.
que quem sabe
ve os nullos, ou de rejeitarem todos, inclusive os validas. da minha posição em Marianna,
quem sabo que a minha
Isto i o que é exacto; peço a V. Ex. o obséquio de me candidatura ali foi guerreada
por todas as entidades ofli-
mandar a acta; quero deluoidar a matéria : sou homem que ciaes, com oxcepção de uma ou outra
parochia aonde a
toda a vez que se mostrar que estou em erro, declaro-ine autoridade nada
podia fazer, deverá estar conscio de quo a
vencido. (£' satisfeito.) minha candidatura foi
protegida BÔmente
Vou lerá camara um topico da acta da reunião do col- pela opinião
pelo aceordo dos honrados e independentes cidadãos
legio eleitoral de Ubá, e das
peço ao Sr tacbygraplio que tome as oifterentes freguezias formão o districto
que eleitoral de
palavras por mim lidas. Diz esta acta : « E pondo-se em difc- Marianna, desses honrados cidadãos
não
cussão, depois de lido, tanto o
quo podem ser
parecer como o voto em comprados
por dinheiro algum.
separado, e as referidas representações, foi requerido, du- Pela minha
parte, Sr. presidente, me julgo muito supe-
ranto a discussão, eleitor tenente coronel Francisco nor a toda a accusução de improbidiide, o
polo
de Assis Athaide, podia entregar
que fosse a votação feita englobada- ao mais completo desprezo essa accusução de
m bom o, de
mente. > um acto improprio ie mim, de um acto
que ha do ser re-
V. Ex. e a casa sabem
que o parecer da mesa e o voto pellido, com grande vantagem e gloria para mim,
em separado tiverão por todo»
por objecto a grande questão sobre a va- quantos mo cnhecem.
lidado dos diplomas ; o voio em separado
queria excluir da Mas essas asseverações lançadas em
pnblico por via da
verificação os diplomas dos eleitores das imprensa,
parochias do Arri- por
homens que depois de empregarem todas
as
piados, Gloria, e Tombos do Carangolas, e o parecer da me*a fraude» c violências não me
puderão derrotar, essas asseve-
tendia a legitimar todos esses eleitores ; o Sr. Athaido, re- rapjes, offendendo direitos de amigo»
que mo são mui caros
querendo pois a votação englobada, queria trazer o collegio direitos de um
povo a quem idolatro, eque tevo a coragem
á colisão de, ou rejeitar como nulios todos os eleitor*», ou de arrostar todas essas maoliinaçOes e arbitrariedades
abraçar como validos aquelles que tinhão contra si a pécha
para trazer ao soio da representação nacional um homem'
de illegalidade. sem talento, «im, mas dedicado ás idías
do liberdade de
progresso e de ordem, sem o abuso e excesso da autoridade
O Sr. Dias Vieira:—O parecer da mesa relativamente á
e ao liem do seu paiz, um homom
legitimidade dos diplomas dos eleitores sofFreu um voto em que não entra em comhi*
nação não tenha por santelmo e regulador
separado. quo a justiça a
conveniência publica e dignidade de homem.
Se tiz alguma despeza com n minha eleição,
O Sr. Silveira Lobo :—A intelligencia que eu dou a esta qual será
aquelle d'entre nós que a não foz?
acto, intelligenoia <jue está autorisada por cabeça» suporio-
res, que têm discutido a matéria, intelligenoia Pois no estado em que se achavão os meus amigou
quo eu en- reados por todas as posições officines,
CUer
contro sempre Boguidao nunca contestada, é que não occnpavão
que.... nem pccupão, podia ou, por exemplo,
prescindir do voto de
O Sr. Dias Vieira : —Se eu ialiar, explicarei. um ou outro amigo, ou adepto seu,
que se achava preso
O Sr. Siiakira Lobo : — Creio na sua liberdade de votar, por divida a um adversarin
que não poderá dar expli" meu*
cação plausível: entretanto declaro & casa O que devia eu fazer? Todo o sacrifício a meu nlcance
que não í deste
depende a annullnção da eleição do Arripiado», e para resgatar a liberdade do meu amigo, ou do seu adepto.
ponto que
eonseguintemente da do collegio do Ubá. Nisto e em despezas indispensáveis no proees«o da eleição
Sr. presidente, como eu, não ga3tei algum dinheiro, ó verdade, mns não
quem, tem o habito da para corromper
tribuna... a alguém; sou incapaz disto. Declaro solemnemente
que
não posição alguma, se para adquiri-la fôr
Uma voz : — Não parece! quero mistor
transigir com a minha dignidade, com a minha consciência.
O Sr. Silveira ÍX)bo : —... pois que formado ha dez anno* E outro tanto poderá dizer o nobre deputado
por S. Jofió
apenas onze ou doze vezes terei fallado em publico, força ó d'El-Rei a respeito da sua eleição, na
qual se deu nin con-
que fallo sem aquella connexão, sem a coordenação de iddas chavo immoral de partilha «obre o resultado da eleição?
que <5 indispensável para se ser ouvido Bom desprazer; o por e...
isso em tal desarranjo de discurso i natural que muitas
O Sr. Presidente : — Observo ao nobre deputado
cousas me escapem. Assim escapou-me um bom argumento que se
não pôde dirigir por esta maneira a um memoro da casa.
demonstrativo do de sorprendor, projectado
proposito por
O Sr. Silveika Lobo : — Sou dócil á observação de V.
aquelles
que no dia 10 de Novembro procurário o vigário Ex. •
mas V. Ex. vio que fui provocado.
para lhe pedir a chave da matriz.
Por mais de um attestado, e
porque é umaasserção não O Sr Salatiiiel : —Não tenho medo algum que discuta
contestada, sc reconhece
que o vigário recusou-se a dar a com fidelidade a eleição de S. João d'El-1'ei^
216 SESSÃO EM 9 DE MAIO DE Í857.

O Pu. Silveira l.oro: — Eu queria dizer sómente o que Depois de aberta a sessão comparecem
os Srs Costa P:n-
disse, queria por essa fôrma interrogar ao nobre deputado, to. Hennqaes, Viriato, Benevides, Cyrillo,
Pereira Fran.o,
elle seus telhados de vidro não Brandão, Pederneiras, Lima e Silva, Barros
porque me paieee que tendo Pimentel. barão
ás telhas alheias. de Mauá, Pinto de Mendonça, Silva Miranda,
podia atirar pedras Diogo Velho
— Telhados de vidro! Desafio ao nobre Costa Moreira, Pedreira, Paulino, Fernandes
O Sr. Salauiikl: da Cunha è
Bezerra Cavalcanti. '
deputado a que apresente documentos que comprovem a
Bua asserção. O Sr. 1» Skcretario dá eonta do seguinte

O Sn. Silvei** Lobo : — São factos notorios e conhecidos


EXPEDIENTE.
de todos; e veremos se o nobre deputado se assenta nesta
casa durante todos os quatro annos. Um officio do ministério do império, communicando
Salatimel : — E' falso. ficar S. M. I. inteirado das
O Sn. pessoas que eompem a mesa
da camara dos Srs. deputados. — Inteirada.
O Sr. Pri:sim:nti:: — Peço ao nobre deputado que conti-
Outro do ministério da
nue no seu discurso. justiça , remettendo o decreto de
aposentadoria do conselheiro visconde
deUruguay, no lugar
O Sr. Silveira Lodo: —V. Ex. deve attender a que fui de desembargador da relação
do Rio de Janeiro, com as
provocado. honras de ministro do supremo tribunal de justiça.—
O Sr. Salatbiel : — Não posso responder por tudo quanto A commissão de
pensões e ordenados.
passa pela cabeça do Sr. Dr. José Jorge. Outro do mesmò ministério, fazendo
igual remessa ácer-
O Sn. Martiisho Campos: — Por essa cabeça não ca da aposentadoria do conselheiro
podem Cassiano Spiridião de
delia. Mello e Mattos, no lugar deminibtro
passar senão cousas boas e dignas do supremo tribunal
ae justiça. — A mesma commissão.
O Sr. Silvkira Lono: — Jíi vê pois V. Ex. que eu, com
Outro do mesmo ministério, sobre
consciência de mim, o sabendo do caracter e da probidade a aposentadoria do
dessa porção do brioso povo mineiro, que me desvaneço e padre Isaias Gomes Valente, no lugar de confessar da ca-
— A mesma commissão.
tenho a honra de representar, devo com toda a razão entre- pella imperial.
desprezo esse desabafo de det?peitosos Outro do mesmo ministério, sobre a aposentadoria
gar a um completo do
energúmenos, que depois de lançarem mão de t»dos os omcial-maior da secretaria de
policia da corte Joaquim José
meios, ainda os mais ignóbeis e torpes, se virão repellidos e Moreira Maia, e do official da mesma Valeriano
José Pinto.
derrotados pela força da opinião. A' mesma commissão.

O Sr. Salathiel: — Não é desabafo, são realidades. Outro do mesmo ministério, sobre a aposentadoria
dos
desembargadores da relação de Pernambuco Severo
O Sr. Silveira Lono: — Como o nobre deputado diz que Amorim
do Valle, e Bernardo Rebello da Silva Pereira. —
são realidades, continuarei na minha explicação, decla- A' mesma
commissão.
rando que declino de todo o juizo seu a meu respeito, assim
como dos que me qualificarem sem me conhecerem. Não Outro do mesmo ministério, enviando uma
representação
me dedigno do meu caracter pelo enthusiasmo que costumo da camara municipal da villa do Piratinira
(província do
mostrar na delensa de causas justas, porque entendo que Rio Grande do Sul),
pedindo providencias sobre os grandes
não é energúmeno nem desmandado aquelle homem que se furtos de gados
que se dão naquelle município. — A* com-
enthusiasma, que se arrebata mesmo pela» boas idéas, mas missão de justiça criminal.
que ao mesmo tempo tem em si a força precisa para domi- Outro do «esmo ministério, remettendo
nar-se, para não ultrapassar um ápice sequet as raias do uma representa-
çao da camara municipal da cidade do Rio Pardo
justo e do honesto. Que importão as apparencias dóceis, as do Rio Grande do Sul), ácerca do mesmo
(provincia
maneiras mansuetas e geitosas, se o fundo não 4 de hones- objecto. — A'
mesma commissão.
tidade, se o fundo não é de probidade, se a justiça não im-
Uma representação de alguns eleitores do
pera no animo de maneira a não trazer a conveniente 20o districto
supplnntaçâo? eleitoral da provincia de Minas-Geraes contra
a eleição do
Tenho concluído. deputado do mesmo districto. — A' commissão
de poderes.
A discussão fica adiada pela hora. Um requerimento de José Benito Nunes,
pedindo dispen»
sa da lapso de tempo
Dada a ordem <lo dia,levanta-se a sessão. para so naturalisar cidadão brazileiro.
A commissão de constituição.

PRIMEIRA PARTE DA ORDEM DO DIA.


' LLEli.ÀO DE
cm O «Io .Vlnio. CQJM MISSÕES.

Continúa a eleição de commissões, e sabem eleitos


PBESIDKNCtA HO S*. VISCONDE DL RABPWIBY*. para
a dc
Justiça riril (61 cédulas).
ScuM tRio. —/•'. i-edunie. — Ordem do dia. — FJeiçio de com-
miggbes.—Eleição de Minas-Ge^aes (19o districto). Dàcurtos Os Srs. Nabuco com 53 votos, Barbosa com 53, e Aguiar
dos Srs. lhas Vieira, e Francisco Campos. Encerramento. com 42.
Juitiça criminal
(62 cédulas).
A's 11 horas, feita a chamada, e achando-sc presentes os
Srs Franco de Almeida, visconde do Baependy, Gonçalves Os Srs Paranaguá com 52 votos, Dantas com 49, e Na-
da Silva, .Machado, Cerqueira Leite, Sulotliiel, Murtinho buco com 40.
Oampos, Rodrigues da Silva, Paranaguá, Mendes da Costa, liê-se, entra em discussão, e sem debate é approvado, o
Silveira Lobo, raiva, Sérgio de Macedo, Sá c Albuquerque, seguinte requerimento:
Paes Barreto, Silvino Cavalcanti, Tobias Leite, Landulpho,
« A commissão de
Nebias, Belisario, Miguel de Araújo, Pacheco, Serra Car poderes requer que se peça ao governo
11 i) 11 O .# <11\ T . , , Ot « . V r. A Ê . . «v, nrxf, Af n copia das actas
parochiaes de S. Gonçaloda villa de b. Kran-
cisco, de Santa Anna do Catú,"do Nossa Senhora doMontá,
deS. Sebastião das Cabeceiras do Passê e de Nossa Senhora
. jvego , , , i
do Soccorro, freguezias
Bastos, J. Marcondos, Peixoto de Azevedo, Dellino de Al- pertencentes ao 4°<listricto eleitoral
da Bahia.
meida, Pereira Pinto, Villela Tavares, Belfort, Jacinthe de
' Sala das commiBsSes, 9 de Maio de 1857.—Antônio
Mendonça, Francisco Campos, Gavião Peixoto, Alcantara
Machado, Barbosa, Souza Leão, Dias Vieira, Luiz Carlos, Cândido da Cruz Machado. — J. Madureira.
Monteiro de Barros, Dantas, Madureira, Antunes de Cam- Continúa a eleição de commissões, e sahem eleitos
para
pos, Cândido Mendes, Fiusa, Araújo Lima, Augusto Cor- a de
rfa, Augusto dc Oliveira, Baptista Monteiro, Coelho de Diplomacia (64 cédulas).
Castro, e Aguiar, abre-se a sessão.
Os Srs. Sérgio de Macedo com 61 votos, Paulino com 48,
Lê-se e approva-ae a r.cta da sessão antecedente.
e Paranhos com 46.
SESSÃO EM 9 DE MAIO DE *857. 217

karinha e gurrra (64 cédulas). Valladão diz q«c, não havendo pente armada dentro da
igreja, a desordem e o tumulto não podião produzir coacção
Os Srs. Paranhos com 61 votos, Pederneiras cora 61, e
nojuiz de ,>az, tanto mais qUHiito esse estado de agitação
Peixoto de Azevedo com 58. ce»»ou logo depois. Maa comprehenie-se perfeitamente bem
liedacçllo (62 cédulas). que, sem o apparecimonto de gente armada, podia a nru-
denota aconselhar ao juiz de paz a interrupção dos trabalhos
Oi Srs. Cunha Figueiredo com 49 votos, Silvino Cavai-
para evitar a reproducção desse estado, por ventura com ca-
canti com 46, e Madureira com 32. racter muito mais assustador.
Camara municipal (63 cédulas).
O Sa. Silveira Loro di um aparte.
45 votos, Viriato com 44 e
Os Srs. Costa Moreira com Sr. Dhi
Vieira Disse o nobre deputado ou# o
O
Mendes da Costa com 42.
dever do juiz de paz era conter os desordeiros, retira-los da
de fazer parte desta commis-
O Sr. Viriato pede dispensa igreja e até processa-los. So o juiz do pnz assim procedesse,
o permittir.
são, visto seu estado de saúde não os senhores então farião maior barulho do que tím feito,
O S». Presidente declara qus o seu requerimento será lançarião mão desta circumstancia para proclamar que a
interferido na eleição, fazendo retirar
submettido á decisüo da camara opportunamente. policia tinha cida-
aâos, prendendo-os, etc. (Apoiados.)
SEGUNDA PARTE DA ORDEM DO DIA.
O Sa. Silveira Loro : ~EstA eugauado, a interferencia

ELEIÇÕES DE Nl^iAS. legitima da lei nunca é censurada.

O Sr. Dias Vieira O juiz de paz, senhores, em tal


(19» districlo.) conjunctura, não tinha outra sabida possível senão a do
Continua a discussão do parecer da commissão de podo- adiamento da eleição. A commissão por outro lado enten-
res sobre a eleição do Sr. Athaide, com o voto em separado e deu que o simples facto desse adiamento não era bastante
a emenda apoiada. para leva-la a propor a nullidade da eleição ; quiz estudar
outros factOB.
O Sa. Dias Vieira Membro e relator da commissão
Já vimos que o apparecimonto do tumulto na igreja pôds
de poderes que elaboiou o parecer que ora se acha sujeito á
tornar razoavel a coacção da parte do juiz de paz; vejamos
deliberação da camara. não deixar de tomar parto na
posso agora a maneira por que foi decretado e adiamento da
discussão, para aventurar algumas reflexões tendentes a
eleição.
sustentar o mesmo parecer, cujas conclusões forão hontem
Na acta so diz que o adiamento foi para Be consultar
combatidas por dous illustres membros desta casa.
o governo; os dous membros da mesa, Valladão o Espiado-
Antes, porém, de entrar na matéria, devo prevenir que
la, na representação que dirigem ao governo no dia 5 por
não acompanharei aos meus honrados collegas senão no
esteactodo juiz do paz, declarão que o adiamento foi por
aos factos que servirão do base
que disserüo relativamente 8 dias. O juiz de paz também no dia 5 offijia ao governo
â commissão para emittir o seu juizo, deixando de parte
da província participando o adiamento, o dizendo que esta
a política local de Ubá, e as recriminações pessoaes.
medida foi tomada por elle emquanto durasse o motivo da
Sou o primeiro a reconhecer a difficuldade com que lu-
desordem.
tou a commissão para bem apreciar os factos em que ba-
seou o seu juizo, no meio do labyrintho das provas desen- O Sr. Mirtinho Campos :—Ahi estão outros documen-
contradas que lhe forão presentes. Entendo, porém, que o tos contrariando esta asserção.
meio de Re descobrir a verdade não é certo o de com-
çor O Sr. Dias Vieira Eu estou expondo os factos.
intervir nella rosentimen-
plicar-se a queBtão, d» fazer-se Outro officio do mesmo juiz de paz, poatetior ao pri-
tos pessoaes.
meiro, diz que tendo elle reconhecido que os espiritos cs-
O Sr. Martinho Campos:—Apoiado. tavão acalmados, tom&ra a deliberação de fazer continuar
a eleição no dia 10, mandando atixar os respectivos unnun-
O Sa. Dias Vieira : - Passarei pois a restabelecer al-
cios #0 povo neste sentido.
destes factos que a commissão tratou de collijçir, e a
efender a mesma commissão das arguições que se lhe íi-
funs O Sr, Martiniio Campos Peço ao nobro deputado que
zerão attenda para o que disse o juiz de paz quando apparecen
O primeiro facto que se apresenta contra a validade e la- adiamento.
gitúnidade da eleição da freguezia do S. Sebastião dos Arri- O Sr. Dia# Vieira $ — PerdAo-me, a comraiasfio consi-
ó o da suspensão aa mesma eleição no dia 4 de
piados derou primeiramente que era contrario & lei um adiamento
Novembro.
indefinido, ou até <^ue chegassem as informações pedidas ao
Sr. Silveira Ixhio Sem motivo, som coacção.
O governo, como se diz nu acta ; e então julgou que o juiz de
O S». Dias Vieira Diz-se que essa susponsão foi do- paz tomou bom accordo no dia seguinte, ae fazer continuar
a eleição, designando por isso um dia certo.
cretada pelo juiz de paz sem motivo razoavel para isso.
Os Srs. Silvcira Louo e Martiniio Campas dão apartes*
O S*. Martiniio Campos :—Apoiado.

O Sr. Dias Vieira : — Diz-se mais, que essa suspen- O Sa. Dus :—Senhores, eu não devo atropellar
Vieira
são foi decretada pelo juiz de pa/. sem o concurso da mesa. os factos para tirar uma deducção conv.'monto aos nobres
deputados. Quando o meu raciocinio falhar peço que me
O Sr. Silveira Loro E sem que so disse a impossi-
fação isso saliente.
bilidade de continuarem oa trabalhos.
Tomos a respeito do adiamento diversas versões ; o que
O Sr. Martiniio Campos :—E eem que tivesse A commissão pois conside-
tomado, porém é facto é que elle se deu.
como era de aua obrigação, medidas que tivessem rou qu», interrompida a eleição, o tendo de continuar, o alvi-
por fim
fazer desapparecer o tumulto. tre tomado de paz era muito mais curial do que
çelo juiz
O Sr. Dias Vieira :—Eu responderei a tudo isto. aquelle exigido pelos dous membros da mesa, o aconselhado
da província.
Perante a commissão apresentàrão-se documentos pelos por ultimo ao juiz de paz pelo presidente
se prova que houve tumulto e desordem na igreja 11a A prosidencia de Minas, deferindo a representação dos
quae3
occasião ae proceder-se á tqjccira chamada. Diz o juiz de dous mesarios, declarou ao juiz de paz quo prosoguisse no
tumulto e desordem produzirão nelle coacção, e trabalho da eleição quanto antes, independentemente de
que esse
izera dous mesarios, em opposiç&o ao juiz de paz, que essas
5az novas convocações. 0* nobres deputados arguem o juiz de
desordens não erão de tal natureza que pudessem produzir paz do desejo
do sorprender os votantes. Pergunto eu i
in-
coacção. quem desejava mais sorprender, aouelle que estando
terrompidos os trabalhos da eleição designou um dia certo
O Sr. Martilho Campos :—Apoiado; e os outros dous respectivos
para queelles proseguissem, fazendo precoder os
membros da mesa nada dizem.
annuncios para o coinparecimento dos votantes, ou aquelles
O Sr. Dias Vieira Em vista disto, o que á commissão <jue a eleição, depois de interrompida no dia 4,
que<juerião
pareceu fóra de duvida foi que houve^ tumulto, perturba- continuasse mimediatamonte, independente do convite aos
ção da regularidade dos trabalhos eleitoraes, e, portanto, votantes para comparecerem em dia certo ã terceira cha-
um facto at4 certo mada ?
que, senão absolutamente , justifica
ponto o adiamento da eleição. No meu espirito este facto revela o dosoj o que tinhão os
'->8
TOMO I.
2L8 SESSÃO EM 9 DE MAIO DE 1857.

Hesarios em minoria do quo fosse efTectivãmente nulla a conselho municipal, e não deixar de o fazer unicamente
por
eleição com que já não oontavão, e patentêa bem que a de- que não era autoridade competente para conhecer das deci-
cisão do conselheiro presidente de Minas, 1 >nge de proteger soes do conselho de recurso.
e garantir a regularidade da eleiçiie, tendia a nada menos Note-se que máo grado essa denunoia de falsidade e si-
do que a proteger esse desejo da parte dos mesarios Valia- mulação do despacho obtido, a presidencia não mandou ave-
dão e Espíndola ; porque se a terceira chamada se fizesse riguar essas allegações, e proceder criminalmente contra
sem prévia designação do dia aos votantes, a eleição tornar- os autores da simulação ou contra os falsos denunciantes,
se-hia evidentemente nulla. contra os calumniadores.
Sendo o primeiro a reconhecer perspieacia, talento e A respeito, poiém, do juiz de paz de Arripiados, procedou
de modo muito diverso, logo
grande somma
de conhecimentos
jurídicos e administrativos que lhe chegou ao conhecimento
no nobre presidente de Minas, admiro que não antevisse a representação dos mesarios em minoria.
esee manejo, ou que o quizesse proteger com a sua decisão. Mas concedamos que o juiz não tinha razão para deixar
de cumprir as ordens do
Demais, se os dous mesarios Valladão o Espindola, se os governo ; a sua reluetancia em não
admittir a votar os 8(5 indivíduos de
votantes adversos ao juiz de
paz desconíiavão
deste e aeredi- que se tem tratado, po-
tavão que elle de ensejo fa- deria, quando muito, dar lugar a ser elle responsílbilisado,
protelava a eleição 4 espera
mas não a annullar-se a eleição, visto
voravel para os sorprender, porque se retirárão todos da que esses 86 votos não
freguezia ? O Preto o mesario Valia- iníluião na ordem dos eleitores.
que foi fazer a Ouro
dão ? O que fazia, onde estava Espindola ? O Sr. Marti mi o Campos dá um aparte.
Esse procedimento prova que aquelles cidadão*?, nao con-
O Sr. Dias Vif.ir\ :—Teremos de examinar se houve fal-
tando com a victoria na eleição, sabendo que os seus adver-
siíicação ou troca de listas.
sarios estavão em maioria, desarnparárão o campo. {Apoia»
O argumento da commissão è que havendo entre o elei-
dos.) Quem tem interesse no resultado que deve dar a urna
tor menos votado e o suppleute mais votado a differença de
não a desampara. (Apoiados.) 110 votos, esses 86 dos reclamantes, ou 77, como consta da
O Sn. Martimio Campos Foi o juiz de paz quem aban- acta, não iníluião na ordem da eleição. Portanto, não deve-
donou. mos considerar semelhante facto como base para rullidade.
O Sn. Dias Vieira:—Entretanto Valladão, que se dirigia 8e diase que tudo isso era um manejo, um ardil inven-
Ouro Preto, na distancia de 20 léguas, não se deu tado pelo espirito do Sr. Athaide, apezar de estar este oi-
para
dadão distante dahi 12 léguas. Accrcscenta-se que no dia
para estar de volta com a decisão, que fora, segundo
izem, solicitar do governo ; e ainda no dia 13 não estava
Sressa 9 6e apresentíra com gente armada, que forçãra o viga-
em Arripiados ! Não deveria prever que não podia voltar em rio a lhe entregar as chaves da igreja. Mas esta arguição
tempo de assistir A continuação da eluição 1 se aoha destruida por uma justificação e attestaçôes jura-
de ver terminada a das. Se os nobres deputados entendem que devem dar peso
Quem pratica assim não tem desejos
eleição o mais breve que pudesse ser, conforme se expres- As allegações contrarias á causa do Sr. Athaide, a coramis-
sftra na representação contra o adiamento. Assim, como já são julgou do seu dever contrabalança-las com ns provas
disse, a commifsão eutendeu que era mais curial o proce- que se apresentão em contrario, e portanto convenceu-se de
dimento do juiz do paz, designando um dia certo, como o que tnes violências não existirão, tanto mais quanto o vi-
dia 10, para continuar os trabalhos. gario é o proprio que confessa que entregàra as chaves da
Nesse dia apresentou-se ao vigário, pedindo as chaves igreja porque se lhe dissera que se queTia guardar a urna
da igreja para proseguir nos trabalhos da eleição, segundo emquanto to esperava pela decisão do governo.
tinha annunciado. Ora. a declaração do vigário, que no meu espirito não me-
recia já muito peso, perdeu toda a consideração depois do
O Sr.. Silveira lioen : — Esses annnucios forão emen-
que a lespeito delle disse hontem o nobre deputada; por isso
dados depois.
que ficou provado qu»-era inimigo do Sr. Athaide por eausas
O Sr. Dias Virun Os editaes deverão ter sido pre- anteriores â eleição, e portanto não pôde ser acreditado o
da igreja e em outros lugares públicos ; não
gados na porta seu testemunho.
sei, pois, como se diz agora que os originae3 forão emenda-
apartes dos Sr*. Marlinho Campos e Silveira Lobo.)
dos. O que sabe a commissão, eoque consta de uma cer- (lia
tidão do escrivão de pnz, é que ei>8H8 cditnes forão aiixados : A differença, meus senhores, que ha entre a commissão
dias antes do designado para a continuaçãe da eleição, D a e VV. EEx. procede de que VV. EEx. encarão a questão
este documento não se deve recusar fe. por um lado, deixando-se levar por certos documentos, e
deeidindo-3c por esse lado; ea commissão colloca-se como
O Sn. Silveira Lobo :—E eu recuso toda.
juiz, compara os documentos apresentados por uma e por
O Sr. Dias Vieir v ¦—Dizem mais os ndversarios do juiz outra parte, e estabelece um juizo a respeito d elles.
"
de paz que este tanto tinha consciência de qne pela 1» e 2»
O Sr. Mabtinho Campos:—-Eu levo-me pelas informa-
chamada estava cm minoria, que recusou admittir a votar
do juiz de paz e pelas actas.
86 cidadãos providos eir recurso pelo conselho municipal. I ções
O Sn. Dias Vieira:—Temos por consequenoia que vio-
O Sn. MaRtisho Caupos :—Apoiado.
lencia 1180 houve, & vista do que consta da acta, a qual do-
O Sn. Dias Vieiri :—A commissão respondeu cnmvan- clara que a convocação para n eleição foi marcada psra o dia
tagemaestaobjecção. No final da acta se acha exarado um 10, e que nella não comparecêrão os mesarios Valladão f
officio de dons membros daquclje conselho, dirigido ao juiz Espíndola.
de paz da lreguezia de Arripiados, pedindo-lho que não O Sn. Martimio Campos dá um aparto.
admittisse a votar esses homens pela razão de que tinhão
O S*. Dias Vieira : — Dizem os nobres deputados
obtido o despaclio de provimento do recurso ob o subrepti- que o
ciamente. Nesse ofiicio se allegão algumas outras cousas juiz de paz devia eSperar por elles.
mais, tendentes A invalidado da reclnmaçãodcsscs indivíduos O Sr. Martihiio Campos : — Sim, fora
porque o adiamento
que apresentavão um documento falso. para o dia 12.
O Sr. Silveira Lobo :>—O de paz não era compe- 0 Sr. Dias Vieira t — Não comparecendo elles, a mesa po-
juiz
tente para conhecer disto. roohial, em virtude da lei, esoqlheu outros mesarios que ti-
uhão rs qualidades precisas. l.ogo o seu procodimonto uio
O Sn. Dias Viéira :—Quando nuo fosse competente^ cm
individual
nenhum cn^o, apresentada aquella duvida, devia o juiz pôde ser combatido como inspirado por interesse
em prejuizo da causa dos seus adversários; tanto mais
de paz admitir os reclamantes a votar senão cm separado, lugares áquel-
não obstante a decisão contraria do presidente. (Apoiados.) quanto os mesarios nomeados cederiãoos seus
les dous logo que comparecessem paia occupa-los.
Não se contestava que tivessem elles as qualidadss neces-
O argumento dos nobres deputados 6 uma espada de dous
sarias e exigidas pela lei para eerem votantes, mas affir- de paz como os seus
niava-se que era falso, obtido ob e subrepticiamento odespa- games, que pôde offender tanto o juiz
ndversarios ; porque dá lugar a se inferir que os primeiros
clio pelo qual querião que fossem admittidos a votar, não es-
mesarios não comparecerão de proposito, conscios de sua
tando incluídos na lista da qualificação. Portanto, collocada
minoria. Temos, pois, que o procedimento do juiz de paz na-
a questão nesta terreno, se vê que o juiz de paz devia recu-
lei.
Bar-se a dar cumprimento a um papel falso, no caso de pro- quella substituição foi pautado pela
ced,er a denuncia ou aviso recebido dos dous membros do 0 Sr. Martimio Campos : — Não apoiado.
SESSÃO EM 9 DE MAIO Dh 185/. 219

estivessem estampados os nomes desses indivíduos um


O Sr. Dus Vieira :—Do mesmo modo ge justifica o«r- çor
um; sim, os nomes dosquo não comparecerão forão doscrm-
rancamento das fechaduras da urna, o qual foi o ocasionado
tiulião em sou poder tos um por um ; isto é uma garantia que a mesa oflereco da
pelo facto da ausência dos mesarioe que veracidade dos seus actos.
as chaves.
os quaes mio
Os nobre» deputados allegÃião factos para O Sr. Martimio Campos dá um aparte.
exami-
encontro provas nos documentos que a commissão O Sr. Dia»
Vieira:—Jà disse
lunda- que ob votantes quo não
nou. O-paiecer em separado também nao lhes acha comparecerão A terceira ohamada forão todo» designados U|i
da çlciçSo.
Kiento para o fim desejado, que é a nullidade acta, e ainda nella se designároo os nomes dos ü quo votárão ;
eleiçuo se procedesté
Se os mesarios não queria» que a logo não se pôde dar isto como uma declaração simulada,
forão verificar o processo da
clandestinamente, porque não então esses toriào dado documento em contrario.
Valladão, que devia ser porque
mesma eleição? Porque o mesario Ora, á vista disto, observando a commissão
quua diffe-
fiscal dos trabalhos, fugio pata Ouro-Preto? rença que vai entro o eleitor monos votado e o supple»te i

O Sr. Martimio Campos : — Não fugio. do 110 V0t03, julgou que estava decidida a controvérsia
da não admissão dos 8li cidadãos
— Portanto digo eu quanto ao facto providos
O Sr. Dias Vieiba : que não encon- em reourso....
trimdo a commissão uma prova para facto de tanta consi-
a eleição exprimio a O Sr. Murmio Campos: — Diga-me V. Ex.: so ostre-
deração, firmou-se na convicção de que
atentos e tantos oue faltárão, e consta da acta, tivessem com-
verdade da urna.
da eleição podia ou não variar?
parecido, o resultado
O Sr. Maitindo Campos dá um aparte.
O Sa. Dias Vieira : — Respondo á argumentação do nobre
O £*r. Dias Vieira : —Nào ó preciso que os nobres depu-
deputado. Primeiramente, é facto muito singular apparece-
tados lembrem & casa o procedimento que deve ter ; fôra rem todos os votantes em uma eleição, tenipre faltâo mui-
melhor que tratassem de restabelecer a verdade dos factos tos; em segundo lugar, perguntarei ao nobre deputado —
a causa seja decidida conforme os principioB da destes votantes?
para que quem mais desejaria o compareeimeuto
justiça. [Apoiados.) aquelles aue dosiguavSo um dia certo, o dia 10, e que esno-
O Sa. Silveira Lom» dá um aparte. ràrào ate 11, ou os que não queriuo que se designasse dia
nenhum, que fosse em seguida a 3a chamada!...
O Sn. Dias Vieira:— O que a camara exige de nós 6
uma explicação cabal dos factos, afim de poder j>ronunciar O Sr. Silveira l.ono E' pena que esteja dofendondo
um juízo seguro a respeito da questão, pondo de parte as uma causa tão má.
cCres que a paixão lhe queira emprestar, encarando-a por O Sr. Dias Vieira: — Pelo menos 6 a causa da minha
um prisma que não deixa enxergar a verdade. convicção.

O Sr. Martimio Campos : — Cada um discorri'conforme


Temos por que, quanto & eleição primaria
conseqüência
da Arripiado», a commissão deixou-se levar
freguozia do
o seu estylo e humor.
conBcienciosamente pelos documentos que lhe forão presen-
O Sr. Dias Vieira: Portanto a commissão, naanscn- allegações exageradas, allegneoes
tes, desprezando oom
cia de provas para um juizo contrario, entendeu que o facto as quaes se aproveitava a occasião, não para sustentar-se
da substituição dos mesarios e o arrancamento ilas chaves um direito postergado, mas sin» aoscompõr-s, um
para
não intluião na validade da eleição. indivíduo....
Os que defendem a opinião dos n»bres deputados apresen-
O S». Martimio Campo» — Não apoiado.
tSLo este argumento — que nSo havendo represontantes da
minoria na mesa, nüo se f>odiamais saber.... O Dias Vieira : —I.eia o nobre deputado as repreeen-
Sr.
O S». Silveira Loao : — Tendo elles sido excluídos. tações, e disto so persuadirá Note a camura quo o illustre
mombro da commissão, cuja intelligcneia sou o primeiro a
O Dias Vieira: — ....não so podia mais saber nem
Sr.
reconhecer, discordou do nós, ma» não foi pura concluir
dar credito ao que se passou do dia 10 em diante. Mas, declarou ao contrario que so os
pela nullidndo da eleição;
senhores, este argumento pôde fazer peso perante juizes
documentes apresentados em p.xl da validade da eleição
imparciaes? Eu entendo que não ; primeiramente, porque fossem verídicos, elle votaria por ella; ma», pergunto eu,
traria o absurdo de que havendo homogeneidade na mesa, nós da commissão podíamos deixar de dar peso a justilica-
não se deve dar inteiro credito a ella; em segundo lugar, por- interessadas, a attes-
çòes feitas com audiência das pessoas
todas as vezes que a minoria tivesse consciência de sua
tações juradas. qusndo o decreto n. 500 de 16 de Fevereiro
errota, retirando-sc, abandonando a mesa, teria sempre um
3ue de 18-17 manda considerar e attender a usta espeeie do
argumento para a nullidade da eleição. Ora, pergunto eu:
prova 1
vontade da minoria ou da maioria? So a
queremos saber a Ainda uma outra consideração influio muito no espirito
minoria tivesse justiça, não abandonaria o seu posto; uma da commissão: no collegio d« llbá comparecC-rao 91 eleito-
vez quo o fizerão carreguem com as conseqüências desse lo-*, e quando se tratou da validade dos eleitores de Arripia-
abandono, tanto mais que no meu espirito esse facto prova dos votárão contra 38 o a favor 53. O Sr Athaide, quando
sua derrota.
que ella tinha conscieDCia de se tratou no collegio da votação
para
o depu tu do, teve ape-
Ainda ha uma prova a favor do juiz de paz, ainda ha nns 49 votos; logo a questão da validade desses eleitores
uma prova do que elle não desejava apanhar de sorpresa a foi vencida por 4 votos de eleitores quo não votárão no Sr.
votação ; o 6 o facto da 3" chamada ser transferida do dia 10 Athaide.
para o dia 11. Nessa 3U chamada dizem os nobreB deputados Ora, se no collegio de Ubà, perante pessoas que tinlião
que só comparecerão pesBoas da parcialidade do juiz do conhecimento do modo por quo se pascárào os fuctos, csbiis
paz.... eleições forão apurovndas, como nós, na ausência desso éo-
O Sr. Silveira Lobo dá um aparte. nhecimento especial, tendo visto documentos que nos forão

Sr. presontes, não podendo dar nem tirar diplomas, havíamos


O Dias
Vieira:—Note o nobre deputado que vai
de enxotar desta casa o Sr. Athaido por se entender que 6
desprezando uns factos para apresentar outros; disso a
menos habilitado quo outro que para aqui pudesse vir?...
quo a subtracção das cédulas foi feita na occasião
o arrombamento da urna, o dava este facto como clandes
Srincipio O» Sr». Martimio Campos e Silveira 1/ORO : -»• Não
tino; agora lembra que essp substituição podia ter sido feita apoiado I
durante a noite do dia 10 para o dia 11. Fez-se o adiamento, O Dr. Dias Vieira:—Vejamos agora a eleição secun-
como dizia, da 3a chamada para o dia 11, e dizem os nobres respeito da qual se disse hontem que tiuha sido
daria, a
deputados só os amigos do juiz do paz é que tiverâo de sorpresa....
que apanhada
conhecimento disto, que oa contrario» o iguoravão; a com-
O Sa. Martimio Campo» dá um aparte.
missão porém observa que Qntro as pessoas que votãrão
nessa 3" chamada achão-se 0 dos providos em recurso, O Sr.Vieira: — Como os nobres deputados dosis-
Dus
•obre os quaes a mesa deliberou^ que, uio «bstante a falsi- tem do argumento que apresentárão houtem. em relação á
dade do despacho, fossem admittidos a votar, por ser essa a validade da eleição socunduria, não lallaroi sobre ella,.,,
vontade do
presidente. O Sr. Martimio Campos A questfto è do englobamento
O Sr. Martimio Campos: — Na comedia. da votação.
O S«. Dia» Viliba : —Eu não datia credito 4 acta se não O S». Dia» Vieira : —Esto englobamento ó um facto
220 SESSÃO EM 9 DE MAIO DE 1S57.

muito se pôde allegar contra o cavalheirismo Deveria talvez por mais uma razão abster-me de falia
que quando
do Sr. Athaide, mas qua nunca lhe poderá prejudicar a e esta razão ó a aescontiasça em que me acho de
que vou
votação.... defendei uma causa que será derrotada....

O Sn. Maiitimio Campos ainda dá outro aparte. O Sr Silveira Lobo: — Isso não importa; a mim não
desanima.
—E' esta uma
O Sr. Dias Vieira : questão importante
sobre a qual a casa já emittio o seu juizo. Com parecei üo O Sr. Martinuo Campos: — Nem a mim.
91 eleitores ; a mesa do collegio reconheceu a validade dos O Sr. Francisco Campos: — ....mas essa ultima consi-
diplomas de todos; a minoria dessa mesa porém diz que são deração, que em outras circumftancias talvez me
poderia
inválidos 25 eleitores, 15 de Arripiados, da Gloria e Mu- desanimar e faz.r condescender com o desejo manifesto da
rialié creio que 6, e de Tombos do Carangola 4 Quereria o casa, é mais uma razão
para que eu insiste em usar da pa-
nobie deputado a minoria da mesa tivesse o poder de lavra
que que V. Ex. concedeu me; porque lenho necessidade da
declarar illegitimos esses eleitores, e que elles se retirassem dizer, ainda
que perfunctoriamente, á viBta da impaciência
da votação? Consequentemente, quando se pôz á votação o da casa, os motivos por que pretendo votar contra ai
do
parecer a esse respeito, os eleitores que votárão a favor conclusões do
parecer da illustre commissão.
englobamento cstavão conscios que votavão a favor da va- Ha mais uma razão, Sr
presidente, que mo obriga a não
lidade das eleições de Arripiadcs, d* Gloria de Muriahé, e condescender; e esta razão é
que, pertencendo a questão de
de Tombos do Carangola.... que se trata á eleição da provincia que tenho a honra da
dão apartes. representar, corre-me o dever de, se é
Os Sus. Silveira Lobo e Martinuo Campos possivel, ser mais
attento a ella.
O Sr. Presidente:—Observo aos nobres deputados que Sr. presidente, tenho summo
prazer em fazer justiça ao
desta maneira não pôde continuar a discussão, interrom- espirito publico da
o orador. provincia do Minas-Getaes; tenho sum-
pendo-se a cada momento ma satisfação em declarar, como declarou o nobre orador
-Declaro a V. Ex.
O Sr. Dias Vieira: que ninguém que me precedeu, que det-de o estabelecimento do regimen
me pertutba com os apartes, até estimarei que ob nobres representativo entre nós é a provincia de Minas uma das
deputados me proporcionem matéria para levar mais algum que mais se tem distinguido por exemplos repetidos da maior
tempo, porque realmente depois que cada um dos nobres sinceridade o da maiorordem na pratica do processo olaitorsil,
deputados fallou quasi uma sessão inteira, dando o caracter base e alicerce desse mesmo regimtn. E esse motivo actuou
de lamaiitltul a esta também em meu espirito pira que eu dissesse algumas
questão....
palavras na questão controvertida; íbio é, entendi que era
0 Sr. Miguel Araújo:— E tamanduáarripiado.
rigoroso dever meu o propugnar, bem que fracamente,
O Sr. Dias Vieira: — .. .parecia que um membro da
para que esse bailo credito da provincia de .Minas fosse
commissão não se devia contentar com raenos tempo.... mantido.
—E' importante ca-
O Sr. Silveira I.obo: questão que O Sr. Silveira Loro: — Apoiado.
rece ser bem discutida.
O Sr. Francisco Campos: — Uma consideração, Sr.presi-
O Sr. Diai Vieira: — No entretanto, para acompanhar dente, para mim de grande valor, e que seguramente está
a anxiedade da casa. passo a terminar o meu discurso.
presente ao espirito aa camare, é que, em face da reforma
No parecer achâo se indicados todos os fundamentos em eleitoral novíssima, dá se uma alta conveniência em que a
a commissão para concluir pedindo a anpro-
que se bastou camara dos Srs deputados proceda com nimio e syetematico
*ação da eleição do 19° distrieto da província de Minas- rigor em todas as questões que se referirem á venticação dos
Geraes, e persuado-me que tenho não só tocado em todos
poderes de seus membros, sempre que se reproduzirem
•s argumentos apresentados contra a \alidade da eleição da factos da natureza desses que se diz viciarem a eleição do 19°
freguezia de Arripiados, eomo demonstrado que a mesma distrieto eloitoral de Minas Geraes.
commissão collonou se na altura da imparcialidade, apre-
O Sr Silveira Lobo: — Para os reclamantes não
ciando como juiz todos cs documentos e provas que lhe qne
lecorrão ás vias de facto.
forão presentes. Cabe agora à camara o decidir como enten-
der melhor em sua sabedoria. O Sr. Francisco Campos:—Eu digo que dá-se uma alta
Vozes : — Votos! votos! conveniência nesse procedimento de rigor ; e me persuado
• que «sta consideração, que, como já disse, está presenteio
O S*. Presidente : — IIu aiuda alguns senhores com a
espirito da camara e ha de dirigi-la, é de uma verdade
palavra. palpavel.
Vozes : — Votos! votos! Esse rigor que em todos os tempos e em quaosquer outras
circumstancias seria um dever da camaia, tem hoje um
0 Sr. Silveira Lobo-,—Seria bom ouvir alguém mais.
alcance e uma força muito maior; porque a reforma elei-
OS». Augusto de Oliveira:—Pois trds dias não bastão? toral, circumscrevendo considdVavelmente, como circum-
O Sr. Frincisco Campos pede a palavra e a obtém. screveu, o circulo da influencia e da acção pessoal dos cau-
didatos, tornando por isso mesmo muito mais animosas,
Sr. Re«o
O Uarros: — Eu peço o encerramento, se ellc
muito mais apaixonadas, desabridas mesmo, as lutas dos
pôde ter lugar. , diversos candidatos entre si, os conduzirá natural e inevita-
O Sr. Silveira Loro :—O nobre deputado j4 está prin- velmente ao emprego dos meios violentos, ao emprego dos
cipiando a fallar, istoó muito pouco generoso. meios extremos, se esses candidatos não forem cohibidos,
se não forem íefreados, no meio das lutas eleitoraes, pelo
O Sr. Ali.isto de Ouveira;—Já se fallou bastante
temor, pela consciência e certeza d«j a camara dos
sobre esta questão. que
Srs. deputados ha de a nnal levantar barreira contra o& meios
O Sr. Presidente : — O nobre deputado está de pé e deve extremos e descomedidos.
continuar a fallar.
0 St. Silveira Lobo: - Muito bem !
Ali uns Srs Deputados : — Muito justo!
O S*. Francisco Campos : — De um procedimento con-
O Sr. Francisco Campos Sr. presidente, eu sinto que trario, a consequencia natural e necessaria será desviarmos
a ordem em que fui inscripto para fallar me obrigue a apre- deste recinto os homens mais pacatos, os homens de ordem,
sentar-me na discussão quando a questão controvertida de merecimento real....
tem já tomado as feições de um tamanduá Eu deveria,
O Sr. Silveira Lobo : — Muito bem!
Sr. presidente, condescendendo com a impaciência, talvez
justa, da
casa, pôr termo a esta discussão, abster-me de O S». Francisco Campo»: — .... porquanto os homens
fallar, muito principalmonte quando considero que não desse temperamento c destes hábitos jâmais descerá® ao
devo ter a pretenção de modilicar as convicções que os campo eleitoral para pleitear com as armas do escandalo na
nobres deputados têm jô formado. Considero mesmo que causa que sômente a opinião, e opinião conscienciesa, deve
deveria talvez abster-me do uso da palavra, porque não é um
julgar.
o ter de impugnar as conclubões de uma
papel agradavel O Sn. Silveira Lobo: — E' arredar dessas lutas os ho-
commissão, da qual fazem pHrte membros da casa muito
mona de bem.
distinctos por seus talentos, e pelo merecido conceito em que
a casa os tem. O S», Francisco Campos:—Sr. presidente, nesta consi-
SESSÃO EM 6 DE MAIO DE 1857. 22L

ieração e nestas palavras a camara ha de fazer-me a menos razões tenho para dever-lbe gratidão e reconheci-
justiça
de acreditar manto. O que 6 verdade, cumpro dizer se, o que é um tri-
que se não contém a menor intenção injuriosa
contra o nobre candidato portador de um diploma a esta buto devido & administração de S Ex. em relação h ultima
eleição, ê que em
casa ; i uma simples consideração gerul que a camura geral o procedimento de S. Ex. foi digno
naturalmente fez, assim como eu fuço,.e que não tem de louvor, guardou a mais
perfeita neutralidade.
referencia alguma & pessoa do Sr. Athaide. O Sr. Mariiniio Campos: — Apoiado.
Sr. presidente, a camara roe fará ainda a justiça de acre-
O Sr. Silvkira Lobo: — Não apoiado,
ditar que nenhum outro motivo me inflive no pre-ente deba-
t», senão o desejo sincero e mui consciencioso de acertar. O >r. Francisco Campos: — Eu não me refiro a um
(Apoiado».) outro caso que em um ou outro districto se terdádo;
pudesse
na minha província não ha imprensa, e
Vozes: — Nós o conhecemos. portanto posso nío
estar informado de faotos que porventura teuhão oceouido
O Sn. Francisco Cascos:— Não tenho relações do na- n'um ou n'outro ponto delia ; sustento,
porém, quoemrela-
tureza alguma com nenhum dos candidatos que pleitearão
ção ao districto de Ubá, o Sr. conselheiro Penna guardou a
a eleição no districto do Ubá. Nâo sou movido nem pelo mais perfeita neutralidade na eleição ultima, o
que «-e algu-
interesse da amizade, nem pelo interesse da desafFeiçào a ma censura lhe c.ibo é por haver levado essa neutralidade
qualquer delles. Não sou mesmo movido pelo interesse que mais longe do que deveria ir.
poderia talvez inspirar antigasaffeições políticas ; porquanto, E a prova do que acabo de dizer consta dos mesmos docu-
ambos 03 nobres candidatos pertencêráo ao antigo partido
mentos que forão presentes & illustre commissão.
conservador.
A camara permittirá
que ainda eu faça ver o quanto são 0 Sr. Martiniio Campos : — Apoiado.
inopportunas as distincçõ<*s
que se pretendeu introduzir na O Sa. Francisco Campos; — Porquanto se oSr. conselhei-
discussão a respeito de conservadores, luzias, etc. Em
pri- to Penna thosse em vista exemplo, a causa do
meiro lugar, proteger, por
porque ambos os candidatos pertencem a um Sr. Paula Cândido contra a do Sr. Athaide, não tinha nos
mesmo credo, a um credo
que censidero sem actualidade seus proprios actos motivos bastantes
[apoiados); em segundo lugar, poruue uma tal distiacçio para destruir muitas
autoridades do districto do Ubá?
nem tem importância alguma actualmente, em vista does-
Mas o Sr
pre»id«nte de Minaa, que nos seus proprios
pirito publico, e nem mesmo é conveniente. actos tinha motivos para este
Aproveito a occaeião para confessar que nâo acho nada procedimento, eniret»nto não
procedeu assim, dominado desejo pronunciado de
estranhavel a candidatura do Sr. Athaide pelo districto do pelo
Ubá; nâo acho que haja nisso nada a estnmhar-se. Ila tal- guardar toda a neutralidade. Sim, o Sr. presidenta d»
Minas, que já tinha conhecimento das occurrendas ha-
vez até a louvar-se, porquanto reconheço que o Sr. Athaide,
vidae na eleição das camaras municipaes e dos
dotado de maneiras insinuantes, homem de intellig» ncia, juizes de
residindo ha muitos annos naqueile districto, deve natu- paz, da intervenção indébita de muitas autoridades íocaes
nessa eleição, annullando alguns actos
ralmente ter grangeado sympathias por essa interven-
que o apoiassem nesse
empenho. Não ha nisso nada a estranhar-so. ção, só depois que passou a eleição da 2 de Novembro ó que
destituio uma ou outra dessas autoridades, entretanto
0 (^ue^ para mim não está liquidado, o que
que para a nebre sabia que ellasentrevinhão em favor do Sr. Ath»»ide.
commissão não está também liquidado, ó
que a somma des- Conseguintcmente me
sas affeiçoes o desse apoio fosse suíficiente. constituisse a persuado que a inerepução de par-
cialidade que se faz nesta
real maioria do districto, necessaria questão ao Sr. conselheiro Perna
para dar-lhe o diploma. é menos ju.-ta e menos bem cabida.
O Sr. Silvmra I.olo : — E Sr. presidente, entrando na matéria
por isso é apenas uma prova que se discute, con»
airmptomatica de sua iufluencia. descendendo com o desejo da casa de
pôr termo a esta dis-
O Sr. Francisco Campos: — Digo CUssilo, eu me nbi-türei de considerar factos e motivos qi.e
que isto não está li-
possuo parecer secuudarios, me absterei mesmo de acom.a-
quidado nem mesmo pura a nobre commissào, porque a il-
nhar o honrado relator da commi.-são
lustre commissão em um dos que acabou de fallar,
períodos de seu parecer, em atiS porque nem tomei notas do seu discurso; 01 cupar-mc-
que resumio todo o juízo que ella pôde formar a respeito das
hei bimpiesmente. duquelh s vicios
®ctas e dos documentos que me parecem nubstan-
que forão apresentados, confessou oiaes, e entrarei na disc ssão 11a mesma ordem em a
(e o nobre relator da commiasão confessou também na dis- que
'Ioda
collocárão os nobres oradores uue me
cussao) que não se precedôuV.
julgava habilitada c< m dados incon- elles se occupáráo cm
testaveis e seguros para restabelecer a verdade dos factos. primeiro lugar da parochia de Arri-
piados.
O Sr. Martiniio Campos :— São palavras textuaes. A eleição de Arripiados, ou de S. João Baptii»ta, ó argui •
O Sr. Francisco Campos: — A nobre commissão con- da, além de outros factos, de dou.1 vicio* cxpiuie»:
primeiro,
fessou isso, e teu illustre relator, a quem acabamos de ou- violência consistente na ostentação de força, e na c\ nst>quexi-
vir, fez a mesma conHssão. t# coacção em que lieirão os votantes da
parcialidade oj-
Ora, se a nobre comnmsio achou-se em duvida, se os posta de concorrerem á èleiçio; o segundo, fraude consi «
tente nn sorpresa resultunie da anticipução do
actas e documentos
que lhe forão apresentados não a habi- prazo mur-
litirão cado para n eloição.
para lirmar seu juizo sobre dados incontestáveis, a
consequencia Sr. presidente, a illustrada commissão
que a illustre commissão devia tirar, a con- permittirá que eu
clusüo que deviu a mais algum peso do que o que ella deu aos documentos
propor & casa, não devia ser a que se con-
tóm em seu parecer. apresentado», e á informação do dii
governo província.
Se os dados erão incertos, se a convicção da illustre com- A nobre commissão diz que os documentos apresentados
missão era duvidosa, não devia ella como prova daostentação d« força, tendo como conseqüência
propor uma conclusão
definitiva: muito mais logico foi o voto em separado a coacção dos votantes, não deatruião os documentos apre-
do
nobre Sr. Torres Ilomem, sentados em contrario. Em primein* lugar observarei que oí
que, concordando c-m a maioria
da illustre commisgão na dubiednde e incerteza dos factos documentos tendentes a demonstrar esra ostentaçíode lorça
conhecidos, 4 casa a adopeão de uma conclusão 110 coacção, sendo preparados logo depoU do facto, e á fnce

propôz
sentido de exigir-se do governo novos esclarecimento» dessas autoridades íocaes que ainda não estavão destruída»,
para
poder pronunciar-se sobro a validade da eleição. têm em seu favor a presumpçío de verdadeiros, p< r .00
Esta conclu«ão do voto em separado «»U inuito mais em elles não contive.ssem|a verdade, as pessoas que cs pre| a árão,
harmonia, contóm-se muito mais na convicção da maioria os subscreverão, e em cujo numero se me ha de conce-
da illustre commissão, do qao as conclusões er crer que as ha de todns as cla»»e», certamente não pro-
3ue
propostas por
ella. cederião assim. Digo de todas as classe», porque devem ha-
\er pessoas de bom credito e posição social, e também pes-
O Sa. Martimio Campos Apoiado.
si us menos favorecidas, aquellas pelo icspeito que a si pro-
O Sa. Francisco Campos:—Sr. presidente, V. Ex. ea
prias deviào, e as menos favorecidas pelo temor da autori-
casa me eu tome. pelo modo <^ue me fúr dade a queaggredião , facilmente n£o subscreverião esses
permittiráõ que
possível, pois e >nfeBso-me fraco, a defesa da presidência da documentos se elles n&o contivessem a verdade.
província de Minas neste negocio E creio que sou insuspei- Além dist® . o Sr. conselheiro Penna, que tom uma longa
to, porquanto, especialmente respeito em
pelo que me diz carreira administrativa já feita, e tem a reputação dest>a
matéria de eleição, se eu não tenho motivo, como confesso
; carreira , que se deve presumir que estava bem informado
que nío tenho, para aggredir ao conselheiro Penna, inuito a respeito dos facto» que se derão na eleição, uão havia de
CM li I) [5 MAIO DE 1857.
222 SíiSSAO

compromettcr a palavra <lo governo da província attestando Não tenho esperança, Sr. presidente, de convencer a ca-
a existência dü factos cuja falsidade se pudesse demonstrar mnra; fallo sômente para justificar meu voto, o que julgo
ligo a esses documentes, ter conseguido cabalmente não sô quanto á eleição de Arri-
triumphante. (Apoiado.'!.) Eu pois
se notno defeitos capitaes de vio-
eli"o á palavra do governo da província
<le Minas, mais ai- piados e Afflictos , em que
do que ligou a illustre commissão. lenoia e fraude, com» também quanto á parochia da Gloria,
guraa importancia
E, pois, o emprego ae violência é para mim um facto de- cuja eleição foi presidida por umjuiz de paz incompetente,
monstrado. Em 2° lunar, timbem i fôra de duvida que hou- ou cuja qualificação foi dirigida por outro que não podia
ve fraude, a qual coimstiO na sorpresa com que se procedeu funccionar.
anticipnndo-se o prazo marcado para a leição. Devo terminar aqui estas observações votando para que se
Sr. presidente, a respeito da auticipação do prazo , a il- declarem nullas as eleições dessas duas freguezias ; o se as-
lustre commissão declarou que teve de lutar com as maio- sim se decidir, é obvio que não havendo maioria' absoluta a
res inertezas. O 1° prazo designado e constante da acta foi favor do nobre portador dodiploma,oSr. Athaide, sedevepro-
a eleição se suspendesse até que o governo da província ceder a nova eleição. Concluo, pois, pronunciandj>-me contra
que
determinasse alguma cousa a respeito. Mas logo depois ap- as conclusões do parecer da illustre commissão e do voto
infere da correspondeu- em separado, e a favor da emenda do nobre deputado do dis-
parece 2° prazo de R dias , como se
tricto de Vassouras da província do Rio de Janeiro.
cia offieial do juiz de paz desde a eleição até hoje , e como o
affirmão os musarios dissidentes Vallad&o e Espíndola. Por Vozes : —Votos ! votos!
de
ultima apresenta-se 3° prazo de 6 dias, prazo que o juiz
Lê-se e apoia-se o seguinte additamento á emenda do Sr«
determinou por editaes , se-
paz de sua própria autoridade Martinho Campos:
gundo se diz.
detender
A illustre commissão adoptou como arma para « Seja annulleda também e proceda-se a nova eleição de
Mas com elle
as conclusõ($ <lo seu parecer esse 3o prazo. eleitores da freguezia da Gloria. — Francisco Campos. >
nem creio que
não pôde combinar a minha intelligencia , O Sr. Salath m cede da palavra para se votar.
combine a da casa.
Se reunida a mesa o juiz da paz não tinha autoridade O Sr. Martinho Campos : — Se ha casa e V. Ex. vai pro-
um prazo qualquer , parque deveria combinar ceder â votação, eu requeiro votação nominal.. .
para designar
com a meda a tnl respeito , como determina o art. 60 da lei O Sr. Presibehte : — Na occasião competente pôdo re-
de 19 de Agosto ; so o proprio juiz de paz na sua correspon-
querè-la.
dencia offieial com o governo confessa que assentou coma
Não havendo mais ninguém com a palavra, e indo-sc pro-
mesa no prazo de 8 dias; como ó que esse mesmo juiz de paz,
de sua própria autoridade , ceder á votação, veriHca-se não haver casa. O Sr. presiaen-
independentemente da mesa,
te declara então a discussão encerrada.
altera o prazo designado pela mesa , substituindo-o por
outro que lhe con veio i Dada a ordem do dia, levanta-se a sessão.
Tomos pois que, ainda mesmo dada a existência do edi-
tal convocando para • dia 10 , «incla sendo isto verdade, se-
melhaute designação foi arbitraria , e nem o* votantes nem
os mesarios dissidentes tinhão obrigação de lhe obedecer....
Sessão cm* 11 de Maio.
O Sr. Silmira Lobo : — Apoiado. E* irrespondível.
O Sn Francisco Campos : —Njm do não comparecimento
• r-su.lt:> razão PRESIDENCIA DO SR. VISCONDE DE IIAEPENDY.
não se npresenlá-
dclles pura so affirmar que
rão por Be julgarem em minoria , por verem perdida a rua
' vis- Sbmmario. — Expediente. — Ordem do dia.—Eleição do 1#°
causa ; porquanto nfio.tinhão obrigação de comparecer,
' eltes não districto de. Minas (ieraes. Votação Eleições de commis-
to que o juu d ;jaz prccedOra arbitrariamente , e
sua presença smccionar um acto jil princi- sües — Eleição do Maranhão. Votação.— Eleição da Bahiat
querião c»m a do Sr. Fiusa.
authenticidade era por elles duvidosa. 4<> districto, votação; 3° districto, discurso
piado, e cuja
O Sr. Silveira Lodo: —Muito bem ! A's 11 horas, presentes os Srs. Franco de Almeida,
O Sr. Francisco Campos i — Fica por esta fôrma respon- Snnpaio Vi.-mna, Aguiar, Facheco, Gonçalves da Silva,
dida a argumentação do nobre relator da commissão, que VilLela Tavares, Francisco Campos, Barbosa, Cruz Macha-
rejeitou o primeiro prazo constante da neta , o segundo do, Cerqueira Leite, JBelhario, Costa Piuto, Paranaguá,
constante da correspondência oilicial do juiz de paz , e só- Fernandes Vieira, Salathiel, André liastos, Martinho Cam-
mente admittio o terceiro de 6 dias, arbitrariamente mar- J. Marcondes, Belfort, Paes Barreto,
pos, Silveira Lobo,
cado. Augusto de Oliveira, Almeida Pereira, Miguel de Araújo,
Agora, Sr. presidente , pondo de parte o que diz respeito Sérgio de Macedo Souza Leão, Pinto de Campos, Luiz
á eleição de Snpfi e a do Tombos do Cariin«ola, me ocoumirei Carlos, Machado, Fiusa, Franco, Cunha Mattos. Sá e Al-
$6r»ente da eleição da freguezía da Gloria, prescindindo de buquerque, Silvino, Cavalcanti, Pereira Pinto, Viriato, Dan-
factos de importância secundaria. tas. R>'go Barro*, barão de Camaragihe. Coei lio de Castro,
llermogenes,
Entre outros deíeitos arguidos contra a eleição da Gloria, Dias Vieira. Ijandulpho, visconde de Baependy,
se nota ter corrido peia uma mesa da qual fez parte um Felippe do Arnujo. Augusto Corrêa, Peixoto do Azevedo,
membro incompetente, isto ó, o 3° juiz de paz, deixando-se Deliino do Almeida, Cyrillo, Monteiro de Barros, 1'eder-
do chamar o 2". a quom na fôrma de direito competia a pre- n»*iras, Ferraz da Luz, Pinto de Mendonça, Tobias Leite,
sideneia da mesa, c preferindo-se lhe o 3°. Madureira. Diogo Velho, Toscano Barreto. Barros Pimen-
A esta objecção se responde que o 3» juiz de paz era o le- tel, e Mendes da Costa, abre-se a sassão, lê-se e approva-
o 2°. da sessão antecedente.
gitimo, por não estar juramentado se a acta
uma : ou o 2o juiz de prz estava
Sr presidento. de dun» Depois de aberta a sessão comparecem os Srs. Alcantara
eleição da Gloria por
juramentado , e nesse caso é nulla a Machado, Serra Carneiro, Gavião Peixoto, Silva Miranda,
haver sido presidida pelo 3o sem que lhe competisse ; ou o
Torres Ilomem , Cnlheiros , Rodrigo Silva , Jacintho_ de
3° juiz de paz não estava juramentado em Novembro, e não
Mendonça, barão de Mauá, Antunes de Campos, Paulino,
o estando então, muito menos poderia estar em Janeiro e
Fernandes da Cunha, Baptista Monteiro, Bezerra Cavai-
Fevereiro , e neste easoé nulla a qualificação da parochia ,
ter sido feita sob a de paz não ju- canti, Cândido Mendes, Benevides, Costa Moreira, c Araújo
por presidencia de um juiz Lima.
ramentado , a quem portanto não cabia autoridade nem
funeção nos trabalhos da raesa de qualiticaçao. O Sr. Io Secretario dá conta do seguinte
Ora, o facto averiguado e constante da informação presta-
EXPEDIENTE.
da pelo governo da província A que a qualificação da fre-
feita em Janeiro de 1856 foi presidida pelo
guezia da Gloria OfUcio do ministério da fazenda, remettendo o mappa
2° juiz de paz. Se esse juiz de paz não era juramentado , a
das opernçõeB occorridas na secção da substituição e assig-
cantara decidindo como tem decidido , e como lhe cumpre, — A' Ia
natura de papel-moeda até o fim do mez de Abril.
deve annullai a qualificação do votantes da freguezía da
commissão de orçamento.
Gloria por estar viciada pe'a intervenção de petfloft incom-
a qualificação da Outro do ministério do império, informando a represen-
petente, e consequentemente annullar
essa qualificação nulla. tação de vários individuos contra a subdivisão de bilhete»
parochia feita assim sobre
SESSÃO EM 11 DE MAIO I)E tS;V 223

de loteria, e a renda dos mesmos em cisa» ELEIÇÃO DE CO«MlSS(>ES.


particulares.—
À' commissão de fazenda.
Proccde-ae á eleição ias commissôcs permanentes, o sa-
Outro do mesmo ministério, remetendo o contiacto fei-
hem elritos pura a de:
to com a associação Central de Colonisayão para approvação
do algumas das suas clausulas que dependem ainda de AMcmMéat prootmlaes
((55 cédulas).
approvação.—A' commissão de colenisação. Os Srs. Fernandes da Cunha com 53 votos, Fernandei
Outro do ministério da guerra, enviando o requerimento Vieira com 51, e Araújo Lima com 50.
documentado e informado'favoravelmente, do capitão do 2» Commereio, indtulria t orlei
(74 cédulas).
esquadrão de voluntários da província de S. Paulo Antônio
Os Srs. barão de Mauá com 64 votos, Sérgio de Macedo
Joaquim Rodrigues Borba.—A quem fez a requisição.
com 48, e Augusto do Oliveira com 45.
Outro do presidente da província do Pará, remettendo
hutrucçio publica (60 cédulas).
dous exemplares do relatório com que abrio a sessão da as-
«embléa provincial.—A arcliivar-se. Os Srs. barão de Camaragiba com 46 votos. Pedreira om*
44, e Villela Tavares com 43.
Outro do mesmo presidente, fazendo remessa do relatorio
com que o ex-presidente lhe entregou a administração. Saúde publica (62 cédulas).
A arehivar-se. Os Srs. Jacintbo do Mendonça com 50 votos, Calheiro»
Outro do mesmo presidente, remettendo as leis com 44, e Cyiillo com 37.
promul-
gadas oanno passado pela assembléa dessa província.—A'
commissão de assembléas provinciaes. ELEIÇÃO DA li A111 A.

Dous do presidente do Rio Grande do Norte, fazendo (4o districto.)


Jguaes remessas.—A' mesma commissão, e a archivar-Be.
IA se, entra em discussão, e sem debate é approvado o
Outro do vice-presidente do Paianá, fazendo igual re- seguinte parecer :
messa.—A archivar-se. c A commissSo de constituição e
poderes, tendo exami-
Outro do presidente de S. Paulo, fazendo igual remessa. nado o diploma do Sr. José Augusto Chaves, deputado
eloi-
—A' commissão de assêxnbiéas to pelo 4o districto eleitoral da Bahia. e as actas da
provinciaes. res-
pectiva eleiyão, apresenta o resultado do seu trabalho.
Outro do presidente da Parahyba do Norte, fazendo igual
« No collegio único deste districto.
remessa.—A' mesma commissão. que é composto de S»
freguezías, votárão 210 eleitores e faltàrão 27, o obtiverão
Outros dos presidentes das províncias de Piauhy, do Rio votos, em primeiro escrutínio,
para deputado o Sr. Chaves
de Janeiro, ao Espirito Santo, e de Goyaz, remettendo as
153, o o Sr. Antonio Ferrão Muniz 57 ; e
leia promulgadas nas ditas —- A' mesma com- para iupplente o
pruvincias. Sr. Dr. Torquato Rodrigues Dutra Rochalfil, o Sr. Dr.
missão. João
de Araújo de Argolo Gomes Ferrão 44, e o Pr. Antonio
For-
Outro do presidente do Ceará, enviando o rão Muniz 1. Consta das actas
processo feito que um eleitor deixou de
ao Sr. Dr. Raymundo Ferreira de Araújo Lima, yotar para supplente.
juiz de
direito da comarca da Imperatriz.—A* commiEsão ae cons- As actas uas lVeguezi.vs do Nossa Senhora da Purifica-

tituição e justiça criminal. ção c Santo Amar», que dou 57 eleitores, e de S. Pedro do
Outro do vice-oresidento da direotorta da companhia da .Rio Fundo, que deu 21, estão regulnrcs.
estrada do ferro ae D. Pedro II, remettendo 100 exempla- « .Na uota da 3a chamada da freguozía de S. D
mingos
res do ultimo relatorio apresentado aos nccionistas.—Reco- de Saubãra, que deu 30 eleitores, houve a irregularidade do
não se lazer menção dbs n-mos dos votantes
bido corn agrado, e manda-se distribuir. que não acu-
dirão á dita chamada; tendo-se recebido 437 cédulas, o
Outro do diroctor-geral do correio, enviando nns exem- numero delles deve ter
da guia do correio do império.—A archivar se. pelo menos de 741. A mesn a irre-
plares
gularidade se encontra na acta da 3" chamada da fre-
Outro do ministro brazileiro em Madrid, remettendo di- uezia de Nossa Sonliora da Ajuda do Bjm Jardim,
que
versos exemplares de um 5 eu 35 eleitores ; tendo-se recebido 410 cédulas, o
projecto para uma lei addicional nume-
das terras publicas.—Rocobido com agrado, e manda-se ro dos votanteB não comparcofirão deve ser
quo pelo menos
distribuir. do 971. A mesa recebeu a cédula de um cidadã >
que não
estava quali icudo ,
Uma representação da mesa administrativa <lo collegio porque, sendo eleitor e re ideute na
freguezia, attribuio a omi#Kão do seu nome a esquecimento.
das orphãas do Santíssimo Coração de Jesus da oidade da
O da mesa foi contrario á lei,
Bahia, pedindo dispensa das leis de amortização procedimento por^in essa co-
para po«- dula em nada altera a votação dos eleitores e supplentes.
»uir bens de raiz no valor do 150:0008.—A' commissão ãf
« Não forão presentes á commissão cópias das actas
fazenda. dns
freguezias de S. Gouçalo da villn do S. Francisco, de Nossa
Uma outra dos mesarios da irmandade de Nessa Senhora Senhora do Monte, de S. Sebustião daa Casbeceiras de
1'as-
da Conceição do Bomtím, na villa de Marafi, sé, e de Nossa Senhora do Soccorro;
província da porém t> ndo o colle-
Bahia, fazendo igual
pedido.—A' commissão de fazenda. gio julgado regularcs suas eleições, e não havendo recla-
Uma mação alguma, presumo a commissão
outra de Joaquim
Manoel Rodrigues de Almeida, quo forão obsoivadf»
snbdito as disposições da lei: o numero de eleitores cUJ0
portuguez, pedindo ane se lhe conceda curta de na- |,or toda»
turalisação — A' commissão de constituição. devo ser do 46, a calcular-so 210
pelos qu>> votàrão nu col-
legio, e 27 que faltãráo.
Presta juramento o Sr. deputado Ilermogenes. « A commissão não tovo
pre-ente tombem e',pla das
actas da freguezia de Santa Anua do Catú,
que deu 18 ciei-
PRIMEIRA PARTE I)A ORDEM tores, o contra a eleição desta freguezia ha uma representa-
DO DIA.
ção documentada sobre a qual u commi* : ào cn^iido nío de-
vor emittir
ELEIÇÃO DL 31INAS-4.EnAES. juizo ser.Do â vUta da» ãOtas. Entre esdoeu-
mentos juutot» á dita represeutação te acha a acta da apu-
ração, e combinados os rornos dos 48 eleito;os com os dos
Procede-se A votação do parecer da 6" commissão de
po- 27 que faliárflo no collegio, t-e vê quo 4 daquillen formão
deres, voto era separado, c emendas relativas á eleição do
19° districto da província de Minas-Geraes, ctiju discussão parte destos, c são o coronel Manoel João «Io M«. ir"Jle»,
José Ventura Esteves, Gabriel Fcircira Cordeiro, e Fran-
ficou encerrada na sessão de 9 do corrente ; sendo o
pare cisco Baptista Corrêa Lima.
cor approvado votos contra 11, o ficando o voto em
por 50 « Votáráo no collegio 210 eleitores, é portanto a maioria
separado e as emendas
prejudicadas. absoluta de 106 votos ; tendo obtido o Sr. Dr. Chaves 153
O Sr. Pmnidf.ntf. declara deputado pelo 19° districto da votos, aba tendi »-se destes 44 votub do» 44 oleitoi fb do Catú,
província de Minas -Geraes o Sr. Francisco de Assis Atilai- no üupposto de terem todos vetado no mesmo senhor, res-
ae, e supplente o Sr. Francisco Peixoto de Mello. tão-lhe ainda 109 votos, o ao Sr. Dutra Rocha igualmente
120 votos.
O Sr. Francisco de Assis Athaide é recebido com as for- « K' portanto a commissão do :
parecer
malidades do estylo,
presta juramentoe toma assento. < 1.° Que se peça ao
governo cópia das actas da fregue-
SESSÃO EM J1 I)E MAIO I)E 1857.

Santa Anna do Catrt, e que íejão approvadas as


de O Sr. Fernandes d\ Cunha : — Não apoiado.
zias
eleições das outras 8 freguezias <1* i" dietricto eleitoral da O Sr. Fiusa : — Esses princípios da nossa legislação pri-
da Bahia. meiramente estabelecem o juiz certo que deve presidir a
provincia
«2° Que seja reconhecido floputa do pelo merno dis- lugar determina a fôrma
junta eleitoral ; em segundo pela
tricto o Sr Dr. José Augusto Chaves, e supplente o Sr. Dr. 6eria composta. Nessa composição
qual essa mesma junta
Torquato Rodrigues Dutra llocha. a lçjj^eve em vista que a maioria fosse representsda pelos
< Sala das co nmissõeü, 11 de Maio de 1857.—Antônio eleiOTes, e que a minoria tivesse os seus representantes
—J. li. Uadu-
Cândido da Crus Machado.—J. J. Pacheco 1108 supplentes de eleitores. Firmou que o presidente da
reira. > junta fosse aquelle que tivesse o maior
numero de votos
para
O Sr. Presidente declara deputado pelo 4o districto da o cargo electivo da freguezia , isto é, o 1° votado para juiz
da Bahia o Sr. José Augusto Chaves, e supplente de paz.
província
o Sr. Turquato Rodrigues Dutra Bocha. Em S. Felippe o 1° juiz de paz , o mais votado , o presi •
dent-, certo em força da lei da mesa parochial, não foi quem
E' recebido com as formalidades do estylo o Sr. José Au- cumprir o
presidio a eleição; porque comparecendo para
e toma assento.
gusto Chaves, que presta juramento seu deter nesse acto importante , foi expellido para fóra da
igreja....
SEGUNDA PARTE DA. ORDEM DO DIA.
O Sr. Fernandes da Cunha : —Nego redondamente.
ELE1Ç&0 DO MARANHÃO. O Sr Fusa : — .... pelo subdelegndo , como foi por este
mesmo participado ao presidente da provincia , dizendo que
[(2o dittricto.)
tinha havido alteração na eleição, por ter querido o 1® juiz
debate i approvado o de paz presidi-la , obstáculo este que tinha cessado pela re-
Lê-se , entra em discussão e sem
tirada ao mesmo juiz de paz. Isto prova que o primeiro jui£
commit-são de poderes sobre a eleição do Sr.
parecer da 1" de paz compareceu e não lhe foi permittido presidir a elei-
corrente.)
barão de S. Bento. (Vide stsaão de 6 do
liquido e claro que o 1° juiz de paz
da çao. E' portanto (nem
O Sr Presidente declara deputado pelo 2» districto 09 que defendem.o parecer podem desconhecer esta verda-
Maranhão o Sr, barão de S. Bento , e supplente
provincia do de), aquelle que a lei de 19 de Agosto de 1846 queria que
o Sr. João Paulo de Miranda. fosse infallivelmente o presidente do tribunal, que tinha de
E' recebido com as formalidades do estylo, presta jura- recolher os votos dos cidadãos activos da freguezia, não pre-
mento o toma assento , o Sr. barão de S. Bento. sidio ao acto eleitoral.

O Sn. Fernandes da Cunha: —Por decisão do


DA Bahia. presi-
ELEIÇÃO
dente.

(ís° districto.) O Sn. Fiusa : — Estou principiando a minha exposição,


terei depois de analysar o parecer palavra por palavra.
e entra em discussão o paiecer da 4a commissão de
Lê-se
relativo ao Srs. Pedro Muuiz a Tiberio de Moncorvo, O Sr. Fernandes da Cinha : — E eu estou dando apartes
poderes maior explicação.
eleitos em duplicata. para
O Sr. Fiusa:—Estimo que o nobre deputado me dê
O Sr. Fusa : — Sr. presidente , as relações que existem
apartes , porque o» aprecio e não me confundem.
entre mim e os nobres e honrados cavalheiros que pleiteão
Assim, aquelle que devia ser o presidente do tribunal en-
um assento nesta casa pelo 3" districto eleitoral de minha
carregado de recolher os votos dos cidadãos activos da fre-
impoem-me a necessidade de fundamentar o meu
província,
eu vote guezia, não foi o que deu cumprimento ao preceito da lei.
voto. As razões que me movem não consentem que Assim , a lei não foi observada quanto â formação da mesa,
divergente
symbolicamente. as que me levão a dar um voto fiscalisar a votação para os membros
de desculpa porque era quem devia
do parecer da commissão também me servem
delia , não a fiscalisou, e sim outro que tinha interesse em
os honrados cavalheiros, porque eu guio-me uni-
para com sõm#nte o» de sua parcialidade , o que dá
camente pela minha intelligencia e consciência nesse nego- que entrassem
lugar a uma nullidade insnnavel.
cio. Desejaria que ambos os nobre» cavalheiros tivessem as-
Temos pois, Sr. presidente, que oe princípios estabeleci-
sento nesta casa, mas como ele» se apresentão cm opposição
do» pela nossa legislação eleitoral quanto ao tribunal que
a um só lugar, tenho de decidir-me por um, por aquelle que
recebe os votos deixárão de se cumprir na eleição de S. Fe-
diz a- minha consciência ter sido o que legitimamente obte-
lippe, na qual se dá ainda ou tia violação dos cardiaes prin-
ve votos para o cargo de deputado polo 3o districto da minha
cipios de nossa legislação eleitoral. A lei com a determina-
provincia. sejão reaes e não
Sr presidente . prescindo da parte dramática da eleição; ção da qualificação quer que os votante»
fantásticos, quer que só sejão votantes os que pela constitui-
não pretendo tratar de pessoas, nem mesmo do nome dos ê a
ção do império o dsvem ser. Cfque qualiticação de S. Fe-
candidatos. Unicamente desejo considerar as razões do pa-
lippe? Cousainteiramente íantastica.
recer , analysa-las confroutando-as com o» principio» da
nessa legislação eleitoral. Declino, pois, de todae qualquer — F.' tão boa como
O Sr. Fernandes da Ceniii : qualquer.
discussão pessoal; ainda quando me chamem para esse Foi feita pela parcialidude do Sr. Tibeiio.
terreno , não me aproveitarei da occasião para satisfazer a
insinuações apaixonadas ; guardar-me-hei para occasião op- O Sr. Fiusa : — Foi feita quando havia ali unanimidade
ofFerecer* e não havia quem fizesse ver os escandalos delia c violação
portuna, se se
Sr. presidente , concordo com o parecer da commissão a da lei; ma» quando se separárão em duas parcialidade» .
respeito de todas as freguezias , menos no que toca a tres , se apresentarão os defeito» evidente» da qualiticação ; qual
S. Felippe, Maragogipe o Tapera. O meu discurso versar A o dever da camara , de todos que querem o cumprimento
sobre estas freguezias. , da» lei» ? Annulla-la.
Senhore», depois das lutas «lettoraes pelas quaeu passou Seria possível, Sr. presidente, que se «dmittisee como va-
o nosso paiz, o poder legislativo assentou que devia , refor- lida uma qualificação em que se achasse um nome repetido
mando a legislação eleitoral , estabelecer princípios lixos dez e onze vezes? Entre outros se acha José Joaquim de

que
servissem de norma às decisões das respectivas cama- Santa Anna repetido onze vezes , e Joaquim Josá de Santa
ras , e igualmente as eleições para que a urna manifestasse Anna repetido nove vezes !! ! Não desejo abusar da atten-
o voto do povo. Os princípios deteiminados, segundo a mi- aomes : ponderarei so-
ção da camara lendo todos esses
nha comprehensão , na reforma eieitoral de 1846^6
de 1855, mente que a família dos Santa Annas é numerosíssima;
reduzem se a isto: primeiramente formar o
tribunal que dá um grande numero de
que não é só essa família a que
t^nha de receber os voto» do povo ; e em segundo
lugar, es- votantes, ha também a familia do» Santo» nas mesmas cir-
tabelecer regra» para quo sómente os moradores
cíIectivoB e cumstancias ; nem todos esses votantes forão tirados s6 do
reaes de uma freguezia tivessem o direito de votar , e effeo- sanetuario !
tivamente votassem aquelles cidadãos activos que,
em vista O» nobres deputados sabem que houve uma familia de
da constituição , devem
ter parte nesse acto da soberania Souzas que no principio da monarchia portugueza, pela sua
nacional. opulencia «• numero deu muito que fazer aos primeiros reis
Na freguezia de S. Felippe forão falseados esses princípios de Portugal, Bendo tal a sua pujança • poderio que o seu
da Dossa legislação. cbefe eta chamado o Souzão. Uma vergontea dessa família
SESSÃO EM II DE MAIO DE IS5~. 225

de Souzas estabeleceu-se em S. Felippe, e estabeleceu-se legislação eleitoral. Vou agora entrar na analyse do quo
deputados quizcrem disse a nobre commiseão a respeito dosta eleição.
prolificamente , porque , se os nobre»
examinar a qualificação deesa freguezia, verão que em S. « S. Felippe. — Nesta freguezia na matriz foi feita como

Felippe lia Souzas duplicados, triplicados e quadruplica- na da Cru/, das Almas a eleição com toda a regularidade. >
Regularidade expellindo à força o
dos (ri»o), afòra os Souzas solitários. (Rito.) presidente da meRa paro-
Portanto, semelhante qualificação não pôde ser attendida chiai!
camara ; seria uma illusíío do paiz ; seria mesmo uma O Sr. Fernandes da Comia : — Como
pela prova ?
irrisão do systema represantativo ! 1
O Sn. Fies*: — Isto está com-
— Eu responderei, e então provado pola própria
O Si*. Fsrnandss da Cunha : missão ...
verá se ê bom manejar o ridículo. O Sr. í er.iandes da Cunha : — Ora muito obrigado !
O Sr. Fiusa Não estou manejando o ridículo, nem pre-
O Sr. Fiusa : —Oh! Sr. Cunha , estou desconhecendo a
tendo offender a quem quer que seja i digo BÓmente o qua a sua intelligencia! Isto mostra-se mesmo
e o que a minha razão me apresenta ; que- pelo relatório da
questão ©fferece, commissão....
ria o nobre deputado que eu pensasse uma cousa c dissesse
O Sr. Fernandes da Comia : — E' bom apresentar.
outra neste lugar ?
Quando a lei mandou que Be fizesse a qualificação, qual O Sr. Fiusa : — E' feita a eleição expellinda-so & força o
foi o seu fim? Seria para que fossem qualilicadas fantastica- 1» juiz do paz quo devia presidi-la ! A commissão reconhe-
mente pessoas que não existião, para que se apresentassem ceu a força desta coaeção que se fez no 1» juiz de paz, o
como votantes indivíduos imaginarios , e aéreos nomes nullitica-la....
procurou respondê-la e
o elemento eleitoral e augmentar o numero dos
para falsear O Sr. Fernandes d* Comia t — De S. Felippe T
eloitores indefinidamente, de maneira tal que a freguezia de S.
Felippe dii muito mais do que a cidade do Cachoeira, que é O Sr. Fiusa: —Sim , de S. Felippe, sim senhor. Diz a
assaz populosa ? ! ! commissão : « Nesta freguezia, e na matriz foi feita, como
Dá-se outra circumstancia pela qual a qualificação de na Cruz das Almas, a eleição com toda a rryularid 'de, por-
S. Felippe não pôde ser legitima. que se observãrão todas as formalidades legaes que prece-
Senhores , a lei exigio, para segurança da qualificação , dem e acompanhão o parecer eleitoral ; entretanto o \o
juiz
remettida ao de paz procedeu a outra na capella da Conceição Velha , a
que delia se tirassem tres cópias , sendo uma
governo ,
outra afixada no interior da igreja matriz , em justifica o Beu procedimento com a allegação de sor elleo
lugar conveniente e á vista de todos, e outra que licará em competente para a preeidencia da mesa parochial, o ter sido
determina quanto a ra- expellido da matriz.... » E' do proprio parecer.
poder do presidente. E o mesmo se
clamações. Os proprios candidatos apresentão certidões que O Sr. Fernandes da Cunha Mas não é opinião da com-
mostrão divergencia entre a cópia remettida á secretaria do
missão.
governo e a qualificação enviada á camara municipal. Se
essas cópias , que se devem presumir iguaes, não concor- O Sr. Fiusi : — Contra a primeira allegaçío a commis-
dão entre si, qual á consequencia ? E' que a qualificação , bõo oppõe o facto de ser o de paz declarado incompeten-
juiz
além de não ser o que a lei queria , por conter pessoas fan- te pelo presidente da província , como forão todos os outros
tasticas , tem o defeito de não concordar com a cópia au- que exercião postos na guarda-nacional. »
thentica que foi enriada ao governo em força da lei. vou relutar essa razão: pretendo no meu
^Sr. presidente,
discurso seguir a analyse unicamente; se roduzir
O Sr. Fernandes da Cuniia ; — Como prova o nobre depu- pudesse
argumentos desta ordem a expressão mathemutica , ou o
tado isto ?
faria, poiquo não quero abusar da paciência da camara, da
O S*. Fiksa : — Provo com o proprio parecer da eommif- sua attenção , apezar de Ber esta uma
questão importautis-
são ; eu o lerei nesta parte; attenda-me o nobre deputado : sima.
« Esto antagonismo O presidente da proviacia declarou o Io juiz de paz in•
(lendo)....
O Sr. Fernandes d* Cunha : —A única divergoncia que competente íl eleição. Primeiramente não po-
para presidir
ha <5 a respeito de 4 ou 5 nomes de eleitores dia o presidente da província por sua autoridade fazer
que vêm na cer-
tidüo pedida pelo Sr. Tiberio ; mudou-so ae proposito os isto....
nomes, por Í3so ha divergência.
O Sr. Madcreira : —Note que jft a camara tom appro-
O Sr. Fiusa : — Citarei esta parte , antecipo-me «m res- vado decisão semelhante.
posta ao nobre deputado : « Este antagonismo de dous do- O Sr. Fiusa : — Não , senhor, ainda na oleição....
cumentos authonticos collocaria a commissõo era uma do-
O Sr. Madureira : — Lembre-se o
lorosa incerteza, se ella não fosse arrastrada (notem bem os que houvo a respeito dc
nobres deputados) se ella não fosse arrastada. > Eu pro- Villa-Nova.
varei depois que a nobre commissão para tirar os corolários O Sr. Fiusa : — Não quero chegar a Villa-Nova , mas se
Mas , Sr. vê-
que tirou foi realmente arrastada. presidente, o nobre deputado a i»so mo lovar chegarei 1& também....
se por este trecho do parecer que ha com effeito divergencia
Um Sr. Deputado d& um aparto.
ms duas cópias que devião ser iguaes.
Ora , este argumento é procedente , porque não ha duas 0 Sr. Fiusa :— Eu mostrarei o contrario ao nobre depu-
qualificações pura eleitoics e paia votantes; dava-se isto tado ; declaro que não estou accusando o presidente da
pro-
antigamente
por inptrucç5eB anteriores , 3egundo minha vincia , porque hei de mostrar que elle não impôz a sua opi-
lembrança, a 1812; mas essas iutrucçSes forão revogadas nião com força da autoridade, foi um conselho
que deu, o
lei de 19 de Agosto de 1846 , que farei vor. Mas, como dizia, primeiramente o prosidentO
pela que mandou que se li-
zesse uma só qualihcação , na da provincia não i pessoa competente para interpretar uma
qual so comprehendessom
votantes eelegiveis. Se pois nessas duas cópias, nesses docu- loi , e em matéria tão importanto como i a matéria eleito-
mentos authenticos não ha concordância entre si, o ral. Senhores, eu me lembro quo ainda o anno passado nesta
que
mostra isto ? Mostra que a qualificação , além do vicio car- casa causou um grande alarma o que o nobre ministro da
dial de não exprimir os votantes reaea da freguezia , os oida- de então apresentou no seu relatorio a respeito da
justiça
dãos activos delia, tom o vicio da fôrma de não concordarem interpretação por forca de autoridade; negou-se ao
pro-
as cópias exigidas pela lei. prio ministério, ouvido o conselho do estado, e presidido
Não farei commentario algum a respeito desta divergen- por ouem representa um ramo do poder legislativo, exerce
cia , deixo isto ao j uizo da camara ; esporo que o nobre do- o poaer moderador e é chefe do poaer judiciário ; negou-se
putado explique semelhante divergencia , e então respon- ao poder assim autorisado, digo , a interpretaçãojpor forca
derei, se me couber a vez de fallar; não farei commentario, de autoridade; como pois hoje se ouer c^ue o presidente tia
repito, deixo isto ao juizodos nobres deputado» , sobretudo venha interpretar a lei sobre objecto tão importan-
provincia
daquelles sido presidentas de provincia , cilas te? E como se quer que o presidente da provincia venha in-
que jà têm
que digão onde pôde haver qualquer mudança de nomes, se terpretar a lei contra as decisões do governo gemi'...
na cópia existente na secretaria do governo da
província , O Sr. Fernandes da Cunha : —Nego quo houvesse isso.
ou se nas cópias na camara municipal ou em
que existem
mão dos fóra. O Sr. Fiusa: — Citarei ao nobre deputado os avisos de
juizes dc paz das fregueziasde
Eis-aqui, Sr. 27 de Junho e de 3 de Setembro de 1816....
presidente . demonstrado que na eleição de
S. Felippe não se Fernandes da Cunua — Apresente-o».
guardárão o» princípios cardiaes da nossa O Sr.
tomo I. 29
223 SESSÃO EM 11 DE MAIO DE 1857.

O Sr. Fiusa : — Não os tcnlio aqui, c me parece que a uma vez que não estivesse no exercicio effectivo de official
colleoção de 1856 não está ainda úa casa.... da guarda nacional.
— Talvez « Como forão todos os outros que oxercião postos na guardm
O Sn. Fernandes da Cunha : o nobre deputado
nacional. > Respondo a este argumento da nobre commissão,
não tivesse lido e3ses avisos.
que o Sr. presidente da Bahia, entendendo daquella maneira
— So duvida do
O Sr. Fiusa': que affirmo, então não te- a lei eleitoral, escreveu nesse sentido para todos os juizes d»
Hlio resposta nenhuma a dar-lhe.... paz da provincia que erão empregados na guarda nacional;
todos 03 sua,totalidade, não recalci-
O Sr. Fernandes da Cunha : — O que digo é que duvido juizes de paz, ou quasi
avisos digão o que o nobre deputado lhes at- tr&rão ; esse de Pirajuhia recalcitrou, e o Sr. presidente da
que esses
iribue. provincia respondeu-lhe que so se julgasse com direito pre-
sidisse á mesa, deputados decidiria
que a camara dos Srs.
O Sr. Fiusa : —Dizem, e mesmo o nobre presidente de S. depois ; mas os outros acquiescêrão ; o facto de não com-
Paulo, hoje ministro da justiça , declarou aqui quo tendo
parecerem mostra desistencia de direito sou, e em sua au-
consultado o governo sobre caso idêntico em uma eleição de sencia os seus supplentes, aquelles que comparecei ão erão
S. Paulo, o governo decidio que era incompatível única- os competentes, mas não pelo facto da decisão do governo,
mente o exercício, a accumulação de ambos os empregos, o mas sim pelo íacto de deixarem de comparecer, de não re-
de official da guarda-nacional e de juiz de'paz. Ê tanto é clamarem este direito aquelles a quem a lei o dava. Portanto
isto assim que a camara decidio approvando a eleição do Sr. este argumento nada
procede.
Nebias.
O Sr. Fernandes da Cunha dá um aparte.
Um Sr. Deputado : — Isto ostá oxpresso na lei da guarda-
O Sr. Fiusa:—Não fallemos emMuritiba.
nacional.
O Sr. Fernandes da Cunha : —Fallemos.
Fiusa : — Sim , senhor. A eBte respeito, meus se-
O Sr.
nhoses , eu não tenho mais que dizer; o presidente da pro- O Fiusa : —E'melhor não fallarmos'nis30; o nobre
Sr.
vincia não era competente para interpretar a lei; interpre- deputado sabe da tentativa de duplicata de Muritiba.
tou contra a doutrina geral de todo o império, contra as »a Ccnua : — liei de mostrar t&
O S*. Fernandes qu»
decisões do governo imperial....
não houve eleição.
Uai Sr. Deputado : — Deixemo3 o presidente da provin-
O Sr. Fiusa: —Quero fazer a minha vontade, e não a
ia, e vamo-nos occupar com a questão principal. do nobre deputado. Não quero tratar de pessoas» e o nobre
O Sr. Fiusa : — Tenho de me oceupar em todas essas deputado quer trazer a eleição do 3° districto para o terre-

questões ; não é o nobre deputado que ha de descrever-me a no das personalidades.


ordem das minhas idéas. (J Sr. Fernandes da Cunha : — O nobre deputado ó que
O mesmo Sr. Deputado : — A ordem da lógica. está empregando palavras cuja significação não conhece.

O Sr. Fiusa : — A rainha logioa pôde não ser a sua. O Sr. Fiusa: — Logo hei de tomar lições de grammatica
do nobro deputado.
O mesmo Sr. Deputado : — A este respeito não me guio
Sr. deputado. O Sr. Fernandes da Cunha: — Póde-ecdiscutir a eleição
pela lógica do
sem entrar em personalidades.
O Sr. Fiusa : —Não duvido, porque os olhos vendados
não vem a claridade. E que a decisão do nobre presidente O Sr. Fiusa: — Diz a commissüo. (Li.)
da província da Bahia não foi uma decisão por força da auto- Sr. presidente, o direito de alguém se lembrar de ser o
alyuem é
ridade moBtra-so, porque o mesmo nobre presidente , quan- presidente de uma mesa parochial, quando esse
do se tratou da eleição de Pirajuliia, respondeu ao reipecti- aquelle a quem a lei de3ignou, não deve ser menoscabado
vo juiz de paz que , se apozar dessa sua opinião, elle juiz do como foi pela commissão ; poraue se qualquer Indivíduo se
direito de presidir a eleição, fosse pre- apresentar no tribunal da relação para presidir as deci-
paz se entendia com
sões dos desembargadores, e depois disser : « estou aqui
sidi-la, ficando r«salvado para a camaru dos Sr*, deputados
conhecer da legitimidade da mesma eleição. E' esta pois a sentado > ; o facto do presidente da lei não assistir á dis-
decisão do presidente da provincia a este respeito.... cussão o não assignar as sentenças não è facto de nulli-
^ade.
Um Sr. Deputado : —No que se mostra a sua imparciali- esta jurispruden-
Quem legalisaria isto ? Quem diria que
dade.
cia so basêa na razão? que deva ser a jurisprudência dos
O Sr. Fiusa:—Nem eu estou accusando aqui o nobre è a jurisprudência que o poder
paizes constitucionnes ? Que
presidente da proviuoia da
Bahia, não precisa pois mostrar- legislHtivo do Brazil quer t Este nodor tanto reconheceu a
&e seu defensor. necessidade de ser a mesa parocnial presidida pela pessoa

O Sr. Siuyeira Lono : — Tudo isto deve estar subordina- competente, que designou essa, pessoa, e determinou que
suspensa. Portanto, a não^ pre-
do a regras determinadas. por nenhum motivo i' sse
sideucia da pessoa oompetonte irroga uma nullidade ínsa-
O Sr. Fusa:—A regra determinada d que o 1* juiz de
paz é o competente.... Demais, Sr. presidente, a expulsão do juiz de paz foi um
O Sr. Fernandes Cunba:—Tal voz daqui a pouco cs-
da luxo de abuso; porque a mesa estava j A formada em sentido
tes prineipios não lhe agradem ; tome bem sentido ; quando favoravel a uma parcialidade; o juiz de paz, que era de
tratar da eleição da Cruz das Almas.... outra parcialidade, ficava só na presidencia da mesa; o quo
fazer contra todos os mesarios e contra a população
O Sr. Fiusa : — Quando quizer irei a essa eleição ; não poderia
de S. Felippe, que sodiz|tcr comparecido em numero maior
aça o nobre deputado tão pouco caso da intelligeucia dos
de 1,060 votantes na acta daquella eleição? Yè-so poi» um
outros; ha de ser acompanhado em toda a discussão ; nem
luxo de abuso!
mesmo é decoroso estar apontando o que se devo discutir,
estar como que ameaçando; para que essas ameaças? 0 Sr. Fernandes da Cunha : — So houve luxo de abuso,
foi do Sr. Canaansão, que approvou isso.
O Sr. Fernandes da Cumka : —Não ameacei; apenas
â
dou apartes que Bupponho muito permittidos. 0 Sr. Fiusa : — O luxo de abuso foi de quem expellio
au per-
força o 1° juiz de paz. Não respondo a argumentos
O Sr. Presidente: — Attenção ! mais eati-
tonam. O Sr. Can&ansão pôde ser um dos nossos
o entre-
O Sr. Fiusa:—Temos pois que o Sr. presidente da pro- ma veie caracteres politicos, e eu assim o considero,
vincia não era autoridade competente, sobretudo porque tanto commetter erros, porque é homem, não esta acima
havia decisões do governo geral a que devia estar adstricto. das leis da humanidade.
isto
Demais, a lei da guarda nacional de 1850 no seu art. 1G Nao quero entrar em argumentos de nomes; deixo
só prohibe o
exercicio cumulativo do
ambos os cargos.
para o nobre deputado. Analyso os actOB, o anaiyso-os
Assim, a razão apresentada pela nobre commissüo, de quo o não olha para
perante a camara dos Srs. deputados, que
da tinha determinado, tinha decidido olha para a justiça e para
presidente provincia presidentes nem para ninguém, é
quem devC-ra ser o presidente da mesa eleitoral, não é
uma a equidade universal. A justiça e equidade universal
razão que possa proceder, sobretudo para a camara dos sómente me dirigem nesta questão, e i^que sómente de-
que
Srs. deputados, que já na eleição do ti° districto de S. Paulo vem dirigir a camara dos Srs. deputados, por isso mesmo
c soberana nas suas deci-
reconheceu que o juiz de paz mais votado era o competente, que a camara dos Srs. deputados
SESSÃO EM 11 DE MAIO DE 1857. 227

dividir-se o collcgio, a parto


soes a respeito da verificação dos poderes de seus membros; gio se dividisse ; e depois de
é por isso mesmo que ella não deve enganar o paiz, isto é, que ficou na matriz tomou conjunctamento os votos dos
não deve dizer ao paiz : « quero eleições com estas formu- eleitoros incontcstado», o os do» eleitores nullo» da matriz
Ias; > e depois que essa determinação ó approvada pelo do S. Felippe. Assim, pois, esses escrutadores tomArão uma
senado e sanccionada pelo poder moderador, approvar elei- base, mas a commissão não seguio essa base. E demais, a
com violações de taes formulas. commissão não estava adstrietsv a cortas exigencias a que so
ções que se effectuârão
a moralidade do» achavão ligados os mesarios do collegio eleitoral; alem de
O exemplo deve partir daqui [apoiados);
desta casa. (Apoiadot.) Se a que, tinhão olles o recurso da veriEcaçOo na camara do»
partidos depende das decisões
a respeito de todas as Srs. deputados.
câmara dos SrB. deputados fôr j usta
menos em tuo gran- A commissão devia examinar todos os actos da eleição ;
duplicatas, ella» não se farão mais, pelo
de numero; mas se olhar para umas
com um prisma e para principalmente porque a camara dos Srs. deputados esta
duplicatas hao de conti- acima desses recursos deixados íis parte» interessadas, &
outras com um prisma diverso, as
nuar, a immoralidade dos partidos ha
de continuar. tem de avaliar, na verificação dos diplomas do seus mem-
bros, não só o procedimento do collegio eleitoral, como tam-
(Apoiados.) bem o das mesas parocliiaes, e a qualificação,
Portanto, Sr. presidente, entendo que
a eleição da S. Fe- que <5 a baso
da eleição; porque a camara dos Srs. deputados deve (isca-
lippe não pôde ser valida; e não quero concluir (nem seria
lisar que venhào aqui os verdadeiros representantes fios
a conseqüência que se contém nos meuB principio»), não
seja valida a outra da capella. Sou co- districtos que forão creados por loi.
quero concluir que Passarei agora A eleição de Maragogipo. (U o parecer
herente; quero mostrar que tenho um pouco de lógica. Im-
eleição do S. Felippe, não só porque foi presidida quanto a Maragogipe.)
pugno a Ora, Sr. presidente, de todo o deduzido da exposição da
de paz que não era o competente, como porque
por um juiz commissão, o que se dá é que a commissão julgou a mesa
a qualificação estava falseada, não era aquella que a loi
não podia comprehender ; coacta voluntariamente? Coutrosenso da razão humanai
queria, comprehendia nomss que Foi uma coacção voluntaria, porque o parecer diz que liou-
apresentava um numero de votantes maior que o da cidade
ve aquella desordem, e que depois do restabeleeida a ordem
da Cachoeira.
os mesarioâ se retirário . mas por que motivo se retirárüo í
Impugno também a eleição da outra capella, porque se A commissão não quiz attribuir isto a umorro dos mesarios,
falta
foi presidida pelo juiz de paz competente-, se não houve
o juiz de que desconhecerão a sua posição vantajosa o piaticArão essa
de convocação, visto ser contimmção do acto, o erro em política, que devo pesar sobre quem o commetto.
ter declarado que ia fazer a eleição
paz expulso da matriz A commissão argumentou por outro lado, e disso : « os
500 e tantos
em outro lugar, para o que o acompanharão mesarios não se podiâo retirar senão estando concto», visto
liase que
cidadãos; comtudo essa eleição teve a mesma
Para que a esta retirada so oppunlia o teu interesse. >
a outra, que foi a qualificação que considero illegal. Mas elles estavão em maioria, o delegado achava-se pre-
moralidade dos partidos, a oamara dos SrB. deputados deva
sente para manter a ordem, entretanto a commissão decla-
annullar ambas as eleições de S. Felippe. (Apoiadot.')
ra que depois da ordem restabelecida elles se retirArão inli-
Sr. presidenta, tanto se reconheceu o erro que se tinha
miüudos, isto é, coactos voluntariamente 1 Sr. presidente, <5
commettido em expellir A força o juiz de paz que devia pre-
este um contrasenso de tal ordem que a camara dos Srs. de-
sidir i eleição de S. Felippe, que Be quiz mostrar que elle
putados dispensará de fazer qualquer commentario.
estava legalmente impossibilitado de presidir a eleição, equiz
mostrar com uma certidão que elle estava pronunciado. Um toz: — Ilouvo desordem, houve ferimento, e atí
Mas no Jornal do Commercio sahio uma outra certidão, da cstA ahi o corpo do delicto.
que tal pronuncia havia sido julgada improcedente anto-
O Sr. Fiusa : — O corpo de delicto pôde ser lido, i do
riormente A eleição.
uma o (Tensa tão duvidosa até o proprio juiz de direito
Quiz-se lançar sobreC3se cidadão a nodoa de haver com- que
diz que tendo ido ver o paciento, esto lhe declarAra que ti-
mettido um crime horrível. O crime horrivel & uma inculpa-
homem tinha sido nlia deitado uma saugnesuga sobro o lugar que se dizia
ção cm um processo findo de que esse ferido, o não podia ser bem examinado, porquo a cicatria
pronunciado por furto de escravos. Mas a camara deve
da mesma sanguesuga occupava o lugar da ferida. O vi-
saber que esse homem não foi accusado, segundo a própria
gario da freguezia, da parcialidade da matriz, sendo con-
certidão, do ter furtado escravos; o facto se passou do
sultado pelo Sr. arcebispo para saber »o a igreja tinha fi-
seguinte modo.
daquella freguezia, cado poluta por algum derramameuto de sangue, informa
Esse homem, quando snbdelogado
acompanhou um collector que foi fazer um seqüestro, por que não ; diz quo examinando as vestes do paciente, via
em um devedor da fazenda; e recahinao o apenas um pequeno furo no colléte, e na camisa umas pc-
dividas fiscaes,
seqüestro sobro um escravo, elle não quiz que esse escravo quenas nodoas de sangue, quo devião sor occasionadas pc-
Ias mordoduras das sunguesugas, segundo lhe disso o
ficasse cm poder de um depositário, levou-o comsigo, com o pro-
fundamento de que como subdelegado devia proceder assim prio paciento.

em divida» da fazenda. Poitanto esse crime horrittl foi um (0a alguns apartes.)
erro, erro de que obteve absolviçao em recurso, porque a
o crime de cjue se fez tanto aqui na capital do imperio têm apparecido
Senhores,
própria certidão declara que
maiores desordens por occasião do eleições, tCm havido of-
alarde era uma inculpação em um processo lindo.
Mas com aquella outra certidão se queria illaquear a boa fensas muito mais graves, o a autoridade intervém sómento
fé da camara dos Srs. deputados, como se nesta casa não se para acalmar as paixõe» o restabelecer a ordem, feito o
sentassem jurisconsultos hábeis que sabem que a pronun- que os membros da mesa não »o retirão, o procesBo elei-
cia produz effeito do sujeitar A accusação, o que sem con- toral continüa; e so se retirão não se dão por coactos volun-
demnaçío final não ha criminoso. tariamente.
Senhores, o que é evidente é que só se querião mesas
Sr. presidente, não posso deixar de fazer mais algumas
reflexões, não li ainda o final da exposição do pa- unanimes, o lo juiz do paz do S. Felippe foi lançado
porque quo
recer. (Li.) fóra da presidencia da mesa porquo, havendo quatro mesa-
As considerações que tenho de fazer sobre este ponto são rios do uma parcialidade, julgou-so ainda quo ora nece»-
essenciaes; portanto a camara ha de perdoar que me domore sario que houvesse um 5°, afim de que a cutra parcialidade
ainda um pouco. não conhecesse do processo da eleição, e não pugnasse pela
Sr. presidonte, 6 verdade que os dous dignos escrutadores execução da lei, nem conUece»3e os vicios da eleição.
do colfegio reunido na matriz da Cachoeira fizerão essa
iià dA um aparto.
0 S». Fkhkahdes Ci.mu
declaração no seu parecer; mas foi esses dou»
porque
honrados cidadãos tomárão por principio reconhecerem O Sr. Fiusa :—Sou tilho da Bahia o sou filho do Brazil,
validas todas as eleições de matrizes; entretanto a commis- o a lei do Brazil quer que as minorias fiBcalisem os actos
são não seguio esse principio. Elles, para ser«m cohcrente» da maioria ; assim não se queiia quo um membro da par-
comsigo, julgárão assim a respeito da eleição de S. Felippe; oialldaÃe oontraria fiscalisasse o procedimento dos 4 mesa-
e roquererão que as votações de ambas as parcialidades rios. porém esses 4 mesarios reoonhecêrão que a
Como
fossem tomadas em separado, para que a camara dos SrB. ora contra si, retirirão-se paia_ nullificarem a
população
deputados decidisse ser adoptada. este precodente passar, quem tiver maioria na
eleição ; so
qmal devia
Ora, o não terem sido tomadas em separado as votações mesa terá ganho as eleições, ainda apezar de vencida em
das duas parcialidades foi que deu motivo a que o colle- numero de votantes. Sr, presidente, V. Ex. e a camara
228 SESSÃO EM M DE MAIO DE 1857.

dos Srs. deputados devem reflectir na razão superior quo competia ao membro que tinha ficado, comtanto
que elle
dominou a decisão das duas freguezias. observasse a disposição da lei,
que era chamar para substi-
Em S. Felippe dá-se a expulsão violenta do juiz de paz tuir aquelles que se retiravão pessoas que estivessem nas
a eleição, não se reconhece coac- circumstancias de ser eleitor. Conseguintemente esta se-
que pela lei devia presidir
cão nessa expulsão, atirando a» mesas e cadeiras para fóra gunda razão da commissão não pôde proceder ; ella desço-
da igreja; entretanto que em Mwragogipe os mesarios se nheceu disposições vigentes e únicas adequadas ao caso
retirão voluntariamente, e entende-Be que houve coacçíto! occurrente.
mnus senhores; pois o emprego da força,
Que contradicção, O Sr. Luiz Caíi.os : — Logo mostrarei o jogo que se fez
o emprego da policia, não faz coacção, e a retirada volunta- com a disposição desse artigo.
ria ae 4 mesarios depois de restabelecida a oídem ó que
faz coacçâo ? O Sa. Fusa:—Depois os dous pretendentes do lugar
Isto não é querer abusar do bom senso da camara dos defendêrão-8« no terreno das disposições regulamentar
es
Srs deputados? Ali a eleição correu com toda a regulari- anteriores,
porque tão bem a noDre commissão se guiou.
dade, o juiz de paz lançado & força para fóra da
sendo Entretanto é fóra de
questão que a fôrma de substituir os
igreja; e aqui corre a eleição irregular por se terem reti- membros da mesa
que se retirárão é como determina a le-
rado voluntariamente 4 mesarios 1 Ora, não foi porque es gislação <jue vigora ; era chamar outros cidadãos em cir-
8es mesarios mesmos, vendo a grande população que com- cumstancias de
poderem ser eleitores, e não esperar por
isso julgárão-se aquelles
parecia de Capanema para votar, e que por que se tinhão retirado para fazerem outra eleição,
se de proposito para e nem por votados
perdidos na eleição, e então retirArão para juizes de paz; not.ando-se porém
se inutilisarem os votos da urna ? que o juiz de paz deu provas evidentes de imparcialidade,
E não é isto o que se acha justificado pela nova qualifi- quando chamou aquelles que tinlião obtido votos dos elei-
cação, quando se eliminão, no districto de Capanema, cen- tores e supplentes na formação da mesa,
e não obrou de
to e tantos votantes, o em S Felippe, continuando a qua- mero arbitno e alvedrio.
lificação dos S»nt'Annas, dos Santos e dos Souzas? Mas quando mesmo regulassem as disposições
anteriores,
Sr presidente, eu vou ler mais outra razão que apresen- se esses indivíduos se tinhão retirado
para formar outra
ta a commissão a este respeito. eleição, e os outros dispensa, o
presentes pedião juiz de paz
não devia esperar
O Sn. Fernandes
da Cunha.—Noto que onobredepu- por elles, mas organisar logo a mesa!
tanto mais
tado não quer descer As provas. quanto os votantes que tinhão comparecido não
erão culpados daquella occorrencia, e moranao em outro
O Sr. Filsa : —Os factos estão explicados pela commis" districto distante terião de ficur
privados do direito de vo-
são, eu por elles me guio ; mas eu trouxe aqui os decu- tar, se se tivesse de esperar
pela nova convocação de eleito-
mentos de ambos os contendores. res e supplentes
para reorganisação de nova mesa. E' evi-
O Sr. Fernandes da Cunha:—Vá a elles. dente qne sendo estas as razões
pelas quaes a illustre com-
missão concluio
O Sr. Filsa : — Para íspo seria preciso gastar todo o dia pela nullidade da eleição de Maragogipe,
e destruídas essas^ razões, não
de hoje, e não acabaria; refuto a commissão no proprio ter- pôde subsistir essa parte do
reno que ella preparou. parecer da commissão, tanto mais quanto a commissão
confessa que em seu espirito fez bastante impressão o
— Pois que
O Sn. Fewsaxdes ha Ctinu: ahi é esti o foi ponderado nos
que papeis que se lhe apresentArão a respeito
nervo da questão. desta freguezia.
O Sr. Fiusa : — Eu não tenho a presumpção de que aquils Além disto, a eleição de Maragogipe tera a seu favor a
infuimação do
lo que eu diga seja o que deva regular os votos dos nobre- juiz de direito da comarca, o Sr. Manoel
Joaquim Bahia, hoie desembargador,
deputados Os nobres deputados têm obrigação, e conhecem que foi membro desta
obrigação, de examinarem os docu- casu e quo muitos dos nobre» deputados conhecem como um
a importância dessa
as minhas fiacas palavras com esses caracter honrado O Sr. desembargador Manoel Joaquim
mentos, e cotejarem
Bahia declara, expondo ao
documentos. presidente d» provincia os factos,
que não suppõe como fseto de perturbação dos trabalhos
O Sr. Fernandes da Cunha*.—Núo o poderáõ fazer.
eleitoraes ei-se acontecimento
que teve lugar; declara que
O Sr. Pois só eu e o nobre deputado é que pu-
Fiusa : o delegado cumprio o seu dever, e i esse mesmo delegado
demos compulsar estes documentos ? Não faça esta injus- a quem a commissão irroga uma injustiça,
porque elle
tiça aos seus collegas. restabeleceu a ordem sem empregara menor violência, tem

O Sr. Ffrnasdf.s ba CiJPtiiA: — A camara sabe bem dar prender pessoa alguma! Se o tivesse fito, não faltaria
o verdadeiro valor As minhas palavras; r#firo-me á impôs- quem dissesse que aquelle funccionario abusára da força,
e por isso a eleição
sibilidadc moral. produziria o resultado que teve Tanto
o delegado cumprio o seu dever
que íoi louvado pela presi-
O Sr. Fiusa : —Primeira, concçuo voluntaria ; segunda, deucia da provincia. A
a mesa não foi organisada conforme as formulas da Iti. Eu
digo qu<* é um engano completo da commifsão ; a legislação (/? ! um aparte.)
do paiz a outra Primeiramente não é pela lei de 1846, e Os nobres deputados querem argumentar servindo-se da
(íansansío como de um escudo,
sim pelas instrucções de 1856, que contém novas dit*posi- pessoa do Sr. parecendo
ções, meus senhores, que se deve examinar a questão. que aqui se estA discutindo o Sr. Cansanção Não posso dizer
<
O Sr, Luiz Carlos : —Logo analysaremos essa nova dis~ qual A a pinião desse presidente a respeito da eleição de
Maragogipe, porque não pude ver o seu relatorio a tal
posição. respeito.
O Sr. Fiusa : — As instrucções de 23 de Agosto de 18.56,
nos seus artigos, desde o 13 até o 16, trata aa organização O Sr. Fernandes da Cunha : Está ahi; quer ler?
da mesa. N<> art. 16 diz : t O presidente da junta ou da O Sa FirsA : — Eu procurei ler esse documento, e
mesa parochial mand'iià lavrar pelo seu escrivão uma acta pedi
ao nobre deputado
circunstanciada da formação delia, fazendo-se menção dos por Mina» o Sr. Cruz Machado (permitt*
V. Ex eu repito o seu nome, não obstante a
que prohibição
nome» dos eleitores, supplentes e mais cidadãos convocados do regimento),
que é membro da commissão de poderes
que d«'ixart-m de comparecer, e das multas que lhe forem actual, * elle me
que me deixasse consultar esse relatorio,
importas, etc , etc., e assignada pelo presidente e membros
tornou que não se achava entre os papeis remettidos á eom-
da eleitores, supplentes, etc. >
junta, missão. O mesmo pedi ao Sr. official-maior da secretaria
t no art. 17 diz: « No impedimento ou falta de
qual desta camara, que me respondeu do mesmo modo.
quer dos membros da junta, aepois de assignada a acta de
«iue trata o artigo pre^ed-nte, a mesma junta, durante seus (Ho um aparte.)
trabalhos, nomeará quem o substitua, comtanto que tenha Quando se apresentar esse documento, eu me convencerei,
as qualidades de eleitor. Se porém o mesmo impedimento
porque não quero impor opiniões, desejo até que me con-
se der antes ae assignada a acta, proceder-se-ha k eleição venção do contrario que sustento; e tanto, que pretendo
do substituto mesma maneira estabelecida apresentar uma emenda, que talvez desagrado a ambo»,
pela para a
primeira eleição. » mas qut é a conseqnencia de minhas idéas.
Portanto, Sr. presidente, desde que a mesa estava cons- Depois de ter mostrado que é legitima a eleição de Maia-
tituida, e eu tenho a^ui certidão desBa acta assignada por da freguezia da Tapera.
goeipe, vou tratar da eleição
«quelle» quatro mesarios que te reti rirão, a substituição Sr. presidente, na freguezia da Tapera se deu um faeto
SESSÃO EM dl DE M1IO DE ]S57. 529

ora de tão boa que deixou o


que torna a sua eleição, senão nulla, ao menos merecei parecho a populosa Tapera para ficar
um córte no numero de eleitores que deu. Desaa freguezia na constrangida Amargosa.
tirou-se territorio outra. Como, pois, querem os nobres deputados confundir este
para formar-se
negocio? Como querem fazer comprelieoder
O Sr. Madlreira : — Não apoiado. A freguezia (le Amar- que só o adro
da nova freguezia é
As fregue- que pertencia á Tapera? Diminuio-se á
gosa se compõe de terreno que pertencia também Tapera 600 votantes, e a junta
zias de S. Miguel, Áreas, e Maracás. qaalilicadora desta fregue/.ia
foi que fez a qualificação da nova freguezia, foi
que foz a
O Sr. Landulpho : — De Maracàf, não. qualificação toda, declarando « aqui acaba a freguezia da
Tapera, e por não haver juiz de
O Sr. Fiesa: Na lei provincial os nobres deputados paz na de Amargosa, des-
membrada delia, continüa na
não vim cousa alguma de onde infir&o que da freguesia qualiücação esta me*a.»» Ora,
de Maracás ou de outra se tirasse alguma parte para a da pergunto eu : a junta qualificadora unicamente da Tapera
t-ra competente paia fazer a qualificação se acaso entrasse
Amargosa.
uesta freguezia o território de outras? Não.
porque está de-
O Se. Madureira: —Até fui eu quem mandou a emenda. cidido por avisos cleitoraes que sejão a» mesas
parochiaea
O Sr. Laniu-lpiio :—Eu sei bem disto, porque também de cada uma das freguezias donde se tirou territorio
pura
formar a nova que devem qu»liticar os votantes
pertenci á assembléa provincial nessa occasião. que per-
tencião antigamente ás freguezias respeotivas; não i si a
O Sr. Filsa : — Não foi só o nobre deputado quem man-
mesa de uma freguezia que tinha direito do qualificar,
dou n emenda; assignárão a mais dous senhores por-
que os juizes de paz tinhão a sua jurisdicçáo só mente at<$
O Sr. Madirfira ; — Leia a lei, e veja se digo ou não n rs limites da antiga freguezia. e os eleitores da Tapera e
verdade. supplentes que formavão a mesa qualilicadora de sa fre-
O Sa. Feunaires da Cenha : — Não conhecem os lugares guezia não havião obtido votos senão nesta freguezia, e não
e querem decidir. podião qualificar em territorio de outra em que nada erãp.
Ora, a qualificação de Amargosa fui feita unicamente
O Sr Fu sa : — Aqui está a lei, e vou lê la:
pela mesa qualificadora da Tapera, não foi feita pela de
« Até encontrar os limites de Maracás; > i»to quer dizer
nenhuma das outra» freguezias; lf-go, a conclusão ó
que dt
que, chegando a esses limitei, toma outra direcção, e não nenhuma outra se tirou territorio e Todos aa-
populnção,
que 6e tira terreno de Maracás, nem de outra freguezia. bem que qnerendo-s ¦ manter a Tapera na posso de sem 55
O Sr. Madi.iifiha : — Tirou-se porte do terreno das fre- eleitores, tes influencias derão inexaotas informações, e fize-
rão crer ao presidente da provincia que se tinha tiiado
guezias de S. Miguel e Arcas.
tenitorio de outras freguezias. o
O Sr. Fu sa : — Pois, senhores, pelo facto de se maneio- que não é exacto; a fro-
nar o nome desses lugares, segue se que estão comprehen- guezia de Maracás rechimou, o juiz de paz reclamou, assim
como o vigário, nenhum territorio nem pessoa alguma
didos na nova freguezia? A verdade é que a freguezia de que
sahio para a nova freguezia Nem o presidente da província
Amargosa era a capella do Bom Conselho, pertencente A villa
marcou definitivamente o numero de eleitores;
da Tapera. pcilio infor-
msçfies, essas informaçSes não se rcmettiVSo, sufFocnn-se o
0 Sr. Madcreira : — O que pertencia era a capella. negocio, e o
presidente, marcou provisoriamente es«e nuraer
O Sr. Fusa : — O nobre deputado não julgue que abusa ro. desde que se mostrou
^las, que a freguezia da Tapera
da minha intelligencia. Pois sendo a capella erecta em fre- d^via perder 15 eleitores,
que a tanto co» respondem óOO v<>
tentes, desde que se conhece
guezia não licava pertencendo a e?sa freguezia todo o seu que 12 homens indevidamente
territorio? O que pertencia A villa da Tapera: a capella só, forão considerados eleitores no circulo da Cachoeira,
quo
ou a capella e o seu territorio? aquella freguezia não tinha repntaçuo eleitor «1
que corres-
Portanto, em \ez de se recorrer a semelhantes sophismas, pondesse A parte do territorio que ficou teudo de menos,
melhor é confessar a derrota e retirar-se da discussão. como Fe hão do admittir t2 eleitores de mais no coll nio da
matriz? P.ir essas exageraçòes o circulo da Cachoeira fui
O Sr. Fernandes ih Ci'nnA : — Na argumentação não h i"
formado de
vemos de soffrer derrota. quatrocentos e tautos eleitores.
K* necessário*que a camara dos Srs. deputados dí1 nm
O Sr Fitjsa : Respeito a sua intelligencia, mas hei u córte geral a todas essas exageraçòes
(apoindnt), porque v
acompanha-lo, ainda que fracnmente, e tenho a firmo opi- de outra aorte o direito de ser representante tio paiz
niSo que em mátorias de*ta ordem, quando se soffre uma nesta casa ha de ser bempre dado. e nunca obtido
pelos
derrota, o melhor é confessa-la e retirar-se... votos livre» dos cidadãos, na de ser sempre dado
por essas
influencias locaes. Admira
O Sr Fernandes da Cunha : —Não havemos de'sofTrO-la . que o nobre deputado, quo pre-
metteu aqui debellar todo» es^es barões feudaes
— Pôde que por ahi
O Sr. Fusa: o nobre deputado estar com esta existem queira conservar essa baronia feudal da Tapera....
certeza...
O Sr Fcrnande* da Cos»: —Quem quer conservar ba-
O Sr. Fernandes da Cesua: — Na argumentação não ha- ronia fendil. Sr. Fiusa? Não me conhece? Não me diga
vemos de s.iffrê-la. isto, porque tenho do repellir com toii a energia.
O S«. Fusa: — Pôde o nobre deputado estar com esta O Sa. Fasa : — Canlieço o muito, e muito o respoito,
certeza, mas eu hei da dar expnnsão & minha razão; não mas desde que o nobre deputado nesta casa....
serei Catão, mas direi como file: Victricc causa Dits
pia- 0 Sa. Fernandis bA Gunbi dá um aparte.
cent, sed^victa Catoni; não sou levado
por nenhum impulso
de paixão a pronunciar me da maneira O Sr. Fiisv : —.... pôde discutir a minha eleição,
por que o tenho pôde
feito ; já declarei que era amigo de ambos os nobres con- dizer o que quizer, que lhe responderei convenientemente.
tendores; sinto a minha posição, que me obriga a apresen-
0 Sr. PaBRiDErm: — Peço ao nobre deputado
que não
tar as razões pelas qnaes diviijo de um e de outro, apresen
responda a apartes, ttate da matéria.
tanlo uma emenda substitutiva Porque abu^o da razão?
E' crivei que a assembléa provincial erigisse cm freguezia O Sr. Fiusa : — Desde que o nobre deputado parece u^ar
Tapera sem mais de certas expressões, julgo dever resnonder-lho confirme a
a capella da territorio nenhum? Entre-
sua linguagem. Faço justiça aos talentos do nobre depu-
tanto, a assembléa erigio essa fregue/.ia de modo
que dan- tado, sou-lhe obrigado porque *<>u muito obrigado a uma
do-se a escolha ao parodio pura que dissesse em qual
queria exercer acura d'alma, elle escolheu a novamente pessoa de sua familia i tenho obrigação de re-peita lo, vo-
creada. Se acaso a nova freguezia comprehendesse terrenos to lhe muita consideração, mas hei do pautar a mioha con-
do outras freguezias, não era só o parocho da Tapera dueta aqui pela do nobre dopntado ; quand> o nobre depu-
quo tado eBtá usando de palavras aggressivas, com as quaes ex-
tinha direito da escolha, devião ser todos os outros ; então
a freguezia concurso, o cita-me a entrar n'um Ci.mpo de que desejo fugir, quando
devia ser a que não acon-
posta o nobre deputad > disse que k ivia de debellar to los os oarOes
teceu.
O facto de »ó ter a opção o vigário da Tapera mostra feudaes, porque não lhe noderia pedir quo dobellasse tam-
que bem esse outro barão feudal?...
«6 da Tapera saliic territorio
para a nova fp-eguezia; que
não era só oadro da capella
que pertencia A Tapera, como O Sr. Fernande» da Cena*: — Primeiramente, não fei
quiz inculcaj* o nobre deputado. Rogo ao me«mo senhor jsto o que eu disse.
que me diga a qual outro *e deu a opção? Potque? Qual foi O S«. Fies a :—Appello para o nobre deputado, para*
* razão? Nenhum outro reclamou, sendo a freguezia no\a
seu discurso quando sahir impresso....
230 SESSÃO Eli li DE MAIO DE 1S57.

O Sb. Fernajioe da Cuhha dá um aparto. rantia essencial da liberdade, admira como


taes pessoas sus-
O Sr. Fiesa :— Neste caso era escusado usar deita lin~ tentem semelhante principio.
Senhores, a nobre commissão foi ao
guagem, porque todos nós queremos Í6to. Mas dizia eu que ponto do não respei-
não se pôde respeitar essa eleição da Tapera, cujas iuflueL- tar a constituição do império. A constituição exclue
de vo-
cias derío informações inexactas ao presidente, e este tar oí menores de 25 annos, não sendo clérigos, bacharéis
pro-
visorinmonte estabeleceu este numero de eleitores; mas, formados, ou oíficiaes militares; exclue os filhos farailias
de Maricás e outras reclamão, lia de se e a nobre commissão não
quando a freguezia quiz estar pot isso. A lei das elei-
reconhecer que houve exage ração, ficando a freguezia da ções determina que não recaião votos em pessoas incapazes
Tapera com 52 eleitores, perdendo BOQ votantes de exercer os direitos
que cor- politicos; e a commissão também não
respondem a 15 eleitores ; como pois esseB 12 eleitores hão se importou^ com isso ; diz: « a
qualificação é o pharol da
de vir para o collegio e votar, inoculando a nuliidade na camara dos Srs. deputados; » mae
que qualificação? Qualifi-
votação do collegio, porque são 12 homens cação de Santa Anna, de Santos e de Souzas, etc. ?
que não são elei- Pois
este i
tores ? Devem ser eliminados. De outra sorte a camara dos que ha de ser o pharol da camara dos Srs. deputa-
Srs. deputados nunca moralisará a eleição, nem os dos ? Entendo
parti- que não ó possível.
dos; de outra sorte nós iremos de mal a Sr. presidente, creio
peior. que me tenho dilatado de mais.
Sr. presidente, eu já respondi ás duas razões pelas quaes O Sr.Fernandes da Cuniia : — Não
a commiseão queria que se validasse a eleição de toda a prova nada.
O Fiusa : — Não
Sr.
freguezia como foi feita ; mostrei que não liavia terreno de gosto de cansar a camara. Aqui está
o parecer.
outras freguezias annexado a essa ; que ella devia «offrer
um córte maior ; que a commissão não tinha razão quando O Sr. Fernandes da Cuniia: — Provo
nores, e que a oommissãojnão attendeu que votárão me-
queria que a junta qualiíicadora da Tapera qualificasse no a documentos nes»
território da outra freguezia ; por consequencia <5 necessa- se sentido.
rio que se annulle a eleição da freguezia da Tapera exce- 0 Flts* : - Essa minoridade foi
. ?Rj provada. Senhores,
dente a 40 eleitores que sómcnte devia dar. isso é desconhecer todos os
Agora pab-sarei a outro ponto do parecer da commissão. princípios; o nobre deputado
esta sceptico. Pois uma declaraçã» feita no
rosto de um in-
{U.) ventario não é
Eu vou fazer uma reflexão sobre estas certidões de prova? O nobre deputado falia com nm ho-
que mera que; comquanto se aclie retirado da
aqui se falia. Um dos candidatos jurisprudência
(prescindirei deexpôr seus estudou direito. Quando se faz um inventario, o inventarian-
nomes) apresenta uma certidão em se declara o elei-
que que ts declara debaixo de
tor Pedro não está qualificado; outro candidato apresenta juramento e com penas graves as pes.
soas que são herdeiras, Buas idades o condição, etc.,
i uma
outra certidão na qual se diz que todo» os eleitores estão affirmação com
juramento, e juramento para exercer um
qualificados. Ora, pergunto eu á camara: qual destas cer- ônus legal. Ora, essa declaração não valerá ?
tidões deve ser crida? Aquella que é positiva, em que se de-
O tutellado, diz a commissão, era maior de
clarão nomes , ou a outra generica , em que se diz todos 25 annos.
Mas nem todos os maiores de 25 annos
estão qualificados ? Todos quaes ? Porque não se declarão podem votar. Era-
bora esse indivíduo tivesse mais de 25 annos, era
os nomes?... íilho fa-
milia; a constituição não
quer que votem senão aquelles
Um Sr. Depetako : — Pnr quem forüo dados? que são tui júris; e esta 6 a razão por que ella exclue da
votar os religiosos
O Sr. Fiusa : — Eu não quero offender a ninguém ; ma que estão debaixo da regra claustral,
porque preatão veto de obediencia a seus superiores.
julgo qne a certidão passada na secretaria do governo, da Como se ha de admittir a votarem os eleitoreB
cópia que existe nella, deve ser sempre a que merece inteiro que não
estão qualificados ?^Como se ha de admittir
credito, porque ahi não se dá preáominio do interesse par- os menores,
quando a constituição declara que não podem votar,
ticular ; nem ninguém se atreve a pedir a um presidente de porque
entende que esses indivíduos não estão na
plenitude de sua
província para riscar ura nome e substituir outro. Note-se intelligencia, não
podem discriminar os interesses do paiz?
mais que nessa certidão da secretaria do se attes-
Como, pois, admittir tudo isso ?
governo
ta que estava a cópia authentica da qualificação com todas Por isso eu disse que havia de usar da
as formalidades, sem entrelinhas nem raspaduras ; o mes- própria palavra de
que a commissão usou; realmente a commissão foi arras-
mo não se diz dessa outra, o ainda mais apresenta-se nella
tada....
um nomo da letra A qualificado depois de outro da letra
V. Estou na opinião que na secretaria do governo não se O Sr. Cajrlos (c.om força): — Não apoiado!
Luiz
procc-
deu com
pôde fazer o que se pôde fazer lias camaras raunicipaes do profundo sentimento de justiça. Não consinto qua
centro ; por consequencia sempre me hei de regular se me faça uma injuria semelhante nem aos meus collegas.
pela
certidão da secretaria do governo. O Sr. Presidente diz ao Sr. Luiz Carlos algumas
Mas, como ia dizendo, apresenta-se uma certidão generi- pala-
vras que não podemos ouvir.
ca em quo se diz r(ue todos os eleitores estão qualilicados,
O Sr. Fiusa: —Se a pala\ra/era inconveniente,
3em dizer quaes são os qualificados nem o numero da porque a
qua- commissão a empregou? Não 6 a primeira vez que fallo nes-
lificação a que correspondem seus nomes. Ora, pergunto eu:
ta casa, e o nobre deputado ó testemunha de que eu nunca
esta certidão, a ser generica, pôde destruir uma outra em
•. « Pedro não está disse uma palavra quo pudesse offender a meus collegaB.
que se diz qualificado > ? Pôde destruir
Tenho a dignidade precisa para conhecer a
uma certidão positiva, tenninante, com nomes certos, sobre posição em quo
estou e a responsabilidade que ella deve dar. Se «expressão
os quaes não se pôde ter duvida alguma, dizendo : < Não es-
ó injuriosa, o* nobres deputados irrogárão a si mesmos
tão qualificados desde o numero tal até tal em que finda? > essa
Sr. presidente, a nobre commissão segue outro parecer; jnjuria.
diz que não se deve sacrificar p essencial ao accidental. Se- O Sr. Lur Carlos : — A commissão usou dessa
palavra
nhores, n'um paiz constitucional, em que as formulas são em sentido figurado, e eu entendi
que o nobre deputado
tudo, em se traduz por formulas, como não a empregava no mesmo sentido.
que o accidental
sacrificar as formulas ao espirito ?
O Sr. Fiusa: — Eu a emprego no mesmo sentido que a
O espirito (ica ao dominio de cada uma intelligencia, cada
nobre commissão.
uma intelligencia espirito da lei,
pôde dizer : « Estou oom o
desprezo as suas formulas. » Isto bô se O Sr. Lviz Carlos : — Aceito a explicação.
pôde dar nos gover-
nos extremos, nos despoticos ou nas democracias puras, O Sr. Fies* : —Sr.
presidente, resta-me tratar do colle-
em que se conhece o espirito nos gabinetes dos déspotas ou O
gio. parecer da commissão approva o collegio que sc
nas praças publicas ; mas n'um
governo constitucional, em formou na matriz e reprova o collegio que se formou na
que se devem observar todas as formulas, que são as ga- casa da camara. Sr.
presidente, a causa deste procedimento
rantias do direito, ha de se dizer que não se deve sacrificar da commissão foi porque a
parte do collegio que se retirou
o espirito da lei ás formulas? E não é contradictoria a cora- não esperou pela decisão do collegio a respeito da emenda
missão a este respeito? Não sacrifica ella o espirito da elei- do da mesa eleitoral. Vou historiar o
parecer que a com-
ção de Maragogipe ãs formulas da substituição dos mesa- missão não historiou.
rios que se retiràrão ? Admira
que pessoaade tão alta in- No collegio da Cachoeira uma
parcialidade venceu a
telligencia, e em um paiz como o nosso, em
que é necessa- mesa, porque esta parcialidade apresentou duas duplicatas,
rio que se observem as formulas, onde
por falta de formu- e a outra apresentou apenas uma duplicata. Como o
pre-
Ias se dá o grande remedio do habeas-iorpusy
que é uma ga- sidente da província tivesse mandado admittir todas as du-
SESSÃO EM 15 DF- MAIO DE JS57. 231

plicatas, c como duas duplicatas constuo de maior niimori Limito-me, Sr.


presidente, por ora, no que tenho exposto
de votos do que uma só, isto foz com quo uma das parciali- a rearxjito das eleições da Cachoeira, e em conduafio
voa
dados vencesse a mesa. mandar & mosa uma emenda substitutiva do
parecer da
commissão, sem fazer recapitulação, nem explicar
O Sr. Feinadves da Cuna»: — Eati enganado; é in- minha
cmendn, por estar a hora muito adiantada,cter ainda
exactissimo o que diz o nobre deputado ; não consta da acta. do vol-
tar A questão, agradecendo « camara sua beDigua
attenção.
O Sr. Fixjsa :—Houve tros duplicatas, isto í, três fro-
LS-sc, e sendo apoiada entra em
cuezias em que houve duplicatas, uma em S. Felippe pelo discussão, a seguinte
emenda substitutiva e
lado do candidato que foi derrotado na mesa do collegio,
e as de Cruz das Almas e de Maragogipe pelo outro lado: «1.0 Que sejão approvadas as eleições
primarias das fro-
portanto as duas duplicatas
foi quo derão maior numero de guezias de Cachoeira, Muritiba, Outeiro ííedoado, WpT
votos & parcialidade quo venceu na eleição da mesa do col- Pedra Branca, b. Estevão o Tapera, como
sao, sendo porém eliminados da freguezia de propõe a commV
legio. Tapera 12 ciei
Não chamo duplicata, como a commissão chamou, a uma tores que de mais deu, conform# a qualificação.
neta falsificada, qual a da Conceição da Feira, porque um « 2.» Que seja também consideradt valida a cloiçSo
da
documento falso não <5 duplicata, não podia #m caso algum freguezia de Maragogipe feita na matriz sob a
presidência
ser reconhecido pela camara dos Srs. deputados. Para di- do juiz de paz.
zer-se que havia numero igual do votos, tanto do um lado « 3.o Que seja annullada a eleição da ConceiçM
Nova da
Feira, como
como do outro, foi preciBO confundir-se isso. Essa acta em propôz a commissão, e ambas as eleições do S.
Felippe.
que so tirárão folhas e so introduzirão outras foi examinada
< 4.» Qhb sejão annullados todos os cleitoros não
perante o collegio e o juiz de direito, foi julgada falsa, a qnalifi-
mesma commissão a julgou falsa, e portanto não deve en- cados, constantes das certidões extrahidas da secretaria
trar em linha de conta. do governo, o os do» eleitores se
que provão estarem pro-
No folheto do candidato contra quem se pronuncia a no- nunciados. r
bre commissão se apresenta o projecto de outra duplicata.... « 5.o Que voltando o á commissão
parecer de constitui-
projecto pão, a realisação de outra duplicata em Muritiba. çSo e poderes e sommados os votos validus de um e outro
A realisação se depreliende da confissão do proprio juiz de collegio, sejão declarado» deputado e supplente
aquelles
cidaduos que tiverem obtido a maioriu absoluta. —
paz, o qual escreveu um officio ao presidente da camara í"mia. »
municipal dizendo-lhe que não recebesse essa duplicata ; A discussão fica adiada
pela hora.
havia obrado mal em prestar
que retirava seu nome, pois Dada a ordem do dia, levanta-so a sessão.
sua assiguatura a esse acto illegal.

O Sn. Feanandes da Ge.mia : — Isso é uma estrategia


eleitoral.
O Sr. Fiusa :—Estrategia ! os documentos t?m sido im-
Mess.io cm ia de Maio.
pressos.
O Sr. Fernandes da Ci.in»:—Hei de explicar.
PRESIDEKC1A DO S*. VISCOKDE DE BAKrEHDV.
O Sr. Fiusa:—O nobre deputado ji leu o folheto do
Sr. Tiberio? Se não tem, ofiereço-lhe um.
O Sr. Fernandes da Cuhua: — Tenho. O que não quoro Stnwwa.—K.rpedimle. — Ordem do dia— Eitiçin de comi
é my sterios. miasòe».—Eleição do 3o ditlrirto da Bahia. DUcurxu do Sr
Luiz Carlos.
0 Sr. Fusa:—Não ha mystorios. Mas, como dizia, uma
das parcialidades venceu a eleição da mesa do collegio; A's 11 horns da manhãa, feita a chamada, o achando-se
mas como a lei garante ú minoria ter parte na mosa, liou- prosentís os Srs. Machado, Cerqueira Leite, Villela Tava-
verão dous escrutudores do lado contrario, e estes dous es- res. Silveira Lobo. Gavião Peixoto. I-nnrlnlnlm Paoa Ruvvntn
crutadores assignárão um voto em separado, baseando-se S4 e Albuquerque, Silvino Cavaloanti, Costa' Pinto, liar-
no principio de qtie fossem consideradas validas todas as tinlioo Cam DOM. Kmnritirn
Campos, Pnmnna
r..., vium.rwl.i
...v—» HMHR
eleições das matrizes, e que a votação di todas as fregunzias Kodrigo Silva, Salathiel, Teixeira Júnior, Pereira
Pinto,
em que houvessem duplicatas fosse tomada em soparado; Uaptista Monteiro, Cunha Mattos, Monteiro de Barros,
Bene-
mas isto não quiz o ooliegio, e elles não espcrârão pola do- vides, Almeida Pereira, Silva Miranda, Miguel de
Araújo,
cisão, porque quando conhecerão que teiião de votar ©a Sampaio Viannn, Toscano liarreto. Pinto de Campos.
l)iogo
dous lados de cada freguezia, o quo por causa dessa pro- Velho, Rego llarros, baiSodeOainaragibe, Tobias Leite,
Jtel-
miscuidade de votos torião de perder a eleição, aprescnt&rão foit, Paranaguá, Cunha Figueiredo, Gonçalves da Silva
seu parecer em separado e se retirárão piotestawdo, Barbosa, Sérgio de Macedo, Pereira Franco. Madureira'
Fernandes da Cunha, Augusto Chaves, Pinto de Mendonça'
(Ha uni aparte.) Calheta», Souza Leão. Ferraz da Luz, André Bastos
Admittio-se a emenda a respeito da Gonceição Nova da Cyiillò, Luiz Cario», barão de Mnuâ, Pederneiras, Felippe
di
Feira, o não a respeito do S. Felippe, ctija eleição estava Araújo, Araújo Lima. Augusto CorrOa, Delfino de Almeida
inçadu de vicios ; receberão-se promiscuamento os votos dos Peixoto de Azevedo, Caudido Mendes, AleanUra Machado!
eleitores de S. Felippe com os votas das freguezias validas ; Dias Vieira, e Franco do Almeida, abre-se a sessão.
portanto aquelles mesarios tinhão todo o direito de reti- Lê-se o approva-so a acta da antecedente.
rar-se. A respeito de Sergipe d'El-Rci a camara dos Srs. do-
putados ji approvou quo, no caso de violação flagrante, os Depois do aberta a sessão comparecem os Srs. Pedreira,
mesnrbs podem retirar-se; o mesmo a respoito de S. Paulo. Coelho de Castro, Fernandes Vieira, Serra Carneiro, Diui-
Sr. presidente, a camara (Iob Srs. deputados o meio tas, Aguiar, Athaido, Augusto de Oliveira, líarros Pimen-
quo
tem do cortar todas estas chicanas eleitoraes <5 obrar som- tel, Jacintho do Mi-ndonça, Uma o Silva, Fiusa, Bezerra
a justiça, deixar de lado todas as outras con-
pre con.orme Cavalcanti, Autunes do Campos, Costa Moreira, burão dc
sideraçôes. A lei diz que a mesa parochial deve ser presidi- S. Bento, e Cruz Machado.
da pelo Io juiz de paz, quando não se dò impedimento le-
a eleição quo não foi O Sr. 1° Secretario dá conta do seguinte
gitimo; nnnulle a camara toda presi-
dida de paz; o presidente da provincia uão podia
pelo 1° juiz BXI*ED1ERTE,
decidir que a eleição fosse presidida por qualquer dos outros
o primeiro não estava impedido lo-
juizes do paz, desde que
verdadeira e real, Um officio doministeriodoimperio.remottendocõpias das
gitimamente. A lei quer uma qualificação
c não uma de nomes aereos e fantasticos ; quando apparecer netas das eleiçõei do eleitores das paroehia» da vill» de
tal qualificação annulle-a. . S. Francisco, e villa do Monte Santo, provincia da Bahia.
—A' oommissão de poderes.
E isto o uma rigorosa justiça. Uma cor-
que eu chamc
poraçôo como a nossa deve ter princípios certos nas suas Outro do mesmo ministério, communicando iine não
decisões ; de obrar segundo nossa cxÍ3tem informações nem documento» sobro as eleirtt s pri-
por isso mesmo que temos
consciência, e temos obrigação do promover o bem do paiz marias das freguezias de Guarntinguetd, Ta abate, e Pin-
segundo a nossa intelligencia, devemo-nos regular damonhagaba, da provincia dc S. Paulo.—A quem fez a
pelos
preceitos do justo e da equidade. requisição.
SESSÃO EM 12 DE MAIO DE 1857.
232

de Senhores, se a minha missão fòra dar uma cadeira de de-


Outro (3o ministério <la fazenda, enviando a relação
cidadão nestas circumstsncias, segura-
dividas de exercícios findos a cargo
do ministério da justiça putado a qualquer
na catludral da província do Mara- mente eu não hesitaria em da-la ao Sr. Dr. Tiberio ; mas a
provenientes de obras
habilite o governo com os meios minha missão è bem differente : não me cumpre senão re-
nhão, alim de que a camara
c.mmisfeüo de conhecer aquelle que pelo maior e uiais legitimo suffragio do
necessários para o seu pagamento.—A' 2a
orçamento. « povo foi para aqui mandado. (Apoiados.)
Asseguro á camara que neste intrincado e difficil exame
domesmn ministério, remettendo a representação
Outro a respeito da eleição do 3» districto da Bahia eu empe-
da
informada da confraria da capella de Nossa Senhora nhei todo o esforço da minha fraca intelligencia para des-
Conceição do Outeiro (capital do Ceará), em que pede per- cobrir a verdade ; e por isso, cohk> estou persuadido que nin»
missão para podei adquirir e possuir em bens de raiz, direitos Tiberio, candidato prejudi-
guem melhor do que o Sr. Dr.
ou seções, até o valor de 30:0005 — A' commissão de cado pelo parecer da commissão, defenderá o seu direito, eu
fazenda. exporei á camara o que tiver de dizer, servindo-me de prefe-
Outiodo mesmo ministério, enviando as consultas da sec- rencia do seu escripto, de seus documentos, lançando apenas
relativas a impostos mão dos documentos do seu adversario naquelles pontos em
ção de fazenda do conselho de estado
viola- apresenta-los.
creados pelas astemblóas provinciaes com manifesta que o Sr. Dr. Tiberio deixou de
commissão de assembléas pro- O meu fim não ó outro senão justificar o voto da commis-
ção do acto addicional.—A'
vinciaes. são, o voto que dei; não tenho nenhum outro empenho, e
do Rio de Janeiro desde que puder convencei â camara que me decidi j)Of
Outro do Sr. deputado pelo 9» districto certas e determinadas razões, eu me satisfaço com o juizo
nao poder este
Joaquim José Teixeira Leite, participando seja
ter e fazer que ella fizer em relação ás bases da minha convicção,
anno comparecer ás sessões da camara, por
—A' commissão de podere3. qual for a sua opinião a respeito dos candidatos em questão.
«ma viagem íi Europa Direi á camara que, em uma ouestão tão delicada e impor-
Starr e C., estabeleci-
Uma representação de Christov?o tante como é esta, eu julgo melnor chamar a discussão para
fundição de ferro e
dos na província de Pernambuco com o terreno dos factos, e não para o declamatório ou para o
isenção do serviço
bronze, e fabricas dc machinas, pedindo rlietorico. (Apoiados.)
—A'
da guarda nacional para seus empregados brazileiros. Vou, pois, entrar em matéria. Sabe a camara que as queb-
•ommÍ3são do marinha e guerra. tões que principalmente se apresentárão a respeito da elei-
da Bahia referem se ás freguezias da Con-
Outra do capitão Antonio dos Santos Moura, pedindo que ção do 3* districto
se annulle a eleição da freguezia de Porto lieal do collegjo ceição da Feira, da Cruz das Almas, de S. í ilippe, de Ma-
eleitoral do Penedo, província das Alagôaí.—A' commissão ragogipe, e da Tapéra. Eu seguirei esta mesma ordem.
de poderes. Senhores, na freguezia da Conceição da Feira a eleição cor-
deputado Flavio Clementino da reu regularmente ; fizerão-se os eleitores, publicárâo-se seus
Presta juramento o Sr.
nomes nos jornaes da Bahia, e nenhuma reclamação se fez.
Silra Freire.
Eu poderia, Sr. presidente, tendo a commissão sido de pa-
recer que se annulle a eleição da Feira, abster-me de fazer
PRIMEIRA PARTE DA ORDEM DO DIA.
eBte respeito ; mas lia observações
qualquer consideração a
apprehensões a respeito delia ; ha
que me suscitão gravas
ELEIÇÃO DE COMMISSOES.
um precedente que não desejo ver estabelecido, porque in-
cumbe á camara dos Srs. deputados fazer quanto possi-
sahem
Continúa a eleição das commissões permanentes, e vel para que haja mais moialidade, para qua emíim a sorte
eleitos para a de das eleições, segundo o novo systema, não fique á mercê d«

dos Índios qualquer homem. (Apoiados.)


Estatística., colonitaçao, caltchut e cicilisaçüo Mas, como dizia, publicárão-se os eleitores, e nenhuma
(64 cédulas). contestação houve ; entretanto o j uiz de paz, que tinha da
da mesa do collegio eleitoial, receiando
59 votos, Sà e Albuquer- presidir á foimaçãe
OsSrs. Almeida Pereira com
contestasse a compatibilidade por ser coUector,
Peixoto 47. que se lhe
que 52, Gavião escreveu ao presidente da provincia, mostrou-se receioso de
daquelle direito, e ao presidente que
minas e bosques que o despojassem çedio
Agricultura, (63 cédulas).
o mantivesse em sua posição. O presidente deferio ; e como
Leão com 49 votos, Athaide 41, Andrá no seu officio o juiz de paz lhe íizease diversas perguntas
Os Srs. Souza
sobre o procedimento que devia ter no collegio eleitoral, por-
Bastos 37.
havia eleições em duplicata, etc., o
quanto constava-lhe que
Obras publicas (60 cédulas). de resolver estas duvidas; disse-lhe,
presidente se encarregou
entre outras recommendaçõe^ que adniittisse para a forma-
Os Srs. Pedreira com 51 votos, Fausto 37, e Cândido eleitores que se apresentassem com um
ção da mesa todos o»
Mendes 22. diploma, porque depois o collegio eleitoral resolveria a res-
nullos.
peito daquelles que julgasse
Negócios ecclesiasíicos (60 cédulas). Eu nada desejo dizer que não mostie í camara a font»
de Cam- donde tirei Eis aqui as palavras do Sr. presidente da pro-
Os Srs. Pinto de Mendonça com 51 votos. Pinto fôrem os vícios da eleição prima-
vincia : < Sejão quacs
38.
posôl, e Hermogenes ria, o eleitor que se apresentar com diploma de sua res-
votar na^ for-
pectiva mesa parochial deve ser admittido a
Examt do tlieiouro (62 cédulas).
rraçao da mesa do collegio eleitoral. » Mas chega o juiz ao

Campos collegio eleitoral e começa por privar os eleitores da Concei-


com 51 votos, Martinho
Os Srs. Silveira Lobo dizendo que elles erão
ção da Feira de votar para a mesa,
50, e Silva Miranda 50.
eleitores nullos. Fez mais, mandou chamar tabelliães para
verificarem os vícios da acta. Creio que a camara convirá
PARTE DA ORDEM DO DIA.
SEGUNDA erão privativas do
que esse juiz usurpou attribuições que
c»»llegio eleitoral, tanto mais que sendo elle elaitor, tinha
ELEIÇÃO DA DAHIA. direito de propôr ao collegio para mandar proceder a esses
exames. E' este um máo precedente, a camara deve atten-
Continúa a discussão do parecer da 4n
commissão de po- der para elle, não deve consentir que um juiz de paz se jul-
da Bahia. deste modo^ elle
deres sobre a eleição do 3o districto eleitoral gue autorisado a repellir
eleitores, çorque^
de uma freguezia maior, constituir-se

Quando a camaia
dos Srs. depu- pôde, repellindo os
O Sr. Lui* Carlos : e assim
mem- era maioria tom a minoria doscollegios eleitoraes,
lados me honrou com a sua confiança, nomeando-me
sem «uvida o desapparece toda a garantia que a lei tem dado. Portanto
bro da 4™ commissão de poderes, reservou-se
me decidirão a esse juiz usurpou attribuições que erão do collegio.
direito de perguntar me quaes as razões que
nesta casa a um Ainda mais : o juiz de paz_apresenta-s« candidato i. presi-
assignar um parecer, negando assento
• atten- dencia do collegio, e como não pode obtó-la, é elle o mesmo
Brazileiro distineto, que por suas maneiras delicadas
minoria do collegio para formar um
ciosas, por sua illustração, por seus serviços,
i certamente que se retira com a
segundo.
digno de occupar ama destas cadeiras.
SESSÃO KM 12 DK MAIO D li 1S57. 233

Eu pois não posso dtixar do observar á camar.a qu* um juiz de paz, como se julgasse cora a mesma incompatibili-
somei (inato prece lento não pôdo tícar era pó ; 6 necessário dada, passou a vara ao <t°. Derão ee. pois, as providencias
Que a oamara dos Sr*. deputados manda confiemnar seme- para que a eleição se fizesse pelo 4® juiz dc paz na fre-
lliante procei mento, porque o juiz, ou por si, porque era guotia.
eleitor, ou por algum dos eleitores, ?e o não fosse, tinha di* A camara não ignora queo l®juiz da
paz, acquiescendo As
reito inconcusso de representar ao collegio os vícios da- observações que lhe fizera o
presidente da província, deixou
de mandar verificá-los. de comparecer para fizer ns eleições municipaes; e então
quelle acto, e o collegio o
li com etT< ito, Sr. presidente, vcriHcárSo se vicios nu acta, ofticiou ao juiz de paz seu immodiato
(o 3° , porque , como
mas estes vicios, cumpre dizer, nío eütaVÍO na acta daapu- já disse , o 2° era rnorto), e o 3o juiz de paz passou , pelo
ração dos votos ; tendo-se recaindo cento e tantas listas, a mesm ..motivo da incompatibilidade, a vara ao 4°. Aqui está
votsçiio coinoidio com o numero de lista recebidas, masen- o offício :
tenderão (não fei quem) que lhes ficava mal ter uma eleição « ISIrn. Sr. — Tendo me officiado o iuiz de
paz do l°,auno
com tão pouca c ocorrência de votsntes. <• pretenderão pns. oue por incommodos pliysicos não ped a
Houve quem lhes ndvertisrc dessa fal- presWir ás eleições
sar de 100 para 700. de hoje 19 do corrente , conformo foi marcado ,
silicação que assim consumárno, e então pretenderão desis- passou me
o exercieio; e eu por, mo achar nas menina» circunstancias
tir, e em resultado a acta ficou viciada. A coramissão enten- o transmitto a V. S. , afim de dar execução As instruções
deu quó obrava com toda a imparcialidade mandando
vigentes. Deos guarde a V. S. S. Felippa 19 de Outnbro
aunullar essa eleição. Devo diier á camara que os eleitores de 185(5. — Illm. Sr. juiz de paz lupplente , tenente Domin-
ria Conceição da Feira erSo adversos A candidatura do Sr. —Jo&é Vieira d* Macedo
gos Antonio de Castro. , juiz de paz
Dr. Tiberio. do 3o anuo. >
Mas, Sr. presidente, como estou resolvido a cumprir o
Ora, senhores, quando o juiz da paz passou o exercício
meu dever, e só o meu dever, concluindo as observações que
creio que é muito conseqüente deduzir se que houvesse ro-
tenho feito a respeito da Conceição da Feira, peço licença &
mettido a nriuie aquelles pirtencei^que elle tinha; porque
câmara para ler este requerimento, e a V. Ex. (jue o mande
seguramente o <1® juiz de paz os requisitaria, e, *>e não o fez
receber para lhe dar o destino que julgnr conveniente : « Re-
a esse Io juiz de paz directamente, é de presumir
que os re-
queiro que a commissuo de justiça criminal tu de constitui-
quisitnsso A camara municipal, e esta não deixaria de mau-
ção e poderes, aquém melhor compita, interponha o seu dar buscar es-es objectoS em poder do dito Io
parecer sobre • facto de ter o Io juiz de paz da cidade
<!a juiz. Peço
Cachoeira da Bahia, José Ruy Dias da Affonseca, contra pois A camara que reteuha esta circumstancia em sua mc-
moriu , porque ella deve servir para as minhas demonstra-
expressa determinação do presidente da arrobado-
provincia,
te attribuíções do collegio eleitoral, repellindo os eleitores da ções ulteriores.
Argumenta-se que o da província não
da Feira, privondo-cs de concorrer
parocliia da Conceição presidenta
declarar impedidos os juizes de paz pelo exercício da
podia
para a formação da mesa, e mandando proceder a exame na guar-
da nacional. O eflicio do Sr. Causam&o da Sinimbrt me
respectiva acta parochial sem prévia deliberação do mesmo pa-
reco juridicamente desenvolvido a, semelhanto respeito
collegio eleitoral. » ; «
essa mesma ordem elle tinha dado todos os
Passarei, senhores, á 2a freguezia —Cruz dasAlmas. para pontos da
da Bahia, doa quaes lhe tinhão vindo consultas.
Desde a administração do Sr. conselheiro Wanderley, o çrovincia
Se apparecor duvida, lerei o officio
1* juiz dc paz dessa freguezia entendeu que devia que aqui está.
proceder
a todos os actos eleitoraes em uma capella O Sa. Sampaio Viaxxa : — Mas essa ordem não foi ge-
particular, de-
nominada —do Sapê— ; então o mesmo Sr. conselheiro lhe ralmente observada.
observou que elle não podia proceder & qualificação naquella O Sr. Luz Cau.os :—Em conformidade dessa ordem
capella, que a fizesse em casa denominada da Oração, so lizerão eleições em diversos districtos da Bahia, a a ca-
que
serve de freguezia. O iuiz de paz resistio sempre até o'ponto marajá as npprovou.
de ser responsabilizado. Agora esse juiz de paz pretende a A esto respeito eu tinha pedido 4 camara quo mo fizesse a
mesma eoiua na eleição de eleitores. O Sr. presidente actual honra de registrar na sua memória a circunstancia
da Bahia fez-lhe a mesma observação, e tomou suas que
precau- notei do sei presidida a eleiçfto da capella da freguezia da
Ções para que não deixassem de haver os nnnuncios precisos Cruz das Almas pelo 3u do Agora creio não
juiz pnz. que
na freguezia ou casa da Oração da Cruz das Almas , e para
po^Bo justificar melhor nprocedencia da:* razfcs do Sr. pre-
que a eleição fosse alii presidida por outro juiz de paz , no sidanta da província, declarou a incompatibili lado
caso de que o Io continuasse na sua insistência e não com- quando
dyv se <!e paz , «lo que com a
juiz própria opinião do Sr. Dr.
parecesse na freguezia. riberio,
qunndo se referfo á eMçflo feita na Cruz das Almas
De leito , senhores , no dia aprazndo o lo juiz do paz não e A de Muritilm. Difao o Sr. Dr. Tiberio ,
quando tratou, i\
compareceu na freguezia , e então o outro cumprio a d«?- 7
pagina , da freguezia da Cruz das Almas: « A simples
terminação quo tinha, e presidio a eleição na casa da Ora- exposição do que so passAra em correspondência offirial ex-
ção. clue o fundamento da illegitimidadc ou incompetência do
I
Entretanto, o 1® juiz de paz fez uma outra eleição na dita
juiz da paz quo presidio a eleição; fí-lo muito competente-
capella do Sapê, e deu-se deste modo a duplicata. mente , porque não comparecendo o 1" votado, e estando o
A commissão não podia deixsr um semelhante 2° iio exercieio da seu posto , como entendera a
passar presidência
; ella julgou nulla a eleição feita na capella do da ella incumbia a .sat.-1'ação desBO dc.er
procedimento provincia, a , «
Sapí*, e aconselhou a approvação da
que se fez na casa da segundo até lhe foi dotorminado pela mesma
presidência
Orução que setve de freguezia. era o substituto legrl a preencher a obrigação quo lhe !m-
Notarei á cnmura que a eleição feita na capella do Sapo,
pnnha oart. 2° da lei do 19 do Agosto da 1H1B. >
<jue a com missão annulla , era favorável á
parcialidade do O Sa. Sahpoo Vus.ii: — Estava no exercicio.
Sr. Dr. Pedro Muniz , e que a eleição se fez na casa da
que
Oração eta favoravel ao Sr. Dr. Tiberio. O S«. Leu Carlos ; — Como se diz que estava no exerci-
Pedirei á camari
quo re tenha cm sua memória que essa cio, não tenho remedio senão responder a este aparte do meu
eleição feita na casa da Oração foi presidida amigo deputado pela provincia da liahia ; e responderei com
pelo 3" juiz do
paz, porque o 2® tinha exercício na guarda nacional. Peço 1 a leitura , que eu queria deixar de fazer , do ofliciodo Sr
isso á camara, porque mais adiante terei noccssidade de ia- 1 da província a esse major , 1® juiz de
presidente paz de S
zer um appello para essa circumstancia. I Felippa.
Nada mais direi a respeito desta freguezia, e passarei As O S*. Vn.iMi : — Veja a lei de 19 dc Setembro
tres outras , sobie as quaes versa toda a diíTerença.
de 1850.
Fregwzia de S. Ftlippe. Nesta freguezia o 1® juiz de
paz
O Pa. I.liz Carlos ;—O otficio do
pretendeu presidir ás eleições municipaes, que tinhão licA- presidente vai sath-
do adiadas pura 19 do mez de Outnbro ; e eutão recebeu do fazer.
A res|» ito de Muritiha disse o Sr. Dr. Tiberio:
presidente da camara municipal a urna e mais pertences
« Excluído o
precisos para a eleição. 0 picsidcnío da província observou juiz dapszmais votado da presidência da
a esse não a essa eleição elFeito da intelligcncia que a deu por iucouopa-
juiz de paz que elle podia presidir üeiçao, por
por incompatibilidade que havia, pois era major da cavai- tirei com os pontos da guarda nacional , foi o seu irameuia-
laria da to em votos , etc. >
guarda nacional; e , depois de se trocarem alguns
ofiicios eutre o de paz, passou elle o O S*. Fios* : — LA não compareceu, e sua ausência legi-
presidente e esse juiz
exercício ao 3®
juiz de paz , porque o 2» era morto. 0 3® timou o exercicio do eupplente.
TOMO I. 30
SESSÃO EM 12 DE MAIO DE 1857.
234

— Vê
pois n camara que em um cmo nacional perde o direito áquelle cargo , é fóra de duvida quo
O Sn Lbiz Cari.os :
da proviueia e em outro fulla á sobredita doutrina em vigor e no sentido delia tenho res-
falia o administrador que foi
têm chegado ao conlie-
o candidato. Não creio que
o povo deva soflrer uma puni- pondido, e a todas as consultas que
as explicações do direito ou da lei do cimento desta presidencia, sendo que se ella é errônea só
çuo porque recebeu
é posto para semelhande fim. ao governo imperial ou ao poder legislativo compete revo-
delegado do governo, que
— Mas que não tem o direito de explicar ga la.
O Sn. Fiusa: < Segundo os princípios postos, é claro que tendo Vm.
— Este anno a camara tem aceitado o posto de ma-
O Sn. Luiz Carlos.: já np- posteriormente á sua eleição de juiz
o mesmo relativamente á província da Baliia, elei- da guarda nacional dessa
provado, jor commandante do esquadrão
têm sido presididas pelos juizes de paz secundários, freguezia, e exercido actos proprios desse cargo, como fosse
ções que
etc., por estarem os primeiros no exercício de postos da a proposta de officiaes , é fóra de duvida que estíi compre-
nacional. hendidò na disposição do aviso acima citado, não aconteceu-
guarda
do o mesmo ao tenente Domingos Antonio de Castro , que
O Sr. Fiusa -. — Em exercicio.
sendo juramentado 4o juiz de paz para supprir a vaga do
O Sr. Luiz Cawlos : — Lerei o officio do Sr. presidente da á sua entrada na
primeiro , não consta que posteriormente
Baliia, já quo os nobres deputados appellão para o exercício. ira-
judicatura exercesse acto algum da guarda nacional,
Vamos ver se estava ou não em exercício o jujz de paz de S. tando das violências que Vm. diz serem praticadas pelo
Felippe, aquelle mesmo que , secundo eu j a disse , acquies- commandante superior desse município , com o íim de ven-
do presidir
ceu ás recommendações do presidente e deixou cer as eleições, cumpre-me dizer-llio quo se perante esta
ás eleições municipaes. presidencia provar Vm. esses actos de violência praticados
O Sr. Sampaio Vianna : — Quando entendeu que
era uma por essa ou por qualquer outra autoridade em contravenção
um sitrples con- das ordens e doutrinas expendidas na circular de 30 de Se-
ordem ; mas quando soube que era apenas
tembro proximo passado, terá Vm. oooasião de conhecer
«elho , julgou dever proceder de outro modo.
desta
18 o seguite: que não serão impunemente desobedecidas as ordens
O Sr. Luiz Cari.os
presidencia. >
< Ofíteio do K.rm. presidente da provincia ao major Jeronymo De maneira que o juiz de paz optava a judicatura nopre-
José Fermndes , impresso no Diário da Bahia n. 243 de 23 sente quatriennio , estando-se 110 mez de Outubro do ultimo
de Outubro de 1856. anno do quatriennio ! 1
«Foi presente a esta presidencia o officio de Vm. de 12 O Sr. Sampaio Viawu : — A data desse officio?
do corrente, em que, queixando-se de manejo» empregados
O Sr. Luiz Cari.os : — Infelizmente não posso satisfazer
freguezia , que disputão as eleições paro-
por pessoas dessa á pergunta do nobre deputado sobre a data, porque não a
cliiaes , tanto parn juizes de paz o vereadores, asquaes te-
traz;"mns já vê que ello se refere ás eleições muuicipaes e
rüo lugar no dia 19 do corrento , como para eleitores , que
de juizes de paz que se fizerão em Outubro do anno
serão feitas na primeira dominga do proximo Novembro ,
sustenta o direito que tem á presidencia da mesa como 1" passado.

juiz de paz
mais votado dessa freguezia. não obstante ser O Sr. Sampaio Vuhna : — Bem. até então era essa a opi-
major commandante do esquadrão de cavallaria desse lugar, nião do Sr. presidente da provincia.
dizendo por iim que , fundado na disposição do art. 16 da
O S». Luiz Carlos: — O que sei é qua não serei eu,
lei de 19 de Setembro de 1850 , opta pelo exeicicio de juiz
homem essencialmente ordeiro, que hei de acoroçoar uma
de paz no presente quatriennio ,_accrescentando Vm. que se
desobediencia formal á autoridade da provincia,
acha para isso com melhor direito do que o tenente Domin- primeira
em épocas especiaes principalmente, e que está ali posta
Castro , que , apezar de ter exercido actos
gos Antônio de doutrina
ngora como 4° juiz de para e*ta e outras cousas , tanto mais quanto esta
proprios desse posto , juramentou-se "agrada
applicada em outros pontos.
ás referidas eleições ; e de tudo inteirado,
paz para presidir
tenho em resposta a dizer-lhe que a doutrina
estabelecida O Sr. Fernandes da Cunha : — Apoiado.
o particularmente no de
pelo governo em diversos avisos , O Sr. Luiz Carlos : — Por conseguinte, meus senhores,
25 do Abril de 1849, ficerca da incompatibilidade dos car- a eleição foita na freguezia de S. Felippe, presidida pelo
do paz com os da guarda nacional , é a se-
gos de juizes 4° juiz de paz, não podia deixar a este respeito de se consi-
de paz quo aceitar e eflectivamente exer-
guinte : que o juiz derar valida, e não a que se diz ter ido fazer Jeronymo na
cer algum cargo da guarda nacional entende (jue renunciou capella.
o de juiz de paz , cujas íuneções não llic é licito exercer ,
Este primeiro juiz de paz soccorreu-se de um officio que
doutrina fundada na disposição do art. 11 da lei de 18 de vio publicado nos actos da presidencia para o juiz de paz de
Agosto de 1831 ; que diz o seguinte : « O serviço da guarda
Jaguaripe, em que o presidente da provincia resolvia certas
< nacional ti incompativel com as funeções das autoridades
duvidas, entre as quaes lhe perguntava o juiz de paz ae 110
€ administrativas o judiciarias quo têm direito de requisi-
caso do serem todos os quatro juizes de paz officiacs da
€ tar a força publica. > Entendem alguns , e desse accor- a parochia sem juiz do paz; então o
guarda nacional ficaria
do parece estar Vm., quo essa doutrina não pAde prevalecer neste caso^ a camara municipal
presidente respondia que
a nova lei da guarda nacional de 19 de Novembro as va^ns; e por ultimo diz que quando um juiz
preencheria
e 1860 , que diz no art. 10: < O cidadão que fôr nomeado
Serant» de paz fosso presidir á eleição, competiria a decisão da
c ou eleito para qualquer emprego que dê direito a requisi- legalidado ou illegalidade dessa eleição á catnnra dos Srs.
€ tar a força publioa, deixará durante oseu exercicio de ser- deputados. Isto mesmo é o que está nqui no officio a Jerc-
« vir na guarda nacional, quer como simples guarda , quer nymo, officio prohibitivo, em (jue o presidente diz: < Não
c como otlicial, mas continuará a lazfc-lo quando cessar le- vá; » e entretanto Jeronymo foi. Logo, não 6 por esto lado
t razão do impedimento. » Mas os que assim ar-
galmente a que se pôde sustentar a validade da interferência do Io juiz
não ó por esse artigo que se
gumentarem não attendem que de paz nesta eleição.
ha de resolver a questão , porquanto , o que com «lie teve
Prosigamos. Installada a mesa parochial da freguezia, e
em vista o legislador foi estatuir a permauencia do lerviço este 1° juiz de
da guarda nacional, declarando que apenas íica interrompi- quando já estava íunccionando, comparece
então lia um motim
paz, e pretende a presidencia da mesa;
da, mas não extineta, a obrigação de o fazer o cidadão qne
na igreja, tendo íim estorvar a interferência deste juiz
dello fôr distrahido por nomeação o* eleição de emprego , por
de paz. Este motim, na opinião de algumas pessoas, não
cujas funeções forão declaradas incompatíveis , disposição e na opinião de outros
passou de uma pequena altercação,
esta quo se pôde considerar como dcd»cçío do principio es-
foi ds proporções maiores. _ .
tabelecido na mesma lei, de que o serviço da guarda nacio-
Este 1° juiz de paz, logo que teve lugar o motim, desiste
nal & obrigatorio. O artigo applicavel á questão de que se
de tomar assento na mesa e presidir â eleição, e conserva-se
trata é o 13, que diz assim : « O serviço da guarda nacional
ali como espectador. Proseguem então os trabalhos rogu-
« é obrigatorio epeBsoal, salva as excepções declaradas nesta
larmente até o fim sem a menor alteração, como consta de
« lei, e incompativel com as funeções das autoridades que têm
dous officios do Sr. presidente da província dirigidos ao juiz
« direito de requisitar a forçft publica. » Ora , sendo esta
de paz e ao subdelegado.
a mesma disposição estabelecida na lei de 18 de Agosto de
Eu não posso deixar de ler esse documento á. camara.
1831, com differença apenas da rodacção , disposição'que dá
ao governo fundamento para declarar em diversos actos seus « Fico inteirado pelo seu officio de 12 do corrente de se
aceitar e exercer oposto da guarda haverem terminado as eleições para eleitores dessa fregue-
quo o juiz de paz que
SESSÃO EM 12 DE MAIO DE 1S57. 235

zia com a maior regularidade e soccgo, dando-se apenas o a eleição na capella da Conceição Vtlba, foi para lá sem
o major Jeronymo urna, sem os preparos necessários, como qualificação, li-
pequeno incidente de querer pertnrba-lo
José Fernandes, que, por não o conseguir, retirou-se no fim vro, etc.
dos trabalhos do dia 2 do mesmo mcz. Deos guardo a Vm. Vejamos o que diz o Sr. Dr. Tiberio quando trata desse
Palacio do governo da Bahia, 24 de Novembro do 1856. ponto em sen folheto á pag. 13 ...
João Lins Vieira CatuansOo de Sinimbú.
—-Sr. Domingos « Além disso, a urna e mais preparos para a eleição ti-
Antonio do Castro, juiz de paz presidente da mesa parochial nha-os o-Io juiz de paz, que havia recebido do presidente da
da freguezia de S. Felippe. » camara municipal para a eleição de juiz do paz, etc. »
lera- O Sr, Dr. Tiberio afíirnaa que o juiz do paz tinha a urna
Appello liava n memória dos nolires deputados para
brar-lhes que se declarou a sua retirada no fim dos traba- em seu poder. Mas eu já disso que tendo passado o exarei-
lhos do dia 2 do mesmo mez. lambem lerei o seguinte: cio ao seu immediato, era eonsoquoncia o remettor-lhe
igualmente a urna, livro, etc. O juiz de paz declara nessa
¦* (Mio do Exm. presidente da prooinria ao subdrlegado de o seguinte: « Trazendo a urna
figurada acta o cofre, quf
S. Fclippe, publicado no Diário da lSaliia n. 2H8 de 22 de
anteriormente lhe fornecera a camara municipal, rubri-
Novembro de 1856.
cando logo o presente livro que a occasião permittio, em
« Pelo ofticio do Vm. de 11 do conente fico scionte de razão de se haverem aquellcs apoderado do livro rubi içado
haver-se procedido 4 eleição nessa freguezia com toda calma da camara. >
pelo já dito presidente
e regularidade, tendo apenas apparecido uma leve e mo- E' preciso que a camara attenda A contradicção. Vejamos
mentanca alteração motivada pelo major Jeronymo José o que consta de um depoimento que se acha no folheto do
Fernandes, que pretendia presidir a mesa parochial, não Sr. Dr. Tiberio: « 1°, 2o e 3» testemunhas, referindo a des-
obstante ser para isto Incompetente, d vista da lei t das aecisb?* ordem havida na1,freguezia... afiyredindo, arratttirüo a mr\a
desta presidência. » d força, pretendendo desbaratar tudo. tomarClo a tirno, etc. >
Senhores, isto posto, a eleição da freguezia terminou, sem Como so tinha interesse em provar que este juiz de paz
ter havido mais alguma desordem, e com toda a regulari- havia sido expellido da freguezia, tratou-se desta justifica-
dafle. Vamos agora saber o que fez aquelle Io juiz de paz. ção para esse íim.
A camara já ouvio que elle §e conservou na igreja até o l)o que acabo de mostrar resulta pois o seguinte:
4im dos trabalhos. Existe uma justificação de testemunhas O Sr. Dr. Tiberio aflirma que o juiz de paz tinha a urna,

juradas, pela qual se prova que


Jeronymo esteve todo c quo a levou com sigo, o juntamente o cofre; a acta declara
aquelle dia na igreja... o juiz de paz levou a urna; a justificação diz que a urna
oi tomada, e não obstante aquella eleição se foz! Quo
?ue
O Sa. Fusa : — 11a outra em contrario.
admiravel contradicção! Para mim é obvio que esso homem
O Sr. I.mz Ca»los : — ... e toda a noite em uma certa não tinha urna, nem livro, nem a qualificação.
casa. Nessa justilicação uma testemunha, que é o capelliio Eis-aqui pois as razões que me levão a acreditar que n
da capclla denominada Conceição Velha, jura que neste dia eleição foi clandestina; e quando não fosso. ó necessário
não houve acto algum na mesma igreja, aléiu de missa, opinião, porque só tenho por fim
que eu expenda a minha
depois da qual esteve fechada. Srs. deputados o flindamento de
patentear á camara dos
O Sa. Filsa : — Até nem houve missa. minha consciência; procurei descobrir a verdade: »e houve
erro, será de apreciação e não intencional. [Apoiadosgrraes.)
O Sr. Luiz Cari.os : — Logo è certo que nessa capella não
tevo lugar a duplicata, e que se fez clandestinamente essa O Sr. Fusa : — Apoiado. A camara toda faz esta justiça
acta a que se refere. ao nobre deputado. Nem eu disse o contiario, nem era
capaz de o dizer. '
O Sr. Ficsa : — Eu roqueiro também a nullidade delia.
O Sr. Luiz Carlos: — Senhores, quando o nobre depu-
O Sr. Lua Carlos : — Sim, o nobre deputado concorda circumstancia a
tado orou houtem. demorou-se cm uma
em que se annulle, e eu estaria harmonizado com o seu referi, isto é, a pronuncia dssto
igualmente u que partieularraento me
pensamento se a sua emenda não envolvesse de ferimento, o um summario pelo
juiz do paz pelo crime
nullidade da eleição da freguezia. deputado
crime de roubo de escravos. Ehtão disse o illustrs
Senhores, vou apresentar á camara as razões que me le- incompetente esso juiz do paz por
que se queria averbar de
várâo a acreditar nessa justificação, o a julgar que foi
semelhante facto. A oommissão sabia disso, o teve em mãos
clandestina aquella eleição da capella da Conceição. A Ia,
os documentos, mas não tccou nesse objecto em wu pnrecer
funda-so na justificação; a2n. e a asseveração do juiz de «lá
por ignorar se ainda prevalecia a mesma pronuncia, ^uo
paz ao presidente da província, dizendo que Jeronymo esteve o nobre deputado trouxe esto ponto para a discussão, direi
todo o dia na igreja. servir o assumpto, esse
que não doixa de para porque
Filsa: — O juiz do paz interessado!
O Sr. homem, quando se figurou r«*tirado para a capella da Con-
—Sé todos são suspeitos, então não eeiçüo Velha, levou comiigo 8 eleitores e 5 supplcntes (são
O S*. Luz Carlos:
os quo figurão na aeta) pura faz«r a eleição.
lia meio a que se recorra na discussão; attenda porúin o
nobre deputado que produzirei outras razões. O Sr. Fkrswndss D4 Clniu : — Apoiado.

O Sa. Fiis»: — Esse juiz de paz! que presidia a eleição O Sa. Luiz Carlos : — Entre osses homens que o ti com-
não era interessado t estavão alguns que forão pronunciados com elle
ponhíVSo
naquelles crimes. Isto serve para mostrar a moralidade do
O Sa. Lin Cauios : — A 3" razão é a própria acta que o
indivíduo, e nüo deixa do ter algum alcance, combinando
juiz do paz figura feita na Conceição Velha. com as contradicçües que bo notão nessas diversas peça», as
Parece que era mui natural que installando o juiz do paz
deduzir a conseqüência que ha pouco
a sua mesa naquella capella fizesse a acta abi mesmo, rete- quaos me autorisão a
manifestei de que essa eleição foi clandestina.
rindo o motivo por que deixava de ter lugar a eleição na
freguezia. Mas a acta começa assim: « Aos 2 de Novera- O Sr. Fusa: — E entretanto foi proposto major dagoar-
foro na iareja matriz, etc. » da nacional agora lhe i contraria.
pela parcialidade quo
Senhores, 60 esta acta foi eseripta na Conceiçiio Vellin,
O Sr. Luz Ca i.os; — Appello pura a intelligencia do
o juiz de paz a figura como feita na matriz?
porque nobre deputado, e reconhecerá que semelhante ruzüo não
— Porque foi expcllido de lá.
O Sr. Fusa : destróe os factos apontado3.
— Então devia dizer
O Sr. Luiz Carlos : que a oetu foi O Sh Filsa: — Nem eu. quero destruir os factos.
lavrada na capella da Conceição Velha, e referir nella u
O Sr. Luiz Carlos i —Se esse homem era useiro e vezeiro
razão por que ali procedia á eleição ; se ellu pois está assim
em roubar escravos e espancar, níoudmira que fosso fazer
«scripta, é, senhores, porque o. crime compre deixa vesti-
uma eleição clandestina. ...
gios. Mas vamos ver porque sc nota de irregular a eleiçuo da
d* Iregu< zi*
O Sr. Ficka : — Apoiado. « freguezia. Apena» se diz que a quali caç#0
. Seria para
a pre dita muitos nome» repetidos varias vezes
O Sa. Lliz Carlos s — Eu pedi A camara dos Srs. depn- sc i he-
tados de guardar na memória a mim essa allegação mui procedente se a m eíYeito
que mo fizesse a honra esses homens v<tàrão tantas vezes
circumstancia de ter o juiz de paz cm exercício a gaese a provar que
passado estavão cscripto» os suus nomes.
autoridade ao seu iminediato para fazer s.s eleições munici- quanta»
pães, porque ella agora prova que esse juiz de pai, fazendo voz: — E' do presumir que assim fo*se.
23f> SESSÃO EM 1-1 DE MAIO DE 1857.

O Sr. Luiz Carlos : — Mas não ern f«c.il


que passasse
desapercebida a votação repetida do mesmo individuo. junta ou da mesa paroçhial, depois de assignada a acta d
quando a camara sabe que se vota por districtos equartri- que trata o artigo precedente, n mesma junt- ou mesa
pa-
r3es na fôrma da lei. r nem ao menos se rochial, durante os seus trabalhos, nomeará
prova que esses quem o subs-
nomes fessem attribuidos a indivíduos titua. comtanto que tenha as de eleitor. > E'
a qualidades
pertencentes
quarteirões diversos. preciso que appliquemos as regras da gramnistica eda her-
meneutica na hypothese vertente,
Censura-se a ^ualiticação de S. Felippe para entendermos esta
pelo numero disposição, se nao quizermos cahir n'»m absurdo
repetido de votantes, mas da acta consta que nua
que na frejjuezia
esta vão qualificados 3,129. podia entar na mente do governo quando fez semelhantes
ínstrucçôes.
Fura : —Assim
O Sr.
podia elevar o numero a 6,000. Este artigo dá attribuiçíio, como acabo de ler, á mesma
O Sr. Luiz Carlos : —- Na acta feita na junta ou á mesa paroçhial durante os seus trabalho»
Conceição Velha Ora,
83 du o mesmo numero, senhores, é
porque o mes.i o 1° juiz de paz possível confundir o singular com o plural? pois
declara que se retirou com 5H6 votantes, a junta ou mesa não é um corpo collectivo? como
e*procedeu á ©Jei- pois for-
çao de 48 eleitores. Note-se, para ainda mais se conhecer çadamente se
quer que o juiz de paz exerça abi todas as at
que foi clandestina, que se fazerão sômenté 8 supplentes. tribuiçõe3
que são conferidas á junta ou mesa?
Esse mesmo
juiz de paz declara que faltárão mais de 2.000 O Sr. J iusa : — Do mesmo modo
cidadãos, o que combina com aquelle numero dos que se dá nas relações
qualifi-
cados. Eis-ahi a boa fé! Aquelle# O Sr. Luiz Carlos: —Isso
que notão que a qualifi- -
que se dá a respeito das re-
cação foi excessiva, são os laçíes está
próprios que se servem deliu par* previsto na lei, è outra cousa. O que faz o
o fim que lhes aproveita. ' r* deputado destas
palavras—durante os seus trabalhos?—
O Sr. Fjusa : — Boa fé existe da minha parte. que trabalhos sã > estes, se a mesa tinha dèsapparecido ?
Demais, note a camara
que no art. 11 das mesmas ins-
O Sr. Lüiz Carios : —Não me refiro ao nobre depu- trucçoes determina-se
que o presidente não pftde ser votado
todo. membro da mesa. e se reputem null .s
os votos uue para
O Sr. Fusa : — Mas é preciso declarar. isso possa obter ; no art. 15 se diz : .
que os reesarios com
o juiz de paz formâo a mesa eleitoral > Para e»tei,der de
O Sr. Luiz Cari os : — Declaro
-c que nào me refiro ao no- outra maneira disposições tão claras, è
b deputado. preciso rasgar toda
a grammatica, toda a hermenêutica; digamos antes
que o
O S.t. Fusa : — Aceito. juiz de fo>mar uma mesa toda á sua feiçS.i!
paz quiz
O Sr. Luiz Carios = —Portanto essa arguida repetição Mas se procede a argumentação do nobre deputado, «n-
__
tão é preciso
de nomes não influo no resultado da eleição, que quanto antes se revoguem semelhantes
porque a mes- mstrucções,
ma qualificação não fez augmentar o numero de ele tores, porque um juiz de paz com semelhante arma
visto como a f requeria de S. Felippe deu o mesmo numero pôde expellir uma mesa inteiro, e reorganizar uma outra ó
sua vontade, uma vez
que nas anteriores eleições, e ainda mesmo tirando-se os que bandeado para um partido ou
750 nomes repetidos, tirando-se também os interesse individual chame alguns desordeiros,
aos quaes
que figurão 11a incumba afugentar, ou matar os mesarios. Ora isto
eleição da Capella, o numero que resta ainda é sufficiento é um
-18 absurdo, é uma eleição á mercê, ao capricho de um
pira corresponder a eleitores que sempre deu a
paiochia,
por
homem, de. um de A camara concebe-o
c foi aliás marcado pela presidência : logo, cahe juiz paz. perfeita-
por terra mente, e eu não só rejeito como condcmno semelhante
esse grande cavallo de batalha. in-
Accusa-se de illegal esta eleição telligencia.
por terem votado nella
ou por terem sido frito eleitores indivíduos Notai mais
que não estavão que a lei de 1846, as mesmas in°trucçôes an-
Tintarei teriore», mandão
qualificados. depois desta questão. que, quando o juiz de paz chamai o im-
. me lia to ou eleitores
Passarei agora (i Creguezia de Maragogipe para supprir a falta de mesarios, o ci-
da<lão chamado é
Em Maragogipe instala-se a mesa
parocbinl sob a presi- que tem o direito de indicar aquelles que
dencia do l"juiz de paz o Sr padre Anieeto, e devem vir preencher a falta, a lei cautelosamente
proseguio quer
cila em seus trabalhos, e tendo já recebido uma arredar toda a influencia do
porção de juiz d# paz a este respeito;
listas dos votantes, suscita-se uran como pois decretaria o uma cousu em contrario?
questão a pretexto da governo
identidade de votantes de um districto de Caponena. Ma3 diz-se o
Esta juiz era a mesa Como, penhores? Se não
existia mesa, cumpria recompô-la, cumpriu
questão degenera dentro em pouco em dosoniem ; o mea- chamar eleito-
rio que impugnava rtceher as 'istas daqnelles cidadãos, res e proceder a nova eleiçio. Era absurdo, repito,
deixar
a eleição entregue ao capricho de um só homem
que aliás nppellárão para o presidente da mesa, soffre, ras- ; mas te
tal é a intelligencia
Rào-lhe o facto, c creio mesmo que recebe algumas pan- que a camara dos Srs deputados dá a
cad s, e um outro cidadão è ferido en^as instrucções, o
Nestas circumstaneias que nuo espero de sua alta s>-bf»doria,
cs 4 mesarios, ou julgHndo-Be coactos, ou perdida mim estará toda a egpernnça de liberda-
por effeito do para
de ! Também não faço injustiça árs lnzes do Sr ex-ministro
niedo, como o illu&tre deputado
qualificou, retirarão-se
com o 2» juiz de paz, e vão f«.-r unia outra eleição na do império, que subscreveu estas histruoçcVs ; S Ex. não
ca-
pelia da Misíricordia. A commiiwBo condemna esta eleição podia certamente determinar uma cousa que nas instruc-
feita em lugar que não era determinado ções anteriores r na própria lei anterior muito cautelosa-
pela lei, e para o mente se quiz evit >r Entrego a questão 4 apreciação
qual não se díra a convo ação, etc , e por isso a camara pois
dn camara : talvez
rae dispensará de insistir sobre este que o« princípios que tenho de uramuia-
ponto j eu me occupa- tica e da hermeneutica sejúo muito mesquinhos
rei com a eleição feita na frnguezia, eleição (• Ho apoia-
que o illustrc aos); a camara decidirá.
díputado
quer que seja valiosa, assim corno o candidato,
no parecer da commiíBão prejudicado. Mas, senhores, não são só estas as
irregularidades nota-
das na eleição da fregueria de
O juiz de
paz, actiand->-se
sem mesario. trntou de reor- Manig igipe. Ha ct ni efTeito
a Organisação da me*a mi »
ganisar a su* mesa, e então, querendo começar pela cha- j>elo d que acabo de apontar ;
mada de eleitores, declara na sna acta ijua os eleitores não a mesa foi organisada muito á satisfução
do l*> juiz de paz
$e prestarão ao chamamento. Passa aos que estava interessado no trlumolio do um dos candidatos.
juizes de paz, e diz
Sr. prosidente, eu ha
que não se encontrarão. Note a camara que havendo uma pouco disfo que tinha havido uma
lista de 27 votados desordem na igreja. t*ra cidadão tinha sido ferido, fez-se
para juizes de paz nesta freguezia,
além do 1", este juiz de paz apenas consulta um ou dous, um auto de corpo de delicto desse ferimento,
que ou passo
e dá todos a ler á camara.
por impedidos e vai tomar outra resoluçio: or-
ganisa a mesa, chamando para escrutadores dou» cidadão» « Aos 3 dias do xnez de Novembro do anno do Nascimen-
a formação da
que para primeira mesa tinhão recebido votos to de Noss» Senhor Jusus Cbristo de 1856. ás 0 horas do
para a mesma : cm s«gu»da aos que obtiverão maioria, e d|a. nesta pratiotica eidad' de S. Bartholomeu de Marago-
com estes designou os escrutadores.
gipé, em casa da residência de Quirino Francisco Lisboa,
Este procedimento do juiz de
paz, ©rganisando assim a onde foi
presente o subdelegsdo Io supplento nn exercício
mesa irregular, foi limitem su»t.-utad<>
pelo Sr. deputado o cidadão Maximiano Alve- do:. Reis l^«xU, comigo escri-
que encetou esta discussão. e elle soecorreu-se das instruc • vão d«_sen cargo abaixo assignado, e os
peritos os Drs Josí
fões de 23 de Agosto da 1H56. art. 17. Antonio da Costa Cerqueira, e Aprigio Atnsncio Gonçalves,
Senhores, o art. 17 destas in-trurçõe». diz o seguinte i
aos quaes notifiquei e são médicos, o
« No iropedi*itnto'ou falta de primeiro morador na
qualquer do« membros da roa Neva, e o segando na raa Direita da Praça, e as tes-
S15SS.V0 KM 12 I E MAIO DE .1857. 237

temuuhas capitão Felismino Gonçalves dos Santos e Do- Senhores, ha


mingos Ferreira Gandra, ambos morad res na rua Nova, o pouco eu disse que uma das accusnçiV.s que
se lazmo a respeito
da eleição dessa freguezia era de anda-
subdelegado deferio o
juramento dos Santos Evangelhos rem os inspectores
de quarteirão intimando ao* votantes
em um livro delles de bem e lielmente desempenharem darem
para seu voto segundo a vontade do delegado. Veja-
sua missão, declarando com verdade o
que descobrirem e mos o que disse o Sr.
encontrarem, e o juiz de direito. Peço a este respeito a
que em suas consciências entenderem, attençwo <la cnmara,
encarregando lhes que procedessem n exime no ferimento porque do nenhum modo desejo ser
injusto para com o Sr. desembargador
com que se acha Quirino Francisco Li «boa, e que respon- Bahia (/>). Também
nno exacto
que os inspectores de
dessem aos quesitos seguintes : Io, se ha o ferimento ou 80B votam ¦» para votarem em quarteirão intimassem
cartas e determinadas
offensa physica ; 2°, se t! mortal; 3», qual o instrumento soas, e se assim aconteceu, isto não pef-
partio senão dos mes-
que o occaiionou. ... Em consequencia passarão os peritos mos inspectores. que
por esta fôrma quizerão angariar mais
a fazer os exames e investigações neressarias , e mcluidas votos paru seu 1 >do. São ostrategias
as quaes declarAráo o seguinte: « encontrar uma solução próprias dos partidos
os quaes lanção mãoa de todos rs meios
de continui lude do lalo esquerdo da faca , ainda os mais re-
postorior do tron provados , para conseguirem seus fins.
co com um terço de pollegada da extensão e uma Oh ! senhores , não é exacto....
pollegada
de profund dade, e que portanto respondem:
quanto ao
1° quesito, que hoBve ferimento ; O Sr. Fusa ; — Disso
quanto ao 2». que nfloó que não foi o delegado ; só se f, ião
moj tal; quanto ao 3®. que foi feito com instrumento os inspectores ; esta é
perfuran- que A a grammatica.
te. .. E por nada mais haver deu-se
por concluído o exame 0 Sr. Luiz Carlos : —Não be referio ao delegado,
ordenado, e de tudo se lavrou o
presente auto, que vai p>r
mim escripto e rubricado 0 Sa. Fies a : — Referio se.
pelo s ub lelegado, e assigrado
pelo mesmo, peritos e testemunhas comigo escrivão Ber- O Sa. I.LIZ Carlos : — Lerei do novo.
nsrdino Thomiz de Andiade, (Li.)
que o fiz escrever, e de tudo 0 Sr. Filsa : — Mas ainda
— Maximiaiio Alves dos fíris . agora o nobre deputado refw-
. L-tsa. — Dr. .Aprigio no-se ao delegado.
Amancio Gonçalves. — Dr José Antonio da Conta Cen/ueira.
—Fefismino (i <nçalves dos 0 Sr Prcsidlmte : _ Attenção !
Santos. Domingoi Ferreira Gan-
ira —Bernari no Thomaz d* Andrade » 0 Sa. Luz Carlos : — Perdôe-me
, o qua eu disse foi qu e
Estão assignados os dous médicos o del-gado era aocusado drt interferencia indébita "
que procederão a esse , p .lido
exame e testemunhas. força publica 4 disposição do fiscal dacauiHra; e
quanto ao8
Deu-se portanto esse ferimento na freguezia de Marago- inspectores que iutimavão aos votantes, etc., diz. ojuiz.
d
direito : « Não A exacto
gipe; accusa-se ou diz.-se que o delegado de policia pôz. ú que os inspectores intimassem ao*
disposição dos inspectores de votantes , e se isto aconteceu foi
quarteirão e dos fiscaes a for- porque os inspectores.
ça publica para andarem intimando os votantes a votarem etc., etc. > Senhores
t não concebo semelhante modo de
segundo a ordem da autoridade: diz-se mais, senhores, expressar. Será acanhamento de minha intelligencia
qn« ; mas
durante esse barulho se introduzirão listas me pareci enxergar nisso tal ou
na urna ; isto qual falta dc sinceridade.
consta do um depoimento
jurado. 0 Sa. Fiusa : — Use da hermaneutica.
O Sr. I- ii sa : — I^a-se a attestação do vigário
ao aice- 0 Sr. Luiz Cari.os: • A minha hermenêutica
bispo. me diz
que houve nisso falta de sinceridade Submetto este trecho
O
S. to. Carlos: —Lá vou. Consta de ura depoimen- 4 apreciação de cada um dos S.rs. deputados.
Não ser exacto
to o acontecimento do uma cousa
jurado ; consta mais de uma representação da camara , e ter--.e dado esse aoonte-
municipal ao cimente , é o sinml ettnr , ?f non t*sc.
presidente da- província, que durante esse
barulho se introduzirão listas Acaso o nobre deputado
na urna que me honra com os seus apar-
tes não encontrou nesse mesmo oflici'» alguma < utra cousa
O >n. Fms» :—Leia cs nomes dos
membros da carnara. semelhante á denotar? Vamos ver.
queacaho
—Não conheço a localidade Sal e a camara que houve motim na igreja,

i nrin os que houve
indivíduos ; mas é uma corporação sabida espancamento ,
do seio d«» povo, que um cidadão f.,i ferido ,« que disso •«
uma corporação respeita'el um auto de corpo dn delicto. Ojuiz. dn d reiio,
que disse no presidente da pro- JVz qu» reco-
vmeia que se introduzirão listas na urna beu do administrador da
: ê uma justifica- província a missã<»deir informar-
ção jurada <|ue diz. que se introduzirão listas na urna. E SC das ocourrencias
que se derão durante a lut.i eleitoral.
quaes tão os argumentos que se apresentão em contrario. creio eu
qite tinha ú sua disposição todos os meins para on-
viras autoridades ,
0 Sr. Fiusa:—Mostrarei. paru syndicar dos factos e diz^r ao pre-
sidente tudo
quanto aconteceu.
O Sr. Fkrjia.idis ot Ctmat :—Nenhum
0 Sa. 1' iitsa : — Ouvio tudo e <lis>e o
que houve»
Sr.
Lm* Carlos O nobre deputado deixou antrevar
0 Sr. Luia Cari/s: — Aqui no seu officio não-diz
h ontem, como argumento em contrario, um ofllcio doentio qti
ouvio tudo; salvo »e ellc escreveu muito certo de ene
juiz de direito o Sr. desembargador Bahia. Senhores, não eare
officio não pasfaria das mãos do Sr
tenho a honra d* conliecer o Sr. desembargador liabiu. presidente da província,
«que o Sr. dn província , porque o conhecia
presidente , ò
voz : -E' uma
mi acreditaria immediatamente ; mas cu, como tenho também
p<i»soa muito distineta.
' t lz ;—NIo duvido. O Sr. dejulgar por asse escripto, citou apresentando mui o ftan-
¦> ^-^j1 ve desembargador
liahia d s. guramente tei amigos ca n sinceramente á camara a maneira por
d*'ot«d >s nesta cama- que o encaro.
ra; nflo façojustiça ,0 seu caracter
; mas direi : Alignonio Querei, saber como informou o Sr. desembargador Bahia
lmyiormitatlIom.ru,; não posso ao presidente da provincia a respeito do ferimento de
julgar do facto palas Qui»
lades do homem rinodetal? Aqui está,,
quah , vou julgarpclo.eu escripto,
que está
sme.to á „n„lT»e. que está sujeitoá critica,
que está stnei-
0 Sa. Fusa : — Infarmou a vordade.
Io & liermeneutica. Vou W o officio. J
Sc o Sr. juiz de direito, compeuetrando-se da 0 Sa. Luiz Carlos : — Depois de negar a
rnissüo que gravidade da
desordem da fregueziu , aliái
lhe tinha dado o presidente, prestasse uma informação provada por um depoimento
mi •
nuciosa, e que se pude-se dizer a todos os respeito, sincera jurado , prosegae : < Um ferimento porém houve, segundo
cu seria o primeiro a confessar que essa informação ma disse o paciente Quirino Francisco da Silva
devia , que pelo
exume que íiz no seu fato coll?gi
aproveitar muito á causa do Sr. Dr. Tiberio. que foi feito com algum
canivete de aparar penna» ,
porque o orificio que existia no
0 Sr. Kit s% :-0 Sr. desembargador Bahia t um homem forro do collete era tio
peqaeno que por elle não podia ter
muito honrado, incapaz de dizer falsidades ; passado senão um canivete semelhante , sendo de aotar que
já foi membro
desta ca«a, e todos o conheçam. no mesmo collete n&o houvesse a mais
pequena nodoa de
sangue. Desejei vet a cieatriz
O Sr Lriz Carlos :—Não duvido Vou ler seu efficio que naturalmente teria dei-
xado a ferida ; mas como o mesmo
t submetter á cnmara minha» ktimiláes observações Quirino me dissesse que
; p»r- applicando alguraas bichas, «ma no centro delia , oo-
que o nica tim foi formar o voto de consciência, « tendo-o pegou
nheci que inútil seria a minnR inspecção ,
formado, nft0 |,a nenhuma
consideração que me demora do pois que aquella
cicatrizse confundiria facilmente com a« que eostumio fa-
pro ponto ie dar a Deos o
que é de Deoi, e a César o que i zer aa bichai. >
ue tft^ar.
Notai, lenhores , que o Sr. direito soube do feri-
juiz de
EM 12 D E MAIO DE 1857.
233 [SESSÃO

toral; e guardárão todas ns reclamações para as rirem fazer


mento pelo que lhe disse o paciente, e não porque as aulo-
na camara dos Sr3. deputados
ridades lhe. informassem que havia um corpo de deltcto-em
falta O Sr. Fhisa : — O
juízo, ao qual consultasse , para não commetter uma collegio eleitoral não conhece da qua-
mpefrdoavel.! liíicação.
Senhores, não sei como um homem da lei pôde pretender
O Sr. I.ciz Cíhi.ok : — Oh ! senhores , nem um protesto,
de sangue , quando o exame á feito
guiar-be pelas nodoas nem uma reclamação , e vem tudo para a camara ! Senho-
posteriormente.... res, a quem devo acreditar mais T Ao candidato que se
dos eleitores , ou ao ad-
O Sr. Fjusa : — Mas foi no proprio collete. queixa de augmento do numero
ministrador da provincia, que, ouvindo as autoridades com-
O Sn. Luiz Carlos : — O indivíduo não guardou o collete nãx> foi excedido ?
petentes, marcou esse numero que
De-
para mostra-lo; ónatural que o tivesse mandado lavar. Portanto , meus senhores , a accusação que por este lado
mais , aca.«o ignora o Sr. juiz de direito que com um estile- se faz em relação a eleição da Tapera não é seguramente
te se pôde matar tanto como com uma espada ? Senhores , uma accusação séria , e eu não me demorarei em refuta-la,
•>m um canivete de aparar pennas se pôde matar do mesmo remettendo-me ao que a commissão expendeu no seu pare-
modo que com um do corpo .em cer. Nôs não temos certamente melhores dados para conhe-
punhal, conforme a parte
ijUe entrar o canivete. cer da qualificação do que teve a preBidencia da provincia.
O Sk. Filía : — Leia para diante. Ku disse â camara, quando foliei a respeito da eleição
de S. Felippe , que accusava-se esaa eleição por dous moti-
O Sr. Lliz Cari.os : — Termina aqui vai fallar em ru-
vos: primeiro , pela repetição do noffici na qualificação ;
e eu
tra cousa ; nada rnaia accrescenta aobre este ponto; segundo, por haver individuts que não estavüo qualificados,
não posso deixar de reparar que o Sr. juiz de direito quizes- e então prometti muis tarde tocar nesta questão ; vou pois
se formar seu juizo pela existência do sançue , porque o fe- cumprir a minha promessa.
rimento podia ser grave, e , segundo o instrumento com Apresenta-se certidão da secretaria do governo a respeito
o sangue.
que fosse praticado , não existir de diversos indivíduos que não estão qualificados , e o Sr.
Acaso o juiz de direito disso ao presidente da provmeia Dr. Tiberio apresenta também outros documentos tenden-
tinha
que tinha havido um auto de corpo de delicto , que tes a provar a qualiiicação indébita do outros eleitores.
havido um ferimento constante desse auto ? Emittio 911a A commi»3ão 110 ecu parecer emittio a sua opinião a se-
opinião a este respeito 1 Perdoai-me, senhores , que sois
melhante respeito, e ella não tem a presumpção de esperar
amigo do Sr. desembargador Bahia; perdoe o Sr. desem- recebida pela camara doa
que essa sua opinião seja aceita e
bargadoi P.ahia aelhe faço injustiça ; mas em minha con- Srs. deputados ; mas é minha convicção individual que ,
sciencia não posso dar a esse ofncio uma irnportancia tal daquelles recursos naturaes
da in- quando se deixa de lançar mão
que me faça abalar a convicção formada a respeito que a lei estatuio, nada se prova mais do que
falta de j usti-
ustiça da causa que se quer defender. eleitoral , no seu art. 56,
ça. Vós sabeis, senhores, que a lei
Ha um ofíicio do vigário da freguezia que também parti- estabelece que quando a mesa parochial reconhecer que
cipa a 8. Ex. Revma. o Sr. arcebispo , que o ferimento de
fora votado para eleitor um indivíduo que o não devera ser,
Quirino foi tão levo que elle julgava que a igreja não ficou expeça-lhe, não obstante, o diploma, expedindo outro tam-
reconhecer
polluta ; e que, ihdo visitar n Quirino, não pôde bem ao supplente , remettendo ambos estes cidadãos para o
o oriíicio da ferida , porque Quirino havia applicado bichas,
collegio eleitoral, o qual deverá tomar em separado os votos
e uma bicha tinha pecado no dito oriíicio. Senhores, o codi-
destes dous cidadãos , aíim de que as camaras possão fazer
go criminal nao commetteu aos vigários..,. a devida justiça tirando o voto indébito a quem se tenha
ao Sr. dado , e dando o legitimo a quem de direito competir ; a
O Sr. Fiusa : — Esse é da parcialidade contraria
mesma disposição se encontra no art. 71 em relação aos
Tiberio.
eleitores que os collegios reputem nulloe.
^
O Sn. Luz Carlos : — .... c nem mesmo nos magistrados Preterir, portanto, os recursos que a lei estabeleceu, dei-
a formação de corpos de delicto ; commetteu isso a árbitros, x ir de recorrer As mesas parochiaes e aos collegios eleito-
c esse auto foi feito por árbitros competentes , doutores em raes para vir pleitear semelhante causa perante as cama-
medicina ; por conseguinte, a que vem o oflicio do Sr. viga- ras , é, em minha opinião , seguramente uma sorpresa, á
rio julgando da natureza do ferimento , da sua intensidade com o seguinte principio : vigi-
qual se deveria responder
t das suas conseqüências ? Eu pois entrego também á apre- liantibus et tion dormientibus sururrit jus Não será isto querer
ciação da camaia o ofiicio desse Sr. vigário. Não o leio por- sorprender a camara dos Srs. deputados e pô-la na contin-
não adianta de um candi-
que jã estou muito fatigado , e mesmo porque gencia de praticar uma iniustiça em prejuízo
Sala ao que já foi lido. dato que pódo ser o verdadeiro escolhido do povo , mas que

Me parece que tenho demonstrado as razões que deteimi- deixa de o ser por estns requisições ou pretenções que appa-
nârão minha consciência a decidir-se pela validade da ciei- recem post fac.ta ? Seguramente.
çri.o de S. Felippe feita na matriz, peln nullidade
dessa du- Pelo que tenho dito a camwn verá que a cornmisaao , nos
feita ou não na Conceição Velha , e pela nuliidade rotos que tirou pelas nullidades que encontrou nas eleições,
e ambas as eleições que se fizerão em Maragogipe ; a pri- ao Sr. Dr. Pedro Muniz do que ao Sr. Dr.
Slicara prejudicou mais
meira , porque não posso reconhecer legal uma eleição que Tiberio Sim , os votos que a commissão aconselha que se
é feità, sendo presidida por um 6egundo juiz de paz com os tirem , P' la npprovação ou não approvação das eleições pa-
quatro mesarios que 6C r«tirárão da freguezia ;
e nào a se- roehiaes, sommâo contra o Sr. I)r. Muniz 87, e contra o
. gunda, porque na recomposição da mesa houve-se
o 1® juiz Sr. l)r. Tiberio 79. Eu trago esta circumstancia , que pa-
de paz com toda a irregularidade ; o também porque ae deu Tece de pouco momento, para mostrar á camara a irnpnrcia-
? uma viciação essencial na eleição pela introducção de listas lidado com que se houve a commissão.
na urna; facto este , senhores , que está provado por uma E ainda farei a seguinte observação, que a respeito desses
justificação jurada, pela representação
da camara munici- eleitores qualificados ou indébitos , além de que o adversa-
pai, e que ainda não foi contrariado
senão pela asseveraçao rio do Sr. Dr. Tiberio apresenta certidões em contrario das
do Sr. juiz do direito, que informou de um modo um
pouco do Sr. Dr. Tiberio , porque as deste são extrahidas da se-
ligeiro , e que nem disse a origem donde tirou essa infor- cretaria do governo , o a» daquelle são extrahidas da secre-
mação para responder ao presidente da provincia que o tinha na ca-
taria da camara municipal, e como os livros existem
incumbido de semelhante missão, como já provei, c conse- mara municipal eu não tenho duvida de acreditar mais nas
guintemente não pôde vantajosamente
destruir as provas certidões que vem da mesma camara municipal que se refe-
na secretariada
em contrario. rem aos livros, do que nos que existem
Vamos A Tapem. Senhores , a respeito da eleição da Ta- presidencra , que são uma
cópia....
a accusação que se faz é sobre excessivo numero de '
^w ra O Sr. Fujsa : — Authentica , diz
a lei.
¦
eleitores. Eu não fatigarei a camara , c me reportarei a s»
ser anthentica, se o i ,
Tnelhante respeito áquillo que vem escripto no parecer da O Sr. Ixiz Carlos : — pôde
' 'oommissao.
Direi apenas que o presidente da provincia mas são uma cópia , e eu gosUi da recorrer ao próprio ori-
mandou proceder a todas as informações , onvindo as au- sinal.
torldades a quem julgou dever ou rir ; epor ultimo determi- Mas , dizia eu, além destes cortidões em contrario que
Muniz. , e d» mais alguma outra
«ou que a Tnpera devia dar 62 eleitores , como eflfectira- apresenta o Sr. Dr. Pedro
jnente deu. Nenhuma reclamação ss fez então , nem antes nm ou out o oleitor indébito que concorreu para
para provai
faço aigu-
da eleição , nem durante ella , nem perante o collegio elei- a eleição do Sr. Dr. Tiberio, mas que eu diBto não
SESSÃO EM 13 DE MAIO I)E 1857. 2,39

mento de peso pelos princípios que tenho tido a honra do çBea que concede loterias á Associação do S. Vicento da
offerecer á consideração <la câmara dos Srs. deputadas, direi Paulo, e a
que concede dou* anuos de licença ao contador da
que a somma destes indivíduos apontados polo Sr. Dr. Ti- thesooraria <la
província d« Maranhão; e que o mesmo
berio é de 13; n maioria que a commissão reconhece no senado adoptou, e vai dirigir á ssncçào
imperial, a rcsolu-
Sr. Dr. Pedro Muniz a respeito da votação para deputado çuo oue antorira o governo a
passar carta do xinturalisaçüo
em relação ao Sr. Dr. Tiberio é de 31; poia bem. levando, de cidadão braziieiro a diversos. — Inteirada.
senhores, o vosso escrupulo ao ponto de deduzirdes da vo- Outro do mesmo socr^tario,
tação do Sr. Dr. Pedro Muniz estes 13 voto«, ainda aísim o participando que tnmbem o
senado adoptou o vai dirigirá «aneção imperial
aB resoluções
Sr. Dr. Pedro Muniz fica com 18 votos acima da votação do
que approvão as aposentadoria, d- s juizes de direito Fran-
Sr. Dr. Tiberio. «soo de Paula Weiros Sayão LotatO
e Francisco Vieira
Taes são, Sr. presidente, as razSes que mo movfrSo a c.a Costa. — Inteirada.
assignar o parecer da commissão contra a admissão do Sr.
Um requerimento de Antonio de Freitas
Dr. Tiberio, o que muito sinto; mas eu não tenho om seme- Guimarães,
administrador dos bens da capeila de Nossa Senhora
lliante questão senão um único interesse, o interesse da das
MercOs da freguezia da Imperatriz,
verdade, o iaterease da justiça, e sobretudo mostrar que província do Ceará
pedindo dispen 1 na» leij do amortização
empreguei todo o esforço da minlia ainesquinliada iutelli- paru possuir ò
terreno que foi doado para pairimonio da imeama capeila
gencia em estudar uma intrincada e laboriosa eleição para o
corresponder, ainda que muito fracamente, A honra que igualmente outros bons de raiz até o valor de 5:0008.
recebi da camara doa Srs. deputados quando me designou A' commissão de fazenda.

para essa commissifo. Tenho concluído. Outro de Manoel José Teixeira Barbosa,
pedindo paga-
O Sr. Foscaiso Barreto : — Quanto & amesquinhada mento do quantias — A" oommisaão
in- que so lho dere. ds
telligencia, não apoiado. fazenda.

0 Sr. Silveira Lobo : — Fallou muito bem, Outro de Joaquim José do Oliveira, subdito
português:
pedindo dispensa de lapso do tempo para poder naturalisar-
A discussão fica adiada pela hora. te cidadão braziieiro.—A' commi*ejio do constituição.
Dada a ordem do dia, levanta-se a sessão. Achando-so irn sala immediata o Sr. João
da Silva Carrão
deputado pelo lo districto da
província do S. Paulo, é introl
duzido coinas formalidades do estylo,
presta juramento a
toma assento.
Sbskuo cm 13 ilo Halo. O S*. Augusto bi: Ouuin: — Peço a V. Ex.
qne sa
digne dar pura a ordem do dia, logo
PRESIDE!SC1A DO &R. que julgue conveniente
VISCCNDR DF BAEPEXDY. um parecer da mesa dado sobre uma indicação
que tive a
honra do submotter á consideração da caca relativamente
Summario. — Expediente. — EleiçHo do Maranhào. — Ordem A. publicação dos debates. Sendo esta a
do dia. —ElsiçtX) da Bahia. Discurso do Sr, Cândido Mendes primeira sessão da
uma legislatura nova,
partee ser opportnno discutir-ae
A's 11 horas, feita a chamada, achando-se quanto antes esse
presentes c« parecer.
Srs. Silveira Lobo, C«;rqueiro Leite; Pues Barreto^ Francisco lambem peço a V. Ex.
que se digne dar para a ordem
Campos, Costa Pinto, Mondea da Costa. Landulpho. Fiu»a, do dia, quando
julgar conveniente, um
projeeto quo jà
Augusto de Oliveira, Souza Leão. Aguiar, Gavião Peixoto, passou aqui em 1» discussão sobro o Vinculo de Itambó, iui
Paiva, Machado, Benevides, Cyrillo, Fernandes da Cunha, província de Pernambuco,
Sampaio Viunna, AugustoChaves, Fernandes Vieira, Sérgio O Sr. Presidente : — Tomarri na devida consideração o
de Macedo, Pereira Pinto. Viriato, Sá e Albuquerque, sil- requerimento do honrado membro.
vino Cavalcanti, Franco de Almeida, Paranaguá, Cândido
Mendes, barão do Camaragibe, Toscano 1 «arreto, Calhoiros,
Pinto de Campos, Villela Tavares, Nebias, Antunes de ELEITO DO MARtNIlXo.
Campos, Diogo Velho, Madureira, visconde de Baependy,
Athaide, Barros Pimentel, Dias Vieira, Serra Carneiro, (1* districto.)
Jacintli© do Mendonça, Miguel do Araújo, Aleantara Ma-
chado, Pinto de Mendonça. SalathieL, J. Marcondes, André jÁf-sa o seguinte
parecer:
Bastos, Coelho de Castro, Paulino, Cruz Machado, Bartttsa, € A commissão do
poderos, a quem fbrao presente* os
Felippe de Araújo, Pereira Franco, Augusto Corrêa, Ferra/, diploma» dos Sr». Dr». Joaquim Gome» da
Souza o Antonio
da Luz, Pedreira, Belfort, e Flavio, abro-se a eessío. de a rito Souza Gayoso, deputado e «upplento,
eleito» pelo
4" districto eleitoral da
Li-se c approva-se a acta da sessão antecedento. província do Maranhão, tendo exa-
minado aceuradamente os mesmos diplomas, rs
actas da
Depoi» de aborta a sessão comparecem o» Srs. Silva Mi- respeotiva eleição, e diverso» documentos,
randa, Brandão, Pacheco, Bezerra Cavalcanti, Torres-He- pasta a exnôr o
«eguinte:
mem. Pederneiras, Peixoto de Azevedo. Cunha Mattos, c Em conformidade do disposto no
Araújo Lima, Dantas. Almeida Pereira, Luiz Carlos, Lima § 4* do art. 1* do
docreto n. 1,803 de 1!) de Agosto de lUSM,
e Silva, Gonçalves da Silva, Costa Moreira, Paranhos, barão que dividio a
de S. Bento, Martinho Campos, Baptista Monteiro, Mon- província do Maranhão em districto» eleitoraes, o 4- (ji»_
tricto, cuja »éde é a villa de Itapucurumerim, tem
teiro de Barros, Cunha Figueiredo, e Tobias 1 ^ei te. dou»
collegios; o primeiro,
quo »o reúne no paço da camara mu-
O Sr. 1® Secretario dá conta do seguinte nicipal da mesma villa, e comprohendo »eto fregnezia»; o
secundo, que se reúne no
EXPEDIENTE. paço da cair ara municipal da
villa dn Tutoia, e comprehende troa freguezia».
« Reunirão-»o no
Um officio do ministério do império, remettondo um oíli- primeiro oollegio 50 eleitores, a saber:
os lr> da freguezia do Itapucurnmerim, o» 11 doMearim,
cio dopresidouto da província do Mina»-G«racs, acompa- 7
'do
do Alto-Moarim, faltanrto com causa justificada 5: 7
nhando as acta» parochiaes do 1G° districto eleitoral dca»a
Coroatã, faltando 2 com causa e 9 som
— A' oommissão de justificada, cila; c,
província. podore*. finalmente, 3 dos 5 primeiros votados na freguezia da
Ana-
Outro do mesmo ministério, enviando rs acta» parochines jatuba, faltando 2 sem causa, e li dos 10 excedente* ao
dos municípios da Cachoeira e Rio d* Contas, oem como numero legal, faltando 4, sendo o» voto» <la.it»s (i
tomado»
da eleição da de Santa Cruz, tudo da om separado, porque a freguezia elegeu 15 em vez de li,
paiochia província da quo
Bahia. — A' mesma commissão. lhe competia dar, o não compnrecOrão 12 eleitores da V ar-
gem Grande, e 16 da Chapadinha, onde so
Outro do mesmo ministério, communicando que sc expe- prova que não
dio aviso ao houve eleição.
presidente da Bahia para mandar proceder n « Dos 44 eleitores supradit09 obtiverüo votos os Sr». Dr.
um exame severo sobre os livros
que servirão nas duas
eleições da Gomes de Souza, 44; Dr. Gayoso, 31; tonente-coronal .loa-
parochia de Sauto Antonio das Queimadas. —
Inteirada. quim Serapiào da Serra, 13; recahindo^os votos dos 6 elei-
tore» de Anojatuba, tomados em separado, nos dons
Outro do lo iecretario do sanado, pri-
participando que cons- meiros.
tou ao senado
que S. M. o Imperador consente nas reeolu- * O collegio funccionou no lugar designado
polo decreto,
archivo

No

da

tal

eollegio,

de

actas

existência

ds

menção

cidadã

dos

Cinco

assignado

vem

Grande,

elles

entre

fraude,

vigário

foi

que

que

fre

da

eleição

4'

ju

polo

presidida

casa

em

Lisboa, feita

fosse

ainda

quando
SESSÃO EM 13 Dli MAIO DE 1857. 2U
rills, deixou de comparecer, não tendo antes feito convoca- O Sa. M»mj*ki«a : — Sr.
presidente, o objecto deste ca-
yâo de eleitores supplentes e votante»; que o 2* juiz de paz recer é muito importante.
Manoel Tito de Moraes, (Apoiados.)
que mora na villa, cão foi convidado rata-se de direito» entre
dou» cidadão»
para presidir eleição alguma, que no dia 2 de Novembro assento nesta casa. A commisoâo que reclamão um
coraparecêrão na missa conveiita&l algumas p««soas procurou ser bastante cs-
4ue crupulosa, e deu o seu
«rão eleitores e suppl.nte», e pouco mais de quarenta que parecer, ma» «u entendo que «endo
° "
jocto tão grave , deve ser impresso primeiramente
erão votantes o 3" de Francisco
qualificados; e juiz paz " *?" trabalhos
Xavier Coelho, ca Igreja, e que as . para depois entrar
que pouco se demorarão ¦>m >4; imi. a
^A>""ai0' ) N«*tc sentido requeiro a V. K.x.
actas da supposta eleição, damdo como tendo comparecido Z, èZnh .
que consulte a casa se con»cute ou não na impressão.
498 rotantes, forão assignadas nesse mesmo dia 2, em uma
casa particular pertencente ao padre Raymundo José Lecont d-hontem o Sr.
da Fonseca. O proprio 3» juiz d» paz confirma o facto, e diz
cjtte se assiguou taes actas foi a inatancias de Kicardo da
silva Ferro, um dos mtsarios do supposto cellegio.
« Demonstra-se também por documentos officialmente re-
mettidos que na freguezia ia Chapadinha não houve eleição
ORDEM DO DIA.
de eleitores no dia 2 de Novembro, nem depois; que compa-
recendo na missa conventnal de 50 a 60 pessoas que «rio vo-
tLEIÇXO DA 1AUIA.
tantes, retiràrão-se depois da missa ; • que as netas da sup-
posta eleição de eleitores, escriptas em um livro aberto por
Antonio da Costa Araújo, que estando no exercici* do cargo Continúa a discussão adiada do
parecer da commissâo de
de subdelegado de policia não podia estar no de vereador, poderesBobre a eleição do 3" districto eleitoral da
para provincia
assim proceder, e que não foi o juiz de da Bahia, com a emenda apoiada.
paz presidente da
eleição, e sim Antonio da Costa de Oliveira, forão feitasclan- Mehdei : — Sr.
destinamente, deixando-se em branco vinte linhas
.' , P*™D,BO presidente, a leitura me-
pautadas, ditada do parecer da honrada commissâo de
naB quaes depois se escrevêrâo tom tiuta e letras diversas poderes, que
se acha sobre a mesa, o exame e confrontação
dezaseis nomes que fiz das
para eleitores, e quatro para supplentes, dia- premissa» e conclusões do parecer da mosma commissâo
tribuindo-se com as exposições e documento»
por elles os votos que deverifio conter 979 cedu- que tem sido publicados
Ias correspondentes ao numero de votantes que se deu como induzirão-me a abandonar o
propósito em quo estava de
tendo comparecido. A commissâo examinou o proprio livro nao tomar parto em debate» sobre
«ias actas remettido pela camara municipal ao presidente da questões eleitoraes como
as que se tem aventado na casa.
província, o qual em seu officio fez reparo de terem cabido L foi por isso, Sr.
presidente, que solicitei hontem a pa-
a tjdos os comes dezenas e não unidades de votos, não lavra com o íim deius.tificar o meu
voto nesta questão, e
obstante ir a votação d''crescendo, excepto ao ultimo nome, á camara alguns
prestar esclarecimeatos. de maneira
ao qual coube 224 votos, qne
porque as quatro unidades pre- possa dar um verdict em assumpto tão
fazião a «omma precisa; e também notou com reparo justo grave.
que Lu não sei, Sr. como
presidente, a honrada commissâo de
cesta eleidão essa freguezia só disse
quatro sapplente» vo- poderes, empregando, como cu, o mesmo instrumento
tando 979 cidadãos, tendo jà na legislatura no
passada dado exame destas cloiçõe», na apreciação
e discriminação d«
sómente tres supplentes, e tanto nesta como na legislatura iactos controversos
pôde chegar a um resultado diverso de
sido votados para juizes de
paz apenas seis iudivi- que aconselharia a equidade c a recta razão !
Snssada
uos.
« A commissâo não O Sa. Fiuia . — Apoiado.
pôde deixar de lamentar que figuras-
Mm nas eleições das duas freguezias da Vargem-Grande O Sa. Cândido Mendes- — Talvez eu
e esteja cm erro; aou
Chapadinha os nomes das homem, e tanto basta. Além de
pessoas qne nellas ocoupavão os que, não ha Hercules contra
cargos policiaes, Begundo foi informada, e dous, e menos contra tres; accrcscendo
que forão desti- que cada ura dos
tuidos aos mesmos cargos depois da eleição secundaria nobres membros da commissâo deixão-me
pelo A larga distancia,
presidente da om razão dos seus merecimentos a todos
provincia, assim como forão os subdelegado» os respeitos; mas
do Jlearim e Alto-Mearim, felizmente nem sompre a verdade acompanha
que tiverão parte nas duplicatas o numero e o
daquellas freguezias. talento. Esta consideração consola-me
e vigora o meu espi-
« Era vjsta d» todo o explendido a eommisBâo rito, tanto mui» entro
conclue pela quanto nesta debato com a segurança
nullidadeda eleição do supposto collegio, e de todos os elei- quo dà a certeza de (}uo outro interosse me nfio
o interesse do bom direito, e do guia senào
tores que figurão ter votado nelle, com exeepção de nove alto conceito que deve me-
eleitores do Coroatá, e de dous de Anajatuba, recer esta camara
que não com- perante o paiz.
Sr. presidente,
parecSrão no legitimo collegio sem justa causa. poucas relações nutro com qualquer dos
contendores que dispuião um lugar nesta
«E assim t a commissâo d» parecer : casa. Conheci o
Hro Moncorvo e Uma na Academia
« 1° Que sejão approvadas as eleições das freguezias da Jlbefio
de Olinda, aonde fui seu contemporâneo; bem
fracas rela-
Tutoia, Arayores, b. Bernardo, Coroatá. e Anajatuba, onde com elle outretive; e
yões quanto ao Sr. Dr. Pedro Muni*
cão houve duplicatas, annullando-»e os Barreto de Aragão, apenas conheço de alguns
diplomas dos eleito- dias; mas
res de Anajatuba excedeiit b ao numero devo declarar & camara
legal, e dos 10 sup- que tenho o mais vivo sentimento
plcmtes de S. Bernardo, que indevidamente votArão como de nesta oocasião
«leitores; e também pronunciar-me contra suas protoncOe».
que sejão approvadas as eleições das Considero-mo,
freguzia» do Itapicurumerini, Mearim portanto, na perfeita posição de juiz quê
e Alto-Mearim, pru- sem nenhuma
julga prevenção de odio ou affoiçüo.
de 00
eedifici^ d°:.^d^,X O Sa. Filiai—Apoiado.
« 2.» Qae sejão annulladas as O Sa. Cahdido Mh.miks:—O estudo dos documontos
duplicatas das tres ultima.
qne
freguezia», feita por juizes de a casa toda tem cousultado, o debate da imprensa
paz incompetentes, fóra que cu
dos lugares designados pela lei, sem as solemnidades tenho acompanhado, e a argumentação da honrada
preci- com-
ias ; bem como as eleições clandestinamente missão de
feitas nas fre- poderes produzirão no meu espirito a profandu
guezias da V arpem-Grandee Chapadinha. convicção de que o deputado legitimo
pelo 3« districto ciei-
« 3.' Que sejão reconhecidos : deputados toral da provincia da Bahia é o Sr. Dr. Álvaro Tiborio
pelo 4- districto
eleitoral da do Maranhão, o Sr. Dr. Joaquim Moncorvo o Lima.
província Go-
mes de Souza, e sipplecte o Sr. Dr. Antocio de
Brito Souza O Sa. Filsa : — Apoiado.
Gayoso. '
4 * Que se remetta cópia deste O Sa. Cândido Mlmdi s : Se elle não<é o deputado, estas
parecer ao governo para
mandar eleições difficilmente se sustentarão; a camara não
prooeder criminalmente contra os autores das du- poderá
plicatas das tres freguezias, «das eleições clandestinas das valida Ias; e pareoe-ine
que a este respeito não podem ha-
duas outras o do supposto collegio. — L A. da Cuuha ver duas opiniões: ou o Sr. Dr. Álvaro Tiberio é o deputado,
Mat-
'?*¦ ~ Jwlinian» fíaplúla ou catas eleições são cullas.
Mídurtira. — J. J. Pachtm. (Ven
Cldo.)
O Sr. Fbmandís da Clniu : —Nego ambas as cousas
« Voto
pela nullidaJe desta eleição , alim de se proceder O Sa. Cândido Mkndks : — Eu justificarei o meu voto
a nova, como na discussão
direi. — J J. Pacheco. » acompanhando a honrada commissâo em todo o seu traba-
tomo I.
31
242 SESSÃO EM J3 DE MfrlO DE 1857.

llio, analysando o sau pareccer c a eleição de cada uma das da apuração dos votos dos eleitores,
que nenhuma luz mi-
freguezias que tem sido contestadas, eespero, tal é a con- nistrão sobre a eleição e seu processo.
Que signiticação po-
fiança que me inspira o bom direito que a camaia dos Srs. dem ter semelhantes papeis
(mostrando as actas) ? Nada; 6
deputados, ornada da tantas illustrações, educada na severa uma inutilidade.
moral do catholicismo, justiceira como tem sido, não dei-
Uma toz : — Então não servem nem para um nem para
xar/l do satisfazer as vistos da maioria dos eleitores do 3<> utro.
districto eleitoral da Bahia, conferindo áquelle cavalheiro
um assento nesta casa, assento a'que elle tem direito por O Sr. Cândido Mendes : — Portanto a commissão não foi
exacta assegurando
JU lis de um titulo. quo examinou muito bem este negocio.
Antes de entrar na analyse do releve a camara que O Sr. Fernandes da Cunha : — Mas a exposição con-
parecer
eu faça uraa confissão. A primeira vez que li o trabalho corde dos deputados ?
da commissão, meu coração ficou repassado do tristoza, e
O Sr. Cândido Mendes:—Isto não basta; a nobre
creio que esta impressão sentirião todos os que mostrão inte-
commissão devia escrupnlosamente examinar todo
resse, que zelão a boa fama desta augusta corporação. pro-
cesso eleitoral. E a este respeito cumpria
Parece, Sr. presidente, que a honrada commissão de po- que a camara to-
masse uma medida, mandando
dores na redacção deste parecer não manifestou toda a cal- processar as mesas paro-
chiaes
ma e moderação que exigia semelhante documento. Parece que não remettem em tempo ás secretarias das pre-
sidencias todo o eleitoral de suas respectivas
do juiz, a linguagem da commis- processo
que em vez da gravidade eleições,
são resente-se aa do adversario.... pois quo a i sso so achão por lei obrigadas.
E além disto, sem que irrogar uraa injuria ao
pretenda
O Sr. Ficsa : — Apoiado. nobre presidente da Bahia, cujos merecimentos estou longo
— .... de contestar, muito conviria
O Sr. Cândido Mendes : que arhando-se nessa ele- que a camara nos pareceres
sobre verificação de
vada posição, dalii chama a contas, fulmina seu antago- poderes approvasse um voto de censu-
ra aos presidentes de
nista. provincia que transroittindo taes pa-
peis para serem presentes á camara não examinassem so
O Sn. Filsa : — Apoiado. o processo década eleição parochial e secundaria vinha ou
O Sr. Cândido Mendes : — Tenho bastante sentimento em não completo como se faz sobremodo preciso,
para que pos-
enunciar este pensamento ; porque vejo assiçnado no pare- samos apreciar com verdadeiro conhecimento de causa se a
c»r como relator o nobre deputado pela província de Minas lei foi ou não religiosamente observada, tanto nas freguezias
debate ; o nobre deputado, cujas ma- como nos collegios, e poupem-nos o desgosto de compulsar
quo me precedeu neste
neiras cavalheirosas, cujo tratar ameno estão tão pouco de papeis tão inúteis como estes. (Apoiados.)
accordo com a linguagem pouco generosa do parecer. Pro- Infelizmente, Sr. presidonte, as omissões a este res-
metti acompanhar a nobre commissão no exame do seu tra- peito são em larga escala, não acontece sómente na Bahia,
balho, e portanto começarei a analyse. e por isso convém muito se lhes ponha termo. Se as
que
Farei a leitura do exordio do parecer paia que a camara mesas parochiaes, logo que so ultima a eleição, não remet-
me faça justiça na apreciação das considerações que tenho a tem ao governo cópias authenticas do
processo eleitoral,
devem as presidências multa-las ou fazc*las
fazer. processar, exi-
< A4« commissão de poderes examinou o processo elei- gindo essas copias das camaras muuicipaes, para onde, em
toral primário e secundário do 8o districto da provincia viitude do art. 59 da lei regulamentar das eleições, são re-
da Bahia, c vem écerca delle emittir o sou juizo. mettidos para archivar os livros de taes eleições. Se as ca-
« O referido districto foi organizado pelo decreto de 27 do Jnaras municipaes, em lugar de remetterem ás
presidências
Agosto do nnno passado com 11 freguezias pertencentes aos essas cópias contendo todo o eleitoral, se portarem
processo
municípios da Cachoeira, Maragogipe e Tapera. como neste caso se houve a da cidade da Cachoeira
(apttia-
€ A commissão submetterá á illustrada consideração da dos), devem as
presidências multa-las ou fazê-las processar
•amara todo o seu pensamento ácerca da regularidade do quando deixem ae satisfazer a suas recoramendaçõos.
de cada uma das mencionadas parochias, Em vista do quo tenho exposto, como, Sr.
processo eleitoral presidente
e legitimidade dos poderes dos cidadãos designados pelas pôde a nobre commissão, não tendo presentes os processos
urnas para as funeções do eleitorado. eleitorues de tantas freguezias, apreciar a legalidade de suas
€ Município da Cachoeira.—Nesse município as eleições respectivas eleições, quando se não sabe como forão orga-
corrírão regularmente nas parochias dn Cachoeira, Oiteiro nisudas as mesas, como le fez o recebimento das ccdulus,
Redondo, Iguapc, Muritiba, Santo Estevão, em cujo processo quem votou, quem não votou, etc.?
eleitoral a comissão não pôde nem presumir vícios, porquo as Continuemos na leitura do
parecer. (Lê.)
respectivas actas estilo conformes coin o que dispõe a lei, e Quanto ás eleições das freguezias de Cruz das Almas c
oontra cilas nenhuma objecção 6 produzida pelos dous can- Conceição da Feira, estou do accordo com as
premissas que
didatos que disputárão a honra de representar nesta camara a illustie commissão estabeleceu, e com as conclusões
que
o 8» districto da provincia da Bahia. » tirou. Ahi pôde ella ostentar sua^imparcialidado com toda
Sinto, Sr. presidente, não ver nesta casa o illustre relator a galhardia. Não lhe quero fazer nesta piirte a mínima
dacommissão de DescjAra que S. Ex. me dissesse censura; mas permitta a casa quo sempre lhe diga, foi o
poderes.
como pôde a commissão chegar a semelhante resultado. mel pelos beiços que a nobre commissão quiz dar A camara,
Compulsando os papeis desta eleição não encontro o pro- pois logo se desvia desses bons princípios do justiça e
ce«sso eleitoral de taes freguezias, e entretanto a commis- equidade.,..
são diz com tanta segurança que examinou-o, que acha que O Sr. Fiusa : — Apoiado.
não ha cousa alguma a notar-se, e que tudo estíi em regra,
O Sn. Cândido Mendes : — Em verdade não ha
muito bom feito! ! Apenas encontrei uma cópia das actas que no-
certo não são tar-se no parocer quanto a e&sas freguezias ; o pro(«der da
de apuração dessas freguezias, quo por
Como pôde illustre commUsão merece ser elogiado
suficientes para se chegar Aquelle resultado. por todos os que
exame, entrar na in- paredão o triunapho da verdade.
pois a commissão proceder a esse
Em Cruz das Almas o 1®
vestigaçüo dos factos? Como pôde conhecer que a lei tinha juiz de paz competente para pro-
sidir a eleição não compareceu no lugar desig-
sido executada a ponto de ute presumir vicios em tao3 para esse fim
nado. O 2° acquiesceu pelo seu comportamento â determi-
eleições, Be não existem entro esses papeis cousa alguma
dO luz para se apreciar o processo eleitoral? Pois por- nação da presidente du
que provincia, ou não quiz prestar-se a
nenhum dos contendores reclama contra as eleições presidir á eleição.
que
dessas freguezias, devia a honrada commissão dizer que O Sr. Fernandes da Ci'nha : — Compareceu e votou.
tudo foi muito bem feito? Por ventura são estes os únicos
O Sa. Cândido Mendes : —Compareceu e votou, não ha
interesses a quo oumpre attender quando se investiga se
duvida, e portanto acquiesceu á decisão da presidência.
uma eleição loi bem ou mal feita? Cumpria examinar-se
Neste caso o 8» juiz de paz legalmente « eleição,
tudo, porgue somos aqui os guardas b defensores da consti- presidio
visto que não se querendo prestar o 2° j uiz de pnz, a fre-
tuição e das leis.
— O nebre deputado não guezia não devia ficar sem eleitores prejudicando-^ o di-
O Sr. Fkrnasdks da Ccniia : reito dos votantes para ahi convocados. Contra essa elei-
achou as outras actas ? Pois eu as achei. çüo apresentou-se uma reclamação, e a commissão desatten-
O Sr. Cândido Mendes : — O nobre deputado me faria deu-a, foz muito bem.
special favor se m'as mostrasse. Encontrei sómente actas A principal objecção apresentada por um dos contendores
SESSÃO EM 13 DE MAIO DE 1857.
243
foi que na freguezia de Cruz das Almas houve saltcamento ranço neste seu
na chamada dos votantes. Em verdade deu-se este facto, isto parecer, pois que recorrendo A nossa legis-
laçao nao encontro uma
só disposição do lei quo esteja em
<5, votantes
que pertencião a um districto distante do local vigor justificando semelhante
asserção; polo contrario nosta
onde se fazia a eleiçuo, não
podendo dar logo seus votos, e questão eo opposto
não tfio pouco demorarem-se nesse lugar, onde a ^ue se verifica, hgtmkabemus. (Apoiados.)
A illustre commissão
podendo acreditou nas decisões do presi-
subsistência e agasalho erão sobremodo diAlceis, a mesa dente da província da Bahia,
por e não curou do verificar so o
equidade concordou em receber do preferencia suas listas, nosso direito favorecia-o; mas
esse administrador, nãoob-
e depois seguio a numeração dos quarteirões que se tinha »ua '"««tração, claudicou
infelizmente na decisão
interrompido ; proceder que não inquinou a eleição, porque desta questão, mosirou
que desconhecia,
nenhum cidadão qualificado deixou de votar, e licoucora alterações que nesta que ignorava as
parte tem solTrido a nossa legislação,
is» prejudicado. Disse portanto muito bem a commitsão e a nobrecommissao fo, acompanl,ando-o
no mesmo Srd .
que não devia sacrificar o fundo ás formulas. ceder; a argumentação do actual
Aoutraobjecção que se apresenta contra essa freguezia presidente da Bahia foi o
^ "»3 -sidera*»,
cifra-se em ter-se na respectiva acta escripto os votos dos
queacabo^'fazer?
eleitores em algarismo, e não por extenso. Soria em verdade A lei n. 602 de 19 do Setembro do 1830,
rqais uma garantia para a validade dessa eleição se que deu nova or
por gamsação A guarda nacional do império, assim se exprime
ventura os votos dos eleitores fossem declarados
por exten- no art 16 : « O cidadão
que fòr nomeado ou eleito para qual-
so; mas essa falta não é uma condição essencial
para inva- ouer emprego
que dê direito a requisitar a força publica
lidar uma eleição, nem ha artigo de lei
que o determine. deixarA, durante o seu effectivo exercício, do servir
na guar-
Nao vejo portanto que a eleição de Cruz das Almas
^ pre- da nacional, quer como simples
sidida pelo 3° j uiz de paz se possa impugnar com vantagem. guarda, quer como ollicial
mas continuará a fazí-lo
llontem o honrado deputado relator Ia commissão como quando cessar legalmente a razão
do impedimento. >
que se mostrou arrependido de ter sanecionado com sua As palavras a casa acaba de ouvir são tão claras, ex-
assignatura a nullidade da eleição da freguezia da Conceição que
primem tão bem o pensamento do legislador na matéria su-
da Feira.
J*lta, que maravilha como se possa crear duas opiniões a se-
Mas, como poderia voltar atrás o nobre deputado melhante respeito.
por Mi-
nas? Pois porque o viciamento de um
processo eleitoral não Entretanto, Sr.
presidente, o presidente da provincia da
é feito na acta da apuração, deixa esso processo de ser irre- Bnliia, a quem se apresentou a doutrina
dosto artijro aíim do
gul^r e nullo? E como se poderia dar essa coincidência da combater uma
portaria sua julgando incompetente para
somnaa da votação com o numero de cédulas recebidas,
presidir eleições o 1» juiz de paz da freguezia cí« S. Kilippe
se se não sabia se esse numero era de setecentas ou do cento
por ser major de um esauadrão de cavallaria da
c tantas ? guarda 11a-
cional, desattendeu A reclamação recorrendo
lima eleição onde a convocação dos eleitores de alguns para isso a mna
especiosa interpellação daquelle artigo,
districtos foi sómcnte no dia 5 de Novembro, isto é, de combinação com
^feita a doutrina do art. II da mesma lei,
tres dias depois do designado quo a casa pormittirá
para esse iim; uma eleição vi- que também leia. Eis o artigo :
ciada na numeração e rubrica daB folhas do livro
onde as « 0 serviço da
actas forão lançadas, viciada também nus guarda naoional é obrigatorio e pessoal,
próprias folhas salvas as excepções declarada»
desse livro que forão substituídas, e cujas actas nãoeonti- nesta lei, c incompatível
com as funeções das autoridades
nhão todas as assignaturas dos membros da mesa;
uma que têm direito de requi-
sitar a força
eleição em taes circumstancias não publica. »
poderia sem escandalo
ser appi ovada camara. Conseguiu temente A doutrina destes dous artigos nada
pela a nobre com- tem de antínomical
inissio procedeu muito bem opinando ao contrario so harmonisão
pela nullidade das perfeitamente. O lim do legisla-
eleições de semelhante freguezia. dor foi tornar uma realidade o serviço da
guarda nacional,
Agora vejamos o reverso da mcdallm. e por isso estabelecendo sómonte a incompatibilidade
do
exercício simultnneo das funeções de
O Sr. Fiis* : — O contrario do mal. guarda nacional com
as da autoridade
quo tem direito a requisitar força publica;
O Sr. Cândido Mf.m»i:s : — Diz o exeluio todas as outras creadas
parecer : pela legislação anterior*
' Pcjippe. — Nessa freguezia e na motriz foi feita, Ora, a incompatibilidade de
como quo se trata na presente questão
11a C ruz das Almas, a eleição cora toda a regularizado, e sómente a do exercício BÍmultaneo de duas
fuucçõe» quo
por- o legislador entendeu
se observárão todas as formalidades
^ue legaes que prece- que so excluião, e portanto 11 que crcou
uem e acompnnhão o eleitoral. o presidente da Bahia, fundando-se em uma
processo legislação
« Entretanto o 1» revogada, não tinha cabimento algum,
juiz de paz procedeu A outra na capolla e ó insustentável.
cia Conceição v olha , e justifica o seu 1uo 0 1° do paz da freguezia do S. Kolippo aban-
procedimento coin a y°"° juiz
nllegação do ser olle o competente donava o exercício do
para a presidência da mesa posto da guar.ln nacional para presi-
dirá eleição
parochial, e ter sido expellido da matriz. primaria,não podia ser esbulhado doseincllianta
« Contra a direito.
primeira nllegação a commissão oppõo o facto
Mas, Sr. presidento,
de ser o referido
juiz de paz declarado incompetente pela prescindamos disto; supponhamos
da por um momento que alei era duvidosa,
presidencia província para as funeções eleitoraes, romn o questionável o
seu verdadeiro sentido, haviOo outra» disposições
forno toda* as outras que exereürão postos na guarda lia- 11a nossa
cional. ° legislação que a eselarecião

Ora, Sr. presidente, aqui temos uma 1'n Sr. Dspotado ;—V. Ex. disso oue o
asserção da nobre presidente igno-
commissão que não ú aceita rava a lei, e agora diz
por muitos dos iilustrW depu- que a lei ó duvidosa.
tados da província da Bahia O Sr. Cândido Míndes i — E' certo, disse
(iiguae.de ameníimenlo de au/un,
Sr,. deputado, d* Bahta); istoé, que o presidi u-
que em todas as freguezia» te a ignorava porque deu uma decisão a elfa contraria,
dessa província se obsorvAra este e
facto-que os niostrando-so-lhe a sua existência, nquello administrador
juizes do
P08t°S na "acionai deiriísem
de cm vez de cumpri-la fielmente combateu-a, sophismou-a
presidir eleiçOes por essa causa. interpretando-a contra o
quo revelão sua letra e espirito ,
O Sr. S*mpaio Viamiu —O ineu circulo mas suppondo, como
i um exemplo. jA disse, quo a lei era duvidosa 110 seu
texto, o presidente da Bahia, illustrndo como «>, tiulia um
O Sr. Cândido Mendes : — A nobre commissão
já eomeca meio de elucidar-se, poupando-se uo trabalho de argumentar
amostrar-se inexacta, o demasiado fnoilemarriaoar
nro- contra aB disposições dessa lei
posições que não apoiará com prova alguma.
Continuemos a leitura. O Sr. Fernandes d.% Cunha : — Avisos.
« Essa declaração de incompetência tem ,ru tutento tia O Sr. Cândido Mendes: — Não, cousa melhor quo os
lei
sendo certo eleição regular o legnt uno avisos; roliro-me ao decreto n. 722 do
que uma pôde ter
25 de Outubro de
nullificada, sf> alguém se reputa com direito 18.50, quo dá instrucções a execução desta lei. No § 5#
porque A presi- para
dencia da mesa do art 24 IP-se a seguinto disposição:
parochial, e se lembra do fazer outra eleição
*'m lugar « Os juizes municipaes, delegados e subdelegados
que não ó a matriz, e para ondo não forfio convo- de
cados votantes
previamente. > policia, c os juizu de pas, doixarAõ, durante o effeotivo
exercício de seus cargos, do servir na
Eu quizera, Sr. guarda nacional,
presidente, que a illustre commissão nos uuer como simples
declarasse guardas, quer como omeiaes, na fórmá
qual é a lei de cujo assento falia com tanta segu- do quo dispCe o art. 16. >
SESSÃO EM 13 DE MAIO I)E 1857.

Em vista destas expressSes tio terminantes, tão positivas, ' do Couto Ferra:.—Sr. presidente da provincia de S. Paulo. »
poderá fer duvidoso o direito daquelle juiz de pnz? E se o Eu posso dispensar me do ler o aviso de 13 deSetembr®
presidente da Bahia tivesse conhecimento do semelhante de 1856, dirigido ao presidente da provincia do Maranhã»....
disposição, expediria ordens e portaria» esbulhando de um
i O S*. Fusa : — E' bom ler.
direito a quero o possuía con' ando na lei? Ninguém o
acreditará. O proceder do presidente nesta parte não tem O S*. Cmbiso Mendes:—Sc porém a camara
|
' o lerel..., quer, »u
infelizmente justificação; mas o da nobre commissão não
te pôde considerar isento do iguaes censuras; ambos de-
, O Sn. Ficsa : — Será bom, porque duvidou-se desses
monstrão que se tacsi disposições fossem conhecidas, as cou avisos.
sas t» riüo tomado diverso caminho.
Mas, Sr presidente, sobre a ! O Sr. Cândido Mkmdes : — Bem, eu farei a sua leitura :
questão vertente ainda temos
legislação mais nova, é o decreto n 1351 de 6 de Abril de 1* Secçjlo, — Rio de Janeiro —Ministério dos negocios
1851, que marca as diversas attribuições dos officiaes da do império, em 13 de Setembro de 1856. — Illm o Exm.
guarda nacional, e providencia sobre as dispensas têmpora- Sr Merecendo a approvação do
governo imperial a deci-
rias e licenças, ordens do serviço, revistas e exercícios. são quo V. Ex. deu sobre a duvida
que lhe foi proposta
Nesse decreto, Sr eu leic o art. 29, vem áeerca da accumulação de postos da guarda nacional com o '
presidente, que
Corroborar tudo quanto hei provado. emprego de do d«
] juiz paz, e que dá conta em officio n. 145
A camara relevará da primeira p*rte de 16 de Agosto ultimo,
que faça a leitura porquanto, segundo o art. 16 da
desse artigo, que me parece mui importante por ser a ex- lei n. 602 de 19 de Setembro de 1850,
pelo qual forão revo-
plicação, ou melhor o desenvolvimento da^doutrina expen- gados o art. 11 da de 18 de Agosto de 1831 c dicisões do
I
aida nos artigos que já tive a honra de citar e ler : eis a gov' rno que nelle se fundavão, sómente é prohibido ao em-
iaUgra do art. 29: pregado que tem diieito de requisitara força armada accu-
mular o serviço da
« O official. official inferior ou praça que for nomeado guarda nacional na qualidade de offi-
i ciai ou de simples guarda, o
ou eleito para qualquer emprego que d£ diieito a requisitar qual deixará quando exercer
algum daquelles empregos. Assim acertadamente decidio
a força publica, deixará, duiante o seu eífectivo exercício, '
V. Ex. quando declarou
de servir na guarda nacional, fazendo a devida communi- que não tinhão perdido o cargo de
cação ao Competente superior. I.ogo que cesse legalmente a juiz de paz, e esta vão como tal habilitados para tomar parte
nos trabalhos eleitoraes, os cidadãos eleitos
razão do impedimento , continuará no serviço da para aquelle
guarda cargo, que acrumulavão e tinhãoexercido os
nacional, no posto que tiver, podendo ser a isso constran- | postos de com-
mandante superior, e de tenente da
gido pelo competente superior, quando tendo cessado 11 ra- guarda nacional.
« O que communico a V. Ex.
zão do impedimento não se apresentar immediatamente para seu conhecimento,
em resposta ao seu citado officio. Deos guarde V. Ex.—
para o serviço. >
Luiz Pedreira do Couto Ferraz.^" Sr.
Em vista de uma disposição tão clara, tão positiva e tão presidente da provincia
detalhada, poderei ser arguido de inexacto do Maranhão.
quando assevero
Portanto, Sr presidente, nesta
perante este augusto recinto quo <• direito do lo juiz de paz parte a commissão, como
da fre^uezia de S. Felippe foi conculdado, e acabei de mostrar, não tem razão alguma.
que tanto o pre-
Mas diz ella um : « Accresce que o referido
sidente da Bahia, como a nobre oommissSo, ignoravão a pouco abaixo
legislação do paiz quanto a este ponto ? Haverá : juiz de paz conwio antes na sua incompetência, não
quem ponha presidio
em duvida a minha proposição? as eleições muuicipaes. »
E, Sr. presidente, ainda não disse tudo O Sr. Fiusa : — Por doente.
quanto importa a
esta questão..., O Sr.. Cândido Mexdes : — Eu
quizera, Sr. presidente,
n nobre commissão me mostrasse entre os
Um S*. Deputado :—Pois ainda ha inais legislação sobre | que papeis que
lhe forão
este ponto'! prementes onde descobrlo a prova desta sua as-
serção.
OSk. Ca>dido Mendes:—Infelizmente ainda, cnovissima,
mas quo não valeu a quom tinha mji seu favor a razíío e o Uma voz : — Porque passou a vara a outro.
direito ; temos o aviso de 27 de Julho de 1850 dirigido ao O Pu CtMtino Mendes : — Convir é entrar n'um ac
presidente da provincia de S. Paulo, aviso que a camara rele- cordo em que concorrem duas ou mais
partes; conveioo
vará que também leia; indispensável ainda esta leitura
julgo juiz de paz dizem nes ; mas que <5 feito dos documentos?
do tão importante peça official, inteiramente cm desharmonia onde está a prova ? ...
com « procoder de um delegado do governo, con-
porquanto 11MA VOZ : —- í A*J-OS.
vem quo fique bem patento que o abuso de
que foi victima o
1° juiz de paz da freguezia de S. Felippe não tem uma lazão O Sr. Cândido Mendes; —Eu os lerei de novo
pura
mostrar que a uobre commissão ou não os leu, ou fochou
plausível, a não ser a ignorancia da legislação, que o justiti-
os olho* (i evidenCMi CYoh> qiuv V. Ex. (dirifjitid -ao ao Sr.
que, ou melhor, que o desculpa. Eis o aviso :
| Fernande* da Cunha) se refere no documento n. 4 que veru
* lrt sccção—-Rio do Janeiro.— Ministério dos negócios
no folheto do Sr. Dr. Pedro Muniz ; eu pois passo a ler
do império, em 27 de Junho de 1857 —Illm. e Kxm. Sr.—
esse document*», « a casa depois desta leitura aquilatará
Em resposta aooííioiode V.Ex. n 80 de 14 de Maio ultimo, semelhante couvcnio como merece sê-lo:
com oqunl submetteá approvação do governo imperial udeci-
< Illm. Sr. — Tendo-me cfficiado o
são proferida porV. Ejc., cm data de 13do ditomez, sobre a juiz do paz do 1"
anno que, jnr incMnmndot phisicos, não
duvida que, em conseqüência de uma representação
que se podia presidir as
eleições de hoje 19 do corrente, conforme foi marcado,
apresentou perante a juuta de qualifie«ção do votantes da
! pa^ou-me o exercic o ; eeu
parochia de Itapetininga, se suscitou ôccrca da legalidade poi me achar nas mesmas cir-
dos trabalhos da mesma curnsiancias o transmittoa V S., afim de dar execução as
julita, pjr ser ella presidida por j instrueçõc*
um vigentes. Deos guarde a V. S. S. Felippe, 19 de
juiz de paz que accumulava o posto de major do esqua- Outubro de 18 6 —Illm. Sr.
drão da
guarda nacional; comtnunico a V. Ex. que bem juiz de p iz suppleute tenente
resolvida fôra a dita duvida , porquanto em vista do Domingos Antônio do Castro. — Joaó Vieira de Macedo, juiz
de paz do Ho anno. »
quo dispõe a lei quo deu novo orgsnisação á guarda
nacional, n, 602 de 19 de Setembro de 18Õ0 no art. Onde está a prova de que o 1° e 2o
jui/es de paz convierão
1.6» sobfe o qual V. Ex. f-e fundou , não ha incoinpa- em não presi <ir as eleições municipaes ? Semelhante nsser-
tibilidade naquella accumul:'Ção, mas somente no exer-
j çâo da commissão con tom uma grave ínexaçtidão que pode-
cicio simultâneo dos referidos cargos , devendo obser- rnsamente intluio para as conclusões do parecer a respeito
var-se o que dispõe o citalo artigo, manda cessar o I das eleições de S. Filippe; não ha acto algum
que por onde se
serviço do posto da guarda nacion-tl, V.Ex,
que aliás, como prove que ees«- juiz de paz concordou na decisão tomada
observa, não estft ainda organisada na referida parochia, du-
pelo presidente da provincia de nao presidir a eleição wuni-
rante o exercício do cargo de cipal Se *e dissesse que o juiz dc paz, pretextando moléstia,
juiz de paz, observando-se o
a respeito
mesmo principio de quaesquer outros empregos pareceu convir, teria isto ainda cabimento; mas a expiessão
ou protissões cujo exercício se não p«>ssa sem inconvonieute 1 da coro mi «são contém uma affirmativa absoluta ; e
pelo que
ao serviço da guarda nacional accumulnr, visto elle é ella diz diviuz se que houve um accordo entre o Io o4* juizes
que j'
applicavel a esse* outros casos, como determina a 2a parte de paz, quando t*l não houve; apenas appnrece esse docu-
do já citado art. 16. Deos guarde a V. Ex —Luiz Pedreira ; mento que é contraproducente.
SESSÃO EM 13 DE MAIO I)E -Ikõ
1857.

Mas continuemos. « Contra o facto de haver sido expel- O Sr. Cândido Míndi» : — E essa
justificação & sobre
lido da matriz, a coramissão oppõe a circurostuncia de tiUr objecto mui differente, como
ji mo«tiei; assim também a
e do setor outra que vem designada no mesmo folheto sob n. 6 B,
já a mesa organizada quando elle appareceu, em
demorado na matriz até depois do meio dia, romi »<¦ prova qne se pretendo provar que na capell^ da Conceição Velha
C$m documentos que pa ecérfto d commissflo procedente*. > nao houve eleição no <iia
2 de Novembro.
j
Onde, Sr. presidente, achou a coramissão a prova de taes Passemos a outro objecto; diz
o parecer
Mserções? Quero vi-la; »e algum Sr. deputado a tem, que a O Sa. t krnandks da Ccnba : — Qual é o facto que quer
apresente. Só se encontrão semelhante» proposições no fo-
provar agora.
lheto do Sr. Dr. Pedro Muniz, na parte que passt. a ler,
vez sc reconheça que não ha exactidão, O Sr. Cândido Mom : _ Attenda-me V.
para que ainda uma Ex„ VOU ler
nos astertos da commissão. Suai mais este trecho do parecer, indispensável
que não ha segurança 1I mento da minha analyse : para o segui-
premissas tão todas gratuitas.
< A commissno, rematando as suas considerações
Peço a attençSo da camara para esta parte do folheto do j ãcerca
Sr. Dr. Pedro Muniz, único documento que a commissão teve des<-a eleição, recorda A camara
; que a «ua legalidade foi re-
arriscou: conhecida pelosdous escrutadores da
presente em favor das proposições que parcialidade do 1" juiz
c Compareceu (refere-se ao 1* juiz de pnz deS. Kelippe) I de paz, os qnaes em um parecer dado no collegio eleitorai
conseguint.) no dia 2 de Novembro, ás 10 horas e meia i convierão na legitimidade delln. >
por
da manhãa, na igreja matriz de S Felippe, onde jâ achou Sr. presidente, convém que V. Ex. nnte e a camara. não
o juiz de pnz legitimo com a mesa legalmente organisada, tendo a nobre commissão provado a validade da eleição da
fnnccionando. Reclamou a presidência, que llio foi, em freguezia de S. Felippe pelo que j4 mostrei....
|
vista das decisões do governo» denepjada pelo juiz de paz O Sa. F»:»mâjiuk» daCiniu : — E essa» justificações, ofli-
legitimo, que já se achava no exercício de su»s funoçõe«. _
, cioa e actas.
c A's palavras d« ordem e de
polidez que lho forão diri- O Sa. Cândido Mendes : —Que actas?
gidas por este, responde Jeronymo «om impropérios eontra
a leie avisos, quechamira absurdo0, e contra o governo, quo O Sr. Fmnandeh i>* Cvk» : — De uma e outra eleição.
appellidou de d es po tico e arbitrario. Vendo, porém, que O Sa. Comoo Mendes : — A
apezar de suas tentativas a ordem não era alterada, e os que dá como valida a ciei
deS. Felippe
yão presidida pelo 1" juiz de paz? Não é
trabalhos eleitoraes prosegnl o em toda a plenitude, pare-
í isto ?
ce resolvido a querer fiscalisa- a , e toma uma cadeira, ao
O Sa. Fernandes da Cinoa : — E a outra, combinadas e
pé da mesa, onde se conserva todo o dia 2.
« Encerrados os trabalhos desse dia, retira-se elle para \ confrontadas.
uma casa, no propiio arraial da freguezia ...etc > O Sa. Cândido Mendes : — Nós lá chegaremos.
Eis aqui, Sr. presidente, onde a nobre commissão colheu De todas as
| proposições emittidas pela illustrc commis-
a prova da sua gratuita premissa ; eis o documento que 4 , suo a respeito da eleição da freguezia de S. Felippe, é esta
nobre commissão pareceu procedente; isto é, toda a prova a mais exacta; entretanto
para credito da nobre commisilo
consiste nas allegações interessadas de um dos contendo- conviria que fosse mais explicita na exposição do
sou pen-
res (apoiados), allegações que se não apoiãoem outros funda- samento.
mentia além da palavra honrada do autor ou t utores Não ha duvida, Sr.
do folheto que cito. Os n«»bres deputados que me honrão presidente, qne n minoria da mesa do
colleçio eleitoral da Cachoeira no seu
com sua attenção podem verificar o parecer reconheceu
que digo e sustento a validado desta eleivão, uns como fez ver o meu nobre
lendo o proprio f lheto a pag. 9, e cito-a aproveitando-me collega deputado
do exemplo que hontem deu-me o honrado deputado pela Bahia que primeiro impugnou o pa-
por rocer, a minoria assim
Minas relator da commissiio, cuja au»encia sinto. procedeu por ter admittido como
principio, no meio de tantas duplicatas, que as eleições fei-
Sr pre&idente, não ha sobre este objecto documento ou tas nas matrizes deveriüo de
preferencia s«ir considoradas
prova alguma, ainda a mais fraca; compulswi para esse tim validas no col'egio,
por ferem em seu favor a presnmpção
todos os resultante do local
papeis, e de?enganei-me que meus esforços serião proprio e legitimo mente designado para
baldados. E se estou ern erro conteste-me a uobre comuns- taes netos....
são e os defensores do
parecer. (Apoiados.) O Sr. FiiiIa : — Apoiado.
Entre os documentos apresentados
peloDr. Pedro Moniz,
e impressos no seu folheto, fiz reparo no designado sob O Sr. Cândido Mendes : — Fo; um alvitre oue se tomou
n. (i A. E' uma j ustiticação dada
por Antonio de Carvalho para servir de norma concorrendo áquelie collegio eleitores
cuja validade facilmente se não
Pinto Lima perante o sulidele^ado Francisco José Cyriaco poderia discriminar, não é
Rolln, o mesmo que expellio á força da mntriz de S. relip- portento uma confissão como inculca a o-mrai-^ão..,
po o 1° juiz do paz Jeronymo José Fernandes. O Sr Ficsa : — Apoiado.
Es.^a justificação consta de dous itens que tratao da cs-
O Sr, Ctnnino Mtiuis : — Ma iidmitto <juo cí-'-:i contin-
tada do 1» e 3o juizes de pai do arraial de S. Felippe, em são tenha o alcance
2 de que lhe quer dnr a nobro commissão ,
Novembro do anuo passado. As testemunhas que de-
i istoô, que a minoria da mo«a do collegio da Cacho» ira de-
puzerão são accord» s no que jurárão. clarou legitima a eleição da fisguem de S, Felippe,
I.erei, Sr. presi-
presidente, o primeiro item relativo ao 1» juiz dida pelo 4» juiz de paz; direi, ó a única asserçâo exacta da
de pnz,
para que a camira note que essa justificação anda commissão.
por um cidadão iyterp^SMdo no validamento da eleição de
S. Felippe feita na matriz de alguma sorte desmoralisa a O Sr. Fiisa: — Ainda assim •» minoria da mesa
pedio
assercâo da nobre commissão. Eis o item : que os votos dos eleitores de^sa fr^uezia fossem tomados
« Primeiro—qne o rn«j'r Jeronymo em separado.
José Fernandes es-
teve lo arraial aV» S Felippe, onde estA colloenda a matriz,
O Sr. C\ry>iDO Mendes : — O único defeito que nota a
c que ali permaneceu todo o dia e noite, onde foi
publica- commissão na eleição de S. Felippe feita na matriz, e esse de
mente vi*to «té as 3 para 4 horas da manhiia do dia 3 do
pequena imp rtaMcia, é do viciamento da qualificação, de
corrente »
que mais adiante me occuparei; e ultimo concluo a
Attenda a camara jue nom uma só das testcmunhim por
jura commissão o seu parecer absolvendo de toda a macula
matriz, onde. como declara o folhe*
que vira Jeronymo na aquella eleição, e annullando a que foi feita nu ca poli a da
to do Sr. Dr. Pedro Muniz, estiver» das 10 hora» e meia &s 6
1 Conceição Velha, presidida pelo Io juiz de pai.
da tarde, ao tod<n dizem que o virão no arraial , e
passo que Conseguintcraente a honrada commissão canonisa aquella
algumas com elle conversárã<> I E todavia assevera a nobre
• eleição ; sustenta a sua pureza e legitimidade.
commissão com toda segurança que sabe dos fact< s
que Sr. ainda ninguém nesta casa combateu a
relata por virtndo de documentos que lhe pnreeêrão presidente,
proce- honrada commissão do poderes quando j>ede a nullidade da
dentes. Com efleito, vez a simples alleguçfie de um
já uma S. Felippe Eu
adversário é elevada & classe de documento provando em seu , eleição de presidida pelo 1» juiz de paz.
i também concordo com esta conclusão do parecer aa com-
beneficio; e ê com taes e com dooumt ntos bó-
premissas, missão, não pelas premissas por olla estubelocidas, inu por
mente existentes na imaginação »ia nobre commissão...
outras. Julgo nulla essa eleição porque foi feita com uma
j
O S». Kwsi: — E com feitas com ; qualificação viciada. .
justificações partes
interessadas.
J OS». Fies»:—Apoiado
2&G SESSÃO EM 13 DE MAIO DE 1857.

O Sr. Cândido Mendes : — Essa eleição è nulla O Sn. Fiisí : — Apoiado.


porque
foi feita em lugar não designado como matriz ou
proprio O Sr. Cândido Mendes ; — .... e vou apresentar ã camara
para se proceder a esse acto. E cm terceiro lugar, esâa
as provas tenho para sustentar esta proposição.
eleição me parece nulla porque foi leita. sem que
prévia convo- Esse juiz de paz ara todo do partido ou grupo
cação dos votantes. Eis as razões por voto pela nullidade que comba-
que tia a eleição do Sr. Dr. Tiberio; Em Setembro ultimo,
<3a eleição dc S. Felippe presidida pelo Io por
juiz de paz. occasião das eleições municipaes, foi que elle se desharmo-
O Sr. Fe«mandes da Cunha E' o que disse a commissão ; nisou com esse grupo, com quem tinha concordado e combi-
as razões são as mesmas. nado no viciamento da qualificação pela
qual forão feitasas
O Sr. Cândido Mendi:s : —Não são as mesmas ; V. Ex. duas eleições dessa freguezia; e dessa desavença resultou
está enganado. qtio as eleições municipaes não tiverão lugar 110 dia apra-
Mas não posso concordar coma argumentação apresentada zado, em consequencia de uma idêntica coacção empregada
hout«'m nesta casa pelo nobre deputado contra o mesmo
pela província de juiz de paz.
Minas, relator du commissão. S. Ex. fez hontem todo o em- seus inimigos, que de
_0s perto o conheci80, se arreceia-
demonstrar vão dos seus recursos,
peixão por a nullidade dessa freguezia que nin- porquanto a camara sabe que de or-
guem contestava ; mas como provou o nobre deputado a dinario nesses lugares do interior sempre se
procura para lo
nullidade dessa eleição? de juiz de paz, ou o homem demais prestigio na localidade, ou
que maneira? Lendo uma das
actas que vêm transcriptas no folheto do Sr. Dr. Tiberio. O aquelle que tem bastante coragem e tenacidade
para poder
nobre deputado descobrio a nullidade dessa eleição, resistir ao embate, & luta dos
porque partidos nessas occasiões.
21a acta aa formação da mesa parochial se declara que essa Portanto esse juiz de
paz era um homem escolhido a doio
eleição tivera lugar na matriz <le S. Felippe, quando o con- pelo grupo que liostilisava o Sr. Dr. Tiberio; esse grupo
trario tinha acontecido. conhecia o valor desse homem....
Farei, Sr. presidente, a leitura desse documento, e a camara O Sr. Fiiísa :—Apoiado.
e V. Ex. comprchenderáõ que o honrado relator da cora-
O Cândido Mendes: — ......
Sr. e então procurou
missão labora em um engano, quando pretende levar seme- por
lhante factu tu altura do nullidade insanavel ou de falsidade todos os meios desfazer-se dellc, inutilisaudo-o para. a
eleitoral. (Li.) Esta simples leitura feita com reflexão dissi- eleição de qualquer fôrma.
O Sr. Di. Pedro Muni/., 110 seu folheto, retrata-nos e»se
paria todas ns duvidas do honrado membro, o nem o juiz do
homem , cuja tenacidade exagera, como vim instrumento
paz em questão querendo ser fiel na exposição dos successos
havidos cm 2 de Novembro do anuo • proprio para uma eleição. Os honrados membros que me
passado poderia proce
der de outra fôrma. ouvem podem ceitiiicar-se do que digo recorrendo Apag. 7
Entretanto o nobre deputado entendeu desse folheto.
que essa redacção
era um cscandalo inaudito, Considere a camara de quanta importancia não Beria a
porque, disse S. Ex., esse juiz
de paz, tendo ido fazer a eleição na capella da Conceição acquisição do auxilio de um homem tal como esse juiz
Velha, que fica a duasleguas distante dama triz, deveria logo de paz....
declarar que os votantes se reunirão nessa capella e não na O Sr. Fiiísa : — Apoiado.
matriz de S. Felippe. Mas
quem não vê que nesta parte o O Cândido Mendes . —.... que, de accordo
Sr. com os
nobre deputado não queria a verdade dos faetos?
adversarios do Sr. Dr. Tiberio, tinha preparado essa escan-
O Sr. Fiusa : — Apoiado. dalosa qualiiicação, que a honrada commissão não duvida
OSn. Cândido Mendes : — O 1° I sanctificar. E' por isso, Sr. presidente, que um tal auxiliar
juiz de paz da freguezia
de S. Felippe apresentou-se na matriz e tratou de organisar í tendo passado para o inimigo, se expôz á guerra brutal e
uma mesa; mas ao tempo orgauisava essa mesa, ó encarniçada que lhe tizerão os seus antigos co-religiona-
que
expellido da igroja; então para relatar os factos na sua or- I rios. (Apoiados.)
dem chronologica, declarou na acta que o principio da Em 7 de Setembro do anno passado começou a luta, e em-
eleição teve lugar na matriz do S. Felippe; o mais abaixo, !
1 pregou-se logo a coacção, remedio que não produzio elícito
depois da exposição das occurrencias que terminftrão pela porque o referido juiz de paz, como homem de recursos,
sua expulsão, declarou que tinha ido com os votantes para inutilisou o plano dos seus antagonistas adiando a eleição.
& capella da Conceição Velha. Não vejo pois que dessa expo- 1 Este lacto tornou os seus adversarios mais prevenidos para
bíçüp tão eircunistaneiada se possa concluir a nullidade da I a eleição de 2 de Novembro ; redobrárão de esforços conse
eleição daquclla freguezia, e mesmo induzir suspeitas de sua guindo felizmente fazer valer contra elle a illegal excepção
clandestinidade. de ter posto na guarda nacional.
Tão pouro não posso comprehender como o mesmo nobre Mas, Sr. presidente, não bastava a descoberta da excep-
deputado julga ser essa eleição insustentável,
porque sndiz ção, nãobxstava a acquisição da ordem presidencial, porque
lia acta que na capella da Conceição servio a urna fornecida esse homem era e 6 em extremo tenaz, veterano nessas lides
pela camara municipal, quando numa justificação que aqui eleitoraes ; e além disto estava convencido de que não
podia,
tenho presente (mostrando) se declara ser esbulhado do seu direito >. como fazê-lo renunciar ás
que essa urna foi que-
brada na igreja. Mas note a camara suas preterições, ao c mparecimento em 2 dc Novembro?
que o j uiz de paz, ao mes-
mo tempoque fez lançar na acta essa declaração relativamente Portanto, Sr. presidente, estas oonsiderações levão-me a
á urna, assegura aue o livro suspeitar que contra este cidadão se lançou mão de meios
que também possui* na occa-
sião foi tomado demasiado fortes para cxpelli-lo da matriz.
pelos seus adversarios. Ora, se a urna fosse
igualmente apprehendida, e tivesse o destino do livro, Os Srs. Fiusa e Sampaio Vianna : — Apoiado.
que
importava isto
para a questão? lima urna se substitue por Uma voz : — Não apoiado;
outra, como o livro foi substituído. Porque não se hão de não liouvc tal coacção.
harmonisar estes factos com a verdade ? Do livro
precisa- O Cândido Mendes : — A existencia da coacção me
Sr.
vão os adversarios do
juiz de paz e por isso conscrvár&o-o, parece sustentável, em vista das considerações que liz, e
mas desii/erão-se da urna ou a abandonarão depois de pelo que mais adiante terei de expor
que-
brada; o juiz do paz ou seus amigos puderilo livremente Ora, Sr. presidente, um Io juiz dc paz nas cireumstan-
transporta la a casa. concerta-la e depois lova-la cias do major Je onymo José Fernandes era um achado
para para
o ponto de sua reunião, a capella da Conceição Velha, atim feliz para os que combatiã® a eleição do Sr. Dr. Pedro Mu-
de legitimarem de alguma maneira aquclla eleição. niz, e então o* seus adversarios, receiosos do se encontrarem
O juiz de na luta com aquelle homem, que podia, senão vencer a
paz talvez suppuzesse que a simples consena-
çfio da urna, prestada pela camara, legitimava a eleição. eleição por meio da sua influencia, ao menos temião que
E como :,e
pôde explicar esse facto, o essa explicação me embaraçasse a legalidade do seu triuuipho pelos manejos
parece natural, não ha contradicçâo alguma, até porque não que clles proprios já conhecião, e por
isso procurirão arre-
*e prova que a urna fosse mil pedaços da-lo da matriz a todo o custo.
quebrada em tantos
que não se pudesse concertarw Podia ter levado alguma cace • Nem era possível, Sr. presidente, que um homem tão te-
tada, soffrido algum naz como se mostra ser este major, segundo nos assegura
pequeno desmancho efioardemodo
<Hie depois do concertada o Sr. Dr. Pedro Muniz, deixasse de comparecer na igreja
pudesse prestar pata o serviço que
lhe destinarão na capella da Conceição Velha. em tempo proprio para presidir á eleição. Eu portanto
Mas, eeuhores, pondo de
parte, prescindindo do tudo julgo que o homem que jà tinha sido coagido em Setem-
tenho ponderado, sustento Wo não podia deixar do sê-lo em Novembro, quando inte-
que o l°juiz de paz de
âuanto
. Felippe foi coagido.... resses de maior vulto crão disputados, sobretudo estand0
!1857.
SESSÃO KM ir, DE MAIO DE 247

armados os seus contendores com as ordens da presidencia os esforços


para nulliticar os que lhes erão adversos po
da província. mil e uma incompatibilidades. A
lei de ltilfi quiz acabar
com esse arbítrio, rodeou o lo
O Se. Feiumjides da Cohha : — Por ora não tem passado juiz de pnz do todas as garan-
tias possíveis
do conjecturas. para iuutilisar, para ucabar com tiu-s ma-
nejos..,.
O Sr. Cândido Mendes : — Concluo que o major Jerony- O S*. t ii'sa : — Apoiado.
mo José Fernandes í'oi coagido, não bó pelo quo íica dito,
OSa. Cândido Md.de»
como porque ello o doclara na sua acta, e o comprova uma e rodeandoesse empregado d#
tantas garantas.
justificação, não feita perante um supplente de subdelegado qmz que „ raUt iua Pa
de aldèa, mas perante um juiz municipal formado, que tem prestdenoia das mesa > efeitoraes, a não serpormotivos
iustiK-
cados e egaes. constituísse uma nullidad8P
uma carreira a fazer, e que deseja gozar de bom nome; um insanàve ,To^il
çao. É bom que a camara note como a lei considera
juiz municipal, em summu, a quem a presidencia da provin- a
cia fez elogios polo seu meritorio procedimento na eleição presidencia do lo juiz de paz ; é esse funecionurio
, Sr*
angular de uma boa eleição. Diz a lei
municipal dessa mesma freguezia de S. Felippe. É portanto regulamentai dn«
eleições, no a.t 2»: « O
esta justificação em meu pensar mais valiosa para ser crivei presidente da junta serA o jn"
do que a outra feita perante o proprio subdelegado, que foi de paz mais votado do districto da mntriz, o»t«ja
ou nío cm
exercício, esteja embora jm/wiuo
excluir da igreja matriz o 1® juiz ao paz, e que não contesta por acto do governo ou
o facto da coacçfto. Mas temos ainda outras provas de mór por pronuncia em crime de responsabilidade. Na suaau-
sencia, falta ou irapossibilidude
valor, e eu as irei reproduzindo
por gradação. physica ou mornl, farã as
Temos, Sr. presidente, as meias confissões dos adversa- suas vezes o immediato em votos. »
rios desse l°juiz de paz, o major Jeronymo José Fernandes. A incompatibilidade creada
pelo presidente da Bahia nío
Ein primeiro lugar lerei de novo o se acha aqui contemplada, lei estendo o seu
quo a sasielhaute res- guando a pri-
vilegio a., ponto do
peito reza o folheto do Sr.Dr. Pedro Muniz. (Lé.) permittir que presida a uma eleição
Confessa portanto o Sr. Dr. Pedro Muniz, interessado ainda o juiz do suspenso e
paz pronunciado por crime do
nesta eleição, responsabilidade.
que Jeronymo .José Fernandes se aprosentára
Ja se vê, portanto,
em 2 de Novembro na matriz de S. Felippe,
pelas 10 liorns que faltando o lo juiz do paz, a não
e meia da manhãa, rcclamando a m°tlV° Ka1, " ole'ffio nSo Pódc deixar de ser an-
presidencia da vneça quo
lhe foi denogada nuíladn
polo 4° juiz de paz. Confessa ainda que
Jeronymo, depois de trocar grosseiras expressões com os Mas ainda existem outras
provas, a meu ver procedentes
membros da mesa o injuriar o presidente da província, tomou para <e deduzir a coacção do 1 o juiz de
paz da freguezia do'
uma cadeira, sentou-se junto A mesa com o proposito de S. r elippe, e para a annullação dessa eleição,
justificar quo
tiscalisar oe seus trabalhos, conservando-se loi canonisada |>ela honrada commieafto de
por todo o dia poderes
na igreja. Aqui tomos a neta dessa eleição vestal.
E' a mesma ca-
Note a camara que trata-se de um raaradoMarugoglpe, hoje dominada
juiz de paz tenaz o pulos adversários do
ardiloso, dc um bom cato de eleições, ar. Dr. Álvaro 1 iberio,
que deixa de fazer quem declara no rotulo deste do-
resistência tendo a certeza do cumento : Lleição de eleitores
que do seu lado estava a lei! presidida na matriz velo
E' isto crivei? JUIZ de pa; comiMlenle, nu fôrma da lei!
Temos ainda cousa raelhoi. Aqui estft em resumo a inte- A camara vio a declaração do Sr. Dr.
Pedro Muniz no .ou
da resposta qtie deu a loineto, vio os thm
prosidenoia da Bahia ao ofliuio que um dos habitantes do S. Felino®
ojuiz de paz
§ra apresentou, e forão
quo presidio a eleição do S. Felippo, relatando que julgados por sentença, justificados
os factos acontecidos durante o pelo subdelegado de policia, que i accusado de ter expellido da
processo eleitoral.
E o documento n. 6 C. Não se encontra aqui infelizmente igreja ao l"juizde vio as meias confissões feitas a este
paz,
o officio do respeito tamo
juiz de paz, o que é uma pena, porquanto [>elo juiz dc paz quo presidio a eleição que a
maior esclarecimento teríamos nesta honrada commissáo canonisou, como
questão. Farei a leitura pelo subdelegado nas
do que respostas do
possuímos. presidente da província aos seus oScios. Pa-
« Fico inteirado, rTeco; senhores, fóra de duvida oue o
pelo seu officio de 12 do corrente, de se juiz de paz Jeronymo
havei em terminado as eleições José t ernuudes compareceu na igreja
para eleitores desea freguezia matriz do S. Felippo
com a maior regularidade o socego, dando-se apenas o 110 primeiro dia da eleição; não será isto veidade
pe- ?
incidente do
querer perturba-lo o majoi Jeronymo
osé Fernandes, quo por não o conseguir retirou-se no fim
3ueno O Sa. Fwunu da Cdsbi : — Não ú objecto de
questão
dos trabalhos do dia 2 do mesmo mez. I)eos
guarde a Vm. O Sa. Ca-j-do Mendes
Palacio do governo da Bahia, 21 de Novembro de 1856.— Pois bem, a acU da eleição
de
dci'a ole'vi.° verdadeira, di/.
João Lins Vieira Cansansüo de Sinimbu\— Sr. Domingos An- quo não compare-
ceu .. A.T'
Imnradn coraunssão examiuou bem
tonio de Castro, juiz de paz presidento da mesa parochial esta acta não
lhe escapou uma vírgula; mas eu a vou ler,
da freguezia de S. Felippo. » porque sõ leu-
do-a é quo se pódo apreciar liem taes cousas.
JA isto diverge um pouco do quo diz o Sr.Dr. Pedro Muniz (/ é )
Ora, eis-aqui uui facto importante, a reclamação
no seu folheto. onerei-
ca do juu de paz A presidencia da mesa eleitoral
Veja-se agora o de S Fe-
quo diz o subdelegado, o mesmo quo ex- lippe, entretanto a este respeito nada se menciona
na acta".
pellio da matriz o 1» juiz do paz. Não é propriamente offi-
cio do subdelegado, é também uma resposta da OS*. Femaki.esDA Cunha : — Diz
presidencia quo quando comna-
á sua participação, rommunicando o resultado das eleições recíra a mesa estava orgmiisada e funccionaudo.
dessa paroclna :
« Pelo officio de Vm. de 11 do corrente, fico 0 Sa. Cândido Mendes: — N*a acta se devia
sciente de escrever tudo
haver-se procedido & eleição nessa freguezia com toda a quanto se passou, e aquelle facto era de multa importância
calma e regularidade, tendo apenas appnrocido uma leve e para não ser esquecido ....
momentanea alteração motivada 0 Sk. FuiSa : — Apoiado.
pelo major Jeronymo
José Fernandes, que pretendia presidir a mesa
parochial, 0 Sa. Cândido Mendes : --.... o entretanto nenhuma
não obstante ser para isso incompetente A vista da lei o das ex-
decisões desta presidencia. » pressão no vò a tal respeito Quer ver a camara o que fez
mais a mesa parochial'! Foi absolvendo da multa os
Kstas meias confissões, Sr. preBidento, de tantos interes- eleito-
res que não comparecerão. 1C
esdos nesta eleiçlo, do juiz de paz qual é o oloitor quo não com-
que a presidio, do subde-
legado accuaado do ter expellido de igreja ao major Jerony- pareceu e se acha contemplado em primoiro l"gar 7 O major
Jeronymo José Fornandes, o
mo, e a do Dr. Pedro Muniz, me fazem crer qual nio obstante se tinha
que com effei- apresentado na matriz antes das 9 horas !
to houve coacção, vista a tenacidade deste
porque, juiz de
paz, não era possivel que elle abandonasse a igreja seiuio Uma to*: —Nío compnrocen no neto da formação da
por força maior. mesa.
Uma eleição, Sr. a que se procede calcando- 0 Sa. Ca^diuo Minihs : —. Mas
presidente, porque se absolveu da
se a lei desta maneiia, embaraçanao-se o 1°
juiz do paz de multa sem haver motivo justo ? Qual e o motivo,
presidi-la, não pôde deixar de ser nulla. qual 4 a
parte do doeute cjue houve nara se autorisar semelhante ab-
Atteada V. Ex. lei regulamentar de elei-
que antes da solviçâoT Mas diz o nobre deputado o 1® de
fõea, quasi que não se
que jnix paz iião
podia contar com os juizes de paz. O comparecou na oceasião em
que se estavio recebendo os
governo e os presidentes das províncias empregavão todos votos. Aqui temos a segunda acta, vejamos se menciona
SESSÃO EM 13 DE MAIO DE 1857.

facto ; vou lê-la, porque não quero que &e diga que arrisco Agora verifiquemos se uma tal disposição foi executada.
tsserções sem provas. Leio no fim da acta especial d« apnraçao dos eleitores
(lendo)
que nenhuma palavra se encontra a semelhante respeito,
O Sr. Fusa : — Apoiado.
de maneira que o pieceito legal foi completamente menos-
O Sr. Cândido Mendes í—Eis n acta. (te). Temos ainda prezado.
a acta do recebimento das cédulas não dizendo uma só pa-
O Sr. Fiusa Apoiado.
lavra a respeito desse (neto importante. Como é possível
de uma cleivão feita na matriz onde se passa O Sr. Cândido Mendes :—Concluo do silencio que
que a meu guarda
um facto de tal natureza deixe de mencionar na acta o que a acta a esse respeito que não se queria que fossem conhe-
ali oecorreu ? Não mostra este calculado silencio o receio de cidos os nomes dos eleitores pelo seu comparecimento ao
verdade viesse a ser descoberta, e ficassem nssim mal- Te-Deum, alim de
que a que os adversários não tirassem partido
logrados os planos dos que pretendião privar o 1° juiz de desse facto, e não solicitassem os seus votos.
paz. da uttribuição que lhe conferio a lei 1 Dahi infiro, Sr. presidente, que essa acta não foi lavrada
11a matriz, e
O Sr. Fernandes da Cinqa : — Se houvesse esse plano que mui de proposito se infringio a lei: essa
obra foi preparada em casa.
não scrião os primeiros a participar ao presidente da pio-
tincia. O Sr. Fiusa :—Para isso
queriâo mesas unanimes.
O S*. Cândido Mendes : — Esse (act * só por si indica que l O Sr. Cândido Mendes :—Por isso receiárão
que houvesse
esta eleição não pôde ser approvnda, porquanto toda6 essas i um fiscal 11a mesa, como seria oi® juiz de paz Jeronymo
omissões, esse silencio que não 3e iustifica, demonstrão José Fernandes.
vicioa insanaveis e deixão fóra de toda a duvida a existen- Sr. presidente, ainda deparamos com mais um vicio nesta
j
cia do facto de que o juiz de paz fôra coagido. eleição. Comparecerão a votar 1,952 cidadãos , faltárão
Note a camara que desta acta lüo pôde ter conhecimento, 1,020 ; contados os votos, observo
que para eleitores ha
esforços que fizesse, o Sr. Dr. Álvaro riberio. 88,369, para supplentes 5,278, sendo o total 93,647 ; mas
por mais
Aqui tenho uma certidão por elle tirada na secretaria do 1,952 multiplicados por 48 dão 93,696, e
portanto ha uma
onde se prova que ainda em 24 de Março deste falta de 49 nomes. De quo proviria esta falta! Porventura
governo, por
uno semelhante acta não se achava naquella secretaria. nas listas não estarião mencionados os eleitores no seu com-

O Sr. Fusa : — Não se queria que se soubesse quaes erão petente numero? Como se explica esta falta ? Se o processo
eleitoral foi feito com regularidade devia estar exacto o
os eleitores.
numero de votos, e se com effeito deu-se uma tal differença,
0 Sr. Canbido Mendes : —Porque não foi remettida em a mesa parochial deveria na acta da apuração mencionar
tempo ? Poique a camara municipal não a remotteu ao pre- uma tal circumstancia.
sidente da província, quer a antiga, quer a moderna? Aquella Como pois, Sr. explicar este resultado ? Se a
presidente,
não o fez por ser de sentimentos oppostos, convenho ; esta acta do apuração ae eleitores nennuma falta de rotos men-
não tem desculpa, porque partilhava os princípios dos que ciona, deveria apresentar na somma numero exacto de \o~
vencerão aquella eleição. Não havia portanto motivo para tos ; porém tal exactidão não apparece, e comtudo a com-
a acta 4 secretaria do governo
que so deixasse de remetter missão nos diz que examinou acuradamente este negocio
em tempo opportuno e conveniente. e que nada lhe escapou !
Sr. presidente, também não vou de accordo com a com-
O Sr. Fernandes da Cunha : — Eu sahi da Bahia aos 15
missão quando sustenta o de que uma qualifica-
de Abril, e a acta do Io circulo da capital não estava na se- principio
cretaria. , ção viciada pôde tornar valida uma eleição.

—Entretanto a freguezia de S* O Sr. SampaiojVianna • —Apoiado.


O Sr. Cândido Mendes :
Felippe pouco dista da capital; e cxjwdindo o presidente da O Sr. Cândido Mendes : —O viciamento da qualificação
circular às camaras em 23 de Fevereiro, um da freguezia de S. Felippe é de uma ordem tão elevada, é
provincia a sua
mcz depois, ainda essa acta não estava na secretaria do go- tão escandaloso, que por mais o espirito humano, em
que
verno. Como pois uma acta que se acha nestas circumstan- sua indulpencia, excogite expediente* para purifica-la, não
ser canonisada, dizendo a commis6ão nella o consegutrá. Ne6ta freguezia a
cias p6de que qualificação apresenta 705
não encontrára vicio algum ? nomes repetidos, e alguns quatorze vez.es ; é um espantoso
Hontcm o nobie deputado por Minas declarou que a favor excesso; e sendo a qualificação a base da eleição, é visto
que
dessa acta havia uma reclamação da camara municipal. Mas uma tal base irrcgularisa a melhor eleição.
(Apoiados.)
se se souber que o presidente dessa camara i um aos can- A commissío, Sr. presidente, ladêa na re3p03ta que dá a
didatos & supplenein de deputado por este distrioto, e um esta objccção, reconhece a verdade deste facto, mas declara
1
dos membros da mesa paroehia que dirigio a eleição cuja que o desfalque destes 705 nomi » não faz baixar o nu-
legitimidade tenho contestado ; so Be souber que o seu im- mero dos eleitores, e mcnoB altera a lista dos votados, por-
mediato em votos, o presidente interino quo assignou este entre o ultimo eleitor « o primeiro supplente nota-se
ofTicio, foi um' dos mesarios que abandonou a mesa paro- ifferença muito mais elevada.
3ue
chiai de Maragogipe, Severiano José Moreira, e queamór
(Ha um aparte.)
parte, senão a totalidade dos membros da camara pertencem
ao partido adverso ao Sr. Dr. Álvaro Tiberio, a fé, a con- Mas, Sr. presidente, não é por esta fôrma que se deve
fiança que pôde merecer semelhante reclamação é nenhuma apreciar um docun»ento viciado; um documento em taes
isso que todas as suas allcgações partem de interessa- circumstancias não presta oousa alguma, não serve
para
os. IIaver& quem lhe preste fiS, quem acredite em taespa-
Sor para garantir o numero de eleitores de qualquer freguezia,
j e tão
pouoo para validar eleitores, porque esse grande vicio,
peis?
qual é a repetição de 705 nomes, traz comsigo a suspeita de
O Sr. Fiesa : — Apoiado. outros vicios.
(Apoiado.) A conseqüência que daqui se tira
O Sr. Cândido Mendes : — Sr. presidente, tenho de enu- é que uma tal
qualificação é documento inteiramente nullo,
eleição e comquanto sejão 1 e
merar mais algups vícios dessa ; a eleição feita com essa
que qualificação não pôde ser legi-
de inferior categoria aos que tenho notado, todHvia tem al- I timada em tempo algum.
importância, e reforção tolas as considerações que I Julgo
gumn portauto ter provado, e provado exhuberantemente,
a respeito do processo eleitoral da freguezia de S. Felippe o lo juizde paz da freguezra de S. Felippe foi coagido;
J que
tenho apresentado. em segundo lugar
que essa eleição, não contando em seu
um apart*.) abono todos oe caracteres delegitimidade, a camara não deva
(Ho
approva-la.
A lei de eleições 110 art.,57 diz o seguinte : « Publicados
O Sr. Fusa : — Apoiado.
os eleitores, o secretario lhes fará immediatamcnte aviso
concorrão á igreja onde se lizcrão as O Sr. Cândido Memdes: — Vamos à eleição de Marago-
por carta, para que
eleições. > O tim desta disposição, como a camara sabe, é gipe e vejmnos o que a respeito delia
diz a commissão.
se congreguem, louvando-se aDeos « Maragogipe. — A eleição dessa paroehia é de difficil
para que os eleitores
solemne Te-Deurn em razão da escolha feita
por meio de um apreciação. A commissão exporá á camara quanto occor-
votantes das frcguez.ias. Esta reunião em
pela maioria dos reu na cidade de Maragogipe, o durante o processo eleito-
publico toma bem conhecidos os eleitos, e é mais uma ga- no testemunho do juiz de direito da co-
ral, apoiando-se
rantia da validade de uma eleição regular. marca da Cachoeira, a quem o presidente da procincia conti-
SESSÃO EM 13 D E MAIO DE 1857. 2/j9

dera muilo imparcial n* exposição dos suecessos, «obre o» imparcial nesta eleição. Independente disto temos aqui
Dr. Álvaro Tibe- o folheio) a explicita d«*claração d- mesmo Sr. Dr.
quites proferio ura iuizo que é aceito pelo |'mostrando
no de Moneorvo • Lima. Pedro Muniz á pag. 27 do seu folheta. Por consequen-
(L4.)
« A commissão prefere apoiar-se nesse testemunho para oia a commissão nao foi exacta
quando disso que só o presi-
deite deduzir a historia da eleição, não só pelos motivos dente da província considerava imparcial a esse digno
juiz
expendidos, como porque quer evitar em beneficio da cia- de direito, hoje desembargador; todos llio fazem a
justiça de
reza que deve acompanhar um parecer a aualyse demo- que ê digno. (Apoiado*.)
rada e difficil do» documontos contradictorios t.fTerecidos Senhores, eu insisto nesta circumstancia,
porquo muito
a eleito do 3® districto, convém ao exame dos factos
pelos dou» cidadãos que disputárão que irei apresentando e discu-
e que, trazido» 4 discussão, podem todavia servir para que tindo, é mister que se saiba que a autoridade do Sr. Dr. Ba-
& ca mar a se explique melhor a successão dos facos e suas hia é invocada por todos os contendores nesta eleição, e
causas, e possa mais convenientemente apreciar a influen- aceita pelo pro-idente da província; o assim um facto
que
cia exercida por esses facto» na genuína expressão das por aquelle digno magistrado for asseverado dever-se-ha
umas, que é sempre aquillo a que a commissão dá a maior considerar como tendo o caracter de verdadeiro.
importa ticia. Ainda uma outra inexactidão da commissão so nota nesta
« No dia 2 de Novembro foi installada a mesa parochial parto do seu parecer. (Li.) O ferimento que houve em Mara-
de Marsg gipe c começou o recebimento das cédulas. gogipe foi apenas um, o tão iusignilicante que, como a ca-
< Recebidas as do districto da cidade, e quando se estava mara tem ouvido, se diz fóra o resultado de um golpe feito
recebendo as da do Capanema, foi recusada pela mesa a por eanivte de apatar pennas ; entretanto a nobre commis-
cédula de um votante sob o pretexto de não serelle o idêntico, são nos falia de ferimentos levei, isto é, assegura a existencia
não obstaate o que se approximou da mesa o mesmo votante de mais do um. Onde a nobre commissão descobrio docn-
lhe foi embargado pelo mentos para provar esta sua asserção?
para lançar na urna a cédula, o que
mesario Sereriano José Moreira. Occupo-me com notar taes inexactidões, senhores, por-
€ O do votante foi apoiado pela parcialidade que é destas circumstancias, & primeira vista insignifican-
procedimento
do 1» j uiz de paz, que gritava ser ellc o proprio, e quo havia tes, que a commissão deduzio a nullidade da oloiçio •!«
devotar. Maragogipe, presidida pelo lojuiz de paz ; cilas, portanto,
«Uma desordem se travou, diz o Dr. Bahia, e delia sahio têm um certo valor que não convém desprezar.
o dito Moreira cora a casaca despedaçada por ter sofTrido de ler um trecho do parecer
(Depois da commissão.)
empurrões, havendo sofTrido ura eleitor ferimentos leves,
dos quaes duvida o referido doutor, porém consta de um Nesta exposição a nobre commissão ainda uma vez mos-
cor-po de delieto presente à commissão. trou-se pouco cscritpulosa, inexacta, em relatar o ocoorrido
« Restabelecida a ordem pela intervenção do juiz muni- durante as eleições em Maragogij>c ; o facto é simplesmente
cipal, ret:rârão-se os quatro raesarios, declarando não terem o seguinte : Depois de organisada a meea na matriz de
segurança para suas pessoas, nem garantia para suas de- Maragogipe, quando se ostava procedendo ao recebimento
liberações, e forão fazer outra eleiçilo na capella do Monte, das cédulas, appareceu um votante do districto de Capa-
nema
que a commissão reputa nulla Dor não ter sido feita no que pretendia votar ; a mesa, ou antes a sua maio-
lugai designado por lei, e para o qual não forão convidados lia, recusou-lhe o voto a
pretexto de falta de identidade de
previamente os votantes.
» pessoa ; nessa occasião houve insistência na entrega da sua
cédula da parte do votante, e da
Sr. presidente, j4 no primeiro período desta exposição a parto dos mesarios a mais
decidida leluctancia om recusa-la; e dahi resultou uma
nobre commissão começa a mostrar-se inexacta; porquan-
alteração na ordem que foi logo reprimida pelos esforços da
todizellaque prefere apoiar-se no testemunho do de
juiz
direito da comarca da Cachoeira o Dr. Manoel Joaquim Ba- policia ; alteração do que a maioria da me*a foi o primeiro
autor, porque, recoiando o triumpho dos seus adversarios,
hia, a quem o presidente da província considera muito im-
foi repellindo das urnas aquelle cidadão pelo futil motivo
parcial ua historia das occurrencias havidas nas eleições do
de falta de identidade de pessoa. Nesta oocasião disse-se
Maragogipe, sobre as quaes produzio umjuizoque é aceito
que houve um ferimento, e que a casaca de um dos mesa-
pelo Dr. Álvaro Tiberio. Entretanto sua imparcialidade
rios que soffréra alguns empurrões ficira despedaçada. O
nenhuma quebra sofreria se a illustre commissão fosse
facto do rasgamento da casaca do mesario o dos empurrões é
mais explicita, se declarasse toda a verdade. Da maneira
o único que se acha provado ; faeto quo tantas vezes se Jii
por que so exprime a commissão não parece que ella tenha em eleições, e todavia não destrôe por si só a validade de
muita ooníiança no procedimento ou na imparcialidade da-
uma eleição ; para isso é neccssaria a concurrencia de ou-
quelle magistrado. tras muitas circumstancia*, provando alteração na ordem,
A meu ver, Sr. presidente, a nobre commissão deveria
e falta de liberdade na votação, etc., etc.
dizer : o Dr. Manoel Joaquim Bahia não é sòmente oonside-
Houve porém um ferimento, inas feri-
rado imparcial pelo presidonte da Bahia, 6 de igual sorte que qualidade do
mento foi e*se ? O corpo do dclicto diz quo fora o resultado
considerado pelos mesarios que abandonârão a
proprios de uma estocada, até marca a extensão da funda, a sua pro-
eleição de Maragogipe, e forão fazor outra na capella da Se-
fundidade, o qae não está de accordo com o
que declara o
nborado Monte, e bem assim pelo Dr. Pedro Muniz, compe-
imparcial Dr. Manoel Joaquim Bahia, r tão com o
tidor do Dr. Álvaro Tiberio; as provas existem neste docu- pouco
mento (mo*íratid«-o), e a honrada commissão sem duvida que se 18 no oflicio do parocho da freguezia de Maragogipe,
testemunho insuspeito por ser esto sacordote partidista
leu-as.
dos adversarios do Dr. Álvaro Tiberio. Noto a câmara que
Sr. presidente, o testemuuho datjuelle illustre magistra-
esse corpo de delieto, quo tanto faz valer a nobre coinmii-
do apresentado por esta fôrma inspiraria outro grào <ie con-
são, foi feito perante um supplcnte do subdolegndo intores-
fiança, que não do modo por qae o faz a nobre commissão ;
sado na eleição concorrendo um f,jeultativo decidido parti-
parece que o seu íim é unicamente aproveitar-se para a sua
dario dos antagonistas daquelle Npfcdão, e um dos quatro
these do que lhe fôr conveniente nas declarações do Dr. Ba-
mesarios que sahirão da matriz dcMaragogipe para fazer
hia. Mas como nada quero asseverar sem prova, cumpre
caraara qual a opinião quo do Sr. Dr. Batiia nova eleição na capella do Monte.
que mostre k
tinhfto os raesarios que abandonarão a mesa parochial de Dkfütaoos : — Muito apoiado,
O Sn. Fins* r. 011 aos Sns.
Maragogipe. Essa opinião se acha exarada n'uma das actas
da duplicata feita por esses mesarios, e quo foi impressa no O Sa. Cedido Mi *n»:s : — Ksse corpo de delieto é um dos
folheto do Dr. Pedro Muniz (doe. n. 13 A). Ahi se diz « que documentos impressos no folheto do Dr. Pedro Muniz, o
Maragogipe correriacom toda a placidez,
(lendo) a eleição de nelle vejo assignado o Dr. Aprijçio Amancio Gonçalves , o
como suecedeu na de juizes de paz e vereadores, que foi as- facultativo de que ha pouco tratu. Não duvid® que esso rn—
sistida ae direito da comarca Manoel Joaquim dico seja uma pessoa de íncrecimjnto , e incapuz da faltar
polo Dr. juiz
Bahia, que guardando a maii honro<a imparcialidade foi res- aos seus deveres; raas ninguém desconhecerá que um tal
» documento feito com o concurso de indivíduo tão interessado
peitado dos amotinadores.
Passemos às declarações do Dr. IVdro Muniz. nesta eleição inspira sérias duvidas quanto ao seu valor pr>
Citarei em primeiro lugar, Sr. presidente, o documento batorio.
". 2* apresentado Pedro Muniz no seu folheto ;
pelo Sr. Dr.
é um requerimento deste senhor solicitando a opinião do Sr. O Sa. Fkwusdf.» oi Cimh: — Mas o outro medico e »:s
Dr. Manoel Joaquim Bahia a respeito dos acontecimentos do de delieto serão todas
pessoas qticcstiio assignadus no corpo
tlle o considerára do ferimento T
collegio da Cachoeira, donde ss vê que parciaes e interessadas na existencia

TOMO I 32
250 SESSÃO EM 13 DE MAIO DE 1857.

O Sr. Fiusa — O outro medico também é interessado, contrariadas as ordens de V. Ex. expendidas na circular de
da duplicata da capclla do Monto. 30 de Setembro ultimo. >
porque sahio eleitor
— Pcrdôe-me o tobre deputado, Porei aqui termo á leitura desta tão detalhada c veridica
O Sn. Cândido Mendes :
informação, documento importantíssimo por partir de um
creio que as outras pessoas que so achão assignadas nesse
magistrado reconhecido por todas as partes interessadas
documento, inclusive o escrivão , são tão interessadas como
nesta eleição como muito imparcial.
o Dr. Aprigio ; leio os seus nomes entre os eleitores da ca-
Só a nobre commissão deixa entrever o contrario, porque
pella de Monte.... imaginou ferimentos e deu força e ira-
que não existião,
O Sr. Fernandes da Ccnua:— O que so segue é que ha portancia a um corpo de delicto que as palavras desta
falta de provas absolutas. informação lanção à verdade.
por terra, dando passagem
O Sr. Cândido Mendes :—Accresce, Sr. presidente, que O Sr. Filsa Apoiado.
era vista do corpo de delicto, e do que jurão testemunhas era
uma justificação do mesario Severiano losé Moreira, o feri- O Sr.Cândido Mendfs* :—Eis explicada a causa por que se
mente em questão foi o resultado do uma estocada, de que quiz figurar o desembargador Bahia como unicamente re-
conhecido imparcial
correu não pouco sangue! factos que desmentem o Dr. Bahia pelo presidente da província e o Dr^
Álvaro Tiburcio; eis
e o proprio vigário de Maragogipe, adverso á causa do Dr. porque se empregou tanta arte na re"
dacção daquelle
Tiberio. periodo que me pareceu digno de censura"^

O Sr. Fiusa dâ um aparte. Uh Sr. Depot,uio : — Não apoiado.

O Sr. Cândido Mendes:—Vejamos primeiramente o que O Sr. Cândido Mendes : — Felizmente, Sr. presidente,
diz o Dr. Bahia na informação que lhe pede o presidente de
para pulverisar as asserções tão infundadas da illustre com-
é raui importante e não possb
província; este documento missão, existe entre os papeis concernentes a esta eleição ou-
á camara:
privar-me dele-lo tro documento, qno por ser de pessoa autorisada e adversa
«Illm.eExm. Sr.—Devolvendo os papeis que com o officio aos interesses do Sr. Dr. Álvaro Tiberio devenl merecer
de V. Ex. de 22 do mez proximo passado me forão remetti- da camara toda a
aceitação. E' um officio do vigário
dos para informar sobro as oocurrencias que tiverão lugar d.i freguezia Maragogipe informando
de ao venerando
no dia 2 daquelle mez por occasião das eleições primarias
prelado daquella diocese das occurrencias que tiverão lugar
da cidade de Maragogipe, cumpre -me levar ao conhecimento na sua matriz por occasião das eleições de 2 de Novembro
de V. Ex. o resultado de minhas indagações a semelhante do anno passado, que passarei a ler :
respeito. < Exm. eRevm. Sr. — Tendo-se feito representações no
Principiárão os trabalhos eleitoraes com a devida rega-
governo da provincia, nas quaes, referindo-se os aconteci-
laridade, reconhecendo-se na respectiva urna sem contesta- mentos do dia 2 do corrente na matriz por occasião das elei-
do districto da cidade; passando-
ção as oedulas dos votantes ções, diz-se que Quirino Francisco Lisboa recebeu uma es-
se a fazer a chamada do de Capanema, não foi aceita pela tocada, cumpre-me participar a V. Ex. o que realmente so
mesa a cédula de um votante sob pretexto de não ser elle o e a razão por que julgo não ter íicado pollutan
passou,
idêntico que se havia chamado; e como o votante se approxi-
inasse da mesa para lançar sua cédula na urna, foi-llie cora « taio mo achando aliquando deu-se esse incidente, pas-
energia obstado pelo mesario Severiano José Moreira. sei a fazer as possíveis indagações com todo o espirito de
« Nessa occasião diversas pessoas gritarão que o votante imparcialidade, e ois o que pude colher ouvindo a differen-
era o proprio de que se tratava e que por isso havia de votar. tCB pessoas, inclusive aquelias qu* mais interesse lém em que tal
Uma desordem se travou, sahindo o dito mesario com a so- acontecimento seja encarado sob um aspecto o mais horrível.
brecaeaca rota, e tendo soffrido alguns empurrões. « Suscitando-se questão sobre a identidade de um votan-
« Conseguindo oDr. juiz municipal, que se achava pro- te, Gustavo Adolpho da Costa e Almeida segurou o secre-
(.ente, restabelecer logo a ordem, disse ao juiz de paz, presi- tario da mesa Severiano Josó Moreira por detrás, subju-
dente da mesa, que podia continuar com os seus trabalhos,
gando-lbe os braços, e ao mesmo tompo foi o mesmo Seve-
cujo alvitro sendo por esta abraçado, não o foi pelos outros riano pegado pelas pernas por Antonio Manoel da Silva
mesarios, que a final se retirárão para a capella do Monte, Vianna. Seguio-se uma scena de confusão, da qual resultou
onde com o 2" juiz de paz procederão a uma nova eleição. O sahir o referido Severiano com uma alia da sobreeasaca
da mesa,que se conservou no seu lugar, tratou de rasgada, ou segundo outros cortada,o delegado Dr. Salustio
presidente
organisar uma outra, e com ella proseguio nas eleições até a Pereira de Carvalho manchado de tinta, o o prejudioado
sua conclusão.
Quirino com um pequeno buraco ou rasgaduru nas costas
Pelo que pude colher posso asseverar a V. Ex. que, da casaca.
não sc> não é exacto que na occasião do couflicto se introda- « Fui â casa do proprio Quirino, o delle mo informei de
zissom cédulas na urna, como também que appaiecessem tudo quanto lhe havia acontecido. Segundo disse-me ello
facas c punhaes contra alguém ; se me não engano , essa as- foi só ao-despir-se, quando chegou em casa, que vio estar a
serção não passou da imaginação daquellej que forão do- camisa nodoada de sangue. Examinei o lugar donde disse elle
minados pela prevenção e pelo terror de que so apoderárão. » manou esse sangue, nada pude distinguir por estar esse lu»
Entretanto, Sr. presidente, estes factos , cuja existencia de sangue coagulado, de quo havia também
gar mascarado
dostróe com sua honrada palavra o Sr. desembargador Ba- na camisa algumas nedoas ; mas affirmou-me elle mesmo
liia. constão de depoimentos de testemunhas juradas na de sanguesugas, que por con^e-
que esse sangue era eifeito
Severiano José Moreira, a que jà rae
justificação do mesario lho do medico applic&ra naquella
pnrte.
refoii ! « Em consequencia do exposto j ulguei e j ulgo que a igre-
Continuemos a leitura da informação : não foi violada « isso
ja ; por nenhuma providencia tomei
Cm ferimento porém: houve (o eommiuío pretende que daquellas que pediria o caso so eu
julgasse o contrario. Não
houvertio mais)% segundo rae disse o paciento Quirino Fran- obstantfl mandará V. Ex. o
que fòr servido. Duos guarde u.
cisco Lisboa , que , pelo exame que fiz no seu íato , colligl V. Ex. Maragogipe, 8 de Novembro de 1856. — De V. Ex.,

que foi feito com algum canivete de aparar pennas, porque Exm. o Kevm. Sr., subdito muito humilde eobediente. — O
'orifício do collete era tfto pequeno
o que existia 110 forro vigário, Fernando de Meirelles Pinto Itarrelo. »
elle não podia ter passado Benão um canivete seme- Sr. presidente, o documento cjue a camara acaba de ouvir
que por
lhante, sendo de notar que no mesmo collete não houvesse a ler é valiosissimo, reforça a informação do desembargador
mais pequena nodoa ae sangue. (E a justificação declara Bahia, e lança sobre os acontecimentos de Maragogipe não
f tocada!) Desejei ver a cicatriz que natural-
que foi uma pequena luz.
mente teria deixado a ferida ; mas como o mesmo Quirino
O Sr. Fiusa : — E' o melhor documento; é de um adver-
me dissesse que, applicando algumas bichas, pegou uma no
sario do Dr. Tiberio.
centro delia , conheci que inútil seria a minha inspecção,
cicatriz se confundiria facilmente com as O Sr. Cândido Mendes: —A data desse documento, Oi*
pois que aquella
fazer 21 s bichas. cripto poucos dias depois da eleição, o caracter e opiniões do
que costumão
« Se o procedimento do Dr. juiz municipal foi menos re- indivíduo que o assigna, fortemente desconsidera o corpo de
a imparcialidade que devia, é do que delicto e a justificação dada por Severiano José Moreira.
guiar, não guardando
ainda mc não pude convencer, o por isso, emquanto não A historia do ferimento, depois do uma reflectida lcitura
houverem provas em contrario, continuarei a fazer delle o deste dccumento, não passa ae um manejo eleitoral com 0
da matriz presidida pelo 1
melhor conceito, e a persuadir-me que não forão por elle proposito do malsinar a eleição
SESSÃO KM 13 DE MAIO DE 1857. 251

uiz cie paz, que a nobre eommissão quer a todo o custo Isto,, porím, não disso a eommissão ; apenas limitou-so a
nnnullar, sem motivo justificado. declarar que os mesarios se retiríurão, mas não notou aquejla
importante eircumstancia quo a neta declara e ninguém
O Sn. Sampaio Vianna:— Apoiado; é verdade.
ainda contestou.
O Sr. Cândido Mendes :—Em vista destas duas declara- O Sr. Ficka :—Apoiado.
valor podem ter as asserçôes da
ções tão autorisadas, que
O Sr. Cândido Mkndks:— Não ha, Sr.
nobre eommissão? Como poderá cila defender-se ? presidento, docu-
monto algum contestando aquella circumstancia, isto ét
(lia um aparte.) qne doas dos mesarios voH&rão eestiverão presentes na mesa;
(Continuemos. e que, quando o juiz de paz tratava de recompor a mesa, elles
Jft vio a camara que o facto do ferimento não se aelia pro- se retirárão a pedido e instancias dos outros companhoiroB.
¦vado; Ilavia motivo justo para esses mesarios abandonarem a
o próprio paciente interessado na sua existencial
vigário deMaragogipc que foi .«S ao despir-», mesa eleitoral ? Ninguém o dirA.
quem declara ao
A casa, que vio estar a camisa nodoadade
quando chegou O Sr. Fusa :—Apoiado.
sangue, e quando estivesse provado esse facto por certo não
O Sr. Cândido Mkndks :—Não liana coacção alguma, o
influio para a retirada dos quatro mesarios para a capella
se houve, não te provou ; não ha uma só autoridade impor-
do Monte. (Apoiadot.) Cumpre pois que a camara saiba dos
tante do lugar que o diga ; eó apparecem testemunhas (os
motivos que levárão os mesarios a abandonar a mesa da
isso ; e testomunlias
matriz... proprios interossados) asseverando ju-
radas sem audiência de pessoa alguma, isto é, sem audien-
O Sr. Fernandes da Cunha <1A um aparte. cia daquelles que podião contradicta-las na occusião do seu
OS*. Cândido Mendes :—Os mesarios, depois que aor- depoimento.
<lem se restabeleceu na matriz por effeito das disposições Ora, se não houve coacção, como cRndemnar-se essa elei-
tomadas pelo delegado de policia e juiz municipal, o Pr. Sa- ção, quando se canonisou a eleição de S. Felippe, cheia de
lustio Pereira de Carvalho, como confessa a eommissão, tantos vícios, como j& tive a honra de provar a esta casa ?
magistrado em quem a presidencia depositava muita con- E' porque, como não se podia approvar a eleição dos mesa-
iiança, desde que a seu contento assistio ás eleições de jui- rios feita na capella do Monte, era necessário cond«'muar a
zes de paz e vereadores na freguezia do S. Felippe, onde da matriz a todo o custo, para collocar-se o Sr. Dr. Pedro
triumpnou o partido adverso ao Sr. Pr. Tiberio, 6 que en- Muniz acima do eeu competidor ; de outro modo seria im-
tenderão que deviâo declarar-se coactos não aehando segu- possivel dar-lhe um assento nosta casa.
rança para suas pessoas, nem garantia para suas delibera- E note a camara que a illustre commissíío nem tem con-
sciencia do valor dessas provas cm que se baseou, e^tA mesmo
ções ; elles os unieos culpados da perturbação da ordem
naquella matriz. Mas era isto um ardil eleitoral.... acanhada, envergonhada de have-las produzido, porque
diz aqui em um trecho do 6eu parecer :
O Sn. Fernandes da Clkiia Não apoiado.
< Lntretanto a eommissão talvez não
pedisse 6. ctmaia a
O Sn.Cândido Mkndes: —O Dr. Salustio,
que, como jli annullação da referida eleiçio, se porventura esse defeito
vimos, merecia a confiança do
governo da provincia, conti- gravissimo (o incutcaJo domínio tiolenío da parcialidade r/ue
nuou a merocO-la do Dr. Bahia, íjue em sua informação o venceu a eleiçio) houvesse sido sanado
pelo procedimento
defende das injusta» acousações
quo lhe fazem; o Dr. Salus- posterior do 1» juiz de paz, o polo rei peito do todas as for-
tio empregou todos ob meios ao seu alcance
para o restabele- mulas legaes e indispensáveis & garantia da liberdade do
cimento da ordem alterada
pelos acintosos abusos dos mesa- voto. »
rios, e temos disto uma
prova irrecusável no proprio oflicio De sorteque tudoquanto a honrada eommissão accnmulou
do vigário por mim lido, onde se diz
que o mesmo doutor, com o propósito do provar a coacção dos mesarios não im-
depois da alteração na ordem
provocada pel/>s mesarios, sa- pediria a validade da eleição se porventura não exi.tisse o
liira com sua roupa manchada de tinta, o defeito, que adiante nota, da recomposição dun-esa A nobre
quo manifesta que
esse funecionario
publiéo, conscio dos seus deveras, não eommissão acanha-se, não se exprimo do um modo claro,
abandonara a igreja no momento do conflicto, c se esforçàra não deline bem suas convicções, diz : « talvez não pedisse a
por acalmar os ânimos e restabelecer * ordem. Como pois annullação, etc. » Quando, Sr. presidente, tr»it:i a com-
explicar o abandono dos mesarios ? missão do procedimento do juiz municinol, o Sr Dr. Sa-
O Sr. Fusa:—Não lustio Pereira do Carvalho, durante aqueUas eleições, pro-
querião concorrer para o triumpho
dos seus adversarios. cedimento que a presidência da provincia louva,
procedi-
mento que o justiceiro Sr. desembargador Bahia também
Alguns Srs. Peputadok : — Apoiado.
louva, mostra-se de uma imparcialidade
que qualificarei de
O Sr. Cândido Mendes: — Quando, Sr. travfcsa, dizendo :
presidente, se
nchavãoas cousas neste estado, é que os mesarios se resol- « A eommissão lamenta que osso magistrado nãodifpu-
vêrão a deixar a matriz, pretextando falta de seguriinçae zes.se do prestigio necessário para evitar as acenas desagra-
de liberdade em suas deliberações. Saliirao quatro, mas (laveis quo ocoorr«>rão, e que, por não terem bido convenien-
«lous reflectindo depois que semelhante procedimento não temente reprimidas, podião reproduzirão pela agitação cx-
era louvável, não importando senão um maneio eleitoral, traordinaria das paixões políticas que havino re-olvido a
voltarão, achamado do sjus assenti s adopção do abuso em grande escala, c »tno veio do conseguir
juiz de paz, a tomaros
na mesa ; mas no momento em a victoria ou determiuar a derrota. »
qoe o mesmo juiz tratava,
cm virtude do art. 17 dodecreton. 1,812 do 23 do Agoslodo Senhores, a illustre commiss5o não so atreve a susten-
anno tar os Cactos de que a mesa da Senhora do Monto faz sidera-
passado,de completar a mesa, elles a isso se recusarão
n pedido dos outros seus companheiros, no declaração em suas actas, o que os inimig is da eleição
pousando talvez cs-
torvarem deste modo a marcha regular dos trabalhos elei- do Sr. Dr. Álvaro Tiberio apresentão, o então procura esto
toraos ; não só recusàrão completar a mesa, como de novo meio, ou antes esta evasiva para não manifestar todo o sen
to retirárão a instancias do seus companheiros, a despeito o juiz municipal não tivesse
pensamento i ella lamenta quo
dos esforços o pedidos do juizde o prestigio necessário ! Isto é, não pôdê contentar qu# este
paz o do Dr juiz municipal
lia um aparte.) juiz municipal portou-se l>em, quo restabeleceu a or-
(
dcm...«
1 Procedião assim, Sr. presidente, os mc-arros com o pro-
inutilisarem a eleição que seus adversarios ira- O Sr. Fu:»a Apoiado.
posito de
nhavão, no momento om que a ordem e.-ta*» rep-taUlecidn, O Sr. Cândido Mendes : — .... 0 quo queria a comtnissão
e quando a autoridade policial tinha tomado todas as pro- era que aquelle magistrado dispuzes:c mais pr« stigio, mas
viaencias nenhuma alteração se disse na igreja. não nega que tivesse empregado os meios que tiniu A sua
para que
Was, senhores, quem se queixava do fulta de segurauça, disposição para o restabelecimento da ordem ; não o iucri-
erão os mesarios de Uuragogipc, que tinhão por aieia dc mina como fazem uquelle» quo tomíirão parto nessa eleição,
eoui abusos e provocacõc* alte&vlo a paz que lia via un mar- e quo forão depôr perante um supplente do subdolegaío,
cha dos trabalhos da eleição. amigo e interessado, o que nunca se passára, o que não era
Entretanto o facto da volta dos dous mesarios a chamado a expressão da veidade. ,
do juiz da tal coacção era iioagi- Mas vejamos a maneira pni que a honrada eommissão ar-
paz claramente prova quo
naria, e da elejção recorreu-se a coacção e aconselhar
que sentindo-se a perda gumenta com o intuito de provar a
esse triste manejo. a annullação do processo eleitoral desta freguezia; e aqui
252 SESSÃO EM 13 D 5 MAIO DE 1.857.

é que está o ponto mais importante a ventilar nu presente dos mesarios ! A nobre commissão reconhece
em resultado a approvação que a parei
questão; elucidado pôde trazer lidade dos mesarios era fraca, mas teme declara-la...
ou nulüdade desta eleição.
Sei que tenho abusado muito da paciência da casa (n/1 o (Ha um aparte )
apoiados); porém parece-mo que esta questão é sobremodo O que í singular, Sr.
presidente, é que a commisnão ac-
de não pequeno alcance, cusao 1" juiz de paz por rai facto todo negativo, e
grave, e sua resolução pelos prece- pelo qU9l
dentes que vai estabelecer, para o futuro, e que a camara nenhum dos seus adveisarios ainda o arguio, o não haver
fle\e procurar esclarecer-se bastante para dar o seu a seu reclamado nem
pedido ao juiz municipal a prisão ou retira-
dono, e não negar o direito a quem competir. (Apovdos.) da dos cidadãos
que resistirão ás deliberações da mesa t
«. Cumpre observar diz a honrada commissão, antes de E seria indispensável solicitar do delegado o desempenho
tudo, que o presidente da mesa parochial (que havia reorga- de um dever ijiie
já tinha satisfeito restabelecendo a orden
nisado a meta depois do abandono dos ni matriz ? Não i1 a
quatro mesarios) era o própria commissão que re<< nliece ik
chefe da parcialidade que apoiou a candidatura do Sr. Pr. seu parecer a missão do juiz municipal c delegado,
que qu<
Álvaro Tinerio, as fim como os aliás se achava
quatro mesarios partidarios presente na matriz, era de manter a ordem'
reconhecido» do lado
que adherio á candidatura do Sr. Dr. (fia outro aparte.)
Pedro Muuiz.
Ora, Sr.
« Do exposto se conclue o seguinte: presidente, porque a honrada comtnissuO não se
havia de mostrar mais imparcial, mais
« Que os quatro mesarios pertencentes á parcialidade generosa na enun-
ciaçâo deste seu
Muniz manifeòtárão o acintoso propósito de excluir da urna pensamento? O juiz de p«z sô tf juiz de pax
na verdadeira accepção legal
as listas de seus adversarios. Que semelhante procedimento quando organisa a m< sa, e por
isso é que o seu escrivão escreve e
real OU lião (jd vai a comtni*.\?)o pondo em duvida o que os pro- prepara a primeira acta
da eleição
prios interessados nho contestOo), pois oue esse ponto impor- parochial; quando a mesa já está organigada, elle
é um membr - delia cr mo
tatite da questão deixou de ser elucidado pelos candidatos do qualquer outro mesario, apenas
com a faculdade de
8® districto da província da Bahia, prov. cou uma resisten- presidi-la. Se o juiz de paz não recla-
mou e nem pedio que se os culpados dos desaca-
cia formal ás deliberações da mesa, e deu lugar a otFensas prendessem
t< s praticados na matriz dc Maragogipe.
jn«*5í ou menos leves (nova insistência dos suppustos ferimtn- porque não fi
zerão o mesmo pedido os outros mesarios? Não erão
tos) em um eleitor.
clles mais interessados nessa medida ? Pois o
« Que o primeiro juiz de paz tido reclamou nem pedia ao juiz de paz
só por ser partidnrio do Sr. Dr. Álvaro Tiberio deve ser
juiz municipal a prisão ou retirada dos cidadãos que resis-
condemnado por não ter a prisão de criminosos
tirão ás deliberações da mesa, e tratárão por fôrma tão repro- pedido
estando presente a policia ? Porque não carregarão tam-
vada o mesario Seveiiano Jostf Moreira.
bem com essas culpas os outros mesarios? Porque não
« Que os dous partidos receia*ão seriamente, um o abuso
supprirão a negligencia ou cumplicidade do
possível, senão certo, da posição vantajosa dos quatro me- presidente da
me*a parochial? Mus, senhores, de um facto. a respeito do
sarios, e o outro o emprego de ameaças, insultos e provoca-
qual não appareee uni si documento autorisando a < xisteu-
ções que infelizmente se res»lisárão.
« Apreciando esses factos qne a coromissão r»*puta bem cia, querer-se deluzir uma nullificar-se uma
prova para
eleição a meu ver regular, tf
fundaaos , pois que os deduz do allegado e provado por justamente ao que eu chamo
imparcialidade traví-s :*u. Tanto direito ou dever t<nha o
aquelles que sustentão a eleição da matriz de Maragogipe juiz
de paz para solicitar da
(o que resta demonstrar)., convém verificar se
os
quatro mesa- policia a pris&o dos desordeiros, co-
mo outro mesario,
rios licArfio realmente intimida los pela desordem que se deu, qualquer porque elle ali não era outra
cousa mais do
ou se abandonarão a mesa por e&trategia eleitoral, > que mesario com o direito de presidir a
mesa.
Sr. presidente, é para o quo vou agora ler que reclamo
juiz de pu/. não cumprio o seu dever, etavão ali os
t~>da a attençào da camara ; convém que todos nos compe-
outros inesarios que
netremos dos fundamentos que teve a nobre commissão para podião reclamai essa medida, se a jul-
a coacção dos mesarios , apreciando assim gassem conveniente; mas não reclamão semelhante prisão,
julgar provada nem de tal cousa se recordão; deve o
n sua equidade e amor du justiça. juiz de paz por isso que
é o chefe do grupo que apoiava a candidatura d > Sr. Dr. Al-
Alci^s Srn. Digitados: —Apoiados. varo Tiberio pagar,
por semelhante ominissão, ammllando-
se a eleição de Marugrpipc; outros me> a rios não, merecem
O Se Cândido Mexdks : — Continuarei a ler (Lé.)
ser endeosados!!! Tal é a
« Para que n ooromissão acerte, investigará t> que era do justiça da com u.Vão!
Continuando, diz a nobre commis-ão, os mesarios
interesse das duas parcial idades que se disputáríio a eleição, quo
e isso pela impossibilidade em questão do apreciar por ou- por isso que dispuohão donumero nr. mesa parochial podião,
recorrendo ao abuso, vencer a eleição; e cincos seus antago-
t /a fôrma o« factor subjectivos que quer conhecer.
ni^tas,
« Os quatro mesarios estavfio em maioria, c o por contarem sómente com o juiz de paz, ompregavão
presidente as ameaças, insultos e
da mesa parochial em minoria. Chegada a luta \ altwra em provocações paru combaterem aquelle
illegitimo recurso. Se osmesarioif, accrescent i a coratmssílo,
que estava (t/u? luta era c.shi ic unida nfío se havia alterado a
não puderão levar por diante o sen plano aconselhado
vrdcm% nrm y? podin conhecer o resultado da eleição), o do^pei- pelo
despeito o pelo capricho, e em que tanto interessava sua
to c o capricho erâo o não podia deixar de ser o movei do
parcialidade, «' poroue contra ollcs sc empregou a intimi-
procedimento da nn?sa (come iene a da derrota), c assim tam- dação. Parece-me, Sr. presidente, ser isto o resumo do
i.em da conducta de seus adversarios. que
se 16 110 parecer da nobre comreis«ão, de
« Aquella
ganharia a
eleição, quando mesmo A tida co-
j quo a camara jii
tem conhecimento, o para cuju leitura ainda ha
mo perdida, se estivesse disposta a abusar do direito que ti- pouco
solicitei sua attençào.
níia de julgar da identidade dos votantes, certo como era
<,ue ao delegado corria u obrigação de manter u ordem sem *1 Sr. Düpltvdo : —Apoiado.
:«precin r a legalidade de suas deliberações. Os sectários do
lnjuiz d-3 p»z portanto tinhão todo o inter< v»e de impedir O Sr Cândido Mf.{idks : — Ora, Sr.
prcsMente, n honra-
da commissão
por qualquer fórtna que fosse aquelle abuso de autoridade, quando examinou os documcnti s da eleição
e os mesarios toda a conveniência de conservarem suaposi- da fregucziadeS. Felippe não \"o contra
que so empregasse
vantajosa, o lo
ção para á sombra delia ganharem h eleição. juiz d paz coacção alguma, achou que a eleição ali
« A ro ti rol a <x>n- tinha corrido suave e naturalmente, eentretanto pôde con-
pois dos mesarios indica que não forão
saltados oa interesses de sua parcialidade, e conseguinte ceber a existencia de coacção e intimidação dos mesarios
mente que a intimidação empregada pelos partidarios do na eleição de Maragogipe, imaginando uma de.^as hypotlie-
lo juiz de paz obteve » s seus esperado* resultados > ses exeepciouaes,
que raras vezes ec verilirâj
! K' n»r(ssarjo
Porei aqui termo, Sr presidente. ã leitura deste arrazoa- considerar esses mesarios na do maior c n ais dep.*a-
posição
do, o que ouvio a camara tf bastante vado cynismo
para que
se compre- para então daln concluii que se elles aban-
bonda o pensamento da nobro commissão. Todo o artificio donárão a matriz, ainda dopois de restabelecida a ordem
ntação «
desta argum desvariado transparente. A eleição por elles acintemente alterada, foi porque os intimldárüo 1
tem uma marcha rigular, nenhuma altersçSo se manifesta De sorte que não ha meio termo entre o mais alto cynismo
entre os votantes senão 110 momento cm que 05 rr csanos re- e um comportamento regular c honesto.
cusão acintemente a cédula de um cidadão qualificado do
districto de Caparema, e são o» sectários do juiz de paz, que O Sr. Fiusa : — Muito bem.

colhem os esperados resultados da eleição pela intimidação O Sr.. ('»x«)co Mendf.ü :—Eis o singular dile.i ma da com
SESSÃO EM 13 DE MAIO DE 1857. 258

mis9ão, cujo final resultado será a annullação da eleição de OSa. CauzMiCHADo:—Prove era como o
processo eleitoral
Maragogipe. d«ve ser outro.

(Ha um apartt.) O Sã. Cândido M kndks : —. Tanto 6 assim


que n» art. 17
do decreto de 23 do A
Se os mesarios gosto do anno passado se tomárão pro-
que estavão em maioria desamparâo a videncia» pura se
preencherem as mesas eleitoraes, havendo
mpsa e correm á capella do Monto para fazerem uma du- íalta de qualquer meaario. A câmara relevará
que leia a in-
plicata, outra conclusão não ha a tirar senão que oontra tegra desse artigo, que me
clles se empregou a concção, pois tinhão a faculdade deaf- parece necessária para a elucida-
ção do topico do parecer da commissâo que neste momento
frontar com todo o arrojo a moralidade publica, discuto :
podiuo
calcar todas a» considerações humanas, e se o não fizerão é < Art. 17. No impedimento ou falta de
qualquer dos
porque a coacção os embaraçou. membros da junta da mesa
E, Si. presidente, ser& esta a natural situação das cousas ; parochial, depois do anigiiada a
acta de que trata o artigo precedente, a mesma
é sobre bases tues que formar um raciocínio, npre- junta ou
podemos mesa durante o» seus trabalhou, nomeará
ciar com clareza e verdade os factos (jue constantemente se parochial, quuit o
substitua, comtanto que tenha as qualidades de eleitor. Se
passão n nossos olhos ? Para que explicar um acontecimento o dito impedimento <*u falta se der antes de assignada
porém
tão conhecido em eleições por meio do uma hypothese ex-
a acta. proceder-se-ha á eleição do substituto
cepcional ? pol > mesma
maneira estabelecida para a primeira eleição (Art. »
A coacção, Sr. presidente, ostaria
provada se a commissâo Temos portanto nesta artigo duas hypothete», o areou-
* justificasse, demonstrando
que os mesarios haviâo, no des- chimento da mesa parochial antes do lavrada it acta da for-
empenho dos seus deveres, satisfeito a expectativa
publica, mação da mesma mesa, e o preenchimento uepoi f deste
e que, conscios da sua derrota, a ella se resignárão, conti-
facto;
nuando na me«a a sustentarem a rigorosa execução da lei, porém como observará a cumaru nada se diz,.nada se
o
providencia quando se der a hypothese que teve lugur em
que por essa causa havião sido expellidos. Esta é a Marag gipe.
posição
da probidade, a
que convém ao cidadão honesto. Ma» disse o nobre deputado
Mas não è esta, Sr. por Minas, que ha pouco mo
presidente, a hypotliese imaginada fez a honra de luterrompor, 6 necessário
illustre commissâo; provar que o pro-
pel* ella só eoncebeu o procedimento do cesso eleitoral antigo roí substitnido
cynico por outro. A prova
que entende que deve manter-se na» mesas até o lim deste facto 6
do processo eleitoral por certo a mais fácil; se acaso vigorasse o
para excluir por meio da falta de iden- antigo processo eleitoral de nido na lei regulamentar das
tidade de pessoa e de outros abusos os seus adver;arios.
eleições, não se fazia
preciso baixar o decreto de 23 do
Agosto do anno passado, dando instrueçõc* Acerca do novo
(Ha um aparte.)
processo ordena io pela lei novíssima das eleições. (,4p andos.)
Na hypothese da nobre commissâo o individuo ou é coir.- Ora, Sr. presidente, no antigo processo não se fazia dia-
pletamente bom ou mio, 09 inteimédios d"sapparecem. O tincçfto alguma quunto ao modo de recompor as mesas
homem fraco aindaque cynico, o» meios honestos
e meios parochiaes, seja antes, seja depoiB de assignada a primeira
tratantes, os
que ainda senão achão de todo pervertidos, acta. Esta distineção creou o nrt. 17
por mim citadoe lido, •
estão exetuidos dodilemma da nobre commissâo l em cumprimento de sua disposição
E' desta prestou-se o juiz de paz
maneira, è com estes esforços, com estes tratos de Maragogipe logo
quo se dá ao que voltãrão os dons mesurios, que,
espirito a honrada commissâo acudindo ao *eu chamado. conservArão-sc
que quer provar a coacção dos por algum tempo
mesarios de Maragogipe. na mesa, e depois a abandonárâo
pela insistência »¦ rogativns
de seus companheiros.com quem >o reuuirão
^1 iNAfOKs ik Clnh\:—0 nobre deputado é para fazerem a
P que duplicata da capella do Monte.
esta dando tratos à sua dialectica. As conclusões da com- A recomposição da mesa, segundo o ivt 17, em vista da
mis&ão lio muito uaturaes.
retirada dos dous últimos rhe*arioF, foi al>andoi:ala r»elo lo

O Cândido Mendes : — Como é juiz de paz; entretanto, cumpre que odig:\ sondo a legisla-
possível isto? A honra- ção oram Una, a r< composição da mesa, na fôrma do art. 17,
tommissuo não
poderá em tempo algum rocussr a ver- uiíula eouservando-he áómente o
etade «lestas considerações.
O mais alto cynismo reunido á presidente da mesa, rr.c pa-
rere sustentável. Note a câmara
ma or coragem , eis a situação excepcional em que nacjuelle artigo nada
que a illu-tre se declara estar
commissâo julga est-aâo os mesarios que abandonárâo quanto o a mesa em maioria ou minoria*
que Portanto '•e o de *e achar com um s<'> me^ario,
« mesa d.» Maragogipe. Ora não é assim se juiz
"Vecompor paz
, que pôde lógica
e razoavelmente «preciar os factoa. podem ambos a mesa, segundo o que procoitfiao
dito artig
Mas, Sr. presidente, a honrada commissâo, como
jA disse,
n.to tem grande fé ; desconfia desta sua argumentação, cem Um S», Dkpitado dá um aparto.
verdade diflicilmente
poderia ella provar a coacção dos me- O Sr.Cafidipo Mkwdks : — Se acaso ode re*
sarios da Marjig' filiasse em
gipe , porquanto mesmo neste p trcccr. um maioria, entlo as mesas só pod- rifiu ser
peuco abafxo do ponto que acabo de analybar , declara preenti.idas exii»
que tindo três ou quatro membroi. Mas bo ainda e.-iando «dl«s
absolveria de culpa i-
pena ehta eleição se não houvesse o em minoria se
ponto prÍNííipal em que a nobre comm ^ão mais soTirma, a pôde chamar para recompõ la a maioria c e
seus membros, como já mostrei, tanto importa
recomposição da mesa que a ri ccm-
parochial de Maragogipe depois do
alHindono dos me-ario*. Como a honrada p siçâo t-e faça existindo um como dons membros ('a
commissâo não
olh i para c«tos mesa, porquanto sempre to d4 o facto da minoria.
pequeninos peccados da eleição de Marago-
gipe . que chamara — veniaes. —
por miuha parte os aban- (lia um aparte.)
não insistindo mais neste topico.
Mas, Sr. presidente, ou prescindo do fu'tent.ir esta
\ amo» ao grande defeito desta eleição,
a recomposição doutrina, e nem o 1" juiz do pa;' de Marag^gipo a ella te
da rr.esa parochial. 1
soccorreu sendo abandonado pelos dous últimos mesarios.
Sr. presidente. '-onoluido o abandono da mesa
de Marago- Como o case era ommisso na novíssima legislação, o
gipe pelos mesarios que fnrão para a capella d , Senlioru do quo
devera fazer o
Monte, o lo jui2 de nnz, único mefurio que ali ficou, tratou de juiz de paz, realisando-sc a primc*ra hv-
recompor a mesa, Qunl oalvitre que devia em|iroirar pothese de que trata o art. 17. isto í, tendo os mesarie- dos-
no--ta amparado a mesa dopoi» do recebimento da» cednlasT Be-
occasião ? Não ee polia recorrer álegi-laçío
passada, por- correu a um
- 19 de Setembro primeiro expediente dc mnndur chamar o*
qa« pela lei n. 842 d de 18A5 e-tabcleceu-se
immediatos em votos para juizes de pnz na fôrma do nrt 8,
um novo processo para a eleição. Mesmo na legislação
passa- a recomposição da mesa, e isto teve um
dn havia uma lacuna a respeito da recomposição de para principio de
grande execução; mas'depoís, rmlhor aconselhado, vio
mesas quando abandonadas por todos» os mesarios ; e tanto que esto
artigo não tinha para o caso applicaçilo alguma, nrr estar
assim que oaviso de 2H deJunho do 1819
preencheu essa la- fóra d" primeira hypotheso do art. 17, o attcntando para o
cuna estabelecendo noart. 14 o meio de ee recomporem
as
mesas em taes circumstancias que o legislador prescrevera a respeito do collegio oleltoral
Mas essa legislação não em cbso análogo, entendeu que, dadas a» mesmas eireum-
podia ser applicada para o caso, stancias, applicar a mesa faria no
outro era o »> podia parochial o que se
porque proceseo, tanto que governo imperial, collegio eleitoral.
lego que teve de por eu» execuçã® a lei de 18.55, expedio o
d< ereto de 23 h,. Agosto do anno O Sr. Fiusa : — Apoiado.
passado, para que o novo
processo eleitoral se pudesse executar sem tropeçjs... O S». Csnnioo Mkudís .--Portanto o l#joií de psr.. o«r-
SESSÃO EM 13 I)F MAIO DE 1857.

.tieando o quo dispõe o art. 21, chamandoaquelles que tinliiio marca, ou o presidente da província; mas dahi resultaria
sido votados immediatameute apôs os primeiros inesarios, incommodo não pequeno aos cidadãos residentes nos dis-
não procedeu simplesmente por vontade própria. Oade o mal, trictos mais remotos que terião de congregar-se de novo.
onde o arbitrario no acto do Io juiz de paz, tanto mais quanto Se a lui nesta eleição não foi postergada, se se manteve a
não tomou provavelmente aquella resolução «não depois de liberdade do voto, se se não recusou a cédula de quem quer
consultar eom nxn jurisconsulto que estava presente áelei- ali fosse nas circumstancias da lei, se os adversarios
que
ção, o Sr. l)r. Soinstio Pereira de Carvalho, juiz municipal desta eloiçãonão apreaentão sequer um documento contes-
de Marugogipeí tando estes pontos, como sacriiicar o fundo á formula ?
Porque não havemos de seguir nesta parte o conselho da
O Sn Fi.rnandf.s da CJIinha : —Se a ó
presidencia não commissão, aliás tão amiga de sacrificar o fundo A formula.
autoridade, quanto mais o juiz municipal ?
Portanto a eleição feita na matriz de Marogogipe é vai
O Sr. Cândido Mendes : — Não contestei
que a presiden- lida...,
cia da proviucia seja autoridade e habilitada para dar ins-
O S». Fujsa : —Apoiado.
trucções ; ceunare> -a sóroente interveio em opposi-
quando
<*ão à lei. Portanto a observação do nobre deputado não tem O Sr. Cândido Mendes: — E não pôde deixar
de ser ap
cabimento. provada.
O ^r. Fkr.nandcs d\ Clniia : -—Então contesta a proceden 0 Sr. Fernandes da Cunha : — Seria um escandalo.
cia dos esclarecimentos, e não a competência do presidente.
0 Sr. Cândido Mendes : — Seria um acto de justiça o de
O Sr Cândido Mendes: — A presidencia deve dar escla- equidade, e a camara mostraria assim que não quer sacriti-
reci monto* quando forem necessários; mas deve-se abster CHr o direito a uma questão de formulas.
desse encargo, sendo a lei clara, porque então não seria Se houvesse, Sr. presidente, um preceito claro na nossa „
competente e nem se torna precisa a sua interveuçüo em taes legislação eleitoral áeerca desta especie, por onde se pudesse
circumstancias. deduzir que tal formula era pelo legislador aceita de prefe-
Não estando este caso prevenido no novo processo elei- rencia á outra, e o 1« juiz de paz de Maragogipe não o satis-
toral, bem fez o juiz de paz em seguir o que dispôz o fize^e na recomposição da mesa parochial, razão teria a no-
art. 21 paia recomposição da mesa, chamando os immedia-. bre commissão nas suas conclusões áeerca da eleição desta
tos em votos. freguezia; mas nada havendo de definido na lei, não vejo,
não descubro fundamento para se condemnar semelhante
0 Sr. Fernandes da Cunha dá um aparte.
eleição, entendo mesmo que é uma iniqüidade.
0 Sr. Cândido Mendes : — Não podia fazê-lo pelo art. 8o»
Um Sr. Deputado : — Não apoiado.
porque o abandono da mesa teve lugar depois de se recebe-
rem as cédulas; se íbsse antes, haveria recurso naquelle 0 Sr. Cândido Mendes : — Demais, Sr. presidente, qual-
alvitre que seguisse aquelle juiz de paz,
artigo. quer que fosse o
Tendo occorrido depois do decreto de 23 de Agosto esse sempre seria mão, inconveniente aos olhos de seus adver-
incidente, não se podia recorrer ao processo velho, porque sarios ; sempre se»ia malsinndo, dir-se-hia em todo o caso
fora o resultado de uma h vpo-
está alterado pela nova legislação. Se o 1° juiz do paz tivesse que a recomposição da mesa
recorrido ao processo antigo, havia de se fazer disto um theso creada pelo juiz de paz ; em summa, que mio era ucm
argumento em contrario ; porém cingio-sc á legislaçao pos- feita, e a annullação dessa eleição seria aconselhada.
terior, e igual aceusação se lhe dirige. Assim, é preso por
0 Sr. Filsa — Apoiado, ha necessidade.
ter cão, e preso por não ter cão.

0 S«. Fernanbes i>a Costa:—Applicou tres processos di- O Sr. Cândido Mendes : — Passarei agora, Sr. presiden-
?ersos; e não ha nullidade. te, a tratar das «deições da freguezia da Tapéra. Esta fre-
nos annacs eleitoraes da Bahia....
Oi nobres deputados oue defen- guezia ó celebre
O Sn Cândido Mendes
dem o parecer suo tão amaveis com a mesa parochial de S. O Sr. Fernandes daCemia : — Dá um aparte.
Felippe, quando se trata da escandalosa qualificação Tiaquella
0 Sr. Cândido Mendes : já foi uma vez dividida
freguezia, dizem que se não prohibio que alguém votasse,
a votar indivíduos com cm 1843, e perdendo terreno o população continuou a dar
que se não prova que apparecessein
• o mosmo numero do eleitores, e posteriormente mai3 ; em
os nomes repetidos, nem que se empregasse a coaeção, o
'
concluem que sendo o lim da lei o votar livremente o eida 1855 é pela segunda vez dividida e contiuúa a (lar o mesmo
dão, foi elic satisfeito. Entretanto querem condemnar uma numero de eleitores, com pouca differença 1 E6ta «S a cliro-
eleição por causa de se não haver satisfeito a uma formula nica da iamosa freguezia da Tapéra, que muito convém que
nüo bem definida na lei, e contra a qual não havia e nem lia a camara a tenha presente ao seu espirito. Vejamos o que
disse a commissão a respeito dosta eleição; eu vou ler o
preceito algum seguro e positivo.
parecer ^
O Sr. Fernandes da Comia : — Isto mostra a fraqueza do Tapéra.—Este município tem duas paroclnas, Tapéra o
sua argumentação. Quero lógica sevéra para todos os casos, Pedra liranca, nas quaes a eleição corieu som disputa, e re-
c sujeito-me ás conseqüências. o Sr. Dr. Álvaro Tiberio argúe a
gularmente. Entretanto
eleição da primeira por excesso de eleitores.
O Sr. Cândido Mendes : — Não tenho, Sr. presidente, A comraisslo recordará que em ambos os collegios elei-
apresentado neste debate um facto sem ser logo acampa-
o toraes da Cachoeira votárão eleitores da Tapéra, e nellesnão
nhado o garantido da respectiva prova ; nunca aventuro ?e aventou es*a que-tno. Lembra também que a Tapéra deu
sustentar. Da mesma sorte não consentirei
quo não posso sem o numero de eleitores (52) marcado pelo Sr. presidente da
dá nobre commissão c-orrao
que as asserções do parecer
fundamento provincia, e sob pedido do Io juiz de r>az, pelo quo a annnlla-
reparo quando destituídas de provas. Com que
no caso em questão o art. 10 da ção dessa freguezia por excesso de eleitores seria uma pena
quer a commissão applicar
imppsta aos votantes por facto de que não tem elles a res-
lei regulamentar das eleições, quando se acha decretado um
se annulfarião eleitores.)
novo processo eleiloral ? E demais, estaído em vigor nova ponsabilidnde (assim nunca
« A commissão exporá a objeeção que se faz:
legislação, como arguir um funcciouario publico porque não
« Argumentou-se eom alei provincial n. 3fi0 ppra mos-
applicou tal e tal disposição da lei, sendo o cas« ommisso?
trar-sc que a freguezia de S. Luiz do Bom Conselho da
K como recorrer á velha legislação, quando outro é o espi-
Amargosa sábio toda dn Tapera, e deduz-sc isto das se-
rito <1 a moderna ?
mesma lei: « Firaerecta em freguezia
Conseguintemento, Sr. presidente, a iuculcada coacção guintes palavras da
eom a mesma invocação a capella de Nossa Senhora do Bom
dos me«arios não passa de uma especulação eleitoral; e o Parece á commissão
Conselho, perlenctnte â villa da Ttiixra.»
lo juiz do paz, empregando ua recomposição da mesa paro- á 1 apera, e não todo o terri-
clusl o processo da nova legislação, que lhe parecou appli- que a capella é que pertencia
torio da freguezia novamente creada, porque esse terntorio
cavei, inutilizou aquella especulação-..
é o que está designado pelos limites traçados na lei.
- seguir era o da lei de
Uma voz:—O processo que devera « Kasa opinião da commissão é corroborada : 1®, pela
1846. mesma lei, quando designando os limites da nova parochia
O Sr. Cândido Mendes:—O juiz de i certo, falia na barra do rio Corta-mão, qne não era da freguezia
paz tinha,
al<5m daquelle expediente, outro ábritore, eera interromper da Tapera antes do desmembrada da Amargosa ; 2», pelo
facto de ter o da provincia airainuido eleitores
os trabalhos da eleição e consultar o juiz de direito da co- presidente
SIÍSSAO KM 13 Dfi MAIO Dlí 1857.
255
nas freguezias de S. Miguel e Área?,
por terem votantes tura me relevará n camara
seus passado quo faça, por me pnrecor indis- ;
para Nossa Senhora do Bom Conselho. pensavel para aclarar este ponto ; este officio foi
Diz-se tambom <]uo si nova tirado por
parochia foi toda tirada da certidão da secretaria da
província '
Tapera, porque o, fazendo n qna- « lllm. oExm.Sr. -A mesa
juiz de paz dessa parochia, da freeuc/ia
liticação daquella, inscreveu na lÍBia dos votantes 000 no- No.sa Senhora da Conceição da quuiificadora de
Tapera envia a V. 1& n
mes, numero total dos qualificados.^ da qualificação da mesma freguezia
e da da
A commissão entende de paz encarregado dn
que o juiz pouro desmembrada desta. Deus guarde „ V.
Ex Vüla dâ
qualí(icáçfto da nova parochia devia ter qualificado todos os Nossa Senhora da Conceição da Tapera
1 -> ' j
cidadãos hábeis comprehendidos pelos seus limites, e não -nim. e Exm. Sr. Dr. Álvaro &
TiSdo m1
sómentc aquelles que pertencião á Tapera. A commissio °r "I"1
presidente da província da Bahia. — Joào d» o/i, .
observa que nesta mesma sessão a camara não tem seguido —Jote Pereira dm Santo*.—Manuel
J0,,. d, S„uJnT k Z
Acerca da especie um principio invariavel. lipiie da Silca Barbou .—Manoel José Pereira.
» Em algumas províncias as novas parochia» tí*m dado *«•
Convém muito que a camara note om. >...
numero de eleitores apenas limitado pelas qualiricaçoei», foi escripto esto documento não era omhecidoT' qU°
conservando aqtiellas de ondo furão desmembradas o nmnero 7"
que dividio os dUtrictos eleitorae« da província da
BalUa^
que davão, e que também apenas solírem a restricçSo dss por conseguinte nao estando em jogo os iutómses
da oút!
qualificações. A commissão apontará os factos se fôr isso çao, tem este papel, a meu ver, uma
contestado. > grande imporUnda
para a solução da presente questão. a
Do que a camara acaba de ouvir se ví
que o Dr. Álvaro O Sa Fu sa : — Apoiado.
Tiberio pretendo a annullação do 12 eleitores excedentes
ao
numero que legalmente devOra dar esta freguezia, fundan- O S«. Cândido Mkhdki : — A Mm disto,
do so paia Í6to no facto da divisão da mesma freguezia por outra cortidílo
em extrahida da mesma sccretnria, e
duas, Tapera e Amargosa, e de se haver que se nclin entro os do
cumcntos do Sr. Dr. Tiberio, se vê
a ultima (500 votantes ; a nobre commissão,
qualificádo para qual fora o resultado
reconhecendo dessa qualificação; lerci a nota ou cubíçalho
da qualificação
"nação
a exiatencia dessa divisão, contesta melhor esclarecer
quo todo o territorio da para a camara: 4
Amargosa sahisse da Tapera, e conseguintemente " ASj}' cnncluio-se o lançamento
que todos de 2,081 votantes
oun
os 600 votantes so
qualificados pertencessem áquella freguezia. qualihcárao na revisão presente da fremiezia ,)i £q
Nós vamos ver se a illustro commissão ainda neste Senhora da Conceição da tapera conforme
ponto , alei do l»dS
teve razão, e 6e suas conclusões bascão-se cm Agosto de 184(5; o continuou a mesma
princípios ver- mesa.
por não haver
dadeiros. j u.7 de paz na fregucz.a de N.ssa Senhora do ílom Con
Sr. presidente, en esfcon persuadido de d^mnnbrada elha
quo ainda nesta ,'reguezia, noi trabalho^
l^argosa
parte a nobre commissão não foi bom aooBtelhoda, e a ca- qualihcaç.,0 dos cidadãos votantes da referida fre!ruCyi7
mara reconhecerá n verdade da minha asserção
peloB faetos passando-se a lançar neste livro os nomes dos
qualiSos*
que vou apresentar. A freguezia da Amaigosa foi dividida pela forma seguinte, a saber : Foi de «00 o numero
da da Tapera em virtude de uma lei tantes; assignárao a acta da d™v^
provincial de 1855 que qualificação : Julia de OlLiZ
cita o parecer ; nessa lei designárão-se os limites Ouede,, presidente; Manoel Aceile,
da nova Id0meneo,h Fonseca BZ
freguezia], declarando-se ser fila envao; Jme Pereira do» Santo,,
pertencente á villa du mesario: Manoel
lapera. J„'é d«
^ Manoel
essu freguezia tivesse território PP°
. pertencente a outra*,
isto mc3mo se declararia, Em presonça destes documentos, Sr.
porque importava uma nova li-
mitaçao do mumcipi» ; ma» u a lei não president», ,! in, oc-
testavel que so
falia senão de fre- qnalihçárão «00 votante» para a nova fVe'à e-
guezias já incluídas no município da Tapera, zia da Amargosa, equivalentes amais
todo o territorio tirado já se vi? que do 12 eleitores a 15
a nova todos residentes na antiga freguezia '
para freguezia era do muni- da Tapera; e o
cipio da lapera. A letra da lei a este respeito de paz juiz
é tãoexpli- que fez eMa qualificação declara em Janeiro ou Ikfuio
cita. tanto no Io como no3" artigo, I,to e, quando o interesso eleitoral não estava
quo não sei como so |*>ssfl em o uestrm
por em questão. Se os nobres deputados contestào este que tanto os 2,084 qnalificados para a Tatx-ra como o»
que S
apresentassem aqui um mappa topographico para a Amargosa erao rosidentes, domicUiarios no
jacto dessa autu o
freguezia
por onde so provasse n sua aMerção, muito bem, território da Tapera, uuiig»
eu mo aubmetteria, ou mesmo se mostrassem E,.c,?mo: 'Sí-
uma declara- Pre«idente, podoria esse jniz do
paz fazor a
çao do mui digno prelado daquella diocese, ou algum qualificação da Amargosa se o territorio desta freguezia
pare- m
cer'da commissão de estatística da assemblóa
provincial da d° Ü'U™3'
Bahia ; mas se a lei ó tão clara, tão como contas- a°ZUm"sâo0Tterr,t0n0S
positiva,
tar que todo o territorio om
questão pertença ao munici- (lia utn aparte.)
pio da Tapera?...
O que manda alei em casot semelhantes
O S«. Fksmandfs da Cckíiia dá um aparte. 1 Mandi ou«
quando a freguezia secompüe de territorios d« difT„rei te!
O S*. Cândido Mknder Eu vou ler o art. 2° da lei. freguezia», os juize» do paz de cada uma taça
(£/.) com a» i un-
Croio que a expressão — freguezia — importa icreia tas a qualificaçuo dos votantes dos respectivos
e ter-
ritorio.... pedaços em
tempo propno, remettendo se toda» essas
qualitieacfle. nur"
ciaes ao juiz de paz mais vizinho
I. m Sn» Deputado dá um
aparte. que tem de presidir ,,i„
ção quando porventura tonha lugar, estando a freirutó»
S*. C 4.mudo Mkndks : O nobre depuíado declara
quo regularmente provida. Ma» tendo sido o
taese taes pontos do territorio danova freguezia da Amargosa juiz de p„z da Ta
pern com a respectiva
junta que fizer ão a c|ualifi(.a,-ão dã
forão tirados de outra» freguesias alím da Tapera;
mas on- Ainiirposn i visível assim
trot dignos collegíis seus pela ISahia tím contentado quo precederão porque todo o
a sua territorio da nova freguezia so achava incluído
nsscrçao; como i>ois me devo r,-guiar ? Leio a lei, veio no du antiin
quo accrescendo a razão do vizinhança.... 9
em sua redacçio se mostra sobremodo clara; mas
também
vejo que os nobres deputado» fazem declarações U* Sr. Di.i*i tado dá um aparte.
quo não es-
tão de accor lo com a letra da mesma lei. Não devemos con- OS*. Cândido JTumus : — O ser vizinho,
como preten
tinuar no estado de duvida, 6 mister sahir desta situação. de o nobre deputado, daria lugar aconflictos
Finalmente, senhores, tomos ainda um meio de doslin- que só a auto
ridade mais elevada poderia soKer, e hypotíiese
pola da no-
dar eeta de levar & evidencia a prova da minha bre commissão cada juiz de
questão, paz do» território» reunido» no-
these. Em Junho de 1853 foi decretada a desmembrarão da dia pretender essa attribuição,
que em verdade nenlnim re-
nova froguezia ; em Janeiro do anno seguinto,
que foi o pus- ° PacihoameDt« exercida pelo
sado, teve do fazer-se a qualificação das duas freguezia» juiz da paz da
Tapera'
Tapera, e Amargosa, e delia foi encarregado o 1» Ma» admitta-se que nostn
juiz ,1,' parte a rnzão so sebo do Isdo
paz da primeira, João d^ Oliveira Guedes, por ser o legal e da nobre com missão, como explicar o
competente. phenomeno singular
de optar o vigário da lapera
pela freguezia «la Amargo»a.
m Sa. tendo-se naquclu qualificado mais votantes
Dkpetado : — Apoiado. (2,084) o nesta
aponas 000, ou segundo
O Sa. Caxi,ii.ii Meudi» : — Cconcluida a pretende a commissio S>7 • E' no»,
_ qualificação di- si vel
que o vigário se illudisse a ponto de preferir uma fre
rigio o mesmo
juiz de paz com o» outros membros da junta gueziamonçs importante a outra mais
populosa? K com"
qualitieadora um officio còm data de 15 do Maio, cuja lei- tudo, Sr.
presidente, assim aconteceu; Tapera, não obstaut
EM J3 D ! MAIO DE 1857.
250 SliSSAO
— Ma», Sr.
votantes, e .leu 52 eleitores, nada O Sa. Cândido Mendes : presidente, além do
a divido, qualificou 2,084 da Tapera, ninguém se lembrou ante» de Outu-
de
e Amargosa apenas dando 15 obteve a preferencia juiz paz
perdendo, oro do anno pas-ado de sustentar uma tal opinião; não ha
do vigário !
um facto anterior, não ha um documento que a faça valer ;
: — O nobre deputado, que é
O Sn Fernandes i>a Cunha antes pelo contrario, consultado sobre este assumpto pelo
«eclesiásticos, deve saber que
muito entendido era negocios o juiz de paz da freguezia de Mara-
presidente da província
era esse o seu direito. eis, respondeu contestando a opinião do juiz
de paz da Ta-
vale bem o
O Sr. Cândido Mendes:
— Não digo
quo da parte
do vi- Aqui temos o officio desse juiz de paz, que
houvesse direito, acredito que havia e muito for- o seu collega da Tapera, se não se lhe avantaja em im-
Sera.
gario não
razoes de interesse do primeiro :
te, porque o território da nova fregnezia fazia nnteriormen- portancia, attentas as
t lllm. e Exm. Sr. — Accuso a recepção do officio de
te-parto da em quo elle se achava provido; e na hvpothese
sujeita não podia per de outra sorte; porquanto, se a nova V. Ex. datado de 27 de Outubro próximo passado, e sobre
freguezia da Amargosa se compuzesse, como sustenta a o conteúdo delle passo a responder. — iVflo me consta que na
ilhistre commissão, de territorios de outras parochias, to- creação da freguezia da Amargosa se desmembrasse parte
dos os respectivos vigários poderião fazor igual opção. alguma desta freguezia, antes o art. 2o da lei que marcou
Isto me parece evidente. Se pois, Sr. presidente,
o vigário os limites da mencionada freguezia diz que serão respeita-
da Tapera nenhum embaraço encontrou para sua opção, dos os limites desta de Maracás ; e passando a informar-me

este facto revela que o territorio da nova froguezia da do respectivo parodio, este ine diz que não tem teiencia algu
ma de pertencer á freguezia da Amargosa parte nenhuma
Amar trona pertencia á sua antiga parochia. (Apoiado*.)
Mas. Sr. presidente, as provas que
tenho, demonstrando de sua freguezia. Deos guarde a V. Ex. Villa de Maracás,
Amargosa contém «ómente território 6 de Dezembro de 1856.—lllm. e Exm. Sr. presidente desta
que toda a freguezia de
se li.mtao aos dous documentos de
da parochia da Tapera, não provincia da Bahia.—José Antonio fíibeiro de Novaes, juiz
lia pouco hz; vou produzir outros paz mais votado.
»
queli, e ás considerações que
minha argumentaçao. A camaramuni- F.ste officio foi extrahido por certidão pelo Sr. Dr. Alvar»
que irão reforçando
ao presidente da pro- Tiberio da secretaria do governo em 27 de Março deste
cipal da villa da Tapera, participando
Tincia o resultado das eleições de juizes de paz
e vereadores anno ; os outros juizes de paz das freguezias de Arèa e S.
do seu município, dirigio-llie em 18 de Setembro
do anno Miguel nada liavião informado até aquella data ; temos por
e contra a
officio : conseguinte já em favor da opinião que sustento
passado o seguinte do juiz de
< lllm. e Exm. Sr. — Nesta data passa esta camara a affirmativa da illustre commissão as declarações
nas fregue- Maracás
commúnicar a V. Ex , que tendo-se procedido paz e do parocho de
e juizes de
zias deste município ás eleições para vereadores 0 Sr. Fernandes da Cunha :
— Ergo a ignorancia do
juiz
da lei regulamentar das eleições de
pa*, em conformidade de paz deroga a lei! Boa argumentação!
a esta camara as
19 de Agosto de 1846, e sendo remettidas
O Sa. Cândido Mendes :—Mas não nos firmemos sòmente
respectivas actas pelos presidentes das mesas parochiaes pas-
hão de nas declarações do juiz de paz de Maracás, (juenão seachão
sou ella a fazer a devida apuração de vereadoreB que
alguma em opposição com a lei provincial; produzirei ainda uma
servir no quatriennio futuio, e não achou alteração
faz sciente a certidão extrahida da mesma secretaria em SO de Março
relativamente ás mesmas eleições, do que
ultimo; ahi se fazem declarações que não são favoraveis ao
V. Ex. paia seu conhecimento. vai aprecia-las:
« Aproveita também a camara a occasião de pedir a V. Ex. pensar da commissã»; a camara
isto é, se não havendo ainda na < Em obediencia do despacho retro, certifico que dos do-
o seguinte esclarecimento, secretaria consta o seguinte a
de paz juramentados, por ter cumentos existentes nesta
freguezia da Amargosa juizes respeito do que trata o presente requerimento:—Io, que
matriz, se os que forão
sido ella ha pouco desmembrada desta da Amargosa forão mar-
de paz, que hão para a freguezia do Bom Conselho
eleitos em o dia 7 do corrente para juizes cados 15 eleitores; 2°, que para isso sorvio «ómente de base
o mais votado entrar
de servir no quatriennio futuro, pôde feita pela junta da fregue-
eleições de a qualificação de 600 indivíduos
iá em exercício, o funccionar nestas próximas
esperando esta camara os zia da Tapera ; 3°, finalmente, que nau qualificações das fie-
eleitores que se têm de proceder; Maracds nada te diz dcerca da sobredita
seu Deos guarde a guezias de S. Miguel e
esclarecimentos do V. Ex. para governo.
18 de Se- Amargosa, nüo e,ris lindo no archivo da mesma secretaria a
V. Ex. Villa da Conceição da Tapera, em camara, de S. Vicente Ferrer da Arèa. »
João Lins Vieira qualificação da freguezia
tembro de 1856.—IUin. e Exm. Sr. Dr.
da província da Bahia. Poderá entrar em duvida, Sr. presidente, que para o ter-
Cansansão de Sir.mbú, presidente
ritorio da nova freguezia da Amargosa não concorrerão as a
—O vigário Joõ.n Jost da Rocha D<istost presidente interino.
a nobre commissão em seu parecer ? Creio que
—Malachias de Vasconcellot Odilon Pacheco.
— Joté Ferreira que se refere
não haverá espirito algum despi evenido que o conteste.
Costa Pedraia. — Antonio Joaquim Cerqucira.— Antonio
Mas, Sr. presidente, todos estão em erro a respeito desta
Vieira Sampaio. >
camara municipal, e o vigário da Tapera,
mutu- questão ;,errou a
Este officio, Si. presidente, dirigido pula camara
a these na interpretação dessa lei provincial; errarão o juiz de paz
c:pal muito antes da eleição do Novembro, eonlirma a junta revisora
Recusando o e parocho de Maracás; errou finalmente
a sustentar. O Sr. Cansansão,
que me propuz da Tapera no seu officio ao presidente
da provincia de 15
seu recebimento, responde á camara noa meamos termos assignado o pro-
de Maio do anno passado, em quo se acha
ao expressa ácerca da nova freguezia da Amar-
por que ella de paz dossa freguezia, como fiz ver ainda ha pouco
essa época duvidava do facto que agora prio juiz
çosa. Ninguém até á camara ; todos ignorão a questão, ninguém a comprehen-
numero
impugna a nobre commissão para se não diminuir o
de ; quem pois tem a sciencia destas cousas, a chave do
dc eleitores da populosa freguesia da I iipera. #
enigma....
este ofiicio é
Note a camara que o primeiro que assigna
a opção, na O Sr. Fernandes da Cunh* : — Quem fez a lei; quem co*
o proprio vigário da Tapera que tez qualidade
duvida o mais nhoce a topographia da provincia; é não haver documentos
de presidente da camara municipal, e sem
ácerca do semelhante objecto; foi em contrario na secretariado goverao, é os nobres deputa-
habilitado liara informar
elle de que o territorio da nova ire- dos não poderem apresentar documentos nesse sentido.
quem foz a declaração
do da lapera. Sa. Cândido Mendes : — .... quem, Sr. presidente, o 1"
guczui da Amargosa fazia parte O
isso? Desde de paz da Tapera, o a^signatario do officio de Maio; é
O Sa. Fmsakbks
Dl CiJiB»: — Quem nega juiz
cm Outubro, isto e, um
o principio que concodi e a commissão concodcu.
elle proprio quem vai contestar
mez antes da eleição primaria, guando os interesses dos dif-
O Sr. Caxmdo Mendes Mas o que V. Ex. e a nobre ferentes candidatos se achavão cm jogo, e que duas corpo-
da Aniar-
commissão concedem não é que todo o territorio rações c indivíduos notáveis pelos seüi cargos Jiaviãoafian-
•rosa fizesse parte do da antiga freguezia da Tapera, é nisto não podião ser
çado, em tempo em que taes proposiçoes
que insisto,
e é para esse íim
que produzo provas. suspeitadas. (Apoiados.) Mas, Sr. presidente, o juiz de paz
existe a engano que lhe havia escapado
Para combater minhas asserções, Sr. presidente, quiz reparar um erro, um
affirmatira da nobre commissão sustentando que para a em Janeiro ou Maio, e é por isso que
com tanta mnocencia
freguezia contribuirão outras freguezias este ofhcio (mostrando)
creação da dirigio ao presidente da provincia
sobre
além da Tapera, fazendo valer algumas considerações em data do 1» de Outubro, e que tanto
effeito produzio; eu
a topographia daquella localidade.... passo a lê-lo ., , , _
Um Sa. Deutíbo:—E com muita razão, esse é « lllm. e Exm. Sr.—Tendo sido, pela resoluçaon. 574 de
pois
farto. 30 de Junho do anno passado, creada a freguezia de Nossa
SKSSÃO EM 1» D li MAIO Dli 1857. 257

Senhora do Bom Conselho da Amargosa, dc8membrando-so O Sr. Mendes : — O juiz de paz 4 quem diz 54.
Canuído
estft collocada a matriz
para ÍBto terrenos da freguesia onde O Sm. Fernandes da Cinda : — Houve erro na irnpres-
da freguezia creada, da de Arêa, Maracás, • pola maior são ; no origiual está 55.
a ultima oualiticação dali
parte d* de S. Miguel, viudo O Sr. Cândido Mendes : — O caso 6
comprehender 600 votantes, tirados pela fôrma seguinte: quo 2.080 votantes
votantes eqüivalem a 52 eleitores; tirados os 97 votantes,
da Tapera 97 (o juit de paz da freguezia que menos quantos
da Arêa eleitores doverião caber & Tapera
deu para a nova é quem melhor sabe destas cousas), pelo calculo da presiden-
vou pedir a V. Ex. cia ? Creio quo 49, o comtudo essa freguuzia dou 52 elti-
118, de Maracás lOI.edeS. Miguel 284;
nullidado tores.
se digne esclarecer-me para prevenir qualquer
isso açode Mas em boa razão, Sr.
leste jui: de pai í.üoquet nutlidades na rlnçio.e por presidente, podia o presidente da
eleição a Bahia proceder do conformidade com
o tempo), quintos eleitores deverá dai na próxima o quo acabei do ler,
sómente tendo por base a opinião de um
nova freguezia da Amargosa, á vista da sua qualificação, e juiz de paz intere.v
sado no exessivo augmento de eleitores du sua freguezia ?
quanto se deve diminuir no»ta freguezia da Tapera, que
Uma tal decisão teri o cunho da prudência,
sendo creada pela resolução de 10 de Abril de 1843, semprs passaria pelo
mais reflectido estudo' O presidente da
tem dado 54 eleitores, e onde se qualificârâo 2,084 votantes. pruvi::cia da Ba-
hia, para tomar uma tal medida, niio teve esclarecimento
Deos guarde a V. Ex. Villa da Tape, a, 1° de Outubro de
klgum da sua secratarin; pelo quo jft tem sido
18.56.—lllm. e Exm. Sr. Dr. João Lins Vieira Cansansão de ponderado,
Sinimbn, presidente desta província.—O juiz de paz do 1° não sabia do que »e havia passado a respeito das outras fre-
anno, Joào de Oliveira Guedes. > guezias, donde se diz quo so ti rirão terrenos para a Amar-
Dous mil e oitenta e quatro votantes, eis, Sr. gosa....
presidente,
o que produzio a qualificação da celebre freguezia da Ta- O Sr. Fernandes da Clnhí : — Procedeu cm regra, man-
pera ; é com a declaração deste numero que termina o juiz dou ouvir aos juizes de paz dessas freguezias.
de Guedes o seu oflicio; e 2,080 votantes eqüivalem a 52
paz O Sr. Cândido Mendes : — Depois da eleição, ou
eleitores ; entretanto a freguezia dava 54 com essa qualiti- pouco
antes.
cação 1 E' bom que também se tome esta nota.
O Sr. Fernandes da Cinda; — Leia a data do officio
(fio um aparte.) delle.
Foi este officio, Sr. presidente, de uin simples juiz de paz
O Sr. Cândido Mendes : — Aqui não vem a data, diz
a fonte em que o presidente da província da ttalna bebeu o8
sómente que foi publicado na folha offieial, no expodionte da
esclarecimentos que julgou precisoB para ordenar que a fie-
província de 21 de Outubro do anno passado.
guezia da Tapera désse 52 eleitores...
Só por virtude do officio do juiz de pa* Oliveira Guedes,
O Sr. Samíaio Vianna :—Cortando em outras. Sr. presidente, não devia o prosidente da Bahia
proceder por
O Sr. Cândido Mendes : numero em verdade ex- •sta fôrma; houve na verdade, cumpro diziMo, alguma
pre-
cessivo; foi á vista unicamente de semelhante officio, escrip- cipitação neste procedimento. O nobre presidente da Bahia
to 30 dias antes da eleição, em um momonto critico, que se não guiar-se pela informação de um de paz que
podia juiz
deu este facto; attenda porém a camara a leitura que lhe diz em Outubro o inverso do
para que participou cm Maio;
vou fazer da resposta que deu aquelle administrador, e se oon- de um juiz do
paz quo, por sua própria confissão, não era da
freguezia maior
vencerá de que nenlium outro documento dominou seu es- que terreno havia despendido para a
AmargOBa, mas da
pirito quando tomou aquella medida, em que tanto se basCa que apenas dava 97 votantes ; a opinião,
a nobre commissão: a informação de um tal juiz lhe de>0ra
parecer, pelo menos,
Em resposta ao officio de Vm. do 1° do corrente, em que interessada, até ulteriores esclarecimentos.
parcial,
solicita sabei quantos eleitores cabe dar 4 nova freguezia do Cumpre ainda que se noto que os juizes de paz de A ria,
Bom Conselho da Amargosa, na próxima eleição primaria, S. Miguel e Maracás não forão ouvidos....
cumpre-me dizer-lha que, tendo sido qualificados narefo- O Sr. Fernandes da Cilniia :—Forão.
rida freguezia 600 votantes, é claro que lhe compete dar
15 eleitores; mas sendo ella composta de territorios desmem- O Sr. Cândido Mendes; — Mas quando? quando suas
Informações não podião mais aproveitar
brados de outras freguezias do juiz de paz da Tapera), para a eleição; em
^opiniào summa, não forão ouvidos opportunamente; e aceitou-se n
esse numero deverá ser diminuído das que pertencerem
simples declaração desse de
Aquellas na razão da população que cada uma dellas per- juiz paz, para augmentar-se
desse.... eleitores, n'uma freguezia conhecida por essa tendencia, a
celebre freguezia da Tapera, 1)110, desmembrada em 1843 da
O Sr. Fernandes da Cunha :—Nada mais jurídico. de Santo Estevão, continuou a dar o mesmo numero de elei-
tores que reunidas antes davão; e de novo desmemhrnndo-se
O Sr. Cândido Mendes :—Sem duvida, mas a questão <5
em 1855 continuou a dar os mesmos eleitores
se o facto i roal. [Continua a ler): que atd aquella
data elegia....
e porque n<1o e.Tislilo suficiente* dados na secretaria
desta presidencia que indiquem quaes forão as freguezias O Sr. Fernandes da Cinda : — Isso acontece todos os
cujo territorio servio à composição da nova, nem a lespoc- dias.
tiva população que perderão (t toma-se uma resnhtçBo lllo im- O Sr. Cândido Mlndek : — Creio portanto quo não se
informe qual a extensão do po-
portantel), cumpre que Vm. dia regularmente augmentar os eleitores da freguezia da
territorio dessa freguezia que passou a pertencei â da Tapera
Amargosa, com declaração nominal dos seus habitRU-
O Sr. Fernandes d* Ciniia : — Forão diminuídos.
tes (sô do numero sabia o juiz de paz), esclarecimentos que
nesta data se pedem a todas as outras por Vm. indicadas O Sr. Cândido Mendes : — A diminuição não foi corre-»-
no seu referido officio, para que depois de reunidos, e não
pondente & [lopulação <^ue perdeu; 2,080 <5 a multiplicação
obstante haver-se já procedido á eleição primaria, majt antes de40por52;j<i mostrei isto; tirados os 97 6cão 49, e não 52.
Ja reunião dot collrjios eleitoraes, esteja a prosidencia habi-
litada a lixar o numero de eleitores de cada uma dessas O Sr. Fernandes da Ci nda : —JA estão incluídos na
qua-
freguezias (o momento era opportuno !...) jpara aue deixem lificaçãodos 600 ! Esta maneira de argumsntar ejtã bella!
de votar os eleitores quo do mais tenhão sido eleitos; sendo
O Si\. Cândido Mendes : — Mas , independente destas
todavia fóra de duvida que pelos próprios dados offerecidos
considerações, temos cousa melhor para apresentar «cerca
em seu citado officio, deve esta soffrer desde jâ uma dimi-
dessa freguozia. Nessa eleição, Sr. presidente, cm quo não
nuição de três eleitores, ficando reduzid» o seu numero
apparcceu um c mpetidor, que não se contesta, que a mes-
a 52. >
ma minoria do coltcgio eleitoral achou boae regular, que a
Em verdade, Sr. presidente, o desfalque que soffreu a
nobre commi»suo só dcscobrio motivos para canonisa-lu,
freguezia da Tapera pelas ultimas exprossões deste officio
V. Ex. verá que ost&inçada de tantos vícios, que
não foi grande, e nem o juiz de paz pretendia outra oousa ; parcce-mo
impossível que u camara, depois do esclarecida, pos«a
não obstante, abatendo-se 97 votantes daquella qualificação,
apnrova-la.
equivalentes a 3 eleitores, o numero dos eleitores dessa fre-
Forão 2.084 os votantes desta froguezia quo a final o
juiz
guez.ia deveria ficar reduzido a 51, visto como de 54 dimi- de paz Oliveira Guedes conseguio qualificar, c fazer appro-
nuindo 3....
var pola presidência ; procede-te & eleição sem difliculdade,
O Sa. Fer*a*d>:s da Cunha:—-55, lia erro ahi. correm as cousas mui rcgularc», ou antes pacificamente ;

TOMO I. 33
258 SESSÃO IÍM J3 DE MAIO DE 1857.

entretanto uma das prescripções da lei é que antes de se ama tal circumstancia, o
qua indica não ter sido feita na
proceder á eleição tenlião lugar as ceremonias religiosas ; igreja, procedendo-se apuração dos votos dos eleitores
aqui não aconteceu i»to, e não se explica o porque, o mo- _á a
supplentos sem solemnidade alguma
que garantisse a legiti-
tivo dessa falta. midade, seudo apenas o resultado de um calculo
para fin»
O Sk. Feksahbfü da €01*11»: — Não <5 motivo de nullidade. eleitoraes.
Mas temos ainda, Sr.
O Sk. Cândido Mendes Sei que não 6 motivo do nulli- presidente, outra cousa a attunder.
1,506 votantes multiplicados
dade; mas já é um defeito, ainda que pequeno. por 52, que <5 o numero dos
eleitores, dão total ae 78,312 votos; muito bem,
Os eleitores desta freguezia subião a 55; com o querem
processo vér os nobres deputados um milagre ? Os 52 eleitores, e os
antigo era costume eleger-se também numero correspondeu-
34 supplentos, sãoo resultadode 79,102 votosapurados
te de supplentes. Embora a freguezia fosse dominada ;isto
por é, ha um accrescimo de 790 votos ! Se fosse de diminuição,
algum potentado,influencia exclusiva, bavíão sempre alguns
teria uma explicação
homens que se fazião singulares, e não votavão com a chapa que nem sempre se aceitará, istoé, quo
algumas listas
dominante, mas em outros cidadãos de sua mui especial podião conter menor numero de nomes do
affeição; estes supplentes deviãocom os eleitores concorrer que o marcado para eleitores; porém aqui ha um inexplicável
augmento ; e não
pira a formação da mesa da futura eleição. O» mesmos in- provará este facto urna eleição feita pelos
mesarios a bico de
fluentes com o proposito de dominarem completamente as penna ?
E este ura calculo
mesas concorrerão para a eleição de supplentes de sua par- que qualquer Sr. deputado pôde fazer,
e entretanto a illustrç commissão encarregada
cialidade. pela câmara
de investigar todas estas cousas canonisa semelhante elei-
Vê-se, peloexame da acta da orgauisação da mesa, quo
ção, e a considera valida !
estiver&o presentes, entre eleitores e supplentos, 11, faltá-
^ como o Sr. Dr. Pedro Moniz, no seu folheio
rão sem causa 46, não residentes 17, e lallecidos 8; resta- . á pag. 17,
invocou um principio estabelecido 110
vão 28, porque o numero total de eleitores e supplentes era aviso de 21 de Junho
de 18o4, para eondeninar a legitima eleição
de 110 ; porém a mesa parochial, demasiado bondadosa, não de Maragogipe.
eu também invocarei outro
só nãomultou os quefaltárãosemeausa, como não declara e principio estabelecido no mesmo
aviso, e que para o caso tem toda a apulieação :
nem explica o destino quo tiverão «quelles 28 eleitores e sup-
« A puração dos votos excedentes aos
que legalmente de-
plentes. Se, como eu já disse, ainda nas freguezias do exclu- vião conter as cédulas, e a sua confusão com este?, influiu-
sivo dominiode algum influente sempre apparecemlistas de
do sobre o resultado da eleição, vioiárão-a também essen-
individuos que se não subordiuão á chapa dominante, 6 evi-
cialmente. >
dente que os cidadãos assim votados são supplentes, e
que Creio que este principio condemna inteiramente a elei-
estes, por occasião da formação das mesas
paroehiaes, deve- ção desta freguezia. Attenda a camara que de facto estes
rião comparecer na matriz. Faltárão á chamada rccommen-
790 votos influem no resultado da eleição,
dada por lei, além dos que já forão mencionados, 28 porque o ultimo
eleitor tem 1,022 votos e o supplente mais votado conta 900,
cidadãos ; a acta da formação da mesa nem uma
pala- de sorte quo a somma destes votos com os-7«0
vra diz a semelhante respeito.... poderia pelo
menos dar entrada a um eleitor,
que pelo resultado da
O Sr. Fernandes da Cunh v : — O que se segue dahi ? apuração é supplente.

O S». Cândido Mendes : — A não declaração dos nomes O Sn. Fernandes da Cuitnt t—Nunca
pensei qne sero-
destes cidadãos na acta da organisação da mesa importa corresse a tanta minuciosidade ! Eu examinarei tudo.
um defeito quo se não p6de desprezar, pois se de facto com- O Sr. Cândido Mendes:—Sei, Sr.
prosideíitc, que tenho
parecOrão na matriz o seu voto poderia influir na orgauisa- abusado extremamente da attenção da
casa («tio apoiados)^
ção da mesa. A lei quer que compareçCío ti igreja numero a eu lhe
peço mil perdões por entrar nestas iiueftigaçúci
igual de eleitorese supplentos, so forão todos avisados... trabalhosas, mas devo confessar
á camara que não go*to de
occupar-me de
(lia um aparte.) questão alguma sem csmerillia-la bem, para
que a verdade se torne patente a todos. (Apoiadat ) A honra-
Não duvido ; mas se forão dever-se-hia explicar na acta o ila commissão diz
que examinou acurudamento esta questão,
motivo de sua falta ; e so não forão, esta cireumstancia pre- e creio
que tenho demonstrado que ella nem leu a neta des-»
judica essencialmente a eleição. ta lneguezia. Do ventre dos autos
Tranquillise-so o nobre deputado (voltaudo-se para o Sr. parece-me provada a nul-
lidado desta eleição.
Fernandes da Cunha), que eu lhe apresentarei mais alguma
O Sr. Fernandes da Cunha : —0 nobre
razão que o ha de satisfazei' a respeito do nullidades; deputado é um
por temível analysta ; faria fortuna no foro.
ora estou apontando estes vicio", quc.comquanto pequenos,
vão desfigurando a pureza e legitimidade desta eleição. O Sn. Cândido Mendes :—Em vista do
que tenho demons-
Cemparecem a votar 1,506 cidadãos, faltão 577, total trauo, o estando tão adiantada a hora da sessão,
pôde-se
2,983 ; falta um, cuja ausência se não explica... abandonar a (juestão dos 12 ou
13 eleitores que, por não
estarem
O Sr. Fernandes d* Cunha : — Logo, ha nullidade ! ! qualificados, por não Wem a idade legal e se acha-
rom incursos em
pronuncia por crimes que cornmettêrão,
O Sr. Cândido Mendes: —Não digo isto, podia ser engano, reclama o Sr. Dr. Tiberio a exclusão, fundado em impor-
O Sr. Fernandes da Cunha : — Então tantos e mui valiosos documentos, alguns extrnhidos
para que tomar por
tempo á casa com estas escapatórias? cortidão da secretaria do
o governo. Farei a respeito algumas
observações.
O Sr. Cândido Mendes: — liem, fez-se a eleição; o eu
Tem-se pretendido, Sr.
agora trago & camara este argumento presidente, contestar a força des-
para responder ao no- tes documentos com argumentos especiosos, e sobretudo
bre deputado por Minas, relator dá commissão,
quehontem contrapondo-se áquellas^ certidões outras
tanto se escaudalisou porque naaeta da eleição du S.Felippe, passadas pelo se-
cretano da camara municipal de Maragogipe,
lu de apparecia unia lista do elei- a que a nobre
presidida pelo juiz paz, commissão dá
tores sem a correspondente de supplentes em numero igual; preferencia.

porque havião 4b eleitores, e apenas 8 supplentes! (lia um aparte.)


Na Tapera rcalisa-se o mesmo facto ; a lista dc eleitores Sr. presidente, não repetirei o
se acha completa, o apenas ha 34 supplentes, e destes o me- que disse acerca do pessoal
da camara actual de Maragogipe
uoi votado tem 180votos; não se apresentarão cedulasque ; basta que so saiba que
sendo todo esse
incluíssem ao todo 52 nomes «lifFerentes da chapa domi- pessoal interessado na presente eleição, as
certidões tiradas do archivo dessa corporação e com o
uante, que pudessem dar lugar á existência de52 supplentesl propo-
sito de favorecer os candidatos da affeição daquelle
pessoal,
O nobre deputado por Minas fez disto uma arguição nunca
gravis- poderáõ competir com os documentos extrahidos por
sima á eleição de S. Felippe presidida pelo Io juiz de certidão da secretaria da
muito binto a ausência do nobre deputado, presidencia. (Apoiados.) Accresce
paz ; e agora que nas certidões sobre a qualificação de certos individuos
porque desejava que S. Ex mo dissesse como explicava este não existe o antagonismo fantasiado
mesmo facto acontecido na eleição da Tapera! Como não pela nobre com-
missão....
applicar a esta eleição tão defeituosa a mesma
pena que
S. Ex. impôz á de S. Felippe ? Uma eleição regular sempre Um» Voz :—Nem a camara de Maragogipe podia inverter
apresenta numero de supplentes igual, senão maior a qualificação,
que o
dos eleitores, ainda que tenhão 1, 2, ou 3 votos, e nesta O Sr. Cândido Mendes : — Attenda a camara
que o
eleição, sanetificada pela nobre commissão, não te realisa Sr. Dr. Álvaro Tiberio pedio á secretaria da
província
SESSÃO EM 1U DE MAIO DE 1857. 259
uma certidão apontando certos nomes, e como estes nomes 1 Iberiode Moncorvo e.Liina é o legitimo
| representante do
não estavfio na lista da
qualificação, a secretaria na certidão ; 30 districto eleitoral da província da Bahia.
deu disse muito bem declarando que tnes indivíduo» (Apoiados.) S#
que nao c, ninguém
poderia sê-lo com taea eleições, faltaria a
não estíivão
qualificados; mas isto não importa nenhum maioria de votação
que a lei exige, e a eleição seria annullada.
«lezar 1
para a secretaria do governo, nem ha o tal antagonis- O Sr. Fernandes da
mo lembrado Cisua; — Eu já previa a conse-
pela honrada commissão, porque ofi nomes
desses indivíduos estavão trocados ; ecomo quencia. 1
poderiao Sr. Dr.
Álvaro Tiherio conhecer os nomes desses eleitores de S. O Sr. Cândido Mini.es: —
A' vista dos factos
expostos, das razoes documentadas por mim
Felippe? Eu ji mostrii em lugar proprio n razão da diífi-
com que sempre ncom-
culdade. Teve de appellar para alguns amigos que lhe mau- P™P»»>VSo que enunciava, não estft
•lárão nomes trocados, e a secretaria respondia, certificava mente demonstrada a nullidado palpavel-
das eleições das freguezias
em vista do allogado nas petições. de S telippe e da Tapera ; nao 6 ovidente
quo só com massas
Agora, Pr. presidente, perguntarei quem dá e «3signa de eleitores assim
preparados é que se procurou contestar
essas certidões da camara municipal de Maragogipe, e 1,9
que gltlmua PrutonT">«B do Sr. Dr. Álvaro Ti-
íauto merecerão da uobro commissão? E' um indivíduo de berio?
nome Marcolino Vieira d'Hortas, secretario dessa corpora-
O Sr. Fiesa : —Apoiado.
ção, e muito interessado nesta eleição, pela parte que nella
tomou. Não o conheço, mas se tiver de aprecia-lo ^•jR* ^A*D,D0 Mendes:— Sao estas, Sr.
pelos do- presidente, as
cnmentos que tenho compulpado desta eleição, o meu considerações aue tinha a fazer sobre esta eleição. A
juízo onma-
ilão lhe poderá ser lavoravel. ra em sua sabedoria este como
julgará pleito entender
Este indivíduo, segundo diz a acta da duplicata de Ma- mais justo o mais acertado;
por minha parte penso ter
ragogipe, substituio no dia 4 do Novembro cumprido o meu dever.
do anno passado
a um dos mesarios^ dessa eleição Concluindo,
que deixou de comparecer; peço de novo desculpa aos meus nobres col-
entretanto ha aqui logas por haver
(apontando para vários papeis) uma jus- [>or tanto tempo occupado sua attençuo;
lineaçao dada mas era isto indispensável, de outra sorte dificilmente se
perante o juiz municipal de Magarogipe em
que se mostra, depoimento de muitas testemunhas, que poderia discriminar a verdade em
pelo questão tão disputada, e
nesse dia elle se achava fóra de Maragogipe em S. Fe- conhecer o bom direito assisto
hl quo ao Sr. Dr. Álvaro Tibe-
lippe ! h rio de Moncorvo e Uma uesBe montão
de documentos c de
lactos que se combatem e contrapoem.
O Sr. Fernandes di Cunha : — Essa tTenho dito.
justificação <5 i'ak«. O Sr. Fiusa:—Muito bem.
O Sr. Ca mu do Mendes:—Este homem finalmente, A discussão fica adiada
que pela hora.
lem o dom da ubiqüidade, é
quem a nobre commi>são julga Dada a ordem do dia, levanta-se a
sessão.
competente, habilitado destrnir a força das certidões
para
da secretaria da
presidencia! Quem o acreditaria?
O tempo urge, Sr.
presidente, e força ó pôr termo ao meu
discurso; e todavia não devo ultima-lo sem fazer algumas
Scxkuo <-m I I ÜP Maio.
limitadas considerações Acerca do
que occorreu uo collegio
eleitoral da cidade da Cachoeira. PRESIDÊNCIA DO SR. V1SC0NBE DE RAEPE.NBY .
Tem-se deduzido, Sr.
presidente, do fneto da separação
dos eleitores sustentàrão Sumario.—Ktpeiifiile.—Ordem —
que a candidatura do Sr. I)r. Al- do dia. Elnçio da lia-
varo fiberio, o formftrão novo collegio, uma . lua. Discurso do Sr. Fernandes da Cunha. Votaçào.
prova contra
a legitimidade dnquella candidatura, taxando-se esse
pro- A s 11 horas da manhãa, feita a chamada, c aebando-se
codimento de estratégia eleitoral. NSo me
parece semelhante presentes os Srs. Franco do Almeida, Cerqueira Leite, Lan-
arguição fundada em
justiça, e satisfazendo a promessa que dtilplio. Cunha Mattos. Salathiel, Martinh»
ha pouco enunciei, farei apenas uma observação. Campos, Fran-
cinco Campos, Machado, Souza Leão, Paiva, fcenevidea,
No collegio eleitoral da Cachoeira havião eleitores singe-
ÍMusa, Mendes da Costa. Gavião.
Jos e em duplicata, Peixoto, Pereira Pinto,
que, por deliberação da piesidencia, liuto ds Mendonça, N«biast
consultada sobre esto objecto, votArão Paranaguá, Fernandes da
promiKCuamento na Cunha, visconde do Iiaependy, lIermog«-nes,
eleição da mesa do collegio. Os amigos do Sr. Dr. Álvaro Silveira Lobo
Costa Pinto, Aguiat, VilUl*
1 iberio obedecem a essa decisão da Tavares, Gonçalves da Silva]
presidencia, bem que ISelfort, Maduieira,
fosse questionável, porquo em caso de duvida deve haver Augusto do Oliveira, Paes Uarreto,
Augusto Chave», Calheiros, Felippo
de Araújo, Diogo Vc-
quem possa, ainda que provisoriamente, solver taes quês-
Alcântara Mac hado, li.lisario, Dantas, Tobias
tões ; e ninguém mais habilitado
quo a primeira autoridade r.lAl
Leite, Cunha 1'iguoiredo, Carrio, Forra/, da Luz, Pinto
administrativa da província. de
; Campos, J. Marcondes, Andró Hastos, Jacintho de
Em que época se separão os eleitores dn Men-
parcialidade do donça, Almeida Pereira, Toscauo llarreto, Uarros
Sr. Álvaro Tiberio, do» 1'imon-
que seguem o seu competidor? tçl, Silvino Cavalcanti, S4 « Albuquorqu», Fernandes Vi-
Quando se pretendia violar a lei, e defeito sevulou. O cira, Antunes de Campos,
Sr. Dr. Álvaro Tiberio e seu® amigos sustenta vão com a barão de Camaragibe, Miguel
do Araújo, Uego liarros , Peixoto dc Azevedo,
minoria da mesa do collegio Delfino do
que a votação dos eleitores em Almeida, Dias Vieira, e Serra Carneiro, abre-se
duplicata deveria ser tomada em separado a sessão.
e não promiscua-
mente com a dos eleitores singelos li>-se e approva-se a acta da antecedente.
; os i-ens antagonistns,
sentindo sua fraqueza, sustentavão a
opinião oppostn, que Depois de aberta a sessão comparecem os Srs. Teixeira
a lei condemnava. hm taes apuros deverião os eleitores
que Júnior, Costa Moreira, Luiz Carlos, Pereira Franco, líap-
pelo seu lado eontavão a razão e o direito tornarem-se tista Monteiro, Pederneiras, Athaide. Augmto Cor-
compliccs do procedimento reprovado de uma
maioria heti- rúa . Sérgio Macedo , Cândido Mendes, Pacheco
cia, em que Ontrárão eleitores em duplicata ? , Montei-
ro de Uarros, Lima e Silva, Sampaio Vianna, Paulino,
A obediencia escrupulosa da lei, o dever da Para-
cidadão, im- nhos, Pedreira, Hezerra Cavalcanti, Cruz Machado,' barão
ponhão ãqiifillos eleitores a obrigação de se separaram de deS. Bento, Torres Ilomem, Axaujo Lima, Darbosa,
uma reunião quo não tinha por linha de condncta os 1 Uian-
pru- dão, e Silva Miranda.
ceitos legaes. A separação em taes circunstancias não
Sr. Io Secreiasio di conta do seguiuto
pAde ser condemnnvel, e menos p«'>de ser taxada de estrato-
gia eleitoral; arguição que com mais razão cabo ao» EXPEDIENTE.
que,
por meio de votos duvidosos c illegitimos. qnerião a to lo ò
custo, , com — sacrilicio de --nossas luis,.... m officio do ministério da
dar um diploma ao seu guerra , iemettendo, por
candidato. De depender da approvação da camara, a tabella <jue altera
que lado pois está o bom proceder? Por ven o
tura será 'iw
"•••• "vw inuu uil
do lado .11» VA
do A.collegio, vencimento annual dos magistrados «empregados do tribu-
iAi'
da maioria da mesa v
que selloi
a sua condemuação no lavrou. nal, e seci*etaria do conselho supremo militar e de
parecer que A '111 oommissfto
/u\M .IA .. justiça.
A' de orçamento.
O Sr. Fhisa : — Apoiado.
Um requerimento dos proprietários do Jamal tio Commer-
Sr. Cândido Mendes eu da minoria, que só reclama- cio, propondo publicar os debates da camara no Joriml,
\a o exacto cumprimento da lei ? e
em volumes separados, sob o titulo d* Àntiau do Parlamento
Creio, Sr.
presidente, haver provado que o Sr. Dr. Álvaro l brasileiro.—A brasileiro —A*1 rní»KA.
mesa.
2i50 SESSÃO KM li DE MAIO DE 1857.

Outro d^José Maria Amador, pedindo uma pensão por ter districto de Caxias,
qae occupou quasi 4 horas de sessão'
militar.—À' «ommissuo da pen-
perdido a vista no s rviço ue me martellou o espirito
pela obrigação em que me pôz
sòes e ordenados. o ouvi-lo atteutamente
por 4 longas horas, a mim homem
enfermo, extenuado,
Uma representação de Severo Amorim do Vulle, <i Bernar- gasto e alquebrado por padecimentos
âoBabello da Silva Pereira, desembargador na relação de que deannos soffro; discurso que me pôz de alguma ma-
neira incommodado, e
Pernambuco, contra as suas aposentadorias.—A' commis- que pareceu produzir sensação no
espirito de alguém da camara; esse discurso não
são da constituição. pôde passar
sem respoBta séria e
grave, longa e desenvolvida com toda
ORDEM DO DIA. e calma; esse discurso necessita
ponderação por 3em duvida
de ser cuidadosamente apreciado, e
KLKIÇÂO DA I i I I A. profundamente analy-
sado em todos os
ponte s essenciaes de que se elle occupou;
a discussão adiada do
Continúa e por conseguinte me força a abusar da attenção da casa
parecer da 4* commi«s2o
de poderes sobre a eleição do 3° districto da província da por mais tempo do que aquelle que eu desej&ra.
Bahia, com a emenda apoiada. Senhores, se eu não tivesse outros motivos de profunda
convicção
Lê-se, apoia-se e entra conjunetamente em discussão a para defender a causa do Sr. Dr. Pedro Muniz, bas-
taria o discurso hontem
seguinte sub-emenda *. proferido pelo nobre deputado paia
convencer-me o decidir-rne em favor dessa
« Que seja approvada a eleição da freguezia da Cruz das justa causa.
Nem procurando-se deproposito
Almas, feita i>a matriz, como propõe a commissão —Fiusa. > provar a legitimidade de
qualquer eleição poder-se-hia conseguir melhor do
nobre deputado hontem que o
O Sr. Fkrnandes da Cunha:—Sr. presidente, peço a fez a respeito da eleição do Sr. Dr.
A". Ex. mie tenha a bondade mandar-me a emenda e sub-
r j° .» P0)61 que não achando o nobre deputado razões
cmejnda que es tá o também em discussão, (f? satisfeito.) sólidas, motivos jurídicos
para in firmar tudo quanto a res-
Sr. presidento, todo* os nobre» deputado.» que se têm pro- peito
da questão tem sido e discutido, quer
imprensa da Bahia, publicado pela
nunciud" nesta importante questão, que actualmente oc- quer pela desta corte; não podendo con-
cupa a attenção ds camara, c que fortemente apta, como trai lar tudo ouanto consta dos documentos
presentes á
o espirito publico da grande commissão, tuaoaquillo
profundamente preoe.cupa que foi luminosa, imparcial ejuri-
maioria de minha provincia, se têm apresentada na tribuna dica mente elaborado e deduzido nesse solido
parecer que a
proclama ndo-se isentos e extremes de qualquer paixão ou commissão apresentou ; na falta absoluta de razões e fun»
reveução: todos elles se têm dito inspirados dos mais no- damentos
j urídicos para destruir a incontestável verdade, e
E res e elcados motivos, e só forçados a se a perfeita
pronunciarem justiça que com austera imparcialidade innega-
instigad s pela consciência do dever, ou pelos severos dieta- velmente transluz nesse admirawl trabalho da respective
mes da verdadoe da justiça. commissão, tão acremente arguida
, tão vehementementa
Quero crer, faço aos nobres deputados a justiça de os abjurgada,
pelo nobre deputado que com ella se mostrou se-
considerar realmente não tocados de qualquer paixão ou vero em demasia ; nessa deficiencia total
de razões e argu-
prevenção : quero mesmo reconhecer que nenhum seja ca- mentos com que
pudesse derrocar a irrecusável legitimidade
paz de se deixar influenciar de motivo» menos nobres, ou da eleição do Dr Pedro Muniz, vio-se o nobre deputado
de inspirar-se n'uipa causa como esta de sentimentos de compellido a recorrer com seu espirito arguto a meios cap-
affeiçã ou de interesse político Acredito que nenhum se ciosos,^ a especiosos sopbismas sem nenhuma solidez, e a
pronuncia neste importante debute senão por effeito de irre- impertinentes e futeis exeavações. E na verdade, senhores,
feistivel convicção, senão sob os aifpicios e influxos da con- se o xiobre deputado hontem mostrou-se um argumentador
sciencia «ia verdade e do direito. Pois bem, eu não poço, não hábil, um diaiectico subtil, um sophista argucioso.
não pas-
camara outro favor além dessa sou dahi.
quero, não invoco da justiça,
outra benevolência senão a da sua benigna attenção para o O nobre deputado fez
prova do talento, concedo; mas não
lonjtó desenvolvimento da grave questão que nosoccupa. ganhou terreno pura \ justiça da causa que tomou a seu
K poiH não tomarei tempo si casa em justificar-me de peito defender ; contrario, o nobre deputado a desacre-
j>elo
qualquer prevenção ou suspeita que por ventura se tenha ditou, c
perdeu inevitavelmente ante a justiça da camara,
inoeul ido adrede no espirito de alguém para desconcei- porque sómente pelo escalpelo da annlyse, anatomisando os
tuaro humilde c fraco orador que ora tem a honra de diri-
'justificar-me pontos mais áridos, as fibras mais intimas do processo ciei-
gira palavra íi câmara. Não descerei a ares- toral, A força de esmeril bar sòrocnte, e de
profundamente
peito dos motivos pessoaes que possa ter, e que sei que ai- «xcav.if em terreno
pedregoso, a ver se foderia desentra-
guem mo attribua para destonsidersir-me, que me levão a nhar unia outra lantejoula
que parecesse pliosplioricnmente
expressur-me desta ou daquella forma no presente debate. brilhante; sô assim é
que poderia o nobre deputado achar
Senhores, sobretudo prezo a justiça e a verdade [apoiados)» ou emprestar uma apparencia lógica e concludente a seus
&ou incapaz, qualquer que seja a paixão que mo domine, de raciocínios e ás suas deducções.
faltar reconhecidamente ao direito, ou de negar homenagem O nobre deputado, Sr.
presidente, fallou hontem esque-
4 justiça e A verdade. {Apniadnx. i condo-se de que fallava
perante mia camara que não ó
Nunca até aqui prostitui, nem prostituirei
jámais a mi- tribunal judiciário,
que não ec seduz por esses argumen-
ilha palavra honrada em defesa de causas más, de causas tos estratégicos, por essas argucias subtilissimns,
por esse
insustentáveis nnte o direito e o bom senso do paiz ; e Dcos
jogo mais ou menos hábil de palavras e phrases confronta-
rae fulmine na véspera do dia em que tenha a cobardia e a das, que illudein e seduzem n espíritos incautos, ou menos
infâmia de prostitui-la assumindo reprovndamente a defesa cultivados, que não K'm a
precisa p»rspieaci.i par» discri-
.cie causas wics. minar a verdade do erro, o soplúsma da raíâo, a argúcia
(Apoiadojt.)
Senhores, quando eu fòra o único deputado de minha frivola da argumentação procedente.
provincia que erguesse sua voz, solitário, no recinto augusto Assim, senhoies, o nobre deputado encheu a mór
da assembléa geral em defesa da causn dos meus amigos, parte
dessas quatro longas horas em desfiar
essas especiosas sub-
que reputo legitimamente eleitos, deputado c snpplente pelo tilezas, vordadeiras tricas f renses, com <*e deu
que, prova
3° districto da Vuniz
província da Bahia, os Sr*. Dr*. Pedro de habilidade, não conseguio
por certo levar ao espirito da
Barreto de Aragãoe Francisco Xavier de Pinto Lima, nem camara a convicção da
justiça da cansa qu- emorelienden
por isso esmoreceria no debate, nem por isso comi ia ; pelo defender.
contrario honrar me-hia sobremodo de ser o único deputa- K, senhores, não £ em verdade abusar ia pacienc'a da
do da minha província que pensasse deste modo. e que ou- camara. não èum uttentadode leza-attençr.o commettíu
que
sasse exprimir-se nc parlamento da maneira
por que o vou o nobre deputado o
querer provar que uma eleição 4 nulLa
fazer com circumstancias tão futeis, com a ocidente.- tão insigni-
E' debaixo do império de uma convicção robusta e inaba- ficantese infelizes,
que o nobre deputado capitulou uo vícios
lavei, Sr. presidente, que tomo a
palavra; eu não peço A insanáveis, oc nullidades substancies, mas
que não passio
oamara senão benevolência para mim, senão justiça para
quando muito de meras irregularidades ?
a causa que defendo; ella que se
guie sómente pelo allega- Para que o nobre deputado deu-se ao trabalho de exarai-
do e provado; julgue me pelo que eu disser; avalie do fun- nar actas de eleições de dous mil e tantos votantes; de
do de minhas invenções pelas provas que en exhibir. sommar, por exemplo, o numero dos que comparecerão, e o
Sr. presidente, sinto não poder ser tão breve como dese- dos que faltarão, de fazer multiplicações
para achar a final
jAra. Os discursos proferidos na casa, e principalmente o o resultado de um voto de diffcrença? Para
que o nobre de-
«tfiscurso ouvido hontem do nobre deputado
pelo Maranhão, putado tomou o ineommodo de calcular insanamente me»-
SESSÃO EM l'i DE MAIO DE 1857. 2fil

diante longo e fatigante processo a eleição de freguezias niz Barreto de Aragão, • supplente o Sr. Dr. Francisco
cuios eleitores effectivos erão 48, paru encontrar em ro*ul« Xavier Pinto Lima. »
tado de seus cálculos uma differença de 40 voto», e dizer, A emenda diz:
houve irtegularidade ou nullidade nesta eleição ? quando
ess» falta de nenhum modo poderia influir na ordem dos 1.°Que sejão approvadas as eleições primarias das fre-
oleitores, nem mesmo dos supplente* ? guezias de Cachoeira. Muritiba, Outeiro, Redondo, Igunpe,
Para que averbar de nullidade a falta «la eleição de um Pedra Branca, Santo Estevão e Tapera, c<mo
propõe a c m-
numero de supplentes igual «o numero de eleitores^ da missão; sendo porím eliminados da freguezia da Tapera 12
muito bem que isso eleitores, que de mais deu, conforme a
parochia, quanao o nobre deputadosabe qualificação.
não importa vicio, ou irregularidade alguma, e que até na 2.» Que seja tambom considerada \alidn a eleição da
legislação eleitoral essa umn hypothese e re- freguezia de M. ragogipc feita na matriz, sob a
preventa presidência
ainda arguir do nullidade a omissão do 1<> juiz de paz.
guiada ? O que significa
do apuração € 3.0 Quo seja annulluda a eleição da Conceição Nova da
de se declarar em uma acta que a mesa não
expedira diplomas nos eleitores . o isso principalmente Feira, como propôz a commissão, e ambas as eleições de S.
o nobre deputado teve talvez occaiiSo de ver muitos Felippc.
quando
desses diplomas de que fallou ; quando muitos delles estão «1° Que sejão annullados todos os eleitores nãoqueli-
aqui, forão apresentadosno collettio.e delles teve oecasião ficados constantes das certidões extrahidas da secretnria
de tomar a illustre commi-são conhecimento? Oque importa do governo, e os dous eleitores que se prova estarem
pro-
ainda dizer o nofcre deputado, por exemplo, que a falta da nunciados.
missa, que devia ser ouvida pel< s eleitores, era uma irregu- «5o Que voltando o parecer ú commissão de constitui-
laridado no processo eleitoral; o muitas tutras cousas desta ção e poderes, e sommados os votos validos de um e outro
ordem, com que o nobre deputado gastou immcnso tempo collegio, sejão declarados deputado e supplente aquclles
inutilmente, e que ia de-fiando por uma gmdação cidadãos que tiverem obtido a maioria absoluta. — Fiuxa. »
que pre-
tendia fazer saliente, dizendo sempre —A melhor, á melhor j « Sub-emenda. — Quo seja approvada a eleição da fre-
—mas examinada a natureza e força de taes facto»
relevan-
guezia da Cruz das Almas feita na matriz, coin<» propõe a
tes conhecia-Be que o — A melhor — do nobre deputado não
Commissão. — Fiu*a »
era senão isto, frivolas nihilidades?
Da leitura que acabo de fn7cr, Sr. presidente, do parecer,
Senhores, deixamos efsas argucias luteis, esses sophis-
da emenda e da suhemenda, ce-se claramente que a com-
mas especiosos da esc «lastica pura ; vamos examinar a
missão tinha appr<»vado, d'entreas 11 freguezias dos 3 mu-
debaixo de todos os seus aspectos, na fôrma e no
nicipios de que >c com|H>c o 3° districto eleitoral da cdade
undo, ese houver tempo eu acompauharci ao nobre depu-
Questão
da Cachoeira, todiis as eleições do município de-ta cidade, A
tado, comprometto-me, em tudo quanto disso a respeito
excepçâo da da Feira da Conceição, e da procedida na ca|>ella
desses mesmos pequenos accidente* cem os quaea tanto se
do S«pt$ freguezia da Cruz du» Almas; o queim|>ortav» p»ra
occupou.
o Dr. Pedro Muniz uma perda d»1 56votos,e um ganho equi-
Sr. presidente, o nobre deputado procurou desconceimar
valente par« o Sr. Dr. Tiberio. Vè-so mais que a commissão
a todo o trance o parecer da illu-tie commissão, o nobre de-
approvftra, no mnnicipiode Maragogipe, composto de duas
putado foi com ella injusto em demasia; fui mesmo pouco freguezias com 79 eleitores, a eleição f* ita na matriz de S.
generoso e cavalheiro (já não quero dizer que elle faltasse Felippc, pre»idida
até á delicadeza devida, ou qu<* irrogasse uma verdadeira pelo4° juiz do paz, segundo as instrnoções
da pieeideneia,
injuria quando declumu a seus illastros membros que a que declarara os 2 primeiros incompatíveis
e por estar morto o 3". e antiullAra a duplicata falsa ceie-
illusfro comraissão não fora inspirada pela justiça, impar-
brada na capella da Conceição da mesma fregu zíh, que se
cialidade e recta razão no parecer que deu). Como tolcrar-sc
tiguni presidida polo famigerado major .Teronymo .Tosé Fer-
o ouvir o nobre deputado proferir em tom severo de indig-
naudes, |>ela Vê-se in«is
nação, como quem tivera a consciência revoltada, uue elle presidência declarado iucompativtl.
ainda que a commissão annullára ambas as eleições proco-
se condoia pela eamara. e deplorava sinceramente, cheio de
did»* na cidade de Maragogipe. tanto a feita na matriz soba
amargo
pezar, o ver sabir desta casa um parecer c< mo es- do l°juiz de ptc/, K v.
te, que «hamente revelava nf<o ter a illustre commiíjsão çresidencia padre Ignacio Anio^to de
Souva, como a re.nlisadu na capell;'. du Conceição do Mi nte,
consciência daquilloqu^ Imvia escripto?
Oh ! senhores, isto é urna grave injuria aos dignos mem- presidida pelo 2° juiz de paz com 0*4 mesarios da cleiçüo
da matriz,
bros dessa commissão que elaborárão este parecer dos ando quo delia se separarão por violência, coacçfe» e
violação da urna rehpectivii Tudo o oue, imp»ria 48 elei-
minuciosamente, com a m»is sãw e èscrupulosa consciência
toros de S Fclipj>c para o l)r Pedro Muniz, e igual
da verdade e do direito, t<>dos os factos que se dei Ao, e emit perda
para o Sr. Dr. Tiberio, não fallar.do em Marag(»gipe, ondo
tindooseu juizo imparcial. seguro o luminoso a respeito
umbos os contend' res fxirdcm 31 eleitores.
dc cada um, sem olhar a quem feria, ou a quem poderia A commissão valida tudo o mais, inclusive ambas as fre-
aproveitar.
guezias do municipio da Tapera, m 01 eleitores, e de-pieza
0 nobre deputado disse que elle tinha a convicção intima a arguição de nullidade os diplomas
prcnluzida contra
de que o Sr. Dr. Álvaro TÍIh riode Monrorvoel.imaern o lo- de 12 desses diverso» eleitores pelo Sr. Dr. Tiberio, u pre-
gitimo deputado eleito pela grande maioria real dos eleito- texto de não estarem qualificados uns, de não terem idade
res do 3o di>tricto da província da Bahia ! Mar, Sr. pn-si-
outros, e de estar condemnado um, porquo pelo Dr. Pe»
dente, o que vnlem asserções vagas, dcelamaçõcs aéreas,
dro Muniz, aléir de se refutaiem ttnlas es>as arguições,
pura e unicmnente tnr/idas com o Hm de deseonceituar a accrescn que se acoimão dos mesmos vícios a 14 eleitores
causa do adversário? Como 6 possivcl que o nobre deputado
do Sr. Dr. Tiberio, e se provão a respeito de qtmsi todos
possa manter suas arriscadas asserções, com que funda- esses motivos de exclusão-
mento poderA elle sust< nt»«r que o^-te parecer foi elaborado
«ommissâo sem consciência? Como é A emenda, pon*in, e sub-emenda offereeidas jhjIo nobre
pela illustre possível deputado o Sr. Dr. Fiusa, pretendem que seja rcf-imado
>-e
que o nobre deputado pudesse
convencer de
que a maioria todo o trabalho da commissão na pnrte desfavorável ao Sr.
real dos eleitores do iKtrieto da Beira elegSrn legitima
Dr. Tiberio, e proveitosa ao Dr. Pedro Muniz, e vice-versa.
mente deputado «o Sr Pr. Álvaro Tiberio c não ao Sr. Dr.
Assim, pretende o nobre deputado que sejão nullas am-
Pedro Muniz? Vejamo-lo.
bas aa eleições de S. Felippc, tanto a da matriz que a c« m-
O parecer da illustre commissão conclue da seguinte
missão reconheceu valida, como a da ca polia presidida
inanoirn:
por Jeronymo. que a commissão nnnulloti por falsa e clan-
« 1.° Que sejão approvadns as eleições primarias das destina. Quer mais o nobte deputado que se annulle a elei-
freguezias da Cachoeira. Muritiba, Outeiro, Redundo, Santo
ção da capella do Monte da cidade de Maragogipe. presidida
Estevão, Iguape, Tu porá. 1'edra Branca, e as que forão fei- com os meparios que se sepnràrío
pelo 2° juiz de paz quatro
tas ua matriz du S. Felippc, e na casa de oração da Cruz das da matriz, e se valide a eleição nesta procedida sob a pre&i-
Almas. doncia do lo juiz de paz, o soLredito reverendo padre Igna-
« 2.o Que sejão annulladns as eleições primarias da Ire-, eio. Pretende ainda mais o nobre deputado deduzir 12 elei-
guezia de Marsgogipe e da Conceição da I eira tores que reputa excessivos da freguezia du Tapera, á
« 3 o
Que sejão vs lidado» os votos dados no oollegio elei- vista da qualil.cação. e por virtude de ser desta desinembiad*
toral que Fe reunio na matr z da Cachoeira, e declarado a capella do Bom Conselho da Amargos a, erigida em fre-
nullo o que se reunio no conveeto do Carmo. de mais 12
guezia, assim como quer tambem a eliminação
« 4.o Que seja reconhecido deputado o Sr. Dr. Pedro Mu- eleitores de diversas freguezia», ditos não qualilicudos,
2G2 SBSSAO.KMslA D K MAIO DE 1857.

condemnados nu sem os requisitos constitucionais de elegi- O S«. Sampaio Viasísa : —NSo é o único que estA nesst
bilidade para o ele.torado. caso.
O que em summa, Sr. presidente, importa, pretender-se
O Sr. Fernandes da Cunh* : — Bem, e a ninguém o
a aonullação de tudo quanto pôde ser favoravel â causa do
tenho contestado. Outro tanto não dizem a meu respeito os
Sr. Dr. Pedro Muniz, embora solida e juridicamente fnn- nobres deputados. Senhores, eu só quero justiça, só peço
dada no parecer da commissão, e a approvação e validação verdade; sêde verdadeiros e colierentes, e isso nos basta.
de tudo quanto pAde aproveitar e melhorar a sorte do Sr.
Dr. Tiberio!... Por outra, Sr. os amidos Q Sr. Fiusa : — Todos nós queremos j ustiça o verdade.
presidente,
do Sr. Dr. Tiberio, não contentes com a commissão já lhe O Sr. Fkrtvimies ha Cirant: —E então para que diz sens
liaver outorgado 5* votos da Cruz da» Alma9 eFeira da Con- fundamento o nobre deputado, que ainda me não ouvio, pois
CaiçÔov querem ainda, mais 31 de Maragogipe. mais 12 de que propriamente ainda não comecei a discutir a especic,
«'ei toras que clles di/>*m incursos em exclusões legaes, *
que minhas expressões são as do rancor e do odio
jn\i> 12 excessivos da Tapera, e segundo o nobre deputado
O Sn. Fiusa : — E porque disse o nobre deputadoque exa
qu* hontem orou, o Sr Cândido Mendes, 52, a nullidade lógica de
«i»4 toda a freguesia, e ainda mais 48 de S. Felippe, que a paixões ? O rancor e o odio também aão paixões.
commissão tinha validado para o Dr. Pedro Muniz.... cm O Sr. Fermandes da Cunha : — E' a lógica das paixões •
sintima, na primeira hypothese querem mais 93 votos para do interesse, e nunca a da justiça e da verdade. Repito f
sustento ; e vou
o Sr. Dr. Tiberio, excluídas as I reguezins «ia Conceição <líi provar as minhas proposições. O nobre de-
Feira e Cruz das A'mas, ou 159 incluindo-as ; e na ultima putado bem sabe que não me guio por pessoas, por indivi-
« melhor hypothese 199 votos, a passar a nullidade de toda dualidades, por mais proeminentes que sejão....
si freguezia da Tapera, conformo já foi pedido com cálculos O Sr. FitSA : — Nem eu.
ou visivelmente falsos, produzidos
grosseiramente errôneos O S. Fernandes da CYkha .— ...
impugnou o parecer da commissão. que não me presto a
pelo ultimo orador que ser instrumento de ninguém.... *
Portanto, bem vê a casa que os nobres deputados só
•apolaudem a commissão, só tolerão Fiusa : — Nem
que ella procedesse com O Sr. eu.
imparcialidade e consciência lia parte cm que ella favorece Sr. d* Cunha : — ... que não sacrifico as
Fernandes
O
a causa do Sr. Dr. Tiberio, e ainda assim lhe attribucm
minhas convicções ás idéas dos sentimentos, ás paixões de
um pensamento tredo e oceulto, uma concepção macliiave-
nenhum homem, e na minha curta vida bem pôde achar o
Jiea, bom revelada pelo ultimo orador ua locução de que
nobre deputado alguns documentos dis30.
usou até aqui: — a commissão quiz dar mel beiços
pelos
annuliando a Feira da Conceição, e validando da Cruz das O Sr. Fu sa : — Nem eu.
Almas a eleição feita na casa da oração!...—Na paite cm nós assim
O S«. Sampaio Viakka :—Todos procedemos.
que a iliustrada e honrada commissão separou-se dos inte
Tosses do Sr. Dr. Tiberio, annullou as suas duplicatas, e O Sr. Fernandes da Clmh Bem ; paremos aqui. Não
reconheceu as eleições verdadeiras,—aqui d'el-rei,—a com- quero prolongar o debate inutilmente; não desejo complicar
missão foi injusta, parcial, sem consciência, foi em sumraa esta importante questão com incidentes de tal ordem, que
arrastada, como dissefo primeiro orador, talvez (não posso só. nfTectão a miulia humilde individualidade, e que só po-
explicar de outra fôrma) pela amizade oupeloodio, pela dem servir para azedar a discussão c motivar acrimoniosas
ou interesse político!... Ora, bem vô recriminações....
prevenção, patronato,
V. Ex., Sr. presidente, bem vê a camara, que esta pôde ser O Sr. Sampaio Vianna:—E' melhor.
a lógica da paixão ou do interesse, mas nunca serã a da
O Sn. Fernandm da Cunha :— ... e descanso seguro e re-
lealdade e franqueza com que se eóe expressar a verdade....
pousado no juizo qtie de mim fará a camara ; louvo-me na
O Sn. Fii;sa : — Não <í a do rancor c do odio. sua indefectivel justiça.
OSn. Fernandes ni Cunha (rom voz gr ave e pausada) : — OS*. Fiusa:—Eeu igualmente.
Nío t«nho rancor, nem odio. Sr. deputado ; e contra quem ?
O Fkrnamiks ba Ct mu : —Sr. presidente, d preciso
Sr.
Sr. presidente, já que o nobre deputado '48
(Depoi* de jtaiirsa.) invalidar a eleição de S. Felippe que deu votos ao Dr.
tora neste assumpto melindroso para minha honra e digni-
mo Pedro Muniz; 6 preciso invalidar a eleição da cnpella da
dade, a camara permittirã que me explique, se bem que
Conceição que deu 18 votos ao Dr. Pedro Muniz; é preciso
constrangidamente. Eu vinha no propósito firme, senhores,
validar a eleição de Maragogipe dar 31 votos ao Sr. Dr.
de não trocar uma palavra sequer a tal respeito ; eu estava para
Tiberio; & preciso validar a eleição da Cruz das Almas que
resolvido a fugir de qualquer incidente que irritar
pudesse deu 37 votos ao Sr. Dr. Tiberio ; é preciso deduzirem se 12
de qualquer sorte, c tornar acrimonioso o debate, não por
eleitores da Tapera, ou, como hontem se expressou o nobre
mim, que nada temo, mas por amor da causa que defen-
deputado, annullar toda a eleição dessa freguezia, compos-
do; eu vinha mesmo disposto a esquecer, a perdoar tudo
imprudentemente proferio da pri- ta de 52eleitores, para assim sómente poder-se assegurar
quanto o nobre deputado triumplio á causa do Sr. Dr. Tiberiofque entretanto diz o no-
meira vez que (aliou, que podia ferir o meu melindre ou
bre membro por Caxias estar legitimamente eleito pela
«leaairar-m»'; mas já que o nobre deputado levianamente me
maioria do 3" districto do minha província. Vamos ver se
provoca, força ó que me escute. isto é exactoe de justiça.
O Sr. Fiük» : — E que eu lhe responda. Sr presidente, a commissão disse que no município da
O Sr. Fernandes ha Cunha : —Sim, senhor ; mas deve Cachoeira não se havia encontrado vícios nos actos do
salvo em 2 freguezias, Cruz das Almas e
o nobre deputado ficar convenc do, uma vez por todas, que processo eleitoral,
apezar de toda a sua arrogancia nunca me poderá fazeo Conceição da Feira. O nobre deputado que fallou hontem
recuar; deve o nobre deputado licar convencido de que tenho invectivou a commissão, porque, disse elle, não podia deduzir
bastante consciência da minha posição, o muito amor ezelr a sua opinião das actas que lhe foruo presentes; o nobre
desça dessa honrosa deputado acrement" censurou a commissão por ter dado um
pela minha dignidade, para quejômais
actas
alturn, receiando que o nobre deputado, ouquem quer que parecer sem ter k vista todos os documentos, todas as
seja, analyse qualquer facto da minha vida publica, ou primarias para verificar o processo eleitoral.
mesmo da particular, que também franqueio, o possa nella Mas, senhores, o nobre deputado foi o proprio que presU)
enxergar factos que me desdourem. se encarregou de refutar-se, e do dar documentos contra si,
argumentando com actas da eleição primaria o da eleição
0 s*. Fusa : — Assim como todos os outros. (Apoiados.)
secundaria; sabe-se que nem sempre vem á casa as actas de
O Sn. 5v»«paio Vianra : — Não é o nnico.
(Apoiados.) todas as eleições primarias; muitas eleições da província da
O Sr. Fmsww s Cuaha : — Nem eu estou dizendo o
i>> Bahia têm aido aqui approvadas sem algumas dessas actas.
contrario. l>fendo-me apenas, repillo insinuações affron- A- minha eleição mesmo, pertencente ao Io districto da capi-
tosas; mas não lanço allusões perlidas ou injuriosas a nin- tal, nâo vierão muitas actas : e sabindo eu de minha pro-
minhas «xpiessões, dictadas por amor da de- vincia a 15 do passado, e procurando extraliir algumas
jjuem. Nestas
ftffa, não se envolve a menor sombra de insinuação a ne- certidões, não encontrei ainda na secretaria algumas actas.
]ihum de meus honrados oollegns; cilas bó revtl&o que eu Agora mesmo aeabão de chegar actas primarias de certos
não Am direito a ninguém a ultrajar-me sem que receba a districtos de minha província. Portanto, não á uma razãp
de apreciar a validade ou nulli-
justa repulsão. Sr. presidente,
minhas expressões só reveiSo que inhabilite a commissão
o meu espitito de imparcialidade e justiça.... dade de certas eleições a falta da remessa de algumas actn*
SliSSAO EM Ui I)*,': MAIO DE 1857. 2(53

rimarias; e depois, senhores, se nenhum dos candidatos se pelo art 2o da lei de 1846 ?eestabelecem
tantas garantias
pelo 3o dietricto da Bahia, nas exposições queíJzerão A ca- para que sempre presida a mesa parochial o l«juiz de
mara, se queixou de nullidades nessas freguezius do muni- de sorte que ainda mesmo paz
pronunciado, suspenso ou rea*
c-ipio da Cachoeira , á excepção de Cru/, das Almas e ponsabilisado esse juiz de paz não perde o direito do
Conceição da Feira; se a respeito dessas freguezia» a cora- a elciçuo ; como, applicando este presidir
principio fundamental &'
missão opinou favoravelmente ao Si. l)r. Tiberio, e contra eleição do S Jelippo, recuado a sua
applicação ü eleição da
o Sr. Dr. Pedro Muniz, coino é que o nobre deputado u ab- Cruz da» Almas, que deixou de ser
foi a seu beneficio resolvido? presidida também nclo
jurga por aquillo mesmo que qUe 1)20 tÍnLft i"ou,nPatibiliaada
Quem teria o direito do queixar-se Feria o Sr. Dr. Pedro ÍÍgLolegll7r.P!!t0,'te'
Muniz, este se cala, o nobre deputadoé quem reclama!... Em segundo iugar, Sr. presidente, entendo
A commissão, pois, que, tendo presentes as actasde todas de paz podia fazer a eleição na capella que esse juiz
do Sapé e mio na
as freguezias da Cachoeira, e não deparando ncllas nullida- casa da oruçuo, que não é matriz ; eu distingo.
Klia fazí J»
des, havendo domais accordo entre os candidatos, as appro- em wrtude da lei de 19 de Agosto de 1K1H,
no ait. 40,
vou todas, iexoepçãodas duas indicadas, pôde ser acoimada ^
do não ter attendido á justiça no voto
por ventura que < O presidente convocará nominalmente os eleitores
apresentou & considerado da casa? Não, absolutamente e supplentes da
parocliiji para que se reunío no dia desiir-
não, senhores. nado, sob sua presidencia, no consistorio, e se este
vno
Vejamos porém como o parecer encarou as eleições das bastante espaçoso, tio corpo da igreja matriz, ou em
outro edifi-
freguezia» da Cruz das Almas c Conceição da Feira. Ainda rio por elle detignado, m ralo
puder «r na mntrte, afim de or-
aqui niío se enxergou sinceridade na commissão. A
pre- ganisar-se a junta de qualificação. >
venção dos nobres deputados, e o
proposito de considerar a Senhores, este artigo é ou não expresso? Corta
ou nã'i a
commissão inspirada de motivos menos e nobro»,
puros questão ? Pôde ser interpretado em sentido contrario
ainda aqui se revelou claramente por
quando o honrado mem- avisos que não têm força
para destruir artigos de lei tão no-
oro que em ultimo lugar lallou não sitivos e expressos ? Digo
pôde cohibir-se de ar- quo não.
ffui-la de dobre e machiavelica naquillo mesmo
que lhe era O principio aqui consagrado é
que a eleiçãoBeja feita nos
favorável, e
que não lhe con vinha contestar ou recusar Um consistonos, e não sendo estos bastante espaçosos, -,o
tal corrn
procedimento não é generoso, principalmente quando das igrejas matrizes,
se não quando ellas offereoerem aneeessaS
pôde apoiar as invcctivns foitas it commissão em capacidade, porque as matrizes não forfio
escolhidas nam
motivos locnl da convocação dos votantes e da reunião
plausíveis. das
Sr. presidente, se eu mesa»
qui/.ern tomar tempo A casa, talvez eleitoracs por sentimento religioso
puramente, ou por anal.
não argumentasse mal
ponderando que se pelo menos estas quer outra consideração da mesma ordem, não ; mas sim
duas eleições não devem ser validadas a favor do Sr. Dr. como lngftres
que offerecião maior capacidade é vastidão
Pedro Muniz, pelo menos as conclusões do
parecer a cilas para oommodumente receberem uma
relativas poderião merecer "rnve reparo, ou mesmo motivar grande reunião do
povo.
sérias objecções ; demonstrar mesmo, e tuli ez.cho- E tanto o a-sim, senhores,
poderia sempre
que os autoridades
gar a convencer a muitos, do que se a honrada commissão ecclestasticas tem representado contra
a esoolhn dasmatri-
assim no expressou, foi
porque quiz demonstrar seinpro que zes para local da reunião das
estava possuída da maior imparcialidade o escrúpulo, a juntas o mesas pnrochiaes o
innit, actos do
processo eleitoral; porque se têm elliis tornado
ponto de desvirtuar e iníirmar os argumentos apresentados "111 theatro do desordens
e das mais saerilegas
pelo Sr. Dr. Pedro Muniz na sua exposição, ao pasBO que profanações.
CW<>S: ~ A
corroborava, ''rov" 6 9n0 tóo «Kàriamentõ
para evitar todo pretexto a censnras o rocia-
inações, os argumento» profanadas*™
produzidos pelo Sr. Dr. Tiberio. O S*. I'hmtidis III OtiMU:—Apoiado;
A vista do exposto, ha consciencioaa e aprecio o a grade*
quem possa
dosapaixonadamente dizer ço muito o sen o aparte. Por consequencia, se o
que o parecer da commissão não ma exposto foi oque 11a confecção du lei
principio aei-
cingio-se aos d a mais severa predominou para a es-
preceitos justiça o estricta colha das matrizes como lugir da reunião
imparcialidade ? dos votantes, em
talta do capacidade da matriz bem fezo
Examinemos, senhores, se não merece objecção a conrlu- juiz de paz prt^idon-
_ te da mesa
são do parecer parochial em escolher outra localidade „ui ano
que invalida a eleição do Sr. Dr. Pedro Mu- lunccioniisse commodamente a respectiva
niz na caoella da Conceição, e valida a do Sr. Dr. Tiberio me-u, <¦ so pudeseo
reunir com libordade e franqueza a
na Cruz das Almas. assembléa dos votantes
Nem so diga
que tal faculdade lhe não compete, e que n
Na Cruz das Almas, senhores, houve duplicata de eleição. eleição deve sempre ser feita na
matriz, porquanto em f ico
Deu-se a primeira 11a casa da oração, quuservindo matriz, do mesmo art. 1» da lei de li) de Agosto ha
propriedade do tenento-coronel Manoel Caetano de Oliveira tado o contrario se evidencia, nas pouco supraci!
Passos, meu amigo, palavras : « c se o eoiicis-
presidida pelo 3» juiz de paz, o teneu- tono ou corpo da matriz não fôr bastante espaçoso
o iui/ do
te-coronol José baptistade Magalhães. Deu-se a segunda 11a
ps» presidente da assembhV, parochial a reunirá ornou,"0
capella do Sap<5 da mesma freguezia, cdi/ino por el'e designado, te vflo
presidida polo Dr. puder ter na matriz. »
Albino Augusto do Novaes e Albuquerque, 1"
juiz de paz. Mas se o principio é verdadeiro, se a doutrina
exposta
Acommissão valida a eloição d 1 casa da oração, conveniente o é legal , como, Sr
julga presidente, o juiz de naz
presidida |k>1o 3o juiz de paz, embora estivasse presente o 2» primeiro votado da freguezia da Cruz das Alm-,s, escolhendo
eaté votasse;
porque o presidente da província ordenou a capella do Sapé para a eleição,fazendo osediti . s
do convo-
que o 3o juiz de paz presidisse a eleição no dia indicado, se cação ura mez antes, mandando nfflxa-los
não comparecesse o quer 11a eapclhi
primeiro, Dr. Albino Augusto de No- do Sapé, quer 11a casa da oração, como se
vaea Albuquerque, não prova pelos d<>-
podendo fazê-lo o 2o dito tenente- cumantos que aqui tenho
coronel Manoel Caetano, com mandante de batalhão, prementes, que são as c rnMr,o%
que, das respectivas allixações, escrivães
segundo as decisões da pnssadas pelos de na»
presidência, era declarado também da<juelles districtos; como, não havendo matriz na
incompatível; unnullou a eleição da capella filial de Snpi' Ire-
guezia, secundo está demonstrada» pula ntte^taçno do
(uuico templo que existe na freguezia, porque matriz
parocho, n pela informação do Dr. juiz de direito da co-
esti arruinada), presidida pelo 1"
juiz de paz, quo não é marca, quo, respondendo a todos os
official da guarda nacional, porque apenas cuntraveio ú r,r- quesitos do referido
Dr. Albino, mostrou que essa casa da oração
dem da presidencia na parte em que designou a localidade é uma
casa particular
que não ofíercco commodidado a]"umn n„.
para a reuniãos dos votantes, e celebração dos maisactos do tem 40 palmos de frente sobre 50 do fundo,
mie'está
processo eleitoral primário. encravada no meio de outras, s4 com uma
Examinemos em face da lei, o dos princípios imocados porta pel'1 frente
e outra iwio fundo, que tem esteios no intcrioi
nneados no
pelos nobres deputados, que devem reger a questão, se por solo O se acha toda atravancada com mesas,
iiltaie-, e-utrov
ventura este séria objecçío, ou polo menos
ponto não merece utensílios, o objectoa do culto, etc.; como,sabendo-se
algum reparo. Não me a defender a eleição do assim
proponho que 11.1 referida casa de oração não se podem rounir mais do
Sapéj concordo com a commissão na validação da eleição da
duzentos a trezentos votante»,
Cruz das Almas; o demonstrar é que os nobíes quando muito,e não mil qui-
que quero nhentos e cincocnta e tantos,
deputados forão severamente injustos com a nobre com- quo dá a freguezia ; como
di^o. A vista de todas essas circumstaucias iuconcu4kiH
missão, porque se o» nobies deputados invocão como for- concludentemente provadas com as attestaçòcs '""Uspeitas
malidaie fundamental
para garantia do processo eleitoral a do parocho restK'ctivo o do Dr. de direito U,u,ool ,joa.
juiz
presidência da mesa parochial polo juiz de paz mais votado; quim liahia, actual dosembargador da rehição da Bahia
SESSÃO EM iü DE MAIO I)E 1857.'

como poder-se-lia dizer que a eleição ilo Sapé foi feita in- uma ordem «uperior, A ordem legal, emanada de uma auto-
com(ietentemente, que esta eleição é nulla ? Como se diz ridade competente, contra a qual nada se podia oppôr.
de que so fizesse outra eleição ahi; que Mas vòs que pugnais aqui pela manutenção das formali-
que não ha provas
essa eleição não é genuina, quando o juiz de direito A o dades sacramentaes do processo eleitoral, como quereis tor-
dando conta ao presidente da eleição da Cruz nar dependentes essas formalidades sagradas da vontade
próprio que
das Alma», a que por sua ordem foi assistir, diz que ao, caprichosa c arbitraria das partes'! Pois porque um indi-
mesmo tempo que se procedia á eleição na casa da oração, viduo entende que, decidindo o presidente de um certo modo,
te procedia também A eleição na eapella do Sapó pelo juiz elle deve submetter-se, nós devemoi (invocando os vossos
de paz mais votado, e os nobres deputados não apresentão princípios) legalisar a decisão da presidencia, e dizer que
em contrario, nem encontrão na respectiva acta o esse indivíduo annuio ou acquiesceu a ella, quando pelo con-
prova»
menor vicio, ou irregularidade? trono elle submetteu-se a uma vontade superior que lhe
O que, pois, resulta daqui, senhores ? Resulta o sacrifício ordenava? E não é isto o que consta das actas dessa fregue-
de uma formalidade sacramentai, zia e da de Jluritiba ? Não se diz nessas actas que esses
qual è a compe.encia do
juiz de paz mais votado, A materialidade da designação do juizes de paz não presidirão :'i eleição por terem sido decla-
local para a reunião da assem bléa pnrochial ; isto é, sacri- rados incompatíveis
pelo presidente aa provincia ? Logo,
fica-se a garantia que a lei faz consistir no juiz il con- como se ds\ uma acquiescencia voluntaria a essa decisão?
diçfio material do lugar da reunião; por outra, pospôe-se, Como se pôde dizer que um juiz de paz que compareceu a
sacrifica-se roalmente o fundo as formulas. uma eleição e votou nella, o
que aconteceu com os Srs. te-
Assim, senhores, bem vide» que os nobres deputados, nentes-coroi.eia Manoel Caetano e Marcellino da Cunha,2°
manutenção dossa pri- de o da Crnz das Almas, e este o 1° dn
que tão ciosos se têm mostrado pela juiz paz primeiro
meira garantia de verdade e legitimidade do processo elei- Muritiba, não presidirão a eleição
por vontade própria ? Aca-
toral. a presidencia do juiz de paz Io votado, daquelle que so estavão elles ausentes, estavão doentes ? qual o impedi-
em mais alto grão reúne a confiança e a adhesão da Ire- mento legal que os de presidirem a mesa ? Nenhum.
privava
deputados são os proprios que na pri- Logo, se não assumirão a presidencia foi
guezia, os nobres porque sesubmet-
meira oceasião que lhes convém renegão o principio sub- terão a uma decisão superior ; portanto nãu obrárão com
vontade reflectida, não annuirão, não convierão ; e
stancial que proclamavão, contradizem-se grosseiramente, pois vós,
e levados de incohereucia em incoherencia pela lógica d o que sois propugnadores sobretudo da competência do 1» juiz
interesse, presto ihe antepõem, preferem a condição pura- ae paz, que não admittis incompatibilidade alguma contra
mente material da designação do local para a eleição !.... essa vital garantia, como dizeis, por que razão assim renun-
Mas, Sr. presidente, a commissão, fazendo justiça, ciais os vossos princípios, e aceitais a eleição da Cruz das
e qualquer suspeita de par- Almas, vos convém, quando para serdes coherentes de-
querendo desviar de si toda que
cialidade ; reconhecendo que, se a maioria dos votantes não vê-la-hieis rejeitar ?
foi para a eapella do Sapé, foi porque o presidente tinha O mesmo aconteceu, Sr. presidente, na freguezia da Mu-
ordenado ao juiz de paz terceiro votado que fizesse outra ritiba, favoravel também ao Sr. Dr. Tiberio. O de paz
juiz
convocação para a casa da oração, a despeito daquella que primeiro votado, o Sr. tenente-coronel Marcellino José da
já tinha sido feita pelo lo juiz de paz para a eapella do Cunha, não presidio a eleição por ter sido declarado incom-
Sap£ ; reconhecendo que, se o juiz de paz primeiro votado pativel; e apresentando-se ahi seu sobrinho, o Sr. Frederi-
se tivesse apresentado na casa da oração, teria presidido co Moreira Sampaio, que era o segundo votado, o Sr.tenen-
a eleição ; dando principalmente importancia ao neto da te-coronel Marcellino o expellio da matriz dizendo não
que
convocação, e local da reunião dos votantes, porque, sendo lhe competia n presidencia
porque havião sitio declarados
a maioria dos votantes nttrahida para um lugar, a eleição incompatíveis pelo presidente da
província todos os officiaes
feita em outro lugar não significava a expressão real c legi- .da guarda nacional. Da respectiva acta consta que não
"tima da maioria dos votantes da mesma freguezia ; dando a eleição os de
presidirão juizes paz primeiro e segundo vo-
importancia a esto facto capital, que essencialmente infiueno tados, porejue tinhão sido declarados incompatíveis;
presi-
da freguezia, de que sómente ú responsa- dio o terceiro. Se mecontestão os factos lerei os documen-
pronunciamento
vel o presidente da província, e que portanto não deve vi- tos ; e se não contestão, prosigo, não quero abusar
porque
ciar um processo eleitoral cm que não civerão culpa aquel- da paciência da camara, demorando-me a cada passo a ler
les que para elle concorrerão ; a commissão, ponderando provas e documentos.
tudo Í3SO, pronunciou-se pela validade da eleição feita na Eis-aqui portanto o principio invocado
pelos nobres depu-
casa da oração, c contra a que se effectnou na eapella do Sapó, tados já duas vezes destruído cm eleições que forão approva-
das ordens da presidencia, não das e validadas a seu favor.
para onde, na conformidade
devia o 1« juiz de pnz fazer a convocação dos votantes, e
O Sr. Fiust: — Mão
-obstinar-se em quero dar-lhe apartes.
proceder á eleição.
Ora, Sr. presidente, umS commissão que assim se expri- O Sn. Fkunamik» bi Cvwit:—Attenderci, como mere-
me, quo assim procede, não pôde por certo sor taxada de cem, toáos os apartes do m»bre deputado; não falto à atteu-
**
parcial e injusta. (Apoiados.) ção e ã delicadeza a ninguém.
E depois, senhores, se vós reconheotiis que o que dá. a O Sn. Fiuia : — Não quero dar apartes do proposito.
compctencia para a presidencia da mesa eleitoral é ser o pri-
meiro votado; se \ós recusais enxergar incompatibilidade O Sn. Feun ímiks n» Cimii;—Pois bem, não lh'os
peço,
nos postos da guarda nacional com cargos da judicatura nem o obrigarei a da-los.
de paz; se até chegais a dizer que esses cargos podem ser Vamos agora A eleição da Feira da Conceição. O
que hou
exercidos cumulativamente contra lei expressa; como inva- ve na íeira da Conceição? Tenháo os nobres imputado!
lidais em boa logie.a, sinceramente fallando, a eleição feita a bondade de dizer. Deu-se o seguinte : A acta da Fea-
na eapella do Sapé, presidida pelo juiz de paz competente, ra da Conceição foi recusada de
pelo juiz paz installw
da guarda nacional; e dor do collegio eleitoial da Cachoeira, a
primeiio votado, que não era olliciul pretexto de fab-
validai» a lia casa da oração da Cruz das licada. O juiz de
que sc realison paz installador do collegio da Cachoeira,,
Almas, sendo esta presidida por um S» de paz, preteri- de seu ar bi trio, sem consultar ao collegio, e antes de ser
juiz
dos o lo e o 2o, A eleição e votou? Estai» composta a mesa effectiva, mandou chamar tabelliães
que esteve presente para
cm roanifepta contradicção. que procedessem a exame nessa acta ; procedcu-se de facto
Mas, conhecendo o absurdo da vossa doutrina, conhe- ao exame, e os tabelliães reconhecerão nella os seguintes
cendo a grosseira contradicção em que cahis, qucrei3 expli- vicio» : Estava alterada a numeração da recepção das cedu-
oa-la, attemia-la, colori-la, dizendo que a validação dessa Jas, de setecentas e tantas para cento e tanta* ; uma folha
eleição c a comoetencia da mesa por um não estava rubricada pelo presidente da camara municipal ;
presidencia da
votado não
juiz menos provém do facto da incompatibiii- e os tabelliães,chegàrão a reconhecer (notem os nobres depu-
dade decretada pelo peder competente, o presidt nte da pro- tados esta cireumstancia até), que a letra da numeração nao
vincia ; mas sim da vontade particular do official da guarda era a própria com quo o presidente da camara tinha nume-
nacional que se submetteu a essa decisão. Vosso argumento rado as outras folhas!... Foi unicamente o que se achon
è um sophisma. na acta da Conceição da Feira ; e nada mais.
pecca no lundo.
iir. presidente, não se dá annuencia, acquiescencia a um Ora, pergunto eu, era isso prova sufficicnte de fraude, de
faóto, não ha por con«equencia livre escolha, vontade re- falsificação da acta 1 Era isso razão bastante para o juiz de
flectida quando o facto ò praticado, não pela deliberação
paz annullar essa acta, para cassar os diplomas de 18 elei7
própria do indivíduo, mas em consequencia de obediência a tores, pari priva-los por esse arbítrio deseommunal e alia-
*205
SESSÃO EM DE MAIO DE 1857.

8Ívo excesso do poder de concorrerem não só para a íor- da? Comprehendeit um crime sem interesse, som um fim
mação da mesa do collegio, como pura a eleição do deputado qualquer que levo a commettê-lo? Se a acta devesse ser fal-
e do supplcntc ? Vejamos, senhores. A acta da Conceição siticada para com isso mudar-se ou alterar se o numero dos
da Feira não está falsificada. Não o foi nem podia ser pelo eltitores, como se tem dito, eleitores
porque podião haver
Sr. tenente-coronel Christovão. Essas mesmas pequenas ue não condescendessem com a vontade ou amizade do
irregularidades quenella so encontrarão, ou foruo praticadas r. tenente-coronel Mascarenhas,
pergunto eu, essa falsifi-
a não influírem absoluta- cação seria no numero do recebimento das listas, ou na acta
por outrem, ou suo de natureza
substancial da legitima expressão da apuração dos eleitores* Mas esta acta ostã limpa o sem
mente sobre a verdade
vicio ; por consequencia, como arguis de nullidade a eleição
da urna. ,
de mui- desta freguezia? Não tendes razão alguma; mas nós temos
Na fretmezia da Conceição da Feira (fallo diante
têm conhecimento da província da tanta justiça na^causa, queremos ser tão
tos nobres deputados que generosos que des-
Bahia, e appello para a honra e consciência de todo» elles) prezamos tudo isto, concedemos que seja nulla a acta da
¦sempre se nzerão as eleições, desde tempo immernorial, cm apuração, e portanto vos cedemos ainda os 18 eleitores da
; sempre a parcialidade predominante íeira da Conceição.
plena paz o concordia
da freguezia foi a do que faz parte a família do Sr. tenente- Mas, Sr. presidente, o que não posso deixar
passar sem
coronel Christovão Pereira MaBcarcnhas , que tem sido estigma i o procedimento injustilieavel do
presidente do col-
amiço de muitos dos presidentes daquella província. O Sr. legiu eleitoral do 3o districto da minha província,
porque
Christovão Pereira Mascarenhas declarou-se com toda a sua elle a nada menos tendo do que a lazer imperar a vontade
familia e amigo* em favor da candidatura do Si. Dr. Pedro caprichosa de um f>6 sobre a verdade e justiça da causa do
Munir. O Sr. Mascarenhas, que é cunhado de um primo uma
grande maioria. Passando esse precedente funesto, o
do Sr. Dr. Tiberio, foi rogado até ã véspera da eleição para
juiz do paz installador de um collegio eleitoral é o supremo
aceitara candidatura do Sr. Dr. Tiberio ; mas o Sr. Mas- arbitro dos destinos dos candidatos. Com a sua esnada do
carenhas, ligado
pela amizade ao Sr. Dr. Pedro Muniz e Damocles poderá
qualquer juiz de paz ir fulminando assim
a muitos homens distinetos lroguez.ia por freguezia ;
que protegifio a mesma candida- poderá ir privando ou não a con-
tura, não correrem os eleitores dessas freguezias
quiz de modo algum aceitar a candidatura do para u organisnção
Sr. Dr. Tiberio. Inde irce. da mesa definitiva do collegio, como
para a oleição do depu-
Por este tado e supplente do districto, a
pequeno episodio tenho pois demonstrado que pretexto de estarem todos ei-
não havia interesso fal- vados de falsidade ou fraude no seu espirito cogitas -e
politico, nenhum absolutamente que
lando, existir. E então, qual o correctivo para semelhante abuso e
para que o Sr. tenente-coronel Mascarenhas falsifi-
casse a acta da Conceição da Feira. Esse cidadão é muito arbitrariedade ? Em que artigo de lei,
pois, se pôde fundar
distineto e honrado se lhe lance uma pecha tão o juiz dc paz preBidciito do collegio eleitoral da Cachoeira
para que para
infamante. fazerem exame prévio nas actas das eleições
parochiaes; para
Mas, Sr. presidente, não paremos nisto; vamos ao fundo, annullar diplomas;
para cassar e expeilir estrategicamente
examinemos tudo que existe; qual era o alcance desta sup- do collegio eleitores legitimamente eleitos, com diplomas
posta fraude ? A lista de eleitores da freguezia da Concei- paesados pelas mesas parochiaes de suas respectivas fre-
da Feira foi publicada nos jornaes da capital da Bahia, guezias? E note V. Ex., Sr. presidente, note a camara que
oi conhecida de todos; não houve mysterio nisto; apparece,
Íão esse juiz de
paz não procedeu assim por ignorancia; por-
entretanto, uma emenda na acta do recebimento das listas, quanto, por uma longa correspondência entretida com o pit-
de 700 e tantos para 100 o tantos; esse numero emendado, sidente da
provinci», e quedurou por mais de 15 dias, estava
porém, coincide com o numero lançado na acta da apuração, elle convencidíssimo ae que não lhe cabia semelhante
que apparece limpa e sem vicio, e que é a acta que regula e attribuição;
que portanto invadia e usurpava uma attri-
determina o numero dos eleitores; não ha vicio buição do collegioelcitoral ou da camara dos Srs. deputados,
portanto ne-
nhum senão na acta do recebimento. e se erigia assim em legislador.
Mas que importancia ou alcance vicio sobre E' uma verdade, senhores,
pôde ter este que o juiz de paz installador
a verdade do do collegio eleitoral da Cachoeira e moço sisudo e intelli-
processo eleitoral, sobre a legitimidade dos elei-
tores, que na acta dft apuração estão limpos, e sem vicio gente. {Folgo d* rcconhecé-lo.) O Sr. Ruy propoz A preside»-
algum ? Tenhào a bondade os nobres deputados de expli- cia diversas duvidas antes de installar-se o collegio. Eu
car-me, eu não comprehendo. Que admiração ou estranheza rescindo de ler os respectivos officio3,
porque j & muitos
pôde haver do que numa freguezia, onde não ha partido § elles têm sido lidos na casa; mas, d'entre as duxidas
pro-
contrario, onde todos os cidadãos estão concordes, um postas pelo juiz de paz nosoflicios que trocou com o
presi-
maior numero de votantes» deixa de comparecer, e que por dente da
província, uma foi so o Sr. Kuy tinha direito de
consequencia de 700 e tantos qualificados ou mais (porque afastar, de
privar que tomassem parte na eleição da mesa do
a freguezia só por si dá um batalhão) , appareçuo apenas collegio as diversa» duplicatas conhecidas de diflerentes
fre-
100 e tantos? guezias; outra foi se tinha direito do cortar o numero <vc.
cessivode eleitores do algumas; e finalmente so tinha direito
Por outro lado, concedu-so mesmo qno a emenda seja do
de expeilir a todos
o que que fossem falsos ou acoimados como
proprio punho do Sr. tenente-coronel Mascarenhas,
tnes. S. Ex. o Sr. Cansansão de Siniinbil, muito extensa
pelo exame não foi reconhecido; ainda assim, com que hra »•
desenvolvidiitnente, com toda a
teria sido feita essa alteração? Que importancia ou alcanoe publicidudo como sempre
fec, doscendo a argumentar com todas as autoridade»
pôde ella exercer sobre os nomes e numero dos eleitores, que o
única circurastancia essencial CousultArão, mostrando uma coherencia oempro igual, sem-
que, a dar-se, annullaria por
certo a eleição? E* manifesto que essa alteração ou emenda pre a mesma em todas as suas decisões, uma severa impai -
nenhum alcance ou resultado pôde ter. Podia ser um en- cialidade em todo» os seus actos ácerca da eleição dn Bahia,
o que ninguém é capaz de contestar ; o hr. Cansansão de
gauo, um erro, não curialmente resalvado, um vicio ou
irregularidade em summa; m«> dar-lhe o caracter de for- Sinimbú disse por diversas vezes, não foi só uma, ao Sr.
juiz
malidnde essencial, que de paz installador do collegio eleitoral, que elle não tinha ou-
preterida fosse; descobrir nessa
insignificante falta um indicio de fraudo, uma falsidade tro direito, outra attribuição além da doorganisara mesade-
tiuitiva do collegio,
consummada, <5 nimia exagerarão, <; um drridtralttm sem que tinha o diieito de cortar o numero
apoio totalmente na lei e no direito, e que a lógica e o bom excessivo de eleitores dnquellas freguezias que os dessem de
senso repellem. mais,conformo a nota lhe transmittio; que o Sr.
que juiz de
Mrs, dircis vós, como é que apparece a pagina correspon- paz não podia declarar labas ou nullasos actas de noulium.i
dente não rubricada pelo presidente dacamara municipal? freguezia, porque isto seria invadir attribuições do collegio
Senhores, isto <5 muito susceptivcl de acontecer. Quem, nu- ou da camara dos Srs. deputados : quo o
juiz de paz instai-
morando um livro, não se engana muitas vezes, não passa lador do collogio tinha obrigação rigorosa do receber, o üa
uma ou outra pagina sem numera-la ou rubrica-la ? Não fazer votar para a mesa todoaquelle eleitor
que se anresen-
lançar insinuações odiosas sobre alguém ; não quero tasse com diploma passado
pela mesa dc sua respectiva fre-
izer
3uero
que de propósito se deixou
de numerar e rubricar essa guozia. Isto decidio terminanteinente o Sr. Cansansão, (ir-
folha, como se tem chegado a dizer, com fundamento ou mado na lei, e nom ]<odia deixar de assim
procedor, aliá,
«em elle iria fazer prevalecer u vontade despotica de um só juiz do
; não preciso de tnes armas e argumentos ; mas não
« tão ú vontade, aopensamonto de todo o collegio eleitoral,
possível de acontecer que escape a numeração a pugi- paz,
na do um livro iria nulliHcar a lei.
qualquer ?
E então, porque essa não numerada, se-
pagina apparece O presidente do collegio eleitoral, porém, não fez isto ;
gne-se que houve uma fraude ? Que alcance teria essa frad- sem que nenhum eleitor o requeresse , sem mt-mo submet-

TOMO I 34
266 SESSÃO EM ík DE MAIO I)E 1857.

ter o facto u dotação <lo collegio, elle do motu proprio, a do seu íielo dedicado Jeronymo!... e, o
que ainda mais es-<
seu arbítrio mandou fazer exames lia acta; cassou os di- panta, chega na sua cegueira a proclamarqnc ossa eleição era
do toda uma frcguezia ! e exeluio-os melhor do que a da Feira da Conceição e do Sapé, e mesmo
plomas dos eleitores
assim de votar, quer para a formação da mesa definitiva, do que a da Conceição do Monte de Maragogipe !...
du deputado e supplente do districtol... Felizmente, porém, os nobres deputados que defendem
quer para a eleição
Ora, quem deu direito ao Sr. juiz de paz para invadir at- sua perdida causa, em homenagem á moralidade o ao bom
tribuições civis da magistratura ordinaria 1 Era clle compe- Beuso, tão atrozmente ultrajada na canonisação daquclla
tente para fazer exames do falsidade, corpo de delicto desta revoltante duplicata falsa e clandestina; os nobres depu--
natureza ? tados chcgão a fazer uma concessão, e a crear uma terceira
Não deveria ser isto requerido pelo collegio á autoridade opinião e divergeucia no mesmo assumpto.
competente quo exerce jurisdícção civil, contenciosa e ordi- Já não querem a approvação da eleiçfo da matriz,
naria, a qual sómente poderia apreciar e decidir se osse como opinava o collegio; não adoptão igualmente a va-
corpo de delicto era ou não procedente? ou então, quando lidado da duplicata de Jeronymo, como desejava o Sr.
menoe, requerido o exame pela mesa, e depois de organisa- Tiberio; mas pretendendo fazer uma conciliação exótica,
da, tomados em separado os votos desses eleitores assim querem annullação completa de ambas as eleições da fre-
suspeitos, ser o exame remettido com todos os papeis c então ei-los a assestarem suas nanchinas de
guezia;
relativos á eamara dos Srs. deputados, com a acta original, guerra contra S. Felippe, a fazerem desta frcguezia o seu
o não com a cópia, que foi o quo veio para aqui, para que a grando cavallo de batalha, o eixo ou mola real do 3° dis-
olhos pudesse vir tricto da Bahia!...
camara examinando com seus proprios
realmente, ou era
no conhecimento se tal falsidade existia Sr.
presidente, para que
havemos de estar Com mystiíica-
interino do col-
apenas um sonlio do juiz de paz presidente ções? Sejámos francos o verdadeiros, senhores. A única
k razão de nuliidade da eleição da matriz de 8. Felippe é
por-
Sr. juiz de paz as- que a nenhum candidato convém ter contra si o numero de
Assim devia ter-so procedido. Mas o
e entuo menoscabando
sentou que ollo estava superior á lei; 48 eleitores... Esta i a única luzão, senhores, tudo o mais 6
doExm. presidente da historia, são argucias, são tophismas para colorir a descom-
desta, eolvidaudo-se das respostas
ãs suas consultas, «'i-lo tudo calcando e transgre- mtinal pretenção. Entretanto, examinemos essas razões de
indo, e ou ostentando calculadamento um luxo de arbítrio
Srovincia nuliidade.
revelando a fraqueza do candidato
para intimidar, ou então Sr. presidente, eu fallo perante homens illustrailos, júris-
so via na necessidade de recorrer a cousultos notáveis, sábios de todas as profissões e especia-
que apoiava, visto como
tão reprovados manejos e estrategias para vencer. lidades, porque devo suppôr reunidos no parlamento a maior
duas fre-
Não faço entretanto questão de nenhuma destas somina o flor das illustrações e glorias nacionaes ; reco-
nnnulle-seuma, va-
Buezias; cedo-as aos nobres deputados ; nheço-me o mais obscuro e mesquinho, confesso*me o
estão 3S votos
lide-se outru para o Sr. Dr. Tiberio, e aqui mínimo dVutre todos («Oo apoiados); nãc> posso portanto
Dr. 1 edro Mu-
mais para este senhor, o 56 menos para oí>r. ter o louco desvanecimento ou entreter a pueril presump-
niz. Passemos agora ao decantado S. 1'elippe.
ção de convencer a ninguém. Submetto-me e curvo-me á
E' notável, Sr. presidente, como so vuria de opinião de dia sabedoria e justiça das decisões da casa ; mas o que só peço
'. tjuem tem por si a verdade e a
•m dia Quem tem justiça, é cohercneia na applicação dessas decisões, quaisquer que
opiniões re-
consciência do seu bom direito. não modifica cilas sejào ; o quo não desejo é que uma mesma formalidade
cada dia, a
ílectidas, o por mais de uma vez expandidas , seja considerada substancial para anuullar a eleição A,
cada hora.... E' pasmosa porém a inconsistência, a insta- e apenas accidental quando se tratar da eleição B*
bilidade com que, quer o Sr. Dr. Tiberio, quer os seus aiui- Não me oecuparei, senhores, de todos ess»« argumentos
o amanhãa outra :
cos e deíensores, querem lioje uma couta pequenino*, minuciosamento esmerilhados, catad s e exca-
duplicata da oapelta
hoio pede-se a validade da eleiçã» em vados pelo espirito arguto do nobre deputado
que mo prece-
não pôde ser comparada,
da Conceição de S. Felippe , que deu, fazendo jogo com a confrontação de palavras c phrases
seu folheto , á eleição
como diz o proprio 6r. Dr. Tiberio em isoladas, desprezando o contexto e alcance jurídico dos
mesmo íi da capella do
de Sapé o Cruz das Alm"S , nem documentos e actos quo analysou, amplificando exagera-
os nobres deputados seus
Monte de Martigofiip*; amanliãa aumente tudo pura produzir maior impressão. Só examina-
nesta
defensores, a despeito das suas mesmas publicações rei as urguiçõos e argumentos apresentados pulos nobre»
em que cahiião,
efirto , conhecendo o perigo o eoutrndieção deputados quo
em que falsamente pisárão, possuo acarretar vicio ou nuliidade para a
recuão, jíi tarde, do terreno fôfo eleição do .3° districto.
arripião carreira, o comprehendem quo andavão transviados Sr. presidente, a eleição de S. Felippe da matriz foi ar-
da lógica eda verdade dos factos.
guida de nulla: Io, por ter sido presidida por juiz de paz
No collegio eleitoral da cidade da Cachoeira a própria ncom potente; 2o, por ter sido o 1<> juiz de paz que a deve-
com missão do seio do Sr. Dr. Tiberio, quer no collegio lo- ria presidir violentado e expeli ido A força da matriz, pela
cal da matriz, antes da separação, quer 110 convento do
parcialidade do Dr. Francisco Xavier de Pinto Lima, eoac-
Carmo depois de separados, 110 parecer que elaborou, eque ção que o obrigou a ir proceder á ntfva eleição
na capella d*
foi approvado, quer n'um, quer n'outro collegio, reconheceu Conceição. Os nobres deputados que assim se enuncião
positiva e formalmente como valida a eleição de S. 1'elippe, pretendem recusar a competencia
do 4o juiz de paz que pro
favoravel ao Sr. Dr. Pinto Lima, procedida na matriz, o sidio a essa asseinbléa de conformidade com as
paruohial,
nulla a clandestina duplicata de Jarory mo, que se ligura o decisões e instrucções do honrado c illustrado Sr. presiden-
simula praticada na capella da .Conceição Velha da mesma to da província, quieta diversos officios declarara, conven-
frcguezia. cora o lirfhãra como principio inconcus^o e regra invariavel,
Este parecer, insuspeito e terminante, está nssignado por observada accordemente em toda a
província—a iuconapati-
um caracter honrado, o do candidato á supploncia, e torna- bilidade existente entre a judicatura de
paz e o exercício da
so tanto mais concludente a verdade iocontraatavel quo olle qualquer posto da guarda nacional.
encerra, quanto o candidato 4 supplencia, sob pena de suici- Os nobres deputados não querem de modo algum convir
dar-se e de perder totalmente a sua causa, jÃmaU o firmaria na procedencia dessa decisão, e apenas admittem uns in-
so por ventura não estivesse profundamente^ convencido da compatibilidade tão sómente entre o exercício cumulativo
incontestável \ordade dessa eleição e da falsidade dadupli- do posto da guarda nacional com o cargo da
justiça
de paz
cata de Jeronymo; pois que esse candidato, amigo e conhe- e presidencia das mesas
parochiaes; outros nem
mesmo no
cido de nós todo, da Bahia, sabia previamente que esses exercício cumulativo descobrem incompatibilidade. E assim
votos lhe erão todos iufensos, o favoraveis exclusivamente insistem quo por nenhum principio poderia o 4o juiz de paz
ao Sr. Dr. Pinto Lima, quo havia feito c vencido essa elei- presidira mesa, preterindo o 1° votado, apelar da» decisões
amigos, e candi- presidcnciaes, sob pena de insanavel nuliidade.
ção com seus que também era igualmente
dato & eupplsncia. Forão estes os argumentos que se apre.sentárão contra a
Se no collegio porém o partido do Sr. Dr. Tiberio assim eleição da matriz de S. Felippe ; deixo maio para diante a
opinou a favor da eleição da matriz de S. Felippc, na sua questão da lalsidade da mesma qualificação. Antes deen-
exposição jii o Sr. Dr. Tiberio se afasta do parecer da com- trar 110 exame das questões jurídicas, seja ine licito, se-
missão de seu seio, e não pedo sequer a aimullação de am- nbores, epiaodiar um pouco, ou fazer um ligeiro retrós-
bas as eleições, não ; mas leva o cscandalo a ponto depre- pecto sobre a situação da freguezia e município, porque
tender não só a annullação da eleição da matriz, senão tnm- elle nos habilitará a conhecer as influencias locaes e eleito-
bem, o que inais é, a validade, senlioreB, da duplicata falia racs, e a moraliear e apreciar no devido valor certas asser-
SESSÃO EM 14 DE MAIO DE 1857. 207

sidencia expedidas
ções arriscadas, certas farças que so reprosentãrão, pura para a Villa Nova da Rainha, para a
illudirem á camara e ao pàiz, c aos que não conhecerem o Feira do Santa Anna e outros lugares, declarando incom-
município de Maragogipe, suas influencia», etc. pativcl oexercicio da judicatura de paz com o serviço de
Appello para a honra e dignidade de t^dos^ os honrados qualquer posto na guarda nacional; o portanto que os jui-
membros da provincia da Baíiia, elles que digno em sua zes de paz qué se acharem nas
preditas circumstancias,
consciência se desde que ha systema representativo, 011 pelo isto A, que fossem no mesmo tempo offíciacs da guarda na-
menos do longa data, nas eleições <Je S. tolippe scimpre ciorial o houvessem cxorcido aetos do posto, ficavão, ijttu
venceu ou não fem esforço o partido do finado coronel fado, inhabilitados para presidirem as respectivas mesas
Francisco Xavier do Carvalho, digno avô do honrado Sr. parochiacs ; o 4» juiz do paz, vendo essa decisão, ofliciou á
oppôz na íregue/ia A
Dr. Pinto Lima ; se nunca alguém se presidência, porçuntando-lhe se o major Jeronyino, Io juiz
influencia legitima, benefica, humanitaria, desse illustre dc paz de S. Felippe, que tinha feito propostas do offlciaes
sempre a triumphar estava no exercício do seu
cidadão : se esse partido não continuou para o seu esquadrão, o que pos-
sob a direcçío do Sr. Dr. Pinto Lima, depois da morto do to, podia ou não presidir a eleição. O Sr. Cansansão respon-
sen avô, o isso debaixo da maior paz c harmonia. deu que não. Jcronymo, A vista da decisão que o inlmbilitava
Não (5 impostura, senhores, como talvez parecerá a al- representa,e tanto reconhero ter exercido
particularmente
(Tuera, o evocar ou recordar a historia eleitoral da fregue- o seu posto, que «iz ontar, no oflicio que dirige a presi-
zia. Os nobres deputados devem lembrar-se que os parti- dencia, pelo exercício da judicatura de paz, renunciando o
distas do Sr. Dr Álvaro Tiberio, na cegueira e desespero serviço do seu po*to. A prosidencia num longo, meditado,
<la causa que defendom, passão uma esponja sobre o pas- e bem deduzido oflicio, depois de uma minuciosa analvse
sado, tudo contestão o querem contrapor e destruir verda- da» diversas disposições legislativas concernentes ú matéria,
des de todos os lilhos da Bahia conhecidas, com farças ri- decido que não lhe competia -Teronymo não recai-
presidir.
liculas de duplicatas falsas, desfigurando a situação e rca- citra mais ; parece dar-se por convencido, e cm oflicio de 18
lidade das cousas, improvisando influencias que nunca exis- dc Outubro passa a vara ao 2°, e este cm 19 do mesmo mez
tirão, e que são até repellidas pela grande maioria da po • ao 4o. por ser morto o 3" juiz de paz, sendo que o 5° também
pulação da freguezia. Prescindo, porém, do pasmado, se- era incompatível, por ser igualmente official da guarda
nhores, e vou conchegar-me e acercar-me dos faetos mais nacional.
proximos, dos immediatameiiteconnexos com a ultima eloi- E' esta a narração foi do tudo quanto» se passou «• ante-
ção, e que duo a medida da situação
leal, e das influencias cedeu á, eleição parochial de 2 de Novembro em S. Felippe.
cleitoraes da freguezia. Vejamos agora a questão do incompatibilidade do cargo dó
com o exercício de posto na guarda nacional.
O Sr. Cansansão de Sinimbrt foi presidir a minha pro- juiz do paz
vincia em Agosto, creio do anno passado. A s eleições mu- Se eu conseguir demonstrar qno o Sr. Cansansão docidio
nicipaes dovião procedor-so u 7 de Setembro na fôrma da lei. bem, executou a lei fielmente, ou pelo menos quo então não
Desde então que o lo juiz de paz. o Sr. Joronymo José Fcr- lhe era possível decidir de outra lorma, terei desarmado a
nandes, procuróra barulhar as eleições de S Felippe, não opposição dos impupiadores do parcor, o derrocado o forte
lhe restando outro recurso,e sendo impossível vencê-las. reilucto em oue se acasíellão para combater a eleição
No dia aprazado comparece o referido juiz de paz na ma- matriz do S. Felippe.
triz; porém, bem longe de a eleição, adia-a indet^r- Lerei outra vez <u)fficio principal, que já foi lido na casa,
presidir
minadamente, n pretexto de motivos frivolt s, como a falta e que consigna os fundamentos em que se estribou o pre-
do remessa pela camara municipal do livro das actas, da sidente da provincia para assim decidir, o depois argumen-
urna, etc., insinuando mais o pretendendo desculpar-se com tarei cm resposta aos nobres deputados : « A doutri-
:t arguição de haver querido o Dr. Pinto Lima coagi-lo. na estabeleeiaa pelo governo cm diverso» avisos, o parti-
Peço â camara quo observe que já desde então se ievo» cularmento nos de 29 de Janeiro e 25 de Abril de 1849,
lavão os planos e manejos do Sr. major Jeronymo para ãcerca da incompatibilidade dos cargos de juiz de paz com os
da guarda nacional, 6 a seguinte : — Que o juiz de paz que
perturbar a eleição dc S. Felippe, pois que já desde a eleição
municipal começou elle com a sua nazianzenadn. O nobre aceitar o effeetivamento <'xercer algum cargo da guarda
nacional entende-se rjue renunciou o de juiz de p z, cuias
presidente da provincia, averiguando a verdade dos faetos,
soube por informações de pessoas fidedignas quoerão apenas funeções não lhe í licito exercer, doutrina funda Ia na ai»-
18 de Agosto de 1831, que diz o
pretextos ftivolos os faetos allegados por c~se juizdojiaz posição do art. 11 da lei do
seguinte: —O serviço da guarda nacional t incompatível
para suspender a eleição municipal Em consequencia or-
«lenou-llie a presidencia, em oflicio dc 13 de Setembro, com as funcçõi-s das autoridades administrativa* é judicia-
que
aqui tenho presente, depois de cstranhar-llie o sou pròcdi- rias, quo tôm direito de requisitar a força publica.
monto, e recusar fé & historia que lhe contou como motivo « Entendem alguns, adense accordo parece estar Vm.,
para adiar a eleição, que procedesse & nova, fa/endo as pro- que e-sa doutrina não pôde prevalecer perante a nova lei du
cisas notificações; ern ofTicio de 20 ou 22 de S,et»>mbro re- truarda nacional de )9aeNovombio do que diz no nrt.
commendando-lhe tamltem o Sr. Cansanção que, visto luivor 1(5: « O cidadão que fôr nomeado, ou eleito para qualquer
cessado todoe qualquer a novo adiamento, poia que emprego, que dO direito a requisitar a firça publica, deixa-
pretexto
tudo quanto era preciso jã havia sido remettido pela camnra r;l durante o seu cffectivo exercício de servir na guarda na-
municipal, c quanto ao receio decoacção,e«tiva providencia ciojial, quer como simples guarda, quer comooflkial; mu»
do, indo assistir A eleição o
juiz municipal e deVjadoDr.
Sa- continuará a fazê-lo quando cessar legalmente a ta/ão do
lustio Pereira do Carvalho, com a
precisa força, procedesse
ti impedimento. > Mas oa que assim argumentâo não atten-
referida «lçivão, concluía dizendo : « Kccommcndo 11.e todo d. m quo não é por esBe artigo que se ha de icsolvur a ques-
o zelo tio cumprimento fiel da lei, esforçnndo-se
p:ira que a tão; porquanto o que com elle tev« em vinta o iegi-iador,
eleição seja a livre expressão do voto, .• não o multado da foi estatuir a permanência do serviço da guarda nacional,
fraude e da violência, meios indignos da nos*» civilização. > declarando qno apenas fica interrompida, mas não extineta,
Rogo á camara quo queira pesar bem o valoro alcance das a obrigação de o prestar para o cidadão que dello fôr distra-
significativas palavras do honrado Sr. Sinimbfi. Elias não hido por nomeação ou eleiçüo do empr-go, cujas funeções
vêm aqui como uma cxhortação banal. Esta adveitencia e iorfio declaradas incompatíveis ; disposição esta que se }«'>d«
admoestação depois dos faetos oceorridos indica beí» que considerar como deducção do principio estabelec dorut mes-
confiança lhe mereern, e qual o juizoque o Sr. Oansun- ma lei, do quo o serviço da gunrda naei.mal é obrigntorio.
são fazia desse Sr. juiz de paz. O Sr. .leronymo, porém. Sr. < O artigo appl«cavei á oueatão é o 13° da mesma lei do
fez as convocações ordcuadfls, no que foi 18Õ0, que diz : < O serviço ua guardo nacional 6 obrigatorio
presidente, não
supprido dc paz, como tudo consta da corres-
pelo 4o juiz e pes>oal, salvas as exeepções doclaradas nesta lei, e in-
do Sr. Simmbü dirigido no
pondencia official e do rclatorio compntivel com as funeções das autoridades quo tém diroito
ministério do imperio, que aqui tenho presentes, e que te de roquísitar a f«rça publica. » Ora, s<-ndo esta a taesnía die-
me contestarem lerei. Então o 4° julgue paz vendo com
que o posição estabelecida na lei de 18 do Agosto de 1831,
primeiro não fazia as convocações devidas, perguntou ao diffcrença apenas de redacção—• di-pobiçào que dA aogo-
nobre presidente da so na '•< nformid.ndedo art. verno fandamento para declarar cm diversos netos, seus
provincia
<3° das instrucções de 28 de Junho de 18 tf) podia e devia fa- o p sto da guarda
qnc o juiz d.1 paz qua aceitar e exercer
zé-lns ; teve em resposta disso não derivava nacional perde o direito ftqnellc cargo,—& fôra de duvida
que sim, que
inconveniente algum. O 4o de paz em conseqüência fez vigor, o no si ntldo
juiz que a sobredita doutrina continúa em
as convocações delia tenho respondido a todas gs consultas quo b' m «lio-
para a eleição municipal.
Nesse Ínterim, vendo o 4° as decisões da pre- sendo
juiz de paz gndo no conhecimento desta presideueia, que, sc ella
SESSÃO KM 1U DE M/iIO DE JS57.

c errônea, pó ao governo imperial, ou no poder legislativo o que acaba de dizer o nobre deputado era o seu aparte,
que
compete revoga la Segundo os princ ipio» postos, dclaroque muito lhe agradeço.
tendo Vm. posteriormente A sua eleito de juiz de paz acei- O nobre deputado, que liontem se
pronunciou nesta ques •
tudo o posto de major commandante do esquadrão da guarda tão. combateu a decisão do presidente da
província com a
nacional dessa fregueri», exercido actos proprios desse mesma lei da guarda nacional de 19 de Setembro de 1850,
cargo, como fosse a proposta de offioiaes, <5 fóra do duvida art. 16, com o decreto regulamentar a sua execução de
para
estA cpmprchendido Tia dipposiyão do aviso acima 25 de Outubro do mesmo anno, art. 24. § 5". com o decreto
que
citado. » de 6 de Abril de 1854, art. 29, regulando a mesma matexia,
Ora l>em, aqui estíi pois, senhores, cstabelecidada clara- e dispensa do serviço da
guarda nacional por licença, mo-
lestin, etc., efinalmente com dous aviso» do
mente a doutrina legal que na interpretação do illustrado g< n erno expe-
Sr. Cansansâo de Sinimbú jwlgou elle applicavel i\ especie didoa um em Junho, c outro em Setembro do anno
passadtf.
Vêm pois os nobres deputado» simplesmente Vejumos
controvertida qual én tbeoria dessa lei. regulamentos e avisos.
da leitura desse ofiício que o presidente da província não O que resulta de todos esses textos que eu aqui tenho,
decrete u, como se tem dito, do um m« do formal e impera ti- e que não os reproduzirei
por não ser preciso, e jã terem
vn, sob pena de desobediência e comminação de processo, hontem sido lidos, é
que o official da guarda nacional 110-
a referida incompatibilidade que entendeu existir entre o meado
para qualquer emprego publico, seja juiz de paz,
ixercicio do jui/ado de paz e presidencia das mesas paro- subdelegado. etc., interrompe o exercício do teu
posto de
chiaes, e o serviço activo de qualquer posto na guatda na- official durante o emprego ou
judicatura, e que cessada a
razão legal Ho impedimento deve voltar
cional. para elle, sob pena
de de-oliedieucia e de sei constrangido até
O Sr. Cansansâo, pelo contrario, argumentou placida e pelo commando
a igual, procurando conven- superior.
juridicamente, como de igçual
Ora , disse-se^
cer, com a lógica e genuína interpretação racional da lei, que esta tlieoria 6 inconciliável com a
não podia absolutamente, sem decisão do
que o refe do 1° juiz de paz presidente da província, porque estas leis di-
zendo
violação da mesma lei, presidir, quer as eleiçôt-s municipaes, que não ha incompatibilidade do cargo de judi-
catura com o posto da nacional, e que a inter-
de Setembro, quer as primarias para eleitores, a 2 de No- guarda
rupção do serviço da nacional í só h que está
Ycmbrn. Não irnpôz portanto a sua vontade «autoridade, guarda
segundo se tem djto injustamente, assim como desabrida- decretada , e não a incompatibilidade delle com o exer-
mente tem sido censurado, ora de ignorar a lei, e ora de não cicio de qualquer cargo ou emprego; e
que portanto da
lei deriva uue o official da
ter competência para decidir e esclarecer questões eJeitoracs, guarda nacional interrompe
como sustentou o Sr Dr. Fiu«a, quando o nobre presidente fim o exercício do seu mas não o do cargo c<u judica-
posto,
tura que estiver exercendo , e o
da província ó o próprio a concluir o seu c f cio dizendo : < E por conseguinte presiden-
t'1 da província errou ou
sco»ta minha decisão ò errônea, só ao governo imperial, ou procedeu mal declarando ineom-
ao poder b-gislntivo compete re\oga-la ; e neste sentido tenho pativel o exercieio dos dous cargos de juiz de paz e official
da guarda nacional Mas eu digo, senhores,
respondido a todas a» consultas que me têm sido dirigidas. > que sub.istü
em pé a
Vô, pois a câmara que o presidente de minha província questão, c que ella não está decidida ainda eomo
não deidio sòmente assim em relação a S. Felippe ; que não se
yuer, peremptoriamente, com esses avisos e disposições
foi met-mo esta freguezia a que offereceu occasião, ou que legaes.
foi objecto de sua* primeiras decisões ; que a applicação da O que eu vejo abi consagrado nesses diversos textos cita-
doutrina que o Sr. Cansansâo tinha p<»r verdadeira c legal dos é apenas uma medida de serviço
publico, o não incom-
fez-se a e ta freguezia por forçada eolierencia invariavel, patibilHade de nenhuma especie ; o que vejo é dizer-se que o
que o Sr Cansansâo sempre guardou em t.dos os seus official da guarda nacioual i ca dispensado de servir effeeti-
a cios, e consulta competente do 4° juiz de vãmente durante o cargo ou
precedendo paz judicatura para que fora no-
em cxercici-»; que portanto o acto é de natureza a não poder meado; ha simplesmente uma intenupção 11a obrigação de
hf ¦; acoimjido de parcialidade ou suspeição alguma, de que é prestar perpeiuaniente o serviço da guarda nacional du-
incapeciVimo o obre Sr. Cansansâo (Apoi&iox grrac-i.) rante o tempo em
que o official 6 nomeado para outro cargo
Senhores, eu não tenho, c mo já disse, a pretenção de ou emprego publico, incompatível com o seu posto; mas
convencer a ninguém ; não sei mesmo se a opinião que sus- cessada a razão legal do impedimento deve voltar ao serviço
tento, u decisão do Sr S;nimbú, <; ou não u verdadeira, e da guarda nacional. Não vejo nesses textos sc
jx)rém quo
nada sou na jurisprudência para pre-umir ou lisongear-mc inclua, ou esteja consignada disposição e.lguma a respeito
de pod.t e sabor dar á lei a interpretação legitima que cabe de não incompatibilidade cm matéria eleitoral.
á cspecie. Submctto-me, repito, a qualquer decisão que a
Mas disse o nobre deputado, com os avisos
ca-a houver de dar ; mas o que desejo, o que só peço é que, que hontem
citou, queesae art. 11 da lei de 1830, em
uma vez dada. qualquer qucella seja, seja invariavelmente que o presidente
da província se fundou, ct»tá r o voga do art. ioda lei d"
se ofFe.recem no processo pelo
applicada a todas as especies 1850. Kste art. lf>,
que
eleitoral do 3° districto de minha província, com severa im- porém, determina justamente o que cu
acabo fie produzir, a sabor, que o oílicifil cia guarda nacio-
parcialidade c cohercncia. nal deixa o serviço do seu posto xlurnnte o oxerc'cio do
O que não quero, o que combato, e ine revolta. 6 a snncção cargo, emprego < u judicatura para que houver sido in mea-
cia nicmim formalidade para annullar a eleição de S. Fe- do; msiB não diz. conforme se pretende, que o cidadão
lippe. e si reprovação dessa mesma formalidade quando ella official cia guarda nacional que fòr absii nomeado
paru
tem de applicar-se A Cruz das Almas ou á Muritiba, como outro qualquer emprego ou cargo pôde exercer ambos
os nobres deputados contradictoriamente, e com oífensa do cumulativa e simultaneamente, sem nisso
que bajain-
l>om senso dn cainara, da lógica e da hermenêutica compatibilidade alguma ; e 6 o
jurídica, que querem o» nobres depu-
têm constantemente feito. tados. pois confessão que o Sr. Jeronymo foi nomeado major
Um 4 voz • — A camarn já decidio que não ha incompati- depois de ser
juiz de paz, c exerceu depoi- disso o seu
bilidade. posto (o que importa opção e preferencia deste ú judica-
tura de paz. e renuncia deste ultimo cargo conforme a lei);
O Sr. Fi:hyodi:s daCYmia:—Pelo contrario, a cawmra mas sem embargo de todas estos circurastancias, reconhe-
tetn approvado muitas eleições em que esan ineompatibili- cendo
dade õii decretada com exclusão dos juizes primeiros vota- que sempre esteve xquelle cidadão no sirviço aètivo,
e exercício das funeções do seu anno do
dos. Haja vista a de Villa Nova da Rainha, em que todos os posto ate o ultimo
quatriennio de sua judicatura dc paz. pretendem entretanto
quatro juizes de paz forão deelarados incompatíveis, sendo ot< nobre-, deputados e devia pre-
tres por offlciae» da guarda nacional, e em que houve ató que aiuda assim elle podi&
aidir a mesa
parochinl
necessidade do recorrer-se «o juiz do paz do districto mais Mas não vêm os nobres deputados que, a prevalecer seme-
vizinho, o outras muitas eleições, r.squacs todas tem n ca- lhante doutrina, dar-re-hia um absurde
jurídico, urna con-
mara approvado. tradicção lógica, a dualidade repugnante que cs nobres d"-
Eu tomarei muito pouco tempo A casa;
quero apenas con- putados mesmos querem evitar, e que reconhecem que a lei
signar a minha opinião na matéria. vedou, a saber —o exercieio simultâneo, a accumulação
: — Os votantes não tèrn obrigação de cflVetiva de ambos <>s cargos
O Sk. Dias V pelo mesmo indivíduo ?
coiliecer os princípios de direito; se os Mas, ainda de barato tudo concedendo, ndmittindo mesmo
presidentes »rrfio,
feijão responsabilinados. / que o ait. 1 f> supracitado da lei de 1850nenhuma incompati-
bilidade fulmina,
pergunto eu aos nobres deputados, o que
O S*. FtuinEi d» Cr>a>: — Muito bem ¦ é exactissimo fizerâc doert. 13 d'?csa mesma lei ? Se o art. 11 da lei antU
SESSÃO KM 14 DE MAIO DE 1S57. 2(59

ga da guarda nacional de 1830 está. revogado, como sc ineul- o illustrado


presidente de minha provincia não interpro-
ca, pelo art. 16 da nova lei de 1850, o tasse fiel e juridicamente a lei. Ainda assim, o mais a
que proeuráráo de- que
monstrar com os avisos de 1856,
perguntarei ainda : então os nobres deputados
podeiião chegar ou aspirar, seria que
o que importa, o o citado art. 13 da menina a questão é duvidosa;
que significa poroue liquida, e liquida prevale-
nova lei de 1850 'í
Que planta exótica, ou que enxerto pere- cendo a opinião dos nobres ueputudos,
jámai» cila pôde ser,
grino é esse? Se a lei antiga de 1830estive»se revogada na dis- sem aberração for mui dos
princípios mais come/inlios da
posição do art. 11, que serviode fundamento :'it> diver as de- lógica eda hermenêutica
jurídica.
cisões do governo em muteria da incompatibilidade de que Porém, se a questão é duvidosa, como hontem, forçado
tratamos, pelo art. 16 da noya lei, como so affirma, pura pela sua convicção e couscieucia, clicg u a confessa-lo o
no mencionado art. lSdessa mais estrenuo e esforçado impugnador do
que então seriR fila reproduzida parecer da com-
mesma lei de 1850 ? missão , a quem competia interpretar u lei e .
solarecf-la na
Não vOm o nobres deputados o absurdo de sua doutrina? província estando-se em vésperas da realisaçãu do
processo
Não comprehendem que, seguindo-í-e a sua opinião, tornão- eleitoral piimario. e não havendo tempo de consultai-se ao
se antinoinicos e inconciliáveis esses dous artigos juxtapos- governo imperial ? Certamente ao presidente <la província,
tos da mesma lei de 18.50? Que lim, que motivo, que razão nrimeira autoridade administrativa, a quem incumbe lisca-
sudiciente assiguarião para explicar a cxistencia da dispo- lisar. esclarecer e dirigir todo o processo eleitoral, em vir-
sição exarada no art. 13 dessa lei, para per logo posterior e tude da mesma lei de eleições, conforme também hontem
immediatnmente revojjala noa t. 16, se, como reconheceu o nobre deputado que me prccodeu, embora
pretendem,
fosse verdade <^ue esse ultimo artigo contém a abrogaçãò lhe houvesse negado e-sa mesma competência o honrado
formal e explicita da disposição do art. 11 da membro por minha
primitiva lei provincia que
en primeiro lugar íallou,
de 18-30, disposição que é a mesina
que so vê consagrada e o Sr. Fiusa, cujo opinião me não encarregarei de rcfutHr,
reproduzida no referido art. 13 ?
porejue não faço A câmara a injuria de í-uppô-la bequer em
I/Ogo , se a^uella lei de 1830 decretou duvida sobre essa irrecusável competência.
que o serviço
da guarda nacional era incompatível com o E então, senhores, se o illustrado Sr. Cansansão assim
exercício dos
cargos das autoridades administrativas e decidio, e nem
judiciarias que podia deixar de assim dec dir, porque era
tivessem direito de requisitar a força essa a doutrina corrente, a
publica ; se a nova pratica constante, me^mio de-
lei de 1850 no seu art. 13 consagra, reproduz e faz reviver da
pois promulgação da nova loi da guarda nacional de
essa mesma disposição antiga, sobre a 1850; se elle não tinha conhecimento desses avisos
qual se baseárão as poste-
decisões riores do 18 ¦>>, utn de Junho excedido ao ladtro
posteriores do governo, como em boa lógica e her- presidente
tneueutica jurídica, si ti cera e desapaixonada mente fallan- do Maranhão, e outro de Setembro expedido ao honrado
do, pretender-se convencer que a disposição ou incouipati-
presidente de S. Paulo; avisoe que não furão circulara*, que
bilidade decretada pela lei de 1830 caducou e se achu revo- ainda não sc achão na casa, nem na collecção da legisla', .io:
gada pela lei de 1850? E' um absurdo jurídico. se o illustre membro
que os oitou trouxe-os aqui por c6pia
I-ogo, só resta explicar oart. 16. confoime siibia e extrahida da ccreta'ia do império; como em boa fé o ira-
juridi-
eamente o commentou e illustiou o honrado Sr Cansam-ão arcialmente censurar-se menos
i-' generosamente, ao nobre
nesse ji citado luminoso officiu, dirigido a* 1" r. Cansansfo
juizde paz do por essa decisão, attribuindo-se-lhe até fins
S. Felippe, dizendo que esse artigo é apenas um corollario menos nobres, incohcrencia com outra decisão sua,
par-
ou desenvolvimento do principio consagrado na mesma lei cialidade inexplicável? !. .
de que o serviço da gunrda nacional é obri^atorio o O facto a
perma- que alludem os nobres deputados C ao < fllcio
nente, e só se interrompe, mus não se extingue nos casos e expedido
pelo pi « si lente da provincia ao2tfjuizde paz da
pela fôrma nella e no«« regulamentos do governo prescripía freguetia do Jaguaripo, circulo de Iftutureth,
que tenho
e determinada espeeificadamente ;
porém nunca que esso premente, o é o seguinte; a camara me pcriníttirã que o leia :
^rtigo é que deva reger a especie. e golver a questão dn iri- « Accuso o recebimento do seu r.flicio,
propondo oiversat
compatibilidade, duvid.is que lhe occorrem a respeito da incompatibilidade
que. j elo contrario, acha seu assento e
solução nu art 13 da muitas vezes do cariío de - da
precitada lei de I850. juiz do paz com o exoreic in dos pnst' guur-
I' se esse artigo declara incom| ativei o cxorcicio da nacional em épocas eleitoraes ; e em r.^pula
pois passo a
do cargo de de com o de trniiMiiiuir-lhe o offic.ia
juiz paz qualquer posto na guarda por cópia junto, que dirigi ao
naoional, como os nobres deputados ousão invectivar major commandünte do esquadrão da
gros- guarda nacional de
seiramente ao illustrado Sr Cansimsâo de haver ignorado S. Felippe, onde aeharAVm. os esclarecimentos
a lei? Se eu quizer.u retornar com a mosina falta de deli- que so-
licita ; restando-me declarar-lhe na hypothose íguradn
*paz por
cadezu, diria:—quem a ignorou foi o ministro em çens Vm , sondo impedidos os
juizes de de exercerem os
avisos. seuspostjs na guarda nacional dentro da
judicatun», se
Portanto, cm conclusão, a verdade é que o do paz, comtuda assumirem eslr r.ívroYjo, ciynsfdcrDo- f royos as tuna-
juiz
rtx dr juiz de o neste caso dove a re*
que é ao mesmo tempo ofiicial da gunr-la nacional, c que peetíva cninara
exerce o seu posto depois de ser eleito juiz de paz, renun- prover ao preenchimento dc taos vagas; c que sc t.-Min não
cia a eata, e nào pôde eonseguintemente presidir as mesas acontecer, e os mesmos juizes nas ditas circunstancias
pre-
sidirt-m as juntas dc qualiPcaçfio, e depois a ele
parochiaes Ora, o primeiro juiz de paz de S. Felippe, major ção , no po-
Jeronymo José Fernandes, acoit»u este depois de ser der competente que verificar qunloticr desti s netos
posto prrten-
eleito juiz, exerreu-o fazendo proposta de officiaes, estava ce de idír dn nullida'le ou validade do prr.rf toda mc-inn
no exercício delle antes da eleição
(e os nobres deputados quali: cação e eleição por ellos assim presididas. »
nao são capazes de provar o contrario); logo irrecusável- Ora, senhores, em boa fé e sãa oonscioi^cia, ouso pergun-
mente inbabilitado pela lei de thr á mais severa lógica, ao espirito nn.is escrupuloso, o
^estava presidir a assemblea que
parochial de 2 de Novembro, porque a lei declara incompa ha aqui dc divergente, do contradictorio com o oíTicio expe-
tivel --pelo menos— na neior hypothese, a accumulação didoao Io juiz de paz deS. Folippc
'
Tenhã ¦ os m bre» dc-
effectiva, o exercício simultâneo dos dnus enrgoi. — onde estA a diífcrença e con-
putados a bondade de declarar
U, senhores, ainda accrcsoe que ha uma razão tradicção que tão tinchoa e farfalhantementc assoalhão ? —
política,
valiosa e procedente, paru a decretação de tal incompntibili- Sinceramente, eu a nào vejo ; essa arguição não passa de um
dade pela lei. O legislador qniz tom duvida, quando deola sonho da fantasia ardente dos nobres dnputado*
rou incompatível a aceuniubição de cortos cargos com as O presidente da provincia oque aqui diz disse o também
j ara
funeções eleitorais, circundar das mais sérias garantias a S. Felippe, quando, em solução ás suas duvidas, n sponde-lhe
liberdade e independência dos cidadãos votante*, prevê ir o com a cópia do oflieio expedido ao Io juiz dc pnz daquella
abuso dos eargos, e sua influencia iudehita e illegitima no freguezia. E tanto solvcu neste sentido a consulta, que
livre pronunciamento, na sincera c espontanen expressão da acercscenta : « e na hypothese por Vm. figurada, a do im-
urna ; e portanto, partindo deste principio fundamental, incompatibilidade de todo» os qustrojuizes
podimento por
e antevendo a pieponderancia e influencia que deverião do qnatriennio, 4 camara municipal cabe o 1»
juramentar
naturalmente exercer, por sua própria natureza, certos supplente, e assim por diante ; decisão concorde com a aue
cargos na municipal, de comman-
paroebia, como o dc juiz foi dada também para a Villa Nova da U.inhai » e con- lue
dante de batalhão, do companhia, etc., muito sabiamente
dizendo: . Mas se apezar desta miDlia dooisão, algum juiz
declarou-os incompatíveis com o cargo de juiz de paz o nessas circumstancias teimar cm presidir a mesa parochial,
presidência das juntas Mas, senhores, con- ao poder competente, a quem cabe veriHc. r esses actos,
parochiacs.
cedamos qne eu não tenha razão alguma na opinião
que pertence decidir danullidade ou validade da menina eleição
tenko procurado desenvolver e sustentar; ndmittamos assim presidida. »
que
4
270 SESSÃO EM ih DE MAIO DE 1857.

Ora, senhores, não é intuitivo o pensamento que aqui se fazer tanto barulho, levantar tamanha celeuma e bradar
encerra? Não está tão claro e diaphano o juico do Sr. Can- ue a lei foi e-candalosamente violada,ç que as garantias
-respeito <1i eleição
sansão a que assim losse presidida por a o cidadão forão prepotentemente calcadas? Não, senhores,
declarava incompatível? Pois
juiz que elle considerava e a camara dos Srs. deputados, a camara de 1857, 6 bastante
só porque elle remata o seu officio dizendo : < e aquelle conscienciosa e illustrada para não sanccionar um tal
que prin-
o contrario fizer, sujeita-se á decisSfó do poder competente; cipio, e para não sacrificar imprudentemente o fundo sls
outra, arrisca-se a ver ãnnullada a respectiva eleição, formulas, ou para annullar uma eleição verdadeira ereal,
por
segundo a sua opinião i- decisão >; dever-se-ha alii inferir sobre cujo resultado a dessa formalidade, quando
preterição
que elle se contradisse, que não guardou coherencia com a uma preterição fosse, nunca poderia influir.
decisão dada Acerca de S. Felippe ? E' uma consequencia l"ma freguezia, S. Felippe, que tem
portanto, como a de
iorçnda, senhores. mais de 3,000 cidadãos
qualificados, cuja eleição é feita na
Mas o que disse o Sr. Oansansão cm relação a S. Felippe ? matriz, precedendo todas as formalidades legacs, com o
A mesma eopsa.- Argumentou com a lei da concurso de mais de 1,900 eidadãos, 40 eleitores e corre»-
guarda nacional
o avisos respectivos, e convenceu a incompatibilidade e in- pondente numero de supplentes, como se vê das actas, deve-
competência rá. ser annullada simplesmente
para presidiremas mesas parochiaes dos juizes porque um juiz de paz, em-
de paz que foaeèm. ao mesmo tempo ofliciaes da
guarda na- perrado em tudo ntropellar, se obstina em presidir a mesa,
cional, e estivessem 110 exercício dos seus
postos, ou os ti- contra as instracções e esclarecimentos da
presidencia, e lá
vessem servido depois de eleitos ; e rematou também dizen- vai fabricar umaactaclandestina e falsa, simulando uma
<lo : < K. se esta minha opinião ou decisão
que tenho dado ás duplicata em que apenas toroão
parte eleitores e 5 supplen-
diversas consultas que me têm sido dirigidas, é errônea, tes, parentes, amigos e complices
(pois que alguns destes já
;iu governo imperial, ou ao poder legislativo compete re- forão com elle duas vezes
processados), e um figurado nu-
voga- la. > merode 500 votantes? Quando pois assim se conhece,
pela
A mesma cousa di>*e em referencia a Jaguaripe ; o pen- duplicata do proprio Jeronyrr.o, 1» juiz de
paz, instrumento
samentoé idêntico ; só enxergão contradieção nesse pro- dos adversarios do Sr. Dr. Pinto Lima, qual n expressão
go-
cedimento os espíritos arguciosos c sophisticos, ou aquelles nuina, sincera e real da grande maioria da freguezia. qual
cuja causa npenas se pôde sustentar com argumentos dedu- a eleição verdadeira e legitima; em summa, ha de sacrificar-
zidos de trocadilhos do phrases, de se o fundo ás formulas, sómente para satisfazer-se a vonta-
questões de palavras, e
«ie outros fundamentos assim especiosos e frivolos. Portan- de caprichosa, obstinada e louca desse Io juiz de paz ? Por
to, ha toda harmonia e coherencia, ha toda a igualdade e certo quea camara de 1857 não commetterá tal desatino.
imparcialidade a mais austera no irreprehensivel procedi- Senhores, quando a lei eleitoral determinou que o 10 juiz
mento do presidente da província; eoSr. Can sansão é um de paz presidia'e sempre as juntas de qualificação e mesas
caracter tão integro e elevado, é uma intelligeneia tão for-
parochiaes, sem embargo de não estar em exercício, ou dc
te e illustrada, que eu o julgo incapacissimo de ter duas estar suspenso e processado, não o estaíuio por certo em
opiniões sobre o mesmo assumpto, e em matéria eleitoral
proveito pessoal, como prerogativa ou privilegio do 1° juiz
muito mais. ( Apoiadas yeraes da deputaçâo da liahia e das de paz ; pelo contrario, esse preceito capital foi consagrado
Alajôas, e de diverso* lados da camara.) na lei como uma necessidade de paz e ordem publica, no in-
Portanto, senhores, <m conclusão, para acabar com essa teresse e garantia dos votantes, em segurança de seus direi-
questão de incompatibilidade e incompetência de juizes, o- toe, c lança da liberdade e verdade da expressão da urna. O
que resulta è que o l°juiz de paz de S. Felippe não podia legislador não quiz q-ie sob pretexto algum, sob nenhum
presidir a eleição de 2 de Novembro, porque, além de ser fundameuto, salvo em virtude delei, ou no seu irtpedimento
major-commandanto de um esquadrão, estava no exercício legitimo, fosse o 1° juiz de paz arradado
pelo poder, c pri-
do seu posto, o os nobres deputados reprovão a acumulação vado de presidir a assembléa dos volante», elle
que gozava
dos dons cargos como incompatível. da maior confiança da freguezia, como o seu escolhido de
Mas agora , por outro lado, prescindindo da procedcncia preferencia.
ou não dessa questão de incompatibilidade legal, uma vez Tanto não é um privilegio, senhores, que a lei abi mesmo
que ella assim foi resolvida pela presidência , bem ou mal, no art. 2° lhe deu substitutos legacs, pela ordem da votação.
não importa , sustento éu que a eleição procedida soba in- Oia, sendo as<-im, Sr. presidente, não posso comprebender
fluencin dessa decisão, e presidida pelo 4o juiz de paz na a razão jurídica por que os nobres deputados fazem tanto
matriz da freguezia, com prévia c< nvocação de votantes o tumulto, c uuerem e por li ão por anuullar a todo trance a
mais formalidades legaes, essa eleição 6 que 6 a verdadeira e ¦eleição de S. Felippe, simplesmente
porque não foi presidida
legitima pelo dileetoeinsupprivel Jcronymo !...
O corpo eleitoral, Sr. presidente, a grande massa dos Passarei agora, Sr. presidente, a demonstrar que a du-
cidadãos votantes de uma freguezia, nada têm que ver com iigurada na capella da Conceição Velha de S. Fe-
as decisões dt plicata
presidência; não lhes corre a obrigação, c lippe é uma eleição clandestina e fraudulenta, é uma acta
nem podem saber se o presidente deòidiobem ou mal uma lavrada pôr Jeronymoe seus assecjjis na sua própria casa.
questão de competência de juiz, e presidência de mesa. Uma Recordai-vos, senhores, de que o 1° juiz de paz de S. Fe-
vez, pois, que o presidente intenem entre o òcsaccordo das lippe, o major Jeronymo JosiSFernandes,não quiz eflectuur
opiniõe s, e fixa a regra, esclarecendo e interpretando a lei, a eleição municipal em Setembro, produzindo motivos fri-
objecto da controvérsia, ao coTpo eleitoral incumbe obedecer, volos para adia-la, como fez ; reoordai-vos de que a 19 de
aceitar e respeitar a decisão, porque ella emana legitima Outubro, segunda época marcada para essa mesma eleição,
mente da autoridade competente, qual é o presidente da declarado incompatível pola presidencia du provincia, elle
província,, emquanto esclarece e dirige o processo eleitoral, passou a vara ao 3° juiz de paz. por se ter declarado também
salvas as conv- nientes reservas que a consciência do direito impedido o 2°, tenente-coronel João Vaz Lorde o. do
partido
prescreve, e a legislação autorisa. doDr. Pinto Lima, desistindo assim de
presidir a referida
eleição; recordai-vos de este 3® a igualmente
O Sn. Pk»«o Antomo . — Apoiado; aliãs teríamos anal- que passára
ao 4o ; e, finalmente, recordai-vos de
chia constante. que essa eleição foi
assistida e liscalisada
pelo mesmo juiz municipal e delegado,
O Sn. Rkhmamies d\ Copou : — Se assim Dr. Salustio Pereira de Carvalho, tflo
pois o presidente que em Maragogip*
resolveu ; se o único vicio arguido a essa eleição é o dain- elogiado foi pela que apoiou a candidatura do
""T. parcialidade
competência do o 2o é um co- Dr. Tiberio ; considerai que essa eleição, segundo par-
juiz dc paz presidente, porque
rollario deste, ainda quando essa decisão fosse um erro ticipa o mesmo com tódapiaci
juiz á presidencia, foi feita
deveria elle reverter em prejuizo dos votantes que nenhuma «tez e regularidade, com maioria immensa de votantes, não
culpa tiverão da decisão presidencial, e que concorrerão a havendo opposição ou contestação alguma, e saliindo eleito
votar no lugar por lei designado, e sob a presidência do juiz 1° juiz de paz, assim como ptvuiden te da camara municipal,
approvado? Seria uma aos o Sr. Dr. Pinto Li«i:i.
pela presidencia pena imposta
votantes a opinião contraria. Não sacrifiquemos, portanto, Por aqui, já vê a camara, não tinha elementos para dispu-
o fundo ás formula3 ; e pois, quando a verdade é sabida, tar a eleição de Novembro com o partido imnaenso do Dr.
quando se prova que a
eleição de S. Felippe é toda legitima Pinto Lima na freguezia, e que portanto via-se na necessi-
regular, quando se demonstra que era um impossível dade de excogitar ura pretexto, uma maranha ou estrategia
absoluto que Jeronymo a pudesse disputar com
probabili- eleitoral qualquer para ao menos embaraçai ou annullar
dade do mais pequeno triumpho, simplesmente porque um uma eleição que elle não podia vencer, nem mesmo pleitear
juiz de paz te julgou preterido em seu direito, devei-se-ha com algum fundamento contra a familia e amigos do Si.
SESSÃO EM 1U DE MAIO DE 1857. 2~1

Dr. Tinto Limn em S. Felippe. Recordai-vos de tudo >s«o, e lezas profere neste teor. O
juiz de paz o mesarios, que com-
vide que o umit nazian/onada. Exa- prehendiào o fim e alcance do manejo e opposiçao simulada,
que elle diz ó sempre
minai u acta da eleição, e convencer-vos-hois das verdade» deixárão-o fallar, sem lhe dar importância, «
prosegnirão
te arha no folheto do Sr. nos trabalhos chdtoracs, evitando oualquer distúrbio.
que tenho iifceverado. (Le a acta que
Tiberio.) Jeronymo, ve assim burlado o seu
que plano ante a ira-
Temos aqui que Jeronymo disso que, entrando na igreja passibilidado e segurança do juiz de paz, resolvido a despre-
matriz no dia da eleição, achou já uma me» lormada pelo ?.ar suas bravatas, o a fornecer-lhe occasiío
para motim
com eleitores e supplentes, e que des- c perturnação da eleição, nada
j üiz de paz do 4o anuo podendo conseguir, tom»
sa mesa fazia parte o bacharel Pinto Uma ; entretanto c o nina cadeira cm rodada mesa, conserva-sc
na matriz quasi
mesmo Jeronymo quem diz depois que, quando elle prelen- todo^ o dia, como iiscalisando o
processo eleitoral, passa
dia tomar ausento, sentando-se no tòpo da mesa com seu» elei- a noite no arraial da freguezia cm tangeres o folt:ares,
onda
tores o supplentes. querendo proceder 4 leitura dos artigos loi visto itnmensidado de
pi ssoas, o do madrugada re-
çor
da lei, fôra expellido polo bacharel Pinto Uma, eleitores tira-se. Não voltou, portanto, como falsamente
consigna
e supplentes, para fóra da matriz, cora pente armada, etc. ; na sua acta fraudulenta, a capell» filial, onde li
para gani
faz aqui uma pintura colorida com negras cores paia im- feita a sua eleição immediatamente
que lhe foi recusada
aa imaginações. n presidência div mesa, e
pressionar quo o expeli irão á força da mu-
Destas mesmas palavras do Sr. Jeronymo dá-se uma con- triz.
tradicção; ora diz que a mesa já estava organisada quando Km prova destes factos, hft, senhores, diversos doou-
elle entrou, e ora diz que sentou-se no tôpo dessa mesa ro- mentos. lia uma representação da camara municipal
da
dcado de eleitores o supplentes, donde foi expellido Miirngogioo, do ultimo quatriennio, Acerca das eleições
quando da
começava a ler os seus capítulos. Se a mesa era uma só, S. Felippe o Maiagogipc, foi lida na casa,
quo já quo de-
não se pôde conceber como se dessem dous factos repugnan- monstra não ter Jeronymo feito
jamais eleição alguma
tes ao mesmo tempo, e pudesse ella ser simultaneamente
quo a sua duplicata é falsa e clandestina. Ha uma justili-
occupada pela cação em que
gente do Dr. Pinto Lima e pela do St. Jero- jurilo cidadãos importantes do município
nymo. como o tenente-coronel João Vaz I.< rdelo, oRev.
padre Fran-
E* o mesmo Sr. Jeronymo quem se encarrega de deemen- cisco Manoel da Purificação, capitão Miguel Kibeixo
da
tir-se a si proprio nessa sua celebre justificação, prestada Silva Lobo, c outros ofiictaes da
guarda nacional, nego-
ciaivtes e proprietários, todos pessoas insuspeitas ooualifi-
por esses aiíferentes indivíduo» que forão seus complicas
cada» da freguezia,
em processos em que cli< gou ate a ser pronunciado polo que affirmão que Jeronymo «stovo uu
ipreja todo o dia,
juiz municipal o Dr. Gustavo Aniccto de* Souza, parente que passou a noite cm folgarcõ, tocatasj
do Revm. padre Ignacio Auiceto de Souza, que presidio etc.; que na madrugada desse dia retirou-se não se sabe
paia
a eleição de Maragogipo da matriz, iavoravel ao Sr. Dr. Ti- onde. Ha ainda, Pr. presidente, uma
justüicaçüo jurada .'o
berio. Vejamos o que diz o Sf. Jer*nymo 110 seu depoimen- proprio coadjutnr ou capellâo des: a capella filial da Concei-
to. (Lê.) Declara ello na acta da sua duplicata que se achou çío Velha, onde Jeronymo simula quo fez a eleição; ha um
na igreja ás 8% horas, o já encontrou a mesa constituídas urumeuto do sacristão e mais
pessoas, que provão quo Jc-«
entretanto aqui nesta justificação diz que chegou á ire- ronyme nem só no dia 2, como nem em nutro
qualquer, so
7 horas, apresentou «a ripella filial;
gnezia depois das quo esteve muito tempo com Mar- que essa capeila esteve fechada
colino Vieira de Hortas, seu compíulte o amigo ; que Mar- durante todo o dia 2, e só se nbrio do dia
para a missa con-
colino sahio do sua casa depois aas 8 /% hora», e então foi ventual, e á noite
para um enterro. Eu passo a ler essea dc-
cumentos.
que elle, que tinha chegado de fórn t foi preparar-se para (le.) •
seguir para afreguozúuuude não podia chegar senão muito II» disso, senhores ; esse homem
quo disse na sua actn
depois das 8 % feutr«t®to o olle o próprio que disse na que, immediatamonteque foi coagido e exnclHdoda matriz,
sua acta que chegou antes); retirou-se
que ahi chcgandu sentou para a capella da Conceição Velha, onde chegou
se delinitivamenie na mesa, rodeado de eleitores e sup- ás 11 horas do dia e installou uma nova mesa, é convencido
plentes, puxou pela lei eleitoral, o principiou a ler os respec- de mentiroso e de fal^o
por todas csshs testemunhas insus-
tivos artigos; aqui, pelo contrario, diz que pretendendo peitas, que são pessoas qualificada» nu freguezia, e que ju-
assumir a prcsidencia da mesa, íoi nisso obstiido por gente rão todas concordes em
que elle mSo fez tal eleição, nem fr i
armada do lado do Dr. Pinto Lima i logo não chegou a to- para tal cajella.
mar a presideiseia. - K nem podia ir, Sr. presidente. Da mesma acta do Sr. Je-
Mas, senhores, o que diz o Sr. Jeronymo ó uma pura in- ronymosi.» evidencia
quo tudo isso é simulado. Elle passou,
venção; o que íe deu foi que Jeronymo, tendo chegado A o livro dnn netas, a authontiea da
qualificação, e a urna ao
freguezia, de volta da Muritiba, aonde lôra chamado no dia juiz do paz competente que tinha de presidir a eleição do
28 de Outubro para concertar-se o plano que se devei ia se- S. Felippe ; e ao depois simula uma coaeçfio, diz
que ame^a,
guir na eleição de S. Felippe, afim de vicia-la, já que era foi arrebentada, que a urna foi quebrada,
que s© espalharão
impossível vencê-la, veio de lá já insinuado e industriado os papeis; o ha testemunhns falsas
que produzem até jura-
para representar a sua farça. disputando n presidência da mento nesse sentido, para dar mais colorido e força A sua
mesa no dia 2 de Novembro. Este facto é tão notorio o veri- mentira; entretanto esso mesmo juiz dz em sua neta
que
dico quo até o Sr. presidente da^irovincia, no relatorio que levou com sigo, «Sleguns de distancia, a urna. o muurml
dirigio ao ministério do império dando conta de todas as oc* que não influía nada na eleição, o não pôde levnr o livro d:iH
OUrreneia» havidas no processo eleitoral, diz: « Insinua- actaseacópia authrntica da
qnaliHcaçfio pata a ohamndu
do, porém, do dos votantes, como diz aqui na neta. K porque nüo a*>de le-
que tal incompetência nào havia, preparou
se novamente para entrar cm scena nas eleições varporque se vio obrigado a rubricar um caderno? 1'crqua
primarias de
2 de Novembro, apezar de não ter todavia, no prazo legal, tudo isso é simulado; porque tudo is.-o estava em
p< der do
feito a convocação dos votantes, no
que foi suppiido $clo 1<> juiz competente.
juiz de paz, Domingos Autonio de Castro. » Portunto , a eleição do Sr. Jeronymo c fraudulenta o
A verdade
<5 pois que Jerrnymo, convencido clandestina ; e ul<*m de tudo, com o
plenamente que assim è fc prova,
de que era um
impossível absoluto pleitear a eleição de S. teor do diploma por elle expediuo aos seus predilectos elei-
Felippe contra o partido do Dr. Pinto .Limo, quiz pelo mo- tores. Tenho aqui dous originaes :
nos, com o seu comparocimento o resolução de at sumir a « Hlm. Sr. (ionçalo Pereira de Andrade. — Participo-
lhe competia, forjar um futuro m tivo
presidência que não lhe que foi V. S. por mim e$mlhiilo eleitor,
pelo que tom dc so
de nullidade em que se pudesse estribar o Sr. Dr. Tiberio achar no dia 2 de Dezembro no eollogio daCaciioeirn ; mas
a eleição da freguezia. Mo-
para invalidar depois na camara deve estar aqui no dia lo pnra descermos
juntos sem a me-
vido unicamente dessa razão, apresentou-se Jernuymo na nor falta, o não desejo que V. S. se «ponlm A multa
qucii
matriz depois de dez lioias, reclamando a presidência da lei impõe, etc. — Assignado, Jeronymo Jo*t Fernandes. >
mesa, que já estava oceupada desde as 9 horas, na fôrma da Outro : « Illm. Sr. Sirnão ltibeiro dos Santos. — Amigo,
lei, aepois de constituída pelos eleitores foi V. S. por mim escolhido eleitor para comparecermos no
pelo 4o j uiz de paz,
e supplentes, e a outras formalidades
quando se procedia jA collegio da Cachooira no ilia 2 do Dezembro, e rogo-lho cn^
legues. O 4° a
juiz de paz denegou-lhe presidência, qne carecidumcnte quo não falte (le vir no dia Io do Dezembro
legitimamente occupava, em virtude dos avisos do governo,
para daqui descermos juntos, afim de quo iuu> soffru a multa
esclarecimentos o instrucçõcs do presidente da província;
que a lei impõe de 6O5, e com isso prestar-mc serviços relê -
Jeronymo reealcitra, taxa os avisos de illegaes, as decisões vantes que nunca me ficaráõ no esquecimento; o to lhe
de absurdas; declara eoutrasgenti-
que a nada obedecia, faltar montada , diga-me
para ver se lhe arranjo ; não mo
272 SESSÃO EM lk DE MAIO DE 1857.

falte; venlin cedo para descermos. — Assignado, Jtronymo da eleição, estando esta viciada, nullo é
por conseqüência
José Fernandes. > todo o processo eleitoral.
Ora, senhores, quando apresento factos c documentos Mas, senhores, este argumento não é procedente, este
desta ordem : quando convenço pelos antecedentes da histo- argumento não tem alcance algum a respeit* da apuração
ria eleitoral dc»su freguezia ; quando mostro com o retro»- filial, segundo hei do demonstrar.
fiel da eleição municipal,
que Jeronymo P rimeiramente, senhores, quando a lei eleitoral estabele-
pecto e narração
tinhn tanta consciência de soffrer completae absoluta der- ceuo processo pratico e competente para se poder apreciar
rota, que nem ousou disputa-la, tendo alifts todas as ga- se a qualificação das parochias é ou não verdadeira e legiti-
rantias porque a eleição foi assistida pelo delegado e juiz ma ; quando instituio os recursos legaes para que se pudea-
municipal do termo, pessoas da conf-ança dos partidistas do sem provar a todo o tempo os vicios, lacunas, fraudes e im-
Sr. Pr. Tiberio ; quando mostro que esse homem não pôde moralidades da qualificação ; por exemplo, qualiíicarem-se
competir absolutamente com a influencia real e legitima da cidadãos sem os requisitos constitucionaes para serem vo-
freguezia ; quando provo por documentos c pela sua própria tantes, como eejno individuos não residentes na parochia,
acta que elle é falsario e fraudulento; quando produzo dous miseráveis, sem renda , menores, pronunciados , invisi-
diplomas do teor dos que forão lidos, os pedidos por Jero- víís , etc., a lei eleitoral foi previdente ; porque sendo
nyrao ; —posso por ventura concedei. Sr. presidente, que se esta uma matéria de facto complicada, não devia ser trazi-
diga em boa fé que essa eleição é valida, e que a da matriz da de sorpresa A presença da camara, emquanto não fossem
è nulla ? esgotados os recursos legaes prestabelecidos
para garantia
Senhores, os nobres deputados recuão e mudão de terre- do processo eleitoral. Mas, depois que a lei submette a uma
no todos os dias; porque? Porque essa eleição, que até junta de qualificação parochial o conhecimento da residen-
ha pouco não podia ser comparada á do Sapé, á da Concei- cia e mais requisitos necessários para se poder exercer o di-
é agora abandonada tão asi- reito de votar depois que a lei submette a
ção e & de Maragogipe mesmo, qualificação
nha e ingratamente, e já a reconhecem como nulla ? E' por- assim leita a uma junta de revisão, perante a qual todos os
cidadãos têm o direito de reclamar atí a favor de outros,
que, senhores, assim se faz pieciso para a annullação também
tomar conhecimento de denuncias;
<le S. Felippe! O que prevalece, pois, nesta argumentação junta gue até pôde quan-
senão a lógica da paixão e do interesse, como desde o prin- do a lei estabelece um conselho de recurso para ainda verili-
cipio antieipei? car em uma 3U instancia a validade e verdade da qualifica-
ainda cabe recurso para a
Sr. presidente, não se podem cassar os diplomas dos 48 ção; quando dessa 3a instancia
eleitores de S. Felippe , isto seria uma depuração acintosa, relação do districto ; e quando nenhum desses meios forno
de 1857. Eu me peja- empregados para demonstrar-se a falsidade, vicio ou immo-
que envergonharia altamente a camara
ria, Sr. presidente, de apparecer na minha província (digo-o rahdade, como agora se apregoa, da <jualificação de S. Fe-
¦com intima convicção d alma) se lippe ; quando nem me3mo no collegio eleitoral se allegou
por ventura désse um voto
logico,
nesta casa nesse sentido, porque a consciência publica brada que havia \icio nessa qualificação; será será de-
em contrario, e ella me puniria. cente, serft leal que venhão agora atirar ao tapete desta casa
Mas, Sr. presidente, em falta do argumentos, andou uma questão desta ordem para invalidar a eleição de S. Fe-
o nobre deputado que fallou hontem cxcavnndo nullidades lippe? E' essa uma pretençâo por demais exagerada e in-
na el ição da matriz de S. Felippe. Que nullidades forão juridica,que a lei não pôde admittir.
essas ? Foi que a aeta não menciona o nome de Jeronymo Senhores, eu concedo que a camara é juiz competente
como tendo disputado n prcsidencia da mesa ; íoi que Je- e definitivo ; concordo que ella apreciar em ultima
pôde
ronymo foi relevado logo da multa; foi que na apuração instancia todo o processo eleitoral aesde a sua base ; porém
final havia uma falta de 40 o tantos votos ; eis aqui o que ainda assim, os nobres deputadj^ para conseguirem seu
achou de nullidades o nobre deputado na eleição de S. Fe- tresloucado intento, deverião pro\Wque o vicio dessa quali-
lippe, porque deixo para depois a questão da qualificação. ficação, se vicio houve, influio no resultado da eleição. Isto
Mas, senhores, em que é que isso envolve nullidade ? O é, porém, o que os nobres deputados jámais serão capazes
a omissão de uma circnmstancia, isto é,o com-
que significa de estabelecer.
de Jeronymo na fregu«zia, paru annullar essa O Sr. Dr. Tiberio provou sAmento que 325 nomes estavão
parecimento
eleição, quando o próprio juiz de paz presidente da mesa repetidos ; e portanto ha do reconhecer que pelo menos 323
cm um ofHeio ao presidente da província, ape-
participa isso são verdadeiros ; resta pois o numero de 400 e tantos nomes
nas concluindo-se a eleição 1 Se houvesse interesse cm oc- repetidos o não de 7u0 e tanto3, como errada ou malicio-
cultar essa circnmstancia, em inverter os factos, em adul- samente se assoalha.
tera-los, o juiz de paz e o subdelegado da freguezia não so Ora, o numero da qualificação de S. Felippe é de 3,129
apressarião a levar logo o occorrido ao conhecimento do pre- votantes; a votação que teve o ultimo eleitoi ó de 1,702
sideuto da província, e a dizer : « .Jeronymo apresentou-se votos, e o 1° siipplente *21.
disputando a providencia da inesa, ma» nós objectámos-lhe Por conseguinte esses 700 votantes (ainda concedendo que
com as dcci-r.es <le V. Ex., elle conservou-se nu matriz todo sejão 700 ; quando muito são 400), deduzidos do numero
o dia afiscalisaro processo eleitoral, depois retirou-se, e dos qualiücados, não pôde reduziiliunca o numero dos ciei-
agora consta que appareceu uma duplicata feita por elle em tores, porque-ainda ha um excesso de 2,429 votante», que
otttro lugar. » autorisa a freguezia nas forças da sua qualificação a eleger
A oircumstancia da falta de 49 votos na apuração final é mais 13 eleitores, pois que para dar 18 eleitores, quo são os
um argumento com que não preciso occupar a attenção da bastão apenas 1,920 votantes.
que díi a freguezia,
camara. Em uma freguezia com tres mil o tantos votantes,
mil e tantos votos, e supplentes com O Sr. Ak.usiu nu Ouvkik» : — As freguezias das capi-
que fez eleitores com
somma de 49 votos que se perderão taes não têm tão grande numero.
quinhentos e tantos, a
na apuração não é circnmstancia importante, porque esses O Sn. Fernandes da Cunha : — S. Felippe é uma fregue»
votos não no numero dos supplentes, quanto #
podiiio influir zia muito extensa, muito
mais no dos eleitores. grande, que nunca foi dividida, e
Vamos á quo antes da lei de 1816 dava *6 eleitores, ficando então
qucétâo da qualificação. reduzida a 18. A tem as forças precisas para
l)isse-se: « A camara praticará um escândalo se appro- qualificação
soflVer maior numero de eleitores ; portanto, ainda
,ar a qualificação de S. Felippe. > quando
o córte se fizesse, isso nada influiria na apuração final, e
O Sr. Alt.i:sto : — Apoiado. descoberta
de Ouvemv pois nada conseguem os nobres deputados com a
da qualificação viciada.
O Sr. Fijwakdeb Cunha : —Nãoapoido.
Mas, Sr. presidente, até se quiz ridicularisar essa qua-
O Sr. Acííi siodf. Oliveira : — Uma qualificação mons- lificaçâo com uma historia da familia do Souztio.
truosa. Sc também eu quizesso manejar a arma do ridículo, diria
O Sr. Fkr>ande8 d\ Ci >n\:—Está enganado, Sr. de- que ossa familia está muitíssimo^ espalhada por diversos
lugares, lia uma ramificação prodigiosa dessa proliüca fa-
putado.
Disse o Sr. Dr. Tiberio, fundando se em uma certi- milia também na Cruz das Almas, na Muritiba, e em outras
dão extrahida da secretaria do governo, que deu-se a freguezias favoraveis ao Sr. Dr. Tiberio ; não é só cm
repetição de 325 nomes, e que esse numero de nomes divor- S. Felippe que se dá o escandalo contra o qual bradão os
samente repetidos chega a um montante de 700 e tantos. nobres deputados ; ha mesmo uma ramificação desBa fami-
Logo, concluo elle, a eleição de S. Felippe «í nulla, porque lia aqui nacòrtedoRio de Janeiro, na freguezia de Santa
a qualificação está viciada ; ora, sendo a qualificação a base Rita, e talvez em ontras. Eu paèso amostrar tudo quanto
SESSÃO EM 14 DE MAIO DE 1857. 273

2 José mesa legalmente. Nestes dou» fundamentos capitães resu-


tenho dito. Cruz da» Almas: lia nesta fregueziu
me-se a legitimidade da eleição da matriz. Examinemos se
Joaquim dc Souza, 3 José Pereira de Souza,
e não menos de 20 isto é exacto.
<la Luz, 3 Joaquim Pereira dos Santo»,
repe- Sr. presidente, eu não contesto a legitimidade ou com-
Santa Annas. Assim lia Joaquim José de Santa Anua,
tido 2 vezes ; ha Manoel Joaquim de
Santa Anua, repetido potência do 1® juiz de paz que presidio a eleição da matriz;
mas reconheço também quo a única verdade de
vezes ; ha Manoel José de Santa Anua,
repetido 5 vezes; garantia da
uma eleição não et tá só e exclusivamente na
e ha finalmente José Joaquim de
Santa Anna, repetido presidência do
1° juiz de paz; está também na garantia ofFerecida pelos
ha, para só fallar de Santa outros mesarios eleitos legitimamente
Na* frecruezia da Muritiba pelo corpo eleitoral,
cinco do qne na Cruz das e está também na garantia da fiel execução desse mesmo
Anna, não menos de 25, mais
Almas, a são: Estevão José
do Santa Anna, repetido 2 ve- processo eleitoral, quo deve regular e proteger o direito dos
repetido 2 vezes ; Manoel cidadãos. Não posso, pois, separar um elemento do outro;
zes; João José de Santa Anua,
José de Santa Anna, não posso fazer preponderar o juiz de paz sobro o» outro»
José de Santa Anna, S vezes; Joaquim
5 vezes j e finalmente membros da mesa parochial; para mim todos estes elgmen-
vezes ; José Joaquim de Santa Anna,
Manoel Joaquim de Santa Anna, 8
vezes!.... Não é pois s6- tos são necessários e indispensáveis para a verdade o legiti-
midadede uma eleição.
íneiite S. Felippe o ninho da raça nimiamente prolífica dos
Santa Annas; na Cruz das Almas e na Muritiba, como se A mesa do Maragogipe foi composta integralmente do
acaba de ver, tf m clles também fecuudamente germinado. mesarios pertencentes á parcialidade do Sr. Dr. Francisco
So este argumento de nomes repetidos bastara para annul- Xavier de Pinto Lima. Subordos quo em virtude da nova
lar-se uma qualificação, contra a qual nada se reclamou lei eleitoral, decretos ns. 812 de 19 de Setembro de 1855, o
em tempo, e portanto uma eleição inteira, então uenhuma 1,812 de 23 de Agosto de 1856, os oleitores e supplcntes são
eleição seria valida e subsistente no império. Aqui mesmo chamados para que das duas turmas se escolhão os secre-
na côrte, a qualificação de Santa Rita apresenta o seguinte tarios e escrutadores. O Sr. Dr. Pinto Lima conseguio que
curioso aspecto: Antonio José dos Santos, repetido 3 vezes; escrutadoros e secretários fossem todos do seu partido. Este
Antonio José da Silva, 2; Antouio Francisco dos Santos, 2; só facto demonstra que o Sr. Dr. Pinto Lima tinha maioria
Antonio Dias da Costa, 2; Antonio Josó de Souza, 2; João real e iuimonsa no município dc Maiagogipe, porque aliás
a minoria não deixaria de ser representada na mesa. Os no-
da Costa Lima. 2; José Luiz da Costa, 2; Joaquim José cie
bres deputados não devem escjuecor que se o Rev. Sr. padre
Souza, 2; Joaquim José da Silvo, 4; Antonio José da Silva, 2.
Ignacio Aniceto de Souza foi o votado para juiz
E note-se que cheguei a este resultado sem passar da me- primeiro
de paz na eleição municipal de Maragotripc, a razão foi por-
tade da qualificação que acabo de citar.
que nessa occasião não estava cm hostilidade com o Sr. Dr.
As qualificações» estão aqui; podem ser examinadas; e eu
Pinto Lima.
tenho a presumpção de não dizer na casa senão aquillo que
vi e verifiquei; não arrisco proposição alguma que não possa Mas na ultima eleição que se acabou de procoder em Se-
na discussão que algum collega tembro os quatro juizes de paz forão todos do partido do
provar, e fiei de mostiar
-
nosso avançou aqui alguma cousa quo não pôde absoluta Sr. Dr. Pinto Lima, o qual na eleição municipal triumpliou
mente provar, e que não é verdade. tão completamente, porque além disto foi eleito presidente
Ora, Sr. presidente, se este é um facto que se dá a res- da oamara, e fez todos os vereadores. A' eleição municipal
do imporio ; se não é possivel esteve presente um magistrado insuspeito, hoje o Sr. desem-
peito de todas as freguezias
110 centro, á vista da nenhuma organisação administrativa bargador Manoel Joaquim Bahia. Estes factos occorridos
inspcctore» de quarteirões á eleição primaria de Novembro prováo exu-
que se d4 entre nós, deixarem os proximamente
e juizee de paz de relaciouar »omes em duplicata, e não Derantemento que oSr.Dr. Pinto Lima tinha maioria consi-
discriminar isto, pois que deravel e real efn todo o município. Ha outros ainda que
podendo as juntas qualificadoras
taes nomes apparecem com idades, estado e profissões di- demonstrão esta verdade, e para prova appollo para o te»-
versas, com residencia era quarteirões differenteâ, etc., como temunho conscicncioso do» meus nobres collegas os Srs.
é que se quer deste faoto argumentar contra a validade de deputados pelu provincia da Bahia.
uma eleição ? Vide bom, pela natureza dos argumentos com So me fora licito, apresentaria uma circumstancia para
não tem a razão da sua demonstrar o que digo. Quando o Sr. Dr. Tiberio visitou a
que se nos impugna, que esta causa
dizer nada menos é preciso cidade de Maragogipe, dignando-se do hospedar se na casa
parte, porque para ter-se que
«loque ir procurar e esmcruhar cousas tão futeis como as do Sr. Dr. Pinto Liina, presenciando o numeroso concurso
que acabo de refutar. de pessoas notáveis daquelle município quo concorrerão á
Portanto, Sr. presidente, a proliíica familia dos Santa casa do mesmo Sr. Dr. Pinto Lima, convencido da verdade
Annas está muito ramificada na provincia, e principalmente da legitima influencia do que gozava ali na estima publica,
nas freguezias cujas eleições a iflustre 4° commissão de po- e ao mesmo tempo do isolamento em (juo contemplou o
deres declarou validas a favor do Sr. Dr. Álvaro 1 iberio. Rev. padre Ignacio, teve occasião do dirigir-lhe o seguinte
va- brinde: « A' suudo da logitima o incontestável influencia
Parece-me portanto, senhores, que tenho justificado a
de Maragogipe, dessas influencias legitimas e beneficas
lidade da eleição de S. Felippe, contra a qual se tem asses- que
não se pódein nem se devem derrotar. » Eu poderia aprosen-
tado toda a artilharia doa adversários ao Sr. Dr. Pedro
tar cartas em se invoca do Sr. Dr. Tiberio a
Muniz, é indispensável quando menos derrocar o que por parte
porque deqnem a sua candidatura o apoio dos amigos do
castello ae S. Felippe, annullar a eleição legal dessa fre- protegia
Sr. Dr. Pinto Lima, como as influencias mais pre tigiosas
guezia, para que o ar. Dr. Álvaro Tiberio possa ter diploma
do município, que, dando 110 eleitores, devião necessária-
de deputado.
mente influir, quando não determinar e decidir do resulta-
Vamos agora tratar da freguezia de Maragogipe. Ilouve
do do circulo da Cachoeira.
duas eleições nesta freguezia : uma presidida pelo Io juiz. do
paz Rev. padre Ignacio Aniceto de Souza, feita 11a matriz, e Portanto, quando tivermosde aprociar perante uma cnmn|
favoravel ao Sr. l)r. Álvaro Tiberio ; e outra presidida polo ra questões desta ordem, não devemos prescindir dc maduro
2o juiz do paz com os 4 mesarios que se retirárão dali e exame, nem desprezar a apreciação dos factos e circumstan-
forão fazer a eleição na capella do Monte. Quul destas duas cias locaes que dão a medida da situação eleitoral da fregue-
eleições é a verdadeira, qual a null t ? So eu quizesse lançar zia; contrario é da nossa obrigação attender á verdade
pelo
mão do argumentos de algibeiia, soccorrcr-mc a argucias, dos lactos, para que depois possamos conscienciosamente
ou pelo monos ser um pouco exigente o oxagerado, poderia decidir da validade e verdade da eleição que se discuto.
demonstrar muito bem que a eleição da capella da Conceição Sendo assim a mesa composta, onservão os nobres depu-
é que era a valida, e não a da matriz de Maragogipe ; mas tados que houve um incidente que fe/. com quo c»su mesu so
eu não quero isto, quero que a câmara c o paiz se convenção separasse, e que es*e erro commettido por semelhante sepa-
da verdade, sinceridade e franqueza com quo nós imparcial ¦ ração foi a causa dc se invalidar a eleição do candidato a
mente falíamos ; e desprezo em conseqüência a eleição da causa. Mas
quem a sua parcialidade queria daPgaulio de
capella da Conceição do Monte; digo uue é nulla essa ele}- não é assim. Examinemos os factos com imparcialidade.
çào; mas o que recuso absolutamente o que possa ser valida A qualificação do município de Maragogipe mostra que o
vejamos. Sr. Dr. Pinto Lima tinha por si a quasi totalidade da fre-
a eleiçãoda matriz de Maragogipe. E senão,
os impugnadores do parecer da illustre com mis- votantes , aos quacg
Dizem guezia da cidade , que dá 600 e tantos
são que a eleição da matriz de Maragogipe é valida por • accrescêião mais de 200 que deu o Dr. Joaquim Amaro de
que foi presidida pelo juiz de paz competente,
e também Souza Paraíso , oue na eleição municipal tinha estado até
porque depois da separação dos mesarios foi recomposta a com o Rev. padre Ignacio Aniceto de Souza, Igual defecçãe

TOMO I. 35
274 SESSÃO EM Ih I)E MAIO DE 1857.

offreu o llev. padre noa districtos de Nagó o Coqueiro, convenientissimo


para infirmar a verdade de um acto solem-
votantes, elle sendo fuvoravel lie a que a lei attribue
que, dando seguramente 400 plcma certeza, o que foi demais feito
na eleição municipal, que ainda assim perdeu, na de elei- e autlienticado por
pessoas tão qualificadas como mis.
do tenente-
ores em Novembro auxiliárão por intermedio Todos estes factos, senhores,
passo a demonstrar com
coronel Domingos Rodrigues Seixas e outras influencias documentos, e não me servirei do outras armas
que não
sejão as do
dnli no Sr. Dr. Pinto Lima. O mesmo doutor teve ainda a proprio arsenal montado e preparado pelo Sr.
seu favor o districto de Cajá. Apenas o celebrado districto Dr. Tiberio. £' com a
própria informação do Dr. Salustio
de Capanema , de 500 votantes talvez, ao qual se unioo pc- Pereira de Carvalho, delegado e
juiz municipal do termo
de Caveiras, que poderá chegar a 100 votnn- accusado de haver influido indebitamento na eleição,
queno districto pro-
tes, não lhe crão favoraveis. Assim, por esta autópsia dos tegendo e força á
prestando parcialidado do reverendo padre
districtos da fregaezia e força numérica de seus votantes, se Ignacio, favoravel ao Sr. Dr. Álvaro Tiberio, ordens
por
chega ao conhecimento da verdade dos factos, e se vê que que da côrte recebera, e que foi na assembléa provincial
não era possível que o partido do Sr. Dr. Pinto Lima perdes- acremente arguido t&es factos, sem
por que jámaia se de-
se a eleição de Marngogipe, porque tinha pelo menos 1,200 tendesse; é coma
própria informação do Sr. Dr. juiz do
votantes contra 600. direito então, e hoje desembargador
Manoel Joaquim Bahia,
Mas, senhores, prescindindo disto, a eleição de Marago- ex-presidente da
província; é com o ojfficio do vigário da
se deu realmente freguezia ao Exm.
gipe é nulla insanavelmente ; porque nella prelado diocesano, além das justifica-
a violência e coacção allegada pelos quatro mesarios que se ções e representíi'çòos feitas em consequencia de taes
lactos
separárão da mesa da matúz ; porque nesse tumulto a urna pela parcialidade do Sr. Dr. Pinto, que pretendo con-
foi violada ; e finalmente ^rque a mesa foi reorganisada de seguir demonstrar a verdade da coacção em
que se vio collo-
cada a mesa, e
um modo inteiramente contrario á lei. que a coinpellio a separar-se do juiz de pau,
e da matriz,
Senhores, o juiz de paz presidente da mesa de Maragogipe por não achar apoio e garantia, liem neste nem
na lei, a cuja voz foi surdo o delegado
occultou na acta que mandou lavrar o motivo real da sepa- que a representava, e
ração; não disse em que consistio, apenas referio que ten- que tinlia em suas mãos os meios de cohibir o reprimir a
desordem e as violências, mas
do-so recebido os votos do districto da cidade, passou-se ao que com sua parcialidade as
iavoneava.
de Capanema, e que apresentando-se um votante a lançar
sua cédula na urna, o mesario Severiano José Moreira oppôz- Diz o Sr. Dr. Salustio : « Nao é oxacto
que houves-
se a que elle votasse, porque não era o idêntico. Isto deu sem armas na igreja,
porque :-o assim fosso, acliando-se os
lugar a reclamações, e a um desagrado geral, e porque os partidos calorosos por occasiüo do movimento e alienar de
mesarios persistissem em recusar aeintemente os \otantes vozes, deveria apparecer alguma ou
pelo menos apparocerião
de Capanema, sem que todavia alterada íosse a ordem, reti- mortes ou ferimentos
(o Sr. Dr. delegado s6 concebe a
rárão-se os mesmos mesarios. A acta falta ú, verdade, não existência de violência e ooacção
quando dão-se mortes e fe ¦
meuciona o que realmente se passou na freguezia de Mara- runentos) ; não
podendo prevalecer como prova das violen-
meios que nos couduzão ao co- cias o haver sido cortada
gogipe. Vejamos se não ha a aba da casaca do mesario
nliecimento da realidade. Severiano José Moreira, e dizer-so
que foi ferido o eleitor
Da acta quo se lavrou na capella do Monte sabemos como Quirino Francisco Lisboa, porquanto a sobrecaeaca do re-
os factos se passárão. Apenas o mesario Severiano José ferido mesario foi rota e não cortada
(como sabe, se não exa-
Moreira impugnou a admissão de um votante, logo pessoas minou nem fez corpo de delicto?),
proveniente talvez de ai-
do partido do padre Ignucio gritirãO quo o votante era o guns empurrões que recebesse, como foi por mim visto
(e o que
de votar. foz que não obstou ou
proprio, e que liavia prendeu aos cidadãos quo violarão e
oíTendião assim a um membro da mesa?);
Em consequencia o cidadão Votante marchou para a urna também é fan-
tastico e adrede inventado o ferimento do eleitor
com a cédula em punho, o querendo introduzi-la na urna Quirino,
foi-lhe obstado o acto pelo mesario Seveiiano José Moreira, que saliio também com a casaca rota, porque, examinada a
rotura, parecia ella mais
o attentadi) ou arbítrio daquelle pro- proveniente de algum prego do
que protestou contra
quo de estocuda (e porque se não convenceu medianteo in-
cedimento, zelando a competência attribuida íi mesa pela
dispensável corpo de delicto a
lei eleitoral, o sustentando quo só a cila cabia privativa- que lhe cumpria rigorosa-
mente proceder': e comó destróe o testemunho de dous
mente conhecer da identidado dos votantes. A estas obser- me-
dicos n um auto solemne, só com a sua
vaçõesjudiciosas e jurídicas, em que foi esse mesario apoia- palavra de juiz ac-
cusado que responde em defesa?) »
do' e acompanhado por seus companheiros, teve em res-
o ver-se agarrado pelas pernas por Diz mais o Sr. Dr. Salustio: < K falsa a
posta o r ferido mesario parte da re-
Antonio Manoel da Silva Vianna, e subjugado pelos liom- presentação em que se diz que quando os mesarios trata-
tenente-coronel do Capanema Gustavo Adol- vão de salvar as vidas, os do lado do de
bros pelo juiz paz tratárão de
os quaes o soccíirão, calcárão, introduzir cédulas na urna ;
pho da Costa c Almeida, porquo apenas principiou o
sussurro e movimento apresentou-se um indivíduo
c maltratarão violentamente, cortárão-llie a aba da casaca, queren-
do arrobatar a urna
e talvez o ferissem ou matassem se não fôra ntrancado de (porque não declara a que lado per-
suas cruentas garras por seus amigos; então seguio-se uma tencia, certamente não podia ser do lado dos mesarios,
scena do tumulto e confusão geral, trnvou-sc renhido prelio quo não forão autores da dosordenf, nem tínhão interesse
na vi(;lação da urna, e perturbação da eleição) ;"o
no templo do Deos vivo, que assim foi sacrilegamente pro- que mc
obrigou a consorva-la junto a mim, pondo sobre ella minhas
fanado, nas suas sacrosanctas aras, e c nverteu-sc em circo
hediondo de feros gladiadores ; o delegado e juiz municipsf próprias mãos, e introduzindo na abertura os dedos da mão
esquerda pata poder com mais facilidade obslar a
do termo "aliio com as vestes manchadas de tinta, com os que ella fosse
com tffeito arrebatada, lesultando sahir com os dedos
dedos feridos nas pha'anges pelos esforços que fez para de- feridos. >
fender a preciosa urna, que a todo trance punhão a peito Eis-aqui, pois,
já o proprio delegado confessando quo
conquistar os arrojados sequazes do piedicto tenente-co- houve tumulto e desordem na igreja,
"ronel, que vio ser empurrado
e do reverendo padre Ignacio, sem duvida para me- o mesario Severiano, scr-llie arrancada
a aba da casaca,
lhor guarda-la ou adora-la. . que vio uma rotura na casaca o collete do eleitor
. Quirino,
Um eleitor foi ferido, de nome Quirino írancisco da Sil- que sahio elle mesmo delegado com os dedos feridos
oommis- pelos es-
va, como consta de um corpo de delicto presente íí lorços
que sustentou contra os que pretendiâo arrebatara
são, procedido por dous médicos únicos existentes naquella urna....
cidade, pessoas competentes cm face da lei para conhecerem Ora, se o proprio delegado accusado, respondendo^m sua
das
o decidirem em semelhante matéria, qual a natureza defesa ápresidencia,che^a a confessar esses factos, como du-
violências e lesões observadas, e seus eífeitos, qual a natureza vidar-se de
que houve serio e grave tumulto na igreja, scenas
do instrumento vulnerante quo as produzio, que partes in- de verdadeira confusão e anarchia, de violência e coacção
o prognostico outras real ? Se o
teressou, qual que admittia a lesão, o Juiz
de paz presidente, se o delegado de
policia,
não cumprirão seus deveres
mais questões a que |ó a sciencia que professão os liabili- ; se consentirão, porque assim
Bem, esse corpo do delicto, auto publi- lhes con vinha,
ta a responder. Pois que fossem insultados e espancados impu-
co e solemne, que merece plena fé, e produz uma certeza nemente 03 mesarios, feridos os eleitores, espesinhados os
sido desautorisado e indecorosamente ridi- votantes, sem
irrecusável, tem que uma só providencia se tomasse, sem que
cularisado pelos nobres deputados, que têm pretendido nul- uma só
prisão se realisasse, ou pelo menos decretasse; se o
lificar a sua efficacia jurídica probatória, desconsiderando Sr. Dr. delegado 6 o confessar quo a disputa e
proprio a
a seus autores, como suspeitos do parcialidade, e recusan- altercaçúo era calorosa,
que os ânimos se achavão exaltados,
do-ihes por isso toda credibilidade. Mas é esse um meio in- e que elle não se moveu do lugar cm
que estava para acal-
SESSÃO EM lk DK MAIO DE 1857. 275

mar essa irritação, o tranquillisar oj comba- cllo expressado A


para com pôr presidência. O Sr. Dr. Bahia, portanto,
tentes; se o seu único cuidado foi agarrar-se á pieciosa commetteu uma grave falta
para um juiz instruetor, infor-
urna, e salvar aquella objècto de seus amores, mante ou syndicante, o foi o não dar conta do methodo ou
pura Vestal,
de ser violada ou á vista^ disto, alargando processo do investigação quo seguio para chegar A certeza c
profanada; como,
íi consciência e a lógica de qualquer o circulo das deduc- ft verdade; mcthoao e
proeesso que ao mister se tornava in«
ções que nessas meias confissões se enccrrão, poder-se ain- dispensável mente conhecido
para se poder apreciar com fc-
da contestar com fundamento que realmente houve VAolén- gurança e resolver com fundamento qual a legitimidade de
cia, houve eoacção, houve profanação de urna lia eleição da seus juízos e deducçôes.
matriz de Maragogipe, e conseguintemeilte que razão de so- Na deficiencia, porém, do conhecimento do
processo logi-
bra tiverão os quatro mesarios para separarem-se ? CO investigatorio guardado pelo Sr. Dr. Bahia, falha
que
Vamos a outro documento imoortnnte também fornecido muito envigora e enfraquece a força e conoludencia de sua
e em que se apoiou a commiisão para informação, vejamos entretanto
pelo Sr. Dr. Tiberio, qual o peso e alcance quo
basear algumas de suas doducções. Ksse documento é a in- deve merecer essa informação. Longo do mim, senhores
formação do honrado Sr. l)r. Bahia 4 presidência da pro- pretender desconsiderar a esse honrado o digno magistrado'
vincia, dando conta da commissão de syndicar dos factos nr- do quem sou até amigo. Faço a devida
justiça A integridade
ao juiz municipal e delegado referido, que porella do seu caracter; nem sou capaz de suppô-lo parcial ou sus-
e fôra incumbida. Diz o Sr. Dr. Bahia (lerei apenas os
Slidos peito na questão, não; pelo contrario tenho-o no melhor
pontos principaes da informação, para depois analysa-la ; conceito e presto-lhe a devida homenagem. Mas o
que tam-
.•lia 6 datada do 14 de Dezembro, e se refere a factos bem é verdade incontestável é que o Sr. Dr. Balila é
passa- geral-
dos a 2 de Novembro nas eleições primarias): < Pas- mente reconhecido o reputado na minha província e no paiz
sando-se a fazer a chamada do de Capancma, não foi aceita como um ty po de bondade, como um modelo de benevolen-
pela mesa a cédula de um votante, sob pretexto do não ser cia, um exemplar de honhomia e caridade extrema; o
que 6
elle o idêntico que se havia chamado ; e como o votante se certo ó que o Sr. Dr. Bahia não gosta de fazer mui a nin-
approximasse da mesa
para lançar a sua cédula na urna, guem, e faz o mais possível para beneficiar quanto pôde.
foi-lhe com energia obstado
pelo mesario Severiaiío José Ora, o caso em questão ora um desses.
Moreira. Nessa occasião diversas
pessoas gritArão que o vo- Ura juiz. um collega, se havia imprudentemente trans-
íante era o próprio, e que viado de seus deveres, não correspondendo A confiança da
por istò havia de cotar.
« Uma desordem se travou, sahindo o dito mosariocom a
presideneia, e não cumprindo fiel e exactumente a lei e as
sobrecasaea rota, c tendo soflrido alguns empurrões. Conse- suas recommendaçôes ; esse juiz ia ser inevitavelmente sus-
fluindo o Dr. juiz municipal restabelecer logo a ordem (foi penso e responsabilisado ; era elle um moço honesto o esti-
enganado o Dr. Haliia; o delegado disso não curou, só tratou mavel, alliado a uma familia importante o amiga ; a
grati-
de agarrar-se á urna), disse ao juiz municipal que podia dão mal entendida o havia forçado talvez a deslisar-so da
continuar com os seus trabalhai); alvitre que sendo por este verdadeira senda deveria invariavelmeute trilhar;
que pec-
abraçado não o foi pelos outros mesarios, que se retirarão cou, desmandou.se ; merecia
porém ser ajudado para poder
para a capella do Monte, onde com o 2o juiz de paz procedê- ser absolvido ; e
pois o Sr. Dr. Bahia não quizser o seu ver-
lão a uma nova eleição. O presidente da mesa, que se con- dugo, não
quiz concorrer com o sou voto para acabar de
Servou no seu lugar, tratou de organisar uma outra, e com despenha-lo 110
prccipicio. Eis ahi moralisada com justiça a
cila nas eleições até a sua conclusão emitte informação do honrado Sr. Dr. Bahia sem oíTensa de nin-
proseguio Çnão
opinião sobre a legalidade ou nullidadê da organisação);
pelo guem ; e presumo quo o seu contexto e espirito me autori-
que pude colher não <5 cxacto que na occasião do conflicto se são a assim avalia-la ; e senão, vejamos.
introduzissem cédulas na urna, como bem apparecessem
que Primeiramente, senhores, o Sr. Dr. Bahia não se expri-
punhacs contra alguém; se me não engano essa asserção não me n'um tom absoluto de convicção segura e inabalavel no
passou da imaginação daquelles que forão dominados pela
juízo que emitte Acerca dos factos do que foi syndicar por
prevenção e pelo terror de que se apoderArão. T'm ferimento incumbência da presideneia ;
pelo contrario a camara devjc
porém houve, segundo me disse o paciente Qnirino Fian- ter notado que elle sempre se expressa um termos dubitat -
cisco Lisboa,
que pelo exame que fiz no seu fato, colligi que vos que claramente revelão a incerteza e
foi feito com algum canivete de aparar o perplexidade de seu
pennas, porque espirito. Assim, .querendo concluir que não houve eoacção,
orifício que existia no forro docollete era tíio pequeno, que
dA conta entretanto do factos de violência, o chcga a con-
por elle só podia ter passado uma arma semelhante, sendo
fessar a existencia de um ferimento, embora o
<lo notar quo no mesmo collete não houvesse a menor nodoa procure at-
tennar. querendo provar que não houve interferência in-
de sangue.
debita da autoridade ; não pode recusar entretanto
que os
« Desejei ver a cicatriz, mas desisti da inspecçlo por mo inspectores do quarteirão, que o fiscal da camara o carce-
dizer o paciente que tinha posto biclins em roda, e que ten- reiro da cadda andassem nus vespern# da oleiçilo e 110 pro-
do uma pegado no centro da ferida, facilmente so confim-
prio dia da mesma com policiaes fornecidos peloDi. cfcle-
diria a cicatriz da ferida com a cisura das bicltas. Se o gado.alliciando votante» paraachapa do Rev.padre Ignacio,
procedimento do Dr. juiz municipal foi menos regular, niio correndo casas, e ameaçando aos que não fossem receber
gtardando a imparcialidade que devia, <5 do qne ainda me listas 11a casa do 1» juiz de paz. O Sr. Dr. Bahia reconheci'
não pude convencer, etc. Não duvido
quo cllo fosso illudi- tudo isso, mas tudo attenua e desculpa, dizendo
que o juiz
do e?» sua boa fé quando
prestou os guardas policiaes re- fúia ílludido em sua boa fé, e que aqneÜes outros factos re-
quisitados pelo fiscal da camara, e que este, abusando (festa feridos são maneios cleitoraes, estratégias próprias dos
pnr-
concessão, procurasse desvia-los do íim
para que forâope- tidos om tal quadra, pelas quaes não devia »er responsável
didos. Masque culpa pôde ter o
juiz de semelhante abuso? a autoridade policial cm questão, em cujonoinc forão todas
Também não é exacto que os inspectores do
quarteirão in- ellas praticadas.
limassem os vt tantes para votarem em certas o determina-
Mas se o Sr. Dr. Bahia chega a confessar esses factos,
das pessoas, e so assim aconteceu, isto não
partio senão dos
mesmos inspectores, que por esta fôrma quo attestão a influencia abusiva, a interferência indébita
quizerão angariar do Dr. delegado e juiz municipal nas eleições de Maragogi-
mais votos para seu lado. São estratégias'de
partidos, que
lanção mão do tod is os_ meios ainda os mais reprovados pe, a despeito das reiteradas e instante» admoestaçòes da
conseguirem seus fins. » presideneia, 1 eoommendando- lho todo o zelo, oanmií aus-
para tera imparcialidade 11a manutenção dn ordem e fiscnlisação
Ora, eis aqui a informação do honrado Sr. Dr. Bahia. do processo eleitoral, prescripçSes por elle formalmente
Analysemos este documento e vejamos o que deliu resulta, transgredidas; se o Sr. Dr. Bahia confosBaigualmentoque
a favor ou contra quem conclue elle, «e do Dr. Álvaro Ti- houverão insultos e empurrões contra um mesario, oue sa-
berio ou do Dr. Pedro Muniz. liio com a casaca rota,
que houve tumulto o desordem na
O Sr. Dr. Bahia foi a syndicar desses factos, como se igreja, que um eleitor foi ferido, etc.;
acaba do ver, um mez depois delleB oceorridos; portanto que mais é preciso,
senhores, para prova da violência e coacção de
não esteve no theatro dos acontecimentos, nem p(Kle ser que forão
victimas os mesarios, segundo fizerão consignar na res-
dolles testemunhai não informa eonseguintemonte de faoto da
pectiva acta 2a edição feita na capclla do Monte ,
proprio. Além disso o Sr. Dr. Bahia não nos diz qual o pro- segundo o provArão na representação
cesso ou meios de investigação que A presidência
quecrap: gou para o fim dirigirão, o o attesta a camara municipal do term> em
de chegar ao
pleno conhecimento da verdade dos factos de outra igual representação, além do so provar também
que ia syndicar ; não nos instrue do modo por que conse- com outra justificação jurada , prestada por diversas
guio possuir a certeza que motivou a convicção ou j uizo por pessoas qualificadas da freguezia; jA não querendo pre-
276 SESSÃO EM iU DE MAIO DE 1857.

valecer-me, prescindindo mesmo do argumento fortissi- cio estreito e apertado, quo depois de cicatrizado se
pudesse
mo e concludento da illustre commissão, de que a retirada facilmente confundir com a cisura de sanguesugas;
por-
simultânea de quatro mesarios de uma mesma parcialidado que essa lesão, como é natural e patente, e o confirma a
envolve implicitamente, infallivelmente, prova irrefutável exp riencia commum, nunca pcSde produzir, sendo feita
por
de violência e concção; ainda mesmo que não fosse liquido, instrumento semelhante, uma cicatriz maior do
que aquella
como aliás o demonstrei já, que a immensa maioria dos que produzissem ordinariamente sanguesugas.
diversos districtos da freguezia ira toda favoravel ao Sr. Como,pois, o nobre Dr juiz de direito,em uma solução de
Dr. Pinto Lima, e consequentemente não podião os mesa- continuidade, declarada leve pelo corpo de delicto, e feita
rios de sua parcialidade ter interesse algum cm abandonar havia um reconhecer ves-
mez, quereria ou poderia
a mesa. tigios dessa lesão, c distinguir a sua cicatriz de outra
Mas dizem os nobres deputados: violências forão es- sem o auxilio da arte, e mediante o competente
que qualquer,
sas? Pois um corpo de delicto,
que aeixa uma lesão apenas exame medico legal, a <jue não procedeu jámais? Coma
perceptível, que não pôde ser bem apreciada, que è apagada queria verificar e acliar ainda abeita e visível uma ferida
mesmo pela cicatriz de sanguesugas, ventura al- leve feita havia mais de um mez, e
prova por que portanto estava per-
guma cousa 1 Senhores, o Dr. juiz de direito, liomem da feitamente fechada e cicatrizada? E'
preciso desconhecer
lei, como disse p nobre deputado relator da 4a commissão totalmente a medicina legal,
para aventurarem-se dessas
de poderes, que ia syndicar de um facto, tendo obtido
jnfor- proposições na casa.
mações de que um ferimento se dera, e não podendo infor- Eu tocarei também, Sr. presidente, no oflício dirigido
mar ao presidento, segundo a sua própria inspecção ocular,
pelo respectivo parocho da freguezia aS. Ex Revm., outro
devia seguramente guiar-se por um auto solemne como é documento do Sr. Dr. Tiberio,
por não ter declarado a igreja
um corpo de delicto, que s<'> pftde ser infirmado e destruído
polluta e interdicta. Os Srs. que sabem de leis canonicas,
por outro auto igualmente solemne, qual é um exame de em que não sou versado
(e em que não podia estar habili-
sanidade ; quaesquer, pois, que fossem as circumstancias tado a promover e sustentar uma larga discussão, sendo-me
o Dr. juiz de direito recusar fá
que houvessem, não podia mesmo impossível achar-me preparado
para todas as ques-
a esse corpo dc delicto, sem proceder competenteinente ás tões que os nobres deputados aventassem, em falta até.
solemnidades legaes indispensáveis para a demonstrarão de absoluta de livros dessas matérias que não trouxe comigo)'
sua improcedencia e falsidade. os nobres deputados sabem perfeitamente que uma igreja
Mas disse-se: essa lesão foi tão insignificante que não não é declarada polluta senão quando se derrama sangue
pôde ser verificada; que o Sr. Dr. Bahia nem mesmo pre- no sanctuaiio. Ora, pela natureza dessa mesma lesão mos-
tendeu reconhecê-la, mediante a sua inspácção ocular, tia se que não houve nem podia haver derramamento de
porque dizendo-lhe o paciente que tinha posto bichas em sangue; eque portanto se o sangue humano não manchou
roda do ferimento, elle desistio ao proposito de examina-la, as lages do pavimento sagiado, o vigário da freguezia não
presumindo que não poderia distinguir e verificar a lesão podia, e nem devia declarar polluta o interdicta a sua igreja
criminosa, visto como esta facilmente se poderia confundir matriz.
com a cisura ou cicatriz deixada pelas bichas que se appli-
Nem é este um argumento que se possa offerecer
c;ir3o; sendo a esse juizo levado pela razão de que o vestígio por parte
dos amigos do Sr. Dr. Tiberio para infirmar a nossa opi-
externo deixado no collete elle doutor exam"nido, aa-
por nião e o parecer da illustre commissão. Os nobres deputa-
va-lhe a entender que o ferimento não podia ter sido pro-
dos enganão-se visivelmente
duzido senão por uma lamina muito pequena, como a de um quando pretendem descobrir
neste oflício do reverendo vigário a confirmação das suas as-
canivete de aparar pennas. Assim, o Dr. Bahia absteve-se
severações ; bem ao revez, a verdade contraria <5 quo se acha
de examinar o ferimento allegado como existente, e cons-
encerrada, e resalta salientemente da simples leitura dessa
tante de um instrumento publico, de um auto authentico e 'os
peça, que nobres deputados contraproducentemente ci-
solemne, logo não contesta a pro-
gue produz plena prova; tão enganados Eu peço á camara a bondado do attender
cedencia jurídica do corpo de delicto, a verdade nella
mais á leitura ainda desse documento: < .... Cumpre-me
inserida,
participar a V. Ex. o que realmente se passou (dirige-se ao
Esse corpo de delicto não foi feito por peritos de circum- Kicm. metropolitano) , e a razão por que julgo não ter ficado
stancia, por homens leigas que não soubessem da sciencia ; a igreja. Não mo achando ali quando deu-se esse
foi feito pelo contrario por aous médicos, por profissionaes polluta
incidente, passei a fazer as possiveis indagações com todo o
entendidos cm medicina legal, que são os únicos legitimos espirito de imparcialidade, o eis o oue pude colher, etc.
«ue a lei reconhece competente para apreciarem c caracte- (Vide.)
Suscitando-se questão sobre a identidade de um votante,
risarem os factos dessa natureza, as causas ou instrumen-
Gustavo Adolpho da Costa e Almeida (tenente-coronel de
tos vulnerantes, e quaos as conseqüências dessas lesões. Capatuma, partidário do padre Iynacio e do Sr. l)r. Tiberio),
Senhores, se eu quizera reoordar-mc neste momento do sogurou o secretario da mesa Severiano .Tosé Moreira,
por
pretorio, se quizesse evocar ainda algumas idéa3 vagas, detrás, subjugando-lhe os braços; ao mesmo tempo foi o mes-
na quadra da minha vida de promotor da justiça na capital mo Severiano pegado pela3 pernas por Antonio Manoel da
dte minha província, poderia talvez, sem esforços e sem ne- Silva Vianna. Scguio-se uma scenande confusão e tumulto,
cessidade de longa prelecçSo, sustentar, segundo os mais da qual resultou tahir o referido Severiano com uma aba da
simples v comesinhos principios da medicina legal, sobrecasaca rasgada, ou, segundo outros, cortada; o delegado
que a
lesão produzida Dr. Sallustio Pereira de Carvalho, manchado de tinta, eo
pela natureza do instrumento aqui doscripto
não podia deixar de ser senão esta ;
poderia
mostrar que em preindicado Quirino com um pequeno buraco on rasgaduru
virtude desta lesão não poderia haver nemorrhagia;e nas costas da casaca. Fui â casa do proprio Quirino e dello
que por
conseqüência não é nada para estranhar que o Dr. juiz do me informei de tudo quanto lhe havia acontecido. Disse-me
direito não pudesse ter achado vestígios de sangne no col- elle que foi só ao despir-se, quando chegou á casa,
que vio
late do
paciente ; porque a infiltração do sangue nos tecido* estai a camisa, nodoada de sangue. Examinei o lugar d'onde,
vulnerados disse elle, manou esse sangue, nada
por armas dessa natureza, assim como a falto pude distinguir por es-
comiequentedehemorrhagia exterior, é uma verdade de facto tar ess^e lugar mascarado ao sangue coagulado, de
que ha-
muito vulgar na sciencia ; poderia mostrar ainda que esses via também na camisa algumas nodoas
; sangue que aflir-
ferimentos são de natureza inflnmmatorin, e que portanto a mou-me elle ter sido effeito do sanguesugas
que por conse-
applicHçío d«i bichas na especic em roda da parto lesada é uma lho do medico applicára Aquella
parte. Em conscqucncia do
prescripçâo medica illustrada ; poderia riai.strar muitas que julguei ejulgo que a igreja não foi violada, etc.»
outras o.us»», mas não quero tomar tempo á camara, não A este oflício respondeu S. Ex.: « A' vista do que expõe
iilnr<1e de eousas
quero fa/er que todos sabem. o Rev. supplícante não
pôde considerar-se polluta
a igreja;
Portanto, Sr. presidente, sendo da natureza da ferida sendo
port_!m digno de lamentar-se que ella servisse de tliea-
que os lábios d lia se contrahissem, se conchegassem, e aca- tro a tão criminosas profanações.» Ora, senhores, em boa
Dassem por te reunirem, apenas retirado o instrumento fé
quem daqui poderá deduzir logicamente que a eleição
vulnerant'-; sendo da natureza da lesão e da causa que a da matriz se fez com toda a calma e placidez, que nella se
não houvesse hemorrhagia, e não derão scenas de sangue e violência que determinárão a
produzio, que que appare-
cesse influmniação que determinou a applicação de bichas coacção e separação dos 4 mesarios da eleição da matriz ?
no lug«r do ferimento; é intuitivo, e nnda tem
que cause Vê-se,
pois. dos proprios documentos pelo
Sr. Dr. Álvaro
admiração ou estranheza, que sendo a lesão le\c, e Tiberio produzidos a verdade de
produ- provada completamente
íida pe'a lamina aguda e fina de um estylete ou canivete, minhas asserções, isto é, a desordem, violência e coacção
essa letíi. fosse muito diminuta, e apresentasse um orifi- havidas ca eleição da matriz de Maragogipe.
EM \h DE MAIO DE 1857. 277
SESSÃO

Se eu quizera tomar tempo ú camara, e não precisasse de delia se dosviarem, impondo silencio aos espectadores, fa-
resumir-me o mai9 possível, poderia levar aos últimos des- zendo sahir os que so não aquietarem, e os qw injuriarem aot
mrmbro* da mexa, ou a qualquer dos votantes; mandando fa-
envolvimentos a demonstração desti verdade, analysando
e confrontando a adduzida pelo Sr.Dr. 1 ibeno, zer noste caso auto do desobediência, e remettendo á autori-
justificação
com a exhibida pelo Dr. Pinto Lima, com as representa- dadj competente: c, finalmente, mandar, no caso de offensa

ç5es da camara o do mesario Severiano,


etc. Então poderia physica contra qualquer dos mesarios ou votantes, prender
aooflensoi, remettendo-o ao juiz competente para o ulte-
mostrar a existencia incontestável de todos os manejos pre-
lior procedimento, na fôrma aa lei. < Isso tio que cumpria
liminares que antecederão a eleição, a influencia indébita
da autoridade, o alliciamento de votantes em seu nome pe- fazer ao juiz de paz presidente, e ao referido Dr. delegado.
Mas o tizorão elles, como cumprirão seus deverei ?
los inspectores e fiscal da camara, os factos de desordem, que
se fez, o processo
tumulto e confusão da igreja, as scenas
de violência, pu- Qual a prisão que que se instaurou, qual
viciamento da a menor dessas a lei indica no ar-
gilato o ferimentos nella acontecidos, o providencia policial, que
uma, pela introducção de nov»s cédulas, operado por jigo preeitado, ou na lei das attribuiç5es da policia, que
do Rei. padre Ignacio, a» scenas <lc fosse por qualquer dellea empregada ? Donde consta da
gente da parcialidade documento externo ? Nada se
acta, ou aluindo de qualquer
canibalismo c anarcliia commettidas por um grupo da refo-
fez, senhores ; a lei foi postergada ; o direito dos cidadãos
rida parcialidade do padra, que indo esperar de um alto o
do Dr. Pinto Lima, que com 06 quatro me- espesinhado, todas as garantias calcadas ; Jiouve um me-
povo do partido
sarios seguia a fazer nova eleição na capella do Monte, de»- nospreço soberano, uma esperie do conjuração ou conluio da
e da infringirem eombi-
fechava sobre eJie ao passar na ponte da cidade tiros de pol- parte do iuiz de paz policia, para
nados todos os seus mais imprescriptiveÍ3 deveres. Entre-
vora secca, apupava e insultava assim aquella população
inerme e pacifica, o commettia outras que taes gentilezas. tanto violências se derão. ferimentos o contusões houverão,
Poderia demonstrar tudo isto ; mas para que ? A camara insultos e tffensns a mesarios, confusão, desordem e anar-
está fatigada, e talvezjil enfastiada de ouvir-m»; eu mesmo chia geral.
sinto-me bastante cansado, e força me è pois abreviar e con- Senhores, tendamos homenagem ao espirito esclarecido
clulr : prescindo ocioso. e civilisado dos dignos cidadãos pertencentes ao partido do
pois deste trabalho ^
Mas, senhores, se taes factos são verdadeiros, se elles se honrado Sr. Dr. Pinto Lima; honra o gloria a esses cida-
achão até estabelecidos offerecidos peto pro- dãos benemeritos, que não so deixárão cegar, na força da
por documentos
prio Sr. Dr. Tiberio ; se Até o Sr. presidente da província dedicação pelo amigo, a ponto de sacrificarem todos os no-
reconheceu os ânimos se achavão bres estímulos da consciência e do dever; gloria e homena-
previamente á eleição que
conter-se assim tão dignamente
fortemente exaltados ; se as queixas e representações de gem a elles, que preferirão
denuncia A borda do abysmo, do que a dospenharem-so no vórtice
parte a parte que chegavão ao seu conhecimento
vão que ambos os lados se preparavão para sustentar uma tremendo c hediondo do crimo, dando nssim irrefragavel
á ordem testemunho do influxo imperioso da sancçflo religiosa e mo-
porfiada luta, que se poderia tornar perigosa publi-
ca ; se para conjura-la e reprimi-la habilitou a presidencia ral sobre as almas nobres e espíritos cultivados, antepondo
ao delegado com força, recommendando-lhe instantemente a perda total talvez da causa predilecta do amigo, a vencê-la
que por nenhum pretexto abandonasse a cidade
na quadra pela infamia e pelo crime!... Não estigmatizemos factos que
eleitoral ; como, senhores, pretender desconhecer e recusar devem ser pelo contrario unanimemente encomiadoa pela ca-

que violência não houvesse, que coacção não existira, e que mara, que deve ser a primeira a exaltar o honrar acçócs
tudo se passou trnnquilla e regularmente? louváveis que revelão t^o esforçados caracteres.
Não admitto, senhores, que se possa deduzir desses factos Elevemo-nos um pouco, senhores, nn apreciação desta
uma consetjuencia contraria A t^ue elles virtualmente eu- melindrosa questão, que tanto interessa a pnz e ordem pu-
cerrão ; seria 1V0 negar a plenitude da evidencia, seria blica ; não vejamos Emente nella envolvidos ou interesses
faltar i verdade irrecusável dos factos. individuaes dos candidatos ; e poi; não condemnemos netos
c- necessitão do apreço e animn-
Mas o nobre deputado
que em ultimo lugar
fallou disse : que pelo contrario morecem
« Vós sois ineptos;
pois vós mosnrios, que
tendes o direito ção ua camara o do paiz.
de manter a ordem dos vo- Mas, senhores, a commissõo foi tão justa, tão severa-
policial na assembléa parocbial
tantes, porque não impuzestes silencio aos perturbadores, mente imparcial na apreciação da eleição de Maragogipe,
e não continuastes nos trabalhos regularmente? porque da matriz, em
que não motivou a annullação da eleição
increpais disto sômente ao juiz de paz ou á consoquencia desses factos sórnetite de violência o voacçüo
presidente,
autoridade polieial 1 » Senhores, a attribmção que cube aos dos mesarios. Pelo contrario ella não fez questão deli»'*, o
mesarios pela respectiva lei de eleiçúos de 19 de Agosto de disse francamente que a des»-"*'*^ de tudo auezar da prova
1846, art. 46, §4°, creio eu, 6 a de coadjuvar ao presidente da plena desses factos. não tería ainda assim duvida alguma
mesa na manutenção da ordem ; mas quem ooadjuva auxi- em approvar essa eleição, se por ventura violações de outra
lia, e quem auxilia não <5 autor principal, não tem iniciativa ordem, nullidades de outr i eapsrk? :.ão deparasno ella nes*a
na manutençiío dessa mesma ordem. O juiz do paz, poiém, mesma eleiçã»> a resolvessem a optar nquelle aeeordo
que
senhores, não deu nada de si; não procurmi^ restabelecer e a chegar Aquella conclusf.o Assim, admittc a com missão
a ord<-m alterada, impondo silencio, fazendo retirar,ou pren- não houvesse, cque i dar-se mesmo violência,
^ue coacção
dendo os amotinadores; o juiz de paz mudo o essa não tivesse a efTicacia juridica de produzir um cons-
permaneceu
quedo, pregado i sua cadeira, sem se importar com
a de- trangimento tnl no animo aos votantes que os impossildli-
sordem leoom- t»sse de continuarem a votnr livremente; a eoinmissão
que lavrava ; o delegado, a quem o presidente
mendou especialmente eleitoral, ohega mesmo ao ponto de quo não passasse do
conceder
que fiscalisasse o processo
cuja missão era manter, a liberdade e uma scena ordinaria e cmmum no
processo «leitoml, de
proteger e garantir
s« díi cm todas as
segurança individual de todos, quanto mais da mesa paro- um comesinho tumulto que vulgarmente
chiai, cujo dever rigoroso era sustentar a ordem e a paz pu- assembléas pnrochifies. sem conseqüência nlgutnn; e que
büca ; o delegado, esse ngarrou-se á urna, tornou-se teste- livre e
portanto s< renado o acalmado, poderia proseguir
munha impassivel daquelie fero e sanguinolento combate, regularmente a eleição da parochia cm plena paz.
da geral sccna do pugilato, pelo menos, representada naquel- A commissão concede tudo isso ; nias entretanto aponta
lc vasto circo de fortes gladiadores. outros motivos mais sólidos, mais jurídicos para funda-
Os mesarios, pois, que virão isso; elles, coitndos, que erão mentar a anniillação da eleição da froguezia. Esse funda-
objecto da fúria indomita da gente do Rev. padre Ignacio, minto é a reorganisnçSo da mesa paroehial depois da sepa-
segura, quando menos, senão da proterção, aa eíficaz neu- ração dos quatro mesarios que se retiràrão d» matriz, e fe-
trai idade da autoridade policial; podião elles, míseros, ter rão fazer segnnda eleição na capella ila Concoição do Moute.
*
em sua» mãos meios de conter e reprimir a desordem Antes, porém, que entro nessa apreciação, permitta-mo
O nobre deputado não pôde fallar seriamente, não pódo a
a camara que responda, ainda que summarissimameute,
es -
estar convencido da força desso seu argumento; isso é um argumento do nobre deputado por Caxias, que me ia
A violência provada, e augmen- an-
juntar o eacarneo e a irrisão capando. Disse ello: « A commissão. Jnirn concluir pela
tar a afflicção ao afllicto ; <5 falta até de caridade ovangelica. aos
nullaçio da freguezia, vio-se na necessidade do conftituir
fingirem
Quem podia, e quem devia conter
a ordem era o Dr. de- mesarios na collisão de serem cynicos, ou de sc
legado, ali se achava com força; quem coactos A commissão não achou um moio termo; não pode
que para esse fim
podia e quem devia fazê-lo—era
o juiz de paz presidente, a conceber que sem estarem violentados, mas não querendo sor
incumbe: « «guiar a cynicos, comprehendendo quo sc achuvão em minoria, pro-
quem a mesma lei de 184fi, no art 47,
policia da assembléa parochial, chamando
À ordem aos que ferirão retirar-se a abraçar o procedimento escandaloso o im-
278 SESSÃO EM Jh DE MAIO DE 1S57.

moral do excluírem do proposito e acintemente, em vista do portanto o nobre deputado errou pretendendo com ellc
triumpho a que aspiravão embora contra a própria con- sol ver a questão vertente.
sciencia, por fulta de identidade, votantes que, entretanto, Mas, Sr. presidente, o nobre deputado, antevendo o esco*
reconhecessem idênticos.» Sr. presidente, o dilcmma do nobre lho inevitável em que naufragaria, fazendo applicação pura
deputado é fantástico, não existe ; pecca no fundo, porque e simples da disposição do art. 17 á hypothese occorrida em
assenta n' um falso supposto. Os mesarios tinhão considerável Maragogipe, perspicaz e aophista como é, recorreu logo a
maioria do votante?, como já fiz ver na nmilyse do» distrietos uma de suas argucias para legitimar a interpretação força-
de paz, da força das respectiva» qualificações, e da historia da que se via obrigado a fazer do texto ; e assim, ei-lo a soe-
das influencias locaes. Que os mesariosforãocoactos—ó uma correr se de uma metaphysica abstrusa e transcendente,
verdale tão liquida—depois da demonstração rocurando embair ou mystificar a camara, convencendo-a
que tenho feito,
que julgo ocioso voltar a insistir no mesmo assumpto. Por- o absurdo logico e legal de que o juiz de paz de per si só é
tanto o dilemmado nobre deputado cahe
por terra. Passemos a mesa, e pôde portanto reconstitui-la, dada a falta collec-
ngora á orgunisação da mesa. tiva e simultanea de todos os mesarios.
Vejamos como o Porém, Sr. piesidente, a camara é bastante illustrada
juiz de paz a recompuz. Aqui devo en-
trar em outra
questão juiidica, sobre a qual me parece para acolher sem critério, ou sanccionar sem reflexão,
ainda que os nobres deputados não têm razão alguma, as- absurdos de tal marca, dislates de tamanho vulto. Acho
sim como em todas a» nobres de- mesmo que importu uma injuria ou desconsideração àillus-
que tenho ventilado, pelos
tração da camara o emprego de argumentos de tal ordem,
putados suscitadas.
a supposição de tão vulgar myopia, de tamanha imbecilida-
Eis-aqui, senhores, a acta da eleição de Maragogipe, pre-
de em homens pela mór parte dados ao estudo das leis, a
sidida pelo Rev. a acta.)
padre Ignacio. (Lé sábios de todas as profissões, como devem ser os que ornão
Os oradores que têm fallado nesta questão não têm sus- as cadeiras da assembléa legislativa, a legisladores, em
tentado uma opinião firme. A camara certamente estará summa. muitos dos quaes contribuirão para a confecção da
lembrada de que o nobre deputado que fallou em primeiro mesma lei.
lugar disse que a mesa foi recomposta debaixo da influen-
Entretanto, Sr. presidente, não me quero dedignar e exi-
cia do art. 17 da nova lei eleitoral (decreto n. 1,812 de 23
mirde responderá, absurda argumentação do nobre depu*
de Agosto de 18.56); o nobre deputado por Caxias entre-
tado. Na mesma lei moderna encontro eu resposta frlsantf
tanto já se afasta da opinião do seu collega, o hontem ehe-
e dirimente da subtil argúcia do nobre deputado. O art. 1«
gou a reconhecer que a mesa não tinha sido reorganisada remissi-
do conformidade § 1° do decreto n. 842 de 19 de Setembro de 1855,
com esse artigo, mas sim o fura pelo
vo aos arts. 8,10 e 12 da lei n. 387 de 19 de Agosto de 1846,
nrt. 21 da mesma lei, que trata da recomposição da mesa do
diz expressamente que os membros das juntas de qualifica-
collegio eleitoral: o candidato, porém, por outro lado, não
ção, e os das mesas das assembléas parochiaes serão eleitos,
»e conforma com a opinião de seus delensorcs, e diz que a
dous pelos eleitores e dous pelos supplentcs, etc. Log> è ex-
mesa foi recomposta de conformidade com o art. 14 das ina-
trucçoes de 28 de Junho de 1819, e arts. 10 e 12 da lei de 19 pressoneste artigo daleiqueos quatro membro» da junta ou
mesa serão eleitos pelos eleitores e supplentcs ; logo o juiz
de Agosto de 1846.
de paz nâo é membro da mesa, senão na qualidade ou 6ob o
Se o nobre deputado reconhece que nos casos omissos, titulo de f eu presidente; portanto não a representa de per
nas hypotbe-cs não previstas pelas novas instrucções do si só juridicamente, nem a pôde reconstituir, porque a lei
processo eleitoral, guardão-se as disposições antigas da lei commetteu esse encargo o*' attribuição k junta ou mesa,
de eleições de 1846, que não está revogada pela nova, e a composta de eleitores e supplentcs.
suppõe em tudo quanto é nesta omisso ; se o nobre depu-
O art. 1° do decreto n. 1,812 de 23 de Agosto de 1856 faz
tado teve necessidade em muitas occa.siües de recorrer a
igual separação e distineção do juiz de paz, e da junta qua-
essa mesma lei antiga para demonstrar uullidades quc liticadora. ou mesa parochial. Temos, porém, texto mais po-
andou exeavando em differentes actas ; como é que o nobre
sitivo o peremptório, temos o art. 11 desse mesmo decreto,
deputado pôde negar a procedencia da argumentação trazida : « Se o presidente for eleitor, votará na eleição dos
que diz
de que a mesa devia ser recomposta em virtude o de har-
membros da junta ou na mesa parochial com os mais elei-
monia com o processo prescripto nas referidas instrucções
tores qu com os mais supplentcs. se supplente fôr. Não po-
de Junho, que solvcm a hypothese da especie, regulando-a
derá porém ser eleito membro da junta ou da mesa parochial,
pelos artigos 10 e 12 da lei de 1846? reputando-se nullos os\otos que nelle recahirem. »
O nrt. 17 diz : < No impedirtiento ou falta de qualquer
Ora, Sr. presidente, pelo artigo que acabo de ler é intui-
dos membros da jwita ou da mesa ;xiro. hial, depois de assiyna-
tivo que alei faz uma perfeita distineção entre o juiz de
da a acta de que trata o artigo precedente, a mesma junta
da junta ou mesa parochial, e a mesma
ou mesa parochial, durante os seus trabalhos, nomeará paz presidente
mesa a reunião
junta ou mesa; vp-se que a lei considera
quem o substitua, comtanto que tenha a qualidade de elei- dos quatro mesarios sob a presidencia do juiz de pnz; vê-se
tor. » elle possa ter obtido fira
que seella annulla os votos que
N<-ste artigo o que está previsto é a falta de um ou ou tio membro da mexa, é porque o não considera jmrte integrante
membro da junta ou mesa parochial, depois de assignada a e indiatineta dclln; logo não p/ide ser o juiz de paz o repre-
acta ; o que está regulado e o preenchimento dessa falta, ou sentante genuíno e exclusivo da mesa, em falta dos mesa-
impedimento singular de cada membro, ou de mais de ura, rios, a ponto de poder por si só reconstrui-la e reorganisa-la,
comtanto que fique sempre junta ou mesa parochial para tem o concurso pelo menos de um ou mais dos mesarios.
prover A sua substituição ; o que não está porém previsto e O outro argumento dos nobres deputados também éinfe-
regulado é a bvpothese da questão vertente, a saber: a retira- li/mente excopitado; <S esse o que so deriva do nrt. 21 do
dasimultanea ou a falha, ausência,ou impedimento collectivo decreto n. 1,812, que tratando da composição das mesas dos
de todos os 4 membros da mesa. Portanto este artigo é mal collegi^s eleitoraes, regula as substituições do segirnte mo-
trazido e invocado para solvcr ahypothese da questão, visto do : « O presidente será substituído pelo mais votado dos se-
como essa especie não foi prevista e resolvida porelle, e cretarios, e os outros membros pelo immediatr» em votos ao
ílós não podemos cm matéria de competencia, edesolemui- ultimo escrutador. Se um só não houvei na lista, o presi-
dados saeramentaes, ou formulas essenciacs á constituição d«*nte substituirá a falta, nomeando a qualquer d'entreos
e validade do actos capitaes, que vicião ou aunnllão todo o eleitores. >
a lei ; Este artigo nem carece de analvse. Além de que elle nno
processo eleitoral, segundo se observa ou infringo
nós nSo podemos, repito, cm uma matéria de sua natureza regula também a hypothese da falta collectiva de toda a
restricta o ampliavei, distinguir onde a lei não distingue, mesa, porque só previnc a hypothese singular do impedi-
fazer extensivos por interpretação e deduoção disposições mento de um ou outro mesario; accresce que elle, regulando
que só devem
ser entendidase applicadas severa e limitada acto e diverso e distineto, cujas con-
processo inteiramente
mente, segundo a fôrma em que se expressa litteralmente seqüências è alcance não podem ser nem de longe absoluta-
a mesma lei, o naturalmente decorre do seu manifesto mente comparados com a natureza das funeções, importância
cspiiito. das attribuiçõcà e influencia decisiva sobre a sorte da elei
Logo, se o art. 17 da nova lei eleitoral não prévio, e nem ção, inherentes á composição das mesas parochiaes, não
nenhum modo citado e appli-
regeu a especie que occoireu na eleição de Maragogipe, a Ja pôde em con^equeneia ser de
ausência simultanea e collectiva de todos os 4 mesarios, cado para resolver a hypothese em questão.
ser applicada, que caiba na es-
ficando apenas o juiz de paz, que por si só não é mesa, i Que disposição então pôde
decidi-la ? Nenhuma outra senío
intuitivo que esse artigo é infelizmente invocado, e que pecie, e possu legalmente
SESSÃO EM 14 DE MAIO TE 1*57. 179

a que se contém nos arts. 10 c 12 da lei n. 387 do 19 do e n«» estando este


presente, convidou verbalmento no 6" 7o
Agosto de 1817, reproduzidos tios arta. 8 e 10 do decreto e 8", ou 1« 2° e 3" supplentes
(o mesmo defeito, con .
n._ 1,812 de 23 de Agosto do mino pretérito, lia fôrma deter- vocações verhaes,
quo nunca se lizorào, exigência de com'
minada no art. l i das instrucvôes do 28 de Junho de 1819, parecimento iniinedialo, contrario à lei,
quo ndmitte espora
que è o único que rego a hypothese verificada 0111 Mnrnco- *ti J horas do dia seguinte)
; o como nenhnm seprcstiisse
gipe, omittida, nãoprevcntu e regulada nem na untlga lei ei-lo
que
não proseguo a chamar
aos supplentes seguintes
ue 1846, nem na modernissima do 1856. de juiz de paz
pela ordem da votação, não : o Kev. Vi" do
Mas o que fez o Io iuiz de paz do Maragogipe* Chamou paz nao go.ta de ser coUerente, de guardar sempre
de paz na ultima eleição, o mesmo
porventura o 2a votado para juiz processo, nao senhores ; ei-lo (,„0 f„z outrn innovição
esperou-o at<S o dia seguinte, ás 9 horas, para depois clia- mais curiosa ainda; chama então qS
ao» immediatos em vo
mar o seu immediato , e assim por diante, para debt'arte re- aos 2 mesarios, que salurão da m
turma dos ,„n„i„,,
1 ' °
compôr-se a mesa por parto dos eleitores com os dous mem- eleitores ! Ma. ainda não « tudo' I.go™
o vere
bafos por elle nomeados ? Chamou acaso para a nomeação Ainda ha uma 6» ou 8«
piiase no cahos info'rme
dos snpplentes o 5» votado ou o 1» supplente na eleição dos esdrúxula recomposição de mesn. Temos dessa
mois nor de,™
do districto , guardados os mesmos tramites deiro que, não se
juizes de paz prestando ainda os dous ultimamente con-
indicados ató a effectiva recomposição? vocados, o Kev.
precedentemente juiz de paz voltou á regra do nrt. 17 e mm
Não absolutamente. Pelo contrario, da acta consta que ó re- esses dous mesarios piimeiramente chamados
ferido juiz de paz primeiramente, figurando que tendo vol- passoi a no
mear a dous cidadãos cora as
qualidades de eleitor !!'
tado dous membros da mesa a seu chamado, procurou com Ora agora, á vista de
quanto m-abo de csmerilhar" peco
estes reorganizar a mesa, applicando assim a disposição do aos nobres deputados
quo Unpugnüo o perecer da commis-
art. 17 da nova lei supracitada (Ia pliase da recomposição sao, e a ínvectivão uero e desabridninwito
da mesa); mas como estes se não quizeesem prestar, o se por haver opinado
pela nullidade desta eleição, a liberdade o o direito de ner-
retirassem, ficando só elle
juiz de paz na matriz, não pude guntar-lhos : os nobres deputados fallão serio, do boa f<5 e
ser por esse cm
processo reconstituída a mesa. consciência, ou
querem zombar do bom senso e intellieeneG
Em 2o lugar
(2° pliase), applicou a disposição do art. 8» da cornara ? ! Dá-se
por ventura, ou pf.de haver um amalim-
da referida nova lei eleitoral, chamando consecutivamento ma mau disparatado e heterogenoo,
uma mistura .íè
na mesma hora c
para o mesmo dia, já verbalmente, já por los mais informe uma mexinifada mnis burlesca
officio.aos 3 domm
juizes de paz que lhe eiuo immediatos em votos, essa exótica e ridícula recomposição da
mesa parocl.míT
por sua ordem ; mas nRo tendo obtido resposta de nenhum Jlaragogipe, feito pelo Rev. loJuiz de
paz padre Ig„ac o
(queria tê-la, não convocando a nenhum, nem mesmo quan- Aniceto de Souza? Pode ser, ha do
porém ser bem raro da
do os houvesse convocado, dignando-se espera-la ató ás 9 mcuos uil" mo lacordo do
jamais o tec
horas do dia seguinte, como inunda a lei), não se achando v'stontIar"8e'
disposição positiva na legislação que regesse a hypothese Ora agora, avista do exposto, decida a
apresentada da falta collectiva dos» 4 mesaiios a um tem- carnarn, decida o
paiz, quem tem razão, quem argumenta com maior boa
po , vio-se na necessidade de recorrer á disposição do art. 21 fó
e imparcialidade na
da mesma lei novíssima de 23 de Agosto de 1856 (3« phase), presente questão.
Noto com a câmara está enfastiada de ouvir-ma
o então convidou, etc. pezar que
' (nfto ajmiaJu); comprehcndo
liis o que diz a neta do proprio líev. Io juiz de paz, perfeitamente a necessidade
que que tenho de circumscrever-mu o mais
acabo fielmente de ler. possível, de despre-
zar mesmo factos e argumentos em
quodcsejúra tocar liara
O Sr. juiz de paz, portanto, senhores, empregou um tri- não abusar muito da benevola e honrosa
attenção que sem
processo na reorganização da sua mesa; não tevo (ixi- que eu o mereça, a camara so digna de
prestar-me liem a
ade ou estabilidade em nenhum j foi perpassando rnpida-
Slice meu
pezar o faço, comquimto mo tenha já de sobejo exte-
mente por todos sem demorar-se cm nenhum. VC-se por nuado; porque receio destarte compromettor
a sorte e ár-
a^ui que elle, sem esperar a realisacão dos tramites
que a riscar o triumplio da
justa cansa que tomei a peito deferi-
lei,
quer antiga quer modorna, manda guardar para a re- der, e por cujo bom êxito unicamente ainda
faço esf. rço
composição da niesa; sem convocar por cscripto como lhe por sustentar-me na tribuna. Concluindo, i>ortauto
cumpria aos seu» successores; quanto
juizes de paz do dÍ3tricto, a Maragogipe, faço a devida
justiça á camara,
sem esperar resposta do» mesmos ató o dia seguinte presumindo
pelas que em presença de semelhante acta cila
jAmais nunca po-
9 horas, na fôrma da lei; fez tudo camarariamente a seu de^á iipprovarumu eleição tão radicalmente
nulla.
arbítrio; não respeitou a formulas nem a garantia alguma, Passarei agora & fregticzia ria Tnpcra.
tudo atropcllou e enverteu, e fazendo uma mixórdia e amai- Sr. presidente, correspondendo a expectativa
da camura
gama confusa das disposições legaes ; nessa balburdia por quero ser o mais breve possível;
prescindirei de entrar em
elle creada, decidio li entre si f.r culhedra, que não compare- longos desenvolvimentos; irei ao amago
de todas asoues-
ccndo os juizes do paz a ello immediatos, quo elle simula tões que se t*m suscitado na casa fteei ca
dessa frenuezia -
de haver verbalmento convocado, que a hypothese não es- direi apenas o essencial, e isso mesmo
perlunctoriamcato'
tava prevista na legislação. U» nobres deputados ímpngimdores do
parecer da illustro
Então passa a recompô-la com o art. 21 da mesma lei. coinmissão juerem por força deduzir 12 eleitores
da fre
Ainda aqui, porém, nesta terceira e injustificável phase, o da Tapera, a de
guezia pretexto que a nova freguozia da
Rov. juiz de paz foi infeliz; tanto confundio-se% e atrapa- Amargosa foi toda composta do território desmembrado
da
lhou-se que fez ainda uma nova mistura de prelos, como antiga freguezia da Tapera, a quem dantes
pertencia- o
passo a mostrar com a mesma acta. (Li.) Diz ella quo para que por conseguinte dando a freguozia da Amargou, nctual-
substituir os dous primeiros mesarios forão chamados o co- mente 600 votantes, segundo a nova
qualilicução leita do-
ronel Firmino José da Silva e ^lmeida, e João Antonio da desannexação, devião-so deduzir da fregue/iu
pois da
Balthazar da Silveira, immediatos cm votos na eleição dos Tapera tantos eleitores
quantos fossem os múltiplos do
dous primeiros mesarios. 40 que se contivessem cm o» «00 votantes
quo, ecnndo
Ora, bo o juiz de paz s.guio o processo do art. 21 não
po- querem os nobres deputados, sahirão todos exclusivamente
dia chamar a esses indivíduos,immediatos em votosaos dous da antiga freguezitl da Tapera
para formarem a nova na-
mesarios, quo subirão da turma dos eleitores; mas sim, na rochia da Amargosa.
fôrma do mesmo art. 21, aos immediatos em votos ao ultimo Além disto, o "obre depntado ouo fallou honteni,
nas
escrutador.Mas se o lugar de escrutador corresponde aos ul- suas exeavações pretendeu ter descoberto mais
timos votados para a mesa do collegio eleitoral, essa quali- que a Tape-
ru 3obre ebtes deviu
perder ainda outros S oleitores; c não
iicaçãosó cabe na mesa parochinl aos 2 mesarios eleitos pola contente ainda assim com tanta depuração do eleitores,
clie-
turma dos supplentes. Logo, ainda mesmo concedendo quo
g'u ao extremo de pedir a nullidade radical da eleição da
ser applicavel á recomposição da mesa a disposição 1 apern, porque inventou elle, ou
pôde descobrir em sm-uh
o art. 21, sem embargo teria havido manifestamente viola-
Sudesse errados cálculos, que havia uma dilferença do 700 e tantos
ção tlagrante desse mesmo texto. votos para menos na neta da reforida eleição, multiplicai!-
Igual violação se deu a respeito da reorganização da se- do-se o numero dos cidadãos votantes
que comparecerão a
Kunda parte da mesa, e esta então^ ainda ó mais curiosa. votar pelo numero de eleitores
quo dá a mesma freguezia ;
Nesta parte o Rev. de paz já não quer saber do e que assim, podendo c*te resultado influir na relação
juiz no-
art. 21, despreza-o, e lá vai recorrer do novo aos nrts. 10 minai dos eleitores e supplentes, e altera-los completamen-
e_12 da lei de 19 de Agosto de 1816, diz
quando que con- te, podia e devia e»6c vicio essencial invalidar absolutameu-
vidou ao 5° votado na eleição do
juizes do paz do districto, te a eleição de toda a freguezia.
280 SESSÃO EM \k DE MAIO DE 1857.

Eu, Sr. presidente. Dão coutava que o nobre presidente qualificação, e não o eleito ultimamente depois da nova divisão
Ba sua analyse incisiva e fulminante pudesse chegar ao dos districtos,etc. » (Ilypotl.ese justamente
que se deu na
os próprios interessados
ponto de desenterrar coueas que Tapera.) Este mesmo aviso circular n. 156 no
g 5« diz aind* •
na questão nunca puderão descobrir! < Effectuado o
provimento canonico da freguezia do Ingâ
E«te argumento do nobre deputado, por sua novidade e deviu ser chamado ojuiz de mais vizinho delia
paz para pre-
importunem, produzio lioutem sensação na caraara, e sor- sidir ãe eleições, etc. » A legislarão dos avisos,
portanto ex-
prendeu-me realmente, pois que seguramente não conta- pedidos para declarar ou explicar a execução
pratica do
va com clle, nem o podei ia antever e esperar; retirando-me texto do art. 3o da lei de 1846 é diametralmente opposta e
iu-
porém da casa, e chegando il minha habitação, foi meu fensa íi pretenção dos nobres deputados.
primeiro cuidado passar a examinar logo as actas de todas Mas, senhores, o
que espanta sobretudo é que os nobres
as freguezias contestadas do districto, Tapera, Maragogipe, deputados a ousassem sustentar em
pro»cnça do art. 3° da
Cruz das Almas eS. Felippe; mas, lei novíssima, decreto n. 1,812 de23 de Agosto de 1856,
qual não foi minha ad- que
miraçuo e extranheza tingirão desconhecer e olvidar, ou então
quando cm resultado desse exame quizerão de propo-
chegai ao conhecimento de sito violar. Este artigo diz: «Nas novas
pude que o nobre deputado foi parochias, emquanto
inexactissimo em todas as sommas e cálculos se não tiver
que apresen- procediao & eleição dos respectivos juizes ae paz,
tou ácasa? ! Aqui tenho eu, Sr. presidente, o resultado do competirá, a
presidência da junta de qualificação, ou da mesa
laborioso e enfauonho exam e a que procedi; está circum-
parochial, ao mais votado do districto a que pertencia o lugar
stanciadamente escripto, e minuciosamente desenvolvido ; em que se achar a matriz das mesmas
parochias, e no impedi-
eu o submetto portanto á averiguação de todos os nobres mento ou faltn deste, ao seu immediato em votos.»
A' vista
deputados, para que vejão o erro grosseiro e profundo, e a disto, senhores, em face de textos tão expressos
e positivos,
falsidade dos cálculos liontem apresentados á casa. Apre- que cortãj peremptoriamente a questão, custa a crer como
ciemos agora cada uma de per si as diversas objecções feitas se possa ter animo dj sustentar a <
pinião contraria. Logo,
£ freguezia da Tapera. já o primeiro argumento cahe por terra, isto é, do facto de
Vamos primeiramente á necessidade da dcducçfio dos 12 haver o juiz de paz da Tapera feito a
qualificação da Amar-
eleitores, que só agora se pretende eliminar da freguezia da gosa, n3o se 3egue absolutamente que a freguezia da Amar-
Tapera. gosa sahisse exclusiva e integralmente da Tapera.
Não devo deixar de recordar á casa O segundo argumento adduzido em
que a freguezia do prova desta gratuita
Bom Conselho da Amargosa não asserção foi o facto da opção do vigário da Tapera,
pertence ao districto ciei- pela
toral da Cachoeira, e sim ao de Nazareth ; mas nova freguezia da Amargosa. Ainda nesta
que essa questão jurídica
capella, hoje erigida em matriz da nova freguezia, era antiga os nobres deputados e o candidato infeliz não têm razão
;
è um novo erro
capella filial, pertencente k freguezia da Tapera. Assim não que commettem a opinião que defendem.'
havia portanto interesse algum na Tapera, e Os nobres deputados este facto importa vir-
para a eleição pretendem que
da Cachoeira, de exagerar o numero de seus votantes, nem o tualmente o reconhecimento e a
prova de que a freguezia
de orocede • á respectiva qualificação dos mesmos. da Amargosa sahio no seu todo só e exclusivamente
do
Os nobres deputados trouxerão como primeiro argumen- territorio da Tapera ;
que nenhuma outra freguezia soffreu
to a questão se a qualificação da nova freguezia da Amar- córte ou desmembração de terreno algum seu
para a creação
da nova freguezia da Amargosa, e
gosa devia ou não ser presidida pelo juiz de paz da fregue- que aliás, se tivessem
zia da Tapera, ou se por cada um dos essas freguezias soffrido ou desannexação de territo-
juizes de paz das Ire- perda
rio, então os seus respectivos
guezias de S. Miguel, Arêas e Maracaz, donde se diz que parochos terião igualmente o
desmembrou-se território direito de concorrerem A apresentação e
para a composição da nova fie- provimento na
mesma, e não caberia •> direito de opção, exclusivamente,
guezia do Bom Conselho da Atoar gosa. Enteudem os nobres ao
deputados que o facto de ter o 1° juiz de paz da Tapera vigário da Tapera. Erro e canonico Jos nobres
jurídico
deputados; argumentarão neste
procedido á respectiva qualificação aa nova freguezia da ponto contra as leis da
Amargosa, na qual não tomárão parte alguma os outros Igreja.

juizes das freguezia» conlinantes que perdfrão território Sabem todos os que são versados em matérias ecclesias-
para a creação da Amargopa; entendem, repito, que esse ticas, cm que me confesso fraquissimo(e felizmente se achão
facto prova perfeitamente qua todo o território da nova fre- na casa muitas illustrações e especialidades neste ramo,
a
jruozia sahio exclusiva e integralmente da antiga freguezia quem declaro que consultei, porque ê assumpto senão quasi
da Tapera, e não de nenhuma das outras, aliás ojuiz de estranho á minha ao menos por mim
profissão, pouco cultiva-
f»az competente de cada uma dellas teria procedido & quali- do, isto é, o das leis canonicas,
para não errar, e vir aqui
ticação da porção de votantes
que cada uma houvesse per- sustentar absurdos); sabem todos, cesses nobres deputados
dido pela dcsunnexação de seu respectivo território. Os no- me ensinãrão
que o direito de opção de nova freguezia,
bres deputados,
poiém, Sr. presidente, estfw completamente creada em virtude de desmembração de territórios de uma
enganados, ou então pretendem illudir a camara, estão «o- ou mais freguezia.- conlinantes,
pertence peculiar e priva-
phismando, porque não i possível que estejão sustentando tivamente ao parocho da matriz cia antiga freguezia de
que
a cada passo, por couvicção, e:>ses absurdos foi separada ou desmembrada ir capella filial erigida em
jurídicos em
matéria eleitoral. Quer te consulte a lei antiga de 1816, nova freguezia.
quer a novíssima de 1850, a verdade contraria é a dis- Ora, se esta & a disposição da lei canonica ou ecclesiasti-
posição que se acha estatuida na lei. Eu passo a ler al- ca; se a'capella da Amargos» era antiga capella filial da
guns desses avisos e disposições geraes. Começarei pelo freguezia da Tapera, donde foidesannexada
para ser croada
aviso circular de 31 de Dezembro de 1846, uue tratando freguezia, segue-se que ao parocho da matriz
da Tapera é
do modo de proceder á qualicação da freguezia ae Petropolis
que privativamente pertencia o direito de opção, quanto 4
que não estava ainda provida de naracho, disse : « deve esta nova Iregueziada Amargosa. Lste fneto
portanto ainda não
ser da freguezia mais
procedida pela junta qualincadora prova o desideratum dos nobres deputados, a saber,
que
próxima ; e pelo que respeita á formação da mesa, deve j>ro- Amargosa sahisse integralmente da Tapera.
ceder so segundo o art. <5° da lei, e sob a
presidência do juiz Trarei ainda á consideração da casa um
facto importante
de paz vizinho mais votado, visto
que a legislação actual que serve para corroborar a procedencia e verdade da dispo-
chama os suas
juizes de paz mais vizinhos a exercerem siçáo analysada : é o facto, Sr.
funcções nos districtos presidente, de haver tam-
que os não tem, etc. ; o por juiz de bem, segundo me iuformão, o Itev.
de paz mais parocho da freguezia de
vizinho entende se o mais próximo do districto, S. Miguel, Gustavo José dos Heis, requerido ao Kxm. dio-
uma vez que nfio séja de diversos termos. » Ternos mais o cesano opção a respeito da nova freguezia da Amargosa,
aviso dp 20 de Fevereiro de 1857. «
que diz : que não podeudo allegando
que tendo sido a sua freguezia a que mais havia
haver junta de qualilicação senão 11a nova freguezia, etc.,
perdido com a creação da nova, visto oomo só delia llie ti-
devia a qualificação dos delia ser feita pelas lihão desmembrado seguramente 6 léguas de bons terrenos,
parochianos
juntas das matrizes a qw. dantes p-rtBnciâo. > consideravelmente
povoados e cultivados com roças, fazen-
lia ainda o aviso muito terminante de 21 do Dezembro de das,e ató engenhos de assucar, e vinha elle n ficar enorme-
184f>, g 1°, que. tratando de
questão idêntica da qualifica- mente prejudicado, S. Ex.Revma., o nosso sábio metro-
ção de uma freguezia que tinha sido dividida e reintegrada, denegou-lhe formalmente a opção requerida, lem-
sem que depois da reintegração da polita,
se tivesse feito orando-lhe unicamente a disposição da lei canonica acima
parochia
a eleição dos juizes de paz,
que a lei suppõe no art. 3», diz : invocada.
« Neste caso c evidente o de
que juiz paz do ditírirto da matriz Eu não trago documento disso ; mas é um facto
maií votado na eleição que mo
geral é o que dtve presidir d junta de dizem se
passou realmente na província ; nem poderia tra-
SESSÃO EM IU DE MAIO Dlí 1857. 281

taes argumento», no caminho que vai


2er, porque nos era impossível prever que para a Sapucaia, por este «diante a
encontrar o riacho dos Hrei^es, e
qne hypotheseB ti» gratuitas e exageradas
se apresentassem por este acima até as »ua»
na discussão, para nos sorprender e confundir. Saibio os nascenças na serra denominada ae João Pedro, dahi em di«
reeção & fazenda do Suirão, até encontrar os limite» da fre-
nobres deputados que estamos baldos, destituídos absoluta-
mente de todo e qualquer documento em relação & Tapera, guezia de Maracaz, na morada do finado João Alve», e por
do» Drs. Pedro Muniz e e»ta estrada de Maracaz abaixo
que ató nem foi tocada na exposição para o Curralinlio ate a
serra a«a Milagres,
Pinto Lima ; pois que não sendo contestada essa eleição na por esta adiante entre o nascente e o
tempo, nem na parochia, nem nocol- tul, ato a serra dos Gatos e Tartaruga, da Tartaruga em
província em nenhum
direcção & estrada que segue do Gentio
Iegio, quer no da matriz, quer no convento do Carmo, nem para o Curralinho,
ante a presidencia ou na imprensa, julgavão-se os interessa- por esta adiante ate o rio Corta-mão, e por este abaixo até
a sua barra e a do Ribeirão,
do» dispeusados de colligir ou procurar obter documento» primeiro ponto de partida. »
verdade e validade dessa eleito. Ora, penhores, para quem ó filho da
para prova da província da Bahia,
os honrado» membros
Assim nós argumentamos com os proprios documento» 'azareth, que forio juizes do termodò
exhibidos pelo Sr. Dr. Tiberio; servimouoB, e revertemos Sara districto a que pertencem as freguezias de
Arêas
contra elle a» »ua» próprias arma». e S. Miguel; nara aquelles que conhecem o município
de
Destruida» assim esaas primeiras obiecções.o que resta, Valença e de Jequiriçá, como é o Sr. Dr. Madureira, nas-
Sr. presidente, em relação 4 Tapera ? Resta a grande ques- cido nessa comarca, e que foi juiz municipal e de orphãos de
tão, sobre a qual tem feito o» nobres deputados tanta bu- Nazareth, que correu todos esses
pontos fazendo inventa-
lha, a »aber: o ittideralum gratuito e infundado de ter rios, etc...,
sabido toda a freguozia da Amargoaa só e exclusivamente O S*. M*di'ki:ira : — Apoiado.
da Tapera, donde era a sua matriz antiga eapella tilial, e a
O S». Fniium »» Cuiuu: —.... e
contestação por nossa parte offerecida de que «abio, é ver- que om virtude dns
desordens dos índios de Amargosa,
dade, parte da freguezia da Tapera, mas nas outras que determinArão a di-
parte» visão da freguezia, sabem de tudo uto, semelhante argu-
também das freguezia» de S. Miguel, Arêas, e alguti? dizem
meuto não passa de uma extravagante
que também de Maracaz, e outros não. pretenção.
Como provão porém os nobres deputados as suas asser- . Yjf 1u« dizeis o contrario, porque apresentais excepçT*;»
jurídica», que quereis descobrir na lei aquillo
',<xm
quanto a esse ponto? Como podem os nobres deputado» que nefla Be
não contém, que não admittis
dizer, em faee da lei e dos documentos que a que certos limites ahi desig-
produzem, que nados eâo de territórios pertencente» As outras fre-
irepuezia da Amargosa fosse desmembrada integralmente ponto»
guezias limitrophes, e não s6mente A Tapera ; v6s
da freguezia da Tapera, e não também e simultaneamente qne ou-
sais sustentar afoutamente
da* outra» tre» freguezia» limitrophes, P. Miguel, Arêas e que na lei provincial não se falia
de Alias, S. Miguel c Maracaz, na designação ahi feita dos
Maracaz, ou pelo menos das duas 1 jà desisto de Maracaz,
respectivos limites da nova freguezia da Amargosa; vòeque
que não faz nada ao meu propósito, e & procedencia de mi- contestais^ tudo isso aos deputados filhos da
ilha argumentação. Como explicio, como podem conven- província, ae-
veis possuir certamente um conhocimento da topographia
c«r que essas fregueziaa não perderão territorio algum ?
da comarca, e freguezia» em
Vejamos, questão, para assim affir-
mardes com tamanha segurança contra nossa» asser-
Eu poderia destruir o postulado aeroo do» ntbre» deputa- ções, que o rio Ribeirão, Corta-mão, fazendas de Pedro
dos, sem recorrer A li i, nem aos documentos, com uma ar- Paulo, e outros lugares , não pertencião As freguezia»
gumentação de puro facto simplesmente. de Áreas e S. Miguel, que forão delia., desmembrados
E' de todos sabido que a influencia legitima e real da para comporem u nova freguezia da Amargosa. Vós
que
ÍVegueziada Taporn é o Sr. oommandante superior Fran- vos afoutafo a sustentar tudo isso, devois necessaria-
^
cisco de Oliveira Guedes ; que essa cnpella da Amargosa mente exhibir alguma algum documento
prova, que
era filial da freguezia da Tapera ; e que sendo o Sr. com- apoie as vossas impensadas e falsas asserçõe»,
para aue
mandante superior Olivoira Guedes o proprio que propôz a a camara
pMsa fiar-se de que não a illudis quando lhe
creação da nova freguezia, não se tirasse pedis uma tamanha depuração de eleitores numa fre-
podia querer que
exclusivamente para a composição da nova freguezia da guezia contta a qual na província nunca vos animastes
Amargosa, sómente territorio pertencente á fregnezia da a erguer a voz. Só agora é
que vos lembrais di".so, pensan-
Tapera, porque isto seria o mestno que suicidar-se, seria do que vos não
poderia ser respondido cora vantagem ; o
querer de propósito e ineptamente perder eleitores, e que desse modo, produzindo impressão na camara, poderieis
diminuir a sua influencia. Se pois o Sr. commandante su- talvez conseguir o vosso intento. Debalde o
procurais, se-
perior Oliveira Guedes foi o proprio que propôz a creação nhores ,'jAmais o conseguireis, emquanto não
produzirdes
dessa freguezia ; e se os deputado» provinciaes que lizerão uma prova
qualquer, do outra sorte batei» no ar ein vão.
essa lei combinárão com elle, como é que os nobres depu- Os nobres deputados querem deduzir eleitores, cujo nu-
tados sustentar, plausivelmcnte ao menos, que todo meio foi reconhecido legal
pelo governo, e sobre cuja vali-
podem
o territorio da nova freguezia saliio exclusivamente da Ta- dade, nem na
parochia,
nem nocollogio, jAmais se moveu
isto ? Unicamente da lei pro- e isso vêm com uma questão de limites i
pera? De onde podião provar questão ; para provo
\incial, porque a lei é sômente c^uem deve guiar-no» neste que esses limites pertencem a quatro diversas Ireguezias, t>
se achão, pre- nio sô A da Tapera, poraue tcclio mais conhecimento topo-
ponto, uma vez contestados os limites como
tendendo ob nobres deputados que os que se achão desig- grapliico dessos lugares do que muito» do» nobres deputado»,
nado» na lei não perteneem a essas outra» diversa» fregue- e mesmo tenho procurado inlormar-me do» meus col-
zias, mas sim exclusivamente á Tapera. legas que ali nascerão, e
que ali têm exercido jurisdic-
Emquanto pois os nobres deputados não demonstrarem ção, para não improvisar em matéria de facto inexactidfies
que a nova freguezia da Amargosa sahio inteiramente da e falsidades
por minha conta Todos os mdfi oollegas
Tapera, não terão ganho terreno algum para a injusta causa sabem que se tirou freguozia de Amalgosu um
para a nova
que defendem ; visto como paru que esta camara ticasse ha- territorio de 6 léguas da freguezia de S. Miguel, territorio
bilitada a fazer uma depuração de eleitoros, simplesmente muito povoado, comprehendeudo algumas fazendas e até
nobres deputado» a querem convencer com semt-
porque os engenhos (apoiados); bastava portanto que eu conseguisse
lhaiite argúcia, era Dreciso sem duvida que os nobres depu-
provar que se havia tirado npenus um pequeno territorio de
tados provassem o contrario do que estou demonstrando. qualquer das freguezias confinantes para cahir por terra
Vejamos o que diz a lei provincial n. 574 de 30 de Junho toda a argumentação adversaria, quo não assonta senão no
de 1855, a este respeito: falso «upposto de que n freguezia da Amargosa »ahio
_
< Art. 1.® Fica crecta em freguezia, com a mesma invo- toda da Ircguezia da Ta|>era.
cação, a eapella de Nossa Senhora do Bom Conselho, perten- Loro, poi», qne eu posso convencer que uma
parte qual-
cente A villa da Tapera. quer foi desmembrada de outra qualquer freguozia, que não
« Art. 2.» Esta freguezia sedividirá pela fôrma seguinte: ¦Amante da Tapera, embora não mostre uue
porção de terri-
barra o rio ftorta-mno, no.Jequiriçá-
principiará onde faz torio, ou que numero de votantes pnWirão
para a nova fre-
merim finais conhecido pelo nome de Ribeirão). Ribeirão guezia,teuho i/#«o facto derrocado peluban? a argumentação
acima, hcando as moradas de Pedro Paulo e »cub filhos, que do» nobre» deputados. E com efleito os»im é, porque ae os
•¦stão no lado esquerdo do Ribeirão,
para a freguezia da A ria, nobres deputados,em vista lómente da qualificação da Amar-
e passando estas moradas a encontrar-se com o riacho Ta-
gosa, que deu €00 votantes, inclusivo já 97 que passArão da
mnnduá,
que faz barra no Ribeirão, dando coitas á éste, e Tapera, apresontão a sua excepção jurídica, e
querem,
pelo riacii» TamanduAacima em procura do sudoeste, a sahir afora o» tre» j A deduzidos da Tapera, comprebendidos no

TOMO I. 3Ü
282 SESSÃO EM i'i DE MAIO DE 1S57.

numero de 97,ainda mais 12 daquelle outro de


deduzir a qualificação força para dar 52'jl oi toros, não podia o
presi-
503, resto tirados os 97 > se os nobres deputados
do9 600 dente a seu arbitrio mandar eliminar
isso pretendem, pretextando aòmente quo todo o tertitorio Portanto ó cloro que esses tres eleitores deduzidos sahi-
da Amargosa sahio completa e exclusivamento da Ta- rão dos 97 votantes que passárão da Tapera pura a Amar-
o contrario, t mostro no numero de 600,
pera; logo que eu provo que ape- gosa, e que já estão incluídos quo deu
nas uma pequena fracção se hio dessa freguezia (e essa me esta freguezia na sua como consta do
primeira qualificação,
dizem que pouco povoada, e geralmente de matar» e indios), officio do respectivo j uiz de paz que aqui está uo folheto do
e que o restante saliio das freguezias de S. Miguel, Art-us Sr. Dr. Tiberio (lé), donde so mostra que depois de dar o
e Maracaz, daB duas primeiras das quaes deduzio a presi- numero total dos qualificados—600—particularisa então
dencia eleitores, como se vê dos proprios documentos do especialmente o numero que de cada freguezia sahio, e foi:-—
Sr. Dr. Tiberio ; se os nobres deputados não offerecem basô da Tapera 97; da Aréa 118; de Maracaz 101; e de S. Miguel
certa de territorio e de população em
que possão assentar a 284; total 600.—
depuração que pedem levianamente á camnra, e não passão Passarei agora A ultima objecção do nobre deputado por
de uma allegução vaga e improvada, sem Imrc ou lunda- Caxias,—a descoberta de 700 e tantos votos do differença
mento algum ; como não
quererem que so alua e desmo- para menos na apuração dos votos para eleitoras, constunta
rone por falta de base estável um castello levantado 9obre da actn da freguezia da Tapera.
tão fracos alicerces 1 — Como pretenderem que a camara
Cota essa sonhada differença de 700 c tantos votos quiz o
vote tão escandalosa e arbitrai ia depuração de eleitores ?
nobre deputado annullar toda a eleição da Tapera, o que im
Os nobres deputados, Sr. presidente, pretendem icfutar
portava pnra o Dr. Pedro Muniz a perda do 52 oleitores.
os limites designados na lei, até oom um officio do juiz de Posso astegurar A camara com a mais solida segurança,
esse juiz da
paz deMaracaz.! De modo que ainda quando Com a mais firme convicção e incontestável certeza, que os
ou por outra qualquer razão....
paz, ou por interessado, cálculos do nobre deputado são todos inexactos ou falsos.
TJjia voz: — E o outro não era interessado ? Aqui tenho o quadro de toda a apuração, tanto da freguesia

O Sr. Fi.ksanues da Ci«ha: — E que fosse, maB procedeu da Tapera, em que o nobre deputado imaginou achar essa
•m regra, consultou ao presidente, citou a lei da creação da differença, como de Maragogipe, S. Felippe, Cruz das Al-
nova freguezia, designou os seus limites, deu conta da qua- mas e Muritiba. Dei-me no trabalho de tudo examinar, para
"evitar
lificaçüo de uma e outra, tendo antes previamente consultado novas sorpresas, e paia desfazer de prompto argu-
se lhe competia ou não proceder como j uiz da antiga f regue- mentos capciosos de faetos, tanto mais perigosos, quanto
zia A qualificação da nova parochia da Amargosa ; o presi- menos se p6de acreditar queonobie deputado viesse «pre-
deiite approvou oseu procedimento, legitimou-o, ninguém sentar á camara cálculos grosseiramente errôneos.
reclamou cm contrario, nem então, nem na parochia. nem Desses cálculos resulta, Sr. presidente, que na T«pera,
no collegio eleitoral; como então agora nrguir á presiden- segundo Consta da acta, receb'òrão-se l,50fi listas, as quaeí
cia e pretender-se essa considerável deducção de elei- multiplicadas por 52, nnmero dos eleitores da paiochia, dão
iKires ? o proaueto de 78,321 votos; quo a somma total dos votos
Mas, voltando â demonstração do ponto de cjue me d©s- que recahirão nos 52eleitorès sommados desde o 1° que ob-
viou o aparte do nobre deputado, porque o juiz de paz de teve 1,150 até o ultimo que teve 1,022 é de 56,932, o que a
Maraca/., ou por inscioneia da lei, o ignorancia dos rospecti- sonnna total dos votos que recahirüo no» 34 supplentes que
deu a freguezia, contados também segundo o mesmo pro-
vos limites, por interesse ou por qualquer outro motivo,
oíliciou á presidência dizendo que não llie constAra haver-se cesso, é de 21,370, os quaes reunidos à totalidade dos votos
tirado porção alguma do territorio de Maracaz ; essa nega- dos eleitores acima referida, dão cm lesultado o algarismo
78,302, quo, confrontados com o product» da multiplicação
tiva pura e simples do juiz do paz, quo nenhuma razão dá
do numero do eleitores pelo das cédulas recebidas, ou 78,312,
do .seu dito, serã bastante, rom audiência da camara e infor-
inação das autoridades locaes, será bastante para derogar dão uma difteronça insignificante de 10 votos, e e-sa mesma
coino disse o nobre deputado.
alei provincial, seeilaoutra cousa estabeleci? Que lógica para menos e nào nara mais,
é essa, senhotes?E depois, como provais quoBe não desmem- Onde, pois, essa differença monstruosa de mais de 700 votei
da acta de eleitores da Tapera?...
brasse territorio de S. Miguel e de Arras, donde se deduzi- que falta vão na apuração
rão 8 eleitores, creio eu, som que ninguom reclamasse, o Senhores, cálculos desta ordem não devem ser apresentado»
A camara imprudente e levianamente; pelo contrario devem
que não é crivei acontecesse u'um» qnadr» eleitoral, em qno
tantos interesses se acliavão em jogo? Porque também nfio sê-lo com o mais acurado exame e escrupuloso cuidado. São

pudestes obter algum


ofliciode nmou outrojuiz depazami- questões de fneto minuciosas, enfadonhas, que ninguém quer
tomar o trabalho de examinar para verificar o erro que taes
go, para contrariar estes faetos altamente significativos?
Os nobres deputados disserão ainda em relação a esta cálculos eucerrão. Entretanto ninguém podendo duvidar da
freguezia que nunca se vio uma freguezia desmembrada boa fé, nem presumir que em uma matéria tão simples, qual-
continuar a dar o mesmo numero de «leitores. Pelo contra- quer deputado que a estuda faz soturna* e multiplicações de
rio, vê-se isso todos os dias, o até muita vez accrescentão esse votos, e apresenta o resultado de seu exame, que a camara
numero depois de separadas ; liaja vista a freguezia de deve supi>òr reflectido e acurado, se pudesso enganar tão
é acreditar inteiramente,
Santa Aiinn aqui da corto , que, desmembrando-se do .Santo grosseiramente, a consequencia
Autonio , não só nãodiminuio o numero de seus eleitores, depositar plena fé na verdade desses cálculos e exames, e
então, se liouvessemos votado hontera a questão, e me não
mas até o augmentou. E depois não é exacto que a Tapera
conservasse o mesmo numero de eleitores qne tinha dantes, coubesse a palavra para respondor ao nobre deputado, com o
intervallo preciso para verificar a verdade e exactidão doa
quando acabo de demonstrar que ella perdeu tros.
seus cálculos, o que seria da eorte doa Srs. Pedro Muniz e
O nobre deputado por Caxias não parou ahi; quiz som-
Pinto Lima'
pre nas sÃs exeavações lançar a barra além do sons oom-
pauheiros, para que lhe Hcnspom as honras da victoria. Peço portanto ao nobre deputado qne preste mais
profnn-
Assim disse elle ainda, que além desses tres eleitores pela da attenção, que proceda com mais escrupuloso cuidado
presidencia deduzidos da Tapera, devião-se eliminar mais quando houver de proceder a semelhantes cálculos, e pre-
dous, que tantos silo os múltiplos de 40 que so contem ira tender com elles onnnllai qualquer eleição. Aqui esftA o cal-
fracção de 97 votantes, que com a dosannexação passArão a cnlo a o po-
que procedi por extenso ; os nobres deputados
pertencer A Amargosa, visto como A vista da qualificação dom examinar, c verificar a sua cxactidão. Se eu qnizera
de 2,084 votantes da freguezia da Tapera não podia essa occupar-me com contra o
pequenos accidentc», e reverter
freguezia dar mais de 52eleitores. Mas, senhoros, o nobre nobre deputado o mesmo gênero de argumentos que encliê-
deputado sophismou completamente, ou então confundio rão a sua analyao sem alcance jnridico, nodacia mostrar-lhe
de proposito os faetos, de sua natureza tão claros e tão sim- favoráveis ao
quo nas suas freguezias, naquellas qne forâo
apreciação nem ainda o espirito mais vulgar candidato essas pequenas irre-
pies, em cuja que defende, derão-so todas
se pôde enganar. apontou, falta de numero de supplentes
jçularidades que
Pois, se o nobre deputado concorda que a freguezia dava igual ao dos eleitores, falta de grande porção do votos nas
55 eleitores; se confessa que a qualificação era de 2,084 actas da apuração dos eleitores, etc. Por exemplo, poderia
votantes, que só chegArio para darem 52 eleitores, restan- mostrar que na Muritiba, recebendo-»© 1,352 listas, e sendo
do apenas uma fracção de4 votantes; se o presidente eli- o numero do eleitores 38, multiplicado este por aquclle nu-
minou 3 eleitores ; de onde os eliminaria de 2,084 votantes mero deveria apresentar o resultado do 51,876 ; entretanto
paia reduzi-los n 52! 1 Isso era absurdo, porque entSo fica- a somma total verificada no numero de voto3 dos eleitores,
rião 49 e não 52, e bem vê o nobre deputado que, tendo 38,708, com o de 12,820 dos 25 supplontes quo si deu a fre-

\
SESSÃO EM \h DE MAIO DE 1857. 285

tima differença para confnndir-se a accusação de deslealdade e traição que sor-


guezia, prefazem a de 51,528, ou
rateiramente so faria ao commandanto superior Guedes, j>or
mais, um excesso do 152 votos, o que é mais.
Poderia mostrar que cm Maragogipe, roeebendo-rc 920 haver a principio ndoptado a candidatura ao Sr. Dr. Tiberio,
e depois indigna e deslealmente a abandonado o atraiçoado.
listas (fallo da eleição da matriz presidida pelo Rev. padre
Agora por^m que og nobres deputados atncárão fogo á mina
Ignacio), e «endo o nnmero de eleitores 31, o o prodncto da
e que ella foz explosão, a necessidado da defesa obriga a sua
multiplicação desses números 28,706 votos, a soinma entre-
apresentação, sob pena de aceitar o accusado uma condem-
tanto achada dos rotos dos 31 eleitores, 15.625, cômodo
7,427 dos Bnpplentes, e mais.5,554 dos iratncdiato» cm votos nação infamante, qual ( a que lhe irrogão.
com n que cxac- Assim vereis, senhores, qne aquelles mesmos
nos snpplentes, •' de 2R,606, que combinada qne hoje fe
votos, c as- lcvftntflo em grita contra o Sr. commandante superior Gue-
tament» deveria dar. apresenta uma falta de 100
des forão os seus mais íntimos e dedicados amigos, não d
sim por diante. Aqui estilo todos oS cálculos; podem ser vc-
ft camtrra com essas outrora, mas de ainda pouco, forão nquelles me«mos
rificados. Mas par:i que roubar tempo que
ou nullidadí da outr'orase levantarão nota ca*a para fazerem aquillo mesmo
descobertas som alcance para a validade
eleição do 3® districto i para que desviar a sttençiio da cama- queestou fazendo, isto d, defendê-lo do aceusações smnelhan-
tes.do escandaloso excesso dos eleitores dessa freguezia
r.i dos verdadeiros pontos para que deve convergir e concen- que
então davaHtí.a qualnimirtmonte pesava sobre o collegiodal.'a-
trar-se a sua attenção na especie?
Sr. presidente, o nobre deputado, em resultado desse exa- choeira; assim verei», senhores, que essa influencia inalefic»
me aprofundado que fez da eleição da Tapar», concirno que e prepotente, essa baronía feudal, para cuja dcsenthroni-
essa acta era falsa ou fictícia, que ella tinha sido lavrada íação me convidou o nobre deputado por minha província,
em casa, e que essa influencia prepotente da Tapera estava o Sr. Dr. Fiusa, «postrorhando-mo por eontradictorio como
sempre acostumada a fabricar actas em sua casa, como fez meu voto o pensamento, expressado na discussão da eleiçS
na presente eleição. do Yilia Nova da Rainha, quando di«sc qne havíade con
tribuir com quantas forçai pudesse para debellar a olv
O Sr. Cândido Mkndks : — Não disse isto.
garchia, ou autocracia fundada siimente na perveraidado
O Sa. Feihamdesnv Cunha :— Se não disse isto por e no crime, 6 aqm-lla mesma do cuia amizade se honra o
formaes palavras, disse por certo cousa equivalente ; a sua Sr. ex-ministro da fazenda, intimo amigo do Sr. Dr.
argumentação ao menos chegou a esse resultado. iusa, e que lhe merece plena confiança, o c^ual se digna de
Íroprio
tratar a esse cidadão na linguagem mais intima e familiar,
O S«. Cvnbioo Menhks :—Eudisse quo essa fregueii»
chamando-o de amigo pn stante e dedicado, cuja fidelidade
era celebre, porque depois do desmembrada continuava a
nunca foi desmentida, ainda quando se tratava de exigirem-
dar o mesmo numero de eleitores.
se-lhe sacrifieios. Vejamos as carta3. () Sr. ex-ministro d»
O Sn. Ffunvmies n v Ci mi v : — Disse também i«so, é ver- fazenda diz assim a 27 de Setembro:
dade, mas afAra isso disso mais o que acabo d.^ referir, que
« Illm. amigo Sr. Guedes. — Não sei
a acta revelava bem ter sido feita em casa. Não façamos, porque não me tem
honrado com suas letras, quando sabe que as aprecio. Estimo
porém, questão disso; quero conceder que o nobre depu-
tado não fizesse semelhante accusação, que importa uma que não tenha sido por falta de saúde. Eu não passo bem,
offensa no Sr. commandante superior Francisco de Oli- physica e moralmente fallando.
< Algumas cartas
veira Guedes. Mas além do que o nobre depntado, e os que neste correio recebi da Bahia, Ji-
zem-me que V.
que defendem no Sr. Dr. Tiberio, não serião os mais pretende apresentar candidato peta Cacho» ira^
competentes para fallarem de actas fictícias, lavradas < m em opposição ao Tiberio, o doutor Pinto Uma I Não acieditei,
nem acrodito,
casa, porque t?m a seu favor a freguezin de Muritibn, que tmUo V. como o doutor tenhão semelhante
íden ; porque
onde não nouve eleição, em que apenas o juiz de paz con- para tê-la, seria mister que no pouco tempo
correu á matriz no dia 2 de Novembro, oiganisou a mesa. e em que octou atuenlt, o Gueilei houvesse completamente mu-
retirou-se, indo fazer o resto a seu commodo e vontade cm dado, e nAo fosse aquelle amiyo leal, que nwua vacillou em fa-
sua casa; se nessa freguezia, que aliás fica cm frente da ci- zer sacrifícios para manter intacto o seu caracter.
€ Contrariar o Tiberio,
dade da Cachoeira, do outro lado do Paraguassú, cujo po- quando elle abandona os empre-
voado pôde ser até outra cidade, tão rica, populosa e impor- yos que servia para pleitear uma eleição, confiado em amigos
.sempre constantes, seria um acto
tante ó; se ahi deu-se o escandalo de lavrar-se a acta na que prejudicaria mais dque!~
les que o praticassem do
ultima semana tres ou quatro dias antes da reunião do Colle- que a elle proprio. Tenho po* impossi-
»ei que da sua >•
pio eleitoral, tanto que nunca, nem na imprensa da capital, parte haja a menor intenção neste sentido,
attribuo a calumnias de seus inimigos : mas não
nem na da cidade da Cachoeira, jámais forno publicados os pude resistir
ú obrigação
seus eleitores, e ató o iado do Sr. Dr. Pedro Muniz para que me assiste de preveni-lo destes fedlatorio*,
ao presidente da província um exame nas o do saber de V. de onde mucem elles. Seria jxira mim a
prova-lo requereu mais cruel decepção se nisso houvesse a menor sombra de ver-
actas dessa freguezia oito dias antes da reunião do collegio,
dade. Já lhe mandei dizer como fiedrão os districtos eleitora*i;
como consta do relatorio do mesmo presidente A secretaria
e a prova do qne procedi «em attenfão a outros interesses
<lo império, que aqui está (/#); exame que ío nSo verificou
o despacho da presidência, como cila mesmo diz, que não o» de uma matar divisão, foi que o Militão entrou
por se ter
desencontrado do Dr. Bahia, qucdellc ffira incumbido, por pura. o circulo dalbirra, onde vai ter uma influencia que
talvez supplante a do minha família.
ter esto partido antes a syndiear dos fnetos de Marsgogipe;
« Adeos. Mande suas ordens ao
se o nobre deputado na eleição quo defendo tem actas fieti-
ciase falsas, não era pois ornais e competente para • « Seu amigo obrigado,
próprio
invcctivar alguém por as fazer [malmente. Senhores, eu
« Wanderley.
não me proponho a defender individualidades.
« ltio, 27 de Setembro. >
O Sa. Cândido Menmj : — Nem eu ataquei.
O Sn. Fusv : — Isto prova amizade intima.
O Sa. Fkbnandes da CfNíit .*_—E comquanto conheça e
faça o melhor conceito desse cidadão, pelo nobre deputado O Sr. Moofl D\intas : r— Sem duvida essa carta bô mostra
arguido de fabricar actas fictícias, não o quero todavia de- amizade.
fender poT mim mesmo, ou com o meu testemunho aômente,
O S*. Fl*v\>di:s da Ci .mia : —Não quero fazer nnaly-íb
ou oom o do3 meus collegas, todos os quaes talvez tenhao
o commentttrios; mostre o que mostrar, desejo que a caraara
tido occasião de se lhe dirigir en^ quadras eleitorae», e tntii-
as aprecie; eu não pretendo com cilas provar a pretenção "
tos dos quaos o conhecem perfeitam-nte. Eu o quero e vou
empenho com quo o Sr. ex-iniuistro favoreceu a CBiidida-
defender com os testemunhos os mais insuspeitos, comdo-
tura do Sr. Dr. Tiberio, o que é mauifesto da meMiia, e
cumento» fornecidos jft peloproprio candidato mnllogrndo,
eontra elle as suas completa notoriedade publica La minha província ; o m» u
o Sr. Dr. Tiberio, qne agora desencadèa
único íito e emjx*nho é mostrar de cuja
iras, e já. pelo seu valente patrono o hoje demitido ex mi- que o homem
amizade se honra o Sr. ex ministro não essa ;ji-
nistro da fazenda, que o foi também da mnriuhn, o Sr. João pôde sei
iluencia maléfica, essa baronia feudal, depu-
Maurício Wanderlej. que os nobres
tado» pintão.
Estas cartas não serião apresentadas na «ii^enssão, se por
ventura não apparecesse tão imprudente e gr.nvw provoeação O Sa. Fuisi: — Dá licença aparte? Se permítte,
para um
atirada primeiro pelo nobre depntado por minlm província direi que em meu discurso não vem is«o; não fallei em in-
quo rompeu o debate, e depois continuada pelo
nobre depu- fluencia maleHen : convidei ao nobre deputado a debeliar
tudo por Caxias. Elias tinhão sido trazida» por cautela para uma baronia feudal, que pód® ser benefica.

\
284 SESSÃO EM li DE MAIO DE 1857.

O S». Fkrmasdes bA Ccmn v:—Vejo tjue o e3tou incom- des com certidões de inventario, contra lei expressa, e até
no
modando terrivelmente, mas tenha paciência « a bondade decreto n. 500 de 16 de Fevereiro de 1847,
§ 6.o
de ouvir-me mais um pouco. O nobre deputado disse, se Prescindo de tudo, porque não posso maisestender-me,

bem me recordo : « preciso que a camara dê um exemplo» e a casa ver concluído este prolongado debate.
quer
de representar o paiz á mercê dessas Fa-lo-hei summariaineute. O collegio eleitoral da Cachoeira
que não ponlia o direito
influencias locaes;»»convidou-me a debellar a baronia feudal compôz-se de 306 eleitores, que comparecerão a votar. Con-
da Tapera, admirando-se até de fazer excepção a seu res- correrão a eleição da mesa diversas duplicatas; a mesa
para
havia ameaçado a todos do do collegio apresentou um
peito, eu que próxima quéda, parecer validando todas as fre-
querendo até chíisquear-me. Creio que isto está no seu dis- guezias, admittindo-ns a votarem promiscuamente. menos
curso, e que até desafiou-me respostas um tanto energica», as duplicatas
que devião votar em separado. O parecer da
em que lhe cheguei até a dizer que sua eleição então nâo mesa fez apenas excepçâo
quanto á eleição da matriz de
era legitima. Ora, o nobre deputado não me havia certamen- S.^ Felippe, e
quanto á eleição da freguezia da Feira da Con-
te de convidar para debellar a influencia ou ceição.
preponderância
legitima desse cidadão;
quando pois o api>ellidou de baronia O voto em separado da
parcialidade do Sr. Dr. Álvaro Ti-
feudal da Tapera, e me
provocou a derriba-lo, implicitamen- berio reconheceu
que todas as freguezias devião votar, menos
te o qualificou de potência maléfica, de ptepotente mandão, as duplicatas ; mas duplicatas na intelligencia dos signata-
ne faz ou desfaz deputados. Lerei agora a carta do candi- rios desse
parecer erão aquellas eleições que não tinlião sido
a ato o Sr. Dr. Tiberio ao mesmo eidadio : feitas nas matrizes e
que erão adversas ao Sr Dr. Tiberio;
reconhecia esse
parecer a final que devia ser incluída pro-
< Illm. Sr. commandante superior. —Senti ser embara- miscuamente a eleição da freguezia de S. Felippe.
nesta
çado do visitar a V. S. lia sua ultima e ligeira estada Lata é a^ verdade do
cidade, porque não só desejava ter a satisfação de vê-lo. mas que se passou no collegio antes
da separação.^ As freguezias duvidosas
necessitava ter com V. S. uma intelligencia sobre objecto que apresentarão
duplicatas forão S. Felippe, Maragogipe. e Cruz das Almas,
do meu particular interesse, e pois que não me foi dado esse
ao todo 117 eleitores; o numero dos eleitores dessas dupli-
prazer, relevando V. S. a falta, permittirá que por este
catas é idêntico; uns se neutralisão, se contrabalanção
meio procure a manifestação de que necessito. Sou candi- por
outros;
dato <1 assembléa geral, e outro não podia ser o districto de por consequencia a victoria da eleição da mesa não
se podia decidir ou determinar
minha apresentação senão o da Cachoeira, Ou pelo menos pelo numero das duplica-
tas, mas sim
outro não podia eu escolher, porque nenhum tanto como pelo numero dos eleitores validos. Note-se
mais que do
elle me deve conhecer. Deste districto fazem parte as fregue- partido do Sr. Dr. Pedro Muniz houve uma
eliminação de 18 eleitores da Feira da Conceição,
-ias
dos municípios de Maragogipe e Tapera, e cumprindn-me que não
votárão
solicitar o apoio das mesmas, devia principiar por dirigir-me a para a formação da mesa ; sem embargo, na ciei-
çno dessa mesa contra o partido que apoiavi o Sr. Dr.
V. S.y como agora faço, rogando-lhe o favor de com toda a
Tiberio appareceu uma maioria de 36 votos; vio-se logo
franqueza dizer-me se posso contar com a coadjuvação de sua
eleição da mesa que o Sr. Dr. Tiberio estava em mi-
influencia e amizade. Sabe V. S. que muito desejei satisfazê- *^ pela
noria no collegio; e
Io quanto d divisãfi dos distnctos eleitoraes, porque pessoal- por consequencia comprehendendo-sc
mente lhe confiai o que a respeito havia pPoposto ao governo que não podia o Sr. Dr. Tiberio lutar com vantagem, nem
disputar legitimamente o diploma com o Sr. Dr. Pedro Mu-
imperial; e posso assegurar a V. S. que também não faltou
njz, servirão-se do
ao nosso amigo o Sr. Wanderley vontade de acompanhar-me, pretexto de ter dito o parecer da commis-
são
não sendo elle menos amigo de V. S., como estou certo que o que se tomasse englobadamente a votação da Feirada
Conceição,
terá reconhecido; razòes porém que não me forão communi- porejue a mesa não estava pelo exame de falsida-
de que tinha sido feito
cadas, mas de cuja procedência não posso duvidar, o impedirão, pelo juiz de paz installador; servi
rão-se mais do
e apenas pôde elle, como me referio, para fazer sciente a V. S., pretexto de ter opinado a mesa do collegio
para que fosse tomada promiscuamente também a votação
fazer qw fossem aquellas freguezias para a Cachoeira, de pre- dos eleitores de S. Felippe, para sobre estes frivolos funda-
ferencia a Natareth, por entender ser assim a V. S. mais com- mentos assentarem a separação do collegio. Forão estes
modo e agradavel.
unicamente os dous motivos legitimos e cardcnes da scisão
« Estimarei que V. S. teuha gozado constante saúde, e do collegio.
que me considero o mesmo.—De V. S., amigo muito at- Mas, á vista do próprio parocer da
parte da mesa perten-
teucioso e obrigado, Tiberio. > cento A parcialidade do Sr. Dr. Tibeiio,
que opinou pela
validade da eleição da matriz de S. Felippe, e só
O Sr. Fusa :—Eu reclamo a impressão dessas cartas. porque hn-
via divergenem
O Sa. Fi n> *:ni>i:s da Cumia Poique não? Ninguém as quanto i. feira da Conceição, devia o Sr. Dr.
Tiberio separar-sc, ainda mesmo antes da votação? Não díi
recusa; » m bru deputado será satisfeito; terá o gosto de
esse procedimento direito a
vi-las estampadas no Jornal do Commercio para melhor npre- pensar-se e a arguir-pe que se
assim o fizerão foi
cia-las. Senhores, prescindo d.'ir mais longe, e de com- poique justamente o pretendião fazer, e
s<'> estavão em busca de um
mentar essas cartas; repito, eó a necessidade da defesa pretexto qualquer? Certamente
é iirecusavel. Quem não v? que o^que cumpria ao Sr. Dr.
faria que «Ha- fossem apresentadas no parlamento; entre-
Tiberio rigorosamente fazer era mostrar que a eleição da
go-as ao juiz»» da nação. Conceição cia nulla por falsificada, e que por consequencia
Sr. presidente, estabelecida assim, como acabo de fazer, não devia ser incluiaa promiscuamente com a dos eleitores
a validade, a verdade e legitimidade das eleições primarias validos; que quando muito deveria ser tomada em separado
do todas as fregueziftt contestadas do 3o districto eleitoral
para em tempo opportuno proferir a camara òoaSrs depu-
de minha província', segundo luminosa e solidamente opi- tados um juízo definitivo n tal respeito.
Quanto & eleição
nou a illut-tre commissão, só me resta trutar da eleição se- de S. Felippe, a mesma parcialidade do Sr. Dr. Tiberio
cundariado oollegio eleitoral da Cachoeira. reconheceu que a da capei Ia da Conceição ao Sr. Jeronvmo
Devia ainla, 0 verdade, ante» disso oocnpar-me da ques- erainteiramonte nulla, e
que a da matriz era valida ; o mes-
tão da exclu-ão de eleitores, segundo diversos motivos alie- mo parecer da cotamissão
que aqui tenho em original re-
gados por um « outro candidato de falta dos requisitos cous- conncce
que císos eleitores , os da matriz do S. Felippe,
tituciouaes condições de devião votar englobada ou
precisos, ou das indispensáveis promiscuamente
com os eleitores
clegibilidade nu lei prescriptus, como a fulta de qualiticação, validos das outras freguezias não contestadas. Como pois
a menoi idade h pronuncia ou condem nação, a falta de re- deste
parecer da commissãoda mesa, com oqunl até em parte
sidencia, etc Trago aqui uma tabella de todos esses eleito- concordou o
partido do Sr. Dr. Tiberio, pôde es*a mesma
res, com n iniicaçSodos respectivos documentos, qne de- sua
parcialidade deduzir um pretexto plausível para a se-
monstrão a improcedência das arguiçoesdo Sr. Dr. Tiberio paração do collegio ? So o parecer envolvia uma injustiça,
ca legitimidade ua sua uuasi totalidade, dos motivas de se confundia eleitores validos com eleitore* nullos, o
que
exclusão pel" Dr. Pedro Muniz contra os eleitores do Sr. cabia ao Sr. Dr. Tiberio fazer operasse a sei-
primeiro que
Dr. Tibcfio, que elle argue de nullos. Desses documentos são do collegio '¦ Cumpria-lhe esperar pela_ discussão, e de-
se prova que toda confusão procede de haver o Sr. Dr. Tibe- pois deoffciecw emendas para repara a injustiça que jul-
rio trocado ordinariamente os nomes dos homens de cuja gava ter-se feito, assistir k votação par», conforme o seu re-
qualificação requeria certidão; prova-se mais que até na sultado ,
poder ter ou pretextar
um motivo qualquer
que
secretaria apparec.ão alterados nomes de eleitores nas quali- pudesse parecer jurídico para a separação do collegio.
ficações com os nomes declarados nas suas Mas, senhores, em um collogio de 300 e tantos cidadãos
para co>ncidirem
etc., além dn extravngancia de querer provar Ida-
jx.tições, qualificado?, üluttrados de diversas freguezias, ante quem
SESSÃO EM 14 DE MAIO DE 1857. 285

havia de preponderar seguramente a razão, o direito, a Sendo assim, «om que fundamento se ha d, annullar
pois
execução formal da lei, uma vez que disso o procurassem este collegio ?
convencer; n'um collegio assim composto, antes de votado Km conclusão, senhores, temos portanto 132 votos du
esffe parecer da commissão, simplesmente porque envolvia eleitores valido» a favor do Dr. Pedro Muniz, contra 83 *pe-
essa idéa, idéa que unicamente prejudicava a pessoa do Sr. nas a favor do Sr. Dr. Tiberio. e isso mesmo quando a ca-
Dr. Tiberio n'um só na freguezia da Conceição da mara houvesse de legitimar o illogal e abusivo conventiculo
ponto,
Feira, a parcialidade aeste senhor retira-se sem esperar o do Carmo, o quo não deve, aliAs tica canonisado o pernicioso
resultado da votação! Como se explica isto, senhores? systema das duplicata», e todo candidato d'or» Avante que
Pois se o Sr. Dr. Tiborio está eleito legitimamente pela se sentir fraco e ameaçado de derrota recorrerá infallivel-
maioria real do circulo da Cachoeira ; so nessa eleição não mente a osse salvaterio, abrirá essa nova válvula de segu-
tomárão parte senão o» eleitores validos, porque todas as rança, e sobrepujar A ao naufragio inevitável.
duplicatas forão tomadas em separado, porque o Sr. Dr. Ti- Mas, ainda mesmo admittindo e approvando a eleição
berio não derrotou esse parecer? Porque não o fez baquear conventual, temos o seguinte resultado, com maioria abso-
na votação? porque não mostrou na discussão que elle devia luta sempre a favor ao Dr. Pedro Muniz: — Kleitores do
ser rejeitado! Quem tem maioria não foge, vota, disse 3» districto, 344 ; eleitores i^ue comparecerão, 322 ; eleito-
muito b«m o seu adversário na sua exposição. Mas não ; resdeclarados nullos, os da íeira da Conceição, 18, e os de
sem esperar nada disto, retira-se do collegio com os da Maragngipe, 31; total 49. Deduzidos de 322, somma, e dos
rosultado 273, cuja maioria
sua parcialidade. que comparecerão, temos em
O parecer foi depois votado com uma modificação apenas absoluta é 137. Ora, oDr. Pedro Muniz teve 152 voto» no
quanto á Feira
da Conceição, único da divergencia, collegio da matriz; logo teve mais 15 voto» além da maioria
ponto
a collegio comprehendeu que ia tirar todo o absoluta, sem contar nem incluir nesse calculo as duplica-
pretexto
e nullidade ao» dissidentes, porque o collegio compreiien-
Sorque tas do Maragogipc, da Cruz das Almas, nem a eleição da
deu qne o systema das duplicatas não M dava «6 nas frogue- Feira da Conceição.
zias, mas até no collegio eleitoral, e Portanto, o deputado verdadeiro, legitimamente eleito
que esse proposito re-
velava um planoocculto, a saber, 3o districto de minha circulo da cidade da
que o que importava a província,
todo trance, era unicamcntequcoSr. Dr.Tiberio viesseparaa achoeira, é o Sr. Dr. Pedro Muniz Barreto de Aragão, e não
Selo
corte munido de um diploma, o Sr. Dr. Álvaro Tiberio de Moncorvo e Lima, como de-
porque esse diploma preteu-
dia-se clamatoria e ompliaticamente se tem dito nesta casa, sem
que fosse infallivelmente reconhecido pela camara
de 1857. consciência o convicção da verdado, mediante um apro-
Quanto se engan&rão !... lundado estudo desta grave e complicada questão elei-
O Sr. Dr. Tiberio, pois, senhores, como so acaba de ver, toral.
sem esperar a votação do collegio sobre o parecer da com- Não concluirei, Sr. sem dizer ao menos duas
presidente,
missão, retira-se do mesmo sob pretexto do que a commis- palavras ainda a respeito de uma insinuação grave o infa-
são obrou contra a lei; como se antes da votação pudesse ha- mante indirectamente irrogada ao Sr. Dr. 1'edro Muniz,
ver nada de definitivo sobre quo se pudesse firmar um pro- arguido maliciosamente de haver (enfado forjar uma dupli-
eedimento juridico; como se não fora licito A commissão cata falsa na freguezia de Muritiba, induzindo ou seduzindo
ou a qualquer eleitor ter e manifestar uma opinião, ou pa- isso o 2o juiz de paz daquella freguezia tenente Fre-
recer enunciar ou sustentar mesmo uma idéa ? A discussão erico Moreira Sampaio. Pretendeu-se provar i«»ocom uma
Sara
e a votação é carta de»3e cidadão, e com oflicio» seus dirigidos no
que decidem quem tem razão; a votação é presi-
dento da camara municipal e ao juiz de paz installador do
que estabelece um resultado fixo e definitivo; sobre esto
resultado é colleyio.
que se pôde e deve-se pautar um procedimento
legal. O contrario e Esses nada provão, nada significão ; n m*«licia dos
precipitação e desarrazoamento. papeis
Se «collegio eleitoral, adversarios invertendo-os empresta-lhes a dtffamaelo •
portanto, presidido competente-
mente, foi reunido na matriz de conformidade com as or- imputação que ellcá não contêm ao referido candidato. Esses
ou estrategia eleitoral, pro-
dons da
presidência, sobre consulta do juiz de paz instaila- papeis não passão de um ardil
mai» simules exa-
dor : se a mesa era legitima; se esso
parecer foi razoavel o pria para desconsiderar a adversarios. O
legal; se este collegio assim legal, assistido até mc, a mais breve reflexão e analyse basta convencê-lo. Essa
pelo Dr. Ma-
carta, mãos do Dr. Pedro Muniz, foi
noel Joaquim Bahia,
que attesta ter elle trabalhado com que nunca chegou
toda ordem e regularidade,e de quem so valem os nobres de- escripta na própria casa do Sr. tenente-coronel Alexandre da
utados quando convém e rejeitão quando não lhes agra- Rocha Pastos, em papel até firmado com seu nome, por esse
s a ou aproveita? E como negar o legitimo fliploma do juiz de paz, compadre e amigo intimo dauuelle tenente-
deputado ao Sr. Dr. Pedro Muniz que teve 152 votos coronel, quo trabalhou tanto pelo triumpho da causa do Sr.
no collegio legal, todos de eleitores validos, para ir da-lo Dr. Tiberio, que ató dessa vez não fez oppoalçSo na Muritiba
ao Sr. Dr. Tiberio, que de eleitores validos no collegio ao seu rival o tenente-coronel Marcellwo José da Cunha, e
do couvento do Carmo só teve 83! Como annullar-se o 3i- o deixou lavrar em casa a teta d« sua eleição.

ploma legitimamente conferido por uma mesa legal, do um Poisbem, essejuizde paz foi buscado alta noite.foi trazido
collegio reunido no local competonte com eleitores validos, com empenho para o seu engenho eahi retido, donde escre-
cora todas as garantias de veu essa carta. Mas o que diz cila, trata por ventura do ten-
publicidade e libordade, o ir ap-
provar pelo contrario o diploma absolutamente irrito e nul- tativa do duplicata ! Só a cegueira ou a maledicencia podem
Io, outorgado
graciosamente Aquelle quo se foi refugiar isso colligir de sua leitura, hssa carta respon lo ao que o Sr.
n'um convent", e ahi nos inosmos corredores reunir um Dr. Pedro Muniz, o Sr tenente-coronel Tosta, tratárão com
collegio clandestino, á
guiza de capitulo fradesco, aem pu- esse juiz do paz um presença do mesmo Sr. tenente-coronel
blicidade alguma, sem
garantia do liberdade e de verdade, AloxandroPassos.de cujo engenho foi ella escripta o datadn.
e ahi fazer sua eleição?! .. E* um absurdo e cscandalo Esse negocio foi a representação documentada dirigida á
que a camara não commetterá de corto. o tenente-coronel Marcellino, por não ter
prcsidencia contra
Notem os nobres deputados que a cloiçuoda Feirada Con- feito eleição na Muritiba, segundo se ví do documento n. 47
ceição não entra nesta apuração de 152 eleitores ; do mesmo Sr. Dr. Tiberio, mie é o ofticio dirigido ao pre»i-
quo o
parecer da commissão que a mandAra tomar promi.-cuamcn- dente da província a 2 de Novembro, narrando o procedi-
te foi rejeitado na votação que decidio fosse cssh eleição to- mente do dito tenente-coronel, e que conclue assim : « Com
mada em separado. 0 que entra aqui unicamente de fre- mais vagar levarei tudo ao conhecimento de V. Ex.« que
guezias duvidosas é
a de S. Felipoe com 48 eleitores; mas ne^sa occasião então vcrA a maneirn por que nesta freguezia
essa freguozia não pôde ser annullada, nem é de estranhar »e fazem as elelçócs. >
que seja reunida As outras na apuração, porque, quer o voto Ecomefloito, se não fôra este o objecto da carta, diria
em separado dos dous mesarios do partido do Sr. Dr. Tiberio nella o mesmo juiz de paz qne o sen amigo tenente-coronel
anttfk da separação do collegio, quer o da mesa do causa
Passos nisso m« smoconsentiria se não prejudicasse a 'losta,
parecer
mesmo collegio do Carmo, ambos explicita c formalmente do seu especial amigo , diria que o tenente-coronel
reconhecem a validade dessa eleição, e a mandArão reunir irmão do Kxm. barão da Muritiba, um do» caracteres mau
o receber com as das freguezias simples, em o tenente
que não houve Íntegros da com roa da Cachoeira, aliançAra que
contestação nem duplicata
; como pois recusar-lhe o direi- coronel P»»f«» não »e opporia a que elle representasse con-
to que tem, não havendo duvida, antes havendo accordo de ? Nuo é pa-
tra o 1° juiz de paz Marcellino José da Cunha
vontades de ambos
os partidos em confundir e englobar os tente o absurdo, so o negocio de que trata a carta fosse de
voto» desê» freguezia
com as de todas as outra» freguezias ! uma acta falsa, quo esse plano se mauifesta»se a uui adver-
286 SESSÃO EU li D ; MAIO DE 1857.

sario, o se pedisse o seu consentimento? Isso é tão banal, E açora, i. vista da maneira franca_ e sincera, leal e con-
séria. scienciosa, por que me tenho pronunciado, embora austera •
qiia nem merece resposta
Os offieios sã* o efíeito da balela com que o embairão. desabrida, cm quo poze a alguém, deixo aos meus desaffoo-
Provão simplicidade, boa fé, credulidade, leviandade mesmo tos, e até aos meus inimigos, se os tenho, o direito amplo
se qnizerem, em dar importancia a boatot sem fundamento de explicarem por trás de reposteiros quacs os verdadeiros
llie attribuião, sem estar inteirado da. existência d» motivos de minha sincera e profunda conviccção. Tenho
acto que davão os seus adversarios comopor ello feito. Mas
Sue concluído.
onde lia nhi a menor imputação ao Dr. redro Muniz ? De-
O Sn. Antches be Caifos (pela ordem) julgando que a
pois, eenbores, esse jniz de paz publicou na imprensa da
caoital uma correspondência cm que desmentia e refutava casa já deve ter o seu juízo formado a respeito desta ques-
todos esses vergonhosos e indecentes manejos ; correspon- tão, muito mais quando não é de hoje que ella se debate,
dencia que não tenho presente, mas
que de facto foi publi- pede o encerramento da discussão.
cada.
Não posso, nem devo mais abusar da benevola c honrosa Consultada a casa, detide pela afirmativa.
attenção com que a camara se tem dignado ou vir-me; vou
Procede-se 4 votação do i npprovado em todas
portanto concluir. pareeer, que
as suas partes, ficando prejudicadas as emendas.
Terminarei dizendo e repousado
que aguardo tranquillo,
no bom e incontestável direito da causa que defendi, o j uizo O Sr. Preside*tk declara deputado pelo 3° districto da
severo e a sua
justiceiro da camara e do paiz; não temo que província da Bahia o Sr. Dr. Pedro Muniz Barreto de Ara-
indefectível e sus-
justiça falte, quer & causa que abracei gío, e supplente o Sr. Francisco Xavier Pinto Lima.
tentei, do? motivos
quer á nobreza d'alma, querá pureza que
inspiràrão o humilde orador tem a honra de occnpar a Levanta-se a sessão.
qu
fribuna.

FIM DO TOMO PRIMEIRO.

ftio de Janeiro. — Typ. dnt>. e Const. de J. Villexeüve e Comt. 1887.

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